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COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ADÉLIA ROSSI ARNALDI. E. F. M.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Paranavaí – Paraná
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COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ADÉLIA ROSSI ARNALDI. E. F. M.
Projeto Político Pedagógico encaminhado ao
Núcleo Regional de Educação do Município de Paranavaí
e a Secretaria de Estado da Educação onde se apresenta
as metas pedagógicas, políticas e administrativas da
instituição.
Paranavaí – Paraná
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SUMÁRIO
I - APRESENTAÇÃO.................................................................................................................... 4
II – INTRODUÇÃO................................................................................................. .....................
2.1 IDENTIFICAÇÃO...................................................................................................................
2.2 CARACTERIZAÇÃO GERAL............................................................................ ....................
2.2-1 HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO.......................................................,....................
2.2-2 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO...............................................................................
2.2-3 OFERTA DE CURSOS E MODALIDADES.........................................................................
2.2-4 RECURSOS HUMANOS.............................................................................. ........................
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III – OBJETIVOS GERAIS...........................................................................................................
IV – MARCO SITUACIONAL................................................................................. .....................
V – MARCO CONCEITUAL.........................................................................................................
- Concepção de Homem..................................................................................................................
- Concepção de Mundo ..................................................................................................................
- Concepção de Sociedade.................................................................................... ..........................
- Concepção de Educação...............................................................................................................
- Concepção de Escola.......................................................................................... ..........................
- Concepção de Cultura .................................................................................................................
- Concepção de Conhecimento.......................................................................................................
- Concepção de Ensino .................................................................................................................
- Concepção de Aprendizagem .....................................................................................................
- Concepção de Avaliação..............................................................................................................
- Concepção de Currículo...............................................................................................................
- Concepção de Estágio não Obrigatório.............................................................. ..........................
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR............................................................................. .....................
GESTÃO DEMOCRÁTICA...................................................................................... ....................
PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA.......................................................... ....................
VI – MARCO OPERACIONAL – Grandes Linhas de Ação...........................................................
FUNÇÃO ESPECÍFICA DE CADA SEGMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR.....................
Direção................................................................................... .......................................................
Equipe Pedagógica................................................................................................................... ......
Professores....................................................................................................................................
Equipe Administrativa (Secretária, Assistente de Execução, Bibliotecária, Serviços Gerais)..........
O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS.............................................................................
- Conselho Escolar................................................................................................. ......................
- Conselho de Classe.....................................................................................................................
- APMF.................................................................................................................... ......................
- Grêmio Estudantil........................................................................................................................
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Calendário Escolar.........................................................................................................................
Espaços Pedagógicos......................................................................................................................
Critérios de Organização de Turmas..............................................................................................
Formação Continuada dos Profissionais da Educação.....................................................................
Hora Atividade............................................................................................................... ................
Avaliação....................................................................................................................... ................
Adaptação, Classificação e Reclassificação.................................................................. ..................
Inclusão..................................................................................................................... ....................
Diversidade............................................................................... ....................................................
Desafios Educacionais Contemporâneos........................................................................................
Equipe Multidisciplinar................................................................................................................
Plano de Avaliação do Projeto Político Pedagógico.........................................................................
Plano de Ação................................................................................................................................
Referências ..................................................................................................................................
Anexos...........................................................................................................................................
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1 APRESENTAÇÃO
O Projeto Político-Pedagógico é elaborado com o objetivo de planejar a
organização da escola em busca da melhoria da qualidade de ensino.
Segundo Veiga (1995) o projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação
intencional com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente,
de acordo com os interesses reais da comunidade. Exige dos educadores,
funcionários, alunos e pais a definição clara do tipo de escola que almeja, a partir da
sociedade e do cidadão que pretendem formar.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 diz que entre
as incumbências de todas as escolas, está a de elaborar e executar sua proposta
pedagógica. Diante desta realidade a escola elaborou juntamente com os
segmentos e instâncias colegiadas o projeto visando constantemente a busca do
ideal da escola a partir do real.
A principal possibilidade de construção, avaliação e implementação do projeto
político-pedagógico passa pela relativa autonomia da escola, de sua capacidade de
delinear sua própria identidade. Isto significa resgatar a escola como espaço
público, lugar de debate, de diálogo, fundado na reflexão coletiva.
Para tanto, há esforços no sentido de repensar a atuação a partir de uma
reflexão conjunta sobre a qualidade do trabalho realizado na escola, discutindo
sobre a nossa formação, sobre a participação e envolvimento da comunidade no
alcance dos objetivos educacionais e principalmente sobre a função social da
escola.
Acreditamos no desenvolvimento de uma consciência crítica, democrática
adequada para enfrentar os desafios da vida aberta, para uma sociedade em
constante mudança, onde a escola terá aguçado seus sentidos para captar e intervir
nessas mudanças.
Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores. (Gadotti, 1994, p. 579).
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2 INTRODUÇÃO
2.1 Identificação
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ADÉLIA ROSSI ARNALDI - ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO.
CODIGO DO COLÉGIO: 0943
ENDEREÇO: RUA EGÍDIO DANELUTE Nº 100
FONE (FAX): 044- 34242099
E-MAIL: [email protected]
SITE: http://www.pvaadeliarossi.seed.pr.gov.br
DISTRITO DE SUMARÉ CEP: 87720-017
PARANAVAÍ - PARANÁ
MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
2.2 Caracterização Geral
2.2.1 Histórico do Estabelecimento
Fundado em 1.953, por iniciativa do povo do Distrito de Sumaré com o
nome de "Casa Escolar Rui Barbosa", contando apenas com uma sala de aula e
tendo como professora Adélia Rossi Arnaldi.
Em 1.955, sob a jurisdição da Inspetoria Auxiliar de Alto Paraná, formou-
se mais duas salas de aula para atender a grande demanda em idade escolar, e
com isso em 1.962, passou a chamar-se Grupo Escolar Castro Alves, sob Decreto
nº. 7457/62, passando de Municipal a Estadual.
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Em 1.965 foi instalado no mesmo prédio, o Ginásio Estadual de Sumaré,
passando a ter duas escolas distintas: Grupo Escolar Castro Alves e Ginásio
Estadual de Sumaré.
Em 30/12/66 através do Decreto n º 4546/66 finalmente o Ginásio de
Sumaré foi estadualizado.
A 26 de setembro de 1.970, em virtude do falecimento da Professora
pioneira Adélia Rossi Arnaldi, o Grupo Escolar Castro Alves, recebeu o nome de
Grupo Escolar Professora Adélia Rossi Arnaldi, aprovado pelo Decreto nº 22.083 de
30/12/70.
Em 13 de setembro de 1.977, ficou autorizado o funcionamento nos
termos da legislação vigente conforme Decreto nº. 3.892/77 a Escola Adélia Rossi
Arnaldi Ensino de 1º Grau, resultando da reorganização do Ginásio Estadual de
Sumaré e Grupo Escolar Professora Adélia Rossi Arnaldi, os quais passaram a
constituir-se em um único Estabelecimento de Ensino.
Em 1.983 o Estabelecimento passou a chamar-se Escola Estadual Adélia
Rossi Arnaldi - Ensino de 1º Grau pela Resolução nº 1.648/83 de 28/06/83.
Através do Decreto nº 275 de 29 de janeiro de 1998, os alunos da
Educação Infantil e Ensino Fundamental de 1ª à 4ª série passaram a ser atendidos
pelo município, criando-se a Escola Municipal de Sumaré - E I E F compartilhando o
mesmo prédio da Escola Estadual Adélia Rossi Arnaldi - E F.
Em janeiro de 2004 a Escola Municipal de Sumaré – E.I.E.F. transfere-se
para prédio próprio nesse distrito, passando a denominar-se Escola Municipal
Doutor José Vaz de Carvalho – E.I.E.F.
Conforme resolução nº 4.239/03 de 17 de dezembro de 2003, o curso de
Ensino Médio é autorizado a funcionar neste Estabelecimento de Ensino, passando
a denominar-se Colégio Estadual Adélia Rossi Arnaldi – E.F.M.
Em 2010 através da Resolução Nº 5590/2008 da Secretaria de Estado da
Educação, o Ensino Médio Regular passa a ser organizado em Blocos de
Disciplinas Semestrais, com implantação simultânea, conforme opção dos
profissionais deste estabelecimento.
A partir de 2012 ocorre a implantação simultânea do Ensino Fundamental
– anos finais (6º ao 9º ano) no Sistema Estadual de Ensino do Paraná, mantido pelo
Governo do Estado e neste ano também, há no colégio as readequações
necessárias para o início desta implantação.
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Com o parecer 199/12 –SEES/DEDI, o colégio passa a denominar-se
Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi – Ensino Fundamental e Médio,
conforme resolução 830 publicada em 14 de março de 2013.
Em 2015 o colégio passou a cessar gradativamente o Ensino Médio
organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais implantado em 2010.
2.2.2 Organização do espaço físico
A escola está edificada em alvenaria, sendo que apenas duas salas de aula
são de madeira, possui dez salas de aulas, um salão para reuniões adaptado a
refeitório com 150m2, um banheiro feminino coletivo, um banheiro masculino coletivo
para uso dos alunos e um banheiro de uso geral dos professores e funcionários.
Uma sala para secretaria, uma sala para biblioteca, uma sala para os professores,
uma sala para equipe pedagógica, uma sala para direção/direção-auxilar, uma sala
para laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia, dois almoxarifados, um
depósito construído com recursos da APMF, uma cozinha com depósito para
merenda, um pátio coberto, um pátio livre e um estacionamento.
Há uma casa de zelador com uma horta que atende o Programa do ACCC
Atividade Complementar Curricular em Contraturno e uma área livre onde se planeja
a construção de uma quadra esportiva.
A Escola dispõe de diversos recursos pedagógicos como: Kit biblioteca,
Acervos de Temas Paranaenses, Coletânea de Ciências Humanas, Materiais
Cartográficos. Na área da linguagem há fantoches para criação de pequenos teatros
e para dramatização de textos em geral, há livros de fábulas e um grande acervo
bibliográfico literário e didático de todas as áreas das disciplinas. Há também jogos
educativos sendo eles: Perfil, Imagem e Ação, Lince, Batalha Naval, Tangram,
Dominó das Quatro Operações, Conjunto Dourado, Conjunto de Réguas Numéricas,
Conjunto de Sólidos Geométrico, e tantos outros; os quais são utilizados quando
necessário para o desenvolvimento das aulas no ensino regular, nas salas de apoio,
na sala de recursos e nos programas que a escola oferece, objetivando o
desenvolvimento cognitivo matemático e linguístico dos discentes.
O Colégio oferece também equipamentos tecnológicos como: laboratório de
informática com trinta e seis computadores com CPUs e com instalação de internet
ADSL, impressoras, televisores multimídia em todas as salas de aula, vídeo
cassete, data show, retroprojetor, projetor multimídia, televisor com aparelho
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receptor, antena parabólica etc. e câmeras de circuito fechado para melhor
segurança de todos envolvidos no âmbito escolar.
2.2.3 Oferta de cursos e modalidades
O Colégio oferta o Ensino Fundamental regular nos períodos matutino e
vespertino, primeiro ano do Ensino Médio no período matutino e noturno, segundo e
terceiro anos do Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais
regular nos períodos matutino e noturno.
ANO 1ª SÉRIE 2ª SÉRIE 3ª SÉRIE
2015 X X
2016 X
2017
Cessação gradativa à partir de 2015 – E.M.B.D.S.
O período matutino tem início às 07h30min com término às 11h50min, o
período vespertino inicia-se às 13h20min com término às 17h40min e o período
noturno inicia-se às 19h com término às 23h, período de quatro horas conforme a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
Quanto à distribuição de séries, o Colégio possui no período matutino cinco
turmas de Ensino Fundamental: um 6º ano, um 7º ano, dois 8º anos, um 9º ano e
cinco turmas de Ensino Médio: dois 1º anos, um 2º ano, dois 3º anos. No período
vespertino seis turmas de Ensino Fundamental: dois 6º anos, dois 7º anos, um 8º
ano e um 9º ano. No período noturno possui duas turmas de Ensino Médio 2º, 3º
ano.
Ofertamos também uma turma de Sala de Apoio à Aprendizagem nas
disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática no período matutino que atende os
alunos matriculados no 6º e 7º ano do período vespertino.
Duas SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I, na Educação
Básica – anos finais e ensino médio na área de Deficiência Intelectual e Transtornos
Funcionais Específicos, uma no período matutino que atende os alunos do período
vespertino e outra no período vespertino que atende os alunos do período matutino.
Há a oferta do CELEM – Centro de Ensino de Línguas Estrangeiras Moderna,
com a disciplina de Espanhol dando a oportunidade para os alunos do Ensino
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Fundamental, Ensino Médio e comunidade de conhecerem mais uma língua
estrangeira, uma vez que a matriz curricular oferta a Língua Inglesa. Funciona no
período vespertino, na segunda-feira e na quarta-feira, o primeiro ano das 13h20min
às 15h00min e o segundo ano das 15h00min às 16h55min com 4 (quatro) aulas
semanais.
No período noturno são ofertados dois cursos técnicos profissionalizantes à
distância em parceria com o ETC Brasil, são eles: Transações Imobiliárias e Agente
Comunitário de Saúde.
