relações entre o administrativo e o pedagógico na prática do gestor escolar- prof. dr. paulo...
DESCRIPTION
Discussão sobre as relações entre a administração escolar, gestão da escola, pedagógico.TRANSCRIPT
Relações entre o administrativo e
o pedagógico na prática do
gestor escolar
Tema 11
I. ANALISE RELACIONADA À DICOTOMIA ENTRE O ADMINISTRATIVO E O
PEDAGÓGICO DA ESCOLA E DA SUA GESTÃO.
• Conflito entre as partes que representam as atividades-meio
(administrativo) e os que representam as atividades–fim
(ensino), entendidas como dois campos distintos de atividades
• São conflitos resultantes das diferentes funções na estrutura de
qualquer organização, ou, ainda, das funções preenchidas por
pessoas diferentes, que lutam cotidianamente pelo poder ligado
à sua função.
1.1. A perspectiva de conflito funcional
Acrescidos de planificação sobre:
AvaliaçãoEnsinoConteúdosCurrículo
Ações/Dimensões das Atividades-Meio
PlanejamentoProjeto
PedagógicoOrg. e práticas de
GestãoPlanos de ensino
Âmbito das atividades-meio na educação formal
Planejamento, organização, controle, direção e controle do pessoal, dos recursos materiais, físicos, financeiros e pedagógicos.
Atividades-meio: conceito
São atividades que contribuem e asseguram o alcance (ou consecução) das atividades-fim – não diretamente com o educando.
Objetivos
Que tipo de homem se quer formar ? Para que sociedade ?
Derivadas
Exigências econômicas, políticas, sociais, culturais
Atividades-fim - conceito
São atividades que contribuem diretamente à formação do aluno por meio da intervenção no processo ensino-aprendizagem (educador-educando)
Para Saes & Alves (2003) a forma de divisão do trabalho neste tipo de sociedade
influencia o aparelho estatal bem como o econômico...
1.1.1. Pressupostos da perspectiva de conflito funcional
Os conflitos funcionais intraescolares no âmbito da estrutura da sociedade
capitalista reforçam a forma de divisão do trabalho na perspectiva capitalista
capitalismo
Está em jogo a relação de poder, advinda das tensões dos representantes
administrativos e dos representantes técnicos
1.1.2. Razões da eclosão dos conflitos funcionais
a) Parcelização ou delimitação da função que tem fim em si mesma;
b) Não existe qualquer esforço no rompimento com o modelo funcional, apenas
uma delimitação hierárquica de prioridade no interior da unidade escolar. Tal
posicionamento contribui ainda mais para a evolução do processo disciplinar e
isolacionista... de funções
1.2. A perspectiva da interconexão:
O pedagógico na escola como razão da administração escolar.
Parte de uma nova definição de racionalidade ‘democrática e emancipatória’ para a
administração educacional, que se utiliza do corpus teórico existente no Brasil e dos
pressupostos (consenso, diálogo, discurso, argumentação, contra-argumentação e
relações intersubjetivas) da racionalidade comunicativa de Jürgen Habermas.
Interconexão entre administrativo e pedagógico por meio do diálogo
interparadigmático (teórico s da administração escolar e de orientação pedagógica)
• Discute a relação entre o administrativo e o pedagógico na vertente multirreferencial, isto é,
a administração educacional pode ser vista a partir de duas perspectivas: tanto a perspectiva
organizacional (administrativo) quanto a institucional (pedagógico).
• Pressupõe uma visão pluralizada da administração e do pedagógico na gestão escolar, sem
que haja mudança nas funções do diretor e outros profissionais da educação; é somente um
“modo de ser e de atuar no espaço simbólico e concreto do cumprimento de sua obrigação
1.3. A perspectiva da multirreferencialidade:
II. NEXOS ENTRE ATIVIDADES-MEIO E ATIVIDADES-FIM (O ADMINISTRATIVO E
O PEDAGÓGICO NA GESTÃO ESCOLAR)
Expectativas e exigências
econômicas, políticas sociais,
culturais...
Atividades-meio
Atividades-fim
Processo ensino-aprendizagem
Formação
do aluno
[...] à medida que as atividades-meio se
“degradam” em fins em si mesmas, deixando
de servir aos fins da instituição escolar, por
perder sua característica própria de
sustentáculo das atividades-fim. Para
superar esse risco é preciso um conceito
mais amplo e rigoroso de administração.
Justifica-se, então, considerá-la como
“utilização racional de recursos para a
realização de fins determinados...
Assim entendida, a qualidade específica da administração é seu caráter de mediação que envolve as
atividades-meio e as atividades-fim, perpassando todo o processo de realização de objetivos. A partir
desse entendimento, o princípio fundamental da administração passa a ser o da necessária coerência
entre meios e fins, ou seja, para que a administração efetivamente se realize, é imprescindível que os
meios utilizados não se contraponham aos fins visados. (Paro, 1996)
A dialogia entre as atividades-meio e as atividades-fim na gestão
escolar
VI. BIBLIOGRAFIA BÁSICA
AZEVEDO, J. M. L. de. A educação como política pública. Campinas: Autores Associados, 1997.
BARROSO, João. Para uma abordagem teórica da administração escolar: a distinção entre “direcção” e “gestão”. In Revista Portuguesa de Educação,
8(1), P.33-56. Portugal/Universidade do Minho, 1995.
FERREIRA, Eliza Bartolozzi; OLIVEIRA, Dalila Andrade (Orgs.). Crise da escola e políticas educativas. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.
FREIRE Paulo. Pedagogia do indignação/cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: UNESP,2000
HOFLING, H. de M. Estado e políticas (sociais) públicas. In Cadernos Cedes, ano XXI, nº 55, novembro/2001, p. 30-41.
LEITE, C. . “A flexibilização curricular na construção de uma escola mais democrática e mais inclusiva”, Território Educativo, n.º. 7, Maio, DREN, pp. 20-26,
2000a.
LEITE, C. “A figura do „amigo crítico´ no assessoramento/desenvolvimento de escolas curricularmente inteligentes”, Actas do 5º Congresso da SPCE (no
prelo).
LIBÂNEO, JC.; OLIVEIRA, J.F.; TOSCHI, M.S. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2008.
MENDES, Rosa Emília de Araújo. Projeto político Pedagógico em favor da Escola. Revista AMAE educando. ed. 291. Belo Horizonte: maio 2000.
MENDONÇA, Erasto. Gestão democrática: a intenção e o gesto. ANPED, 2000.
MENESES, João Gualberto de Carvalho et. al. (Orgs.) Estrutura e funcionamento da educação básica. São Paulo: Pioneira, 2000.
OLIVEIRA, D. A. Educação Básica: gestão do trabalho e da pobreza. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
PARO, Vitor Henrique. Escritos sobre educação. São Paulo: Xamã,2001.
PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da escola pública. 3ª ed.São Paulo:Ática,2003.
PARO, Vitor Henrique.7.ed. Administração escolar: introdução crítica. São Paulo: Cortez, 1996.
PEREIRA, Luis Carlos Bresser. Da administração pública burocrática à gerencial. Revista do Serviço Público, Ano 47, Volume 120, Nº 1, 1996.
PONCE, Aníbal. Educação e Luta de classes.17ª ed.São Paulo:Cortez,2000.
ROLDÃO, M. do Céu (2000). “O currículo escolar: da uniformidade à recontextualização – campos e níveis de decisão curricular”, Revista de Educação, Vol.
IX, nº1, 2000, pp. 81-89, 2000b.
ROSENFIELD, Denis L. O que é democracia. 4ª ed. São Paulo: ed. Brasileira,1994. (Coleção primeiros passos)
SAES, Décio Azevedo Marques, ALVES, Maria Leila. Uma contribuição teórica á analise de conflitos funcionais em instituições escolares da
sociedade capitalista. RBPAE. V.19, n.1, jan/jun.2003.
SANDER, Benno. Administração da educação no Brasil: genealogia do conhecimento. Brasília,DF: Liber Livro, 2007.
SAVIANI, Dermeval. Plano de desenvolvimento da educação: análise crítica da política do MEC. Campinas,SP: Autores Associados, 2009.
SHIROMA, Eneida Oto; MORAES, Maria Célia Marcondes de. Política educacional. 4.ed. Rio de Janeiro, RJ: Lamparina, 2007.
VIANNA, Ilca Oliveira de Almeida. Planejamento Participativo na Escola: Um desafio ao Educador.São Paulo:EPU,1986 ( Temas básicos de educação e
ensino)
VIEIRA, Sofia Lerche. Educação Básica: política e gestão. Brasília,DF: Liber Livro, 2009.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ALMEIDA, Malu (Org.) Políticas educacionais e práticas pedagógicas: para além da mercantilização do conhecimento. Campinas,SP: Alinea Editora,
2005.
ANDERSON, Perry. Balanço do neoliberalismo. In SADER, Emir & GENTILI, Pablo. Pós-neoliberalimo: as políticas sociais e o Estado democrático. Rio
de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
BIÁZZIO, S. C. F. de & LIMA, Paulo Gomes. A participação da família no projeto político-pedagógico da escola. Revista Educere et Educare, Vol. 4,
N.7, 1° semestre de 2009. ISSN 1981-4712 (versão eletrônica) – ISSN 1809-5208 (versão impressa).
BRASIL, MEC. Lei 9.394/96 - Diretrizes e bases da Educação Nacional. Promulgada em 20/12/1996. Editora Brasil S/A São Paulo.
BRASIL, MEC. Secretaria de Educação Fundamental. Educar é uma tarefa de todos nós: um guia para a família participar, no dia a dia, da Educação
de nossas crianças. Brasília: Assessoria Nacional do Programa Parâmetros em ação, 2002.
DE TOMASI, L.; WARDE, M. J.; HADAD, S. O Banco Mundial e as políticas educacionais. São Paulo: Cortez, 1996.
GENTILI, Pablo. Globalização excludente: desigualdade, exclusão e democracia na nova ordem mundial. Petrópolis, RJ: Vozes; Buenos Aires: FLACSO,
2000.
HORA, Dinair Leal da. Gestão democrática na escola. 7.ed. Campinas/SP: Papirus, 1994.
LIMA, Paulo Gomes. Reestruturação produtiva, reforma do Estado e políticas educacionais. [CD-ROM]. In Anais do V Simpósio Internacional O Estado
e as Políticas Educacionais no Tempo Presente. Uberlândia/MG: UFU, 2009. ISBN 978-85-217-5.
LIMA, Paulo Gomes. Saberes pedagógicos da educação contemporânea . Engenheiro Coelho/SP: UNASP, 2007.
MENDES, Rosa Emília de Araújo. Projeto político Pedagógico em favor da Escola. Revista AMAE educando. ed. 291. Belo Horizonte: maio 2000.
Mészáros, Istvan. A educação para além do capital. São Paulo: Boitempo Editorial, 2005.
PILETTI, Nelson. Estrutura e funcionamento do ensino fundamental. São Paulo: Ática, 1998.
PONCE, Aníbal. Educação e Luta de classes.17ª ed.São Paulo:Cortez,2000.
PRAIS, Maria de Lourdes Melo. Administração colegiada na escola pública. 4.ed. Campinas/SP: Papirus, 1996.
ROSANVALLON, Pierre. A crise do Estado-providência. Goiânia/GO: UFG; Brasília: UnB, 1997.
ROSENFIELD, Denis L. O que é democracia. 4ª ed. São Paulo: ed. Brasileira,1994. (Coleção primeiros passos)
SANDER, Benno. Gestão da educação na América Latina: construção e reconstrução do conhecimento. Campinas/SP: Autores Associados, 1995.
Veiga, Ilma Passos Alencastro; RESENDE. Lúcia Maria Gonçalves de. Escola: Espaço do Projeto Político Pedagógico. 7ª ed. Campinas: Papirus, 2003
(Coleção Magistério: Formação e trabalho pedagógico).
VIANNA, Ilca Oliveira de Almeida. Planejamento Participativo na Escola: Um desafio ao Educador.São Paulo:EPU,1986 ( Temas básicos de educação
e ensino)
VIEIRA, Sofia Lerche. Desejos de reforma: legislação educacional no Brasil Império e República. Brasília,DF: Liber Livro,2008.
VIEIRA, Sofia Lerche. Política educacional no Brasil: introdução histórica. Brasília,DF: Liber Livro, 2007
WITTMANN, Lauro Carlos e GRACINDO, Regina Vinhaes (Coords.) O Estado da arte em política e a gestão da educação no Brasil. 1991 a 1997.
Brasília: ANPAE, Campinas: Editora Autores Associados; 2001.