projeto polÍtico pedagÓgico · 2012. 7. 30. · projeto de leitura 69 feira do conhecimento 69...
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COLÉGIO ESTADUAL DE DOIS VIZINHOS
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
AVENIDA DEDI BARICHELO MONTAGNER, 325
FONE-FAX: 46-3536-2711 – CEP: 85.660.000 – DOIS VIZINHOS – PARANÁ
e-mail : [email protected]
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
DOIS VIZINHOS, AGOSTO DE 2011.
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ÍNDICE
DADOS DO ESTABELECIMENTO 05
APRESENTAÇÃO 06
INTRODUÇÃO 08
IDENTIFICAÇÃO 09
CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTODOS CURSOS 10
QUADRO DE PROFESSORES E DEMAIS FUNCIONÁRIOS 13
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO E EQUIPAMENTOS PEDAGÓGICOS 15
OBJETIVOS GERAIS 16
Objetivos Específicos 17
MARCO SITUACIONAL 19
Da realidade sócio-econômica e cultural 19
Desempenho do Ideb 24
Matrizes Curriculares 25
MARCO CONCEITUAL 30
Concepção de homem, sociedade, trabalho e conhecimento e currículo 30
ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS 37
Concepção de Infância 37
Das relações entre Adultos e Crianças 39
A perda da Autoridade 39
Articulação : Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental: Alfabetização e Le- 41
tramento
MARCO OPERACIONAL 44
Adaptação da Proposta Curricular para o Ens. Nove Anos 48
Da Gestão Democrática e Participativa na Escola 49
O Conselho de Classe e a Gestão Escolar 52
Hora Atividade 53
Fórum permanente de Avaliação e Planejamento 54
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Meio ambiente - Agenda 21 55
Da Educação Fiscal 57
Educação Inclusiva 57
Enfrentamento à Vilência 59
Avaliação 60
Ensino Médio Inovador 61
Sala de apoio à aprendizagem 63
Projeto Segundo Tempo 63
Ações para melhor avaliar 64
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 65
Formação dos Profissionais da Educação 67
Projeto: Trabalhando os direitos e deveres com os alunos 67
Projeto: Hinos 68
Projeto: Festival de Esportes 65
Projeto de Leitura 69
Feira do Conhecimento 69
BIBLIOGRAFIA 70
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DADOS DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO:
ENDEREÇO: AVENIDA DEDI BARICHELO MONTAGNER, 325
FONE-FAX: 46-35362711B – CEP: 85.660.000 – DOIS VIZINHOS – PARANÁ
CÓDIGO DO NRE: 010
CÓDIGO DO MUNICÍPIO: 0720
CÓDIGO DO ESTABELECIMENTO: 0013
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
ATOS
AUT.DE FUNC. DO ESTAB. : Res.494 DOE 11/05/1979
RECONHECIMENTO DO ESTAB. : RES.2765 D.O.E.21/12/1981
RENOVAÇÃO DE RECONHECIMENTO: Res.336 D.O.E. 26/03/2002
ATO DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR: 07/2008
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APRESENTAÇÃO
O presente Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual de Dois Vizinhos –
Ensino Fundamental, Médio e Profissional, foi elaborado de forma coletiva buscando a
participação do Corpo Docente, Direção, Equipe Pedagógica, Pais, APMF, Grêmio
Estudantil, Alunos e Representantes dos diversos segmentos da sociedade civil
organizada.
As reflexões contidas neste PPP são resultado dos encontros que aconteceram
desde o ano letivo de 2005 até a presente data. Estes encontros e as sínteses aqui
apresentadas estão fundamentados em leituras de autores indicados pela Equipe da
CADEP, Coordenação e Apoio aos Diretores e Equipes Pedagógicas, CGE, Coordenação
de Gestores Escolares bem como nos depoimentos de professores e pais, enfim, no
compromisso que assumimos em construir um projeto para atender as necessidades da
escola como um todo.
A explanação da realidade sócio-econômico-cultural contida neste PPP, foi
possível após a realização um levantamento junto aos pais e alunos com a finalidade de
compreendermos as particularidades de cada turno.
Na construção deste Projeto Político Pedagógico buscamos contemplar as opiniões
de todos. Foram vários encontros que culminaram com o texto até aqui construído. O
nosso objetivo é fazer com que este Projeto venha melhorar o trabalho de todos e que
todos saibam qual o seu verdadeiro papel dentro da escola.
O Projeto Político Pedagógico é um instrumento para o fortalecimento das ações e
da participação política dos integrantes dentro da escola. É um documento téorico-prático
que pressupõe relações de interdependência e reciprocidade entre todos da comunidade
escolar. Elaborado coletivamente, aglutina fundamentos políticos filosóficos e éticos que a
comunidade acredita e deseja praticar. Define os valores humanitários, princípios e regras
de convivência social, define os indicadores de uma boa e consistente formação integral
do ser humano e qualifica as ações e funções sociais que são responsabilidade da
escola. É um instrumento que organiza e sistematiza o trabalho escolar compreendendo o
pensar e o fazer da escola integrados por meio de ações que unem a reflexão, as atitudes
e as ações.
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Através deste instrumento a nossa instituição buscará ministrar seu ensino com
base nos princípios estabelecidos no Título II, art. 2º e 3o da Lei 9.394/96 e Capítulo III,
sessão I, Art. 206, da Constituição Federal, República Federativa do Brasil, de 1988 e da
lei 10639/2003 que altera a Lei no 9.394 e estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática
"História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências.
“O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - Igualdade e condições para o acesso e permanência na escola;
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento,
a arte e o saber;
III - Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - Respeito a liberdade e apreço à tolerância;
V - Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - Valorização da experiência extra - escolar;
VIII - Gestão democrática do ensino público;
IX - Garantia de padrão de qualidade;
X - Valorização da experiência extra - escolar;
XI - Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
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INTRODUÇÃO
O contexto educacional inserido no meio sócio-econômico, político e cultural é
fator determinante na construção de um Projeto Político Pedagógico. Por isso, é
imprescindível que atinja as finalidades da escola, defina seu papel de forma clara, suas
formas operacionais e os caminhos que pretende seguir. O PPP objetiva a construção de
um referencial norteador, elaborado a partir de discussões e análises de cada segmento
da escola, e ainda, como um instrumento para consolidar a legislação vigente.
Nesse contexto exige-se pensar nos rumos da escola, quais são as suas
tendências e quais alternativas buscar.
Ao construir o PPP de forma participativa,
“...pessoas ressignificam suas experiências, refletem suas práticas, resgatam, reafirmam e
atualizam valores, explicitam seus sonhos e utopias, demonstram seus saberes, dão sentido aos seus
projetos individuais e coletivos, reafirmam suas identidades, estabelecem novas relações de convivência e
indicam um horizonte de novos caminhos, possibilidades e propostas de ação”. (PAULO ROBERTO
PADILHA).
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IDENTIFICAÇÃO
O Colégio Estadual Dois Vizinhos está localizado no perímetro urbano, à Avenida
Dedi Barichelo Montagner, 325, no Centro Norte do município de Dois Vizinhos, Paraná.
Foi a primeira escola pública criada neste município e seu nome está a ele ligado. O
Decreto Estadual nº 17181 de 30 de dezembro de 1969 deu origem ao Ginásio Estadual
de Dois Vizinhos , que iniciou suas atividades pela LDB 4.024/61, revogada em 1976 pela
LDB 5692/71. Nesse período o colégio funcionou em prédio alugado pelo Estado, que
pertencia à Mitra Diocesana de Palmas, até 1976, sendo o Sr Jaime Guzzo o primeiro
Diretor. Em 1977 passou a funcionar em prédio próprio na antiga Avenida Brasil, hoje
Avenida Prefeito Dedi Barichelo Montagner, onde permanece até os dias atuais.
Até o ano de 1981 o Estabelecimento ofertou o Ensino de 1º Grau, reconhecido
pela Resolução nº 2765/81 de 24 de novembro de 1981. Em 1992 foi implantado o curso
de 2º Grau – Educação Geral – Preparação Universal, reconhecido pela Resolução nº
4353 de 05 de novembro de 1996. A partir da nova LDB nº 9394/96 os cursos de 1º e 2º
Graus passaram a denominar-se Fundamental e Médio e o Estabelecimento para
“Colégio Estadual de Dois Vizinhos- Ensino Fundamental e Médio”.
Acrescentamos nominata de diretores, bem como respectivas datas de mandatos.
DIRETORES DO COLÉGIO ESTADUAL DE DOIS VIZINHOS – ENSINO
FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL.
Nome AnoJaime Jacir Guzzo 1969 a 1974Maury Wolney Clausen 1975Roque José Both 1976 a 1977Otto Altenhofen 1978Edinê Roza Clausen 1979 a 1980Henrique Martins Gomes 1981 a 1982Marinez Romancini 1983 a 1984Roque José Both 1985 a 1988Paulina N. de Mattos 1989 a 1991Maria de Cássia Inácio Bernardo 1992 A 1997Nilson José Silvestro 1998 a 2000Henrique Martins Gomes 2001Ivani Solange Pacce 2001 a 2005Doraci Maria Senem Krauspenhar 2006 a 2008Nilson José Silvestro 2009 a 2011
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A comunidade do Colégio Estadual Dois Vizinhos é composta por descendentes
de: Alemães, Italianos, Polonês, Ucranianos e mestiços, oriundos principalmente dos
Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que se fixaram desde a fundação da
cidade.
CARACTERIZAÇÃO DE ATENDIMENTO DOS CURSOS EM 2011
NÍVEIS E MODALIDADES SÉRIE TURNO Nº TURMAS Nº ALUNOS
ENSINO FUNDAMENTAL
5 MANHÃ 2 59
5 TARDE 2 62
6 MANHÃ 2 67
6 TARDE 2 63
7 MANHÃ 1 34
7 TARDE 2 68
8 MANHÃ 2 65
8 TARDE 2 70
ENS MÉDIO EM BLOCOS
1 MANHA 1 38
1 TARDE 3 89
1 NOITE 1 23
2 MANHA 2 68
2 TARDE 2 48
2 NOITE 1 41
3 MANHA 1 35
3 TARDE 1 28
3 NOITE 2 62
TÉC.ADMINISTRATIVO INTEGRADO
1 MANHÃ 1 37
2 MANHÃ 1 24
3 MANHA 1 21
4 MANHÃ 1 21
TÉC ADMINISTRAÇÃO SUBSEQUENTE1 NOITE 1 35
2 NOITE 1 10
3 NOITE 1 16
TÉC.RECURSOS HUMANOS-SUBS1 NOITE 1 33
TOTAL 37 1117
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Complementação Curricular em 2011
Curso: CELEM – Espanhol
SÉRIE TURNO Nº TURMAS ALUNOS TOTAL ALUNOS
1ª I 1 40 40
2ª I 1 22 22
TOTAL DE TURMAS 2 TOTAL CURSO 62 Fonte:SAE (Sistema de Administração da Educação) da SEED/PR dados atualizados em 14/16/2011.
Curso: Sala de Recursos
SÉRIE TURNO Nº TURMAS ALUNOS TOTAL ALUNOS
SEM SERIAÇÃO M 1 10 10
SEM SERIAÇÃO T 1 8 8
TOTAL DE TURMAS 2 TOTAL CURSO 15
Curso: SALA DE APOIO
SÉRIE TURNO Nº TURMAS DISCIPLINA TOTAL ALUNOS
5ª / 6ª M 1 L. Portuguesa 17
5ª / 6ª T 1 L. Portuguesa 16
5ª / 6ª M 1 Matemática 17
5ª / 6ª T 1 Matemática 16
TOTAL DE TURMAS 4 TOTAL CURSO 66Fonte:SAE (Sistema de Administração da Educação) da SEED/PR dados atualizados em 14/16/2011.
