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Gesp.007.03
INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E
R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O
ANA RITA FRANCISCO D
RELATÓRIO PARA A OBT
INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO
R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O
ANA RITA FRANCISCO DOS SANTOS
RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO DIPLOMA DE ESPECIALI
TECNOLÓGICA
EM CONDUÇÃO DE OBRA
Setembro/2009 (Conclusão do estágio)
ESTÃO
R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O
DIPLOMA DE ESPECIALIZAÇÃO
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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Agradecimentos:
Após a conclusão desta etapa, quero agradecer a todos aqueles, que de alguma forma
contribuíram para edificar esta construção.
Principalmente a Ti por toda a dedicação, apoio, paciência, carinho e amor que
sempre me deste. Aos meus pais e mano por existirem e me fazerem crescer e aprender.
Ao meu Avô. A todos os colegas e amigos, pela companhia, pelas convivências. Aos
Professores, por tudo o que nos ensinaram e pelo apoio dado. À empresa Construções
Fortunato Canhoto & Filhos, Lda., e aos seus colaboradores a oportunidade que me
proporcionaram para a aplicação em contexto real de trabalho, dos conhecimentos
teóricos adquiridos, durante e após o estágio curricular.
Aos que não refiro, mas que estão no meu pensamento.
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Ficha de identificação:
Identificação da Estudante / Estagiária:
Nome: Ana Rita Francisco dos Santos
Morada: Quinta Cimeira 6250 – 173 Belmonte
Contactos:
Tel. 968 168 238
E-mail: [email protected]
Identificação da instituição:
Nome: Construções Fortunato Canhoto & Filhos, Lda.
NIF: 505 757 923
Sede: Sítio Fonte do Soldado 6250 – 074 Belmonte
Tel. 275 911 870
Fax. 275 912 011
E-mail: [email protected] Web: www.cfcf.web.pt
Data de início de estágio: 01 / 07 / 2009
Data de fim de estágio: 17 / 09 /2009
Nome do tutor na instituição: Exmo. Sr. José Manuel Fortunato Canhoto
Nome do orientador da ESTG: Professor Eng.º José Carlos Almeida
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Plano de estágio curricular:
No decorrer do estágio curricular, pretende-se incidir nos seguintes factores:
* organização de processos para concursos públicos;
* documentação (organização); contacto com fornecedores – pedido de
cotações; auxílio/colaboração na análise de projectos e detecção de erros e
omissões; cálculo de preço unitário (custos de mão-de-obra, equipamento e
materiais), elaboração de lista de preços unitários para o dono de obra;
* auxílio na elaboração de programa de trabalhos definitivo, elaboração de
listagem de materiais a aplicar em obra, auxílio no planeamento da
empreitada, controlo de quantidades / custos (material, mão-de-obra,
equipamento). Auxílio em medições e processamento de autos e respectiva
facturação no programa existente;
* acompanhamento de obras.
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Resumo
Serve o presente para apresentação do relatório de estágio do Curso de
Especialização Tecnológica de Condução de Obra e obtenção do Diploma de nível 4 em
Condução de Obra.
Irão ser apresentadas as actividades desenvolvidas nas empreitadas executadas pela
empresa Construções Fortunato Canhoto & Filhos, Lda., com sede em Belmonte,
durante o período de estágio.
Foram acompanhados concursos, analisados projectos e apresentadas propostas para
obras públicas, efectuados controlos de custos e materiais, assim como a sua
quantificação, estudada uma hipótese para a travessia de uma pequena ribeira e
trabalhos relativos a pavimentações de caminhos rurais e agrícolas.
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Índice de texto:
1 - Caracterização da Instituição ...................................................................................... 1
Quadro de equipamento ................................................................................................ 4
2 - Objectivos do Trabalho ............................................................................................... 8
3. Metodologia utilizada ................................................................................................... 9
4. Trabalho desenvolvido ............................................................................................... 10
4.1. Enquadramento .................................................................................................... 10
4.1.1. Medições de projecto e em obra .................................................................... 10
4.1.2. Decreto-Lei 18/2008, de 29 de Janeiro ......................................................... 12
4.1.3. Selecção de materiais e pedido de cotação .................................................... 16
4.1.4. Aprovisionamento de materiais ..................................................................... 17
4.1.5. Cálculo de materiais ...................................................................................... 17
4.1.6. Orçamentação / Elaboração de lista de preços unitários ............................... 18
4.1.7. Celebração de Contratos................................................................................ 21
4.1.8. Auto de consignação ..................................................................................... 22
4.1.9. Auto de medição............................................................................................ 22
4.1.10. Autos de recepção provisória e definitiva ................................................... 22
4.1.11. Pagamentos.................................................................................................. 23
4.1.12. Processos construtivos................................................................................. 23
4.2. Acompanhamento de obras .................................................................................. 26
4.2.1. Construção de pavilhão - 2.5 Vinhos de Belmonte ....................................... 26
4.2.2. Pavimentação de diversos caminhos Agrícolas/Rurais: ................................ 32
4.2.3. Conservação/beneficiação das estradas: Maçaínhas / Olas / cruzamento dos Trigais / Inguias. ...................................................................................................... 42
4.2.4. Pontão do Moinho Redondo .......................................................................... 46
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4.2.5. Requalificação urbana da EM 504, entre a Lanofabril e a ponte de Cantar Galo ......................................................................................................................... 49
4.2.6. Reparação de roturas em condutas de abastecimento de águas .................... 51
5. Conclusão ................................................................................................................... 54
6. Bibliografia ................................................................................................................. 56
7. Anexos ........................................................................................................................ 57
8. Peças desenhadas ........................................................................................................ 78
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Índice de figuras:
Fig. 1 – Planta de estaleiro central. ................................................................................... 3
Fig. 2 – Construção de adega: início de movimentação de terras .................................. 26
Fig. 3 - Construção de adega: escavação em rocha ........................................................ 27
Fig. 4 – Construção de adega: zona de aterro. ................................................................ 27
Fig. 5 – Construção de adega: fase de montagem de estrutura pré-fabricada do edifício. ........................................................................................................................................ 28
Fig. 6 – Construção de adega: abertura de valas para rede de águas pluviais, no interior do edifício. ...................................................................................................................... 28
Fig. 7 – Construção de adega: colocação e compactação de ABGE .............................. 29
Fig. 8 – Caminho da Fonte do Soldado: sinalização de informação de obra. ................ 33
Fig. 9 – Caminho Fonte do Soldado: após pavimentação e execução de bermas. ......... 34
Fig. 10 – Caminho Grasil: início dos trabalhos. ............................................................. 34
Fig. 11 – Caminho Grasil: início dos trabalhos. ............................................................. 35
Fig. 12 – Caminho Grasil: após execução de base em ABGE. ...................................... 35
Fig. 13 – Caminho Grasil: colocação de camada de desgaste, com mistura betuminosa a quente. ............................................................................................................................ 36
Fig. 14 – Caminho Grasil: camada de desgaste, antes de compactação. ........................ 36
Fig. 15 – Caminho Grasil: temperatura da mistura betuminosa, após aplicação. .......... 37
Fig. 16 – Caminho Rural São Marcos: corte transversal do pavimento. ........................ 37
Fig. 17 – Conservação / beneficiação das estradas Maçaínhas / Olas: intervenção em curva, incluindo fresagem, saneamento, execução de sobrelargura e reforço com mistura betuminosa a quente. ...................................................................................................... 42
Fig. 18 - Conservação / beneficiação das estradas Maçaínhas / Olas: intervenção em recta, incluindo fresagem, saneamento e reforço com mistura betuminosa a quente. .... 43
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Fig. 19 – Conservação / beneficiação das estradas Maçaínhas / Olas: intervenção em curva, incluindo fresagem, saneamento, execução de sobrelargura e reforço com mistura betuminosa a quente. ...................................................................................................... 43
Fig. 20 – Conservação / beneficiação das estradas Maçaínhas / Olas: aplicação de Slurry Seal. ................................................................................................................................ 44
Fig. 21 – Pontão do Moinho Redondo: encontros no leito da ribeira. ............................ 46
Fig. 22 – Pontão do Moinho Redondo: lajes alveolares e armadura em malhasol. ........ 47
Fig. 23 – Pontão do Moinho Redondo: plataforma após execução de lâmina de compressão e acessos...................................................................................................... 47
Fig. 24 – Requalificação urbana EM 504 e a ponte de Cantar Galo: local de início da intervenção – zona dos passeios. .................................................................................... 49
Fig. 25 – Requalificação urbana EM 504 e a ponte de Cantar Galo: zona de intervenção. ........................................................................................................................................ 50
Fig. 26 – Requalificação urbana EM 504 e a ponte de Cantar Galo: zona de intervenção. ........................................................................................................................................ 50
Fig. 27 – Reparação de rotura em Caria: escavação ....................................................... 52
Fig. 28 – Reparação de rotura em Maçaínhas: Tubo PVC. ............................................ 53
