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RELATÓRIO DO PROVEDOR
DO TELESPECTADOR DA RTP (2007)
Provedor do Telespectador:
José Manuel Paquete de Oliveira
Lisboa, Janeiro de 2008
ÍNDICE 1. APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO 1 2. PRINCIPAIS VECTORES DE ACTIVIDADE DO PROVEDOR 5
2.1. A PALAVRA AOS TELESPECTADORES 6
2.2. «OS RECADOS PARA DENTRO» 13 2.3. O PROGRAMA DO PROVEDOR 14 3. ANÁLISE DAS MENSAGENS RECEBIDAS NO GAP 15
3.1. ANÁLISE DE CONTEÚDO DA CORRESPONDÊNCIA ELECTRÓNICA: UM ESTUDO POR AMOSTRAGEM 15
3.1.1. OBJECTIVOS E CRITÉRIOS METODOLÓGICOS 15
3.1.2. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 20 3.1.2.1. ANÁLISE SOCIOGRÁFICA DOS TELESPECTADORES 20 3.1.2.2. IDENTIFICAÇÃO DOS CONTEÚDOS DAS MENSAGENS 29 3.1.3. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS (JANEIRO 2007) 44 3.1.3.1. ANÁLISE SOCIOGRÁFICA DOS TELESPECTADORES 44 3.1.3.2. IDENTIFICAÇÃO DOS CONTEÚDOS DAS MENSAGENS 49 3.1.4. SÍNTESE CONCLUSIVA DA ANÁLISE DAS MENSAGENS 62
3.2. ANÁLISE IMPRESSIVA DA CORRESPONDÊNCIA TRADICIONAL 66
4. O PROGRAMA «A VOZ DO CIDADÃO» 70 4.1. METODOLOGIA DO PROGRAMA 71 4.2. CRÍTICAS SOBRE O PROGRAMA 73 5. GABINETE DE APOIO AOS PROVEDORES 74
5.1. O GAP, ESTRUTURA DE APOIO 74 5.2. BREVE ANÁLISE AO FUNCIONAMENTO DO GAP 77 5.3. RELAÇÕES INSTITUCIONAIS 80
5.4.OUTRAS ACTIVIDADES 82 5.5. PRINCIPAIS QUEIXAS FORMAIS 84
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 90 6.1. A (IN)EFICÁCIA DA ACÇÃO DO PROVEDOR 90 6.2. SINAIS DISTINTIVOS DE OPERADOR DE SERVIÇO PÚBLICO 92 7. ANEXOS
Apresentação do Relatório 1- APRESENTAÇÃO
No cumprimento da alínea f) do n.º 1 do Art.º 23-D da Lei n.º 2/2006 de 14 de
Fevereiro vem o Provedor do Telespectador apresentar o Relatório referente a
2007 sobre a actividade desenvolvida. Igualmente como estabelece a citada
Lei, no n.º 4 do Artigo 23-D, este relatório destina-se a ser entregue à ERC,
Entidade Reguladora para a Comunicação Social, sendo posteriormente
divulgado através da página do Provedor do Telespectador abrigada no sítio da
Rádio e Televisão de Portugal, S.A. (www.rtp.pt). Será ainda enviado para a
Assembleia da República e entregue ao Conselho de Administração da RTP.
O presente Relatório está dividido em seis capítulos. Após o 1.º capítulo de
apresentação do Relatório/2007, segue-se um 2.º capítulo em que se releva
os três principais vectores de actuação do Provedor do Telespectador. O 3.º
capítulo representa uma das partes mais significativas e importantes deste
relatório. Inscreve o estudo realizado pelas sociólogas, Sandra Costa e Patrícia
Chaves. O estudo procede a uma análise de conteúdo, por amostragem, a um
conjunto representativo das mensagens electrónicas recebidas no GAP –
Gabinete de Apoio aos Provedores durante o ano de 2007.
Este ponto, 3.1, só por si poderia constituir um documento autónomo. É
importante para se perceber, de modo mais extensivo, o perfil daqueles
Telespectadores que enviam mensagens para o Provedor ou para o GAP, o
conteúdo substantivo dessas mesmas mensagens, que reclamações
apresentam, que críticas fazem, que louvores tecem.
Uma vez que esta relação de interactividade de correspondência com os
Telespectadores é, de alguma maneira, a razão mais forte da existência de um
provedor e ao mesmo tempo é a sustentação da rede de informação
estabelecida entre Provedor, GAP e Telespectadores, torna-se imprescindível
dar-lhe grande atenção. O capítulo 4º é dedicado ao programa do Provedor «A
Voz do Cidadão». Refere os objectivos do programa e justifica a metodologia
adoptada na concepção e apresentação deste programa. No capítulo 5º
1
Apresentação do Relatório referenciamos as principais actividades do GAP como estrutura de apoio ao(s)
provedor(es) e fazemos uma breve análise ao seu funcionamento.
O capítulo 6.º elabora um conjunto de «Considerações Finais», onde deixamos
uma análise ao próprio Relatório/2007 ou seja à própria actividade do
Provedor e do GAP e registamos algumas conclusões que desejaríamos
fossem tomadas na devida conta por quem de direito.
Recolhe-se depois vários Anexos, onde se arquiva documentação considerada
de algum aprofundamento para a informação dos destinatários directos ou
simples leitores deste Relatório/2007. Chamamos especialmente à atenção
dos dados apresentados em quadros (figuras ou gráficos) e de outros
documentos que foram objecto de comunicados específicos no sítio do
provedor, abrigado no portal electrónico da RTP.
AGRADECIMENTOS
Antes de concluir esta apresentação, julgo da maior justiça deixar registados
agradecimentos a todos aqueles que, de modo directo ou indirecto,
contribuíram para o desenvolvimento de todas as actividades levadas a efeito
durante este ano de 2007:
Ao Professor Rui Brites, docente e investigador do ISCTE, a minha gratidão
pelo apoio técnico e metodológico que deu para o capítulo de análise de dados
deste Relatório/2007.
Ao Conselho de Administração da RTP, S.A., pela colaboração prestada
quanto aos meios técnicos e administrativos disponibilizados ao Provedor e ao
GAP.
À RTP – Meios de Produção, na pessoa do seu director, Dr. António Borga,
que tem apoiado, de modo decidido e empenhado, a realização do programa
2
Apresentação do Relatório semanal «A Voz do Cidadão». Uma palavra de gratidão a todos os
profissionais da RTP que colaboram na construção deste programa.
Aos Directores de Informação e de Programas, durante 2007, respectivamente,
Luís Marinho e Nuno Santos, aos directores adjuntos, directores executivos e
todos os responsáveis destas direcções de conteúdos, agradeço a colaboração
prestada.
Ao Director da RTP2, Dr. Jorge Wemans, e aos subdirectores Paula Moura
Pinheiro e Bruno Santos, uma palavra de agradecimento pela boa colaboração
e compreensão manifestadas para com o exercício desta missão.
Aos jornalistas e profissionais das mais diversas secções de actividade da RTP
agradeço a compreensão manifestada. Com papéis diferenciados o objectivo
no desempenho das funções que a cada um diz respeito é contribuir para uma
RTP ao serviço dos Telespectadores.
À Direcção de Emissão e Arquivo, nas pessoas do seu director, Luís Silveira e
da chefe de departamento, Margarida Vicente, agradeço toda a atenção e
paciência, na colaboração da pesquisa de imagens para «A Voz da Cidadão».
Ao gabinete de Tecnologias de Transmissão e Difusão, na pessoa da Eng.ª
Teresa Abreu e a todo o pessoal pela colaboração prestada.
Ao pessoal dos serviços “Help-Desk” pelo “pronto socorro” em várias ocasiões
junto do GAP.
Ao serviço de Documentação e Arquivo Histórico pelo precioso auxílio em
documentação solicitada.
Ao Subdirector dos Multimédia, Francisco Teotónio Pereira, e profissionais
destes serviços pela pronta resposta aos nossos pedidos.
3
Apresentação do Relatório Um agradecimento muito sensibilizado a todos os colaboradores do GAP, cujos
nomes aqui deixo registados: Carmo Arantes, Gabriela Santos, Viriato Teles,
Patrícia Chaves e Sandra Costa. Permitam-me que destaque a forma
inteligente e profissional como chefiou este Gabinete a Dr.ª Fernanda
Mestrinho.
Do meu colega Provedor do Ouvinte, Dr. José Nuno Martins, firme
companheiro e amigo no desempenho desta difícil e delicada missão, guardarei
com gratidão o apoio, compreensão e solidariedade.
A toda a equipa e direcção da produtora “Até ao Fim do Mundo” um muito
obrigado por todo o empenho posto na produção de “A Voz do Cidadão”.
Por último, um enorme agradecimento a todos os Telespectadores que com as
suas críticas ou palavras de compreensão me ajudaram a construir esta
experiência nova numa vida e num trajecto que vão sendo velhos.
UM REGISTO ESPECIAL: Conforme é do conhecimento público neste ano de 2007 a RTP
comemorou o seu 50.º aniversário. O livro «RTP50 ANOS DE HISTÓRIA», escrito por Vasco
Hogan Teves e com prefácio de António Barreto, é um documento indesmentível de como
estes cinquenta anos de vida não estão só ligados à história da RTP, mas à própria história
deste país.
4
Principais Vectores de Actividade do Provedor 2 – PRINCIPAIS VECTORES DE ACTIVIDADE DO PROVEDOR
Dispensados os considerandos iniciais que o ano passado achei por bem
introduzir uma vez que se tratava do primeiro ano de actividade, vou construir o
presente relatório numa lógica o mais factual possível. Não significa, porém,
que dispense a qualquer altura recordar os objectivos que me propus alcançar
e os pressupostos do entendimento pessoal em que desenvolvi a função de
Provedor do Telespectador.
No âmbito do programa que traçámos para o desempenho da nossa actividade,
privilegiámos três vertentes principais, a saber:
1- Estabelecimento de uma continuada intercomunicação com os
Telespectadores;
2- Comunicações internas dirigidas aos Directores responsáveis pelos
diferentes canais ou serviços, e em particular, às Direcções de
Informação e de Programas, com a apresentação de relatórios
intermédios e pontuais reuniões de trabalho solicitadas;
3- Concepção e apresentação do programa semanal «A VOZ DO
CIDADÃO».
Ao longo deste Relatório/2007 se perceberá melhor as acções desenvolvidas
no âmbito destes três pontos. Todavia, enunciamos desde já mais
concretamente as actividades concernentes a estes vectores principais.
5
Principais Vectores de Actividade do Provedor 2.1 – A PALAVRA DOS TELESPECTADORES Conforme já no Relatório/2006 deixámos bem explícito, elegemos este campo
como um vector forte e determinante da nossa actividade.
Primeiro, porque ele representa o vector essencial de ligação aos
Telespectadores pois são eles que, afinal, justificam o exercício da missão de
um Provedor do Telespectador.
Segundo, porque viabiliza o indispensável contacto com os Telespectadores
de modo a colher as suas reflexões e comentários de forma continuada e
quase se pode dizer em tempo real.
Depois, porque a experiência realizada na manutenção deste correio
permanente com os Telespectadores constituiu uma componente das mais
importantes e fecundas para as acções desenvolvidas pelo Provedor e pelo
GAP – Gabinete de Apoio ao Provedor.
É certo que manter este serviço de correspondência ocupa demasiadamente
as pessoas disponíveis no GAP. De tal modo que a própria chefe de Gabinete
tem de assumir essa tarefa e, em determinados momentos do ano, quase em
exclusivo.
Como vemos no Gráfico 1, efectivamente, é elevado o volume de
correspondência recebida. Ao longo do ano recebemos, por via electrónica 16
237 mensagens e por carta ou correio tradicional 462 missivas (Gráfico 3).
Destas, conforme refere o Gráfico 2, demos resposta individual a 7 114 e-mails
(59 %).
6
Principais Vectores de Actividade do Provedor
Correspondência Electrónica no GAP no ano de 2007
Gráfico 1.
N = 16 237
Mensagens recebidas; 12034; 74%Mensagens transcritas
de blogues, de grupos ou movimentos;
4203; 26%
Mensagens recebidas
Mensagens transcritas de blogues, degrupos ou movimentos
Não respondemos a transcrições de «blogues» (4 203 correspondendo a 26 %
das unidades mensagens recebidas), o que não quer dizer que não
merecessem atenção, até porque muitos dos assuntos neles levantados são
pertinentes para a actuação do provedor.
Por outro lado, e relativamente às mensagens de grupos ou movimentos
associativos, a resposta não é individualizada. Esta categoria de mensagens
corresponde, em regra, a tomadas de posição colectivas a favor ou contra de
determinadas questões, temas ou de conteúdos em referência à informação ou
à programação da RTP ou então a assuntos que estão a ser debatidos na
sociedade civil. (Servem de exemplificação os movimentos a favor ou contra a
interrupção voluntária da gravidez / referendo sobre o aborto, a favor ou contra
a exibição de touradas, etc.). Por norma, as questões levantadas nestas
missivas (electrónicas ou por cartas) ou são objecto de uma só resposta ou têm
resposta na Página do Provedor do Telespectador ou são levadas para
7
Principais Vectores de Actividade do Provedor consideração ao programa A Voz do Cidadão. Neste conjunto inclui-se um
residual de mensagens que não obtêm resposta ou porque pela natureza do
assunto exposto não requerem resposta ou o próprio espectador a dispensa.
Correspondência Electrónica Respondível no ano de 2007
Gráfico 2.
N = 12 034
Mensagens não respondidas;
4920; 41%
Mensagens respondidas;
7114; 59%
Mensagens respondidasMensagens não respondidas
Relativamente à correspondência tradicional, recebemos 462 cartas, tendo
respondido a 411 (ver Gráfico 3).
Comparativamente ao ano passado, há um aumento relativo de mensagens
recebidas, mas em proporção há uma diminuição. E isto porquê? Em 2006 o
sistema de correspondência apenas foi viabilizado a partir do mês de Agosto.
Nesse ano o número total de mensagens somou 9 502. Conforme
interpretámos no Relatório/2006 esse elevado número de mensagens (um
valor global recordista em relação a outros países) poderia ser atribuível a
diversos factores tais como:
a) uma forte sensibilidade e sentido crítico dos portugueses ao fenómeno
televisivo;
8
Principais Vectores de Actividade do Provedor
b) a dependência que determinados segmentos da população portuguesa
ainda têm do espectáculo e informação de televisão;
c) o imediatismo de reacção do «saber popular» ao visto e dito em
televisão;
d) e ainda ao facto de os Telespectadores considerarem o serviço público
de televisão um bem colectivo pago por eles (financiamento público) e
feito para eles.
Cartas recebidas no GAP no ano de 2007
Gráfico 3.
N = 462
Cartas não respondidas: 51
11%
Cartas respondidas individualmente: 411
89%
Cartas respondidas individualmente
Cartas não respondidas
No seu cômputo geral, o volume de correspondência recebido mantém a
validade dos factores explicativos acima mencionados. A média que se pode
estabelecer no confronto entre os anos de 2006 e 2007 indica uma efectiva
diminuição, mas continua alta em referência a experiências similares noutros
países ou até noutros media. Contudo, é natural admitir uma estabilização
9
Principais Vectores de Actividade do Provedor nesta interactividade de correspondência com os Telespectadores, por via de
uma perda de novidade, de menor credibilidade no serviço prestado pela acção
do provedor ou até porque, em certos casos, as questões levantadas pelos
telespectadores foram atendidas e deixaram de existir.
Contrariamente ao projectado, não foi possível ainda este ano proceder a um
estudo mais aprofundado e mais globalizante de análise ao universo das
mensagens recebidas. De facto, correspondendo ao nosso pedido foi
disponibilizado pela Administração da RTP a aquisição de um programa de
análise SPSS – Statistical Package for the Social Sciences, embora sem
algumas valências necessárias para o procedimento adequado de pesquisa.
Todavia, a não instalação atempada de um sistema de gestão da
correspondência electrónica prejudicou uma análise extensiva sobre o total das
mensagens recebidas e, por isso, tivemos de recorrer a um processo de
análise apenas por amostragem e no conjunto de procedimentos explicitados
no respectivo capítulo adiante incluído neste Relatório/2007 (Cf. Capítulo 3)
Não obstante a redução sobre o número global de mensagens recebidas e que
uma análise deste tipo por amostragem implica, o aprofundamento de aspectos
específicos permite-nos pormenorizar melhor a informação extraída dos dados
recolhidos nos diferentes itens analisados.
No capítulo 3 (pontos 3.1 e 3.1.4) vamos dar lugar destacado ao estudo de
análise de conteúdo levada a efeito pelas sociólogas Sandra Costa e Patrícia
Chaves. De qualquer modo, desde já julgamos poder divulgar alguns pontos
que esse estudo revela e que colocam a pertinência de aprofundar os
elementos informativos fornecidos pelas mensagens dos telespectadores. São
aspectos a ter em conta:
- O «pedir de contas» contínuo à RTP e à sua actuação é uma condição derivada do facto da RTP ser um operador com o estatuto de «serviço público» e, como tal, sustentado por financiamento do Estado, ou seja com dinheiros públicos adquiridos dos impostos dos cidadãos contribuintes.
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Principais Vectores de Actividade do Provedor - Os Telespectadores consideram este factor, de “serviço público”, determinante para a exigência que manifestam para com a RTP. - Porventura, esta condição é a razão de ser para a posição dos Telespectadores em ver na RTP obrigações especiais. E esta posição em nada se modifica, pelo facto de parte das receitas da RTP ser proveniente da exibição de publicidade. Tão pouco é conhecida, por parte dos Telespectadores, a imposição do actual Contrato de Concessão que exige essa receita ter de reverter na sua totalidade para abatimento da dívida contraída pela RTP. - Nesta posição de quase natural estado de reclamação contrapõem-se duas atitudes frontais: a) Por um lado, a exigência do cumprimento do «estatuto de serviço público», mesmo que sem uma manifesta explicitação daquilo que compete por essa condição, ou seja de quais sejam afinal as obrigações que daí derivam, mas sobretudo, por diferenças evidentes e em contraponto face aos outros operadores privados e/ou comerciais. b) Por outro lado, esta exigência exprime-se no desejo de que a RTP, «a sua televisão» está obrigada a superar os outros operadores em tudo, e até no domínio das audiências, ou na prestação de serviços por eles considerados públicos como seja a transmissão da Fórmula 1 ou do Campeonato do Mundo de rugby. - Relativamente ao conteúdo das mensagens, tal como o estudo releva, prevalecem as considerações de carácter negativo sobre aquelas de apoio ou apreciação positiva à actuação da RTP. (Cf. Quadros 7, 8 e Quadros 22 e 23 em Anexo).
- Para se perceber sobre que assuntos incide essa apreciação negativa ou positiva dos Telespectadores é necessário ler-se com atenção a análise feita em pormenor e inserida no capítulo 3 deste Relatório. Todavia, importa desde já referir que tal como no ano passado o assunto sobre o qual recai o maior número de apreciações negativas é o que diz respeito à PROGRAMAÇÃO (11,7%). No que diz respeito à INFORMAÇÃO, de modo explícito, temos uma percentagem de 5,9%. - Por outro lado, é interessante verificar que qualquer que seja a habilitação literária dos Telespectadores a incidência nestas categorias (Programação/Informação) se mantém. (Cf. Gráfico 3 ou Quadro 11 em Anexo). E de igual modo, o mesmo se verifica, seja qual seja a proveniência geográfica das mensagens analisadas. (Cf. Quadro 12 em Anexo).
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Principais Vectores de Actividade do Provedor - Embora como salientamos no estudo das mensagens, e pela impressão que colhemos das horas de registo do envio dos «e-mails», as reacções são muitas vezes «epidérmicas», isto é, de reacção imediata, sobre a hora. Mas não deixa de ser um factor importante ponderar que são as pessoas que possuem um grau elevado de formação que se manifestam em maior percentagem. - As regiões com maior número de mensagens enviadas são a Grande Lisboa (39,7%) e o Grande Porto (21,2%) e o Centro Litoral (20%). Causa-nos uma certa intriga a fraca «participação» de Telespectadores das Regiões da Madeira e dos Açores. - Conforme em várias outras ocasiões temos salientado, em especial, no programa «A
Voz do Cidadão», o canal alvo da grande maioria das mensagens recebidas (de apreciação
negativa ou positiva) é a RTP1. Tal constatação levanta sérias reflexões sobre a derivação estatutária em objectivos e conteúdos que, regra geral, e até através das obrigações cometidas pelo Contrato de Concessão, se atribuem aos diferentes canais ou serviços. - Seja como for, e neste aspecto as mensagens com proveniência do estrangeiro que no global anual do estudo somam 5,8%, reclamam uma atenção muito especial à RTP Internacional e à RTP África. Sobre esta questão tomaremos uma posição no capítulo “Considerações Finais”. Interessante verificar como a quadra de Natal (Dezembro e Janeiro) desperta nos cidadãos portugueses a residir no estrangeiro uma atenção às coisas da pátria – no mês de Janeiro este valor atingiu 16,5 %.
Obviamente as considerações incluídas neste capítulo não dispensam uma
leitura mais atenta e criteriosa do capítulo que vai seguir-se «Análise de
Conteúdo da Correspondência Electrónica: Um Estudo por Amostragem». Aliás
será no 3.º capítulo deste Relatório que igualmente daremos algum destaque a
uma leitura impressiva da outra componente constante da correspondência dos
nossos Telespectadores, as cartas recebidas por correio tradicional. Este
mesmo Relatório só posteriormente vai assumir uma série de reflexões finais
tomando em linha de conta a informação que esta vertente da interacção
contínua de correspondência com os Telespectadores nos fornece em ordem
ao cumprimento da missão do provedor e é por assim dizer o contributo
fundamental para o desenvolvimento da sua actividade.
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Principais Vectores de Actividade do Provedor 2.2. - OS «RECADOS PARA DENTRO» Tenho frequentemente utilizado a expressão «recados para dentro» para
referenciar aquele conjunto de comunicações internas que dirijo aos Directores
de Informação e de Programas e aos responsáveis de vários serviços e
departamentos da RTP. A necessidade de dar respostas aos Telespectadores
obriga-nos várias vezes a interpelar os responsáveis visados nas queixas ou
reparos que os Telespectadores dirigem ao GAP. Portanto, grande parte das
comunicações internas entre GAP e responsáveis de serviços tem apenas a
finalidade de obter a informação sobre a questão ou assuntos que os
Telespectadores colocam ao provedor.
Mas devo confessar que sou avesso a «lavar roupa suja» à vista desarmada.
Ou seja, alguns Telespectadores, e em especial colegas académicos e críticos
de televisão defendem que eu deveria ser mais opinativo, mais incisivo.
Particularmente, deveria trazer à luz da opinião pública através de
comunicados e do programa semanal «A Voz do Cidadão» a verberação contra
determinados comportamentos ou situações face aos conteúdos emitidos e
seus responsáveis. Reconheço que tenho evitado este procedimento.
Sobretudo, tenho evitado, a não ser muito excepcionalmente, referenciar
atitudes pessoalmente visadas.
Daí considero importante este procedimento de «recados para dentro» que
deixo expressos nas reuniões ou nos reparos internos. Reconheço que no
programa as minhas advertências ou até tomadas de posição tenham sido
ténues ou pouco definidas.
De qualquer maneira, para se poder constatar mais concretamente e avaliar as
posições por mim assumidas no programa «A Voz do Cidadão», resolvi inserir
nos Anexos os textos de todos os programas (Cf. em Anexo).
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Principais Vectores de Actividade do Provedor 2.3. – O PROGRAMA DO PROVEDOR
Dando cumprimento à obrigação que a Lei n.º 2/2006, de 14 de Fevereiro, na
sua alínea e) do n.º1 do Art.º 27 estipula no sentido do Provedor dever
«assegurar a edição de um programa semanal sobre matérias da sua
competência, com uma duração mínima de 15 minutos, a transmitir em horário
adequado», o programa «A Voz do Cidadão» teve no decurso de 2007
quarenta e quatro edições.
Conforme tem sido entendimento da própria RTP, o programa é exibido sobre
os oito canais do serviço da RTP, com o horário habitual que o quadro abaixo
menciona.
Horários de emissão de “A Voz do Cidadão”
Quadro 1. RTP1 Sábado 21:00 RTP2 Domingo 14:45 RTPN Domingo 22:15
RTP Internacional Domingo 19:00 RTP África Domingo 21:00
RTP Memória Domingo 21:15 RTP Madeira Sábado 21:35 RTP Açores Sábado 20:45
A concepção, realização e exibição do programa “A Voz do Cidadão”
preenchem grande parte da actividade do Provedor e do GAP. Consideramos
por isso um importante vector da actividade do Provedor, tanto mais que é este
programa que dá a maior visibilidade pública ao papel e à acção do Provedor e
do próprio GAP. Mais adiante e no contexto deste Relatório/2007 dedicarei
todo um capítulo às várias considerações e análise sobre o programa.
14
Análise de Conteúdo da Correspondência Electrónica: um estudo por amostragem
3. ANÁLISE DAS MENSAGENS RECEBIDAS NO GAP
Este capítulo, que compreende o estudo de análise às mensagens
electrónicas, é da autoria das sociólogas Patrícia Chaves e Sandra Costa.
3.1. ANÁLISE DE CONTEÚDO DA CORRESPONDÊNCIA ELECTRÓNICA: UM
ESTUDO POR AMOSTRAGEM
3.1.1. OBJECTIVOS E CRITÉRIOS METODOLÓGICOS
O presente estudo insere-se no âmbito da actividade da Provedoria. O seu
objectivo consiste na codificação e tratamento estatístico dos conteúdos
enviados para o Gabinete de Apoio ao Provedor (GAP) e assume-se como um
instrumento de análise que possibilita a caracterização dos Telespectadores
que interagem com o Provedor.
O recurso à técnica de análise de conteúdo ficou a dever-se à possibilidade de
sistematizar e reduzir a informação de forma a tornar comparável o material
empírico. Uma das maiores vantagens da análise de conteúdo, face às outras
técnicas, é a de funcionar como uma técnica não-obstrutiva. Portanto, poder
incidir sobre material que não foi produzido com o fim de servir a investigação
empírica.
Assim, através de procedimentos sistemáticos e objectivos dos conteúdos das
mensagens é possível obter indicadores quantitativos e/ou qualitativos para
inferir sobre as condições de produção/recepção desses mesmos conteúdos.
Os especialistas na área da comunicação afirmam que os meios de
comunicação de massas para além de entretenimento reflectem ordenamentos
institucionais da sociedade. São tidos como elementos poderosos que moldam
a opinião pública e que podem encerrar uma relação causal com diversas
características sociais. O interesse de um estudo aprofundado sobre estas
mensagens, via e-mail, reside na possibilidade de conhecer e saber o que
15
Análise de Conteúdo da Correspondência Electrónica: um estudo por amostragem
move estas pessoas a contactar o Gabinete do Provedor. Qual o teor da sua
abordagem? Será que o sexo, a idade, a profissão e a própria localização
geográfica, entre outros factores, demarcam tendências relevantes? Que
exigências fazem? De que forma os Telespectadores se posicionam face ao
Serviço Público de Televisão?
Uma das principais actividades do Gabinete do Provedor, desde o início da sua
formação, é assegurar a interactividade com aqueles que vêem televisão. Para
isso, foi disponibilizado em Agosto de 2006 um endereço electrónico
([email protected]) e indicada a direcção de correio (Gabinete do
Provedor, RTP, Avenida Marechal Gomes da Costa, 37, 1849-030 Lisboa), de
modo a que todos pudessem dirigir-se ao Gabinete, apresentando as suas
críticas, queixas, sugestões, dúvidas ou elogios sobre os serviços RTP.
A recepção das mensagens acontece maioritariamente via e-mail mas também,
em menor número, por carta. Através da página da RTP (www.rtp.pt), é
possível aceder ao “sítio” do Provedor do Telespectador onde se encontra um
espaço próprio para o envio das mensagens, incentivando o Telespectador ao
preenchimento de uma breve ficha de caracterização1.
Com base no preenchimento desta ficha de caracterização é possível,
posteriormente, trabalharem-se os elementos na base de dados. As primeiras
variáveis a serem consideradas são as sociográficas: “sexo”; “idade”;
“profissão”; “estado civil” e “procedência da mensagem”. No caso de chegarem
do estrangeiro, considera-se o País, se tiverem origem em território nacional,
considera-se o Distrito ou Ilha. As mensagens são ainda passíveis de serem
identificadas pelos próprios emissores como: “crítica”; “dúvida”; “queixa”;
“sugestão” ou “satisfação”, embora, na prática, cada mensagem possa conter
mais do que uma destas categorias.
No âmbito da base de dados propriamente dita, construída em SPSS
(Statistical Package for Social Sciences), procurou-se primeiramente distinguir
1 Ver Figura 1, em Anexo.
16
Análise de Conteúdo da Correspondência Electrónica: um estudo por amostragem
as mensagens aplicáveis daquelas que não são válidas para análise. Por outro
lado, interessou assinalar o “emissor da mensagem” pelo facto de existirem
mensagens provenientes de grupos e/ou associações de pessoas, por
exemplo, uma turma de alunos, uma associação ou um partido político. Foi
importante também identificar o “destinatário da mensagem”, uma vez que por
vezes os conteúdos são dirigidos inadvertidamente ao Provedor do Ouvinte ou
a outros serviços da RTP. E, apesar da maioria das mensagens dizer respeito
a um canal de Televisão especificamente, muitas referem-se à Televisão
genericamente.
Uma outra componente da base de dados é constituída por variáveis que
discriminam os “visados” das mensagens. Sobre quem fala a mensagem? –
”Jornalistas”; “Locutores/Apresentadores”; “Gabinete Multimédia”,
“Colaboradores”; “Gabinete de Tecnologias”; “Direcção”; “Arquivo” e “Provedor
do Telespectador”.
Não menos importante é o lugar para codificar as diversas temáticas expressas
pelos Telespectadores, desde “Programação”; “Futebol”, “Arte e Cultura”;
“Informação”; “Multimédia”; “Publicidade”; “Direitos de Emissão”, etc.
Das 12 034 mensagens recebidas via electrónica no ano de 20072, decidiu-se
analisar as referentes a uma semana3 de cada um dos seguintes meses:
Janeiro; Abril; Maio; Agosto e Outubro.
A opção de um processo de amostragem não-probabilística ou não-aleatória4
intencional deveu-se, sobretudo, ao pouco tempo disponível para a inserção
dos dados no software de análise estatística, o SPSS, resultado da
acumulação de tarefas no contexto do trabalho desenvolvido no GAP. Por outro
2 Consultar o Quadro 1, em Anexo. 3 Exactamente sete dias. 4 Neste tipo de amostragem a probabilidade de um determinado elemento pertencer à amostra não é igual à dos restantes elementos. Esta amostra pode, ou não, ser representativa da população em estudo. Neste cenário específico não foi possível obter uma amostra probabilística ou aleatória devido a limitações de tempo.
17
Análise de Conteúdo da Correspondência Electrónica: um estudo por amostragem
lado, em função do conhecimento dos ritmos da recepção de mensagens5,
procurou-se dispersar a análise por diferentes meses do ano, na tentativa de
captar essas expressividades temporais.
O número total de mensagens analisadas é de 1163. Porém, na medida em
que o Formulário Online – principal fonte do envio de mensagens para o
Provedor – só ficou completo em Abril de 2007, as mensagens que dizem
respeito ao mês de Janeiro foram analisadas separadamente (ver página 44).
Definiu-se previamente que a cada mês corresponderia uma semana, como
sintetiza a Figura 1:
Distribuição e número de mensagens analisadas Figura 1.
JANEIRO 07 (1ª SEMANA:
DE 1 A 7)
N= 238
FEVEREIRO 07 (2ª SEMANA:
NÃO FOI ANALISADO)
MARÇO 07 (3ª SEMANA:
NÃO FOI ANALISADO)
ABRIL 07 (4ª SEMANA: DE 23 A 29 )
*FORMULÁRIO COMPLETO
N= 262
MAIO 07 (1ª SEMANA:
DE 1 A 7) N= 282
JUNHO 07 (2ª SEMANA:
NÃO FOI ANALISADO)
JULHO 07 (3ª SEMANA:
NÃO FOI ANALISADO)
AGOSTO 07 (4ª SEMANA: DE 20 A 26)
N= 135
SETEMBRO 07 (1ª SEMANA:
NÃO FOI ANALISADO)
OUTUBRO 07 (2ª SEMANA: DE 8 A 14)
N= 246
5 A observação dos números relativos às mensagens recebidas, nos meses possíveis de comparar, mostra-nos que a fluência aumenta em Setembro e Outubro – um possível reflexo da nova grelha de programação que é apresentada na mesma altura. Para conhecer a fluência de mensagens recebidas nos anos de 2006 e 2007 ver o Quadro 2, em Anexo.
18
Análise de Conteúdo da Correspondência Electrónica: um estudo por amostragem
Antes de passarmos à apresentação da análise dos dados de Janeiro; Abril;
Maio; Agosto e Outubro interessa conhecer o número total de mensagens
recebidas durante cada um desses meses: Número de mensagens recebidas nos meses em análise
Figura 2. Janeiro 1297
Abril 978
Maio 956
Agosto 735
Outubro 1414
19
Apresentação dos Resultados
3.1.2. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS PARA OS MESES DE ABRIL, MAIO, AGOSTO E OUTUBRO
3.1.2.1. ANÁLISE SOCIOGRÁFICA DOS TELESPECTADORES O somatório das mensagens correspondentes às quatro semanas em estudo
perfaz um total de 925 mensagens. Contudo, 80,8% foram validadas para
análise e 19,2% não podem ser estudadas por serem repetidas; não dirigidas
ao Provedor (por exemplo, publicidade); ou simplesmente porque chegaram à
caixa de correio sem conteúdo, portanto, estão em análise 747 mensagens.
A maioria dos indivíduos que contactaram o Provedor do Telespectador é do
sexo masculino, 70,6%, contra 29,4% do sexo feminino6.
Sexo dos Indivíduos (%)
Figura 3.
N = 731
70,6
29,4
Masculino
Feminino
6 Nem sempre foi possível conhecer o sexo dos Telespectadores, uma vez que nem sempre assinalaram o sexo, escreveram o nome e/ou utilizaram um endereço electrónico que deixasse antever essa informação.
20
Apresentação dos Resultados
58,7% dos indivíduos assinalaram estar casados ou a viver em união de facto;
33,2% são solteiros e 7,2% são divorciados.
Estado Civil (%) Figura 4.
N = 446
58,7
33,2
7,2
0,9
0 20 40 60 80
Viúvo
Divorciado
Solteiro
Casado/Uniãode Facto
O intervalo de idades onde se inclui um maior número de indivíduos é o dos
[25-34] com 28,4% de indivíduos. Por ordem decrescente encontramos o
intervalo dos [35-44] 16,8%; [45-54] 16,5%; [15-24] 15,4%; [55-64] 14%; [> 64[
8,2%; e, finalmente ]<14] 0,7%.
Participação por Escalões Etários (%)
Figura 5.
N = 559
8,2
14,016,516,8
28,4
15,4
0,7
0
5
10
15
20
25
30
35
< 14 15-24 25-34 35-44 45-54 55-64 > 64
21
Apresentação dos Resultados
Das 528 pessoas que assinalaram as habilitações literárias, 58,1% têm ou
frequentam o Ensino Superior; 33,9% o Ensino Secundário e, os restantes, que
completaram o Ensino Básico (1º; 2º e 3ºs ciclos) têm valores muito pouco
significativos.
Os resultados da Figura 6 estão em concordância com o que vimos
relativamente às idades. A maioria das pessoas está entre os 15 e os 44 anos,
podendo-se concluir que se tratam, sobretudo, de indivíduos no activo; jovens
recém-licenciados e estudantes.
Habilitações Literárias (%)
Figura 6.
N =528
1,1
1,5
5,3
33,9
58,1
0 10 20 30 40 50 60 70
Ensino básico, 1ºCiclo
Ensino básico, 2ºCiclo
Ensino básico, 3ºCiclo
EnsinoSecundário
Ensino Superior
22
Apresentação dos Resultados
No sentido de se aprofundar as ocupações dos inquiridos foi incluído no
formulário um espaço livre para designar a profissão.
As 414 respostas recolhidas foram posteriormente agrupadas segundo a
Classificação Nacional de Profissões, tendo-se previamente distinguido
aqueles que “exercem uma profissão” daqueles que se identificaram como
“Desempregados”; “Estudantes”; “Reformados” ou “Domésticas”.
Ocupação Profissional (%)
Figura 7.
N = 414
73,4
26,6
Exerce profissão
Não exerce profissão
23
Apresentação dos Resultados
Contudo, uma vez que o peso daqueles que não “exercem uma profissão” é
considerável, optou-se por tomar em conta todas as categorias em conjunto.
Assim, da leitura da Figura 8 salienta-se a presença dos “Especialistas das
Profissões Intelectuais e Científicas” (36,5%); 14,7% “Estudantes”; 12,8%
“Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio”; 10,1% “Reformados”; 8,5%
enquadram-se na categoria “Pessoal Administrativo e Similares” e 7%
pertencem aos “Quadros Superiores da Administração Pública, Dirigentes e
Quadros Superiores de Empresa”.
Ocupação dos Inquiridos (%)
Figura 8.
N = 414
36,5
14,7
12,8
10,1
8,5
7,0
2,4
1,9
1,7
1,4
1,2
0,7
0,7
0,2
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Domésticas
Trabalhadores Não Qualificados
Militares
Operadores de Instalações e Máquinas eTrabalhadores da Mont
Desempregados
Agricultores e TrabalhadoresQualificados da Agricultura e P
Operários, Artífices e TrabalhadoresSimilares
Pessoal dos Serviços e Vendedores
Quadros Superiores da AdministraçãoPública, Dirigentes e Qu
Pessoal Administrativo e Similares
Reformados
Técnicos e Profissionais de NívelIntermédio
Estudantes
Especialistas das Profissões Intelectuaise Científicas
24
Apresentação dos Resultados
A proveniência das mensagens é maioritariamente do território nacional. Ainda
assim, 5,8% chegaram do Estrangeiro: 9 mensagens do Brasil; 7 de França; 4
do Reino Unido e da Alemanha; 3 da Suíça; 2 da Bélgica e uma de cada um
dos seguintes países: Suécia; Rússia; República Checa; Nova Zelândia;
Moçambique; China; Luxemburgo; Itália; EUA; Espanha; Canadá e Argentina.
O canal alvo da maioria destas mensagens é a RTP Internacional, os
conteúdos prendem-se, sobretudo, com o não cumprimento de horários e a
exigência de coerência na grelha de programação. A emissão online e as
touradas são outros dos assuntos mais referidos. Grande parte destas
mensagens do estrangeiro provém de emigrantes portugueses ou de luso
falantes.
Procedência das Mensagens Vindas do Estrangeiro (ocorrências) Figura 9.
12
2
3
4
4
7
9
0 2 4 6 8 10 12 14
Outros
Bélgica
Suíça
Alemanha
Reino Unido
França
Brasil
Nº de Respostas = 41
25
Apresentação dos Resultados
A maioria das mensagens recebidas no Gabinete de Apoio aos Provedores
vem de Lisboa e Porto, 26,4% e 21,2% respectivamente. De seguida, porém
com valores um pouco inferiores, surgem os distritos de Setúbal (10,3%),
Santarém, Coimbra e Braga com 6,2%.
Procedência das Mensagens, por Distritos e Ilhas (%) Figura 10.
N = 485
26,4
21,2
10,3
6,2
6,2
6,2
4,3
3,3
2,9
2,7
2,1
2,1
1,9
0,2
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,0
0 5 10 15 20 25 30
Guarda
R. Autónoma dos Açores
R. Autónoma da Madeira
Beja
Viana do Castelo
Bragança
Viseu
Castelo Branco
Portalegre
Vila Real
Évora
Faro
Leiria
Aveiro
Braga
Coimbra
Santarém
Setúbal
Porto
Lisboa
26
Apresentação dos Resultados
Com o propósito de facilitar o manuseamento dos dados procedeu-se à
agregação dos distritos e ilhas, em regiões. O mapa seguinte apresenta essa
divisão:
Norte L itoral
G rande Porto
Cen tro L itoral
In terior
G rande L isboa
A lentejo
A lgarve
Norte L itoral
G rande Porto
Cen tro L itoral
In terior
G rande L isboa
A lentejo
A lgarve
Norte L itoral
G rande Porto
Cen tro L itoral
In terior
G rande L isboa
A lentejo
A lgarve
À semelhança do que se observou na Figura 10, confirmamos, através da
Figura 11, que a maior percentagem de mensagens chegou, por ordem
decrescente, das regiões da Grande Lisboa (36,7%); Grande Porto (21,2%) e
Centro Litoral (20%).
27
Apresentação dos Resultados
Procedência das Mensagens, por Regiões (%)
Figura 11.
