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Publicação do Instituto de Química da Universidade de São Paulo ALQUIMISTA 1 Nesta edição do Alquimista publicamos a resposta do prof. Omar ao governador Alckmin, a respeito da declaração do último sobre a FAPESP. Ademais, temos o prazer de homenagear as professoras Nina e Lilian por sua dedicação ao IQ, as quais estão se aposentando. Além disso, destacamos o trabalho da empresa Inova Química Júnior, fundada pelos alunos de graduação. Também publicamos a nota da Academia de Ciências do Estado de São Paulo a respeito da declaração do governador sobre a FAPESP. Desejamos uma informativa leitura a todos os nossos leitores! Carta do Editor Edição Número 135 maio de 2016 O prof. Omar, em resposta à declaração do governador sobre a FAPESP, enviou uma carta ao jornal Estadão (do dia 28/05/2016); a qual reproduzimos verbatim: Numa reunião com os secretários do governo estadual, o governador Geraldo Alckmin criticou a Fapesp por gastar “dinheiro com pesquisas acadêmicas” enquanto o Instituto Butantan está “sem dinheiro para fazer vacina”. Referiu-se a uma “máfia das universidades sugando dinheiro público”. Peço vênia ao sr. governador: em 2012-2013 as três universidades estaduais paulistas foram responsáveis por 37% de toda a produção científica brasileira graças, em boa parte, ao financiamento das pesquisas pela Fapesp. É na merenda escolar e nos trens paulistas, e não na Fapesp, que se tem notícias de máfias. E é o seu governo que responde pela falta de dinheiro no Butantan. Máfia na Fapesp?! Instituto de Química Seminários do IQUSP Departamento de Bioquímica Quintas-feiras, 16:00 h, B6 sup Anfiteatro Cinza 05/05 Computational engineering of immunoreactive antigens” – Prof. Dr. Roberto Dias Lins Neto (Aggeu Magalhães Research Center CpqAM Fiocruz Recife - PE). 12/05 Mecanismos fisiopatologicos da Anemia Falciforme e o papel da hemólise intravascula” – Prof. Dr. Nicola Conran Zorzetto (Centro de Hematologia e Hemoterapia Hemocentro UNICAMP). 19/05 Tratamento do Diabetes tipo 2 em bases fisiopatológicas” – Prof. Dr. Mario José Abdalla Saad (Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP). 26/05 Feriado (não haverá seminário) 02/06 Actin filament systems in health and disease” – Prof. Dr. Robert Robinson (Institute of Molecular and Cell Biology, Singapura). Departamento de Química Fundamental Quartas-feiras, 16:30 h, B6 sup Anfiteatro Cinza 04/05 Sistemas enzimáticos como ferramentas sintéticas” – Prof. Dr. Leandro Helgueira de Andrade (IQ-USP) 11/05 As Duas Leis que Regem o Mundo” – Prof. Dr. Eudes Eterno Fileti (UNIFESP São José dos Campos). 18/05 Sustentabilidade e empreendorismoProfª. Drª. Patrícia Ponce (Bio&green). 25/05 Camundongos knockout para Ric8B são anósmicosProfª. Drª. Bettina Malnic (QBQ). 01/06 Polifenóis e estresse em plantas” – Profª. Drª. Claudia Maria Furlan (Instituto de Biociências - USP). 08/06 Estruturas Hierárquicas de Peptídeos: Mecanismos Fundamentais e Potenciais Aplicações” – Prof. Dr. Wendel Andrade Alves (UFABC). Foto: Danilo Mustafa Omar El Seoud, professor titular do Instituto de Química da USP [email protected] - São Paulo Prof. Omar El Seoud

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Page 1: Publicação do Instituto de Química da Universidade de São Paulo Alquimista No 135... · Essa pesquisa é de interesse para projetos de sistemas de controle de poluição e considerações

Publicação do Instituto de Química da Universidade de São Paulo

ALQUIMISTA

1

Nesta edição do Alquimista publicamos a resposta do prof. Omar ao governador Alckmin, a respeito da declaração do último sobre a FAPESP. Ademais, temos o prazer de homenagear as professoras Nina e Lilian por sua dedicação ao IQ, as quais estão se aposentando. Além disso, destacamos o trabalho da empresa Inova Química Júnior, fundada pelos alunos de graduação. Também publicamos a nota da Academia de Ciências do Estado de São Paulo a respeito da declaração do governador sobre a FAPESP. Desejamos uma informativa leitura a todos os nossos leitores!

