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2 RELATÓRIO E CONTAS 2015

01 GRUPO MARTIFER Mensagem do Conselho de Administração Destaques Principais Indicadores Financeiros Principais Acontecimentos

02 ENQUADRAMENTO Atividade Presença Internacional Histórico Envolvente de Mercado 03 DESEMPENHO FINANCEIRO Análise de Resultados Consolidados Proveitos Operacionais EBITDA e Resultado Líquido Investimento Consolidado Análise da Estrutura de Capital Consolidada 04 ANÁLISE POR SEGMENTO Construção Metálica Renewables Solar 05 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 06 COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER 07 PERSPETIVAS FUTURAS 08 PRINCIPAIS RISCOS Riscos Financeiros Riscos Operacionais Riscos Jurídicos

09 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 10 OUTRAS INFORMAÇÕES

11 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 12 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA

INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

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RELATÓRIO E CONTAS 2014 3

13 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 14 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

Nota: Este relatório adota o novo acordo ortográfico.

INFORMAÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL

RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO

RELATÓRIOS DE AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO

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4 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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6 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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8 RELATÓRIO E CONTAS 2015

01

01 | GRUPO MARTIFER MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Exmos.Senhores Acionistas,

O ano de 2015 foi particularmente exigente tendo em conta as difíceis condições da economia mundial e, em especial, do setor da construção, mas foi também bastante positivo para a Martifer, que conseguiu aumentar o volume de negócios face ao ano anterior em cerca de 17 %, uma recuperação significativa na performance operacional, com um EBITDA positivo de cerca de 11,4 milhões de euros e um resultado líquido do exercício positivo de 1,2 milhões de euros (incluindo interesses não controlados).

Conseguimos também atingir os principais objetivos na execução do Plano de Ação para 2015, nomeadamente a conclusão do processo de reestruturação financeira, a melhoria dos processos e da eficiência operacional e a reorganização da presença internacional.

Continuámos a concretizar a estratégia de venda de ativos não core, tendo sido materializada a venda de alguns imóveis em Portugal e na Polónia e o processo de alienação do segmento de construção no Brasil.

A conclusão da reestruturação financeira, com o acordo alcançado com as principais instituições financeiras, permitiu, entre outros, reduzir significativamente o custo de financiamento e aumentar a maturidade média da dívida (para cerca de oito anos), além de reforçar a estrutura de capital permanente.

Na área de Construção Metálica:

Reforçámos a capacidade operacional da West Sea (Estaleiro Naval em Viana do Castelo); Avançámos com a simplificação societária através da fusão de diversas sociedades.

Na área de Renewables:

Concluímos a venda do Parque Eólico de Gizalki, na Polónia, ao grupo Ikea.

Na sequência do que fizemos em 2014 e 2015, em 2016 continuaremos focados nos principais objetivos definidos na estratégia do Grupo:

Reforço da presença internacional; Focalização no negócio core de construção metálica, indústria naval e na renewables através da rotação de ativos; Consolidação do modelo organizacional adotado mantendo o foco em:

Redimensionamento e adequação da estrutura em linha com o reforço da presença internacional;

Melhoria dos processos de negócio e da eficiência operacional;

Desenvolvimento e retenção dos recursos humanos;

Otimização do footprint industrial e ajustamento dos layouts produtivos. Melhoria da situação financeira e da dívida do Grupo:

Desinvestimento nos negócios não core e alienação de ativos imobiliários;

Redução de cash costs, através de um programa de otimização da estrutura de custos e do fundo de maneio;

Redução gradual da dívida e do rácio dívida/EBITDA.

Uma referência também para o facto de, em 2015, a Martifer ter celebrado o seu 25º aniversário, uma data simbólica que nos deixa orgulhosos, particularmente aos seus fundadores.

Por último, agradecemos aos nossos colaboradores e colegas pelo empenho demonstrado e com quem continuamos a contar para atingir os objetivos definidos, e a todos os nossos stakeholders pelo apoio e confiança depositada.

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GRUPO MARTIFER 9

01

DESTAQUES

Total de Proveitos Operacionais de 253 M€ dos quais 238 M€ na Construção Metálica e 14 M€ na Renewables

Total de Proveitos Operacionais no 4T2015 com um crescimento de 23 % face ao 3T2015

Recuperação significativa na performance operacional, com um EBITDA positivo de cerca de 11,4 M€

Resultado Líquido positivo em 1,2 M€, incluindo interesses não controlados

Carteira de encomendas na Construção Metálica regista um crescimento YTD de 6,5 % para os 262 M€

Dívida Líquida com uma redução de 23 M€ face a dez 2014, num perímetro comparável (i. é, sem Solar) para 260 M€

PRINCIPAIS INDICADORES FINANCEIROS

M€ DEZ-15 DEZ-14 VAR.%

Proveitos Operacionais 252,6 225,8 12%

EBITDA 11,4 6,0 90%

Margem EBITDA 4,5% 2,7% 1,9 pp

Amortizações e depreciações -12,0 -14,6 18%

Provisões e perdas de imparidade 0,1 -38,6 n.m.

EBIT -0,5 -47,3 99%

Margem EBIT -0,2% -20,9% 20,7 pp

Resultados financeiros 3,0 -19,4 n.m.

Resultados antes de impostos 2,5 -66,7 n.m.

Impostos -0,5 -4,9 89%

Resultados depois de impostos de atividades continuadas 2,0 -71,5 n.m.

Resultados de atividades descontinuadas -0,8 -65,2 99%

Atribuível a interesses não controlados 0,2 -34,4 n.m.

Atribuível ao Grupo -1,0 -30,7 97%

Resultado líquido do exercício 1,2 -136,7 n.m.

Atribuível a interesses não controlados 1,7 -43,2 n.m.

Atribuível ao Grupo -0,5 -93,5 99%

Resultado por ação -0,005 -0,957 99%

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10 RELATÓRIO E CONTAS 2015

01

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS

JANEIRO 2015

West Sea assina o segundo contrato de construção naval

A West Sea e a Scenic assinaram um contrato de construção de um navio-hotel, Scenic Azure. Com cerca de 80 metros de comprimento, o novo navio irá realizar cruzeiros no rio Douro, e deverá estar concluído até fevereiro de 2016.

ABRIL 2015

Martifer Metallic Constructions ganha projeto no setor dos transportes na América Latina

Foi adjudicada à Martifer Metallic Constructions a execução de estrutura metálica da Estação de Bello Monte do Metro de Caracas, na Venezuela.

MAIO 2015

Assembleia Geral Anual da Martifer SGPS, S.A.

Em 14 de maio de 2015 ocorreu a Assembleia Geral Anual da Martifer SGPS, S.A., com a participação de 80,38 % da totalidade do seu capital social, tendo sido aprovadas por unanimidade todas as propostas da Ordem de Trabalhos constante da convocatória.

320

226

253

16

6

11

-71

-137

1

10

15

4

-200 -100 0 100 200 300 400

2013

2014

2015

Capex RLE EBITDA Proveitos OperacionaisM€

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GRUPO MARTIFER 11

01

JULHO 2015

West Sea assina contrato para a construção de dois Navios Patrulha Oceânicos

Foi adjudicada à West Sea, em consórcio com a sociedade EDISOFT, S.A., a construção de dois Navios Patrulha Oceânicos para a Marinha Portuguesa pelo valor global de 77 milhões de euros, s/ IVA. A West Sea tem uma participação de 83,64 % no Consórcio. A entrada em vigor do contrato celebrado entre o Estado Português e o Consórcio ficou dependente do Visto do Tribunal de Contas, o qual foi concedido em setembro.

SETEMBRO 2015

Martifer chega a acordo para a alienação do segmento de construção no Brasil

No âmbito do plano de reestruturação do Grupo, a Martifer chegou a acordo com um grupo de investidores para a realização de uma operação de alienação da totalidade das quotas e transferência de responsabilidades das suas participadas de direito brasileiro, no segmento de Construção, Martifer Construções Brasil Ltda. e Martifer Alumínios Brasil Ltda.. A operação implicou um impacto nulo no 'Free Cash Flow To Equity’ projetado do grupo Martifer. O Grupo mantém presença no Brasil através do segmento das energias renováveis.

O acordo de alienação foi assinado em setembro, tendo sido apenas comunicado no dia 24 de outubro, após confirmação do registo da operação pelas entidades brasileiras competentes.

OUTUBRO 2015

Ventinveste celebra acordo para alienação de portefólio eólico

A Ventinveste, sociedade detida em parceria entre a Martifer e a Galp Energia, celebrou com a EDP Renováveis um acordo para a alienação de cinco sociedades titulares de licenças e direitos de interconexão à rede para capacidade de produção eólica a instalar de 216,4 MW, por um valor de referência de cerca de 17 milhões de euros. A concretização da operação depende de aprovação pelas autoridades administrativas e de concorrência competentes.

NOVEMBRO 2015

Martifer Renewables conclui acordo de venda do parque eólico

A Martifer Renewables concluiu o acordo para a venda do parque eólico de Gizalki ao grupo Ikea. Este acordo foi celebrado em junho de 2014 e estava condicionado à conclusão da construção e ligação à rede do parque eólico.

DEZEMBRO 2015

Martifer chega a acordo para reestruturação financeira

No âmbito das prioridades delineadas no plano de reestruturação, a Martifer chegou a acordo com um grupo de instituições financeiras credoras para a reestruturação do passivo bancário dos perímetros da Holding e segmento Construção Metálica. O montante global dos financiamentos reestruturados ascende a aproximadamente 260 milhões de euros, correspondente a cerca de 85 % da dívida financeira consolidada do grupo Martifer com referência a 30 setembro de 2015.

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12 RELATÓRIO E CONTAS 2015

01

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS SUBSEQUENTES

FEVEREIRO 2016

West Sea entrega primeiro navio construído em Viana do Castelo

A West Sea entregou, em fevereiro, à Douro Azul, o primeiro navio construído pela empresa em Viana do Castelo. O Viking Osfrid é um navio de cruzeiros fluviais e foi batizado em março.

Desde a data de referência das contas não ocorreram outros factos que afetem a informação financeira divulgada.

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14 RELATÓRIO E CONTAS 2015

02

02 | ENQUADRAMENTO ATIVIDADE A Martifer iniciou a sua atividade em 1990, no setor das estruturas metálicas. Desde 2014, na sequência das decisões estratégicas definidas, a Martifer focalizou a sua atividade no setor de Construção Metálica.

O Grupo, cuja holding é a Martifer, SGPS, S.A., desenvolve também outras atividades e gere participações financeiras, nomeadamente no segmento ‘Renewables’ através da promoção e desenvolvimento de parques eólicos e no segmento ‘Solar’ através da participação financeira de 55 % na Martifer Solar, S.A., considerada desde setembro de 2014 como um ativo detido para venda.

HOLDING

A Martifer, SGPS, S.A. é a holding do Grupo. Com as adaptações ao modelo de governance incrementadas no decurso do ano de 2012, a Martifer, SGPS, S.A. posiciona-se como uma Sociedade Gestora de Participações Financeiras, estabelecendo e definindo regras e políticas de Grupo e monitorizando as atividades das Áreas de Negócio, às quais foi atribuído um maior grau de independência e poder de decisão.

As áreas de negócio atuam de forma autónoma, seguindo as orientações estratégicas aprovadas a nível da holding, com base em orçamentos e planos de negócio anuais aprovados pelos administradores executivos da Martifer, SGPS, S.A.

CONSTRUÇÃO METÁLICA

A Martifer Metallic Constructions, SGPS, S.A., subholding para o segmento de negócio da ‘Construção Metálica’ detida em 75 % pela Martifer, SGPS, S.A., é um player reconhecido globalmente no setor. A empresa (e suas participadas) está focada em três grandes polos geográficos: Europa e Médio Oriente, África e América Latina, e conta com unidades industriais que lhe permitem, a partir destes polos, construir os projetos mais complexos em locais tão diversificados como, por exemplo, Jeddah, na Arábia Saudita, Djelfa, na Argélia ou Lyon, em França. As suas unidades industriais estão localizadas em Portugal, na Roménia, em Angola, em Moçambique (em parceria) e na Argélia (em parceria).

Esta área de negócio centra a sua estratégia de desenvolvimento na diferenciação pela qualidade da engenharia e vocação para projetos de grande complexidade. A Martifer Metallic Constructions espera seguir uma estratégia direcionada recorrendo a parcerias com empresas de segmentos complementares, que lhe permitam não só oferecer soluções mais completas, mas também ganhar uma maior dimensão, principalmente no panorama internacional.

Fornece soluções globais e inovadoras de engenharia, nomeadamente nos segmentos de construção metalomecânica, alumínio e vidro, infraestruturas para oil & gas e indústria naval (através das subsidiárias Navalria e West Sea).

Esta atividade industrial e comercial conta com uma capacidade de produção que lhe permite realizar projetos em vários continentes, sendo que, no final de 2015, contava com 1 674 colaboradores.

RENEWABLES

A Martifer Renewables, SGPS, S.A., subholding para o segmento de negócio ‘Renewables’ detida a 100 % pela Martifer, SGPS, S.A., atua como um developer de energias renováveis, principalmente no desenvolvimento de parques eólicos e solares fotovoltaicos. Mais do que acumular potência em exploração, a estratégia da Martifer Renewables assenta numa rigorosa utilização de capitais no desenvolvimento e construção de projetos, tendo implementado uma política de rotação de ativos em processo de desenvolvimento, gestão da construção, gestão de ativos e operação e manutenção (O&M).

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ENQUADRAMENTO 15

02

Esta área de negócio, que contava com 39 colaboradores no final do ano, tem uma vasta experiência em desenvolvimento e gestão de parques solares e eólicos estando presente em cinco países: Portugal, Espanha, Roménia, Polónia e Brasil. Detendo, na totalidade ou em parceria, um portefólio de mais de 100 MW em operação, a Martifer Renewables já desenvolveu e construiu mais de 700 MW em diferentes geografias tendo como parceiras, nos últimos projetos vendidos, empresas de destaque como o IKEA na Polónia ou o Banco Santander, a CPFL e a Tractebel no Brasil.

Em 2015 a Martifer Renewables vendeu o projeto de Gizalki (36 MW) na Polónia e acordou a venda dos projetos Assú (90 MW) e Floresta (80 MW) no Brasil. Em Portugal, através da sua associada Ventinveste, acordou a venda de 216 MW à EDP e iniciou, através da parceria criada pela Ventinveste com o grupo Ferrostaal, a construção de 171,6 MW de projetos eólicos.

SOLAR

A Martifer Solar, S.A., detida em 55 % pelo grupo Martifer, desempenha atualmente um papel de liderança na indústria fotovoltaica, devido à sua capacidade de adaptação a um setor em constante mudança e uma experiência comprovada assente na utilização de tecnologia de vanguarda, em qualificações técnicas avançadas e numa equipa competente e motivada.

As principais atividades desta área são o desenvolvimento de projetos fotovoltaicos, a instalação de projetos EPC (Engenharia, Procurement e Construção), serviços de O&M especializados e distribuição de equipamentos PV, através da sua subsidiária MPrime.

A Martifer Solar atua em todos os segmentos de mercado: projetos em solo, coberturas, BIPV, micro e minigeração e off-grid.

Em operação desde 2006, a empresa continua a expandir-se internacionalmente, iniciando atividade em novos países, estando atualmente presente em mais de 20 países na Europa, em África, na Ásia e no Médio Oriente, na América do Norte e na América do Sul. A Martifer Solar participou na implementação de mais de 670 MW de energia solar fotovoltaica em todo o mundo.

Esta área de negócio contava com 267 colaboradores no final de 2015.

Em setembro de 2014, o Grupo passou a classificar o segmento de negócio Solar (composto pela Martifer Solar, S.A. e suas participadas) como um ativo não corrente detido para venda. Esta alteração resultou do facto de estar em execução um plano de venda do interesse económico (atualmente de 55 %) do grupo Martifer na Martifer Solar.

Em suma, atualmente o Grupo está organizado da seguinte forma:

CONSTRUÇÃO METALOMECÂNICA ALUMÍNIO E VIDRO EQUIPAMENTOS PARA OIL & GAS INDÚSTRIA NAVAL

DESENVOLVIMENTO DE ATIVOS DE ENERGIA EÓLICA GESTÃO DA CONSTRUÇÃO GESTÃO TÉCNICA E OPERAÇÃO

DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS EPC SOLUÇÕES PV DISTRIBUIÇÃO O&M

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16 RELATÓRIO E CONTAS 2015

02

PRESENÇA INTERNACIONAL

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ENQUADRAMENTO 17

02

HISTÓRIA

1990

Em fevereiro de 1990, a Martifer é constituída como sociedade por quotas, com um capital social de aproximadamente 22 500 euros (4 500 mil escudos) e sede na Zona Industrial de Oliveira de Frades, que se mantém até aos dias de hoje.

No final do primeiro ano de atividade, a Martifer contava com 18 colaboradores e um volume de negócios de 240 mil euros.

1998

A 26 de maio, a empresa, já com mais de 100 colaboradores, é transformada em sociedade anónima alterando a sua estrutura acionista. O capital social da empresa passou a ser detido pela MTO SGPS (atualmente I’M SGPS) e pela ENGIL SGPS (atualmente MOTA-ENGIL SGPS). Em Portugal decorre a Expo 98, com a participação da Martifer em várias obras, como a torre Vasco da Gama.

1999

Em novembro, a Martifer dá início ao processo de internacionalização para Espanha, com o objetivo de se afirmar como uma das empresas de referência na construção metálica daquele país.

2002

A Martifer cria a sua segunda fábrica em Portugal, localizada em Benavente, para dar resposta à construção dos estádios do Euro2004.

2003

Em fevereiro de 2003, a Martifer continua com o processo de internacionalização com a criação de uma unidade industrial em Gliwice, na Polónia. Esta entra em laboração no 2.º semestre de 2004.

2004

Em fevereiro, a Martifer inicia a atividade no setor dos equipamentos para energia renovável, através da Martifer Energia. Esta empresa dedica-se ao fabrico de torres metálicas para aerogeradores eólicos e está instalada na Zona Industrial de Oliveira de Frades.

Em novembro, é criada a Martifer SGPS, S.A., que tem como objetivo gerir as participações sociais das empresas do grupo Martifer.

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18 RELATÓRIO E CONTAS 2015

02

2005

A atividade de estruturas metálicas alarga o seu mercado de atuação na Europa Central, abrindo delegações na Roménia, República Checa, Eslováquia e Alemanha.

Iniciam-se investimentos na área da Agricultura e de Biocombustíveis na Roménia.

A Martifer passa a ser um dos acionistas de referência da alemã REpower Systems AG, um dos maiores produtores mundiais de equipamentos para a energia eólica, terminando o exercício com uma participação financeira de 25,4 %. Em junho é constituída a REpower Portugal, tendo em vista o mercado de construção de parques eólicos, assistência e assemblagem de aerogeradores.

Em agosto, o grupo Martifer cria mais uma sociedade, denominada de M Energy (hoje, Martifer Renewables) com o principal propósito de centralizar a gestão de todas as atividades na área da promoção de energias renováveis.

2006

Em março, através do consórcio Ventinveste, a Martifer entrega a candidatura ao concurso para atribuição de licenças para a produção de energia eólica em Portugal.

Em maio, dá-se a constituição da Martifer Solar, com objeto social de projeto, conceção, fabrico e instalação de painéis solares.

No final do ano, a Martifer recebe o 1.º prémio de excelência pela promoção de novas áreas de investimento e negócio, atribuído pela Câmara de Comércio e Indústria da Roménia.

2007

Em fevereiro, a Martifer, aliada ao grupo indiano Suzlon, lança uma OPA sobre a REpower. O consórcio passa a controlar 56,93 % da empresa e, fruto do acordo realizado entre a Areva e a Suzlon, passou a controlar 87,1 % dos direitos de voto da REpower. A Martifer acorda vender a sua participação na REpower à Suzlon em 2009 por 270 milhões de euros.

O consórcio Ventinveste - constituído pela Martifer, Galp Energia, Enersis, a Efacec e REpower Systems AG - obteve o

primeiro lugar da "Fase B” do concurso público lançado pelo governo Português para a atribuição de 400 MW de capacidade de injeção e dos respetivos pontos de receção associados à produção de energia elétrica em centrais eólicas.

Em junho, concluiu-se a oferta pública inicial da Empresa (IPO). A Empresa recolheu 199 milhões de euros de fundos através de uma oferta de 25 milhões de ações, que foram colocadas no ponto máximo do intervalo de preços, 8 euros por ação. Após o IPO, a Empresa contava com 65 mil novos acionistas.

A Martifer Solar formalizou o contrato com a Spire Corporation para o fornecimento chave na mão da linha automatizada de produção de módulos fotovoltaicos com capacidade anual de 50 MW.

O Grupo foi ainda distinguido com o prémio "Organic Grower of the Year 2007” pela A.T. Kearney "Global Growth Assessment”.

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ENQUADRAMENTO 19

02

2008

A Martifer Energy Systems adquire a Navalria. O valor da aquisição ascendeu a 4,7 milhões de euros.

O Presidente e o Vice-Presidente da Martifer, Carlos Martins e Jorge Martins, respetivamente, foram os vencedores da segunda edição nacional do prémio atribuído pela Ernst & Young, Entrepreneur of the Year 2007.

Teve início a produção nas unidades industriais de assemblagem de aerogeradores, de componentes para parques eólicos e de módulos fotovoltaicos.

2009

A Martifer e a Hirschfeld criam uma Joint Venture para a produção de componentes para energia eólica nos EUA.

A fábrica de construções metálicas em Angola (15 000 toneladas de capacidade) inicia a produção no segundo semestre do ano.

A Martifer Renewables ultrapassa os 100 MW de capacidade instalada em maio e, já no final do ano, vence 217,8 MW no primeiro leilão eólico realizado no Brasil.

Em outubro, o Grupo adota um novo modelo de governo: Carlos Martins assume funções de chairman, Jorge Martins funções de CEO e Mário Couto é nomeado CFO.

2010

Em março, a Martifer procedeu à alienação de 11 % na Prio Foods e Prio Energy pelo valor de 13,75 milhões de euros, reduzindo, desta forma, a sua participação de 60 % para 49 % do capital social, naquelas empresas e nas respetivas subsidiárias.

Ainda nesse mês, a subsidiária Martifer Metallic Constructions adquire 45 % do capital social da Martifer Alumínios à HSF SGPS, passando a deter a totalidade do capital da empresa.

Em abril, a Martifer Solar aumenta o seu capital social para 50 milhões de euros, de forma a responder às necessidades de investimento da empresa, fortalecendo a sua estrutura de capital.

Em setembro e outubro, a Martifer Solar finaliza a construção dos dois maiores parques fotovoltaicos do continente africano, localizados em Cabo Verde, nas ilhas do Sal e de Santiago.

Já no final do ano, e no seguimento da política de rotação de ativos implementada na Martifer Renewables, o Grupo vende os parques que detinha na Alemanha, Bippen e Holleben, com 53,1 MW de capacidade instalada.

Ainda em dezembro, a Martifer Solar celebra um acordo com a EDP para a alienação de 60 % da Home Energy.

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20 RELATÓRIO E CONTAS 2015

02

2011

A Martifer torna-se numa multinacional com mais de 3 000 colaboradores em todo o mundo, focada essencialmente em duas áreas de negócio: construção metálica e solar.

O Grupo aumentou a sua exposição a mercados fora da Europa, com a entrada em mercados promissores. Na construção metálica, destacou-se, no primeiro semestre do ano, o início da construção da fábrica de estruturas metálicas num dos mercados com maior potencial de crescimento para

os próximos anos: o Brasil. Na solar, assistimos à adjudicação do primeiro projeto de energia solar fotovoltaica na Índia, em junho.

Em fevereiro, e seguindo a orientação estratégica do Grupo de focalização nas suas atividades core, a Martifer vendeu a sua participação de 50 % na REpower Portugal à REpower Systems AG.

2012

2012 é o ano do pleno funcionamento da fábrica da Martifer Metallic Constructions no Brasil. Com capacidade para produzir 12 000 toneladas de estrutura metálica por ano, esta fábrica visa dar resposta aos grandes projetos da empresa no Brasil.

A Martifer Solar conquista o seu primeiro projeto no Brasil: uma instalação fotovoltaica de 300 kW numa fábrica do grupo General Motors em Joinville, no estado de Santa Catarina. A empresa continuou, também, o seu processo de

internacionalização com a entrada na Ucrânia, na Roménia e no México.

2013

Em 2013, a Martifer Solar constrói o maior parque PV da América Latina (30 MW), no México. A empresa foi responsável pela engenharia, fornecimento e construção do parque, e ficou também encarregue dos posteriores serviços de Operação e Manutenção (O&M).

A Martifer Renewables concluiu o terceiro parque eólico na Polónia (Rymanów) para o grupo Ikea. O parque, com 26 MWp, foi inaugurado em junho.

Em novembro, no âmbito de um concurso público internacional, foi adjudicada à Martifer Energy Systems e à Navalria, subsidiárias do grupo Martifer, a subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos ENVC (Estaleiros Navais de Viana do Castelo).

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ENQUADRAMENTO 21

02

2014

No início do ano, a Martifer assina o contrato de subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos antigos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC). É em maio que a West Sea, empresa criada pela Martifer para assumir a subconcessão, começa a laborar em Viana do Castelo. Já no final do ano, a West Sea assina o primeiro contrato para construção naval.

Ainda em 2014, o Brasil recebe o Campeonato Mundial de Futebol, com a Martifer Metallic Constructions a participar na

construção de três estádios: Arena Fonte Nova (Salvador da Bahía), Arena Castelão (Fortaleza) e Arena da Amazônia (Manaus). Também a Martifer Solar esteve presente neste evento, com a construção da cobertura solar fotovoltaica do Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.

2015

É em 2015 que a West Sea assina um contrato com a Marinha Portuguesa para a construção de dois Navios Patrulha Oceânica.

No setor das renováveis, o Grupo conclui e vende o seu quarto projeto eólico na Polónia, Gizalki, ao grupo Ikea, e assina um acordo para a venda de um portefólio de 216,4 MW em Portugal à EDP Renováveis.

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22 RELATÓRIO E CONTAS 2015

02

ENVOLVENTE DE MERCADO

ECONOMIA GLOBAL

Crescimento Económico

As prospeções para o crescimento global apontam para um crescimento inferior em 2016 face a 2015. De facto, diversos fatores condicionam a evolução das economias globais. Primeiro, os importantes desequilíbrios económicos da China, que enquanto uma das maiores economias importadoras e exportadoras a nível global, afeta a globalidade das economias, onde atualmente se observa um recuo da atividade em consequência de investimento e do consumo de bens e serviços inferiores. Segundo, a queda dos preços das commodities, principalmente energéticas e agrícolas, afeta de forma oposta a evolução económica dos países que são claramente exportadores (economias emergentes na sua grande maioria) e importadores (geralmente economias desenvolvidas). Por fim a divergência na direção das políticas monetárias, por um lado contracionistas, em países que

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ENQUADRAMENTO 23

02

apresentam crescimentos sustentados tal como os Estados Unidos e, por outro lado, políticas expansionistas, tal como na Área Euro e no Japão, onde o contexto macroeconómico obriga a intervenção dos bancos centrais, por exemplo, no que diz respeito ao objetivo para a inflação – em ambos os casos, inflação muito baixa ou próxima de 0 %.

Em suma, para 2016, todas as regiões e grupos de países deverão crescer, embora menos do que em 2015.

De facto, a economia chinesa está significativamente interligada, via comércio internacional, com o resto do mundo. O recuo da atividade interna chinesa afeta o ritmo das suas exportações para o resto do mundo, bem como a sua procura interna por bens e serviços, ambos interagindo substancialmente com setor industrial e da construção.

O preço das commodities teve um importante declínio durante o ano de 2015. O setor da energia registou uma queda nos preços de mais de 30 %, sendo o principal fator o excesso de oferta registado no mercado, que apesar dos preços baixos, não levou ao recuo da produção esperado. Acresce a isto a contribuição da oferta iraniana no mercado, depois da chegada a acordo com as seis potências mundiais (EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha). Quanto às commodities agrícolas, estas foram significativamente afetadas pelas favoráveis condições climatéricas, que beneficiaram a produção, inundando o mercado com excedentes de oferta e de stocks. Por fim, os metais industriais registaram também, no decorrer do ano 2015, preços historicamente baixos.

Neste contexto de baixos preços de commodities, as economias emergentes, tradicionalmente exportadoras, verificaram importantes quedas nas suas receitas já que são significativamente dependentes do comércio, neste caso, de matérias-primas. Por outro lado, as economias avançadas, ainda a recuperar da crise financeira de 2007 e tradicionalmente importadoras, beneficiaram deste cenário, mas não o suficiente para compensar o recuo verificado nas economias emergentes.

As economias avançadas enfrentam atualmente um importante desafio – atingir o objetivo da inflação. De facto, o Banco Central Europeu e o Banco do Japão implementam políticas monetárias fortemente expansionistas, injetando liquidez no mercado de forma a estimular as economias. Contudo, as previsões para a inflação continuam baixas e ambas as moedas têm incentivos a depreciar face ao dólar americano. Por sua vez, os Estados Unidos, crescem a um ritmo sustentado e aplicam políticas monetárias contracionistas. A divergência das políticas monetárias estimula a apreciação do dólar, em detrimento, neste caso, do euro.

Em síntese:

1. Recuo da atividade económica chinesa impacta a economia global.

2. Queda generalizada dos preços das commodities: energéticas, agrícolas e metais.

3. Impactos diferenciados da queda dos preços nas economias tradicionalmente exportadoras versus economias importadoras.

4. Políticas monetárias levadas a cabo pelo Banco Central Europeu com vista a atingir o objetivo da inflação de 2 % – forte injeção de liquidez no mercado interbancário.

5. Taxas de juro de referência para a Europa a manter-se em mínimos históricos, enquanto estímulo à economia do Banco Central Europeu.

6. Retoma do crescimento e do emprego em Portugal em 2015 e previsões igualmente otimistas para 2016.

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24 RELATÓRIO E CONTAS 2015

02

Indicadores Globais – (2009-2016e)

2011 2012 2013 2014 2015f 2016e

PIB, Var. % anual

EUA 1,8% 2,3% 2,2% 2,4% 2,4% 2,52%

Zona Euro 1,5% -0,7% -0,4% 1,4% 1,5% 1,8%

Alemanha 3,3% 0,7% 0,5% 1,6% 1,5% 1,8%

Portugal -1,3% -3,2% -1,4% 0,9% 1,7% 1,9%

Inflação, Var. % anual

EUA 3,1% 2,1% 1,5% 1,6% 0,1% 1,8%

Zona Euro 2,7% 2,5% 1,3% 0,5% 0,0% 0,9%

Alemanha 2,5% 2,1% 1,6% 0,9% 0,2% 1,0%

Portugal 3,6% 2,8% 0,4% -0,3% 0,5% 0,7%

Taxa de Desemprego, Var. % anual

EUA 8,9% 8,1% 7,4% 6,1% 5,3% 5,0%

Zona Euro 10,2% 11,3% 11,9% 11,6% 12,4% 10,3%

Alemanha 6,1% 6,8% 5,3% 5,0% 4,6% 6,2%

Portugal 12,7% 15,7% 16,2% 14,1% 12,7% 12,2%

Peso do Défice, % PIB

EUA -8,7% -7,0% -4,1% -5,8% -4,6% -2,6%

Zona Euro -4,1% -3,7% -3,0% -2,5% -1,8% -1,9%

Alemanha -0,8% 0,2% -0,2% -0,2% +0,2% +0,1%

Portugal -4,4% -6,4% -4,9% -4,0% -2,4% -3,4%

Preço do Crude

USD por Barril 107,4 111,1 110,8 57,3 37,3 40.9

Taxas de Juro, Final do ano (%)

Taxas de Juro

- Fed (Fed Funds) 0,25% 0,25% 0,25% 0.25 % 0,5% 1%

- BCE 1,00% 0,75% 0,25% 0,05% 0,05% 0,0%

- BoE 0,50% 0,50% 0,50% 0,50% 0,50% 0,75%

Taxas de Juro de longo prazo (10 y Bonds)

EUA 1,88% 1,76% 3,03% 2,17% 1,80% 1,80%

Zona Euro 1,83% 1,32% 1,93% 0,54% 0,10% 0,20%

Reino Unido 1,98% 1,83% 3,02% 1,76% 1,40% 1,30%

Taxas de Câmbio, final do ano

EUR/USD 1,30 1,32 1,38 1,2 1,14 1,08 FONTE: Reuters, relatórios do FMI, OCDE, INE, Banco Mundial, Banco Central Europeu

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ENQUADRAMENTO 25

02

PULSO DE PORTUGAL

As projeções para a economia portuguesa em 2016 indicam um caminho otimista. De facto após um crescimento de 0,9 % em 2014, prevê-se que em 2015 esse valor aumente para 1,7 % e para 1,9 % em 2016. Estas previsões contemplam um aumento significativo das exportações o que, seguindo a tendência de transferência de recursos para os setores expostos a concorrência internacional, contribuirá, por sua vez, para a redução do endividamento externo português.

Para a aceleração do crescimento português contribui também o aumento da procura interna privada De facto, à medida que as famílias e empresas continuam o processo de desalavancagem, libertam rendimento para as rubricas do consumo privado e investimento, neste caso, formação bruta de capital fixo.

De acordo com o boletim económico do Banco de Portugal de dezembro 2015, existem vários indicadores que evidenciam o bom desempenho português:

‒ Crescimento da procura interna e importante desaceleração da procura por conteúdo importado;

‒ Contributo cada vez mais robusto das exportações para a composição do PIB;

‒ Aumento significativo do emprego em momento de políticas fortemente contracionistas, passando a taxa de desemprego de

13,4 % para 11,9 % entre 2014 e 2015, respetivamente, em períodos homólogos;

‒ Redução do endividamento das famílias em percentagem do rendimento disponível, a par de uma recuperação do consumo de

bens duradouros, são também indicadores do reajustamento da economia portuguesa. Para isto contribuiu também a redução

das taxas de juro praticadas no mercado, fazendo diminuir o serviço da dívida das famílias.

Observam-se, na área euro, taxas de inflação baixas ou muito próximas de zero, que intensificam a ameaça da deflação. A fim de cumprir com o objetivo de 2 % para a inflação, o Banco Central Europeu terá de aplicar pacotes de medidas adicionais – Quantitative Easing. Em consequência da importante injeção monetária prevê-se uma depreciação do euro e a manutenção de taxas de juro de referência substancialmente baixas. Assim, um euro relativamente depreciado poderá trazer estímulos adicionais às exportações extracomunitárias. As taxas de juro baixas estimulam novos financiamentos e beneficiam, também, os financiamentos já existentes, podendo os agentes económicos libertar rendimento para o consumo ou investimento.

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26 RELATÓRIO E CONTAS 2015

02

Apesar de Portugal ter iniciado o rumo da recuperação, o trabalho necessita de ser mantido por forma a demonstrar o compromisso e seriedade assumidos no cumprimento dos objetivos traçados para 2016.

RISCOS DE MERCADO E VOLATILIDADE

Ao longo do ano 2015, o principal índice de volatilidade - VIX INDEX - fechou o ano a atingir os 18,2 pontos, depois de ter chegado ao valor máximo, em 24 de agosto, de 40,7. Os valores mínimos registaram-se no dia 17 de julho, fixando-se em 11,95 pontos; a média do índice em 2015 foi de 16,67 pontos. O índice teve uma performance relativamente estável no primeiro semestre, sendo que o pico máximo coincide com o dia 24 de agosto, conhecido como o “Flash Crash”, um dia em que se verificou um sell-off generalizado nas bolsas americanas, levando a fortes quedas dos índices bolsistas.

VIX INDEX

Fonte: Reuters

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

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ENQUADRAMENTO 27

02

CONTUDO, IDENTIFICAM-SE OS SEGUINTES PONTOS COMO SENDO OS PRINCIPAIS RISCOS PARA 2016

a. Insucesso do Banco Central Europeu no combate à ameaça da deflação, esgotando os recursos.

b. Instabilidade gerada com os conflitos geopolíticos e ameaça terrorista sobre o mundo e principalmente sobre a Europa.

c. Recuo da atividade económica chinesa que impacta a economia global.

d. Brexit e Grexit – termos associados a probabilidade de saída da União Europeia do Reino Unido e da Grécia, respetivamente.

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28 RELATÓRIO E CONTAS 2015

02

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30 RELATÓRIO E CONTAS 2015

03

03 | DESEMPENHO FINANCEIRO NOTA INTRODUTÓRIA Em setembro de 2014, o Grupo passou a classificar o segmento de negócio Solar (composto pela Martifer Solar, S.A. e suas participadas) como um ativo não corrente detido para venda. Esta alteração resultou do facto de estar em execução um plano de venda do interesse económico (atualmente de 55 %) do grupo Martifer na Martifer Solar.

Estando reunidos os requisitos previstos pela IFRS 5, o contributo para os resultados consolidados da Martifer, proveniente deste segmento, é apresentado numa linha autónoma na demonstração dos resultados consolidados. Os contributos dos ativos e dos passivos da unidade operacional, classificada como detida para venda, para a posição financeira consolidada da Martifer estão também apresentados em linhas separadas dos restantes ativos e passivos consolidados do Grupo a 31 de dezembro de 2015.

A discriminação destes contributos consta das Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas.

ANÁLISE DE RESULTADOS CONSOLIDADOS

M€ DEZ-15 DEZ-14 VAR.%

Proveitos Operacionais 252,6 225,8 12%

EBITDA 11,4 6,0 90%

Margem EBITDA 4,5% 2,7% 1,9 pp

Amortizações e depreciações -12,0 -14,6 18%

Provisões e perdas de imparidade 0,1 -38,6 n.m.

EBIT -0,5 -47,3 99%

Margem EBIT -0,2% -20,9% 20,7 pp

Resultados financeiros 3,0 -19,4 n.m.

Resultados antes de impostos 2,5 -66,7 n.m.

Impostos -0,5 -4,9 89%

Resultados depois de impostos de atividades continuadas 2,0 -71,5 n.m.

Resultados de atividades descontinuadas -0,8 -65,2 99%

Atribuível a interesses não controlados 0,2 -34,4 n.m.

Atribuível ao Grupo -1,0 -30,7 97%

Resultado líquido do exercício 1,2 -136,7 n.m.

Atribuível a interesses não controlados 1,7 -43,2 n.m.

Atribuível ao Grupo -0,5 -93,5 99%

Resultado por ação -0,005 -0,957 99%

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DESEMPENHO FINANCEIRO 31

03

PROVEITOS OPERACIONAIS

PROVEITOS OPERACIONAIS DEZ-15 DEZ-14

VAR. (%) M€ PESO M€ PESO

Martifer Consolidado 252,6 100% 225,8 100% 12%

Construção Metálica 238,1 94% 200,5 89% 19%

Renewables 14,0 6% 24,7 11% -43%

Outras 0,5 0% 0,6 0% -17% Em 2015, os Proveitos Operacionais foram superiores aos Proveitos Operacionais de 2014 em 12 %, fixando-se em 253 milhões de euros, sendo 238 milhões de euros na área de Construção Metálica e 14 milhões de euros na área Renewables.

Os Proveitos Operacionais da Renewables, no valor de 14 milhões de euros, resultam de parques em exploração.

Apesar de um aumento de quase 20 % face a 2014, os proveitos operacionais no segmento da Construção Metálica continuam a ser penalizados pela forte recessão do setor de construção, em particular na Europa, que o Grupo vem tentando contrariar via internacionalização, apostando de forma clara nos países emergentes que se apresentam como o motor da construção a nível global.

Como se pode verificar pelo gráfico abaixo, Portugal representa apenas 34 % do total das vendas e prestações de serviços, resultando os restantes 66 % de quatro regiões diferentes: União Europeia (excluindo Portugal) – 32 %, Angola – 15 %, Brasil – 9 % e Arábia Saudita – 9 %.

BREAKDOWN VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS – 2015 VERSUS 2014

Portugal 34%

União Europeia (outros)

32%

Outros 1%

Angola 15%

Brasil 9%

Arábia Saudita

9%

2015

Portugal 24%

União Europeia (outros)

32% Outros 0%

Angola 13%

Brasil 25%

Arábia Saudita

6%

2014

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32 RELATÓRIO E CONTAS 2015

03

EBITDA E RESULTADO LÍQUIDO

EBITDA DEZ-15 DEZ-14

VAR. (%) M€ MARG. M€ MARG.

Martifer Consolidado 11,4 5% 6,0 3% 90%

Construção Metálica 9,2 4% -7,3 -4% n.m.

Renewables 2,7 19% 12,9 52% -79%

Outras -0,5 0,4 n.m.

Em 2015, o EBITDA consolidado do Grupo reflete um acréscimo significativo, quando comparado com o ano 2014, passando de 6 milhões de euros para os 11,4 milhões de euros.

Este acréscimo decorre essencialmente do aumento do EBITDA do segmento da Construção Metálica, que no final de 2015 se cifrou nos 9,2 milhões de euros positivos, que comparam com 7,3 milhões de euros negativos em 2014. Esta melhoria decorre essencialmente da margem obtida nas obras em curso. Na Renewables, o EBITDA atingiu 2,7 milhões de euros com uma margem de 19 % vs. 52 % no período homólogo.

As Amortizações e Depreciações sofreram um decréscimo em 2015, atingindo 12 milhões de euros contra os 15 milhões de euros em 2014. As provisões e perdas de imparidade em ativos fixos atingiram -0,1 milhões de euros (provisões de -2,5 milhões de euros e perdas de imparidade de 2,4 milhões de euros), que comparam com 38,6 milhões de euros em 2014 (36,6 milhões de euros de provisões e 2 milhões de euros de perdas de imparidade em ativos fixos).

Os Resultados Antes de Encargos Financeiros e Impostos (EBIT) atingiram os -0,5 milhões de euros, o que compara com -47 milhões de euros em 2014.

Os Resultados Financeiros totalizaram 3 milhões de euros, comparáveis com -19 milhões de euros no ano anterior. Os juros líquidos registados foram de -7 milhões de euros, as diferenças de câmbio foram desfavoráveis em 1 milhão de euros, e outros encargos financeiros líquidos ascenderam a 11 milhões de euros. Os Resultados Financeiros foram positivamente influenciados pela reestruturação financeira concluída em dezembro.

O Resultado das Atividades Descontinuadas (Solar) foi de -2,2 milhões de euros, que compara com -66,7 milhões de euros em 2014 e representa uma variação de 97 %. Esta melhoria significativa no resultado explica-se pelo aumento dos proveitos e respetiva margem, e também pelo facto de o exercício de 2014 ter sido penalizado por um conjunto de acontecimentos não recorrentes, que implicaram custos adicionais e provisões e perdas de imparidade elevadas.

O Resultado Líquido em 2015 foi de 1,2 milhões de euros positivos, que compara com 137 milhões de euros negativos em 2014, tendo todos os segmentos contribuído positivamente para esta melhoria.

O Resultado Líquido atribuível ao Grupo em 2015 foi de -0,5 milhões de euros que compara com -94 milhões em 2014.

RLE DEZ-15 DEZ-14

VAR. (%) M€ PESO M€ PESO

Martifer Consolidado 1,2 100% -136,7 100% n.m.

Construção Metálica 6,4 544% -68,4 50% n.m.

Renewables 3,4 290% 0,6 0% >100%

Solar (atividade descontinuada) * -2,2 -186% -66,7 49% 97%

Holding, Outras e Ajust. -6,4 -548% -2,2 2% <-100% * Resultado Consolidado da Martifer Solar (o contributo para o Grupo foi de -0,8 milhões de euros). A diferença decorre dos ajustamentos de consolidação, incluídos na linha “Outras, Holding e Ajust.”.

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DESEMPENHO FINANCEIRO 33

03

INVESTIMENTO CONSOLIDADO O valor do investimento em ativos fixos tangíveis e intangíveis, em 2015, foi de 4,4 milhões de euros, aplicado de forma igualitária nos segmentos de ‘Construção Metálica’ (2,3 milhões de euros) e ‘Renewables’ (2 milhões de euros),

CAPEX DEZ-15 DEZ-14

VAR. (%) M€ PESO M€ PESO

Martifer Consolidado 4,4 19% 15,0 100% -71%

Construção Metálica 2,3 10% 13,3 89% -82%

Renewables 2,0 9% 1,7 11% 18%

Outras 0,0 0% 0,0 0% n.m. INVESTIMENTO EM ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS 2014 - 2015 (M€)

15

4

2014 2015

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34 RELATÓRIO E CONTAS 2015

03

ANÁLISE DA ESTRUTURA DE CAPITAL CONSOLIDADA

SITUAÇÃO FINANCEIRA

M€ DEZ-15 DEZ-14 VAR. %

Ativos Fixos (incluindo Goodwill) 163,0 181,7 -10%

Outros Ativos não correntes 76,0 91,2 -17%

Inventários e Devedores Correntes 179,3 188,5 -5%

Disponibilidades e equivalentes 40,6 23,0 76%

Ativos não correntes detidos para venda 147,7 148,3 0%

Ativo Total 606,7 632,7 -4%

Capital Próprio 40,0 40,3 -1%

Interesses não controlados -26,5 -22,9 -16%

Interesses não controlados associados a ativos detidos para venda -1,9 -2,1 9%

Total do Capital Próprio 11,7 15,3 -24%

Dívida e leasings não correntes 286,1 229,4 25%

Outros passivos não correntes 32,6 36,5 -11%

Dívida e leasings correntes 14,8 76,1 -81%

Outros passivos correntes 124,6 143,4 -13%

Passivos relacionados com ativos não correntes detidos para venda 137,0 132,0 4%

Passivo Total 595,0 617,4 -4% O valor total de ativo ascende a 607 milhões de euros (633 milhões a 31 de dezembro de 2014), sendo que o valor dos ativos não correntes totaliza 239 milhões de euros (273 milhões de euros em 2014).

O valor do capital próprio a 31 de dezembro de 2015 totalizava 11,7 milhões de euros, que compara com 15,3 milhões de euros a 31 de dezembro de 2014, sendo atribuível ao Grupo 40 milhões de euros em 2015, um valor equivalente a 2014.

Em virtude do reforço de capitais permanentes, a 31 de dezembro de 2015 a liquidez geral cifrou-se em 130 % (102 % em 2014) e o rácio de solvabilidade em 138 % (103 % em 2014).

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DESEMPENHO FINANCEIRO 35

03

DÍVIDA LIQUIDA

Durante o ano de 2015, mantém-se a tendência decrescente em consonância com as premissas definidas no Plano Estratégico do grupo Martifer. Assim, a 31 de dezembro de 2015, a dívida liquida consolidada ascendia a 260 milhões de euros, refletindo uma redução de 23 milhões de euros face ao exercício anterior.

M€ CONSTRUÇÃO METÁLICA RENEWABLES HOLDING MARTIFER CONSOLIDADO

Dívida Líquida 2015 96 34 130 260

Dívida Líquida 2014 114 41 128 283 Esta variação resulta sobretudo da assinatura dos acordos de reestruturação da dívida financeira do Grupo levada a cabo no final do ano.

TENDÊNCIA DE DECRÉSCIMO DA DÍVIDA LÍQUIDA (M€)

Nota: Dívida Líquida = Empréstimos + Leasing Financeiro (+/-) Derivados – Disponibilidades e Equivalentes

O Grupo continua focalizado no processo de diminuição da Dívida Líquida, como tal, irá continuar empenhado no processo de venda de ativos não core: segmento solar, parques eólicos e, residualmente, pela venda de projetos imobiliários, no decorrer de 2016, de acordo com as premissas definidas no plano de reestruturação do grupo Martifer.

O acordo assinado entre a Martifer e as instituições financeiras de crédito possibilitou ainda a adequação da maturidade dos inflows da atividade operacional do Grupo e de (des) investimento aos outflows da atividade de financiamento através do reescalonamento do vencimento ao longo do tempo, alargando a maturidade média da dívida para a tornar mais coincidente com o grau de permanência dos seus ativos de longo prazo e uma maturidade que permita que os excedentes de tesouraria sejam suficientes para cumprir com as suas responsabilidades. Assim, a 31 de dezembro de 2015, a maturidade média da dívida era de cerca 8 anos.

Esta extensão da maturidade média da dívida possibilitou a adequação do plano de reembolsos de capital à maturidade dos ativos associados, não hipotecando o compromisso decorrente da sua atividade operacional de curto prazo.

Como consequência da assinatura dos acordos de reestruturação, foi ainda possível a uniformização do perfil de amortização da dívida financeira, a redução significativa do custo all-in de financiamento, bem como o reforço da estrutura de capital permanente.

485 444

321 330 377

336 283 260

0

100

200

300

400

500

600

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

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36 RELATÓRIO E CONTAS 2015

03

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38 RELATÓRIO E CONTAS 2015

04

04 | ANÁLISE POR SEGMENTO CONSTRUÇÃO METÁLICA

ANÁLISE SETORIAL

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CIO

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L

De acordo com a análise realizada pela Euroconstruct, publicada em dezembro de 2015, prevê-se que o setor registe um crescimento de 3 %. Uma melhoria significativa face às previsões anteriores que apontavam para um crescimento de apenas 2,4 %, reforçando a ideia de que a situação está a reverter-se sustentavelmente, após sete anos de intensa recessão no setor da construção.

A recuperação destaca-se principalmente no subsetor da construção de residências privadas, evidenciando o massivo fluxo migratório para a Europa, que faz crescer a necessidade e a procura de habitação.

Por outro lado, o subsetor não residencial espera também um cenário otimista, prevendo-se que irá crescer, embora menos do que o setor residencial. Prevêem-se crescimentos negativos para países como a Finlândia e a Suécia.

Para o subsetor da engenharia civil, prevê-se também um crescimento na ordem dos 3,3 % em 2016, destacando-se o importante contributo da Europa de Leste, principalmente da Polónia.

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ANÁLISE POR SEGMENTO 39

04

ATIVIDADE

A carteira de encomendas no final de 2015 ascendia a 262 milhões de euros e estava dispersa por vários países.

Das adjudicações mais recentes destacam-se os seguintes projetos:

• Em Portugal, o Ancora Project (torres eólicas), o Aeroporto de Faro e os Navios de Patrulha Oceânicos

• Em França o centro de negócios Paris-Asia

• Em Angola, vários edifícios no âmbito do projeto “Grandes Moagens de Angola”

• Na Argélia, a central de ciclo combinado Djelfa

• No Reino Unido, os hospitais de Midland e de Liverpool

• Em Espanha, o edifício Ilunion

CARTEIRA DE ENCOMENDAS POR GEOGRAFIA

GEOGRAFIA TOTAL (M€) %

África 56 21%

Argélia 22 8%

África Subsariana 34 13%

Europa de Leste e Médio Oriente 27 10%

Europa Ocidental 179 69%

Construção Metálica 99 38%

Industria Naval 81 31%

TOTAL 262 100%

RESULTADOS

M€ DEZ-15 DEZ-14 VAR.%

Proveitos Operacionais 238,1 200,5 19%

EBITDA 9,2 -7,3 n.m.

Margem EBITDA 3,9% -3,6% 7,5 pp

Amortizações e depreciações -5,9 -6,8 13%

Provisões e perdas de imparidade 3,3 -37,3 n.m.

EBIT 6,6 -51,4 n.m.

Margem EBIT 2,8% -25,6% 28,4 pp

Resultados financeiros 0,8 -16,7 n.m.

Resultados antes de impostos 7,4 -68,1 n.m.

Impostos -1,0 -0,3 <-100%

Resultado líquido do exercício 6,4 -68,4 n.m.

Atribuível a interesses não controlados 0,3 0,3 4%

Atribuível ao Grupo 6,1 -68,7 n.m.

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40 RELATÓRIO E CONTAS 2015

04

Os Proveitos Operacionais da área de Construção Metálica ascenderam a 238,1 milhões de euros em 2015, o que representa um crescimento de cerca de 20 % face a 2014, com Portugal a representar cerca de 40 % e os restantes 60 % distribuídos por várias geografias, o que reflete o esforço que o Grupo vem perseguindo de internacionalização e de focalização em países com crescimento económico e com plano de investimento em infraestruturas.

O EBITDA em 2015 situou-se nos 9,2 milhões de euros, que comparam com -7,3 milhões de euros em 2014, e resulta de uma melhoria nas margens das obras, particularmente em alguns mercados como a Arábia Saudita.

O EBIT foi positivo em 6,6 milhões de euros que compara com um valor negativo de 51 milhões de euros registados em 2014, ano em que o mesmo foi afetado negativamente pelo reconhecimento de imparidades e provisões para contratos onerosos de valores muito significativos.

Os Encargos Financeiros Líquidos (juros e outros encargos financeiros) em 2015 ascenderam a - 2,3 milhões de euros (ou seja, proveito líquido de 2,3 milhões de euros), beneficiando do impacto da reestruturação financeira concluída em dezembro.

O Resultado Líquido no final do ano 2015 totalizou 6,4 milhões de euros (6,1 milhões euros atribuíveis ao Grupo), que comparam com -68,4 milhões de euros em 2014.

A Dívida Financeira Líquida da área de Construção Metálica a 31 de dezembro de 2015 atingiu 96 milhões de euros, menos 18 milhões de euros que em 31 de dezembro de 2014.

O CAPEX total no final de 2015 atingiu os 2,3 milhões de euros, maioritariamente aplicado no reforço da capacidade operacional da West Sea (Estaleiro Naval em Viana do Castelo, Portugal).

Angola 14%

Arábia Saudita

9%

Brasil 9%

França 6%

Outros 1%

Portugal 40%

Reino Unido 12%

UE (outros) 9%

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ANÁLISE POR SEGMENTO 41

04

RENEWABLES

ANÁLISE SETORIAL

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CIO

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L

Os investimentos globais em energias renováveis mantêm uma tendência crescente ao longo da última década, ultrapassando em 2015 os 329 mil milhões de dólares, o que reflete também a crescente preocupação ambiental.

No que diz respeito ao setor da energia eólica, os números sobre a capacidade instalada aumentam de ano para ano. De facto, desde 2014, todos os anos tem batido o recorde de capacidade instalada do ano anterior. Embora os números de 2015 por esta altura ainda não sejam finais, estima-se que ultrapassem os 51,4 GW de 2014, e atinjam 60,0 GW. Em 2016, espera-se que esse número seja também ultrapassado.

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42 RELATÓRIO E CONTAS 2015

04

ATIVIDADE

A Martifer Renewables atua como um developer de energias renováveis, principalmente no desenvolvimento de parques eólicos e solares fotovoltaicos. Mais do que acumular potência em exploração, a estratégia da Martifer Renewables assenta numa rigorosa utilização de capitais no desenvolvimento e construção de projetos, tendo implementado uma política de rotação de ativos em processo de desenvolvimento, gestão da construção, gestão de ativos e operação e manutenção (O&M).

Esta área de negócio, que contava com 39 colaboradores no final do ano, tem uma vasta experiência em desenvolvimento e gestão de parques solares e eólicos estando presente em cinco países: Portugal, Espanha, Roménia, Polónia e Brasil. Detendo, na totalidade ou em parceria, um portefólio de mais de 100 MW em operação. A Martifer Renewables já desenvolveu e construiu mais de 700 MW em diferentes geografias, tendo como parceiras, nos últimos projetos vendidos, empresas de destaque como o IKEA na Polónia ou o Banco Santander, a CPFL e a Tractebel no Brasil.

Em 2015, a Martifer Renewables vendeu o projeto de Gizalki (36 MW) na Polónia e acordou a venda dos projetos Assú (90 MW) e Floresta (80 MW) no Brasil. Em Portugal, através da sua associada Ventinveste, acordou a venda de 216 MW à EDP e iniciou, através da parceria criada pela Ventinveste com o grupo Ferrostaal, a construção de 171,6 MW de projetos eólicos.

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Atualmente, a Ásia domina o mercado da energia eólica, detendo a maioria da capacidade instalada a nível mundial, sendo que a China detém 25 GW, tendo um target de 250 GW estabelecido para 2020. Os Estados Unidos afirmam ter o objetivo de abastecer 10 % das suas necessidades através de energia eólica até 2020. A Europa deixou de ser a região que mais capacidade instalada acrescentava em termos anuais. Espera-se que se mantenha estável durante o ano de 2016, sendo que no decurso de 2015 apenas terá acrescentado 2 GW, na Alemanha. Os relatórios indicam o Reino Unido como sendo o país com maior potencial. Quanto à América Latina, tanto a energia eólica como a energia solar crescem a ritmos significativos. A África Subsariana abriga um potencial estimado de cerca de 1 300 GW.

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ANÁLISE POR SEGMENTO 43

04

RESULTADOS

M€ DEZ-15 DEZ-14 VAR.%

Proveitos Operacionais 14,0 24,7 -43%

EBITDA 2,7 12,9 -79%

Margem EBITDA 18,9% 52,2% -33,3 pp

Amortizações e depreciações -5,5 -6,4 14%

Provisões e perdas de imparidade -1,7 -1,3 -31%

EBIT -4,6 5,2 n.m.

Margem EBIT -32,7% 21,0% -53,7 pp

Resultados financeiros 7,4 0,0 n.m.

Resultados antes de impostos 2,8 5,2 -45%

Impostos 0,6 -4,5 n.m.

Resultado líquido do exercício 3,4 0,6 >100%

Atribuível a interesses não controlados 0,1 5,3 -99%

Atribuível ao Grupo 3,3 -4,7 n.m. O total de Proveitos Operacionais da Renewables ascendeu a cerca de 14 milhões de euros e resulta da atividade operacional dos parques em exploração. O EBITDA atingiu os 3 milhões de euros em 2015, apresentando uma redução de 79 % face ao ano anterior.

Os Proveitos Operacionais deste segmento continuam focalizados no mercado externo.

O Resultado Líquido do exercício foi positivo em 3 milhões de euros em 2015, com o contributo dos resultados financeiros que incluem o ganho decorrente da venda de Gizalki na Polónia.

O Investimento total realizado em 2015 de 2 milhões de euros foi essencialmente aplicado no desenvolvimento de projetos eólicos.

A Dívida Líquida em 2015 totalizava cerca de 34 milhões de euros, um decréscimo de 7 milhões de euros face ao ano anterior em consequência da redução da dívida bruta e do aumento das disponibilidades.

Brasil 2%

Espanha 37%

Outros 0%

Polónia 18%

Portugal 0%

Roménia 43%

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44 RELATÓRIO E CONTAS 2015

04

RESULTADOS DE ATIVIDADES DESCONTINUADAS (SOLAR) Conforme foi referido na nota introdutória do ponto 03 – Desempenho Financeiro, em setembro de 2014, o Grupo passou a classificar o segmento de negócio Solar (composto pela Martifer Solar, S.A. e suas participadas) como um ativo não corrente detido para venda. Esta alteração resultou do facto de estar em execução um plano de venda do interesse económico (atualmente de 55 %) do grupo Martifer na Martifer Solar.

Estando reunidos os requisitos previstos pela IFRS 5, o contributo para os resultados consolidados da Martifer, proveniente deste segmento, é apresentado numa linha autónoma na demonstração dos resultados consolidados, e os contributos dos ativos e dos passivos da unidade operacional classificada como detida para venda para a posição financeira consolidada da Martifer, estão também apresentados em linhas separadas dos restantes ativos e passivos consolidados do Grupo a 31 de dezembro de 2015.

Os resultados de atividades descontinuadas foram -2,2 milhões de euros, sendo atribuível à Martifer Solar, S.A. -3,2 milhões de euros. O resultado atribuível ao Grupo foi de -0,8 milhões de euros.

Apresentamos abaixo a análise dos principais aspetos do desempenho e da situação deste segmento a 31 de dezembro de 2015.

ATIVIDADE

A carteira de contratos chave na mão (assinados) é de cerca de 209 milhões de euros e estão diversificados pela Europa, Ásia e África.

O posicionamento estratégico da Martifer Solar passa pela focalização em mercados maduros com um enquadramento regulatório favorável e em países emergentes com bom potencial solar para a execução de soluções on e off-grid, sendo importante referir que as margens no segmento solar foram reduzidas ao longo da cadeia de valor, com cortes significativos nos apoios governamentais e um aumento da concorrência.

RESULTADOS

O segmento Solar terminou 2015 com um prejuízo de 2,2 milhões de euros, tendo o contributo para a Martifer Solar, S.A. (perspetiva consolidada nesta holding) ascendido a -3,2 milhões de euros.

M€ DEZ-15 DEZ-14 VAR.%

Proveitos Operacionais 142,6 119,1 20% EBITDA 3,6 -27,2 n.m. Margem EBITDA 2,5% -22,8% 25,3 pp Amortizações e depreciações -2,5 -2,6 5% Provisões e perdas de imparidade 2,2 -19,9 n.m. EBIT 3,3 -49,6 n.m. Margem EBIT 2,3% -41,7% 44 pp Resultados financeiros -6,5 -8,3 21% Resultados antes de impostos -3,2 -57,9 94% Impostos 1,0 -8,8 n.m. Resultado líquido do exercício -2,2 -66,7 97% Atribuível a interesses não controlados 1,0 -9,5 n.m. Atribuível ao Grupo -3,2 -57,2 94%

Os Proveitos Operacionais registaram em 2015 um aumento de 20 % face a 2014, totalizando 142,6 milhões de euros, justificados, essencialmente, por um projeto de EPC de 57 MW em construção na Jordânia e pela fase final de construção de projetos no Reino Unido.

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ANÁLISE POR SEGMENTO 45

04

O EBITDA no final de 2015 foi de 3,6 milhões de euros (cerca de -27 milhões de euros em 2014), com uma margem de 2,5 % vs. -23 % no período homólogo, evidenciando assim uma melhoria no desempenho operacional global do segmento Solar, contrastando com as perdas registadas no exercício do ano de 2014. Por outro lado, no decorrer de 2015 as obras em construção do Reino Unido, que transitaram de 2014, foram afetadas por ajustamentos nas suas margens operacionais, tendo um impacto desfavorável e negativo ao nível do EBITDA.

Os Proveitos Operacionais deste segmento continuam focalizados no mercado externo, destacando-se agora a Jordânia, como já referido anteriormente.

Os Encargos Financeiros Líquidos em 2015 ascenderam a 6,5 milhões de euros (em 2014, 8,3 milhões de euros), registando-se assim uma melhoria face ao período homólogo. O Resultado Líquido do exercício cifrou-se em -2,2 milhões de euros (-3,2 milhões de euros são atribuíveis à Martifer Solar, S.A.).

O Investimento (CAPEX) registado em 2015 foi de cerca de 0,9 milhões de euros, sendo explicado essencialmente por investimento realizado em Portugal (Martifer Solar S.A., com 750 mil euros), Chile, Jordânia, entre outros.

A Dívida Líquida registada no dia 31 de dezembro de 2015 foi de 49 milhões de euros, menos 9 milhões de euros que em 2014, atestando o esforço realizado para controlo da mesma, em linha com a atual estratégia do Grupo.

América Latina

5% Itália 8%

Jordânia 53%

Outros 0%

Portugal 9%

Reino Unido 19%

UE (outros) 6%

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46 RELATÓRIO E CONTAS 2015

04

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48 RELATÓRIO E CONTAS 2015

05

05 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS Durante o exercício de 2015, o nível dos serviços de suporte que a Martifer, SGPS, S.A. (holding do Grupo) prestou às restantes empresas do Grupo foi semelhante ao de 2014 e 2013, ano em que grande parte dos serviços que eram prestados pela Empresa foram transferidos para as Áreas de Negócio, na sequência da estratégia de atribuição de maior autonomia, com a consequente descentralização e maior responsabilização daquelas.

O resultado líquido da Martifer, SGPS, S.A. foi positivo em 1,4 milhões de euros, que compara com um resultado líquido negativo de 121,6 milhões de euros no ano anterior.

Os impactos mais significativos no resultado líquido foram a reversão de imparidades em investimentos financeiros (saldo líquido positivo de 12 milhões de euros) e perdas imputadas de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos.

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50 RELATÓRIO E CONTAS 2015

06

06 | COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER PERFORMANCE DA AÇÃO | 2015

Fonte: Reuters

VOLUME TRANSACIONADO | 2015 –‘000 ações

Fonte: Reuters

As ações da Martifer finalizaram o ano de 2015 a valorizar cerca de 21 % com o PSI-20, o principal índice bolsista da Euronext Lisbon, a valorizar aproximadamente 13 %, relativamente ao final do ano 2014. O preço da ação Martifer fechou o ano 2015 nos 0,227 €/ação (0,187 €/ação no final de 2014). O preço máximo atingido foi de 0,45 €/ação (1,20 €/ação em 2014) e o mínimo foi de

0

50

100

150

200

250

300

Martifer

PSI 20

0

200

400

600

800

1000

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COMPORTAMENTO DA AÇÃO MARTIFER 51

06

0,195 €/ação (0,186 €/ação em 2014). O volume médio diário de ações transacionadas durante 2015 foi de 55 047 ações (66 898 ações em 2014).

A capitalização bolsista da Martifer a 31 de dezembro de 2015 situou-se nos 22,7 milhões de euros, contra 18,7 milhões de euros no final de 2014.

AQUISIÇÃO DE AÇÕES PRÓPRIAS Nos termos e para o efeito do disposto no Regulamento da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários nº 5/2008, designadamente os números 1 e 2 do Artigo 11º, confirmamos que a Martifer SGPS, S.A. não adquiriu em bolsa ações próprias no decorrer de 2015. Sendo assim, a posição não foi alterada, detendo o total de 2 215 910 ações próprias, representativas de 2,22 % do seu capital social.

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52 RELATÓRIO E CONTAS 2015

06

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54 RELATÓRIO E CONTAS 2015

07

07 | PERSPETIVAS FUTURAS Em 2016 continuaremos a implementar a estratégia definida, mantendo o foco nos principais objetivos estratégicos, tendo como principal finalidade a melhoria da rentabilidade e o consequente turnaround do Grupo. Procuraremos:

Reforçar a presença internacional com enfoque em geografias core e oportunidades atrativas em mercados com rentabilidades acima da média;

Reforçar a carteira de encomendas nas áreas Naval e Alumínios e a estratégia de rotação de ativos no segmento Renewables;

Reduzir o endividamento através do desinvestimento em negócios não core e alienação de ativos não core;

Redimensionar e adequar a estrutura em todas as geografias onde estamos presentes;

Melhorar os processos e a eficiência operacional

Para 2016, dadas as estimativas de fraco crescimento e até recessão económica na maioria dos países a nível mundial, perspetivamos um ano difícil e com muitos desafios, mas acreditamos que a estratégia que temos definida irá permitir superar as dificuldades e atingir uma melhoria da rentabilidade do Grupo.

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56 RELATÓRIO E CONTAS 2015

08

08 | PRINCIPAIS RISCOS RISCOS FINANCEIROS

A) RISCO DE PREÇO

A volatilidade do preço das matérias-primas constitui um risco para o Grupo, tanto na área de Construção Metálica como na Solar. As medidas/taxas antidumping que a União Europeia decidiu implementar sobre os produtos do aço e do alumínio provenientes da China provocaram uma grande incerteza ao nível do preço que vai afetar a atividade operacional da área de negócio de construção metálica. No que concerne à evolução de mercado dos preços dos painéis solares, estes mantiveram-se constantes, no entanto, a sua variação pode também influenciar a atividade solar. A Martifer tem procurado mitigar este risco da mesma forma nas duas áreas, ou seja, através de contratos com clientes que permitam repercutir as alterações do preço da matéria-prima no valor pago pelo cliente e garantindo junto dos seus fornecedores preços fixos para projetos de grande dimensão.

B) RISCO DE TAXA DE CÂMBIO

O risco cambial apresenta uma forte interdependência com os restantes tipos de risco, salientando-se a sua relação com o risco dos países, através da evolução das economias e o seu impacto nas taxas de inflação e de juro e com o risco de crédito, por via das oscilações monetárias que poderão colocar em causa futuros fluxos financeiros, traduzindo-se na possibilidade de registar perdas ou ganhos em resultado de variações de taxas de câmbio entre diferentes divisas.

A internacionalização do Grupo obriga-o a estar exposto ao risco de taxa de câmbio das moedas de diferentes países.

A exposição ao risco de taxa de câmbio do Grupo resulta fundamentalmente das atividades operacionais (em que os gastos, rendimentos, ativos e passivos são denominados em moedas diferentes da moeda de relato), das operações realizadas entre essas subsidiárias e outras empresas do Grupo e da existência de transações efetuadas pelas empresas operacionais em moeda diferente da moeda de reporte do Grupo.

A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pelo Grupo tem como objetivo último diminuir ao máximo a sensibilidade dos seus resultados a flutuações cambiais.

No âmbito da atividade operacional de todas as subsidiárias, procura-se que as transações sejam realizadas nas respetivas moedas locais. Pela mesma razão, os empréstimos contraídos pelas subsidiárias estrangeiras são preferencialmente contraídos nas respetivas moedas locais.

No que respeita à cobertura de risco cambial, as operações de cobertura são esporádicas por se considerar que o seu custo é, por vezes, excessivo face ao nível dos riscos envolvidos. No entanto, sempre que considerado adequado, o Grupo contrata a cobertura de taxas de câmbio por forma a cobrir o risco.

Durante o ano 2015, como consequência da grave crise económica e financeira que Angola tem vindo a enfrentar, explicada, em larga medida, pela acentuada queda do preço do petróleo, assistiu-se a uma enorme escassez de divisas transacionáveis no mercado Angolano, provocando desta forma limitações nos fluxos financeiros provenientes dessa geografia.

O grupo Martifer tem mitigado este risco através de instrumentos financeiros apresentados pelos clientes (ex. cartas de crédito) de forma a manter o normal fluxo financeiro.

C) RISCO DE TAXA DE JURO

O risco de taxa de juro traduz a possibilidade de existirem flutuações no montante dos encargos financeiros futuros em empréstimos contraídos devido à evolução do nível de taxas de juro de mercado.

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PRINCIPAIS RISCOS 57

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O custo da dívida financeira contraída pelo Grupo está indexado a taxas de referência de curto prazo, revistas com uma periodicidade inferior a um ano e adicionadas de prémios de risco oportunamente negociados. Assim, variações nas taxas de juro podem afetar os resultados do Grupo.

A exposição do Grupo ao risco da taxa de juro advém de passivos financeiros contratados a taxa fixa e/ou taxa variável. No primeiro caso, o Grupo enfrenta um risco de variação do justo valor desses ativos ou passivos, na medida em que qualquer alteração das taxas de mercado envolve um custo de oportunidade. No segundo caso tal alteração tem impacto direto no valor dos juros, provocando, consequentemente, variações de caixa.

Nos empréstimos de médio e longo prazo mais significativos, o Grupo recorre, sempre que considera adequado, a empréstimos de taxa fixa ou a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição a alterações nas taxas de juro vigentes nesses empréstimos. O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos derivados de taxa de juro contratados são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contraídos, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.

Durante o ano de 2015, as taxas de juro de referência na zona euro mantiveram-se a níveis muito baixos, atingindo mesmo valores negativos no final do ano. De acordo com as projeções do Banco Central Europeu publicadas em março de 2016 (“March 2016 ECB staff macroeconomic projections for the euro area”), as taxas deverão manter-se a níveis muito baixos durante os anos de 2016 e 2017, esperando-se apenas um modesto crescimento para 2018.

A 17 de dezembro de 2015, foram assinados os acordos de reestruturação da dívida do grupo a Martifer com os Bancos, que envolveram a renegociação das taxas de prémio de risco (Spread) para valores muito competitivos, possibilitando uma menor exposição ao risco de taxa de juro. Esta alteração do pricing dos financiamentos bancários produziu efeitos a partir de 1 de janeiro de 2015. Este fator aliado à estabilidade esperada nas taxas de referência concorrem para que a exposição da Martifer ao risco de taxa de juro seja atualmente reduzido.

D) RISCO DE LIQUIDEZ

O risco de liquidez traduz a capacidade do Grupo fazer face às suas responsabilidades financeiras, tendo em conta os recursos financeiros disponíveis.

O principal objetivo da política de gestão de risco da liquidez é garantir que o Grupo tem ao seu dispor, a qualquer momento, os recursos financeiros suficientes para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas, honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, através de uma adequada gestão da relação custo - maturidade dos financiamentos.

Conforme mencionado no ponto anterior, no final de 2015, o Grupo reestruturou a sua dívida com as instituições financeiras, através do reescalonamento do vencimento dos financiamentos bancários ao longo do tempo, alargando a maturidade média da dívida por forma a torná-la coincidente com o grau de permanência dos seus ativos de longo prazo e, simultaneamente, para permitir que os excedentes de tesouraria sejam suficientes para cumprir com as suas responsabilidades.

Assim, e atendendo ao cariz de médio/longo prazo dos investimentos efetuados, o serviço da dívida passa a acompanhar a maturidade dos ativos associados, não hipotecando o compromisso decorrente da sua atividade operacional de curto prazo na prossecução do objetivo do Grupo de adequar a maturidade de inflows da atividade operacional e de (des)investimento aos outflows da atividade de financiamento.

Em consequência das medidas anteriormente mencionadas, verifica-se que, a 31 de dezembro de 2015, o Ativo Corrente supera largamente o Passivo Corrente. Assim, o risco de liquidez é bastante reduzido, dada a capacidade que a Martifer tem na transformação dos seus ativos de curto prazo em liquidez.

A direção financeira faz o acompanhamento da implementação das políticas de gestão de risco definidas pela administração, de forma a garantir que os riscos económicos e financeiros são identificados, mensurados e geridos de acordo com tais políticas.

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E) RISCO DE CRÉDITO

O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afetem as economias a uma escala local, nacional ou internacional podem originar a incapacidade dos clientes do grupo Martifer para saldar as suas obrigações, com eventuais efeitos negativos nos resultados do Grupo.

O Grupo encontra-se sujeito ao risco no crédito que concerne à atividade operacional – Clientes e Outros Devedores e outras contas a receber.

Ciente desta realidade, o Grupo procura avaliar o risco de crédito de todos os seus clientes como racional para o estabelecimento do crédito a conceder, sendo objetivo último assegurar a efetiva cobrança dos créditos nos prazos estabelecidos.

Com este objetivo, o Grupo recorre a agências de informação financeira e avaliação de crédito e efetua regularmente análises de risco e controlo de crédito, bem como cobrança e gestão de processos em contencioso, procedimentos essenciais para gerir a atividade creditícia e minimizar a ocorrência de incobráveis.

RISCOS OPERACIONAIS

A) CONSTRUÇÃO METÁLICA

Os riscos operacionais na área de Construção Metálica, que a partir de 2011 passou também a integrar a área de equipamentos para energia, agrupam-se atualmente em três fontes de riscos - risco de cliente, risco de fornecedor e risco externo, que por sua vez se subdivide em problemas específicos.

No risco de cliente, podem ser identificadas, por exemplo, questões que possam ocorrer ao nível da contratação, como a falta de convergência na interpretação e aplicação das disposições contratuais, o desagrado ou insatisfação com o serviço/produto e ainda o risco de incumprimento no pagamento do preço estipulado após a entrega dos projetos.

No que diz respeito à volatilidade da procura, será de realçar que a área de negócio depende, em parte, do lançamento de concursos públicos para obras de infraestruturas públicas (e.g. pontes, aeroportos, gares). No âmbito dos concursos públicos, a Martifer está sujeita a uma regulamentação complexa, própria de cada país, nomeadamente no que respeita à apresentação de propostas e à elaboração de dossiers administrativos completos, com respeito pelo caderno de encargos definido pela entidade contratante, que poderão representar custos acrescidos para o grupo Martifer. É de realçar que, não obstante a referida dependência de concursos públicos, a Martifer tem tido a capacidade de captar negócios não sujeitos a concurso público, reduzindo a sua exposição a este risco.

No risco com o fornecedor, é de sublinhar que a Martifer Construções, como perita em projetos de engenharia, recorre muitas vezes à subcontratação de outras empresas, que por sua vez podem falhar na execução dos seus contratos e comprometer em efeito “dominó” o cumprimento do prazo de entrega dos projetos. Ou seja, associado à construção está ainda o risco de eventuais atrasos na entrega de obras, com as inerentes penalizações contratuais.

Finalmente, no âmbito dos riscos externos, e sendo certo que a área de Construção Metálica tem uma forte correlação com o crescimento da economia e com a formação bruta de capital fixo, é portanto sensível à atual conjuntura económica. Nesse sentido, o agravamento da crise da dívida soberana na Europa levanta também outros problemas, nomeadamente os planos de austeridade que implicam cortes severos e transversais no investimento público e a diminuição significativa de liquidez na totalidade do sistema financeiro, que leva muitas vezes a que, apesar da existência de projetos aliciantes, não exista, porém, o correspondente capital que permita a sua execução.

A forma que a área de Construção Metálica encontrou para mitigar estes riscos externos foi através da dispersão dos negócios por diferentes geografias, nomeadamente pela entrada em mercados que registam maiores taxas de crescimento no setor da construção, como o caso do mercado angolano e do mercado argelino, ou mesmo países de visita como a Arábia Saudita, que permitirão compensar quer os efeitos da recessão económica em Portugal quer o abrandamento económico na Europa.

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PRINCIPAIS RISCOS 59

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B) SOLAR

Na atividade de desenvolvimento e instalação de parques “chave na mão”, eventuais atrasos na obtenção das licenças necessárias por parte dos clientes finais ou atrasos não antecipados na entrega de equipamentos poderão pôr em causa os calendários inicialmente previstos para a execução dos respetivos projetos. Apesar de contratualmente este tipo de atrasos não ser alvo de penalizações, em alguns casos esta situação pode constituir um risco para o Grupo em virtude das dificuldades de planeamento que pode acarretar.