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Índice de quadros
Quadro 1 – Unidades de medida base ............................................................................ 10
Quadro 2 – Mapa comparativo de preços – camada mistura betuminosa a quente ........ 17
Quadro 3 – Baridade de materiais .................................................................................. 18
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Índice de anexos:
Anexo I – Alvará de Construção n.º 43412 .................................................................... 58
Anexo II – Pedido de garantia bancária da pavimentação do caminho da Horta da Pimenta ........................................................................................................................... 60
Anexo III – Ficha técnica de material britado de granulometria extensa aplicado na base dos caminhos efectuados
Anexo I – Alvará de Construção n.º 43412 .................................................................... 58
Anexo II – Pedido de garantia bancária da pavimentação do caminho da Horta da Pimenta ........................................................................................................................... 60
Anexo III – Ficha técnica de material britado de granulometria extensa aplicado na base dos caminhos efectuados ................................................................................................ 61
Anexo IV – Pedido de cotação de emulsão catiónica ..................................................... 62
Anexo V – Medições das peças desenhadas n.º 1 e 2 do Caminho do Depósito Velho (parciais) ......................................................................................................................... 63
Anexo VI – Envio de erros e omissões caminho do Depósito Velho............................ 64
Anexo VII – Elaboração de proposta caminho Depósito Velho – declaração conforme anexo I do CCP e proposta ............................................................................................ 65
Anexo VIII – Declaração conforme anexo II do CCP: ................................................. 69
Anexo IX – Auto de medição caminho da Grasil ........................................................... 71
Anexo XI – Desenho pormenor das lajes aplicadas no pontão ...................................... 75
Anexo XII – Guia de remessa de betão aplicado em betonagem no pontão do Moinho Redondo .......................................................................................................................... 76
Anexo XIII – Auto de reparação de roturas ................................................................... 77
........................................................................................................................................ 61
Anexo IV – Pedido de cotação de emulsão catiónica ..................................................... 62
Anexo V – Medições das peças desenhadas n.º 1 e 2 do caminho do Depósito Velho (parciais) ......................................................................................................................... 63
Anexo VI - Envio de erros e omissões caminho do Depósito Velho ............................ 64
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Anexo VII – Elaboração de proposta caminho Depósito Velho – declaração conforme anexo I do CCP e proposta ............................................................................................ 65
Anexo VIII - Declaração conforme anexo II do CCP: .................................................. 69
Anexo IX - Auto de medição caminho da Grasil ........................................................... 71
Anexo X – Dimensionamento do pontão do Moinho Redondo ..................................... 72
Anexo XI – Desenho pormenor das lajes aplicadas no pontão ...................................... 75
Anexo XII – Guia de remessa de betão aplicado em betonagem no pontão do Moinho Redondo .......................................................................................................................... 76
Anexo XIII – Auto de reparação de roturas ................................................................... 77
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Índice de peças desenhadas:
Peça desenhada n.º 1 – perfil transversal do caminho do Depósito Velho ..................... 79
Peça desenhada n.º 2 – perfil longitudinal do caminho do Depósito Velho ................... 82
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1 - Caracterização da Instituição
A sociedade por quotas Construções Fortunato Canhoto & Filhos, Lda., constituída a
26 de Setembro de 2001, pelos sócios José Manuel Fortunato Canhoto, Tiago Miguel
Fernandes Canhoto e Cátia Daniela Fernandes Canhoto, com sede em Sítio Fonte do
Soldado – 6250-074 Belmonte, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de
Belmonte sob o nº 214, com o capital social de €149.000,00 é detentora do Número de
Identificação de Pessoa Colectiva (NIPC) 505757923 e tem como objecto social a
construção civil e obras públicas, demolições, terraplanagens, compra e venda de bens
imóveis e comércio de materiais de construção.
A constituição da referida empresa assenta já sobre mais de 25 anos de experiência
do sócio-gerente, na altura enquanto empresário em nome individual, no ramo da
silvicultura (exploração florestal), da construção civil (nomeadamente de vários blocos
habitacionais). Com esta alteração pretendeu-se sobretudo diversificar os serviços
prestados.
Com início de actividade no ano de 2002, a empresa começou a laborar na área das
obras públicas, através de subempreitadas, maioritariamente com a realização de
trabalhos de movimentação de terras. A experiência e o “know-how” adquiridos nas
empreitadas executadas, bem como as oportunidades de negócio surgidas, fazem com
que a tendência seja a especialização nas seguintes áreas: vias de comunicação
(construção/ beneficiação/ requalificação) e infra-estruturas hidráulicas. Desde o início,
tem realizado obras particulares e públicas, representado estas últimas cerca de 70 % do
volume de negócios anual, da globalidade das obras executadas 85 % são realizadas
directamente com o dono de obra.
Desde a sua existência que está habilitada para a realização de obras de construção,
possuindo Alvará de Construção nº 43412, emitido pelo Instituto da Construção e do
Imobiliário (InCI), o qual têm mantido inalterado com a 4ª classe, para a execução de
obras no valor máximo de 1.328.000,00 €uros, tenciona-se a curto prazo revalidar com a
mesma classe máxima, embora aumentando as categorias/ subcategorias detidas (em
número e valor).
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Em virtude da dimensão da empresa, as obras que realiza centram-se sobretudo na
Beira Interior, sem contudo descurar a possibilidade de execução de obras noutras
zonas, quando seja viável a deslocação de meios e equipamentos e a obra se inserir nas
áreas de actuação da empresa.
As Construções Fortunato Canhoto & Filhos, Lda. possuem um quadro de recursos
humanos com carácter permanente, com diversas qualificações e especializações, cujo
objectivo consiste sempre em obter a melhor solução no mais curto espaço de tempo,
nunca perdendo de vista a relação custo/benefício, bem como a total segurança dos
intervenientes no processo, desta forma a formação contínua dos trabalhadores é uma
preocupação constante.
O quadro de recursos humanos da empresa é composto por:
1 – Gerente
1 – Engenheiro Civil
1 – Engenheiro Técnico Civil
1 – Medidor Orçamentista
1 – Assistente Administrativa
10 – Funcionários de produção (encarregado, manobradores de equipamentos,
motoristas, pedreiro, serventes, calceteiro e canalizador)
No estaleiro central da empresa, encontra-se instalada a oficina de manutenção para
equipamentos e viaturas, armazém de materiais, escritórios, parque de máquinas e
equipamentos.
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Possui um parque de viaturas/equipamentos com capacidade para assegurar todos os
trabalhos adjudicados de modo eficiente e rápido, sem ter de recorrer permanentemente
ao mercado de aluguer. O referido equipamento tem uma idade média inferior a 8 anos e
encontra-se em perfeito estado de conservação/manutenção. Investe-se continuamente
na modernização tecnológica de viaturas e equipamentos.
Fig. 1 – Planta de estaleiro central – fonte www.google.pt/maps
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Quadro de equipamento
CET Condução de Obra
quipamento
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2 - Objectivos do Trabalho
Os objectivos a que a estagiária se propôs, incidem fundamentalmente na área de
actuação da Empresa de acolhimento, nomeadamente obras públicas, terraplanagens,
obras de abastecimento de água e saneamento. Pretende-se para além do desempenho da
função, a sua realização com eficácia, e a percepção dos actos efectuados.
Tem-se por objectivo a realização de propostas para concursos públicos, a
interpretação e análise de projectos, as suas medições, o acompanhamento de obras, os
controlos de custos e matérias, entre outros elementos, e tarefas que surgiam ao longo
do estágio, tendo como conteúdos base a formação teórica ministrado no ano lectivo e a
absorção/aquisição de novos conhecimentos e técnicas necessárias para o
desenvolvimento das actividades.
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3. Metodologia utilizada
No decorrer do estágio a realização de trabalho de escritório / administrativo
desempenhou um papel maioritário, sendo efectuadas visitas às obras com o
acompanhamento quer do Engenheiro quer do Medidor - orçamentista, podendo
também contar com a colaboração dos restantes funcionários da empresa
Os métodos utilizados para a realização de medições, de cálculos de quantidades de
materiais para orçamentação e aplicação em obra foram explicados passo a passo, com
recurso a exemplos reais e acompanhamento dos mesmos por parte de toda a equipa de
trabalho de forma a minimizar possíveis erros e falhas.
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4. Trabalho desenvolvido
4.1. Enquadramento O estágio decorreu na Empresa onde a estagiária já desempenhava as funções de
Assistente administrativa desde Outubro de 2008. Após a frequência do Curso de
Especialização Tecnológica em Condução de Obra foram adquiridos novos
conhecimentos, que resultaram na expansão e melhoria das tarefas executada até à data,
nomeadamente:
4.1.1. Medições de projecto e em obra
As medições são uma peça essencial pois condicionam vários elementos e fases do
projecto/obra. Consistem na quantificação objectiva, global e específica dos diversos
tipos de trabalhos constituintes da empreitada.
No quadro 1, apresentam-se algumas unidades de medida.
Quadro 1 – Unidades de medida base
Unidades de medida base
Unidade Designação Símbolo
Genérica unidade un
Comprimento metro m
Superfície metro quadrado m²
Volume metro cúbico m³
Massa quilograma kg
Força quilonewton kN
Tempo hora, dia h, d
As medições efectuadas, incidiram sobre as obras de pavimentação em caminhos
agrícolas e rurais, como o caminho agrícola da Grasil, Fonte do Soldado e a
conservação / beneficiação das estradas: Maçaínhas / Olas / cruzamento dos Trigais /
Inguias em fase de obra, da Horta da Pimenta, do Depósito Velho e São Marcos quer
em projecto, que em obra, sobre as seguintes rubricas:
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4.1.1.1. Terraplanagens
Desmatação e decapagem: remoção de espécies herbáceas existentes e terra vegetal à
profundidade máxima de 0,25 m, incluindo a escavação, carga, transporte, descarga e
transporte a vazadouro. A unidade de medida é o m2 e a medição efectuada segundo as
áreas determinadas em projecção horizontal.
