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RELATÓRIO DE GESTÃO 2010-2012

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Relatório de Gestão Embrapa Agroindústria Tropical 2010/2012

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Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaEmbrapa Agroindústria Tropical

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Fortaleza, CE, 2013

RELATÓRIO DE GESTÃO2010-2012

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ApresentaçãoNo triênio 2010-2012, a Embrapa Agroindús-tria Tropical cumpriu, muito além do planeja-do, os seus objetivos e metas estabelecidos. Esse feito foi possível graças aos aportes su-plementares de recursos viabilizados pelas Emendas Parlamentares, pelo PAC Embrapa e pelas alocações e direcionamentos da Di-retoria Executiva, mas também, fundamental-mente, por ações de gestão, que foram de-terminantes para o alcance dos resultados ora retratados.

É importante ter em conta que o macroproces-so da pesquisa envolve desde o levantamento e priorização de demandas, o planejamento e a execução da pesquisa em si, as ações de desenvolvimento tecnológico, o esforço de transferência de tecnologia e a avaliação de impacto (econômico, social e ambiental) que retroalimenta o processo.

Ressalte-se ainda o aporte decisivo para que ocorram os resultados finalísticos de P&D e TT, consubstanciados pelas ações transver-sais envolvendo o suporte administrativo, nas suas múltiplas facetas (gestão de pessoas,

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infraestrutura e logística, orçamento e finan-ças, patrimônio e material, assessoria jurídica, contratos e convênios), além da comunicação e da tecnologia da informação. Esse esforço perpassa também estruturas importantes para os resultados de pesquisa, que são os Labora-tórios, os Campos Experimentais ou mesmo a infraestrutura de parceiros externos.

Os avanços registrados nesse período cobrem todas as etapas do macroprocesso de pesqui-sa, o que nos assegura a tranquilidade do dever cumprido junto à sociedade brasileira.

Todas essas conquistas se devem, sobretudo, à capacidade de trabalho da nossa valorosa equipe, que se somam, de forma inteligente e pró-ativa, aos vários parceiros externos: bolsis-tas, estagiários, fornecedores, financiadores, políticos, governantes, instituições de ciência e tecnologia; enfim, todos que, direta ou indire-tamente, ampliaram nossa capacidade de res-posta para aprimorar a competitividade e sus-tentabilidade da agroindústria tropical.

Vitor Hugo de OliveiraChefe-Geral da Embrapa Agroindústria Tropical

Apresentação

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SUMÁRIO1.

3.

4.

Gestão OrganizacionalMelhoria de Processos

Gestão da Qualidade

Gestão de Pessoas

Gestão Orçamentário-Financeira

Pesquisa e DesenvolvimentoProgramação de Pesquisa

Ampliação da Capacidade Analítica

Ações de Pesquisa em Destaque

Banco de Tecnologias

Transferência de Tecnologia e ComunicaçãoProspecção e Avaliação de Tecnologias

Implementação da Transferência de Tecnologia

Comunicação

Visitas, Premiações e Eventos

Visão de Futuro

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1.

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Arealização da Pesquisa, Desenvol-vimento e Transferência de Tec-nologias depende do suporte de gestão que favorece a consecu-

ção dos seus objetivos e propósitos.

Neste triênio, houve consideráveis avanços na gestão da Unidade, seja pela obtenção de orçamentos e parcerias significativas, seja pelo desenvolvimento de ações que proporcionaram mais eficácia e eficiência nos processos.

As diretrizes estratégicas estabelecidas no Plano Diretor e a aprovação do novo Re-gimento Interno proporcionaram desafios que mobilizaram as diferentes equipes,

tanto na sede da Unidade como nos Cam-pos Experimentais (Pacajus e Paraipaba).

Nesta seção, o Relatório de Gestão con-templa os descritivos de ações realizadas envolvendo os seguintes conteúdos:

- Melhoria de Processos: potencializando a gestão;

- Gestão da Qualidade;

- Novo Regimento Interno;

- Gestão da Informação;

- Gestão de pessoas;

- Gestão Orçamentária Financeira;

- Investimento em Infraestrutura.

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Gestão Organizacional 07

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08 Gestão Organizacional

Melhorando processos, potencializando a gestãoA Embrapa Agroindústria Tropical tem bus-cado constantemente aumentar a eficiên-cia e a eficácia de seus processos. Para isso, anualmente, a Unidade identifica os que necessitam de melhorias, de mais controle, agilidade e maior disponibilização de informações importantes para a tomada de decisão em todos os níveis da organi-zação. Todo esse trabalho começou em 2010, quando foi instituída uma comissão para mapear todos os processos dos se-tores da Unidade, identificar os possíveis gargalos e propor AMPs para os mais crí-ticos. Foram levantados 86 processos em 17 setores ou áreas. O primeiro passo foi a elaboração de um questionário sobre os processos e gargalos, que foi encaminha-do eletronicamente para os responsáveis pelos setores e áreas. Após o mapeamento dos processos, a comissão identificou os mais críticos. Em 2012, o Núcleo de Desen-volvimento Institucional (NDI) fez uma revi-são do trabalho, constatando mudanças de cenários e realizado uma nova priorização das ações. Cada AMP envolveu uma equi-pe diferente, coordenada por um repre-sentante do NDI e com a participação dos setores e áreas envolvidos no processo. A seguir, apresentamos alguns exemplos de melhorias realizadas no triênio 2010-2012:

Análises e Melhorias de Processos (AMP)Nos três últimos anos, a Unidade concluiu e apresentou seis Análises e Melhorias de Processos (AMP) previstas nas metas des-se período: gestão de projetos financiados por fontes externas; contratação e acom-panhamento de estagiários, bolsistas e es-

tudantes; gestão de resíduos de laborató-rios; publicações de trabalhos da Embrapa Agroindústria Tropical e compras por pre-gão eletrônico. No mesmo período, foram realizadas ações de comunicação da AMP do Setor de Contratos e Convênios, com a confecção de cartilha.

novo sistema de solicitação comprasA novidade surgiu a partir de uma pesquisa de satisfação que observou dois pontos a serem melhorados. O primeiro ponto foi a insatisfação dos usuários quanto à interface do sistema utilizado, o Samasp, que apre-senta uma aparência antiga e complicada. Para solucionar a questão da interface, foi criada uma aplicação na intranet com fácil acesso e melhor usabilidade, além de dis-ponibilizar todos os itens a serem solicita-dos. O usuário pode inserir seu subprojeto e identificá-lo no sistema. Para resolver o problema com as descrições dos itens, foi criada uma comissão, formada por todos os responsáveis por laboratórios da Uni-dade, a qual trabalhou durante seis meses na padronização das descrições nos dois grupos de itens com maior demanda: o de material de laboratórios e o de reagentes. O sistema pode ser acessado diretamente na intranet.

AlmoxarifadoEm 2012, entrou em funcionamento o novo almoxarifado de reagentes da Embrapa Agroindústria Tropical. Mais que uma nova infraestrutura, o imóvel representa um novo processo de requisição, conservação e manuseio dos materiais, que passam a ser submetidos à logística renovada de distri-

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Gestão Organizacional 15

buição dos insumos para os laboratórios. A partir de agora, os interessados em ma-teriais do almoxarifado devem entrar em contato com o Setor de Gestão de Patri-mônio e Suprimentos (SPS) e realizar a so-licitação. Entre as novas regras aplicadas no novo almoxarifado, está a definição de dias específicos para a entrega do material. A organização dos materiais é o grande di-ferencial do novo prédio. Isso proporciona um controle maior e também uma melhor gestão dos materiais. Dessa forma, a Uni-dade passa a utilizar de forma ainda mais

eficaz os recursos disponíveis, inclusive os financeiros.

controle das avençasO Setor de Contratos e Convênios (SCC), em parceria com o Núcleo de Desenvol-vimento Institucional (NDI), lançaram, na intranet, a página de controle de avenças da Unidade. Todos os empregados terão acesso à página em tempo real, e os ges-tores de contratos poderão acompanhar todas as etapas do processo. O acesso é feito pela intranet.

Melhorando processos, potencializando a gestão

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10 Gestão Organizacional

O primeiro Procedimento Operacional Pa-drão (POP), intitulado Procedimento de Elaboração e Controle de Documentos, foi aprovado em março de 2011 e contém as principais orientações sobre como deve ser elaborado, verificado e aprovado um POP na Unidade.

Em abril daquele ano, foi realizado o Workshop POP Zero, cujo objetivo foi ca-pacitar analistas e assistentes de labora-tório na aplicação desse documento no ambiente de trabalho. A etapa seguinte consistiu na elaboração dos POPs de análi-

ses e equipamentos críticos elencados pe-los laboratórios. No fim de 2011, 12 labora-tórios haviam elaborado 77 procedimentos, sendo 34 verificados e 29 aprovados.

O Programa de Melhoria Organizacional é constituído de três atividades básicas: os Encontros de Gestão, o blog Encontros de Gestão e o Trocando Ideias. Este último consiste em encontros semanais entre a chefia e um grupo de empregados convida-dos; os Encontros de Gestão são reuniões mensais, abertas a todos os empregados da Unidade, enquanto o blog Encontros de

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Gestão está disponível na intranet. Todas essas atividades abordam temas relacio-nados à gestão empresarial.

Os principais resultados alcançados foram: o estabelecimento de um espaço onde é possível discutir temas relacionados à gestão da Unidade, o desenvolvimento de competências na área de gestão empresa-rial, a melhoria da comunicação organiza-cional e uma maior integração entre em-pregados de diferentes cargos e áreas.

Em 2010, a Embrapa Agroindústria Tropi-cal promoveu o I Organizando, evento que mobilizou os colaboradores no sentido de realizar melhorias na organização do am-biente de trabalho, além de descartar e doar materiais supérfluos para instituições de caridade.

Em 2011, foi realizada a segunda edição do evento. O principal objetivo do II Organi-zando foi promover uma visão mais ampla sobre organização entre os colaboradores, tratando de temas como gestão do tempo, reciclagem e organização financeira.

O Programa de Melhoria Organizacional é constituídode três atividades básicas: os Encontros de Gestão, o blog Encontros de Gestão e o Trocando Ideias.

SAc

No que se refere ao atendimento ao públi-co externo, o Serviço de Atendimento ao Cliente da Embrapa Agroindústria Tropical registra crescimento em sua atividade nos últimos três anos.

Em 2012, do total de demandas, 45 men-sagens vieram de clientes de outros paí-ses. O estado brasileiro que concentrou o maior número de solicitações de informa-ções no mesmo ano foi São Paulo. Foram 112 contatos. O segundo da lista foi o Ce-ará, de onde partiram 108 das solicitações. A lista prosseguem com Bahia (69), Rio de Janeiro (53), Minas Gerais (34) e Rio Gran-de do Norte (33). Os dados são do relatório de atendimento do serviço. Por meio do documento é possível avaliar quem são os clientes da Unidade e quais são os assun-tos que despertam mais interesse.

Os produtores rurais foram os que mais procuram o serviço. Mas também procura-ram informações consultores, estudantes, empresários, extensionistas, e até donas de casa.

O assunto que mais gerou solicitações de informações por meio do SAC foi casca de coco, com 16% de todas as mensagens. Dez por cento das mensagens procuravam informações sobre pragas e doenças. A lis-ta de assuntos mais procurados envolve, ainda, água de coco, cultivo de caju e pro-cessamento de pedúnculo de caju.

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Diante da necessidade de alinhar o fun-cionamento da Unidade à visão de gover-nança corporativa da Embrapa, a Embrapa Agroindústria Tropical reestruturou seu Re-gimento Interno em março de 2011. Esse novo regimento visa fortalecer a pesquisa e desenvolvimento, a transferência de tecno-logia e a gestão administrativa, que são os três grandes macroprocessos da empresa. A Chefia-Geral passou a contar com três nú-cleos sob sua coordenação direta: Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO); Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) e Núcleo de Desenvolvimento Institucional (NDI). A Chefia de P&D continuou com os núcleos temáticos e com o Comitê Local de Publicação e passou a contar com o apoio do novo Setor de Gestão de Laboratórios e do Setor de Gestão de Campos Experi-mentais. O novo regimento reestruturou a

Chefia de Transferência de Tecnologia, que passou a coordenar dois setores: o Setor de Gestão da Prospecção, Articulação e Avaliação Tecnológica (Spat), responsá-vel por fazer a conexão entre a pesquisa e desenvolvimento e os setores produtivos por meio da caracterização e proteção das tecnologias, além de análises de mercado e avaliação dos impactos econômicos, am-bientais e sociais; e o Setor de Gestão da Implementação da Programação de Trans-ferência de Tecnologia (Sipt), com a função de proporcionar a adoção das tecnologias da empresa pelos setores produtivos. A Chefia de Administração continuou com o Setor de Gestão de Pessoas e o Setor de Orçamento e Finanças, mas reestruturou outros dois, transformando-os em Setor de Infraestrutura e Logística e Setor de Patri-mônio e Suprimentos.

Chefia P&D

Chefia-Geral

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Chefia TT

SPAT

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SIPT

Chefia ADM

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NÚCLEOSTEMÁTICOS

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CLPISGPSOFSPSSILSCC

Comitê Assessor ExternoComitê Técnico InternoNúcleo de Comunicação OrganizacionalNúcleo de Desenvolvimento InstitucionalNúcleo de Tecnologia da InformaçãoSetor de Gestão de LaboratóriosNúcleo de Apoio à ProgramaçãoSetor de Gestão de Campos ExperimentaisComitê Local de Publicações

Setor de Gestão da Prospecção e Avaliação de TecnologiasSetor de Gestão da Implementação da Programação de Transferência de TecnologiaComitê Local de Propriedade IntelectualSetor de Gestão de PessoasSetor de Gestão Orçamentária e FinanceiraSetor de Gestão de Patrimônio e SuprimentosSetor de Gestão de Infraestrutura e LogísticaSetor de Gestão de Contratos e Convênios

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Regimento Interno

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Em fevereiro de 2011, foi lançada a Árvo-re do Conhecimento sobre Caju. A árvore contém informações validadas de todas as etapas da cadeia produtiva e oferece con-teúdos sobre a produção de caju, abran-gendo as fases de pré-produção, produção e pós-produção, além do acesso a artigos, livros, arquivos de imagem e som, planilhas eletrônicas, entre outros. A construção do projeto mobilizou uma equipe de cerca de 30 profissionais, entre pesquisadores e analistas, durante três anos de trabalho.

Com objetivo de preservar a memória téc-nica e institucional da Embrapa Agroindús-tria Tropical, foi criado o Banco de Imagem, um software composto de fotos digitaliza-das que podem ser utilizadas para fins de publicidade, ilustração, conteúdo de docu-mentos, entre outros. As fotos são registra-das em várias categorias, tais como: Fru-tas, Flores, Eventos, Laboratórios, Mudas,

Obras, Plantas Medicinais, Plantas Exóti-cas, entre outras. O banco foi reativado no fim de 2010 e tem um acervo de 1.000 fo-tos, disponíveis para todos os empregados da Unidade.