Adicionalmente, a crise no mercado financeiro tem vindo a dificultar o acesso a financiamento por parte dos promotores, levando ao adiamento de alguns projetos. A diversificação do negócio ao longo da cadeia de valor e a carteira diversificada de clientes, dentro e fora do Grupo, que vêm sendo adotados, permitirão reduzir o eventual impacto desta situação.

Os módulos solares fotovoltaicos produzidos pela empresa são comercializados com uma garantia de produto de 5 anos e garantia de performance de 25 anos, pelo que este segmento está exposto ao risco de reclamações por garantias por períodos muito longos após a venda dos equipamentos. Nesse sentido, eventuais problemas com a qualidade dos produtos ou performance podem implicar custos elevados. A performance dos sistemas solares é também garantida no caso dos módulos que são adquiridos para a construção de parques solares, sendo que, nesta situação, a responsabilidade do Grupo é diminuída porque existe direito de regresso sobre os fornecedores.

Por outro lado, muitos equipamentos de produção de módulos solares fotovoltaicos são customizados para matérias-primas específicas, pelo que existe o risco de dependência de fornecedores de matéria-prima chave. O Grupo tem vindo a mitigar este risco através do estabelecimento de contratos de longo prazo para algumas matérias-primas, realizando uma seleção criteriosa dos fornecedores e diligenciando no sentido da obtenção de uma diversificação de fornecedores para cada uma das matérias-primas relevantes do processo produtivo.

C) RENEWABLES

Os índices de produtividade ligados ao negócio das energias renováveis dependem não só dos custos operacionais, mas também das suas receitas (função do preço e da quantidade de energia produzida pelos ativos). O equipamento utilizado e alguns fatores exógenos, como o vento, que por sua vez depende da localização dos parques eólicos, influenciam a produção de energia e consequentemente os resultados. Sempre que a velocidade de vento for inferior ou superior aos limites dos equipamentos, deixa de ser produzida energia. Estes limites variam de acordo com o fabricante e o tipo de aerogeradores. Adicionalmente, cada aerogerador possui a sua curva de potência que determina a potência gerada a cada velocidade de vento.

A disponibilidade do equipamento e a curva de potência de cada aerogerador são garantidas contratualmente, sendo estabelecidas indemnizações a pagar pelos fornecedores se a disponibilidade não for satisfeita ou se a curva de potência não for atingida.

Este risco é mitigado também através da diversificação geográfica dos parques eólicos que permite compensar as variações do vento em cada área e manter a quantidade total de energia produzida relativamente estável.

No caso da energia solar fotovoltaica, os fatores exógenos são mais facilmente previstos, pelo que a variação das receitas acaba por ser minimizada.

LICENCIAMENTO:

Os parques eólicos e solares estão sujeitos a uma regulamentação rigorosa em matéria de desenvolvimento, construção, licenciamento e operação de centrais. Se as autoridades relevantes nas jurisdições em que o Grupo opera deixarem de continuar a apoiar ou reduzirem o seu apoio ao desenvolvimento de parques eólicos e solares, tais ações poderão ter um impacto significativo sobre a atividade.

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60 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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RISCOS JURÍDICOS A Martifer está sujeita a leis e regulamentos nacionais e locais, respeitantes às várias geografias e mercados onde está presente e que visam assegurar, entre outros, os direitos dos trabalhadores, a proteção do meio ambiente e o ordenamento do território e a manutenção de um mercado aberto e competitivo. Assim, as alterações legislativas e regulatórias que possam abranger as condições de condução das atividades do Grupo e, consequentemente, prejudicar ou impedir o alcance dos objetivos estratégicos implicam a adaptação da Empresa às novas realidades de regulação.

A gestão dos riscos jurídicos é efetuada pelo Departamento Jurídico da holding e de cada Área de Negócio do Grupo e monitorizada no âmbito das assessorias legais e fiscais dedicadas às respetivas atividades, que funcionam na dependência da administração e gestão, desenvolvendo as suas competências em articulação com os demais departamentos fiscais e financeiros, de forma a assegurar a proteção dos interesses da Sociedade e, em última instância, dos stakeholders, no respeito estrito pelo cumprimento dos seus deveres legais.

Os membros que integram os referidos departamentos jurídicos e assessorias possuem formação especializada e participam regularmente em ações de formação e atualização.

A assessoria legal e fiscal é igualmente garantida, a nível nacional e internacional, por profissionais externos, selecionados entre firmas de reconhecida reputação e de acordo com elevados critérios de competência, ética e experiência.

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62 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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09 | PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS O Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral de Acionistas que o resultado líquido positivo apurado nas demonstrações financeiras individuais, no montante de 1.401.241,19 euros, registado no ano de 2015, tenha a seguinte aplicação:

Para Reserva Legal, 5 % do Resultado Líquido, no total de 70.062,06 euros;

Para Resultados Transitados, 1.331.179,13 euros.

Oliveira de Frades, 6 de abril de 2016

O Conselho de Administração,

Carlos Manuel Marques Martins (Presidente)

Jorge Alberto Marques Martins (Vice-Presidente)

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira (Vogal do Conselho de Administração)

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo (Vogal do Conselho de Administração)

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha (Vogal do Conselho de Administração)

Luís Valadares Tavares (Vogal do Conselho de Administração)

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64 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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10 | OUTRAS INFORMAÇÕES ATIVIDADE DESENVOLVIDA PELOS MEMBROS NÃO EXECUTIVOS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Para além de integrar o Conselho de Administração da Martifer SGPS, SA, quase todos os Administradores não executivos integram, pelo menos, uma das Comissões nomeadas pelo Conselho de Administração (Comissão do Governo Societário, Comissão de Ética e de Conduta ou Comissão de Risco), cujo regulamento se encontra divulgado no sítio da Internet do Grupo e cujas funções e atividades desenvolvidas ao longo do ano de 2015 se encontram descritas no Relatório de Governo da Sociedade.

Durante o ano, os administradores não executivos partilharam e manifestaram opiniões relevantes, relativamente a áreas de negócio específicas, tendo por base o desempenho dos negócios, os riscos incorridos e as perspetivas para o futuro, mantendo uma comunicação regular com os administradores executivos, administradores das áreas de negócios e diretores.

AUTORIZAÇÕES CONCEDIDAS A NEGÓCIOS ENTRE A SOCIEDADE E OS SEUS ADMINISTRADORES, NOS TERMOS DO ART. 397.º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS

Em 2015, realizaram-se os seguintes negócios ou operações significativas em termos económicos entre a Sociedade e os membros dos seus órgãos de administração e de fiscalização:

Alienação de 100 % do capital da sociedade participada MARTIFER – INOVAÇÃO E GESTÃO, S.A., com sede na Zona Industrial de Oliveira de Frades, freguesia de Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães e concelho de Oliveira de Frades, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Oliveira de Frades sob o número único de matrícula e de pessoa coletiva 507 986 644, com o capital social de 100 000 (cem mil euros), à também participada MARTIFER METALLIC CONSTRUCTIONS – SGPS, S.A., detida em 75 % pela MARTIFER SGPS, S.A. e em 25 % pela VETOR DIÁLOGO – SGPS, S.A., na qual os Administradores Eng. Carlos Manuel Marques Martins e Dr. Jorge Alberto Marques Martins detêm uma participação de 53,05 %, de forma indireta, através da sociedade I’M SGPS, S.A. O Conselho Fiscal emitiu parecer favorável à alienação, em 20 de outubro de 2015.

Alienação de 100 % do capital da sociedade participada MARTIFER ENERGY SYSTEMS, SGPS, S.A., com sede na Zona Industrial de Oliveira de Frades, freguesia de Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães e concelho de Oliveira de Frades, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Oliveira de Frades sob o número único de matrícula e de pessoa coletiva 508 338 352, com o capital social de 6 095 000 (seis milhões e noventa e cinco mil euros), à também participada MARTIFER METALLIC CONSTRUCTIONS – SGPS, S.A., detida em 75 % pela MARTIFER SGPS, S.A. e em 25 % pela VETOR DIÁLOGO – SGPS, S.A., na qual os Administradores Eng. Carlos Manuel Marques Martins e Dr. Jorge Alberto Marques Martins detêm uma participação de 53,05 %, de forma indireta, através da sociedade I’M SGPS, S.A.. O Conselho Fiscal emitiu parecer favorável à alienação, em 14 de dezembro de 2015.

Alienação de 100 % do capital da sociedade participada MARTIFER GLOBAL, SGPS, S.A., com sede na Zona Industrial de Oliveira de Frades, freguesia de Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães e concelho de Oliveira de Frades, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Oliveira de Frades sob o número único de matrícula e de pessoa coletiva 510 364 705, com o capital social de 50 000 (cinquenta mil euros), à também participada MARTIFER METALLIC CONSTRUCTIONS – SGPS, S.A., detida em 75 % pela MARTIFER SGPS, S.A. e em 25% pela VETOR DIÁLOGO – SGPS, S.A., na qual os Administradores Eng. Carlos Manuel Marques Martins e Dr. Jorge Alberto Marques Martins detêm uma participação de 53,05 %, de forma indireta, através da sociedade I’M SGPS, S.A.. O Conselho Fiscal emitiu parecer favorável à alienação, em 14 de dezembro de 2015.

Alienação de 100 % do capital da sociedade participada GEBOX, S.A., com sede na Zona Industrial de Oliveira de Frades, freguesia de Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães e concelho de Oliveira de Frades, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Oliveira de Frades sob o número único de matrícula e de pessoa coletiva 507 729 099, com o capital social de

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OUTRAS INFORMAÇÕES 65

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50 000 (cinquenta mil euros), à também participada MARTIFER METALLIC CONSTRUCTIONS – SGPS, S.A., detida em 75 % pela MARTIFER SGPS, S.A. e em 25 % pela VETOR DIÁLOGO – SGPS, S.A., na qual os Administradores Eng. Carlos Manuel Marques Martins e Dr. Jorge Alberto Marques Martins detêm uma participação de 53,05 %, de forma indireta, através da sociedade I’M SGPS, S.A.. O Conselho Fiscal emitiu parecer favorável à alienação, em 14 de dezembro de 2015.

OUTRAS INFORMAÇÕES A Martifer SGPS, S.A. não tem dívidas em mora perante o Estado ou quaisquer outras entidades públicas, incluindo a Segurança Social.

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68 RELATÓRIO E CONTAS 2015

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA PARTICIPAÇÕES DOS MEMBROS DE ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO De acordo com o disposto nos artigos 447º e 448º do Código das Sociedades Comerciais são os seguintes os números de valores mobiliários emitidos pela Martifer SGPS, S.A. e por sociedades com as quais esta se encontra em relação de domínio ou de grupo, detidos no período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2015, por titulares de órgãos sociais:

TITULARES ÓRGÃO SOCIAL N.º DE AÇÕES EM 31/12/2015

Carlos Manuel Marques Martins* Conselho de Administração 420.542

Jorge Alberto Marques Martins Conselho de Administração 230.260

I’M – SGPS, S.A. ** Conselho de Administração 42.405.689

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo Conselho de Administração 3.000

MOTA-ENGIL, SGPS, S.A. *** Conselho de Administração 37.500.000

Luís Valadares Tavares Conselho de Administração -

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha Conselho de Administração -

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira Conselho de Administração -

Américo Agostinho Martins Pereira Conselho Fiscal -

Carlos Alberto da Silva e Cunha Conselho Fiscal -

Paulo Sérgio Jesus das Neves Conselho Fiscal -

António Baia Engana Conselho Fiscal -

Hermínio António Paulos Afonso Revisor Oficial de Contas em representação da PricewaterhouseCoopers -

José Joaquim Neiva Nunes de Oliveira Mesa da Assembleia Geral -

Luis Leitão Marques Vale Lima Mesa da Assembleia Geral -

Luis Neiva Nunes de Oliveira Mesa da Assembleia Geral -

* Ações detidas pela sociedade Black & Blue Investimentos, S.A. (Carlos Manuel Marques Martins é administrador desta sociedade e juntamente com o agregado familiar são acionistas únicos). ** Os Administradores Carlos Manuel Marques Martins e Jorge Alberto Marques Martins detêm a totalidade do capital social da I’M – SGPS, S.A., de cujo Conselho de Administração são igualmente Presidente e Vogal, respetivamente. *** O Administrador Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo é membro do Conselho de Administração da MOTA-ENGIL, SGPS, S.A.

FACTOS ENUMERADOS NO ARTIGO 447.º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS

NOME DO MEMBRO DO ÓRGÃO SOCIAL ÓRGÃO SOCIAL AÇÕES DETIDAS EM 31/12/2015

Carlos Manuel Marques Martins Conselho de Administração 420.542

Jorge Alberto Marques Martins Conselho de Administração 230.260

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira Conselho de Administração 0

Arnaldo Nunes da Costa Figueiredo Conselho de Administração 3.000

Luis António de Valadares Tavares Conselho de Administração 0

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha Conselho de Administração 0

Carlos Alberto da Silva e Cunha Conselho Fiscal 0

Américo Agostinho Martins Pereira Conselho Fiscal 0

Paulo Sérgio Jesus das Neves Conselho Fiscal 0

António Baia Engana Conselho Fiscal 0

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INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA 69

Carlos Manuel Marques Martins e Jorge Alberto Marques Martins, respetivamente Presidente e Vice-Presidente do Conselho de Administração, além de titulares diretos das ações da Martifer SGPS, S.A., são detentores, em partes iguais, da totalidade do capital social da sociedade I’M SGPS, S.A., a qual, por sua vez, em 31 de dezembro de 2015, era detentora de um total de 42 405 689 ações da Martifer SGPS, S.A.

Transações de ações por parte dos membros dos órgãos sociais em 2015:

MEMBRO DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DATA AQUISIÇÕES ALIENAÇÕES PREÇO MÉDIO

Carlos Manuel Marques Martins* 07-01-2015 20.000 - 0,196

Carlos Manuel Marques Martins* 15-01-2015 8.524 - 0,219

Carlos Manuel Marques Martins* 16-01-2015 6.600 - 0,212

Carlos Manuel Marques Martins* 19-01-2015 217 - 0,214

Carlos Manuel Marques Martins* 20-01-2015 1.381 - 0,215

Carlos Manuel Marques Martins* 26-01-2015 5.420 - 0,220

Carlos Manuel Marques Martins* 28-01-2015 2.740 - 0,219

Carlos Manuel Marques Martins* 29-01-2015 26.619 - 0,218

Carlos Manuel Marques Martins* 02-02-2015 1.941 - 0,215

I’M – SGPS, S.A. 30-12-2015 7.000 - 0,234

I’M – SGPS, S.A. 31-12-2015 33.000 - 0,228

* Aquisições efetuadas pela sociedade Black & Blue Investimentos, S.A. (Carlos Manuel Marques Martins é acionista e administrador desta sociedade).

TITULARES DE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS De acordo com o disposto na alínea b) do número 1 do artigo 8º do regulamento 5/2008 da CMVM, e dando cumprimento ao artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais, abaixo segue a lista dos titulares de participações qualificadas, com indicação do número de ações detidas e percentagem de direitos de voto correspondentes, calculada nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários, em 31 de dezembro de 2015:

ACIONISTAS Nº DE AÇÕES % DO CAPITAL SOCIAL % DOS DIREITOS DE VOTO 1

I’M – SGPS, SA 42.405.689 42,41% 43,37%

Carlos Manuel Marques Martins* 420.542 0,42% 0,43%

Jorge Alberto Marques Martins* 230.260 0,23% 0,24%

Total imputável à I’M – SGPS, SA 43.056.491 43,06% 44,03%

Mota-Engil – SGPS, SA 37.500.000 37,50% 38,35%

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo ** 3.000 0,00% 0,00%

Total Imputável à Mota-Engil, SGPS, SA 37.503.000 37,50% 38,35%

% Direitos de voto = N.º Ações Detidas / (N.º Total Ações - Ações Próprias)

* Membro de um órgão social da I’M SGPS, S.A. ** Membro de um órgão social da Mota-Engil SGPS,S.A.

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70 RELATÓRIO E CONTAS 2015

DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE NOS TERMOS DA ALÍNEA C) DO NÚMERO I DO ARTº 245 DO CÓDIGO DE VALORES MOBILIÁRIOS

Senhores Acionistas,

Nos termos previstos na alínea c) do número 1 do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, informamos que, tanto quanto é do nosso conhecimento:

(i) a informação constante no relatório único de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da Martifer SGPS, S.A., Sociedade Aberta, e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defronta; e

(ii) a informação constante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, assim como nos seus anexos, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Martifer SGPS, S.A., Sociedade Aberta, e das empresas incluídas no perímetro de consolidação.

Oliveira de Frades, 6 de abril de 2016

O Conselho de Administração,

Carlos Manuel Marques Martins (Presidente)

Jorge Alberto Marques Martins (Vice-Presidente)

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira (Vogal do Conselho de Administração)

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo (Vogal do Conselho de Administração)

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha (Vogal do Conselho de Administração)

Luís Valadares Tavares (Vogal do Conselho de Administração)

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72 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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74 RELATÓRIO E CONTAS 2015

11

11 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS SEPARADAS PARA OS EXERCÍCIOS E TRIMESTRES FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

NOTAS ANO 2015 ANO 2014 4º TRIMESTRE

2015 (NÃO AUDITADO)

4ºTRIMESTRE 2014

(NÃO AUDITADO)

Vendas e prestações de serviços 3 e 4 220.885.349 188.907.997 42.023.225 54.850.052

Outros rendimentos operacionais 5 31.700.364 36.911.006 5.138.223 12.729.491

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas 6 (67.803.434) (55.328.809) (10.594.722) (18.300.801)

Subcontratos 7 (53.741.731) (33.997.204) (7.290.525) (9.512.768)

Fornecimentos e serviços externos 8 (53.677.811) (48.387.513) (12.155.711) (12.885.152)

Gastos com o pessoal 9 (51.027.329) (58.151.851) (10.532.771) (14.960.854)

Outros gastos operacionais 10 (14.946.252) (23.949.574) (7.747.144) (14.434.514)

3 11.389.156 6.004.052 (1.159.425) (2.514.546) Amortizações e depreciações 3, 18, 19 (11.979.677) (14.633.359) (2.197.153) (3.583.699)

Provisões 3, 11 2.510.217 (36.573.865) 3.415.441 (6.144.254)

Perdas de imparidade em Ativos Fixos 3, 11 (2.438.713) (2.057.171) (2.327.964) 50.375

3 (519.017) (47.260.343) (2.269.101) (12.192.124) Rendimentos e ganhos financeiros 12 19.324.708 9.117.405 14.116.620 5.136.762

Gastos e perdas financeiros 12 (16.251.158) (29.696.065) 3.644.485 (7.740.164)

Ganhos / (perdas) em empresas associadas e emp. Conjuntos 3, 13 (35.768) 1.172.815 185.615 273.589

Resultado antes de imposto sobre o rendimento das unidades operacionais em continuação 2.518.765 (66.666.188) 15.677.619 (14.521.937)

Imposto sobre o rendimento 14 (545.697) (4.864.257) 361.083 (2.602.419)

Resultado depois de impostos das atividades continuadas em continuação 3 1.973.068 (71.530.445) 16.038.702 (17.124.356)

Resultado das atividades descontinuadas 28 (800.771) (65.171.979) 1.140.146 (40.598.915)

Atribuível:

a interesses não controlados 28 192.574 (34.428.519) 1.421.699 (23.290.734)

ao Grupo 28 (993.345) (30.743.460) (281.553) (17.308.181)

Resultado líquido do exercício 1.172.297 (136.702.424) 17.178.848 (57.723.271)

Atribuível:

a interesses não controlados 29 1.654.786 (43.166.600) 3.540.439 (10.945.310)

ao Grupo (482.490) (93.535.824) 13.638.407 (29.768.951) Resultado líquido por ação: 16

básico e diluído (0,0049) (0,9566) 0,1395 (0,3044)

das unidades operacionais em continuação 0,0052 (0,6422) (0,0362) (0,2541)

das atividades descontinuadas (0,0102) (0,3144) (0,0029) (0,0503)

Nota: Em 2014, o Grupo passou a classificar o segmento de negócio Solar (composto pela Martifer Solar, S.A. e suas participadas) como um ativo não corrente detido para venda. Estando reunidos os requisitos previstos pela IFRS 5, o contributo para os resultados consolidados da Martifer, proveniente deste segmento, é apresentado numa linha autónoma na demonstração dos resultados consolidados. A discriminação destes contributos consta das Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas (Nota 28).

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 75

11

DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO PARA OS EXERCÍCIOS E TRIMESTRES FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

ANO 2015 ANO 2014 4º TRIMESTRE

2015 (NÃO AUDITADO)

4º TRIMESTRE 2014

(NÃO AUDITADO)

Resultado líquido consolidado do exercício 1.172.297 (136.702.424) 17.178.848 (57.723.271)

Justo valor de instrumentos financeiros derivados, líquido de imposto 137.271 (362.032) 184.520 72.114

Diferenças cambiais decorrentes de: (i) transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira; (ii) investimento líquido nas subsidiárias; e (iii) atualização cambial do Goodwill

(4.072.691) (294.561) 6.444.687 (4.311.411)

Resultados consolidados reconhecidos diretamente no capital próprio (3.935.421) (656.593) 6.629.207 (4.239.297)

Rendimento integral consolidado do período (2.763.124) (137.359.017) 23.808.055 (61.962.568) Atribuível:

a interesses não controlados 194.182 (46.227.226) 6.557.556 (28.078.636)

ao Grupo (2.957.306) (91.131.791) 17.250.497 (33.883.932) Rendimento integral consolidado do período:

das unidades operacionais em continuação (1.971.719) (71.242.460) 20.006.604 (21.478.797)

das atividades descontinuadas (791.405) (66.116.557) 3.801.450 (40.483.771)

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

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76 RELATÓRIO E CONTAS 2015

11

DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

NOTAS ANO 2015 ANO 2014

ATIVO Não corrente Goodwill 17 10.980.675 10.980.675 Ativos intangíveis 18 2.904.590 4.327.472 Ativos fixos tangíveis 19 149.147.425 166.415.160 Propriedades de Investimento 20 25.951.708 14.367.300 Investimentos financeiros em equivalência patrimonial 3, 21 3.150.644 7.798.516 Investimentos financeiros disponíveis para venda 22 4.266.234 2.191.512 Clientes e outros devedores 24 36.662.933 62.150.851 Ativos por impostos diferidos 14 5.942.206 4.720.190 239.006.415 272.951.676 Corrente Inventários 23 8.657.442 15.135.531 Clientes 24 74.986.130 87.582.767 Outros devedores 24 52.761.111 36.187.928 Imposto sobre o rendimento 14, 25 1.029.684 744.905 Estado e outros entes públicos 25 5.872.971 7.974.973 Outros ativos correntes 26 36.029.340 40.904.841 Caixa e depósitos bancários 27 40.549.549 22.981.322 Derivados 37 31.114 - Ativos não correntes detidos para venda 28 147.707.342 148.265.754 367.624.683 359.778.022 Total do Ativo 3 606.631.099 632.729.698 CAPITAL PRÓPRIO Capital 50.000.000 50.000.000 Prémios de Emissão 186.500.000 186.500.000 Ações Próprias (2.868.519) (2.868.519) Reservas (193.099.200) -99.805.371 Resultado líquido do exercício (482.490) (93.535.824) Capital próprio atribuível ao Grupo 40.049.791 40.290.287 Interesses não controlados 29 (26.500.022) (22.882.274) Interesses não controlados associados aos ativos não correntes detidos para venda 28 (1.877.184) (2.060.023) Total do capital próprio 11.672.584 15.347.990 PASSIVO Não corrente Empréstimos 30 275.818.851 215.538.471 Credores por locações financeiras 31 10.235.296 13.830.713 Fornecedores e credores diversos 32 11.667.063 12.381.230 Provisões 33 19.973.592 23.199.209 Passivos por impostos diferidos 14 916.299 930.496 318.611.101 265.880.119 Corrente Empréstimos 30 13.828.525 73.645.092 Credores por locações financeiras 31 988.858 2.481.603 Fornecedores 32 61.211.154 63.638.919 Credores diversos 32 16.550.243 27.179.264 Imposto sobre o rendimento 14 2.257.208 1.258.326 Estado e outros entes públicos 35 2.972.076 8.995.347 Outros passivos correntes 36 41.559.999 42.091.465 Derivados 37 0 216.614 Passivos associados aos ativos não correntes detidos para venda 28 136.979.351 131.994.958 276.347.414 351.501.588 Total do Passivo 3 594.958.514 617.381.707 Total do Capital Próprio e Passivo 606.631.099 632.729.698

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 77

11

DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

CAPITAL PRÉMIO DE

EMISSÃO AÇÕES

PRÓPRIAS

RESERVAS DE JUSTO VALOR RESERVAS DE CONVERSÃO

CAMBIAIS

OUTRAS RESERVAS

RESULTADO LÍQUIDO

CAPITAL PRÓPRIO

ATRIBUÍVEL AO GRUPO

INTERESSES NÃO

CONTROLADOS

TOTAL CAPITAL

PRÓPRIO RESERVAS DE COBERTURA

Saldo em 1 de Janeiro de 2014 50.000.000 186.500.000 (2.868.519) 307.575 (21.990.557) (42.971.754) (68.961.164) 100.015.581 39.676.431 139.692.012 Aplicação do resultado líquido de 2013 - - - - - (68.961.164) 68.961.164 - - -

RENDIMENTO INTEGRAL DO EXERCÍCIO:

Resultado líquido - - - - - - (93.535.824) (93.535.824) (43.166.600) (136.702.424) Diferenças cambiais decorrentes de: (i): transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira; e (ii) de Investimento líquido nas subsidiárias

- - - - 2.716.484 - - 2.716.484 (2.994.900) (278.416)

Atualização do Goodwill em moeda estrangeira - - - - (8.880) - - (8.880) (7.265) (16.145) Outras variações no capital próprio da empresa mãe e suas participadas - - - (303.571) - - - (303.571) (58.461) (362.032)

Total do rendimento integral do exercício - - - (303.571) 2.707.604 - (93.535.824) (91.131.792) (46.227.226) (137.359.018) Outras variações no capital próprio da empresa mãe e suas participadas - - - - - (5.541.582) - (5.541.582) (5.154.706) (10.696.288)

Alterações no perímetro de consolidação - - - - - (58.508) - (58.508) (4.230.209) (4.288.717)

Transações com interesses não controlados - - - - - 37.006.587 - 37.006.587 (9.006.587) 28.000.000

Saldo em 31 de dezembro de 2014 50.000.000 186.500.000 (2.868.519) 4.004 (19.282.953) (80.526.421) (93.535.824) 40.290.287 (24.942.297) 15.347.990 Saldo em 1 de Janeiro de 2015 50.000.000 186.500.000 (2.868.519) 4.004 (19.282.953) (80.526.421) (93.535.824) 40.290.287 (24.942.297) 15.347.990

Aplicação Resultado Líquido de 2014 - - - (93.535.824) 93.535.824 - - - RENDIMENTO INTEGRAL DO EXERCÍCIO:

Resultado líquido do exercício - - - - - - (482.490) (482.490) 1.654.786 1.172.296 Diferenças cambiais decorrentes de: (i): transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira; e (ii) de Investimento líquido nas subsidiárias

- - - - (2.596.242) - - (2.596.242) (1.510.281) (4.106.524)

Atualização do Goodwill em moeda estrangeira - - - - 18.608 - - 18.608 15.225 33.833 Outras variações no capital próprio da empresa mãe e suas participadas - - - 17.034 - 85.784 - 102.818 34.453 137.271

Total do rendimento integral do exercício - - - 17.034 (2.577.635) 85.784 (482.490) (2.957.306) 194.182 (2.763.125) Aumento de capital em empresas participadas - - - - - - - - 443.200 443.200 Outras variações no capital próprio da empresa mãe e suas participadas - - - - - (574.435) - (574.435) - (574.435)

Alterações no perímetro de consolidação - - - - - 3.291.250 - 3.291.250 (4.072.288) (781.038)

Transações com interesses não controlados - - - - - (5) - (5) (2) (8)

Saldo em 31 de dezembro de 2015 50.000.000 186.500.000 (2.868.519) 21.038 (21.860.588) (171.259.650) (482.490) 40.049.791 (28.377.206) 11.672.585

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

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78 RELATÓRIO E CONTAS 2015

11

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS PARA OS EXERCÍCIOS E TRIMESTRES FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

NOTAS ANO 2015 ANO 2014 4º TRIMESTRE

2015 (NÃO AUDITADO)

4º TRIMESTRE 2014

(NÃO AUDITADO)

ATIVIDADES OPERACIONAIS

Recebimentos de clientes 280.274.301 186.215.670 47.138.020 7.600.508

Pagamentos a fornecedores (197.332.517) (161.579.157) (22.582.788) (41.460.061)

Pagamentos ao pessoal (51.898.967) (42.881.294) (11.488.650) (783.934) Fluxos gerados pelas operações 31.042.817 (18.244.781) 13.066.582 (34.643.487) Pagamento/Recebimento de imposto sobre o rendimento (1.160.709) (4.254.094) (58.923) (1.986.191)

Outros receb./pagamentos de atividades operacionais (2.318.336) 9.347.134 (937.823) 33.108.170 Outros fluxos gerados (3.479.045) 5.093.040 (996.746) 31.121.979 Fluxos das atividades operacionais das atividades descontinuadas 28 11.175.384 (2.927.493) 9.076.780 (5.287.371) Fluxos das atividades operacionais (1) 38.739.156 (16.079.234) 21.146.616 (8.808.879) ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 42 10.740.108 23.722.134 10.413.874 1.359.012

Ativos intangíveis 268 468.724 268 -

Ativos fixos tangíveis 2.814.668 15.890.560 1.001.945 6.842.605

Subsídios ao investimento - 139.068 - (1.834)

Juros e proveitos similares 359.330 1.256.897 (752.732) 1.171.691

Outros 526.392 5.700.685 (3.627) 5.503.677 14.440.766 47.178.069 10.659.728 14.875.151 Pagamentos respeitantes a:

Ativos fixos tangíveis (4.502.497) (14.858.320) (1.724.211) (3.508.674)

Ativos intangíveis (348.219) 128.871 (75.941) 239.215

Outros (104.049) (286.120) 223.619 (101.746) (4.954.765) (15.015.569) (1.576.534) (3.371.205) Fluxos das atividades de investimento das atividades descontinuadas 28 1.222.829 561.140 544.127 2.040.360 Fluxos das atividades de investimento (2) 10.708.830 32.723.640 9.627.320 13.544.306 ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 251.187.666 408.250.707 95.194.494 131.190.267

Aumentos de capital, prest. suplem., prémios de emissão 29 - 28.000.000 - 13.000.000

Outros 49.010 3.142 (1.632) (48.122) 251.236.676 436.253.849 95.192.862 144.142.145

Pagamentos respeitantes a: - -

Empréstimos obtidos (250.723.853) (421.264.705) (90.463.817) (142.728.611)

Amortizações de contratos de locação financeira (1.492.745) (903.174) (1.110.009) (399.980)

Juros e custos similares (10.588.202) (20.405.045) (3.616.339) (4.941.099)

Reduções de capital e outras reservas 29 - (12.292.147) - (100.112)

Outros (23.873) (368.717) (10.920) (368.717) (262.828.673) (455.233.788) (95.201.085) (148.538.519) Fluxos das atividades de financiamento das atividades descontinuadas 28 (5.082.561) (8.006.184) (1.938.662) (5.161.063) Fluxos das atividades de financiamento (3) (16.674.558) (26.986.123) (1.946.885) (9.557.437) Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 32.773.428 (10.341.717) 28.827.052 (4.822.010)

Variação perímetro e outras variações (7.455.930) (959.370) (7.028.878) (731.777)

Efeito das diferenças de câmbio (1.133.591) 913.623 381.433 (417.963)

Caixa e depósitos bancários no início do período 28.456.245 38.843.709 30.460.545 34.427.995

Caixa e depósitos bancários no fim do período

das unidades operacionais em continuação 27 40.549.549 22.981.322 40.549.549 22.981.322

das atividades descontinuadas 28 12.090.603 5.474.923 12.090.603 5.474.923

Nota: Em 2014, o Grupo passou a classificar o segmento de negócio Solar (composto pela Martifer Solar, S.A. e suas participadas) como um ativo não corrente detido para venda. Estando reunidos os requisitos previstos pela IFRS 5, o contributo para os fluxos de caixa consolidados da Martifer, proveniente deste segmento, é apresentado em linhas autónomas na demonstração de fluxos de caixa consolidados (Nota 28).

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

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80 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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12 | NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS NOTA INTRODUTÓRIA A Martifer, SGPS, S.A., com sede na Zona Industrial, Apartado 17, Oliveira de Frades – Portugal (‘Martifer SGPS’ ou ‘Empresa’), e empresas participadas (‘Grupo’), têm como atividades principais a construção metálica (Estrutura metálica, Fachadas em Alumínio e Vidro, Infraestruturas para Oil & Gas e Indústria Naval) e a Promoção e Desenvolvimento de Projetos Eólicos (Nota 3).

A Martifer SGPS foi constituída em 29 de outubro de 2004, tendo o seu capital social sido realizado através da entrega da totalidade das ações, avaliadas a valores de mercado, que os acionistas do Grupo detinham na Martifer – Construções, S.A., participada constituída em 1990 e que nessa altura era a Empresa-mãe do atual grupo Martifer.

A partir de junho de 2007 e após a realização com sucesso de uma Oferta Pública de Subscrição, o Grupo passou a ter as suas ações cotadas na Euronext Lisboa.

Em setembro de 2014, o Conselho de Administração da Martifer SGPS decidiu, no âmbito da estratégia de focalização na área da Construção Metálica, vender a participação da Martifer Solar (composta pela Martifer Solar, S.A. e pelas suas participadas, atualmente detidas pelo Grupo a 55 %). Sendo a venda da participação altamente provável, e estando reunidos os requisitos previstos pela IFRS 5, o Grupo decidiu ao abrigo daquela norma classificar os ativos e passivos desta empresa e participadas como ‘Ativo não corrente detido para venda’ e ‘Passivos associados a ativos não correntes detidos para venda’, respetivamente, sendo o resultado líquido apresentado na rubrica ‘Resultado de atividades descontinuadas’ (Nota 28).

Em 31 de dezembro de 2015, o Grupo desenvolve a sua atividade essencialmente em Portugal, Espanha, Eslováquia, Roménia, Polónia, Angola, Brasil, Moçambique, Irlanda, Holanda, França, Marrocos, Reino Unido, Arábia Saudita, Alemanha, Malta e Argélia.

Todos os montantes apresentados nestas notas explicativas são apresentados em euros (com arredondamentos às unidades), salvo se expressamente referido em contrário.

1. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras anexas respeitam às demonstrações financeiras consolidadas das empresas do grupo Martifer e foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (‘IFRS’), tal como adotadas pela União Europeia, em vigor para o exercício económico iniciado em 1 de janeiro de 2015. Estas correspondem às Normas Internacionais de Relato Financeiro, emitidas pelo International Accounting Standards Board (‘IASB’) e interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (‘IFRIC’) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (‘SIC’), que tenham sido adotadas na União Europeia.

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas a partir dos registos contabilísticos da Empresa e das suas subsidiárias (Nota 2), no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo histórico, exceto para a revalorização de certos ativos não correntes e de certos instrumentos financeiros, que se encontram registados pelo justo valor.

As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adotados pelo Grupo no exercício de 2015 foram consistentes com os aplicados pelo Grupo na preparação da informação financeira relativa ao exercício anterior, apresentada para efeitos comparativos, exceto no que respeita às normas e interpretações cuja data de eficácia corresponde aos exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2015, da adoção das quais não resultaram impactos significativos no rendimento integral ou na posição financeira do Grupo.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 81

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Normas e alterações a normas existentes publicadas mas cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de fevereiro de 2015, e que a Entidade decidiu não adotar antecipadamente:

DATA DE EFICÁCIA

Melhorias às normas 2010 – 2012 01-02-2015

IAS 19 – Planos de benefícios definidos 01-02-2015

IAS 16 e IAS 38 – Métodos de cálculo de amortização / depreciação 01-01-2016

IAS 27 – Demonstrações financeiras separadas 01-01-2016

IAS 16 e IAS 41 – Agricultura: Plantas que produzem ativos biológicos consumíveis 01-01-2016

IFRS 11 – Acordos conjuntos 01-01-2016

IAS 1 – Apresentação das demonstrações financeiras 01-01-2016

Melhorias às normas 2012 – 2014 01-01-2016

A melhoria de normas 2010 - 2012 resultam de projetos anuais de melhorias concretizados no ciclo 2010 - 2012, que afetaram as seguintes normas: IFRS 2 - Pagamento com Base em Ações, IFRS 3 - Combinações de Negócios, IFRS 8 - Segmentos Operacionais, IFRS 13 - Mensuração do Justo Valor, IAS 16 - Ativos Fixos Tangíveis, IAS 24 - Divulgações de Partes Relacionadas, e IAS 38 - Ativos intangíveis.

A alteração na IAS 19 (alteração) - Benefícios dos Empregados aplica-se aos contributos dos empregados ou de partes terceiras para planos de benefícios definidos e pretende simplificar a contabilização de contribuições que são independentes do número de anos de serviço.

A alteração na IAS 16 - Ativos Fixos Tangíveis, e na IAS 38 - Ativos Intangíveis: Métodos de cálculo de depreciações e amortizações permitidos esclarece que a utilização de métodos de depreciação baseados no rédito não são apropriados na medida em que a geração de rédito por uma atividade que inclua a utilização de um ativo geralmente reflete fatores para além do consumo dos benefícios económicos incorporados no ativo. Adicionalmente, a alteração também esclarece que o rédito é geralmente considerado uma base inapropriada de mensuração do consumo dos benefícios económicos incorporados num ativo intangível.

A alteração na IAS 27 - Demonstrações Financeiras Separadas, permite a utilização do método de equivalência patrimonial na contabilização de participações em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e empresas associadas, na elaboração de demonstrações financeiras separadas.

A alteração na IAS 16 - Ativos Fixos Tangíveis, e na IAS 41 - Agricultura: Plantas que produzem ativos biológicos consumíveis define o conceito de uma planta que produz ativos biológicos consumíveis, e transfere este tipo de ativos do âmbito de aplicação da IAS 41 - Agricultura para a IAS 16 - Ativos Tangíveis, com o consequente impacto na respetiva mensuração. No entanto, os ativos biológicos produzidos por estas plantas mantêm-se no âmbito da IAS 41 – Agricultura.

A alteração na IFRS 11 - Acordos Conjuntos acrescenta novas diretrizes sobre a forma de contabilizar a aquisição de uma participação numa operação conjunta que constitua um negócio.

A alteração na IAS 1 - Apresentação de Demonstrações Financeiras inclui diretrizes relativamente à materialidade e agregação, à apresentação de subtotais, à estrutura das demonstrações financeiras, à divulgação das políticas contabilísticas e à apresentação dos itens de Outro rendimento integral gerados por investimentos mensurados pelo método de equivalência patrimonial.

As melhorias às normas 2012 – 2014 afetam os seguintes normativos: IFRS 5 - Ativos Não Correntes Disponíveis para Venda e Operações Descontinuadas, IFRS 7 - Instrumentos Financeiros: Divulgações, IAS 19 - Benefícios dos Empregados e IAS 34 - Relato Financeiro Intercalar.

A Sociedade estima que a futura adoção destas normas não provocará alterações significativas nas suas demonstrações financeiras consolidadas.

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82 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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Normas efetivas em ou após 1 de fevereiro de 2015, ainda não endossadas pela UE

As seguintes normas, interpretações, alterações e revisões, foram já emitidas a esta data, embora não se encontrem ainda aprovadas (‘endorsed’) pela União Europeia:

DATA DE EFICÁCIA

Alterações IFRS 10, 12 e IAS 28: aplicação da isenção de consolidar 01-01-2016

IFRS 9 – Instrumentos financeiros 01-01-2018

IFRS 14 – Desvios tarifários 01-01-2016

IFRS 15 – Rédito de contratos com clientes 01-01-2018

As alterações às normas IFRS 10 - Demonstrações Financeiras Consolidadas, IFRS 12 - Divulgação de Interesses em Outras Entidades, e IAS 28 - Investimentos em Associadas e Empreendimentos Conjuntos: Entidades de investimento - aplicação da isenção de consolidar clarificam que a isenção à obrigação de consolidar se aplica a uma empresa “holding” intermédia que constitua uma subsidiária de uma entidade de investimento. Adicionalmente, a opção de aplicar o método da equivalência patrimonial, de acordo com a IAS 28, é extensível a uma entidade que não seja uma entidade de investimento, mas que detenha um interesse numa associada ou empreendimento conjunto que seja uma entidade de investimento.

A IFRS 9 (novo) - Instrumentos Financeiros substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos ativos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura.

A IFRS 14 (nova) - Desvios Tarifários permite às entidades que adotem as IFRS pela primeira vez continuar a registar os ativos e passivos regulatórios de acordo com a política seguida no âmbito do normativo anterior. Contudo, para permitir a comparabilidade com as entidades que já adotam as IFRS e não registam ativos ou passivos regulatórios, os referidos montantes têm de ser divulgados nas demonstrações financeiras separadamente.

A IFRS 15 (nova) - Rédito de Contratos com Clientes aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a entidade registe o rédito quando a obrigação contratual de entregar ativos ou prestar serviços é satisfeita, pelo montante que reflete a contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na “metodologia dos cinco passos”.

A Sociedade estima que a futura adoção destas normas não provocará alterações significativas nas suas demonstrações financeiras consolidadas.

Interpretações e alterações efetivas em 1 de janeiro de 2015

DATA DE EFICÁCIA

Melhorias às normas 2011 – 2013 01-01-2015

IFRIC 21 – ‘Taxas do Governo’ (“Levies”) 17-06-2014

No que diz respeito à melhoria de normas 2011 – 2013, estas alterações resultam de projetos anuais de melhorias concretizadas no ciclo 2011 - 2013, que afetaram as seguintes normas: IFRS 1 - Adoção pela Primeira Vez, IFRS 3 - Combinações de Negócios, IFRS 13 - Mensuração do Justo Valor e IAS 40 - Propriedades de Investimento. A IFRIC 21 (nova) é uma interpretação à IAS 37 e ao registo de passivos e clarifica que o acontecimento passado que resulta numa obrigação de pagamento de uma taxa ou imposto (que não imposto sobre o rendimento - IRC) corresponde à atividade descrita na legislação relevante que obriga ao pagamento.

O efeito nas demonstrações financeiras do Grupo do exercício findo em 31 de dezembro de 2015, decorrente da adoção das normas, interpretações, emendas e revisões acima referidas, não foi material.

O dia 1 de janeiro de 2004 correspondeu ao início do período da primeira aplicação pelo Grupo dos IAS/IFRS, de acordo com a IFRS 1 – ‘Adoção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro’.

As demonstrações financeiras consolidadas foram apresentadas em Euro por esta ser a moeda principal das operações do Grupo. As demonstrações financeiras das empresas participadas em moeda estrangeira foram convertidas para Euro de acordo com as políticas contabilísticas descritas na Nota 1 xiv).

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 83

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Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, em conformidade com os IAS/IFRS, o Conselho de Administração do Grupo adotou certos pressupostos e estimativas que poderão afetar os ativos e passivos reportados, bem como os rendimentos e gastos incorridos relativos aos períodos reportados (Nota 1 xxvi). Todas as estimativas e assunções efetuadas pelo Conselho de Administração foram efetuadas com base no seu melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras, e das informações existentes naquela data.

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas para apreciação e aprovação em Assembleia Geral de Acionistas. O Conselho de Administração do Grupo aprovou-as para emissão, no dia 6 de abril de 2016, e é sua convicção que as mesmas serão aprovadas sem alterações.

BASES DE CONSOLIDAÇÃO

São os seguintes os métodos de consolidação adotados pelo Grupo:

a) Empresas do Grupo

As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, direta ou indiretamente, mais de 50 % dos direitos de voto em Assembleia Geral de Acionistas/Sócios e/ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas anexas, pelo método de consolidação integral.

O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas, são apresentados na demonstração da posição financeira consolidada (na rubrica de capitais próprios – interesses não controlados) e na demonstração dos resultados consolidada (incluída no resultado consolidado líquido atribuível a interesses não controlados), respetivamente. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método da consolidação integral encontram-se detalhadas na Nota 2.

Nas concentrações empresariais ocorridas após 1 de janeiro de 2004, os ativos e passivos de cada filial (incluindo os passivos contingentes) são identificados ao seu justo valor na data de aquisição conforme estabelecido no IFRS 3. Qualquer excesso / défice do custo de aquisição face ao justo valor dos ativos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido, respetivamente, como diferença de aquisição positiva no ativo (Goodwill, ou a somar à respetiva rubrica, que originou a diferença, quando identificada) e no caso de diferença de aquisição negativa (Badwill), após reconfirmação do processo de valorização do justo valor e caso este se mantenha, na demonstração dos resultados do exercício. Os interesses não controlados incluem a proporção dos terceiros no justo valor dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis à data de aquisição das subsidiárias.

Nas concentrações de atividades empresariais que se tenham realizado a partir de 1 de janeiro de 2011 (IFRS 3R), o excesso do custo de aquisição, do justo valor de qualquer participação detida anteriormente à aquisição do controlo e do valor de interesses não controlados, sobre o justo valor dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis é registado como Goodwill. Se o custo de aquisição, o justo valor de qualquer participação detida anteriormente à aquisição do controlo e do valor de interesses não controlados, for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da filial adquirida, a diferença é reconhecida diretamente em resultados do exercício. Os custos das transações relativas a concentrações empresariais ocorridas após esta data são reconhecidos em gastos quando incorridos.

Transações de alienação ou de aquisição de participações a interesses não controlados não resultam no reconhecimento de ganhos, perdas ou Goodwill, sendo qualquer diferença apurada entre o valor da transação e o valor contabilístico da participação transacionada, reconhecida no Capital Próprio.

Os resultados negativos gerados em cada período pelas filiais com interesses não controlados são alocados na percentagem detida aos interesses não controlados, independentemente deste se tornar negativo.

Os interesses não controlados, reconhecidos no âmbito de uma concentração de atividades empresariais, são mensurados na proporção do justo valor dos ativos líquidos identificáveis, transação a transação.

Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações dos resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda.

Sempre que necessário, são efetuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para adequar as suas políticas contabilísticas às utilizadas pelo Grupo. As transações, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são

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84 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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eliminados no processo de consolidação. Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com fins específicos, ainda que não tenha participações de capital nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral. À data de 31 de dezembro de 2015 não existiam entidades nesta situação.

b) Empresas associadas e Empresas conjuntamente controladas

Os ativos financeiros em empresas associadas (empresas onde o Grupo exerce uma influência significativa mas não detém o controlo das mesmas através da participação nas decisões financeira e operacional da Empresa - geralmente investimentos representando entre 20 % a 50 % do capital de uma empresa) e em empresas conjuntamente controladas (empresas onde o Grupo partilha o controlo com outros sócios) são registados pelo método da equivalência patrimonial na rubrica ‘Ativos financeiros em equivalência patrimonial’.

De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações ocorridas no Capital Próprio e nos resultados líquidos das participadas, por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício e pelos dividendos recebidos, líquido de perdas de imparidade acumuladas.

Os ativos e passivos de cada participada (incluindo os passivos contingentes) são identificados ao seu justo valor na data de aquisição. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos ativos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como diferença de aquisição positiva (Goodwill), sendo adicionada ao valor de balanço do ativo financeiro e a sua recuperação analisada anualmente como parte integrante do ativo financeiro e, no caso de diferença de aquisição negativa (Badwill), após reconfirmação do processo de valorização do justo valor e caso este se mantenha, na demonstração dos resultados do exercício.

É efetuada uma avaliação dos ativos financeiros em empresas associadas e empresas conjuntamente controladas quando existem indícios de que o ativo possa estar em imparidade, sendo registada uma perda na demonstração dos resultados sempre que tal se confirme.

Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada e empresa conjuntamente controlada excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é reportado por valor nulo enquanto o capital próprio da associada ou empresa conjuntamente controlada não for positivo, exceto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com a entidade, registando nesses casos uma provisão na rubrica do passivo ‘Provisões’ para fazer face a essas obrigações.

Os ganhos não realizados em transações com associadas e empresas conjuntamente controladas são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo nas mesmas por contrapartida do investimento nessas entidades. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o ativo transferido esteja em situação de imparidade.

As empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método da equivalência patrimonial encontram-se detalhadas na Nota 2.

PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS, JULGAMENTOS E ESTIMATIVAS

Os principais critérios valorimétricos, julgamentos e estimativas utilizados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas do Grupo, nos exercícios apresentados, são os seguintes:

i) Diferenças de aquisição positivas (Goodwill)

As diferenças positivas entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e associadas e o justo valor dos ativos e passivos identificáveis (incluindo os passivos contingentes) dessas empresas à data da sua aquisição, são registadas na rubrica ‘Goodwill’ (no caso dos investimentos em empresas do Grupo) ou no valor do ativo financeiro em associadas e entidades conjuntamente controladas (no caso dos investimentos em associadas e entidades conjuntamente controladas).

O Goodwill gerado antes da data de transição para os IFRS (1 de janeiro de 2004) ou o resultante da constituição do Grupo mantém-se registado pelo seu valor líquido contabilístico, apurado de acordo com o Plano Oficial de Contabilidade, sendo objeto de testes de imparidade no final de cada ano, a partir daquela data.

O valor do Goodwill não é amortizado, sendo testado anualmente, no final de cada exercício, para verificar se existem perdas por imparidade, ou seja, se o Goodwill não se encontra registado por um valor superior à sua quantia recuperável. As perdas por imparidade do Goodwill verificadas no exercício são registadas na demonstração dos resultados na rubrica de ‘Perdas de imparidade’. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 85

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montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos gastos diretamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera resultem do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada ativo individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence.

As perdas por imparidade relativas a Goodwill não podem ser revertidas.

O Goodwill resultante dos investimentos em empresas do Grupo, entidades conjuntamente controladas e associadas, sediadas no estrangeiro e o justo valor dos ativos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, encontram-se registados na moeda funcional dessas empresas, sendo convertidas para a moeda de relato do Grupo (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data da demonstração da posição financeira. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica do Capital próprio - ‘Reservas de conversão cambiais’.

As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e associadas e o justo valor dos ativos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, quando negativas, são reconhecidas como ganho na data de aquisição, após reconfirmação do justo valor dos ativos e passivos identificáveis.

ii) Ativos não correntes classificados como detidos para venda

Os ativos não correntes são classificados como detidos para venda quando o valor dos mesmos for recuperado através de uma operação de venda, ao invés do seu uso continuado. Contudo, tal classificação exige que a transação de venda seja altamente provável, que o ativo se encontre disponível para venda imediata, que o Conselho de Administração do Grupo esteja comprometido com a alienação do mesmo e que a mesma ocorra no curto prazo (normalmente, mas não exclusivamente no prazo de um ano).

Os ativos não correntes classificados como detidos para venda são registados ao mais baixo do seu valor contabilístico, ou do seu justo valor, deduzido dos gastos com a sua alienação, sendo, no caso dos ativos fixos afetos à unidade operacional detida para venda, interrompida a depreciação durante tal período.

iii) Ativos intangíveis

Os ativos intangíveis adquiridos pelo Grupo encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e eventuais perdas de imparidade acumuladas, e só são reconhecidos se forem identificáveis, se se possa medir razoavelmente o seu valor e se o Grupo possuir o controlo sobre os mesmos.

Os ativos intangíveis são constituídos basicamente por software e direitos de propriedade industrial, sendo os mesmos amortizados pelo método das quotas constantes durante um período de três anos, bem como pelas despesas incorridas com a obtenção de licenças para a exploração de parques eólicos, as quais são amortizadas de acordo com o período das licenças atribuídas (atualmente em 20 anos).

As despesas incorridas com o licenciamento de parques eólicos são capitalizadas em ativos intangíveis apenas quando sejam preenchidos os seguintes requisitos:

- os estudos de viabilidade económica demonstrem que existirão benefícios económicos futuros; - o Grupo tenha capacidade técnica e financeira para proceder à instalação e exploração dos parques eólicos; e - os gastos afetos à fase de licenciamento dos parques eólicos sejam mensuráveis de forma fiável.

Os gastos incorridos pelo Grupo durante a fase de pesquisa e de instalação de parques eólicos são reconhecidos na demonstração dos resultados no momento em que são incorridos.

As restantes despesas de investigação são reconhecidas como gasto do exercício em que são incorridas.

Os ativos intangíveis identificados na aquisição de uma empresa subsidiária são registados separadamente da rubrica de ‘Goodwill’ se o seu justo valor puder ser estimado com fiabilidade. O custo inicial de tais ativos intangíveis é o seu justo valor na data de aquisição.

Após o seu reconhecimento inicial, os ativos intangíveis gerados na aquisição de uma empresa filial, são registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e eventuais perdas de imparidade acumuladas, da mesma forma que os ativos intangíveis adquiridos pelo Grupo. Tais ativos são amortizados pelo método das quotas constantes, geralmente durante o período em que se espera que benefícios económicos ocorram.

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86 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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iv) Ativos tangíveis

Os ativos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das depreciações e perdas de imparidade acumuladas.

O Grupo não registou provisões para desmantelamento de parques eólicos ou solares, uma vez que não tem atualmente qualquer obrigação legal ou contratual para desmantelar esses ativos.

As depreciações são imputadas numa base sistemática durante a vida útil estimada dos bens, não sendo os terrenos depreciáveis.

Os ativos tangíveis em curso representam ativos ainda em fase de construção/desenvolvimento, encontrando-se os mesmos registados ao custo de aquisição, deduzido de perdas de imparidade acumuladas. Estes ativos tangíveis são depreciados a partir do momento em que os ativos subjacentes se encontrem disponíveis para uso e nas condições necessárias em termos de qualidade e fiabilidade técnica para operar. As depreciações são imputadas numa base sistemática durante a sua vida útil que é determinada tendo em conta a utilização esperada do ativo pelo Grupo, do desgaste natural esperado e da sujeição a uma previsível obsolescência técnica.

As taxas de depreciação utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Edifícios: 20 a 50 anos

Equipamentos:

Equipamento básico 3 a 7 anos Equipamento de transporte 4 a 5 anos Ferramentas e utensílios 3 a 5 anos Equipamento administrativo 3 a 10 anos

Outros ativos fixos tangíveis:

Parques eólicos e solares 15 a 20 anos Outros ativos fixos tangíveis 3 a 10 anos

As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil, nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis, são registadas como gasto do exercício em que ocorrem.

v) Locações

Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo sob locação.

A classificação das locações em financeiras ou operacionais é efetuada em função da substância económica e não da forma do contrato.

Os ativos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o ativo fixo tangível, as depreciações acumuladas correspondentes, conforme definido nas políticas iii) e iv) acima e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as depreciações do ativo fixo tangível são reconhecidos como gastos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como gasto na demonstração dos resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.

vi) Propriedades de investimento

As propriedades de investimento compreendem, essencialmente, imóveis e terrenos detidos para auferir rendimento ou valorização do capital, ou ambos, e não para utilização no decurso da atividade corrente dos negócios.

As propriedades de investimento são inicialmente registadas ao custo de aquisição, acrescido das despesas de compra e registo de propriedade. Após o reconhecimento inicial, as propriedades de investimento são mensuradas pelos seus justos valores, com reconhecimento das alterações de justo valor nos resultados do exercício em que ocorram.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 87

12

Os gastos incorridos (manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades), a par dos rendimentos e rendas obtidos com propriedades de investimento, são reconhecidos na demonstração dos resultados do exercício a que se referem.

vii) Ativos e passivos financeiros

Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira consolidada quando o Grupo se torna parte contratual do respetivo instrumento financeiro.

a) Instrumentos financeiros:

O Grupo classifica os ativos financeiros nas seguintes categorias: ‘Ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados’, ‘Empréstimos e contas a receber’, ‘Investimentos detidos até ao vencimento’ e ‘Ativos financeiros disponíveis para venda’. A classificação depende da intenção subjacente à aquisição do investimento.

A classificação é definida no momento do reconhecimento inicial e reapreciada numa base trimestral.

Ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados: esta categoria divide-se em duas subcategorias: ‘ativos financeiros detidos para negociação’ e ‘investimentos registados ao justo valor através de resultados’. Um ativo financeiro é classificado nesta categoria, nomeadamente, se for adquirido com o propósito de ser vendido no curto prazo. Os instrumentos derivados são também classificados como detidos para negociação, exceto se estiverem afetos a operações de cobertura. Os ativos desta categoria são classificados como ativos correntes no caso de serem detidos para negociação ou se for expetável a sua realização num período inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira;

Investimentos detidos até ao vencimento: esta categoria inclui os ativos financeiros, não derivados, com reembolsos fixos ou variáveis, que possuem uma maturidade fixada e cuja intenção do Conselho de Administração é a manutenção dos mesmos até à data do seu vencimento;

Ativos financeiros disponíveis para venda: incluem-se aqui os ativos financeiros, não derivados, que são designados como disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas categorias anteriores. Esta categoria é incluída nos ativos não correntes, exceto se o Conselho de Administração tiver a intenção de alienar o investimento num período inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira.

Os ‘investimentos detidos até ao vencimento’ são classificados como Ativos financeiros não correntes, exceto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira. Os ativos financeiros registados a justo valor através de resultados são classificados como ativos financeiros correntes.

Todas as compras e vendas de ativos financeiros são reconhecidas à data da transação, isto é, na data em que o Grupo assume todos os riscos e obrigações inerentes à compra ou venda do ativo. Os investimentos são inicialmente reconhecidos ao justo valor mais gastos de transação, sendo a única exceção os ‘ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados’. Neste último caso, os investimentos são inicialmente reconhecidos ao justo valor e os gastos de transação são reconhecidos na demonstração dos resultados. Os investimentos são desreconhecidos quando o direito de receber fluxos financeiros tiver expirado ou tiver sido transferido e, consequentemente, tenham sido transferidos todos os riscos e benefícios associados.

Os ‘ativos financeiros disponíveis para venda’ e os ‘ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados’ são subsequentemente mensurados ao justo valor.

Os ganhos e perdas, realizados ou não, provenientes de uma alteração no justo valor dos ‘Ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados’ são registados na demonstração dos resultados do exercício. Os ganhos e perdas, provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos classificados como disponíveis para venda, são reconhecidos na demonstração do rendimento integral na rubrica de ‘Reservas de justo valor’ até ao investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, momento em que o ganho ou perda acumulada é reconhecida na demonstração consolidada dos resultados.

O justo valor dos investimentos é baseado nos preços correntes de mercado. Se o mercado em que os investimentos estão inseridos não for um mercado ativo/líquido (investimentos não cotados), o Grupo estabelece o justo valor através de outras técnicas de avaliação como o recurso a transações de instrumentos financeiros substancialmente semelhantes, análises de fluxos financeiros e modelos de opção de preços ajustados para refletir as circunstâncias específicas. O justo valor dos investimentos cotados é calculado com base na cotação de fecho da Euronext à data da demonstração da posição financeira.

Na determinação do justo valor de um ativo ou passivo financeiro, se existir um mercado ativo, a cotação de mercado é aplicada. Este constitui o nível 1 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 13- Justo valor: mensuração e divulgação.

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88 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

No caso de não existir um mercado ativo, o que é o caso para alguns ativos e passivos financeiros, são utilizadas técnicas de avaliação geralmente aceites no mercado, baseadas em pressupostos de mercado. Este constitui o nível 2 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 13.

A entidade aplica técnicas de avaliação para os instrumentos financeiros não cotados, tais como, derivados, instrumentos financeiros ao justo valor através de resultados e para ativos financeiros disponíveis para venda. Os modelos de valorização que são utilizados mais frequentemente são modelos de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções que incorporam informação de mercado como as curvas de taxa de juro.

Para alguns tipos de instrumentos financeiros mais complexos, são utilizados modelos de avaliação mais complexos contendo pressupostos e dados que não são diretamente observáveis em mercado, para os quais a entidade utiliza estimativas e pressupostos internos. Este constitui o nível 3 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 13.

Os ‘Empréstimos e contas a receber’ e os ’Investimentos detidos até ao vencimento’ são registados ao custo amortizado através do método da taxa de juro efetiva.

O Grupo efetua avaliações à data de cada demonstração da posição financeira sempre que exista evidência objetiva de que um ativo financeiro possa estar em imparidade. No caso de instrumentos de capital classificados como disponíveis para venda, uma queda significativa ou prolongada do seu justo valor para níveis inferiores ao seu custo é indicativo de que o ativo se encontra em situação de imparidade. Para os restantes ativos financeiros, indícios objetivos de imparidade podem incluir:

dificuldades financeiras significativas por parte da contraparte para liquidar as suas dívidas; não cumprimento atempado por parte da contraparte dos créditos concedidos pelo Grupo; probabilidade elevada que a contraparte entre num processo de falência ou de reestruturação de dívida.

Para os ativos financeiros reconhecidos pelo custo amortizado, o montante da imparidade resulta da diferença entre o seu valor contabilístico e o valor atual dos fluxos de caixa futuros descontados à taxa de juro efetiva inicial.

O valor contabilístico dos ativos financeiros é reduzido diretamente pelas perdas de imparidade detetadas, com exceção das contas a receber de clientes e outros devedores em que o Grupo constitui uma conta de ‘Perdas de imparidade acumuladas’ específica para as mesmas. Quando uma conta a receber de clientes e outros devedores é considerada como incobrável a mesma é anulada por contrapartida da conta ’Perdas de imparidade acumuladas’. Recebimentos posteriores de contas a receber de clientes e outros devedores anuladas das demonstrações financeiras são registados a crédito na demonstração dos resultados do exercício. Alterações ocorridas na conta ‘Perdas de imparidade acumuladas’ são registadas na demonstração dos resultados do exercício.

Com exceção dos ‘Ativos financeiros disponíveis para venda’, que correspondem a instrumentos de capital noutra entidade, se, num exercício subsequente, ocorrer uma diminuição das Perdas de imparidade acumuladas e se esse decréscimo se dever objetivamente a um evento posterior à data de reconhecimento de tal imparidade, esse decréscimo é registado através da demonstração dos resultados do exercício.

b) Clientes e outros devedores

As dívidas de ‘Clientes’ e de ‘Outros devedores’ não têm implícitos juros e são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade reconhecidas nas rubricas de ‘Perdas de imparidade acumuladas’, por forma a que as mesmas reflitam o seu valor realizável líquido.

c) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal recebido líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros apurados de acordo com a taxa de juro efetiva são contabilizados na demonstração dos resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

d) Outras contas a pagar e outras dívidas de terceiros

As contas a pagar e a receber correntes, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal, que é substancialmente equivalente ao seu justo valor.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 89

12

e) Passivos financeiros e instrumentos de capital próprio

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual da transação. São considerados pelo Grupo instrumentos de capital próprio aqueles em que o suporte contratual da transação evidencie que o Grupo detém um interesse residual num conjunto de ativos após dedução de um conjunto de passivos. São considerados passivos financeiros aqueles em que é expetável que ocorra um pagamento de fundos.

f) Instrumentos financeiros derivados

O Grupo utiliza instrumentos financeiros derivados na gestão dos seus riscos financeiros unicamente como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objetivo de negociação. A utilização de instrumentos financeiros derivados encontra-se devidamente aprovada pelo Conselho de Administração do Grupo.

Os instrumentos financeiros derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa respeitam exclusivamente a instrumentos de cobertura de taxa de juro e de taxa de câmbio de empréstimos obtidos. O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos instrumentos de cobertura de taxa de juro e de taxa de câmbio são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos financeiros derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

A eficácia da cobertura pode ser mensurada com fiabilidade; Existe adequada documentação sobre a transação a ser coberta no início da cobertura; A transação objeto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura de taxa de juro (cobertura de cash-flow) e de taxa de câmbio são inicialmente registados pelo seu justo valor, se algum, e subsequentemente reavaliados ao seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos, associadas à parcela de cobertura efetiva, são reconhecidas na demonstração do rendimento integral na rubrica ‘Reservas de cobertura – Derivados’, sendo transferidos para resultados no mesmo período em que o instrumento objeto de cobertura afeta os resultados. A parcela de cobertura não efetiva é registada na demonstração dos resultados do exercício, no momento em que é apurada.

A mensuração dos instrumentos financeiros derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de qualificar como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas reconhecidas na demonstração do rendimento integral na rubrica ‘Reservas de justo valor - Derivados” são mantidas no capital próprio, e as mensurações subsequentes são registadas diretamente nas rubricas da demonstração dos resultados.

g) Certificados verdes

Os certificados verdes são instrumentos que aprovam a produção de uma dada quantia de eletricidade proveniente de fontes de energia renováveis.

Na Roménia são atribuídos à Martifer Renewables certificados verdes que podem ser de dois tipos: certificados disponíveis para serem transacionados (válidos por um período de 12 meses desde a sua data de emissão) e certificados verdes suspensos (passiveis de ser transacionados a partir de 2018).

À data da publicação das demonstrações financeiras não existe uma norma contabilística ou uma interpretação nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (‘IFRS’) que trate especificamente a contabilização de emissões ou certificados de energias renováveis.

Quando os certificados são recebidos, a empresa reconhece um ativo em ' Investimentos financeiros disponíveis para venda' ou ‘outros ativos financeiros correntes’ (dependendo do tipo de certificado) e o correspondente ‘Proveito Diferido’. O proveito é reconhecido numa rubrica da demonstração dos resultados quando os certificados verdes são vendidos. Após o reconhecimento inicial, os certificados são avaliados ao preço transacionável disponível à data. No final de cada período, estes são avaliados usando o justo valor a essa data, o qual corresponde à cotação de mercado. A diferença resultante é registada numa rubrica da demonstração dos resultados, como ‘Rendimentos e ganhos financeiros’ ou como ‘Gastos e perdas financeiras’. O valor dos certificados revertidos, por não ter sido usado dentro do prazo de validade, será registado em ‘Gastos e perdas financeiras’.

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90 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

h) Letras descontadas e contas a receber cedidas em factoring

O Grupo desreconhece ativos financeiros das suas demonstrações financeiras, unicamente quando o direito contratual aos fluxos de caixa inerentes a tais ativos já tiver expirado, ou quando o Grupo transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos para uma terceira entidade. Se o Grupo retiver substancialmente os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos, continua a reconhecer nas suas demonstrações financeiras os mesmos, registando no passivo na rubrica de ‘Empréstimos’ a contrapartida monetária pelos ativos cedidos.

Consequentemente, os saldos de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas a receber cedidas em factoring à data de cada demonstração da posição financeira, com exceção das operações de ‘factoring sem recurso’, são relevadas nas demonstrações financeiras do Grupo até ao momento do seu recebimento.

viii) Caixa e seus equivalentes

Os montantes incluídos na rubrica de ‘Caixa e seus equivalentes’ correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários à ordem e a prazo e outras aplicações de tesouraria (com vencimento inferior a três meses, prontamente convertíveis para uma quantia conhecida de dinheiro, para os quais o risco de alteração de valor não é significativo).

ix) Inventários

As mercadorias, as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao menor do custo médio de aquisição, ou do respetivo valor de mercado (estimativa do seu preço de venda deduzido dos gastos a incorrer com a sua alienação). Os produtos acabados e semiacabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso são valorizados ao custo de produção, o qual é inferior ao respetivo valor de mercado. Os custos de produção incluem o custo da matéria-prima incorporada, mão-de-obra direta e gastos gerais de fabrico.

São reconhecidas imparidades sempre que se estima que o valor realizável líquido é inferior ao valor contabilístico, sendo as imparidades reconhecidas na rubrica ‘Outros rendimentos/(gastos) operacionais’ da Demonstração de Resultados (Nota 10).

x) Especialização de exercícios

As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios pelo qual estas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas de ‘Outros ativos correntes’, ‘Outros ativos não correntes’, ‘Outros passivos correntes’ e ‘Outros passivos não correntes’.

xi) Rédito

O rédito é registado pelo justo valor dos ativos recebidos ou a receber, líquido de descontos e de devoluções expetáveis.

a) Reconhecimento de gastos e rendimentos em obras (construção de estruturas metálicas e construção de parques eólicos e solares chave na mão)

O Grupo reconhece os resultados das obras, contrato a contrato, de acordo com o método da percentagem de acabamento, a qual é entendida como sendo a relação entre os gastos incorridos em cada obra até uma determinada data e a soma desses gastos com os gastos estimados para completar a obra. As diferenças obtidas entre os valores resultantes da aplicação do grau de acabamento aos rendimentos estimados e os valores faturados são contabilizadas nas sub-rubricas ‘Trabalhos em curso’ ou ‘Faturação antecipada’, incluídas nas rubricas ‘Outros ativos correntes’ e ‘Outros passivos correntes’, respetivamente.

Variações nos trabalhos face à quantia de rédito acordada no contrato são reconhecidas no resultado do exercício quando é provável que o cliente aprove a quantia de rédito proveniente da variação, e que esta possa ser mensurada com fiabilidade.

As reclamações para reembolso de gastos não incluídos no preço do contrato são incluídas no rédito do contrato quando as negociações atinjam um estágio avançado de tal forma que é provável que o cliente aceite a reclamação, e que é possível mensurá-la com fiabilidade.

Para fazer face aos gastos a incorrer durante o período de garantia das obras, o Grupo reconhece uma provisão para fazer face a tal obrigação legal, a qual é apurada tendo em conta o volume de produção anual e o historial de gastos incorridos no passado com as obras em período de garantia.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 91

12

Quando é provável que os gastos totais previstos no contrato de construção excedam os rendimentos definidos no mesmo, a perda esperada é reconhecida imediatamente na demonstração dos resultados do exercício.

b) Obras de curta duração

Nestes contratos de prestação de serviços, o Grupo reconhece os rendimentos e gastos à medida que se faturam ou incorrem, respetivamente.

c) Reconhecimento de gastos e rendimentos na atividade imobiliária

Os gastos relevantes com os empreendimentos imobiliários são apurados tendo em conta os gastos diretos de construção, assim como todos os gastos associados à elaboração de projetos e licenciamento das obras. Os gastos imputáveis ao financiamento do empreendimento são também adicionados ao custo dos empreendimentos imobiliários, desde que estes se encontrem em curso.

Considera-se, para efeito de capitalização dos encargos financeiros, que o empreendimento está em curso se aguardar decisão das autoridades envolvidas, ou se se encontrar em fase de construção. Caso o empreendimento não se encontre nestas fases é considerado parado e as capitalizações acima referidas são suspensas.

O rédito, neste tipo de operações, tem sido gerado e reconhecido, essencialmente, aquando da transferência dos direitos e obrigações associados aos ativos, o que, regra geral, coincide com a celebração da escritura de venda.

d) Reconhecimento de rédito em vendas de mercadorias e produtos acabados

O reconhecimento do rédito resultante da venda de mercadorias e de produtos acabados ocorre unicamente quando todas as condições descritas abaixo se encontrarem cumpridas:

O Grupo transferiu para o comprador todos os riscos e benefícios significativos inerentes à posse dos bens alienados; O Grupo não retém qualquer envolvimento ou qualquer controlo continuado sobre os bens alienados; O montante do rédito possa ser estimado de forma fiável; É provável que os benefícios económicos associados à alienação de tais bens venham a ser recebidos; e Os gastos incorridos, ou a incorrer, com tal alienação possam ser estimados com fiabilidade.

xii) Trabalhos para a própria empresa

Os gastos internos (materiais, mão de obra e gastos gerais de fabrico) incorridos na produção de ativos fixos tangíveis são objeto de capitalização apenas quando sejam preenchidos os seguintes requisitos:

os ativos desenvolvidos são identificáveis; existe forte probabilidade de os ativos gerarem benefícios económicos futuros; e os gastos de desenvolvimento são mensuráveis de forma fiável.

xiii) Gastos com a preparação de propostas

Os gastos incorridos com a preparação de propostas em concursos diversos são reconhecidos na demonstração dos resultados do exercício em que são incorridos, em virtude do desfecho das propostas não ser controlável.

xiv) Saldos e transações expressos em moeda estrangeira

Demonstrações financeiras individuais:

Todos os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para a moeda de apresentação funcional, utilizando-se as cotações oficiais vigentes na data de reporte. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e aquelas em vigor na data das cobranças, pagamentos ou à data da demonstração da posição financeira, são registadas, pelo seu valor bruto, como ganhos e perdas na demonstração dos resultados do exercício.

Demonstrações financeiras consolidadas:

Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, os ativos e passivos das demonstrações financeiras das entidades estrangeiras do Grupo são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio à data de fecho da demonstração da posição financeira. Os gastos e rendimentos, bem como os fluxos de caixa são igualmente convertidos para Euro, utilizando a taxa de

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92 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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câmbio média verificada no exercício. Adicionalmente, alguns empréstimos de médio e longo prazo ou sem prazo de reembolso definido, concedidos a participadas que operam em países que não adotam o Euro, foram considerados como parte integrante do investimento líquido do Grupo. As diferenças cambiais resultantes destas conversões são registadas na demonstração do rendimento integral na rubrica ‘Reservas de conversão cambiais’. No momento da alienação de tais entidades estrangeiras, as diferenças de conversão cambiais acumuladas são registadas na demonstração dos resultados do exercício.

O Goodwill e os ajustamentos para o justo valor dos ativos e passivos adquiridos, resultantes da aquisição de entidades estrangeiras, são tratados como ativos e passivos em moeda estrangeira e são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio à data de fecho da demonstração da posição financeira.

Foram usadas as seguintes taxas de câmbio na preparação das demonstrações financeiras:

1 € EQUIVALE A: TAXA DE FECHO TAXA MÉDIA

31 DEZEMBRO 2015

31 DEZEMBRO 2014 EVOLUÇÃO EM % 31 DEZEMBRO

2015 31 DEZEMBRO

2014 EVOLUÇÃO EM %

Dólar australiano 1,490 1,483 0,5% 1,478 1,472 0,4%

Zloti polaco 4,264 4,273 -0,2% 4,184 4,184 0,0%

Novo Leu da Roménia 4,524 4,483 0,9% 4,445 4,444 0,0%

Dólar dos Estados Unidos 1,089 1,214 -10,3% 1,110 1,329 -16,5%

Rand da África do Sul 16,953 14,035 20,8% 14,172 14,404 -1,6%

Real do Brasil 4,312 3,221 33,9% 3,700 3,121 18,6%

Baht da Tailândia 39,248 39,910 -1,7% 38,028 43,147 -11,9%

Kwanza Angola 146,120 124,910 17,0% 132,733 130,294 1,9%

Dirham de Marrocos 10,740 10,990 -2,3% 10,808 11,151 -3,1%

Libra esterlina 0,734 0,779 -5,8% 0,726 0,806 -10,0%

Dólar canadiano 1,512 1,406 7,5% 1,419 1,466 -3,2%

Metical Moçambique 50,500 40,100 25,9% 43,134 41,135 4,9%

Peso Mexicano 18,915 17,876 5,8% 17,616 17,655 -0,2%

Saudi Riyal (Arábia Saudita) / SAR 4,083 4,560 -10,5% 4,169 4,982 -16,3%

Chilean Peso 768,728 737,820 4,2% 726,296 756,857 -4,0%

Hryvna (Ucrânia) / (Ukraine) Hryvna 26,045 18,975 37,3% 24,105 15,634 54,2%

Bolivar venezuelano 217,228 - - 199,424 - -

Dinar da Jordânia 0,769 - - 0,786 - -

Iene do Japão 131,070 145,230 -9,8% 134,314 140,306 -4,3%

Nuevo Sol do Peru 3,700 3,631 1,9% 3,525 3,767 -6,4%

Lira Turca 3,176 2,832 12,2% 3,025 2,906 4,1%

xv) Impostos sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício inclui o imposto corrente e o imposto diferido, de acordo com a IAS 12. O imposto corrente é calculado com base nos respetivos resultados tributáveis, de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os seus respetivos montantes para efeitos de tributação, bem como a alguns créditos fiscais atribuídos ao Grupo.

Os ativos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor, ou anunciadas para estarem em vigor, à data da reversão das diferenças temporárias.

Os ativos por impostos diferidos são registados apenas quando existem expetativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada demonstração da posição financeira é efetuada uma reapreciação dos impostos diferidos ativos, sendo os mesmos desreconhecidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

O montante de imposto diferido que resulte de transações ou eventos reconhecidos em contas de capital próprio é registado diretamente nessas mesmas rubricas, não afetando o resultado do exercício.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 93

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xvi) Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gasto do exercício de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos diretamente relacionados com a construção de ativos fixos e de alguns inventários (projetos imobiliários) são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e é interrompida após o início de utilização, no final de produção ou de construção do ativo ou quando o projeto em causa se encontra suspenso.

xvii) Provisões

As provisões são reconhecidas, quando e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada demonstração da posição financeira e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas. Quando uma provisão é apurada tendo em consideração os fluxos de caixa futuros necessários para liquidar tal obrigação, a mesma é registada pelo valor atual dos mesmos.

