relatório da ação daniela

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Universidade Federal do Rio Grande – FURG Universidade Aberta do Brasil Secretaria de Educação a Distância – SEaD Curso de Educação Ambiental Lato Sensu Relatório da Ação O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a experiência de educação ambiental na EMEF Maria Quitéria Autora: Daniela Vieira Costa Menezes Orientação: Prof Alexandre Macedo Pereira Apresentação O presente projeto está pautado em uma prática pedagógica direcionada à Educação Ambiental, desenvolvida durante as aulas do Projeto Vivências InterDisciplinares Artísticas e Ambientais – VIDAA, cobrindo a hora atividade dos professores titulares, realizadas na EMEF Maria Quitéria localizada no município de Novo Hamburgo/RS. Tal prática pedagógica, integradas às exigências curriculares das Séries Iniciais do Ensino Fundamental, insere na realidade da escola a metodologia de ensino pela pesquisa, voltada à observação, identificação e busca de soluções para questões socioambientais locais. Dessa forma, desenvolveu-se no espaço da referida unidade de ensino, com as turmas do 4º e do 5º ano do Ensino Fundamental, um processo didático- pedagógico que visou potencializar a reflexão crítica e criativa a partir da realidade socioambiental vivida pela comunidade escolar. Todo o trabalho escolar deve ser organizado para que os educandos aprendam o que for necessário para sua emancipação. Dessa forma, a escola deve estruturar uma pedagogia que os coloque no cerne do processo educativo. Além disso, o discurso presente na legislação brasileira defende uma formação para a cidadania, atribuindo à escola a tarefa de promover a construção de uma sociedade mais justa e sustentável. Se entendermos a educação ambiental como: Práxis social que favorece a interdependência entre o “eu e o outro” em relações sociais na natureza, estabelecendo processos dialógicos com a finalidade de emancipar as pessoas e transformar a realidade por meio de

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Page 1: Relatório da ação daniela

Universidade Federal do Rio Grande – FURGUniversidade Aberta do Brasil

Secretaria de Educação a Distância – SEaDCurso de Educação Ambiental Lato Sensu

Relatório da Ação

O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da

Escola: a experiência de educação ambiental na EMEF Maria Quitéria

Autora: Daniela Vieira Costa Menezes

Orientação: Prof Alexandre Macedo Pereira

Apresentação

O presente projeto está pautado em uma prática pedagógica direcionada à

Educação Ambiental, desenvolvida durante as aulas do Projeto Vivências

InterDisciplinares Artísticas e Ambientais – VIDAA, cobrindo a hora atividade dos

professores titulares, realizadas na EMEF Maria Quitéria localizada no município de

Novo Hamburgo/RS. Tal prática pedagógica, integradas às exigências curriculares

das Séries Iniciais do Ensino Fundamental, insere na realidade da escola a

metodologia de ensino pela pesquisa, voltada à observação, identificação e busca

de soluções para questões socioambientais locais.

Dessa forma, desenvolveu-se no espaço da referida unidade de ensino, com

as turmas do 4º e do 5º ano do Ensino Fundamental, um processo didático-

pedagógico que visou potencializar a reflexão crítica e criativa a partir da realidade

socioambiental vivida pela comunidade escolar.

Todo o trabalho escolar deve ser organizado para que os educandos

aprendam o que for necessário para sua emancipação. Dessa forma, a escola deve

estruturar uma pedagogia que os coloque no cerne do processo educativo. Além

disso, o discurso presente na legislação brasileira defende uma formação para a

cidadania, atribuindo à escola a tarefa de promover a construção de uma sociedade

mais justa e sustentável.

Se entendermos a educação ambiental como:

Práxis social que favorece a interdependência entre o “eu e o outro” emrelações sociais na natureza, estabelecendo processos dialógicos com afinalidade de emancipar as pessoas e transformar a realidade por meio de

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processo reflexivo e politicamente comprometido com a revolução dassubjetividades e práticas na sociedade capitalista (LOUREIRO; COSTA,2013, p. 16).

O conhecimento escolar passa por uma ampliação de seu campo de atuação,

expressando-se no cotidiano social dos educandos. No que se refere à EA, tais

aprendizagens estão diretamente conectadas à forma como as novas gerações se

relacionam com a realidade socioambiental na qual estão inseridas.

Dessa forma, o processo escolar deve priorizar a aprendizagem dos

educandos a partir das demandas socioambientais. Diante do caráter transversal da

EA, presente na legislação vigente, as demandas ambientais – e sociais – se

incorporaram ao currículo escolar, permitindo uma reflexão sobre a realidade

socioambiental a partir da observação do ambiente escolar. Para que tal reflexão

proporcione uma ruptura dos padrões que promovem a problemática ambiental nas

sociedades contemporâneas, o educando deve ocupar uma posição de

protagonismo no cenário escolar, posicionando-se como corresponsável pelas

transformações de sua realidade socioambiental.

Portanto, o presente projeto de Educação Ambiental visou a transformação da

realidade socioambiental no qual um grupo de educandos está inserido a partir da

promoção do ensino pela pesquisa, onde os envolvidos ocuparão uma posição de

protagonismo a partir da observação da realidade circundante, utilizando-se da

linguagem artística e científica como ponto de encontro entre a crítica e a criação

para a formação cidadã.

Por isso, o presente projeto criou condições para que educandos das séries

iniciais do ensino fundamental pudessem organizar coletivamente projetos de

aprendizagem, através de posturas sustentáveis conscientes e transformadoras,

articuladas aos componentes curriculares das séries iniciais do ensino fundamental.

Mesmo que a aprendizagem do educando dependa de um conjunto de fatores

que transbordem a ação pedagógica, a escola é responsável pela

instrumentalização das gerações que passam por ela, contribuindo para a formação

cidadã do indivíduo. Para tanto, quanto mais o ensino proporcionar os elementos

necessários para a construção de um aluno-pesquisador, mais estes educandos

terão condições de atuarem ativamente na construção de uma aprendizagem que

promova a leitura do mundo, começando pelo ambiente que existe ao seu redor e se

expandindo para a comunidade global; que permita a problematização e libertação

Page 3: Relatório da ação daniela

dos condicionamentos impostos pela cultura de exclusão presente na sociedade

capitalista; e contribua para a busca de uma vida autônoma dentro e fora do

ambiente escolar.

Objetivos AtendidosGeral

Oportunizar, aos educandos do 4º ano e do 5º ano do ensino fundamental,

condições favoráveis para que assumissem a posição de protagonismo diante da

problemática socioambiental escolar, promovendo a formação cidadã através de

uma proposta de ensino pela pesquisa integrada à autoexpressão artística e

científica.

Específicos

Criar espaços de observação, reflexão e compreensão da realidade

socioambiental escolar, e sua problemática atual, de maneira interdisciplinar;

Promover a metodologia de ensino pela pesquisa, visando a construção de

uma aprendizagem pautada na leitura de mundo e na autonomia, através do

trabalho colaborativo;

Integrar a linguagem artística e científica para a organização das

aprendizagens dos educandos, visando difundi-las através do exercício da

autoexpressão individual e coletiva.

Desenvolvimento das atividades

O terceiro trimestre do ano letivo de 2014 na EMEF Maria Quitéria, foi

organizado para que cada uma das 5 turmas que fazem parte do projeto pudessem

escolher temáticas relacionadas a questões socioambientais vividas na comunidade

onde a escola está inserida, relacionando as vivências locais com as questões

socioambientais globais.

Em primeiro lugar, as turmas tiveram a oportunidade de observar o espaço

escolar e seu entorno, exercitando um olhar crítico diante das questões

socioambientais encontradas. As aulas foram semanais, com duração de 2 períodos.

De acordo com as necessidades das atividades e do calendário escolar, a

quantidade de aulas para cada atividade foi maior ou menor, aproveitando o horário

destinado para cada turma. A cada aula, novos questionamentos surgiam, permitindo

Page 4: Relatório da ação daniela

uma reflexão sobre os pressupostos que promoveram as situações observadas e as

possibilidades de superação das mesmas.

Semanalmente, as turmas desenvolveram atividades que visavam ampliar

os conhecimentos sobre as temáticas escolhidas. Apesar de existir uma proposta

comum para cada atividade, as turmas desenvolveram uma caminhada particular,

seguindo pelas etapas de pesquisa desde a elaboração dos projetos até a

socialização das ideias e dos resultados obtidos, utilizando-se de diferentes

linguagens artísticas, com a comunidade escolar. Foi seguida, assim, a seguinte

organização das atividades:

Atividade 1 – Construção dos Projetos de Pesquisa das Turmas

Atividade 2 – Pesquisa bibliográfica inicial

Atividade 3 – Primeiras Aprendizagens

Atividade 4 – Seminário de Educação Ambiental Escolar

Atividade 5 – Saídas de Estudo

Atividade 6 – Palestras Temáticas

Atividade 7 – Ações das Turmas

Atividade 8 – Mostra de Arte Ecológica

Na Atividade 1, o jogo democrático foi exercitado nas salas de aula,

permitindo a construção de projetos de pesquisa coletivos. Todas as situações

observadas na escola e em seu entorno foram listadas e debatidas em sala de aula;

os educandos exercitaram a defesa de suas impressões, discutindo-as com seus

pares; surgiram sugestões de ações e produções coletivas; e, por fim, cada turma

realizou suas escolhas, seja através de votação (aberta ou secreta), ou com o

consenso de opiniões. Dessa forma, os educandos assumiram uma posição de

protagonismo desde a escolha da temática do projeto de pesquisa até a elaboração

do texto usado para a divulgação de tais projetos diante da comunidade escolar

(apêndice 1).

Em seguida, na Atividade 2, já com os projetos escritos divulgados para os

professores titulares das turmas e para a equipe diretiva da escola, as turmas

começaram o processo de pesquisa através do levantamento das dúvidas

decorrentes das observações. Separados em duplas ou trios, cada turma apresentou

uma lista de perguntas, devidamente aprovadas por todo o grupo, que serviria como

base para a pesquisa bibliográfica inicial.

Page 5: Relatório da ação daniela

Na Atividade 3, utilizando-se de sites, livros, revistas e informações das

famílias, cada dupla ou trio apresentou para a turma suas descobertas. Tivemos

espaço para questionamentos e foi possível a organização das informações iniciais

que iriam para o caderno de pesquisa das turmas, um espaço para o registro

coletivo, onde há o registro da trajetória da pesquisa e das ações da turma.

Caderno de Pesquisa das Turmas, para registro das aprendizagens.

Depois dos projetos definidos, e da pesquisa bibliográfica inicial realizada,

tivemos um momento de socialização de ideias. Cada turma escolheu

representantes que defenderam os projetos coletivos. Primeiro foi feito o

levantamento daqueles que gostaria de representar a turma, apontando as

responsabilidades de tal tarefa. Depois de um período de defesa da “candidatura”, a

turma realizou uma votação aberta e os três mais votados se tornaram os

representantes da turma. Entretanto, a turma deveria participar da organização da

apresentação, elencando os pontos mais importantes do projeto de pesquisa e das

descobertas iniciais.

Material de divulgação da atividade 4.

Page 6: Relatório da ação daniela

Então, foi realizado na Atividade 4, o I Seminário de Educação Ambiental

Escolar, que permitiu uma integração maior dentro e fora das turmas, pois ao

mesmo tempo em que os educandos de uma mesma turma tiveram que buscar

informações relevantes para a construção da defesa do projeto, os de outras turmas,

juntamente com os professores, a equipe diretiva e as funcionárias da escola,

puderam relacionar os projetos que se conectavam em busca da construção de uma

escola sustentável.

Todos os educandos e educadores foram acomodados na área coberta da

escola para acompanharem as apresentações dos projetos de pesquisa e das

primeiras aprendizagens das turmas. Cada turma teve 5 minutos para apresentar

seu projeto1. Após a apresentação, os educadores e os Repórteres Ambientais

Mirins (grupo de educandos de todas as turmas do 2º ao 5º ano que auxiliam e

acompanham as atividades de Educação Ambiental da escola) deveriam preencher

uma ficha de avaliação do projeto. A partir das avaliações, que foram organizadas

em gráficos (apêndice 2), foi escolhida a turma que representaria a escola na II

FEMICTEC2.

Na construção da metodologia dos projetos, as turmas pensaram em saídas

de estudos que complementariam as informações levantadas na pesquisa

bibliográfica inicial. Este planejamento passou pela avaliação da direção da escola,

que pensou na logística e viabilizou o financiamento necessário para que as saídas

ocorressem.

Nessa Atividade 5, os locais escolhidos foram de acordo com o projeto de

Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Educação de Novo Hamburgo e

contou com o apoio da Gerência de Educação Ambiental do município, pensando

sempre nos objetivos das turmas. Houve uma conversa inicial com os responsáveis

pelos espaços que seriam visitados, informando-os previamente sobre os projetos

das turmas e seus objetivos específicos para as visitas.

