propostas de ateliês/atividades

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Junta de Freguesia de Alcabideche/Interrupções Letivas/2013/14 1 Propostas de Ateliês/Atividades Espreitar é o que fazemos quando os nossos olhos são maiores que o mundo. Mundo é uma bola tão grande que se torna difícil jogar com ela. Querer é obrigar os desejos a fazer ginástica. História é o que se conta mesmo que não tenha acontecido. (Eugénio Roda) Não demoramos mesmo nada”… e “não fazemos nada de especial”… “Há dias em que nos apetece caminhar devagarinho, a ver tudo, distraído”. Por exemplo, “ver uma minhoca a trepar um muro, aflita”. Ter sempre tempo e ter tempo é muito bom. Tempo para contar buracos na calçada… para só pisar as pedras brancas… para andar em frente… para me esconder numa esquina. Pois… Porque andar por aí é bom e dizem que só faz bem! Até já ouvi o meu avô dizer isso à minha mãe”! (Isabel Minhós) Todos nós temos curiosidades, interesses, algo que gostávamos de saber, que ainda não sabemos, e algo que já sabemos, mas gostávamos de saber um bocadinho mais. As crianças também são assim e ainda mais! Têm uma curiosidade do tamanho do mundo, sempre com muitas perguntas para fazer, algumas respostas para dar e poucas hesitações no que toca a descobrir. De modo, a ir ao encontro desta imensa vontade de descobrir, explorar e de mais querer saber, o tema a desenvolver nas Interrupções letivas/AAAF/CAF é A Alice do Outro lado do Espelho.O que será que existe do outro lado do espelho? Entre trocadilhos, rimas e palavras escritas “de pernas para o ar”, numa língua que desconhecemos. Que baralhação! “Ora, é um livro dos espelhos, está claro! E se eu voltar para o espelho? Será que as letras ficam como deve ser? Achas que é possível viver de frente para trás? E memórias que funcionam nos dois sentidos? No mundo da Alice isto e muito mais, é possível! Tendo como base este tema, vão ser dinamizados vários ateliês, que abordam diferentes áreas/domínios tendo como ingrediente principal, desplotar a curiosidade e a magia, indo sempre ao encontro dos interesses e escolhas das crianças.

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Junta de Freguesia de Alcabideche/Interrupções Letivas/2013/14

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Propostas de Ateliês/Atividades

“ Espreitar é o que fazemos quando os nossos olhos são maiores que o mundo.

Mundo é uma bola tão grande que se torna difícil jogar com ela.

Querer é obrigar os desejos a fazer ginástica.

História é o que se conta mesmo que não tenha acontecido”. (Eugénio Roda)

“Não demoramos mesmo nada”… e “não fazemos nada de especial”… “Há dias em

que nos apetece caminhar devagarinho, a ver tudo, distraído”. Por exemplo, “ver uma

minhoca a trepar um muro, aflita”.

Ter sempre tempo e ter tempo é muito bom. Tempo para contar buracos na

calçada… para só pisar as pedras brancas… para andar em frente… para me esconder

numa esquina.

Pois… Porque andar por aí é bom e dizem que só faz bem!

Até já ouvi o meu avô dizer isso à minha mãe”! (Isabel Minhós)

Todos nós temos curiosidades, interesses, algo que gostávamos de saber, que ainda

não sabemos, e algo que já sabemos, mas gostávamos de saber um bocadinho mais.

As crianças também são assim e ainda mais! Têm uma curiosidade do tamanho do

mundo, sempre com muitas perguntas para fazer, algumas respostas para dar e

poucas hesitações no que toca a descobrir.

De modo, a ir ao encontro desta imensa vontade de descobrir, explorar e de mais querer

saber, o tema a desenvolver nas Interrupções letivas/AAAF/CAF é “A Alice do Outro lado do

Espelho.”O que será que existe do outro lado do espelho? Entre trocadilhos, rimas e

palavras escritas “de pernas para o ar”, numa língua que desconhecemos. Que

baralhação! “Ora, é um livro dos espelhos, está claro! E se eu voltar para o espelho?

Será que as letras ficam como deve ser? Achas que é possível viver de frente para trás? E

memórias que funcionam nos dois sentidos? No mundo da Alice isto e muito mais, é possível!

Tendo como base este tema, vão ser dinamizados vários ateliês, que abordam diferentes

áreas/domínios tendo como ingrediente principal, desplotar a curiosidade e a magia, indo

sempre ao encontro dos interesses e escolhas das crianças.

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Adequaremos sempre um espaço que ofereça atividades e projetos diferenciados e

diversificados, promovendo a ludicidade, o bem-estar e a segurança de todas as

crianças.

Tentaremos respeitar o mais possível o cumprimento das nossas intenções/ propostas

apresentadas e planeadas.

São estas iniciativas que nos ajudam a continuar a criar e recriar toda a proximidade

que existe com a comunidade em geral, e também com a educativa, facilitando assim,

o crescimento e o desenvolvimento harmonioso das “nossas crianças”.

Quando terminar a nossa atividade, pedimos às famílias que respondam aos

nossos questionários, para assim percebermos e avaliarmos a nossa dinâmica e se a

nossa atividade é adequada, pois só assim, poderemos melhorar com a vossa

participação e intervenção construtiva. Podem devolver os questionários, aos técnicos

de referência ou na secretaria da Junta, à coordenadora geral.

Brincar por aqui…

Brincamos livremente… lá dentro ou cá fora. Com areia ou com água, com triciclos,

trotinetes ou bicicletas, com jogos ou brinquedos. Às vezes dividimo-nos. Outras

vezes não. E jogamos… às vezes muito a sério! Sozinhos ou em equipa. Igualmente,

brincar por aí… é um espaço privilegiado para a brincadeira, encontro e

convivência, em companhia dos amigos ou sozinhos. Onde surgem interações que

assentam na relação da criança entre pares e criança-adulto e criança-comunidade,

educando o olhar, a fim de rompermos com as relações verticalizadas e passando a

construírem-se relações em que adultos e crianças compartilham amplamente a

sua experiência de viver.

Passear por ali…

Vamos passear a parques infantis, jardins, conhecer os moinhos que fiquem perto de

nós, no fundo conhecer as redondezas.

Todos juntos.

Vamos descobrindo lugares…despertando sentidos, sensibilidades e interrogações…

Explorar mais além…

Primeiro devagar... Depois depressa...a correr... A saltar... Entre passadas grandes e

pequenas... De olhos no chão ou no céu... Vamos explorar e desvendar, cada pedaço de

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tudo e mais alguma coisa em nosso redor. Às vezes vamos mais longe, outras vezes mais

perto… no autocarro da Junta ou no autocarro da Scott, outras vezes a pé… outras de

burro… Vamos a outras escolas, museus e outros lugares divertidos.

Experimentar… aqui ou ali ou mais além…

Orientados ou não, observamos e exploramos o meio envolvente na nossa escola ou

fora dela… Quando saímos, trazemos folhas e flores, quem sabe? Podemos fazer um

herbário! Paus e galhos, pedras bonitas e diferentes, estas parecem que falam

connosco! Podemos até fazer uma mini floresta e outras coisas que a natureza nos

mostre e que possamos descobrir. Construir e inventar fazem parte das brincadeiras das

nossas férias.

Noutros momentos, cozinhamos doces e guloseimas e comemo-las… E que saborosos!

Aromas que sabem muito bem e sabores que cheiram ainda melhor!

E como não podia deixar de ser… “Uma pitada de arte” - O que é isto da arte? Qual

é o seu sabor? E o seu cheiro? Esse é o grande desafio! Descobrir as respostas a estas

perguntas...experimentando… e brincando com a “arte”... desafiando-a... sentindo-a...

observando-a... saboreando-a... cheirando-a...a pegar nela e a moldá-la... Amassá-la...

pintá-la...rabiscá-la e “sarapintá-la”... A fazer dela o que bem quiser e lhe apetecer.

Depois, de muito criar e magicar, tudo “desmanchar” e voltar a inventar.

No fim, quando estivermos totalmente envolvidos e embrenhados nela, descobrir que

isto da arte, apesar de não ser assim tão simples, não é nada estranha! Sabem porquê?

Porque conseguimos vê-la com olhos de ver! E com a música? Brincamos…

Cantarolamos e viramo-la do avesso!

Através da expressão dramática, fingimos ser alguém que não somos ou queríamos

ser. E vestimo-nos, pintamos caras e unhas, colocamos cabeleiras e chapéus de todos os

tamanhos e medidas, aproveitamos máscaras que fizemos na plástica e que usamos

agora! Representamos personagens como a bruxa má… a bailarina, ou a princesa e o

herói? Ah! esse aparece quase sempre no fim!

No movimento, corremos, pulamos, “pinoteamos”, agachamo-nos, serpenteamos,

saltamos ao pé-coxinho e por vezes escondemo-nos ou ficamos quietinhos.

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E quem sabe até desenhar com o corpo – dobrar, esticar, torcer, balançar, saltitar,

movimentos lentos, outros rápidos. Percebermos o espaço que ocupamos, enfim

movimentos que se multiplicam. Vale a pena experimentar!

E lá vai Um cheirinho de história… Hum... Que bem que cheira... Cheira a

história fresquinha, acabadinha de sair! E é assim que gostamos de histórias,

crepitantes e saltitantes! Vamos envolver-nos num mundo onde tudo é possível!

Desafiando emoções, desejos, visões que insistentemente nos convidam a deixar-nos

seduzir pela magia da fluidez onde o sonho e a fantasia são possíveis. Histórias à

medida, vindas por correio, de gavetas ou maletas, da família, do nosso imaginário no

fundo, vamos recordar histórias que não podem ser esquecidas.

A comunicação, a escuta, e o registo acontecem… e assim surgem mil e um projetos.

Mistura de aromas e sabores… Um laboratório a transbordar de cor e

sabor...aromas que sabem muito bem e sabores que cheiram ainda melhor... Neste

laboratório, entre colheres, tigelas, e muitos outros ingredientes, vamos brincar, à

medida que vamos experimentando. Vamos assim, descobrir ingredientes, aromas e

texturas, ou seja pôr todos os sentidos de alerta! Depois, lanches animados, vamos

saborear, cheios de memórias e de afetos! E afinal através dos alimentos também nos

vamos expressar.

Vamos abrir as janelas das oportunidades dando primazia ao diálogo, valorizando a escuta

ativa da voz das crianças, viver dos sentidos, da exploração e estando atentos a todos os seus

sinais…permitindo assim, ampliar o território do imaginário pedagógico e aproveitar todos os

espaços existentes, diluindo fronteiras e aumentando o “espaço de fazer educação”.

O diálogo, o bem-estar, o envolvimento acontecem naturalmente. O espaço torna-se

heterogéneo, plural e diverso, rico em desafios…

Estes são os ingredientes da receita das nossas férias. Depois basta misturar tudo

muito bem, e para finalizar, adicionar uma mão cheia de curiosidade e de criatividade, um

bocadinho de imaginação e aqui está o resultado final, umas férias muito bem passadas e

cheias de ação!