As provisões constituídas pela empresa resultam, essencialmente de:

i) Garantias de construção

O Grupo reconhece uma provisão para os custos estimados a incorrer no futuro com a garantia de construção prestada sobre estruturas metálicas ou parques (eólicos ou solares) vendidos. Esta provisão é constituída na data da alienação ou da prestação do serviço, afetando o ganho obtida na mesma. No final do período de garantia (em média 5 anos) qualquer valor remanescente da provisão é revertido por resultados do exercício.

ii) Contratos onerosos

O Grupo reconhece uma provisão para contratos onerosos, na data em que para os contratos de construção em curso se determine que o custo a incorrer para satisfazer a obrigação assumida excede os benefícios económicos estimados. Esta análise é efetuada contrato a contrato de acordo com a informação prestada pelos responsáveis dos projetos.

iii) Processos judiciais em curso

É reconhecida uma provisão para processos judiciais em curso quando exista uma estimativa fiável de custos a incorrer decorrentes de ações interpostas por terceiros.

iv) Ativos financeiros em equivalência patrimonial

É reconhecida uma provisão sempre que a empresa participada tem capital próprio negativo e se considera que o Grupo assumiu responsabilidades para além da sua participação no capital.

xviii) Subsídios atribuídos pelo Estado

Subsídios atribuídos para financiar ações de formação de pessoal e de apoio à contratação são reconhecidos como rendimentos durante o período de tempo durante o qual o Grupo incorre nos respetivos gastos.

Subsídios atribuídos para financiar investimentos em ativos são registados como rendimentos diferidos e reconhecidos na demonstração dos resultados, na rubrica de ‘Outros rendimentos operacionais’, durante o período de vida útil estimado para os bens subsidiados.

xix) Imparidade de ativos que não Goodwill

É efetuada uma avaliação de imparidade à data de cada demonstração da posição financeira sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual um ativo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual um ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica de ‘Perdas de imparidade’. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação

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94 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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do ativo numa transação ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos gastos diretamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada ativo individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando os motivos que provocaram o registo das mesmas deixaram de existir e, consequentemente, o ativo deixa de estar em imparidade. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados como resultados operacionais. Contudo, a reversão de uma perda de imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (quer através do custo histórico, quer através do seu valor reavaliado, líquido de amortizações ou depreciações) caso a perda de imparidade não tivesse sido registada em exercícios anteriores.

xx) Benefícios aos empregados

Remunerações variáveis

De acordo com as disposições estatutárias de algumas sociedades do Grupo, os acionistas destas sociedades aprovam em Assembleia-Geral ou numa Comissão de Fixação de Vencimentos eleita pelos acionistas fixa, quando eleita, a remuneração fixa e a remuneração variável a ser distribuída aos membros dos órgãos sociais. As remunerações variáveis são contabilizadas nos resultados do exercício a que respeitam.

xxi) Classificação na demonstração da posição financeira

Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data da demonstração da posição financeira são classificados, respetivamente, como ativos e passivos não correntes. Adicionalmente, pela sua natureza, os ‘Impostos diferidos’ e as ‘Provisões’ são classificados como ativos e passivos não correntes.

xxii) Ativos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota.

Um ativo contingente não é reconhecido nas demonstrações financeiras, mas divulgado no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

xxiii) Demonstração dos fluxos de caixa

A demonstração consolidada dos fluxos de caixa é preparada de acordo com a IAS 7, através do método direto. O Grupo classifica na rubrica ‘Caixa e seus equivalentes’ os investimentos com vencimento a menos de três meses, prontamente convertíveis para uma quantia conhecida de dinheiro, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.

A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais, de financiamento e de investimento. As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal e outros relacionados com a atividade operacional. Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de investimento incluem, nomeadamente, aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e da venda de ativos tangíveis e intangíveis.

Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de financiamento incluem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira, e pagamento de dividendos.

xxiv) Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data das demonstrações financeiras que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data das demonstrações financeiras (adjusting events) são refletidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data das demonstrações financeiras que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data das demonstrações financeiras (non adjusting events), se materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas.

xxv) Julgamentos e estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, o Conselho de Administração do Grupo baseou-se no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 95

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As estimativas contabilísticas mais significativas refletidas nas demonstrações financeiras consolidadas dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 incluem:

- vidas úteis dos ativos tangíveis; - justo valor das propriedades de investimento; - testes de imparidade realizados ao Goodwill;

- registo de provisões e perdas de imparidade; - reconhecimento de rendimentos em obras em curso e garantias; - reconhecimento de ativos por impostos diferidos decorrentes de perdas fiscais; - apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados.

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. Alterações a estas estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas serão corrigidas em resultados de forma prospetiva, conforme disposto pelo IAS 8.

xxvi) Gestão dos riscos financeiros

A incerteza, característica dominante dos mercados, comporta em si uma variedade de riscos aos quais as atividades do grupo Martifer se encontram expostas, designadamente, risco de preço, risco de taxa de câmbio, risco de taxa de juro, risco de liquidez e risco de crédito.

a) Risco de preço

A volatilidade do preço das matérias-primas constitui um risco para o Grupo, tanto na área de Construção Metálica como na Solar. Decorrente das medidas/taxas antidumping que a União Europeia decidiu implementar sobre os produtos do aço e do alumínio provenientes da China provocou uma grande incerteza ao nível do preço que vai afetar a atividade operacional da área de negócio de construção metálica. No que concerne à evolução de mercado dos preços dos painéis solares, estes mantiveram-se constantes, no entanto a sua variação pode também influenciar a atividade solar. A Martifer tem procurado mitigar este risco da mesma forma nas duas áreas, ou seja, através de contratos com clientes que permitam repercutir as alterações do preço da matéria-prima no valor pago pelo cliente e garantindo junto dos seus fornecedores preços fixos para projetos de grande dimensão.

b) Risco de taxa de câmbio

O risco cambial apresenta uma forte interdependência com os restantes tipos de risco, salientando-se a sua relação com o risco dos países, através da evolução das economias e o seu impacto nas taxas de inflação e de juro e, com o risco de crédito por via das oscilações monetárias que poderão colocar em causa, futuros fluxos financeiros traduzindo-se na possibilidade de registar perdas ou ganhos em resultado de variações de taxas de câmbio entre diferentes divisas.

A internacionalização do Grupo obriga-o a estar exposto ao risco de taxa de câmbio das moedas de diferentes países.

A exposição ao risco de taxa de câmbio do Grupo resulta fundamentalmente das atividades operacionais (em que os gastos, rendimentos, ativos e passivos são denominados em moedas diferentes da moeda de relato), das operações realizadas entre essas subsidiárias e outras empresas do Grupo e da existência de transações efetuadas pelas empresas operacionais em moeda diferente da moeda de reporte do Grupo.

A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pelo Grupo tem como objetivo último diminuir ao máximo a sensibilidade dos seus resultados a flutuações cambiais.

No âmbito da atividade operacional de todas as subsidiárias, procura-se que as transações sejam realizadas nas respetivas moedas locais. Pela mesma razão, os empréstimos contraídos pelas subsidiárias estrangeiras são preferencialmente contraídos nas respetivas moedas locais.

No que respeita à cobertura de risco cambial, as operações de cobertura são esporádicas por se considerar que o seu custo é, por vezes, excessivo face ao nível dos riscos envolvidos. No entanto, sempre que considerado adequado, o Grupo contrata a cobertura de taxas de câmbio por forma a cobrir o risco.

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96 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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Durante o ano 2015, como consequência da grave crise económica e financeira que Angola tem vindo a enfrentar, explicada, em larga medida, pela acentuada queda do preço do petróleo, assistiu-se a uma enorme escassez de divisas transacionáveis no mercado Angolano provocando desta forma limitações nos fluxos financeiros provenientes dessa Geografia.

O grupo Martifer tem mitigado este risco através de instrumentos financeiros apresentados pelos clientes de forma a manter o normal fluxo financeiro.

O montante de ativos e passivos (em Euro) do Grupo registados em moeda diferente do Euro, materialmente relevantes, pode ser resumido como se segue:

ATIVOS PASSIVOS

1 € EQUIVALE A: ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014

Novo Leu (Roménia) 161.612.233 153.491.552 80.752.203 80.784.186

Zloti (Polónia) 45.098.567 48.873.273 55.248.476 72.153.956

Dólar Americano (E.U.A.) 68.136.067 58.399.403 100.758.256 91.895.201

Kwanza (Angola) 51.758.761 47.788.457 40.866.935 35.859.913

Real (Brasil) 11.362.507 58.631.399 3.083.794 32.374.745

Dirham (Marrocos) 1.498.646 811.748 1.386.124 1.377.394

Dólar Australiano (Austrália) 97.042 628.133 560.015 4.633.416

Coroa Checa (República Checa) - 22.477 - 6.912

Libra Esterlina (Reino Unido) 34.628.343 52.449.377 29.992.917 49.565.474

Peso Mexicano (México) 4.307.723 2.402.537 2.626.470 14.610.584

Riyal Saudita (Arábia Saudita) 21.815.654 16.923.521 19.995.294 16.488.074

Hryvnia (Ucrânia) 143.577 483.099 284.187 670.552

Metical (Moçambique) 54.114 - 461.719 -

Rand (África do Sul) 28.586 - 273.634 -

Os eventuais impactos gerados nas demonstrações financeiras do Grupo pela transposição das demonstrações financeiras das suas subsidiárias, que relatam em moeda diferente do Euro, caso ocorresse uma variação de 1 p.p. nas taxas de câmbio acima referidas, podem ser resumidos como se segue (valores em Euro):

1 € EQUIVALE A:

DEPRECIAÇÃO DA MOEDA

LOCAL FACE AO EURO

ANO 2015 ANO 2014

IMPACTO EM RESULTADOS

IMPACTO EM CAPITAIS

PRÓPRIOS

IMPACTO EM RESULTADOS

IMPACTO EM CAPITAIS

PRÓPRIOS

Novo Leu (Roménia) 1% 26.864 (800.594) 208.991 (719.875)

Zloti (Polónia) 1% 2.543 100.494 46.437 230.502

Dólar Americano (E.U.A.) 1% (2.090) 322.992 355.801 331.642

Libra Esterlina (Reino Unido) 1% 42.967 (45.895) 23.439 (28.553)

Coroa Checa (República Checa) 1% - - 719 (154)

Dirham (Marrocos) 1% (6.801) (1.114) (169) 5.600

Dólar Australiano (Austrália) 1% (1.389) 4.584 5.960 39.656

Kwanza (Angola) 1% (13.494) (107.840) (16.013) (118.104)

Real (Brasil) 1% 39.299 (81.967) (75.308) (259.967)

Peso Mexicano (México) 1% (9.269) (16.646) 89.631 120.872

Riyal Saudita (Arábia Saudita) 1% (12.560) (18.023) (3.671) (4.311)

Hryvnia (Ucrânia) 1% 647 1.392 7.323 1.856

Metical (Moçambique) 1% 1.183 4.036 - -

Rand (África do Sul) 1% - 2.426 - -

c) Risco de taxa de juro

O risco de taxa de juro traduz a possibilidade de existirem flutuações no montante dos encargos financeiros futuros em empréstimos contraídos devido à evolução do nível de taxas de juro de mercado.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 97

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O custo da dívida financeira contraída pelo Grupo está indexado a taxas de referência de curto prazo, revistas com uma periodicidade inferior a um ano, e adicionadas de prémios de risco oportunamente negociados. Assim, variações nas taxas de juro podem afetar os resultados do Grupo.

A exposição do Grupo ao risco da taxa de juro advém de passivos financeiros contratados a taxa fixa e/ou taxa variável. No primeiro caso, o Grupo enfrenta um risco de variação do justo valor desses ativos ou passivos na medida em que qualquer alteração das taxas de mercado envolve um custo de oportunidade. No segundo caso tal alteração tem impacto direto no valor dos juros, provocando, consequentemente, variações de caixa.

Nos empréstimos de médio e longo prazo mais significativos, o Grupo recorre sempre que considera adequado a empréstimos de taxa fixa ou a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição a alterações nas taxas de juro vigentes nesses empréstimos. O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos derivados de taxa de juro contratados são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contraídos, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.

Durante o ano de 2015 as taxas de juro de referência na zona euro mantiveram-se a níveis muito baixos, atingindo mesmo valores negativos no final do ano. De acordo com as projeções do Banco Central Europeu publicadas em Março de 2016 (“March 2016 ECB staff macroeconomic projections for the euro area”), as taxas deverão manter-se a níveis muito baixos durante os anos de 2016 e 2017, esperando-se apena um modesto crescimento para 2018.

A 17 de dezembro de 2015, foram assinados os Acordos de reestruturação da dívida do grupo Martifer com os Bancos, o que envolveu a renegociação das taxas de prémio de risco (Spread) para valores muito competitivos, possibilitando uma menor exposição ao risco de taxa de juro. Esta alteração do pricing dos financiamentos bancários produziu efeitos a partir de 1 de janeiro de 2015. Este fator aliado à estabilidade esperada nas taxas de referência concorrem para que a exposição da Martifer ao risco de taxa de juro seja atualmente reduzido.

A análise de sensibilidade à variação para mais ou menos 1 p.p. na taxa de juro é apresentada na Nota 30 Empréstimos.

d) Risco de liquidez

O risco de liquidez traduz a capacidade do Grupo fazer face às suas responsabilidades financeiras tendo em conta os recursos financeiros disponíveis.

O principal objetivo da política de gestão de risco da liquidez é garantir que o Grupo tem ao seu dispor, a qualquer momento, os recursos financeiros suficientes para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas, honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, através de uma adequada gestão da relação custo – maturidade dos financiamentos.

Conforme mencionado no ponto anterior, no final de 2015, o Grupo reestruturou a sua dívida com as instituições através do reescalonamento do vencimento dos financiamentos bancários ao longo do tempo, alargando a maturidade média da dívida por forma a torná-la coincidente com o grau de permanência dos seus ativos de longo prazo e simultaneamente, por forma a permitir que os excedentes de tesouraria sejam suficientes para cumprir com as suas responsabilidades.

Assim, e atendendo ao cariz de médio/longo prazo dos investimentos efetuados, o serviço da dívida passa a acompanhar a maturidade dos ativos associados, não hipotecando o compromisso decorrente da sua atividade operacional de curto prazo. Na prossecução do objetivo do Grupo de adequar a maturidade de inflows da atividade operacional e de (des)investimento aos outflows da atividade de financiamento.

Em consequência das medidas anteriormente mencionadas, verifica-se que a 31 de dezembro de 2015, o Ativo Corrente supera largamente o Passivo Corrente. Assim, o risco de liquidez é bastante reduzido, dada a capacidade que a Martifer tem na transformação dos seus ativos de curto prazo em liquidez.

A direção financeira faz o acompanhamento da implementação das políticas de gestão de risco definidas pela administração, de forma a garantir que os riscos económicos e financeiros são identificados, mensurados e geridos de acordo com tais políticas.

e) Risco de crédito

O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afetem as economias a uma escala local, nacional ou internacional podem originar a incapacidade dos clientes do grupo Martifer para saldar as suas obrigações, com eventuais efeitos negativos nos resultados do Grupo.

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98 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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O Grupo encontra-se sujeito ao risco no crédito que concerne à atividade operacional – Clientes e Outros Devedores, outras contas a receber e depósitos bancários.

Ciente desta realidade, o Grupo procura avaliar o risco de crédito de todos os seus clientes como racional para o estabelecimento do crédito a conceder, sendo objetivo último assegurar a efetiva cobrança dos créditos nos prazos estabelecidos.

Com este objetivo, o Grupo recorre a agências de informação financeira e avaliação de crédito e efetua regularmente análises de risco e controlo de crédito, bem como cobrança e gestão de processos em contencioso, procedimentos essenciais para gerir a atividade creditícia e minimizar a ocorrência de incobráveis.

O rating das instituições financeiras das disponibilidades do Grupo é como se segue:

RATING MOODY'S VALOR DAS DISPONIBILIDADES

Não atribuído* 12.787.164

A1 3.575.271

A2 2.529.049

A3 15.883

AA2 25.912

B1 1.426.560

BA1 3.298.115

BA3 1.061.038

BAA1 622.292

BAA3 166.223

CAA1 15.042.040

Total Geral 40.549.549

Em 'Não atribuído' estão considerados 10 milhões de euros de instituições financeiras angolanas

xxvii) Gestão dos riscos operacionais

a) Construção Metálica

Os riscos operacionais na área de Construção Metálica, que a partir de 2011 passou também a integrar a área de equipamentos para energia, agrupam-se atualmente em três fontes de riscos - risco de cliente, risco de fornecedor e risco externo, que por sua vez se subdivide em problemas específicos.

No risco de cliente, podem ser identificadas, por exemplo, questões que possam ocorrer ao nível da contratação, como a falta de convergência na interpretação e aplicação das disposições contratuais, o desagrado ou insatisfação com o serviço/produto e ainda o risco de incumprimento no pagamento do preço estipulado após a entrega dos projetos.

No que diz respeito à volatilidade da procura, será de realçar que a área de negócio depende, em parte, do lançamento de concursos públicos para obras de infraestruturas públicas (e.g. pontes, aeroportos, gares). No âmbito dos concursos públicos, a Martifer está sujeita a uma regulamentação complexa, própria de cada país, nomeadamente no que respeita à apresentação de propostas e à elaboração de dossiers administrativos completos com respeito pelo caderno de encargos definido pela entidade contratante, que poderão representar custos acrescidos para o grupo Martifer. É de realçar que, não obstante a referida dependência de concursos públicos, a Martifer tem tido a capacidade de captar negócios não sujeitos a concurso público, reduzindo a sua exposição a este risco.

No risco de fornecedor é de sublinhar que a Martifer Construções, como perita em projetos de engenharia, recorre muitas vezes à subcontratação de outras empresas, que por sua vez podem falhar na execução dos seus contratos e comprometer em efeito “dominó” o compromisso na entrega on time dos projetos. Ou seja, associado à construção está ainda o risco de eventuais atrasos na entrega de obras, com as inerentes penalizações contratuais.

Finalmente, no âmbito dos riscos externos, e sendo certo que a área de Construção Metálica tem uma forte correlação com o crescimento da economia e com a formação bruta de capital fixo, é portanto sensível à atual conjuntura económica. Nesse sentido, o agravamento da crise da dívida soberana na Europa levanta também outros problemas nomeadamente os planos de austeridade que implicam cortes severos e transversais no investimento público e a diminuição significativa de liquidez na totalidade do sistema financeiro, que leva muitas vezes a que, apesar da existência de projetos aliciantes, não exista, porém, o correspondente capital que permita a sua execução.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 99

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A forma que a área de Construção Metálica encontrou para mitigar estes riscos externos foi através da dispersão dos negócios por diferentes geografias, nomeadamente pela entrada em mercados que registam maiores taxas de crescimento no setor da construção, como é o caso do mercado angolano e do mercado argelino, ou mesmo países como a Arábia Saudita, que permitirão compensar quer os efeitos da recessão económica em Portugal quer o abrandamento económico na Europa.

b) Solar

Na atividade de desenvolvimento e instalação de parques “chave na mão”, eventuais atrasos na obtenção das licenças necessárias por parte dos clientes finais ou atrasos não antecipados na entrega de equipamentos poderão pôr em causa os calendários inicialmente previstos para a execução dos respetivos projetos. Apesar de contratualmente este tipo de atrasos não ser alvo de penalizações, em alguns casos esta situação pode constituir um risco para o Grupo em virtude das dificuldades de planeamento que pode acarretar.

Adicionalmente, a crise no mercado financeiro tem vindo a dificultar o acesso a financiamento por parte dos promotores, levando ao adiamento de alguns projetos. A diversificação do negócio ao longo da cadeia de valor e a carteira diversificada de clientes, dentro e fora do Grupo, que vêm sendo adotados, permitirão reduzir o eventual impacto desta situação.

Os módulos solares fotovoltaicos produzidos pela empresa são comercializados com uma garantia de produto de 5 anos e garantia de performance de 25 anos, pelo que este segmento está exposto ao risco de reclamações por garantias por períodos muito longos após a venda dos equipamentos. Nesse sentido, eventuais problemas com a qualidade dos produtos ou performance podem implicar custos elevados. A performance dos sistemas solares é também garantida no caso dos módulos que são adquiridos para a construção de parques solares, sendo que, nesta situação, a responsabilidade do Grupo é diminuída porque existe direito de regresso sobre os fornecedores.

Por outro lado, muitos equipamentos de produção de módulos solares fotovoltaicos são customizados para matérias-primas específicas, pelo que existe o risco de dependência de fornecedores de matéria-prima chave. O Grupo tem vindo a mitigar este risco através do estabelecimento de contratos de longo prazo para algumas matérias-primas, realizando uma seleção criteriosa dos fornecedores e diligenciando no sentido da obtenção de uma diversificação de fornecedores para cada uma das matérias-primas relevantes do processo produtivo.

c) Renewables

Os índices de produtividade ligados ao negócio das energias renováveis dependem não só dos custos operacionais, mas também das suas receitas (função do preço e da quantidade de energia produzida pelo ativos). O equipamento utilizado e alguns fatores exógenos, como o vento, que por sua vez depende da localização dos parques eólicos, influenciam a produção de energia e consequentemente os resultados. Sempre que a velocidade de vento for inferior ou superior aos limites dos equipamentos deixa de ser produzida energia. Estes limites variam de acordo com o fabricante e o tipo de aerogeradores. Adicionalmente, cada aerogerador possui a sua curva de potência que determina a potência gerada a cada velocidade de vento.

A disponibilidade do equipamento e a curva de potência de cada aerogerador são garantidas contratualmente, sendo estabelecidas indemnizações a pagar pelos fornecedores se a disponibilidade não for satisfeita ou se a curva de potência não for atingida.

Este risco é mitigado também através da diversificação geográfica dos parques eólicos que permite compensar as variações do vento em cada área e manter a quantidade total de energia produzida relativamente estável.

No caso da energia solar fotovoltaica, os fatores exógenos são mais facilmente previstos, pelo que a variação das receitas acaba por ser minimizada.

LICENCIAMENTO:

Os parques eólicos e solares estão sujeitos a uma regulamentação rigorosa em matéria de desenvolvimento, construção, licenciamento e operação de centrais. Se as autoridades relevantes nas jurisdições em que o Grupo opera deixarem de continuar a apoiar ou reduzirem o seu apoio ao desenvolvimento de parques eólicos e solares, tais ações poderão ter um impacto significativo sobre a atividade.

xxviii) Gestão dos riscos Jurídicos

A Martifer está sujeita a leis e regulamentos nacionais e locais, respeitantes às várias geografias e mercados onde está presente e que visam assegurar, entre outros, os direitos dos trabalhadores, a proteção do meio ambiente e o ordenamento do território e a manutenção de um mercado aberto e competitivo. Assim, as alterações legislativas e regulatórias que possam abranger as

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100 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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condições de condução das atividades do Grupo e, consequentemente, prejudicar ou impedir o alcance dos objetivos estratégicos implicam a adaptação da Empresa às novas realidades de regulação.

A gestão dos riscos jurídicos é efetuada pelo Departamento Jurídico da holding e de cada Área de Negócio do Grupo e monitorizada no âmbito das assessorias legais e fiscais dedicadas às respetivas atividades, que funcionam na dependência da administração e gestão, desenvolvendo as suas competências em articulação com os demais departamentos fiscais e financeiros, de forma a assegurar a proteção dos interesses da Sociedade e, em última instância, dos stakeholders, no respeito estrito pelo cumprimento dos seus deveres legais.

Os membros que integram os referidos departamentos jurídicos e assessorias possuem formação especializada e participam regularmente em ações de formação e atualização.

A assessoria legal e fiscal é igualmente garantida, a nível nacional e internacional, por profissionais externos, selecionados de entre firmas de reconhecida reputação e de acordo com elevados critérios de competência, ética e experiência.

2. EMPRESAS INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, as empresas incluídas na consolidação, respetivos métodos de consolidação, bem como as suas sedes sociais e proporção do capital detido, são como se segue:

EMPRESAS CONSOLIDADAS PELO MÉTODO INTEGRAL

PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO PELA MARTIFER SGPS ANO 2014

EMPRESA SEDE PAÍS DESIGNAÇÃO DIRETAMENTE INDIRETAMENTE TOTAL TOTAL Martifer SGPS, S.A. Oliveira de Frades Portugal Martifer SGPS Holding

Martifer Gestiune Si Servicii, S.R.L. Bucareste Roménia Martifer Inovação

Roménia4) - - - 100,00%

Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A. Oliveira de Frades Martifer Metallic

Constructions 75,00% - 75,00% 75,00%

Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. Oliveira de Frades Portugal Martifer Construções - 75,00% 75,00% 79,18%

Martifer Mota-Engil Coffey Construction Joint Venture Limited

Dublin Irlanda MMECC 1) - 45,00% 45,00% 47,51%

Martifer Alumínios Angola, S.A. Luanda Angola Martifer Alumínios

Angola 5) - 75,00% 75,00% 75,00%

Martifer Aluminium Limited Dublin Irlanda Martifer Aluminium Irlanda 5) - 75,00% 75,00% 75,00%

Martifer Aluminium UK Limited Londres Reino Unido Martifer Aluminium

Reino Unido 5) - 75,00% 75,00% 75,00%

Martifer Aluminium SAS Rungis França Martifer Aluminium França 5) - 75,00% 75,00% 75,00%

Martifer – Construcciones Metálicas España, S.A. Madrid Espanha Martifer Espanha - 75,00% 75,00% 75,00%

Martifer – Construções Metálicas Angola, S.A. Luanda Angola Martifer Angola - 59,06% 59,06% 59,06%

Martifer Construction Limited Dublin Irlanda Martifer Irlanda - 75,00% 75,00% 75,00% Martifer Polska Sp. Zo.o. Gliwice Polónia Martifer Polska - 75,00% 75,00% 75,00% Martifer Constructions, SAS Rungis França Martifer França - 75,00% 75,00% 75,00% Martifer Inovação e Gestão,

S.A. Oliveira de Frades Portugal Martifer Inovação - 75,00% 75,00% 100,00%

Martifer Romania SRL Bucareste Roménia Martifer Romenia4) 2% 73,50% 75,50% 75,00% Park Logistyczny Biskupice Gliwice Polónia Biskupice - 75,00% 75,00% 75,00% Martifer Konstrukcje Sp. Z

o.o. Gliwice Polónia Martifer Konstrukcje - 75,00% 75,00% 75,00%

Martifer Slovakia S.R.O. Bratislava Eslováquia Martifer Slovakia - 75,00% 75,00% 75,00% Sociedade de Madeiras do

Vouga, S.A. Albergaria-a-Velha Portugal Madeiras do Vouga - 75,00% 75,00% 75,00%

Martifer - Gestão de Investimentos, S.A. Oliveira de Frades Portugal MGI - 75,00% 75,00% 75,00%

Nagatel Viseu, Promoção Imobiliária, S.A. Oliveira de Frades Portugal Nagatel Viseu - 75,00% 75,00% 75,00%

Martifer Retail & Warehousing Angola, S.A. Luanda Angola Martifer Retail Angola - 75,00% 75,00% 75,00%

Martifer Aluminium Pty, Ltd Sidney Austrália Sassall - 75,00% 75,00% 75,00% Martifer - Alumínios, S.A. Oliveira de Frades Portugal Martifer Alumínios 5) - - - 75,00%

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 101

12

PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO PELA MARTIFER SGPS ANO 2014

EMPRESA SEDE PAÍS DESIGNAÇÃO DIRETAMENTE INDIRETAMENTE TOTAL TOTAL

Martifer Alumínios Ltda. São Paulo Brasil Martifer Alumínios Brasil - - - 74,99%

Martifer UK Limited Londres Reino Unido Martifer UK - 75,00% 75,00% 75,00% MT Construction Maroc,

S.A.R.L. Tânger Marrocos Martifer Marrocos - 75,00% 75,00% 75,00%

Martifer - Construções Metálicas, Ltda. Fortaleza Brasil Martifer Brasil - - - 74,85%

Saudi Martifer Constructions LLC Riade Arábia Saudita Martifer Arábia

Saudita - 75,00% 75,00% 75,00%

Martifer Beteiligungsverwaltungs GmbH Viena Áustria Martifer GmbH 100,00% - 100,00% 100,00%

M City Gliwice Sp. Zo.o Gliwice Polónia M City Gliwice - 75,00% 75,00% 75,00% Martifer Energy Systems II, SGPS, S.A. Oliveira de Frades Portugal Martifer Energy

Systems II - 75,00% 75,00% 100,00%

Martifer Energia S.R.L. Bucareste Roménia Martifer Energia Roménia - 75,00% 75,00% 100,00%

Martifer Energia LLC Kiev Ucrânia Martifer Energia Ucrânia - 75,00% 75,00% 100,00%

Martifer Wind Energy Systems LLC San Angelo TX USA Martifer Wind USA - 75,00% 75,00% 100,00%

Martifer Energy Systems PTY Cidade do Cabo África do Sul Martifer Energia

África do Sul - 63,75% 63,75% 85,00%

Navalria – Docas, Construções e Reparações Navais, S.A.

Aveiro Portugal Navalria - 75,00% 75,00% 100,00%

Gebox, S.A. Ílhavo Portugal Gebox - 75,00% 75,00% 100,00% West Sea - Estaleiros

Navais, Lda. Oliveira de Frades Portugal West Sea - 75,00% 75,00% 100,00%

Martifer Global SGPS, S.A. Oliveira de Frades Portugal Martifer Global - 75,00% 75,00% 100,00% Martifer Construcciones

Peru, S.A. Lima Peru Martifer Peru - 75,00% 75,00% 100,00%

Martifer Amal, S.A. Oliveira de Frades Portugal Martifer Amal - 45,00% 45,00% 30,00%

Global Holding Limited Zebbug Malta Global Holding Limited - 75,00% 75,00% 100,00%

Global Engineering & Construction Limited Zebbug Malta Global Engineering - 75,00% 75,00% 100,00%

Martifer Solar SGPS, S.A. Oliveira de Frades Portugual Martifer Solar SGPS 100,00% - 100,00% 100,00% Martifer Solar, S.A. Oliveira de Frades Portugal Martifer Solar 2) - 55,00% 55,00% 55,00%

Martifer Solar Sistemas Solares, S.A. Madrid Espanha Martifer Solar

Sistemas Solares2) - 55,00% 55,00% 55,00%

Solar Parks Construccion Parques Solares ETVE, S.A. Madrid Espanha Solar Parks2) - 55,00% 55,00% 55,00%

Parque Solar Seseña III, S.L. Madrid Espanha Seseña III2) - - - 55,00%

MTS Solar Sistemas Solares, S.A. Cidade do México México Martifer Solar

México2) - 55,00% 55,00% 54,45%

Martifer Solar Chile Holding, Lda Santiago do Chile Chile Martifer Solar Chile2)

3) - 55,00% 55,00% 55,00%

Martifer Solar Chile Operaciones Limitada Santiago do Chile Chile Solar Chile

Operaciones2) 3) - - - 55,00%

Mencey Solar SpA Santiago do Chile Chile Mencey Solar2) - 55,00% 55,00% - Dehesa Solar SpA Santiago do Chile Chile Dehesa Solar 2) - 55,00% 55,00% - Martifer Solar Servicios

México Cidade do México México Martifer Solar Servicios México2) - 55,00% 55,00% 55,00%

Martifer Solar S.R.L. Milão Itália Martifer Solar Itália2) - 55,00% 55,00% 55,00% MTS1 S.R.L. Siracusa Itália MTS12) - 55,00% 55,00% 55,00% MTS2 S.R.L. Siracusa Itália MTS22) - 55,00% 55,00% 55,00% MTS3 S.R.L. Siracusa Itália MTS32) - - - 55,00%

Martifer Solar RO S.R.L. Bucareste Roménia Martifer Solar Roménia2) - 55,00% 55,00% 55,00%

Martifer Solar Inc. S. Francisco CA USA Martifer Inc. 2) - 55,00% 55,00% 55,00% MT Silverado Fund I LLC S. Francisco CA USA Silverado 1) 2) - 31,42% 31,42% 31,42%

Martifer Solar Finance LLC S. Francisco CA USA Martifer Solar Finance2) - - - 55,00%

Martifer Solar Hellas, A.T.E. Atenas Grécia PVI 1) 2) - 39,13% 39,13% 39,13%

Martifer Solar Angola Luanda Angola Martifer Solar Angola 1) 2) - 41,25% 41,25% 41,25%

Martifer Solar N.V. Deerlijk Bélgica Martifer Solar Bélgica2) - 55,00% 55,00% 55,00%

Martifer Solar UK Limited Londres Reino Unido Martifer Solar UK2) - 55,00% 55,00% 55,00%

MTS Exbury Solar Limited Londres Reino Unido MTS Exbury Solar Limited2) - 55,00% 55,00% 55,00%

MTS Manton Manor Solar Limited Londres Reino Unido MTS Manton Manor

Solar Limited2) - 55,00% 55,00% 55,00%

MTS Stud Farm Solar Limited Londres Reino Unido MTS Stud Farm Solar

Limited2) - 55,00% 55,00% 55,00%

MTS Penderi Solar Limited Londres Reino Unido MTS Penderi Solar - 55,00% 55,00% 55,00%

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102 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO PELA MARTIFER SGPS ANO 2014

EMPRESA SEDE PAÍS DESIGNAÇÃO DIRETAMENTE INDIRETAMENTE TOTAL TOTAL

Limited2)

Martifer Solar S.A.S. Lyon França Martifer Solar França2) - 55,00% 55,00% 55,00%

Martifer Solar CZ Praga República Checa

Martifer Solar República Checa2) - - - 55,00%

Home Energy France SAS Lyon França Home Energy França 2) - 55,00% 55,00% 55,00%

PVGlass S.r.l Milão Itália PVGlass Itália2) - 55,00% 55,00% 55,00% MPrime Solar Solutions, S.A. Oliveira de Frades Portugal Mprime2) - 55,00% 55,00% 55,00%

MPrime GMBH Munique Alemannha MPrime GMBH2) - - - 55,00% Sol Cativante, Lda. Sever do Vouga Portugal Sol Cativante 2) - 55,00% 55,00% 55,00% Martifer Solar Investments,

B.V. Amesterdão Holanda Martifer Solar Holanda2) - 55,00% 55,00% 55,00%

MTS6 S.R.L. Siracusa Itália MTS62) - 55,00% 55,00% 55,00%

Martifer Solar SK s.r.o. Dolny Kubin Eslováquia Martifer Solar Eslováquia2) - 55,00% 55,00% 55,00%

Ginosa Solar Farm, S.R.L. Roma Itália Ginosa Solar Farm2) - 55,00% 55,00% 55,00% Solar Spritehood S.R.L Roma Itália Solar Spritehood2) - 55,00% 55,00% 55,00% MTS7, S.R.L. Roma Itália MTS72) - - - 55,00% Canopy - Naos Paris França Canopy Naos2) - - - 55,00% Steadfast Fairview Solar,

Ltd Andover Reino Unido Steadfast Fairview Solar2) - 55,00% 55,00% 55,00%

Martifer Solar UA, LLC Kiev Ucrânia Martifer Solar Ucrânia2) - 55,00% 55,00% 55,00%

Inspira Martifer Solar Limited Mumbai Índia Inspira Martifer Solar

1) 2) - 28,05% 28,05% 28,05%

Societé Developpement Local SA Dakar Senegal Martifer Solar

Senegal 1) 2) - 28,05% 28,05% 28,05%

Martimak Solar Besiktas Turquia Martimak1) 2) - 44,00% 44,00% 44,00% Martiper Solar Besiktas Turquia Martiper1) 2) - 44,00% 44,00% 44,00% Martifer Solar Lasout Lyon França MTSFR-Lasout2) - 55,00% 55,00% - Martifer Solar Parrou Lyon França MTSFR-Parrou 2) - 55,00% 55,00% - Martifer Solar Parroc Lyon França MTSFR-Parroc 2) - 55,00% 55,00% - Martifer Solar Singapura

PTE. LTD. Singapura Singapura Martifer Solar Singapura2) - 55,00% 55,00% 55,00%

Martifer Solar Japan KK Tóquio Japão Martifer Solar Japan2) - 55,00% 55,00% 55,00% Solariant Portfolio GK

One Tóquio Japão Solariant Portfolio GK One2) - 55,00% 55,00% 55,00%

EVIVA SOLAR 1 LTD Atenas Grécia Eviva Solar 12) - 54,90% 54,90% 54,90% EVIVA SOLAR 2 LTD Atenas Grécia Eviva Solar 22) - 54,90% 54,90% 54,90% MTS Tonge Solar Limited Londres Reino Unido MTS Tonge2) - - - 55,00% Khepri Solar B.V._NL Amesterdão Holanda Khepri Solar2) - 55,00% 55,00% -

Martifer Solar MZ, S.A. Maputo Moçambique Martifer Solar Moçambique 1) 2) - 28,05% 28,05% 28,05%

Greencoverage Unipessoal, Lda. Oliveira de Frades Portugal Greencoverage2) - 55,00% 55,00% 55,00%

Martifer Solar, Ltda Pindamonhangaba Brasil Martifer Solar Brasil2) - 54,45% 54,45% 54,45% Visiontera Unipessoal, Lda Oliveira de Frades Portugal Visiontera2) - 55,00% 55,00% 55,00%

Martifer Solar Middle East Dubai Emirados Árabes Unidos

Martifer Solar Middle East2) - 55,00% 55,00% 55,00%

Belive in Bright Unipessoal, LDA. Oliveira de Frades Portugal Belive in Bright2) - 55,00% 55,00% 55,00%

Martifer Solar S.A (Sucursal Jordânia) Amã Jordânia Martifer Solar

Jordânia 2) - 55,00% 55,00% -

Martifer Renewables SGPS, S.A. Oliveira de Frades Portugal Martifer Renewables

SGPS 100,00% - 100,00% 100,00%

Martifer Renewables, S.A. Oliveira de Frades Portugal Martifer Renewables SA - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Renewables ETVE, S.A.U. Madrid Espanha Martifer Renovables - 100,00% 100,00% 100,00%

Eurocab FV 1 S.L. Madrid Espanha Eurocab 1 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 2 S.L. Madrid Espanha Eurocab 2 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 3 S.L. Madrid Espanha Eurocab 3 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 4 S.L. Madrid Espanha Eurocab 4 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 5 S.L. Madrid Espanha Eurocab 5 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 6 S.L. Madrid Espanha Eurocab 6 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 7 S.L. Madrid Espanha Eurocab 7 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 8 S.L. Madrid Espanha Eurocab 8 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 9 S.L. Madrid Espanha Eurocab 9 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 10 S.L. Madrid Espanha Eurocab 10 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 11 S.L. Madrid Espanha Eurocab 11 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 12 S.L. Madrid Espanha Eurocab 12 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 13 S.L. Madrid Espanha Eurocab 13 - 100,00% 100,00% 100,00%

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 103

12

PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO PELA MARTIFER SGPS ANO 2014

EMPRESA SEDE PAÍS DESIGNAÇÃO DIRETAMENTE INDIRETAMENTE TOTAL TOTAL

Eurocab FV 14 S.L. Madrid Espanha Eurocab 14 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 15 S.L. Madrid Espanha Eurocab 15 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 16 S.L. Madrid Espanha Eurocab 16 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 17 S.L. Madrid Espanha Eurocab 17 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 18 S.L. Madrid Espanha Eurocab 18 - 100,00% 100,00% 100,00% Eurocab FV 19 S.L. Madrid Espanha Eurocab 19 - 100,00% 100,00% 100,00%

Eviva Energy S.R.L. Bucareste Roménia Eviva Roménia - 100,00% 100,00% 100,00% Eviva Nalbant S.R.L. Bucareste Roménia Eviva Nalbant - 100,00% 100,00% 100,00% Eviva Agighiol S.R.L. Bucareste Roménia Eviva Agighiol - 100,00% 100,00% 99,00% Eviva Casimcea S.R.L. Bucareste Roménia Eviva Casimcea - 100,00% 100,00% 99,00% Premium Management

Consulting, S.R.L. Bucareste Roménia Premium Management - 85,00% 85,00% 85,00%

MW Topolog, S.R.L. Bucareste Roménia MW Topolog - - - 99,00% Martifer Renewables, S.A. Gliwice Polónia Eviva Polónia - 100,00% 100,00% 100,00% Martifer Renewables Pty,

Ltd. Sidney Austrália Eviva Austrália - 100,00% 100,00% 100,00%

Eviva Beteiligungsverwaltungs GmbH Viena Áustria Eviva GmbH - 100,00% 100,00% 100,00%

Eviva Hidro S.R.L. Bucareste Roménia Eviva Hidro 1,00% 99,00% 100,00% 100,00% Martifer Deutschland

GmbH Berlim Alemanha Martifer Deutschland - 100,00% 100,00% 100,00%

Wind Farm Odrzechowa Sp. Zo.o Gliwice Polónia Wind Odrzechowa - 100,00% 100,00% 100,00%

Wind Farm Bukowsko Sp. Zo.o Gliwice Polónia Wind Farm

Bukowsko - 100,00% 100,00% 100,00%

Wind Farm Markowa Sp. Zo.o Gliwice Polónia Wind Farm Markowa - 100,00% 100,00% 100,00%

Wind Farm Lada Sp. Zo.o Gliwice Polónia Wind Farm Lada - 100,00% 100,00% 100,00% Wind Farm Jawornik Sp.

Zo.o Gliwice Polónia Wind Farm Jawornik - 100,00% 100,00% 100,00%

Wind Farm Piersno Sp. Zo.o Gliwice Polónia Wind Farm Piersno - 100,00% 100,00% 100,00% Wind Farm Oborniki Sp. Zo.o Gliwice Polónia Wind Farm Oborniki - 100,00% 100,00% 100,00% Martifer Renewables Brazil

B.V. Amesterdão Holanda Renewables Holanda - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Renewables Investments ETVE, S.A. Madrid Espanha Eurocab 21 - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Renewables Italy BV Amesterdão Holanda Renewables Italy Holanda - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Renewables Brasil Participações LTDA Fortaleza Brasil Martifer Renewables

Brasil - 100,00% 100,00% 100,00%

Martifer Renováveis - Geração de Energia e Participações S.A.

Fortaleza Brasil Ventania - 55,00% 55,00% 55,00%

Eólica Cajueiro da Praia, Ltda . Fortaleza Brasil Cajueiro - 55,00% 55,00% 55,00%

SBER – Sociedade Brasileira de Energias Renováveis, Ltda.

Fortaleza Brasil SBER 1) - 46,88% 46,88% 41,25%

Melosa – Geração de Energia e Participações, Ltda. Fortaleza Brasil Melosa - - - 55,00%

MSPAR Energia e Participações, SA Barueri Brasil MSPAR - 100,00% 100,00% 100,00%

Floresta I, Geração de Energia S.A. Areia Branca Brasil Floresta I - 99,00% 99,00% -

Floresta II, Geração de Energia S.A. Areia Branca Brasil Floresta II - 99,00% 99,00% -

Floresta III, Geração de Energia S.A. Areia Branca Brasil Floresta III - 99,00% 99,00% -

Floresta IV, Geração de Energia S.A. Areia Branca Brasil Floresta IV - 99,00% 99,00% -

Martifer Renewables O&M Sp. z o.o. Gliwice Polónia Martifer Renewables

O&M - 52,00% 52,00% 52,00%

1) A consolidação destas empresas pelo método integral justifica-se na medida em que o Grupo detém participações em escada com controlo a cada nível.

2) Esta empresa a 31 de dezembro de 2014 e 2015 está classificada como ativo não corrente detido para venda (Nota 28).

3) A Martifer Solar Chile Operaciones Limitada e a Martifer Solar Chile Holding, Lda. fundiram-se em dezembro de 2015.

4) A Martifer Gestiune Si Servicii, S.R.L. fundiu-se com a Martifer Constructii S.R.L., tendo alterado a sua denominação para Martifer Romania, S.R.L.

5) Martifer Alumínios S.A. fundiu-se com a Martifer Construções Metalomecânicas, S.A.

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104 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

EMPRESAS CONSOLIDADAS PELO MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

As empresas consolidadas pelo método de equivalência patrimonial, suas sedes sociais e proporção do capital detido, são como se segue:

PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO PELA MARTIFER SGPS ANO 2014

EMPRESA SEDE PAÍS DESIGNAÇÃO DIRETAMENTE INDIRETAMENTE TOTAL TOTAL Construção Metálica Empresas Associadas:

Liszki Green Park, Sp. Zo.o Gliwice Polónia Liszki Green Park - 33,75% 33,75% 45,00%

Martifer Amal, S.A. Nacala Moçambique Martifer Amal - 26,25% 26,25% 35,00% Martifer Amal, S.A. Oliveira de Frades Portugal Martifer Amal - - - 30,00% Martimetal Spa Alger Argélia Martimetal - 36,75% 36,75% 49,00%

Empreendimentos conjuntos::

Promoquatro – Investimentos Imobiliários, Lda.

Oliveira de Frades Portugal Promoquatro - 37,50% 37,50% 37,50%

M City Bialystok Sp. Zo.o Gliwice Polónia M City Bialystok - 37,50% 37,50% 37,50%

M City Radom Sp. Zo.o Gliwice Polónia M City Radom - 37,50% 37,50% 37,50% M. City Szczecin Sp. Z

o.o. Gliwice Polónia M City Szczecin - 37,50% 37,50% 37,50%

Solar Empresas Associadas:

Parque Solar Seseña I, S.L. Madrid Espanha Seseña I 1) - 20,61% 20,61% 20,61%

Canaverosa Renovables, SL Madrid Espanha Canaverosa 1) - 26,94%

Empresa de Energia Renovable Maria del Sol Norte S.A.

Santiago Chile Maria del Sol 1) - 26,95% 26,95% 26,95%

MSN Solar Uno SpA Santiago Chile MSN Solar Uno 1) - 26,95% 26,95% 26,95% MSN Solar Dos SpA Santiago Chile MSN Solar Dos 1) - 26,95% 26,95% 26,95% MSN Solar Tres SpA Santiago Chile MSN Solar Tres 1) - 26,95% 26,95% 26,95% MSN Solar Cuatro SpA Santiago Chile MSN Solar Cuatro 1) - 26,95% 26,95% 26,95% MSN Solar Cinco SpA Santiago Chile MSN Solar Cinco 2) - 26,95% 26,95% 26,95% Martifer Solar Canadá,

Ltd. Toronto Canadá Martifer Solar Canadá 2) - 27,50% 27,50% 27,50%

Renewables Empresas Associadas:

Eviva Gizalki Sp. Zo.o Miastko Polónia Eviva Gizalki 2) - - - 100,00% Empreendimentos conjuntos

Ventinveste, S.A. Lisboa Portugal Ventinveste SA 6% 42,5% 48,50% 48,50% Âncora Wind –

Energia Eólica, S.A Lisboa Portugal Âncora 24,25% 24,25% 24,25%

Parque Eólico do Douro Sul, S.A. Lisboa Portugal PE Douro Sul - 24,25% 24,25% 24,25%

Parque Eólico de Vale do Chão, S.A. Lisboa Portugal PE Vale do Chão - 24,25% 24,25% 24,25%

Parque Eólico de Torrinheiras, S.A. Lisboa Portugal PE Torrinheiras - 48,50% 48,50% 48,50%

Parque Eólico do Pinhal do Oeste, S.A. Lisboa Portugal PE Pinhal do Oeste - 48,50% 48,50% 48,50%

Parque Eólico de Vale Grande. S.A. Lisboa Portugal PE Vale Grande - 48,50% 48,50% 48,50%

Parque Eólico do Cabeço Norte, S.A. Lisboa Portugal PE Cabeço Norte - 48,50% 48,50% 48,50%

Parque Eólico da Serra do Oeste, S.A. Lisboa Portugal PE Serra do Oeste - 48,50% 48,50% 48,50%

Parque Eólico do Planalto, S.A. Lisboa Portugal PE Planalto - 48,50% 48,50% 48,50%

Eviva Dunowo, Sp. Z o.o. Gliwice Polónia Eviva Dunowo - - - 50,00%

SPEE 3 – Parque Eólico do Baião, S.A. Lisboa Portugal SPEE 3 - 50,00% 50,00% 50,00%

SPEE 2 – Parque Eólico de Vila Franca de Xira, S.A. Oliveira de Frades Portugal SPEE 2 - 50,00% 50,00% 50,00%

Parque Eólico da Penha da Gardunha, Lda. Oliveira de Frades Portugal PE Penha da

Gardunha - 50,00% 50,00% 50,00%

Outros Empresas Associadas:

Prio Energy SGPS. S.A. Oliveira de Frades Portugal Prio Energy SGPS 3) - - - 5,00%

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 105

12

PROPORÇÃO DO CAPITAL DETIDO PELA MARTIFER SGPS ANO 2014

EMPRESA SEDE PAÍS DESIGNAÇÃO DIRETAMENTE INDIRETAMENTE TOTAL TOTAL Prio Biocombustíveis.

S.A. Oliveira de Frades Portugal Prio Biocombustíveis 3) - - - 5,00%

Prio Energy. S.A. Oliveira de Frades Portugal Prio Energy 3) - - - 5,00% Mondefin Coimbra Portugal Mondefin 3) - - - 5,00% Prio Parque de Tanques

de Aveiro, S.A. Oliveira de Frades Portugal Prio Tanques 3) - - - 5,00%

Prio.E-Electric, S.A. Oliveira de Frades Portugal Prio.E-Electric 3) - - - 5,00% PRIO.E - Mobility

Solutions, Lda _PT Oliveira de Frades Portugal Park Charge 3) - - - 5,00%

Prio. E – SGPS, S.A. Oliveira de Frades Portugal Prio E SGPS 3) - - - 5,00% Share Motivation, Lda. Oliveira de Frades Portugal Share Motivation 3) - - - 5,00% IMO 505, Lda Coimbra Portugal IMO 505 3) - - - 5,00% Prio Gas Lisboa, SA Aveiro Portugal Prio Gas 3) - - - 2,50%

1) Esta empresa a 31 de dezembro de 2015 está classificada como ativo não corrente detido para venda (Nota 28). 2) A consolidação desta empresa pelo método de equivalência patrimonial, justifica-se na medida em que o Grupo detém apenas influência significativa da

mesma. 3) Em 2015 a participação do Grupo Prio foi transferida para outros investimentos financeiros. Em 2014 a consolidação das empresas da Prio era feita pelo

método de equivalência patrimonial e justificava-se pela Holding deter influência significativa sobre as mesmas (Nota 21).

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 e durante o exercício de 2014, as alterações ocorridas no perímetro de consolidação foram como segue:

CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS

ANO 2015 SEDE PAÍS

Renewables Empresas Subsidiárias:

Floresta I, Geração de Energia S.A. Areia Branca Brasil

Floresta II, Geração de Energia S.A. Areia Branca Brasil

Floresta III, Geração de Energia S.A. Areia Branca Brasil

Floresta IV, Geração de Energia S.A. Areia Branca Brasil

Solar

Empresas Subsidiárias:

Martifer Solar Lasout Lyon França

Martifer Solar Parrou Lyon França

Martifer Solar Parroc Lyon França

Martifer Solar S.A (Sucursal Jordânia) Amã Jordânia

Khepri Solar B.V._NL Amesterdão Holanda

Mencey Solar SpA Santiago do Chile Chile

Dehesa Solar SpA Santiago do Chile Chile

ANO 2014 SEDE PAÍS

Construção Metálica Empresas Associadas:

Martimetal Spa Argel Argélia

Solar

Empresas Subsidiárias:

MTS Exbury Solar Limited Londres Reino Unido

MTS Manton Manor Solar Limited Londres Reino Unido

MTS Stud Farm Solar Limited Londres Reino Unido

MTS Penderi Solar Limited Londres Reino Unido

MTS Hill Farm Solar Limited Londres Reino Unido

Renewables

Empresas Associadas:

Âncora Wind – Energia Eólica, S.A Lisboa Portugal

Outros

Empresas Associadas:

Prio Gas Lisboa, SA Aveiro Portugal

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106 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

AQUISIÇÃO DE EMPRESAS

ANO 2015 SEDE PAÍS

Outros:

Moléculaviva-Unipessoal, Lda Lisboa Portugal

ANO 2014 SEDE PAÍS

Solar

Empresas Subsidiárias:

Solariant Portfolio GK One Tóquio Japão

Outros

Empresas Associadas:

IMO 505, Lda Coimbra Portugal

ALIENAÇÃO / DISSOLUÇÃO DE EMPRESAS

ANO 2015 SEDE PAÍS

Construção Metálica

Empresas Associadas:

Martifer - Construções Metálicas, Ltda. Fortaleza Brasil

Martifer Alumínios Ltda São Paulo Brasil

Solar

Canopy Naos Paris França

Martifer Solar Finance LLC S. Francisco CA USA

Cañaverosa Renovables Madrid Espanha

MTS7, S.R.L. Roma Itália

MTS3 S.R.L. Siracusa Itália

Martifer Solar CZ Praga República Checa

Parque Solar Seseña III, S.L. Madrid Espanha

MPrime GMBH Munique Alemanha

MTS Tonge Solar Limited Londres Reino Unido

Renewables

Melosa- Geração de Energia e Participações, Ltda. Fortaleza Brasil

Eviva Dunowo, Sp. Z o.o. Gliwice Polónia

Eviva Gizalki Sp. Zo.o Miastko Polónia

MW Topolog, S.R.L. Bucareste Roménia

ANO 2014 SEDE PAÍS

Solar

MTS Spittleborough Solar Limited Londres Reino Unido

Montidílico Unipessoal, LDA. Oliveira de Frades Portugal

Inovsun, Lda. Oliveira de Frades Portugal

MTS Francis Court Solar Limited Londres Reino Unido

MTS Hill Farm Solar Limited Londres Reino Unido

MTS Rydon Solar Limited Londres Reino Unido

Steadfast Molland Solar, Ltd Andover Reino Unido

Martifer Solar USA, Inc. Santa Monica CA USA

Martifer Aurora Solar, LLC Santa Monica CA USA

Martifer Solar Sistemas Solares Equador S.A. Sangolquí Equador

Renewables

Vesto EAD Varna Bulgária

DVP1 Limited Varna Bulgária

DVP2 Limited Varna Bulgária

Rosa dos Ventos - Geração e Comercialização de Energia, S.A Fortaleza Brasil

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 107

12

ANO 2014 SEDE PAÍS

Ventinveste Indústria SGPS, S.A. Oliveira de Frades Portugal

Eólica Coqueirais, Ltda. Fortaleza Brasil

Eólica Paraipaba, Ltda . Fortaleza Brasil

Eólica Chapadão, Ltda. Fortaleza Brasil

Eólica Macaúbas, Ltda. Fortaleza Brasil

Eólica Sobradinho, Ltda. Fortaleza Brasil

Outros

Nutre SGPS, S.A. Oliveira de Frades Portugal

Nutre, S.A. Oliveira de Frades Portugal

Nutre - Industrias Alimentares, S.A. Oliveira de Frades Portugal

Nutre MZ. S.A. Maputo Moçambique

Nutre Farming, S.R.L. Bucareste Roménia

Prio Agromart S.R.L. Bucareste Roménia

Prio Balta S.R.L. Bucareste Roménia

Prio Facaieni S.R.L. Bucareste Roménia

Prio Ialomita S.R.L. Bucareste Roménia

Prio Rapita S.R.L. Bucareste Roménia

Nutre Farming West Part S.R.L. Bucareste Roménia

Prio Terra Agricola S.R.L. Bucareste Roménia

Prio Turism Rural S.R.L Bucareste Roménia

Agromec Balaciu Bucareste Roménia

Miharox S.R.L. Bucareste Roménia

Zimbrul. S.A. Bucareste Roménia

Agrozootehnica. S.A. Bucareste Roménia

Prio Agrotrans S.R.L. Bucareste Roménia

Nutre Brasil LTDA S. Luís do Maranhão Brasil

Prio Extractie S.R.L. Bucareste Roménia

Prio Agro Industries. Sp. Z o.o. Gliwice Polónia

Prio Biocombustibil S.R.L. Bucareste Roménia

Prio Meat S.R.L Bucareste Roménia

Prio Foods – AJFS Construções, ACE Lisboa Portugal

Nutre Farming B.V. Amesterdão Holanda

Bunge Prio Cooperativa U.A. Amesterdão Holanda

Bunge Roménia S.R.L. Buzau Roménia

Centralrest, Lda Ilhavo Portugal

Prio Agriculture, B.V. Delft Holanda

Porthold Project Development BV Amesterdão Holanda

Fertilis Agro-Indústrias, Lda Luanda Angola

ALTERAÇÃO DO MÉTODO DE CONSOLIDAÇÃO

Em 2015:

Martifer Amal, S.A. (Portugal) – de equivalência patrimonial para integral em virtude do aumento da participação da Martifer Global nesta sociedade para 60 %, sendo para o Grupo de apenas 45 % (fruto da alienação pela Martifer SGPS, S.A. da sua participação sobre a Martifer Global SGPS, S.A. à Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A., mas com a verificação do controlo sobre a mesma).

Cañaverosa Renovables, SL – de equivalência patrimonial para integral em virtude do aumento da participação do Grupo nesta sociedade para 54,98 %. A referida participação foi entretanto alienada durante o 2º trimestre de 2015.

Grupo Prio – em 2015 deixou de ser consolidado pelo método de equivalência patrimonial, uma vez que o Grupo já não tem influência significativa, tendo em conta o valor residual da participação e confirmando-se a perspetiva de redução de participação.

Em 2014:

MTS 3 - de equivalência patrimonial para integral em virtude do aumento da participação pela Martifer Solar Itália de 49 % para 100 %.

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108 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

Martifer Solar Canadá - de integral para equivalência patrimonial em virtude da redução da participação pela Martifer Solar Investments B.V. de 100 % para 50 %.

Eviva Gizalki - de integral para equivalência patrimonial em resultado da perda de controlo sobre a mesma, nomeadamente por não gerir autonomamente as suas políticas financeiras e operacionais. No 4º trimestre de 2015, esta empresa foi vendida.

OUTRAS ALTERAÇÕES NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO

Em 2015:

Eviva Nalbant, srl – aumento da participação de 99,99997 % para 100 %.

Eviva Casimcea, srl – aumento da participação de 99 % para 100 %.

Eviva Agighiol, srl – aumento da participação de 99 % para 100 %.

SBER- Sociedade Brasileira de Energias Renováveis- aumento da participação de 41,25 % para 46,88 %.

Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. – redução da participação de 79,18 % para 75 % devido à reorganização societária do Grupo.

Martifer Inovação e Gestão, S.A. - redução da participação de 100 % para 75 % devido à reorganização societária do Grupo.

Martifer Mota-Engil Coffey Construction Joint Venture Limited - redução da participação de 47,51 % para 45 % devido à reorganização societária do Grupo.

Martifer Energy Systems II, SGPS, S.A. - redução da participação de 100 % para 75 % devido à reorganização societária do Grupo.

Martifer Energia S.R.L. - redução da participação de 100 % para 75 % devido à reorganização societária do Grupo.

Martifer Energia LLC - redução da participação de 100 % para 75 % devido à reorganização societária do Grupo.

Martifer Wind Energy Systems LLC - redução da participação de 100 % para 75% devido à reorganização societária do Grupo.

Martifer Energy Systems PTY - redução da participação de 85 % para 63,75 % devido à reorganização societária do Grupo.

Navalria – Docas, Construções e Reparações Navais, S.A. - redução da participação de 100 % para 75 % devido à reorganização societária do Grupo.

Gebox, S.A. - redução da participação de 100 % para 75 % devido à reorganização societária do Grupo.

West Sea - Estaleiros Navais, Lda. - redução da participação de 100 % para 75 % devido à reorganização societária do Grupo.

Martifer Global SGPS, S.A. - redução da participação de 100 % para 75 % devido à reorganização societária do Grupo.

Martifer Construcciones Peru, S.A. - redução da participação de 100 % para 75 % devido à reorganização societária do Grupo.

Global Holding Limited - redução da participação de 100 % para 75 % devido à reorganização societária do Grupo.

Global Engineering & Construction Limited - redução da participação de 100 % para 75 % devido à reorganização societária do Grupo.

Martifer Amal, S.A. (Moçambique) - redução da participação de 35 % para 26,25 % devido à reorganização societária do Grupo.

O Grupo procedeu no 3º trimestre a uma reorganização societária, sendo adquiridas pela Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A. varias participações à Martifer SGPS, S.A., ligadas ao setor da Construção Metálica conforme informação acima.

A Martifer Gestiune Si Servicii, S.R.L. fundiu-se com a Martifer Constructii S.R.L., dando origem à Martifer Roménia SRL, a qual passa a ter participação direta 2 % e indireta de 73,5 % da Holding.

A Martifer Solar Chile Operaciones Limitada fundiu-se com a Martifer Solar Chile Holding, Lda, ficando apenas esta última.

A MTS Solar Sistemas Solares, S.A. aumento da participação indireta de 54,45 % para 55 %.

Martifer Alumínios, S.A. fundiu-se com a Martifer Construções Metalomecânicas, S.A.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 109

12

Em 2014:

MS Par Energia e Participações – transferência da participação da Martifer Renováveis, SA para a Martifer Renewables Brasil Participações, Ltda.

Prio Energy SGPS - redução da participação pela Martifer SGPS, S.A. de 10 % para 5 %.

Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A - redução da participação pela Martifer SGPS, S.A. de 100 % para 75 %.

Martifer Aluminium PTY – transferência da participação da Martifer Alumínios, SA para a Martifer Metallic Constructions SGPS, SA.

Ventinveste, S.A – aumento da participação detida direta e indiretamente pela Martifer SGPS, S.A. de 46 % para 48,5 %

FTP Power LLC (anteriormente designada FTP Solar LLC) – abandono do método de equivalência patrimonial em virtude da perda de influência significativa.

Martifer Solar USA - desconsolida devido à perda de controlo verificada na sequência da assinatura do acordo “settlement, plan support and release agreement”.

Martifer Aurora Solar LLC - desconsolida devido à perda de controlo verificada na sequência da assinatura do acordo “settlement, plan support and release agreement”.

3. SEGMENTOS OPERACIONAIS Para efeitos de gestão, o Grupo serve-se da sua organização interna como base para o seu reporte da informação por segmentos operacionais.

O Grupo está organizado em duas áreas de negócio: ‘Construção Metálica’ e ‘Renewables’, sendo todas coordenadas e apoiadas pela Martifer SGPS.

A área de negócio ‘Construção Metálica’ inclui as atividades de construção metalomecânicas, fachadas em alumínio e vidro, infraestruturas para Oil & Gas e indústria naval. O segmento ‘Renewables’ integra a promoção e desenvolvimento de projetos de energia renovável, com especial enfoque no setor eólico.

Os valores incluídos na linha ‘Outros’ respeitam aos serviços prestados pela Martifer SGPS, S.A, Martifer Solar SGPS, S.A. e pela Martifer Inovação e Gestão, S.A. (esta até agosto de 2015 uma vez que em setembro passou para o perímetro da ‘Construção Metálica’).

Em setembro de 2014, o Grupo passou a classificar o segmento de negócio Solar (composto pela Martifer Solar, S.A. e suas participadas) como um ativo não corrente detido para venda. Estando reunidos os requisitos previstos pela IFRS 5, o contributo para os resultados consolidados da Martifer, proveniente deste segmento, é apresentado numa linha autónoma na demonstração dos resultados consolidados. A discriminação destes contributos consta das Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas (Nota 28).

As políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos utilizados na preparação da informação por segmentos foram os mesmos das demonstrações financeiras anexas (Nota 1).

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, as vendas e prestações de serviços por segmentos operacionais podem ser analisadas como se segue:

VENDAS PARA CLIENTES EXTERNOS VENDAS INTERSEGMENTOS TOTAL

ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014

Construção Metálica 205.403.265 179.331.294 29.701.146 33.946.559 235.104.411 213.277.853

RE Developer 13.066.360 9.711.819 822.500 758.734 13.888.860 10.470.553

Outros 2.415.723 1.249.161 530.055 4.541.729 2.945.778 5.790.890

220.885.349 190.292.274 31.053.701 39.247.022 251.939.050 229.539.296

Eliminações intersegmentos (29.496.741) (35.588.422)

Trabalhos para a própria empresa (Nota 5) (1.556.960) (5.042.877)

220.885.349 188.907.997

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110 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

As vendas e prestações de serviços para clientes externos, por geografia de origem e por segmento apresentam a seguinte decomposição:

ANO 2015 ANO 2014

Península Ibérica

Construção Metálica 73.745.258 54.508.612

Renewables 5.109.917 5.254.348

Outros 2.415.722 1.108.386

Europa central

Construção Metálica 55.421.556 41.453.619

Renewables 7.879.525 3.210.350

Outros - 126.037

Outros mercados

Construção Metálica 76.236.451 82.179.439

Renewables 76.918 1.067.206

220.885.349 188.907.997

As vendas e prestações de serviços atingiram os 221 milhões de euros, o que representa um crescimento de 17 % face a 2014. No segmento ‘Construção Metálica’ aumentaram 15 % para os 205 milhões de euros, tendo aumentado significativamente nas geografias ‘Península Ibérica’ e ‘Europa Central’ e decrescido em ‘Outros Mercados’ decorrente do impacto do Brasil (negócio alienado em setembro), sendo que excluindo este pais, o efeito na geografia ‘Outros Mercados’ seria também de aumento comparativamente com 2014. No segmento ‘Renewables’ as vendas aumentaram 37 % devido essencialmente ao aumento das vendas na Roménia e Polónia. O Grupo continua focado na internacionalização, apostando nos países emergentes e em mercados com rentabilidades acima da média.

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os resultados operacionais antes (EBITDA) e depois de depreciações/amortizações e provisões e perdas de imparidade (EBIT) e o resultado líquido do exercício (RLE) por segmentos operacionais podem ser analisados como se segue:

EBITDA EBIT RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014

Construção Metálica 9.214.427 (7.284.819) 6.584.892 (51.393.311) 6.381.448 (68.411.237)

RE Developer 2.650.403 12.904.338 (4.580.960) 5.192.718 3.397.081 614.180

Outros (475.675) 384.533 (2.522.950) (1.059.750) (7.805.461) (3.733.388)

11.389.156 6.004.052 (519.017) (47.260.343) 1.973.068 (71.530.445) Atividade não corrente detida para venda n.a. n.a. n.a. n.a. (800.771) (65.171.979)

11.389.156 6.004.052 (519.017) (47.260.343) 1.172.297 (136.702.424) Em 2015 o EBITDA Consolidado do Grupo reflete um acréscimo significativo quando comparado com o ano 2014, passando de 6 milhões de euros para os 11,4 milhões de euros, o que representa um aumento de aproximadamente 90 %. Este acréscimo do EBITDA é fortemente influenciado pelo aumento do EBITDA da Construção Metálica que passou de 7,2 milhões de euros negativos para 9,2 milhões de euros positivos. No segmento ‘Renewables’ o EBITDA atingiu os 2,7 milhões de euros em 2015, apresentando uma redução de 79 % face ao ano anterior justificada, essencialmente, pelo significativo efeito que teve em 2014 a alienação do projeto Rosa dos Ventos no Brasil. O EBITDA de 2015 resulta da atividade operacional da Renewables deste ano e da imparidade sobre um crédito a receber no Brasil. Sem esta imparidade o EBITDA da Martifer Renewables ascenderia a 6 milhões de euros.

As perdas e os ganhos em empresas associadas, o valor de balanço dos ativos financeiros em associadas, bem como a constituição e reversão de provisões e perdas de imparidade por segmentos operacionais são como se segue:

PERDAS EM EMPRESAS ASSOCIADAS

GANHOS EM EMPRESAS ASSOCIADAS

VALOR DE BALANÇO DOS INVESTIMENTOS REGISTADOS

PELO MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014

Construção Metálica 588.112 467.155 - - 1.352.192 722.768

Renewables 73.516 2.587 625.860 449.587 1.798.452 5.564.732

Outros (Nota 13) - - 1.192.970 - 1.511.016

661.628 469.742 625.860 1.642.557 3.150.644 7.798.516

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 111

12

PROVISÕES E PERDAS DE

IMPARIDADE REGISTADAS NO EXERCÍCIO

REVERSÕES DE PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE

REGISTADAS NO EXERCÍCIO

ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014

Construção Metálica 1.237.867 37.716.031 4.530.161 386.977

Renewables 1.481.720 1.550.224 31.620 248.243

Outros 1.770.689 - - -

4.490.277 39.266.255 4.561.781 635.219 A divisão do ativo líquido total e do passivo do Grupo por segmentos operacionais, em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, pode ser analisada como se segue:

ATIVO PASSIVO

ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014

Construção Metálica 287.696.541 310.078.424 276.515.809 306.200.108

Solar (*) 146.991.407 143.313.447 142.930.364 137.358.237

Renewables 155.495.991 157.464.362 60.704.009 63.327.919

Holding e Martifer Solar SGPS 472.517.464 521.568.741 164.916.271 161.701.757

Eliminações intragrupo (456.070.303) (499.695.276) (50.107.938) (51.206.314)

606.631.099 632.729.698 594.958.514 617.381.707

(*) Consolidado da Martifer Solar. A diferença para a Nota 28 decorre de eliminações inter-áreas e ajustamentos de consolidação. O investimento (aquisições de ativos fixos tangíveis e intangíveis) e as depreciações/amortizações do Grupo por segmentos operacionais até 31 de dezembro de 2015 e de 2014 são como se segue:

INVESTIMENTO AMORTIZAÇÕES

ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014

Construção Metálica 2.347.221 13.310.159 5.921.829 6.963.558

Renewables 2.008.856 1.681.481 5.521.590 6.228.282

Outros 750 18.091 536.258 1.441.519

4.356.827 15.009.731 11.979.677 14.633.359 Os ativos detidos e os investimentos efetuados por geografia podem ser analisados como se segue:

ATIVO INVESTIMENTO

ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014

Península Ibérica 268.851.853 277.102.155 1.881.587 2.419.640

União Europeia 205.407.930 233.800.945 495.381 3.495.055

Outros Mercados 132.371.315 121.826.598 1.979.859 9.095.035

606.631.099 632.729.698 4.356.827 15.009.731 O valor dos ativos e passivos a 31 de dezembro de 2015 e 2014 incluem os valores relativos aos Ativos detidos para venda (Nota 28).

4. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS As vendas e prestações de serviços para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 têm a seguinte composição:

ANO 2015 ANO 2014

Vendas de mercadorias 1.713.444 16.877.890

Vendas de produtos 84.775.055 58.317.393

Prestações de serviços 134.396.850 113.712.714

220.885.349 188.907.997

Em 2015, as vendas e prestações de serviços aumentaram 17 %, relativamente a 2014, para os 220 milhões de euros. Esta variação resulta do aumento verificado quer no segmento da ‘Construção Metálica’ quer da ‘Renewables’.

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112 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

5. OUTROS RENDIMENTOS OPERACIONAIS Os outros rendimentos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 podem ser analisados como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Variação da produção (1.991.230) 656.997

Trabalhos para a própria empresa 1.557.460 5.042.877

Impostos 33.739 -

Reversões de perdas de imparidade:

Clientes e Outros devedores (Nota 24) 2.560.800 265.273

Outras perdas de imparidade 5.024.277 779.109

Proveitos suplementares 870.581 1.617.559

Ganhos em Inventários 2.021 34.019

Ganhos capital em ativos não financeiros 12.510.304 20.454.680

Subsídios à exploração 134.676 222.470

Subsídios ao investimento 50.332 164.322

Diferenças de câmbio favoráveis 6.077.593 4.101.128

Outros rendimentos operacionais 4.869.810 3.572.572

Total 31.700.364 36.911.006

O valor incluído na rubrica ‘Variação da produção’ em 2015 respeita essencialmente à Martifer - Construções Metálicas, Ltda. (sociedade de direito brasileiro alienada em setembro de 2015) pertencente ao segmento da ‘Construção Metálica’.

O valor incluído na rubrica ‘Trabalhos para a própria empresa’ em 2015, tal como no exercício anterior, está relacionado, essencialmente, com a construção de infra estruturas no segmento de ‘Construção Metálica’.

A 31 de dezembro de 2015 os ‘ganhos de capital em ativos não financeiros’ incluem 9,5 milhões de euros decorrentes do ganho de justo valor reconhecido com a passagem de um imóvel de inventários para propriedade de investimento e respetiva revalorização para o justo valor e 1,6 milhões de euros relacionados com mais-valias na venda de ativos fixos. Em 31 de dezembro de 2014 inclui essencialmente os ganhos com a alienação da empresa Rosa dos Ventos – Geração e Comercialização de Energia, S.A.

A 31 de dezembro de 2015 para a reversão de perdas de imparidade em ‘Clientes’ contribui fortemente as empresas do segmento da Construção Metálica da Polónia (2,1 milhões de euros) e para as reversões em “Outras perdas de imparidade ’ a reversão de imparidades relacionadas com obras em curso em Portugal (2,8 milhões de euros) e na Roménia (2,15 milhões de euros).

As ‘Diferenças de câmbio favoráveis’ estão relacionadas com a ocorrência de variações cambiais em transações não financeiras, essencialmente nas participadas do Grupo fora da zona Euro (Nota 1).

Do valor incluído na rubrica ‘Outros rendimentos operacionais’ em 2015, destaca-se o valor de 2 milhões de euros relativo ao reconhecimento em 2015 do proveito diferido relacionado com o ajustamento ao preço de venda da participação na Repower Portugal.

6. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDAS O custo das mercadorias dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 pode ser analisado como se segue:

ANO 2014 MERCADORIAS MATÉRIAS-PRIMAS, SUBSIDIÁRIAS E DE CONSUMO TOTAL

Existências iniciais 4.067.430 8.071.479 12.138.909

Compras 9.666.850 44.466.499 54.133.349

Variações de perímetro, diferenças cambiais, transferências e outros (435.246) (387.919) (823.165)

Existências finais 3.276.957 6.843.327 10.120.284

10.022.077 45.306.732 55.328.809

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 113

12

ANO 2015 MERCADORIAS MATÉRIAS-PRIMAS, SUBSIDIÁRIAS E DE CONSUMO TOTAL

Existências iniciais 3.276.957 6.843.327 10.120.284

Compras 378.657 62.438.559 62.817.216

Variações de perímetro, diferenças cambiais, transferências e outros (190.729) 769.570 578.841

Existências finais 3.114.973 2.597.933 5.712.906

349.912 67.453.523 67.803.434 O aumenta desta rubrica no exercício de 2015 é uma consequência do aumento da produção e respetivas vendas.

7. SUBCONTRATOS O valor dos subcontratos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 é o seguinte:

ANO 2015 ANO 2014

Subcontratos 53.741.731 33.997.204

53.741.731 33.997.204 Os subcontratos relacionam-se com subempreitadas das obras realizadas, principalmente no segmento ‘Construção Metálica’, estando esse aumento interligado com o aumento das vendas e prestações de serviços.

8. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS A repartição dos fornecimentos e serviços externos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 é a seguinte:

ANO 2015 ANO 2014

Transportes de mercadorias 6.330.156 6.633.487

Trabalhos especializados 12.471.454 10.886.355

Rendas e alugueres 18.359.871 12.272.660

Honorários 898.950 1.485.836

Deslocações e estadas 2.604.158 3.996.127

Eletricidade e combustíveis 3.021.670 2.827.055

Seguros 2.051.345 2.308.957

Conservação e reparação 1.829.861 1.563.430

Comunicação 669.926 897.904

Vigilância e segurança 873.490 892.985

Contencioso e notariado 401.973 183.388

Comissões 748.920 195.971

Publicidade e propaganda 293.906 391.483

Limpeza, higiene e conforto 511.766 544.284

Ferramentas e utensílios 407.058 326.772

Outros 2.203.310 2.980.819

53.677.811 48.387.513 No geral verificou-se um aumento dos fornecimentos e serviços externos fruto do aumento da atividade em 2015, com destaque para as rendas e alugueres.

Os trabalhos especializados incluem os gastos com serviços de auditoria, consultoria, sistemas de informação, estudos e pareceres.

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114 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

9. GASTOS COM O PESSOAL Os gastos com o pessoal dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 podem ser analisados como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Remunerações 39.951.103 45.335.404

Encargos Sociais e outros 11.076.227 12.816.447

51.027.329 58.151.851 O valor dos encargos sociais respeita, essencialmente, aos custos suportados com a Segurança Social, subsídios de refeição e de doença, com os seguros de acidentes de trabalho e indemnizações.

NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL

Durante os exercícios de 2015 e de 2014, o número médio de pessoal ao serviço do Grupo pode ser analisado como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Administradores 15 18

Outros colaboradores 1.702 2.649

1.717 2.667

Portugueses 1.112 1.389

Portugueses no estrangeiro e estrangeiros 605 1.278

1.717 2.667

10. OUTROS GASTOS OPERACIONAIS Os outros gastos operacionais dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 são como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Impostos 2.612.443 5.575.851

Perdas de imparidade:

Clientes e Outros devedores (Nota 24) 3.877.669 592.161

Outras perdas de imparidade - 3.268.582

Perdas em Inventários 992 81

Perdas capital em ativos não financeiros 215.992 9.002.765

Diferenças de câmbio desfavoráveis 4.678.291 2.305.869

Dívidas incobráveis (1.827) 263.854

Multas e penalidades 583.776 246.485

Outros gastos operacionais 2.978.916 2.693.926

Total 14.946.252 23.949.574 A rubrica Perdas de imparidade em ‘Clientes’ inclui uma imparidade reconhecida pela Martifer Renewables Brasil Participações Ltda. de 3.137.742 euros relacionada com o saldo detido com a Martifer - Construções Metálicas, Ltda. Com a alienação da empresa Martifer - Construções Metálicas, Ltda. e a recessão económica no Brasil considerou-se que este saldo será de difícil recuperação na sua totalidade e por isso reconheceu-se a imparidade. Em 2014 esta rubrica inclui perdas com a alienação de ativos nos segmentos da Construção Metálica e com o gasto com projetos eólicos descontinuados no Brasil.