O Colégio oferta o Programa de Atividade Complementar Curricular em
Contraturno - ACCC. O programa constitui-se de atividades integradas ao Currículo
Escolar, que oportunizam a aprendizagem e visam ampliar a formação do aluno. É
organizada a partir do Macrocampo: Cultura e Arte; oferta-se: Artes Visuais com 4
(quatro) aulas semanais, duas aulas na 2ª feira e na 6ª feira das 13h20min às
15h00min e do Macrocampo: Experiência e Iniciação Científica; oferta-se: Horta
Escolar com 4 (quatro) aulas semanais, duas aulas na 3ª feira das 10h15min às
11h50min e na 6ª feira das 9h10min às 11h05min.
Oferta também Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo – AETE, com
o objetivo de desenvolver e identificar talentos esportivos no contexto escolar,
formar e organizar equipes esportivas e participar dos Jogos Escolares do Paraná e
outros eventos similares, promovidos pela SEED e/ou comunidade. Oferta-se Futsal
com 4 (quatro) aulas semanais, duas na 2ª feira e duas na 4ª feira das 15h00min às
16h55min; Handebol com 4 (quatro) aulas semanais, duas aulas na 2ª feira e duas
na 4ª feira das 19h00min às 20h40min.
Com a participação da Instituição de Ensino Superior - UNESPAR –
Universidade Estadual de Paranavaí oferta-se o Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência – PIBID com o título: Integração entre Educação Superior e
Educação Básica para a Melhoria na Qualidade do Ensino-Aprendizagem que tem
como objetivo geral o incentivo aos acadêmicos que estão se preparando para a
profissão docente, de terem uma participação no processo ensino-aprendizagem
nas escolas públicas, com isso os nossos alunos têm a oportunidade de participar
no contraturno de duas aulas semanais nas licenciaturas de Ciências (Física e
Química) e Geografia.
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2.2.4 Recursos Humanos
01 Direção
Formação: Pós-Graduação e PDE
01 Direção Auxiliar
Formação: Pós-Graduação
03 Pedagogos
Formação: 01 Pós-Graduação e PDE
02 Pós-Graduação
Nº
Discentes
Nº Docentes
QPM
Nº Docentes
PSS
Nº
Administrativo
Nº Apoio
E.F.= 324
E.M.=175
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Nível de Formação
Função Ens. Fund.
Ens. Médio
Ens. Superior
Pós-Graduação
Mestrado Doutorado
Docentes
_____
______
_____
50
03
0
Administrativo
0
0
02
02
0
0
Apoio
02
06
0
0
0
0
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3 OBJETIVOS GERAIS
Cumprir a legislação vigente que determina a todas as instituições escolares
elaborar seu Projeto Político Pedagógico.
Favorecer a participação da comunidade na gestão democrática da escola,
integrando os diversos órgãos colegiados (APMF, Conselho Escolar, Grêmio
Estudantil, entre outros), buscando caminhos para resoluções de problemas.
Definir o tipo de escola que se almeja, bem como o tipo de sociedade, de cultura,
de mundo, de homem e o tipo de cidadão que se pretende formar.
Organizar a escola a fim de que possa ser um espaço de formação do cidadão
participativo para um determinado tipo de sociedade.
Resgatar a intencionalidade da ação educativa no processo de transmissão do
conhecimento historicamente produzido, superando o caráter fragmentado das
práticas educativas, garantindo a aprendizagem de todos os alunos.
Fortalecer o grupo para enfrentar os conflitos e contradições.
Construir a participação de todos numa gestão democrática.
Contribuir para a construção de uma sociedade justa, democrática, fraterna e
sustentável.
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4 MARCO SITUACIONAL
A educação brasileira é fruto de todo um contexto histórico. Todas as
transformações sofridas foram geradas pela necessidade política, econômica e
social e neste momento mais uma vez a sociedade revela, com nitidez, a
necessidade de mudar a realidade da educação no Brasil. Deparamos-nos com a
questão do analfabetismo, com o grau de escolaridade baixo, desigualdade social,
desemprego, violência, miséria, fome, marginalização e exclusão social. Essa
realidade provoca em muitas pessoas e grupos, sentimentos, sensações e desejos
contraditórios, ao mesmo tempo de insegurança e medo, de apatia e conformismo,
destruindo, em alguns casos, o sonho das pessoas, no que tange a sua participação
no processo de construção de uma sociedade brasileira mais justa e democrática,
como também sentimentos de novidade e esperança, mobilizadores das melhores
energias e criatividade para a construção de um mundo diferente, mais humano e
solidário.
Globalização, multiculturalismo, pós-modernidade, questões de gênero e de
raça, novas formas de comunicação, informatização, manifestações culturais e
religiosas, tecnologia e diversas formas de violência e exclusão social configuram
novos e diferenciados cenários sociais, políticos e culturais.
A escola não pode ignorar esta realidade. O impacto destes processos no
cotidiano escolar é cada vez maior. A problemática atual das escolas de educação
básica, particularmente as das grandes cidades, onde se multiplicam uma série de
tensões e conflitos, não pode ser reduzida aos aspectos relativos à estruturação
interna da cultura escolar e esta necessita ser repensada para incorporar na sua
própria estruturação estas questões e novas realidades sociais e culturais. Estamos
diante de uma nova revolução, baseada na informática e nas tecnologias de ponta.
Testemunhamos uma mudança profunda na sociedade, que exige apoio de um
sistema educacional eficiente e criativo principalmente no que diz respeito à inclusão
de alunos na escola, no trabalho e nos espaços sociais em geral, preocupação
propagada rapidamente entre educadores, familiares, líderes e dirigentes políticos,
nas entidades, nos meios de comunicação e etc.
Os elementos constitutivos da realidade brasileira: a situação de uma
sociedade em transição, a persistência de uma mentalidade acrítica e a inexistência
democrática demonstram que o país precisa buscar a democratização da cultura,
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como marco geral de uma democratização fundamental. Um dos sintomas da
inexperiência democrática é a dificuldade que grande parte da população encontra
ao tentar reconhecer os temas e as tarefas inerentes aos atores sociais.
Freire enfatiza a inserção do homem na sociedade para poder transformá-la:
O homem brasileiro precisa descobrir-se "autor" do mundo, criador da cultura e integrante ativo da rede sistêmica universal, sendo que a democratização da cultura - o amplo acesso à informação - é a via de acesso para que ele realize verdadeiramente sua vocação ontológica: a de inserir-se na construção da sociedade, em busca das transformações sociais; substituindo assim, a captação e compreensão mágica da realidade por uma cada vez mais crítica (Paulo Freire, 1997, p. 89).
O Brasil em sua diversidade regional vive realidades diferentes. A educação
na região Sul apresenta índices mais representativos em relação ao
desenvolvimento ensino-aprendizagem e índices menores em evasão e repetência.
Em todo o país há programas de desenvolvimento educacional e erradicação
do analfabetismo, como o Brasil Alfabetizado, PROUNI, ENEM, cotas para alunos
de escolas públicas e afrodescendentes em universidades, medidas tomadas para
melhorias na educação.
No município de Paranavaí contamos com escolas municipais que ofertam
Educação Infantil e Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano, escolas particulares que
ofertam Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, escolas estaduais de
Ensino Fundamental do 6º ao 9ª ano, Ensino Médio Regular e Profissionalizante,
uma APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, uma universidade
pública, duas particulares e um Instituto Federal Tecnológico.
A realidade de nossa escola não é diferente da realidade educacional
brasileira. Os alunos não veem a escola como espaço de promoção do
conhecimento e da cultura, faltam às aulas, se evadem, mesmo sendo orientados
deixam de frequentar a escola e aumentam os índices de evasão.
O processo de inclusão dos alunos com deficiência e dos que necessitam
serem incluídos no processo de ensino aprendizagem não se efetiva na prática. Os
professores ressaltam, entre outros fatores, a dura realidade das condições de
trabalho e os limites da formação profissional, o número elevado de alunos por
turma, a rede física inadequada, o despreparo para ensinar "alunos especiais" ou
diferentes.
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Temos dificuldade na estrutura física, onde não há um refeitório adequado,
causando transtornos para a distribuição da merenda, alimentação, manuseio dos
pratos, canecas e talheres com a devida higiene, etc. O salão de reuniões foi
adaptado como refeitório, onde foi colocado mesas e bancos, mas mesmo assim
concluímos que não atende com qualidade a distribuição da merenda e dificulta o
uso do mesmo para reuniões.
Não há uma sala apropriada para o laboratório de informática. O espaço
físico disponível é uma sala de aula que sofreu adaptações para esta instalação e
por ser pequena causa desconforto aos alunos, professores e funcionários. A
biblioteca também como um espaço educativo, é pequena para a demanda de
alunos e acervo. A construção de um bloco administrativo se faz necessário, já que
a atual administração funciona em salas mal estruturadas e desconfortáveis. Nos
últimos anos o aumento no número de alunos exige a construção de mais salas de
aulas.
A escola não possui quadra esportiva, usamos um ginásio de esporte
existente ao lado da escola, o qual pertence ao município, ficando este
estabelecimento sujeito aos horários pré-estabelecidos para as aulas de Educação
Física. Precisaríamos da construção de uma quadra no terreno escolar para que a
escola pudesse desenvolver com mais autonomia as atividades curriculares e
extraclasses.
Há em cada sala de aula uma TV Multimídia e o colégio dispõe de aparelhos
de DVD`s, de Data-Show e Multimídia que são utilizados através de agendamento
conforme necessidade de uso. Porém, não há disponibilidade de um funcionário
para a instalação destes equipamentos nas salas, o que muitas vezes causa danos
e prejuízos à escola, comprometendo também o desenvolvimento das atividades.
Possuímos um pátio coberto e um pátio livre. O pátio livre é pequeno por isso
conta com pouco espaço para alunos, alguns bancos e duas mesas de tênis,
havendo a necessidade de serem construídos mais bancos. O pátio coberto era
área livre e foi coberto para resolver o problema de sol e chuva, porém ficou um
ambiente escuro, necessitando de reformas para que se torne um espaço educativo
mais arejado.
As salas de aula possuem carteiras, cadeiras e mesas para os professores,
algumas de acordo com a necessidade possuem armários.
Os banheiros foram reformados, mas são insuficientes para os alunos,
professores e funcionários e precisam ser ampliados.
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Sabemos que a organização da nossa escola precisa ser repensada,
principalmente nos conflitos das relações professor-aluno, aluno-escola, escola-pais,
escola-comunidade para que possamos desenvolver uma escola mais democrática.
A nossa grande possibilidade é que aqui não há falta de vagas para os alunos da
comunidade.
Atendemos uma parcela diferenciada de educandos do Ensino Fundamental
e Ensino Médio que moram em conjuntos habitacionais, bairros novos, em sítios,
vilas rurais e no próprio distrito, e por essa demanda de alunos em 2012 a escola
passou a ser denominada de Escola de Campo, pela referência à identidade, cultura
e os valores relacionados à vida na terra, fator marcante na comunidade onde se
encontram assalariados rurais, boias-frias, arrendatários, vileiros rurais, pequenos
proprietários, sitiantes. Destacando que por estar situada em um Distrito ainda há
um entrosamento melhor entre as famílias e a comunidade.
Como em outros locais da cidade a comunidade sofre com a falta de
emprego, de moradia, de lazer e de cultura, contando apenas com uma quadra de
esporte e uma praça. A religião é bem valorizada pelas famílias, há uma igreja
católica e quatro evangélicas. Há um Distrito Industrial com várias empresas o que
gerou muitos empregos no distrito, porém não o suficiente para a demanda local,
muitas famílias trabalham e sobrevivem das lavouras da região.
Muitos alunos pertencem a famílias com baixo nível sócio-econômico e
participam dos Programas Sociais do Governo Federal. Por este motivo, se faz
necessário uma atuação mais presente da escola para que se possa assegurar a
aprendizagem e a frequência dos mesmos em sala de aula. A maioria dos pais não
concluiu o Ensino Fundamental tendo dificuldades em acompanhar tarefas
escolares, atividades extraclasses e ainda por motivos econômicos, sociais e
emocionais não conseguem assegurar um desenvolvimento adequado aos seus
filhos, acarretando assim problemas de aprendizagem e indisciplinar.
O Colégio adota a política da inclusão, na quebra de preconceitos e na
valorização das diferenças, promovendo palestras, seminários, grupos de estudo,
dinâmicas de grupo e o incentivo dos alunos em atividades extracurriculares.
A escola é um espaço democrático, significativo e singular para trabalhar com
a diversidade humana, respeitando as limitações, percebendo as potencialidades
para a aprendizagem e considerando as especificidades de cada educando, a favor
da inclusão de todos. Nesse contexto, a escola precisa adequar melhor o espaço
físico para atender os alunos e a comunidade. Sentimos também a necessidade de
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uma formação continuada aos professores, equipe pedagógica e funcionários, salas
de apoio pedagógico especializado, entre outros.
Possibilita-se também a troca de experiências entre os professores na
formação continuada, na efetivação da hora-atividade e nas reuniões pedagógicas.
A organização das atividades favorece o trabalho em grupo, tais como:
desenvolvimento de atividades interdisciplinares, gincana cultural e recreativa,
torneios, vídeos, laboratório, biblioteca e outros locais que contribuem à
aprendizagem.,
A convivência escolar ocorre com conflitos inerentes ao ambiente escolar:
dificuldades de aprendizagem na leitura, na escrita, na interpretação, no raciocínio
lógico, dificuldades no exercício da função docente, desentendimentos entre os
alunos, entre alunos e professores, repetência, evasão, reclamações dos pais que
não entendem normas práticas da escola. Procuramos resolvê-los de forma
participativa, democrática e proporcionando uma convivência produtiva e solidária,
aberta aos anseios da comunidade.
