reabilitação do avc e neuroplasticidade · 2015. 12. 10. · plasticidade cerebral. a rede motora...

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Reabilitação do AVC e neuroplasticidade Jorge Laíns CMRRC-RP Acidente Vascular Cerebral

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  • Reabilitação do AVC e

    neuroplasticidade

    Jorge Laíns

    CMRRC-RP

    Acidente Vascular Cerebral

  • Recuperação motora e funcional

    AVC

    • doentes - grupo heterogéneo

    • tratamentos - heterogéneos

    meta-analysis difíceis / impossíveis

    •Hendricks HT, van Limbeek J, Geurts AC, Zwarts MJ, Motor recovery afther stroke: a systematic review of the literature. Arch Phys Med Rehabil 2002;83:1629-37

  • Classic Neurofacilitation techniques

    Neurodevelopmental Technique

    Bobath

    Movement Technique Brunnstrom

    Sensorimotor Technique Rood

    NEUROFACILITATION TECHNIQUES

    PNF

    Kabat

    Knott

    Voss

  • based on POSTURAL REACTIONS and REFLEXES

    Primitive Postural Reflexes

    • Stretch Reflex

    • Positive Supporting reaction

    Associated Reactions

    Integrated at the spinal cord or brain stem

    Loss of higher cortical control

    Involuntary mvmts of the affected side, elicited by forceful mvmts in

    other parts of the body

    Advanced Postural Reflexes

    • Righting Reflexes

    • Equilibrium Reactions

    • Tonic labyrinthine Reflexes

    • Tonic neck reflexes

    T. Brunnstrom

    T. Bobath

    NEUROFACILITATION TECHNIQUES

  • Exteroception

    Mechanoreceptors Thermal and Pain

    receptors Vibration receptors

    Sensory input is an important part of the Sensorimotor System

    No sensation = no motor output

    Proprioception

    Joint receptors

    Muscle spindle

    Golgi Tendon Organs

    NEUROFACILITATION TECHNIQUES

  • Vestibular Input

    Olfactory Stimulation

    Auditory Stimulation

    Visual input

    NEUROFACILITATION TECHNIQUES

    Sensory input is an important part of the Sensorimotor System

    No sensation = no motor output

  • Bobath • non resisted and anti-spasticity techniques, by stimulating advanced

    postural reactions

    Rood • exteroceptive techniques to facilitate stabilizing muscles and inhibit

    mobility muscles (> spastic)

    Brunnstrom • resistance, causing Associated Reactions and Primitive Reflexes (when

    patient remains flaccid)

    PNF • “appropriated” resistance to normalize tonus, allowing for in ROM

    (when tonus but not completely flaccid)

    NEUROFACILITATION TECHNIQUES

  • AVC

    importante causa de limitação funcional para o doente

    importante problema de saúde em todo o mundo1,2

    mortalidade e incidência estável

    – prevalência de doentes com AVC exibindo défices motores3

    Reabilitação - não há tratamento universalmente aceite4

    1. American Heart Association. Stroke facts. Dallas: AHA; 1997.

    2. American Heart Association. Heart and stroke statistical update. Dallas: AHA; 2003.

    3. Kleindorfer D et al. The unchanging incidence and case-fatality of stroke in the 1990s: A population-based study. Stroke. 2006.

    4. Ward N. Arch Neurol 2004.

  • AVC

    Reabilitação - não há tratamento universalmente aceite4

    as estratégias convencionais de Reabilitação do membro superior têm um impacto funcional

    negligenciável1

    1. Duncan PW. Synthesis of intervention trials to improve motor recovery following stroke. Top Stroke Rehabil. 1997. 4. Ward N. Arch Neurol 2004.

  • AVC

    Reabilitação - não há tratamento universalmente aceite4

    eficácia das técnicas tradicionais de Reabilitação

    – heterogénea

    – não baseada em RCT4,5

    4. Ward N. Arch Neurol 2004.

    3. de Pedro-Cuesta J, Widen-Holmquist L, Bach-y-Rita P. Acta Neurol Scand 1992.

    5. Duncan PW. Top Stroke Rehabil 1997.

  • AVC

    Reabilitação - novas abordagens

    repetitiva e específica para a tarefa (RTS)

    • capacidade motora9

    mas os sistemas de saúde restringem o número de sessões de Reabilitação

    crença clínica comum após determinada janela de tempo, os

    doentes com AVC não beneficiam de Reabilitação motora10

    9. Newell A, Rosenbloom PS. Cognitive skills and their acquisition. Hillsdale: Erlbaum; 1981. p 1-55.

    10. Jorgensen HS, Nakayama H, Raaschou H, Vive-Larsen J, Stoier M, Olsen T. Arch Phys Med Rehabil 1995;76:406-12.

  • AVC - Plateau

    Copenhagen Stroke Study10

    evidência

    após determinado período de tempo,

    os doentes têm menor probabilidade de

    ganhos funcionais

    o que não significa: impossível acontecer

    10. Jorgensen HS, Nakayama H, Raaschou H, Vive-Larsen J, Stoier M, Olsen T. The Copenhagen Stroke Study. Arch

    Phys Med Rehabil 1995;76:406-12.

  • AVC – recuperação motora

  • 1º mês – maioria da recuperação motora

    ≤ 6 meses – alguma melhoria motora casos iniciais mais graves (+++)

    Alguns – recuperação assinalável em fases tardias

    AVC – grupo heterogéneo Bonita R. Stroke 1988.