A rubrica ‘Diferenças de câmbio desfavoráveis’ está relacionada com a ocorrência de variações cambiais em transações não financeiras, essencialmente nas participadas do Grupo fora da zona Euro (Nota 1).

Em 2014 as ‘Outras perdas de imparidade’ inclui imparidades de inventários e imparidades associadas a obras em curso no segmento da Construção Metálica.

Em 2015 nos ‘Outros gastos operacionais’ destaca-se o montante de 1,6 milhões de euros processo perdido da Budimex na Polónia.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 115

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11. PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE EM ATIVOS FIXOS As provisões e as perdas de imparidade dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 são como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Perdas de imparidade

Ativos financeiros (Nota 21) 1.515.437 3.992

Em ativos intangíveis (Nota 18) 1.295 -

Em ativos fixos tangíveis (Nota 19) 921.981 2.053.179

2.438.713 2.057.171

Provisões (Nota 33)

Aplicação da equivalência patrimonial 215.000 511.790

Garantias de qualidade 107.620 (63.456)

Contratos onerosos (4.038.972) 26.744.094

Processos judiciais em curso (35.569) 8.584.261

Outras 1.241.704 797.176

(2.510.217) 36.573.865 As ‘Provisões para contratos onerosos’ respeitam a contratos de construção em curso em que se estima que o custo a incorrer para satisfazer a obrigação assumida excede os benefícios económicos previstos. Estas provisões respeitam essencialmente ao segmento ‘Construção Metálica’. Em 2015 o valor das provisões relacionadas com contratos onerosos tem um valor negativo devido ao facto destas terem sido utilizadas ou revertidas.

Em 2014 o reforço das provisões para Processos Judiciais em curso resulta essencialmente, da constituição de uma provisão na Martifer Construções relativa a uma indemnização a pagar à Alstom no âmbito dos processos Sostanj (Eslovénia) e Manheim (Alemanha). Esta indemnização foi entretanto acordada e paga em 2015.

12. RESULTADOS FINANCEIROS Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 podem ser analisados como se segue:

RENDIMENTOS E GANHOS FINANCEIROS ANO 2015 ANO 2014

Empréstimos e contas a receber (incluindo depósitos bancários)

- Juros obtidos 1.735.855 1.323.391

Outros proveitos e ganhos financeiros relativos a outros ativos financeiros - Diferenças de câmbio favoráveis 3.671.489 3.018.807

- Ganhos na alienação de ativos financeiros 6.959.341 (99.225)

- Outros rendimentos e ganhos financeiros 6.958.023 4.874.432

19.324.708 9.117.405

GASTOS E PERDAS FINANCEIRAS ANO 2015 ANO 2014

Empréstimos e contas a pagar

- Juros suportados em empréstimos bancários e em operações de locação financeira 8.352.517 22.703.297

Outros custos e perdas financeiros relativos a outros passivos financeiros

- Diferenças de câmbio desfavoráveis 4.695.819 2.188.076

- Outros gastos e perdas financeiros 3.202.822 4.804.692

16.251.158 29.696.065 O valor da rubrica ‘Ganhos na alienação de ativos financeiros’ está relacionado com a mais-valia obtida com a alienação da Eviva Gizalki Sp. Zoo (Nota 21).

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116 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

As rubricas ‘Diferenças de câmbio favoráveis/(desfavoráveis)’ estão relacionadas com a ocorrência de variações cambiais, essencialmente nas participadas do Grupo fora da zona Euro (Nota 1).

Em 2015 os ‘Outros rendimentos e ganhos financeiros’ incluem essencialmente o ganho decorrente do processo de renegociação da dívida contratada junto do Banco Bilbao e Viszcaya em que se amortizou o financiamento com desconto sobre o capital em dívida e perdão parcial dos juros.

Os ‘Outros gastos e perdas financeiros’ respeitam sobretudo a custos com comissões bancárias em que se incluem os encargos com Garantias Bancárias.

A diminuição de ‘Juros suportados em empréstimos bancários e em operações de locação financeira’ de 22,7 milhões em 2014 para 8,35 milhões em 2015 deve-se à diminuição do Spread associado aos contratos abrangidos pela reestruturação da dívida financeira assinada com as instituições financeiras de crédito em dezembro de 2015 e com efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2015.

13. GANHOS/(PERDAS) EM EMPRESAS ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Os ganhos e as perdas em empresas associadas e empresas conjuntamente controladas nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 podem ser analisados como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Grupo Nutre - 1.364.038

Grupo Prio Energy - (171.551)

SPEE 2 – Parque Eólico de Vila Franca de Xira, S.A. 472.172 482.476

SPEE 3 – Parque Eólico do Baião, S.A. 153.689 202.079

Promoquatro – Investimentos Imobiliários, Lda. - (120.260)

Liskin Green Park - (28.495)

Eviva Gizalki Sp. ZO.o (73.516) (234.968)

Martifer Amal (Moçambique) (141.404) (212.198)

Martimetal (446.708) (106.202)

Outras - (2.104)

(35.768) 1.172.815 O detalhe dos investimentos financeiros consta da Nota 21.

14. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO O detalhe dos ativos e passivos geradores de impostos diferidos para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 pode ser analisado da seguinte forma:

ANO 2015 ANO 2014

DIFERENÇAS TEMPORÁVEIS DEDUTÍVEIS BASE IMPOSTO DIFERIDO BASE IMPOSTO DIFERIDO

Com impacto em resultado líquido

Provisões não aceites fiscalmente 7.410.159 1.852.540 122.377 41.608

Prejuízos fiscais 21.349.590 4.770.794 17.641.521 4.556.170

Outros 5.437.444 1.233.943 775.607 84.482

Compensação de Ativos por Impostos Diferidos (9.300.000) (1.953.000) - -

24.897.193 5.904.277 18.539.505 4.682.260

Com impacto em capital próprio

Outros 252.863 37.929 252.863 37.929

252.863 37.929 252.863 37.929 25.150.056 5.942.206 18.792.368 4.720.190

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 117

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ANO 2015 ANO 2014

DIFERENÇAS TEMPORÁVEIS TRIBUTÁVEIS BASE IMPOSTO DIFERIDO BASE IMPOSTO DIFERIDO

Com impacto em resultado líquido

Diferença entre o custo e o justo valor 1.197.918 317.448 1.197.918 317.448

Diferimento de tributação de mais-valia (450.750) (119.449) (450.750) (119.449)

Acréscimo de rendimentos não tributados 294.452 78.030 294.452 78.030

Revalorização Prop. Investimento 9.300.000 1.953.000 - -

Outros 17.677 3.359 17.639 3.351

Compensação de Passivos por Impostos Diferidos (9.300.000) (1.953.000) - -

1.059.297 279.388 1.059.259 279.381

Com impacto em capital próprio

Justo valor na aquisição de subsidiárias 2.334.898 605.354 3.260.832 619.558

Outros 140.510 31.557 140.510 31.557

2.475.408 636.911 3.401.343 651.115 3.534.705 916.299 4.460.602 930.496

Os ativos por impostos diferidos e passivos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais e à revalorização da propriedade de investimento, inclui um montante de 9.300.000 euros de base e 1.953.000 euros de imposto, que foram compensados, já que é estimativa do Conselho de Administração que a Propriedade de Investimento acima será vendida no período de recuperação dos Impostos Diferidos Ativos, pelo que no momento da venda estes ativos por impostos diferidos e passivos por impostos diferidos serão utilizados em simultâneo.

A distribuição dos impostos diferidos por geografia pode ser apresentada como se segue:

ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014

Portugal 2.102.431 2.116.635 912.940 927.145

Espanha 3.330.721 2.056.022 -

Brasil - 41.608 - -

Polónia - - 3.359 3.351

Roménia 440.441 444.488 -

EUA - 61.437 - -

Outros 68.614 - - -

5.942.206 4.720.190 916.299 930.496

De acordo com as declarações fiscais e estimativas de imposto sobre o rendimento das empresas que registam ativos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais, em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, utilizando para o efeito as taxas de imposto naquela data, os mesmos eram reportáveis como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

CADUCIDADE PREJUÍZO FISCAL ATIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS PREJUÍZO FISCAL ATIVOS POR

IMPOSTOS DIFERIDOS 2015 - - 393.193 104.196

2016 360.492 28.523 6.436.793 1.638.744

2017 - - 3.958.129 757.208

2020 - - 1.687.494 506.247

2021 - - 3.373.785 849.055

2022 2.752.753 440.441 369.254 110.775

2024 - - 1.422.872 589.946

2026 8.562.058 2.255.258 - -

2027 9.300.000 1.953.000 - -

20.975.303 4.677.222 17.641.520 4.556.170

Sem limite de utilização 374.286 93.572 - -

21.349.590 4.770.794 17.641.521 4.556.170

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118 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

Em 31 de dezembro de 2015, os ativos e passivos por impostos diferidos ascendiam a 5.942.206 euros e 916.299 euros, respetivamente (2014: 4.720.190 euros e 930.496 euros, respetivamente), sendo o efeito na demonstração dos resultados positivo de 1.329.116 euros (em 2014 efeito negativo de 1.681.071 de euros).

Em 2014 foram anulados os impostos diferidos ativos sobre prejuízos fiscais que, com base nas projeções elaboradas para os respetivos negócios, apresentaram riscos de recuperabilidade. Salienta-se o valor dos impostos diferidos no segmento Solar referentes à atividade nos Estados Unidos da América incluído em “Resultado atribuível às atividades descontinuadas” (Nota 28).

Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, face à legislação fiscal em vigor em Portugal no que concerne à tributação de dividendos, as diferenças temporárias relativas a resultados apropriados de subsidiárias, associadas e participadas para as quais não foram registados passivos por impostos diferidos não são materialmente relevantes para as demonstrações financeiras anexas.

Em 31 de dezembro de 2015 existem prejuízos fiscais reportáveis, apurados pelas sociedades tributadas no âmbito do Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS) do qual a Martifer SGPS é a sociedade dominante, antes e durante a aplicação do RETGS, no montante de 175.762.608 euros (197.928.781 euros em 31 de dezembro de 2014), cujos potenciais ativos por impostos diferidos ascendem a 39.546.587 euros (44.533.976 euros em 31 de dezembro de 2014). Numa ótica de prudência foram registados ativos por impostos diferidos, relacionados com prejuízos fiscais em Portugal a utilizar no futuro, apenas no valor de 3.980.136 euros.

A decomposição da totalidade dos prejuízos fiscais reportáveis e potencial crédito de imposto pode ser analisada como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

PREJUÍZO FISCAL

CRÉDITO DE IMPOSTO

DATA LIMITE DE UTILIZAÇÃO

PREJUÍZO FISCAL

CRÉDITO DE IMPOSTO

DATA LIMITE DE UTILIZAÇÃO

Gerados em 2008 26.678.470 6.002.656 2.015 27.564.225 6.201.951 2.014

Gerados em 2009 11.817.774 2.658.999 2015/2016 11.817.774 2.658.999 2.015

Gerados em 2010 12.722.095 2.862.471 2.017 19.515.648 4.391.021 2.014

Gerados em 2011 24.942.511 5.612.065 2.015 24.942.511 5.612.065 2.015

Gerados em 2012 24.924.811 5.608.082 2.017 24.924.811 5.608.082 2.017

Gerados em 2013 37.128.240 8.353.854 2.018 37.128.240 8.353.854 2.018

Gerados em 2014 31.138.106 7.006.074 2.026 52.035.572 11.708.004 2.026

Gerados em 2015 6.410.603 1.442.386 2.027 - - -

175.762.608 39.546.587 197.928.781 44.533.976 A reconciliação do imposto do exercício e do imposto corrente pode ser analisada como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Imposto corrente 1.874.812 3.183.186

Impostos diferidos relativos ao reconhecimento de diferenças temporárias (1.007.392) (95.748)

Impostos diferidos relativos à reversão de diferenças temporárias 67.888 2.541.671

Efeito das alterações nas taxas de imposto - (26.141)

Registo de ativos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis (214.624) (591.826)

Outros (174.988) (146.886)

Imposto diferido (1.329.116) 1.681.071

Imposto do exercício 545.697 4.864.257

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 119

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Em 31 de dezembro de 2015, a reconciliação entre a taxa nominal e efetiva de imposto é como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Resultado antes de impostos 2.518.765 (66.666.188) Imposto nominal sobre o rendimento (taxa nominal de 21% e 24,5% - inclui derrama) 528.941 (16.333.216)

Resultados isentos de tributação:

Alienação de investimentos financeiros (1.461.462) (2.321.616)

Revalorização da propriedade de investimento (1.953.000) -

Registo de impostos diferido por prejuízos fiscais 1.953.000 -

Reversões/Amortizações e Provisões não aceites fiscalmente 325.109 -

Imparidades de Ativos 294.181 504.007

Outros (932.789) 652.835

Resultados em associadas em equivalência patrimonial (7.511) (287.340)

Utilização de benefícios fiscais (409.424) (274.222)

Prejuízos fiscais gerados no exercício para os quais não foi reconhecido imposto diferido ativo 2.902.994 16.973.761

Criação/Reversão de ativos por impostos diferidos no exercício (1.400.000) 2.541.671

Taxas de imposto diferenciadas 143.796 3.352.954

Derrama e tributação autónoma 440.023 -

Excesso/ Insuficiência de estimativa de imposto 121.839 55.423

Imposto efetivo sobre o rendimento 545.697 4.864.257 No exercício fiscal de 2015, a Martifer SGPS, S.A. e as suas empresas participadas portuguesas encontram-se sujeitas a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) à taxa normal de 21 %, acrescida de derrama municipal à taxa máxima de 1,5 % incidente sobre o lucro tributável.

Adicionalmente, sobre a parte do lucro tributável superior a 1.500.000 euros sujeito e não isento de IRC incidem as seguintes taxas de derrama estadual: 3 % sobre a parte superior a 1.500.000 euros e inferior a 7.500.000 euros; 5 % sobre a parte superior a 7.500.000 euros e até 35.000.000 de euros; e 7 % que incide sobre a parte do lucro tributável que exceda 35.000.000 euros.

Nos termos do artigo 88.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, as sociedades portuguesas encontram-se, adicionalmente, sujeitas a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos, às taxas previstas no referenciado normativo.

No exercício de 2011, a Martifer SGPS, S.A. optou pela aplicação do Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (“RETGS”), do qual fazem parte as empresas portuguesas em que detém, direta ou indiretamente, pelo menos 75 % do seu capital e que cumprem simultaneamente com as restantes condições definidas por aquele regime.

As restantes empresas participadas, não abrangidas pelo regime especial de tributação do grupo Martifer, são tributadas individualmente, com base nas respetivas matérias coletáveis e às taxas de imposto aplicáveis.

Os resultados gerados em subsidiárias estrangeiras são tributados às taxas de imposto sobre o rendimento local, nomeadamente, os resultados gerados em Espanha, Polónia, Roménia, França, Itália, Bélgica, Estados Unidos da América, Brasil e Reino Unido são tributados, respetivamente a 28 %, 19 %, 16 %, 34,43 %, 27,5 %, 33,99 %, 35 %, 34 % e 20 %.

De acordo com a legislação portuguesa em vigor, as declarações fiscais das sociedades portuguesas estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a segurança social), exceto quando tenham ocorrido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos poderão ser alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais dos anos de 2012 a 2015, poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão.

Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, o saldo do imposto sobre o rendimento a receber e a pagar, pode ser demonstrado como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Impostos sobre o rendimento – Ativo 1.029.684 744.905

Impostos sobre o rendimento - Passivo (2.257.208) (1.258.326)

Imposto sobre o rendimento líquido: (1.227.524) (513.421)

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120 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

15. DIVIDENDOS Em 2015 e 2014 não foram distribuídos dividendos.

16. RESULTADOS POR AÇÃO A Martifer SGPS emitiu apenas ações ordinárias, pelo que não existem direitos especiais de dividendo ou voto.

A Martifer tem apenas um tipo de potenciais ações ordinárias dilutivas: as opções sobre ações. Para efeitos de cálculo do resultado por ação diluído é necessário determinar se estas opções, independentemente de poderem ou não ser exercidas, têm efeito de diluição, o que ocorre quando o preço de exercício da opção é inferior ao preço de mercado das ações.

Na medida em que o preço médio de mercado das ações da Martifer, no período compreendido entre 1 de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2015, se situou nos 0,29 euros, inferior ao preço de exercício das opções (3,84 euros), as mesmas consideram-se não dilutivas porque o seu exercício daria lugar a uma redução do número de ações ordinárias em circulação.

Assim, em 31 de dezembro de 2015 não existe diferença entre o cálculo dos resultados por ação básicos e o cálculo dos resultados por ação diluídos. O capital social da Martifer SGPS S.A. é representado por 100.000.000 de ações ordinárias, totalmente subscritas e realizadas, representativas de um capital social de 50.000.000 euros.

O número médio ponderado de ações em circulação encontra-se deduzido de 2.215.910 ações correspondente ao volume de ações próprias adquiridas pela Martifer SGPS.

Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, o cálculo do resultado por ação básico e diluído pode ser demonstrado como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Resultado líquido do exercício (I) (482.490) (93.535.824)

Número médio ponderado de ações em circulação (II) 97.784.090 97.784.090

Resultado por ação básico e diluído (I) / (II) (0,0049) (0,9566)

das unidades operacionais em continuação 0,0052 (0,6422)

das atividades descontinuadas (0,0102) (0,3144)

17. GOODWILL O movimento ocorrido na rubrica de ‘Goodwill’ nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 é como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Valor bruto

Saldo Inicial 15.639.252 17.568.009

Aquisições - 329.311

Alienação - (359.777)

Atualização cambial - (16.145)

Reclassificação para ativos não correntes detidos para venda (Nota 28) - (1.882.146)

Saldo final 15.639.252 15.639.252

Perdas de imparidade acumuladas

Saldo inicial 4.658.577 4.658.577 Saldo final 4.658.577 4.658.577 Valor líquido no início do ano 10.980.675 12.909.432 Valor líquido no final do ano 10.980.675 10.980.675

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 121

12

O detalhe do ‘Goodwill’, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, pode ser analisado como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

VALOR BRUTO IMPARIDADES ACUMULADAS VALOR LÍQUIDO VALOR LÍQUIDO

Martifer Construções 5.448.792 - 5.448.792 5.448.792

Sassall Aluminium 4.658.577 (4.658.577) - -

Martifer Metallic Constructions 3.898.809 - 3.898.809 3.898.809

Navalria 1.618.675 - 1.618.675 1.618.675

MGI 8.373 - 8.373 8.373

Martifer GmbH 6.026 - 6.026 6.026

15.639.252 (4.658.577) 10.980.675 10.980.675 O processo de apuramento do justo valor dos ativos e passivos obtidos nas aquisições, bem como o apuramento definitivo do valor do Goodwill, foi realizado com base nas demonstrações financeiras das empresas adquiridas à data da respetiva aquisição.

O Grupo tem por procedimento efetuar testes anuais de imparidade ao Goodwill, no final de cada exercício, tal como definido na secção ‘Principais critérios valorimétricos’.

Para efeitos da análise de imparidade, o Goodwill foi distribuído pelas unidades geradoras de caixa que se espera que beneficiem das sinergias da concentração de atividades empresariais, dentro de cada segmento operacional. A quantia recuperável de cada uma das unidades geradoras de caixa foi determinada com base no valor de uso, de acordo com o método dos fluxos de caixa descontados, tendo por base business plans desenvolvidos pelos responsáveis das empresas e devidamente aprovados pelo Conselho de Administração do Grupo e utilizando taxas de desconto que variam de acordo com os riscos inerentes aos diversos negócios.

Em 31 de dezembro de 2015, os métodos e pressupostos utilizados na aferição da existência, ou não, de imparidade, para os principais valores de Goodwill registados por cada um dos segmentos nas demonstrações financeiras anexas, foram como se segue:

CONSTRUÇÃO METÁLICA

MARTIFER CONSTRUÇÕES

MARTIFER METALLIC CONSTRUCTIONS NAVALRIA

Goodwill (1) 5.449 3.899 1.619

Período utilizado Projeções de cash flows para 5 anos

Projeções de cash flows para 5 anos

Projeções de cash flows para 5 anos

Taxa de crescimento (g) (2) 2% 2% 1%

Taxa de crescimento média do Volume de Negócio nos 5 anos (3) 7,72% 10,20% 7,97%

Taxa de desconto utilizada (4) 6,95% 6,95% 7,25%

(1) Valores em milhares de euros (2) Taxa de crescimento usada para extrapolar os cash flows para além do período considerado no business plan (3) Taxa de crescimento média estimada com base no business plan da empresa a 5 anos tendo por base as estimativas e assunções do Conselho de Administração

efetuadas com base no seu melhor conhecimento à data de aprovação das Demonstrações financeiras (4) Taxa de desconto aplicada aos cash flows projetados A taxa média de crescimento do volume de negócios apurada em cada segmento tem subjacente as seguintes estimativas e expetativas: (i) na Martifer Construções uma estagnação em 2016 e a partir de 2017 um crescimento anual de 10 % em resultado de obras em carteira cujo desenvolvimento será maioritariamente no segundo semestre de 2016 e em 2017, diversas propostas em fase avançada de negociação cuja adjudicação se espera que ocorra em 2016 e a consolidação da anunciada recuperação económica com um crescimento mais acentuado da economia portuguesa e das principais economias mundiais; (ii) na Martifer Metallic Constructions um crescimento anual de 10 % em resultado do crescimento estimado para a área da Construção Metálica, quer pelas obras já em carteira ou em perspetiva de adjudicação, pela entrada em novas geografias ou pelo crescimento em geografias onde a Martifer já tem uma presença forte e cujas economias se estima venham a crescer mais do que nos últimos anos, e pela consolidação do crescimento na construção naval onde o ritmo de adjudicações tem sido bastante significativo; (iii) na Navalria, o elevado ritmo de crescimento que a área naval tem tido, quer na construção quer na reparação, e as sinergias com a West Sea.

O Conselho de Administração, suportado no valor dos fluxos de caixa previsionais das unidades geradoras de caixa deste segmento, descontados à taxa considerada aplicável a cada negócio, concluiu que, em 31 de dezembro de 2015, o valor contabilístico dos ativos líquidos, incluindo o Goodwill, não excede o seu valor recuperável.

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122 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

As projeções dos fluxos de caixa basearam-se no desempenho histórico e nas expetativas de melhoria de eficiência. Os responsáveis deste segmento acreditam que uma possível alteração (dentro de um cenário de normalidade) nos principais pressupostos utilizados no cálculo do valor recuperável teria os impactos constantes do quadro abaixo:

MARTIFER CONSTRUÇÕES:

MARTIFER CONSTRUÇÕES

AUMENTO DA WACC

EM 1,0 P.P.

REDUÇÃO DA WACC

EM 1,0 P.P.

VAR. VN +5,0 P.P. (1)

VAR. VN -5,0 P.P. (1)

AUMENTO DA MARGEM

EBITDA/VOLUME DE NEGÓCIOS

EM 0,5 P.P. (2)

REDUÇÃO DA MARGEM

EBITDA/VOLUME DE NEGÓCIOS

EM 0,5 P.P. (2)

Taxa média ponderada do custo do capital (WACC) 6,95% 7,95% 5,95% 6,95% 6,95% 6,95% 6,95%

CAGR volume de negócios [2015;2020] (3) 7,72% 7,72% 7,72% 12,72% 2,72% 7,72% 7,72% Margem média EBITDA / Volume de negócios [2015;2020] 7,07% 7,07% 7,07% 7,07% 7,07% 7,57% 6,57%

Valor líquido contabilístico (4) 5.449 5.449 5.449 5.449 5.449 5.449 5.449

Valor recuperável total (4) 39.558 20.147 68.891 68.857 16.535 46.142 29.481

Diferencial (4) 34.109 14.698 63.442 63.409 11.086 40.694 24.032

Conclusões da análise de sensibilidade Sem imparidade

Sem imparidade

Sem imparidade

Sem imparidade

Sem imparidade Sem imparidade Sem imparidade

(1) Variação anual do volume de negócios em 5p.p. (2015=100 %), mantendo a margem EBITDA/Volume de negócios constante (2) Variação da margem EBITDA/Volume de negócios mantendo o volume de negócios constante (3) Taxa média de crescimento estimada com base no business plan da empresa a 5 anos tendo por base as estimativas e assunções do Conselho de Administração efetuadas (4) Valores em milhares de euros

MARTIFER METALLIC CONSTRUCTIONS:

MMC AUMENTO DA WACC

EM 1,0 P.P.

REDUÇÃO DA WACC

EM 1,0 P.P.

VAR. VN +5,0 P.P. (1)

VAR. VN -5,0 P.P. (1)

AUMENTO DA MARGEM

EBITDA/VOLUME DE NEGÓCIOS

EM 0,5 P.P. (2)

REDUÇÃO DA MARGEM

EBITDA/VOLUME DE NEGÓCIOS

EM 0,5 P.P. (2)

Taxa média ponderada do custo do capital (WACC) 6,95% 7,95% 5,95% 6,95% 6,95% 6,95% 6,95%

CAGR volume de negócios [2015;2020] (3) 10,20% 10,20% 10,20% 15,20% 5,20% 10,20% 10,20% Margem média EBITDA / Volume de negócios [2015;2020] 5,20% 5,20% 5,20% 5,20% 5,20% 5,70% 4,70%

Valor líquido contabilístico (4) 3.899 3.899 3.899 3.899 3.899 3.899 3.899

Valor recuperável total (4) 42.994 20.835 76.276 82.695 9.289 72.232 36.369

Diferencial (4) 39.095 16.936 72.377 78.797 5.390 68.333 32.470

Conclusões da análise de sensibilidade Sem imparidade

Sem imparidade

Sem imparidade

Sem imparidade

Sem imparidade Sem imparidade Sem imparidade

(1) Variação anual do volume de negócios em 5p.p. (2015=100 %), mantendo a margem EBITDA/Volume de negócios constante. (2) Variação da margem EBITDA/Volume de negócios mantendo o volume de negócios constante (3) Taxa média de crescimento estimada com base no business plan da empresa a 5 anos tendo por base as estimativas e assunções do Conselho de Administração efetuadas (4) Valores em milhares de euros

NAVALRIA:

NAVALRIA AUMENTO DA WACC

EM 1,0 P.P.

REDUÇÃO DA WACC

EM 1,0 P.P.

VAR. VN +5,0 P.P. (1)

VAR. VN -5,0 P.P. (1)

AUMENTO DA MARGEM

EBITDA/VOLUME DE NEGÓCIOS

EM 0,5 P.P. (2)

REDUÇÃO DA MARGEM

EBITDA/VOLUME DE NEGÓCIOS

EM 0,5 P.P. (2)

Taxa média ponderada do custo do capital (WACC) 7,25% 8,25% 6,25% 7,25% 7,25% 7,25% 7,25%

CAGR volume de negócios [2015;2020] (3) 7,97% 7,97% 7,97% 8,47% 7,47% 7,97% 7,97% Margem média EBITDA / Volume de negócios [2015;2020] 12,58% 12,58% 12,58% 12,58% 12,58% 13,08% 12,08%

Valor líquido contabilístico (4) 1.619 1.619 1.619 1.619 1.619 1.619 1.619

Valor recuperável total (4) 1.800 874 3.084 1.797 1.488 1.057 535

Diferencial (4) 182 (745) 1.465 178 (131) (562) (1.083)

Conclusões da análise de sensibilidade Sem imparidade Imparidade Sem

imparidade Sem

imparidade Imparidade Imparidade Imparidade

(1) Variação anual do volume de negócios em 0,5p.p. (2015=100 %), mantendo a margem EBITDA/Volume de negócios constante. (2) Variação da margem EBITDA/Volume de negócios mantendo o volume de negócios constante (3) Taxa média de crescimento estimada com base no business plan da empresa a 5 anos tendo por base as estimativas e assunções do Conselho de Administração efetuadas (4) Valores em milhares de euros

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 123

12

18. ATIVOS INTANGÍVEIS Esta rubrica é analisada como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Valor bruto, deduzido de imparidades:

Software e outros direitos 18.213.095 18.687.921

Ativos intangíveis em curso - 127.117

18.213.095 18.815.038

Amortizações acumuladas:

Software e outros direitos 15.308.505 14.487.566

15.308.505 14.487.566

Valor líquido 2.904.590 4.327.472 O valor registado em Software e outros direitos relaciona-se essencialmente com programas informáticos adquiridos pelas empresas do Grupo.

A informação relativa aos valores brutos do ativo intangível, deduzidos de perdas de imparidade, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 pode ser analisada como se segue:

ANO 2014 SOFTWARE E OUTROS DIREITOS

ATIVOS INTANGÍVEIS

EM CURSO

ADIANTAMENTOS POR CONTA DE

ATIVOS INTANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2014 19.447.719 1.198.497 - 20.646.216 Reclassificação para ativo não corrente detido para venda (Nota 28) (448.746) (967.150) - (1.415.896)

Aumentos 70.213 58.658 - 128.871

Alienações e abates (636.924) - - (636.924)

Diferenças cambiais 49.248 2.651 - 51.899

Transferências e outros movimentos 206.411 (165.540) - 40.871

Saldo final 31 dezembro 2014 18.687.921 127.116 - 18.815.038

ANO 2015 SOFTWARE E OUTROS DIREITOS

ATIVOS INTANGÍVEIS

EM CURSO

ADIANTAMENTOS POR CONTA DE

ATIVOS INTANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2015 18.687.921 127.116 - 18.815.038

Aumentos 348.219 - - 348.219

Alienações e abates (1.082) - - (1.082)

Diferenças cambiais (104.933) - - (104.933)

Variação de perímetro (699.624) (127.116) - (826.740)

Perdas imparidade (Nota 11) (1.295) - - (1.295)

Transferências e outros movimentos (16.111) - - (16.111)

Saldo final 31 dezembro 2015 18.213.095 - - 18.213.095 A informação relativa aos valores das amortizações acumuladas do ativo intangível, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 pode ser analisada como se segue:

ANO 2014 SOFTWARE E OUTROS DIREITOS

ATIVOS INTANGÍVEIS

EM CURSO

ADIANTAMENTOS POR CONTA DE

ATIVOS INTANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2014 13.142.745 - - 13.142.745

Reclassificação para ativo não corrente detido para venda (Nota 28) (384.741) - - (384.741)

Aumentos 1.876.474 - - 1.876.474

Alienações e abates (168.199) - - (168.199)

Diferenças cambiais 2.889 - - 2.889

Transferências e outros movimentos 18.397 - - 18.397

Saldo final 31 dezembro 2014 14.487.565 - - 14.487.565

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124 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

ANO 2015 SOFTWARE E OUTROS DIREITOS

ATIVOS INTANGÍVEIS EM

CURSO

ADIANTAMENTOS POR CONTA DE ATIVOS

INTANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2015 14.487.565 - - 14.487.565

Aumentos 967.708 - - 967.708

Alienações e abates (814) - - (814)

Diferenças cambiais (24.591) - - (24.591)

Variação de perímetro (156.596) - (156.596)

Transferências e outros movimentos 35.234 - - 35.234

Saldo final 31 dezembro 2015 15.308.506 - - 15.308.505 Valor líquido:

31 de dezembro de 2014 4.200.356 127.116 - 4.327.473 31 de dezembro de 2015 2.904.589 - - 2.904.590

19. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS Esta rubrica é analisada como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Valor bruto, deduzido de imparidades:

Terrenos e edifícios 82.087.659 85.294.132

Equipamentos 89.510.588 100.487.147

Ativos fixos tangíveis em curso 14.628.512 15.049.013

Outros ativos fixos tangíveis 49.240.030 49.280.291

235.466.789 250.110.583

Amortizações acumuladas:

Terrenos e edifícios 21.024.326 20.957.152

Equipamentos 46.558.542 46.238.960

Outros ativos fixos tangíveis 18.736.495 16.499.311

86.319.363 83.695.423

Valor líquido 149.147.425 166.415.160 A informação relativa aos valores brutos de terrenos e edifícios, equipamentos, ativos fixos tangíveis em curso e de outros ativos fixos tangíveis, deduzidos de perdas de imparidade acumuladas, para os exercícios findos em 2015 e 2014 pode ser analisada como se segue:

ANO 2014 TERRENOS E EDIFÍCIOS EQUIPAMENTOS

ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS EM CURSO

OUTROS ATIVOS FIXOS

TANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2014 102.774.906 125.126.470 12.988.029 54.281.804 295.171.209

Transferência para ativos detidos para venda (10.600.418) (14.618.301) (4.100.050) (5.223.749) (34.542.518)

Aumentos 133.708 1.624.652 13.079.736 42.764 14.880.860

Alienações e abates (15.953.853) (3.987.325) (2.069.800) 127.134 (21.883.844)

Diferenças cambiais 135.550 368.933 (98.007) 7.744 414.220

Variação de perímetro 415.276 (11.845.539) 8.225.339 42.687 (3.162.237)

Imparidades (Nota 11) (1.408.318) - (644.861) - (2.053.179)

Transferências e outros movimentos 9.797.281 3.818.257 (12.331.373) 1.907 1.286.072

Saldo final 31 dezembro 2014 85.294.132 100.487.147 15.049.013 49.280.291 250.110.583

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 125

12

ANO 2015 TERRENOS E EDIFÍCIOS EQUIPAMENTOS

ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS EM CURSO

OUTROS ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2015 85.294.132 100.487.147 15.049.013 49.280.291 250.110.583 Aumentos 576.798 2.202.992 1.222.958 5.860 4.008.608

Alienações e abates (82.744) (4.293.982) (4.887) - (4.381.613)

Diferenças cambiais (1.090.510) (1.183.896) (361.485) (14.393) (2.650.284)

Variação de perímetro - (7.410.227) 197.811 (106.336) (7.318.752)

Imparidades (Nota 11) (174.087) (420.661) (327.357) - (922.105)

Transferências e outros movimentos (2.435.930) 129.214 (1.147.541) 74.609 (3.379.648)

Saldo final 31 dezembro 2015 82.087.659 89.510.587 14.628.512 49.240.031 235.466.789 O investimento em ativos fixos tangíveis no exercício de 2015 ocorreu essencialmente no segmento ‘Renewables’, com um forte investimento no Brasil, com a aquisição de equipamentos e à capitalização de custos nos projetos em desenvolvimento, e no segmento da ‘Construção Metálica’ com especial destaque para a área naval com o reforço da capacidade operacional da West Sea (Estaleiro Naval de Viana do Castelo) e para o aumento de equipamentos básicos em Angola de forma a reforçar a capacidade produtiva neste país.

A variação de perímetro decorreu da alienação do segmento da Construção no Brasil.

A informação relativa aos valores das depreciações acumuladas de terrenos e edifícios, equipamentos, ativos fixos tangíveis em curso e de outros ativos fixos tangíveis para os exercícios findos em 2015 e 2014 pode ser analisada como se segue:

ANO 2014 TERRENOS E EDIFÍCIOS EQUIPAMENTOS

ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS EM CURSO

OUTROS ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2014 19.542.256 50.836.318 - 15.247.837 85.626.412 Reclassificação para ativo não corrente detido para venda (Nota 28) (1.699.554) (8.579.315) (1.009.295) (11.288.164)

Aumentos 3.463.558 6.840.260 - 2.259.030 12.562.848

Alienações e abates (454.373) (2.918.943) - (1.482) (3.374.798)

Diferenças cambiais 105.264 151.638 - 3.221 260.123

Variação de perímetro - 22 - - 22

Transferências e outros movimentos - (91.019) - - (91.019)

Saldo final 31 dezembro 2014 20.957.151 46.238.961 - 16.499.311 83.695.423

ANO 2015 TERRENOS E EDIFÍCIOS EQUIPAMENTOS

ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS EM

CURSO

OUTROS ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS TOTAL

Saldo inicial 1 janeiro 2015 20.957.151 46.238.961 - 16.499.311 83.695.423 Aumentos 2.845.912 4.822.928 - 2.258.567 9.927.407

Alienações e abates (26.774) (3.340.737) - - (3.367.511)

Diferenças cambiais (221.984) (625.911) - (8.292) (856.187)

Variação de perímetro 75.149 (839.602) - (16.380) (780.833)

Transferências e outros movimentos (2.605.128) 302.904 - 3.289 (2.298.935) Saldo final 31 dezembro 2015 21.024.326 46.558.543 - 18.736.495 86.319.364 Valor líquido: 31 de dezembro de 2014 64.336.981 54.248.186 15.049.013 32.780.980 166.415.160 31 de dezembro de 2015 61.063.333 42.952.044 14.628.512 30.503.536 149.147.425

Os critérios valorimétricos adotados e as taxas de depreciação utilizadas estão referidos nas alíneas iv) e v) dos principais critérios valorimétricos, julgamentos e estimativas, na Nota 1 ‘Políticas Contabilísticas’.

O custo de aquisição dos ativos fixos tangíveis detidas pelo Grupo no âmbito de contratos de locação financeira, em 31 de dezembro de 2015, ascendia a 23.919.554 euros, sendo o seu valor líquido contabilístico, nessa data, de 17.596.214 euros. O valor das dívidas relativas a contratos de locação financeira é apresentado na Nota 31.

Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, exceto para os bens adquiridos em regime de locação financeira, em regime de Project Finance e para os bens mencionados na Nota 38, não existiam outros ativos fixos tangíveis que se encontrassem penhorados ou hipotecados a instituições financeiras como garantia de empréstimos obtidos pelo Grupo.

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126 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

Durante o ano, o Grupo estimou a quantia recuperável de alguns ativos fixos tangíveis tendo em conta fatores internos e externos que indicavam que os mesmos poderiam estar contabilizados por um valor superior à sua quantia recuperável.

A aferição da existência de imparidade para os ativos fixos tangíveis e intangíveis do Grupo foi efetuada tendo por base os business plans das diversas empresas cujos pressupostos se encontram detalhados abaixo.

RENEWABLES

ESPANHA ROMÉNIA

Ativos fixos tangíveis (1) 29.526 46.128

Período utilizado 20 anos 25 anos

Taxa de crescimento (g) (2) n.a. n.a.

CAGR volume de negócios [2015 ; 2028] (3) -0,95% 0,85%

Taxa média ponderada do custo do capital (WACC) (4) 7,67% 7,53%

(1) Valores em milhares de euros (2) Taxa de crescimento usada para extrapolar os cash flows para além do período considerado no business plan (3) Taxa de crescimento média estimada com base no business plan da empresa tendo por base as estimativas e assunções do Conselho de Administração efetuadas (4)Taxa de desconto aplicada aos cash flows projetados

As projeções dos fluxos de caixa basearam-se no desempenho histórico e nas expetativas de melhoria de eficiência. Os responsáveis deste segmento acreditam que uma possível alteração (dentro de um cenário de normalidade) nos principais pressupostos utilizados no cálculo do valor recuperável teria os impactos constantes do quadro abaixo:

ESPANHA:

UNIDADE

GERADORA DE CAIXA

AUMENTO DA WACC

EM 1,0 P.P.

REDUÇÃO DA WACC

EM 1,0 P.P.

VAR. VN +1,0 P.P. (1)

VAR. VN -1,0 P.P. (1)

AUMENTO DA MARGEM

EBITDA/VOLUME DE NEGÓCIOS

EM 0,5 P.P. (2)

REDUÇÃO DA MARGEM

EBITDA/VOLUME DE NEGÓCIOS

EM 0,5 P.P. (2)

Taxa média ponderada do custo do capital (WACC) 7,67% 8,67% 6,67% 7,67% 7,67% 7,67% 7,67%

CAGR volume de negócios [2015;2028] (3) -0,95% -0,95% -0,95% 0,04% -1,94% -0,95% -0,95% Margem média EBITDA / Volume de negócios [2015;2028] 77,34% 77,34% 77,34% 77,34% 77,34% 77,39% 77,29%

Valor atual dos fluxos de caixa descontados - Teste de Imp- Working Capital 2015 (4) 29.674 28.141 31.345 30.884 28.551 29.689 29.658

Valor líquido contabilístico (4) 29.526 29.526 29.526 29.526 29.526 29.526 29.526

Valor recuperável total (4) 29.373 27.841 31.045 30.584 28.250 29.389 29.358

Diferencial (4) (153) (1.685) 1.518 1.058 (1.276) (137) (168)

Conclusões da análise de sensibilidade Imparidade Imparidade Sem imparidade

Sem imparidade Imparidade Imparidade Imparidade

(1) Variação anual do volume de negócios em 1p.p. (2015=100 %), mantendo a margem EBITDA/Volume de negócios constante. (2) Variação da margem EBITDA/Volume de negócios mantendo o volume de negócios constante (3) Taxa média de crescimento estimada com base no business plan da empresa tendo por base as estimativas e assunções do Conselho de Administração efetuadas (4) Valores em milhares de euros ROMÉNIA:

UNIDADE

GERADORA DE CAIXA

AUMENTO DA WACC

EM 1,0 P.P.

REDUÇÃO DA WACC

EM 1,0 P.P.

VAR. VN + 1,0 P.P. (1)

VAR. VN -1,0 P.P. (1)

AUMENTO DA MARGEM

EBITDA/VOLUME DE NEGÓCIOS

EM 0,5 P.P. (2)

REDUÇÃO DA MARGEM

EBITDA/VOLUME DE NEGÓCIOS

EM 0,5 P.P. (2)

Taxa média ponderada do custo do capital (WACC) 7,53% 8,53% 6,53% 7,53% 7,53% 7,53% 7,53%

CAGR volume de negócios [2015;2038] (3) 0,85% 0,85% 0,85% 1,86% -0,16% 0,85% 0,85% Margem média EBITDA / Volume de negócios [2014;2038] 67,61% 67,61% 67,61% 67,61% 67,61% 67,66% 67,56%

Valor líquido contabilístico (4) 46.128 46.128 46.128 46.128 46.128 46.128 46.128

Valor recuperável total (4) 46.168 42.807 49.948 49.925 42.793 46.198 46.138

Diferencial (4) 40 (3.321) 3.820 3.797 (3.336) 70 10

Conclusões da análise de sensibilidade Sem imparidade Imparidade Sem

imparidade Sem

imparidade Imparidade Sem imparidade Sem imparidade

(1) Variação anual do volume de negócios em 1p.p (2015=10 0%), mantendo a margem EBITDA/Volume de negócios constante. (2) Variação da margem EBITDA/Volume de negócios mantendo o volume de negócios constante (3) Taxa média de crescimento estimada com base no business plan da empresa tendo por base as estimativas e assunções do Conselho de Administração efetuadas (4) Valores em milhares de euros

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 127

12

No período foram reconhecidas imparidades para a totalidade dos ativos Oborniki detidos na Polónia, por haver risco de não desenvolvimento face as atuais condicionantes económicas envolventes a estes projetos.

CONSTRUÇÃO METÁLICA

MARTIFER CONSTRUÇÕES

Ativos fixos tangíveis (1) 34.266

Período utilizado 5 anos

Taxa de crescimento (g) (2) 2%

Taxa de crescimento média do Volume de Negócio 5 anos (3) 7,72%

Taxa de desconto utilizada (4) 6,95%

(1) Valores em milhares de euros (2) Taxa de crescimento usada para extrapolar os cash flows para além do período considerado no business plan (3) Taxa de crescimento média estimada com base no business plan da empresa a 5 anos tendo por base as estimativas e assunções do Conselho de Administração

efetuadas com base no seu melhor conhecimento à data de aprovação das Demonstrações Financeiras (4) Taxa de desconto aplicada aos cash flows projetados

A taxa média de crescimento do volume de negócios apurada tem subjacente uma estagnação em 2016 e a partir de 2017 um crescimento anual de 10% em resultado de obras em carteira cujo desenvolvimento será maioritariamente no segundo semestre de 2016 e em 2017, diversas propostas em fase avançada de negociação cuja adjudicação espera-se ocorra em 2016 e a consolidação da anunciada recuperação económica com um crescimento mais acentuado da economia portuguesa e das principais economias mundiais.

As projeções dos fluxos de caixa basearam-se no desempenho histórico e nas expetativas de melhoria de eficiência. Os responsáveis deste segmento acreditam que uma possível alteração (dentro de um cenário de normalidade) nos principais pressupostos utilizados no cálculo do valor recuperável não irá originar perdas de imparidade para além das registadas, conforme análise que se segue:

MARTIFER CONSTRUÇÕES

AUMENTO DA WACC

EM 1,0 P.P.

REDUÇÃO DA WACC

EM 1,0 P.P.

VAR. VN + 5,0 P.P. (1)

VAR. VN -5,0 P.P. (1)

AUMENTO DA MARGEM

EBITDA/VOLUME DE NEGÓCIOS

EM 0,5 P.P. (2)

REDUÇÃO DA MARGEM

EBITDA/VOLUME DE NEGÓCIOS

EM 0,5 P.P. (2)

Taxa média ponderada do custo do capital (WACC) 6,95% 7,95% 5,95% 6,95% 6,95% 6,95% 6,95%

CAGR volume de negócios [2015;2020] (3) 7,72% 7,72% 7,72% 12,72% 2,72% 7,72% 7,72% Margem média EBITDA / Volume de negócios [2015;2020] 7,07% 7,07% 7,07% 7,07% 7,07% 7,57% 6,57%

Valor líquido contabilístico (4) 34.266 34.266 34.266 34.266 34.266 34.266 34.266

Valor recuperável total (4) 98.279 78.867 127.611 127.578 75.256 104.863 88.201

Diferencial (4) 64.013 44.602 93.346 93.312 40.990 70.597 53.936

Conclusões da análise de sensibilidade Sem imparidade

Sem imparidade

Sem imparidade

Sem imparidade

Sem imparidade Sem imparidade Sem imparidade

(1) Variação anual do volume de negócios em 5p.p. (2015=100 %), mantendo a margem EBITDA/Volume de negócios constante. (2) Variação da margem EBITDA/Volume de negócios mantendo o volume de negócios constante (3) Taxa média de crescimento estimada com base no business plan da empresa a 5 anos tendo por base as estimativas e assunções do Conselho de

Administração efetuadas (4) Valores em milhares de euros

20. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO A rubrica ‘Propriedades de investimento’ inclui as seguintes propriedades detidas pelo grupo Martifer: Centro Empresarial de Benavente, Armazéns de Albergaria-a-Velha e o “Imóvel da Martifer Construções”, todas em Portugal, e o projeto imobiliário de Szczecin na Polónia, todas destinadas ao arrendamento ou venda.

Estes ativos encontram-se registados ao valor de mercado de acordo com a avaliação independente efetuada por entidades especializadas, de acordo com os padrões internacionais do ‘RICS Valuation Standards’ (RICS Red Book). O grupo Martifer efetua avaliações regulares a estes imóveis, sendo as eventuais variações no justo valor registadas em resultados. Em 2015 houve uma exceção com o projeto imobiliário de Szczecin na Polónia conforme explicação infra.

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128 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

O movimento ocorrido nos exercícios de 2015 e 2014 na rubrica de ‘Propriedades de Investimento’ foi como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Saldo inicial 14.367.300 16.195.865

Alienações e abates (3.588.000) -

Transferências e outros - (1.828.565)

Transferências - Imóvel da Martifer Construções 10.047.000 -

Transferências – Szcecin (Nota 28) 5.114.528 -

Variações cambiais 10.881

Saldo final 25.951.708 14.367.300 Em 2015 foi alienada a unidade fabril de Vagos, e foram reclassificadas como propriedades de investimento o projeto imobiliário de Szczecin (em 2014 considerado como ativo detido para venda - Nota 28) e a “Imóvel da Martifer Construções”.

O quadro abaixo apresenta o valor global das avaliações realizadas no exercício, assim como o valor pelo qual os ativos se encontram registados nas contas do Grupo:

ANO 2015 JUSTO VALOR REGISTADO

AVALIAÇÃO INDEPENDENTE

Mad. Vouga 1.415.300 1.419.000

Benavente 9.364.000 9.310.000

Szczecin 5.125.408 4.564.296

Fábrica Martifer Construções 10.047.000 10.131.000

25.951.707 25.424.296 Em 2015 o Município de Szczecin expropriou parte do terreno incluído no projeto imobiliário de Szczecin e encontra-se em discussão o montante da compensação a receber em virtude dessa expropriação. O valor da avaliação independente respeita apenas à parte do terreno que se manteve na esfera da Martifer, SGPS. Não foi registada qualquer variação de justo valor uma vez que a mesma só será definitivamente apurada quando for decidido o valor da compensação pela expropriação referida, sendo a expectativa do Conselho de Administração que o diferencial face ao valor contabilístico será recuperado.

O rendimento obtido das propriedades de investimento em 2015 foi de 361.530 euros (444.992 euros em 2014) e encontra-se registado na rubrica de ‘Vendas e Prestação de Serviços’.

21. INVESTIMENTOS FINANCEIROS EM EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, a composição dos valores referentes a ativos financeiros em equivalência patrimonial é como se segue:

% CAPITAL DETIDO ANO 2014

CAPITAL PRÓPRIO ANO 2014

RESULTADO LÍQUIDO ANO 2014 ANO 2014

Prio Energy 5,00% 30.220.314 1.160.419 1.511.016

Eviva Gizalki 100,00% 3.877.141 (122.779) 3.877.141

Martimetal 49,00% 1.197.688 (216.739) 586.867

SPEE 3 - Parque eólico de Baião, SA 50,00% 1.063.864 404.158 531.932

SPEE 2 - Parque eólico de Vila Franca de Xira, SA 50,00% 2.311.319 964.952 1.155.660

Promoquatro - Investimentos Imobiliários, Lda. 50,00% (537.945) (778.465) -

Martifer Amal, S.A. (Portugal) 30,00% (43.050) -

Martifer Amal, S.A. (Moçambique) 35,00% 404.013 (563.423) 141.404

Outras participações - (5.504)

7.798.516

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 129

12

% CAPITAL DETIDO ANO 2015

CAPITAL PRÓPRIO ANO 2015

RESULTADO LÍQUIDO ANO 2015 ANO 2015

Prio Energy 5,00% 35.503.367 5.181.266 -

Martimetal 49,00% 2.741.905 (911.649) 1.343.533

SPEE 3 - Parque eólico de Baião, SA 50,00% 1.091.242 307.378 545.621

SPEE 2 - Parque eólico de Vila Franca de Xira, SA 50,00% 2.505.662 944.343 1.252.831

Martifer Amal, S.A. (Moçambique) 35,00% (39.833) (416.645) -

Outras participações - 8.659

3.150.644 Os valores do capital próprio apresentados encontram-se deduzidos das prestações suplementares.

Em 2015 destaca-se a alienação da Eviva Gizalki (Nota 12) e a constituição de uma imparidade no montante do investimento da Prio Energy, SGPS, S.A., identificadas na tabela abaixo, sendo que as restantes variações nos valores dos investimentos resultam da atividade dessas empresas em 2015.

O movimento ocorrido nesta rubrica, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, é como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Saldo inicial 7.798.516 41.282.069

Aumentos 1.267.975 683.389

Aplicação do MEP:

- Que resultam do desempenho em resultados (35.768) 1.172.815

- Outras variações em capitais próprios (489.442) (2.585.199)

Alienações (4.010.167)

Alterações resultantes da perda de controlo nas subsidiárias - 3.877.141

Reclassificação para ativos detidos para venda - (36.620.942)

Diferenças cambiais 133.607 -

Outras variações 1.360 (10.757)

Movimentos das imparidades (nota 11) (1.515.437) -

Saldo final 3.150.644 7.798.516 No final de 2015 a participação que o Grupo detinha na Prio Energy foi considerada totalmente em imparidade uma vez que não é espectável qualquer retorno, tendo sido esta participação posteriormente transferida para outros investimentos financeiros disponíveis para venda, uma vez que já não se verifica influência significativa sobre a mesma.

22. INVESTIMENTOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, a composição dos valores referentes a investimentos financeiros disponíveis para venda é como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Aplicação Financeira Não Corrente 4.040.920 1.954.435

Outros 225.314 237.077

4.266.234 2.191.512 O movimento ocorrido nos exercícios de 2015 e 2014 na rubrica de ‘Investimentos financeiros disponíveis para venda’ foi como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Saldo inicial 2.191.512 575.622

Aumentos 2.084.175 1.896.367

Alienações (1.003) (24.715)

Reclassificação para ativos detidos para venda - (10.378)

Outras variações (8.451) (245.384)

Saldo final 4.266.234 2.191.512

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130 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

O aumento desta rubrica, em 2015 assim como já ocorreu em 2014, resulta essencialmente da atribuição de certificados verdes à Eviva Nalbant, SRL.

Os ativos financeiros disponíveis para venda não têm uma maturidade definida.

23. INVENTÁRIOS A informação relativa a inventários com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 pode ser analisada como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 2.473.717 5.611.712

Produtos e trabalhos em curso 3.616.333 3.610.149

Mercadorias 2.354.765 2.596.749

Produtos acabados e intermédios 212.626 3.316.921

8.657.442 15.135.531

No exercício de 2015 verificou-se uma redução dos inventários, quando comparado com o mesmo período de 2014, consequência da otimização da gestão de stocks.

24. CLIENTES E OUTROS DEVEDORES Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, os ativos financeiros detidos pelo Grupo, para além dos mencionados nas Notas 21 e 22 acima, são os a seguir apresentados.

A informação relativa a ‘Clientes e outros Devedores’ com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 pode ser analisada como se segue:

NÃO CORRENTES CORRENTES

ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014

Valor bruto:

Clientes:

Clientes, conta corrente 910.432 739.397 75.714.449 87.642.194

Clientes de cobrança duvidosa - - 10.027.163 12.390.293

910.432 739.397 85.741.612 100.032.487

Outros devedores:

Empresas associadas, participadas e participantes (Nota 40) 35.765.018 38.524.408 12.472.065 13.635.740

Adiantamentos a fornecedores - 5.222 6.898.890 7.194.649

Outros 3.255.257 22.997.663 38.562.766 20.615.943

39.020.275 61.527.293 57.933.721 41.446.332

39.930.707 62.266.690 143.675.333 141.478.819 A rubrica ’Outros’ inclui 19,6 milhões euros referentes à venda da participação de 49% detida na Nutre à CERES AGRICULTURE HOLDINGS COӦPERATIEF U.A. que de acordo com o contrato vence-se em 2016.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 131

12

As perdas de imparidade acumuladas em contas a receber são como se segue:

NÃO CORRENTES CORRENTES

31 DEZEMBRO DE 2015 31 DEZEMBRO DE 2014 31 DEZEMBRO DE 2015 31 DEZEMBRO DE 2014

Perdas de imparidade acumuladas:

Clientes de cobrança duvidosa - - 10.755.481 12.449.720

Outros Devedores 3.267.774 115.839 5.172.610 5.258.404

3.267.774 115.839 15.928.091 17.708.124 Valor líquido - Clientes 910.432 739.397 74.986.131 87.582.767 Valor líquido - Outros Devedores 35.752.501 61.411.454 52.761.110 36.187.928 Total 36.662.933 62.150.851 127.747.241 123.770.695

O movimento das perdas de imparidade acumuladas em contas a receber é como se segue:

CLIENTES OUTROS DEVEDORES

ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014

Saldo inicial 12.449.720 28.754.831 5.374.243 7.556.749

Aumento (Nota 10) 739.302 592.161 3.138.367 3.992

Reversão (Nota 5) (2.520.687) (265.273) (40.113) -

Aplicação - (5.888.082) (2.047.201) (3.516.126)

Variações de perímetro, diferenças cambiais e transferências 87.147 (158.690) 2.015.089 1.373.206

Reclassificação para ativos não correntes detidos para venda (Nota 28) - (10.585.227) - (43.578)

Saldo Final 10.755.481 12.449.720 8.440.384 5.374.243

O aumento das imparidades em ‘Outros devedores’ está relacionado com a imparidade reconhecida pela Martifer Renewables Brasil Participações Ltda. de 3.137.742 de euros relacionada com o crédito detido sobre a Martifer - Construções Metálicas, Ltda. Com a alienação da empresa Martifer - Construções Metálicas, Ltda. e a recessão económica no Brasil considerou-se que este crédito será de difícil recuperação na sua totalidade e por isso reconheceu-se a imparidade.

Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, a antiguidade dos saldos relativos a contas a receber, antes de perdas de imparidade acumuladas, pode ser detalhada como se segue:

ANO 2014 VENCIDO

TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIAS ENTRE 90 E 180 DIAS

ENTRE 180 E 360 DIAS

MAIS DE 360 DIAS

Clientes, conta corrente 88.381.591 43.339.962 14.642.077 5.437.479 5.537.590 19.424.483

Clientes de cobrança duvidosa 12.390.293 - 23.402 - 101.445 12.265.446

Outros devedores 102.973.624 74.286.452 4.742.476 23.944.696

Saldo Final 203.745.508 117.626.414 19.407.955 5.437.479 5.639.035 55.634.625

ANO 2015 VENCIDO

TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIAS ENTRE 90 E 180 DIAS

ENTRE 180 E 360 DIAS

MAIS DE 360 DIAS

Clientes, conta corrente 76.624.881 31.850.966 13.955.663 3.220.339 5.662.220 21.935.691

Clientes de cobrança duvidosa 10.027.163 - 48.817 - 226.808 9.751.537

Outros devedores 96.953.996 70.136.478 2.244.273 1.114.281 1.017.287 22.441.677

Saldo Final 183.606.040 101.987.444 16.248.753 4.334.620 6.906.315 54.128.905

A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível, sobretudo, às contas a receber da sua atividade operacional. Os montantes apresentados no balanço encontram-se líquidos das perdas de imparidade acumuladas para cobrança duvidosa, que foram estimadas pelo Grupo de acordo com a sua experiência e com base nos condicionantes e na envolvente económica existente.

A totalidade dos créditos sobre clientes que se encontram registados na rubrica ‘Clientes de cobrança duvidosa’, em 31 de dezembro de 2015 encontra-se em imparidade.

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132 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

Para os restantes valores vencidos, o Grupo considera não ter havido deterioração da qualidade creditícia da contraparte, pelo que não se encontram em risco de incobrabilidade.

O prazo médio de recebimentos das contas a receber do Grupo situou-se, em 2015, nos 235 dias, tendo em muito contribuído a atual conjuntura económica. Não obstante este enquadramento, o Grupo continua empenhado no cumprimento rigoroso da política de crédito definida, nomeadamente ao nível da seleção criteriosa do crédito concedido, quer em quantidade quer em qualidade, bem como na respetiva cobrança.

É convicção do Conselho de Administração do Grupo de que o valor pelo qual os saldos de Clientes e Outros Devedores estão registados no balanço se aproxima do seu justo valor, considerando, em particular que relativamente à dívida vencida a mais de 180 dias não se esperam perdas importantes para além das perdas de imparidade registadas.

O Grupo não cobra quaisquer encargos de juros enquanto os prazos de pagamento definidos (em média 90 dias) estejam a ser respeitados. Findos esses prazos, são cobrados os juros que estiverem definidos contratualmente, e de acordo com a lei em vigor e aplicável a cada situação, o que tenderá a ocorrer só em situações extremas.

Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, os saldos não correntes mantidos com empresas associadas, participadas e participantes dizem respeito, essencialmente, a prestações acessórias de capital concedidas, as quais não vencem juros nem têm prazos de reembolso; os saldos correntes com ‘empresas associadas e outros acionistas’ dizem respeito, essencialmente, a empréstimos concedidos aos empreendimentos conjuntos e associadas, os quais vencem juros à Euribor a 3 meses acrescida de um spread de 6,75 %.

Na rubrica ‘Clientes conta corrente’ não vencido estão incluídas as retenções efetuadas aos clientes que consistem numa percentagem da retenção predefinida em contrato próprio por cada empreitada, representando um total de 13 milhões de euros em 2015. Estas retenções encontram-se em aberto durante o período de garantia e desta forma não poderemos cobrar ao cliente este valor. Caso existam garantias bancárias emitidas por nós poderemos então efetuar esta cobrança.

Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, o Grupo não possui ativos financeiros detidos até ao vencimento nem investimentos registados ao justo valor através de resultados.

25. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS – ATIVO Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, os saldos da rubrica ‘Estado e outros entes públicos’ têm a seguinte composição:

ANO 2015 ANO 2014

Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas 1.029.684 744.905

Imposto sobre o valor acrescentado 3.590.493 5.071.580

IVA reembolsos pedidos 1.545.544 633.052

Outros impostos 736.934 2.270.341

Estado e outros entes públicos 5.872.971 7.974.973

O imposto sobre o valor acrescentado em 2015, à semelhança do que já acontecia em 2014, corresponde em grande parte ao valor deste imposto a recuperar na sequência da aquisição de turbinas, no segmento ‘Renewables’ (2,2 milhões de euros). O valor remanescente corresponde a imposto a recuperar em Portugal e decorre do facto da atividade, no segmento da ‘Construção Metálica’, ser essencialmente para exportação.

Em 2014 na rubrica ‘Outros Impostos’ estão refletidos os valores de Impostos sobre a receita (ICMS, PIS, COFINS e ISS) a pagar no Brasil relativos a obras (sector da construção metálica), sendo que a saída do setor da construção metálica deste país em 2015 contribui para a redução do valor desse tipo de ativo.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 133

12

26. OUTROS ATIVOS CORRENTES Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, a rubrica ‘Outros ativos correntes’ pode ser analisada como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Acréscimo de rendimentos:

Trabalhos por faturar (contratos de construção)

Valor bruto 29.389.956 43.554.431

Perdas de imparidade (2.374.973) (7.132.109) Valor líquido 27.014.983 36.422.322 Juros a receber 1.474.328 97.803

Outros acréscimos de rendimentos 5.601.831 1.933.955 34.091.142 38.454.080 Gastos diferidos:

Seguros 492.128 578.537

Encargos financeiros - 40.362

Rendas pagas antecipadamente 164.708 32.948

Outras despesas plurianuais pagas antecipadamente 848.789 413.222 1.505.625 1.065.069 Outros ativos financeiros correntes 432.574 1.385.692 36.029.340 40.904.841

O valor bruto dos acréscimos de rendimentos em 2015 teve uma redução muito significativa explicada essencialmente pela saída do Brasil no segmento ‘Construção Metálica’ e por uma forte redução dos mesmos em Portugal e Angola.

O aumento em 2015 da rubrica ‘Outros acréscimos de rendimentos’ está fortemente relacionado com a faturação a emitir pelo segmento da Construção Metálica em Portugal e no Reino Unido.

Em 31 de dezembro de 2015, a rubrica ‘Outras despesas plurianuais pagas antecipadamente’ inclui, essencialmente, os desembolsos efetuados pelo Grupo associados a trabalhos especializados, os quais irão ser prestados/utilizados no decorrer do exercício de 2016.

O saldo em 2014 da rubrica ‘Outros ativos financeiros correntes’ respeita, sobretudo, a certificados verdes que o Grupo recebeu pela produção de energia elétrica na Roménia e que não tinham ainda sido alienados em 31 de dezembro de 2014.

Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, a informação sobre os contratos de construção em curso é como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Gastos totais incorridos em contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 381.874.971 477.742.213

Gastos incorridos no ano em contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 144.687.816 113.468.868

Rendimentos totais incorridos em contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 380.788.023 534.617.140

Rendimentos incorridos no ano em contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 170.559.583 137.647.901

Adiantamentos recebidos para a execução de contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica (Nota 32) 6.363.463 4.379.791

Retenções efetuadas por clientes em contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 9.483.652 7.195.844

Garantias prestadas a clientes relativas a contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica (Nota 38) 32.812.394 19.445.406

Acréscimos de rendimentos relativos a contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 29.389.956 43.554.431 Total de Trabalhos em curso (contratos de construção) 29.389.956 43.554.431 Rendimentos diferidos relativos a contratos de construção em curso:

- Construção Metalomecânica 25.902.289 20.972.205 Total de Faturação antecipada (relativa a contratos de construção) - Nota 36 25.902.289 20.972.205

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134 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

As garantias prestadas a donos de obra, no segmento ‘Construção Metálica’, referidas na Nota 38 dizem respeito a obras em curso e a obras encerradas em período de garantia, para as quais o período médio é de cinco anos.

Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, as principais obras em curso do Grupo que justificam o saldo de ‘Acréscimos de rendimentos – trabalhos em curso’ são como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Scotland's National Arena (Martifer Construções e Martifer UK) 4.244.110 3.858.672

Baltic Arena Gdansk (Martifer Polska) 2.092.291 2.087.737

Djelfa project (Martifer Construções e Martifer RO) 1.754.608

Iter TB 03 (Martifer Construções e Martifer RO) 1.593.819 1.787.910

Abi Bakr Bridge (Martifer Arábia Saudita) 1.579.521

Holland Green (Martifer Alumínios UK) 1.520.816

Nova Sede Corporativa da EDP Lisboa (Martifer Construções e Martifer Alumínios) 1.485.864 1.193.826

Viaduc Hachef (Martifer Construções e Martifer Marrocos) 1.179.362 1.302.824

Railway Arc Bridge (Martifer RO) 915.186

C39 Hall de Pintura (Martifer Construções) 771.971

Stade de Lyon (Martifer Construções) 749.704 5.083.578

Park Lake Plaza (Martifer RO) 541.051

Edifício Kilamba (Martifer Angola) 442.019 1.479.087

Museu do Amanhã (Martifer Construções BR) 4.781.466

Edifício Marina Baía- Luanda (Martifer Construções) 1) 2.822.385

Birmingham New Street - Facade and Cladding Works (Martifer UK) 1.167.143

Kasc-Supporting Towers (Martifer RO) 814.851

Viaduct Sibiu (Martifer RO) 812.019

Graneleiro Facaieni (Martifer RO) 807.454

Transcarioca (Martifer Construções BR) 789.484

Estação Juá (Martifer Construções BR) 753.762

Centro Paraolímpico (Martifer Construções BR) 698.376

Renault Tanger Mediterranee (Martifer Construções) 646.928

Arena da Amazônia (Martifer Construções) 606.406

The Horizon (Martifer Alumínios) 598.621

Condomínio Esso 2059 (Martifer Angola) 580.479

Estação Metro Salvador (Martifer Construções BR) 564.912

1822 - Futura Fabrica da Cerveja (Martifer Angola) 563.990

Outras 10.519.634 9.752.521

29.389.956 43.554.431

27. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES A rubrica caixa e seus equivalentes pode ser analisada como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Caixa e seus equivalentes:

Depósitos bancários 40.512.347 22.905.607

Caixa 37.201 75.715

40.549.549 22.981.322 Caixa e seus equivalentes incluem o dinheiro detido pelo Grupo e os depósitos bancários de curto prazo, com maturidades originais iguais ou inferiores a 3 meses, para os quais o risco de alteração de valor não é significativo. Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, não existiam quaisquer restrições à utilização dos saldos registados nas rubricas de Caixa e seus equivalentes.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 135

12

Na rubrica ‘Depósitos bancários’ estão incluídos 10,3 milhões de euros de empresas sediadas em Angola, que devido à crise financeira deste país estão sujeitas a restrições quanto às transferências para fora de Angola.

28. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA E PASSIVOS ASSOCIADOS AOS ATIVOS A Martifer SGPS decidiu, em setembro de 2014, focalizar a atividade do Grupo na construção metálica (Estrutura Metálica e Fachadas em Alumínio e Vidro, Infraestruturas para Oil & Gas e Indústria Naval) e dar seguimento ao plano ativo de venda da participação de 55% detida na Martifer Solar. Sendo a venda altamente provável, os ativos e passivos da Martifer Solar foram classificados como “ativos não correntes detidos para venda” e “passivos associados aos ativos não correntes detidos para venda”, respetivamente, sendo o resultado líquido da Martifer Solar apresentado como “resultado de atividades descontinuadas”.

O detalhe dos ativos e passivos associados aos ativos detidos para venda em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 são como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Ativos não Correntes 63.432.611 76.182.182 Goodwill 1.937.729 1.906.896

Ativos intangíveis 986.905 1.186.599

Ativos fixos tangíveis 12.157.142 17.159.333

Propriedades investimento1) - 4.988.563 Investimentos financeiros em associadas 164.419 212.610 Investimentos financeiros disponíveis para venda 27.008.189 20.650.754 Clientes e outros devedores 20.066.270 29.082.551 Ativos por impostos diferidos 1.111.957 994.876 Ativos Correntes 84.274.731 72.083.574 Existências 5.406.698 5.165.675 Clientes 13.331.291 20.455.344 Outros devedores 16.776.236 8.673.135 Estado e outros entes públicos 4.370.790 5.645.539 Outros ativos correntes 32.298.836 26.667.415 Caixa e seus equivalentes 12.090.603 5.474.923 Instrumentos Financeiros Derivados 277 1.543 Total de Ativos não correntes detidos para venda 147.707.342 148.265.754

Interesses não controlados associados a ativos detidos para venda (1.877.184) (2.060.023)

Passivos não correntes 27.325.377 26.810.844 Empréstimos 20.244.415 20.562.740 Credores por locações financeiras 444.931 607.039 Credores diversos 1.384.069 474.964 Provisões 4.980.395 4.245.496 Passivos por impostos diferidos 271.567 920.605 Passivos Correntes 109.653.974 105.184.114 Empréstimos 40.300.209 41.978.047 Credores por locações financeiras 162.463 152.761 Fornecedores 40.540.357 34.682.918 Credores diversos 18.047.134 4.169.611 Estado e outros entes públicos 2.638.853 9.005.572 Outros passivos correntes 7.964.958 15.144.524 Instrumentos Financeiros Derivados - 50.681 Passivos associados aos ativos não correntes detidos para venda 136.979.351 131.994.958

Ativos líquidos de passivos e interesses não controlados dos ativos não correntes detidos para venda 12.605.175 18.330.819 1) Projecto imobiliário de Szczecin que deixou de ser ativo detido para venda em 2015

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136 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

O valor total de ativo consolidado da Martifer Solar ascende, a 31 de dezembro de 2015 a 147 milhões de euros sendo o contributo para o Grupo de 148 milhões de euros (a 31 de dezembro de 2014 o ativo da Martifer Solar ascendia a 148 milhões de euros). O valor dos ativos não correntes totaliza 62 milhões de euros sendo o contributo para o Grupo de 63 milhões de euros (a 31 de dezembro de 2014 ascendia a 71 milhões de euros).

O valor do capital próprio consolidado da Martifer Solar a 31 de dezembro de 2014 totalizava 4 milhões de euros sendo o contributo para o grupo de 10,7 milhões de euros (a 31 de dezembro de 2014 o capital próprio da Martifer Solar ascendia a 6 milhões de euros). A redução resulta, essencialmente, do resultado líquido do período.

O valor do capital próprio consolidado da Martifer Solar Atribuível ao grupo é de 10,7 milhões de euros sendo o contributo para o Grupo de 12,6 milhões de euros.

A Dívida Líquida registada no dia 31 de dezembro foi de 49 milhões de euros, menos 9 milhões de euros que em 2014, atestando o esforço realizado para controlo da mesma, em linha com a atual estratégia do Grupo.

O valor das rubricas ‘Outros devedores’ e ‘Credores diversos’ verificam um aumento significativo essencialmente devido ao contributo da Jordânia.

O projeto imobiliário de Szczecin passou a ser classificado como uma propriedade de investimento em 2015 (Nota 20).

O detalhe dos Resultados atribuível às atividades descontinuadas em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 são como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Vendas e prestações de serviços 127.480.781 108.307.715

Outros rendimentos operacionais 14.702.994 9.858.833

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas (60.945.309) (63.664.631)

Subcontratos (18.271.340) (26.198.035)

Fornecimentos e serviços externos (43.008.541) (28.245.447)

Gastos com o pessoal (12.585.469) (15.742.738)

Outros gastos operacionais (2.525.815) (10.092.944)

4.847.301 (25.777.247)

Amortizações e depreciações (2.452.495) (2.580.503)

Provisões e perdas de imparidade 2.178.213 (19.893.463)

Resultado operacional 4.573.019 (48.251.213)

Rendimentos e ganhos financeiros 2.587.176 7.925.365

Gastos e perdas financeiros (8.926.844) (15.947.341)

Ganhos/(perdas) em empresas associadas e emp. Conjuntos (71.111) (125.740)

Resultado antes de imposto sobre o rendimento (1.837.760) (56.398.929)

Imposto sobre o rendimento 1.036.988 (8.773.051)

Resultado líquido do exercício (800.771) (65.171.979)

Atribuível:

a interesses não controlados 192.574 (34.428.519)

ao Grupo (993.345) (30.743.460)

Conforme é referido no Relatório de Gestão, os Proveitos Operacionais registaram em 2015 um aumento significativo justificado, essencialmente, por um projeto de EPC de 57 MW em construção na Jordânia e pela fase final de construção de projetos no Reino Unido.

A rubrica ‘Outros rendimentos operacionais” inclui o ganho com a alienação do projeto de Tonge no Reino Unido (2,5 milhões de euros), o rendimento obtido com cedência temporária de utilização da fábrica de módulos (2,4 milhões de euros) e ganhos cambiais operacionais (1 milhão de euros).

O EBITDA no final de 2015 foi de 4,9 milhões de euros (-25,7 milhões de euros em 2014), evidenciando assim uma melhoria no desempenho operacional global do segmento Solar, contrastando com as perdas registadas no exercício do ano de 2014, relacionadas com o projeto Aura Solar no México e respetivo evento de força maior, bem como, com as entidades dos Estados Unidos envolvidas no processo do Chapter 11, reportado no exercício anterior. Por outro lado, no decorrer de 2015 as obras em construção do Reino Unido, que transitaram de 2014, foram afetadas por ajustes nas suas margens operacionais, tendo um impacto desfavorável e negativo ao nível do EBITDA.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 137

12

Os Proveitos Operacionais deste segmento continuam focalizados no mercado externo, destacando-se agora a Jordânia, como já referido anteriormente.

Importa também referir que o EBIT de 2015 inclui a reversão parcial (cerca de 3,8 milhões de euros) da imparidade registada em 2014 no investimento da FTP Power (USA).

Os Resultados Financeiros Líquidos em 2015 ascenderam a 6,4 milhões de euros (em 2014 era de 8,1 milhões de euros), registando-se assim uma melhoria face ao período homólogo, ainda que se registem elevados encargos financeiros, nomeadamente ao nível de comissões bancárias de vários projetos e de fees bancários por SBLC’s (colaterais a linhas de financiamento).

O detalhe dos fluxos de caixa das atividades descontinuadas em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 são como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Fluxos das atividades operacionais 11.175.384 (2.927.493)

Fluxos das atividades de investimento 1.222.829 561.140

Fluxos das atividades de financiamento (5.082.561) (8.006.184)

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 7.315.652 (10.372.537)

Variação perímetro e outras variações (662.909) 320.089

Efeito das diferenças de câmbio (37.063) 109.642

Caixa e depósitos bancários no início do período 5.474.923 15.417.730

Caixa e depósitos bancários no fim do período 12.090.603 5.474.923

29. CAPITAL SOCIAL, RESERVAS, AÇÕES PRÓPRIAS E INTERESSES NÃO CONTROLADOS Capital social

O capital social da Martifer SGPS, totalmente subscrito e realizado, em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, ascende a 50.000.000 de euros e é representado por 100.000.000 de ações ao portador com um valor nominal de 50 cêntimos cada. Todas as ações têm os mesmos direitos, correspondendo um voto por cada ação. Durante os exercícios de 2015 e de 2014 não ocorreram quaisquer movimentos no número de ações representativas do capital social do Grupo.

Durante o exercício de 2015, a Martifer SGPS não adquiriu ações próprias através de compras realizadas em bolsa. A Martifer detém 2.215.910 ações próprias, correspondentes a 2,22 % do seu capital social.

Em 31 de dezembro de 2015, o capital social da Empresa é detido em 42,4 % pela I’M SGPS, S.A., 0,65 % por dois administradores relacionados com a I’M SGPS, S.A., 37,5 % pela Mota-Engil SGPS, S.A., 2,22 % em ações próprias, encontrando-se os restantes 17,23 % dispersos em Bolsa.

Prémios de emissão

Os prémios de emissão correspondem a ágios obtidos com a emissão ou aumentos de capital. De acordo com a legislação comercial portuguesa, os valores incluídos nesta rubrica seguem o regime estabelecido para a ‘reserva legal’, isto é, os valores não são distribuíveis, a não ser em caso de liquidação, mas podem ser utilizados para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

Reservas

Reserva legal

A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5 % do resultado líquido anual tem que ser destinado ao reforço da ‘reserva legal’ até que esta represente pelo menos 20 % do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

Este valor encontra-se incluído na rubrica de ‘Outras Reservas’ e ascende a 7.696.844 euros.

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138 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

Ações Próprias

O Grupo detém 2.215.910 ações próprias, correspondentes a 2,22 % do seu capital social. De acordo com a lei é obrigatório manter uma reserva indisponível no valor de aquisição das ações próprias, incluída em ‘Outras Reservas’.

Reserva de justo valor – Reserva de cobertura

As Reservas de justo valor - Reserva de cobertura refletem as variações de justo valor dos instrumentos derivados de cobertura de cash flow que se consideram eficazes e não são passíveis de serem distribuídas ou serem utilizadas para absorver prejuízos.

Reservas de conversão cambiais

As reservas de conversão cambiais refletem as variações cambiais ocorridas: (i) na transposição das demonstrações financeiras de filiais em moeda diferente do Euro; (ii) na atualização do investimento líquido nas subsidiárias; e (iii) na atualização de Goodwill, as quais não são passíveis de serem distribuídas ou serem utilizadas para absorver prejuízos, sendo transferidas para resultados quando as filiais são vendidas ou liquidadas.

