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REABILITAÇÃO EM ONCOLOGIA
Projecto de Intervenção do Enfermeiro Especialista
em Enfermagem de Reabilitação
-PIEEER –
Enf.ª Especialista em Enfermagem de Reabilitação
no serviço de Cirurgia Geral do IPO Lisboa
Marisa Costa
30 de Novembro,2017
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Sumário
1 – PIEEER – Projecto de Intervenção do Enfermeiro Especialista
em Enfermagem de Reabilitação
2 -Resultados do PIEEER na pessoa submetida a Cirurgia
Torácica (01-01-2017 a 30-04-2017)
3 – PIEEER – Presente e Futuro
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PIEEER
Objectivo Promover a Intervenção do Enfermeiro Especialista em
Enfermagem de Reabilitação na área de Reeducação Funcional
Respiratória, Reeducação Funcional Motora, na pessoa submetida
a cirurgia, no serviço de Cirurgia Geral.
Formação Exterior
RFR – Hospital Santa Maria
Unidade de Enfermagem de Reabilitação – Hospital dos
Lusíadas
Cirurgia Torácica –
Hospital Pulido Valente
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PIEEER - Implementação
Cirurgia
Cirurgia Torácica (ex.: Lobectomia, Pneumectomia, Ressecção Atípica de
metástases, Segmentectomia,…)
Cirurgia do Esófago (ex.: Cirurgia Ivor Lewis, Mckeown, Esófago-Coloplastia,
Merendino, …)
Cirurgia Gástrica (ex: Gastrectomia Total e Subtotal…)
Cirurgia do Cólon e Recto (Hemicolectomia, Ressecção Anterior do Recto,
Colectomia Subtotal e Total, Amputação Abdomino-Perineal, Ressecção
Segmentar da Sigmóide ou Sigmóidectomia, …)
Cirurgia de Outros Tumores Sólidos (ex: Peritonectomia com Quimioterapia
Hipertérmica, Tumores Retroperitoneais, Perfusão Isolada do Membro Inferior e
Superior, …)
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PIEEER - Recursos
Humanos
1 EEER
Materiais
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PIEEER – Escalas
Escala de Barthel (Avaliação Funcional)
Escala de Borg modificada (Avaliação da Dispneia)
Escala de Lower (Avaliação da Força Muscular)
Escala de Berg modificada (Avaliação do Equilíbrio – de pé e
sentado)
Escala de Ashworth modificada (Avaliação da Espaticidade)
Escala de Torrington e Henderson (Avaliação do risco de
complicações pulmonares)
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Áreas de Intervenção do EEER
REEDUCAÇÃO FUNCIONAL RESPIRATÓRIA
Prevenir e corrigir alterações músculo-esqueléticas - uso de técnicas de
correcção postural, de exercícios de mobilização osteoarticulares e de treino
dos músculos envolvidos;
Reduzir a tensão psíquica e muscular - permite diminuir a sobrecarga muscular,
através do ensino de posições de descanso e relaxamento;
Assegurar a permeabilidade das vias aéreas;
Prevenir e corrigir defeitos ventilatórios - visa melhorar a distribuição/ventilação
alveolar, com recurso ao controlo e dissociação dos tempos respiratórios e a
exercícios de reeducação respiratória selectivos e globais;
Melhorar a performance dos músculos respiratórios - exercícios de reeducação
respiratória e espirometria de incentivo;
Reeducar no esforço.
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REABILITAÇÃO FUNCIONAL MOTORA
Mobilizações com contracções isométricas, ou com contracções isotónicas estas
podem ser passivas com o objectivo de:
Manter a imagem do movimento, a integridade articular e extra articular;
Manter propriedades musculares – elasticidade e extensibilidade;
Melhorar a circulação de retorno;
Preparar o doente para fazer o exercício activamente.
Mobilizações Activas (Assistidas, Livres ou Resistidas), que inclui as auto-
mobilizações com objectivo de:
Recuperar o tónus muscular;
Aumentar a potência muscular;
Aumentar a resistência;
Aumentar a amplitude dos movimentos;
Treino de Equilíbrio sentado, de pé, treino de marcha;
Treino específico de AVD’S e de readaptação ao esforço.
Áreas de Intervenção do EEER
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Avaliação Pré-Operatória
• Aplicação de Escala de Barthel, Lower, Ashworth, Berg modificada e Borg modificada
• Aplicação de Escala de Torrington e Henderson (Avaliação do risco de complicações pulmonares)
• Ensinos / Exercícios pré-operatórios (Reeducação Funcional Respiratória, Ensino de tosse, Mobilização dos membros inferiores)
Pós-Operatório
• Avaliação diária para intervenção do EEER
• Exercícios de Reeducação Funcional Respiratória
• Exercícios de Reeducação Funcional Motora
• Treino de AVD’s (sempre que se justifique) • Reaplicação de Escalas implementadas dependo da cirurgia realizada
Alta
• Aplicação de Escala de Barthel, Lower, Ashworth, Berg modificada e Borg modificada
• Reforço dos Ensinos / Exercícios para alta
Intervenção do EEER na pessoa submetida a cirurgia
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PIEEER – Equipa multiprofissional
Não há vento favorável para um marinheiro
que não sabe o seu destino.
Seneca
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PIEEER – Resultados (01-01-2017 a 30-04-2017)
Cirurgia Torácica
População = Pessoas submetidas a cirurgia torácica
Amostra = 30
Idade (em anos): Média = 57,03
Mediana = 65
12
18 Mulheres
Homens
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PIEEER – Resultados (01-01-2017 a 30-04-2017)
Cirurgia Torácica
0 2 4 6 8 10 12
Pleura
Lobectomia
Segmentectomia
Ressecção atípica
Torocostomia
Pneumectomia
Parede torácica
Torocoplastia/empiema
Ressecção atípica bilateral
2
11
1
11
1
1
1
1
1
n= 30
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PIEEER – Resultados (01-01-2017 a 30-04-2017)
Cirurgia Torácica
n= 30
Avaliação pré-operatória
Intervenção do EEER
5
25
Não
Sim
Reeducação Funcional
Respiratória
Reeducação Funcional
motora
Treino de Marcha
Treino de AVD’s
Sim 96,7% 96,7% 93,4% 43,3%
Não 3,3% 3,3% 6,6% 56,7%
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PIEEER – Resultados (01-01-2017 a 30-04-2017)
Cirurgia Torácica
Risco de desenvolver complicações Pulmonares Normal 19 63%
Moderado 10 33%
Alto 1 4%
Infecção Respiratória 3
Hemotórax 2
Complicações Pulmonares (17%)
Submetidas a Antibioterapia
Aplicação da Escala de Torrington Henderson
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PIEEER – Resultados (01-01-2017 a 30-04-2017)
Cirurgia Torácica
Média de Tempo de Internamento (em dias – em períodos homólogos)
2017 2016 2015
Amostra 23 19 20
Média 8,04 4,63 11,2
Mediana 4 4 4,5
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PIEEER – Presente
Campo de estágio para Curso de Pós Licenciatura em
Enfermagem de Reabilitação
Colaboração de mais uma EEER
Dossier com Documentação relativa a Enfermagem de
Reabilitação
Criação de um folheto com informação dirigida à pessoa
submetida a Cirurgia Torácica
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PIEEER – Futuro
Implementar os registos clínicos do EEER em linguagem CIPE;
Obter indicadores sensíveis aos cuidados de Enfermagem em
Reabilitação;
Reforçar o número de enfermeiros especialistas dedicados ao
projecto;
Consolidar este projecto (PIEEER) no serviço de Cirurgia Geral;
Implementar o PIEEER no IPO de forma Transversal.
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“A reabilitação, mais do que uma disciplina, é o
testemunho de um espírito particular; o do interesse
sentido pelo futuro da pessoa, mesmo quando a cura ou
a reparação do seu corpo – regresso do mesmo à
normalidade – deixam de ser possíveis”.
(Hesbeen, 2003:XI)
Nota Final
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Referências Bibliográficas
ASSEMBLEIA DO COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO – Regulamento dos Padrões de Qualidade
dos Cuidados Especializados em Enfermagem de Reabilitação. Ordem do Enfermeiros. 2011
ASSEMBLEIA DO COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO – Core de Indicadores por categoria de Enunciados Descritivos dos Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem de Reabilitação. Ordem dos Enfermeiros. 2015
CORDEIRO, Maria do Carmo; MENOITA, Elsa Crsitina P.C – Manual de boas práticas na reabilitação respiratória: conceitos,
princípios e técnicas. Loures: Lusociência. 2012. ISBN 978 972 8930 86 8
DIÁRIO DA REPÚBLICA, 1.ª série – N.º 181 - Lei n.º 156/2015 de 16 de Setembro
HEITOR, C. et al – Reeducação Funcional Respiratória. 2.ª edição. Lisboa: Boeringer Ingelheim para a formação médica pré e pós graduação. 1988
HESBEEN, W. - A Reabilitação: Criar novos caminhos. Loures: Lusociência. 2003
HESBEEN, W. - Qualidade em enfermagem: pensamento e acção na perspectiva do cuidar. Loures: Lusociência. 2001.
HOEMAN, S. - Enfermagem de Reabilitação: Aplicação e Processo. Loures: Lusociência. 2000. ISBN 978 989 8075 31 4
MINISTÉRIO DA SAÚDE – Regulamento nº125/2011 – Regulamento das competências Especificas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação – Diário da Republica, 2ª série, N.º35, 18 Fevereiro 2011
ORDEM DOS ENFERMEIROS - Estatuto da Ordem dos Enfermeiros. 2015
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