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Participação no Global Symposium on Soil Erosion (GSER19) RELATÓRIO PARA AUXÍLIO DE PARTICIPAÇÃO EM EVENTO Projeto Agrisus N°: 2691/2019 Nome do Evento: Global Symposium on Soil Erosion (GSER19) Interessado: Oswaldo Julio Vischi Filho [email protected] Instituição: Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) Local do Evento: Sede da FAO Food and Agriculture Organization of the United Nations, Roma, Itália. Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 4.300,00 Vigência: 08/02/19 a 17/06/2019 RESUMO DA PARTICIPAÇÃO: O Simpósio Global sobre a Erosão do Solo (GSER19) foi organizado em torno de três temas principais: 1. Ferramentas e dados de avaliação da erosão do solo: criação, consolidação e harmonização; 2. Melhores práticas de gestão de erosão dos últimos 20 anos e apoio político para abordar erosão induzida pelo homem; 3. A economia da erosão do solo. Nossa participação no evento priorizou o Tema 2, devido à peculiaridade com as ações de fiscalização e legislações objeto do trabalho da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA). Participamos da abertura do simpósio assistindo à vídeo mensagem do Diretor Geral da FAO, Sr. José Graziano da Silva e às 19 Conferências realizadas no primeiro dia do evento que ocorreram no salão principal da FAO. O objetivo principal de nossa participação foi a apresentação do trabalho científico: Defesa Agropecuária de São Paulo: doze anos de preservação e reabilitação do solo na Bacia Hidrográfica Rio do Peixe, promovendo a Agricultura Conservacionista (Agricultural Defense of São Paulo: twent years of soil preservation and rehabilitation at the Rio do Peixe Watershed, promoting Conservation Agriculture), trabalho científico que também fará parte do documento final do GSER19. Também participamos da oficina de trabalho, assistindo às apresentações de propostas, com 21 apresentações orais, dos 21 trabalhos que serviram de base para os trabalhos do dia 17/05/2019. Essas oficinas tiveram objetivo de apresentar propostas sobre as três temáticas do Simpósio, para compilar os resultados dessas proposições, feitas pelos grupos de trabalho e confecção do documento final de fechamento do evento. O documento servirá de base para o Global Soil Partnership (GSP), no planejamento e monitoramento de ações futuras para lidar com a erosão do solo a nível global, regional e local. O evento contou com 500 participantes de 100 países e 126 trabalhos científicos apresentados durante o GSER19. RELATÓRIO: 1. INTRODUÇÃO O Simpósio Global sobre Carbono Orgânico do Solo (Global Symposium on Soil Organic Carbon - GSOC17) foi o primeiro de uma série temática que visa o Manejo Sustentável do Solo. O Simpósio Global sobre Poluição do Solo (Global Symposium on Soil Pollution GSSP18) foi o segundo passo na implementação das Diretrizes Voluntárias para o Manejo Sustentável do Solo em termos de prevenção e redução de

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Page 1: RELATÓRIO PARA AUXÍLIO DE PARTICIPAÇÃO EM EVENTO … · 2019. 5. 28. · Ronald Vargas (FAO). 2. PROGRAMA DO EVENTO A programação do evento foi bem elaborada, interessante e

Participação no Global Symposium on Soil Erosion (GSER19)

RELATÓRIO PARA AUXÍLIO DE PARTICIPAÇÃO EM EVENTO Projeto Agrisus N°: 2691/2019 Nome do Evento: Global Symposium on Soil Erosion (GSER19) Interessado: Oswaldo Julio Vischi Filho – [email protected] Instituição: Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) Local do Evento: Sede da FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations, Roma, Itália. Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 4.300,00 Vigência: 08/02/19 a 17/06/2019

RESUMO DA PARTICIPAÇÃO:

O Simpósio Global sobre a Erosão do Solo (GSER19) foi organizado em torno de três temas principais: “1”. Ferramentas e dados de avaliação da erosão do solo: criação, consolidação e harmonização; “2”. Melhores práticas de gestão de erosão dos últimos 20 anos e apoio político para abordar erosão induzida pelo homem; “3”. A economia da erosão do solo. Nossa participação no evento priorizou o Tema 2, devido à peculiaridade com as ações de fiscalização e legislações objeto do trabalho da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA). Participamos da abertura do simpósio assistindo à vídeo mensagem do Diretor Geral da FAO, Sr. José Graziano da Silva e às 19 Conferências realizadas no primeiro dia do evento que ocorreram no salão principal da FAO. O objetivo principal de nossa participação foi a apresentação do trabalho científico: Defesa Agropecuária de São Paulo: doze anos de preservação e reabilitação do solo na Bacia Hidrográfica Rio do Peixe, promovendo a Agricultura Conservacionista (Agricultural Defense of São Paulo: twent years of soil preservation and rehabilitation at the Rio do Peixe Watershed, promoting Conservation Agriculture), trabalho científico que também fará parte do documento final do GSER19. Também participamos da oficina de trabalho, assistindo às apresentações de propostas, com 21 apresentações orais, dos 21 trabalhos que serviram de base para os trabalhos do dia 17/05/2019. Essas oficinas tiveram objetivo de apresentar propostas sobre as três temáticas do Simpósio, para compilar os resultados dessas proposições, feitas pelos grupos de trabalho e confecção do documento final de fechamento do evento. O documento servirá de base para o Global Soil Partnership (GSP), no planejamento e monitoramento de ações futuras para lidar com a erosão do solo a nível global, regional e local. O evento contou com 500 participantes de 100 países e 126 trabalhos científicos apresentados durante o GSER19. RELATÓRIO:

1. INTRODUÇÃO

O Simpósio Global sobre Carbono Orgânico do Solo (Global Symposium on Soil Organic Carbon - GSOC17) foi o primeiro de uma série temática que visa o Manejo Sustentável do Solo. O Simpósio Global sobre Poluição do Solo (Global Symposium on Soil Pollution – GSSP18) foi o segundo passo na implementação das Diretrizes Voluntárias para o Manejo Sustentável do Solo em termos de prevenção e redução de

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substâncias nocivas ao solo, como forma de manter solos saudáveis e a segurança alimentar de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Especificamente, os resultados do simpósio forneceram evidências científicas para apoiar ações e decisões para prevenir e reduzir a poluição do solo para maior segurança alimentar, nutrição, serviços ecossistêmicos e para promover a restauração de locais poluídos (FAO 2017, 2018).