Outras reservas

Para além da reserva legal no valor de 7.696.844 euros, estão incluídos nesta rubrica os resultados de exercícios anteriores e uma reserva indisponível no valor de 2.868.519 euros relativa ao valor das ações próprias.

Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas distribuíveis é determinado de acordo com as demonstrações financeiras individuais da Empresa, apresentadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (‘IFRS’).

Em 31 de dezembro de 2015 a Martifer SGPS, S.A. não dispõe de reservas distribuíveis.

Interesses não controlados

O detalhe dos principais interesses não controlados pode ser analisado como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Saldo inicial (24.942.297) 39.676.431

Resultado líquido do período 1.654.786 (43.166.602)

Outras variações no capital próprio (1.510.281) (5.154.704)

Alterações no perímetro de consolidação (4.072.288) (4.230.209)

Transações com interesses não controlados (2) (9.006.587)

Outros 492.877 (3.060.626)

(28.377.206) (24.942.297)

Das unidades operacionais em continuação (26.500.022) (22.882.274)

Das quais associados a ativos não correntes detidos para venda (1.877.184) (2.060.023)

Em 2015 os principais impactos que justificam a redução dos interesses não controlados, apesar do resultado líquido do exercício positivo, resultam essencialmente de alterações de perímetro com a reestruturação societária ocorrida no Grupo em 2015 (Nota 2) em que as empresas do segmento ‘Construção Metálica’ passam a estar todas hierarquicamente abaixo da Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A. (detida em 75 % pelo Grupo) assim como a Martifer Inovação e Gestão, S.A. As ‘Outras variações no capital próprio’ têm também um impacto negativo que resulta essencialmente da desvalorização cambial de algumas geografias.

Os movimentos nos interesses não controlados a 31 de Dezembro de 2014 refletem, além do resultado definido i) o impacto da redução da participação na Martifer Metallic Constructions, detida pela Martifer SGPS para 75 %, em virtude do reforço dos capitais próprios (28 milhões de euros) nesta empresa pelo novo acionista Vector Diálogo SGPS, SA, ii) o impacto da venda da Rosa dos Ventos no segmento Renewables, iii) o impacto da desconsolidação da Martifer Solar USA, Inc. e Martifer Aurora Solar LLC na sequência da perda de controlo (Nota 2), iv) a distribuição de dividendos, no segmento Renewables (12 milhões de euros) a um minoritário por valor diferente da sua quota-parte de capital, v) a desvalorização cambial e vi) a classificação da Martifer Solar e participadas como Ativo não corrente detido para venda (Nota 28).

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 139

12

% INTERESSES NÃO CONTROLADOS ANO 2015 ANO 2014

ANO 2015 ANO 2014

Construção Metálica

Martifer – Construções Metálicas Angola, S.A. 40,94% 40,94% 1.896.945 2.053.776

Martifer Alumínios Angola, S.A. 25,00% 25,00% 679.350 785.888

Martifer Aluminium Pty, Ltd 25,00% 25,00% (2.377.785) (3.244.930)

Martifer Constructions, SAS 25,00% 25,00% (740.897) (249.529)

Martifer UK Limited 25,00% 25,00% (1.129.597) (1.339.662)

Martifer Polska Sp. Zo.o. 25,00% 25,00% (2.425.379) (2.467.012)

Martifer Konstrukcje Sp. z o.o. 25,00% 25,00% (703.071) (786.160)

Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. 25,00% 20,83% (13.511.006) (7.132.255)

Martifer - Alumínios, S.A. 25,00% 25,00% - (5.962.520)

Martifer - Gestão de Investimentos, S.A. 25,00% 25,00% (2.246.586) (2.217.060)

Gebox, S.A. 25,00% 0,00% (631.599) -

Navalria – Docas, Construções e Reparações Navais, S.A. 25,00% 0,00% (1.986.184) -

Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A. 25,00% 25,00% (6.066.752) (3.664.488)

Martifer Energy Systems SGPS, S.A. 25,00% 0,00% 9.105.814 -

Martifer Constructii S.R.L. 24,50% 25,00% (3.330.460) (3.184.647)

Martifer Energia S.R.L. 25,00% 0,00% (765.987) -

Martifer Wind Energy Systems LLC 25,00% 0,00% (2.812.541) -

West Sea-Estaleiros Navais,Lda 25,00% 0,00% 394.080 -

Renewables

Martifer Renováveis - Geração de Energia e Participações S.A. 45,00% 45,00% 435.801 827.794

Outros Interesses não controlados associados aos ativos não correntes detidos para venda (1.877.184) (2.060.023)

Outros interesses não controlados (284.169) 3.698.530

(28.377.206) (24.942.297)

30. EMPRÉSTIMOS Os montantes relativos a empréstimos, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, são como se segue:

ANO 2014 ATÉ 1 ANO ENTRE 1 E 3 ANOS ENTRE 3 E 5 ANOS MAIS DE 5 ANOS TOTAL

Dívidas a instituições de crédito:

Empréstimos bancários 14.448.560 33.760.563 88.624.207 71.088.200 207.921.530

Descobertos bancários 13.458.228 - 812.636 1.784.259 16.055.123

Contas caucionadas 24.238.327 205.556 3.498.822 12.045.122 39.987.827

Outros empréstimos obtidos:

Emissões de papel comercial 5.000.000 - - - 5.000.000

Outros empréstimos 16.499.977 723.155 999.962 1.995.989 20.219.083

73.645.092 34.689.274 93.935.627 86.913.570 289.183.563

ANO 2015 ATÉ 1 ANO ENTRE 1 E 3 ANOS ENTRE 3 E 5 ANOS MAIS DE 5 ANOS TOTAL

Dívidas a instituições de crédito:

Empréstimos bancários 7.451.983 9.356.708 168.303.524 93.389.981 278.502.196

Descobertos bancários 1.036.155 - - - 1.036.155

Contas caucionadas 4.763.520 - - - 4.763.520

Outros empréstimos obtidos:

Emissões de papel comercial - - - - -

Outros empréstimos 576.867 800.119 568.394 3.400.124 5.345.504

13.828.525 10.156.827 168.871.918 96.790.105 289.647.376

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140 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

Em 31 de dezembro de 2015 a dívida líquida do Grupo ascende a 260.290.867 euros. De notar que para o cálculo da dívida líquida, para além dos empréstimos acima evidenciados, consideram-se os leasings, derivados e caixa e seus equivalentes. Este valor corresponde a uma redução de 8 % face ao exercício anterior, em linha com a tendência decrescente que a dívida do grupo Martifer tem apresentado nos últimos anos e em resultado da política de redução do endividamento.

Esta variação está influenciada pelos acordos de reestruturação da dívida financeira assinados entre a Martifer e as instituições financeiras de crédito no final de 2015.

No âmbito desta política de redução do endividamento, o grupo Martifer irá prosseguir no ano de 2016 com o processo de venda de ativos não core: segmento Solar, parques eólicos e, residualmente, de projetos imobiliários.

O acordo de reestruturação da dívida financeira possibilitou ainda a adequação da maturidade dos inflows da atividade operacional do Grupo e de (des) investimento aos outflows da atividade de financiamento através do reescalonamento do vencimento ao longo do tempo, alargando a maturidade média da dívida para a tornar mais coincidente com o grau de permanência dos seus ativos de longo prazo e uma maturidade que permita que os excedentes de tesouraria sejam suficientes para cumprir com as suas responsabilidades. Assim, a 31 de dezembro de 2015 a maturidade média da dívida era de cerca 8 anos.

Outros empréstimos

Do valor de ‘Outros empréstimos’, 2,7 milhões de euros correspondem a operações de locação financeira imobiliária (afetas ao financiamento dos projetos imobiliários registados na rubrica de Produtos e Trabalhos em Curso – Nota 19) as quais, em caso de alienação dos acima referidos projetos imobiliários, terão de ser liquidadas nesse momento e não de acordo com o plano de reembolso definido, que contratualmente ocorre após 2015.

Esta rubrica inclui ainda um total de 1,2 milhões de euros relativo a uma linha grupada de pagamento a fornecedores.

Os montantes considerados em ‘Outros empréstimos’ incluem, ainda, empréstimos obtidos junto da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI) como apoio ao investimento efetuado pelo Grupo, no valor de 2,2 milhões de euros.

Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, os montantes relativos a empréstimos estão denominados nas seguintes moedas:

ANO 2014 INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO OUTROS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS TOTAL

Real 302.991 5.534.794 5.837.785

Euro 246.438.425 19.684.289 266.122.714

Novo Leu 14.171.179 - 14.171.179

Dólar americano 3.051.885 - 3.051.885

263.964.480 25.219.083 289.183.564

ANO 2015 INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO OUTROS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS TOTAL

Kuanza 1.310.567 - 1.310.567

Euro 265.923.649 5.345.505 271.269.154

Novo Leu 13.604.901 - 13.604.901

Dólar americano 3.462.757 - 3.462.757

284.301.874 5.345.505 289.647.378

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 141

12

As taxas de juro médias suportadas em descobertos e empréstimos bancários são as seguintes:

ANO 2014 TAXAS MÉDIAS INTERVALO DE TAXAS (%)

Dívidas a instituições de crédito:

Empréstimos bancários 5,51% [3,00% a 23,00%]

Descobertos bancários 4,32% [3,02% a 6,46%]

Contas caucionadas 5,68% [4,73% a 6,46%]

Outros empréstimos obtidos:

Emissões de papel comercial 6,38% [6,38%]

Outros empréstimos 10,30% [0,00% a 25,34%]

ANO 2015 TAXAS MÉDIAS INTERVALO DE TAXAS (%)

Dívidas a instituições de crédito:

Empréstimos bancários 1,82% [0,96% a 6,77%]

Descobertos bancários 3,13% [3,00% a 3,21%]

Contas caucionadas 6,45% [4,07% a 12,50%]

Outros empréstimos obtidos:

Emissões de papel comercial

Outros empréstimos 1,71% [0,00% a 4,00%]

As taxas de juro suportadas nos empréstimos bancários, por geografia, são as seguintes:

PAÍS INDEXANTE SPREAD

Espanha Euribor [3,5 a 6,50]

Portugal Libor

[1,00 a 4,50] Euribor

Roménia Robor [2,50 a 3,75]

Atualmente, mais de 90 % da dívida está sujeita a taxa variável.

Como consequência da assinatura da reestruturação assiste-se a uma forte redução ao nível dos Spreads praticados nos empréstimos. Este fator, aliado à manutenção da tendência decrescente ao nível dos indexantes traduziu-se numa redução do nível do custo da dívida.

Em 31 de dezembro de 2015, os principais empréstimos bancários obtidos pelo Grupo são como se segue:

EMPRESA MOEDA

ORIGINAL CONTRATO

VALOR (EUROS)

DATA VENCIMENTO

PERÍODO DE CARÊNCIA

PERIODICIDADE DAS RENDAS

MONTANTE DO PRIMEIRO REEMBOLSO

MONTANTE DO ÚLTIMO

REEMBOLSO

Martifer SGPS, S.A. [PT] EUR 26.250.000 31-12-2020 - Trimestral 1.640.625 6.820.164 Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. [PT] EUR 2.150.000 31-03-2025 4 Meses + 4 Anos Trimestral 32.673 587.887

Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. [PT] EUR 1.500.000 31-03-2025 4 Meses + 4 Anos Trimestral - 410.139

Gebox, S.A. [PT] EUR 6.500.000 31-03-2025 1 + 4 Anos Trimestral 325.000 969.510 Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A. [PT] EUR 20.000.000 31-03-2025 2 + 4 Anos Trimestral 1.250.000 7.584.363

Martifer Energy Systems SGPS, S.A. [PT] EUR 5.250.000 31-03-2025 1,5 + 4 Anos Trimestral 76.924 1.016.312

Martifer Inovação e Gestão, S.A. [PT] EUR 1.368.924 15-08-2025 3 Anos + 5 Anos Trimestral 206.944 264.351 Navalria – Docas, Construções e Reparações Navais, S.A. [PT] EUR 1.200.179 01-02-2018 5 Anos Trimestral 25.004 75.011

Martifer SGPS, S.A. [PT] EUR 1.086.466 09-04-2016 - Trimestral 42.552 188.687

Martifer SGPS, S.A. [PT] EUR 15.000.000 31-12-2020 - Trimestral 10.250.000 4.992.127

Martifer SGPS, S.A. [PT] EUR 1.900.000 31-12-2020 - Trimestral - 1.924.346 Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. [PT] EUR 5.000.000 31-03-2025 1 Trimestre + 4 Anos Trimestral - 2.329.169

Martifer SGPS, S.A. [PT] EUR 7.500.000 31-12-2020 - Trimestral - 8.012.163

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142 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

EMPRESA MOEDA

ORIGINAL CONTRATO

VALOR (EUROS)

DATA VENCIMENTO

PERÍODO DE CARÊNCIA

PERIODICIDADE DAS RENDAS

MONTANTE DO PRIMEIRO REEMBOLSO

MONTANTE DO ÚLTIMO

REEMBOLSO

Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. [PT] EUR 2.500.000 31-03-2025 2 Anos + 3 Anos Trimestral - 1.056.919

Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. [PT] EUR 851.052 31-03-2025 5 Anos Trimestral - 395.739

Martifer SGPS, S.A. [PT] EUR 5.000.000 31-12-2020 - Trimestral - 5.092.361

Martifer SGPS, S.A. [PT] EUR 50.000.000 31-12-2020 - Trimestral - 50.923.408

Martifer SGPS, S.A. [PT] EUR 20.000.000 31-12-2020 - Trimestral - 20.369.363

Martifer SGPS, S.A. [PT] EUR 8.000.000 31-12-2020 - Trimestral - 8.147.745 Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A. [PT] EUR 14.000.000 31-03-2025 5 Anos Trimestral - 6.592.042

Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. [PT] EUR 2.500.000 31-03-2025 4 Anos Trimestral - 1.167.433

Martifer SGPS, S.A. [PT] EUR 2.500.000 31-12-2020 - Trimestral - 2.536.378 Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. [PT] EUR 2.600.000 31-03-2025 4 Anos Trimestral - 1.209.710

Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A. [PT] EUR 29.347.440 31-12-2019 - Trimestral - 2.274.427

Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A. [PT] EUR 59.922 31-03-2025 3 Anos Trimestral - 27.864

Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. [PT] EUR 3.244.218 31-03-2025 4 Anos Trimestral - 1.508.562

Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. [PT] EUR 113.172 31-03-2025 3 Anos Trimestral - 52.625

Navalria – Docas, Construções e Reparações Navais, S.A. [PT] EUR 513.233 31-03-2025 3 Anos Trimestral - 238.653

Martifer SGPS, S.A. [PT] EUR 5.101.563 31-12-2020 - Trimestral - 5.101.563

Martifer SGPS, S.A. [PT] EUR 16.254.302 31-12-2020 - Trimestral - 16.433.645 Promoquatro – Investimentos Imobiliários, Lda. [PT] EUR 2.035.204 31-03-2025 4 Anos Trimestral - 946.370

Martifer Energy Systems SGPS, S.A. [PT] EUR 3.048.379 31-03-2025 4 Anos Trimestral - 1.417.496

Navalria – Docas, Construções e Reparações Navais, S.A. [PT] EUR 254.032 31-03-2025 4 Anos Trimestral - 118.125

Navalria – Docas, Construções e Reparações Navais, S.A. [PT] EUR 1.624.246 31-03-2025 4 Anos Trimestral - 755.274

Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. [PT] EUR 310.155 31-03-2025 4 Anos Trimestral - 144.222

Gebox, S.A. [PT] EUR 1.016.422 31-03-2025 4 Anos Trimestral - 472.636 Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. [PT] EUR 1.016.126 31-03-2025 4 Anos Trimestral - 472.499

Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. [PT] EUR 3.299.532 31-03-2025 4 Anos Trimestral - 1.534.282

Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. [PT] EUR 4.318.537 31-03-2025 4 Anos Trimestral - 2.008.120

Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. [PT] EUR 3.299.468 31-03-2025 4 Anos Trimestral - 1.534.253

Martifer - Construções Metalomecânicas, S.A. [PT] EUR 3.048.645 31-03-2025 4 Anos Trimestral - 1.417.620

Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A. [PT] EUR 351.719 31-03-2025 4 Anos Trimestral - 163.549

Martifer Renewables Investiments ETVE, S.L. EUR 11.500.000 12-06-2016 - Trimestral 718.750 722.500

Martifer Renewables ETVE, S.A.U. [ES] EUR 28.556.250 26-05-2027 2 Anos Trimestral 700.000 600.000

Em 31 de dezembro de 2015, os principais Project Finance obtidos pelo Grupo são como se segue:

EMPRESA MOEDA

ORIGINAL CONTRATO

VALOR DATA CONTRATO PRAZO PERÍODO DE

CARÊNCIA PERIODICIDADE

DAS RENDAS

MONTANTE DO PRIMEIRO REEMBOLSO

MONTANTE DO ÚLTIMO

REEMBOLSO

Eviva Nalbant, srl_RO RON 17.907.317 abr-11 13 Anos 2 Anos + 1 Semestre Semestral 1.491.680 1.188.122

Este valor é apresentado na rubrica ‘Empréstimos Bancários’.

Em 31 de dezembro de 2015, o Grupo não tinha programas de papel comercial.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 143

12

Em 31 de dezembro de 2015 a sensibilidade do Grupo a alterações no indexante da taxa de juro pode ser analisada como se segue:

IMPACTO ESTIMADO 2015

Variação nos resultados financeiros pela alteração de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à totalidade do endividamento 2.896.474 Proteção por taxa fixa 36.630 Proteção por instrumentos derivados de taxa juro - Sensibilidade do resultado financeiro a variações da taxa de juro 2.859.844

Para estes financiamentos foram prestadas as garantias identificadas na Nota 38.

31. CREDORES POR LOCAÇÃO FINANCEIRA Os contratos de locação financeira mais significativos em vigor em 31 de dezembro de 2015 são resumidos como se segue:

DESCRIÇÃO DO BEM PERÍODO DO CONTRATO

VALOR DO CONTRATO

TERMO DE OPÇÃO DE COMPRA

VALOR DA OPÇÃO DE COMPRA GARANTIAS

Conversores de Energia Eólica 144 meses 18.205.554 Final do contrato 364.111 Livrança em branco

Conversores de Energia 144 meses 9.007.897 Final do contrato 180.158 Livrança em branco

Estrutura Metálica Amovível 210 meses 8.850.000 Final do contrato 924.699 Livrança em branco Frações Autónomas A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, L, M e N do Centro Empresarial de Benavente 164 meses 6.366.458 Final do contrato 2.234.287 Livrança em branco, e aval

da MMC SGPS Máquinas Fixas da Martifer 210 meses 6.000.000 Final do contrato 626.246 Livrança em branco

Estrutura Metálica Amovível 202 meses 5.185.415 Final do contrato 323.786 Livrança em branco

Equipamento Diverso 97 meses 5.090.531 Final do contrato 101.811 Livrança em branco

Prédio Urbano 217 meses 2.656.515 Final do contrato 53.130 Livrança em branco Equipamento Diverso (Camara Decapagem, Mesa Corte, Calandra) 190 meses 2.192.058 Final do contrato 113.174 Livrança em branco

Máquinas Fixas da Martifer 210 meses 1.250.000 Final do contrato 117.546 Livrança em branco

Máquina de Corte e Robot de Decapagem 95 meses 963.200 Final do contrato 19.264 Livrança em branco

Prédio Rustico 159 meses 955.000 Final do contrato 21.100 Livrança em branco

Sistema ventilação 60 meses 247.134 Final do contrato 47.014 Livrança em branco

Terreno Gebox - Vagos 2 lotes (artigo n. 2874 e 2896) 182 meses 47.284 Final do contrato 1.946 Livrança avalizada pela Motofil e MT SGPS

Nave 120 meses 37.906 Final do contrato 5.472 Nave

Ford Mondeo Station Diesel 159 meses 24.975 Final do contrato 2.237 Livrança em branco

Ventilador 60 meses 24.674 Final do contrato 4.694 Livrança em branco

Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, o valor das rendas e o valor atual das rendas associados a contratos de locação financeira era como se segue:

RENDAS VINCENDAS DE CONTRATOS DE LEASING VALOR ATUAL DAS RENDAS DE CONTRATOS DE LEASING

ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014

Até 1 ano 1.154.414 3.071.572 988.858 2.481.603

Entre 1 e 5 anos 1.735.462 9.744.719 1.098.476 8.217.999

Mais de 5 anos 9.805.627 6.363.406 9.136.820 5.612.714

12.695.503 19.179.698 11.224.154 16.312.316

Juros incluídos nas rendas (1.471.349) (2.867.382)

Valor atual das rendas de contratos de leasing 11.224.154 16.312.316 11.224.154 16.312.316

Dos quais registados como:

- Empréstimos correntes 1.154.414 3.071.572 988.858 2.481.603

- Empréstimos não correntes 10.069.740 13.240.743 10.235.296 13.830.713

11.224.154 16.312.316 11.224.154 16.312.316 O valor dos ativos incluídos no contrato de locação financeira é apresentado na Nota 19.

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144 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, o valor das rendas associadas a contratos de locação operacional é como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Até 1 ano 200.343 1.485.827

Entre 1 e 5 anos 282.159 133.649

Mais de 5 anos - 105.134

482.502 1.724.610 Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 foram reconhecidos na rubrica de ‘Fornecimentos e serviços externos’ 1.206.738 euros relativos a rendas de contratos de locações operacionais.

32. FORNECEDORES E CREDORES DIVERSOS A informação relativa a fornecedores e credores diversos, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, pode ser analisada como se segue:

NÃO CORRENTES CORRENTES

ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014

Fornecedores 11.578.310 11.522.691 61.211.154 63.638.919

Credores diversos:

Fornecedores de imobilizado - - 1.284.903 791.014

Empresas associadas e outras entidades relacionadas 7.263 7.247 989.946 924.734

Adiantamentos de clientes e por conta de vendas (Nota 26) 81.490 - 7.495.466 19.217.883

Outros credores - 851.292 6.779.928 6.245.633

Credores diversos 88.753 858.539 16.550.243 27.179.264 Total 11.667.063 12.381.230 77.761.397 90.818.183

O valor de fornecedores não correntes relaciona-se, essencialmente, com retenções em trabalhos efetuados por terceiros, as quais serão regularizadas após o período de garantia. Estes valores não vencem juros.

Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, esta rubrica inclui saldos a pagar a fornecedores decorrentes da atividade operacional do Grupo e de aquisições de ativos fixos tangíveis e intangíveis. O Conselho de Administração acredita que o justo valor destes saldos não difere significativamente do seu valor contabilístico e que o efeito da atualização desses montantes não é material. A redução dos adiantamentos de clientes por conta de vendas justifica a redução significativa em 2015.

Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, a antiguidade dos saldos registados nas rubricas de ‘Fornecedores’ e ‘Credores diversos’ era como se segue:

ANO 2014 VENCIDO

TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIAS ENTRE 90 E 180 DIAS

ENTRE 180 E 360 DIAS

MAIS DE 360 DIAS

Fornecedores 75.161.610 39.439.880 9.983.147 7.006.362 7.771.345 10.960.876

Credores diversos 28.037.803 5.361.532 8.325.045 1.206.744 5.091.078 8.053.404

Saldo Final 103.199.413 44.801.412 18.308.192 8.213.106 12.862.423 19.014.280

ANO 2015 VENCIDO

TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIAS ENTRE 90 E 180 DIAS

ENTRE 180 E 360 DIAS

MAIS DE 360 DIAS

Fornecedores 72.789.464 37.690.824 16.168.175 5.373.877 5.181.525 8.375.063

Credores diversos 16.638.997 4.158.328 1.123.407 491.803 1.233.791 9.631.668

Saldo Final 89.428.459 41.849.152 17.291.582 5.865.680 6.415.316 18.006.731

O prazo médio de pagamento das compras e dos serviços obtidos pelo Grupo ronda os 260 dias.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 145

12

À semelhança do que acontece com os clientes (Nota 24), estão incluídas na rubrica ‘Fornecedores’ as retenções efetuadas aos fornecedores, com exceção daquelas em que a garantia bancária é emitida pelo fornecedor e não pela Martifer, sendo estas consideradas como ‘não vencido’

A dívida vencida há mais de 180 dias corresponde a valores a pagar a fornecedores com os quais o Grupo mantém relações comerciais regulares.

Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, os saldos com ‘empresas associadas e outros acionistas’ dizem respeito, essencialmente, a empréstimos obtidos junto de empreendimentos conjuntos e associadas, os quais vencem juros à Euribor a 3 meses acrescida de um spread de 6,75 %.

Para além dos passivos financeiros referidos nesta Nota e nas Notas 30 e 31 acima, o Grupo não apresenta outros passivos financeiros.

33. PROVISÕES A informação relativa a provisões, com referência ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, pode ser detalhada como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Garantias de qualidade 2.452.973 1.447.244

Processos judiciais em curso 803.708 1.258.968

Aplicação de equivalência patrimonial 7.049.726 6.763.255

Contratos onerosos 436.536 5.777.177

Obrigações contratuais 9.230.649 7.952.565

19.973.592 23.199.209

O movimento ocorrido na rubrica de ‘Provisões’ nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 é como se segue:

SALDO INICIAL AUMENTO REDUÇÃO APLICAÇÕES VARIAÇÕES DE PERÍMETRO, DIFERENÇAS

CAMBIAIS E TRANSFERÊNCIAS SALDO FINAL

Garantias de qualidade 1.447.244 232.584 (124.964) - 898.108 2.452.973

Processos judiciais em curso 1.258.968 254.020 (289.590) (150.000) (269.691) 803.708

Aplicação de equivalência patrimonial 6.763.255 277.613 (62.612) - 71.470 7.049.726

Contratos onerosos 5.777.177 - (4.038.972) - (1.301.669) 436.536

Outras 7.952.565 1.296.011 (54.307) (12.821) 49.202 9.230.649

23.199.209 2.060.228 (4.570.445) (162.821) (552.580) 19.973.592 As provisões para garantias de qualidade destinam-se a fazer face a eventuais problemas de qualidade nas obras efetuadas pelo Grupo, as quais contemplam, em média, um período de garantia de 5 anos. As provisões são constituídas por uma percentagem do valor da construção, que varia entre os 0,08 % e os 0,22 %, dependendo do segmento e empresa. Em 2015 foi feita a reclassificação/transferência de parte do valor registado na rubrica ‘Contratos onerosos’ para a rubrica ‘Garantia de qualidade’ por ser o enquadramento mais adequado face à obrigação reconhecida.

No ano 2014 as provisões para contratos onerosos dizem respeito essencialmente a responsabilidades estimadas associadas a possíveis obrigações contratuais na atividade operacional do segmento ‘Construção Metálica’, tendo sido o valor utilizado quase na sua totalidade em 2015.

O aumento da rubrica ‘Outras’ está relacionado com a constituição de uma provisão no segmento ‘Construção Metálica’ em Angola relativo à obra Kanhangulo já concluída.

Conforme referido na Nota 1 é constituída uma provisão para os investimentos em associadas cujo capital é negativo (com base na percentagem de capital detida) (Nota 21).

Dada a imprevisibilidade do momento de reversão das provisões e dada a natureza a que se destinam, o Grupo não procedeu à atualização financeira das mesmas.

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146 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

34. PASSIVOS CONTINGENTES A 31 de dezembro de 2014, existiam os seguintes passivos contingentes:

a) Em 29 de outubro de 2009, a Martifer Polska, em consórcio com a Ocekon Engenharia sro (Eslováquia) celebrou, com a sociedade Energomontaz -Poludnie SA, um acordo para as obras, cujo objeto era a fabricação, execução, entrega e instalação de telhado de aço do estádio Baltic Arena, em Gdanrisk, na Polónia, no valor de aproximadamente 11,3 milhões de euros. Em 2 de setembro de 2010, a Martifer recebeu da Energomontaz um aviso de rescisão imediata do contrato, sem qualquer aviso prévio. O motivo indicado para a quebra do contrato foi o atraso na execução da obra, que na opinião da Martifer é totalmente improcedente e ineficaz. No dia 17 de dezembro de 2010, a Martifer entrou com uma ação em tribunal contra a Energomontaz, exigindo um valor de aproximadamente 12.6 milhões de euros, valor que inclui juros, custo de capital envolvido e dano total causado à Martifer por falta de cooperação. Em 17 de janeiro de 2012, a Energomontaz entrou com uma ação judicial contra a Martifer no montante total de 5,7 milhões de euros. As audiências estão a decorrer tendo o grupo Martifer reconhecido nas suas demonstrações financeiras o risco de perdas relacionadas com as contas a receber, acréscimo de rendimentos de trabalhos em curso e garantia bancária executada, pelo que considera que o enquadramento deste processo se encontra devidamente refletidos nas demonstrações financeiras. A sociedade Energomontaz entretanto entrou em processo de falência. Em abril de 2013, foi submetida a lista de reivindicações por parte da Martifer no montante de 16,9 milhões de euros ao administrador de insolvência. À presente data, não existe qualquer informação sobre a lista de créditos sobre a massa insolvente.

b) A Martifer SGPS celebrou, em 1 de agosto de 2014, um acordo de investimento denominado “Agreement” relativo ao investimento da quantia de 30 milhões de euros na Nutre SGPS SA a realizar por entidade a deter em 80 % pela sociedade Ceres Investments e no âmbito do qual, sujeito à verificação de determinadas condições, a Martifer SGPS aliena a sua participação de 49 % detida no capital social da Nutre SGPS SA. O closing da transação ocorreu em 19/12/2014, data em que foi realizado 50 % do investimento pela Ceres Investments. Contudo, toda a documentação relativa ao investimento e transmissão de ações ficará em escrow junto de notário até à data em que a Ceres Investments realize o remanescente do investimento de 15 milhões de euros, o que ocorreu durante o mês de janeiro de 2015. Nos termos do acordo de investimento acima mencionado, a Martifer SGPS é responsável, na proporção da participação alienada, pelo pagamento das indemnizações a terceiros devidas pela Nutre SGPS SA, ou por alguma das suas subsidiárias, quando estas venham a ser condenadas e o montante da condenação exceda um total acumulado de 500.000 euros, com o limite máximo de 14,7 milhões de euros, por factos ocorridos até à data do acordo de investimento e pelo período de 3 anos após o closing da operação. Depois deste closing a sociedade Koninklijke Bunge B.V. instaurou contra a Nutre Farming B.V. (sociedade participada pela Nutre SGPS SA) uma ação arbitral, as sociedades Koninklijke Bunge B.V (“Bunge”) e Bunge Prio Coöperatief U.A. reclamam da sociedade Nutre Farming B.V. (“Nutre”) a quantia de 22.711.607 leus romenos e 19.558.282 euros. Por sua vez a Nutre, em sede de reconvenção, reclama da Bunge, para si, a quantia de 13.839.700 euros e para a sociedade Bunge Prio Coöperatief U.A. a quantia de 19.747.265 euros. As audiências de julgamento foram concluídas durante o mês de março de 2016, sendo expectável a prolação de uma decisão por parte do tribunal arbitral durante o mês de abril de 2016. Até à data a Martifer SGPS ainda não foi notificada de qualquer ocorrência da qual possa resultar a obrigação de indemnizar o adquirente do seu capital social na Nutre SGPS SA, nos termos acima expostos.

c) A sociedade participada, de Direito Romeno, Martifer Constructii adquiriu, em 09 de março de 2007, um lote de terreno em Aricesti, província de Prahova, na Roménia, pelo valor aproximado de 8,2 milhões de RON. A referida aquisição encontra-se em disputa judicial, estando atualmente pendente ação judicial, atualmente a correr os seus termos em sede de recurso, sendo expectável que venha a ocorrer um de dois cenários:

1. O tribunal profere decisão nos termos da qual o terreno se mantém na propriedade do Estado Romeno, proprietário inicial, circunstância nos termos da qual a Martifer Constructii deverá ter direito a ser indemnizada, pelo menos, em montante equivalente ao preço pago pelo terreno aquando da sua aquisição;

2. O tribunal profere decisão nos termos da qual o terreno transita para o património da Martifer Constructii, adquirindo esta a plena propriedade do mesmo.

Face aos desenvolvimentos no âmbito da ação judicial em curso, a Martifer considera como mais provável a ocorrência do cenário descrito em 1), com elevada probabilidade de recuperação do montante pago aquando da aquisição do lote em causa.

A expetativa do Grupo é que nestes processos não ocorram perdas superiores às já registadas nas suas Demonstrações Financeiras.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 147

12

35. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS - PASSIVO Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 os saldos da rubrica ‘Estado e outros entes públicos’ têm a seguinte composição:

ANO 2015 ANO 2014

Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas 2.257.208 1.258.326

Imposto sobre o valor acrescentado 1.439.583 2.145.790

Contribuições para a segurança social 709.971 3.678.660

Retenções na fonte a entregar ao estado 226.385 249.716

Outros impostos 596.138 2.921.181

Estado e outros entes públicos 2.972.076 8.995.347

A rubrica ‘Outros impostos’ registou uma redução significativa essencialmente devido à saída das empresas do Brasil no segmento da Construção metálica.

36. OUTROS PASSIVOS CORRENTES A informação relativa aos outros passivos correntes, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 é como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Acréscimo de gastos

Encargos com férias e subsídios de férias 4.128.940 5.000.578

Juros a liquidar 2.998.531 5.274.578

Produção efetuada por subempreiteiros não faturada 11.359 1.304.965

Outros acréscimos de gastos 3.266.105 2.941.373

10.404.935 14.521.494

Rendimentos diferidos

Faturação antecipada (Nota 26) 25.902.289 20.972.205

Subsídios ao investimento (Nota 39) 636.062 688.811

Outros rendimentos diferidos 4.616.714 5.908.955

31.155.065 27.569.971 41.559.999 42.091.465

Os ‘Outros acréscimos de gastos’, em 31 de dezembro de 2015, correspondem a fornecimentos e serviços externos prestados em 2015 e ainda não faturados.

Os ‘Juros a liquidar’ sofreram uma redução significativa consequência do processo de reestruturação da dívida, ocorrido em 2015.

O aumento da rubrica ‘Faturação antecipada’ está essencialmente associado ao segmento ‘Construção Metálica’ na Arábia Saudita e na área da construção naval em Portugal.

A rubrica ‘Outros rendimentos diferidos’ em 2015, assim como em 2014, resulta essencialmente do reconhecimento do proveito diferido com atribuição dos certificados verdes na Eviva Nalbant S.R.L.

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148 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, as principais obras em curso do Grupo que justificam o saldo de ‘Rendimentos diferidos – Faturação antecipada’ são como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

NPOs (West Sea) 3.018.986 -

Futura Fabrica da Cerveja (Martifer Angola) 2.505.873 -

Dammam University Multipurpose Hall (Martifer Arábia Saudita) 1.920.587 -

Sodiba - Fornecimento (Martifer Construções) 1.706.526 -

Stadium Steel Structure - Erection (Martifer Arábia Saudita) 1.730.595 1.416.418

Scenic River Cruiser (West Sea) 1.576.344 1.274.870

Kafd Parcel (Martifer Alumínios) 1.330.989 2.215.903

ITER EDIFÍCIO 13 (Martifer Construções França) 838.512 -

Shopping Nova Vida Kero (Martifer Angola) 754.201 -

Holland Green (Martifer Alumínios) 820.000 -

KAPSARC – King Abdullah Petroleum Studies and Research Center (Martifer Arábia Saudita) 763.361 -

Âncora Project (Martifer Construções) 746.688 2.039.363

C39 Hall de Pintura (Martifer Construções França) 728.413 -

Birmingham New Street - Facade and Cladding Works (Martifer UK) 699.157 -

VIKING OSFRID (West Sea) 651.659 -

Estación Bello Monte- Tramo PZA Venezuela- Miranda II (Martifer Construções) 648.508 -

375 KHS (Martifer Alumínios) 635.533 -

Hotel Tivoli Estoril Residence (Martifer Alumínios) 528.901 534.278

Bridges 1-6 Trinidad (Martifer RO) 319.722 532.978

Birmingham New Street - WP3201 (Martifer Alumínios) 44.380 610.829

Kero Rocha Pinto (Martifer Angola) 8.602 885.383

Projecto Sambiente (Martifer Angola) - 997.646

Halls- Centro Olímpico (Martifer Construções BR) - 866.374

Martifer-Amal_Fábrica de Moçambique (Martifer Construções) - 750.930

Grand Stade de Lyon (Martifer França) - 665.779

Building facades (Martifer Arábia Saudita) - 567.585

Torre Serrano (Martifer Alumínios) - 553.251

Loures Business Park (Martifer Construções) - 515.627

Outros 3.924.751 6.544.991

25.902.289 20.972.205

37. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS O Grupo recorre a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição a movimentos nas taxas de juro vigentes nos seus contratos de financiamento, fixando taxas de juro. Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, foram estabelecidos os seguintes contratos de derivados:

31 de dezembro de 2015

INSTRUMENTO FINANCEIRO PARTICIPADA CONTRAPARTE NOCIONAL TIPO VENCIMENTO JUSTO VALOR

Forward Flexível Sell EUR Buy USD (PUT/CALL)

Martifer Metallic Constructions SGPS SA Novo Banco 675.000 Cobertura Cambial com câmbio

fixado a 1,14. 5-jul-2016 27.911

Martifer Metallic Constructions SGPS SA FC Stone Saldo conta margem 3.203

31.114

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 149

12

31 de dezembro de 2014

INSTRUMENTO FINANCEIRO PARTICIPADA CONTRAPARTE NOCIONAL TIPO VENCIMENTO JUSTO VALOR

EUR CALL / GBP PUT - Forward Sintético

Martifer Metallic Constructions SGPS SA Novo Banco 1.000.000 Cobertura Cambial EUR Call GBP

Put strike 0,8280 20-mai-2015 (73.118)

EUR CALL / GBP PUT - Forward Sintético

Martifer Metallic Constructions SGPS SA Novo Banco 1.000.000 Cobertura Cambial EUR Call GBP

Put strike 0,8320 5-jun-2015 (78.479)

Deliverable Foreign Exchange Forward

Martifer Metallic Constructions SGPS SA Monex Europe 1.000.000 Cobertura Cambial com câmbio

fixado a 0,825. Sell GBP Buy EUR 10-jun-2015 (68.237)

Martifer Metallic Constructions SGPS SA FC Stone Saldo conta margem 3.221

(216.614) O justo valor dos instrumentos financeiros acima referidos, avaliados pelas contrapartes, por se tratarem de cash-flow hedges foram registados por contrapartida da rubrica de capitais próprios ‘Reservas de justo valor – Derivados’ e em ‘Derivados’ no ativo e passivo.

O apuramento do justo valor dos derivados contratados pelo Grupo (essencialmente, swaps de taxa de juro) foi efetuado pelas respetivas contrapartes (instituições financeiras com quem celebramos tais contratos). O modelo de avaliação destes derivados, utilizado pelas contrapartes, baseia-se no método dos Cash Flows descontados, i.e., utilizando as Par Rates de Swaps, cotadas no mercado interbancário, e disponíveis nas páginas Reuters e/ou Bloomberg, para os prazos relevantes, sendo calculadas as respetivas taxas forwards e fatores de desconto, que servem para descontar os cash flows fixos (fixed leg) e os cash flows variáveis (floating leg). O somatório das duas legs dá o NPV (Net Present Value ou Valor Atualizado Líquido dos cash flows futuros ou justo valor dos derivados).

38. COMPROMISSOS Garantias Financeiras

Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, as garantias prestadas por conta do Grupo a terceiros, referentes a garantias bancárias e a seguros caução, prestadas a donos de obras cujas empreitadas estão a cargo das diversas empresas do Grupo, discriminadas por moeda são como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Euro 64.418.579 62.776.134

Zloti 23.453 1.527.692

Novo Leu 74.432 582.705

Dólar Americano 29.277.189 57.260.888

Dirham Marroquino 83.733 81.825

Libra Esterlina 16.778.366 14.845.136

Real - 5.452.876

Rupia - 544.845

Peso do Chile - 59.758

Dinar da Jordânia 65.045 -

Dirham dos Emirados Árabes Unidos 12.514 -

110.733.311 143.131.859

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150 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

O detalhe por empresa do Grupo é como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Martifer Construções Metalomecânicas SA 34.573.154 28.049.199

Martifer Metallic Constructions SGPS 10.511.752 8.034.731

Navalria 13.382 13.382

West Sea Lda. 7.505.494 435.500

Martifer Alumínios SA - 7.627.965

Martifer Construcciones Metálicas Espanha 762.061 1.252.100

Martifer Polska - 554.820

Martifer Constructii 582.879 1.367.981

Eviva Hidro SRL - -

Sassal Aluminium PTY LTD - -

Martifer Construções SK 1.134.195 853.427

Martifer Konstrukcje 23.453 841.132

EUROCAB FV 1 SL 29.770 29.770

EUROCAB FV 8 SL 11.227 11.227

EUROCAB FV 9 SL 11.227 11.227

EUROCAB FV 10 SL 11.227 11.227

EUROCAB FV 11 SL 11.227 11.227

EUROCAB FV 12 SL 11.227 11.227

EUROCAB FV 17 SL 11.227 11.227

EUROCAB FV 18 SL 11.227 11.227

Martifer Renewables SGPS - -

Martifer Construções SAS 70.000 70.000

Martifer Construções Lda. (Brasil) - 5.452.876

Martifer SGPS 2.549.740 -

Martifer Construções Metálicas Angola S.A. 10.445.767 3.763.951

Martifer solar ME – Dubai 12.514 -

Martifer Solar Srl 2.278.537 2.411.610

Martifer Solar 12.634.205 14.905.136

Martifer Solar Sistemas Solares - 37.350

Martifer Solar NV 90.957 1.459.388

Martifer Silverado Fund, LLC 14.211.169 53.062.359

Inspira Martifer Solar Lda. - 544.845

Martifer Solar JO 65.045 -

MARTIFER SOLAR CHILE OPERACIONES [CH] 183.705 59.758

MARTIFER SOLAR UK [UK] 12.976.941 12.225.987

110.733.311 143.131.859 Relativamente às garantias emitidas aos clientes, existem dois tipos, adiantamento e boa execução:

As de adiantamento visam garantir o valor entregue pelo cliente no início da obra para compra de materiais. O valor adiantado é definido em contrato e vai sendo regularizado aquando da faturação, sendo que o cliente cancela a garantia quando a totalidade do adiantamento estiver deduzido.

As de boa execução visam garantir o cumprimento do contrato (prazos de execução, qualidade, etc..). A validade deste tipo de garantias é definida contratualmente e são canceladas quando é efetuada a Recepção Definitiva da obra.

Em 31 de dezembro de 2015 não existem compromissos com créditos documentários à importação.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 151

12

Adicionalmente, apresentam-se os principais valores de outras garantias operacionais:

ANO 2015 ANO 2014

Martifer Construções SA 2.053.221 -

West Sea 1.836.026 -

Martifer Metallic Constructions SGPS 924.904 -

Martifer Solar SA - 4.118.277

Martifer Solar Sistemas Solares 36.511.436 33.795.789

Martifer SGPS 111.642.567 88.898.000

152.968.155 126.812.065 O valor de garantias operacionais registado na Martifer Construções e na West Sea correspondem essencialmente a garantias prestadas a terceiros para contratação de plafonds de fornecimento de matérias-primas.

Durante o ano de 2015 foram prestadas garantias pela Martifer Metallic Constructions às suas participadas fora de Portugal para emissão de garantias bancárias localmente.

Em virtude dos contratos de EPC para construção de parque solares obrigarem a Martifer Solar e/ou empresas por si participadas a assumir determinadas garantias, entre as quais, a garantia da qualidade dos materiais e desenho, das instalações fotovoltaicas, de obtenção de determinados rácios de performance e de potência dos módulos fotovoltaicos, a Martifer SGPS comprometeu-se a dotar a Martifer Solar e/ou empresas por si participadas dos meios necessários para garantir o cumprimento integral das obrigações contratuais. Neste momento, considera-se que a Martifer Solar já tem capacidade de suportar estes compromissos sem o recurso à Holding.

O valor apresentado de responsabilidades assumidas pela Martifer Solar, S.A. respeita essencialmente a garantias no âmbito dos compromissos assumidos com o desenvolvimento e a construção de parques solares.

Por fim apresentam-se também os seguros de crédito a 31 de dezembro de 2015:

SEGUROS DE CRÉDITO ANO 2015

Martifer Solar SA 26.638.192

Empresa de Energía Renovable María Sol del Norte S.A 149.589

26.787.782 Dos compromissos acima referidos não são esperados desembolsos.

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152 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

Garantias reais

Em 31 de dezembro de 2015 as garantias reais prestadas pelo Grupo são como se segue:

EMPRESA GARANTIA VALOR DO ATIVO SUBJACENTE

VALOR EM DÍVIDA

Martifer Metallic Constructions SGPS Penhor de Ações da Martifer Construções SA 20% (n.º ações 1.500.000) 3.426.137 16.310.458

Martifer Construções SA Hipoteca Genérica de 5M€ sobre prédio urbano Vale Tripeiro, lote 10 - I/J/K/L/M/N/O (Benavente) 3.082.176 5.008.967

Martifer Construções SA

Hipoteca 1º grau do Edifício Industrial Unidade de Corte (Monoblocos), Hipoteca 1º grau do Edifício Sede, Hipoteca 2º grau do Edifício Industrial Torres Eólicas (artigo 1914).

1.286.359 3.299.468

Martifer Construções SA 5.658.844 3.299.532

Navalria SA 1.624.246

Martifer SGPS 1.924.346

Martifer Construções SA Hipoteca do Edifício Industrial MT Construções SA (artigo 2079) 1.137.344 3.123.996

Martifer Construções SA

Penhor 1º grau sobre 25% das Ações da Martifer Renewables SGPS (n.º ações 25,000,000) 23.221.630

3.048.645

Martifer Construções SA -

Martifer Construções SA 1.016.126

Promoquatro Lda. 2.035.204

Martifer Energy Systems SGPS 3.048.379

Martifer Construções SA Promessa Penhor Loan Note Class A n. 6 4.500.000 2.510.610

Martifer Construções SA Hipoteca Edifício Piloto Hipoteca Armazém de Alverca Hipoteca Armazém da Trofa Hipoteca Terreno e armazéns Albergaria

88.701 2.601.527

Martifer Metallic Constructions SGPS

148.080

14.176.435 70.437

1.415.300

Martifer SGPS Penhor de Ações da Martifer Solar SA 55% (n.º ações 27.500.000) 10.676.719

128.428.917

Martifer SGPS Hipoteca prédio urbano Oliveira de Frades (artigo 1943) - Fab. Componentes Penhor de bens MT Construções 7.133.939

Martifer SGPS Hipoteca Genérica (7,5M€) do Edifício Industrial Torres Eólicas (artigo 1914). 8.314.077

Martifer SGPS Penhor 2º grau das Ações da Martifer Solar SA 55% (n.º ações 27.500.000) Penhor 1º grau das Ações da Martifer Renewables SGPS 65% (n.º ações 65.000.000)

71.052.955

Martifer SGPS Hipoteca prédio urbano Oliveira de Frades (artigo P-2003) Fáb. OlF MTC 10.047.000

Martifer SGPS Penhor Loan Note Class A n. 5 4.500.000

Martifer SGPS

Armazém Martifer OF 95.337

Multipark Paços de Ferreira 361.646

Outros Terrenos MGI 357.300 Penhor 1º grau das Ações da Martifer Renewables SGPS 10% (n.º ações 10.000.000) 9.288.652

Penhor Mercantil vários equipamentos 320.688

Penhor Mercantil equipamento 102.708

Martifer Renovables ETVE, S.A.U.

Penhor 1º grau sobre 100% das Ações das seguintes empresas: Eurocab FV 1, S.L., Eurocab FV 2, S.L., Eurocab FV 3, S.L., Eurocab FV 4, S.L., Eurocab FV 5, S.L., Eurocab FV 6, S.L., Eurocab FV 7, S.L., Eurocab FV 8, S.L., Eurocab FV 9, S.L., Eurocab FV 10, S.L., Eurocab FV 11, S.L., Eurocab FV 12, S.L., Eurocab FV 13, S.L., Eurocab FV 14, S.L., Eurocab FV 15, S.L., Eurocab FV 16, S.L., Eurocab FV 17, S.L., Eurocab FV 18, S.L., Eurocab FV 19, S.L.,

3.099.764 28.556.250

Penhor de 50 % das Ações da Martifer Renovables ETVE 6.077.555

Martifer Roménia SRL Hipoteca da Fábrica 4.332.895 711.731

Eviva Nalbant

Hipoteca dos terrenos dos parques e de todos os equipamentos/construção inseridos no projeto/parques 45.467.612

12.944.878 Penhora de 100% das ações da Eviva Nalbant 5.675.788 Penhora de todos os bens móveis (seguros, contas bancárias, contas a receber, propriedade intelectual etc…) 2.625.195

Martifer Solar SA Hipoteca sobre imóvel e promessa de penhor de equipamento/existências 8.846.980 3.964.928

242.411.818 237.634.641

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 153

12

No que respeita aos ativos fixos tangíveis adquiridos chama-se atenção para os seguintes compromissos contratuais:

Em 27 de novembro de 2014 foi assinado o acordo de renegociação do Contrato de Atribuição de Capacidade de Injeção de Potência na Rede do Sistema Elétrico de Serviço Público para Energia Elétrica Produzida em Centrais Eólicas celebrado a 18 de setembro de 2007 entre a Ventinveste, S.A e a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG). Este acordo permitiu a alteração da estrutura societária e separação completa e absoluta entre o cluster industrial e o cluster eólico. Relativamente aos compromissos industriais, as negociações havidas com a DGEG permitiram a exoneração do grupo Martifer de todas as obrigações de investimento e criação de emprego no cluster industrial. Foram também acordados os princípios segundo os quais o compromisso de financiamento de investigação a designar pelo Ministério da Economia e da Inovação (através do Fundo de Inovação) ficaria definitivamente regularizado.

Em 2015, no âmbito do reforço de garantias previsto no contrato de Reestruturação da Dívida do grupo Martifer foi efetuado um reforço de garantias junto dos bancos financiadores da Holding. Neste contrato está previsto que a venda de determinados ativos servirá para a amortização da dívida bancária existente.

39. SUBSÍDIOS O detalhe dos subsídios ao investimento atribuídos ao Grupo com impacto no exercício findo em 31 de dezembro de 2015 é como se segue:

VALOR DOS ATIVOS

VALOR DO SUBSÍDIO

SALDO EM RENDIMENTOS DIFERIDOS (NOTA 36)

EFEITO NA DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

Edifícios e outras construções 5.797.465 4.203.885 384.712 49.219

Equipamento básico 7.832.920 2.373.768 250.973 -

Equipamento administrativo 89.387 89.387 - 1.113

Outros subsídios ao investimento 61.233 53.022 377 -

Saldo final 31 dezembro 2015 13.781.005 6.720.062 636.062 50.332

O detalhe dos subsídios à exploração registados na demonstração dos resultados do exercício findo em 31 de dezembro de 2015, na rubrica de outros rendimentos/(gastos) operacionais é como se segue:

EMPRESA DESIGNAÇÃO EFEITO NA DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS (NOTA 5)

Martifer Construções IEFP 67.455

Navalria IEFP 40.560

Martifer Renewables IEFP 54

Martifer Inovação e Gestão IEFP 2.969

Martifer SGPS IEFP 183

West Sea IEFP 23.455

134.676

40. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS a) Saldos e transações

As participadas do Grupo têm relações entre si que se qualificam como transações com partes relacionadas. Todas estas transações são efetuadas a preços de mercado.

Nos procedimentos de consolidação estas transações com empresas associadas são eliminadas, uma vez que as demonstrações financeiras consolidadas apresentam informação da detentora e das suas subsidiárias como se de uma única empresa se tratasse.

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154 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

Os saldos e transações com empresas associadas e empreendimentos conjuntos, bem como com outros acionistas e empresas com eles relacionadas, ascenderam aos seguintes montantes:

CUSTOS PROVEITOS CONTAS A RECEBER CONTAS A PAGAR

ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014

Empresas associadas 888.055 456.641 2.542.019 1.429.223 38.829.489 5.804.058 1.106.859 458.850

Empreendimentos conjuntos - 1.965 669.203 2.749.988 2.964.722 41.745.438 270.001 942.851

Outras Entidades 807.810 3.301.725 3.166.636 2.233.316 8.680.774 4.697.138 3.347.773 3.728.268

1.695.865 3.760.331 6.377.858 6.412.527 50.474.985 52.246.634 4.724.633 5.129.969

Para além dos valores mencionados, nos quadros apresentados acima e abaixo, não existem quaisquer outros saldos ou transações mantidas com partes relacionadas do Grupo.

As contas a receber e a pagar a empresas relacionadas serão liquidadas em numerário e não se encontram cobertas por garantias. Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 não foram reconhecidas perdas de imparidade relativamente a contas a receber de partes relacionadas.

b) Remunerações da administração e de outros gestores chave

As remunerações atribuídas aos membros da administração e a outros gestores chave durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 ascenderam a 589.810 euros e 940.825 euros, respetivamente.

Estas remunerações são determinadas pela comissão de vencimentos, tendo em conta o desempenho individual e a evolução deste tipo de mercado de trabalho.

As remunerações atribuídas ao pessoal chave da gerência por categoria de remuneração podem ser resumidas como se segue (valores em Euro):

ANO 2015 ANO 2014

Remunerações fixas 493.936 819.464

Remunerações variáveis 95.874 121.361

589.810 940.825

A política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de Fiscalização da Martifer SGPS, aprovada nos termos da Lei 28/2009, bem como o montante anual da remuneração auferida pelos membros dos referidos órgãos, de forma agregada e individual é apresentado no Relatório de Governo Societário.

Adicionalmente, procede-se à apresentação dos Administradores da Martifer SGPS:

i. Carlos Manuel Marques Martins

ii. Jorge Alberto Marques Martins

iii. Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira

iv. Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo

v. Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha

vi. Luis Valadares Tavares

41. EVENTOS SUBSEQUENTES Desde a data de referência das contas não ocorreram outros factos que afetem a informação financeira divulgada.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 155

12

42. RECEBIMENTOS / PAGAMENTOS DE ATIVOS FINANCEIROS Os recebimentos e pagamentos de ativos financeiros ocorridos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 podem ser analisados como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Recebimentos:

Alienação da Martifer - Construções Metálicas, Ltda. 2 -

Alienação da Martifer Alumínios Ltda. 2 -

Alienação da Eviva Gizalki Sp. Zo.o 10.740.104 -

Alienação da Canopy Naos 9.899 -

Alienação da Canaverosa Renovables, SL 262.890 -

Alienação da MTS3 S.R.L. 10.000 -

Alienação da MTS7, S.R.L. 10.000 -

Alienação da Vesto - 80.000

Alienação da Rosa dos Ventos - 23.642.134

Alienação da MTS Spittleborough Solar Limited - 38.720

Alienação de 50% da MT Solar Canada - 26.675

Alienação da MTS Francis Court - 128

Alienação da MTS Hill Farm - 1

Alienação da MTS Rydon Solar, Ltd - 42.665

Alienação da Steadfast Molland Solar - 49.473

Alienação da Gargano Solar Park s.r.l. - 15.000

Recebimentos:

das unidades operacionais em continuação 10.740.108 23.722.134

as atividades descontinuadas 292.790 172.661

Pagamentos:

Aquisição de 100% Solariant Portfolio GK One - (272.074)

Pagamentos:

das unidades operacionais em continuação - -

as atividades descontinuadas - (272.074)

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156 RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

43. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Estas demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 6 de abril de 2016. Adicionalmente, as demonstrações financeiras anexas em 31 de dezembro de 2015, estão pendentes de aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas. No entanto, o Conselho de Administração do Grupo entende que as mesmas virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

Oliveira de Frades, 6 de abril de 2016

O Contabilista Certificado A Administração

__________________________________ __________________________________

João Alexandre Queiroz Oliveira Carlos Manuel Marques Martins (Presidente)

__________________________________

Jorge Alberto Marques Martins (Vice-Presidente)

__________________________________

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira (Vogal do Conselho de Administração)

__________________________________

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo (Vogal do Conselho de Administração)

__________________________________

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha (Vogal do Conselho de Administração)

__________________________________

Luís Valadares Tavares (Vogal do Conselho de Administração)

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158 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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160 RELATÓRIO E CONTAS 2015

13

13 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

RUBRICAS NOTAS ANO 2015 ANO 2014

Vendas e serviços prestados 2 1.178.583 1.016.372

Subsídios à exploração 183 Fornecimentos e serviços externos 3 (314.344) (381.089)

Gastos com o pessoal 4 (392.872) (589.932)

Outros rendimentos e ganhos 78.605 244.502

Outros gastos e perdas (117.844) (23.760)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 432.311 266.093

Gastos/reversões de depreciação e de amortização 9/10 (3.789) (8.076)

Imparidade de investimentos não depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) 5 12.228.914 (119.189.472)

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 12.657.436 (118.931.455)

Juros e rendimentos similares obtidos 6 1.202.875 6.264.453

Juros e gastos similares suportados 6 (3.691.241) (9.948.345)

Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos 11 (8.720.321) 969.707

Resultado antes de impostos 1.448.749 (121.645.640)

Imposto sobre o rendimento do período 7 (47.508) 32.710

Resultado líquido do período 1.401.241 (121.612.930)

Resultado líquido por ação

Básico 8 0,0143 (1,2437)

Diluído 8 0,0143 (1,2437)

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 161

13

DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

RUBRICAS ANO 2015 ANO 2014

Resultado líquido do exercício 1.401.241 (121.612.930)

Justo valor de instrumentos financeiros derivados, líquidos de imposto Resultados reconhecidos diretamente no capital próprio

Resultado integral do exercício 1.401.241 (121.612.930) Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

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162 RELATÓRIO E CONTAS 2015

13

DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRA INDIVIDUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

RUBRICAS NOTAS ANO 2015 ANO 2014

ATIVO Ativo não corrente Ativos fixos tangíveis 10 2.794 4.749

Ativos intangíveis 9 104 1.189

Participações financeiras - outros métodos 11 165.549.283 160.287.373

Empresas do Grupo 12 22.819.237 22.141.319

Outras contas a receber 13 19.600.000

Ativos por impostos diferidos 7 2.065.066 2.065.066

190.436.484 204.099.696 Ativo corrente Clientes 13 3.728.876 3.331.425

Estado e outros entes públicos 165.972

Empresas do Grupo 12 8.761.355 5.934.932

Outras contas a receber 13 21.102.357 2.296.335

Diferimentos 11.737 12.813

Outros ativos financeiros 385 Caixa e depósitos bancários 15 290.955 598.842

33.895.665 12.340.319 TOTAL DO ATIVO 224.332.149 216.440.015

CAPITAL PRÓPRIO Capital realizado 16 50.000.000 50.000.000

Ações/quotas próprias 16 (2.868.519) (2.868.519)

Prémios de emissão 16 186.500.000 186.500.000

Reservas legais 16 7.696.844 7.696.844

Outras reservas 16 2.868.519 2.868.519

Resultados transitados (184.775.355) (63.162.425)

Resultado líquido do período 1.401.241 (121.612.930)

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 60.822.730 59.421.489 PASSIVO Passivo não corrente Provisões 19 618.500 618.500

Financiamentos obtidos 17 130.353.263 104.184.334

Passivos por impostos diferidos Outras contas a pagar 290.125

130.971.763 105.092.959

Passivo corrente Fornecedores 18 753.338 938.867

Estado e outros entes públicos 14 861.050 60.551

Empresas do Grupo 12 29.804.805 25.150.567

Financiamentos obtidos 17 188.686 23.343.601

Outras contas a pagar 18 929.777 2.431.981

32.537.656 51.925.567 TOTAL DO PASSIVO 163.509.419 157.018.526

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 224.332.149 216.440.015

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 163

1

DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCÍCIOS FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

DESCRIÇÃO NOTAS CAPITAL AÇÕES PRÓPRIAS

PRÉMIOS DE EMISSÃO

RESERVAS LEGAIS

OUTRAS RESERVAS

RESULTADOS TRANSITADOS

RES. LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO

Saldo em 01 de janeiro de 2014 50.000.000 (2.868.519) 186.500.000 7.696.844 2.868.519 (13.782.430) (49.379.995) 181.034.419

Alterações no período Resultado líquido do período (121.612.930) (121.612.930) Resultado integral (121.612.930) (121.612.930)

Aplicação do resultado líquido do período anterior (49.379.995) (49.379.995) Saldo em 31 de dezembro de 2014 50.000.000 (2.868.519) 186.500.000 7.696.844 2.868.519 (63.162.425) (121.612.930) 59.421.489 Saldo em 01 de janeiro de 2015 50.000.000 (2.868.519) 186.500.000 7.696.844 2.868.519 (63.162.425) (121.612.930) 59.421.489

Alterações no período Resultado líquido do período 1.401.241 1.401.241 Resultado integral 1.401.241 1.401.241

Aplicação do resultado líquido do período anterior (121.612.930) 121.612.930 Saldo em 31 de dezembro de 2015 50.000.000 (2.868.519) 186.500.000 7.696.844 2.868.519 (184.775.355) 1.401.241 60.822.730

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

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164 RELATÓRIO E CONTAS 2015

13

DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

RUBRICAS NOTAS ANO 2015 ANO 2014

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Recebimentos de clientes 919.207 801.644

Pagamentos a fornecedores (477.245) (446.761)

Pagamentos ao pessoal (384.230) (470.435)

Fluxos gerados pelas operações 57.732 (115.552)

Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento 544.873 (173.036)

Outros recebimentos/pagamentos (285.156) 234.377

Fluxos de caixa das atividades operacionais [1] 317.449 (54.211)

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Pagamentos respeitantes a: Ativos fixos tangíveis (1.987) (7.843)

Investimentos financeiros (32.954.950) (18.643.735)

Outros ativos (502) (32.957.439) (18.651.578)

Recebimentos provenientes de: Ativos fixos tangíveis 13.767 3.549

Investimentos financeiros 28.870.909 23.080.260

Outros ativos 146 Juros e rendimentos similares 1.228.013 772.834

30.112.835 23.856.643 Fluxos de caixa das atividades de investimento [2] (2.844.604) 5.204.965

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos 68.080.151 33.668.947

68.080.151 33.668.947

Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos (64.586.395) (31.345.659)

Juros e gastos similares (1.274.488) (8.414.780)

(65.860.883) (39.760.439)

Fluxos de caixa das atividades de financiamento [3] 2.219.268 (6.091.492)

Variação de caixa e seus equivalentes [1+2+3] (307.887) (940.738)

Efeito das diferenças de câmbio Variações nos justos valores Caixa e seus equivalentes no início do período 598.842 1.539.580 Caixa e seus equivalentes no fim do período 290.955 598.842

Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras

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166 RELATÓRIO E CONTAS 2015

15

14 | NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS NOTA INTRODUTÓRIA A Martifer SGPS, S.A. (“Empresa”) é uma sociedade anónima, com sede na Zona Industrial, Apartado 17, Oliveira de Frades - Portugal, constituída em 29 de outubro de 2004 e que tem como atividade principal a gestão das participações sociais por si detidas e prestação de serviços de suporte às empresas do Grupo.

A partir de junho de 2007, e após a realização com sucesso de uma Oferta Pública de Subscrição, a Martifer SGPS, S.A. passou a ter as suas ações cotadas na Euronext Lisbon.

A Empresa encontra-se obrigada, nos termos do Artº 4º do Regulamento nº 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de julho, a elaborar as suas demonstrações financeiras consolidadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro ("IFRS") tal como adotadas pela União Europeia nos termos do Artº 3º do referido regulamento.

De acordo com o permitido pelo Decreto-Lei nº 158/2009 de 13 de julho, as demonstrações financeiras individuais foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro.

Todos os montantes apresentados nestas notas explicativas são apresentados em euros, salvo se expressamente referido em contrário.

1. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras anexas respeitam às demonstrações financeiras individuais da Martifer SGPS SA e foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (‘IFRS’), tal como adotadas pela União Europeia, em vigor para o exercício económico iniciado em 1 de janeiro de 2015. Estas correspondem às Normas Internacionais de Relato Financeiro, emitidas pelo International Accounting Standards Board (‘IASB’) e interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (‘IFRIC’) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (‘SIC’), que tenham sido adotadas na União Europeia.

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas a partir dos registos contabilísticos da Empresa, no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo histórico, exceto para a revalorização de certos ativos não correntes e de certos instrumentos financeiros, que se encontram registados pelo justo valor.

As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adotados pela Empresa no exercício de 2015 foram consistentes com os aplicados pela Empresa na preparação da informação financeira relativa ao exercício anterior, apresentada para efeitos comparativos, exceto no que respeita às normas e interpretações cuja data de eficácia corresponde aos exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2015, da adoção das quais não resultaram impactos significativos no rendimento integral ou na posição financeira da Empresa.

Normas e alterações a normas existentes publicadas mas cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de fevereiro de 2015, e que a Empresa decidiu não adotar antecipadamente:

DATA DE EFICÁCIA

Melhorias às normas 2010 – 2012 01-02-2015

IAS 19 – Planos de benefícios definidos 01-02-2015

IAS 16 e IAS 38 – Métodos de cálculo de amortização / depreciação 01-01-2016

IAS 27 – Demonstrações financeiras separadas 01-01-2016

IAS 16 e IAS 41 – Agricultura: Plantas que produzem ativos biológicos consumíveis 01-01-2016

IFRS 11 – Acordos conjuntos 01-01-2016

IAS 1 – Apresentação das demonstrações financeiras 01-01-2016

Melhorias às normas 2012 – 2014 01-01-2016

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 167

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O efeito nas demonstrações financeiras da Empresa do exercício findo em 31 de dezembro de 2015, decorrente da adoção das normas, interpretações, emendas e revisões acima referidas, não foi material.

Normas efetivas em ou após 1 de fevereiro de 2015, ainda não endossadas pela UE

As seguintes normas, interpretações, alterações e revisões, foram já emitidas a esta data, embora não se encontrem ainda aprovadas (‘endorsed’) pela União Europeia:

DATA DE EFICÁCIA

Alterações IFRS 10, 12 e IAS 28: aplicação da isenção de consolidar 01-01-2016

IFRS 9 – Instrumentos financeiros 01-01-2018

IFRS 14 – Desvios tarifários 01-01-2016

IFRS 15 – Rédito de contratos com clientes 01-01-2018

Interpretações e alterações efetivas em 1 de janeiro de 2015

DATA DE EFICÁCIA

Melhorias às normas 2011 – 2013 01-01-2015

IFRIC 21 – ‘Taxas do Governo’ (“Levies”) 17-06-2014

Não são esperados efeitos significativos decorrentes da aplicação destas normas nas demonstrações financeiras da Empresa.

Na preparação das demonstrações financeiras, em conformidade com os IAS/IFRS, o Conselho de Administração da Empresa adotou certos pressupostos e estimativas que poderão afetar os ativos e passivos reportados, bem como os rendimentos e gastos incorridos relativos aos períodos reportados (Nota 1 xvii)). Todas as estimativas e assunções efetuadas pelo Conselho de Administração foram efetuadas com base no seu melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras, e das informações existentes naquela data.

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas para apreciação e aprovação em Assembleia Geral de Acionistas. O Conselho de Administração da Empresa aprovou-as para emissão, no dia 6 de abril de 2016, e é sua convicção que as mesmas serão aprovadas sem alterações.

PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS, JULGAMENTOS E ESTIMATIVAS

Os principais critérios valorimétricos, julgamentos e estimativas utilizados na preparação das demonstrações financeiras individuais da Empresa, nos exercícios apresentados, são os seguintes:

i) Participações financeiras

As partes de capital em empresas do Grupo e associadas são registadas ao custo de aquisição. É feita uma avaliação dos investimentos em empresas do Grupo e associadas quando existem indícios de que o Ativo possa estar em imparidade, sendo registado como custo as perdas de imparidade que se demonstrem existir.

Subsidiárias são todas as entidades (incluindo as entidades com finalidades especiais) sobre as quais a Martifer SGPS tem o poder de decidir sobre as políticas financeiras ou operacionais, a que normalmente está associado o controlo, direto ou indireto, de mais de metade dos direitos de voto.

As Associadas são entidades das quais a Martifer detém entre 20 % e 50 % dos direitos de voto, ou sobre as quais a Martifer tenha influência significativa na definição das políticas financeiras e operacionais.

ii) Ativos intangíveis

Os ativos intangíveis adquiridos pela Empresa encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e eventuais perdas de imparidade acumuladas, e só são reconhecidos se for provável que venham a gerar benefícios económicos futuros para a Empresa, se possa medir razoavelmente o seu valor e se a Empresa possuir o controlo sobre os mesmos.

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168 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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Os ativos intangíveis são constituídos basicamente por software e direitos de propriedade industrial, sendo os mesmos amortizados pelo método das quotas constantes durante um período de três anos.

iii) Ativos tangíveis

Os ativos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e perdas de imparidade acumuladas.

As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Equipamento de transporte 4 anos Equipamento administrativo 3 a 5 anos

As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil, nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis, são registadas como gasto do exercício em que ocorrem.

iv) Ativos e passivos financeiros

Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira quando a Empresa se torna parte contratual do respetivo instrumento financeiro.

a) Instrumentos financeiros:

A Empresa classifica os ativos financeiros nas seguintes categorias: ‘Ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados’, ‘Empréstimos e contas a receber’, ‘Investimentos detidos até ao vencimento’ e ‘Ativos financeiros disponíveis para venda’. A classificação depende da intenção subjacente à aquisição do investimento.

A classificação é definida no momento do reconhecimento inicial e reapreciada numa base trimestral.

Ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados: esta categoria divide-se em duas subcategorias: ‘ativos financeiros detidos para negociação’ e ‘Ativos financeiros registados ao justo valor através de resultados’. Um ativo financeiro é classificado nesta categoria, nomeadamente, se for adquirido com o propósito de ser vendido no curto prazo. Os instrumentos derivados são também classificados como detidos para negociação, exceto se estiverem afetos a operações de cobertura. Os ativos desta categoria são classificados como ativos correntes no caso de serem detidos para negociação ou se for expetável que se realizem num período inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira;

Investimentos detidos até ao vencimento: esta categoria inclui os ativos financeiros, não derivados, com reembolsos fixos ou variáveis, que possuem uma maturidade fixada e cuja intenção do Conselho de Administração é a manutenção dos mesmos até à data do seu vencimento;

Ativos financeiros disponíveis para venda: incluem-se aqui os ativos financeiros, não derivados, que são designados como disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas categorias anteriores. Esta categoria é incluída nos ativos não correntes, exceto se o Conselho de Administração tiver a intenção de alienar o investimento num período inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira.

Os ‘investimentos detidos até ao vencimento’ são classificados como investimentos não correntes, exceto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira. Os investimentos registados ao justo valor através de resultados são classificados como investimentos correntes.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respetivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é considerado como sendo o valor pago, incluindo despesas de transação, no caso de ativos financeiros disponíveis para venda.

Após o reconhecimento inicial, os ativos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados e os ativos financeiros disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço (medido pela cotação ou valor de avaliação independente), sem qualquer dedução relativa a custos de transação que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os ativos financeiros que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 169

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Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos ativos financeiros disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda de imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado(a) na demonstração dos resultados.

Os ganhos ou perdas resultantes da alteração de justo valor dos instrumentos financeiros valorados ao justo valor através de resultados são registados nas demonstrações dos resultados na rubrica de resultados financeiros.

Os ativos financeiros detidos até à maturidade são registados ao custo amortizado, através da taxa de juro efetiva, líquido de amortizações de capital e juros recebidos.

Os ativos financeiros em partes de capital em empresas subsidiárias e associadas são mensurados de acordo com o estabelecido no IAS 27 ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade.

b) Clientes e outras contas a receber

As dívidas de ‘Clientes’ e de ‘Outros devedores’ não têm implícitos juros e são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade reconhecidas nas rubricas de ‘Perdas de imparidade acumuladas’, por forma a que as mesmas reflitam o seu valor realizável líquido.

c) Financiamentos obtidos

Os financiamentos são registados no passivo pelo valor nominal recebido líquido de comissões com a emissão desses financiamentos. Os encargos financeiros apurados de acordo com a taxa de juro efetiva são contabilizados na demonstração dos resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

d) Fornecedores e outras contas a pagar

As contas a pagar, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal, que é substancialmente equivalente ao seu justo valor.

e) Passivos financeiros e instrumentos de capital próprio

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual da transação. São considerados pela Empresa instrumentos de capital próprio aqueles em que o suporte contratual da transação evidencie que a Empresa detém um interesse residual num conjunto de ativos após dedução de um conjunto de passivos.

f) Instrumentos financeiros derivados

A Empresa utiliza instrumentos financeiros derivados na gestão dos seus riscos financeiros unicamente como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objetivo de negociação. A utilização de instrumentos financeiros derivados encontra-se devidamente aprovada pelo Conselho de Administração da Empresa.

Os instrumentos financeiros derivados utilizados pela Empresa definidos como instrumentos financeiros de cobertura de fluxos de caixa respeitam exclusivamente a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.

Os instrumentos financeiros de cobertura de taxa de juro (cobertura de cash-flow) são inicialmente registados pelo seu custo, se algum, e subsequentemente revalorizados ao seu justo valor. As alterações de justo valor destes instrumentos, associadas à parcela de cobertura efetiva, são reconhecidas na demonstração do rendimento integral na rubrica ‘Reservas de justo valor – Derivados’, sendo transferidos para resultados no mesmo período em que o instrumento objeto de cobertura afeta os resultados. A parcela de cobertura não efetiva é registada na demonstração dos resultados do exercício, no momento em que é apurada.

A revalorização dos instrumentos financeiros derivados é descontinuada quando o instrumento se vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas e diferidas reconhecidas na demonstração do rendimento integral na rubrica ‘Reservas de justo valor - Derivados”

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170 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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são transferidas para resultados do exercício, e as revalorizações subsequentes são registadas diretamente nas rubricas da demonstração dos resultados.

v) Caixa e seus equivalentes

Os montantes incluídos na rubrica de ‘Caixa e seus equivalentes’ correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários à ordem e a prazo e outras aplicações de tesouraria (com vencimento inferior a três meses, prontamente convertíveis para uma quantia conhecida de dinheiro) para os quais o risco de alteração de valor não é significativo.

vi) Rédito e especialização de exercícios

As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios pelo qual estas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas de ‘Outras contas a receber’, ‘Diferimentos’ e ‘Outras contas a pagar’’.

O rédito associado a dividendos é reconhecido no momento em que o direito da Empresa ao recebimento dos mesmos for estabelecido.

O rédito associado aos juros é reconhecido de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, tendo em consideração o valor do capital mutuado e a taxa de juro efetiva da operação.

vii) Saldos e transações expressos em moeda estrangeira

Todos os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para a moeda de apresentação funcional, utilizando-se as cotações oficiais vigentes na data de reporte. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e aquelas em vigor na data das cobranças, pagamentos ou à data da demonstração da posição financeira, são registadas, pelo seu valor bruto, como ganhos e perdas na demonstração dos resultados do exercício.

viii) Impostos sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício inclui o imposto corrente e o imposto diferido, de acordo com a IAS 12. O imposto corrente é calculado com base nos respetivos resultados tributáveis, de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede da Empresa.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os seus respetivos montantes para efeitos de tributação, bem como a alguns créditos fiscais atribuídos à Empresa.

Os ativos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor, ou anunciadas para estarem em vigor, à data da reversão das diferenças temporárias.

Os ativos por impostos diferidos são registados apenas quando existem expetativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada demonstração da posição financeira é efetuada uma reapreciação dos impostos diferidos ativos, sendo os mesmos desreconhecidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

O montante de imposto diferido que resulte de transações ou eventos reconhecidos em contas de capital próprio é registado diretamente nessas mesmas rubricas, não afetando o resultado do exercício.

ix) Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gasto do exercício de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 171

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x) Provisões

As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada demonstração da posição financeira e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data, tendo em consideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas. Quando uma provisão é apurada tendo em consideração os fluxos de caixa futuros necessários para liquidar tal obrigação, a mesma é registada pelo valor atual dos mesmos.

xi) Imparidade de ativos

É efetuada uma avaliação de imparidade à data de cada demonstração da posição financeira e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual um ativo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual um ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica de ‘Provisões e perdas de imparidade’. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos gastos diretamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada ativo individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando os motivos que provocaram o registo das mesmas deixaram de existir e, consequentemente, o ativo deixa de estar em imparidade. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados como resultados operacionais. Contudo, a reversão de uma perda de imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (quer através do custo histórico, quer através do seu valor reavaliado, líquido de amortizações ou depreciações) caso a perda de imparidade não tivesse sido registada em exercícios anteriores.

xii) Benefícios aos empregados

Remunerações variáveis

De acordo com as disposições estatutárias de algumas sociedades do Grupo, os acionistas destas sociedades aprovam em Assembleia-Geral ou numa Comissão de Fixação de Vencimentos eleita pelos acionistas fixa, quanto eleita, a remuneração fixa e a remuneração variável a ser distribuída aos membros dos órgãos sociais. As remunerações variáveis são contabilizadas nos resultados do exercício a que respeitam.

xiii) Classificação na demonstração da posição financeira

Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data da demonstração da posição financeira são classificados, respetivamente, como ativos e passivos não correntes. Adicionalmente, pela sua natureza, os ‘Impostos diferidos’ e as ‘Provisões’ são classificados como ativos e passivos não correntes.

xiv) Ativos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo os mesmos divulgados, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota.

Um ativo contingente não é reconhecido nas demonstrações financeiras, mas divulgado quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

xv) Demonstração dos fluxos de caixa

A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com a IAS 7, através do método direto. A Empresa classifica na rubrica ‘Caixa e seus equivalentes’ os investimentos com vencimento a menos de três meses, prontamente convertíveis para uma quantia conhecida de dinheiro e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.

A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais, de financiamento e de investimento. As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal e outros relacionados com a atividade operacional. Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de investimento incluem, nomeadamente, aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e da venda de ativos tangíveis e intangíveis.

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172 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de financiamento incluem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira, e pagamento de dividendos.

xvi) Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data da demonstração da posição financeira (adjusting events) são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data da demonstração da posição financeira (non adjusting events), se materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.

xvii) Julgamentos e estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras, o Conselho de Administração da Empresa baseou-se no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros.

As estimativas contabilísticas mais significativas refletidas nas demonstrações financeiras dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 incluem:

testes de imparidade realizados aos ativos financeiros; registo de provisões e perdas de imparidade; apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados; reconhecimento de ativos por impostos diferidos decorrentes de perdas fiscais.

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. Alterações a estas estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas em resultados de forma prospetiva, conforme disposto pelo IAS 8.

xviii) Gestão dos riscos financeiros

A incerteza, característica dominante dos mercados, comporta em si uma variedade de riscos aos quais as atividades do grupo Martifer se encontram expostas, designadamente, risco de taxa de câmbio, risco de taxa de juro, risco de liquidez e risco de crédito.

a) Risco de taxa de câmbio

O risco taxa de câmbio traduz-se na possibilidade de registar perdas ou ganhos em resultado de variações de taxas de câmbio entre diferentes divisas. A exposição ao risco de taxa de câmbio da Empresa resulta da existência de subsidiárias localizadas em países em que a moeda local é diferente do Euro e das operações realizadas entre essas subsidiárias e outras empresas do Grupo e da existência de transações efetuadas pelas empresas operacionais em moeda diferente da moeda de reporte do Grupo.

A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pela Empresa tem como objetivo último diminuir ao máximo a sensibilidade dos resultados a flutuações cambiais.

A exposição ao risco de taxa de câmbio resulta fundamentalmente das atividades operacionais (em que os gastos, rendimentos, ativos e passivos são denominados em moedas diferentes da moeda de relato), das operações realizadas entre essas subsidiárias e outras empresas e da existência de transações efetuadas pelas empresas operacionais em moeda diferente da moeda de reporte.

b) Risco de taxa de juro

O risco de taxa de juro traduz a possibilidade de existirem flutuações no montante dos encargos financeiros futuros em empréstimos contraídos devido à evolução do nível de taxas de juro de mercado.

A Empresa recorre a financiamentos externos no decurso da sua atividade, estando exposta ao risco de taxa de juro já que grande parte da dívida financeira da Empresa está indexada a taxas de juro de mercado.

Nos empréstimos de médio e longo prazo mais significativos, a Empresa recorre a empréstimos de taxa fixa ou a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição a alterações nas taxas de juro vigentes nesses empréstimos. O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos derivados de taxa de juro contratados são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contraídos, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 173

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Durante o ano de 2015 as taxas de juro de referência na zona euro mantiveram-se a níveis muito baixos, atingindo mesmo valores negativos no final do ano. De acordo com as projeções do Banco Central Europeu publicadas em março de 2016 (“March 2016 ECB staff macroeconomic projections for the euro area”), as taxas deverão manter-se a níveis muito baixos durante os anos de 2016 e 2017, esperando-se apena um modesto crescimento para 2018.

A 17 de dezembro de 2015, foram assinados os Acordos de reestruturação da dívida do grupo Martifer com os Bancos que envolveram a renegociação das taxas de prémio de risco (Spread) para valores muito competitivos, possibilitando uma menor exposição ao risco de taxa de juro. Esta alteração do pricing dos financiamentos bancários produziu efeitos a partir de 1 de janeiro de 2015. Este fator aliado à estabilidade esperada nas taxas de referência concorrem para que a exposição da Martifer ao risco de taxa de juro seja atualmente reduzido.

c) Risco de liquidez

O risco de liquidez traduz a capacidade da Empresa e do Grupo fazerem face às suas responsabilidades financeiras tendo em conta os recursos financeiros disponíveis.

O principal objetivo da política de gestão de risco da liquidez é garantir que o Grupo tem ao seu dispor, a qualquer momento, os recursos financeiros suficientes para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir com as estratégias delineadas, honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, através de uma adequada gestão da relação custo/maturidade dos financiamentos.

Conforme mencionado no ponto anterior, no final de 2015, o Grupo reestruturou a sua dívida com as instituições através do reescalonamento do vencimento dos financiamentos bancários ao longo do tempo, alargando a maturidade média da dívida por forma a torná-la coincidente com o grau de permanência dos seus ativos de longo prazo e simultaneamente, por forma a permitir que os excedentes de tesouraria sejam suficientes para cumprir com as suas responsabilidades.

Assim, e atendendo ao cariz de médio/longo prazo dos investimentos efetuados, o serviço da dívida passa a acompanhar a maturidade dos ativos associados, não hipotecando o compromisso decorrente da sua atividade operacional de curto prazo. Na prossecução do objetivo do Grupo de adequar a maturidade de inflows da atividade operacional e de (des)investimento aos outflows da atividade de financiamento.

Em consequência das medidas anteriormente mencionadas, verifica-se que a 31 de dezembro de 2015, o Ativo Corrente supera largamente o Passivo Corrente. Assim, o risco de liquidez é bastante reduzido, dada a capacidade que a Martifer tem na transformação dos seus ativos de curto prazo em liquidez.

A direção financeira faz o acompanhamento da implementação das políticas de gestão de risco definidas pela administração de forma a garantir que os riscos económicos e financeiros são identificados, mensurados e geridos de acordo com tais políticas.

d) Risco de crédito

O risco de crédito, na Empresa, resulta maioritariamente do seu relacionamento com Instituições Financeiras, no decurso normal da sua atividade, associado ao potencial incumprimento, por parte de Instituições Financeiras, com as quais a Empresa tenha contratado, no decurso normal das suas operações, depósitos a prazo, depósitos à ordem e instrumentos financeiros derivados.

Para mitigar este risco, a Empresa diversifica as contrapartes, de forma a evitar uma concentração excessiva de risco de crédito e privilegia a contratação de instrumentos financeiros pouco complexos, em detrimento de instrumentos cuja estrutura não seja completamente conhecida.

2. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS As vendas e prestações de serviços para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 referem-se, maioritariamente, aos fees de gestão (management fees) debitados às participadas:

RUBRICAS ANO 2015 ANO 2014

Prestações de serviços - Nota 22 1.178.583 1.016.372

1.178.583 1.016.372

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174 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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3. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS A repartição dos fornecimentos e serviços externos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e de 2014 é a seguinte:

RUBRICAS ANO 2015 ANO 2014

Trabalhos especializados 213.747 261.030

Publicidade e propaganda 3.274 Honorários 1.200 14.675

Conservação e reparação 2.725 2.827

Material de escritório 6.195 221

Artigos para oferta 66

Combustíveis 808 5.541

Deslocações e estadas 16.723 27.745

Rendas e alugueres 36 Comunicação 4.462 2.918

Seguros 55.257 56.178

Contencioso e notariado 7.030 3.861

Despesas de representação 2.169 2.044

Limpeza, higiene e conforto 13 Outros serviços 705 3.983

314.344 381.089 A rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos sofreu uma diminuição em 2015, essencialmente relacionada com as rubricas de “Trabalhos Especializados”, “Honorários” e “Deslocações e estadas”. A rubrica de ‘Trabalhos especializados’ está relacionada com a prestação de serviços de assessoria e financeira.

4. GASTOS COM O PESSOAL Os gastos com o pessoal nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 podem ser analisados como se segue:

RUBRICAS ANO 2015 ANO 2014

Remunerações 329.770 477.377

Encargos sociais Encargos sobre remunerações 55.822 101.245

Outros 7.280 11.310

392.872 589.932

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica ‘Outros’ inclui, essencialmente, os gastos, com formação, medicina no trabalho e seguro de acidentes de trabalho.

A diminuição da rubrica de Gastos com o Pessoal em 2015 deve-se ao facto de ter havido uma diminuição nos quadros da Empresa. Durante os exercícios de 2015 e 2014, o número médio de pessoal ao serviço da Empresa pode ser analisado como se segue:

RUBRICAS ANO 2015 ANO 2014

Divisão funcional Administradores 3 5

Outros colaboradores 1 9

4 14

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 175

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5. PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE As provisões e as perdas de imparidade dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 são como se segue:

RUBRICAS ANO 2015 ANO 2014

Perdas por imparidade em ativos financeiros - Nota 11 12.228.914 (119.189.472)

Provisões 12.228.914 (119.189.472)

No final de 2015, foram registadas perdas por imparidade e reversões, no valor de 3.735.269 euros (Martifer Solar, SGPS, S.A. 3.174.976 euros e Prio Energy, SGPS, S.A. 560.293 euros) e 15.964.182 Euros (Martifer Renewables, SGPS, S.A. 949.354 euros e Martifer Metallic Constructions, SGPS, S.A. 8.498.978 euros), respetivamente, na sequência dos testes de imparidade efetuados àqueles ativos. O reforço da perda de imparidade no exercício deve-se essencialmente à deterioração dos capitais próprios das suas participadas, motivadas pelas perdas resultantes da atividade operacional. (nota 11)

31 DE DEZEMBRO DE 2015 SALDO INICIAL AUMENTOS REVERSÃO UTILIZAÇÃO SALDO FINAL

Perdas por imparidade acumuladas 298.867.316 3.735.269 15.964.182 41.792.033 244.846.370 298.867.316 3.735.269 15.964.182 41.792.033 244.846.370

Esta utilização deve-se, essencialmente, à venda da Martifer Global e Martifer Energy Systems à Martifer Metallic Constructions.

Os testes de imparidade aos investimentos da Empresa foram elaborados de acordo com o método de Discounted Cash Flow (DCF). Os valores das avaliações são suportados pelos desempenhos passados e pelas expetativas de desenvolvimento do mercado, tendo sido elaboradas projeções, a cinco anos, de cash flows futuros para cada um dos negócios, baseados em planos de médio/longo prazo aprovados pelos Conselhos de Administração.

Essas estimativas foram elaboradas considerando as taxas de desconto e as taxas de crescimento constantes na Nota 11.

6. RESULTADOS FINANCEIROS Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 podem ser analisados como se segue:

RUBRICAS ANO 2015 ANO 2014

Juros e rendimentos similares obtidos Empréstimos e contas a receber (incluindo depósitos bancários)

Juros obtidos 1.202.555 2.014.453

Outros rendimentos e proveitos financeiros 320 4.250.000 1.202.875 6.264.453

RUBRICAS ANO 2015 ANO 2014

Juros e gastos similares suportados Empréstimos e contas a pagar

Juros suportados em empréstimos bancários 3.511.786 9.513.736

Outros gastos e perdas financeiros relativos a outros passivos financeiros Outros gastos e perdas financeiros 179.455 434.609

3.691.241 9.948.345 No exercício de 2014, a rubrica ‘Outros rendimentos e proveitos financeiros’ diz respeito ao acordo com o Barclays, referente à liquidação do papel comercial no valor de 9.616.688,56 euros, obtendo um perdão de dívida no montante acima mencionado.

A diminuição significativa dos juros suportados em empréstimos bancários reflete as novas condições acordadas na reestruturação financeira concluída em dezembro de 2015 mas cujos efeitos se reportaram a 1 de janeiro de 2015.

O montante dos outros gastos e perdas financeiras resulta essencialmente de comissões de contas correntes caucionadas.

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176 RELATÓRIO E CONTAS 2015

15

7. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO O detalhe dos ativos geradores de impostos diferidos para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 pode ser analisado da seguinte forma:

RUBRICAS ANO 2015 ANO 2014

Prejuízos fiscais reportáveis 2.027.137 2.027.137

Justo valor dos instrumentos financeiros derivados 37.929 37.929

Ativos por impostos diferidos 2.065.066 2.065.066 De acordo com as declarações fiscais e estimativas de imposto sobre o rendimento das empresas, os ativos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais, em dezembro de 2015 e 2014, utilizando para o efeito as taxas de imposto naquela data, eram reportáveis como se segue:

31 DE DEZEMBRO DE 2015 PREJUÍZO FISCAL AID LIMITE

UTILIZAÇÃO

Gerados em 2014 9.009.498 2.027.137 2026 9.009.498 2.027.137

31 DE DEZEMBRO DE 2014 PREJUÍZO FISCAL AID LIMITE

UTILIZAÇÃO

Gerados em 2009 393.193 104.196 2015

Gerados em 2011 6.076.302 1.610.221 2015

Gerados em 2014 1.180.075 312.720 2026 7.649.570 2.027.137

Em 31 de dezembro de 2015 existiam prejuízos fiscais reportáveis, apurados pelas sociedades tributadas no âmbito do Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS) do qual a Empresa é a sociedade dominante, antes e durante a aplicação do RETGS, no montante de 175.762.608 euros (197.928.779 euros em 31 de dezembro de 2014), cujos potenciais ativos por impostos diferidos ascendem a 39.546.587 euros (44.533.976 euros em 31 de dezembro de 2014). Numa ótica de prudência foram registados ativos por impostos diferidos, relacionados com prejuízos fiscais em Portugal a utilizar no futuro, apenas no valor de 2.027.137 euros. A decomposição da totalidade dos prejuízos fiscais reportáveis e potencial crédito de imposto pode ser analisada como se segue:

31 DE DEZEMBRO DE 2014 31 DE DEZEMBRO DE 2015 31 DE DEZEMBRO DE 2014

PREJUÍZO FISCAL

CRÉDITO DE IMPOSTO

LIMITE UTILIZAÇÃO

PREJUÍZO FISCAL

CRÉDITO DE IMPOSTO

LIMITE UTILIZAÇÃO

Gerados em 2008 26.678.470 6.002.656 2015 27.564.225 6.201.951 2014

Gerados em 2009 11.817.774 2.658.999 2015/2016 11.817.774 2.658.999 2015

Gerados em 2010 12.722.095 2.862.471 2017 19.515.648 4.391.021 2014

Gerados em 2011 24.942.511 5.612.065 2015 24.942.511 5.612.065 2015

Gerados em 2012 24.924.811 5.608.082 2017 24.924.811 5.608.082 2017

Gerados em 2013 37.128.240 8.353.854 2018 37.128.239 8.353.854 2018

Gerados em 2014 31.138.106 7.006.074 2026 52.035.571 11.708.004 2026

Gerados em 2015 6.410.603 1.442.386 2027 175.762.608 39.546.587 197.928.779 44.533.976

A reconciliação do imposto do exercício e do imposto corrente pode ser analisada como se segue:

RUBRICAS ANO 2015 ANO 2014

Imposto corrente 69.134 3.875 Impostos diferidos relativos à reversão de diferenças temporárias Excesso/Insuficiência de estimativa para imposto (21.626) (36.585) Imposto do exercício (21.626) (36.585) Taxa de imposto efetiva Resultado líquido do exercício 47.508 (32.710)

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 177

15

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a reconciliação entre a taxa nominal e efetiva de imposto é como se segue:

RUBRICAS ANO 2015 ANO 2014

Resultados antes de impostos 1.448.749 (121.645.640)

1.448.749 (121.645.640) Imposto nominal sobre o rendimento (taxa de 21 %/23 %) 304.237 (27.978.497)

Gastos não dedutíveis para efeitos fiscais (base imposto x taxa imposto): Diferenças permanentes Imparidade de ativos (2.568.072) 27.413.578

Restituição de impostos não dedutíveis e excesso de estimativa para impostos (9.146)

Mais e menos valias na alienação de investimentos financeiros 849 (223.033)

Menos valias contabilísticas 1.841.814 (530)

Limitação à dedutibilidade de gastos de financiamento líquidos 305.949 617.644

Outros (2.714) 265

Mais-valias e contabilísticas (1.378.876) Utilização de benefícios fiscais (1.951) 1.536

Prejuízos fiscais gerados no exercício para os quais não foi reconhecido ativo por imposto diferido 1.552.473 178.183

Insuficiência/excesso de estimativa de imposto (21.626) (36.585)

Tributação autónoma 2.637 3.875

Derrama 12.788 Imposto efetivo sobre o rendimento 47.508 (32.710) Resultado líquido do exercício 1.401.241 (121.612.930)

No exercício fiscal de 2015, a Martifer SGPS, S.A. encontra-se sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) à taxa normal de 21 %, acrescida de derrama municipal à taxa máxima de 1,5 % incidente sobre o lucro tributável.

Adicionalmente, sobre a parte do lucro tributável superior a 1.500.000 euros sujeito e não isento de IRC incidem as seguintes taxas de derrama estadual: 3 % sobre a parte superior a 1.500.000 euros e inferior a 7.500.000 euros; 5 % sobre a parte superior a 7.500.000 euros e até 35.000.000 euros; e 7 % que incide sobre a parte do lucro tributável que exceda 35.000.000 euros.

Nos termos do artigo 88.º do Código do IRC a Martifer SGPS, S.A. encontra-se, adicionalmente, sujeita a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos, às taxas previstas no referenciado normativo.

No exercício de 2011, a Martifer SGPS, S.A. optou pela aplicação do Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (“RETGS”), do qual fazem parte as empresas portuguesas em que detém, direta ou indiretamente, pelo menos 75 % do seu capital e que cumprem simultaneamente com as restantes condições definidas por aquele regime.

De acordo com a legislação portuguesa em vigor, as declarações fiscais da Martifer SGPS, S.A. estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a segurança social), exceto quando tenham ocorrido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos poderão ser alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais dos anos de 2012 a 2015, poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão.

Está em curso o pagamento de 36 prestações relativamente ao IRC de 2013 no montante total de 435.187,78 euros, sendo que falta liquidar o valor de 290.125,18 euros.

O Conselho de Administração entende que as eventuais correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais, não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras a 31 de dezembro de 2015.

8. RESULTADOS POR AÇÃO A Martifer SGPS emitiu apenas ações ordinárias, pelo que não existem, nomeadamente, direitos especiais de dividendo ou voto.

A Martifer tem apenas um tipo de potenciais ações ordinárias dilutivas: as opções sobre ações. Para efeitos de cálculo do resultado por ação diluído é necessário determinar se estas opções, independentemente de poderem ou não ser exercidas, têm efeito de diluição, o que ocorre quando o preço de exercício da opção é inferior ao preço de mercado das ações. Na medida em que o preço médio de mercado das ações da Martifer, no período compreendido entre 1 de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de

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178 RELATÓRIO E CONTAS 2015

15

2015, se situou nos 0,29 euros, inferior ao preço de exercício das opções (3,84 euros), as mesmas consideram-se não dilutivas porque o seu exercício daria lugar a uma redução do número de ações ordinárias em circulação.

Assim, em 31 de dezembro de 2015 não existe diferença entre o cálculo dos resultados por ação básicos e o cálculo dos resultados por ação diluídos.

O capital social da Martifer, SGPS S.A. é representado por 100.000.000 de ações ordinárias, totalmente subscritas e realizadas, representativas de um capital social de 50.000.000 de euros.

O número médio ponderado de ações em circulação encontra-se deduzido de 2.215.910 ações correspondentes ao volume de ações próprias adquiridas pela Martifer SGPS.

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o cálculo do resultado por ação básico e diluído pode ser demonstrado como se segue:

RUBRICAS ANO 2015 ANO 2014

Resultado líquido do exercício (I) 1.401.241 (121.612.930)

Número médio ponderado de ações em circulação (II) 97.784.090 97.784.090 Resultado por ação básico e diluído (I) / (II) 0,0143 (1,2437)

9. ATIVOS INTANGÍVEIS A informação relativa aos valores brutos do ativo intangível, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 pode ser analisada como se segue:

31 DE DEZEMBRO DE 2015 SALDO INICIAL AUMENTOS ALIENAÇÕES E ABATES

TRANSF. E OUTROS

MOVIMENTOS SALDO FINAL

Programas de computador 1.349 1.349

Outros ativos intangíveis 42.265 42.265 43.614 0 0 0 43.614

31 DE DEZEMBRO DE 2014 SALDO INICIAL AUMENTOS ALIENAÇÕES E ABATES

TRANSF. E OUTROS

MOVIMENTOS SALDO FINAL

Programas de computador 1.349 1.349

Outros ativos intangíveis 42.265 42.265 43.614 0 0 0 43.614

A informação relativa aos valores das amortizações e perdas de imparidade acumuladas do ativo intangível, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 pode ser analisada como se segue:

31 DE DEZEMBRO DE 2015 SALDO INICIAL AUMENTOS ALIENAÇÕES E ABATES

TRANSF. E OUTROS

MOVIMENTOS SALDO FINAL

Programas de computador 1.349 1.349

Outros ativos intangíveis 41.076 1.085 42.161 42.425 1.085 0 0 43.510

31 DE DEZEMBRO DE 2014 SALDO INICIAL AUMENTOS ALIENAÇÕES E ABATES

TRANSF. E OUTROS

MOVIMENTOS SALDO FINAL

Programas de computador 1.349 1.349

Outros ativos intangíveis 36.078 4.998 41.076 37.427 4.998 0 0 42.425

Valor líquido 2015 104 2014 1.189

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 179

15

10. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS A informação relativa aos valores brutos de equipamento de transporte e equipamento administrativo para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 pode ser analisada como se segue:

31 DE DEZEMBRO DE 2015 SALDO INICIAL AUMENTOS ALIENAÇÕES E ABATES

TRANSF. E OUTROS

MOVIMENTOS SALDO FINAL

Equipamento de transporte 31.741 (31.741) 0

Equipamento administrativo 36.429 750 (2.552) 34.627 68.170 750 (34.293) 0 34.627

31 DE DEZEMBRO DE 2014 SALDO INICIAL AUMENTOS ALIENAÇÕES E ABATES

TRANSF. E OUTROS

MOVIMENTOS SALDO FINAL

Equipamento de transporte 48.504 (16.763) 31.741

Equipamento administrativo 36.518 2.250 (2.339) 36.429 85.022 2.250 (19.102) 0 68.170

A informação relativa aos valores das depreciações e perdas de imparidade acumuladas de equipamento de transporte e equipamento administrativo para os exercícios findos em 2015 e 2014 pode ser analisada como se segue:

31 DE DEZEMBRO DE 2015 SALDO INICIAL AUMENTOS ALIENAÇÕES E ABATES

TRANSF. E OUTROS

MOVIMENTOS SALDO FINAL

Equipamento de transporte 31.741 (31.741) 0

Equipamento administrativo 31.680 2.704 (2.552) 31.832 63.421 2.704 (34.293) 0 31.832

31 DE DEZEMBRO DE 2014 SALDO INICIAL AUMENTOS ALIENAÇÕES E ABATES

TRANSF. E OUTROS

MOVIMENTOS SALDO FINAL

Equipamento de transporte 48.051 453 (16.763) 31.741

Equipamento administrativo 31.394 2.625 (2.339) 31.680 79.445 3.078 (19.102) 0 63.421

Valor líquido 2015 2.794 2014 4.749

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180 RELATÓRIO E CONTAS 2015

15

11. PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS - OUTROS MÉTODOS Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 o detalhe dos investimentos financeiros em empresas do Grupo e associadas era o abaixo indicado:

% DETIDA VALOR DE AQUISIÇÃO

PRESTAÇÕES ACESSÓRIAS

PERDAS POR IMPARIDADE TOTAL

31 de dezembro de 2015 Martifer Renewables SGPS 100% 99.765.968 145.462.327 (152.341.778) 92.886.517

Eviva Hidro 1% 47 2.006.564 (2.006.611) 0

Martifer Metallic Constructions SGPS 75% 12.273.756 123.089.899 (73.522.874) 61.840.781

Martifer Gmbh 100% 21.800 99.970 (2.770) 119.000

Ventinveste 6% 3.000 805.000 (808.000) 0

Prio Energy SGPS 5% 267.100 293.193 (560.293) 0

Martifer Solar SGPS 100% 26.280.763 (15.604.044) 10.676.719

Ancora Wind - Energia Eólica 1% 1 1

Martifer Romania SRL 98% 1.265 1.265

CEC 3% 25.000 25.000 138.638.700 271.756.953 (244.846.370) 165.549.283 31 de dezembro de 2014

Martifer Renewables SGPS 100% 99.765.968 145.462.327 (153.291.132) 91.937.163

Eviva Hidro 1% 47 2.006.564 (2.006.611) 0

Martifer Metallic Constructions SGPS 100% 12.273.756 123.089.899 (88.537.702) 46.825.953

Martifer Inovação e Gestão 100% 101.291 6.176.455 (2.148.492) 4.129.254

Martifer Gmbh 100% 21.800 99.971 (2.821) 118.950

Ventinveste 5% 3.000 805.000 (808.000) 0

Martifer Energy Systems SGPS 100% 6.087.775 36.165.765 (39.415.740) 2.837.800

Prio Energy SGPS 10% 267.100 293.193 560.293

Martifer Gestuni si Servicii 100% 1.265 1.265

Martifer Solar SGPS 100% 26.280.763 (12.429.068) 13.851.695

Martifer Global SGPS 100% 50.000 227.750 (227.750) 50.000

Ancora Wind - Energia Eólica 1% 1 1

CEC 25.000 25.000 144.877.766 314.326.924 (298.867.316) 160.337.374

Os investimentos financeiros são aferidos quanto ao seu valor recuperável sempre que se verifica a existência de indícios de imparidade, sendo considerada a existência de indícios sempre que o Capital Próprio das participadas (considerando quando aplicável o Capital Próprio consolidado) é inferior ao seu valor de aquisição. Com base neste princípio, identificaram-se indícios de imparidade nas participações detidas na Martifer Metallic Constructions, SGPS, S.A., na Martifer Renewables, SGPS, S.A. e na Martifer Solar, SGPS, S.A.. Os testes de imparidade efetuados consideram os seguintes pressupostos:

Para a participação na Martifer Metallic Constructions, SGPS, S.A., considerou-se adequado validar a sua recuperação com base no valor de uso, de acordo com o método dos fluxos de caixa descontados, tendo por base business plans desenvolvidos pelos responsáveis das empresas e devidamente aprovados pelo Conselho de Administração do Grupo e utilizando taxas de desconto que variam de acordo com os riscos inerentes aos diversos negócios.

Em 31 de dezembro de 2015, foi apurada uma imparidade de 73.522.874 euros que compara com a imparidade apurada em 2014 de 88.537.702 euros, tendo daí resultado uma reversão de 15.014.828 euros. Os métodos e pressupostos utilizados na aferição da existência, ou não, de imparidade, para estes ativos financeiros foram como se segue:

MARTIFER METALLIC CONSTRUCTIONS, SGPS, S.A.

Capital Próprio Consolidado 11.180.873

Investimento Financeiro 135.363.655

Período utilizado Projeções de cash flows para 5 anos Taxas de crescimento (g) 1 2,00%

Taxa de crescimento média do EBITDA nos 5 anos 5,20%

Taxa de desconto utilizada 2 6,95% 1 Taxa de crescimento usada para extrapolar os cash flows para além do período considerado no business plan 2 Taxa de desconto aplicada aos cash flows projetados

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 181

15

Uma alteração (de um cenário de normalidade) nos principais pressupostos utilizados no cálculo do valor recuperável teria os impactos constantes do quadro abaixo:

MMC AUMENTO DA WACC

EM 1,0 P.P

REDUÇÃO DA WACC

EM 1,0 P.P

VAR. VN +5,0 P.P.(1)

VAR. VN - 5,0 P.P.(1)

AUMENTO DA MARGEM

EBITDA/VOLUME DE NEGÓCIOS

EM 0,5 P.P.(2)

REDUÇÃO DA MARGEM

EBITDA/VOLUME DE NEGÓCIOS

EM 0,5 P.P.(2) Taxa média ponderada do custo do capital (WACC) 6,95% 7,95% 5,95% 6,95% 6,95% 6,95% 6,95%

CAGR volume de negócios [2015; 2020] (1) 10,2% 10,2% 10,2% 15,2% 5,2% 10,2% 10,2% Margem média EBITDA / Volume de negócios [2015; 2020] 5,20% 5,20% 5,20% 5,20% 5,20% 5,7% 4,7%

Valor líquido contabilístico (2) 61.841 61.841 61.841 61.841 61.841 61.841 61.841

Valor recuperável total (2) 61.841 38.155 97.441 116.008 14.909 99.421 53.368

Diferencial (2) 0 (23.686) 35.600 54.168 (46.932) 37.580 (8.473)

Conclusões da análise de sensibilidade Imparidade Sem imparidade

Sem imparidade Imparidade Sem imparidade Imparidade

(1) Taxa média de crescimento estimada com base no business plan da empresa a 5 anos tendo por base as estimativas e assunções do Conselho de Administração efetuadas

(2) Valores em milhares de euros

Nas situações em que foi apurada imparidade, o valor contabilístico foi ajustado para o valor de uso resultante do teste de imparidade.

Para a Martifer Renewables, SGPS, S.A. e Martifer Solar, SGPS, S.A., o Grupo considera como indicador válido o valor dos Capitais Próprios consolidados, tendo, em consequência disso, sido apuradas imparidades de 152.341.778 euros e 15.604.044 euros respetivamente. Comparativamente com as imparidades apuradas em 2014, em resultado das imparidades calculadas em 2015, registou-se no exercício uma reversão de imparidade de 949.354 euros relativamente à participação na Martifer Renewables, SGPS, S.A. e um reforço da imparidade de 3.174.976 euros relativamente à participação na Martifer Solar, SGPS, S.A.. Este principio teve subjacente o facto de a Martifer Renewables, SGPS, S.A. e a Martifer Solar, SGPS, S.A. terem um volume de negócios relativamente baixo, face ao valor dos seus ativos, e incluir no seu consolidado, essencialmente, ativos afetos a parques eólicos e projetos solares em desenvolvimento e em relação aos quais, quando aplicável, já foram efetuadas aferições aos seus valores realizáveis e registadas as respetivas imparidades, pelo que o Capital Próprio consolidado já reflete esses ajustamentos.

No exercício foi igualmente constituída uma imparidade para a totalidade da participação detida na Prio Energy, SGPS, S.A. uma vez que nos termos do acordo de venda celebrado em 2013, é elevada a probabilidade da Martifer, SGPS ter de ceder os 5 % que detém ao comprador.

Em 2015 a Empresa alienou à Martifer Metallic Constructions as participações detidas nas sociedades Martifer Inovação e Gestão, Martifer Energy Systems SGPS e Martifer Global SGPS tendo registado um impacto liquido negativo de 8.720.321 euros. Previamente à alienação da Martifer Energy Systems SGPS foi realizada uma cobertura de prejuízos nesta sociedade através da utilização das prestações acessórias concedidas.

As prestações acessórias não vencem juros e não têm prazo de reembolso.

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182 RELATÓRIO E CONTAS 2015

15

12. EMPRESAS DO GRUPO Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, as posições em aberto referentes a contratos de suprimentos e outras operações financeiras ativas, são as seguintes:

2015 2014

SUPRIMENTOS OUTRAS OP. FINANCEIRAS TOTAL SUPRIMENTOS OUTRAS OP.

FINANCEIRAS TOTAL

Nutre SGPS 71.409 71.409 1.071.409 1.071.409 Navalria 8.094 Martifer Construções 254.779 Prio Energy SGPS Martifer Alumínios 107.190 Martifer Renewables SGPS SA 366.631 Martifer Renewables 5.575 Martifer Metallic Constructions SGPS 7.040.510 7.040.510 896.894 896.894 Martifer Inovação e Gestão 125.486 1.555.275 1.555.275 Martifer Energy Systems SGPS 0 196.078 196.078 Martifer Solar SGPS 1.400.000 220.206 1.620.206 1.400.000 127.400 1.527.400 Ventinveste 21.396.737 21.396.737 20.726.319 20.726.319 Martifer Gmbh 22.500 4.097 26.597 15.000 1.699 16.699 Martifer Global SGPS 216.783 216.783 2.085.707 2.085.707 West Sea - Estaleiros Navais 340.370 Outras 225 470 470 22.819.237 8.761.355 30.372.242 22.141.319 5.934.932 28.076.251

Estes empréstimos vencem juros a taxas de mercado.

Os saldos apresentados no passivo pela Empresa, com empresas do Grupo, em 31 de dezembro de 2015 e 2014, são os seguintes:

31 DE DEZEMBRO DE 2015

31 DE DEZEMBRO DE 2014

Martifer Construções 2.247.059 2.156.161

Martifer Alumínios 45.415 Martifer Solar SGPS 3.500 5.872

Gebox 7.363 1.000

Navalria 65.506 65.506

Martifer Solar SRL Martifer Gestão de Investimentos 10.592 23.410

Martifer Renewables SGPS 27.314.859 22.789.734

Martifer Renewables 17.640 16.670

Martifer Inovação e Gestão 62.240 73.045

Sociedade de Madeiras do Vouga 11.876 4.500

Martifer Metallic Constructions SGPS 8.084 4.519

Martifer Energy Systems SGPS 4.498 5.109

Martifer Global SGPS 1.540 541

Nagatel Viseu - Promoção Imobiliária 4.498 4.500

West Sea - Estaleiros Navais 135 29.804.805 25.150.567

Em 31 de dezembro de 2015, o valor apresentado em Empresas do Grupo (passivo) refere-se, essencialmente, às responsabilidades que a Empresa tem com as subsidiárias decorrentes do RETGS e a operações de tesouraria concedidas pela Martifer Renewables SGPS, S.A. Estas operações de tesouraria vencem juros a taxas de mercado.

Os maiores valores dizem respeito à transferência dos prejuízos fiscais que tinham sido constituídos nas subsidiárias e que, de acordo com a expetativa da administração, serão recuperados no âmbito do Grupo.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 183

15

13. CLIENTES E OUTRAS CONTAS E RECEBER Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 estas rubricas são decompostas da seguinte forma:

RUBRICAS ANO 2015 ANO 2014

Clientes 3.728.876 3.331.425 3.728.876 3.331.425 Outras contas a receber

Devedores diversos 21.928.719 21.896.336

Devedores diversos - Perdas por imparidade (826.362) 21.102.357 21.896.336

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a antiguidade dos saldos destas rubricas são decompostas da seguinte forma:

VENCIDO

31 DE DEZEMBRO DE 2015 TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIAS DE 90 A 180 DIAS DE 180 A 360 DIAS MAIS DE 360 DIAS Clientes conta corrente 3.728.876 1.320.829 267.411 895.693 227.990 1.016.953

Outras contas a receber 21.102.357 20.557.635 4.084 96 1.742 538.800 24.831.233 21.878.464 271.495 895.789 229.732 1.555.753

VENCIDO

31 DE DEZEMBRO DE 2014 TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIAS DE 90 A 180 DIAS DE 180 A 360 DIAS MAIS DE 360 DIAS Clientes conta corrente 3.331.425 2.102.042 80.486 182 52.490 1.096.225

Outras contas a receber 21.896.336 20.439.330 485.720 342.389 628.898 - 25.227.761 22.541.372 566.206 342.571 681.388 1.096.225

A Empresa considera não ter havido deterioração da qualidade creditícia da contraparte (incluindo empresas do Grupo e associadas), pelo que os saldos que apresentam alguma antiguidade não se encontram em risco de incobrabilidade. A rubrica de ’’Outras contas a receber’ inclui o valor de venda da NUTRE SGPS, S.A., em que a CERES AGRICULTURE HOLDINGS COOPERATIEF U.A. terá de regularizar a dívida no valor de 19.600.000 euros até dezembro de 2016, de acordo com o que ficou contratualizado, pelo que este valor foi transferido de não corrente para corrente.

14. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os saldos da rubrica ‘Estado e outros entes públicos’ têm a seguinte decomposição:

RUBRICAS ANO 2015 ANO 2014

Passivo Imposto sobre o rendimento de pessoas coletivas 676.516 Retenções de impostos 13.977 7.276

Imposto sobre o valor acrescentado 163.723 38.635

Contribuições para a segurança social 6.834 14.640 861.050 60.551

15. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES A rubrica ‘Caixa e seus equivalentes’ pode ser analisada como se segue:

RUBRICAS ANO 2015 ANO 2014

Caixa e seus equivalentes Depósitos bancários 290.955 598.842

290.955 598.842

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184 RELATÓRIO E CONTAS 2015

15

‘Caixa e seus equivalentes’ incluem os depósitos bancários de curto prazo, com maturidades originais iguais ou inferiores a 3 meses, para os quais o risco de alteração de valor não é significativo. Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, não existiam quaisquer restrições à utilização dos saldos registados nas rubricas de “Caixa e seus equivalentes”.

16. CAPITAL SOCIAL, RESERVAS E AÇÕES PRÓPRIAS Capital realizado

O capital social da Martifer SGPS, totalmente subscrito e realizado, em 31 de dezembro de 2015, ascende a 50.000.000 euros e é representado por 100.000.000 ações ao portador com um valor nominal de 50 cêntimos cada. Todas as ações têm os mesmos direitos, correspondendo um voto por cada ação. Durante os exercícios de 2015 e 2014 não ocorreram quaisquer movimentos no número de ações representativas do capital social da Empresa.

Ações próprias

Durante o exercício de 2015, a Martifer SGPS não adquiriu ações próprias através de compras realizadas em bolsa. A Martifer detém 2.215.910 ações próprias, correspondentes a 2,22 % do seu capital social. De acordo com a legislação em vigor, a Empresa tem de manter indisponível uma reserva correspondente ao valor de aquisição das ações próprias, a qual se inclui na rubrica de outras reservas.

Em 31 de dezembro de 2015, o capital social da Empresa é detido em 42,41 % pela I’M SGPS, S.A., 37,5 % pela Mota-Engil SGPS, S.A., 2,22 % em ações próprias e 0,65 % por administradores, encontrando-se os restantes 17,22 % dispersos em Bolsa.

Prémios de emissão

Os prémios de emissão correspondem a ágios obtidos com a emissão ou aumentos de capital. De acordo com a legislação comercial portuguesa, os valores incluídos nesta rubrica seguem o regime estabelecido para a ‘reserva legal’, isto é, os valores não são distribuíveis, a não ser em caso de liquidação, mas podem ser utilizados para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

Reservas

Reserva legal

A legislação comercial portuguesa estabelece que pelo menos 5 % do resultado líquido anual positivo tem que ser destinado ao reforço da ‘reserva legal’ até que esta represente pelo menos 20 % do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

Outras reservas

Em 31 de dezembro de 2015, esta rubrica inclui uma reserva indisponível no valor de 2.868.519 euros (2014: 2.868.519 euros), relativa ao valor das ações próprias.

Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas distribuíveis é determinado de acordo com as demonstrações financeiras individuais da Empresa, apresentadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (‘IFRS’). Em 31 de dezembro de 2015 a Martifer SGPS, S.A. não dispõe de reservas distribuíveis.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 185

15

17. EMPRÉSTIMOS Os montantes relativos a empréstimos, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, são como se segue:

31 DE DEZEMBRO DE 2015 ATÉ 1 ANO DE 1 A 3 ANOS DE 3 A 5 ANOS MAIS DE 5 ANOS TOTAL

Dívidas a instituições de crédito Empréstimos bancários 188.686 130.353.263 130.541.949

188.686 0 130.353.263 0 130.541.949

31 DE DEZEMBRO DE 2014 ATÉ 1 ANO DE 1 A 3 ANOS DE 3 A 5 ANOS MAIS DE 5 ANOS TOTAL

Dívidas a instituições de crédito Empréstimos bancários 2.844.153 23.884.399 60.991.409 19.308.526 107.028.487

Contas caucionadas 15.499.448 15.499.448

Outros empréstimos obtidos Emissões de papel comercial 5.000.000 5.000.000

23.343.601 23.884.399 60.991.409 19.308.526 127.527.935

O acordo de reestruturação da dívida financeira efetuado com as instituições financeiras possibilitou ainda a adequação da maturidade dos inflows da atividade operacional do Grupo e de (des)investimento aos outflows da atividade de financiamento através do reescalonamento do vencimento ao longo do tempo, alargando a maturidade média da dívida para a tornar mais coincidente com o grau de permanência dos seus ativos de longo prazo e uma maturidade que permita que os excedentes de tesouraria sejam suficientes para cumprir com as suas responsabilidades. Assim, a 31 de dezembro de 2015 a maturidade média da dívida era de cerca 5 anos.

A taxa média dos financiamentos da Martifer SGPS durante o ano de 2015 é de 0,96 % (em 2014 foi de 6,38 %).

18. FORNECEDORES E CREDORES DIVERSOS A informação relativa a fornecedores e credores diversos, com referência aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, pode ser analisada como se segue:

RUBRICAS ANO 2015 ANO 2014

Fornecedores 753.338 938.867

753.338 938.867

Outras contas a pagar Acréscimos de gastos 458.572 2.199.461

Outros acréscimos 97.979 96.130

Outros credores 373.226 136.390

929.777 2.431.981

1.683.115 3.370.848

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica inclui saldos a pagar a fornecedores e outros credores decorrentes da atividade operacional da Empresa e de aquisições de ativos fixos tangíveis e intangíveis.

O Conselho de Administração acredita que o justo valor destes saldos não difere significativamente do seu valor contabilístico e que o efeito da atualização desses montantes não é material.

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186 RELATÓRIO E CONTAS 2015

15

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a antiguidade dos saldos registados nas rubricas de ‘Fornecedores’ e ‘Credores diversos’ era como se segue:

VENCIDO

31 DE DEZEMBRO DE 2015 TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIAS DE 90 A 180 DIAS DE 180 A 360 DIAS MAIS DE 360 DIAS

Fornecedores conta corrente 753.338 55.865 10.335 37.593 649.545

Credores diversos 373.227 371.721 1.506

1.126.565 0 55.865 10.335 409.314 651.051

VENCIDO

31 DE DEZEMBRO DE 2014 TOTAL NÃO VENCIDO ATÉ 90 DIAS DE 90 A 180 DIAS DE 180 A 360 DIAS MAIS DE 360 DIAS

Fornecedores conta corrente 938.867 373.114 9.295 8.979 4.002 543.475

Credores diversos 136.390 136.390 1.075.257 509.504 9.295 8.979 4.002 543.475

A dívida vencida há mais de 180 dias corresponde a valores a pagar a fornecedores com os quais a Empresa mantém relações comerciais regulares.

Para além dos passivos financeiros referidos nesta nota e nas notas 16 e 17 acima, a Empresa não apresenta outros passivos financeiros.

19. PROVISÕES O valor das provisões no montante de 618.500 euros diz respeito a potenciais obrigações contratuais relacionadas com as suas participadas.

20. COMPROMISSOS Garantias Operacionais

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, as principais garantias operacionais prestadas pela Empresa são como se segue:

ANO 2015 ANO 2014

Martifer SGPS 111.642.567 88.898.000

111.642.567 88.898.000 O valor registado na Martifer, SGPS corresponde a garantias apresentadas a terceiros, relativas a obrigações contratuais da Martifer Solar.

Em virtude dos contratos de EPC para construção de parque solares obrigarem a Martifer Solar e/ou empresas por si participadas a assumir determinadas garantias, entre as quais, a garantia da qualidade dos materiais e desenho, das instalações fotovoltaicas, de obtenção de determinados rácios de performance e de potência dos módulos fotovoltaicos, a Martifer SGPS comprometeu-se a dotar a Martifer Solar e/ou empresas por si participadas dos meios necessários para garantir o cumprimento integral das obrigações contratuais. Neste momento, considera-se que a Martifer Solar já tem capacidade de suportar estes compromissos sem o recurso à Holding.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 187

15

Garantias reais

Em 31 de dezembro de 2015, as garantias reais prestadas pela Empresa são como se segue:

EMPRESA GARANTIA VALOR DO ATIVO SUBJACENTE VALOR

Martifer SGPS, SA 1.924.346

Martifer SGPS, SA Penhor de Ações da Martifer Solar SA 55% (n.º ações 27.500.000) 10.676.719

128.428.917

Martifer SGPS, SA Hipoteca prédio urbano Oliveira de Frades (artigo 1943) - Fab. Componentes

7.133.939 Penhor de bens MT Construções

Martifer SGPS, SA

Hipoteca Genérica (7,5M€) do Edifício Industrial Torres Eólicas (artigo 1914). 8.314.077

Penhor 2º grau das Ações da Martifer Solar SA 55% (n.º ações 27.500.000) 71.052.955

Penhor 1º grau das Ações da Martifer Renewables SGPS 65% (n.º ações 65.000.000)

Martifer SGPS, SA Hipoteca prédio urbano Oliveira de Frades (artigo P-2003) Fáb. OlF MTC 522.043

Martifer SGPS, SA Penhor Loan Note Class A n. 5 4.500.000

Martifer SGPS, SA

Armazém Martifer OF 95.337

Multipark Paços de Ferreira 361.646

Outros Terrenos MGI 357.300

Penhor 1º grau das Ações da Martifer Renewables SGPS 10% (n.º ações 10.000.000) 9.288.652

Penhor Mercantil vários equipamentos 320.688

Penhor Mercantil equipamento 102.708

124.207.738 130.353.263

‘* Para além do financiamento da Empresa, servem como garantia as contas correntes das subsidiárias Martifer Construções, S.A. e Navalria, S.A., no valor de 8 milhões de euros.

Em 27 de novembro de 2014 foi assinado o acordo de renegociação do Contrato de Atribuição de Capacidade de Injeção de Potência na Rede do Sistema Elétrico de Serviço Público para Energia Elétrica Produzida em Centrais Eólicas celebrado a 18 de setembro de 2007 entre a Ventinveste, S.A. e a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG). Este acordo permitiu a alteração da estrutura societária e separação completa e absoluta entre o cluster industrial e o cluster eólico. Relativamente aos compromissos industriais, as negociações havidas com a DGEG permitiram a exoneração do grupo Martifer de todas as obrigações de investimento e criação de emprego no cluster industrial. Foram também acordados os princípios segundo os quais o compromisso de financiamento de investigação a designar pelo Ministério da Economia e da Inovação (através do Fundo de Inovação) ficaria definitivamente regularizado.

Em 2015, no âmbito do reforço de garantias previsto no contrato de Reestruturação da Dívida do grupo Martifer foi efetuado um reforço de garantias junto dos bancos financiadores da Holding. Neste contrato está previsto que a venda de determinados ativos servirá para a amortização da dívida bancária existente.

21. COMPENSAÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO, CONSELHO FISCAL E ROC As remunerações atribuídas ao pessoal chave da administração por categoria de remuneração podem ser resumidas como se segue:

RUBRICAS ANO 2015 ANO 2014

Remunerações fixas 130.793 116.367

Remunerações variáveis 130.793 116.367

A remuneração dos membros do Conselho Fiscal em 2015 foi de 14.400 euros (2014: 14.400 euros) e os honorários do Revisor Oficial de Contas foram de 41.000 euros (2014: 41.520 euros).

A política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização da Martifer SGPS, aprovada nos termos da Lei 28/2009, bem como o montante anual da remuneração auferida pelos membros dos referidos órgãos, de forma agregada e individual é apresentado no Relatório de Governo Societário.

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188 RELATÓRIO E CONTAS 2015

15

22. SALDOS E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS Para além dos saldos identificados nas notas acima, os saldos e transações com entidades relacionadas são como se segue:

GASTOS RENDIMENTOS CONTAS A RECEBER CONTAS A PAGAR

ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014 ANO 2015 ANO 2014

Empresa mãe 1.016.263 74.579 Empresas do Grupo e associadas 1.610.355 628.192 1.709.297 2.314.495 298.607.746 339.211.336 30.171.448 24.957.222

1.610.355 628.192 1.709.297 2.314.495 299.624.009 339.285.915 30.171.448 24.957.222

As contas a receber incluem os valores das prestações acessórias registadas em investimentos financeiros (vide Nota 11).

23. RECEBIMENTOS / PAGAMENTOS DE ATIVOS FINANCEIROS Os recebimentos e pagamentos de ativos financeiros ocorridos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 referem-se essencialmente a prestações acessórias (vide Nota 11).

24. EVENTOS SUBSEQUENTES Desde a data de referência das contas não ocorreram outros factos que que afetem a informação financeira divulgada.

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS 189

15

25. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Estas demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 6 de abril de 2016. Adicionalmente, as demonstrações financeiras anexas em 31 de dezembro de 2015, estão pendentes de aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas. No entanto, o Conselho de Administração da Empresa entende que as mesmas virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

Oliveira de Frades, 6 de abril de 2016

O Contabilista Certificado A Administração

__________________________________ __________________________________

João Alexandre Queiroz Oliveira Carlos Manuel Marques Martins (Presidente)

__________________________________

Jorge Alberto Marques Martins (Vice-Presidente)

__________________________________

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira (Vogal do Conselho de Administração)

__________________________________

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo (Vogal do Conselho de Administração)

__________________________________

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha (Vogal do Conselho de Administração)

__________________________________

Luís Valadares Tavares (Vogal do Conselho de Administração)

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190 RELATÓRIO E CONTAS 2015

15

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192 RELATÓRIO E CONTAS 2015

CONTEÚDOS PARTE I INFORMAÇÃO SOBRE ESTRUTURA ACIONISTA, ORGANIZAÇÃO E GOVERNO DA SOCIEDADE

A. Estrutura Acionista

B. Órgãos Sociais e Comissões

C. Organização Interna

D. Remunerações

E. Transações com Partes Relacionadas

PARTE II AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO

ANEXOS AO RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE

Anexo I – Qualificações Profissionais

Anexo II – Cargos exercidos e atividades desempenhadas pelos membros do conselho de administração

Anexo III – Declaração de Política de Remunerações de 2015

Nota: Este relatório adota o novo acordo ortográfico.

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194 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

PARTE I Informação sobre estrutura acionista, organização e governo da sociedade A. ESTRUTURA ACIONISTA

I. ESTRUTURA DE CAPITAL

1. Estrutura do Capital Social O capital social da Martifer SGPS, S.A., Sociedade Aberta (doravante abreviadamente também designada por “Sociedade” ou “Martifer”) é de € 50.000.000,00 (cinquenta milhões de euros), encontrando-se integralmente subscrito e realizado, representado por 100.000.000 (cem milhões) de ações, com o valor nominal de € 0,50 (cinquenta cêntimos) cada, sob a forma de representação escritural, na modalidade nominativa.

Todas as ações são ordinárias, não existindo diferentes categorias de ações, nem existem direitos e deveres para além dos previstos na lei e no contrato de Sociedade.

A totalidade das ações da Martifer encontra-se admitida à negociação no mercado regulamentado da Euronext Lisbon, correspondentes ao ISIN Code PTMFR0AM0003, transacionadas sob o Mnemo Code MAR.

A informação discriminada relativa à distribuição do capital social pelos acionistas de referência encontra-se presente no Ponto 7, Parte I do Relatório de Governo.

2. Restrições à transmissibilidade e titularidade das ações

Não existem restrições à livre transmissibilidade das ações da Sociedade, nem existem acionistas titulares de direitos especiais. Deste modo, as ações são livremente transmissíveis de acordo com as normas legais aplicáveis.

3. Ações próprias

Durante o ano de 2015 não ocorreram quaisquer transações relativas a ações próprias. O que significa que a 31 de Dezembro de 2015 a Sociedade detinha, como em 2014, 2.215.910 ações próprias, representativas de 2,22 % do seu capital social. Estas ações teriam 2,22% dos direitos de voto da sociedade.

4. Impacto da mudança de controlo acionista da Sociedade em acordos significativos

A Martifer não celebrou nem é parte de nenhum acordo significativo que entre em vigor, seja alterado ou cesse em caso de mudança de controlo da Sociedade na sequência de uma oferta pública de aquisição.

Nos mesmos termos a Sociedade não adotou, através de aprovação de quaisquer disposições estatutárias ou de outras medidas adotadas pela Sociedade, regras ou normas com vista a impedir o sucesso de ofertas públicas de aquisição.

Igualmente não existe qualquer norma estatutária que preveja a limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos por um único acionista, de forma individual ou em concertação com outros acionistas.

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 195

I

5. Medidas defensivas em caso de mudança de controlo acionista

Durante o exercício de 2015 não foram adotadas quaisquer medidas defensivas em caso de mudança de controlo acionista.

6. Acordos Parassociais do Conhecimento da Sociedade

O único Acordo Parassocial do conhecimento da Sociedade foi celebrado no dia 28 de maio de 2007 entre a I’M SGPS, S.A. (ex- MTO – SGPS, S.A.) e a Mota-Engil, SGPS, S.A., e foi alterado pelos aditamentos celebrados em 22 de dezembro de 2009 e 17 de abril de 2012.

As ações objecto do Acordo Parassocial, à data de 31 de dezembro de 2015, são detidas pelos referidos acionistas nas seguintes quantidades:

ACIONISTAS N.º DE AÇÕES PERCENTAGEM DIREITOS DE VOTO

Mota-Engil, SGPS, S.A. 37.500.000 37,50% 38,35% I’M SGPS, S.A. 42.405.689 42,41% 43,37% Total 79.905.689 79,91% 81,72%

O referido Acordo Parassocial regula alguns aspetos principais da vida societária da Sociedade, designadamente :

1. Imputação dos direitos de voto – Os acionistas acordam em exercer na Assembleia Geral da SOCIEDADE, de forma concertada os seus direitos de voto quanto às matérias para as quais a lei exija deliberação dos Acionistas tomada por maioria qualificada;

2. Disposições diversas - A pedido de qualquer um, os acionistas obrigam-se a deliberar as alterações ao contrato social da SOCIEDADE que se mostrem necessárias para garantir, nos mais amplos termos permitidos por lei, a boa execução das disposições contidas no Acordo Parassocial;

Os acionistas obrigam-se, durante a vigência do Acordo Parassocial a não celebrar com outros acionistas da SOCIEDADE quaisquer Acordos Parassociais; e

O Acordo Parassocial não prevê quaisquer restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários.

3. Vigência - O Acordo Parassocial vigorará por tempo indeterminado, mas qualquer um dos acionistas pode livremente pôr-lhe termo mediante denúncia efetuada com a antecedência mínima de 30 dias relativamente à data em que a denúncia deva produzir os seus efeitos.

II. PARTICIPAÇÕES SOCIAIS E OBRIGAÇÕES DETIDAS

7. Participações qualificadas

A 31 de dezembro de 2015 os principais acionistas detentores de participações qualificadas continuavam a ser as sociedades I’M SGPS, S.A. e Mota-Engil SGPS, S.A..

Os administradores da Martifer, Eng.º Carlos Manuel Marques Martins e Dr. Jorge Alberto Marques Martins, são os acionistas maioritários da sociedade I´M SGPS, S.A., detendo, respetivamente, ações representativas de 48 % e 50 % do seu capital social.

Os direitos de voto da sociedade Mota-Engil SGPS, S.A. são detidos nos termos do art. 20º do CVM, pela sociedade Mota-Engil, SGPS, SA..

Em conjunto, aos acionistas acima são imputados, a 31 de dezembro de 2015, 82,38 % dos direitos de voto da Sociedade, nos termos do acordo parassocial em vigor à data.

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196 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

As 420.542 ações detidas pelo acionista Carlos Manuel Marques Martins são detidas a título indireto, por força do agregado familiar deste Membro do Conselho de Administração da Sociedade, através da sociedade BLACK AND BLUE INVESTIMENTOS, S.A., da qual o referido Membro é acionista minoritário.

As 230.260 e 3.000 ações detidas, respetivamente pelos acionistas e administradores Jorge Alberto Marques Martins e Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo são detidas a título direto.

No dia 31 de dezembro de 2015, de acordo com a informação disponibilizada à Sociedade, eram titulares de participações qualificadas, calculadas nos termos do n.º 1 do artigo 20.º do Código de Valores Mobiliários, no capital social da Sociedade as seguintes entidades:

ACIONISTAS Nº DE AÇÕES % DO CAPITAL SOCIAL % DOS DIREITOS DE VOTO 1

I’M – SGPS, SA 42.405.689 42,41% 43,37% Carlos Manuel Marques Martins* 420.542 0,42% 0,43%

Jorge Alberto Marques Martins* 230.260 0,23% 0,24%

Total imputável à I’M – SGPS, SA 43.056.491 43,06% 44,03% Mota-Engil – SGPS, SA 37.500.000 37,50% 38,35%

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo ** 3.000 0,00% 0,00%

Luís Filipe Cardoso da Silva ** 2 2.000 0,00% 0,00%

Total Imputável à Mota-Engil, SGPS, SA3 37.503.000 37,50% 38,35%

1 % Direitos de voto = N.º Ações Detidas / (N.º Total Ações - Ações Próprias) 2 Cessou funções em 14 de Maio de 2015, com a eleição dos novos órgãos sociais na Assembleia Geral que teve lugar na mesma data 3 Total imputável em 31 de Dezembro de 2015, atenta a cessação de funções do administrador Luís Filipe Cardoso da Silva em 14 de Maio de 2015

*Membro de um órgão social da I’M SGPS, SA; **Membros de um órgão social da Mota-Engil SGPS, SA;

8. Número de ações e obrigações detidas pelos membros dos órgãos de administração e de fiscalização (De acordo com o disposto no n.º 5 do artigo 447.º do Código das Sociedades Comerciais – “CSC”)

NOME DO MEMBRO DO ÓRGÃO SOCIAL ÓRGÃO SOCIAL AÇÕES DETIDAS EM 31.12.2015

Carlos Manuel Marques Martins* Conselho de Administração 420.542 Jorge Alberto Marques Martins Conselho de Administração 230.260 Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira Conselho de Administração 0 Arnaldo Nunes da Costa Figueiredo Conselho de Administração 3.000 Luís Filipe Cardoso da Silva ** Conselho de Administração 2.000 Luis António de Valadares Tavares Conselho de Administração 0 Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha Conselho de Administração 0 Manuel Simões de Carvalho e Silva ** Conselho Fiscal 0 João Carlos Ferreira de Carreto Lages ** Conselho Fiscal 0 Juvenal Pessoa Miranda ** Conselho Fiscal 0 Américo Agostinho Martins Pereira Conselho Fiscal 0 Carlos Alberto da Silva e Cunha Conselho Fiscal 0 Paulo Sérgio Jesus das Neves Conselho Fiscal 0 António Baia Engana Conselho Fiscal 0

*As 420.542 ações detidas pelas acionista Carlos Manuel Marques Martins são detidas a título indireto, por força do agregado familiar deste Membro do Conselho de Administração da Sociedade, através da sociedade BLACK AND BLUE INVESTIMENTOS, S.A., da qual o referido Membro é acionista minoritário.

** Cessou funções em 14 de Maio de 2015, com a eleição dos novos órgãos sociais na Assembleia Geral que teve lugar na mesma data Nota: Não existem obrigações detidas por membros dos órgãos de administração e fiscalização.

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 197

I

9. Poderes especiais do Conselho de Administração, nomeadamente no que concerne operações de aumento de capital

O Conselho de Administração está autorizado, nos termos dos Estatutos em vigor, após parecer favorável do Conselho Fiscal e em cumprimento das demais disposições aplicáveis do Contrato de Sociedade, a aumentar o capital social em dinheiro, por uma ou mais vezes, até ao limite máximo de cento e vinte e cinco milhões de euros. O Conselho de Administração fixará os termos e condições de cada aumento de capital, bem como a forma e prazos de subscrição e realização, nos termos do n.º 8 do Artigo 4º dos Estatutos da Sociedade, aprovados por deliberação da Assembleia Geral, tomada em 25 de Maio de 2007.

Até à presente data não foi ainda promovido qualquer aumento de capital na Sociedade ao abrigo desta atribuição do Conselho e Administração.

10. Relações Comerciais Significativas entre a Sociedade e Titulares de Participação Qualificada

A 31 de dezembro de 2015 os principais Acionistas detentores de participações qualificadas continuavam a ser as sociedades I’M SGPS, S.A. e Mota-Engil SGPS, S.A.

No ano de 2015 não foram realizados negócios ou transações comerciais significativas entre a Sociedade e titulares de participações qualificadas na Sociedade.

Quanto aos negócios ou transações entre titulares de participações qualificadas na Sociedade e outras sociedades participadas da Sociedade integram a atividade normal destas sociedades e foram efetuados em condições normais de mercado.

B. ÓRGÃOS SOCIAIS E COMISSÕES

I. ASSEMBLEIA GERAL

a) Composição da Mesa da Assembleia Geral

11. Identificação e cargos dos membros da Mesa da Assembleia Geral e respetivo mandato

A Mesa da Assembleia Geral é composta por um presidente, um vice-presidente e um secretário, tendo os atuais titulares destes cargos sido eleitos em Assembleia Geral de 14 de maio de 2015, para um mandato de três anos, com termo a 31 de dezembro de 2017.

Os membros da Mesa da Assembleia Geral de Acionistas são:

PRESIDENTE José Joaquim Neiva Nunes de Oliveira

VICE-PRESIDENTE Luis Leitão Marques Vale Lima

SECRETÁRIO Luis Neiva de Oliveira Nunes de Oliveira

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198 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

Até à realização da Assembleia Geral de 14 de maio de 2015, inclusive, a Mesa da Assembleia Geral de Acionistas foi composta por:

PRESIDENTE José Carreto Lages

VICE-PRESIDENTE Francisco Artur dos Prazeres Ferreira da Silva

SECRETÁRIO Ana Maria Tavares Mendes

12. Eventuais restrições em matéria de direito de voto

Os Estatutos da Sociedade não estabelecem qualquer percentagem ou um limite máximo ao exercício do direito de voto por qualquer acionista. A Sociedade não emitiu ações preferenciais sem direito a voto.

A Assembleia Geral é, assim, composta pelos acionistas possuidores de ações da Martifer, sendo que a cada ação corresponde um voto.

É admitida a participação de acionistas possuidores de ações, pelo menos, até 5 dias antes da data agendada para a realização da Assembleia, desde que as ações estejam averbadas em seu nome em contas de valores mobiliários escriturais.

Até três dias antes da data marcada para a reunião, o registo da titularidade de ações deverá ser comprovado, junto da Sociedade, mediante certificado emitido pela entidade relevante. Na eventualidade da ocorrência de suspensão da reunião da Assembleia Geral, a Sociedade não exige o bloqueio durante todo o período até que a sessão seja retomada, bastando-se com a antecedência ordinária exigida na primeira sessão.

Os acionistas podem fazer-se representar nas reuniões da Assembleia Geral mediante mandato de representação escrito dirigido ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral. Aquela comunicação também pode ser feita por correio eletrónico de acordo com as instruções constantes do aviso convocatório da respetiva Assembleia Geral.

Os acionistas podem também votar por correspondência em todas as matérias sujeitas à apreciação da Assembleia Geral.

As propostas a submeter à apreciação da Assembleia Geral, bem como os demais elementos de informação necessários à preparação e participação nas reuniões (incluindo, entre outros, o modelo para o exercício do direito de voto por correspondência), são disponibilizados aos acionistas até 21 dias antes da data de realização da Assembleia Geral, na sede da Martifer e no sítio da internet da Sociedade. Tal documentação pode ser consultada no sítio da sociedade na Internet em http://www.martifer.pt/. Para além do sítio da Sociedade na Internet, a referida documentação é ainda disponibilizada aos acionistas, para consulta, na sede da sociedade durante o horário de expediente, bem como no Sistema de Divulgação de Informação da CMVM (www.cmvm.pt), na data de divulgação da convocatória. Ainda no mesmo endereço eletrónico da Sociedade são igualmente disponibilizadas as atas das reuniões das Assembleias Gerais nos cinco dias após a realização das mesmas.

A Martifer tem vindo a assegurar e a implementar medidas destinadas a promover e incentivar a participação dos acionistas nas assembleias gerais:

− Voto por correspondência; − Disponibilização de cartas de representação e de boletins de voto no sítio eletrónico; − Divulgação no sítio eletrónico, nas línguas portuguesa e inglesa, da convocatória das assembleias gerais, das formas de

exercício do voto e procedimentos a adotar para o exercício do voto por correspondência ou por representação; − Disponibilização no sítio eletrónico, nas línguas portuguesa e inglesa, da documentação preparatória relativa aos diversos

pontos da Ordem de Trabalhos; − A criação de correio eletrónico dedicado exclusivamente à assembleia geral, divulgado na sua convocatória, de forma a facilitar

o esclarecimento de dúvidas.

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 199

I

13. Percentagem máxima dos direitos de voto que podem ser exercidos por um único acionista ou por acionistas que com aquela se encontrem em alguma das relações do n.º 1 do Artigo 20

Não existe qualquer limitação no número de votos que pode ser detido ou exercido por um único acionista ou grupo de acionistas.

14. Deliberações acionistas que, por imposição estatutária, só podem ser tomadas com maioria qualificada.

O artigo 18.º dos Estatutos da Sociedade estabelece, quer em primeira convocação quer em segunda convocação, a regra da maioria simples dos votos emitidos para a aprovação das deliberações sociais, salvo quando o CSC ou os estatutos dispuserem diferentemente.

A única exceção a esta determinação refere-se à disposição dos Estatutos da Sociedade que fixa uma maioria qualificada de dois terços dos votos apurados para as deliberações referentes à destituição, sem justa causa, de administradores.

II. ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO

a) Composição

15. Identificação do modelo de governo adotado

A estrutura do governo societário da Martifer é constituída pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e pelo Revisor Oficial de Contas, todos os órgãos eleitos em Assembleia Geral de Acionistas. Para o mandato correspondente ao triénio 2015-2017, o Conselho de Administração delegou poderes relativos à gestão corrente da Sociedade numa Comissão Executiva nos termos e com limites adiante definidos no Ponto 21.1 infra.

Os membros que integram os órgãos sociais, a Mesa da Assembleia Geral e a Comissão de Fixação de Vencimentos foram eleitos por um triénio (2015 - 2017). A Comissão de Fixação de Vencimentos, eleita em Assembleia Geral, tem como atribuições a responsabilidade pela fixação da remuneração dos elementos dos órgãos sociais da sociedade e a definição das orientações gerais a observar na fixação concreta dos montantes.

16. Regras estatutárias sobre requisitos procedimentais e materiais aplicáveis à nomeação e substituição dos membros do Conselho de Administração

Os membros do Conselho de Administração são propostos e eleitos de três em três anos pelos Acionistas em Assembleia Geral ou cooptados pelo Conselho de Administração, sujeito a ratificação pela Assembleia Geral, sendo permitida a sua reeleição uma ou mais vezes.

De acordo com os Estatutos poderá ser designado um membro do órgão de administração por um mínimo de Acionistas que, representando pelo menos 10% do capital social, tenham votado contra a proposta que fez vencimento na eleição de administradores.

O Conselho de Administração designa o Presidente e Vice-Presidente de entre os seus membros, bem como, conforme entender pertinente e adequado, constitui uma Comissão Executiva ou delega poderes em administradores executivos.

A substituição de administradores é efetuada nos termos previstos no artigo 393º do CSC. De acordo com os Estatutos da Sociedade, para os efeitos de substituição de administradores prevista no n.º 1 do citado artigo do CSC, é qualificada falta definitiva quando, sem justificação aceite pelo órgão de administração, um administrador faltar a mais de cinco reuniões, seguidas ou interpoladas.

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200 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

17. Composição do Conselho de Administração

De acordo com os Estatutos da Sociedade, o Conselho de Administração da Martifer é composto por 5 a 9 membros eleitos em Assembleia Geral.

O mandato dos membros nomeados para o Conselho de Administração é de 3 anos civis, não existindo qualquer restrição quanto à sua reeleição. Os membros do Conselho de Administração consideram-se empossados logo que tenham sido eleitos e permanecem no exercício das suas funções até à eleição de quem deva substituí-los.

A 31 de dezembro de 2015 o Conselho de Administração era composto por 6 membros, eleitos em Assembleia Geral da Sociedade para um mandato de três anos civis, com termo em 31 de dezembro de 2017.

A 31 de dezembro de 2015, a composição do Conselho de Administração para o mandato de 2015-2017 era a seguinte:

NOME DO ADMINISTRADOR PRIMEIRA NOMEAÇÃO TERMO DO MANDATO ATUAL

Carlos Manuel Marques Martins (Presidente do CA) 2004 2017

Jorge Alberto Marques Martins (Vice-Presidente) 2004 2017

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira 2015 2017

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo 2010 2017

Luís Filipe Cardoso da Silva* 2010 -

Luis António de Castro de Valadares Tavares 2008 2017

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha 2008 2017

* Cessou funções em 14 de Maio de 2015, com a eleição dos novos órgãos sociais na Assembleia Geral que teve lugar na mesma data

18. Distinção entre membros executivos e não executivos

NOME DO ADMINISTRADOR ESTATUTO (Executivo / Não executivo) INDEPENDENTE ou NÃO INDEPENDENTE

Carlos Manuel Marques Martins (Presidente do CA) Executivo -

Jorge Alberto Marques Martins (Vice-Presidente) Executivo -

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira Executivo

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo Não Executivo Não independente

Luís Filipe Cardoso da Silva* Não Executivo Não independente

Luis António de Castro de Valadares Tavares Não Executivo Independente

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha Não Executivo Independente

* Cessou funções em 14 de Maio de 2015, com a eleição dos novos órgãos sociais na Assembleia Geral que teve lugar na mesma data

A 31 de dezembro de 2015, dos 6 administradores do Conselho de Administração, 3 são administradores não executivos com funções de acompanhamento e avaliação da gestão da Sociedade pelos administradores executivos, sendo que 2 dos 3 administradores não executivos são administradores independentes.

Atendendo à dimensão da Sociedade e sua estrutura acionista, considera-se adequado o número de administradores independentes. Para aferição da independência dos membros do Conselho de Administração, os critérios utilizados são quer os previstos no artigo 414.º, nº 5 do CSC, bem como quer o estabelecido no ponto 18.1 do Anexo I do Regulamento 4/2013 da CMVM e da Recomendação II.1.7 do Código de Governo das Sociedades da CMVM (2013).

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 201

I

19. Qualificações profissionais dos membros do Conselho de Administração

A experiência e os conhecimentos dos membros do Conselho de Administração encontram-se melhor descritos nos currículos constantes do documento junto ao presente relatório como Anexo I, sendo que atestam de forma rigorosa e específica, as capacidades dos mesmos para o desempenho das funções que lhes são acometidas.

20. Relações familiares, profissionais e comerciais significativas de membros do Conselho de Administração com acionistas a quem seja imputável participação qualificada

O Presidente do Conselho de Administração Carlos Manuel Marques Martins e o Vice- Presidente Jorge Alberto Marques Martins são titulares do capital social e direitos de voto da acionista de referência I’M - SGPS, S.A.. Os referidos membros do Conselho de Administração são irmãos.

O administrador não executivo Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo desempenha funções de administração em sociedades do grupo Mota-Engil, sendo certo que a Mota-Engil SGPS, S.A., acionista de referência da Sociedade, é a sociedade holding do mencionado Grupo.

Os demais administradores da Sociedade não possuem quaisquer relações de parentesco entre eles.

21. Organogramas ou mapas funcionais relativos à repartição de competências entre os vários órgãos sociais, comissões e/ou departamentos da Sociedade incluindo informação sobre delegações de competências, em particular no que se refere à delegação da administração quotidiana da Sociedade

21.1 ORGANOGRAMAS

ASSEMBLEIA GERAL

Comissão Fixação Vencimentos

Secretário da Sociedade

Comissão de Ética e Conduta

Comité Governo Societário Comissão de Risco

Conselho de Administração

ROC Conselho Fiscal

Comissão Executiva

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202 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

21.2 DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

De acordo com os Estatutos e nos termos previstos no artigo 407º, n.º 3 do CSC, foram delegados poderes de gestão corrente numa Comissão Executiva, cargos ora desempenhados pelo Eng. Carlos Manuel Marques Martins (Presidente), pelo Dr. Jorge Alberto Marques Martins e pelo Dr. Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira. Os referidos administradores executivos são responsáveis pela execução das decisões estratégicas tomadas pelo Conselho de Administração, bem como pela gestão corrente da sociedade holding, enquanto sociedade gestora de participações sociais, tudo no âmbito dos poderes que lhe foram delegados.

As funções delegadas na Comissão Executiva abrangem a orientação do desempenho das várias Áreas de Negócio, bem como a condução dos serviços corporativos, supervisão do conjunto das áreas de negócio, promoção de sinergias entre estas, afetação os recursos necessários, gestão de recursos humanos e financeiros, definição de estratégias das áreas de negócio e fiscalização da concretização dos objetivos de cada área de negócio, estabelecendo assim políticas transversais a toda a Sociedade. Compete ainda à Comissão Executiva exercer os poderes que, em cada momento, nela se encontrem delegados por deliberação do Conselho de Administração, sem prejuízo das matérias cuja delegação se encontre vedada por lei ou pelos Estatutos.

Nos termos da deliberação do Conselho de Administração, datada de 28 de julho de 2015, foram delegados os seguintes poderes e respetivos limites:

− Subscrição, aquisição ou alienação de participações sociais em quaisquer sociedades; − Aquisição ou alienação de bens móveis e imóveis; − Realização de investimentos ou compromissos de investimento, com exclusão dos que respeitem a novas áreas de negócio; − Aquisição e alienação de ações próprias no quadro e com os limites constantes de deliberação tomada pela assembleia geral

da sociedade; − Realização de investimento e desinvestimentos previstos nos orçamentos anuais ou, não o estando, cujo montante envolvido

seja inferior a cinco milhões de euros; − Contratação de prestação de serviços; − Contratação de trabalhadores, definição de níveis, categorias, condições de remuneração e outras regalias ou complementos; − Exercício do poder disciplinar e aplicação de sanções; − Emissão de instruções vinculantes às sociedades que com a Martifer – SGPS, S.A., estejam em relação de grupo constituído

por domínio total, nos termos em que o mesmo é definido no Código das Sociedades Comerciais; − Participação em Agrupamentos Complementares de Empresas e em Agrupamentos Europeus de Interesse Económico e, bem

assim, a celebração de contratos de consórcio e de associação em participação, a constituição ou participação em quaisquer outras formas de associação temporária ou permanente entre sociedades e/ou entidades de direito privado ou público, salvo quando as mesmas tenham como objetivo a participação em projetos que impliquem um volume de negócios superior a cem milhões de euros;

− Designação de representantes nas assembleias gerais das sociedades participadas pela Martifer – SGPS, S.A., sociedade aberta e determinação do sentido de voto nas mesmas assembleias;

− Representação da sociedade em juízo ou fora dele, ativa e passivamente, compreendendo a instauração, contestação e interposição de recursos em quaisquer processos judiciais ou arbitrais e incluindo igualmente a confissão, desistência ou transação em quaisquer ações e a assunção de compromissos arbitrais;

− Constituição de mandatários para a prática de determinados atos ou categorias de atos definindo a extensão dos respetivos mandatos.

Nos termos do artigo 407.º, n.º 1 do Código das Sociedades Comerciais, o Conselho de Administração atribuiu ainda ao Administrador Dr. Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira encargo especial de responsável Pelouro Financeiro, bem como Representante da Sociedade para as relações com o Mercado e com a CMVM.

Sem prejuízo das matérias que por lei são insuscetíveis de delegação, nos termos do n.ºs 4 e 8 do artigo 407º do CSC, o Conselho de Administração assegurou expressamente que determinadas matérias ficam excluídas da delegação de poderes conferida aos Administradores executivos, nomeadamente a:

I. A aprovação dos planos de atividade e orçamentos das sociedades do grupo Martifer; II. Investimentos ou compromissos de investimento em novas áreas de negócio;

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 203

I

III. Investimentos e desinvestimentos não previstos nos orçamentos anuais da sociedades do grupo Martifer, se os montantes envolvidos forem iguais ou superiores a cinco milhões de euros.

IV. Constituição de quaisquer ónus ou encargos sobre as partes sociais das sociedades do Grupo. V. A participação em Agrupamentos Complementares de Empresas e em Agrupamentos Europeus de Interesse Económico e,

bem assim, a celebração de contratos de consórcio e de associação em participação, a constituição ou participação em quaisquer outras formas de associação temporária ou permanente entre sociedades e/ou entidades de direito privado ou público, se as mesmas tiverem como objetivo a participação em projetos que impliquem um Volume de Negócios superior a cem milhões de euros;

VI. A designação de quaisquer pessoas, individuais ou coletivas, para o exercício de cargos sociais noutras empresas; VII. A constituição da Comissão Executiva, e, bem assim, a definição das matérias a delegar nesta.

A delegação de poderes cessará por deliberação do Conselho de Administração ou, automaticamente, com o termo do mandato do Conselho de Administração que efetuou a delegação.

b) Funcionamento

22. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento do conselho de administração No sítio da Internet da Martifer – www.martifer.pt (separador investidores, secção relativa ao Corporate Governance, Estatutos) - é disponibilizado o regulamento de organização e funcionamento do Conselho de Administração.

23. Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade de cada membro do Conselho de Administração O Conselho de Administração reúne regularmente, uma vez por trimestre e, conforme definido nos Estatutos e no respetivo Regulamento, todas as vezes que o Presidente ou dois dos membros o convoquem, podendo deliberar com a presença ou representação da maioria dos seus membros.

Sem prejuízo do acima exposto e atendendo a que o Presidente do Conselho de Administração acumula o cargo de Presidente da Comissão Executiva, de acordo com o Regulamento do Conselho de Administração, os administradores sem poderes delegados poderão ainda realizar reuniões, mediante convocação de administrador não executivo, por sua iniciativa ou a pedido de quaisquer dois daqueles administradores, tendo em vista o exercício das suas competências de supervisão, fiscalização e avaliação da atividade dos membros a quem o Conselho de Administração atribua poderes delegados.

