relatório_exp3_constante de tempo circuito rc_métodos experimentais em engenharia_trim3.2

27
Experimento 3: Constante de tempo circuito RC. Disciplina: BC1707 - Métodos Experimentais em Engenharia. Discentes: Fernando Henrique Gomes Zucatelli Manuela Petagna Raian Bolonha Castilho Spinelli Turma: A/Diurno Prof ª. Dra. Léia Bernardi Bagesteiro. Santo André, 27 de Junho 2011

Upload: fernando-henrique-g-zucatelli

Post on 29-Jul-2015

994 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Experimento 3: Constante de tempo circuito RC.Métodos Experimentais em Engenharia.Fernando Henrique Gomes ZucatelliManuela PetagnaRaian Bolonha Castilho Spinelli

TRANSCRIPT

Page 1: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

Experimento 3: Constante de tempo circuito RC.

Disciplina: BC1707 - Métodos Experimentais em Engenharia.

Discentes: Fernando Henrique Gomes Zucatelli Manuela Petagna Raian Bolonha Castilho Spinelli

Turma: A/Diurno

Prof ª. Dra. Léia Bernardi Bagesteiro.

Santo André, 27 de Junho 2011

Page 2: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

Sumário

1. RESUMO ........................................................................................................................... 2

2. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3

3. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 4

4. PARTE EXPERIMENTAL ................................................................................................ 4

4.1. Materiais ...................................................................................................................... 4

4.2. Métodos ....................................................................................................................... 5

4.2.1. Curva RC experimental com cronômetro e multímetro ....................................... 5

4.2.2. Curva de carga do capacitor no circuito RC, utilizando o osciloscópio ............... 6

4.2.3. Curva de descarga do capacitor no circuito RC, utilizando o osciloscópio ......... 7

4.2.4. Medição da capacitância com uso do osciloscópio .............................................. 7

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 8

5.1. Curva RC experimental com cronômetro e multímetro ............................................... 8

5.2. Curva de carga do capacitor no circuito RC, utilizando o osciloscópio .................... 14

5.3. Curva de descarga do capacitor no circuito RC, utilizando o osciloscópio ............... 16

5.4. Medição da capacitância com uso do osciloscópio.................................................... 19

6. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 22

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 23

8. APÊNDICES .................................................................................................................... 24

8.1. Aplicações em engenharia. ........................................................................................ 24

8.2. Comparação de resultados com outros grupos........................................................... 24

Page 3: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

2

1. RESUMO

Dentre os tipos de redes de circuitos elétricos uma delas é a de primeira ordem

e dentre estes há aquele constituído por resistores e capacitores. Os capacitores

armazenam carga sendo alimentados por uma fonte de tensão desde que a corrente

que passe por ele seja variante no tempo e esta é determinada teoricamente a partir

da constante de tempo τ = RC em que o capacitor está com aproximadamente 63%

da carga total. Com a disponibilidade de um osciloscópio pode-se determinar o valor

de τ experimentalmente principalmente nos casos em que o valor de τ,

desconhecido, é pequeno a ponto de não ser possível determinar esse valor com

equipamentos mais simples como um cronômetro e multímetro. Neste relatório foi

desenvolvido um método para identificação de capacitâncias de valores baixos e,

em comparação com outros métodos, foi considerado eficiente.

Page 4: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

3

2. INTRODUÇÃO

Os circuitos podem ser classificados de 3 formas diferentes: redes de ordem

zero (Figura 1a), redes de primeira ordem (Figura 1b) e redes de segunda ordem

(Figura 1c). As redes de ordem zero são circuitos resistivos, possuem apenas

resistências, os de primeira ordem são os que possuem resistência e um capacitor

ou um indutor (circuitos RC ou RL) e as de segunda ordem são as que apresentam

resistências, capacitores e indutores (circuitos RLC) [1].

a b c

Figura 1- representação de um circuito: a) resistivo, b) RC, c) RLC.

Atentando-se prioritariamente às redes de primeira ordem, estas podem ter um

capacitor ou indutor que será carregado. Nos circuitos resistivos a corrente é

contínua em qualquer t, logo U=Ri(t) (sendo U= tensão, R= resistência equivalente

do circuito e i= corrente no circuito) é um constante ao longo do tempo e assim tem

ordem zero. Na rede de primeira ordem há uma derivada de primeira ordem

associada à corrente (equação (1) e (2)), pois, tanto os capacitores quanto os

indutores dependem de uma corrente variante no tempo para serem carregados e,

quando esta corrente se torna constante, depois de um tempo chamado longo

período de tempo, o capacitor passa a se comportar como um circuito aberto e o

indutor como um curto-circuito [1,2].