N = 485
36,7
21,2
20,0
7,0
6,2
5,4
2,9
0,4
0,2
0 10 20 30
RAA
RAM
Algarve
Alentejo
Interior
Norte Litoral
Centro Litoral
Grande Porto
Grande Lisboa
40
28
Apresentação dos Resultados
3.1.2.2. IDENTIFICAÇÃO DOS CONTEÚDOS DAS MENSAGENS
A maioria das mensagens, 93,3%, chegou através da página do Provedor
online e apenas 6,7% são provenientes dos correios pessoais.
Meio utilizado para o envio da Mensagem (%)
Figura 12.
N = 747
6,7
93,3
E-mailPágina RTP
Isto significa que 697 mensagens, das 747 que foram validadas para análise,
foram recebidas através da página online, portanto, sujeitas ao preenchimento
parcial ou total do formulário.
Apesar de a grande parte dos e-mails ter origem individual, algumas
mensagens foram identificadas como tendo sido enviadas por grupos. Quanto
aos conteúdos específicos destes e-mails, estes prendem-se com a divulgação
do próprio grupo e/ou acontecimento com ele relacionado, bem como, com a
reivindicação da sua participação no painel de convidados de programas de
debate.
Todavia, isto não significa que entre os e-mails que chegaram “no singular”,
não se incluam também forwards ou blocos de texto explicitamente
incentivados por associações e/ou outras colectividades.
29
Apresentação dos Resultados
96,2% das mensagens recebidas no Gabinete do Provedor foram dirigidas ao
próprio, uma percentagem que poderá representar o reconhecimento da figura
do Provedor, possivelmente indicando que quem reclama sabe a quem se
dirigir.
Apenas 2,7% foram dirigidas ao Provedor do Ouvinte, porém reenviadas para a
caixa postal do Provedor do Telespectador. É importante reter que também
chegaram ao Gabinete do Provedor mensagens reencaminhadas por outros
serviços da RTP, nomeadamente da “Linha de Apoio ao Espectador” e da RTP
Internacional.
Destinatário da Mensagem (%)
Figura 13.
N = 74296,2
2,71,1
Provedor do Ouvinte
Provedor doTelespectador
Outros (Apoio aoEspectador; RTPI)
Em função do assunto exposto pelo Telespectador e, tendo por base os
assuntos tratados em “A Voz do Cidadão”7, entendeu-se contabilizar as
temáticas que tiveram tratamento, directa ou indirectamente, no programa
semanal do Provedor, as que foram referidas como “sub-temas” e as que não
chegaram a ter lugar no ecrã (ver Figura 14).
7 Ver Quadro 3 em Anexo.
30
Apresentação dos Resultados
Os resultados indicam que mais de metade dos temas referidos pelos
Telespectadores foram mencionados no programa “A Voz do Cidadão”.
Tratamento do Assunto no Programa do Provedor (%) Figura 14.
N = 735
66,7
24,9
8,4
Sim
Não
Como sub-tema
Fonte: Assuntos das mensagens enviadas (ver Figura 16) e tema dos programas
“A Voz do cidadão” (Quadro 3 em Anexo).
A reforçar o que se tem vindo a afirmar, a RTP1 é o canal de referência, 67,4%
das mensagens recaem sobre o seu funcionamento. 10,1% das mensagens
referem-se a “Mais do que um canal” o que muito frequentemente significa
dirigirem-se à RTP1 e RTP2; 7,9% não especifica o canal, reportando-se à
Televisão em geral. Quanto à RTP2 e à RTP Internacional aludem 4,8% das
mensagens, respectivamente. Sobre a natureza das mensagens que se
dirigem a estes dois canais, chegam sobretudo críticas, conforme apresentado
no Quadro 4, em Anexo8. Mensagens que apontam, no caso da RTP2, para as
transmissões desportivas e para as séries transmitidas durante a noite e, no
caso da Internacional, para a alteração de horários e incumprimento da grelha
de programação.
8 Note-se que todos os Quadros das variáveis “Visados”; “Assuntos” e “Natureza” apresentam totais que não correspondem à soma dos valores visíveis na tabela. A explicação para esta aparente incorrecção deve-se ao facto de cada uma das categorias destas variáveis poder ser assinalada mais do que uma vez.
31
Apresentação dos Resultados
Ainda relativamente ao Quadro 4 (em Anexo) verificamos que sobre a RTP1
chegam sobretudo críticas e queixas. Subjacente a este tipo de mensagens
parece estar a questão do Serviço Público de Televisão. Os Telespectadores
sentem-se no direito de exigir e sugerir qualidade ao canal aberto que
personifica a ideia de Serviço Público, a RTP1.
Alvo da Mensagem (%)
Figura 15.
N = 745
67,4
10,1
7,9
4,8
4,8
1,2
1,2
0,8
0,7
0,4
0,4
0,3
0 10 20 30 40 50 60 70
Teletexto
RTP Memória
RTP Madeira
RTP África
RTP Açores
RTPN
Internet
RTP2
RTP Internacional
Não especificado
Mais do que um canal
RTP1
Para simplificar a análise de conteúdo das mensagens recebidas no Gabinete
do Provedor, definiu-se, com base no profundo conhecimento dos seus
conteúdos, uma lista de assuntos referidos pelos Telespectadores. Cada
mensagem apresenta, em média, 2,5 assuntos. A Figura seguinte mostra a
percentagem de vezes que cada um dos assuntos foi mencionado.
32
Apresentação dos Resultados
Assuntos das Mensagens (%) Figura 16.
0,1
0,1
0,1
0,2
0,2
0,2
0,4
0,5
0,8
0,9
1,0
1,0
1,1
1,3
1,3
1,3
1,5
1,5
1,6
1,6
1,6
1,9
2,1
2,2
2,3
2,4
2,9
2,9
4,1
4,5
5,9
6,3
6,3
6,6
6,8
11,7
13,0
0 2 4 6 8 10 12 14
PLÁ GIO / U T ILIZ A ÇÃ O D E IM A GEM
SEX O
EM ISSÕES ESPEC IA IS
JOV EN S / PR OGR A M A S JU V EN IS
R EC LA M A ÇÕES GEN ÉR IC A S
A C ESSIB ILID A D ES ( Invisuais; Surd os- M ud o s)
C OM EN T A D OR ES R ESID EN T ES
C R IA N ÇA S/ PR OGR A M A S IN F A N T IS
M Ú SIC A / D A N ÇA
PU B LIC ID A D E
C EN SU R A
A R TE E C U LT U R A
R ELIGIÃ O
R EPETIÇÃ O D E PR OGR A M A S
F ILM ES / D OC U M EN T Á R IOS
D IR EIT OS D E TR A N SM ISSÃ O
C ON D IÇÕES D E EM ISSÃ O/ R EC EPÇÃ O
V IOLÊN C IA
A LIN HA M EN T O D E N OT Í C IA S
LÍ N GU A POR T U GU ESA
HU M OR
M U LTIM ÉD IA
A V OZ D O C ID A D Ã O
C ON C U R SOS
OU TR OS ( A rq uivo ; A p o io ao Esp ect ad o r; Envio d e C V ; et c.)
D ISC R IM IN A ÇÃ O
F IN A N C IA M EN TO
OU TR OS D ESPOR T OS
F U T EB OL
JOR N A LIST A S E " A PR ESEN T A D OR ES"
IN F OR M A ÇÃ O / D EB A T ES / R EPOR T A GEM
POLÍ T IC A
HOR Á R IOS
SER V IÇO PÚ B LIC O
SÉR IES / T ELEN OV ELA S
PR OGR A M A ÇÃ O
OB JEC TIV ID A D E/ EX A C TID Ã O/ EQU ID A D E/ IM PA R C IA LID A D E
Nº de Respostas = 1892
33
Apresentação dos Resultados
Destacaram-se dez assuntos mais referidos pelos Telespectadores9. Para a
análise que se segue ter-se-á em conta simultaneamente a “Natureza da
Mensagem” (Quadro 5, em Anexo) e os “Visados” (Quadro 6, em Anexo) da
mesma.
Paralelamente, distinguiu-se a Avaliação e a Graduação percepcionada pelos
Telespectadores no que diz respeito aos assuntos que enunciam. Para isso,
foram designados três parâmetros respeitantes a cada uma destas categorias,
a saber: excesso; falta e ausência, para o caso da Graduação e favorável,
desfavorável e neutra para a Avaliação. Ver Quadros 7 e 8, em Anexo.
Objectividade/Exactidão/Equidade/Imparcialidade: Normalmente esta
categoria está mais associada à informação do que à programação. Visa a
acusação de parcialidade na informação, no sentido de privilegiar um ou outro
tema, um ou outro partido político ou clube de futebol; no tempo excessivo
dedicado a um assunto; incorrecções ou exageros na cobertura de notícias em
situações de directo. Com frequência refere-se directamente àqueles que são o
rosto da informação.
Nas mensagens analisadas, o programa “Prós e Contras” foi o mais criticado.
Foi principalmente apontada a falta de diversidade na escolha do painel de
convidados. Também a mini-série histórica sobre os “Tudors” foi muito
reprovada pela ausência de exactidão histórica e a visão distorcida sobre o rei
e a corte portuguesa.
Da observação dos Quadros 7 e 8 (em Anexo) sobressai a ausência e/ou falta
de objectividade que, segundo os Telespectadores, é entendida como
desfavorável.
Programação: Este item recobre tudo o que diz respeito à grelha de
programação num sentido mais lato: incoerência; incumprimento dos horários
9 Uma vez que temos uma lista muito extensa de assuntos, para simplificar a análise, passaremos a referir-nos apenas aos “Dez Assuntos Mais Referidos” pelos Telespectadores.
34
Apresentação dos Resultados
anunciados; desagrado pelas opções de programação ou pela ordenação da
grelha e interrupção de programas.
No que concerne à Avaliação deste assunto, muitos Telespectadores
posicionam-se desfavoravelmente, mas não obstante a frequência desta
categoria, muitos há que se sentem satisfeitos (ver Quadro 8, em Anexo). É
interessante relacionar estes valores com os do Quadro 5 (em Anexo) que
cruza este assunto com a “natureza das mensagens”, para verificar que, tanto
a satisfação como a sugestão apresentam valores pertinentes, deixando
antever uma vontade de melhorar uma programação que, apesar de tudo, têm
em boa conta.
Séries/Telenovelas: A junção destes dois tipos de programas numa só
categoria prende-se com o carácter episódico e de entretenimento de ambos.
Os Telespectadores acusam, regularmente, a alteração da grelha; horários
tardios e interrupção da emissão. Para esta categoria salientam-se as
seguintes séries/telenovelas: “Conta-me como Foi”; “Paixões Proibidas”;
“Perdidos”; “Tudors” e “Prison Break”.
Estas mensagens são aquelas onde a participação por sexo é mais equilibrada,
isto é, de todos os dez assuntos mais referidos, este é aquele que suscita um
número de mensagens menos díspar entre homens e mulheres (ver Gráfico 1 e
Quadro 9, em Anexo)10.
Relativamente à Avaliação das séries/telenovelas, as mensagens recebidas
dispõem-se favoravelmente. Aliás, para este assunto a opinião é
maioritariamente positiva. (Ver Quadro 8, em Anexo)
Serviço Público: Esta é uma categoria transversal a todas as mensagens
recebidas no GAP, na medida em que, o incitamento ao cumprimento e à
10 Tal como já foi referido na análise da Figura 3, sobre a distribuição por sexo dos Telespectadores que escrevem ao Provedor, a participação do sexo masculino é mais expressiva para todas as categorias analisadas.
35
Apresentação dos Resultados
exigência da melhoria de todo o serviço é a pedra-de-toque da participação dos
Telespectadores.
Por esta razão, o assunto só foi assinalado quando houve uma referência
directa às obrigações de Serviço Público. De um modo geral, os
Telespectadores protestam por se tratar de uma televisão de Serviço Público
que, como tal, entendem dever ser isenta e assegurar a pluralidade.
Assim, a referência mais flagrante nesta categoria foi para o “Prós e Contras” –
os Telespectadores insurgiram-se contra a escolha do painel de convidados do
programa de dia 7 de Maio – cujo tema foi “Choque de Valores”.
A transmissão de touradas, das corridas de fórmula 1 e a não emissão dos
jogos de hóquei em patins foram outros dos acontecimentos que mereceram o
desagrado do Público.
Horários: Importa lembrar que a mesma mensagem pode conter mais do que
uma destas categorias, portanto, referência a mais do que um assunto. Deste
modo, pode-se afirmar que a questão do horário é uma das que mais provoca a
reacção dos Telespectadores. Indignam-se com os horários tardios, ficam
perplexos com o seu incumprimento e/ou alterações sem pré-aviso. Os
programas que encaixam nestas acusações proferidas pelos Telespectadores
são as séries, tais como, “Perdidos”, “Tudors”, “Prison Break” e ainda a novela
luso-brasileira “Paixões Proibidas”11.
Política: Dos 120 e-mails desta categoria, receberam-se 99 acerca do
programa “Prós e Contras” de 7 de Maio. Reclamou-se a falta de pluralidade na
escolha do painel de convidados. De salientar que, devido à reacção a este
programa, o Provedor emitiu um Parecer disponível na página online (ver
Parecer em Anexo).
11 Repare-se que todos estes conteúdos mereceram já a atenção do Provedor dedicando-lhe para isso, um programa.
36
Apresentação dos Resultados
Informação/Debate/Reportagem: Nesta categoria inserem-se os formatos de
programas que o próprio nome indica, focando-se, com frequência, a
objectividade requerida nesta área. As mensagens incorrem particularmente no
“Telejornal” e no “Jornal da Tarde” da RTP1.
Jornalistas e “Apresentadores”: Apesar da investigação não discriminar, os
Telespectadores, regra geral, distinguem jornalistas de apresentadores. Estes,
enquanto rostos, quer da informação, quer na apresentação de programas, são
frequentemente mencionados pelo público, que tende a manifestar-se mais
sobre os apresentadores, como se pode confirmar na Figura 19. Quanto ao
sentido das referências que lhes direccionam, estas são mais desfavoráveis do
que favoráveis (ver Quadro 8, em Anexo).
Sobre o processo do jornalista José Rodrigues dos Santos, receberam-se
diversos e-mails, pelas razões que se tornaram conhecidas de todos12.
Futebol: As transmissões de futebol e qualquer referência ao assunto, em
espaços de informação, são aqui contempladas. Para além das questões dos
horários e transmissões dos jogos, o Público entende que a RTP, como Serviço
Público, deveria adquirir mais transmissões dos mesmos. Por outro lado, há
quem considere excessivo o tempo e a importância dada ao futebol na grelha
de programação e nos blocos informativos. (Ver Quadro 7, em Anexo)
Devido ao carácter emotivo e apaixonante do futebol, a suposta, parcialidade
por parte dos comentadores desportivos e o tempo concedido na informação a
um outro clube é também merecedor de mensagens para o GAP. Por outro
lado, receberam-se diversas reacções por parte dos espectadores à
reportagem “O Bom, O Mau e o Vilão”, que tratava a vida do Presidente do
Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa; e ao corte do directo da Super Taça
Cândido Oliveira, por ter sido impedido o visionamento da entrega dos prémios
finais do evento.
12 O Provedor entendeu não tomar posição sobre o assunto por considerar tratar-se de uma questão administrativa. Entretanto, referiu à imprensa esta tomada de posição por parte dos Telespectadores e teve uma conversa pessoal com o jornalista.
37
Apresentação dos Resultados
Outros Desportos: No que toca às restantes modalidades desportivas, o
hóquei em patins provocou o maior número de missivas, especialmente devido
à interrupção das transmissões das partidas. Outros desportos que deram
origem ao envio de mensagens foram a não transmissão dos jogos do
Campeonato Mundial de Rugby, bem como a hora tardia dos resumos desses
mesmos jogos. A este propósito o Provedor emitiu um Parecer publicado no
respectivo site (ver Parecer disponível em anexo).
A ausência da divulgação de modalidades amadoras bem como de magazines
de desporto suscita o apelo para a realização de programas desta natureza.
(Ver Quadros 7 e 8, em Anexo)
Sobre a distribuição destes dez assuntos mais referidos pelos distritos e
regiões de onde se receberam mais e-mails, chama-se a atenção para os
Quadros 10 e 12, em Anexo.
Os mesmos assuntos, quando distribuídos pelas habilitações literárias,
continuam a demonstrar, conforme mencionado anteriormente, que do público
com ensino superior se recebem mais mensagens (Ver Gráfico 3 e Quadro 11,
em Anexo).
Por outro lado, em concordância com o que se afirmou sobre o envio de
mensagens por ocupação dos inquiridos, os “Especialistas das Profissões
Intelectuais e Científicas”, dos quais fazem parte profissionais como Docentes,
Engenheiros e Advogados, são os que mais se manifestam. Os assuntos que
mais referem são a “Objectividade”; “Programação” e “Horários” (Ver Quadro
13, em Anexo).
38
Apresentação dos Resultados
Dez Assuntos Mais Frequentes (%) Figura 17.
4,3
6,0
6,7
8,7
9,3
9,3
9,6
9,9
17,1
19,1
0 5 10 15 20 25
OUTROS DESPORTOS
FUTEBOL
JORNALISTAS E "APRESENTADORES"
INFORMAÇÃO / DEBATES / REPORTAGEM
POLÍTICA
HORÁRIOS
SERVIÇO PÚBLICO
SÉRIES / TELENOVELAS
PROGRAMAÇÃO
OBJECTIVIDADE/EXACTIDÃO/EQUIDADE/IMPARCIALIDADE
Nº de Respostas = 1290
Quanto ao enfoque temático por escalões etários13, identificaram-se os
assuntos mais referidos por intervalo de idades. Dos mais novos, com idades
inferiores a 24 anos, recebeu-se um maior número de mensagens sobre
“Programação” e “Séries/Telenovelas”. Dos 25 aos 54 anos os assuntos que
suscitaram mais mensagens foram “Programação” e
“Objectividade/Exactidão/Equidade/Imparcialidade”. Finalmente, dos
Telespectadores com mais de 55 anos provieram, sobretudo, e-mails sobre
“Objectividade/Exactidão/Equidade/Imparcialidade” e “Política”14 (ver Figura
18).
13 Para simplificar a análise entendeu-se voltar a recodificar os escalões etários em apenas três intervalos: inferiores a 24 anos; dos 25 aos 54 anos e mais do que 55 anos. 14 Ver Quadro 14, em Anexo.
39
Apresentação dos Resultados
Dez Assuntos Mais Frequentes por Escalões Etários (ocorrências) Figura 18.
6
6
10
17
16
29
10
23
19
10
33
51
39
26
112
114
59
60
64
70
24
25
12
1
58
23
18
17
11
14
0 50 100 150 200
JORNALISTAS E "APRESENTADORES"
POLÍTICA
FUTEBOL
OUTROS DESPORTOS
OBJECTIVIDADE/EXACTIDÃO/EQUIDADE/IMPARCIALIDADE
PROGRAMAÇÃO
INFORMAÇÃO / DEBATES / REPORTAGEM
SÉRIES / TELENOVELAS
HORÁRIOS
SERVIÇO PÚBLICO
Nº de Respostas = 488
1º Escalão (<24)
2º Escalão (25-54)
3º Escalão (>55)
A Figura 19 reflecte mais um exercício de interpretação e análise com base no
conhecimento dos conteúdos, e, neste caso particular, no seguimento15 dado a
cada uma das mensagens. Assim, em função dos assuntos expostos pela
audiência, entendeu-se que os mesmos tinham diferentes visados.
Da enumeração dos principais visados das mensagens dos Telespectadores,
sobressai a categoria “Direcção” com 52,3%. Esta categoria engloba em si a
Direcção de Programas, Direcção de Informação e os Directores dos Canais.
Pois, no caso da RTP1, existe a possibilidade de uma mensagem ter como
visados a Direcção de Programas e/ou Direcção de Informação, todavia para
15 Por “seguimento da mensagem” entendam-se as diligências necessárias para que o(s) assunto(s) trazidos pelos Telespectadores sejam devidamente encaminhados para as entidades visadas.
40
Apresentação dos Resultados
os restantes canais só faz sentido serem encaminhadas para as suas próprias
Direcções.
Assuntos expressamente dirigidos ao “Locutor/Apresentador” 18,3% e aos
“Jornalistas” 7,6%. Mensagens que elogiam ou repudiam a autoria de
determinado programa têm como visado “Autor/Realizador” (7,7%).
5,9% dos e-mails tiveram como visado o “Provedor do Telespectador”.
Sobretudo após as emissões do programa “A Voz do Cidadão”, os
Telespectadores tendem a posicionar-se favorável ou desfavoravelmente sobre
a actuação do Provedor e/ou os assuntos tratados no ecrã. Algumas vezes,
não obstante o assunto ter sido tratado pelo Provedor, na sequência de se
repetir o motivo do desagrado, as pessoas expressam, por um lado, o seu
descontentamento e, por outro, descrédito na eficácia do papel do Provedor.
Nos meses analisados, os temas que mais suscitaram a participação após o
programa ter sido emitido, foram Arte, Cultura e Música. E ainda, o pedido de
intervenção do Provedor no caso do jornalista José Rodrigues dos Santos.
Tudo o que se relaciona com o funcionamento na Web da RTP e com os
passatempos promovidos pela Estação Pública, teve como alvo o “Gabinete
Multimédia” (4,8%). Assuntos que visem as deficientes condições de recepção
dos canais televisivos são da responsabilidade do “Gabinete de Tecnologias de
Transmissão e Difusão”: 1,8%. Acerca daqueles que colaboram em programas,
tais como, júris de concursos, opinion-makers e convidados residentes de
programas: 1,6%. Das mensagens analisadas, somente 0,1% tinha como alvo
o “Arquivo” da RTP.
41
Apresentação dos Resultados
Sobre quem escrevem os Telespectadores (%) Figura 19.
0,1
1,6
1,8
4,8
5,9
7,6
7,7
18,3
52,3
0 10 20 30 40 50 6
Arquivo
Colaboradores
Gabinete de Tecnologias
Gabinete Multimédia
Provedor do Telespectador
Jornalistas
Autor/Realizador
Locutor/Apresentador
Direcção de Programas; Direcção deInformação e Director do Canal
Nº de Respostas = 767
0
Através do formulário online os Telespectadores podem seleccionar um dos
itens apresentados: “crítica”; “queixa”; “sugestão”; “satisfação” ou “dúvida”.
Porém, tal como vimos anteriormente, a probabilidade de uma mensagem
conter mais do que um assunto é significativa. Consequentemente, a sua
natureza, pode ser ao mesmo tempo de “satisfação” e “crítica”. A Figura 20
indica a percentagem de vezes que cada um dos itens foi seleccionado.
Desta Figura, sublinha-se a maior incidência de críticas, (aproximadamente
60%) e chama-se a atenção para a distinção que foi feita de uma variante mais
negativa, a queixa, com aproximadamente 15%. O registo desta opção foi
mantido sempre que o Telespectador a escolheu voluntariamente e foi
seleccionado pelas investigadoras sempre que, não tendo sido assinalado, a
mensagem não continha em si qualquer sentido construtivo, dando apenas
lugar ao extravasar “da mais sentida crítica”.
42
Apresentação dos Resultados
Natureza da Mensagem (%) Figura 20.
59,6
14,9
12,4
7,1
6,1
0 10 20 30 40 50 60 7
Dúvida
Satisfação
Sugestão
Queixa
Crítica
N = 807
0
Sobre a Natureza da Mensagem ocorre ainda salientar a recepção equitativa
por sexo no que se refere aos itens “Satisfação” e “Dúvida”, conferir Quadro 15,
em Anexo.
Natureza da Mensagem por Sexo (ocorrências) Figura 21.
28
32
60
93
340
21
24
36
27
128
0 100 200 300 400 500
Dúvida
Satisfação
Sugestão
Queixa
Crítica
Nº de Respostas = 726
Masculino
Feminino
43
Apresentação dos Resultados (Janeiro 2007)
3.1.3. APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS PARA O MÊS DE JANEIRO Tal como foi explicado no início deste relatório, em Janeiro de 2007, a ficha de
caracterização disponível online ainda não permitia recolher a mesma
informação captada e tratada para os restantes meses16. Assim, este mês foi analisado separadamente.
De um universo de 238 mensagens da primeira semana de Janeiro, apenas
9,7% ficou fora da análise. Portanto, 90,3% dos e-mails foram considerados
válidos, isto é 215 mensagens.
3.1.3.1. ANÁLISE SOCIOGRÁFICA DOS TELESPECTADORES
A maioria dos Telespectadores (76,2%) que mantiveram correspondência com
o Provedor é do sexo masculino. 23,8% dos indivíduos que escreveram para o
Gabinete são mulheres.
Sexo dos Indivíduos (%) Figura 22.
N = 210
23,8
76,2
FemininoMasculino
16 Em Janeiro de 2007 ainda não constava da ficha de caracterização os seguintes itens: idade; estado civil, habilitações literárias e profissão.
44
Apresentação dos Resultados (Janeiro 2007)
83,5% das mensagens vieram de Portugal. 16,5% são provenientes do
estrangeiro. Grande parte destas mensagens do estrangeiro provém de
emigrantes portugueses ou de luso falantes.
Procedência da Mensagem (Nacional / Internacional) (%)
Figura 23.
N = 200
16,5
83,5
Estrangeiro
Portugal
De entre os países estrangeiros, aqueles de onde chegam mais mensagens
são os Estados Unidos (10 mensagens) e o Brasil (6 mensagens), seguidos do
Canadá (5) e da Suíça (4). Com apenas uma ocorrência temos a Bélgica, a
Austrália e Angola. Muitas das mensagens que chegam destes países são
relativas às emissões da RTP Internacional.
45
Apresentação dos Resultados (Janeiro 2007)
Um dado importante neste mês de Janeiro foi o elevado número de mensagens
que chegaram vindas do estrangeiro referentes à noite de fim de ano, em
particular ao programa “Dança Comigo”17. Das 33 mensagens recebidas, 22
delas referiam-se a esse programa. Atente-se o Quadro 22, em Anexo, que dá
conta das referências feitas pelos Telespectadores, atribuindo-lhes uma
posição de sentido desfavorável18.
Procedência das Mensagens Vindas do Estrangeiro (ocorrências) Figura 24.
3
2
3
4
5
6
10
0 2 4 6 8 10 1
Outros
Reino Unido
Alemanha
Suíça
Canadá
Brasil
EUA
N = 33
2
17 A final do programa “Dança Comigo” aconteceu em directo na noite de 31 de Dezembro, porém, pouco antes de se ficar a conhecer o vencedor do programa, a emissão na RTP Internacional foi interrompida para a transmissão (em directo) do fogo de artifício da ilha da Madeira, provocando o desagrado por parte daqueles que assistiam ao programa. Após um pedido de esclarecimentos ao responsável da RTPi ficou a saber-se que a transmissão do fogo de artifício, directamente do Funchal, já vem sendo hábito na antena internacional. Assim, uma vez que este ano a grelha foi simultaneamente preenchida com o “Dança Comigo”, os responsáveis decidiram conciliar ambas as transmissões, interrompendo 5 minutos antes da meia-noite o “Dança Comigo” para fazer uma ligação em directo ao Funchal. Esta explicação, contudo, não satisfez as queixas dos Telespectadores que reclamaram não ter conhecido, na hora, os vencedores do “Dança Comigo”. 18 O programa “Dança Comigo” insere-se no assunto “Emissões Especiais”, conforme se explica mais adiante aquando da análise dos Dez Assuntos Mais Referidos pelos Telespectadores no mês de Janeiro.
46
Apresentação dos Resultados (Janeiro 2007)
Do total de mensagens recebidas no Gabinete de Apoio aos Provedores, a
maior parte chega de Lisboa e Porto, 25,7% e 22,8% respectivamente. De
seguida, porém com valores um pouco inferiores aparecem os distritos de
Setúbal (9,6%), Aveiro (8,8%) e Coimbra (7,4%). Na análise não se registou
qualquer contacto por parte dos distritos de Bragança, Guarda, Viana do
Castelo e Região Autónoma dos Açores.
Procedência das mensagens nacionais por Distrito e Ilha (%)
Figura 25.
N = 136
0,7
0,7
0,7
1,5
1,5
2,2
2,2
3,7
3,7
3,7
5,1
7,4
8,8
9,6
22,8
25,7
0 5 10 15 20 25 30
Castelo Branco
Évora
Portalegre
Faro
R. Autónoma da Madeira
Beja
Santarém
Leiria
Vila Real
Viseu
Braga
Coimbra
Aveiro
Setúbal
Porto
Lisboa
47
Apresentação dos Resultados (Janeiro 2007)
Tal como já foi mencionado19, com o objectivo de conseguir categorias mais
agregadas e fáceis de manusear, procedeu-se à divisão do território nacional
por regiões.
Assim, 35,3% do total de mensagens que chegaram ao GAP são da região de
Lisboa. Seguido do Grande Porto e do Centro Litoral com 22,8% e 22,1%,
respectivamente.
Procedência das mensagens nacionais por Regiões (%)
Figura 26.
N = 136
3,7
5,1
8,1
22,1
22,8
35,3
1,5
1,5
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Algarve
R.Autónoma da Madeira
Alentejo
Norte Litoral
Interior
Centro Litoral
Grande Porto
Grande Lisboa
19 Ver Mapa na página 27.
48
Apresentação dos Resultados (Janeiro 2007)
3.1.3.2. IDENTIFICAÇÃO DOS CONTEÚDOS DAS MENSAGENS
A quase totalidade dos Telespectadores que escreveu ao Provedor fê-lo
directamente através da página Web do Provedor no sítio da RTP – 92,1%.
Apenas 7,9% das mensagens foram enviadas por correio pessoal. Todas as
mensagens analisadas foram individuais, isto é, nenhuma delas foi de grupo.
Meio utilizado para o envio da Mensagem (%)
Figura 27.
N = 215
7,9
92,1
E-mailPágina RTP
Repare-se que 208 mensagens, das 215 que foram validadas para análise,
foram recebidas através da página online, portanto, sujeitas ao preenchimento
parcial ou total do formulário.
49
Apresentação dos Resultados (Janeiro 2007)
94,4% das mensagens recebidas pelo Provedor foram dirigidas ao próprio.
Apenas 4,7% foram dirigidas ao Provedor do Ouvinte, porém reenviadas para a
caixa postal do Provedor do Telespectador. Mais uma vez, é importante reter
que chegam ao Gabinete mensagens reencaminhadas por outros serviços da
RTP, revelando, quer por parte dos Telespectadores, quer por parte dos
próprios profissionais da RTP, o reconhecimento da figura do Provedor.
Destinatário da Mensagem (%)
Figura 28.
N = 215
0,9
94,4
4,7
Outros (Apoio aoEspectador; RTPI)Provedor do Ouvinte
Provedor doTelespectador
50
Apresentação dos Resultados (Janeiro 2007)
Do leque de assuntos recebidos no GAP, 49,3% foram tratados20 no programa
semanal do Provedor, “A Voz do Cidadão”. Conferir Quadro 3, em anexo, que
enuncia os temas tratados no programa do Provedor no ano de 2007.
Tratamento do Assunto em “A Voz do Cidadão” (%) Figura 29.
N = 213
16,0
34,7
49,3
Como sub-temaNãoSim
Fonte: Assuntos das mensagens enviadas (ver Figura 31) e tema dos programas
“A Voz do Cidadão” (Quadro 3, em Anexo).
Grande parte das mensagens que chegaram ao GAP, durante este mês de
Janeiro, referem-se às emissões do canal de referência, a RTP1 (43,4 %).
Acrescendo 9% de mensagens dirigidas a “mais do que um canal” da RTP, o
que geralmente significa à RTP1 e RTP2. Todavia, uma parte ainda
significativa das mensagens não refere qualquer canal, reportando-se à
Televisão em geral (aproximadamente 25,5%).
20 Considerou-se que determinado tema foi tratado com base em todos os programas emitidos até ao momento, incluindo os 14 programas transmitidos em 2006.
51
Apresentação dos Resultados (Janeiro 2007)
Neste mês em particular, pelas razões já enunciadas, 13,2% das mensagens
visaram a RTPi, na sua maioria críticas. Note-se que, para a análise da
natureza das mensagens que se dirigem a estes canais, socorremo-nos do
Quadro 18, em Anexo.
Acerca da RTP Madeira e dos canais de cabo RTPN e RTP Memória chegou
um número escasso de mensagens. Tal como foi explicitado anteriormente,
quando nos referimos ao Gabinete de Multimédia como alvo da mensagem a
intenção é situar as mensagens recebidas sobre o Teletexto; os passatempos
disponibilizados, quer no site da RTP, quer na televisão; e outros assuntos
relativos ao sítio da RTP, incluindo, a emissão de conteúdos via Internet.
Alvo da Mensagem (%) Figura 30.
N = 212
43,4
25,5
13,2
9,0
4,7
0,5
0,5
0,9
2,4
0 10 20 30 40 5
RTP Memória
RTP Madeira
RTPN
Gabinete Multimédia
RTP2
Mais do que um canal
RTP Internacional
Não especificado
RTP1
0
A Figura 31 discrimina os assuntos contidos nas mensagens em análise.
Repare-se, mais uma vez que, esta é uma questão de resposta múltipla dado
que a mesma mensagem pode conter mais do que um assunto.
52
Apresentação dos Resultados (Janeiro 2007)
Assuntos das Mensagens (%) Figura 31.
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,4
0,4
0,4
0,4
0,5
0,5
0,5
0,5
0,7
0,7
0,70,9
1,1
1,1
1,1
1,4
1,6
1,8
1,8
2,5
3,3
3,4
3,6
3,6
4,2
4,7
4,7
5,6
6,2
6,9
8,5
12,1
12,9
0 2 4 6 8 10 12 14
ED IÇÃ O D E D EP OIM EN T OS
C OM EN T A D OR ES R ESID EN T ES
D ISC R IM IN A ÇÃ O
JOVEN S/ P R OGR A M A S JUVEN IS
T EM P OS D E A N T EN A
M ÚSIC A
R EC LA M A ÇÕES GEN ÉR IC A S
R ELIGIÃ O
SEXO
P LÁ GIO/ UT ILIZ A ÇÃ O D E IM A GEM
C EN SUR A
F UT EB OL
A C ESSIB ILID A D ES ( Invisuais; Surdo s-M udo s)
A R T E E C ULT UR A
P UB LIC ID A D E
P OLÍ T IC A
C R IA N ÇA S/ P R OGR A M A S IN F A N T IS
A LIN H A M EN T O D E N OT Í C IA S
F ILM ES / D OC UM EN T Á R IOS
D IR EIT OS D E T R A N SM ISSÃ O
OUT R OS (A rquivo ; A po io ao Espectado r; Enviode C V; etc.)
A VOZ D O C ID A D Ã O
LÍ N GUA P OR T UGUESA
VIOLÊN C IA
M ULT IM ÉD IA
F IN A N C IA M EN T O
SER VIÇO P ÚB LIC O
C ON C UR SOS
H UM OR
EM ISSÕES ESP EC IA IS
C ON D IÇÕES D E EM ISSÃ O/ R EC EP ÇÃ O
R EP ET IÇÃ O D E P R OGR A M A S
SÉR IES / T ELEN OVELA S
H OR Á R IOS
JOR N A LIST A S E "A P R ESEN T A D OR ES"
OUT R OS D ESP OR T OS
OB JEC T IVID A D E/ EXA C T ID Ã O/ EQUID A D E/ IM P AR C IA LID A D E
IN F OR M A ÇÃ O/ D EB A T ES / R EP OR T A GEM
P R OGR A M A ÇÃ O
Nº de Respostas = 552
53
Apresentação dos Resultados (Janeiro 2007)
Uma vez que o rol de assuntos contidos nas mensagens é muito extenso,
optou-se por trabalhar mais aprofundadamente os dez assuntos mais
frequentes nas mensagens.
Dez Assuntos Mais Frequentes (%)
Figura 32.
18,5
17,5
12,3
9,9
8,9
8,1
6,8
6,8
6,0
5,2
0 5 10 15 20 25
EMISSÕES ESPECIAIS
CONDIÇÕES DE EMISSÃO/RECEPÇÃO
REPETIÇÃO DE PROGRAMAS
SÉRIES/TELENOVELAS
HORÁRIOS
JORNALISTAS E "APRESENTADORES"
OUTROS DESPORTOS
OBJECTIVIDADE/EXACTIDÃO/EQUIDADE/IMPARCIALIDADE
INFORMAÇÃO/DEBATES/REPORTAGEM
PROGRAMAÇÃO
Nº de Respostas = 383
Em quase todos os temas mais referidos, os homens são os que mais se
manifestam. Apenas nas categorias “Horários” e “Séries/Telenovelas” a
distribuição é equitativa entre homens e mulheres. Nos restantes assuntos os
homens têm maior peso relativamente às mulheres, como se poderá conferir
na Figura 33 ou através da consulta do Quadro 19, em Anexo.
Para a análise que se segue ter-se-á em conta simultaneamente a “Natureza
da Mensagem” (Quadro 20, em Anexo) e os “Visados” (Quadro 21 em Anexo)
relativos ao mês de Janeiro. Uma vez que os dez assuntos mais referidos pelos
Telespectadores, neste mês, coincidem com alguns dos que foram
apresentados para os restantes meses, procurar-se-á incidir a presente análise
54
Apresentação dos Resultados (Janeiro 2007)
naqueles assuntos que ainda não foram tratados: “Repetição de Programas”;
“Condições de Emissão/Recepção” e “Emissões Especiais”21.
Programação: Sobre a programação prevalece uma avaliação
predominantemente crítica (ver Quadro 22, em Anexo). Porém, o número de
sugestões recebidas parece indicar esperança no melhoramento da
programação.
Informação/Debates/Reportagem: Das mensagens recebidas sobre
informação destaca-se a contestação à violência das imagens da execução de
Saddam Hussein transmitidas pela RTP em horário nobre. Por outro lado, a
fraca cobertura do Rally “Lisboa-Dakar” suscitou o descontentamento do
público, em particular dos adeptos de Moto 4 (“Quads”). Aliás, o pouco
destaque dado a esta modalidade, no entendimento os Telespectadores,
explica a avaliação desfavorável por ausência de informação, tal como se
descreve nos Quadros 22 e 23, em Anexo.
Objectividade/Equidade/Exactidão/Imparcialidade: Do desagrado dos
Telespectadores face às transmissões do “Lisboa-Dakar” advém, o que
consideram, a falta e ausência de objectividade. O público reclamou do
escasso destaque concedido aos “Quads” em favorecimento de outras
modalidades.
Nesta categoria inclui-se, simultaneamente, a crítica à exploração de imagens
violentas da morte de Saddam, que os Telespectadores entenderam como
contrárias ao rigor exigido à informação.
Outros Desportos: A referência a outros desportos que não o futebol fica a
dever-se às duras críticas que recaíram sobre as transmissões do rally “Lisboa-
Dakar”. As mensagens recebidas sobre esta categoria focaram a ausência e o
descontentamento face à pouca importância cedida a uma das modalidades da
prova (ver Quadros 22 e 23, em Anexo).
21 Ver análise dos Assuntos Mais Frequentes para os restantes meses, páginas 34-39.
55
Apresentação dos Resultados (Janeiro 2007)
Jornalistas e “Apresentadores”: Contrariamente ao sucedido nos outros
meses em análise, os Telespectadores manifestaram-se mais sobre os
jornalistas. A opção de transmissão da execução do ex-líder do Iraque
provocou o envio de mensagens maioritariamente críticas (conferir Figura 35).
Horários: Mais uma vez a transmissão de séries em horários tardios afecta
demasiado os Telespectadores. Insurgiram-se contra a interrupção abrupta de
programas e/ou com o atraso dos mesmos, sem qualquer aviso prévio por
parte dos responsáveis da RTP. No entanto, entendem continuar a fazer
sentido sugerir horários adequados, por forma à melhoria do Serviço Público de
Televisão (Quadro 20, em Anexo). Sobre a categoria horários o programa mais
citado foi a série “OC – Na Terra dos Ricos”.
Séries/Telenovelas: A presente categoria surge muito associada aos Horários,
daí a incidência também sobre a mesma série, “OC – Na Terra dos Ricos”.
Para além de reunir um conjunto de e-mails críticos também dá azo à
sugestão. É importante referir que esta categoria é a única que ostenta um
maior número de mensagens tidas como favoráveis (ver Quadro 22, em
Anexo).
Repetição de Programas: Prática comum na grelha de programação da
RTP22, as repetições não são vistas com bons olhos por parte do público que
as considera em excesso, ver Quadro 22 e 23, em Anexo. O caso mais
flagrante, durante o período em análise foi a repetição, em demasia, do
programa de humor “Diz que é uma Espécie de Magazine”.
Condições de Emissão/Recepção: Nesta categoria encontram-se e-mails
referentes ao modo como a emissão chega a casa dos Telespectadores,
nomeadamente interrupção de emissões – quer devido a falhas técnicas, quer
a opções do programador responsável.
22 De referir que este assunto foi tema do 30º programa “A Voz do Cidadão”.
56
Apresentação dos Resultados (Janeiro 2007)
Como exemplo de “opções do programador”, veja-se a quantidade de
mensagens recebidas sobre o programa “Dança Comigo” – Especial Fim de
Ano. Aqui, a interrupção da emissão, cinco minutos antes do anúncio do
vencedor, para a transmissão do fogo de artifício da Madeira, foi francamente
criticada pelo público.