Nesse sentido e, por forma assegurar o exercício, de forma independente e informada, das competências dos administradores não executivos referidas no parágrafo anterior, foram ainda instituídos pelo Conselho de Administração e plasmados no seu Regulamento os seguintes mecanismos e procedimentos:

(i) obrigação de entrega aos administradores sem poderes delegados de toda a informação considerada necessária ou conveniente e que por estes venha a ser solicitada à Sociedade ou a qualquer um dos administradores com poderes delegados;

(ii) a resposta às solicitações dos administradores sem poderes delegados deve ser providenciada de forma adequada e tempestiva, (iii) possibilidade de qualquer administrador não executivo poder solicitar a convocação de reuniões para que os administradores

não executivos possam exercer as competências que lhes são adstritas; e (iv) as comissões especializadas que tenham competências de supervisão de fiscalização e de avaliação da atividade dos

administradores com poderes delegados, devem ser presididas e maioritariamente compostas por administradores sem poderes delegados;

No decurso do ano de 2015 não foram detetados quaisquer constrangimentos à gestão e funcionamento da Sociedade, entendendo-se portanto que está acautelado o mecanismo que assegura a coordenação dos trabalhos dos administradores não-executivos.

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204 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

Em 2015, o Conselho de Administração reuniu catorze vezes. As atas são lavradas e assinadas pelos Administradores e Secretário da Sociedade e registadas no respetivo livro das atas, as quais são ainda enviadas ao Presidente do Conselho Fiscal.

O grau de assiduidade de cada Administrador às referidas reuniões, durante o exercício das respetivas funções, foi o seguinte:

NOME DO ADMINISTRADOR ASSIDUIDADE

Carlos Manuel Marques Martins (Presidente do CA) * 93%

Jorge Alberto Marques Martins (Vice-Presidente) * 50%

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira 100%

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo* 86%

Luís Filipe Cardoso da Silva * ** 75%

Luis António de Castro de Valadares Tavares * 43%

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha* 43%

* O administrador justificou a sua ausência, tendo-se feito representear por outro administrador na respetiva reunião, conforme carta de mandato respetivamente emitida para o efeito.

** Cessou funções em 14 de Maio de 2015, com a eleição dos novos órgãos sociais na Assembleia Geral, que teve lugar na mesma data, tendo o Conselho de Administração reunido por apenas cinco vezes até à referida data.

24. Órgãos da Sociedade Competentes para realização da avaliação de desempenho dos administradores executivos

O Comité de Governo Societário da Sociedade é composto por membros não executivos do Conselho de Administração da Sociedade e presidido por um administrador independente que reúne todos os requisitos de independência e compatibilidades previstos no ponto 18.1 do Anexo I do Regulamento 4/2013 da CMVM e da Recomendação II.1.7 da CMVM (2013). Este Comité tem, entre outras, a competência de assegurar a avaliação do desempenho dos Administradores executivos e do desempenho global do Conselho de Administração, bem assim como das diversas comissões existentes.

A Comissão de Vencimentos da Sociedade promove igualmente, na sua esfera de competências, a avaliação de desempenho dos membros do Conselho de Administração, diligenciando pela convergência dos interesses dos administradores, dos demais órgãos sociais e dirigentes com os interesses da Sociedade, privilegiando uma perspetiva de longo prazo.

25. Critérios pré-determinados para a avaliação de desempenho dos administradores executivos

O desempenho dos administradores é avaliado com base nos princípios enunciados na Declaração de Política de Remunerações. A política de remunerações e as remunerações dos Órgãos Sociais da Sociedade são revistas anualmente e submetidas, para aprovação, na Assembleia Geral Anual de Acionistas da Sociedade.

A política de remunerações é orientada de acordo princípios e critérios baseados nas funções desempenhadas, no grau de complexidade e responsabilidades assumidas, alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração com os interesses da sociedade, na avaliação de desempenho, na situação económica da sociedade e condições gerais de mercado para situações equivalentes, conforme melhor enunciado no Ponto 70 infra.

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 205

I

26. Disponibilidade de cada um dos membros do Conselho de Administração com indicação dos cargos exercidos em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do Grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos membros daqueles órgãos no decurso do exercício

A indicação e descrição dos cargos exercidos e atividades desempenhadas pelos membros do conselho de administração encontram-se melhor descritos no documento junto ao presente relatório como Anexo II.

A Sociedade considera que todos os membros do Conselho de Administração se têm manifestado totalmente disponíveis para o exercício das funções inerentes aos órgãos para os quais foram eleitos pelos acionistas. Considerando, por um lado, a disponibilidade dos Administradores quer para participar nas reuniões dos órgãos que integram (Conselho de Administração, Comissão de Risco, Comissão de Ética e Conduta e Comissão de Governo Societário), quer, por outro, a total disponibilidade para levar a cabo as tarefas que lhes são delegadas pelo Conselho de Administração, no que respeita quer aos respetivos pelouros, quer às responsabilidades pela gestão de determinadas áreas de negócio.

c) Comissões no seio do órgão de administração ou supervisão e administradores delegados

27. Identificação das Comissões criadas no seio do Conselho de Administração e local onde podem ser consultados os Regulamentos de funcionamento

Com o objetivo de ir ao encontro das melhores práticas para o governo das sociedades, o Conselho de Administração nomeou 3 (três) comissões especializadas por forma a potenciar a sua eficácia operacional.

O Comité de Governo Societário a Comissão de Ética e Conduta e a Comissão de Risco têm regulamentos próprios que estabelecem as regras relativas à sua composição, funcionamento e competências, os quais podem ser consultado no sítio da sociedade em http://www.martifer.pt/ (separador Investidor, secção Corporate Governance / Estatutos).

28. Identificação dos membros da Comissão Executiva

Os Administradores designados pelo Conselho de Administração da Sociedade para integrar a Comissão Executiva são:

- Carlos Manuel Marques Martins (Presidente);

- Jorge Alberto Marques Martins; e

- Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira

As competências delegadas pelo Conselho de Administração na Comissão Executiva estão elencadas no Ponto 21.2 supra.

Comité de Governo Societário

SECRETÁRIO DA SOCIEDADE

Comissão de Ética e Conduta Comissão de Risco

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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206 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

29. Indicação das competências de cada uma das Comissões criadas e síntese das atividades desenvolvidas no exercício dessas competências

COMITÉ DO GOVERNO SOCIETÁRIO

O Comité de Governo Societário deve ser composto, de acordo com o respetivo Regulamento, por 2 a 6 membros que integram o Conselho Fiscal e/ou Conselho de Administração, mas que não exerçam funções executivas. Atualmente, o Comité de Governo Societário tem a seguinte composição:

PRESIDENTE Dr. Jorge Bento Farinha (Administrador independente e não executivo)

VOGAIS Eng. Luis Valadares Tavares (Administrador independente e não executivo) Dr. Américo Pereira (Presidente do Conselho Fiscal)

O Comité do Governo Societário tem competência para emitir sugestões de aperfeiçoamento do modelo de governance do grupo Martifer, tendo por objetivo a promoção do cumprimento de rigorosos princípios éticos e deontológicos e a observância de práticas que assegurem o cumprimento das normas e melhores práticas de governo societário estabelecidas e sustentem uma gestão diligente, eficaz, equilibrada e promotora de conduta ética e responsável, sob a perspetiva dos interesses dos acionistas e demais stakeholders.

Além das reuniões informais e presença de seus membros em grupos de trabalho, o Comité do Governo Societário reuniu formalmente duas vezes em 2015. Este Comité elabora as atas das suas reuniões.

O Comité de Governo Societário tem um regulamento próprio que estabelece as regras relativas à sua composição, funcionamento e competências, o qual pode ser consultado no sítio da sociedade em http://www.martifer.pt/ (separador Investidor, secção Corporate Governance / Estatutos).

O Comité de Governo Societário tem como principais responsabilidades e competências:

− avaliar e desenvolver o modelo de governo societário; − refletir sobre o sistema de governo adotado e verificar da eficácia do mesmo; − aconselhar e propor aos órgãos competentes da Sociedade a promoção de medidas que terão por fim a melhoria do

Governo − assegurar a avaliação do desempenho dos administradores executivos e do desempenho global do Conselho de

Administração, bem assim como das outras Comissões existentes;

COMISSÃO DE ÉTICA E CONDUTA

A Comissão de Ética e Conduta é constituída por três a sete membros, nomeados pelo Conselho de Administração, o qual designa um Presidente. Atualmente, a Comissão de Ética e Conduta tem a seguinte composição:

PRESIDENTE Eng. Luis Valadares Tavares (Administrador independente e não executivo)

VOGAIS Dr. Carlos Eduardo Gil (Diretor Corporativo do Departamento Jurídico da Martifer); e Dr. Paulo César Ferreira (Diretor Corporativo de Planeamento e Controlo de Gestão)

A Comissão de Ética e Conduta tem um regulamento próprio que estabelece as regras relativas à sua composição, funcionamento e competências quanto à elaboração, implementação, acompanhamento e controlo de normas de ética e conduta no grupo Martifer. O Regulamento da Comissão de Ética e Conduta pode ser consultado no sítio da sociedade em http://www.martifer.pt/ (separador Investidor, secção Corporate Governance / Estatutos).

Incumbe ainda à Comissão de Ética e Conduta constituir e assegurar o cumprimento da política de denúncia de irregularidades ocorridas no seio do grupo Martifer, onde os colaboradores possam comunicar, de forma adequada, imediata, confidencial (caso o solicitem) e salvaguardando a sua integridade profissional, informações relativas a denúncia de irregularidades ocorridas no seio do grupo Martifer, estabelecendo e informando da disponibilização de canais de comunicação adequados e eficazes.

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 207

I

A Comissão de Ética e Conduta coordena a sua atividade com o Conselho Fiscal da Sociedade, tendo em conta as competências próprias desse órgão, designadamente nos termos do CSC.

A Comissão reúne periodicamente ou sempre que for convocada pelo seu Presidente, por convocatória enviada pelo Presidente aos seus membros com a antecedência mínima de sete dias úteis, onde constará a respetiva ordem de trabalhos. A Comissão de Ética e Conduta elabora atas de todas as suas reuniões.

Além das reuniões informais e presença de seus membros em grupos de trabalho, a Comissão de Ética e Conduta reuniu formalmente em 2015 por 2 vezes, tendo sido elaboradas as respetivas atas.

COMISSÃO DE RISCO

A Comissão de Risco é constituída por três a seis membros que integram o Conselho de Administração e/ou o Conselho Fiscal, mas que maioritariamente não exerçam funções executivas. Ao Presidente do Conselho de Administração da Sociedade é vedado integrar a Comissão de Risco, sendo no entanto admitida a sua participação nas reuniões, sem direito de voto. A Comissão de Risco tem a seguinte composição:

PRESIDENTE Dr. Jorge Bento Farinha (Administrador independente e não executivo)

VICE-PRESIDENTE Dr. Américo Pereira (Presidente do Conselho Fiscal)

VOGAL Dr. Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira (Administrador Executivo)

A Comissão de Risco tem um regulamento próprio que estabelece as regras relativas à sua composição, funcionamento e competências quanto à elaboração, implementação, acompanhamento de um sistema de gestão de risco transversal ao grupo Martifer. O Regulamento da Comissão de Risco pode ser consultado no sítio da sociedade em http://www.martifer.pt/ (separador Investidor, secção Corporate Governance / Estatutos).

A missão da Comissão de Risco constitui apresentar propostas e acompanhar a implementação da política de gestão do risco ao grupo Martifer, a qual visa estabelecer uma estratégia para prevenção e gestão de risco transversal ao grupo Martifer de modo a reduzir a exposição ao risco e a salvaguardar o valor do Grupo e a criação de valor para os stakeholders.

As principais atribuições conferidas à Comissão de Risco são:

− emitir recomendações ou pareceres quanto: (a) à definição de uma política de risco para o grupo Martifer; (b) ao conteúdo, formato e metodologias a considerar nos relatórios de análise de investimentos, sejam estes orgânicos ou de aquisição de empresas; e (c) à criação de sistemas de identificação, monitorização, controle e gestão de riscos de natureza (i) legal e contratual, (ii) financeira, (iii) técnico-operacional, (iv) comercial, (v) ambiental, (vi) política e (vii) de outra natureza, que a Comissão de Risco considere relevante.

− fazer observar o cumprimento dos princípios orientadores da política de risco do grupo Martifer, auxiliando Conselho de Administração na fixação dos objetivos estratégicos da sociedade em matéria de assunção de riscos;

− elaborar pareceres sobre as operações de financiamentos e investimentos que requeiram parecer prévio da Comissão de Risco; − apresentar ao Conselho de Administração propostas, sugestões de metodologias de identificação e cobertura de riscos que

sejam apropriados e que deverão ser adotadas pelo grupo Martifer como medidas tendentes a aperfeiçoar o modelo de gestão de risco em vigor e a facilitar a prossecução dos superiores objetivos corporativos;

− informar o Conselho de Administração de quaisquer situações ou ocorrências de que tenha conhecimento e que, em seu entender, configurem incumprimento das normas e práticas de identificação, monitorização e controle de risco;

− acompanhar e analisar as reflexões e orientações produzidas sobre gestão de risco pelos organismos nacionais e internacionais, com vista ao seu eventual aproveitamento na melhoria do modelo de gestão de risco do grupo Martifer.

Além das reuniões informais e presença de seus membros em grupos de trabalho, a Comissão de Risco reuniu formalmente em 2015 por 2 vezes, tendo sido elaboradas as respetivas atas.

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208 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

III. FISCALIZAÇÃO

a) Composição

30. Identificação do órgão de fiscalização

O modelo de fiscalização da Martifer assenta num Conselho Fiscal e num ROC. A separação funcional entre Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas poderá ser entendida como uma fiscalização política a ser exercida pelo Conselho Fiscal, cabendo o papel de revisão de contas e certificação para o Revisor Oficial de Contas.

31. Composição do Conselho Fiscal com indicação do número estatutário mínimo e máximo de membros, duração estatutária do mandato, número de membros efetivos, data da primeira designação e data do termo de mandato de cada membro

O Conselho Fiscal da Sociedade é composto por três membros efetivos e um suplente, eleitos em Assembleia Geral de 14 de maio de 2015, para o triénio 2015-2017, reelegíveis nos termos legais.

Os membros do Conselho Fiscal apenas podem ser eleitos, regra geral, pela Assembleia Geral e, no decurso de uma vaga no Conselho Fiscal, será essa vaga suprida pelo membro suplente. Caso exista outra vaga a suprir, tal vaga só poderá ser completada com eleição em Assembleia Geral de um novo membro.

Os membros Dr. Américo Agostinho Martins Pereira (Presidente), Dr. Paulo Sérgio Jesus das Neves (Vogal) e Dr. António Baia Engana (Suplente) foram designados para o primeiro mandato em 2015 que termina em 2017. O membro Dr. Carlos Alberto da Silva e Cunha (Vogal) foi designado para o primeiro mandato em 2008, terminando o atual e terceiro mandato em 2017.

32. Identificação dos membros do Conselho Fiscal

Atualmente, o Conselho Fiscal da Martifer tem a seguinte composição:

PRESIDENTE Dr. Américo Agostinho Martins Pereira

VOGAIS Dr. Carlos Alberto da Silva e Cunha Dr. Paulo Sérgio Jesus das Neves

SUPLENTE Dr. António Baia Engana

Até à realização da Assembleia Geral de Acionistas de 14 de maio de 2015, inclusive, o Conselho Fiscal da Martifer tinha a seguinte composição:

PRESIDENTE Dr. Manuel Simões de Carvalho e Silva

VOGAIS Dr. Carlos Alberto da Silva e Cunha Dr. João Carlos Tavares Ferreira de Carreto Lages

SUPLENTE Dr. Juvenal Pessoa Miranda

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 209

I

33. Qualificações profissionais de cada um dos membros do Conselho Fiscal e outros elementos curriculares relevantes

A experiência e os conhecimentos dos membros do conselho fiscal atualmente em funções encontram-se melhor descritos nos currículos constantes do documento em anexo ao presente relatório e atestam, de forma rigorosa e específica, as capacidades dos mesmos para o desempenho das funções que lhes são acometidas.

O Conselho Fiscal da Sociedade é formado por membros independentes e os seus elementos estão sujeitos aos requisitos legais e regulamentares quanto a incompatibilidades, independência e especialização em vigor, nomeadamente os previstos no artigo 414.º-A do CSC, assim como o critério de independência constante do n.º 5 do artigo 414.º do CSC.

Os elementos que compõem o Conselho Fiscal da sociedade cumprem as regras de incompatibilidade e de independência acima identificadas, sendo que a 31 de dezembro de 2015, os seus membros não eram titulares, de acordo com o artigo 447.º do CSC, de ações da Martifer.

b) Funcionamento

34. Local onde pode ser consultado o regulamento de funcionamento

As competências do Conselho Fiscal estão descritas no respetivo Regulamento que pode ser consultado no sítio na Internet da sociedade http://www.martifer.pt/ (separador Investidor, secção Corporate Governance / Estatutos).

35. Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade de cada membro do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, no mínimo, uma vez em cada trimestre, sempre que o seu Presidente o entenda ou algum dos membros lho solicite. Cabe ao respetivo Presidente convocar e dirigir as reuniões e as deliberações são tomadas estando presente a maioria dos membros em exercício e por maioria dos votos expressos.

Em 2015, o Conselho Fiscal reuniu 7 vezes, tendo sido elaboradas atas de todas as reuniões.

O grau de assiduidade de cada membro do Conselho Fiscal às referidas reuniões, durante o exercício das respetivas funções, foi o seguinte:

ASSIDUIDADE

Dr. Manuel Simões de Carvalho e Silva* 100%

Dr. João Carlos Tavares Ferreira de Carreto Lages* 100%

Dr. Américo Agostinho Martins Pereira 100%

Dr. Carlos Alberto da Silva e Cunha 100%

Dr. Paulo Sérgio Jesus das Neves 100%

* Cessou funções em 14 de Maio de 2015, com a eleição dos novos órgãos sociais na Assembleia Geral, que teve lugar na mesma data

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210 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

36. Disponibilidade de cada um dos membros do Conselho Fiscal com descrição de cargos exercidos em outras empresas, dentro e fora do Grupo e, demais atividades relevantes exercidas

Todos os membros do Conselho Fiscal manifestaram ao longo do ano de 2015 inteira disponibilidade para o exercício das funções que lhe são acometidas, tendo comparecido regularmente quer às respetivas reuniões quer quando a sua presença tenha sido considerada conveniente.

Quanto às atividades dos membros do Conselho Fiscal, cumpre referir que todos os membros do Conselho Fiscal são Revisores Oficiais de Contas, e desenvolvem atividade em vários organismos conforme se encontra melhor descrito nos currículos constantes do documento em anexo ao presente relatório, aportando a este órgão conhecimentos operacionais na área dos negócios da sociedade.

O Presidente está adequadamente apoiado pelos restantes elementos do Conselho Fiscal.

No âmbito da descrição das atividades mais relevantes dos membros do Conselho Fiscal remetemos para a informação constante do Ponto 33.

c) Competências e funções

37. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos de contratação de serviços adicionais ao auditor externo.

O Auditor Externo da sociedade é a sociedade PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, SA (PwC) desde o exercício de 2010. A alteração do auditor externo ocorreu na sequência de uma consulta ao mercado nesse ano, a qual foi objeto de análise e ponderação pelo Conselho Fiscal.

Os serviços que não são de revisão legal de contas e auditoria externa solicitados por sociedades do grupo Martifer ao Auditor Externo e a outras entidades pertencentes à mesma rede, em 2015, não assumem valores relevantes. O Conselho Fiscal aprovou a contratação de serviços diferentes dos de revisão legal de contas e de auditoria ao Auditor Externo, entendendo que os mesmos, para além de globalmente não assumirem um peso relativo superior a 30 % do valor total dos serviços prestados à Sociedade, não colocam em causa a independência do Auditor Externo.

Adicionalmente, qualquer novo serviço a prestar pela PwC e suas empresas (nacionais ou internacionais) ao grupo Martifer encontra-se sujeito a aprovação prévia quer pela administração da Martifer quer pelo partner responsável pelos trabalhos da PwC no grupo Martifer, no âmbito do seu sistema de controlo de qualidade.

O Conselho Fiscal da Martifer, no âmbito das suas funções de fiscalização do funcionamento da Sociedade, tem responsabilidades de análise e apreciação dos aspetos mais significativos da relação com o Auditor Externo, nomeadamente nos aspetos tocantes à independência dos seus trabalhos. Em 2015, o Conselho Fiscal da Sociedade procedeu à avaliação da atividade prestada pelo Auditor Externo, entendendo que a mesma foi realizada de uma forma consentânea com os regulamentos e normas aplicáveis, atuando com rigor técnico, transparência e urbanidade.

Adicionalmente, o Conselho Fiscal promove, sempre que necessário ou adequado em função dos desenvolvimentos da atividade da Sociedade ou da configuração do mercado em geral, uma reflexão sobre a adequação do Auditor Externo ao exercício das suas funções.

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 211

I

38. Outras funções dos órgãos de fiscalização

Para além das funções descritas no ponto anterior, ao órgão de fiscalização incumbem as competências que lhe sejam atribuídas por lei e pelos Estatutos, entre outras, as relativas ao acompanhamento do funcionamento da Sociedade, o cumprimento das leis, dos estatutos e dos regulamentos que lhe são aplicáveis e a emissão de parecer acerca do orçamento, do balanço, do inventário e das contas anuais.

Assim, no exercício das suas competências e cumprimento dos seus deveres, o Conselho Fiscal propõe à Assembleia Geral:

− A nomeação do Revisor Oficial de Contas efetivo e suplente da Sociedade; − Fiscalizar a independência do ROC, designadamente no que respeita à prestação de serviços adicionais e o âmbito dos

respetivos serviços e a revisão de contas aos documentos de prestação de contas da Sociedade; − Examinar, sempre que o julgue conveniente e com regularidade, a escrituração da Sociedade; − Acompanhar o funcionamento da Sociedade, o cumprimento das leis, dos estatutos e dos regulamentos que lhe são aplicáveis; − Fazer-se representar nas reuniões do Conselho de Administração sempre que o entenda conveniente; − Pedir a convocação da Assembleia Geral sempre que o entenda conveniente; − Examinar as situações periódicas apresentadas pelo Conselho de Administração durante a sua gerência; − Emitir parecer acerca do orçamento, do balanço, do inventário e das contas anuais.

Incumbe também ao Conselho Fiscal representar a Sociedade junto do Auditor Externo, competindo-lhe ainda:

− propor o prestador destes serviços e a respetiva remuneração; − zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços; − avaliar anualmente a sua atuação, bem como ser o interlocutor da empresa, sendo o destinatário dos respetivos relatórios, em

simultâneo com o Conselho de Administração; e − propor a destituição do Auditor Externo com justa causa.

Constitui, por fim, uma competência do Conselho Fiscal da Martifer a fiscalização e avaliação da eficácia do sistema de gestão de riscos e acompanhamento dos trabalhos da auditoria interna, incluindo o funcionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos, as quais constituem matérias objeto de regular acompanhamento e avaliação pelo Conselho Fiscal no âmbito do seu quadro de competências funcionais e legais, conforme se infere das atas das reuniões e relatório e parecer anual do Conselho Fiscal.

IV. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

39. Identificação do revisor oficial de contas e do sócio revisor oficial de contas que o representa

O Revisor Oficial de Contas, efetivo e suplente, foram eleitos para o triénio 2015-2017 na Assembleia Geral de 14 de maio de 2015, tendo sido designados:

PRESIDENTE PRICEWATERHOUSECOOPERS & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda., como revisor oficial de contas (efetivo)

SUPLENTE Dr. JOSÉ PEREIRA ALVES, como revisor oficial de contas (suplente)

O ROC apenas poderá ser eleito em Assembleia Geral. Se ocorrer uma vaga no órgão, a mesma será suprida pelo membro suplente, que, caso não permaneça nessa função, só poderá ser preenchida através de eleição de um novo membro em Assembleia Geral.

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212 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

O Revisor Oficial de Contas pode ser representado por Hermínio António Paulos Afonso ou por António Joaquim Brochado Correia, sendo certo que, no ano de 2015, o representante do Revisor Oficial de Contas da Sociedade foi Hermínio António Paulos Afonso.

40. Indicação do número de anos em que o revisor oficial de contas exerce funções consecutivamente junto da sociedade e/ou Grupo

Nos termos melhor descritos no ponto anterior o atual Revisor Oficial de Contas PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda foi eleito na Assembleia Geral de 10 de Abril de 2013, desempenhando funções desde então.

41. Descrição de outros serviços prestados pelo ROC à sociedade

O Revisor Oficial de Contas presta à Sociedade, adicionalmente, serviços de Auditoria Externa conforme descrito nos pontos seguintes.

V. AUDITOR EXTERNO

42. Identificação do auditor externo designado para os efeitos do art. 8.º e do sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções, bem como o respetivo número de registo na CMVM.

O Auditor Externo é a sociedade PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, SA (PwC) registada sob o nº 9077 na Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, ao abrigo de um contrato inicialmente celebrado para esse exercício, o qual foi objeto de extensão para o exercício de 2015.

A PwC é, desde 2010, representada por representada pelo Dr. Herminio António Paulos Afonso.

43. Indicação do número de anos em que auditor externo e o respetivo sócio revisor oficial de contas exercem funções consecutivamente junto da sociedade e/ou Grupo

Nos termos melhor descritos no ponto anterior o Auditor externo PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda. e o respetivo sócio revisor oficial de contas, que o representa no cumprimento dessas funções, exercem consecutivamente funções junto da Sociedade há cerca de 6 anos, desde 2010.

44. Política e periodicidade da rotação do auditor externo e do respetivo sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções.

No que se refere ao período de rotatividade do Auditor Externo o grupo Martifer não tem uma política formal definida relativa à rotação do Auditor Externo.

O Conselho Fiscal procede anualmente a uma avaliação do trabalho do Auditor Externo, zelando pelo cumprimento do disposto no artigo 54º do Decreto-Lei nº 487/99, de 16 de novembro (alterado pelo Decreto-Lei nº 224/2008, de 20 de novembro), relativamente à rotação do sócio responsável pela execução do trabalho.

Não obstante, o Auditor Externo e o sócio Revisor Oficial de Contas que o representa no cumprimento dessas mesmas funções, encontram-se ainda no segundo mandato, cumprindo a Sociedade, assim, as regras atualmente em vigor.

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 213

I

45. Órgão responsável pela avaliação do auditor externo e periodicidade com que essa avaliação é feita.

O Conselho Fiscal, no exercício das suas funções, efetua anualmente uma avaliação da independência do Auditor Externo. Adicionalmente, o Conselho Fiscal promove, ao longo de cada exercício e sempre que necessário ou adequado em função dos desenvolvimentos da atividade da Sociedade ou da configuração do mercado em geral, uma reflexão sobre a adequação do Auditor Externo ao exercício das suas funções.

46. Identificação de trabalhos, distintos dos de auditoria, realizados pelo auditor externo para a sociedade e/ou para sociedades que com ela se encontrem em relação de domínio, bem como indicação dos procedimentos internos para efeitos de aprovação da contratação de tais serviços e indicação das razões para a sua contratação.

Para além dos serviços de auditoria foram realizados, para a sociedade e/ou sociedades do Grupo, serviços de consultoria fiscal para empresas estrangeiras.

A aprovação e contratação dos serviços prestados pelo Auditor Externo, distintos dos serviços de auditoria, teve por base os procedimentos descritos no ponto 37, sendo que na origem da sua contratação esteve na falta de recursos internos da Sociedade.

Adicionalmente, qualquer novo serviço a prestar pela PwC e suas empresas (nacionais ou internacionais) ao grupo Martifer encontra-se sujeito a aprovação prévia quer pela administração da Martifer quer pelo partner responsável pelos trabalhos da PwC no grupo Martifer, no âmbito do seu sistema de controlo de qualidade.

47. Indicação do montante da remuneração anual paga pela sociedade e/ou por pessoas coletivas em relação de domínio ou de grupo ao auditor e a outras pessoas singulares ou coletivas pertencentes à mesma rede e discriminação dos serviços em causa

Durante o exercício de 2015, o montante da remuneração anual paga aos auditores e a outras pessoas singulares ou coletivas pertencentes à mesma rede, suportada pela sociedade e/ou pessoas coletivas em relação de domínio ou de grupo, ascendeu a 369.924 mil Euros (incluindo despesas e remunerações pagas por subsidiárias localizadas no estrangeiro). A discriminação dessa remuneração é a seguinte:

OUTRAS 2015 % 2014 % 2013 %

Serviços de revisão legal de contas e auditoria 295.769 90,11% 305.485 99.00% 365.508 90.68%

Outros serviços de garantia de fiabilidade 0 0,00% 0 0,00% 0 0,00%

Serviços de consultoria fiscal 14.495 4,42% 3.065 1,00% 34.506 8,56%

Outros serviços que não de revisão legal de contas 17.940 0,00% 0 0,00% 3.074 0,76%

Total 328.204 100,00% 308.550 100,00% 403.088 100,00%

MT SGPS 2015 % 2014 % 2013 %

Serviços de revisão legal de contas e auditoria 41.720 100,00% 41.720 100,00% 41.720 100,00%

Outros serviços de garantia de fiabilidade 0 0,00% 0,00% 0,00%

Serviços de consultoria fiscal 0 0,00% 0,00% 0,00%

Outros serviços que não de revisão legal de contas 0 0,00% 0,00% 0,00%

Total 41.720 100,00% 41.720 100,00% 41.720 100,00%

TOTAL GLOBAL 369.924 350.270 444.808

** Incluindo contas individuais e consolidadas

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214 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

C. ORGANIZAÇÃO INTERNA

I. ESTATUTOS

48. Regras aplicáveis à alteração dos estatutos da sociedade (art. 245.º-A, n.º 1, al. h)

Os estatutos da Martifer não preveem regras especiais aplicáveis à alteração dos Estatutos, aplicando-se, assim, as regras previstas no CSC. Assim:

− Quórum constitutivo, aplica-se o disposto no art.º n.º 383º do CSC. Para que a Assembleia Geral possa deliberar, em primeira convocação, sobre a alteração do contrato de sociedade devem estar presentes ou representados acionistas que detenham, pelo menos, ações correspondentes a um terço do capital social;

− Quórum deliberativo, aplica-se a regra do artigo 18º dos Estatutos e art.º 386 n.º 3 CSC, nomeadamente, as deliberações sociais a tomar em Assembleia Geral, quanto a propostas de alteração dos Estatutos, são tomadas, quer em primeira convocação, quer em segunda convocação, por dois terços dos votos emitidos.

II. COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADES

49. Meios e política de comunicação de irregularidades ocorridas na sociedade.

A política de comunicação de irregularidades tem como entidade responsável pela receção e gestão de denúncias ou comunicação de irregularidades a Comissão de Ética e Conduta, sem prejuízo das competências próprias do Conselho Fiscal nesta matéria.

Em complementaridade com o Conselho Fiscal, a Comissão prossegue, aplica e dá seguimento aos procedimentos de denúncia de irregularidades internas, dando o adequado tratamento interno às denúncias e comunicação de irregularidades, garantindo a rápida resolução dos factos denunciados.

Desta forma, o grupo Martifer visa garantir a existência de condições que permitam a qualquer colaborador comunicar livremente as suas preocupações nestes domínios à Comissão de Ética e Conduta e facilitar a deteção precoce de situações irregulares que, a ser praticadas, poderiam causar danos ao grupo Martifer, bem como aos seus stakeholders.

A participação, comunicação ou denúncia de irregularidades ocorridas no seio do grupo Martifer é recebida diretamente numa mail box, com acesso exclusivo pelo Presidente da Comissão de Ética e Conduta. O anonimato e confidencialidade das mesmas são garantidos sempre que assim seja solicitado na participação ou denúncia. Este canal foi considerado o mais apropriado e independente para a receção das denúncias, sem prejuízo das mesmas serem rececionadas via postal.

As comunicações de irregularidades dirigidas diretamente ao Conselho Fiscal, e todas as outras que sejam da competência exclusiva do Conselho Fiscal, são de imediato igualmente comunicadas na pessoa do seu Presidente, ao Presidente da Comissão de Ética e Conduta.

Durante 2015 não foram comunicadas irregularidades à Comissão de Ética e Conduta do grupo Martifer.

A política de comunicação e denúncia de irregularidades da sociedade figura no sítio da sociedade, na Internet em http://www.martifer.pt/, bem como na intranet da Sociedade.

A política de comunicação de irregularidades Martifer abrange todo o perímetro do grupo Martifer.

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 215

I

III. CONTROLO INTERNO E GESTÃO DE RISCOS

50. Pessoas, órgãos ou comissões responsáveis pela auditoria interna e/ou pela implementação de sistemas de controlo interno

Conselho de Administração

A política de risco é definida pelo Conselho de Administração com base na análise e mensuração de riscos, o qual ainda coordena e desenvolve processos de gestão de risco de forma a assegurar uma gestão integrada de risco de acordo com a estratégia e objetivos do grupo Martifer.

Comissão de Risco

A Comissão de Risco da Martifer, que constitui uma Comissão Especializada ao serviço do Conselho de Administração, tem como atribuições principais o cumprimento dos princípios orientadores da política de Risco do grupo Martifer, auxiliando o Conselho de Administração na fixação dos objetivos estratégicos da sociedade em matéria de assunção de riscos, emitindo ainda recomendações ou pareceres, entre outros, quanto à definição de uma Política de Risco para o grupo Martifer e criação de sistemas de identificação, monitorização, controle e gestão de riscos de natureza (i) legal e contratual, (ii) financeira, (iii) técnico-operacional, (iv) comercial, (v) ambiental, (vi) política e (vii) de outra natureza.

A composição, funcionamento, atribuições e competências Comissão de Risco encontram-se descritas no Ponto 29 supra, e podem ser consultadas no Regulamento da Comissão de Risco disponível no sítio da sociedade em http://www.martifer.pt/ (separador Investidor, secção Corporate Governance / Estatutos).

Conselho Fiscal

A avaliação de controlo interno e de sistema de gestão de riscos constitui matéria objeto de regular análise e discussão pelo Conselho Fiscal da Martifer, no âmbito do seu quadro de competências legais.

Auditoria externa

Entre as suas funções, avalia os riscos de fiabilidade e integridade da informação contabilística e financeira, reportando os mesmos ao Conselho Fiscal.

Departamento de Auditoria Interna

A Martifer tem na sua estrutura organizacional um departamento de Auditoria Interna que desenvolve a sua atividade no sentido de avaliar a eficácia e eficiência do sistema de controlo interno e dos processos de negócio ao nível de todo o grupo Martifer de forma independente e sistemática, que verifica se os ativos ao nível do grupo Martifer estão devidamente registados e suficientemente protegidos contra eventuais riscos e perdas, examinar e avaliar o rigor, a qualidade e a aplicação dos controlos operacionais, contabilísticos e financeiros, promovendo um controlo eficaz e a um custo razoável e propondo medidas que se mostrem necessárias para fazer face a eventuais deficiências do sistema de controlo interno.

O departamento de auditoria interna da Martifer reporta funcionalmente ao Senhor administrador Dr. Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha, administrador não executivo e independente do Conselho de Administração da Sociedade.

É estabelecido anualmente o âmbito das auditorias a realizar de forma a avaliar a qualidade dos processos de controlo que zelam pelo cumprimento dos objetivos do sistema de controlo interno, designadamente os que passam por assegurar a eficiência das

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216 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

operações, a fiabilidade dos relatórios financeiros e operacionais e o respeito pelas leis e regulamentos. As deficiências de controlo interno são reportadas superiormente, sendo que os assuntos mais graves são reportados ao Conselho de Administração.

As atividades do departamento de Auditoria Interna, incluindo o funcionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos, são regularmente acompanhadas pelo Conselho Fiscal da Sociedade enquanto órgão de fiscalização, no âmbito das suas competências funcionais, nomeadamente as previstas na alínea i) do artigo 420º do Código das Sociedades Comerciais. Cumpre referir que o Conselho Fiscal da Sociedade reúne regularmente, cumprindo integralmente todas as funções e atribuições, conforme se infere das atas das reuniões e relatório e parecer anual do Conselho Fiscal.

Durante o ano de 2015, em virtude da saída do Grupo de alguns colaboradores afetos ao Departamento de Auditoria Interna, a atividade do mesmo foi bastante reduzida. No entanto, a Sociedade encontra-se a diligenciar ativamente para que, no decurso do ano de 2016, o Departamento de Auditoria Interna possa ser munido dos recursos humanos necessários ao cabal desempenho das funções que lhe estão atribuídas enquanto parte integrante da sua estrutura organizacional.

Departamento de Planeamento e Controlo de Gestão e Departamento de Consolidação e Reporting

A Sociedade tem ainda um departamento de Planeamento e Controlo de Gestão que, apoiado nos sistemas de informação da empresa, produz, monitoriza e analisa informação de gestão suscitando questões ao nível de cada unidade.

As demonstrações financeiras consolidadas são preparadas pelo departamento de Consolidação e Reporting da Martifer, o que garante a consistência na aplicação das políticas contabilísticas adotadas.

De salientar que os riscos de fiabilidade e integridade da informação contabilística e financeira são igualmente avaliados e reportados pela atividade do Revisor Oficial de Contas e do Auditor Externo.

Cumpre ainda referir a existência de um Código de Ética e Conduta e um sistema de comunicação de irregularidades e que permitem aumentar a cultura de controlo do grupo Martifer.

51. Explicitação, ainda que por inclusão de organograma, das relações de dependência hierárquica e/ou funcional face a outros órgãos ou comissões da sociedade

No que respeita às relações de dependência hierárquica e/ou funcional entre os órgãos sociais e departamentos responsáveis pela implementação e monitorização dos sistemas de controlo interno e melhor descritos no Ponto anterior:

− A Comissão de Risco é uma comissão especializada constituída pelo Conselho de Administração, formada maioritariamente por membros não executivos do Conselho de Administração e/ou do Conselho Fiscal, e presidida por um administrador independente;

− O Conselho Fiscal é eleito em Assembleia Geral de Acionistas da Sociedade e constitui um órgão independente; − O Auditor Externo, sob proposta do Conselho Fiscal, é eleito em Assembleia Geral de Acionistas da Sociedade e os resultados

da sua atividade são avaliados pelo Conselho Fiscal; − O Departamento de Auditoria Interna reporta funcionalmente a administrador não executivo independente do Conselho de

Administração – Prof. Dr. Jorge Bento Farinha; − O Departamento de Planeamento e Controlo de Gestão e o Departamento de Consolidação e Reporting reportam ao Conselho

de Administração da Sociedade.

52. Existência de outras áreas funcionais com competências no controlo de riscos

Entendemos que este ponto já se encontra detalhadamente explicitado no ponto anterior, pelo que remetemos a sua resposta para a explicação daquele constante.

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 217

I

53. Identificação e descrição dos principais tipos de riscos (económicos, financeiros e jurídicos) a que a sociedade se expõe no exercício da atividade

RISCOS FINANCEIROS

A) RISCO DE PREÇO

A volatilidade do preço das matérias-primas constitui um risco para o Grupo, tanto na área de Construção Metálica como na Solar. Decorrente das medidas/taxas antidumping que a União Europeia decidiu implementar sobre os produtos do aço e do alumínio provenientes da China provocou uma grande incerteza ao nível do preço que vai afetar a atividade operacional da área de negócio de construção metálica. No que concerne à evolução de mercado dos preços dos painéis solares, estes mantiveram-se constantes, no entanto, a sua variação pode também influenciar a atividade solar. A Martifer tem procurado mitigar este risco da mesma forma nas duas áreas, ou seja, através de contratos com clientes que permitam repercutir as alterações do preço da matéria-prima no valor pago pelo cliente e garantindo junto dos seus fornecedores preços fixos para projetos de grande dimensão.

B) RISCO DE TAXA DE CÂMBIO

O risco cambial apresenta uma forte interdependência com os restantes tipos de risco, salientando-se a sua relação com o risco dos países, através da evolução das economias e o seu impacto nas taxas de inflação e de juro e com o risco de crédito, por via das oscilações monetárias que poderão colocar em causa futuros fluxos financeiros, traduzindo-se na possibilidade de registar perdas ou ganhos em resultado de variações de taxas de câmbio entre diferentes divisas.

A internacionalização do Grupo obriga-o a estar exposto ao risco de taxa de câmbio das moedas de diferentes países.

A exposição ao risco de taxa de câmbio do Grupo resulta fundamentalmente das atividades operacionais (em que os gastos, rendimentos, ativos e passivos são denominados em moedas diferentes da moeda de relato), das operações realizadas entre essas subsidiárias e outras empresas do Grupo e da existência de transações efetuadas pelas empresas operacionais em moeda diferente da moeda de reporte do Grupo.

A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pelo Grupo tem como objetivo último diminuir ao máximo a sensibilidade dos seus resultados a flutuações cambiais.

No âmbito da atividade operacional de todas as subsidiárias, procura-se que as transações sejam realizadas nas respetivas moedas locais. Pela mesma razão, os empréstimos contraídos pelas subsidiárias estrangeiras são preferencialmente contraídos nas respetivas moedas locais.

No que respeita à cobertura de risco cambial, as operações de cobertura são esporádicas por se considerar que o seu custo é, por vezes, excessivo face ao nível dos riscos envolvidos. No entanto, sempre que considerado adequado, o Grupo contrata a cobertura de taxas de câmbio por forma a cobrir o risco.

Durante o ano 2015, como consequência da grave crise económica e financeira que Angola tem vindo a enfrentar, explicada, em larga medida, pela acentuada queda do preço do petróleo, assistiu-se a uma enorme escassez de divisas transacionáveis no mercado Angolano, provocando desta forma limitações nos fluxos financeiros provenientes dessa geografia.

O grupo Martifer tem mitigado este risco através de instrumentos financeiros apresentados pelos clientes (ex. cartas de crédito) de forma a manter o normal fluxo financeiro.

C) RISCO DE TAXA DE JURO

O risco de taxa de juro traduz a possibilidade de existirem flutuações no montante dos encargos financeiros futuros em empréstimos contraídos devido à evolução do nível de taxas de juro de mercado.

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218 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

O custo da dívida financeira contraída pelo Grupo está indexado a taxas de referência de curto prazo, revistas com uma periodicidade inferior a um ano e adicionadas de prémios de risco oportunamente negociados. Assim, variações nas taxas de juro podem afetar os resultados do Grupo.

A exposição do Grupo ao risco da taxa de juro advém de passivos financeiros contratados a taxa fixa e/ou taxa variável. No primeiro caso, o Grupo enfrenta um risco de variação do justo valor desses ativos ou passivos, na medida em que qualquer alteração das taxas de mercado envolve um custo de oportunidade. No segundo caso tal alteração tem impacto direto no valor dos juros, provocando, consequentemente, variações de caixa.

Nos empréstimos de médio e longo prazo mais significativos, o Grupo recorre, sempre que considera adequado, a empréstimos de taxa fixa ou a instrumentos financeiros derivados de taxa de juro no sentido de gerir a sua exposição a alterações nas taxas de juro vigentes nesses empréstimos. O montante dos empréstimos, prazos de vencimento dos juros e planos de reembolso dos empréstimos subjacentes aos derivados de taxa de juro contratados são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos contraídos, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura.

Durante o ano de 2015, as taxas de juro de referência na zona euro mantiveram-se a níveis muito baixos, atingindo mesmo valores negativos no final do ano. De acordo com as projeções do Banco Central Europeu publicadas em Março de 2016 (“March 2016 ECB staff macroeconomic projections for the euro area”), as taxas deverão manter-se a níveis muito baixos durante os anos de 2016 e 2017, esperando-se apenas um modesto crescimento para 2018.

A 17 de dezembro de 2015, foram assinados os acordos de reestruturação da dívida do grupo Martifer com os Bancos, que envolveu a renegociação as taxas de prémio de risco (Spread) para valores muito competitivos, possibilitando uma menor exposição ao risco de taxa de juro. Esta alteração do pricing dos financiamentos bancários produziu efeitos a partir de 1 de janeiro de 2015. Este fator aliado à estabilidade esperada nas taxas de referência concorrem para que a exposição da Martifer ao risco de taxa de juro seja atualmente reduzido.

D) RISCO DE LIQUIDEZ

O risco de liquidez traduz a capacidade do Grupo fazer face às suas responsabilidades financeiras, tendo em conta os recursos financeiros disponíveis.

O principal objetivo da política de gestão de risco da liquidez é garantir que o Grupo tem ao seu dispor, a qualquer momento, os recursos financeiros suficientes para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas, honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, através de uma adequada gestão da relação custo - maturidade dos financiamentos.

Conforme mencionado no ponto anterior, no final de 2015, o Grupo reestruturou a sua dívida com as instituições através do reescalonamento do vencimento dos financiamentos bancários ao longo do tempo, alargando a maturidade média da dívida por forma a torná-la coincidente com o grau de permanência dos seus ativos de longo prazo e, simultaneamente, para permitir que os excedentes de tesouraria sejam suficientes para cumprir com as suas responsabilidades.

Assim, e atendendo ao cariz de médio/longo prazo dos investimentos efetuados, o serviço da dívida passa a acompanhar a maturidade dos ativos associados, não hipotecando o compromisso decorrente da sua atividade operacional de curto prazo na prossecução do objetivo do Grupo de adequar a maturidade de inflows da atividade operacional e de (des)investimento aos outflows da atividade de financiamento.

Em consequência das medidas anteriormente mencionadas, verifica-se que, a 31 de dezembro de 2015, o Ativo Corrente supera largamente o Passivo Corrente. Assim, o risco de liquidez é bastante reduzido, dada a capacidade que a Martifer tem na transformação dos seus ativos de curto prazo em liquidez.

A direção financeira faz o acompanhamento da implementação das políticas de gestão de risco definidas pela administração, de forma a garantir que os riscos económicos e financeiros são identificados, mensurados e geridos de acordo com tais políticas.

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 219

I

E) RISCO DE CRÉDITO

O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afetem as economias a uma escala local, nacional ou internacional podem originar a incapacidade dos clientes do grupo Martifer para saldar as suas obrigações, com eventuais efeitos negativos nos resultados do Grupo.

O Grupo encontra-se sujeito ao risco no crédito que concerne à atividade operacional – Clientes e Outros Devedores e outras contas a receber.

Ciente desta realidade, o Grupo procura avaliar o risco de crédito de todos os seus clientes como racional para o estabelecimento do crédito a conceder, sendo objetivo último assegurar a efetiva cobrança dos créditos nos prazos estabelecidos.

Com este objetivo, o Grupo recorre a agências de informação financeira e avaliação de crédito e efetua regularmente análises de risco e controlo de crédito, bem como cobrança e gestão de processos em contencioso, procedimentos essenciais para gerir a atividade creditícia e minimizar a ocorrência de incobráveis.

RISCOS OPERACIONAIS

A) CONSTRUÇÃO METÁLICA

Os riscos operacionais na área de Construção Metálica, que a partir de 2011 passou também a integrar a área de equipamentos para energia, agrupam-se atualmente em três fontes de riscos - risco de cliente, risco de fornecedor e risco externo, que por sua vez se subdivide em problemas específicos.

No risco de cliente, podem ser identificadas, por exemplo, questões que possam ocorrer ao nível da contratação, como a falta de convergência na interpretação e aplicação das disposições contratuais, o desagrado ou insatisfação com o serviço/produto e ainda o risco de incumprimento no pagamento do preço estipulado após a entrega dos projetos.

No que diz respeito à volatilidade da procura, será de realçar que a área de negócio depende, em parte, do lançamento de concursos públicos para obras de infraestruturas públicas (e.g. pontes, aeroportos, gares). No âmbito dos concursos públicos, a Martifer está sujeita a uma regulamentação complexa, própria de cada país, nomeadamente no que respeita à apresentação de propostas e à elaboração de dossiers administrativos completos, com respeito pelo caderno de encargos definido pela entidade contratante, que poderão representar custos acrescidos para o grupo Martifer. É de realçar que, não obstante a referida dependência de concursos públicos, a Martifer tem tido a capacidade de captar negócios não sujeitos a concurso público, reduzindo a sua exposição a este risco.

No risco com o fornecedor, é de sublinhar que a Martifer Construções, como perita em projetos de engenharia, recorre muitas vezes à subcontratação de outras empresas, que por sua vez podem falhar na execução dos seus contratos e comprometer em efeito “dominó” o cumprimento do prazo de entrega dos projetos. Ou seja, associado à construção está ainda o risco de eventuais atrasos na entrega de obras, com as inerentes penalizações contratuais.

Finalmente, no âmbito dos riscos externos, e sendo certo que a área de Construção Metálica tem uma forte correlação com o crescimento da economia e com a formação bruta de capital fixo, é portanto sensível à atual conjuntura económica. Nesse sentido, o agravamento da crise da dívida soberana na Europa levanta também outros problemas, nomeadamente os planos de austeridade que implicam cortes severos e transversais no investimento público e a diminuição significativa de liquidez na totalidade do sistema financeiro, que leva muitas vezes a que, apesar da existência de projetos aliciantes, não exista, porém, o correspondente capital que permita a sua execução.

A forma que a área de Construção Metálica encontrou para mitigar estes riscos externos foi através da dispersão dos negócios por diferentes geografias, nomeadamente pela entrada em mercados que registam maiores taxas de crescimento no setor da construção, como o caso do mercado angolano e do mercado argelino, ou mesmo países de visita como a Arábia Saudita, que permitirão compensar quer os efeitos da recessão económica em Portugal quer o abrandamento económico na Europa.

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220 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

B) SOLAR

Na atividade de desenvolvimento e instalação de parques “chave na mão”, eventuais atrasos na obtenção das licenças necessárias por parte dos clientes finais ou atrasos não antecipados na entrega de equipamentos poderão pôr em causa os calendários inicialmente previstos para a execução dos respetivos projetos. Apesar de contratualmente este tipo de atrasos não ser alvo de penalizações, em alguns casos esta situação pode constituir um risco para o Grupo em virtude das dificuldades de planeamento que pode acarretar.

Adicionalmente, a crise no mercado financeiro tem vindo a dificultar o acesso a financiamento por parte dos promotores, levando ao adiamento de alguns projetos. A diversificação do negócio ao longo da cadeia de valor e a carteira diversificada de clientes, dentro e fora do Grupo, que vêm sendo adotados, permitirão reduzir o eventual impacto desta situação.

Os módulos solares fotovoltaicos produzidos pela empresa são comercializados com uma garantia de produto de 5 anos e garantia de performance de 25 anos, pelo que este segmento está exposto ao risco de reclamações por garantias por períodos muito longos após a venda dos equipamentos. Nesse sentido, eventuais problemas com a qualidade dos produtos ou performance podem implicar custos elevados. A performance dos sistemas solares é também garantida no caso dos módulos que são adquiridos para a construção de parques solares, sendo que, nesta situação, a responsabilidade do Grupo é diminuída porque existe direito de regresso sobre os fornecedores.

Por outro lado, muitos equipamentos de produção de módulos solares fotovoltaicos são customizados para matérias-primas específicas, pelo que existe o risco de dependência de fornecedores de matéria-prima chave. O Grupo tem vindo a mitigar este risco através do estabelecimento de contratos de longo prazo para algumas matérias-primas, realizando uma seleção criteriosa dos fornecedores e diligenciando no sentido da obtenção de uma diversificação de fornecedores para cada uma das matérias-primas relevantes do processo produtivo.

C) RENEWABLES

Os índices de produtividade ligados ao negócio das energias renováveis dependem não só dos custos operacionais, mas também das suas receitas (função do preço e da quantidade de energia produzida pelo ativos). O equipamento utilizado e alguns fatores exógenos, como o vento, que por sua vez depende da localização dos parques eólicos, influenciam a produção de energia e consequentemente os resultados. Sempre que a velocidade de vento for inferior ou superior aos limites dos equipamentos, deixa de ser produzida energia. Estes limites variam de acordo com o fabricante e o tipo de aerogeradores. Adicionalmente, cada aerogerador possui a sua curva de potência que determina a potência gerada a cada velocidade de vento.

A disponibilidade do equipamento e a curva de potência de cada aerogerador são garantidas contratualmente, sendo estabelecidas indemnizações a pagar pelos fornecedores se a disponibilidade não for satisfeita ou se a curva de potência não for atingida.

Este risco é mitigado também através da diversificação geográfica dos parques eólicos que permite compensar as variações do vento em cada área e manter a quantidade total de energia produzida relativamente estável.

No caso da energia solar fotovoltaica, os fatores exógenos são mais facilmente previstos, pelo que a variação das receitas acaba por ser minimizada.

LICENCIAMENTO:

Os parques eólicos e solares estão sujeitos a uma regulamentação rigorosa em matéria de desenvolvimento, construção, licenciamento e operação de centrais. Se as autoridades relevantes nas jurisdições em que o Grupo opera deixarem de continuar a apoiar ou reduzirem o seu apoio ao desenvolvimento de parques eólicos e solares, tais ações poderão ter um impacto significativo sobre a atividade.

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 221

I

RISCOS JURÍDICOS A Martifer está sujeita a leis e regulamentos nacionais e locais, respeitantes às várias geografias e mercados onde está presente e que visam assegurar, entre outros, os direitos dos trabalhadores, a proteção do meio ambiente e o ordenamento do território e a manutenção de um mercado aberto e competitivo. Assim, as alterações legislativas e regulatórias que possam abranger as condições de condução das atividades do Grupo e, consequentemente, prejudicar ou impedir o alcance dos objetivos estratégicos implicam a adaptação da Empresa às novas realidades de regulação.

A gestão dos riscos jurídicos é efetuada pelo Departamento Jurídico da holding e de cada Área de Negócio do Grupo e monitorizada no âmbito das assessorias legais e fiscais dedicadas às respetivas atividades, que funcionam na dependência da administração e gestão, desenvolvendo as suas competências em articulação com os demais departamentos fiscais e financeiros, de forma a assegurar a proteção dos interesses da Sociedade e, em última instância, dos stakeholders, no respeito estrito pelo cumprimento dos seus deveres legais.

Os membros que integram os referidos departamentos jurídicos e assessorias possuem formação especializada e participam regularmente em ações de formação e atualização.

A assessoria legal e fiscal é igualmente garantida, a nível nacional e internacional, por profissionais externos, selecionados entre firmas de reconhecida reputação e de acordo com elevados critérios de competência, ética e experiência.

54. Descrição do processo de identificação, avaliação, acompanhamento, controlo e gestão de riscos.

SISTEMAS DE GESTÃO DE RISCO

A Gestão do Risco é uma das componentes da cultura da Martifer, estando presente em todos os processos de gestão e representando uma responsabilidade de todos os gestores e colaboradores aos diferentes níveis da organização.

A política de risco é definida pelo Conselho de Administração com base na análise e mensuração de riscos, o qual ainda coordena e desenvolve processos de gestão de risco de forma a assegurar uma gestão integrada de risco consonante com a estratégia e objetivos do Grupo.

Em paralelo, a Martifer continua a implementar procedimentos de controlo interno e gestão de riscos com o objetivo de reforçar a gestão integrada dos riscos, estabelecendo uma estratégia para prevenção e gestão de risco transversal ao Grupo, de modo a reduzir a exposição ao risco e a salvaguardar o valor do Grupo. O procedimento caracteriza-se, sumariamente, pela identificação de riscos em cada uma das áreas de negócio, acompanhada, em paralelo, pela formalização de um processo de avaliação, gestão, prevenção e mitigação de risco a efetuar pelo Conselho de Administração da Sociedade, apoiado pela Comissão de Risco.

A gestão do risco compreende os processos de identificação dos riscos atuais e potenciais, analisando o seu possível impacto nos objetivos estratégicos da organização e prevendo a probabilidade da sua ocorrência, de modo a determinar a melhor forma de gerir a exposição a esses riscos.

Todos estes riscos são devidamente identificados, avaliados e monitorizados, cabendo a diferentes estruturas dentro da sociedade a sua gestão e/ou mitigação.

A gestão de riscos no grupo Martifer começa por ser assegurada ao nível das empresas operacionais, com a identificação, medida e análise dos diferentes riscos a que as mesmas estão sujeitas, com particular destaque para os riscos de natureza operacional e de mercado, procurando estimar-se a probabilidade de ocorrência dos diversos fatores que os determinam e o seu impacto potencial nos negócios da empresa ou atividade em causa.

Sem prejuízo da definição da estratégia de risco pelo Conselho de Administração da Martifer, os responsáveis operacionais são igualmente incumbidos da implementação dos mecanismos de controlo de risco, os quais são sujeitos ao escrutínio dos competentes departamentos Financeiro, Fiscal e Jurídico.

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222 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

A identificação de riscos constitui uma responsabilidade transversal aos diferentes níveis da organização, tendo sido criados templates próprios para identificação e categorização dos principais riscos de cada Área de Negócio, bem como de novos riscos que surjam à medida do desenvolvimento das respetivas atividades, incluindo:

(i) riscos económicos e de negócio, (ii) riscos financeiros, e (iii) riscos jurídicos.

Incumbe ainda à Comissão de Risco da Sociedade a apreciação e emissão de pareceres, que são submetidos ao Conselho de Administração, entre outros, sobre novos investimentos do grupo Martifer a partir de um determinado montante e sobre as novas geografias de atuação do Grupo.

A eficiência destes mecanismos é periodicamente avaliada pela holding, através do departamento de Auditoria Interna, no cumprimento de um plano de auditorias financeiras e aos sistemas de informação, de processo e de conformidade com os procedimentos aprovados. Este plano de auditoria é preparado e desenvolvido anualmente, baseado numa avaliação prévia de riscos do negócio, sendo os mecanismos e avaliações do departamento de auditoria interna acompanhados e fiscalizados pelo Conselho Fiscal da Sociedade no âmbito das suas competências funcionais.

A função de Planeamento e Controlo de Gestão também promove e apoia a integração da gestão de risco no processo de planeamento e controlo de gestão das empresas.

É objetivo da Holding obter uma visão integrada dos riscos em que o Grupo incorre em cada uma das suas diferentes atividades ou áreas de negócios e assegurar a consistência do perfil de risco daí resultante com a estratégia global do Grupo e, em particular, aquilo que considera ser, dada a sua estrutura de capital, um nível de riscos aceitável.

Neste sentido, as operações de maior relevância e impacto no grupo Martifer, bem como as de maior pendor financeiro são diretamente avaliadas e validades pelos departamentos Financeiro, Fiscal e Jurídico ao nível da holding, seguindo as políticas e estratégias de risco fixadas pela administração.

55. Principais elementos dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira (art. 245.º-A, n.º 1, al. m)

Relativamente à divulgação de informação financeira, o grupo Martifer promove a cooperação estreita entre todos os órgãos, departamentos e demais intervenientes no processo, para que a informação financeira seja preparada de acordo com os preceitos legais em vigor e obedeça às melhores práticas de transparência, relevância e fiabilidade, a sua verificação seja efetiva, quer por análise interna, quer por análise dos órgãos de fiscalização e Auditor Externo, a sua aprovação seja realizada pelo órgão social competente e a sua divulgação pública cumpra todos os requisitos legais e recomendatórios, nomeadamente os da CMVM.

No processo de divulgação de informação financeira destaca-se:

− O uso dos princípios contabilísticos que são explicados nas notas às Demonstrações Financeiras; − A informação financeira é analisada pelos responsáveis de gestão das respetivas áreas de negócio, visando a monitorização

permanente e o respetivo controlo orçamental; − Os registos contabilísticos e a preparação das demonstrações financeiras são assegurados pelos Departamentos Financeiro,

de Contabilidade e de Planeamento e Controlo de gestão, que garantem o controlo do registo das transações dos processos de negócio e dos saldos das contas de ativos, passivos e capitais próprios;

− As demonstrações financeiras consolidadas são preparadas com periodicidade trimestral pelo Departamento de Consolidação e Reporting e validadas pelo Departamento de Planeamento de Controlo de Gestão;

− O Relatório de Gestão é preparado pelos departamentos internos competentes, com a contribuição e revisão adicional das várias áreas de negócio e de suporte. O Revisor Oficial de Contas também revê o conteúdo deste relatório e a sua conformidade com a informação financeira de suporte;

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 223

I

− As demonstrações financeiras do Grupo são preparadas sob a supervisão dos administradores executivos do Grupo. Os documentos que constituem o relatório anual são enviados para revisão e aprovação do Conselho de Administração. Depois da aprovação, os documentos são enviados ao Auditor Externo, que emite a sua Certificação Legal de Contas e o Relatório de Auditoria Externa;

− O Revisor Oficial de Contas executa uma auditoria anual e revisões trimestrais das contas consolidadas, efetuados de acordo com as Normas de Auditoria em vigor.

IV. APOIO AO INVESTIDOR

56. Serviço responsável pelo apoio ao investidor, composição, funções, informação disponibilizada por esses serviços e elementos para contacto.

A Martifer desde sempre tem privilegiado o contacto permanente com o mercado de capitais, procurando garantir o acesso permanente a informação sobre o Grupo de forma continuada e consistente, quer através da divulgação de informação financeira periódica, quer através de contactos com investidores institucionais, nomeadamente participando em roadshows e conferências, quer através do contacto permanente com analistas financeiros.

Os acionistas e os investidores de forma geral podem obter toda a informação relevante do Grupo através do sítio da Martifer em http://www.martifer.pt/, em particular na página de Investor Relations, onde podem encontrar, para além da informação obrigatória, de natureza corporativa e financeira, a informação sobre a evolução da sua cotação. Acionistas e investidores podem ainda recorrer ao Gabinete de Apoio ao Investidor, que, de forma permanente, assegura o contacto com o mercado.

Durante o ano 2015 a Martifer participou em vários eventos entre roadshows, seminários, reuniões one-to-one e conferências dirigidas a investidores institucionais.

A Direção de Relações com os Investidores e Comunicação pretende garantir ao mercado, investidores, analistas e jornalistas a divulgação de informação sobre o grupo Martifer de forma continuada, oportuna e equilibrada.

As principais funções do Gabinete de Apoio ao Investidor são, entre outras:

− Assegurar, junto das autoridades e do mercado, o cumprimento das obrigações legais e regulamentares de reporte que impendem sobre a Martifer SGPS, SA. Salienta-se a difusão da informação enquadrável na moldura de ”divulgação de informação privilegiada”, a prestação de informação trimestral sobre a atividade e os resultados do Grupo e a preparação dos relatórios e contas anuais, semestrais e trimestrais;

− Dar resposta às solicitações de informação dos investidores (institucionais e particulares), analistas financeiros e demais agentes; − Apoiar e assessorar a Comissão Executiva da Martifer em aspetos relacionados com o estatuto de sociedade aberta, a título de

exemplo destaca-se o acompanhamento da evolução das ações Martifer em mercado, nas suas múltiplas vertentes, o apoio nos contactos diretos que a Comissão Executiva regularmente realiza com analistas financeiros e investidores institucionais (nacionais e estrangeiros), no âmbito de conferências, reuniões e roadshows. A nível orgânico, o Gabinete de Apoio ao Investidor reporta diretamente à Comissão Executiva do Conselho de Administração da Martifer SGPS, S.A..

− A Informação disponibilizada pelo Gabinete de Apoio ao Investidor: • Kit do Investidor • Informações Gerais • Principais Indicadores • Corporate Governance • Órgãos Sociais • Estatutos • Ética e Conduta

• Assembleias Gerais • Cotação • Agenda • Publicações • Informações Financeiras • Apresentações • Comunicados

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224 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

O Gabinete da Apoio ao Investidor pode ser contactado nos seguintes contactos: [email protected] Martifer SGPS, Apartado 17 3684-001 Oliveira de Frades Portugal Telefone: +351 232 767 702 Fax: +351 232 767 750

57. Representante para as relações com o mercado

Para efeitos do Código dos Valores Mobiliários, o Responsável pela Relações com o Mercado é, atualmente, o Dr. Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira. Dr. Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira Martifer SGPS, Apartado 17 3684-001 Oliveira de Frades Portugal Telefone: +351 232 767 702 Fax: +351 232 767 750

58. Informação sobre a proporção e o prazo de resposta aos pedidos de informação entrados no ano ou pendentes de anos anteriores

− Os pedidos de informação ao Gabinete de Apoio ao Investidor registou um aumento significativo desde o segundo semestre de 2015, que se justifica pela melhoria das espectativas dos mercados financeiros relativamente a Portugal e performance das empresas. Os pedidos de informação na sua maioria foram feitos por investidores institucionais, mas também foram registados alguns pedidos de informação de pequenos investidores de retalho.

− O Gabinete de Apoio ao Investidor tenta minimizar ao máximo o tempo de resposta aos pedidos que, na impossibilidade de ser imediata, não deverá ultrapassar, exceto em condições pontuais, as 24 horas.

V. SÍTIO DE INTERNET

59. Endereço(s)

A Martifer dispõe de um sítio de Internet com o endereço eletrónico http://www.martifer.pt/ contendo um conjunto alargado de informação sobre o grupo Martifer.

60. Local onde se encontra informação sobre a firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e demais elementos mencionados no artigo 171.º do Código das Sociedades Comerciais.

Informação pode ser consultada no seguinte endereço eletrónico:

http://www.martifer.com/pt/grupo/legal-disclaimer/

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 225

I

61. Local onde se encontram os estatutos e os regulamentos de funcionamento dos órgãos e/ou comissões

Informação pode ser consultada no seguinte endereço eletrónico:

http://www.martifer.pt/pt/grupo/investidor/corporate-governance/estatutos/

62. Local onde se disponibiliza informação sobre a identidade dos titulares dos órgãos sociais, do representante para as relações com o mercado, do Gabinete de Apoio ao Investidor ou estrutura equivalente, respetivas funções e meios de acesso.

Informação pode ser consultada nos seguintes endereços eletrónicos:

http://www.martifer.pt/pt/grupo/investidor/corporate-governance/orgaos-sociais/

http://www.martifer.pt/pt/grupo/investidor/informacoes-gerais/gabinete-de-apoio/

63. Local onde se disponibilizam os documentos de prestação de contas, que devem estar acessíveis pelo menos durante cinco anos, bem como o calendário semestral de eventos societários, divulgado no início de cada semestre, incluindo, entre outros, reuniões da assembleia geral, divulgação de contas anuais, semestrais e, caso aplicável, trimestrais.

Informação pode ser consultada no seguinte endereço eletrónico:

http://www.martifer.pt/pt/grupo/investidor/publicacoes/informacoes-financeiras/

64. Local onde são divulgados a convocatória para a reunião da assembleia geral e toda a informação preparatória e subsequente com ela relacionada.

Informação pode ser consultada no seguinte endereço eletrónico:

http://www.martifer.pt/pt/grupo/investidor/corporate-governance/assembleias-gerais/

65. Local onde se disponibiliza o acervo histórico com as deliberações tomadas nas reuniões das assembleias gerais da sociedade, o capital social representado e os resultados das votações, com referência aos 3 anos antecedentes.

Informação pode ser consultada no seguinte endereço eletrónico:

http://www.martifer.pt/pt/grupo/investidor/corporate-governance/assembleias-gerais/

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226 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

D. REMUNERAÇÕES

I. Competência para a determinação

66. Competência para a determinação da remuneração dos órgãos sociais, dos membros da comissão executiva e dos dirigentes da sociedade

A política de remunerações e as remunerações dos Órgãos Sociais da Sociedade são fixadas por uma Comissão de Fixação de Vencimentos, eleita em Assembleia Geral de Acionistas. Esta política é revista anualmente e submetida para aprovação, na Assembleia Geral Anual de Acionistas da Sociedade, onde está presente, pelo menos, um representante da referida Comissão de Fixação de Vencimentos.

A atividade da Comissão de Fixação de Vencimentos está vocacionada para a elaboração das linhas mestras e determinação da política remuneratória dos órgãos sociais da Sociedade, no acompanhamento da execução dessa política e na garantir do alinhamento da atuação daqueles com os interesses da Sociedade.

A Comissão de Fixação de Vencimentos tem como principais competências:

− Definir a política de remunerações dos Órgãos Sociais da Empresa, especialmente os membros executivos do Conselho de Administração, fixando critérios de determinação da componente variável da remuneração;

− Determinar as várias componentes da remuneração fixa e variável, eventuais benefícios e complementos, bem como o valor da remuneração anual a pagar aos membros dos Órgãos Sociais da Martifer;

− Acompanhar o desempenho dos membros executivos do Conselho de Administração para efeitos de determinação da remuneração variável;

− Acompanhar o desempenho dos membros não executivos do Conselho de Administração; − Submeter, com caráter consultivo, à Assembleia Geral anual, exposição informativa sobre a política de remunerações da

sociedade.

A Comissão de Fixação de Vencimentos pontualmente solicita, se necessário, a departamentos internos da Martifer (nomeadamente Departamento de Recursos Humanos, Departamento de Planeamento de Controle de Gestão e Departamento Jurídico) informação especializada e dados de natureza técnica, entre outros, relativos à estrutura da sociedade, resultados do Grupo e membros e atividades dos órgãos sociais. A informação solicitada e recebida pela Comissão visa reunir informações e dados técnicos que permitam definir e implementar a política de remunerações do Grupo.

A informação solicitada é prestada de forma gratuita, não carecendo a Comissão da contratação de pessoas singulares ou coletivas para o desempenho das suas funções.

Compete ainda ao auditor externo a verificação da aplicação das políticas descritas e dos sistemas de remuneração dos órgãos sociais, incumbindo-lhe a comunicação de qualquer desconformidade eventualmente detetada ao Conselho fiscal.

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 227

I

II. Comissão de remunerações

67. Composição da comissão de remunerações, incluindo identificação das pessoas singulares ou coletivas contratadas para lhe prestar apoio e declaração sobre a independência de cada um dos membros e assessores

A composição da Comissão de Fixação de Vencimentos eleita em Assembleia Geral, cujo mandato tem a duração de três anos (2015-2017), é a seguinte:

PRESIDENTE António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota

VOGAIS Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos Júlia Maria Rodrigues de Matos Nogueirinha

Os membros da Comissão de Fixação de Vencimentos são independentes relativamente ao órgão de administração, com a explicação contida no parágrafo seguinte.

No exercício social de 2015, um membro da Comissão de Fixação de Vencimentos - Dra. Júlia Matos - foi também membro de órgão social de sociedade, cujo capital social é detido por dois administradores executivos da Sociedade, designadamente os Senhores Eng.º Carlos Marques Martins e Dr. Jorge Marques Martins. Contudo, a Sociedade entende que a independência da Comissão de Fixação de Vencimentos está acautelada quer pela formação profissional deste membro em particular, quer pelo facto de os restantes membro da Comissão, que formam uma maioria, serem independentes relativamente aos membros executivos do órgão de administração da Sociedade.

Não existem pessoas contratadas para integrar a Comissão de Fixação de Vencimentos.

68. Conhecimentos e experiência dos membros da comissão de remunerações em matéria de política de remunerações.

A Sociedade considera que todos os elementos que integram a Comissão de Fixação de Vencimentos estão, quer pela sua formação profissional, quer pelos cargos que têm desempenhado, totalmente aptos ao excelente desempenho das suas funções.

A Dra. Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos é Presidente da Comissão de Desenvolvimento de Recursos Humanos do grupo Mota-Engil.

A experiência e os conhecimentos dos membros da comissão de remunerações encontram-se melhor descritos nos currículos constantes do documento em anexo ao presente relatório e atestam as capacidades dos mesmos para o desempenho das funções que lhes são acometidas.

III. Estrutura das remunerações

69. Descrição da política de remuneração dos órgãos de administração e de fiscalização a que se refere o artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho.

A Remuneração dos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal da Sociedade é determinada, nos termos estatutários, pela Comissão de Fixação de Vencimentos que submete anualmente à apreciação da Assembleia Geral um

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228 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

documento contendo as orientações gerais a observar na fixação concreta dos montantes a atribuir aos membros dos vários Órgãos Sociais.

Na Assembleia Geral da Sociedade ocorrida em 14 de maio de 2015, foi apreciada e submetida a aprovação a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização elaborada pela Comissão de Fixação de Vencimentos, em cumprimento ao disposto no artigo 2º da Lei nº 28/2009, de 19 de junho, a qual se encontra disponível no sítio da sociedade em http://www.martifer.pt/ (separador Investidor, secção Corporate Governance / Assembleia Geral).

Em termos gerais, a referida política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização, pretende seguir de perto as disposições do CSC e do Código de Governo das Sociedades da Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários que lhe sejam aplicáveis, estando refletida na declaração submetida a aprovação da Assembleia Geral referida no Ponto seguinte.

Na definição da política de remunerações para o ano de 2015 foram consideradas as disposições legais previstas (i) no CSC, designadamente no seu artigo 399º; (ii) a Lei 28/2009, de 19 de junho; (iii) o Código do Governo das Sociedades da CMVM de 2010; e (iv) o regime especial consagrado nas normas estatuárias da sociedade.

70. Informação sobre o modo como a remuneração é estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração com os interesses de longo prazo da sociedade, bem como sobre o modo como é baseada na avaliação do desempenho e desincentiva a assunção excessiva de riscos.

A política de remunerações da Martifer pretende promover a convergência dos interesses dos administradores, dos demais órgãos sociais e dirigentes com os interesses da Sociedade, designadamente na criação de valor para o acionista e o crescimento real da empresa, privilegiando uma perspetiva de longo prazo.

Assim, a Comissão estruturou os componentes integrantes dos vencimentos dos órgãos de Administração de forma a premiar o seu desempenho, desincentivando contudo a assunção excessiva de riscos por aqueles, alcançando um crescimento elevado e, simultaneamente, sustentado. São ainda fatores determinantes a situação económica da sociedade e as condições gerais praticadas pelo mercado para funções equivalentes.

A remuneração dos membros executivos do Conselho de Administração será composta por uma parte fixa e, quando assim deliberado pela Comissão de Fixação de Vencimentos, por uma parte variável, não podendo a parte variável da remuneração dos administradores exceder os 5% (cinco por cento) dos lucros de exercício, nos termos da lei e do artigo 20.º, n.º 3 dos Estatutos.

Os princípios informadores observados pela Comissão na fixação das remunerações são:

a) FUNÇÕES DESEMPENHADAS, grau de complexidade inerente às funções, responsabilidades atribuídas, tempo despendido e valor acrescentado que o produto do seu trabalho aporta à sociedade. Relevam ainda outras funções desempenhadas em sociedades participadas em virtude do aumento das responsabilidades atribuídas e de constituir fonte adicional de rendimento.

b) ALINHAMENTO DOS INTERESSES DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO COM OS INTERESSES DA SOCIEDADE, avaliação de desempenho dos membros do órgão de administração e da criação de valor para os acionistas.

c) SITUAÇÃO ECONÓMICA DA SOCIEDADE, atual e futura, privilegiando os interesses da sociedade numa perspetiva de longo prazo e do real crescimento da empresa e da criação de valor para os seus acionistas, com base em critérios caracterizadores da situação económica da sociedade, entre outros, de índole financeira.

d) CONDIÇÕES GERAIS DE MERCADO PARA SITUAÇÕES EQUIVALENTES, sendo que a remuneração deverá estar alinhada com a prática de mercado, permitindo servir como meio para atingir um elevado desempenho individual e coletivo, assegurando-se os interesses do próprio mas essencialmente os da sociedade e do acionista.

As orientações gerais de política remuneratória observada pela Comissão de fixação de Vencimentos no ano de 2015 foi a constante da Declaração de Política de Remunerações, que foi sujeita a deliberação da assembleia geral da sociedade de 14 de maio de 2015, a qual pode ser consultada no Anexo III ao presente relatório.

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 229

I

71. Referência, se aplicável, à existência de uma componente variável da remuneração e informação sobre eventual impacto da avaliação de desempenho nesta componente

Nos termos já melhor descritos no ponto anterior a remuneração dos membros executivos do Conselho de Administração será composta por uma parte fixa e, quando atribuída, por uma parte variável.

A parte fixa da remuneração dos membros do Conselho de Administração com funções executivas, bem como dos membros não executivos não independentes (quando atribuída), consistirá num valor mensal, pagável catorze vezes por ano, não podendo a parte variável da remuneração dos administradores exceder os cinco por cento dos lucros de exercício, nos termos da lei e do artigo 20.º, n.º 3 dos Estatutos.

Na fixação de todas as remunerações, incluindo designadamente na distribuição do valor global da remuneração variável dos membros do Conselho de Administração, serão observados os princípios gerais acima consignados: funções desempenhadas, alinhamento com os interesses da sociedade, privilegiando o longo prazo, situação da sociedade e critérios de mercado.

O processo de atribuição de remunerações variáveis (RV) aos membros executivos do Conselho de Administração deverá seguir os critérios propostos pela Comissão de Fixação de Vencimentos, designadamente, a sua posição hierárquica, a avaliação de desempenho efetuada, o crescimento real da sociedade, procurando na determinação daqueles potenciar a convergência dos interesses dos órgãos da Administração com os da sociedade, privilegiando a perspetiva de longo prazo, sendo esta considerada nos critérios de performance da Administração. Serão assim determinantes para a avaliação e mensuração de RV:

− o Contributo dos administradores executivos para os resultados obtidos; − a rentabilidade dos negócios na perspetiva do acionista; − a evolução da cotação das ações; − o grau de realização dos projetos integrados e medidos pelo Balanced Scorecard do Grupo.