( ) ( ) ( )1

U t Ri t i t dtC

= + ∫ (1)

( ) ( )di

U t Ri t Ldt

= + (2)

Aprofundando-se em circuitos RC pode-se determinar esse longo período de

tempo a partir da constante de tempo, τ=RC (sendo R o valor da resistência do

circuito e C o valor do capacitor). A constante de tempo determina o instante em que

Page 5: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

4

63% do capacitor esta carregado, ou um decaimento de 63% no valor da corrente

que passa por ele (equação (3)), e após 5τ a corrente que passa pelo capacitor é 1%

da inicial, logo o capacitor esta praticamente carregado. A constante de tempo pode

ser utilizada para traçar o gráfico associado ao carregamento e descarregamento de

um capacitor pois esta descreve o comportamento da curva.

1(1 ) 1 1 1 0,37 0,63V e e

τ

ττ−

−= − = − ≅ − = (3)

Partindo-se do princípio do desconhecimento do valor de um capacitor, é

possível determinar sua capacitância pela curva de carregamento ou

descarregamento e da sua constante de tempo por decorrência dos conhecimentos

anteriores.

3. OBJETIVOS

O objetivo deste experimento é estudar sistemas de primeira ordem, por meio

da determinação da constante de tempo τ do circuito RC, avaliada durante a carga

e/ou a descarga do capacitor, medida com métodos diferentes.

Com os resultados da medição de τ pelos diferentes métodos, desenvolver um

procedimento medir a capacitância de capacitores da ordem de 10µF.

4. PARTE EXPERIMENTAL

4.1. Materiais

• Multímetro digital

• Osciloscópio

• Fonte de alimentação CC

• Protoboard (Matriz de contatos)

• Resistências de 100 kΩ, 47 kΩ, 100Ω, 220Ω

• Capacitores eletrolítico na faixa de 1000µF/35V e de 10µF/35V.

• Interruptor de painel (NA, “normalmente aberto”)

• Pen drive (memória flash).

• Planilha Microsoft Excel 2010®,

Page 6: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

5

Tabela 1 – Marca e modelo dos equipamentos utilizados.

Equipamento Marca/Modelo Escala de

fundo Resolução Incerteza ( Instu )

Multímetro digital

Marca Minipa ET-2510

(portátil) Ajustável

De acordo com escala de fundo

Depende da função e da escala

Osciloscópio Tektronix TDS 2022B Ajustável 1/5 da unidade / Div

na tela Metade da menor

divisão na tela

Fonte de alimentação CC

Marca Minipa MPL-3303 30 V 0,1 V 0,05 V

Cronômetro Cronobio 9:99 99 9:99 01 0,005 s

Tabela 2 – Valores medidos dos componentes utilizados com multímetro.

Nominal Medido Incerteza (±u)

R1 100 kΩ 104,8 kΩ ---*

R2 470 kΩ 46,7 kΩ ---*

R3 100 Ω 100,1 Ω ---*

R4 220 Ω 220,7 Ω ---*

Capacitor 1000 µF 0,971 mF ± 0,098 mF

Tensão 5V fonte 5,00 V 5,15 V ± 0,046V**

*não consta no manual, sendo que 5% é a tolerância sobre a fabricação e não sobre a medição.

**calculado de acordo com o manual (±0,5%+2D), onde D é o último digito a direita do visor

4.2. Métodos

4.2.1. Curva RC experimental com cronômetro e multímetro

Inicialmente para se realizar o experimento foi preparada a protoboard de

acordo com a Figura 2, sendo R um resistor de 100kΩ, C um capacitor de 1000µF e

foi utilizado um interruptor como a chave S. A tensão fornecida pelo gerador foi fixa

em 5,15 V pelo canal 3. Montado o circuito, o voltímetro foi conectado ao capacitor

pelos “jacarés” e depois foi apertado o botão do interruptor para começar o

carregamento do capacitor. O carregamento foi medido pelo voltímetro e o tempo foi

controlado pelo cronômetro. A carga no capacitor foi anotada a cada 25 segundos

entre 0 e 300 s. O método foi repetido para um resistor de 47kΩ.

Figura 2 – Circuito RC.

Page 7: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

6

4.2.2. Curva de carga do capacitor no circuito RC, utilizando o

osciloscópio

Para se observar a curva de carregamento do capacitor foi utilizado um

osciloscópio e foi montado na protoboard um circuito como o da Figura 3, sendo R

uma resistência de 100Ω, C um capacitor de 1000µF e S um interruptor. Os pontos

P e G são indicados como aqueles em que foi conectada a ponta de prova do

osciloscópio O. Após a montagem ajustou-se o osciloscópio de formar a obter as

informações pretendidas, de carregamento do capacitor, da seguinte forma:

Figura 3 – Circuito RC com osciloscópio.

• Ligar o osciloscópio.

• Teclar autoset: A tela mostra o registro do canal 1, com o nível zero

centralizado.

• Selecionar a escala de amplitude vertical para 2,0V por divisão.

