questões comentadas de português
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Questões comentadas de portuguêsTRANSCRIPT
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Questes Comentadas de Portugus p/ INSS - Tcnico de Seguro Social
Professor: Rafaela Freitas
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INTELECO DE TEXTO. MECANISMO DE COESO DE TEXTUAL. REDAO
(CONFRONTO E RECONHECIMENTO DE FRASES CORRETAS E
INCORRETAS)
SUMRIO
APRESENTAO......................................................................................1
CRONOGRAMA E OBJETIVO DO CURSO......................................................2
1. INTRODUO.....................................................................................4
QUESTES COMENTADAS........................................................................5
LISTA DE QUESTES COMENTADAS NESTA AULA......................................58
GABARITOS..........................................................................................96
Observao importante: este curso protegido por direitos autorais
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a
legislao sobre direitos autorais e d outras providncias.
Grupos de rateio e pirataria so clandestinos, violam a lei e prejudicam os
professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe
adquirindo os cursos honestamente atravs do site Estratgia Concursos ;-)
APRESENTAO
Ol, caros alunos do Estratgia Concursos! com muita satisfao que
comearemos com esta aula um curso inteiro com questes comentadas que
ir prepar-lo para o certame do INSS Tcnico de Seguro Social!! No d para ficarmos esperando o edital, pois sabemos que ser um concurso
concorrido e quanto antes comear a sua preparao, mais completa ela ser!
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Minha funo aqui ajud-lo da melhor maneira possvel a alcanar o seu
objetivo, pois o seu sucesso tambm o meu!
Para que me conhea, falarei brevemente sobre mim: meu nome
Rafaela Freitas, sou graduada em Letras pela Universidade Federal de
Juiz de Fora, onde resido, e ps-graduada em Ensino de Lngua
Portuguesa, pela mesma instituio (UFJF). Desde que me formei, em 2008,
tenho trabalhado com a preparao dos alunos para os mais diversos
concursos pblicos, em cursos presenciais, no que tenho colocado nfase em
minha carreira, embora tambm trabalhe com turmas preparatrias para
vestibulares. Sou uma apaixonada pela nossa lngua me e por ensin-la!
Tenham a certeza de que o portugus, j neste curso, no ser um problema,
mas sim a soluo! Voc sabe muito mais dessa lngua do que imagina! Confie
em mim e principalmente em seu potencial!
Alunos que esto comeando a se preparar encontraro aqui todos os
PDFHWHVHGLFDVGHTXHSUHFLVDPSDUDXPHVWXGRREMHWLYR2VFRQFXUVHLURVj experientes tero com o curso uma fonte de reviso para se aprimorarem e
se atualizarem bastante na Lngua Portuguesa. Todos sairo ganhando!
OBJETIVO E CRONOGRAMA DO CURSO
Este curso tem por objetivo trazer para os alunos questes comentadas
de lngua portuguesa, tendo como base o ltimo edital para INSS. Como
no sabemos qual ser abanca organizadora do prximo certame, vou usar
questes de uma das bancas mais tradicionais do Brasil: Fundao Carlos
Chagas. Obviamente, to logo saia edital e no sendo a FCC a banca
organizadora, incluirei uma aula com anlise e questes da banca escolhida!
Para que o curso seja completo e satisfatrio, proponho que seja dividido
da seguinte maneira:
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CRONOGRAMA
AULA MATRIA LIBERAO
0 Questes comentadas sobre compreenso e interpretao de textos, tipologia textual, significao das palavras.
13/02/2015
1 Questes comentadas sobre redao de correspondncias oficiais.
23/02/2015
2 Questes comentadas sobre ortografia oficial, acentuao grfica, pontuao.
03/03/2015
3 Questes comentadas sobre emprego das classes de palavras.
13/03/2015
4 Questes comentadas sobre sintaxe da orao e do perodo.
23/03/2015
5 Questes comentadas sobre concordncia nominal e verbal
03/04/2015
6 Questes comentadas sobre regncias nominal e verbal, emprego do sinal indicativo de crase.
13/04/2015
Desde j, coloco-me disposio para qualquer dvida ou esclarecimento,
pelo e-mail: [email protected] ou ainda pelo
frum de dvidas.
Ser um prazer t-lo como aluno! Bons estudos!
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1. INTRODUO
INTELECO (INTERPRETAO) TEXTUAL
(YLGentemente, tudo pode ser visto nos textos, l que todo tipo de fenmeno acontece. (ANTUNES, 2007, p. 139)
Ler o mundo atravs dos mais diversos textos com os quais nos
deparamos em nosso cotidiano uma tarefa no mnimo reveladora!
Caros, alunos, o contedo desta aula de suma importncia para o
desenvolvimento de toda a prova do certame do qual vocs iro participar.
Digo toda a prova, pois a interpretao no est presente apenas na prova de
Lngua Portuguesa, preciso interpretar em todas as outras disciplinas! So
textos e enunciados que trazem informaes implcitas e explcitas que
precisam ser compreendidas para que voc, concurseiro, atinja o seu objetivo
maior que a aprovao.
Diante disso, devo dizer aquilo que talvez voc j saiba: A leitura o
meio mais eficaz para chegarmos ao conhecimento, portanto, precisamos
aprender a ler! A leitura precisa se tornar um hbito na vida de um
concurseiro. Um candidato antenado com os acontecimentos atuais, conhecedor de textos literrios, entendedor de charges e textos de humor
chegar ao sucesso com mais facilidade (ou menos dificuldade, rsrs) do que
aquele que l pouco ou nada. E digo ler de verdade! No passar os olhos! Ler
dar sentido vida e ao mundo, dominar a riqueza de qualquer texto, seja
literrio, narrativo, instrucional, jornalstico, persuasivo, possibilidades que se
misturam e se tornam infinitas.
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A dificuldade na compreenso e interpretao de textos deve-se a falta do
hbito da leitura. Sim! Ento, desenvolva o hbito da leitura. Que tal
estabelecer agora uma meta de ler, pelo menos, um livro por ms? Leia o que
voc mais gosta! No importa o gnero. Crie o hbito da leitura e o gosto por
ela. Quando passamos a gostar de algo, compreendemos melhor seu
funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se familiares a ns mesmos.
No se deixe levar pela falsa impresso de que ler no faz diferena.
QUESTES COMENTADAS
Leia o texto a seguir.
Em fins do ano passado foi aprovada na Comisso de Constituio e
Justia do Senado a denominada Emenda Constitucional da Felicidade, que
introduz no artigo 6 da Constituio Federal, relativo aos direitos sociais, frase
com a meno de que so essenciais busca da felicidade.
Pondera-se tambm que a busca individual pela felicidade pressupe a
observncia da felicidade coletiva. H felicidade coletiva quando so
adequadamente observados os itens que tornam mais feliz a sociedade. E a
sociedade ser mais feliz se todos tiverem acesso aos bsicos servios pblicos
de sade, educao, previdncia social, cultura, lazer, entre outros, ou seja,
justamente os direitos sociais essenciais para que se propicie aos indivduos a
busca da felicidade.
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Pensa-se possvel obter a felicidade a golpes de lei, em quase ingnuo
entusiasmo, ao imaginar que, por dizer a Constituio serem os direitos sociais
essenciais busca da felicidade, se vai, ento, forar os entes pblicos a
garantir condies mnimas de vida para, ao mesmo tempo, humanizar a
Constituio.
A meno felicidade era prpria da concepo de mundo do Iluminismo,
quando a deusa razo assomava ao Pantheon e a consagrao dos direitos de
liberdade e de igualdade dos homens levava crena na contnua evoluo da
sociedade para a conquista da felicidade plena sobre a Terra.
Trazer para os dias atuais, depois de todos os percalos que a Histria
produziu para os direitos humanos, a busca da felicidade como fim do Estado
de Direito um anacronismo patente, sendo inaceitvel hoje a incluso de
convices apenas compreensveis no irrepetvel contexto ideolgico do
Iluminismo.
Confunde-se nessas proposies bem-intencionadas, politicamente
corretas, o bem-estar social com a felicidade. A educao, a segurana, a
sade, o lazer, a moradia e outros mais so considerados direitos
fundamentais de cunho social pela Constituio exatamente por serem
essenciais ao bem-estar da populao no seu todo. A satisfao desses direitos
constitui prestao obrigatria do Estado, visando dar sociedade bem-estar,
sendo desnecessria, portanto, a meno de que so meios essenciais busca
da felicidade para se gerar a pretenso legtima ao seu atendimento.
O povo pode ter intensa alegria, por exemplo, ao se ganhar a Copa do
Mundo de Futebol, mas no h felicidade coletiva, e sim bem-estar coletivo. A
felicidade um sentimento individual to efmero como varivel, a depender
dos valores de cada pessoa. Em nossa poca consumista, a felicidade pode ser
vista como a satisfao dos desejos, muitos ditados pela moda ou pelas
celebridades. Ter orgulho, ter sucesso profissional podem trazer felicidade,
passvel de ser desfeita por um desastre, por uma doena.
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Assim, os direitos sociais so condies para o bem-estar, mas nada tm
a ver com a busca da felicidade. Sua realizao pode impedir de ser infeliz,
mas no constitui, de forma alguma, dado essencial para ser feliz.