Emissões Especiais: Por emissões especiais entendam-se todos os
programas que não integram a habitual grelha de programação e que, como
tal, adquirem o carácter de “especiais”. Apesar de não muito frequentes, estas
emissões têm grande impacto junto do público.
No período analisado, pelo facto de ter sido interrompido, o “Dança Comigo” –
Especial Fim de Ano”, mereceu apreciações negativas por parte dos
Telespectadores (Ver Quadros 20 e 22, em Anexo).
57
Apresentação dos Resultados (Janeiro 2007)
Dez Assuntos Mais Frequentes por Sexo (ocorrências) Figura 33.
15
16
12
21
16
29
35
40
57
48
5
7
13
5
15
4
3
5
8
21
0 20 40 60 80
EMISSÕES ESPECIAIS
CONDIÇÕES DEEMISSÃO/RECEPÇÃO
SÉRIES/TELENOVELAS
REPETIÇÃO DE PROGRAMAS
HORÁRIOS
JORNALISTAS E"APRESENTADORES"
OUTROS DESPORTOS
OBJECTIVIDADE/EXACTIDÃO/EQUIDADE/IMPARCIALIDADE
INFORMAÇÃO/DEBATES/REPORTAGEM
PROGRAMAÇÃO
Nº de Respostas = 188
MasculinoFeminino
Os dez assuntos mais frequentes apresentam uma distribuição muito
semelhante pelos três distritos que mais escreveram ao Provedor, não
deixando de obedecer à ordem decrescente de participação por número de
mensagens: Lisboa, Porto e Setúbal. Ver Quadros 24 e 25, em Anexo.
58
Apresentação dos Resultados (Janeiro 2007)
Assuntos Mais Frequentes pelos Três Distritos Mais Representativos (ocorrências) Figura 34.
0
0
4
4
5
4
8
9
10
10
1
1
2
3
3
7
6
6
7
11
1
2
2
2
2
1
4
4
3
5
0 5 10 15 20 25 30
CONDIÇÕES DEEMISSÃO/RECEPÇÃO
EMISSÕES ESPECIAIS
SÉRIES/TELENOVELAS
HORÁRIOS
REPETIÇÃO DE PROGRAMAS
JORNALISTAS E"APRESENTADORES"
OUTROS DESPORTOS
OBJECTIVIDADE/EXACTIDÃO/EQUIDADE/IMPARCIALIDADE
PROGRAMAÇÃO
INFORMAÇÃO/DEBATES/REPORTAGEM
Nº de Respostas = 67
LisboaPortoSetúbal
A enumeração dos principais visados das mensagens dos Telespectadores
evidencia, uma vez mais, a grande percentagem de assuntos que se dirigem às
Direcções23 da RTP, 48,5% (Figura 35).
19% dirigem-se particularmente a “Jornalistas”; 13,5% a
“Locutores/Apresentadores”; 7,4% ao “Gabinete Multimédia”; 3,7% visam a
actividade do “Provedor do Telespectador”; 2,5% o “Gabinete de Tecnologias”;
2,5% “Autores/Realizadores” de programas; 1,8% “Colaboradores” e 1,2%
dirigem-se à “televisão em geral”.
23 Volta-se a chamar a atenção para a inclusão, nesta categoria, do Director de Programas e o Director de Informação da RTP1, assim como dos Directores dos restantes canais RTP.
59
Apresentação dos Resultados (Janeiro 2007)
Sobre quem escrevem os Telespectadores (%) Figura 35.
48,5
19,0
13,5
7,4
3,7
1,2
1,8
2,5
2,5
0 10 20 30 40 50 60
Não especificado
Colaboradores
Autor/Realizador
Gabinete deTecnologias
Provedor doTelespectador
Gabinete Multimédia
Locutor/Apresentador
Jornalistas
Direcção
nº de respostas = 163
Quanto à natureza das mensagens, cumpre-se, em conformidade com o que
se tem afirmado, um maior número de mensagens críticas, aproximadamente
62% acrescidas de 1,7% intituladas de “queixa”. Porém, os 23% de mensagens
de natureza sugestiva deixam antever a expectativa de melhoria do Serviço
Público.
As mensagens de “satisfação” e/ou colocando alguma “dúvida” representam
6,7% e 6,3% respectivamente.
60
Apresentação dos Resultados (Janeiro 2007)
Natureza da Mensagem (%)
Figura 36.
1,7
6,3
6,7
23,0
62,3
0 10 20 30 40 50 60 70
Queixa
Dúvida
Satisfação
Sugestão
Crítica
nº de respostas = 239
Sobre a distribuição da natureza das mensagens por sexo sublinha-se a
participação maioritariamente masculina, registando-se apenas nas queixas o
mesmo número de mensagens recebidas tanto de homens como de mulheres,
como se confirma na Figura 37 aqui presente e no Quadro 26 em Anexo.
Natureza da Mensagem por Sexo Figura 37.
10
9
38
118
5
7
17
28
2 2
0 50 100 150 200
Queixa
Dúvida
Satisfação
Sugestão
Crítica
nº de respostas = 204
MasculinoFeminino
61
Análise de Conteúdo da Correspondência Electrónica: um estudo por amostragem
3.1.4. SÍNTESE CONCLUSIVA DA ANÁLISE DAS MENSAGENS
1. O elevado número de mensagens recebidas no GAP, na sua maioria via e-mail e que foram efectivamente analisadas, reflecte a continuação da “participação” dos Telespectadores neste processo de interacção com a RTP através do Provedor do Telespectador; 2. Desde o início das funções do Provedor que a principal actividade do GAP é dar resposta a todas as mensagens enviadas pelos Telespectadores. A manutenção dessa via de comunicação imprimiu regularidade nos contactos entre Telespectadores e GAP; 3. Em Setembro de 2007 houve uma alteração na frequência de contactos por parte do GAP. Passou a privilegiar-se a preparação do Relatório de Actividades de 2007. Contudo, foi sempre assegurada a leitura de todas as mensagens recebidas, bem como, a disponibilização do aumento de respostas colectivas através da página do Provedor e do seu programa semanal “A Voz do Cidadão”;
4. Tendo como base as mensagens analisadas, pode-se avançar o perfil do Telespectador que participa. É homem, casado ou em união de facto, com idades compreendidas entre os 25-34 anos24, com ensino superior, a exercer uma actividade profissional que se insere na categoria “Especialista das Profissões Intelectuais e Científicas” e a residir nos grandes centros urbanos de Lisboa e Porto. Contudo, não podemos confirmar que a análise ao universo das mensagens ou sobre uma amostra estatisticamente representativa, nos levaria à mesma conclusão;
24 Embora as idades mais permeáveis à televisão sejam – segundo dados avançados pela Marktest para o 1º semestre de 2006 – aquelas que estão acima dos 64 anos.
62
Análise de Conteúdo da Correspondência Electrónica: um estudo por amostragem
5. Segundo o Relatório Anual de 2007 avançado pela Direcção de Marketing e Vendas da RTP, de acordo com o share por target25, os escalões etários que mais assistiram à RTP1 e RTP2 foram os intervalos com idades mais avançadas, a saber, maiores de 64 anos e os que se encontram entre os 55 e os 64 anos – dados que corroboram o que sugere o estudo da Marktest e contrariam o perfil tipo do indivíduo que escreve, via electrónica, ao Provedor; 6. Também no que diz respeito às regiões onde mais se vêem os dois canais da RTP, o mesmo Relatório da Direcção de Marketing indica que o Grande Porto lidera, seguido do Litoral Centro e do Sul. A região da Grande Lisboa surge em quarto lugar – dados que uma vez mais se distanciam da caracterização do Telespectador aqui avançado; 7. De salientar a fraca participação dos Telespectadores oriundos das Regiões Autónomas dos Açores (0,2%) e da Madeira (0,4%)26. Por outro lado, apesar do pressuposto, habitualmente sugerido pelos estudos de audiência, de que as mulheres vêem mais televisão, o sexo feminino é o que menos interage com o Gabinete do Provedor27. Contudo, a maior participação do sexo masculino está em concordância com os dados sobre a utilização da Internet28. 8. Naturalmente há temas que suscitam uma maior participação dos Telespectadores, a recepção dos e-mails acaba por funcionar como um satélite do que se discute na praça pública. A evidência de que um acontecimento específico pode suscitar o envio massivo de mensagens,
25 Tendo em conta os quatro canais em sinal aberto e os canais por cabo. 26 Isto para os meses de Abril, Maio, Agosto e Outubro. Para os dados relativos ao mês de Janeiro ver página 47. 27 Os dados do Relatório de 2007 da Direcção de Marketing da RTP revelam que, os Telespectadores que assistiram à RTP1 e RTP2 são em maior número homens. De notar que no Ranking dos 10 Programas Mais Vistos em 2007, presente no mesmo Relatório, aquele que surge em primeiro lugar em ambos os canais são programas de desporto. Os jogos da “Liga dos Campeões” no caso da RTP1 e o “Campeonato de Mundo de Hóquei em Patins”, na RTP2. 28 Os dados sobre o Perfil do Utilizador da Internet disponíveis no “Inquérito à Utilização da Informação e da Comunicação pelas Famílias”, publicado em Dezembro de 2007, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) descrevem os indivíduos do sexo masculino como os que mais acedem à Internet.
63
Análise de Conteúdo da Correspondência Electrónica: um estudo por amostragem
é, no período analisado, bem ilustrado pelo contraste entre o número de mensagens recebidas do Estrangeiro no mês de Janeiro (16,5%) e nos meses de Abril, Maio, Agosto e Outubro (5,8%). Por outro lado, este fenómeno, de envio de e-mails em massa, é também percepcionado em momentos pontuais tais como, a Super Taça Cândido de Oliveira, o Campeonato Mundial de Rugby e o programa “Prós e Contras” de 7 de Maio; 9. Os dados revelam que os Telespectadores quando se dirigem ao Provedor referem-se maioritariamente à RTP1 (67,4%)29; 10. O teor das suas missivas é sobretudo crítico. Todavia, por vezes, assumem um carácter construtivo deixando antever a expectativa de melhoramento do Serviço Público de Televisão; 11. A questão do financiamento da RTP é transversal a muitas das mensagens recebidas. Na medida em que todos contribuem através do pagamento da “taxa audiovisual”, sentem-se no direito de exigir aquele que é o seu entendimento acerca do que é ou do que deve ser o Serviço Público de Televisão; 12. Os assuntos mais referidos pelos Telespectadores na área da Programação são o incumprimento de horários e a consequente alteração da grelha – o que já no ano passado se verificara. À Informação exigem maior objectividade e rigor. O conteúdo das mensagens e a sua natureza crítica evidenciam o carácter epidérmico da reacção, sugerindo que muitas vezes se manifestam no momento do programa ou no dia da emissão; 13. Apesar do número de mensagens recebidas, nos meses comparados, ser inferior à frequência de mensagens em 200630, a elevada participação
29 Mais uma vez, este valor corresponde aos meses de Abril, Maio, Agosto e Outubro. Para consultar o número referente a Janeiro, ver página 52. 30 Ver Quadro 2 em Anexo.
64
Análise de Conteúdo da Correspondência Electrónica: um estudo por amostragem
parece continuar a indicar a adesão a este lugar de proximidade com a estação de Serviço Público. Certamente concorre para esta numerosa participação o tempo médio dispendido a ver televisão e a consequente importância que lhe é atribuída, no que concerne ao entretenimento e à informação. Porém, ver Televisão não significa, necessariamente, interagir com ela. Nesta medida, interessaria aprofundar os dados sobre estes Telespectadores, por exemplo, através de um inquérito por questionário, na tentativa de saber o que os motiva, o que pensam e o que esperam da actuação do Provedor. Por outro lado, a própria actividade da Provedoria ficaria a ganhar em conhecer mais sobre o feedback do público, por forma a ajustar e ou aperfeiçoar a sua função.
65
Análise Impressiva da Correspondência Tradicional 3.2. ANÁLISE IMPRESSIVA DA CORRESPONDÊNCIA TRADICIONAL Ao contrário do que fizemos relativamente à correspondência electrónica
(mensagens recebidas por e-mail) sobre as cartas recebidas por correio
tradicional não efectuámos qualquer análise sistemática, mesmo que por
amostragem. Todavia, através de uma leitura impressiva dessa
correspondência é possível e interessante formular uma apreciação conjunta
até porque essas cartas são lidas e respondidas pela chefe de Gabinete, Dr.ª
Fernanda Mestrinho e, algumas vezes, pelo próprio provedor.
1- Conforme o Gráfico 3 indica é muito menor o número de cartas recebidas
(462) em confronto com o total das mensagens recebidas por e-mail (12 034).
Se tivermos em linha de conta o desconto das mensagens de outro teor em
confronto com aquelas individualmente consideradas, ou seja 12 034,
verificamos que o número de cartas (462) corresponde a aproximadamente 4%
sobre o número das mensagens e-mails.
2- É interessante constatar que, em relação às variáveis fixas (sexo,
proveniência geográfica, etc.), mantêm-se as mesmas tendências daquelas
encontradas na análise feita às mensagens por e-mail. E observe-se que
quanto às cartas os valores indicados não são por amostragem, mas totais.
Assim, o género masculino é aquele que mais cartas envia (60 %), contra 40%
do género feminino (ver Gráfico 4 abaixo e Gráfico 5 em Anexo).
66
Análise Impressiva da Correspondência Tradicional
Distribuição da Correspondência Tradicional por sexo (%) Gráfico 4.
N = 462
7%
37%56%
Não IdentificadoFemininoMasculino
3- De igual modo, a proveniência geográfica das mensagens é
maioritariamente da Grande Lisboa (43,7%) e do Grande Porto (14,5%). De
registar, o número de cartas provenientes do estrangeiro 47, ou seja cerca de
10 % (Cf. Gráfico 7 em Anexo).
4- Numa impressão geral, o conteúdo destas cartas não difere sensivelmente
do conteúdo das mensagens electrónicas. Os assuntos mais reclamados têm
uma incidência muito semelhante àqueles que são levantados nos e-mails.
Destaca-se igualmente ao predomínio das queixas em relação aos horários
não cumpridos e à alteração de programas, sem qualquer aviso prévio, e a
hora tardia da emissão de alguns programas, como o «Prós e Contras» ou a
série «Conta-me como Foi», ou ainda idêntica queixa relativamente às séries
da RTP2 ou dos filmes (RTP1 e RTP2).
5- Quanto à informação surgem iguais queixas no que respeita às opiniões,
consideradas não independentes ou isentas, sobre comentadores políticos, de
assuntos económicos ou de desportos.
6- A RTP1 continua a ser o canal de referência ou o canal alvo da maior parte
das críticas. A razão mais invocada para o direito de apresentar queixas é o
67
Análise Impressiva da Correspondência Tradicional «estatuto de serviço público» de que a RTP goza e, como tal, a consequente
condição de ser sustentada, sobretudo, por financiamento público, com
dinheiros provenientes dos impostos dos contribuintes.
7- Contudo, importa destacar os contrastes que normalmente caracterizam as
cartas em confronto com os e-mails:
a) Regra geral, as cartas são marcadas por um tom mais pessoal, aliás
nota característica da correspondência epistolar;
b) Os autores das cartas, pelo que se percebe, são maioritariamente
pessoas com mais idade, ainda não possuidoras de uma «alfabetização
digital» das novas gerações;
c) Nota-se, por isso, uma prevalência de mensagens muito afectivas com
a «sua televisão», a RTP. Muitos destes Telespectadores serão ainda
do tempo em que, em Portugal, só existia a RTP. Manifestam assim uma
relação, podemos dizer, «afectiva», carinhosa, e até amistosa, mesmo
quando criticam determinados aspectos;
d) Nota-se também que são pessoas mais solitárias, reformadas, de
actividades domésticas, que elegem a RTP, como grande companhia;
e) Essas cartas, por vezes, chegam a ser tão cândidas que contêm
autênticas «declarações de carinho» à «sua companheira de todas as
horas», sentimentos esses, obviamente, materializados nos rostos que
fazem os programas e a informação dos diferentes canais e serviços da
RTP. No Natal, chegam a mandar poesias, de cunho popular, para «a
sua grande companheira e seus grandes companheiros»;
f) Conforme salientámos comparativamente aos e-mails têm um valor
significativo as cartas que recebemos do estrangeiro (10%). Estes
Telespectadores são principalmente portugueses emigrantes ou
68
Análise Impressiva da Correspondência Tradicional
portugueses ocasionalmente a residir no estrangeiro. Poderemos
considerar que são emigrantes de 1.ª geração;
g) Os comentários ou críticas apresentados, como já dissemos, conformam-
se com o teor daqueles apresentados através do correio electrónico;
h) Alguns Telespectadores, portugueses residentes no estrangeiro,
queixam-se pelo facto de contrariamente aos residentes em Portugal
terem de pagar, através dos circuitos de distribuição dos países onde
residem, os canais em sinal aberto;
i) Por outro lado, também lamentam a programação da RTP Internacional
não estar concebida para um enquadramento internacional, bem como a
RTP África que não corresponde inteiramente às culturas do universo
destas populações. Entendem também que a programação é muito
repetitiva e não está devidamente adequada aos horários da vida das
pessoas a residir e trabalhar nos países estrangeiros.
69
O programa «A Voz do Cidadão» 4. O PROGRAMA “A VOZ DO CIDADÃO”
Conforme no Relatório/2006 já salientava, na realização do programa «A Voz do Cidadão» procurei continuar a adoptar um modelo de discurso construtivo
que não tomasse características de um tempo de antena, mas fosse acima de
tudo um programa de televisão sobre a televisão que a RTP faz. Procurei
delinear um programa não necessariamente conflituoso. Privilegiei a função de
uma intermediação entre quem vê televisão e quem faz televisão.
Esta intermediação circunscreve-se nos seguintes pressupostos:
- Não tenho a pretensão de saber fazer televisão.
- Sei que o(s) público(s) que vê(em) televisão é ou são marcado(s) por uma
forte heterogeneidade, pela classe social a que pertence(m), pelo nível de
escolaridade ou cultural, pelo estrato económico, pelo contexto familiar ou
geográfico, pelos hábitos e estilos de vida.
- Tenho consciência de que a RTP tem o estatuto de serviço público e como tal
está obrigada, na programação ou informação, a cumprir as cláusulas que
derivam do Contrato de Concessão assinado entre a RTP e o Governo.
- Reconheço que os Telespectadores nem sempre têm razão.
- Tenho claro que é sempre difícil aceitar críticas ou reparos sobre o trabalho
profissional realizado dentro de certos condicionamentos e com o melhor
empenho profissional.
70
O programa «A Voz do Cidadão» 4.1. METODOLOGIA DO PROGRAMA A metodologia seguida tem sido esta:
- A partir de um conjunto de mensagens recebidas é escolhido um tema que procure recobrir as queixas, comentários, sugestões ou aplausos enviados pelos Telespectadores. Conforme se pode verificar, sobre a amostragem escolhida para a análise das mensagens recebidas e realizado por Sandra Costa e Patrícia Chaves, com este critério dos assuntos ventilados pelos telespectadores, 66,7% foram tratados (Cf.
Figura 14).
- Escolhido o tema, procede-se à planificação do programa com a produtora «Até o fim do mundo». O GAP faz uma escolha sobre o conjunto dos Telespectadores que enviaram mensagens julgadas mais pertinentes a propósito do tema. Nem todos os Telespectadores aceitam dar depoimento para o programa (Cf. Gráfico 8 em Anexo). - Por outro lado, em regra, são convidadas algumas pessoas na qualidade de «experts» sobre a matéria versada com o intuito de ajudarem a tratar o tema. - Os «pivots» são da responsabilidade do provedor. Normalmente são gravados nos estúdios da RTP, conforme plano apresentado e aprovado pela RTP – Meios de Produção (Cf. O texto integral dos respectivos pivots em
Anexo).
- A autoria e, portanto, a responsabilidade do programa, são do Provedor do Telespectador.
71
O programa «A Voz do Cidadão» Em ANEXOS, apresentamos a lista completa dos temas tratados nos 44
programas emitidos durante o ano de 2007, bem como os valores share, de
audiência e posicionamento do programa em relação aos programas de todos
os canais em aberto RTP1, TVI e SIC (Cf. Anexo, Quadro 3).
Como sempre temos notado, não pode ser preocupação prioritária de uma
estação de serviço público o «ranking» conseguido nas audiências. Mas
também não ter público, não é sinal positivo da interacção com os
Telespectadores por parte de um operador de «serviço público». Pode dizer-se
que um programa que representa a «voz do cidadão» sem audiência não
constitui qualquer valor acrescentado desse programa e dos objectivos a que
ele pretende responder.
Assim, como é possível observar o programa «A Voz do Cidadão» no conjunto
dos cerca de oitenta programas exibidos pelos operadores nacionais em sinal
aberto, e medindo a audiência da emissão na RTP1, raramente, fica abaixo da
15.ª posição, conseguindo várias vezes lugar no «top 10» da programação,
quando é exibido ao Sábado.
Evolução do Share e Rat% de “A Voz do Cidadão”
Gráfico 5.
20,618,8
22,1
8,1 7 7,9 8,1 6,9 6,3 5,57,2 7,8 8,2
6,5
22,3 22,521
19,4 20,722,4 22
18,6
Jan-
07
Fev-
07
Mar
-07
Abr
-07
Mai
-07
Jun-
07
Jul-0
7
Ago
-07
Set
-07
Out
-07
Nov
-07
Dez
-07
shr% rat%
Média Anual
shr% rat% rat#
2007 21 7,2 683,7
72
O programa «A Voz do Cidadão» 4.2. CRÍTICAS SOBRE O PROGRAMA
Sobre a apreciação que os Telespectadores fazem ao programa «A Voz do
Cidadão» há comentários positivos e negativos. Alguns Telespectadores
apreciam o programa, bem como a acção do provedor. Muitos outros, porém,
pronunciam-se negativamente sobre o programa e a acção do provedor.
Alguns atribuem-lhe competências de decisão que, efectivamente, não lhe
cabem. Julgam que as recomendações do provedor deveriam ser
imediatamente executadas. Entendem que a actuação do provedor deveria ser
mais determinante. O provedor deveria ser mais acusatório e utilizar um estilo
menos complacente.
Podem resumir-se nestes pontos, algumas das principais críticas:
-A posição do provedor no programa deveria ser mais incisiva e veemente na
condenação de certos procedimentos e comportamentos do operador de
«serviço público».
-O provedor não deveria dar no programa «voz» aos responsáveis da RTP,
mas só aos Telespectadores.
-O provedor não deve tomar qualquer defesa dos profissionais da RTP.
-O provedor não deveria incluir no programa certos depoimentos dos
Telespectadores.
-O provedor é mais um encargo para o Estado e para os contribuintes, não se
percebendo a eficácia da sua missão.
Sobre o programa “A Voz do Cidadão”, emitido em 31.03.07, o major Valentim
Loureiro apresentou uma queixa à ERC. Em 6 de Junho a ERC enviou ao
provedor a apreciação feita. No Anexo, página 52, damos conta deste
documento na íntegra.
73
Gabinete de Apoio aos Provedores 5. GABINETE DE APOIO AOS PROVEDORES 5.1. O GAP, ESTRUTURA DE APOIO Conforme é do conhecimento público e na incumbência que a Lei n.º 2/2006,
de 14 de Fevereiro, confere ao Conselho de Administração da RTP, S.A., de
garantir os meios adequados para o funcionamento do Provedor do Ouvinte e
do Provedor do Telespectador, foi disponibilizada uma estrutura administrativa
denominada Gabinete de Apoio aos Provedores (GAP). Como estrutura
administrativa, o GAP depende hierarquicamente do Conselho de
Administração e funcionalmente dos provedores (OS n.16 de 21.06.2006).
Cabe ao GAP desempenhar as seguintes funções:
- Recolher e tratar toda a informação interna relevante para o exercício da
função dos provedores;
- Assegurar os serviços de apoio necessários;
- Apoiar os provedores nas relações institucionais internas e externas;
- Articular com as Direcções das diferentes áreas ou departamentos da RTP,
S.A., as relações dos provedores;
- Desenvolver as condições necessárias à produção dos programas do
Provedor do Ouvinte e do Provedor do Telespectador
Chefia o GAP, a Dr.ª Fernanda Mestrinho que é responsável pelo
funcionamento do gabinete e coordena todos os serviços e articula com todas
as áreas internas a actividade dos Provedores.
74
Gabinete de Apoio aos Provedores Desta estrutura de apoio, fazem ainda parte:
A Dr.ª Maria do Carmo Arantes, como assessora técnica de apoio às matérias
jurídicas ou outras conforme solicitação dos provedores;
Gabriela Santos, com o encargo de assegurar o secretariado do GAP e dar
apoio à Chefe de Gabinete e aos Provedores.
Funcionam no GAP o jornalista Viriato Teles mais ligado, sobretudo, ao apoio
do Provedor do Ouvinte e do programa «EM NOME DO OUVINTE».
Colaboram ainda neste programa a locutora Isabel Bernardo e o locutor
Alberto Ramos. Colaboram igualmente no GAP, a Dr.ª Sandra Costa e a Dr.ª Patrícia Chaves, sociólogas, com o principal objectivo de efectuar um tratamento de carácter
sociológico sobre a correspondência electrónica que defina o perfil dos
cidadãos telespectadores que interagem com o GAP e respectivos provedores.
O programa «A VOZ DO CIDADÃO», por decisão do anterior CA da RTP, é
produzido pela empresa “Até o Fim do Mundo”, escolhida pela «RTP – Meios
de Produção». Por parte da produtora além do director Ricardo de Freitas, há
uma equipa regular de jornalistas, constituída por Cristina Guedes, Liliana
Duarte, Sara Gomes, com a colaboração pontual de Paula Campos e André
Soares. O jornalista Paulo Fernandes até Maio passado pertencia a esta
equipa. São editores de imagem Ricardo Ribeiro e Mário Martins. São
repórteres de Imagem: Hugo Gonçalves, Marco Fernandes, João Ricardo
Pinto, João Completo e Pedro Lopes. Obviamente, por cada programa, a
direcção da produtora determina a equipa.
Normalmente as intervenções no programa por parte do provedor são gravadas
nos estúdios da RTP por equipas de profissionais da RTP, conforme escalas
estabelecidas pela «RTP – Meios de Produção».
75
Gabinete de Apoio aos Provedores O funcionamento de interacção com a «RTP – Meios de Produção» tem sido
impecável. O seu director Dr. António Borga tem patrocinado esse bom
funcionamento.
Por sua vez, devo testemunhar o sentido de empenho e colaboração
manifestado pelos profissionais da RTP em relação a este programa.
Igualmente devo registar o entusiasmo e a dedicação com que os profissionais
da empresa e produtora “Até ao Fim do Mundo” encararam este programa «A
Voz do Cidadão», fazendo-o com gosto e profissionalismo.
76
Gabinete de Apoio aos Provedores 5.2. BREVE ANÁLISE AO FUNCIONAMENTO DO GAP Quando da constituição do GAP, na já citada Ordem de Serviço, n.º 16 de
21.06.2006, o Conselho de Administração da RTP estabelecia que «o gabinete
poderá assumir uma composição diferente caso as situações o justifiquem e
por proposta da Chefe de Gabinete ao Conselho de Administração». Está a
terminar o primeiro mandato dos primeiros provedores do Ouvinte e do
Telespectador. Será a ocasião oportuna de rever o funcionamento do GAP,
face aos objectivos a alcançar, a estratégia de acção a desenvolver, num
quadro das disposições legais, mas também na óptica de novas linhas de
orientação para o gabinete. É um assunto a ser considerado pelo novo
Conselho de Administração, obviamente a partir desta primeira experiência e
pelas informações fornecidas pelos actuais provedores e chefe de gabinete.
Por minha parte, não vou no presente Relatório fazer sugestões. Entendo que
o assunto deverá ser discutido em sede própria e tendo em conta os diferentes
elementos de informação recolhidos. Apenas deixarei algumas reflexões que
resultam de uma análise ao funcionamento e à actividade desenvolvida pelo
GAP.
A correspondência com os Telespectadores
O ter-se privilegiado uma linha de contacto directa com os Telespectadores
através de um serviço «e-mail» e epistolar trouxe para o Gabinete uma
sobrecarga de trabalho que, embora de certo modo calculada, ultrapassou as
perspectivas. Em 2006, o GAP recebeu um grosso de 9 120 mensagens e, em
2007, 16 237 só por «e-mail». É verdade que sobre estas, uma vez feita a
separação das respondíveis ou não, apenas cerca de 60% obrigam a resposta
individualizada. Mas o trabalho de selecção tem de ser efectuado. Por outro
lado, as cartas recebidas também exigem resposta. (Em 2006, 382, em 2007,
462). Esta quantidade de missivas provocou um certo desfasamento na
atribuição de funções dos elementos do gabinete. Assim, a técnica jurista foi
77
Gabinete de Apoio aos Provedores desviada para a correspondência e as sociólogas que deveriam ocupar-se de
um tratamento ao conteúdo das mensagens durante grande parte do ano
tiveram de estar destacadas para responder aos Telespectadores. A partir de
Setembro deste ano em que se tornou urgente começar a fazer o estudo
incluído neste relatório de análise às mensagens, a tarefa de responder aos
telespectadores caiu quase em exclusivo sobre a chefe de gabinete,
ocasionando uma distorção às suas próprias funções. A não instalação
atempada de um programa gestor de correspondência electrónica (GDoc)
atrasou e complicou esta tarefa. Por sua vez, esta situação decorrente da
componente dos Telespectadores sobrecarregou de tal maneira os elementos
do GAP, fazendo-se repercutir no apoio ao Provedor do Ouvinte, Dr. José Nuno
Martins, altamente prejudicado pela absorção que o sector da televisão
provocou.
Responder aos Telespectadores comporta outro trabalho. É necessário obter
junto dos Directores das diferentes áreas, departamentos ou serviços da RTP
informação correcta e condizente para emitir a resposta. Além disso, outros
assuntos têm de receber um tratamento mais cuidado, especialmente na
perspectiva jurídica, tarefa que cabe à Dr.ª Carmo Arantes.
Esta sobrecarga de correspondência e a redistribuição de tarefas para
responder a outras acções como as de estudo provocaram também atrasos na
pontualidade de resposta aos Telespectadores, o que foi principalmente
sentido no período de Verão e no período de Natal.
O programa «A Voz do Cidadão» Por outro lado, a preparação de um programa semanal ocupa imenso tempo.
Os elementos do GAP colaboram na sugestão de temas, e em especial a partir
do conhecimento que têm das questões postas na correspondência pelos
telespectadores. O programa exige um planeamento antecipado e uma pontual
execução. Delineado o programa, a chefe de gabinete tem de fazer os
78
Gabinete de Apoio aos Provedores contactos necessários com os Telespectadores dispostos a depor e com as
personalidades convidadas. Nesta tarefa é auxiliada pela secretária do GAP
que, de algum modo, desempenha o trabalho de assistente à produção do
programa «A VOZ DO CIDADÃO», naquilo que compete ao GAP.
É evidente que o delineamento das estratégias de acção e objectivos a cumprir
pelo GAP e pelo Provedor podem encarar outra organização, como por
exemplo, a resolução de não responder individualmente aos Telespectadores
ou o imprimir outra lógica de concepção e realização ao programa televisivo do
Provedor.
De qualquer modo, como disse, este assunto das decisões sobre o
funcionamento do GAP, as suas actividades e a revisão ou não do quadro de
pessoal adstrito, terá de ser objecto de uma reflexão mais cuidada e com as
instâncias próprias. Por outro lado, é importante juntar a estas minhas
considerações a análise feita e propostas apresentadas pelo meu colega,
Provedor do Ouvinte, Dr. José Nuno Martins, e pela chefe de gabinete, Dr.ª
Fernanda Mestrinho.
Por agora, deixo, aqui, um agradecimento muito sentido a todos os elementos
do GAP, pelo esforço dispendido, pelo trabalho realizado, e pela colaboração
muito aberta e comprometida que tiveram.
Este agradecimento é extensivo a todos os elementos. Mas permitam-me que o
consagre pessoalmente na Dr. ª Fernanda Mestrinho, cuja situação sob o ponto
de vista administrativo deveria merecer ser revista por parte do Conselho de
Administração.
79
Gabinete de Apoio aos Provedores 5.3. RELAÇÕES INSTITUCIONAIS
Audição na Assembleia da República No dia 13 de Março de 2007, os Provedores do Ouvinte e do Telespectador, da
RTP, foram recebidos numa audição na Sub-Comissão de Direitos
Fundamentais e da Comissão Social da Assembleia da República, onde além
da apresentação do Relatório de Actividades, concernente a cada provedor e
apresentado em documento autónomo, responderam às questões levantadas
pelos senhores deputados presentes.
Reuniões com a Administração e Outras Estruturas da RTP Dando continuidade ao procedimento estabelecido no ano anterior, os
Provedores do Ouvinte e do Telespectador, da RTP, tiveram até Maio de 2007,
reuniões periódicas com o administrador Luís Marques encarregado pelo
Conselho da Administração para tratar dos assuntos administrativos atinentes
às actividades dos Provedores, do GAP e dos respectivos programas «Em
Nome do Ouvinte» e «A Voz do Cidadão. Tomava parte nestas reuniões a
chefe de gabinete Dra. Fernanda Mestrinho.
Em 18.05.07, houve uma reunião convocada pelo senhor presidente do
Conselho de Administração, Dr. Almerindo Marques, com provedor do
Telespectador da RTP. A esta reunião assistiu igualmente o administrador Luís
Marques. A reunião serviu para esclarecer qual o papel do provedor do
Telespectador no contexto da RTP derivado do quadro de total independência
nos termos estabelecidos pela Lei n.º 2/ 2006, de 14 de Fevereiro, que criou a
figura de provedor e definiu as sua competências e estatuto. Não voltou a
haver reuniões entre provedores e o Conselho de Administração.
80
Gabinete de Apoio aos Provedores
Reuniões com Directores e Outros Responsáveis da RTP Durante o ano de 2007 realizaram-se várias reuniões com o Director de
Informação, Luís Marinho, com o Director de Programas, Nuno Santos, com o
Director da RTP2, Jorge Wemans. Estas reuniões serviam para troca de
impressões sobre assuntos respeitantes às diferentes partes. Normalmente,
eram entregues aos Directores Relatórios Intermédios elaborados pelo
Provedor do Telespectador e pelo GAP.
Em relação a assuntos que tinham a ver com o programa «A Voz do Cidadão»
realizaram algumas reuniões com o Director da «RTP – Meios de Produção»,
Dr. António Borga, o Provedor do Telespectador da RTP e a chefe de gabinete,
Dr.ª Fernanda Mestrinho.
81
Gabinete de Apoio aos Provedores 5.4. OUTRAS ACTIVIDADES
-Participação na Conferência Internacional promovida pela RTP (19.03.07).
-Conferência proferida no Clube Figueirense, Figueira da Foz, sobre o «Papel
do provedor do Telespectador da RTP» (30.03.07).
-Reunião, em Lisboa, com a ministra com tutela sobre a Comunicação Social,
Dr.ª Sara Lopes, de Cabo Verde (10.04.07).
-Participação num colóquio promovido pela Sociedade Portuguesa dos Autores
com os Provedores do Ouvinte e do Telespectador, da RTP (13.04.07).
-Reunião de trabalho com o presidente do Conselho de Opinião da RTP, Dr.
Coelho da Silva (14.04.07).
-Participação no ISMAI, Maia, Porto, num colóquio promovido por aquela
instituição académica com a participação dos Provedores do Ouvinte e do
Telespectador (17.04.07).
-Participação na Assembleia da República no «Parlamento dos Jovens»
(15.05.07).
-Participação no colóquio realizado na Universidade do Algarve em cooperação
com a RTP e numa realização integrada nos 50 anos da RTP (17.05.07).
-Reunião de trabalho com a Comissão Permanente do Conselho de Opinião da
RTP (23.05.07).
-Participação na Conferência sobre o «Serviço Público de televisão no contexto
internacional» (19.06.07).
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Gabinete de Apoio aos Provedores -Intervenção no VII Congresso da SOPCOM, na Universidade do Minho, com
uma comunicação sobre o papel do Provedor do Telespectador da RTP
(6.09.07).
-Participação num encontro com Directores responsáveis pelas várias áreas da
RTP, jornalistas e outros profissionais, organizado pelo Centro de Formação da
RTP sobre a Actividade de Provedor. Agradeço ao Director do C.F., Eduardo
Oliveira e Silva, a excelente oportunidade proporcionada. (9.10.07)
-Participação na Conferência Internacional sobre «O papel dos Órgãos de
Comunicação no Contexto da Democracia», na cidade da Praia, Cabo Verde, a
convite da Radiotelevisão de Cabo Verde, promotora da conferência (22-24.
11.07).
83
Gabinete de Apoio aos Provedores 5.5. PRINCIPAIS QUEIXAS FORMAIS
• Queixa pelo não acompanhamento por parte da RTP da campanha
desenvolvida pelo PCP, na Baixa da Banheira, a propósito do referendo
sobre a Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez (09.02.07).
Quanto a matérias relacionadas com as campanhas do referendo, foi posto
em prática o critério de não interferir pontualmente, já que a igualdade de
tratamento das forças envolvidas deveria ser avaliada globalmente, no
conjunto da campanha e pré-campanha do Referendo.
• Queixa apresentada pela Associação da Comunidade Surda à
Administração da RTP sobre o papel dos intérpretes de língua gestual
(27.03.07).
Foi remetida ao Gabinete de Provedores apenas para conhecimento.
• Queixa enviada pela União de Resistentes Antifascistas Portugueses sobre
a constituição dos painéis do programa Prós e Contras (23.07.07).
Depois de ouvidas as justificações da Coordenadora do programa, a
jornalista Fátima Campos Ferreira, a informação foi enviada à URAP.
• Queixa do «Jornal da Madeira» sobre o programa «Gato Fedorento» com
referências a profissionais daquele jornal madeirense (02.03.07).
O GAP depois de obter uma interpretação do sucedido informou o «Jornal
da Madeira» da declarada intenção de não ter havido qualquer propósito de
pôr em causa a dignidade dos profissionais daquele jornal madeirense.
• Queixa da Deputada socialista do Grupo Parlamentar do PS, no
Parlamento Europeu, Edite Estrela, sobre a considerada discriminação feita
em relação às Deputadas pela reportagem na RTP sobre a Conferência
Nacional a propósito da IVG, no Teatro Camões, em Lisboa (05.03.07).
Foi enviada resposta à Deputada Edite Estrela, por e-mail de 11 de Abril de
2007, informando que, após insistência junto da Direcção de Informação,
84
Gabinete de Apoio aos Provedores
esta não se pronunciou, o que foi interpretado pelo Provedor como o D.I.
não ter entendido querer dar qualquer justificação.
• Queixa da Comissão Directiva da Reserva Natural das Lagoas de Santo
André e da Sancha, reclamando por eventuais incorrecções proferidas no
programa «A Alma e a Gente» do Professor Hermano Saraiva (06.03.07)
Tratado o assunto junto da RTP 2, através do seu director, Dr. Jorge
Wemans, e do Professor José Hermano Saraiva, foi dada uma resposta à
queixosa por e-mail de 21 de Março de 2007.
• Queixa da revista «Mais Alentejo» sobre referências inexactas feitas pela
RTP no programa «Portugal Azul» (20.03.07).
A queixa seguiu os trâmites normais, dando-se conhecimento à D.I.
• Queixa apresentada por Manuel Monteiro Teixeira contra referências feitas
por Carlos Malato no programa «Um Contra Todos» a propósito dos «filtros
de água» serem um perigo para a saúde (20.03.07).
Foi indagado junto do Director de Programas, no sentido de informar o
Gabinete de Provedores das diligências efectuadas, não tendo o GAP
conseguido o esclarecimento devido.
• Queixa apresentada por Ana Rita de Sousa Pacheco contra o programa
«Praça da Alegria» a propósito de uma representação da Academia
Gimnoarte da Póvoa de Varzim (20.03.07).
Foi solicitado à produtora do programa informação sobre o sucedido, a
quem foi pedido pelo provedor que fosse dado esclarecimento à Gimnoarte.
• Queixa apresentada por Guilherme de Abreu Correia contra a RTP -
Madeira por suposta «censura e discriminação» praticada em reportagem
daquela estação. (20.03.07).
Matéria considerada fora da competência do Provedor do Telespectador,
tendo sido do facto informado o queixoso por carta de 22 de Abril de 2007.
85
Gabinete de Apoio aos Provedores • Queixa apresentada pela ACMedia «Associação Portuguesa de
Consumidores dos Media» contra o programa «Prós e Contras» de
19.03.07 pela não participação de um representante no dito programa, com
o tema «A Televisão de Portugal» (27.03.07).
O Provedor do Telespectador solicitou à jornalista Fátima Campos Ferreira
que apresentasse à ACMedia uma justificação.