A Assembleia Plenária da Parceria: Global Soil Partnership (GSP), em sua sexta seção, realizada em junho de 2018, a pedido do Painel Técnico Intergovernamental sobre Solos (ITPS), votou por organizar um Simpósio sobre erosão do solo “considerando que esta é a principal ameaça que afeta os solos globais”. O Simpósio Global sobre Erosão do Solo (GSER19), terceiro evento da série da Global Soil Partnership (GSP), contou com 500 participantes vindos de 100 países e que participaram ativamente do GSER19.

A organização do evento mundial ficou a cargo da FAO, Global Soil Partnership (Intergovernamental Technical Panel on Soils – ITPS), Science-Policy Interface of the United Nations Convention to Combat Desertification (SPI-UNCCD) e a Joint Venture FAO/IAEA Programme of Nuclear Techniques in Food and Agriculture. O GSER19 visou incentivar a avaliação da erosão global de solo, de baixo para cima sob o comando da Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO). Embora os três temas terem sido tratados separadamente, durante o Simpósio, eles estão inter-relacionados. Grupos de trabalho foram criados com o objetivo de discutir os principais tópicos a serem abordados para cada tema. As discussões realizadas dentro de cada um dos três grupos de trabalho foram então traduzidos em documentos de trabalho que foram apresentados no documento final, durante o encerramento do Simpósio. Os três documentos de trabalho temáticos eventualmente ajudarão o GSP e seus parceiros planejando ações futuras para lidar com a erosão do solo a nível global, regional e local. Uma revisada versão deste documento será incluída no resultado do Simpósio, que será publicada após o evento. Os grupos de trabalho foram compostos por especialistas, que participaram voluntariamente, sendo esses membros do ITPS do GSP e da Interface Política/Ciência, da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (SPI-UNCCD).

Foram submetidos 175 trabalhos científicos dos quais, 126 trabalhos científicos foram aceitos na forma de resumo expandido, sendo, 94 escolhidos para apresentação oral nas diversas seções e respectivos temas específicos. Outros 31 trabalhos foram apresentados na forma de pôster, que ficaram expostos durante todo o evento, no hall de entrada do GSER19.

Assistimos a Cerimônia de Abertura do GSER19, 15/05/2019 (Fotos: 1-4), no salão principal da FAO “Green Room”, as 19 conferências proferidas, sendo: Vídeo mensagem do Diretor Geral da FAO, Sr. José Graziano da Silva; a Palestra do Ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, Sr. Enzo Benech; Palestra da Diretora Geral Adjunta para Clima e Recursos Naturais da FAO, Sra. Maria Helena Semedo; Palestra do Administrador da Administração de Desenvolvimento Rural da Corea, Sr. Kim Keong Kyu; Palestra do Secretario Executivo Adjunto do UNCCD, Sr. Pradeep Monga; Palestra do Sr. Jean Poesen da Universidade Católica de Leuven/Bélgica; do Sr. Richard Cruse, da Universidade Estadual de Iowa/Estados Unidos da América; Palestra do Sr. Jae Yang da Universidade Nacional Kangwon/República da Corea e por fim, a Palestra da Sra. Lindsay Stringer da Universitdade de Leeds/Inglaterra.

Continuando os trabalhos assistimos no período da tarde às palestras: Vídeo Mensagem do Sr. Luca Parmitano, Astronauta da Agência Espacial Europeia; Palestra do Sr. Alfred Grand, agricultor da Grand Farmer/Áustria; Palestra do Sr. Fernando Delgado do Centro Interamericano de Desenvolvimento e Pesquisas Ambientais/Venezuela; a Palestra da Sra. Halima Slimani da Universidade de Ciência e Tecnologia Houari Boumédienne/Argélia; a Palestra da Sra. Diana Vieira, Universidade de Aveiro/Portugal; a palestra do Sr. Panos Panagos, Comissão Européia/Itália e Palestra do Sr. Giacomo

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Pallante, da Agência Nacional Italiana para Novas Tecnologias, Energia e Desenvolvimento Econômico Sustentável.

Apresentando as três temáticas do evento tivemos as palestras: do Sr. Pasquale Borrelli, Universidade de Basel/Suíça; a Palestra da Sra. Lydia Chabala, do Painel Técnico Intergovernamental sobre Solos/Zâmbia e Palestra do Sr. David Lobb, do Painel Técnico Intergovernamental sobre Solos/Canadá (dia 15/05/2019).

O objetivo principal de nossa participação foi a apresentação do trabalho: Defesa Agropecuária de São Paulo: doze anos de preservação e reabilitação do solo na Bacia Hidrográfica Rio do Peixe, promovendo a Agricultura Conservacionista (Agricultural Defense of São Paulo: twent years of soil preservation and rehabilitation at the Rio do Peixe Watershed, promoting Conservation Agriculture).

Dentre os participantes do GSER19, tivemos somente cinco palestrantes com apresentação oral, dos representantes do Brasil, sendo: João Henrique Gaia Gomes (UFRRJ/RJ), Oswaldo Julio Vischi Filho (SAA/CDA), Lucia Helena Cunha dos Anjos (UFRRJ/ RJ), Julia Franco Stuchi (Embrapa Solos/ RJ), Renan Pereira Cardoso (UFF/ RJ) e Aluísio Granato de Andrade (Embrapa Solos/RJ). Também tivemos somente uma apresentação em forma de pôster, Marx Leandro Naves Silva (UFLA/MG).

Cabe ressaltar que: na palestra de Oswaldo J. Vischi Filho, foi feito um agradecimento especial à Fundação Agrisus, pelo apoio financeiro (viabilizando a viagem e a nossa participação no evento), com a exposição do logotipo da Agrisus em slide na palestra.

Realizou-se contatos com vários pesquisadores e autoridades tomadoras de decisão de outros países, além da troca de informações técnico-científicas e divulgação do trabalho extremamente positivo que vem sendo realizado no estado de São Paulo quanto à aplicação da lei de uso e conservação do solo. Importante ressaltar que representantes de 100 países tomaram conhecimento da existência desse trabalho realizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo na preservação do solo e da água. Representantes da FAO, Global Soil Partnership, Diretor de Recursos naturais do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, Fundação Inovacion Participativa, do Chile, também tomaram conhecimento, bem como representantes de instituições brasileiras, tais como, CETESB, Palácio do Itamaraty, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Embrapa Solos e Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (Foto 3 e Anexo I).

Fotos da Cerimônia de Abertura e encerramento do GSER19.

Foto1: “Green Room” – plenário principal da FAO. Cerimônia de abertura do GSER19, com o Diretor Adjunto da FAO e demais autoridades.

Foto 2: Green Room (plenário principal da FAO). Oswaldo Julio Vischi Filho (SAA/CDA), Lucianara Andrade Fonseca (Representante do Palácio do Itamaraty na FAO), Marx L. Naves Silva (UFLA).

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Foto 3: Green Room (plenário principal da FAO). Lucianara A. Fonseca (Representante do Palácio do Itamaraty na FAO), Lucia Helena Cunha dos Anjos (UFRRJ), Oswaldo Julio Vischi Filho (SAA/CDA, Marx Leandro Naves Silva (UFLA) e Aluísio G. Andrade (Embrapa Solos).

Foto 4: Green Room (plenário principal da FAO). Encerramento do GSER19. Sra. Helena Cotler (CICIA – México), Dr. Ratan Lal, Ohio State University, EUA. Diretor do Departamento de Agricultura da Argentina. Rui Li (WASWAC). Em pé, Ronald Vargas (FAO).

2. PROGRAMA DO EVENTO A programação do evento foi bem elaborada, interessante e pertinente aos três temas propostos. Apresentamos a seguir o resumo da participação nas palestras e debates realizados durante o Global Symposium on Soil Erosion (GSER19), quanto à programação do evento, seus temas e respectivos palestrantes:

Figura 1. Programação do dia 15/05/2019, parte da manhã. Abertura do GSER19.

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Palestras assistidas (15/05/2019 – parte da manhã): Tema: Conferência de abertura do GSER19 Palestrante: René Castro Salazar (FAO) Resumo da Palestra: Representando o diretor geral da FAO, Sr. José Graziano da Silva, proferiu palavras sobre a importância da realização do evento com o tema Global Soil Erosion e mostrou um Vídeo com as palavras do Diretor Geral, Sr. José Graziano da Silva, dando as boas vindas aos participantes. Tema: Conferência de Abertura do GSER19

Palestrante: Enzo Benech (Ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai) Resumo da Palestra: O conferencista deu exemplos de como as terras uruguaias são cultivadas, que toda produção agropecuária, tem um plano de manejo do solo, previsto em Lei. O plano de manejo é elaborado por um engenheiro Agrônomo que fez um curso de capacitação (para essa finalidade) em uma Universidade credenciada pelo ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca. Após ter sido cadastrado esse plano de manejo, o monitoramento é feito por imagens de satélite. O Uruguai tem objetivo de preservar o solo e a água, pois, é a única forma de renda do país (não possui jazidas minerais, de petróleo, etc.). O país é um laboratório de ações de conservação do solo, que servem de exemplo ao resto do mundo. Tema: Conferência de Abertura do GSER19

Palestrante: Maria Helena Semedo (FAO) Resumo da Palestra: A conferencista falou que: políticas para preservar o solo são necessárias. Práticas conservacionistas relacionadas ao manejo adequado do solo devem ser difundidas. Estudos e pesquisas para alcançar esses objetivos e também convencer os tomadores de decisão e pessoas que fazem as leis e políticas públicas sobre a importância do assunto devem ser debatidas e os bons exemplos seguidos. As pessoas que utilizam o solo para plantar tem que ter condições para seguir essas leis e adotar as práticas conservacionistas necessárias. Tema: Erosão do solo no Antropoceno: ainda precisamos de mais pesquisas? Palestrante: Jean Poesen (Universidade Católica de Leuven/Bélgica) Resumo da Palestra: Antropoceno é um novo período geológico influenciado pela ação do homem. O conferencista indicou as três formas de formação de processos erosivos: Natural - erosão hídrica, erosão eólica, por degelo e gravidade; Atividades biológicas: desmatamento, pisoteio dos animais (compactação), trânsito animal (trilheiro de gado e outros animais) e Atividades Humanas: preparo do solo, colheita mecanizada, construção de estradas, aterros, trincheiras ou valas. Mencionou que as atividades humanas provocam a degradação do solo em todo mundo e mostrou um mapa com os diversos graus dessa degradação. Na opinião dele, precisamos entender os processos erosivos e controlar os fatores e interações que provocam essas erosões. As taxas de erosão do solo estão aumentando, no espaço e no tempo e há necessidade de aprimorar os modelos e a mineração de dados. Precisamos de técnicas inovadoras e estratégias para reduzir a erosão com maior eficiência. Mostrou um gráfico associando o uso do solo com os processos erosivos provocados por utilização errada. Deu exemplos de erosões e perda de solo e respectivos usos do solo, nos países: Hungria, Polônia, Alemanha, Bélgica, EUA, China, América do Sul (como um todo) ei Espanha. Desses exemplos, onde se perde mais solos é na Espanha, 119,7 ton/ha/ano em terras cultivadas, seguido

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pela China, com perda de 33 ton/ha/ano em pastagem. Conclui perguntando o porque da pesquisa sobre erosão do solo em antropocenos ainda ser necessária? Responde que é importante pela Relevância para a ciência e Relevância para a sociedade. Qual a recompensa? Melhor compreensão e predição dos processos de erosão, suas taxas e suas interações operando em uma variedade de escalas espaciais e temporais, bem como seus impactos no local e fora do local. Melhor seleção das técnicas e estratégias de controle de erosão do solo mais eficazes e eficientes que são necessárias para um uso sustentável do solo no antropoceno. Tema: Avaliação e mapeamento da erosão do solo: é contar a nossa história?