O Centro de Informações Tecnológicas e Comerciais para a Fruticultura Tropical (Ceinfo) é uma base de dados, aberta ao público externo, cujo objetivo é organizar e disponibilizar informações sobre a fruticul-tura tropical de forma rápida e atualizada, além de tornar mais eficiente o processo de comunicação e de transferência das infor-mações de pesquisa da Unidade. A base possui, no seu acervo, 3.646 documentos (texto completo) sobre as diversas frutei-ras estudadas pela Embrapa Agroindústria Tropical. No período de 2010 a 2011, foram incluídos 439 documentos (textos comple-tos) e foram realizados 8.273 acessos pe-los públicos interno e externo.

Gestão da Informação

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Gestão Organizacional

No triênio 2010/2012, a Embrapa Agroin-dústria Tropical contratou 29 empregados. Somente no ano de 2010, foram 19 con-tratações, sendo 12 desses novos em-pregados lotados em áreas vinculadas à Pesquisa e/ou Laboratório e 7 na área de suporte à pesquisa. Em 2011, foram mais sete contratações: três para áreas vincula-das à Pesquisa e/ou Laboratório e quatro na área de suporte à pesquisa. Em 2012, foram três contratações , sendo um analis-ta e dois assistentes, tendo sido estes últi-mos convocados da lista de Portadores de Necessidades Especiais.

Em 2010, a Unidade recebeu dois empre-gados transferidos, sendo um da Embrapa Hortaliças, e o outro, da Embrapa Sede, re-forçando o quadro no Campo Experimental do Curu e Setor de Gestão de Infraestrutu-ra e Logística. Em 2011, foram três empre-gados transferidos, sendo um para área de transferência de tecnologia, um para área de Contratos e Convênios e outro para o Setor de Orçamento e Finanças. Em 2012, por sua vez, dois empregados foram trans-feridos, sendo um assistente para o Setor de Gestão de Orçamento e Finanças e um analista para o Setor de Gestão de Pesso-as.

Desenvolvimento profissional

Foram realizadas 66 capacitações de 2010 a 2012, entre cursos presenciais e não pre-

senciais. As áreas contempladas foram identificadas por meio do documento de Identificação de Necessidade de Capa-citação e do Sistema de Monitoramento e Avaliação de Desempenho dos Centros de Pesquisa da Embrapa (Smad). As for-mações foram realizadas com base nesses levantamentos e na priorização da Chefia da Unidade. O número de participantes em todas as capacitações chegou a 1.005.

Pós-Graduação

Em 2012, a Unidade contabilizou o ingres-so de quatro empregados no programa de pós-graduação da Embrapa: dois em doutorado, na área de Análise e Desen-volvimento de Processos na Indústria de Alimentos e um em mestrado, na área de Engenharia Química. Foram selecionados outros dois empregados, um para doutora-do na área de Materiais poliméricos e outro para mestrado na área de administração – gestão de operações e competitivida-de, para ingressar no programa em 2013. Quatro empregados concluíram seus pro-gramas de pós-graduação em 2012, dois em nível de doutorado, nas áreas de Bio-tecnologia Agropecuária e Separação de Biomoléculas e Bioprodutos e dois em ní-vel de especialização lato sensu, nas áreas de Marketing e Governança de Tecnologia da Informação. Uma empregada também retornou do pós-doutorado no exterior.

clima Organizacional

Com base no diagnóstico da Pesquisa de Clima Organizacional realizada pela Em-

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Gestão de Pessoas

brapa em 2009, foram implementadas várias ações de melhoria construídas no Workshop realizado em abril de 2010 e implementadas na fase de Monitoramento dos Planos de Ação, entre abril de 2010 e março de 2011. Durante o período, foi efe-tivada a Gestão do Clima Organizacional, inédita na Unidade.

Os resultados logo puderam ser observa-dos. Em 2011, a Embrapa aplicou nova-mente a Pesquisa de Clima Organizacional e Qualidade de Vida no Trabalho (QVT). A partir do Relatório emitido com os dados dessa pesquisa, foi verificado que a exe-cução dos planos de ação e a adoção das novas práticas para a melhoria do clima organizacional na Embrapa Agroindústria Tropical mensuradas apresentou um índice de favorabilidade de 68,97%.

Em comparação com a Pesquisa de 2009, cabe ressaltar o aumento no percentual de favorabilidade de todos os fatores. O fator Qualidade de Vida no Trabalho teve um percentual de 69,95% de favorabilidade, e

foi a primeira vez que foi analisado, sinali-zando ainda que 71,64% dos empregados relataram participar das atividades de Qua-lidade de Vida oferecidas na Unidade e que 56,72% consideram o nível de importância das ações de QVT.

Em 2012, podem ser destacadas as se-guintes ações:

- Encontro dos “Pratas da Casa”, em alusão ao Jubileu de Prata da Embrapa Agroindústria Tropical. Homenagem aos aposentados da Unidade que muito fize-ram e contribuíram para a trajetória exitosa da Unidade, além de serem essenciais no fortalecimento da cultura de excelência.

- Café Preview e Café com Biovalor, que proporcionaram momentos de integração entre a área administrativa e a pesquisa como forma de reconhecer o empenho e a dedicação dos colegas na construção do Laboratório Multiusuário de Química de Produtos Naturais (LMQPN) e do Laborató-rio de Biologia Molecular (LBM).

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- Caminhada Tropical, um momento de integração dos empregados aberto aos familiares, estagiários e terceirizados, de melhoria do clima organizacional e uma das atividades da agenda de comemora-ção dos 25 anos da Embrapa Agroindústria Tropical. O Evento aconteceu com música instrumental, plantio de mudas na alameda que contorna a Unidade e, ainda, a inau-guração das obras de urbanização da Uni-dade.

qualidade de vida

No triênio, foram realizadas várias ações relacionadas à qualidade de vida. Destaca-mos alguns eventos relacionados às datas comemorativas:

• Blitz de carnaval;• Comemoração do Dia Internacional da

Mulher, com “Chorinho e sorvete na praça;

• Homenagem ao Dia do Trabalhador, com música ao vivo, sorteio de brin-des e almoço na quadra de esportes da Unidade.

Em 2011, houve a Formação do Coral Can-to Tropical, que inicialmente contou com recursos provenientes do Sinpaf e AEE, além do apoio e incentivo da Chefia da Uni-dade. A Ação conta com aproximadamen-te 25 empregados, que ensaiam semanal-mente. O Coral já se apresentou em vários eventos da Unidade.

A Sipat e a SQVT foram realizadas com pro-

gramação diversificada que contou com atividades de ginástica laboral, relaxamen-to, palestra sobre DST/aids e distribuição de cartilhas e preservativos, palestra sobre segurança pessoal, prevenção de doenças cardiovasculares, alimentação saudável, antitabagismo (contemplando o programa Saber Viver), etc.

Ao longo do ano, foram repassadas infor-mações orientadoras do Programa de Pró--Equidade da Embrapa aos empregados, visando sensibilizá-los, bem como apre-sentar-lhes o tema, por meio eletrônico. Com o Programa Saber Viver, assertiva-mente se prestou apoio a um empregado em tratamento por dependência química, por meio de orientações aos seus familia-res. Diversas ações foram feitas, ainda, no interior do Programa Re-Conhecer, voltado aos aposentados da Unidade.

Saúde no trabalho

Em 2012, foi implantado o programa de Gi-nástica Laboral. As aulas foram realizadas no período de outubro de 2012 a fevereiro de 2013, em espaços diferentes da Unida-de, com a participação de empregados, estagiários e bolsistas.

Estagiários, Bolsistas e Pós-Graduandos

Em 2012, foi lançado o Edital para con-tratação de estagiários de graduação re-

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18 Gestão Organizacional

munerados, selecionados de acordo com desempenho acadêmico, currículo e pos-terior entrevista com os orientadores de estágio. O Edital deverá se repetir semes-tralmente, nos meses de março e setem-bro de cada ano. Entre estudantes de ní-vel médio, graduandos e pós-graduandos (mestrado e doutorado), tivemos um total de 282 vínculos institucionais. teve início ainda o processo de análise e melhoria de processos na contratação de estagiários, bolsistas e estudantes de pós-graduação, com previsão de conclusão dos trabalhos em 2012 e implementação das melhorias a partir de 2013.

Segurança do Trabalho

Importantes avanços foram realizados no processo de Segurança no Trabalho e na Gestão Ambiental. Destacamos nesses processos a contribuição das gestões da Cipa, cujos relatórios das inúmeras inspe-ções realizadas orientaram as ações, entre elas a contratação de uma engenheira de

51 Número de bolsistas de doutoradoque são orientados porpesquisadores da Unidade.

segurança no trabalho, que, além do su-porte técnico, implementou várias iniciati-vas como a criação de um banco de dados de EPIs atrelado ao processo de compras.

Um empregado foi selecionado como res-ponsável pela gestão de resíduos na Uni-dade, que, por meio de Análise e Melhoria de Processo (AMP), definiu o fluxo de co-leta e destinação final dos resíduos. Essas contribuições foram determinantes para a redução do número de registros de aciden-tes no trabalho em comparação ao período anterior.

Infraestrutura

Importantes melhorias na infraestrutu-ra também foram realizadas com foco no bem-estar e na qualidade de vida no traba-lho, destacando-se: a ampliação do con-sultório médico, aquisição de mobiliários ergonômicos, construção de calçadas para pedestres, reforma geral do restaurante, aquisição de veículo tipo van para trans-porte dos empregados do Campo Experi-mental de Pacajus, construção de espaços de convivência, ampliação dos jardins na sede e nos campos, construção de bloco de salas para pesquisadores, retirada dos dutos da antiga central de ar-condicionado (eliminando possíveis focos de contamina-ção por fungos), reforma geral da garagem, com sala estruturada para espera, e cons-trução de dique para lavagem dos veículos.

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20 Gestão Organizacional

Gestão Orçamentária FinanceiraAs etapas de levantamento e priorização das demandas da Unidade alinhadas aos documentos orientadores (PDU e Plano de Trabalho da Chefia) foram os principais norteadores das ações desencadeadas e serviram de base para a eficiência na ges-tão dos recursos orçamentários e finan-ceiros aprovados pela Diretoria Executiva para os anos de 2010 a 2012.

Esse triênio teve como destaque a capta-ção de recursos provenientes de emendas parlamentares que permitiram a realização de importantes investimentos na infraes-trutura básica de suporte à pesquisa que contribuirão sobremaneira para a consoli-dação da missão da Unidade como Cen-tro Nacional de Pesquisa de Agroindústria Tropical.

Os recursos do PAC também foram fun-damentais para a conclusão da Obra de Construção dos Laboratórios Multiusuário

de Química de Produtos Naturais e de Bio-logia Molecular, bem como para a adequa-ção dos aspectos ambientais da Unidade.Nesse período, foram aplicados R$ 42.285.762 em créditos orçamentá-rios, assim distribuídos: 35% para custeio e 65% para capital (investimento e obras), originários do Tesouro Nacional.

Em 2010, executamos o maior orçamento da série histórica da Unidade, graças ao êxito alcançado nos processos licitatórios, que se deveu principalmente pela grande interação das áreas de apoio e técnica com a participação direta dos pesquisadores na elaboração dos termos de referência e no acompanhamento das etapas dos pregões eletrônicos, emitindo pareceres técnicos após a análise das propostas encaminha-das pelos fornecedores, como também na elaboração de um novo banco de dados dos insumos necessários à pesquisa. O quadro abaixo detalha o montante

Tesouro Nacional

Total 42.285.762

4.354.665

4.698.938

5.754.071

14.807.674

Custeio

4.279.940

2.944.033

27.478.088

20.254.115

Investimento

2010

2012

201124.608.780

8.698.104

8.978.878

Total GeralAno

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Várias ações de melhorias da infraestru-tura orientadas pelo Plano Diretor e pelo Plano de Trabalho da Chefia foram mate-rializadas no triênio 2010-2012, tais como: construção e adequação de laboratórios, aquisição de equipamentos analíticos de alto desempenho, aquisição de equipa-mentos para processos agroindustriais, revitalização da rede elétrica com a am-pliação da capacidade de demanda de 1.000 KVA para 1.750 KVA, estruturação e

certificação da rede de tecnologia da in-formação para um padrão de cabeamen-to moderno, substituição e ampliação da pavimentação das vias internas da Uni-dade com drenagem de águas pluviais, construção de novo ramal para a rede de esgoto, renovação da frota de veículos e modernização das instalações físicas e de máquinas e implementos nos campos ex-perimentais. Confira as imagens nas pági-nas seguintes.

Gestão Organizacional 21

R$ 24,6milhõesValor dos recursos captados pela Unidade em 2010. Um recorde na história da Embrapa Agroindústria Tropical.

R$ 2,8 milhõesValor dos recursos financeiros executados junto às entidades de financiamento à pesquisa em 2010-2012.

números

3.659 m2Área construída na sede da Unida-de durante o triênio 2010-2012.

11.060 m2Área pavimentada das vias da sede da Unidade.

Melhorias

Gestão Orçamentária Financeira

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11 12

Investimentos em Infraestrutura

1

76

2 3

1 - Aquisição de implementos agrícolas para os dois campos experimentais. | 2 - Reforma dos laboratórios de Bioprocessos e Fisiologia Vegetal. | 3 - Aquisição e Instalação de Conjunto de seis Sistemas de Purificação de Água por Osmose Reversa. | 4 - Construção de muros periféricos e portaria. | 5 - Reforma da garagem. | 6 - Aquisição de duas caldeiras a gás. | 7 - Construção e recuperação de telados e casas de vegetação. | 8 - Aquisição e instalação da unidade de tratamento de água. | 9 - Reforma dos laboratórios de análise sensorial. | 10 - Aquisição de mobiliários e de 70 Computadores. | 11 - Aquisição de

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4

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veículos (vans, minicaminhão e veículos de passeio). | 12 - Construção da segunda subestação de energia com capacidade de 750 KVA. | 13 - Nova pavimentação com drenagem de águas pluviais e construção de rede de esgoto suplementar no Complexo Laboratorial Norte. | 14 - Ampliação e substituição total do cabeamento da rede para o padrão 6 e 6A e reforma das salas de Tecnologia da Informação.

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Investimentos em Infraestrutura

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Pesquisa e Desenvolvimento 25

s investimentos em novas estruturas laboratoriais (Química de Produtos Na-

turais, Tecnologia da Biomassa, Embalagens de Alimentos e Bio-logia Molecular) e a melhoria dos laboratórios já existentes na Uni-dade permitiram a ampliação da capacidade analítica voltada à agregação de valor a matérias--primas alimentares e não alimen-tares.

O número de projetos em nos-sa carteira foi incrementado me-diante a ampliação de parcerias internas e externas, garantindo a complementariedade de conheci-mentos e competências das equi-pes, de modo a potencializar a obtenção de resultados. Destaca--se também o trabalho de articu-lação realizado na Unidade.