(Miguel Reale Jnior. O Estado de S. Paulo, A2, Espao Aberto, 5 de fevereiro de 2011,
com adaptaes)
01. (INSS 2012 - Perito Mdico Previdencirio FCC) Afirma-se corretamente que o autor
(A) est convencido de que uma sociedade s poder ser plenamente feliz
se lhe for permitida a realizao de todas as suas expectativas, principalmente
quanto aos seus direitos bsicos.
(B) critica, tomando por base as obrigaes do Estado de Direito e os
conceitos de felicidade e de bem-estar coletivo, a proposta de Emenda
Constitucional por consider-la incua e defasada.
(C) defende a concesso, pelo Estado, de garantias constitucionais para
que a sociedade tenha qualidade de vida, imprescindvel sensao de bem-
estar coletivo, que se torna o caminho para a felicidade geral.
(D) censura a tardia preocupao do Senado brasileiro em oferecer
condies mnimas de qualidade de vida populao, com a oferta dos direitos
bsicos que venham a garantir a felicidade geral.
(E) faz referncia necessria conscientizao de que o bem-estar da
populao um bem indiscutvel, especialmente quanto liberdade e
igualdade, a partir dos princpios que embasaram o Iluminismo.
Comentrio: a alternativa B responde corretamente ao enunciado.
Vejamos o que h de errado nas outras:
(A) est convencido de que uma sociedade s poder ser plenamente feliz
se lhe for permitida a realizao de todas as suas expectativas, principalmente
quanto aos seus direitos bsicos. ERRADA. O autor se coloca contra a ideia de que a garantia dos direitos bsicos so tambm garantia de
uma sociedade feliz (confirme no ltimo pargrafo).
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(C) defende a concesso, pelo Estado, de garantias constitucionais para
que a sociedade tenha qualidade de vida, imprescindvel sensao de bem-
estar coletivo, que se torna o caminho para a felicidade geral. ERRADA. A posio do autor justamente contrria. Segundo ele, o Estado deve
garantir os direitos bsicos para gerar bem-estar sociedade. A
felicidade individual e depende de cada um (confirme nos pargrafos
6 e 7).
(D) censura a tardia preocupao do Senado brasileiro em oferecer
condies mnimas de qualidade de vida populao, com a oferta dos direitos
bsicos que venham a garantir a felicidade geral. ERRADA. O autor no censura e nem diz achar tardia a preocupao do Senado.
(E) faz referncia necessria conscientizao de que o bem-estar da
populao um bem indiscutvel, especialmente quanto liberdade e
igualdade, a partir dos princpios que embasaram o Iluminismo. ERRADA. Para o autor a viso iluminista no se aplica nos dias de hoje da
mesma maneira. Tal ideia seria hoje um anacronismo, porque
funcionou para aquela poca (confirme no pargrafo 5).
GABARITO: B
02. (INSS 2012 - Perito Mdico Previdencirio FCC) Em relao ao desenvolvimento textual, est INCORRETO o que consta em:
(A) Os dois primeiros pargrafos introduzem o assunto que ser analisado
a seguir.
(B) H passagens no texto que evidenciam o posicionamento do autor
sobre o assunto em pauta.
(C) No 4 pargrafo identifica-se a argumentao de que se vale o autor
para embasar a opinio que ser defendida no pargrafo seguinte.
(D) O exemplo tomado Copa do Mundo, no 6 pargrafo, compromete o
encadeamento das ideias defendidas no texto.
(E) O ltimo pargrafo constitui uma concluso coerente de toda a
discusso apresentada.
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Comentrio: trata-se de um texto argumentativo. O autor discorda da
chamada Emenda Constitucional da Felicidade e formula a sua tese a fim de
contestar o que diz nela. Dentre as alternativas desta questo, a nica
INCORRETA (cuidado com o que pede o enunciado, para marcar a errada)
a D, pois o exemplo da copa do mudo foi usada acertadamente pelo autor
para confirmar o argumento de que bem-estar coletivo no o mesmo que
felicidade.
GABARITO: D
Diante do futuro
Que me importa o presente? No futuro que est a existncia dos
verdadeiros homens. Guyau*, a quem no me canso de citar, disse em uma de
suas obras estas palavras: 3RUYHQWXUD VHL HX VH viverei amanh, se viverei mais uma hora, se a minha mo poder terminar esta linha que comeo? A
vida est por todos os lados cercada pelo Desconhecido. Todavia executo,
trabalho, empreendo; e em todos os meus atos, em todos os meus
pensamentos, eu pressuponho esse futuro com o qual nada me autoriza a
contar. A minha atividade excede em cada minuto o instante presente,
estende-se ao futuro. Eu consumo a minha energia sem recear que esse
consumo seja uma perda estril, imponho-me privaes, contando que o
futuro as resgatar e sigo o meu caminho. Essa incerteza que me comprime de todos os lados equivale para mim a uma certeza e torna possvel a minha
liberdade o fundamento da moral especulativa com todos os riscos. O meu pensamento vai adiante dela, com a minha atividade; ele prepara o mundo,
dispe do futuro. Parece-me que sou senhor do infinito, porque o meu poder
no equivalente a nenhuma quantidade determinada; quanto mais trabalho,
PDLVHVSHUR * Jean-Marie Guyau (1854-1888), filsofo e poeta francs. (PRADO, Antonio Arnoni
(org.). Lima Barreto: uma autobiografia literria. So Paulo: Editora 34, 2012. p. 164)
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03. (TRT-2 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) Lima Barreto vale-se do texto de Guyau para defender a tese de que
(A) as projees do futuro s importam quando estiverem visceralmente
ligadas s experincias do presente.
(B) o futuro ganha plena importncia quando temos a convico de que
todas as nossas aes so duradouras.
(C) as aes do presente tm sua importncia determinada pelo valor
intrnseco de que se revestem.
(D) as aes do presente ganham sentido quando projetadas e
executadas com vistas ao futuro.
(E) o futuro s do nosso domnio quando nossas aes no tempo
presente logram antev-lo e ilumin-lo.
Comentrio: esta questo quer saber a tese do autor. Em um texto
argumentativa, a tese a opinio de quem o escreve sobre determinado
assunto. No texto em questo o autor usa a citao de Guyau sobre o futuro
concordando com ele. Esta a tese: viver o presente projetando e executando
aes para o futuro.
GABARITO: D
04. (TRT-2 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) O fato de nossa vida estar cercada pelo Desconhecido no deve implicar uma restrio aos empreendimentos
humanos, j que, para Guyau,
(A) a incerteza do futuro no elimina a possibilidade de tom-lo como
parmetro dos nossos empreendimentos.
(B) os nossos atos tendem a se tornar estreis quando pautados por uma
viso otimista do futuro.
(C) a brevidade do tempo que temos para viver autoriza-nos a viver o
presente com o mximo de intensidade.
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(D) o fundamento da moral especulativa est em planejar o futuro sem
atentar para as circunstncias presentes.
(E) o trabalho estril executado no presente acumula energias que sero
desfrutadas no futuro.
Comentrio: O autor citado tem um otimismo latente no que se refere ao
futuro. Ainda que no seja certo, o autor vive pensando nele. Vive o presente
voltado para o futuro, sem pensar que a energia perdida hoje seja estril. O
fundamento especulativo viver com a certeza do futuro, mesmo que, na
verdade, seja incerto.
GABARITO: A
Questo de gosto
A expresso parece ter sido criada para encerrar uma discusso. Quando
algum DSHODSDUDDWDOGDTXHVWmRGHJRVWRpFRPRVHGLVVHVVHFKHJDGHFRQYHUVDLQ~WLOGLVFXWLU
A partir da nenhuma polmica parece necessria, ou mesmo possvel.
9RFrJRVWDGH%HHWKoven? Eu prefiro ouvir fanfarra GHFROpJLR4XHVWmRGHgosto.
/HYDGD D VpULR UDGLFDOL]DGD D TXHVWmR GH JRVWR GLVSHQVD razes e argumentos, estanca o discurso crtico, desiste da reflexo, afirmando
despoticamente a instncia definitiva da mais rasa subjetividade. Gosto disso,
e pronto, estamos conversados.
Ao interlocutor, para sempre desarmado, resta engolir em seco o gosto
prprio, impedido de argumentar. Afinal, gosto no se discute. Mas se tudo
questo de gosto, a vida vale a morte, o silncio vale a palavra, a ausncia
vale a presena tudo se relativiza ao infinito. Num mundo sem valores a definir, em que tudo dependa do gosto, no h lugar para uma razo tica,
uma definio de princpios, uma preocupao moral, um empenho numa
anlise esttica. O autoritarismo do gosto, tomado em sentido absoluto, apaga
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as diferenas reais e proclama a servido ao capricho. Mas h quem goste das
frmulas ditatoriais, em vez de enfrentar o desafio de ponderar as nossas
contradies.
(Emiliano Barreira, indito)
05. (TRT-2 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) Definida como instncia definitiva da mais rasa subjetividade, a questo de gosto ope-se, terminantemente,
(A) atribuio de mrito naturalidade de uma primeira impresso.
(B) ao primado do capricho pessoal, ao qual tantas vezes se apela.
(C) dinmica de argumentos criteriosos na conduo de uma polmica.
(D) ao subterfgio de que nos valemos para evitar um princpio de
discusso.