Palestrante: Richard Cruze (Universidade Estadual de Iowa/EUA) Resumo da Palestra: Dr. Cruze iniciou perguntando qual é o nosso objetivo? Mostrou o mapa mundial com informações sobre o Índice de adequação do solo e do terreno para uma variedade de culturas de sequeiro e tipos de pastagens para o clima atual, onde o melhor cenário foi para um cinturão que abrange parte sul da Europa, Espanha, França, Itália e parte da Ásia até a China. Outro cenário foi apresentado com diminuição dos índices pluviométricos, devido a mudanças climáticas (Padrões projetados de mudanças de precipitação) e o cenário mudou com situações desfavoráveis para a região do Mediterrâneo. Quanto ao índice de escassez de água, o maior problema seria no Noroeste dos EUA, Índia, China e Nordeste da África. Afirmou que 40% da comida mundial vem de 18% das terras cultivadas no mundo. Utilizando a Equação Universal de Perda de Solo Revisada (RUSLE) com dados da plataforma de modelagem da erosão do solo GloSEM, preparando um cenário desfavorável, utilizando o mesmo mapa de Índice de adequação do solo e do terreno para uma variedade de culturas de sequeiro e tipos de pastagens, o cenário somente ficou favorável no centro dos EUA, Nordeste da China, Índia e na tríplice fronteira Argentina, Brasil, Uruguai. Outros modelos foram comentados pelo palestrante como a WEPP (Modelo de Previsão de Erosão da Água) e concluiu dizendo que temos muitas ferramentas com inovação para predição de perdas de solo em diversos cenários e que temos a demanda da agricultura, a demanda de recursos, a degradação e esgotamento dos recursos e os resultados são as mudanças climáticas com eventos estremos e a pobreza da população do campo. Tema: Decisão de apoio ao enquadramento para o controle da erosão do solo e melhoria dos serviços ecossistêmicos. Palestrante: Jae Yang (Universidade Nacional de Kangwon/Corea) Resumo da Palestra: o palestrante falou sobre os serviços ecossistêmicos, das ameaças, como erosão do solo, poluição, compactação, acidificação, etc., e que a erosão do solo causa degradação da água, ameaças para a segurança alimentar e saúde humana, perdas econômicas e sociais. Precisa de um planejamento conservacionista e práticas conservacionistas adequadas. Para isso acontecer tem que ter um WebGis de sistemas de manejo do solo e políticas de manejo sustentável do solo. O objetivo da proposta de criar esse framework foi a integração das políticas de conservação do solo e da água, com os serviços ecossistêmicos. Citou os modelos de estimativa de perda de solo: USLE, RUSLE, MUSLE, KORSLE e CSLE e os processos baseados em modelos na escala de bacia hidrográfica. Também citou as aplicações dos modelos e processos, como dinâmica hidrológica e dos sedimentos para planejamento conservacionista. Uma das limitações desses modelos, incluem a insuficiência de dados disponíveis. Para tanto, apresentou uma ferramenta (baseada no modelo KORSLE), para o enquadramento da erosão e alternativas para o seu controle (Solo Big Data, WebGis). Também indica serviços ecossistêmicos. Muito interessante essa proposta para fornecer base para os tomadores de decisão realizarem as políticas conservacionistas.

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Tema: Abordando a erosão do solo através de avaliações e políticas econômicas. Palestrante: Lindsay Stringer (Universidade de Leeds/Inglaterra) Resumo da Palestra: a palestrante iniciou sua fala perguntando qual é o valor do solo? Muitas vezes desconhecemos o valor do solo e seu serviço ecossistêmico até que seja tarde demais e o solo tenha sido erodido. A avaliação pode identificar os custos e benefícios de diferentes opções e identificar onde o apoio às políticas é necessário para ajudar as partes interessadas a manejar os solos com mais sustentabilidade. Palestras assistidas (15/05/2019 – parte da tarde):

Figura 2. Programação do dia 15/05/2019 (parte da tarde).

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Tema: Erosão do solo observada do espaço. Palestrante: Luca Parmitano (Astronauta da Agência Espacial Europeia) Resumo da Palestra: Vídeo Mensagem – O astronauta disse que tiram fotos do solo, lá do espaço e que enxerga belas paisagens, mas também observam os efeitos da erosão do solo que com o aporte de sedimentos tingem as águas dos rios de vermelho e que isso não é bom. Conservação do solo e combate a erosão é muito necessário para mudar esse cenário. Tema: Testemunho da erosão do solo a partir da terra (solo). Palestrante: Alfred Grand (Farmer da empresa Grand Farm/Áustria) Resumo da Palestra: A empresa do Alfred se chama Grand Farm, trata-se de uma fazenda que produz organicamente e é destinada à pesquisa e demonstração. A propriedade tem 90 há de terra cultivável e localiza-se próximo a Viena. O que eles prezam? Saúde do solo, Agrofloresta e Mercado de Flores que é a forma financeira da empresa para se manter. O Alfred mostrou um vídeo onde um trator prepara o solo e também faz plantio direto, comparando os dois tipos de manejo do solo. Indicou que o tipo de pneu e a calibragem são fatores que afetam o manejo do solo (compactação). Mostra a aparência de um solo saudável e solo degradado e a importância da cobertura vegetal para evitar erosão. Associou o manejo convencional à erosão e assoreamento de rio que aparece com as águas totalmente turvas, indicando alta turbidez. Mostrou também um reservatório de hidrelétrica com as águas barrentas e disse que a falta de conservação do solo prejudica também o conforto das pessoas, pela diminuição da vida útil do reservatório afetando a geração de energia e a qualidade da água para abastecimento. Terminou a apresentação dizendo que, se quiser saber como conservar o solo, pergunte ao Agricultor que ele tem a solução. Tema: Enfrentando a erosão do solo nos tempos antigos. Palestrante: Fernando Delgado (Centro Interamericano de Desenvolvimento e Pesquisas Ambientais/Venezuela) Resumo da Palestra: A erosão geológica ocorre no plante a milhões de anos. É um processo de modelagem da paisagem com retirada de solo dos pontos mais altos e deposição nos lugares mais baixos. O ser humano começa a utilizar a terra para plantar e há uma evolução nas ferramentas para lavrar a terra. Essas ferramentas vão evoluindo e começa a erosão acelerada do solo e sua degradação. Mostrou os processos da ocorrência da erosão, destacamento das partículas de solo, transporte e deposição. Três estratégias para minimizar a erosão, cobertura vegetal do sol para evitar o destacamento das partículas. Mostrou os terraços ou “anderes” construídos na Bolívia e no Peru que foi a primeira estratégia para evitar o escoamento superficial das águas que causam a erosão. Nas terras baixas do México construiu-se jardins flutuantes onde as culturas eram cultivadas. Conclui que as técnicas desenvolvidas pelos antepassados constituem estratégias para que se minimize os processos erosivos e construa-se sistemas sustentáveis. Tema: Mudanças de longo prazo devido à erosão eólica em zonas áridas. Palestrante: Halima Slimani (Universidade de Ciência e Tecnologia Houari Boumédienne /Argélia) Resumo da Palestra: Mostrou o mapa Mundial com os locai vulneráveis à erosão eólica e imagens da Argélia com a erosão eólica aparente inclusive com uma tempestade de areia. Falou sobre os fatores que afetam a erosão eólica: Clima, topografia, vegetação, propriedades do solo e influência humana. Mostrou imagens de erosão eólica nos EUA, Austrália. Informou o custo da erosão nos EUA = 30-44 bilhões de dólares, no Reino

