reflexões espíritas (psicografia divaldo pereira franco - espírito vianna de carvalho)

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Reflexões Espíritas

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  • REFLEXESESPRITASPelo Esprito Vianna de Carvalho

  • REFLEXESESPRITASA revoluo industrial, responsvel pela mudana do comportamento

    tico-moral da sociedade, no alcanou o objetivo que pretendia: construir ohomem poderoso, que apareceu apenas momentaneamente nos primeiros anos dosculo atual e logo sucumbiu.

    A fora que parecia possuir desagregou-se ante a prepotncia e a hegemoniaguerreira de alguns povos, que, mais uma vez, desencadearam as guerraslamentveis, quanto cruis, cujos efeitos ainda perduram no organismo coletivoda Terra sofrida.

    primeira revoluo tecnolgica, outras sucederam, alterando osarcabouos sociais, propondo mudanas de hbitos, revises da filosofia de vida,at este momento, em que a Ciberntica, a Robtica e a Computao passaram agovernar as necessidades humanas.

    As contribuies do progresso tcnico no conseguiram promover acriatura, nem eliminaram os quadros da misria econmica, social e moral, queabandonou os bolses, onde se estabelecia, para tomar de assalto um nmeroassustador de pases que falecem ao abandono e nos quais os seusf ilhosmorrem, incontveis. Em alguns deles perecem crianas em total desprezo,logrando o ndice alarmante de uma por minuto, e os esfaimados, enfermos edegenerados chegam a cifras inconcebveis.

  • Genocdios so perpretados por homens impiedosos e suas mquinasdestruidoras quanto sofisticadas, atestando a falncia dos planos de evoluo edos programas de solidariedade antes estabelecidos.

    Mudam as guerras de regio e prosseguem, selvagens, com requintes deimpiedade jamais concebida.

    Enquanto so erguidos Organismos de proteo criatura e ao meioambiente, os fomentadores das calamidades blicas e os ambiciosos argentriosalteram a ecologia, destruindo a flora e a fauna marinha com inundaes depetrleo, ou, voluptuosamente, as florestas e os santurios da Natureza,condenando as espcies vivas ao desaparecimento, ao tempo em que se impema mesma pena para futuro prximo.

    As filosofias da loucura proclamam o gozo e a fuga razo, ao dever dehumanidade, aos princpios do amor, empurrando os jovens e os adultos aospores das drogas alucingenas, do sexo, dos vcios perturbadores.

    Em contrapartida, as mentes desarvoradas fomentam o surgimento de novasdoenas degenerativas de difcil controle, e algumas outras, que pareciam emextino ressurgem ameaando milhes de seres...

    As glrias da inteligncia no foram apoiadas na grandeza dossentimentos, que continuam ainda em estgio primitivo, passando ao perododas sensaes brutalizadoras, sem atingir as emoes enobrecidas.

    Perodo de trnsito, este do planeta e dos seus habitantes!Contrapondo-se a essa calamitosa decadncia dos valores humanos surge o Espiritismo, confirmando a indestrutibilidade doesprito, a prevalncia do bem e da justia, a realidade do amor e demonstrando,pela razo, o equvoco da cultura sem Deus, tresvariada que remanesce como efeito do orgulho e da insensatez dos seus corifeus.

  • O Espiritismo prope uma profunda anlise da Vida sob a angulao dasobrevivncia ao tmulo e da reencarnao, elinainando as hiptesesrespeitveis, porm sonhadoras, dos pesquisadores que tentaram ou teimam portudo reduzir a heranas arquetpicas, originadas nos mitos ancestrais de queningum se exime.

    A imortalidade triunfa e os fatos mais robustos atestam- na em todos ossegmentos da sociedade e sob os mais variados aspectos, na Histria, quesomente a irriso e o cinismo se recusam aprofundar, para uma posterioraceitao.

    Tudo demonstra a perenidade da vida espiritual e as transformaes docampo da matria, assim como as variadas alteraes incessantes na rea dasmolculas.

    O Espiritismo afirma e demonstra que o homem e a mulher so espritosimortais em processo de crescimento.

    Quando essa realidade for incorporada ao cotidiano, modificar-se- apaisagem terrena e a mquina volver a ser controlada para servir aos indivduos,e no mais estes lhe ficaro submissos. Tal convico substituir a filosofia decomportamento dos seres humanos, que bendiro o seu habitat terreno,respeitando-lhe as condies e contribuindo para melhor-las, em harmonia coma Vida e os seus ditames.

    Todos se ajudaro e os povos se daro as mos em solidariedade,compreendendo que a felicidade de uns pertence ao conjunto, fazendo com que aguerra bata em retirada do mundo.

    As propostas do Espiritismo elaboraro o homem integral, e este erguer asociedade justa e equilibrada que os idealistas detodos os tempos sonharam,anelaram e propuseram, em Jesus-Cristo havendo encontrado o verdadeiropugnador e modelo.

    So estas reflexes espritas que constituem o presente livro que oraoferecemos ao pblico ledor.

  • Diversas destas pginas apareceram, oportunamente, publicadas naimprensa esprita e agora aqui comparecem, algumas com ligeiras adaptaespara melhor harmonia do conjunto.

    Confiamos no xito do Espiritismo, na sua tarefa de educao eiluminao dos indivduos.

    A nossa uma contribuio que reconhecemos ser modesta, sem grandeslances, mas que visa estimular os combatentes da boa luta, despertar algunscompanheiros indiferentes, auxiliar de alguma forma o trabalho dos BenfeitoresEspirituais que se empenham na realizao do projeto em favor do mundomelhor, por inspirao do alm e que se reencarnam tambm, periodicamente,para com os seus sacrifcios tornarem viveis esses tentames dignificantes.

    Confiando haver realizado o que planejamos e se encontra ao nossoalcance, convidamo-lo, caro amigo, a mergulhar o pensamento em nossasreflexes espritas e a dar, tambm, a sua contribuio pessoal por menor queseja ou lhe parea, na condio de ser inteligente na busca da glria imortal.Salvador, 13 de maio de 1991 Vianna de Carvalho

  • HOMENAGEMAALLANKARDECA Europa ainda se encontrava nos estertores da destruio da ignorncia

    lograda pela Enciclopdia e pelas propostas extraordinrias dos precursores daRevoluo Francesa, que estrugiria no dia 14 de julho de 1789.

    Podiam-se ouvir as vozes nobres de Voltaire, de Jean-Jacques Rousseau eas lies de sabedoria a verte- ram das obras dos eminentes pensadores queestabeleciam as bases da Era Nova, quando as ambies humanas propuseram anecessidade da modificao das estruturas polticas que predominaram emFrana, derrubando a Casa dos Bourbons, que cedeu lugar Frateminade, Liberdade e Igualdade, inscrevendo no mare magnum das paixes os direitoshumanos que ainda permanecem desrespeitados...

    Escutava-se a palavra libertadora da Razo e inebriavam-se os coraesante as circunstncias novas, que pareciam destruir os teimosos basties dodogmatismo, degenerando em intolerncias mais terrveis do que aquelas que sepretendiam combater.

  • Ensombrada, a Frana parecia sentir raiar um novo dia, quando as tubasguerreiras de Napoleo Bonaparte assentaram os seus arraiais em Paris,preparando-o para reunir as foras destroadas e, sob o seu comando conduzir oPas ao grandioso fanal. Inspirado pelos ideais de Mirabeau, de Danton, elerestaura os elevados anseios da Igualdade, sem conseguir fugir s injunes deseu destino histrico...

    Nesse terrvel momento, quando o insigne Corso se prepara para sercoroado Imperador dos franceses, no dia 2 de dezembro de 1804, na CatedralGtica de Notre- Dame, a Divina Providncia faz que mergulhe nas sombras daTerra o eminente Esprito de Jan Huss, que se dera em sacrifcio, no sculo XV,em favor da libertao do Evangelho de Jesus. Reencarnando-se, em Lyon, a 3de outubro desse ano de 1804, recebeu o nome de Hippolyte Lon DenizardRivail, que trouxe a indeclinvel tarefa de modificar as estruturas doconhecimento e abrir espaos para a restaurao do pensamento do Cristo,conforme Ele e os Seus Discpulos o haviam vivido, dezenove sculos antes, naPalestina.*

    Quando a filosofia altera sua estrutura com Hegel, Marx e Engels,estabelecendo a desnecessidade da alma para a interpretao da vida e acompreenso do Universo; no momento em que Florens e Cuvier declaramnunca haver encontrado a alma nas centenas de cadveres que dissecaram-,no instante em que Broussais, Bouillaud, zombaram da alma imortal eMoleschot, Buchner e Karl Vogt afirmam que o esprito uma exsudaocerebral, surge AHan Kardec com a fora demolidora da lgica e da razo,apoiando-se na linguagem insupervel dos fatos, para firmar a Causalidade doUniverso, a preexistncia da alma ao corpo e a sua

  • sobrevivncia ao tmulo, apresentando uma cincia mpar, resultado delaborioso trabalho de investigao fundamentada na experincia e que resistir aopessimismo, perseguio e ao descrdito.

    Fazendo renascer uma filosofia comportamental superior, o Professor Rivail, agora sob o pseudnimo de Allan Kardec, prope, em O Livro dosEspritos, uma tica nobre e fornece as respostas para os graves problemas daHumanidade, que no foram equacionados por Edipo, concebido na tragdia deSfocles, interpretando a Esfinge...

    Propondo, para a Humanidade, uma segura diretriz filosfica, Kardecrestaura o Evangelho de Jesus que permanecia encarcerado no dogmatismo easfixiado nos tecidos sombrios da intolerncia como da superstio.*

    A Doutrina Esprita chega para iluminar as conscincias humanas e proporuma revoluo de amor nos coraes, estabelecendo comportamentos defelicidade, quando a esperana j havia abandonado as vidas.

    A morte bate, ento, em retirada, cedendo lugar Vida, que canta um hinode Imortalidade, adornando as experincias humanas, que se engrandecem e seeternizam em bnos de consolao e de paz.

    Passados cento e oitenta e cinco anos do evento grandioso, que areencarnao de Allan Kardec, a Humanidade contempla, no Espiritismo, osideais de um Mundo Novo, no qual o amor unir todas as criaturas comoverdadeiros irmos conduzindo-os plenitude. Os avanos da Cincia e daTecnologia contempornea no conseguiram alterar a estrutura da Doutrina queos ilumina, remontando s causas, enquanto aquelas somente explicam osseus efeitos.

  • Vanguardeiro do progresso, Kardec o pensador e o cientista que maispenetrou a sonda da indagao no organismo das Leis, e ofereceu asextraordinrias lies morais que se derivam da Lei Natural ou de Amor, que Universal, porque promana de Deus, o Criador.

    Hoje, quando o homem alunissa com facilidade e as suas blides espaciaissaem da Terra e do Sistema Solar para tentar compreender e interpretar asorigens da Vida, a Codificao Esprita permanece inamovvel, num todograntico, iluminando o pensamento e explicando a causalidade da vida e arealidade do homem.

    Evocando o extraordinrio Mensageiro dos Cus, no transcurso do seuaniversrio natalcio, ns, os Esp- ritos-espritas que militamos nas atividadesdo Consolador, unimos nossas vozes em um coro para dizermos com oscompanheiros encarnados que o amam:

    Glria a ti, Allan Kardec! Aqueles que te amamos, te homenageamos esaudamos, conforme faziam os cristos primitivos antes do holocausto emhomenagem a Jesus.(Braslia, 30 de outubro de 1989 1 Congresso Internacional de Espiritismo)

  • GRATIDAOAALLANKARDECQuando as Cincias se afirmavam e a f cega cedia lugar razo, ele

    soube arrancar dos fenmenos curiosos das mesas girantes uma doutrinaintegral.