    Duncan P. Stroke 1992.

    recuperação motora

  • Autonomia nas AVD

  • 80

    leve moderado severo

    MIF 126 40 18

    Reabilitação

    ambulatório

    Reabilitação

    menos intensiva,

    em internamento (3 M)

    55 Idade 75

    60

    reabilitação pós-AVC

    Reabilitação

    intensiva e

    abrangente em

    internamento (4-8 S)

  • doente (individual) AVC- grupo heterogéneo

    difícil fornecer com rigor a janela temporal da recuperação motora

    plateau

    não conseguir melhorar

    Hier D, Edeltein G. Stroke 1991.

    Dombovy M, Sandok B, Basford J. Stroke 1986.

    Jorgensen. Arch Phys Med Rehabil 1995.

    Recuperação motora- terminus

  • Plasticidade cerebral

  • plasticidade cerebral

    • propriedade do cérebro se adaptar à pressão

    ambiental, experiências e desafios, incluindo danos

    cerebrais1–5

    1. Seitz RJ et al. Neuroreport 1995;6:742–4.

    2. Johansson BB. Stroke 2000;31:223–31.

    3. Johansson BB. Keio J Med 2004;53:23–46.

    4. Pascual-Leone A et al. Annu Rev Neurosci 2005;28:377–401.

    5. Nithianantharajah J, Hannan AJ. Nat Rev Neurosci 2006;7:697–709.

    Plasticidade cerebral

  • cérebro- enorme capacidade de responder às necessidades funcionais

    • plasticidade cerebral a base de recuperação da lesão cerebral

    – o cérebro tem de se reorganizar após a perda

    de major input sensorial9

    Bach-y-Rita P. Arch Phys Med Rehabil 2003.

    9. Pascual-Leone A, Torres F. Brain 1993.

    Plasticidade cerebral

  • cérebro- enorme capacidade de responder às necessidades funcionais

    • plasticidade cerebral a base de recuperação da lesão cerebral

    – a estimulação sensorial e a prática modulam

    as representações neuronais*

    * W. M. Jenkins, M. M. Merzenich, and G. Recanzone. Neuropsychologia, vol. 28, no. 6, pp. 573–584, 1990.

    Plasticidade cerebral

  • Hebb, 1949 - plasticidade

    aprendizagem – uma adaptação comportamental uma mudança funcional a nível da sinapse1

    1. Hebb DO. Organization of Behavior. New York, NY: John Wiley & Sons; 1949.

    Plasticidade cerebral

  • Hebb, 1949 - plasticidade

    • a persistência ou repetição de uma atividade tende a

    induzir alterações celulares duradouras que contribuem

    para a sua estabilidade...

    • o disparar de um neurónio que produz disparos

    repetidos em outro neurónio com que está conectado

    origina incrementos na eficácia sináptica *

    cells that fire together, wire together**

    * Hebb DO. Organization of Behavior. New York, NY: John Wiley & Sons; 1949.

    ** mnemonic phrase usually attributed to Carla Shatz. The Brain That Changes Itself. United States: Viking Press. p. 427.

    Plasticidade cerebral

  • cérebro- enorme capacidade de responder às necessidades funcionais1

    as alterações na função são

    acompanhadas por alterações

    cerebrais mensuráveis

    1. Bach-y-Rita P. Arch Phys Med Rehabil 2003.

    Plasticidade cerebral

  • Plasticidade cerebral

    • as tecnologias não-invasivas de exploração do cérebro

    humano aumentaram a nossa compreensão da

    reorganização cerebral pós-AVC6–13

    6. Gerloff C, Bushara K, Sailer A et al. Brain 2006;129:791–808.

    8. Newton JM, Ward NS, Parker CJM et al. Brain 2006;129:1844–58.

    9. Chouinard PA, Leonard G, Paus T. Exp Neurol 2006;201:375–87.

    10. Stinear CM, Barber A, Smale PR et al. Brain 2007;130:170–80.

    11. Johansen-Berg H. Int J Stroke 2007;2:7–16.

    12. Nair DG, Hutchinson S, Fregni F et al. Neuroimage 2007;3:253–63.

    13. Richards LG, Stewart KC, Woodbury ML, Senesac C, Cauraugh JH. Neuropsychologia 2008;46:3–11.

    PET – pós-recuperação de AVC fRMN – estudos pós-AVC

  • TRACTOGRAFIA por RMN

    imagem por tensão difusional (DTI)

    – visualização não-invasiva dos trajetos nervosos da substância

    branca no cérebro*,**

    – provável futuro impacto na escolha da Reabilitação, doente

    individual

    * Gong G, He Y, Concha L et al. Cereb Cortex 2009;19:524–36.

    ** Pannek K, Chalk JB, Finnigan S, Rose SE. J Magn Reson Imaging 2009;29:529–36.

    Plasticidade cerebral

  • Plasticidade

    • AVC alterações na excitabilidade dos 2 hemisférios1

    • hemisfério não-lesado: pode inibir o lado afetado,

    prejudicando a recuperação2

    • desequilíbrio inter-hemisférico

    – ativação do hemisfério contralateral3,4 e/ou

    – inibição do hemisfério lesado5

    1. Talelli, P., Greenwood, R. J. & Rothwell, J. C. Clin Neurophysiol, 2006;117,1641-1659.

    2. Murase, N., Duque, J., Mazzocchio, R. & Cohen, L. G. Ann Neurol, 2004;55,400-409.

    3. Khedr, E. M., Ahmed, M. A., Fathy N. & Rothwell, J. C. Neurology, 2005;65, 466-468.

    4. Kim, Y. H., You, S. H., Ko,M. H., Park, J.W., Lee, K. H., Jang, S. H., Yoo,W. K. & Hallett, M. Stroke, 2006; 37,1471-1476.