• Selecionar a escala de tempo para 100ms por divisão.

• Teclar Trig Menu. A fim de configurar a função trigger:

o Configurar Tipo: Borda,

o Origem: CH1

o Inclinação: descida

o Modo: Normal

o Acoplamento: CC.

o Fazer o ajuste do nível de trigger para 4,0V.

o Fazer o ajuste da origem do trigger para 400ms (isto é:

MPos:400ms)

Page 8: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

7

Após o ajuste do osciloscópio, apertou-se o interruptor para preparar o

capacitor, a seguir o movimento de apertar e desapertar o interruptor foi realizado

cerca de 3 vezes para encontrar uma curva para análise.

A partir do recurso cursores do osciloscópio ajustou os cursores da tela para

determinar a variação de tensão e de tempo em 63% da constante de tempo teórica

e depois em 5τ.

4.2.3. Curva de descarga do capacitor no circuito RC, utilizando o

osciloscópio

Usando o mesmo circuito da Figura 3, é possível obter as informações

necessárias para caracterizar o comportamento de descarregamento do capacitor,

mas configurando a função trigger do osciloscópio de forma diferente:

o Teclar Trig Menu. A fim de configurar a função trigger:

o Configurar Tipo: Borda,

o Origem: CH1

o Inclinação: descida

o Modo: Normal

o Acoplamento: CC.

o Fazer o ajuste do nível de trigger para 800mV.

o Fazer o ajuste da origem do trigger para 640ms (isto é: MPos:640ms)

Após o ajuste do osciloscópio, apertou-se o interruptor para preparar o

capacitor e o movimento de apertar e desapertar o interruptor foi realizado cerca de

3 vezes para encontrar uma curva para análise.

A partir do recurso cursores do osciloscópio ajustou os cursores da tela para

determinar a variação de tensão e de tempo em 63% da constante de tempo teórica

e depois em 5τ (τ, constante de tempo).

4.2.4. Medição da capacitância com uso do osciloscópio

Para e medição da capacitância optou por usar os procedimentos descritos na

seção 4.2.2 adaptados a faixa de constantes de tempo possíveis de serem obtidas

com capacitores de 10µF e resistores de 47kΩ. O valor de τ é obtido na medição

Page 9: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

8

com o osciloscópio usando a montagem descrita na Figura 3. O cálculo da

capacitância é descrito na equação (4) e o erro da medição são descritos na (5).

1RC C RR

ττ τ −= ⇒ = = (4)

2 22 1 2

2 22 22 22 2

. . ; ; ( 1)

. .

C R

R RC R C

C C C C C Cu u u R R

R R R

u uu uC Cu u u C u C

R R R

τ

τ ττ

ττ τ τ

τ τ τ

− −∂ ∂ ∂ ∂ − = + = = = − =

∂ ∂ ∂ ∂

− = + = + ∴ = +

(5)

De onde tem-se que uR/R é a própria tolerância do resistor, que no caso da

faixa dourada é de 0,05 (5%). O erro uτ é calculado como metade da menor divisão

do osciloscópio, com o é medido sobre o eixo temporal (s /Div), e cada divisão do

osciloscópio tem 5 subdivisões, o erro uτ é de um décimo do valor mostrado na

escala do eixo temporal

A Figura 4 mostra o layout da planilha elaborada em Microsoft Excel® para

calcular o valor da capacitância usando o osciloscópio.

Figura 4 – Layout da planilha de cálculos usada na medição de C com osciloscópio.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1. Curva RC experimental com cronômetro e multímetro

Com os dados da Tabela 3 foram confeccionados os gráficos da Figura 5 e da

Figura 6.

Para isso foi necessário retrabalhar a equação de V(t) dos dados coletados

para a função Y(t) de forma que o software Microsoft Excel 2010® pudesse produzir

o gráfico do tipo ex:

Page 10: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

9

( )

( ) 1t

CV tY t e

= − = (6)

Tabela 3 – Valores de tensão em função do tempo para os circuitos.

R = 100kΩ; τauteórico = 100s R = 47kΩ; τauteórico = 47s

tempo (min:s) tempo (s) Tensão V(t) (V) Y(t) Tensão V(t) (V) Y(t)

00:00 0 0 1,000 V 0 1,000 V

00:25 25 0,980 0,810 V 1,975 0,617 V

00:50 50 1,811 0,648 V 3,215 0,376 V

01:15 75 2,466 0,521 V 3,955 0,232 V

01:40 100 2,985 0,420 V 4,387 0,148 V

02:05 125 3,359 0,348 V 4,691 0,089 V

02:30 150 3,719 0,278 V 4,829 0,062 V

02:55 175 3,983 0,227 V 4,930 0,043 V

03:20 200 4,195 0,185 V 4,993 0,030 V

03:45 225 4,359 0,154 V 5,032 0,023 V

04:10 250 4,501 0,126 V 5,057 0,018 V

04:35 275 4,697 0,088 V 5,072 0,015 V

05:00 300 4,755 0,077 V 5,082 0,013 V

Figura 5 – Gráfico de Y(t) para R=100kΩ.