(E) ao princpio da recusa a qualquer fundamentao racional numa
discusso.
Comentrio: A instncia definitiva da mais rasa subjetividade a tal
questo de gosto, citada no texto, quando as discusso deixam de acontecer,
porque gosto no se discute. Dessa forma, no adianta argumentar, discutir,
gosto gosto. Isso se opes ento dinmica de argumentao e polmica.
GABARITO: C
06. (TRT-2 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) Atente para as seguintes afirmaes:
I. No 1 pargrafo, a meno a Beethoven e a fanfarra de colgio ilustra
bem a disposio do autor em colocar lado a lado manifestaes artsticas de
valor equivalente.
II. No 2 pargrafo, o termo despoticamente qualifica o modo pelo qual
alguns interlocutores dispem-se a desenvolver uma polmica.
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III. No 3 pargrafo, a expresso servido ao capricho reala a
acomodao de quem no se dispe a enfrentar a argumentao crtica.
Em relao ao texto est correto o que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) I e II.
(C) II.
(D) II e III.
(E) III.
Comentrio: a nica alternativa correta a III, pois, ao estarem
acomodados nas suas prprias opinies, a argumentao no faz sentido.
Vamos ver o que h de errado nas outras:
I. No 1 pargrafo, a meno a Beethoven e a fanfarra de colgio ilustra
bem a disposio do autor em colocar lado a lado manifestaes artsticas de
valor equivalente. tais manifestaes artsticas so de valor opostos. II. No 2 pargrafo, o termo despoticamente qualifica o modo pelo qual
alguns interlocutores dispem-se a desenvolver uma polmica. No se desenvolve polmica despoticamente, pois dessa maneira as opinies no
seriam levadas em conta.
GABARITO: E
07. (TRT-2 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) Ao longo do texto o autor se vale de expresses de sentido antagnico, para bem marcar a oposio entre uma razo crtica e
uma mera manifestao do gosto. o que se constata quando emprega
(A) encerrar uma discusso e nenhuma polmica.
(B) engolir em seco e impedido de argumentar.
(C) desafio de ponderar e estanca o discurso crtico.
(D) tudo questo de gosto e tudo se relativiza.
(E) servido ao capricho e frmulas ditatoriais.
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Comentrio: esta questo busca uma alternativa que tenha antagonismo
entre as partes, ou seja, uma oposio. o que temos na alternativa C. Nas
outras, uma expresso est em conformidade com a outra.
GABARITO: C
Sobre a publicao de livros
Muito se tem discutido, recentemente, sobre direitos e restries na
publicao de livros. Veja-se o que dizia o filsofo Voltaire, em 1777: 1mRYRVparece, senhores, que em se tratando de livros, s se deve recorrer aos
tribunais e soberanos do Estado quando o Estado estiver sendo comprometido
nesses livros? Quem quiser falar com todos os seus compatriotas s poder
faz-lo por meio de livros: que os imprima, ento, mas que responda por sua
obra. Se ela for ruim, ser desprezada; se for provocadora, ter sua rplica; se
for criminosa, o autor ser punido; se for boa, ser aproveitada, mais cedo ou
PDLVWDUGH (Voltaire, O preo da justia. Trad. Ivone Castilho Benedetti. So Paulo: Martins
Fontes, 2001. p. 56)
08. (TRT-2 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) A posio de Voltaire est corretamente resumida na seguinte frase:
(A) A publicao de livros uma questo de Estado e somente na
instncia do Estado deve ser administrada. (B) Os autores de livros, soberanos
para emitir suas opinies, devem permanecer margem das sanes dos
tribunais.
(C) A nica consequncia admissvel da publicao de um livro a reao
do pblico leitor, a quem cabe o juzo definitivo.
(D) Afora alguma razo de Estado, no se deve incriminar um autor pela
divulgao de suas ideias.
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(E) O Estado s deve ser invocado para julgar um livro quando isso
constituir manifesta exigncia do pblico.
Comentrio: a opinio de Valtaire est resumida na alternativa D.
Vejamos as outras:
(A) A publicao de livros uma questo de Estado e somente na
instncia do Estado deve ser administrada. A publicao de livros NO uma questo de Estado.
(B) Os autores de livros, soberanos para emitir suas opinies, devem
permanecer margem das sanes dos tribunais. Voltaire descorda disso, ele acha que, se os autores so soberanos para emitir suas opinies,
devem responder por elas, no ficarem s margens dos tribunais.
(C) A nica consequncia admissvel da publicao de um livro a reao
do pblico leitor, a quem cabe o juzo definitivo. Voltaire no afirmou isso. (E) O Estado s deve ser invocado para julgar um livro quando isso
constituir manifesta exigncia do pblico. Voltaire no falou sobre isso. GABARITO: D
Ateno: Para responder questo a seguir, considere o texto:
O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O trem cargueiro
comea a avanar pelos vastos e desertos prados do Cazaquisto, deixando
para trs a fronteira com a China.
O trem segue mais ou menos o mesmo percurso da lendria Rota da
Seda, antigo caminho que ligava a China Europa e era usado para o
transporte de especiarias, pedras preciosas e, evidentemente, seda, at cair
em desuso, seis sculos atrs.
Hoje, a rota est sendo retomada para transportar uma carga igualmente
preciosa: laptops e acessrios de informtica fabricados na China e enviados
por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma.
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A Rota da Seda nunca foi uma rota nica, mas sim uma teia de caminhos
trilhados por caravanas de camelos e cavalos a partir de 120 a.C., quando
;LDQ cidade do centro-oeste chins, mais conhecida por seus guerreiros de WHUUDFRWD era a capital da China.
As caravanas comeavam cruzando os desertos do oeste da China,
viajavam por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e
ento percorriam as pouco povoadas estepes da sia Central at o mar Cspio
e alm.
Esses caminhos floresceram durante os primrdios da Idade Mdia. Mas,
medida que a navegao martima se expandiu e que o centro poltico da
China se deslocou para Pequim, a atividade econmica do pas migrou na
direo da costa.
Hoje, a geografia econmica est mudando outra vez. Os custos
trabalhistas nas cidades do leste da China dispararam na ltima dcada. Por
isso as indstrias esto transferindo sua produo para o interior do pas.
O envio de produtos por caminho das fbricas do interior para os portos
GH6KHQ]KHQRX;DQJDL e de l por navios que contornam a ndia e cruzam o FDQDOGH6XH] algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da Seda reduz esse tempo para trs semanas. A rota martima ainda mais barata do que o
trem, mas o custo do tempo agregado por mar considervel.
Inicialmente, a experincia foi realizada nos meses de vero, mas agora
algumas empresas planejam usar o frete ferrovirio no prximo inverno
boreal. Para isso adotam complexas providncias para proteger a carga das
temperaturas que podem atingir 40C negativos.
(Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473)
09. (TRT-19 2014 - ANALISTA JUDICIRIO FCC) Depreende-se corretamente do texto:
(A) A lendria Rota da Seda foi abandonada porque as caravanas de
camelos e cavalos tinham dificuldade de enfrentar o frio extremo da regio.
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(B) A expanso da navegao martima colaborou para que, no passado, a
atividade comercial da China migrasse na direo da costa.
(C) O frete ferrovirio deve ser substitudo pelo transporte martimo no
inverno, j que a carga a ser transportada pode ser danificada pelas baixas
temperaturas.
(D) A partir da retomada da Rota da Seda, as fbricas chinesas voltaram a
exportar quantidades significativas de especiarias.
(E) A navegao chinesa se expandiu e o transporte martimo atingiu o
seu auge durante a poca em que ;LDQHUDDFDSLWDOGD&KLQD
Comentrio: este modelo de questo tpico das provas da FCC.
Depreender do texto poder afirmar algo a partir da leitura dele. Vamos
analisar as alternativas:
(A) A lendria Rota da Seda foi abandonada porque as caravanas de
camelos e cavalos tinham dificuldade de enfrentar o frio extremo da regio. -
ERRADA. A lendrio Rota da Seda foi abandonada quando a atividade
econmica do pas mudou para a costa, devido s grandes navegaes
e ao deslocamento do centro poltico da China para Pequim.
(C) O frete ferrovirio deve ser substitudo pelo transporte martimo no
inverno, j que a carga a ser transportada pode ser danificada pelas baixas
temperaturas. ERRADA. Os cuidados para que as cargas no sejam
danificadas pelas baixas temperaturas devero ser tomados, mas a
ideia que, mesmo durante o inverno boreal, o transporte seja
ferrovirio.
(D) A partir da retomada da Rota da Seda, as fbricas chinesas voltaram a
exportar quantidades significativas de especiarias. ERRADA. O texto no fala
nada sobre as empresas voltarem a vender especiarias.
(E) A navegao chinesa se expandiu e o transporte martimo atingiu o
VHXDXJHGXUDQWHDpSRFDHPTXH;LDQHUDDFDSLWDOGD&KLQD ERRADA. O desenvolvimento e o auge do transporte martimo levaram a capital da
China para Pequim.
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GABARITO: B
Leia o texto a seguir.
Falo somente do que falo:
do seco e de suas paisagens,
Nordestes, debaixo de um sol
ali do mais quente vinagre:
que reduz tudo ao espinhao,
cresta o simplesmente folhagem,
folha prolixa, folharada,
onde possa esconder-se a fraude.
