ESCOLA: Colégio Estadual Santos Dumont – Ensino Fundamental e Médio

PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO: Alunos do ensino fundamental (9° anos)

com defasagens de conteúdos e dificuldades de aprendizagem na disciplina de

Matemática.

PROFESSOR: Marcel Bertoni

TÍTULO: Um trabalho de recuperação com alunos em defasagens de conteúdos

enfrentados no ensino da Matemática.

HIPÓTESE

A hipótese norteadora é a retomada de conteúdos para fortalecimento e

consolidação da aprendizagem que, consequentemente, resulta em resultados

positivos em que o sujeito deixa de ser passivo para ser ativo no processo de

aprendizagem, com avanços que podem ultrapassar os níveis de exigência dos

processos avaliativos.

JUSTIFICATIVA

Após levantamento apontado pelos indicadores avaliativos internos e

externos (SAEP e Prova Brasil), e diante de um desinteresse e defasagem de

conteúdos e, em consequência desta defasagem da aprendizagem, os alunos não

conseguem acompanhar, de forma satisfatória, o desenvolvimento dos conteúdos

de matemática, contudo, constatou-se a necessidade da realização de

intervenções na aprendizagem dos conteúdos em específico no ensino de

matemática. Portanto, tal projeto se faz necessário, para reforçar e dar suporte ao

aluno em determinados conteúdos básicos de matemática para que o mesmo

possa conseguir uma melhor sequência na continuidade dos conteúdos nas séries

seguintes, mesmo como superação dos problemas de defasagem motivando o

aluno a aprendizagem, garantindo avanços no ensino da matemática.

PROBLEMATIZAÇÃO

O interesse em desenvolver este projeto surgiu em melhorar o processo

ensino aprendizagem na disciplina de Matemática considerada crítica nos

indicadores avaliativos internos e externos do Colégio Estadual Santos Dumont –

Ensino Fundamental e Médio. Apresentamos as seguintes problemáticas: a

promoção de situações de aprendizagem e retomada de conteúdos defasados e

de alguns descritores podem favorecer na superação, ou minimização da

defasagem de aprendizagem? E uma possível melhora dos indicadores

avaliativos?

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Favorecer aos alunos dos 9º anos do Ensino Fundamental a oportunidade

de participarem dos estudos de reforço e/ou de recuperação de conteúdos

defasados e alguns descritores dos indicadores externos na disciplina de

Matemática, ampliando a capacidade de aprender, tendo como meios básicos

estimular a interpretação e a resolução de problemas e consolidar situações reais

de aprendizagem.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Propor situações reais de aprendizagem por meio das quais os alunos

superem as defasagens e fracassos constatados por meio dos indicadores

avaliativos.

• Ambientar os alunos a situações-problema tornando-a significativa a

aprendizagem.

• Desenvolver atividades de resolução de problemas no coletivo.

• Desenvolver estratégias que facilitem a interpretação para superar as

dificuldades de cálculo.

• Socializar a compreensão da importância dessas aprendizagens para seu

percurso escolar e, especialmente, para sua vida pessoal e social.

INTRODUÇÃO

A iniciativa da proposta deste projeto deve-se à pesquisa dos indicadores

avaliativos internos e externos onde observamos que há um número significativo

de alunos nas séries finais do ensino fundamental que apresentam defasagens de

conteúdo, acarretando dificuldades de aprendizagem nos conteúdos de

matemática durante o percurso escolar, são alunos que podem ser condenadas ao

fracasso escolar. Nesse sentido, propõem-se ações didático-metodológicas de

superação dessas defasagens que podem desenvolver e conscientizar alunos

sobre a importância dessas medidas que atendam possibilidades de recuperação,

para que haja intervenção positiva, da valorização do conhecimento para a

trajetória escolar do aluno, e de estratégias que garantam permanência e

aprendizagem dos alunos na escola.