    Portador de sensibilidade acurada, mantendo um alto senso crtico, AllanKardec mergulhou o bisturi da investigao no organismo da morte eestabeleceu a linha direcional para o comportamento humano responsvel emtorno da imortalidade.

    Ele no se deteve no umbral das investigaes, fascinado pelasinformaes espirituais que lhe chegaram. Tampouco se permitiu apaixonar, emmomento nenhum, pelas conquistas enobrecedoras.

    Perquiriu, com raciocnio claro, examinou com imparcialidade, investiu otempo e a vida na busca da Verdade, para brindar a humanidade com oConsolador que Jesus havia prometido.

    Dotado de uma ptica invulgar, soube separar as gemas dos seixos, osdiamantes estelares dos pedregulhos com eles formando um colar de rara belezapara adornar a vida, tornando-a bem-aventurada.

  • Investindo o que havia de mais precioso no conhecimento, para que aDoutrina Esprita pudesse sobreviver marcha do progresso, examinou os maisintrigantes problemas do comportamento humano luz da reencarnao,oferecendo uma filosofia pragmtica, alicerada no cartesianismo, facultando nofuturo enfrentar com altivez a derrocada da tica e da cultura, qual ocorre nestesdias.

    Confrontou os dogmas religiosos com a realidade da Cincia, e, fazendo-os implodir, props a religio do amor universal tendo por fundamento as basesessenciais de todas elas, com os seus componetes confirmados pela investigaocientfica, do que resultou uma saudvel filosofia comportamental.

    Profetizou a evoluo da humanidade e o papel que o Espiritismo deveriadesempenhar na transformao do homem.

    Advertiu todos aqueles que se adentrassem no comportamento espritapara que examinassem em profundidade a Doutrina, no se deixando embairpelas idias fantasistas ou pelas profecias de arrastamento, sem contedo.

    Ehoje, quando o Espiritismo sensibiliza milhes de vidas, o seuMovimento parece deperecer, perdendo em qualidade o que adquire emquantidade.

    Adeptos precipitados tentam enxertar conceitos supersticiosos noorganismo impoluto da Doutrina que dispensa apndices, permanecendo idealconforme foi legada por Allan Kardec.

    A invigilncia de alguns simpatizantes procura adaptar crendicesultramontanas ao texto doutrinrio, para acomodar interesses imediatos e vazios,por falta de coragem para arrostar as consequncias da f na sua legitimidade.

    O Espiritismo sobrepe-se-lhes, porque nenhum exotismo pode fazer partedo seu contexto.

  • Teimam introduzir no seu contedo superior prticas, que, emborarespeitveis, so do Orientalismo, no se coadunando com a tecedura da verdadede que Allan Kardec se fez intermedirio consciente.

    A Doutrina Esprita, no obstante, respeitando todos os comportamentosreligiosos e ticos da Humanidade, permanece acima de qualquer conotaosuspeita ou desfigurao nas suas bases.

    O mediunismo desorganizado e sensacionalista atrai a ateno para osfenmenos corriqueiros da sade e da fantasia, de certo modo tentandotransformar o Espiritismo em uma seita de significado impreciso.

    Cabe, desse modo, ao esprita consciente tolerar, mas, no ser conivente;respeitar, mas, no concordar com as tentativas de intromisso de seitas, deprticas, de crendices e supersties que fizeram a glria da ignorncia nasgeraes passadas, poupando a Doutrina Esprita desse vandalismoinjustificvel, ao mesmo tempo convidando todos a uma releitura das suas basesem confronto com os avanos do conhecimento hodiemo, para que se reafirme aindestrutibilidade dos seus ensinamentos, confirmados, a cada momento, pelasconquistas da razo, da tecnologia e da cincia.

    O Espiritismo a Doutrina que vem de Jesus atravs dos imortais,codificada pelo pensamento mpar de Allan Kardec para assinalar a era doesprito imortal e permanecer traando diretrizes para as geraes do futuro quenos cumpre, desde agora, preservar atravs de uma conduta saudvel, impoluta ecompatvel com os postulados que fulguram nesse colosso, que o Espiritismo,a Doutrina libertadora dos novos tempos.

  • Outros estudiosos, lcidos e srios, empreenderam o tentame deinterpretar o homem, elucidando os mistrios nos quais o mesmo se encontravaoculto.

    Atravs dos tempos foram realizadas pesquisas demoradas e aprofundada asonda de averiguao no corpo ciclpico do conhecimento, buscando-serespostas.

    Livros memorveis foram escritos, abordando o fenmeno da vida eespecialmente o ser pensante, significando um passo audacioso nasinterpretaes valiosas.

    Ningum, no entanto, logrou penetrar tanto nas causas geradoras da vidaem si mesma conforme ele o conseguiu.

    Scrates contentou-se em ouvir o seu daimon.Buda mergulhou em profundo silncio, descobrindo a felicidade ntima.Pitgoras construiu a sua escola de sabedoria inici- tica em Crotona e

    transmitiu a tcnica do conhecimento imortalista.

  • Os cristos primitivos, que se celebrizaram pela busca e dedicao verdade, defrontaram a Espiritualidade e apaziguaram-se.

    Os santos da escatologia catlica, em retiros, silncios e sacrifcios,superaram-se, abrindo espaos para futuras experincias ditosas...

    Dante Alighieri vislumbrou as paisagens post- mortem, fazendograndioso legado posteridade.

    Allan Kardec, entretanto, encarou com coragem os fenmenos da vida eentregou-se por inteiro ao trabalho de demitiz-la dos tabus teolgicos, dassupersties da ingenuidade, dos arrazoados anticientficos, que desfrutavam decidadania cultural.

    De princpio, sem parti pris, investigou com absoluta serenidade asmanifestaes medinicas, demandando as suas causas e procurandocompreend-las com o escalpelo da razo, fato aps fato, buscando encontrar umalinguagem universal lgica, irrecusvel, eliminando todas as hipteses que noas enfrentasse com segurana.

    Identificada essa causa, verificou a qualidade moral dos agentespropiciadores e suas consequncias ticas profundas.

    Refundiu, ante as sucessivas evidncias, as concluses estabelecidas decomeo at quando confirmadas pela demonstrao experimental que lhesconcedeu legitimidade.

    Restituiu a Deus a dignidade perdida ante a vulgar conceituaoantropomrfica que os homens lhe emprestaram e estudou as origens da vida,nos elementos, espiritual e material, constitutivos do Universo, para proclamaro mecanismo da evoluo num processo constante e irreversvel, atravs dasetapas sucessivas da reencarnao que atesta a sabedoria divina e prope a todosos seres a fatalidade da perfeio, relativa, que certamente alcanaro.

  • Passou pelo crivo da observao os antigos postulados religiosos e osanalisou com os instrumentos de que dispunha, mediante a constantecomunicao com os Espritos, o que resultou na reformulao da idia damorte, aniquilando em definitivo esse fantasma de que se utilizavam os ftuosdas religies e das crendices para concederem bnos e maldies ao talante daastcia e do suborno atravs dos bens perecveis.

    Allan Kardec situou Jesus no seu devido lugar como o ser mais perfeitoque Deus ofereceu aos homens para servir-lhes de modelo e guia, tornando-0 oamigo e irmo mais sbio, que nos ensinou a tcnica da felicidade, sem fugir,Ele mesmo, exemplificao at o holocausto, justo e simples, mestre ecompanheiro de todas as criaturas.

    Enquanto permaneciam os ditames impostos pela presuno dos telogosconfundindo as leis civis, transitrias, com as leis divinas, Kardec apoiou-se nalei natural o amor para lecionar deveres e responsabilidades iguais paratodos os homens, que so os construtores do prprio destino.

    Perscrutou os problemas decorrentes da explorao do homem pelohomem e recordou a igualdade de direitos e deveres, eliminando todo equalquer privilgio de casta, credo, posio social e econmica, concedendo caridade, envilecida pelo pieguismo e adulterao de finalidade, o seu verdadeirosentido paulino e social, que propicia o socorro ao carente, de imediato, quandofor o caso, promovendo-o em seguida, a fim de realizar-se na comunidade ondevive.

    Abriu as portas para a investigao paranormal, pioneiro que permaneceinsuperado, pedagogo e psiclogo exemplar, equilibrado em todas as colocaesapresentadas, que fazem de O Livro dos Espritos, por ele escrito com acooperao dos Mentores da Humanidade, uma Obra mpar, que desafia osegundo sculo de publicao sem sofrer qualquer fissura no seu contedo, numperodo em que todo conhecimento sofreu contestao e alterou a face cultural daTerra.

    O Livro dos Espritos, desse modo, no apenas a pedra angularsobre a qual se ergue a Doutrina Esprita, mas, tambm, o tratado de robustaestrutura para orientar a Economia, a Sociologia, a Psicologia, a Embriologia, atica, ento desvairadas, elucidando a Antropologia, a Biologia, a F, cujosfundamentos necessitavam da preexistncia e sobrevivncia do ser inteligente,que o Espiritismo comprovou e tomou acessvel a todo examinador consciente e

  • responsvel.Assim, sem O Livro dos Espritos, com seus parmetros soberanos e

    esclarecedores, no existe Doutrina Esprita, tanto quanto sem Allan Kardec noexistira esse colosso grantico demarcador da Humanidade, que O Livro dosEspritos, que o porvir bendir, tornando-se manual iluminativo para asconscincias do presente e do futuro.

  • A FALNCIA DA ANTIGA FRELIGIOSA

    Os filsofos racionalistas dos sculos XVIII e XIX vaticinaram,pessimistas, o descrdito, a falncia da f religiosa, porque, ento, era destitudada mnima estrutura de lgica para resistir s investidas do bom-senso e dasconquista cientficas.

    F lavrada na base audaciosa de decretos medievais e bulas esdrxulas,que soterrou, por sculos a fio, as esperanas humanas da liberdade deconscincia e de ao, ao tempo em que postergou as admirveis realizaes doprogresso, fator inevitvel no fenmeno da evoluo e da destinao humana.

    Submeteu a cultura ignorncia, o fato fantasia, escravizou, matoucentenas de milhares de vidas, fomentou guerras cruis, extorquiu e amealhoutesouros fabulosos, no obstante pregando a luz, a liberdade, a vida, a paz, apobreza, assim escarnecendo da inteligncia e do inevitvel imperativo da razohumana.

    Tentou impedir o raciocnio e imps-se, a ferro e fogo, a sucessivasgeraes enquanto o sopro da renovao varria as suas construes opulentas efrias, que se

  • apresentavam indiferentes ao destino das multides esfaimadas e desorientadas.Formulando teses bem urdidas sobre o reino dos Cus, facultava

    banquetearem-se os seus prncipes, nobres e apaniguados no reino da Terra, aque sempre concedeu primazia e disputou com sofreguido.

    A partir da Reforma Protestante, e mesmo um pouco antes, com osDescobrimentos, depois com a Renascena e o dealbar dos primeiros avanos narea da Astronomia, da Fsica e da Qumica, surgiram as brechas nos seusalicerces fortes, que comearam a arrebentar- se, embora tentando silenciar asvozes que proclamavam as extraordinrias conquistas da Vida.

    So irrefreveis as leis do progresso, e o homem, destinado glriaestelar, mesmo com sacrifcio, aps elaborar o crcere e as algemas da aflio,liberta-se, a pouco e pouco, avanando no rumo da sua destinao luminosa.

    Sentindo o brilho da inteligncia e o apelo da f, ao invs de amparar oseu prximo, explorou-o, ne passado, tripudiando sobre a sua ingenuidade,tomando-se, depois, vtima da prpria agressividade.

    As construes sustentadas sobre os dogmas arbitrrios, e as leis injustasque formulou ruram, cobrindo de desalento aqueles que nelas confiaram,ferindo-os fundamente.

    Desmascaradas as maquinaes, a realidade desponta, poderosa, econclama o pensamento a uma reviso histrica, a uma releitura do seu acervocultural, com discernimento cientfico, a fim de eliminar as supersties efetiches que privilegiavam uns, em detrimento de outros.

    O estridor inexorvel do Conhecimento, qual cinzel insupervel que gastao bloco de mrmore frio do orgulho, nele insculpe a sabedoria e o amor, demodo a assinalarem

  • o novo momento da Humanidade, vida de liberdade, de justia, de paz, sem assombras e os bloqueios da dominao medieval do passado.

    Ainda remanescem algumas daquelas situaes lamentveis, decorrentesdos perodos infelizes, em que essa f cega reinava arbitrria e soberana, comosequelas que degeneram em anarquia e descrena, violncia e cinismo que oravarrem o Ocidente, considerado, equivocadamente, cristo.

    Sem terem absorvido o esprito do Cristo, os povos e naes que sediziam e afirmavam seguir-Lhe a Doutrina, apenas adaptaram-se formalsticareligiosa, que foi estabelecida pelas Igrejas do passado, esquecendo-se totalmenteda promoo e dignifcao da criatura humana, da elaborao de leis justas ecompatveis com as necessidades da evoluo, antes gerando guerras, extorses econdenando as pessoas s condies mnimas de vida, sem respeito, nemliberdade, em fragorosos atentados Vida e aos ensinos do Mestre.

    Constatada, pelas atuais geraes, fraude de Deus, isto , o artifcio deusar-Lhe o nome para ocultar a hediondez e o aviltamento moral daqueles que seafirmam Seus servidores, a descrena ganhou as ruas do mundo, estimulando osvcios e a desordem geral, apregoando a decadncia dos valores ticos sobre osquais a sociedade erigiu as suas edificaes. Proclamou-se, ento, a seguir, que omatrimnio, a famlia, o amor e o respeito pela vida so pginas ultrapassadasda histria do homem e que somente o gozo desenfreado, o poder arbitrrio, afora argentria e o sexo em desalinho, podem e devem conduzir os destinoshumanos em substituio aos anteriores contedos morais da sociedade...

    Nesse bratro, porm, surpreendendo os profetas da Era da loucura e dagerao sem rumo, a dor escarnece das suas arremetidas e os conduz aparoxismos e frustraes inesperadas, tomando-os gals nas barcas

  • da iluso com as quais pretendiam singrar os mares da existncia corporal. Umasensao de vazio domina-os, e o desencanto atormenta-os, sem conceder-lhesperspectivas de equilbrio nas filosofias imediatistas do comportamento queabraam. A onda do desespero cresce e os modismos sucedem-se, semresultado, deixando-os mais pessimistas e vencidos.

    A alma, que havia sido expulsa dos seus painis mentais, lentamentevolta a apresentar-se como indestrutvel na sua realidade intrnseca, e a suapresena na vida se faz to preponderante, que passa a ser reexaminada sob pticanova.

    A escala de valores ticos e humanos revista, e surge uma f estribadanos fatos, induzindo a novo e inesperado comportamento emocional e social.

    Cansado da descrena, da iluso e de si mesmo, o homem modernoindaga cincia a respeito da prpria imortalidade e recebe como resposta queesta a nica realidade inevitvel, fatalista. Utilizando-se de instrumentossensveis, quais a mediunidade humana ligada a delicados aparelhos eletrnicos,demonstram- lhe a sobrevivncia do esprito morte corporal, e a suadestinao, que a conquista da felicidade, da perfeio.

    Diante das evidncias, que suportam e vencem todas as cargas decepticismo que se lhe opem, a f inata, sempre presente nos seres, irrompe,ilumina-se com os testemunhos da razo e reassume o seu papel superior naconstruo do homem novo e da nova sociedade.

    O homem redescobre-se e constata que a sua existncia na Terra notranscorre ao azar, e que h, em tudo, um fatalismo inevitvel, estabelecido porDeus, que ser logrado em breve, mdio, ou longo prazo, conforme a opo decada qual.

    O progresso moral impostergvel, nesse conjunto

  • de Leis, e as aparentes defeces, quedas e recuos no quadro da civilizao,constituem momentneos estgios para consolidao das bases do pensamento,que sempre arrebenta as algemas com que a ignorncia e a prepotncia tentamret-lo. Liberado, permite que os excessos do oposto se assenhoreiem dasmentes antes aprisionadas, aps o que retomam ao equilbrio, condutasaudvel.

    O Espiritismo, porque descomprometido com as Igrejas, os grupospolticos e os interesses sociais, objetivando o homem e seu progresso, oportador da nova tica que a mesma de Jesus-Cristo, porm consentnea comos tempos atuais, inaugurando a f pela razo e o sentimento religioso atravs daconscincia responsvel e atuante, na construo do presente digno, pensando nofuturo pleno.

  • AFALNCIADOMATERIALISMOA Europa, culta e supercivilizada, ressalvadas as naturais excees,

    tentando preservar os valores do materialismo, graas ao qual rene o conforto sutopias fsicas, entroniza o bezerro de ouro, numa volpia assustadora.

    Os valores ticos cederam lugar prepotncia, de um lado, e aoanarquismo, de outro, por falta de estruturas morais para auxiliar o homem nosseus compreensveis momentos de angstia.

    As crises que nesta hora assolam a Terra so exatamente de reais valores,que se fazem escassos, substitudos que vm sendo, por aparentes prevalnciasde dominaes externas, que sobrevivem mediante presses de vria ordem, querde natureza poltica, econmica, social ou de fora, mudando as estruturas docomportamento da criatura, que ora tresvaria.

    As coletividades, cansadas das colocaes espiritualistas incapazes deenfrentar o utilitarismo, e que se apresentam falidas nas bases, em face doscomportamentos de que do mostras os que se encontram vinculados a tais

  • doutrinas, deram as costas a quaisquer possibilidades de um exame imparcialsobre a realidade imortal do ser, temendo a repetio dos erros calamitosos deque se fizeram vtimas, quer no passado mais remoto, quanto no mais prximo.

    Exaltando as necessidades de uma vida descomprometida, breve, pela suamaneira de considerar, apenas, a vestidura biolgica, subverteram a ordem dascoisas, entregando-se ao egosmo com exacerbao das sensaes maisgrosseiras, em que se exaurem e desconcertam.

    Como consequncia primeira, a dissoluo da famlia atinge estado jamaisigualado, em que pais se apresentam como impedimentos e desagrados parafilhos irresponsveis, vidos de prazeres; e em que os filhos constituem cargapesada e desconcertante para pais atormentados e sequiosos de aproveitamentodo tempo, tendo em vista as prprias dissipaes...

    A indiferena pela educao, no lar, gera o abismo entre genitores e prole,que aguardam com ansiedade o momento de libertarem-se uns dos outros,vivendo cada um a sua prpria vida, at que a dor, silenciosa e pertinaz, fale-lhesao corao empedernido sobre a excelncia da afetividade e a bno do amor,que malbarataram e de que ora sofrem inqualificvel carncia.

    Em tal comportamento humano e social, a criatura destri os sentimentosmais profundos e os substitui por infelizes jogos de interesses, nos quais oprximo significa o que vale em prazer, o que oferece como lucro.

    As unies so rpidas e frustrantes; as amizades fugazes e inconsequentes;as ambies utpicas e materiais.

    Como efeito seguinte, cada qual faz-se mais exigente e spero para com ooutro, e mais tolerante para consigo mesmo, dando origem a comportamentosagressivos,

  • violentos, com ou sem pretexto, atribuindo-se merecimentos e direitos que aningum outorga.

    As atitudes tornam-se extravagantes, e o exibicionismo de toda ordemsubstitui a discrio, a autoridade moral, o equilbrio; o escndalo assumepropores de cidadania at o ponto de no mais chocar, e o desinteresse pelavida, como patrimnio de que todos se fazem beneficirios e de que tero quedar conta, transforma-se em manifestao de superioridade de quem assim age.

    Por fim, indivduos e comunidades neurotizam-se, resolvendo pelaviolncia tudo quanto os incomoda, sem se preocuparem, ao menos, portentativas de dilogo e de entendimento.

    Traies, sequestros, chantagens, roubos, suicdios e homicdios cruisdo-se as mos e tomam conta das megalpolis terrenas, ganhando manchetessensacionalistas, que os promovem, adentrando-se pelos lares, atravs dascomunicaes de toda classe, atemorizando a uns, enquanto a outros exaltando.

    Bandidos tomam-se heris, imitados por longa faixa da juventudeaturdida, e crimes aparvalhantes so comemorados por chefes de Estados,igualmente alucinados, vtimas, em potencial, de grupos outros que lhes socontrrios...

    ...A guerra, ento, parece inevitvel, desde que, belicoso, o homem estguerreando a si mesmo e ao seu irmo, no lar, no trabalho, na rua, e ascomunidades mais fortes, na larga explorao das mais fracas, perdem o pudor ejustificam os seus atos, que so defendidos por outros tantos semelhantes.

    So os frutos, amargos uns e podres outros, do materialismo ateu, dafalncia da verdadeira cultura, que se desviou da rota da sabedoria, paratransformar-se em intelectualismo vaidoso e tecnicismo utilitarista,mercantilizado.

  • O homem moderno tem medo. Porque teme, agride, enclausurado no eu. Cansado das utopias que elege, procura evases que o levam acorredores escuros e sem sadas.

    Apesar de tudo isto, nas sombras que se adensam sobre a Humanidade luza compassiva promessa de Jesus a respeito do futuro, fulgurando na imortalidadeem triunfo, de que ningum se exime, e que, a pouco e pouco, fortalece ospilotis da crena espiritual camba- leante, soerguendo o edifcio da civilizao elanando as seguras diretrizes para o reequilbrio da criatura ante si mesma, oseu prximo, a vida e Deus.

    Essa ingente e colossal tarefa, quase no percebida pelos que estoanestesiados na iluso do momento, cabe ao Espiritismo, que apresenta ascaractersticas do Consolador e cumpre as determinaes sancionadas por Jesus.Pouco importa a dimenso da faina que todos devemos desenvolver. Desde amais modesta mais expressiva, a tarefa de esclarecer os homens e orient- los,sem medo nem tergiversaes, emergente, dando prosseguimento aoministrio iniciado, por Allan Kardec, que se propagar como centelha crpitanteem combustvel que a aguarda, para dar-se o grande amanhecer moral e espiritualpara onde marchamos, nosso futuro prximo e libertador.

  • TECNOLOGIAEPSICONUTICAA adoo de uma filosofia existencial sem nenhum suporte espiritualista

    responde por inmeros desatinos humanos.Queira-se ou no, cada pessoa possui, consciente ou inconscientemente,

    um comportamento filosfico que se expressa no seu modo de ser, de viver, nosinteresses aos quais se subordina, nas aspiraes que persegue, nas reaes queexpressa.

    Mesmo quem se diga entregue indiferena pelo que lhe acontea, assumeuma corrente ideolgica que lhe caracteriza a posio pensante.

    Imediatistas-utilitaristas, reacionrios-dialticos, pessimistas, negadorespor sistema ou por acomodao, cepticistas, cnicos, gozadores, padecem dehipertrofia do sentimento, caminhando sem dar-se conta ou propositadamentepara a alienao ou para o suicdio, por no encontrarem as finalidades bsicas eenobrecedoras da vida, que lhes pesa como um fardo desagradvel, esmagador...

    O Espiritualismo a fonte do ideal no qual se haurem valores e recursospara uma existncia feliz, oferecendo metas para as lutas adquirirem sentido e osacontecimentos subordinarem-se s lgicas confortadoras, que estruturam asresistncias morais do homem para os inevitveis enfrentamentos da evoluo deque no se pode eximir.

    Situar, no corpo, o mecanismo e o fatalismo da vida uma forma demiopia psquica, impeditiva da viso legtima do processo transcendente que atodos comanda, impelindo-nos para os altiplanos da realidade insupervel.

    A vida fsica, no obstante os tesouros da inteligncia e do sentimento, epor isto mesmo, se no obedecesse a uma programao que antecede ao bero eque prossegue alm do tmulo, seria destituda de sentido e de significado.

    Este breve espao de tempo entre o comeo e o fim do corpo, na dimensoda eternidade, no seria mais do que uma aberrao csmica, gerando odiscernimento e a emoo, no formidando laboratrio da natureza, mediante leisabsurdas do acaso para, de imediato, a tudo aniquilar, reduzindo ao caos dosprincpios.

    Colocao dessa natureza atenta contra a inteligncia, que sabe procederemos efeitos de causas equivalentes, no podendo o caos gerar a ordem, nem oacaso o equilbrio matemtico e harmnico das galxias, como das molculasque constituem as formas vivas em complexos mecanismos, ou as aglutinaes

  • inanimadas que se subordinam a transformaes e mutaes numa escala de,at este momento, impenetrveis combinaes...

    O movimento puisante do Universo, nsito em todas as expressesvibratrias, resulta de um poder pensante que o elaborou atravs de perfeitaprogramao, com finalidade adrede estabelecida.

    Atavicamente, porm, amarrado aceitao ou negativa do componenteespiritual fator precpuo da organizao humana o homem no se permitiuincursionar pelos labirintos internos da personalidade, do prprio ser, de modo adesvendar-se encontrando os fundamentos psquicos estruturais, nos quais seapia a forma fsica.

    Por necessidades imediatas ps-se a excursionar, descuidado do mundontimo, esquecido dos valores ticos, que lhe interessavam quando legalmenteaplicados, sem o componente sentido moral que os vitaliza. Comoconsequncia, conquistou terras, apossou-se de recursos transitrios, venceubices climatricos e geolgicos, escravizou pessoas, mas no se conquistou a simesmo.

    Lentamente venceu as distncias fsicasemocionalmente longe de siprprio e do seu prximo encurtou os espaos, saiu da Terra, deambulou pelaLua e retomou, esvaziado de sentido e significado para a vida... , .

    O nibus espacial Colmbia volveu Terra sob aplausos que, noentanto, no abafaram o pranto dos rfos e das vivas de guerra, dos mutiladosnem dos doentes, dos alienados ou dos famintos, nem os astronautasencontraram o equilbrio entre os violentos, os delin- quentes, os necessitados,os discriminados, os infelizes... Sofisticados computadores de preciso ostrouxeram de volta ao campo terreno, quase sem perigo e com alto ndice deseguranaque j no se conseguem ffuir nas mas das cidades, nas sociedadesou nos lares, cada dia transformados em fortalezas para se impedirem assaltos,agresses, latrocnios...

    Muitas conquistas e poucas realizaes libertadoras, so o saldo destesdias.

    O homem prossegue, entretanto, na condio de enigma que necessita serdesvendado.

    A chave, todavia, para decifr-lo, est nele mesmo,

  • no seu mundo ntimo, aguardando-o, quando, cansado das excurses, encoraje-se a proceder inevitvel viagem interna, ao aprofundamento interior.

    A Cincia Nuclear, atravs das eminentes autoridades que investigam amatria, reconhece que a mesma apenas uma pequena poro da realidade nocampo imenso da energia ainda indevassada, sendo, o visvel, modestacondensao reveladora do invisvel.

    Os logros da Cincia e da Tecnologia que, aparentemente, negaram a almae a vida espiritual, quando, em verdade apenas desmitificaram os enxertos esupersties que as encobriam, foram, atualmente, a partir de Hertz com odescobrimento das oscilaes eletromagnticas, de Crookes com a matriaradiante, de Rntgen com os raios de natureza desconhecida, alcanando,em largos passos, a declarao de Einstein a respeito das imensas energiascontidas pela matria, e trazendo o pensamento de volta ao esprito, embora soboutras denominaes.

    Os milagres tcnicos superam os sonhos da cincia- fco, semresolverem os dramas da emoo humana.

    Ao lado de todas essas conquistas, repentinamente, o Espiritualismoemergiu como resposta aos intrigantes problemas e questes que a mentecomeou a suscitar, insatisfeita com as realizaes externas, que os noaclaravam satisfatoriamente.

    O sentido e a finalidade da vida passam a ser o Esprito imortal.Suporte seguro para o Espiritualismo moderno a Doutrina Esprita, pelo

    empenho cientfico a que se afervora por demonstrar a realidade do princpioespiritual, sua origem, seu crescimento, seus labores, seu destino...O Espiritismo substituto das tcnicas das viagens exteriores valiosas, semqualquer dvida, mas no

  • nicas oferecendo os preciosos recursos para as conquistas imprescindveis,as mais importantes, que se encontram atravs da Psiconuiica, de que se fezpioneiro desde AJIan Kardec.

    Trabalhando com os mecanismos internos, a Psiconutica utilizar osengenhos da tcnica, que confirmam as incontroversas nascentes da vida, que seencontram no Mundo da energia ou realidade do esprito.

    A natureza muito mais do que os singelos conceitos de espao e tempo,matria e casualidade, possuindo expresses independentes, que as alteram eas transformam.

    Na gnese da vida, portanto, encontra-se o Esprito, e somente pelo seuconhecimento, e vivncia das leis que alimentam o mundo causal-espiritual, ohomem se encontrar consigo mesmo e ser feliz, na experincia existencial dafilosofia esprita.

  • VITRIADALUZCai a noite!Desabam sobre a Terra as foras ignotas da Natureza, numa formidanda

    resposta ao tresvario que domina as mentes exacerbadas pela soberba, no apogeudo orgulho tecnolgico.

    Enlouquecido, o homem desafia Deus, ameaando o planeta com a guerra nas estrelas, num atentado inteligncia e civilizao.

    O abuso e o desregramento tico atingem ndices relevantes, somentesuperados pela virulncia da agressividade em desabalada correra nas mos daviolncia.

    O caos se estabelece, em inumerveis reas do Orbe, vencido pela poluioque decorre da desorganizao emocional do homem.

    O medo abraa o desespero, e tem-se a impresso de que se aproxima ofim...

    Sem dvida, que se aproxima o fim das paixes dissolventes, dasdominaes arbitrrias, da alienao

  • pelo poder e da sementeira do dio...A barca terrestre no navega matroca nos rios do Infinito.Jesus a comanda e a governa, acompanhando esse processo esperado, que

    antecipa a hora da paz e do reino de Deus, que Ele veio implantar desde hdois mil anos.

    Mesmo nas sombras que teimam, momentaneamente, por vencer asesperanas, lucilam claridades benditas, mantendo os pontos de contato com Eleque o nosso Astro-Rei.

    Missionrios do amor e da abnegao, da cincia santificada e da belezaencontram-se na Terra, abrindo clareiras e formulando propostas de renovao emfavor da felicidade geral. ^

    No tarda o momento da paz, que j se inicia, durante esse recrudescer daslutas travadas.

    Homens da Terra:Parai e meditai a respeito da funo superior da vida inteligente no Orbe!No engrosseis as fileiras do dio, nem tomeis parte na enxurrada da

    viciao.Sede fortes no bem que o Cristo nos legou, formando uma reao pacfica

    e decidida contra o mal.Erguei a paz como vossa meta, e o amor, tornai-o o meio de alcan-la.Abri-vos grande luz e no temais.Vossos anseios so conhecidos e vossas rogativas tm sido ouvidas.No suponhais que a resposta demore de chegar, porquanto j est a

    caminho.Considerai a necessidade da renovao e pugnai por ela abraados

    caridade e compaixo para com

  • todos especialmente os que ainda teimam em perturbar a marcha doprogresso permanecendo resolutos nos vossos ideais de enobrecimento e f.

    Sede os obreiros do amanh, que sas a semear desde hoje, e, vinculadosao Cristo, ponde a esperana nos coraes, irradiando o otimismo da alegria deviver, certos da vitria que j no tarda.

  • OFATOEATICANas acirradas discusses sobre a problemtica da Cincia em relao

    Religio, sempre se ressalta a excelncia da primeira, em detrimento da outra.E verdade que as descobertas cientficas ampliaram os horizontes do

    Universo, ensejando a compreenso das Leis do Macrocosmo, tanto quanto davida infinitsimal...

    Da mesma forma, so debitados, s diversas correntes religiosas,inumerveis horrores, guerras de extermnio que se celebrizaram pela impiedade,assinaladas pelo fanatismo ilgico, que responde por genocdios e aberraes querepugnam a razo e a conscincia.

    Todavia, convenhamos, o assunto exige mais cuidadosa anlise, a fim deque se possa entender o drama que deflui de ambas.

    De certa forma, a evoluo do conhecimento cientfico pode serdenominada como a histria dos seus equvocos. De experincia em experincia,de hiptese em hiptese, como resultado das interpretaes erradas dos fatos, altima palavra da pesquisa, normalmente, -lhe a penltima informao, salvovaliosas excees que, alis, confirmam a regra geral.

    O que, em um perodo, constitui fato comprovado em laboratrio, logodepois pode ser demonstrado de forma no conclusiva ou de significaodiferente quando no se torna a confirmao de uma experincia emprica,aplicada por inmeras geraes que passou a merecer anlise e recebeuformulao apropriada pela tcnica.

    De passo em passo, nem sempre firme, tm sido assentadas as bases doconhecimento, ora confirmando informaes pretritas, noutras vezes negando-as.

    Igualmente, apoiadas no amor, as Religies se ensoberbecem e passam deperseguidas a perseguidoras, pregando o reino dos Cus, com os ps muitobem plantados nos inexpressivos tesouros e vanglorias terrenas.

    A medida que adquirem estabilidade nos coraes, alargam os seus anseiospela poltica mundana e passam a comandar destinos, quando a sua finalidade iluminar conscincias e consolar sentimentos.

    Reagindo s arbitrariedades de que foi no passado, vtima das Religies, aCincia emergiu dos pores, apoiou-se na lgica e no fato, tombando, porm,no mesmo equvoco da F, por adotar a ditadura da Razo, e, embriagando-se deorgulho, passou a opinar com expresses definitivas nas reas que no

  • pesquisou, especialmente nas do Esprito, em reao preconceituosa, infantil,cometendo erros semelhantes queles aos quais se opunha...

    Ademais, convm ressaltar que a Cincia neutra em si mesma, aberta anovas informaes e enfoques, sendo, as opinies, dos cientistas e no dela.

    A Religio, de modo idntico, propugna pelo homem livre, feliz,amoroso, enquanto os religiosos encarceram,

  • constrangem, infelicitam e matam quantos se lhes opem, desde que ascircunstncias assim o permitam.

    Desta forma, no h como negar: h cientistas e h Cincia, que diferem,assim como religiosos e Religio, que se encontram distantes, pelospostulados que esta preconiza e pela vivncia a que aqueles se entregam.

    Naturalmente, vo -se diluindo as barreiras separatistas, medida que ocientista adquire uma tica-moral de comportamento e o religioso se impregnade fraternidade, identificando a fragilidade, bem como a ignorncia em outrasreas, fora da sua convivncia doutrinria.

    A Religio, todavia, impe, com o seu conhecimento, a reforma moral dohomem, que a deve alterar para melhor, enquanto Cincia no fundamental avivncia elevada, no que diz respeito conduta do seu pesquisador.

    O fsico penetra na partcula, compreende-lhe a constituio e, noobstante, pode prosseguir mau cidado, agressivo ou venal.

    O religioso, que se deixa penetrar pela f, de imediato v-se levado alterao de procedimento, mesmo que sinal exterior algum se apresente,chamando ateno.

    Imaginando-se um crculo, o conhecimento da Cincia parte da periferiapara o centro, enquanto a viso csmica da f, abrangente, origina-se no centro ese aproxima da periferia, na qual est a radical transformao moral do homem.Com o Espiritismo, o litgio entre as duas Doutrinas desaparece, em razo dacontribuio que o fato concede f, irrigando-a de fora e coragem para osdesafios e as vicissitudes, enquanto o calor da confiana religiosa favorece, pesquisa, a paz e o alento para o prosseguimento incessante na busca de novasfontes de informao e luz.A Religio oonceder Cincia, atravs dos postulados espritas, um saudvelcdigo de tica, para que se faa o que seja moral com fundamento na realidadedo Esprito e no o que seja vlido, embora em detrimento da Vida.

    Crimes hediondos, ora perpetrados, como o aborto, a eutansia, a pressapela morte do paciente para a retirada de rgos para transplantes, as experinciasde guerras qumicas e biolgicas, o infanticdio para o aproveitamento deelementos teis para outras vidas tudo a soldo de altos estipndiosfinanceiros sero, mais tarde, parte da histria que a cultura ir superar.

    As experincias genticas aberrantes, a poluio do planeta, o armamentosofisticado, tambm sero eticamente controlados, porque o homem ter que ser

  • poupado e, com ele, a Natureza e tudo quanto nela vive.A Cincia, iluminada pela Religio Esprita, comandar o crebro, e esta,

    sob as luzes dos fatos, guiar o amor com segurana, trabalhando juntas pelafelicidade das criaturas, que no tardar, porquanto, chega, j, o momento darenovao da terra que a ambas cumpre realizar.

    CINCIAEESPIRITISMOA Cincia, vencendo os tabus e os atavismos da ignorncia, vem

    desvendando os mistrios da Natureza e desvelando as leis que engrandecem avida.

    O Espiritismo, rompendo os vus do preconceito e das supersties,penetra no mago das questes intrincadas do existir, revelando o mundo causale invisvel de onde procede e para onde retoma a vida real.

    A Cincia, colocando as suas sondas e lminas no macro como nomicrocosmo, interpreta os enigmas da criao e explica os fenmenos da vidaorganizada na Terra.

    O Espiritismo, trabalhando com as foras paraffsicas do ser, desdobra parao homem a tica-moral de comportamento que o conduz felicidade mediante acorreta utilizao dos recursos que lhe esto disposio.

    A Cincia prolongou a vida humana, modificou a paisagem do planeta,propiciou comodidades, facultou altos vos para a inteligncia e para aimaginao.

    O Espiritismo demonstrou que a longevidade fsica, por mais larga, sempre breve ante a eternidade do ser

  • espiritual, trabalhando o homem para usar as conquistas da tecnologia semperder ou menosprezar os ttulos da dignidade e do amor.

    No auge das incurses da Cincia no embelezamento da vida e explicaodas leis universais, Chalemel Lacour exclamou: Cincia e razo, eis osmeus deuses, provocando, na Academia de Letras de Paris, vivos aplausos porparte dos utopistas e gozadores.

    Logo depois, no mesmo recinto, Francis Chalmers, aps reflexesprofundas, afirmou: No conheo um s exemplo que comprove o xito dacincia enxugando as lgrimas que nascem no corao.

    A Cincia, sem o suporte da f religiosa, que se estriba no fato e na razo,perde-se em devaneios, detectando os efeitos que no bastam para explicar arealidade dos fenmenos.

    Negando a Deus, a Causa Fundamental, no logra preencher o vazio daemoo, nem enxugar as lgrimas do corao.

    Certamente que anestesia a dor, corrige imperfeies, elucida problemas,no entanto no consola o amor que se sente frustrado ante a ingratido, o crime,a saudade de quem se transferiu do corpo para a Vida... Nem consegueequacionar os dramas do sentimento, da afetividade, as aptides e tendncias dosdestinos humanos...

    O Espiritismo o elo de segurana entre a cincia e a religio, a f e arazo, a virtude e a ao.

    Aprofundando-se nas origens da prpria vida, o Espiritismo demonstra algica de existir, no processo de evoluo e interpreta todos os problemas que sedemoram como incgnitas, sem fugir razo nem ao bom-senso, antesbaseando-se nestes, erigindo o edifcio do saber com os alicerces doconhecimento e a argamassa da f.

    Eis por que a Cincia, sem a Religio, frustra os altos ideais do homem ea Religio, sem a Cincia como suporte, no passa de pretexto para o fanatismo,que no se justifica e sequer suporta as experincias dolorosas da prpria vida.

  • AVIDACAUSALCausam estranheza, muitas vezes, as afirmativas sobre a vida espiritual,

    dentro da ptica de realidades antes somente atribudas movimentaoterrestre.

    Quando os Espritos nos reportamos a cidades e colnias, vegetao eclima, veculos e estudos, escola e campus universitrios no mais alm, soinmeras as pessoas que creditam os informes imaginao exaltada dosmdiuns ou mediocridade cultural dos desencarnados. Preferem a negativa,mantendo uma atitude mental cptica, quando no zombeteira...

    Aceitam a realidade fsica na condio de nica e legtima, sem se daremconta de como deve ser a vida alm das vibraes orgnicas do campo material.

    Antes, admitiam o cu e o inferno como lugares estanques, dimensionadose localizados conforme as tradies teolgicas. Liberando-se da crena ancestral eortodoxa, refugiaram-se em infundada suspeita que mais facilmente nega o quedesconhece, em mecanismo inconsciente de fuga irracional.

    No obstante, multiplicam-se os campos vibratrios na Terra e em suavolta, onde a vida estua dentro de

  • condies prprias, das quais, a conhecida no mundo sua cpia imperfeita.Certamente que, na mesma proporo, nas faixas inferiores as construes soplidas, primitivas amostragens do que hoje frui a sociedade tecnolgica.

    Tomando-se a vida espiritual como sendo a primeira, portanto, a causal, aterrena inevitvel decorrncia materializada por aqueles que procedem do pasde origem trazendo reminiscncias e evocando as paisagens de onde vieram.

    Em toda parte a mente o fator propiciatrio para qualquer realizao.Antes da ao, vibra a idia que programa e plasma.

    O campo mental delineia e constri tudo quanto mais tarde se corporificano mundo das formas.

    Da mesma maneira, fora do corpo, o esprito age condensando a energia,que assume expresso material, sem dvida mais tnue do que aquela que fereos sentidos sensoriais.

    Considere-se, ao mesmo tempo, que o moderno conceito sobre a matriamolda-a ao capricho dos tomos, por sua vez, partculas de energia condensada,independentes e circunscritas aos campos vibratrios e de fora nos quais semovimentam.

    Face a essa condio da matria, a energia o elemento causai no qual semanifesta a vida e se modelam todas as expresses que se aglutinam na rea dasformas.

    A morte, em liberando o ser espiritual dos limites do corpo fsico,devolve-lhe a capacidade de movimentao na zona das ondas com as quaissintoniza, graas s conquistas intelecto-morais que o sutilizam, ousobrecarregam de vibraes propiciatrias para a sua vnculao.Existem, portanto, cidades e conglomerados humanos que variam como asconquistas morais e espirituais dos homens desencarnados nas mltiplasesferas que circundam a Terra ou que lhe so prximas.

    A vida que prossegue, impe programas e disciplinas de educao,objetivando o futuro do ser espiritual, que tomar reencarnao, promovendo-se, reparando males, proporcionando o progresso do seu prximo e da prpriame-Terra, em seu processo de evoluo.

    De acordo com as conquistas ou atentados realizados, o esprito permanecevinculado dinmica a que se acostumou, ascendendo em experinciassuperiores, ou estagiando em redutos de dor reparadora e de sofrimentoliberativo.

  • So incontveis as estncias de luz e paz, nas quais o trabalho individual ecomunitrio se desenvolve, e onde se inspiram os habitantes do mundo,recambiados em parcial desdobramento, pelo sono, para aprendizados; de ondepartem os missionrios do amor e do conhecimento conduzindo os recursos parafavorecer a vida terrena; em cujos educandrios e oficinas de estudos soministrados cursos, e realizadas experincias de combate ao erro, dor e scalamidades que um dia se materializaro na Terra, em forma de bnos para oshomens que se demoram na retaguarda...

    Igualmente, so inumerveis os recintos de refazimento pela aflio e dedespertamento para a responsabilidade, sob o guante de inominveis processosreeducativos.

    Afirmando com extraordinria sabedoria essa realidade, elucidou Jesus que na casa do Pai h muitas moradas, aludindo presena da vida em muitospontos do Sistema Solar e fora dele, como tambm a esses ncleos de vidaespiritual, nos quais estagiam os apstolos do bem, profetas e santos que ali voperidica e frequentemente, qual o acontecimento narrado pelo apstolo Paulo,quando foi arrebatado at ao terceiro

  • REVELAESFANTASIOSASO desenvolvimento intelecto-moral do homem faz- se lentamente,

    atravessando perodos delicados na rea psicolgica, que deixam marcasdemoradas nos temperamentos de formao frgil.

    Graas a isso, no obstante as conquistas tecnolgicas da atualidade,permanece expressivo nmero de indivduos com arcabouo infantil,experimentando insegurana e terrveis temores.

    Apresentando, s vezes, avantajada estrutura fsica e demonstrandoinegvel tirocnio racional, debatem-se em estados conflitivos de desequilbrio,que os levam a neuroses perturbadoras e a distonias de vria ordem.

    Alarga-se neles o perodo infantil, e, apesar da maturidade orgnica nosvariados processos da idade cronolgica, prosseguem cultivando os mitos queos embalaram ou perturbaram naquela fase.

    Aspiram por uma existncia ideal, sem confrontos ideolgicos, semaflies, e propem relacionamentos perfeitos por parte dos outros, a si prpriosjustificando as debilidades e limitaes. Tomam-se, deste modo, de difcil trato,no inter-relacionamento social, malogrando nas unies conjugais e fugindo sresponsabilidades familiares.

    Aparentemente se apresentam lcidos e bem-postos, nas chamadas classesmais elevadas, sem que difiram dos mais simples e necessitados, nos seustemores, conflitos e complexos.

    Diante dos desafios que propem o crescimento ntimo, complicam aprpria atividade e derrapam nas depresses ou fogem para a agressividade daviolncia, em cujos mecanismos, consciente ou inconscientemente, escondem atimidez, os medos, a fraqueza moral.

    Convidados f religiosa, apegam-se aos mitos, que vitalizam, repetindoas fantasias da infncia. E quando a lgica lhes demonstra o desvalor desse ata-vismo, dizem-se cpticos, indiferentes... No entanto, permanecem vulnerveis aofantstico, ao fantasioso, ao milagreiro, ao aterrador, adotando crenasextravagantes na rea das revelaes espirituais. Preferem as informaesatemorizantes, as profecias de horror e destruio, os intercmbios com seresintergalticos, assim transmudando os conflitos em auto-afirmao, concedendo-se os privilgios de haverem sido escolhidos, selecionados para o conhecimentode verdades que os outros no tm mrito para conhecer e privar.

  • So nomeados missionrios, eleitos, seres superiores encarregados dapreparao da Era Nova, os que sero poupados s terrveis calamidades,devendo ficar no corpo e ser transferidos para a quarta ou outra dimensoqualquer, para crculos vibratrios elevados, na frgil forma fsica.

    Morrer, apavora-os. Querem a imortalidade material.Deixam transparecer que a morte biolgica uma desgraa e que a

    organizao terrena deve ser poupada a qualquer preo, recomendandoalimentao especial,

  • providncias para uma conduta original, enquanto se utilizam do verbo amarcomo chave mgica, para facultar a soluo de todos os problemas...

    Sem dvida, o amor a soluo, conforme o props Jesus, no entantosem exotismo, sem especificidades de prerrogativas perniciosas.

    A morte ou transformao carnal inevitvel, e a mudana do ser, emtrnsito pelas faixas vibratrias da evoluo, ser sempre no campo espiritual daenergia e no da forma perecvel, construda para o perodo correspondente snecessidades da reencarnao.

    A prevalncia de larga faixa da humanidade no perodo infantil tempermitido que mentes inquietas, sob conduo infeliz de espritos perversos oufrvolos, aflijam e atemorizem com frequncia os insensatos, os crdulos e ospresunosos com profecias macabras de destruio do planeta, de aniquilamentoda vida sob devastaes nucleares ou ssmicas...

    A insnia do homem pode lev-lo a uma ao alucinada, utilizando-se doignoto poder que a inteligncia lhe facultou, na rea da tecnologia sem tica,porm a vida imperecvel, a Criao de sabor eterno e o bem a meta final.

    Consolando os coraes com a esperana e a certeza da vitria, quantoiluminando as mentes atravs do conhecimento, o Espiritismo vem conclamartodos os homens ao raciocnio, f que se fundamenta nos fatos e enfrenta arazo em todas as pocas, permanecendo inalterveis os seus postulados.Facultando o progresso que estimula pelo trabalho constante alarga acapacidade do entendimento fraternal, e, libertando da ignorncia das Leis daVida, toma o homem otimista e saudvel, emulando-o conquista dos valoresespirituais. Grato Terra sua me auxilia-a e embeleza-a, ajudando-a aascender na escala dos mundos sem utpicas

  • aspiraes imediatas de alcanar as galxias remotas, esses ninhos e pousos daEternidade, que nos contemplam no Infinito.

    Unam-se os homens de f e rompam as cadeias do perodo infantil emtico, e trabalhem pelo mundo melhor, que podem iniciar, desenvolver epromover, esparzindo a luz da alegria, as bnos da felicidade, e, vivendo emamor como verdadeiros irmos que so, ajudem-se reciprocamente, fiis ao deverda caridade, evitando os exotismos, originalidades e comportamentos especiais,absurdos.

    Jesus o Governador da Terra e o Seu o comando da sabedoria, no qual,o amor e o conhecimento se completam a benefcio dos seus habitantes.

  • PLANETAINTERMEDIRIODentre as objees apresentadas contra a reencarnao, frequentemente

    referida a questo populacional do planeta, que aumenta geometricamente,parecendo dar margem a paradoxos, desde que seriam os mesmos, os espritos,no contnuo fluxo do ir-e-vir.

    Esquecem-se tais opositores que a Criao infinita, e no estanque,prosseguindo o Poder Gerador a criar sempre e incessantemente. Outrossim, damesma maneira que as migraes, no Orbe, fazem-se continuamente,transferindo-se pessoas de uma para outra regio do pas, ou de um para outrocontinente, ocorre, com assiduidade, fenmeno equivalente com os habitantesespirituais de outros mundos, que emigram, objetivando ajudar o progresso doplaneta no qual se hospedam, ou atendendo a impositivos da evoluo, emmecanismos reparadores de culpas e erros.

    O mesmo sucede aos terrcolas que, vez por outra, so encarninhados aoutras moradas onde adquirem experincias e conhecimentos se se tratam delares mais elevados, ou so conduzidos a esferas mais primitivas, nas quais sedepuram e reequilibram.

  • aspiraes imediatas de alcanar as galxias remotas, esses ninhos e pousos daEternidade, que nos contemplam no Infinito.

    Unam-se os homens de f e rompam as cadeias do perodo infantil emtico, e trabalhem pelo mundo melhor, que podem iniciar, desenvolver epromover, esparzindo a luz da alegria, as bnos da felicidade, e, vivendo emamor como verdadeiros irmos que so, ajudem-se reciprocamente, fiis ao deverda caridade, evitando os exotismos, originalidades e comportamentos especiais,absurdos.

    Jesus o Governador da Terra e o Seu o comando da sabedoria, no qual,o amor e o conhecimento se completam a benefcio dos seus habitantes.

  • PLANETAINTERMEDIRIODentre as objees apresentadas contra a reencarnao, frequentemente

    referida a questo populacional do planeta, que aumenta geometricamente,parecendo dar margem a paradoxos, desde que seriam os mesmos, os espritos,no contnuo fluxo do ir-e-vir.

    Esquecem-se tais opositores que a Criao infinita, e no estanque,prosseguindo o Poder Gerador a criar sempre e incessantemente. Outrossim, damesma maneira que as migraes, no Orbe, fazem-se continuamente,transferindo-se pessoas de uma para outra regio do pas, ou de um para outrocontinente, ocorre, com assiduidade, fenmeno equivalente com os habitantesespirituais de outros mundos, que emigram, objetivando ajudar o progresso doplaneta no qual se hospedam, ou atendendo a impositivos da evoluo, emmecanismos reparadores de culpas e erros.

    O mesmo sucede aos terrcolas que, vez por outra, so encarninhados aoutras moradas onde adquirem experincias e conhecimentos se se tratam delares mais elevados, ou so conduzidos a esferas mais primitivas, nas quais sedepuram e reequilibram.

  • As leis de Deus vigera em toda parte e so iguais para todos.Como o progresso contnuo, os mundos que gravitam nos espaos

    siderais constituem escolas de variada finalidade, no concerto universal daDivina Sabedoria.

    Esse mecanismo igualmente usado na Terra, no que se refere aprendizagem, em qualquer rea da educao. Desde os graus mais elementaresat os cursos mais complexos, h uma escala ascendente que se estende porvrias Escolas com finalidades especficas, que fazem parte do arquiplagouniversitrio.

    Aprendiz constante, o esprito submerge e emerge no processo corporal,vivenciando experincias que o capacitaro para a felicidade posterior.

    Sendo a Terra um planeta de provaes, os espritos que nela habitamencontram-se em processo de evoluo, capacitando-se para grandiosos passos,que se prolongaro por outras Esferas mais ditosas, quando aqui encerrado ociclo, ou seguindo-a, ao se tomar educan- drio de regenerao, iniciando pmafase de amplas bnos.

    Outrossim, recebe o nosso planeta-me hspedes espirituais de diversasclasses, que aqui se reeducam, quando indisciplinados, ou nos trazeminformaes e conhecimentos hbeis para o seu mais rpido crescimento naescala dos mundos, se adiantados.

    Quando a santa fraternidade reinar entre os homens, auxiliando-os aromper com as amarras do prprio primitivismo, ser-lhes- mais fcilexcursionar por esses ninhos de bnos que gravitam nos espaos siderais,onde a dor, a morte e a enfermidade no existem, facultando que os visitantesconheam as delcias do reino dos cus e retornem, ansiosos por promoveremo seu lar

  • e seus habitantes, a fim de que desfrutem das mesmas alegrias que os aguardam.Por essa razo, afirmou Jesus com tranquilidade: Na casa do Pai h

    muitas moradas.

  • EXAMEDEATUALIDADENas razes histricas do Cristianismo, que se encontram fixadas nas

    palavras e aes do Mestre e dos seus primeiros discpulos, sero encontradas asmelhores tcnicas de comportamento doutrinrio para a ampliao doshorizontes espirituais da Humanidade em nossos dias.

    Sem dvida que o Cristianismo, nas bases atuais e por inmeros sculospassados, encontra-se distanciado daquela autntica mensagem de amor e delibertao que objetivava a integral felicidade do esprito ante a ConscinciaCsmica.

    A medida que se foram introduzindo os dogmas violadores da liberdade depensamento, bem como a preocupao pela uniformizao dos ensinos numatentativa de evitar-se a espontaneidadede certo modo, igualmente perigosa a enxertia das interpretaes feitas pelos telogos e o formalismo dissodecorrente substituram a preocupao de viver-se o contedo, a benefciodaquelas vs interpretaes e aparncias de comportamento.

  • Os apstolos de Jesus, que Lhe seguiram as pegadas, e aqueles primitivosdiscpulos que, dos lbios desses, ouviram as narrativas, usavam a tcnica dalealdade para com a f, fundamentados, sobretudo, na certeza da sobrevivncia morte, da qual dera testemunho o Rabi, quando retomou ao convvio daquelesque haviam ficado receosos e assustados, substituindo esse estado, a partir deento, por uma atitude de dignidade doutrinria e de altivez moral que nenhumflagcio submetia ou atemorizava.

    Certamente que, mediante a evocao do estoi- cismo daqueles eminentespregadores e apstolos da Era Nova, no pretendemos impor frmula equivalentede conduta para os nossos dias.

    Outros eram, ento, a poca, a cultura, as circunstncias, os fenmenoshistricos e tcnicos. No obstante, merece ser recordado que era apresentadauma doutrina vigorosa para substituir, nas mentes e nos coraes, as faccias eprazeres do Paganismo, com os seus equvocos, lendas e mitos.

    Na atualidade, fato equivalente ocorre, quando o Cristianismodescaracterizado cede lugar a um neopa- ganismo, no qual predominam os cultosao dinheiro, ao poder, ao sexo, violncia, s drogas...

    falncia moral do dogma, sucede o descrdito dos homens aturdidos, quese atiranus novas frmulas simplistas do utilitarismo, empenhando a alma,no jogo arbitrrio das iluses e convenincias imediatas.

    O cepticismo, que ento governa o mundo interior das criaturas, v, emJesus, o homem histpico, revolucionrio e sacrificado, na condio de um lderqualquer da Humanidade, quando no Lhe nega a existncia, pura esimplesmente.Seu cdigo de tica moral, colocado margem, como pgina de literaturaoriental formosa, serve apenas

  • para os duelos verbalistas e discursos ricos de florilgios comovedores, sem aseiva da vivncia que o torna regra segura de paz e equilbrio emocional notumulto que a quase todos avassala.

    Tentativas repetidas de volver-se pureza primitiva da f assinalaram ahistria, seja na manuteno da Didaqu Doutrina do Senhor atravsdos doze apstolos, ou simplesmente Doutrina dos Apstolos sejapelos vultos que, de tempos a tempos, assinalaram o pensamento com aexuberncia da sua voz e da sua vida abnegada.

    Francisco de Assis e Teresa de vila, entre outros, lanaram-se ingentetarefa, buscando atualizar o comportamento moral dos seus respectivos temposcom a conduta do Cristo, sem conseguirem quanto esperavam.

    Posteriormente, Joo Wiclif tentaria arrebentar as algemas da dominao,iluminando, entre outros, a mente de Jan Huss que pagaria com a vida a audciade pregar o livre exame das escrituras, delegando, a Jernimo de Praga, aincumbncia de porfiar no bom combate, sucedendo-lhe, tambm, a imolaoem holocausto...

    A seguir, Martinho Lutero ameaa a estrutura frrea da Igreja da poca,facultando a quem o queira, o conhecimento da Bblia, por consequncia, doEvangelho, e um certo ar de renovao varre a Alemanha dividida e atribulada.

    Joo Calvino, em Genebra, segue-lhe os passos, acreditando-se, maistarde, em condies de reformar alguns conceitos, e estabelece regras rgidas queiro abrir campo para lutas speras no futuro.

    Jhn Wesley, em Oxford, informou haver sonhado com Jesus tomou obasto da verdade com o seu irmo, iniciando a Igreja Wesleyana que sedesdobrara em novos campos, quais o metodismo, o anglicanismo, e, maisrecentemente, as Testemunhas de Jeov

  • levantaram-se para disputar os 144.000 lugares no reino dos cus,ressuscitando assim, fanatismos medievais lamentveis.

    Nesse comenos, quantas insurreies, lutas fratricidas, inglrias cruzadas,perseguies de lado a lado, Santos Ofcios, Inquisies e Indexxpurgatoriusl...

    Veio, por fim, Allan Kardec, na poca em que a Cincia dispunha derecursos para comprovar a imortalidade da alma e a reencarnao, oferecndo achave para uma perfeita interpretao do Evangelho, que o Espiritismo, sem oqual se perde o contedo primoroso e atual da mensagem do Cristo.

    Todavia, as dificuldades j repontam. Allan Kardec, porm, diferindo dosseus antecessores, claro e acessvel, destitudo das complexidades dalinguagem que dificultam j entendimento da Doutrina; lgico e estruturado narazo decorrente da experimentao dos fatos, no necessitando de novostelogos para o interpretarem dando cor pessoal emoo cultural, afopaladar de qualquer paixo seitistapermitindo a cada interessado permear-se dasua filosofia e viv-la no^^fddr ticp- moral que deflui da fonte evanglica naqual se Origina.

    O estudo do Espiritismo livre, Sem dvida mais prtico quandofstematizado por um mtodo de aprendizagem especfico, dispensando novosprceres da verdade, que a ergueram como arma de acusao e a esgrimem emdefesa deste ou daquele seu ponto de vista. A verdade, pelo seu prprio valorintrnseco, dispensa os seus defensores, porimpor-sede imedito ouposteriormente. este um momento de reunir e ajudar, espargindo a luz sem asartimanhas da ignorncia^dlpondo com argumentos lgicos, sem as agressesque demonstrem a fragilidade da tese, no apoio da violncia...

    Desse modo, indiscutvel a necessidade de retomar- se a Kardec, nadivulgao do Espiritismo, que veio aos

  • homens no momento em que o Cristianismo se materializara e se perdera emlinhas de comportamento alienado, evitando-se o surgimento de correntes eescolas que, por mais respeityeis nos seus propsitos, no podem fugir sregras da conduta do Codificador, que enfrentou o cepticismo, a desconfiana, aslutas acerbas e a indiferena da poca, sem fugir, em momento algum, diretrizpreconizada pela Doutrina que apresentou e viveu com nobreza, tomando-sedigno do respeito dos prprios adversrios.

    Meditar nas lies do passado, a fim de agir bem no presente, com vistaaos melhores e mais lcidos mtodos de divulgao para o futuro. OCristianismo, portanto, na frmula que foi legado posteridade, sem oEspiritismo, no atinge as metas s quais se destina. Da mesma forma, oEspiritismo sem as razes do Cristianismo, pode transformar-se em monumentalcorpo de doutrina cientfica e filosfica, do qual, no entanto, a alma do amor eda f crist foi exilada.

  • ESCRAVIDOEAMORAtravs da Histria, nos mais diversos perodos, encontramos a fora

    submetendo as vidas, ao exercer o seu poder nefando de dominao arbitrria elouca.

    Tribos brbaras, vencendo umas s outras, subjugavam os sobreviventes,impondo-lhes a cruel escravido que, s vezes, era pior do que a morte.

    Desse modo, a escravido do homem, vitimado por outro homem, tomou-se uma chaga hedionda a determinar o estgio de primitivismo de cada povo,cultura e sociedade.

    O Egito, no esplendor da sua glria faranica, ergueu os seusmonumentos eternos graas ao brao escravo e s centenas de milhares devidas que pereceram nas mos terrveis de sicrios, tornados capatazesdesalmados.

    Cambises, rei dos persas, submeteu povos inteiros, dizimando acriaturasnas tenazes poderosas da escravido vergonhosa, como faziam outrosconquistadores e governantes desvairados.Nabucodonosor, da Caldia, orgulhava-se de, ele

  • prprio, cegar com lanas bidentadas os escravos que lhe chegavam comoesplio das guerras sangrentas.

    Na Assria, com Sargo H, a escravido alcanou ndices alarmantes, semqualquer respeito ou mesmo piedade pelo ser humano tornado gal...

    A Grcia, especialmente Atenas, atravs de Aristteles, justificava aescravido dos povos inferiores, embora fundamentando muitos dos seusestados em nobres democracias, e a sua filosofia embelezasse a alma dos homensmais expressivos da poca.

    Marco Aurlio, o estico, escrevia os cdigos de tica moral nos camposde batalha, e Augusto dificultava, ao mximo, a libertao dos oprimidos.

    O Novo Mundo no ficou indene purulncia moral que lhe chegava dosVelhos Continentes.

    A Espanha, em pleno sculo XVI, atravs de Carlos V, autorizou, emHonduras, a escravizao do negro, aps o quase aniquilamento dos seus povos,que pagariam com a vida o impositivo infame da cobia do branco.

    Logo depois, D. Joo Dl, de Portugal, estendeu a impiedosadeterminao, mediante alvar real, autorizando Duarte Coelho a usar o brao dosilvcola, no eito da escravido, o que depois foi ampliado frica negra...

    Nesse momento, j no so as guerras, mas os desbordos das paixes, quelevam os escravocratas s sortidas infelizes nos territrios pacficos, separando ascriaturas ejugulando-as ao potro dos lutuosos tormentos.

    medida, porm, que os sentimentos e a razo passaram a substituir osinstintos e as sensaes, movimentos libertrios surgiram, favorecendo asvtimas do famigerado processo de indignidade humana.

    No obstante, as guerras e a dominao do poder econmico prosseguiramsubmetendo povos inteiros, praticamente todo o denominado TerceiroMundo, por outro lado estimulando, esse desgoverno das paixes, aescravido, nos pases desenvolvidos e em desenvolvimento, pelas drogas, pelosexo, pela pornografia...

    Os vcios anestesiantes vencem hoje multides nas diferentes classessociais e econmicas, enquanto o egosmo continua destruindo os ideaishumanos e consumindo vidas incontveis, deixando um saldo assustador.

    Apesar disso, Jesus o Grande Libertador, ensejando a perfeita igualdadedas criaturas, nos seus deveres e direitos, conclamando vera fraternidade que o

  • amor sustenta e felicita.Ele prprio, demonstrando a excelncia da Sua doutrina, doou a vida, de

    tal forma, que ensinou a submisso externa, com a plena liberdade individual entima que nenhuma fora logra submeter.

    Vestgio de barbarismo degradante a presena de qualquer tipo deescravido no contexto scio-histrico da moderna civilizao, que no absorveua carta magna do Cristo, estruturada nas Bem-aventuranas, que prosseguemcomovendo e iluminando as conscincias que se deixam penetrar pelas luzesdessa epopia mpar.

    Por sua vez, o Espiritismo, que atualiza e restaura o Seu pensamento, naTerra, representa a carta de alforria para os escravos de si mesmos, das mazelaspessoais e das paixes dissolventes que desgovernam milhes de homens,mulheres e jovens, que tombam, inermes, nas armadilhas douradas e ilusriasdeste momento de grande transio.

    Quando as mentes aceitem essa mensagem do Cristo Libertador e seconscientizem das responsabilidades espirituais que lhes dizem respeito,reflexionando com seriedade nas leis da reencarnao, o poder da fora e daspaixes primitivas ceder lugar fora do amor e da fraternidade, construindoum mundo feliz, no qual a paz se tomar a realidade legtima para todas asvidas.

  • NOVAORDEMDOAMORO Homem pediu a colaborao da Cincia, guin- dando-se s conquistas

    tecnolgicas. Todavia, abandonou a responsabilidade e desconsidera o amor.Anelando por ganhar espaos, arroja-se na deci- frao do desconhecido e

    deixa margem as conquistas logradas pelo sentimento.Preconiza a paz fomenta a guerra.Ensina o amor estimula a luta de classes.Programa os direitos humanos desrespeita os direitos do prximo.Ensina a liberdadeinveste contra a do seu irmo.Amplia as prprias ambies encarcera-se nos cofres da usura, nos

    limites estreitos da poltica arbitrria, nas paisagens torpes das paixesdissolventes.

    Por isso, transcorreram quatrocentos anos de razo, de investigaocientfica, de liberdade de conscincia com uma colheita de sombras, deamarguras, de pessimismo.

    A partir do sculo XVI, apoiou-se na filosofia para arrebentar os grilhesda ignorncia religiosa.

  • No sculo XIX utilizou-se da mesma filosofia, para gargalhar de Deus, esucumbe, em pleno sculo XX, sob as filosofias do anarquismo, da perverso,do fazer coisa nenhuma.

    Em consequncia, uma grande noite se abate sobre a Humanidade.O homem, artfice do seu prprio destino, encarcera- se no vcio e deixa

    que o sol da liberdade buscada, e conseguida em parte, seja empanado pelagrande nuvem das suas ameaas constritoras.

    Enfermidades de etiologia difcil, de teraputica complexa, de recursospreventivos impossveis no momento, ameaam a estrutura orgnica do serpensante.

    Psicopatologias profundas aniquilam-no interiormente; o homem estertora;o homem se desumaniza.

    Neste contubmio de paixes, a violncia irrompe assustadora, em nomedas liberdades democrticas, e cava o poo para as ditaduras do poder.

    Pairam, sobre a Terra, os miasmas pestilentos do sofrimento generalizado.No pretndemos fazer profetismo de aniquilamento nem nos utilizamos

    das Parcas, que tecem o destino trgico dos homens, antecipando-lhes adesgraa. Consideramos as ocorrncias ora vividas, pelo apagar do idealismo,face ao confundir das aspiraes enobrecedoras, como decorrncia da falncia dasconquistas tico-morais e espirituais do ser.

    Pairando, entretanto, sobre todas as conjunturas amargas, Cristo vela econduz a nave terrestre no fragor das batalhas rudes, no entrechoque das paixes,no destruir das Instituies enobrecidas.

    Um inesperado sopro de renovao varrer a Terra e espritos, quelideraram povos pelo pensamento, pela arte, pela sabedoria, tomaro oscomandos da gerao desventurada e restabelecero, na Terra, a paz, o amor, aliberdade.

    Todos estamos convocados para prepararmos o advento dos diasporvindouros.

    As lmpadas acesas na noite tm as nobres finalidades de derramarclaridade.

    No nos encontramos reunidos no ministrio esprita e cristo, por acaso.No voltamos aos caminhos do Cristianismo por injunes eventuais ou

    por caprichos do destino.Assumimos grave responsabilidade com o Cristo que no soubemos

  • respeitar no passado.Contribumos para estes momentos de desaires e sofremo-los, vivendo as

    consequncias dos nossos atos pretritos.Assim, estabeleamos a nova ordem do amor preparando o futuro de

    gloriosos dias, nos quais, possivelmente, noutra roupagem, estaremos de volta,experimentando o primado do esprito imortal.

    Companheiros em Doutrina Esprita, rugindo a tempestade, vigiemos.Estourando as lutas, resguardemo-nos.Correndo os rios de lgrimas e amontoando-se os cadveres dos ideais

    perdidos, atuemos no bem.A nossa a valiosa ao de servir e servir, amando e amando, sem

    revidarmos mal por mal, nem aceitarmos o achincalhe, a provocao, aagressividade espontnea dos que enlouqueceram e ainda no se deram conta.

    Na histria dos sculos, a cruz do Cristo, simbolizando a Sua derrota, ahistria da grande vitria que inaugura a ressurreio como preldio de umavida eterna.

  • CRUZADADEAMOREPAZNa inexorvel marcha do progresso, em que o esprito procura conseguir a

    predominncia da natureza espirituaFsobre a sua multimilenria naturezaanimal, a violncia tem-se destacado como meio lamentvel de o mesmo galgaros degraus de acesso aos patamares superiores da inteligncia, da razo, e, agora,da intuio, passo inicial para o perodo da aquisio anglica.

    Em decorrncia, as conquistas humanas tm-se alicerado nas guerras devrio porte, em que as expresses da barbrie atestam os atavismos ancestrais deque no se tm conseguido libertar.

    Imprios e civilizaes foram levantados, na sucesso dos sculos, ederrudos, pela agressividade e volpia blica dos adversrios que,periodicamente, semelhana de pragas vorazes se atiraram sobre os povos,dizimando-os e deixando as marcas infelizes da sua passagem desditosa.

    As dinastias egpcias deram lugar ao Imprio ass- rio-babilnio, que foisucedido pelo persa e, mesmo a Hlade, esplendeu por um pouco, para serasfixiada

  • pelas legies romanas que, por sua vez, no resistiram loucura dos seusfmulos nem dos seus inimigos, abrindo espao para outras tentativas, tal ados otomanos e, nos dias modernos, as do Oriente e do Ocidente, que seameaam mutuamente, pondo em perigo toda a Humanidade e o prprio planetaque a hospeda na condio de me e benfeitora.

    Desfilam, nesse bratro, aguerridos, os conquistadores temveis e odiados,os heris temerrios e caprichosos, os capites e generais violentos, cujos nomesinspiravam horror, mas que a morte consumiu na voragem do tmulo,nivelando-os aos seus soldados annimos e s suas vtimas infelizes.

    Jesus, no entanto, veio Terra anunciar um reino cujas balizas no eramfixadas em pontos geogrficos, mas, sim, no pas das conscincias, e cujaconquista somente se logra mediante as armas do amor, at ento desdenhado, e,mesmo hoje, confundido com as paixes dissolventes.

    Ao revs de matar, Ele fez-se vtima e iniciou uma Era de sacrifcio, demartirolgio, em que os seus cidados davam a vida, ao invs de tom-la aosoutros, e cuja vitria d-se do interior para o exterior, sem alarde nem fanfarra,desconsiderando as glrias efmeras e as homenagens de ocasio.

    Instaurou um imprio de fraternidade capaz de enlaar os que se opem sua realidade, apresentando um cdigo de superior comportamento, noinsupervel Estatuto apregoado no sermo da montanha que, aceito, mudariatodo o complexo mecanismo utilitarista da sociedade, partindo da transformaomoral, pessoal, de cada membro desse cl revolucionrio.

    Foi o nico rei que se ofereceu a si mesmo em holocausto, e prometeu aosseus sditos as aflies do mundo, face nobreza com que Ele prprio venceuo mundo dos apaixonados pigmeus que passam devorados pelo tempo, pormais queiram demorar-se no trono ilusrio da empfia e da ostentao.

    Esse reino recebeu, no entanto, at aos nossos dias, o maior nmero desditos, centenas de milhares dos quais trocaram a utopia fsica pela suaplenitude espiritual.

    Nenhum heri, ou comandante, ou rei de qualquer poca impressionoutanto a Humanidade quanto Jesus...

    Nunca algum foi to comentado, Seus feitos to discutidos e narradoscomo ocorre com Jesus.

    Infelizmente, no entanto, homens que diziam segui- 10, reiteradas vezesdesencadearam guerras santas e produziram holocaustos tenebrosos, em

  • nmeros assustadores, que ainda chocam os historiadores das horrendascarnificinas em que se celebrizaram.

    Cruzadas e morticnios programados, perseguies e matanas cruisdeixaram saldos vergonhosos, que nada tm a ver cm o Mrtir crucificado, masque os ambiciosos fomentaram para atender as prprias misrias, disfaradasinescrupulosamente como testemunhos de fidelidade a Ele, o No-Violento porexcelncia.

    Vaidades e teologias que no se firmam em Suas palavras dividiram os crentes, e intrpretes audaciosos impuseram seus pontos de vista nos Seus ditos e feitos, provocando acirrados dios que ainda minam a estrutura doimprio que Ele veio instalar na Terra, numa preparao do reino definitivoalm das fronteiras da carne... ,

    Hoje, mais bem elucidados os Seus ensinos graas revelao esprita que se apia na cincia, em fatos dissecados pelo bisturi da investigao racionalsurge uma mentalidade filosfica perfeitamente igual primitiva, que Eleviveu e ensinou, que tem por fundamento a caridade nas bases do amorincondicional, soberano

  • conquistador das mentes e dos sentimentos, abrindo espao entre as criaturas e acivilizao para que seja implantado o perodo do esprito imortal, sucedendoaos fenmenos histricos, filosficos e mecanicistas da negao, do niilismo...

    Os que Lhe aprofundam as lies e vivem as tcnicas experimentais,transformam-se em verdadeiros cruzados do amor lcido e da paz, que vo scausas da misria e buscam remov-las com os instrumentos da razo,utilizando-se da educao das geraes novas e socorro aos da geraocomprometida, intentando a reforma intelecto-moral do homem, nica maneirade faz-lo feliz e promotor de uma sociedade justa na qual todos se tornemrealmente irmos.

    Somente assim, erradicando-se as causas da misria moral, causadoras dasdemais humanas misrias, que o esprita consciente varrer a violncia domundo, tomando- se um verdadeiro cristo, pacfico e pacificador, o que implicaser, conforme Allan K.ardec denominou com muita justeza e propriedade, um esprita perfeito.

  • CHAMAMENTOLUTAVivendo os tempos anunciados, no vos surpreendais com os

    testemunhos.Chegam as horas que foram preditas pelo Senhor, e todos vos encontrais

    convocados para a demonstrao da f interior nos arraiais da vossa prpriaconduta.

    Nenhum juiz ou julgamento algum externo.Vida interior acima de convenes. Atitudes alm de aparncias.Na razo direta em que a dor estruge e as aflies assomam desesperadoras,

    cabe-vos o dever inalienvel de porfiar, estampando no semblante o otimismo dapaz, e, na vivncia, colocando o selo da retido.

    No mais engodos nem superficialidades como vernizes decomportamento.

    Mais do que nunca se fazem imperiosas a atitude de justia, a ao deenobrecimento e a definio de f.

    J vos oferecestes para o banquete da luz da Era Nova. Traastes a rotalibertadora; portanto, no postergueis a vossa marcha.

  • Muitas vezes renteastes com o dever e malograstes.Encarecestes o ensejo de reparao e fugistes.Convocastes lidadores valiosos para vos representarem no Alm,que

    intercederam pelo vosso retomo, e, agora que estais engajados na luta, no vosjustifiqueis as fugas.

    Afraqueza se transforma em fora sob o valor da f.A fragilidade se robustece com os combustveis da dignidade.A ao impe, inevitavelmente, o contributo da realizao pessoal pela

    vivncia ntima da prece e das idias enobrecidas.Vigiai as fontes do pensamento, por onde se adentram a perturbao e a

    desordem.Coibi, para vosso uso, as licenas morais permissivas, no vos

    comprometendo com ningum nem a ningum deixando comprometer-seconvosco.

    Tendes a luz excelente para clarear-vos o roteiro.Momento final, este, de avaliao de resultados.Recebestes do Senhor as ddivas que nem sempre merecemos, todos ns,

    mas que a misericrdia divina nos faz chegar com robustecimento de fora, paraque nos no venhamos a entorpecer, alegando escassez de recursos.

    Duas foras em antagonismo vigem em ns, duas naturezas no homem,que podem ser sintetizadas numa s: a paixo, que se bifurca em paixo docorpo, da ambio e paixo da alma, da libertao.

    Esse conflito deve terminar na paixo pelo Cristo, que no apenas seimolou numa cruz, mas permanece imolado em nossos sentimentos, aguardandopor ns.

    No adieis mais!Que esperais da vida, nesse limite que a porta do tmulo determina?Preferis a iluso de um momento, seguida pela marcha penumbrosa dos

    remorsos e das dores, ou optareis pela superao de alguns instantes deansiedade, para a plenitude de todos os momentos depois?

    Participais do banquete da vida. justo que pagueis o seu tributo.Frus das alegrias da f. compreensvel que vos seja cobrado o ingresso

    da satisfao.Na aduana da vida, o passaporte libertador a conduta ntima.Ningum se poupe ao esforo de sublimar-se.

  • Pessoa nenhuma permita arrastar o prximo ao desequilbrio de que seprocura evadir.

    Eia, agora, este o momento da libertao; soa o instante azado da vossadevoo causa esprita, que faz mrtires na abnegao, heris na luta e santosna renncia.

    Cristo, ontem imolado. Cristo, hoje libertador. Cristo, amanh em que,com Ele, estaremos na plenitude do Reino dos Cus.

  • QUESTESSCIO-ECONMICASA inescrutvel sabedoria divina estabeleceu na causalidade da vida, a

    origem de todos os fenmenos, que lhe so as manifestaes inevitveis.Nesse panorama, a reencarnao o processo de evoluo mediante o qual

    jamais se interrompe o crescimento moral e intelectual do ser, na cadeia infinitado progresso.

    Perfeitamente compatvel com a justia soberana, por dela ser derivada, areencarnao brinda ao princpio inteligente as possibilidades inimaginveis deaprimoramento ntimo.

    Iniciada uma -etapa, alargam-se-lhe essas possibilidades de elevao,interrompida apenas em um dado momento, a fim de se poder galgar outropatamar, no qual mais se ampliam as reas da evoluo, favorecendo o ser comnovas e seguras aquisies intelecto- morais.

    O aviltamento da conduta, o delito consciente, o erro engendrado, e logose prenunciam as necessidades reparadoras, impondo repetio da experincia,atravs

  • de cuja ao o ser readquire a dignidade perdida, aparelhando-se para outrostentames mais graves e significativos.

    Esse processo valioso proporciona a chave para equacionar os problemasdo comportamento humano, oferecendo os meios para a elevao sem osinfindveis castigos ou perdes com que a ortodoxia religiosa do passadopretendia simplificar os mecanismos das Leis.

    O Esprito, diante da Conscincia Csmica, o responsvel por simesmo.

    Herdeiro da Inteligncia Divina, que nele jaz em embrio, a ele cumprefacultar-se os recursos prprios, a fim de que se fecunde e se desdobre,impulsionando-se conquista dos valores que lhe esto destinados, mas quedevem ser desenvolvidos a esforo pessoal, trabalho esse que lhe concederalegria, face ao empenho que ele tenha aplicado.

    Portador de variadas aptides que lhe compem o quadro evolutivo,dese