    5. Ziemann, U. Lancet Neurol, 2005;4, 454-455.

    Plasticidade cerebral

  • a rede motora cortical pós-AVC

    plasticidade

    • PET e fRMN pós-AVC

    – movimentos da mão afetada - sobre-activação do

    córtex contra-lesional principal motor (M1) e córtex

    pré-motor, cerebelo homo-lesional, área motora

    suplementar bilateral e córtex parietal

    Nowak DA, Bösl K, Podubeckà J, Carey JR. Restor Neurol Neurosci. 2010;28(4):531-44.

    AVC

  • a rede motora cortical pós-AVC

    plasticidade

    • ativação neuronal bilateral das

    áreas motoras para os movimentos

    da mão afetada pós-AVC

    • não - em saudáveis nem quando o

    doente move a mão não afetada

    Nowak DA, Bösl K, Podubeckà J, Carey JR. Restor Neurol Neurosci. 2010;28(4):531-44.

    AVC

  • TMS – Estimulação Magnética Transcraniana

    facilita o processo de aprendizagem motora em que M1

    está envolvida1-2

    • excitabilidade de M1 “ativo” ou

    • excitabilidade de M1 “em repouso”

    1. Schambra HM, Sawaki L, Cohen LG. Clin Neurophysiol 2003;114:130–133.

    2. Plewnia C, Lotze M, Gerloff C. Neuroreport 2003;14:609–612.

    EMT – aprendizagem motora e formação

    de memória

  • Estimulação Magnética Transcraniana -

    EMT

    EMT – estimulação não-invasiva e indolor do cérebro e

    nervos cranianos

    • Merton and Morton - 1980

    – estimulação elétrica sobre o couro cabeludo ativava o córtex

    motor no homem, provocando contrações nos músculos

    correspondentes*

    • A. T. Barker et al. – 1985

    – introduziu a técnica de EMT**

    * Merton PA, Morton HB. Nature 1980;225:7

    ** Barker AT, Jalinous R, Freeston IL. Lancet 1985;1:1106-7

  • Princípios da EMT • uma corrente elétrica passa através de uma bobina de estimulação,

    produzindo um impulso de corrente no circuito campo magnético

    • o campo magnético penetra no couro cabeludo e no crânio campo

    elétrico no cérebro iões fluem no cérebro excitação neurónios

    corticais

    Alisauskiene M, Truffert A, Vaieiene N, Magistris MR. Medicina (Kaunas) 2005; 41(10)813-24

    Rossi S, Hallett M, Rossini PM, Pascual-Leone A. Clin Neurophysiol. 2009 Dec;120(12):2008-39

    Estimulação Magnética Transcraniana -

    EMT

  • EMT

    • produz alterações na atividade cerebral1-4

    EMT

    • investigar o funcionamento de cérebro humano

    • avaliar e induzir neuroplasticidade de forma não invasiva

    EMT técnica de neuro-estimulação e neuro-modulação

    • modula a excitabilidade cerebral, diminuindo ou aumentando-a

    1. Jahanshahi M, Rothwell J. Exp Brain Res 2000;131:1-9

    2. Pascual-Leone A, Walsh V, Rothwell J. Curr Opin Neurobiol 2000;10:232-7

    3. Hallett M. Nature 2000;406:147-50

    4. Walsh V, Cowey A. Nat Rev Neurosci 2000;1:73-9

    Rossi S, Hallett M, Rossini PM, Pascual-Leone A. Clin Neurophysiol. 2009 Dec;120(12):2008-39

    Estimulação Magnética Transcraniana -

    EMT

  • EMT repetitiva - rEMT

    aplicação de série de impulsos com frequência pré-determinada

    • baixa frequência (0.5-1 Hz) diminui a excitabilidade cortical

    • alta frequência (≥ 2 Hz) aumenta a excitabilidade cortical

    Hamilton R, Messing S, Chatterjee A. Neurology 2011;76:187–193

    Maeda F, Pascual-Leone A. Psychopharmacology 2003;168:359 –376.

    Estimulação Magnética Transcraniana -

    EMT

  • rEMT

    • rEMT – uso terapêutico

    • não se restringe às áreas motoras corticais

    • pode induzir efeitos

    – córtex visual*, pré-frontal**, parietal*** e cerebelo****

    • aplicações

    – situações de excitabilidade cortical - diminuída ou

    aumentada

    * Kosslyn SM, Pascual-Leone A, Felician O. Science 1999;284:167-70.

    ** Mottaghy FM, Gangitano M, Sparing R, Krause BJ, Pascual-Leone A. Cereb Cortex 2002;12:369-75.

    *** Hilgetag C, Theoret H, Pascual-Leone A. Nat Neurosci 2001;4:953-7.

    **** Theoret H, Haque J, Pascual-Leone A. Neurosci Lett 2001; 306:29-32.

    Estimulação Magnética Transcraniana -

    EMT

  • rEMT - uso terapêutico

    patologia psiquiátrica • depressão, mania, desordens bipolares, pânico, alucinações,

    obsessões/compulsões, esquizofrenia, catatonia, stress pós-traumático,

    dependência de drogas

    patologia neurológica • D. Parkinson, distonia, tiques, gaguez, zumbidos

    reabilitação • afasia, neglect, disfagia, funcionalidade dos membros superior e inferior pós-

    AVC, espasticidade

    dor • neuropática, visceral, migraine

    Rossi S, Hallett M, Rossini PM, Pascual-Leone A. Clin Neurophysiol. 2009 Dec;120(12):2008-39

    Estimulação Magnética Transcraniana -

    EMT

  • • a aprendizagem motora opera7,8 – crescimento de dendrites

    – aumento de espinhas dendríticas

    – sinaptogénese3

    – alterações na força das conexões com o córtex

    motor primário6

    3. Ivanco TL, Greenough WT. Neuropharmacology. 2000;39:765-776

    6. Rioult-Pedotti M-S, Friedman D, Hess G, Donoghue JP. Nat Neurosci. 1998;1:230-234.

    7. Butefisch CM, Davis BC, Wise SP, et al. Proc Natl Acad Sci U S A. 2000;97:3661-3665.

    8. Ziemann U, Iliac TV, Pauli C, Meintzschel F, Ruge D. J Neurosci. 2004;24:1666-1672.

    Plasticidade cerebral

  • Plasticidade cerebral - memória

    • mecanismos celulares de memória - as memórias são

    armazenadas como modificações da força sináptica

    • Estudos paralelos - as memórias também podem ser

    armazenada por meio de processos não-sinápticos,

    tais como modulação da condutância da membrana

    Mozzachiodi R and Byrne J. More than synaptic plasticity: Role of nonsynaptic plasticity in learning and memory. Trends

    Neurosci. 2010 January ; 33(1):17-26

    hermissenda

  • Plasticidade cerebral - memória

    • a interação entre os neurónios

    pré-sináptico e pós-sináptico

    pode ser modificada

    – força sináptica (a)

    – alterações na excitabilidade (b)

    – ambos (c)

    Mozzachiodi R and Byrne J. More than synaptic plasticity: Role of nonsynaptic plasticity in learning and memory. Trends

    Neurosci. 2010 January ; 33(1):17-26

  • neurotransmissão extra-sináptica

    Fuxe K, Borroto-Escuela DO, Romero-Fernandez W, Diaz-Cabiale Z, Rivera A, Ferraro L, Tanganelli S, Tarakanov AO,

    Garriga P, Narváez JA, Ciruela F, Guescini M, Agnati LF. Extrasynaptic neurotransmission in the modulation of brain

    function. Focus on the striatal neuronal-glial networks. Front Physiol. 2012 Jun 4;3:136

  • neurotransmissão extra-sináptica

    • 1963-65

    – descoberta de vias centrais de

    dopamine (DA), noradrenalina (NA),

    and 5-hidroxitriptofano (5-HT)

    • 1969-70

    – aparecimento de fluorescência

    extraneuronal difusa

    (catecolaminas)

    Fuxe K et al. Extrasynaptic neurotransmission in the modulation of brain function. Focus on the striatal neuronal-glial networks.

    Front Physiol. 2012 Jun 4;3:136

  • transmissão em volume- TV

    • Agnati et al. (1986)

    – propõe o conceito de transmissão em volume (VT)

    • 2 processos principais de comunicação intercelular no

    SNC

    – transmissão em rede (TR; protótipo- transmissão sináptica)

    – transmissão em volume (TV)

    Agnati et al (1986). A correlation analysis of the regional distribution of central enkephalin and beta-endorphin immunoreac-

    tive terminals and of opiate receptors in adult and old male rats. Evidence for the existence of two main types of

    communication in the central nervous system: the volume transmission and the wiring transmission. ActaPhysiol.Scand.

    128, 201–207.

  • transmissão em volume- TV

    transmissão em volume - TV

    • modo generalizado de comunicação intercelular que

    ocorre no SNC com sinais TV passando da fonte para

    as células alvo através de gradientes de energia que

    levam à difusão e convecção

    Fuxe K et al. Extrasynaptic neurotransmission in the modulation of brain function. Focus on the striatal neuronal-glial networks.

    Front Physiol. 2012 Jun 4;3:136

  • transmissão em volume- TV

    transmissão em volume - TV

    • canais de comunicação difusos;

    • baixa segurança da comunicação, resultado do processo de difusão

    • a conectividade dos canais de difusão é dinâmica

    abertos ↔ fechados

    • TV - 3 subtipos – TV rápida (100 mseg-seg)

    – TV lenta, longa distância (seg-horas)

    – TV mediada por via microvesículas

  • transmissão em volume – volume transmission cérebro- enorme capacidade de responder às necessidades funcionais1

    • neurotransmissão sináptica

    – movimentos ou funções individuais (p. ex. tocar piano) - grande

    seletividade, início rápido, final rápido11

    • transmissão em volume - difusão não-sináptica

    – funções mantidas (e.g. fome) - atividade mantida, atividade generalizada

    1. Bach-y-Rita P. Arch Phys Med Rehabil 2003.

    11. Bach-y-Rita P. New York: Demos-Vermande 1995.

    Plasticidade cerebral

  • transmissão em volume – volume transmission cérebro- enorme capacidade de responder às necessidades funcionais1

    • muito comum no sistema límbico32

    • pode ter papel importante na organização e

    regulação do comportamento33

    • pode também ter papel importante nos níveis amis

    altos do cérebro humano

    1.Bach-y-Rita P. Arch Phys Med Rehabil 2003;84:1100-8.

    32.Nieuwenhuys R. Chemoarchitecture of the brain. Berlin: Springer;1985.

    33. Nieuwenhuys R. Prog Brain Res 2000;125:49-126.

    Plasticidade cerebral

  • transmissão em volume – volume transmission cérebro- enorme capacidade de responder às necessidades funcionais1

    acetilcolina e norepinefrina

    – estado de excitabilidade consistente com

    • cognição

    • falta vigilância – inibição da atividade do locus ceruleus

    produção de noradrenalina pelo locus ceruleus e outras alterações nos

    neurotransmissores pode ser o mecanismo pelo qual os fatores

    psicossociais influenciam a recuperação25

    1. Bach-y-Rita P. Arch Phys Med Rehabil 2003.

    25. Aiello GL, Bach-y-Rita P. New York: ASME Pr; 2001.

    Plasticidade cerebral

  • transmissão em volume – volume transmission cérebro- enorme capacidade de responder às necessidades funcionais1

    acetilcolina e norepinefrina

    • Reabilitação - melhores resultados se

    – alta vigilância

    – ativamente envolvidos

    – baseados nos interesses do doente

    os fatores psicossociais influenciam a recuperação25

    1. Bach-y-Rita P. Arch Phys Med Rehabil 2003;84:1100-8.

    25. Aiello GL, Bach-y-Rita P. Intelligent engineering systems through artificial neural networks. New York: ASME Pr; 2001. p 441-7

    Plasticidade cerebral

  • interação multissensorial

    cérebro humano

    • grande capacidade de o processamento automático e

    simultâneo e integração de informação sensorial

    • protocolos de treino multissensorial

    – mais próximos da realidade

    – mais eficazes para a aprendizagem nos saudáveis

    * 53. Murase N, Dunque J, Mazzocchio R, Cohen LG. Ann Neurol 2004;55:400–9.

  • interação multissensorial

    • reabilitação - motora, cognitiva e somatossensitiva -

    abordagens multissensoriais

    – observação da ação

    – treino mental

    – treino com realidade virtual

    – musicoterapia

    – terapia ao espelho

    Murase N, Dunque J, Mazzocchio R, Cohen LG. Influence of interhemispheric interactions of motor function in chronic stroke. Ann

    Neurol 2004;55:400–9.

  • interação multissensorial

    terapia ao espelho*

    • braço afetado - escondido atrás de um espelho

    • ao mover o braço não-afetado, o doente observa a

    imagem no espelho como se fosse o braço afetado

    • 2 RCT - resultados positivos duradouros (6 meses)

    * Johansson BB. Acta Neurol Scand 2011. 123:147–159

    ** Yavuzer G, Selles R, Sezer N et al. Arch Phys Med Rehabil 2009;89:393–8.

    *** Dohle C, Pu¨llen J, Nakaten A, Ku¨st J, Rietz C, Karbe H. Neurorehabil Neural

    Repair 2009;23:209–17.

  • interação multissensorial

    terapia ao espelho*

    • melhor função distal da mão vs grupo de controlo

    • melhor

    – sensibilidade superficial

    – hemineglect

    • terapia espelho pode

    – induzir interações multissensoriais

    – estar relacionada com a observação da ação que

    ativa áreas motoras e pré-motoras**

    * Johansson BB. Acta Neurol Scand 2011. 123:147–159

    ** Mulder Th. J Neural Transm 2007;114:1265–78.

  • interação multissensorial

    observação da ação

    neurónios em espelho

    • igualmente ativados com o desempenho de uma tarefa motora e com a observação de indivíduo que executa essa mesma ação

    • contribui para a imitação; importante para a compreensão das intenções de outros indivíduos*,**,***

    * Rizzolatti G, Craighero L. Annu Rev Neurosci 2004;27:169–92

    ** Buccino G, Solodkin A, Small SL. Cogn Behav Neurol 2006;16:55–63

    *** Rizzolatti G, Sinigaglia C. Nat Rev Neurosci 2010;11:264–74

  • observação da ação

    The mirror neuron system in the human brain (1) SMA: Supplementary motor area, (2) PSSC: Primary somato sensory cortex, (3) IPC: Inferior parietal cortex, (4) VPMA: Ventral premortal area, neurons having mirror properties, BA: Broca's area, WA: Wernicke's area, FG: Fusiform Gyrus, AG: Angular gyrus, PMC: Primary motor cortex

  • interação multissensorial

    observação da ação

    Ertelt et al, 2007

    • 4 semanas

    – função motora

    – fRMN - na atividade bilateral do córtex pré-motor

    ventral, área motora suplementar, gyrus superior

    temporal bilateral e outras áreas

    • melhoria - mantém-se às 8 semanas*

    * Ertelt D, Small S, Solodkin A et al. NeuroImage 2007;36:T164–73.

  • interação multissensorial

    prática mental

    • imaginar uma ação motora requere a ativação

    consciente de regiões do cérebro envolvidas na

    preparação e execução do movimento

    • treino mental pode melhorar a função motora e alterar

    as áreas de representação cortical*,**,***

    * Mulder Th. J Neural Transm 2007;114:1265–78.

    ** Lotze M, Halsband U. J Physiol Paris 2006;99:386–95.

    *** Pascual-Leone A, Amedi A, Fregni F, Merabet LB. Annu Rev Neurosci 2005;28:377–401.

  • interação multissensorial

    prática mental

    Page et al, 2007

    • ensaio controlado vs placebo*

    • doentes crónicos - pós-AVC - 3,6 anos

    • efeito significativo no prognóstico motor

    * Page SJ, Levine P, Leonard A. Stroke 2007;38:1293–7.

  • interação multissensorial

    prática mental • não depende da capacidade de executar um movimento

    • pode iniciar-se no início de reabilitação, mesmo em

    pacientes gravemente plégico

    • pode ser combinado com outros tratamentos

  • prática mental - PM

    • ensaio cognitivo dos movimentos físicos – não-invasiva

    – barata

    – permite prática repetitiva específica para a tarefa (PERT)

    • PM+PERT vs PERT (isoladamente)

    • uso do membro superior afetado e da função do que

    PERT (isoladamente)

    Page SJ, Szaflarski JP, Eliassen JC, Pan H, Cramer SC. Cortical Plasticity Following Motor Skill Learning During Mental Practice in

    Stroke. Neurorehabil Neural Repair. 2009 May ; 23(4): 382–388.

  • prática mental - PM

    Page et al, 2009

    • objetivo – examinar a possibilidade que a plasticidade

    cortical é um mecanismo por trás do efeito de PM +

    PERT

    • n = 10 doentes com AVC crónico

    Page SJ, Szaflarski JP, Eliassen JC, Pan H, Cramer SC. Cortical Plasticity Following Motor Skill Learning During Mental Practice in

    Stroke. Neurorehabil Neural Repair. 2009 May ; 23(4): 382–388.

  • prática mental - PM

    Page et al, 2009

    metodologia

    • ½ hora de sessões para o MS afetado,

    • 3 d/semana, 10 semanas, enfâse nas AVD

    • após tratamento 30-minutos de PM (AVD realizadas dt a terapia)

    Page SJ, Szaflarski JP, Eliassen JC, Pan H,

    Cramer SC. Neurorehabil Neural Repair. 2009 May

    ; 23(4): 382–388.

  • prática mental - PM

    Page et al, 2009

    métricas (avaliadores cegos)

    – Action Research Arm Test (ARAT);

    – Fugl-Meyer motor scale (FM)

    – fRMN antes e depois do tratamento

    Page SJ, Szaflarski JP, Eliassen JC, Pan H, Cramer SC. Neurorehabil Neural Repair. 2009 May ; 23(4): 382–388.

  • prática mental - PM

    Page et al, 2009

    resultados

    • ARAT e FM – (+ 5.3 e + 4.2)

    • AVD

    – novas capacidades clinicamente significativas

    • fRMN (flexão e extensão do punho, mão afetada) – ativação - áreas premotora homo- e contralateral e córtex

    motor primário

    – ativação – córtex parietal, hemisfério homolateral

    Page SJ, Szaflarski JP, Eliassen JC, Pan H, Cramer SC. Neurorehabil Neural Repair. 2009 May ; 23(4): 382–388.

  • prática mental - PM

    Page et al, 2009

    conclusões

    • PM – uso fácil e custo-eficaz

    • PM – melhora o prognóstico do MS afetado pós-AVC

    • PM – parece melhorar os movimentos por via de

    significativa reorganização cortical

    Page SJ, Szaflarski JP, Eliassen JC, Pan H, Cramer SC. Neurorehabil Neural Repair. 2009 May ; 23(4): 382–388.

  • prática mental - PM

    Page et al, 2009

    conclusões

    • 1º estudo a sugerir que

    – PM –altera o mapa cortical

    – PM induz plasticidade

    cerebral

    – plasticidade cerebral:

    pode ser o mecanismo para

    a melhoria do MS afetado

    Page SJ, Szaflarski JP, Eliassen JC, Pan H, Cramer SC. Neurorehabil Neural Repair. 2009 May ; 23(4): 382–388.

  • interação multissensorial

    realidade virtual - RV

    • meios 3-D multimodais, interativos e realísticos

    • alta capacidade de controlo dos parâmetros

    • ajustável a cada caso

  • interação multissensorial

    realidade virtual - RV

    • pode velocidade e distância no treino robotizado da

    marcha*

    • jogos - atenção, velocidade, precisão e tempos no

    treino robotizado da mão**

    * Mirelman A, Bonato P,Deutsch JE. Stroke 2008;40:169–74.

    ** Takahashi CD, Der-Yeghiaian L, Le V, Motiwala RR, Cramer SC. Brain 2008;131:425–37.

  • interação multissensorial

    realidade virtual - RV

    • supermercado virtual fornece a oportunidade para a

    prática de AVD*

    • RV – usada com sucesso na avaliação diagnóstica e

    tratamento de hemineglect**

    * Rand D, Katz N, Weiss PL. Eur J Phys Rehabil Med 2009;45:113–21.

    ** Ansuini C, et al. Rest Neurol Neurosci 2006;24:431–41.

  • interação multissensorial

    realidade virtual - RV

    • fRMN: diferente processamento espacial cerebral da

    realidade virtual vs treino “real”*

    * Beck L et al. Cyberspace Behav Soc Netw 2010;13:211–5.

  • intervenções farmacológicas

    – ↑ recuperação atuando na neurotransmissão adrenérgica e dopaminérgica8

    – mapas corticais podem ser alterados pelas lesões

    e por manipulação farmacólogica9

    8. Butefisch CM, Davis BC, Sawaki L, et al. Ann Neurol. 2002;51:59-68.

    9. Jacobs KM, Donoghue JP. Science. 1991;251:944-947.

    plasticidade cerebral

  • intervenções farmacológicas

    • vigilância e aprendizagem durante o tratamento –metilfenidato…

    • motivação – antidepressivos…

    • plasticidade anatómica e regeneração neuronal – gangliosídeos…

    • restauração da função na área peri-enfarte –

    anfetaminas…

    plasticidade cerebral

  • intervenções farmacológicas

    Recomenda-se

    1. não uso de neurolépticos, benzodiazepinas, fenobarbital e fenitoína (fase de recuperação)

    2. não uso anti-hipertensores do tipo agonistas α2-adrenérgicos (clonidina) e α1-antagonistas (prazosina)

    plasticidade cerebral

  • Recuperação Motora

    tardia

  • Plateau - “incapaz de melhorar”

    os AVC crónicos melhoram, participando em

    protocolos de reabilitação novos

    - específicos para a tarefa - “task-specific”

    - prática motor repetitiva

    Smith GV. Stroke 1999.

    Whitall J. Stroke 20005.

    Page SJ. Am J Phys Med Rehabil 2002.

    Page SJ. Arch Phys Med Rehabil 2004.

    Recuperação motora - tardia

  • recuperação tardia

    ocorre em alguns doentes, mesmo muitos meses após o AVC

    velocidade da marcha e da mobilidade (Wade, 1992)

    Recuperação motora - tardia

  • Hendricks HT, et al. Motor recovery after stroke: a systematic

    review of the literature. Arch Phys Med Rehabil 2002

    há evidência substancial disponível sobre recuperação

    tardia16,35,44,45,56,58,59,75,78

    Alguns doentes- pode ocorrer recuperação

    motora tardia muitos meses/anos após o AVC

    16. Broeks J, Lankhorst G, Rumping K, Prevo A. Disabil Rehabil 1999.

    35. Gowland C. Physiother Can 1984;36:313-20.

    44. Katrak P. Med J Aust 1990.

    45. Katrak P, Bowring G, Conroy P, Chilvers M, Poulos R, McNeil D. Arch Phys Med Rehabil 1998.

    56. Nakamura R, Moriyama S, Yamada Y, Seki K. Tohoku J Exp Med 1992.

    58. Newman M. Stroke 1972.

    59. Olsen T. J Neurol Rehabil 1989.

    75. Shah S, Harasymiw S, Stahl P. Occup Ther J Res 1986.

    78. Sonoda S, Chino N, Domen K, Saitoh E. Am J Phys Med Rehabil 1997.

  • • AVC crónico (≥1A pós-AVC)

    – pode mostrar melhoria motora participando em

    protocolos de reabilitação novos requerendo prática

    motor repetitiva e específica para a tarefa11-15

    podem ocorrer alterações neuronais e funcionais em doentes pós-

    AVC que estão supostamente em plateau

    11. Smith GV, Silver KH, Goldberg AP, Macko RF. Stroke 1999.

    12. Whitall J, McCombe Waller S, Silver KH, Macko RF. Stroke 2000.

    13. Page SJ. Occup Ther J Res 2000.

    14. Page SJ, Sisto SA, Levine P. Am J Phys Med Rehabil 2002.

    15. Page SJ, Sisto S, Levine P, McGrath RE. Arch Phys Med Rehabil 2004.

    Recuperação motora - tardia

  • AVC crónico anestesia cutânea da mão intacta

    do input somato-sensorial da mão não afetada

    Imobilização da mão não afetada TMIR e TIMRm

    Taub E. J Rehabil Med 2003.

    Liepert J. Stroke 2000.

    Page SJ. Am J Phys Med Rehabil 2002.

    Page SJ. Arch Phys Med Rehabil 2004.

    Recuperação motora - tardia

  • AVC crónico Anestesia da parte proximal do MS plégico

    rEMT excitabilidade da área motora lesada

    excitabilidade do hemisfério não lesado

    Muellbacher W. Arch Neurol 2002

    Nudo RJ. Somatosens Mot Res 1990.

    Ward N,. Arch Neurol 2004.

    Ferbert A et al. J Physiol 1992.

    Recuperação motora - tardia

  • TMIR - CIMT (Taub et al)

    • a) membro não afetado - restrição (imobilização / luva)

    • b) membro plégico – moldagem (shaping) ou específico para a tarefa

    * Taub E, Uswatte G, Pidikiti R. J Rehabili Res Develop 1999; 36:237–251.

    ** Taub E, Uswatte G, Elbert T. Nat Rev Neuroscience. 2002; 3:228–236.

    *** Taub E, Miller NE, Novack TA et al. Arch Phys Med Rehabil 1993;74:347–54

    terapia do movimento induzido pela

    restrição

  • TMIR

    Wolf et al, 2006, 2008

    • efeito significativo, estudo randomizado

    – TMIR – 2 semanas

    – n = 222 (défices leves a moderados)

    – 3–9 meses pós-AVC*

    • follow-up - benefícios persistentes aos 24M*

    * Wolf SL, Winstein CJ, Miller JP et al. JAMA 2006;296:2095–104.

    ** Wolf SL, Winstein CJ, Miller JP et al. Lancet Neurol 2008;7:33–40.

    terapia do movimento induzido pela

    restrição

  • TMIR

    Dromerick et al, 2009

    • TMIR - ausência benefícios na fase precoce do AVC*,**

    * Dromerick AW, Lan CE, Birkenmeier RL et al. Neurology 2009;73: 195–201.

    ** Boake C, Noser EA, Ro T et al. Neurorehabil Neural Repair 2007;21:14–24.

    terapia do movimento induzido pela

    restrição

  • Kwakkel et al, 2008

    meta-análise (10 estudos)*

    • n = 218

    – efeito significativo na recuperação motora do MS

    plégico

    – sem efeito funcional significativo

    * Kwakkel G, Kolten BJ, Krebs HI. Neurorehabil Neural Repair 2008;22:111–21.

    terapia robotizada

  • terapia robotizada - marcha

  • MIT-Manus, Hogan

    terapia robotizada – membro superior

  • Kwakkel et al*

    • recomendação

    – distinguir entre treino robotizado para membros

    superior e inferior

    – diferenciar recuperação motora genuína do MS vs

    recuperação funcional (estratégias compensatórias com recurso ao tronco e MS)

    * Kwakkel G, Kolten BJ, Krebs HI. Neurorehabil Neural Repair 2008;22:111–21.

    terapia robotizada

  • revisão Cochrane (11 estudos; n = 328)

    – sem melhoria significativa nas AVD, apesar de melhoria na força

    muscular e da função motora*

    • pode ser benéfico adicionar “realidade virtual” à terapia

    robotizada para treino de marcha** e membro

    superior***

    * Mehrholz J, Plats T, Kugler J, Pohl M. Cochrane Database Syst Rev 2008;4:CD006876.

    ** Mirelman A, Bonato P,Deutsch JE. Stroke 2008;40: 169–74.

    *** Takahashi CD, Der-Yeghiaian L, Le V, Motiwala RR, Cramer SC. Brain 2008;131:425–37..

    terapia robotizada

  • Reabilitação – AVC – membro superior

    Langhorne P, Coupar F, Pollock A. Motor recovery after stroke: a systematic review. Lancet Neurol. 2009 Aug;8(8):741-54.

  • Reabilitação – AVC – membro inferior

    Langhorne P, Coupar F, Pollock A. Motor recovery after stroke: a systematic review. Lancet Neurol. 2009 Aug;8(8):741-54.

  • Smith GC, Pell JP. BMJ. 2003 Dec 20;327(7429):1459-61

  • acetilcolina e noradrenalina

    • programas reabilitação - melhores resultados se

    – alta vigilância

    – envolvimento ativo

    – baseado nos interesses do doente

    fatores psicossociais influenciam a recuperação25

    1. Bach-y-Rita P. Arch Phys Med Rehabil 2003;84:1100-8.

    25. Aiello GL, Bach-y-Rita P. Intelligent engineering systems through artificial neural networks. New York: ASME Pr; 2001. p 441-7

    Reabilitação

  • reorganização uso-relacionada

    • a reorganização depende fortemente da relevância

    comportamental da atividade*,**,***

    * G. H. Recanzone et al. Journal of Neurophysiology, vol. 67, no. 5, pp. 1057–1070, 1992. ** G. H. Recanzone, et al. Journal of Neurophysiology, vol. 67, no. 5, pp. 1031–1056,1992. *** G. H. Recanzone et al. Journal of Neuroscience, vol. 13, no. 1, pp. 87–103,1993.

    considerações

    neuronais e comportamentais

  • considerações

    neuronais e comportamentais

    reorganização uso-relacionada

    • as representações neuronais são susceptíveis a

    reconfiguração induzida por estimulação se a

    estimulação é compreendida e tem significado

    comportamental

    * Sterr A, Conforto AB.. Neural Plast. 2012;2012:970136.

  • considerações

    neuronais e comportamentais

    reorganização uso-relacionada

    • para melhorar a recuperação através da

    plasticidade induzida pela prática deve

    considerar-se

    – o elemento de prática

    – a forma como a intervenção promove a

    atenção e fornece motivação e

    feedback

    * Sterr A, Conforto AB.. Neural Plast. 2012;2012:970136.

  • considerações

    neuronais e comportamentais

    o controlo motor é complexo

    – muito para além da mera execução motora

    – processos cognitivos influenciam as performances

    motoras, p. ex.

    • planeamento motor

    • monitorização de erros

    • atenção

    * Sterr A, Conforto AB.. Neural Plast. 2012;2012:970136.

  • considerações

    neuronais e comportamentais

    o controlo motor é complexo

    • reabilitação motora clássica

    – a função motora é função da capacidade de executar

    um movimento

    – pouca atenção ao processo cognitivo que pode

    influenciar esta capacidade

    * Sterr A, Conforto AB.. Neural Plast. 2012;2012:970136.

  • considerações

    neuronais e comportamentais

    modificação comportamental

    • necessário: desvio significativo na perspetiva teórica

    – reabilitação da função motora como uma

    mudança no comportamento motor, em vez de

    uma mera melhoria da capacidade motora

    * Sterr A, Conforto AB.. Neural Plast. 2012;2012:970136.

  • Muito para aprender sobre exercício no AVC

    • os elementos críticos que induzem melhorias

    • as adaptações neuromusculares pós-AVC

    • a ótima aplicação da aprendizagem motora e do exercício

    para alargar a janela temporal da recuperação funcional

    Page SJ, Gater DR, Bach-y-Rita P. Arch Phys Med Rehabil 2004;85:1377-81.

    Reabilitação

  • Reabilitação recuperação funcional

    Realidade restrições financeiras Serviços médicos

    • necessário

    – desenvolver sólidas bases científicas

    – validar os tratamentos (dados quantitativos)

    – desenvolver Reabilitação eficaz e efetiva

    Reabilitação

  • reabilitação do AVC - estádio

    deve incorporar estratégias de tratamento inovadoras

    baseadas no reforço da plasticidade cerebral, firmemente

    enraizadas na neurociência da recuperação*

    * Kalra L. Stroke rehabilitation 2009: old chestnuts and new insights. Stroke 2010;41:88 –90..

    Reabilitação

  • [email protected]

    [email protected]

    Acidente Vascular Cerebral

    Reabilitação do AVC e

    neuroplasticidade