• Queixa apresentada pela jornalista Judite de Sousa, em relação ao
programa «A Voz do Cidadão» de 31.03.07, por discordância da análise
feita à Grande Entrevista com o Major Valentim Loureiro, emitida a 22.03.07
e pelo facto do Provedor não ter ouvido a referida jornalista (03.04.07).
Foi comunicada à jornalista Judite de Sousa a posição do Provedor do
Telespectador, esclarecendo os critérios adoptados.
• Queixa do Partido Ecologista «Os Verdes» reclamando pelo facto da RTP1,
RTP2, RTPN nos telejornais do dia 10 de Abril, a propósito da notícia de
promulgação pelo Senhor Presidente da República da Lei de Interrupção
Voluntária da Gravidez ter incluído a reacção de todos os partidos, com
assento parlamentar, excepto «Os Verdes» (19.04.07).
Foi indagada a Direcção de Informação, sobre a matéria da queixa.
• Cópia da queixa do PS Madeira, apresentada a várias entidades do Estado,
contra a RTP - Madeira por eventual falta de isenção na cobertura da
campanha das eleições para a Região Autónoma da Madeira (19.04.07).
Foi indagado junto da RTP Madeira, tendo o respectivo Director informado
que já havia respondido directamente ao PS Madeira.
• Cópia da queixa apresentada pela Federação Portuguesa das Associações
de Surdos, à Direcção de Programas da RTP2 (19.04.07).
Respondido em 23 de Abril de 2007, dando conta não ser a matéria da
queixa da competência deste Gabinete.
86
Gabinete de Apoio aos Provedores • Cópia da carta enviada à Administração da RTP, com conhecimento da
queixa apresentada a várias entidades do Estado, pelo PS Madeira em
relação à RTP Madeira, pela não edição de um depoimento Maximiano
Martins (14.05.07).
Foi remetida ao Gabinete de Provedores apenas para conhecimento.
• Cópia da queixa apresentada pelo movimento “Cidadãos por Lisboa” à
Comissão Nacional de Eleições pela eventual falta de “igualdade de
oportunidades e propaganda das diferentes candidaturas” com que a RTP
tratou este assunto nos seus telejornais (04.07.07).
Foi remetida ao Gabinete de Provedores apenas para conhecimento.
• Queixa apresentada por Mário Martinho de Pádua contra a Direcção de
Informação da RTP1 e 2 por eventual discriminação em relação à
Comissão da C.D.U. na reportagem sobre a Federação D. Pedro IV
(17.07.07).
Queixa arquivada.
• Queixa do Sindicato dos Jornalistas contra a Direcção de Informação da
RTP pela omissão em relação às apreciações feitas pela Direcção do
Sindicato dos Jornalistas, aquando da promulgação pelo Senhor Presidente
da República da Lei que afecta o Estatuto do Jornalista (10.08.07).
Enviada resposta ao Sindicato dos Jornalistas, dando conta de que a
Direcção de Informação da RTP não se pronunciou sobre a matéria. No
programa «A Voz do Cidadão», n.º 54, emitido a 17.11.07, foi registado o
depoimento do presidente do SJ.
• Queixa apresentada pela Confederação do Desporto de Portugal pela não
transmissão da RTP do Campeonato do Mundo de Triatlo e de Rugby
(18.09.07).
Respondida em 19 de Setembro de 2007, dando conta porque a RTP não
havia procedido à transmissão do Campeonato Mundial de Râguebi.
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Gabinete de Apoio aos Provedores • Queixa apresentada pela Associação Ester Janz por troca de imagens (de
arquivo) no noticiário da manhã da RTP1 no dia 6 de Setembro de 2007
(20.09.07).
Respondida em 25 de Setembro de 2007, remetendo a questão para o uso
do Direito de Resposta.
• Queixa de um telespectador que acusa uma empresa de estar a contactar
telespectadores, evocando abusivamente o nome da RTP para estudos
com vista a melhoria dos programas (27.11.07).
Remetida ao Conselho de Administração, por não ter sido considerada
matéria da competência do Gabinete de Provedores.
• Queixa anónima, estabelecendo ligações entre a empresa «Fernando
Mendes - Produção de Espectáculos, Lda.» e a Câmara Municipal de
Tarouca (2.11.07).
Remetida ao Conselho de Administração, por não ser matéria da
competência do Gabinete de Provedores.
• Queixa de um telespectador, acusando a RTP Madeira de ter exercido
censura na emissão de um episódio do programa «Contra Informação»
(10.07.07).
Remetida ao Conselho de Administração em virtude do GAP depois de
várias diligências não ter conseguido apurar a eventual matéria desta
queixa e concluir não possuir meios para dar seguimento à averiguação do
que efectivamente sucedeu.
• Queixa da Santa Casa da Misericórdia de Vila Pouca de Aguiar contra uma
notícia sobre esta instituição que, eventualmente, terá contribuído para
denegrir a imagem da Santa Casa da Misericórdia de Vila Pouca de Aguiar
(10.10.07).
Remetido para o Gabinete de Apoio Técnico ao Conselho de
Administração, já que se tratava do exercício de um Direito de Resposta.
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Gabinete de Apoio aos Provedores • Queixa da Associação da Cova da Moura, Associação Cultural Moinho da
Juventude, Associação de Solidariedade Social do Centro Paroquial de
Nossa Senhora Mãe de Deus da Buraca reclamando sobre algumas
considerações feitas pela apresentadora do programa «Operação Triunfo»,
Sílvia Alberto, que, eventualmente, «ofendia» os habitantes daquele Bairro
(27.12.07).
Matéria tratada no programa do Provedor, «A Voz do Cidadão», na sua
edição de 9 de Fevereiro de 2008.
89
Considerações Finais 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Terminei o Relatório/2006 com um capítulo intitulado «RECOMENDAÇÕES», onde pretendia deixar claro o registo de algumas conclusões a que me levara o incompleto primeiro ano de actividade como Provedor do Telespectador. Como com toda a sinceridade julgo e averiguo de que pouco serviram essas ditas recomendações, resolvi mudar o título deste capítulo apenas para algumas considerações finais.
6.1. A (IN)EFICÁCIA DA ACÇÃO DO PROVEDOR A primeira constatação que já deixo implícita no ponto anterior não visa projectar para fora da minha responsabilidade esse resultado positivamente pouco notado ou transferi-la em absoluto para outros ou, como sói dizer-se na versão habitual, «para quem de direito». Cabe-me, portanto, em primeiro lugar, avaliar os resultados da acção desenvolvida como Provedor do Telespectador e isto na dimensão dos três vectores que defini desde o princípio considerar prioritários e que referencio no 2.º capítulo deste Relatório/2007. Relativamente ao enunciado primeiro vector – a interactividade com os Telespectadores através de correspondência electrónica e tradicional – parece-me poder reivindicar um resultado bastante positivo. Esta verdadeira rede estabelecida com os Telespectadores é que tem tornado possível percepcionar o sentido da relação dos Telespectadores com a RTP, aquilo que dela exigem e como a gostariam de ver ou nela rever-se. Isto obviamente sem nunca renunciar ao princípio de que «nem sempre o público tem razão» e de que um operador de televisão com o estatuto de serviço público não pode consumir-se apenas «em dar ao público, aquilo que o público quer».
90
Considerações Finais Esta interactividade é importante, mas também é através deste aspecto que o papel do Provedor é publicamente avaliado e corre até perigo de desacreditação na eficácia da sua acção. Por um lado, é este correio que fornece a informação que o Provedor e o GAP dispõem para avaliar e auscultar as opiniões dos Telespectadores e a partir desta informação produzir o seu trabalho. Mas, por outro lado, é no confronto entre o que disse, criticou ou pediu, e não viu conseguido na programação ou informação da RTP pela intervenção do Provedor, que o Telespectador ajuíza a eficácia ou ineficácia da acção do Provedor. É verdade que muitos Telespectadores escrevem a elogiar a acção do papel exercido pelo Provedor. Mas também são muitos aqueles que expressam o seu desencanto, a sua desilusão pela ineficácia da sua intervenção. E estes interrogam-se: para que existe um Provedor? Para nada mudar e tudo ficar na mesma? E responder a esta interjeição ou desconfiança é um problema político na avaliação que quem de direito terá de fazer, se estão a ser alcançados ou não os objectivos que levaram os representantes do Estado, Assembleia da República e Governo, à criação da figura de um Provedor na estação de televisão de serviço público. É também a própria Administração da RTP, em articulação com os responsáveis dos diferentes sectores da empresa, que terá de fazer uma avaliação se em confronto com o assentimento que deu a essa criação e se face aos resultados efectivos da acção de um Provedor está a ser comprometida a própria empresa na obrigação de responsabilidade social que tem de responder às expectativas razoáveis dos «seus clientes», dos Telespectadores, razão de ser do serviço que presta. Por isso, para responder por minha parte aos resultados conseguidos, não desdenho erros de actuação, porventura, por uma fraca interacção com os responsáveis dos conteúdos, em programas e informação, pela
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Considerações Finais adopção de uma estratégia dócil de mais, pouco incisiva, pouco reivindicativa. E isto, quer nos tais «recados para dentro» da organização, ou nas mensagens difundidas no programa «A Voz do Cidadão» ou até no diminuto contacto com a comunicação social externa à empresa. Mas a avaliação do papel e acção do Provedor do Telespectador junto do serviço público de televisão é uma avaliação que julgo poder ser feita pela Assembleia da República, pelo Conselho de Opinião da RTP e pelos próprios Telespectadores através dos meios de expressão de que dispõem numa sociedade democrática. E que espero seja feita, uma vez que as linhas de orientação da ERC, a quem cabe por Lei a entrega deste Relatório, em meu entender, são de outro teor.
6.2. SINAIS DISTINTIVOS DE OPERADOR DE SERVIÇO PÚBLICO Tenho insistido frequentemente que a RTP, como operador com o «estatuto de serviço público», tem de munir-se e dar visibilidade a um conjunto de «sinais distintivos» do estatuto que ostenta face aos outros operadores privados ou comerciais. Numa sociedade democraticamente plural, o que é manifesto em fenómenos políticos, culturais, sociais, nem sempre é fácil conseguir obter um consenso mínimo daquilo que possa ser entendido e defendido como «serviço público» de televisão. Há até aqueles que negam a justificação de ter de haver, em televisão ou nos «media» em geral, operadores com o estatuto específico de «serviço público». Não vou por aí. No caso concreto, devo ter a noção que estou investido no cargo de Provedor do Telespectador de uma estação com o «estatuto de serviço público». E como tal tenho de pautar a minha actuação no estatuto que a própria Lei formaliza para o Provedor. E por outro tenho de ter em conta as exigências que derivam das disposições contidas no Contrato de Concessão que comprometem a RTP perante o Estado e os cidadãos do país. E é nesta vertente que tenho procurado desenvolver a minha função.
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Considerações Finais Numa certa síntese das obrigações que resultam do Contrato de Concessão pode dizer-se que compete à RTP «assegurar uma programação de qualidade, equilibrada e diversificada que contribua para a formação cultural e cívica» dos Telespectadores, «promovendo o pluralismo político, religioso, social e cultural e o acesso de todos os cidadãos à informação, à cultura, à educação, e ao entretenimento» e bem assim «contrariar a tendência para a uniformização e massificação da oferta televisiva, proporcionando programas não directamente ditados pelos objectivos da exploração comercial». Obviamente que esta síntese não facilita a concretização, nem tão pouco a análise do nível de cumprimento por parte da RTP das diversas cláusulas que fazem parte do dito Contrato de Concessão. Aliás o novo texto está ainda em discussão e para assinatura, aquando da escrita deste Relatório. De qualquer modo, é importante explicitar que este documento tem constituído o conjunto de obrigações pelas quais procuro gerir a visão de Provedor, como mediador, entre quem vê a RTP e quem faz a sua programação e informação. Contudo, conforme já no Relatório/2006 salientava, «evidentemente assim como o Provedor lê à lei ou o Contrato de Concessão e interpreta e escolhe o modo e o modelo de exercício das suas funções, de igual modo deve ser reservado aos directores de conteúdos dos diferentes canais ou serviços da RTP a interpretação que fazem da sua função» e do modo como a concretizam. Assim sendo, não me parece que o papel de Provedor tenha de ser de constante interpelação àqueles que têm a função de dirigir e realizar esses conteúdos, seja os de informação, seja os de programação. Aliás, sei que um dos factores de pressão e até de algum constrangimento sobre directores e profissionais que realizam a televisão que a RTP faz é o constante escrutínio que pesa sobre eles, a partir da
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Considerações Finais ERC, das várias instâncias a que têm de prestar contas, como a Assembleia da República, os Tribunais e o Provedor. Não admira por isso que este seja visto pelos profissionais como um intruso e um incómodo maçador pelos sucessivos questionamentos ou pelas repetidas advertências que faz. Como quer que seja, no exercício da responsabilidade da missão que me está confiada não posso deixar de concretizar alguns dos pontos mais críticos que têm vindo a ser apontados à RTP pelos Telespectadores e que merecem e exigem atenção e correcção.
NO CAMPO DA INFORMAÇÃO: Por todos os meios e métodos de actuação a RTP deverá evidenciar na produção da sua informação uma total independência do poder político, de cada governo em mandato, sem esquecer que não obstante a preferência que os Telespectadores de televisão dão aos seus telejornais, urge banir de uma vez por todas o resquício manifesto em certos sectores de opinião que “os governos têm interferência na informação que difunde”. A RTP deverá demonstrar de modo claro a sua independência e isenção no campo da informação e opinião e deverá respeitar a pluralidade ideológica no pensamento e acção da actual sociedade portuguesa multicultural e multiétnica. A RTP terá de ser rigorosa no respeito de um pluralismo político, religioso, social e cultural, por parte dos diferentes desempenhos dos seus profissionais e na garantia de acesso aos diferentes segmentos de Telespectadores.
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Considerações Finais Os noticiários continuam a ser longos, em especial o TELEJORNAL e o JORNAL DA TARDE. Um diferente modelo de tratamento das notícias poderia contribuir para o seu encurtamento bem como a eliminação de publicidade dentro dos telejornais. O alinhamento das notícias sobre os diferentes acontecimentos deveria ser mais rigoroso, respeitando critérios editoriais de um Livro de Estilo, aprovado pelos órgãos internos e publicamente conhecido, e nunca concebido a pensar na captação de audiências fáceis, mas numa ordenação gradativa do valor da notícia. Os telejornais deveriam recorrer mais habitualmente a comentadores que interpretassem os acontecimentos, em especial, no plano internacional. O leque do quadro ideológico dos comentadores deveria ser mais alargado, respeitando a pluralidade de pensamento e acção existente na actual sociedade portuguesa. Os frequentes erros da língua portuguesa, na escrita e na fala, continuam a merecer a mágoa e a repulsa dos Telespectadores que gostariam de ver a língua nacional mais respeitada. Não sendo fácil evitar tais erros no imediatismo da informação, deveria haver uma supervisão suficientemente habilitada e actuante a cada instante. Persiste uma fraca presença nos telejornais, em especial da RTP1, de notícias sobre eventos no campo da ciência e da cultura. Não é que a RTP, nos serviços ou canais RTP2 e RTPN, não inclua programas sobre ciência e cultura. A crítica recai exactamente na ausência de notícias sobre actividades desses campos. Pelo contrário, os eventos desportivos continuam a ter um destaque desmesurado. O futebol é continuamente privilegiado em relação aos outros desportos, com incidência especial na actividade dos três clubes
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Considerações Finais Porto, Benfica, Sporting, esquecendo os outros que fazem parte do universo desportivo nacional.
NO PLANO DA PROGRAMAÇÃO: A RTP tem de planear e exibir uma grelha de programação em todos os seus oito canais ou serviços, baseada nos exigentes critérios do seu estatuto de serviço público e no respeito das cláusulas do Contrato de Concessão e na consideração dos objectivos preconizados na lógica dos diferentes oito canais (nove, se se considerar o RTP-Mobile) e no respeito dos diferenciados destinatários. Sem esquecer o seu estatuto e sem desdenhar que um serviço público tem de valer pelos Telespectadores que lhe dão atenção, essa grelha não pode ser concebida com a preocupação de conquistar fáceis audiências. Nem pode cair na tentação de praticar contra – programação. Mas terá de procurar modelos e formatos com forte atractividade dos Telespectadores. A RTP terá de rever os horários em que exibe determinados conteúdos, pois a articulação de uma programação de compromisso de estatuto de serviço público é sempre mais difícil de conseguir. É inadmissível que a RTP, pela própria verificação efectuada pela ERC, seja o operador que mais transgride o cumprimento dos horários, conforme programação previamente anunciada. A RTP na sua programação não pode esquecer as responsabilidades que tem na difusão de conteúdos que sejam expressão de cultura, dando atenção ao Teatro, à Dança, à Música, ao Cinema, às Artes Plásticas, à Literatura, no plano nacional e internacional e privilegiando os autores e actores portugueses. Será um «sinal distintivo» de serviço público estimular a inovação, a criatividade e a experimentação.
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Considerações Finais A própria articulação concebida e realizada entre a RTP1 e a RTP2 terá de ser muito mais explícita, pois a compensação que a RTP2 procura fazer no cumprimento de “serviço público” em relação à RTP1 não é entendida claramente pelos Telespectadores que continuam, sobretudo, a visar a RTP1 nas suas críticas. Os méritos da RTP2 não apagam os deméritos da RTP1. A RTP terá de rever os seus projectos no que compete aos canais específicos. Refiro-me especialmente à RTP Internacional e à RTP África. A concepção das grelhas de programação destes canais terá de corresponder aos parâmetros dos objectivos destes canais, tendo em conta que está em causa a imagem de Portugal no mundo e nos países de expressão lusófona. Para isso, é importante definir uma orçamentação própria, pois a base da programação não pode ser a dos conteúdos produzidos para o espaço nacional. Este será, porventura, um problema de natureza política, mas ter «uma janela aberta» sobre o mundo traz enormes responsabilidades para a RTP e para o próprio país. As repetidas mensagens recebidas no GAP por parte dos portugueses espalhados pelo mundo são altamente negativas para a programação da RTPi. Impõe-se uma revisão urgente. Por sua vez, os conteúdos da RTP África não podem, em momento algum, comprometer politicamente as razões que justificam Portugal ter um canal direccionado para a lusofonia. Por outro lado, o canal RTP Memória carece de uma reestruturação conceptual e um mais inteligente aproveitamento do precioso tesouro audiovisual que tem acumulado ao longo destes 50 anos. Mas na constatação do princípio em gíria que reconhece «sem ovos, não ser possível fazer omeletas», coloca-se, de novo, a questão da dotação orçamental própria.
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Considerações Finais O enquadramento da RTPN na definição clara dos objectivos da RTP, detentora do estatuto de serviço público, é importante. A RTPN é um canal ou serviço com grande admiração manifesta pelos Telespectadores. Neste canal são exibidos programas e trabalham jornalistas e profissionais dos diferentes sectores com reconhecimento de qualidade por parte dos Telespectadores. Todavia, será preciso não esquecer que se trata de um canal de cabo, o que levanta questões, por um lado, de ordenação política dos suportes e antenas de serviço público, e por outro, da articulação e complementaridade entre os diversos canais e serviços da RTP. Conforme fica claro ao longo deste RELATÓRIO/2007 o canal de referência da RTP para o grande público ou para o universo dos seus Telespectadores é a RTP1. Resulta evidente pela análise dos quantitativos das audiências. Mas esta constatação não resolve, antes complica, a necessidade de uma racional e visível articulação e complementaridade. Igualmente, a RTP sem desrespeitar a situação específica do estatuto de autonomia das regiões insulares, terá de enquadrar nos seus projectos de desenvolvimento tecnológico e na concepção e apresentação dos seus conteúdos os canais RTP Açores e RTP Madeira. Evidentemente que tenho a noção clara que deixo em branco quaisquer considerações de perspectiva futura quanto a opções que se vão colocar à RTP face a novas problemáticas trazidas pela TDT ou pela abertura de um 5º canal ou à inovação e conexão de plataformas múltiplas. Mas, como Provedor, parece-me deixar considerações deste tema a quem de direito. Nesta condição não quero imiscuir-me em tão complexas matérias em que a RTP, serviço público, se vai confrontar a curto prazo. Não gostaria por fim, que este conjunto vasto e complexo de observações que aqui deixo fosse apenas interpretado como a expressão de desejos do Provedor. Estas observações resultam e estão fundamentadas no
98
Considerações Finais excelente observatório que constituiu a informação fornecida pelos Telespectadores ao longo deste mandato. Ao contrário do que se possa julgar, os Telespectadores da RTP pensam «a sua televisão», como «serviço público». «Sua» porque a sustentam no pagamento da taxa do audiovisual e pelo financiamento proveniente dos seus impostos. Criticam-na, mas também a elogiam, como ficou demonstrado no estudo de análise às mensagens recebidas no GAP (Cap. 3). Sobretudo, querem-na melhor. É verdade que perpassa de forma difusa o princípio de «estatuto de serviço público» Mas competirá a quem faz a RTP evidenciar de modo concreto e cada vez mais explícito, nem que seja, pela alternativa, pela diversidade, contrapostas aos outros operadores, esse «serviço público» de televisão. Como Provedor, não ignoro as dificuldades que se colocam. Não obstante toda a actuação que tenho desempenhado tendo presente os compromissos da RTP ser definida como detentora do «estatuto de serviço público» e das exigências que tal estatuto comporta, não deixo de ficar perplexo na sua execução prática quando me deparo com a realidade de que o programa de maior e mais constante audiência é o «PREÇO CERTO». E essa perplexidade e luta interior no próprio exercício da função e missão de Provedor não se simplifica quando me lembro das palavras que, um certo dia, o anterior Presidente do Conselho de Administração da RTP, S.A., o Dr. Almerindo Marques me dizia: «Não se esqueça que temos um compromisso: fazer televisão adequada à população que temos». Lisboa, Janeiro de 2008
99
1
ANEXOS
2
ANEXO 1 - ANÁLISE DE CONTEÚDO DA CORRESPONDÊNCIA ELECTRÓNICA: UM
ESTUDO POR AMOSTRAGEM
Figura 1. Formulário disponível, desde Abril de 2007, no sítio do Provedor Nome*:
E-mail*:
Pretendo que a minha identidade seja preservada:
Sexo:
Idade:
Morada:
Localidade e Código Postal:
País*:
Distrito ou Ilha No caso de escolher o país "Portugal".
Telefone:
Grau de Escolaridade:
Profissão
Estado civil:
Com que frequência costuma visitar a PÁGINA DO PROVEDOR:
Canal Alvo da Mensagem:
Texto:
Classificação da Mensagem:
Crítica Dúvida Queixa Sugestão Satisfação
Avisamos os Telespectadores que, a partir de agora, nem sempre responderemos individualmente, por correio electrónico, como vínhamos fazendo. Quando verificarmos que um determinado assunto suscita muitas mensagens da parte dos Telespectadores, procuraremos dar uma resposta colectiva ou incluir na página o Parecer do Provedor. Isto não significa deixarmos de dar a máxima atenção nem o tratamento adequado a toda a correspondência dos Telespectadores. Esperamos que continuem a colaborar com o Gabinete de Apoio ao Provedor
3
Quadro 1. Número de Mensagens recebidas em 2007 (sem blogues)
Janeiro 1297 Fevereiro 1055
Março 1279 Abril 978 Maio 956
Junho 759 Julho 781
Agosto 735 Setembro 1578 Outubro 1414
Novembro 724 Dezembro 478
TOTAL 12034
Quadro 2. Comparação da fluência das mensagens dos anos de 2006 e 2007
2006 Nº de Mensagens 2007 Nº de Mensagens Agosto 1254 Agosto 735
Setembro 2901 Setembro 1578 Outubro 2151 Outubro 1414
Novembro 1594 Novembro 724 Dezembro 1488 Dezembro 478
Quadro 3. Temas do programa “A Voz do Cidadão” de 2007 Programa Data Tema Posição nos 4
canais Share Audiência
15º 16 Jan. Ciência 11 20,4 8 16º 13 Jan. Jovens 12 19,7 8 17º 20 Jan. Deficiências Técnicas 14 20,8 7,9 18º 27 Jan. Privacidade imagem 10 21,5 8,7 19º 3 Fev. Artes 15 19,8 7,7 20º 10 Fev. Telenovelas 26 14,6 4,5 21º 17 Fev. Pluralismo 15 18,9 7,2 22º 24 Fev. Violência 10 20,8 8,6 23º 3 Mar. Jornalistas,
Apresentadores e Comentadores
desportivos
10 22,5 9,2
24º 10 Mar. Multimédia 13 19,9 7,7 25º 17 Mar. Língua Portuguesa 10 22,9 8,3 26º 24 Mar. Horas tardias 21 20,2 4,7 27º 31 Mar. “Grande Entrevista”
Valentim Loureiro 7 24,4 9,2
28º 7 Abr. Teatro 9 22,9 7,8 29º 14 Abr. Desporto 9 21,3 8,4 30º 21 Abr. Repetições 6 24 8,5 31º 28 Abr. Música Portuguesa 10 21,2 7,7 32º 5 Mai. RTPN 8 21,7 7,7 33º 12 Mai. Entrevista PM 21 22,8 4,5
4
Programa
Data
Tema
Posição nos 4
canais
Share
Audiência
34º 19 Mai. Cinema 11 24 7,5 35º 26 Mai. “Portugal: Um
Retrato Social” e “Conta-me como Foi”
10 22 7,8
36º 2 Jun. Portugal e a Europa 23 23,3 3,9 37º 9 Jun. Defesa do Ambiente 11 22,6 7,6 38º 16 Jun. Parlamento dos
Jovens 23 13 5,1
39º 23 Jun. Boa Informação (“50 Anos 50 Notícias”)
8 25 6,9
40º 30 Jun. Reportagem 10 24,5 7,8 41º 7 Jul. “Então É Assim” 21 11,9 3,9 42º 14 Jul. Desportos pobres
(com pobres notícias)13 22,3 6,5
43º 21 Jul. “Live Earth” e “Diana Princesa do Povo”
15 22,9 5,7
44º 28 Jul. Balanço dos programas anteriores
12 22,1 5,9
45º 15 Set. Programação de Verão
12 22,3 7,2
46º 22 Set. Maddie 12 18,2 6,6 47º 29 Set. Concursos 8 21,9 7,9 48º 6 Out. Telenovelas
(“Paixões Proibidas”) 9 19,8 6,6
49º 13 Out. Mourinho / Scolari 7 26,6 9,3 50º 20 Out. Directos (Programas
sem rede) 5 29,9 9
51º 27 Out. Erros de Língua Portuguesa
15 15,6 6,2
52º 3 Nov. “Tudors” 15 16,1 6,2 53º 10 Nov. Acessibilidades
(Língua Gestual) 14 19 6,5
54º 17 Nov. Sindicatos 4 29,5 10,5 55º 24 Nov. Religião 7 23,5 9,5 56º 1 Dez. Cultura de expressão
portuguesa 13 18,4 6,7
57º 8 Dez. RTP África. Cabo Verde
15 21,1 6,4
58º 15 Dez. Prevenção / Prevenções
15 17 6,5
Fonte: Audiências RTP ( http://www.rtp.pt/ )
5
Quadro 4. Alvo da Mensagem pela Natureza da Mensagem
335 82 26 52 35 50118 6 5 6 5 356 3 9
21 5 6 12 363 1 1 1 52 1 31 2 1 1 1 63 3
40 5 5 8 6 5946 13 5 14 9 734 3 1 4 91 1 2
480 120 49 100 57 741
RTP1RTP2RTPNRTP InternacionalRTP ÁfricaRTP MemóriaRTP AçoresRTP MadeiraNão especificadoMais do que um canalInternetTeletextoTotal
Alvo daMensagem
Crítica Queixa Dúvida Sugestão Satisfação TotalNatureza das mensagens
Quadro 5. Dez Assuntos mais Frequentes pela Natureza da Mensagem
62 8 1 10 13 86
83 37 2 12061 12 2 4 2 7836 14 2 9 2 55
187 55 4 5 1 246141 22 14 48 34 22182 18 1 14 7 11278 16 16 24 16 12782 30 4 6 7 12481 14 9 27 10 119
435 105 32 81 51 647
Jornalistas eApresentadoresPolíticaFutebolOutros DesportosObjectividade/Exactidão/E id d /I i lid dProgramaçãoInformação/Debates/M t l i /R tSéries/TelenovelasServiço PúblicoHoráriosTotal
DezAssuntosMaisFrequentes
Crítica Queixa Dúvida Sugestão Satisfação TotalNatureza das mensagens
Quadro 6. Visados da Mensagem pela Natureza da Mensagem
94 35 3 7 10 14039 12 3 6 5840 4 1 6 10 5911 3 1 1211 3 1 14
259 61 21 57 39 399 1 1
20 8 2 11 2 3632 6 5 5 3 45
356 83 29 72 51 543
Locutor/ApresentadorJornalistasAutor/RealizadorColaboradoresGabinete de TecnologiasDirecçãoArquivoGabinete MultimédiaProvedor doT l t dTotal
VisadosCrítica Queixa Dúvida Sugestão Satisfação Total
Natureza das mensagens
6
Quadro 7. “Graduação” dos Dez Assuntos Mais Frequentes
excesso 1falta
Jornalistas e "Apresentadores"
ausência excesso 2falta
Política
ausência 1excesso 31falta 9
Futebol
ausência 3excesso 1falta 14
Outros Desportos
ausência 34excesso falta 98
Objectividade/Exactidão/Equidade/Imparcialidade
ausência 141excesso falta 4
Programação
ausência 22excesso 3falta 15
Informação/Debates/ Reportagem
ausência 9excesso falta 4
Séries/Telenovelas
ausência 5excesso falta 18
Horários
ausência 31excesso falta 38
Serviço Público
ausência 18
7
Quadro 8. “Avaliação” dos Dez Assuntos mais Frequentes
favorável 24 desfavorável 59
Jornalistas e "Apresentadores"
neutra favorável 1 desfavorável 115
Política
neutra favorável 6 desfavorável 50
Futebol
neutra favorável 4 desfavorável 49
Outros Desportos
neutra favorável 1 desfavorável 244
Objectividade/Exactidão/Equidade/Imparcialidade
neutra favorável 40 desfavorável 173
Programação
neutra favorável 8 desfavorável 98
Informação/Debates/Reportagem
neutra favorável 87 desfavorável 34
Séries/Telenovelas
neutra 1 favorável 2 desfavorável 117
Horários
neutra 1 favorável 9 desfavorável 114
Serviço Público
neutra
8
Quadro 9. Dez Assuntos mais Frequentes por Sexo
57 27 84
91 26 11770 8 7847 6 53
191 52 243142 74 216
85 22 10771 56 12791 29 12071 46 117
461 175 636
Jornalistas eApresentadoresPolíticaFutebolOutros DesportosObjectividade/Exactidão/E id d /I i lid dProgramaçãoInformação/Debates/M t l i /R tSéries/TelenovelasServiço PúblicoHoráriosTotal
DezAssuntosMaisFrequentes
Masculino Feminino TotalSexo do Emitente
9
Gráfico 1. Dez Assuntos mais Frequentes por Sexo (ocorrências)
57
91
70
47
142
191
85
71
71
91
27
26
74
52
22
56
46
29
8
6
0 50 100 150 200 250 300
JORNALISTAS E "APRESENTADORES"
POLÍTICA
FUTEBOL
OUTROS DESPORTOS
PROGRAMAÇÃO (OPÇÕES DE...?)
OBJECTIVIDADE/EXACTIDÃO/EQUIDADE/IMPARCIALIDADE
INFORMAÇÃO / DEBATES / REPORTAGEM
SÉRIES / TELENOVELAS
HORÁRIOS
SERVIÇO PÚBLICO
Nº de Respostas = 636
MasculinoFeminino
10
Quadro 10. Dez Assuntos mais Frequentes pelos Três Distritos mais Representativos
19 11 5 35
27 12 7 4611 15 5 318 10 5 23
49 42 17 10843 25 14 8220 22 6 4835 16 7 5821 23 11 5528 7 7 42
136 87 44 267
Jornalistas eApresentadoresPolíticaFutebolOutros DesportosObjectividade/Exactidão/E id d /I i lid dProgramaçãoInformação/Debates/M t l i /R tSéries/TelenovelasServiço PúblicoHoráriosTotal
DezAssuntosMaisFrequentes
Lisboa Porto Setúbal TotalTrês Distritos Mais Representativos
11
Gráfico 2. Dez Assuntos mais Frequentes pelos Três Distritos mais Representativos (ocorrências)
19
27
11
8
43
49
20
35
28
21
11
12
15
10
25
42
22
16
7
23
5
7
5
5
14
17
6
7
7
11
0 20 40 60 80 100 120
JORNALISTAS E "APRESENTADORES"
POLÍTICA
FUTEBOL
OUTROS DESPORTOS
OPÇÕES DE PROGRAMAÇÃO
OBJECTIVIDADE/EXACTIDÃO/EQUIDADE/IMPARCIALIDADE
INFORMAÇÃO / DEBATES / REPORTAGEM
SÉRIES / TELENOVELAS
HORÁRIOS
SERVIÇO PÚBLICO
N = 267
Lisboa
Porto Setúbal
12
Quadro 11. Dez Assuntos mais Frequentes por Habilitações Literárias
8 19 34 61
3 32 45 806 14 34 544 14 21 399 55 107 1719 65 95 1698 29 45 822 34 66 1022 32 59 935 40 51 96
32 162 270 464
Jornalistas eApresentadoresPolíticaFutebolOutros DesportosObjectividade/Exactidão/E id d /I i lid dProgramaçãoInformação/Debates/M t l i /R tSéries/TelenovelasServiço PúblicoHoráriosTotal
DezAssuntosMaisFrequentes
EnsinoBásico (1º,
2º, 3º ciclos)Ensino
SecundárioEnsino
Superior Total
Habilitações Literárias
Gráfico 3. Dez Assuntos mais Frequentes por Habilitações Literárias (ocorrências)
8
3
6
4
9
9
2
2
5
8
19
32
14
14
55
65
34
32
40
29
34
45
34
21
107
95
66
59
51
45
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
JORNALISTAS E "APRESENTADORES"
POLÍTICA
FUTEBOL
OUTROS DESPORTOS
OBJECTIVIDADE
PROGRAMAÇÃO
SÉRIES / TELENOVELAS
SERVIÇO PÚBLICO
HORÁRIOS
INFORMAÇÃO / DEBATES / METEOROLOGIA /REPORTAGEM
Nº de Respostas = 464
Ensino Básico (1º, 2º, 3º ciclos)Ensino SecundárioEnsino Superior
13
Quadro 12. Dez Assuntos mais Frequentes por Regiões
3 11 13 1 23 4 55
3 12 25 3 28 5 2 1 795 15 9 4 16 2 1 521 10 8 3 11 4 1 388 42 37 10 55 10 5 1 1 169
13 25 27 8 54 9 4 1 1419 22 13 4 24 5 1 787 16 19 8 39 3 3 1 96
10 23 13 3 29 9 1 8813 7 22 5 32 5 1 8531 87 87 26 162 25 11 2 1 432
Jornalistas e"Apresentadores"PolíticaFutebolOutros DesportosObjectividade/Equidade/I ã /I i lid dProgramaçãoInformação/Debates/R tSéries/TelenovelasServiço PúblicoHoráriosTotal
DezAssuntosMaisFrequentes
Norte Litoral Grande Porto Centro Litoral InteriorGrandeLisboa Alentejo Algarve RAM RAA Total
Regiões
14
Quadro 13. Dez Assuntos mais Frequentes pela Ocupação dos Inquiridos
2 22 5 2 2 2 1 6 10 52
6 25 9 6 1 2 2 1 6 3 615 17 5 1 1 4 6 393 7 5 1 1 12 1 30
14 57 18 10 3 4 2 1 1 2 11 17 1409 43 18 12 5 1 3 2 2 1 1 20 10 1275 24 9 4 4 1 2 2 1 6 12 704 27 9 9 3 1 1 2 1 1 15 4 778 25 11 4 1 1 1 1 8 6 663 31 8 9 3 2 1 1 15 4 77
27 129 49 30 9 6 6 4 3 2 4 1 52 35 357
Jornalistas eApresentadoresPolíticaFutebolOutros DesportosObjectividade/ExactidãE id d /I i lid dProgramaçãoInformação/Debates/M t l i /R tSéries/TelenovelasServiço PúblicoHoráriosTotal
DezAssuntosMaisFrequentes
QSAP.D.QSE EPIC T.PNI PA.S PS.V A.TQAP O.A.TS OIM.TM TNQ MilitaresDesempregados Domésticas Estudantes Reformados Total
Ocupação dos Inquiridos
15
Quadro 14. Dez Assuntos mais Frequentes por Escalões Etários
6 33 24 63
6 51 25 8210 39 12 6117 26 1 4416 112 58 18629 114 23 16610 59 18 8723 60 17 10010 70 14 9419 64 11 9475 307 106 488
Jornalistas eApresentadoresPolíticaFutebolOutros DesportosObjectividade/Exactidão/E id d /I i lid dProgramaçãoInformação/Debates/M t l i /R tSéries/TelenovelasServiço PúblicoHoráriosTotal
DezAssuntosMaisFrequentes
<24 25 - 54 >55 TotalEscalões Etários
Quadro 15. Natureza da Mensagem por Sexo
340 128 46893 27 12028 21 4960 36 9632 24 56
513 213 726
CríticaQueixaDúvidaSugestãoSatisfaçãoTotal
Natureza dasmensagens
Masculino Feminino TotalSexo do Emitente
16
Quadro 16. Natureza das Mensagens por Regiões
22 61 58 17 120 15 9 1 1 3045 21 20 8 28 6 2 1 913 8 5 1 6 2 253 11 15 4 21 4 3 611 8 5 1 18 2 35
33 103 95 30 178 26 13 2 1 481
CríticaQueixaDúvidaSugestãoSatisfaçãoTotal
Natureza dasmensagens
NorteLitoral
GrandePorto
CentroLitoral Interior
GrandeLisboa Alentejo Algarve RAM RAA Total
Regiões
Quadro 17. Alvo da Mensagem por Regiões
23 74 75 24 128 16 10 1 1 3521 6 6 1 9 4 27
3 4 7 1 1 2 1 3 3 3 1 1
4 5 6 4 9 1 1 306 15 6 1 21 5 3 57
1 1 2 4
34 103 97 30 178 26 14 2 1 485
RTP1RTP2RTPNRTP InternacionalRTP ÁfricaRTP MemóriaRTP AçoresRTP MadeiraNão especificadoMais do que um canalInternetTeletextoTotal
Alvo daMensagem
Norte Litoral Grande Porto Centro Litoral InteriorGrandeLisboa Alentejo Algarve RAM RAA Total
Regiões
17
ANEXO 2 – APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS (JANEIRO 2007)
Quadro 18. Alvo da Mensagem pela Natureza da Mensagem
69 1 7 20 7 916 4 2 101 1 2
22 7 2 27 1 1 1 1
39 2 3 13 4 518 1 10 1 173 1 1 5
148 4 14 55 16 205
RTP1RTP2RTPNRTP InternacionalRTP ÁfricaRTP MemóriaRTP AçoresRTP MadeiraNão especificadoMais do que um canalGabinete MultimédiaTotal
Alvo daMensagem
Crítica Queixa Dúvida Sugestão Satisfação TotalNatureza da Mensagem
Quadro 19. Dez Assuntos mais Frequentes por Sexo
29 4 33
35 3 3840 5 4548 21 6916 7 2357 8 6521 5 2612 13 2516 15 3115 5 20
142 46 188
Jornalistas eApresentadoresOutros DesportosObjectividade/Exactidão/E id d /I i lid dProgramaçãoCondições deE i ã /R ãInformação/Debates/M t l i /R tRepetição de ProgramasSéries/TelenovelasHoráriosEmissões EspeciaisTotal
DezAssuntosMaisFrequentes
Masculino Feminino TotalSexo do Emitente
18
Quadro 20. Dez Assuntos mais Frequentes pela Natureza da Mensagem
25 1 2 7 3 33
31 2 10 3 3842 2 2 4350 1 6 22 6 7118 2 2 2 2351 4 11 6 6222 1 4 2 2610 1 5 14 4 2522 1 3 12 3 3119 2 1 20
141 2 13 46 15 187
Jornalistas eApresentadoresOutros DesportosObjectividade/Exactidão/E id d /I i lid dProgramaçãoCondições deE i ã /R ãInformação/Debates/M t l i /R tRepetição de ProgramasSéries/TelenovelasHoráriosEmissões EspeciaisTotal
DezAssuntosMaisFrequentes
Crítica Queixa Dúvida Sugestão Satisfação TotalNatureza da Mensagem
Quadro 21. Visados da Mensagem pela Natureza da Mensagem
17 1 7 3 2223 1 2 4 2 284 43 32 1 1 4
57 1 3 24 7 77 1 1 2
6 7 124 1 5
90 4 7 35 10 126
Locutor/ApresentadorJornalistasAutor/RealizadorColaboradoresGabinete de TecnologiasDirecçãoNão especificadoGabinete MultimédiaProvedor doT l t dTotal
Visados daMensagem
Crítica Queixa Dúvida Sugestão Satisfação TotalNatureza da Mensagem
19
Quadro 22. “Avaliação” dos Dez Assuntos mais Frequentes
427
1
37
43
860
1
22
364
1
25
169
31
20
favoráveldesfavorávelneutra
Jornalistas e"Apresentadores"
favoráveldesfavorávelneutra
Outros Desportos
favoráveldesfavorávelneutra
Objectividade/Exactidão/Equidade/Imparcialidade
favoráveldesfavorávelneutra
Programação
favoráveldesfavorávelneutra
Condições deEmissão/Recepção
favoráveldesfavorávelneutra
Informação/Debates/Reportagem
favoráveldesfavorávelneutra
Repetição de Programas
favoráveldesfavorávelneutra
Séries/Telenovelas
favoráveldesfavorávelneutra
Horários
favoráveldesfavorávelneutra
Emissões Especiais
20
Quadro 23. “Graduação” dos Dez Assuntos mais Frequentes
2
630
2713
43
137
3122
312
2
54
excessofaltaausência
Jornalistas e"Apresentadores"
excessofaltaausência
Outros Desportos
excessofaltaausência
Objectividade/Exactidão/Equidade/Imparcialidade
excessofaltaausência
Programação
excessofaltaausência
Condições deEmissão/Recepção
excessofaltaausência
Informação/Debates/Reportagem
excessofaltaausência
Repetição de Programas
excessofaltaausência
Séries/Telenovelas
excessofaltaausência
Horários
excessofaltaausência
Emissões Especiais
21
Quadro 24. Dez Assuntos Mais Frequentes pelos Três Distritos mais Representativos
4 7 1 12
8 6 4 189 6 4 19
10 7 3 20 1 1 2
10 11 5 265 3 2 104 2 2 84 3 2 9
1 2 330 24 13 67
Jornalistas eApresentadoresOutros DesportosObjectividade/Exactidão/E id d /I i lid dProgramaçãoCondições deE i ã /R ãInformação/Debates/M t l i /Repetição de ProgramasSéries/TelenovelasHoráriosEmissões EspeciaisTotal
DezAssuntosMaisFrequentes
Lisboa Porto Setúbal TotalTrês Distritos Mais Representativos
22
Quadro 25. Dez assuntos mais Frequentes por Regiões
7 7 1 5 2 1 23
6 8 2 12 1 1 302 6 7 1 13 2 311 7 9 3 13 2 1 36
1 1 1 1 1 52 11 12 3 15 1 1 451 3 5 1 7 1 1 192 2 8 3 6 211 3 4 4 6 1 19
1 1 2 46 24 29 10 43 4 2 2 120
Jornalistas eApresentadoresOutros DesportosObjectividade/Exactidão/E id d /I i lid dProgramaçãoCondições deE i ã /R ãInformação/Debates/M t l i /R tRepetição de ProgramasSéries/TelenovelasHoráriosEmissões EspeciaisTotal
DezAssuntosMaisFrequentes
Norte Litoral Grande Porto Centro Litoral InteriorGrandeLisboa Alentejo Algarve
R.Autónomada Madeira
R.Autónomados Açores Total
Regiões
23
Quadro 26. Natureza da Mensagem pelo Sexo
118 28 1462 2 4
10 5 1538 17 55
9 7 16156 48 204
CríticaQueixaDúvidaSugestãoSatisfaçãoTotal
Natureza daMensagem
Masculino Feminino TotalSexo do Emitente
24
Quadro 27. Natureza da Mensagem por Regiões
4 24 19 5 31 5 2 1 91 1 1 2 3 3 1 6 13
2 4 11 5 15 37 2 2 3 4 11
6 30 30 11 47 5 2 2 133
CríticaQueixaDúvidaSugestãoSatisfaçãoTotal
Natureza daMensagem
Norte Litoral Grande Porto Centro Litoral InteriorGrandeLisboa Alentejo Algarve
R.Autónomada Madeira
R.Autónomados Açores Total
Regiões
25
Gráfico 4. Natureza da Mensagem pelos Três Distritos mais Representativos
0
2
4
11
22
1
2
3
4
24
0
2
2
4
9
0 10 20 30 40 50 60
Queixa
Satisfação
Dúvida
Sugestão
Crítica
nº de respostas = 77
LisboaPortoSetúbal
Quadro 28. Natureza da Mensagem pelos Três Distritos mais Representativos
22 24 9 55 1 1
4 3 2 911 4 4 19
2 2 2 634 30 13 77
CríticaQueixaDúvidaSugestãoSatisfaçãoTotal
Natureza daMensagem
Lisboa Porto Setúbal TotalTrês Distritos Mais Representativos
26
Quadro 29. Alvo da Mensagem por Regiões
5 14 20 8 23 5 1 76 1 1 1 2 5 2 2 1 1 1 1 9 5 2 16 1 33
1 3 4 5 1 141 1 1 37 30 30 11 48 5 2 2 135
RTP1RTP2RTPNRTP InternacionalRTP ÁfricaRTP MemóriaRTP AçoresRTP MadeiraNão especificadoMais do que um canaGabinete MultimédiaTotal
Alvo daMensagem
Norte Litoral Grande Porto Centro Litoral InteriorGrandeLisboa Alentejo Algarve
R.Autónomada Madeira
R.Autónomados Açores Total
Regiões
27
ANEXO 3 - ANÁLISE IMPRESSIVA DA CORRESPONDÊNCIA TRADICIONAL
Gráfico 5. Sexo dos Telespectadores (ocorrências)
34
171
257
0 50 100 150 200 250 300
Não Identificado
Feminino
Masculino
N = 462
Gráfico 6. Tratamento da correspondência Tradicional (ocorrências)
50
51
359
2
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Resposta por E-mail
Sem Resposta
Resposta e comProcesso
Resposta por carta
N = 462
28
Gráfico 7. Procedência da Correspondência Tradicional (ocorrências)
1
1
1
1
1
1
1
2
2
2
3
3
3
3
4
4
5
5
5
6
7
9
10
10
10
11
13
15
15
19
20
67
202
0 50 100 150 200 250
B ÉLGIC A
B R A GA N ÇA
C A B O VER D E
C A ST ELO B R A N C O
H OLA N D A
P OR T A LEGR E
SUÍ ÇA
A ÇOR ES
IN GLA T ER R A
VEN EZ UELA
A UST R Á LIA
B R A SIL
EUA
M OÇA M B IQUE
C A N A D Á
N / ID EN T IF IC A D O
GUA R D A
VIA N A D O C A ST ELO
VILA R EA L
M A D EIR A
B EJA
LEIR IA
A VEIR O
F R A N ÇA
VISEU
A LEM A N H A
F A R O
ÉVOR A
SA N T A R ÉM
B R A GA
C OIM B R A
P OR T O
LISB OA
N = 462
29
Gráfico 8. Participação dos Telespectadores no programa “A Voz do Cidadão” (ocorrências)
7
455
0 100 200 300 400 500
Sim
Não
N = 462
30
ANEXO 4 – PARECERES E INDAGAÇÕES PARECERES
TOURADA NO DIA DO ANIMAL
TRANSMISSÃO EM DIRECTO
1. Logo no início da actividade do Gabinete de Apoio aos Provedores, e em especial com a
abertura de uma linha de correio electrónico, o Provedor do Telespectador recebeu um
avultado número de e-mails por parte de numerosos telespectadores que se insurgiam contra o
facto de a RTP transmitir touradas.
2. A insistência nesta queixa, tomada por diversos telespectadores – umas vezes
individualmente, outras por parte de movimentos organizados que lutam pela abolição deste
espectáculo –, levou o Provedor do Telespectador a dedicar um programa «A VOZ DO
CIDADÃO» a este assunto, e emitido na RTP1 a 21de Setembro de 2006.
3. Nesse programa, depois de ter ouvido diversos telespectadores – alguns concordantes
com a transmissão e outros discordantes – e igualmente estudiosos desta matéria e
autoridades com a competência de autorizar a realização destes espectáculos, o Provedor do
Telespectador tomou posição sobre o assunto, e baseado em vários argumentos declarou que
não encontrava suficientes razões para se pronunciar contra, ou até condenar, a transmissão
de touradas pela RTP.
4. Os argumentos aludidos eram principalmente estes:
1. a) O espectáculo das corridas de touros é um espectáculo legalizado e a
sua realização está devidamente autorizada pelas entidades competentes;
2. b) Uma das dimensões fortes da democracia é a «democracia cultural» que
abriga a pluralidade e diversidade de posições ideológicas, de valores e
práticas nos costumes e na vida cívica;
3. c) O espectáculo das touradas é acolhido no seio da grande generalidade
da população portuguesa como um espectáculo legal, legítimo e lícito, e faz
parte dos seus hábitos e consumos culturais;
4. d) A tourada é um espectáculo que acontece no espaço público português e
como tal é susceptível de obter cobertura televisiva e até transmissão em
directo.
5. Obviamente que uma posição destas não se pode contrapor ao respeito devido pelo
mesmo Provedor do Telespectador a todos aqueles cidadãos que, legitimamente, tomam
posição cívica contra o espectáculo das touradas e muito especialmente à transmissão deste
evento pela RTP.
31
6. A programação da transmissão pela RTP de uma tourada de encerramento da
temporada para o próximo dia 4 de Outubro, Dia Mundial do Animal, fez desencadear uma
enorme onda de protesto com o envio de dezenas de mensagens por parte de cidadãos que
estão contra essa transmissão e julgam uma provocação intolerável essa coincidência.
7. O Provedor do Telespectador não tem dúvidas que não houve qualquer intenção por
parte dos responsáveis por esta transmissão (programada com antecedência) em fazê-la
coincidir com o sentido dessa jornada de luta na defesa dos direitos dos animais.
8. Não quer isso dizer que não lamente essa coincidência. E sem ter competência para
interferir na programação, alertado pelos telespectadores, vem dar conhecimento que
transmitiu ao Senhor Director de Programas o protesto já manifestado por um elevado número
de cidadãos.
O PROVEDOR DO TELESPECTADOR
José Manuel Paquete de Oliveira
32
PARECER RELATIVO À INTERRUPÇÃO DE TRANSMISSÕES DESPORTIVAS PARA EMISSÃO DE PUBLICIDADE
Na sequência da solicitação de esclarecimento feita pelo Gabinete de Provedores ao
Senhor Director de Informação, em 14 de Agosto de 2007, a propósito da interrupção da
transmissão em directo da final da Super Taça Cândido de Oliveira, recebemos a posição da
Direcção de Informação sobre a questão.
É do seguinte teor a correspondência trocada entre este Gabinete e a Direcção de
Informação:
“Senhor Director Luís Marinho,
Foram dirigidas a este Gabinete inúmeras queixas de telespectadores insurgindo-se contra a
interrupção da transmissão directa da Super Taça Cândido de Oliveira, ocorrida no passado dia
11 de Agosto. Segundo relatam as centenas de telespectadores que se nos dirigiram, o corte
do directo impediu a assistência à parte final do evento, no caso a entrega da Taça ao
vencedor e das medalhas aos vencidos, bem como a festa dos vencedores (imagens).
Esta, aliás, será a terceira vez em que tal facto se verifica, tendo já ocorrido situações
semelhantes na final da Taça de Portugal e na Final dos Campeões Europeus.
Nos termos da lei, solicita o Provedor do Telespectador informação sobre os factos descritos,
bem como a explicação para o facto de a emissão ter sido truncada.
Com os meus cumprimentos,
Pel’ A Chefe de Gabinete
M. Carmo Arantes”
“Dr.ª Maria do Carmo,
Em relação a esta queixa esclareço:
A interrupção no final do jogo para publicidade ocorreu devido à informação por parte dos
responsáveis pelo encontro – Federação Portuguesa de Futebol – de que a cerimónia de
entrega de medalhas e da taça ocorreria dentro de 8 a 10 minutos.
A equipa da RTP foi surpreendida pela antecipação da cerimónia quando o intervalo já estava
"no ar".
33
No entanto, toda a cerimónia foi emitida, em diferido, apenas alguns minutos depois.
Melhores cumprimentos,
António Luís Marinho”
Face a estas informações, o Provedor entende emitir o seguinte PARECER:
1. Repetidamente tem acontecido por parte da RTP o procedimento que deu origem a
centenas de queixas por parte dos telespectadores: sucedeu na Final da Taça dos Campeões,
na Final da Taça de Portugal e na Super Taça Cândido de Oliveira. Qualquer uma das
interrupções efectuadas, imediatamente a seguir ao terminar do jogo que vinha a ser
transmitido, foi largamente contestada pelos telespectadores. Os telespectadores recriminam
este procedimento por interpretarem que a não transmissão da entrega das medalhas e
respectivos troféus representa um logro ao programa anunciado e uma consequente falta de
respeito para com as legítimas expectativas do público.
2. Acontece que, normalmente, e em relação a estas transmissões desportivas, os outros
operadores que não puderam transmitir em directo os respectivos jogos, logo que termina o
desafio fazem ligações em directo aos estádios onde decorria o evento, para cobrir o final do
espectáculo e ouvir as imediatas reacções dos contendores.
3. Não estando em causa a existência de publicidade na RTP – dentro dos limites e
condições prescritos pela lei –, entendo, porém, que nunca intuitos comerciais deverão
justificar que um evento desportivo objecto de transmissão directa seja truncado, atento o
respeito de que os telespectadores do Serviço Público são credores.
4. E isso, ainda mesmo que a disposição legal que prescreve a exibição de seis minutos
dentro de cada hora – provavelmente a razão de ser das interrupções acontecidas – deva
merecer por parte de quem de direito uma revisão.
Lisboa, 12 de Setembro de 2007
José Manuel Paquete de Oliveira, Provedor do Telespectador da RTP.
34
PARECER RELATIVO À NÃO TRANSMISSÃO DOS JOGOS DA SELECÇÃO NACIONAL DE RÂGUEBI NA FINAL DO CAMPEONATO DO MUNDO
1. Uma matéria que tem feito chegar ao Gabinete dos Provedores centenas de reclamações
é o facto de a RTP não ter assegurado a transmissão dos jogos da Selecção Nacional de
râguebi no Campeonato do Mundo.
2. Contactada a Direcção de Informação sobre a questão, foi por a mesma reafirmada a
posição publicamente assumida, e que, em síntese, é a seguinte: não integrando os jogos da
Selecção Nacional na fase final do Campeonato do Mundo de Râguebi a lista constante do
Despacho do Governo sobre eventos de interesse público, nada podia fazer a RTP para
proceder à sua transmissão, já que não detém nenhum meio de autoridade junto da SPORT TV
(entidade que adquiriu o exclusivo do evento) para que esta lhe facultasse o acesso aos
mesmos.
3. A este propósito devo esclarecer o seguinte:
1. a) A lei estabelece que os eventos desportivos de interesse generalizado
do público cujos direitos tenham sido adquiridos para emissão condicionada
possam ser emitidos em sinal aberto.
2. b) Para que tal aconteça, o operador que comprou os direitos é “obrigado”
a facultar o seu acesso a quem emita em sinal aberto para todo o território.
3. c) Isto, porém, só sucede com os eventos constantes de um Despacho do
Governo, publicado todos os anos até 31 de Outubro de cada ano,
especificando os eventos em que tal pode acontecer.
4. d) Ora, do Despacho para a época de 2006/2007 não consta a actuação da
Selecção Nacional de Râguebi na fase final do respectivo Campeonato do
Mundo.
5. e) Contudo, a lei também prevê que possa haver aditamentos a esse
mesmo Despacho, relativamente a situações que venham a verificar-se após a
sua publicação, como foi o caso do apuramento da Selecção Nacional de
Râguebi para o Mundial, a qual ocorreu já em 2007.
4. Tendo em conta o que antecede, e considerando ainda:
A – Que a prova em questão é o Campeonato do Mundo de Râguebi;
B – Que a equipa nela presente tem características de representação nacional;
C – Que é a primeira vez que Portugal se qualifica para uma prova mundial da natureza da
referida;
35
D – Que essa qualificação foi conseguida com uma equipa amadora na sua quase totalidade,
Entendo que deveriam ter sido tomadas providências de forma a garantir a transmissão pela
RTP dos jogos da Selecção Nacional de Râguebi no Campeonato do Mundo desta modalidade.
Lisboa, 12 de Setembro de 2007
José Manuel Paquete de Oliveira, Provedor do Telespectador da RTP.
36
PARECER RELATIVO AO PROGRAMA «PRÓS E CONTRAS» DE 07 DE MAIO DE 2007
1. A constituição do painel de convidados no programa «PRÓS E CONTRAS» exibido na noite
da última segunda-feira, dia 07.05.07, fez chegar ao Gabinete do Provedor do Telespectador
um conjunto de muitas críticas e mensagens de reprovação. Particularmente, muitos
Telespectadores insurgiam-se contra o facto de o critério de escolha, mais uma vez, poder ser
interpretado como uma ostensiva discriminação de personalidades representativas do
pensamento do Partido Comunista Português.
2. O Provedor tem presente que não tem – nem deve – imiscuir-se nos critérios de escolha dos
convidados para este ou para qualquer outro programa.
3. A reprovação do critério da constituição do painel de convidados deste programa já foi várias
vezes contestada por parte de muitos Telespectadores, em especial quando as personalidades
em presença têm manifesta ligação partidária.
4. Por isso mesmo, o Provedor do Telespectador também já mais de uma vez referiu esta
queixa junto do Director de Programas e da Jornalista responsável pelo programa, Fátima
Campos Ferreira. A questão foi, aliás, tema de um programa «A VOZ DO CIDADÃO».
5. A justificação apresentada pelo Director de Programas e pela Jornalista Fátima Campos
Ferreira é a de que o programa «PRÓS E CONTRAS» “é um debate de ideias” sem atender “a
uma representação do leque parlamentar”. Essa mesma explicação é aquela que se pode ler
na imprensa que referiu largamente este assunto em resposta ao correspondente protesto por
parte de representantes do PCP.
6. Face ao elevado número de queixas recebidas no Gabinete do Provedor, o Provedor
entende dever exprimir o seguinte:
A – É aceitável, e deveria ser rigorosamente cumprido, o critério expresso pelos responsáveis
do programa em relação à constituição do painel de convidados.
B – Contudo, relativamente ao programa de ontem que tinha como tema «Choque de Valores»
(Direita e Esquerda) e face aos convidados em presença – personalidades socialmente
reconhecidas para a representatividade com que foram designadas, mas igualmente de
indesmentível ligação pública aos quadrantes ideológicos e partidários que se lhes atribui - a
omissão de uma personalidade na esfera política do PCP é facilmente susceptível de
consubstanciar uma atitude de discriminação.
37
C – Assim, relativamente ao programa “PRÓS E CONTRAS” do passado dia 7 de Maio, não
pode deixar de concordar que a não presença de uma personalidade ligada ao PCP é
justificativa das queixas apresentadas e entende que, naquelas circunstâncias, o critério de
escolha deveria ter sido outro.
Lisboa, 8 de Maio de 2007
José Manuel Paquete de Oliveira, Provedor do Telespectador da RTP
38
INDAGAÇÕES
LIGA DOS CAMPEÕES – DIREITOS DE EXIBIÇÃO
O tema em epígrafe tem suscitado algumas mensagens dirigidas ao Provedor, todas elas
manifestando estranheza pelos critérios que levam à transmissão de certos jogos em
detrimento de outros.
Com o objectivo de tornar claro a todos as razões que tal determinam, contactou o Gabinete de
Provedores o Senhor Subdirector responsável pela área do Desporto, o qual esclareceu a
situação que envolve a transmissão dos jogos da Liga dos Campeões.
Desde logo, e como pressuposto, a disponibilização dos direitos não é integral relativamente à
competição, significando isto que os detentores dos direitos de transmissão vendem “a retalho”
os direitos sobre jogos individualmente considerados, pelo que há vários operadores de
televisão com direitos de emissão de jogos da LC.
Enquadrado no esquema descrito, coube à RTP a transmissão de um único jogo por jornada,
obrigatoriamente à terça-feira, excepto se nessa terça-feira não jogar nenhuma equipa
portuguesa. Neste caso, pode a RTP emitir o jogo da equipa portuguesa que se realize na
quarta-feira.
Note-se que o sorteio determinou que o Benfica e o Porto jogam no mesmo dia, metade dos
jogos à terça-feira e metade à quarta-feira, sendo que o Sporting joga em dia desencontrado –
quando as duas primeiras equipas jogam à terça, o Sporting joga à quarta, e inversamente.
Assim, a margem de manobra da RTP na escolha dos jogos a emitir é muito reduzida, nada
tendo seguramente a ver com a qualidade das equipas nem com a sua posição na
classificação nas provas nacionais.”
39
OPERAÇÃO TRIUNFO
Número significativo de telespectadores dirigiu-se ao Provedor do Telespectador, apresentando
críticas ao modo como estava a decorrer a emissão da Operação Triunfo, designadamente
discordando da duração dos resumos diários – 5 (cinco) minutos –, e de a sua emissão
apresentar horários dispersos de exibição.
Na sequência das mensagens dos telespectadores, foi contactado o Director de Programas, no
sentido de esclarecer as opções tomadas, já que as mesmas suscitaram reacções negativas
em muitos dos telespectadores; a resposta foi-nos remetida pelo Produtor Delegado da
Operação Triunfo. Transcreve-se de seguida as mensagens atrás referidas.
«Ex.mo Senhor Director de Programas,
Nuno Santos
Em nome do Provedor do Telespectador venho transmitir o seguinte:
1. Tem vindo o Provedor a receber bastantes e-mails sobre a OPERAÇÃO TRIUNFO.
Manifestando agrado pelas duas primeiras séries, entendem que desta vez tem sido
desvalorizado.
2. Queixam-se sobretudo sobre os programas diários:
a) Por terem apenas 5 minutos;
b) Pelos horários dispersos na grelha a que são exibidos.
Para que possa ser dada uma explicação aos telespectadores venho solicitar,
nomeadamente às alíneas a) e b,) um esclarecimento de V. Ex.ª.
Com os melhores cumprimentos
Chefe de Gabinete dos Provedores
Fernanda Mestrinho»
40
«Cara Fernanda Mestrinho,
Cabe-me como produtor delegado do programa OPERAÇÃO TRIUNFO, responder ás
questões evocadas pelos nossos telespectadores.
Em relação à desvalorização desta 3ª série face às anteriores, é uma questão com a qual não
concordamos, visto que a OPERAÇÃO TRIUNFO 2007 tem sido uma grande aposta da RTP,
tal como se pode comprovar pelo horário que ocupa na nossa grelha aos dias de semana e
muito especialmente ao Sábado e Domingo.
Quanto as questões dos 5 minutos diários e dos horários dispersos, gostávamos de fazer notar
que a OPERAÇÃO TRIUNFO é vista sobretudo como um grande programa semanal, que é
emitido em directo ao sábado e em prime time. Quanto aos espaços diários a estratégia é
diferenciada, também porque existem nesta fase no mercado televisivo programas que sendo
distintos no seu conteúdo são formalmente semelhantes. Há no entanto um programa de 5
minutos, emitido diariamente (e sempre no mesmo horário) antes do PREÇO CERTO EM
EUROS, e que é acompanhado normalmente por cerca de 1 milhão de espectadores. Existe
um segundo bloco que tem 20 minutos e que está assumidamente programado no chamado
late-night onde se concentra um número significativo dos espectadores pertencentes aos
targets que são maioritários no programa, designadamente os públicos 15/24 e 25/34.
Gostávamos também de lembrar, que sendo este programa acompanhado em larga escala por
um público jovem isso significa que são espectadores muito disponíveis para as novas
tecnologias o que, sem juízos de valor, poderá a par da possível identificação com alguns
concorrentes, determinar o fluxo reivindicativo assinalado no Gabinete do Provedor.
Cumprimentos,
João Silva
RTP /Direcção de Programas
Departamento de Operações de Produção de Lisboa”
41
LIGA DOS CAMPEÕES – DIREITOS DE EXIBIÇÃO
O tema em epígrafe tem suscitado algumas mensagens dirigidas ao Provedor, todas elas
manifestando estranheza pelos critérios que levam à transmissão de certos jogos em
detrimento de outros.
Com o objectivo de tornar claro a todos as razões que tal determinam, contactou o Gabinete de
Provedores o Senhor Subdirector responsável pela área do Desporto, o qual esclareceu a
situação que envolve a transmissão dos jogos da Liga dos Campeões.
Desde logo, e como pressuposto, a disponibilização dos direitos não é integral relativamente à
competição, significando isto que os detentores dos direitos de transmissão vendem “a retalho”
os direitos sobre jogos individualmente considerados, pelo que há vários operadores de
televisão com direitos de emissão de jogos da LC.
Enquadrado no esquema descrito, coube à RTP a transmissão de um único jogo por jornada,
obrigatoriamente à terça-feira, excepto se nessa terça-feira não jogar nenhuma equipa
portuguesa. Neste caso, pode a RTP emitir o jogo da equipa portuguesa que se realize na
quarta-feira.
Note-se que o sorteio determinou que o Benfica e o Porto jogam no mesmo dia, metade dos
jogos à terça-feira e metade à quarta-feira, sendo que o Sporting joga em dia desencontrado –
quando as duas primeiras equipas jogam à terça, o Sporting joga à quarta, e inversamente.
Assim, a margem de manobra da RTP na escolha dos jogos a emitir é muito reduzida, nada
tendo seguramente a ver com a qualidade das equipas nem com a sua posição na
classificação nas provas nacionais.”
42
PROGRAMA BOMBORDO
1. Na sequência da emissão no passado dia 12 de Agosto do programa “BOMBORDO”, sob o
tema «ILHÉU DAS ROLAS UM PARAÍSO SUBAQUÁTICO», o Gabinete do Provedor do
Telespectador recebeu algumas queixas relativas a determinadas afirmações feitas naquele
programa. (Como exemplo dos textos recebidos, transcreve-se apenas a posição de um dos
telespectadores queixosos.)
Pela especificidade da matéria e pelo interesse das participações dos telespectadores, o
Provedor entendeu partilhar esta questão, procedendo à sua publicação nesta página.
QUEIXA
“No programa Bombordo, sobre o ilhéu das Rolas foi proferida a afirmação por mais de uma
vez que a pesca submarina ameaçava pargos, tubarões e tartarugas. Ora as tartarugas não
são alvo de pesca submarina, nem os tubarões, que em contrapartida morrem aos milhares em
redes e artes de pesca! Os pargos são pescados de todas as maneiras, incluindo em pesca
submarina, não se entendo o porquê de ser esta a ameaçá-los em particular! A pesca
submarina é pouco praticada e muito limitada, restringida quer á capacidade física de quem a
pode praticar, quer pelas condições meteorológicas e do mar que a permitam. Há um factor de
risco real e que na pesca dos tubarões é por demais óbvio e faz dela ainda mais limitada e
restrita. As afirmações proferidas são falsas e revelam por parte de quem as fez no programa,
uma nítida e enorme falta de informação e de rigor. Limitou-se a repetir o que lhe terão dito,
sem se informar e confirmar, apenas passando uma imagem falsa e que denigre uma
actividade tão sã e desportiva, como selectiva e amiga do ambiente. Os centros de mergulho
que defendem os seus interesses económicos sob uma capa de "defesa do ambiente" e
"aventura para todos", é que por sistema tentam passar essa imagem de impedir a pesca
submarina para que possam ter assim só para eles o acesso ao mar.
O Bombordo no passado esteve com a equipa nacional de pesca submarina na preparação do
Campeonato Euro africano de Lagos, de que fez uma reportagem, que a FPAS ajudou a
pagar... é caso para perguntar se alguns centros de mergulho "pagaram" para se dizerem tais
falsidades que de resto são óbvias!!! Só colocam mal a credibilidade do programa e quem as
profere.”
2. Na sequência das posições manifestadas pelos telespectadores, o Gabinete de Provedores
contactou os responsáveis pela produção do programa, os quais responderam do seguinte
modo:
“Na elaboração do texto sobre o meu documentário «ILHÉU DAS ROLAS UM PARAÍSO
SUBAQUÁTICO», foi levado em conta a constatação de factos observados, por mim e minha equipa, ao longo de 10 viagens efectuadas ao Ilhéu das Rolas, entre 1998 e 2004,
43
onde foram feitos cerca de 500 mergulhos, em toda a zona do Ilhéu e Sul da Ilha de São Tomé.
No que se refere aos pargos lucianos, é verdade que são esquivos e de difícil caça, mas
no Ilhéu das Rolas foi observado que são curiosos e se aproximam dos mergulhadores ,
tanto em água livre como em tocas e grutas , São, de facto, dos peixes mais procurados pelos caçadores submarinos e aqui esclareço que estes são caçadores submarinos
locais que se dedicam semi profissionalmente deste tipo de pesca, não deixando no entanto de ser caça submarina, já que são utilizados para o efeito todos os utensílios
usados por aqueles que o fazem desportivamente. Também foram observados, por algumas vezes, caçadores submarinos desportivos, que conjuntamente com os
caçadores submarinos tradicionais, caçaram vários tipos de peixes, incluindo os pargos lucianos.
No que diz respeito às tartarugas, foi observado que caçadores submarinos locais
praticam a sua pesca já que para alem da carne, certos órgãos das tartarugas são considerados como tendo poderes afrodisíacos, pelo que a sua procura é muito acentuada pelas populações locais. O centro de mergulho existente no Ilhéu das Rolas
durante bastante tempo efectuou a compra de tartarugas capturadas por esses caçadores, para posteriormente e depois de tratadas serem devolvidas à liberdade. Esta
captura embora feita pelos caçadores submarinos locais, não é feita por arma com arpão, mas sim com um gancho fino e afiado sem barbela que provoca um pequeno
ferimento nas tartarugas. Não foram observados quaisquer caçadores submarinos desportivos a caçarem as tartarugas, ao contrário no que diz respeito aos tubarões de
areia. Por várias vezes foram observados caçadores submarinos desportivos com tubarões de areia e raias ratão capturados e que foram exibidos diante de nós, como
troféus. Mas estes casos não são muito frequentes. O que é frequente é a caça submarina feita por praticantes locais a estes tubarões já que a sua carne é muito
apreciada localmente. Até à data da minha última deslocação ao Ilhéu das Rolas não tive qualquer informação de proibição da caça submarina ou qualquer outra arte de pesca
para esse local.
Devo acrescentar que pratico actividades subaquáticas há mais de 4 décadas,
começando pela caça submarina durante mais de 20 anos, em Angola, Cabo Verde, Açores, Portugal Continental e no Ghana. Sou mergulhador profissional há 27 anos e
mergulhador amador desde 1968. Já realizei 3 documentários sobre o Ilhéu da Rolas e vários outros sobre diversas regiões. Colaborei na elaboração de alguns livros e guias
sobre peixes (Cabo Verde, Angola e São Tomé) e assim sendo nada tenho contra quem pratica a caça submarina como desporto já que também a pratiquei. Apenas constato os
factos e apresento-os como tal procurando contribuir para um melhor conhecimento e preservação do mar já que este, como todos sabemos, é finito.
44
Queiram aceitar os meus melhores cumprimentos.
João Sá Pinto”
3. Na sequência da explicação dada pelo responsável do programa “BOMBORDO”, dois
telespectadores replicaram, dizendo o seguinte:
“ Ao Gabinete do Provedor do Espectador
Sobre o assunto em questão, cumpre-me agradecer o Vosso interesse e a forma como
procuraram esclarecimento. Estou portanto totalmente satisfeito.
No entanto e sobre a resposta do autor do documentário, merece-me o seguinte comentário
de que Vos dou também conhecimento:
Considero um mau serviço de informação o comentário onde se afirma que a pesca submarina
põe em perigo as referidas espécies, porque o faz de forma genérica e sem destrinçar se é
pesca desportiva, artesanal, profissional ou o que seja! È uma declaração que atinge a todos e
por igual, sendo por isso injusta e sobretudo errada, que apenas tem como denegrir a imagem
da pesca submarina.
A minha experiência leva-me a desconfiar de que poderá haver um objectivo menos claro,
como o levar a que seja interditada a pesca submarina… propósito habitual em muitos
operadores de mergulho e uma estratégia também já conhecida, por parte de quem vende um
“conservacionismo para turistas” e se “preserva” para vender, ao que o autor pode até ser
estranho, mas com o currículo que afirma ter, não creio!
A sua afirmação de que fez pesca submarina é tão mais grave quanto omite que um peixe do
mais desconfiado e difícil de aproximar que existe (o que eu afirmo também apoiado em 40
anos de pesca submarina em Angola, Moçambique, Brasil e no Pacífico, onde houvesse os tais
Lutjan), seja eventualmente confiante com um mergulhador, será por força da profundidade e
do tempo de permanência para ganhar essa confiança, fora do alcance de um pescador
submarino em apneia.
Continua a ser injusto e neste caso até de modo bem mais grave, na forma como se refere aos
pescadores locais, gente de poucos recursos que dependem do que pescam para
sobreviverem e que poderão vir a ser impedidos de pescar, para prazer egoísta de
mergulhadores-turistas, com poder económico, oriundos de países e lugares onde o peixe se
come nos restaurantes ou compra no supermercado. Ignora “por amor ao mar”, a dura
45
existência e a necessidade real na subsistência de quem não possui um frigorífico abastecido
nem supermercado aonde ir… e nem o dinheiro para tal.
Talvez o seu apregoado currículo lhe tenha embotado alguns sentimentos de compreensão da
realidade de gente de existência muito dura que não vai ao mar por gozo ou para fazer um
filme com finalidade comercial e sim porque se o não fizerem, passam fome! Serão mais
importantes as tartarugas ou os tubarões que tradicionalmente comem desde muito antes de
ter sido inventada a câmara de filmar? Ou o seu bem-estar de seres humanos? Quem extingue
tubarões e tartarugas são as linhas e redes industriais, para deleite e usufruto do Mundo
desenvolvido.
Porque será que estes filmes são sempre feitos onde haja Resorts ou outras estâncias do
género, de turismo e de luxo? Nunca vi ninguém ainda fazer documentários em locais remotos
numa Equimina onde há muito para ver e mostrar mas se tem de aguentar a dureza do local,
ou em Pangane, onde os leões ainda comem pessoas… mas não há evidentemente outras
coisas a que se liga muito mais!
Penso que não será preciso dizer muito mais e que para bom entendedor…
Que faça os seus filmes, lhe desejo, mas que deixe os comentários e julgamentos de lado, ou
então que aprofunde o seu saber sobre as gentes e as coisas.
Com os melhores cumprimentos”
“Ex.mo Sr.
É portador, sem dúvida alguma, de um palmarés invejável e que eu muito dificilmente
conseguirei igualar. Curiosamente, é igualmente portador de outras duas "sinas" quase
sempre presentes no palmarés de um mergulhador com escafandro autónomo: foi praticante de caça submarina; não hesita em apontar o dedo a esta actividade em
primeiro lugar no que diz respeito aos problemas de recursos marítimos.
Deixe-me então começar pela minha brevíssima e pouco ilustre história subaquática.
Comecei este nobre desporto aos 6 anos, tenho 28 e muito amor pelo mar e pelo mundo.
Ao longo dos anos aprendi muito, sobretudo no que diz respeito à conservação do meio para que possa, também eu, iniciar os meus filhos no seu amor pelo mar. Apenas e só.
De seguida, perdoe-me a displicência, mas não acredita realmente que não havia
necessidade de fazer a distinção entre a caça submarina amadora e a caça submarina
profissional? Diga-me que não acredita realmente nisso! A mim esclarece-me que se
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tratam dos pescadores submarinos locais e que, citando, "por algumas vezes", em conjunto com os pescadores locais. Presumo igualmente que o "algumas vezes" se
resumem a uma infinidade uma vez que muito poucos serão os que se poderão dar ao luxo de organizar um "safari subaquático". Citando novamente, "Mas estes casos não
são muito frequentes. O que é frequente é a caça submarina feita por praticantes locais a estes tubarões já que a sua carne é muito apreciada localmente. "
Impõe-se uma clarificação pública destas diferenças. A título de exemplo, é semelhante
a afirmar que os caçadores submarinos também são responsáveis pelo desaparecimento
dos atuns, uma vez que também os capturam desportivamente.
Pela experiência de Vª.Exª., impõe-se uma diferenciação racional entre o tipo de pesca
praticado nos mais diversos locais do mundo. Muitos outros, com igual experiência, não
partilham da v. opinião e também eles teriam uma palavra a dizer, tivessem porventura, um lugar, um cantinho num canal público.
Atenciosamente”
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INDAGAÇÃO EFECTUADA JUNTO DA DIRECÇÃO DE INFORMAÇÃO RELATIVA À TRANSMISSÃO DIRECTA DA SUPER TAÇA CÂNDIDO DE OLIVEIRA
Senhor Director Luís Marinho,
Foram dirigidas a este Gabinete inúmeras queixas de telespectadores insurgindo-se contra a
interrupção da transmissão directa da Super Taça Cândido de Oliveira, ocorrida no passado dia
11 de Agosto. Segundo relatam as centenas de telespectadores que se nos dirigiram, o corte
do directo impediu a assistência à parte final do evento, no caso a entrega da Taça ao
vencedor e das medalhas aos vencidos, bem como a festa dos vencedores (imagens).
Esta, aliás, será a terceira vez em que tal facto se verifica, tendo já ocorrido situações
semelhantes na final da Taça de Portugal e na Final dos Campeões Europeus.
Nos termos da lei, solicita o Provedor do Telespectador informação sobre os factos descritos,
bem como a explicação para o facto de a emissão ter sido truncada.
Com os meus cumprimentos,
Pel’ A Chefe de Gabinete
M. Carmo Arantes
RESPOSTA DA DIRECÇÃO DE INFORMAÇÃO
28 de Agosto de 2007
Dr.ª Maria do Carmo,
Em relação a esta queixa esclareço:
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A interrupção no final do jogo para publicidade ocorreu devido à informação por parte dos
responsáveis pelo encontro - Federação Portuguesa de Futebol - de que a cerimónia de
entrega de medalhas e da taça ocorreria dentro de 8 a 10 minutos.
A equipa da RTP foi surpreendida pela antecipação da cerimónia quando o intervalo já estava
"no ar". No entanto, toda a cerimónia foi emitida, em diferido, apenas alguns minutos depois.
Melhores cumprimentos,
António Luís Marinho
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INDAGAÇÃO EFECTUADA JUNTO DA DIRECÇÃO DE INFORMAÇÃO RELATIVA À TRANSMISSÃO DAS COMEMORAÇÕES DO DIA 10 DE JUNHO
«Senhor Director Luís Marinho,
Foram recebidas neste Gabinete algumas queixas de telespectadores, reclamando da
interrupção da emissão das cerimónias do dia 10 de Junho.
Por todas, remete-se o texto abaixo, cujo teor é representativo das demais posições
manifestadas.
Em nome do Provedor do Telespectador, solicito os esclarecimentos sobre esta questão, de
modo a poder ser tomada uma posição pelo Provedor.
Com os meus cumprimentos,
Pel’ A Chefe de Gabinete
M Carmo Arantes
QUEIXA
“Tem este e-mail a finalidade de apresentar a minha mais veemente reclamação que
representa também a de mais uma dezena de pessoas amigas, sobre a arbitrariedade de a
RTP ter DECIDIDO não transmitir a cerimónia de condecorações no dia 10 de Junho. Pelo
telefone foi-me dito que havia que seguir o alinhamento da programação. Desculparão que lhes
diga ser isto prova da maior ESTUPIDEZ alguma vez decidida pela RTP, pois as notícias de
"alinhamento" foram as banalidades do costume sempre possíveis de repetir-se nos outros
noticiários e condecorações de pessoas cuja existência grande parte dos portugueses só
ficaria a conhecer ali e por razões até de orgulho nacional, só acontecem neste dia e são
irrepetíveis. Achará a RTP que uma pessoa que chega a um certo estágio da sua vida e
merece o reconhecimento oficial e público do seu trabalho e produção e que até já não terá
muito mais idade ou saúde para continuar, é matéria de somenos para ser preterida pela
escola de Trás-os-Montes para imigrantes? Senhor PROVEDOR peço-lhe encarecidamente
que não deixe cair este e-mail naquela busca de explicações risíveis que já ouvi no seu
programa para casos sem desculpa nenhuma. Aliás posso assegurar-lhe que este caso é tão
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clamoroso que irá ecoar por muitos lugares e por muito tempo...Isto brada aos Céus,
senhores!!!”
RESPOSTA DA DIRECÇÃO DE INFORMAÇÃO
Exmo. Senhor Provedor,
Conforme solicitado por V.Exa, esclareço as incidências que envolveram a cobertura das
cerimónias do dia de Portugal, e que mereceram o protesto de alguns espectadores:
A emissão foi preparada, como é habitual, com a devida antecedência, envolvendo visitas
técnicas ao local e uma grande ligação com o pessoal da Casa Civil da Presidência da
República;
Para esta emissão, foram mobilizados os seguintes meios técnicos:
- Um carro de exteriores digital
- 10 Câmaras;
- 1 Helicóptero;
- 2 Feixes digitais, um dos quais a bordo da lancha onde se encontra o Presidente da
República;
- 1 Carro satélite para difusão de sinal;
- 1 Steadycam para grandes planos da parada militar;
- 1 Plateau para jornalista e três comentadores;
- 2 Equipas de reportagem.