Carta do Editor

Edição Número 135 – maio de 2016

O prof. Omar, em resposta à declaração do governador sobre a FAPESP, enviou uma carta ao jornal Estadão (do dia 28/05/2016); a qual reproduzimos verbatim:

Numa reunião com os secretários do governo estadual, o governador Geraldo Alckmin criticou a Fapesp por gastar “dinheiro com pesquisas acadêmicas” enquanto o Instituto Butantan está “sem dinheiro para fazer vacina”. Referiu-se a uma “máfia das universidades sugando dinheiro público”. Peço vênia ao sr. governador: em 2012-2013 as três universidades estaduais paulistas foram responsáveis por 37% de toda a produção científica brasileira graças, em boa parte, ao financiamento das pesquisas pela Fapesp. É na merenda escolar e nos trens paulistas, e não na Fapesp, que se tem notícias de máfias. E é o seu governo que responde pela falta de dinheiro no Butantan.

Máfia na Fapesp?!

Instituto de Química

Seminários do IQUSP Departamento de Bioquímica

Quintas-feiras, 16:00 h, B6 sup – Anfiteatro Cinza

05/05 “Computational engineering of immunoreactive

antigens” – Prof. Dr. Roberto Dias Lins Neto – (Aggeu

Magalhães Research Center – CpqAM – Fiocruz Recife - PE).

12/05 “Mecanismos fisiopatologicos da Anemia Falciforme e

o papel da hemólise intravascula” – Prof. Dr. Nicola Conran

Zorzetto – (Centro de Hematologia e Hemoterapia –

Hemocentro – UNICAMP).

19/05 “Tratamento do Diabetes tipo 2 em bases

fisiopatológicas” – Prof. Dr. Mario José Abdalla Saad –

(Faculdade de Ciências Médicas – UNICAMP).

26/05 Feriado (não haverá seminário)

02/06 “Actin filament systems in health and disease” – Prof.

Dr. Robert Robinson – (Institute of Molecular and Cell

Biology, Singapura).

Departamento de Química Fundamental

Quartas-feiras, 16:30 h, B6 sup – Anfiteatro Cinza

04/05 “Sistemas enzimáticos como ferramentas sintéticas” –

Prof. Dr. Leandro Helgueira de Andrade – (IQ-USP)

11/05 “As Duas Leis que Regem o Mundo” – Prof. Dr.

Eudes Eterno Fileti – (UNIFESP – São José dos Campos).

18/05 “Sustentabilidade e empreendorismo” – Profª. Drª.

Patrícia Ponce – (Bio&green).

25/05 “Camundongos knockout para Ric8B são anósmicos”

– Profª. Drª. Bettina Malnic – (QBQ).

01/06 “Polifenóis e estresse em plantas” – Profª. Drª.

Claudia Maria Furlan – (Instituto de Biociências - USP).

08/06 “Estruturas Hierárquicas de Peptídeos: Mecanismos

Fundamentais e Potenciais Aplicações” – Prof. Dr. Wendel

Andrade Alves – (UFABC).

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Omar El Seoud, professor titular do Instituto de Química da USP [email protected] - São Paulo

Prof. Omar El Seoud

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Homenagem a Profª. Nina pela dedicação ao IQUSP

A Profª. Drª. Nina Coichev iniciou o curso de bacharelado em

química, no Instituto de Química da Universidade de São Paulo

em 1976. Nesse período, foi de grande ajuda, uma bolsa de

estudos reembolsável, pelo período de um ano no valor de um

salário mínimo da época, do CRQ Conselho Regional de

Química - 4ª região. Alguns anos depois essa oportuna ajuda

foi paga com a remuneração obtida de algumas aulas de

matemática, física e química, ministradas no período noturno

em escolas de curso do segundo grau da cidade de São Paulo.