Falo somente por quem falo:
por quem existe nesses climas
condicionados pelo sol,
pelo gavio e outras rapinas:
e onde esto os solos inertes
de tantas condies caatinga
em que s cabe cultivar
o que sinnimo da mngua
Falo somente para quem falo:
quem padece sono de morto
e precisa um despertador
acre, como o sol sobre o olho:
que quando o sol estridente,
a contrapelo, imperioso,
e bate nas plpebras como
se bate numa porta a socos.
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(TUHFKRGH*UDFLOLDQR5DPRV-RmR&DEUDOGH0HOR1HWR Melhores poemas de Joo Cabral de Melo Neto. SECCHIN, Antonio Carlos (Sel.), So Paulo: Global, 2013, formato
ebook)
10. (TRT-19 2014 - ANALISTA JUDICIRIO FCC) Considere as afirmaes abaixo.
I. Ao lanar mo da imagem de um despertador (terceira estrofe), o poeta
visa a chamar para uma situao de misria a ateno de um leitor indiferente.
II. expressa no poema a inteno de dar voz a pessoas submetidas a
um contexto de privao.
III. Depreende-se do poema que a misria provocada pela seca se
esconde nas folhas prolixas da paisagem.
Est correto o que se afirma APENAS em
(A) I e III.
(B) II e III.
(C) II.
(D) III.
(E) I e II.
Comentrio: trata-se de um texto literrio, de um poema dividido em trs
estrofes. Na primeira, o eu-lrico fala de DOJR)DORVRPHQWHGRTXHIDORQDsegunda ele fala por DOJXpP)DORVRPHQWHSRUTXHPIDORHQD WHUFHLUDHOHfala para DOJXpP )DOR VRPHQWH SDUD TXHP IDOR 2 WHPD p D VHFD D YLGDdifcil e miservel do serto, tema recorrente de Joo Cabral de Melo Neto.
Depois dessa breve anlise, vamos ver as assertivas:
I. Ao lanar mo da imagem de um despertador (terceira estrofe), o poeta
visa a chamar para uma situao de misria a ateno de um leitor indiferente.
CORRETO. O eu-lrico (voz do poeta) chama a ateno do leitor desatento como se ele precisasse de um despertador para acordar e
ver o que se passa!
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II. expressa no poema a inteno de dar voz a pessoas submetidas a
um contexto de privao. - CORRETA. O eu-lrico fala pelos miserveis, d
a voz para aqueles que no podem se expressar
III. Depreende-se do poema que a misria provocada pela seca se
esconde nas folhas prolixas da paisagem. ERRADA. A misria provocada
pela seca no se esconde, se mostra na folhagem seca, cresta e
abundante.
GABARITO: E
As 4 questes a seguir baseiam-se no texto apresentado abaixo.
Sobre a efemeridade das mdias
Um congresso recente, em Veneza, dedicou-se questo da efemeridade
dos suportes de informao, desde a tbua de argila, o papiro e o pergaminho
at o livro impresso e os atuais meios eletrnicos. O livro impresso, at agora,
demonstrou que sobrevive bem por 500 anos, mas s quando se trata de livros
feitos de papel de trapos. A partir de meados do sculo XIX, passou-se ao
papel de polpa de madeira, e parece que este tem uma vida mxima de 70
anos (com efeito, basta consultar jornais ou livros dos anos de 1940 para ver
como muitos se desfazem ao ser folheados). H muito tempo se realizam
estudos para salvar todos os livros que abarrotam nossas bibliotecas; uma das
solues mais adotadas escanear todas as pginas e pass-las para um
suporte eletrnico.
Mas aqui surge outro problema: todos os suportes para a transmisso e a
conservao de informaes, da foto ao filme, do disco memria do
computador, so mais perecveis que o livro. As velhas fitas cassetes, com
pouco tempo de uso se enrolavam todas, e saam mascadas; as fitas de vdeo
perdem as cores e a definio com facilidade. Tivemos tempo suficiente para
ver quanto podia durar um disco de vinil sem ficar riscado demais, mas no
para verificar quanto dura um CD-ROM, que, saudado como a inveno que
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substituiria o livro, ameaa sair rapidamente do mercado, porque podemos
acessar on-line os mesmos contedos por um custo menor. Sabemos que
todos os suportes mecnicos, eltricos ou eletrnicos so rapidamente
perecveis, ou no sabemos quanto duram e provavelmente nunca chegaremos
a saber. Basta um pico de tenso, um raio no jardim para desmagnetizar uma
memria. Se houvesse um apago bastante longo, no poderamos usar
nenhuma memria eletrnica.
Os suportes modernos parecem criados mais para a difuso do que para a
conservao das informaes. possvel que, dentro de alguns sculos, a
nica forma de ler notcias sobre o passado continue sendo a consulta a um
velho e bom livro. No, no sou um conservador reacionrio. Gravei em disco
rgido porttil de 250 gigabytes as maiores obras primas da literatura
universal. Mas estou feliz porque os livros continuam em minha biblioteca uma garantia para quando os instrumentos eletrnicos entrarem em pane.
(Adaptado de Umberto Eco UOL Notcias NYT/ 26/04/2009)
11. (TRT/16 2009 - ENGENHARIA FCC) Analisando diferentes mdias, o autor tem sua ateno voltada, sobretudo, para
(A) o grau de obsolescncia dos livros antigos, mormente os centenrios.
(B) a conservao dos livros, que se vem revelando cada vez mais
precria.
(C) o conservadorismo de quem rejeita os suportes modernos de
informao.
(D) a preservao das informaes, quaisquer que sejam seus suportes.
(E) a fidedignidade das informaes que circulam em suportes eletrnicos.
Comentrio: o autor do texto tem o objetivo de falar sobre a conservao
das informaes. Ele analisa a efemeridade dos meios, ou seja, o quanto eles
duram pouco. O autor gosta de livros impressos, mas no dispensou guardar
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as maiores obras primas da literatura em um disco rgido, pois no importa o
suporte, mas sim que as informaes sejam preservadas.
GABARITO: D
12. (TRT/16 2009 - ENGENHARIA FCC) Atente para as seguintes afirmaes:
I. No primeiro pargrafo, afirma-se que vem sendo processada a cpia
eletrnica de livros para preservar a massa de informaes dos volumes que
lotam nossas bibliotecas.
II. No segundo pargrafo, considera-se no apenas a efemeridade dos
ltimos suportes de mdia, mas tambm aspectos ticos envolvidos na
transmisso de informaes on-line.
III. No terceiro pargrafo, o autor sugere que informaes impressas em
livro esto mais seguras do que as que se veem processando em suportes
mais avanados.
Est correto o que se afirma em
(A) III, apenas.
(B) II e III, apenas.
(C) I, II e III.
(D) I e II, apenas.
(E) I e III, apenas.
Comentrio: vejamos cada assertiva:
I. No primeiro pargrafo, afirma-se que vem sendo processada a cpia
eletrnica de livros para preservar a massa de informaes dos volumes que
lotam nossas bibliotecas. CORRETA. Os livros tm sido escaneados e preservados em cpia eletrnica.
II. No segundo pargrafo, considera-se no apenas a efemeridade dos
ltimos suportes de mdia, mas tambm aspectos ticos envolvidos na
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transmisso de informaes on-line. - ERRADA. Nada foi falado sobre
aspectos ticos.
III. No terceiro pargrafo, o autor sugere que informaes impressas em
livro esto mais seguras do que as que se veem processando em suportes
mais avanados. - CORRETO. Segundo o autor, os livros duram mais.
GABARITO: E
13. (TRT/16 2009 - ENGENHARIA FCC) O autor nega que seja um conservador reacionrio negativa que pode ser justificada atentando-se para o segmento
(A) consulta a um velho e bom livro.
(B) Gravei em disco rgido porttil.
(C) mais para a difuso do que para a conservao das informaes.
(D) nica forma de ler notcias sobre o passado.
(E) os livros continuam em minha biblioteca.
Comentrio: a alternativa correta a B. O autor justifica o fato de no ser
um conservador reacionrio por fazer cpias em disco rgido.
GABARITO: B
14. (TRT/16 2009 - ENGENHARIA FCC) correto deduzir das afirmaes do texto que
(A) a confiabilidade de suportes simples pode superar a dos mais
complexos.
(B) a limitao da mdia eletrnica revela-se na transmisso de
informaes.
(C) j houve tempo suficiente para se precisar a durabilidade do disco
rgido.
(D) a obsolescncia de todos os suportes de informao tem a mesma
causa.
(E) os livros feitos de papel de trapo no resistem mais que cinco sculos.
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Comentrio: a questo pede que voc faa uma inferncia do texto, que
deduza algo segundo as informaes dadas. A alternativa A est correta, pois
os suportes simples como o papel podem ser mais confiveis. Analisando o que
h de errado nas outras:
B a limitao da mdia est na conservao das informaes, no na transmisso.
C O autor no fala nada sobre isso. D Essa generalizao do TODOS est equivocada. E Os livros feitos de papel de trapo resistem pelo menos 500 anos, ou
seja, pode durar mais do que cinco sculos.
GABARITO: A
As 5 questes a seguir baseiam-se no texto apresentado abaixo.