Comparando a equação dada pelo software na Figura 5 com a (6) tem-se que:

1

0,009 111,11sττ

= ⇒ = (7)

y = 1,001e-0,009x

R² = 0,998

0,000 V

0,200 V

0,400 V

0,600 V

0,800 V

1,000 V

1,200 V

0 50 100 150 200 250 300 350

Te

nsã

o (

V)

Tempo (s)

Y(t)

R = 100kΩ; τauteórico = 100s

Exponencial (R = 100kΩ; τauteórico = 100s)

Page 11: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

10

Figura 6 – Gráfico de Y(t) para R=47kΩ.

No caso da Figura 6:

1

0,016 62,5sττ

= ⇒ = (8)

Na análise dos circuitos RC com diferentes valores de R observou-se diferença

entre o valor calculado teoricamente e o valor calculado utilizando os dados

experimentais. Esta diferença se deve ao fato dos valores nominais de resistência e

capacitância dos componentes utilizados não serem os valores reais medidos com o

multímetro digital e isto interfere nos valores de tensão medidos e

consequentemente no valor real da constante de tempo τ. Além do mais, os valores

de tensão medidos a cada intervalo de tempo são interferidos pelo operador do

cronômetro, já que ocorre um atraso no tempo de parar o cronômetro e pressionar

“Hold” no multímetro para congelar o dado do visor, e pelo multímetro devido ao seu

erro associado na medida de tensão. Esses são outros fatores que influenciam no

valor da constante de tempo associada ao circuito.

A fim de minimizar estes tipos de interferências nas medidas experimentais foi

necessário aumentar o número de pessoas para observar esta etapa do

procedimento, pois esse modo auxiliou na diminuição do tempo de atraso entre a

parada do tempo pelo operador do cronômetro e a leitura do valor mostrado pelo

multímetro.

Para a medição da corrente no capacitor utilizando-se um amperímetro é

necessário apenas inseri-lo em série com o capacitor, conforme Figura 7.

y = 0,732e-0,016x

R² = 0,976

0,000 V

0,200 V

0,400 V

0,600 V

0,800 V

1,000 V

1,200 V

0 50 100 150 200 250 300 350

Te

nsã

o (

V)

Tempo (s)

Y(t)

R = 47kΩ; τauteórico = 47s

Exponencial (R = 47kΩ; τauteórico = 47s)

Page 12: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

11

Figura 7 – Medição de corrente em um capacitor (MultiSim 10.1®).

No entanto, caso só esteja disponível um voltímetro, monta-se um circuito tal

como o da Figura 2 e devem ser utilizadas as relações da capacitância com a

corrente e a tensão (equações (9)), assim, utilizando a noção de pequenas

variações da derivada, pode-se medir as pequenas variações da tensão em

intervalos de tempo pouco espaçados, onde i denota a i-ésima linha da tabela de

dados coletados.

0

1 1

( ) ( )lim

; ; ; 2,...,

C CC

t

ii i i i i i Ci

i

v t dv ti C C

t dt

VV V V t t t i i n

t

∆ →

− −

∆= =

∆∆ = − ∆ = − ∴ = ∀ =

∆ (9)

Dessa forma com os mesmos dados de uma tabela montada como a Tabela 3

acrescendo-se as colunas ∆V, ∆t e Ic, pode-se ter a corrente no capacitor e gerar

seu gráfico, comparando seu comportamento com o gráfico da tensão no mesmo. A

Figura 8 exibe os gráficos de VC(t) e IC(t) no conjunto RC = 100s e a Figura 9 os

gráficos para o conjunto RC = 47s. Em ambos , nota-se que a tensão no capacitor

cresce até saturar no limite da tensão da fonte, enquanto que a corrente diminui

exponencialmente até o valor de zero, o que caracteriza o fato do capacitor ser

tratado como um circuito aberto no regime estacionário quando sobre tensão

contínua. Também se percebe que a curva com menor valor de τ, no caso o

conjunto da Figura 9, atinge a saturação antes do conjunto com maior τ.

EEEE

R1R1R1R1

C1C1C1C1

Amperíme troAmperíme troAmperíme troAmperíme tro

0.000 A

+ -

Page 13: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

12

Tabela 4 – Medição da corrente a partir das tensões da Tabela 3 e com uso das equações de (9).

