protocolo do seminário de pré-socráticos (2006)

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Protocolo do seminário de pré-socráticos 2006 I Depois de uma breve apresentação dos participantes, iniciamos o seminário, explicando a modalidade do ensino, aprendizagem e pesquisa que recebe o nome de seminário. O seminário no estudo superior de filosofia, não é bem o que se denomina usualmente de seminário, por exemplo, nas páginas dos jornais, quando se notifica: “Realizou-se ontem na Católica um seminário sobre gestão e formação dos gestores numa organização moderna do ensino superior”. No estudo superior de filosofia, o seminário, talvez até mesmo mais do que a preleção, perfaz o coração, o centro do nosso trabalho do estudo.Quem se dedicou de corpo e alma, ao menos uma vez, ao trabalho artesanal de um seminário bem feito, começará a experimentar o gosto e as vicissitudes, a ventura e a aventura do trabalho operário intelectual. O seminário é a oficina do trabalho intelectual. A palavra seminário vem do latim seminarium que designa ao mesmo tempo o campo, o canteiro, o terreno onde se semeia e o próprio trabalho de preparação do terreno, a ação de semear, a semeadura e o cuidado no crescimento lento das sementes. O terreno, somos nós. As sementes são o saber, o pensamento e a nossa própria transformação na idade madura da identidade inter-lectual 1 . A semeadura é o nosso trabalho paciente e tenaz, cuidadoso e afeiçoado nesse crescimento.Muitas vezes chama-se também de seminário o lugar onde se realizam as reuniões do seminário. Em geral, nas universidades antigas, esse lugar é formado de duas ou três salas. Numa sala se acha uma biblioteca especializada, mesas e cadeiras onde o estudante num absoluto silêncio pode estudar e se reunir na hora do seminário; uma outra sala contígua à primeira acima mencionada é a sala do assistente. Este trabalha ali o dia todo e está à disposição dos estudantes para as consultas. E por fim uma terceira sala, onde o professor trabalha e recebe os estudante para orientação. Esse conjunto é por assim dizer uma espécie de pequena oficina, especializada no trabalho e é por isso que serve também para representar, de modo geral, a secção da disciplina universitária de um professor catedrático. Assim se chama também de seminário o departamento de uma disciplina universitária. Em geral, o como realizar o trabalho de um seminário difere de professor para professor. Explicou-se também que o relacionamento mútuo entre estudantes entre si e entre estudantes e os professore assume uma tonalidade e forma todo própria. Aqui não há propriamente o modo de ser hierárquico de quem ensina e quem aprende. Há certamente diferenças entre a experiência do trabalho da filosofia de quem andou mais tempo no caminho da labuta da aprendizagem na filosofia e de quem possui menos experiência nela. Mas como a filosofia em última instância diz referencia à vida, todos participamos a seu modo do mesmo. Assim, todos que participamos do seminário, formamos uma comunidade fraternal de busca ao redor de um determinado tema da filosofia, unidos no inter-esse da busca da verdade em mútuo apoio, mútuo questionamento e troca de idéias e experiências. 1 Intelectual, intelecto em latim intellectualis, intellectus, vem do verbo interlegere = inter+legere: inter = entre; legere = ler: interlegere significa ler entre as linhas. Intelecto é a força, ou vigor humano que sabe ler entre as linhas dos acontecimentos. Vê, percebe para além das superfícies das coisas.

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Depois de uma breve apresentação dos participantes, iniciamos o seminário, explicando a modalidade do ensino, aprendizagem e pesquisa que recebe o nome de seminário.

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  • Protocolo do seminrio de pr-socrticos

    2006

    I

    Depois de uma breve apresentao dos participantes, iniciamos o seminrio, explicando a modalidade do ensino, aprendizagem e pesquisa que recebe o nome de seminrio. O seminrio no estudo superior de filosofia, no bem o que se denomina usualmente de seminrio, por exemplo, nas pginas dos jornais, quando se notifica: Realizou-se ontem na Catlica um seminrio sobre gesto e formao dos gestores numa organizao moderna do ensino superior. No estudo superior de filosofia, o seminrio, talvez at mesmo mais do que a preleo, perfaz o corao, o centro do nosso trabalho do estudo.Quem se dedicou de corpo e alma, ao menos uma vez, ao trabalho artesanal de um seminrio bem feito, comear a experimentar o gosto e as vicissitudes, a ventura e a aventura do trabalho operrio intelectual. O seminrio a oficina do trabalho intelectual. A palavra seminrio vem do latim seminarium que designa ao mesmo tempo o campo, o canteiro, o terreno onde se semeia e o prprio trabalho de preparao do terreno, a ao de semear, a semeadura e o cuidado no crescimento lento das sementes. O terreno, somos ns. As sementes so o saber, o pensamento e a nossa prpria transformao na idade madura da identidade inter-lectual1. A semeadura o nosso trabalho paciente e tenaz, cuidadoso e afeioado nesse crescimento.Muitas vezes chama-se tambm de seminrio o lugar onde se realizam as reunies do seminrio. Em geral, nas universidades antigas, esse lugar formado de duas ou trs salas. Numa sala se acha uma biblioteca especializada, mesas e cadeiras onde o estudante num absoluto silncio pode estudar e se reunir na hora do seminrio; uma outra sala contgua primeira acima mencionada a sala do assistente. Este trabalha ali o dia todo e est disposio dos estudantes para as consultas. E por fim uma terceira sala, onde o professor trabalha e recebe os estudante para orientao. Esse conjunto por assim dizer uma espcie de pequena oficina, especializada no trabalho e por isso que serve tambm para representar, de modo geral, a seco da disciplina universitria de um professor catedrtico. Assim se chama tambm de seminrio o departamento de uma disciplina universitria. Em geral, o como realizar o trabalho de um seminrio difere de professor para professor.