Após a visita, a turma fez uma roda de conversa, levantando os principais

aspectos de cada visita, as curiosidades e as contribuições da mesma para o

desenvolvimento da pesquisa, como uma preparação para as ações que estavam

1Para ver os vídeos das apresentações acesse o blog do projeto: Sustentabilidade da Sala de Aula. http://sustentabilidadedasaladeaula.blogspot.com.br/2014/09/os-protagonistas-da-pesquisa.html

2A turma 5º B foi a escolhida como representante da escola para a II FEMICTEC, realizada nos dias 18 e 19 de setembro de 2014.

Page 7: Relatório da ação daniela

sendo planejadas por eles. Foi pedido também um relatório da atividade, em

pequenos grupos ou por representantes das turmas, organizando as aprendizagens

alcançadas com a saída de estudos como registro para o caderno de pesquisa de

cada turma.

Na organização inicial dos projetos, as turmas também sugeriram convidar

profissionais de áreas relacionadas aos seus projetos, pensando em complementar

o levantamento de dados para a fundamentação das ações que seriam realizadas

por eles. Para a Atividade 6, foi necessário refletir sobre as dúvidas que a turma

ainda tinha, analisando quais profissionais poderiam ajudá-los a superá-las.

Partimos, portanto, do planejamento inicial, adaptando-o quando necessário.

Cada turma encaixou a visita em um cronograma de trabalho com sugestões

de datas e os convites foram realizados, com ênfase nos objetivos das mesmas.

Depois de tudo agendado, as turmas foram preparadas para aproveitarem melhor a

presença dos convidados: formulando perguntas-chave para que cada um tentasse

responder a partir da palestra; fazendo combinações em relação à postura dos

alunos; estimulando o registro, o questionamento e o debate; e revendo ideias para

a ação da turma.

Depois das visitas, cada turma teve a tarefa de preparar um relatório, com as

aprendizagens oferecidas pela palestra. Inicialmente, de maneira individual e depois,

de maneira coletiva, os registros dos alunos deveriam apresentar a atividade como

uma complementação da pesquisa realizada.

A Atividade 7, ou a ação das turmas, já estava prevista nos projetos de

pesquisa, portanto foi necessário avaliar a aplicabilidade da mesma a partir das

aprendizagens alcançadas na pesquisa. Cada turma, portanto, precisou novamente

rever seu caderno de pesquisa, organizando as informações e conclusões

registradas a partir das atividades anteriores. Em seguida, foi feito um planejamento

da ação, distribuindo, pelas semanas restantes no calendário escolar do 3º trimestre

do ano letivo, as etapas necessárias para a aplicação do que estava previsto.

Dessa forma, foi necessário o levantamento dos materiais necessários, das

informações que seriam compartilhadas, a organização dos espaços e a elaboração

de um título que representaria todo o trabalho realizado pela turma. Os educandos

foram convidados a refletir sobre a caminhada que tiveram em seus projetos,

apontando as dificuldades que surgiram e a forma que encontraram para superá-las.

Page 8: Relatório da ação daniela

Com o cronograma da ação organizado, os materiais preparados ou

separados, os espaços escolhidos e estruturados e as possibilidades de ação

reconhecidas, cada turma colocou suas ideias em prática, visando o equilíbrio

socioambiental de toda a escola. No final, foi preciso encontrar uma estratégia para

envolver as outras turmas da escola nas ações propostas.

Material de divulgação do evento final, difundido pela comunidade escolar e redes sociais.

Pensando em finalizar os projetos de pesquisa, a escola promoveu um

sábado letivo de integração com as famílias para a divulgação das aprendizagens

dos alunos durante o 3º trimestre do Projeto VIDAA, previsto nesse projeto como

Atividade 8. A I Mostra de Arte Ecológica da EMEF Maria Quitéria, foi um espaço

de integração entre as famílias e a escola, visando a divulgação dos resultados dos

projetos de pesquisa das turmas. Cada turma selecionou, dentre os materiais

produzidos durante a pesquisa, aqueles que melhor expressem as aprendizagens

alcançadas diante dos objetivos propostos por cada projeto. Como as turmas já

sabiam que haveria esse momento de trocas, as ações foram pensadas para

culminarem na Mostra.

Diante do que foi construído, as turmas precisaram pensar na produção de

materiais que mostrassem aos visitantes as etapas vividas e os resultados obtidos.

Apesar dos educandos terem a tarefa de participar da Mostra, apresentando seus

trabalhos, as exposições devem ser auto-explicativas.

Cada educando levou para sua família um folder (apêndice3) com a

contextualização do evento, um resumo das pesquisas, a descrição das atividades

Page 9: Relatório da ação daniela

da Mostra e uma lista de dicas para se viver de forma mais sustentável, produzida a

partir da integração dos projetos de todas as 14 turmas da escola. Dessa forma, eles

e suas famílias tiveram conhecimento prévio dos projetos de outras turmas.

Pensando na escola como um polo disseminador de ideias, as turmas

também prepararam algum material para que as famílias pudessem levar para casa

informações importantes da experiência das turmas, visando a aplicação de algumas

ideias na rotina doméstica de cada uma.

A Mostra foi dividia nos seguintes espaços: Água, Lixo, Casa Sustentável,

Plantas, Animais, Alimentação, Sala de Teatro e Sala do Troca-troca Solidário. Os

projetos das turmas se juntaram aos projetos das outras turmas da escola, de

acordo com a temática, mostrando uma complementação de informações e

exibições artísticas. No dia do evento, as turmas tiveram representantes presentes

para conversarem com os visitantes sobre a pesquisa e a ação realizada,

oferecendo atividades interativas ou vivências práticas relacionadas as temáticas

estudadas.

Avaliação das atividades

Cada turma apresentou uma dinâmica diferente em relação à construção do

projeto de pesquisa, na Atividade 1, algumas foram mais participativas, outras

precisaram de alguns direcionamentos através de exemplos. O envolvimento das

turmas também foi desigual, onde a colaboração, a concentração e a reflexão

exigiram maior ou menor interferência para a construção do projeto de pesquisa.

Na Atividade 2, pude perceber o comprometimento dos alunos em relação à

pesquisa. Fiquei preocupada quanto ao retorno das perguntas, pois não estou com

eles nos outros dias da semana e nem sempre tenho o apoio da professora titular

para acompanhar as produções dos educandos. De uma maneira geral as turmas

surpreenderam positivamente quanto à preocupação em buscarem informações para

compartilhar, mas se mostraram despreparados para a pesquisa bibliográfica, pois

os trabalhos apresentaram algumas deficiências na interpretação de textos,

demonstrando uma tendência à repetição e cópia ao invés de reflexão e crítica.

Percebo que faltam atividades de interpretação em diferentes níveis para ampliar a

compreensão das leituras realizadas e que o tempo que tenho com as turmas não é

suficiente para superar esta dificuldade.

Page 10: Relatório da ação daniela

Os grupos procuraram complementar suas pesquisas iniciais organizando

um trabalho escrito mais estruturado e completo. Em geral, mesmo aqueles que

entregaram textos com pouco embasamento científico, trouxeram informações que

contribuíram para uma melhor compreensão de cada turma sobre suas temáticas.

Continuando, na Atividade 3, com a preparação das turmas para o Seminário de

Educação Ambiental, os educandos se organizaram para a montagem de suas

apresentações a partir do projeto e das aprendizagens iniciais. Nos 5ºs anos uma

grande parte dos educandos se disponibilizou a apresentar o projeto no Seminário,

já nos 4ºs anos a disponibilidade foi menor e, em alguns casos, os que não foram

escolhidos se chatearam com isso. A participação dos educandos na construção da

apresentação de suas turmas foi irregular, com turmas bem mais participativas que

outras. De uma maneira geral, faltou comprometimento coletivo dos educandos,

principalmente dos 4ºs anos, para o desenvolvimento da atividade integralmente.

O envolvimento das turmas foi desigual e isso se expressou nas

apresentações do Seminário de Educação Ambiental Escolar, a Atividade 4. As

turmas que participaram mais da construção da apresentação, e que tiveram

representantes que escreveram e ensaiaram suas falas, se destacaram em relação

às turmas que apenas leram o projeto escrito anteriormente, sem se preocuparem

em apresentar o que a turma já tinha realizado até o momento da parte da

metodologia.

Mesmo assim, as apresentações foram importantes para que educandos e

educadores tivessem conhecimento dos projetos que estão sendo realizados nas

salas de aula da escola. A reação do público do evento, diante das apresentações,

foi muito positiva e tivemos um grande envolvimento do corpo docente da escola na

atividade, que aproximou os professores titulares dos projetos de pesquisa de suas

turmas.

Na Atividade 5, para a realização das saídas de estudos planejadas pelas

turmas, foi necessário realizar uma reorganização dos horários dos projetos de Hora

Atividade, nesse sentido, a parceria das professoras da escola e o apoio da equipe

diretiva foram fundamentais para que o planejamento se concretizasse.

Enfrentamos problemas climáticos, por isso, vários passeios tiveram que ser

remarcados em função das chuvas. Alguns deles foram cancelados momentos antes

do previsto, o que causou frustração em todos os envolvidos, pois há toda uma

preparação, da escola e das famílias, para que atividades realizadas fora do

Page 11: Relatório da ação daniela

ambiente escolar atendam a especificidades logísticas exigidas, como autorizações,

contratação de transporte, preparação do lanche, adequação da vestimenta e outras.

Apesar disso, os passeios realizados superaram as expectativas. Em

primeiro lugar, os educandos estavam motivados ao sair da escola em busca de

conhecimento. Até nos lugares que já conheciam, como o Parcão NH, a existência

de objetivos específicos fez com que eles se relacionassem com o espaço de uma

maneira diferente: mais atentos, mais ativos e mais receptivos, complementando as

descobertas já realizadas e abrindo espaço para novas dúvidas.

Os profissionais responsáveis pelos locais visitados assumiram os projetos

das turmas, adaptando as visitas guiadas de acordo com os objetivos anunciados.

Houve um enfoque diferente para cada turma, mesmo em visita ao mesmo local, o

que ampliou as possibilidades de observação dos educandos, pois puderam

perceber que tudo está relacionado.

As Rodas de Conversa foram, em geral, produtivas. Em cada turma, a

participação dos educandos foi diferenciada entre um envolvimento da maior parte

da turma até a participação pontual de alguns discentes mais expressivos.

Entretanto, foi possível obter um registro adequado das saídas de estudo,

complementando o caderno de pesquisas das turmas como uma importante etapa

do processo de pesquisa.

A logística para a organização da Atividade 6, com palestras para cada

turma, esbarrou no calendário e nos horários da escola e na agenda dos

convidados. Para superar tais dificuldades, algumas das palestras foram marcadas

nos espaços visitados, complementando a atividade anterior. Novamente a

assessoria da Gerência de Educação Ambiental da SMED NH foi fundamental para a

escolha e contato com os profissionais que participaram desta atividade. Além disso,

algumas parcerias já estabelecidas com a escola completaram o grupo dos

palestrantes.

Superadas as questões de agenda, as datas marcadas foram cumpridas. No

geral, os educandos aguardaram com ansiedade a presença dos convidados e os

receberam com curiosidade e interesse. Todas as palestras foram bem aproveitadas

pelos educandos que se preocuparam em registrar, perguntar e participar ativamente

das discussões.

Percebi uma postura discente diferente, expressando um amadurecimento

discente em relação à metodologia de ensino pela pesquisa. Nem todos fizeram

Page 12: Relatório da ação daniela

registros completos e organizados, mas a maioria mostrou que acompanhou com

atenção, pois as turmas conseguiram desenvolver ideias relacionadas ao projeto a

partir da fala dos convidados.

Nessa atividade, encerramos a parte de preparação através da pesquisa e

partimos para a ação, onde as turmas aplicaram toda a aprendizagem construída em

produções artísticas que contribuíram para o equilíbrio socioambiental da escola.

Durante toda a pesquisa houve uma preocupação em registrar cada

atividade, buscando o envolvimento de toda a turma. Dessa forma, a organização

das aprendizagens para a preparação da ação foi uma consequência natural do

trabalho realizado. A Atividade 7 foi dividida em etapas, respeitando o tempo

disponível para a atividade e acompanhando o calendário da escola. Nem todas as

turmas conseguiram organizar suas ações de acordo com o planejamento inicial,

porém os objetivos estipulados foram alcançados progressivamente.

As linguagens artísticas estiveram presentes nas ações das turmas com

maior ou menor intensidade. Os toques criativos de cada grupo de educandos fez

com que as construções resultantes das ações exibissem talentos individuais e

coletivos, ainda não percebidos.

Foi possível ver as ações das turmas espalhadas pelo espaço coletivo da

escola. O resultado foi um exemplo de opções viáveis para o cotidiano das famílias

da comunidade escolar. Em todas as etapas desta atividade, as turmas procuraram

refletir sobre os exemplos que poderiam produzir para as outras turmas, para os

professores e funcionários da escola e para as famílias do bairro. Isso se refletiu nos

títulos dos projetos, apresentados pelas turmas, que tiveram a inspiração nas ações

elaboradas e posteriormente vivenciadas.

Para tanto, o registro da realização de cada etapa da ação no Caderno de

Pesquisa foi fundamental. Cada turma teve uma organização diferente em relação a

esse registro. Embora todos os educandos fossem encorajados a manter seus

cadernos pessoais sempre atualizados em relação a cada etapa concluída, nem

todas as turmas tiveram o envolvimento necessário e foi preciso fazer cobranças e

contar com o apoio das professoras titulares das turmas para que os registros

fossem realizados adequadamente, de forma que fosse possível manter o caderno

de pesquisa em dia.

Algumas ações exigiam mais interação entre os educandos, dentro ou fora

da turma, do que outras. O importante foi a capacidade de adaptação das turmas,

Page 13: Relatório da ação daniela

diante das dificuldades que surgiram. Dessa forma, o protagonismo dos educandos

se expressou muito mais no processo vivenciado nas etapas do que na perspectiva

da finalização da ação.

A combinação entre ciência e arte permeou todos os projetos, porém nessa

atividade a expressão artística foi mais evidente. Os educandos foram muito criativos

nas atividades propostas, expressando o protagonismo em suas ações. A

comunidade escolar da EMEF Maria Quitéria tem muitas razões para se orgulhar

das crianças e jovens que fazem parte das nossas turmas em 2014.

O Projeto Vivências InterDisciplinares Artísticas e Ambientais – VIDAA teve

como principal objetivo abrir espaços para a observação do ambiente escolar e

promover uma troca de ideias entre os educandos, pensando em possibilidades de

uma vida mais equilibrada e sustentável através do ensino pela pesquisa.

Mas nossos educandos foram além. Partindo dos Indicadores de

Sustentabilidade, cada turma construiu seu projeto de pesquisa; buscou informações

em sites, livros, jornais e revistas; realizou saídas de estudo; participou de palestras

temáticas; desenvolveu ações pensando no equilíbrio socioambiental da escola; e

organizou suas aprendizagens, utilizando-se de uma linguagem artística, para

compartilhar ideias. Como resultado, tivemos a Atividade 8, permitindo que as

famílias da Roselândia, e demais convidados, pudessem aprender com a ciência e a

arte, que é possível diminuir o impacto negativo das nossas ações sobre o meio

natural no qual vivemos.

Tivemos exposição de desenhos, cartazes, e esculturas além de

construções como o canteiro, a horta em vasos, jogo de tabuleiro, vídeo e peça

teatral. Tudo construído coletivamente com as turmas, contendo informações

levantadas nas pesquisas realizadas.

Contamos o apoio de algumas funcionárias da escola para a preparação dos

lanches e vários alunos e com a presença de alguns educadores que fizeram o

apoio no gerenciamento dos espaços. Vários educandos chegaram mais cedo para

auxiliar na organização dos espaços e muitos passaram pela escola ao longo do

sábado letivo. Abrimos espaço para a candidata à direção da escola conversar com

os pais sobre seu plano de ação, entendendo que o exercício do jogo democrático

também faz parte da Educação Ambiental.

A escola tem experiências para a realização desse tipo de atividade e

participação dos pais e da comunidade em geral é baixa, porém a presença da

Page 14: Relatório da ação daniela

comunidade surpreendeu positivamente, com pais que ficaram do início ao fim,

aproveitando cada espaço e atividade oferecidos.

De acordo com a descrição das atividades propostas anteriormente, a

seguir apresento uma avaliação da trajetória de cada turma. Inicio comentando a

escolha da temática, a organização para a pesquisa bibliográfica inicial, a entrega do

registro escrito, a escolha dos representantes, a organização para o Seminário de

Educação Ambiental Escolar, a saída de estudos realizada, a palestra temática, a

ação realizada e a participação de cada turma na Mostra de Arte Ecológica.

4º ano A (segunda-feira de manhã)

Temática: ALIMENTAÇÃO

Título: A Horta Sustentável: construindo uma alimentação melhor

Na Atividade 1, os educandos começaram com ideias muito genéricas que

apresentavam uma posição muito conservacionista da Educação Ambiental. Precisei

questioná-los quanto a suas colocações, o que gerou desconforto e silêncio. Porém,

quando alguns deles começaram a devolver algumas perguntas mais honestas,

diante da realidade observada, consegui apresentar um fio condutor para a

discussão. A turma escolheu uma votação aberta após a defesa de algumas

propostas. As participações foram mais integradoras, o que já antecipou as ideias

para o projeto de pesquisa escrito. Fiz algumas sugestões, mas nem todas foram

aprovadas pela turma. Na elaboração das perguntas, precisei fazer alguns

direcionamentos, mas a distribuição foi bem organizada.

O envolvimento da turma foi desigual na Atividade 2. Enquanto alguns

educandos trouxeram uma pesquisa organizada e cheia de informações relevantes,

outros tiveram dificuldades em encontrar um caminho para elaborar suas respostas

ou nem se preocuparam em contribuir com a turma. Pude fazer intervenções para

direcionar o trabalho dos educandos para uma escrita mais completa. Mesmo sem

uma participação integral na busca de informações, no momento da apresentação a

turma acompanhou com atenção o que cada dupla ou trio apresentava. Percebi que

os grupos, em geral, fizeram pesquisas na internet e livros, cada membro

separadamente. Para alguns, o tempo que ofereci em aula antes da apresentação

foi suficiente para a articulação da resposta, para outros a apresentação foi a

simples soma do que cada um coletou.

Page 15: Relatório da ação daniela

A maioria dos grupos levou em consideração minhas intervenções e

entregou um trabalho escrito, para a Atividade 3, mais completo do que a

apresentação feita anteriormente, porém alguns grupos não entregaram o trabalho e

outros entregaram com atraso. Precisei acrescentar poucas informações,

organizando com eles uma boa conexão entre as respostas construídas. Poucos

alunos se candidataram para apresentar o projeto no Seminário e a turma fez

poucas intervenções, deixando a apresentação sob a responsabilidade dos colegas

escolhidos que se dispuseram a ensaiar em momentos fora do período de aula.

Uma das alunas que representaria a turma na Atividade 4 faltou em função

de um falecimento na família, mas foi substituída por outra colega da turma. Não

houve prejuízos, pois a turma participou da construção da apresentação e elas

ensaiaram muito, com o apoio da professora titular.

Local da visita: Centro de Educação Ambiental NHObjetivo específico: Observar as plantas em sua manifestação natural;

refletir sobre possibilidades agroecológicas.Data da Visita: 2/10/2014

Inicialmente a turma tinha um agendamento para o Parcão em 10/09, que foi

realizado em 6/10. Porém, surgiu a possibilidade deles visitarem no Centro de

Educação Ambiental Ernest Sarlet – CEAES NH, que fica na Lomba Grande, bairro

rural de Novo Hamburgo. Lá, se localizam vários sítios de agricultura familiar, muitos

deles seguindo os princípios agroecológicos de produção. Como esse espaço se

aproxima mais dos objetivos da turma, darei ênfase a ele neste relato da Atividade 5.

Após uma conversa inicial sobre a história e os espaços do CEAES NH, os

alunos foram visitar alguns deles. A turma foi separada em dois grupos, que

Page 16: Relatório da ação daniela

circularam nos espaços em momentos diferentes. O Relógio do Corpo Humano é um

espaço onde se relacionam ervas e órgãos, apontando o horário do dia em que o

efeito dos chás com as ervas é melhor aproveitado pelo corpo humano, lá eles

puderam conhecer os chás e ver diferenças entre o formato das folhas, suas cores e

texturas. O Jardim das Sensações é um espaço pensado para pessoas portadoras

de deficiências visuais, mas que também é aproveitado por crianças com visão

perfeita. Lá eles encontraram ervas aromáticas, onde podem aproveitar os diferentes

aromas, comparando-os e relacionando-os entre si, além disso, podem também

sentir diferentes texturas com pés e mãos. A Horta Orgânica é um espaço onde os

educandos puderam ver hortaliças produzidas com adubação orgânica a partir de

esterco de animais herbívoros como cavalo e galinha. Foi um momento onde eles

ficaram muito atentos e interessados, refletindo sobre o que poderão realizar na

ação prevista no projeto. A Trilha Ecológica, envolve uma parte com vegetação

nativa, mata ciliar e banhado, próprios do espaço rural do bairro. Nela, os educandos

observaram a relação entre animais e plantas e os elementos da natureza.

O dia estava seco, com um pouco de vento. Os educandos aproveitaram os

momentos do passeio com atenção, curiosidade e alegria. O registro do passeio foi

feito por 2 grupos de 4, em uma atividade que também contou com a parceria da

professora titular da turma. Houve um pouco de confusãod para a organização dos

grupos para o relatório, mas foi realizado de maneira coletiva.

Palestra com a Nutricionista Diane, do Posto de Saúde do bairro.

Objetivo: Relacionar os alimentos orgânicos e frescos com alimentação saudável.

Data da Palestra: 29/09/2010

Existe uma parceria entre o Posto de Saúde do bairro Roselândia e a EMEF

Maria Quitéria, onde uma equipe multidisciplinar realiza o acompanhamento de

Page 17: Relatório da ação daniela

alunos e desenvolve atividades para disseminar informações sobre qualidade de

vida e saúde. Desde o início do ano, a nutricionista Diane tem visitado a escola,

desenvolvendo atividades relacionadas a alimentação, principalmente com as

turmas dos educandos mais novos da escola (5 e 6 anos). Além disso, ela atende

crianças da escola que estão em desequilíbrio nutricional, no posto de saúde do

bairro.

Foi a partir dessa aproximação da nutricionista com a comunidade escolar,

que surgiu a ideia de convidá-la para participar da Atividade 6. Na construção do

projeto, a turma entendeu que deveria ter o apoio de um profissional da nutrição

para complementar a pesquisa, e a nutricionista Diane prontamente se disponibilizou

diante do convite da turma.

A palestra teve o apoio de material multimídia, com muitas imagens e

informações. Primeiro ela falou sobre os alguns nutrientes importantes para a

alimentação, enfatizando os alimentos onde poderiam ser encontrados, e sobre os

tipos de alimentos e suas funções no organismo humano. Em seguida, apontou a

diferença entre verdura, legume e fruta e apresentou uma tabela com informações

nutricionais de vários alimentos frescos que poderiam ser plantados pela turma.

Houve muita interação dos alunos com a palestrante, que fez vários

questionamentos ao longo de sua palestra. Vários alunos fizeram um registro

completo desse momento e, com as informações apresentadas, fizemos um debate

para decidir quais seriam os vegetais que fariam parte da horta da turma. Um grupo

de alunos ficou responsável pelo registro formal dessa atividade, para ser incluído no

caderno de pesquisa.

Ação: Construção de uma hora orgânica.

Para começar a Atividade 7, a turma precisava decidir quais seriam as

plantas que seriam cultivadas e qual seria o espaço disponível para a construção da

Page 18: Relatório da ação daniela

horta orgânica. Inicialmente havia uma parceria para a produção de uma horta em

um centro comunitário localizado na frente da escola, porém houve um atraso na

limpeza do local e a turma decidiu investir em um pequeno espaço disponível dentro

da escola, onde poderiam montar um canteiro em forma de semicírculo, um espiral

de ervas e alguns vasos. Foi preciso pensar em algumas plantas que estariam ao

alcance dos educandos, realizando uma pesquisa sobre as informações nutricionais

das escolhidas. Poucos alunos contribuíram para esta etapa, mas a turma conseguiu

juntar as informações necessárias.

Na saída de estudos, a turma ganhou várias mudas de chás e temperos,

além disso, houve a realização de uma oficina de semeadura de pepino, então a

decisão foi de começar a horta com essas plantas, organizando as ervas em

garrafas de plástico cortadas. No espaço escolhido, que já havia sido utilizado para a

manutenção de uma pequena horta em outro período, foi necessária a realização de

uma limpeza, pois ficou cheio de mato após um ano sem cuidados. A escola possui

equipamento de jardinagem, como pás de diferentes tamanhos, luvas, regadores e

tesoura de poda, tivemos a doação de esterco e de serragem e coletamos folhas

secas separadas pelas funcionárias de limpeza da escola, que seriam utilizados na

adubação orgânica. A área foi limpa a partir de um esforço coletivo, que mostrou

entrosamento de alguns participantes com a manipulação do solo. O contorno do

canteiro e da espiral de ervas foi feito com tijolos disponibilizados pela direção da

escola, o solo foi remexido e o adubo orgânico foi adicionado. Em seguida, os

pepinos foram transplantados e algumas famílias enviaram mudas de alface para o

canteiro em semicírculo, além disso, algumas das ervas em vasos foram

organizadas no espiral, enquanto que outras ficaram nos vasos, em uma prateleira

improvisada para aproveitar melhor o sol no espaço.

A turma está fazendo o movimento de visitar o espaço constantemente, seja

nas aulas do Projeto VIDAA ou em outros momentos, para realizar a rega,

acompanhar o crescimento das plantas e manter os canteiros limpos. Existe um

grupo responsável por esse acompanhamento diário, que foi instruído a controlar a

quantidade de água de acordo com a intensidade do sol. Algumas mudas secaram,

mas a maioria se mantém em desenvolvimento, como o pepino que está florido.

