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RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ANO DE 2012 ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR LENOIR VARGAS FERREIRA CNPJ: 02.122.913/0001-06 Rua Florianópolis, 1448e, Bairro Santa Maria CEP: 89812-021 Chapecó – Santa Catarina

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RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

ANO DE 2012

ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR LENOIR VARGAS FERREIRACNPJ: 02.122.913/0001-06

Rua Florianópolis, 1448e, Bairro Santa Maria

CEP: 89812-021

Chapecó – Santa Catarina

Histórico .................................................................................................................................................................................................... 03

Finalidade Estatutária .............................................................................................................................................................. 04

Atividades do Hospital .......................................................................................................................................................... 05

Identificação das atividades desenvolvidas .............................................................................................. 06

Internações Hospitalares ...................................................................................................................................................... 06

Atendimentos ambulatoriais .............................................................................................................................................. 08

Atendimentos realizados ...................................................................................................................................................... 08

Informações complementares ......................................................................................................................................... 09

Esterilizações por unidade de serviços .............................................................................................................. 09

Quilos de roupa lavada. Por unidade de serviço ................................................................................ 10

Refeições Servidas ...................................................................................................................................................................... 10

Atividades complementares a atividade ......................................................................................................... 11

Pastoral da Saúde ...................................................................................................................................................................... 11

Associação de Voluntários do HRO ..................................................................................................................... 13

Serviço Social ................................................................................................................................................................................... 14

Serviço de Psicologia ............................................................................................................................................................. 17

Central de Captação de órgãos ............................................................................................................................ 18

Aleitamento Materno ................................................................................................................................................................ 19

Unidade de Terapia Intensiva Neonatal ......................................................................................................... 20

Serviço de Nutrição e Dietética ................................................................................................................................ 20

Anexo I – Informações contábeis ................................................................................................................................ 22

Parecer dos Auditores Independentes ................................................................................................................ 23

Balanço patrimonial ................................................................................................................................................................... 24

Demonstrativo do Superávit/déficit .......................................................................................................................... 25

Demonstração das Mutações do patrimônio Social ......................................................................... 26

Demonstração das Origens e aplicações dos recursos ................................................................ 27

Demonstração das Mutações do Ativo Imobilizado .......................................................................... 28

Notas explicativas às Demonstrações Contábeis ................................................................................. 29

Sumário

Associação Hospitalar Lenoir Vargas Ferreira é uma Sociedade Ci-vil de direito privado, fundada em 26 de agosto de 1997, com seus atos constitutivos registrados no livro A 9 sob o n.º 2.380 no Cartório de Registro de Títulos e Documentos da Comarca de Chapecó-SC, cujas atividades são voltadas a prática de filantropia em todas as suas modalidades, sendo igualmente uma entidade sem fins lucra-tivos, reconhecida como de Utilidade Pública Municipal pela Lei n.º 3.796 de 04 de dezembro de 1997, de Utilidade Pública Estadual pela Lei n.º 10.739 de 07 de maio de 1998, de Utilidade Pública Federal pela portaria nº. 1.570 de 09 de junho de 2004, publicada no Diário Oficial de 11/06/2004 e com Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social CCEAS097/2005, renovada até 11/04/2011 pela resolução nº. 07 de 03/02/2008 com pedido de renovação proto-colado em 11 de outubro de 2010 sob nº 25000.176207/2010-65. Cabe registrar que a Associação Hospitalar Lenoir Vargas Fer-reira como entidade prestadora de serviços ao Sistema Único de Saúde-SUS administra o Hospital Lenoir Vargas Ferreira, sendo este referência para as regiões do oeste e meio-oeste de Santa Catarina, Noroeste do Paraná e Norte do estado do Rio Grande do Sul. Ad-ministra também o Hospital Nossa Senhora da Saúde, situado no município de Coronel Freitas-SC.

HISTÓRICO

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“Constitui a missão da Associação pro-mover gratuitamente a assistência a saú-de, dentro dos preceitos éticos e legais, vi-sando sempre o benefício da comunidade, em cada caso estabelecendo regimento apropriado de acordo com as respectivas particularidades e natureza que permitam apoiar as políticas públicas, objetivando:

1 – Prestar serviços de excelência para melhorar a qualidade de vida do cidadão, visando à elevação do nível de saúde da população, através de atividades de fins não econômicos;

FINALIDADE ESTATUTÁRIA 2 – Promover o desenvolvimento de pro-gramas de âmbito nacional, estadual e mu-nicipal de interesse público voltado princi-palmente para os segmentos de saúde;

3 – Apoiar o desenvolvimento de progra-mação na área de saúde voltada à presta-ção de serviços essenciais à população de baixa renda;

4 – Promover a integração com entida-des afins, buscando permanente coope-ração técnica para o alcance de objetivos comuns.

Reunião de diretoria

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ATIVIDADES DO HOSPITAL Atualmente a entidade dispõe de 344 leitos para pacientes internados e para atendimento de pacientes ambulatoriais. Mais de 85% deste total é voltado ao aten-dimento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). É referência para as regiões do oeste e meio oeste de Santa Catarina, Sudoeste do Paraná e Noroeste do estado do Rio grande do Sul, assistindo assim a uma população bem superior a 1 (um) mi-lhão de habitantes sendo a grande maioria desta população composta por pessoas de baixa renda. Por ser um hospital de re-ferência regional atende pessoas cujas en-fermidades são de média e alta complexi-dade, consequentemente, de alto custo. A Associação Hospitalar Lenoir Vargas Ferreira é referência em alta complexida-de nas áreas de Neurocirurgia, Gestante de Alto Risco, Captação e Transplante de Rins e Córnea, Busca ativa de órgãos, Acom-panhamento pós Transplante, Urgência e Emergência, UNACON (Quimioterapia, Ra-dioterapia, Oncologia Clínica e Cirúrgica e Roengenterapia), UTI Neonatal e UTI Ge-ral. Hospital Amigo da Criança, Maternida-de Segura, Tratamento de AIDS, Ortopedia coluna, ombro, mão, quadril e joelho. No ano de 2012 a entidade realizou 24.254 internações gerando 105.551 diá-rias, 207.510 atendimentos ambulatoriais; 214.497 exames laboratoriais,76.704 exa-mes de radiologia, 6.640 tomografias, 7.470; 3.382; 13.694 cirurgias; 2.736 partos;

26.940 sessões de quimioterapia, 20.556 sessões de atendimentos radioterápicos entre outros procedimentos e ações de saúde. Para realizar os seus serviços o Hospital conta com uma equipe de 1.100 funcioná-rios e aproximadamente 220 profissionais médicos distribuídos nas diversas espe-cialidades existentes no hospital, além de outros profissionais. Por ser hospital Estra-tégico a Associação Hospitalar Lenoir Var-gas Ferreira foi credenciado no Programa Integrasus II, nível C, pela portaria ministe-rial 878 de maio de 2002. O Hospital faz parte do Pólo de Educa-ção Permanente e desenvolve projeto de capacitação para cuidados oncológicos domiciliares e profissionais de toda a ma-cro-região. Mantém ativas as práticas de Humaniza-ção do SUS; Mantém atuantes as políticas inerentes ao título de “Hospital Amigo da Criança”; Mantêm atuante a Associação de Volun-tários do HRO, com projetos voltados ao auxílio do paciente como doações de rou-pas, visitações, orientações e conforto de pacientes acompanhantes e familiares. Promove melhorias na unidade oncoló-gica melhorando a qualidade de vida dos pacientes internados com aparelhos de Televisão em todas as unidades, acesso a jardim externo, refeições diferenciadas. Dispõe e mantém atuante Brinquedote-

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ca. Possui Centro de Estudos, disponibili-zando material de pesquisa e estudo para funcionários, estudantes, profissionais au-tônomos e comunidade em geral. Em parceria com a Secretaria de Educa-ção do Estado, mantém classe hospitalar para atender crianças e adolescentes a fim de manter vínculo com a escola. Mantém ativo Serviço de Atenção ao Cliente – SAC. Mantém Ativo serviço de Psicologia Clí-nica. Mantém Atualizada página eletrônica: www.hro.com.br A entidade mantém controles que de-monstram o cumprimento do percentual mínimo de 60% de atendimento a pacien-tes SUS determinado pela Sessão I da Lei 12.101/2009, que dispõe sobre as condi-

ções que vinculam a concessão do Certi-ficado de Entidade Beneficente de Assis-tência Social – CEBAS. Durante o exercício de 2012 a quantidade de serviços presta-dos por meio do SUS foi de 91.967 diárias, correspondeu a 87,13% do total geral das diárias no ano que somaram 105.551, su-perando a quantidade mínima de atendi-mento exigido, que é de 60%. Da mesma forma foram realizados 202.207 atendi-mentos ambulatoriais pelo SUS, represen-tando 97,44 % do total dos atendimentos ambulatoriais. É importante destacar que a entidade não estabelece nenhum limi-te quantitativo de demanda, atendendo a 100% da população que aceita as condi-ções de atendimento estabelecidas na Le-gislação do próprio SUS, e em especial aos procedimentos de maior complexidade buscados pela população.

1 - INTERNAÇÕES HOSPITALARES 1.1 – Alta Complexidade Neurocirurgia/Neurologia Urgência e Emergência Gestante de Alto Risco Busca Ativa de Órgãos/ Transplante de rins e córneas CACON – Oncologia Clínica, Cirúrgica, Radioterapia e Quimioterapia Traumatologia e Ortopedia Unidade de Nutrição Enteral e Parenteral

Possui Sipac de Alta Complexidade em: 081 - Tratamento de AIDS 190 – Esterilização 170 – Hospital Amigo da Criança

IDENTIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

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1.2 – Média Complexidade1.2.1 - CIRURGIA Buco Maxilo Facial Cirurgia Geral Gatroenterologia Ginecologia Nefrologia Urologia Obstetrícia Oftalmologia Ortopedia/Traumatologia Otorrinolaringologia Plástica Torácica Pediatria cirúrgica

1.2.2 - MÉDICA Cardiologia Clínica Geral Dermatologia Hansenologia Hematologia Nefrologia Urologia Obstetrícia Pediatria Clínica Pneumologia

1.3 - Leitos Por especialidade

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2 - ATENDIMENTOS AMBULATORIAIS 2.1 – Descrição dos serviços Atendimento de pacientes de Urgência e Emergência Tratamento de Ortopedia e Traumatologia Quimioterapia Radioterapia

3 - ATENDIMENTOS REALIZADOS

3.1 – Composição do paciente/dia nas unidades

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3.2 - Internações realizadas por especialidade

3.3 - Informações complementares3.3.1 - Esterelizações por unidade de serviços

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3.3.2 - Quilos de roupa lavada por unidade de serviço

3.3.3 - Refeições servidas

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4. ATIVIDADES COMPLEMENTARES DESENVOLVIDAS EM 2012

4.1 - Pastoral da Saúde As enfermidades, de modo geral, geram nos pacientes necessidades diversas, que vão além do tratamento medicamentoso do mesmo. As pressões decorrentes ge-ram nele dúvidas e ansiedades que devem igualmente ser tratadas. Com o objetivo de devolver o indivíduo para o seu meio com uma restauração mais plena, a Associação Hospitalar Lenoir Vargas Ferreira mantém junto a suas atividades de recuperação dos enfermos, um serviço de conforto espiritu-al prestado por funcionária, com formação específica (ministra), além de voluntários de diversos segmentos religiosos. A fun-cionária consta na folha de pagamento do hospital, sendo apenas subordinada ao di-retor-geral tendo com isto ampla liberdade de ação, preparando liturgias, fazendo ca-ridade e coordenando eventos religiosos e sociais, abaixo relacionados. O trabalho da Pastoral é de apoio espi-ritual aos usuários, por meio de orações, missas, comunhão e conversas. Colabora com ações do Serviço Social, auxiliando em campanhas e divulgações que bene-

ficiam os pacientes, familiares e funcioná-rios. Nas visitas diárias aos quartos, ao de-tectar algum problema encaminha a Assis-tente Social, para as providências cabíveis a cada caso. Assim, procuramos trabalhar envolvendo o indivíduo como um todo, nas suas diversas necessidades materiais, so-ciais e espirituais. 4.1.1 - Objetivo O serviço é voltado ao paciente e seus familiares. Abrange-os como um todo no auxílio em suas necessidades no campo espiritual, material, social, psicológico. Co-ordenando, participando, acompanhando a caminhada da fé. Respeitadas as suas crenças individuais, procura trabalhar no indivíduo seu temor diante da enfermida-de, levando-o a superar suas queixas e re-voltas restaurando sua fé e confiança, tor-nando-se assim um serviço de apoio eficaz na recuperação clínica do paciente. Contri-bui também com a equipe dos voluntários em suas atividades, com isto, integrando o Hospital a comunidade.

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4.1.2 - Participação dentro do hospital

- Mensagens diárias no interfone; - Visitas diárias nos leitos; - Preparar, organizar liturgias, missas, ter-ços, mensagens, eventos Ecumênicos e Re-ligiosos; - Datas, Memorandos com voluntários; - Campanhas conforme necessário; - Confraternizações, reuniões, estágios, formação nas equipes dos voluntários e da pastoral; - Reposição de Bíblias,nos recintos dos pa-cientes; - Participação da Diretoria dos Voluntários; - Participação do conselho da Pastoral; - Participação da Diretoria da Associação dos Funcionários; - Participação em palestras, Reuniões, Cur-sos, encaminhamentos sócios, psicológi-cos, sugestões a Direção para melhorias; - Chamados de Padre, Pastor; - Elaboração do informativo diário dos pa-cientes; - Elaborado material de formação para vi-sitar doente; - Elaborado em projeto, bio-psicosocios, econômico para pacientes carentes;

4.1.3 - Participação na comunidade - Nas Liturgias, cantos, reuniões, celebra-

ções, encontros de formação, Retiros, Cur-sos, Confraternização, Con-gressos Regionais e estaduais da Pastoral e dos Voluntários; - Zeladora da Capelinha; - Coordenadora dos Ministros dos enfermos; - Representante no Conselho da Saúde; - Recebidas doações da Co-munidade; - Acompanhar a Caminhada da Igreja; - Reuniões mensais dos Vo-

luntários do Conselho da Pastoral; - Formação para Ministros dos Enfermos da Pastoral da Saúde na Região paroquial; - Distribuídos Kits de higiene aos pacientes carentes; - Organizado de Jornada de Humanização na saúde em Chapecó atingindo a região oestina.

4.1.4 - Considerações finais O trabalho da Pastoral além da parte técnica deve ser de transformação. A preo-cupação com a Instituição e o ser humano como um todo. Como também pode ir, além disso, expandindo e ampliando as ações que venham a atingir a sociedade onde o ser humano deve ser como um todo, digno na vivência e na morte.

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4.2 - ASSOCIAÇÃO DE VOLUNTÁRIOS DO HOSPITAL REGIONAL DO OESTE A Associação de Voluntários de Hos-pital Regional do Oeste - AVHRO, buscan-do cumprir seus objetivos, realizou varias atividades buscando ampliar os setores do trabalho bem como o grupo de pessoas vo-luntárias.

4.2.1 - Principais atividades desenvolvidas Para uma melhor resolutividade os serviços são desenvolvidos por equipes: - A Equipe da Pastoral - Oferece apoio econômico aos pacientes e familiares, faz visitas a todos os pacientes internados dis-tribuindo materiais de uso pessoal como Kits de higiene (creme dental, escova de dente, sabonete, pente, xampoo e aparelho de barbear); - Os Amigos da Alegria - levam recreação aos pacientes; - A Equipe da Biblioteca - levam recreação e alegria aos pacientes; - O “Posso Ajudar” acompanha e orienta

milhares de visitantes e familiares de inter-nados no hospital; - A equipe Auto-Estima faz cortes de ca-belos, faz trabalhos de ”manicure” em cen-tenas de pacientes; - O Setor de Materiais ajudam a Central de Materiais; - Os Amigos da Esperança (Oncologia) oferecem apoio a pacientes e familiares; - O Setor de Aconselhamento Familiar atende e acompanha dezenas de casais e/ou jovens; - A Unidade Produtora de Fraldas Des-cartáveis produz aproximadamente 3.310 pacotes de fraldas/ano (33.100 fraldas) distribuídas gratuitamente aos pacientes carentes internados no HRO; - A Sala de Costura “Vilma da Silva” atua confeccionando 1.142 pijamas adultos (2.284 peçaa), 1.254 peças de roupa infan-til, 2.762 peças de roupas para adultos, 157 fronhas, 431 propés, 10 colchas , 42 almo-fadas, 350 peças de roupas íntimas , 1.000 peças de enxoval de cama e banho, 20 en-dredons e 918 de outras peças hospitala-res. - Sala de Artesanato e bazar: Produz arte-sanato para bazares, feiras, brindes e divul-gação da entidade. - Projeto despertando para a vida: Organi-zou e entregou 251 enxovais de bebê (3.765 peças) , 1.120 pares de calçados ou chine-los, 1.207 brinquedos e ou livrinhos - Projeto Fortalecendo a Esperança; Or-ganizou e distribuiu 1.620 cestas básicas (53 toneladas de alimentos) a pacientes de Quimioterapia e radioterapia, a entidades carentes e distribuiu 322 kits de higiene. Realizaram Bazares de Páscoa, Natal, participou de outras Comemorações das datas significativas. A grandeza deste trabalho foi cons-truída por milhares de mãos, sendo que as suas mãos e o seu apoio.

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4.3 - Serviço Social O presente relatório destaca as prin-cipais atividades desenvolvidas pelo servi-ço social no Hospital Regional do Oeste. As atividades de assistência social tiveram iní-cio no ano de 1986 com a pastoral da saúde. Com o aumento das demandas sociais em 1992 contratou-se uma profissional, atuan-do num espaço de atendimento de direitos, o que nos coloca necessariamente diante da questão da cidadania, um valor decisivo no mundo contemporâneo. Quando alguém é acometido por al-guma doença modifica toda a rotina fami-liar frente à nova realidade. Na internação hospitalar ocorre a separação familiar, alte-ração de papéis e funções, necessidade de adaptação à realidade hospitalar, expecta-tivas relacionadas ao diagnostico e trata-mento. E necessário que se compreenda como elas lidam com essas situações de insegurança, medo, a falta de informação, preconceitos e dificuldade de acesso às políticas de saúde. A saúde é resultado do conjunto de condições em que vivem as pessoas, ou seja, moradia, alimentação, transporte, la-zer, sendo assim não se constituindo numa condição individual, mas resultado de um processo coletivo que envolve valores e culturas que interferem na vida do indivi-duo. As ações do Assistente Social se pro-cessam através do trabalho multiprofissio-nal, possibilitando atender o usuário como ser humano, com necessidades físicas, ma-teriais e sociais, pois o acesso ao atendi-mento de saúde é um direito Universal. A atuação do Assistente Social se mostra duplamente orientada, pelas neces-sidades dos pacientes e pelos objetivos e limites da instituição, bem como os espa-ços disponíveis e as estratégias possíveis. A partir de situações específicas, fa-zemos uso do diálogo, para orientações, in-

formações, mediações e encaminhamentos aos usuários, que são pacientes e familiares. Esses atendimentos são realizados através de visitas aos leitos e em forma de plantão na sala do Serviço Social, onde atendemos os familiares.

4.3.1 - Objetivo O Serviço Social, em nosso Hospital, realiza seu trabalho numa perspectiva edu-cativa, assistencial e de apoio emocional.Visa contribuir para melhoria da qualida-de de vida dos pacientes que fazem trata-mento, trabalhando com suas demandas fazendo com que eles se voltem também sobre elas e contribuam para a solução. Trabalhamos, dentro das condições técni-cas e profissionais disponíveis, conforme as necessidades estimulando a recuperação, prevenção e tratamento da saúde do pa-ciente, com o envolvimento e comprometi-mento da família.

4.3.2 - Desenvolvimento das atividades do serviço social

A família é o ponto base de atuação do Ser-viço Social, ao incentivar a família a compro-meter-se com o tratamento e recuperação do paciente durante a internação e após a alta hospitalar faz com que o paciente reaja melhor ao tratamento. Fazemos por meio de um planejamento sistematizado entre

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familiares, prefeituras, rede básica e outros profissionais envolvidos. (psicólogos fisio-terapeutas...) O Serviço Social conta com o apoio da Pastoral da saúde e a associação de Vo-luntários para prestar serviços a pacientes e familiares em suas necessidades emocio-nais e sociais humanizando o atendimento hospitalar. As atividades do Serviço Social são inúmeras, porém algumas são desenvolvi-das a nível multiprofissional: SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente; Atendimento na Central de Captação e transplante de ór-gãos; comemoração das Datas festivas: Dia das Crianças, Páscoa e Natal; Recebimento de Doações da comunidade; atendimento aos casos sociais no Plantão do Serviço Social. Agilização de altas hospitalar, en-caminhamentos de pacientes e familiares para albergues. Transferências de pacien-tes para hospitais de origem e hospitais de referências, encaminhamento de exames. Encontro mensal com orientações da equi-pe multiprofissional da oncologia com os profissionais da rede de saúde, pacientes e familiares envolvidos no processo. Programas e Projetos desenvolvidos: Pediatria; Berçário; Oncologia; Ambulatório de Quimioterapia e Radioterapia; Pacien-tes. Reinternados; Programa de Incentivo ao Aleitamento Materno (Hospital Amigo da Criança).

4.3.3. - Programas e projetos4.3.3.1 - Projeto Pediátria As novas práticas de atenção a saú-de, e devido as múltiplas questões sociais atendidas foram cada vez mais exercidas por equipes multiprofissional envolvendo enfermeiras, assistente sociais nutricionis-tas e médicos pediatras pressupondo a inte-gração dos mesmos em um fazer comum.A sistemática do trabalho ocorre através de

atendimento individualizado e ou coletivo de orientações, encaminhamentos aos fa-miliares, recreação e apoio ao paciente, vi-sando uma recuperação rápida e efetiva. Objetivo: Diminuir as reinternações e prolongamento das internações, oferecen-do um atendimento de qualidade, esclare-cendo as normas e rotinas, bem como as responsabilidades dos acompanhantes no tratamento do paciente.

4.3.3.2 - Projeto Berçário

Atendimento individual aos pais du-rante o período de internação do Recém Nascido (RN). O efetivo trabalho da equipe de saú-de é fundamental para o envolvimento e comprometimento dos pais no tratamen-to dos recém natos. Ao oferecer apoio e orientação aos pais referente os principais cuidados ao RN se fortalecem os laços afe-tivos e melhora o prognóstico durante e após a internação. Objetivo: motivar a participação dos pais no tratamento, diminuindo a incidên-cia de abandono. Auxiliar os pais a superar problemas emocionais e sociais. Incentivar o Aleitamento Materno, buscando quando necessárias soluções imediatas junto a ou-tros órgãos e instituições.

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4.3.3.3 - Projeto Oncologia/Quimiotera-pia/Radioterapia

Atendimento a pacientes e familiares nos leitos, e nos ambulatórios de Quimiote-rapia e Radioterapia, abrangendo pacientes internos externos, prestando orientações, informações e acompanhamento aos casos sociais. A partir do segundo semestre de 2007 promovemos mensalmente um en-contro multiprofissional buscando orientar sobre todos os aspectos referentes ao tra-tamento. Objetivo: melhorar o atendimento ao paciente e assim sua qualidade de vida, en-volvendo os fatores econômicos, afetivos e sociais, valorizando o paciente como ser humano e cidadão.

4.3.3.4 - Projeto Reinternados

Quando ocorre um significativo nú-mero de reinternações. Temos uma equipe que atua num processo permanente, com acompanhamento após alta hospitalar, por

meio de encaminhamentos as Unidades de Saúde dos municípios, conselhos tutelares e outros profissionais da saúde. Objetivo: Inibir as reinternações com o mesmo quadro clínico ou doenças crô-nicas, através de atividades alternativas, buscando a participação da família, da Uni-dade de Saúde próximo à residência do pa-ciente, por meio de orientações e encami-nhamentos, ampliando os direitos sociais e de construção da cidadania.

4.3.3.5 - Programa de incentivo ao aleita-mento materno Uma equipe multiprofissional (médi-cos, enfermeiros, Nutricionista, Assistente Social, Auxiliar de Enfermagem) realiza-ram semestralmente um treinamento sobre “Aleitamento Materno” com duração de 18 horas e todos os setores foram convocados a participar, esperando-se participação mí-nima de 85% dos funcionários. O objetivo principal foi ampliar e de-senvolver a consciência sobre a importân-cia do aleitamento materno, transformando os funcionários em formadores de opinião. Enquanto as mães permanecem no âmbito hospitalar são orientadas sobre os benefícios do aleitamento materno e cui-dados com recém nascido. 4.3.4 - Semana Mundial do Aleitamento Materno - SMAM Todos os anos na SMAM são realiza-dos diversas atividades internas e externas do Hospital, com o objetivo de reintroduzir a amamentação como parte integrante da saúde e ciclo reprodutivo da mulher; Au-mentar a consciência em relação ao direito das mulheres à prática humanas e não abu-sivas de parto, Direitos da Criança (Estatu-to da Criança e do Adolescente); Promover grupos de apoio às mães para amamenta-ção.

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O apoio que oferecemos as mães du-rante a amamentação favorece a elas me-lhores condições de saúde para si, possi-bilitando a esta mãe oferecer ao bebê um presente maior: o Leite materno. Esta iniciativa propõe um conjun-to de ações integradas que visam mudar substancialmente o padrão de assistência aos pacientes e familiares, melhorando os serviços prestados pela instituição.

4.3.5 - Datas comemorativas

Homenagem ao Dia da Criança, Pás-coa, Natal, festas juninas nos setores da Pediatria, Quimioterapia/Radioterapia. As referidas datas foram comemoradas com organização de festas para os pacien-tes e acompanhantes proporcionando um momento lúdico, com muitas brincadei-ras, apresentações artísticas distribuição de presentes, alimentação. Deixando-os a vontade e muito felizes, assim transforma-mos o ambiente hospitalar mais aconche-gante e familiar. Ter o sorriso e a alegria das crianças e demais pacientes é nossa maior recompensa. Contamos com a participação

de pessoas da comunidade, empresas pri-vadas, entidades e clubes de serviços, mé-dicos e funcionários do HRO.

4.4 - Serviço de Psicologia4.4.1 - Objetivo O Serviço de Psicologia do Hospital Regional do Oeste tem por objetivo pres-tar atendimento aos pacientes e familiares, principalmente nos setores de Oncologia, Quimioterapia, Radioterapia, Neurocirur-gia, UTI e Maternidade. Consistem em ava-liações psicológicas, orientações e acom-panhamentos psicológicos.

4.4.2 - Principais ações do setor de Psoci-logia Atuam também junto ao SAC – Ser-viço de Atendimento ao Cliente – dúvidas, sugestões e reclamações. Efetua a abordagem e acolhimento aos familiares em caso de morte encefálica – Equipe de Captação de Órgãos. Realiza palestras – Transformando a Dor em ato de Amor – como parte das ati-vidades de conscientização e divulgação da Doação de Órgãos. Na Instituição e em escolas públicas e particulares de Chapecó e Região, juntamente com a Equipe multi-disciplinar de Transplantes e Captação de órgãos. Participa de panfletagem em locais públicos na Semana Nacional de Doação de Órgãos. Realizam palestras para pacientes em tratamento Oncológico ou em fila de espera para inicio de tratamento-Os Fato-res Emocionais que Transitam e Interferem no Tratamento – paciente e familiar. Participa da Equipe de Aleitamento Materno, com palestras sobre a importân-cia do leite materno para o desenvolvimen-to emocional do bebê. Efetua Palestra no curso multidisci-

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plinar para gestantes – A relação mãe-Be-bê, formação do vínculo. Participa das datas comemorativas (Natal, Páscoa, Dia da Criança) para as crianças da Pediatria e Oncologia do HRO, juntamente com o Serviço Social.

4.5 - Central de captação de órgãos

A Portaria 905/GM em 16 de agos-to de 2000 tem por objetivo envolver, de forma mais efetiva e organizada, os hospi-tais integrantes do Sistema Único de saú-de SUS no esforço coletivo de captação de órgãos, especialmente aqueles que dispo-nham de Unidades de Tratamento Intensivo cadastradas como de tipo II e III, que se-jam integrantes dos Sistemas Estaduais de Referência Hospitalar em Atendimento de Urgências e Emergências e que sejam hos-pitais que realizem transplante.

4.5.1 - Objetivos Os principais objetivos da entidade são: - A divulgação dos benefícios dos trans-

plantes, a orientação e o apoio ao sistema de captação de órgãos e tecidos. - A conscientização da população. - A realização de um trabalho cada vez mais efetivo e tornar cada cidadão um di-vulgador.

4.5.2 - Principais ações - Para melhorar o atendimento e cuidados prestados ao potencial doador foi elabo-rado o MANUAL DE MANUTENÇÃO DO POTENCIAL DOADOR, com cuidados es-pecíficos que devem ser prestados, pela equipe médica e de enfermagem nas di-versas situações que paciente pode apre-sentar, além dos exames que são neces-sários e valores de referência que devem ser mantidos pelo paciente. - Foram realizadas palestras em colégios com alunos de ensino médio na cidade Chapecó e cidades vizinhas. - Realizou-se a primeira jornada regional sobre doação e transplante de órgãos; - Realizou-se panfletagem em praça públi-ca; - Realizou-se treinamento com funcioná-rios dos setores administrativos, de servi-ços de apoio e setores técnicos; - Supervisão constante de todos os pro-cessos desde a identificação do doador, in-cluindo a retirada de órgãos e/ou tecidos, a entrega do corpo do doador à família e responsabilizar-se pela guarda e conser-vação e encaminhamento dos órgãos e tecidos conforme orientação da respecti-

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va CNCDO; - São mantidos relatórios diários, formulá-rios, atas de reuniões documentos de noti-ficações e doações.

4.5.4 - Equipe técnica que compoe a co-missão 12 profissionais médicos 04 enfermeiros 01 Assistente Social 01 Psicóloga 01 Técnica de enfermagem

4.6 - Aleitamento materno O Hospital Regional do Oeste, em 22 de dezembro de 1998, recebeu o Títu-lo “Hospital Amigo da Criança”, a avaliação na instituição, comprovou-se adesão dos médicos, enfermagem e demais funcioná-rios as normas exigidas pela UNICEF, OMS e Ministério da Saúde. Uma equipe multiprofissional (médi-cos, enfermeiros, nutricionista, assistente social, técnico e auxiliar de enfermagem), realizou semestralmente um treinamento sobre “Aleitamento Materno” com duração de 18 horas e todos os setores foram con-vidados a participar, atualmente cerca 85% dos funcionários já realizaram o treinamen-to. O objetivo principal é ampliar e de-senvolver a consciência dos funcionários, quanto às vantagens do aleitamento ma-terno. A instituição atende cerca de 182 puérperas mensalmente, enquanto perma-necem no âmbito hospitalar são orientadas sobre os benefícios do aleitamento mater-no e cuidados com recém-nascido. A Comissão de Incentivo e Apoio ao Aleitamento Materno, formada por uma equipe multiprofissional, que se reúne para realizar e analisar as atividades determina-das no cronograma anual.

