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Recursos hídricos: estratégia e qualidade de vida
Prof. Manoel Gonçalves Rodrigues, PhD.
Pesquisador do Observatório Urbano da [email protected]
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A construção de um universo energético-ambiental renovável e sustentável implica numa profunda alteração da relação «Economia/Cultura».
As políticas públicas devem promover a interação entre a esfera energética e a esfera ambiental, propiciando, assim, a transição interparadigmática.
Com isso, deve-se considerar o modelo energético-ambiental, de modo a que se venha a conseguir o estabelecimento do novo paradigma.
Como alcançar esta sociedade com maior responsabilidade social e ambiental?
A construção de uma sociedade sustentável
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Choques Petrolíferos da Década de 70
Transição de Paradigmas Energético-Ambientais
Do Paradigma dos Combustíveis Fósseis ao Paradigma das Fontes Renováveis de Energia
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Primeira Revolução Industrial (séculos XVIII e XIX)
Paradigma dos Combustíveis Fósseis
Consumo Voraz de Energia
Modelo Energívoro
Carvão e Petróleo
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Impactos Sócio-Ambientais
Acordo Climático Global
Gestão Estratégica da Matriz Energética
Construção de uma Matriz Energética Sustentável
Interação Sistemática entre Distintas Esferas da Política Pública
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Paradigmas Energético-Ambientais no contexto das Revoluções Industriais
A Revolução Industrial inglesa dos séculos XVIII/XIX constitui-se na Primeira Revolução Industrial (PRI).
A Segunda Revolução Industrial (SRI), que se iniciou entre finais do século XIX e princípios do século XX, já mostrava sinais de esgotamento na década de setenta do mesmo século.
A Terceira Revolução Industrial (TRI) é a que se vive atualmente, tendo como base um núcleo tecnológico bastante diferenciado.
A entrada em cena das fontes renováveis de energia (com destaque para a biomassa) terá implicações profundas a nível da estrutura produtiva, da base industrial e do escopo tecnológico.
Cada revolução industrial produz um reordenamento dos processos competitivos, fruto da inovação e do avanço tecnológico, que conduzem a mudanças na função de produção.
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Histórico da Matriz Energética Brasileira
• Os Ciclos da Lenha: Cana de Açúcar e Ouro
• O Carvão Mineral: Café
• O Petróleo: Ciclo de Industrialização
• A Energia Elétrica: Código de Águas de 1934
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Energia Elétrica e a Industrialização
O Código de Águas de 1934, representou a posse de todo recurso hídrico no País;
Em 1955, é o marco da intervenção direta do Estado na geração de eletricidade com UHE-Paulo Afonso;
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ESPECIFICAÇÃOmil tep
07/06 %Estrutura %
2006 2007 2006 2007
NÃO-RENOVÁVEL 124.207 129.065 3,9 54,9 54,2
PETRÓLEO E DERIVADOS 85.287 89.224 4,6 37,7 37,4
GÁS NATURAL 21.716 22.239 2,4 9,6 9,3
CARVÃO MINERAL E DERIVADOS 13.537 14.340 5,9 6,0 6,0
URÂNIO (U3O8) E DERIVADOS 3.667 3.263 -11,0 1,6 1,4
RENOVÁVEL 101.880 109.263 7,2 45,1 45,8
HIDRÁULICA E ELETRICIDADE 33.537 35.506 5,9 14,8 14,9
LENHA E CARVÃO VEGETAL 28.589 28.644 0,2 12,6 12,0
DERIVADOS DA CANA-DE-AÇÚCAR 32.999 37.508 13,7 14,6 15,7
OUTRAS RENOVÁVEIS 6.754 7.606 12,6 3,0 3,2
TOTAL 226.086 238.328 5,4 100,0 100,0
MATRIZ ENERGÉTICA NO BRASIL
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ESPECIFICAÇÃO
BRASIL OECD MUNDO
1973 2007 1973 2005 1973 2005
PETRÓLEO e DERIVADOS
45,6 37,4 53,0 40,6 46,2 35,0
GÁS NATURAL 0,4 9,3 18,8 21,8 16,0 20,7
CARVÃO MINERAL 3,1 6,0 22,4 20,4 24,4 25,3
URÂNIO 0,0 1,4 1,3 11,0 0,9 6,3
HIDRÁULICA E ELETRICIDADE
6,1 14,9 2,1 2,0 1,8 2,2
BIOMASSA 44,8 30,9 2,4 4,2 10,7 10,5
TOTAL (%) 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
TOTAL - milhões tep 82 238 3.762 5.548 6.128 11.434
MATRIZ ENERGÉTICA NO MUNDO
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A Intervenção Estratégica no Brasil articula os seguintes aspectos:
1 – Construção de uma Matriz Energética Renovável/Sustentável a caminho de uma Matriz Energética Verde.