ENSINO MÉDIO INOVADOR NÍVEL DE ENSINO SÉRIES ÁREA Nº ALUNOS
Médio 1ªa 3ª Arte -Teatro 25
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A partir do ano de 2012 o CEDV implantará de forma simultânea as séries finais do
Ensino Fundamental de Nove Anos. A equivalência das série/ano se dará da seguinte
forma:
SÉRIE ANO
5ª 6º
6ª 7º
7ª 8º
8ª 9º
O CEDV efetivará as matrículas dos alunos Aprovados no 5º ano do Ensino
Fundamental de 9 anos no 6º ano do Ensino Fundamental de Nove Anos. Os alunos
APROVADOS em 2011 serão matriculados da seguinte forma:
ALUNOS APROVADOS EM 2011
5º ano-2011 6º ano- 2012
5ª série - 2011 7º ano- 2012
6ª série- 2011 8º ano- 2012
7ª série- 2011 9º ano -2012
ALUNOS REPROVADOS EM 2011
5ª SÉRIE 6º ANO em 2012
6ªSÉRIE 7º ANO em 2012
7ªSÉRIE 8º ANO em 2012
8ªSÉRIE 9º ANO em 2012
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QUADRO DE FUNCIONÁRIOS EM 2011FUNCIONÁRIO FUNÇÃO
ADRIANE DEVERAS SIMONATO 9314 - CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST
ALINE GIARETTA DA ROSA 9314 - CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST
ANA PAULA WASILESKI 9158 - ASSISTENTE DE EXECUCAO
ANDREIA LORENZI 9316 - EQUIPE PEDAGOGICA
DORACI SALDANHA 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
ELAINE BEATRIZ MULLER 9314 - CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST
ELIANE FIGURA 9314 - CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST
GRAZIELA ANDREA PRECHLAK 9314 - CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST
IVANETE CASAGRANDE 9314 - CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST
IVONETE SCHREINER SPIASSI 9316 - EQUIPE PEDAGOGICA
IZALETE SCHUSSLER HINERASKI NUSKE 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
JUSCELINO MACHADO DOS SANTOS 9314 - CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST
LEANDRO GIACOMINI 9314 - CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST
LOURDES SALETE BENELLI 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
MARIA ELISABETE LOHN 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
MARILDA ELIZABETH APARECIDA PALMA GERALD 9132 - DIRETOR AUXILIAR
MARILIA ROSA ROMANCINI 9316 - EQUIPE PEDAGOGICA
MARIZETE APARECIDA DA SILVA MACHADO 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
MARLI DE OLIVEIRA 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
MARLI FATIMA CAMBRUZZI VENDRUSCOLO 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
MARLI LOURDES CORDAZZO 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
NILSON JOSE SILVESTRO 9131 - DIRETOR
NOELI SOARES DE LIMA 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
ODETE FICHER 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
REDITE BIAVATTI 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
SONIA MARCIA PERIN 9314 - CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST
SUELI SILVA DOS SANTOS 9731 - SECRETARIO/ESCOLA
TATIANE ZANIN JESUS MENDES 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
TEREZA PILONETO 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
ZELIA CAGNINI BACHI 9313 - CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
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QUADRO DE PROFESSORES - 2011
NomeCH Semanal Escola
Licenciatura
ADRIANA ALBERTON 12 LICENCIATURA PLENA
ADRIANA MARIA RICI 10 LICENCIATURA PLENA
ALCIONI MARTINELLI 23 LICENCIATURA PLENA
ALENILCE SALETE SANTOLIN 16 LICENCIATURA PLENA
ALINE CRISTIANE BOCCA 12 LICENCIATURA PLENA
ANA CLAUDIA CRUZETTA MARTELLO 4 LICENCIATURA PLENA
ANA CRISTINA PROVIN GUZZO 32 LICENCIATURA PLENA
ANA JUSCEIA ALBANO 18 LICENCIATURA PLENA
ANA PAULA IZOTON 27 LICENCIATURA PLENA
ANALICE PERONDI HANK 22 LICENCIATURA PLENA
ANTONIO MOACIR GOMES 16 LICENCIATURA PLENA
ANTONIO ORIDES DE SOUZA 16 LICENCIATURA PLENA
ARIANE TEIXEIRA 16 LICENCIATURA PLENA
CARLI TOPANOTTI DE MATTOS 8 LICENCIATURA PLENA
CARLIANE MARIA CELLA 4 LICENCIATURA PLENA
CELSO PAULO MULLER 16 LICENCIATURA PLENA
CLAUDETE FATIMA MARIA DA ROSA 16 LICENCIATURA PLENA
CRISTIANE BERNS 30 LICENCIATURA PLENA
DEJANIRA SCHIMIT DE SOUZA 8 LICENCIATURA PLENA
DIOVANI GRANDO 5 LICENCIATURA PLENA
DIVA GUILHERMINA MATIEVICZ 32 LICENCIATURA PLENA
DORACI MARIA SENEM KRAUPENHAR 16 LICENCIATURA PLENA
DOUGLAS COLACO 4 LICENCIATURA PLENA
EDINEIA PADILHA 32 LICENCIATURA PLENA
EMIKO YAMANAKA KAKIZAKI 20 LICENCIATURA PLENA
ENCI JOSE DE FREITAS 20 LICENCIATURA PLENA
FATIMA MARIA MENINO 16 LICENCIATURA PLENA
FATIMA POSSO 9 LICENCIATURA PLENA
FRANCIELI BRESSIANI 4 LICENCIATURA PLENA
FRANKLIN OLIVEIRA MIRANDA 2 LICENCIATURA PLENA
GIOLCELI ANGELA BETTIATO 8 LICENCIATURA PLENA
GRAZIELE LIECHESKI BORDIN 8 LICENCIATURA PLENA
HENRIQUE MARTINS GOMES 32 LICENCIATURA PLENA
IDA BLANK 24 LICENCIATURA PLENA
INES FRACALOSSI MAZIERO 28 LICENCIATURA PLENA
IRDES DE FATIMA ZANETTE 32 LICENCIATURA PLENA
IVONE SCHERER 8 LICENCIATURA PLENA
IZAURA MARIA CEOLATO 32 LICENCIATURA PLENA
JAGSON ISANDRO GROSS 3 LICENCIATURA PLENA
JONAS RIGATTI 10 LICENCIATURA PLENA
JOSE CARLOS CORREA DOS SANTOS 15 LICENCIATURA PLENA
JOSE JUAREZ BIDO 16 LICENCIATURA PLENA
JOSSILAINE BORTOLINI DA SILVA 1 LICENCIATURA PLENA
JOVITA DAL-MOLIN MEURER 16 LICENCIATURA PLENA
JOYCE RICKLI 4 LICENCIATURA PLENA
LEIDIANE CARLA SILVESTRO 12 LICENCIATURA PLENA
LIANA MONTEIRO HARTMANN 12 LICENCIATURA PLENA
LORENI SALETE PERIN 8 LICENCIATURA PLENA
LUIZ CARLOS MAZIERO 4 LICENCIATURA PLENA
MARCELO FRANZEN 6 LICENCIATURA PLENA
MARCIA MARA MERLAK 16 LICENCIATURA PLENA
MARCOS DE FAVERO 5 LICENCIATURA PLENA
MARGARIDA REFFATTI 6 LICENCIATURA PLENA
MARIA DE CASSIA BERNARDO INACIO 16 LICENCIATURA PLENA
MARIA INES MULLER 16 LICENCIATURA PLENA
15
MARIA OLIVETA ALBANO PASQUAL 15 LICENCIATURA PLENA
MARIA REJANE RAJAB 3 LICENCIATURA PLENA
MARILEIDE TERESINHA ZANINI 12 LICENCIATURA PLENA
MARINES STOCKMANN EVANGELISTA FERREIRA 2 LICENCIATURA PLENA
MARITA DE CASSIA CAZELLA 16 LICENCIATURA PLENA
MARLENA MARGARIDA CORREA BATISTA 4 LICENCIATURA PLENA
MARTINHA CANDIDO DA SILVA 24 LICENCIATURA PLENA
NEDIO FRANCISCO TOSETO 12 LICENCIATURA PLENA
NEIDE COSTA 32 LICENCIATURA PLENA
NELCIRA SALETE BAGGIO WOTRICH 28 LICENCIATURA PLENA
RAFAELA ANA RECH RODRIGUES 1 LICENCIATURA PLENA
RAQUEL CRISTINA CARMINATTI 20 LICENCIATURA PLENA
ROSANE GRACIOSA BROSTOLIN 3 LICENCIATURA PLENA
ROSANGELA ROEGELIN 8 LICENCIATURA PLENA
ROSEMERI APARECIDA BACK 16 LICENCIATURA PLENA
ROSILEI APARECIDA BRUSCHI KARAS 12 LICENCIATURA PLENA
SAIONARA APARECIDA ANDREATTA 20 LICENCIATURA PLENA
SALETE TEREZINHA BONETTI 18 LICENCIATURA PLENA
SANTINA MARTINS GOMES 19 LICENCIATURA PLENA
SERGIO LUIZ HUFF BITTENCOURT 17 LICENCIATURA PLENA
SIDIANE PASTRO 12 NÃO LICENCIADO
SILINEIDE DOS SANTOS ANDRADE 16 LICENCIATURA PLENA
SILVANA APARECIDA DAL MOLIN 14 LICENCIATURA PLENA
SILVANA MARLEI BASEGGIO 16 LICENCIATURA PLENA
SIRLEI FREITAS TALAU 16 LICENCIATURA PLENA
TEREZINHA MEURER 17 LICENCIATURA PLENA
TEREZINHA WALENDORFF ALBERTON 15 LICENCIATURA PLENA
VANESSA MACIEL 4 LICENCIATURA PLENA
VELOIR GIRALDI 10 LICENCIATURA PLENA
VILMARA MARIA FERRO 24 LICENCIATURA PLENA
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO E EQUIPAMENTOS PEDAGÓGICOS
Os recursos didáticos e os espaços físicos desempenham um papel importante
no processo ensino aprendizagem. Os recursos didáticos que a escola dispõe são :
uma televisão e um vídeo em cada sala de aula, data show, retroprojetor, aparelhos de
som, computadores, microscópios, biblioteca, mapas, cds, fitas de vídeo, revistas,
jornais, tabelas periódicas, entre outros, sendo que alguns dos materiais e
equipamentos didáticos necessitam de readequação, tais como, computadores e
equipamentos de laboratórios (física, química e biologia) e a biblioteca.
O Colégio Estadual de Dois Vizinhos apresenta uma estrutura física ampla, assim
dividido:
15 salas de aula
01 sala de aula multifuncional
01 cozinha
16
01 laboratório de ciências
02 laboratórios de informática
01 biblioteca
01 secretaria
01 sala para Equipe Pedagógica
01 sala de direção
01 sala de professores
01 cantina
01 sala de mecanografia
02 banheiros para professores
10 banheiros sendo 05 masculinos e 05 femininos
01 depósito para merenda
01 quadra de esportes coberta
01 quadra aberta
01 saguão coberto
01 sala ambiente ao ar livre
OBJETIVOS GERAIS
O presente Projeto Político Pedagógico está sendo construído em atendimento ao
contido na LDB 9394/96, Artigos 12, 13 e 14, os quais estabelecem às escolas, aos
professores e aos demais profissionais da educação, a incumbência de elaborar e
executar suas propostas pedagógicas.
Esse projeto originou-se do embasamento teórico proporcionado pelas
capacitações, reflexões e das ações sobre o trabalho pedagógico desenvolvido dentro da
escola. Serão delineadas as linhas de ação para os próximos anos, a confirmação da
função da escola enquanto espaço de apropriação e socialização do conhecimento que
mudou a história da humanidade bem como os princípios norteadores contemplados
pelas políticas públicas da Secretaria de Estado da Educação.
A educação deve atender à formação das novas gerações em termos de acesso à
cultura socialmente valorizada de formação do cidadão e de constituição do sujeito social,
17
bem como transformar-se em espaço social privilegiado de convivência e em ponto de
referência fundamental para a constituição das identidades de nossos alunos.
Baseando-se nesse foco o CEDV pretende:
conquistar maior autonomia para a unidade escolar, abrindo possibilidades para a
realização de experiências inovadoras, ousadas e desafiadoras;
organizar e desenvolver situações de ensino: reconhecer e respeitar as diferenças
relacionadas a fatores tais como nível socioeconômico-cultural, etnia, gênero, religião e
outros, formulando objetivos de ensino contextualizados, possíveis de serem atingidos
e expressos com clareza;
selecionar conteúdos e estratégias de ensino e aprendizagem adequadas às
condições dos alunos e aos objetivos pretendidos;
planejar instrumentos de avaliação diversificados, que sejam capazes de captar a
gama de resultados obtidos com situações criadas e experiências vivenciadas;
utilizar os conhecimentos sobre a realidade: econômica, cultural, política e social,
para compreender o contexto em que está inserida a prática educativa, explicando as
relações entre o meio social e a educação, comprometendo-se com a transformação
dessa realidade.
formar indivíduos íntegros, com capacidade de utilizar plenamente sua
intelectualidade e liderança, obtendo a consciência da importância da sua participação
ativa na construção de uma sociedade mais humana, baseada na ética, justiça e respeito
humano;
focalizar a educação numa visão ampla de mundo que traga perspectivas para o
futuro ofertando o saber institucionalizado, com instrumento que possa subsidiar seu
pleno desenvolvimento como ser humano.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
As ações desenvolvidas neste Estabelecimento de Ensino visam:
corroborar na formulação de propostas de intervenção pedagógica voltadas para a
reorganização do trabalho escolar, tendo em vista o progresso e sucesso de todos os
alunos da escola;
18
possibilitar o uso pedagógico das novas tecnologias de informação e de
comunicação, na ação docente;
subsidiar a elaboração e execução de projetos, comprometendo-se com o
desenvolvimento profissional, com a ampliação do horizonte cultural e a formação
permanente dos docentes;
refletir sobre a prática docente, de forma a aprimorá-la, avaliando os resultados
obtidos e sistematizando conclusões a seu respeito.
possibilitar uma formação pedagógica e social, de forma que o aluno possa atuar
como cidadão e como profissional consciente e responsável, pautando-se por princípios
da ética, dignidade, respeito mútuo, justiça, participação, responsabilidade, diálogo e
solidariedade;
favorecer a participação da comunidade na gestão democrática da escola,
integrando as diversas associações existentes (APMF, Conselho Escolar, Grêmio
Estudantil, parcerias/convênios), buscando caminhos para resoluções de problemas;
favorecer as reflexões e a busca de informações para a compreensão do
significado e da importância da qualidade na educação democrática do ensino público;
superar as imposições ou disputas de vontades individuais, oportunizando a toda a
comunidade escolar a vivência da construção e participação de todos na gestão
democrática.
19
MARCO SITUACIONAL
DA REALIDADE SÓCIO-ECONÔMICA E CULTURAL DOS ALUNOS E SUAS
FAMÍLIAS
Para conhecermos melhor nosso aluno, no ano de 2005 aplicamos um questionário
sócio – econômico nos três turnos de funcionamento do Colégio, com o objetivo de
diagnosticar a realidade do meio em que vivem, e também com o intuito de auxiliar o
trabalho do Professor em sala de aula, contribuindo assim, para a melhoria do
relacionamento professor/aluno e aluno /aluno.
Apesar de funcionarem no mesmo espaço físico, os três turnos apresentam
realidades bem distintas, percebidas no dia-a-dia e confirmadas através do levantamento
de dados obtidos através de pesquisas junto às famílias e aos alunos que freqüentam o
Estabelecimento.
De acordo com as pesquisas levantadas pudemos extrair alguns dados. Embora
não seja possível fazer uma leitura exata, nos aproximamos da realidade
socioeconômico e cultural, que possibilitou-nos confirmar algumas visões que a escola já
tinha com relação aos alunos.
Pesquisa realizada no ano de 2005
IDADE DOS ALUNOS
IDADEENS.
FUNDAMENTAL ENS.MÉDIOTÉC.ADM. REC HUMANOS %
MANHÃ
TARDE MANHÃ TARDE NOITE NOITE
10-12anos 52% 67% 14-16 anos 85% 88% 59% 17-18 anos 19%13-14anos 41% 25% 17-18 anos 14% 12% 33% 19-20 anos 23%
15-16anos 6% 7% 19-20 anos 1% 0% 8% 21-24 anos32,00
%acima 16 1% 1% 25 + anos 26%
20
COM QUEM MORAM OS ALUNOS DO:
ENS.FUNDAMENTALENSINO MÉDIO
MANHÃ TARDE MANHÃ TARDE NOITE
PAIS 81% 80% 81% 78% 58%PAI 2% 2,70% 3% 2,40% 5%MÃE 11% 12,40% 7% 12,20% 13%
AVÓS 2% 3,60% 5% 4,80% 5%TIOS 4% 0,40% 3% 0,00% 1%
OUTROS 1% 0,20% 13%ESPOSO 0% 2,40% 5%SOZINHO 0% 0% 0%
QUANTO AO GÊNERO:
ENS.FUNDAMENTAL ENS.MÉDIO
ENS.MÉDIO E TÉCNICO
MANHÃ TARDE MANHÃ TARDE NOITE
NOITE
FEMININO 57% 63% 64% 78% 57%
57%
MASCULINO 43% 37% 36% 22% 43%
43%
NÚMERO DE PESSOAS POR FAMÍLIA
ENS.FUNDAMENTAL ENS.MÉDIO TÉC.ADMINIST.
MANHÃ TARDE MANHÃ TARDE NOITE
NOITE
2 18% 31% 34% 0,00% 13%
26%
3 49% 16,4% 37% 5,20% 16%
16%
4 22% 31,2% 18% 41% 29%
26%
5 5% 3,2% 9% 35,80% 19%
21%
6 5% 12,8% 1% 12,80% 13%
9%
MAIS 6 1% 5,4% 1% 5,20% 10% 2%
21
LOCAL ONDE RESIDEM
ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO TÉC.ADMINIST.
MANHÃ TARDE MANHÃ TARDE NOITE NOITENOITE
URBANA 64% 41,50% 66% 41,50% 92%
91%
RURAL 34% 38,50% 34% 58,50% 8%
9%
RENDA MENSAL DAS FAMÍLIAS/SALÁRIOS MÍNIMOS ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO TÉC.ADMINIST. MANHÃ TARDE MANHÃ TARDE NOITE
NOITE
Até 1 SALÁRIO 13% 31,60% 10% 28% 6%
4%
1 a 2 SALÁRIOS 31% 12,80% 31% 34% 36%
30%
2 a 5 SALÁRIOS 31% 34,20% 33% 23% 39%
55%
mais 5 SALÁRIOS 25% 21,40% 26% 15% 19%
11%
Leitura dos Gráficos por Turno:
a) Quanto a Idade Escolar: a quase totalidade dos alunos está dentro da faixa
etária para a série em que estão frequentando;
b) O gênero Masculino/Feminino é bastante equilibrado, tendo uma pequena
variação favorável ao gênero Feminino;
c) Mais de 80% dos alunos residem na zona urbana;
d) O número de alunos que residem com os pais ou com um deles é
predominantemente maior do que os que moram sozinhos ou com outras
pessoas;
e) A maioria das famílias é constituída por 4 a 5 pessoas
f) A renda mensal da maior parte dos alunos varia entre 1 a 5 salários mínimos,
sendo que no período da manhã a média fica acima dos demais turnos.
22
Após a análise dos dados levantados através da pesquisa já demonstrado acima,
verificamos que a escola é composta por alunos advindos de várias realidades sociais e
culturais. Podemos dizer que são realidades muito diferentes principalmente se
confrontarmos os dados entre os três turnos.