Caipiradas
A gente que vive na cidade procurou sempre adotar modos de ser, pensar
e agir que lhe pareciam os mais civilizados, os que permitem ver logo que uma
pessoa est acostumada com o que prescrito de maneira tirnica pelas
modas moda na roupa, na etiqueta, na escolha dos objetos, na comida, na dana, nos espetculos, na gria. A moda logo passa; por isso, a gente da
cidade deve e pode mudar, trocar de objetos e costumes, estar em dia. Como
consequncia, se entra em contato com um grupo ou uma pessoa que no
mudaram tanto assim; que usam roupa como a de dez anos atrs e
respondem a um cumprimento com certa frmula desusada; que no sabem
qual o cantor da moda nem o novo jeito de namorar; quando entra em
contato com gente assim, o citadino diz que ela caipira, querendo dizer que
atrasada e portanto meio ridcula.
Diz, ou dizia; porque hoje a mudana to rpida que o termo est
saindo das expresses de todo dia e serve mais para designar certas
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sobrevivncias teimosas ou alteradas do passado: msicas caipiras, festas
caipiras, danas caipiras, por exemplo. Que, alis, na maioria das vezes,
conhecemos no praticadas por caipiras, mas por gente que finge de caipira e
usa a realidade do seu mundo como um produto comercial pitoresco.
Nem podia ser de outro modo, porque o mundo em geral est mudando
depressa demais, e nada pode ficar parado. Hoje, creio que no se pode falar
mais de criatividade cultural no universo do caipira, porque ele quase acabou.
O que h impulso adquirido, resto, repetio ou pardia e imitao deformada, mais ou menos parecida. H, registre-se, iniciativas culturais com
o fito de fixar o que sobra de autntico no mundo caipira. o caso do disco
Caipira. Razes e frutos, do selo Eldorado, gravado em 1980, que ser
altamente apreciado por quantos se interessem por essa cultura to especial, e
j quase extinta.
(Adaptado de Antonio Candido, Recortes)
15. (TRT/16 2012 - TECNICO JUDICIRO FCC) No primeiro pargrafo, estabelece-se uma contraposio entre as expresses
$ORJRSDVVDHHVWDUHPGLD, destacando parmetros adotados pelos caipiras.
%GHPDQHLUDWLUkQLFDe HVWiDFRVWXPDGDenfatizando as crticas dos citadinos aos modos caipiras.
&GHYHHSRGHPXGDU, sublinhando os impulsos a que os caipiras tm que se render.
'pDWUDVDGDHmHLRULGtFXOD, acentuando a variabilidade que ocorre com as modas.
(PDLVFLYLOL]DGRVHIyUPXODGHVXVDGD, identificando pontos de vista adotados pelos citadinos.
Comentrio: a nica oposio apresentada a que existe entre mais FLYLOL]DGRVHfrPXODGHVXVDGD, pois indica o modo bom e o modo ruim de ser, segundo um citadino.
GABARITO: E
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16. (TRT/16 2012 - TECNICO JUDICIRO FCC) Atente para as seguintes afirmaes sobre o primeiro pargrafo:
,&RPDH[SUHVVmRo que prescrito de maneira tLUkQLFD, o autor est qualificando modos de ser, pensar e agir, com cuja imposio os citadinos
esto acostumados.
II. A submisso dos citadinos aos valores da moda a causa de uma
alternncia de valores que reflete uma clara hesitao entre o que velho e o
que novo.
III. No ltimo e longo perodo, a sequncia de pontos e vrgulas destaca
uma enumerao de traos que identificam um caipira aos olhos do citadino.
Em relao ao texto, est correto o que se afirma em:
(A) II e III, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I, II e III.
(D) III, apenas.
(E) I e III, apenas.
Comentrio: Vamos analisar as afirmaes:
I. CORRETA
II. A submisso dos citadinos aos valores da moda a causa de uma
alternncia de valores que reflete uma clara hesitao entre o que
velho e o que novo. ERRADA. Os citadinos buscam sempre o que novo. O que velho caipira.
III. CORRETA
GABARITO: E
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17. (TRT/16 2012 - TECNICO JUDICIRO FCC) Atentando-se para o 2 pargrafo, correto afirmar que o segmento
$ 'L] RX GL]LD sugere a velocidade com que um novo elemento da moda aprimora um anterior.
% FHUWDV VREUHYLYrQFLDV WHLPRVDV RX DOWHUDGDV designa a precria permanncia de costumes caipiras.
& R WHUPRHVWi VDLQGRGDVH[SUHVV}HVGH WRGRGLD refere-se moda que deixa de ser seguida.
' XP SURGXWR FRPHUFLDO SLWRUHVFR traduz a maneira pela qual o citadino reconhece a moda que ele mesmo promove.
(DUHDOLGDGHGRVHXPXQGRest-se referindo ao universo do citadino.
Comentrio: vamos reler o 2 pargrafo.
'L] RX Gizia; porque hoje a mudana to rpida que o termo est saindo das expresses de todo dia e serve mais para designar certas
sobrevivncias teimosas ou alteradas do passado: msicas caipiras, festas
caipiras, danas caipiras, por exemplo. Que, alis, na maioria das vezes,
conhecemos no praticadas por caipiras, mas por gente que finge de caipira e
XVDDUHDOLGDGHGRVHXPXQGRFRPRXPSURGXWRFRPHUFLDOSLWRUHVFR A No.. 'L] RXGL]LD LQGLFDTXH WXGRPXGDDWpD IRUPDGH IDODU Hdesignar algo.
B Sim... sobrevivncia teimosa a dos hbitos caipiras. C No... a moda continua a ser seguida, o que muda o nome que se
d queles que no a seguem.
D No... o produto comercial pitoresco no a moda, mas o que foge dela.
E No... refere-se quele que finge ser caipira. GABARITO: B
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18. (TRT/16 2012 - TECNICO JUDICIRO FCC) Ao afirmar que o universo do caipira (...) quase acabou, o autor emprega o termo quase em
funo
(A) de remanescerem repeties e pardias que aludem ao mundo caipira.
(B) de as mudanas do nosso tempo ocorrerem em alta velocidade.
(C) de iniciativas culturais que reavivam e fortalecem os costumes
caipiras.
(D) da fermentao cultural que se propaga criativamente nesse universo.
(E) da autenticidade que o citadino ainda reconhece nos costumes
caipiras.
&RPHQWiULRYDPRVFRQWH[WXDOL]DURWUHFKRUHWLUDGRGRWH[WRporque o mundo em geral est mudando depressa demais, e nada pode ficar parado.
Hoje, creio que no se pode falar mais de criatividade cultural no universo do
caipira, porque ele quase acabou. O que h impulso adquirido, resto,
repetio ou pardia HLPLWDomRGHIRUPDGDPDLVRXPHQRVSDUHFLGD Ao ler o trecho dentro do contexto, fica claro que a alternativa correta a
A.
GABARITO: A
Da utilidade dos prefcios
Li outro dia em algum lugar que os prefcios so textos inteis, j que em
100% dos casos o prefaciador convocado com o compromisso exclusivo de
falar bem do autor e da obra em questo. Garantido o tom elogioso, o prefcio
ainda aponta caractersticas evidentes do texto que vir, que o leitor poderia
ter muito prazer em descobrir sozinho. Nos casos mais graves, o prefcio
adianta elementos da histria a ser narrada (quando se trata de fico), ou
antecipa estrofes inteiras (quando poesia), ou elenca os argumentos de base a
serem desenvolvidos (quando estudos ou ensaios). Quer dizer: mais do que
intil, o prefcio seria um estraga-prazeres.
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Pois vou na contramo dessa crtica mal-humorada aos prefcios e
prefaciadores, embora concorde que muitas vezes ela proceda o que no justifica a generalizao devastadora. Meu argumento simples e pessoal: em
muitos livros que li, a melhor coisa era o prefcio fosse pelo estilo do prefaciador, muito melhor do que o do autor da obra, fosse pela consistncia
das ideias defendidas, muito mais slidas do que as expostas no texto
principal. H casos clebres de bibliografias que indicam apenas o prefcio de
uma obra, ficando claro que o restante desnecessrio. E ningum controla a
possibilidade, por exemplo, de o prefaciador ser muito mais espirituoso e
inteligente do que o amigo cujo texto ele apresenta. Mas como argumento final
vou glosar uma observao de Machado de Assis: quando o prefcio e o texto
principal so ruins, o primeiro sempre ter sobre o segundo a vantagem de ser
bem mais curto.
H muito tempo me deparei com o prefcio que um grande poeta, dos
maiores do Brasil, escreveu para um livrinho de poemas bem fraquinhos de
uma jovem, linda e famosa modelo. Pois o velho poeta tratava a moa como
se fosse uma Ceclia Meireles (que, alis, alm de grande escritora era tambm
linda). No havia dvida: o poeta, embevecido, estava mesmo era prefaciando
o poder de seduo da jovem, linda e nada talentosa poetisa. Mas ele
conseguiu inventar tantas qualidades para os poemas da moa que o prefcio
acabou sendo, sozinho, mais uma prova da imaginao de um grande gnio
potico.
(Aderbal Siqueira Justo, indito)
19. (TRT-16 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) O primeiro e o segundo pargrafos estabelecem entre si uma relao de
(A) causa e efeito, uma vez que das convices expressas no primeiro
resultam, como consequncia natural, as expostas no segundo.
(B) de complementaridade, pois o que se afirma no segundo ajuda a
compreender a mesma tese defendida e desenvolvida no primeiro.
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(C) inteira independncia, pois o tema do primeiro no se espelha no
segundo, j que o autor do texto quer apenas enumerar diferentes estilos.
(D) contraposio, pois a perspectiva de valor adotada no primeiro
confrontada com outra que a relativiza e nega no segundo.
(E) similitude, pois so ligeiras as variaes do argumento central que
ambos sustentam em relao utilidade e necessidade dos prefcios.
Comentrio: O primeiro pargrafo apresenta a perspectiva de que os
prefcios so inteis. Tal perspectiva refutada, confrontada pela opinio
contrria do autor. Segundo ele, os prefcios so importantssimos, podendo
chegar at a sobressair com relao obra em si.
GABARITO: D
20. (TRT-16 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) Considere as afirmaes abaixo.
I. No primeiro pargrafo, a assertiva o prefcio seria um estraga-prazeres
traduz o efeito imediato da causa indicada na assertiva os prefcios so textos
inteis.
II. No segundo pargrafo, o autor afirma que vai de encontro tese
defendida no primeiro porque pode ocorrer que um prefcio represente a parte
melhor de um livro.
III. No terceiro pargrafo, o autor se vale de uma ocorrncia real para
demonstrar que o gnio inventivo de escritores iniciantes propicia prefcios
igualmente criativos.
Em relao ao texto, est correto o que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
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(E) II e III.
Comentrio: vamos analisar cada afirmao:
I. No primeiro pargrafo, a assertiva o prefcio seria um estraga-prazeres
traduz o efeito imediato da causa indicada na assertiva os prefcios so textos
inteis. ERRADA. No primeiro pargrafo temos duas perspectivas para os prefcios: so inteis e estraga-prazeres. As duas coexistem, se
adicionam.
II. No segundo pargrafo, o autor afirma que vai de encontro tese
defendida no primeiro porque pode ocorrer que um prefcio represente a parte
melhor de um livro. CORRETA
III. No terceiro pargrafo, o autor se vale de uma ocorrncia real para
demonstrar que o gnio inventivo de escritores iniciantes propicia prefcios
igualmente criativos. ERRADA. O caso demonstra que quem faz o prefcio pode estar melhor preparado do que autores iniciantes das
obras prefaciadas.
GABARITO: B
21. (TRT-16 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) Ao lado de razes mais pessoais, marcadas por alguma subjetividade, o autor indica, como prova objetiva da utilidade de
certos prefcios, o fato de que
(A) Machado de Assis os julgava obras-primas pelo poder de alta conciso
de que seriam capazes.
(B) eles antecipam, para o leitor mais desavisado, alguns fragmentos
essenciais compreenso do texto principal.
(C) algumas bibliografias valorizam-nos de modo especial, em detrimento
do texto principal do livro.
(D) as apresentaes da poesia de Ceclia Meireles faziam ver tanto a
beleza dos poemas como a da escritora.
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(E) os prefaciadores so escolhidos a partir de um critrio inteiramente
idneo, o que impede favoritismos.
Comentrio: o autor prova a utilidade dos prefcios ao citar que em
algumas bibliografias so citados apenas os prefcios das obras, sendo o
UHVWDQWH FODUDPHQWH GHVQHFHVViULR H casos clebres de bibliografias que indicam apenas o prefcio de uma obra, ficando claro que o restante
GHVQHFHVViULR GABARITO: C
22. (TRT-16 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:
(A) Garantido o tom elogioso (1 pargrafo) = assumido o teor
argumentativo.
(B) generalizao devastadora (2 pargrafo) = interao improdutiva.
(C) glosar uma observao (2 pargrafo) = variar uma considerao.
(D) ningum controla a possibilidade (2o pargrafo) = no se pode
esboar a hiptese.
(E) consistncia das ideias defendidas (2 pargrafo) = subservincia s
teses propaladas.
Comentrio: vejamos cada alternativa:
(A) Garantido o tom elogioso (1 pargrafo) = assumido o teor
argumentativo ERRADA: elogiar no argumentar. (B) generalizao devastadora (2 pargrafo) = interao improdutiva
ERRADA: conceitos bem diferentes.
(C) glosar uma observao (2 pargrafo) = variar uma considerao CORRETA: glosar = variar
(D) ningum controla a possibilidade (2 pargrafo) = no se pode
esboar a hiptese. ERRADA: controlar diferente de esboar.
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(E) consistncia das ideias defendidas (2 pargrafo) = subservincia s
teses propaladas ERRADA: consistncia diferente de subservincia. GABARITO: C
Considere o texto abaixo um fragmento de O esprito das leis, obra clssica do filsofo francs Montesquieu, publicada em 1748.
[Do esprito das leis]
Falta muito para que o mundo inteligente seja to bem governado quanto
o mundo fsico, pois ainda que o mundo inteligente possua tambm leis que
por sua natureza so invariveis, no as segue constantemente como o mundo
fsico segue as suas. A razo disso reside no fato de estarem os seres
particulares inteligentes limitados por sua natureza e, consequentemente,
sujeitos a erro; e, por outro lado, prprio de sua natureza agirem por si
mesmos. (...)
O homem, como ser fsico, tal como os outros corpos da natureza,
governado por leis invariveis. Como ser inteligente, viola incessantemente as
leis que Deus estabeleceu e modifica as que ele prprio estabeleceu. Tal ser
poderia, a todo instante, esquecer seu criador Deus, pelas leis da religio, chamou-o a si; um tal ser poderia, a todo instante, esquecer-se de si mesmo
os filsofos advertiram-no pelas leis da moral. (Montesquieu Os Pensadores. So Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 33 e 34)
23. (TRT-16 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) A razo invocada por Montesquieu para afirmar que Falta muito para que o mundo inteligente seja to bem governado quanto
o mundo fsico deve-se ao fato de que
(A) as leis que regem o mundo fsico acabam por ser menos previsveis do
que aquelas elaboradas pelos homens.
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(B) os limites da natureza humana acabam levando os homens a criar leis
que eles prprios modificam ou transgridem.
(C) o governo do mundo fsico a aspirao que tm os homens de
controlarem tudo o que est ao seu alcance.
(D) mundo inteligente, governado por Deus, cumpre as leis que escapam
completamente jurisdio humana.
(E) o mundo inteligente, ao contrrio do mundo fsico, tem leis mais
flexveis e mais justas que as da natureza.
&RPHQWiULR YDPRV YROWDU DR WH[WR Falta muito para que o mundo inteligente seja to bem governado quanto o mundo fsico, pois ainda que o
mundo inteligente possua tambm leis que por sua natureza so invariveis,
no as segue constantemente como o mundo fsico segue as suas.
(...)Como ser inteligente, viola incessantemente as leis que Deus estabeleceu e
modifica as que ele prprio estabeleceu O homem viola e modifica as leis que ele mesmo estabeleceu.
GABARITO: B
24. (TRT-16 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) Considere as seguintes afirmaes:
I. No primeiro pargrafo, afirma-se que da natureza humana buscar agir
em estrita conformidade com as leis divinas, materializadas no mundo fsico.
II. No primeiro pargrafo, depreende-se que Montesquieu considera que
as leis que governam o mundo fsico so exemplos de uma eficincia que os
homens deveriam perseguir no governo do mundo inteligente.
III. No segundo pargrafo, a religio e a filosofia surgem, cada uma em
sua esfera, como possveis corretivos para as negligncias e os desvios da
conduta humana.
Em relao ao texto, est correto o que se afirma em
(A) I, II e III.
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(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) III, apenas.
Comentrio: a nica errada a afirmativa I, pois, ao contrrio do que est
nela, o homem vive burlando as leis.
GABARITO: D
25. (TRT-16 2014 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) De acordo com a lgica do texto, as afirmaes O homem esquece seu criador e Deus chama-o para si esto clara e
corretamente articuladas na seguinte frase:
(A) Ainda quando se esquea de seu criador, o homem busca seu
chamado.
(B) Embora Deus o chame para si, o homem esquece seu criador.
(C) No obstante o homem possa esquecer seu criador, este o chama
para si.
(D) Deus chama o homem para si, conquanto ele no deixe de esquec-lo.
(E) Mesmo que viesse a esquec-lo, o chamado de Deus seria ouvido pelo
homem.
Comentrio: a ideia que, mesmo que o homem se esquea de Deus, Ele
o chama para si.
GABARITO: C
Leia o texto a seguir:
Fotografias
Toda fotografia um portal aberto para outra dimenso: o passado. A
cmara fotogrfica uma verdadeira mquina do tempo, transformando o que
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naquilo que j no mais, porque o que temos diante dos olhos
transmudado imediatamente em passado no momento do clique. Costumamos
dizer que a fotografia congela o tempo, preservando um momento passageiro
para toda a eternidade, e isso no deixa de ser verdade. Todavia, existe algo
que descongela essa imagem: nosso olhar. Em francs, imagem e magia
contm as mesmas cinco letras: image e magie. Toda imagem magia, e
nosso olhar a varinha de condo que descongela o instante aprisionado nas
geleiras eternas do tempo fotogrfico.