A sua tese de doutorado, intitulada “Estudo crítico de

equilíbrios no sistema cobalto(II)/tiocianato”, orientada pelo

Prof. Dr. Eduardo de Almeida Neves, motivou à busca pela

caracterização das espécies presentes em solução.Destaca-se

que este é um aspecto crucial quando se faz necessário o

conhecimento de especiação de íons com finalidades em

química analítica, ou ainda no estudo de reatividade.

A professora foi contratada como docente em 1985.Algumas

de suas atividades de pesquisa concentraram-se em estudos

de equilíbrios de óxido redução e formação de íons complexos,

estudos cinéticos e de mecanismos de reações e

desenvolvimento de métodos analíticos. Foram necessárias as

combinações de vários estudos, empregando técnicas

eletroquímicas (coulometria, voltametria e amperometria)

espectroquímicas (espectrofotometria, fluorimetria e

quimiluminescência), cromatográficas (eletroforese e líquida)

e ressonância paramagnética eletrônica (EPR).Assim sendo, o

intercâmbio científico com outros professores foi

fundamental para o uso de equipamentos específicos.

Também foram realizados estudos cinéticos a fim de elucidar

a autoxidação de sulfito catalisada por íons metálicos de

transição. Esta reação pode ser empregada como um método

para determinação de sulfito.Vários complexos de Cu(II), Ni(II)

e Co(II) foram selecionados para escolha de melhores

condições experimentais e o melhor entendimento do

mecanismo da reação. Os estudos também permitiram o

desenvolvimento de experimentos demonstrativos de um

ciclo de reações de oxido redução em cadeia envolvendo a

formação de radicais livres. Essa pesquisa é de interesse para

projetos de sistemas de controle de poluição e considerações

de reações que envolvem a ação de traços de íons metálicos

em reações de interesse atmosférico,bem como estudos de

danos ao DNA por radicais de enxofre.

Além do mais, pesquisas adicionais foram realizadas para

determinação de polifenois totais em amostras de vinhos e

cervejas, determinação de antiinflamatórios em

medicamentos e substâncias húmicas em solo e águas.

Cabe destacar a colaboração da professora com outros

docentes das mais variadas áreas. Após o seu

doutorado,houve colaborações internacionais com os Profs.

Drs. Dieter Klockow (Alemanha), Wolfgang Jaeschke

(Alemanha), Rudi van Eldik (Alemanha), A. G. Sykes (Reino

Unido) e M. Yamada (Japão).

Foram efetivados trabalhos em colaboração com os grupos

de trabalhos, envolvendo alunos de pós-graduação e técnicos,

dos Profs. Drs. Gianluca Camilo Azzellini, Ivano G. R. Gutz,

Maria Encarnación V. Suárez-Iha, Marisa H. G. Medeiros,

Mauro Bertotti, Hermi F. Brito e Ohara Augusto, todos do

IQ-USP, Ivo Karmann (Instituto de Geociências - USP), e Fábio

R. P. Rocha (CENA-USP /Piracicaba). Esses estudos contaram

também com a participação de ex-alunos do IQ-USP e hoje

docentes ou pesquisadores em outras Universidades e

Institutos de Pesquisa do país.

Participações especiais, de todos os demais orientados da

professora Nina, contribuíram para o conjunto das pesquisas.

A professora Nina atuou nos cursos de pós-graduação, que

foram elaborados ressaltando a importância dos aspectos

cinéticos e termodinâmicos em química analítica. Já os cursos

de graduação foram voltados à química analítica qualitativa e

quantitativa e análise instrumental. Ela participou

efetivamente da organização de dois congressos e de várias

comissões.

