psicopatologia ii – depsi-ufpr profª. melissa rodrigues de almeida histÓria da psicopatologia
TRANSCRIPT
![Page 1: Psicopatologia II – DEPSI-UFPR Profª. Melissa Rodrigues de Almeida HISTÓRIA DA PSICOPATOLOGIA](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062306/5706386b1a28abb823904e78/html5/thumbnails/1.jpg)
Psicopatologia II – DEPSI-UFPRProfª. Melissa Rodrigues de Almeida
HISTÓRIA DA PSICOPATOLOGIA
![Page 2: Psicopatologia II – DEPSI-UFPR Profª. Melissa Rodrigues de Almeida HISTÓRIA DA PSICOPATOLOGIA](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062306/5706386b1a28abb823904e78/html5/thumbnails/2.jpg)
O que é psicopatologia?PSICO – PATO – LOGIA
psyche – almapathos – paixão, excesso, sofrimentologos – lógica, saber
Divisão corpo-mente: saúde-doença do corpo e da mente
• Saber sobre a paixão da mente• Discurso sobre o sofrimento psíquico
![Page 3: Psicopatologia II – DEPSI-UFPR Profª. Melissa Rodrigues de Almeida HISTÓRIA DA PSICOPATOLOGIA](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062306/5706386b1a28abb823904e78/html5/thumbnails/3.jpg)
História da PsicopatologiaGrécia pré-socrática:
sofrimento psíquico como castigo dos deuses
Hipócrates:diferencia quadros
psíquicos: teoria dos humores (sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra)
Galeno
![Page 4: Psicopatologia II – DEPSI-UFPR Profª. Melissa Rodrigues de Almeida HISTÓRIA DA PSICOPATOLOGIA](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062306/5706386b1a28abb823904e78/html5/thumbnails/4.jpg)
História da PsicopatologiaIdade média:
loucura como possessão demoníaca, doenças advêm dos pecados
Renascimento da psiquiatria loucura como patologia: ciência modernahistória da loucura e do discurso psiquiátrico
![Page 5: Psicopatologia II – DEPSI-UFPR Profª. Melissa Rodrigues de Almeida HISTÓRIA DA PSICOPATOLOGIA](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062306/5706386b1a28abb823904e78/html5/thumbnails/5.jpg)
História da Psicopatologia
Pinel (1745-1826)loucura torna-se doença mental e especialidade médica
(psiquiatria)retira grilhões e correntes dos internados: necessidade da
observaçãoamarra loucura no discurso psiquiátrico: médico e moralista
Esquirol (1772-1840)loucura como distúrbios das funções racionaiscoleta dados biográficos das pessoas, além de descrever os
quadros
![Page 6: Psicopatologia II – DEPSI-UFPR Profª. Melissa Rodrigues de Almeida HISTÓRIA DA PSICOPATOLOGIA](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062306/5706386b1a28abb823904e78/html5/thumbnails/6.jpg)
História da PsicopatologiaBayle (1799-1858)
busca por base orgânica dos delírios – sífilis
Kraepelin (1856-1926)doenças psiquiátricas
causadas principalmente por desordens genéticas e biológicas
agrupamento em síndromes pelo critério da evolução: psicose maníaco-depressiva e demência precoce (esquizofrenia)
![Page 7: Psicopatologia II – DEPSI-UFPR Profª. Melissa Rodrigues de Almeida HISTÓRIA DA PSICOPATOLOGIA](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062306/5706386b1a28abb823904e78/html5/thumbnails/7.jpg)
História da PsicopatologiaFreud (1856-1939)
Ruptura epistemológica: Sujeito sempre fala a partir de seu pathos.
KARL JASPERS (1883-1969)separa a psicopatologia da psiquiatria:
Psicopatologia geral
Objeto da Psicopatologia : estudo descritivo dos fenômenos psíquicos anormais
![Page 8: Psicopatologia II – DEPSI-UFPR Profª. Melissa Rodrigues de Almeida HISTÓRIA DA PSICOPATOLOGIA](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062306/5706386b1a28abb823904e78/html5/thumbnails/8.jpg)
História da PsicopatologiaCID e DSM: base em Kraepelin
década 50: desenvolvimento dos psicofármacos exige urgência na classificação - diferentes medicamentos com diferentes efeitos na remissão das doenças
sem apriorismos teóricos: deixa de lado a etiologia
1º DSM em 1952 com 106 doenças.
Desenvolvimento das neurociênciasreforçam origem biológica: espantoso
crescimento de psicofármacos
![Page 9: Psicopatologia II – DEPSI-UFPR Profª. Melissa Rodrigues de Almeida HISTÓRIA DA PSICOPATOLOGIA](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062306/5706386b1a28abb823904e78/html5/thumbnails/9.jpg)
Definição de Transtorno Mental (DSM-IV)
essa síndrome ou padrão não deve ser resposta previsível e culturalmente sancionada a certo evento
qualquer que seja causa original, deve ser considerada como disfunção comportamental, psicológica ou biológica no indivíduo
nem comportamento desviante nem conflitos entre indivíduo-sociedade, a menos que seja sintoma de disfunção no ind.
classificam-se os transtornos e não as pessoas: indivíduo com esquizofrenia X esquizofrênico
“Síndrome ou padrão comportamental ou psicológico clinicamente importante, que ocorre em um indivíduo e que está associado com sofrimento ou incapacitação ou com um risco significativamente aumentado de sofrimento atual, morte, dor, deficiência ou uma perda importante da liberdade.”
![Page 10: Psicopatologia II – DEPSI-UFPR Profª. Melissa Rodrigues de Almeida HISTÓRIA DA PSICOPATOLOGIA](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062306/5706386b1a28abb823904e78/html5/thumbnails/10.jpg)
Contradições da classificaçãoDistinção entre transtornos mentais e
transtornos físicos é anacronismo reducionista do dualismo mente/corpo
Problema é muito mais nítido que sua solução: adota-se termo ‘transtorno mental’
Nenhuma definição especifica adequadamente os limites precisos desse conceito
Indicadores úteis segundo DSM: sofrimento, descontrole, desvantagem, incapacitação, irracionalidade, inflexibilidade
![Page 11: Psicopatologia II – DEPSI-UFPR Profª. Melissa Rodrigues de Almeida HISTÓRIA DA PSICOPATOLOGIA](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062306/5706386b1a28abb823904e78/html5/thumbnails/11.jpg)
História da loucuraRelação com história do discurso psiquiátrico
Como a loucura é calada: arqueologia desse silêncio (Foucault)
Duas tendências principaisLoucura como saber e Loucura como desvio
Razão sempre relacionada com desrazão Norma objetiva de saúde para avaliar doença
Para Foucault: três grandes momentos Liberdade e verdade Grande internação Época contemporânea
![Page 12: Psicopatologia II – DEPSI-UFPR Profª. Melissa Rodrigues de Almeida HISTÓRIA DA PSICOPATOLOGIA](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062306/5706386b1a28abb823904e78/html5/thumbnails/12.jpg)
História da loucura1- período de liberdade e de verdade (até séc. XVI)Loucura como consciência
crítica,como experiência trágica que revela ao homem a verdade sobre si mesmo
Renascimento: pobres, vagabundos e alienados são isolados com sentido ritual (nau dos loucos)
Lepra, grande mal na Europa; fim das cruzadas
![Page 13: Psicopatologia II – DEPSI-UFPR Profª. Melissa Rodrigues de Almeida HISTÓRIA DA PSICOPATOLOGIA](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062306/5706386b1a28abb823904e78/html5/thumbnails/13.jpg)
História da loucura2- período da grande
internação (séc. XVII e XVIII)decadência do feudalismo:
loucura confiscada por razão dominante (burguesa), loucura é contrária à sabedoria Loucura no campo da miséria, incapacidade para o trabalho e como erro moral
1656, Hospital Geral em Paris recolhe os pobres, sem caráter médico
Casas de internamento são casas de trabalho forçado
![Page 14: Psicopatologia II – DEPSI-UFPR Profª. Melissa Rodrigues de Almeida HISTÓRIA DA PSICOPATOLOGIA](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062306/5706386b1a28abb823904e78/html5/thumbnails/14.jpg)
História da loucura3-época
contemporânea (pós-Rev. francesa)Aumentam protestos internos
às casas de internação: contra mistura loucos e não-loucos
Pinel: loucura como patologia, deve ser tratada nos asilos. Não liberta loucura, ‘humaniza’ Medicalização da loucura, noção de periculosidade
Internação como meio que organiza a liberdade, lugar de cura
![Page 15: Psicopatologia II – DEPSI-UFPR Profª. Melissa Rodrigues de Almeida HISTÓRIA DA PSICOPATOLOGIA](https://reader036.vdocuments.site/reader036/viewer/2022062306/5706386b1a28abb823904e78/html5/thumbnails/15.jpg)
Loucura como existência-sofrimentoBasaglia/ Rotteli
doença mental para existência-sofrimentoColocar a doença entre parênteses
“O louco é um excluído que nunca poderá se opor ao que o exclui, pois cada um de seus atos se encontra constantemente circunscrito e definido pela doença.”