Reperfilamento e regularização de terreno: é feito o nivelamento do terreno de forma a
eliminar pequenas lombas / depressões existentes. A unidade de medida é o metro
quadrado (m2).
Escavação: engloba as operações de escavação, baldeação, carga, transporte (com
indicação da distância média a percorrer e do local do depósito) e descarga. A unidade
de medida é o metro cúbico (m3), sendo realizada em função dos perfis transversais e da
profundidade de escavação.
4.1.1.2. Drenagens
Podendo ser efectuadas de diversas formas, o tipo maioritariamente executado
durante o estágio foi em pré-fabricados: meias canas (drenagem longitudinal), canos de
valeta (para serventias), manilhas (passagens hidráulicas / aquedutos). São medidas ao
metro linear (m) do trabalho efectivamente realizado. Em relação aos aquedutos tem de
ser executadas bocas em aterro ou escavação, contabilizadas à unidade (un) na
quantidade de duas bocas para um aqueduto.
4.1.1.3. Pavimentação
Base: refere-se à execução de camada em agregado britado de granulometria extensa
(adiante designado de ABGE), com uma espessura média de 20 cm, após compactação,
medidos ao metro quadrado (m2).
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Rega de colagem: espalhamento de emulsão para ligação entre a base e a camada
betuminosa, é o resultado do produto da extensão pela largura (média) do pavimento a
aplicar, sendo a unidade o metro quadrado (m2) e igual à área de betuminoso.
Camada de mistura betuminosa a quente - camada de desgaste: os trabalhos de
pavimentação são medidos ao metro quadrado (m2). A área a calcular corresponde à
área teórica que resulta do produto da extensão em que a camada é aplicada pela sua
largura efectiva, considerando-se esta, como a largura da respectiva mediana
determinada nos desenhos de construção (perfil transversal tipo). Assim, na medição da
área pavimentada, têm-se em consideração as sobrelarguras, resultantes da espessura
das camadas e do facto das faces laterais não serem verticais. As camadas aplicadas em
todas as obras de pavimentação, apresentavam uma espessura de 0,06 m.
4.1.1.4. Tratamentos Superficiais
Slurry seal: estes trabalhos medem-se ao metro quadrado (m2) e corresponde à área do
pavimento tratado, ou seja, ao produto do comprimento pela largura média do
pavimento.
Como em todos os sectores, a construção civil, especificamente na vertente das obras
públicas, rege-se por leis e decreto-leis que tendem a tornar os concursos e contratos o
mais claro possível. Assim sendo, e para se perceber um pouco melhor a contratação
pública, apresentam-se algumas considerações importantes do decreto-lei actual.
4.1.2. Decreto-Lei 18/2008, de 29 de Janeiro
O Decreto-Lei, estabelece o regime pelo qual se rege a contratação pública e os seus
contratos, revogou o Decreto-Lei 59/99 de 2 de Março. O Decreto-Lei 18/2008 (Código
dos Contratos Público, adiante designado de CCP) introduziu alterações na contratação
pública, nomeadamente, e traduzindo em casos práticos na construção, a detecção de
erros e omissões na fase de concurso pelas entidades concorrentes, condicionando a
apresentação de trabalhos a mais, o preço base como o máximo valor que a entidade
contratante admite pagar para a execução de determinada empreitada, entre outras.
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4.1.2.1. Tipos de procedimentos
Ajuste directo (artigo 112.º): procedimento em que a entidade adjudicante convida
directamente uma ou várias entidades, à sua escolha, a apresentar proposta, podendo
com elas negociar aspectos da execução do contrato a celebrar.
Concursos públicos (artigo 130.º): procedimento publicitado no Diário da República
através de anúncio, ao qual podem concorrer empresas ou agrupamentos de empresas,
que possuam as habilitações solicitadas.
Existem outros tipos de procedimentos, para além dos acima descritos, os quais não
são comentados, uma vez que não se enquadram no tipo de procedimentos respondidos
pela empresa. Para as obras caminho da Horta da Pimenta, Depósito Velho e São
Marcos foi respondido ao procedimento de ajuste directo e as obras de Pavimentação da
E.M. 18-3 e Aeródromo municipal de Ponte de Sôr – 2ª fase – modelação de taludes
seguiram o procedimento de concurso público.
4.1.2.2. Esclarecimentos (artigo 50.º)
Os esclarecimentos necessários à boa compreensão e interpretação das peças do
procedimento devem ser solicitados, por escrito, no primeiro terço do prazo fixado para
a apresentação das propostas. Até ao termo do segundo terço do prazo fixado para a
apresentação das propostas, a entidade adjudicante deverá responder, por escrito, a
todos os interessados.
4.1.2.3. Erros e Omissões
Segundo o artigo 61.º do CCP, devem ser apresentados até ao quinto sexto do prazo
de entrega das propostas, expondo inequivocamente os erros e omissões detectados na
análise do projecto/visita ao local dos trabalhos, entre eles, espécie ou quantidade de
prestações estritamente necessárias à integral execução do objecto do contrato a
celebrar. A apresentação dos mesmos por qualquer concorrente suspende o prazo de
entrega das propostas, até a entidade adjudicante se expressar sobre os mesmos até ao
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termo do prazo fixado para apresentação das propostas, considerando-se rejeitados
todos os que não sejam por ele expressamente aceites. Foram apresentados erros e
omissões para o caminho da Horta de Pimenta, Depósito Velho e São Marcos após
visita ao local e análise das peças desenhadas, nomeadamente perfil transversal e
longitudinal. As mesmas apresentadas nas peças desenhadas n.º 1 e 2, relativas ao
caminho do Depósito Velho.
4.1.2.4. Elaboração de propostas
Durante o estágio, e conforme indicado anteriormente, para a elaboração de propostas seguiram-se as seguintes regras:
Documentos (apresentação de propostas):
Regulamentados pelo artigo 57.º, do CCP, de acordo com o tipo de procedimento e o
solicitado no Programa de Concurso, os documentos necessários são:
* Declaração de aceitação do conteúdo do caderno de encargos, elaborada em
conformidade com o modelo do anexo I do CCP;
* Proposta: onde consta o valor pelo qual se propõem a executar a empreitada em
algarismos e por extenso, assim como o prazo de execução;
* Lista de Preços Unitários, com todas as espécies de trabalho prevista e mencionadas
no Mapa de Quantidades fornecido com as restantes peças de concurso;
* Um plano de trabalhos, como definido no art. 361.º, destinando-se, com respeito
pelo prazo de execução da obra, à fixação da sequência e dos prazos parciais de
execução de cada uma das espécies de trabalhos previstas e à especificação dos
meios com que o empreiteiro se propõe a executá-los, bem como à definição do
correspondente plano de pagamentos (Plano de Trabalhos, Plano de Mão-de-Obra,
Plano de Equipamentos e Plano de Pagamentos com cronograma financeiro). Para
elaboração destes planos, têm-se em consideração todos os factores relativos a
estes, nomeadamente, rendimentos de mão-de-obra/equipamentos, etc.
Nota: Algumas entidades adjudicantes podem solicitar mais documentos ou suprimir a
entrega de outros, pelo que o estipulado anteriormente nem sempre é aplicável.
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4.1.2.4. Modo de entrega
Suporte papel e plataformas electrónicas. A partir de 1 de Novembro de 2009, a
entrega das mesmas, assim como todas as suas peças constituintes e em todos os tipos
de procedimentos, ocorrerá através das plataformas electrónicas. O modo de entrega
durante o estágio, correspondeu à entrega em suporte papel, encerrada dentro de
envelope opaco, mencionando o nome da Empreitada e o Dono de Obra. A entrega da
mesma nos serviços competentes era registada, com data e hora da mesma.
4.1.2.5. Entrega de documentos, após intenção de adjudicação
* Documentos de habilitação (artigo 81.º CCP):
Declaração conforme anexo II do CCP;
Documentos comprovativos de não impedimentos, previstos nas seguintes
alíneas do artigo 55.º:
b) “Tenham sido condenadas por sentença transitada em julgado por
qualquer crime que afecte a sua honorabilidade profissional, se entretanto não tiver
ocorrido a sua reabilitação, no caso de se tratar de pessoas singulares, ou, no caso
de se tratar de pessoas colectivas, tenham sido condenados” – Registo Criminal da
pessoa que tenha poderes para obrigar a Sociedade;
d) “Não tenham a sua situação regularizada relativamente a contribuições
para a segurança social em Portugal ou, se for o caso, no Estado de que sejam
nacionais ou no qual se situe o seu estabelecimento principal” - Declaração emitida
pelo Instituto Nacional de Segurança Social, em como a Empresa não possui
dívidas a favor daquela instituição;
e) “Não tenham a sua situação regularizada relativamente a impostos
devidos em Portugal ou, se for o caso, no Estado de que sejam nacionais ou no qual
se situe o seu estabelecimento principal” – Declaração emitida pelo Serviço de
Finanças, em que esteja mencionado a regularização de impostos e o fim a que se
destina tal declaração;
i) “Tenham sido condenadas por sentença transitada em julgado por algum
dos seguintes crimes, se entretanto não tiver ocorrido a sua reabilitação, no caso de
se tratar de pessoas singulares, ou, no caso de se tratar de pessoas colectivas,
tenham sido condenados pelos mesmos crimes os titulares dos órgãos sociais de
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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administração, direcção ou gerência das mesmas e estes se encontrem em
efectividade de funções, se entretanto não tiver ocorrido a sua reabilitação:
i) Participação em actividades de uma organização criminosa, tal como
definida no n.º 1 do artigo 2.º da Acção Comum n.º 98/773/JAI, do Conselho;
ii) Corrupção, na acepção do artigo 3.º do Acto do Conselho, de 26 de
Maio de 1997, e do n.º 1 do artigo 3.º da Acção Comum n.º 98/742/JAI,
do Conselho;
iii) Fraude, na acepção do artigo 1.º da Convenção relativa à Protecção
dos Interesses Financeiros das Comunidades Europeias;
iv) Branqueamento de capitais, na acepção do artigo 1.º da Directiva n.º
91/308/CEE, do Conselho, de 10 de Junho relativa à prevenção da utilização do
sistema financeiro para efeitos de branqueamento de capitais;
* Alvará (ou títulos de registo) emitido pelo Instituto da Construção e do Imobiliário,
I. P., contendo as habilitações adequadas e necessárias à execução da obra a realizar
(anexo I);
* Exigido pelo Caderno de Encargos, a apresentação de caução sob a forma de
garantia bancária, no valor de 5% do preço contratual, devendo apresentar um
documento pelo qual um estabelecimento bancário legalmente autorizado assegure,
até ao limite do valor da caução, o imediato pagamento de quaisquer importâncias
exigidas pela entidade adjudicante em virtude do incumprimento de quaisquer
obrigações a que a garantia respeita. Apresenta-se no anexo II, pedido de garantia
bancária à instituição bancária, para os caminhos adjudicados.
4.1.3. Selecção de materiais e pedido de cotação
Após recepção de qualquer programa de concurso ou pedido de orçamentação, é
elaborada uma lista com o material e quantidades necessárias à sua execução, para
posteriormente, ser efectuado contacto com os fornecedores e solicitar a sua cotação. O
pedido de cotação é realizado, por escrito, antecedido ou não de contacto telefónico e/ou
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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presencial, solicitando o preço do material a aplicar, os descontos efectuados,
características dos materiais, entre outras.
Aquando resposta dos mesmos, é elaborado um quadro comparativo, onde constam
os dados necessários para avaliação da cotação e selecção do valor com o qual se vai
efectuar o orçamento, assim como o fornecedor.
Quadro 2 – Mapa comparativo de preços – camada mistura betuminosa a quente
Mapa comparativo de preços - camada mistura betuminosa a quente
Fornecedor Preço por
tonelada (ton) Facturação
Condições de pagamento (dias)
Local de carga
0001 30,45 € Mensal 15 Guarda
0005 33,78 € Quinzenal 30 Covilhã
0006 29,50 € Diária 15 Castelo Branco
4.1.4. Aprovisionamento de materiais
O aprovisionamento de materiais tem como principal objectivo, a determinação das
quantidades de materiais a aplicar em obra, tendo de ter conhecimento dos rendimentos
diários do equipamento/mão-de-obra, de forma a estes não faltarem em obra.
4.1.5. Cálculo de materiais
O cálculo dos materiais a aplicar é efectuado com respeito pelo definido nas peças
constituintes do convite/concurso. Para definir as quantidades de materiais a aplicar em
cada obra, tem, necessariamente de se saber à priori o tipo e dimensões do mesmo.
Neste caso, e para obter essas quantidades, é necessário ter em consideração as áreas e
espessuras a aplicar, assim como a baridade de cada material. A baridade é definida
como a massa por unidade de volume do agregado contida num recipiente, ou seja, o
volume inclui os espaços entre as partículas do agregado. A classificação da baridade é
equivalente à classificação segundo a massa volúmica. No quadro seguinte apresentam-
se algumas baridades utilizadas (são consideradas as baridades após compactação).
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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Quadro 3 – Baridade de alguns materiais
Baridade de materiais:
Descrição do material Fornecedor Baridade
Tout-Venant 1ª 0015 1,8
Betuminoso 0006 2,3 Fórmula de obtenção de quantidades de material = área x espessura x baridade Área - m² Espessura - m Baridade - ton/m³
4.1.6. Orçamentação / Elaboração de lista de preços unitários
A elaboração do orçamento/ lista de preços unitários por parte das empresas de
construção, para a obtenção do preço pelo qual se propõem a executar as empreitadas,
sendo um importante instrumento no condicionamento da angariação de obras e os seus
resultados financeiros.
O orçamento é a soma das despesas que as empresas prevêem ter em determinada
empreitada, acrescido da previsão de lucro. As despesas, habitualmente dividem-se em:
- custos directos;
- custos de estaleiro;
- custos indirectos.
4.1.6.1. Custos directos
São os custos imputáveis, sem margem de erro significativa, a cada uma das
actividades ou tarefas em que se divide a obra. A lista de actividades é a mesma que dá
origem à lista de medições.
Aos custos directos podem atribuir-se quatro tipos de recursos:
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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* custos de mão-de-obra: despesas com salários do pessoal envolvido directamente na
produção, incluindo os respectivos encargos sociais previstos na lei ou da iniciativa
da empresa, transporte, alojamento, etc.
* materiais: os custos com os materiais devem incluir encargos com IVA, desde que
não dedutível (o IVA é dedutível nas empreitadas e não dedutível na promoção
imobiliária) e transporte até ao local da obra.
* equipamento: consideram-se apenas, neste tipo de custos, os equipamentos
utilizados directamente na realização dos trabalhos e em que seja possível valorizar
a sua comparticipação em cada tarefa com algum rigor. Por exemplo, uma grua, que
realize inúmeros trabalhos e cujo custo está mais associado à permanência em obra
do que à sua produção, logo, não deve ser aqui ponderada.
* serviços de terceiros: fornecimento de produtos ou prestação de serviços, por
terceiros, correspondendo às subempreitadas, gerando trabalho produtivo e podem
consistir no fornecimento conjunto de qualquer dos três tipos de recursos anteriores.
4.1.6.2. Custos de estaleiro
Despesas que podendo ser imputáveis a uma determinada obra, não são imputáveis
separadamente a actividades ou tarefas directas.
Igualmente, devem-se incluir nestes custos as despesas que, embora atribuíveis a
actividades bem definidas, sejam contabilizadas com mais rigor de forma global do que
individualmente, por actividade.
Genericamente, os custos de estaleiro podem ser discriminados da seguinte forma:
a) Montagem de estaleiro:
* plataformas, acessos e vedação;
* infra-estruturas provisórias;
* montagem de instalações de estaleiro;
* montagem de equipamento.
* manutenção do Estaleiro.
b) Mão-de-obra do estaleiro, incluindo os respectivos encargos:
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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* pessoal técnico e administrativo da obra (director de obra, controladores,
preparadores de obra, etc.);
* apontadores;
* chefia (encarregados, seguidores);
* ferramenteiros;
* manobradores (do equipamento não directo – gruas, centrais betoneiras, dumpers
(cujo o custo não esteja incluído no respectivo aluguer);
* guardas;
* mecânicos e electricistas;
* pessoal para cargas, descargas, arrumações e limpezas;
* cozinheiros e ajudantes;
* enfermeiros, etc.
* aluguer de equipamento;
* aluguer de instalações;
* aluguer de equipamento produtivo (gruas, britadores, centrais de betão, etc.) e
equipamento ligeiro (vibradores, bombas, escadas, etc.);
* aluguer de mobiliário de escritório, camas, mesas, etc.
* despesas gerais do estaleiro (Consumos de água, electricidade e combustível do
equipamento não directo; telecomunicações, seguros, taxas, impostos e outras
despesas correntes).
c) Desmontagem de estaleiro:
* desmontagem do equipamento e instalações do estaleiro e arranjo final da zona
envolvente.
4.1.6.3. Custos indirectos
Os custos indirectos compreendem as despesas suportadas pela empresa e que não
podem ser imputadas directamente a qualquer das suas obras. Dividem-se em:
a) Custos de estrutura:
* vencimentos e encargos do pessoal dirigente e administrativo da empresa;
* honorários de consultores especializados;
* gastos de exploração e conservação da sede social;
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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* amortizações e conservações do mobiliário e equipamento da direcção dos serviços
centrais;
* consumo corrente;
* amortização e consumos de viaturas ao serviço da direcção e serviços centrais;
* seguros (quando não imputáveis aos custos directos ou de estaleiro);
* encargos financeiros;
* despesas de carácter comercial (contencioso, publicidade, despesas de
representação, etc);
* contribuições e taxas.
b) Custos industriais:
* vencimentos e encargos do pessoal técnico (engenheiros, arquitectos, medidores,
controladores, planeadores, etc.) quando não imputáveis aos custos do estaleiro;
* vencimentos e encargos do pessoal afecto ao serviço de admissão e gestão do
pessoal;
* custos de patentes e licenças;
* gastos com o estaleiro central da empresa (carpintaria, serralharia, parque de
máquinas, armazém, etc.) quando não imputáveis em obra.
4.1.7. Celebração de Contratos
Devem ser reduzidos a contrato escrito, os procedimentos do qual resulte um valor
contratual superior a 15.000,00 €, devendo o contrato conter os seguintes elementos:
* a identificação das partes e dos respectivos representantes, assim como do título a
que intervêm, com indicação dos actos que os habilitem para esse efeito;
* a indicação do acto de adjudicação e do acto de aprovação da minuta do contrato;
* a descrição do objecto do contrato;
* o preço contratual;
* o prazo de execução objecto do contrato;
* os ajustamentos aceites pelo adjudicatário;
* a referência à caução prestada pelo adjudicatário.
Fazem ainda parte do contrato, os seguintes elementos:
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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* os suprimentos de erros e omissões do caderno de encargos identificados pelos
concorrentes, desde que esses erros e omissões tenham sido expressamente aceites
pelo órgão competente para a decisão de contratar;
* os esclarecimentos e as rectificações relativos ao caderno de encargos;
* o caderno de encargos;
* a proposta adjudicada;
* os esclarecimentos sobre a proposta adjudicada prestados pelo adjudicatário (caso
existam).
4.1.8. Auto de consignação
A consignação deve ser efectuada após 30 dias da assinatura do contrato, mediante
convocação do Dono de Obra, e será formalizado o Auto de consignação, a partir do
qual se iniciará a Empreitada e a contagem dos prazos de execução da mesma.
4.1.9. Auto de medição
A medição é efectuada mensalmente, devendo estar concluída até ao 8.º dia do mês
imediatamente seguinte àquele a que respeita. As medições são feitas no local da obra
com a colaboração do empreiteiro e são formalizadas em auto. As regras de medição a
aplicar são definidas no Caderno de Encargos, e na sua ausência devem ser elaboradas
de acordo com legislação em vigor (LNEC, Normas Nacionais em vigor). As medições
efectuadas pela estagiária têm por base as normas referidas anteriormente.
4.1.10. Autos de recepção provisória e definitiva
Regulamentado pelo artigo 394.º, do CCP, a recepção provisória deve ocorrer por
meio de vistoria à obra, assim que a mesma esteja concluída, devendo ser solicitada por
escrito ou por iniciativa do Dono de Obra, tendo em conta o termino do prazo de
execução. Da vistoria é lavrado um auto, no qual deve ser mencionado se a obra está em
condições de ser recebida. Caso seja solicitada pelo empreiteiro, e o Dono de Obra não
agende a vistoria para assinatura desse no prazo de 30 dias, a obra considera-se
tacitamente recebida.
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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A recepção definitiva – artigo 398.º – deve ser formalizada em auto, antecedido de
vistoria, na qual deverá ser observada a existência de deficiência que possam ser
imputadas ao Empreiteiro.
4.1.11. Pagamentos
Os pagamentos são efectuados após 30 dias (indicação do Caderno de Encargos),
após recepção de factura, emitida posteriormente ao processamento do auto de medição
e sua aprovação por parte do Dono de obra. Aquando do pagamento é efectuado um
reforço da caução (artigo 353.º) apresentada, com um valor de 5% sob os valores a
liquidar, sem o respectivo valor do IVA, tal como sucedido na liquidação de uma
factura do Caminho da Grasil. Esse valor será liquidado, mediante solicitação, aquando
a recepção definitiva da obra, se a mesma não apresentar defeitos.
4.1.12. Processos construtivos
4.1.12.1. Terraplanagens
Desmatação e decapagem: remoção do cobrimento (também designado de coberto) da
terra vegetal, assim como das espécies herbáceas e arbustos até 1,20 m de altura e um
diâmetro inferior a 0,10 m, e a escavação, a uma profundidade não superior a 0,25 m.
Reperfilamento de terreno: regularização da faixa de rodagem (incluindo bermas), sobre
a qual será executada a base em material britado de granulometria extensa.
Escavação: com recurso a equipamentos como rectroescavadoras e giratórias é retirado
o solo que se pretende remover até determinada profundidade. Por vezes, em zonas
rochosas é também necessário recorrer ao uso de explosivos. O transporte é realizado
com recurso a dumpers ou camiões, e após descarga no local de aterro o solo é
compactado e observado o teor em água do mesmo, se necessário, será reposto através
de rega.
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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4.1.12.2.Drenagens
Valetas: as valetas em meias canas de betão pré-fabricadas são assentes sobre almofada
de areia. Posteriormente o betão preparado em obra, é colocado nas uniões de cada meia
cana e nas extremidades laterais. Deve ter-se cuidado no seu manuseamento e
colocação, a fim de não colocar artefactos danificados na construção.
Canos de valeta: posteriormente à betonagem da base de assentamento e colocação dos canos
de valeta pré-fabricados, estes são totalmente envoltos em betão.
Passagens hidráulicas e respectivas bocas de aterro e escavação: bocas de entrada e
saída das passagens hidráulicas de secção circular, inclui o fornecimento e a colocação
de todos os materiais necessários de acordo com o especificado no projecto e/ou
Caderno de encargos, assim como todas as operações necessárias à sua construção,
designadamente a terraplenagem, a modelação do terreno, as cofragens, moldes e
escoramentos, a bombagem e o esgoto de eventuais águas ocorrentes ou afluentes.
4.1.12.3. Pavimentação:
Base: após o espalhamento do material deve ser utilizada motoniveladora ou
equipamento similar adequado, que permita uma modelação homogénea da superfície,
próxima da forma definitiva da camada, e que a sua espessura, após compactação, seja a
prevista no projecto (0,20 m). Antes da compactação é verificado o teor de água do
material e, se necessário, procede-se à sua correcção através de rega com recurso a
cisterna de água. A compactação é efectuada com cilindro vibrador, o acabamento final
da camada deve ser uma superfície lisa e uniforme, isenta de material solto. Apresenta-
se no anexo III, ficha técnica do material aplicado.
Rega de colagem: as emulsões, utilizadas habitualmente, para a rega de colagem, são do
tipo ECR (Emulsão Catiónica de rotura Rápida). Esta rega consiste na aplicação da
emulsão sobre uma camada tratada com ligantes hidrocarbonados ou com ligantes
hidráulicos, efectuadas antes da aplicação da camada betuminosa. É aplicada com
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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auxílio de uma caldeira com aquecimento e espalhador manual, instalado num veículo
de 19 toneladas (ton).
Camada de mistura betuminosa a quente - camada de desgaste: a camada betuminosa só
é colocada após a rotura da emulsão aplicada em rega de colagem. O espalhamento é
realizado de forma contínua e executado com tempo seco e com uma temperatura
ambiente nunca inferior a 10 ºC.
No caso de rampas acentuadas com extensão significativa o espalhamento realiza-se,
no sentido ascendente. O cilindro utilizado na compactação das misturas nas
pavimentações dos caminhos acompanhados é autopropulsionável, sendo utilizado o
cilindro de rolo liso. O cilindro dispõe de um sistema de rega adequado e a sua
velocidade deve ser contínua e regular de modo a não provocar desagregação da
mistura, a superfície acabada deve ficar bem desempenada, com perfis longitudinal e
transversal correctos e livres de depressões, alteamentos e vincos.
O cilindro vibrador dispõe de dispositivos automáticos de corte da vibração, um
certo tempo antes de chegar ao ponto de mudança de direcção, início e fim do troço.
Alguns dispositivos existentes no pavimento, tais como caixas de visita, podem ficar
danificados pela passagem dos rolos vibradores. Nestes casos a vibração é desligada
0,50 m antes desses e empregue apenas compactação estática.
O trânsito nunca deverá ser estabelecido sobre a mistura betuminosa nas 2 horas
posteriores ao término da compactação, devendo, no entanto, o prazo ser aumentado
sempre que possível.
4.1.12.4. Tratamentos superficiais
Slurry seal: a mistura é fabricada à temperatura ambiente, com emulsão betuminosa,
agregados e água. É fabricado em misturadoras móveis, que realizam simultaneamente a
sua aplicação. A mistura passa do misturador para a grade de espalhamento, que se
desloca sobre a superfície a tratar e que é munida com um dispositivo que reparte
uniformemente a mistura. Na realização da conservação / beneficiação das estradas de
Maçaínhas / Olas / cruzamentos dos Trigais / Inguias, foi realizada por em duas fases,
embora a largura da via não seja elevada, só dessa forma se obteria um bom resultado
em que não ficaria nenhuma zona por tratar.
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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4.2. Acompanhamento de obras
Nota: Todos os valores monetários [€uros] calculados/assumidos neste relatório, são
fictícios, uma vez que os valores reais podem constituir valores de propostas futuras,
caso existam obras de idêntica natureza/localização das apresentadas.
4.2.1. Construção de pavilhão - 2.5 Vinhos de Belmonte
A construção do referido empreendimento, surgiu quando 5 sócios, produtores
vitivinícolas, com terrenos dispersos por 2 concelhos, daí o nome 2.5 Vinhos de
Belmonte, decidiram face a actual situação de instabilidade no sector das cooperativas,
tentarem obter mais rentabilidade com a produção resultante das suas culturas.
4.2.1.1. Objecto da empreitada
A empreitada principal consiste na construção de um pavilhão industrial, albergando
nessa construção a
zona de adega,
linha de
engarrafamento,
armazém de
expedição e cais
de carga/descarga,
caves e instalações
para os serviços
técnicos e
administrativos.
A par da construção do respectivo edifício surge a necessidade de execução de
inúmeros trabalhos, tais como: terraplanagens e movimentação de terras (fig. 2 a 4),
infra-estruturas viárias, ligação a rede pública de águas pluviais, rede eléctrica e rede de
Fig. 2 – Construção de adega: início de movimentação de terras
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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abastecimento e águas (fig.6 e 7), construção de uma ETAR, montagem de balança,
entre outros, trabalhos esses adjudicados a empresa da estagiária.
Sendo este um projecto muito complexo e de grande investimento, apenas é feita
referência aos trabalhos realizados até ao fim do período de estágio.
Fig. 4 – Construção de adega: zona de aterro.
Fig. 3 - Construção de adega: escavação em rocha
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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Fig. 5 – Construção de adega: fase de montagem de estrutura pré-fabricada do edifício.
Fig. 6 – Construção de adega: abertura de valas para rede de águas pluviais, no interior do edifício.
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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4.2.1.2. Actividades desenvolvidas:
Cálculo de custos.
4.2.1.3. Exemplo:
Cálculo do custo unitário [€/m3] para a movimentação de terra no dia 22 de Julho:
Marca/Modelo/Características dos equipamentos utilizados:
- Escavadora Hidráulica Caterpillar 330 BLN – Peso em operação: 37 toneladas,
capacidade balde: 2,0 m3
- Camião Mercedes-Benz 2638 AK 6x6 – Capacidade de carga 11,5 m3
- Camião Mercedes-Benz 3234 K 8x4 – Capacidade de carga 14,0 m3
- Tractor de rastos Komatsu D60A-8 – Peso em operação 19 toneladas
- Tractor de rodas John Deere 6310, com cisterna Jopper de 8.000 litros
- Cilindro misto Caterpillar CS-563C – Peso em operação 13,5 toneladas.
Fig. 7 – Construção de adega: colocação e compactação de ABGE
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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Cálculos efectuados / resultados apurados:
Equipamento Tempo de trabalho [horas]
Preço unitário [€uros/hora]
Custo equipamento [€uros/dia] Capacidade [m3]
Escavadora hidráulica Caterpillar 330 BLN 8,00 100,00 € 800,00 € Balde 2,0
Camião Mercedes-Benz 2638 AK 6x6 8,00 40,00 € 320,00 € Caixa carga 11,5
Camião Mercedes-Benz 3234 K 8x4 8,00 45,00 € 360,00 € Caixa carga 14,0
Tractor de rastos Komatsu D60A-8 8,00 60,00 € 480,00 €
Tractor de rodas John Deere 6310, cisterna 8.000 litros 8,00 35,00 € 280,00 €
Cilindro misto Caterpillar CS-563C 8,00 60,00 € 480,00 €
Sub-total
2.720,00 €
Duração unitária de cada transporte Valores totais
Equipamento Nº ciclos Aproximação excesso
Tempo carregamento
[minutos]
Tempo transporte [minutos]
Tempo total
[minutos]
Eficiência [%]
Tempo total
[minutos]
Total ciclos
[8 horas]
Aproximação defeito
Volume transportado
[m3]
Camião Mercedes-Benz 2638 AK 6x6
5,75 6 6 6 12 92,50 % 12,9 37,21 37 425,50
Camião Mercedes-Benz 3234 K 8x4
7,00 7 7 6 13 92,50 % 14,0 34,29 34 476,00
Sub-total 901,50
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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O custo [€uros] por metro cúbico [m3], de movimentação de terras é dado pela seguinte fórmula:
Custo total do equipamento [€uros] / Total volume transportado [m3] = 2.720,00 / 901,50 = 3,017193 €/m3
Em suma, o valor para esta rubrica é de 3,02 €/m3.
Observações:
Para o cálculo do custo [€uros/m3], na movimentação de terras, foram tidos em conta os seguintes factores:
* a distância média entre a zona de escavação e aterro, era de 800 m;
* os veículos de transportes, tinham uma velocidade de circulação média de 8 km/h, tendo em conta o tempo demorado e a distância de
transporte;
* no final do dia de trabalho, obteve-se um factor de eficiência de 90%, que pode ser associado ao tempo dos veículos “parados” durante o
cruzamento deste no trajecto de transporte, tempo de espera para descarga pois as zonas de aterro não tinham grande dimensão e
experiência dos motoristas/operadores dos equipamentos;
* o ciclo para a escavadora, cortar o terreno, encher o balde, esvaziar na caixa de carga e voltar a posição de corte, era cerca de 1 minuto;
* não foi considerado empolamento, porque o mesmo já se encontra incluído nos cálculos apresentados;
* como o trajecto de transporte era exclusivamente "dentro de obra" e como as velocidades médias não eram elevadas o tempo de
transporte das viaturas envolvidas era muito semelhante;
* o valor indicado corresponde apenas aos custos directos, a este é necessário contabilizar os custos de estaleiro, custos indirectos e
margem de lucro da empresa, para posterior orçamentação;
* o volume de água gasto, diariamente era cerca de 128.000 litros, 2 descargas da cisterna em cada hora.
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4.2.2. Pavimentação de diversos caminhos Agrícolas/Rurais:
Caminho agrícola da Fonte do Soldado - 800 ml
Caminho agrícola da Grasil - 500 ml
Caminho rural de S. Marcos - 200 ml
Caminho agrícola da Horta da Pimenta - 1700 ml
Caminho agrícola do Depósito Velho - 400 ml
4.2.2.1 Objecto das empreitadas
As obras mencionadas, enquadram-se no domínio público e todas elas são de
natureza idêntica daí se abordarem de uma forma conjunta, perfazem no total cerca de
3.600 ml correspondendo estes a 14.120,00 m2. Todos os caminhos acima referidos
encontravam-se em terra batida e não reuniam as melhores condições de circulação,
como se pode observar nas fig. 10 e 11, as quais eram agravadas pelo sistema de
drenagem praticamente inexistente, originando por isso a degradação progressiva da
plataforma, bem como o arrastamento de inertes no período de inverno, provocando
sulcos e regueiros profundos, dificultando a circulação de veículos e pessoas.
Desta forma foi decidida uma intervenção, para a execução das operações
necessárias, para a melhoria das condições de circulação, assim sendo:
No capítulo das terraplanagens, foi considerada a regularização/nivelamento do
fundo de caixa, bem com a remoção de eventuais afloramentos rochosos a profundidade
de 20 cm, enchimento e compactação com saibro nas zonas de maiores “depressões”, o
novo traçado sobrepõe-se em altimetria/planimetria ao traçado existente, de forma a
evitar expropriações.
Capítulo de drenagem – Contempla a construção de passagens hidráulicas ou em
alguns casos a recuperação das já existentes, incluindo o total envolvimento em betão, a
construção de bocas de aqueduto e a execução ao longo do traçado de valetas pré-
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fabricadas, em betão, de secção semi-circular, com diâmetros compreendidos entre 200
e 400 mm.
Pavimentação – execução de base em ABGE (agregado britado de granulometria
extensa, vulgarmente designado de tout-venant), com uma espessura de 0,20 m, após
compactação, numa largura variável entre 4 a 5 metros (fig. 12). A aplicação de camada
de mistura betuminosa a quente, com características de desgaste, com uma espessura de
0,06 m, numa largura oscilante entre 3 a 4 metros, incluindo rega de emulsão catiónica
de rotura rápida – 1 (ECR-1), à taxa de 1kg/m2,como apresentado na fig. 13, e na fig. 14
a aplicação da mistura betuminosa, sem ter sofrido compactação. Na fig. 16, é
apresentado um exemplo da temperatura a que a mesma é aplicada. Por sua vez, as
bermas, executadas com material igual ao aplicado na base, com uma largura de 0,50 m
para cada lado da via.
Na fig. 17, é apresentado um corte transversal do pavimento.
Montagem/desmontagem de estaleiro:
Como proposto, e aceite pelo Dono de Obra no plano de estaleiro apresentado, o
estaleiro que serviu de apoio às obras supramencionadas foi o estaleiro principal da
empresa, uma vez que as mesmas se situavam muito próximas.
Fig. 8 – Caminho da Fonte do Soldado: sinalização de informação de obra.
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Fig. 10 – Caminho Grasil: início dos trabalhos.
Fig. 9 – Caminho Fonte do Soldado: após pavimentação e execução de bermas.
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Fig. 11 – Caminho Grasil: início dos trabalhos.
Fig. 12 – Caminho Grasil: após execução de base em ABGE.
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Fig. 13 – Caminho Grasil: colocação de camada de desgaste, com mistura betuminosa a quente.
Fig. 14 – Caminho Grasil: camada de desgaste, antes de compactação.
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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4.2.2.2. Actividades desenvolvidas nas diversas obras
* apoio na análise do processo de concurso/Peças desenhadas/Caderno de Encargos;
* pedido de preços (anexo IV – pedido de cotação de emulsão ECR-1);
* apuramento de erros/omissões (anexo V – análise das peças desenhadas n.º 1 e 2 do
caminho do Depósito Velho e medições efectuadas – parciais e anexo VI envio de
erros e omissões);
* organização do processo para concurso;
Fig. 15 – Caminho Grasil: temperatura da mistura betuminosa, após aplicação.
Fig. 16 – Caminho Rural São Marcos: corte transversal do pavimento.
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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* apresentação de proposta (anexo VII - Anexo I do CCP, proposta do Caminho do
Depósito Velho);
* entrega dos documentos solicitados/garantias bancárias, após adjudicação (anexo
VIII – entrega de Anexo II do CCP referente ao caminho da Horta da Pimenta);
* consignação e colaboração na preparação da empreitada, que consistiu na revisão
de cálculos efectuados, para a quantidade de materiais;
* aprovisionamento de materiais;
* elaboração de autos de medição, conforme exemplo de auto de medição da Grasil
no anexo IX;
* cálculo de custos/despesas – resultado final;
* recepção provisória da obra.
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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4.2.2.3. Exemplo
Cálculo de materiais a aplicar nas empreitadas:
Obra Material
Medições obra Dados material Quantidades
Comprimento [m]
Largura [m]
Espessura [m]
Baridade [ton/m3]
Custo unit. [€/ton]
Teóricas [m3]
Desperdícios [%]
Prevista [ton]
Custo material [€/m2]
Fonte do Soldado ABGE 800,00 4,00 0,20 1,80 10,00 € 1.152,00 12,50% 1.296,00 4,05 €
Grasil ABGE 500,00 4,00 0,20 1,80 10,00 € 720,00 12,50% 810,00 4,05 €
S. Marcos ABGE 200,00 5,00 0,20 1,80 10,00 € 360,00 12,50% 405,00 4,05 €
Horta da Pimenta ABGE 1.700,00 3,60 0,20 1,80 10,00 € 2.203,20 12,50% 2.478,60 4,05 €
Dpto. Velho ABGE 400,00 4,50 0,20 1,80 10,00 € 648,00 12,50% 729,00 4,05 €
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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Obra Material
Medições obra Dados material Quantidades
Comprimento [m]
Largura [m]
Espessura [m]
Baridade [ton/m3]
Custo unit.
[€/ton]
Teóricas [m3]
Desperdícios [%]
Prevista [ton]
Custo material [€/m2]
Fonte do Soldado Betuminoso
desgaste 800,00 3,00 0,06 2,30 45,00 € 331,20 5,00% 347,76 6,52 €
Grasil Betuminoso
desgaste 500,00 4,00 0,06 2,30 45,00 € 276,00 5,00% 289,80 6,52 €
S. Marcos Betuminoso
desgaste 200,00 5,00 0,06 2,30 45,00 € 138,00 5,00% 144,90 6,52 €
Horta da Pimenta Betuminoso
desgaste 1.700,00 3,00 0,06 2,30 45,00 € 703,80 5,00% 738,99 6,52 €
Dpto. Velho Betuminoso
desgaste 400,00 4,00 0,06 2,30 45,00 € 220,80 5,00% 231,84 6,52 €
Obra Material
Medições obra Dados material Quantidades
Comprimento [m]
Largura [m]
Área [m2]
Consumo [kg/m2]
Custo unit. [€/ton]
Teóricas [kg]
Desperdícios [%]
Prevista [ton]
Custo material [€/m2]
Fonte do Soldado ECR-1 800,00 3,00 2.400,00 1,00 560,00 € 2.400,00 7,50% 2,58 0,60 €
Grasil ECR-1 500,00 4,00 2.000,00 1,00 560,00 € 2.000,00 7,50% 2,15 0,60 €
S. Marcos ECR-1 200,00 5,00 1.000,00 1,00 560,00 € 1.000,00 7,50% 1,08 0,60 €
Horta da Pimenta ECR-1 1.700,00 3,00 5.100,00 1,00 560,00 € 5.100,00 7,50% 5,48 0,60 €
Dpto. Velho ECR-1 400,00 4,00 1.600,00 1,00 560,00 € 1.600,00 7,50% 1,72 0,60 €
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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Observações:
* O custo apresentado para os vários materiais, foram valores aproximados em excesso, e incluem o preço de transporte para as
referidas obra.
* Nos quadros acima indicado pode ser feita a análise da quantidade de materiais para aprovisionamento e posterior aplicação em cada
obra, bem como da sua quantidade teoricamente prevista, excluindo percentagem de desperdícios/excedentes e o seu custo unitário
[€/m2].
Material
Medições Obra Dados Material Quantidades
Comprimento [m]
Largura [m]
Espessura [m]
Baridade [ton/m3]
Custo unit.
[€/ton]
Teóricas [m3]
Desperdícios [%]
Prevista [ton]
Custo material [€/m2]
Resumo materiais
ABGE 3.600,00 Variável 0,20 1,8 10,00 € 5.083,20 12,50% 5.718,60 4,05 €
Betuminoso desgaste 3.600,00 Variável 0,06 2,3 45,00 € 1.669,80 5,00% 1.753,29 6,52 €
Comprimento [m]
Largura [m]
Área [m2]
Consumo [kg/m2]
Custo unit.
[€/ton]
Teóricas [kg]
Desperdícios [%]
Prevista [ton]
Custo material [€/m2]
ECR-1 3.600,00 Variável 1.600,00 1,0 560,00 € 12.100,00 7,50% 13,01 0,60 €
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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4.2.3. Conservação/beneficiação das estradas: Maçaínhas / Olas / cruzamento dos Trigais / Inguias.
4.2.3.1. Objecto da empreitada
A referida empreitada contemplou trabalhos de manutenção na EM 1050, entre a
povoação de Maçaínhas e o cruzamento das Olas. Teve como principais tarefas a
fresagem/remoção do pavimento, em zonas pontuais, onde por vezes o nível freático, se
situava ao nível do pavimento, provocando a degradação deste; alargamento da via nas
zonas de curva, por motivo da sobrelargura ser inexistente e os veículos terem
necessidade de desviar para a bermas; regularização de algumas zonas, nas quais tinham
sido efectuadas recargas manuais de betuminoso e o mesmo não se encontrava
uniforme, trabalhos ilustrados pelas fig. 17, 18 e 19. Posteriormente foi efectuado um
tratamento superficial em Slurry seal (fig. 20), com o intuito de conservar a respectiva
via por mais algum tempo sem necessidade de intervenções profundas e de forma a
melhorar as condições de circulação para os utentes da via a longo prazo, pois a mesma
não possui um volume de tráfego significativo.
Fig. 17 – Conservação / beneficiação das estradas Maçaínhas / Olas: intervenção em curva, incluindo fresagem, saneamento, execução de sobrelargura e reforço com mistura betuminosa a quente.
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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Fig. 18 - Conservação / beneficiação das estradas Maçaínhas / Olas: intervenção em recta, incluindo fresagem, saneamento e reforço com mistura betuminosa a quente.
Fig. 19 – Conservação / beneficiação das estradas Maçaínhas / Olas: intervenção em curva, incluindo fresagem, saneamento, execução de sobrelargura e reforço com mistura betuminosa a quente.
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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4.2.3.2. Actividades desenvolvidas
Ao iniciar o estágio a obra já se encontrava na sua fase final, sendo portanto
acompanhados os trabalhos de Slurry seal, neste caso e como os serviços foram
prestados por uma empresa externa, a função da estagiária, resumiu-se a revisão de
pedidos de cotações e medições, após conclusão da respectiva obra.
4.2.3.3. Exemplo
O Slurry seal possui uma consistência muito fluida, que permite um fácil
espalhamento sobre a superfície do pavimento. Ao endurecer a sua coesão e dureza
aumentam, proporcionando uma superfície resistente à acção do tráfego. É um
tratamento eficaz para impermeabilizar e tratar pavimentos envelhecidos e obter uma
superfície de desgaste com boas características antiderrapantes. A superfície final, deve
apresentar uma profundidade mínima de 0,7 mm.
Fig. 20 – Conservação / beneficiação das estradas Maçaínhas / Olas: aplicação de Slurry seal.
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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Apresenta-se, em seguida, mapa de medições (parcial):
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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4.2.4. Pontão do Moinho Redondo
4.2.4.1. Objecto da empreitada
É umas das obras do tipo concepção/construção, pois neste caso foi solicitado à
empresa a apresentação de uma solução para a travessia da ribeira, no Moinho Redondo,
em Caria, com uma capacidade para 30 toneladas rolantes. Desta forma a solução
proposta foi obtida, aliando os conhecimentos da empresa em obras de idêntica natureza
e trabalhando com os técnicos da empresa fornecedora dos materiais pré-esforçados,
para os quais são apresentados os cálculos no anexo X.
Assim sendo, foi proposta a construção dos encontros em pedra, paralelos ao leito da
ribeira, tal como a fig. 21 permite visualizar, seguido da execução de plataforma com
lajes alveolares, fabricadas em betão pré-esforçado (fig. 22), lâmina de compressão com
armadura, guardas de segurança em construção na fig. 23 e aterro na zona dos
encontros.
Fig. 21 – Pontão do Moinho Redondo: encontros no leito da ribeira.
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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4.2.4.2. Actividades desenvolvidas
Cálculo dos materiais a aplicar, conhecimento das características dos mesmos, que se
apresentam no anexo XI.
Fig. 22 – Pontão do Moinho Redondo: lajes alveolares e armadura em malhasol.
Fig. 23 – Pontão do Moinho Redondo: plataforma após execução de lâmina de compressão e acessos.
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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4.2.4.3. Exemplo
Cubicar o valor do betão e especificar o tipo de betão utilizado na lâmina de
compressão, assim como o tipo de ponte:
Quant.
Comprimento [m]
Largura [m]
Espessura [m] Betão [m3]
Superfície lajes 1 6,00 4,80 0,08 2,30 Acabamento lateral 2 6,00 0,10 0,33 0,40 Acessos 2 0,50 5,00 0,33 1,65 Quantidade teórica 4,35 Coeficiente de adensamento 35% 1,52 Quantidade Total 5,87
Observações:
* O valor considerado para o adensamento do betão e a entrada do mesmo
pelos orifícios das lajes alveolares (que propositadamente não foram
obstruídos por qualquer material, uma vez que a entrada deste ajuda na
ligação dos acesso com as referidas lajes), provêm da experiência da empresa
na realização de obras similares.
* Não foi descontado o volume ocupado pela armadura, pois considerou-se o
valor da mesma pouco significante.
O betão C25/30, possui uma resistência mínima em provetes cilíndricos de 25
N/mm2 e de 30 N/mm2 em provetes cúbicos de 15 cm de aresta. A classificação de
exposição ambiental corresponde à erosão induzida por carbonatação, numa classe XC2,
em que o ambiente de aplicação é húmido e raramente seco. No anexo XII, apresenta-se
guia de remessa do betão aplicado em obra.
No anexo X, apresentam-se duas hipóteses de construção, sendo consideradas para
pontes de classe I. Após consulta do Regulamento de Segurança de Acções para
Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA), Decreto-Lei 235/83, de 31 de Maio, e análise do
artigo 40.º, alínea 4, a classe I corresponde a pontes que sirvam vias de comunicação
susceptíveis de tráfego intenso ou pesado, nomeadamente estradas nacionais, vias
urbanas e certas estradas municipais e florestais.
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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4.2.5. Requalificação urbana da EM 504, entre a Lanofabril e a ponte de Cantar Galo
4.2.5.1. Objecto da empreitada
A referida empreitada, teve como objectivo o melhoramento das condições de
circulação para pessoas e veículos na ligação entre a cidade da Covilhã e a freguesia de
Cantar Galo, a empreitada consistiu na remoção e depósito a vazadouro de calçada em
cubos de granito, execução da rede de águas pluviais, rede de abastecimento de gás,
execução de passeios e aplicação de pavê, sendo as fig. 24, 25 e 26 exemplo do mesmo,
regularização de fundo de caixa e execução de base.
Fig. 24 – Requalificação urbana EM 504 e a ponte de Cantar Galo: local de início da intervenção – zona dos passeios.
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Fig. 25 – Requalificação urbana EM 504 e a ponte de Cantar Galo: zona de intervenção.
Fig. 26 – Requalificação urbana EM 504 e a ponte de Cantar Galo: zona de intervenção.
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4.2.5.2. Actividades desenvolvidas
Realização de funções de controlo de materiais e proveitos/custos.
4.2.5.3. Exemplo
Devido à fase avançada em que a obra se encontrava, foram apenas elaborado pela
estagiária, a análise das quantidades de materiais aplicadas em obra, comparando-as
com as definidas/previstas inicialmente, assim como a análise do preço dos materiais,
mão-de-obra e equipamentos.
4.2.6. Reparação de roturas em condutas de abastecimento de águas
4.2.6.1. Objecto da empreitada
No seguimento da prestação de serviços para a empresa Águas do Zêzere e Côa, S.
A., a estagiária, pode também ter contacto com o serviço de abastecimento de águas, o
qual é de importância fundamental para as populações e o que quando interrompido o
seja pelo menor tempo possível, razão pela qual é necessário por vezes executar
serviços fora do horário normal de trabalho, como em fins-de-semana, feriados, horários
nocturnos, o que não ocorreu durante o período de estágio.
Este tipo de serviço, segue normalmente o seguinte procedimento:
* informação prévia por parte das Águas do Zêzere e Côa, S. A. à empresa (e-mail,
fax ou telemóvel), após indícios de rotura, obtidos através de controlo dos
reservatórios, normalmente pelo serviço de telegestão;
* caso ainda não tenha sido detectado o local exacto, é necessário identificar o
mesmo;
* início da reparação de rotura. Nesta fase é interrompida a circulação de água na
conduta e iniciados os trabalhos de escavação, como o acontecido na fig. 27. Os
trabalhos têm de ser executados com a rapidez possível;
* sinalização do local, caso a reparação ocupe parcialmente a via pública;
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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* durante a reparação é feito o controlo permanente do nível de água no depósito que
a referida conduta abastece, de forma a ter sempre presente a capacidade existente
no depósito, bem como o volume de água consumida em determinado dia, a
determinada hora (serviço realizado pelo técnico das Águas do Zêzere e Côa,
presente no local);
* após substituição de tubagem, colocação de juntas de ligação, vulgarmente
designadas de uniões (fig. 28), aterro inicial e compactação , sendo reposta a
circulação de água na conduta e esperando os trabalhadores, até que a mesma atinja
um nível de carga considerável;
* caso não se verifique qualquer tipo de fuga, inicia-se cuidadosamente o aterro e
compactação da zona envolvente da tubagem e na zona das juntas de ligação (com
materiais seleccionados: secos e isentos de pedras, raízes, etc.);
* reposição do pavimento, de acordo com o existente (terra batida, betuminoso,
calçada com cubos de granito);
* finalmente é removida a sinalização temporária e estabelecido contacto com o
técnico presente de forma a certificar a boa execução do serviço e informar do
restabelecimento do normal funcionamento da conduta.
Fig. 27 – Reparação de rotura em Caria: escavação
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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4.2.6.2. Actividades desenvolvidas
A estagiária, realizou as funções de gestão de stock, elaboração/envio de autos.
4.2.6.3. Exemplo
Apresenta-se no anexo XIII, modelo de auto de reparação de roturas elaborado pela
estagiária.
Fig. 28 – Reparação de rotura em Maçaínhas: Tubo PVC.
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5. Conclusão
Com o término das duas fases constituintes do CET - Condução de Obra, teórica e
prática, esta última realizada em contexto laboral, ambas foram essenciais para a
ampliação, tanto quantitativa como qualitativa, dos conhecimentos da estagiária nesta
área.
Foi possível com a realização do estágio, aplicar diversos conhecimentos obtidos
durante a formação teórica e ter uma ideia mais precisa de como é transpor as obras do
“desenho para o terreno”.
É uma área de actuação bastante vasta, mas qualquer que seja o seu domínio,
construção, terraplanagem, infra-estruturas hidráulicas, todos os trabalhos têm de ser
realizados de forma objectiva, sendo por isso necessário um planeamento antecipado o
qual têm de ser rigoroso e eficaz.
Durante a sua execução os trabalhos têm de ser acompanhados sistematicamente, e
permanentemente comparados com o planeado de forma a não originar erros graves,
tanto a nível pessoal, para os seus intervenientes directos, como a nível monetário, para
a empresa responsável pelo decurso dos trabalhos.
Com o decorrer do estágio fiquei tinha uma noção mais exacta do quão é importante
a contribuição da Engenharia Civil, no quotidiano das pessoas, pois todos os dias temos
contacto com várias construções/infra-estruturas (escolas, hospitais, vias de
comunicação, habitações particulares) que melhoram e facilitam a vida do ser humano e
ter a oportunidade de aprender, para posteriormente contribuir para o seu
melhoramento.
Durante o estágio e com o aparecimento de diversas dúvidas, sobre variadas
matérias, foi gratificante contar com o apoio prestado pelos Sócios, funcionários e
colaboradores da empresa Construções Fortunato Canhoto e Filhos, Lda., sem os quais
o presente estágio teria sido bem menos interessante/produtivo.
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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Desta forma é possível afirmar que os objectivos inicialmente propostos foram
atingidos, tudo isto graças ao apoio prestado pela instituição de ensino e empresa de
estágio.
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6. Bibliografia
* Guia para a utilização da norma NP EN 206-1
A Especificação Do Betão
4.ª Edição: Maio de 2008
APEB
* Caderno de Encargos Tipo
Estradas de Portugal, E.P..
* Curso Sobre Regras de Medição na Construção
Reimpressão de 2009
M. Santos Fonseca
* Manual de pavimentação Cepsa Betumes
Novembro 2007
Félix Edmundo Pérez Jiménez
* Organização e Gestão de Obras
Edição 2008
A. Correia dos Reis
* Decreto-Lei 18/2008, de 29 de Janeiro
* Decreto-Lei 235/83, de 31 de Maio
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Anexo II – Pedido de garantia bancária da pavimentação do caminho da Horta da Pimenta
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Anexo III – Ficha técnica de material britado de granulometria extensa aplicado na base dos caminhos efectuados
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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Anexo IV – Pedido de cotação de emulsão catiónica
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Anexo V – Medições das peças desenhadas n.º 1 e 2 do Caminho do Depósito Velho (parciais)
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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Anexo VI – Envio de erros e omissões caminho do Depósito Velho
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Anexo VII – Elaboração de proposta caminho Depósito Velho – declaração conforme anexo I do CCP e proposta
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Anexo VIII – Declaração conforme anexo II do CCP:
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Anexo IX – Auto de medição caminho da Grasil
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Anexo X – Dimensionamento do pontão do Moinho Redondo
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Anexo XI – Desenho pormenor das lajes aplicadas no pontão
CARACTERÍSTICAS
Designação
Altura
Altura
Peso
Peso
Betão.Compl.
Pavimento Prancha Pavimento Mrd* Vrd Mfctk* EI Armadura
e (m) h (m) (kN/m2) (kN/m2) (kNm/m) (kN/m) (kNm2/m) (kNm2/m) Distribuição
LAP 25-25
-
0,25
3,50
3,81
Min.:60.6
79,1
Min.:43.2
36576
Variável
Máx.: 212.6 Máx.: 94.8
LAP 25-30
0,05
0,30
3,50
5,01
Min.: 75.2
96,7
Min.:42.1
60184
Variável
Máx.: 250.6 Máx.: 109.4
LAP 25-33
0,08
0,33
3,50
5,73 Min.: 85.2
107,2 Min.: 49.0
78014
Variável
Máx.:278.7 Máx.: 127.3
* Dependente do n.º de aços de pré-esforço
MATERIAIS Betão: C 35/45; Armaduras pré-esforço: Aço f puk 1 770 Mpa baixa relaxação
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Anexo XII – Guia de remessa de betão aplicado em betonagem no pontão do Moinho Redondo
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Peça desenhada n.º 1 – perfil transversal do caminho do Depósito Velho
Relatório de estágio – CET Condução de Obra
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Peça desenhada n.º 2 – perfil longitudinal do caminho do Depósito Velho