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Unido = 90 milhões de euros, na Indonésia = 400 dólares e no Zimbabue = 1500 milhões de dólares. Mostrou um projeto realizado no norte da Argélia para o aproveitamento agropecuário dessas áreas arenosas. Conclui que as mudanças climáticas são severamente afetadas pelas atividades humanas e isso acelera os processos de desertificação. Tema: Modelagem da erosão do solo pós-incêndio em áreas recentemente queimadas. Palestrante: Diana Vieira (Universidade de Aveiro/Portugal) Resumo da Palestra: Mostrou a degradação da vegetação do local por causa de um incêndio e como o solo descoberto ficou exposto a ação dos impactos das gotas de chuva e a degradação do solo com alteração das características do solo. Várias fotos da situação foram mostradas. Utilizou-se modelos com RUSLE para mensurar a erosão e divulgou os resultados obtidos, comparando o cultivo com eucalipto, com pinus. Conclui afirmando que o modelo RUSLE foi satisfatório para predição de erosão e manejo utilizando “mulching”. Modelo RUSLE foi calibrado utilizando dados obtidos no local e com isso a predição de erosão foi satisfatória para plots de 10 metros quadrados. Podem ser validados os modelos usando dados do local que afetado por incêndio e o trabalho deu resultados positivos para diferentes cenários de mitigação de risco. Eles darão continuidade ao trabalho. Tema: Impacto das políticas sobre erosão do solo na União Europeia. Palestrante: Panos Panagos (Comissão Europeia/Itália) Resumo da Palestra: Mostrou o estado da arte da erosão do solo e suas causas. Utilizou a metodologia RUSLE para criar um novo modelo para erosão do solo na Europa. Citou as políticas e os indicadores para tal, para a agricultura na Europa. Projetou cenário para o ano de 2030, conforme estudos da Global Soil Resources, inclusive já tem um livro da FAO sobre o assunto. Mostrou o mapa global sobre erosão do solo. Também mostrou o mapa mundial com os problemas econômicos na produção de alimentos causados pela erosão. Conclui que as políticas comuns à União Europeia trará um forte componente ambiental que inclui a erosão do solo. Praticas de manejo conservacionistas são a chave para reduzir a erosão do solo. Erosão do solo faz parte dos indicadores dos objetivos do desenvolvimento sustentável da União europeia. Grandes interações entre as políticas de Meio Ambiente, Agricultura, Clima e Água estão sendo propostas na União Europeia e Mudanças globais: será um link para a interação entre COP14 (mudanças Climáticas), IPCC (mudanças climáticas e desertificação) e IPBE (erosão/biodiversidade). Tema: Avaliação econômica da erosão do solo no Malawi Palestrante: Giacomo Pallante (Agência Nacional Italiana para Novas Tecnologias, Energia e Desenvolvimento Econômico Sustentável/Itália) Resumo da Palestra: Impactos da perda de solo por erosão no Malawi: microeconômicos, Efeitos no solo e perdas de nutrientes; Rentabilidade e medidas de mitigação. Macroeconômicos, Efeito nos ajustes setoriais do PIB e na pobreza. Caso do Malawi: Análise econômica, Efeitos distributivos, Impactos agregados em termos de PIB, Efeitos de alívio, Impactos agregados e Equilíbrio geral computável. Lição aprendida: Investimento em coleta confiável de dados; Efeitos de interação entre políticas, eventos naturais e seus impactos em diferentes classes da população; Interação entre setores e Implicação política não trivial. Tema: Uso de dados e ferramentas de avaliação no controle da erosão do solo. Palestrante: Pasquale Borrelli (Universidade de Basel/Suíça) Resumo da Palestra: Iniciou mostrando o livro da FAO: Status do recurso solo no mundo. Onde está ocorrendo erosão acelerada do solo? Mostrou o mapa mundial com a

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ocorrência de erosão na América do Sul, Central e do Norte, além de África, Oriente Médio, Índia e todo o Sul da Ásia. A Austrália, Norte da Ásia, Europa inteira e Groenlândia ficaram fora dessa informação, ocorrendo outros tipos de degradação. Mostrou o modelo global de erosão do solo feito com a base de dados GlobSEM utilizando a RUSLE, onde a perda de solo é classificada e identificada no mapa nas cores verde (melhor) amarelo até o vermelho que são as perdas mais críticas. Mostra uma comparação de experts fornecendo opiniões e informações visando minimizar as erosões e assinala um aumento significativo nesse grupo ligado ao Global Soil Partnership GPS, pós GSER19. Falou sobre as três fases do projeto: Fase 1 – Uso potencial da terra e as forças motrizes naturais (mapa); Fase 2 – Mapas de erosão do solo e Fase 3 – sites de monitoramento. Desafios desse tema: À luz da experiência adquirida durante a atividade preliminar de trabalho do grupo e do atual estado da arte em relação às avaliações de erosão do solo em grande escala, esta seção apresenta o resultado das discussões e sugestões feitas por esse grupo de especialistas em erosão. Metodologia proposta: 1. O desenvolvimento de produtos que sejam globalmente consistentes, permitindo assim uma comparação entre regiões geográficas e identificando pontos de acesso úteis para outras avaliações / mapeamentos globais de degradação da terra do Global Soil Partnership e da ONU. 2. Produtos em escala nacional que seguem uma metodologia semi-padronizada e uniforme. permitirá a incorporação de dados nacionais disponíveis, exclusivos para cada país ou região. O objetivo deste mapa é capturar a variabilidade intra-nacional nas taxas de erosão do solo e identificar focos de erosão localizados. Isso, juntamente com a aquisição de informações sobre uso e manejo da terra e políticas e / ou atividades de conservação do solo, oferece informações valiosas sobre a exposição de países e regiões à erosão do solo. 3. Produtos adicionais em escala nacional baseados em campo ou interpretação visual na tela de sinais de erosão do solo e outras avaliações espaciais, programas de monitoramento ou medições. 4. Uma abordagem multifásica se encaixa bem com o ditado "pense globalmente, aja localmente". O objetivo dos produtos globais é aumentar nossa compreensão da geografia da erosão do solo, combinar o mapa global resultante com outros produtos globais (por exemplo, degradação do solo, recursos hídricos, produtividade das culturas), detectar regiões com falta de informações espaciais e definir conjuntos de melhores práticas de gestão nas diferentes regiões globais. Os mapas nacionais semi-harmonizados (2ª fase) serviriam principalmente para responder às necessidades e ações nacionais e regionais. Além disso, a comparação da abordagem harmonizada global com diferentes métodos e ferramentas de diferentes países, pode levar ao progresso científico e consideravelmente ganho de conhecimento sobre mapeamento e monitoramento de perda de solo. Possíveis avaliações adicionais: A erosão do solo inclui um grande conjunto de processos geomórficos complexos que frequentemente interagem entre si. Embora a erosão do solo pela água, vento e lavoura sejam as principais causas de deslocamento do solo, outras induzidas pelo homem ou pela natureza (erosão subsuperficial, “piping” e subterrêneas, entre outras) e totalmente antropogênicos (erosão do solo devido à colheita, preparo da terra, erosão do solo pelo pisoteio do gado, entre outros) processos erosivos. Sugere-se a abertura de uma discussão com os atores e participantes do GSP19 para identificar outros processos a serem considerados e até que ponto cada um desses processos pode ser incorporado ao GSERmap. Tema: Práticas e políticas em ação para combater a erosão do solo. Palestrante: Lydia Chabala (Painel Técnico Intergovernamental sobre Solos/Zâmbia) Resumo da Palestra: Essa apresentação visou os preparativos para discussão do Tema 2 que foi sobre políticas para combater a erosão do solo (foi nesse tema que nós fizemos a apresentação e participamos do grupo de trabalho). A palestrante iniciou sua apresentação dizendo que: Existem políticas a nível regional e nacional para proteger os

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solos, no entanto, estas políticas nem sempre previnem a erosão contínua do solo e em alguns casos, a erosão é acelerada devido a fatores indutores humanos. Mostrou fotos de erosões aceleradas. Quais políticas estão sendo implementadas atualmente para melhorar a prevenção, remediação ou mitigação da erosão? Quais são os atuais desafios / oportunidades de políticas para a implementação efetiva da prevenção, remediação ou mitigação da erosão? Onde a falta de legislação é identificada, quais políticas poderiam ser introduzidas para implementar efetivamente o controle da erosão? Respostas: Coleta e avaliação de políticas efetivas para o controle da erosão; Exemplos de casos de uso da politica serão debatidos pelos grupos de trabalho no GSER19. Análise das principais lacunas no desenvolvimento e implementação de políticas de controle de erosão do solo em vários níveis. Também mencionou que o assunto seria debatido pelo grupo e o documento científico seria preparado pela FAO, para estabelecer um plano de ação para apoiar a formulação, implementação e monitoramento de políticas de controle de erosão. Concluiu com cinco sugestões para a compor a proposta: 1 - Desenvolvimento e lançamento de um questionário global para avaliar instrumentos legais e práticas de gestão nos países. Os dados permitirão identificar as necessidades e as melhores ações a serem implementadas, com base nos contextos nacionais. 2 - Compilação de resultados e análise da situação regional. 3 – Desenvolvimento de resumos de políticas, ou qualquer outro documento relevante identificado, para aumentar a conscientização sobre os instrumentos legais e as práticas necessárias para cada contexto ou região identificados. 4 - Implementação de atividades de conscientização por meio de treinamento, oficinas e material educacional, em colaboração com Parcerias Regionais de Solo (RSPs). 5 - Desenvolvimento de instrumentos legais e aplicação de práticas adaptadas. Tema: A economia do controle da erosão do solo e restauração de terras erodidas. Palestrante: David Lobb (Painel Técnico Intergovernamental sobre Solos/Canadá) Resumo da Palestra: Quais são os custos associados à erosão do solo para a agricultura, baseados no custo por tonelada de solo perdido (erodido)? Quais os custos diretos associados com as perdas de solo (qualitativos e quantitativos) para serviços fornecidos pela agricultura e quais os custos indiretos relativos ao Meio Ambiente e infraestruturas humanas? Os custos da implementação de práticas de controle de erosão do solo são compensados pelos benefícios atuais e futuros de uma produção mais lucrativa? Que tecnologias, inovações ou abordagens existem para diminuir o custo de implementação de práticas de controle de erosão do solo comparadas com as da manejo convencional de solos? Baseado nessas questões propôs a metodologia: 1 - Desenvolvimento de fluxograma e documento explicativo. 2 - Modelo específico de erosão que fornece uma ferramenta on-line (e off-line) e orientação para as pessoas calcularem o custo-benefício de atividades de gerenciamento de erosões em sua situação específica. Outras discussões terão que se concentrar em: A forma final da ferramenta (site, aplicativo, incluído nos mapas, etc.); A inclusão do fluxograma anterior em a definição da ferramenta (como traduzir o fluxograma em um quantitativo e avaliação do local, papel dos modelos, TI, etc.); Escolha de indicadores e Outras lacunas a serem identificadas. Lacunas e desafios para a proposta: 1) Escolha de indicadores relevantes para o Nível 1 e Nível 2 e método de avaliação a ser usado para cada indicador selecionado; 2) Prazo da avaliação custo-benefício; 3) Papel das políticas e fatores socioeconômicos na avaliação econômica?; 4) Âmbito de análise; 5) Os exemplos de pagamento/compensação aos agricultores devem ser adicionados ao estudo?; 6) Tendo em conta as interações entre diferentes tipos de erosão, pois, as ações para controlar um tipo de erosão podem aumentar positiva ou negativamente e isso tem implicações para a análise de custo-benefício das práticas de controle de erosão do solo.