A participação dos educandos aumentou na medida em que percebiam o

avanço da ação. Da mesma forma, o registro das etapas foi melhor organizado com

o tempo. A turma escreveu coletivamente um guia com o passo a passo para a

Page 19: Relatório da ação daniela

construção de uma pequena horta, a partir da experiência realizada. O título foi o

resultado de uma reflexão coletiva a partir do objetivo principal do projeto, onde

vários alunos contribuíram com empolgação.

Espaço da turma na Mostra de Arte Ecológica.

Para a Atividade 8, a turma se reuniu para comprar mudas de salsa e

cebolinha (foram 2 dúzias de cada) para serem adotadas pela comunidade escolar,

junto com um guia com dicas para a montagem de uma mini-horta doméstica e os

cuidados necessários para as plantas. A turma também expôs os vasos com as

plantas cultivadas na mini-horta que produziram na escola, com plaquinhas

identificando as hortaliças. Além disso, foram preparados chás com as ervas

cultivadas pela turma para o lanche da Mostra. Os educandos que se

comprometeram a participar da Mostra estiveram empenhados com suas funções.

Eles se dividiram no espaço das plantas, entregando as mudas de tempero verde

para adoção, mostrando as plantas que eles cultivavam e conversando com a

comunidade sobre a importância das ervas na alimentação, e no espaço da

alimentação saudável, servindo o chá que foi servido com bolinhos de banana.

4º ano B (segunda-feira de tarde)

Temática: ÁGUA

Título: Economizando a Água para um mundo melhor

Page 20: Relatório da ação daniela

Os educandos apresentaram várias ideias criativas desde o início da

discussão na Atividade 1, porém as dificuldades de relacionamento presentes na

turma atrapalharam a organização dessas ideias. Houve muitas conversas paralelas

e algumas situações de desrespeito entre os alunos. A turma escolheu uma votação

secreta diante das propostas apresentadas. Na apuração, alguns grupos se

mostraram insatisfeitos com o resultado. As participações foram conflituosas e, em

vários momentos, antagônicas. Tivemos dificuldade para a realização da escrita do

projeto coletivo e precisamos de novas votações para decidir entre uma posição e

outra. Na elaboração das perguntas, os grupos tiveram um bom desempenho, com

muitas dúvidas bem organizadas.

Houve pouco envolvimento da turma na Atividade 2. A maioria coletou

alguma informação superficial de sites e livros, sem aprofundamento ou articulação

dentro dos grupos. Nas apresentações, os alunos demonstraram, salvo algumas

exceções, pouco entendimento do que liam e/ou falta de interesse no projeto. Os

conflitos dentro das duplas e trios foi evidente, com alunos se acusando em uma

tentativa de justificar o insucesso do trabalho. Além de intervenções sobre as

informações compartilhadas, fiz uma fala bem firme sobre a questão da

responsabilidade do estudante e da importância do engajamento deles para o

sucesso do projeto que eles escolheram.

A maioria dos grupos entregou o trabalho escrito, na Atividade 3, mas poucos

procuraram incluir minhas considerações em busca de um trabalho mais completo.

Alguns grupos entregaram trabalhos incompletos, outros entregaram depois e

poucos nem se preocuparam em entregar algo. Mesmo assim, com as informações

levantadas pelos alunos, conseguimos relacionar as respostas, ampliando a visão da

turma sobre a temática. Poucos alunos se candidataram para apresentar o projeto

no Seminário e a turma se envolveu pouco na organização da apresentação do

Seminário.

Os representantes não estudaram e não se organizaram adequadamente

para a Atividade 4, além disso, não tiveram o apoio necessário da turma, mas

fizeram uma boa leitura do projeto de pesquisa e conseguiram expressar as ideias

principais do projeto.

Page 21: Relatório da ação daniela

Local da Visita: COMUSA Objetivo específico: Conhecer mais sobre o tratamento da água em NH;

observar uma cisterna em funcionamento;Data da Visita: 3/11/2014

O passeio marcado inicialmente era para o Centro de Práticas Ambientais

Urbanas, em Novo Hamburgo, para que os alunos vissem uma casa com 5

cisternas, de 500 l cada, em funcionamento. Porém esse passeio não foi realizado.

Na primeira data marcada (12/09), em função das fortes chuvas em Novo Hamburgo

e na segunda data (30/09), em função de outros compromissos que surgiram para a

pessoa responsável pelo local. Como não conseguimos conciliar as agendas,

decidimos fazer uma visita à COMUSA para conhecer o tratamento da água em

Novo Hamburgo.

Os educandos observaram, na Atividade 5, um espaço onde funciona a

Estação de Tratamento da Água – ETA, desde a entrada da água bruta até o

reservatório de água tratada. Inicialmente a água é bombeada do Rio dos Sinos e

chega no primeiro tanque cheia de sujeira. É adicionado o tanino, uma substância

feita com a casca da Acácia Negra, que acumula moléculas de sujeira. Essa água

passa por uma decantação, onde a sujeira, mais pesada, cai para o fundo do

tanque. Em seguida, a água passa por uma filtragem e, no próximo tanque é

adicionado cloro para deixá-la livre de microorganismos. Para finalizar o tratamento,

a água recebe flúor e vai para o reservatório.

Ao acompanhar todas as etapas de tratamento da água, os alunos puderam

compreender que a água potável que chega na torneira da escola, e de suas casas,

passa por um processo caro e difícil, por isso, ela deve ser utilizada apenas para

funções prioritárias e com uma postura que vise sua economia. Nesse ponto, o

projeto da turma ganhou um novo contorno, pois identificar o valor da água tratada

potencializa a importância da coleta da água da chuva para fins não prioritários.

Page 22: Relatório da ação daniela

Os alunos tiveram a tarefa de registrarem as etapas de tratamento em casa

e houve uma reconstrução dessas etapas através de um fluxograma produzido

coletivamente em sala de aula, enfatizando a função de cada etapa. Os alunos

foram participativos e contribuíram para a construção coletiva, aqueles que não

contribuíram ativamente, conseguiram acompanhar a discussão.

Palestra com o Sr Celso, do setor socioambiental da COMUSA – Serviços de água e esgoto de Novo Hamburgo.

Objetivo: Conhecer as etapas para a construção de uma cisterna.Data da Palestra: 3/11/2014

Houve um desencontro na data agendada anteriormente (3/10) e o encontro,

programado para acontecer na escola, não ocorreu. A Atividade 6 aconteceu junto

com a visita programada pela turma, aproveitando os materiais da cisterna

disponíveis para melhor visualização e a existência de uma cisterna em

funcionamento no espaço.

O palestrante levou um material impresso para os educandos

acompanharem sua explicação. Ele começou questionando sobre o uso da água no

dia a dia e quais são as atividades onde a água é prioritária e as que não são. Com

a cisterna montada e a folha, ele foi guiando os participantes em cada etapa da

construção da cisterna, explicando a função de cada parte.

O modelo apresentado foi fruto de experiências realizadas pela COMUSA

em parceria com instituições e se mostrou eficiente para uso em diversas funções

que permitem o uso da água não potável como rega de canteiros e hortas, limpeza

de chão e banheiro. A turma questionou sobre a possibilidade de usar essa água

para lavar resíduos secos, a ideia foi bem aceita pelo palestrante.

Durante a palestra, a turma teve uma relatora, que fez os registros no

caderno de pesquisa. Esses registro foram apresentados e debatidos com a turma

posteriormente.

Page 23: Relatório da ação daniela

Para realizar a Atividade 7, a turma precisava elaborar uma estratégia para o

levantamento dos materiais necessários para a construção da cisterna, definir o local

mais adequado para sua instalação, conhecer a necessidade de manutenção e

refletir sobre as possibilidades de utilização da água coletada. Como houve atraso

para a realização das atividades anteriores e a turma depende da parceria com a

COMUSA, o cronograma elaborado pela turma teve que ser modificado várias

vezes.

Ação: Construção de uma cisterna para coleta de água da chuva.

Após as etapas anteriores concluídas, a turma já sabia quais materiais

deveriam ser reunidos para a construção da cisterna, a quem deveriam pedir ajuda

para efetivar essa construção, os critérios que deveriam ser observados para a

escolha do local de instalação e a utilização da água coletada na realidade da

escola. Inicialmente a turma fez uma observação no pátio da escola, escolhendo a

quadra como local de instalação da cisterna por ter um telhado maior, o que garante

uma maior vazão da água e por não ter árvores altas a seu redor, permitindo calhas

mais limpas, o que previne entupimentos nos canos e diminui a sujeira na água

coletada.

Com o local escolhido, o financiamento do projeto era o maior obstáculo

para a realização da ação, portanto a turma decidiu que deveria sensibilizar a

Diretora da escola com uma carta, apontando a importância de uma cisterna para

coleta de água da chuva na escola. Os educandos consultaram seus registros da

pesquisa e elaboraram as cartas em grupos de 3 ou 4. Houve muita dificuldade da

turma para a escrita desse texto, mas com a parceria da professora titular, o

resultado final foi satisfatório. Uma comitiva foi escolhida para a oficialização da

entrega das cartas e a Diretora foi chamada na sala de aula para receber o pedido

Page 24: Relatório da ação daniela

de maneira formal. Com uma avaliação positiva, a direção da escola buscou

parcerias com empresas para diminuir o gasto e garantir a efetivação da ação da

turma. A escola conseguiu a doação de duas bombonas de 200 l e a turma preparou

um cartão de agradecimento para a empresa. Os demais materiais como canos,

filtros e torneira, foram comprados pela escola.

O desânimo que abateu a turma após a demora das atividades anteriores foi

substituído por empolgação quando viram as bombonas que foram doadas à escola.

Assim, o título do trabalho foi construído coletivamente, com a participação da

maioria dos participantes. Os educandos puderam perceber o caminho que a água

da chuva vai fazer até a cisterna da escola e se animaram em calcular a economia

de água que pode ser obtida com essa ação. Seguindo esse caminho, o título foi

escolhido para representar os efeitos da ação da turma, porém não houve uma

grande participação dos educandos nessa etapa.

Nesse ponto, a COMUSA foi chamada para a realização técnica da

construção, essa etapa demorou um pouco mais do que o previsto em função da

agenda do setor socioambiental da empresa, mas houve um grande esforço nessa

parceria e o trabalho foi realizado a tempo da Mostra. Entretanto, na as bombonas

recebidas foram avaliadas inadequadas para a cisterna e a COMUSA, conhecendo o

trabalho da turma, decidiu fazer a doação de uma bombona nova para a escola.

Paralelamente a turma confeccionou cartazes sobre maneiras de se evitar o

desperdício de água potável e um esquema com dicas para a instalação de uma

cisterna domiciliar, a partir do material recebido na visita à COMUSA.

Espaço da turma na Mostra de Arte Ecológica.

A turma fez uma demonstração da cisterna montada na escola na Atividade

8, enfatizando nas possibilidades de uso da água coletada e da manutenção

necessária. Ela estava vazia, então os educandos presentes na Mostra fizeram uma

Page 25: Relatório da ação daniela

apresentação de como ela é por dentro também, deixando a atividade mais

interativa. Além disso, os educandos distribuíram os panfletos com o esquema de

montagem da cisterna, estimulando a construção de cisternas para coleta de água

da chuva entre as famílias. Os representantes da turma fizeram uma preparação

mais técnica para a apresentação dos resultados do projeto, defendendo com

dedicação e orgulho o trabalho realizado.

4º ano C (segunda-feira de tarde)

Temática: PLANTAS

Título: Pesquisando e aprendendo sobre as árvores da escola

Os educandos já apresentaram uma ideia bem organizada desde o início da

Atividade 1, pois a turma é bem integrada e já vem desenvolvendo um trabalho de

Educação Ambiental desde o ano anterior. É uma turma muito ativa, que tem

dificuldade de concentração, mas com algumas intervenções, conseguiram

expressar suas ideias para o projeto de pesquisa.

A turma escolheu uma votação aberta, onde uma proposta teve grande

preferência. Enfrentamos algumas dificuldades na escrita, em função de algumas

limitações da turma no processo de alfabetização, por isso auxiliei também a escrita

das perguntas a partir das ideias apresentadas por eles em relação à temática

escolhida.

De uma maneira geral a turma se mostrou envolvida com a Atividade 2. A

maioria das duplas ou trios trouxe informações interessantes a partir das perguntas

elaboradas, mesmo os que não pesquisaram em casa, se preocuparam em

improvisar uma resposta baseada em observação e consulta do livro didático. Houve

uma participação maior depois da apresentação, visando a complementação dos

trabalhos para a parte escrita. Ainda há a agitação da turma que tira o foco e exige

maior diretividade da minha parte, mas com essa intervenção a turma consegue

trabalhar de maneira integrada, não apenas dentro dos grupos.

