relatório de prática caracterizaÇÃo de Ácidos nucleicos – extraÇÃo do dna da banana

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i DISCIPLINA: BIOQUÍMICA PROFESSOR: DR.MARCELO SANTOS SILVA RELATÓRIO DE PRÁTICA Nº 01 - CARACTERIZAÇÃO DE ÁCIDOS NUCLEICOS – EXTRAÇÃO DO DNA DA BANANA KAMILLE ARAÚJO DUARTE

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CARACTERIZAÇÃO DE ÁCIDOS NUCLEICOS – EXTRAÇÃO DO DNA DA BANANA

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DISCIPLINA: BIOQUMICA

PROFESSOR: DR.MARCELO SANTOS SILVA

RELATRIO DE PRTICA N 01 - CARACTERIZAO DE CIDOS NUCLEICOS EXTRAO DO DNA DA BANANA

KAMILLE ARAJO DUARTE

IGUATU-CE

2015

KAMILLE ARAJO DUARTE

RELATRIO DE PRTICA N 01 - CARACTERIZAO DE CIDOS NUCLEICOS EXTRAO DO DNA DA BANANA

Relatrio de aula prtica n 01 apresentado ao Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia Iguatua-CE (IFCE), curso de Licenciatura em Qumica, 6 semestre, como forma de avaliao parcial da disciplina de Bioqumica.

IGUATU-CE

2015

SUMRIOLISTA DE FIGURASiv1 INTRODUO12 MATERIAIS E MTODOS22.1 Materiais22.2 Mtodos33 RESULTADOS E DISCUSSO63.1 Macerao63.2 Soluo de lise63.2.1 Detergente63.2.2 Sal63.5 Banho-maria73.6 lcool74 CONCLUSO85 REFERENCIAS9

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Macerao da banana e preparao da soluo de lise (sal e detergente)3

Figura 2. Mistura de banana e soluo de lise no banho-maria.3

Figura 3. Resfriamento da mistura no gelo.4

Figura 4. Filtragem da amostra.4

Figura 5. Precipitao das molculas de DNA.5

iv

1 INTRODUO

Muitas pesquisas de Biologia Molecular comeam com a extrao de cidos nucleicos. O DNA um dos cidos nucleicos que constituem o material gentico da maioria dos seres vivos. A sigla DNA significa acido desoxirribonucleico, esta molcula foi descoberta por volta de 1969 por Johann Friedrich Miescher. O DNA tem papel importante para os seres vivos, o responsvel por todas as informaes genticas necessrias para criao de um organismo, ele controla toda a atividade celular que transmitida de gerao em gerao.

O DNA formado por nucleotdeos, e cada nucleotdeo formado por uma molcula de desoxirribose, uma molcula de fosfato e uma base nitrogenada que pode ser prica ou pirimdica. As bases pricas encontradas no DNA so adenina e guanina; e as bases pirimdicas so citosina e timina, sendo que a adenina liga-se timina e a guanina liga-se citosina atravs de pontes de hidrognio.

Hoje os estudos para compreender e aperfeioar estas molculas tem crescido rapidamente, pois suas aplicaes se tornaram inmeras para a humanidade.

Na extrao do DNA pelos mtodos convencionais, a lise celular libera as molculas em uma fase aquosa que separada dos restos celulares por centrifugao. As protenas so removidas da fase aquosa por solventes orgnicos (fenol, clorofrmio). O DNA, que permanece na fase aquosa, precipitado com etanol e, posteriormente, purificado e suspendido em um buffer adequado.

Neste trabalho laboratorial buscou-se verificar a existncia de molculas de DNA em amostra de vegetais (banana) atravs da visualizao a olho nu tendo como base um processo semelhante ao descrito anteriormente e utilizado pelos cientistas quando comearam as primeiras investigaes sobre o DNA. A extrao realizada basicamente utilizando-se detergentes, sais e lcool.

2 MATERIAIS E MTODOS

O experimento de extrao de DNA da banana foi conduzido no Laboratrio de Bromatologia do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia Iguatua-CE, aos dias 11 de maro de 2015, para os alunos do 6 semestre do curso de Licenciatura em Qumica sobe a orientao do professor Dr. Marcelo Santos Silva.

Uma das razes de se trabalhar com bananas que elas so muito macias e fceis de homogeneizar. Para realizao experimento utilizou-se os seguintes materiais:

2.1 Materiais

Vidrarias

Vidro relgio

2 bqueres (250 ml)

Funil de Vidro

Proveta (100 ml)

Basto de vidro

Amostras e Reagentes

1 banana

gua destilada

NaCl (sal de cozinha)

Detergente para loua

lcool etlico a 95% gelado (-10C)

Acessrios

Banho-maria (60C)

Balana analtica

Papel de filtro

Bandeja de isopor com gelo

Esptula

Pisseta

2.2 Mtodos

Com o auxilio de um vidro relgio e uma esptula amassou-se uma banana at a mesma ficar macia e homognea. Em seguida pesou-se 5 gramas de NaCl em uma balana analtica, mediu-se 60 ml de detergente de cozinha e 100 ml de gua destilada com uma proveta. Misturou-se em um bequer o sal, o detergente e a gua e mexeu-se at total dissoluo.

Figura 1. Macerao da banana e preparao da soluo de lise (sal e detergente)

Posteriormente adicionou-se a banana amassada a essa soluo recm preparada, aquecendo-a em banho-maria (60C) por 15 minutos.

Figura 2. Mistura de banana e soluo de lise no banho-maria.

Aps aquecer, resfriou-se rapidamente a mistura colocando-a em uma bandeja com gelo durante 5 minutos.

Figura 3. Resfriamento da mistura no gelo.

Filtrou-se a soluo em um bequer com auxilio de um funil de vidro e papel filtro, adicionou-se vagarosamente a soluo filtrada 100 ml de lcool etlico 95% previamente resfriado a -10C.

Figura 4. Filtragem da amostra.

Com a adio do lcool observou-se a formao de uma camada na superfcie da soluo aquosa e com um basto de vidro limpo, fez-se movimentos circulares misturando as fases onde obteve-se o resultado final esperado.

Figura 5. Precipitao das molculas de DNA.

3 RESULTADOS E DISCUSSO

A banana por ser poliploide, ou seja, possuir vrios cromossomos em suas clulas, favoreceu a visualizao final do experimento e assim como esperado a prtica possibilitou a observao da precipitao das molculas de DNA com formao de nuvem na fase alcolica.

3.1 Macerao

A correta macerao do material selecionada possibilitou uma maior superfcie de contato com a soluo de lise e melhor ao da soluo sobre as clulas. Permitindo assim a liberao de uma maior quantidade de molculas de DNA e, portanto, um bom rendimento.

3.2 Soluo de lise

A soluo de lise, assim denominada devido a sua funo de rompimento da membrana plasmtica e outras membranas, tem um papel fundamental na extrao do DNA, seus componentes (sal, detergente) apresentam uma funo decisiva no processo de extrao.

3.2.1 Detergente

As membranas plasmtica e nuclear so compostas principalmente por lipdios. A funo do detergente desestruturar as molculas de lipdio das membranas biolgicas. Desta maneira, as membranas sofrem ruptura e todo o contedo celular - inclusive o DNA - fica disperso na soluo.

3.2.2 Sal

O sal (NaCl) proporciona um ambiente favorvel para a extrao depois de dissolvido na gua, se dissocia e contribui com ons positivos que neutralizam a carga negativa do grupo fosfato do DNA. As molculas de DNA passam a no sofrer repulso de cargas entre si, o que favorece sua aglomerao.

3.5 Banho-maria

A temperatura elevada promove agitao das molculas, facilitando a ao do detergente em desestabilizar as membranas lipdicas, por esse motivo a soluo foi levada a banho-maria. A alta temperatura tambm ajuda a inativar enzimas que podem degradar o DNA.

3.6 lcool

No bquer pode-se observar duas fases aps o adicionamento do lcool resfriado, na parte inferior formou-se uma fase aquosa e na parte superior a fase alcolica (sobrenadante).

O resfriamento permiti a precipitao do DNA, quanto mais gelado o lcool, menos solvel ser o DNA . O lcool gelado desidrata o DNA, de forma que este no mais fica dissolvido no meio aquoso. Alm disso, o DNA tende a no ser solvel em lcool e, deste modo, suas molculas se agrupam.

Como o DNA tem menor densidade que os outros constituintes celulares, ele surge na superfcie do extrato formando um aglomerado que precipita junto com outras molculas. Os agregados moleculares obtidos so uma mistura em proporo varivel de cidos nucleicos, protenas e pectina, um carboidrato presente na lamela intercelular e no vacolo das clulas vegetais.

Adicionar o lcool gelado em velocidade lenta auxilia na eficincia de precipitao do DNA.

4 CONCLUSO

A aula prtica constitui um importante recurso metodolgico facilitador do processo de ensino-aprendizagem. Atravs da experimentao, o professor alia teoria prtica e possibilita o desenvolvimento da pesquisa e da problematizao em sala de aula, despertando a curiosidade e o interesse do aluno. Transforma o estudante em sujeito da aprendizagem, possibilitando que o mesmo desenvolva habilidades e competncias especficas.

A partir da pratica realizada foi possvel observar a precipitao das cadeias de DNA aglomeradas na fase alcolica alm de instigar a pesquisa sobre a ao de cada substancia, agentes fsicos e qumicos, envolvidos no processo de extrao.

Portanto correto afirmar que a aprendizagem foi efetivamente significativa e a aula conseguiu cumprir todos os seu objetivos.

5 REFERENCIAS

LEHNINGER, A.L. et al. Princpios de bioqumica. 4 ed. So Paulo:

SARVIER, 2006.

MARIA ANTONIA MALAJOVICH / Guias de atividades Biotecnologia: ensino e divulgao. http://www.bteduc.bio.br

Rodrigues, C.D.N. et al. DNA vegetal na sala de aula So Paulo: Departamento de Botnica IBUSP. So Paulo, 2008. 8 p.: il. (Ensino de Botnica)