Ponto de destaque nas ações de pesquisa foi a ênfase dada à articulação interna com a equi-pe de TT, de Comunicação e de Administração. Esse diferencial concretizou-se na representação de três empregados da TT e um

O do NDI no Comitê Técnico Inter-no, na realização de análises ex--ante de projetos de pesquisa, por exemplo, e na capacitação de pesquisadores, feita pelo Spat, em propriedade intelectual e ava-liação de impactos.

Isso elevou a captação de recur-sos e mobilizou pesquisadores para atuação conjunta com o se-tor de compras, ultimando maior eficácia na aquisição de equi-pamentos de laboratórios, bem como, juntamente à Engenharia, na construção de instalações de laboratórios.

Entender o macroprocesso de produção da empresa como um fluxo que culmina na incorpora-ção de conhecimentos e tecno-logias nos processos produtivos, recebendo contribuições trans-versais dos diferentes setores en-volvidos no processo, traduz-se em uma carteira de projetos mais focada e integrada, que selou o triênio 2010-2012 com mais de 45 tecnologias.

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Page 28: Relatório de Gestão Embrapa Agroindústria Tropical 2010/2012

carteira de projetos classificada por temas e áreasEntre 2010 e 2013, a Embrapa Agroindústria Tropical cresceu sua participação em núme-ro de projetos de pesquisa. A Unidade ampliou sua infraestrutura de pesquisa e pessoal de apoio, permitindo fortalecer novas áreas do conhecimento, com destaque para as áreas temáticas de Processos Agroindustriais, Melhoramento e Biologia Vegetal e Gestão Socioambiental.

O trabalho de articulação das equipes na busca do fortalecimento das parcerias externas e internas mudou o perfil de participação da Embrapa Agroindústria Tropical nos últimos três anos. Crescemos nossa participação nos projetos em redes mais complexas (MP1 e MP2). Em 2012, participamos de 19 projetos componentes de Macroprograma 1 e 38 projetos de pesquisa em Macroprograma 2.

Total 113

4

21

17

89 93

2010 20122011

20

MP2

MP3

MP1 ( PC )

MP4

MP6

MP5

8

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27

47

7 19

38

12

5

2 1

Carteiras de projetos por macroprogramas

51 38

7

3

2

Carteiras de projetos por áreas temáticas

Total 113

39

18

17

89 93

38Processos agroindustriais

2010 20122011

Sistemas de produção vegetal

Áreas temáticas

Melhoramento e biologia vegetal

Gestão socioambiental

Proteção de plantas

Pós-colheita

20

5

3

5

20

16

7

6

4

46

20

6

6

10

Institucional 2 2 5

26 Pesquisa e Desenvolvimento

Programação de Pesquisa

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Pesquisa e Desenvolvimento 27

Tecnologias Geradas entre 2010 e 20121- Chips de caju obtidos por osmose seguida de fritura

2- Criação e obtenção da broca-da-bananeira em campo e laboratório para produção de insetos virgens para bioensaios

3- Inseticida natural à base de jambu no controle do pulgão-das-brássicas em repolho

5- Seleção Precoce Intensiva (SPI) para uso no melhoramento genético do cajueiro

6- Sistema de produção de mudas de noni

7- Tecnologia para exportação de coco-verde livre da podridão-basal-pós-colheita

8- Acerola clone BRS 366 (Jaburu)

10- Controle da antracnose em plantio comercial da romãzeira no Estado do Ceará

12- Desenvolvimento de um fungicida triazol a partir do líquido da casca da castanha (LCC) do cajueiro

13- Germinação de sementes de cactáceas in vitro

17- Método de avaliação do desempenho de tecnologias agroindustriais: módulo ambiental (Adagri-Ambiental)

18- Metodologia do isolamento de embrião zigótico de cajueiro-anão-precoce in vitro

19- Painéis elaborados com resíduos da casca do coco-verde

20- Procedimento para análise de compostos voláteis de banana pela técnica de microextração em fase sólida

21- Produção de mudas micropropagadas de abacaxizeiro ornamental em diferentes substratos

22- Revestimentos comestíveis de alginato e goma de cajueiro

23- Tecnologia para suprimento das necessidades hídricas da Alpinia purpurata var. red

-

25- Biocontrole da antracnose pós-colheita do mamão com levedura killer

24-Processo agroindustrial: Formulação de salgadinho de fava

26- Produção de biogás a partir do líquido do pseudocaule da bananeira

27- Metodologia de quantificação e avaliação da viabilidade de conídios de Asperisporium caricae, extraídos de folhas de mamoeiro como fonte de inóculo

28- Produção de mudas micropropagadas de antúrio (Anthurium andraeanum cv. eidibel) por embriogênese somática

29- Tipo de corte em caule juvenil de coroa-de-frade para formação de brotos in vitro

30- Manejo integrado da pinta preta do mamoeiro no Ceará

31- Monitoramento e sanitização no manejo integrado da mancha de corinespora do mamoeiro no Ceará

32- Produtividade e eficiência de uso da água da bananeira cv. Pacovan sob diferentes potenciais de água no solo

33- Elaboração de doce tipo paçoca a partir do resíduo da extração do óleo de amêndoa de castanha-de-caju

34- Produção de helicônia em condições de litoral cearense

35- Obtenção e caracterização de gelatina de pele de tilápia

36- Produção de mudas de mandacaru

37- Revestimentos comestíveis de alginato e polpa de acerola

38- Recomendações para determinação da biodegradabilidade aeróbia usando um respirômetro automatizado

39- Aclimatização de mudas micropropagadas de abacaxizeiro ornamental (Ananas comosus var. erectifolius)

40- Produção de mudas de xique-xique

41- Otimização da produção de mudas de Cattleya labiata: efeito da sacarose

42- Biodegradabilidade anaeróbia dos resíduos provenientes das cadeias produtivas dos biocombustíveis: bagaço do dendê

43- Processo agroindustrial: elaboração de pasta de pequi

44- Nanocelulose extraída das fibras do caroço de manga Tommy Atkins

45- Produção de mudas micropropagadas de bananeira

4- Nanocelulose de fibras de coco imaturo

9- Avaliação de impactos de mudanças climáticas na demanda de água para agricultura irrigada em bacias hidrográficas

11- Cultivo protegido de tomateiro em substrato de fibra de casca de coco

14- Identificação e monitoramento de doenças na produção integrada da gravioleira

15- Identificação e monitoramento de doenças na Produção Integrada de pinha e atemoia

16- Indução floral na produção de mudas in vitro de abacaxizeiro ornamental

Programação de Pesquisa

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Nos últimos anos, a Embrapa Agroindús-tria Tropical vem passando por um período de ampliação de sua capacidade de aná-lise, graças a investimentos em pessoal e infraestrutura. A meta da Embrapa Agroin-dústria Tropical de consolidar-se como um polo analítico voltado à agregação de valor a materiais alimentares e não alimentares concretiza-se com a reforma e ampliação de quatro laboratórios: Multiusuário de Química de Produtos Naturais, Tecnologia da Biomassa, Embalagens de Alimentos e Processos Agroindustriais. Mesmo antes da inauguração dos novos equipamentos, no entanto, pesquisas nessas áreas já eram desenvolvidas na Unidade. Com a amplia-ção dos recursos laboratoriais, a perspecti-va é que esse trabalho obtenha ainda mais resultados. Nas páginas seguintes, conhe-ça em detalhes os quatros novos laborató-rios da Embrapa Agroindústria Tropical.

complexo Laboratorial

O complexo laboratorial que reúne o La-boratório Multiusuário de Química de Pro-dutos Naturais (LMQPN), o Laboratório de Tecnologia da Biomassa e o Laboratório de Biologia Molecular foi inaugurado em setembro de 2012, pela diretora-executiva da Embrapa, Vânia Castiglioni. Os novos equipamentos servirão como fundamento para a realização de pesquisas sobre apro-veitamento integral e valorização de maté-rias-primas de interesse da agroindústria tropical, tendo em vista a sustentabilidade social, econômica e ambiental.

A construção dos laboratórios foi resultado de um esforço conjunto. A infraestrutura foi planejada com base nas diretrizes do Pla-

no Diretor da Unidade. Articulações foram promovidas então com a comissão exe-cutiva do Programa de Fortalecimento e Crescimento da Embrapa (PAC Embrapa), com parlamentares da bancada cearense no Congresso Nacional e com a presidên-cia da Embrapa.

Sobre o trabalho a ser desenvolvido pelo complexo laboratorial, as novas estruturas elevam ainda mais a responsabilidade da Unidade por potencializar respostas con-sequentes para a sociedade brasileira.

A solenidade de inauguração contou com a presença do deputado federal José Gui-marães (PT-CE), coordenador da bancada parlamentar do Nordeste no Congresso Nacional, do deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), presiden-te da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, do secretário estadual do Desenvolvimento Agrário, Nel-son Martins, e da superintendente federal de Agricultura no Ceará, Maria Luisa Silva Rufino.

Vânia Castiglioni, diretora-executiva da Embrapa, afirmou que, pela sua constitui-ção, os resultados obtidos pelo Laborató-rio Multiusuário de Química de Produtos Naturais deverão ser compartilhados entre as demais Unidades Descentralizadas da Embrapa, instituições de pesquisa e o se-tor privado. Ela também destacou o fato de o complexo laboratorial ser mais uma obra concluída com recursos do PAC Embrapa, programa coordenado à época pela pró-pria diretora.

28 Pesquisa e Desenvolvimento

Ampliação da capacidade Analítica

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química de Produtos naturais

As novas estruturas, orçadas em R$ 13,4 milhões, contaram com recur-sos do PAC Embrapa, de emendas parlamentares e do tesouro nacional. O Laboratório Multiusuário de Química de Produtos Naturais (LMQPN) é um laboratório de referência em química de produtos naturais para todas as unidades da Embrapa no País e para instituições parceiras. É o segundo laboratório multiusuário de referência da Empresa, ao lado do Laboratório de Bioinformática, na Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP).

O objetivo do novo laboratório é utilizar as ferramentas da química para aproveitar os recursos naturais brasileiros no desenvolvimento de produtos como fitoterápicos, fármacos, pesticidas, fragrâncias, aromas, cosméticos, pigmentos naturais, embalagens biodegradáveis, entre outros.

O LMQPN conta com uma infraestrutura de 850 m² destinada à extração, fracionamento, isolamento, quantificação e identificação de compostos quí-micos naturais e sintéticos. É dotado de equipamentos de alta performan-ce, entre os quais cromatógrafos líquido e gasoso, ressonância magnética nuclear, espectrômetro de massa e na região do infravermelho. A estrutura conta, ainda, com uma planta piloto para extração e purificação de com-postos voláteis. No novo laboratório, é possível extrair princípios ativos por diversos métodos, realizar análises complexas e desenvolver produtos, além de formar pessoal especializado.

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Tecnologia de Biomassa

Desenvolver materiais, produtos e processos focados no uso sustentável e integral dos resíduos agrícolas e agroindustriais e da biomassa brasileira é o objetivo do Laboratório de Tecnologia da Biomassa. A intenção é agregar valor aos recursos renováveis provenientes da biodiversidade, de forma sustentável.

O Laboratório atuará em três linhas diferentes. Na plataforma de processos biotecnológicos, será estudada a produção de compostos bioquímicos (ácidos orgânicos e álcoois), energias renováveis (biogás, etanol e hidrogênio) e tratamento de resíduos da agroindústria.

Outra linha de estudo visa à obtenção, a partir da biomassa, de materiais como biopolímeros (amido, pectina e gelatina) e biocompósitos (como a madeira plástica e painéis lignocelulósicos).

O laboratório também abriga uma estrutura que permite a realização de análises de desempenho ambiental dos processos ou produtos gerados pela Embrapa Agroindústria Tropical. A metodologia, que considera toda a cadeia de produção, consumo e pós-consumo da tecnologia, tem como obje-tivo a redução de impactos ambientais.

32 Pesquisa e Desenvolvimento

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Biologia Molecular

O novo laboratório realizará a caracterização molecular de espécies vegetais e de micror-ganismos, de forma a atender às demandas dos demais grupos de pesquisa da Embrapa Agroindústria Tropical. As análises serão empregadas em programas de melhoramento genético e em pesquisas que requeiram a identificação ou a avaliação da variabilidade genética de plantas e microrganismos.

Uma das atividades desenvolvidas será a comprovação, por meio de marcadores mo-leculares, da autenticidade de espécies vegetais utilizadas para diferentes finalidades. Entre as espécies estarão plantas medicinais, cuja identificação de forma precisa evitará o consumo de plantas tóxicas que podem ser comercializadas como fitoterápicos.

O grupo de pesquisa em biologia molecular da Embrapa Agroindústria Tropical já atua, em parceria com outras instituições, no mapeamento genético do melão e na seleção assistida dos programas de melhoramento genético do melão, do caju e da acerola.

Pesquisa e Desenvolvimento 33

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novo Laboratório de Processos Agroindustriais

Em fevereiro de 2011, foi inaugurado o novo Laboratório de Processos Agroindus-triais, que contou com a presença do en-tão diretor-presidente da Embrapa, Pedro Arraes, na solenidade de inauguração. As novas instalações servirão ao desenvolvi-mento de produtos, equipamentos, tecno-logias e processos para a agroindústria. O investimento na ampliação e readequação

do antigo laboratório e na aquisição de no-vos equipamentos demandou R$ 1,8 mi-lhão. Os recursos vieram do programa PAC Embrapa e de emendas da bancada cea-rense no Congresso Nacional.

O Laboratório de Processos Agroindus-triais projeta para escala industrial as ino-vações planejadas em pequena escala, nos experimentos de pesquisas científicas. A estrutura possibilitará o aprimoramento de pesquisas para reduzir as perdas nutricio-nais, bem como para melhorar o sabor de

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alimentos industrializados e os processos de conservação e envase. Permitirá, ainda, a realização de estudos de definição de pa-râmetros para o processamento de frutas tropicais, objetivando a criação de novos produtos. Com isso, a Unidade cumpre de maneira mais afetiva sua missão de contri-buir para a agregação de valor a produtos da agricultura nacional, como a fruticultura tropical.

Com os equipamentos adquiridos, é pos-sível realizar experimentos para separar e

purificar substâncias com alto valor agre-gado, que podem ser utilizadas no de-senvolvimento de produtos tecnológicos inovadores. O Laboratório de Processos Agroindustriais da Embrapa Agroindústria Tropical também atuará na formação de recursos humanos, abrigando experimen-tos de estudantes de graduação e pós-gra-duação. O sistema de gestão foi pensado para privilegiar o acesso de pesquisadores de instituições parceiras.