• Os alunos do turno da manhã são oriundos principalmente da região central
da cidade, filhos de comerciantes e trabalhadores formais e informais bem
como de pequenos agricultores. Há no Estabelecimento alunos inclusos
com atendimento diferenciado, tanto no turno como no contra turno.
• Os alunos do turno da tarde são, na sua maioria, filhos de pequenos
agricultores, proprietários, meeiros, empregados nas propriedades que
exploram a avicultura e a pecuária, outros são residentes de bairros
próximos ao estabelecimento, cujas famílias sobrevivem de empregos nas
indústrias têxteis e de alimentação, bem como nos setores comerciais, em
funções de vendas e trabalhos braçais.
• Os alunos do noturno são trabalhadores normalmente assalariados, que têm
pouco tempo para as atividades escolares. A escola para muitos serve
como meio de socialização, onde o convívio com os colegas muitas vezes é
mais estimulante do que a própria aprendizagem.
Nos últimos anos a escola teve crescimento em todos os aspectos: físicos,
pedagógicos e administrativos e apresenta crescentes melhorias de atendimento.
O espaço físico no qual está inserida recebeu reformas o que possibilitou melhor
atendimento aos educandos e educadores. Hoje a escola apresenta boa infra-estrutura,
com ambientes mais humanizados e bonitos porém, com problemas de falta de central de
gás e há precariedade de instalações elétricas obsoletas.
Quanto a limpeza do ambiente escolar, valoriza-se o trabalho das zeladoras e os
alunos estão mais conscientes na cooperação de manutenção da higiene tanto nas salas
de aula quanto nos demais ambientes.
Quanto ao trabalho pedagógico, deixamos a desejar. Muitos são os problemas
enfrentados, tais como:
• (in) disciplina ;
• falta de interesse dos alunos pelos estudos;
• despreparo de alguns professores em lidar com situações adversas;
23
• falta de professores na escola;
• número excessivo de alunos em diversas sala de aula;
• falta de capacitação aos profissionais da educação básica para trabalhar
com alunos especiais;
• falta de interesse de muitos pais na educação dos filhos;
• falta de limites nos adolescentes.
Há a necessidade, por parte dos pais, de um maior comprometimento e da
participação na vida escolar de seus filhos, do interesse pelas atividades que a escola
desenvolve, da efetiva participação nas reuniões junto com os professores para discutir
metas, elaborar propostas, propor ações e contribuir no seu desenvolvimento. Família e
escola devem ser um elo. É fundamental que os alunos sintam a presença dos pais na
escola.
Os pais comparecem à escola somente quando convocados para reuniões
bimestrais, sendo que a maioria vem com o intuito de verificar as notas de seus filhos.
Porém, quando é solicitada sua presença de forma individual, há um maior
comprometimento, pois acreditam resolver os problemas de seus filhos de forma
particular.
Por se tratar de um Colégio com grande número de professores, existe uma grande
dificuldade de organizar a hora-atividade por disciplina. No entanto, os professores a
utilizam para preparar aulas, corrigir provas e trabalhos, e estudos com colegas. Quando
possível conversar com a Equipe Pedagógica, sobre indisciplina, aprendizagem e
traçando metas para enriquecer suas aulas. É também utilizada para atender aos pais,
prestando os esclarecimentos necessários sobre a vida escolar de seus filhos
reconhecendo a realidade de cada aluno.
24
DESEMPENHO IDEB
Ideb Observado Metas Projetadas
Estado 2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
Paraná 3.3 4.0 4.1 3.3 3.5 3.8 4.2 4.5 4.8 5.1 5.3
Ideb Observado Metas Projetadas
Município 2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021DOIS VIZINHOS 4.1 4.9 4.6 4.1 4.3 4.5 4.9 5.3 5.6 5.8 6.0
Ideb Observado Metas Projetadas
Escola 2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021DOIS VIZINHOS C E DE E FUND MED PROF
4.7 5.0 5.1 4.7 4.9 5.1 5.5 5.8 6.1 6.3 6.5
DESEMPENHO DOS ALUNOS EM 2009
Ensino/SérieRendimento Escolar EM 2009ação
Taxa de ReprovaçãoTaxa de Abandono
FUNDAMENTAL - TOTAL 92,00% 5,60% 2,20%
5ª SERIE 92,10% 4,90% 2,90%
6ª SERIE 88,50% 10,00% 1,40%
7ª SERIE 93,00% 3,70% 3,10%
8ª SERIE 93,90% 4,20% 1,80%
MEDIO INTEGRADO - TOTAL 87,70% 6,60% 5,60%
1ª SERIE 76,90% 15,30% 7,60%
2ª SERIE 96,60% 3,30% 0,00%
3ª SERIE 100,00% 0,00% 0,00%
4ª SERIE 85,70% 0,00% 14,20%
EDUCACAO PROFISSIONAL - NIVEL TECNICO 70,20% 2,10% 27,60%
25
MATRIZES CURRICULARES – ANO 2010
Estabelecimento: DOIS VIZINHOS, C E DE - E FUND MED PROF
Curso: ENS.DE 1 GR-REGULAR 5/8 SERIE Turno: Manhã e Tarde
Ano de Implantação: 2006 - SIMULTANEA Módulo: 40 semanas
1 2 3 4 6 7 8
5ª 6ª 7ª 8ª
0301 - CIENCIAS BNC 3 3 4 4
0725 - ARTES BNC 2 2 2 2
0601 - EDUCACAO FISICA BNC 3 3 3 3
7502 - ENSINO RELIGIOSO * BNC 1 1 0401 - GEOGRAFIA BNC 3 3 3 3
0501 - HISTORIA BNC 3 3 3 3
0106 - LINGUA PORTUGUESA BNC 4 4 4 4
0201 - MATEMATICA BNC 4 4 4 4
1107 - L.E.M.-INGLES PD 2 2 2 2
Carga Horária Total 24 24 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96. * Opcional para o aluno e não computada na carga horária da matriz curricular. BNC=BASE NACIONAL COMUM
26
Estabelecimento: DOIS VIZINHOS, C E DE - E FUND MED PROF Curso: TÉC EM ADMINISTRAÇÃO - INTEGRADO Turno: Manhã
Ano de Implantação: 2010 - SIMULTANEO Módulo: 40 semanas
Disciplina1 2 3 4
ADM DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS 3ADM FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 2ARTE 2BIOLOGIA 3 2COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL 2CONTABILIDADE 2EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS 2FILOSOFIA 2 2 2 2FÍSICA 2 2GEOGRAFIA 2 2GEST DE PESSOAS 3HISTÓRIA 2 2INFORMÁTICA 2 2INTRODUÇÃO À ECONOMIA 3LEM INGLÊS 2 2LINGUA PORT E LITERATURA 2 2 3 2MARKETING 2MATEMÁTICA 2 2 3 2NOÇ DE DIREITO E LEGISL SOC DO TRABALHO 3ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS 2QUÍMICA 2 2SOCIOLOGIA 2 2 2 2TEORIA GERAL DA ADM 3TOTAL 25 25 25 25
27
Estabelecimento: DOIS VIZINHOS, C E DE - E FUND MED PROF Curso: TEC.EM ADMINISTRACAO-SUBSEQUENTE Ano de Implantação: 2010 – GRADATIVA – MÓDULO 20 SEMANAS
DisciplinaComposição Curricular 1 2 3
ADM DE PROD DE MATERIAIS FE 2 3 ADM FINANC E ORÇAMENTÁRIA FE 3 COMPORTAMENTO ORGANIZAIONAL FE 3CONTABILIDADE FE 3 2 ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS FE 2 ESTATÍSTICA APLICADA FE 3FUNDAMENTOS DO TRABALHO FE 2 GESTÃO DE PESSOAS FE 3 2 INFORMÁTICA FE 2 2 INTRODUÇÃO À ECONOMIA FE 3 2 MARKETING FE 3 MATEMÁTICA FINANCEIRA FE 2 2 NOÇÕES DE DIREITO E LEGIS DO TRABALHO FE 2 3 ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS FE 3 PRÁTICA DISCURSIVA E LINGUAGEM FE 3 TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO FE 2 3
Carga Horária Total 20 20 20
28
CURSO TÉCNICO EM RECURSO HUMANOS
MATRIZ CURRICULAR: 2011 ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 - GRADATIVA MÓDULO : 20 SEMANAS
Nº Nome da Disciplina (Código SAE) Composição
Curricular Carga Horária
Semanal
1 2
1 DIREITO E LEGISLACAO (4003) FE 2 3
2 FORM E DESENVOLV DE PESSOAL (2635) FE 2 2
3 FUNDAMENTOS DO TRABALHO (3514) FE 2 2
4 FUNDAMENTOS SOCIOLOG DAS ORGAN (2636)
FE 2 2
5 FUNDAMENTOS TEORICOS DA ADMINI (2637)
FE 2 3
6 INFORMATICA (4404) FE 3 0
7 INTRODUCAO A ECONOMIA (4017) FE 3 0
8 MATEMATICA FINANC.E ESTATIST. (224) FE 2 2
9 PLANEJAMENTO E ANAL DE FUNCOES (2638)
FE 0 3
10 PROC DE COMUNIC E INF EM REC H (2639)
FE 2 2
11 PSICOLOGIA SOCIAL E DO TRABALH (1835)
FE 2 2
12 ROTINAS TRABALHISTAS (2640) FE 0 4
13 TECNOLOGIA DA INFORMACAO (4437) FE 3 0
Total C.H. Semanal 25 25
29
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS
NRE: 10- DOIS VIZINHOS MUNICÍPIO 0720 - DOIS VIZINHOS
ESTABELECIMENTO: 0013-Colégio Estadual de Dois Vizinhos-Ensino Fund, Médio e Profissional
ENDEREÇO:Av.Dedi Barichelo Montagner, 325
TELEFONE:46-3536-2711ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: 4039 - Ensino Fundamental 6º/9º ano
TURNO: MANHÃ E TARDE MÓDULO: 40 Semanas
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: Simultânea
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS/ANOS 6º 7º 8º 9º
Arte 2 2 2 2Ciências 3 3 4 4Educação Física 3 3 3 3Ensino Religioso * 1 1 0 0Geografia 3 3 3 3História 3 3 3 3Língua Portuguesa 4 4 4 4Matemática 4 4 4 4 23 23 23 23
PARTE DIVERSIFI-
CADA
L.E.M. – Inglês2 2 2 2
Subtotal 2 2 2 2 Total Geral 25 25 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa.
30
MARCO CONCEITUAL
Da Concepção de homem, sociedade, trabalho, conhecimento currículo
O ato de educar é um ato essencialmente social, a partir do qual surgiu a escola.
Basta considerar os núcleos familiares, as comunidades sociais, os diversos meios de
comunicação para concluir que a escola não foi e nem é o único meio ou “locus”
educativo. Mas, apesar disso, não se pode esvaziar a sua função histórica sob pena de
comprometer o indivíduo e a própria sociedade.
Não é possível pensar em educação sem pensar em sociedade. É certo que não
há escola sem sociedade, mas, no contexto atual, desafortunada será a sociedade sem
escola. Por outro lado, subordinar uma à outra é cair no “otimismo pedagógico” (apenas a
escola vai mudar a sociedade) ou no “determinismo social” ( a escola é o reflexo, a
reprodutora da ideologia dominante). Nessa relação conflitiva, cabe à escola focalizar
seu papel, formal, de principal responsável pela organização, sistematização e
desenvolvimento do conhecimento científico capaz de dar ao aluno suporte para o
enfrentamento das necessidades que irão se impondo durante sua vida.
O eixo estrutural comum à educação, escola e sociedade é o conhecimento. Da
relação dialética entre esses componentes resultará o modelo de educação, de escola e
de sociedade. É lógico que estas forças estão em permanente conflito e mutação, o que
justifica, por si só, a capital importância do educador e do educando na práxis social.
Para exercer a cidadania plena, é necessário ter acesso à informação e à
tecnologia, sabendo utilizá-las. Como conceber um cidadão sem estes instrumentos?
Sem desenvolvimento educacional não há desenvolvimento social, e vice-versa. O foco
da escola é a ciência, produção humana determinada historicamente por fatores
econômicos, sociais e culturais, nos quais também interfere. Desta forma, o conhecimento
é o mais eficiente instrumento do homem, sem o qual não é possível alcançar o êxito
pessoal e coletivo. A ciência e o consequente desenvolvimento tecnológico são o meio de
compreensão e transformação da realidade material (natureza) e da sociedade.
A sociedade é, na sua concepção, plena de contradições que refletem os
interesses das classes antagônicas que nela existem, sendo que estas penetram em
todos os aspectos da vida social, inclusive na escola.
31
A relação direta do homem com o mundo físico e social é feita através do trabalho
(atividade coletiva) e liberdade é aquilo que decidimos em conjunto.
É a escola o lócus onde se revelam grande parte dos problemas sociais e nela
estão algumas possibilidades de mudanças que podem despertar a sociedade para outras
formas de organização e convivência. Tais mudanças são necessárias e devem começar
pela base, ou seja, pelos próprios professores, pelos alunos e pelos pais, de baixo para
cima e de dentro para fora. Dizer, pois, que a educação é um fenômeno próprio dos seres
humanos significa afirmar que ela é ao mesmo tempo uma exigência do e para o
processo de trabalho, bem como é, ela própria, um processo de trabalho. Assim, para
existir, o ser humano deve ter garantida a sua subsistência material com a consequente
produção dos bens materiais. Para que isso ocorra ele necessita antecipar os objetivos de
sua ação em ideias. Essa representação de ideias inclui o conhecimento (ciência), a
valorização (ética) e a simbolização (arte). Esses aspectos abrem a perspectiva do
trabalho “não material”, ou seja, ideias, conceitos, hábitos, atitudes, valores, símbolos – a
produção do saber. É nessa categoria que se situa a educação :um produto que não se
separa do ato de produção. Ela não se reduz ao ensino. Este sim, diz respeito à
identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos para
que se tornem humanos, e de outro lado à descoberta de formas mais adequadas para
atingir esse objetivo.
Nesse aspecto a escola precisa ter claro o que é essencial e o que é acessório, o
que é principal e o que é secundário. Além disso é preciso descobrir, criar, explorar
formas adequadas para desenvolver o trabalho pedagógico, selecionar os conteúdos,
criar espaços, planejar o tempo e os procedimentos que, através dos quais, cada
indivíduo realize, na forma de segunda natureza, a humanidade produzida historicamente.
Reconhecemos aqui que, se a escola é o espaço institucionalizado para que o saber
sistematizado seja socializado, então a sua função principal é trabalhar o conhecimento
elaborado e não o espontâneo, a cultura erudita e não a cultura popular. É a ciência que
justifica a existência da escola e não o espontaneísmo ou conhecimentos que produzem
palpites. É o saber sistematizado que estrutura o currículo da escola elementar. Isso
significa que o conteúdo fundamental da escola é ler, escrever, contar, conhecer os
rudimentos das ciências naturais e sociais. Isso nos parece tão óbvio que pela lógica
acaba por esquecido e acabamos por dar lugar secundário àquilo que é principal.
32
Como saber escolar, o conhecimento se explicita nos conteúdos das disciplinas
de tradição curricular, quais sejam: Arte, Biologia, Ciências, Educação Física, Ensino
Religioso, Filosofia, Física, Geografia, História, Língua Estrangeira Moderna, Língua
Portuguesa, Matemática, Química e Sociologia.
Nestas Diretrizes, destaca-se a importância dos conteúdos disciplinares e do
professor como autor de seu plano de ensino, contrapondo-se, assim, aos modelos de
organização curricular que vigoraram na década de 1990, os quais esvaziaram os
conteúdos disciplinares para dar destaque aos chamados temas transversais.
Ainda hoje, a crítica à política de esvaziamento dos conteúdos disciplinares
sofre constrangimentos em consequência dos embates ocorridos entre as diferentes
tendências pedagógicas no século XX. Tais embates trouxeram para “[...] o discurso
pedagógico moderno um certo complexo de culpa ao tratar o tema dos conteúdos”
(SACRISTÁN, 2000, p. 120). A discussão sobre conteúdos curriculares passou a ser
vista, por alguns, como uma defesa da escola como agência reprodutora da cultura
dominante. Contudo,
[...] Sem conteúdo não há ensino, qualquer projeto educativo acaba
se concretizando na aspiração de conseguir alguns efeitos nos sujeitos que se
educam. Referindo-se estas afirmações ao tratamento científico do ensino, pode-se
dizer que sem formalizar os problemas relativos aos conteúdos não existe discurso
rigoroso nem científico sobre o ensino, porque estaríamos falando de uma
atividade vazia ou com significado à margem do para que serve (SACRISTÁN, 2000,
p. 120).
É preciso, também, ultrapassar a ideia e a prática da divisão do objeto
didático pelas quais os conteúdos disciplinares são decididos e selecionados fora da
escola, por outros agentes sociais. Quanto aos envolvidos no ambiente escolar, sobretudo
aos professores, caberia apenas refletir e decidir sobre as técnicas de ensino.
[...] A reflexão sobre a justificativa dos conteúdos é para os professores um
motivo exemplar para entender o papel que a escolaridade em geral cumpre num
determinado momento e, mais especificamente, a função do nível ou especialidade escolar
na qual trabalham. O que se ensina, sugere-se ou se obriga a aprender expressa valores e
funções que a escola difunde num contexto social e histórico concreto (SACRISTÁN, 2000,
p. 150).
33
As disciplinas técnicas dos cursos de Ensino Médio Integrado devem orientar-
se, também, por essa compreensão de conhecimento, pois a ciência, a técnica e a
tecnologia são frutos do trabalho e produtos da prática social. Participam, portanto, dos
saberes disciplinares escolares.
Os estudos sobre a história da produção do conhecimento, seus métodos e
determinantes políticos, econômicos, sociais e ideológicos, relacionados com a história
das disciplinas escolares e as teorias da aprendizagem, possibilitam uma fundamentação
para o professor em discussões curriculares mais aprofundadas e alteram sua prática
pedagógica.
Nessa práxis, os professores participam ativamente da constante construção
curricular e se fundamentam para organizar o trabalho pedagógico a partir dos conteúdos
estruturantes de sua disciplina. Entende-se por conteúdos estruturantes os
conhecimentos de grande amplitude, conceitos, teorias ou práticas, que identificam e
organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais
para a compreensão de seu objeto de estudo/ensino. Esses conteúdos são selecionados
a partir de uma análise histórica da ciência de referência (quando for o caso) e da
disciplina escolar, sendo trazidos para a escola para serem socializados, apropriados
pelos alunos, por meio das metodologias críticas de ensino-aprendizagem.
Por serem históricos, os conteúdos estruturantes são frutos de uma construção
que tem sentido social como conhecimento, ou seja, existe uma porção de conhecimento
que é produto da cultura e que deve ser disponibilizado como conteúdo, ao estudante,
para que seja apropriado, dominado e usado. Esse é o conhecimento instituído. Além
desse saber instituído, pronto, entretanto, deve existir, no processo de
ensino/aprendizagem, uma preocupação com o devir do conhecimento, ou seja, existem
fenômenos e relações que a inteligência humana ainda não explorou na natureza.
Portanto, de posse de alguns conhecimentos herdados culturalmente, o sujeito deve
entender que isso não é todo o conhecimento possível que a inteligência tem e é capaz
de ter do mundo, e que existe uma consciência, uma necessidade intrínseca e natural de
continuar explorando o “não saber” (CHAUÍ, 1997), a natureza (VASQUEZ, 1997).
Como seleção, tais conteúdos carregam uma marca política, são datados e
interessados e, nesse sentido, alguns saberes disciplinares, considerados importantes no
passado, podem estar, aqui, excluídos do campo de estudos da disciplina. Outros
34
conteúdos estruturantes, ainda que mais recorrentes na história da disciplina, têm, nestas
diretrizes, sua abordagem teórica reelaborada em função das transformações sociais,
políticas, econômicas e culturais ocorridas recentemente.
Ao vincular o conceito de conteúdo estruturante tanto a uma análise histórica
quanto a uma opção política, considera-se que “o envelhecimento do conteúdo e a
evolução de paradigmas na criação de saberes implica a seleção de elementos dessas
áreas relativos à estrutura do saber, nos métodos de investigação, nas técnicas de
trabalho, para continuar aprendendo e em diferentes linguagens. O conteúdo relevante de
uma matéria é composto dos aspectos mais estáveis da mesma e daquelas capacidades
necessárias para continuar tendo acesso e renovar o conhecimento adquirido
(SACRISTÁN, 2000, p. 152-153).
Então, o conhecimento que identifica uma ciência e uma disciplina escolar é
histórico, não é estanque, nem está cristalizado, o que caracteriza a natureza dinâmica e
processual de todo e qualquer currículo.
Assim, nessas diretrizes, reconhece-se que, além de seus conteúdos “mais
estáveis”, as disciplinas escolares incorporam e atualizam conteúdos de correntes do
movimento das relações de produção e dominação que determinam relações sociais,
geram pesquisas científicas e trazem para o debate questões políticas e filosóficas
emergentes.
Tais conteúdos, nas últimas décadas, vinculam-se tanto à diversidade étnico-
cultural quanto aos problemas sociais contemporâneos e têm sido incorporados ao
currículo escolar como temas que transversam as disciplinas, impostos a todas elas de
forma artificial e arbitrária.
Em contraposição a essa perspectiva, nestas diretrizes, propõe-se que esses
temas sejam abordados pelas disciplinas que lhes são afins, de forma contextualizada,
articulados com os respectivos objetos de estudo dessas disciplinas e sob o rigor de seus
referenciais teórico-conceituais.
Quando pensamos em currículo imediatamente nos vêm em mente os
conteúdos selecionados e que serão trabalhados por um determinado período. Essa é a
prática mais comum para nós professores. Muitas vezes nos passam despercebidas às
intenções que estão intrínsecas na escolha desse ou daquele conhecimento ou da forma
pela qual iremos abordar determinado assunto. Normalmente essa seleção está
35
condicionada à cultura local, às condições físicas e pedagógicas da escola e à nossa
própria formação enquanto professores.
Os conteúdos que a escola seleciona e a forma como são transmitidos esses
conhecimentos escolares, vêm reforçando muito as práticas individualistas próprias da
sociedade capitalista. A maneira como a escola organiza e trabalha o currículo
( reprodução memorizada, objetivos, métodos, finalidades, adaptação do sujeito,
aceitabilidade da massificação, a padronização, a lógica disciplinar prescritiva, a
repetição, a reprodução de ideias alheias, o ensinar tudo a todos, a forma de avaliar)
levam à sedimentação de um espírito objetivo negativo que converte a formação cultural à
pseudo formação e a formação humana totalmente desprovida do caráter dialógico.
Acontece que, muitas vezes, na ânsia de possibilitar uma educação de caráter
humanizador, passamos a exercer uma falsa formação cultural que não oferece nem uma
coisa, nem outra. É preciso considerar a cultura do aluno como ponto de partida de onde
a aprendizagem deve sair e fazer com que o currículo contemple conteúdos culturais que
estimulem o sentido de sobrevivência, ao estímulo e à resistência, porém sem negar o
acesso ao saber científico capaz de dar condições e significados às práticas culturais
vivenciadas e superar os limites teóricos que na prática muitas vezes impedem o
indivíduo de pensar as relações entre conhecimento, cultura, escola e formação humana,
enfim, as identidades individuais valorizadas e reconhecidas como partes indispensáveis
na composição do pluralismo de uma vida democrática.
No Colégio Estadual de Dois Vizinhos são ofertadas as disciplinas de Sociologia e
Filosofia em todas as séries do ensino Médio e os estudos sobre o Estado do Paraná são
trabalhados pelos professores de História e Geografia sendo contextualizados nos
conteúdos programados conforme o planejamento anual.
Nessa concepção de currículo, as disciplinas da Educação Básica terão, em
seus conteúdos estruturantes, os campos de estudo que as identificam como
conhecimento histórico. Dos conteúdos estruturantes organizam-se os conteúdos básicos
a serem trabalhados por série, compostos tanto pelos assuntos mais estáveis e
permanentes da disciplina quanto pelos que se apresentam em função do movimento
histórico e das atuais relações sociais. Esses conteúdos, articulados entre si e
fundamentados nas respectivas orientações teórico-metodológicas, farão parte da
proposta pedagógica curricular das escolas.
36
Nesse aspecto destaca-se a necessidade do trabalho pedagógico com a história da
cultura afro-brasileira, africana e indígena, conforme preconizam as leis 10.639/03 e
11.645/08. Dentre os problemas sociais contemporâneos estão a questão ambiental, a
necessidade do enfrentamento a violência, os problemas relacionados à sexualidade e à
drogadição.
A partir da proposta pedagógica curricular, o professor elaborará seu plano de
trabalho docente, documento de autoria, vinculado à realidade e às necessidades de suas
diferentes turmas e escolas de atuação. No plano, se explicitarão os conteúdos
específicos a serem trabalhados nos bimestres, trimestres ou semestres letivos, bem
como as especificações metodológicas que fundamentam a relação
ensino/aprendizagem, além dos critérios e instrumentos que objetivam a avaliação no
cotidiano escolar.
A LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 ao propor a formação
tecnológica como eixo do currículo assume, segundo KUERGER (2000), a concepção que
a aponta como a síntese, entre o conhecimento geral e o específico, determinando novas
formas de selecionar, organizar e tratar metodologicamente os conteúdos.
As tecnologias da comunicação evoluem rapidamente e de maneira sofisticada,
geram produtos diferenciados – telefones celulares, fax, softtwares, vídeos, computador
multimídia, internet, televisão interativa, realidade virtual, videogames- que nem sempre
são acessíveis a todas as pessoas, pelos seus altos preços e pela necessidade de
conhecimentos específicos para sua utilização.
Diante da realidade que nos é apresentada, as tecnologias de educação e
informação utilizadas diariamente na escola, oferecem novas aprendizagens, novas
lógicas, competências e sensibilidades e uma nova demanda. O papel do professor
também se altera. Há os que já sentiram que precisam mudar a sua maneira de ensinar.
Tentam adaptarem-se a novas exigências educacionais. Colocam-se como mestres e
aprendizes,com a expectativa de que por meio da iteração estabelecida na “ dialética
didática” com os alunos a aprendizagem aconteça, para ambos.
37
ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS
Concepção de Infância
Sendo a infância entendida como período da história de cada um, que se estende,
na nossa sociedade, do nascimento até aproximadamente dez anos de idade. Com a
reorganização do Ensino Fundamental em nove anos a partir de 2012, é preciso discutir
a infância, a escola e os desafios colocados hoje para a nova realidade que se
apresenta.
Vivemos o paradoxo de possuir um conhecimento teórico complexo sobre a
infância e de ter muita dificuldade de lidar com populações infantis e juvenis. A noção de
infância na sociedade moderna é construção histórica. A inserção concreta das crianças e
seus papéis variam com as formas de organização da sociedade. Assim, a ideia de
infância não existiu sempre e da mesma maneira. Ao contrário, a noção de infância
surgiu com a sociedade capitalista, urbano-industrial, na medida em que mudavam a
inserção e o papel social da criança na sua comunidade. A infância surgiu no contexto
histórico e social da modernidade, com a redução dos índices de mortalidade infantil,
graças ao avanço da ciência e a mudanças econômicas e sociais. Essa concepção
nasceu nas classes médias e foi marcada por um duplo modo de ver as crianças,pela
contradição entre moralizar (treinar, conduzir, controlar a criança) e paparicar (achá-la
engraçadinha, ingênua, pura, querer mantela como criança). A miséria das populações
infantis naquela época e o trabalho escravo e opressor desde o início da revolução
Industrial condenavam-nas a não ser crianças: meninos trabalhavam nas fábricas, nas
minas de carvão, nas ruas. Mas até hoje o projeto de modernidade não é real para a
maioria das populações infantis, em países como o Brasil, onde não é assegurado às
crianças o direito de brincar, de não trabalhar.
A dependência da criança em relação ao adulto, segundo o sociólogo Charlot, é
fato social e não natural. É preciso considerar a diversidade de aspectos sociais, culturais
e políticos: no Brasil, as nações indígenas, suas línguas e seus costumes; a escravidão
das populações negras; a opressão e a pobreza de expressiva parte da população; o
colonialismo e o imperialismo que deixaram marcas diferenciadas no processo de
socialização de crianças e adultos.
38
Alguns pensadores denunciam o desaparecimento da infância. Perguntam “de que
infância nós falamos”? Uma vez que a violência contra as crianças e entre elas se tornou
constante. Imagens de pobreza de crianças e trabalho infantil retratam uma situação em
que o reino encantado da infância teria chegado ao fim. Na era pós-industrial não haveria
mais lugar para a ideia de infância, uma das invenções mais humanitárias da
modernidade; com a mídia e a Internet, o acesso das crianças à informação adulta teria
terminado por expulsá-las do jardim da infância (Postmann, 1999). Mas é a ideia de
infância que entra em crise ou a crise é a do homem contemporâneo e de suas ideias?
Crianças são sujeitos sociais e históricos, marcadas, portanto, pelas contradições
das sociedades em que estão inseridas. A criança não se resume a ser alguém que não
é, mas que se tornará (adulto, no dia em que deixar de ser criança). O que é específico
da infância: seu poder de imaginação, a fantasia, a criação, a brincadeira entendida como
experiência de cultura. Crianças são cidadãos, pessoas detentoras de direitos, que
produzem cultura e são nela produzidas. Esse modo de ver as crianças favorece entendê-
las e também ver o mundo a partir do seu ponto de vista. A infância, mais que estágio, é
categoria da história: existe uma história humana porque o homem tem infância. As
crianças brincam, isso é o que as caracteriza. Construindo com pedaços, refazendo a
partir de resíduos ou sobras, na brincadeira, elas estabelecem novas relações e
combinações. As crianças viram as coisas pelo avesso e, assim, revelam a possibilidade
de criar. Uma cadeira de cabeça para baixo se torna um barco, foguete, navio, trem,
caminhão. Aprendemos assim, com as crianças, que é possível mudar o rumo
estabelecido das coisas.
A cultura infantil é, pois, produção e criação. As crianças produzem cultura e são
produzidas na cultura em que se inserem e que lhes é contemporânea. A pergunta que
cabe fazer é: quantos de nós educadores, garantimos espaço para esse tipo de ação e
interação das crianças? Nossa escola oferece condições para que as crianças produzam
cultura?
Olhar o mundo a partir do ponto de vista da criança pode revelar contradições e
uma outra maneira de ver a realidade. Nesse processo podemos aprender com as
crianças a crítica, a brincadeira, a virar as coisas do mundo pelo avesso. Apesar do seu
direito de brincar, para muitos o trabalho é imposto como meio de sobrevivência.
Considerar, simultaneamente, a singularidade das crianças e as determinações sociais e
39
econômicas que interferem na sua condição, exige reconhecer a diversidade cultural e
combater a desigualdade de condições e a situação de pobreza da maioria de nossas
populações com políticas e práticas capazes de assegurar igualdade e justiça social. Isso
implica garantir o direito a condições dignas de vida, à brincadeira, ao conhecimento, ao
afeto e a interações saudáveis.
DAS RELAÇÕES ENTRE ADULTOS E CRIANÇAS
A perda da autoridade como um dos problemas sociais mais graves do cenário
contemporâneo.
Ao discutir infância e escola, é importante tratar de temas como: direitos humanos:
a violência praticada contra/por crianças e jovens e seu impacto nas atitudes dos adultos,
em particular professores. As relações entre adultos e crianças e a perda da autoridade
como um dos problemas sociais mais graves do cenário contemporâneo.
Re-encontrar o sentido de solidariedade e restabelecer com as crianças e os
jovens laços de caráter efetivo, ético, social e político exigem a revisão do papel que tem
sentido desempenhado na escola. Na modernidade, a narrativa entra em extinção porque
a experiência vai definhando, sendo reduzida a vivências, em reação aos choques de vida
cotidiana. Experiência e narrativa ajudam a compreender processos culturais e
educacionais e seus impasses. Mais do que isso, esses conceitos contribuem para
práticas com crianças e para estratégias de formação que abram o espaço da narrativa
para que crianças, jovens e adultos possam falar do que vivem, viveram, assistiram,
enfrentam. A vivência, que é finita, se torna infinita e ultrapassa a morte, graças a
linguagem: é no outro que a narrativa se enraíza, o que significa que a narrativa é
fundamental para a constituição do sentido de coletividade, em que cada qual aprende a
exercer o seu papel. A arte de narrar diminui porque a experiência entra em extinção. Em
consequência , reduz a autoridade constituída e legitimada pela experiência.
Sarmento (2001,p.16) alerta para os efeitos da “convergência de três mudanças
centrais: a globalização social, a crise educacional e as mutações no mundo do trabalho
em que adultos permanecem mais tempo em casa graças às mudanças da forma de
organização do trabalho, ao desemprego crescente enquanto as crianças saem mais de
40
casa, sobretudo por conta da sua crescente permanência nas instituições. Há, deste
modo, como que uma troca de posições entre gerações. Este é um dos mais significativos
efeitos gerados pelas mutações do mundo do trabalho. Além disso, a sociabilidade se
transforma e as relações entre adultos e crianças tomam rumos descon-certantes. O
discurso da criança como sujeito de direito e da infância como construção social é
deturpado: nas classes médias, esse discurso reforça a ideia de que a vontade da criança
deve ser atendida a qualquer custo, especialmente para consumir; nas classes populares,
crianças assumem responsabilidades muito além do que podem. Em ambas, as crianças
são expostas à mídia, à violência e à exploração.
Por outro lado, o reconhecimento do papel social da criança tem levado muitos
adultos à abdicarem de assumir seu papel. Parecem usar a concepção de “infância como
sujeito” como desculpa para não estabelecer regras, não expressar seu ponto de vista,
não se posicionar. O lugar do adulto fica desocupado, como se para a criança ocupar um
lugar, o adulto precisasse desocupar o seu, o que revela uma distorção profunda do
sentido de autoridade. E como valorizar e reconhecer a criança sem abandoná-la a
própria sorte ou azar e sem apenas normatizar? Como atuar considerando as condições,
sem expor e sem largar as crianças? Como reconhecer os seus direitos e preservá-los?
Na escola, parece que as crianças pedem para o professor intervir e ele não o faz,
impondo em vez de dividir com a criança em situações em que poderia fazê-lo, e exigindo
demais quando deveria poupá-la. A questão da sociabilidade tornou-se tão frágil que os
adultos – pais e professores - não veem as possibilidades da criança e ora controlam,
regulam, conduzem, ora sequer intervêm, têm medo de crianças e jovens, , medo de
estabelecer regras, de fazer acordos, de lidar com as crianças no diálogo e na autoridade.
O equilíbrio e o diálogo se perdem e esses adultos, ao abrirem mão da sua autoria, ao
cederem seu lugar, só têm, como alternativa, o confronto ou o descaso. Assim, perguntas
ficam sem respostas, transgressões ficam sem sanções; dúvidas ficam sem
esclarecimentos, relatos ficam sem escuta.
Com a perda da capacidade do diálogo na modernidade, as pessoas só
conversam sobre o preço das coisas; sem o diálogo, sem a narrativa, ficam
impossibilitadas de dar ou de ouvir um conselho que é, segundo Benjamin (1987a),
sempre a sugestão de como poderia uma história continuar. Desocupando seu lugar, os
adultos ora tratam a criança como companheira em situações nas quais ela não tem a
41
menor condição de sê-lo, ora não assumem o papel de adultos em situações nas quais as
crianças precisam aprender condutas, práticas e valores que só irão adquirir se forem
iniciadas pelo adulto. As crianças são negligenciadas e vão ficando também perdidas e
confusas. Muitos adultos parecem indiferentes e não mais as iniciam. A indiferença ocupa
o lugar das diferenças.
Em contextos em que não há garantia de direitos, acentuam-se a desigualdade e a
injustiça social e as crianças enfrentam situações além de seu nível de compreensão,
convivem com problemas além do que seu conhecimento e experiência permitem
entender. Os adultos não sabem como responder ou agir diante de situações que não
enfrentaram antes porque, embora adultos, não se constituíram na experiência e são
cobrados a responder perguntas para as quais nunca ninguém lhes deu respostas. Além
disso, o panorama social e a conjuntura política mais ampla de banalização da violência,
valorização da guerra e do conflito, agressão, impunidade e corrupção geram
perplexidade e o risco, que ela implica, do imobilismo. Sem autoridade e corroídos no seu
caráter, os adultos têm encontrado soluções para lidar com identidade, diversidade e para
delinear padrões de autoridade, ressignificando seu papel, na esfera social coletiva? Ou
identidade, diversidade e autoridade estão em risco, agravando a desumanização, se é
possível usar essa expressão diante da barbárie que o século XX logrou nos deixar como
herança?
É preciso garantir que as crianças sejam atendidas nas suas necessidades ( a de
aprender e a de brincar), que o trabalho seja planejado e acompanhado na educação
infantil e no ensino fundamental e que saibamos, em ambos, ver, entender e lidar com as
crianças como crianças, e não apenas como estudantes. A inclusão de crianças de seis
anos no Ensino Fundamental, dialogo institucional e pedagógico, dentro da escola e entre
as escolas. Com alternativas curriculares claras.
Articulação entre os Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental: Alfabetização e
Letramento
O letramento tem como objeto de reflexão, de ensino, ou de aprendizagem os
aspectos sociais da língua escrita. Assumir como objetivo o letramento no contexto do
ciclo escolar implica adotar na alfabetização uma concepção social da escrita, em
contraste com uma concepção tradicional que considera a aprendizagem de leitura e
42
produção textual como a aprendizagem de habilidades individuais. Essa escolha implica,
ainda, que a pergunta estruturadora/estruturante do planejamento das aulas seja: “quais
os textos significativos para o aluno e para sua comunidade”, em vez de: “qual a
sequencia mais adequada de apresentação dos conteúdos (geralmente, as letras para
formarem sílabas, as sílabas para formarem palavras e das palavras para formarem
frases)”.
A diferença entre ensinar uma prática e ensinar para que o aluno desenvolva
uma competência ou habilidade não é mera questão terminológica. Na escola, onde
predomina a concepção da leitura e da escrita como competências, concebe-se a
atividade de ler e escrever como um conjunto de habilidades progressivamente
desenvolvidas até se chegar a uma competência leitora e escritora ideal: a do usuário
proficiente da língua escrita. Os estudos do letramento, por outro lado, partem de uma
concepção de leitura e de escrita como práticas discursivas, com múltiplas funções e
inseparáveis dos contextos em que se desenvolvem.
É difícil pensar o trabalho pedagógico com base nessa concepção, porque a
heterogeneidade não combina muito bem com a aula tradicional, com um professor
dirigindo-se a um aluno médio, idealizado, representativo da turma de trinta ou mais
alunos, interagindo apenas com o professor, falante primário e foco da atenção de todos,
que dá sua aula de acordo com um currículo definido para todas as turmas da série na
escola. Isso, porque em determinado dia, naquele ano, todas as crianças da turma serão
avaliadas segundo parâmetros (também supostamente representativos dos
conhecimentos a serem atingidos na série ou no ciclo) definidos para toda a nação, como
acontece com as já conhecidas avaliações do SAEB e da PROVA BRASIL.
A concepção da escrita dos estudos de letramento pressupõe que as pessoas e os
grupos sociais são heterogêneos e que as diversas atividades entre as pessoas
acontecem de modos muito variados. Portanto, é viável que se concebam princípios
gerais para a organização do currículo, mas as atividades para seu desenvolvimento, na
interação entre professor e alunos e entre alunos e alunos envolvem tal sorte de fatores
de ordem social e pessoal que seus resultados são imprevisíveis.
43
Entre esses princípios gerais do desenvolvimento do currículo, segundo a
concepção do letramento, teríamos:
1. o currículo é dinâmico;
2. o currículo parte da realidade local: aluno – série – turma;
3. o princípio estruturante do currículo é a prática social (não o conteúdo);
4. os conteúdos do currículo têm a função de orientar, organizar e registrar o
trabalho do professor, não são, necessariamente, conteúdos a serem focalizados em
sala de aula.
No ciclo em discussão, os “conteúdos” correspondem, basicamente, ao conjunto
de saberes e conhecimentos requeridos em práticas sociais letradas, tais como as de
medição, cálculos de volume, elaboração de maquetas, mapas e plantas (conteúdos
matemáticos), e àqueles necessários para a participação em práticas discursivas de
leitura e produção de textos de diversos gêneros. Nesse último caso, estamos falando,
dentre outros, daqueles “conteúdos” relativos ao domínio do código (como a
segmentação em palavras, correspondências regulares de som-letra, regras ortográficas
de palavras comuns, uso de maiúsculas) e à formação de uma noção de texto (coesão,
coerência, multimodalidade, intertextualidade, gênero e discurso, etc.) Numa prática
social, há a necessidade de tudo isso e, portanto, sempre surge a oportunidade de o
professor focalizar, de forma sistemática, aos conteúdos, ou seja, de apresentar materiais
para o aluno chegar a perceber uma regularidade, praticar um procedimento, buscar uma
explicação. A partir do momento em que o letramento do aluno é definido como o objetivo
da ação pedagógica , movimento será da prática social para o conteúdo, nunca o
contrário, se o letramento do aluno for o objetivo da ação pedagógica.
A prática social é possível quando sabemos como agir discursivamente numa
situação, ou seja, quando sabemos qual gênero do discurso usar; por isso, é natural que
essas representações ou modelos que viabilizam a comunicação na prática social – os
gêneros – sejam unidades importantes no planejamento. Isso não significa, entretanto,
que a atividade da aula deva ser organizada em função de qual gênero ensinar.
Exemplificamos a diferença: se as crianças estão intrigadas pela extinção dos
dinossauros, pode ser que seus interesses façam com que se aventurem pela Internet,
leiam verbetes de enciclopédias, visitem um museu de ciências, entrevistem um cientista.
Para realizar essas iniciativas, terão de adquirir familiaridade com a leitura de
44
hipertextos, de verbetes, com a produção de questionários, pois é a familiaridade com
esses gêneros o que permitirá que elas realizem essas atividades. E o professor poderá,
ao guiá-las na leitura e produção de textos pertencentes a esses gêneros, chamar a
atenção, explicar, exemplificar as características dos textos, ou da língua, ou das palavras
que os formam. Tudo isso é bem diferente de definir, de antemão, que nesse ano, serão
ensinados os textos interativos (blog, email, texto informativo em forma de hipertexo entre
outros), verbete e entrevista.
O projeto envolvendo o trabalho, em pequenos grupos, realizado em uma classe
heterogênea quanto ao domínio da escrita, com alunos com trajetórias de leitura e de
produção textual diferentes - devido às diferentes experiências em outras instituições
(leitura de almanaques na família, preparação para crisma na igreja, venda de rifas para
a associação do bairro, por exemplo) - e que se organiza em torno de trabalhos que
preveem a participação diferenciada de alunos que escolheram trabalhar num
determinado tema é, na nossa perspectiva, o organizador ideal do trabalho pedagógico
que leva a sério a heterogeneidade de uma turma, abrindo mão de pré-requisitos e
progressões rígidas em relação à apresentação de conteúdos curriculares.
MARCO OPERACIONAL
Diante do quadro anteriormente apresentado convencemo-nos a urgência de
medidas para o enfrentamento dos problemas que impedem o bom desenvolvimento das
funções da escola. Sem isso os professores perdem a maior parte do seu tempo
tentando controlar a indisciplina dos alunos do que propriamente ensinando.
Algumas propostas apresentadas foram consideradas de imediata aplicação, como:
retomar com os alunos, pais e professores medidas que contribuam no discernimento das
reais funções da escola, ou seja, que o conhecimento, sua socialização e reelaboração
sejam função principal dos professores , alunos e equipe pedagógica; segundo: para que
os alunos superem a dicotomia entre trabalho intelectual e trabalho operacional, cada
professor irá, junto com sua turma cuidar da limpeza da sala e da conservação do prédio
escolar, para que o aluno aprenda a valorizar o trabalho das zeladoras; isso é prática
educativa, fator de conscientização.
45
Quanto às atitudes agressivas que muitos alunos apresentam, iremos tratá-los de
forma mais compreensiva porque percebemos que vêm de famílias cujas relações são de
agressividade e o que fazem na escola nada mais é do que exteriorizar a realidade em
que vivem. É necessário que os professores procurem usar palavras que incentivem o
respeito e não de forma grosseira ou autoritária, isso só leva o aluno a desafiar a
autoridade que quer se impor.
Investiremos em ações que levem o aluno à consciência da responsabilidade do
uso dos recursos públicos, haja vista que o que é de todos deve ser preservado por todos
e que quando vemos alguém depredar o que é público temos o dever de defender como
coisa nossa.
As ações que serão desenvolvidas no Colégio Estadual de Dois Vizinhos visam a
consolidação de um processo de auto-reflexão-ação que exige um esforço conjunto para
concretizar o pleno desenvolvimento do educando, capaz de ser o sujeito da própria
história. Temos um objetivo e é a partir dele que iremos promover as mudanças
necessárias para que os nossos educandos possam adquirir as ferramentas necessárias
que irão dar suporte no enfrentamento de problemas futuros. As coisas não vão bem.
Isso ficou claro nos momentos em que o grupo esteve reunido discutindo a situação pela
qual passa a educação pública. Não queremos uma escola para pobres, nem queremos
“formar” meios cidadãos, mas, cidadãos plenos, autônomos , conscientes da situação em
que se encontram.
Estamos iniciando uma nova fase, com novos dirigentes, novas propostas, e
temos certeza que a única via de administrar uma escola é através da participação e do
poder colegiado. Para isso teremos que ouvir todos os órgãos representativos que temos
dentro da escola. Nossa proposta é da participação de todos, do consenso: a Democracia
é mais que uma prática, é uma atitude, e a primeira palavra chave da democracia dentro
da escola é a participação. Entendemos também que para sermos democráticos
precisamos ser verdadeiros.
Os problemas mais emergentes que foram levantados (disciplina, qualificação dos
profissionais da educação, falta de recursos, avaliação, desestímulo, baixa aprendizagem)
nós os enfrentaremos com ações coletivas, objetivas e contínuas. Para isso
concentraremos os nossos esforços e procuraremos olhar numa mesma direção. O nosso
projeto nos dará esse rumo.
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Já temos uma visão da realidade dos nossos alunos, suas características, aspectos
do seu cotidiano, seus gostos, seus problemas. Queremos ajudá-los a construir também
um projeto para suas vidas.
As nossas linhas de ação serão organizadas a partir de um trabalho escolar voltado
para a valorização do conhecimento. Queremos resgatar o papel da escola através da
participação dos órgãos colegiados, trazendo os pais para a escola para que sintam a
importância de acompanhar o desenvolvimento intelectual de seus filhos.
A falta de recursos físicos, procuraremos supri-la com projetos que ajudem adquirir
aquilo que é realmente necessário para a aprendizagem dos alunos. Nossa prioridade
será a aprendizagem, por isso iremos oferecer reforço para recuperar os alunos que têm
mais dificuldades , como: atividades extras para que realizem em casa, grupos de estudo
em que os que entenderam melhor possam contribuir com quem não entendeu,
encaminhamento para a sala de recursos, etc.
Algumas linhas de ação para organizar o trabalho administrativo e pedagógico
serão desenvolvidas junto com o Conselho Escolar, o Grêmio Estudantil e a APMF. Trata-
se de desenvolver um trabalho voltado para a conscientização de que todos são
responsáveis no seu âmbito para que a escola possa se tornar o lugar de crescimento
individual e social. É preciso que todos se sintam comprometidos e parte integrante do
processo. Não há crescimento individual se não houver envolvimento do grupo como um
todo.
Alguns projetos já vêm sendo desenvolvidos pela escola e terão continuidade,
modificados dentro das eventuais necessidades como o Projeto de Leitura, de Hora
Cívica, Projetos Esportivos e Artísticos e outros propostos pela SEED. A função desses
projetos é a de enriquecer ainda mais o desenvolvimento das capacidades dos alunos em
função das novas formas de se produzir saberes.
Ações conjuntas previstas para o ano de 2006, definidas como prioridade pelo grupo
de professores, a fim de minimizar o barulho nas trocas de salas, sendo que os
corredores são estreitos e com saídas insuficientes, número reduzido de bebedouros e
falta de ventilação nos saguões cobertos. Através de projetos elaborados em conjunto
com a equipe pedagógica e docentes das turmas, trabalhar o pedagógico a partir de
textos, vídeos, discussões em grupos, elaboração de materiais como cartazes e poesias
com objetivo de abordar temas como:
47
• Limites;
• Perseverança;
• Auto-estima;
• Adaptação ao ambiente para as 5ªs séries, a fim de minimizar o impacto da
mudança para um colégio estruturado de forma diferente do anterior;
• Educação sexual voltada à sexualidade;
• Humanização e valorização do corpo;
• Qual é o caminho onde se quer chegar? Se assumir conciliando o que eu sou com
as regras morais da sociedade, ter uma pessoa como ponto de referência, não
invadir a privacidade do outro, autenticidade;
• Valorização humana resgatando valores como respeito, solidariedade,
honestidade, boas maneiras, etc...
Os temas acima podem ser abordados por profissionais em forma de parceria com
entidades como LIONS, ROTARY, ROTARACT, e IES de nosso Município e região, que
venham ao encontro das necessidades emergentes da escola, realizando trabalhos que
contribuam com a aprendizagem dos alunos e sua formação humana, inclusive no que diz
respeito às profissões,
O Colégio Estadual Dois Vizinhos é uma instituição mantida pelos recursos
oriundos do Governo do Estado do Paraná, recebendo verba do fundo rotativo e PDDE,
sendo este e demais aspectos administrativos, responsabilidade da direção da instituição
que presta contas à APMF e ao Governo do Estado.
O Conselho de Classe é um órgão colegiado que se reúne para refletir, avaliar e
tomar decisões a respeito do processo ensino-aprendizagem, em que participam
professores de todas disciplinas, juntamente com a equipe pedagógica e direção do
colégio. Suas reuniões são regulares, ao final de cada bimestre letivo, previamente
disposto no calendário escolar, onde todos os professores são convocados a participar.
No entanto, desde que haja disponibilidade dos professores, é feito um pré-conselho,
tentando identificar os problemas de cada turma, seu perfil, suas necessidades e os
alunos que precisam de apoio especial por motivo de dificuldades de aprendizagem,
indisciplina, faltas ou outro motivo.
Os Órgãos Colegiados trabalham para garantir o bom andamento do colégio, onde
cada um desempenha sua função. O Grêmio Estudantil a cada ano colabora na eleição
48
dos representantes de classe, procurar ouvir os anseios de cada turma e assim
representar os alunos, participar e auxiliar nas datas comemorativas do colégio. O
Conselho Escolar tem várias atribuições, dentre elas, o desenvolvimento de ações que
visem o coletivo, tendo direito a participar de reuniões, acesso a livros atas e demais
registros objetivando a qualidade de ensino, evitando o trabalho de interesses individuais.
A APMF é uma associação que apoia o colégio em diversos momentos como: eventos da
escola; ações e decisões que visam a qualidade do ensino; apoio no gerenciamento dos
recursos financeiros que lhes forem repassados através de convênios; colaboração com a
manutenção e conservação do prédio escolar e suas instalações, conscientizando sempre
a comunidade sobre a importância dessa ação.
Adaptação da Proposta Curricular - Ensino de Nove Anos
A proposta de implantação simultânea do Ensino de Nove Anos para toda a rede
estadual do PR, deu-se em virtude da necessidade de atendimento das Leis Federais
11.114/2005 e 11.274/2006.
As Deliberações 03/2007-CEE, o Parecer 721/2007-CEE e o Parecer 407/2001-
CEE/CEB propuseram a correspondência das séries finais do Ensino Fundamental de 8
anos aos anos finais do Ensino de 9 anos quanto a idade/série/ano.
Considerada a equivalência, percebemos não haver necessidade de alterações
significativas na Proposta Pedagógica no que diz respeito a Conteúdos e Matriz
Curricular, ressalvando-se que os encaminhamentos metodológicos serão revistos na
perspectiva das necessidades dos sujeitos no processo de ensino aprendizagem.
As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná apresentam o mesmo material para
a 5ª série e para o 6º ano, assim como para as séries subsequentes, fato que não
implica alterações na Matriz Curricular e nos conteúdos.
Neste Estabelecimento de Ensino não percebemos necessidade de modificações
na manutenção de mobiliários, equipamentos e acervo bibliográfico bem como materiais
didáticos, espaços escolares e reorganização do tempo escolar, uma vez que as crianças
do 6º ano (2012) terão a mesma idade das crianças da 5ª série (2011).
49
Da Gestão Democrática e Participativa na Escola
A participação é do ponto de vista metodológico e para quem pensa em uma
sociedade com justiça social, uma das grandes questões do mundo atual: todos nela
falam, todos a desejam. Qualquer cidadão, incluindo políticos, religiosos, empresários,
filósofos, educadores vão estar de acordo sobre a necessidade da participação. Mais
significativo ainda é o fato de que essa concordância política, ideológica ou de crenças
das pessoas envolvidas.
Isso nos leva a dois pensamentos claros:
• Primeiro, é o momento da transformação da sociedade na direção de um
mundo menos individualista, mais grupal, com maior consciência pessoal e
coletiva;
• Segundo, o entendimento das pessoas sobre características, fundamentos e
consequências de participação não é o mesmo.
Num extremo, há os que pensam que as pessoas devem participar, que todos
estejam bem integrados, vestir a camisa, ter paciência, não ser violento. Essa concepção
tem, no fundo, a ideia de que o mundo, do ponto de vista social, está bem organizado,
basta que cada um faça a sua parte, colabore.
No outro extremo, há os que pensam que a sociedade está mal e injustamente
organizada, há falta de participação de muitos aos bens materiais, culturais, políticos
(casa,comida,salário, educação,saúde).
A primeira tendência é conservadora (manter como está) e a segunda pretende
romper estruturas, pensa na justiça social como a possibilidade de todos terem condições
mínimas de exercerem a qualidade de humanos.
De qualquer modo participa quem tem poder. Quando alguém participa, mas não
tem poder fica numa participação sem sentido, ou vai fazer as coisas porque as outras
pessoas querem. Assim existem três níveis básicos de participação:
1 – aquela que se dá num momento autoritário, estruturado verticalmente e que a
maioria colabora naquilo que a autoridade quer;
2 – aquela que se dá num momento paternalista, ainda estruturado verticalmente,
que os chefes permitem que as pessoas decidam alguns pontos, satisfazendo-as nessa
ânsia da participação, mas sem permitir-lhes o domínio dos recursos;
50
3- aquela que se dá num momento justo, que se dá, às vezes, num pequeno grupo
de pequeno porte.
Embora a escola não possa ser significativamente mais participativa que a
sociedade que a engendra, há contribuições importantes que pode dar ao
desenvolvimento o espírito participativo. Mesmo porque, a participação está na
consciência, na esperança e no desejo de muitas pessoas.
Para que a sociedade tenha direito à informação e à participação nas decisões, a
democratização, a gestão da educação, é necessário que essa sociedade participe do
processo de formulação e avaliação da política de educação através de mecanismos
institucionais. Essa presença da sociedade se materializa através da incorporação de
grupos sociais envolvidos direta ou indiretamente no processo educativo – pais, alunos,
professores, funcionários. Ou seja, tirar dos governantes e dos técnicos o monopólio do
determinismo dos rumos da educação. Para que isso aconteça é preciso que se criem
mecanismos institucionais que possam sobreviver às mudanças de direção e de governos
e devem alcançar todos os níveis do sistema de ensino. Os órgãos são os principais
instrumentos.
A participação popular melhora a qualidade das decisões tomadas na área de
educação e tem um papel fundamental na democratização da gestão escolar, embora
mesmo quando desejamos, muitas vezes não conseguimos transformar em ações
concretas as diretrizes de ampliação da participação popular na gestão educacional.
Dificuldades de caráter geral, como o descaso dos pais em tomar conhecimento
dos problemas da escola, conflito de interesses, manipulação de grupos, problemas de
comunicação somados às dificuldades de falta de conhecimento das discussões, falta de
capacitação técnica para participar dos processos de planejamento e de avaliação, são
entraves que dificultam a prática da gestão democrática.
O enfrentamento dos problemas tem gerado ganho na qualidade das decisões que
ajudam a refletir a pluralidade de interesses e visões que existem entre os diversos atores
envolvidos, diminuem os lobbies corporativistas e aumentam a capacidade de fiscalização
e de colaboração.
Administrar uma escola pública não se reduz a aplicar métodos e técnicas
importadas de empresas que nada tem a ver com os objetivos educacionais. A
51
especificidade que a diferencia da administração capitalista é a ausência do lucro,
mesmo em prejuízo da realização humana implícita no ato educativo.
Não há dúvida de que podemos pensar na escola como uma instituição que pode
contribuir para a transformação social. Mas uma coisa é falar de suas potencialidades, e
outra é falar daquilo que a escola poderia ser.
A Democratização só se efetiva na prática. Há casos de pessoas trabalhando na
escola, especialmente em postos de Direção que se dizem democratas apenas porque
são liberais com alunos, professores, funcionários ou pais, porque lhes dão abertura, ou “
permitem” que tomem parte desta ou daquela decisão. Democracia não se concede. Se
realiza. Não pode existir “ditador democrático”.
O Colégio Estadual Dois Vizinhos, atende as camadas populares, por isso possui
interesses sociais comuns, já que todos aqui são trabalhadores. É preciso que todos
percebam e tenham consciência de que a concretização dos seus interesses é do
interesse do grupo como um todo.
A Gestão Democrática supõe a ruptura com práticas autoritárias e hierárquicas. A
Eleição do Diretor embora não constitua a essência da Gestão Democrática é um sinal
histórico para distinguir o tempo autoritário do tempo democrático. Mas não é a eleição
eivada de populismo e de outros vícios que ajuda a democracia. Seu processo precisa ser
uma prática pedagógica de aprendizado da cidadania democrática. E tem que ser
acompanhada de práticas administrativas ao sistema articuladas com uma nova forma –
democrática – de decidir, de governar, de ordenar e de avaliar.
Quando falamos em Gestão Democrática entendemos que é a participação de toda
comunidade escolar nos diversos segmentos que compõem uma escola. O ideal seria
fazer da assembleia geral escolar o órgão máximo deliberativo; como isso é inviável
devido o grande número de pais, e há dificuldade em reuni-los, constituímos um Conselho
Escolar competente e viável, onde todos os segmentos estão presentes e operantes,
gerando e acumulando um novo poder: o poder escolar. Professores, funcionários,
alunos, pais e direção passam a ser um colegiado que se reúne ordinária e
frequentemente, propondo e avaliando o Projeto Político Pedagógico.
Esta forma de Gestão supõe a representação legítima dos segmentos. A Direção,
mesmo quando eleita, representa o Estado, os direitos de todos. Os pais representam
autenticamente os pais e mães, superando aquela ambiguidade das APMFs. Professores
52
e funcionários representam seus pares na escola, levando as posições de suas entidades
de trabalhadores da educação. Já os alunos, a sua representatividade deve somar à sua
condição de educandos, enturmados na base da escola, liderados por representantes de
classe, em Grêmios Estudantis livres e associações municipais e estaduais.
A Gestão Democrática do Colégio Estadual Dois Vizinhos se baliza pelo Projeto
Político Pedagógico. Diz respeito aos objetivos e metas da escola, referenciada à
sociedade do conhecimento, que unem o Conselho, que presidem as eleições, que
direcionam as decisões e práticas de seus participantes. Os professores e funcionários
precisam abdicar de seu corporativismo, os pais precisam superar seu comodismo, os
alunos precisam conquistar o exercício de sua liberdade de aprender ciência, de cultivar a
arte, de praticar a ética. Não abrir mão de seus dias e horas letivas, que lhes garantem o
direito de crescer no conhecimento.
O Conselho de Classe e a Gestão Escolar
O Conselho de Classe no CEDVZ é participativo e se dá em três etapas:
Pré-Conselho: o professor regente estimula os alunos a ressaltar,aspectos
positivos e os que precisam ser melhorados; a Equipe Pedagógica ou a Direção faz o
mesmo procedimento com os pais; todas as observações são registradas para posterior
análise e reflexão;
Após as colocações dos pais e alunos, o professor conselheiro ou o líder da
classe, faz a leitura do perfil da turma, sugerindo melhorias e ressaltando seus aspectos
positivos.
Estas reuniões são previstas no calendário do ano letivo da escola, para
facilitar o processo de organização dos encontros, bem como a preparação dos
professores
53
O Conselho de Classe desempenha um papel no sentido de mobilizar a avaliação
escolar na perspectiva de desenvolver um maior conhecimento sobre o aluno, a
aprendizagem, o ensino e a escola. O gestor da unidade, juntamente com a Equipe
Pedagógica, de posse dos dados levantados, direciona projetos de atuação pedagógica
e administrativa para intervir sobre as situações apresentadas.
No Conselho de Classe, discutem-se concepções de ensino e avaliação escolar,
presentes nas práticas dos professores. Nesse sentido a importância do Conselho de
Classe Participativo e dos processos avaliativos da escola derivam de sua capacidade de
alterar as relações da instituição, alterando-se, assim, a sua própria identidade. O que se
busca, quando se discute a transformação da escola é um novo posicionamento diante do
conhecimento produzido no decorrer dos processos de avaliação, de modo a levar o
aluno aprender mais, e o professor a ensinar mais. Busca-se um novo espaço escolar
com novas relações estabelecidas entre os gestores, educadores, educandos, e a
comunidade em geral, que favoreçam um processo de formação, construído com base na
interação e no diálogo entre os sujeitos e o processo de conhecimento escolar.
Hora Atividade
O sistema de ensino oferece ao docente a hora atividade, conforme a lei estadual
No 13.807 de 30/09/2002. Dentro da organização do horário escolar dessa Instituição de
ensino, o professor a realiza individualmente ou em grupos divididos por áreas, quando
possível.
Sempre que necessário, com o auxilio da Equipe Pedagógica da escola, essa
instituição de Ensino realiza um contato mais direto com o professor, percebendo suas
dificuldades, anseios e avanços no processo pedagógico.
Na hora atividade, o professor tem à sua disposição, um acervo bibliográfico,
computador, impressora, vídeo-cassete, DVDs, e laboratório de informática com acesso a
internet, os quais proporcionam um maior campo de pesquisa e acesso á informação, que
oportuniza um planejamento e aprofundamento nos conteúdos, visando um melhor
preparo e qualidade no processo de ensino-aprendizagem.
.
54
FÓRUM PERMANENTE DE AVALIAÇÃO E PLANEJAMENTO
Devido a uma série de reformas e mudanças que ocorreram na educação nos
últimos anos, os sistemas de ensino têm possibilitado maior flexibilização e autonomia
nas escolas.
Diante disso, está sendo implantado, neste Colégio, o Fórum Permanente de
Avaliação e Planejamento, no qual se discute qual o papel desempenhado pela equipe
gestora (direção, professores, equipe pedagógica, agentes educacionais, pais e
comunidade), da escola na construção dos parâmetros de avaliação, no estabelecimento
de uma nova perspectiva para o processo de aprendizagem e de avaliação educacional,
levando as análises e reflexões a comunidade escolar de maneira participativa e
democrática.
A função instrumentalizante da educação nunca foi tão ratificada quanto nos
tempos atuais. Nunca estivemos tão diante da necessidade de criar, construir, mudar e
redimensionar, quanto nos encontramos na era atual.
As características da educação moderna, coerentes com a formação de um
cidadão futuro instrumentalizado para protagonizar o seu tempo, podem se resumir nas
seguintes: autonomia, seletividade, planejamento, flexibilidade, interação social,
coletividade e criatividade. O Colégio Estadual de Dois Vizinhos acredita que estas são as
condições básicas para se atingir o sucesso nesse novo século.
A necessidade de um instrumento de avaliação transformador, o qual surge como
fruto do diálogo, do debate, do ouvir, da sociedade e da comunidade escolar no sentido
de qualificar a formação humana, resgatar a aprendizagem dos estudantes, melhorar a
qualidade do ensino e aprendizagem, e sua relações pedagógicas e sociais.
Queremos uma avaliação que esteja a serviço da qualidade educacional, a qual
deve entre outros, cumprir seu papel de promoção do ensino, o qual irá guiar os passos
dos educadores, ela precisa possuir o caráter de contribuição para a formação do
profissional da educação e dos educandos e, não apenas classificar e quantificar
desempenhos e aprendizagens.
Neste ano de 2011 os alunos fizeram a Avaliação dos professores . Na
oportunidade foram apresentados critérios como: planejamento e metodologia das aulas,
domínio dos conhecimentos, assiduidade e pontualidade e clareza na apresentação dos
55
conteúdos. Após a tabulação dos dados, cada professor pôde ver os quesitos que
precisam ser melhorados.
Da escola e sua relação com o meio ambiente - Agenda 21
A escola é um lugar de possibilidades. É o local próprio para se desenvolver
projetos de mudanças sociais, culturais e estruturais. Ela é e deve ser cada vez mais um
lugar de valorização das necessidades de diferentes contextos comunitários.
O ensino formal e a consciência pública devem ser reconhecidos como um
processo pelo qual os seres humanos e as sociedades podem desenvolver plenamente
suas potencialidades. O ensino tem fundamental importância na promoção do
desenvolvimento sustentável e para aumentar a capacidade do povo para abordar
questões do meio ambiente e desenvolvimento. Ainda que o ensino básico sirva de
fundamento para o ensino em matéria de ambiente e desenvolvimento, este último deve
ser incorporado como parte essencial do aprendizado. O ensino é também fundamental
para conferir consciência ambiental e ética, valores e atitudes, técnicas e comportamentos
que favoreçam a participação pública.
A escola tem influência efetiva não apenas dentro de seus muros, nos momentos
formais de formação a seus alunos, mas também em toda a comunidade formada pelos
respectivos familiares dos alunos e moradores de seu entorno. Tudo o que diz respeito à
qualidade de vida dos nossos alunos e do meio em que vivem, deve ser objeto de debate
dentro da escola, para que juntos, escola e comunidade escolar busque solucioná-los a
partir das discussões que favoreçam a difusão de saberes. Os jovens, além de sua
contribuição intelectual, tem uma capacidade de mobilização e apoio que trazem
perspectivas que devem ser levadas em consideração e aproveitadas para desenvolver
um trabalho de conscientização e comprometimento para com o meio ambiente.
Ninguém pode fugir à responsabilidade, no campo da poluição, como em qualquer
outro de interesse social. A Terra é de todos, e todos devemos lutar pela sua defesa, em
condições habitáveis.
No Colégio Estadual Dois Vizinhos todos são responsáveis pela preservação do
ambiente escolar mas principalmente, os professores, e funcionários, à quem está
entregue a formação das novas gerações. A eles não cabe apenas o trabalho de
56
conscientização em sala de aula. Sendo a educação um processo social amplo, cabe a
eles participar da vida social, servindo de exemplo aos alunos. Um dos aspectos
importantes dessa participação deve ter por objetivo a defesa da natureza, a preservação
ao equilíbrio ecológico.
A organização popular é uma condição indispensável á proteção da natureza. Cabe
ao povo, àqueles que sofrem as consequências da poluição em seus pulmões, em sua
pele, em seus filhos, organizar-se e cobrar medidas que respeitem a população e sua
saúde. O direito á vida é fundamental. Se a população não se organizar, se não exige o
respeito a seus direitos mínimos, a situação só pode piorar.
A organização popular pode fazer-se em diversos níveis: no prédio, na rua, no
bairro, na cidade, etc...
No Colégio Estadual Dois Vizinhos serão priorizados projetos que contemplem a
preservação da vida no planeta. Os professores, junto com os alunos, conversarão, se
reunirão e discutirão seus problemas e proporão soluções. Cada um em particular será
chamado a assumir suas responsabilidades sociais, entre as quais está o combate à
poluição, um problema cada dia mais grave.
De conversas, reuniões, discussões, podem sair soluções: reivindicações podem
ser feitas a autoridades e empresários através de cartas, manifestos, abaixo-assinados,
comissões de representantes, etc...
Na base dos problemas ambientais está determinada uma concepção do mundo,
da vida e do homem. O que polui não concebe o mundo como sendo uma realidade
global, onde os prejuízos a um aparte acarretam prejuízos ao todo. Não concebe a vida
como sendo um direito de todos, a ser imperiosamente respeitado; não concebe o ser
humano como sendo valor supremo, ao qual tudo o mais – dinheiro, lucro, produção, etc.
– deve estar submetido.
É por isso que afirmamos que o fundamental é a educação. Por ela desenvolve-se
uma concepção global e integrada de mundo, de vida e de humanidade. Daí a
responsabilidade dos professores e dos funcionários do Colégio Estadual Dois Vizinhos:
valorizar o conjunto, o interesse coletivo, de todos, e não a parte, o interesse particular.
57
Da Educação Fiscal
A Educação Fiscal deve ser compreendida como a abordagem didático-pedagógica
capaz de interpretar as vertentes financeiras da arrecadação e dos gastos públicos de
modo a estimular o contribuinte a garantir a arrecadação e o acompanhamento de
aplicação dos recursos arrecadados em benefício da sociedade com justiça,
transparência, honestidade e eficiência, minimizando o conflito com relação entre o
cidadão contribuinte e o estado arrecadador.
A Educação Fiscal tratará da compreensão do que é o Estado, suas origens, seus
propósitos com o controle da sociedade sobre os gastos públicos, uma vez que a
participação social só ocorre no ambiente democrático.
Dos Objetivos do Programa Nacional de Educação Fiscal:
Estimular a mudança de valores, crenças e culturas do indivíduo, na perspectiva da
formação de um ser humano integral, como meio de possibilitar o pleno exercício da
cidadania e propiciar a transformação social;
Contribuir permanentemente para a formação do indivíduo, visando ao
desenvolvimento da conscientização sobre seus direitos e deveres no tocante ao valor
social do tributo e ao controle social do Estado Democrático;
Sensibilizar o cidadão para a função socioeconômica do tributo;
Levar aos cidadãos conhecimentos sobre a administração pública;
Incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos;
Criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.
Da Educação Inclusiva
O paradigma da inclusão se caracterizará por uma orientação que diz respeito à
melhoria da qualidade das respostas educativas da nossa instituição e implicará no
reconhecimento e atendimento às diferenças de qualquer aluno que, por causas
endógenas ou exógenas, temporárias ou permanentes, apresente dificuldades de
aprendizagem.
Os alunos portadores de necessidades especiais ou distúrbios de aprendizagem
serão atendidos nas classes comuns, tanto do Ensino Fundamental quanto do Ensino
58
Médio. Sua escolarização será desenvolvida naturalmente e terá como alvo principal a
ser atingido, a integração da criança e/ou adolescente com a comunidade.
A escola adotará algumas medidas para atender esses alunos:
• parceria com os pais das crianças que apresentem dificuldades físicas ou de
aprendizagem para que nos auxiliem a levantar informações a respeito das
dificuldades das crianças;
• adequações físicas que se fizerem necessárias para a melhor adaptação
das crianças no ambiente escolar;
• utilização de formas de avaliação que contemplem as reais necessidades
dos alunos;
• incentivo à capacitação dos profissionais que atendem as crianças;
• perceber que as crianças podem aprender juntas, embora tendo objetivos e
processos diferentes;
• atendimento na sala de recursos e multifuncional, à alunos com dificuldades
e/ou distúrbios de aprendizagem, conforme previsto em lei, inclusive com
adaptações curriculares para atender as particularidades.
O primeiro passo foi dado: a escola abriu suas portas à inclusão, os professores e
funcionários são receptivos, e os alunos já estão dentro da escola. A inserção se efetiva
na medida em que “juntos aprendemos uns com os outros”.
Para os deficientes físicos ainda há falta de estrutura física como banheiros e
carteiras especiais; para os professores há a necessidade de constante busca de
conhecimentos sobre de cada situação , capacitação para com as especificidades,
intensificar o atendimento às salas de recurso, deve ter um “olhar” atencioso para aqueles
alunos que não acompanham ou que têm maior dificuldades e também há necessidade
de material adequado.
Aos poucos a escola adapta sua estrutura física ás necessidades especiais,
recursos estão sendo destinados para estimular a aprendizagem, os professores estão
se aprimorando para uma comunicação mais eficiente entre eles e os alunos, os pais
estão colaborando e comparecem quando são chamados; novos espaços precisam ser
descobertos para que possamos nos encontrar e discutir os problemas pertinentes ao
trabalho com os alunos que apresentem necessidades educacionais especiais.
59
A escolarização dos alunos que apresentem algum déficit deve ser observada com
bastante cuidado, a escola não pode privar o aluno de qualquer conhecimento, pois todos
possuem o direito de receber a mesma orientação. Por outro lado, é necessário que haja
adaptações curriculares por parte do professor e de toda a comunidade escolar, os alunos
com dificuldades especiais apresentam formas e ritmo diferenciados para a
aprendizagem, da mesma maneira a avaliação também deve levar em conta este grau de
dificuldade.
A escola e os docentes já observam o que é essencial e relevante para estes
alunos, objetivando sua integração e o seu bem estar na sociedade.
Enfrentamento à Violência na escola
A compreensão da violência escolar passa pela definição de violência, que,
segundo Schmidt (2002 ) pode ser abordada em três dimensões: a violência em torno da
escola, a violência dentro da escola e a violência da escola.
Segundo Bourdieu et Passeron a violência “da” escola é primeiramente a violência
simbólica, invisível, que mascara uma dominação social e naturaliza o viés da suposta
insuficiência do mau aluno, que é um desajustado à ordem dominante, reforçada pela
escola.
Essa violência é caracterizada pelas formas de organização do tempo e espaço
escolar, da relação professor e aluno, dos métodos escolares e pela homogeneização que
é exercida por meio de mecanismos disciplinares, que uniformizam os movimentos, os
gestos e atitudes dos alunos, dos professores.
Inicialmente é preciso ter claro o que é violência, quais as práticas detectadas
como violentas, contra quem e entre quem acontecem, quando e em que lugares.
O CEDV procura estabelecer relações de cordialidade e de respeito humano. Há
raros casos de alunos que apresentam atitudes de violência contra colegas e contra si
próprios. Na maioria das vezes os casos são de indisciplina, que acaba por prejudicar o
andamento das atividades, a aprendizagem e o bom relacionamento entre os jovens e os
docentes.
Para melhorar o relacionamento entre alunos x alunos e alunos x professores,
procuramos desmistificar o conceito de que a adolescência associada à pobreza gera
violência. Nem todos os jovens são violentos e há mais casos de violência entre jovens de
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classe média e alta do que nas classes mais pobres. Quando há casos de transgressão
de normas, optamos pela orientação firme e segura de que todos têm direitos e deveres e
ninguém pode ser tratado de forma diferente. Para ser respeitado temos primeiro que
respeitar.
Avaliação
A avaliação necessita ser não apenas uma medida conceitual, não só uma nota.
Precisamos avaliar não para entrar na questão do erro em si, mas do acerto. Elevar o
conhecimento científico, ampliar a visão de mundo.
É necessário avaliar para a progressão do aluno e professor, para o seu
crescimento intelectual, de forma humana, crítica, reconhecendo a avaliação como
reflexão. É um meio de se auto-avaliar, observar se sua maneira de trabalhar está dando
certo, se os objetivos propostos no seu planejamento foram alcançados. Parte do
princípio de avaliar o aluno, portanto, se ele vai mal, essa deve desestabilizar as certezas
do professor. Ela deve dar-se num processo contínuo e respeitoso, pois a aprendizagem
está ligada à cultura.
Nesse sentido, avaliar pressupõe a redefinição das práticas pedagógicas, a
renovação das formas de trabalho, a fim de facilitar a aprendizagem e não para causar
pânico, angústia, repressão ou medo. Para os professores identificar quais os pontos que
exigem maior empenho, trabalho, não avaliar apenas para o sistema, como uma
exigência governamental. O professor deve valorizar as respostas reflexivas, a
capacidade de raciocínio sobre a de memorização. O ato avaliativo deve levar a uma
análise do desempenho do aluno, do professor e da situação de ensino que se
desenvolve no contexto escolar. Não pode ser reduzido a um ato de mensuração para
apontar o certo e o errado, mas, sobretudo, para a retomada de ações que levem aos
objetivos propostos. Quando o professor avalia o aluno, automaticamente está avaliando
o seu trabalho, porque os resultados mostram se foi claro em suas práticas, se foi
objetivo, seguro. A avaliação pode ser feita através de provas individuais, trabalhos em
grupo, seminários, exposições, exercícios em casa ou em classe, pesquisa, observação
de cadernos, questionamentos, produções.
61
Pode-se avaliar utilizando a prova, mas que seja utilizado também o diálogo, a
reflexão. Também pode-se avaliar de forma descritiva, diária, através da participação nas
discussões, do envolvimento que o aluno apresenta com aquele conteúdo, do grau de
crescimento que o aluno apresenta, etc,. A avaliação pode ter vários enfoques:
pedagógico (produzir e aferir o conhecimento) psicológico (valorizar, ser valorizado,
valorizar-se) estratégico (analisar resultados, administrar o erro, (re)planejar); ou político:
quem avalia quem?.
É preciso fazer com que a avaliação oportunize a auto-avaliação do aluno.
É preciso que se estabeleçam critérios de avaliação, que podem ser definidos com
a turma. Os alunos precisam estar conscientes destes.
Para desenvolver essa prática avaliativa é necessário que o professor desenvolva
atividades individuais e em grupos. Realizar atividades orais, escritas e lúdicas a cada
conteúdo trabalhado pois não devemos nos esquecer dos meios que o ser humano tem
para aprender: visual, oral e sinestésico (toque, pegar, mexer).
Ensino Médio Inovador
O estabelecimento implantou em 2011 o Programa Ensino Médio Inovador, que
surgiu como uma forma da escola criar iniciativas inovadoras para o ensino médio. A
intenção é estimular os envolvidos em educação a pensar novas soluções que
diversifiquem os Currículos com atividades integradoras, a partir dos eixos trabalho,
ciência, tecnologia e cultura, para melhorar a qualidade da educação oferecida nessa fase
de ensino e torná-la mais atraente.
A proposta partiu do MEC e apresenta cinco questões centrais a serem discutidas
no currículo do ensino médio. A primeira é estudar a mudança da carga horária mínima do
ensino médio para 3 mil horas – um aumento de 200 horas a cada ano. Outra mudança é
oferecer ao aluno a possibilidade de escolher 20% de sua carga horária e grade
curricular, dentro das atividades oferecidas pela escola. Faz parte ainda da proposta
associar teoria e prática, com grande ênfase a atividades práticas e experimentais, como
aulas práticas, laboratórios e oficinas, em todos os campos do saber; valorizar a leitura
em todas as áreas do conhecimento; e garantir formação cultural ao aluno.
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O Projeto teve início em setembro de 2011 na Área de Cultura e Arte - Teatro:
Artes Visuais, Música e Dança - no Turno Vespertino com 4h semanais de aula em
horário pré-estabelecido pela escola.
Os objetivos do programa são: desenvolver a capacidade criativa dos alunos e
produzir conhecimentos artísticos nas diversas áreas e os encaminhamentos
metodológicos serão através de aulas expositivas, práticas com exibição e análise de
documentos e trechos de filmes, exercícios de criação e análise de desenhos e roteiros,
apresentação de técnicas de interpretação, concentração, uso da voz e articulação verbal.
Para acompanhamento do Programa foi estabelecido pela escola como
indicadores de avaliação, metas de melhoria de seus índices escolares, cuja meta é
superar os dados apresentados no último IDEB.
Os resultados para a escola é a inovação Curricular, incentivo à arte, valorização
das capacidades interpretativas e artísticas, apresentação de talentos artísticos à
comunidade escolar, criação de espaços de apresentações artísticas como Festivais e
Feiras, mobilização e formação dos professores das demais áreas do conhecimento com
objetivo de facilitar o ensino através de metodologias que valorizem a arte e o
desenvolvimento do pensamento estético, difundir ideias e destinar recursos pedagógicos
e materiais para o desenvolvimento de capacidades artísticas, oportunizar alunos a
participar de eventos.
A Comunidade espera conhecer através de peças teatrais as formas de pensar da
sociedade, contemplar trabalhos artísticos desenvolvidos pelos alunos, cumprimento dos
compromissos sociais que as artes têm no sentido de explicitar os anseios, as
contradições, as situações e as problemáticas da vida real, cumprir seu papel de
instrumento de denúncia, de intervenção e de resistência social, enfim, a arte como
instigadora das confluências e divergências de realidades culturais e transculturalidade e
a Arte como participação.
Com o Programa esperamos que o aluno associe teoria e prática, com grande ênfase
a atividades práticas e experimentais, como aulas práticas, laboratórios e oficinas, em
todos os campos do saber;valorize a leitura em todas as áreas do conhecimento;aprecie e
participe da formação cultural; seja comprometido com as atividades ofertadas; contribua
com os colegas e o professor nas aulas; seja assíduo e pontual e divulgue o trabalho
desenvolvido.
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Programa Sala de apoio à aprendizagem ]
O CEDV é participante do Programa Sala de Apoio à Aprendizagem, que tem o
objetivo de atender às dificuldades de aprendizagem de crianças que frequentam a 5ª
Série/6º Ano e 8ª Série/9º ano do Ensino Fundamental. Esses alunos participam de
aulas de Língua Portuguesa e Matemática no contraturno, participando de atividades que
visam à superação das dificuldades referentes aos conteúdos dessas disciplinas.
A Secretaria de Estado da Educação promove ações e eventos de formação
continuada para professores, diretores e equipe pedagógica, buscando esclarecer os
objetivos das Salas de Apoio e promovendo discussões sobre metodologias. Além disso,
o Programa é permanentemente monitorado pela Equipe Pedagógica e pela Direção do
Estabelecimento de Ensino, procurando sempre seu melhor funcionamento e eficiência.
Projeto Segundo Tempo
O CEDV passa a ofertar , a partir do mês agosto de 2011 o Projeto Segundo
Tempo na Área de Educação Física. O Projeto atenderá alunos do Ensino Fundamental e
Médio nas segunda, terça, quarta e quinta-feira no horário das 17h30 ás 21h30, nas
modalidades de futsal e voleibol.
Objetivo do projeto é promover o desenvolvimento integral de crianças,
adolescentes e jovens como fator de formação da cidadania e melhoria da qualidade de
vida.
Os encaminhamento metodológico serão textos reflexivos sobre influência do
esporte nos aspectos sociais e educacionais, políticos e econômicos, atividades pré-
desportivas com fundamentos e regras adaptadas, regras oficiais e sistemas táticos,
discutir e analisar os esportes nos seus diferentes aspectos, enquanto meio de lazer, sua
função social e relação com a ciência.
A avaliação será realizada uma avaliação teorica-prática, através da vivência
prática dos fundamentos e regras dos esportes praticados e provas relacionadas aos
esportes ministrados.
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O Projeto pretende melhorar a integração social dos alunos através da prática do
esporte, ampliar seus conhecimentos, melhoria da capacidade e habilidades motoras e de
suas condicões de saúde.
Ações para melhor avaliar
Para mudar a avaliação é mister mudar a prática pedagógica na sala de aula. Não
se pode conceber uma avaliação reflexiva, crítica, emancipatória, num processo de
ensino passivo, repetitivo e alienante.
No Colégio Estadual Dois Vizinhos, nos propomos realizar algumas ações para
melhorar nossa prática avaliativa.
• Desenvolver conteúdos significativos com metodologias participativas;
• Abolir a passividade, a repetição, a aplicação mecânica com passos que seguem
modelos apresentados;
• Transpor a avaliação “fim” de processo para “meio” de processo de aprendizagem;
• Mudar a finalidade da avaliação significa colocá-la no seu lugar: avaliação como
processo, no sentido de desenvolvimento histórico do sujeito e do social;
• Procurar avaliar na hora que precisa ser avaliado, para ajudar o aluno construir seu
conhecimento e não para aplicar uma nota no final do bimestre;
• Não fazer uso autoritário da avaliação, ao contrário, mostrar ao aluno através de
práticas concretas que se ele aprender, a nota virá como consequência;
• Não fazer semana de prova, nem mudar o ritual (mudar de sala, aluno de lugar,
etc.);
• Diversificar as formas de avaliação; atividades escritas, dramatização, oral,
pesquisa, etc.;
• Colocar questões a mais dando ao aluno opção de escolha;
• Dimensionar adequadamente o tempo de resolução da avaliação;
• Proporcionar avaliação em dupla e em grupo;
• Não incentivar a competição entre alunos, não comparar alunos entre si,
• Com relação ao conteúdo, não fazer a avaliação de cunho decorativo;
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• Dar maior peso às questões dissertativas pois estas exigem maior empenho e
domínio de conhecimento;
• Os exercícios das avaliações devem ter o mesmo grau de complexidade das
atividades desenvolvidas nas aulas;
• Não usar pegadinhas, a dificuldade da avaliação deve estar centrada na solução
do problema e não no enunciado prolixo;
• Realização de auto avaliação que será feita sem vínculo com a nota;
• Tratar o erro como uma hipótese de construção do conhecimento ou uma tentativa
de acerto que deve ser trabalhado como uma oportunidade de interação entre
educando e professor.
• Entender o educando no seu devir ao invés de julgá-lo como “ele é assim”.
• Utilizar o Conselho de Classe como um momento de busca de alternativas para a
superação de problemas pedagógicos, comunitários e administrativos da escola.
• Providenciar atividades diversificadas para os alunos que requerem recuperação
porque rodos chegam lá só que por caminhos e com ritmos diferentes.
A recuperação de conteúdo será feita de forma paralela, com aulas expositivas
e/ou atividades extra classe, devendo o professor fazer o registro em seu livro de
chamada, e arquivando todas as atividades realizadas. A recuperação não deverá visar
unicamente a nota do aluno, mas principalmente a retomada dos conteúdos,
permanecendo sempre a maior nota atingida pelo mesmo.
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
CURSOS:
TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO – INTEGRADO E SUBSEQUENTE
TÉCNICO EM RECURSOS HUMANOS - SUBSEQUENTE
FILOSOFIA
Os Cursos Técnico em Administração e Técnico em Recursos Humanos visam
garantir aos estudantes uma sólida formação técnico-profissional aliada a uma
indispensável formação humanística. Entende-se que não basta assegurar eficiente
66
desempenho profissional, mas também credenciar cada aluno a enfrentar os desafios que
a sociedade moderna, extremamente dinâmica e mutante, apresenta a cada momento.
MISSÃO
Preparar nosso aluno para o mundo do trabalho assentado nos pressupostos éticos
e morais. Estimular a busca de novos conhecimentos para fazer frente aos desafios
emergentes.
VISÃO
Ser referência sólida na sociedade. Os cursos visam o aperfeiçoamento na
concepção de uma formação técnica que articule trabalho, cultura, ciência e tecnologia
como princípios que sintetizem todo o processo formativo.
VALORES
− Comprometimento com o ensino e aprendizagem.
− Sintonia com a realidade e o dinamismo das empresas e mercado
− Qualidade em todas as nossas ações.
− Seriedade e ética em todas as nossas relações.
OBJETIVO GERAL
Organizar experiências pedagógicas que levem à formação de sujeitos críticos e
conscientes, capazes de intervir de maneira responsável na sociedade em que vivem,
formando profissionais reflexivos, éticos, capazes de participar e promover
transformação no seu campo de trabalho, na sua comunidade e na sociedade na qual
está inserido.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Oferecer um processo formativo que assegure a integração entre a formação
67
geral e a de caráter profissional de forma a permitir tanto a continuidade nos
estudos como a inserção no mundo do trabalho;
-Articular conhecimentos científicos e tecnológicos das áreas naturais e sociais
estabelecendo uma abordagem integrada das experiências educativas;
-Destacar em todo o processo educativo a importância da preservação dos
recursos e do equilíbrio ambiental;
PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO DO CURSO
Dominar conteúdos e processos relevantes do conhecimento científico,
tecnológico, social e cultural utilizando suas diferentes linguagens, o que lhe confere
autonomia intelectual e moral para acompanhar as mudanças, de forma a intervir no
mundo do trabalho, orientado por valores éticos que dão suporte a convivência
democrática.
Ter competência profissional para auxiliar em ações de planejamento, organização,
direção, controle e tomada de decisão, em todas as áreas organizacão.
DA FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
Os professores e funcionários buscam formação constante através de
cursos ofertados pela SEED, pelas IES, Grupos de Estudos, PDE, Grupos de Trabalho
em Rede, entre outros. Salientamos que todos os Professores lotados neste
Estabelecimento de Ensino são Especialistas e todos os Funcionários Agentes II possuem
formação em nível superior. Os Funcionários Agentes I possuem Ensino Médio completo
e alguns estão cursando. O CEDV incentiva seus profissionais à participação de eventos
e cursos de formação.
Projeto: Trabalhando os direitos e deveres com os alunos
Justificativa: Pretendemos com esse Projeto informar aos alunos que a escola tem
um Regimento Escolar, o qual segue leis maiores: LDB, ECA e Constituição Federal, nele
estão dispostos todas as regras do Colégio. Com este, é possível esclarecer aos alunos
seus direitos na escola, seus deveres e o que lhes é proibido e as medidas que serão
68
tomadas nos casos em que as normas não forem respeitadas. Faz-se necessário
despertar no aluno o interesse e a motivação pelos estudos, a fim de modificar as
estatísticas do colégio que revelam alto número de aprovações por conselho de classe,
incentivando-os a comprometerem-se com os estudos.
Data provável: 2ª quinzena de Março de cada ano
Responsáveis: Equipe Pedagógica
Séries envolvidas: Todas as turmas
Projeto: Hinos
Justificativa: Intenciona-se com este projeto conscientizar o educando quanto à
valorização da cidadania, conhecendo as letras dos hinos nacionais (brasileiro,
paranaense e duovizinhense), trabalhando sua importância e resgatando o orgulho pelo
seu país e valorização de sua história, seu sentido, sua origem e destinação.
Realização: A cada 15 dias, durante todo o ano letivo, intercalando os Hinos.
Séries envolvidas: Todas as turmas
Projeto: Festival de Esportes
Justificativa: Destina-se a estimular entre os alunos a prática de esportes, os
valores que implicitamente estão envoltos neste tipo de atividades (ética, moral, respeito,
tolerância...) hábitos de saúde (alimentação adequada, condicionamento físico, o não uso
de entorpecentes...) e desenvolvimento das mais diversas formas que o esporte pode
proporcionar. Com isso, este festival conta com: voleibol, futsal, e handebol (desenvolvido
um destes por bimestre), xadrez e festival de karaokê.
Data provável: Ao término de cada bimestre
Organização: Direção, equipe pedagógica e professores de educação física
Envolvidos: Todos os professores que tiverem aula na data marcada para
acontecer o festival
Séries envolvidas: Todas as turmas
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Projeto de Leitura
“É difícil conceber uma escola onde o ato de ler não esteja presente, isto porque todo o
patrimônio histórico, cultural e cientifico da humanidade se encontram fixados em
diferentes tipos de publicações”.
(autor desconhecido)
Justificativa : O Projeto justifica-se pela necessidade de inserir adolescentes e
jovens no mundo da leitura. Acreditamos ser um dos mecanismos, senão o principal
através do qual o aluno elabore uma visão de mundo mais ampla, e possa inserir-se no
mundo da imaginação e da cultura.
Objetivos: Criar o hábito da leitura a fim de buscar suas próprias fontes de
informação, bem como melhorar e ampliar sua capacidade de comunicação.
Data: Semanalmente, alternando dias da semana e as aulas.
Organização e participação: Equipe Pedagógica, direção, alunos professores e
funcionários.
FEIRA DO CONHECIMENTO
Tem como objetivo apresentar à comunidade escolar e a comunidade em geral os
projetos e trabalhos realizados durante o ano letivo.
Data: 4º bimestre com data específica no calendário.
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BIBLIOGRAFIA
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500 anos: que Brasil queremos? Petrópolis, RJ:Vozes,2000.p.57-74.
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DEMO, P.Ser Professor é cuidar que o aluno aprenda.Porto Alegre; redação, 2004.
Educação Ambiental: Repensando o Espaço da Cidadania/CARLOS FREDERICO
FEIGES, Maria Madselva F. , A construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico
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Papirus, 2001.
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planejamento participativo: na educação e em outras instituições, grupos e
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PARO, V.H. Gestão Democrática da Escola Pública. 3ª edição, São Paulo, Ática.
ROSSA, Leandro, Projeto Político-Pedagógico; Uma Construção Coletiva, Inclusiva e
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SACRISTÁN, J. Gimeno, As condições da aprendizagem motivada pelo currículo.
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Associados, l997.
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SP,
VASCONCELLOS, Celso dos S. Avaliação: Concepção Dialética-Libertadora do
Processo de Avaliação Escolar. 15ª edição: 2005.
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Dois Vizinhos, PR, 31 de agosto de 2011.
Nilson José Silvestre
Diretor