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As informações e os vídeos das respectivas conferências apresentadas, podem ser acessadas no site da FAO através do link:

(Dia 15/05/2019, manhã) http://www.fao.org/webcast/home/en/item/4982/icode/ (Dia 15/05/2019, tarde) http://www.fao.org/webcast/home/en/item/4983/icode/

Programação da seção temática do dia 16/05/2019 (ver detalhe em vermelho)

Participamos do Workshop (Seção Temática) realizado no dia 17/05/2019, que deu origem a um documento que balizará a publicação da FAO sobre os resultados do Glogal Symposium on Soil Erosion. Fizemos parte de um dos quatro grupos de trabalho dessa

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seção referente ao Tema 2. As perguntas respondidas foram: Resultados1: Construir uma base de dados sobre as melhores práticas de controle de erosão em contextos regionais; Resultados 2: Fornecer dados sobre leis e políticas existentes relacionadas à erosão do solo; Resultados 3: Identificar grandes lacunas no desenvolvimento e implementação de políticas de controle do solo nos níveis global, regional e nacional; Resultados 4. Traduzir as informações em ação na prática. Após respondidas esses quesitos, apresentou-se os resultados ao plenário. Dando sequencia à oficina, respondemos a três perguntas sobre o tema aplicação das leis: Como fazer? Quem vai fazer? e Quando fazer?.

No Grupo de Trabalho, fizemos as colocações: Existem dois tipos de agricultura, a agricultura de subsistência, que foi abordada por vários palestrantes e a agricultura profissional. Os dois tipos de agricultura devem ser tratados de maneira diferente até mesmo pelas suas peculiaridades, mas, ambas devem ser objeto do produto final do GSER19; Os agropecuaristas devem ser envolvidos no processo, para que os resultados tenham sucesso; O Governo participa com as legislações e na divulgação de praticas conservacionistas; Devem ser utilizado os exemplos positivos do estado de São Paulo (legislação e monitoramento) e do Uruguai (plano de manejo para cada propriedade agropecuária).

Durante a Seção onde foram expostos os resultados obtidos nos Grupos de Trabalho, foi mencionado o trabalho da SAA: “Controle de grandes erosões com combinação de aplicação da legislação e incentivos, exemplo do Brasil”. Isso mostra que o trabalho da SAA provocou interesse nas autoridades do exterior, fato que nos deixa muito satisfeito e com a sensação de dever cumprido.

3. RESUMO DO TRABALHO APRESENTADO

Durante o evento, apresentou-se o trabalho científico intitulado: Defesa Agropecuária de São Paulo: doze anos de preservação e reabilitação do solo na Bacia Hidrográfica Rio do Peixe, promovendo a Agricultura Conservacionista (Agricultural Defense of São Paulo: twent years of soil preservation and rehabilitation at the Rio do Peixe Watershed, promoting Conservation Agriculture). Apresentamos o resumo do trabalho apresentado na Seção do dia 16/05/2019, sobre o tema: Praticas e políticas em ação para identificação de erosão do solo, Sub-tema: Políticas em ação para identificar erosão do solo. Resumo: A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária, é a responsável pela aplicação da Lei Estadual n°. 6.171/88 (Lei de Uso, Conservação e Preservação do Solo Agrícola) e vem realizando esse trabalho a 20 anos com resultados positivos, principalmente nas fiscalizações realizadas em Bacias Hidrográficas. Nesse período já foram trabalhados 772 mil hectares, com 19.846 propriedades agropecuárias que foram autuadas e reabilitadas agroecologicamente, no estado de São Paulo. Principalmente na BH Rio do Peixe, com área de aproximadamente 53.000 hectares (Vera Cruz, Ocauçu e Marília), o tipo de intervenção visou à transformação da agricultura convencional e potencial degradadora de solo, em agricultura conservacionista, com implantação de projetos técnicos conservacionistas que contemplaram essa novidade. Um exemplo disso foi a transformação de uma propriedade agropecuária localizada no município de Ocauçu, SP, com área de pastagem degradada de 500 ha, em área agrícola com sistema de plantio direto, destinada a culturas de ciclo anual, com rotação (Palhada da Brachiária, Soja, Milho, Trigo no inverno). Também teve propriedades, cujas pastagens estavam degradadas e foram reabilitadas, com a implantação do Sistema Integração Lavoura Pecuária. Nessas propriedades houve aumento de 31%, em média, na taxa de ocupação

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de gado por área de pastagem, gerando lucro maior aos proprietários. Com a implantação de sistemas conservacionistas melhorou-se a qualidade das águas da Bacia Hidrográfica, que são captadas para abastecimento público. É a Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo Cuidando do Bem Estar da Sociedade. Fotos da Seção Temática sobre politica em ação para identificar erosão do solo

Foto 5: Sala de Reuniões King Faisal. Apresentação do trabalho da SAA por Oswaldo Julio Vischi Filho (SAA/CDA). Na foto a presidente da mesa: Megan Balks (ITPS/Nova Zelândia), o Moderador, Ashok Patra (ITPS/Índia), Fernando Garcia Prechac (Departamento de Recursos Naturais do Uruguai e Schwilch Gudrun (Ministério Meio Ambiente/Suiça).

Foto 6: Sala de Reuniões King Faisal. Apresentação do trabalho da SAA por Oswaldo Julio Vischi Filho (SAA/CDA). Visão dos participantes na seção de políticas em ação para identificar erosão do solo.

Foto 7: Sala de Reuniões King Faisal. Apresentação do trabalho da SAA por Oswaldo Julio Vischi Filho (SAA/CDA). Visão dos participantes na seção de políticas em ação para identificar erosão do solo.

Foto 8: Sala de Reuniões King Faisal. Apresentação do trabalho da SAA por Oswaldo Julio Vischi Filho (SAA/CDA). Visão dos participantes na seção de políticas em ação para identificar erosão do solo.

Após a apresentação do trabalho da SAA/CDA, foram realizadas duas perguntas: a primeira sobre a legislação do uso e conservação do solo, se no Brasil havia essa mesma lei que existe no estado de São Paulo? A resposta foi que no âmbito federal não havia uma legislação tão eficiente como a Lei do Estado de São Paulo. A segunda pergunta foi: quem paga pelos serviços de recuperação das erosões? A resposta foi que após dois programas governamentais sobre conservação do solo (PEMH/Microbacias 1 e IntegraSP), nos casos apresentados, quem paga a recuperação das erosões são os próprios fazendeiros, que após realizar as obras necessárias para o controle das erosões,

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previstas no projeto técnico, tem sua área reabilitada e começa a ter lucro oriundo de um local que estava perdido para a agricultura. A apresentação do trabalho teve a atenção dos diversos participantes sobre a magnitude do controle de grandes erosões, transformando áreas perdidas para a agropecuária, em áreas produtivas. Isso devido à implantação de plantio direto, nas áreas de lavoura e Integração Lavoura Pecuária, em pastagens degradadas, transformando essas áreas em produtivas, proporcionando maior renda ao pecuarista. Fotos de alguns contatos realizados

Foto 9: Oswaldo Julio Vischi Filho, Rattan Lal (Presidente da IUSS) e Marx Silva (UFLA/MG).

Foto 10: Dan Evans (Universidade Lancaster/UK) ( Marx Silva (UFLA/MG), John Quinton (Universidade Lancaster/UK) e Oswaldo Julio Vischi Filho (SAA/CDA).

Foto 11: Lucianara Andrade Fonseca (Representante da Embaixada do Brasil na FAO), Oswaldo Julio Vischi Filho (SAA/CDA), Marx Silva (UFLA/MG), Eduardo Mansur (Diretor da Divisão de Água e Solo da FAO).

Foto 12: (sentada) Julia Franco Stuchi (Embrapa Solos/RJ). (Em pé) Lucia Helena C. dos Anjos (UFRRJ/RJ), Aluísio G. Andrade (Embrapa Solos/RJ), Goçalo Signorelli de Farias (SBCS/BR) e Oswaldo Julio Vischi Filho (SAA/CDA).

4. CONCLUSÕES

Muitos dos participantes do evento nunca tinham visto uma erosão de grande porte (voçoroca) controlada. Na apresentação, coloquei uma imagem da voçoroca, aberta e outra foto da mesma voçoroca, controlada, esse fato chamou muito a atenção dos participantes, tanto que na Seção de Exposição dos resultados foi colocado o exemplo do Brasil.

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O Global Symposium on Soil Erosion, realizado em Roma, Itália foi muito importante no aspecto técnico-científico e cultural, pois tivemos a oportunidade de levar parte dos conhecimentos gerados no Brasil para técnicos, pesquisadores, e autoridades de vários outros países. Isso é muito importante para o Agro Brasileiro. Tal fato engrandece as instituições, em especial a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e estimula o interesse na produção de trabalhos aplicáveis, que trará benefícios aos agricultores, à população e ao meio ambiente, por meio da agricultura conservacionista.

A participação no evento gerou mais uma reciclagem profissional, com agregação de conhecimentos e conceitos que serão transmitidos aos Engenheiros Agrônomos da CDA. Recomenda-se que a Agrisus continue apoiando projetos semelhantes para que o conhecimento atinja uma maior abrangência, local, regional, nacional e mundial. Após três dias frequentando a sede da FAO, tem-se a impressão de que o Brasil não tem muita expressividade junto à essa instituição. Muitos países tem as portas abertas nessa importante instituição e a nossa participação nesse evento mostrou aos países membros que nós fazemos um bom trabalho, de excelência, visando a preservação do solo, base da nossa pujante agricultura. O trabalho realizado, há doze anos, em um trecho de 53 mil hectares de uma importante bacia hidrográfica causou impacto, principalmente por ser um trabalho concreto e realizado “in situ”, coisa difícil de acontecer nos tempos atuais. Melhorou-se a qualidade da água de abastecimento e com isso cuidamos do bem estar da sociedade local.

Novamente, ressalta-se que: sem o apoio financeiro da Agrisus não teríamos tido a oportunidade de participar, pela terceira vez, de um evento de cunho mundial e com essa magnitude. 5. REFERÊNCIAS FAO 2017. Global Symposium on Soil Organic Carbon (GSOC17). Disponível em:

http://www.fao.org/about/meetings/soil-organic-carbon-symposium/en/. Acesso em 21/05/2019.

FAO 2018. Global Symposium on Soil Pollution (GSOP18). Disponível em: http://www.fao.org/global-soil-partnership/resources/events/detail/en/c/1069372/. Acesso em 21/05/2019.

Vischi Filho et al., 2016. Diagnóstico e reabilitação agroambiental de trecho de bacia hidrográfica por sensoriamento remoto e turbidez da água. Pesquisa Agropecuária Brasileira [online]. 2016, vol.51, n.9, p.1099-1109. DOI: 10.1590/s0100-204x2016000900009.

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6. DEMOSTRAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS DA FUNDAÇÃO AGRISUS A Tabela abaixo apresenta o demonstrativo financeiro da aplicação dos recursos da Fundação Agrisus para a participação do Engenheiro Agrônomo Oswaldo Julio Vischi Filho no Global Symposium on Soil Erosion (GSER19).

Descrição da despesa data valor em US$ valor em Real

Passagem aérea (ida e volta) 13/05 e 19/05/19 661,25 3.055,00 Hospedagem (5 diárias) 14/05 a 18/05/19 328,61 1.518,18 SUB TOTAL 989,86 4.573,18 Contra partida de Oswaldo Julio Vischi Filho

14/05 a 18/05/19 59,12 273,18

TOTAL 930,73 4.300,00 OBS: Referência - valor do Euro no dia 05/04/19 = R$ 4,62

7. DATA E NOME DO PARTICIPANTE.

27 de maio de 2019

Oswaldo Julio Vischi Filho

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Anexo I: Cartões de visita de alguns dos vários contatos realizados durante o Global Symposium on Soil Erosion.

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Anexo II: Programação da seção temática do dia 16/05/2019 (11-13:00h e 13-19:00h)

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