No decorrer do ano de 2015 não foram celebrados quaisquer contratos, quer com a sociedade, quer com terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que for fixada pela Sociedade aos membros do órgão de administração.

72. Diferimento do pagamento da componente variável da remuneração, com menção do período de diferimento

No exercício de 2015 não foi atribuída qualquer remuneração variável aos administradores da Martifer, pelo que, consequentemente, não houve lugar ao diferimento desta componente remuneratória. Por outro lado, a Política de Remunerações dos órgãos de administração e fiscalização, elaborada pela Comissão de Fixação de Vencimentos e aprovada em Assembleia Geral de 14 de maio de 2015, não prevê o diferimento da remuneração variável, quando atribuída.

Assim, no exercício em análise não foram auferidas remunerações variáveis pelos administradores da Sociedade, nem se procedendo, em consequência, ao diferimento do seu pagamento.

73. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em ações bem como sobre a manutenção, pelos administradores executivos, dessas ações, sobre eventual celebração de contratos relativos a essas ações, designadamente contratos de cobertura (hedging) ou de transferência de risco, respetivo limite, e sua relação face ao valor da remuneração total anual

O Plano de Remuneração em Opções sobre Ações da Martifer existente foi constituído e atribuído no exercício social de 2008, prevendo o diferimento do exercício das opções por um período de 4 anos, tendo, por consequência, o exercício das opções que dele decorrem caducado no exercício social de 2013.

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230 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

Relativamente ao Plano de 2008 nenhum dos administradores exerceu o seu direito de opção durante o período de diferimento do seu exercício.

No decurso do exercício social de 2015, a Sociedade não implementou, nem atribuiu outro plano de atribuição de ações e/ou de opções de aquisição de ações, pelo que, em consequência, também não foi atribuída qualquer remuneração variável em ações aos administradores, nem foram, por isso, estabelecidos critérios para a manutenção dessas ações pelos administradores executivos.

74. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções e indicação do período de diferimento e do preço de exercício.

Nos termos melhor descritos no ponto anterior, atendendo a que no decurso do exercício social de 2015, a Sociedade não implementou, nem atribuiu plano de atribuição de ações e/ou de opções de aquisição de ações, a Sociedade entende este Ponto como não aplicável.

75. Principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniários.

A Sociedade não tem implementado qualquer sistema de prémios anuais ou outros benefícios não pecuniários.

76. Principais características dos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os administradores e data em que foram aprovados em assembleia geral, em termos individuais.

Não existe na Sociedade um regime complementar de pensões ou de reforma antecipada de que beneficiem os membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes, na aceção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários.

77. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros dos órgãos de administração da sociedade

ADMINISTRADOR ADMINISTRADOR EXECUTIVO

REMUNERAÇÃO FIXA

REMUNERAÇÃO VARIÁVEL

OPÇÕES SOBRE AÇÕES

SENHAS DE PRESENÇAS TOTAL (€)

Carlos Manuel Marques Martins (Presidente) Sim €63.123,82 0 0 0 €63.123,82

Jorge Alberto Marques Martins (Vice-Presidente) Sim €27.300,00 0 0 0 €27.300,00

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira Sim €113.190,54 0 0 0 €113.190,54

Arnaldo Nunes da Costa Figueiredo Não 0 0 0 0 0

Luis António de Valadares Tavares Não 0 0 0 €15.000,00 €15.000,00

Jorge Bento Barbosa Farinha Não 0 0 0 €15.000,00 €15.000,00

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 231

I

78. Montantes a qualquer título pagos por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo ou que se encontrem sujeitas a um domínio comum

No decurso de 2015, apenas os seguintes membros do Conselho de Administração auferiram remuneração fixa pelas seguintes sociedades participadas da Sociedade:

ADMINISTRADOR SOCIEDADE REMUNERAÇÃO FIXA

Carlos Manuel Marques Martins Martifer Construções Metalomecânicas, S.A. €127.588,50

Jorge Alberto Marques Martins Martifer Construções Metálicas, Lda (Brasil) R$ 42.600,14 (i)

Jorge Alberto Marques Martins SPEE 2 - Parque Eólico de Vila Franca de Xira, S.A. €28.000,00

Jorge Alberto Marques Martins SPEE 3 - Parque Eólico de Baião S.A. €28.000,00

(i) Remuneração auferida em moeda local – Real Brasileiro, cujo montante global corresponde a €9.875,77, à taxa de câmbio a 31/12/2015 (R$ 4.3136), por referência ao último dia do exercício económico a que o presente relatório respeita.

79. Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou de pagamento de prémios e os motivos por que tais prémios e/ou participação nos lucros foram concedidos

No exercício de 2015 não foi liquidada qualquer quantia a título de remuneração sob a forma de participação nos lucros e/ou de pagamento de prémios.

80. Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos relativamente à cessação das suas funções durante o exercício

Não foi liquidada em 2015, nem é devida, a qualquer a ex-administradores executivos quantia alguma a título de indemnização pela cessação de funções.

81. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros do órgão de fiscalização da sociedade, para efeitos da Lei n.º 28/2009, de 19 de junho

DR. MANUEL SIMÕES DE CARVALHO E SILVA** € 2.000,00

DR. JOÃO CARLOS TAVARES CARRETO LAGES** € 2.000,00

DR. JUVENAL PESSOA MIRANDA ** € 0,00

DR. AMÉRICO AGOSTINHO MARTINS PEREIRA* € 2.400,00

DR. CARLOS ALBERTO DA SILVA E CUNHA € 4.800,00

DR. PAULO SÉRGIO JESUS DAS NEVES* € 2.400,00

DR. ANTÓNIO BAIA ENGANA* € 0,00

TOTAL € 13.600,00 * eleito para o cargo na Assembleia Geral anual de 14 de maio de 2015. ** Cessou funções em 14 de Maio de 2015, com a eleição dos novos órgãos sociais na Assembleia Geral, que teve lugar na mesma data

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232 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

82. Indicação da remuneração no ano de referência do presidente da mesa da assembleia geral

JOSÉ CARRETO LAGES** €1.200,00

FRANCISCO ARTUR DOS PRAZERES FERREIRA DA SILVA** €0,00

ANA MARIA TAVARES MENDES** €400,00

JOSÉ JOAQUIM NEIVA NUNES DE OLIVEIRA* €0,00

LUIS LEITÃO MARQUES VALE LIMA* €0,00

LUIS NEIVA DE OLIVEIRA NUNES DE OLIVEIRA* €0,00

TOTAL € 1.600,00 * eleito para o cargo na Assembleia Geral anual de 14 de maio de 2015. ** Cessou funções em 14 de Maio de 2015, com a eleição dos novos órgãos sociais na Assembleia Geral, que teve lugar na mesma data

V. Acordos com implicações remuneratórias

83. Limitações contratuais previstas para a compensação a pagar por destituição sem justa causa de administrador e sua relação com a componente variável da remuneração

A Sociedade não estabeleceu nem convencionou qualquer limitação contratual relativa à compensação eventualmente devida a administrador da Sociedade em caso de destituição sem justa causa.

A Política de Remunerações aprovada na assembleia geral de 14 de maio de 2015 também não prevê qualquer fórmula de cálculo ou de apuramento de valor devido a um administrador nestas circunstâncias, aplicando-se assim a estas situações o regime geral.

84. Referência à existência e descrição, com indicação dos montantes envolvidos, de acordos entre a sociedade e os titulares do órgão de administração e dirigentes, na aceção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários, que prevejam indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da sociedade. (art. 245.º-A, n.º 1, al. l)

A Sociedade não é parte em nenhum acordo com os titulares do órgão de administração ou dirigentes, de acordo com o n.º 3 do artigo 248.º-B do CVM, que preveja indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessão da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da Sociedade.

VI. Planos de Atribuição de Ações ou Opções sobre Ações (“stock options”)

85. Identificação do plano e dos respetivos destinatários.

A Martifer atualmente não tem ativo nenhum Plano de atribuição de ações e Opções.

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 233

I

86. Caraterização do plano (condições de atribuição, cláusulas de inalienabilidade de ações, critérios relativos ao preço das ações e o preço de exercício das opções, período durante o qual as opções podem ser exercidas, características das ações ou opções a atribuir, existência de incentivos para a aquisição de ações e/ou o exercício de opções)

Nos termos descritos no ponto anterior a Sociedade não tem ativo nenhum Plano de atribuição de ações ou Opções, pelo que informação constante deste ponto é não aplicável.

87. Direitos de opção atribuídos para a aquisição de ações (‘stock options’) de que sejam beneficiários os trabalhadores e colaboradores da empresa

A Sociedade não tem ativo nenhum Plano de atribuição de ações ou Opções, pelo que informação constante deste ponto é não aplicável.

88. Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos diretamente por estes (art. 245.º-A, n.º 1, al. e))

A Sociedade não tem ativo nenhum Plano de atribuição de ações ou Opções, pelo que informação constante deste ponto é não aplicável.

E. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

I. Mecanismos e procedimentos de controlo

89. Mecanismos implementados pela sociedade para efeitos de controlo de transações com partes relacionadas (Para o efeito remete-se para o conceito resultante da IAS 24).

As transações com Administradores da Martifer ou com sociedades que estejam em relação de grupo ou domínio com aquela em que o interveniente é Administrador, independentemente do montante, estão sujeitas à autorização prévia do Conselho de Administração com parecer favorável do órgão de fiscalização, nos termos do artigo 397º do Código das Sociedades Comerciais.

90. Indicação das transações que foram sujeitas a controlo no ano de referência

Em 2015, realizaram-se os seguintes negócios ou operações significativas em termos económicos entre a Sociedade e os membros dos seus órgãos de administração e de fiscalização:

− Alienação de 100% do capital da sociedade participada MARTIFER – INOVAÇÃO E GESTÃO, S.A., com sede na Zona Industrial de Oliveira de Frades, freguesia de Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães e concelho de Oliveira de Frades, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Oliveira de Frades sob o número único de matrícula e de pessoa coletiva 507 986 644, com o capital social de € 100.000,00 (cem mil euros), à também participada MARTIFER METALLIC CONSTRUCTIONS – SGPS, S.A., detida em 75% pela MARTIFER SGPS, S.A. e em 25% pela VETOR DIÁLOGO – SGPS, S.A., na qual os Administradores Eng. Carlos Manuel Marques Martins e Dr. Jorge Alberto Marques Martins detêm uma

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234 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

participação de 53,05%, de forma indireta, através da sociedade I’M SGPS, S.A.. O Conselho Fiscal emitiu parecer favorável à alienação, em 20 de Outubro de 2015.

− Alienação de 100% do capital da sociedade participada MARTIFER ENERGY SYSTEMS, SGPS, S.A., com sede na Zona Industrial de Oliveira de Frades, freguesia de Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães e concelho de Oliveira de Frades, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Oliveira de Frades sob o número único de matrícula e de pessoa coletiva 508 338 352, com o capital social de € 6.095.000,00 (seis milhões e noventa e cinco mil euros), à também participada MARTIFER METALLIC CONSTRUCTIONS – SGPS, S.A., detida em 75% pela MARTIFER SGPS, S.A. e em 25% pela VETOR DIÁLOGO – SGPS, S.A., na qual os Administradores Eng. Carlos Manuel Marques Martins e Dr. Jorge Alberto Marques Martins detêm uma participação de 53,05%, de forma indireta, através da sociedade I’M SGPS, S.A.. O Conselho Fiscal emitiu parecer favorável à alienação, em 14 de Dezembro de 2015.

− Alienação de 100% do capital da sociedade participada MARTIFER GLOBAL, SGPS, S.A., com sede na Zona Industrial de Oliveira de Frades, freguesia de Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães e concelho de Oliveira de Frades, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Oliveira de Frades sob o número único de matrícula e de pessoa coletiva 510 364 705, com o capital social de € 50.000,00 (cinquenta mil euros), à também participada MARTIFER METALLIC CONSTRUCTIONS – SGPS, S.A., detida em 75% pela MARTIFER SGPS, S.A. e em 25% pela VETOR DIÁLOGO – SGPS, S.A., na qual os Administradores Eng. Carlos Manuel Marques Martins e Dr. Jorge Alberto Marques Martins detêm uma participação de 53,05%, de forma indireta, através da sociedade I’M SGPS, S.A.. O Conselho Fiscal emitiu parecer favorável à alienação, em 14 de Dezembro de 2015.

− Alienação de 100% do capital da sociedade participada GEBOX, S.A., com sede na Zona Industrial de Oliveira de Frades, freguesia de Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães e concelho de Oliveira de Frades, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Oliveira de Frades sob o número único de matrícula e de pessoa coletiva 507 729 099, com o capital social de € 50.000,00 (cinquenta mil euros), à também participada MARTIFER METALLIC CONSTRUCTIONS – SGPS, S.A., detida em 75% pela MARTIFER SGPS, S.A. e em 25% pela VETOR DIÁLOGO – SGPS, S.A., na qual os Administradores Eng. Carlos Manuel Marques Martins e Dr. Jorge Alberto Marques Martins detêm uma participação de 53,05%, de forma indireta, através da sociedade I’M SGPS, S.A.. O Conselho Fiscal emitiu parecer favorável à alienação, em 14 de Dezembro de 2015.

91. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos da avaliação prévia dos negócios a realizar entre a sociedade e titulares de participação qualificada ou entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários

O Conselho Fiscal definiu os procedimentos ou critérios necessários à definição do nível relevante de significância de negócios entre a Sociedade e titulares de participações qualificadas, ou entidades que com eles estejam qualquer em relação de domínio ou grupo, a partir do qual é exigida a intervenção do órgão de fiscalização.

Assim, sem prejuízo das disposições previstas no artigo 397.º do CSC, ficam sujeitos a avaliação e parecer prévio do Conselho Fiscal, os negócios ou operações entre, por um lado, a Sociedade ou as sociedades integrantes do Grupo e, por outro, os titulares de participações qualificadas ou entidades que com eles se encontrem em qualquer relação, que preencham um dos seguintes critérios:

a) Tenham um valor igual ou superior a meio milhão de Euros, ou, sendo um valor inferior, quando somados com o valor dos demais negócios celebrados com o mesmo Acionista titular de participação qualificada durante o mesmo exercício, perfaçam um valor acumulado igual ou superior a um milhão de Euros, exceto os relacionados com as atividades correntes das sociedades;

b) Independentemente do valor, possam causar um impacto material na reputação da Sociedade, no que respeita à sua independência nas relações com titulares de participações qualificadas.

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 235

I

II. Elementos relativos aos negócios

92. Indicação do local dos documentos de prestação de contas onde está disponível informação sobre os negócios com partes relacionadas, de acordo com a IAS 24, ou, alternativamente, reprodução dessa informação

Os negócios com partes relacionadas encontram-se descritos na Nota 39 às demonstrações financeiras consolidadas, constante do Relatório e Contas Consolidadas 2015, disponível no sítio da sociedade em http://www.martifer.pt/ (separador Investidor, secção Informações Financeiras).

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236 RELATÓRIO E CONTAS 2015

I

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238 RELATÓRIO E CONTAS 2015

II

PARTE II Avaliação do governo societário 1. Identificação do Código de governo das sociedades adotado A Martifer, enquanto sociedade emitente de ações admitidas à negociação em mercado regulamentado, encontra‐se sujeita às disposições do Regulamento da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (doravante “CMVM”) n.º 4/2013, de 18 de Julho de 2013, regendo-se ainda pelas recomendações constantes do Código de Governo das Sociedades de 2013 aprovado pela CMVM, ambos disponíveis no sítio eletrónico da CMVM no endereço www.cmvm.pt.

A Martifer não aderiu voluntariamente a nenhum outro código de governo das sociedades.

O presente relatório foi elaborado e obedece, nos termos do n.º 2 do artigo 4.º Regulamento da CMVM nº 4/2013, ao modelo constante do anexo ao referido Regulamento e tem por referência o Código de Governo das Sociedades da CMVM de 2013.

2. Análise de cumprimento do Código de Governo das Sociedades adotado

Em matéria de Governo Societário e enquanto Sociedade Aberta, a Martifer tem vindo a promover a implementação e a adotar as melhores práticas de corporate governance, incluindo as constantes do novo Código de Governo das Sociedades da CMVM de 2013, pautando a sua política por elevados padrões de conduta, ética e responsabilidade social, que se pretendem como transversais ao Grupo.

Constitui objetivo do Conselho de Administração implementar uma gestão integrada e eficaz do Grupo, que permita a criação de valor pela Sociedade, promovendo e garantindo os legítimos interesses de Acionistas, clientes, fornecedores, colaboradores, mercado de capitais e da própria comunidade, sempre fomentando a transparência no relacionamento com os investidores e com o mercado.

A Martifer considera que, não obstante o não cumprimento integral das recomendações constantes do novo Código de Governo das Sociedades da CMVM de 2013, tal como detalhadamente justificado nos capítulos seguintes deste relatório, o grau de adoção das recomendações é bastante amplo e completo.

3. Análise de cumprimento do Código de Governo das Sociedades adotado

3.1 DECLARAÇÃO SOBRE O ACOLHIMENTO DO CÓDIGO DE GOVERNO DAS SOCIEDADES

Nos termos e para os efeitos do disposto na al. o) do n.º 1 do artigo 245.º-A do Código dos Valores Mobiliários, em seguida são elencadas as recomendações incluídas no Código de Governo das Sociedades da CMVM, com indicação da respetiva adoção ou não adoção, sempre que as mesmas sejam aplicáveis à estrutura da Martifer, acompanhadas de remissão para o texto do relatório onde se descreve, de modo mais pormenorizado, a forma da respetiva adoção:

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 239

II

RECOMENDAÇÕES DA CMVM ADOÇÃO REMISSÃO

I. VOTAÇÃO E CONTROLO DA SOCIEDADE CAPÍTULO, TÍTULO, PONTO

I.1. As sociedades devem incentivar os seus acionistas a participar e a votar nas assembleias gerais, designadamente não fixando um número excessivamente elevado de ações necessárias para ter direito a um voto e implementando os meios indispensáveis ao exercício do direito de voto por correspondência e por via eletrónica.

Adotada Parcialmente

Parte I B. I b) - 12

Parte II – 3.2

I.2. As sociedades não devem adotar mecanismos que dificultem a tomada de deliberações pelos seus acionistas, designadamente fixando um quórum deliberativo superior ao previsto por lei.

Adotada Parcialmente

Parte I B. I b) - 12 e 14

Parte II – 3.2

I.3. As sociedades não devem estabelecer mecanismos que tenham por efeito provocar o desfasamento entre o direito ao recebimento de dividendos ou à subscrição de novos valores mobiliários e o direito de voto de cada ação ordinária, salvo se devidamente fundamentados em função dos interesses de longo prazo dos acionistas.

Adotada

Parte I B. I b) 12

I.4. Os estatutos das sociedades que prevejam a limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos por um único acionista, de forma individual ou em concertação com outros acionistas, devem prever igualmente que, pelo menos de cinco em cinco anos, será sujeita a deliberação pela assembleia geral a alteração ou a manutenção dessa disposição estatutária – sem requisitos de quórum agravado relativamente ao legal – e que, nessa deliberação, se contam todos os votos emitidos sem que aquela limitação funcione.

Adotada Parte I B. I b)

13

I.5. Não devem ser adotadas medidas que tenham por efeito exigir pagamentos ou a assunção de encargos pela sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de administração e que se afigurem suscetíveis de prejudicar a livre transmissibilidade das ações e a livre apreciação pelos acionistas do desempenho dos titulares do órgão de administração.

Adotada Parte I A. I 5

II. SUPERVISÃO, ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO CAPÍTULO, TÍTULO, PONTO

II.1. SUPERVISÃO E ADMINISTRAÇÃO

II.1.1. Dentro dos limites estabelecidos por lei, e salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselho de administração deve delegar a administração quotidiana da sociedade, devendo as competências delegadas ser identificadas no relatório anual sobre o Governo da Sociedade.

Adotada

Parte I B. II a) 21.2

II.1.2. O Conselho de Administração deve assegurar que a sociedade atua de forma consentânea com os seus objetivos, não devendo delegar a sua competência, designadamente, no que respeita a: i) definir a estratégia e as políticas gerais da sociedade; ii) definir a estrutura empresarial do Grupo; iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais.

Adotada

Parte I B. II a) 21.2

II.1.3. O Conselho Geral e de Supervisão, além do exercício das competências de fiscalização que lhes estão cometidas, deve assumir plenas responsabilidades ao nível do governo da sociedade, pelo que, através de previsão estatutária ou mediante via equivalente, deve ser consagrada a obrigatoriedade de este órgão se pronunciar sobre a estratégia e as principais políticas da sociedade, a definição da estrutura empresarial do Grupo e as decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante ou risco. Este órgão deverá ainda avaliar o cumprimento do plano estratégico e a execução das principais políticas da sociedade.

Não aplicável Parte II – 3.2

II.1.4. Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o Conselho de Administração e o Conselho Geral e de Supervisão, consoante o modelo adotado, devem criar as comissões que se mostrem necessárias para: a) Assegurar uma competente e independente avaliação do desempenho dos administradores executivos e do seu próprio desempenho global, bem assim como das diversas comissões existentes; b) Refletir sobre sistema estrutura e as práticas de governo adotado, verificar a sua eficácia e propor aos órgãos competentes as medidas a executar tendo em vista a sua melhoria.

Adotada

Parte I B. II c) 27 e 29

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240 RELATÓRIO E CONTAS 2015

II

RECOMENDAÇÕES DA CMVM ADOÇÃO REMISSÃO

II.1.5. O Conselho de Administração ou o Conselho Geral e de Supervisão, consoante o modelo aplicável, devem fixar objetivos em matéria de assunção de riscos e criar sistemas para o seu controlo, com vista a garantir que os riscos efetivamente incorridos são consistentes com aqueles objetivos.

Adotada Parte I C. III

50 e 54

II.1.6. O Conselho de Administração deve incluir um número de membros não executivos que garanta efetiva capacidade de acompanhamento, supervisão e avaliação da atividade dos restantes membros do órgão de administração.

Adotada Parte I B. II a) 17 e 18

II.1.7. Entre os administradores não executivos deve contar-se uma proporção adequada de independentes, tendo em conta o modelo de governação adotado, a dimensão da sociedade e a sua estrutura acionista e o respetivo free float. A independência dos membros do Conselho Geral e de Supervisão e dos membros da Comissão de Auditoria afere-se nos termos da legislação vigente, e quanto aos demais membros do Conselho de Administração considera-se independente a pessoa que não esteja associada a qualquer grupo de interesses específicos na sociedade nem se encontre em alguma circunstância suscetível de afetar a sua isenção de análise ou de decisão, nomeadamente em virtude de: a. Ter sido colaborador da sociedade ou de sociedade que com ela se encontre em relação de domínio ou de grupo nos últimos três anos; b. Ter, nos últimos três anos, prestado serviços ou estabelecido relação comercial significativa com a sociedade ou com sociedade que com esta se encontre em relação de domínio ou de grupo, seja de forma direta ou enquanto sócio, administrador, gerente ou dirigente de pessoa coletiva; c. Ser beneficiário de remuneração paga pela sociedade ou por sociedade que com ela se encontre em relação de domínio ou de grupo além da remuneração decorrente do exercício das funções de administrador; d. Viver em união de facto ou ser cônjuge, parente ou afim na linha reta e até ao 3.º grau, inclusive, na linha colateral, de administradores ou de pessoas singulares titulares direta ou indiretamente de participação qualificada; e. Ser titular de participação qualificada ou representante de um acionista titular de participações qualificadas.

Adotada Parte I B. II a)

18

II.1.8. Os administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outros membros dos órgãos sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações por aqueles requeridas.

Adotada Parte I B. II b)

23

II.1.9. O presidente do órgão de administração executivo ou da comissão executiva deve remeter, conforme aplicável, ao Presidente do Conselho de Administração, ao Presidente do Conselho Fiscal, ao Presidente da Comissão de Auditoria, ao Presidente do Conselho Geral e de Supervisão e ao Presidente da Comissão para as Matérias Financeiras, as convocatórias e as atas das respetivas reuniões.

Não aplicável Parte II – 3.2

II.1.10. Caso o presidente do órgão de administração exerça funções executivas, este órgão deverá indicar, de entre os seus membros, um administrador independente que assegure a coordenação dos trabalhos dos demais membros não executivos e as condições para que estes possam decidir de forma independente e informada ou encontrar outro mecanismo equivalente que assegure aquela coordenação.

Adotada Parte I B. II b)

23

II.2. FISCALIZAÇÃO

II.2.1. Consoante o modelo aplicável, o presidente do Conselho Fiscal, da Comissão de Auditoria ou da Comissão para as Matérias Financeiras deve ser independente, de acordo com o critério legal aplicável, e possuir as competências adequadas ao exercício das respetivas funções.

Adotada Parte I

B. III a) 33

II.2.2. O órgão de fiscalização deve ser o interlocutor principal do auditor externo e o primeiro destinatário dos respetivos relatórios, competindo-lhe, designadamente, propor a respetiva remuneração e zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços.

Adotada Parte I

B. III c) 38 e V 45

II.2.3. O órgão de fiscalização deve avaliar anualmente o auditor externo e propor ao órgão competente a sua destituição ou a resolução do contrato de prestação dos seus serviços sempre que se verifique justa causa para o efeito.

Adotada Parte I

B. III c) 38 e V 45

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 241

II

RECOMENDAÇÕES DA CMVM ADOÇÃO REMISSÃO

II.2.4. O órgão de fiscalização deve avaliar o funcionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos e propor os ajustamentos que se mostrem necessários.

Adotada

Parte I B. III c)

38 e C. III 50

II.2.5. A Comissão de Auditoria, o Conselho Geral e de Supervisão e o Conselho Fiscal devem pronunciar-se sobre os planos de trabalho e os recursos afetos aos serviços de auditoria interna e aos serviços que velem pelo cumprimento das normas aplicadas à sociedade (serviços de compliance), e devem ser destinatários dos relatórios realizados por estes serviços pelo menos quando estejam em causa matérias relacionadas com a prestação de contas a identificação ou a resolução de conflitos de interesses e a deteção de potenciais ilegalidades.

Adotada Parte I

B. III c) 38

II.3. FIXAÇÃO DE REMUNERAÇÕES

II.3.1. Todos os membros da Comissão de Remunerações ou equivalente devem ser independentes relativamente aos membros executivos do órgão de administração e incluir pelo menos um membro com conhecimentos e experiência em matérias de política de remuneração.

Adotada Parcialmente

Parte I D. II

67 e

Parte II – 3.2

II.3.2. Não deve ser contratada para apoiar a Comissão de Remunerações no desempenho das suas funções qualquer pessoa singular ou coletiva que preste ou tenha prestado, nos últimos três anos, serviços a qualquer estrutura na dependência do órgão de administração, ao próprio órgão de administração da sociedade ou que tenha relação atual com a sociedade ou com consultora da sociedade. Esta recomendação é aplicável igualmente a qualquer pessoa singular ou coletiva que com aquelas se encontre relacionada por contrato de trabalho ou prestação de serviços.

Adotada Parte I D. II

67

II.3.3. A declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização a que se refere o artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, deverá conter, adicionalmente: a) Identificação e explicitação dos critérios para a determinação da remuneração a atribuir

aos membros dos órgãos sociais; b) Informação quanto ao montante máximo potencial, em termos individuais, e ao montante

máximo potencial, em termos agregados, a pagar aos membros dos órgãos sociais, e identificação das circunstâncias em que esses montantes máximos podem ser devidos;

c) Informação quanto à exigibilidade ou inexigibilidade de pagamentos relativos à destituição ou cessação de funções de administradores.

Adotada Parcialmente

Parte I D. III

69 e 70 e

Parte II – 3.2

II.3.4. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição de ações, e/ou de opções de aquisição de ações ou com base nas variações do preço das ações, a membros dos órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do plano.

Não aplicável

Parte I D. III

73 e 74

Parte II – 3.2

II.3.5. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de qualquer sistema de benefícios de reforma estabelecidos a favor dos membros dos órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do sistema.

Não aplicável

Parte I D. III 76

Parte II – 3. 2

III. REMUNERAÇÕES CAPÍTULO, TÍTULO, PONTO

III.1. A remuneração dos membros executivos do órgão de administração deve basear-se no desempenho efetivo e desincentivar a assunção excessiva de riscos. Adotada

Parte I D. III

69 e 70

III.2. A remuneração dos membros não executivos do órgão de administração e a remuneração dos membros do órgão de fiscalização não deve incluir nenhuma componente cujo valor dependa do desempenho da sociedade ou do seu valor.

Adotada Parte I D. III

69, 70 e 71

III.3. A componente variável da remuneração deve ser globalmente razoável em relação à componente fixa da remuneração, e devem ser fixados limites máximos para todas as componentes.

Adotada Parte I D. III

69 e 70

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242 RELATÓRIO E CONTAS 2015

II

RECOMENDAÇÕES DA CMVM ADOÇÃO REMISSÃO

III.4. Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um período não inferior a três anos, e o direito ao seu recebimento deve ficar dependente da continuação do desempenho positivo da sociedade ao longo desse período.

Não Adotada

Parte I D. III

72 e

Parte II – 3.2

III.5. Os membros do órgão de administração não devem celebrar contratos, quer com a sociedade, quer com terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes for fixada pela sociedade.

Adotada Parte I D. III

71

III.6. Até ao termo do seu mandato devem os administradores executivos manter as ações da sociedade a que tenham acedido por força de esquemas de remuneração variável, até ao limite de duas vezes o valor da remuneração total anual, com exceção daquelas que necessitem ser alienadas com vista ao pagamento de impostos resultantes do benefício dessas mesmas ações.

Adotada

Parte I D. III

73 e 74

III.7. Quando a remuneração variável compreender a atribuição de opções, o início do período de exercício deve ser diferido por um prazo não inferior a três anos. Não aplicável

Parte I D. III

74 e

Parte II – 3.2

III.8. Quando a destituição de administrador não decorra de violação grave dos seus deveres nem da sua inaptidão para o exercício normal das respetivas funções mas, ainda assim, seja reconduzível a um inadequado desempenho, deverá a sociedade encontrar-se dotada dos instrumentos jurídicos adequados e necessários para que qualquer indemnização ou compensação, além da legalmente devida, não seja exigível.

Adotada Parte I D. V

83

IV. AUDITORIA CAPÍTULO, TÍTULO, PONTO

IV.1. O auditor externo deve, no âmbito das suas competências, verificar a aplicação das políticas e sistemas de remunerações dos órgãos sociais, a eficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno e reportar quaisquer deficiências ao órgão de fiscalização da sociedade.

Adotada

Parte I C. III 50 e D. I 66

IV.2. A sociedade ou quaisquer entidades que com ela mantenham uma relação de domínio não devem contratar ao auditor externo, nem a quaisquer entidades que com ele se encontrem em relação de grupo ou que integrem a mesma rede, serviços diversos dos serviços de auditoria. Havendo razões para a contratação de tais serviços – que devem ser aprovados pelo órgão de fiscalização e explicitadas no seu Relatório Anual sobre o Governo da Sociedade – eles não devem assumir um relevo superior a 30% do valor total dos serviços prestados à sociedade.

Adotada Parte I B. V

46 e 47

IV.3. As sociedades devem promover a rotação do auditor ao fim de dois ou três mandatos, conforme sejam respetivamente de quatro ou três anos. A sua manutenção além deste período deverá ser fundamentada num parecer específico do órgão de fiscalização que pondere expressamente as condições de independência do auditor e as vantagens e os custos da sua substituição.

Adotada Parte I B. V 44

V. CONFLITOS DE INTERESSES E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS CAPÍTULO, TÍTULO, PONTO

V.1. Os negócios da sociedade com acionistas titulares de participação qualificada, ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20.º do Código dos Valores Mobiliários, devem ser realizados em condições normais de mercado.

Adotada

Parte I A. II 10 E. I

89 e 90

V.2. O órgão de supervisão ou de fiscalização deve estabelecer os procedimentos e critérios necessários para a definição do nível relevante de significância dos negócios com acionistas titulares de participação qualificada – ou com entidades que com eles estejam em qualquer uma das relações previstas no n.º 1 do art. 20.º do Código dos Valores Mobiliários –, ficando a realização de negócios de relevância significativa dependente de parecer prévio daquele órgão.

Adotada Parte I E. I 91

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 243

II

RECOMENDAÇÕES DA CMVM ADOÇÃO REMISSÃO

VI. INFORMAÇÃO CAPÍTULO, TÍTULO, PONTO

VI.1. As sociedades devem proporcionar, através do seu sítio na Internet, em português e inglês, acesso a informações que permitam o conhecimento sobre a sua evolução e a sua realidade atual em termos económicos, financeiros e de governo.

Adotada Parte I

V. 59 e seguintes

VI.2. As sociedades devem assegurar a existência de um gabinete de apoio ao investidor e de contacto permanente com o mercado, que responda às solicitações dos investidores em tempo útil, devendo ser mantido um registo dos pedidos apresentados e do tratamento que lhe foi dado.

Adotada Parte I

V. 63 a 65

3.2 EXPLICITAÇÃO DAS DIVERGÊNCIAS ENTRE AS PRÁTICAS DE GOVERNO DA SOCIEDADE E AS RECOMENDAÇÕES DA CMVM

Neste capítulo estão explicitadas as fundamentações da não adoção ou não aplicação de cada recomendação individual, as quais deverão ser lidas em conjunto com a tabela do capítulo anterior.

Recomendação I.1. As sociedades devem incentivar os seus acionistas a participar e a votar nas assembleias gerais, designadamente não fixando um número excessivamente elevado de ações necessárias para ter direito a um voto e implementando os meios indispensáveis ao exercício do direito de voto por correspondência e por via eletrónica.

A Martifer incentiva os seus acionistas a participar nas assembleias gerais e promove o exercício ativo do direito de voto, designadamente:

− Divulgação no sítio eletrónico, nas línguas portuguesa e inglesa, da convocatória das Assembleias Gerais, das formas de exercício do voto e procedimentos a adotar para o exercício do voto por correspondência ou por representação;

− Disponibilização no sítio eletrónico, nas línguas portuguesa e inglesa, da documentação preparatória relativa aos diversos pontos da Ordem de Trabalhos;

− Disponibilização de cartas de representação e de boletins de voto no sítio eletrónico; − A criação de correio eletrónico dedicado exclusivamente à Assembleia Geral, divulgado na sua convocatória, de forma a

facilitar o esclarecimento de dúvidas; − Previsão estatuária de que a cada ação corresponde um voto;

Nos termos do disposto no artigo 17º dos estatutos da Martifer é permitido o exercício do voto por correspondência, sem qualquer restrição, em relação a todas as matérias sujeitas à apreciação dos Acionistas.

O facto de a Martifer entender que adota esta Recomendação parcialmente resulta do facto de a Sociedade não ter previsto nos seus Estatutos a possibilidade de exercício do voto por correspondência através de meios eletrónicos. Cumpre referir que a Martifer tem adotado uma posição flexível quanto à aceitação da documentação relativa ao exercício do voto por correspondência ou por representação que é remetida por via eletrónica.

Por outro lado, até à presente data, a Sociedade não teve qualquer solicitação ou manifestação de interesse por parte de Acionistas ou Investidores na disponibilização da funcionalidade de voto eletrónico, pelo que a Martifer entende, portanto, que o sistema de voto por correspondência, tal como está previsto nos Estatutos, acautela totalmente o acesso de todos os Acionistas à participação nas decisões submetidas a deliberação.

Recomendação I.2. As sociedades não devem adotar mecanismos que dificultem a tomada de deliberações pelos seus acionistas, designadamente fixando um quórum deliberativo superior ao previsto por lei.

O artigo 18º dos Estatutos da Sociedade estabelece a regra da maioria simples dos votos emitidos para a aprovação das deliberações sociais, salvo quando o CSC ou os estatutos dispuserem diferentemente.

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244 RELATÓRIO E CONTAS 2015

II

Assim, a Martifer entende que adota esta Recomendação, salvo quanto a uma disposição dos Estatutos da Sociedade que fixa a necessidade de um quórum superior ao previsto no CSC para as deliberações referentes à destituição sem justa causa de Administradores.

O motivo que determinou a inclusão nos Estatutos de um quórum deliberativo superior ao previsto no CSC para a destituição sem justa causa de administradores foi proteger os interesses da Sociedade, mormente para mitigar o risco de a Sociedade incorrer na obrigação de indemnizar administradores por destituição sem justa causa, nos termos do n.º 5 do artigo 403º do CSC. Com efeito, face à gravidade e impacto decorrentes de uma destituição sem justa causa de administradores, visa-se evitar a ocorrência de uma deliberação de destituição sem justa causa com a aprovação de uma mera simples maioria de acionistas ao invés de uma deliberação sustentada em fundamentos aprovados por uma maioria mais expressiva e representativa de acionistas.

A Martifer entende que este é o modelo que melhor defende os interesses societários.

Recomendação II.1.3. O Conselho Geral e de Supervisão, além do exercício das competências de fiscalização que lhes estão cometidas, deve assumir plenas responsabilidades ao nível do governo da sociedade, pelo que, através de previsão estatutária ou mediante via equivalente, deve ser consagrada a obrigatoriedade de este órgão se pronunciar sobre a estratégia e as principais políticas da sociedade, a definição da estrutura empresarial do Grupo e as decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante ou risco. Este órgão deverá ainda avaliar o cumprimento do plano estratégico e a execução das principais políticas da sociedade.

A Martifer entende esta Recomendação como não aplicável porquanto esta Recomendação respeita a um modelo de governo que não foi adotado pela Martifer. Nos termos e condições previstos no artigo 278º do Código das Sociedades Comerciais, o modelo de governo da sociedade adotado pela Martifer compreende um Conselho de Administração, um Conselho Fiscal e um Revisor Oficial de Contas.

Recomendação II.1.9. O presidente do órgão de administração executivo ou da comissão executiva deve remeter, conforme aplicável, ao Presidente do Conselho de Administração, ao Presidente do Conselho Fiscal, ao Presidente da Comissão de Auditoria, ao Presidente do Conselho Geral e de Supervisão e ao Presidente da Comissão para as Matérias Financeiras, as convocatórias e as atas das respetivas reuniões.

A Martifer entende esta Recomendação como não aplicável porquanto o Modelo de Governo da Sociedade, no exercício social de 2015, não prevê a existência de um presidente de órgão de administração executivo ou uma comissão executiva, mas antes delegação de poderes pelo Conselho de Administração em administradores executivos. Desta forma, não existe uma estrutura formal formada por administradores executivos sujeita a convocatória e atas de reuniões.

Recomendação II.3.1. Todos os membros da Comissão de Remunerações ou equivalente devem ser independentes relativamente aos membros executivos do órgão de administração e incluir pelo menos um membro com conhecimentos e experiência em matérias de política de remuneração.

A Martifer entende esta Recomendação como parcialmente adotada.

A Comissão de Fixação de Vencimentos da Sociedade é composta por três membros, integrando um membro com conhecimentos e experiência em matérias de política de remuneração.

No exercício social de 2013, um membro da Comissão de Fixação de Vencimentos – Dra. Júlia Matos - foi também membro de órgão social de sociedade comercial cujo capital social é detido por dois administradores executivos da Sociedade, designadamente os Senhores Eng.º Carlos Marques Martins e Dr. Jorge Marques Martins. Contudo, a Sociedade entende que os fins visados por esta Recomendação se encontram devidamente acautelados não só pela formação profissional deste membro em particular, mas também por a maioria dos membros da Comissão de Fixação de Vencimentos serem independentes relativamente aos membros executivos do órgão de administração da Sociedade, e ainda por as restantes disposições desta Recomendação se encontrarem integralmente cumpridas.

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 245

II

Recomendação II.3.3. A declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização a que se refere o artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, deverá conter, adicionalmente:

a) Identificação e explicitação dos critérios para a determinação da remuneração a atribuir aos membros dos órgãos sociais;

b) Informação quanto ao montante máximo potencial, em termos individuais, e ao montante máximo potencial, em termos agregados, a pagar aos membros dos órgãos sociais, e identificação das circunstâncias em que esses montantes máximos podem ser devidos;

c) Informação quanto à exigibilidade ou inexigibilidade de pagamentos relativos à destituição ou cessação de funções de administradores.

A Martifer entende esta Recomendação como parcialmente adotada.

A Declaração sobre a política de remunerações foi proposta e aprovada em Assembleia Geral da Sociedade em 14 de Maio de 2015, contendo todos os elementos constantes do artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, bem como parte dos constantes da Recomendação II.3.3 do Código de Governo das Sociedades de 2013.

No que respeita à alínea b) da recomendação II.3.3. a Sociedade considera que os montantes máximos potenciais, quer em termos agregados quer em termos individuais, bem como as circunstâncias em que esses montantes máximos podem ser devidos, se encontra na exclusiva disponibilidade da Comissão de Vencimentos, órgão emanado da Assembleia Geral da Sociedade e independente do Conselho de Administração. Desta forma, o cabal cumprimento da recomendação em apreço é da exclusiva competência da Comissão de Vencimentos, tendo esta decidido não dar cumprimento ao recomendado, em virtude de entender que a forma como se encontra estruturada a remuneração dos Administradores é adequada e permite o alinhamento dos interesses destes com os interesses da Sociedade no longo prazo e está em linha com as práticas remuneratórias da generalidade das empresas congéneres, ponderadas as características da Sociedade

Recomendação II.3.4. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição de ações, e/ou de opções de aquisição de ações ou com base nas variações do preço das ações, a membros dos órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do plano.

O Plano de Remuneração em Opções sobre Ações da Martifer existente foi constituído e atribuído no exercício social de 2008 e o exercício das opções que dele decorrem caducou no exercício social de 2013, pelo que, no decurso deste exercício social não se justificou a apreciação ou aprovação do mesmo plano em sede de Assembleia Geral da Sociedade.

Acresce que, no decurso do exercício social de 2015, não existiu nem foi atribuído outro plano de atribuição de ações e/ou de opções de aquisição de ações, pelo que, em consequência, não há lugar à submissão de qualquer proposta de aprovação associada a planos sobre opções à Assembleia Geral

Desta forma, a Martifer entende esta Recomendação como não aplicável.

Recomendação II.3.5. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de qualquer sistema de benefícios de reforma estabelecidos a favor dos membros dos órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do sistema.

No decurso do exercício social de 2015, não existiu nem foi estabelecido qualquer sistema de benefícios de reforma a favor dos membros dos órgãos sociais, pelo que, em consequência, não há lugar à submissão de qualquer proposta de aprovação associada a planos sobre opções à Assembleia Geral.

Desta forma, a Martifer entende esta Recomendação como não aplicável.

Recomendação III.3. A componente variável da remuneração deve ser globalmente razoável em relação à componente fixa da remuneração, e devem ser fixados limites máximos para todas as componentes.

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246 RELATÓRIO E CONTAS 2015

II

A Comissão de Fixação de Vencimentos da Sociedade estabeleceu o valor anual exato da remuneração fixa dos administradores que auferem remuneração pela Sociedade. Paralelamente, os Estatutos da Sociedade fixam, no seu artigo 20º, n.º 3, que a remuneração variável dos administradores não se poderá traduzir numa participação que exceda os 5% dos lucros do exercício, nos termos da lei. Desta forma, está fixado um limite máximo para a remuneração, na componente fixa e variável.

No exercício de 2015, a Comissão de Fixação de Vencimentos optou por apenas atribuir remunerações fixas aos administradores e não uma componente variável atendendo ao objetivo de harmonizar o valor das remunerações dos membros do Conselho de Administração da Sociedade em consonância com as medidas implementadas no decurso dos últimos exercícios sociais, referentes à redução de encargos e custos de estrutura adotadas transversalmente no grupo Martifer por forma a permitir salvaguardar o maior número de postos de trabalho e a sustentabilidade da Sociedade.

Assim, a Sociedade entende que adota parcialmente esta Recomendação porquanto, embora tenha sido determinado pela Comissão de Fixação de Vencimentos o valor anual exato da remuneração fixa e esteja já estabelecido estatuariamente um limite máximo para a remuneração variável, porém, no exercício social de 2015 não foi atribuída qualquer remuneração variável aos administradores da Martifer.

Recomendação III.4. Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um período não inferior a três anos, e o direito ao seu recebimento deve ficar dependente da continuação do desempenho positivo da sociedade ao longo desse período.

A Martifer entende esta Recomendação como não adotada porquanto a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização elaborada pela Comissão de Fixação de Vencimentos não prevê o diferimento da remuneração variável, quando atribuída.

Não obstante a não adoção desta Recomendação, a Sociedade entende, porém, que os fins da mesma foram acautelados no exercício de 2015 no sentido em que não foi atribuída qualquer remuneração variável aos administradores da Martifer durante este exercício. Encontra-se também em análise pela Comissão de Fixação de Vencimentos a fixação de critérios para fixar o diferimento de parte da remuneração variável, quando a mesma for atribuída.

Recomendação III.7. Quando a remuneração variável compreender a atribuição de opções, o início do período de exercício deve ser diferido por um prazo não inferior a três anos.

A Martifer entende esta Recomendação como não aplicável porquanto, não tendo sido atribuída qualquer remuneração variável aos administradores da Martifer em 2015, não há lugar a qualquer diferimento.

Acresce que, no exercício social de 2008 foram atribuídas stock options, cujo exercício dos respetivos direitos se encontrava diferido pelo período de até 4 anos, inclusive. Até à presente data não houve exercício das opções atribuídas como remuneração variável, tendo, inclusive, a possibilidade de exercício de tais opções cessado no final do exercício de 2013.

4. Outras Informações

Além da informação e fundamentações constantes do presente Relatório, não existem outros elementos ou informações adicionais que sejam relevantes para a compreensão do modelo e das práticas de governo adotadas pela Martifer.

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 247

II

Oliveira de Frades, 6 de abril de 2016

A Administração,

__________________________________

Carlos Manuel Marques Martins

__________________________________

Jorge Alberto Marques Martins

__________________________________

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira

__________________________________

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo

__________________________________

Luís Valadares Tavares

__________________________________

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha

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248 RELATÓRIO E CONTAS 2015

II

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250 RELATÓRIO E CONTAS 2015

ANEXO I

Qualificações Profissionais

ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO

Carlos Manuel Marques Martins é membro do Conselho de Administração da Martifer (Presidente do Conselho de Administração e administrador com poderes delegados) e um dos acionistas fundadores do grupo Martifer em 1990, tendo iniciado a sua atividade profissional em 1987 na Empresa Carvalho & Nogueira, Lda., como Diretor de produção no setor do ferro. É licenciado em Engenharia Mecânica pela FEUP (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto).

Jorge Alberto Marques Martins é membro do Conselho de Administração da Martifer (Vice-Presidente e administrador com poderes delegados) e um dos acionistas fundadores do grupo Martifer em 1990, tendo iniciado a sua atividade profissional em 1987 na SOCARPOR – Sociedade de Cargas Portuárias (Douro e Leixões), Lda., como adjunto do Diretor Financeiro. É licenciado em Economia pela FEP (Faculdade de Economia do Porto) e possui um MBA da UCP (Universidade Católica Portuguesa).

Pedro Nuno Cardoso Abreu Moreira é membro do Conselho de Administração da Martifer (Vogal e administrador com poderes delegados) desde 6 de Janeiro de 2015, por cooptação do conselho de administração, em virtude da renúncia ao cargo do Dr. Mário Rui Rodrigues Matias. É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto (1999) Concluiu Programa Avançado de Gestão pela Porto Business School e Programa de Formação Executivos In-Company pela AESE Business School. Possui vasta experiencia internacional, inicialmente desempenhando funções de coordenação financeira corporativa nas operações do grupo Mota Engil na Europa Central, África e América Latina; entre 2008 e 2014 residiu em Varsóvia e Budapeste, e assumiu diversos cargos de Administração no grupo Mota-Engil nas operações na Europa Central nas áreas de Real Estate, PPP/PFI, M&A e Corporate Development. Nesse período desempenhou funções membro do Conselho de Administração em diversas sociedades do Grupo com destaque para a Mota Engil Central Europe SA (Polónia), Mota-Engil Real Estate Management (Holding Imobiliária Europa Central), Mota Engil CE CZ (Rep. Checa), Mota-Engil CE Slovakia (Eslováquia), Mota-Engil Magyar (Hungria), Mota Engil CE RO (Roménia), Mota-Engil Brand Management (Holanda), Mota-Engil Brand Development (Irlanda).

Arnaldo José Nunes da Costa Figueiredo é membro do Conselho de Administração da Martifer (administrador não executivo não independente) desde 30 de abril de 2010. É licenciado em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (1977). Desempenhou funções de Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA e do Conselho de Administração da MEITS - Mota-Engil, imobiliária e turismo, SA; Gerente da Mota Internacional, LDA.; Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Maprel-Nelas, Indústria de Pré-Fabricados em Betão, SA; Membro da Mesa da Assembleia Geral da Paviterra, SARL; Presidente da Comissão de Fixação de Vencimentos (em representação da Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA) da Ferrovias e Construções, SA; da Aurimove – Sociedade Imobiliária, SA; da Nortedomus – Sociedade Imobiliária, SA; e da Planinova – Sociedade Imobiliária, SA.

Jorge Bento Ribeiro Barbosa Farinha é membro do Conselho de Administração da Martifer (administrador não executivo independente) desde 2008. Na sua atividade académica, desde 1987 que é docente, na categoria de professor auxiliar da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) desde 1999 e, desde 1999, que desempenha vários cargos na Porto Business School, Universidade do Porto e desempenhou as funções de Vice-Presidente da Direção da Porto Business School, Universidade do Porto (2009-2015). Foi ainda Vice-Presidente do Conselho Pedagógico da FEP (2002-2006). Nas suas atividades extra-académicas, foi Analista Financeiro de Mercado de Capitais da Cisf-Companhia de Investimentos e Serviços Financeiros, S.A. (1987-1989), Analista Sénior do Departamento de Fusões e Aquisições do Banco Português de Investimento, S.A. (1990-1992), Diretor-Adjunto do Departamento de Fusões e Aquisições do Banco Português de Investimento, S.A. (1992-1993), sócio da CFf&A Associados - Consultores de Gestão, Lda. (1993-1994), sócio da Futop – Consultores de Gestão, S.A. (1994-1995) e Administrador não-executivo da Enotum.com (2000-2002). É licenciado em Economia, pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto (1987), possui um MBA - Master of Business Administration pelo INSEAD- Institut Européen d´Administration des Affaires, Fontainebleau, França (1990) e um PhD em Accounting and Finance pela University of Lancaster (Management School), Reino Unido (1999).

Luis António de Castro de Valadares Tavares é membro do Conselho de Administração da Martifer (administrador não executivo independente) desde 2008. Desde 1980 que é Professor Catedrático do Instituto Superior Técnico de Sistemas e Gestão e é Presidente do Observatório de Prospetiva – OPET, desde 2002. É presidente da APMEP - Associação Portuguesa de

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 251

Mercados Públicos e é provedor do cliente da EDP, entidade independente da própria EDP. Anteriormente, foi Presidente do Instituto Nacional de Administração (2003-2007), Primeiro Coordenador do Mestrado de Investigação Operacional e Engenharia de Sistemas (IST), Diretor e Fundador do Mestrado em Engenharia da Saúde da UCP, Diretor do Programa de ensino a Distância em Gestão (Dislogo) da UCP, Primeiro Coordenador do MBA no Instituto Interuniversitário de Macau, Diretor Geral do Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da Educação, Gestor do Programa de Desenvolvimento da Educação em Portugal (PRODEP), Diretor do Programa de Financiamento pelo Banco Mundial do Sistema Educativo, Diretor do Programa Minerva (Informática nas Escolas), Vice-Presidente do Comité de Educação (OCDE), Presidente do Comité de Educação (OCDE), Presidente do Comité de Educação do Conselho das Comunidades Europeias (1ª Presidência Portuguesa), Primeiro Presidente da Associação Portuguesa de Investigação Operacional (APDIO), Vice-Presidente da Federação das Sociedades de Investigação Operacional (IFORS), Professor convidado nas seguintes Universidades: Carolina do Norte (Raleigh, EUA); Colorado (Denver, EUA); Columbia (NY, EUA); Princeton (NY, EUA); UCLA (Los Angeles, EUA); Business School da Universidade de Newcastle (Newcastle, RU); Paris-Dauphine (Paris); Mohammed (Rabat, Marrocos); Middle East Technical University (Ankara, Turquia); Técnica de Poznan (Poznan, Polónia); Técnica de Helsínquia (Helsínquia, Finlândia); PUC do Rio de Janeiro (Brasil); Federal de Santa Catarina (Florianópolis). É licenciado em Engenharia Civil pelo IST, Mestre em Investigação Operacional pela Universidade de Lancaster (Reino Unido), Doutor em Ciências da Engenharia pelo IST e Agregado em Investigação Operacional pelo IST.

CONSELHO FISCAL

Américo Agostinho Martins Pereira é licenciado em Auditoria Contabilística, com Estudos Superiores Especializados em Auditoria. É Revisor Oficial de Contas, inscrito na Ordem dos Ordem dos Revisores Oficiais de Contas sob o n.° 877, exercendo a atividade desde abril de 1994, inicialmente a título individual e desde março de 2013 como sócio da sociedade M.PEREIRA & ASSOCIADOS, SROC, LDA..

Carlos Alberto da Silva e Cunha detém um Diploma de Estudos Avançados (Programa curricular de Doutoramento em Ciências Empresariais) da Universidade de Vigo, Espanha. É Mestre em Contabilidade e Administração pela Universidade do Minho e tem curso de Pós-Graduação “O Impacto do Euro nas Empresas” pelo Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais. É licenciado em Auditoria e Diplomado com o curso de Estudos Superiores Especializados em Auditoria pelo Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, é ainda diplomado com o curso de Contabilidade pelo Instituto Comercial do Porto. É Revisor Oficial de Contas, inscrito na Lista Oficial desde março de 1990. Exerce ainda funções de Professor Assistente, convidado a lecionar na Escola de Economia e Gestão (Universidade do Minho), tendo lecionado na Universidade Lusíada (Porto), a cadeira de Auditoria. Em 2008 e 2009 foi convidado a lecionar no Curso de Pós graduação “Gestão de Fraude”, promovido pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto. É Vice-Presidente da Comissão de Estágio e Membro do Conselho Superior da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, aí também exercido funções de Controlador - Relator da Comissão de Controlo da Qualidade. É Membro do Conselho Geral da APECA e Membro do Conselho Técnico da Associação Portuguesa de Contabilistas. É consultor de empresas, nas áreas de organização e gestão, financeira, fiscalidade e contabilidade.

Paulo Sérgio Jesus das Neves é licenciado em Auditoria Contabilística, com Estudos Superiores Especializados em Auditoria. Detém um MBA em Finanças pela Faculdade de Economia do Porto (FEP). É Revisor Oficial de Contas, inscrito na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 1342, exercendo a atividade desde fevereiro de 2008. É consultor de empresas, nas áreas de organização e gestão, financeira, fiscalidade e contabilidade.

António Baia Engana é licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia (ISE) e bacharel em Contabilidade pelo Instituto Comercial de Lisboa (ICL). É Revisor Oficial de Contas desde 1989, inscrito na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas com o n.º 612, sendo atualmente sócio da ALVES DA CUNHA, A. DIAS & ASSOCIADOS, SROC, LDA.. É desde 1994 membro do Conselho Geral e da Comissão Executiva da Comissão de Normalização Contabilística, tendo presidido à Comissão Executiva entre 1999 e 2005. É membro de Conselhos Fiscais de companhias de seguros, desde outubro de 2009.

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252 RELATÓRIO E CONTAS 2015

COMISSÃO DE FIXAÇÃO DE VENCIMENTOS

António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota é licenciado em Engenharia Civil (Vias de Comunicação) pela Faculdade de Engenharia Civil da Universidade do Porto. Atualmente exerce funções de Presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil, SGPS, S.A., cargo que ocupa desde 2000. Já exerceu funções de Presidente do Conselho de Administração em outras sociedades, designadamente, na Mota-Engil, Engenharia e Construção, S.A. (2003-2006), na Mota-Engil Internacional, S.A. (2000-2003), na Engil – Sociedade de Construção Civil, S.A. (2000-2003) e na Mota & Companhia, S.A. (1995-2003), onde ocupou também o cargo de Vice-Presidente (1987-1995). Iniciou a sua atividade profissional em 1977 como estagiário na Mota & Companhia, Lda, tendo entre 1979 e 1981 passado a interagir em diversas Direções da mesma sociedade, onde exerceu funções de Diretor Geral de Produção (1981-1987).

Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos é licenciada em Economia pela Faculdade de Economia do Porto. Tem exercido funções de Administração em diversas sociedades do grupo Mota-Engil, sendo atualmente Presidente da Comissão de Desenvolvimento de Recursos Humanos do Grupo. Atualmente exerce o cargo de Vogal do Conselho de Administração da Mota-Engil, SGPS, S.A..

Júlia Maria Rodrigues de Matos Nogueirinha é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e inscrita na Ordem dos Advogados desde 2002. Atualmente exerce funções de Vogal do Conselho de Administração na I’M SGPS, S.A., tendo exercido funções de Vogal do Conselho de Administração em outras empresas do grupo I’M, nomeadamente na Almina – Minas do Alentejo, S.A..

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 253

ANEXO II

Cargos Exercidos e Atividades Desempenhadas pelos Membros do Conselho de Administração

CARLOS MANUEL MARQUES MARTINS

a) Cargos em sociedades do grupo Martifer: PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer - SGPS, S.A. Martifer Global SGPS, S.A. Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A. Martifer Construções Metalomecânicas, S.A. Martifer – Alumínios, S.A. Martifer - Gestão de Investimentos, S.A. Sociedade de Madeiras do Vouga, S.A. Navalria- Docas, constr. e reparações navais, S.A. Gebox, S.A. Martifer Energy Systems, SGPS, S.A. Nagatel Viseu - Promoção Imobiliária, S.A. Martifer – Amal, S.A Martifer Construcciones Metálicas España, S.A. Martifer Aluminium PTY LTD (Austrália) Martifer Beteiligungsverwaltungs GmbH (Áustria) Eviva Beteiligungsverwaltungs GmbH VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer – Inovação e Gestão, S.A. Martifer Renewables SGPS, S.A. Martifer Renewables, S.A. Prio Agriculture B.V. (Holanda) Porthold B.V. (Holanda) Martifer Aluminium LTD (UK) Martifer Construction UK, LTD (UK) Martifer Aluminium LTD (Irlanda) Martifer Construction Ltd (Irlanda) Martifer Constructions SAS (França) Martifer Aluminium SAS (França) MT Constructions Maroc, SARL (Marrocos) Martifer Construcciones PERÚ, SA Martifer Construções Metalomecânicas, SA, Suc. Colombia Martifer Mota Engil Coffey Joint Venture Limited

MEMBRO DO ÓRGÃO DE SUPERVISÃO: Martifer Renewables, SA (Polónia) GERENTE: Parque Eólico da Penha da Gardunha, Lda. Promoquatro - Investimentos Imobiliários Lda. West Sea - Estaleiros Navais, Lda PRESIDENTE DA COMISSÃO DE FIXAÇÃO VENCIMENTOS: Martifer Renewables, S.A. SECRETÁRIO: Martifer Renovables ETVE S.A.

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254 RELATÓRIO E CONTAS 2015

b) Cargos em sociedades participadas pelo grupo Martifer: VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Ventinveste, S.A. GERENTE: Centralrest, Lda. c) Cargos noutras sociedades fora do Grupo: PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: I’M - SGPS, S.A. I´M Mining, SGPS, S.A. ESTIA – SGPS, S.A. ESTIALIVING, SGPS S.A. Tavira Gran Plaza, SA EPDM – Empresa de Perfuração e Desenvolvimento Mineiro, SA Severis, SGPS S.A. VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: ESTIALIVING, SGPS S.A. PCI - Parque de Ciência e Inovação, S.A. Estia Retail & Warehousing S.R.L. Mamaia Investments S.R.L. OFFICE BUILDING VACARESTI SRL Bunge Prio Cooperatie U.A. (Holanda) Nutre Farming B.V. (Holanda) Nutre – MZ (Moçambique) GERENTE: Exclusipolis, SGPS, Lda. PANNN - Consultores de Geociências, Lda. ADMINISTRADOR ÚNICO: Black and Blue Investimentos, S.A. Expertoption, SGPS, SA

JORGE ALBERTO MARQUES MARTINS

a) Cargos em sociedades do grupo Martifer: PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer – Inovação e Gestão, S.A. Martifer Solar - SGPS, S.A. Martifer Solar Ltda. (Brasil) Martifer Renewables, SGPS, S.A. Martifer Renewables, S.A. MPRIME – Solar Solutions, S.A. Martifer Renovables ETVE, S.A. (Espanha) Martifer Renewables Investments ETVE, S.L. SPEE 3 - Parque Eólico do Baião, S.A.

VICE-PRESIDENTE DO CONS. DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer - SGPS, S.A. Martifer Global SGPS, S.A. Martifer Metallic Constructions - SGPS, S.A.

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 255

VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer Energy Systems, SGPS, S.A. SPEE 2 – Parque Eólico de Vila Franca de Xira, S.A. Martifer Renewables Italy B.V. (Holanda) Martifer Renewables Brazil B.V. (Holanda) Martifer Beteiligungsverwaltungs GmbH (Austria) Eviva Beteiligungsverwaltungs GmbH (Austria) Martifer Deutschland GmbH (Alemanhã) Martifer Renováveis Geração de Energia e Particip S.A. Rosa dos Ventos Geração e Comerc. de Energia S.A. (Brasil) Martifer – Construções Metálicas, Ltda (Brasil) Martifer Wind Energy Systems LLC (EUA) Martifer Construcciones Metálicas España, S.A.

MEMBRO DO ÓRGÃO DE SUPERVISÃO: Martifer Renewables, SA (Polónia) GERENTE: Global Holding Limited (Malta) Global Engineering & Consulting Limited PRESIDENTE DA COMISSÃO DE FIXAÇÃO Martifer Alumínios, S.A. VENCIMENTOS: Martifer – Construções Metalomecânicas, S.A. VOGAL DA COMISSÃO DE FIXAÇÃO VENCIMENTOS: Martifer Renewables, S.A. ADMINISTRADOR ÚNICO: Martifer Renewables Investments Etve, S.L. SECRETÁRIO: Martifer Construcciones Metálicas España CARGO DE REPRESENTANTE: EUROCAB FV 1, S.L.; EUROCAB FV 2, S.L.; EUROCAB FV 3, S.L.;

EUROCAB FV 4, S.L.; EUROCAB FV 5, S.L.; EUROCAB FV 6, S.L.; EUROCAB FV 7, S.L.; EUROCAB FV 8, S.L.; EUROCAB FV 9, S.L.; EUROCAB FV 10, S.L.; EUROCAB FV 11, S.L.; EUROCAB FV 12, S.L.; EUROCAB FV 13, S.L.; EUROCAB FV 14, S.L.; EUROCAB FV 15, S.L.; EUROCAB FV 16, S.L.; EUROCAB FV 17, S.L.; EUROCAB FV 18, S.L.; EUROCAB 19, S.L.

b) Cargos em sociedades participadas pelo grupo Martifer: VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Ventinveste, S.A. c) Cargos noutras sociedades fora do Grupo: VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: I´M– SGPS, S.A. I´M Mining, SGPS, S.A. ESTIA SGPS, S.A. GERENTE: BRASEME -Investimentos e Consultoria, Lda.

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256 RELATÓRIO E CONTAS 2015

ARNALDO JOSÉ NUNES DA COSTA FIGUEIREDO

a) Cargos em sociedades do grupo Martifer:

PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer Metallic Constructions SGPS, S.A. VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer - SGPS, S.A.

b) Cargos noutras sociedades fora do Grupo:

PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Mota-Engil, Indústria e Inovação, SA

VICE-PRESIDENTE DO CONS. DE ADMINISTRAÇÃO: Mota-Engil, SGPS, SA (Vice-Pres. e adm. executivo)

MEMBRO DO CONSELHO GERAL: AEM - Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercado

ELO – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico e

a Cooperação PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA GERAL: Mercado Urbano – Gestão Imobiliária, S.A.

DIRECTOR Tabella Holding, B.V.

PEDRO NUNO CARDOSO ABREU MOREIRA

a) Cargos em sociedades do grupo Martifer:

VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer - SGPS, S.A. Martifer Metallic Constructions, SGPS, S.A. Martifer Global SGPS, S.A. Martifer Construções Metalomecânicas, S.A. Martifer – Alumínios, S.A. Martifer - Gestão de Investimentos, S.A. Sociedade de Madeiras do Vouga, S.A. Gebox, S.A. Martifer Energy Systems, SGPS, S.A. Nagatel Viseu - Promoção Imobiliária, S.A. Martifer – Amal, S.A Martifer – Inovação e Gestão, S.A. Martifer Renewables SGPS, S.A. Martifer Renewables, S.A. Martifer Solar SGPS, S.A. Martifer Solar, S.A. Liszki Green Park Spółka Z Ograniczona Odpowiedzialnoscia (Polónia); M-City Białystok Sp. Z O.O (Polónia); M-City Szczecin Sp. Z O.O (Polónia); Park Logistyczny Biskupice Sp. Z O.O. (Polónia)

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 257

Martifer Energia Ro (Roménia);

GERENTE: Promoquatro - Investimentos Imobiliários Lda. West Sea - Estaleiros Navais, Lda Não exerce cargos em nenhuma outra sociedade do Grupo ou fora do grupo Martifer.

LUIS ANTÓNIO DE CASTRO DE VALADARES TAVARES

Cargos em sociedades do grupo Martifer:

CARGO DE VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer, SGPS, S.A. Não exerce cargos em nenhuma outra sociedade do Grupo ou fora do grupo Martifer.

JORGE BENTO RIBEIRO BARBOSA FARINHA

Cargos em sociedades do grupo Martifer:

CARGO DE VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Martifer, SGPS, S.A. Não exerce cargos em nenhuma outra sociedade do Grupo ou fora do grupo Martifer.

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258 RELATÓRIO E CONTAS 2015

ANEXO III

[Declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e Fiscalização APROVADA na Assembleia Geral de 14 de maio de 2015] I - INTRODUÇÃO

No uso da faculdade legal conferida pelo artigo 399.º do Código das Sociedades Comerciais, os Estatutos da Martifer - SGPS, S.A., no seu artigo 20º, delegam numa Comissão de Fixação de Vencimentos a competência para a fixação das remunerações dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da sociedade.

Nos termos estatutários aplicáveis, a Comissão de Fixação de Vencimentos foi eleita pela Assembleia Geral de Accionistas em 11 de Abril de 2012, para exercer funções durante o triénio 2012-2014 tendo actualmente a seguinte composição:

António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota (Presidente)

Maria Manuela Queirós Vasconcelos Mota dos Santos (Vogal)

Júlia Maria Rodrigues de Matos Nogueirinha (Vogal)

De forma a promover a transparência e a legitimação da fixação das remunerações dos membros dos órgãos sociais, a Comissão de Fixação de Vencimentos, no cumprimento do disposto no artigo 2º da Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, vem submeter à aprovação da Assembleia Geral de Accionistas da Martifer - SGPS, S.A., do dia 14 de Maio de 2015, a presente declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização da Sociedade.

A presente declaração pretende acompanhar as disposições aplicáveis do Código das Sociedades Comerciais e do Código de Governo das Sociedades de 2013 da Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários.

Cumpre referir que a presente declaração, para além de obrigatória, pretende constituir-se como um eficaz instrumento da boa governação societária, visando a informação dos accionistas, a protecção dos seus interesses e uma maior transparência do governo societário em matéria de políticas de remuneração dos órgãos sociais.

II – REGIME LEGAL

Na definição da política de remunerações a fixar pela Comissão de Fixação de Vencimentos foram consideradas as disposições legais previstas no Código das Sociedades Comerciais, designadamente no seu artigo 399º, a Lei 28/2009, de 19 de Junho, relativa ao regime de aprovação e de divulgação da política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização de entidades emitentes de acções admitidas à negociação em mercado regulamentado, bem como o Código do Governo das Sociedades de 2013 da Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários, em particular o disposto na sua Recomendação II.3.3. Em segundo lugar, considerou-se ainda, para definição da política de remunerações, o regime especial consagrado nas normas estatuárias da Sociedade.

O Código das Sociedades Comerciais estabelece, no seu artigo 399º, o regime legal da remuneração para o conselho de administração, o qual, em síntese, dispõe que:

- A fixação das remunerações compete à Assembleia Geral de acionistas ou a uma comissão por aquela nomeada, devendo ter em conta as funções desempenhadas e a situação económica da sociedade;

- A remuneração pode ser certa ou consistir parcialmente numa percentagem dos lucros do exercício, mas a percentagem máxima destinada aos administradores deve ser autorizada por cláusula do contrato de sociedade e não incidir sobre distribuições de reservas nem sobre qualquer parte do lucro do exercício que não pudesse, por lei, ser distribuído aos acionistas.

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 259

Para os membros que integram o Conselho Fiscal e a Mesa da Assembleia Geral o Código das Sociedades Comerciais estipula que a remuneração deverá consistir numa quantia fixa, e que é determinada nos mesmos moldes pela Assembleia Geral de acionistas ou uma comissão por aquela nomeada, devendo ter em conta as funções desempenhadas e a situação económica da sociedade.

Por outro lado, os Estatutos da Sociedade, nos seus artigos 13º e 20º, referem que:

- As remunerações dos membros dos Órgãos Sociais serão fixadas por uma Comissão de Fixação de Vencimentos;

- A Assembleia Geral que elege os corpos sociais elegerá a Comissão de Fixação de Vencimentos;

- As remunerações do Conselho de Administração podem ser constituídas por uma parte fixa e por outra variável, traduzida esta última numa participação que não exceda os cinco por cento dos lucros do exercício, nos termos da lei; e

- A remuneração dos membros do Conselho Fiscal deverá consistir numa quantia fixa.

III – PRINCÍPIOS GERAIS

A Comissão de Fixação de Vencimentos tem procurado, na sua política de remunerações, promover a convergência dos interesses dos administradores, dos demais órgãos sociais e dirigentes com os interesses da Sociedade, designadamente na criação de valor para o accionista e o crescimento real da empresa, privilegiando uma perspectiva de longo prazo.

Perseguindo este desiderato e no seguimento da política que tem adoptado nos últimos anos, a Comissão estruturou as componentes integrantes dos vencimentos dos órgãos de Administração de forma a premiar o seu desempenho, desincentivando contudo a assunção excessiva de riscos por aqueles. Pretende-se, desta forma, alcançar um crescimento elevado e, simultaneamente, sustentado.

Por último, refira-se que é ainda determinante na missão desta Comissão a situação económica da Sociedade e as condições gerais praticadas pelo mercado para funções equivalentes.

Concretizando a política geral enunciada, apresentam-se de seguida os princípios informadores a observar por esta Comissão na fixação das remunerações:

a) Funções desempenhadas Na determinação da remuneração de cada um dos membros do órgão de Administração deverá ser tido em conta, para cada elemento, as funções desempenhadas por cada um dos elementos, o grau de complexidade inerente à sua função, as responsabilidades que lhe estão, em concreto, atribuídas, o tempo dispendido e o valor acrescentado que o produto do seu trabalho aporta à sociedade.

Nesta medida, não poderá deixar de se diferenciar a remuneração fixada para os Administradores executivos e não executivos da Sociedade, bem como a própria remuneração entre os Administradores de cada citada categoria, ponderados os elementos de avaliação supra enunciados.

Relevam ainda outras funções desempenhadas em outras sociedades participadas que não devem ser excluídas de consideração em termos de, por um lado, aumento das responsabilidades atribuídas e, por outro, fonte adicional de rendimento.

b) Alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração com os interesses da sociedade - Avaliação de desempenho Para garantir um efectivo alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração com os interesses da sociedade, esta Comissão não deixará de procurar adoptar uma política que recompense os Administradores pelo desempenho da sociedade no longo prazo e na criação de valor para os accionistas.

c) A situação económica da sociedade Este critério terá de ser compreendido e interpretado de forma cautelosa. A dimensão da empresa e a inevitável complexidade de gestão associada é claramente um dos aspectos relevantes na determinação da situação económica da sociedade, em

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260 RELATÓRIO E CONTAS 2015

sentido lato. A um maior nível de complexidade corresponde necessariamente uma remuneração mais elevada, mas a remuneração terá de ser ajustada considerando outros critérios caracterizadores da situação económica da sociedade (de índole financeira, de recursos humanos, etc).

A Comissão tem em consideração a situação económica da sociedade, actual e futura, privilegiando os interesses da sociedade numa perspectiva de longo prazo e do real crescimento da empresa e da criação de valor para os seus accionistas.

d) Condições gerais de mercado para situações equivalentes A definição de qualquer remuneração não pode fugir à lei da oferta e da procura, não sendo o caso dos titulares dos Órgãos Sociais uma excepção. Apenas o respeito pelas práticas do mercado permite manter profissionais com um nível de desempenho adequado à complexidade das suas funções e responsabilidades. É importante que a remuneração esteja alinhada com o mercado e seja estimulante, permitindo servir como meio para atingir um elevado desempenho individual e colectivo, assegurando-se não só os interesses do próprio mas essencialmente os da sociedade e do accionista.

IV – OPÇÕES CONCRETAS

Com base nos princípios atrás identificados, a Comissão apresenta de seguida informação relativa às opções concretas de política de remuneração, que se submetem à apreciação dos accionistas da sociedade:

1ª A remuneração dos membros executivos do Conselho de Administração será composta por uma parte fixa e, quando assim deliberado pela Comissão de Fixação de Vencimentos, por uma parte variável, não podendo a parte variável da remuneração dos administradores exceder os 5% (cinco por cento) dos lucros de exercício, nos termos da lei e do artigo 20.º, n.º 3 dos Estatutos.

2ª A remuneração dos membros não executivos independentes do Conselho de Administração, dos membros do Conselho Fiscal e dos membros da Mesa da Assembleia Geral será composta apenas por uma parte fixa.

3ª A parte fixa da remuneração dos membros do Conselho de Administração com funções executivas, bem como dos membros não executivos não independentes (quando atribuída), consistirá num valor mensal, pagável catorze vezes por ano.

4ª A fixação de valor predeterminado por cada participação em reunião aos membros do Conselho de Administração será feita para aqueles que sejam considerados independentes e tenham funções não executivas.

5ª As remunerações fixas dos membros do Conselho Fiscal consistirão todas num valor fixo, pagável doze vezes por ano.

6ª Na fixação de todas as remunerações, incluindo designadamente na distribuição do valor global da remuneração variável dos membros do Conselho de Administração, serão observados os princípios gerais acima consignados: funções desempenhadas, alinhamento com os interesses da sociedade, privilegiando o longo prazo, situação da sociedade e critérios de mercado.

7ª As remunerações fixas dos membros da Mesa da Assembleia Geral consistirão todas num valor predeterminado por cada reunião.

8ª O processo de atribuição de remunerações variáveis (RV) aos membros executivos do Conselho de Administração deverá seguir os critérios propostos pela Comissão de Fixação de Vencimentos, designadamente, a sua posição hierárquica, a avaliação de desempenho efectuada, o crescimento real da sociedade, procurando na determinação daqueles potenciar a convergência dos interesses dos órgãos da Administração com os da sociedade, privilegiando a perspectiva de longo prazo, sendo esta considerada nos critérios de performance da Administração. Serão assim determinantes para a avaliação e mensuração de RV:

o contributo dos administradores executivos para os resultados obtidos; a rentabilidade dos negócios na perspectiva do accionista; a evolução da cotação das acções; o grau de realização dos projectos integrados e medidos pelo Balanced Scorecard do Grupo.

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RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO 261

9ª Não obstante as políticas atrás referenciadas de protecção dos accionistas e dos interesses da sociedade no longo prazo, a Comissão, com o propósito de adoptar e implementar as melhores práticas de corporate governance no Grupo em matéria de remuneração dos órgãos sociais, na presente data continua: (i) a promover um estudo e análise comparativa das políticas e práticas remuneratórias de outros grupos de sociedades do mesmo segmento negocial em matéria de fixação da remuneração, para futura implementação e adopção na Martifer, bem como (ii) a estudar a possibilidade de adopção de políticas que, mostrando-se exequíveis e equilibradas para todos os intervenientes, prevejam a possibilidade de o pagamento da componente variável da remuneração, quando atribuída, poder ter lugar, total ou parcialmente, apenas após o apuramento das contas de exercício correspondentes a todo o mandato e, por outro lado, permitam a limitação da remuneração variável (quando esta seja fixada e efectivamente auferida pelos administradores), no caso de os resultados evidenciarem uma deterioração relevante do desempenho da empresa no último exercício apurado ou quando esta seja expectável no exercício em curso.

V – LIMITES

Em caso de verificação de um acréscimo permanente e de carácter não excepcional do volume de actividade associado ao exercício dos cargos aos membros da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal, o montante máximo a pagar aos membros dos órgãos sociais, em particular aos membros da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal, não poderão exceder, respectivamente, quer de forma individual, quer de forma agregada, em 25% da quantia paga na média dos últimos 3 exercícios para o membro do órgão social correspondente.

VI – OUTRAS RESPONSABILIDADES

Na contratação ou designação de membros para os seus órgãos sociais, a Sociedade não deverá celebrar quaisquer contratos ou acordos com membros da administração que reconheçam ou atribuam o direito ao pagamento de qualquer indemnização ou compensação, além da legalmente devida em caso de destituição ou cessação de funções de administradores.

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262 RELATÓRIO E CONTAS 2015

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