A maioria da turma entregou o trabalho escrito, da Atividade 3, com

informações mais completas do que as apresentadas anteriormente. Fiz algumas

intervenções que complementaram as ideias apresentadas pelos alunos e tive uma

boa participação dos mesmos. Alguns educandos se candidataram para

representarem a turma, mas senti falta daqueles que são muito participativos nas

Page 26: Relatório da ação daniela

aulas. A votação foi bem apertada e houve alguns pequenos conflitos entre os

alunos participantes dessa escolha, pois as preferências e desavenças entre eles se

expressaram nas escolhas. A participação na construção da apresentação foi

discreta, com pouco envolvimento dos alunos.

Não houve muita preocupação da turma com a Atividade 4. A leitura dos

representantes foi desconcentrada e sem compromisso, porém conseguiram

expressar as ideias principais do projeto.

Local da Visita: Parcão NHObjetivo específico: Observar as árvores em ambiente natural;

refletir sobre as espécies nativas do RS.Data da Visita: 6/10/2014

A Atividade 5, inicialmente marcada para o dia 10/09, permitiu o contato da

turma com um ambiente natural que existe no coração da parte urbana de Novo

Hamburgo. O Parque Municipal Henrique Luís Roessler, mais conhecido como

Parcão, tem mais de 50 hectares e está aberto para a comunidade de Novo

Hamburgo como uma opção de lazer e contato com a natureza. Criado em 1990,

possui um espaço para palestras e pesquisas, onde funciona uma Sala Verde, e

conta com profissionais da Secretaria do Meio Ambiente e da Secretaria de

Educação do município de Novo Hamburgo. Depois de conhecerem um pouco mais

sobre a história e os espaços do parque, os alunos foram lanchar em um espaço ao

ar livre, cercado por uma mini-horta feita em pneus e canos. Em seguida observaram

o açude com tartarugas e começaram a trilha em meio à vegetação nativa e exótica

encontrada em boa parte do parque.

O dia estava nublado e houve uma preocupação com a possibilidade de

chuva, que se confirmou no final da trilha, impossibilitando a parte final na pracinha

do parque e antecipando a volta para a escola. Como o objetivo principal da turma é

Page 27: Relatório da ação daniela

construir uma horta na escola, as possibilidades apresentadas no espaço visitado

despertou a curiosidade dos alunos, que fizeram vários comentários com ideias e

sugestões para o trabalho que futuro da turma.

Na trilha, a guia conversou com a turma sobre a vida na floresta para os

animais conseguirem comida e a dificuldade em se distinguir plantas que poderiam

ser usadas na alimentação e aquelas que poderiam fazer mal aos seres humanos

primitivos. Além disso, também foi apontado outras usos para plantas, como as

sementes de Urucum, encontradas no parque. Os ambientes rurais são ambientes

naturais manipulados pelos seres humanos, pois a agricultura é uma forma de

domesticar as plantas.

Os educandos fizeram várias perguntas ao longo do trajeto, demonstrando

interesse pelo assunto pesquisado e por outras questões pertinentes que não havia

aparecido no planejamento anterior.

O registro da saída de estudos foi realizado inicialmente como um relatório

individual, pedido como um tema de casa. A turma foi prejudicada em função da

presença de uma estagiária durante algumas semanas, diminuindo o número de

aulas disponíveis. Analisamos os textos que foram produzidos pelos educandos,

organizando os passos da turma no Parcão e suas aprendizagens, porém vários

deles não realizaram a tarefa proposta.

Palestra com Felipe Scheid, responsável por um viveiro de mudas de árvores nativas em Novo Hamburgo.

Objetivo: Auxiliar na identificação das espécies de árvores presentes no pátio da escola.Data: 20/10/2014

Desde o ano de 2012, Felipe Scheid visita a nossa escola para propagar o

amor pelas árvores. Ele é responsável pelo Viveiro Scheid, um espaço de cultivo de

Page 28: Relatório da ação daniela

mudas de árvores nativas para compensação ambiental mantido por uma empresa

de esquadrias de madeira.

Em 2013, os alunos da turma tinham visitado o Viveiro Scheid, para

complementarem seus estudos sobre as árvores. Lá eles viram várias mudas nativas

e as etapas de desenvolvimento das mudas de árvores e o momento do plantio.

Essa experiência inspirou a construção do projeto de pesquisa da turma em 2014,

pois já naquela ocasião os alunos demonstraram interesse em conhecer melhor as

árvores da escola. Portanto, a presença desse profissional na Atividade 6, foi uma

consequência lógica de um trabalho anterior e ele também entendeu o convite como

a continuação de um trabalho bem realizado

A atividade foi mais uma oficina do que uma palestra. Depois de uma rápida

conversa sobre as árvores, enfatizando a importância das árvores nativas, fomos

para o pátio da escola onde os alunos levaram tiras de tecido para escreverem o

nome popular das árvores, a partir da ajuda do Felipe. Cada um escolheu uma

árvore diferente e se posicionou ao seu lado. Nosso visitante foi transitando entre os

alunos apresentando o nome popular das árvores e mostrando as características de

cada uma que o levavam a tal conclusão. Depois os alunos tiveram que identificar no

pátio árvores iguais às que já tinham sido nomeadas.

Durante toda a movimentação dos participantes da oficina e do visitante no

pátio, surgiram muitas perguntas em relação àquelas árvores. Eles queriam saber a

idade delas, de qual região do país ou do mundo elas eram, qual era o tamanho que

elas ficavam... todas dúvidas que faziam parte da pesquisa deles e que, até aquele

momento, tinham sido respondidas parcialmente.

No final, voltamos à sala de aula e os alunos tiveram que relembrar os

nomes que tinham escrito. Fizemos uma lista e cada educando fez o registro em seu

caderno, com a tarefa de procurar o nome científico e mais características dessas

árvores.

A turma começou a Atividade 7 com uma lista de nomes populares de

árvores presentes no pátio da escola, obtida através da atividade anterior. Para a

realização da ação, foi necessário ampliar as informações sobre essas árvores,

escolher o material que seria utilizado para apresentar os dados de cada árvore e

buscar estratégias para a valorização das árvores no ambiente escolar.

Page 29: Relatório da ação daniela

Ação: Identificação das árvores do pátio da escola.

A primeira decisão da turma foi a de fazer um papel reciclado para a escrita

das informações sobre cada árvore. Esse papel deveria ser plastificado e furado

para receber um fio, de modo que pudesse ficar impermeável e ser pendurado nos

galhos das árvores. Além disso, a turma decidiu fazer desenhos realistas das

árvores do pátio e construir um jogo que valorizasse a importância das árvores para

os ambientes naturais e humanos.

Toda a turma participou da reciclagem do papel, que ganhou folhas secas

coletadas no pátio da escola em sua polpa. Essa ideia surgiu a partir de experiências

anteriores da turma com essa técnica e da relação existente entre o tronco de árvore

e o papel, ganhando uma simbologia extra ao incorporar folhas secas das árvores

que serão nomeadas nesse material. Paralelamente à reciclagem de papel, os

educandos refletiram sobre os cuidados necessários para o crescimento das árvores

e sua importância para a vida, através da escrita de frases que se juntariam às

informações científicas das mesmas no pátio da escola. Os educandos se dividiram

em 3 grupos, cada um seria responsável por uma das etapas da ação.

O primeiro grupo foi responsável pelas placas feitas de papel reciclado. Eles

elaboraram um modelo de escrita e distribuição das informações, buscaram os

nomes científicos das árvores e elaboraram frases de efeito sobre elas. A confecção

das placas foi realizada sem grandes conflitos, exceto por poucos alunos terem

participado do levantamento das informações científicas a partir dos nomes

populares. Os educandos que realizaram a pesquisa compartilharam suas

descobertas com os colegas para a produção das placas, que receberam uma

plastificação para serem instaladas. Alumas placas ficaram com rasuras e precisarão

ser refeitas, mas a maioria das árvores do pátio e da frente da escola estão

devidamente identificadas.

Page 30: Relatório da ação daniela

O segundo grupo foi formado por um grupo que participa do Clubinho de

Pintura MQ3, onde receberam uma formação sobre técnicas de desenho e pintura.

Cada um recebeu uma foto com uma das árvores do pátio para inspiração e

produziram verdadeiras obras de arte no papel. Houve pequenos conflitos entre os

participantes desse grupo, pois eles ficaram comparando e criticando os trabalhos, o

que exigiu uma intervenção minha. Todos os desenhos receberam uma moldura com

papel colorido.

O terceiro grupo realizou um trabalho mais coletivo que os anteriores. Eles

criaram as regras do jogo e se utilizaram dos registros no caderno de pesquisa para

elaborarem as cartinhas que acompanharão a caminhada dos jogadores por uma

trilha em um tabuleiro, cheio de informações sobre a importância das árvores. O

grupo esteve muito entrosado, permitindo a fluência de ideias criativas em um clima

de colaboração. O tabuleiro foi confeccionado em papel pardo e as cartinhas no

papel reciclado da turma.

A construção do título do trabalho foi movimentada pela participação dos

educandos. Eles demonstraram integração, com sugestões sobrepostas, onde uma

ideia era complementada por outra.

Com a finalização das produções dos grupos, foi preciso um momento de

apresentação entre eles, buscando uma integração dos mesmos enquanto turma,

para que todos possam valorizar os talentos expressos em cada grupo, como

preparação para a Atividade 8. Porém esse momento foi tumultuado e a turma não

conseguiu efetivar tal preparação.

Espaço da turma na Mostra, com o jogo confeccionado.

3 Projeto do Mais Cultura, programa financiado pelo MEC, com a finalidade de disseminar a arte na escola.

Page 31: Relatório da ação daniela

Os visitantes da Mostra puderam conhecer o nome das árvores presentes no

pátio da escola, através das placas produzidas pela turma. Além disso, os

educandos ofereceram o jogo aos visitantes, promovendo uma reflexão sobre a

importância das árvores de forma divertida. Apesar da falta de preparação da turma,

os representantes que estiveram na Mostra se dedicaram em apresentar o jogo aos

visitantes, que fez muito sucesso no evento. A partir da parceria com o Horto

Municipal de NH, a turma teve 10 mudas de pitanga para oferecer aos visitantes,

através da atividade de adoção de mudas, que contou com dicas para os cuidados

com as plantas.

5º ano A (terça-feira de manhã)

Temática: ANIMAIS

Título: Animais: os melhores amigos do ser humano

Os educandos demonstraram um pouco de timidez no início da Atividade 1,

porém as ideias que surgiram foram fruto da observação crítica de uma situação

presente na comunidade escolar. A escolha da temática foi um consenso entre os

alunos, que não realizaram a votação. A escrita do projeto de pesquisa contou com a

colaboração ativa da maioria dos educandos, que refletiram sobre a melhor palavra

para cada frase. Para a metodologia, eles pensaram em grandes ações e tive que

questionar a viabilidade delas. Na elaboração das perguntas, a maioria dos grupos

apresentou questionamentos que surgiram da reflexão sobre as situações

observadas.

Com questões complexas diante da temática escolhida, a turma mostrou

muito esforço para construir a tarefa da Atividade 2. Os grupos buscaram

informações em sites de notícias e de ONGs e conseguiram trazer dados bem

interessantes. Em sua maioria, os educandos se mostraram bem articulados na

apresentação, muitos grupos buscaram um tempo fora do período de aula para

trocarem ideias e complementarem as pesquisas. Tivemos uma discussão coletiva

bem interessante, pois a turma se mostra comprometida com o projeto desde o

início. Percebi que eles relacionaram os dados com suas vivências.

A maioria dos grupos fez a Atividade 3 em forma de cartaz. Pedi que

anotassem no caderno de pesquisa e recolhi os cartazes para expor na Mostra de

Page 32: Relatório da ação daniela

Arte Ecológica. Foram trabalhos completos e com a preocupação de incluir os

apontamentos que fiz na apresentação. Mais da metade da turma se candidatou

para representar a turma no seminário e tivemos uma votação bem apertada. De

uma maneira geral, os educandos se preocuparam em auxiliar os colegas

representantes, com ideias para a apresentação a Atividade 4.

Os representantes se preocuparam em montar uma apresentação incluindo

as aprendizagens iniciais da turma. Houve combinações entre os representantes e a

participação da turma ajudou no resultado da apresentação, o apoio da professora

titular também contribuiu para o sucesso da apresentação.

Local da Visita: Parcão NHObjetivo específico: Observar os animais em ambiente natural.

Data da Visita: 16/09/2014

Inicialmente, a turma pensou em visitar o Canil Municipal, porém o mesmo

encontra-se em processo de mudança de local e reestruturação, por isso optamos

por realizar uma visita ao Parque Municipal Henrique Luís Roessler – PARCÃO, que

é um abrigo para a fauna e a flora no meio da área urbana de Novo Hamburgo.

O objetivo da turma, na Atividade 5, foi apresentado para as responsáveis do

espaço, que prepararam uma visita enfatizando a fauna do local. Já na entrada do

parque, houve a proposta de os educandos ficarem em silêncio para que pudessem

perceber, pelos sons, os animais que habitam as redondezas. Nesse momento, os

pássaros puderam ser percebidos com mais clareza. Inicialmente houve uma

palestra, onde elas contaram a história do parque e apresentaram os animais que

vivem ali, desde várias espécies de pássaros, répteis e mamíferos de pequeno

porte. No espaço da palestra existem animais empalhados, peles de animais, ninhos

de pássaros, animais em vidros e várias imagens. Todos esses animais chegaram

Page 33: Relatório da ação daniela

ao parque porque estavam fora de seus habitats naturais e/ou estavam sofrendo

maus tratos.