R = 100kΩ; τauteórico = 100s R = 47kΩ; τauteórico = 47s

Δt ΔV (V) iC (A) ΔV (V) iC (A)

0 --- --- --- ---

25 0,980 0,0392 1,975 0,079

25 0,831 0,03324 1,240 0,0496

25 0,655 0,0262 0,740 0,0296

25 0,519 0,02076 0,432 0,01728

25 0,374 0,01496 0,304 0,01216

25 0,360 0,0144 0,138 0,00552

25 0,264 0,01056 0,101 0,00404

25 0,212 0,00848 0,063 0,00252

25 0,164 0,00656 0,039 0,00156

25 0,142 0,00568 0,025 0,001

25 0,196 0,00784 0,015 0,0006

25 0,058 0,00232 0,010 0,0004

Figura 8 – Comparação entre a tensão e corrente para o conjunto com τteórico = 100s.

Figura 9 – Comparação entre a tensão e corrente para o conjunto com τteórico = 47s.

0

1

2

3

4

5

0 100 200 300 400

Te

nsã

o (

V)

Tempo (min:s)

V(t)

R = 100kΩ; τauteórico = 100s

y = 0,050e-0,009x

R² = 0,928

0

0,01

0,02

0,03

0,04

0,05

0,06

0 100 200 300 400

Co

rre

nte

(A

)

Tempo (s)

IC(t)R = 100kΩ; τauteórico = 100s

Exponencial (R = 100kΩ; τauteórico = 100s)

0

1

2

3

4

5

6

0 100 200 300 400

Te

nsã

o (

V)

Tempo (min:s)

V(t)

R = 47kΩ; τauteórico = 47s

y = 0,124e-0,019x

R² = 0,998

0

0,02

0,04

0,06

0,08

0,1

0,12

0,14

0 100 200 300 400

Co

rre

nte

(A

)

Tempo (s)

IC(t)R = 47kΩ; τauteórico = 47s

Exponencial (R = 47kΩ; τauteórico = 47s)

Page 14: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

13

Conhecendo o comportamento das curvas de tensão sobre o capacitor, pode-

se, por exemplo, projetar um circuito para dispara após um determinado intervalo de

tempo ∆t após o acionamento de uma chave (um comando). Para isso, a tensão que

aciona o sobre o dispositivo do alarme deverá ser atingida após este ∆t. Por

simplicidade, espera-se que este ∆t seja um múltiplo inteiro de τ.Denotando por VA,

a tensão de acionamento da chave, E a tensão da fonte corrente contínua. Pode-se

escrever a equação (10)

( ) (1 )(1 )

n

AA n

Vv n E e V E

e

τ

ττ−

−= − = ⇒ =

− (10)

Para que a tensão da fonte seja ligeiramente maior que a de acionamento, de

forma que o circuito acione usando uma fonte não superdimensionada, escolhe-se

n=3. Analisando para o caso ∆t=15s tem-se

5

3 15 5 5t n RC CR

τ τ τ∆ = = = ⇒ = ⇒ = ⇒ = (11)

Fixando R ou C em valores disponíveis no mercado pode-se a relação R=1kΩ

e C=5mF. Assim resta a escolha da tensão da chave de acionamento, ou da fonte

de tensão disponível, optando-se pela escolha de uma chave de 5V, um relé ou um

circuito de porta lógica por exemplo, obtém-se o valor para a E partindo-se de (10)

3

55,26198V

(1 ) (1 )A

n

VE

e e− −= = ≅

− − (12)

Com estes valores um possível circuito para esta tarefa é descrito na Figura 10.

Após fechar a chave J1 o capacitor inicia sua carga. O Voltímetro foi usado na

simulação para ler a tensão sobre o capacitor e a chave VA. O circuito à direita da

chave VA é um exemplo do acionamento do dispositivo temporizado, um alarme por

exemplo, que na figura é simulado como sendo o LED1 utilizando um fonte de

tensão independente da fonte usado no capacitor, o que não é uma obrigatoriedade

do projeto, mas apenas um simplificação para simulação.

Page 15: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

14

Figura 10 – Circuito para disparo de alarme (LED) após 15 segundos. (MultiSim 10.1®).

5.2. Curva de carga do capacitor no circuito RC, utilizando o

osciloscópio

A Tabela 5 apresenta o resumo das medições feitas no osciloscópio para a

curva de carga do capacitor. As imagens obtidas no osciloscópio neste

procedimento são da Figura 11 a Figura 14.

A medição de 1τ é feita medindo-se o período cuja tensão é 63% da tensão

total. Conforme descrito na equação (3):

Tabela 5 – Anotações do osciloscópio.

Amplitude ∆V 5,12 V

Período ∆T 104ms

Tensão resultante no capacitor em 5 τ 5,04 V

A Figura 11 mostra a curva de carga do capacitor no circuito da Figura 3.

Figura 11 – Forma de onda e configuração do menu do trigger.

EEEE5.27 V 5.27 V 5.27 V 5.27 V

C1C1C1C15mF5mF5mF5mF

R1R1R1R1

1kΩ1kΩ1kΩ1kΩ

J1J1J1J1

Key = SpaceKey = SpaceKey = SpaceKey = Space

LED1LED1LED1LED1

VAVAVAVA

5 V 0mV 5 V 0mV 5 V 0mV 5 V 0mV

R2R2R2R2

1Ω1Ω1Ω1Ω

E_a la rmeE_a la rmeE_a la rmeE_a la rme3.6 V 3.6 V 3.6 V 3.6 V

Vo ltíme troVo ltíme troVo ltíme troVo ltíme troDC 10MOhmDC 10MOhmDC 10MOhmDC 10MOhm

0.000 V

+

-

Page 16: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

15

A Figura 12 mostra a curva de carga do capacitor com ajuste de cursores na

horizontal, sendo o primeiro ajustado para o mínimo da curva e o segundo ajustado

para o máximo da curva de carga a fim de obter o valor da tensão no capacitor.

Figura 12 – Uso dos cursores para medir a diferença de tensão ∆V=5,12V.

A Figura 13 mostra a curva de carga do capacitor com ajuste de cursores na

vertical, sendo o primeiro ajustado para o inicio do carregamento e o segundo

ajustado em uma posição de 63% da tensão no capacitor (5,04V), isto é, ajustado

para o valor de 3,2V. Este procedimento foi adotado para descobrir o valor da

constante de tempo dado pelo osciloscópio que foi de 104 ms.

Figura 13 – Uso dos cursores para medir 1τ no valor equivalente a 0,63∆V=3,20V.

Page 17: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

16

A Figura 14 mostra a curva de carga do capacitor com o ajuste de cursores na

vertical, porém neste caso o segundo cursor foi deslocado para a posição de tensão

correspondente a 5τ, isto é, 5,04V.

Figura 14 – Tensão sobre o capacitor no tempo igual a 5τ de 5,04V.

5.3. Curva de descarga do capacitor no circuito RC, utilizando

o osciloscópio

A Tabela 6 apresenta o resumo das medições feitas no osciloscópio para a

curva de descarga do capacitor. As imagens obtidas no osciloscópio neste

procedimento são da Figura 15 a Figura 17.

Tabela 6 – Anotações do osciloscópio.

Amplitude ∆V 5,12 V

Período ∆T 216ms

Tensão resultante no capacitor em 5 τ 5,04 V

A Figura 15 mostra a curva de descarga do capacitor com ajuste de cursores

na posição horizontal, sendo o primeiro deslocado para a posição do mínimo da

curva e o segundo cursor deslocado para o máximo da curva. Estes cursores foram

necessários para se obter a tensão sobre o capacitor no circuito.

Page 18: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

17

Figura 15 – Uso dos cursores para medir a diferença de tensão ∆V=5,12V.

A Figura 16 mostra a curva de descarga do capacitor com ajuste de cursores

na vertical, sendo o primeiro deslocado para a posição do início do descarregamento

e o segundo deslocado para a posição onde a tensão sobre o capacitor é de 63% da

tensão de entrada, ou seja, para a posição de 3,2V. Este procedimento foi adotado

para descobrir o valor da constante de tempo dado pelo osciloscópio que foi de 216

ms.

Figura 16 – Medição de 1τ em 0,63∆V=3,20V.

A Figura 17 mostra a curva de descarga do capacitor com ajuste de cursores

na vertical, porém neste caso o cursor 2 foi deslocado para a posição

correspondente a 5τ, isto é, na posição de 5,04V.

Page 19: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

18

Figura 17 – Tensão sobre o capacitor no tempo igual a 5τ de 5,04V.

De acordo com o valor de τ3 e τ4 é inviável medi-las com cronômetro pois os

tempos de carga são inferiores a um quarto de segundo, ou seja, é humanamente

impossível realizar esta medição pois para travar o multímetro, anotar seu valor e

destravar se leva entre 2 e 3 segundos.

As medidas apresentadas nas seções 5.2 e 5.3 apresentam grandezas de

influência que interferem nas medidas dos valores como, por exemplo, as

configurações possíveis no osciloscópio que vão desde o ajuste de cursores até o

ajuste do trigger. Estes ajustes influenciam na medida dos valores de tensão e

constante de tempo, pois os valores obtidos correspondem ao valor medido da

parcela da onda do visor do osciloscópio e não a medida de todos os intervalos da

onda. Como consequência, o acionamento e desacionamento repetitivo do

interruptor devem satisfazer um tempo suficiente para que a função trigger obtenha

uma curva em um intervalo que forneça as medidas de tensão sobre o capacitor

com maior facilidade de medição e observação do comportamento da curva. Isto é

importante para obtenção das medidas, já que é mais fácil visualizar no visor do

osciloscópio um período da onda (que mostra a carga do capacitor) do que mais de

um período, isto porque os cursores serão ajustados em valores mais precisos nos

intervalos de tensão de interesse.

Resumindo os valores das constantes de tempo na Tabela 7. Sendo a coluna

“Diferença sobre o teórico (%)” calculada por (13)

( )

(%) .100medido teo

teo

diferençaτ τ

τ

−= (13)

Page 20: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

19

Tabela 7 – Resumos das constantes de tempo.

R C Teórico Medido Diferença sobre o teórico (%)

τ1 100 kΩ 1000 µF 100 s 111 s 11,0

τ2 470 kΩ 1000 µF 47 s 62,5 s 33,0

τ3 100 Ω 1000 µF 110 ms 104 ms -5,5

τ4 220 Ω 1000 µF 220 ms 216 ms -1,8

5.4. Medição da capacitância com uso do osciloscópio

Para o Capacitor A o registro de um sequência de medições está entre a Figura

18 e a Figura 20.

Inicialmente mediu-se a tensão no capacitor, adotando o mesmo método de

posicionamento de cursores das seções 5.2 e 5.3 medindo o valor de 4,96V como

mostrado na curva da Figura 18.

Figura 18 – Amplitude da onda sobre o Capacitor A.

A Figura 19 mostra a curva de carga do capacitor A com ajuste de cursores na

vertical, deslocando o primeiro cursor para a origem do carregamento e o segundo

cursor na posição de 63% da tensão sobre o capacitor, i.e., ajustado para 3,12V. Isto

foi necessário, pois nesta posição o valor de ∆t mostrado no osciloscópio

corresponde à constante de tempo que nesse caso é de 320 ms.

Page 21: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

20

Figura 19 – 1τ= 320ms.

A Figura 20 mostra a curva de carga do capacitor com ajuste de cursores na

vertical, porém neste caso o segundo cursor foi deslocado para a posição de tensão

correspondente a 5τ (1560 ms), i.e, ajustado para a posição de 4,88V.

Figura 20 – 5τ = 1560ms.

Para o Capacitor B o registro de um sequência de medições está entre a Figura

21 e a Figura 22.

Adotando o mesmo método de ajuste de cursores no capacitor A inicialmente

posicionados na horizontal, mediu-se a tensão sobre o capacitor B que foi de 4,96V,

como mostrado na Figura 21.

Page 22: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

21

Figura 21 – Amplitude da onda sobre o Capacitor B.

A Figura 22 mostra a curva de carga do capacitor B com ajuste de cursores na

vertical, porém neste caso o segundo cursor foi deslocado para a posição de 63% da

tensão sobre o capacitor, i.e, ajustado para a posição de 3,12V. Este procedimento

foi adotado para determinar a constante de tempo que foi de 370 ms.

Figura 22 – 1τ = 370ms.

Com os valores inseridos na planilha da Figura 4 construiu-se a Tabela 8, de

onde se conclui que o capacitor A é de (7,0 ± 0,6) µF, e o capacitor B é de (8,1 ±

0,6) µF.

Page 23: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

22

Tabela 8 – Resumos da capacitâncias dos Capacitores A e B.

Capacitor A Capacitor A* Capacitor B Capacitor B*

R 46,40 kΩ R 46,40 kΩ R 46,40 kΩ R 46,40 kΩ

τlido 330 ms τlido 320 ms τlido 380 ms τlido 370 ms

u τlido 25 ms u τlido 25 ms u τlido 25 ms u τlido 25 ms

C 7,1 µF C 6,9 µF C 8,2 µF C 8,0 µF

uC 0,6 µF uC 0,6 µF uC 0,7 µF uC 0,7 µF

ΔV 4,96 V ΔV 4,96 V ΔV 4,96 V ΔV 4,96 V

V em 5T 4,88 V V em 5T 4,88 V V em 5T 4,88 V V em 5T 4,88 V

Cmédio 7,0 µF Cmédio 8,1 µF

Analisando as incertezas obtidas, a média e o desvio padrão dos valores de

capacitância dos capacitores de análise dos grupos que participaram desse

procedimento experimental, foi possível verificar que o método utilizado pelo grupo

para o cálculo da capacitância foi eficiente.

6. CONCLUSÃO

A caracterização da curva de um circuito RC pode ser medida utilizando dois

métodos de análise cada qual com seu intervalo de aplicabilidade, isto é, a curva

pode ser obtida utilizando a combinação de um multímetro digital e um cronômetro

para casos com constantes de tempo mensuráveis por um operador humano e o

método que utiliza o osciloscópio pode ser aplicado em casos com constante de

tempo não mensuráveis por um cronômetro. E nota-se pela Tabela 7 que a diferença

percentual em relação ao valor teórico de τ medido com o osciloscópio foi menor que

no cronômetro.

No experimento realizado, foi possível determinar a capacitância de dois

capacitores, desconhecidos inicialmente, através do uso de um osciloscópio, com

grande eficiência comparando-se o resultado entre os grupos participantes, já que a

diferença em relação à média está na faixa de 0,09 µF para o capacitor A ( 7,0 ± 0,6

µF) e 0,23 µF para o capacitor B (8,1 ± 0,6 µF).

Page 24: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

23

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] BOYLESTAD, R.L.; Introdução à análise de circuitos; 10.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.

[2] ORSINI, L.Q.; CONSONNI, Denise. Curso de circuitos elétricos. 2.ed. São Paulo: Edgar Blücher, 2002. v. 1. 286 p. ISBN 852120308-X.

[3] CARLIN, N.; SZANTO, E.M.; ICHIWAKI, R.; JORGE, F.O.; SEALE , W.A.; SOUZA, F.A.; Estudo de Filtros RC para baixas e altas frequências por meio de um circuito para superposição de sinais. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbef/v32n1/a09v32n1.pdf>. Acesso em 09 de jul. 2011

[4] HARRIS, Tom; Como funcionam os flashes de máquinas fotográficas. Disponível em <http://eletronicos.hsw.uol.com.br/flashes3.htm>. Acesso em 10 de jul. 2011

Page 25: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

24

8. APÊNDICES

8.1. Aplicações em engenharia.

Filtros de Sinais

Um circuito RC pode ser utilizado como um filtro de sinais devido às

características do capacitor. A reatância do capacitor depende da freqüência e

quanto maior a freqüência da forma de onda do sinal, menor será a resistência que o

capacitor oferecerá à passagem da corrente e essa propriedade pode ser utilizada

para confeccionar filtros de freqüência de maneira a atenuar, ou mesmo eliminar,

certos valores de freqüência em um circuito elétrico de análise [3].

Os filtros de freqüência são classificados em dois tipos: filtros “passa-altas” e

filtros “passa-baixas”. O primeiro deles são filtros que atenuam ou cortam as

freqüências baixas e o segundo são filtros que cortam ou atenuam altas freqüências

do circuito e a combinação dos dois tipos pode fornecer um filtro que atenua altas e

baixas freqüências deixando passar freqüências intermediárias. Umas das principais

aplicações de filtros são os equalizadores gráficos dos amplificadores de som [3].

Lâmpada do Flash da Máquina Fotográfica

A Lâmpada de flash da máquina fotográfica necessita de uma alta corrente por

um curto período de tempo para funcionar. Antes do flash disparar, duas pilhas de

1,5V carregam um capacitor através de um resistor. Terminada a carga, o flash

estará pronto para o disparo. Nesta etapa, toda a carga armazenada no capacitor é

usada para disparar o flash necessário para iluminar as fotografias capturadas pela

máquina fotográfica [4].

8.2. Comparação de resultados com outros grupos.

A Tabela 9 exibe os valores de todas as medições realizadas por cada grupo.

Após verificar todos os valores dos capacitores percebeu-se que a medição do

Capacitor A de 11,42 µF está incoerente com os demais capacitores A, (muito

distante de um desvio padrão na Figura 23) e com a própria medição do capacitor B

(Figura 25) para o mesmo grupo, pois esta está no mesmo intervalo dos demais

Page 26: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

25

grupos, dessa forma, optou-se por refazer a média dos Capacitores A sem este

capacitor (Figura 24).

Tabela 9 – Medições dos grupos e massa da balança de referência. A 1ª linha de medições é a do grupo, cada linha representa um grupo.

Resultados comparativos

CapA (µF) CapB (µF)

7,0 8,1

11,42 7,66

7,321 8,183

6,55 7,20

7,06 8,20

7,27 7,86

7,31 8,17

7,14 7,59

Média 7,63 7,87

desvio padrão 1,55 0,36

Removendo Cap A de 11,42 µF do cálculo

Média 7,09 7,87

desvio padrão 0,27 0,36

Figura 23 – Distribuição das medidas para o Capacitor A (barras verticais de 1 desvio padrão dispostas em torno da média).

0

2

4

6

8

10

12

0 2 4 6 8 10

CapA (µF) CapA …

Page 27: Relatório_Exp3_Constante de tempo circuito RC_Métodos Experimentais em Engenharia_Trim3.2

26

Figura 24 – Distribuição das medidas para o Capacitor A removendo medição de 11,42 µF (barras verticais de 1 desvio padrão dispostas em torno da média).

Figura 25 – Distribuição das medidas para o Capacitor B (barras verticais de 1 desvio padrão dispostas em torno da média).

6,4

6,6

6,8

7

7,2

7,4

7,6

0 1 2 3 4 5 6 7 8

CapA (µF) CapA (µF)

7

7,2

7,4

7,6

7,8

8

8,2

8,4

0 2 4 6 8 10

CapB (µF) CapB (µF)