Toda fotografia uma espcie de espelho da Alice do Pas das Maravilhas,
e cada pessoa que mergulha nesse espelho de papel sai numa dimenso
diferente e vivencia experincias diversas, pois o lado de l como o albergue
espanhol do ditado: cada um s encontra nele o que trouxe consigo. Alm
disso, o significado de uma imagem muda com o passar do tempo, at para o
mesmo observador.
Variam, tambm, os nveis de percepo de uma fotografia. Isso ocorre,
na verdade, com todas as artes: um msico, por exemplo, capaz de perceber
dimenses sonoras inteiramente insuspeitas para os leigos. Da mesma forma,
um fotgrafo profissional l as imagens fotogrficas de modo diferente
daqueles que desconhecem a sintaxe da fotografia, D HVFULWDGD OX]0DVpdifcil imaginar algum que seja insensvel magia de uma foto.
(Adaptado de Pedro Vasquez, em Por trs daquela foto. So Paulo: Companhia das
Letras, 2010)
26. (TRT-11 2012 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) O segmento do texto que ressalta a ao mesma da percepo de uma foto :
(A) A cmara fotogrfica uma verdadeira mquina do tempo.
(B) a fotografia congela o tempo.
(C) nosso olhar a varinha de condo que descongela o instante
aprisionado.
(D) o significado de uma imagem muda com o passar do tempo.
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(E) Mas difcil imaginar algum que seja insensvel magia de uma foto.
Comentrio: a percepo da foto vem pelo olhar que descongela a
imagem na memria. A ao da percepo da imagem essa.
GABARITO: C
27. (TRT-11 2012 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) No contexto do ltimo pargrafo, a referncia aos vrios nveis de percepo de uma fotografia remete
(A) diversidade das qualidades intrnsecas de uma foto.
(B) s diferenas de qualificao do olhar dos observadores.
(C) aos graus de insensibilidade de alguns diante de uma foto.
(D) s relaes que a fotografia mantm com as outras artes.
(E) aos vrios tempos que cada fotografia representa em si mesma.
Comentrio: como acontece com todas as artes e com a fotogrfica no
diferente, quem conhece mais sobre elas possuem uma percepo melhor. o
caso de um fotgrafo analisando uma imagem fotogrfica, ele ter uma
percepo mais apurada, embora mantenha sempre a magia.
GABARITO: B
28. (TRT-11 2012 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) Atente para as seguintes afirmaes:
I. Ao dizer, no primeiro pargrafo, que a fotografia congela o tempo, o
autor defende a ideia de que a realidade apreendida numa foto j no pertence
a tempo algum.
II. No segundo pargrafo, a meno ao ditado sobre o albergue espanhol
tem por finalidade sugerir que o olhar do observador no interfere no sentido
prprio e particular de uma foto.
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III. Um fotgrafo profissional, conforme sugere o terceiro pargrafo, v
no apenas uma foto, mas os recursos de uma linguagem especfica nela
fixados.
Em relao ao texto, est correto o que se afirma SOMENTE em
(A) I e II.
(B) II e III.
(C) I.
(D) II.
(E) III.
Comentrio: apenas a III est correta. Vejamos as outras duas:
I. Ao dizer, no primeiro pargrafo, que a fotografia congela o tempo, o
autor defende a ideia de que a realidade apreendida numa foto j no pertence
a tempo algum. ERRADA: a realidade apreendida pertence ao passado. Est congelada na fotografia apenas.
II. No segundo pargrafo, a meno ao ditado sobre o albergue espanhol
tem por finalidade sugerir que o olhar do observador no interfere no sentido
prprio e particular de uma foto. ERRADA: interfere sim, pois cada um traz consigo as lembranas s quais a imagem se referem.
GABARITO: E
Discriminar ou discriminar?
Os dicionrios no so teis apenas para esclarecer o sentido de um
vocbulo; ajudam, com frequncia, a iluminar teses controvertidas e mesmo a
incendiar debates. Vamos ao Dicionrio Houaiss, ao verbete discriminar, e l
encontramos, entre outras, estas duas acepes: a) perceber diferenas;
distinguir, discernir; b) tratar mal ou de modo injusto, desigual, um indivduo
ou grupo de indivduos, em razo de alguma caracterstica pessoal, cor da
pele, classe social, convices etc.
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Na primeira acepo, discriminar dar ateno s diferenas, supe um
preciso discernimento; o termo transpira o sentido positivo de quem reconhece
e considera o estatuto do que diferente. Discriminar o certo do errado o
primeiro passo no caminho da tica. J na segunda acepo, discriminar
deixar agir o preconceito, disseminar o juzo preconcebido. Discriminar
algum: faz-lo objeto de nossa intolerncia.
Diz-se que tratar igualmente os desiguais perpetuar a desigualdade.
Nesse caso, deixar de discriminar (no sentido de discernir) permitir que uma
discriminao continue (no sentido de preconceito). Estamos vivendo uma
poca em que a bandeira da discriminao se apresenta em seu sentido mais
positivo: trata-se de aplicar polticas afirmativas para promover aqueles que
vm sofrendo discriminaes histricas. Mas h, por outro lado, quem veja
nessas propostas afirmativas a forma mais censurvel de discriminao... o
caso das cotas especiais para vagas numa universidade ou numa empresa:
uma discriminao, cujo sentido positivo ou negativo depende da convico de
quem a avalia. As acepes so inconciliveis, mas esto no mesmo verbete
do dicionrio e se mostram vivas na mesma sociedade.
(Anbal Lucchesi, indito)
29. (TRT-11 2012 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) A afirmao de que os dicionrios podem ajudar a incendiar debates confirma-se, no texto, pelo fato de que o verbete
discriminar
(A) padece de um sentido vago e impreciso, gerando por isso inmeras
controvrsias entre os usurios.
(B) apresenta um sentido secundrio, variante de seu sentido principal,
que no reconhecido por todos.
(C) abona tanto o sentido legtimo como o ilegtimo que se costuma
atribuir a esse vocbulo.
(D) faz pensar nas dificuldades que existem quando se trata de
determinar a origem de um vocbulo.
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(E) desdobra-se em acepes contraditrias que correspondem a
convices incompatveis.
Comentrio: O verbete da palavra discriminar traz duas acepes
controversas, contraditrias entre si, isso nos demonstra a dificuldade
existente para determinar a origem dos vocbulos.
GABARITO: E
30. (TRT-11 2012 - ANALISTA JUDICIRIO/REA ADMINISTRATIVA FCC) Diz-se que tratar igualmente os desiguais perpetuar a desigualdade.
Da afirmao acima coerente deduzir esta outra:
(A) Os homens so desiguais porque foram tratados com o mesmo critrio
de igualdade.
(B) A igualdade s alcanvel se abolida a fixao de um mesmo critrio
para casos muito diferentes.
(C) Quando todos os desiguais so tratados desigualmente, a
desigualdade definitiva torna-se aceitvel.
(D) Uma forma de perpetuar a igualdade est em sempre tratar os iguais
como se fossem desiguais.
(E) Critrios diferentes implicam desigualdades tais que os injustiados
so sempre os mesmos.
Comentrio: Para termos de fato uma sociedade igualitria, no devemos
continuar tratando igualmente os desiguais. Cada caso necessita ser tratado
com seu critrio especfico para que todos possam ter as mesmas chances e
possibilidades.
GABARITO: B
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Violncia e naturalidade
H na fico do grande Machado de Assis pginas to admirveis quanto
duras ou mesmo cnicas, preferem alguns. Lembremos HVWH WUHFKR IDPRVRGR URPDQFH4XLQFDV%RUED No h
morte. O encontro de duas expanses, ou a expanso de duas formas, pode
determinar a supresso de uma delas; mas, rigorosamente, no h morte, h
vida, porque a supresso de uma a condio da sobrevivncia de outra, e a
destruio no atinge o princpio universal e comum. Da o carter conservador
e benfico da guerra. Supe tu um campo de batatas e duas tribos famintas.
As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire
foras para transpor a montanha e ir outra vertente, onde h batatas em
abundncia; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo,
no chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanio. A paz, nesse
caso, a destruio; a guerra a conservao. Uma das tribos extermina a
outra e recolhe os despojos. Da a alegria e ousadia da vitria, os hinos,
aclamaes, recompensas pblicas e todos os demais efeitos das aes blicas.
Se a guerra no fosse isso, tais demonstraes no chegariam a dar-se, pelo
motivo real de que o homem s comemora e ama o que lhe aprazvel ou
vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ao
que virtualmente a destri. Ao vencido, dio ou compaixo; ao vencedor, as
EDWDWDV Aqui, Machado leva ao extremo a tese que chancela a lei do mais forte, a
competitividade brutal que esmaga o perdedor. Parece concordar com ela,
apesar do tom extremamente ir{QLFR H WDOYH] FRQFRUGH PHVPR mas a caprichosa naturalidade com que o nosso escritor aborda as violncias mais
radicais faz desconfiar que ele tambm nos esteja provocando. Machado sabe
que uma das formas mais eficazes de mostrar a barbrie est em naturaliz-la.
uma operao sutil, em que ele prefere apresentar os atos mais selvagens
como se fizessem parte da plena rotina. Os leitores mais sensveis acusaro o
golpe, e tero que enfrentar a pergunta tremenda: se tanta violncia decorre
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com tamanha naturalidade, que sentido ter aquilo que os homens vm
chamando de civilizao?