A Comissão de Incentivo ao Aleita-mento Materno promoveu e apoiou todas as puérperas quanto as aleitamento mater-no, desde que está com bebê no alojamen-to conjunto, berçário e UTI neonatal. O hospital entrega às mães, folder, manual do bebê na alta hospitalar. Existe no hospital norma escrita, car-tazes, telas, bonecas, sala onde as mães fi-cam para amamentar o bebê, tudo incenti-vando o Aleitamento Materno até os dois anos de idade ou mais.

4.6.1 - Semana Mundial do AleitamentoMaterno

Todo o ano do dia 01/08 a 07/08 é realizado a SMAM (Semana Mundial do Aleitamento Materno), foram promovidas diversas atividades internas e externas do Hospital, com o objetivo de reintrodu-zir a amamentação como parte integrante da saúde da mulher, promover grupos de apoio às mães para amamentação. O apoio que oferecemos as mães durante a amamentação, favorece a elas melhores condições de saúde para si, pos-sibilitando a esta mãe oferecer ao bebê um

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presente maior: Leite Materno.

4.7. - Unidade de Terapia Intensiva Neo-natal

A Unidade de Terapia Intensiva Ne-onatal foi inaugurada oficialmente no dia 17 de dezembro de 2004, porém iniciando suas atividades em 10 de janeiro de 2005. Composta por 10 leitos atende recém-nas-cidos até 28 dias de vida em situações de prematuridade e alterações clínicas. Abrange os municípios da região Oeste de Santa Catarina. No ano de 2009 foram realizadas 176 internações. Construída devido a grande neces-sidade desta, pois até então os recém--nascidos mais graves eram encaminhados para Florianópolis – SC, em alguns casos os recém-nascidos internados na UTI adulto, onde permaneciam por um longo período de tempo. 4.7.1 - Berçário O berçário atende os recém-nas-cidos que são transferidos da UTI neona-tal e do alojamento conjunto para fins de tratamento. E tem por objetivo incentivar e promover a relação pais e filhos através

do contato, do toque e principalmente pelo aleitamento materno onde fortalece o vín-culo família/recém-nascido.

4.8 - Serviço de nutrição e dietética Com o objetivo de fornecer nutrição ideal aos pacientes com segurança e higie-ne alimentar, o Serviço de Nutrição e Die-tética (SND) do Hospital Regional do Oeste (HRO) que há 21 (vinte um) anos é respon-sável pela alimentação dos membros das equipes médicas, funcionários, bem como, de todos os pacientes e alguns acompa-nhantes, conta com um quadro funcional de cinqüenta funcionários entre cozinhei-ras, auxiliares, copeiras, lactaristas, técnica de nutrição e nutricionistas. Além do serviço de produção de re-feições o Serviço de Nutrição e Dietética conta com a Unidade de Nutrição Enteral e Lactário que tem como finalidade o prepa-ro, armazenamento, controle higiênico-sa-nitário e distribuição das dietas enterais e fórmulas lácteas aos clientes internados no Hospital Regional do Oeste que necessitam de tais dietas. Estas complexidades de dietas, for-mulações, cardápios específicos e apropria-dos requer capacitação dos colaboradores e necessidade de normas e procedimentos de higiene e segurança do produto, para proteger e impedir que os alimentos sejam contaminados nas formas físicas, químicas ou microbiológicas, durante todas as eta-pas do processamento. O Serviço de Nutrição e Dietética (SND) deve obter e processar, diariamen-te, refeições com necessidades e restrições dietéticas diferentes. Geralmente as prepa-rações são realizadas na cozinha central e, então distribuídas, para as diversas copas.

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As refeições servidas aos pacientes são: café da manhã, colação, almoço, lan-che, jantar e ceia e aos funcionários: lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e lanche da madrugada. Buscando melhor interação com os pacientes e ajudando-os no tratamento, anualmente é realizadas confraternizações, como no dia da criança na Pediatria, come-moração do natal, encontros com palestras

principalmente voltados aos pacientes on-cológicos, incentivo ao aleitamento mater-no e outras atividades. O SND apóia no tratamento de cada indivíduo, respeitando suas necessidades calóricas, aceitação pessoal e restrições que estão relacionadas a cada caso ou pa-tologia, além da necessidade de dietas es-pecíficas e equilibradas visando sempre a saúde.

ANEXOS

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