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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOUNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FITOTECNIA
Manejo de insetos sugadores na cultura da soja: -resistência e tolerância de plantas
-manejo cultural
Revisão apresentada por Roberta Leme dos Santos ao professor Felipe Lopes da Silva como parte constituinte do exame de qualificação do Programa de Pós-graduação em Fitotecnia, da Universidade Federal de Viçosa.
Viçosa - MGSet 2014
Introdução
A soja destaca-se como uma das culturas de maior importância
econômica para o agronegócio nacional. O Brasil é o segundo maior produtor
mundial de soja, ficando atrás apenas dos EUA conforme relatórios da
Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e do United States
Department of Agriculture (USDA). Em números é destacável que a produção
brasileira de soja será próxima a 85,65 milhões de toneladas (enquanto os
EUA, 103,42 milhões de toneladas) o produtor brasileiro colherá menos por
hectare, com redução de 3,3% em relação à safra anterior (2013/2014) e
a produtividade terá média de 2.842 quilos por hectare, mas teve aumento na
área plantada de 8,7%, sendo que o total cultivado será de 30,1 milhões de
hectares. (CONAB 2014, USDA, 2014). Os maiores produtores brasileiros de
soja são o Mato Grosso, contribuindo com 30,5% do total nacional, seguido do
Paraná com 17,0%, Rio Grande do Sul com 15,1%, Goiás com 10,2% e o Mato
Grosso do Sul com 7,3% (IBGE, 2014).
Quanto ao seu uso, os grãos da soja são servidos desde ao consumo in
natura para alimentação humana à elaboração de rações, farelos, sabões,
cosméticos, resinas, tintas, solventes, biodiesel e óleos comestíveis. Além
disso, é considerada uma das principais fontes de proteína vegetal (Hiraoka,
2008; Soares et al, 2011).
O melhoramento da soja tem tido relevante contribuição tanto no
aumento da produtividade, como no desenvolvimento de características
qualitativas mais favoráveis à finalidade de seus produtos, como maior
palatabilidade e digestibilidade da soja para forragem. Tem sido alvo a melhoria
das características de sabor do grão para consumo humano através da
redução de lipoxigenases e de polipeptídeos de reserva (Utumi et al, 1998),
teores de óleo no grão para produção de biodiesel aumentados e maiores
quantidade de proteínas para alimentação humana e animal, resistência ou
tolerância ao ataque de pragas, entre outras.
O melhoramento genético é das tecnologias que mais tem contribuído
para aumentos em produtividades da cultura da soja sem muitos custos
adicionais ao agricultor. Um programa de melhoramento tem seu êxito
dependente da variabilidade genética à disposição do melhorista. Dentre os
meios de se usar da variabilidade genética, pode-se lançar mão de populações
locais ou de materiais exóticos introduzidos de coleções de germoplasma e
quando a variabilidade genética natural é limitada pode-se fazer o incremento
de variabilidade por hibridações artificiais para a obtenção de novas
combinações genéticas ou ainda, fazer a indução de mutações para obtenção
de novas formas alélicas (Pereira, 2006).
A tolerância e resistência genética às principais doenças e pragas
podem garantir estabilidade de produção e retorno econômico e essas podem
ser ofertadas através do uso de sementes de cultivares melhoradas, sem
contar que a resistência de plantas, o uso de cultivares tolerantes ou
resistentes se trata de um método que é compatível com a maioria das outras
táticas de manejo empregadas em uma lavoura (Bottrell & Barbosa, 1998), por
isso se trata de um importante componente no manejo integrado de pragas.
Manejo de insetos sugadores na cultura da soja: resistência e tolerância de plantas
De maneira geral os insetos sugadores antes tinham importância menor
na agricultura como pragas e hoje vem ganhando maior status de pragas
primárias uma vez que a mudança das práticas de manejo agrícola como o uso
de variedades melhoradas, pela transgenia e pelo melhoramento convencional,
torna cada vez menor o uso de inseticidas químicos sintéticos para o manejo
de insetos, que por consequência também gerava controle dos sugadores,
mesmo esses não sendo o alvo da aplicação desses produtos (Bansal et al,
2013).
Desde 2010, no Brasil vem sendo crescente o uso de cultivares de soja
transgênica com evento Bt melhoradas para o controle de lagartas
desfolhadoras. Por consequência as aplicações de inseticidas tornam-se mais
reduzidas e o complexo insetos sugadores, que tem baixa suscebilidade a
essas toxinas, tem tido maior incidência nas lavouras (Chougule & Bonning,
2012).
Dentre os herbívoros sugadores, que costuma ter destaque a nível
mundial são os percevejos das vagens Acrosternum hilare, Nezara viridula,
Euschistus servus, Euchistus heros, Piezodorus guildinii, Maruca testulalis,
Etiella zinckenella, os percevejos da raiz Scaptocoris castanea e Atarsocoris
brachiariae, as cochonilhas da raiz Dysmicoccus sp. e Pseudococcus sp., os
percevejos e cigarrinha do caule e plântulas Dichelops melacanthus, Dichelops
furcatus, Thyanta perditor e Spissistilus festinus (Grossi-de-Sá et al, 2011).
No grupo das pragas sugadoras que atacam vagens e grãos da soja no
Brasil, os percevejos, marrom (Euschistus heros), verde pequeno (Piezodorus
guildinii) e o percevejo verde (Nezara viridula) são os maiores causadores de
prejuízos. Quando não são controlados adequadamente, podem causar perdas
totais em lavouras (Sosa-Gomes et al, 1993, Medeiros & Megier 2009, Almeida
et al, 2013). Nos Estados Unidos são considerados importantes pragas da soja
o percevejo marrom marmorizado Halyomorpha halys da família Pentatomidae
e o mesmo referido percevejo verde pequeno de ocorrência aqui no Brasil
Piezodorus guildinii, por eles chamados de percevejo da banda vermelha
(devido a uma listra transversal vermelha que possuem no pronoto). P. guildinii,
tem sido considerado a maior praga do sul dos Estados Unidos e tem mudado
drasticamente a ocorrência do complexo de pragas. Além desses, outro de
considerável importância é o percevejo do kudzu, Megacopta cribaria da família
Plataspidae (Ragsdale et al, 2011; Leskey et al, 2012; Bansal et al, 2013). Os
percevejos, assim como os pulgões alimentam-se de folhas, caules e vagens,
mas preferencialmente inserem o estilete nas vagens atingindo as sementes
(Bansal et al, 2013). Causam reduções nos conteúdos de óleos e proteínas das
sementes, abrem portas ao ataque de fungos e são transmissores leveduras
através da saliva (Clark e Wilde 1970, apud Peiffer e Felton, 2014).
As pesquisas tem evoluído principalmente com relação à resistência de
plantas ao pulgão Aphis glycines, que ainda não chegou no Brasil, mas trata-se
de uma praga devastadora. Quando ocorre, é capaz de reduzir em até 50% a
produção de soja, além de causar danos diretos pelas perdas de conteúdo
nutricional da seiva, como reduzido número de vagens e peso de grãos, ainda
gera ocorrência de fumagina e é um severo vetor de viroses, no caso da soja
Soybean Mosaic Virus (Clark & Perry, 2002; Mensah et al, 2005; Diaz-Montano
et al, 2006 e 2007). Esse sugador era até o fim do século passado, restrito a
algumas regiões da Ásia, em 2000, foi encontrado nos Estados Unidos e desde
então tem causado grandes estragos, sendo considerado maior praga do
centro- oeste (Hill, et al, 2004), que vem gerando perdas anuais em torno de
2,4 milhões de dólares (Tilmon et al, 2011). A região Sul do Brasil poderia ser a
mais afetada, pelas condições climáticas. Atualmente, esse pulgão tem sido
problema no Canadá, EUA, China, Indonésia e Tailândia (Ribeiro, 2013).
Muitos trabalhos relatam resistência de genótipos de plantas de soja ao
ataque de lagartas desfolhadoras e de percevejos, obtidos pelo melhoramento
convencional, aqui e fora do Brasil (Van Duyan et al, 1971; Hartwig et al., 1990;
Bowers, 1990; Silva et al, 2013) e (Lourenção et al, 1989; Rosseto et al, 1989;
Toledo et al, 1994; McPherson et al, 2007), respectivamente.
Quanto aos tipos de resistência de plantas hospedeiras a insetos é
sugerido que essas podem ser classificadas como não-preferência
(antixenose), antibiose ou tolerância (Painter, 1941 apud Parrott et al, 2008).
