recortes nº 152 de 2012
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Porto de Setúbal integra rede europeia de Ecoport Porto de Setúbal liga-se a Angola Governo compromete-se a reduzir a fatura portuária Governo apresenta plano 5+1de redução dos custos portuários Decisões sobre portos centralizadas num único organismo Estado centraliza gestão e obriga portos a cortar taxas Ministério da Economia centraliza estratégia dos portos masém administrações Gestão dos portos vai ser centralizada Governo privatiza portos Governo lança duas concessões portuárias para breve Decidir, só em Lisboa Porto de Sines visitado pelo Secretário de Estado da Administração Patrimonial e Equipamentos da Justiça Governo retoma conversações com Bruxelas sobre ligação ferroviária Sines-Madrid • CP Carga privatizada no segundo trimestre • Governo prevê quebra de 900 milhões nas exportações para Espanha • Governo está “optmista” quanto à reprivatização dos estaleiros de Viana • ENVC: Trabalhadores pedem manutenção de todos os postos de trabalhoTRANSCRIPT
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Recortes nº 152
Índice – 8 de agosto de 2012
Porto de Setúbal integra rede europeia de Ecoports
Porto de Setúbal liga-se a Angola
Governo compromete-se a reduzir a fatura portuária
Governo apresenta plano 5+1de redução dos custos portuários
Decisões sobre portos centralizadas num único organismo
Estado centraliza gestão e obriga portos a cortar taxas
Ministério da Economia centraliza estratégia dos portos mas mantém administrações
Gestão dos portos vai ser centralizada
Governo privatiza portos
Governo lança duas concessões portuárias para breve
Decidir, só em Lisboa
Porto de Sines visitado pelo Secretário de Estado da Administração Patrimonial e Equipamentos da Justiça
Governo retoma conversações com Bruxelas sobre ligação ferroviária Sines-Madrid
CP Carga privatizada no segundo trimestre
Governo prevê quebra de 900 milhões nas exportações para Espanha
Governo está “optmista” quanto à reprivatização dos estaleiros de Viana
ENVC: Trabalhadores pedem manutenção de todos os postos de trabalho
Economia Ibérica (online), 1 de agosto de 2012
País Económico (online), 1 de agosto de 2012
Transportes em Revista, 7 de agosto de 2012
Aumento de competitividade dos portos
Governo compromete-se a reduzir fatura portuária O Governo pretende levar a cabo um plano que tem como objetivo reduzir os custos portuários, aumentar a competitividade dos portos nacionais e as exportações. Em conferência de imprensa, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, referiu que «temos a obrigação de aproveitar esta janela de oportunidade que surgiu, com a crise que está a afetar Espanha», criando alternativas de mercados e aumentando a competitividade das exportações nacionais. Para tal, o Executivo apresentou o plano “5+1” que pretende reduzir os custos no setor portuário em 25 a 30 por cento. O plano prevê a implementação de cinco medidas (mais uma): contratos de nova geração; governança dos portos, abertura do mercado
de trabalho, mais intermodalidade, novos operadores e a redução das taxas acessórias do Estado. Contratos de Nova Geração Relativamente à primeira medida, Sérgio Monteiro referiu que «chegámos à conclusão que os contratos de concessão têm caraterísticas que não permitem que sejam maximizadas as utilizações das infraestruturas portuárias, ou seja, existem taxas fixas de utilização dos portos, independentemente da utilização, que asseguram um determinado nível de lucro às administrações portuárias, mas que não funcionam como catalisador desta utilização». Para o governante é indispensável que «os novos contratos de concessão tenham uma redução das taxas fixas e um incremento das
regras que permitam uma utilização adicional da infraestrutura portuária de modo a que as exportações sejam feitas de uma forma mais barata». Governança dos Portos O secretário de Estado dos Transportes anunciou que o Governo chegou a acordo com a Troika para que seja o Ministério da Economia e do Emprego a tomar as decisões de carácter político e de organização do setor portuário, em vez das administrações portuárias «que isoladamente tomavam as suas decisões em função das oportunidades que iam surgindo». Segundo Sérgio Monteiro, «tal como este Governo sempre defendeu, há uma visão integrada dos portos e mantemos toda a autonomia e componente regional das respetivas administrações portuárias». Questionado pelos jornalistas, Sérgio Monteiro, não confirmou que o novo modelo de governança dos portos, anunciado pelo ministro da Economia, Álvaro