    Explicou-se tambm que o relacionamento mtuo entre estudantes entre si e entre estudantes e os professore assume uma tonalidade e forma todo prpria. Aqui no h propriamente o modo de ser hierrquico de quem ensina e quem aprende. H certamente diferenas entre a experincia do trabalho da filosofia de quem andou mais tempo no caminho da labuta da aprendizagem na filosofia e de quem possui menos experincia nela. Mas como a filosofia em ltima instncia diz referencia vida, todos participamos a seu modo do mesmo. Assim, todos que participamos do seminrio, formamos uma comunidade fraternal de busca ao redor de um determinado tema da filosofia, unidos no inter-esse da busca da verdade em mtuo apoio, mtuo questionamento e troca de idias e experincias.

    1 Intelectual, intelecto em latim intellectualis, intellectus, vem do verbo interlegere = inter+legere: inter = entre; legere = ler: interlegere significa ler entre as linhas. Intelecto a fora, ou vigor humano que sabe ler entre as linhas dos acontecimentos. V, percebe para alm das superfcies das coisas.

  • No nosso seminrio de pr-socrticos vamos ler textos de um dos maiores pensadores pr-socrticos, denominado Herclito. Concentraremos sobre textos desse pensador, como que a modo de uma leitura exemplar, i., tomamos Herclito como um eminente exemplar, ou melhor, representante dos outros pr-socrticos. Se aprendermos a ler esse autor, ento aprendemos atravs da leitura de seus textos, a ler outros pr-socrticos.

    Vamos ler juntos os textos de Herclito. Palavra por palavra, frase por frase, devagar. Essa leitura, a fazemos juntos. Mas, ao mesmo tempo, cada qual o faz em particular, e isto na medida do possvel, sempre e em toda a parte. Desse modo, vamos experimentar na carne, a chateao, a dificuldade de insistir, o tdio e o duro trabalho de tomar iniciativa de atacar o texto, sem que consigamos nos evadir de um no compreender e um no saber cada vez mais premente e denso. a experincia do empenho e desempenho chamados corpo a corpo com a compreenso de um texto filosfico no familiarizado conosco. E agora ateno! O resultado desse esforo, talvez para voc duro e adverso, no tanto de imediato, tornar-se mais rico em informaes. Mas sim de criar em voc a musculao de resistncia e agilizao do seu intelecto para que voc assimile dentro de voc uma fora, uma habilidade de, mais tarde, tambm em outras matrias e disciplinas e principalmente nos problemas e nas questes da sua existncia adquirir capacidade de penetrao nos pensamentos, no usuais, mais difceis e profundos.

    Antes de entrarmos no trabalho da leitura de Herclito, foi proposto usarmos esta reunio do dia 07 e a do 08 como uma espcie de introduo geral, na qual tentamos sentir a importncia e o significado da grecidade, i. , do vigor do esprito grego na nossa atualidade, hoje. Assim, mo de duas apostilhas, falou se do que Karl Jaspers denominou de tempo do eixo, referindo-se ao evento caracterizado pelo despertar de toda a humanidade para o esprito, o qual como um sopro vivificador percorreu ao redor da terra, atingindo sia e Europa. Nesse despertar da humanidade ao esprito, atravs doso gregos e neles, esse sopro do esprito recebe um cunho todo prprio que por assim dizer deslancha a nossa civilizao ocidental, hoje tecnolgica, da qual todos ns, queiramos ou no, participamos, seja na sia, Oceania, frica ou Amrica do Sul.

    O texto da apostila, lido e comentado, foi o de Karl Jaspers.