Vale informar que o desenvolvimento das pesquisas só foi

possível pelo apoio na forma de bolsas de estudos e suporte

financeiro para a aquisição de equipamentos e implementar

a infraestrutura dos laboratórios. As agências de fomento à

pesquisa foram: FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do

Estado de São Paulo, CNPq - Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CAPES, CCInt –

Comissão de Cooperação Internacional, DAAD -

DeutscherAkademischerAustauschdienst, University of

Newcastle upon Tyne (UK) e JSPS (Japan Society for

Promotion of Science) com convênio bilateral com a

Academia Brasileira de Ciências, JICA – Japan International

Cooperation Agency, Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pró-

Reitoria de Pesquisa – USP.

Portanto, a comunidade do IQUSP reconhece a dedicação e

o seu envolvimento no ensino, pesquisa e na capitação de

recursos financeiros. Deve-se destacar o forte caráter

interdisciplinar da área de atuação da Professora, por meio

de colaborações com outras instituições do País e do Exterior.

Profa. Nina

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A Prof. Dra. Lilian Rothschild ingressou no curso de graduação na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, em 1970. Os títulos de Mestre e Doutor foram obtidos na área de Química Inorgânica sob a orientação do Prof. Dr. Geraldo Vicentini. Um pós-doutorado com bolsa da FAPESP foi desenvolvido nessa área. A química de coordenação dos elementos lantanídeos mostrava uma grande potencialidade com relação às possíveis aplicações industriais.

Em ordem cronológica, são destacadas duas fases distintas da Professora, a primeira vinculada na área de Química Inorgânica e a segunda, em uma nova área do Departamento de Química Fundamental, a Química Ambiental.

Em 1980, a Profa. Lilian foi contratada pelo IQ-USP como docente para ministrar aulas de Química Geral e Química Inorgânica.

No início de 1989, uma nova linha de pesquisa seria implantada no IQ-USP. Aerossóis atmosféricos, um assunto fascinante dentro da Química Ambiental.

Em 1990, visando obter subsídios para desenvolver os estudos, um intercâmbio de cooperação internacional foi realizado no Lawrence Berkeley Laboratory, na Universidade da Califórnia, Berkeley, EUA, com incentivo também da FAPESP. Grandes impactos e uma eficiente contribuição ocorreram nesta época. A vivência neste laboratório americano, ainda por ocasião de duas outras estadias curtas, permitiu grande reflexão e aprendizagem.

Já em 1992, começou a orientar estudantes no Programa de Pós-Graduação na área de Química Analítica. A liberdade de recrutar estudantes de pós-graduação era imprescindível para um avanço na carreira. As duas primeiras teses de doutorado foram defendidas com os seguintes temas: “Caracterização de compostos orgânicos com avaliação da atividade mutagênica em material particulado atmosférico coletado na cidade de São Paulo” e “Estudo sobre ácidos carboxílicos na atmosfera visando a determinação analítica e o estabelecimento das fontes de emissão”

Novos estudantes de doutorado com familiarização prévia em técnicas cromatográficas, interessados por problemas ambientais conduziram diversos projetos multidisciplinares, como saúde ocupacional, bioquímica, química analítica. Ademais, o engajamento de bolsistas recém-doutores da FAPESP permitiu diversificar as linhas de pesquisas já existentes no laboratório.

Em 1998, o título de Livre Docente pelo IQ-USP foi obtido e a partir dessa época, aulas de graduação nas disciplinas de Química Analítica foram também ministradas.

Um projeto temático da FAPESP em colaboração com outros grupos de pesquisa de diferentes unidades da USP, “Meteorologia e poluição atmosférica em São Paulo” resultou

Homenagem a Profª. Lilian pela dedicação ao IQUSP

em trabalhos publicados em revistas científicas especializadas de grande impacto.

Também foram ministrados vários cursos de extensão universitária, cursos de pós-graduação sobre Cromatografia e Química da Atmosfera. Nota-se um grande envolvimento em comissões do IQ, como Recursos Humanos, Graduação e Pós-Graduação. Ainda, atuou em outras comissões, tais como: grupo de trabalho do Curso de Gestão Ambiental na USP Zona Leste e outras; assessorias científicas, processos de seleção de técnicos; processos de seleção/concursos públicos/concursos de efetivação de docentes no IQ e em outras unidades da USP; e, bancas julgadoras em Concursos de Livre Docência, Mestrados e Doutorados, dentro e fora da USP.

Bolsas de Pesquisador do CNPq foram continuamente concedidas no período de 1981 a 2012.

No período de 2009 a 2013, a Profa. Lilian atuou como Pesquisadora Responsável no projeto temático “Efeitos das emissões nos perfis de chuvas atuais e futuros na região Sudeste do Brasil”, vinculado ao Programa de Mudanças Climáticas da FAPESP. Tal projeto de pesquisa levou a conclusões sobre a composição de espécies químicas presentes em atmosferas poluídas por emissões de queima de biomassa.

Desta forma, a comunidade do IQUSP reconhece a sua dedicação e envolvimento no ensino, pesquisa e na captação de recursos financeiros. Deve-se ressaltar o forte caráter multidisciplinar da área de atuação da Professora, por meio de colaborações com outras instituições do País e do Exterior.

Profa. Lilian

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Empresa Inova Química Júnior dá a alunos a chance de conhecer oportunidades além da universidade

A Inova Química Junior - fundada originalmente como Inovação Química Junior, em 1997- é a empresa júnior criada e mantida pelos alunos de graduação do Instituto de Química da USP. Atualmente atua com o nome de Inova Química Júnior.

Nossa missão é realizar a interface aluno - empresa, de modo que os estudantes possam conhecer melhor as oportunidades que existem além da Universidade, especialmente no mercado de trabalho. Paralelamente, é de interesse da Inova fornecer alicerces para o aprimoramento das habilidades e competências que poderão auxiliá-los na vida pessoal e profissional, como despertar o espírito empreendedor de cada membro. Completando, assim, a formação dos graduandos do Instituto de Química da USP.

Como a Inova Química Júnior é uma Empresa Júnior em fase de reconstrução e com bons alicerces para expansão, espera-se que seja possível fortalecer a imagem desta perante a comunidade universitária, indústrias, polos científicos e tecnológicos, assim como a outras Juniores. Isso através de atividades constantes, eventos de boa recepção, projetos bem-sucedidos e prestigiados, além de parcerias.

Concomitantemente, é de anseio da empresa

proporcionar uma primeira experiência dos graduandos com atividades comuns ao dia-dia fora da universidade, experiência essa fornecida pelos nossos serviços de consultoria e pela própria gestão da empresa, visto que essas atividades podem oferecer meios para que o estudante tenha contato com diferentes dificuldades, assim como meios para geri-las, fortalecendo tanto a EJ, como o desenvolvimento pessoal e profissional do membro.

A Inova Química Júnior oferece o serviço de aulas particulares para alunos de Ensino Médio e Fundamental. Os professores que ministrarão as aulas são alunos de graduação do Instituto que passaram por um processo de seleção.

A nossa empresa surgiu da necessidade que os alunos da graduação sentiam em ter uma noção básica de como funciona o mercado de trabalho.

A Inova Química Júnior possui uma estrutura organizada em diretorias, onde cada área é responsável pela criação, desenvolvimento e gerenciamento de seus projetos internos de estruturação e melhoramento continuo de nossa empresa, que se divide em quatro departamentos: marketing, responsável pela divulgação de eventos, visitas técnicas e de todas as atividades da Júnior, além de fazer o contato direto com o público através das redes sociais. O departamento de projetos foca principalmente no desenvolvimento de consultorias (análises químicas experimentais e/ou teóricas encomendadas por empresas de pequeno e médio porte). O departamento de eventos se relaciona diretamente com os representantes das empresas e agenda as Visitas Técnicas, organiza os workshops e feiras. O departamento de administração libera verba para os demais departamentos, organizam contratos, atas, certificados entre outros.

Elaine Mattos - Diretora de Marketing Inova Química Júnior

Membros da Inova Química Júnior apresentam sobre a empresa na reunião da congregação.

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ACIESP - Crítica do Governador de São Paulo à Fapesp

A Academia de Ciências do Estado de São Paulo vê com grande preocupação a nota publicada em 26 de abril de 2016 pela colunista Vera Magalhães da revista Veja, sobre a crítica do governador Alckmin à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Apesar de uma segunda nota, publicada no dia 26, ter desmentido o uso do termo máfia de pesquisadores e de ter havido um bate-boca sobre o assunto durante a reunião do secretariado. O restante do que está no artigo mostra a visão parcial e distorcida, que o Governador demonstra ter sobre a íntima relação ciência básica e aplicada e até sobre a ciência em São Paulo, que é motivo de orgulho para o estado e para o país, considerando que o impacto da produção acadêmica brasileira no cenário mundial, deve-se em grande parte ao que se produz em São Paulo, devido ao suporte financeiro da FAPESP.

A FAPESP tem sido vista como um exemplo nacional e mundial de financiamento à ciência, tecnologia e inovação, e elogiada em diferentes âmbitos, sendo um exemplo para todos os estados brasileiros, que copiaram o modelo e vêm fazendo com que verba estatal seja mais direcionada a ciência local de cada estado. O esforço da FAPESP na interação entre os setores acadêmico e produtivo, público e privado tem sido enorme. Em particular, há programas específicos que tratam da interação com o setor produtivo (PIPE, PITE e PAPPE) que visam financiar diretamente iniciativas junto à indústria e/ou de formar novas indústrias em São Paulo. Os esforços nestes programas são comparáveis, em qualidade, ao de países como os Estados Unidos e Alemanha e não há iniciativa comparável na América Latina.

Além destes programas mais específicos, os quatro grandes programas da FAPESP (BIOEN, BIOTA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS, e COMPUTAÇÃO (SCIENCE) congregam a aplicação de milhões de reais para resolver problemas práticos reais que são importantes não somente para São Paulo, mas para todo o Brasil e para o mundo. O foco em energias renováveis, notadamente o etanol, congregado pelo BIOEN, avançou o conhecimento científico sobre a cana e o etanol de maneira sem precedentes. Em poucos anos de estímulo a ciência brasileira das energias renováveis está pronta para ser aplicada e mudar o paradigma sobre o etanol de segunda geração. Mesmo com a grande crise que se abateu sobre o setor sucroalcoleiro, a FAPESP nunca deixou de fomentar a pesquisa na área, apoiando os projetos e mantendo o foco. É deste tipo de atitude que o Brasil precisa, ou seja, de consistência nas convicções e, criando uma identidade com base naquilo que fazemos melhor. No caso do BIOTA, com mais de 20 anos de existência, o avanço no conhecimento da biodiversidade paulista e brasileira, com reflexos internacionais inquestionáveis, ajuda a nossa sociedade a entender e poder preservar o meio ambiente. Além da preservação há também o uso sustentável da biodiversidade. Por exemplo, as descobertas de compostos que podem se tornar novos fármacos, cosméticos e aditivos de alimentos é enorme. Já o programa de Mudanças Climáticas, irmão mais novo do BIOTA, se debruça sobre o que tem sido considerado com o problema mais importante que a humanidade já enfrentou: as Mudanças Climáticas Globais. O programa não somente vem gerando modelos climáticos, que são a base para decidir o que fazer para evitar os efeitos extremamente graves que os impactos das Mudanças Climáticas irão produzir, mas também os seus impactos sobre a produção de alimentos, a produção industrial em geral, a saúde da população, entre outros. O Programa de Computação da FAPESP, o mais novo dos quatro, foi montado para preparar a sociedade paulista para a era do big-data, em que temos que aprender a lidar com a imensa produção de informação advinda dos avanços na área de computação.

A aparente distorção da visão do Governador sobre a FAPESP é maior quando despreza o financiamento à sociologia. Este é um dos principais focos da pesquisa no Estado de São Paulo, sendo a capital o maior grupo de pesquisadores do Brasil na área. Estes são os pesquisadores que pensam em como melhorar as políticas públicas, o que acontece e porque existem populações pobres e se dedicam a encontrar soluções sobre como podemos solucionar estes problemas. Se abandonarmos as pesquisas em Ciências Sociais, o que será da nossa população? Na área

de ciências da saúde, a FAPESP vem sim investindo em Dengue há muitos anos. Mas é importante lembrar que a pesquisa sozinha não consegue resolver todos os problemas. A FAPESP não tem como missão financiar fábricas que produzem por exemplo vacinas. Estas fábricas tem que ser mantidas pelo Governo. Se o Butantan não tem dinheiro para produzir vacinas, a culpa não é da FAPESP e sim do planejamento do governo que não manteve os Institutos de Pesquisa do Estado de São Paulo em funcionamento adequado. A FAPESP cumpriu sim a sua missão em financiar a pesquisa de como fazer as vacinas.

É preciso que as informações científicas sejam incorporadas pelos políticos da forma mais íntegra possível. É isto que faz com que a probabilidade de erro nas decisões diminua. No caso da crise da água, por exemplo, por mais que os cientistas (tanto da hidrologia e agricultura, quanto da sociologia) tenham tentado avisar o governo do perigo desde a primeira crise em 2009, não houve uma resposta baseada em ciência com a antecedência necessária, mas sim em crenças e em teorias pessoais sem base científica, que levaram São Paulo a atingir uma situação crítica, na qual ainda se encontra.

Mais importante ainda é falta de visão do Governador sobre o que significa a ciência básica, aquela que aparentemente, e só aparentemente, AINDA não tem aplicações. É preciso compreender que a ciência básica é a ciência aplicada do futuro e o tempo que separa ambas tem encurtado com o passar dos anos. Sem compreender os fundamentos dos fenômenos da natureza, as aplicações cegas e sem base científica levam a tecnologias fracas e pouco competitivas. Ademais, a própria classificação entre ciências básica e aplicada tem sido cada vez mais questionada.

A FAPESP vem trabalhando incessantemente para encurtar o caminho ente a descoberta básica e a aplicação, principalmente, nas últimas 3 décadas. As pesquisas aplicadas e de cunho tecnológico só surgem depois que algum pesquisador trabalha em média 10 anos em um problema geralmente sem aplicação aparente. Aí sim surgem as possibilidades de aplicação. E a FAPESP foi sempre sensível a isto, mantendo a pesquisa básica (a nossa galinha dos ovos de ouro) e ao mesmo tempo criando programas cada vez mais focados e que tentam resolver os problemas mais importantes da sociedade contemporânea.

A ciência é um processo lento e a sociedade tem que compreender que não há como acelerar mais do que estamos fazendo, mesmo com investimentos excelentes que a FAPESP vem mantendo em São Paulo. Isto porque a sociedade científica paulista se formou não somente com as verbas para a pesquisa, mas também com as bolsas de estudo para a graduação, pós-graduação e pós-doutoramento, que formam os profissionais em alto nível. Tudo isto leva tempo para conseguir. No caso de São Paulo levamos décadas para chegar ao nível que estamos.

Achar que a dotação de 1% é muito para a pesquisa é uma visão muito perigosa para um Estado que se auto denomina a locomotiva do país. De que adianta uma locomotiva sem combustível? A ACIESP convoca a população a defender a FAPESP não como um patrimônio dos pesquisadores, mas como um patrimônio de todos os paulistas e brasileiros. Sem a FAPESP o Brasil mergulhará na escuridão e na dependência da ciência e tecnologia feitas em outros países. É isto que a nossa sociedade quer?

Academia de Ciências do Estado de São Paulo Marcos Silveira Buckerigde Presidente

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QUER COLABORAR? Para colaborar com o jornal ALQUIMISTA, entre em contato através do e-mail: [email protected] Eventos,

artigos, sugestões de matérias ou qualquer outra atividade de interesse do IQUSP podem ser enviados. Todos podem colaborar. Sejam eles, professores, funcionários, alunos ou interessados.

Teses e Dissertações

Alunos do Programa de Pós-Graduação do IQ que defenderão seus

trabalhos de Mestrado (M) e Doutorado (D)

1. Ligia Passos Maia – “Poligliceróis hiperramificados modificados para

encapsulamento de fármacos em CO2-sc: síntese, comportamento em CO2-sc,

encapsulamento e liberação”. Orientador: Prof. Dr. Reinaldo Camino Bazito. Dia:

03/05/2016, às 13:30 h, no Anfiteatro Vermelho (D).

2. Renan Crocci de Souza – “Investigação de parceiros moleculares de Cdc42 em

linhagens de células humanas submetidas a estresse genotóxico” Orientador: Prof.

Dr. Fábio Luís Forti. Dia: 06/05/2016, às 14:00 h, na Sala A1 do ‘Queijinho’ (M).

3. Roxana Yesenia Pastrana Alta – “Síntese de conjugados desferrioxamina-

peptídeo para quelação de ferro lábil mitocondrial”. Orientador: Prof. Dr. Breno

Pannia Esposito. Dia: 13/05/2016, às 13:00 h, no Anfiteatro Vermelho (D).

4. André Anverso Oliveira Reis – “Estudo da regulação por microRNAs do RNA

longo não codificador de proteínas TUG1 envolvido em precessos tumorigênicos”.

Orientadora: Profª. Drª. Carla Columbano de Oliveira. Dia: 24/05/2016, às 14:00 h,

no Anfiteatro Vermelho (M).

Milton César Santos Oliveira

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Instituto de Química -

Reitor Prof. Dr. Marco Antonio Zago

Pró-Reitor de Cultura e Extensão

Profa. Dra. Maria A. Arruda

Diretor Prof. Dr. Luiz Henrique Catalani

Vice-Diretor

Prof. Dr. Prof. Paolo Di Mascio

Chefe do DQF Prof. Dr. Mauro Bertotti

Chefe do DBQ

Prof. Dr. Shaker Chuck Farah

Editor Prof. Dr. Hermi F. Brito

Redator e Jornalista-Responsável

Prof. Dr. Paulo Q. Marques (reg. prof. MTb nº 14.280/DRT-RJ)

Tiago B. Paolini (Secretário)

Colaboradores

Cássio Cardoso

Fábio Yamamoto Cezar Guizzo

Ivan Guide N. Silva Jaílton Cirino Santos Lucas C.V. Rodrigues

26/5. Jorge Luiz Araújo Amaro

27/5. Célia Aparecida L. Braga

28/5. Welber Silva Neves

31/5. Eduardo Moraes R. Reis

31/5. Fábio Rodrigues

02/5. Deborah Schechtman

07/5. Hermi Felinto de Brito

10/5. Lúcia Janeiro Ribeiro

10/5. Paulo Marques

13/5. Bettina Malnic

14/5. Pedro Vitoriano de Oliveira

15/5. José Roberto Barbosa

16/5. Vanderlei Paes Oliveira

18/5. Reinaldo Camino Bazito

18/5. Sirlei Mendes de Oliveira

19/5. Fábio Luis Forti

19/5. Ilda de Souza Costa

21/5. Omar A.M. Abou El Seoud

23/5. Liliana Marzorati

ANIVERSARIANTES

Parabéns aos aniversariantes do IQ

- mês de maio -

Frase do mês

“Quem semeia virtude colhe honra.”

Leonardo da Vinci

Dica: Membros do IQ podem acessar artigos acadêmicos de seus computadores pessoais fora da Universidade usando o serviço de VPN do instituto. O cadastro pode ser feito em https://vpnserver.iq.usp.br , e instruções de configuração podem ser encontradas em http://www3.iq.usp.br/paginas_view.php?idPagina=203 .