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relatório técnico nº 113.347
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RELATÓRIO TÉCNICO Nº 113.347-R1
Recife, 14 de fevereiro de 2017
NATUREZA DO TRABALHO: Laudo técnico conclusivo e elaboração de projeto de
recuperação e reforço estrutural do prédio que comporta o Museu de Arte Contemporânea de Olinda.
CLIENTE: FUNDAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTISTICO DE PERNANBUCO REFERÊNCIA: CONTRATO Nº 807/2014, OS 001/2015
1.0 PRELIMINARES
O MAC-PE está instalado em um prédio tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), por ter sido a antiga Casa de Câmara e Cadeia Pública do Município de Olinda. O prédio, datado de 1765, foi projetado para ser o Aljube da Diocese, sendo durante todo o período da Inquisição a única prisão eclesiástica que se tem notícia na história do Brasil.[1]
Localizado no sítio histórico de Olinda, o Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco (MAC-PE), foi inaugurado no dia 23 de dezembro de 1966, com a doação de parte da Coleção do Embaixador Assis Chateaubriand ao Estado. Hoje o museu conta com um acervo de mais de 4 mil obras das mais variadas técnicas, épocas e estilos, indo desde o academicismo francês até a contemporaneidade.
Fissuras de grandes proporções foram detectadas na parte posterior da edificação, que associadas a outras manifestações patológicas, observadas nas edificações que contemplam a MAC, justificaram e necessidade da elaboração de laudo técnico e projeto de recuperação/reforço nas edificações.
2.0 DESCRIÇÃO DO SISTEMA CONSTRUTIVO DAS EDIFICAÇÕES
O prédio do museu de arte contemporânea de Olinda é composto por três edificações sendo uma destinada ao museu propriamente dito, uma destinada à administração e outra destinada ao condicionamento/arquivo de obras de arte. A figura 01 mostra a vista frontal das edificações.
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As três edificações, em tipologia de casarões, a edificação central em dois pavimentos com laje em estrutura de madeira e os dois laterais em um pavimento. Estruturalmente são tecnicamente caracterizadas como estrutura em alvenaria de tijolos cerâmicos maciços, argamassados com mistura a base de cal e/ou ligante orgânico, assentados em encosta com declive natural contida por paredões de alvenaria estruturados na forma de arcos, sendo a estrutura de telhado em madeira e telhas cerâmicas capa-canal.
.
Figura 1 – Vista das fachadas principais do museu
Posteriormente, em época não fornecida, sobre estes paredões de contenção foram construídas estruturas complementares formadas por pilares, vigas e lajes em concreto armado. A figura 2 mostra aspecto da vista posterior.
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Figura 2 – Vista posterior da edificação lateral (arquivo)
3.0 DESENVOLVIMENTO 3.1 Vistoria técnica
As vistorias técnicas foram realizadas pelos Engºs Carlos Welligton Pires Sobrinho, e Aroldo Vieira de Melo e pelo Arq. André Luiz Capezzera Vital, no período de 31.03.2015 à 10.04.2015, onde foram identificadas e registradas as principais manifestações patológicas nas edificações. 3.2 Avaliação das principais manifestações patológicas observadas
De uma forma geral, as mais expressivas fissuras foram observadas na edificação lateral que abriga o arquivo de obras de arte, tendo como origem recalques provocadas pela
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retirada do solo na base das paredes que funcionam como contrafortes na parte posterior da edificação. Esta retirada de solo ocorre devido à ação de formigas que vem atuando há certo tempo.
As figuras 3 a 6 mostram as principais ocorrências de deposição de solo retirado pelas formigas em vários locais do piso de áreas localizados na parte posterior da edificação que abriga o arquivo de obras.
Figuras 3 a 6 – Pontos de identificação de formigueiros nas áreas de piso localizados na região posterior da edificação lateral
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Como consequência direta dos recalques, que ocorreram nas bases das paredes de contrafortes de estruturação do muro de contenção da estrutura, surgiram as principais fissuras, a seguir apresentadas. Um mapeamento global e de localização das fissuras estão apresentadas no Anexo I.
Figura 7 – Vista da fissura 01 característica de rotação da estrutura complementar em
função do recalque do apoio
Figura 8 – Vista da fissura 2 característica de rotação da estrutura de contenção, em arco,
oriunda do recalque do apoio
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Figura 9 – Vista da fissura 3, na parede lateral da estrutura complementar, devido ao
recalque do apoio
Figura 10 – Vista da fissura 4, na parede externa posterior, característica de rotação da
estrutura em função do recalque do apoio
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Figura 11 – Vista da fissura 5 característica de rotação da estrutura em função do recalque
do apoio na parede sobre o muro de contenção da estrutura lateral (arquivo)
Figura 12 – Primeira vista da fissura 6 característica de rotação da estrutura
em função do recalque do apoio
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Figura 13 – Segunda vista da fissura 6 característica de rotação da estrutura em função do
recalque do apoio
Figura 14 – Vista da fissura 8 característica de rotação da estrutura em função
do recalque do apoio
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Figura 15 – Vista da fissura 9 característica de rotação da estrutura em função
do recalque do apoio
Na fachada posterior da edificação central foi identificada uma região de infiltração de
água decorrente do entupimento na tubulação de drenagem das águas de escoamento do
telhado, a figura 16 mostra aspectos da região de infiltração de água nesta parede de
fachada.
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Figura 16- Região de infiltração na parede posterior por águas de chuva pela tubulação
A figura 17 mostra uma trinca provocada por movimentação higroscópica. Essa trinca é
gerada por expansão dos tijolos por absorção de umidade, associado a concentração de
tensão abaixo da linha de coberta, provocando o fissuramento vertical da alvenaria.
Figura 17 – Vista da fissura 7, na parede da edificação central, característica da ação
combinada de movimentação higroscópica e concentração de tensões
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Figura 18 – Vista da fissura 10 característica da ação combinada de movimentação higroscópica e concentração de tensões na parede lateral
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Figura 19 – Vista da fissura 11 característica da ação combinada de movimentação higroscópica e concentração de tensões na parede lateral
Já na região de ampliação, é possível observar manifestações patológicas características de oxidação do aço nos elementos de concreto armado (pilares, vigas e lajes), sendo mais expressiva nas lajes, decorrente das infiltrações.
Figura 20 – Vista da laje de piso do terraço com manifestação patologia
característica de oxidação das armaduras
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A figura 21 mostra aspectos de degradação dos tijolos, não completamente calcinados, fragilizados pela ação do recalque e por infiltrações de água nesta parede.
Figura 21 – Vista da parede que e recalcou/rotacionou, mostrando aspectos de
degradação decorrente das infiltrações de água da laje
A figura 22 mostra ação de cupins que migra de prédio vizinho em direção as edificações
do MAC, sendo importante seu combate e a extinção tanto do ninho identificado sobre o
telhado de uma edificação abandonada no quintal do prédio vizinho quanto um tronco de
árvore derrubado que serve de alimento para o cupinzeiro.
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Figura 22- Foco e avanço de cupins
4.0 ANÁLISE E PROPOSTA DE SOLUÇÃO
Conforme apresentado, a principal causa do surgimento das fissuras na edificação mais
afetada decorre do recalque nas bases das paredes da parte posterior da edificação
lateral (prédio que abriga acervo de obras), que pela extensão dos danos, já há um
comprometimento da estabilidade da parte posterior da edificação.
Para garantir a estabilidade da edificação, em seu estágio atual, faz-se necessário
extinguir os formigueiros, reforçar as bases afetadas pela retirada do solo e intervir para
restabelecer, em parte, a monoliticidade da alvenaria.
4.1 Ações propostas para extinção dos formigueiros.
Os métodos químicos para controle de formigas são os mais frequentemente utilizados,
sendo o produto químico tóxico aplicado diretamente nos ninhos, nas formulações pó,
líquida ou líquidos nebulizáveis, ou apresentado na forma de iscas granuladas, aplicadas
nas proximidades das colônias [2].
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O emprego de iscas granuladas, principalmente através de porta-iscas (PI) e
microportaiscas (MIPIs), é considerado eficiente, prático e econômico, sendo utilizado
como substrato uma poupa cítrica desidratada. Este processo oferece maior segurança ao
operador, dispensam mão de obra e equipamentos especializados e permitem o
tratamento de formigueiros em locais de difícil acesso.
Associado a utilização de iscas granuladas, é importante a aplicação de pós à base de
fosforados, carbamatos e piretróides diluída em talco ou produtos pulverulentos inertes.
Este processo deve ser realizado repetitivamente, em intervalos de 7 dias durante 2
meses, no sentido de garantir a extinção dos ninhos.
No anexo III-1 está apresentado procedimento recomendados para extinção dos
formigueiro existentes.
4.2 Preenchimento dos vazios e consolidação do solo no entorno das bases.
Após o processo de extinção dos formigueiros faz-se necessário o preenchimento e
consolidação do solo no entorno das regiões do entorno das paredes. Para isso
recomenda-se utilizar a injeção de caldas em regime de baixa pressão.
A identificação dos locais e a estimativa do volume necessário para preencher os vazios
devem ser realizadas por perfurações e controle de vazão por infiltração de água.
As caldas a serem injetadas podem ser produzidas com cimento e argila adicionados água
em regime de agitação contínua, recomenda-se um estudo de dosagem para calda de
forma a possibilitar a injeção com equipamentos disponíveis. A pressão máxima
recomendada deve ser de 0,02 MPa, podendo ser utilizado tubo de PVC perfurado nas
regiões identificadas como as que apresentaram maior permeabilidade.
Recomenda-se inserir tubos perfurados a cada 0,5m a profundidade de 1,5m, e afastados
no máximo 0,2 m da lateral de cada parede, formando a primeira linha de contenção. A
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inserção dos tubos de PVC perfurados na lateral e vedados no fundo deve ser feito com
trado, com diâmetro superior ao diâmetro do tubo de PVC, que será perdido após injeção.
No anexo III-2 está apresentado procedimento para preenchimento dos vazios com calda
de solo-cimento.
Estima-se no global a demanda de 2,0 m3 de calda a ser injetada nestas regiões.
4.3 Consolidação das fissuras nas alvenarias
O processo de restabelecer a monoliticidade das alvenarias pode ser realizado através de
injeção de calda de microcimento ou graute fluido, através das fissuras nas alvenarias. A
calda de microcimento(graute fluido) é adequada para preenchimento de fissuras
molhadas, como é o caso das alvenarias das paredes de contenção que apresentam
fissuras devido ao recalque.
A pressão de injeção não deve ser elevada, sendo recomendada a pressão máxima de
0,05MPa. Para injeção devem-se promover uma linha de vedação no contorno das
fissuras com massa de argamassa tix forçada para não deixar saliente e após inserir
purgadores para injeção da calda.
4.4 Outras ações importantes referente a estética e a durabilidade das edificações
Na vistoria realizada foram identificadas outras patologias e/ou indicativos potencias
degradações nas edificações que compõe o Museu, que embora não afetem a segurança
estrutural interferem na salubridade e habitabilidade destas.
4.4.1- Desobstrução da tubulação de descida das águas pluviais do telhado.
As manchas de umidade na fachada posterior da edificação central, ver figura 16, mostra
que a tubulação de descida de águas, apresenta-se obstruída. Por informações dos
funcionários e técnicos que trabalham no Museu, esta tubulação, construída em manilhas,
apresenta obstrução constante devido a folhas e sujeiras no telhado.
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Sabendo das dificuldades de substituição por outra tubulação de maior diâmetro e
considerando a importância de evitar os constantes entupimentos, sugere-se a inclusão de
grades protetoras da tubulação e a instalação de procedimentos de limpeza periódica.
Caso seja possível e permitida propõe-se a retirada e substituição desta tubulação de
escoamento.
4.4.2- Recuperação das estruturas de concreto armado.
As estruturas de concreto armado, complementares as edificações em alvenaria, estão
mostrando indicativos fortes de oxidação da ferragem, acompanhado de desplacamento
em lajes e fissuração em vigas e pilares.
O Anexo III-4 estão apresentados os procedimentos para recuperação estrutural deste
elementos em concreto armado
4.4.3- Combate a ação de Cupins
A identificação de ninho de cupins, junto ao telhado de uma coberta abandonada no
quintal do prédio vizinho, associado ao foco alimentador de cupins, tronco de árvore
derrubado apoiado em muro no quintal do prédio vizinho, ver figura 22. O Avanço na
direção das edificações do MAC foi registrado na alvenaria da parte superior do jardim
posterior.
Há necessidade da retirada do tronco de árvore que alimenta o cupim e a eliminação do
ninho do cupinzeiro. A barreira química indicada no item 4.1, contribui para evitar o avanço
de outros focos de cupins.
Carlos Welligton de A. Pires Sobrinho Msc. Engenheira Civil
CREA. 50.986 D
Célia Gerlane Vidal Silva Esp..Engenheiro Civil CREA. 28.348 D PE
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ANEXO I
MAPEAMENTO GLOBAL DE LOCALIZAÇÃO DAS FISSURAS
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ANEXO II
MAPEAMENTO GLOBAL DE LOCALIZAÇÃO DOS FORMIGUEIROS E BARREIRA QUÍMICA
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Figura II.1 – Localização dos formigueiros
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BARREIRA QUÍMICA
Acervo
74.32 m²
WC
8.20 m²
Sala de Exposição
84.13 m²
Sala de Exposição
45.92 m²-0.70
-0.75
0.00
-0.10
-0.20
WC 2.57 m²
Sobe
linha de eixo de cumeeira
21
4
3
5
13 25 4678
-3.45
1
2
3
4
5
6
7
1
2
3
4
2.1
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
1.25
1.40
1.101.20
1.12
4.371.286.761.304.19
.80
.82
4.4
6.5
13.0
31.2
7.2
7
4.631.286.761.305.621.271.341.271.451.14
.66.501.00.501.00.50
.87
1.07.791.08
1.5
6.1
53.7
2.1
53.3
2
7.36 .73 7.56
1.7
01.0
31.8
4
3.36.843.36.73
8.53
8.04
3.30
2.9
0
.20
8.9
1
3.9
2.2
08.9
0
1.17
.85 .15
.61 .56
.863.45
2.6
2
1.65
1.5
2 2.0
4
-0.75
WC
4.80 m²
1.3
6
.23
.30
3.6
0
3.8
3.3
0
5.9
9
.30
.38
1.31
3
2.41
2.51
1.10
4.6
2
4
5
678
9
10
11
12
1314 15
16
17
Sala de Exposição
34.51 m²
.87
.24 .19.20
1.00
Projeção Mezanino
PLANTA BAIXA DO CONJUNTO - TÉRREOESC 1/125 Limite da calçada
4
3
2
1
1 2 3 4 5 6 7 8
1
2
3
4 1
2
3
4
5
4.9
7
-0.80
-0.70-0.80
-2.35
-0.70
.15
.18Desce
Desce
Desce
Desce
Sobe
Sobe
À Construir
À Demolir
LEGENDA
Elevador
Sala de Exposição
2
1.20.73.96 1.50
.51
1
Sobe
7.36.89
.51
6.0
8
Proj. Interior
Proj. da Coberta Proj. do suportedo ar condicionado
Proj. Interior
Proj. Interior
Caixa d'águasup. 1000 L
.53
Proj. Interior
2.3
91
0.3
8
39.12
18.6
0
9.0
3
Ø.05 Ø
.10
.50
DETALHE 01
1.5
0
.10
2.5
4
Figura II.2 – Locação da barreira química
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BARREIRA QUÍMICA
12.4
5
-0.80-0.70
-2.45
-3.45
-4.65-4.45
-5.25
7.9
0
3.85
1.7
51
.00
1.2
0.6
0
Sala de Exposição
Sala de Exposição
Sala de
Exposição
CORTE CCESC 1/100
4.5
5
.10
.30
.15
18.78
.70
ÁREA A SER PREENCHIDA
COM PÓ QUÍMICO
ÁREA A SER
REATERRADA
DETALHAMENTO DA BARREIRA QUÍMICA
30 c
m10 cm
70 cm 15 cm
MURO DE DIVISA
DO TERRENO
Figura II.3 –Detalhes da vala da barreira química
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ANEXO III
ETAPAS DE EXECUÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DOS PROJETOS DE RECUPERAÇÃO E REFORÇO
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III-1 PROCEDIMENTO PARA EXTINÇÃO DOS FORMIGUEIROS E BARREIRA TÓXICA
Contextualização: Os formigueiros instalados e em atividade nas regiões junto as bases
das paredes de contenção devem ser extintos, já que os mesmos foram responsáveis
pelos recalques nos muros de contenção das edificações.
Premissa: As técnicas de extinção de formigueiros utiliza pó químico e iscas granuladas
possibilitando o transporte das mesmas para o interior dos formigueiros e a posterior
liberação de gases tóxicos..
Procedimento extinção de formigueiros
a) Identificar todas as portas de entrada de formigas (buracos) de forma a utilizar como
indutor de materiais tóxicos;
b) Utilizar pulverizadores aplicados nestas portas com o produto a base de inseticida
piretóide e deltrametina ( K-Othrine 2P,Boaretto & Fortin 3), na dosagem de 10g do
produto comercial por m2 de formigueiro.
c) Após uma semana proceder a colocação de iscas granuladas, a base de sulfluramida
(N-etil perfluooctano sulfonamida), pertencente ao grupo químico das sulfonas
fluoralifáticas;
d) Proceder a colocação destes produtos, em torno destas portas dos formigueiros,
recomendo-os por um período de 7 em 7 dias, durante 2 meses.
Procedimento para criação de barreira tóxica
a) Na faixa indicada em projeto, perimetral na área do quintal, escavar uma vala nas
dimensões indicada na figura II.3;
b) Colocar pó químico a base de inseticida piretóide e deltrametina, na dosagem de
50g por metro linear na área perimetral da vala e proceder o preenchimento da
mesma com o solo dali retirado.
Procedimento para extinção da fonte de cupins
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a) Retirada e queima do tronco de árvore, da edificação vizinha, que habita um colônia
de cupins;
b) Retirada de uma colônia de cupins que se localiza no telhado da edícula no quintal
da edificação vizinha;
c) Retirar todo vestígio de caminho de cupim que exista nas paredes do quintal do
MAC e da edificação vizinha;
d) A barreira desenvolvida no item anterior possibilitará o controle de acesso de novos
cupins.
relatório técnico nº 113.347
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III-2A PROCEDIMENTO PARA INJEÇÃO DE SOLO-CIMENTO NOS VAZIOS
FORMADOS PELOS FORMIGUEIROS (após a etapa de extinção dos formigueiros)
Contextualização: Os vazios no solo gerados pelos formigueiros desestruturaram as bases
das paredes de contenção, havendo a necessidade de reforço destas áreas situadas
abaixo das paredes.
Premissa: As injeções de solo-cimento, realizada após a extinção dos formigueiros,
penetram nos vazios preenchendo-os e impedindo novos abatimentos e recalques.
Procedimento de execução:
a) Execução de um furo com diâmetro mínimo de 4”, que atravessa a camada a ser
tratada. Conforme figura III.1;
b) Colocação de um tubo de PVC rígido com diâmetro interno entre 2”, devidamente
preparado com válvulas-manchete, com espaçamentos entre 10 cm. Injeta-se o
material até o preenchimento total do espaço anelar entre o tubo de PVC e o furo
(bainha). Conforme figura III.1;
c) Com auxílio de um obturador duplo, a partir da válvula-manchete inferior, executa-se a
injeção, que irá promover o rompimento da bainha e a introdução de um volume pré-
determinado de material no solo, em tantas fases quantas forem necessárias;
d) Para injeção utilizar misturadores de alta turbulência, com rotação mínima de 1.700
rpm, na sua parte inferior, para possibilitar mistura homogênea entre
cimento+água+argila;
e) Utilizar agitador de calda com capacidade igual à do misturador, capaz de manter a
calda em agitação. Entre o misturador e o agitador é instalada peneira, com 2 mm de
abertura, que deve ser facilmente removível para as constantes limpezas;
f) Para injeção utilizar bomba de pistão triplex das marcas Royal Bean, Boyles, Clivio,
Sondap ou similar, com capacidade de injetar vazões de 50 litros/minuto com
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pressões de 50 Kg/ cm² em furos que estejam distantes pelo menos 50 metros da
central de injeção;
g) Utilizar um estabilizador de pressão capaz de reduzir oscilações manométricas.
Devem ser instalados nos circuitos tantos equipamentos quantos forem necessários,
até se alcançar a estabilidade. Manômetro de 4”, provido de dispositivo salva-
manômetro, com capacidade entre 10 e 100 Kg/cm²;
-0.10
1
2
3
4
Proj. Interior
Proj. da Coberta
Proj. Interior
Proj. Interior
Proj. Interior
Ø.05 Ø
.10
.50
DETALHE TUBO
INJETOR E DE
SUA FURAÇÃO
1.50
.10
2.5
4
Figura III.2A – Esquema para injeção de solo-cimento e detalhamento dos injetores
relatório técnico nº 113.347
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III-2B PROCEDIMENTO PARA REFORÇO DA BASE DOS ARCOS(após a etapa de
injeção de solo-cimento nas bases dos arcos).
Premissa: A execução desta técnica exige conclusão da etapa de consilidação das bases
por injeção de solo-cimento e com cuidados especiais para não desmoronar o solo abaixo
das bases.
Procedimento de execução
1- Demarcar as áreas a serem escavadas, respeitando os trechos selecionados no
projeto, seguindo a ordem estabelecida para cada base;
2- Escavar, protegendo os limites com pranchas de madeira ou aço, para evitar
desmoronamento, na profundida e estabelecida em projeto. Verificando se existe
vazios.
3- Proceder a aplicação do concreto de 25Mpa com armadura indicada, respeitando
as cotas de projeto; ver figura indicativa abaixo, detalhado em projeto;
4- Proceder o reaterro complementar
Figura III-2b- planta e corte da proposta de reforço nas bases dos arcos
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III-3 PROCEDIMENTO PARA RESTAURAÇÃO DA MONOLITIDADE DAS ALVENARIAS Contextualização: As alvenarias que constituem o muro de contenção da edificação, na
forma de arcos e localizados na parte posterior. Apresentam-se fissurados devido aos
recalques sofridos ao longo do tempo. Após a consolidação dos vazios no solo de
fundação obtido pela injeção de solo-cimento (Etapa 2) há necessidade de restaurar a
monoliticidade das alvenarias para reestabelecer sua função de contenção.
Premissa: As injeções de resina de poliuretano rígido entre as fissuras são as mais
indicadas, já que grande parte das fissuras apresentam-se úmidas ou sob presença de
água.
Procedimento de execução:
a) Limpeza manual da superfície do concreto, utilizando escova com cerdas de aço, numa
faixa média de 30 cm ao longo da extensão da fissura, com a finalidade de retirar a
película de nata superficial, partículas soltas, semi-soltas, eventuais materiais orgânicos
incrustados no concreto para melhorar as condições de aderência do material de
vedação com o concreto;
b) Abertura de uma cavidade superficial em forma de V com 10 mm de largura e 5 mm de
profundidade, em toda a extensão da fissura, com o emprego cinzel e escova com fios
de aço, conforme especificação pertinente;
c) Execução de furos para a implantação das mangueiras que devem ser fixadas com o
adesivo tixotrópico de vedação; executar furos com diâmetro 12,5 mm, ou compatível
com o diâmetro dos furos, com profundidade de penetração não inferior a 3 cm,
atendendo ao espaçamento mínimo: - cada 15 cm: fissuras com abertura ≤ 1,0 mm; -
cada 30 cm: fissuras com abertura >1,0 mm.
d) Quando a fissura seccionar o elemento estrutural, os tubos devem ser dispostos em
ambas as faces com o mesmo espaçamento, mas intercalados;
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e) A furação deve ser feita com brocas apropriadas para evitar a micro-fissuração nas
regiões circunvizinhas; recomenda-se que os furos sejam executados a partir de pré-
furos com broca mais fina e, sucessivamente, amplia-se o furo até o diâmetro desejado;
f) A selagem da fissura e fixação dos bicos de injeção, ao longo de toda a extensão da
fissura, exige substrato limpo, isento de soltos, resultado da aplicação de ar
comprimido;
g) O produto utilizado para a vedação da fissura e fixação dos bicos de injeção deve ser
um adesivo estrutural a base de gel de poliuretano bi-componente de consistência fluida
ou tixotrópica, sem solventes, impermeável a água e óleos(recomenda-se utilizar a
resina MC-Injekt 2300 NV, ou similar);
h) A aplicação do adesivo de vedação deve ser executada por meio de trinchas,
friccionando vigorosamente contra as superfícies da cavidade preparada; o
procedimento termina com nivelamento da superfície;
i) A fissura deve estar limpa, isenta de impurezas, antes do procedimento de injeção
prosseguir, mediante aplicação do ar comprimido através dos tubos; se a fissura estiver
úmida, o jateamento deve durar tempo suficiente para secá-la; este procedimento é útil
para verificar e garantir perfeita comunicação entre os bicos; caso não seja verificada,
os serviços devem ser, necessariamente, refeitos;
j) Injetar a resina epoxídica observando as recomendações práticas abaixo que objetivam
o controle da qualidade da injeção: - a manutenção de pressão constante: a pressão
depende da viscosidade do material e da abertura da fissura; como orientação
preliminar 1,0 MPa atende à maioria dos casos; fissuras mais abertas pedem menos
pressão: 0,6 MPa a 0,8 MPa; - observar o comportamento dos purgadores como
indicador de eficácia; - viscosidade da resina conforme recomendação do fabricante e
exeqüibilidade; - não efetivar as injeções quando a temperatura ambiente for elevada,
>30º; - direcionar as injeções de baixo para cima nas fissuras verticais; - alternar o lado
das aplicações das injeções no caso de fissuras passantes; - atender às limitações de
aplicabilidade da resina pot-life, 40 m contada após mistura dos componentes,
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conforme recomendação do fabricante; - a fissura é considerada injetada quando a
pressão, mantida constante, mantiver fluxo purgado constante; caso isso não ocorra, é
sinal que a resina ainda está penetrando na fissura ou saindo por outro local; - após a
injeção consumada, convém manter uma pressão de, aproximadamente, 0,6 MPa,
aplicada por um espaço de tempo não muito longo, cerca de 60 segundos, com a
finalidade de garantir alguma penetração de resina pelas porosidades e capilaridades
do concreto.