(Diego Munhoz, indito)
31. (CETAM 2014 - Analista Tcnico Educacional - Direito FCC) No trecho citado de Quincas Borba, o narrador deseja demonstrar que no h
morte baseado na convico de que
(A) ao fim e ao cabo todos acabamos nos submetendo aos princpios da
natureza que regem nossas vidas.
(B) as aclamaes dos vitoriosos sobrepem-se aos lamentos e s aflies
dos derrotados na batalha.
(C) a extino de uma das partes vista, acima de tudo, como a
proclamao da vida da outra parte.
(D) a natureza opera de modo a evitar conflitos, pois o que importa a
conservao de cada indivduo.
(E) as lutas no interior das espcies tm por objetivo aprimorar e
desenvolver suas qualidades naturais.
Comentrio: esta questo faz lembrar da mxima: preciso que um chore
para o outro sorrir. A morte no existe se representa a vida para o outro. Foi
isso que o autor quis demonstrar citando Quincas Borba.
GABARITO: C
32. (CETAM 2014 - Analista Tcnico Educacional - Direito FCC) Atente para as seguintes afirmaes:
I. Com a frase A paz, nesse caso, a destruio; a guerra a
conservao, pretende-se demonstrar que muitas vezes os efeitos da paz que
se segue guerra so mais perniciosos que a prpria guerra.
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II. Com a expresso o homem s comemora e ama o que lhe
aprazvel o autor quer justificar, ironicamente, o fato de que por vezes os
prprios vencidos acabam participando das aclamaes dos vitoriosos.
III. Com a frase nenhuma pessoa canoniza uma ao que
virtualmente a destri o autor deseja mostrar que as comemoraes dos
vitoriosos de uma guerra constituem uma compreensvel e natural celebrao
da vida.
Em relao ao texto est correto o que se afirma SOMENTE em
(A) I.
(B) II.
(C) I e II.
(D) III.
(E) II e III.
Comentrio: apenas a III est correta. Vejamos o erro das outras:
I. Com a frase A paz, nesse caso, a destruio; a guerra a
conservao, pretende-se demonstrar que muitas vezes os efeitos da paz que
se segue guerra so mais perniciosos que a prpria guerra. ERRADA. Pernicioso algo prejudicial. A assertiva est dizendo que a paz ps-
guerra mais prejudicial do que a prpria guerra.
II. Com a expresso o homem s comemora e ama o que lhe
aprazvel o autor quer justificar, ironicamente, o fato de que por vezes os
prprios vencidos acabam participando das aclamaes dos vitoriosos. ERRADA. Os vencidos no participam das aclamaes dos vitoriosos.
Com a expresso o homem s comemora e ama o que lhe aprazvel, o
DXWRUTXHUMXVWLILFDURSUD]HUGDJXHUUD GABARITO: D
33. (CETAM 2014 - Analista Tcnico Educacional - Direito FCC) No terceiro pargrafo do texto, e com base na citao de Machado de Assis,
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elabora-se a seguinte interpretao do modo pelo qual nosso grande autor
acerca-se da violncia humana:
(A) o humor e a ironia tpicos do escritor acabam suavizando os efeitos
das violncias que descreve.
(B) tratar a violncia como se ela fosse trivial acaba redundando,
sutilmente, em sua intensificao.
(C) visando a escandalizar os leitores mais sensveis, o escritor exagera
na expresso dos atos violentos.
(D) a lei do mais forte adotada implacavelmente pelo autor, que no
apenas a reconhece como a defende.
(E) os leitores desse grande ficcionista so por ele levados a crer que o
triunfo da civilizao indiscutvel.
Comentrio: Machado fala sobre a violncia de maneira que ela parece ser
natural na vida humana. Na verdade e a est o questionamento ao qual ele
quer nos levar: com tanta violncia, intensificada e crescente, cad o que
chamamos de civilizao?
Dessa forma, o autor NO suaviza a violncia (A), no quer escandalizar o
leitor (B). Machado no defende a Lei do mais forte (D). O autor no quer nos
levar a crer que o triunfo civilizao indiscutvel, pelo contrrio,
questionvel.
GABARITO: B
34. (CETAM 2014 - Analista Tcnico Educacional - Direito FCC) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um
segmento em:
(A) no chegam a nutrir-se suficientemente (2 pargrafo) = mal
conseguem locupletar-se.
(B) recolhe os despojos (2pargrafo) = assenhora-se dos galardes.
(C) virtualmente a destri (2 pargrafo) = imaginariamente a perpetra.
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(D) apesar do tom extremamente irnico (3 pargrafo) = malgrado a
tonalidade de um enorme sarcasmo.
(E) uma operao sutil (3 pargrafo) = trata-se de uma interveno
displicente.
Comentrio: esta questo quer saber sobre o seu conhecimento lexical,
alm da interpretao textual. possvel que voc no conhea todas as
palavras envolvidas nas alternativas, ento, vamos recorrer a um dicionrio
para chegarmos ao gabarito! A seguir vai um glossrio com algumas das
palavras.
Glossrio:
Locupletar = v.t.d. e v.pron. Ocasionar sua prpria riqueza; aumentar
fortuna; enriquecer; v.t.d. v.bit. e v.pron. Fazer ficar cheio; ocasionar o
acmulo ou preenchimento de; encher ou encher-se.
Despojos = s.m.pl. Restos ou fragmentos; tudo o que pode ser
considerado sobra; aquilo que resta.
Galardo = s.m. Reconhecimento e/ou compensao por servios de um
valor muito elevado. Figurado. Em que h premiao; homenagem ou glria
Perpetra = do verbo Perpetrar: v.t. Cometer, praticar, realizar (ato
condenvel).
Malgrado = s.m. Quem est em desagrado com; ausncia de agrado;
desprazer: o jantar, a malgrado do cozinheiro, esteve fora dos padres.
prep. No obstante; apesar de.
Displicente = pessoa descuidada.
GABARITO: D
Fundas canes
([LVWLUPRVDTXHVHUiTXHVHGHVWLQD"SHUJXQWDXPverso de Caetano Veloso em suD EHOD FDQomR &DMXtQD QDVFLda numa visita a amigo em Teresina. Que faz numa cano popular essa pergunta fundamental sobre o
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propsito mesmR GD YLGD KXPDQD" perguntaro aqueles que preferem separar bem as coisas, julgando que VRPHQWH RV JrQHURV VpULRV SRdem querer dar conta das questeVVpULDV2SUHFRQFHLWRHVWiem no admitir que KDMD LQWHOLJrQFLD H GDV IXOJXUDQWHV FRPR D dH &DHWDQR 9HORVR entre artistas populares. O fato que a pergunta dessa cano, to sinttica e
pungente, incide sobre o primeiro dos nossos enigmas: o da finalidade da
nossa existncia.
No seria difcil encontrarmos em nosso cancioneiro exemplos outros de
pontos de reflexo essencial sobre nossa FRQGLomRQRPXQGR(P$YLGa um PRLQKRGH&DUWRODRXHP(VVHVPRoRVGH/XSLFtQLR Rodrigues, ou ainda HP -Xt]R ILQDO GH 1HOVRQ &DYDTXLQKR h agudos lampejos reflexivos, nascidos de experincias curtidas e assimiladas. No se trata GH VDEHGRULDSRSXODUpVDEHGRUia mesmo, sem adjetivo, filtrada por espritos sensveis que encontraram na cano os meios para decantar a maturidade de suas
emoes. At mesmo numa marchinha de carnaval, FRPR $ MDUGLQHLUD GR%UDJXLQKDSHUJXQWDPRVMDUGLQHira, por que ests to triste? Mas o que foi TXH WH DFRQWHFHX" SDUD VDEHU TXH D WULVWH]Ddela vem da morte de uma camlia. Essa pequena tragdia, cantada enquanto se dana, mistura-se
alegria de todos e funde no canto da vida o advento naWXUDOGDPRUWH)RLDcamlia que caiu do galho, deu dois suspiros e depois PRUUHX
Mesmo em nosso folclore, compositores annimos alcanaram um tom
elevado na dico aparentemente ingnua de uma cantiga de roda. Enquanto
se brinca, canta-VH 0HQLQDminha menina / Faz favor de entrar na roda / Cante um verso bem bonito / Diga adeus e v-VHHPERUD1mRVHUiHVVDXPDexpresso justa do sentido mesmo de nossa vida: entrar na roda, dizer a que
veio e ir-se embora? o que cantam as alegres crianas de mos dadas, muito
antes de se preocuparem com a metafsica ou o destino da humanidade.
(BARROSO, Silvino, indito)
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Questes Comentadas
Prof Rafaela Freitas Aula 00
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35. (TCE/PI - 2014 - Mdico FCC) O sentido essencial desse texto, considerado no conjunto e na perspectiva adotada pelo autor, est
adequadamente expresso na seguinte formulao:
(A) da natureza mesma da arte popular expressar, em linguagem
rebuscada e hermtica, os temas que perturbam os filsofos e costumam ecoar
nos seus mais altos tratados.
(B) a cano popular encontra a justificativa mesma da