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Laboratório de Embalagens

Na nova estrutura, serão conduzidos es-tudos para desenvolver embalagens bio-degradáveis, que em contato com o solo podem ser decompostas em semanas – diferentemente dos plásticos, cuja degra-dação na natureza pode levar mais de um século. Essas embalagens, além de am-bientalmente corretas, podem ser comes-tíveis e ativas.

O laboratório de 350 metros quadrados abrigará pesquisas para desenvolver em-balagens a partir de matérias-primas da biodiversidade brasileira, como cera de carnaúba, polpa de frutas tropicais e go-mas, a exemplo da goma de cajueiro.

A Embrapa Agroindústria Tropical já atua no desenvolvimento de embalagens bio-degradáveis. Um exemplo são os filmes e

revestimentos comestíveis obtidos a partir de polpa de frutas tropicais, como acerola, goiaba e manga. Quando aplicados sobre a superfície dos alimentos, esses filmes e revestimentos retardam a perda de água e as trocas gasosas entre o alimento e o ambiente, aumentando o tempo de vida do produto.

O centro de pesquisa também atua no de-senvolvimento de embalagens que incor-poram substâncias bioativas para promo-ver a segurança dos alimentos. Um dos estudos, conduzido pela pesquisadora So-corro Bastos, visa ao desenvolvimento de embalagens com atividade antimicrobiana a partir da adição de óleos essenciais de plantas como o orégano, alecrim-pimenta e manjericão. Outra linha de atuação do Laboratório de Embalagens de Alimentos visa à obtenção, no futuro, de embalagens inteligentes.

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Produção de queijo coalho regulamentada

Ações de Pesquisa em Destaque

O I Simpósio de Queijos Artesanais do Bra-sil, promovido pela Embrapa Agroindústria Tropical nos dias 23 a 25 de novembro, em Fortaleza (CE), foi um passo importante para a constituição de uma legislação es-tadual sobre o tema e para a proteção des-sa atividade em nível nacional. O evento, que contou com a participação de cerca de 300 pessoas, foi marcado pela redação de uma carta-manifesto e pela elaboração de uma série de proposições, como a criação de um curso para formação de queijeiros artesanais e a fundação de um Conselho Nacional de Queijos Artesanais (CNQA).

Os queijos artesanais são preparados com leite cru, e o processo de produção é pas-sado de geração em geração em determi-nadas regiões brasileiras. A produção é bem diferente do método industrial, que, além de usar processos mecanizados de produção, pasteuriza o leite. Em todo o País, as queijarias artesanais têm enfren-tado dificuldades por causa da exigência da pasteurização do leite na produção do queijo. Em dezembro de 2011, a solicitação

dos produtores cearenses e das demais re-giões do Brasil foi atendida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) menos de um mês após a realiza-ção do evento. A produção de queijo ar-tesanal foi regulamentada pelo ministério, com a publicação da Instrução Normativa nº 57, no Diário Oficial da União (DOU) do dia 16 de dezembro. A norma prevê a pos-sibilidade de maturação de queijos por pe-ríodo inferior a 60 dias e define requisitos para sua produção, garantindo a qualidade do produto e atendendo aos aspectos de sanidade e saúde pública. A nova regra de-fine que a produção de queijos artesanais com maturação inferior a 60 dias fica res-trita a queijarias situadas em regiões certifi-cadas ou tradicionalmente reconhecidas e em propriedade produtora de leite cru com status livre de tuberculose, brucelose e controle de mastite. A regulamentação será definido por pesquisas e estudos específi-cos, que devem ser realizados por comitês técnico-científicos designados pelo minis-tério.

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A acerola BRS 366 (Jaburu) é a mais nova cultivar lan-çada pela Embrapa Agroindústria Tropical. A seleção do clone foi feita com base no desempenho produtivo e ca-racterísticas morfológicas da planta, bem como nas ca-racterísticas físico-químicas dos frutos. O nome é uma homenagem à localidade de Jaburu, no Município de Ubajara (CE), onde se localiza o açude de mesmo nome. Por seu desempenho geral, o clone vem se destacando como a principal cultivar plantada pela cadeia produtiva local para exportação de vitamina C.

Embora tenha sido avaliado em cultivo orgânico irrigado na região da Serra da Ibiapaba, no Estado do Ceará, es-pera-se que a acerola Jaburu tenha boa adaptação em outras regiões semiáridas. As plantas possuem porte de baixo a médio, com altura média de 1,87 m e diâmetro da copa de 2,18 m, no terceiro ano de idade, em culti-vo orgânico irrigado. A produção distribui-se por qua-se todo o ano, com valores baixos apenas nos meses de junho e julho. As folhas são pequenas, de cor verde, opostas e sem pelos, favorecendo a colheita manual. As flores são de coloração rosa, ao abrir.

Em condições irrigadas, o clone BRS 366 tem se ca-racterizado por sua precocidade de produção e ciclos produtivos contínuos durante quase todo o ano. Por es-sas peculiaridades, o fruto adapta-se bem à pequena produção familiar, proporcionando uma boa distribuição da renda, ao longo do ano.

Acerola BRS 366 (Jaburu)

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Florestas do Futuro

O Município de Marco, na região nor-te do Ceará, possui, desde meados da década de 1990, um polo moveleiro que fabrica móveis para diversos estados e até para fora do Brasil. A madeira que abastece a produção, contudo, vem de longe. O polo consome cerca de1.000 m3/mês desse material. Gran-de parte é proveniente de espécies do Pará. Em alguns casos, a origem pode estar a milhares de quilômetros dali, como o pínus adquirido no Sul do Bra-sil, e o eucalipto, no Sudeste.

Descobrir quais espécies poderiam se adaptar ao ambiente de Marco e como lidar com elas é a tarefa assumida por duas Unidades da Embrapa: a Embrapa Florestas (Colombo, PR) e a Embrapa Agroindústria Tropical. O projeto é pio-neiro no segmento florestal do Ceará e teve início em 2009. Ele conta com apoio financeiro do Banco do Nordeste e do Governo do Estado do Ceará.

Estão sendo testadas mais de 40 es-pécies florestais com potencial mo-veleiro. A meta é definir seis espécies a serem utilizadas em instalações de plantios pré-comerciais (ensaio). Por meio de uma metodologia desenvolvida por pesquisadores da Embrapa Flores-tas, será possível, em um prazo de três anos, testar e selecionar as espécies ar-bóreas, de material ou variabilidade ge-nética adequada, com perspectivas de maior produtividade e melhor qualidade da matéria-prima para a indústria.

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Os corantes sintéticos amarelos utilizados em alimentos foram banidos em vários paí-ses por sua possível relação com o desen-volvimento de doenças como alergias e câncer. Como alternativa para a indústria alimentícia, a Embrapa Agroindústria Tro-pical desenvolveu um corante amarelo na-tural à base de caju que, ao contrário dos sintéticos, está associado a uma alimenta-ção saudável.

O corante amarelo de caju é um concentra-do de carotenoides – pigmentos presentes em alimentos amarelos, alaranjados e ver-melhos – obtido a partir do resíduo fibroso gerado na produção industrial de suco de caju. Conforme o responsável pelo estu-do, o engenheiro de alimentos da Embrapa Agroindústria Tropical, Fernando Antônio Pinto de Abreu, o corante amarelo natural obtido do caju apresenta, como os demais carotenoides, propriedades funcionais be-néficas à saúde humana, seja como antio-xidante natural ou pró-vitamina A.

De acordo com Fernando Abreu, foram identificadas 11 moléculas de carotenoides de interesse no concentrado do caju, sendo as principais os isômeros cis e trans da au-roxantina, o β-caroteno, a β-criptoxantina e a luteína. “A luteína possui um potencial de regeneração da mácula lútea, protegendo--nos contra males como a cegueira e ou-tros problemas irreversíveis com a visão. Já os carotenos β-criptoxantina e β-caroteno possuem atividade pro-vitamínica e antio-xidante”, salienta.

Uma vantagem do novo corante amare-lo é a tonalidade semelhante a de certos

corantes sintéticos, como a tartrazina. De acordo com Fernando Abreu, as fontes de corantes amarelos naturais com tonalida-des próximas às de corantes sintéticos são muito restritas e de alto custo. “A colora-ção amarelo brilhante proporcionada pela diluição do concentrado final de fibras de caju permite a obtenção de uma tonalida-de amarela semelhante àquela obtida por corantes sintéticos, tais como a tartrazina, que é proibida em países da Comunidade Europeia e nos Estados Unidos”, completa Fernando Abreu.

Outro benefício do novo corante é que utili-za um resíduo agroindustrial como matéria--prima. O processo de obtenção baseia-se em uma tecnologia de baixo impacto am-biental que usa membranas de microfil-tração para concentração e purificação. A nova tecnologia está em fase de repasse para escala industrial, em parceria com a empresa cearense Sabor Tropical.

A patente do novo corante foi depositada no Instituto Nacional de Propriedade In-dustrial (INPI) pela Embrapa e pelo Centro de Cooperação Internacional em Pesqui-sa para o Desenvolvimento Agronômico (Cirad), na França. Os trabalhos de desen-volvimento da tecnologia de produção do extrato aquoso de fibras de caju rico em carotenoides foram realizados como tema central da tese de doutorado em Engenha-ria de Processos por Fernando Abreu, rea-lizada entre os anos de 2008 e 2012 na Uni-versidade Montpellier II, envolvendo como parceiros a Embrapa, o Cirad e a Universi-dade Supagro-Montpellier.

corante natural à base de caju

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A Embrapa Agroindústria Tropical lançou o Banco de Compostos Voláteis (BCV), subs-tâncias de várias classes químicas presen-tes em quantidades bastante reduzidas nos alimentos, mas que são responsáveis pelo aroma, contribuindo assim para a definição do sabor. Eles também estão presentes nas fragrâncias e essências, ingredientes básicos para a indústria cosmética e a de alimentos.

O BCV é a primeira experiência do gêne-ro no Brasil. O lançamento terá palestras sobre as possibilidades econômicas dos compostos voláteis, além de uma expo-sição sobre o trabalho desenvolvido pelo INCT/Frutas Tropicais, financiador do pro-jeto. O perfil de compostos voláteis de uma amostra é bastante complexo, com dife-rentes classes de compostos em diferen-tes concentrações. Pequenas mudanças nesses compostos e em suas concentra-ções podem levar a um aroma completa-mente diferente do original. O estudo des-ses compostos nas matérias-primas e nos produtos fornece informações importantes para a melhoria de sua qualidade.

Ainda segundo o pesquisador, por causa dessa complexidade, seu estudo requer planejamento e análise bem elaborados, seguidos de uma criteriosa interpretação

dos resultados. O BCV se diferencia por conter informações sobre produtos feitos no Brasil. Também traz informações com-pletas de como as análises foram realiza-das. Outra característica é ser um banco dinâmico em que os usuários poderão não só consultar, mas também contribuir com novos dados. O BCV dispõe, inicialmen-te, de 229 compostos cadastrados. Para a consulta, basta fornecer um e-mail váli-do. O acesso é gratuito. A alimentação dos dados, contudo, deverá passar por um ca-dastramento específico.

A iniciativa é resultado de uma ação con-junta envolvendo a Embrapa e o Labora-tório de Flavor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), com recursos financeiros provenientes do INCT/Frutos Tropicais. As primeiras ações para a implantação do banco tiveram início em março de 2010. No entanto, a coleta de dados e a experiên-cia dos laboratórios envolvidos datam de mais de 10 anos. Os laboratórios envolvi-dos possuem ampla experiência e estrutu-ra para a avaliação de compostos voláteis. Com essa iniciativa, pretende-se incentivar o estudo dos aromas, contribuindo para o desenvolvimento de produtos de melhor qualidade.

Banco de compostos voláteis

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Produção Integrada de Anonáceas ganha força no PaísNo Brasil, cerca de 10 mil hectares são destinados à produção de anonáceas, fa-mília de fruteiras que reúne a fruta-do-con-de (também conhecida como ata ou pinha), graviola, cherimoia e atemoia. A maior par-te dos frutos é comercializada para o mer-cado interno, haja vista que a exportação ainda é incipiente. A Produção Integrada (PI) é um sistema de produção de frutas de alta qualidade que leva em consideração princípios baseados na sustentabilidade, aplicação de recursos naturais, substitui-ção de materiais poluentes e monitoramen-to dos procedimentos e da rastreabilidade de todo o processo. Os mercados mun-diais, além da qualidade externa das frutas, passaram a exigir também controles sobre todo o sistema de produção.

Desde 2009, a Embrapa desenvolve o pro-jeto Produção Integrada de Anonáceas (PI Anonáceas) com o objetivo de levar mais qualidade à produção de fruteiras dessa fa-mília. No triênio 2010-2012, a iniciativa ge-rou numerosas ações, como dias de cam-po, cursos e até mesmo um programa do Dia de Campo na TV, da Embrapa Informa-ção Tecnológica (Brasília, DF). Municípios do Ceará, Bahia, Alagoas e São Paulo se beneficiaram com ações do projeto, que é financiado pelo Ministério da Agricultura e CNPq com o apoio do IFCE, empresa Ka-bocla e associações de produtores.

Diversas propriedades rurais participam como experimento-piloto. Para que a cer-tificação seja obtida, no entanto, vários re-quisitos têm de ser preenchidos, que vão da construção de novas instalações até a adoção de medidas de segurança e ras-treamento. As vantagens do sistema de produção integrada de frutas é a padroni-

zação dos procedimentos adotados. Entre os resultados esperados, destacam-se a melhoria da qualidade dos frutos produzi-dos, maior segurança dos alimentos e uma atividade com baixo impacto ambiental.

O objetivo das capacitações ministradas pela PI Anonáceas é formar profissionais da área agrícola no que se refere aos re-quisitos nas Normas Técnicas Específicas (NTE) para serem os responsáveis pela assistência técnica, execução e acompa-nhamento de todo o processo produtivo na PI Anonáceas, conforme determina a legislação. O público-alvo são produtores rurais, agrônomos, fiscais, técnicos exten-sionistas e estudantes, ou seja, todos que estejam ligados ao setor da produção de graviola e pinha.

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A tecnologia de informação oferece atualmente excelentes soluções para organizar grandes volumes de docu-mentos dos mais variados tipos e for-mas.

Pensando nisso, a Embrapa Agroin-dústria Tropical desenvolveu um Banco de Tecnologias (BTec) com o objetivo de organizar as informações sobre as tecnologias, produtos e processos da Unidade a fim de permitir relacioná-los e recuperá-los facilmente sempre que for preciso, de maneira que as informa-ções adquiram valor adicional.

Além de armazenar as informações mais completas sobre as tecnologias, processos e produtos desenvolvidos,

o BTec permite também gerar informa-ções para: portfólios impressos, catálo-go de Produtos e Serviços da Embrapa corporativa, home page da Unidade, bem como fornecer subsídios para to-mada de decisão dos gestores da Uni-dade com relação ao assunto.