Foi fornecido à TVI e SIC sinal personalizado do discurso do Presidente da República na
sessão solene. A sessão teve início às 10h10, com a chegada do Presidente da República pelo
rio, numa transmissão de grande qualidade e sentido estético. Às 11h42, no final da parada
militar, as cerimónias tiveram uma pausa de cerca de meia hora, o que obrigou a RTP a
encontrar formas de ocupar aquele tempo, tendo-se optado por emitir um primeiro intervalo
referente ao bloco das 11h00, seguido de um contacto em directo com o repórter Vítor
Gonçalves, a que se seguiu o intervalo do bloco das 12h00. A cerimónia seguiu até às 13h00,
altura em que entrou o jornal da Tarde.
A questão coloca-se a partir desta altura.
A Direcção, através de mim, tinha dado instruções no sentido de que a transmissão das
cerimónias seguisse até ao seu termo, entrando no final o Jornal da Tarde, uma vez que se
previa, como veio a acontecer, que as cerimónias se prolongassem para além das 13 horas.
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No entanto, como perto das 13h00 se verificou um ponto morto das cerimónias, com a
apresentação de canções por um grupo coral, foi decidido, pelo coordenador do Jornal da
Tarde, com acordo do membro da DI contactado, que se avançasse com o Jornal, voltando, de
imediato, em directo para a cobertura das cerimónias, que entravam na sua fase final: as
condecorações.
O Jornal fez a abertura, em directo, nas cerimónias, com intervenção do repórter Vítor
Gonçalves, que resumiu o discurso do Presidente da República e anunciou que, de seguida, se
seguiria a cerimónia das condecorações, tendo mesmo destacado uma delas, a do bispo D.
Manuel Martins, com imagem do próprio, no local. Acontece que o Jornal prosseguiu com
outras notícias, tendo regressado, meia hora depois, ao local das cerimónias que, entretanto,
acabavam de encerrar.
Tratou-se, sem dúvida, de um erro de avaliação de que a DI assume a total responsabilidade.
A transmissão das cerimónias foi feita, sublinho, com grande qualidade e profissionalismo, o
que mereceu mesmo uma mensagem de elogio por parte de um assessor da Presidência da
República. Verificou-se, no entanto, a ausência de transmissão das condecorações, o que não
devia, de facto, ter acontecido.
Melhores cumprimentos,
António Luís Marinho
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ANEXO 5 – TEXTOS DOS PIVOTS DE “A VOZ DO CIDADÃO” «A CIÊNCIA NA RTP» Programa 15º – emitido a 06 de Janeiro de 2007 PIVOT 1 NEM SE PODE DIZER /QUE SEJAM MUITAS / AS QUEIXAS DOS TELESPECTADORES SOBRE O LUGAR DA CIÊNCIA NA RTP. A RTP TEM ATÉ PROGRAMAS /MUITO ELOGIADOS. SÃO OS CASOS DOS PROGRAMAS / 4 X CIÊNCIA, 2010, GERAÇÃO CIENTISTA, / «HORA DISCOVERY», «BIOSFERA», / «NATUREZA E VIDA SELVAGEM / E RECENTÌSSIMO «GERAÇÃO CIENTISTA». O PROBLEMA VOLTA A SER/ O VAZIO NOTADO NA RTP 1./ MUITOS TELESPECTADORES/ GOSTARIAM DE VER ALGUNS/ DESSES PROGRAMAS NO CANAL 1/ ONDE O «MINUTO VERDE», / É UM EXCELENTE EXEMPLO/DE SERVIÇO PÚBLICO. ESTAMOS HOJE, AQUI/ NESTE ESPAÇO DE «CIÊNCIA VIVA» / PARA TRATAR DESTE ASSUNTO. PIVOT 2 O TEMA, HOJE/ AQUI TRATADO/TEM PELO MENOS/ DUAS VERTENTES DISTINTAS: UMA, É A QUESTÃO DE/ PROGRAMAS SOBRE CIÊNCIA / OU ATÉ MAIS PROSAICAMENTE / DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA, / OUTRA, É A QUESTÃO DA / COMUNICAÇÃO OU DA INFORMAÇÃO / SOBRE FENÓMENOS CIENTÍFICOS. NESTE SEGUNDO CASO, APARECEM / ALGUMAS QUEIXAS COMO ESTA / DA SOCIEDADE/ PORTUGUESA / DE ESCLEROSE MÚLTIPLA: Segue-se Depoimento da Associação PIVOT 3 COMO VIMOS / ESTA QUESTÃO DA MEDIAÇÃO / DA CIÊNCIA OU SEJA / DA FORMA COMO/ COMUNICAR /OU DAR NOTÍCIA / SOBRE FENÓMENOS CIENTÍFICOS. / ESTE TRIÂNGULO: CIENTISTAS, JORNALISTAS, / PÚBLICO, / VÊM EXERCITANDO / DIFERENTES MODELOS / DE COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA. A CIÊNCIA, O SABER, / NÃO SÃO COISAS TRIVIAIS. PODEMOS PORTANTO CONCLUIR / A CIÊNCIA / TEM VÁRIOS PROGRAMAS NA RTP. TODAVIA, CARECE / DE UMA MAIOR PRESENÇA / NO CANAL 1. QUER SE QUEIRA, QUER NÃO, / A MAIOR REFERÊNCIA / DO SERVIÇO PÚBLICO DE TV. «JOVENS» Programa 16º – emitido a 13 de Janeiro de 2007 PIVOT 1 EM QUASE TODO O MUNDO/ OS JOVENS COMPREENDEM/ A FAIXA ETÁRIA/ QUE MENOS VÊ TELEVISÃO. É EVIDENTE QUE / ESTA CONSTATAÇÃO / SOFRE EXCEPÇÕES. TUDO DEPENDE / DO GRAU / DE DESENVOLVIMENTO DO PAÍS, / DO ESTRATO SOCIAL, / OU MEIO AMBIENTE / DE QUE ESTAMOS A FALAR. DIFERENTES FACTORES / EXPLICAM ESTA SITUAÇÃO: PRIMEIRO, E AINDA BEM, / PELAS SUAS OBRIGAÇÕES ESCOLARES.
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DEPOIS, PORQUE / JOVENS E ADOLESCENTES / TÊM MUITOS OUTROS CENTROS/ DE ATRACÇÃO E ACTIVIDADE: O COMPUTADOR É HOJE / UM SEU COMPANHEIRO / QUASE INSEPARÁVEL. A NET TRAZ-LHES PARA CASA / UM MUNDO DE COISAS / QUE OUTRORA / SÓ A TELEVISÃO / LHES DAVA. POR OUTRO LADO, /A PRÁTICA DE DESPORTO/ ESTÁ, FELIZMENTE, / CADA VEZ MAIS GENERALIZADA. HÁ AINDA O CINEMA / E OUTROS ESPECTÁCULOS / SEM ESQUECER O FASCÍNIO / QUE SOBRE ELES TEM / A VIDA NOCTURNA. PIVOT 2 NÃO OBSTANTE / O QUE DISSEMOS /NO CORREIO ELECTRÓNICO / DO GABINETE DO PROVEDOR / OS JOVENS MARCAM UMA / FORTE PRESENÇA. DELES RECEBEMOS /CENTENAS DE E-MAILS. RECLAMAM CONTRA / A FRACA PRESENÇA QUE TÊM / NOS ECRÃS DA RTP, / A GRANDE AUSÊNCIA DE /PROGRAMAS DESTINADOS / A JOVENS E ADOLESCENTES. / E É VERDADE. A RTP NESTE MOMENTO, / E EM ESPECIAL, FACE / AOS OUTROS CANAIS EM ABERTO, / PENSA POUCO NOS JOVENS. SÃO MUITOS AQUELES QUE ESCREVEM / A SOLICITAR DEBATES / SOBRE AS SUAS QUESTÕES / E PROBLEMAS, / PROGRAMAS SOBRE / TEMAS DE CULTURA JOVEM, / CULTURA HIP HOP, POR EXEMPLO, / DESPORTOS RADICAIS, /SOBRE MÚSICA PORTUGUESA / E INTERNACIONAL, / REPORTAGENS SOBRE FIGURAS / IMPORTANTES DA ARTE, DA CIÊNCIA / DO ESPECTÁCULO. PEDEM MAIS PRODUÇÃO NACIONAL. / RECLAMAM CONTRA OS HORÁRIOS / TARDIOS DAS SÉRIES E DOS FILMES. MAIOR ATENÇÃO AOS JOVENS / É A MENSAGEM DESTE PROGRAMA / QUE LHES DEDICÁMOS. «DEFICIÊNCIAS TÉCNICAS» Programa 17º - emitido 20 de Janeiro de 2007 PIVOT 1 AO GABINETE DO PROVEDOR/ TÊM CHEGADO MUITAS RECLAMAÇÕES/ SOBRE DEFICIÊNCIAS TÉCNICAS. REGRA GERAL, / O GABINETE REENCAMINHA/ ESSAS QUEIXAS PARA / OS SERVIÇOS COMPETENTES/ DA DIRECÇÃO TÉCNICA DA RTP. POR CONSIDERAÇÃO / AOS NOSSOS TELESPECTADORES/ E ATÉ PARA ESCLARECER/ DETERMINADAS SITUAÇÕES / RESOLVI FAZER UM PROGRAMA/ SOBRE ESTE ASSUNTO. O CONJUNTO DESTAS QUEIXAS/ PODE (M) TER A VER/ COM QUESTÕES TÉCNICAS/ PROPRIAMENTE DITAS, / QUER NA EMISSÃO, / QUER NA RECEPÇÃO, / OU APENAS COM INVOLUNTÁRIOS/ ERROS HUMANOS. AO LONGO DESTE PROGRAMA/ VAMOS OUVIR / ALGUMAS QUEIXAS / PERTINENTES/ E AS EXPLICAÇÕES DADAS/ PELOS RESPONSÁVEIS DA RTP, / ENG. FRANCISCO MASCARENHAS, / E PELO SR. LUÍS SILVEIRA, TODAS ESTAS EXPLICAÇÕES / SÃO PLAUSÍVEIS. CONTUDO, / NÃO RESOLVEM/ O PROBLEMA DE CADA/ TELESPECTADOR RECLAMANTE. NA LÓGICA DO TRIBUNAL / CONSTITUCIONAL/ A TAXA PAGA/ NA CONTA DA ELECTRICIDADE/ FOI ENTENDIDA COMO/ UM IMPOSTO. / NA LÓGICA DO UTILIZADOR/ PAGADOR, / PAGAR O IMPOSTO E/ NÃO RECEBER O BENEFÍCIO, / MERECE/ UMA JUSTA RECLAMAÇÃO. NÃO IGNORO/ OS FACTORES EXTERNOS À RTP/ QUE CONCORREM PARA/ CRIAR SITUAÇÕES DE MÁ RECEPÇÃO, / TAIS COMO AS INFRACÇÕES/ AO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO/ PELA CONSTRUÇÃO/ DE IMÓVEIS.
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NÃO IGNORO QUE A RTP / TEM PROCURADO / RESOLVER SITUAÇÕES / COMO O DEMONSTRAM OS 44 RETRANSMISSORES/ INSTALADOS EM 23 LOCALIDADES/ NOS ÚLTIMOS DOIS ANOS, / COMO PROVEDOR / NÃO POSSO DIZER / AOS TELESPECTADORES/ RECLAMANTES: AGUARDEM PACIENTEMENTE / PELA TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE. CONTINUEM A RECLAMAR / A RTP EM COOPERAÇÃO COM A PT/ TERÁ DE DAR RESPOSTA. «PRIVACIDADE DE IMAGEM» Programa 18º - emitido a 27 de Janeiro de 2007 PIVOT 1 TRÊS QUESTÕES LEVANTADAS POR / TELESPECTADORES VÃO SER OBJECTO DE REFLEXÃO NESTE PROGRAMA: NO JORNAL DA TARDE DO DIA 1 DE JANEIRO FOI RELATADO O CASO DE UM BEBÉ ABANDONADO QUE SE ENCONTRAVA NO HOSPITAL DE SÃO JOÃO DO PORTO. A NOTICIA FOI ILUSTRADA COM UM GRANDE PLANO DA FACE DO BEBÉ. / A QUESTÃO É ESTA: NÃO SERÁ QUE TRANSMITIR O RETRATO DA CRIANÇA, “TRANSGRIDE” O DIREITO À IMAGEM CONSAGRADO NA CONSTITUIÇÃO E NÃO RESGUARDA E DEVIDA PROTECÇÃO A MENORES? PIVOT 2 MUITOS TELESPECTADORES FICARAM CHOCADOS COM A TRANSMISSÃO DAS IMAGENS QUE MOSTRARAM O ACTO PREPARATÓRIO DO ENFORCAMENTO DE SADDAM HUSSEIN. PARA ALÉM DE REJEITAREM A PENA DE MORTE ENTENDEM QUE TAIS IMAGENS NÃO DEVERIAM SER TRANSMITIDAS POIS FEREM O DIREITO À INTIMIDADE, QUE MESMO UM DITADOR TEM NO MOMENTO DA SUA MORTE. PIVOT 3 MUITAS VEZES O DIREITO À INFORMAÇÃO E O DIREITO À RESERVA DA INTIMIDADE DA VIDA PRIVADA SÃO CONFLITUAIS. OS CÓDIGOS DEONTOLÓGICOS E OS DIFERENTES ORDENAMENTOS JURÍDICOS VIGENTES NA EUROPA ESTABELECEM QUE A VIDA PRIVADA E O DIREITO À IMAGEM SÃO VALORES ÉTICOS FUNDAMENTAIS QUE TÊM DE SER RESPEITADOS. QUANTO À IMAGEM DA CRIANÇA JULGO DEVERIA SER EVITADA A SUA TRANSMISSÃO. QUANTO AO RELATO DO ENFORCAMENTO DE SADDAM, CONFESSO, QUE SE FOSSE JORNALISTA E ESTIVESSE NA EDIÇÃO DE UM TELEJORNAL, TRANSMITIRIA AS IMAGENS QUE CORRERAM O MUNDO E FORAM DADAS POR TODAS AS TELEVISÕES. MAS, NÃO DEIXO DE ENTENDER A SENSIBILIDADE DE MUITOS TELESPECTADORES E A PERTINÊNCIA DAS SUAS OBJECÇÕES. OUTRA QUESTÃO:
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SERÁ LÍCITO, EMBORA SOB O REGISTO DE UM PROGRAMA DE HUMOR SATIRIZAR A SITUAÇÃO DO ENFORCAMENTO DE SADDAM???? «ARTES» Programa 19º - emitido a 03 de Fevereiro de 2007 PIVOT 1 ESTAMOS HOJE, AQUI, / NA FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN POR DOIS MOTIVOS: VAMOS FALAR DE ARTE / E PORQUE ESTE ESPAÇO / HÁ 50 ANOS É UM GRANDE/ SANTUÁRIO PARA A ARTE. QUANDO FIZEMOS UM PROGRAMA / SOBRE O LUGAR DA CULTURA/ NA RTP, LOGO/ ALGUNS ESPECTADORES / RECLAMARAM POR QUE / NÃO LEVANTAR A MESMA QUESTÃO/ SOBRE O LUGAR DAS ARTES / PLÁSTICAS e RESPECTIVOS ARTISTAS, / ACUSANDO UMA GRANDE AUSÊNCIA / DESTES NAS ANTENAS DA RTP. TENHO DEFENDIDO/ QUE «A VOZ DO CIDADÃO» NÃO PODE SER APENAS/ UM REPOSITÓRIO DE QUEIXAS. INTRODUZIR QUESTÕES COMO ESTAS/ DO LUGAR E DO PAPEL/ DA ARTE, DAS ARTES PLÁSTICAS, / NUMA TELEVISÃO/ DE SERVIÇO PÚBLICO, PARECE-ME UM DEVER / DO PROVEDOR. PIVOT 2 OUVIMOS QUEIXAS, / OUVIMOS SUGESTÕES. É COMUM DIZER-SE / QUE OS ITALIANOS/ TÊM UM ALTO SENTIDO/ ESTÉTICO NA VIDA E DA VIDA/ PORQUE ESTÃO MERGULHADOS EM ARTE. HÁ AUTORES QUE DEFENDEM / QUE, TELEVISIVAMENTE, / O PROCESSO MAIS INTUITIVO/ DE DIVULGAR CULTURA, É ATRAVÉS DA ARTE, / DA PINTURA, DA ESCULTURA, DO DESENHO. AQUI, NESTE ESPAÇO DA GULBENKIAN, / AINDA HÁ BEM POUCO TEMPO/ ASSISTIU-SE AO FENÓMENO / DE MILHARES DE PORTUGUESES/ ALGUNS, NOITE FORA, / QUE VIERAM VISITAR A PINTURA / DE AMADEO DE SOUZA-CARDOSO. TORNAR A ARTE - UM BEM CONSUMÍVEL / É UM VEÍCULO DE CULTURA / ATRAVÉS DE MUSEUS, E MONUMENTOS/ DA OBRA DE PINTORES, ESCULTORES / E OUTROS ARTISTAS, / É UMA PRESTIMOSA FORMA / DE FAZER SERVIÇO PÚBLICO. AQUI FICA O RECADO. «TELENOVELAS» Programa 20º - emitido a 10 de Fevereiro de 2007 PIVOT 1 A EXIBIÇÂO DA TELENOVELA / «PAIXÕES PROIBIDAS» / VEIO DESENCADEAR UM/ CONJUNTO DE COMENTÁRIOS / POR PARTE DE MUITOS TELESPECTADORES. ALGUNS ELOGIAM / O REAPARECIMENTO / DE UMA TELENOVELA / NO «PRIME_TIME» DA RTP. / OUTROS RELEVAM A IMPORTÂNCIA DE/ TRANSPOR PARA O PEQUENO ECRAN/ OBRAS DE AUTORES PORTUGUESES / COMO CAMILO CASTELO BRANCO. ALGUNS SAUDAM A INICIATIVA / DE UMA CO-PRODUÇÃO LUSO BRASILEIRA. MUITOS LAMENTAM O HORÁRIO. / PREFERIRIAM LOGO A SEGUIR / AO TELEJORNAL. MAS A QUESTÃO MAIS PERTINENTE/ QUE ME LEVANTARAM, É ESTA: DEVE UMA ESTAÇÃO/ DE SERVIÇO PÚBLICO/ INCLUIR TELENOVELAS, / NA SUA PROGRAMAÇÃO,
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E, SOBRETUDO, EXIBI-LAS / EM HORÁRIO NOBRE??? VAMOS À PROCURA DE RESPOSTAS. PIVOT 2 NÃO ME PERTENCE / A ANÁLISE DA OBRA, / «PAIXÕES PROIBIDAS», / QUER QUANTO AO SEU VALOR ESTÉTICO / QUER QUANTO ADAPTAÇÃO LITERÁRIA. / A TELENOVELA É HOJE / DOS GÉNEROS TELEVISIVOS/ MAIS CONSOLIDADOS E / COM GRANDE IMPACTO / NA INTERVENÇÂO SOCIAL E CULTURAL. EXISTEM ESTUDOS CIENTÍFICOS / SOBRE O PAPEL ALTAMENTE POSITIVO/ QUE AS TELENOVELAS BRASILEIRAS / TÊM DESEMPENHADO NA FORMAÇÃO/ E INFORMAÇÃO DO POVO. NÃO ME PARECE, POR ISSO,/ ESTAR VEDADO A UM OPERADOR/ DE SERVIÇO PÚBLICO / A EXIBIÇÂO DE TELENOVELAS. NUMA ESTRATÉGIA/ DE DESENVOLVIMENTO CULTURAL / A APROXIMAÇÂO COM O BRASIL / SERÁ SEMPRE DE APOIAR. QUANTO À HORA DE EMISSÂO/ SERÁ SEMPRE DISCUTÍVEL. «PLURALISMO» Programa 21º - emitido a 17 de Fevereiro de 2007 PIVOT 1 ESTAMOS NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA. ESTA É A CASA DA DEMOCRACIA. PARECEU-ME POR ISSO/ O AMBIENTE EXACTO / PARA O TEMA DESTE PROGRAMA. A ASSEMBLEIA DEVE REUNIR / OS REPRESENTANTES DO PLURALISMO/ IDEOLÓGICO E POLÍTICO DO PAÍS / A RTP, COMO ESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO, / ESTÁ OBRIGADA - PELA LEI DA TELEVISÃO/ E PELO CONTRATO DE CONCESSÃO - / A GARANTIR «O PLURALISMO / POLÍTICO, RELIGIOSO, / SOCIAL E CULTURAL». NUM PAÍS CADA VEZ MAIS PLURAL / EM IDEOLOGIAS, VALORES, / CULTURAS, COSTUMES… / NÃO É FÁCIL CUMPRIR ESTA MISSÃO. OUÇAMOS A VOZ DO CIDADÃO. PIVOT 2 AS QUEIXAS QUE CHEGAM / AO GABINETE DO PROVEDOR, COMO VEMOS, / SÃO DE VÁRIA ORDEM: DESDE O PORQUÊ DOS DESTACADOS / COMENTADORES Marcelo Rebelo de Sousa/ OU António Vitorino / E O QUADRANTE POLÍTICO QUE/ REPRESENTAM, / OU AO PRIVILÉGIO QUE PODE / CONSTITUIR PARA A RELIGIÃO CATÓLICA/ A PRESENÇA DO POPULAR PADRE BORGA / COMO CONVIDADO PERMANENTE, NA «PRAÇA DA ALEGRIA», OU AINDA À INSISTÊNCIA HABITUAL / EM PERSONALIDADES, / NORMALMENTE CONOTADAS / COM OS DOIS MAIORES PARTIDOS/PS e PSD. OU ATÉ À PREFERÊNCIA CLUBISTA / QUE ATRAIÇOA / ALGUNS COMENTÁRIOS DESPORTIVOS. SOLICITEI EXPRESSAMENTE / AO JORNALISTA JOSÉ CARLOS DE VASCOCELOS/ E AO PROFESSOR FERNANDO CORREIA / QUE ME AJUDASSEM A REFLECTIR/ SOBRE ESTE ASSUNTO. PIVOT 3 A QUESTÃO AQUI POSTA / NÃO SE RESOLVE NUM SÓ PROGRAMA. EM TEMPOS DE ANTENA OU NO / «DEBATE DA NAÇÃO», SOU DE PARECER / QUE A RTP RESPEITA EXPRESSAMENTE / PLURALIDADES. ISSO MESMO ACONTECEU / NA RESSENTE CAMPANHA / A PROPÓSITO DA I.V.G. PARECE AO PROVEDOR/ QUE, NOUTROS PROGRAMAS, / O CRITÉRIO DE ESCOLHA DE CONVIDADOS/ NÃO PODE, NEM DEVE SER, O PARTIDÁRIO, / OU DO QUADRANTE IDEOLÓGICO.
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HÁ QUE RESPEITAR CRITÉRIOS EDITORIAIS. O PROGRAMA «PRÓS E CONTRAS» / E A SUA APRESENTADORA, / FÁTIMA CAMPOS FERREIRA. / RECEBEM MUITOS ELOGIOS. MAS TAMBÉM MUITAS QUEIXAS/ PELA ESTREITA PLURALIDADE/ NA ESCOLHA DOS CONVIDADOS / NO DEBATE DO DIA 22 DE JANEIRO/ SOBRE A CRIANÇA ESMERALDA / MUITOS TELESPECTADORES / REPUDIARAM A TOMADA DE POSIÇÃO/ DA JORNALISTA (FÁTIMA CAMPOS FERREIRA), / A FAVOR DO PAI ADOPTIVO. CONSIDERO QUE, EM NOME DA ISENÇÃO, ESSA POSIÇÂO DEVERIA SER EVITADA. / QUANTO AOS COMENTADORES RESIDENTES, PARECE-ME QUE O LEQUE DEVERIA SER ALARGADO. (HÁ QUEM PENSE O PAÍS DE MODO DIFERENTE / DO PROFESSOR M.R.S. ou DE António Vitorino). PERSERVAR A PLURALIDADE / É UMA OBRIGAÇÃO DA RTP/ MAS, SOBRETUDO, UMA OBRIGAÇÃO / DE UM PAÍS DEMOCRÁTICO. «VIOLÊNCIA» Programa 22º - emitido a 24 de Fevereiro de 2007 PIVOT 1 EM BOA VERDADE/ NÃO POSSO DIZER / QUE RECEBA MUITAS QUEIXAS/ SOBRE A EXIBIÇÃO DE VIOLÊNCIA/ NOS ECRANS DA RTP. DE QUALQUER MODO É UM TEMA/ QUE ALGUMAS PESSOAS/ TÊM PEDIDO PARA VER TRATADO/ NESTE PROGRAMA. VAMOS CORRESPONDER/ A ESSA VONTADE, / OUVINDO DEPOIMENTOS/ E COM A AJUDA DE ALGUNS ESPECIALISTAS. COM UM MUNDO, ONDE / O FENÓMENO DA VIOLÊNCIA/ É UMA PRÁTICA DIÁRIA / PODE UM ECRÁN DE TELEVISÃO/ ESCONDER ESTA REALIDADE? COMO PODE ENTÃO RETRATÁ-LA? PIVOT 2 QUANDO FALAMOS DA EXIBIÇÃO/ DE VIOLÊNCIA NA TELEVISÃO/ TEMOS DE DISTINGUIR DOIS ASPECTOS: HÁ A VIOLÊNCIA FICCIONAL, / OU SEJA AQUELA QUE APARECE/ NOS FILMES, NAS SÉRIES, / E A VIOLÊNCIA REAL, / OU SEJA, AQUELA QUE, NOS NOTICIÁRIOS, / RELATA GUERRAS, CRIMES DE/ DELINQUÊNCIA, DRAMÁTICOS ACTOS DE TERRORISMO. HÁ AINDA SITUAÇÕES DE TERRÍVEL/ CRUELDADE HUMANA. / COMO DIZ UM AUTOR/ Wolfgang Sofsky/ CONHECE-SE POUCO/ ESTE LADO OBSCURO / DOS SERES HUMANOS. CREIO QUE, AO LONGO/ DESTE PROGRAMA, TEM FICADO/ ESCLARECIDA A DIFICULDADE DE LIDAR / COM A MEDIAÇÃO DESTE FENÓMEMO. PIVOT 3 A RTP COMO ESTAÇÃO DE/ SERVIÇO PÚBLICO ESTÁ OBRIGADA/ A CUMPRIR UMA ÉTICA / QUE RECUSE VIOLÊNCIA GRATUITA. SINCERAMENTE NÃO PARECE, / NOS NOTICIÁRIOS OU NOUTROS PROGRAMAS/ NORMALMENTE HAVER EXAGEROS. QUANTO À VIOLÊNCIA/ NOS FILMES, NAS SÉRIES/ O RECENTE PROTOCOLO, / ASSINADO POR TODAS/ AS ESTAÇÕES PORTUGUESAS, / E QUE OBRIGA A INDICAR/ A CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA/ É UMA AVISO DE ACONSELHAMENTO/ AOS PAIS E EDUCADORES/ ACOMPANHAR AS CRIANÇAS/ E AJUDÁ-LAS A INTERPRETAR / A EXIBIÇÃO DA VIOLÊNCIA/ É, PORVENTURA, O MELHOR MÉTODO/ PARA ESTAR DIANTE DESTA JANELA / DE UM MUNDO REAL. BELO E HORRÌVEL. NÃO RESISTO PORÉM/ A ESQUECER A MENSAGEM / QUE, HÁ DIAS, RECEBI:
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«COMO CIDADÃ E MÃE DE DOIS FILHOS, VENHO SOLICITAR QUE, / EM CADA NOTICIÁRIO, / SEJA SEMPRE RESERVADO/ UM PERÍODO DE 10 MINUTOS/ PARA NOTÍCIAS DE ACTOS DE SOLIDARIEDADE/ E DE ACONTECIMENTOS FELIZES. JORNALISTAS E COMENTADORES. «JORNALISTAS, APRESENTADORES E COMENTADORES» Programa 23º - emitido a 03 de Março de 2007 SER JORNALISTA / É UMA PROFISSÃO DIFÍCIL. SOBRETUDO DIANTE DE / UMA CÂMARA DE TELEVISÃO. JÁ TINHA ESTA CONVICÇÃO / MAS, AGORA, PELAS IMENSAS / CRÍTICAS E QUEIXAS/ QUE RECEBO NO GABINETE DO PROVEDOR DO TELESPECTADOR / MAIS CONFIRMEI ESTA IDEIA. O PÚBLICO EXIGE DO JORNALISTA / ISENÇÃO, IMPARCIALIDADE, COMPETÊNCIA. NO ÉCRAN SURGEM JORNALISTAS, / APRESENTADORES /ANIMADORES DE PROGRAMAS, COMENTADORES, OU ATÉ JORNALISTAS/COMENTADORES. O PÚBLICO, EM GERAL, / NÃO DISTINGUE OS DIFERENTES / ESTATUTOS DESTAS PERSONAGENS. ESCLARECER ESSAS DIFERENÇAS / PARECE-ME IMPORTANTE. É O QUE VAMOS PROCURAR FAZER / NESTE PROGRAMA/ OUVINDO DESTACADOS PROFISSIONAIS / DESTE OFÍCIO. «MULTIMÉDIA» Programa 24º - emitido a 10 de Março de 2007 PIVOT 1 A RTP ESTÁ A CELEBRAR / 50 ANOS DE EXISTÊNCIA. POR CERTO, NESTE MEIO SÉCULO, / NENHUMA OUTRA INSTITUIÇÃO / SE IDENTIFICOU TANTO / COM A HISTÓRIA DO PAÍS / COMO A RTP. COM TODOS OS SEUS DEFEITOS / RECEBENDO SEMPRE / MAIS CRÍTICAS, DO QUE ELOGIOS / A RTP FOI A MONTRA REAL / DO PAÍS QUE SOMOS. A «VOZ DO CIDADÃO» / SAÚDA TODOS AQUELES / QUE ATRAVÉS DOS TEMPOS / CONSTRUIRAM ESTA RTP. E É NESTE AMBIENTE DE FESTA / QUE VAMOS FALAR DE UM TEMA / QUE NÃO É O PASSADO / MAS O FUTURO: / A PRESENÇA DA RTP / EM MULTIMEDIA PIVOT 2 QUANDO ASSISTIMOS / AO «SKETCH» DO ACTUAL PROGRAMA / DE «O GATO FEDORENTO» «TESOURINHOS DEPRIMENTES» / TEMOS UMA EXCELENTE IMAGEM / DO QUE ERA A TELEVISÃO, / DE COMO SE FAZIA TELEVISÃO… / E RIMOS. PROVAVELMENTE DAQUI A 50 ANOS / ESTÃO OUTROS A RIR-SE DE NÓS. NESTE PROGRAMA / OUVIMOS QUEIXAS / MAS TAMBÉM EXPLICAÇÕES / DE COMO A RTP/ VEM EXPLORANDO / A PRODIGIOSA TECNOLOGIA DOS / MULTIMEDIA. ALGUNS TELESPECTADORES / PROTESTAM CONTRA OS ERROS / INTOLERÁVEIS DO TELETEXTO. OUTROS, SÃO CADA VEZ MAIS EXIGENTES / NÃO QUEREM APENAS A TV TRADICIONA/ QUEREM UMA OFERTA MULTIMEDIA / COM ACTUALIDADE, AQUI E AGORA, E NAS MELHORES CONDIÇÕES / TECNOLÓGICAS.
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É A EXIGÊNCIA DO PRESENTE / MAS É, SOBRETUDO, A EXIGÊNCIA / DO FUTURO FACE A UM SERVIÇO PÚBLICO / QUE TERÁ DE PROCURAR / NOS MULTIMEDIA / FORMAS / DE SERVIR A CIDADANIA / DOS ANOS QUE A ESTES / VÃO SEGUIR-SE. HOJE, O FUTURO / COMEÇA SEMPRE ONTEM. «LÍNGUA PORTUGUESA» Programa 25º - emitido a 17 de Março de 2007 PIVOT 1 OS 50 ANOS DA RTP/ DERAM-NOS ESTE NOVO ESPAÇO. / VAMOS ASSINALAR O MOMENTO/ A FALAR DESSE ENORME PATRIMÓNIO/ QUE É A LÍNGUA PORTUGUESA. A RTP EXIBE PRESENTEMENTE / DOIS PROGRAMAS: «CUIDADO COM A LÍNGUA» / E «BOM PORTUGUÊS». ALÉM DISSO TEM NA SUA PÁGINA / DA INTERNET O «CIBERDÚVIDAS», / UM LUGAR DE/ ESCLARECIMENTOS E DEBATE. / POR ISSO, «A VOZ DO CIDADÃO» / TEM ADIADO TRATAR DESTE ASSUNTO. PORÉM, FACE À INSISTÊNCIA DOS / TELESPECTADORES/ DEDICAMOS, HOJE, A NOSSA ATENÇÃO/ À IMPORTÂNCIA DE BEM FALAR/ E ESCREVER PORTUGUÊS. PIVOT 2 QUASE TODOS NÓS/ COMETEMOS ERROS/ A FALAR OU A ESCREVER/ PORTUGUÊS. MAS A LÍNGUA É UM VALOR/ QUE OS PORTUGUESES ESTIMAM/ E QUEREM VER DEFENDIDO. RECEBO MUITAS MENSAGENS / DOS TELESPECTADORES/ A RECLAMAR / SOBRE OS ERROS DETECTADOS/ NAS LEGENDAS, NO TELETEXTO, / OU NA FALA DE/ PROFISSIONAIS. O FRENESIM/ DE PRODUZIR INFORMAÇÃO/ EM TEMPO REAL/ NÃO JUSTIFICA TUDO. A RESPONSABILIDADE / DOS PROFISSIONAIS / NESTE PONTO, É GRANDE. FALAR E ESCREVER BEM / EM TELEVISÃO/ É UM DEVER/ DE SERVIÇO PÚBLICO. TODO O «CUIDADO COM A LÌNGUA» É POUCO, / PARA FALAR E ESCREVER/ BOM PORTUGUÊS. «HORAS TARDIAS» Programa 26º - emitido a 24 de Março de 2007 PIVOT 1 CONTINUO A RECEBER / CENTENAS E CENTENAS / DE MENSAGENS A RECLAMAR / CONTRA A HORA TARDIA / A QUE SÃO EXIBIDOS/ ALGUNS PROGRAMAS DE REFERÊNCIA/ DA ACTUAL GRELHA DA RTP. UM TELESPECTADOR / ATÉ SE INSURGE, E DIZ: VOCÊ ESTÁ AÍ HÁ MEIO ANO / E AINDA NEM TEVE FORÇA/ PARA MUDAR A HORA/ DE O «PRÓS E CONTRAS». PELA TERCEIRA VEZ / «A VOZ DO CIDADÃO» VOLTA A COLOCAR ESTE ASSUNTO. VAMOS CONFRONTAR AS QUEIXAS / COM AS EXPLICAÇÕES DOS RESPONSÁVEIS. PIVOT 2 NÃO É POSSÍVEL / FAZER UMA GRELHA A CONTENTO / DE TODOS OS TELESPECTADORES. MUITO MENOS EM RELAÇÃO/ AO HORÁRIO DOS PROGRAMAS. SÃO RESPEITÁVEIS OS CRITÉRIOS/ DOS RESPONSÁVEIS. / OS HORÁRIOS SÃO ADEQUADOS/
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AO PREVISÍVEL PERFIL / DOS DIFERENTES PÚBLICOS. TODAVIA, TERMINAR / O PROGRAMA «PRÓS E CONTRAS», NÃO OBSTANTE TODAS AS CRÍTICAS/ QUE RECEBE, JUSTAMENTE / TRANSFORMADO EM EMBLEMA / DE SERVIÇO PÙBLICO, À UMA OU DUAS DA MADRUGADA / NÃO PODE RECEBER A APROVAÇÃO/ DO PROVEDOR, NEM TÃO POUCO/ DOS TELESPECTADORES. TERÇA- FEIRA DE MANHÃ, O PAÍS DEVE TRABALHAR. «O PAPEL DA GRANDE ENTREVISTA» Programa 27º - emitido a 31 de Março de 2007 PIVOT 1 O GABINETE DO PROVEDOR / RECEBEU MUITOS PROTESTOS / PELO FACTO DA RTP / TER TRANSMITIDO, NA PASSADA SEMANA, UMA GRANDE ENTREVISTA / COM VALENTIM LOUREIRO. INDIGNAVAM-SE – ERA O TERMO- CONCEDER ESSA OPORTUNIDADE / A UM CIDADÃO, NESTE MOMENTO, ACUSADO DE VÁRIOS CRIMES. ACHAVAM GRAVE / A RTP CONTRIBUIR / PARA SATISFAZER / O DESEJO EXPRESSO POR VALENTIM LOUREIRO / DE SER JULGADO ATRAVÉS DA TELEVISÃO. VAMOS DAR ATENÇÃO A ESTE CASO. PIVOT 2 PARECE ESTARMOS PERANTE / UM CASO EM QUE / O INTERESSE JORNALÍSTICO / CHOCA COM O PRINCÍPIO DE IGUALDADE / DE TRATAMENTO / QUE ESTÁ ASSEGURADO / A TODA E QUALQUER CIDADÃO. O QUE ESTÁ CAUSA NESTA ENTREVISTA / É A SITUAÇÃO DE PRIVILEGIAR / PESSOAS, PORVENTURA, PELA SUA NOTORIEDADE, OU A PEDIDO. ESTA ENTREVISTA TERÁ SERVIDO / VALENTIM LOUREIRO. NÃO ME PARECE TER SERVIDO / A CIDADANIA. «TEATRO» Programa 28º - emitido a 07 de Abril de 2007 PIVOT 1 PARA A RTP O TEATRO «MORREU». / ESTE É EM SÍNTESE/ O SENTIDO DAS CRÍTICAS/ DE MUITOS TELESPECTADORES/ QUE GOSTARIAM DE VER/ A ARTE DRAMÁTICA/ PRESENTE NOS ECRÃS DA RTP. SERÁ APENAS SAUDOSISMO/ OU CORRESPONDE A UM ENTENDIMENTO/ DAQUELES QUE ATRIBUEM/ AO OPERADOR DE SERVIÇO PÚBLICO/ O DEVER DE TRANSMITIR PEÇAS DE TEATRO / COMO COMPONENTE INTEGRANTE/ DOS COMPROMISSOS QUE TEM / DE PROMOVER E DIVULGAR/ AS MAIS DIVERSIFICADAS / EXPRESSÕES DA CULTURA? VAMOS DAR ATENÇÃO A ESTE ASSUNTO. PIVOT 2 A TELEVISÃO REUNE / CARACTERÍSTICAS MUITO ESPECÍFICAS / NO MODO DE COMUNICAR. TRANSMITIR TEATRO/ NÃO É APENAS / IR A UMA SALA, / GRAVAR UMA PEÇA E TRANSMITI-LA. TERÁ DE SER OBJECTO DE UMA / REALIZAÇÃO PRÓPRIA, / CUIDADA PARA O EFEITO. A TELENOVELA NÃO TIROU O LUGAR / AO TEATRO.
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A ARTE DRAMÁTICA / TEM TODO O DIREITO/ DE ESTAR PRESENTE / NOS ECRÃS DA RTP. ESTA É A MENSAGEM / QUE SE PODE TIRAR / DESTE PROGRAMA. «DESPORTO» Programa 29º - emitido a 14 de Abril de 2007 PIVOT 1 NÃO É MAIS UM PROGRAMA / DESPORTIVO / SOBRE TÁCTICAS, ÁRBITROS OU DIRIGENTES. HÁ DOIS TIPOS / DE ACUSAÇÕES PRINCIPAIS / QUE RECEBO DOS TELESPECTADORES: 1) O DESPORTO NA RTP / RESUME-SE QUASE E SÓ A FUTEBOL. 2) ALGUNS JORNALISTAS DESPORTIVOS / RELATORES E COMENTADORES / RARAS VEZES SÃO IMPARCIAIS. / TAMBÉM HÁ QUEM ENTENDA / QUE O FUTEBOL DEVERIA / OCUPAR MENOS TEMPO / NA PROGRAMAÇÃO. OUTROS PORÉM NÃO COMPREENDEM / COMO A RTP PERDEU OS DIREITOS / DA FÓRMULA 1,/ UMA PROVA DESDE SEMPRE / TRANSMITIDA PELA RTP. VAMOS OUVIR. PIVOT 2 DOS PRINCIPAIS ASSUNTOS / LEVANTADOS, PARECE-ME / DEVER CONCLUIR O SEGUINTE: 1) MAIS UMA VEZ SE COMPROVA / QUE O CANAL DE REFERÊNCIA / É A RTP 1. 2) EFECTIVAMENTE, O FUTEBOL / É O DESPORTO COM MAIOR / TEMPO E DESTAQUE NO CANAL 1 / O PÚBLICO QUASE ESQUECE / AS TARDES DESPORTIVAS DA RTP 2 / QUE DÁ ATENÇÃO / A MUITOS OUTROS DESPORTOS. 3) A RTP NÃO ADQUIRIU OS DIREITOS SOBRE A FÓRMULA 1 / POR CONTENÇÃO FINANCEIRA. 4) QUANTO À IMPARCIALIDADE / DOS RELATORES OU JORNALISTAS / É UMA QUESTÃO SEMPRE DIFÍCIL. O DESPORTO E PRINCIPALMENTE O FUTEBOL / ARREBATA PAIXÕES E CLUBITES. POR PARTE DOS TELESPECTADORES / MAS TAMBÉM DOS JORNALISTAS. AO SERVIÇO DE UMA INFORMAÇÃO / INDEPENDENTE E ISENTA / O ESFORÇO DOS PROFISSIONAIS / DA RTP TERÁ DE SER REDOBRADO.