Santos Pereira, contemple duas administrações portuárias, uma a norte e outra a sul, revelando apenas que «o Estado português é absolutamente livre de fazer o que entender na reorganização dos portos. Podemos manter o número de administrações portuárias ou fazer alguma alteração pontual. O importante é que passará a existir um organismo, no Ministério da Economia e Emprego, que centraliza as decisões de carácter político e dá uniformidade às medidas tomadas em cada uma das administrações portuárias». Abertura do mercado de Trabalho Esta medida, segundo o governante, está relacionada com um conjunto de propostas que o Governo fez no âmbito da revisão da lei do trabalho portuário que «permite aumentar a empregabilidade no setor. Este é um dos setores de crescimento evidente nos próximos anos e que pode dar resposta à crise económica e ao aumento do
desemprego». Por outro lado, irá apostar-se na formação profissional e segurança no trabalho, assim como na redefinição daquilo que é considerado como trabalho portuário. Mais intermodalidade De acordo com Sérgio Monteiro, esta medida é essencial para potenciar a competitividade dos portos e vai ao encontro do que já tinha sido assumido pela Tutela. «Desde a primeira hora que o Governo assumiu que a aposta em infraestruturas ferroviárias e a sua ligação aos portos é a forma como encaramos o investimento público reprodutivo. Com esta quarta medida queremos sublinhar a importância do investimento em ferrovia e da diversificação que devemos promover na movimentação de carga».
Novos operadores A quinta medida prevê o lançamento de um conjunto de concessões, no âmbito dos contratos de nova geração, que permitam a entrada de novos operadores no mercado nacional, seja na movimentação portuária, seja ao nível das operações ferroviárias e rodoviárias. «O acréscimo de competitividade e concorrência deve ser feito pelos contratos de concessão e por isso devemos criar condições, não só através da racionalização dos custos das administrações portuárias, como também do lançamento das novas concessões, de modo a conseguirmos ter novos operadores que possam explorar os nossos novos mercados de destino», disse Sérgio Monteiro.
Redução das Taxas acessórias do Estado O Governo compromete-se também a reduzir o regime tarifário global, como taxas fixas, aduaneiras, variáveis, fiscais, entre outras. «Desta forma queremos contribuir para a
diminuição da nossa fatura portuária, que em comparação com outros portos da Europa é ainda elevada», revelou o secretário de Estado. João Carvalho, presidente do IPTM, referiu também que algumas destas taxas irão desaparecer e que o modelo de pagamento irá ser remodelado, podendo-se caminhar, no futuro, para um modelo de taxa única. «Vai ser feita uma revisão do regime tarifário global e vamos, sem dúvida, simplificar o processo, de modo a que possamos centralizar este sistema». Para consultar o plano “5+1” apresentado pelo Governo:
http://www.transportesemrevista.com/LinkClick.aspx?fileticket=ZeiIenAtLcM%3d&tabid=211
Cargo News, 7 de agosto de 2012 Governo apresenta plano 5+1 de redução dos custos portuários
O Governo apresentou o Plano 5+1 de Redução de
Custos Portuários que pretende aumentar a
competitividade dos portos nacionais e as
exportações. “É urgente passar este ganho para a
economia, descendo a fatura portuária para as
empresas, e criar alternativas para a produção
nacional”, frisou o secretário de estado das Obras
Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio
Silva Monteiro.
“É importante que continuemos a diversificar os
mercados de exportação dos nossos produtos, por um lado, e, por outro, que esta estratégia
se faça primordialmente por via marítima, quer nas operações de proximidade, o short sea
shipping, quer através da utilização das nossas infraestruturas portuárias para fazer
transhipment”, acrescentou.
O objetivo principal do plano, denominado 5+1, é reduzir os custos do setor portuário em
25% a 30% e, simultaneamente, acelerar o processo para responder à crise espanhola
criando alternativas para a Espanha e aumentar a competitividade das exportações
nacionais. “Temos os nossos principais concorrentes a passar por algumas dificuldades e
por isso temos a obrigação enquanto governo de aproveitar esta janela de oportunidade para
aumentar essa competitividade”, reforçou Sérgio Silva Monteiro.
É objetivo do plano que todos contribuam para a redução da fatura portuária, desde o
Estado, através da redução de taxas e a adoção de um novo modelo de governação, os
Operadores, que passam a ter contratos de nova geração fixados por objetivos e a ter
mercado aberto a novos operadores através de novas áreas de concessão, até ao mercado
de trabalho, que passa a ser abrangido por uma nova lei do trabalho portuário, mais próxima
do código de trabalho.
As medidas que fazem parte do plano 5+1 prendem-se com os contratos de nova geração, a
governança dos portos, a abertura do mercado de trabalho, mais intermodalidade, novos
operadores e, a +1, a redução das taxas acessórias do Estado.
Em relação aos contratos de nova geração, o secretário de estado, relembrou o
compromisso no plano de governo que dizia “que tínhamos a obrigação de avaliar e rever,
sempre que tal se justifique e por acordo, os contratos de concessão existentes, tendo em
vista a redução do custo da movimentação das cargas, quer na exportação, quer na
importação.”
“O contratos de concessão têm características que não permitem maximizar a utilização das
infraestruturas portuárias". Assim, “é muito importante que os novos contratos de concessão
tenham uma redução das taxas fixas e um incremento das regras que permitem uma
utilização adicional das infrastruturas.”
É urgente que os contratos de concessão induzam a máxima utilização e rendibilidade e não
o máximo de rendimento da Administração Portuária. Contenham obrigações de resultado
quanto ao desempenho do terminal durante o período da concessão, prevejam incentivos
positivos e negativos que potenciem o desempenho pretendido, sejam adjudicados em
concursos com critérios objetivos que potenciem a futura máxima atividade do terminal e
contemplem a assunção pelos concessionários do risco operacional.
A segunda medida prende-se com a governança dos portos. “Houve um debate com os
elementos que compõem a troika (...) e chegámos agora a um acordo em que passa a ser o
ministério da Economia e do Emprego a entidade que toma as decisões de caráter político e
organização do setor portuário e não cada uma das administrações portuárias isoladamente.”
"E aqui introduzimos uma perspetiva integrada, mantendo através das administrações toda a
autonomia e a componente regional.”
Assim, a atividade da administração portuária que incumbe ao Estado deve ser uniformizada
em todos os portos, quer ao nível de regimes aplicáveis, quer ao nível de tarefas e
operações materiais a executar. Deve haver uma política comercial competitiva comum. O
setor portuário deve explorar a totalidade do seu potencial agragado, devendo ficar definidas
as tarefas de coordenação, planeamento e assessoria. Cada administração conservará em si
graus de autonomia para assegurar a melhor gestão corrente, evitando-se a centralização da
gestão.
A terceira medida diz respeito à abertura do mercado de trabalho para aumentar a
empregabilidade no setor. Será reduzido o número de horas de trabalho extraordinário nos
portos portugueses para não sobrecarregar o trabalho num reduzido conjunto de
trabalhadores e aumentar a empregabilidade no setor. Haverá um aumento do investimento
na formação profissional e a melhoria das condições e segurança no trabalho. Algumas
atividades atualmente acessíveis apenas aos trabalhadores portuários poderão ser
realizadas por outros trabalhadores e haverá uma aproximação ao código de trabalho.
O aumento da intermodalidade constitui a quarta medida. “O governo desde a primeira
hora referiu que a aposta nas infraestruturas ferroviárias e a sua ligação aos portos era a
forma como encarávamos o investimento público reprodutivo”. referiu o secretário de estado.
Esta medida refere ainda a promoção do Transporte Marítimo de Curta Distância e das
Autoestradas do Mar. Prevê a consolidação da integração do Sistema Portuário Comercial
no sistema global de logística e transportes, a simplificação de procedimentos, a integração
do planeamento portuário no regime jurídico dos instrumentos de ordenamento do território e
os planos estratégicos dos portos deverão ser revistos ou atualizados.
A quinta medida centra-se nos novos operadores. A racionalização dos custos das
Administrações Portuárias permite a redução dos tarifários, estimula a competitividade dos
portos e potencia uma maior atratividade para os investidores. Pretende-se o aumento da
quota modal do transporte marítimo no comércio externo nacional, a otimização da
capacidade disponível e promoção das infraestruturas portuárias, o aumento de
competitividade do sistema portuário comercial e o lançamento de novas concessões e
melhoria da atratividade dos portos portugueses, com vocação adequada, para o reforço da
captação dos fluxos turísticos nacionais.
Por último, a medida +1, refere-se à redução das taxas acessórias do Estado. O atual
regime tarifário foi pensado para um ambiente menos competitivo, pois não tem em atenção
o facto de onerar a fatura portuária ao ponto de os portos portugueses ficarem
comparativamente mais caros, não incetiva o papel de instrumento de crescimento
económico global, prevê uma sobreposição de taxas portuárias e não prevê um price-cap
para o conjunto de taxas específicas cobradas aos clientes dos portos por diversos serviços
públicos.
Diário Económico, 8 de Agosto, pág. 5
Diário de Notícias, 8 de agosto, pág. 33
Público, 8 de agosto, pág. 12
Jornal de Notícias, 8 de agosto, pág. 28
Jornal de Negócios, 8 de agosto, pág. 14
Correio da Manhã, 8 de agosto, pág. 26
Jornal de notícias, 8 de agosto, pág. 48
Cargo News, 7 de agosto
Porto de Sines visitado pelo Secretário de Estado da Administração Patrimonial e Equipamentos da Justiça
O porto de Sines recebeu esta terça-feira a visita do
Secretário de Estado da Administração Patrimonial e
Equipamentos do Ministério da Justiça, Fernando
Santo. Na reunião com o Conselho de
Administração da APS foram apresentados os
aspetos relevantes de caracterização e
desenvolvimento do porto de Sines, a que se seguiu
uma visita às instalações portuárias, onde, no
Terminal XXI, a delegação teve oportunidade de ver
em operação o megacarrier “MSC Ariane”, com
capacidade para transportar mais de 13.000 TEU.
O governante, que entre 2004 e 2010 foi Bastonário da Ordem dos Engenheiros, manifestou
o maior interesse na atividade dos diversos terminais portuários, assim como nas ligações
marítimas oferecidas pelo Terminal XXI aos principais mercados mundiais, que têm vindo a
impulsionar as exportações das empresas portuguesas, contribuindo para a melhoria da
economia nacional.
Diário Económico, 8 de agosto, pág. 22
Diário Económico, 8 de agosto, pág. 21
Jornal i, 8 de agosto, págs. 8 e 9
Público, 8 de agosto, pág. 5
Cargo News, 7 de agosto
ENVC: Trabalhadores pedem manutenção de todos os postos de trabalho
Os trabalhadores da ENVC (Estaleiros de Viana do
Castelo) reiteraram esta terça-feira, junto do
secretário de Estado da Defesa, a necessidade do
caderno de encargos da reprivatização da empresa
"assegurar" os 630 postos de trabalho atuais.
Representantes da Comissão de Trabalhadores
(CT) dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo
(ENVC) reuniram-se em Lisboa com o secretário de
Estado da Defesa, Paulo Braga Lino, e voltaram a
insistir na defesa dos postos de trabalho e dos
interesses da empresa.
"Foi uma reunião produtiva, voltámos a defender as nossas prioridades neste caderno de
encargos, que ainda não está concluído, pelo que nos foi dito. Até termos certezas
continuamos apreensivos, porque são os nossos postos de trabalho que estão em causa",
explicou António Costa, coordenador da CT da empresa à Lusa.
Este encontro decorreu no Ministério da Defesa e foi solicitado pela nova CT dos estaleiros
para "fazer um ponto de situação" da aprovada reprivatização dos ENVC.
"O senhor secretário de Estado está muito otimista e garantiu-nos que tudo está a correr
dentro do previsto. Da nossa parte, procuramos sensibilizar para a necessidade de manter
os postos de trabalho, e defender os interesses dos estaleiros e da construção naval
nacional neste processo", acrescentou António Costa.
O processo de reprivatização deverá estar concluído até outubro, estando a decorrer a
elaboração do caderno de encargos do concurso internacional a lançar para a alienação da
totalidade do capital social da empresa.
"Parece haver confiança neste processo, mas os nossos postos de trabalho não se fazem de
palavras. Estamos expectantes", admitiu ainda António Costa, que assumiu funções na
coordenação da CT precisamente no dia seguinte à aprovação da reprivatização dos ENVC.