projeto - arslvt.min-saude.pt · projeto 1304 crianças. número corrigido face às matrículas...

13
Projeto Promoção do Sucesso Escolar no Médio Tejo: a correção de problemas de acuidade visual e auditiva Ano letivo 2016-17 Relatório final (elaborado pela Enfª Ana Gonçalves) Agosto, 2017

Upload: doandat

Post on 28-Jan-2019

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Projeto - arslvt.min-saude.pt · projeto 1304 crianças. Número corrigido face às matrículas efetivamente concretizadas no início do ano letivo, sendo que o seu número se revelou

Projeto

Promoção do Sucesso Escolar no Médio Tejo:

a correção de problemas de acuidade visual e auditiva

Ano letivo 2016-17

Relatório final

(elaborado pela Enfª Ana Gonçalves)

Agosto, 2017

Page 2: Projeto - arslvt.min-saude.pt · projeto 1304 crianças. Número corrigido face às matrículas efetivamente concretizadas no início do ano letivo, sendo que o seu número se revelou

2

Instituição promotora

Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT)

Conceção e elaboração do projeto

Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo (USP-MT)

Instituições parceiras

Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT)

Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo (ACES-MT)

Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT)

Universidade da Beira Interior (UBI)

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB)

Responsáveis operacionais

Dr Miguel Pombeiro (CIMT)

Dr Rui Calado (USP-MT)

Enfª Ana Paula Gonçalves (USP-MT)

Dra Vanessa Silveiro (CIMT)

Operacionais

Ana Paula Gonçalves – Enfermeira (USP-MT) – Coordenadora

Ana Rita Tuna – Optometrista (UBI)

Paula Silva / Cláudia Aguiar – Optometristas (UBI)

Ana Carvalho – Audiologista

Henrique Viegas/ Artur Vieira - Motoristas

Resposta a referenciações

Médicos de Família (ACES Médio Tejo)

Otorrinolaringologistas (Serviço de ORL do CHMT)

Page 3: Projeto - arslvt.min-saude.pt · projeto 1304 crianças. Número corrigido face às matrículas efetivamente concretizadas no início do ano letivo, sendo que o seu número se revelou

3

1 - INTRODUÇÃO

Os diretores dos Agrupamentos de Escolas do Médio Tejo, nas suas reuniões de

preparação do ano letivo 2016-17 com representantes da Comunidade Intermunicipal

do Médio Tejo, confrontados com a existência de problemas de aprendizagem de alguns

dos seus alunos, eventualmente evitáveis, decidiram que seria importante uma reflexão

conjunta e aprofundada sobre possíveis causas e cenários de resolução. Foi o início de

um processo de que resultou a identificação de vários fatores determinantes que

suscitaram a concordância da maioria dos presentes e sustentaram a convicção de que

algumas das situações reportadas poderiam ser consequência de insuficiente capacidade

visual e/ou auditiva desses alunos, não identificadas. Assim, foi sentida pelos

profissionais de educação presentes, a necessidade de se encontrar uma estratégia

operacional capaz de proporcionar a identificação precoce desses problemas e a sua

rápida e eficaz correção. Confrontada com uma solicitação de colaboração, a Unidade de

Saúde Pública desenvolveu um conjunto de diligências de que resultou a identificação de

parceiros e de meios indispensáveis à concretização de uma intervenção capaz de

satisfazer o desejo dos seus proponentes. Uma vez asseguradas essas condições, foi

apresentada uma proposta de integração no projeto de “Promoção do Sucesso Escolar

no Médio Tejo” de um projeto-satélite, para “a correção de problemas de acuidade visual

e auditiva”, o qual mereceu a aprovação dos responsáveis pelos serviços de saúde locais,

o apoio efetivo do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e

Vale do Tejo (ARSLVT) e um despacho muito favorável do Diretor-Geral da Saúde (DGS).

Uma vez concluída uma fase de divulgação/preparação dos profissionais e de aquisição

dos respetivos equipamentos, foi possível iniciar o trabalho de campo em meados do

mês de Novembro de 2016. Trabalho que basicamente consiste na deslocação dos meios

a todos os Jardins de Infância dos 13 concelhos que integram a área geográfica do Médio

Tejo (incluindo Sertã e Vila de Rei), para a realização de rastreios de visão e audição aos

alunos que se preparam para entrar no 1º ciclo do ensino básico. Para o efeito foi

utilizada uma Unidade Móvel da USP-MT (foto no texto), que serviu de suporte às

atividades de rastreio coordenadas por um profissional de saúde comunitária e

realizados por técnicos, contratados pela CIMT, com formação específica e adequada

para esse efeito, isto é, 2 optometristas e 1 audiologista

Page 4: Projeto - arslvt.min-saude.pt · projeto 1304 crianças. Número corrigido face às matrículas efetivamente concretizadas no início do ano letivo, sendo que o seu número se revelou

4

2 – RASTREIOS DE VISÃO E AUDIÇÃO

Com o presente projeto, através dos exames de diagnóstico de visão pretende-se

analisar:

a acuidade visual, usando as Cartas de Lea

a refração, usando um refratómetro pediátrico

a visão binocular, fazendo o cover test e medindo a capacidade esterioscópica

Foi tida em consideração a idade da criança, os objetivos do rastreio, a precisão dos

procedimentos e foram estabelecidos pontos de corte para o diagnóstico diferencial.

Com os exames de diagnóstico auditivos pretende-se analisar a perda de audição

(mesmo que temporária) recorrendo a:

otoscopia

timpanograma

audiograma de rastreio

O projeto foi desenhado de forma a assegurar informação aos encarregados de

educação, aos professores e a referenciação para tratamento de todos os casos detetados

de insuficiente capacidade auditiva ou para correção dos problemas de visão

identificados (anexos 1, 2 e 3).

3 - POPULAÇÃO ABRANGIDA

Inicialmente e de acordo com os dados enviados ao coordenador operacional do projeto

pelos Agrupamentos de Escolas do Médio Tejo, estava previsto serem abrangidas pelo

Page 5: Projeto - arslvt.min-saude.pt · projeto 1304 crianças. Número corrigido face às matrículas efetivamente concretizadas no início do ano letivo, sendo que o seu número se revelou

5

projeto 1304 crianças. Número corrigido face às matrículas efetivamente concretizadas

no início do ano letivo, sendo que o seu número se revelou inferior em 44 unidades, isto

é, menos 3,4% do que o número utilizado para a programação da ação.

Quadro 1 – Previsão inicial e número de alunos matriculados nos Jardins de

Infância do Médio Tejo, no início do ano letivo 2016-17

* Fátima pertence ao concelho de Ourém, mas tem Centro de Saúde com área de atração definida

4 - CRIANÇAS RASTREADAS

Do total de crianças matriculadas nos Jardins de Infância da rede pública na área

geográfica do Médio Tejo à data dos rastreios, 1139 foram submetidas a exames de

diagnóstico, o que corresponde a 89,9% do total.

Verificaram-se apenas 2 situações de não cumprimento do plano inicialmente

estabelecido. Assim, em Alcanena não foram avaliadas as crianças do JI de Monsanto

dado que não foi obtido o indispensável consentimento informado dos encarregados de

educação com autorização de transporte das crianças ao local dos rastreios, que por

vantagens operacionais ocorreu em Vila Moreira e em Pedreira, Tomar, dado que por

lapso, a educadora de infância não diligenciou a cedência da indispensável informação

aos encarregados de educação.

Concelho

Nº Crianças (previsão inicial)

Nº Crianças (matriculadas)

1 Abrantes 183 176

2 Alcanena 65 65

3 Constância 40 39

4 Entroncamento 131 126

5 Fátima* 68 66

6 Ferreira Zêzere 57 56

7 Mação 44 43

8 Ourém 208 203

9 Sertã 46 45

10 Sardoal 36 35

11 Tomar 176 150

12 Torres Novas 189 181

13 V. N. Barquinha 40 54

14 Vila de Rei 21 21

TOTAL 1304 1260

Page 6: Projeto - arslvt.min-saude.pt · projeto 1304 crianças. Número corrigido face às matrículas efetivamente concretizadas no início do ano letivo, sendo que o seu número se revelou

6

Quadro 2 – Número real de alunos matriculados e de crianças submetidas a exame de diagnóstico, à data dos rastreios

Concelho

Nº Crianças (real à data dos rastreios)

