que petardo!

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100% PEGACIÓN Hermanos comemoram classificação para as oitavas de final da Copa do Mundo e invadem ruas da Cidade Baixa

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Page 1: Que petardo!

100%P E G A C I Ó NHermanos comemoramclassificação para asoitavas de final da Copa do Mundo e invadem ruas da Cidade Baixa

Page 2: Que petardo!

COMEMORAÇÃO DENTRO E FORA DE CAMPO

Argentina vence e mantéminvencibilidade na Copa

O jogo entre Argentina e Nigéria não foi realizado na Bombonera, o con-sagrado estádio do Boca Juniors, em Buenos Aires, mas Porto Alegre se

transformou em um verdadeiro caldeirão argenti-no. Milhares de “hermanos” vieram ao Rio Grande do Sul para prestigiar sua seleção, cerca de 80 mil, segundo as estimativas. Além dos sortudos que ga-rantiram lugar dentro do estádio Beira-Rio, nossos

vizinhos assistiram a partida que terminou com vi-tória “hermana” de 3 x 2 no telão da Fifa Fan Fest.

Durante todo o trajeto do Caminho do Gol, o azul e os gritos de guerra em sotaque espa-nhol predominavam. Muitas famílias resol-veram atravessar a fronteira e participar da principal competição futebolística. Como já é usual, os portadores de necessidades especiais puderam usufruir de um transporte até o estádio.

Fernanda CoiroSecretaria de Comunicação Social (RS)

Hermanos vivido el fiestaNo epicentro da folia, as esquinas das ruas

Lima e Silva e República, a canção dos argenti-nos parecia soar infinitamente. Apesar de algumas confusões, o clima seguiu cordial, mas ganhou intensidade. Afinal, eles venceram, Lionel Mes-si deu show, não podiam esperar algo melhor.

Um argentino de Córdoba, com pernas de pau nos pés, intitulado o Messi Superpoderoso, des-tacou-se em meio ao fuzuê. O super-herói, Lu-ciano Carrizo, 32 anos, usa uma armadura ilumi-nada por lâmpadas de LED cheia de gambiarras e fios aparentes, quase um exosqueleto amador.

Luciano afirma que usou seus poderes para ar-rancar “una plata” para comer. As pessoas tocam o círculo em seu peito e a armadura se ilumina.

Governo do Estado/D

ivulgação

Árbitro: Sandro Meira Ricci (BRA).

Assistentes: Emerson de Carvalho (BRA) e Marcelo Van Gasse (BRA).

Cartões amarelos: Halliche, aos 41 min. do 2°t (ALG); Lahm, aos 2 min. do 2°t da prorrogação (ALE).

Gols: Schürrle, a 1 min. do 1° t da prorrogação, Özil, aos 14 min. do 2°t da prorrogação (ALE); Djabou, aos 16 min. do 2°t da prorrogação (ALG).

Page 3: Que petardo!

HOOROO!Shane Zerafa veio ao Brasil em uma

excursão com vários outros compa-triotas. O torcedor veio a Porto Alegre acompanhar a partida entre Austrá-

lia e Holanda, pela fase de grupos do mundial. Nossa produção aproveitou a oportunidade e registrou o que os “aussies” acharam do país.

QP: BRASILEIROS SÃO MAIS RECEPTIVOS EM RELAÇÃO AO RESTO DO MUNDO?

Os brasileiros foram mais receptivos em re-lação a outros lugares ao redor do mundo. To-dos foram muito simpáticos e prestativos, mesmo não sendo capaz de falar Português.

Todo brasileiro fez o possível e o impos-sível para nos ajudar quando necessário.

QP: QUAL FOI A EXPERIÊNCIA DE PARTI-CIPAR DA COPA DO MUNDO NO BRASIL?

Eu acho que a maioria dos australianos en-xerga o Brasil como um lugar exótico, com muita beleza, mas com uma série de pro-blemas sociais e extremamente perigoso.

QP: QUEM SERÁ O CAMPEÃO DA COPA?Houve tantas surpresas e choques até ago-

ra na Copa que eu realmente não tenho ideia. Embora eu espere que o Brasil ganhe.

Australianos se apaixonam pelo BrasilJúlia CarvalhoPorto Alegre (RS)

Legado da Copa: Capital ganha medalha da FIFA

As obras da Copa do Mundo foram alvo de constantes questionamen-tos. Quer seja pela importância da realização das mesmas, quer seja

pelo mal planejamento e falhas nos processos de execução. Mesmo assim, a Copa do Mundo acon-teceu sem maiores transtornos no Rio Grande do Sul, o que levou a FIFA, entidade organizadora do evento, a conceder uma medalha para o município.

Nove dos 10 projetos de mobilidade urbana ainda não foram concluídos. Executivo diz que ne-nhuma obra está parada, mas não estipula prazos.

Dentre as obras que não foram concluídas a tempo da Copa, estão a duplicação da Rua Vo-luntários da Pátria, as cinco intervenções na Ter-ceira Perimetral, o prolongamento da Avenida

Severo Dullius, a duplicação da Avenida Tronco, a estação subterrânea no Complexo da Rodovi-ária e a implantação do sistema de ônibus BRT.

Apenas as obras do entorno do estádio Bei-ra-Rio e o viaduto da Júlio foram concluídas.

William AnthonyPorto Alegre (RS)

Obras na Av. Júlio de Castilhos (Divulgação/Portal da Copa)

FRANÇA X HONDURAS

O primeiro jogo da Copa do Mundo em Porto Alegre reservou mais do que gols, festa de torcidas e elementos costu-meiros em outras partidas do Mundial. A França venceu Honduras por 3 a 0, com um show de Karim Benzema, que fez dois gols e foi o autor da finalização de um outro, atribuído a Valladares, contra.

AUSTRÁLIA X HOLANDA

Em um jogo de igual para igual, os Socceroos foram para cima e quase frearam o embalo da poderosa Holan-da. Mas a Laranja Mecânica se reen-controu no fim, e Robben, Van Persie e Memphis Depay quebraram um tabu de nunca terem derrotado o rival - foi o quarto confronto entre eles, o primei-ro em Copas do Mundo. Cahill, com um golaço, e Jedinak, de pênalti, puse-ram os gols australianos no marcador, que acabou em 3 a 2 para os holandeses.

CORÉIA DO SUL X ARGÉLIA

A equipe africana encerrou um je-jum de 32 anos sem vitórias em Copas do Mundo, admitido como obsessão, ao superar a Coreia do Sul por 4 a 2, no Beira-Rio. Slimani, Halliche, Djabou e Brahimi foram os heróis de sua seleção, que havia triunfado pela última vez na edição de 1982, sobre o Chile. De lá para cá, foram sete jogos, com três empates e quatro derrotas. Também foi a primei-ra vez que um time da África marcou quatro gols em um só jogo na história do torneio. Son Heung Min e Koo Ja Cheol descontaram para os coreanos.

ALEMANHA X ARGÉLIA

A Alemanha desconstruiu em 120 minu-tos qualquer status de favorita suprema ao título da Copa do Mundo. Sofreu além da conta, rendeu calafrios à sua torcida num Beira-Rio em que foi visitante e pre-cisou da prorrogação para se classificar às quartas de final. A vitória por 2 a 1 so-bre a Argélia, daquelas loucas e imprevi-síveis, nasceu do pé esquerdo de André Schürrle, numa letra tão desengonçada quanto o futebol apresentado pelo time de Joachim Löw. Continuou com um chute de Mesut Özil depois de o próprio titubear frente ao goleiro M’Bolhi, quase herói da noite. E terminou com Djabou enchendo os argelinos de esperança.

OUTROS JOGOS DA COPA NA CAPITAL

Reprodução/Instagram

Page 4: Que petardo!

A COPA DAS COPAS

Dilma estava certa. Estamos sediando a Copa das Copas. Todas as previsões apocalípticas sobre a realização do evento acabaram não se concretizando.

Mesmo que o “jeitinho bra-sileiro” tenha imperado no final, nosso país não fez feio no que-

sito de aeroportos, estádios, segurança, estruturas tempo-rárias e principalmente a hospitalidade do povo brasileiro.

O que não faltou também foi hostilidade. Uma parce-la dos torcedores em estádio resolveram demonstrar uma das maiores falácias do Brasil: a falta de educação. Vaiar a presi-dente da República é vaiar o próprio país, como se não bas-tasse isso, nossos visitantes também foram vaiados na par-tida entre a Seleção Brasileira com a Seleção Chilena.

Apesar destes casos isolados os estrangeiros gostaram de nosso país e movimentaram um capital importante, além auxiliar na quebra de paradigmas estabelecidos no exterior sobre nos-so país. Não andamos pelados, não somos macacos, não existem jacarés pelas ruas e muitos de nós sabemos falar outros idiomas.

Nossa cultura não se resume a Carnaval, somos um povo hospitaleiro acima de tudo e cada região de-monstrou ao mundo suas peculiaridades que desperta-ram a paixão dos visitantes e os fez ter vontade de retornar.

O Rio Grande do Sul, por exemplo, fez com que os euro-peus se sentissem em casa, seja pela proximidade do clima, seja pela cultura receptiva ou ainda pela culinária de nosso povo.

Os olhos do mundo estão voltados sobre nós, uma grande oportunidade, pouco aproveitada pela síndrome do vira-lata que tomou conta de parte de nossa população.

TABELA DAS OITAVAS

William AnthonyPorto Alegre (RS)