    O texto: A novidade desta poca se constitui no fato de que nos trs mundos o homem se eleva conscincia da totalidade do ser, de si mesmo e de seus limites. Sente a terribilidade do mundo e a prpria impotncia. Formula perguntas radicais para si prprio. Aspira, desde o abismo, libertao e salvao; enquanto toma conscincia de seus limites, prope-se a si mesmo as finalidades mais altas. E, enfim, chega a experimentar o incondicionado, tanto na profundidade do prprio ser, como na claridade da transcendncia. Isto resulta da reflexo. Um dia a conscincia se faz consciente de si mesma, o pensamento se volta para o pensamento e o faz seu objeto. Produzem-se combates espirituais pelo intento de convencer os demais mediante reflexes, raciocnios, experincias. Ensaiam-se as posies mais contraditrias. A discusso. A formao de partidos, a diviso do espiritual, cujas partes, no obstante, relacionam-se entre si na forma de contraposio, geram inquietude e movimento at lidar com o caos espiritual. Nesta poca constituem-se as categorias com as quais pensamos, e se iniciam as religies mundiais das quais vivem os homens ainda hoje. Em todos os sentidos, os homens se pem de p no universal. Em virtude deste processo, as concepes, os costumes, as situaes so submetidas a exame e prova, postas em questo, dissolvidas. Tudo cai no vrtice. O que da substncia transmitida

  • tradicionalmente estava vivo at ento na realidade foi esclarecido em suas manifestaes e de modo transmudado (Karl Jaspers, Origem e mtodo da histria).

    Alguns pontos destacados e comentados em conjunto:

    - Tempo do eixo significa um perodo de tempo que se torna como que eixo, centro ao redor do qual formam crculos concntricos de pocas sucessivas que recebem desse centro novos impulsos e que voltam de alguma forma a ele como fonte de inspirao e de motivao. Esse eixo ento d s pocas sucessivas uma unidade e continuidade.

    - Karl Jaspers fala do tempo-eixo na histria. Trata-se de um estranho evento sucedido pelos anos 800-500 a. C., uma espcie de onda de vitalizao humana que corre ao redor do mundo habitado como despertar do esprito. Mas na Europa, esse despertar do esprito recebe um cunho todo especial. Quem deu esse cunho todo prprio e especial que desde ento caracteriza o Ocidente, foi o empenho grego que compreendeu o esprito j acordado em vrios lugares (cf. p. ex. no Oriente) de um modo sui generis.

    - O movimento do acordar do esprito chamado o tempo do eixo atingiu 3 reas: ndia, China e Ocidente (Gregos e Judeus), do ano 800 a 200 a.C. Na China: Confcio; Lao-Tzu e Chuang-Tzu; ndia: Upanischads; Buda; Ir: Zaratustra; Palestina: Profetas; Grcia: Homero; Parmnides, Herclito, Plato; Sfocles, Tucdides e Arquimedes.

    - Nesse evento, tratava-se de grande irrupo: crise ruptura e surgimento do novo. Despertar. Caractersticas: cidades-estados; a existncia humana se converte, como histria, em objeto de reflexo; conscincia da extraordinariedade do presente; conscincia de ser tardio; sentimento de catstrofe; desejo de reforma. Do mito ao logos.

    Na troca de idias que se fez para captar com maior concreo de que se tratava, tentou-se caracterizar esse despertar como uma tomada de conscincia, como espanto, como despertar ou acordar de um estado de letargia. Esse despertar, no entanto, no processo de uma simples evoluo, mas um evento, um acontecer que irrompe na humanidade como iluminao antes no existente, um nascer para dentro de uma nova dimenso, um abrir-se para uma nova histria da humanidade.

    - Surge tambm a experincia do tempo, como histria. O tempo no seu ser no mais a contnua permanncia numa espcie de imerso na sucesso natural e repetida de situaes dadas e recebidas, mas sim um destinar-se para uma meta, sob o vigor de uma deciso de busca e de conquista a ser responsabilizada. No se mais apenas vivido, mas se vive, se faz e se perfaz como num destinar-se de si mesmo. A histria assim no uma sucesso linear de acontecimentos que deixo para traz como o que j era, a espera do que vir, sem nada poder fazer a no ser passivamente esperar, mas sim cada vez de novo uma retomada do incio, para sempre mais e cada vez de novo, recolocar o toque do inicio para profundidade e imensido da sua possibilidade, e a partir dessa renovao e revigoramento da sua potncia de origem, abrir novos horizontes de busca e conquista.

  • II

    O que hoje no Ocidente denominamos de esprito herana desse acontecimento do tempo de eixo, chamado o despertar do esprito, o qual atravs dos gregos recebeu um carter todo prprio. As caractersticos todo prprias do esprito cunhado pelos gregos, ns estudamos na apostilha das explicaes de H. Rombach.