Por meio do Banco de Tecnologias, po-de-se visualizar a produtividade da Uni-dade com relação à geração de tecno-logias e o estágio de desenvolvimento de cada uma delas. O banco começou a funcionar em 2010 e atualmente já conta com 97 tecnologias armazena-das. A seguir, apresentamos algumas das tecnologias presentes no catálogo. Mais informações podem ser obtidas no site www.cnpat.embrapa.br.

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Banco deTecnologias

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Impactos SociaisAmpliação da oferta de empregos por cau-sa da exploração da tecnologia.

Impactos AmbientaisO principal impacto ambiental positivo é a correta destinação da casca de coco-ver-de após o consumo.

Responsável por InformaçõesAdriano Lincoln Albuquerque Mattos

Público-AlvoProcessadores, Institutos/Empresas de Pesquisa e Indústria.

como Obter a TecnologiaCurso/Treinamento, Consultoria, Incuba-ção, Publicação e Palestras.

EquipeAdriano Lincoln Albuquerque Mattos, Edson Noriyuki Ito, João Paulo Saraiva Morais, José Manoel Marconcine, Men de Sá Moreira de Souza Filho e Morsyleide De Freitas Rosa.

Painéis elaborados com resíduos da casca do coco-verde

Os principais adesivos empregados na fa-bricação de painéis são formulados à base de formaldeído, substância derivada do petróleo, considerada tóxica e potencial-mente carcinogênica. As fibras vegetais – em especial aquelas que possuem alto teor de lignina (a exemplo do coco) e cujo teor pode chegar a 44% – constituem uma alternativa ao uso desses adesivos. Isso porque a lignina funciona como um ligan-te natural que, sob condições adequadas de pressão e temperatura, pode dispensar o uso de resinas sintéticas para aglutinar as fibras. A matéria-prima, constituída por uma mistura de fibra e pó, pode ser ob-tida a partir do processamento de cascas de coco verde. A inovação proposta está baseada no desenvolvimento de painéis a partir de fibras de coco, sem adição de substâncias adesivas.

Ano de Geração2011

AbrangênciaNacional, especialmente em áreas produ-toras de coco-verde.BenefíciosOs principais benefícios são a geração de emprego e renda em torno de uma nova atividade produtiva e a consolidação de mais um uso para esse resíduo.

Impactos EconômicosMais uma oportunidade de agregação de valor ao principal resíduo do consumo/beneficiamento da água de coco-verde.

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Revestimentos comestíveis de alginato e goma de cajueiro

O desenvolvimento de filmes comestíveis e/ou biodegradáveis, à base de biopolíme-ros, para uso em embalagem de alimentos, tem sido motivado pela preocupação com o grande volume de lixo não biodegradável gerado pelo descarte de embalagens con-vencionais. Entre os biopolímeros utiliza-dos para elaboração de filmes, destacam--se os polissacarídeos. Filmes à base de polissacarídeos, por serem muito hidrofíli-cos, têm boa barreira a O2 e CO2, e portan-to são geralmente eficientes para retardar a respiração e o processo de amadureci-mento de frutas e hortaliças, aumentando sua vida útil para consumo. Essa tecnolo-gia apresenta o processo de obtenção de um filme comestível à base de alginato e goma de cajueiro. O revestimento assim obtido pode ser aplicado a frutas e hortali-ças frescas ou minimamente processadas, queijos, entre outros.

Ano de Geração2011

AbrangênciaNacional e Internacional.

Benefícios• O revestimento pode ser aplicado a

frutas e hortaliças frescas ou minima-mente processadas, queijos, etc.

• É boa barreira a O2 e CO2 e retarda o processo de amadurecimento das

frutas e hortaliças.• Diminuição do grande volume de lixo

não biodegradável gerado pelo des-carte de embalagens convencionais.

• Aplicado sobre a superfície dos ali-mentos, retarda a perda de água e as trocas gasosas entre o alimento e o ambiente, dobrando o tempo de vida do produto.

Impactos AmbientaisEvita o grande volume de descarte de embalagem. Em consequência, di-minui a agressão ao meio ambiente.A embalagem é biodegradável.

Responsável por InformaçõesHenriette Monteiro C. de Azeredo

Público-AlvoProfessores, Processadores, Institutos/Empresas de Pesquisa, Pesquisadores e Indústria.

como Obter a TecnologiaCurso/Treinamento, Consultoria e Publica-ção.

EquipeEdy Sousa de Brito, Hálisson Lucas Ri-beiro, Henriette Monteiro C. de Azeredo, Samira Assunção de Oliveira e Ulysses Silva Magalhães.

Projetos• Revestimentos antimicrobianos co-

mestíveis para frutas tropicais.

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O aproveitamento de fibras vegetais para a obtenção de nano-celulose destaca-se entre as pesquisas voltadas para novos usos de materiais lignocelulósicos. A na-nocelulose apresenta características me-cânicas excepcionais, que a credenciam como um elemento de reforço ideal para materiais avançados denominados nano-compósitos. Entre as fibras vegetais exis-tentes na biomassa, as fibras de coco ima-turo representam um resíduo agroindustrial volumoso que pode ser empregado como fonte de nanocelulose para elaboração de nanocompósitos. O uso da fibra de coco imaturo como fonte de nanocelulose refor-ça o conceito de que as cascas de coco imaturo, geradas pelo consumo da água de coco, representam uma matéria-prima renovável capaz de gerar produtos de alto valor agregado. A tecnologia apresenta o processo de obtenção de nanocelulose de fibras de coco imaturo.

Ano de Geração2010

AbrangênciaNo Brasil, em especial nas áreas onde exis-ta a matéria-prima.

Benefícios• Desenvolvimento de novo material

biodegradável a partir de produtos e subprodutos agropecuários, com pro-priedades especiais e controláveis no nível molecular.

• Aproveitamento e uso de fibras de casca de coco-verde, material que polui o meio ambiente.

• Agrega valor à fibra da casca de coco--verde.

Impactos AmbientaisEntre as fibras vegetais existentes na bio-massa, as fibras de coco imaturo represen-tam um resíduo agroindustrial volumoso que pode ser empregado como fonte de nanocelulose para elaboração de nano-compósitos.

Responsável por InformaçõesMorsyleide de Freitas Rosa

Público-AlvoProfessores, Universidades, Pesquisado-res e Indústrias.

como Obter a TecnologiaConsultoria, Incubação e Publicação.

EquipeDiego Magalhães do Nascimento, Eliton de Souto Medeiros, Luiz Henrique Cappa-relli Mattoso, Maria Clea Brito de Figuei-redo, Men de Sá Moreira de Souza Filho e Morsyleide de Freitas Rosa.

Projetos• Medium Density Fiberboard Ecológico

a partir da casca do coco.

nanocelulose de fibras de coco imaturo

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A tecnologia trata do desenvolvimento de uma nova molécula do grupo triazol com interessante atividade fungicida a partir do Líquido da Castanha do Caju (LCC). A par-tir do LCC aquecido, em laboratório, foram extraídos e separados os lipídios fenólicos, seguindo-se o processamento posterior para a obtenção do cardanol hidrogenado, que, por sua vez, foi utilizado para a ob-tenção do acetato de 3-pentadecilfenol, do 1-(2-hidróxi-4-pentadecil) acetofenona, do oxirano (epóxido) do cardanol hidrogena-do, para a realização final do acoplamento com o triazolato de sódio, previamente sin-tetizado. A obtenção final do agroquímico azólico foi conseguida por meio da síntese do ilídio de enxofre para a posterior epo-xidação do cardanol, constituinte presente no LCC e usado como molécula precurso-ra para produzir o derivado triazolado (car-danazol) com propriedade fungistática e fungicida. A presente tecnologia refere-se a um novo derivado de um composto quí-mico obtido a partir de um composto líqui-do da casca da castanha-de-caju, além de processos para preparar tais compostos e utilização em produtos agroquímicos, es-pecialmente fungicidas.

Ano de Geração2011

AbrangênciaNacional e Internacional

BenefíciosPode ser produzido a partir do LCC, um subproduto da castanha-de-caju pouco aproveitado.

Fungicida Triazol gerado a partir do líquido da casca da castanha (Lcc) do cajueiro

Impactos Econômicos• O cardanazol possui poten-

cial para se tornar uma ex-celente opção de agregação de valor ao LCC produzido no Nordeste brasileiro, ge-rando mais divisas na cadeia produtiva da cajucultura.

• Em virtude de o LCC ser um bem natural e pouco bene-ficiado no que concerne à agregação de valores, tudo que se faça visando ao seu aproveitamento industrial é de grande importância.

Impactos AmbientaisDiminui a possibilidade de con-taminação ambiental pelas in-dústrias de beneficiamento de castanha-de-caju que em mui-tos casos descartam o LCC no meio ambiente causando polui-ção do solo.

Responsável por InformaçõesFrancisco das Chagas O. Freire

Público-AlvoAgricultores, Professores, Universidades, Institutos/Empresas de Pesquisa, Insti-tuições/Emp. de Assistência Técnica ou Extensão Rural, Pesquisadores e Indústria

como Obter a TecnologiaIncubação e Licenciamento

EquipeCarlucio Roberto Alves, Francisco das Chagas O. Freire, Joana D’Arc Pereira Dantas, Lia Magalhães de Almeida, Maria Izabel Florindo Guedes e Rômulo Aldo de Oliveira

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Doce tipo paçoca de amên-doa de castanha-de-caju

A elaboração de doce tipo paçoca utili-zando a torta de amêndoa de castanha--de-caju (ACC) como base, em substitui-ção ao amendoim, é uma alternativa para uso do subproduto da extração do óleo da ACC. Essa tecnologia apresenta as etapas para obtenção do doce, sua formulação e principais características. O produto pode agregar valor à cadeia produtiva do caju, oferecendo novas alternativas à comercia-lização tradicional de amêndoas.

Na obtenção da paçoca, o rendimento é de praticamente 100% em relação ao peso dos ingredientes, já que o processo é bastante simples, constituindo-se basi-camente em pesagem, moagem e homo-geneização, prensagem, moldagem, corte e embalagem. Considerando a semelhan-ça entre os produtos à base de amendoim e de amêndoa da castanha-de-caju, uma fábrica que já produza a paçoca de amen-doim pode ser utilizada para a produção da paçoca de ACC sem necessidade de adap-tar a linha de produção ou adquirir novos equipamentos.

Ano de Geração2012

AbrangênciaBrasil – Áreas produtoras e processadoras de caju.

Benefícios• Desenvolvimento de novos produtos

derivados da castanha-do-caju;• Oferta de novas alternativas de comer-

cialização do alimento;• Processo simples.

Impactos EconômicosAgregação de valor à cadeia produtiva do caju

Impactos SociaisMelhoria de renda para os produtores de caju

Responsável por InformaçõesJanice Ribeiro Lima

Público-AlvoProcessadores, produtores, institutos/em-presas de pesquisa e indústria.

como obter a tecnologiaCurso/treinamento, consultoria e publicação

EquipeAna Carolina de Oliveira Nobre, Deborah dos Santos Garruti, Idila Maria da Silva Araújo, Janice Ribei-ro Lima, Lana Glerieide Silva Gar-cia e Laura Maria Bruno

52 Pesquisa e Desenvolvimento

Page 55: Relatório de Gestão Embrapa Agroindústria Tropical 2010/2012

Pasta de Pequi

A polpa do pequi, de cor amarela, é mui-to apreciada em vários estados brasileiros devido ao sabor exótico e ao aroma forte e característico, sendo utilizada como tem-pero no preparo de arroz, frango, carnes e na fabricação de licores. Sabe-se que a busca dos consumidores por produtos prontos para consumo tem crescido subs-tancialmente, incentivando o desenvolvi-mento de tecnologias que permitam sua fabricação com qualidade. Dessa maneira, a transformação da polpa do pequi em uma pasta pronta para consu-mo e estável à temperatura ambiente faci-litará a utilização desse fruto em torradas, bolachas ou como tempero, principalmen-te por sua conveniência de uso. A pasta de pequi é um produto que contém água, proteína e uma quantidade elevada de lipídios e de carotenoides, e foi desen-volvida visando a um maior aproveitamento e agregação de valor ao fruto.

AbrangênciaMaranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Goiás, Piauí, Ce-ará e Pernambuco. Região do Cerrado bra-sileiro.

Benefícios• A tecnologia permite preservação e

qualidade da pasta durante o seu ar-

mazenamento e consumo; • Maior aproveitamento e agregação de

valor ao pequi;• Geração de emprego e renda para o

município;• Aumento da qualidade de vida dos

catadores de pequi.

Impactos EconômicosGeração de emprego e renda para o mu-nicípio.

Impactos SociaisMelhoria na qualidade de vida dos catado-res de pequi.

Responsável pelas InformaçõesMaria Elisabeth Barros de Oliveira Público-AlvoAgricultores, processadores, associações, cooperativas, lideranças comunitárias, ins-tituições/empresas de assistência técnica ou extensão rural.

como obter a tecnologiaCurso/treinamento, publicação e palestras.

EquipeAntonio Calixto Lima, Gabriela Souza San-tos, Leto Saraiva Rocha, Maria Elisabeth Barros de Oliveira, Raquele Lima Moreira eSamara Alves de Mesquita

Pesquisa e Desenvolvimento 53

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Produção de mudas micropropagadas de antúrio cv. Eidibel

A utilização da embriogênese somá-tica – uma das principais técnicas da micropropagação – permite a propa-gação massiva de plantas e a redução de mão de obra, possibilitando diminuir signifi-cativamente o custo por unidade produzida. Além disso, os embriões somáticos podem ser produzidos de forma sincronizada, com alto grau de uniformização e conformidade clonal. Protocolo de embriogênese somáti-ca desenvolvido na Embrapa Agroindústria Tropical, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa, para o antúrio cultivar Eidibel, abre novas possibilidades para a transformação genética de plantas, preser-vação de germoplasma por criopreserva-ção e integração de técnicas associadas à tecnologia de sementes sintéticas, além da rápida propagação de plantas de antúrio. A cultivar estudada, Eidibel, foi lançada pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC). A planta é altamente produtiva, de cres-cimento rápido, vigorosa, de porte médio, com espata de formato cordiforme de ta-manho médio, com textura grossa e de boa enervação, de coloração vermelha forte e espádice branca suavemente perfumada e de longa durabilidade pós-colheita. A co-loração de sua inflorescência é o vermelho forte, cor de maior demanda no mercado de flores de corte, e a produtividade alcan-çada em diferentes condições ambientais é bastante alta. Esses fatores possibilitaram que essa variedade se tornasse a mais cul-tivada e comercializada para flor de corte no País.

Ano de Geração2012

AbrangênciaNacional e Internacional

Impactos EconômicosNo Brasil, os antúrios vêm sendo larga-mente utilizados na floricultura e no paisa-gismo, e, atualmente, é a principal espécie de flor tropical de interesse econômico, destacando-se tanto no mercado interno quanto no externo.

Impactos AmbientaisAs mudas obtidas por cultura de tecidos são sadias, evitando assim a dissemina-ção de pragas e doenças. Além disso, o uso desse tipo de material de propagação demanda menor uso de produtos químicos para o controle de pragas e doenças.

Responsável pelas InformaçõesAna Cristina Portugal P. de Carvalho

Público-AlvoAgricultores, viveiristas, associações, em-presas produtoras, institutos/empresas de pesquisa, instituições/empresas de assis-tência técnica ou extensão rural, empresas de licenciamento, pesquisadores.

Onde encontrar a tecnologiaCurso/treinamento, consultoria, incubação, publicação, mudas.

EquipeAna Claudia Ferreira da Cruz, Ana Cristina Portugal P. de Carvalho, Fabrina Bolzan Martins, Marcos Vinícius Marques Pinheiro e Wagner Campos Otoni

54 Pesquisa e Desenvolvimento

Page 57: Relatório de Gestão Embrapa Agroindústria Tropical 2010/2012

Gelatina de pele de tilápia

A tilápia (Oreochromis Niloticus) é a es-pécie de peixe mais produzida no Brasil, podendo ser encontrada em praticamente todo o território nacional. Dessa forma, é de extrema importância estudar o proces-samento da tilápia objetivando um aprovei-tamento do grande volume de resíduos ge-rados, pois ela apresenta apenas 30% de rendimento de filé, sendo os outros 70% representados por cabeça, carcaça, pele e escamas, que são considerados resídu-os. Uma das formas de aproveitar os re-síduos do processamento da tilápia é pela produção de gelatina, um produto que pos-sui diversas aplicações tecnológicas. Ela é produzida a partir da desnaturação do co-lágeno, que é uma excelente matéria-prima para produção de gelatina, e seu conteúdo de proteínas varia entre 85% e 92%. Na indústria alimentícia, a gelatina é um dos polímeros solúveis em água que pode ser usado como ingre-diente para aumen-tar a elasticidade, consistência e es-tabilidade física de alimentos.

AbrangênciaNacional

Impactos EconômicosAgregação de valor ao cultivo da tilápia.

Impactos AmbientaisAproveitamento do grande volume de resíduos gerados pela tilápia. Desen-

volvimento de uma rota tecnológica visan-do a uma futura aplicação para diferentes resíduos de pescado.

Responsável pelas InformaçõesMen de Sá Moreira de Souza Filho

Público-AlvoTécnicos, associações, cooperativas, in-dústria.

Onde encontrar a tecnologiaCurso/treinamento, consultoria, incubação e publicações

EquipeÂngela Aparecida Lemos, Edla Freire de Melo, Edson Noriyuki Ito, Maria do Livra-mento Linhares Rodrigues, Men de Sá Mo-reira de Souza Filho, Morsyleide de Freitas Rosa, Rayanne Leitão Claudino e Yana Luck Nunes.

Pesquisa e Desenvolvimento 55

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controle químico do oídio do cajueiro

Os sintomas do oídio são caracterizados pela formação de um revestimento ralo, branco-acinzentado e pulverulento sobre o limbo foliar semelhante à cinza vegetal, com predominância de ataque nos teci-dos juvenis, inflorescências, pedúnculos e frutos, causando abortamento de flores, deformações, rachaduras e varíolas nos pedúnculos e frutos. Esses sintomas são provenientes da atividade ectoparasitária do oídio. Recentemente, tem-se observa-do a ocorrência desses sintomas em todas as regiões produtoras do Nordeste brasi-leiro. Além dos sintomas acima descritos, uma acentuada variegação do pedúnculo é observada em quase todos os clones co-merciais, reduzindo o valor no mercado de mesa (in natura), importante nicho de mer-cado do agronegócio do caju. Em face da gravidade da ocorrência e do potencial ain-

da maior de danos, foram conduzidos vá-rios ensaios de campo, objetivando avaliar o efeito de produtos químicos na redução

da severidade da doença. Com base nesses estudos, chegou-se a uma prática de controle químico do oídio do cajueiro. As áreas tratadas com enxofre elementar apre-sentaram a menor severida-de da doença, não ultrapas-sando os 10% de ataque.

AbrangênciaBrasil - Nordeste (em áreas cultivadas com cajueiro)

Impactos EconômicosO combate à doença (oídio) no cajueiro permite a manu-tenção do valor no mercado de mesa (in natura), impor-tante nicho de mercado do

agronegócio do caju.

Responsável pelas InformaçõesJosé Emilson Cardoso

Público-AlvoAgricultores, associações, empresas pro-dutoras, instituições/empresas de assis-tência técnica ou extensão rural.

Onde encontrar a tecnologiaCurso/treinamento, consultoria e publica-ção.

EquipeFrancisco Marto Pinto Viana, Joilson Silva Lima, José Emilson Cardoso, Luís Gustavo Chaves da Silva e Marlon Vagner Valentim Martins

56 Pesquisa e Desenvolvimento

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Pesquisa e Desenvolvimento 57

chips de caju obtidos por osmose seguida de fritura

O processo de fritura de alimentos é em-pregado no âmbito doméstico e na indús-tria de alimentos, principalmente em pro-dutos como carnes, empanados e batatas. Frutas na forma de chips representam no-vos produtos que podem atingir o mercado consumidor. Para a obtenção de chips de frutas, a maioria das pesquisas tem sido direcionada para a definição de condições de processo que possibilitem a obtenção de produtos finais com baixos teores de gordura, textura crocante e boa aceitação sensorial. A tecnologia apresenta as eta-pas de processamento por osmose e fritura para obtenção de chips de pedúnculo de caju, proporcionando alternativas para re-dução de perdas pós-colheita e obtenção de um produto com boas características nutricionais e sensoriais e maior tempo de conservação e facilidade de embalagem e transporte.

Ano de Geração2010

AbrangênciaNordeste do Brasil, em especial para áreas produtoras de cajueiro

Benefícios• Métodos de conservação de baixo

custo.

• Obtenção de um produto com boas características nutricionais e sensoriais.

• Redução de perdas pós-colheita.

• Rendimento médio do processo de, aproximadamente, 12%.

Responsável por Informações

Janice Ribeiro Lima

Público-Alvo

• Processadores

• Indústria

como Obter a Tecnologia

Curso/Treinamento e Publicação

Equipe

• Henriette Monteiro C. de Azeredo

• Janice Ribeiro Lima

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Transferência de Tecnologia 59

O macroprocesso de Pesquisa, De-senvolvimento e Inovação contem-pla o levantamento e a priorização

de demandas, o planejamento e a execu-ção da pesquisa em si, o desenvolvimen-to e validação de tecnologias, processos e serviços, a transferência de tecnologia e a avaliação de impactos econômicos sociais e ambientais. A Transferência de Tecnolo-gia, portanto, não pode ser pensada como uma etapa independente desse macropro-cesso. Pelo contrário, está presente ao lon-go de todo esse circuito. Da mesma forma, a comunicação perpassa transversalmente todo esse macroprocesso, sendo essencial para a gestão interna e para a construção e sinalização do arcabouço social, técnico--científico, mercadológico e institucional da Unidade.

A área de Transferência de Tecnologia da Unidade, reestruturada pelo Novo Regi-mento Interno, passou a contar com dois Setores: o de Prospecção e de Avaliação de Tecnologias (Spat), e o outro de Imple-mentação da Transferência de Tecnologia (Sipt). De um total de 192 empregados, 20 foram alocados nesses setores, sendo 8 pesquisadores, 8 analistas e 4 assistentes. Ademais, o novo Comitê Técnico Interno foi ampliado numericamente para 12 inte-grantes, dos quais 3 são ligados à Transfe-rência de Tecnologia.

Com esse contingente qualificado, o perfil de trabalho incorporou funções importan-tes relacionadas à prospecção de tecno-logia, análise ex-ante de projetos, proprie-dade intelectual, validação de tecnologias, avaliação de impacto econômico, social

e ambiental, organização da informação, negociação e contratos, incubação de empresas de base tecnológica, formação de multiplicadores, realização de eventos, sistema de atendimento ao cidadão, enfim, diversas ações em interação direta, no pla-no interno, com os envolvidos na pesquisa, comunicação e área administrativa, além dos parceiros, usuários e demais públicos externos.

No que tange à Comunicação, destaca-se a emergência do conceito de comunicação organizacional, por meio da reformulação da Assessoria de Comunicação Social, que se tornou o Núcleo de Comunicação Orga-nizacional (NCO). Nesse novo contexto, o relacionamento com os públicos de inte-resse ganhou ainda mais relevância. Isso fez com que os veículos de informação, eventos e ações de comunicação promovi-das pela Unidade assumissem um aspecto ainda mais estratégico.

Além dos resultados quantitativos obti-dos, é importante vislumbrar, nesta se-ção atribuída às áreas de Transferência de Tecnologia e de Comunicação, a mudan-ça qualitativa materializada na forma de construção de novos projetos, nos meca-nismos de articulação da Pesquisa com a Transferência, no incremento de eventos relacionados com a proteção intelectual e no amadurecimento de temas para estru-turação de projetos de desenvolvimento (escalonamento das tecnologias) que cer-tamente trarão contribuições mais rápidas e eficazes para os usuários, parceiros e a sociedade em geral.

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A reformulação do regimento interno, co-ordenado pela SGE, contribuiu fortemente para que fossem feitos ajustes no macro-processo de PD&I na Unidade. Um deles foi a criação do Setor de Gestão da Pros-pecção e Avaliação de Tecnologias (Spat) direcionado para prospecção e avaliação tecnológica, que, juntamente com o Se-tor de Gestão da Implementação da Pro-gramação de Transferência de Tecnologia (Sipt), está contribuindo para mudanças significativas no processo.

Se o desafio é viabilizar a aplicação do co-nhecimento junto aos contextos dos pro-cessos produtivos, razão de ser do Spat, é preciso que a finalização de tecnologias (Desenvolvimento) envolva conjuntamente pesquisadores e analistas. Para isso, faz--se necessária uma definição ou prioriza-ção institucional dos temas ou tecnologias a serem desenvolvidos e validados.

O diferencial desta proposta de gestão está em conceber o D do P&D como uma eta-pa que não está afeta apenas à Pesquisa, nem tampouco à Transferência de Tecno-logia, mas, fundamentalmente, como uma etapa a ser trabalhada por ambos, e com-plementada pela participação dos usuários (iniciativa privada e demais formas de or-ganização social) e pelas ações de governo (políticas públicas).

Com isso em mente, a equipe do Spat da

Prospecção e Avaliação de Tecnologias

60 Transferência de Tecnologia e Comunicação

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Embrapa Agroindústria Tropical atua nas seguintes áreas: gestão; inovação; pros-pecção tecnológica; articulação com a iniciativa privada, representações sociais e governo; avaliação de impactos sociais, ambientais e econômicos; propriedade in-dustrial; valoração de tecnologias; negó-cios e contratos de prestação de serviços; incubação de empresas; organização e dis-ponibilização de informação tecnológica.

Formação da Equipe e competências

Uma das primeiras atividades desenvolvi-das foi a organização do novo setor, não só em sua estrutura física, como também um investimento em novas competências para os desafios e oportunidades para o novo grupo. Inicialmente, o setor contava com apenas cinco integrantes. Atualmente, o número foi dobrado. Com isso, a equipe do Spat tem competências que se com-plementam, trazendo como resultado não apenas um somatório de ações, mas sim, uma potencialização delas, que passam a interagir entre si com foco no resultado do grupo. Isso é muito importante para o al-cance dos resultados, como se pode ver nos próximos parágrafos.

Patentes

Durante o ano de 2011, o Spat promoveu muitas ações na área de Propriedade In-dustrial. Uma delas foi a reformulação do Comitê Local de Propriedade Intelectual (CLPI), que passou a contar com uma nova estrutura, proporcionando maior interação entre as áreas de Transferência de Tecno-logia, Pesquisa e Desenvolvimento e as-suntos referentes a contratos, o que faci-litou a discussão e a deliberação de novas

atividades relacionadas ao tema de Pro-priedade Industrial.

Assim, atuou juntamente com os pesquisa-dores, realizando buscas de informações tanto para projetos quanto para tecnolo-gias passíveis de serem patenteadas. Es-sas buscas ocorrem em base de dados de patentes nacionais e internacionais. Vale destacar que esse item tem sido analisa-do pelo Spat em todas as propostas de projetos que chegam ao CTI da Unidade, buscando-se verificar duas informações principais. A primeira seria quanto à exis-tência de alguma pesquisa já patenteada na mesma área. A segunda seria quanto à viabilidade de patenteamento dos resulta-dos da pesquisa. Caso exista esta segunda opção, é recomendado um tratamento es-pecial ao projeto.

Neste período, foram encaminhados nove pedidos de proteção patentária, sendo dois deles com o depósito efetuado no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) e um desses com pedido de depósito in-ternacional, via Tratado de Cooperação em matéria de Patentes (PCT), a saber:

2010- Processo de produção, uso e composi-ção fungicida compreendendo compostos obtidos a partir do líquido da casca da cas-tanha-de-caju- Nº INPI: PI1004458-2 A2- Depositante: Funece (Uece) - Embrapa- Inventor: Maria Izabel Florindo Guedes / Carlúcio Roberto Alves / Francisco das Chagas de Oliveira Freire / Lia Magalhaes de Almeida / Romulo Aldo de Oliveira Cas-tro / Joana d’Arc Pereira Dantas- Atividade: Depósito no INPI em 12/05/2010

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2011- Processo enzimático-aquoso para obten-ção de óleo a partir de sementes de mara-cujá- Nº INPI: 014110003578 (temporário)- Depositante: Embrapa- Inventor: Gustavo Adolfo Saavedra Pinto- Atividade: Depositada no INPI em 23/12/2011

2012- Eletrodo impresso modificado com filme para detecção de ricina (trabalho alvo do Laboratório de Embalagens)- Pesquisador: Roselayne Ferro Furtado- Atividade: Depósito no INPI em 23/08/2012

- Concentração e Purificação de Extrato de Carotenoides do Caju- Analista: Fernando Antonio Pinto de Abreu- Atividade: Depósito no INPI em 26/04/2012

- Acquamonitor- Pesquisador: Ênio Giuliano Girão- Atividade: Registrado no INPI em 29/11/2012

Prospecção

Foram realizados estudos de prospecção para as seguintes tecnologias e projetos: mdf (Medium-Density Fiberboard) verde; noni (agrícola e industrial); biodefensivos à base de nin; sucos tropicais; novos ma-teriais utilizando fibras naturais ou biopo-límeros; filmes e embalagens comestíveis; entre outros.

Além disso, tem sido feito um trabalho de planejamento estratégico junto aos quatro novos laboratórios da Unidade (Multiu-suário de Química de Produtos Naturais; Processos Agroindustriais; Tecnologia da Biomassa e Embalagens), visando melhor posicionamento dos projetos de pesquisa a serem elaborados, tendências de merca-do e articulações para ampliação de ações de Desenvolvimento de Tecnologias.