Em seguida, os educandos foram até um açude e observaram tartarugas e

peixes que vivem lá. A guia levou alimento para que os alunos jogassem na água e

atraísse os animais, assim eles viram o movimento deles, principalmente das

tartarugas. Lá também tinham aves maiores, como um marreco, e nos arredores

tinha um cavalo, recolhido por maus tratos de seus donos. No caminho eles viram o

trabalho das formigas. No final, os alunos passearam pela trilha, onde ouviram mais

de perto os pássaros e viram tocas de preás que vivem no parque.

Em sala de aula, fizemos uma linha do tempo da visita, na roda de conversa,

e os alunos se organizaram em trios para fazerem o registro da saída de estudos. A

participação da turma foi grande na construção da linha do tempo e eles apontaram

detalhes do passeio. Não foi possível terminar a atividade em aula, mas eles fizeram

em casa e entregaram depois.

Palestra com o Veterinário Maicon, do Canil Municipal de NH.

Objetivo: Apresentar dados sobre o abandono e maus tratos de animais em Novo Hamburgo.

Data: 16/09/2014

Quando o projeto da turma foi apresentando às professoras responsáveis

pelas visitas ao Parcão NH, surgiu a ideia de integrar a visita que os educandos

fariam ao espaço com um projeto desenvolvido pelo Canil Municipal de NH. Um

ônibus sucateado foi reformado e remodelado, pela Secretaria do Meio Ambiente de

Novo Hamburgo, para virar uma sala de aula multimídia a serviço da Educação

Ambiental. Atualmente esse ônibus, em parceria com o Canil Municipal, tem visitado

instituições para levar à população de Novo Hamburgo informações que ajudem a

combater o abando e maus tratos de animais domésticos.

Page 34: Relatório da ação daniela

Como a turma tinha pensado em conversar com alguém sobre os maus

tratos de animais, no agendamento da atividade no Parcão NH, foi sugerido que o

veterinário do Canil Municipal de NH estivesse no ônibus para conduzir a Atividade 6

da turma. Levei a ideia à turma, que concordou com empolgação.

Após a apresentação do Parcão NH, pelas professoras responsáveis, os

educandos foram conduzidos até o ônibus onde o veterinário os esperava. Com o

auxílio de uma apresentação multimídia, ele fazia várias perguntas, buscava as

ideias dos participantes e depois as respondia com gráficos e imagens. Eles ficaram

muito impressionados com os números apresentados e conheceram mais sobre o

trabalho realizado em Novo Hamburgo para diminuir a população de cães e gatos de

rua. O veterinário apontou o abandono como a maior causa do aumento da

população de animais na rua e a castração como o ideal para controlar essa

situação. Ele também falou sobre a Senciência, a guarda responsável e as 5

liberdades dos animais. No final, a turma foi convidada a participar de uma

reportagem sobre o ônibus com a TV Feevale (disponível em

https://www.youtube.com/watch?v=ucsXjaNy2XE), onde alguns alunos falaram sobre

a atividade realizada.

Vários educandos levaram material para registrar as informações durante a

palestra e tinham informações bem precisas durante a discussão posterior em sala

de aula, gerando relatos escritos bem completos. Eles iniciaram a escrita na sala de

aula, em pequenos grupos, e concluíram em casa para ser entregue depois.

Ação: Vídeo sobre a relação entre os animais e os seres humanos.

Para a realização da Atividade 7, havia a necessidade de apresentar um

embasamento técnico da linguagem artística escolhida pela turma. Dessa forma,

começamos com a organização de um Storyboard do vídeo que seria produzido,

seguido pela organização das cenas e escrita de roteiro, passando para a filmagem

e consequente edição do vídeo.

Page 35: Relatório da ação daniela

Inicialmente, coletamos imagens de animais abandonados pelas ruas do

bairro e de animais de estimação das famílias da turma. Além disso, buscamos as

informações levantadas na pesquisa, fazendo uma revisão nos registros dos alunos

e consultando o caderno de pesquisa da turma. Essa etapa permitiu o levantamento

de ideias que deveriam ser defendidas no vídeo.

A turma foi dividia em grupos de trabalho, onde cada um teve a tarefa de

produzir um storyboard do vídeo. Expliquei sobre a importância de se prever a

sequência visual das cenas, buscando uma diversidade de enquadramentos para o

vídeo ficar mais dinâmico. Dei vários exemplos sobre as possibilidades de

composição das cenas para o tipo de vídeo que estava sendo produzido e sugeri a

organização em 6 quadros para o storyboard, ou seja, 6 cenas para o vídeo.

Primeiramente pedi que os grupos listassem a ênfase de cada uma das cenas e

depois dividissem uma folha em 6 partes para desenhar cada uma das cenas na

sequência escolhida.

Em seguida, analisamos as sugestões que surgiram em cada grupo e

definimos coletivamente como seria a sequência de cenas do vídeo: 1)

Apresentação da temática; 2) Perguntas iniciais; 3) Situações-problema; 4) Dados

coletados; 5) Informações pertinentes; e 6) Encerramento. Novamente houve a

necessidade de organização de grupos de trabalho, mas dessa vez com a

responsabilidade de planejar como seria cada cena. A turma definiu um

enquadramento e organização para cada cena e os grupos tiveram a tarefa de

definir o roteiro e os elementos presentes na cena de sua responsabilidade.

Na cena 1, a apresentação da temática seria feita por um grupo,

contextualizando o vídeo na pesquisa da turma. O grupo se baseou no projeto de

pesquisa para a escrita do roteiro, apontando as atividades realizadas que estavam

registradas no caderno de pesquisa. Esse grupo apresentou conflitos entre os

participantes, o que atrasou a escrita do roteiro e filmagem. No fim, decidiram incluir

uma dramatização de adoção e abandono de animais e depois fazer uma

apresentação mais forma.

A cena 2 resgatou as perguntas iniciais da turma para a pesquisa

bibliográfica. O grupo selecionou 4 perguntas e montou a cena com duplas onde um

faria a pergunta e o outro demonstraria desconhecimento diante da mesma. Nem

todos os integrantes do grupo se sentiram à vontade para participar dela, embora

tenham contribuído para sua elaboração.

Page 36: Relatório da ação daniela

Para a cena 3, a turma decidiu utilizar a estrutura de um slide com imagens

de situações de maus tratos e abandono, complementadas com pequenos textos e o

áudio com uma narração ao fundo. O roteiro foi escrito pelo grupo, mas falta ser

revisado e as imagens já começaram a ser selecionadas. O grupo optou por utilizar

também imagens de reportagens nessa cena, demonstrando que tais situações são

corriqueiras na comunidade local. Foram selecionadas situações em relação aos

animais de rua, aos maus tratos pelas famílias, à situação do abate de animais e ao

sofrimento de animais para o entretenimento humano.

A turma optou pela exibição de gráficos para a cena 4. O grupo revisou os

dados apresentados pelo veterinário do Canil Municipal de NH, em relação aos

animais do município e planejou a organização desses dados em gráficos, que

aparecerão com uma narrativa ao fundo. O grupo montou um gráfico sobre a

situação dos animais em NH e montou um texto de apresentação para o vídeo.

A pesquisa bibliográfica inicial foi complementada com a leitura de revistas

temáticas para a cena 5. Nela, a turma optou pela apresentação individual, com a

fonte de pesquisa aparecendo. As informações já foram escolhidas para o roteiro,

que ainda precisa ser organizado para revisão. Esse grupo teve dificuldades para

um trabalho coletivo e sua produção ficou fragmentada no início, porém, na filmagem

eles apresentaram um texto bem completo, que foi lido pelo grupo.

E para encerrar o vídeo na cena 6, a decisão foi de aparecer toda a turma

com algumas falas individuais e outras coletivas. Nessa cena, aparece toda a turma,

que solicitou a minha participação. Alguns colegas ficaram à frente para fazer o

encerramento do vídeo.

O título do trabalho também foi uma escolha de consenso, com sugestões

de vários educandos da turma.

A finalização das filmagens foi apertada e o cancelamento da aula na

semana anterior à Mostra atrapalhou essa tarefa. Contei com o interesse e

dedicação dos grupos, que ensaiaram as falas em casa e estiveram prontos para a

filmagem nos poucos momentos livres que tive nessa última semana de preparação.

Nessa etapa, o apoio da secretária da escola para a edição do vídeo foi

fundamental.

O resultado foi bem positivo, levando em consideração a minha

inexperiência para essa linguagem artística e o pouco tempo que tivemos para sua

realização.

Page 37: Relatório da ação daniela

Espaço da turma na Mostra.

O vídeo produzido pela turma foi exibido durante a Atividade 8, juntamente

com cartazes sobre os cuidados necessários para um guarda responsável. O Ônibus

da Educação Ambiental esteve no evento, com o Veterinário Maicon, que utilizou o

vídeo produzido pelos alunos para conversar com a comunidade sobre os maus

tratos dos animais. O ônibus trouxe vários banners com informações, o que chamou

a atenção dos visitantes. Porém, dos educandos que estiveram na mostra, somente

uma se disponibilizou a defender o projeto e conversar com a comunidade, fazendo

uma parceria com outra turma da escola que também tinha um projeto sobre os

animais.

5º ano B (terça-feira de manhã)

Temática: RESÍDUOS

Título: Arte e Lixo: reutilização e reciclagem com criatividade

Os educandos apresentaram muitas ideias interessantes desde o início da

Atividade 1. Essa turma é muito participativa, mas houve muitas interferências em

todo o processo de escrita do projeto, o que desviou a atenção dos deles. A turma

escolheu uma votação aberta, onde houve pouca diferença entre as temáticas

propostas para a votação. Entretanto, a maioria assumiu a ideia eleita e

apresentaram boas ideias para a organização do projeto. Para a escrita do projeto

de pesquisa alguns alunos participaram mais do que outros e ouve um consenso em

relação à pesquisa bibliográfica inicial, onde cada grupo ficaria responsável pela

pesquisa do histórico, características e possibilidades de um tipo de resíduo.

Page 38: Relatório da ação daniela

Houve uma grande preparação de vários grupos da turma para a Atividade

2, eles se encontraram fora da escola, fizeram cartazes e ensaiaram. É uma turma

cheia de ideias mas com certa ansiedade para dar prosseguimento ao projeto. As

informações foram completas e percebi o interesse dos colegas diante da

apresentação de cada grupo. Percebi uma boa organização das duplas e trios para a

pesquisa bibliográfica inicial, com alunos trabalhando juntos e uma preocupação em

juntar os dados de maneira contextualizada. Eles perguntaram muitas coisas diante

da fala dos grupos, assim, tivemos um momento de muitas trocas.

Todos os grupos entregaram a Atividade 3, embora uns estivessem mais

completos do que outros. Alguns grupos já tinham feito cartazes na apresentação

anterior e os recolhi para expor na Mostra de Arte Ecológica. Percebi um

amadurecimento das pesquisas, onde os alunos buscaram organizar melhor as

informações no texto apresentado. Os grupos, em geral, trabalharam de forma

coletiva e integrada. Mais da metade da turma se candidatou para representar a

turma no seminário e a votação mostrou as lideranças e conflitos existentes entre os

alunos. Porém a turma colaborou para montar a apresentação e as alunas

escolhidas se empenharam muito para organizar a fala e ensaiá-la para a Atividade

4.

As representantes se dedicaram e ensaiaram com a ajuda da turma e o

apoio da professora titular. A apresentação foi bem organizada e houve uma

preocupação em apontar o que já havia sido realizado e o que a turma ainda

pretende realizar.

Local da Visita: Central de Gestão de Resíduos Sólidos da RoselândiaObjetivo específico: Conhecer o trabalho de separação de resíduos

para a reciclagem da COOLABORE, através do projeto CATAVIDA NH;Data da Visita: 9/09/2014

Page 39: Relatório da ação daniela

A Central de Gestão de Resíduos Sólidos da Roselândia, local da Atividade

5, foi construída na área onde funcionava o Lixão da cidade de Novo Hamburgo, até

a década de 90. Depois dos anos 2000, foi feito o correto aterramento de todo o lixo

que ali estava, com o plantio de grama e árvores no local, e o primeiro galpão com

esteiras para a separação dos resíduos foi erguido nesse espaço.

São 3 esteiras, em uma ponta estão os resíduos como chegam dos

caminhões. Em Novo Hamburgo não há coleta seletiva nos caminhões, porém não

há compactação e as sacolas chegam misturadas, mas quando há a separação nas

residências, nas fábricas e no comércio, essa separação se mantém antes de entrar

na esteira. As sacolas entram na esteira e são abertas, os catadores vão

organizando os materiais em recipientes na medida em que passam pela esteira.

Todo o material que não pode ser reciclado vai para a outra ponta da esteira, que é

recolhido e enviado a Minas do Leão/RS, para aterramento. O material recolhido nas

esteiras são organizados em locais maiores e é enviado para a compactação.

Depois disso, o material é encaminhado para as indústrias de reciclagem.

Os educandos acompanharam cada etapa, no início o cheio forte e o

aspecto geral do lixo incomodou muitos deles. O guia foi apresentando cada etapa,

falando da importância da separação feita em casa para que o trabalho na esteira

pudesse ser mais produtivo. Ele falou dos princípios do projeto CATAVIDA,

promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Social, onde os catadores passam

por uma capacitação e recebem equipamentos mais adequados para o seu trabalho,

e da COOLABORE, cooperativa que realiza o trabalho de separação de resíduos em

Novo Hamburgo. O trabalho realizado tem um fundo social, por ser a fonte de renda

daqueles catadores, mas também é um trabalho ambiental, pois a separação para a

reciclagem diminui o lixo aterrado e economiza água e energia na extração da

matéria-prima da natureza. No final da visita, aquele ambiente não estava mais

incomodando as crianças, que foram observar o espaço onde foi aterrado o lixo do

antigo lixão. Lá só tem uma subida cheia de grama, por onde eles correram e

brincaram, chegando no topo eles avistaram a escola e todo o bairro. Nesse espaço

eles viram caixas, que servem para a coleta do chorume, e chaminés, por onde sai o

gás metano.

Em sala de aula, mostrei as fotos e recriamos o passeio, para que cada um

fizesse o seu registro. Depois conversamos sobre o que vimos e a turma elegeu

alguns educandos para fazerem o relato final por escrito, a partir da roda de

Page 40: Relatório da ação daniela

conversa realizada. Os alunos falaram muito sobre a mudança de visão sobre o lixo

do início ao final da atividade, percebendo a importância do trabalho que é realizado

ali.

Palestra com Maria Ignês, responsável pelo projeto de Economia Solidária de Novo Hamburgo.

Objetivo: Relacionar a separação de resíduos com o artesanato.

Data: 16/09/2014

A Gerência de Economia Solidária de Novo Hamburgo faz parte de um grupo

multissetorial que organiza o projeto de Educação Ambiental no município. Em uma

das reuniões do Coletivo Educador Ambiental de Novo Hamburgo, Maria Ignês

apresentou como as questões da Economia Solidária eram conduzidas no município

e se disponibilizou para uma parceria com as escolas da Rede Municipal de Ensino

de Novo Hamburgo.

Como a proposta da turma envolvia as questões da coleta seletiva e o

Projeto Catavida está inserido na Economia Solidária em NH, sugeri que a turma

convidasse a Maria Ignês para a Atividade 6. Naquela ocasião, apesar da aceitação

dos alunos, não ficou muito claro para eles a importância dessa visita. Porém, depois

da saída de estudos à Central de Resíduos Sólidos da Roselândia, que tem parceria

com o Catavida, os alunos se animaram com a possibilidade de conhecerem a

pessoa que é responsável pelo que viram.

A convidada montou uma apresentação com imagens, vídeo e informações

especificamente para atender às necessidades do projeto da turma. Inicialmente fez

uma relação do Projeto Catavida, projeto da prefeitura que enfatiza a formação e

instrumentalização dos catadores, com a Cooperativa COOLABORE, grupo dos

catadores responsáveis pela separação de resíduos no município. Em seguida

apresentou alguns conceitos relacionados ao lixo a reutilização e reciclagem e dados

do descarte em Novo Hamburgo, apresentando exemplos de reutilização utilizados

pelos artesãos do grupo de Economia Solidária do município, que se utilizam dos

Page 41: Relatório da ação daniela

resíduos separados pela COOLABORE como matéria prima para suas produções.

No final, ela propôs uma oficina de reutilização usando placas de madeira e latas,

para inspirar os alunos da turma.

Foi uma palestra bem esclarecedora para os educandos, que foi ao encontro

da experiência que tiveram na atividade anterior. A maioria fez um registro bem

completo da fala da convidada ao longo da palestra e participou com perguntas,

demostrando curiosidade e interesse na atividade. Como essa turma foi escolhida

para representar a escola na FEMICTEC e precisava dos resultados parciais da

pesquisa, um grupo ficou responsável pelo registro, mas tivemos uma boa discussão

em sala de aula a partir das anotações dos alunos. Nessa ocasião, a turma também

escolheu o título do trabalho, com sugestões de vários educandos em uma

construção coletiva.

Ação: Oficinas de reutilização e reciclagem.

A Atividade 7 da turma dependia da participação de colegas de outras

turmas, por isso, havia uma dupla preocupação. A ideia era estruturar oficinas de

reutilização e reciclagem para serem oferecidas durante os recreios. Por um lado, a

turma precisava experimentar técnicas de reutilização e reciclagem e a organizar as

oficinas para se enquadrarem no tempo disponível e se adaptarem ao público-alvo e,

por outro, havia a necessidade de elaborar estratégias de mobilização dos colegas,

para que procurassem as oficinas na hora do recreio. Para tanto, os educandos

foram desafiados a utilizarem a ludicidade em seus trabalhos, tornando a oficina um

momento prazeroso para os participantes.

Inicialmente, a turma selecionou os resíduos que seriam utilizados nas

oficinas e se organizou em grupos de trabalho a partir das ideias inicias de produção

com cada material. Cada grupo teve que descrever sua oficina, listando os materiais

necessários para sua realização. Em seguida, eles deveriam criar uma peça inicial

para a construção de um passo a passo da produção do grupo. Nessa etapa, foram

Page 42: Relatório da ação daniela

confeccionados cartazes com a propaganda da oficina e os grupos tiveram que

visitar as salas de aula da escola, apresentando a proposta para a mobilização dos

alunos exibindo sua produção inicial. Para finalizar, os grupos tiveram que organizar

seus materiais para a realização das oficinas agendadas. A cada semana, os grupos

ofereceram as oficinas programadas, atendendo os dois recreios do turno da manhã.

A participação foi desigual para cada oferta, mas houve muita curiosidade dos que

circulavam pelos recreios. Após a realização da oficina, o grupo responsável teve

que elaborar um relatório contando sua experiência.

A primeira oficina foi de brinquedos com sucata, o grupo se organizou para

produzir um carrinho e um boneco. A ideia foi de juntar resíduos diversos, como

caixinhas, tampinhas e potinhos e deixar a criatividade fluir. Existiram alguns

conflitos entre os membros do grupo e algumas lideranças produziram a peça inicial

enquanto outros acompanhavam sem muito entusiasmo. No dia da oficina, o grupo

estava desarticulado e o apoio de colegas de outros grupos auxiliaram na

divulgação, visitando as salas de aula da escola. O grupo não separou previamente

o material e alguns integrantes nem participaram ativamente da oficina. Apesar

disso, havia um público razoável, com vários alunos de diferentes séries rodeando a

mesa da oficina. De uma maneira geral, os participantes procuraram criar seus

brinquedos a partir do modelo, mas com características próprias. O relatório foi

produzido sem muita preocupação, com o grupo desarticulado.

A segunda oficina foi de papel reciclado, o grupo preparou a polpa

antecipadamente, com a preocupação de fazer um papel com características

próprias. O grupo passou nas salas para fazerem o convite na semana anterior à

oficina e no dia para relembrar. Antes do recreio começar o grupo já estava a postos,

com todo o material organizado e as integrantes do grupo bem posicionadas para

auxiliar os colegas na retirada das folhas recicladas da bacia. Foi preciso pouca

supervisão e a participação dos colegas foi grande e entusiasmada. No final do

segundo recreio, o grupo deixou tudo organizado e limpo. O relatório foi completo,

escrito de maneira coletiva.

A terceira oficina foi de puff de caixa de leite. Desde a organização das

oficinas, esse grupo percebeu a necessidade de coletar caixas de leite e tomou a

iniciativa de passar nas salas pedindo-as para os colegas. Desde então, a

participação foi grande. Todo o trabalho de divulgação do grupo foi bem organizado

e houve receptividade dos colegas, de professores e funcionários para a proposta. O

Page 43: Relatório da ação daniela

grupo teve um pouco de dificuldade para montar o primeiro puff, mas na hora da

oficina estavam com tudo organizado e bem posicionadas para construírem um puff

com os colegas participantes, no final, todos que passavam queriam experimentar o

puff.

A quarta oficina foi de cesto de jornal. O grupo demorou para dominar a

técnica, mas preparou tudo para a oficina, onde conduziram os participantes em

cada etapa para a construção de um cesto coletivo com rodelinhas de jornal. O

grupo trabalhou coletivamente, sem grandes conflitos. A participação nos recreios foi

boa.

A quinta, e última, oficina seria de porta-lápis de latinhas, forrado com tecido.

As alunas fizeram um porta-lápis com divisórias, juntando várias latinhas pequenas e

está em fase de ornamentação. A ideia era ensinar os participantes a forrarem uma

latinha, para tanto levariam os tecidos cortados e as latinhas preparadas. O grupo

trabalha coletivamente, sem conflitos. Porém na semana prevista, a turma não teve

aula em função de uma reunião na escola e o grupo não conseguiu se organizar

para outra data. Mesmo assim as produções do grupo em sala de aula fizeram parte

da Mostra.

Os grupos se organizaram para oferecerem algumas das oficinas durante a

Atividade 8. Dessa forma, a comunidade escolar poderia aprender a reutilizar e

reciclar os resíduos. Porém, o envolvimento da turma para essa atividade foi muito

aquém do ideal e poucos alunos estiveram presentes na Mostra.

Espaço da turma na Mostra.

Porém, com o apoio de colegas de outras turmas, a turma ofereceu uma

oficina de papa-livros, feitos com o papel reciclado em uma das oficinas de recreio,

levando, assim, uma atividade prática onde o lixo se transforma em arte para a

comunidade que participou da Mostra.

Page 44: Relatório da ação daniela

Também foi apresentado o trabalho que representou a escola na II

FEMICTEC de Novo Hamburgo, no mês de setembro e todas as produções

realizadas nas oficinas de recreio. Os cartazes produzidos durante a pesquisa

bibliográfica complementaram a participação da turma na Mostra.

Considerações finais

O projeto apresentado esteve pautado na Pedagogia de Paulo Freire aplicada

à questão ambiental. Pois, “Paulo Freire tem nos indicado caminhos, acreditando no

sonho possível, como o sonho da escola cidadã e da ecopedagogia” (GADOTTI,

2009, p. 25). Nesse sentido, a EMEF Maria Quitéria teve uma experiência de

Educação Ambiental que se preocupou em ir:

[…] além da preservação dos recursos naturais e da viabilidade de umdesenvolvimento sem agressão ao meio ambiente. Ele implica um equilíbriodo ser humano consigo mesmo e, em consequência com todo o planeta [...].A sustentabilidade que defendemos refere-se ao próprio sentido do quesomos, de onde vivemos e para onde vamos, como seres do sentido edoadores de sentido de tudo que nos cerca. (GADOTTI, 2009, p. 35)

A escolha metodológica para a aplicação da ação na escola foi do ensino pela

pesquisa, onde os educandos tiveram a oportunidade de se colocarem como

protagonistas de suas aprendizagens, refletindo sobre suas atuações, individuais e

coletivas, diante da realidade socioambiental circundante.

Todo o processo de pesquisa parte da curiosidade sobre o que não se sabe,

abrindo espaço para a construção e reconstrução do saber. Por isso, “como

professor devo saber que sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me

insere na busca, não aprendo nem ensino” (FREIRE, 2002, p. 95). Para tanto, é

preciso legitimar a curiosidade do educando das séries iniciais, direcionando-os para

a organização de seus questionamentos e instrumentalizando-os para a prática da

pesquisa em seus cotidianos.

Nesse sentido, as etapas desenvolvidas no projeto contemplaram o caminho

necessário para a pesquisa. Percebe-se uma diferença entre a atuação das 2 turmas

de 5º ano para as 3 turmas de 4º ano, mostrando que existem etapas na estrutura

curricular para o desenvolvimento dos educandos. As Séries Iniciais do Ensino

Fundamental visam a alfabetização, com os últimos dois anos para o

aperfeiçoamento da escrita e da leitura.

Page 45: Relatório da ação daniela

Porém, o ensino pela pesquisa é mais do que o exercício de busca de

informações e interpretações decorrentes da leitura e o registro escrito dessas

informações de maneira organizada. Pesquisar é educar o olhar para a realidade

circundante, observando os efeitos dos fenômenos na vida ao nosso redor. Esse

exercício deve ser iniciado o quanto antes, e a realidade escolar deve valorizar a

curiosidade de seus educandos, como ponto de partida da prática de pesquisa.

A formação para a cidadania deve, portanto, valorizar uma postura

investigativa, pois “a curiosidade nos faz querer conhecer o mundo, refletir sobre ele

e compreendê-lo, para então poder transformá-lo” (CRUZ et al, 2012, p. 10). Abre-

se, assim, espaço para um ensino pela pesquisa, dentro de projetos que insiram a

sustentabilidade socioambiental como agente integrador do currículo. Tal

metodologia de ensino permite que os conteúdos sejam abordados de forma inter e

transdisciplinar.

Page 46: Relatório da ação daniela

Referências

CRUZ, R. et al. Paulo Freire, um Educador Ambiental: apontamento críticos sobre

a educação ambiental a partir do pensamento freireano. DELOS – Revista Desarrollo

Local Sostemble. Grupo Eurned.net y Red Academica Iberoamericana Local Global.

Vol. 5, nº13. Fevereiro de 2012. Disponível em <www.eumed.net/rev/delos/13>

acesso em 7/02/2014.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa.

São Paulo: Paz e Terra, 2002.

GADOTTI, M. Pedagogia da Terra. São Paulo: Peirópolis, 2009, 6ª edição.

LOUREIRO, C. F. e COSTA, C. A. Educação Ambiental Crítica e

Interdisciplinaridade: a contribuição da dialética materialista na determinação

conceitual. NUPEAT-IESA. UFG, v. 3, n. 1, jan-jun, 2013. p. 1-22, artigo 34.

Page 47: Relatório da ação daniela

APÊNDICES

1 – Projetos de Pesquisa das turmas:

Projeto de Pesquisa do 4º A

Temática: Alimentação Saudável

Objetivo: Construir uma horta escolar eestimular a horta doméstica no bairro.

Justificativa: As plantas fazem parte danossa vida, elas nos dão madeira,sombra, ar fresco e alimentossaudáveis. As frutas e legumes nosajudam a ter mais saúde em nossasvidas, por isso devemos cultivar overde através de uma horta. Na escolapodemos aprender como cuidar deuma horta, para podermos tambémfazer em nossas casas.

Metodologia:

Buscar informações: Condiçõesfavoráveis para as plantas sedesenvolverem; escolha deplantas para a horta.

Observação do espaço para ahorta;

Visita ao CEAES ou Suzuki;

Visita da nutricionista para falarsobre a importância das plantasna alimentação;

Preparação, construção emanutenção da horta escolar;

Divulgação dos resultados com impressos, postagens e oficinas.

Projeto de Pesquisa do 4º B

Temática: Água

Objetivo: Identificar as melhoresmaneiras de usar a água na cidade(tratamento da água e coleta dachuva).

Justificativa: Nós usamos a água emvários momentos da vida e acabamossujando e desperdiçando. Paraentender como podemos preservar aágua do planeta devemos conhecermais sobre ela, pensando em diminuira poluição nos rios e mares dascidades, trocando produtos queusamos para a limpeza e coletandoágua da chuva para as plantas.

Metodologia:

Buscar informações: Origem daágua no planeta, uso humano,ciclo da água na natureza etratamento da água;

Visita à COMUSA (tratamento);

Busca de locais do bairro quecoletam água da chuva;

Preparação, construção e usode cisterna (ConsultoriaCOMUSA);

Divulgação dos resultados com visita a escolas vizinhas, cartazes explicativos e oficinas para a comunidade escolar.

Page 48: Relatório da ação daniela

Projeto de Pesquisa do 4º C

Temática: Plantas

Objetivos: Conhecer e identificar as Árvores da escola; aumentar a área verde da escola.

Justificativa: As plantas sãoimportantes pois elas limpam o ar e aágua, nos dão sombra e alimento, alémde embelezar os ambientes. Cada tipode planta nos ajuda em alguma coisa epara poder cuidar delas precisamospesquisar mais sobre elas, assimteremos uma escola mais verde esustentável.

Metodologia:

Buscar informações: Partes dasplantas; tipos de árvores e suascaracterísticas.

Observação das árvores dobairro e fotografia das mesmas;

Visita do Felipe Scheid(palestra);

Visita ao Parcão ou CEAES;

Identificação das árvores daescola;

Cartazes e postagens sobre aimportância das árvores;

Produção de mudas de árvores para a comunidade.

Projeto de Pesquisa do 5º A

Temática: Animais

Objetivo: Conscientizar a comunidadeescolar sobre a responsabilidade decada um em relação aos animaisurbanos.

Justificativa: Os animais são muitoimportantes para a natureza. Elesprecisam ser respeitados e muito bemcuidados, evitando os maus tratos.Alguns animais foram domesticadospelo homem e passaram a fazer partedas famílias. Porém, algumas dessasfamílias não cuidam delescorretamente, negando comida, água,

carinho, higiene e outros.

Metodologia:

Pesquisa bibliográfica: maustratos e abandono de animaisdomésticos; consciência animal;violência contra animais.

Observação dos animais dobairro;

Visita ao Canil Municipal;

Visita de ONG de Proteção aosanimais;

Campanha de proteção dosanimais;

Produção de vídeo, livro ecartazes informativos;

Visitas à comunidade paradivulgação de materiais.

Page 49: Relatório da ação daniela

Projeto de Pesquisa do 5º B

Temática: Resíduos

Objetivo: Disseminar ideias criativasque ajudem a combater a poluição nobairro.

Justificativa: A poluição é um problemaurbano que afeta todos nós. Por issodevemos tomar atitudes que preservemo meio ambiente para um futuromelhor. Quando cuidamos dos resíduosque produzimos diminuímos a poluição.

Metodologia:

Pesquisa bibliográfica: origem,produção, utilização e descartede resíduos diversos.

Observação do descarte nobairro;

Visita à Central de Resíduos daRoselândia;

Oficinas de reutilização ereciclagem;

Estruturação de oficina paraalunos (no recreio);

Campanha de cuidado com olixo;

Produção de materiais paradivulgação;

Exposição dos objetosproduzidos.

Page 50: Relatório da ação daniela

2- Gráficos da Avaliação dos Projetosno Seminário de Educação AmbientalEscolar:

Page 51: Relatório da ação daniela

3 – Conteúdo do Foldes da I Mostra de ArteEcológica da EMEF Maria Quitéria.

Página 1:

Projeto VIDAA e ComVida MQ apresentam:

I Mostra de Arte Ecológica

Ciência e Arte para uma EscolaSustentável

Teatro • Vídeo • Músicas • Desenhos Fotografias • Esculturas • Ações

Divulgação dos resultadosdos Projetos de Pesquisa

desenvolvidos pelas turmas.

Dia 29/11/2014Sábado – a partir das 9 h

Página 2:

A Comunidade Escolar da EMEF Maria

Quitéria tem muitas razões para se orgulhar das

crianças e jovens que fazem parte das nossas

14 turmas em 2014.

O Projeto Vivências InterDisciplinares

Artísticas e Ambientais – VIDAA, oferecido pela

Profª Daniela Menezes, teve como principal

objetivo abrir espaços para a observação do

ambiente escolar e promover uma troca de

ideias entre os alunos, pensando em

possibilidades de uma vida mais equilibrada e

sustentável através do ensino pela pesquisa.

Mas nossos alunos foram além. Partindo

dos Indicadores de Sustentabilidade, cada

turma construiu seu projeto de pesquisa; buscou

informações em sites, livros, jornais e revistas;

realizou saídas de estudo; participou de

palestras temáticas; desenvolveu ações

pensando no equilíbrio socioambiental da

escola; e organizou suas aprendizagens,

utilizando-se de uma linguagem artística, para

compartilhar ideias.

Como resultado, temos a I Mostra de

Arte Ecológica da EMEF Maria Quitéria,

permitindo que as famílias da Roselândia, e

demais convidados, possam aprender com a

ciência e a arte, que é possível diminuir o

impacto negativo das nossas ações sobre o

meio natural no qual vivemos.

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Página 3:

Atividades da Mostra

Ônibus da Educação Ambiental/ CanilMunicipal

Palestra sobre o cuidado com os animais.

Adoção de mudas

Leve uma muda de árvore ou erva para casa,com o compromisso de cuidar dela.

Troca-Troca Solidário

Traga um brinquedo ou livro em bom estadopara trocar por outro objeto.

Brechó

Roupas bonitas em bom estado por um preçobaixo.

Oficinas de Reutilização e Reciclagem

Aprenda a fazer arte com materiais que iriampara o lixo.

Dicas para uma Casa Sustentável

Distribuição de materiais impressos para levaras dicas das turmas para as casas do bairro.

Lanche Saudável

Experimente opções de lanche gostosos e commenos gordura, açúcar e sal.

Mateada

Traga seu chimarrão para um momento deintegração com a comunidade.

Todo o processo de pesquisa e materiaisproduzidos durante o Projeto VIDAA estão noblog:

sustentabi l idadedasaladeaula .b logspot .com

Acesse, comente e aproveite.

Páginas 4 e 5:

Projetos de Pesquisa das Turmas

N5 A – O caminho da ÁguaObjetivo: Saber de onde vem e para onde vai a água.Produções: Terrário para mostrar o ciclo da água nanatureza e representação de um rio vivo.

N5 B – Receitas Gostosas e SaudáveisObjetivo: Conhecer receitas gostosas para umaalimentação melhor.Produções: Livro de receitas gostosas e saudáveis.

1º A – Canteiros Cheios de Vida para o Pátio daEscolaObjetivo: Ajudar as plantas a crescerem bonitas nopátio da escola.Produções: Canteiro no pátio da escola com flores efolhagens identificadas. Distribuição de sementes.

1º B – Quem Pesquisa Cuida Melhor dos AnimaisObjetivo: Conhecer os animais do bairro e entender oque é preciso para eles viverem melhor.Produções: História em quadrinhos da domesticaçãodos animais e folder sobre cuidados com os animais.

2º A – Cuidando da água na escola: uso conscienteObjetivo: Conhecer como os alunos usam a água emtodos os lugares, para diminuir o desperdício.Produções: Demonstração da quantidade de água noplaneta e de meios de consumo consciente da águapotável.

2º B – Lugar de Lixo é no Lixo: cada tipo tem umlugar certoObjetivo: Conhecer de onde vem o lixo e para onde elevai, pensando em diminuir a quantidade de lixo doambiente.Produções: Descrição dos resíduos e demostraçãosobre a correta separação do lixo para a reciclagem.

3º A – Casa Ecológica: uma moradia sustentávelpara se viverObjetivo: Identificar como deve ser uma casasustentável.Produções: Maquete de casa com dicas para deixá-lamais sustentável.

3º B – Ar Limpo para uma Vida Melhor: combatendoo aquecimento globalObjetivo: Conhecer a poluição do ar e seus efeitos nanatureza, buscando novas atitudes.Produções: Peça de teatro com reflexão sobre apoluição do ar e o aquecimento global.

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3º C – Vamos comprar com responsabilidade:caminho para um mundo melhorObjetivo: Conhecer a maneira que as pessoascompram para diminuir as compras desnecessárias.Produções: Livro sobre compra consciente. Troca-trocasolidário.

4º A – A Horta Sustentável: construindo umaalimentação melhorObjetivo: Construir uma horta escolar e estimular ahorta doméstica no bairro.Produções: Horta orgânica com vasos de ervas.Distribuição de mudas para a comunidade.

4º B – Economizando a Água para um mundomelhorObjetivo: Identificar as melhores maneiras de usar aágua na cidade (tratamento da água e coleta dachuva).Produções: Cisterna para coleta de água da chuva.Uso consciente da água no dia a dia.

4º C – Pesquisando e aprendendo sobre as árvoresda escolaObjetivo: Conhecer e identificar as Árvores da escola;aumentar a área verde da escola.Produções: Placas e identificação das árvores daescola. Adoção de mudas de árvores nativas.

5º A – Animais: os melhores amigos do ser humanoObjetivo: Conscientizar a comunidade escolar sobre aresponsabilidade de cada um em relação aos animaisurbanos.Produções: Vídeo para conscientização sobre cuidadoscom animais.

5º B – Arte e Lixo: reutilização e reciclagem comcriatividadeObjetivo: Disseminar ideias criativas que ajudem acombater a poluição no bairro.Produções: Exposição de objetos produzidos pelosalunos a partir de oficinas de reutilização e reciclagem.

Página 6:

Para uma Vida mais Sustentável:

Respeite todas as formas de vidapresentes no Planeta Terra, aproveitando ocontato com a natureza.

Adote plantas e animais, oferecendo oscuidados que precisam para cresceremsaudáveis.

Use a água potável com equilíbrio, emtodos os lugares onde estiver, evitando aomáximo o desperdício.

Reaproveite a água da máquina de lavarou da chuva para limpeza e rega deplantas.

Prefira produtos biodegradáveis, quepoluam menos rios e solo.

Separe o lixo reciclável do rejeito (nãorecicláveis), reutilizando com criatividade oque for possível.

Prepare a sua comida com alimentosfrescos e saudáveis, diminuindo o sal, oaçúcar e a gordura. Evite produtosalimentares industrializados.

Utilize as sobras de alimentos crus parafortalecer as plantas, através dacompostagem.

Compre apenas o necessário, valorizandoo seu dinheiro.

Procure consertar objetos antes decomprar um novo e troque ou doe aquelesque não são mais utilizados por sua família.

Busque informações sobre o meioambiente e a sustentabilidade, ecompartilhe o que aprender com os outros.

Organize a sua casa e a sua rotina paraincluir a maioria dessas dicas.