    Depois de assim atravs da apostilha da interpretao que Rombach faz do esprito grego, usamos mais uma apostilha, onde Rombach atravs da interpretao do mito de Ulisses e da sua odissia, que mostra por dentro a estrutura interna da dinmica desse esprito que um movimento de um deslanchar-se para expanso e progresso do seu vigor, na busca do saber e poder, se afasta do seu toque inicial, e continuamente atrado para o retorno sua origem. Esse movimento do afastamento da origem e a viagem de retorno simbolizado pela dinmica bipolar Ulisses-Penlope. Os riscos e perigos dessa odissia indicam as etapas de crescimento e maturao, nas quais o esprito deve enfrentar e se confrontar com as foras ambguas e antagnicas existentes nele mesmo.

    III

    Depois desse estudo prvio, no qual tentamos captar o modo de ser do esprito grego, que no fundo o modo de ser do esprito ocidental, portanto o modo de ser do subterrneo de hoje, iniciamos a leitura dos fragmentos de Herclito atravs do comentrio feito por M. Heidegger de duas estrias que relatam dois episdios da vida de Herclito como Pensador. Herclito como Pensador representa o ser humano que ainda est na plenitude do vigor originrio do esprito grego, do qual ento surgiu a Filosofia e o seu progressivo afastamento dessa origem pr-socrtica na Histria da Filosofia. Nas duas estrias trata-se de relatar como o Pensamento e correspondentemente tambm a Filosofia so considerados pelo modo de ser usual e comum da humanidade. E ento como Herclito ao dirigir palavras ao pblico faz ver que a atitude, a impostao do pblico e da opinio usual no consegue captar o piv da questo, no pega a essncia, o modo de ser prprio do pensamento, pensador, da filosofia e do filsofo.

    Ler na apostilha as duas estrias relatadas em grego e logo em traduo. A primeira estria comea Diz-se (numa palavra) .. : Mesmo aqui, os deuses tambm esto presentes. A segunda comea: Dirigiu-se, porm, ao santurio Seus infames, o que esto olhando aqui to espantados? No melhor fazer o que estou fazendo do que cuidar da polis junto com vocs?

    As duas estrias so semelhantes. Mas so tambm diferentes. E se as lermos com maior profundidade, veremos que as duas estrias dizem o mesmo. (Em filosofia distinguimos mesmo de igual. Igual cujo smbolo = s se usa na aritmtica: 2 + 3 = 5. Na realidade, mais concreto do que nmero, onde se trata de coisa concreta, da vida, da alma, do esprito etc. usamos o termo mesmo).

    Semelhantes: Em ambas as estrias h o observado e os observadores, o julgado e os julgadores.

  • A semelhana est, pois, num nvel geral. No nvel geral no se diz muita coisa. Apenas se diz que havia observador e seu objeto, o observado e que este um e os observadores so muitos. Quando analisamos a realidade mais de perto que comeamos a perceber as diferenas. So as diferenas que nos do a identidade concreta de cada um. O geral, entendido como o comum formal da generalizao classificatria em uso nas cincias positivas, no capta o sentido prprio da totalidade, a no ser na unidimensionalidade quantitativa. A densidade qualitativa, como totalidade uni-versa, portanto universal, lhe escapa de suas malhas por ser elas grossas e geomtricas demais.

    Diferenas: O observado, o julgado Herclito, o pensador. Sua reao diante dos seus observadores cada vez diferente. Na primeira estria acolhedora, convidativa. Na segunda, de rejeio. Na primeira estria o pensador se acha na banalidade ordinrio do forno; na segunda no extraordinrio do santurio de rtemis. Na primeira, o pensador est junto do ordinrio do forno e quer nos mostrar que ali que est o extraordinrio. Na segunda, mostra que a busca da deusa rtemis como o engajamento pela polis de tal seriedade e necessidade que, ao visitar a divindade para entrar no engajamento pela polis, o pensador deve e pode aprender essa seriedade e necessidade, jogando dardos com as crianas. E que a seriedade e a necessidade dos efsios, seus conterrneos, na realidade so vazias, aparentes, sem realidade vigorosa de cidados verdadeiros de uma polis, e assim eles so apenas politiqueiros, por que negligenciam e ignoram o pensar a nica cincia e a nica ao que desperta, revela e traz luz a essncia, o vigor de fundo da poltica e da religio.

    Observadores, numa estria so os curiosos com interesses no compromissados, desocupados; noutra, cidados provavelmente dedicados poltica, com interesses compromissados

    Ambas as estrias dizem o mesmo:

    Falam da diferena entre o modo de ser e pensar do pensador (pensamento) ou do filsofo (filosofia) e o modo de ser e do pensar da opinio pblica, o usual e comum. Em que consiste essa diferena num sentido mais profundo e determinado no aparece de modo mais temtico nessas estrias. Para isso, devemos estudar e analisar outros fragmentos detalhadamente, o que queremos fazer nos seguintes encontros desse nosso seminrio.

    IIIIIIAmbas as estrias dizem o mesmo: