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RELATÓRIOFINAL ESTÁGIOPROFISSIONALIZANTE ANDREIACATARINADASILVAFERREIRAI2012127I6ºANO MESTRADOINTEGRADOEMMEDICINA Orientador:DoutoraAnaMariadaEncarnaçãoCorreiadeCampos RegentedaUnidadeCurricular:ProfessorDoutorRuiMaio NOVAMedicalSchoollFaculdadedeCiênciasMédicas Junhode2018lAnoLetivo2017/2018

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RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE ANDREIA CATARINA DA SILVA FERREIRA I 2012127 I 6º ANO MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA Orientador: Doutora Ana Maria da Encarnação Correia de Campos Regente da Unidade Curricular: Professor Doutor Rui Maio NOVA Medical School l Faculdade de Ciências Médicas Junho de 2018 l Ano Letivo 2017/2018

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ÍNDICE

1 -­ INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 3

2 -­ DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES...................................................................................................... 4

Estágio de Medicina Geral e familiar l Centro de Saúde de Serpa ........................................... 4

Estágio de Pediatria l Hospital São Francisco Xavier...................................................................4

Estágio de Ginecologia e Obstetrícia l Hospital Vila Franca Xira.......................................5

Estágio de Saúde mental l Clínica da Juventude CHLO.............................................................6

Estágio de Medicina l Hospital Curry Cabral ........................................................................7

Estágio de Cirurgia l Hospital da Luz................................................................................7

Estágio Opcional – Endocrinologia l Hospital Curry Cabral ......................................................8

3 -­ ELEMENTOS VALORATIVOS ......................................................................................................... 8

4 -­ ANÁLISE CRÍTICA FINAL .............................................................................................................. 9

5 -­ ANEXOS ........................................................................................................................................ 11

“Há verdadeiramente duas coisas diferentes: saber e crer que se sabe. A ciência

consiste em saber;; em crer que se sabe reside a ignorância.”

Hipócrates, (460 a.C. -­ 377.C.)

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1 -­ INTRODUÇÃO

Os estágios parcelares do 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina (MIM) da NOVA Medical School

| Faculdade de Ciências Médicas, enquadrados na Unidade Curricular Estágio Profissionalizante,

propõem-­se a ser o momento final de consolidação dos conhecimentos teóricos e relativos à prática

clínica obtidos até então, antes da integração do médico recém-­formado na sua profissão. Ao jovem

médico é pedido que assuma um papel interativo no processo de ensino-­aprendizagem. Mais do que

receber informação, é essencial aprender a selecionar e avaliar aquela que deve ser transformada em

conhecimento, ferramenta que orienta o pensar e o agir em situações práticas e novas. Por

consequência, os estágios práticos através do exercício clínico programado e orientado nas diferentes

vertentes médicas e cirúrgicas, assumem-­se como o pilar fundamental na formação do aluno, dotando-­

o de competências clínicas, técnicas e sociais imprescindíveis ao seu futuro exercício autónomo da

profissão médica.1 Desta forma, propõe-­se ao aluno a elaboração de um Relatório Final de Estágio,

que permita uma reflexão ponderada sobre o seu crescimento enquanto formando e futuro médico. O

presente relatório descreverá as atividades por mim realizadas e os objetivos, expectados e

alcançados, durante o 6º Ano do MIM, seguindo uma ordem cronológica de frequência pelos vários

estágios parcelares, com início a 11 de setembro de 2017 e término a 1 de junho de 2018, totalizando

trinta e quatro semanas de prática clínica. Serão ainda mencionados elementos valorativos realizados

ao longo do Mestrado, com especial destaque para o presente ano letivo. Por fim, a “Análise Crítica

Final”, integrará a aprendizagem dos estágios profissionalizantes realizados com a filosofia, finalidades

e objetivos da educação médica pré-­graduada, além dos meus ideais enquanto futura médica. Em

Anexo, constam os certificados das atividades realizadas no âmbito curricular e extra-­curricular.

1 1 Victorino R, Jollie C, McKim J. Licenciado Médico em Portugal. Core Graduates Learning Outcomes

Project Lisboa: Faculdade de Medicina de Lisboa. 2005.

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2 -­ DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

ESTÁGIO MEDICINA GERAL E FAMILIAR l CENTRO DE SAÚDE DE SERPA

Para o Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar (MGF), decorrido no Centro de Saúde de Serpa

e orientado pela Dra. Conceição Serpa, defini como objetivos principais : compreender o papel da MGF

enquanto centralizadora de cuidados médicos;; diagnosticar e tratar as patologias mais prevalentes da

comunidade;; elaborar uma história clínica com integração dos dados biopsicossociais e culturais do

doente;; familiarizar-­me com os Programas de Saúde Infantil (SI), Planeamento Familiar (PF), Saúde

Materna e Rastreios Oncológicos;; capacitar-­me na prescrição medicamentosa;; orientar consultas de

PF e de SI, atentando sempre numa abordagem centralizada na pessoa. Perfiz um total de 305

consultas observadas, o que me possibilitou o contacto com uma ampla diversidade de patologias em

diferentes faixas etárias. Pude conduzir autonomamente muitas destas consultas, o que me auxiliou

na consolidação de estratégias de relação médico-­doente e na identificação da necessidade de

referenciação a cuidados de saúde secundários. Os domicílios que observei, permitiram-­me revisitar

uma forma muito especial e intimista de exercer Medicina. Apresentei ainda uma revisão do artigo do

Medscape: “11 Drugs you should seriously consider deprescribing” onde, procurei consciencializar os

profissionais de saúde para a prática de uma prescrição racionalizada, para a qual a MGF assume um

papel privilegiado, pelo seu contacto mais próximo e holista para com o doente.

ESTÁGIO PEDIATRIA l HOSPITAL SÃO FRANCISCO XAVIER

O Estágio Parcelar de Pediatria, decorreu sob orientação do Dr. Edmundo Santos e teve como

objetivos: reconhecer as principais patologias pediátricas, agindo de forma sistematizada e criteriosa

no seu diagnóstico;; estabelecer uma boa comunicação com a criança e família, garantindo uma correta

anamnese;; executar o exame físico adequado à idade;; interpretar exames complementares de

diagnóstico;; redigir informação clínica;; propor terapêutica e capacitar-­me na pesquisa de informação

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científica. No internamento, é exigido um olhar especialmente atento para a criança observando-­a

como “um todo”, verificando sinais de alarme, o seu estado geral, revendo a sua terapêutica e

avaliando a sua evolução e prognóstico: observar e compreender os diários clínicos tornou-­se parte

do meu dia-­a-­dia e um momento em que eu via transpor, em linguagem médica, aquilo que era

percepcionado no doente. As Consultas Externas permitiram-­me reforçar a ideia de que a confiança

da criança e sobretudo dos seus pais é crucial para se obter uma boa anamnese e uma adequada

adesão à terapêutica. Lidar com as exigências e expectativas dos pais, foi também aqui um desafio.

Já na Urgência, foi-­me demonstrado em primeira mão a importância de observar, de forma sistemática,

várias crianças, com recurso a anamnese e exame objetivo, por forma a aumentar a nossa experiência

clínica, e o quão importante isso é na formação pré-­graduada. Por fim, integrado na avaliação final de

estágio, apresentei um seminário abordando a temática : “Cefaleias no Serviço de Urgência”.

ESTÁGIO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA l HOSPITAL VILA FRANCA DE XIRA

O estágio parcelar de Ginecologia e Obstetrícia, tutelado pela Dra. Célia Pedroso e Dra. Margarida

Sousa foi organizado por rotação de duas semanas de ginecologia e duas semanas de obstetrícia,

integrando consulta externa, bloco operatório, SU, internamento e observação de exames de imagem.

Para este estágio, estabeleci como objetivo a aquisição de competências para a correta abordagem

das situações clínicas mais prevalentes nestas áreas. No âmbito da ginecologia, frequentei as

consultas de patologia do pavimento pélvico, onde fui autónoma na realização de exame ginecológico;;

observei a realização de ecografias ginecológicas, histeroscopias e frequentei o bloco operatório. No

âmbito da obstetrícia, tive oportunidade de consolidar competências referentes à vigilância de cada

um dos trimestres da gravidez. Fui autónoma na observação da grávida, através da medição da altura

uterina, auscultação do foco fetal, realização de exsudado retovaginal e toque obstétrico. A

sensibilidade que, a meu ver, é necessária ter para abordar questões relacionadas com o aborto

espontâneo e para lidar com o preconceito e a culpa que advém da falta de informação na população

feminina portuguesa, foi também outro elemento-­chave por mim observado. Na enfermaria, observei

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a indução de trabalhos de parto em internamentos eletivos e no bloco de partos, assisti a um total de

sete partos (duas cesarianas e cinco partos vaginais), tendo participado como segundo ajudante numa

cesariana, na qual auxiliei a dequitadura e encerramento da ferida operatória. No final do estágio, pude

também apresentar uma revisão bibliográfica do Consenso da Sociedade Portuguesa de ginecologia

de 2015, relativo ao tema “Endometriose”.

ESTÁGIO DE SAÚDE MENTAL l CLÍNICA DA JUVENTUDE CHLO

O Estágio parcelar de Saúde Mental, decorreu no Departamento de Psiquiatria de Adolescentes do

Centro Hospitalar de Lisboa Central (Clinica da Juventude), tutelada pela Dra. Neide Urbano. Uma vez

que no ano anterior realizei a U.C. de Psiquiatria em Erasmus, e, face à praticamente nula aplicação

prática de conhecimentos até então, estabeleci como prioridades: a identificação das principais

síndromes psiquiátricas;; a compreensão da dinâmica da equipa médica;; a condução de uma entrevista

clinica e ainda o desenvolvimento de competências para abordar doentes com patologia psiquiátrica

crónica. As Consultas Externas constituíram o momento formativo mais importante do meu estágio, no

qual me foi reforçada a ideia de que a confiança no médico é crucial para se obter uma boa anamnese

e garantir um coping terapêutico adequado. Por outro lado, a relação médico-­doente em Urgência

envolve toda uma dinâmica característica inerente. Neste estágio, pude observar de perto as

patologias psiquiátricas mais prevalentes e o modo como afetam os doentes e as famílias a nível

orgânico, mental, social e laboral. A maioria dos motivos de consulta prenderam-­se com o “follow-­up”

de adolescentes com perturbação depressivo-­ansiosa, hiperatividade e défice de atenção e

perturbação disruptiva do comportamento. O sofrimento causado por estas patologias – com evidente

destaque para as perturbações da ansiedade e do humor – afeta o doente em todas as suas

dimensões e nas relações interpessoais;; atrevo-­me a dizer mais do que qualquer outra patologia

orgânica. Essa humanização (e sensibilização) da Medicina e dos cuidados médicos foi, sem dúvida

alguma, uma das componentes mais importantes do meu estágio.

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ESTÁGIO DE MEDICINA l HOSPITAL CURRY CABRAL

O estágio parcelar de Medicina Interna com duração de oito semanas, assentou numa componente

teórico-­prática (lecionada na NMS|FCM) e numa componente prática, sob orientação da Dra.

Margarida Antunes. Para o estágio, estabeleci como prioridades a familiarização com as patologias

mais prevalentes na comunidade, o contacto com a multidisciplinaridade na decisão médica e a

aquisição de competências que me permitam responder às necessidades dos doentes. A enfermaria

constituiu o principal local de aprendizagem, na qual integrei a equipa médica na sua rotina diária,

ficando responsável pela observação diária de dois a três doentes, respetivo registo no diário clínico,

elaboração de notas de entrada e notas de alta, interpretação e registo de meios complementares de

diagnóstico, discussão de hipóteses diagnósticas e elaboração de uma proposta de plano terapêutico.

Redigir diários clínicos tornou-­se parte integrante do meu dia-­a-­dia e um momento de familiarização

com a linguagem médica. Nesse sentido, pude também elaborar uma história clínica, com posterior

discussão perante o Diretor de Serviço, que integrou a minha avaliação final. O Atendimento

Permanente auxiliou-­me não só na revisão sistemática das principais síndromes que são acometidas

à Urgência mas também na percepção da conduta mais correta que me deve auxiliar na chegar ao

diagnóstico. Pude ainda assistir a diversas sessões clínicas hospitalares e apresentei, em conjunto

com outros colegas, uma sessão clínica acerca do tema: “Hepatites Viricas e Auto-­Imunes”.

ESTÁGIO DE CIRURGIA l HOSPITAL DA LUZ

O Estágio Parcelar de Cirurgia, tutelado pelo Dr. Paulo Roquete, consistiu em: 1 semana de aulas

teóricas e teórico-­práticas no Hospital Beatriz Ângelo;; 2 semanas na Unidade de Cuidados Intensivos

Polivalente (UCIP) e 6 semanas de Cirurgia Geral. Relativamente ao ensino teórico-­prático decorrido

na primeira semana, reforço a pertinência e excelência do curso TEAM (Trauma Evaluation and

Managment), coordenado pelo Dr. José Luís Ferreira. O programa prático consistiu em quatro bancas

(I-­Via Aérea, II-­Choque, III-­Trauma Vertebro-­medular, IV-­ RX em Trauma). De uma forma

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brilhantemente concisa e interativa, este curso permitiu uma boa integração dos temas previamente

abordados durante as sessões teóricas, além de obrigar a um refletir sobre a nossa atuação futura em

situações de emergência. Os meus objetivos perante a cirurgia geral prenderam-­se com: conhecer

patologias e procedimentos cirúrgicos;; orientar a anamnese e exame objetivo em consulta e no serviço

de urgência;; propor hipóteses de diagnóstico, meios complementares de diagnóstico e plano cirúrgico;;

saber desempenhar técnicas cirúrgicas básicas e de pequena cirurgia. No Hospital da Luz,

acompanhei diariamente a atividade assistencial do meu tutor, no bloco operatório, onde fui sempre

integrada na equipa cirúrgica, o que me permitiu expandir o meu conhecimento sobre procedimentos

e técnicas sobretudo na laparoscopia e robótica, onde observei essencialmente patologia coloretal e

bariátrica. Frequentei também consultas, onde pratiquei o exame objetivo, e atendi a diversas reuniões

multidisciplinares. No dia 18 de Maio, apresentei um caso clínico intitulado “Um divertículo difícil de

engolir”, no minicongresso do 6º Ano do MIM no Hospital Beatriz Ângelo.

ESTÁGIO OPCIONAL – ENDOCRINOLOGIA l HOSPITAL CURRY CABRAL

A escolha do Estágio Opcional foi motivada pelo meu interesse pessoal na área da Endocrinologia e

pela sua estreita relação com a área da nutrição. Apesar do contacto prévio com a especialidade no

5º ano, senti curiosidade e motivação para aprofundar conhecimentos nesta área e daí tirar ilações

que me auxiliassem numa escolha de carreira médica à posteriori. Sob orientação da Dra. Teresa

Rego, pude familiarizar-­me com a dinâmica de Serviço, observei uma maior diversidade de patologia

em consulta e tive a possibilidade de realizar exame objetivo dirigido, discutir exames complementares

e respetiva proposta terapêutica.

3 -­ ELEMENTOS VALORATIVOS

Durante o estágio profissionalizante, frequentei congressos que contribuíram para uma melhor

compreensão de determinadas temáticas da Medicina, dos quais saliento: “Um dia com a

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Gastroenterologia Pediátrica”;; “I Jornadas de Medicina Geral e Familiar”;; “7ª Reunião de

Imunoalergologia de Lisboa” e “2ª Curso Prático de Urgências Pediátricas no AMP”. Ao longo da minha

formação médica, tive a preocupação de não me cingir apenas a um conhecimento teórico restrito a

aulas e estágios curriculares. Nesse sentido, procurei ativamente outras atividades que

complementassem a minha formação não só a nível médico mas também pessoal: Fui formadora na

Educação para a sexualidade e prevenção do HIV SIDA na Escola Secundária Eça de Queirós;; Integrei

a equipa de reportagem das entrevistas aos oradores do iMed Conference® 7.0;; em 2017 integrei o

programa de Mobilidade Erasmus durante um semestre na Republica Checa.

4 – ANÁLISE CRÍTICA FINAL Concluo o 6º Ano do MIM com orgulho e uma visão mais límpida da responsabilidade e do mundo da

Medicina do que qualquer um dos outros anos me tinha dotado: foi, talvez, o pilar da grande arquitetura

que é o ensino pré-­graduado da Medicina. Retrospetivamente, considero que as minhas expectativas

foram correspondidas e os objetivos dos vários estágios parcelares foram globalmente alcançados,

com algumas exceções. O estágio de Medicina Geral e Familiar decorreu num meio rural, tendo-­me

aliciado particularmente o cenário geográfico e cultural que influencia profundamente a prática clinica

a este nível, e que contrasta com a esmagadora prática hospitalar até aqui. Neste contexto, procurei

estabelecer uma boa relação com os utentes, avaliando-­os no seu contexto biopsicossocial, e

adequando-­me não só à patologia, mas ao meio e circunstâncias que os envolvem. Mais ainda, foi um

estágio onde pude orientar consultas e procedimentos, pela primeira vez, de forma autónoma, o que

é extraordinariamente gratificante para um aluno. Já Pediatria dotou-­me de uma confiança renovada

no contacto com crianças e pais, não só em termos de colheita de dados clínicos e de exame físico,

como também na discussão diagnóstica e proposta terapêutica. Este estágio também colmatou falhas

por mim identificadas em anos anteriores no que concerne a patologias observadas e permitiu-­me

ganhar destreza em contexto de Urgência. A Ginecologia e Obstetrícia permitiu-­me aprofundar

conhecimentos na área da saúde materna e patologia ginecológica, mostrando-­se uma experiência

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enriquecedora pelo contacto com múltiplas vertentes ao longo do estágio, bem como aquisição de

autonomia na observação ginecológica e obstétrica. O estágio de Saúde Mental permitiu-­me

desmistificar o estigma atribuído à patologia mental e compreender que o seu sofrimento inerente,

afeta o doente em todas as suas dimensões. Em Medicina capacitei-­me para, de forma autónoma e

sistematizada, avaliar, diagnosticar e tratar variadas patologias, tanto em internamento como no SU,

onde ganhei destreza na entrevista clínica orientada. Estar encarregue de seguir diariamente doentes

é uma componente à qual atribuo a máxima importância num estágio profissionalizante. Foi também

um estágio onde eu cresci em termos humanos, construí relações médico-­doente e entre pares mais

sólidas, perfeitamente integrada numa equipa clínica, e onde ganhei uma nova sensibilidade para a

patologia crónica. Cirurgia Geral, ainda que num hospital privado, deu-­me possibilidade de participar

nos atos cirúrgicos, característica cuja relevância reforço no nosso currículo, o que permitiu uma

evolução considerável nas minhas competências técnicas e clínicas. Lamentavelmente, nunca pude

orientar consultas ou frequentar o SU, nunca tendo também praticado pequena cirurgia, por estagiar

num hospital privado – assim, não considero que esse objetivo tenha sido cumprido. Apesar da

exigência dos estágios, acredito que tirei o máximo proveito de cada estágio, conciliando a preparação

para a PNS e a prática de atividades extracurriculares. Relativamente a estas últimas, procurei que os

estágios clínicos opcionais ao longo do curso realizados, bem como o programa de mobilidade

realizado (Erasmus) funcionassem como um complemento à minha formação, através do contacto

com diferentes realidades, métodos de ensino e de trabalho, ao mesmo tempo que explorava áreas

de interesse pessoal, pois “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”2. Findo o MIM,

deixo um agradecimento profundo aos professores e tutores que tive o previlégio de acompanhar;; aos

familiares e amigos por terem sido o meu pilar de sustentação;; e muito especialmente, aos doentes,

por cada pergunta, cada erro, cada sorriso... E porque o sonho move a vida, é com um imenso orgulho

que vejo o conquistar deste sonho: ser Mestre em Medicina.

2 2-­ Abel Salazar, 1889-­1946

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5 – ANEXOS

5.1 -­ PROJETO DE EDUCAÇÃO PELOS PARES – PREVENÇÃO DO HIV/ SIDA

PROMOÇÃO E EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE EM MEIO ESCOLAR SEXUALIDADE E PREVENÇÃO DO HIV/SIDA

Projecto Nacional de Educação Pelos Pares

2015/2016

CERTIFICADO

A Fundação Portuguesa “A Comunidade Contra a SIDA” certifica que Andreia Catarina Ferreira frequentou a formação técnico pedagógica dinamizada pelo Centro de Aconselhamento e Orientação de Jovens de Lisboa, nas áreas de desenvolvimento de competências pessoais e sociais e na implementação de estratégias da educação pelos pares.

No âmbito da formação, desempenhou o papel de formador(a) voluntário(a) na área de Educação Sexual e Prevenção do VIH/SIDA, na turma A do 9º ano da Escola Secundária Eça de Queiroz.

Presidente do Conselho de Administração

___________________________________________________ (Drª Filomena Margarida Frazão de Aguiar)

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5.2 -­ IMED Reporter TEAM – IMED CONFERENCE 7.0.

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5.3 -­ PROGRAMA ERASMUS 2016/2017

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5.4 -­ REUNIÃO DE PEDIATRIA DO HJJF

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5.5 -­ I JORNADAS DE MEDICINA GERAL E FAMILIAR

CERTIFICADO

esteve presente nas I

que se realizou

no Hotel

Cláudia de Lemos Silveira

CERTIFICADO

Certifica-se que

Andreia Ferreira

I Jornadas de Medicina Geral e

se realizou no dia 13 de Outubro de 2017

otel Olissippo Oriente, Lisboa.

Cláudia de Lemos Silveira Diretora Academia CUF

José de Mello Saúde

eral e Familiar

utubro de 2017

riente, Lisboa.

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5.6 -­ CURSO TEAM

5.7 -­ 7ª REUNIÃO DE IMUNOALERGOLOGIA DE LISBOA

CERTIFICADO DE PRESENÇA

Certifica-se que:

Andreia Ferreira

participou na 7ª Reunião de Imunoalergologia de Lisboa, que teve lugar no Hotel Olissippo Oriente, em Lisboa, a 20 de Abril de 2018.

Paula Leiria Pinto

Comissão Organizadora

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5.8 -­ 2º CURSO PRÁTICO DE URGÊNCIAS PEDIÁTRICAS

2º Curso Prático deUrgências Pediátricas noAMP — Certificado de Participação

DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO CÓDIGO DE CERTIFICADO

AS ATIVIDADES FREQUENTADAS ENCONTRAM-SE NA PÁGINA SEGUINTE

EMITIDO POR:

NOME

Hospital da Luz Learning Health Rua Carlos Alberto da Mota Pinto, 17-9.º 1070-313 Lisboa

Andreia Catarina Silva Ferreira

14520367 C-5ac3d7702e060