Na escola constata-se que no período matutino e vespertino o índice de
evasão e repetência é menor que no período noturno, e que isso se deve às
diferenças nas características do aluno do diurno com os do noturno que possuem
uma carga horária de trabalho, dificultando a frequência e o aproveitamento escolar.
Isso reflete também nos percentuais apresentados pela escola. A primeira nota da
escola no Ideb de 2007 foi 3,8 e a meta era 3,6; em 2009 o índice abaixou para 3,6
quando a meta era 3,8. Em 2011 houve avanço, a meta era 4,4 e a nota foi 4,7. Em
2013 a nota permanece 4,7 e a meta era 4,4.
As famílias de maneira geral esperam da escola uma aprendizagem de
qualidade, que além de transmitir os conhecimentos acumulados pela humanidade,
os filhos aprendam também a ter uma boa convivência na família, na escola e na
sociedade. Há pais que esperam que após a conclusão do Ensino Médio os filhos
possam arrumar um emprego no período diurno e fazer um curso superior noturno,
outros, que os filhos possam continuar os estudos durante o dia numa boa
universidade.
Consideramos o combate à evasão e repetência questões relevante para o
processo ensino-aprendizagem e para isso mantemos contato frequente com os
pais através de bilhetes, telefonemas, aconselhamento aos alunos e aos pais e com
o Conselho Tutelar através do Programa de Combate ao Abandono Escolar e da
17
Patrulha Escolar. Há também um controle das faltas dos alunos que participam dos
Programas Sociais do Governo Federal.
Na comunidade em que a escola está inserida há problemas de violência e
drogadição, que refletem no cotidiano escolar.
Precisamos repensar os conteúdos planejados, uma vez que a opção de
currículo é disciplinar, em alguns momentos os conteúdos se tornam estanques não
havendo uma prática de interdisciplinaridade, dificultando a totalidade do
conhecimento pelo aluno. A interdisciplinaridade poderia ser melhor trabalhada na
formação continuada e nos horários em que o professor tem destinado à hora
atividade, porém as atividades inerentes ao professor que trabalha em mais de uma
escola e com diversas turmas inviabiliza essa prática.
O relacionamento colégio/aluno/colégio/pais mesmo com os conflitos já
mencionados ocorre num processo participativo onde se objetiva manter um
ambiente saudável e harmonioso, buscando assim a contribuição de todos para
proporcionar uma disciplina ideal onde possa se desenvolver uma efetiva
aprendizagem.
Muitas das obras e aquisições realizadas pela escola é através do Fundo
Rotativo, Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), Governo Estadual e Federal
e recursos próprios de parceria com a APMF (Associação de Pais, Mestres e
Funcionários) e comunidade local, recursos estes adquiridos com a realização de
promoções e rifas.
O laboratório de física, química, biologia e ciências necessitam de um
profissional qualificado para o atendimento dos professores e alunos, reagentes
para realização das aulas práticas, propiciando melhores condições de trabalho ao
professor e efetiva aprendizagem aos alunos.
As instalações do colégio são limpas, favorecendo um ambiente propício à
aprendizagem.
É importante destacar que a gestão dos recursos financeiros ocorre de
maneira transparente e democrática. As aquisições vêm de encontro com as
necessidades da escola para com os alunos.
Em 2013 a escola aderiu ao Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI),
instituído pela Portaria nº. 971, de 09/10/2009, criado para provocar o debate sobre
o Ensino Médio junto aos Sistemas de Ensino Estaduais e Distrital fomentando
propostas curriculares inovadoras nas escolas do ensino médio, disponibilizando
apoio técnico e financeiro, consoante à disseminação da cultura de um currículo
18
dinâmico, flexível e que atenda às demandas da sociedade contemporânea. Com
foco na promoção de melhorias significativas que busquem garantir o direito à
aprendizagem e ao desenvolvimento dos estudantes, reconhecendo as
especificidades regionais e as concepções curriculares implementadas pelas redes
de ensino, compreendendo que as ações propostas inicialmente vão sendo
incorporadas ao currículo, ampliando o tempo na escola e a diversidade de práticas
pedagógicas, atendendo às necessidades e expectativas dos estudantes do ensino
médio.
19
5 MARCO CONCEITUAL
5.1 Concepção de Homem
O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a
segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação,
ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim acumula
experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação e
intenção são planejadas, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não
materiais que são apropriados de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani
(1992, p. 19) “o homem necessita produzir continuamente sua própria existência.
Para tanto, em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si,
isto é, transformá-la pelo trabalho”.
Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se
necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O
homem é, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que pronuncia sobre a
realidade.
O ser humano é um ser de práxis, da ação e da reflexão, portanto um sujeito cognoscente a propósito do objeto a ser conhecido. Portanto o ser humano é um corpo consciente, capaz de conhecer a realidade, interagindo com os seus iguais. Neste contexto, inteligência significará muito mais que um ato solitário. Implica cada um tornar-se melhor, contudo em nome de propósitos cada vez mais solidários e criativos (FREIRE, 1997, p. 89).
Todo esforço no sentido da manipulação do homem para que simplesmente
saiba fazer determinada função, sem reflexão deve ser combatida, pois saber sem
reflexão, sem o resgate de valores e atitudes sugere a existência de uma realidade
sem evolução, o que significa subtrair do homem a sua possibilidade de ser criativo,
inovador, com direito de transformar o já existente para algo bem melhor, achando
soluções para eventuais problemas e saber tomar decisões frente às diversas
situações que terão que ser enfrentadas no mundo do trabalho.
20
5.2 Concepção de Mundo
Segundo Saviani (1992) o mundo enquanto uma dimensão histórica - cultural
e, portanto inacabado, encontra-se em uma relação permanente com o ser humano,
igualmente inacabado, que transformando o mundo, sofre os efeitos de sua própria
transformação.
O que importa, é a problematização do mundo do trabalho, das obras, dos
produtos, das ideias, das convicções, das aspirações, dos mitos, da arte, da ciência,
enfim o mundo da cultura e da história que resultando das relações do ser humano,
do mundo, desafia o próprio ser humano a rever constantemente suas ações sobre
a realidade na perspectiva de humanizá-la.
É preciso desenvolver no mundo uma posição de engajamento, compromisso
e participação que o sensibilize para a sua dimensão humana.
5.3 Concepção de Sociedade
Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a
sociedade não pode se limitar as aparências. É necessário compreender as leis que
regem o desenvolvimento da sociedade. Que não se trata aqui de leis naturais, mas
sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constitui historicamente.
A sociedade é um agrupamento tecido por uma série de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais do homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana, desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo bens, garantindo a base econômica. (SEVERINO,1998, p. 47).
Portanto, o processo de conscientização sempre se realiza em seres
humanos concretos, inseridos em estruturas sociais, políticas e econômicas.
A sociedade privilegia alguns princípios e ideias que nos desafiam a
constantemente refletir e repensar o cotidiano. Contudo, a escola tem uma efetiva
participação na medida em que inclui, em seus conteúdos curriculares a dimensão
21
humanística, técnica científica e político-social, colabora também quando se
preocupa em desenvolver no aluno uma liderança mais criativa e solidária, inserindo
este aluno no mundo real e complexo, fazendo-o compreender que as mudanças
estruturais também necessitam da participação deles.
Diante das mudanças na sociedade, queremos enquanto escola que nossos
educandos tenham uma ampla visão de mundo, que os alunos sejam capazes de
superar os preconceitos sociais, eliminando rótulos e preconceitos numa sociedade
em que todos tenham os mesmos direitos e deveres.
5.4 Concepção de Educação
A educação é uma prática social, uma atividade especifica dos homens
situando-os dentro da história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser
mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.
Segundo Saviani (1992 p. 19) a “educação é fenômeno próprio dos seres
humanos, significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o
processo de trabalho, bem como é ela própria, um processo de trabalho”. E continua
“a educação centrada na apropriação do saber elaborado como instrumento de luta
social e da compreensão da realidade social”. “A educação e a escola devem servir
para formar sujeitos conscientes de sua ação transformadora na construção de uma
sociedade mais justa, à construção de uma nova ordem social”.
Para Saviani, à educação caberia desempenhar, então, "o papel de
reforçamento dos laços sociais, na medida em que for capaz de sistematizar a
tendência à inovação", o que só seria possível "voltando-se para as formas de
convivência que se desenvolvem no seio dos diversos grupos sociais estimulando-
os na sua originalidade e promovendo o intercâmbio entre eles" (SAVIANI, 1986, p.
131).
Paulo Freire considera que
“a educação deve se constituir em processo político e, superar as etapas iniciais da alfabetização; deve ser direta e realmente ligada à democratização da cultura, ou seja, construída pelo professor e pelo aluno numa relação dialógica, e que, por isso, afasta qualquer hipótese de torná-la, um ato puramente mecânico” (FREIRE, 2000, p. 27).
22
5.5 Concepção de Escola
Segundo Saviani (2008, p. 101) “a escola é uma instituição cujo papel
consiste na socialização do saber sistematizado”. E à exigência de apropriação do
conhecimento sistematizado por parte das novas gerações que se torna necessária
a existência da escola, e escola existe, pois, para proporcionar a aquisição dos
instrumentos que possibilitem o acesso ao saber elaborado (ciência) bem como o
próprio acesso aos rudimentos desse saber. As atividades da escola deve se
organizar a partir dessa questão.
Dentro da Gestão Democrática o papel do diretor, professores, alunos,
agentes educacionais, equipe pedagógica, pais ou responsáveis é fortalecer o
trabalho coletivo no intuito de organizar uma escola voltada ao processo de ensino e
aprendizagem e combater, a cada dia, dentro e fora da escola, a visão fragmentada
de escola e sociedade.
Neste sentido:
O ‘coletivo’ é um ‘organismo social vivo’ colocado, ao mesmo tempo, como meio e fim da educação. É um conjunto finalizado de indivíduos ‘ligados entre si’ mediante a comum responsabilidade sobre o trabalho e a comum participação no trabalho coletivo. (CAMBI, 1999, p.560).
5.5 Concepção de Cultura
A cultura é resultado de toda a produção humana e segundo Saviani (2008),
“para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente,
os meios de sua subsistência”. “Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação
da natureza, criando um mundo da cultura”.
Pode-se considerar que,
[...] de um ponto de vista antropológico, cultura é tudo o que elabora, e elaborou o ser humano, desde a mais sublime música ou obra literária até as formas de destruir-se a si mesmo e as técnicas de tortura, a arte, a ciência, a linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais, as instituições sociais, as crenças, as religiões, as formas de trabalho”. (SACRISTAN, 2001, p.105).
23
Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de
significação, é cultural.
Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa
completar várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na
escola, em sua prática há a necessidade da consciência de tais diversidades
culturais, especialmente da sua função de trabalhar as culturas populares de forma
a levá-los a produção de uma cultura erudita, como afirma Saviani: “a mediação da
escola, instituição especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao
saber sistematizado, da cultura popular a cultura erudita; assume um papel político
fundamental”. (Saviani, apud, Frigotto, 1994 p. 189).
Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita
cabe a escola aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um espaço
motivador, aberto e democrático.
De acordo com a Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, no Artigo 26-A,
torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. Os
conteúdos deverão contemplar diversos aspectos da história e da cultura que
fundamentam a população brasileira. A história da África, a luta dos negros e dos
povos indígenas no Brasil, suas culturas e suas contribuições da sociedade
nacional, devem ser evidenciados no currículo escolar.
5.6 Concepção de Conhecimento
Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações
entre os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas
relações sociais mediadas pelo trabalho.
O conhecimento é uma produção histórico-social, histórico é, portanto, tudo
que dizendo respeito aos homens, é por eles produzido na forma de relações
humanas, ou seja, sociais.
Para Leonardo Boff (2000, p.82) “o ato de conhecer, portanto, representa um
caminho privilegiado para compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não
transforma a realidade; transforma a realidade somente a conversão do
conhecimento em ação”.
A construção do conhecimento está diretamente vinculada ao processo de
ação-reflexão sobre a práxis social, a partir de sua problematização, da análise e
24
compreensão teórica dos elementos e suas inter-relações. A produção de novos
conhecimentos pressupõe a superação dos anteriores.
“O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria a faixa etária e aos interesses dos alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos, generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor “(Veiga, 1995, p, 27).
Saviani (1992 pág. 22) define assim “A escola diz respeito ao conhecimento
elaborado e não ao conhecimento espontâneo, ao saber sistematizado e não ao
saber fragmentado; à cultura erudita e não à cultura popular”.
5.7 Concepção de Ensino
Sua finalidade é promover a interação entre aluno e conhecimento, de modo
a possibilitar o acesso e a incorporação de elementos culturais essenciais a sua
transformação enquanto síntese das múltiplas relações sociais (SAVIANI, 2008).
É um processo sistemático de contínuas e cumulativas mediações culturais.
No Ensino as atividades devem promover a reflexão-ação sobre a realidade,
possibilitando um processo mais significativo de apropriação-socialização-produção
do saber tendo por base seus aspectos essenciais e como objetivo final, uma
tomada de decisão que direcione o aprendizado e, conseqüentemente, o
desenvolvimento do educando.
O trabalho docente é atividade que dá unidade ao binômio ensino-aprendizagem, pelo processo de transmissão-assimilação ativa de conhecimentos, realizando a tarefa de mediação na relação cognitiva entre o aluno e as matérias de estudo. (LIBÂNEO,1994, p. 88)
Portanto, a atuação do professor deve ser a de mediador dos conhecimentos
escolares. Por meio de suas mediações o desenvolvimento do ensino passa a ser
um processo ativo, nele o professor tem a consciência de que ensinar não é
somente transmitir conhecimento, com a sua ação pedagógica promove uma ação-
reflexão-ação sobre os conhecimentos construídos e elaborados pela humanidade
a fim de contribuir para formar cidadãos críticos, reflexivos, autônomos, conscientes
de seus direitos e deveres, capazes de compreender a realidade em que vivem,
25
preparados para participar da vida econômica, social e política e para a construção
de uma sociedade mais justa.
5.8 Concepção de Aprendizagem
Processo dinâmico, cumulativo e permanente de subjetivação do mundo
objetivo produzido cultural e historicamente.
Processo contínuo de apropriação do mundo pelo sujeito, por meio de suas
múltiplas interações.
Processo intra-subjetivo de apropriação de saberes-objeto, de domínio de
atividades "engajadas" no mundo e de regulação de suas relações com os outros e
consigo mesmo.
Ocorre no / pelo processo de interação e mediação entre sujeitos numa
construção coletiva do conhecimento.
5.9 Concepção de Avaliação
Avaliação consiste em atribuir aspectos relevantes de conhecimento e da
aprendizagem do aluno, visando uma tomada de decisão. A avaliação da
aprendizagem orienta a situação didática que envolve o educando e professor, com
a pretensão de servir de base para a reflexão e tomada de consciência sobre a
prática educativa.
A Avaliação subsidia decisões a respeito da aprendizagem dos educandos
tendo em vista garantir a qualidade do resultado que estamos construindo. Deve ser
praticada como uma atribuição de qualidade aos resultados da aprendizagem dos
educandos, tendo por base seus aspectos essenciais, e como objetivo final, uma
tomada de decisão que direcione o aprendizado e, consequentemente o
desenvolvimento do educando. Diagnosticando, a avaliação permite a tomada de
decisão mais adequada, tendo em vista desenvolvimento e o auxílio externo para
esse processo de autodesenvolvimento.
26
Assim sendo, a avaliação da aprendizagem escolar auxilia os educadores e o
educando na sua viagem comum de crescimento e a escola na sua
responsabilidade social. A avaliação deve ser democrática, favorecendo o
desenvolvimento da capacidade do educando em aprimorar-se de conhecimentos
científicos, sociais e tecnológicos produzidos historicamente.
Portanto, a avaliação do rendimento escolar será pautada numa concepção
diagnóstica.
5.10 Concepção de Currículo
[...] O currículo também produz e organiza identidades culturais, de gênero, identidades raciais, sexuais. Dessa perspectiva, o currículo não pode ser visto simplesmente como um espaço de transmissão de conhecimentos. O currículo está centralmente envolvido naquilo que somos, naquilo que nos tornamos, naquilo que nos tornaremos. O currículo produz, o currículo nos produz. (SILVA, 1999b, p.27).
Numa perspectiva transformadora e democrática, o currículo é:
- Eixo articulador do trabalho pedagógico;
- Tem função organizadora;
- Articula os elementos e sujeitos do trabalho pedagógico, promovendo a
unidade teórico-prática;
- É o elemento norteador da organização do trabalho pedagógico no cotidiano
escolar.
O Currículo deve respeitar as diferenças sendo um campo aberto à produção
de significados, permitindo a criatividade, a inovação, abrindo espaços para a
pluralidade de saberes e expressões culturais.
5.11 Concepção Estágio não Obrigatório
Segundo Lei nº 11.788 de 25 de setembro de 2008, Art. 1º, “Estágio é ato
educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o
27
ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de
ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na
modalidade profissional de jovens e adultos”.
O estágio poderá ser obrigatório ou não obrigatório, conforme determinação
das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e da proposta
pedagógica do curso. O estágio obrigatório tem definida carga horária e requisito
para aprovação e obtenção de diploma. O estágio não obrigatório é atividade
opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.
Os conhecimentos escolares buscam uma educação que possibilite a
compreensão dos princípios científico-tecnológicos e históricos da produção
moderna, de modo a orientar os estagiários a desenvolverem as ações no ambiente
de trabalho relacionado aos conhecimentos universais necessários para
compreendê-los a partir das relações de trabalho. Formar para o mundo do trabalho,
portanto, requer o acesso aos conhecimentos produzidos historicamente pelo
conjunto da humanidade, a fim de possibilitar ao futuro trabalhador se apropriar das
etapas do processo de forma conceitual e operacional. Isto implica em ir para além
de uma formação técnica que secundariza o conhecimento, necessário para se
compreender o processo de produção em sua totalidade.
5.12 Concepção de Trabalho
O trabalho é uma atividade que está “na base de todas as relações humanas,
condicionando e determinando a vida. E (...) uma atividade humana intencional que
envolve forma de organização, objetivando a produção dos bens necessários a vida”
(Andery, 1998, p, 13).
Nesta perspectiva, é preciso entender o trabalho como ação intencional, o
homem em suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista, na produção de
bens. Porem, é preciso compreender que o trabalho não acontece de forma
tranquila, está determinado pelas relações de poder.
Quando produz bens, estes são classificados em materiais ou não materiais.
Os bens materiais são produzidos para posterior consumo, gerando o comércio. Já
os bens não-materiais, produção e consumo acontecem simultaneamente.
28
No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaçam-se dialeticamente e
nesta dimensão que está posta a formação do homem. Ao consideramos o trabalho
uma práxis humana, é importante o entendimento de que o processo educativo é
um trabalho não material, uma atividade intencional que envolve formas de
organização necessária para a formação do ser humano.
O conhecimento como construção histórica e matéria-prima (objeto de
estudo) do professor e do aluno, que indagando sobre o mesmo produz novos
conhecimentos, dando-lhes condições de entender o viver, propondo modificações
para a sociedade em que vive, permitindo “ao cidadão-produtor chegar ao domínio
intelectual do técnico e das formas de organização social sendo, portanto capaz de
criar soluções originais para problemas novos que exigem criatividade, a partir do
domínio do conhecimento”. (Kuenzer, 1985, p, 33 e 35).
5.13 Concepção de Cidadania
Para o educador brasileiro Demerval Saviani, ser cidadão significa ser sujeito
de direitos e deveres: “Cidadão é, pois, aquele que está capacitado a participar da
vida da cidade e, extensivamente, da vida da sociedade”.
A cidadania é exercida pelos cidadãos. Cidadão é um indivíduo que tem
consciência de seus direitos e deveres e participa ativamente de todas as questões
da sociedade. A idéia de cidadania ativa é ser alguém que cobra, propõe e
pressiona.
Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade
perante a lei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar do destino da
sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos.
A cidadania é a possibilidade de sermos sujeitos atuantes, com direitos e
deveres, os quais requerem inclusão social.
No espaço escolar o aluno deve ter a oportunidade de se tornar um cidadão
ativo e participativo e os conteúdos disciplinares são pertinentes e favorecem um
diálogo crítico.
Levar os alunos a refletirem sobre a importância de exercerem seus direitos e
deveres é papel de todos aqueles que fazem parte da comunidade escolar, visando
29
à conscientização para que sua cidadania efetivamente ocorra através da luta e
reivindicações, da ação concreta dos indivíduos.
Isso requer, portanto, a consciência clara sobre o papel da educação e as
novas exigências colocadas para a escola que, como instituição educacional é o
local apropriado de construção da cidadania.
5.14 Concepção de Tecnologia
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 ao propor a
formação tecnológica como eixo do currículo assume, segundo KUERGER (2000), a
concepção que a aponta como a síntese, entre o conhecimento geral e o especifico,
determinando novas formas de selecionar, organizar e tratar metodologicamente os
conteúdos.
A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e
alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento
das desigualdades, ou para inserção social se vista como uma forma de estabelecer
mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas. “Urge, pois
continuar a lutar pela escolarização como um bem público contra a domesticação
política que tem inflamado o debate educativo contribuindo para que a educação em
geral e o currículo, em particular, se constitua numa efetiva base para que os mais
desfavorecidos tenham, tomem e transformem a própria concepção de poder”.
(Paraskeva, 2001).
Assim, fica claro, que ter no currículo, uma concepção de educação
tecnológica não será suficiente para o acesso de todos, da Escola Publica, sem que
haja uma vontade e ação política que possibilite investimento para que esses
recursos tecnológicos (elementares e sofisticados) existam e possam ser ferramenta
que contribua para o desenvolvimento do pensar, sendo um meio de estabelecer
relações entre o conhecimento científico, tecnológico e sócio histórico, possibilitando
articular ação, teoria e pratica.
A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de bens e
serviços, mas também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais
vigentes.
30
5.15 Concepção de Letramento
Letramento é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde a escrita e
a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno. Do ponto de vista social, o
letramento é um fenômeno cultural relativo às atividades que envolvem a língua
escrita. A ênfase recai nos “usos, funções e propósitos da língua escrita no contexto
social” (SOARES, 2006).
Já não basta aprender a ler e escrever, é necessário mais que isso para ir
além da alfabetização funcional (denominação dada às pessoas que foram
alfabetizadas, mas não sabem fazer uso da leitura e da escrita). O sentido ampliado
da alfabetização, o letramento, de acordo com Magda, designa práticas de leitura e
escrita. A entrada da pessoa no mundo da escrita se dá pela aprendizagem de toda
a complexa tecnologia envolvida no aprendizado do ato de ler e escrever.
Letramento é “... entendido como o desenvolvimento de comportamentos e
habilidades de uso competente da leitura e da escrita em práticas sociais”
(SOARES, 2004).
O aluno precisa saber fazer uso e envolver-se nas atividades de leitura e
escrita. Ou seja, para entrar nesse universo do letramento, ele precisa apropriar-se
do hábito de buscar diversos tipos de leituras e com esse convívio efetivo com a
leitura, apropriar-se do sistema de escrita.
A professora defende ainda que, para a adaptação adequada ao ato de ler e
escrever, “é preciso compreender, inserir-se, avaliar, apreciar a escrita e a leitura”. O
letramento compreende tanto a apropriação das técnicas para a alfabetização
quanto esse aspecto de convívio e hábito de utilização da leitura e da escrita.
O letramento não é só de responsabilidade do professor de língua
portuguesa, mas de todos os educadores que trabalham com leitura e escrita.
Alunos lêem e escrevem nos livros didáticos. Isso é um letramento específico de
cada área de conhecimento. Cada professor, portanto, é responsável pelo
letramento em sua área oferecendo oportunidades de acesso a cultura escrita e
ampliando as capacidades e as experiências dos educandos de modo que eles
possam ler e escrever com autonomia.
31
5.16 Concepção de Inclusão
A educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação de
todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma
reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de
modo que estas respondam a diversidade de alunos. É uma abordagem
humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como
objetivo o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.
A Educação Inclusiva atenta a diversidade inerente a espécie humana, busca
perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-
alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a
promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos.
Prática pedagógica coletiva, multifacetada, dinâmica e flexível requer
mudanças significativas na estrutura e no funcionamento das escolas, na formação
humana dos professores e nas relações família-escola. Com força transformadora, a
educação inclusiva aponta para uma sociedade inclusiva.
O ensino inclusivo não deve ser confundido com educação especial, a qual se
apresenta numa grande variedade de formas incluindo escolas especiais, unidades
pequenas e a integração das crianças com apoio especializado. O ensino especial
desde sua origem é um sistema separado de educação das crianças com
deficiência, fora do ensino regular, baseado na crença de que as necessidades das
crianças com deficiência não podem ser supridas nas escolas regulares. Existe
ensino especial em todo o mundo sejam em escolas de frequência diária, internatos
ou pequenas unidades ligadas à escola de ensino regular.
5.17 Concepção de Educação do Campo
A concepção de campo tem o seu sentido cunhado pelos movimentos sociais
no final do século XX, em referência à identidade e cultura dos povos do campo,
valorizando-os como sujeitos que possuem laços culturais e valores relacionados à
vida na terra. Trata-se do campo como lugar de trabalho, de cultura, da produção de
conhecimento na sua relação de existência e sobrevivência.
32
O que caracteriza os povos do campo é o jeito peculiar de se relacionarem
com a natureza, o trabalho na terra, a organização das atividades produtivas,
mediante mão-de-obra dos membros da família, cultura e valores que enfatizam as
relações familiares e de vizinhança, que valorizam as festas comunitárias e de
celebração da colheita, o vínculo com uma rotina de trabalho que nem sempre
segue o relógio mecânico. A identidade dos povos do campo comporta categorias
sociais como posseiros, boias-frias, ribeirinhos, ilhéus, atingidos por barragens,
assentados, acampados, arrendatários, pequenos proprietários ou colonos ou
sitiantes – dependendo da região do Brasil em que estejam – caboclos dos faxinais,
comunidades negras rurais, quilombolas e, também, as etnias indígenas.
Entender o campo como um modo de vida social contribui para auto-afirmar a
identidade dos povos do campo, para valorizar o seu trabalho, a sua história, o seu
jeito de ser, os seus conhecimentos, a sua relação com a natureza e como ser da
natureza. Trata-se de uma valorização que deve se dar pelos próprios povos do
campo, numa atitude de recriação da história. O campo retrata uma diversidade
sociocultural, que se dá a partir dos povos que nele habitam: assalariados rurais
temporários, posseiros, meeiros, arrendatários, acampados, assentados,
reassentados atingidos por barragens, pequenos proprietários, vileiros rurais, povos
das florestas, etnias indígenas, comunidades negras rurais, quilombos, pescadores,
ribeirinhos e outros mais. Entre estes, há os que estão vinculados a alguma forma
de organização popular, outros não. São diferentes gerações, etnias, gêneros,
crenças e diferentes modos de trabalhar, de viver, de se organizar, de resolver os
problemas, de lutar, de ver o mundo e de resistir no campo.
Entre as características da educação do campo que se pretende construir,
estão:
- concepção de mundo: o ser humano é sujeito da história, não está “colocado” no
mundo, mas ele é o mundo, faz o mundo, faz cultura. O homem do campo não é
atrasado e submisso; antes, possui um jeito de ser peculiar; pode desenvolver suas
atividades pelo controle do relógio mecânico ou do relógio “observado” no
movimento da Terra, manifesto no posicionamento do Sol. Ele pode estar
organizado em movimentos sociais, em associações ou atuar de forma isolada, mas
o seu vínculo com a terra é fecundo. Ele cria alternativas de sobrevivência
econômica num mundo de relações capitalistas selvagens;
33
- concepção de escola: local de apropriação de conhecimentos científicos
construídos historicamente pela humanidade e local de produção de conhecimentos
em relações que se dão entre o mundo da ciência e o mundo da vida cotidiana. Os
povos do campo querem que a escola seja o local que possibilite a ampliação dos
conhecimentos; portanto, os aspectos da realidade podem ser pontos de partida do
processo pedagógico, mas nunca o ponto de chegada. O desafio é lançado ao
professor, a quem compete definir os conhecimentos locais e aqueles
historicamente acumulados que devem ser trabalhados nos diferentes momentos
pedagógicos. Os povos do campo estão inseridos nas relações sociais do mundo
capitalista e elas precisam ser desveladas na escola;
- concepção de conteúdos e metodologias de ensino: conteúdos escolares são
selecionados a partir do significado que têm para determinada comunidade escolar.
Tal seleção requer procedimentos de investigação por parte do professor, de forma
que possa determinar quais conteúdos contribuem nos diversos momentos
pedagógicos para a ampliação dos conhecimentos dos educandos. Estratégias
metodológicas dialógicas, nas quais a indagação seja frequente, exigem do
professor muito estudo, preparo das aulas e possibilitam relacionar os conteúdos
científicos aos do mundo da vida que os educandos trazem para a sala de aula;
- concepção de avaliação: processo contínuo e realizado em função dos objetivos
propostos para cada momento pedagógico seja bimestral, semestral ou anual. Pode
ser feita de diversas maneiras: trabalhos individuais, atividades em grupos,
trabalhos de campo, elaboração de textos, criação de atividades que possam ser um
“diagnóstico” do processo pedagógico em desenvolvimento. Muito mais do que uma
verificação para fins de notas, a avaliação é um diagnóstico do processo
pedagógico, do ponto de vista dos conteúdos trabalhados, dos objetivos, e da
apropriação e produção de conhecimentos. É um diagnóstico que faz emergir os
aspectos que precisam ser modificados na prática pedagógica.
Um desafio está posto à educação do campo: considerar a cultura dos povos
do campo em sua dimensão empírica e fortalecer a educação escolar como
processo de apropriação e elaboração de novos conhecimentos.
34
Centro de Línguas Estrangeira Moderna - CELEM
O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM), criado no ano de
1986 pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR), integra o
Departamento de Educação Básica (DEB) e tem por objetivo ofertar o ensino
gratuito de idiomas aos alunos da Rede Estadual de Educação Básica matriculados
no Ensino Fundamental (anos finais), no Ensino Médio, na Educação Profissional e
na Educação de Jovens e Adultos (EJA), aos professores e funcionários que
estejam no efetivo exercício de suas funções na rede estadual e também à
comunidade.
O CELEM, além de promover o conhecimento do idioma das etnias
formadoras do povo paranaense contribui para o aperfeiçoamento cultural e
profissional de seus alunos.
A Resolução n. 3.904/2008 - SEED, que regulamenta o funcionamento do
CELEM, considera "a importância que a aprendizagem de Línguas Estrangeiras
Modernas (LEM) tem no desenvolvimento do ser humano quanto a compreensão de
valores sociais e a aquisição de conhecimento sobre outras culturas".
Atualmente, o CELEM oferta nove idiomas: alemão, espanhol, francês, inglês,
italiano, japonês, mandarim, polonês e ucraniano, em duas modalidades de cursos:
- Curso Básico: 2 (dois) anos de duração (320h), 4 (quatro) horas/aula semanais,
exceção dos cursos de Língua Japonesa, Ucraniana e Mandarim que tem 3 (três)
anos de duração (480h) e também 4 (quatro) horas/aula semanais.
- Curso de Aprimoramento: o CELEM tem ofertado desde o ano de 2004 o Curso de
Aprimoramento para alunos que concluíram o Curso Básico. O referido curso tem 1
(um) ano de duração, com um total de 160 horas/aula em 4 (quatro) horas/aula
semanais.
Os interessados poderão cursar até dois idiomas, tendo disponibilidade e
compatibilidade de horários. Para isso, deverão entrar em contato diretamente com
o(s) estabelecimento(s) de ensino que oferta(m) o(s) idioma(s) de seu interesse para
as devidas providências.
O funcionamento dos CELEM é acompanhado pelos Núcleos Regionais de
Educação (NRE), os quais atendem as orientações definidas pela Coordenação do
CELEM/SEED.
35
Programa de Atividades Complementares Curriculares em
Contraturno
É um programa da Secretaria de Estado da Educação que tem como objetivo
o empoderamento educacional dos sujeitos envolvidos através do contato com os
conhecimentos, equipamentos sociais e culturais existentes na escola ou no
território em que está situada, através da ampliação de tempos, espaços e
oportunidades educativas.
O programa constitui-se de atividades integradas ao Currículo Escolar, que
oportunizam a aprendizagem e visam ampliar a formação do aluno. O atendimento
do programa é para alunos que se encontram em situação de vulnerabilidade social,
bem como para as necessidades socioeducacionais, considerando o contexto social
descrito no Projeto Político-Pedagógico da Escola e o baixo IDEB.
As Atividades Complementares Curriculares em Contraturno estão
organizadas nas áreas do conhecimento, articuladas aos componentes curriculares,
nos seguintes Macrocampos: Aprofundamento da Aprendizagem, Experimentação e
Iniciação Científica, Cultura e Arte, Esporte e Lazer, Tecnologias da Informação, da
Comunicação e uso de Mídias, Meio Ambiente, Direitos Humanos, Promoção da
Saúde, Mundo do Trabalho e Geração de Rendas.
Sua finalidade é:
Promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de
tempos, espaços e oportunidades educativas em contraturno, na escola ou no
território em que ela está situada, a fim de atender às necessidades
socioeducacionais dos alunos;
Ofertar atividades complementares ao currículo escolar vinculadas ao
Projeto Político-Pedagógico da Escola, respondendo às demandas educacionais e
aos anseios da comunidade;
Possibilitar maior integração entre alunos, escola e comunidade,
democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.
36
Organização Curricular
A escola tem uma organização curricular composta por disciplinas do núcleo
comum e parte diversificada. As disciplinas do núcleo comum são: Arte, Biologia,
Ciências, Educação Física, Ensino Religioso, Filosofia, Física, Geografia, História,
Língua Portuguesa, Matemática, Química, Sociologia e uma disciplina da parte
diversificada: Língua Estrangeira Moderna: Inglês.
O ano letivo é composto de 200 dias letivos e a organização do tempo escolar
no Ensino Fundamental é por série, o primeiro ano do Ensino Médio também por
série, o segundo e o terceiro ano do Ensino Médio organizado por Blocos de
Disciplinas Semestrais. A cessação do E.M.B.D.S será feita gradativamente a partir
de 2015.
A metodologia utilizada é a expositiva, dialógica buscando desenvolver um
trabalho interdisciplinar e contextualizado centrada numa teoria progressista, numa
linha Histórico-Crítica.
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno. Faz parte do processo ensino-aprendizagem sendo,
portanto contínua, cumulativa, processual, diagnóstica, e qualitativa, serve como
direcionamento e ao professor como diagnóstico na retomada de suas decisões e
reflexões. Deve ser realizada em função dos conteúdos e ser coerente com os
pressupostos e metodologias da disciplina.
Os instrumentos de avaliação são diversificados através de provas escritas,
orais, pesquisas, trabalhos, seminários, experiências e realização das atividades
escolares e domiciliares.
A oferta da recuperação de estudos é de forma permanente e concomitante
ao processo ensino e aprendizagem, através de retomada paralela de conteúdos,
trabalhos e pesquisas. Depois de realizado os instrumentos de avaliação da
aprendizagem os resultados são os registrados em notas expressos em uma escala
de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Para os alunos do 6º ano e do 7º ano há o professor da Sala de Apoio que
trabalha com conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática o que tem propiciado
uma recuperação de estudos e um melhor desenvolvimento nas outras disciplinas.
37
Para os alunos do 6º ao 9º ano e do Ensino Médio a Sala de Recursos
também tem contribuído para a recuperação do desenvolvimento escolar dos
alunos.
Os conteúdos trabalhados e a avaliação em notas são registrados no
Registro de Classe do professor, nos boletins, no Sistema SERE e no histórico
escolar do aluno.
Os resultados da avaliação são comunicados aos pais, no conselho de
classe, nas reuniões bimestrais e trimestrais através de boletins, e sempre que a
direção, equipe pedagógica e professores acham necessário que os pais tomem
conhecimento do rendimento escolar dos filhos.
38
GESTÃO DEMOCRÁTICA
A escola se constrói na sua relação com a sociedade, sendo um reflexo das
necessidades socioculturais de cada época. A atualidade tem apresentado um ritmo
acelerado de transformações, com a sociedade vivendo uma dinâmica muito
acentuada de alterações, num processo frenético. Mais do que nunca, são exigidas
dos sujeitos uma participação intensa e efetiva, transparência em objetivos das
decisões.
Na gestão democrática, todos são chamados a pensar, avaliar e agir
coletivamente, diante das necessidades apontadas pelas relações educativas,
percorrendo um caminho que se estrutura com base no diagnóstico das
possibilidades e necessidades.
Assim, a equipe de profissionais vai traçando os objetivos que nortearão a
construção das ações cotidianas, encontrando sua forma original de trabalho. Essa
travessia permite a cada escola a construção coletiva de sua identidade.
Nesse contexto, papel importante desempenha as instâncias de decisões
coletivas atuando em sintonia para viabilizar o Projeto Político-Pedagógico:
Associação de Pais, Mestres e Funcionários, Grêmio Estudantil, Conselhos de
Classe, representação de turmas, reuniões pedagógicas, etc são fundamentais e o
diretor da escola deverá pautar seu trabalho pelas discussões e pelos
encaminhamentos definidos por elas.
Na escola contamos com a participação da APMF, CONSELHO ESCOLAR,
GRÊMIO ESTUDANTIL, CONSELHO DE CLASSE que acontece bimestralmente,
trimestralmente e sempre que se faz necessário.
Princípios da Gestão Democrática
Para uma prática educativa social e transformadora devemos ter instituídos
constitucionalmente os princípios:
Igualdade de condições para acesso e permanência no processo educativo.
Gestão democrática, administrativa, pedagógica e financeira.
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Valorização do Magistério.
Liberdade.
Autonomia administrativa, jurídica, financeira e pedagógica.
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6 MARCO OPERACIONAL
Sabemos que as mudanças na educação em nosso Colégio precisam ser
mais significativas. Precisamos delinear e reorganizar o nosso trabalho pedagógico
com ações que levem todos a compreender a importância da escola para
construção da cidadania. Estamos estudando, nos capacitando, melhorando a
qualidade de nossas aulas com projeção de uma sociedade idealizada pelos
princípios da igualdade, liberdade e justiça.
As práticas pedagógicas produzem normas, valores, visão de mundo e
atitudes que definem posições. As dimensões políticas e pedagógicas se
evidenciam nas opções curriculares e por isso estamos inevitavelmente
comprometidos com o que propomos e colocamos em prática no âmbito da escola.
6.1 Grandes linhas de ação
Definidos os aspectos conceituais que regem nossa prática, a escola propõe
ações para a concretização de suas concepções.
As grandes linhas de ação estão de acordo com os eixos norteadores do
plano de ação do diretor sendo:
6.1.1 Gestão Democrática
- Que haja maior participação da comunidade na escola, bem como maior
compreensão da importância dessa participação na vida escolar de seus filhos.
- Que a escola organize atividades que favoreçam o envolvimento de todos.
- Que as instâncias colegiadas pautem seu trabalho numa gestão democrática e
participativa.
- Que o relacionamento entre os segmentos e instâncias colegiadas ocorra num
processo democrático e participativo.
41
6.1.2 Proposta Pedagógica
- Que a proposta pedagógica da escola seja trabalhada de acordo com as Diretrizes
Curriculares Estaduais.
- Que o Conselho de Classe seja realizado com o propósito de refletir, avaliar e
propor ações pedagógicas que garantam a aprendizagem de todos os alunos.
- Que os conteúdos sejam trabalhos numa prática constante de interdisciplinaridade
visando a totalidade do conhecimento pelo aluno.
6.1.3 Formação Continuada
- Que a formação continuada seja organizada de forma a atender os anseios dos
profissionais da educação bem como as necessidades da escola.
6.1.4 Especificidades Locais
- Que as ações sejam efetivadas com a participação de todos os segmentos e
instâncias colegiadas.
- Que a escola organize e incentive a participação de todos em campanhas,
concursos e em todas as atividades que priorize temas relevantes para uma efetiva
construção da cidadania.
- Que a escola incentive e acompanhe estágios não obrigatórios, efetivados pelos
alunos e desenvolvidos em ambiente de trabalho, que vise à preparação para o
trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando regulamente a escola,
de acordo com a legislação em vigência.
42
6.1.5 Qualificação dos espaços e dos equipamentos da Escola
- Que a escola busque junto a mantenedora recursos para construção, reforma e
adequação de seus espaços físicos, bem como equipamentos e materiais
necessários para desenvolver suas atividades pedagógicas.
Função específica de cada segmento da comunidade escolar
Para efetivação do Projeto Político Pedagógico na escola contamos com uma
organização interna onde cada segmento possui sua função específica, mas
articulada, onde as relações entre os aspectos pedagógicos e administrativos estão
embasados em princípios da gestão democrática.
Direção
A direção é o órgão que preside o funcionamento dos serviços escolares no
sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais pedagógicos e
administrativos do Estabelecimento de Ensino bem como na efetivação do Projeto
Político Pedagógico.
Equipe Pedagógica
A Equipe Pedagógica desenvolve dentro da sua especificidade a organização
do trabalho escolar. Organização esta, que requer um trabalho de qualidade voltado
para aspectos inovadores, buscando estratégias de aprendizagem. Portanto,
criando condições favoráveis para que os professores desenvolvam com plenitude
as finalidades, os objetivos e as metas de qualidade que ajudem o aluno a enfrentar
o mundo atual como cidadão participativo, reflexivo e autônomo, conhecedor de
seus direitos e deveres.
Desenvolve-se em um serviço organizado na escola, onde especialista, em
cooperação e interação com a direção, professores, e outros membros do corpo
técnico-administrativo oferecem recursos para que os alunos possam resolver suas
dificuldades no âmbito da aprendizagem, do relacionamento interpessoal e da
43
integração escolar e social, as quais se evidenciam na medida em que os alunos,
identificando suas capacidades e necessidades, desenvolvem as e passam a fazer
uso adequado das mesmas.
O trabalho da Equipe Pedagógica é de assessoria ao processo ensino-
aprendizagem, desenvolvido na relação professor-aluno, assegurando a efetivação
do Projeto Político Pedagógico. Requer, portanto, o conhecimento não apenas dos
alunos, mas também das condições concretas, pessoais e profissionais dos
professores. Este conhecimento implica na compreensão de que professor e equipe
pedagógica têm tarefas diferentes numa luta comum.
As atribuições com o estágio não obrigatório:
- acompanhar as práticas de estágio não obrigatório desenvolvidas pelo
aluno;
- manter os professores das turmas, cujos os alunos desenvolvem atividade
de estágio, informados sobre as atividades desenvolvidas, de modo que estes
possam contribuir para esta relação prática;
- orientar e receber relatórios períodicos do estagiário;
- elaborar normas complemetares e instrumentos de avaliação dos estágios
de seus educandos;
- zelar pelo cumprimento do termo de compromisso com o educando, com a
parte concedente e o estabelecimento.
Professores
Conforme a LDB 9.394/96 os docentes incumbir-se ão de:
- Participar na elaboração da Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino.
- Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino.
- Zelar pela aprendizagem dos alunos.
- Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento.
- Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação, às reuniões e
ao desenvolvimento profissional.
- Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a
comunidade.
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Equipe Administrativa
A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de
todos os setores do Estabelecimento de Ensino, proporcionando condições para
que os mesmos supram suas reais funções. A Equipe Administrativa é composta por
Agente Educacional I e Agente Educacional II.
Secretaria: é o setor que tem a seu encargo todo o serviço de escrituração escolar
e correspondência do estabelecimento.
Serviços Gerais: tem a seu encargo o serviço de manutenção, preservação,
segurança e merenda escolar do Estabelecimento de Ensino, sendo coordenado e
supervisionado pela Direção.
Bibliotecário: O serviço do Bibliotecário é de garantir o acesso à informação, é
ensinar o aluno a buscar, localizar, selecionar, confrontar, estabelecer nexos e com
isso o aluno ser capaz de produzir o seu próprio discurso. O objetivo é criar leitores
autônomos mostrando que a biblioteca faz parte de seu dia-a-dia. A biblioteca deve
ser o espaço de informação e de educação para a informação.
Como parte das mudanças sociais, exige-se de todos os profissionais da
educação uma prática voltada para o respeito às diferenças, para o saber conviver
com a diversidade de culturas e para a construção de práticas de uma gestão
democrática.
45
O papel das Instâncias Colegiadas
Conselho Escolar: tem por finalidade efetivar a gestão escolar, na forma de
colegiado, promovendo a articulação entre os segmentos da comunidade escolar e
os setores da escola constituindo-se um órgão auxiliar da direção do
estabelecimento de ensino. Composto por representantes da comunidade escolar e
local, que têm como atribuição deliberar sobre questões políticos-pedagógicas,
administrativas, financeiras, no âmbito da escola.
Conselho de Classe: É um órgão colegiado presente na organização da escola, em
que os professores das diversas disciplinas juntamente com a equipe pedagógica e
direção reúne-se para refletir e avaliar o desempenho pedagógico dos alunos por
série e turma. Esta reunião se dá bimestralmente, trimestralmente e sempre que se
fizer necessário.
APMF: É um órgão de representação dos pais, mestres, e funcionários do
estabelecimento de ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e
nem fins lucrativos e com objetivos de discutir sobre ações de assistência ao
educando, de aprimoramento do ensino e integração família-escola-comunidade,
prestando assistência a professores e funcionários, assegurando-lhes melhores
condições de eficiência escolar em consonância com a proposta pedagógica do
colégio.
Grêmio Estudantil: O grêmio estudantil é uma representação do corpo discente da
escola. Ele deve ser visto como uma expressão da vontade coletiva dos estudantes.
É de fundamental importância esta representação escolar no debate da escola para
sua democratização e evolução. O grêmio é uma organização sem fins lucrativos
que representa o interesse dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais,
educacionais, desportivos e sociais. É o órgão máximo de representação dos
estudantes da escola.
46
Calendário escolar
O Calendário Escolar é elaborado anualmente conforme normas
emanadas da SEED apreciado e aprovado pelo Conselho Escolar, obedecendo à
legislação vigente de forma a assegurar as condições necessárias à oferta da
Educação Básica com qualidade, com base no que determina a LDB 9394/96, a
qual estabelece o mínimo de 800h (oitocentas horas) distribuídas por um mínimo
de 200 dias letivos de efetivo trabalho escolar. Após, enviado ao órgão
competente para análise e homologação, ao final de cada ano letivo anterior à sua
vigência.
O Calendário Escolar fixa:
I - Início e término do período letivo;
ll - Férias;
III - Semana Pedagógica;
IV - Planejamento;
V - Recesso;
Vl – Replanejamento;
VII – Plano de Abandono;
VIII – Integração Escola-Comunidade;
IX – Reunião Pedagógica;
X – Conselho de Classe;
XI – Complementação de Carga Horária;
XII – Formação Continuada.
Cabe à escola estabelecer os feriados municipais e recessos.
As complementações de carga horária do Ensino Médio e Ensino Médio
Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais do período matutino e noturno são
realizadas aos sábados.
Há reposições de aulas em contraturno de acordo com a disponibilidade da
escola e dos alunos, bem como aos sábados, sendo estes, utilizados em algumas
datas para realização de atividades extraclasses e cumprimento dos duzentos dias
letivos.
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Espaços Pedagógicos
Na escola contamos com os espaços educativos: biblioteca, laboratório de
informática, laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia, refeitório, sala dos
professores, pátio e uma quadra de esportes que contribuem para o processo
ensino-aprendizagem.
A biblioteca é um espaço pedagógico democrático com acervo bibliográfico à
disposição de toda a comunidade e está à disposição dos alunos, professores,
funcionários e comunidade para pesquisas, leituras, trabalhos individuais, trabalho
em grupos e empréstimos de livros para leitura em sala de aula e domiciliar,
podendo o aluno permanecer com o livro durante sete dias.
O laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia é um espaço
pedagógico para uso dos professores e alunos, que tem por finalidade auxiliar a
compreensão dos conteúdos trabalhados nas disciplinas, na realização de aulas
práticas, sendo necessário fazer o agendamento.
A quadra de esportes utilizada para as aulas de Educação Física, treinamento
de Handebol e Futsal e em atividades extraclasses culturais e recreativas
desenvolvidas pela escola durante o ano letivo.
O pátio é mais um local onde os alunos têm momentos de descontração, bate
papo, mantém um relacionamento de amizade, cooperatividade e liderança. Quando
necessário é utilizado para ensaios de danças, atividades recreativas e culturais, e
as duas mesas de tênis nas aulas de Educação Física.
A sala dos professores é o local da realização da hora atividade, estudos e
espera no intervalo entre aulas.
O laboratório de Informática é um espaço pedagógico para uso dos
professores e alunos, que tem por finalidade auxiliar a compreensão de conteúdos
trabalhados nas diferentes disciplinas do Ensino Fundamental e Médio, como uma
alternativa metodológica diferenciada.
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Critérios de organização das turmas
A organização de turmas do ensino regular é de acordo com o número de
matrículas, vagas disponibilizadas e o número de salas de aulas da escola. O
Ensino Médio é autorizado para funcionamento nos períodos matutino e noturno e,
portanto distribuímos nestes períodos turmas de cada série.
Atende-se a necessidade das famílias que moram na zona rural e depende
do transporte escolar com horário fixo para o período matutino formando uma turma
de cada série do Ensino Fundamental e Médio neste período.
Nos período vespertino e noturno as turmas de Ensino Fundamental – 6º a 9º
anos também são distribuídas de acordo com o número de matrículas, vagas
disponibilizadas e número de salas de aulas existentes na escola.
De acordo com instrução da Secretaria de Estado da Educação os alunos
com matrícula efetiva no ensino regular no ano em curso têm a vaga garantida no
turno em que estudou. Para os alunos que ingressam no 6º ano há uma instrução
normativa com critérios específicos.
É distribuída uma Sala de Recursos no período matutino e vespertino para
atender alunos do Ensino Fundamental. Os alunos do período matutino frequentam
a Sala de Recursos no período vespertino e os alunos do período vespertino
frequentam a Sala de Recursos no período matutino. Os alunos do período noturno
também são atendidos na Sala de Recursos de acordo com a disponibilidade de
horários.
O Programa Sala de Apoio à Aprendizagem em contraturno para o 6º e 7º
anos são para os alunos com dificuldades de aprendizagem no que se refere aos
conteúdos considerados básicos para as séries contempladas são selecionados
pelos professores regentes, equipe pedagógica e direção. Organizadas em turmas
de no máximo 20 (vinte) alunos para cada uma das disciplinas – Língua Portuguesa
e Matemática são de 04 horas-aula semanais, em aulas geminadas, em dias não
subsequentes.
O CELEM – Centro de Ensino de Línguas Estrangeiras Moderna, com a
disciplina de Espanhol, as turmas são formadas para atender a demanda da escola
e o interesse dos alunos e da comunidade em participarem das aulas.
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Nas Atividades Complementares Curricular em Contraturno Periódica – Artes
Visuais, Horta Escolar e nas Aulas Especializadas em Treinamento Esportivo –
Futsal e Handebol, distribui-se uma turma de cada atividade para todos os alunos
interessados, priorizando os que se encontram em situação de vulnerabilidade
social, bem como para as necessidades socioeducacionais, com quatro aulas
semanais distribuídas em duas vezes na semana.
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Formação Continuada dos Profissionais da Educação
A formação para ingressar na carreira é obrigatória O aprimoramento dos
profissionais da educação uma necessidade, por isso um plano de formação
continuada é essencial para garantir um processo de ensino e aprendizagem de
qualidade.
A organização da formação continuada dos profissionais da educação e
componentes das instâncias colegiadas é ofertada pela SEED em eventos
distribuídos por área do conhecimento e atuação, como seminários, simpósios,
jornadas pedagógicas. Cabe a escola também desenvolver uma formação
continuada de acordo com as suas necessidades. Portanto, será realizada por meio
de reuniões pedagógicas, grupos de estudos, palestras, horas atividades por área
de conhecimento, trocas de experiências, grupos de implementação - PDE -
Programa de Desenvolvimento Educacional, entre outros. A direção e a equipe
pedagógica incentiva a participação em eventos como: Grupo de Trabalho em Rede
– GTR e outros cursos oferecidos pela SEED e pelo NRE na modalidade presencial
ou a Distância para aprimoramento teórico-metodológico.
Durante todo o ano letivo a Direção e Equipe Pedagógica desenvolvem uma
formação continuada dentro da escola, além das reuniões pedagógicas existentes
no calendário, o conselho de classe se torna um espaço de reflexão do trabalho
escolar e outros momentos que se faz necessário orientar os professores como nas
instruções da SEED e do N.R.E.
51
HORA ATIVIDADE
O trabalho pedagógico, dado a sua complexidade, exige conhecimento e
comprometimento com a formação do aluno. Nesse sentido, a Hora Atividade
apresenta possibilidades pedagógicas, acreditando que muitas delas já fazem parte
da rotina do professor.
1. Planejamento: é uma ação que exige rigor teórico e prático, pois pressupõe
articulação entre os diferentes níveis de planejamentos internos, desde o PPP, o
conhecimento das Diretrizes Curriculares Orientadoras, bem como do Caderno de
Expectativas da Aprendizagem que direcionam a Proposta Pedagógica Curricular,
até o Plano de Trabalho Docente, elaborado para determinado período conforme
sistema de avaliação do estabelecimento de ensino. Assim, o tempo da hora
atividade, além de corroborar para a discussão e aprimoramento desses
documentos de planejamento escolar, possibilitando tanto ações individuais como
coletivas, deve servir para elaboração e reelaboração das ações diárias do
professor.
2. Organização e acompanhamento das aulas: a docência remete a uma série de
atividades para além da relação pedagógica estabelecida no momento da aula.
Desse modo, é primordial a revisão constante do Plano de Trabalho Docente para o
preparo diário das aulas de forma a adequar a complexidade, contextualização e
interdisciplinaridade dos conteúdos, assim como a elaboração e/ou seleção de
material didático e organização de materiais digitais, entre outros. Há, ainda, a
necessidade premente de avaliar o processo de ensino e de aprendizagem, exigindo
a elaboração e correção de instrumentos avaliativos, sejam provas, trabalhos de
pesquisa, exercícios, textos e outros. As atividades relacionadas ao processo de
ensino e aprendizagem e ao processo avaliativo antecedem o momento da aula e
são desenvolvidas ao longo do ano letivo, durante parte da hora atividade.
3. Livro Registro de Classe: o preenchimento dos Livros Registro de Classe é uma
exigência do sistema de ensino, pois é o instrumento formal que deve retratar o
trabalho em sala de aula. Os registros de frequência, dos conteúdos trabalhados e
52
do processo avaliativo, são essenciais para o acompanhamento legal e pedagógico
do trabalho efetivamente desenvolvido na disciplina pelo professor. Parte da carga
horária da hora atividade tem sido utilizada para essa atividade e deve assim
continuar.
4. Atendimento de pais ou responsáveis: é importante o contato com a família do
aluno sempre que necessário. Portanto, há alternativas na organização dos horários
das horas atividade semanais, quinzenais ou mensais para tais atendimentos.
5. Encaminhamento do Conselho de Classe: para a otimização do tempo para
qualidade do Conselho de Classe é fundamental a realização do Pré-conselho,
momento este de coleta de informações relativas ao andamento do processo de
ensino aprendizagem. Com a ampliação da hora atividade a equipe pedagógica
poderá utilizar-se deste espaço para conversar com os professores ou poderão
preencher fichas próprias que possam retratar o diagnóstico das turmas e das
dificuldades apresentadas pelos alunos.
6. Escola interativa: ação que a Secretaria já vem desenvolvendo com o propósito
de apresentar possibilidades de trabalho pedagógico abordando os conteúdos de
cada uma das disciplinas escolares. Para tal, na medida do possível, há uma
concentração dos professores das mesmas disciplinas para que possam
acompanhar e participar da discussão on-line; constituindo-se este mais um espaço
de formação continuada em serviço.
7. Estudos por área do conhecimento: poderá ser desencadeado um movimento
de estudos teóricos a respeito de uma temática específica da disciplina/área entre
os professores. Tal estudo pode ser mediado pelo pedagogo, resultando também
em espaço de formação em serviço. Há, ainda, a possibilidade de participação em
eventos de formação voltados para determinada área/disciplina, promovidos pela
mantenedora em dias de hora atividade concentrada.
8. Estudos pedagógicos: da mesma forma que nos estudos por Área do
Conhecimento há possibilidade do encaminhamento de estudo coletivo relacionado
às necessidades da escola, como, por exemplo, a questão da disciplina, avaliação,
abandono escolar, diversidade, violência, entre outros.
53
9. Formação profissional: cabe também ao professor eleger o que é importante
para sua formação profissional, sendo o momento da hora atividade para estudos
individuais que promovam seu aprofundamento teórico-metodológico, em que cada
professor faz a seleção de material para leituras e pesquisas.
10. Troca de experiências: parte da hora atividade pode ser utilizada pelos
professores das disciplinas afins para apresentarem e debaterem os
encaminhamentos metodológicos empregados, enfoque dado a determinados
conteúdos, estratégias disciplinares que resultaram em maior participação e atenção
da turma, enfim, em troca de práticas que estão dando bons resultados nos mesmos
anos e etapas de ensino.
A hora atividade deve impactar na qualidade do trabalho pedagógico
desenvolvido na escola, posto que o trabalho docente requer tempo para estudo,
pesquisa, atualização e constante reflexão teórico-prática.
A escola deve na medida do possível, organizar a hora atividade concentrada,
pelo menos parcialmente, por áreas e/ou disciplinas, proporcionando o
desenvolvimento destas atividades coletivas. Salientamos, ainda, que deverá
promover um ambiente favorável para o desenvolvimento das atividades durante a
hora atividade; isto é, um espaço adequado para o exercício da atividade intelectual.
Da mesma forma, deverá realizar o acompanhamento pedagógico das atividades
desenvolvidas pelo professor, oportunizando as condições necessárias para tal,
bem como assegurar o cumprimento da carga horária destinada à hora atividade.
Quadro da Hora Atividade Concentrada
2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira
LÍNGUA
PORTUGUESA
LEM
ARTE
EDUCAÇÃO
FÍSICA.
HISTÓRIA
FILOSOFIA
SOCIOLOGIA
GEOGRAFIA
ENS. RELIG.
BIOLOGIA
CIÊNCIAS
MATEMÁTICA
FÍSICA
QUÍMICA
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Articulação Anos Iniciais e Anos Finais do Ensino Fundamental de Nove anos
Na passagem dos anos iniciais para os anos finais do ensino fundamental
deve ser dada uma atenção especial aos alunos que vêem transferidos da rede
municipal de ensino a fim de que possam melhor organizar as suas atividades
diante das diversas situações que enfrentarão nesta fase.
Para isso, a escola se organizará criando possibilidades e encaminhamentos
para articulação entre os anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental, tais
como:
Conhecer os documentos de orientações pedagógicas utilizadas pelas
redes municipais de ensino;
Conhecer a Proposta Pedagógica dos anos iniciais;
Observar as concepções (infância, desenvolvimento humano,
alfabetização e letramento, tempo e espaço) e os encaminhamentos que
norteiam o processo ensino-aprendizagem nos anos iniciais;
55
Avaliação
O professor faz o seu Plano de Trabalho Docente de acordo as Diretrizes
Curriculares. Cada disciplina tem os seus conteúdos Estruturantes e Básicos. Ao
montar o seu Plano de Trabalho Docente o professor organiza-o de acordo com as
especificidades da disciplina.
A avaliação será trimestral, no Ensino Fundamental e Médio e bimestral no
Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais, sendo composta
pela somatória das notas obtidas pelo aluno em cada conteúdo específico e/ou
bloco de conteúdos afins, atendendo as especificidades de cada disciplina.
A recuperação de estudos será concomitante ao processo educativo a todos
os alunos, independente do nível de apropriação dos conhecimentos, garantindo a
todos nova oportunidade de aprendizagem e avaliação.
O professor realizará tantas avaliações quantas forem necessárias, a fim de
garantir a aprendizagem de todos os alunos.
Tanto para a avaliação como para a recuperação de estudos o professor
utilizará de instrumentos diversificados de avaliação: provas, trabalhos, debates,
exposições orais, trabalhos escritos, relatórios escritos e orais etc., oportunizando a
todos os alunos diferentes formas de exposição do conhecimento.
A avaliação é de todo o processo: do trabalho do professor, do aprendizado
dos alunos e dos documentos que norteiam o trabalho pedagógico.
Adaptação, Classificação, Reclassificação e Regularização da vida
escolar e Progressão Parcial
A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica
desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica
Curricular, para que o aluno possa seguir o novo currículo.
A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da equipe
pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o aluno está
sujeito, elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao aluno.
A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o
estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos
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compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios formais
ou informais.
A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia
o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano,
levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de
estudos compatíveis com sua experiência e desenvolvimento, independentemente
do que registre o seu Histórico Escolar.
O processo de regularização de vida escolar é de responsabilidade do diretor
do estabelecimento de ensino, sob a supervisão do Núcleo Regional de Educação,
conforme normas do Sistema Estadual de Ensino. Constatada a irregularidade a
Direção e o Núcleo Regional de Educação acompanharão o processo pedagógico e
administrativo, desde a comunicação do fato até a sua conclusão.
O processo de adaptação, classificação, reclassificação e regularização da
vida escolar têm caráter pedagógico centrado na aprendizagem, exigindo ações
para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais. Tais ações
encontram-se normatizadas no Regimento Escolar.
A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não
obtendo aprovação final em até 3 (três) disciplinas em regime seriado, poderá cursá-
las subseqüente e concomitantemente as séries seguintes. Até a presente data e de
acordo com o Regimento Escolar o estabelecimento de ensino não oferta aos
alunos matrícula com Progressão Parcial e as transferências recebidas de alunos
com dependências em até três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas
mediante plano especial de estudos.
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Inclusão
A inclusão na sociedade é um grande desafio. Possui entraves que dificulta e
até mesmo exclui os alunos com necessidades especiais das escolas regulares,
seja pela falta de estrutura física ou principalmente pelo preconceito que ainda
impera no interior das pessoas. A inclusão é o ir além, é trazer para perto, é
acolhimento à diversidade humana e aceitação das diferenças individuais.
É imprescindível dominarmos bem os conceitos inclusivistas para que
possamos ser ativos na construção de uma sociedade que seja realmente para
todos, independentemente da cor, da idade, do gênero, do tipo de necessidade
especial e qualquer outro atributo pessoal. “As escolas inclusivas são escolas para
todos, implicando um sistema educacional que reconheça e atenda às diferenças
individuais, respeitando as necessidades de qualquer dos alunos” (CARVALHO,
2004, p. 26).
O processo de Inclusão Educacional deve acontecer de maneira satisfatória,
envolvendo tanto os alunos como os profissionais da escola. O atendimento
pedagógico para alunos com necessidades especiais e dificuldade de aprendizagem
é fator essencial para que se desenvolvam superando seus limites. Na escola a
inclusão desenvolve nos estudantes a apreciação pela diversidade individual e um
aprendizado cooperativo.
Assim, é um processo que contribui para a construção de uma sociedade que
garante espaços a todos, fortalecendo as atitudes de aceitação das diferenças
individuais e de valorização da diversidade humana enfatizando a importância do
pertencer, da convivência, da cooperação para construção da solidariedade, da
justiça.
De acordo com a Secretaria de Estado da Educação deve ser uma política
denominada de inclusão responsável. O desafio da inclusão escolar é enfrentado
como nova forma de repensar e reestruturar políticas e estratégias educativas, de
maneira a criar oportunidades efetivas de acesso para crianças e adolescentes com
necessidades educacionais especiais, e, sobretudo, garantir condições
indispensáveis para que possam manter-se na escola e aprender.
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Diversidade
O acesso e permanência na escola com qualidade no processo educacional é
direito de todos. Entende-se como “todos”, as populações do campo, agricultores
familiares, trabalhadores rurais temporários, acampados, assentados, negras e
negros, povos indígenas, pessoas lésbicas, gays, travestis e transexuais. A escola
trabalha na perspectiva de assegurar o atendimento sem discriminação ou
preconceito desta população, bem como sempre que possível trazer a discussão a
problemática que envolve este assunto.
A partir de 2008 foi formada a Equipe Multidisciplinar, que tem como objetivo,
elaborar ações na perspectiva de contribuir para que o aluno negro e indígena mire-
se positivamente pela valorização da história de seu povo, da cultura, da
contribuição para o país e para a humanidade.
O trabalho com a diversidade envolve o atendimento a todos os sujeitos que,
historicamente, encontravam-se excluídos do processo de escolarização e/ou da
pauta das políticas educacionais, tais como: as populações do campo, faxinalenses,
agricultores familiares, trabalhadores rurais temporários, quilombolas, acampados,
assentados, ribeirinhos, ilhéus, negros e negras, povos indígenas, jovens, adultos e
idosos não alfabetizados, pessoas lésbicas, gays, travestis e transexuais.
Diante disto, a escola deve assumir o compromisso político e social de
garantir a todos o direito ao acesso à escolarização e ao saber sistematizado
historicamente.
Compreender esta dinâmica possibilita identificar e reconhecer os diferentes
sujeitos (educadores e educandos) e os condicionantes sociais que determinam o
sucesso ou o fracasso escolar, visando criar mecanismo de enfrentamento aos
diversos preconceitos existentes para que possa garantir o direito ao acesso e a
permanência com qualidade no processo educacional.
O governo federal sancionou, em março de 2003, a lei nº 10639/03-MEC, que
instituiu a obrigatoriedade do ensino da História da África e dos Africanos no
currículo escolar do ensino fundamental e médio. Estabeleceu também as Diretrizes
Curriculares para a implementação da mesma. Esta decisão resgata historicamente
a contribuição dos negros na construção e formação da sociedade brasileira.
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Desafios Educacionais Contemporâneos
A escola volta-se para a promoção de ação coletiva voltada para a inclusão e
a diversidade, possibilitando assim a formação de pessoas críticas capazes de
mobilizarem-se na sociedade de forma a garantir o reconhecimento de sua
cidadania e formação para o mundo do trabalho.
Nesta perspectiva a escola trabalha no sentido de reparar males das novas
configurações do capital (inclusão, sustentabilidade, cidadania, meio ambiente,
drogadição, bullying).
Alguns Desafios Educacionais Contemporâneos inseridos na escola e nas
políticas educacionais, hoje são marcos legal, que tem seus princípios e história
determinada pela cobrança da sociedade civil organizada e, mais pontualmente, dos
movimentos sociais. Sendo assim, tais leis e lutas históricas e coletivas da
humanidade não serão negadas pela escola, mas são chamadas ao currículo
quando fazem parte da totalidade de um conteúdo nele presente, portanto, fazendo
parte do recorte do conteúdo e como necessidade para explicação de fatos sociais,
seja por questões da violência, das relações étnico-raciais, da educação ambiental,
do uso indevido de drogas ou dos direitos humanos, bullying e educação fiscal.
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Equipe Multidisciplinar
É uma instância de organização do trabalho escolar, preferencialmente
coordenada pela equipe pedagógica, e instituída por instrução da SUED / SEED, de
acordo com no disposto no art. 8° da Deliberação n° 04/ 06 – CEE/PR, com a
finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à educação
das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira,
Africana e Indígena, ao longo do período letivo.
As equipes multidisciplinares se constituem por meio da articulação das
disciplinas da Base Nacional Comum, em consonância com as Diretrizes
Curriculares Estaduais da Educação Básica e Diretrizes Curriculares Nacionais para
Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana, com vistas a tratar da História e Cultura da África, dos
Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva de contribuir para
que o aluno negro e indígena mire-se positivamente, pela valorização da história de
seu povo, da cultura, da contribuição para o país e para a humanidade.
É formada por representantes da equipe pedagógica, dos professores, dos
agentes educacionais I e II e pela direção escolar.
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Programa Brigada Escolar
O Programa Brigadas Escolares – Defesa Civil na Escola é uma parceria da
Secretaria de Estado da Educação e da Casa Militar da Governadoria – Divisão de
Defesa Civil.
Tem por objetivo promover a conscientização e capacitação da Comunidade
Escolar para ações preventiva e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou
causados pelo homem, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no
interior das escolas para garantir a segurança dessa população e possibilitar, em um
segundo momento, que tais temas cheguem a um grande contingente da população
civil do Estado do Paraná.
A brigada escolar é formada por um grupo de cinco servidores do
estabelecimento que atuará em situações de emergências e terá como uma das
suas funções garantir a implementação do Plano de Abandono na escola, como
medida preventiva de enfrentamento às emergências e desastres naturais ou
provocadas pelo homem que comprometem a segurança da comunidade escolar.
Atribuições do grupo da Brigada Escolar:
- Acompanhar o trabalho de identificação de riscos na edificação e nas
condutas rotineiras da comunidade escolar;
- Garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada,
de forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares,
por meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser
registrado em calendário escolar;
- Promover revisões periódicas do Plano de Abandono, junto aos
componentes da Brigada Escolar;
- Apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na
conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono.
- Promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar, para
discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com
registro em ata específico ao Programa.
- Verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca
de situações que ofereçam riscos a comunidade escolar, comunicando
imediatamente o Diretor para as providências necessárias;
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- Observar em caso de sinistro e/ou simulações, o cronograma elaborado
pela Instituição de Ensino;
Participar das formações para a Brigada Escolar, na modalidade de Ensino a
Distância e também presencial.
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PROGRAMA ENSINO MÉDIO INOVADOR - ProEMI
O Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI), instituído pela Portaria nº. 971,
de 09/10/2009, foi criado para provocar o debate sobre o Ensino Médio junto aos
Sistemas de Ensino Estaduais e Distrital fomentando propostas curriculares
inovadoras nas escolas do ensino médio, disponibilizando apoio técnico e financeiro,
consoante à disseminação da cultura de um currículo dinâmico, flexível e que
atenda às demandas da sociedade contemporânea.
Neste contexto, integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação
(PDE), como estratégia do Governo Federal para induzir o redesenho dos currículos
do Ensino Médio, compreendendo que as ações propostas inicialmente vão sendo
incorporadas ao currículo, ampliando o tempo na escola e a diversidade de práticas
pedagógicas, atendendo às necessidades e expectativas dos estudantes do ensino
médio.
Os Projeto de Redesenho Curricular (PRC) deverão atender às reais
necessidades das unidades escolares, com foco na promoção de melhorias
significativas que busquem garantir o direito à aprendizagem e ao desenvolvimento
dos estudantes, reconhecendo as especificidades regionais e as concepções
curriculares implementadas pelas redes de ensino,
REDESENHO CURRICULAR
O Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI) estabelece em seu Documento
Base um referencial de tratamento curricular, indicando as condições básicas para
implantação do Projeto de Redesenho Curricular (PRC).
a) Carga horária mínima de 3.000 (três mil horas), entendendo-se 2.400
horas obrigatórias, acrescidas de 600 horas a serem implantadas de forma
gradativa;
b) Foco em ações elaboradas a partir das áreas de conhecimento, conforme
proposto nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio e que são
orientadoras das avaliações do ENEM;
c) Ações que articulem os conhecimentos à vida dos estudantes, seus
contextos e realidades, a fim de atender suas necessidades e expectativas,
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considerando as especificidades daqueles que são trabalhadores, tanto urbanos
como do campo, de comunidades quilombolas , indígenas, dentre outras;
d) Foco na leitura e letramento como elementos de interpretação e de
ampliação da visão de mundo, basilar para todas as áreas do conhecimento;
e) Atividades teórico-práticas que fundamentem os processos de iniciação
científica e de pesquisa, utilizando laboratórios das ciências da natureza, das
ciências humanas, das linguagens, de matemática e outros espaços que
potencializem aprendizagens nas diferentes áreas do conhecimento;
f) Atividades em Línguas Estrangeiras/Adicionais, desenvolvidas em
ambientes que utilizem recursos e tecnologias que contribuam para a aprendizagem
dos estudantes;
g) Fomento às atividades de produção artística que promovam a ampliação
do universo cultural dos estudantes;
h) Fomento as atividades esportivas e corporais que promovam o
desenvolvimento integral dos estudantes;
i) Fomento às atividades que envolvam comunicação, cultura digital e uso de
mídias e tecnologias, em todas as áreas do conhecimento;
j) Oferta de ações que poderão estar estruturadas em práticas pedagógicas
multi ou interdisciplinares, articulando conteúdos de diferentes componentes
curriculares de uma ou mais áreas do conhecimento,
k) Estímulo à atividade docente em dedicação integral à escola, com tempo
efetivo para atividades de planejamento pedagógico, individuais e coletivas;
l) Consonância com as ações do Projeto Político-Pedagógico implementado
com participação efetiva da Comunidade Escolar;
m) Participação dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio
(ENEM);
n) Todas as mudanças curriculares deverão atender às normas e aos prazos
definidos pelos Conselhos Estaduais para que as alterações sejam realizadas.
O Projeto de Redesenho Curricular (PRC) deverá apresentar ações que
comporão o currículo e estas poderão ser estruturadas em diferentes formatos tais
como disciplinas optativas, oficinas, clubes de interesse, seminários integrados,
grupos de pesquisas, trabalhos de campo e demais ações interdisciplinares e , para
sua concretização, poderão definir aquisição de materiais e tecnologias educativas e
incluir formação específica para os profissionais da educação envolvidos na
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execução das atividades. A escola deverá organizar o conjunto de ações que
compõem o PRC a partir dos macrocampos e das áreas de conhecimento ,
conforme necessidades e interesses da equipe pedagógica, dos professores, da
comunidade escolar, mas, sobretudo, dos adolescentes, jovens e adultos, alunos
dessa etapa da educação básica. A escola deverá contemplar os três macrocampos
obrigatórios* e pelo menos mais dois macrocampos a sua escolha, totalizando
ações em no mínimo cinco macrocampos:
Acompanhamento Pedagógico (Linguagens, Matemática, Ciências
Humanas e Ciências da Natureza)*;
Iniciação Científica e Pesquisa*;
Leitura e Letramento*;
Línguas Estrangeiras;
Cultura Corporal;
Produção e Fruição das Artes;
Comunicação, Cultura Digital e uso de Mídias;
Participação Estudantil.
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Plano de Avaliação do Projeto Político Pedagógico
A autonomia da escola na construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico
concede-lhe o direito e o dever de avaliá-lo em todas as suas dimensões e de
divulgar os resultados a todos os interessados.
A avaliação de todo o processo e de todos os envolvidos pelos que dele
participaram é uma ação fundamental para a garantia de êxito do projeto e para as
decisões significativas a serem tomadas, daí a importância da própria escola avaliar
seu trabalho e apresentar à comundade os resultados obtidos, assim como suas
necessidades, dificuldades e metas futuras.
A avaliação interna e sistemática é essencial para a definição, correção e
aprimoramento de rumos e neste contexto direção, equipe pedagógica, professores,
agentes educacionais I e II, alunos, representantes das instâncias colegiadas farão
a avaliação do Projeto Político-Pedagógico anualmente, tendo como ponto de
partida uma análise crítica da realidade – diagnóstico, buscando explicar e
compreender criticamente as causas da existência de problemas, bem como suas
relações, suas mudanças e proposição de metas, ações e soluções alternativas.
O diagnóstico será por meio de questionários, reuniões gerais, análise dos
resultados da escola, reuniões por segmentos e nas capacitações de acordo com o
calendário escolar. O Projeto é dinâmico e passível de reformulações constantes,
por isso, a avaliação e implementação dar-se-á diante da necessidade de
mudanças e (re) encaminhamentos, contando sempre com a participação do
coletivo escolar.
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RELAÇÃO DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA ESCOLA
- Leitura, análise e discussão do Projeto Político Pedagógico e Regimento
Escolar com todos os segmentos da escola.
- Envolver as instâncias colegiadas: Grêmio Estudantil, APMF e Conselho
Escolar nos eventos previstos em calendário escolar e outros encontros que se fizer
necessário.
- Eleição dos alunos representantes de turma – monitores.
- Orientação e acompanhamento da atuação dos alunos representantes de
turma.
- Execução do Programa de combate ao Abandono Escolar.
- Execução do Plano de Abandono.
- Escolha pela equipe pedagógica e professores do Professor Orientador de
turma.
- Elaboração de plano de reposição de aulas nos bimestres, trimestres
obedecendo aos critérios de contraturno, sábados e troca de horário com outro
professor.
- Acompanhamento do Plano de Trabalho Docente, com atendimento aos
professores durante a hora-atividade.
- Viabilizar encontros de Grupo de Estudos com a participação da Direção,
Equipe Pedagógica e Professores.
- Realizar o Pré- Conselho com professores, durante a hora atividade.
- Realizar os Conselhos de Classe, bimestralmente e trimestralmente
priorizando a discussão coletiva sobre o processo de ensino e de aprendizagem.
- Elaboração de Relatórios bimestrais, individual do aluno, para
preenchimento por parte de todos os professores, em suas respectivas disciplinas,
com a finalidade de informar aos responsáveis sobre o desempenho do aluno.
- Proporcionar reuniões de pais e ou responsáveis para conscientização do
seu compromisso e responsabilidade quanto ao acesso, permanência e o
aproveitamento de seus filhos na escola.
- Encaminhamento e acompanhamento dos alunos nas salas de Recursos,
dos professores e Equipe pedagógica.
- Eleição a cada dois anos do Grêmio Estudantil.
- Colaborar, articulando ideias e recursos, na execução das Atividades
Curriculares Complementares, acompanhando a execução das mesmas.
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- Atualização permanente do acervo da Biblioteca, com aquisição de novos
exemplares.
- Aquisição de material didático pedagógico, com recursos do PDDE e Fundo
Rotativo.
- Continuidade ao Curso de Língua Espanhola (CELEM) no período
vespertino.
- Oportunizar a todos os alunos atividades extraclasses.
- Oferecer aos funcionários da escola, material de expediente necessário para
o desempenho de suas atividades.
- Favorecer a todos os funcionários, momentos de participação nas reuniões e
decisões da escola.
- Promover e viabilizar os projetos encaminhados pela Secretaria de Estado e
Educação (SEED).
- Coordenar o uso correto da Tecnologia de Informação e Comunicação – TIC´s.
- Adequar a infraestrutura da escola no que se refere ao acesso e permanência
de alunos e servidores com necessidades especiais.
- Incentivar os professores da Instituição a planejarem suas atividades em
conjunto, buscando a interação das disciplinas.
- Reduzir índices de evasão e repetência.
- Melhorar a infraestrutura física, estudando e viabilizando a construções de
ambientes de aprendizagem (salas de aula, quadra de esportes, refeitório, ala
administrativa, auditórios, etc.).
- Alcançar a meta estipulada no IDEB.
- Implantação de ficha diária de acompanhamento dos alunos nas aulas,
preenchidas pelo professor e repassada à equipe pedagógica no final do dia letivo.
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ANEXOS