Antixenose é o efeito, a resposta que a planta hospedeira provoca no
comportamento do inseto, como a evitação ou, o desencorajamento à
oviposição ou à alimentação (Parrott, et al, 2008). A característica de
antixenose pode ser barreira física dada pela morfologia do tecido vegetal,
conferida pela presença, ausência ou densidade de pelos, parede celular mais
ou menos espessada, quantidades de suberina, calose e cutícula (Parrott, et al,
2008; Schoonhoven, 2005). Pode também ser barreira bioquímica (presença de
compostos repelentes ou ausência de atrativos) (Parrott, et al, 2008). (Diaz-
Montano et al, 2006).
A cultivar IAC-100 foi a primeira lançada com resistência moderada a
percevejos e à lagarta da soja (Rosseto et al, 1989) e tem sido desenvolvidas
dezenas de linhagens carregando essa cultivar em sua genealogia (McPherson
et al, 2007). A genealogia de IAC-100 tem duas linhas PI229358 e PI 274454
que exibiram resistência do tipo antibiose e antixenose (Gilman et al, 1982;
Kester et al, 1984; Bansal et al, 2013). Alguns genótipos como PI171444,
também exibiram esses dois tipos de resistência que são referidas como as
causas dos menores danos a precocidade de maturidade de vagens
apresentados por IAC-100 (Gilman et al, 1982; Bansal, 2013). Essa cultivar
ainda hoje vem sendo objeto de estudos na área da biotecnologia para
identificar genes responsáveis pela resistência a percevejos (Silva, 2014).
Muitos outros genótipos de soja tem sido considerados promissores para o
melhoramento quanto à resistência ao complexo de percevejos, como as linhas
e a genealogia de Hucheson x IAC-100, IAC-100 x V71-370, ainda outros
genótipos como V00-0742, V00842, V99-1685, V00-0870 e PI 558040, foram
identificados como resistentes, seja pelo menor número de pontos de
alimentação e pela menor perda de peso de grãos registrados (Campos et al,
2010; Bansal et al, 2013). Em recente trabalho realizado no Brasil Silva et al.
(2013) reporta para o percevejo P. guildinii, 17 entradas de soja apresentando
resistência. Mortalidade de ninfas superior a 90% foram encontradas em dez
genótipos (PI 229358, PI 274454, L1-1-01, IAC 19, PI 171451, PI 227687, IAC
100, IAC 78-2318, PI 274453 e IAC 74-2832), e quatro genótipos (IAC 100, IAC
74-2832, PI 274453 e IAC 24) resultaram em aumento do comprimento dos
estádios ninfais, indicando expressão de resistência a P. guildinii (Silva et al.
2013). Para as entradas PI’s, ‘‘IAC 19,’’ ‘‘IAC 100,’’ e L1-1-01, os autores
sugerem que ocorreu alta mortalidade nos primeiros estágios ninfais por efeito
de antibiose, além disso, referem que fatores físicos como a inacessibilidade do
alimento pela maior distância que separa o grão da vagem podem também ter
contribuído com a mortalidade, uma vez que as ninfas mais jovens tem o
estilete curto (Khush, 1995; Panizzi e Silva, 2009). Alguns compostos
secundários são referidos como os prováveis responsáveis pelos efeitos de
mortalidade e alongamento de estágios ninfais de P. guildinii, como isoflavonas
como guinistina e daidzina, uma vez que reconhecido efeito de antibiose em
insetos, como relatado em PI 227687 para N. viridula (Puibelli et al, 2003).
Alguns efeitos são específicos e podem variar bastante para cada percevejo.
Algumas características peculiares da alimentação dos insetos
sugadores são importantes de serem descritas. Esses insetos possuem
modificações sofisticadas do seu aparelho bucal possuindo estruturas que
permitem picar e sugar. As peças bucais são compostas de um estojo com
estilete em forma de agulha com dois estiletes mandibulares e dois maxilares,
além de um canal salivar estreito que oferece saliva ao tecido da planta
perfurado (Chougule & Bonning, 2012). Os sugadores herbívoros podem ser
especializados em se alimentar do floema, xilema ou mesófilo, ou ainda,
podem se alimentar de uma combinação destes tecidos. Em geral, afídeos e
cigarrinhas alimentam-se, essencialmente, de floema, enquanto cercopídeos,
cicadelídeos e pentatomídeos de xilema e membracídeos de tecido
parenquimático (Bernays e Chaprnan, 1994; Chougule & Bonning, 2012). Esse
conhecimento se faz necessário para se constatar a expressão de algum
composto que confere defesa está disponível ao inseto alvo.
Em geral os efeitos de antibiose e antixenose contra percevejos tem sido
manifestado por efeitos de aleloquímicos das plantas com as isoflavonas,
plaseol e aformosina, por exemplo, além de ácidos fenólicos, fitoalexinas e
ainda a geração de espécies reativas de oxigênio que podem resultar em
injúrias oxidativas no inseto, quando acontece a sinalização pelo ácido
salicílico, na planta, relatado para afídeos (Rossetto et al, 1995; Smith & Boyko,
2007).
Os mecanismos de defesa química de plantas de soja contra A. glycines
se demonstrado também por altas concentrações de lignina nas folhas (Hu et
al. 1993). Outra possível relação direta com a ocorrência desse pulgão pode
ser devido à capacidade ou rápida incorporação de nitrogênio nos tecidos
parenquimáticos do vegetal e não disponibilização desses na seiva e essa
capacidade pode ser intrínseca ao cultivar, já que é de conhecimento que altos
teores de nitrogênio suportam maiores população de afídeos (Hu et al. 1992).
A defesa indireta conferida pelas plantas como a presença de nectários
extraflorais, e emissão de compostos orgânicos voláteis pelas plantas não
devem ser esquecidos como diferenciais que conferem resistência de plantas
na manutenção e atratividade de inimigos naturais que mantém em baixos
níveis de ataque de herbivoria. Parasitoides especializados, por exemplo,
fazem uso de pistas químicas para encontrar seus hospedeiros, enquanto
outros predadores ou generalistas, de forma global, localizam por indicadores
de qualidade nutricional (Vet & Dick, 1992; Peterson et al, 2006).O
comportamento de escolha e preferência dos insetos herbívoros pode ser
afetado muitas vezes por infoquímicos constitutivos, induzidos ou pela
presença de competidores (Dicke, 2000). A importância de estudos sobre as
minúcias que conferem esses tipos de resistência indireta devem ser também
considerados e isso é mais bem entendido quando se tem em vista a
complexidade de estímulos envolvidos na localização de hospedeiros, por
parasitoides, por exemplo.
Embora para alguns genótipos de soja a resistência ao pulgão da soja
tenha sido relacionado um único gene dominante (Kang, et al, 2008), muitos
outros estudos mostram a existência de locos controladores de características
quantitativas em genótipos (Chen, et al, 2006; Mensah et al, 2008). Enquanto
que a resistência a percevejos e produtividade são caracteres independentes
controlados por poligenes (Rosseto et al; Souza & Toledo, 1995; Bansal et al,
2013). Portanto, para se obter sucesso no desenvolvimento de linhagens
resistentes e com alto potencial produtivo é necessário que os programas de
melhoramento desenvolvam grande número de linhagens para serem avaliadas
sob alta população do inseto (Almeida et al, 1999). Estudos aplicados de Diaz-
Montano et al. (2006), onde a partir de experimento com 240 entradas de soja,
foram encontrados dois genótipos (K1639 e o Pioneer 95B97) com forte efeito
de antibiose e algum efeito de antixenose para afídeo, onze apresentaram
efeitos moderados de resistência.
Plantas transgênicas Bt, inicialmente não expressavam ou expressavam
baixas concentrações das proteínas Cry, na seiva. Em sua maioria acontecia
maiores teores de Cry no citoplasma dos tecidos verdes do vegetal. As
quantidades e locais de expressão na planta das toxinas Cry acontecem em
função de alguns fatores como o promotor gênico utilizado no processo de
transformação genética, além da variedade a ser melhorada e das condições
edafoclimátias (Torres et al, 2009). Com o avanço dos estudos, as plantas
passaram ter a presença de proteína Cry também detectável na seiva (Burgio
et al, 2007).
Embora isso, a maioria das Crys não apresenta efeitos nos insetos
sugadores. Hemípteros-praga, com peças bucais especializadas para sugar,
naturalmente pouco se expõem as toxinas Bt que são de bactérias do solo e
podem estar presentes nas superfícies das folhas, alguns autores falam
mesmo que o nicho ecológico de B. thuringiensis e desses insetos é diferentes
e comumente se alimentam de tecidos livres de germes (Porcar et al, 2009).
Assim, plantas transgênicas não teriam particularmente muito efeito sobre
esses insetos (Chougule & Bonning, 2012). Ao menos, baixos níveis de
toxicidade foram reportados contra pulgões (Walters, 1995; Porcar et al, 2009).
As ∂-endotoxinas Cry3A, Cry4Aa, Cry11Aa e Cyt1Aa exibiram de baixo a
moderado efeito sobre o afídeo Acyrthosiphon pisum, mas para obtenção de
efeito foi utilizado exaustivas quantidades e solução tampão (Porcar et al,
2009). Isso força uma condição que não vai acontecer naturalmente, as toxinas
são inativadas pelo pH do aparelho digestivo dos sugadores. Mas esses
resultados já indicam a possibilidade de existirem receptores capazes de se
ligar às proteínas. Agora, somente teria que ser solucionada a questão da
acidez. Creditando ainda possibilidades de controle de sugadores através das
toxinas produzidas pelos B. thuringiensis, existe um estudo que fez
caracterização molecular de proteína inseticida vegetativa (Vip – vegetative
inseticidal protein) produzida a partir de algodoeiro transgênico que reportou
atividade inseticida contra o pulgão do algodoeiro Aphis gossypii (Sattar & Maiti
2011). Esses estudos resultaram de trabalhos de seleção de toxinas com
abrangência mais genérica com efeito para lepidópteros e homópteros (Sattar
et al, 2008).
Novos caminhos além das toxinas Bt para produção de plantas
transgênicas com atividade contra insetos sugadores, tem sido pensados a
partir dos peptidomiméticos, as proteínas de fusão de toxinas e o RNAi (RNA
de interferência). Pelas maiores especulações que correm atualmente, será
mais detalhado o RNAi, que é um mecanismo de silenciamento gênico
desencadeado por RNA de fita dupla - RNAds (Fire et al, 1998).
Alguns trabalhos referem aos RNAds as propriedades de interferência
que realizam, como potente e específica (Fire et al, 1998; Price & Gatehouse,
2008; Whyard et al, 2009; Huvenne & Smagghe, 2010; Wang et al, 2013).
Recentemente estudos tem demonstrado que a ingestão de RNAds é uma
potencial ferramenta para o manejo de pragas (Bolognesi et al, 2012).
Os efeitos são a degradação pelos siRNAs (small interfering RNAs), de
maneira específica, de moléculas de mRNAs, cujas sequências sejam
homólogas a dos RNAds (Hannon, 2002). A inibição da tradução de moléculas
de mRNA alvo, pode ocorrer também, o que resulta na redução ou supressão
da expressão destes genes. Então, os insetos ao alimentarem-se de planta que
contenha o RNAi teriam uma determinada função suprimida (digestiva, ou
reprodutiva, por exemplo). Resta direcionar os estudos na identificação dos
genes que condicionam determinada função e a inserção precisa da
interferência (RNAi) na planta da qual o insetos iria se alimentar. A
especificidade é dada pela possibilidade de se silenciar um gene de uma
determinada espécie de inseto, sem silenciar o mesmo gene de uma espécie
não alvo (Fire et al, 1998; Terenius et al, 2011).
O manejo de insetos hemípteros com o uso do RNAi é apontado como
uma proposta futura (Chougule & Bonning, 2012; Bansal et al, 2013). Embora
não existam ainda trabalhos com a cultura da soja, já são vistos trabalhos com
cigarrinhas, pulgões e moscas brancas e esses apontam o silenciamento de
proteínas salivares essenciais para a digestão desses insetos, como forma
manejar esses sugadores (Jaubert-Possamai, 2007; Zha et al, 2011; Dong et
al, 2011; Pitino et al, 2011; Li et al, 2012; Thakur et al, 2014).
Outras toxinas como lectinas também são pensadas como formas de
manejar insetos hemípteros pragas, mas algumas barreiras devido à expressão
no produto final dessas proteínas, quando esse for destina ao consumo
humano ou animal in natura, já que é de amplo conhecimento a toxicidade
dessas lectinas a mamíferos (Chougule & Bonning, 2012). Mas algumas
apresentam-se mais específicas aos insetos e tem relativa segurança aos
outros organismos (Sauvion et al, 1996). Muitos trabalhos existem relatando
efeitos de manoses e galactoses contra afídeos e cigarrinhas em hortaliças,
fruteiras, feijões, arroz, entre outras, mas sobre a cultura da soja, constam
trabalho direcionado ao efeito das lectinas em lepdopteros (Sucka et al, 2005;
War et al, 2013). Sobre toxinas de plantas possíveis de se aplicar no controle
de insetos sugadores, pode-se obter maiores informações em Gatehouse
(2008); Chougule & Bonning (2012); Bansal et al. (2013).
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Manejo de insetos sugadores na cultura da soja:
manejo cultural
O manejo cultural preconiza a supressão e a destruição dos possíveis
disseminantes das pragas, o escape das culturas ao ataque potencial do inseto
e a regulação do crescimento da planta direcionado a menor suscetibilidade à
colonização de herbívoros. Trata-se da manipulação das condições de pré e
pós-plantio. Inclui procedimentos como a escolha da área para instalação da
cultura, época de plantio, sistema de cultivo, preparo do solo, adubação,
irrigação, destruição de plantas hospedeiras e de restos culturais.
Adubação. Sistemas de produção que utilizam adubos químicos de alta
solubilidade, geralmente promovem desequilíbrios nos teores e nas relações
entre conteúdos de minerais para fora da lavoura nas plantas. Um argumento
copioso, mas não por isso menos válido, sobre a relação nutricional da planta
com o descontrolado aumento populacional de herbívoros é apoiado na teoria
da trofobiose, de Francis Chaboussou. Considerada um dos pilares da
agroecologia a teoria da trofobiose (Chaboussou, 2006), diz que todo e
qualquer ser vivo só sobrevive se houver alimento adequado disponível para
ele. E dentro desse conceito uma planta só será atacada por insetos ou
microrganismos, quando tiver na sua seiva, o adequado alimento que eles
precisam. O uso de adubos minerais prontamente disponíveis à planta, quando
aplicados em quantidades superiores às necessidades e consumo da planta,
acaba interferindo na proteossíntese e no metabolismo de carboidratos,
levando a planta a acumular aminoácidos e açúcares redutores, nos tecidos e
na seiva elaborada, o que as torna mais suscetíveis ao ataque de pragas e
patógenos. Com isto, pode-se dizer que a planta ou suas partes são atacadas
à medida que seu estado bioquímico, determinado pela natureza e pelo teor
em substâncias solúveis nutricionais, corresponda às exigências das pragas e
patógenos (Chaboussou, 2006).
Nesse contexto, o que se intenciona, com a adubação do solo não é
somente a nutrição da planta, mas, sobretudo, a melhoria da alimentação do
solo e do sistema (Darolt e Neto, 2002).
A adubação com silício, em muitas culturas, tem sido testada e vem
apresentando resultados positivos como forma de induzir resistência ao ataque
de insetos. O silício é um elemento que embora não seja considerado essencial
às plantas, vem funcionando como um elemento benéfico, contribuindo na
redução de estresses bióticos e abióticos (Epstein, 2001; Goussain et al. 2002;
Gomes et al, 2009; Giongo e Bhonen 2011; Costa, 2012). Na cultura da soja, a
incidência de doenças tem tido respostas variáveis para adição de fontes de
cálcio e silício (Nolla et al, 2006). Trabalhos avaliando especificamente a
ocorrência de insetos frente a aplicação de silício dificilmente são encontrados,
embora seja reconhecido que esse elemento promove benefícios na qualidade
de sementes, produtividade além de participar da ativação de genes envolvidos
na produção de fenóis e enzimas relacionadas com os mecanismos de defesa
da planta contra patógenos e pragas. Apesar das informações relatadas sobre
as necessidades do elemento na fisiologia da planta, não existe estabelecida
recomendação de adubação com silício para a cultura da soja (Sfredo, 2008).
Manejo de plantas tigueras, época de plantio e diversidade de
plantas. Para efetivo manejo dos insetos sugadores que atacam a cultura da
soja é necessário o conhecimento de suas plantas hospedeiras e preferências.
Mas isso não é uma tarefa muito fácil, o percevejo verde, Nezara viridula, por
exemplo, é extremamente polífago, se alimenta de mais ou menos trinta
diferentes espécies, sendo sua maioria pertencentes as famílias Fabaceae e
Brassicaceae (Panizzi, 2007). O percevejo marrom, Euschistus heros,
alimenta-se de plantas cultivadas e tigueras envolvendo espécies das famílias
Fabaceae, Solanaceae, Brassicaceae, Asteraceae e Euphorbiaceae (Pinto &
Panizzi, 1994). Costumam ser parecidas as preferências alimentares das
outras espécies de percevejos que tacam a soja e eles são atraídos de maneira
geral, por leguminosas (Panizzi e Slansky Jr, 1985; Panizzi, et al, 2012).
Existem relatos de que no caso do verde-pequeno-da-soja, P. guildinii, as
anileiras, leguminosas nativas do gênero Indigofera (as Indigofera truxillensis e
I. suffruticosa são as mais comuns), atraem o inseto que permanece sobre
essas plantas no período de entressafras. Assim, podem-se eliminar os insetos
sobre as plantas, diminuindo a sua população antes que dispersem para a soja
(Correia-Ferreira & Panizzi, 1999). O uso dessas anileiras como plantas iscas
podem ser levado em consideração. Com esse percevejo existem trabalhos
mostrando performance biológica em Crotalaria com maior longevidade nessa
leguminosa em relação a soja, apenas com menor desempenho reprodutivo,
mas como consideração de possivelmente essa planta espontânea permitir
manutenção desses insetos na entressafra (Panizzi et al, 2002).
O percevejo verde-pequeno-da-soja tende ser uma praga que se
estabelece ao final da temporada, assim, o plantio antecipado e de variedades
precoces ajudam criar maior janela de plantio. Isso pode ajudar a controlar não
somente essa espécie, mas também as outras de comum ocorrência são
altamente móveis e seletivos e podem ficar isolados no campo em vagens
verdes remanescentes no campo. Esses percevejos costumam infestar
temporariamente campos que tem vagem verdes remanescentes, desse modo
campos plantados mais cedo tem chances de terem plena maturação de suas
vagens antes dos percevejos chegarem (Correia-Ferreira & Panizzi, 1999;
Askin et al, 2011).
Medidas de manejo dos percevejos através de iscas no campo feitas de
estopas de algodão fixadas em estacas embebidas em inseticidas associados
ao sal de cozinha são relevantes apresentadas na literatura. As estacas são
colocadas numa altura acima do dossel das plantas, o que(Correia-Ferreira &
Panizzi, 1999) faz os percevejos se deslocarem para este local, morrendo ao
entrarem em contato com o inseticida na estopa. As iscas podem ser
consideradas também estratégia de monitoramento. Sua fixação deve ser
preferencialmente nas margens das lavouras, onde ocorre a colonização da
lavoura (Correia-Ferreira & Panizzi, 1999). Essa sistemática adotada com
estopas pode também ser adaptada com faixas de plantas iscas como com as
referidas anteriormente anileiras.
E nessa linha de manejo, ao invés de simplesmente se eliminar as
plantas espontâneas, ou fazer uso isolado iscas ou plantas armadilha, pode-se
fazer manipulação combinada do ambiente cultivado. Isso pode ser através de
consórcios e estratégias que manipulem os semioquímicos voláteis da lavoura
e levem herbívoros-praga para fora da lavoura e isso é conseguido com
estratégias “push-pull”, que pode ser traduzido diretamente “empurra-puxa”,
mas costuma-se referir “atrai-repele”. O uso de semioquímicos no controle de
insetos-praga representa o modelo preconizado para a agricultura do futuro,
pela alta especificidade e por não apresentar efeito deletério às espécies não
alvo (Zarbin et al, 2009). Não existem exemplos para a cultura da soja, mas
alguns estudos com o milho no Kenia, na África, se tem bons resultados
utilizando essa estratégia de controle (Khan et al, 2008a; Khan et al, 2008b,
Khan et al, 2011; Khan et al, 2014). Outros países também tem obtido êxito
com essa estratégia com outras culturas e dentre essas se tem o algodão,
sorgo, tomate e outros também tiveram bons resultados (Meats et al, 2012;
Zhang et al 2013).
É de conhecimento geral, que o aumento da diversidade de plantas
cultivadas em consórcio e uso de cobertura verde podem propiciar mais opções
de fonte alimentar para inimigos naturais, e ainda conferir maior resiliência na
ocorrência de perturbação do equilíbrio nas populações de herbívoros
presentes no agroecossistema. A uniformidade funcional dos ecossistemas,
com maior abundância, riqueza e regularidade de inimigos naturais, em
campos de cultivo orgânico, por exemplo, apresentam mais efetivo controle de
pragas (Crowder et al, 2010). Vários estudos tem mostrado o aumento da
abundância de inimigos naturais em sistemas orgânicos de cultivo, seja em
grandes culturas ou olerícolas (Fuller et al, 2005, Crowder et al, 2010,
Gnanakumar et al, 2012). Em a soja em sistema de cultivo consorciado com
milho apresentou maior o número de insetos inimigos naturais Geocoris sp.,
Lebia concina, Orius sp., Braconidae e Scelionidae , assim como em sistemas
onde se apresentava área de interface com florestas o número e distribuição de
inimigos naturais tendeu aumentar (Cividanes & Barbosa, 2001; Cividanes e
Santos-Cividanes, 2008).
Conclusão
A produção de compostos de defesa pelas plantas pode sofrer muitas
variações do ambiente sob o qual são cultivadas. Estudos sugerem alterações
no conteúdo de isoflavonas com a temperatura (Carrão-Panizzi & Kitamura,
1995), e ainda outros fatores poder gerar variações, como adubação, umidade
e outros. Por isso, pareceu incompleto em alguns trabalhos recentes, como o
de Silva et al. (2013), por exemplo, a apresentação somente da resposta
biológica dos insetos alimentados nos genótipos. Poderia ter fracionado, e
quantificado os compostos das plantas usadas, para constatação dos efeitos
na biologia do percevejo verde pequeno das referidas isoflavonas isoladas. A
expressão de compostos secundários seja de toxinas, quando utilizada a planta
para alimentação e acompanhamento da resposta biológica no inseto, quando
comprovada e quantificada, assegura maior respaldo ao estudo. Análises dos
teores de proteínas das vagens, das diferentes entradas, poderiam ter sido,
também, apresentadas pelo autor já que foi relatado que para N. viridula teores
desse nutriente se mais altos podem aceleram o metabolismo encurtando os
instares imaturos desses insetos, estimulando a fisiologia neuro-hormonal, que
provoca mais rápido processo de muda nas ninfas (Calhoun et al, 1988).
As muitas formas de resolver o dilema da localização dos hospedeiros
de parasitoides de ovos de percevejos ocorrentes na cultura da soja foram
apresentadas em revisão por Conti e Colazza (2012). E isso está inteiramente
ligado à complexidade das relações ecológicas e é um critério a ser lembrado
quando se quer caracterizar resistência de plantas em um programa de
melhoramento. Tem faltado, em trabalhos no Brasil, avançar na transgenia com
insetos hemípteros e a utilização das ferramentas como o RNAi.
Nenhuma forma de controle isolada é panacéia no manejo de pragas,
ainda que o melhoramento de plantas forneça excelente controle, deve-se ter
em vista que se trata de um componente do manejo integrado de pragas e
devido à pressão de seleção. Ainda para plantas melhoras convencionalmente,
deve-se lançar mão de ferramentas de manutenção da cultivar como áreas de
refugio e monitoramento da ocorrência de pragas para se tomar medidas
alternativas e manejar a ‘‘evolução’’ da resistência dos insetos em campo,
maior atenção deveria ser dada a esta medida de conservação das cultivares.
O manejo cultural específico para a soja limita-se ao controle de plantas
daninhas hospedeiras nas entre safras, antecipação da época de plantio com
variedades precoces e, remoção dos insetos em dormência na palhada e
restos culturais. Mas na prática, o que se tem visto com uso intensivo da terra,
empregos de culturas de sucessão, onde a maioria das culturas hospedam
pragas em comum, é que fica muito difícil de serem empregadas medidas
profiláticos. Como principal medida a manipulação da paisagem e uso de
semioquímicos vegetais para se reduzir a necessidade de aplicações de
inseticidas químicos com função curativa deveriam ser mais incentivadas.
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