k) Após o término da injeção e do endurecimento da resina, cujo tempo de cura é indicado
pelo fornecedor do produto, aproximadamente 24 horas à temperatura ambiente de 18
ºC, as pontas dos purgadores devem ser cortadas e a superfície local deve ser objeto
de acabamento simples.
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III-4 PROCEDIMENTO PARA RECUPERAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE
CONCRETO ARMADO
Contextualização: Os elementos estruturais de concreto armado (pilares, vigas e lajes),
objeto de ampliação na parte posterior das edificações, apresentam indicativos de
corrosão da armadura, com destacamento do concreto em algumas áreas.
Premissa: Para restabelecer a capacidade resistente e tratar as superfícies para
restabelecer os aspectos estéticos, há necessidade de tratamento das ferragens e
correção com graute, nos pilares e vigas e argamassa tixotrópica na face inferior das lajes.
Procedimento de execução:
Pilares e vigas:
a) Identificação das regiões que apresentam oxidação de armadura e/ou
destacamento de concreto.
b) Proceder o desbaste desta região até encontrar a armadura principal oxidada,
estendendo esta região para 0,5m de cada lado;
c) Desbastar o concreto até ter acesso a parte posterior da armadura de foma a
possibilitar seu lixamento e limpeza com escova de fios de aço ou lixa de ferro;
d) Lixar para retirar as formações de oxido de ferro formadas com a corrosão;
e) Aplicar um jateamento com areia quartoza úmida sobre toda superfície a ser
recuperada;
f) Verificar a necessidade de incorporar novos estribos, fazendo-os outros com aço de
diâmetro de 5.0mm;
g) Utilizar forma resinada e contraventada de forma a suportar a pressão do graute,
com escoramento compatível a estrutura a ser recuperada;
h) Preencher com graute 30MPa, com no máximo 30% de pedrisco;
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Laje:
a) Proceder escoramento que suporte eventual deformação da laje;
b) Montar andaime para possibilitar a limpeza total da superfície da laje, esta limpeza
deve chegar a toda armação e do seu entorno;
c) Verificar se a armadura principal teve corrosão intensa( mais de 15% da seção),
caso sim recolocar barras, devidamente ancoradas na parte não tracionada na
quantidade que reponha a área danificada;
d) Proceder ao lixamento da armadura com escova de fios de aço e/ou com lixadeira
mecanizada;
e) Aplicar um jateamento com areia quartoza úmida sobre toda superfície a ser
recuperada;
f) Utilizar grauth tixotrópico de baixa viscosidade a aplicar com lançamento em pelo
menos duas camadas, de forma a ter um cobrimento total de pelo menos 2cm.
III-5 PROCEDIMENTO ALTERNATIVO PARA CONSOLIDAÇÃO DAS BASES DOS
ARCOS DE ALVENARIA
Contextualização: As estruturas de alvenaria de pedra, na forma de arcos, devem ser
consolidadas. Uma das alternativas é consolidar com melhoria de solo abaixo das
alvenarias e construção de bases em concreto, sendo realizado por etapas bem definidas.
Premissa: Para restabelecer a capacidade resistente na base dos arços foi desenvolvido
um projeto de reforço em concreto armado sobre solo tratado com solo-cimento, conforme
projeto a seguir.
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ANEXO IV
PLANILHA ORÇAMENTÁRIA BASE E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICA DOS SERVIÇOS