Vale destacar como outro importante exem-plo de prospecção interna o Workshop sobre caju, realizado com todos os profis-sionais que possuem atividades voltadas para a cultura do cajueiro, com o objetivo de verificar quais as tecnologias já desen-volvidas, as que estão em andamento e os principais desafios para o setor.

Articulação

Outra importante atuação deste setor diz

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Transferência de Tecnologia e Comunicação 63

respeito às ações para articulação com a iniciativa privada, representações de clas-se, governos, instituições de fomento e ONGs. Várias foram as atividades voltadas para essas articulações, tendo alguns dos seguintes objetivos: captação de recursos; parcerias para projetos de Desenvolvimen-to de Tecnologias, contratos de prestação de serviços, acesso a novos mercados, ma-peamento de oportunidades tecnológicas e de pesquisa, entre outros. Como exem-plo de ações realizadas, pode-se citar ins-tituições como: BID, Banco Mundial, Grupo Pão de Açúcar, Kraft, Corn Products, IFF, Mane, Pepscio, entre outras.

Avaliações de impacto

As avaliações de impactos das tecnologias ocorrem a partir de três principais critérios que são os de ordem ambiental, social e econômica. Além disso, essas avaliações podem ocorrer antes de a tecnologia ser adotada (ex-ante), ou após a tecnologia

ser adotada (ex-post). No primeiro caso, foi desenvolvida planilha com os aspec-tos a serem avaliados pelos pesquisado-res, quando da submissão de propostas de projetos ao CTI. Os parâmetros servem como norteadores para que os propo-nentes tenham uma visão sobre quais os aspectos devem ser observados, se eles existem ou não no projeto e qual o impac-to deles. De posse dessas informações, os proponentes têm condições de discorrer sobre tais pontos e municiar o Spat com importantes informações sobre o projeto.

Vale destacar que, após o recebimento das propostas pelo CTI, elas são encaminha-das ao Spat para que sejam realizadas as avaliações dos impactos ex-ante de cada proposta. Emite-se, então, um parecer, favorável (com ou sem recomendações) ou não à proposta do projeto. Com isso, tem-se uma visão mais aprimorada sobre a importância desses critérios. Essas infor-mações irão nortear as avaliações ex-post, quando as tecnologias forem utilizadas.

A inserção do Spat no processo de avalia-ção dos projetos submetidos ao CTI alte-rou de um para cinco tipos de avaliações diferentes. Foram acrescentadas à avalia-ção de critérios técnicos relacionadas ao projeto (que já existia) as avaliações de Propriedade Industrial e de Análise de Im-pacto Ex-Ante de âmbito social, ambiental e econômico. A ação trouxe maior robus-tez e critérios para tornar a avaliação ainda mais estruturada.

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Desde 2011, a Embrapa Agroindústria Tro-pical promove o Curso Internacional em Produção, Pós-Colheita e Processamento Industrial do Caju. O curso é resultado da parceria entre a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC). A execu-ção cabe à Embrapa Estudos Estratégicos e Capacitação (Brasília, DF) e à Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza, CE). Os recursos são oriundos do Programa de Treinamento de Terceiros Países (TCTP) no âmbito do programa de parceria Brasil--Japão.

O treinamento se divide em duas partes: uma semana introdutória na Embrapa Es-tudos Estratégicos e Capacitação e mais três semanas com atividades práticas e te-óricas na sede da Embrapa Agroindústria Tropical e no Campo Experimental da Uni-dade, no Município de Pacajus (CE). Fazem

parte do treinamento, ainda, dias de cam-po e visitas a propriedades nos estados do Ceará e do Piauí. No Nordeste Brasileiro, 85% da produção de caju saem de peque-nas propriedades. Todas as despesas dos participantes são custeadas pelo Programa de Treinamento de Terceiros Países. Os participantes são, preferencialmente, técnicos vinculados ao governo de seus países e que estejam atuando nas áreas do sistema de cultivo, assistência técnica e pesquisa agropecuária.

A expectativa é de que os técnicos ad-quiram conhecimentos para a execução de ações que possam contribuir para o desenvolvimento da cajucultura nos seus respectivos países com a melhoria efeti-va do sistema de produção dos pomares de cajueiro, da incorporação de modernas técnicas de produção e processamento in-dustrial do caju, com o aumento da produ-

Implementação da Transferência de Tecnologia

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tividade, utilização integral do caju e forma-ção de multiplicadores responsáveis pela difusão das tecnologias.

A primeira edição do curso contou com 22 participantes de oito países da América Latina, da África e da Ásia (como Colôm-bia, Guiné-Bissau e Timor-Leste). A edição mais recente, de 2012, teve a participação de 21 técnicos da Colômbia e de Moçam-bique.

cursos

No triênio 2010-2012, a Embrapa Agroin-dústria Tropical ministrou 84 cursos, aten-dendo um público de 1.524 multiplicado-

res. Os temas das capacitações foram Boas Práticas Agrícolas (BPA) e Boas Prá-ticas de Fabricação (BPF) do queijo coa-lho, processamento de frutos tropicais, produção de uvas apirênicas, produção de mudas frutíferas e fisiologia e tecnologia pós-colheita, além dos cursos promovidos pela Unidade Móvel de Transferência de Tecnologia.

Renofrut

Apoiada pela Rede Norte/Nordeste de Fruticultura (Renofrut), a Embrapa Agroin-dústria Tropical promoveu dois cursos de capacitação de multiplicadores em Pro-cessamento de Frutos Tropicais entre 2010 e 2011. Direcionada a profissionais da área de tecnologia de alimentos, a formação abordou a industrialização de frutas, a con-servação, a qualidade e a embalagem de produtos derivados de frutas tropicais. Ao todo, 39 técnicos foram formados.

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Implementação da Transferência de Tecnologia

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Em 2010, o foco foi o cultivo e o processa-mento de banana. As aulas ocorreram em Cruz das Almas (BA), sendo realizadas pela Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical em parceria com a Embrapa Agroindústria Tropical, que coordena a rede. No ano se-guinte, o curso voltou a ser ministrado em Fortaleza, abrangendo as frutas tropicais de modo geral.

Unidade móvel

Em 2012, a Unidade Móvel de Proces-

samento de Frutos Tropicais realizou 15 ações de transferência das tecnologias, beneficiando 848 pessoas. Foram cinco treinamentos para 108 técnicos e multipli-cadores em processamento industrial de frutas tropicais e dez oficinas sobre desi-dratação de frutas e Boas Práticas de Fa-bricação de alimentos para técnicos, estu-dantes de escolas agrícolas, pequenos e médios produtores familiares em pequenos e médios empreendimentos agroindustriais familiares, com demonstrações técnicas e apresentações em feiras e exposições agropecuárias.

66 Transferência de Tecnologia e Comunicação

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Brasil Sem Miséria

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Fogões ecoeficientes, fossas verdes e quintais produtivos foram as primeiras tecnologias selecionadas pela Embrapa Agroindústria Tropical para a implementa-ção na região do Alto Oeste Potiguar (RN), em projeto de inclusão produtiva de famí-lias vinculado ao Plano Brasil Sem Miséria. A ação contemplará 880 famílias de dez municípios até 2015. No primeiro semes-tre de 2013, serão instalados 125 fogões a lenha ecoeficientes, 62 fossas verdes e 12 quintais produtivos na região.

O enfoque é o atendimento às necessida-des da família. Para tanto, foram buscadas tecnologias sociais adequadas à realida-de da região. Os critérios para a seleção envolvem o baixo custo, a eficiência e a aceitação por parte da comunidade.

As ações foram iniciadas em setembro de 2012, quando 80 técnicos de assistência técnica da região receberam treinamento sobre as tecnologias que serão utilizadas. Entre as preocupações estão a melhoria das condições de abastecimento de água, de produção de alimentos e de saúde das famílias.

A expectativa do projeto é a inclusão socio-econômica das famílias de forma sustentá-vel. Atuam como parceiros a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Cooperativa de Trabalho para o Desen-volvimento Sustentável do Alto Oeste Poti-guar (Codesaop).

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Boas Práticas de Fabricação artesanal de queijo coalho“Produção Artesanal de Queijo Coalho, Ricota e Bebida Láctea em Agricultura Fa-miliar – Noções de Boas Práticas de Fa-bricação”. Esse é o título do documento recém-editado pela Embrapa Agroindústria Tropical. O objetivo da publicação é for-necer orientação técnica aos agricultores familiares, na obtenção de um produto pa-dronizado e com qualidade. A cartilha é fruto de projeto envolvendo a Embrapa Agroindústria Tropical e a Em-brapa Meio-Norte, com a Universidade Estadual do Ceará, Banco do Nordeste, Emater Piauí, Emater-RN, Instituto Federal de Ciência e Tecnologia – Campus Currais Novos, RN, e associações de produtores familiares. A publicação tem como auto-res João Bosco Cavalcante Araújo, José Carlos Machado Pimentel, Francisco Fábio de Assis Paiva, da Embrapa, e Benemária Araújo (Uece).

De acordo com os autores, a produção de queijo coalho artesanal na região Nordes-te tem grande importância social e econô-mica, tanto por ser exercida em sua maior parte por mulheres, como também por ser

uma das principais atividades na cadeia produtiva do setor leiteiro, dentro do seg-mento da agricultura familiar. Em vários lo-cais dessa região, essa atividade apresen-ta-se como a única possibilidade para os produtores familiares de leite.

Conforme os autores, a agroindustrializa-ção dentro do segmento da agricultura fa-miliar deve ter sempre a preocupação para o desenvolvimento e acompanhamento de um roteiro de noções básicas de Boas Prá-ticas de Fabricação.

Entre os tópicos abordados na publicação, estão higienização, recepção do leite, pro-cessamento, armazenamento, transporte, equipamentos necessários para a produ-ção artesanal de queijo, problemas com o queijo coalho e suas possíveis causas, produção de ricota, bebida láctea, entre outros.

O documento está disponível no site da Embrapa Agroindústria Tropical (www.cnpat.embrapa.br) no menu superior direi-to, em “Publicações”, selecionar a opção “Série Documentos”, número 150.

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O mandato nacional da Embra-pa Agroindústria Tropical permite que sua atuação se estenda para diversos estados brasileiros. As tecnologias, processos e serviços da Unidade estão à disposição de empreendedores rurais e urba-nos. Segue uma pequena mostra de como o conhecimento pode mudar trajetórias de vida.

Pós-cocoEm 2009, empresária paulista Fátine Chamon deixou

o ramo de transporte público e decidiu encarar um

novo desafio: beneficiar a casca de coco-verde por

meio de uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa

Agroindústria Tropical. Em pouco tempo, a indústria

de reciclagem de resíduos sólidos Pós-Coco dava

início às suas operações. A máquina de processa-

mento da casca de coco tem capacidade de pro-

cessar 10 mil cocos por dia, produzindo substrato e

fibra. O material tem potencial para ser empregado

de diversas formas: mantas e telas para proteção

do solo, produção de papel, substituição do xaxim,

construção civil

e adubo agrícola

são algumas de-

las.

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camburiA Embrapa Agroindústria Tropical firmou uma consultoria técnica

com a Agrícola Camburi com o objetivo de executar e acompa-

nhar pelo período de 4 anos a implantação de 90 hectares da cul-

tura do cajueiro em sequeiro, divididos em 30 hectares por ano,

além de área experimental de um hectare a ser implantada no

primeiro ano de execução do projeto. A Agrícola Camburi dispõe

de uma área de aproximadamente 25 mil hectares no município

maranhense de Barra do Corda e vem desenvolvendo esforços

no sentido de obter a legalização para a implantação de projetos

agrícolas. O cajueiro está sendo estudado como uma cultura po-

tencial por seu caráter ecológico, social e cultural.

Transferindo conhecimento e

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Transferência de Tecnologia e Comunicação 71

gerando oportunidades

PurofrutApós uma séria crise, os irmãos

João Alves dos Santos e Euzim

Alves dos Santos migraram de

atividade. Eles decidiram apostar

no setor de polpas. A Purefrut,

então, foi criada. Sem experiên-

cia no ramo, os empreendedores

entraram em contato com a Em-

brapa Agroindústria Tropical e,

após uma série de visitas e con-

sultorias, adquiriram os recursos

necessários para a nova empre-

sa, que trabalha atualmente com

dez sabores de polpa.

vivenda do valeA Vivenda do Vale é a primeira agroindústria fami-

liar do Vale do Rio Maxaranguape, no Município de

Ceará-Mirim, RN. Com o diferencial de apostar em

frutas tropicais pouco exploradas pela indústria, a

pequena empresa está ganhando espaço em lojas

de produtos regionais de vários pontos do País. A

fábrica foi montada pelos produtores rurais Gusta-

vo e Fernanda Câmara depois que eles participaram

do III Curso de Capacitação de Multiplicadores em

Processamento de Frutos Tropicais, promovido pela

Embrapa Agroindústria Tropical em 2011, por meio

da Rede Norte/Nordeste de Fruticultura (Renofrut).

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O Programa de Incubação de Agronegó-cios da Embrapa (Proeta) obteve bons re-sultados no que diz respeito à visibilidade das ações do programa e de suas empre-sas incubadas, proporcionando a criação de novas oportunidades financeiras para as empresas e novos parceiros institucio-nais.

Entre as ações que marcaram o triênio, destaca-se o desenvolvimento das empre-sas incubadas, que, durante esse período, passaram pela fase de amadurecimento de suas atividades, chegando à graduação. Além disso, vale destacar o aporte de Ven-ture Capital recebido pela empresa incuba-da BioClone, pelo Fundo Criatec, transfor-mado em Sociedade Anônima (S.A.).

A seguir, algumas das principais ações ocorridas durante os anos 2010-2012 que envolveram o Proeta, a Embrapa Agroin-dústria Tropical e suas empresas incuba-das:

Financial TimesO Programa de Incubação de Agronegó-cios da Embrapa (Proeta) foi destaque na imprensa internacional. Segundo matéria publicada no caderno Brazil Confidential, do Financial Times, os talentos tecnológi-cos do Ceará estão atraindo o interesse de investidores. Duas empresas incubadas pelo Proeta, a Sabor Tropical e a BioClone, foram mencionadas como bons exemplos de empresas nascentes de base tecnoló-gica agropecuária. Com o dinheiro obtido pelo fundo Criatec, um laboratório será construído no Município de Eusébio (CE).

BiorreatorA empresa cearense BioClone avalia, jun-to ao laboratório de Cultura de Tecidos da Embrapa Agroindústria Tropical, o biorre-ator desenvolvido pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF). O equipamento é capaz de multiplicar mudas de plantas com muito mais higiene, segu-rança e economia.

criatec adquire participação em em-presa incubada da EmbrapaO Fundo Mútuo de Investimento em Em-presas Emergentes (Criatec) adquiriu par-ticipação acionária na BioClone Produção de Mudas Ltda.Dos recursos que serão destinados à BioClone pelo Fundo Criatec, 80% tem origem no BNDES e 20% são ori-ginários do Banco do Nordeste. A empresa tornou-se a primeira participante do Proeta em todo o Brasil a contar com recursos do Criatec.

Proeta se consolida e ganha mais visibilidade

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Graduação de incubadorasAs empresas BioClone e Sabor Tropical, incubadas pelo Proeta, foram graduadas durante Sessão Solene na Assembleia Le-gislativa do Estado do Ceará, em abril de 2012. A graduação faz parte da agenda do evento que homenageou os 25 anos da Unidade. A graduação é o processo final de incubação de empresas e uma prova de que os empreendimentos estão prontos para alçar novos voos.

certificação OrgânicaA Cajuína Sabor Tropical é a primeira a pro-duzir cajuína com certificado orgânico. Em 2010, a empresa recebeu o certificado de produto orgânico conferido pelo IBD Certi-ficações, especialista no desenvolvimento de atividades de inspeção e certificação agropecuária.

visita do BIDA vice-presidente executiva do Banco Inte-ramericano de Desenvolvimento (BID), Ju-lie T. Katzman, visitou a Embrapa Agroin-dústria Tropical. Ela conheceu algumas tecnologias e laboratórios relacionados ao Proeta.

Encontro nESsTA Embrapa Agroindústria Tropical partici-pou do Encontro Internacional “América Latina inova e se transforma: uma visão sobre os programas de apoio às inovações tecnológicas”, representando o Proeta. O encontro ocorreu na cidade de Lima, no Peru, em 2011, e foi organizado pela Fun-dação NESsT (instituição internacional que auxilia a formação de empreendimentos sociais).

Prêmio FinepA empresa BioClone foi a vencedora da ca-tegoria pequena empresa do Prêmio Finep de Inovação 2011.

capacitaçãoCom o programa “Vamos empreender no agronegócio?”, o Proeta capacitou 1.007 pessoas interessadas em empreender em tecnologias do agronegócio na Paraíba.

HomenagemA Embrapa Agroindústria Tropical, a Bio-Clone e o Instituto Centec foram finalistas do Prêmio Nacional de Empreendedorismo Inovador, na categoria Melhor Empresa In-cubada de 2011.

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comunicaçãoAmpliada

No triênio 2010-2012, a comunicação na Embrapa Agroindústria Tropical sofreu uma reformulação conceitual, deixando de ser Assessoria de Comunicação Social (ACS) e passando a atuar como Núcleo de Comu-nicação Organizacional (NCO), conforme determina o novo regimento da Embrapa.

Mais que alteração da nomenclatura, a mudança sinaliza para uma compreensão mais ampliada da comunicação, como um “processo de gerenciamento que integra todas as atividades orientadas para o rela-cionamento entre a organização e os am-bientes interno e externo”.

Nesse sentido, a responsabilidade funda-mental do NCO torna-se a de “criar e man-ter fluxos de informação e influência recí-

proca entre a organização, seus públicos de interesse e a sociedade em geral”. No período, além de avançar na área das mí-dias digitais, em que a Unidade se destaca como uma das pioneiras, o NCO aprimorou suas ferramentas tradicionais de comu-nicação, como o Jornal Acontece, o novo design da Intranet, bem como a ampliação do alcance da Revista Agroindústria Tropi-cal (tanto pelas condições para realização das reportagens, quanto pelo aumento da área de abrangência).

A forte presença no campo comunicacio-nal contribui, certamente, para que a mis-são e as ações da Embrapa Agroindústria Tropical se tornem mais conhecidas, além de aprofundar as inter-relações entre a ins-tituição e seus públicos.

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1 - Parlamentares da Bancada do Ceará no Congresso Nacional visitam as instalações da Embrapa Agroindústria Tropi-cal, em maio de 2010. | 2 - Visita do representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação no Brasil, Hélder Muteia, em novembro de 2010. | 3 - Visita da Comissão Técnica da Tanzânia. | 4 - Visita dos repre-sentantes do Centro Nacional de Pesquisa de Produtos Naturais, da Universidade do Mississipi: o diretor, Larry Walker, e o diretor-assistente, Ikhlas Khan, em fevereiro de 2010. | 5 - Palestra do pesquisador australiano Robert Gilkes, da University of Western Australia, sobre as restrições para a produção vegetal e animal na Austrália, em outubro de 2010. | 6 - Presidente de Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, conheceu tecnologias voltadas para o desenvolvimento do agro-negócio caju, em agosto de 2010. | 7 - A Unidade recebeu, em agosto de 2010, os participantes do Icid, os indianos

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Hari Upadhyaya e Piara Singh, do Instituto Internacional de Pesquisa para as Culturas dos Trópicos Semiáridos (Icrisat). | 8 - Senador Inácio Arruda, em visita ao Campo Experimental de Pacajus, ocorrida em agosto de 2010. | 9 - Carlos Prado, presidente da Itaueira Agropecuária, Adriano Matos, analista da Embrapa Agroindústria Tropical, o deputado fe-deral Eudes Xavier, o então presidente da Embrapa, Pedro Arraes, o superintendente da Etene, José Narciso Sobrinho, o deputado estadual Herminio Resende e o chefe-geral, Vitor Hugo de Oliveira, durante a inauguração do Laboratório de Processo Agroindustriais. | 10 - Senador Inácio Arruda inaugura obras de infraestrutura no Campo Experimental de Pacajus. | 11 - Deputado José Guimarães em visita à Unidade em abril de 2010. | 12 - Visita de consultores da Agên-cia de Cooperação Internacional do Japão (Jica), em janeiro de 2010. | 13 - Reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Jesualdo Farias, visita Unidade.

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1 – Membros do Conselho Assessor Externo da Embrapa Agroindústria Tropical. | 2. Menção honrosa pelo trabalho apresentado no Congresso Brasileiro de Microbiologia pela pesquisadora Terezinha Feitosa Machado. | 3. Simpósio de Queijos Artesanais do Brasil sob coordenação da pesquisadora Socorro Bastos, ocorrido em novembro de 2011, no auditório do Banco do Nordeste. | 4. O pesquisador Francisco das Chagas Freire recebe troféu Caju de Ouro na área de Pesquisa. | 5. Pesquisador Fernando Aragão recebe prêmio Jovem Melhorista 2011, na categoria doutorado. | 6. O chefe-geral, Vitor Hugo de Oliveira, apresenta palestra na Conferência Anual da Aliança Africana de Cajucultores (ACA), em Benin. | 7. Prêmio recebido pela Embrapa Agroindústria Tropical no 7º Caju Nordeste ocorrido em 2011.

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8. Pesquisador Marlos Alves Bezerra é homenageado pela Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal. | 9. Ex-chefes e o atual chefe da Unidade durante solenidade de comemoração dos 25 anos da Embrapa Agroindústria Tropical (Lucas Leite, Lindbergue Crisóstomo, Francisco Férrer, Vitor Hugo de Oliveira e João Pratagil). | 10. Diretora-executiva Vânia Castiglioni participa de inauguração dos laboratórios de Química de Produtos Naturais, Biologia Molecular e Tecnologia da Biomassa. | 11. O presidente da Embrapa e na época diretor-executivo Maurício Lopes discursa na inauguração do Laboratório de Embalagens. | 12. Pesquisador João Pratagil é agraciado como Personalidade do ano 2011, do Jornal Agrovalor.

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No Plano Diretor da Unidade 2008-2011, a visão de futuro ali con-signada estabelece que o Centro deve buscar “ser referência em pesquisa, conhecimento, tecnologia e inovação para o desenvol-vimento sustentável de cadeias produtivas de interesse da agroin-dústria tropical”. Uma breve análise deste Relatório de Gestão pode atestar que a Unidade avançou muito bem nessa direção. Os resultados de pes-quisa, as tecnologias disponibilizadas e as articulações nacionais e internacionais sinalizam para o cumprimento da missão e da visão de futuro. O mundo passa por mudanças cada vez mais aceleradas em fun-ção dos avanços técnico-científicos, dos meios de comunicação, da cibernética, dos transportes, enfim, da crescente capacidade da indústria em se transformar. A humanidade está diante de gran-des desafios, muitas vezes em situações contraditórias, que os-cilam entre o crescimento de áreas cultivadas e degradadas e as preocupações com a conservação ambiental; entre os efeitos das secas e das enchentes, de frio intenso e temperaturas elevadas; de configurações dicotômicas no perfil alimentar que transita da sub-nutrição à obesidade; além da dificuldade crescente de obtenção de água potável, da necessidade de transformação do perfil ener-gético dependente de fósseis para uma oferta crescente de energia renovável, entre outros.

As inovações consubstanciadas nos meios de comunicação, nos transportes e na cibernética têm sido também observadas na agro-pecuária e na agroindústria. No entanto, o fato de o crescimento da população mundial já ter ultrapassado a marca de 7 bilhões de ha-bitantes, por si só, acrescenta um enorme desafio para a produção de alimentos saudáveis e nutritivos, segurança alimentar, fibras, novos materiais, energia renovável, aproveitamento de resíduos, diversificação das fontes de matérias-primas alimentares e não alimentares e a sustentabilidade ambiental e social, entre outras contribuições que as tecnologias agropecuárias e agroindustriais podem proporcionar para a humanidade.

Como integrante do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa Agroindústria Tropical tem o firme propósito de conti-nuar avançando na realização de pesquisas consequentes para as cadeias produtivas de interesse da agroindústria tropical.

A Unidade encontra-se em plena fase de elaboração do seu pla-no e agenda estratégica para os próximos anos, partindo de um novo patamar em função da sua capacidade analítica, ampliada pelos investimentos em instalações, equipamentos e formação de pessoas nos anos recentes. Essa maior capacidade de resposta significa também maior responsabilidade perante a sociedade bra-sileira. Assim, é preciso evoluir a uma gestão ainda mais orientada

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Visão de Futuro 49

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para resultados. A ênfase na gestão de projetos deve dar lugar à gestão do macroprocesso que transforma insumos em resultados finalísticos. Para isso, é importante ter em mente o macroprocesso de produção da Unidade, o qual envolve desde a geração e priori-zação de ideias com base na inteligência competitiva e capacidade de tomada de decisão, o planejamento e a execução da pesquisa em si, as ações de desenvolvimento tecnológico, a transferência de tecnologia e a avaliação de impactos que retroalimenta o processo.

Com esse enfoque, é preciso ter bem claro os fundamentos das cadeias produtivas, bem como os seus ambientes organizacional e institucional; enfim, o contexto em que ocorre a inovação, e a isso se somam todos os componentes transversais que atuam po-tencializando o macroprocesso de produção da Unidade, que, de forma permanente, deve buscar inovações na gestão, seja via me-lhoria de processos, seja na articulação de novos parceiros, para dinamizar e profissionalizar cada vez mais a atuação de suporte à pesquisa, desenvolvimento e transferência de tecnologia. Ganha destaque nesse referencial a capacidade de articular as par-cerias internas e externas, para fortalecer a lógica de agregação de valor ao longo das cadeia produtivas, de modo a viabilizar o cumprimento dos objetivos e resultados esperados nos planos e na agenda de trabalho da Unidade.

Um exemplo dessa sistemática pode ser o envolvimento das dife-rentes especialidades requeridas para a abertura de frentes, como a elucidação de moléculas bioativas com aplicações junto a mer-cados de elevado valor agregado, tais como: fitomedicamentos, cosméticos, biopesticidas, condimentos, produtos com apelos funcionais e nutracêuticos, novos materiais e energia renovável. Conquistas dessa natureza requerem uma abordagem transdisci-plinar que ultrapassa os muros da Unidade, requerendo competên-cias complementares. Desse modo, constitui ao mesmo tempo um desafio e uma sinalização de que o alinhamento das competências internas é um diferencial que estabelece a identidade do Centro, na medida em que se converte no caminho para atrair e viabilizar as parcerias estratégicas externas, com o objetivo maior de viabilizar as soluções que sua missão e visão preconizam.

Com a perspectiva de se tornar mais pragmática, objetivando as contribuições e os resultados finalísticos para a sociedade, está em discussão a proposta de que a visão da Unidade passe a ter o seguinte enunciado: “ser reconhecido como Centro estratégico na viabilização de produtos, processos e serviços finalísticos e competitivos, ultimando a sustentabilidade da agroindústria tropical brasileira.”

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EXPEDIEnTE

Embrapa Agroindústria Tropical

Vitor Hugo de OliveiraChefe-Geral

Andréia Hansen OsterChefe-Adjunta de Pesquisa, Desenvolvimento eInovação

Cláudio Rogério Bezerra TorresChefe-Adjunto de Administração

Lucas Antonio de Sousa LeiteChefe-Adjunto de Transferência de Tecnologias

EQUIPE EDITORIALAndréia Hansen OsterCláudio Rogério Bezerra TorresEduardo Santos GalasLucas Antonio de Sousa LeiteRicardo Moura Braga CavalcanteThaissa Albuquerque Aragão Vitor Hugo de Oliveira

JORNALISTAS RESPONSÁVEISRicardo Moura (DRT 1681/CE JP)Verônica Freire (MTB 01225JP)

TEXTOEmbrapa Agroindústria Tropical

PROJETO GRÁFICOAimêe Andrade / Raissa Alves / Ricardo Moura

FOTOSCláudio Norões / Arquivo Embrapa Agroindústria Tropical

CAPAAimêe Andrade / Thaissa Aragão

IMPRESSÃOGráfica Minerva1ª edição1ª impressão 2013Tiragem: 1.000 exemplares

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Exemplares desta publicaçãopodem ser solicitados na:Embrapa Agroindústria TropicalRua Dra. Sara Mesquita 2.270, PiciCEP 60511-110 Fortaleza, CECaixa Postal 3761Fone: (85) 3391-7100Fax: (85) 3391-7109Home page: www.cnpat.embrapa.brE-mail: [email protected]: www.twitter.com/embrapacnpatFacebook:www.facebook.com/embrapaagroindustriatropical

COMITÊ DE PUBLICAÇÕESPresidente: Marlon Vagner Valentin MartinsSecretário-executivo: Marcos Antonio NakayamaMembros: José de Arimatéia Duarte de Freitas, Celli Rodri-gues Muniz, Renato Manzini Bonfim, Rita de Cássia Costa Cid, Rubens Sonsol Gondim, Fábio Rodrigues de Miranda.

Todos os direitos reservadosA reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610).

Dados internacionais de Catalogação na Publicação ICIP Embrapa Agroindústria Tropical

Relatório de gestão 2010-2012 / Embrapa Agroindústria Tropical. Fortaleza, 2013.85 p.: il. color. 28cm. - (Documentos / Embrapa Agroindús-tria /Tropical, ISSN 1677-1915; 158)

1. Relatório de Gestão. 2. Pesquisa - Desenvolvimento - Inovação. 3. Transferência de Tecnologia. 4. Instituição de Pesquisa. I. Título. II Série.

CDD 630.72@ Embrapa 2013

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