Nessa perspectiva, o trabalho pedagógico requer reconhecimento da

relevância dos processos interativos que se estabelecem entre as pessoas

diretamente e indiretamente envolvidas, como aluno/professor, aluno/aluno.

A proposta elaborada pelo trabalho apoia-se na compreensão de aluno e

educador como sujeitos criativos e reflexivos que constroem uma trajetória

escolar, individual e coletiva, de trabalho pedagógico, que só se efetiva na ação e

a partir da ação dos sujeitos direta e/ou indiretamente envolvidos. A ideia

implicada nessa compreensão de trabalho pedagógico destaca-se da atuação

conjunta e solidária a promoção de situações de aprendizagem dos alunos cuja

conquista exige o exercício contínuo de atuação compartilhada entre aluno e

professor. Acreditar que, mais oportunidade de estudo pode resultar mais

aprendizagem por parte do aluno, é preciso retomar, portanto, sempre que

necessário o reconhecimento e a reflexão de aprendizagem como processo, nas

situações que requerem atenção especial do professor aos esforços do aluno

direcionados à assimilação de novas estratégias para superar dificuldade de

compreensão dos objetos de aprendizagem.

Os questionamentos da aprendizagem no percurso do ensino fundamental,

quando não adequadamente corrigidos do ponto de vista pedagógico, são causas

de muitos problemas para um significativo número de alunos, provocando o

fracasso escolar e, nos casos mais extremos, a evasão do aluno da escola. Neste

contexto, a utilização da expressão fracasso quer dizer que a escola não

conseguiu proporcionar o aprendizado ideal aos alunos, desse modo à escola tem

um compromisso de oportunizar avanço a esses alunos para reverter esta

situação, assim, é importante que os problemas sejam adequadamente

diagnosticados e enfrentados com iniciativas pedagógicas que auxiliem o

desenvolvimento do processo educativo.

Segundo Chabanne (2006), a questão reside em avaliar a importância da

dificuldade de aprendizagem, que precisa ser detectada e, quando possível,

prevenida. Por isso, o papel do professor não se restringe a mediar o aluno em seu

processo de aprendizagem, mas auxiliá-lo, dando-lhe a oportunidade de descobrir

suas competências e superar suas dificuldades.

As dificuldades de aprendizagem dos alunos em Matemática podem estar

inseridas em condições sociais como: situação familiar, do contexto

socioeconômico, do currículo inadequado e da formação deficiente do professor,

trazendo transtorno posterior para os alunos nas séries seguintes. Os problemas

citados resultarão em alunos que criem repulsas nesta disciplina, não porque ela

seja uma disciplina difícil, mas porque não encontrou condições de apropriação.

Porém, “nenhum destes problemas pode ser responsabilizado, pelo menos

não sozinho, pelo fracasso escolar, nem pelas dificuldades de aprendizagem”

(SISTO; MARTINELLI, 2008). Contudo, como afirma (PARO, 2005, p.10) “se

queremos uma escola transformadora, temos que transformar a escola que temos

aí. E a transformação dessa escola passa necessariamente por sua apropriação

por parte das camadas trabalhadoras”. Portanto, os interesses comuns devem

somar, de forma que as coisas aconteçam, transformando a escola

verdadeiramente em um espaço vivo, atuante e que tenha acima de tudo o aluno

como foco nas suas ações.

Assim, os indicadores avaliativos internos e externos (Sistema de Avaliação

da Educação Básica do Paraná – SAEP e Prova Brasil), são ferramentas que

buscam “... medir a aprendizagem dos estudantes e para subsidiar os professores

na prática docente, facilitando a formulação e o monitoramento de políticas

educacionais” (SAEP, 2013, sem p.), permitindo que cada escola avalie como o

estudante estava quando chegou à escola e o avanço individual que apresentou,

além de mostrar como está evoluindo o trabalho do professor. “A persistência é

muito importante. Hoje cada professor procura as avaliações e faz reflexões

dentro da sua produtividade, focando no avanço e buscando o que pode ser

melhorado em cada setor da escola”, diz a diretora Nelma Cardozo de Oliveira

(Colégio Marquês de Paranaguá, de Vera Cruz do Oeste).

Contudo, os resultados do Saep podem ajudar a aprofundar essa análise do

trabalho de cada professor, motivando o professor a novas ações.

Assim, compete-nos, portanto, como educadores, repensar sobre a nossa

atuação, rever criticamente a nossa forma de ensinar, repensar sobre nossos

preconceitos e sermos capazes de, sem rejeitarmos que uma transformação social

se faz necessária, tentarmos introduzir atividades práticas que possam fazer

alguma diferença dentro da sala de aula e que possam atenuar e aliviar o

sentimento de fracasso de nossos alunos.

METODOLOGIA / AÇÕES

O projeto “Um trabalho de recuperação com alunos em defasagens de

conteúdos enfrentados no ensino da Matemática” será implementado com alunos

dos 9° anos matutino do Colégio Estadual Santos Dumont – Ensino Fundamental e

Médio, na cidade de Paranacity – PR.

A finalidade deste trabalho é identificar estratégias que possam ser

utilizados em ações didático-metodológicas que promovam a melhora da

aprendizagem em alunos com defasagens de conteúdos (tanto os que não foram

aprendidos como aqueles que foram esquecidos) que apresentam dificuldades

relacionadas aos processos pedagógicos citados acima.

A fim de responder aos questionamentos iniciais deste trabalho, as ações

abordadas as defasagem de conteúdo articulada ao fracasso escolar, pelas

defasagens de conteúdo, dificuldades de aprendizagem e as possíveis alternativas

didático-metodológicas apontadas a fim de minimizar os impactos negativos de

tais problemas na evolução desses alunos, propõe-se algumas práticas educativas

que podem auxiliar aos alunos no processo de aquisição de conhecimento:

Interpretação e Resolução de Problemas

Segundo Polya (1957), “um problema é uma questão para qual o aluno não

dispõe de um método que permita a sua resolução”.

Segundo Onuchic (1999), problema: “[...] é tudo aquilo que não se sabe

fazer, mas que está interessado em resolver” (p.215).

“Trata-se de uma metodologia pela qual o estudante tem oportunidade de

aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a

resolver a questão proposta” (DANTE, 2003).

Apropriar-se de conhecimentos matemáticos por meio de resolução de

problemas é desenvolver maneiras de pensar, praxe de persistência e curiosidade,

bem como autonomia em situações não familiares, é o centro do trabalho na

matemática, o aluno constrói e vê significado no aprendizado, valorizando o uso

social e cotidiano da matemática.

“Uma metodologia de ensino, onde um problema é ponto de partida e

orientação para a aprendizagem, e a construção do conhecimento far-se-á através

de sua resolução, professores e alunos, unidos, desenvolvem esse trabalho e a

aprendizagem se realiza de modo colaborativo em sala de aula” (ALLEVATO;

ONUCHIC, 2007; ONUCHIC; ALLEVATO, 2005), nesta concepção, entende-se que a

ascensão do desenvolvimento humano é um processo sócio histórico, construído

nas interrelações estabelecidas entre o sujeito e seu contexto e que a construção

do conhecimento se dá pela mediação de outros sujeitos.

Assim, a Resolução de Problemas é uma estratégia didático metodológica

para o desenvolvimento cognitivo do aluno e para o ensino da matemática e o

professor faz parte deste processo de ensinar e aprender, estimulando,

despertando o gosto e à autonomia pela matemática.

Serão propostos aos alunos(as) conteúdos que deverão ser

retomados e recuperados (tanto os que não foram aprendidos como

aqueles que foram esquecidos) e alguns básicos para seu percurso

escolar.

DESCRIÇÃO DOS CONTEÚDOS:

• Conteúdos estruturantes: Grandezas e medidas e Geometria

• Conteúdos Básicos: Geometria Euclidiana Plana

• Conteúdos Específicos: Conceitos primitivos: (Reta, semirreta, segmento-

reta, ponto, plano), ângulos e operações com ângulos, Unidades de

medidas de: (comprimento, área, volume e capacidade), Cálculo de áreas

das figuras planas e prismas.

• Conteúdo Estruturante: Tratamento da Informação

• Conteúdo Básico: Matemática Financeira

• Conteúdos específicos: Porcentagem, juros Simples, Juros Compostos

• Conteúdo Estruturante: Funções

• Conteúdos Básicos: Função polinomial 1° grau e 2° grau

• Conteúdos Específicos: Plano cartesiano, esboço de gráficos, Função Afim

e Quadrática.

• Serão discutidas questões do Saep e Prova Brasil

• Ações que favoreçam um desenvolvimento sadio de autoestima e que

contribuam para a superação das dificuldades das defasagens de

conteúdo, com a finalidade de desenvolver suas habilidades sociais

educativas para que possam promover as habilidades sociais, tais como:

diálogo, estimular, orientar, sugerir, valorizar os alunos.

• Somar ações conjuntas entre a coordenação, professor, família e grupos

de monitoria, como forma de estimular a participação e autonomia dos

alunos nas suas atividades.

CRONOGRAMA DO PROJETO

Estas ações vêm estabelecer metas para segundo semestre do ano letivo

de 2014, que deverão ser cumpridas semanalmente, mais especificamente nas

quintas feiras em horário oposto ao período escolar (contra turno), devidamente

ajustada a partir de necessidades. Será efetuada chamada para

acompanhamentos dos alunos presentes em cada encontro para futuras

verificações e resultados.

RECURSOS DIDÁTICOS

• Projetor Multimídia ProInfo

• Notebook

• Pendrive

• Internet

• Livro didático

• Sulfite (para impressão das atividades)

• Jornal

• Revistas

• Panfletos

RESULTADOS ESPERADOS

Esperamos que haja participação e envolvimento dos alunos nas aulas

presenciais em contra turno, proporcionando resgate dos conteúdos defasados ou

perdidos, ampliando a capacidade de aprender e acompanhar seu percurso

escolar atual e nas séries seguintes, assim, consolidando situações reais de

aprendizagem e melhorando os indicadores avaliativos internos e externos, tanto

qualitativamente quanto quantitativamente.

Contudo, que essas ações colaborativas possibilitem maior interesse,

estimulando, despertando a atenção e as capacidades cognitivas de resolução de

problemas dos alunos que é de relevante importância para o ensino de

matemática.

REFERÊNCIAS

CHABANNE, Jean-Luc. Dificuldades de aprendizagem: um enfoque inovador do

ensino escolar. São Paulo: Ática, 2006.

DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. São

Paulo: Editora Ática, 2003.

ONUCHIC, L. R.; ALLEVATO, N. S. G. Novas reflexões sobre o ensino-

aprendizagem de matemática através da resolução de problemas. In:

PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da escola publica. 3 ed. São Paulo:

Ática, 2005. 10 p.

POLYA, George, A Arte de Resolver Problemas: Um novo Aspecto do Método

Matemático. Tradução e adaptação Heitor Lisboa de Araújo, UF do Rio de Janeiro.

Psicologia social: o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 1993.

SISTO, Fermino Fernandes; MARTINELLI, Selma de Cássia. Afetividade e

dificuldades de aprendizagem: uma abordagem psicopedagógica. 2. ed. São

Paulo: Vetor, 2008.

http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1429176

http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/

945/527

http://bethsantanapedagoga.webnode.com/news/dificuldades-de-aprendizagem-

enfrentadas-pelos-alunos-no-ensino-da-matematica/ (Acesso em 19/09/2014).

FOTOS DE ATIVIDADES DURANTE A IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO