refletindo sobre liderança 2010

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Refletindo sobre Liderança Refletindo sobre Liderança Professor: Jean Bartoli Professor: Jean Bartoli

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Page 1: Refletindo sobre liderança 2010

Refletindo sobre LiderançaRefletindo sobre Liderança

Professor: Jean BartoliProfessor: Jean Bartoli

Page 2: Refletindo sobre liderança 2010

O QUE É A EMPRESA?

A empresa combina três níveis que são igualmente necessários:

• A realidade concreta e material.• Nossa percepção dessa realidade.• As normas, as regras e as linguagens.

Gaulejac

Page 3: Refletindo sobre liderança 2010

ORGANIZAÇÃO

A organização é um sistema complexo e político: • Decisões importantes implicam a alocação de

recursos escassos.• Formam-se coalizões compostas por grupos de

indivíduos e interesses.• Os objetivos organizacionais e as decisões resultam

de processos de negociação .• Conflitos acontecem normalmente.

fonte : Michel Crozier

Page 4: Refletindo sobre liderança 2010

O TRABALHOO TRABALHO

• EVENTO• COMUNICAÇÃO• SERVIÇO

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EVENTO

• Evento é o que ocorre de maneira parcialmente imprevista, inesperada, vindo perturbar o desenrolar normal do sistema de produção.

• Trabalhar é fundamentalmente estar atento a esses eventos, pressenti-los e enfrentá-los quando ocorrem.

• Enfrentar o evento é:– Permanecer atento às modificações potenciais do

ambiente.– Analisar diversas alternativas.– Inventar respostas pertinentes.

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CONSEQÜÊNCIAS DO CONCEITO “EVENTO”

1. A competência profissional não pode mais ser enclausurada em definições prévias de tarefas: o trabalho é a ação competente do indivíduo diante de uma situação de evento.

2. Ela supõe a mobilização de uma rede.3. O trabalho não pode mais ser visto como uma seqüência de

operações rotineiras. Torna-se uma seqüência de eventos que reagem uns aos outros.

4. Isso muda muito a maneira de avaliar a experiência de um profissional.

Page 7: Refletindo sobre liderança 2010

COMUNICAÇÃO

• Comunicar significa construir um entendimento recíproco e bases de compromisso que serão a garantia do sucesso das ações desenvolvidas em conjunto. É:– Entender os problemas e as obrigações dos outros e a

interdependência das ações.– Chegar a uma acordo referente às implicações e aos

objetivos da ação.– Compartilhar uma consciência da necessidade de uma

reciprocidade nos compromissos assumidos.• A comunicação implica conflitos: graças a eles chega-se a

um melhor entendimento e à obtenção de uma solidariedade mais sólida.

Page 8: Refletindo sobre liderança 2010

SERVIÇO• O serviço é:

– uma modificação nas condições de vida ou de atividade de um cliente-usuário.

– O que justifica a sobrevivência de uma organização.• Em função disto destaca-se:

– A qualidade final do serviço prestado– A maneira como esse cliente ou usuário participa da

definição do serviço proposto– A sucessão de ações que permite criar essa

qualidade.

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DESAFIOS TÉCNICOS E DESAFIOS TÉCNICOS E ADAPTATIVOSADAPTATIVOS

DESAFIO Qual é o trabalho? Quem faz o trabalho?

TÉCNICO Aplica o know-how vigente

Autoridades

ADAPTATIVO Aprende novas maneiras

As pessoas com o problema

Heifetz, Linski

Page 10: Refletindo sobre liderança 2010

HABILIDADE PARA INFLUENCIAR

PESSOAS

Page 11: Refletindo sobre liderança 2010

PODER E DOMINAÇÃO

Poder : capacidade pela qual uma pessoa, ou uma comunidade, satisfaz suas necessidades, alcança seus interesses e realiza suas metas. Fonte: Maduro

Page 12: Refletindo sobre liderança 2010

PODER E DOMINAÇÃO

Dominação : a força de um grupo ou indivíduo para impor suas próprias metas, contrariando os interesses de outros seres humanos, frustrando as necessidades de grupos que têm uma possibilidade menor de barganha.

Fonte: Maduro

Page 13: Refletindo sobre liderança 2010

EMOÇÕES (Antonio Damásio:O mistério da consciência,

Cia das Letras) 2

“Uma redução seletiva da emoção é no mínimo tão prejudicial para a racionalidade quanto a emoção excessiva. Certamente não é verdade que a razão opere vantajosamente sem a influência da emoção. Pelo contrário, é provável que a emoção auxilie o raciocínio, em especial quanto se trata de questões pessoais e sociais que envolvem risco e conflito.[...] É óbvio que comoções emocionais podem levar a decisões irracionais. As lesões neurológicas sugerem simplesmente que a ausência seletiva de emoção é um problema. Emoções bem direcionadas e bem situadas parecem constituir um sistema de apoio sem o qual o edifício da razão não pode operar a contento.” p.63

Page 14: Refletindo sobre liderança 2010

POR QUE FUGIR DO SENTIMENTO DE COMPAIXÃO?

“Perceber o sofrimento alheio provoca uma experiência sensível e uma emoção a partir das quais se associam pensamentos cujo conteúdo depende da história particular do sujeito que percebe: culpa, agressividade, prazer etc. A estabilização mnésica da percepção necessária ao exercício do julgamento [...] depende da reação defensiva do sujeito diante de sua emoção: rejeição, negação ou recalque. No caso de negação ou rejeição, o sujeito não memoriza a percepção do sofrimento alheio – perde a consciência dele. [...] Afetivamente, ele pode então assumir uma postura de indisponibilidade e de intolerância para com a emoção que nele provoca a percepção do sofrimento alheio. Assim, a intolerância afetiva para com a própria emoção relacional acaba levando o sujeito a abstrair-se do sofrimento alheio por uma atitude de indiferença – logo, de intolerância para com o que provoca seu sofrimento. Em outras palavras, a consciência do – ou a insensibilidade ao – sofrimento dos desempregados depende inevitavelmente da relação do sujeito para com seu próprio sofrimento.”

Christophe Dejours, A banalização da injustiça social,ed. FGV p. 45-46

Page 15: Refletindo sobre liderança 2010

SENTIMENTOS HUMANOS BÁSICOS

“Quando falo de sentimentos humanos básicos, não estou pensando somente em alguma coisa efêmera e vaga. Refiro-me à incapacidade de suportar a visão do sofrimento do outro. É o que provoca o sobressalto quando ouvimos um grito de socorro, é o que nos faz recuar instintivamente ao ver alguém maltratado, o que nos faz sofrer ao presenciar o sofrimento dos outros. E o que nos faz fechar os olhos quando queremos ignorar a desgraça alheia.”

Dalai Lama, Uma ética para o novo milênio

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O QUE É MOTIVAÇÃO?

• A motivação diz respeito ao aprofundamento dos motivos que nos levam a agir.

• A empresa quer mais engajamento e mais desempenho.

• Os empregados, por sua vez, querem mais satisfação.

Page 17: Refletindo sobre liderança 2010

ESTIMULAÇÃO, PERFORMANCE, SATISFAÇÃO

• A estimulação se refere ao estímulo externo que nos leva a agir enquanto a motivação diz respeito à um processo desencadeado de dentro para fora.

• A performance se refere ao resultado da ação. A motivação pode ser uma condição necessária para a performance, mas não suficiente: muitos elementos externos contribuem para uma boa ou má performance.

• A satisfação diz respeito aos sentimentos do indivíduo numa situação concreta de trabalho: é um indicador da motivação mais do que uma causa. A satisfação é um sentimento enquanto a motivação é um processo.

Page 18: Refletindo sobre liderança 2010

VARIÁVEIS DO PROCESSO DE MOTIVAÇÃO

A motivação é um processo por demais complexo para ser objeto de receitas de bolo! Ele se articula sobre vários elementos que respondem a lógicas diferentes:

• A pessoa• O outro (o par, o chefe e/ou o subordinado)• A equipe na qual os dois são inseridos• A organização, ou seja o quadro estrutural e

cultural.

Page 19: Refletindo sobre liderança 2010

FRAGILIDADE DO TRABALHO

O sentido dado ao trabalho é frágil:

– A qualquer momento, um indivíduo podenão enxergar mais o sentido do que faz.

– A pressão dos prazos, a impossibilidadede entender o que a organização esperadele e as finalidades do trabalho podemtirar o sentido da atividade profissional.

Page 20: Refletindo sobre liderança 2010

DIFICULDADES DA COOPERAÇÃO

• Por que a cooperação parece tão pouco natural? Porqueela cria situação de dependência que

– cria uma nova forma de relação, caracterizada pelaimpossibilidade de agir sozinho e pela necessidade decompor, de negociar e de enfrentar.

– obriga a integrar, na ação, várias lógicas, normalmenteantagonistas.

Fonte: DUPUY

Page 21: Refletindo sobre liderança 2010

LIMITES DO VOLUNTARISMO

• Voluntarismo significa impor aos outros o que eles devemfazer, sem procurar saber se eles têm os meios de fazer.

• A separação é feita entre a decisão e sua aplicação.

• Na vida cotidiana da empresa, é a aplicação da decisãoque é complexa e arriscada, porque ela exige:

– que se aja sobre e com os outros;

– que se obtenha algo que, na maioria das vezes, não vaitrazer nenhum benefício imediato para quem vaientregar.

Fonte: DUPUY

Page 22: Refletindo sobre liderança 2010

TRÊS PILARES DA COOPERAÇÃO

•Pacto•Confiança.

•Comunicação

Page 23: Refletindo sobre liderança 2010

A CONFIANÇA

• A confiança é o que permite correr riscos nasrelações humanas.

• É o que torna a comunicação humana eficaz.

• Ela se constrói na reciprocidade porque temos maistendência a confiar em quem confia em nós eaceitamos correr riscos com os que aceitam correrriscos conosco.

• A confiança se constrói nas ações que necessitaminterações fortes e através de desafios aceitosjuntos.

Page 24: Refletindo sobre liderança 2010

A confiança e seus mecanismos:

• A confiança é o que permite correr riscos nasrelações humanas.

• É o que permite a eficácia na comunicaçãohumana.

• Ela se constrói numa certa circularidade ereciprocidade porque temos mais tendência aconfiar em quem confia em nós e aceitamoscorrer riscos com os que aceitam correr riscosconosco.

Page 25: Refletindo sobre liderança 2010

CLAREZAdo trabalho prescrito Conhecimentos

estagnados inscritosno papel

Conhecimentos vivos, nas cabeças

Racionalidade Cartesiana Explícita.

RacionalidadeSistêmica Explícita

CONTROLEdos objetivos

CONSTANCIAda organização

prevista

CONIVENCIA MUDANÇA

COMPLEXIDADEdo trabalho real

CONTRATO

CONFIANÇA

Fonte: Le Cardinal

TRABALHAR JUNTOS

Page 26: Refletindo sobre liderança 2010

SER FORMADOR DE PESSOAS

Page 27: Refletindo sobre liderança 2010

COACH EM COACHINGINDIVIDUAL

fonte : Vincent Lenhardt

COERÊNCIA E INTEGRAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO

ACOMPANHAMENTOESPIRITUAL

TERAPEUTA

COACH EMTEAM BUILDING

Equipe campeã

Responsávelcampeão

Voluntarismo ouBoa vontade?

Perfil ou pessoa?

Page 28: Refletindo sobre liderança 2010

COMPETÊNCIA: PRIMEIRA ABORDAGEM

A competência é o “tomar iniciativa” e o “assumir responsabilidade” do indivíduo diante de situações profissionais com as quais se depara.

Page 29: Refletindo sobre liderança 2010

COMPETÊNCIA: SEGUNDA ABORDAGEM

A competência é um entendimento prático de situações que se apóia em conhecimentos adquiridos e os transforma na medida em que aumenta a diversidade das situações.

Page 30: Refletindo sobre liderança 2010

COMPETÊNCIA: TERCEIRA ABORDAGEM

A competência é a faculdade de mobilizar redes de atores em torno das mesmas situações, é a faculdade de fazer com que esses atores compartilhem as implicações de suas ações, é fazê-los assumir áreas de co-responsabilidade.

Page 31: Refletindo sobre liderança 2010

FUNÇÕES DE LIDERANÇA E COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS

Militância:ComprometimentoCoerência Discurso/Valores Comunicação confiávelAcompanhamento doClima organizacional.

Medi-ação:Integração

Contribuição/RetribuiçãoNegociação

Administrar conflitosFeed-back

Técnica:Recrutamento/seleçãoTreinamentoDesenvolvimentoAvaliação de desempenhoAvaliação de potencial

Fu

nçã

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rod

uçã

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Page 32: Refletindo sobre liderança 2010

DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE GERENCIAL

Identidade

Estágios dedesenvolvimento

Gestão do tempo

Gestão do estresse

Motivação

Tomada de decisão