«REPETIÇÕES» Programa 30º - emitido a 21 de Abril de 2007 PIVOT 1 A ALTERAÇÃO DE HORÁRIOS/ E PROGRAMAS CONTINUA/ A SER MOTIVO DE PROTESTO/ DE MUITOS TELESPECTADORES. POR EXEMPLO, DEVIDO AO HORÁRIO/ SALTITANTE DA TELENOVELA -“PAIXÕES/ PROÍBIDAS” -, ALGUNS ATÉ DIZEM QUE JÁ DEIXARAM/ DE A VER. A BOA INTENÇÃO DE PRODUZIR / UMA NOVELA LUSO-BRASILEIRA, BASEADA NA OBRA DE CAMILO CASTELO BRANCO/ SAI DESVIRTUADA / POR NÃO TER UMA HORA FIXA / GRELHA DE EMISSÃO. EU PRÓPRIO JÁ ESTOU CANSADO / DE FALAR NA FALTA DE CUMPRIMENTO / DE HORÁRIOS.
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MAS É MEU DEVER / REPETIR, REPETIR / AS QUEIXAS DOS TELESPECTADORES. PIVOT 2 COMO JÁ REPARARAM, / HOJE ESTAMOS SOBRETUDO/ A DAR ATENÇÃO/ ÀS QUEIXAS / A PROPÓSITO DAS MUITAS/ REPETIÇÕES DE PROGRAMAS. OS DEPOIMENTOS / QUE GRAVÁMOS / SÃO ESCLARECEDORES. PIVOT 3 IMPORTA REFERIR / QUE O PROBLEMA / DAS REPETIÇÕES É CRÓNICO/ EM VÁRIAS TELEVISÕES DO MUNDO. PRIMEIRO, PELA DICULDADE / DE EXIBIR / PROGRAMAS SEMPRE NOVOS / DURANTE AS 24 HORAS DE EMISSÃO. DEPOIS, PORQUE OS ORÇAMENTOS/ NÃO COMPORTAM ISSO. O DINHEIRO NÃO DÁ PARA TANTO. POR OUTRO LADO, NALGUNS CASOS, / SÃO OS PRÓPRIOS TELESPECTADORES/ QUE SOLICITAM A REPETIÇÃO DE PROGRAMAS. MAS NÃO É POSSÍVEL SATISFAZER / TODOS OS PEDIDOS. PARECE-ME TODAVIA / QUE HÁ REPETIÇÕES SEM SENTIDO, COMO É O CASO DOS CONCURSOS. É VERDADE QUE HÁ O LADO/ DO ESPECTÁCULO, MAS ESTES PROGRAMAS / DEIXAM DE TER INTERESSE / QUANDO JÁ SE CONHECE / O VENCEDOR OU O PERDEDOR. ALÉM DISSO, REPETIR / «O PREÇO CERTO»/ EM FEVEREIRO/ A DESEJAR «BOM NATAL» NÃO TEM JUSTIFICAÇÃO POSSÍVEL. «MÚSICA PORTUGUESA» Programa 31º - emitido em 28 de Abril de 2007 PIVOT 1 O PROGRAMA DE HOJE / VEM PÔR EM RELEVO QUE O PÚBLICO / NEM SEMPRE APRESENTA SÓ QUEIXAS. TAMBÉM FAZ SUGESTÕES / E HOJE A SUGESTÃO É / DA PARTE DO PÚBLICO / O SENTIR A NECESSIDADE / DE HAVER MAIS LUGAR / PARA A MÚSICA PORTUGUESA NA RTP. O PÚBLICO QUER VER MAIS MÚSICA LIGEIRA E POPULAR, E MAIS MÚSICA ERUDITA DA PARTE DAQUELES QUE PORVENTURA QUEREM ESSA MUSICA. ENTREVISTA A ANTÓNIO PINHO VARGAS, COMPOSITOR DE MÚSICA CLÁSSICA: PROVEDOR: GOSTARIA PORTANTO DE OUVIR A SUA OPINIÃO, NO FUNDO, A PARTIR DO ENUNCIADO QUE ACABEI DE FAZER: APV: COMEÇANDO PELA MÚSICA ERUDITA PORQUE É MAIS FÁCIL COMEÇAR POR AQUILO QUE NÃO EXISTE, POSSO DIZER QUE NA RTP1, HÁ MUITOS ANOS QUE É PRÁTICA HABITUAL, PURA E SIMPLESMENTE NÃO HAVER PROGRAMAS DESSA NATUREZA, É CONSIDERADO QUE ISSO PERTENCERIA À RTP 2. MESMO ASSIM, PARECE-ME QUE A PERIODICIDADE DOS PROGRAMAS DEDICADOS À MÚSICA ERUDITA, EM GERAL, NÃO SÓ PORTUGUESA, É DE, SEI LÁ UM PROGRAMA DE 3 EM 3 MESES, UM COMENTÁRIO AVULSO A PROPÓSITO DE UMA COMEMORAÇÃO QUALQUER…
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PROVEDOR: E ESSA CARACTERÍSTICA É DA RTP OU É COMUM HOJE NAS TELEVISÕES, DADAS AS CARACTERÍSTICAS DAS TELEVISÕES ESTAREM SEMPRE A PENSAR NO GRANDE PÚBLICO OU NAS GRANDES AUDIÊNCIAS. APV: NO CASO DAS TELEVISÕES FEITAS EM PORTUGAL É SABIDO QUE A GRANDE DENOMINAÇÃO É DA MUSICA, DA GRANDE CULTURA DE MASSAS, PORTANTO QUE É UMA PROVENIENCIA DOS PAÍSES DE LÍINGUA ANGLO AMERICANOS PORTANTO, DE LÍNGUA INGLESA POP ROCK. O PORTANTO, ESSA GRANDE PRODUÇÃO INDUSTRIAL, O CINEMA E AS SÉRIES DE TELEVISÃO SÃO A PARTE CULTURAL DE GRANDE EXPORTAÇÃO AMERICANA. E PORTANTO, É ESSA MUSICA E OS SEUS SUCEDÂNEOS QUE PASSAM NAS TELEVISÕES EM GERAL. JULGO QUE A RTP PARA ALÉM DISTO TEM UM ESPAÇO NOS SEUS PROGRAMAS DA MANHÃ E DA TARDE PARA A MÚSICA POPULAR E LIGEIRA E DE VÁRIA NATUREZA, NORMALMENTE INSERIDOS COMO APARIÇÕES FUGAZES NUM MEIO DE UM PROGRAMA QUE, EM ÚLTIMA ANÁLISE, TEM OUTRA RAZÃO DE SER. NÃO HÁ UM PROGRAMA OU NÃO HÁ UMA IDEIA DE UM PROGRAMA SOBRE UM ARTISTA TIRANDO CIRCUNSTÂNCIAS DE FACTOS PARTICULARES, SEI LÁ, OS DEZ ANOS DA MORTE DE JOSÉ AFONSO, O CENTENÁRIO DE FERNANDO LOPES GRAÇA, NESSES CASOS FAZEM-SE ALGUNS PROGRAMAS PARTICULARES, NORMALMENTE MAIS NADA. PROVEDOR: QUE SUGESTÕES FARIA PARA HAVER MAIS MÚSICA ERUDITA E TAMBÉM MAIOR PRESENÇA DOS ARTISTAS DE MÚSICA POPULAR E LIGEIRA NA RTP. APV: JULGO QUE CABE À PRÓPRIA TELEVISÃO PORQUE EM QUALQUER CASO HÁ SEMPRE ALGUÉM QUE TOMA UMA DECISÃO E NESTE CASO SERIA NECESSÁRIO TOMAR UMA DECISÃO DE INVENTAR SOLUÇÕES DE PROGRAMAS RECREATIVOS COM ENTREVISTAS. MAS CABE AOS PRÓPRIOS REALIZADORES, AOS RESPONSÁVEIS DA RTP INVENTAREM SOLUÇÕES PARA O PROBLEMA. PRIMEIRO ERA NECESSÁRIO FORMULÁ-LO, E DEPOIS EXPERIMENTAR. PORQUE NÃO HÁ RECEITAS. EXPERIMENTAR SOLUÇÕES ATÉ CHEGAR EVENTUALMENTE A CONCLUSÕES POSITIVAS, VAMOS POR ESTE CAMINHO. PIVOT 2 COM ESTE PROGRAMA PROCURÁMOS DEFENDER A NECESSIDADE DA RTP DAR UMA MAIOR ATENÇÃO À MUSICA PORTUGUESA, À MUSICA LIGEIRA E POPULAR E À ERUDITA. IMPORTA QUE OS ARTISTAS DAS VÁRIAS GERAÇÕES NÃO TENHAM APENAS PRESENÇAS ESPORÁDICAS, NOS ECRÃS DA RTP. A MÚSICA DE UM PAÍS, É UM FORTE ELEMENTO DA IDENTIDADE DE UM POVO. DIFUNDIR E CULTIVAR ESSE VALOR, É UM DEVER DE UMA ESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. «RTPN» Programa 32º emitido a 05 de Maio de 2007 PIVOT 1 UM DOS ENSINAMENTOS / QUE TENHO APRENDIDO / NESTA FUNÇÃO DE PROVEDOR/ É ESTE: OS TELESPECTADORES/ TÊM UM SENTIDO CRÍTICO POSITIVO. APRESENTAM QUEIXAS, RECLAMAÇÕES, / MAS TAMBÉM ELOGIAM. SÃO MUITOS AQUELES QUE / ESCREVEM A DAR PARABÉNS PELO/ SERVIÇO PRESTADO PELA RTPN. E POR ISSO, ALGUNS / ATÉ PERGUNTAM / PORQUE É QUE ESTE CANAL DA RTP/ NÃO É TRANSMITIDO/ EM SINAL ABERTO. / FALEMOS ENTÃO DA RTPN. PIVOT 2
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OS TELESPECTADORES / APRECIAM OS SERVIÇOS NOTICIOSOS / DE HORA A HORA/ E APLAUDEM PROGRAMAS/ COMO O «CHOQUE IDEOLÓGICO», / «4X CIÊNCIA», «ANTENA ABERTA», / E ATÉ OS DESPORTIVOS/ «TRIO D’ATAQUE» / E «PONTAPÉ DE SAÍDA». E ACHAM IMENSA PIADA / À «LIGA DOS ÚLTIMOS». ALÉM DISSO, / JULGAM DE GRANDE OPORTUNIDADE/ A RETRANSMISSÃO DO «DEBATE DA NAÇÃO», / DA «GRANDE ENTREVISTA» OU DO/ «PRÓS E CONTRAS». OBVIAMENTE, AQUI E ALI, / TAMBÉM SURGEM / ALGUMAS QUEIXAS. PIVOT 3 COMO OUVIMOS, A RTPN / POR RAZÕES TÉCNICAS E LEGAIS / E PORVENTURA POLÍTICAS / NÃO PODE SER UM CANAL EM ABERTO. JULGAMOS TER DEIXADO / AS EXPLICAÇÕES SOLICITADAS / PELOS TELESPECTADORES. «O CASO DA ENTREVISTA AO AO Primeiro-ministro» Programa 33º - emitido a 12 de Maio de 2007 PIVOT 1 A RECENTE POLÉMICA / SOBRE AS HABILITAÇÕES ACADÉMICAS / DO SENHOR PRIMEIRO-MINISTRO / FEZ RECAIR NO GABINETE DO PROVEDOR / UM CONJUNTO DE CRÍTICAS. OS TELESPECTADORES / LEVANTAVAM PRINCIPALMENTE / DUAS QUESTÕES: 1) O SILÊNCIO DA RTP / SOBRE O ASSUNTO / DURANTE LARGOS DIAS; 2) O MODO COMO OS JORNALISTAS / MARIA FLOR PEDROSO E JOSÉ ALBERTO
CARVALHO/ CONDUZIRAM A ENTREVISTA. VAMOS OUVIR DEPOIMENTOS / DE TELESPECTADORES, / DOS JORNALISTAS / QUE FIZERAM A ENTREVISTA / E DE OUTROS RECONHECIDOS / PROFISSIONAIS DESTE OFÍCIO. PIVOT 2 É COMPREENSÍVEL / POR PARTE DE ALGUNS TELESPECTADORES / A SUA DISCORDÂNCIA SOBRE / O MODO, EU DIRIA, «ACUTILANTE» COMO OS JORNALISTAS / CONDUZIRAM A ENTREVISTA. MAS, COMO FOI SALIENTADO, ESTA ENTREVISTA SERIA SEMPRE / DIFÍCIL DE FAZER. O CONDICIONAMENTO / DOS ENTREVISTADORES / ERA GRANDE. NÃO CONSTA ALIÁS / QUE O PRIMEIRO-MINISTRO / SE TENHA SENTIDO MAL TRATADO. QUANTO AO SILÊNCIO MANTIDO / PELA RTP, DURANTE ALGUNS DIAS, NO DIA 3 DE ABRIL, SOLICITEI / AO DIRECTOR DE INFORMAÇÃO, / LUÍS MARINHO, AS RAZÕES DESSE SILÊNCIO. NO DIA 9 DE ABRIL, O DIRECTOR DE INFORMAÇÃO / RESPONDEU-ME / QUE APÓS TODA A INFORMAÇÃO / SER RECOLHIDA E TRATADA / PELOS JORNALISTAS DA RTP, E NÃO POR OUTROS, O ASSUNTO PASSOU A SER NOTICIADO / NOS TELEJORNAIS E OUTROS SERVIÇOS. «CINEMA PORTUGUÊS» Programa 34º - emitido a 19 de Maio de 2007
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ENTREVISTA A JOSE PEDRO RIBEIRO, PRESIDENTE DO ICAM: PROVEDOR: TENHO COMIGO O PRESIDENTE DO INSTITUTO DO CINEMA, AUDIOVISUAL E MULTIMEDIA: COM O OBJECTIVO DE CONCRETIZAR O APOIO DA RTP AO CINEMA PORTUGUES ESTÁ FIRMADO ENTRE A RTP E O ICAM, UM PROTOCOLO. POR ESSE PROTOCOLO A RTP COMPROMETE-SE A GARANTIR: . APOIO FINANCEIRO À PRODUÇÃO DE OBRAS CINEMATOGRÁFICAS COM VALORES E REGRAS ESTABELECIDAS NO DITO PROTOCOLO; . DIFUSÃO DE FILMES PORTUGUESES; . DISPONIBILIZAÇÃO D EIMAGENS DO ARQUIVO DA RTP EM CONDIÇÕES FAVORÁVEIS. GOSTARIA QUE O DR. PEDRO RIBEIRO FIZESSE UMA ANÁLISE BREVE DESTE APOIO DA RTP AO CINEMA PORTUGUÊS. POR OUTRO LADO, QUE OPINIÃO TEM DA PROGRAMAÇÃO DE FILMES PORTUGUESES, NOS DIFERENTES CANAIS DA RTP? E QUANTO À PROMOÇÃO DAS OBRAS CINEMATOGRÁFICAS NACIONAIS, QUE SUGESTÕES FAZ? PIVOT FINAL OUVIMOS, NESTE PROGRAMA, / ALGUMAS CRÍTICAS CONTUNDENTES / AO MODO COMO A RTP DESEMPENHA O SEU PAPEL / DE APOIO À PRODUÇÃO / E PROMOÇÃO DO CINEMA PORTUGUÊS. PRINCIPALMENTE POR PARTE / DE REALIZADORES E PRODUTORES. A OPINIÃO DOS TELESPECTADORES / É MUITO MAIS SUAVE. ALGUNS CONFESSAM MESMO / QUE O QUE SABEM OU VÊEM / DO CINEMA PORTUGUÊS / É ATRAVÉS DOS CANAIS DA RTP. DO 1, DA 2 E DO CANAL MEMÓRIA. OBVIAMENTE DESEJARIAM / VER MAIS FILMES PORTUGUESES / E DISPOR DE MAIS INFORMAÇÃO / SOBRE AS OBRAS CINEMATOGRÁFICAS / E OS CINEASTAS PORTUGUESES. O SENTIDO DESTE PROGRAMA / É O DE CHAMAR A ATENÇÃO / DA RESPONSABILIDADE QUE/ CABE À RTP, COMO CONCESSIONÁRIA / DE SERVIÇO PÚBLICO, / NO APOIO E NA PROMOÇÃO DO CINEMA NACIONAL. «PORTUGAL (UM RETRATO SOCIAL E CONTA-ME COMO FOI?)» Programa 35º - emitido a 26 de Maio de 2007 PIVOT 1 DOIS PROGRAMAS RECENTES DA RTP / FIZERAM DESPERTAR DA PARTE / DOS TELESPECTADORES UMA ONDA/ DE MUITOS APLAUSOS E LOUVOR: REFERIMO-NOS AO DOCUMENTÁRIO / «PORTUGAL – UM RETRATO SOCIAL» E À SÉRIE EM EXIBIÇÃO / «CONTA-ME COMO FOI». PROVAVELMENTE, UMA MANEIRA / DE DISCUTIR «SERVIÇO PÚBLICO» / DE TELEVISÃO É DAR ATENÇÃO A ESTES PROGRAMAS. É O QUE VAMOS FAZER. PIVOT 2
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NÃO SÃO APENAS ESTES PROGRAMAS / QUE TÊM MERECIDO DOS TELESPECTADORES/ APLAUSO E SATISFAÇÃO. PODERÍAMOS MENCIONAR TANTOS OUTROS: «SOCIEDADE CIVIL», «ZIG ZAG», / «GRANDE ENTREVISTA», / «PRÓS E CONTRAS», / «4X CIÊNCIA», OU ATÉ DO «DANÇA COMIGO». A NOSSA INTENÇÃO FOI: PEGAR EM DOIS EXEMPLOS RECENTES / PARA TRAZER À DISCUSSÃO / UMA MENSAGEM SIMPLES. HÁ SEMPRE TELESPECTADORES / QUE SABEM DISTINGUIR O TRIGO DO JOIO. E COMO DIZEM MAL, TAMBÉM DIZEM BEM. «ASSEGURAR PROGRAMAS / E INFORMAÇÃO DE QUALIDADE / E DE REFERÊNCIA», É OBRIGAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. «PORTUGAL E A EUROPA» Programa 36º - emitido a 02 de Junho de 2007 PIVOT 1 ALGUNS TELESPECTADORES / ESCREVEM-ME A DIZER / QUE GOSTARIAM DE VER A RTP A TRANSMITIR MAIS NOTÍCIAS / E PROGRAMAS / SOBRE A COMUNIDADE EUROPEIA. A PARTIR DE JULHO, / OU SEJA, NO SEGUNDO SEMESTRE / DESTE ANO, / PORTUGAL VAI ASSUMIR / A PRESIDÊNCIA EUROPEIA. PARECE POR ISSO / TEMPO OPORTUNO / PARA DEDICAR UM PROGRAMA / A ESTE TEMA: A EUROPA OBJECTO DE NOTÍCIAS / E PROGRAMAS NA RTP. ENTREVISTA: PARA FALAR DESTE ASSUNTO / TEMOS EM ESTÚDIO / O JORNALISTA / PAULO DE ALMEIDA SANDE, / DIRECTOR DO GABINETE / DE INFORMAÇÃO / DO PARLAMENTO EUROPEU, / EM PORTUGAL. - GOSTARIA DE SABER / QUE OPINIÃO TEM DA INFORMAÇÃO / QUE A RTP TRANSMITE SOBRE A COMUNIDADE EUROPEIA ? - QUE SUGESTÕES FAZ / PARA UMA MELHOR DIFUSÃO / DA CULTURA, / DOS PROBLEMAS POLÍTICOS E / SOCIAIS DA EUROPA? PIVOT FINAL: PRESENTEMENTE, A RTP / INCLUI NA SUA GRELHA / DOIS PROGRAMAS / SOBRE A EUROPA: UM BREVE NOTICIÁRIO, TODOS OS DIAS EMITIDO NA RTPN / E O DEBATE SEMANAL «EURODEPUTADOS» / NA RTPN e DEPOIS REPETIDO NA RTP2. DAS MENSAGENS DOS TELESPECTADORES / FICA O DESEJO DE PODEREM RECEBER / MAIS PROGRAMAS E INFORMAÇÃO / DE UMA EUROPA COM DIFERENTES / POVOS, DIFERENTES CULTURAS, / PROBLEMAS SOCIAIS E POLÍTICOS. OS SEIS MESES DA PRESIDÊNCIA PORTUGUESA / PODEM SER O MOMENTO EXACTO PARA A RTP NOS DAR A CONHECER MELHOR / A EUROPA DE QUE FAZEMOS PARTE INTEGRANTE. «DEFESA DO AMBIENTE» Programa 37 – emitido a 09 de Junho de 2007 PIVOT 1
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TEM SIDO PREOCUPAÇÃO / DESTE PROGRAMA / LEVAR O GRANDE PÚBLICO / A REFLECTIR SOBRE TEMAS / DE INTERESSE COLECTIVO. ALIÁS, NORMALMENTE, / SÃO AS MENSAGENS / QUE RECEBO DOS TELESPECTADORES / A MARCAR A AGENDA / DOS ASSUNTOS ESCOLHIDOS. A DEFESA DA NATUREZA, DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO, TÊM SIDO OBJECTO / DE DEZENAS E DEZENAS / DE E-MAILS, A SOLICITAR / QUE A RTP «MOSTRE» AOS PORTUGUESES / A IMPORTÂNCIA DESTAS TEMÁTICAS. VAMOS VER E OUVIR. ENTREVISTA: TENHO COMIGO / O SENHOR ENGENHEIRO, EUGÉNIO SEQUEIRA, / PRESIDENTE DA LIGA DE PROTECÇÃO / DA NATUREZA. SEI QUE É UM «EXPERT» / NA DEFESA E NO ESTUDO / DAS QUESTÕES DE AMBIENTE. - GOSTARIA DE OUVIR / A SUA OPINIÃO SOBRE / O MODO COMO A RTP / TRATA ESTE TEMA, / QUER NOS NOTICIÁRIOS, / QUER NOS PROGRAMAS? …… - QUE SUGESTÕES / O SENHOR ENGENHEIRO FAZ / PARA VERMOS / OS PROBLEMAS DO AMBIENTE / TRATADOS DE UMA FORMA / MAIS ATRAENTE E EFICAZ / PARA O GRANDE PÚBLICO? PIVOT FINAL: A RTP TRAZ MUITAS VEZES / AOS SEUS ECRANS / AS QUESTÕES DO AMBIENTE. EXIBE VÁRIOS PROGRAMAS / NOS DIFERENTES CANAIS, PARTICULARMENTE NA RTPN E NA RTP2. A MENSAGEM QUE PODE RESTAR / DESTE PROGRAMA É OUTRA: É IMPORTANTE QUE A RTP 1, / O CANAL QUE ATINGE / O GRANDE PÚBLICO, FAÇA VER AOS PORTUGUESES / QUE NÃO PODEMOS CONTINUAR / A DAR CABO DA NATUREZA / E A ESTRAGAR O AMBIENTE. NÃO TEMOS O DIREITO / DE ARRUINAR O FUTURO / DAS NOVAS GERAÇÕES. «PARLAMENTO DOS JOVENS» Programa 38º - emitido a 16 de Junho de 2007 PIVOT 1 NESTE PROGRAMA, A VOZ / SERÁ DADA AOS JOVENS. NO PASSADO DIA 15 DE MAIO, / REALIZOU-SE, / NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, UM PARLAMENTO ESPECIAL: 122 JOVENS ELEITOS / NAS ESCOLAS DO 2º E 3º CICLOS / DO ENSINO BÁSICO DE TODO O PAÍS / E DO CÍRCULO DE FORA DA EUROPA, ……REPRESENTADO PELA / ESCOLA PORTUGUESA DE MACAU… / FIZERAM UM ANIMADO DEBATE / SOBRE O TEMA: «O IMPACTO DA TELEVISÃO / JUNTO DOS JOVENS». HÁ QUEM PENSE / QUE OS JOVENS / POUCO SE INTERESSAM / POR ESTES ASSUNTOS. OUVI-LOS E REGISTAR / O MODO COMO DEBATERAM / ESTA QUESTÃO / E AS RECOMENDAÇÕES FINAIS / QUE APRESENTARAM / À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA / É A MELHOR MANEIRA / DE CONTRARIAR / ESSA IDEIA ERRADA SOBRE ESTES / JOVENS TELESPECTADORES. ENTREVISTA: A DR.ª MARIA JOSÉ DA SILVA SANTOS / FOI A COORDENADORA DESTA INICIATIVA. AGRADEÇO A SUA PRESENÇA.
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- QUAL É O BALANÇO GERAL - QUE FAZ DESTE «PARLAMENTO»? - QUAL É O ECO OU A EFICÁCIA - QUE O DOCUMENTO FINAL APRESENTADO POR ESTES JOVENS AOS DEPUTADOS DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA PODE TER? «BOA INFORMAÇÃO (50 ANOS, 50 NOTICIAS» Programa 39º - emitido a 23 de Junho de 2007 PIVOT 1 JÁ POR MAIS DE UMA VEZ / DEMOS AQUI DESTAQUE / A CRÍTICAS DOS TELESPECTADORES / SOBRE OS NOTICIÁRIOS. APONTAM DISCORDÂNCIAS / QUANTO À LONGA DURAÇÃO / DE ALGUNS TELEJORNAIS, AO MODO DE TRATAMENTO / DE CERTAS NOTÍCIAS, À ORDEM DE ALINHAMENTO / OU À GRADUAÇÃO DO VALOR / DE CERTOS ACONTECIMENTOS. TAMBÉM JÁ AQUI TIVEMOS / PROFISSIONAIS DA RTP / A EXPLICAR OS CRITÉRIOS / DO SEU MODO DE TRABALHAR. VAMOS DIVIDIR O PROGRAMA DE HOJE / EM DOIS TEMPOS: OUVIREMOS OPINIÕES / DE TELESPECTADORES, MAS VAMOS FAZER O ELOGIO / DE UM PROGRAMA, PARADIGMA / NO TRATAMENTO DE NOTÍCIAS. REFERIMO-NOS AO PROGRAMA / «50 ANOS, 50 NOTÍCIAS», EXIBIDO AO LONGO DESTE ANO. OS COMENTÁRIOS DE DOIS INVESTIGADORES / ESPECIALISTAS EM COMUNICAÇÃO/ VÃO AJUDAR-NOS / A ANALISAR ESTE TEMA. PIVOT FINAL: TENHO DEFENDIDO / QUE A MISSÃO DE PROVEDOR / NÃO SE ESGOTA / EM DAR A VOZ AOS TELESPECTADORES. O PROVEDOR NÃO EXISTE APENAS / PARA RELEVAR ASPECTOS NEGATIVOS. POR VEZES, A MELHOR MANEIRA DE CRITICAR / É DAR BONS EXEMPLOS. POR ISSO, ESCOLHI O PROGRAMA / «50 ANOS, 50 NOTÍCIAS». POR OUTRO LADO, ENTENDO / QUE A OPINIÃO DO PROVEDOR / DEVE SER FUNDAMENTADA. CONSIDERO MUITO ÚTIL / TRAZER A ESTE ESPAÇO / ESPECIALISTAS NOS ASSUNTOS TRATADOS. OS DEPOIMENTOS DOS PROFESSORES / BRAGANÇA DE MIRANDA E JOSÉ REBELO/ FORAM ELUCIDATIVOS / SOBRE ALGUNS DOS PROBLEMAS / PARA FAZER O QUE PARECE FÁCIL: DAR NOTÍCIAS. AFINAL, UM TELEJORNAL É O PROGRAMA / MAIS IMPORTANTE DA RTP. «REPORTAGEM» Programa 40º - emitido a 30 de Junho de 2007 PIVOT 1 É UM PROGRAMA DA RTP / QUE TEM MERECIDO VÁRIOS COMENTÁRIOS / POR PARTE DOS TELESPECTADORES. O PROGRAMA TEM IMPACTO / POR DUAS OU TRÊS RAZÕES: TRATA DE TEMAS SOCIAIS E HUMANOS / DE GRANDE ACTUALIDADE, É CURTO. E É EXIBIDO FORA DOS TELEJORNAIS. POR VEZES, HÁ DISCORDÂNCIAS / QUANTO AO TRATAMENTO DOS ASSUNTOS, OU AOS PROCESSOS UTILIZADOS, COMO SEJA, O CASO DAS CÂMARAS OCULTAS.
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VAMOS POIS DAR ATENÇÃO / A ESTE PROGRAMA. PIVOT 2 É DIFÍCIL TRATAR ASSUNTOS / SOCIALMENTE TÃO COMPLEXOS / COMO OS FOCADOS NO «EM REPORTAGEM» EM BREVES 15 MINUTOS. SÃO TEMAS QUE REQUEREM / MUITA INVESTIGAÇÃO / E EXIGEM A AUDIÇÃO / DE ABALIZADOS ESPECIALISTAS. COMO VIMOS, PORÉM, O PROGRAMA «EM REPORTAGEM» É NORMALMENTE ELOGIADO. AS SUAS REPORTAGENS TÊM TIDO O MÉRITO / DE LEVANTAR QUESTÕES IMPORTANTES DA NOSSA SOCIEDADE. A UTILIZAÇÃO DE CÂMARAS OCULTAS / IMPÕE RESTRIÇÕES DE ORDEM / DEONTOLÓGICA E ÉTICA. NEM SEMPRE É DEFENSÁVEL / PELO DEVER DE INFORMAR / FERIR DIREITOS DE PESSOAS. CADA CASO OU SITUAÇÃO CONCRETA / TERÁ DE SER OBJECTO / DE TRATAMENTO ESPECÍFICO. HOJE, CONTUDO, / QUISEMOS APENAS RELEVAR / O APLAUSO DO PÚBLICO / AO PROGRAMA «EM REPORTAGEM». «ENTÃO É ASSIM, (FILME DESENHO ANIMADO)» Programa 41º - emitido a 07 de Julho de 2007 PIVOT 1 A EXIBIÇÃO DO FILME «ENTÃO É ASSIM» NO PASSADO DIA 1 DE JUNHO, / DIA MUNDIAL DA CRIANÇA, / FOI OBJECTO DE LARGA DISCUSSÃO. DESTA VEZ, RECEBI MAIS MENSAGENS / ANTES DA EXIBIÇÃO DO FILME / DO QUE APÓS O ANUNCIADO PROGRAMA. MUITOS TELESPECTADORES / PEDIAM A MINHA INTERVENÇÃO / NO SENTIDO DE IMPEDIR, PROIBIR, / ESSA EXIBIÇÃO. ORA, TAL COMO FOI RESPONDIDO / AOS TELESPECTADORES, ESTA ATRIBUIÇÃO DE PODERES /AO PROVEDOR NÃO TEM SENTIDO. REJEITO LIMINARMENTE O PAPEL DE CENSOR. A LEI É CLARA: O PROVEDOR SÓ PODE INTERVIR / SOBRE OS CONTEÚDOS EMITIDOS. OS TELESPECTADORES INSURGIAM-SE / CONTRA A PROJECÇÃO / DESSE «DESENHO ANIMADO» SOBRE MATÉRIA DE EDUCAÇÃO SEXUAL, DESTINADO A CRIANÇAS E, COMO TAL, INSERIDO NA PROGRAMAÇÃO INFANTIL. SEM QUERER FUGIR A ESTA DELICADA QUESTÃO / DEIXÁMOS PASSAR ALGUM TEMPO. CALMAMENTE, VAMOS HOJE REFLECTIR SOBRE O ASSUNTO. PIVOT 2 COMO VIMOS, ESTAMOS PERANTE UM TEMA / CONTROVERSO E POLÉMICO. MAS DEPOIS DO QUE OUVIMOS, MANIFESTO O MEU PARECER POSITIVO / SOBRE A EXIBIÇÃO DO DISCUTIDO DESENHO ANIMADO. A DIRECÇÃO DE PROGRAMAS INFANTIS / DA RTP PREPAROU DEVIDAMENTE O PÚBLICO. OBVIAMENTE A RTP NÃO PODE / SUBSTITUIR-SE AOS PAIS E EDUCADORES. MAS PODE E DEVE, NA MISSÃO / DE SERVIÇO PÚBLICO, / CONTRIBUIR PARA AJUDAR / NESTE PAPEL, NADA FÁCIL, QUE É TRANSMITIR ÀS CRIANÇAS / INFORMAÇÃO E FORMAÇÃO/ SOBRE A SEXUALIDADE, / PARTE INTEGRANTE / DAS SUAS VIDAS.
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«DESPORTOS POBRES (Com pobres notícias) Programa 42º – emitido a 14 de Julho de 2007 PIVOT 1 RECEBO MUITAS RECLAMAÇÕES / DOS TELESPECTADORES / PELA POUCA ATENÇÃO / QUE O TELEJORNAL DA RTP1 / DÁ AOS CHAMADOS DESPORTOS POBRES / OU MODALIDADES AMADORAS. A RTP1 – DIZEM, SÓ DÁ NOTÍCIAS DE FUTEBOL. A PRÓPRIA RTPN QUE TEM NOTICIÁRIOS / PRATICAMENTE DE HORA A HORAS, ACOMPANHA TODAS AS PERIPÉCIAS / DO FUTEBOL, EM ESPECIAL, DOS 3 GRANDES, / PORTO, SPORTING E BENFICA / MAS, EM REGRA, / ESQUECE OS OUTROS E O RESTO/ TALVEZ O ESTÁDIO 1 º DE MAIO DO INATEL / SEJA O AMBIENTE INDICADO / PARA TRATARMOS DESTE ASSUNTO. PIVOT 2 OS TELESPECTADORES / NÃO IGNORAM O «DESPORTO DA RTP2» DAS TARDES DE SÁBADO. MESMO ASSIM REFEREM QUE / AS TRANSMISSÕES DIRECTAS / DE ANDEBOL, NATAÇÃO, ATLETISMO, ETC. / DESAPARECERAM. MAS FRANCAMENTE NÃO PERCEBEM, / POR QUE A PAR DO FUTEBOL, NÃO TÊM DIREITO A BREVES NOTÍCIAS / OS OUTROS DESPORTOS. POR EXEMPLO, NÃO PERCEBEM / A TOTAL AUSÊNCIA DE NOTÍCIAS / SOBRE OS JOGOS MUNDIAIS / DA PESCA DESPORTIVA, / O ANO PASSADO, REALIZADOS EM PORTUGAL, / SENDO UMA MODALIDADE, QUE SÓ ENTRE NÓS, TEM UM MILHÃO DE PRATICANTES. PIVOT 3 OBVIAMENTE QUE UM PROVEDOR / QUE TANTO SE QEIXA DOS LONGOS NOTICIÁRIOS, / NÃO PODE ADVOGAR QUE AS MILHENTAS / MODALIDADES DESPORTIVAS QUE EXISTEM / TENHAM LUGAR ESPECÍFICO NOS TELEJORNAIS. NÃO HÁ DÚVIDA PORÉM / QUE UMA ESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO / NÃO PODE ALINHAR COM A FUTEBOLIZAÇÃO / DOS OUTROS MEDIA ESCRITOS E AUDIOVISUAIS. É PRECISO TER PRESENTE QUE O TELEJORNAL / É A GRANDE MONTRA MEDIÁTICA. É NECESSÁRIO CRITERIOSAMENTE / DAR NOTÍCIAS DOS OUTROS DESPORTOS. QUANTO ÁS TRANSMISSÕES EM DIRECTO / O PROBLEMA É OUTRO: O ORÇAMENTO / LIMITADO, EM MUITOS CASOS, / NÃO PERMITE A AQUISIÇÃO DE DIREITOS. MAS UMA ESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO / TEM DE CONTRIBUIR PARA A PROMOÇÃO / E DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO ESCOLAR, / DO DESPORTO PARA TRABALHADORES / E DAS MODALLIDADES DITAS POBRES, / QUE NEM POR ISSO DEIXAM DE SER / MENOS ENRIQUECEDORAS PARA / A SAÚDE DOS PORTUGUESES / E PARA A CULTURA DO PAÍS. «LIVE EARTH E CONCERTO DIANA» Programa 43º - emitido a 21 de Julho de 2007 PIVOT 1 A TRANSMISSÃO DOS DIRECTOS, / A GALA EM HOMENAGEM / À PRINCESA DIANA E DO /
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CONCERTO GLOBAL / SOS – TERRA, «LIVE EARTH», / PROVOCOU UMA ONDA DE PROTESTOS / DOS TELESPECTADORES. A PRINCIPAL RECRIMINAÇÃO / ERA A DE QUE OS PROMETIDOS DIRECTOS / NÃO TINHAM ACONTECIDO. OU SEJA: A EXIBIÇÃO DOS DIFERENTES / GRUPOS OU ARTISTAS / ERA CONSTANTEMENTE INTERCURTADA / PELA CONVERSA DOS DIVERSOS CONVIDADOS, / SOBREPONDO-SE ESSES DEBATES / AOS ESPECTÁCULOS MUSICAIS. ORA, OS TELESPECTADORES / ACUSAM A RTP / DE NÃO TER CUMPRIDO COM / AQUILO QUE PROMETERA, / E QUE EM VIRTUDE DA QUALIDADE / DA MAIOR PARTE DOS GRUPOS E ARTISTAS / ANUNCIADOS, CRIARA ENORME EXPECTATIVA. VAMOS OUVIR AS QUEIXAS DE ALGUNS / TELESPECTADORES, AS OPINIÕES DE / ANALISTAS DE «MEDIA» E AS EXPLICAÇÕES / DO DIRECTOR DE PROGRAMAS E DA / JORNALISTA MARIA ELISA. PIVOT 2 DIZ-SE TANTAS VEZES / QUE A TELEVISÃO É UMA JANELA ABERTA, / UMA CASA DE VIDRO. POIS É. ASSIM, SEMPRE QUE ALGO / ACONTECE DENTRO DESTA CASA, / SEJA UMA FALHA TÉCNICA, / SEJA UM ERRO DE PLANEAMENTO / PRODUÇÃO, OU EMISSÃO, O MELHOR É / COMUNICAR AO PÚBLICO / SOBRE O MOMENTO, NA HORA EXACTA. NÃO OBSTANTE, A NOBRE CAUSA / DA LUTA PELA DEFESA DO AMBIENTE / E DA TERRA, OS TELESPECTADORES / ACHARAM CONVERSA A MAIS / E MÚSICA A MENOS. SENTIRAM-SE DEFRAUDADOS. NÃO CREIO, PORÉM, / TEREM ESQUECIDO O EFEITO POSITIVO / DOS APLAUDIDOS PROGRAMAS / SOS- TERRA E «O PLANETA AGRADECE». É PRECISO CUIDAR DA TERRA. «UM CERTO BALANÇO» Programa 44 º - emitido a 28 de Julho de 2007 PIVOT 1 DURANTE O MÊS DE AGOSTO / «A VOZ DO CIDADÃO» NÃO SERÁ EMITIDA. REGRESSA AOS ECRÃS EM SETEMBRO. QUASE UM ANO APÓS O INÍCIO DO PROGRAMA / PARECE-ME OPORTUNO FAZER UM BALANÇO. VOU DAR ATENÇÃO A DOIS PONTOS: 1) AS PRINCIPAIS QUEIXAS E CRÍTICAS DOS TELESPECTADORES; 2) RELEVAR ALGUNS DOS PROGRAMAS MAIS ELOGIADOS. COMECEMOS POR RECORDAR / ALGUMAS DAS PRINCIPAIS CRÍTICAS / EFECTUADAS À PROGRAMAÇÃO DA RTP.
PIVOT 2 DURANTE O ANO, / TAMBÉM A INFORMAÇÃO DA RTP / RECEBEU ALGUMAS CRÍTICAS. ESCUTEMOS ALGUMAS DAS QUEIXAS APRESENTADAS: PIVOT 3
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MAS NÃO SÓ DE CRÍTICAS / SE FEZ «A VOZ DO CIDADÃO» PROGRAMAS DE INFORMAÇÃO COMO / «SOCIEDADE CIVIL», «CHOQUE IDEOLÓGICO», «CÂMARA CLARA», OU «CUIDADO COM A LÍNGUA», PROGRAMAS DE ENTRETENIMENTO / COMO «DANÇA COMIGO», «CONTA-ME COMO FOI», OU DOCUMENTÁRIOS COMO «PORTUGAL, / UM RETRATO SOCIAL», OU AINDA A QUALIDADE DA PROGRAMAÇÂO / INFANTIL, / FORAM ALGUNS DOS QUE MERECERAM / O ELOGIO DO PÚBLICO. PIVOT 4 ELOGIOS E CRÍTICAS CONSTITUEM / ELEMENTOS IMPORTANTES / PARA PENSAR O SERVIÇO PÚBLICO / DE TELEVISÃO. APÓS 44 PROGRAMAS / DE SUGESTÕES E CRÍTICAS / TERÁ «A VOZ DO CIDADÃO» CONTRIBUÍDO / PARA UMA MELHOR TELEVISÃO PÚBLICA? PIVOT 5 É PROVÁVEL QUE O PROVEDOR / SEJA UMA FONTE DE CONSTRANGIMENTO / E DE ALGUMA MAÇADORIA PARA / AQUELES QUE FAZEM A PROGRAMAÇÃO / E INFORMAÇÃO DA RTP. O ESTATUTO DE SERVIÇO PÚBLICO / TRAZ PARTICULARES RESPONSABILIDADES / AOS OITO CANAIS DESTA ESTAÇÃO. A VOZ QUE TENHO PROCURADO DAR / AOS TELESPECTADORES E OS COMENTÁRIOS / QUE TENHO FEITO, TÊM UMA INTENÇÃO: FAZER A RTP CUMPRIR AS OBRIGAÇÕES / DO ESTATUTO DE SERVIÇO PÚBLICO. CORRIGIR, QUANTO POSSÍVEL, / ALGUNS DOS PONTOS INDICADOS, / MUITO CONTRIBUIRIA / PARA A MELHORIA DA RTP. OS TELESPECTADORES DESEJAM. E EU NÃO TENHO MOTIVOS / PARA NÃO ACREDITAR / QUE OS RESPONSÁVEIS DESTA CASA / TAMBÉM O DESEJAM. E POR ISSO, A POUCO E POUCO, / VÃO TOMAR EM CONTA / «A VOZ DO CIDADÃO». «PROGRAMAÇÃO DE VERÃO» Programa 45º - emitido a 15 de Setembro de 2007 PIVOT 1 RETOMAMOS, HOJE, CONTACTO / COM OS NOSSOS TELESPECTADORES. E COMO JÁ PERCEBERAM/ O TEMA SOBRE O QUAL VAMOS / REFLECTIR / É AQUELE QUE MUITAS PESSOAS / LEVANTARAM DURANTE ESTA PAUSA: QUAL É O SENTIDO / DE UMA PROGRAMAÇÃO DE VERÃO??? ESSA PROGRAMAÇÃO OBEDECE / A CRITÉRIOS DE CONTENÇÃO FINANCEIRA / PARA RECOMPOR ORÇAMENTOS, / OU TEM A INTENÇÃO DE IR AO ENCONTRO / DA VIDA DAS PESSOAS EM TEMPO DE VERÃO??? PIVOT 2 COMO SE PODE VERIFICAR / POR ESTES DEPOIMENTOS/ MUITOS TELESPECTADORES/ ESTÃO DE ACORDO / COM A EXISTÊNCIA DE UMA / PROGRAMAÇÃO DE VERÃO. EFECTIVAMENTE, MESMO AS PESSOAS / QUE NÃO FAZEM OU NÃO PODEM TER FÉRIAS, / NESTA ESTAÇÃO DO ANO, / MODIFICAM OS SEUS HÁBITOS. A QUESTÃO É, COMO DIZ UM ESPECTADOR, / DEFINIR O QUADRO CONCEPTUAL / DE UMA PROGRAMAÇÃO DE VERÃO. NÃO BASTA MUDAR OS HORÁRIOS, / FAZER REPETIÇÕES EM SÉRIE, / OU ALIGEIRAR OS CONTEÚDOS.
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SOBRETUDO É PRECISO INFORMAR / O PÚBLICO, E ATRAVÉS DOS RESPECTIVOSCANAIS, DAS ALTERAÇÕES EFECTUADAS. PIVOT 3 DURANTE ESTES BREVES DIAS / ESTIVE EM CONTACTO COM / OS PRINCIPAIS CANAIS / DE TELEVISÃO PÚBLICA DA EUROPA. NÃO INTERESSA ILUDIR: DE MODO CASUAL OU PLANEADO / HÁ GRELHAS DE VERÃO. A TELEVISÃO HOJE É CADA VEZ MAIS IGUAL / EM TODO O MUNDO. O QUE SE PEDE E EXIGE AO SERVIÇO PÚBLICO / É QUE POR RAZÕES DE VERÃO / NÃO FAÇA BAIXAR A QUALIDADE / DA PROGRAMAÇÃO. JÁ BASTA O QUE BASTA. NOTA FINAL: 95 % DA CORRESPONDÊNCIA QUE O GABINETE DE APOIO AO PROVEDOR RECEBE É POR VIA ELECTRÓNICA. CHAMO ASSIM À ATENÇÃO DOS SENHORES TELESPECTADORES DA PÁGINA DO PROVEDOR NO PORTAL DA RTP. MUITOS DOS ASSUNTOS QUE NÃO VÊM AO PROGRAMA, SERÃO ALI COMENTADOS. «O CASO MADDIE» Programa 46º - emitido a 22 de Setembro de 2007 PIVOT 1 O DESAPARECIMENTO DE / MADELEINE MCCANN / TORNOU-SE, NESTES ÚLTIMOS MESES, A NOTÍCIA MAIS GLOBAL DO PLANETA. TRATA-SE DE UM FENÓMENO DE COMUNICAÇÃO / QUE SE CONSTITUI, DESDE JÁ, NUM / IMPORTANTE CASO DE ESTUDO: ADMITE-SE QUE, A ESTA DESCONTROLADA / ESCALADA DE INFORMAÇÃO / A QUE ASSISTIMOS, A NÍVEL MUNDIAL, A RTP NÃO FICASSE IMUNE/ A DETERMINADOS EXCESSOS. ESTES TÊM MERECIDO / REPAROS E FUNDADAS CRÍTICAS / DE MUITOS TELESPECTADORES/ QUE EXIGEM COMPORTAMENTOS / MAIS CAUTELOSOS A ESTA ESTAÇÃO / DE SERVIÇO PÚBLICO. O “CASO MADDIE” ESTÁ LONGE DO FIM. MAS O QUE SE TEM PASSADO / EXIGE UMA TOMADA DE POSIÇÃO / POR PARTE DO PROVEDOR. PIVOT 2: MAIS UMA VEZ FICA EVIDENTE / QUE AS INSTÂNCIAS JUDICIÁRIAS / TÊM DE SABER LIDAR COM OS MEDIA / E A OPINIÃO PÚBLICA. SEM DESRESPEITAR O SIGILO / QUE A LEI PRECONIZA NA DEFESA DOS CIDADÃOS, E DAS PRÓPRIAS INDAGAÇÕES POLICIAIS, POR OUTRO LADO, OS MEDIA NÃO PODEM, NEM DEVEM FAZER DESTE/ TIPO DE ACONTECIMENTOS / UM VOYRISMO DOENTIO, UMA MERCADORIA DE VENDA. NESTE CASO PARTICULAR, A RTP / COM O SEU ESTATUTO DE SERVIÇO PÚBLICO/ TEM OBRIGAÇÕES ESPECIFICAS. NÃO PODE PREENCHER NOTICIÁRIOS / COM NÃO-NOTÍCIAS / OU SIMPLES ESPECULAÇÕES. CUSTE O QUE CUSTAR, A SUA DIFERENÇA / TEM DE ESTAR AÍ: INFORMAR SEM ESPECULAÇÕES.
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ALGUM DIA, O PÚBLICO HÁ-DE RECOMPENSÁ-LA POR ISSO. «CONCURSOS» Programa 47º - emitido a 29 de Setembro de 2007 PIVOT 1 OS CONCURSOS TÊM O CONDÃO / DE MEXER COM O PÚBLICO. NÃO É DE ADMIRAR: SÃO FEITOS PARA ISSO. ALGUNS GOZAM MESMO DE GRANDE POPULARIDADE / COMO SÃO OS CASOS DE / «O PREÇO CERTO» OU DE «UM CONTRA TODOS». NÃO SEI, SE POR CONTÁGIO / DO ESCÂNDALO SOBRE CONCURSOS / RECENTEMENTE ACONTECIDO NA BBC, ESTAÇÃO PÚBLICA / SEMPRE TIDA ACIMA / DE TODA A SUSPEITA, NESTES ÚLTIMOS TEMPOS, TENHO RECEBIDO IMENSAS / QUEIXAS POR PARTE DOS TELESPECTADORES / SOBRE ALGUNS ASPECTOS / RELACIONADOS COM OS CONCURSOS DA RTP. VAMOS POR ISSO DAR ATENÇÃO A ESTE ASSUNTO. PIVOT 2 COMO VEMOS, SÃO VÁRIAS AS QUESTÕES LEVANTADAS. OBVIAMENTE NÃO PODEMOS / RESPONDER A TODAS. TROUXEMOS A ESTE PROGRAMA / O SUB-DIRECTOR DO GABINETE MULTIMEDIA / TEOTÓNIO PEREIRA, PARA ESCLARECER ALGUMAS. POR ISSO, O GABINETE DE APOIO AO PROVEDOR / TEM PROCURADO JUNTO DOS RESPONSÁVEIS / RESPOSTAS SOBRE AS DIFERENTES QUESTÕES / REMETENDO-AS, CASO A CASO, PARA OS /TELESPECTADORES. PIVOT 3 HÁ CONCURSOS CUJA RESPONSABILIDADE / DIRECTA NA DEFINIÇÃO E EXECUÇÃO / DAS REGRAS NÃO CABE AOS SERVIÇOS DA RTP. SÃO REGRAS DEFINIDAS PELAS EMPRESAS / PRODUTORAS DESSES CONCURSOS, QUE SE REPETEM PELAS DIVERSAS / TELEVISÕES DO MUNDO. NÃO ME PARECE / QUE O DESCONHECIMENTO DAS REGRAS / SEJA POR PARTE DOS CONCORRENTES / EM DIRECTO. NORMALMENTE, SÃO OS PASSATEMPOS / PARA OS TELESPECTADORES EM CASA / QUE LEVANTAM MAIS DÚVIDAS E SUSPEITAS. PARA EVITAR DESCONFIANÇAS / SERÁ IMPORTANTE QUE TODOS / OS REGULAMENTOS DOS CONCURSOS, MESMO OS DAS EMPRESAS EXTERNAS / ESTEJAM NA PÁGINA DA RTP / E TENHAM A SUFICIENTE DIVULGAÇÃO / JUNTO DO PÚBLICO. PIVOT 4 NÃO DEIXA DE SER CURIOSA / ESTA AFIRMAÇÃO DE UMA TELESPECTADORA: «EU RECLAMEI PORQUE SOU UMA RECLAMANTE». HÁ SEMPRE QUEM RECLAME POR RECLAMAR / PORÉM, SÓ A MAIOR TRANSPARÊNCIA POSSÍVEL / PODE GARANTIR A CREDIBILIDADE DOS CONCURSOS / E DA PRÓPRIA ESTAÇÃO EMISSORA. MUITAS DAS OBSERVAÇÕES DOS TELESPECTADORES / PARECEM-ME PERTINENTES / E DEVEM, POR ISSO, SER TOMADAS EM CONTA. TELENOVELA «PAIXÕES PROIBIDAS» Programa 48º – emitido a 06 de Outubro de 2007 A TELENOVELA «PAIXÕES PROIBIDAS» FOI UMA APOSTA FORTE / NA PROGRAMAÇÃO DOS 50 ANOS DA RTP.
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TRATAVA-SE DE UMA CO-PRODUÇÃO / LUSO-BRASILEIRA / E DE TRAZER AO PEQUENO ECRÃ/ UM POPULAR ESCRITOR PORTUGUÊS, CAMILO CASTELO BRANCO. RECEBI POR PARTE DOS TELESPECTADORES / MUITAS CRÍTICAS/ EM RELAÇÃO AO QUE DIZEM/ TER SIDO UMA APOSTA FALHADA. PIVOT 2 AO DEDICAR UM PROGRAMA / A ESTE TEMA, NÃO QUIS RELEVAR / AS CRÍTICAS FÁCEIS, MUITAS VEZES FEITAS, À PROGRAMAÇÃO DA RTP. PRETENDI, SOBRETUDO, MOSTRAR / QUE OS TELESPECTADORES NÃO SÃO INSENSÍVEIS/ QUANDO A CULTURA PORTUGUESA / É BEM TRATADA NO PEQUENO ECRÃ / VÊEM ISSO COMO UM SINAL DISTINTIVO / DA QUALIDADE QUE ESTÁ OBRIGADA A RTP, COMO ESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. QUER ISTO DIZER: QUE INICIATIVAS DESTE TIPO / DEVEM SER REPETIDAS. E COMO FRANCISCO JOSÉ VIEGAS / DEIXOU CLARO NA ENTREVISTA, NÃO FALTAM NA LITERATURA PORTUGUESA / EXCELENTES AUTORES PARA / PRODUZIR / TELENOVELAS. ORDENAÇÃO DAS NOTÍCIAS (MOURINHO.SCOLARI) Programa 49 º - emitido a 13 de Outubro de 2007 PIVOT 1 RECEBI DE UM TELESPECTADOR / UM E-MAIL COM ESTA CRÍTICA: «ENCONTRO-ME DE FÉRIAS EM PORTUGAL / E, DE REPENTE, SINTO-ME DESLOCADO / DESTA EUROPA, ONDE ACONTECE / TANTA COISA IMPORTANTE. É LAMENTÁVEL QUE / DURANTE DIAS E DIAS / TENHA SIDO SOBRECARREGADO / COM HORAS E HORAS DE NOTÍCIAS INÚTEIS / RELATIVAS A TREINADORES DE FUTEBOL». ESTA QUEIXA DÁ-ME ENSEJO A COLOCAR, MAIS UMA VEZ, NESTE PROGRAMA, A QUESTÃO DA IMPORTÂNCIA / DA ORDENAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO / DO VALOR DAS NOTÍCIAS. PIVOT 2 EFECTIVAMENTE, NOTÍCIAS / COMO AS DE SCOLARI / OU MOURINHO / «SOBREPÕEM-SE» A TODAS AS OUTRAS. TODAVIA, É PRECISO / NÃO FAZER PERDER / A PROPORÇÃO DO VALOR / DOS ACONTECIMENTOS. MESMO NUM PAÍS COMO O NOSSO, EM QUE O FUTEBOL GOZA / DE ENORME POPULARIDADE, SÃO MUITOS OS TELESPECTADORES / QUE CRITICAM O TEMPO EXAGERADO DEDICADO A ESSAS NOTÍCIAS. OUTROS ACONTECIMENTOS IMPORTANTES / COMO, POR EXEMPLO, A DISCUSSÃO NA ONU / SOBRE O AQUECIMENTO GLOBAL, O ATAQUE DE ISRAEL À SÍRIA / OU A SITUAÇÃO NO KOSOVO, DESAPARECEM DA MEMÓRIA / DAS PESSOAS. PIVOT 3 EM TELEVISÃO, AS IMAGENS / FALAM POR SI. EM RELAÇÃO AO CASO SCOLARI, NINGUÉM PODE ACUSAR / O REALIZADOR RUI ROMANO / DE TER CONTRIBUÍDO / PARA BRANQUEAR / O MOMENTO INFELIZ / DE SCOLARI. NEM FORAM NECESSÁRIAS / MAIS PALAVRAS.
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A NOTÍCIA ESTAVA ALI. PIVOT 4 A RTP TEM GRAVES RESPONSABILIDADES / NA FUNÇÃO DE INFORMAR, NA ORDENAÇÃO E VALOR QUE / DÁ ÀS NOTÍCIAS DOS DIFERENTES / ACONTECIMENTOS. NÃO PERCEBO, POR EXEMPLO, A FALTA DE RELEVO DADA / NO TELEJORNAL À EXPOSIÇÃO / DA PINTORA PAULA REGO EM MADRID, E MUITO MENOS POSSO COMPREENDER / COMO NO JORNAL 2, DO PASSADO DIA 25, SE FAZ, DURANTE CINCO MINUTOS, UMA LIGAÇÃO DIRECTA / AO TEATRO MARIA MATOS, PARA TRANSMITIR UMA ACTUAÇÃO / DE KARAOKE. MAUS EXEMPLOS DESTES / O PROVEDOR NÃO PODE CALAR. PROGRAMAS SEM REDE. DIRECTOS (PROGRAMAS SEM REDE) Programa 50º - emitido a 20 de Outubro de 2007 PIVOT 1 «PRAÇA DA ALEGRIA» E «PORTUGAL NO CORAÇÃO» SÃO PROGRAMAS EXTREMAMENTE / POPULARES. SÃO CONCEBIDOS PARA O PÚBLICO / QUE VÊ TELEVISÃO / DURANTE PARTE DA MANHÃ E DA TARDE. MAS SÃO PROGRAMAS QUE ENCHEM A RTP1 / E AS ANTENAS INTERNACIONAIS / DURANTE CINCO HORAS DIÁRIAS. MERECEM POR ISSO / PARTICULAR ATENÇÃO. PIVOT 2 A PROPÓSITO DESTES PROGRAMAS / RECEBO DOS TELESPECTADORES / PORTUGUESES RESIDENTES NO ESTRANGEIRO. MUITA CORRESPONDÊNCIA. AS OPINIÕES MANIFESTADAS / PELOS EMIGRANTES / CRUZAM DOIS SENTIMENTOS: POR UM LADO, A SAUDADE / E A MEMÓRIA DAS COISAS, DOS LUGARES E DAS PESSOAS DO PAÌS; POR OUTRO, E EM ESPECIAL, POR PARTE / DAS NOVAS GERAÇÕES, UM CERTO DESGOSTO: ENTENDEM / QUE ESTES PROGRAMAS / NÃO TRANSMITEM UMA IMAGEM / DO PORTUGAL E DOS PORTUGUESES / DE HOJE. POR VÁRIAS VEZES DEI CONTA / DESTES SENTIMENTOS / AO DIRECTOR DE PROGRAMAS DA RTP. NÃO POSSO POR ISSO DEIXAR DE REGISTAR / AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS / NESTES PROGRAMAS, PARTICULARMENTE, NO «PORTUGAL NO CORAÇÃO». MAS COMO VERIFICAMOS / PELOS DEPOIMENTOS AQUI EXIBIDOS, SE HÁ LOUVORES, TAMBÉM / CONTINUAM AS QUEIXAS, DENTRO E FORA DO PAÍS. PIVOT 3 OBVIAMENTE, NÃO PODEMOS IGNORAR / A DIFICULDADE DE FAZER ESTES PROGRAMAS. SÃO PROGRAMAS SEM REDE. ISTO É: TÊM UM GUIÃO, MAS NÃO TÊM / APOIO DE TELEPONTO. RESULTAM DA / IMPROVISAÇÃO E CAPACIDADE DOS / SEUS APRESENTADORES E INTERVENIENTES. NÃO É FÁCIL ESTAR EM ANTENA / DURANTE TANTO TEMPO. SEM DEIXAREM DE SER POPULARES, ESTES PROGRAMAS / NÃO PODEM CONTUDO DESCER /
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O NÍVEL DE QUALIDADE. NA LINGUAGEM, NAS REPRESENTAÇÕES, NOS SKETCHS DE HUMOR, NOS COMENTÁRIOS. A EXIGÊNCIA DE CRITÉRIOS QUALI / TATIVOS / É UM DOS REQUISITO NA CONCESSÃO / DO ESTATUTO DE SERVIÇO PÚBLICO. «OS ERROS NA ESCRITA E NA FALA DA LÍNGUA PORTUGUESA» Programa 51º - 27 de Outubro de 2007 PIVOT 1 OS PORTUGUESES SÃO MUITO CIOSOS / DA SUA LÍNGUA. EMBORA NEM SEMPRE A FALEM OU / ESCREVAM CORRECTAMENTE / ESTIMAM-NA COMO UM DOS MAIORES / VALORES DA PÁTRIA, E GOSTAM DE VÊ-LA BEM TRATADA. NÃO ADMIRA POR ISSO QUE SEJA / ENORME O NÚMERO DE QUEIXAS / QUE RECEBO SOBRE OS ERROS / QUE SE VERIFICAM, QUER NA FALA, QUER NA ESCRITA, NOS / ECRÃS DA RTP. JÁ TROUXEMOS ESTE ASSUNTO / A ESTE PROGRAMA, MAS PORQUE SÃO MUITAS / AS MENSAGENS DOS TELESPECTADORES / VOLTAMOS A REFLECTIR SOBRE ESTA PROBLEMÁTICA. PIVOT 2 OS ERROS NOTADOS / MUITAS VEZES / SÃO SIMPLES GRALHAS. MAS TAMBÉM HÁ ERROS, ALGUNS GRAVES, NA PRONÚNCIA, NA FALA, NA ESCRITA. COMPREENSIVELMENTE, É CASO PARA SE DIZER, QUE AQUELE QUE NUNCA / COMETEU FALTAS DESTAS / QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA. OS ECRÃS DA RTP / PODEM, NO ENTANTO, SER EFECTIVAMENTE / UMA ESCOLA ABERTA. COMO TAL, TORNA-SE NECESSÁRIO / TOMAR CUIDADOS REDOBRADOS / NO TRATAMENTO DA NOSSA LÍNGUA. PIVOT 3 A RTP MANIFES / DA RESPONSABILIDADE QUE TEM / NESTA MATÉRIA, POR ISSO, EXIBE DIARIAMENTE, A POPULAR RUBRICA / «BOM PORTUGUÊS». EMITIU TAMBÉM «CUIDADO COM A LÍNGUA», UM PROGRAMA COM GRANDE / ACOLHIMENTO DO PÚBLICO, CUJO REGRESSO SE ESPERA. PORÉM, NÃO BASTA DIZER / FAZ O QUE EU DIGO. TEM MAIS FORÇA DIZER / FAZ O QUE EU FAÇO. ASSIM SENDO, CABE À RTP ACCIONAR / UMA SUPERVISÃO RIGOROSA / PARA QUE NESTA CASA / “COM TELHADOS DE VIDRO» ESCREVER E FALAR BOM PORTUGUÊS / SEJA UM PONTO DE HONRA. «OS TUDORS» Programa 52º - 03 de Novembro de 2007 PIVOT 1 A RECENTE EXIBIÇÃO / DA SÉRIE «OS TUDORS» PELA RTP / MERECEU, POR PARTE DOS TELESPECTADORES, TRÊS PRINCIPAIS CRÍTICAS. DE ACORDO COM AS MENSAGENS / ENVIADAS AO GABINETE D PROVEDOR / A SÉRIE APRESENTAVA / ERROS HISTÓRICOS EM RELAÇÃO A PORTUGAL,
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E MANIFESTAVA UM CERTO / XENOFOBISMO NO TRATAMENTO / DOS PORTUGUESES. ALGUNS TELESPECTADORES / CRITICARAM TAMBÉM A OPÇÃO / SEGUIDA PELA PROGRAMAÇÃO / DA RTP, EM PASSAR UMA SÉRIE / DE DEZ EPISÓDIOS EM 4 DIAS…/ POR TUDO ISTO, OS TELESPECTADORES PEDEM EXPLICAÇÕES. PIVOT 2 NO CONTEXTO DAS QUEIXAS APRESENTADAS / HÁ UMA REFLEXÃO MUITO INTERESSANTE / QUE IMPORTA EFECTUAR: ATENDENDO AOS ASPECTOS NEGATIVOS, ATRÁS REFERIDOS, NÃO DEVERIA A RTP TER / DISPENSADO A AQUISIÇÃO, E POSTERIOR EXIBIÇÃO, DESTA SÉRIE?... PIVOT 3 CREIO, TERMOS DEIXADO ESCLARECIDAS / AS PRINCIPAIS QUESTÕES LEVANTADAS. SOCORRI-ME DE UM AUTORIZADO HISTORIADOR / JOÃO PAULO OLIVEIRA E COSTA / E OUVI AS EXPLICAÇÕES POR PARTE DA / PROGRAMAÇÃO DA RTP, NA VOZ DE HELENA TORRES. QUANTO À EXIBIÇÃO / DA SÉRIE EM FORMA CONCENTRADA, AS OPINIÕES DIVIDEM-SE. HÁ TELESPECTADORES QUE / CONCORDARAM COM ESTA OPÇÃO. DE QUALQUER MODO, FOI PENA / A RTP NÃO TER ABERTO / UM DEBATE PARA DISCUTIR / OS ASPECTOS HISTÓRICOS. VALE A PENA APROVEITAR /TODAS AS OCASIÕES PARA FALAR / DA HISTÓRIA DE PORTUGAL. «ACESSIBILIDADES» Programa 53º – Emitido a 10 de Novembro de 2007 PIVOT 2 O CONTRATO DE CONCESSÃO / DE SERVIÇO PÚBLICO DE TELEVISÃO / OBRIGA A RTP/ A «GARANTIR A POSSIBILIDADE / DE ACOMPANHAMENTO DAS EMISSÕES / POR PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS, NOMEADAMENTE ATRAVÉS DO RECURSO / À LEGENDAGEM POR TELETEXTO, À INTERPRETAÇÃO POR LÍNGUA GESTUAL, À AUDIO-DESCRIÇÃO OU A OUTRAS / TÉCNICAS ADEQUADAS». OBRIGA AINDA À EMISSÃO DE / PROGRAMAS ESPECÍFICOS / PARA ESTE SEGMENTO DE PÚBLICO. O PROGRAMA DE HOJE / PRETENDE ANALISAR / COMO ESTÁ A RTP A CUMPRIR / ESTA OBRIGAÇÃO. PIVOT 2 INCLUIMOS UMA BREVE REPORTAGEM / INDICATIVA DOS SERVIÇOS / DISPONIBILIZADOS PELA RTP / PARA OS PÚBLICOS COM NECESSIDADES / ESPECIAIS. OS DEPOIMENTOS QUE OUVIMOS / NÃO DEIXAM DÚVIDAS: TEM HAVIDO UM ESFORÇO / PARA FACULTAR A ESTES TELESPECTADORES / O DIREITO DE VER E OUVIR A RTP. MAS TORNA-SE NECESSÁRIO / UM MAIOR INVESTIMENTO FINANCEIRO / E TECNOLÓGICO NESTA ÁREA. NUMA SOCIEDADE AVANÇADA / É CADA VEZ MAIS PRODIGIOSA / A RESPOSTA DA TECNOLOGIA/A ESTAS SITUAÇÕES. MAS É TAMBÉM MAIOR / O NÚMERO DE TELESPECTADORES / COM NECESSIDADES ESPECÍFICAS. AQUI DEIXO O APELO / PARA QUE NÃO SEJAM ESQUECIDOS. COMPETE A UMA ESTAÇÃO / DE SERVIÇO PÚBLICO / CONTRIBUIR DECISIVAMENTE /
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PARA A INCLUSÃO SOCIAL / DE TODOS OS PORTUGUESES «SINDICATOS» Programa 54º - emitido a 17 de Novembro de 2007 PIVOT 1 TENHO RECEBIDO POR PARTE / DE DIRIGENTES SINDICAIS / ALGUMAS QUEIXAS / NO SENTIDO DE ESTES / CONSIDERAREM QUE A RTP / NÃO CONCEDE AOS SINDICATOS / O DESTAQUE A QUE TÊM DIREITO / NÃO SÓ ENQUANTO PARCEIROS SOCIAIS / MAS COMO REPRESENTANTES / DE INTERESSES DOS CIDADÃOS. RESOLVI POR ISSO DEDICAR / ESTE PROGRAMA / A ESTA QUESTÃO. PIVOT 2 OBVIAMENTE É IMPOSSÍVEL OUVIR / TODOS OS SINDICATOS. NEM É ESTE O PROPÓSITO / DESTE PROGRAMA. NÃO PRETENDO TORNAR / «A VOZ DO CIDADÃO» / NUM ROL DE QUEIXAS: ÀS CRÍTICAS CONCRETAS / QUE RECEBEMOS / TEMOS PROCURADO DAR RESPOSTA. A QUESTÃO QUE LEVANTAMOS / É DE ORDEM MAIS GERAL: SENTEM-SE OS SINDICATOS / DISCRIMINADOS EM RELAÇÃO / ÀS GARANTIAS DE PLURALISMO/ QUE A RTP DEVE ASSEGURAR? PIVOT 3 NÃO OBSTANTE AS EXPLICAÇÕES DADAS, OS MOVIMENTOS SINDICAIS / SENTEM-SE, EFECTIVAMENTE, PARCEIROS POBRES / NO TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO/ SOBRE AS SUAS CAUSAS E ACÇÕES. DESEJARIAM PRINCIPALMENTE / QUE AS QUESTÕES QUE LEVANTAM / FOSSEM OBJECTO DE MAIS DEBATE / E REFLEXÃO NOS ESPAÇOS / DE INFORMAÇÃO DA RTP. CUMPRE-ME DEIXAR ESTE ALERTA: TAL COMO AOS PARTIDOS POLÍTICOS / É IMPORTANTE PARA A DEMOCRACIA / DAR LUGAR E DESTAQUE / AOS SINDICATOS. «RELIGIÃO» Programa 55º - emitido a 24 de Novembro de 2007 PIVOT 1 A RECENTE COBERTURA FEITA PELA RTP / ÀS CERIMÓNIAS DO 90.º ANIVERSÁRIO / DAS APARIÇÕES DE FÁTIMA / E DA INAUGURAÇÃO DA NOVA BASÍLICA, NOS PASSADOS DIAS 12 E 13 DE OUTUBRO, / FEZ VIR AO DE CIMA UM CONJUNTO / DE CRÍTICAS E QUEIXAS / ACUSANDO A RTP DE TER CONCEDIDO / TEMPO EXCESSIVO, /QUER NA INFORMAÇÃO, QUER NA PROGRAMAÇÃO, AOS RESPECTIVOS ACONTECIMENTOS. ESSAS ACUSAÇÕES REPETEM AQUELAS / QUE A PROPÓSITO DO ASSUNTO RELIGIÃ/ SURGEM VEZES SEM CONTA: FALTA DE RIGOR NA / GARANTIA DE PLURALISMO / EM RELAÇÃO ÀS DIFERENTES / CONFISSÕES RELIGIOSAS / E AO ESPÍRITO DA CONSTITUIÇÃO / QUE CONFIGURA PORTUGAL / COMO UM ESTADO LAICO. ALGUNS TELESPECTADORES / INSURGEM-SE AINDA CONTRA O FACTO / DO PROVEDOR VIR MANTENDO / SILÊNCIO SOBRE ESTA QUESTÃO. PIVOT 2 A EXPERIÊNCIA NESTE CARGO / DE PROVEDOR TEM-ME / FIRMADO NA CONCLUSÃO / DE QUE RELIGIÃO, PARTIDOS POLÍTICOS, E CLUBES DE FUTEBOL, SÃO TRÊS TEMAS MUITO SENSÍVEIS / QUE MERECEM DOS TELESPECTADORES /
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OPINIÕES EXTREMADAS E DE DIFICIL CONCILIAÇÃO. A RTP ESTÁ OBRIGADA / A MANTER ISENÇÃO E INDEPEDÊNCIA / FACE ÀS DIFERENTES «CONFISSÕES RELIGIOSAS». CONTUDO, COMO SERVIÇO PÚBLICO, / DEVE GARANTIR-LHES ESPAÇO DE EXPRESSÃO. É ESSE O SENTIDO DE PROGRAMAS / COMO «A FÉ DOS HOMENS», 70x7, «CAMINHOS». O FACTO DE PRIVILEGIAR A RELIGIÃO CATÓLICA / NOS TEMPOS CONCEDIDOS / É EXPLICADO PELA RELIGIÃO DECLARADA / PELA GRANDE MAIORIA DOS PORTUGUESES. AS OUTRAS CONFISSÕES QUEIXAM-SE / DE LHES SER DADA MENOS VISIBILIDADE / NAS SUAS MANIFESTAÇÕES E ACTIVIDADES. PIVOT 3 NÃO PODEMOS ESQUECER / QUE FÁTIMA É UM LUGAR DE / MISTÉRIO E FÉ / PARA PORTUGAL E PARA O MUNDO. REUNE ALI CRENTES E NÃO CRENTES. CONTUDO, O TEMPO DE EMISSÃO / DEVERIA TER SIDO MAIS CONTROLADO / E, SOBRETUDO, NÃO ACONTECER, / SIMULTANEAMENTE, NA RTP 1 E RTPN. A SENSÍVEL QUESTÃO RELIGIOSA / EXIGE UMA EQUIDADE DE TRATAMENTO / VISÍVEL AOS OLHOS DE TODOS OS TELESPECTADORES. «CULTURA DE EXPRESSÃO PORTUGUESA» Programa 56º - emitido a 01 de Dezembro de 2007 PIVOT 1 A «VOZ DO CIDADÃO» / JÁ TRATOU DA PRESENÇA OU DA AUSÊNCIA, NOS ECRANS DA RTP, DA MÚSICA, DO TEATRO, E DE OUTRAS EXPRESSÕES CULTURAIS. DESTA VEZ O OBJECTIVO É O DE PERCEBER / SE, EFECTIVAMENTE, A RTP / PRESTA A DEVIDA ATENÇÃO / À PROMOÇÃO DAS MAIS DIVERSAS EXPRESSÕES / DE CULTURA DE ORIGEM PORTUGUESA. PIVOT 2 PELO GRÁFICO APRESENTADO / NÃO SE PODE DIZER / QUE A PRESENÇA DE PROGRAMAS DE CULTURA / NÃO SEJA UMA PREOCUPAÇÃO DA RTP. A QUESTÃO DAS RECLAMAÇÕES E CRÍTICAS / VOLTA A SER ESTA: OS TELESPECTADORES TÊM COMO REFERÊNCIA / O PRIMEIRO CANAL. E ENTENDEM QUE, MESMO NOS OUTROS CANAIS, OS PROGRAMAS DE CULTURA / MERECERIAM UM HORÁRIO MAIS NOBRE. PIVOT 3 HÁ DUAS OU TRÊS CONCLUSÕES / QUE PODEMOS TIRAR / DOS VÁRIOS DEPOIMENTOS QUE OUVIMOS. COMO REFERIA MIGUEL SEABRA, A TTP 1 DEVERIA APRESENTAR / UM PROGRAMA DIÁRIO DE INFORMAÇÃO CULTURAL / E QUE ESTIVESSE DISPONÍVEL NO TELETEXTO. OU SEJA, COMO DIZ, JOÃO LOPES, / ERA PRECISO DAR MAIOR VISIBILIDADE / AOS EVENTOS CULTURAIS. E ISTO SEMPRE SEM ESQUECER, / O QUE NOS LEMBRA, ALEXANDRE POMAR: NÃO PODEMOS IGNORAR / QUE A «TELEVISÃO É / UMA FORMA CONTEMPORÂNEA DE CULTURA. OU COMO DIZEM OUTROS AUTORES: A TELEVISÃO FAZ SEMPRE CULTURA.
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TODA O CONTEÚDO TELEVISIVO / É UM OBJETO CULTURAL. MAS FICA UMA SUGESTÃO: NÃO OBSTANTE, HOJE EM DIA, A OFERTA DE EVENTOS CULTURAIS / EM LISBOA, PORTO E OUTRAS CIDADES / SER GRANDE, A APRESENTAÇÃO DIÁRIA/ DE UMA AGENDA CULTURAL MAIS COMPLETA / SERIA UM PRESTIMOSO SERVIÇO PÚBLICO. «RTP- ÁFRICA/CABO VERDE» Programa 57º - emitido a 08 de Dezembro de 2007 PIVOT 1 A RTP- ÁFRICA / É UM DOS OITO CANAIS OU SERVIÇOS DA RTP. RECEBO MUITAS MENSAGENS / POR PARTE DOS TELESPECTADORES / DAS ANTENAS INTERNACIONAIS. A CONVITE DA RADIOTELREVISÃO DE CABO VERDE / VIM A ESTE PAÍS PARTICIPAR / NA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL / SOBRE O TEMA / O PAPEL DA COMUNICAÇÃO / NO CONTEXTO DA DEMOCRACIA / APROVEITEI ESTA OPORTUNIDADE / PARA ESCUTAR, DE MODO VIVO, ALGUMAS VOZES DOS TELESPECTADORES / DA RTP- ÁFRICA. PIVOT 2 PELOS DEPOIMENTOS RECOLHIDOS / E PELO QUE OUVI E VI / DURANTE ESSES DIAS A RTP- ÁFRICA / TEM FORTE PENETRAÇÃO / ENTRE A POPULAÇÃO DE CABO VERDE. AS PRINCIPAIS CRÍTICAS INCIDEM / SOBRE OS DESAJUSTAMENTOS / DOS CONTEÚDOS (PROGRAMAÇÃO/INFORMAÇÃO). DE FACTO, A RTP / TERÁ DE REPENSAR / OS CONTEÚDOS QUE DIFUNDE / ATRAVÉS DAS ANTENAS INTERNACIONAIS. NÃO FAZ SENTIDO, POR EXEMPLO, DIFUNDIR NA ÍNTEGRA OS PROGRAMAS / «BOM DIA PORTUGAL» OU «PORTUGAL NO CORAÇÃO». CHEGA A SER QUASE RIDÍCULO, ESTAR EM CABO VERDE; E OUVIR AS COMPLICAÇÕES DE TRÂNSITO / DE LISBOA OU DO PORTO. PROVAVELMENTE, ESTE É UM PROBLEMA POLÍTICO. AS ANTENAS INTERNACIONAIS / TERÃO DE TER / PRODUÇÃO ADEQUADA / AO PÚBLICO A QUE SE DESTINA. A IMAGEM DE PORTUGAL NO MUNDO / OU NO ESPAÇO LUSÓFONO / NÃO PODE SER/ UMA SIMPLES RETRANSMISSÃO/ DOS CONTEÚDOS CONCEBIDOS / PARA O ESPAÇO PORTUGUÊS. «PREVENÇÃO.PREVENÇÕES» Programa 58º - emitido a 15 de Dezembro de 2007 PIVOT 1 ESCREVEM-ME MUITOS TELESPECTADORES / A INDGAR PORQUE É QUE A RTP, A PAR DE TANTAS NOTÍCIAS / SOBRE DESASTRES E OUTRAS DESGRAÇAS / NÃO INCLUI, DE MODO CONTINUADO, / CAMPANHAS DE PREVENÇÃO DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA. O «CONTRATO DE CONCESSÃO DE / SERVIÇO PÚBLICO DE TELEVISÃO» PRESCREVE CONDIÇÕES ESPECIAIS / PARA PUBLICIDADE INSTITUCIONAL, COM UMA REDUÇÃO DE 85% SOBRE / AS TARIFAS DE PUBLICIDADE COMERCIAL. A QUESTÃO QUE SE PODE LEVANTAR É ESTA: AS ENTIDADES RESPONSÁVEIS / PELA PREVENÇÃO RODOVIÁRIA, PELA SAÚDE, EDUCAÇÃO, ETC., / APROVEITAM ESSAS CONDIÇÕES / PARA DESENVOLVER CAMPANHAS, / OU DEVERÁ A PRÓPRIA RTP / TOMAR UM PAPEL DE MAIOR INICIATIVA NESTE PONTO?...
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INFELIZMENTE, A QUADRA NATALÍCIA / ENTRE OUTRAS COISAS / REFERE-NOS A OPORTUNIDADE / DE FALARMOS SOBRE PREVENÇÃO / NA SEGURANÇA RODOVIÁRIA. PIVOT 2 A RTP JÁ TEVE PROGRAMAS / DEDICADOS À SEGURANÇA RODOVIÁRIA. PODEMOS RELEMBRAR, «SANGUE NA ESTRADA», ASSINADO POR FILIPE NOGUEIRA, «ESTRADA VIVA», CONDUZIDO POR RAÚL DURÃO, / OU O MAIS RECENTE «SÓ ACONTECE AOS OUTROS», / APRESENTADO POR MARTA LEITE DE CASTRO… / MAS É EVIDENTE, CONFORME ALGUNS DEPOIMENTOS / QUE VIMOS/ OUVIMOS NESTE PROGRAMA, QUE A CAMPANHA PELA PREVENÇÃO RODOVIÁRIA / DEVERIA ESTAR PRESENTE, TODOS OS DIAS, NOS ÉCRANS DA RTP. A EXEMPLO DO MINUTO VERDE / NA DEFESA DO AMBIENTE, OU DO «BOM PORTUGUÊS» A FAVOR DA NOSSA LÍNGUA, A SEGURANÇA NA ESTRADA / EXIGE UMA CAMPANHA PERMANENTE / E EFICAZ A FAVOR DA VIDA DOS PORTUGUESES. ……. A «VOZ DO CIDADÃO» SERÁ INTERROMPIDA / NAS PRÓXIMAS DUAS SEMANAS. A TODOS OS TELESPECTADORES / DESEJO BOM NATAL E UM FELIZ ANO NOVO. Este documento foi impresso pelos Serviços de Secretaria Central /Reprografia – RTP.