2 – Exploração Parcimoniosa do Petróleo do Pré-Sal.
3 – Esforços de P&D.
4 – Interação Petróleo/Fontes Renováveis de Energia.
5 – Não Destruir o Caminho já Trilhado pelo País em termos de Matriz Energética Renovável/Sustentável.
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A construção de uma matriz energética sustentável passa necessariamente pela incorporação de energias limpas no tocante à sustentabilidade e à responsabilidade socioambiental, respeitando as especificidades regionais e promovendo a pesquisa em inovação tecnológica.
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Água como Bem Estratégico
Em 2025, as estimativas afirma que quase 3 bilhões de pessoas no planeta não terão água;
Em 2025, as reservas de água em alguns países populosos, China e India por exemplo, provavelmente estarão esgotadas;
No Norte da África e na Ásia Central grande parte das reservas já foram utilizadas.
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Consumo de Água
Desde a década de 1950 a população mundial aumentou em três vezes e o consumo de água seis vezes;Previsão de aumento de consumo para países em desenvolvimento nas próximas décadas;Uso intenso da água para a agricultura (70%).
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Água com Recurso Hídrico
Valoração e cobrança do uso da água (recurso natural);Quase 70% dos recursos hídricos brasileiros estão na Região Norte para uma população de apenas 7%;Na região Sudeste, os recursos hídricos são apenas de 6% do total para um população próxima de 45%.
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Desperdício do Uso da Ägua
O Estado de São Paulo fornece em média 370 litros/dia/hab, muito superior ao necessário;Um banho em média de 15 minutos consome 240 litros de água;Cidades brasileiras como São Paulo, Maceió, Recife, Fortaleza já sofrem desabastecimento de águas.
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Disponibilidade de Água
Volume de água na Planeta é estimado em 1,4 bilhões de metros cúbicos;
Em torno de 3% é considerado água doce; - 2,3% estão em geleiras e calotas polares. - 0,7% disponível para consumo humano.
O Brasil possui 15% das águas superficiais do planeta e grande parte das águas subterrâneas;
Possíveis conflitos em escala planetária?
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Qualidade da Água
Um levantamento da ONG SOS Mata Atlântica mostra que 40% de 96 rios, córregos ou lagos das regiões Sul e Sudeste do Brasil apresentam qualidade ruim ou péssima. Quanto mais próximo dos centros urbanos, pior sua situação.;
Qual a solução?
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Solução para conflito de águas
A Política Nacional de Recursos Hídricos foi criada em 1997 e, desde então, é o principal norte da gestão da água no país;
Estabelecidos princípios importantes, como a prioridade do abastecimento humano e de animais e o incentivo ao uso eficiente da água;
Mas a lei não diz quem tem mais direitos sobre determinada fonte hídrica;
As cidades são obrigadas a buscar os recursos hídricos mais longes, e logo gera o conflito como se vê agora entre Rio e São Paulo pelas águas do Paraíba do Sul.
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Obrigado!