Nº Crianças Rastreadas

1 Abrantes 176 158

2 Alcanena 66 59

3 Constância 39 32

4 Entroncamento 126 102

5 Fátima* 66 64

6 Ferreira Zêzere 56 52

7 Mação 43 41

8 Ourém 203 190

9 Sertã 45 41

10 Sardoal 35 33

11 Tomar 156 136

12 Torres Novas 181 164

13 V. N. Barquinha 54 46

14 Vila de Rei 21 21

TOTAL 1267 1139 * Fátima pertence ao concelho de Ourém, mas tem Centro de Saúde com área de atração definida

Gráfico1- Número de alunos dos Jardins de Infância e de crianças submetidas a

rastreios, por concelho

0

50

100

150

200

250 Nº Crianças que frequentavam os JI

Nº Crianças Rastreadas

Page 7: Projeto - arslvt.min-saude.pt · projeto 1304 crianças. Número corrigido face às matrículas efetivamente concretizadas no início do ano letivo, sendo que o seu número se revelou

7

5 - CRIANÇAS NÃO AVALIADAS

Do total de crianças que frequentavam o JI e excluindo as situações referidas

anteriormente (Monsanto e Pedreira), houve 121 que não foram rastreadas, dado que

95 faltaram à escola no dia previsto para os rastreios e 26 não tinham autorização do

encarregado de educação.

Quadro 3- Crianças que frequentavam os Jardins de Infância mas não foram submetidas a rastreio de visão/audição

* Fátima pertence ao concelho de Ourém, mas tem Centro de Saúde com área

geográfica de atração definida

Gráfico2- Crianças que não foram submetidas a rastreio de visão/audição, por

concelho

0

5

10

15

20

Nº crianças faltaram

Nº Crianças s/autorização

Concelho

Nº crianças faltaram

Nº Crianças s/autorização

1 Abrantes 17 1

2 Alcanena 5 1

3 Constância 3 4 4 Entroncamento 19 5 5 Fátima* 0 2 6 Ferreira Zêzere 4 0 7 Mação 2 0 8 Ourém 8 5 9 Sertã 4 0

10 Sardoal 2 0 11 Tomar 9 5 12 Torres Novas 14 3 13 V. N. Barquinha 8 0 14 Vila de Rei 0 0

TOTAL 95 26

Page 8: Projeto - arslvt.min-saude.pt · projeto 1304 crianças. Número corrigido face às matrículas efetivamente concretizadas no início do ano letivo, sendo que o seu número se revelou

8

6 - CRIANÇAS SINALIZADAS

Do total de crianças rastreadas (1139), foram sinalizadas 100 crianças com alterações

da visão, isto é, 8,8% das que se submeteram ao exame de diagnóstico. Fazendo a análise

por área geográfica, verifica-se que nos concelhos de Mação, Ferreira do Zêzere, Sardoal

e Alcanena foram observados valores percentuais superiores à estimativa de 10%

utilizada na programação da ação.

Relativamente à audição, no total foram sinalizadas 128 crianças com problemas, o que

representa 11,2% das que se submeteram ao exame de diagnóstico, verificando-se que

as percentagens mais elevadas ocorreram nos concelhos de Abrantes (19,6%) e Sertã

(19,5%), mas em todos eles, bastante abaixo do valor estimado (25%).

Quadro 4- Número de crianças sinalizadas por especialidade e respetivo valor percentual, por concelho

Concelho

Crianças c/ deficit visual Crianças c/ deficit auditivo

Número Percentagem Número Percentagem

1 Abrantes 12 7,6 31 19,6

2 Alcanena 7 11,9 6 10,2

3 Constância 1 3,1 2 6,3

4 Entroncamento 11 10,8 8 7,8

5 Fátima* 2 3,1 2 3,1

6 Ferreira Zêzere 7 13,5 4 7,7

7 Mação 6 14,6 3 7,3

8 Ourém 17 8,9 11 5,8

9 Sertã 2 4,9 8 19,5

10 Sardoal 4 12,1 5 15,2

11 Tomar 14 10,3 16 11,8

12 Torres Novas 11 6,7 27 16,5

13 V. N. Barquinha 3 6,5 4 8,7

14 Vila de Rei 3 14,3 1 4,8

TOTAL 100 8,8 128 11,2 * Fátima pertence ao concelho de Ourém, mas tem Centro de Saúde com área geográfica de atração definida

Gráfico3- Percentagem de crianças sinalizadas, por especialidade e por concelho

0 2 4 6 8

10 12 14 16 18 20

% sinalizados optometria

% sinalizados audiologia

Page 9: Projeto - arslvt.min-saude.pt · projeto 1304 crianças. Número corrigido face às matrículas efetivamente concretizadas no início do ano letivo, sendo que o seu número se revelou

9

7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

No documento de proposta do projeto, elaborado em Fevereiro de 2016, as

instituições/entidades participantes assumiram o seguinte compromisso com a

comunidade educativa do Médio Tejo:

Será assegurada aos encarregados de educação toda a informação necessária à

compreensão do projeto e respeitada a sua decisão quanto à participação dos seus

educandos (consentimento informado);

O projeto tem por finalidade única a ajuda na identificação e correção de problemas

de visão e audição em indivíduos aparentemente saudáveis, suscetíveis de interferirem

negativamente no processo de aprendizagem;

Nos testes diagnósticos serão usados métodos cientificamente validados e respeitados

os princípios da universalidade, equidade e privacidade dos seus destinatários;

Se o projeto se revelar adequado, as instituições signatárias desenvolverão todos os

esforços na procura de meios e recursos suscetíveis de assegurarem a sua

sustentabilidade.

É convicção dos responsáveis que os objetivos foram cumpridos. Os encarregados de

educação e os profissionais de educação de todas as crianças sinalizadas com problemas

receberam informação adequada sobre cada caso e sobre a forma de colaborarem na

minimização dos efeitos dos deficit´s detetados. Aos encarregados de educação foram-

lhes assegurados os acessos e os meios necessários ao indispensável tratamento/

correção dos problemas de saúde identificados. No entanto, neste primeiro ano, dada a

forma como esse processo decorreu, não foi possível obter informação que permitisse a

determinação a taxa de concretização das ações suscetíveis de resolverem os problemas

detetados.

Ao fazerem o balanço da intervenção, os promotores do projeto não podem deixar de se

referir a algumas dificuldades que não pondo em risco a sua implementação, deverão ser

acauteladas no futuro, caso seja tomada uma decisão favorável quanto à sua

continuidade. Ao começar a desenvolver o trabalho de campo apenas em Novembro, foi

criada uma enorme dificuldade em assegurar a realização de rastreios nos 106 Jardins

de Infância da rede pública da área geográfica do Médio Tejo até ao final do ano-letivo de

2016-17. O tempo disponível para a sua concretização revelou-se escasso face à

dispersão do parque escolar e à necessidade de se associarem as visitas às escolas com

outras atividades dos profissionais de saúde envolvidos e nomeadamente com as

denominadas Brigadas de Saúde Pública. As quais, entre outras intervenções asseguram,

Page 10: Projeto - arslvt.min-saude.pt · projeto 1304 crianças. Número corrigido face às matrículas efetivamente concretizadas no início do ano letivo, sendo que o seu número se revelou

10

pela mobilização dos higienistas orais da USP Médio Tejo, a aplicação de vernizes de

flúor nas crianças dos Jardins de Infância visitados.

Ao longo do processo ocorreram alguns constrangimentos, de que são exemplos:

Falhas na entrega dos consentimentos informados;

Situações esporádicas de incompreensão/pouca recetividade à ação e aos seus

executores;

Dificuldades na mobilização/disponibilização de motoristas para as deslocações

da unidade móvel afeta ao projeto.

De realçar como aspetos positivos o planeamento efetuado, a boa comunicação/

articulação entre os vários parceiros e a vontade dos participantes na concretização das

atividades previstas neste projeto.

Torres Novas, aos 07 de Agosto de 2017

Page 11: Projeto - arslvt.min-saude.pt · projeto 1304 crianças. Número corrigido face às matrículas efetivamente concretizadas no início do ano letivo, sendo que o seu número se revelou

11

ANEXO 1

Exmo(a) Senhor(a)

Encarregado de Educação do

Aluno(a): _________________________________________________

Assunto: Aplicação de vernizes de flúor / Deteção de problemas de visão e audição

Cumpre-nos comunicar que uma equipa multidisciplinar de saúde que desenvolve o Projeto

de Promoção do Sucesso Escolar do Médio Tejo, se deslocou ao Jardim de Infância

frequentado pelo seu educando, para aplicação de vernizes de flúor a todos os alunos e

realização de rastreios de visão e audição aos que no próximo ano irão transitar para o 1º

ciclo do ensino básico.

Na sequência da observação do seu educando, cumpre-nos informar que o exame de

audição revelou alterações características de otite seromucosa, doença que frequentemente

interfere com a capacidade de aprendizagem das crianças. Dado que o tratamento médico

desta doença poderá ser realizado pelo seu médico de família, sugerimos que o consulte e

lhe apresente os resultados do exame de diagnóstico efetuado (documento anexo)

Caso necessite de algum esclarecimento adicional, por favor dirija-se ao responsável da

saúde escolar do seu concelho.

Grato pela sua atenção e com os melhores cumprimentos,

Rui Calado Coordenador da USP do Médio Tejo

Parceiros do projeto:

Page 12: Projeto - arslvt.min-saude.pt · projeto 1304 crianças. Número corrigido face às matrículas efetivamente concretizadas no início do ano letivo, sendo que o seu número se revelou

12

ANEXO 2

Exmo(a) Senhor(a)

Educadora de Infância do(a)

Aluno(a): _________________________________________________

Assunto: Deteção de problemas de audição

Na sequência dos rastreios efetuados aos alunos da pré-escola no seu Jardim de Infância por

uma equipa multidisciplinar de saúde que desenvolve o Projeto de Promoção do Sucesso

Escolar do Médio Tejo, foi identificado um deficit de audição deste seu aluno, que

potencialmente pode interferir na capacidade de aprendizagem da criança. Dado que o

tratamento médico desta doença poderá ser realizado pelo respetivo médico de família,

sugerimos essa via para a resolução do problema detetado. No entanto e em paralelo, muito

agradecíamos que tivesse uma especial atenção para eventuais dificuldades de concentração

e aprendizagem desta criança e que transmitisse ao professor do 1º ciclo que a vai receber

no próximo ano letivo, que este aluno está em tratamento e que, em tempo útil lhe será

repetido o audiograma (cujos resultados serão revelados ao professor), para se avaliarem os

resultados da intervenção realizada.

Agradecemos a sua disponibilidade para colaborar neste projeto e se entender serem

necessários esclarecimentos adicionais, por favor dirija-se ao responsável pela saúde escolar

no seu concelho.

Grato pela atenção que nos dispensou e com os melhores cumprimentos,

Coordenador da USP do Médio Tejo

Parceiros do projeto:

Page 13: Projeto - arslvt.min-saude.pt · projeto 1304 crianças. Número corrigido face às matrículas efetivamente concretizadas no início do ano letivo, sendo que o seu número se revelou

13

ANEXO 3

Exmo(a) colega

Médico de família / médico assistente do

Aluno(a): _________________________________________________

Assunto: Problemas de audição em idade escolar

Cumpre-nos comunicar que uma audiologista que faz parte de uma equipa multidisciplinar

que desenvolve o Projeto de Promoção do Sucesso Escolar do Médio Tejo, se deslocou ao

Jardim de Infância frequentado pelo seu utente e lhe fez um exame de audição (otoscopia,

timpanograma e audiograma de rastreio), que revelou alterações características de otite

seromucosa, doença que frequentemente é fator determinante nas dificuldades de

aprendizagem destas crianças. Tendo em consideração a evidência de que o tratamento

médico desta doença deverá, numa primeira etapa, ser realizado pelos médicos de família

(junto um dos muitos artigos disponíveis, de autores especializados, que suportam a nossa

convicção de que poderemos resolver um número considerável de problemas de

aprendizagem destas crianças, com os recursos disponíveis no ACES Médio Tejo) venho

solicitar a sua colaboração, para que o maior número possível de crianças portadoras desta

patologia possa frequentar a escola com sucesso.

Estou certo de que poderemos contar com a sua colaboração e estamos inteiramente

disponíveis para prestarmos os esclarecimentos adicionais que entender necessários.

Grato pela sua atenção e com os melhores cumprimentos,

Rui Calado Delegado de Saúde Coordenador do Médio Tejo

Parceiros do projeto: