projeto polÍtico pedagÓgico/2017 - notícias · e logo tornou-se a rua central de uma famosa...

452
COLÉGIO ESTADUAL “CYRIACO RUSSO” – ENSINO MÉDIO E NORMAL PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 BANDEIRANTES – PARANÁ

Upload: dinhnhu

Post on 08-Nov-2018

221 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

COLÉGIO ESTADUAL “CYRIACO RUSSO” – ENSINO MÉDIO E

NORMAL

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017

BANDEIRANTES – PARANÁ

Page 2: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

O CAMINHO DO BEZERRO

Sam Walter Foss

Adaptado por Hamilton Bueno

Um dia, através da floresta virgem, um bezerro voltou para o seu curral distante, a exemplo dos bons bezerros. No seu trajeto, fez uma picada tortuosa, tal como todos os bezerros.

Passaram-se trezentos anos e esse bezerro já não mais existe. Porém, deixou atrás de si o seu rastro. Sobre o seu rastro, um carneiro-guia passou seguido por todo o rebanho. E, desde esse dia, sobre montes e planícies, foi se abrindo um caminho através da velha floresta.

Muitos homens seguiram pelo mesmo caminho, indignados pelo fato de ser tão sinuoso. O caminho tornou-se uma alameda, que se encurva, dobra e redobra. A tortuosa alameda transformou-se numa estrada, onde pobres cavalos, arqueados sob pesadas cargas, troteavam penando ao sol ardente e andavam três milhas para avançar uma. E, assim, durante três séculos, todos seguiram as pegadas do bezerro.

Os anos passaram rapidamente e a estrada converteu-se numa viela de aldeia. E, sem que os homens percebessem, da viela foi feita uma movimentada via pública de cidade. E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole.

Durante todo esse tempo, os seres humanos se submeteram às pegadas do bezerro. Por esta corcoveada trajetória desenvolveu-se o tráfego de um continente. Centenas de milhares de homens se orientam por um bezerro morto há três séculos. E ainda seguem seu tortuoso trajeto, e em cada dia perdem uma centena de anos, tal a reverência que tributam a um precedente estabelecido.

Uma profunda reflexão esta fábula poderia ensinar, pois os homens se inclinam a seguir cegamente as pegadas do bezerro imaginado, trabalhando de sol a sol no afã de imitar o que os outros fizeram. Só pisam pistas já batidas, oscilando para dentro e para fora, para diante e para trás. Fazem do caminho do bezerro uma rota sagrada, pela qual se movimentam durante toda a vida. E como riem os antigos deuses da floresta, que testemunharam o andar incerto do bezerro primitivo!

Ah! Quantas coisas esta história poderia ensinar.

Page 3: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

Acrescente-se à educação uma nova função, à da topografia, pois ela carece traçar novos caminhos que conduzam, concomitantemente, aos vales e às montanhas, às planícies e aos planaltos, ao passado e ao futuro, ao intelecto e ao espírito dos seres que conduzirão a História sendo, ao mesmo tempo, por ela conduzidos.

L.ucinéia de S.G. Moreira

Page 4: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

2. SUMÁRIO

3. APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................................. 9

4. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 10

5. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ............................................................................................................ 12

5.1 Histórico Da Instituição ............................................................................................................................... 13

5.2 Experiências Acumuladas ............................................................................................................................ 17

6. MARCO SITUACIONAL ....................................................................................................................................... 18

7. OFERTA DA INSTITUIÇÃO .......................................................................................................................... 19

7.1 IDENTIFICAÇÃO DOS CURSOS OFERTADOS ................................................................................................... 19

7.2 RESOLUÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO E RECONHECIMENTO DOS CURSOS ......................................................................................................................................................... 19

7.3 ENSINO MÉDIO: ANUAL/ PROJETO ENSINO MÉDIO INOVADOR – PROEMI..................................................... 19

7.4 ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA ............................................................................................................ 20

7.5 AMPLIAÇÃO DE JORNADA ............................................................................................................. 20

7.5.1 Atividade complementar permanente (português/ matemática/iniciação científica/dança/xadrez) ...................................................................................................................................................................... 20

7.5.2 Aulas Especializadas De Treinamento Esportivo – Futsal ............................................................ 21

Proposta Das Atividades Complementares ...................................................................................................... 21

Aula Especializada De Treinamento Esportivo - Futsal ...................................................................................... 21

7.5.3 MC Permanente Esporte E Lazer - Esportes ............................................................................................... 23

7.5.4 MC Permanente Cultura e Arte - Dança ..................................................................................................... 24

7.5.5 MC Permanente Aprofundamento Da Aprendizagem - Matemática ................................................. 26

7.5.6 MC Permanente Aprofundamento Da Aprendizagem – Língua Portuguesa ................................................ 30

7.5.7 MC permanente experimentação e iniciação científica – projetos de iniciação científica ............................ 32

7.5.8 CELEM – Inglês e Espanhol ............................................................................................................. 35

7.5.9 Complementação De Carga Horária ................................................................................................... 35

7.6 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO .................................................................................................. 36

8- OCUPAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇOS PEDAGÓGICOS ........................................................................................... 37

8.1 Laboratório De Física/Química/Biologia ........................................................................................................ 37

8.2 Biblioteca ..................................................................................................................................................... 37

8.3 Laboratório de Informática........................................................................................................................... 37

8.4 Auditório ..................................................................................................................................................... 38

8.5 Equipamentos de uso pedagógico ................................................................................................................ 38

9 - ORGANIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ...................................................................................... 39

9.1 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ........................................................................................................... 39

9.2 DADOS HISTÓRICOS DA INSTITUIÇÃO ........................................................................................................... 39

9.2.1 Atos Autorizatórios da Instituição de Ensino ................................................................................... 39

Page 5: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

9.3 ETAPAS DA ORGANIZAÇÂO E REORGANIZAÇÃO DOS CURSOS ....................................................................... 39

9.3.1 Colégio Estadual “Mailon Medeiros” ................................................................................................ 39

9.3.2 Administração técnico-pedagógica .................................................................................................. 41

9.3.3 Primeiros Docentes ........................................................................................................................... 41

9.3.4 Colégio Comercial Estadual De Bandeirantes ................................................................................ 42

9.3.5 Administração Técnico-Pedagógica ............................................................................................. 43

9.3.6 Primeiros Docentes (1956)............................................................................................................ 43

9.3.7 Escola Normal Colegial “Professora Maria Juvelina dos Santos” ........................................ 43

9.3.8 Administração Técnica –Pedagógico ............................................................................................... 44

9.3.9 Primeiros Docentes (Ano De 1954) ........................................................................................................ 44

9.3.10 Nova Alteração na Instituição de Ensino – Ano 1978 ................................................................... 44

9.3.11. Biografia do patrono Cyríaco Russo ............................................................................................. 51

9.4 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DOS ALUNOS ......................................................................................... 52

9.4.1 Perfil dos alunos do Ensino Médio ................................................................................................... 52

9.4.2 Perfil dos alunos do curso Formação de Docentes do turno vespertino ....................................... 54

9.4.3 Perfil geral dos alunos do Colégio Estadual Cyríaco Russo .......................................................... 54

9.5 QUANTITATIVOS RECURSOS HUMANOS ....................................................................................................... 55

9.5.1 Corpo Administrativo – Pedagógico ................................................................................................. 55

9.5.2 Corpo Docente...................................................................................................................................... 57

10 - MARCO CONCEITUAL ..................................................................................................................................... 59

10.1.1Prática social inicial .......................................................................................................................... 64

10.1.2 Problematização .............................................................................................................................. 64

10.1.3Instrumentalização............................................................................................................................ 64

10.1.4Catarse .............................................................................................................................................. 65

10.1.5 Pratica social final ............................................................................................................................ 65

10.2 UMA RETOMADA NECESSÁRIA: O CONSTRUTO DE VYGOTSKY .................................................................... 66

ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL .......................................................................................................... 67

MATERIALISMO HISTÓRICO E LÓGICA DIALÉTICA ............................................................................................... 68

10.3 INTERDISCIPLINARIDADE, CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMATIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DO MATERIALISMO HISTÓRICO. ........................................................................................................................................................... 70

10.3.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ................................................................................................................... 71

10.3.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM ........................................................................................................................ 71

10.3.3 CONCEPÇÃO DE MUNDO ........................................................................................................................ 72

10.3.4 CONCEPÇÃO DE HISTÓRIA E SOCIEDADE ................................................................................. 73

10.3.5 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ............................................................................................................. 74

10.3.6 CONCEPÇÃO DE TRABALHO .......................................................................................................... 75

10.3.7 CONCEPÇÃO DE ESCOLA ......................................................................................................... 76

10.3.8 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA......................................................................................................... 76

10.3.9 CONCEPÇÃO DE CULTURA E CURRÍCULO ................................................................................. 77

Page 6: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

10.3.10 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E CONTEÚDOS DE ENSINO .......................................... 78

10.3.11CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO ................................................................................................... 79

10.3.12 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA ................................................................................................... 80

10.3.13 CONCEPÇÃO de INFÂNCIA e ADOLESCÊNCIA ARTICULADA à CONCEPÇÃO de ENSINO e APRENDIZAGEM ........................................................................................................................................... 81

10.3.14 CONCEPÇÃO de AVALIAÇÃO e RECUPERAÇÃO de ESTUDOS.............................................. 82

11 – MARCO OPERACIONAL .................................................................................................................................. 83

11.1 PROCESSO de PLANEJAMENTO ESCOLAR .................................................................................................... 86

11.2. DISTRIBUIÇÃO dos ALUNOS ....................................................................................................................... 87

11.3 NORMAS de CONVIVÊNCIA......................................................................................................................... 87

11.4 SISTEMATIZAÇÃO DAS FUNÇÕES ESPECÍFICAS DA DIREÇÃO, EQUIPE PEDAGÓGIA E SECRETARIA APONTADAS PELO COLETIVO APÓS DISCUSSÃO EM SEMANA PEDAGÓGICA. .................................................... 88

11.4.1 Direção ............................................................................................................................................. 88

11.4.2 Equipe Pedagógica ......................................................................................................................... 89

11.4.3 Secretaria Escolar ........................................................................................................................... 90

11.5 ÓRGÃOS COLEGIADOS DE REPRESENTAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR ............. 90

11.5.1 Conselho Escolar............................................................................................................................. 90

11.5.2 Associação De Pais, Mestres E Funcionários – (APMF)........................................................ 92

11.5.3 Grêmio Estudantil ............................................................................................................................ 93

11.5.4 Conselho De Classe ........................................................................................................................ 93

11.6 DA ORGANIZAÇÃO do COTIDIANO do TRABALHO ESCOLAR ...................................................................... 94

11.6.1 Matrícula ........................................................................................................................................... 94

11.6.2 Matrícula com Dependência ........................................................................................................... 95

11.6.3 Cancelamento De Matrícula ........................................................................................................... 95

11.6.4 Transferência ................................................................................................................................... 96

11.6.5 Frequência ................................................................................................................................. 96

11.6.6 Adaptação ........................................................................................................................................ 96

11.6.7 Aproveitamento de Estudos ............................................................................................................ 97

11.6.8 Classificação e Reclassificação ..................................................................................................... 97

11.6.9 Regime de Progressão Parcial ....................................................................................................... 98

11.7 PERFIL DOS CURSOS OFERTADOS ............................................................................................ 99

11.7.1 Matriz Curricular do Ensino Médio ................................................................................................. 99

11.7.2 Matriz Curricular Do Curso Formação De Docentes ................................................................... 100

11.7.3 Complementação de Carga Horária ............................................................................................ 101

11.8 SISTEMA de AVALIAÇÃO ............................................................................................................... 101

11.8.1 Sistema de Avaliação para o Ensino Médio e o Curso Formação De Docentes para a Educação Infantil e Séries Iniciais Do Ensino Fundamental.................................................................. 101

11.8.2 Avaliação Trimestral ....................................................................................................................... 102

11.8.3 Recuperação de Estudos .............................................................................................................. 104

11.8.4 Critérios e Instrumentos Avaliativos ............................................................................................ 105

Page 7: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

11.9 ARTICULAÇÃO entre FAMÍLIA e INSTITUIÇÃO ESCOLAR e REUNIÕES de ACOMPANHAMENTO ................................................................................................................................. 107

11.10 HORA ATIVIDADE .................................................................................................................................. 108

11.11 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR.................................................................................................................... 108

11.12 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ........................................................................................................................ 109

11.13 EDUCAÇÃO em DIREITOS HUMANOS ..................................................................................................... 109

11.14 PROGRAMAS E PROJETOS CONTEMPLADOS PELA SEED .................................................... 110

11.14.1 CELEM ........................................................................................................................................ 110

11.14.2 Atividade de Ampliação de Jornada Permanente .................................................................... 110

11.14.3 Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo ..................................................................... 111

11.14.4 Programas E Projetos ................................................................................................................. 111

11.14.5 Programa Gentileza gera Gentileza ........................................................................................... 111

11.14.6 Programa de Bolsas de Iniciação Científica Júnior .................................................................. 112

11.14.7 Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE ............................................................... 112

11.14.8 Política de Formação Continuada .............................................................................................. 112

11.14.9 Carreira do Magistério ................................................................................................................. 113

11.14.10 Projeto Ensino Médio Inovador – PROEMI ............................................................................. 113

11.14.11 Atendimento Especializado ...................................................................................................... 114

11.15 Enfrentamento e Combate à Violência/Drogadição ..................................................................... 114

11.16 PROJETOS em PARCERIA com UNIVERSIDADES LOCAIS e DEMAIS INSTÂNCIAS da COMUNIDADE .............................................................................................................................................. 114

11.16.1 Projeto Empresa/Escola....................................................................................................................... 115

11.16.2 Projeto Teatro e Literatura .......................................................................................................... 115

12. SISTEMATIZAÇÃO das AÇÕES da ESCOLA para o EFETIVO TRABALHO com os DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS ........................................................................................................................................ 116

12.1 SAREH ...................................................................................................................................................... 124

12.2 MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS ........................................................................................................ 125

12.3 SISTEMATIZAÇÃO das AÇÕES com os DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS ............................... 125

13. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ........................................................................................ 127

13.1 Proposta Curricular Do Ensino Médio ............................................................................................. 127

13.1.1 Disciplina: Arte ............................................................................................................................... 128

Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina De Arte .............................................................................. 130

13.2 FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ... 223

1. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ............................................................................... 343

1.2 Objetivos.............................................................................................................................................. 345

1.3 Conteúdos ................................................................................................................................................. 345

14. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ................................................... 417

14.1 Avaliação Institucional ............................................................................................................................. 417

15 ANEXOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ............................................................................................... 427

15.1 COMPLEMENTAÇÃO DE CARAGA HORÁRIA- VESPERTINO (anexo 1) ....................................................... 427

Page 8: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

15.2 COMPLEMENTAÇÃO DE CARGA HORÁRIA - NOTURNO (anexo 2) ............................................................ 428

15.3 CALENDÁRIO ESCOLAR 2017 (Anexo) 3 .................................................................................................... 430

15.4 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR (Anexo 4) ..................................................................... 431

15.5 PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO ESTADUAL CYRÍACO RUSSO (Anexo 5) ..................................................... 439

Page 9: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÃO

Figura 1 Taxionomia de Bloom ..................................................................................... 106

Page 10: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

9

3. APRESENTAÇÃO

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal é um órgão da

Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED criado nos termos da lei, com

sede administrativa e pedagógica no município de Bandeirantes, Estado do Paraná, à

Rua Benjamin Caetano Zambon, nº 530. Pertence ao Núcleo Regional de Educação de

Cornélio Procópio.

Rege-se pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB 9394/96,

por seu Regimento Interno e por este documento que contempla as concepções

pedagógicas, normas administrativas emanadas da Secretaria de Estado da Educação

– SEED, Conselho Estadual de Educação - CEE do Paraná, bem como Proposta

Pedagógica Curricular, subsidiada pelas Diretrizes Curriculares Orientadoras do Estado

do Paraná - DCOs – PR. e Plano de Ação com as propostas para o ano vigente.

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” atua com dois tipos de formação humana: o

ensino médio regular e o ensino médio profissionalizante com o curso Formação de

Docentes da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental.

Embora localizada em área urbana central, a grande maioria dos estudantes

provém de bairros e vilas, zona rural e cidades vizinhas, a exemplo de Itambaracá e

Abatiá.

O quadro de docentes compõe-se de profissionais efetivos QPM, bem como de

profissionais contratados pelo PSS, boa parte contempla formação pedagógica

diferenciada: Especialização Lato Sensu, Programa de Desenvolvimento Educacional –

P.D.E. e Mestrado.

Page 11: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

10

4. INTRODUÇÃO

A educação é condição sine qua non para o desenvolvimento auto sustentado

do país. A educação encontra sua autonomia na Constituição, promulgada em 1988 que

institui a “democracia participativa”, na história das ideias pedagógicas, na autonomia

que sempre foi associada ao tema da liberdade individual e social, da ruptura com

esquemas centralizadores e, recentemente, da transformação social.

O grande desafio da escola pública está em garantir padrão de qualidade (para

todos) e, ao mesmo tempo respeitar a diversidade local, étnica, social e cultural.

Portanto, o desafio educacional continua sendo educar e ser educado. Adquirir uma

nova cultura não é negar a cultura primeira, mas integrá-las no processo de

desenvolvimento humano e social.

As experiências em relação à democratização da gestão escolar apontam alguns

pressupostos e alguns parâmetros que, se considerados, tendem a garantir maior

sucesso na conquista daquela democratização e, consequentemente, da escola de

melhor qualidade.

A existência de um modelo pedagógico é de suma importância para a criança e

para sua educação. Em sua ausência, o papel do professor está intimamente ligado à

transmissão de certo conteúdo que é predefinido e que constitui o próprio fim da

existência escolar. Gadotti (2004, p. 43) afirma que “a escola pode incorporar milhões

de brasileiros à cidadania e deve aprofundar a participação da sociedade civil

organizada nas instâncias de poder institucional”.

A perspectiva emancipadora do Projeto Político Pedagógico exprime sua

intencionalidade pedagógica, cultural, profissional e está calcada num modelo de gestão

democrática. O projeto não se constitui, portanto, num simples documento, mas na

consolidação de um processo de reflexão-ação que exige esforço e vontade política do

coletivo da escola. O Projeto Político Pedagógico está baseados em cinco

pressupostos, unidade da teoria e da prática, ação consciente organizada, participação

efetiva da comunidade escolar e do trabalho coletivo e articulação escola-família-

comunidade. A construção de um Projeto Político Pedagógico exige uma rigorosa

metodologia de trabalho; assim sendo, o planejamento participativo constitui-se na

ferramenta mais eficaz, dentro da lógica da gestão democrática, na construção de

Page 12: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

11

ideais coletivos em escolas, buscando romper com a tradicional separação entre

concepção e execução.

Os fundamentos da democracia são encontrados no regime da soberania popular

ativa que exige a participação efetiva em tomadas de decisões, e, o respeito integral

aos direitos humanos. Assim, por meio do Projeto Político Pedagógico consolida-se a

liberdade à democracia permitindo por meio de planejamento participativo a ênfase na

lógica de ações de gestão democrática, na construção de ideais coletivos em escolas.

Page 13: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

12

5. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal

Endereço: Rua Benjamin Caetano Zambon, 530

Bairro: Centro

CEP: 86360-000

Telefone/Fax: (43) 3542-4136

site:http://www.bntcyriacorusso.seed.pr.gov.br e-mail: [email protected] Município: Bandeirantes – PR - Código - 240

Dependência Administrativa: Pública/Estadual

Código: 10

NRE: Cornélio Procópio – PR – Código – 08

Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação do Paraná - SEED

Page 14: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

13

5.1 Histórico Da Instituição

O Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal é resultante do

agrupamento ou reorganização do Colégio Estadual Professor Mailon Medeiros, Colégio

Comercial Estadual Cyríaco Russo e Escola Normal Colegial Estadual Professora Maria

Juvelina dos Santos, de acordo com o Decreto Estadual nº 5.324, de 02 de agosto de 1978. O Colégio Estadual Professor Mailon Medeiros foi criado pela Lei Municipal nº 30 de

11 de maio de 1949, sob a denominação de Ginásio Municipal de Bandeirantes, depois, por

meio da Portaria nº 617/MEC-RJ, de 21 de agosto de 1950, este nome foi substituído por

Ginásio Estadual de Bandeirantes, que prevaleceu até 12 de maio de 1965, quando pela Lei

Estadual nº 25/65 lhe foi dado aquele primeiro nome.

O Colégio Comercial Estadual de Bandeirantes de sua vez, foi criado pela Lei

Municipal nº 135 de 24 de agosto de 1952 e estadualizado pela Lei Estadual nº 4.798 de 22

de agosto de 1956. Seu nome foi alterado em 03 de agosto de 1970, passando para Colégio

Comercial Cyríaco Russo e mais tarde, Colégio Comercial Estadual Cyríaco Russo. A Escola Normal Colegial Professora Maria Juvelina dos Santos, de seu turno, teve

este nome em 1956, mas foi criada pela Lei Estadual nº 1.188 de 06 de agosto de 1953 com

o nome de Escola Normal Secundária. Cursos:

1. CURSO GINASIAL – criado pela Lei Municipal nº 30/49. Em 1977 alunos remanejados

para a Unidade Pólo (atualmente Colégio Estadual Mailon Medeiros) – Oficio Circular 58/77 –

Secretaria de Estado da Educação;

2. ENSINO SECUNDÁRIO (2º CICLO) – autorização de funcionamento Portaria nº

235/52;

3. CURSO COMERCIAL: Lei Municipal nº 135/52;

4. CURSO NORMAL COLEGIAL: Lei Estadual nº 1.188/53;

5. CURSOS APROVADOS PELO PARECER 13/75:

- Magistério – reconhecimento pela Resolução 779/82 cessação gradativa a partir

de 1997, Resolução nº 2.288/97.

- Redator Auxiliar – duração de 3 anos.

- Secretariado – duração de 3 anos.

- Assistente de Administração – cessão definitiva Resolução nº 3;149/86.

Page 15: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

14

- Contabilidade – reconhecimento Resolução nº 779/82 e cessão gradativa a partir

de 1997, Resolução nº 2.277/97.

- Secretário Escolar – duração de 3 anos (não tem reconhecimento, nem

cessação, apenas parecer de autorização.

6 - CURSO PROMOTOR DE VENDAS – reconhecimento parcial Resolução nº 789/82

cessão definitiva Resolução nº 3.149/96.

7 – CURSO PROPEDEUTICO – autorização de funcionamento Resolução nº 3.514/88.

8 - CURSO TÉCNICO EM PROCESSAMENTO DE DADOS – autorização de

funcionamento pela Resolução nº 3363/95, cessação definitiva Resolução nº 4482/97.

Por força da Deliberação 003/98 – CEE a altera sua denominação para Colégio

Estadual “Cyriaco Russo” – Ensino Médio.

9 - CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS

INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL aprovado com o Parecer nº 070/2000, homologado

pelo Ato Administrativo 271/00.

10 - Autorização de funcionamento do Curso Formação de Docentes da Educação

Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental – Em decorrência do caput do artigo, o

estabelecimento passa a denominar-se: COLÉGIO ESTADUAL CYRÍACO RUSSO – ENSINO

MÉDIO E NORMAL.

11 - Resolução 160/2007- DOE 26/02/2007 autoriza a renovação do Curso do Ensino

Médio.

Resolução nº1318/2008 - DOE 18/06/2008 – reconhece o Curso de Formação de

Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (Destinado a

Egressos do Ensino Fundamental ou equivalente). Reconhece também o Curso de

Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental,

Modalidade Normal, Nível Médio (Destinado a Egressos do Ensino Médio ou equivalente) –

Aproveitamento de Estudos.

Page 16: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

15

12 - Resolução 1643/2009, DOE 07/07/200 autoriza a descentralização do Curso de

Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, para

funcionamento no Colégio Estadual Vinícius de Morais, Município de Santa Amélia, a partir de

2008.

13 - Parecer de nº 660/2009 – DET/SEED de 04/12/2009 autoriza o funcionamento do

Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino

Fundamental, Modalidade Normal, Nível Médio (Destinado a Egressos do Ensino Médio ou

equivalente) – Aproveitamento de Estudos.

14 - Ato Administrativo nº 010/2010 - Aprova o Adendo de Acréscimo nº 01/2010 ao

Regimento Escolar, aprovado pelo Ato Administrativo nº 024/2008, referente à oferta do

Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM; Implantação do Ensino Médio

Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais, oferta da Descentralização do Curso de

Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em

Nível Médio na Modalidade Normal e do Programa Viva a Escola.

15 - Parecer nº427/2011 – DET/SEED autoriza a continuação de funcionamento do

Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino

Fundamental, Modalidade Normal, Nível Médio (Destinado a Egressos do Ensino Médio ou

equivalente) – Aproveitamento de Estudos, a partir do 1º Semestre/2012.

16 - Parecer nº 10/2011, de 22/11/2011 – Equipe Pedagógica da Educação Básica –

NRE emite o Parecer de Verificação da Legalidade do Projeto Político Pedagógico do Colégio

Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal.

17 - Ato Administrativo nº 346/2012 – Aprova o Adendo Regimental de Alteração e

Acréscimo nº 02, ao Regimento Escolar, aprovado pelo Ato Administrativo nº 024/2008,

referente à Cessação do Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais,

Implantação simultânea do Ensino Médio e Curso de Formação de Docentes com

Aproveitamento de Estudos, que entrará em vigor a partir do início do ano letivo de 2013.

18 - Resolução nº 4872/2013 - DOE 27/11/2013 - Renovação de Reconhecimento do

Ensino Médio.

Page 17: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

16

19 - Ato Administrativo nº 137/2013 – Aprova o Adendo de Acréscimo nº 03, ao

Regimento Escolar pelo Ato Administrativo nº 024/2008, que regimenta a inclusão do

Programa Brigadas Escolares – Defesa Civil na Escola.

20 - Resolução nº 1169/2014 - DOE 07/04/2014 - Renovação de Reconhecimento do

Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino

Fundamental. Autorização de descentralização do Curso de Formação de Docentes da

Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, para funcionamento no Colégio

Estadual Vinícius de Morais, Município de Santa Amélia.

21 - Ato Administrativo nº 176/15, Parecer nº 105, de 23/12/15 altera o Sistema de

Avaliação Bimestral para Trimestral, com implantação simultânea a partir do ano letivo de

2016.

22 - Protocolo nº 24.817 – Registrado sob o nº 166, fls. 160 – Livro A-08, Bandeirantes,

19/05/2017 – Associação de Pais, Professores e Funcionários – APMF.

23 - O Conselho Escolar é regido pelo Ato Administrativo nº 156/2016.

24 - Regimento Escolar – Ato Administrativo Nº 024/2008 - Parecer Nº 018/2008 –

07/02/2008 - SEF/EP/NRE.

O Colégio Estadual "Cyríaco Russo" Ensino Médio e Normal está localizado

no centro da cidade, e, mesmo sendo uma escola urbana seus alunos são provenientes do

centro, vilas e setores do meio rural. A escola fica a uma distância aproximada de

36,2quilômetros do Núcleo Regional de Educação – NRE de Cornélio Procópio. A instituição

de ensino atende ao Ensino Médio e Normal na faixa etária que varia de 14 a 49 anos.

A comunidade escolar, na sua maioria, pertence à classe trabalhadora

apresentando carências e dificuldades socioeconômicas, afetivas e culturais.

A função básica da instituição é a formação dos cidadãos e o objetivo

principal da educação é possibilitar ao aluno apropriar-se do conhecimento cientificamente

elaborado para refletir e construir sua transformação social.

A instituição procura desenvolver um trabalho embasado no Projeto Político

Pedagógico/Proposta Pedagógica, seguindo a Política Educacional do Estado do Paraná,

tendo como eixo a Prática Pedagógica; Acesso, Permanência e Sucesso Qualificação de

Espaços e dos Equipamentos da Escola, Gestão Democrática, Formação Continuada, bem

como, a elaboração de projetos direcionados para a busca da cidadania ativa.

Page 18: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

17

5.2 Experiências Acumuladas

Temos como experiências exitosas algumas ações realizadas e outras em realização

tais como:

- atendimento do professor de Sociologia a alunos principalmente dos 3º anos em

preparação para ENEM e vestibular trabalhando com textos e redação com temáticas atuais

fazendo análise e reflexão;

- participação dos alunos em concursos; inclusive um de nossos alunos já foi premiado

em primeiro lugar com o logotipo da agenda 21 no município;

- participação nos jogos municipais e escolares, em várias modalidades, com

premiações.

- realização de simulado para todas as turmas com o intuito de habituá-los a realizar

avaliações nos moldes de vestibulares e concursos;

- participação de todos os alunos na OBMEP;

- participação nos Jogos Florais promovido pela Secretaria Municipal de Educação e

Cultura;

- participação no Festival de Danças do município de Jacarezinho;

- participação de vários alunos no projeto sobre “empreendedorismo” desenvolvido pelo

Rotary Club em parceria com a UNOPAR-Bandeirantes;

- realização da Feira de Ciências envolvendo todos os alunos do colégio, com visitação

da comunidade.

- realização da Noite Cultural envolvendo trabalhos interdisciplinares desenvolvidos ao

longo do ano letivo;

- iniciamos neste ano de 2017 o PIBID em parceria com a UENP.

- realização de jogos intercalasse, com participação de todas as turmas do colégio;

- palestras de diversos temas ministradas por vários profissionais, sendo que algumas

realizadas em parceria com a UENP e UNOPAR;

- realização anual da Gincana Solidária;

- grupo de dança Hip Hop em parceria com academias do município.

Page 19: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

18

6. MARCO SITUACIONAL

Há tempos vem sendo debatida a culpabilização pelos desafios cotidianos com que a

escola tem se deparado. É importante que os olhares para a educação na

contemporaneidade sejam capazes de considerar as transformações que os antigos

paradigmas sofreram e as contradições que podem ocorrer nos espaços escolares por conta

do não reconhecimento desse cenário por parte dos profissionais os quais deveriam produzir

experiências curriculares que incorporem a “diversidade cultural e a pluralidade das vozes

participantes dos processos pedagógicos formais”.

Diante de tal realidade devemos partir do conhecimento que temos sobre os sujeitos

que ocupam o espaço escolar, assim somos convidados a reinventar a escola juntos com

nossos estudantes ao mesmo tempo em que devemos garantir seu direito à aprendizagem

por meio de uma formação ética, do desenvolvimento da autonomia intelectual e de seu

pensamento crítico. Trabalhos descontextualizados, fragmentados levam muitos alunos ao

desinteresse e abandono.

Ao considerarmos o conhecimento dos sujeitos como chave para o sucesso do

processo educativo cujas atuações devem ser coletivas e integradoras, é possível reconhecer

então, que o desconhecimento do outro é um grande obstáculo para que os objetivos

propostos na LDB ou DCNEM sejam viabilizados.

Indisciplina, uso indevido de drogas lícitas e ilícitas, gravidez na adolescência,

dificuldade na aprendizagem, alunos que residem em áreas de fragilidade social, entre outros

fatores que interferem direta e negativamente no trabalho pedagógico favorecendo o baixo

rendimento, desistência, reprovação atrapalhando muitas vezes o desenvolvimento do

trabalho docente, pedagógico e do gestor.

A valorização e interpretação do planejamento participativo, a organização do trabalho

pedagógico na escola pública envolvendo, então, professores, equipe pedagógica, gestores,

família e Rede de apoio, trabalhar valores, respeito, direitos e deveres, incentivo à prática de

esporte, cultura e lazer, Formação Continuada para os profissionais da escola em várias

áreas, o repensar das metodologias e do trabalho pedagógico todo, enfatizando a

interdisciplinaridade, visando às necessidades e expectativas do aluno desenvolvendo um

trabalho de pesquisa investigativa para diagnosticar e conhecer melhor a realidade social dos

alunos que chegam ao Ensino Médio, saber de onde eles vêm e o que eles pretendem,

buscar a melhor forma possível para a formação integral do aluno, tendo como objetivo o

ensino e a aprendizagem.

Page 20: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

19

7. OFERTA DA INSTITUIÇÃO

7.1 IDENTIFICAÇÃO DOS CURSOS OFERTADOS

Denominação do curso Carga horária total do curso

Regime de funcionamento

Ensino Médio 2400 horas/aula Presencial

Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos

Iniciais do Ensino Fundamental - Médio Integrado

4800 horas/aula

Presencial

Quadro 1. Identificação dos cursos ofertados

7.2 RESOLUÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO E RECONHECIMENTO DOS CURSOS

Cursos

Resolução de autorização de funcionamento

Resolução de Renovação de Reconhecimento

Ensino Médio Resolução nº3514/88 DOE 21/11/83

Resolução nº4872/13 DOE 27/11/13

Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino

Fundamental

Resolução nº368/06 DOE 24/02/06

Resolução nº 1169/2014 DOE 07/04/2014

Quadro 2. Autorização para funcionamento e reconhecimento dos cursos

7.3 ENSINO MÉDIO: ANUAL/ PROJETO ENSINO MÉDIO INOVADOR – PROEMI

O Programa Ensino Médio Inovador (PROEMI) é uma ação do Ministério da Educação

que tem como meta a elaboração do redesenho curricular nas escolas de Ensino Médio com

a finalidade de contribuir para disseminar a cultura para o desenvolvimento de um currículo

mais dinâmico e flexível, que contemple os conhecimentos das diferentes áreas numa

perspectiva interdisciplinar e articulada à realidade dos estudantes, suas necessidades,

expectativas e projetos de vida. Propõe ainda a renovação curricular do ensino médio por

meio da organização flexível e diversificada dos currículos. Assim, na construção da proposta

de redesenho curricular, é significativamente importante a participação de todos os

professores e coordenadores pedagógicos da escola e da comunidade escolar na discussão

dos conhecimentos e práticas relevantes que devem estar no currículo a fim de organizar e

definir conteúdos, metodologias e recursos necessários para o desenvolvimento das

atividades nos diferentes Campos de Integração Curricular (CIC). Neste sentido, é muito

Page 21: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

20

importante um olhar aprofundado sobre as diversas dimensões que compõem os currículos

para que a construção da proposta de redesenho se apresente, de fato, como diferencial para

garantir a oferta de atividades que atendam aos interesses dos jovens estudantes e, ao

mesmo tempo, fortaleçam processos efetivos de aprendizagens significativas.

No fim de 2016, com a adesão da instituição de ensino na participação do Programa

Ensino Médio Inovador houve discussões e participação envolvendo todos os segmentos da

comunidade escolar (direção, equipe pedagógica, professores, funcionários pais e

estudantes) para a elaboração do Redesenho Curricular e organização de ações

diferenciadas que objetivam motivar os estudantes para a permanência e sucesso na escola.

Assim, a instituição foi contemplada com o PROEMI.

7.4 ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA

O Colégio Estadual Cyríaco Russo, desde o ano de 2016, adota o regime trimestral

para os cursos Ensino Médio e Formação de Docentes para a Educação Infantil e Séries

Iniciais do Ensino Fundamental respeitando a duração mínima prevista em lei.

A duração do curso é de 03 (três) anos para o Ensino Médio – 2400 horas; e de 04

(quatro) anos para o Curso de Formação de Docentes para a Educação Infantil e Séries

Iniciais do Ensino Fundamental – 4800 horas. Desse total, 800 (oitocentas) horas são

destinadas ao estágio em contra turno. No Ensino Médio o ano letivo tem a duração de 200

dias, com 800 horas de efetivo trabalho pedagógico; no Curso de Formação de Docentes

para a Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental o ano letivo tem duração de

200 dias, com 800 horas de efetivo trabalho pedagógico e mais 200 horas/anuais destinadas

ao estágio. A instituição de ensino funciona em três turnos e oferta ensino na modalidade

presencial. Extensão do Curso Formação de Docentes no Colégio Vinícius Descentralização.

7.5 AMPLIAÇÃO DE JORNADA

7.5.1 Atividade complementar permanente (português/ matemática/iniciação científica/dança/xadrez)

HORÁRIO 2ª FEIRA 3ª FEIRA 4ª FEIRA 5ª FEIRA 6ª FEIRA

13:00 13:50

PORTUGUÊS (Isabel)

DANÇA (Regina)

DANÇA (Regina)

PORTUGUÊS (Isabel)

INIC.CIENT. (Cleonice)

13:50 14:40

PORTUGUÊS (Isabel)

XADREZ (Regina)

DANÇA (Regina)

INIC.CIENT. (Cleonice)

MATEMÁTICA (Ester)

Page 22: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

21

14:40 15:30

MATEMÁTICA (Ester)

XADREZ (Regina)

XADREZ (Regina)

INIC.CIENT. (Cleonice)

MATEMÁTICA (Ester)

7.5.2 Aulas Especializadas De Treinamento Esportivo – Futsal

Proposta Das Atividades Complementares

Aula Especializada De Treinamento Esportivo - Futsal

NÚCLEO Cornélio Procópio

MUNICÍPIO Bandeirantes

ESCOLA Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Formação de Docentes

MACROCAMPO Esporte

ATIVIDADE (TÍTULO) Futsal

NÍVEL DE ENSINO Médio

TURNO Verpertino

CONTEÚDO O projeto será desenvolvido por meio do conteúdo estruturante, o Esporte, estruturantes coletivo e específico Futsal, que contempla atividades de Complementação Curricular, com amparo teórico na Diretrizes Curriculares de Educação Física. A proposta tem como objeto de estudo treinamento esportivo de Futsal. Educativos dos fundamentos básicos do Futsal. Identificação das principais regras e penalidades durante o jogo. Técnica no futsal: Fundamentos técnicos de jogadores de linha e do goleiro no futsal. Principais métodos de ensino da técnica e Tática no futsal. Além do condicionamento físico, agilidade, habilidade, destreza, coordenação motora e flexibilidade, a cooperação e espírito de equipe.

OBJETIVO Desenvolver valores esportivos através da prática do Futsal de forma adequada, consciente e cooperativa, criar espaço para reflexão e debate, buscando com os alunos o aprofundamento do conhecimento específico do esporte, possibilitando aos alunos envolvidos um aprofundamento das relações interpessoais, incentivando a prática de atividades físicas e esportiva, desenvolvendo o aprimoramento das habilidades motoras específicas para o futsal, através de atividades que trabalhem os fundamentos, técnicas e táticas, bem como proporcionar ao aluno oportunidades de socialização, através da participação de eventos esportivos na escola e fora dela, além de possibilitar ao aluno a permanência na escola em contra turno.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Após o breve mapeamento daquilo que os alunos conhecem sobre o tema, o professor propõe um desafio através de práticas corporais para investigação sobre os conhecimentos prévios. Posteriormente, o professor apresentará aos alunos o conteúdo Futsal, de forma sistemática para que tenham condições de assimilação da técnica e táticas de do referido esporte desenvolvendo, assim, as atividades relativas à apreensão do conhecimento através da prática corporal. Ainda neste momento, será realizada as intervenções pedagógicas necessárias, para que o jogo não se encaminhe desvinculado dos objetivos estabelecidos. Serão trabalhados atividades que desenvolvam as capacidades físicas e habilidades motoras dos alunos, através de exercícios e em grupo. Estudar as regras oficiais e sistemas táticos - Através de vídeos e

Page 23: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

22

discussões Vivenciar prática dos fundamentos da modalidade esportiva Futsal, através de atividades coletivas e em grupos pequenos. Aprimoramento das atividades desenvolvidas anterior no decorrer do projeto através da prática de jogo (coletivo). Participação dos alunos, na fase municipais e regional dos Jogos escolares do Paraná.

AVALIAÇÃO Considerando que o processo de aprendizagem dos alunos apresenta-se em ritmo diferenciado a avaliação será contínua e diagnóstica, valorizando e respeitando as dificuldades de cada um, possibilitando a intervenção pedagógica. Desta forma a avaliação acontecerá em todas as aulas observando-se o interesse e efetivo envolvimento progressivo nas atividades propostas. A avaliação estará voltada a priorizar a qualidade e o processo de ensino e aprendizagem, dialogando com as discussões sobre as estratégias didático-metodológicas em que o professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentando nas diversas práticas corporais, onde respeitará o limite e o progresso de cada um, mediante o decorrer do ano letivo e dos conteúdos que serão trabalhados. Identificando os avanços e dificuldades no processo pedagógico com o objetivo de planejar e propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constatadas, fazendo com que o mesmo atinja o objetivo que é a aprendizagem.

RESULTADOS ESPERADOS

Para o Aluno- Pretende se que os alunos se relacionem bem com os colegas e nas competições sintam-se preparados tanto fisicamente como emocionalmente, afim de que sejam capazes de enfrentar situações limites, fazendo do esporte suporte para o desenvolvimento da autoconfiança e tomada de decisões, tornando-se uma pessoa segura de seus objetivos. Espera-se que os alunos tenham gosto pela atividade física e pelo esporte coletivo, fazendo do esporte um estilo de vida, participando de eventos esportivos organizados dentro e fora do ambiente escolar. Para a Escola - Maior integração do aluno com a escola, visando auxiliar na melhoria sócio educacional, contribuindo para diminuir o índice de evasão escolar. Para a comunidade - Alcançar formação cidadã dos alunos, interagindo com a escola e comunidade, visando o desenvolvimento de outras habilidades para a sua formação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Achour Junior, Abdallha. Flexibilidade e alongamento-Saúde e Bem Estar. ed. Manole, Barueri,S.P.,2004. Bregaloto, Roseli Aparecida. Cultura Corporal do Esporte: São Paulo: Ícone, 2007. Livro Nacional de Regras de Futsal – CBFS 2012. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem: componente do ato pedagógico. São Paulo: Cortez Editora, 2011. Melo, Rogerio Silva, Futsal 1000 Exercicios de Editora: Sprint PARANÁ, Diretrizes Curriculares Para Educação Básica – Educação Física, Paraná – 2008.

Futsal 2ª e 4ª 15:45 às 17:25

Page 24: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

23

7.5.3 MC Permanente Esporte E Lazer - Esportes

NÚCLEO Cornélio Procópio

MUNICÍPIO Bandeirantes

ESCOLA Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal

MACROCAMPO Esporte

ATIVIDADE (TÍTULO) Voleibol

NÍVEL DE ENSINO Médio

ANO/SÉRIE 1º, 2º e 3º anos manhã

TOTAL DE ALUNOS 35 alunos

TURNO Vespertino

CONTEÚDO O aprendizado das táticas, regras e técnicas próprias do voleibol: Posicionamento e rotação, saque, toque, manchete, recepção, levantamento, ataque (cortada), bloqueio, defesa sistema tático 6x0.

OBJETIVOS Oportunizar a prática do voleibol e criar espaço para reflexão e debate, buscando com os alunos o aprofundamento do conhecimento específicos do voleibol por meio da investigação e da pesquisa, tornando os alunos sujeitos capazes de compreender o mundo,confrontar a disputa e a competição com o princípio da cooperação e trabalho em equipe, participando de torneios entre escolas do município. Aprimorar a socialização dos alunos mediada pelo voleibol de forma adequada, consciente e cooperativa.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O trabalho realizado, será composto de atividades teóricas e práticas, atividades no laboratório de informática para o aprendizado das táticas, regras e fundamentos próprios do voleibol: posição de expectativa, rodízio, saque, toque, manchete, recepção, levantamento, ataque (cortada), bloqueio, defesa e prática de jogo, a reflexão sobre o movimento corporal e prática sistematizada de exercícios de treinamento físico. Espera-se ainda fomentar a participação em competições esportivas dentro e fora da escola, com o objetivo de promover a socialização e integração dos alunos na comunidade escolar.

AVALIAÇÃO Considerando que o processo de aprendizagem dos alunos apresenta-se em ritmo diferenciado a avaliação será contínua e diagnóstica, valorizando e respeitando as dificuldades de cada um, possibilitando a intervenção pedagógica. Desta forma a avaliação acontecerá em todas as aulas observando-se o interesse e efetivo envolvimento progressivo nas atividades propostas.

RESULTADOS ESPERADOS

Para o aluno: Aumento de sua autoestima; Percepção da prática esportiva como instrumento que traz benefício à saúde; Melhoria das relações interpessoais no trabalho de equipe. Aprimoramento da habilidade técnica e tática na modalidade voleibol; Para a escola: Melhor aproveitamento do espaço físico em contra turno Melhoria no envolvimento dos alunos em atividades diferenciadas e em horário alternativo. Envolvimento da escola na participação de atividades esportivas dentro e fora do ambiente escolar: interclasses amistosos entre escolas e outros campeonatos. Para a comunidade: Maior participação na escola e acesso aos conhecimentos e bens

Page 25: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

24

culturais. Formação mais efetiva da cidadania pelo desenvolvimento das relações inter e intrapessoais; Possibilidade de formação de jovens que se tornem referência positiva para outros com os quais convivem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRUHNS, H. T. O corpo parceiro e o corpo adversário.

Campinas: Papirus, 2003. DCES - Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica de Educação Física

LEANDRO, M. R. Educação Física no Brasil: uma história

política. 69f. Monografia (Licenciatura em Educação Física) - Curso de Educação Física, Centro Universitário UniFMU, São Paulo, 2002. LEMOS, A. DE SOUZA Voleibol Escolar, Rio de janeiro: Sprint, 2004

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed., São Paulo: Cortez, 1995. Museu dos Esportes – disponível em museu do esporte.com.br ARANDA S. JERONI – CASES S. ROSA 1088 Exercícios em Circuito, Rio de janeiro: Sprint, 2002

7.5.4 MC Permanente Cultura e Arte - Dança

NÚCLEO

Cornélio Procópio

MUNICÍPIO Bandeirantes

ESCOLA Colégio Estadual Cyríaco Russo

MACROCAMPO Cultura e arte

ATIVIDADE (TÍTULO) Dançando na escola

NÍVEL DE ENSINO Médio

TURNO Vespertino

CONTEÚDO Os conteúdos de estudo e ensino da Cultura Corporal são elencados através do conteúdo estruturante Dança que contempla atividades de Complementação Curricular, com amparo teórico nas Diretrizes Curriculares de Arte. Os conteúdos que se pretende trabalhar com os alunos na execução desta atividade serão os conteúdos relacionados

com a dança criativa e pelo método de improvisação que tem por finalidade trabalhar com a criatividade, a cultura, o senso

crítico e estético.

- Movimento corporal: movimento do corpo ou de parte dele;

num determinado espaço e tempo;

- Espaço: onde os movimentos acontecem, com utilização

total ou parcial do espaço;

- Tempo: caracteriza a velocidade do movimento corporal

Page 26: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

25

(ritmo e duração).

- Dança folclórica: Arte africana, popular, indígena,

paranaense; junina; country;

- Dança de rua: hip hop, street dance, sertanejo, funk;

- Dança de salão: forró e samba.

- Dança moderna, contemporânea, neoclassicismo.

OBJETIVO Conscientizar o aluno a valorizar a dança como atividade física, como forma de expressão corporal e expressão cultural, oportunizando situações onde os alunos possam entender esses conhecimentos de forma crítica e reflexiva tornando-os mais um instrumento cultural dentro do ambiente escolar e da comunidade em que está inserido.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

É importante que o aluno vivencie as diferentes ações corporais para entender como são historicamente e socialmente construídas, para tanto utilizaremos método de problematização para trabalho de pesquisas dirigidas sobre o histórico das danças, e criação de movimentos criativos na expressão de sentimentos e emoções de forma adequada e significativa, dentro de uma mesma linguagem corporal, para dança folclórica;

- Método de improvisação livre com músicas clássicas, improvisação dirigida utilizando material alternativo, para a Dança criativa, moderna contemporânea;

- Elaboração de coreografias individual e coletiva, oportunizando atividades de vivência corporal, rítmicas, expressivas e técnicas específicas, para dança de rua e salão;

- Participação na organização de festival de dança e apresentações artísticas na escola.

AVALIAÇÃO Os alunos serão avaliados através da observação da capacidade criativa e crítica na realização das atividades práticas, bem como a interação e socialização dos alunos no decorrer do projeto.

RESULTADOS ESPERADOS

Para o Aluno: Propõe se que durante o projeto o aluno entenda a importância da dança no contexto histórico e cultural, valorizando a também como uma atividade prática que favorece o desenvolvimento físico, mental e social.

Para a Escola: Objetiva se que as vivências corporais, relacionadas com a dança, desenvolvidas no decorrer do projeto venham contribuir para a realização de atividades culturais e para o surgimento de talentos no contexto escolar.

Para a comunidade: Espera se que as famílias se interessem e incentivem seus filhos a participarem das atividades relacionadas com dança entendendo que a mesma favorece o desenvolvimento do adolescente em todos os aspectos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GOVERNO DO PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA, Diretrizes curriculares da educação. Educação Física, Paraná, 2009. GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico –

Page 27: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

26

crítica. Campinas, SP: Autores associados, 2002. MARQUES, Isabel A. Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 1999. NANNI, Dionisia. Dança Educação: pré-escola à universidade. Rio de Janeiro, RJ: Sprint, 2008. VARGAS, Lisete A.M. Escola em dança: movimento, expressão e arte. Porto Alegre, RS: Mediação, 2009.

7.5.5 MC Permanente Aprofundamento Da Aprendizagem - Matemática

MACROCAMPO ATIVIDADES:

Aprofundamento da Aprendizagem Matemática

TURNO: TURNO

Tarde (para alunos da manhã e/ou noite) Vespertino

CONTEÚDO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Números e Álgebra

Grandezas e Medidas

Geometrias

Funções

Tratamento de Informações CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS:

Conjuntos Numéricos

Números Naturais Números Inteiros Relativos Números Racionais Números Irracionais Números Reais em suas diferentes formas

Operações

Adição e Subtração de Números Reais Multiplicação e Divisão de Números Reais Potenciação e Radiciação com Números Reais

Razão e Proporção

Identificação Operação

Regra de três Simples

Identificação Operação Resolução de Problemas

Polinômios

Identificação Operação

Equações e Inequações de 1º grau

Page 28: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

27

Resolução Sistemas

Expressões Algébricas

Medidas

Unidades de Medidas

Comprimento

Superfície

Volume

Tempo

Massa

Velocidade

Ângulo

Grau

Sistema Monetário

Geometria

Perímetro Área Volume Figuras Planas Figuras Espaciais Corpos Redondos Poliedros

Análise Combinatória

Princípio Fundamental da Contagem Raciocínio Combinatório

Estatística

Média Aritmética Moda Estimativas

Gráfico Cartesiano

Identificação de Coordenadas Interpretação de Informações

Porcentagem

Cálculo de Porcentagem

Juros Simples

Cálculo de Juros Simples

Funções

Lei de Formação de Função do 1º Grau Noções de Função do 2º Grau

Justificativa da Escolha do Conteúdo

A escolha do conteúdo foi baseada na constatação das dificuldades, que são maiores a cada ano que passa, apresentadas por “uma quantidade significativa de alunos” que, ao ingressarem no ensino médio estão localizados abaixo do nível de desenvolvimento exigido para acompanhar o 6º ano do ensino fundamental. Sendo que, o maior problema para assimilar o conteúdo proposto de cada série é causada pela falta de

Page 29: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

28

desenvolvimento de habilidades simples, como por exemplo:

6. calcular adição ou subtração de números naturais de três algarismos, com reserva, ou qualquer operação sem calculadora;

7. resolver problemas envolvendo cálculo de perímetro de figura plana pela soma dos lados de unidades de medida, “por desconhecer o significado do termo “perímetro”;

8. realizar cálculos de área ou volume, por não saber: - o que é área, nem volume; - o que é multiplicação, divisão e, muito menos, potenciação; 9. resolver problemas envolvendo as quatro operações básicas, ou

resolver qualquer outro tipo de problema,por não conseguir interpretá-los;

10. realizar multiplicação e divisão por desconhecerem a tabuada, ou por não saberem a função dela;

11. reconhecer o valor posicional dos algarismos em números racionais;

12. reconhecer as representações dos números racionais como uma extensão do sistema de numeração decimal, identificando a existência de “ordens” como décimos, centésimos e milésimos;

resolver operações com números racionais: frações ou decimais;

localizar números inteiros, ou qualquer outros, (informados) na reta numérica;

ler informações em tabela e gráficos;

identificar quadriláteros, ou qualquer outra figura plana ou espacial.

resolver equações ou inequações e, menos ainda um sistema de equações por desconhecer o significado de uma incógnita.

OBJETIVOS Tendo em vista a dificuldade encontrada pelos alunos ao iniciarem o ensino médio e considerando a Matemática, não somente, como uma linguagem básica para as demais ciências, mas também como um instrumento para auxiliar o educando a assimilar melhor as outras disciplinas, a resolver problemas e a tomar decisões, no seu dia-a-dia fora da escola e em situações futuras em qualquer área de sua vida. Vê-se necessário um aprofundamento da aprendizagem nesta área, revisando e dando noções básicas necessárias para o acompanhamento do conteúdo do ensino médio. Pois a maior parte dos estudantes detestam Matemática e sentem-se desmotivados a praticar atividades que, por “falta de conhecimento”, lhes parece “muito difícil”.

A proposta de aprofundamento da aprendizagem de Matemática tem como objetivos levar o aluno a:

reconstruir as relações conceituais dentro da própria matemática e desta com as outras áreas do conhecimento;

levar conhecimento para a utilização adequada à linguagem matemática;

desenvolver a capacidade de interpretação e utilização de técnicas para resolução de problemas;

estimular a utilização do raciocínio lógico; aumentar a capacidade de pensar em termos abstratos; selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para

interpretá-las e avaliá-las criticamente; construir relações entre conceitos e situações concretas; sentir-se seguro da própria capacidade de construir

conhecimentos matemáticos, elevando sua autoestima, tornando-os assim, motivados e perseverantes na busca de soluções.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A metodologia de ensino será realizada de acordo com as orientações das diretrizes curriculares para o ensino de matemática. Os procedimentos adotados serão:

Simulação de situações estimulantes de modo que o aluno, pense, raciocine, crie, relacione ideias e tenha autonomia de pensamento.

Page 30: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

29

Descobrindo e ou redescobrindo por si só uma ideia, uma propriedade, uma maneira diferente de resolver uma questão, etc;

Abordagem matemática básica por meio de modelo matemático,situações-problema próprias da vivência do aluno e que o façam realmente pensar, analisar, julgar e decidir pela melhor solução;

Contextualização do conteúdo, através de jogos, atividades lúdicas e material concreto, para melhor compreensão do conteúdo trabalhado em sala de aula;

Direcionamento do aluno para elaboração de estimativas; e hipóteses.

Enfatizarão o trabalho diário com as quatro operações básicas, sem o uso da calculadora, estimulando o cálculo mental;

Utilização de computadores, Tv Pendrive, jornais, revistas e outros recursos didáticos para motivar as aulas e deixar o conteúdo mais claro e significativo para o aluno;

Proposição da resolução de exercícios desafiadores;

AVALIAÇÃO A avaliação se dará continuamente através de atividades individuais ou coletivas, escritas ou com material manipulável, e jogos realizados em sala de aula ou no computador.

Serão observados a participação e o progresso de cada aluno nas atividades realizadas, verificando se os objetivos propostos foram alcançados.

RESULTADOS ESPERADOS

PARA O ALUNO O aluno que estiver interessado e participar assiduamente de maneira consciente poderá:

desenvolver o seu raciocínio lógico; sanar suas dúvidas, diminuindo suas dificuldades; tornar-se motivado e auto confiante; ser capaz de resolver problemas, fazer melhores julgamentos e

tomar boas decisões.

PARA A ESCOLA Diminuir o índice de reprovas e desistências.

PARA A COMUNIDADE Ter jovens preparados para sua inserção no mundo do trabalho e cidadãos capazes de compreender e atuar no mundo atual.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAMPOS Lins, Romulo / Joaquim Gimenez. Perspectivas em Aritmética e Álgebra para o século XXI. Papirus editora. 2005.

CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos Fundamentais da Matemática. Gradiva. 2005.

DANTE, Luiz Roberto. Fundamentos e resolução de problemas de Matemática _ Teoria e pratica. Editora Ática. 2010.

D' Ambrosio, Ubiratan. Da realidade à ação: reflexões sobre educação matemática. Summus Editora. 61 ed. 1986.

Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006. 17 p. (digitado)

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência de Educação.

Análise dos níveis da escala de desenvolvimento de Matemática do 6º ao 9º Ano e do Ensino Médio.

Revista Educar - edição 06/agosto de 2012.

Page 31: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

30

7.5.6 MC Permanente Aprofundamento Da Aprendizagem – Língua Portuguesa

NÚCLEO Cornélio Procópio

MUNICÍPIO Bandeirantes

ESCOLA Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal

MACROCAMPO

ATIVIDADE (TÍTULO) Proposta para o Projeto de Atividade Complementar Permanente – Projeto de Leitura

NÍVEL DE ENSINO Ensino Médio

ANO/SÉRIE 1ºAno

TOTAL DE ALUNOS 32

TURNO Vespertino

CONTEÚDO Leitura e análise dos gêneros: Causos; Biografia e Autobiografia;

Letra e análise de Música; Contos; Charges; Tirinha; Histórias em

Quadrinhos; Crônicas; Narrativas de aventuras; Paródias; Resumo;

Sinopses de Filmes; Reportagens; Poemas; Lendas;

Cartas e Artigos.

Análise de estruturas específicas e identificação de vários recursos

linguísticos de cada gênero: Conteúdo temático;

• Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade;

• Argumentos do texto; • Contexto de produção;

• Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto;

• Discurso ideológico presente no texto; • Elementos composicionais do

gênero; • Contexto de produção da obra literária; • Marcas linguísticas:

coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Progressão referencial;

• Partículas conectivas do texto; • Relação de causa e consequência entre

partes e elementos do texto; • Semântica: - operadores argumentativos; -

modalizadores; - figuras de linguagem.

OBJETIVO GERAL Estimular permanentemente o gosto pela leitura;

Desenvolver o comportamento leitor/escritor;

Desenvolver o vocabulário, senso de observação, imaginação e criatividade;

Promover a leitura de diversos gêneros, a fim de ampliar oconhecimento do aluno, desenvolvendo seu intelecto e sua comunicação;

Desenvolver nos alunos a capacidade de perceber a estrutura básica de textos pautados nos diferentes gêneros textuais;

Page 32: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

31

Conduzir o aluno à prática da leitura;

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

• O projeto será desenvolvido por meio da leitura como prática social,

tendo como suporte os conteúdos pautados nas Diretrizes Curriculares de

Língua Portuguesa. Conduziremoso aluno aos gêneros textuais

intrinsecamente ligados ao cotidiano.

• Realizar-se-ão momentos de leitura dos Gêneros listados nos conteúdos;

Atividades interpretativas de textos e obras que possam despertar

interesse do grupo ou por sugestão do professor; Narração de histórias,

poema ou crônicas pelo professor e/ou alunos; Discussão das obras lidas;

• Dramatização ou releitura dos textos elencados pelo professor.

• Será feito o fichamento das obras literárias lidas e utilizaremos o

laboratório de informática e a biblioteca para o desenvolvimento das

atividades propostas.

• Trabalharemos com a intertextualidade: Comparação entre letras de

música e textos; textos e filmes;

• Mesa redonda para debates de temas citados em textos, filmes e letras

de música;

• Exposições orais; trabalhos em grupo.

AVALIAÇÃO Ocorrerá através da observação do aluno nas práticas orais e escritas, na

participação e interação dos mesmos durante as aulas, nos trabalhos em

grupo e nas intervenções e exposições das atividades propostas.

RESULTADOS ESPERADOS

Do aluno:

Melhor desempenho em todas as disciplinas, com o desenvolvimento da

prática da leitura;

Desenvolvimento do interesse pelas obras literárias;

Formação de leitores dinâmicos e criativos.

Da Escola:

Melhoria no envolvimento dos alunos em atividades diferenciadas e em

horário alternativo;

Envolvimento da escola na participação de atividades culturais dentro e

fora do ambiente escolar: Olímpiada de Português, concurso de redação.

Da comunidade:

Consciência efetiva da leitura como caminho para formação pessoal e

social, valorizando o trabalho escolar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREIRE, P. A importância do ato de ler. 41ª ed, São Paulo: Cortez, 2001. GERALDI, J. W. O texto na sala de aula: prática da leitura detextos na escola. 2ª ed, Cascavel: Assoeste, 1984. GOVERNO DO PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA, Diretrizes Curriculares da Educação. Língua Portuguesa, Paraná, 2009.

Page 33: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

32

KLEIMAN, C. Oficina de Leitura. São Paulo: Martins Fontes, 1994. LÜCK, G. Página a página: faça seus alunos se interessarempela leitura. Curitiba: Profissão Mestre, set.200, p.10-13.

VILLARDI, Raquel. Ensinando a gostar de ler e formandoleitores para a vida inteira. Rio de Janeiro: Qualitymark/Dunya Ed., 1999.

7.5.7 MC permanente experimentação e iniciação científica – projetos de iniciação científica

Conteúdos

-Movimento uniforme;

-Movimento uniforme variado;

-Movimento circular;

-Leis de Newton;

-Colisões;

-Energia;

-Equilíbrio;

-Estudo dos fluídos.

Objetivos

-Compreenda os modelos como ferramentas elaboradas para explicar fenômenos físicos

utilizando-os para explicar movimentos.

-Interprete movimentos em situações cotidianas por meio do conhecimento das leis de

Newton, em que a relação entre força e aceleração é de causa e efeito.

-Utilize as leis do movimento para explicar situações cotidianas, como por exemplo, veículo

em trajetória curva.

-Conheça as grandezas físicas que determinam a quantidade de movimento de um corpo

(massa e velocidade), bem como suas unidades de medidas, e realize cálculos da quantidade

de movimento de um corpo.

-Perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a aplicação

de uma força em pontos diferentes desse corpo, assim como a utilização do conceito de

centro de massa para prever situações de equilíbrio ou desequilíbrio de objetos.

-Compreenda a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas

formas, e que está relacionada à capacidade de produzir trabalho.

-Compreenda o conceito de fluído e o conceito de pressão num líquido ou num gás, aplicando

esses conceitos a outras situações cotidianas reais.

Compreenda a Teoria

Page 34: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

33

Encaminhamentos Metodológicos

- Movimento Uniforme: serão trabalhadas situações do cotidiano do aluno, através de

relatos, filmes, leituras, construções de experimentos o que levam a reflexão e o

entendimento do porque do fenômeno estudado.

-Movimento Uniforme variado: será Desenvolvido atividades de identificação do movimento

por meios de tabelas, gráficos experimentos variados que o levam a entender as fórmulas,

através das observações e com isso levantar hipótese.

- Movimento circular: as atividades que serão desenvolvidas no movimento circular (MC)

serão relacionadas com os fenômenos do cotidiano, e também a atuação da força centrípeta

em corpos em MCU. A partir das discussões serão abordados os conceitos trabalhados no

experimento.

-Leis de Newton: As atividades abordadas levarão os alunos a Compreender a 1ª lei de

Newton, Inércia, fazendo relações com o cotidiano, como andar de skate, de bicicleta, de

ônibus... Característica que os corpos têm de resistir às mudanças do seu estado de repouso

ou de movimento. Analisaremos o movimento de translação e um copo sobre um plano

horizontal, ao variar a força resultante e mantendo constante a massa total do sistema e

depois determinar valores de aceleração a partir dos experimentos e então verificar se a

Segunda Lei de Newton se aplica ao movimento estudado.

A proposta visa estudar a 3ª Lei de Newton, princípio da Ação e Reação, de uma forma

divertida e fácil dos alunos entenderem bem como a primeira e segunda Lei utilizando sempre

que possível experimentos debaixo custo.

-Colisões: Veremos que apenas a Física básica é suficiente na resolução de alguns casos

envolvendo acidentes de trânsito, assistiremos trechos de series, filmes que envolvam

situações de colisões,e com isso verão que um simples caso de colisão entre dois carros é

suficiente para mostrar diversas aplicações da Física estudada no Ensino Médio.

-Energia: Verão que a energia desempenha um papel importantíssimo em varias áreas de

conhecimento como na Física, Química e Biologia. E é um dos conceitos essenciais da Física

Moderna. Hoje em dia, seria impossível pensar num mundo sem o uso da energia elétrica,

seja para ligar computadores, tomar banho, iluminar, aquecer. Os experimentos

desenvolvidos levarão os alunos a entender que muitos recursos renováveis e não

renováveis são utilizados a fim de produzir energia.

-Equilíbrio: Dependendo do comportamento de um objeto, podemos classificar seu equilíbrio

em três tipos diferentes: estável, instável e indiferente, para cada item descrito serão

realizados experimentos para comprovação de cada situação.

Page 35: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

34

-Estudo dos fluídos: Estudaremos a divisão Mecânica dos Fluídos,e as personalidades

como Torricelli, Stevin e Pascal e seu as contribuições para o estudo dos fluidos com fatos, e

experimentos.

* Em todos os assuntos abordados serão desenvolvidos passos do método científico e os

experimentos construídos serão posteriormente demonstrados na feira de ciências que será

divulgado para toda comunidade escolar.

Resultados esperados

Para o aluno

O projeto proporcionará aos alunos a experimentação dos saberes, oportunizando o

desenvolvimento da análise dos fenômenos à luz do Método Científico abordando a

experimentação, e do senso crítico pois, além de elaborar experiências e executá-las poderão

entender as reações que acontecem na mesma,. Com isso estimulará o maior envolvimento

nas atividades propostas e melhor desempenho em sala de aula, pela formação de atitudes

na construção de novos conhecimentos e releituras dos saberes já produzidos pela Ciência.

Para a Escola

Maior ênfase na divulgação dos trabalhos de experimentação e iniciação cientifica, uma vez

que nos tempos normais da sala de aula tal prática nem sempre é legítima e efetiva. Espera-

se ainda um envolvimento de todos os atores da escola uma vez que o fluxo de alunos será

expandido e dessa forma a rotina será modificada.

Para a Comunidade

Toda a comunidade será mobilizada na divulgação dos trabalhos com objetivo de estimular

participação nos ações educativas a exemplo da Feira de Ciências.

Avaliação

Será avaliada a participação e o empenho dos alunos no desenvolvimento das atividades realizadas. *Nas resoluções de atividades em grupo. *Nas análises e interpretação de texto. *Será realizada feira de ciências para demonstrações dos trabalhos realizados durante o ano letivo para toda comunidade escolar.

Referências

Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação básica do Estado do Paraná- Física- SEED Curitiba – 2008.

Ser protagonista: Física, 1°ano:ensino médio/obra coletiva concebida, desenvolvida e

produzida por edições SM: editor responsável Angelo Stefanovits-2°edição -São Paulo.

Page 36: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

35

Física volume único: ensino médio/ Aurélio Gonçalves Filho, Carlos Toscano-São Paulo:

Scipione, 2005 Máximo, Alvarenga; volume único, 1997; Scipione. Silva, Cláudio Xavier da Física aula por aula: mecânica/ Cláudio Xavier da silva, Benigno

Barreto Filho, -1. Ed.-São Paulo : FTD,2010.-(Coleção física aula por aula;v.1) http://www.fisica.seed.pr.gov.br. Acesso em 15 de março de 2017 http://www.cbpf.br/~caruso/tirinhas/index.htm. Acesso em 15 de março de 2017 https://www.youtube.com/watch?v=4KDnaUfvnJI. Acesso em 15 de março de 2017 http://efisica.if.usp.br/mecanica/ensinomedio/2_lei_de_newton/seg_lei. Acesso em 15 de março de 2017 7.5.8 CELEM – Inglês e Espanhol

Entre os anos de 2010/2012 a instituição foi contemplada com o CELEM - Centro de

Línguas Estrangeiras Modernas (Espanhol). O CELEM desde 2010 oferta o Curso de

Espanhol, inicialmente com funcionamento no período vespertino. Em 2012 também houve

sua expansão para o turno da noite. Em 2014 aconteceu a implantação do CELEM – Língua

Estrangeira - Inglês nos turnos vespertino e noturno, beneficiando alunos com interesse por

essa disciplina e que apresentam dificuldade em frequentar um curso particular, devido seu

custo. Já no ano de 2015 o CELEM – Língua Estrangeira – Inglês passou a ser ofertado

apenas no turno noturno. Em 2016 e 2017, o CELEM Inglês funcionou em dois turnos: tarde e

noite.

TURNO SÉRIE DIA HORÁRIO CURSO

Vespertino 1ª 2ª e 4ª 13:50 às 15:30 Inglês

Noturno 1ª 3ª e 5ª 18:00 às 19:40 Inglês

Noturno 2º 3ª e 5ª 19:40 às 21:20 Inglês

Noturno 1ª 2ª e 4ª 18:00 às 19:40 Espanhol

Noturno 2ª 2ª e 4ª 19:40 às 21:20 Espanhol

7.5.9 Complementação De Carga Horária

TURNO VESPERTINO - são realizadas anualmente 40 horas de Complementação de Carga

Horária no período vespertino. (Anexo 1)

Page 37: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

36

TURNO NOTURNO – são realizadas anualmente 32 horas de Complementação de Carga

Horária no período noturno. (Anexo 2)

7.5.10 Número De Turmas - Ano Letivo 2017

Período: Matutino – Ensino Médio

1ª série 04 turmas

2ª série 03 turmas

3ª série 04 turmas

Total: 11 turmas

Período: Vespertino – Curso Formação de Docentes

1ª série 01 turma

2ª série 01 turma

3ª série 01 turma

4ª série 01 turma

Total: 04 turmas

Período: Noturno – Ensino Médio

1ª série 01 turma

2ª série 01 turma

3ª série 01 turma

Total: 03 turmas

Total Geral: 18 turmas

7.6 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

CURSOS

Ensino Médio – Matutino 07:30 às 12:00

Page 38: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

37

Curso Formação de Docente - Vespertino 13:00 às 17:20

Ensino Médio – Noturno 19:00 às 23:10

8- OCUPAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇOS PEDAGÓGICOS As instalações do Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal se

encontram em um terreno 2.880 m2, sendo 1.959,262 m2 de área construída. As

dependências podem assim serem descritas:

Quant. Descrição da dependência

03 01 04 04 02 01 01 01 01 07 06 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 14 01 01

Almoxarifados Banheiro Feminino de professores Banheiro Feminino de alunos Banheiro Masculino de alunos Banheiro Masculino de professores Biblioteca Cantina

Casa do Zelador Coordenação do Curso de Formação de Docentes Corredores – Ala superior Corredores – Ala Térrea Cozinha Depósito de Merenda Laboratório de Informática Laboratório de Química, Física e Biologia Pátio Coberto Refeitório Sala de Arquivo Sala de Direção Sala de Equipe Pedagógica Sala de Professores Sala Hora Atividade Salão Multiuso Salas de Aula Secretaria Sala de Leitura

Dependências físicas

8.1 Laboratório De Física/Química/Biologia O colégio possui o Laboratório, ele é usado com frequência, mas necessita de muitas

melhorias.

8.2 Biblioteca O colégio possui biblioteca que funciona em atendimento integral.

8.3 Laboratório de Informática O colégio possui o Laboratório de Informática que funciona em atendimento integral.

Page 39: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

38

8.4 Auditório O colégio possui um Salão Multiuso onde são desenvolvidas várias atividades.

8.5 Equipamentos de uso pedagógico

O Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal possui atualmente:

Aparelho de Televisão (13); Antena Parabólica (01), Retroprojetor (01); DVD (02); Aparelho de

som (02); Projetor de multimídia (Data show) (02); Máquina fotográfica/filmadora (01),

Computadores (40), Impressora Multifuncional (05) e Câmera de segurança (14). Dos 40

computadores, 08 são de uso administrativo e 32 para uso dos estudantes. A escola possui

acesso à Internet.

Page 40: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

39

9 - ORGANIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

9.1 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE

A comunidade escolar, em sua maioria, pertence à classe trabalhadora

apresentando carências e dificuldades sócio econômicas, afetivas e culturais.

A função básica da instituição é a formação dos cidadãos e o objetivo

principal da educação é possibilitar ao aluno apropriar-se do conhecimento cientificamente

elaborado para refletir e construir sua transformação social.

A instituição procura desenvolver um trabalho embasado no Projeto Político

Pedagógico/Proposta Pedagógica, seguindo a Política Educacional do Estado do Paraná,

tendo como eixo a Qualificação de Espaços e dos Equipamentos da Escola, Gestão

Democrática, Formação Continuada, bem como, a elaboração de projetos direcionados para

a busca da cidadania ativa.

9.2 DADOS HISTÓRICOS DA INSTITUIÇÃO

9.2.1 Atos Autorizatórios da Instituição de Ensino

a) Autorização de Funcionamento: Decreto n.º 5324/78 (07/08/78); b) Reconhecimento do curso Educação Geral: Resolução n.º 3514/88 (21/11/88);

c) Renovação de autorização de funcionamento do Ensino Médio: Resolução n.º

4642/02 - DOE 20/01/2003.

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de 2º Grau, de Bandeirantes, é resultado

da reorganização de estabelecimentos de ensino preconizado pela Lei nº 5692/71.

Participaram do processo de reorganização:

13. Colégio Estadual “Professor Mailon Medeiros”;

14. Colégio Comercial “Cyríaco Russo”;

15. Escola Normal Colegial “Professora Maria Juvelina dos Santos”.

9.3 ETAPAS DA ORGANIZAÇÂO E REORGANIZAÇÃO DOS CURSOS

9.3.1 Colégio Estadual “Mailon Medeiros”

Page 41: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

40

Ano de 1949: o Ginásio Municipal de Bandeirantes é criado pela Lei

Municipal nº 30 de 11/05/49 e inicia suas atividades na Serraria do Sr. Domingos Regamulto.

A Portaria nº 449, de 19/12/49 - MEC/RJ - concede autorização para funcionamento

condicional.

O curso é resultado do empenho do Professor Mailon Medeiros, nomeado 1º

diretor, pelo Decreto Municipal nº 45, de 10/11/49. O decreto nº46, de 10/11/49 nomeia

secretário o Sr. João de Campos.

Ano de 1950: o Ginásio Municipal de Bandeirantes, através da Portaria nº

617, de 21/08/50, MEC/RJ, passa a denominar-se Ginásio Estadual de Bandeirantes.

Funcionou até 1952, no prédio do Grupo Escolar da Usina Bandeirantes.

Ano de 1952: é inaugurado o prédio próprio do Ginásio Estadual de

Bandeirantes, na Rua Minas Gerais, s/nº, (hoje, Rua Prefeito Moacyr Castanho), onde

funciona a Escola Estadual “Nóbrega da Cunha” - Ensino de 1º grau, Regular e Supletivo.

Ano de 1955: a Portaria nº235 de 31/03/55 - MEC concede autorização para

o Ginásio Estadual de Bandeirantes funcionar com o 2º Ciclo, condicionalmente pelo prazo de

dois anos. A denominação do estabelecimento de ensino secundário passa a ser Colégio

Estadual de Bandeirantes.

Ano de 1965: com a Lei nº25 de 12/05/65 o Colégio Estadual de

Bandeirantes passou a denominar-se Colégio “Professor Mailon Medeiros”, em homenagem

ao seu fundador.

Ano de 1975: Parecer nº 13/75 de 07/02/75 aprova, em caráter definitivo, o

Plano de Implantação do Ensino de 2º Grau, do Colégio Estadual Professor “Mailon

Medeiros”, de Bandeirantes com as seguintes habilitações: Magistério, Redator Auxiliar,

Secretariado, Assistente de Administração, Contabilidade e Secretário Escolar; todas com a

duração de 3 anos.

O Parecer nº 78/75 de 27/10/75 aprecia, preliminarmente, o Plano de

Implantação da Lei 5692/71 - Ensino de 1º Grau apresentado pelas unidades escolares

Colégio Estadual Professor Mailon Medeiros, Grupo Escolar Juvenal Mesquita, Grupo Escolar

Usina Bandeirantes, Casa Escolar Santa Terezinha e Casa Escolar Dario Veloso.

Page 42: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

41

Ano de 1976: Parecer nº 236/76, de 09/12/76 aprova a implantação da

Habilitação Promotor de Vendas no estabelecimento, que funciona a partir de 1977.

O Parecer 020/76 aprova o plano de Implantação do Ensino de 1º Grau

apresentado pelo Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros”, Grupo Escolar Juvenal

Mesquita, Grupo Escolar Usina Bandeirantes, Casa Escolar Santa Terezinha e Casa Escolar

Dario Veloso.

Ano de 1977: Decreto Estadual nº 2791, de 04/01/77 - Autoriza a funcionar o

Complexo Escolar Professor “Mailon Medeiros” - Ensino de 1º e 2º Graus, resultante da

reorganização do Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros”, Escola Normal Professora

“Maria Juvelina dos Santos”, Colégio Comercial Estadual “Cyríaco Russo”, Escola de

Aplicação Cecília Meireles e Casa Escolar Dario Veloso.

O Ofício Circular 58/77 de 03/03/77 remaneja alunos do 1º Grau para a Unidade Polo

(Escola Estadual Professor “Mailon Medeiros” - Ensino de 1º Grau), atualmente, Colégio

Estadual Professor “Mailon Medeiros” - Ensino Fundamental, Médio e Profissional.

9.3.2 Administração técnico-pedagógica

Enquanto manteve a denominação de Colégio Estadual “Mailon Medeiros”,

exerceram a função de diretor do Estabelecimento, os seguintes professores:

1949 - 1950: Professor Mailon Furtado de Medeiros; 1951 - Professora Maria da Luz Miranda Conter;

1952 - 1955: Professor Thomaz Nicoletti; 1957 - Professora Maria da Luz Miranda Conter; 1958 - 1960: Professor Breno Trautwein; 1961 - 1962: Professor Thomaz Nicoletti; 1963 - 1964: Professor José Borsatto; 1965 - 1974: Professor Thomaz Nicoletti; 1975 - 1976: Professora Heloísa Helena Martins Páschoa.

9.3.3 Primeiros Docentes - Mário Amaral Pacca - Milton Aparecido Chaves - Thomaz Nicoletti - Nivaldo Nicolau Conter - Israel Diniz - Castor Ferrer da Rosa - Ivone Terezinha Russo Chaves - Norival Camargo Valladão - Dorothéa Passos Mieweglowski

Page 43: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

42

- Ozório Gonçalves Nogueira - Breno Trautwein - Lysethi Boline M. da Silva

9.3.4 Colégio Comercial Estadual De Bandeirantes

Ano de 1952: criado pela Lei Municipal nº 135/52, de 24/08/52, de 24/08/52.

Ano de 1956: o Colégio Comercial de Bandeirantes é estadualizado através da Lei nº

4798, de 31/08/56, com funcionamento no período noturno, no mesmo edifício do Colégio

Estadual “Mailon Medeiros”.

Portaria Estadual nº 5689, de 25/05/68 solicita à rede de ensino comercial, a escolha

de um Patrono, cujo nome deveria ser proposto após criteriosa consulta à comunidade. O

Colégio Comercial Estadual de Bandeirantes recebeu a incumbência de escolher o seu

Patrono em meados de 1970.

Ano de 1970: o Diretor do Colégio Comercial Estadual de Bandeirantes, Sr. Antônio

Corder, após ampla consulta à comunidade e em concorrida reunião com líderes comunitários

e corpo docente, viu aprovar no dia 03/08/70, por unanimidade, o nome do Sr. Cyríaco Russo,

ex-professor e profissional atuante na área contábil, para patrono do estabelecimento. No

mesmo ano, pelo Decreto Estadual nº 22093 da SEC, o Colégio Comercial de Bandeirantes,

passou a denominar- se Colégio Comercial “Cyríaco Russo”.

Ano de 1975: o Parecer 013/75 - CEE aprova, em caráter definitivo, o plano de

Implantação do Ensino de 2º Grau, do Colégio Estadual Prof. “Mailon Medeiros”, de

Bandeirantes, com as seguintes habilitações: Magistério, Redator Auxiliar, Secretariado,

Assistente de Administração, Contabilidade e Secretário Escolar; todas com duração de 3

anos.

O Parecer nº 078/75 aprecia, preliminarmente, o Plano de Implantaçãodo Ensino de 1º

Grau, apresentado pelas unidades escolares: Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros”,

Grupo Escolar Usina Bandeirantes, Casa Escolar Santa Terezinha e Casa Escolar Dario

Veloso.

Ano de 1977: o Decreto Estadual nº 2791 de 04/01/77 autoriza o funcionamento do

Complexo Escolar Professor “Mailon Medeiros” - Ensino de 1º e 2º Graus, resultante da

reorganização do Colégio Estadual Professor Mailon Medeiros, Colégio Comercial Estadual

Cyríaco Russo, Escola de Aplicação Cecília Meireles e Casa Escolar Dario Veloso.

O Ofício Circular 58/77 de 03/03/77 remaneja alunos do 1º Grau para a

Unidade Polo (Escola Estadual Professor “Mailon Medeiros” - Ensino de 1º Grau), atualmente

Page 44: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

43

Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros” - Ensino Fundamental, Médio e Profissional.

9.3.5 Administração Técnico-Pedagógica

Enquanto perdurou o nome de Colégio Comercial Estadual “Cyríaco Russo”,

desempenharam a função de diretor, os seguintes professores:

- 1953 - 1955: Professor Antonio Corder - 1956 - 1957: Professor Nivaldo Moreira Fonseca - 1958 - 1960: Professor Thomaz Nicoletti - 1961 - 1966: Professor Antonio Corder - 1967 - 1969: Professor Thomaz Nicoletti - 1970 - 1971: Professor Antonio Corder - 1972 - 1975: Professor Luiz César Pinto Ribeiro

- 1976 - 1977: Professor Thomaz Nicoletti

9.3.6 Primeiros Docentes (1956)

- Mailon Furtado de Medeiros - Breno Trautwein - Gentil Augusto da Silva - Nivaldo Conter - Carlos Nardon - Cyríaco Russo - Maria Aparecida Nunes - Rosalina Barbosa de Lima - Irineu Soares - Nivaldo Fonseca Moreira

9.3.7 Escola Normal Colegial “Professora Maria Juvelina dos Santos”

Ano de 1953: criada a Escola Normal Secundária, pela Lei Estadual nº 1188, de

06/08/1953, resultado do empenho do Professor Thomaz Nicoletti. O referido curso passa a

ser ministrado no período vespertino, no mesmo prédio onde funciona o Ginásio Estadual de

Bandeirantes.

Ano de 1956: por ato da SEC, a Escola Normal passa a denominar-se “Escola Normal

Secundária Professora Maria Juvelina dos Santos”.

Ano de 1977: o Decreto nº 2791 de 04/01/77 autoriza o funcionamento do Complexo

Escolar Professor “Mailon Medeiros” - Ensino de 1º e 2º Graus; resultante da reorganização

do Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros”, Escola Normal Colegial Estadual Profª.

Maria Juvelina dos Santos, Colégio Comercial Estadual Cyríaco Russo, Escola de Aplicação

Page 45: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

44

Cecília Meireles e Casa Escolar Dario Veloso.

9.3.8 Administração Técnica –Pedagógico

Exerceram a função de direção, os seguintes professores:

- 1953 - 1964: Professor Thomaz Nicoletti; - 1965 - 1977: Professora Neusa Russo da Cunha;

9.3.9 Primeiros Docentes (Ano De 1954)

- Ivone Terezinha Russo Chaves - Osias Borges Feiges - Aglair Ap. Sabóia - Augusto C. V. Espínola - Clory Dondeo - Jamila Sale - Maria da Glória E. Henriques - Castor Ferrer da Rosa - Maria da Luz Aparecida Pereira - Alice Bonfim Metring

9.3.10 Nova Alteração na Instituição de Ensino – Ano 1978

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de 2º Grau, de Bandeirantes, Estado do

Paraná foi autorizado a funcionar com o nome de Colégio “Cyríaco Russo” - Ensino de 2º

Grau, resultante da reorganização do Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros”, Escola

Normal Colegial Estadual Profª. Maria Juvelina dos Santos e Colégio Comercial Estadual

“Cyríaco Russo”, conforme o Decreto nº 5324 de 02/08/78.

Portaria nº 1344/78 homologa o Parecer nº 37/78/DESG aprovando a reformulação

das habilitações: Técnico em Contabilidade, Técnico em Secretariado e Assistente de

Administração, ministradas pelo Colégio “Cyríaco Russo” - Ensino de 1º e 2º Graus. Neste

período, o estabelecimento ofertava as seguintes habilitações nos seguintes turnos:

Matutino Habilitação: Promotor de Vendas; Redator

Auxiliar

Vespertino Habilitação: Magistério

Noturno Habilitação: Técnico em Secretariado; Assistente

Administrativo; Técnico em Contabilidade.

Page 46: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

45

Ano de 1981: a Resolução nº 2585/81 aprova o Regimento Interno para todas as

Escolas Estaduais, a partir de 13/11/81.

Ano de 1982: pela Resolução nº 779/82 de 17/03/82 fica reconhecido o Curso de 2º

Grau Regular, com as habilitações plenas: Magistério e Contabilidade e parcial: Promotor de

Vendas, do Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de 2º Grau, município de

Bandeirantes.

Ano de 1983: Parecer nº 132/83 - DESG autoriza a implantação do curso

Propedêutico.

Informação nº 169/83 - Protocolo 003979/83 - Adequação de grade curricular à Lei

7044/82, Deliberação 035/82, do CEE.

Resolução nº 2358/83, de 15/07/83 - O Colégio “Cyríaco Russo” passa a denominar-se

Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de 2º Grau.

Ano de 1984: Informação 75/84 de 18/04/84 altera o Título Ill do Regimento Escolar

uma vez que as determinações contidas na Informação nº 454/83 foram atendidas; desta

forma pelo Parecer nº103/84 fica aprovado o Projeto de Implantação gradativa do Curso de

2º Grau Regular – Propedêutico a partir de 1983.

Resolução nº 2413/84 autoriza o funcionamento do Curso Propedêutico, pelo prazo de

2 anos, a partir de 1983.

Ano de 1986: pelo Parecer nº542/86 fica determinada a cessação definitiva das

atividades escolares das Habilitações Promotor de Vendas, a partir de 1985 e, Assistente de

Administração, a partir de 1986.

Parecer nº 768/86 aprova a adequação da Grade Curricular e do Plano de Estágio da

Habilitação Magistério.

Resolução nº 3149/86, de 14/07/86 cessa definitivamente, a partir de 1985, as

atividades escolares da Habilitação Promotor de Vendas e, a partir de 1986, as da Habilitação

Assistente de Administração.

Ano de 1987: pelo Parecer 1041/87, Protocolo nº 362.399/87, fica aprovado o adendo

ao Regimento Escolar - Propedêutico, cuja denominação passa à Educação Geral, conforme

Deliberação nº 04/87 - CEE e Instrução nº01/87 da SUED/SEED.

Page 47: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

46

A Resolução nº1265/87, de 31/03/87 - prorroga o período de autorização de

funcionamento do curso de 2º Grau Regular - Propedêutico, por mais seis meses, a partir do

início do ano letivo de 1987.

A Resolução nº3402/87, de 26/08/87 - prorroga o período de autorização de

funcionamento do Curso de 2º Grau Regular - Propedêutico, a partir de 1985 até o final do

ano letivo de 1987. Fica revogada a Resolução nº1265/87 de 31/03/87.

Ano de 1988: o Parecer nº 564/88 de 08/08/88 aprova o adendo ao Regimento

Escolar referente ao Estágio Supervisionado, Habilitação Magistério, a partir do ano letivo de

1988.

A Resolução nº 1614/88 de 27/05/88 prorroga o período de autorização de

funcionamento do curso de 2º Grau - Educação Geral, por mais 1 (um) ano, a partir do início

do ano letivo de 1988.

Parecer nº2241/88 de 07/10/88 dá parecer favorável ao pedido de reconhecimento do

curso Educação Geral.

Pela Resolução nº 3514/88 de 10/11/88 fica reconhecido o Curso de 2º grau -

Educação Geral, no Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de 2º Grau; Parágrafo Único:

O curso acima integrará o reconhecimento original, declarado pela Resolução Secretarial nº

779/82.

Ano de 1989: implantação do Curso Auxiliar - Técnico em Contabilidade, com duração

4 anos.

Ato Administrativo nº 13/89-NRE aprova a proposta de avaliação para vigorar a partir

de 1989.

Parecer nº 799/89: aprova o adendo ao Regimento escolar referente à administração

das aulas de Educação Física, no Ensino de 2º Grau Regular - noturno, com vigência a partir

do início do ano letivo de 1989.

Ano de 1990: funcionamento da Habilitação Magistério, também no período noturno.

Ano de 1991: adoção da grade Curricular da Habilitação Magistério, com duração de 4

anos.

Ano de 1992: Resolução nº 4.496 de 24/12/91 autoriza o funcionamento da 4ª série da

Habilitação Técnico em Contabilidade, a partir de 1992.

Page 48: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

47

Ano de 1993: Parecer nº 727/93 de 03/12/93 aprova a alteração proposta da Grade

Curricular de Auxiliar de Contabilidade e Técnico em Contabilidade, a partir de 1994. A

alteração proposta refere-se à substituição da disciplina de Contabilidade Agrícola (3ª série),

por Introdução à Informática (3ª série).

Resolução nº 6778/93 de 15/12/93 homologa o Parecer nº 727/93 do DESG que

aprova a alteração da Grade Curricular da Habilitação Auxiliar de Contabilidade, do turno

noturno, com implantação gradativa a partir do início do ano letivo de 1994.

Resolução nº 3252/93 homologa o Parecer nº 417/93 do DESG que aprova a alteração

da Grade Curricular do Curso de 2º grau - Educação Geral - Preparação Universal, com

implantação a partir do início do ano letivo de 1994.

Parecer nº 622/93 de 20/10/93 aprova a Grade Curricular da Habilitação Auxiliar de

Contabilidade, período diurno, a partir de 1994.

Resolução nº 6012/93 de 08/11/93 homologa o Parecer nº 622/93 do DESG que

aprova a Grade Curricular da habilitação Auxiliar de Contabilidade, período diurno, com

implantação a partir do ano de 1994.

Ano de 1994: Resolução nº 5135/94 de 24/10/94 homologa o Parecer nº 604/94 do

DESG que aprova a Grade Curricular Transitória da habilitação em Técnico de Contabilidade,

para efeito exclusivo de Registro Escolar dos alunos matriculados no ano letivo de 1987.

Resolução nº 5437/94 de 07/11/94 concede, a partir de 1995, a implantação da

Habilitação Técnico em Processamento de Dados.

Ano de 1995: Resolução nº 3363/95, de 25/08/95 - Autoriza o funcionamento da

habilitação Técnico em Processamento de Dados. Implantação gradativa a partir do início do

ano letivo de 1995.

Ano de 1996: Parecer nº 94/96 e Resolução nº 2862/96 de 17/07/96 autorizam o

funcionamento da 4ª série, Habilitação Técnico em Contabilidade, período noturno, para

1996.

Ano de 1997: Resolução nº 420/97, de 07/02/97 - Autoriza o funcionamento da 4ª

série da habilitação Técnico em Contabilidade, diurno (Parecer nº 216/96) e noturno (Parecer

nº 217/96), para o ano letivo de 1997.

Parecer nº 863/97 - CEF e Resolução nº 2.277/97 de 03/07/97 - SEED autorizam a

cessação definitiva das atividades escolares da Habilitação Técnico em Contabilidade.

Page 49: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

48

Determina a cessação gradativa cumprindo o seguinte cronograma: 1997 - 1ª série; 1998 - 1ª

e 2ª séries; 1999 - 1ª, 2ª e 3ª séries e 2000 - 1ª, 2ª, 3ª e 4ª séries.

Parecer nº 975/97 - CEF e Resolução nº 2288/97 de 03/07/97 - SEED autorizam a

cessação definitiva das atividades escolares da Habilitação Magistério. Determina a cessação

gradativa, cumprindo o seguinte cronograma: 1997 - 1ª série; 1988 - 1ª e 2ª séries; 1999 - 1ª,

2ª e 3ª séries e 2000 - 1ª, 2ª, 3ª e 4ª séries.

Parecer nº 226/97 – CEE e Resolução nº 3086/97 do DOE de 30/09/97 – SEED

reconhecem a Habilitação Técnico em Processamento de Dados em caráter excepcional,

exclusivamente para fins de cessação a partir do ano letivo de 1997.

Resolução nº 2288/97 – DOE nº 5052/97 de 24/07/97 cessa definitivamente as

atividades escolares da Habilitação Técnico em Contabilidade, cumprindo o seguinte

cronograma: 1997 a 1ª série; 1998 a 1ª e 2ª séries; 1999 a 1ª, 2ª e 3ª séries e 2000 a 1ª, 2ª,

3ª e 4ª séries.

Resolução nº 4482/97 – DOE nº 5198/97 de 26/02/98 cessa definitivamente as

atividades escolares da Habilitação Técnico em Processamento de Dados, no Colégio

Estadual Cyríaco Russo – Ensino de 2º Grau, do município de Bandeirantes.

Resolução nº 4482/97 publicado no DOE nº 5198 de 26/02/1998, página 29, cessa

definitivamente as atividades escolares de Habilitação Técnico em Processamento de Dados.

Ano de 1998: o ato administrativo nº 289/98 do NRE de 23/09/1998 faz adequação de

nomenclatura do estabelecimento de ensino de Educação Básica – Colégio Estadual Cyríaco

Russo – Ensino Médio, conforme Resolução nº 3120/98 DOE 11/09/98.

Ano de1999: Autorização de funcionamento de 4ª série do Curso Técnico de

Contabilidade pela Resolução nº3189/99 de 16/08/1999.

Ano de 2000: Parecer nº070/2000 de 07/12/2000 – NRE aprova o Regimento Escolar

a partir de 2001.

Parecer nº271/2000 de 07/12/2000 homologa o parecer nº 070/2000 referente ao

Regimento Escolar do Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio.

Ano de 2002: Parecer nº028/2002 de 18/12/2002 aprova o Regimento Escolar a partir

de 2002.O Parecer nº192/2002 de 18/12/2002 homologa o parecer 028/2002.Resolução

nº4642/02 de 20/01/2003 aprova a renovação de autorização do Ensino Médio.

Resolução 3069/2001 – DOE de 31/01/2002 nomeia Nelci Maria Martins de Queiróz

para o cargo de Diretora do Colégio Estadual Cyríaco Russo.

Page 50: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

49

Resolução nº 4254/2003 – DOE de 23/01/2004 nomeia Nelci Maria Martins de Queiroz,

para o cargo de Diretora do Colégio Estadual Cyríaco Russo.

Ano de 2006: Autorização de funcionamento do Curso Formação de Docentes da

Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental – Resolução 368/2006 - DOE

24/02/2006, a partir de 2005. Em decorrência do caput do artigo, o estabelecimento passa a

denominar-se: Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal.

Ano de 2007: Renovação do Curso do Ensino Médio – Resolução 160/2007- DOE

26/02/2007.

Ano de 2008: Reconhecimento do Curso de Formação de Docentes da Educação

Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (Destinado a Egressos do Ensino

Fundamental ou equivalente) - Resolução nº1318/2008 - DOE 18/06/2008. Reconhece

também o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do

Ensino Fundamental, Modalidade Normal, Nível Médio (Destinado a Egressos do Ensino

Médio ou equivalente) – Aproveitamento de Estudos.

Ato Administrativo Nº 024/2008 – Parecer Nº 018 de 07/02/2008 - Aprova o Regimento

Escolar do Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal, que entrará em vigor a

partir desta data.

Ano de 2009: autoriza a descentralização do Curso de Formação de Docentes da

Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, para funcionamento no Colégio

Estadual Vinícius de Morais, Município de Santa Amélia, Resolução 1643/2009, DOE

07/07/2009, desde 2008.

Parecer de nº 660/2009 – DET/SEED de 04/12/2009 autoriza o funcionamento do

Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino

Fundamental, Modalidade Normal, Nível Médio (Destinado a Egressos do Ensino Médio ou

equivalente) – Aproveitamento de Estudos.

Ano de 2010: Ato Administrativo Nº 010/2010 - Aprova o Adendo de Acréscimo Nº

01/2010 ao Regimento Escolar, aprovado perlo Ato Administrativo Nº 024/2008, referente à

oferta do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM; Implantação do Ensino Médio

Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais, oferta da Descentralização do Curso de

Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em

Nível Médio na Modalidade Normal e do Programa Viva a Escola.

Page 51: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

50

Ano de 2011: Parecer nº427/2011 – DET/SEED autoriza a continuação de

funcionamento do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais

do Ensino Fundamental, Modalidade Normal, Nível Médio (Destinado a Egressos do Ensino

Médio ou equivalente) – Aproveitamento de Estudos, a partir do 1º Semestre/2012.

Parecer nº 10/2011, de 22/11/2011 – Equipe Pedagógica da Educação Básica – NRE

emite o Parecer de Verificação da Legalidade do Projeto Político Pedagógico do Colégio

Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal.

Ano de 2012: Resolução nº 6012/11 – DOE de 06/01/12 nomeia Roseli Bueno da Silva

para o cargo de Diretora do Colégio Cyríaco Russo. Credenciamento da oferta da Educação

Básica – Resolução nº 4543/2012 – DOE 06/08/2012.

Ato Administrativo nº 346/2012 – Aprova o Adendo Regimental de Alteração e

Acréscimo Nº 02, ao Regimento Escolar, aprovado pelo Ato Administrativo Nº 024/2008,

referente à Cessação do Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais,

Implantação simultânea do Ensino Médio e Curso de Formação de Docentes com

Aproveitamento de Estudos, que entrará em vigor a partir do início do ano letivo de 2013.

Ano de 2013: Renovação de Reconhecimento do Ensino Médio - Resolução nº

4872/2013 - DOE 27/11/2013.

Ato Administrativo nº 137/2013 – aprova o Adendo de Acréscimo nº 03, ao Regimento

Escolar pelo Ato Administrativo Nº 024/2008, que regimenta a inclusão do Programa Brigadas

Escolares – Defesa Civil na Escola.

Ano de 2014: Renovação de Reconhecimento do Curso de Formação de Docentes da

Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, Resolução nº 1169/2014 - DOE

07/04/2014.

Ano de 2015: Autorização de descentralização do Curso de Formação de Docentes da

Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, para funcionamento no Colégio

Estadual Vinícius de Morais, Município de Santa Amélia, Resolução nº 1885/2015 - DOE

15/07/2015, para o ano de 2016.

Ato Administrativo nº 176/15, Parecer Nº 105, de 23/12/15 altera o Sistema de

Avaliação Bimestral para Trimestral, com implantação simultânea a partir do ano letivo de

2016.

Page 52: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

51

Ano de 2016: Resolução nº 741/16 – DOE de 04/03/16, nomeia Iolanda Aparecida

Rodrigues para o cargo de Diretora do Colégio Cyríaco Russo.

Após a unificação dos cursos, o Colégio Estadual “Cyríaco Russo” teve à frente de sua

administração os seguintes professores:

1978 - 1980: Professora Neusa Russo da Cunha (diretora)

Professora Yoshiko Kawata Maeda (diretora auxiliar)

1981 - 1982: Professor Gentil Augusto da Silva

1982 - 1983: Professora Yoshiko Kawata Maeda

1984 - 1985: Professora Neusa Russo Cunha (primeira diretora eleita por

voto direto da comunidade escolar)

1986 - 1989: Professora Derli Ferraz Pedroso

1990: Professor Mario Luciano

1991 - 1995: Professora Marina Yukiko Kikuta

1996 - 2000: Professor Fulton Carlos Teixeira Ribeiro (diretor)

Professor Ademar Ribeiro Richter (diretor auxiliar)

Professor Mauro Ferreira (diretor auxiliar)

2001 - 2011: Professora Nelci Maria Martins de Queiróz – (diretora)

2012 - 2015:Professora Roseli Bueno da Silva (diretora)

Professor Marlene Aparecida de Souza Altizani (diretora auxiliar)

9.3.11. Biografia do patrono Cyríaco Russo

Cyríaco Russo nasceu na cidade de Guaxupé, Estado de Minas Gerais, aos 08 (oito)

dias de mês de agosto de 1898. Filho de Raphael Russo e de Manoela Cândida Russo foi o

primogênito de uma família de sete membros e durante toda a sua infância e juventude viveu

em sua cidade natal.

Lutando com grandes dificuldades financeiras, começou muito cedo a enfrentar o

trabalho diário, exercendo juntamente com seu pai a profissão de pedreiro. Tinha muita

vontade de continuar os estudos e, com a abertura da Academia de Comércio em sua cidade,

nela ingressou, continuando a trabalhar como pedreiro durante o dia e estudar a noite.

Formou-se Guarda-livros em 1922, na Academia de Comércio “São José” de Guaxupé. Em

1923 diplomou-se perito contador na primeira turma do referido estabelecimento. Sempre se

distinguiu nos estudos e, devido a isso, foi convidado para fazer parte do corpo docente

dessa escola logo que se diplomou. Atuou como professor durante um período de 04 anos.

Page 53: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

52

Em 1918, deixou a profissão de pedreiro e, a convite de seu professor, Dr. André

Cortês Granero, submeteu-se a um concurso para escrevente juramentado, na cidade de

Muzambinho, Estado de Minas Gerais. Neste concurso havia 30 candidatos inscritos, sendo

aprovados apenas quatro e, entre eles, estava Cyríaco Russo. Após esse concurso, ocupou o

cargo de escrevente do Tabelionato de 1º Ofício de Guaxupé.

Casou-se em 1921 com a senhora Rachel Paschoa Russo e tiveram 5 filhos: Maria,

Neusa, Cyra, Ivone e William. Anos mais tarde sua filha Neusa Russo da Cunha assumiria a

direção do colégio por duas gestões: 1978-1980 / 1984-1985.

Em 1924, deixou o cartório para exercer a profissão de contador abrindo um Escritório

de contabilidade em Guaxupé – Minas Gerais. Em 1933, submeteu-se a um concurso para

ingressar no Banco Hipotecário de Minas Gerais S.A., e em 1938, foi transferido para Monte

Santo de Minas, como Gerente da referida Casa de Crédito; em 1941, encerrada a sua

carreira bancária, continuando com seu escritório contábil, o qual mesmo durante seu

exercício na carreira bancária, nunca abandonou.

Em 1939, ingressou na Loja Maçônica “Caridade Montessantense”, onde atingiu o grau

33 de estudos filosóficos. Mais tarde, no período de 1965-1968, vivendo no Estado do

Paraná, seria nomeado Delegado do Grande Oriente do Paraná.

Na cidade de Monte Santo de Minas/MG foi professor fundador da Escola de

Comércio. Em 1943, transferiu residência e escritório para a cidade de Itamogi/MG, onde

permaneceu até o ano de 1952, onde exerceu também o cargo de Professor Fundador no

Ginásio Municipal, ocupando a cadeira de Matemática, atuando também como Secretário.

Transferiu sua residência para o Estado do Paraná, cidade de Bandeirantes, em junho

de 1952. Nessa cidade, continuou com seu Escritório de Contabilidade, fez parte do Corpo

Docente do Colégio Comercial Estadual de Bandeirantes durante 07 anos, ocupando as

cadeiras de Contabilidade Comercial, Bancária, Contabilidade Geral Aplicada e Matemática.

Recebeu em 1968, por Decreto do Grande Oriente de Paraná, o título de Benemérito

da Maçonaria Paranaense. Ocupou a Provedoria da Santa Casa de Misericórdia de

Bandeirantes de 1959 a 1969. Foi fundador e primeiro Presidente do Albergue Noturno “João

Francisco Ferreira”, desta cidade, em sua fase de organização e construção. Foi membro do

Rotary Club de Bandeirantes durante 10 anos.

Exerceu sua profissão de contador até os seus últimos dias. Faleceu no dia 07 de

junho de 1970, na cidade de Bandeirantes, onde foi sepultado.

9.4 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DOS ALUNOS

9.4.1 Perfil dos alunos do Ensino Médio

Page 54: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

53

Para traçar o perfil dos estudantes dessa instituição de ensino como condição precípua

de formular encaminhamentos pedagógicos coerentes, visando à melhoria no processo

ensino e aprendizagem, alguns pontos merecem destaque e estão em análise constante. Os

índices de evasão da instituição são extremamente preocupantes, especialmente no período

noturno, situação que merece atenção especial. No entanto, a taxa de aprovação dos

estudantes é significativa, levando-se em consideração o período matutino, que abrange um

grande número deles e, muitos, apenas com dedicação exclusiva aos estudos.

Quanto aos quesitos que perfilam o nível socioeconômico dos estudantes levam-se em

consideração três aspectos: proveniência (lugar onde moram), como se locomovem até a

escola e a renda familiar/condições de moradia.

Embora localizada em zona central do perímetro urbano a instituição atende,

substancialmente, alunos de bairros e vilas urbanas, uma parcela significativa da zona rural e,

ainda, moradores de cidades circunvizinhas.

Em relação ao meio de locomoção dos estudantes foram suscitadas discussões para

rever as atitudes tomadas pela instituição quando a Prefeitura Municipal suspende o

transporte escolar em recessos municipais, e quando chuvas fortes incidem nos horários de

entrada dos alunos, uma vez que é alto o percentual de estudantes que vêm a pé e utilizam o

transporte escolar.

Em se tratando da prática religiosa dos estudantes percebe-se que ela é bem diversa

e, mesmo sabendo de sua laicidade é preciso tomada de decisões pelo coletivo da instituição

e proposição de ações pedagógicas cuidadosamente planejadas levando-se em

consideração essa diversidade. O respeito à diversidade é fundamental para que se tenha um

ambiente de trabalho harmonioso e saudável.

Pesquisas recentes têm buscado traçar o perfil do ambiente familiar como

determinante de alguns aspectos importantes do desempenho da vida escolar de

adolescentes. Um dos itens de destaque é o nível de escolaridade dos pais, em especial da

mãe que, na maioria das vezes, é quem oferece maior respaldo e acompanhamento na

formação do filho, em especial, da sua vida escolar.

Analisando a instituição no seu conjunto pode-se afirmar que o período noturno

apresenta características peculiares, levando-se em consideração o estudante trabalhador;

assim, as faltas e atrasos são sempre consideradas na pauta de discussões. Grande parcela

de estudantes tanto do período matutino quanto do noturno utiliza o transporte escolar como

meio para frequentar a escola, o que dificulta a sua vinda em épocas de chuva.

A partir de 2008, na tentativa de minimizar os altos índices de evasão escolar no

ensino médio noturno, de modo geral no Estado do Paraná, foram realizados coletivamente

no âmbito escolar vários estudos, a partir de documentos enviados pela SEED, visando à

Page 55: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

54

implantação do Ensino Médio por Blocos de Disciplinas. Após muito estudo e análise, essa

mudança na instituição ocorreu definitivamente em 2010. Nessa decisão, os índices de

evasão detectados nos seis anos anteriores tiveram um grande peso. Após três anos de

implantação desse sistema de ensino, percebeu-se que não havia ocorrido mudança

significativa em relação à minimização da evasão escolar, especialmente no ensino noturno,

motivo pelo qual aconteceu a mudança. Também muitos pais não estavam satisfeitos com tal

sistema pelo motivo de o filho ter as disciplinas divididas por blocos, estudando-as apenas

por um período (semestre) durante o ano letivo, o que, segundo eles, influenciava

negativamente nos estudos e, consequentemente, no resultado do vestibular,

9.4.2 Perfil dos alunos do curso Formação de Docentes do turno vespertino

O Curso Formação de Docentes é composto, predominantemente, pelo sexo feminino,

96%. Todos os alunos cumprem uma carga horária de estágio em contraturno, mas ainda

assim, muitos deles estão inseridos no mercado de trabalho. O maior índice de desistência

ocorre na 1ª série pela falta de maturidade dos alunos e adequação de horários para o

cumprimento da carga horária da disciplina de Prática de Ensino (estágio), com 05 (cinco)

aulas semanais, 200 (duzentas) horas anuais, totalizando 800 (oitocentas) horas nos 04

(quatro) anos de curso.

O meio de locomoção dos estudantes via transporte escolar está em consonância com

a proveniência dos mesmos.

A profissão religiosa dos estudantes também é diversa e será considerada na

proposição de ações que minimizem a incidência de bullying, racismo, valorização do respeito

às diferenças e estímulo ao espírito de solidariedade e companheirismo.

9.4.3 Perfil geral dos alunos do Colégio Estadual Cyríaco Russo

9.4.3.1 Idade

A idade dos estudantes do Ensino Médio do período matutino está no intervalo 14 - 20

anos; no entanto, a grande maioria encontra-se no intervalo da idade/série correta e, por isso

a idade máxima é 17 anos. No período noturno, o intervalo se alarga para 14 – 23 anos. No

curso Formação de Docentes, a idade está entre 14 –49 anos.

Page 56: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

55

9.4.3.2 Inserção no Universo do Trabalho

A inserção de estudantes no universo do trabalho é maior no caso dos que estudam no

período noturno, apesar de muitos estudantes do período matutino estarem procurando

trabalho de meio período. Os estudantes do Curso Formação de Docentes (vespertino)

cumprem carga horária de estágio em contraturno e, ainda assim, muitos deles trabalham

como atendentes em Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs).

9.4.3.3 Condições de saúde

Para traçar o perfil das condições de saúde consideramos apenas os estudantes que

comunicam serem portadores de alguma deficiência e os que fazem uso de medicamento

contínuo, em conformidade com atestado médico ou informação familiar. Existem também na

instituição estudantes com deficiências cognitivas, estudantes com necessidades especiais

(estudante surdo), hoje, com acompanhamento do professor Tradutor e Intérprete de Libras -

Tils, estudantes com diabetes, doença celíaca, estudantes com deficiência auditiva, sem, no

entanto, a exigência de utilização de aparelho. Há de se considerar ainda os estudantes com

deficiência visual e, que muitas vezes, “não se veem” como deficientes porque fazem uso de

lentes corretivas.

Quanto ao uso de medicamento contínuo, há estudantes que fazem tratamento para

anemia, diabetes e depressão.

9.4.3.4 Participação em Programa do Governo

Mesmo sendo uma instituição localizada em região central, da totalidade de seus

estudantes, 14,2% estão inseridos no Programa Bolsa Família, do Governo Federal,

programa de fundamental importância que visa à permanência do estudante na instituição,

propiciando à família melhores condições de atendimento ao adolescente.

9.5 QUANTITATIVOS RECURSOS HUMANOS

9.5.1 Corpo Administrativo – Pedagógico

FUNÇÃO NOME VÍNCULO

Page 57: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

56

Diretora

Diretora Auxiliar

Professoras Pedagogas

Coordenação de Curso

Coordenação de

Curso/Estágio

Assessoria Pedagógica

(Biblioteca)

Secretária

Equipe Técnico-

Administrativa

Agentes de Apoio - Serviços

Gerais

Iolanda Aparecida Rodrigues Res.741/16 – DOE 04/03/16

Maria Cristina Castanho de

Santana

Marilda Martins Torres Maria Cristina Castanho de Santana Izabel Cristina Henrique Rosato Mariza Aparecida de Freitas Marcia Raimundo de Miranda Pires Suely Gonçalves

Silvana Costa Correia Alves

Sônia Raquel da Silveira

Célia Regina Monte Sião Cláudia Maria Delamuta da Silveira Eva Campos da Silva Teresinha de Jesus Bragante Santos Valdinéia Leandro Lanzone Adriana Honorato de Medeiros Ana Maria Cabral Fernandes da Silva Aparecida de Lourdes Marinho Aparecida de Medeiros Corsini Aparecida dos Santos Elisângela Aparecida Cerino da Silva Ines Pires de Araújo Neide de Lima Parisoto Terezinha Manzalli

QPM QPM-PDE/13 QPM-PDE/09 QPM-PDE/13 QPM QPM QPM QPM QPM-PDE/09 QFEB QFEB QFEB QFEB QPPE QPPE READ QFEB QFEB QFEB QPPE QFEB READ QFEB QFEB QFEB

Quadro 3. Corpo Administrativo – Pedagógico

Page 58: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

57

9.5.2 Corpo Docente

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal mantém em seu quadro

de professores os profissionais abaixo relacionados:

Nº Ordem

Nome do Professor Vínculo Nível máximo de Escolaridade 01 Alice Maria Martins Rockenbach QPM PDE/10-Especialização

02 Ana Rosa Guidi QPM Especialização

03 Carlos Eduardo Strada PSS Especialização

04 Cleonice Valezze Espagolla QPM Especialização

05 Cleyson Mendes Soares QPM Especialização

06 Elisângela Trovão PSS Especialização

07 Ester Amaro Costa de Souza QPM Especialização

08 Fátima Regina Negrão QPM PDE/12 - Especialização

09 Fernanda de Godoy Ferreira QPM Especialização

10 Fulton Carlos Teixeira Ribeiro QPM PDE/10-Especialização

11 Glauco Antonio Prezoto PSS Graduação - Professor TILs 12 Inês Rodrigues QPM Especialização

13 Jacqueline Cristina dos Santos QPM Especialização

14 José Henrique Garcia QPM Especialização

15 José Roberto de Oliveira QPM Especialização

16 Keila Aparecida Ferreira Vasconcelos

QPM Especialização

17 Mara Cristina Campos Tomé QPM PDE/10-Especialização

18 Márcia Raimundo de Miranda Pires QPM Especialização

19 Maria Cícera da Silva Benedito QPM PDE/10-Especialização

20 Maria Regina Luciano Rodrigues Pinto

QPM PDE/10-specialização

21 Marlene Aparecida de Souza Altizani

QPM PDE/09-Especialização

22 Mary Cristiane Geroldi QPM Especialização

23 Mauro Ferreira da Silva QPM Especialização

24 Neila Martelli Toledo de Campos QPM PDE/12-Especialização

25 Pollyana Maria Delgado Balla QPM Especialização

26 Priscilla Pascoal Brumm QPM Especialização

27 Regiane Cássia Piccioni Xavier QPM Especialização

28 Regiane Elizabeth Perez QPM PDE/10

29 Reginaldo dos Santos Simões QPM Especialização

30 Ricardo Rocha PSS Especialização

31 Rosangela Aparecida Palomares QPM PDE/14-Especialização

32 Roseli Bueno da Silva QPM PDE/08-Especialização

33 Rosiane Giraldeli Fabian QPM PDE/07-Mestrado

34 Roziani Aparecida da Silva Sarmanho

QPM Especialização

35 Samuel Grande QPM Especialização

36 Sueli Gonçalves QPM PDE/09 - Especialização

37 Vanda Lucia de Souza Silva PSS Especialização

38 Vera Lúcia da Silva Pinto Lima QPM PDE/09-Especialização

39 Verônica Euclides Barbosa Sbalqueiro

QPM Especialização

Quadro 4. Corpo Docente

9.5.2.1 Quadro de Professores

Page 59: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

58

Com a implantação do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, programa

diferenciado ofertado pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná - SEED no ano de

2007, mudanças de diferentes ordens ocorreram na rotina escolar, bem como no perfil do

quadro de professores.

Entre 2010/2012, percebeu-se uma realidade atípica na instituição, em virtude do

número significativo de professores efetivos que, diante de seu nível na carreira profissional,

tiveram uma nova oportunidade de crescimento pessoal e profissional com inserção no PDE,

onde o professor que atinge a pontuação para dele participar, tem afastamento de 100% das

atividades escolares por um período de um ano, para dedicação exclusiva aos estudos e, no

segundo ano, uma liberação parcial de 25% de sua carga horária para o desenvolvimento do

GTR – Grupo de Trabalho em Rede, elaboração do Artigo Científico e conclusão das

atividades, possibilitando novo acesso ao Plano de Carreira.

O quadro atual de professores é composto por trinta e nove professores (39),

possuindo a maioria cursos de Especialização. Desse total, quatorze professores (14) já

concluíram o PDE e dois (02) encontram-se em fase de conclusão do Programa. Há, ainda,

um professor com conclusão de Mestrado. A maioria do quadro docente é formada pelo sexo

feminino (74,4%), contra (25,6) do sexo masculino.

A Formação Continuada dos profissionais da educação, como proposta do Plano de

Desenvolvimento da Educação – PDE Nacional e da Secretaria de Estado de Educação –

SEED, vem proporcionando reflexos positivos no nível de escolaridade dos professores

dessa instituição de ensino e, consequentemente, melhoria no efetivo trabalho em sala de

aula e na qualidade da educação.

Os professores participam também anualmente da Semana Pedagógica ofertada nos

meses de fevereiro e julho, da Formação em Ação, que acontece nos dois semestres, sendo

um dia em cada semestre e, ainda, de cursos ofertados nas diferentes disciplinas. Foi

incluído a partir desse ano mais 01 (um) dia para a Formação Disciplinar.

A profissão religiosa dos professores reflete a pluralidade de nossa sociedade e exige

a proposição de ações que vislumbrem o respeito à diversidade e à tolerância nas relações

interpessoais.

Na instituição de ensino há vinte e quatro (24) profissionais entre as diversas funções:

direção, direção auxiliar, pedagogos, coordenação de curso, coordenação de estágio,

assessoria pedagógica (biblioteca), secretaria, equipe técnico-administrativa e agentes de

apoio (serviços gerais). Composição formada por 100% do sexo feminino. Desse total, três

(03) profissionais concluíram o Programa de Desenvolvimento da Educação – PDE e um (01)

encontra-se em fase de conclusão.

O corpo administrativo-pedagógico encontra-se também inserido nos programas de

Page 60: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

59

Formação Continuada propostos pela SEED e já participou de diversas ações: grupos de

estudo aos sábados, Itinerante; Seminários em Faxinal do Céu e Londrina, Semana

Pedagógica, Formação em Ação, além de cursos direcionados ao cargo específico.

A profissão religiosa dos funcionários, assim como a dos professores, reflete o cenário

plural de nossa sociedade.

9.5.2.2 Condições de trabalho e plano de carreira

Organizado pela Secretaria de Estado da Educação.

9.5.3 Turmas De Ensino Médio

1º anos Matutino/noturno 175

2º anos Matutino/noturno 135

3º anos Matutino/noturno 175

9.5.4 Turmas De Formação De Docentes

1º ano Matutino 30

2º ano Matutino/noturno 27

3º ano Matutino 12

4º ano Matutino 16

10 - MARCO CONCEITUAL

“A passagem para um novo paradigma não é abrupta e nem radical. É um processo que vai

crescendo, se construindo e se legitimando”. Behrens

As contradições são inerentes ao processo de organização social em quaisquer

épocas, no entanto, a dialética nem sempre subsidiou a tomada de decisões em todas as

sociedades; isso porque, a aceitação do status quo em algumas, com liderança

centralizadora, por vezes tirana, foi assumida passivamente como uma atitude política.

A educação, tomada aqui em sentido restrito, a escolar propriamente dita, está sujeita

as condicionantes de ordem sociopolítica, entre outros, que implicam em diferentes

Page 61: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

60

concepções de homem e de sociedade e, em razão disso, diferentes pressupostos sobre o

papel da escola e da aprendizagem, entre outros. Vista desta forma, ora assume postura

emancipadora, ora atua apenas como aparelho ideológico do estado podendo, em algumas

vezes, ser repressora defendendo o interesse da classe dominante.

Assim, o modo como os profissionais da educação realizam o seu trabalho está

diretamente ligado aos pressupostos teóricos, que explícita ou implicitamente, embasam a

prática, e consequentemente, explicam sua práxis.

Sistematicamente, as tendências educacionais podem servir de parâmetro entre a

prática dos profissionais da educação e o referencial teórico construído nas últimas décadas.

Em linhas gerais, Libâneo (1990), usando como critério a posição que adotam em relação aos

condicionantes sociopolíticos da escola, classificou as tendências pedagógicas liberais e

progressistas, a saber:

Tabela 1 Tendências Pedagógicas

Pedagogia Liberal Pedagogia Progressista

Tradicional Libertadora

Renovada progressivista Libertária

Renovada não-diretiva Crítico-social dos conteúdos

Tecnicista

A doutrina liberal defende a liberdade e os interesses individuais e por isso

estabeleceu uma forma de organização social alicerçada na propriedade privada dos meios

de produção, ou seja, suscita uma sociedade de classes. A pedagogia liberal é, portanto, uma

manifestação dessa concepção de sociedade. Nos últimos cinquenta anos, a educação

brasileira tem sido marcada pelas tendências liberais, ora na forma conservadora, ora na

forma renovada e, tais tendências manifestam-se nas práticas escolares e no ideário

pedagógico de muitos professores, ainda que não se deem conta dessa influência, lembra

Libâneo (1990), isso porque a escola nessa perspectiva tem a função de preparar indivíduos

para o desempenho de papéis sociais de acordo com aptidões individuais.

Historicamente, a pedagogia liberal evoluiu para a pedagogia renovada, denominada

Escola Nova, no entanto ambas conviveram e convivem na prática escolar. Os conteúdos, os

procedimentos didáticos, a relação professor-aluno não têm nenhuma relação com o

cotidiano do aluno e muito menos com as realidades sociais. Predomina, neste contexto, a

palavra do professor, regras impostas pelas hierarquias e a supervalorização do intelectual. O

aluno é educado para atingir sua realização pelo próprio esforço e assumir os seus fracassos

como resultado de esforço insuficiente.

Ainda segundo Libâneo (1990, p.34)

Page 62: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

61

a tendência liberal renovada apresenta-se, entre nós, em duas versões distintas: a renovada progressivista, ou, pragmática, principalmente na forma difundida pelos pioneiros da educação nova, entre os quais se destaca Anísio Teixeira (deve-se destacar, também, a influência de Montessori, Decroly e, de certa forma, Piaget); a renovada não-diretiva, orientada para os objetivos de auto realização (desenvolvimento pessoal) e para as relações interpessoais, na formulação do psicólogo norte-

americano Carl Rogers. [...] A tendência liberal tecnicista subordina a educação à sociedade, tendo como função a preparação de "recursos humanos" (mão-de-obra para indústria). A sociedade industrial e tecnológica estabelece (cientificamente) as metas econômicas, sociais e políticas, a educação treina (também cientificamente) nos alunos os comportamentos de ajustamento a essas metas. No tecnicismo acredita-se que a realidade contém em si suas próprias leis, bastando aos homens descobri-las e aplicá-las. Dessa forma, o essencial não é o conteúdo da realidade, mas as técnicas (forma) de descoberta e aplicação.

Saviani (1981, p. 65) apropriadamente descreveu as confusões que se emaranhavam

nos professores da época (e que ainda emaranham). Segundo ele:

os professores têm na cabeça o movimento e os princípios da escola nova. A realidade, porém, não oferece aos professores condições para instaurar a escola nova, porque a realidade em que atuam é tradicional. [...] Mas o drama do professor não termina, aí. A essa contradição se acrescenta outra: além de constatar que as condições concretas não correspondem à sua crença, o professor se vê pressionado pela pedagogia oficial que prega a racionalidade e produtividade do sistema e do seu trabalho, isto é, ênfase, nos meios (tecnicismo).[...] Aí o quadro contraditório em que se encontra o professor: sua cabeça é escolanovista a realidade é tradicional;[...] rejeita o tecnicismo porque sente-se violentado pela ideologia oficial; não aceita a linha crítica porque não quer receber a denominação de agente repressor (SAVIANI, 1981).

Há unanimidade na constatação de que as tendências não aparecem em sua forma

pura nem conseguem descrever todas as nuances da prática escolar; no entanto, servem de

parâmetro de análise e avaliação da prática do professor. Emprestando as palavras de

Libâneo (1994, p.33) temos que

a pedagogia progressista manifesta-se em três tendências: a libertadora,

mais conhecida como pedagogia de Paulo Freire, a libertária, que reúne os defensores da autogestão pedagógica; a crítico-social dos conteúdos que, diferentemente das anteriores, acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto cor as realidades sociais.As versões libertadora e libertária têm em comum o antiautoritaríssimo, a valorização da experiência vivida como base da relação educativa e a ideia de autogestão pedagógica. Em função disso, dão mais valor ao processo de aprendizagem grupal (participação em discussões, assembleias, votações) do que aos conteúdos de ensino. Como decorrência, a prática educativa somente faz sentido numa prática social junto ao povo, razão pela qual preferem as modalidades de educação popular „não formal‟. A tendência da pedagogia crítico social de conteúdos propõe uma síntese de superação das pedagogias tradicional e renovada, valorizando a ação pedagógica enquanto inserida na prática social concreta. Entende a escola como mediação entre o individual e o social, exercendo aí a articulação entre a transmissão dos conteúdos e a assimilação ativa por parte de um aluno concreto (inserido num contexto de relações sociais); dessa articulação resulta o saber criticamente reelaborado.

Page 63: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

62

Conforme Libâneo (1994), a tendência progressista crítico-social dos conteúdos,

diferentemente da libertadora e libertária, acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto

com as realidades sociais. A atuação da escola consiste na preparação do aluno para o

mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhe um instrumental, por meio da aquisição de

conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da

sociedade.

Na visão da pedagogia dos conteúdos, admite-se o princípio da aprendizagem

significativa, partindo do que o aluno já sabe. A transferência da aprendizagem só se realiza

no momento da síntese, isto é, quando o aluno supera sua visão parcial e confusa e adquire

uma visão mais clara e unificadora.

A partir da Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96 foi dada à escola maior autonomia na

construção de sua Proposta Pedagógica Curricular e ênfase à atualização constante do

professor que, através do conhecimento dessas tendências pedagógicas e dos seus

pressupostos de aprendizagem, o professor terá condições de avaliar os fundamentos

teóricos empregados na sua prática em sala de aula.

No Estado do Paraná, a aprovação da versão final das Diretrizes Curriculares

Orientadoras da Educação Básica (DCOs), a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais –

DCNs mobilizou o professorado paranaense no estudo do referencial teórico que as

subsidiam. Dessa forma, as ideias de Piaget, Vygotsky e Wallon são potencializadas. Os

pontos de convergência entre eles os qualificaram como interacionistas, porque concebem o

conhecimento como resultado da ação que se passa entre o sujeito e um objeto. O

conhecimento não está, então, no sujeito, como queriam os inatistas, nem no objeto, como

diziam os empiristas, mas resulta da interação entre ambos (ARANHA,1998).

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal em atendimento às

orientações da SEED, durante as semanas pedagógicas, grupos de estudos e outras

situações de formação continuada pode aprofundar discussões acerca do referencial teórico

sugerido por ela. Dessa forma, esta instituição, depois de muito refletir sobre as tendências

educacionais, pautará suas ações na Pedagogia Crítico-Social dos conteúdos

fundamentando-se nos referenciais teóricos de Dermeval Saviani, na didática de João Luiz

Gasparin (vale lembrar que estes referenciais assentam-se na filosofia de Karl Marx e

Gramsci) e na psicologia de Vygotsky.

10.1 A Pedagogia Progressista: breves considerações

A pedagogia crítico-social dos conteúdos, surgida no final dos anos 70, adentrando a

década de 80, foi uma reação à pedagogia libertadora que, na ótica de alguns educadores,

Page 64: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

63

dava pouca relevância ao “saber elaborado” historicamente acumulado e que constitui parte

do acervo cultural da humanidade (MERCADO, 1996).

Na ótica do autor:

a „pedagogia crítico-social dos conteúdos‟ assegura a função social e política da escola através do trabalho com conhecimentos sistematizados, a fim de colocar as classes populares em condições de uma efetiva participação nas lutas sociais. Entende que não basta ter como conteúdo escolar as questões sociais atuais, mas que se tenha domínio de conhecimentos, habilidades e capacidades mais amplas para que os alunos possam interpretar suas experiências de vida e defender seus interesses de classe (MERCADO, 1996, p. 4).

Dessa forma, a escola assume o papel de socializadora dos conhecimentos e saberes

universais que, na verdade, são produzidos pelo grupo dominante. Para Saviani (2003, p.91):

Esta é a base da ideia da socialização do saber que a gente tem formulado em termos pedagógicos. Aqui é preciso desfazer uma confusão. Elaboração do saber não é sinônimo de produção do saber. A produção do saber é social, se dá no interior das relações sociais. A elaboração do saber implica em expressar de forma elaborada osaber que surge da prática social. Essa expressão elaborada supõe o domínio dos instrumentos de elaboração e sistematização. Daí a importância da escola: se a escola não permite o acesso a esses instrumentos, os trabalhadores ficam bloqueados e impedidos de ascenderem ao nível da elaboração do saber, embora continuem, pela sua atividade prática real, a contribuir para a produção do saber. O saber sistematizado continua a ser propriedade privada a serviço do grupo dominante.

A atuação da escola, na fala de Libâneo (1985, p.39), consiste “na preparação do

aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhes um instrumental, por meio

da aquisição de conteúdos e da socialização da sociedade”.

Os conteúdos, neste enfoque, são os acervos culturais universais, incorporados pela

humanidade, relidos e reavaliados frente às realidades sociais. Os conteúdos, dessa forma,

não são só ensinados, mas incorporados, de maneira indissociável ao seu significado

humano e social. Com isso, passa-se da experiência imediata e desorganizada ao saber

sistematizado.

A aplicação desses princípios teóricos responde aos três grandes passos do método

dialético de construção do conhecimento: prática-teoria-prática. Saviani elaborou o significado

de práxis, entendendo-a como um conceito sintético que articula a teoria e a prática a partir

de uma reflexão científica. A prática, para desenvolver-se e produzir suas consequências,

necessita da teoria e precisa ser por ela iluminada. É a prática ao mesmo tempo, fundamento,

critério de verdade e finalidade da teoria. É, portanto, da prática que se origina a teoria. Para

que esse processo de aprendizagem se efetive, é preciso percorrer o seguinte caminho

metodológico, sistematizado por João Luiz Gasparin, a partir do construto de Dermeval

Saviani.

Page 65: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

64

Artigo científico de Alves (2005), que toma por base a obra de Gasparin, sintetiza com

precisão os passos propostos inicialmente por Saviani (2003):

10.1.1Prática social inicial

Saviani evidencia que a prática social é comum a educadores e educandos. Consiste

no primeiro contato que o educando mantém com o conteúdo trabalhado pelo educador.

Sendo a visão do educando, uma visão de senso comum, empírica, geral, uma visão um

tanto confusa, ou seja, sincrética, em que tudo, de certa forma, aparece como natural. Nesta

fase, deve, então, o educador posicionar-se em relação à mesma realidade de maneira mais

clara e, ao mesmo tempo, com uma visão mais sintética, a fim de conduzir o processo

pedagógico com maior segurança e realizar o planejamento de suas atividades

antecipadamente. Ao dialogar com os educandos sobre o tema a ser estudado mostrará a

eles o quanto já conhecem sobre o assunto, evidenciando, que a temática desenvolvida está

presente na prática social, ou seja, em seu dia-a-dia.

10.1.2 Problematização

O segundo passo constitui o elo entre a prática e a instrumentalização. "Trata-se de

detectar que questões precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em

consequência, que conhecimento é necessário dominar" (SAVIANI, 1999, p. 80).

A problematização é o elemento-chave na transição entre prática e teoria, fundamental

para o encaminhamento de todo o processo de trabalho docente-discente. Deve-se enfatizar

os principais problemas relacionados ao tema/conteúdo proposto, pois as questões

fundamentais que foram apreendidas anteriormente pelo educador e alunos precisam

reelaborados, ou resolvidas, não pela educação ou na escola, mas no âmbito da sociedade

como um todo.

A problematização é, ou deveria ser o fio condutor de todas as atividades que os

educandos desenvolverão no processo de construção do conhecimento.

10.1.3Instrumentalização

A instrumentalização, segundo Saviani (1991, p. 103) consiste na apreensão "dos

instrumentos teóricos e práticos necessários ao equacionamento dos problemas detectados

na prática social [...] trata-se da apropriação das ferramentas culturais necessárias para se

libertar das condições de exploração em que vivem". É o momento do método que passa da

Page 66: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

65

síncrese à síntese a visão do educando sobre o conteúdo presente em sua vida social.

A tarefa do educador e dos educandos, nesta fase, desenvolve-se através de ações

didático-pedagógicas necessárias à efetiva construção conjunta do conhecimento nas

dimensões científica, social e histórica. Consiste em realizar as operações mentais de

analisar, comparar, criticar, levantar hipóteses, julgar, classificar, conceituar, deduzir,

generalizar, discutir explicar, entre outras. Na instrumentalização, educando e educador

efetivam o processo dialético de construção do conhecimento que vai do empírico ao abstrato

chegando, assim, ao concreto, ao realizável.

10.1.4Catarse

Esta é a fase em que o educando mostra que de uma síncrese inicial sobre a realidade

social do conteúdo que foi trabalhado, chega-se à síntese, que é o momento em que ele

estrutura, em nova forma, seu pensamento sobre as questões que o conduziram à

construção do conhecimento. Segundo Saviani (1999 p. 80-81), "o momento catártico pode

ser considerado como o ponto culminante do processo educativo, já que é aí que se realiza,

pela mediação da análise levada a cabo no processo de ensino, a passagem da síncrese à

síntese".

10.1.5 Pratica social final

Conforme Saviani (1999, p. 82), a prática social inicial e final é a mesma, embora não

o seja. É a mesma enquanto se constitui "o suporte e o contexto, o pressuposto e o alvo, o

fundamento e a finalidade da prática pedagógica. E não é a mesma, se considerarmos que o

modo de nos situarmos em seu interior se alterou qualitativamente pela mediação da ação

pedagógica". Educadores e educandos se modificaram intelectualmente e qualitativamente

em relação as suas concepções sobre o conteúdo que reconstruíram, passando de um

estágio de menor compreensão científica, social e histórica a uma fase de maior clareza e

compreensão.

Essa proposta de trabalho pode referir-se tanto às ações intelectuais quanto aos

trabalhos manuais físicos. A prática social final é assim, o momento da ação consciente do

educando dentro da realidade em que vive. É uma proposta metodológica de apropriação e

de reconstrução do conhecimento sistematizado buscando evidenciar que todo o conteúdo

que é trabalhado na educação e pelo educando, através do processo pedagógico, retorna

agora, de maneira nova e compromissada, para o cotidiano social a fim de ser nele um

instrumento a mais na transformação da realidade.

Page 67: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

66

Seus passos, aqui apresentados, embora de modo formal, aparecem como se fossem

independentes e estanques, mas na realidade prática eles constituem um todo indissociável e

dinâmico, em que cada fase interpreta as demais. Assim, a prática social inicial e final é o

conteúdo reelaborado pelo processo educativo. A problematização, a instrumentalização e a

catarse são os três passos de efetiva construção do conhecimento na e para a prática social.

Em síntese, segundo Gasparin (2003), o primeiro passo da pedagogia histórico-crítica

diz respeito ao nível de desenvolvimento real do educando - prática social inicial; o segundo

constitui o elo entre a prática social e a instrumentalização - é a problematização; o terceiro

relaciona-se às ações didático-pedagógicas para a aprendizagem - instrumentalização; o

quarto, a expressão elaborada da nova forma de entender a prática social - catarse; e o

quinto e último, ao nível de desenvolvimento atual do educando - prática social final. Sendo

que os três passos intermediários compõem a zona de desenvolvimento imediato ou proximal

do educando (Vygotsky, 1991).

10.2 UMA RETOMADA NECESSÁRIA: O CONSTRUTO DE VYGOTSKY

“Uma palavra que não representa uma ideia é uma coisa morta, da mesma forma que uma ideia não incorporada em palavras não passa de uma sombra.” Vygotsky

A psicologia sócio histórica tem como base a teoria de Vygotsky e concebe o

desenvolvimento humano a partir das relações sociais que a pessoa estabelece no decorrer

da vida. Nesse referencial, o processo de ensino-aprendizagem também se constitui dentro

de interações nos diversos contextos sociais.

De acordo com Vygotsky, todas as atividades cognitivas básicas do indivíduo ocorrem

de acordo com sua história social e acabam se constituindo no produto do desenvolvimento

histórico-social de sua comunidade. Portanto, as habilidades cognitivas e as formas de

estruturar o pensamento do indivíduo não são determinadas por fatores congênitos. São isso

sim, resultado das atividades praticadas de acordo com os hábitos sociais da cultura em que

o indivíduo se desenvolve. Consequentemente, a história da sociedade na qual a criança se

desenvolve e a história pessoal desta criança são fatores cruciais que vão determinar sua

forma de pensar. Nesse processo de desenvolvimento cognitivo, a linguagem tem papel

crucial na determinação de como a criança, e por extensão o aluno, vai aprender a pensar,

uma vez que formas avançadas de pensamento são produzidas através de palavras. Para

Vygotsky, um claro entendimento das relações entre pensamento e língua é necessário para

que se entenda o processo de desenvolvimento intelectual. Linguagem não é apenas uma

expressão do conhecimento adquirido. Existe uma inter-relação fundamental entre

Page 68: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

67

pensamento e linguagem, um proporcionando recursos ao outro. Dessa forma, a linguagem

tem um papel essencial na formação do pensamento e do caráter do indivíduo.

ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL

Um dos princípios básicos da teoria de Vygotsky é o conceito de "zona de

desenvolvimento proximal". A zona de desenvolvimento próximo representa a diferença entre

a capacidade do aprendente a resolver problemas por si mesmo e a capacidade de resolvê-

los com ajuda de alguém. A zona de desenvolvimento próximo abrange todas as funções e

atividades que o aluno consegue desempenhar apenas se houver ajuda de alguém. Essa

pessoa que intervém para orientá-lo pode ser tanto um adulto (pais, professor, responsável,

instrutor) quanto um colega que já tenha desenvolvido a habilidade requerida.

A ideia de zona de desenvolvimento próximo é de grande relevância em todas as

áreas educacionais. Uma implicação importante é a de que o aprendizado humano é de

natureza social e é parte de um processo em que a criança desenvolve seu intelecto dentro

da intelectualidade daqueles que a cercam (Vygotsky, 1978).

De acordo com Vygotsky, uma característica essencial do aprendizado é que ele

desperta vários processos de desenvolvimento internamente, os quais funcionam apenas

quando o aprendente interage em seu ambiente de convívio. Frente ao exposto, esse

processo pode ser metaforicamente descrito em forma de espiral.

Ilustração - Metáfora descritiva da teoria de Vygotsky

Jimenez (1989) utiliza esta mesma metáfora para mostrar como este processo

também ocorre na produção, assimilação e perpetuação da cultura. Segundo ele, a partir dos

anos 70 constata-se a necessidade de se valorizar a cultura, passando esta de simples

saber enciclopédico para reconhecer que no povo existem saberes que dialogam com o

saber culto, num processo que se chama de espiralidade cultural, ou seja:

[...]aquela que pretende mostrar como as culturas não ocorrem em estado

puro: mas em seus processos de constituição e desenvolvimento, encontram-se com outras culturas populares, cultas ou de massa e vão assumindo características dessa última, integrando-as em seus elementos

Page 69: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

68

mais primitivos, mas fornecendo-nos um sujeito do qual a característica fundamental é a mestiçagem e, precisamente, o traço vai se criando, a partir de seu eixo cultural básico, fornecido este por sua origem sócio histórico de classe (JIMENEZ,1989, p.211).

O pensamento do educador Saviani – teórico da pedagogia histórico-crítica – aponta a

dialética como pressuposto desta, posicionando a filosofia que fundamenta a referida

tendência, qual seja, o materialismo histórico-dialético.

Em outros termos, o que eu quero traduzir com a expressão „Pedagogia Histórico-Crítica‟ é o empenho em compreender a questão educacional a partir do desenvolvimento histórico objetivo. Portanto, a concepção pressuposta nesta visão da Pedagogia Histórico-Crítica é o materialismo histórico, ou seja, a compreensão da história a partir do desenvolvimento material, da determinação das condições materiais da existência humana. No Brasil, esta corrente pedagógica se firma, fundamentalmente, a partir de 1979 (SAVIANI, 2008, p.102).

MATERIALISMO HISTÓRICO E LÓGICA DIALÉTICA

“O trabalho educativo é o ato de produzir, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida

histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens”(Saviani)

A humanidade, produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens, diz

respeito ao conjunto de instrumentos com os quais os homens se relacionam com a natureza

e com os outros homens para promover a sobrevivência. A forma histórica de produzir a

humanidade chama-se trabalho; portanto, a centralidade do trabalho nas relações sociais diz

respeito também à educação segundo o que preconizam os referenciais de Karl Marx e

Antônio Gramsci, como aqui já foi exposto.

Para que a educação seja um instrumento do processo de humanização, o trabalho,

categoria central de análise da materialidade histórica dos homens, enquanto a forma mais

simples, mais objetiva, que eles desenvolveram para se organizarem em sociedade, deve ser

tomado como princípio educativo. Saviani (1991, p.56) afirma:

num primeiro sentido, o trabalho é princípio educativo na medida em que determina, pelo grau de desenvolvimento social atingido historicamente, o modo de ser da educação em seu conjunto. Nesse sentido, aos modos de produção [...] correspondem modos distintos de educar com uma correspondente forma dominante de educação [...]. Num segundo sentido, o trabalho é princípio educativo na medida em que coloca exigências específicas que o processo educativo deve preencher em vista da participação direta dos membros da sociedadeno trabalho socialmente produtivo. [...]. Finalmente, o trabalho é princípio educativo num terceiro sentido, à medida que determina a educação como uma modalidade específica e diferenciada de trabalho: o trabalho pedagógico (SAVIANI, 2008, p. 56).

Em síntese, o trabalho, como princípio educativo, traz para a educação a tarefa de

educar pelo trabalho e não para o trabalho, isto é, para o trabalho amplo, filosófico, trabalho

Page 70: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

69

que se expressa na práxis, ou seja, pela articulação da dimensão prática com a dimensão

teórica, de forma refletida, pensada.

Saviani (1991), discutindo a necessidade de o educador brasileiro passar do senso

comum para a consciência filosófica na compreensão de sua prática educativa, aponta o

método materialista histórico dialético como instrumento desta prática e explica, para isto, a

superação da etapa de senso comum educacional (conhecimento da realidade empírica da

educação), por meio da reflexão teórica (movimento do pensamento, abstrações), para a

etapa da consciência filosófica (realidade concreta da educação, concreta pensada, realidade

educacional plenamente compreendida). Saviani escreve:

Com efeito, a lógica dialética não é outra coisa senão o processo de construção doconcreto de pensamento (ela é uma lógica concreta) ao passo que a lógica formal é oprocesso de construção da forma de pensamento (ela é, assim, uma lógica abstrata).Por aí, pode-se compreender o que significa dizer que a lógica dialética supera porinclusão/incorporação a lógica formal (incorporação, isto quer dizer que a lógica formaljá não é tal e sim parte integrante da lógica dialética). Com efeito, o acesso ao concretonão se dá sem a mediação do abstrato (mediação da análise como escrevi em outrolugar ou „detour‟ de que fala Kosik). Assim, aquilo que é chamado lógica formal ganhaum significado novo e deixa de ser a lógica para se converter num momento da lógicadialética. A construção do pensamento se daria, pois da seguinte forma: parte-se doempírico, passa-se pelo abstrato e chega-se ao concreto. ( SAVIANI, 2008, p.11).

As discussões travadas no interior de nossa escola apontaram para a dificuldade de

professores das áreas de exatas trabalharem os conteúdos de suas disciplinas nesta

perspectiva, pois estão fundamentados, aos olhos da maioria, em bases conceituais

abstratas. Nesse sentido, discussões foram travadas visando a buscar outros referenciais que

tornem mais concretos os conteúdos das ciências exatas, com ênfase à adoção de uma

postura metodológica que valorize a interdisciplinaridade, a contextualização e a

problematização na perspectiva do materialismo histórico.

Page 71: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

70

10.3 INTERDISCIPLINARIDADE, CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMATIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DO MATERIALISMO HISTÓRICO.

O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal em ampla discussão

nas semanas pedagógicas inferiu que no ambiente de sala de aula, o professor, como bem

colocam Amaral e Oliveira (2003), além de lidar com uma avalanche de informação, convive

com alunos de diferentes origens culturais. Sendo assim, há inúmeros detalhes, negociações,

trocas e interações “harmoniosas” que precisam ocorrer para tornar a aprendizagem mais

eficiente.

Nessa ótica, a interdisciplinaridade é um desafio ao atual ensino médio, isso porque os

professores foram formados de maneira segmentada, compartimentalizada, percebendo

pouca ou nenhuma relação entre as disciplinas. Necessário se faz, dessa forma, revisão de

alguns conceitos já cristalizados, romper com alguns paradigmas e tomar a

interdisciplinaridade como postura metodológica educativa.

Fazenda (2007, p.3) sustenta que

no limiar do século XXI e no contexto da internacionalização caracterizada por uma intensa troca entre os homens, a interdisciplinaridade assume um papel de grande importância. Além do desenvolvimento de novos saberes, ainterdisciplinaridade na educação favorece novas formas de aproximação da realidade social e novas leituras das dimensões socioculturais das comunidades humanas.

Para garantir um desenvolvimento adequado de práticas interdisciplinares, torna-se

importante estabelecer diferenças básicas entre esta e a contextualização.

Zacharias (2007) esclarece que o entrecruzamento dos conteúdos, independente das

áreas do conhecimento, constitui a mola propulsora da interdisciplinaridade,

concomitantemente ao inter-relacionamento entre os conteúdos da disciplina. Ao passo que

os conteúdos impregnados da(s) realidade(s) do aluno demarcam o significado pedagógico

da contextualização. A contextualização, dessa forma, imprime significados e relevância aos

conteúdos escolares. À interdisciplinaridade caberá a explicitação dos conteúdos

contextualizados.

A contextualização aponta para a necessidade de se trabalhar os conteúdos,

ultrapassando a realidade do aluno, pois, do contrário, incorre no risco de proporcionar um

esvaziamento dos conteúdos. É necessário transpor o contexto do aluno, enfocando

situações históricas, sociais, culturais, éticas que se imbricam na produção do conhecimento

e uma prática social refletida, diz Zacharias (2007).

Ao lado da interdisciplinaridade e contextualização, a problematização deve ser

considerada, como nos lembra Pozo (1998, p.9)

um dos veículos mais acessíveis para levar os alunos a aprender a aprender é a solução de problemas[...] A solução de problemas baseia-se na apresentação de situações abertas e sugestivas que exijam dos alunos uma atitude ativa e um esforço

Page 72: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

71

para buscar suas próprias respostas, seu próprio conhecimento. O ensino baseado na solução de problemas pressupõe promover nos alunos o domínio de procedimentos, assim como a utilização de conhecimentos disponíveis, para dar resposta a situações variáveis e diferentes. Assim, ensinar os alunos a resolver problemas supõe dotá-los da capacidade de aprender a aprender, no sentido de habituá-los a encontrar por si mesmos as respostas às perguntas que os inquietam ou que precisam responder, ao invés de esperar uma resposta já elaborada por outros e transmitida pelo livro-texto ou pelo professor.

Assim, apresentamos a seguir, as bases filosóficas da tendência progressista "crítico-

social dos conteúdos" sob a qual esta instituição assenta suas ações, considerando também

as contribuições de Vygotsky.

10.3.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

A educação, na perspectiva da pedagogia histórico-crítica, é concebida como

“produção do saber”, pois o homem ao longo da história, tornou-se capaz de elaborar ideias,

assimilar comportamentos e atitudes com base nos conceitos que formulou na relação com o

seu meio. O ensino, tomado como parte da ação educativa, é visto como processo, no qual o

professor é o produtor do saber e o aluno consumidor. Ou ainda, o professor, detentor de

competência técnica, é o responsável pela transmissão e socialização do saber escolar,

cabendo ao aluno aprender os conteúdos para ultrapassar o saber espontâneo, de caráter

empírico.

A educação em sentido restrito, a escolarizada propriamente dita, deverá enfatizar o

currículo escolar, a escrita e o conhecimento científico, e a escola será a mediadora entre o

saber popular e o saber erudito, vislumbrando a sua superação. Segundo Saviani “pela

mediação da escola, dá-se a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da

cultura popular à cultura erudita” (SAVIANI, 1991, p. 29). O saber popular seria o ponto de

partida e o saber científico o ponto de chegada. A igualdade para Saviani estaria no acesso

ao saber sistematizado, portanto, pelo ponto de chegada.

Neste sentido, Saviani afirma que professor e aluno são agentes sociais na medida em

que são parceiros na solidificação de uma sociedade menos desigual pelo direito de

aquisição/reconstrução do conhecimento historicamente construído.

10.3.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM

Em Freire (2002) reitera-se a importância e a necessidade de se entender a existência

humana a partir de sua substancialidade, ou seja, o reconhecimento de todos os homens

como verdadeiros sujeitos históricos. Os atributos dados aos homens não podem, assim,

sobrepujar o dado mais importante da existência humana: a sua presença no mundo como

sujeito.

Page 73: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

72

Em Vygotsky (1988)1 toma-se como referência, no desvelamento do homem histórico,

o ambiente cultural onde ele nasce e se desenvolve. Na abordagem vygotskyana, o processo

de construção do conhecimento ocorre através da interação do sujeito historicamente situado

com o ambiente sociocultural onde vive. A educação deve, nessa perspectiva, tomar como

referência toda a experiência de vida própria do sujeito.

Nesse sentido, o Colégio Cyríaco Russo, a partir do construto destes dois autores,

concebe o aluno como sujeito socialmente inserido num meio historicamente construído. O

meio social do aluno é visto como veiculador da cultura, constitui-se também em fonte de

conhecimento. Nesse sentido, respeitar-se-á o aluno enquanto ser histórico e o seu meio

como gerador da cultura, sem, no entanto, perder de vista a superação dos saberes do senso

comum vislumbrando a aquisição dos saberes científicos historicamente construídos.

10.3.3 CONCEPÇÃO DE MUNDO

A contradição é a essência da dialética. Esta instituição ao buscar a concepção de

mundo que pautasse suas expectativas, considerou aquela que traduzisse a dimensão

dialética. Para tanto, considera os seguintes princípios, ou leis da Dialética conforme quadro

a seguir:

1º Princípio

Tudo se relaciona: princípio da totalidade

2º Princípio

Tudo se transforma: princípio do movimento

3º Princípio

Mudança qualitativa:

princípio da não repetição

4º Princípio

Unidade e luta dos contrários: princípio da

contradição

A natureza se apresenta como um todo onde objetos e fenômenos são ligados entre si, condicionando-se reciprocamente. Essa compreensão da totalidade significa não só que as partes se encontram em conexão entre si e com o todo, mas também que o todo não pode ser petrificado na abstração situada por cima das partes, visto que o todo se cria a si

A natureza e a sociedade não são realidades acabadas, mas em contínua transformação, jamais estabelecidos definitivamente.

A mudança das coisas não se realiza num processo de eterna repetição. Esta mudança qualitativa dá-se pelo acúmulo de elementos quantitativos que num determinado momento produzem o qualitativamente novo.

A transformação das coisas só é possível porque no seu interior coexistem forças opostas tendendo simultaneamente à unidade e à oposição. A contradição é a essência da dialética.

1VYGOTSKY, L. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo:

Martins Fontes, 1998.

Page 74: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

73

mesmo na interação das partes.

Princípios da Dialética

10.3.4 CONCEPÇÃO DE HISTÓRIA E SOCIEDADE

Conceituar história, cultura e sociedade a partir do entendimento do conceito de

Materialismo Histórico foi uma necessidade apontada no coletivo da escola em razão do que

prescreve a SEED. O Materialismo diz respeito à teoria que atribui à realidade material o

sentido e explicação da realidade; concebe a realidade explicada e entendida a partir de uma

relação dinâmica e contraditória de vários processos que dão origem a novas realidades.

Segundo os princípios do Materialismo Histórico a maneira ou modo como uma sociedade

realiza a produção da vida material (bens culturais e serviços) interfere e define o processo

social, a política, a produção intelectual em geral. As manifestações do pensamento humano

surgem a partir da estrutura econômica da sociedade.

De acordo com Russ (1994, p.522)

As relações sociais e culturais se autodefinem e são influenciadas pelo

modelo econômico. Os fenômenos econômicos explicam todos os outros aspectos da sociedade. A estrutura econômica definida nas relações de produção e forças de produção forma a infraestrutura de uma sociedade, e sobre esta se organiza a superestrutura, ou seja, todo o arcabouço de explicações, ideias, definições, conceituações, organismos e instituições. A superestrutura representa, justifica, reproduz e promove a estrutura econômica ou infraestrutura. As maneiras de pensar se explicam pelas relações econômicas e sociais .

A escola é, potencialmente, uma superestrutura que pode estar a serviço de

estruturas injustas ou a serviço da contestação destas estruturas. É opção política que pode

legitimar mecanismos de coerção social ou rompimento com os mesmos.

As mudanças sociais são fruto de uma permanente luta de contrários, mas podem ser

aceleradas com atuação consciente dos homens, através de uma vinculação comprometida

do pensamento à prática social para desvelar as contradições da realidade (SEVERINO,

1994).

Com base nos princípios do Materialismo Histórico, esta instituição buscará, em todas

as disciplinas, intermediar a análise das mudanças sociais acima mencionadas abrindo o

horizonte de expectativas dos alunos para que nelas possam interferir quando possível.

Page 75: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

74

10.3.5 CONCEPÇÃO DE GESTÃO

No epicentro da gestão escolar, norteada pelos princípios democráticos, está a busca

incessante pela melhoria da qualidade de ensino. Todos os esforços do coletivo da escola

devem primar pela valorização do trabalho desenvolvido pelos profissionais da educação

gerindo mecanismos que efetivem esta qualidade. No entanto, ela precisa ser balizada pelos

princípios da democracia, da igualdade, da universalidade e da laicidade.

Para que este objetivo-mor seja alcançado é de fundamental importância a

compreensão dos limites e possibilidades da ação diretiva e o conhecimento de novas

práticas e experiências, novas tecnologias e novos métodos da gestão da escola pública

como resposta a uma concepção democrática e dialógica.

Segundo Canário (1996, p.33)

O acesso a novas experiências e aos resultados a que a investigação vem chegando, devem corresponder a um recurso fundamental das escolas quando se pretende promover a substituição de práticas de organização e gestão baseadas fundamentalmente na reprodução de hábitos adquiridos, por uma prática refletida, geradora de soluções inovadoras.

A partir da década de 80, a prática reflexiva tem sido incentivada como meio eficaz de

rever conceitos e práticas, antever fenômenos e situações que requeiram a tomada de

decisões já previstas em lei, isso porque a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

prescreve como função dos sistemas de ensino a regulamentação da gestão democrática nos

termos do artigo 3º, inciso VIII: “gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da

legislação dos sistemas de ensino” e complementa no artigo 14: “os sistemas de ensino

definirão normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo

com as suas peculiaridades [...]” ( LDB, 1996).

Esta instituição, após analisar as suas peculiaridades, definiu como prática na

perspectiva de gestão democrática o pré-conselho, o conselho de classe com a participação

de alunos, o pós-conselho, a fomentação da atuação de professores tutores e líderes de

turma, a realização de reuniões periódicas com a Equipe Pedagógica, Agentes Educacionais,

APMF, Conselho Escolar e a manutenção de uma urna no pátio onde os estudantes podem

apresentar suas denúncias, críticas, sugestões e elogios.

Outra prática que merece destaque está para a tomada de decisões importantes que

interferirão na rotina do processo educativo. Sempre que estas decisões se fazem

necessárias, todo o coletivo é acionado e, enquanto a totalidade não é consultada, a decisão

é postergada.

Page 76: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

75

10.3.6 CONCEPÇÃO DE TRABALHO

Estudos recentes, final do século XX e início do século XXI, têm apontado o conceito

de trabalho na vertente marxista. Segundo Luckacs (1981, p.12):

o trabalho é uma dimensão ineliminável da vida humana, isto é, uma dimensão ontológica fundamental, pois, por meio dele, o homem cria, livre e conscientemente, a realidade, bem como o permite dar um salto da mera existência orgânica à sociabilidade.

O homem possui a capacidade potencial de realizar-se como ser livre e universal, ao

efetivar-se, no curso da História, ao mesmo tempo em que dá rumos à sua existência. Isso

quer dizer que o homem está em um constante processo de autoconstrução possibilitada por

sua atividade essencial, o trabalho.

Nesta perspectiva, esta instituição reitera o pensamento de Marx (2004, p.80) quando

afirma que:

é por meio dessa atividade vital, que o homem objetiva o seu espírito no mundo e materializa em objetos suas inquietações, ideias e sentimentos, resultando daí os bens materiais necessários à existência, bem como toda a riqueza social, descrita como a objetivação do trabalho .

O trabalho modifica o meio que o circunda e, ao modificá-lo, cria uma nova realidade,

da qual os demais homens usufruem, engendrando assim um feixe de relações sociais. É

nessa estreita relação com a natureza e os demais homens, mediada pelo trabalho, que o ser

humano constrói sociedades, reconfigura a história e, simultaneamente, molda a sua

essência.

O trabalho humano, em sua essência, difere-se substancialmente da atividade

produtiva dos demais seres vivos porque ele envolve consciência, vontade e um

comportamento próprio de seu gênero; ao trabalhar, o homem não realiza uma mera

atividade animal, instintiva, para satisfazer suas necessidades imediatas. O homem, tomado

de racionalidade que lhe é peculiar, pensa, planeja e imprime sentido a tudo o que faz. É

essa capacidade que diferencia a atividade produtiva humana da mera atividade animal.

Enquanto este produz sob o domínio da carência física, o homem produz universalmente,

embora seja com base na sua condição objetiva que produza.

Nesse sentido, o simples ato de estudar sintetiza os princípios da produção vistos

nesta ótica. Essa produção da vida por meio do trabalho não deve ser compreendida como

uma mera reprodução da existência física dos homens. Ela é, antes, um determinado modo

de vida dos indivíduos, o ato de exteriorização de sua vida, ou seja, a vida dos homens em

cada época histórica coincide com a sua produção; os homens são aquilo que eles fazem de

si mesmos pelo trabalho.

Page 77: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

76

10.3.7 CONCEPÇÃO DE ESCOLA

O conceito de escola pode ser definido pela sua tarefa primordial, qual seja a difusão

do conhecimento científico historicamente construído. Estes conhecimentos integram-se na

rotina da escola, no entanto são indissociáveis das realidades sociais. Cumpre ainda à escola

contribuir para eliminar a seletividade imposta pela sociedade e torná-la democrática. Se a

escola é parte integrante do todo social, agir dentro dela é também agir no rumo da

transformação da sociedade.

Na perspectiva histórico-crítica dos conteúdos, Saviani (2003, p.59) lembra que:

a condição para que a escola sirva aos interesses populares é garantir a

todos um bom ensino, isto é, a apropriação dos conteúdos escolares básicos que tenham ressonância na vida dos átimos. Entendida nesse sentido, a educação é uma atividade mediadora no seio da prática social global, ou seja, uma das mediações pela qual o aluno, pela intervenção do professor e por sua própria participação ativa, passa de uma experiência inicialmente confusa e fragmentada (sincrética), a uma visão sintética, mais organizada e unificada (sintética).

Em síntese, a atuação da escola consiste na preparação do estudante para o mundo

adulto e suas contradições, fornecendo-lhe um instrumental, por meio da aquisição de

conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da

sociedade.

10.3.8 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

A concepção de cidadania só pode ser compreendida a partir do conceito de

democracia, pois há entre estas duas realidades uma estreita afinidade, pois perpassam

pelas duas exigências básicas de vida em sociedade: o conhecimento dos direitos e

cumprimento dos deveres que legitimam o equilíbrio necessário entre os interesses

individuais e o interesse público. Desta forma, ao longo da história a cidadania vem se

afirmando e se consolidando com a conquista de direitos, quais sejam os direitos políticos, os

econômicos e sociais.

Tomamos aqui democracia como “regime que assegura a igualdade, a participação

coletiva de todos na apropriação dos bens coletivamente criados” (COUTINHO, 2000, p.???),

pois esta instituição entende que a desigualdade que permeia as relações nem sempre

assegura os direitos do cidadão, buscará articular mecanismos que minimizem as evidências

das diferenças, pelo respeito e tolerância. Para tanto, nas discussões das semanas

pedagógicas definiu-se que o Projeto Gentileza gera Gentileza pode intermediar a formação

de conceitos para efetivação da cidadania.

Page 78: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

77

10.3.9 CONCEPÇÃO DE CULTURA E CURRÍCULO

O currículo não é um conceito, mas uma construção cultural. Isto é, não se trata de um conceito abstrato que tenha algum tipo de existência fora e previamente à experiência humana. É, antes, um modo de organizar uma série de práticas educativas (GRUNDY, 1987, 26)

Existe uma relação de inegável interdependência entre cultura, currículo,

conhecimento e conteúdos de ensino. Ao estabelecermos a estreita relação que percebemos

entre cultura e currículo, relação esta já anunciada por Grundy (1987 apud SACRISTÁN,

2000, p.14) recorremos ao dicionário Aurélio (s.d) destacando apenas as definições que

julgamos pertinentes:

Cultura. [Do lat. cultura]. S.f. [...] 3. O complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e doutros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade; civilização: a cultura ocidental; a cultura dos esquimós. 4. O desenvolvimento de um grupo social, uma nação, etc., que é fruto do esforço coletivo pelo aprimoramento desses valores; civilização, progresso: A Grécia do séc. V a. C atingiu o mais alto grau de cultura de sua época. 5. Atividade e desenvolvimento intelectuais; saber, ilustração, instrução: Ministério da Educação e Cultura; a cultura do espírito. 6. Apuro, esmero, elegância [...] (p.409).

A abrangência significativa de cultura contrapõe-se à restrição significativa do termo

currículo. O mesmo dicionário assim o define: “Currículo. [Do lat.curriculu]. S.m. 1. Ato de

correr. 2. Atalho, corte. 3. Bras. Parte de um curso literário. 4. Bras. As matérias constantes

de um curso”. (p.412).

No viés que buscaremos assentar nossas reflexões destacamos a análise apresentada

por Saveli (2001) para o vocábulo cultura para estabelecermos as aproximações com o

currículo. Segundo a autora, todas as definições imputadas pela metalinguagem são

pertinentes e apoiam-se em dois polos básicos: um de caráter individual e outro de caráter

coletivo. A cultura assim, ao mesmo tempo, assenta-se numa acepção puramente descritiva

e objetiva desenvolvida pelas ciências sociais contemporâneas, podendo ser considerada

como o conjunto dos traços característicos do modo de vida de uma sociedade, de uma

comunidade ou de um grupo; e, numa acepção individual, a cultura desarticula-se na relação

dos indivíduos entre si e percebe-se num contexto unilateral, ou seja, refere-se à cultura do

espírito no qual o indivíduo se banha de uma tradição cultural que ele herda e do qual os

outros, seus contemporâneos, são os herdeiros e as testemunhas (SAVELI, 2001, p.7-8).

Tomando os conceitos anteriormente apresentados como complementares e, não

contraditórios, também é o posicionamento adotado por Forquin (1993) ao afirmar que certos

aspectos da cultura que são reconhecidos como podendo ou devendo dar lugar a uma

transmissão deliberada, e mais ou menos institucionalizada, enquanto outros constituem

objetos de aprendizagens informais e outros tantos, enfim, que não sobrevivem ao

Page 79: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

78

envelhecimento de gerações, não conseguem deixar marcas no tempo. Desse modo “falar de

transmissão cultural supõe, então, sempre, em qualquer nível, a ideia de uma permanência

(pelo menos seletiva), e a ideia de um valor, ou de uma excelência.” (FORQUIN, 1993, p.11).

Assim sendo, o autor define cultura como

um patrimônio de conhecimentos e de competências, de instituições, de valores e de símbolos, constituído ao longo de gerações e característico de uma comunidade humana particular, definida de modo mais ou menos amplo e mais ou menos exclusivo (FORQUIN, 1993, p. 12).

Partindo dessa polarização conceitual de cultura, concordamos com Forquin (1993,

p.15) ao ponderar que a cultura simultaneamente

pode ser compreendida como herança coletiva, patrimônio cultural e espiritual trazendo em seu bojo uma face pluralista que norteia a ideia de que o essencial daquiloque a educação transmite, ou deveria transmitir, transcende as fronteiras entreos grupos humanos e os particularismos psicológicos; advém de uma memóriacoletiva e de um destino comum a toda a humanidade.

No construto reflexivo de Pérez Gómez (1998, p.60-61) encontramos que

a cultura não é um conjunto de determinações e normas claras e precisas, é antes de mais nada, um conglomerado aberto de representações e normas de comportamento que contextualizam a rica, mutante e criadora vida dos membros de uma comunidade e que vai se ampliando, enriquecendo e modificando precisamente como consequência da vida inovadora daqueles que atuam sob oguarda-chuva de sua influência.

Revisitando Saveli (2001, p.11) concordamos que o currículo, nesta perspectiva, deva

ser tomado, então,

não como a soma bruta de tudo o que pode ser vivido, pensado, produzido pelos homens desde o começo dos tempos, mas como aquilo que, ao longo do tempo, pôde aceder como valor e significado social, cristalizando-se nos saberes cumulativos e controláveis, nos sistemas de símbolos inteligíveis, nos instrumentos aperfeiçoáveis, nas obras admiráveis [...] Através de um trabalho docente a cultura se transmite e se perpetua. Assim, educação e cultura são duas faces, rigorosamente recíprocas e complementares, de uma mesma realidade.

Avançando nesse raciocínio concordamos com Reboul (apud SAVELI, 2001, p.11)

quando afirma que “a educação é o conjunto dos processos e dos procedimentos que

permitem à criança humana chegar a um estado de cultura, sendo a cultura o que distingue o

homem do animal”; considerando ainda que, o currículo seja a materialização da seleção de

conhecimentos que garantirão a educação das gerações que passam pela educação

escolarizada, é que reafirmamos a estreita relação entre cultura e currículo.

10.3.10 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E CONTEÚDOS DE ENSINO

A visão de conhecimento está vinculada às visões de homem e de mundo. O

conhecimento escolar deve se apoiar na realidade concreta do aluno, sendo assim, ele não é

Page 80: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

79

um produto pronto e acabado.

A escolha dos conteúdos, portanto, não é uma escolha “do gosto do professor” ou “da

imposição dos conteúdos por eles mesmos” ou da “vida pregressa dos alunos”. A escolha dos

conteúdos deve estar intimamente ligada aos grandes problemas enfrentados na prática

social.

Os conteúdos de ensino são, segundo Libâneo (1985), os bens culturais universais

que se constituíram em domínios de conhecimento relativamente autônomos, incorporados

pela humanidade, mas permanentemente reavaliados face às realidades sociais. Embora se

aceite que os conteúdos são realidades exteriores ao aluno, que devem ser assimilados e

não simplesmente reinventados, eles não são fechados e refratários às realidades sociais.

Desta forma, não basta que os conteúdos sejam apenas ensinados, ainda que bem

ensinados, é preciso que se liguem, de forma indissociável, à sua significação humana e

social.

10.3.11CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO

O termo letramento, hoje associado à pesquisadora Magda Becker Soares (2003) teve

seu conceito ampliado nas últimas décadas a partir da distinção do mesmo em relação ao

termo alfabetização. Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um

contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno. Neste

sentido, o letramento compreende tanto a apropriação das técnicas para a alfabetização

quanto o convívio e hábito de utilização da leitura e da escrita.

A pesquisadora considera ainda a possibilidade de uma pessoa ser alfabetizada e não

ser letrada e vice-versa. Segundo Magda Soares “No Brasil as pessoas não leem. São

indivíduos que sabem ler e escrever, mas não praticam essa habilidade e alguns não sabem

sequer preencher um requerimento.” Paralelamente existem pessoas que conhecem e fazem

distinção entre gêneros textuais diversos e dominam a sua estrutura, mas não foram

alfabetizadas.

Esta instituição de ensino entende que além de alfabetizar precisa dar condições para

o letramento de seus alunos e, em razão disso a APMF investiu recursos nas instalações da

biblioteca, provendo seus alunos com bancadas de estudo, cadeiras ergométricas, acervo

atualizado e disponibilização de funcionário responsável nos três turnos.

Page 81: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

80

10.3.12 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA

O termo tecnologia, de forma ampla, tem sido usado para designar todo o aparato

criado pelo homem para expandir seus domínios e tornar o seu trabalho mais fácil pelo

melhor aproveitamento do tempo. No entanto, vale ressaltar que o termo não se restringe

apenas ao instrumento, ferramenta ou equipamento tangível. Tecnologia também agrega

realidades intangíveis, como procedimentos, métodos, técnicas, algoritmos e linguagens.

Enfim, todo o conhecimento utilizado na produção dos aparatos tecnológicos configura-se

como tecnologia.

De uma maneira simples pode-se elencar algumas grandes revoluções tecnológicas

que tiveram enorme impacto na educação, segundo Chaves (1999, p.468):

A Invenção da Fala, que permitiu o surgimento da educação como diálogo pessoal e individualizado. Sócrates é o principal educador a representar esse estágio de desenvolvimento tecnológico. A Invenção da Escrita Alfabética, que representa os sons e não os objetos e que permitiu o surgimento da correspondência e do livro manuscrito e, portanto, o aparecimento da educação à distância. A Invenção da Impressão Tipográfica, que permitiu a criação do livro impresso e que criou condições para a educação em massa e, portanto, para a criação da escola moderna. A Invenção do Computador e da Comunicação Digital, que permitiu o surgimento da Internet e, com ela, de multimídia, isto é, pessoas em contato umas com as outras e com a informação num ambiente interativo que incorpora som (como a voz humana), imagem, e texto e que, portanto, torna possível educação presencial e a distância que é ao mesmo tempo personalizada e individualizada e em massa .

Com o aparecimento da multimídia, tornou-se possível a criação de novos espaços,

tempos e ambientes presenciais e virtuais de aprendizagem. O caráter inovador de

multimídia, do ponto de vista da educação, não está na forma de aprender por ela viabilizada

(aproveitamento do som, do texto escrito, e a imagem), mas na dialogicidade virtual global

mediada pelo som, texto escrito e imagem. O que implica dizer que, se a dialogicidade não

estiver presente, a utilização da multimídia perde-se na ausência de objetivos pré-definidos.

Nosso desafio é integrar a multimídia sem que se perca de vista o foco do processo

ensino aprendizagem que deve ser mediado pelo professor e não pelo aparato tecnológico.

Esta instituição utiliza a TV Paulo Freire, TV pen drive, laboratório de informática com

acesso à internet, vídeos e data show. Para garantir a segurança dos estudantes, professores

e funcionários, foram instaladas câmeras em pontos estratégicos. Vale citar ainda o grande

avanço garantido pelo uso de computadores e internet na sistematização das informações e

registros de cunho administrativo que viabilizam tomadas de decisões pedagógicas.

Page 82: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

81

10.3.13 CONCEPÇÃO de INFÂNCIA e ADOLESCÊNCIA ARTICULADA à CONCEPÇÃO de

ENSINO e APRENDIZAGEM

Segundo Vygotsky, o homem se produz na e pela linguagem, na interação com outros

sujeitos. Formas de pensar são construídas por meio da apropriação do saber da

comunidade na qual está inserido o sujeito numa estreita relação entre homem e mundo. Esta

relação é mediada por alguns elementos que auxiliam nas atividades humanas. Estes

elementos de mediação são os signos e os instrumentos. O trabalho humano, que une a

natureza ao homem e cria, então, a cultura e a história do homem, desenvolve a atividade

coletiva, as relações sociais e a utilização de instrumentos. Os instrumentos são utilizados

pelo trabalhador, ampliando as possibilidades de transformar a natureza, sendo assim, um objeto

social.

Para Tozoni (2004, p.30)

A valorização dos conhecimentos, contextualizados histórico e socialmente comoverdades em movimento, como instrumentos mediadores da relação dialética homem natureza, fornecidos e modificados pela cultura, está no fato de serem considerados por diversos autores (como Vygotsky e Saviani) produtos e produtores sociais. A apropriação desses conhecimentos (considerados, assim, não neutros), pelo capitalismo (como ciência e tecnologia) em benefício do capital numa lógica exploratória degradante, é vista como ferramenta do processo de humanização e, certamente de transformação social.

Esse mecanismo proposto por Tozoni (2004) exemplifica o mecanismo de ensino e

aprendizagem na perspectiva dialética onde professores e alunos ensinam à medida que

aprendem.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência é um período da vida, que

começa aos 10 e vai até os 19 anos e, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente

começa aos 12 e vai até os 18 anos, onde acontecem diversas mudanças físicas,

psicológicas e comportamentais.

Em 2010, estimava-se em1 bilhão de pessoas vivendo a adolescência, ou seja, quase

20% da população mundial. No Brasil, somos cerca de 34 milhões de adolescentes, 21,84%

da população total do país. Destes 34 milhões: 1,1 milhão são analfabetos/as; 76,5% desses

analfabetos/as se encontram no nordeste; 2,7 milhões de 07 a14 anos estão fora da escola

(10% da faixa etária); 4,6 milhões de 10 a 17 anos estudam e trabalham; 2,7 milhões de 10 a

17 anos só trabalham. Desses dois grupos, 3,5 milhões trabalham mais de 40 horas

semanais.

Partimos dessa exposição para apresentarmos a concepção de adolescência porque

“toda adolescência leva, além do selo individual, o selo de meio cultural e histórico”

(ABERASTURY, 1981, apud OZELLA, 2007).

Page 83: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

82

O adolescente, formado nesta instituição, leva consigo “a juventude eterna”,

notavelmente idêntica a si própria no decurso dos séculos (DEBESSE, 1946, apud OZELLA,

2007) e seus formadores estão atentos às transformações decorrentes desta fase de vital

importância, uma vez que os conceitos formados poderão definir o devir.

10.3.14 CONCEPÇÃO de AVALIAÇÃO e RECUPERAÇÃO de ESTUDOS

A avaliação não é um processo meramente técnico, pois implica um posicionamento

político e inclui valores e princípios. Entendemos que o desafio da escola pública foi e,

continua sendo, o do avanço na direção do desvelamento dos princípios que vêm norteando

e permeando as práticas avaliativas.

Ao longo do tempo, houve alterações quanto à concepção de avaliação subjacente à

legislação: inicialmente, consistia em julgar o desempenho do aluno, de forma imparcial e

objetiva, computando acertos e erros apresentados nas questões de provas e exames;

posteriormente, a avaliação da aprendizagem como procedimento de julgar o desempenho do

aluno passou a se basear em critérios expressos nos objetivos previstos a ser realizada de

forma ampla e contínua.

O conceito de avaliação de aprendizagem, que tradicionalmente tem como alvo o

julgamento e a classificação do aluno, e ainda persiste na prática de alguns profissionais,

necessita ser redirecionado, pois a competência ou incompetência do aluno resulta, em

última instância, da competência ou incompetência da escola. A avaliação escolar, portanto,

não pode restringir-se a um de seus elementos, de forma isolada. Importa, pois, enfatizar a

relação entre avaliação da aprendizagem e avaliação do ensino, considerando-se o

desempenho do aluno de forma relacionada com o desempenho do professor e com as

condições contextuais da própria escola.

No início de cada ano letivo, os professores são orientados a expor aos estudantes os

critérios segundo os quais serão avaliados e os riscos de acumular faltas não justificadas.

Uma vez conhecidos os critérios os professores devem utilizar estratégias avaliativas

diversificadas ponderando os valores atribuídos a cada uma delas.

A recuperação de estudos, em número mínimo de 02 (duas) é oportunizada a todos os

estudantes ao longo do processo e não num momento pontual (recuperação diagnóstica e

paralela), em razão do baixo rendimento ou perda de avaliações/reavaliações. Muito embora

se privilegie a recuperação de conteúdos, ao estudante é oportunizada a substituição da

nota.

A partir de 2017 o Colégio Estadual Cyríaco Russo adotou o RCO-Registro de Classe

Online.

Page 84: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

83

11 – MARCO OPERACIONAL

Muitos são os desafios com os quais os profissionais da educação deparam-se no dia-

a-dia para operacionalizar o ideário sobre o qual se assentam as bases da escola pública no

país cuja função social é possibilitar acesso e emancipação humana e transformação social

através da aquisição de saberes historicamente sistematizado pela humanidade.

Sistematizar as ações que expressassem as concepções descritas no marco

conceitual deste documento exigiu um esforço coletivo em interpretar questões evidenciadas

nas discussões realizadas. A participação dos atores da escola é uma exigência na

construção do PPP, como nos lembra Veiga (1995, p.45):

a participação é elemento inerente à consecução dos fins,em que se busca e se deseja práticas coletivas e individuaisbaseadas em decisões tomadas assumidas pelo coletivo escolar,exige-se da equipe diretiva, que é parte desse coletivo,liderança e vontade firme para coordenar, dirigir e comandar o processo decisório como tal e seus desdobramentosde execução. Liderança, firmeza no sentido de encaminhare viabilizar decisões com segurança, como elementosde competência pedagógica, ética e profissional para asseguraras decisões tomadas de forma participativa e respaldadas,técnica, pedagógica e teoricamente sejam cumpridaspor todos.

A construção do Projeto Político Pedagógico - PPP, independente da nomenclatura

utilizada, deve ser elaborada pelos sujeitos envolvidos no processo educativo da escola em

ato deliberativo, sendo resultado de um processo complexo de discussões e debates, cuja

concepção requer tempo, estudo, reflexão e aprendizagem de trabalho coletivo.

De acordo com Veiga

O projeto político pedagógico, como projeto/intenções, deve constituir-se em tarefa comum da equipe escolar e, mais especificamente, dos serviços pedagógicos (Supervisão Escolar e Orientação Educacional). A esses cabe o papel de liderar o processo de construção desse projeto pedagógico. Se, por um lado, a coordenação do processo de construção do projeto pedagógico é tarefa do corpo diretivo e da equipe técnica, por outro, é corresponsabilidade dos professores, dos pais, dos alunos, do pessoal técnico-administrativo e de segmentos organizados da sociedade local, contando, ainda, com acolaboração e a assessoria efetivas de profissionais ligados à educação (1998, p.31).

Em linhas gerais as ações pensadas pautaram-se em referencial teórico

disponibilizado pela SEED para as semanas pedagógicas. Desta forma, o entendimento que

o coletivo desta instituição tem de Projeto Político Pedagógico, está em consonância com o

apontado por Libâneo (2001, p.125). Segundo ele o projeto pedagógico “deve ser

compreendido como instrumento e processo de organização da escola”, tendo em conta as

características do instituído e do instituinte.

Segundo Vasconcellos (1995, p.85), o projeto pedagógico é:

Page 85: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

84

Um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita ressignificar ação de todos os agentes da instituição.

O Projeto Político-Pedagógico, como um dos principais instrumentos estratégicos de

realização de reforma da educação escolar prescrita na Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96

tornou-se uma das tarefas das instituições de ensino. Como bem nos sintetizou Cardeiro

(1998) o inciso I do artigo 12 cada escola deverá “elaborar e executar sua proposta

pedagógica”. Já no inciso VII do mesmo artigo especifica-se outra incumbência para os

estabelecimentos de ensino: dar aos pais e responsáveis pelos alunos informações sobre a

execução de sua proposta pedagógica. No artigo 14 estabelece-se, por meio dos seus

incisos, para os professores que “participação dos profissionais da educação na elaboração

do projeto pedagógico da escola” (CARDEIRO,1998, p.73).

O PPP não é apenas uma listagem de objetivos e metodologias estanques concebidos

por seus gestores, uma vez que a administração escolar está longe de ser simplesmente a

gerenciadora de processos burocráticos estrategicamente planejados, mas deve se fazer

presente desde a sensibilização e mobilização, passando pela construção coletiva até chegar

à execução da proposta. Para Pacífico (2007, p.41)

A gestão democrática nas escolas requer, pois, participação coletiva viabilizando os procedimentos de gestão, capazes de propiciar o comprometimento dos envolvidos; decidir e implementar as ideias acordadas; estabelecer procedimentos institucionais adequados à igualdade de participação; articular interesses coletivos, de forma a melhorar o projeto pedagógico; estabelecer mecanismos de controle das ações efetivadas e desenvolver um processo de comunicação claro e aberto entre as comunidades escolar e local. A gestão democrática do ensino e da escola assegura o direito de todos à educação, fortalece a escola como instituição, e contribui para a redução das desigualdades sociais, éticos e culturais.

Vale lembrar que a elaboração do Projeto Político Pedagógico, dentro do princípio da

autonomia, passa por dois momentos cruciais, que aqui chamaremos de níveis: a

organização da escola com um todo e a organização da sala de aula, incluindo sua relação

com o contexto social imediato, procurando preservar a visão de totalidade.

A autonomia dada à escola, no entanto, não a desobriga de conhecer os desígnios

constitucionais e o princípio da gestão democrática, a LDB nº9394/96, os dispositivos do

Estatuto da Criança e do Adolescente nº 8069/1990, a Resolução nº 04/2010 – CEB/CNE que

define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, a Resolução nº

07/2010 – CEB/CNE que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de 9 anos; a

Deliberação nº 14/1999 que normatiza a elaboração do Projeto Político Pedagógico/Proposta

Pedagógica; a Deliberação nº 16/1999 que normatiza a elaboração do Regimento Escolar.

A principal possibilidade de construção do Projeto Político-Pedagógico passa pela

relativa autonomia da escola, de sua capacidade de delinear sua própria identidade. Isto

significa resgatar a escola como espaço público, lugar de debate, diálogo, fundado na

Page 86: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

85

reflexão coletiva. Portanto, é preciso entender que Projeto Político-Pedagógico da escola

dará indicações necessárias à organização do trabalho pedagógico, que inclui o trabalho do

professor na dinâmica interna da sala de aula e do gesto que deve ter uma visão globalizada

do processo educativo.

Após estudos com os diversos segmentos da comunidade escolar para composição do

PPP, algumas questões levantadas exigiram tomadas de medidas pontuais; outras, no

entanto, clamavam pela criação de estratégias metodológicas que só poderão ser avaliadas

ao longo do processo educativo em anos subsequentes, o que exigirá realimentação do

presente documento.

Para as ações que passaremos a descrever um desafio se apresenta: o enfrentamento

das amarras que tem impedido profissionais que, mesmo participando de uma formação

continuada, não se sentem corresponsáveis pelo sucesso e fracasso do processo educativo,

escondendo-se muitas vezes em justificativas como a proposição de políticas públicas que

não valorizam o trabalho do professor, culpabilizando-os pelas falhas do próprio governo,

mais especificamente da SEED, falta de recursos, desinteresse dos alunos, jornada

excessiva, baixos salários, entre outros. Parece estar longe o dia para que muitos percebam

as exigências da sua profissão e assumam as responsabilidades dela inerentes, quais sejam,

proporcionar uma educação de qualidade aos alunos possibilitando a estes a melhoria da

qualidade de vida; evidenciar, na prática, valores éticos da cidadania.

Hoje, a escola que temos não é ainda a que atende as reais necessidades de seus

estudantes, mas a que queremos deve se traduzir nos objetivos fixados, utilizar metodologias

coerentes e, utopicamente, revelar o sonho de uma escola ideal, que crie oportunidade para

todos equitativamente, que tenha qualidade pedagógica e social, que prime pela igualdade de

direitos. Uma escola que forme cidadãos críticos, conscientes de seus direitos e deveres,

comprometidos com a coletividade, bons profissionais nas atividades em que fizerem opção,

éticos e responsáveis pela vida do outro e do planeta.

A escola que queremos e, acima de tudo, devemos construir, é a que forma bons

leitores de mundo emancipados, que saibam utilizar o conhecimento escolar na vida

cotidiana, efetivando assim, sua inserção na vida social e comunitária. A escola que

queremos é, efetivamente, o espaço propenso para o respeito às diferenças de quaisquer

naturezas, pelo respeito dos direitos humanos hoje tão fragilizados. Enfim, a escola que

queremos não anula o indivíduo, mas propõe, pela convivência harmoniosa, a redescoberta

das inúmeras vantagens decorrentes do trabalho cooperativo, isso porque atualmente a

humanidade está voltada para o desenvolvimento científico-tecnológico, desconsiderando os

valores humanos.

Diante do exposto identificou-se que as pessoas tornaram-se apáticas aos problemas

Page 87: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

86

existentes na sociedade e, como consequência, não assumem seu papel de

cidadão.Contudo, a escola - enquanto instituição - preocupa-se em resgatar sua verdadeira

função: desenvolver no aluno atitudes, habilidades e valores que ampliem sua possibilidade

presente e viabilizem sua capacidade plena de participação social.

Frente aos desafios atuais, é necessário estabelecer propostas e objetivos comuns,

fruto do trabalho coletivo, que visem a colaborar para a construção de uma sociedade

humanizada.

11.1 PROCESSO de PLANEJAMENTO ESCOLAR

O planejamento de uma instituição de ensino demanda a visão de futuro, o “aonde”

se quer chegar, bem como a sistematização e prazos.

O planejamento requer a tomada de decisão coletiva, comprometimento da

comunidade escolar na formulação de metas para a garantia do sucesso do processo ensino

e aprendizagem. Nesse sentido, o Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e

Normal organizará seu planejamento nos seguintes níveis:

a) Planejamento Estratégico – definirá as grandes metas a médio e longo prazo

a serem alcançados, construídos pelo coletivo da escola;

b) Planejamento Anual e Calendário Escolar – definirá o início e o término do

período letivo por meio do calendário escolar. Este documento, em

obediência às determinações legais e decisões dos órgãos competentes

fixará os dias de feriados, recessos escolares e os destinados às

comemorações cívicas, sociais. Contar-se-ão como incluídos no trabalho

escolar, os dias e horas destinados à avaliação e apuração do rendimento

escolar, bem como a complementação de carga horária para o Ensino Médio

no período noturno e no Curso Formação de Docentes do período

vespertino.

c) Planejamento do processo ensino-aprendizagem – a organização do Plano

de Ensino dar-se-á anualmente, no Ensino Médio e no curso Formação de

Docentes, com a participação dos professores de cada disciplina,

considerando: objetivos da disciplina, conteúdos, metodologia, recursos,

avaliação e referências bibliográficas e previsão do número de aulas. Os

professores entregarão os planejamentos à Equipe Pedagógica no início do

período letivo, referentes ao ensino médio e Formação de Docentes e

deverão apresentar e discutir com os alunos na primeira semana de aula, os

conteúdos a serem trabalhados durante o ano letivo e seus objetivos.

Page 88: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

87

d) Replanejamento do processo ensino-aprendizagem - momento em que os

professores reúnem-se para realizar o replanejamento do seu Plano de

Trabalho Docente, a partir das necessidades específicas de cada turma, na

busca de intervenções adequadas, visando à superação dos problemas e

melhoria no processo ensino e aprendizagem. A escola poderá também

realizar reuniões por área do saber para planejar, replanejar e avaliar

atividades e projetos comuns às áreas.

11.2. DISTRIBUIÇÃO dos ALUNOS

Esta instituição de ensino procura organizar suas turmas atentando para o espaço

físico e para um número de alunos que seja possível o (a) professor (a) atender às

necessidades, diversificando sua abordagem. Para tanto, a definição do número de alunos

em sala é importante à medida que professores e alunos são reconhecidos como sujeitos do

processo.

Os alunos são agrupados de acordo com o Georreferenciamentoda Copel, no ato da

matrícula.

11.3 NORMAS de CONVIVÊNCIA

Todos os integrantes da comunidade são considerados sujeitos históricos, portanto

devem ser respeitados em seus direitos, ao mesmo tempo em que são exortados a cumprir

as normas previstas no Regimento Escolar, para que a função social da escola pública seja

garantida, a saber: (transcrição fiel do Regimento Escolar).

Page 89: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

88

11.4 SISTEMATIZAÇÃO DAS FUNÇÕES ESPECÍFICAS DA DIREÇÃO, EQUIPE PEDAGÓGIA E SECRETARIA APONTADAS PELO COLETIVO APÓS DISCUSSÃO EM SEMANA PEDAGÓGICA.

11.4.1 Direção

É função primordial da direção administrar a escola e o processo educacional no seu

âmbito, agindo com habilidade para que o trabalho de todos (professores, equipe

pedagógica, funcionários e alunos) seja direcionado para os objetivos e fins da educação,

proporcionando condições necessárias para o seu desenvolvimento.

A direção é a articuladora de projetos e ações que visem à melhoria do processo

ensino-aprendizagem, bem como, promoverá o planejamento participativo.

A escolha do diretor e diretor auxiliar é decorrente de processo eletivo, por sufrágio

direto e secreto de professores, funcionários e alunos (ensino médio) sendo o voto único.

São atribuídas as seguintes tarefas ao diretor:

a. Responsabilizar-se pelo processo pedagógico e garantir a

qualidade do ensino; b. Representar a escola perante órgãos e entidades de ensino,

responsabilizando-se pelo seu funcionamento; c. Presidir o Conselho de Classe, reuniões de

acompanhamento, reuniões pedagógicas, reuniões administrativas e de pais;

d. Propor ao Núcleo Regional de Educação a abertura de sindicância de funcionários e docentes;

e. Convocar e presidir o Conselho Escolar; f. Assinar documentos escolares e administrativos; g. Acompanhar e avaliar o estágio probatório dos professores; h. Encaminhar ao Núcleo Regional de Educação necessidade

de abertura de concurso público e teste seletivo para atendimento às demandas da escola;

i. Convocar docentes e funcionários para atividades do calendário escolar;

j. Acompanhar e gerenciar o orçamento da escola em parceria com a Associação de Pais, Mestres e Funcionários;

k. Definir juntamente com a equipe pedagógica o calendário escolar e de matrículas;

l. Organizar a escala de férias dos funcionários e professores; m. Definir, acompanhar e avaliar os Projetos e Programas

Institucionais.

Page 90: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

89

11.4.2 Equipe Pedagógica

A Equipe Pedagógica é exercida por professores pedagogos e a ela compete:

a. Ser assíduo, pontual de modo a servir de referência para o corpo docente; b. Organizar com anuência da direção da escola, seus horários de trabalho; c. Participar das atividades organizadas pela escola; d. Manter o espírito de equipe, para o bom funcionamento da escola; e. Apresentar à direção da escola, informações, irregularidades e outros encaminhamentos, sugerindo medidas que julgar necessárias; f. Zelar pelo cumprimento do Projeto Político-Pedagógico; g. Ser ético e guardar sigilo dos assuntos pertinentes à escola. h. Assessorar diretamente à direção nas atividades administrativas e escolares tais como: distribuição de turmas, organização de horários, distribuição e controle das atividades exercidas pelos professores; i. Manter os alunos informados com vistas à orientação vocacional, à formação para o trabalho e ao convívio do grupo social; j. Proporcionar aos pais, professores e alunos encontros, palestras, seminários, cursos ou outras formas de eventos que permitam ampliar a formação de todos e o desenvolvimento da comunidade; k. Acompanhar as faltas, chegadas tardias, saídas antecipadas e o uso do uniforme discente, conhecendo as reais causas e promovendo as orientações necessárias; l. Realizar e coordenar o processo de escolha de representantes de turma, orientando para o senso democrático e o desenvolvimento de lideranças, bem como, acompanhar o desempenho e atuação destes; m. Fornecer dados e informações sobre aspectos educacionais, sociais e culturais dos alunos nos Conselhos de Classe, avaliando resultados, acompanhando e encaminhando decisões tomadas; n. Sistematizar, o processo de acompanhamento dos alunos em todos os aspectos do seu desenvolvimento, detectando em Conselho de Classe ou em outras situações, as causas determinantes do baixo rendimento, reprovação ou evasão escolar. o. Responsabilizar-se, enquanto equipe pedagógica, pela disciplina dos alunos. p. Promover reuniões de estudo e a discussão do desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem; q. Realizar o planejamento das atividades de adaptação de estudos conjuntamente com a direção; r. Planejar e organizar reuniões pedagógicas e formação continuada do corpo docente, juntamente com a direção da escola; s. Supervisionar e acompanhar projetos e programas institucionais; t. Organizar e coordenar o Conselho de Classe e demais reuniões, providenciando acompanhamentos necessários;

Page 91: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

90

u. Propor, intervir e subsidiar o trabalho do corpo docente da escola com vistas à melhoria da prática pedagógica; v. Promover e acompanhar o planejamento didático-pedagógico em suas diferentes dimensões; w. Coordenar com a direção da escola o processo de avaliação institucional.

11.4.3 Secretaria Escolar

Este serviço é executado por um profissional cujas atribuições são:

a) Coordenar os serviços de secretaria escolar; b) Controlar o livro ponto da escola; c) Acompanhar e subsidiar os Programas e Projetos Institucionais; d) Organizar e proceder aos processos de matrícula, transferência e

certificação dos alunos; e) Assinar a documentação pertinente, juntamente com a direção; f) Realizar trabalho integrado com a Equipe Pedagógica e

Coordenação; g) Atualizar o acervo de leis, regulamentos, instruções, circulares e

despachos que dizem respeito às atividades do Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal;

h) Fazer cumprir a legislação de ensino; i) Participar do Conselho de Classe e das Reuniões de

Acompanhamento auxiliando nos acompanhamentos necessários.

j) Fixar, em lugar visível, o horário de funcionamento da secretaria para atendimento de alunos, professores e demais pessoas, para que a comunidade usuária dos serviços tome conhecimento.

k) Manter em rigorosa ordem a escrituração e o arquivamento dos documentos escolares e assegurar, em qualquer tempo, a verificação da identidade de cada aluno, a regularidade de seus estudos, a autenticidade de sua vida escolar e a documentação específica.

11.5 ÓRGÃOS COLEGIADOS DE REPRESENTAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

11.5.1 Conselho Escolar

Como órgão deliberativo, normativo e consultivo de assuntos político-pedagógicos,

legalmente instituído por estatutos e regulamentos próprios, tem o diretor da instituição como

presidente nato. O quadro abaixo mostra a composição do Conselho Escolar:

Função Representante

Presidente Iolanda Aparecida Rodrigues

Representante da Equipe Pedagógica Marilda Martins Torres

Suplente Representante da Equipe Pedagógica Maria Cristina Castanho

Representante do Corpo Docente - Ens. Médio Alice Maria Martins Rockenbach

Page 92: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

91

Suplentedo Corpo Docente – Ens. Médio Maria Cícera da Silva Benedito

Representante do Corpo Docente – F. D. Ester Amaro Costa

Suplente do Corpo Docente – F. D. Regiane Cássia Piccioni Xavier

Representante da Equipe Administrativa Eva Campos da Silva

Suplenteda Equipe Administrativa Cláudia Maria Delamuta da Silveira

Representante da Equipe de Apoio Adriana Honorato de Medeiros

Suplenteda Equipe de Apoio Neide de Lima Parisotto

Representante do Corpo Discente – Ens. Médio Jaqueline Pires Machado

Suplente do Corpo Discente – Ens. Médio Clayton Pires Tonchi

Representante do Corpo Discente – F.D. Luana de Cássia Amaro Souza

Suplente do Corpo Discente – F.D. Diana Rafaela de Andrade

Representante de Pais Ens. Médio Claudinei Franco

Representante de Pais Ens. Médio Leonor Márcia Granado Martins

Suplente de Pais e Responsáveis Eliana Midore Toledo Pinto

Suplente de Pais e Responsáveis Luiz Antonio Garcia

Representante do Grêmio estudantil Jennifer Dionizio de Brites

Suplente do Grêmio estudantil Rosemeire Tonchi

Representante dos Mov. Sociais Org. da Comunidade

Laura Regina Teodoro da Silva Souza

Quadro 5. Composição do Conselho Escolar

O Conselho Escolar é a instância máxima da instituição. É um órgão deliberativo,

normativo e consultivo de assuntos político- pedagógicos da escola e tem a seguinte

constituição:

I – Diretor

II – Representante dos Professores;

III - Representante da Equipe Pedagógica;

IV – Representante dos Funcionários;

V- Representante dos pais de alunos.

É competência do Conselho Escolar:

I – Sugerir e organizar o funcionamento de novos cursos;

II- Julgar atos e procedimentos de membros do corpo docente, propondo ao

órgão superior, quando for o caso, a adoção de medidas preventivas cabíveis;

III- Decidir em primeira instância, sobre penas previstas neste documento;

IV – Deliberar e resolver em grau de recurso, sobre assuntos de natureza

pedagógica desta instituição escolar;

V – Deliberar sobre providências preventivas, corretivas ou repressivas a atos

de indisciplina;

VI – Sugerir alterações no PPP da escola e participar da construção do

Calendário Escolar Anual em suas alterações;

Page 93: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

92

VII – Apreciar as propostas de hora-atividade;

VIII- Deliberar o processo de Avaliação Institucional.

11.5.2 Associação De Pais, Mestres E Funcionários – (APMF)

. A Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF é um órgão colegiado,

representativo, deliberativo que contribui para a melhoria do processo de integração da

comunidade escolar.

É constituída por representantes dos pais ou responsáveis pelos alunos, representante

dos professores, dos professores pedagogos (equipe de ensino) e dos funcionários da

escola.

Tem como tarefa principal, preocupar-se com a melhoria de qualidade do ensino médio

e normal, apresentando sugestões e implementação de ações aditivas ao processo

educacional desenvolvido na escola.

A APMF é estruturada em conformidade com as normas da SEED e expressas em

regimento próprio, determinando a caracterização dos dirigentes, sua competência, direitos,

obrigações, tempo de mandato, procedimentos e critérios de escolha.

As reuniões da APMF não têm data fixa, mas é acionada sempre que necessário.

A composição atual da APMF está representada no quadro abaixo:

Função Representante

Presidente Paulo Leandro Costa

Vice Presidente Valdenir Joji Sato

1º Secretário Sonia Raquel da Silveira

2º Secretário Adriana Honorato de Medeiros

1ºTesoureiro Luciana Aparecida Soares

2º Tesoureiro Carina Aparecida Araújo Ragazzi

Primeiro Diretor Sócio-Cultural-Esportivo

Mauro Ferreira da Silva

Segundo Diretor Sócio-Cultural-Esportiva

Fernanda de Godoy Ferreira

Conselho Deliberativo e Fiscal Cleonice Valezze Spagolla

Maria Cícera da Silva Benedito

Regiane Cássia Piccioni Xavier

Rosiane Candido Nartins

Juliana Yamashiro Cervo Ujiie

Andrea Regina Tanganeli Zanoni

Virley Malfati

Eva Campos da Silva

Page 94: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

93

Cláudia Maria Delamuta da Silveira

Quadro 6. Diretoria da APMF

11.5.3 Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil, de importância fundamental na formação de lideranças, é o órgão

máximo de representação dos estudantes com o objetivo de defender os interesses

individuais e coletivos dos estudantes, incentivando a cultura literária, artística e desportiva.

Regido por estatuto próprio, aprovado e homologado em Assembleia Geral, convocada

especialmente para este fim, faz eleição de sua diretoria para o mandato de dois anos civis

(maio a maio). O quadro abaixo apresenta a diretoria do grêmio estudantil eleita em maio de

2016, representada pela chapa “Força Jovem”.

Função Representante

Presidente Natália Kimberly de Almeida Machado

Vice Presidente Jaqueline Pires Machado

Secretário-Geral Brenda Mara Guerra

1º Secretário Andrea Fernanda Dias de Souza

Tesoureira-Geral Karla Aparecida de Oliveira

1º Tesoureiro Isabelly Roberta Vieira da Silva

Diretora Social Marielly Barbosa

Diretora de Imprensa Suellen Roberta Pozza

Diretor de Esportes Reinaldo Correia Junior

Diretora de Cultura Robson Vinicius Santos Araújo

Diretora de Saúde e Meio Ambiente Beatriz Dias Bonafé

Quadro 7. Diretoria do Grêmio Estudantil

11.5.4 Conselho De Classe

O Conselho de Classe é um órgão de natureza deliberativa das questões referentes ao

processo didático-pedagógicos. Numa perspectiva democrática de gestão pública o conselho

de classe deve traduzir os interesses dos atores do processo educativo, por isso nesta

instituição de ensino fazem parte do conselho de classe o diretor, os pedagogos, os

professores de cada turma, o professor tutor da turma, líderes e vice-líderes e alguns

representantes de alunos. A reunião de Conselho de Classe tem a responsabilidade de

analisar as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir o efetivo

sucesso do processo ensino e aprendizagem e, consequentemente, melhor qualidade da

educação. A finalidade da reunião do Conselho de Classe é a de intervir em tempo hábil no

processo educativo, buscando oportunizar ao estudante, formas diferenciadas de apropriação

Page 95: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

94

dos conteúdos curriculares estabelecidos. Cabe ainda, aos participantes do Conselho de

Classe, verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos metodológicos, avaliativos e

relações estabelecidas na ação pedagógica educativa vêm sendo cumpridos de maneira

coerente.

Tem como objetivos:

a) Avaliar e propor melhorias do processo ensino-aprendizagem.

O Conselho de Classe é constituído pelos professores da turma, pela direção, equipe

pedagógica e um representante de turma para acompanhamento.

O Conselho de Classe deverá:

a) Estudar e interpretar os dados de aprendizagem na relação com o trabalho

pedagógico do professor;

b) Avaliar os resultados da aprendizagem do aluno, na perspectiva do processo

de apropriação de conhecimento, da organização de conteúdos e dos

encaminhamentos metodológicos da prática pedagógica.

O Conselho de Classe se reunirá trimestralmente para acompanhamento do

desempenho dos alunos a partir de seus resultados e realizar intervenções pedagógicas

adequadas a cada situação.

As reuniões do Conselho de Classe são previstas em calendário escolar e dar-se-ão

por convocação da direção, sendo obrigatório o comparecimento de todos os convocados.

Das decisões do Conselho de Classe caberá recurso ao Conselho Escolar da escola,

com a participação de todos os professores da turma, direção e equipe pedagógica.

Mencionar pré-conselho e pós-conselho( material fornecido nos Caminhos Pedagógicos)

11.6 DA ORGANIZAÇÃO do COTIDIANO do TRABALHO ESCOLAR

11.6.1 Matrícula

Somente aos estudantes devidamente matriculados no Colégio Estadual Cyríaco

Russo – Ensino Médio e Normal é permitida a frequência às aulas.

A instituição de ensino poderá aceitar, a título de colaboração, estudantes estrangeiros

dentro dos programas de intercâmbio Cultural Internacional, sem a exigência de matrícula. O

período de matrícula será estabelecido pela SEED, por meio de Instruções Normativas.

Ainda, a critério da SEED, a instituição de ensino assegura a possibilidade de matrícula em

qualquer época, desde que o estudante se submeta ao processo de classificação,

Page 96: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

95

aproveitamento de estudos e adaptação, previstos no presente Regimento Escolar, conforme

legislação vigente, arcando o estudante com o ônus que possa advir do fato.

A petição para matrícula em qualquer curso se faz mediante requerimento do

interessado ou seu responsável, quando menor de 18 (dezoito) anos, acompanhada dos

seguintes documentos:

I. Certidão de Nascimento ou Certidão de Casamento e Registro Geral–Rever

digitação RG,esteobrigatórioparaestudantesmaioresde16(dezesseis)anos,originalecópia;

II. RegistroGeral–RGeCadastrodePessoaFísica-

CPF,paraestudantesdaEducaçãoProfissional– originale cópia;

III. comprovantederesidência,faturadaconcessionáriadeenergiaelétricaatualizada -

máximo 3 (três)meses;

IV. Histórico Escolar ou Declaração de Escolaridade da instituição de ensino de

origem,estacomoCódigoGeraldeMatrícula–CGM,quandoestudanteoriundodaredeestadual;

V. Matriz Curricular,quando a transferênciaforpara o2° (segundo) ou 3°

(terceiro)anodoEnsinoMédio;

VI. CartaMatrícula,excetoparaasinstituiçõesdeensinodeEducaçãoBásica,namodalida

dedeEducaçãoEspecialeparaasinstituiçõesdeensinodosmunicípios,comapenasuma

instituiçãoda rede estadualde ensino;

VII. DeclaraçãodeExistênciadeVaga(emcasodetransferênciaentreinstituiçõesdeensin

o da rede estadual)de acordo coma instruçãode matrícula vigente;

VIII. DeclaraçãodeDesistênciadaVaga(redeestadual)dainstituiçãodeorigem,deacordo

com a instruçãodematrícula vigente.

IX. 02(duas) fotos 3x4 colorida, recente.

11.6.2 Matrícula com Dependência

Será permitida a matrícula com dependência para estudantes recebidos com

transferência externa, em até três matérias/disciplinas.

Cabe à direção da instituição determinar o turno e a turma em que se dará a

frequência e a apuração do rendimento escolar.

11.6.3 Cancelamento De Matrícula

A matrícula pode ser cancelada em qualquer época do ano letivo pelo estudante, se

maior, ou pelo seu responsável, se menor, ou compulsoriamente pela direção, por

Page 97: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

96

conveniência pedagógica ou disciplinar, em se tratando, no último caso, de grave infração ou

reiteradas faltas contra o dispositivo legal que rege a instituição e ouvido o Conselho Escolar.

Neste caso, será expedida imediatamente a transferência ao estudante.

11.6.4 Transferência

A direção do Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal decidirá sobre

a conveniência ou não da aceitação da transferência, em razão da época, da existência de

vagas, da adaptação necessária, da dependência, do tipo de curso e dos estudos realizados

pelos pretendentes.

Em qualquer época, o estudante poderá transferir-se do Colégio Estadual Cyríaco

Russo – Ensino Médio e Normal.

Para o recebimento de transferência externa no decorrer do período letivo, serão

utilizados os critérios previstos neste documento e a legislação pertinente, para as apurações

da assiduidade e rendimento escolar.

11.6.5 Frequência

A frequência é apurada do primeiro ao último dia letivo, em conformidade com o artigo

24, inciso VI da LDB 9394/96, no entanto para o cálculo dos 75% é considerada o total da

carga horária do período letivo, para fins de promoção.

11.6.6 Adaptação

O aluno do Ensino Médio e Normal, transferido de outro estabelecimento com plano

curricular diferente do previsto neste documento, está sujeito à adaptação nas matérias ou

disciplinas, áreas de estudos e atividades que não tenha cursado em série idêntica ou

equivalente.

Caberá à secretária da instituição, juntamente com a Equipe Pedagógica fazer o

ensalamento do aluno de modo que a adaptação seja oportunizada da melhor forma.

A adaptação deverá ser promovida até o final do curso respectivo, de forma que

nenhum aluno possa concluí-lo sem que tenha cumprido o currículo pleno previsto para o

curso, com a respectiva carga horária.

Page 98: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

97

A adaptação se faz em períodos concentrados de aulas ou no decorrer do período

letivo, em contra turno, mediante a execução de trabalhos, tarefas e testes. Considerar-se-á

adaptado o aluno que obtiver nota final igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) na disciplina,

matéria ou atividade que requererem adaptação.

O aluno que for julgado inadaptado deverá cursar a(s) disciplina(s) na série anterior, de

outro turno ou sujeitar-se a outra modalidade determinada pela direção.

O resultado obtido pelo aluno na adaptação, mesmo na hipótese anterior, deverá ser

registrado no Livro Registro do professor ou RCO designado a propor as atividades de

adaptação.

11.6.7 Aproveitamento de Estudos

Nos casos de transferência de um estabelecimento para outro e mudança de curso,

serão considerados a carga horária configurada no boletim de transferência, ou do curso

anterior, o aproveitamento nas disciplinas e a frequência conforme prescreve o Regimento

Escolar em sua Seção XI.

11.6.8 Classificação e Reclassificação

Classificação é o procedimento que a instituição de ensino adota, segundo critérios

próprios, para posicionar o estudante na etapa de estudos compatível com a idade,

experiência e desempenho, adquiridos por meios formais ou informais.

A Classificação poderá ser realizada:

I - por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento, a série, na própria

instituição de ensino;

II - por transferência, para os estudantes procedentes de outras escolas do país ou do

exterior, considerando a classificação na instituição de ensino de origem;

III - independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar

o estudante na série compatível ao seu grau de desenvolvimento e experiência.

Page 99: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

98

Reclassificação é um processo pedagógico que se concretiza por meio da avaliação

do estudante matriculado e com frequência na série sob a responsabilidade da instituição de

ensino que, considerando as normas curriculares, encaminha o estudante à etapa de

estudos/carga horária da(s) disciplina(s) compatíveis com a experiência e desempenho

escolar demonstrado, independentemente do que registre o seu Histórico Escolar.

A promoção resultará da combinação do resultado da avaliação com aproveitamento

escolar do estudante, expresso na escala de notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero), e

apuração da assiduidade.

11.6.9 Regime de Progressão Parcial

A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio do qual o estudante, não

obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las

subsequentemente e/ou concomitantemente às séries seguintes.

Esta instituição de ensino desde 2008, não oferta aos seus estudantes matrícula com

progressão parcial, porém, são aceitas matrículas por transferência de estudantes com

dependência em até 03 (três) disciplinas, que deverão ser cumpridas mediante plano especial

de estudos.

Page 100: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

99

11.7 PERFIL DOS CURSOS OFERTADOS

11.7.1 Matriz Curricular do Ensino Médio MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: 0240 – BANDEIRANTES

ESTABELECIMENTO: 00010 – CYRIACO RUSSO – C E – E MEDIO E NORMAL

ENDEREÇO: Rua Benjamin Caetano Zambon, 530 – Centro

TELEFONE: 43 3542-4136

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

CURSO: 0009 – Ensino Médio

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013 TURNO: manhã/noite

FORMA:SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / SÉRIE 1º 2º 3º

Arte

3 2 -

Biologia 2 2 2

Educação Física 2 2 2

Filosofia 2 2 2

Física 2 2 2

Geografia 2 2 2

História 2 2 2

Língua Portuguesa 3 3 3

Matemática 3 2 3

Química 2 2 2

Sociologia 2 2 2

Subtotal 25 23 22

PARTE

DIVERSIFI-CADA

L.E.M. - Espanhol * 4 4 4

L.E.M. - Inglês - 2 3

Subtotal 4 6 7

Total Geral 29 29 29

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Disciplina com matrícula facultativa, oferta no turno contrário no CELEM.

Page 101: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

100

11.7.2 Matriz Curricular Do Curso Formação De Docentes

CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS

INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM NÍVEL MÉDIO, NA MODALIDADE NORMAL

COLÉGIO ESTADUAL CYRIACO RUSSO – ENSINO MÉDIO E NORMAL - 010

Matriz aprovada pelo Parecer 259/2013 – CEE em 10/07/2013 Ano de Implantação: 2014 Turnos: Diurno, Vespertino, Noturno-Módulo: 40 - Carga Horária Total =4.800h/a e 4.000 h Implantação: GRADATIVA DISCIPLINAS Hora

Aula Hora

Relógio 1ª 2ª 3ª 4ª

BASE

NACIONAL

COMUM

ARTE 2 80 67 BIOLOGIA 3 120 100

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2 320 267 FILOSOFIA 2 2 2 2 320 267 FÍSICA 3 120 100

GEOGRAFIA 3 120 100

HISTÓRIA 2 2 160 133

LINGUA PORTUGUESA E LITERATURA 2 2 2 3 360 300 MATEMÁTICA 2 2 2 2 320 267 QUÍMICA 2 2 160 133

SOCIOLOGIA 2 2 2 2 320 267

SUB-TOTAL 17 17 15 11 2400 2000 PD LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA 2 80 67

SUB-TOTAL 2 80 67 FORMAÇÃO ESPECÍFICA

CONCEPÇÕES NORTEADORA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

2 80 67

FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

2

80

67

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA

EDUCAÇÃO 2 80 67

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

2 80 67

FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

2 80 67

LIBRAS 2 80 67

LITERATURA INFANTIL 2 80 67

METODOLOGIA DE ALFABETIZAÇÃO 2 80 67

METODOLOGIA DO ENSINO DA ARTE 2 80 67 METODOLOGIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS 2 80 67

METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO

FÍSICA 2 80 67

METODOLOGIA DO ENSINO GEOGRAFIA 2 80 67

METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA 2 80 67

METODOLOGIA DO ENSINO DE MATEMÁTICA

2 80 67

METODOLOGIA DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

2 80 67

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

2 2 160 133

PRÁTICA DE FORMAÇÃO 5 5 5 5 800 666 TRABALHO PEDAGÓGICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

2 2 160 133

SUB - TOTAL 13 13 15 19 2400 2000

TOTAL GERAL 30 30 30 30 4800 4000

Page 102: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

101

11.7.3 Complementação de Carga Horária

TURNO VESPERTINO - São realizadas anualmente 40 horas de Complementação de Carga

Horária no período vespertino. (Anexo 1)

TURNO NOTURNO – São realizadas anualmente 32 horas de Complementação de Carga

Horária no período noturno. (Anexo 2)

11.8 SISTEMA de AVALIAÇÃO

11.8.1 Sistema de Avaliação para o Ensino Médio e o Curso Formação De Docentes para a Educação Infantil e Séries Iniciais Do Ensino Fundamental

Esta instituição de ensino, conforme exposto em seu marco conceitual, percebe a

avaliação e recuperação de estudos de forma contextualizada e não em um momento

estanque, pontual, por isso, a diagnose, a avaliação propriamente dita, a retomada de

conteúdos e a reavaliação são realizadas de forma contínua e paralela.

Ressalte-se ainda a relação que se faz entre a avaliação da aprendizagem e avaliação

do ensino, considerando-se o desempenho do aluno de forma relacionada com o

desempenho do professor e com as condições contextuais da própria escola.

A avaliação deve ser entendida como parte do processo ensino e aprendizagem, pois:

Indica ao professor o momento da aprendizagem dos alunos: os que já

aprenderam, os que ainda não aprenderam, quais seus avanços, quais suas

dificuldades, dando possibilidade de intervenção no sentido da superação de

possíveis dificuldades.

Permite ao aluno que se torne consciente do seu processo de aprendizagem,

perceba seus avanços e suas dificuldades e possa, em conjunto com seu professor,

buscar novos modos de resolver estas dificuldades.

Indica ao professor a necessidade de rever seu planejamento e fazer ajustes na

sua prática docente.

Nesse sentido, a avaliação é contínua, exigindo observação sistemática dos alunos,

não apenas com relação ao domínio dos conceitos de conteúdos específicos, mas também

com relação ao desenvolvimento de competências e habilidades.

Portanto, o aluno deve ser avaliado como um todo, em quaisquer situações que

Page 103: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

102

envolvam aprendizagem. Faz-se necessária a observação constante do desempenho do

aluno nos trabalhos de classe, extraclasse, estágios supervisionados e pelo uso sistemático

de procedimentos e instrumentos de aferição da aprendizagem. Instrumentos que se

mostrem aconselháveis, e, de aplicação possível, em cada situação, observando-se os

aspectos quantitativos e qualitativos.

A recuperação de estudos é oportunizada ao longo do processo e não num momento

pontual (recuperação diagnóstica e paralela). Todos os alunos têm direito a realizar as

avaliações de recuperações de estudos, exigidas num mínimo de 02 (duas) por trimestre,

independente da nota (seja inferior ou superior a 6,0), como também alguma

avaliação/reavaliação que tenha perdido a partir de justificativa plausível (atestado médico ou

comunicado da família). Muito embora se privilegie a recuperação de conteúdos, ao aluno é

oportunizada a substituição da nota.

O Regimento Interno da instituição de ensino prevê o cumprimento de 75% de

frequência, 200 (duzentos) dias letivos previstos durante o ano letivo. Deverão ser ainda

cumpridas as normas vigentes no Sistema Estadual de Ensino, no que diz respeito:

a) aos resultados de Avaliação expressos ao final de cada trimestre;

b) à apuração da assiduidade;

c) aos estudos de recuperação;

d) ao aproveitamento de estudos;

e) à atuação do Conselho de Classe.

11.8.2 Avaliação Trimestral

A avaliação trimestral tem como objetivos:

Oportunizar aos alunos um espaço de tempo maior visando uma aprendizagem

efetiva, o conhecimento do ambiente escolar, sua estrutura e funcionamento, bem

como melhor conhecimento de seus professores.

Possibilitar ao professor o estabelecimento de um relacionamento efetivo com o

aluno, conhecendo-o e analisando-o individualmente a partir dos critérios

avaliativos adotados.

Avaliar em função dos objetivos expressos nas Diretrizes Curriculares Orientadoras

da Educação Básica, Proposta Curricular da instituição em consonância com o

disposto na LDB 9394/96 e Plano de Trabalho Docente.

Page 104: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

103

A avaliação trimestral tem como funções:

Auxiliar o educando na compreensão de si mesmo, propiciando-lhe os meios e

tempo maior para detectar as próprias capacidades e limitações.

Fazer preponderar os aspectos qualitativos de aprendizagem, dando-se maior

importância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal.

Avaliação deve ser diagnóstica, formativa e somativa com o propósito de

determinar a presença ou ausência de pré-requisitos, assim como identificar

possíveis causas de dificuldades de aprendizagem para realização de intervenções

necessárias, tendo em vista o avanço e o crescimento do educando, o que exige do

educador uma postura pedagógica clara e definida.

A avaliação de desempenho do aluno se dará em diferentes experiências de

aprendizagem com critérios claros e instrumentos diversificados tais como: provas

escritas (individuais ou em grupo); trabalhos escritos (relatórios, pesquisas

bibliográficas, entre outros), seminários, debates, produção textual de gêneros

diversos, estudos dirigidos, painéis, murais, cartazes, pesquisas de campo, oficinas,

leituras diversas, entre outros.

A aferição de valor às tarefas apresentadas será realizada ao final de cada período

letivo (trimestre). É vedada a avaliação em que o educando é submetido a uma

única oportunidade de aferição.

O resultado da avaliação de aprendizagem do período letivo será registrado em

documentação própria, assegurada a regularidade da vida escolar do aluno.

A nota dos períodos letivos (trimestres) será resultante da somatória de valores

atribuídos a cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias

aferições e, respeitando o mínimo exigido de reavaliações, que são duas.

Nesta proposta, a promoção resultará da combinação do resultado da avaliação

com o aproveitamento escolar do aluno, expresso na escala de notas de 0,0 (zero) a

10,0 (dez) e apuração de 75% da assiduidade.

Será aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta

e cinco por cento) do total da carga horária do período letivo e a média anual igual

ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) resultante da média aritmética dos trimestres

nas respectivas disciplinas.

Page 105: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

104

Será considerado reprovado o aluno que apresentar:

Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária

do período letivo e a média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero).

Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária

do período letivo, com qualquer média anual.

O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por

cento) e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero), mesmo após os Estudos de

Recuperação.

Observação: Os casos acima mencionados serão submetidos à análise do

Conselho de Classe que deliberará sobre o resultado final.

A Média Final (MF) de Notas em cada disciplina corresponderá à somatória de 03

(três) notas trimestrais, resultantes das avaliações/reavaliações realizadas ao longo do ano

letivo:

MF = 1º TRIMESTRE + 2º TRIMESTRE + 3° TRIMESTRE = ou > 6,0

3

Em cada trimestre a nota será expressa em uma escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez

vírgula zero), que ao final do ano será realizada a somatória das notas dos três trimestres,

dividido por três, resultando a média final, que deverá ser igual ou superior a 6,0 (seis vírgula

zero).

11.8.3 Recuperação de Estudos

A recuperação de estudos será proporcionada no decorrer do período letivo,

destinando-se a todos os alunos, em especial, aos alunos com aproveitamento insuficiente,

atendendo à Deliberação 02/99. “A recuperação será oferecida de forma paralela sempre que

for diagnosticada insuficiência durante o processo regular de apropriação de conhecimento e

de competências pelo aluno” (CEE, 2000).

Durante o processo de aprendizagem, toda vez que o professor constatar que o aluno

está demonstrando muitas dificuldades, deverá providenciar estratégias que favoreçam as

novas aprendizagens: replanejamento do processo de ensino e de aprendizagem, por meio

Page 106: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

105

de atividades de reforço, ampliação de atividades de apoio, revisão das atividades de ensino

em geral e planos individuais de ação. Estas estratégias deverão estar fundamentadas nas

informações obtidas através da avaliação.

Serão atribuídas notas aos trabalhos, exercícios, testes ou outras atividades

desenvolvidas nos estudos de recuperação, substituindo as notas que expressem baixo

rendimento.

A instituição de ensino poderá também, oferecer atividades complementares para que

os alunos possam recuperar seus conteúdos de estudos, sendo de sua responsabilidade a

participação, como também a de seus pais, ou responsável, que deverão ter conhecimento e

acompanhar tal processo.

11.8.4 Critérios e Instrumentos Avaliativos

Os critérios de avaliação utilizados deverão estar em consonância com os objetivos

propostos e com o disposto no Planejamento de Trabalho Docente de acordo com as

sugestões apontadas nas Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica.

Para cada conteúdo, deve-se ter claro o que se deseja efetivamente ensinar e os

objetivos a serem alcançados pelo aluno no processo de aprender, portanto, o quê e para

quê avaliar.

Segundo Luckesi (1995)

„dificilmente os professores definem com clareza, no ato do planejamento do ensino, qual é o padrão de qualidade que se espera da conduta de um aluno, após ser submetido a uma determinada aprendizagem‟[...] .Mas, se um mínimo necessário fosse estabelecido, „[...] a aprovação ou reprovação em uma unidade de ensino não estaria a depender da arbitrariedade do professor, mas sim do fato de o aluno ter apresentado em sua conduta de aprendizagem os caracteres mínimos necessários. Ou seja, o juízo de qualidade estaria fundamentado no rea‟ (p.44-45).

Definidos os critérios, estes subsidiarão a definição dos instrumentos de avaliação. Os

instrumentos são as formas que o professor estabelece previamente para avaliar um

conteúdo. Fundamentam-se no processo decisório da avaliação e devem ser coerentes com

o que e como foi trabalhado em sala de aula. Devem estar adequados para coletar os dados

necessários para dar ao professor indicações do estado de aprendizagem do aluno. Tanto

adequados na linguagem, clareza e precisão ao que se pretendem, quanto aos conteúdos

essenciais planejados e de fato trabalhados no processo de ensino e de aprendizagem. Eles

devem significar um aprofundamento das aprendizagens do aluno e não um meio de dificultar

sua compreensão a respeito de um conteúdo.

Em estudo nas semanas pedagógicas optou-se pelo conhecimento/ aprofundamento

da Taxionomia de Bloom para maior clareza da diferenciação de critérios e instrumentos.

Page 107: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

106

Figura 1Taxionomia de Bloom

A taxionomia de Bloom pauta-se em três domínios:

b) Domínio cognitivo: as habilidades no domínio cognitivo tratam de conhecimento,

compreensão e o pensar sobre um problema ou fato.

Conhecimento: memorização de fatos específicos de padrões de procedimento e de

conceitos.

Compreensão: imprime significado, traduz, interpreta problemas, instruções e os

extrapola.

Aplicação: utiliza o aprendizado em novas situações.

Análise: de elementos, de relações e de princípios de organização.

Síntese: estabelece padrões

Avaliação: julga com base em evidência interna ou em critérios externos.

c) Domínio afetivo: na hierarquia de Bloom, o domínio afetivo trata de reações de ordem

afetiva e de empatia. É dividido em cinco níveis:

Recepção: Percepção, Disposição para receber e Atenção seletiva;

Resposta: participação ativa, Disposição para responder e Satisfação em responder;

Valorização: Aceitação, Preferência e Compromisso (com aquilo que valoriza);

Organização: Conceituação de valor e Organização de um sistema de valores;

Internalização de valores: comportamento dirigido por grupo de valores,

comportamento consistente, previsível e característico.

c) Domínio psicomotor: o domínio psicomotor, na hierarquia de Bloom, trata de habilidades

Page 108: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

107

relacionadas com manipular ferramentas ou objetos. Bloom não criou itens para esse

domínio, no entanto outros autores fizeram propostas.

Percepção

Resposta conduzida

Automatismos

Respostas complexas

Adaptação

Organização

Quanto aos instrumentos estes devem ser variados:

Provas escritas (individuais ou em grupo)

Trabalhos escritos (relatórios, pesquisas bibliográficas, e outros)

Seminários

Debates

Produção textual de gêneros diversos

Estudos dirigidos

Painéis, murais, cartazes

Pesquisas de campo

Oficinas

Leituras diversas, entre outros.

Utilização de recursos midiáticos e produção de material com a utlização destes

recursos

O aluno, que por motivo justificado, faltar em dia de avaliação ou reavaliação terá uma

nova oportunidade a ser negociada com o professor. A solicitação deverá, sempre que

possível, ser acompanhada da justificativa da falta (atestado médico até 48 (quarenta e oito

horas) ou comunicação dos pais, na Equipe Pedagógica.

11.9 ARTICULAÇÃO entre FAMÍLIA e INSTITUIÇÃO ESCOLAR e REUNIÕES de

ACOMPANHAMENTO

O Colégio Estadual se articula junto com a família e a comunidade escolar através de

reuniões trimestrais. A primeira reunião acontece no início do ano letivo, em que são

repassadas todas as informações necessárias e juntamente com elas, estabelecemos regras,

normas e limites além de ações que ocorrerão durante o ano letivo (Festa Junina, Feira de

Ciências, Noite Cultural, entre outras). Posteriormente, ocorrem as reuniões de entrega de

Page 109: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

108

boletins após o encerramento de cada trimestre. Nestas reuniões, são realizadas palestras e

momentos com temas diversificados. Além disso, sempre que necessário, os pais são

chamados em reuniões com a equipe pedagógica, direção e professores.

11.10 HORA ATIVIDADE

A Hora Atividade é uma conquista importante para os professores, que até 2016 contavam

com 33% do total de suas aulas fora da sala de aula, hoje reduzida para 25%. A hora

atividade tem como objetivo proporcionar ao professor tempo exclusivo para estudos,

elaboração de projetos, planejamento e organização de ações. Nesta instituição, buscou-se

agrupar a hora atividade com as disciplinas correlatas na medida do possível, exigindo o seu

total cumprimento. O cronograma da hora atividade de cada professor é realizado pela

direção, por turno de funcionamento da instituição de ensino, que fica afixado na sala da

Equipe Pedagógica e na sala de Hora Atividade. O cumprimento da H/A é acompanhado pela

Equipe Pedagógica, que fornece subsídios ao professor, por meio de textos, sugestões de

atividades, metodologias, critérios e instrumentos de avaliação. Quando há a necessidade de

o professor ausentar-se da instituição, o mesmo deverá notificar a Equipe Pedagógica. A hora

atividade é também um momento em que o professor pode realizar um diagnóstico mais

preciso de suas turmas, bem como dos alunos individualmente, reunido com outros

professores, na busca de intervenções que visem a uma melhor aprendizagem e sucesso dos

alunos.A hora atividade objetiva ainda, atendimento aos pais, alunos com dificuldades de

aprendizagem e alunos com necessidades especiais. Enfim, a hora atividade é uma

conquista que favorece o aprimoramento pessoal e profissional de cada professor.

11.11 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Conforme estabelece a Deliberação nº04/2006 – CEE/PR, Resolução nº 3399/2010 –

GS/SEED e Instrução nº010/2010 – SUED/SEED, a Equipe Multidisciplinar é composta por

segmentos da comunidade escolar (pedagogos, Agente Educacional, professores das áreas

de Humanas, Exatas e Biológicas e Alunos). A equipe tem como compromisso o

conhecimento das Leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08 que regem a História da Cultura Afro-

Brasileira, Africana e Indígena, da participação nos diversos encontros agendados pela

SEED, elaboração do Plano de Ação da escola e do Memorial Descritivo (apresentação do

trabalho desenvolvido), visando à compreensão do sentido e do significado das ações

propostas, bem como torná-las públicas. Também é função da Equipe Multidisciplinar a

disseminação dos conteúdos estudados aos demais profissionais da instituição visando à

Page 110: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

109

ampliação do conhecimento e realização de um trabalho mais abrangente. A partir do Plano

de Ação, atividades diversas são desenvolvidas no decorrer do ano letivo, culminando as

atividades todos os anos na semana do dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. No

ano de 2017, houve inovação no curso da Equipe Multidisciplinar, contando com parte da

carga horária presencial e outra na modalidade EaD. Os participantes ao final do curso

recebem certificação, que a cada ano tem uma carga horária diferenciada.

11.12 EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O Projeto Educação Ambiental foi implantado mais especificamente na instituição de

ensino a partir do ano de 2013, por meio da Agenda 21 Escolar. Assim, foram

disponibilizados inúmeros textos informativos para estudos pelos profissionais da escola, na

busca de um maior conhecimento, objetivando a implementação de ações a partir de

problemas diagnosticados em relação à qualidade de vida de seus alunos e do seu entorno.

Várias atividades foram desenvolvidas na escola, como: sensibilização dos alunos a respeito

da preservação do meio ambiente institucional, moradia, cidade e planeta; palestras; textos

informativos; mutirão para limpeza de carteiras; colocação de latões de lixo no pátio escolar e

salas de aula, decorados artesanalmente por professores e alunos; plantio de árvores

defronte a escola. Nesse mesmo ano, na Semana do Meio Ambiente, o município realizou

uma programação específica alusiva à conscientização da preservação dos recursos

naturais, com o lançamento de um Concurso de Logomarca da Agenda 21 de Bandeirantes,

com a participação de diversas escolas, tendo sido vencedora a aluna deste colégio.

Todos os anos são realizadas atividades diversificadas relacionadas ao meio ambiente

na busca de sensibilizar os alunos a respeito da preservação doplaneta.

11.13 EDUCAÇÃO em DIREITOS HUMANOS

A Resolução nº 1, de 30 de maio de 2012, estabelece as Diretrizes Nacionais para a

Educação em Direitos Humanos (EDH) a serem observadas pelos sistemas de ensino e suas

instituições. Sendo a Educação em Direitos Humanos um dos eixos fundamentais do direito à

educação, tratam do uso de concepções e práticas educativas fundadas nos Direitos

Humanos e em seus processos de promoção, proteção, defesa e aplicação na vida cotidiana

e cidadã de sujeitos de direitos e de responsabilidades individuais e coletivas.

Cabe aos sistemas de ensino e suas instituições a efetivação da Educação em Direitos

Humanos, implicando a adoção sistemática dessas diretrizes por todos os envolvidos nos

processos educacionais.

Page 111: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

110

A finalidade da Educação em Direitos Humanos é a de promoção da educação para a

mudança e a transformação social, fundamentando-se nos seguintes princípios: dignidade

humana; igualdade de direitos; reconhecimento e valorização das diferenças e das

diversidades; laicidade do Estado; democracia na educação; transversalidade, vivência e

sustentabilidade socioambiental.

Anualmente são desenvolvidas ações diversas direcionadas à Educação em Direitos

Humanos.

11.14 PROGRAMAS E PROJETOS CONTEMPLADOS PELA SEED

11.14.1 CELEM

Entre os anos de 2010/2012 a instituição de ensino foi contemplada com o Centro de

Línguas Estrangeiras Modernas (Espanhol) - CELEM, proposto e formatado pela SEED. O

CELEM, desde 2010, oferta o Curso de Espanhol, inicialmente com funcionamento no

período vespertino. Em 2012, houve sua expansão para o turno da noite. Em 2014,

aconteceu a implantação do CELEM – Centro de Línguas Estrangeiras Modernas - Inglês nos

turnos vespertino e noturno, beneficiando alunos com interesse por essa disciplina e que

apresentam dificuldade em frequentar um curso particular, devido seu alto custo. No ano de

2015, o CELEM – Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – Inglês passou a ser ofertado

apenas no turno noturno. No ano de 2017 voltou a funcionar no período vespertino e noturno,

ampliando possibilidades de participação dos alunos no projeto.

11.14.2 Atividade de Ampliação de Jornada Permanente

Entre 2010/2012, foi ofertado o Projeto EUREKA (Aprofundamento da Aprendizagem) em

contraturno, de acordo com o formato da SEED, com o objetivo de minimizar dificuldades

apresentadas pelos alunos e ampliar conhecimentos a partir de atividades diferenciadas.

No ano de 2013, ocorreram alterações no projeto sendo o mesmo substituído pelas

Atividades Complementares Permanentes, que englobam diferentes macrocampos

(Aprofundamento da Aprendizagem - Língua Portuguesa; Aprofundamento da Aprendizagem

- Matemática; Experimentação e Iniciação Científica – Projetos de Iniciação Científica; Cultura

e Arte – Dança, Esporte e Lazer - Voleibol). Seu funcionamento acontece em contraturno

Page 112: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

111

(período vespertino), com carga horária de 15 horas/aulas/semanais, sendo (3

horas/aulas/dia), onde os alunos realizam atividades diferenciadas, visando a superação de

dificuldades e maior enriquecimento no processo ensino e aprendizagem.

11.14.3 Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo

A instituição de ensino oferta ainda as Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo

(AETE) -Futsal, também no período vespertino, com 04 (quatro) horas/semanais em dois dias

da semana. Tem como objetivo preparar alunos dentro do ambiente escolar, especialmente

para a formação de equipes de competições escolares.

11.14.4 Programas E Projetos

Na proposta curricular a escola prevê programas institucionais e projetos que permitem ao

aluno seu desenvolvimento integral nos mais diferentes contextos. Cada projeto tem um

professor orientador, que é responsável por disseminar, motivar e agregar os alunos em sua

execução.

11.14.5 Programa Gentileza gera Gentileza

Por sugestão de um grupo de professores, em semana pedagógica, ao analisarem a

distinção entre programa e projeto, sugeriu que o projeto Gentileza gera Gentileza, fosse

transformado em programa, em razão dos anos de sua implantação, assimilação dos seus

objetivos pela comunidade escolar, tornando-se conhecido, inclusive, fora da instituição.

O Projeto Gentileza Gera Gentileza surgiu no ano de 2008, inspirado na música de

Marisa Monte que revela a lendária figura do Profeta Gentileza, inicialmente com o objetivo de

levar os alunos a perceberem a Arte como elemento de transformação social, bem como um

bem cultural necessário na formação de atitudes éticas e estéticas. Posteriormente, foi

reformulado com o objetivo de melhorar as relações intra e interpessoal, como condição

básica para a construção de uma sociedade mais tolerante, mais fraterna e mais gentil.

Page 113: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

112

11.14.6 Programa de Bolsas de Iniciação Científica Júnior

A Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do

Estado do Paraná, vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) do

Estado do Paraná, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq), mediante acordo de cooperação técnica e, com a participação da

SEED/PR através dos NREs e gestores das instituições de ensino médio concede bolsas de

estudos a alunos com o intuito de despertar a vocação científica, incentivar talentos,

favorecer o aprendizado de alunos pela prática diferenciada de pesquisa. Desde 2010, todos

os anos, alunos têm sido contemplados para participação em vários programas.

11.14.7 Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE

No ano de 2007, em conformidade com a política de formação pela SEED houve a

implantação de um programa de formação diferenciada, Programa de Desenvolvimento

Educacional - PDE. Esse Programa veio ao encontro das expectativas dos professores, pois

para aqueles que se encontravam em final de carreira houve uma nova oportunidade de

crescimento profissional e pessoal, por meio da inserção nesse Programa ofertado pela

Secretaria Estadual de Educação do Paraná – SEED, onde o professor que atinge a

pontuação para dele participar tem afastamento de 100% das atividades escolares por um

período de um ano, para dedicação exclusiva aos estudos e, no segundo ano, uma liberação

parcial de 25% de sua carga horária para aplicação do Grupo de Trabalho em Rede – GTR,

elaboração do artigo científico e conclusão das atividades, possibilitando novo acesso ao

Plano de Carreira. Vários professores da instituição já participaram desse programa, e outros,

estão em fase de participação. Normalmente, os professores aplicam seus projetos de

implementações pedagógicas na instituição de ensino em que está inserido. O artigo

científico apresentado fica disponibilizado no site da SEED e poderá ser utilizado por outros

professores, de acordo com o interesse. Também poderá ser realimentado e reaplicado na

própria instituição em anos posteriores, visando a enriquecer conteúdos e melhoria da

qualidade da educação.

11.14.8 Política de Formação Continuada

A formação continuada, enquanto política de governo tem sido oportunizada com o

objetivo de promover o aprofundamento teórico que possa subsidiar o fazer pedagógico do

Page 114: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

113

professor, visando sempre ao sucesso do aluno. Esta formação tem sido garantida pela

SEED/PR, uma vez que está prevista em calendário, duas vezes ao ano, nas semanas

pedagógicas. Vale ressaltar que, para a realização das semanas pedagógicas, a SEED/PR

encaminha às escolas, via NRE, o cronograma das ações e materiais pertinentes. A

participação nestes eventos garante certificação.

Além da Semana Pedagógica está previsto em calendário escolar a Formação em

Ação, sendo dois dias no ano, normalmente um dia em cada semestre, também com

certificação.

A partir deste ano houve a inserção de mais 01 (um) dia para a Formação Disciplinar,

que contará também com certificação.

A instituição de ensino incentiva a participação dos professores em eventos

proporcionados pela SEED/PR (cursos, seminários, palestras, congressos, entre outros) ou

promovidos pelas agências de fomento educacional, visando ao enriquecimento cultural e

profissional.

11.14.9 Carreira do Magistério

O professor estatutário tem avanço diagonal na carreira pelo, que decorre da

avaliação de desempenho, constando assiduidade e pontualidade do professor, realizado de

dois em dois anos, podendo ascender até três níveis e avanço vertical, que envolve a

gratificação de mérito estipulada pela titulação do professor: Lato Sensu, em nível de

Especialização e, Stricto Sensu, em nível de mestrado e doutorado. Foi implantado em 2007

o PDE, já tratado anteriormente.

As elevações de nível são programadas pela Secretaria de Estado da Educação e

executadas pelos Núcleos Regionais de Educação.

11.14.10 Projeto Ensino Médio Inovador – PROEMI

O Programa Ensino Médio Inovador (PROEMI) é uma ação do Ministério da Educação

que tem como meta a elaboração do redesenho curricular nas escolas de Ensino Médio com

a finalidade de contribuir para disseminar a cultura para o desenvolvimento de um currículo

mais dinâmico e flexível, que contemple os conhecimentos das diferentes áreas numa

perspectiva interdisciplinar e articulada à realidade dos estudantes, suas necessidades,

expectativas e projetos de vida. A adesão ao projeto aconteceu no ano de 2016 e sua

implantação no ano letivo de 2017.

Page 115: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

114

11.14.11 Atendimento Especializado

Em referência ao atendimento especializado e assegurado pela Instrução Normativa

nº009/2009 o colégio conta com um professor de Apoio à Comunicação Alternativa que

realiza a intermediação de uma aluna do ensino noturno que apresenta sérios problemas de

coordenação motora. Nota-se a importância desse trabalho, tendo em vista a evolução

apresentada pela aluna no decorrer dos três anos do curso.

11.15 Enfrentamento e Combate à Violência/Drogadição

A drogadição é um problema sério em nossa sociedade, envolvendo todos os órgãos

competentes. Em casos de suspeita, em um primeiro momento, os responsáveis são

chamados para verificar se essa realmente procede. As ações preventivas alicerçam-se em

palestras, textos educativos e, principalmente, a vigilância dos pais educadores quanto à

mudança de comportamento e atitudes do aluno, em casa, na sala de aula, entre outras. Uma

vez constatada no aluno a condição de usuário, a escola não tem condições de resolver o

problema; no entanto, pode-se encaminhar o aluno para os órgãos competentes, instituições,

e ações públicas e privadas que trabalham com dependentes Em caso de suspeita de tráfico

no interior da escola, uma das medidas é incentivar a denúncia através da urna que é usada

como forma de comunicação dos alunos com a direção, o disque denúncia e acionamento da

patrulha escolar, treinada para isso.

Pode-se considerar que dentre os problemas constatados no colégio o mais frequente

entre os alunos é a violência verbal que ocorre no cotidiano escolar através de discussões,

xingamentos, raramente chegando à violência física.

11.16 PROJETOS em PARCERIA com UNIVERSIDADES LOCAIS e DEMAIS INSTÂNCIAS

da COMUNIDADE

Esta instituição de ensino realiza parceria com as duas universidades locais:

Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP e Universidade Norte do Paraná –

UNOPAR. Todos os anos, profissionais e acadêmicos da UENP, orientados pela professora

responsável pelo curso de Biologia, Enfermagem e Medicina Veterinária têm realizado

atividades na escola abordando os seguintes assuntos: Gravidez na Adolescência e

métodos contraceptivos; Saúde da Mulher; Doenças Sexualmente Transmissíveis; Testes

de Visão para detectar Toxoplasmose; Drogas/ Lícitas/Ilícitas. Também a UNOPAR com

Page 116: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

115

palestras como: A nova lei Antidrogas; Motivação; Perfil Profissiográfico da Atualidade,

dentre outras. Os alunos participam anualmente do Giro de Profissões da UNOPAR e Feira

das Profissões na Universidade Estadual de Londrina - UEL.

É um trabalho conjunto e contínuo entre a escola e as instituições de ensino superior

do município e região. Todos os anos são realizadas palestras e ações como as acima

mencionadas, na busca de ampliação de conhecimentos. Percebe-se um interesse maior dos

alunos quando há eventos diferenciados na escola.

No ano de 2014, teve início um trabalho de interação entre a instituição de ensino e a

Comunidade Terapêutica São Pio, que trabalha na recuperação de pessoas usuárias de

álcool e outras drogas. Esse trabalho tem à frente o Padre Roberto Medeiros, também

médicos da comunidade local e voluntários que vêm realizando na escola um trabalho

significativo voltado à prevenção de drogas.

11.16.1 Projeto Empresa/Escola

O colégio, no início de cada ano letivo, esclarece aos alunos com interesse em

inserção no mercado de trabalho para que preencham seus dados em uma ficha de cadastro

que fica de posse da equipe pedagógica. Quando a empresa entra em contato com o colégio

e realiza a solicitação de alunos para trabalhar, a equipe pedagógica conversa com alguns e

procura fazer o encaminhamento de acordo com o perfil solicitado. Assim, os alunos são

encaminhados à empresa, que realiza a entrevista e seleciona o que melhor se enquadra às

suas necessidades e firma contrato como estagiário pelo Centro de Integração Empresa-

Escola (CIEE). Também há uma parceria com a Universidade Estadual do Norte Pioneiro

(UENP) onde são encaminhados alunos como estagiários em projetos desenvolvidos por

professores dessa instituição de ensino. Esse vínculo com a universidade é de suma

importância, pois os alunos vivenciam e participam de experiências diferenciadas e, em

alguns casos, com bolsa auxílio.

11.16.2 Projeto Teatro e Literatura

Até o ano de 2012, houve ativa participação dos alunos no teatro itinerante do ator Rodrigo

Leste que visitava o município regularmente e realizava o evento na instituição de ensino. O

projeto era realizado por meio de um trabalho coletivo com os professores de Língua

Portuguesa, Artes, Sociologia e Filosofia, que oportunizava aos estudantes a leitura e análise

de obras pré-referendadas para melhor compreensão do espetáculo. Atualmente, o ator tem

Page 117: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

116

apresentado suas peças no Espaço Cultural do Município, na Praça Brasil-Japão, sendo o

convite extensivo aos alunos e realizado com alguns dias de antecedência podendo os

interessados participar do evento.

12. SISTEMATIZAÇÃO das AÇÕES da ESCOLA para o EFETIVO

TRABALHO com os DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

O Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal está localizado na área

central do município de Bandeirantes – PR e pertence ao Núcleo Regional de Educação de

Cornélio Procópio. É um colégio tradicional que recebe alunos das diversas localidades do

município, como ainda alunos de municípios vizinhos. Oferta o Ensino Médio nos períodos

matutino e noturno e o Curso de Formação de Docentes nos períodos vespertino e noturno.

A classificação dos alunos do Ensino Médio por idade enquadra-se nos seguintes

intervalos: no turno matutino, o intervalo fica entre 14 – 20 anos, sendo que a grande maioria

encontra-se no intervalo idade/série correta, por isso a idade máxima é de 17 anos;

pouquíssimos alunos têm mais de 18 anos. No período noturno, o intervalo se alarga para 16

– 25 anos e no Curso de Formação de Docentes a idade está entre 15 – 45 anos. O corpo

docente é formado, em sua maioria, por professores de nível superior com especialização,

professores concluintes do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional), professores

com mestrado, e ainda, professores acadêmicos concluindo a graduação.

A Secretaria de Estado da Educação (SEED) oferta anualmente a todos os

profissionais da educação, um programa de Formação Continuada envolvendo os diferentes

segmentos da comunidade escolar, uma vez que todos são educadores e uma função

complementa a outra, visando à construção de uma escola mais sólida e comprometida,

preparada para o enfrentamento de problemas diversos no seu dia a dia.

O Colégio Estadual Cyríaco Russo tem como preocupação básica a formação integral

de seus educandos, tendo em vista os aspectos sociais, psicológicos, econômicos e culturais,

por meio da assimilação dos conhecimentos elaborados ao longo da história, cumprindo a

função da escola pública prevista na Lei 9394/96 e Diretrizes Curriculares Orientadoras da

Educação Básica. Considerando que cada aluno apresenta características distintas, o

professor, como mediador do conhecimento, deve possuir capacidade de discernimento na

percepção dessas diferenças e trabalhá-las, buscando fazer com que cada aluno atinja seu

potencial máximo.

É preciso que o aluno participe de um ambiente receptivo e acolhedor e que seja

tratado com igualdade e respeito por todos. É importante ainda que o professor identifique os

alunos que precisam de um atendimento mais individualizado, e oportunize-o efetivamente,

Page 118: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

117

para que o processo ensino-aprendizagem aconteça realmente para todos, mesmo que em

níveis diferentes, uma vez que a educação sendo um direito. Para tanto, é imprescindível a

realização de reuniões periódicas, envolvendo os diversos segmentos da comunidade

escolar, para discussão e análise de pontos relevantes a respeito de problemas diversos que

envolvem principalmente os priorizados neste documento: a Aprovação/ Reprovação

/Abandono /Evasão Escolar, Violência/Drogadição, Atendimento Especializado e Apoio

Pedagógico e Avaliação. Os resultados finais, descritos sinteticamente em índices de

aprovação e reprovação, nem sempre evidenciam outros fenômenos de grande relevância no

contexto escolar. Em se tratando da evasão escolar, mesmo sendo um problema antigo,

continua presente em nossas escolas, mais especificamente no ensino noturno, que agrega

um contingente de alunos trabalhadores e que apresentam características bem diferentes dos

alunos do ensino médio matutino e do Curso de Formação de Docentes do período

vespertino e noturno.

Analisando os dados, percebe-se que em relação à evasão escolar, o ensino médio

matutino enquadra-se nos parâmetros da normalidade, mas que esses números ainda podem

ser reduzidos, uma vez que os alunos desse turno têm maior tempo para dedicação aos

estudos e melhor situação socioeconômica; muitos frequentam em contra turno (período

vespertino e noturno) aulas de Inglês e Espanhol pelo CELEM (Centro de Línguas

Estrangeiras Modernas); Atividade Complementar de Aprofundamento de Aprendizagem

(Preparação para o Vestibular) e Treinamento em Esporte e Lazer (voleibol), que acontece

duas vezes por semana, com duas horas/aula de duração a cada dia. Essas atividades

favorecem especialmente os alunos do Ensino Médio matutino, que dispõem de tempo no

período da tarde para participação. Outros ainda frequentam aulas de inglês em escolas

particulares e praticam dança e ginástica também em academias particulares.

Fazendo-se uma análise comparativa dos dados entre o ensino médio matutino e

noturno em relação à evasão, reprova e conclusão de curso é fácil detectar que no ensino

médio noturno a situação é mais agravante, apresentando índices bem elevados. Quando se

analisa o ensino médio noturno percebe-se que um maior número de fatores contribui para as

altas taxas de reprovação, abandono e evasão escolar. Muitos desses alunos desde bem

jovens, diante da necessidade de cooperar no orçamento familiar saem em busca de trabalho

mais cedo, e esse fator influi decisivamente na decisão de parar de estudar, pois já chegam à

escola atrasados, cansados e desmotivados. Também, o consumismo transmitido pela mídia

influencia muito na evasão. Isso porque muitos se inserem no mercado de trabalho, às vezes

com salários nada significativos, não como apoio ao orçamento familiar, mas com o intuito de

adquirir produtos de marca (roupas, calçados, acessórios, perfumes, eletroeletrônicos, entre

outros) bem como participar de eventos sociais.

Page 119: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

118

Dessa forma, alunos postergam a escolarização, mesmo que a escola trabalhe no

sentido de mostrar a importância da mesma para a solidificação do futuro, demonstrando que

não há nada de errado em adquirir coisas por um tempo, mas a aquisição de conhecimentos

é aquisição para a vida toda. Uma grande parte deles ainda deixa influenciar-se pela decisão

de amigos, que consideram a diversão mais importante que os estudos, deixando assim de

frequentar regularmente as aulas.

Em relação aos fatores internos que

influenciam a evasão escolar em qualquer turno de funcionamento é importante destacar: a

relação professor/aluno, aula desmotivadora, falta de pré-requisito da disciplina, exclusão

realizada pela escola e pelo professor diante de situações que, tanto para a escola como para

o professor não são admitidas (furtos, uso e venda de drogas de quaisquer natureza,

manuseio de objetos estranhos ao material escolar) e consequentemente, não são

trabalhadas na busca de superação.

Some-se a isso o despreparo em lidar com a diversidade, com destaque à orientação

sexual. Também a forma como os conteúdos são trabalhados, avaliados e reelaborados a

partir do diagnóstico da não aprendizagem tem grande influência na decisão de abandonar os

estudos. Muitos alunos, diante da dificuldade de acompanhamento e, muitas vezes, não se

sentindo amparados para essa recuperação, abandonam a escola evadindo-se. Isso ocorre

mais frequentemente no ensino médio noturno onde as muitas faltas contribuem para lacunas

de aprendizagem. Percebe-se que um grande número de alunos do ensino médio noturno se

rematriculam anos seguidos na tentativa de término do curso, mas sempre acabam

protelando essa conclusão.

Em relação à evasão escolar a equipe pedagógica, e diretiva, contam com o apoio dos

diversos segmentos da comunidade escolar na organização do seu trabalho pedagógico.

Cada turma tem um professor tutor como representante, com a função de, em contato com os

outros professores, diagnosticar os problemas relacionados à turma, intervir diante das

necessidades e, quando perceber faltas consecutivas ou alternadas de alunos, comunicar a

equipe pedagógica para tomada de providências.

De posse das informações a equipe conversa com o aluno, entra em contato com a

família por telefone, fixo ou celular, se houver; envia recado ou correspondência por colega

de turma, e registra em livro de ocorrências resultados das intervenções. Quando o aluno

retorna às aulas, em caso de faltas prolongadas, a Equipe Pedagógica conversa com ele a

respeito de sua situação, sempre visando à permanência na escola. Se, for importante uma

conversa com os pais, agenda-se um encontro, respeitando a disponibilidade deles. Esse

agendamento com pais dos alunos do noturno fica mais difícil, pois, grande parte deles

Page 120: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

119

considera que, estando os filhos matriculados nesse turno são responsáveis pelos seus atos,

mesmo assim a escola busca fazer a parte que lhe compete.

Com o avanço da tecnologia e a utilização do celular ficou mais difícil contatar com os

pais, pois as mudanças frequentes de números

dificultam esse contato. Caso o aluno não retorne às aulas e, se menor de idade, é

encaminhado ofício ao Conselho Tutelar relatando os problemas para providências. No

entanto muitas vezes, fazem-se necessários procedimentos mais rápidos para que o aluno

fique menos tempo fora da escola. O Conselho Tutelar tem demorado em suas ações. Está

em estudo para o próximo ano, pela equipe pedagógica uma nova forma de

acompanhamento e controle dos alunos faltosos.

Acredita-se que com o retorno do ensino para o sistema anual e avaliação trimestral

facilitará esse controle. Em relação aos fatores externos que geram a evasão, vários podem

ser relacionados, principalmente no período noturno: dia exaustivo de trabalho,

desmotivação, desentendimentos, desemprego, utilização frequente da internet via celular ou

lan house, abandono familiar, uso de drogas lícitas e ilícitas, gravidez, festas que ocorrem na

cidade em vários dias da semana, a exemplo da Feira da Lua.

A Feira da Lua, evento promovido pela Prefeitura Municipal, acontece semanalmente,

às quintas-feiras, em uma praça bem próxima ao colégio e, em razão disso, é evidente o

baixo índice de presença dos alunos na escola nesse dia. O que se procura fazer é a

conscientização dos alunos sobre a importância da frequência às aulas para a aquisição de

conteúdos significativos diariamente, uma vez que essas faltas provocam uma lacuna na

aprendizagem, dificultando o processo.

Reunidos recentemente para uma discussão a respeito de problemas que interferem

no processo ensino/aprendizagem, foi sugerido à equipe diretiva a proposta de uma reunião

envolvendo todos os diretores das escolas do município para organizarem um documento

solicitando a mudança de dia para tal evento, por exemplo, no sábado, que não causaria

impacto na escola. Sobre o trabalho docente, acredita-se que a postura do professor, ao lado

das metodologias e estratégias utilizadas, pode ser de fundamental importância no processo

ensino aprendizagem e, consequentemente refletir na permanência do aluno na escola. O

trabalho do professor pode contribuir tanto positivamente como negativamente no combate à

evasão, a depender de como se dá a relação professor/aluno, se de forma amistosa ou

conflituosa, se em um clima de confiança ou desconfiança, mas sempre observando a

importância da autoridade do professor no seu trabalho diário, mas uma autoridade sem

abusos, sem autoritarismo.

É muito importante o compromisso do professor no

atendimento efetivo do aluno em dificuldade sem expô-lo em situações constrangedoras. Por

Page 121: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

120

isso um vínculo amistoso torna o trabalho mais prazeroso para o aluno e com maiores

chances de ser concretizado. O que acontece é que um número significativo de professores

encontra-se cansado, estressado, doente, considerando-se mal remunerado e mal capacitado

para enfrentar os percalços inerentes ao exercício da profissão, evidenciando muitas vezes,

despreparo, descompromisso e má vontade em lidar, eticamente, com os conflitos diários.

Por outro lado, quanto à falta de conhecimentos dos profissionais da educação no

planejamento do trabalho escolar, tendo em vista a prevenção da evasão, os professores

disseram faltar conhecimento técnico, e tempo, para conhecer melhor os problemas sociais e

sua interferência na escola, sugerindo a utilização de parte da hora atividade para esses

estudos.

O Plano de Ação na gestão da escola tem como uma de suas metas o controle da

evasão, mais especificamente no período noturno diante dos índices elevados. Inclusive, a

mudança do sistema de ensino do colégio, a partir de 2010, de anual para semestral,

organizado por Blocos de Disciplinas teve como objetivo a redução dos altos índices de

evasão nesse turno. Verificou-se nesses três anos que os índices apresentados não foram

satisfatórios; a partir de 2013, o ensino foi novamente organizado nos moldes de seriação

anual, sem os blocos de disciplinas.

Os Conselhos de Classe já têm um novo modelo, com participação de alunos. Neles

são apresentados os alunos com dificuldades, faltosos e, ainda, discutidos encaminhamentos

necessários para a recuperação, mas ainda sem o sucesso esperado. Há que se percorrer

um longo caminho para se atingir um modelo de Conselho de Classe mais eficiente e

produtivo. Registre-se também dificuldade do professor tutor, enquanto mediador do Pré-

Conselho da turma de sua responsabilidade, em lidar com a falta um envolvimento maior dos

professores. Ainda persiste a falta de abertura dos professores em acatar sugestões da

equipe pedagógica na organização do seu trabalho em sala, considerando-se preparado para

o enfrentamento dos conteúdos.

Em relação à disciplina, compromisso, rendimento e falta dos alunos, os professores

recorrem frequentemente à equipe em busca de encaminhamentos e tomadas de decisão. As

reuniões com as famílias são realizadas em vários momentos: no início do ano letivo uma

reunião geral para esclarecimentos sobre o Regimento Escolar, trimestralmente, reunião para

a entrega de boletins e, quando necessário, a família é comunicada para encaminhamentos

pertinentes ao seu filho. Os assuntos discutidos com a família envolvem as normas

regimentais, responsabilidade dos pais em manter os filhos na escola, acompanhamento de

sua aprendizagem, o problema das drogas, dentre outros, sempre procurando evitar a

evasão. O Conselho Escolar, órgão deliberativo e de função máxima na instituição escolar,

discute e analisa os casos mais sérios que exigem tomadas de decisões mais específicas. O

Page 122: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

121

colegiado escolar reúne-se sempre que necessário para a discussão dos assuntos

pertinentes ao contexto escolar.

Quanto ao Grêmio Estudantil, com mandato anual (agosto a agosto) tem se mostrado

receptivo e colaborador, entusiasmado no desenvolvimento de um trabalho diferente dos já

acontecidos, buscando parcerias.

Quanto às reprovações, os alunos não têm ficado retidos nas mesmas disciplinas,

apenas esporadicamente. Também não acontece rotatividade de professores nas disciplinas

que apresentam maiores índices de reprova ou evasão. Na escola não existe nenhuma ação

que contemple a adequação idade/série, apenas quando há os programas do governo, mas

os alunos do período matutino e vespertino enquadram-se dentro da normalidade, apenas os

alunos do turno da noite fogem um pouco dos parâmetros considerados normais.

As atividades complementares permanentes, em contra turno, são as ofertadas nos

cinco dias da semana, totalizando dezesseis horas de duração. Já as periódicas são

ofertadas durante dois dias da semana com duas horas/aulas de duração a cada dia. Como

já mencionado, o colégio oferta atividades complementares como o Projeto Complementar

Permanente, Aulas Especializadas de Esporte e Lazer – Futsal e Celem. A escolha das

atividades a serem ofertadas considera os resultados apresentados pela escola, sendo

realizada com a participação de diferentes segmentos da comunidade escolar, visando à

superação de problemas de aprendizagem, bem-estar e o sucesso dos alunos.

Em referência ao Atendimento Especializado e assegurado pela Instrução Normativa

nº009/2009, o colégio conta com um professor de Apoio à Comunicação Alternativa que

realiza a intermediação de uma aluna do ensino noturno que apresenta sérios problemas de

coordenação motora. Nota-se a importância desse trabalho tendo em vista a evolução

apresentada pela aluna no decorrer dos três anos do curso.

Em relação à Violência/Drogadição pode-se considerar que dentre os problemas

constatados no colégio o mais frequente entre os alunos é a violência verbal que ocorre no

cotidiano escolar através de discussões, xingamentos, raramente chegando à violência física.

Os maiores problemas de indisciplina consideram-se estar intimamente relacionados ao

número excessivo de alunos por sala, porém não se descarta o fato de existirem professores

despreparados para lidar com os conflitos instalados.

Pode-se dizer que o professor, a equipe pedagógica e a direção são, tecnicamente, os

responsáveis pela disciplina no Colégio, mas a determinação do número de alunos por turma,

definida pela SEED, corrobora com a indisciplina e com qualidade do ensino aprendizagem.

Quanto ao professor que não aceita o aluno indisciplinado em sala de aula deve ser orientado

pela direção e equipe pedagógica em relação às medidas a serem adotadas ao ministrar

suas aulas, inclusive organizando uma metodologia diferenciada que neutralize atitudes

Page 123: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

122

indesejadas de alguns. E, contrapartida, o aluno indisciplinado deve ser orientado sobre suas

atitudes, uma vez que essas prejudicam sua própria aprendizagem, bem como a de seus

colegas.

Em relação à atuação do Conselho Tutelar de nossa cidade, infelizmente, sua ação

interventiva é muito lenta, muitas vezes fazendo-se necessário um novo contato por parte do

colégio, para que o retorno do aluno seja agilizado. Sabendo-se a diferença de indisciplina e

ato infracional, em relação à indisciplina propriamente dita, as medidas tomadas são

advertência verbal, escrita e até caso necessário conversas com os pais na escola; já o ato

infracional, fere os princípios éticos e morais infringindo a lei, sendo da competência da

polícia resolver, portanto é realizado contato com a Patrulha Escolar.

A relação da Patrulha Escolar é de companheirismo e solidariedade visando sempre a

ajudar a resolver os problemas para o bem de todos: pais, professores, mas em primeiro

lugar, o bem do aluno orientado, punindo-o se preciso for. A drogadição é um problema sério

em nossa sociedade, envolvendo todos os órgãos competentes. Em casos de suspeita, em

um primeiro momento, os responsáveis são chamados para verificar se essa realmente

procede. As ações preventivas alicerçam-se em palestras, textos educativos e,

principalmente, a vigilância dos pais educadores quanto à mudança de comportamento e

atitudes do aluno, em casa, na sala de aula, entre outras. Uma vez constatada no aluno a

condição de usuário, a escola não tem condições de resolver o problema, no entanto pode-se

encaminhar o aluno para os órgãos competentes, instituições e ações públicas e privadas

que trabalham com dependentes Em caso de suspeita de tráfico no interior da escola, uma

das medidas é incentivar a denúncia através da urna que é usada como forma de

comunicação dos alunos com a direção, o disque denúncia, e acionamento da patrulha

escolar, treinada para isso.

O aluno deve participar do processo educativo através de troca de responsabilidade e

interesse entre professor e aluno, mas nem sempre o aluno demonstra estar interessado em

aprender. Diante da baixa expectativa em conseguir trabalhar após a conclusão do ensino

médio, muitos alunos que não poderão continuar seus estudos, sentem-se desestimulados, e

começam a faltar.

A equipe pedagógica entra em contato com o aluno, pais ou responsáveis, para saber

os motivos pelos quais o aluno está ausente tentando trazer de volta o aluno faltoso. Caso

este aluno esteja com problemas de saúde orienta-se para trazer um atestado médico, pois

há uma política de acompanhamento do aluno doente e ou hospitalizado. Conforme o tempo

de atestado médico do aluno (acima de 62 dias) há a permissão para que seja solicitado um

professor do serviço de atendimento. Na diversidade de gênero é importante ressaltar a não

necessidade de haver na escola um terceiro ambiente, bastando ser trabalhada com os

Page 124: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

123

alunos em sala de aula a temática para a aceitação colega de orientação sexual

diferenciada, mesmo porque a intolerância, segregação e preconceito têm sansões prescritas

em lei. Por outro lado, os alunos que fazem parte dessa diversidade também devem ser

orientados pela escola, para adotarem uma postura que evite constrangimentos. Por

exemplo, o (a) aluno (a) homossexual no banheiro feminino, exibir o seu sexo.

Os profissionais da educação também precisam, antes de tudo, rever conceitos e “pré-

conceitos”, o que nem sempre é fácil. O educador também precisa de respaldo quando não

consegue lidar com esta questão. Sendo assim, este assunto deverá fazer parte do cotidiano

e ser trabalhado na semana pedagógica, em reuniões e outras situações pertinentes.

Em se tratando da Avaliação, o Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio, organizado

por blocos de disciplinas, quanto ao apoio pedagógico, atende diariamente em torno de 10 a

15 com problemas relacionados de diferentes naturezas. A Avaliação, dentro deste contexto,

é um dos fatores de grande relevância, pois resulta no sucesso ou o fracasso dos discentes,

classificando ou excluindo-os do processo. Dependendo da forma como é planejada e

trabalhada, contribui também para a evasão escolar, pois o aluno vem sem subsídios, sem

pré-requisitos, sem interesse e sem vontade de procurar o conhecimento, faltando-lhes

objetivos e perspectivas de vida, com falta de uma estrutura familiar que os ajude nesta

caminhada, obtendo-se assim resultados de avaliações negativas, fazendo com que o

mesmo desanime e, muitas vezes, abandone a escola.

A legalização da Avaliação encontra-se em conformidade com a proposta da SEED,

porém, em contrapartida, não acontece o retorno da avaliação pelos alunos, caracterizando-

se como alunos alheios, faltosos e descompromissados. A Equipe pedagógica orienta a

todos, a todo o momento, deixando claro as propostas da escola, auxiliando e monitorando o

professor em cada dificuldade.

As maiores dificuldades encontradas pela Equipe no que compete aos profissionais

iniciantes é ter que orientar na questão da proposta da SEED, devido ao grande número de

profissionais iniciantes, acadêmicos, sem experiência no magistério, acontecendo uma

grande troca de professores, dificultando as orientações necessárias. Dentro da instituição

acontecem duas avaliações: a externa e a interna. O Colégio ao apropriar-se dos resultados

da avaliação externa, realiza o repasse em reuniões pedagógicas ou em momentos

oportunos para analisar, discutir e refletir o trabalho desenvolvido e assim sugerir ações que

poderão ser feitas para acontecer às mudanças necessárias. Assim, como há avaliações dos

alunos, também se faz necessário as avaliações internas de todos os segmentos da

comunidade escolar. Estas avaliações se dão através de pesquisas envolvendo todos os

alunos, com alguns quesitos necessários para a avaliação dos profissionais e da instituição

escolar.

Page 125: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

124

As avaliações, em nossa comunidade escolar acontecem também, através de uma

urna colocada no pátio do Colégio, onde os alunos depositam todas as suas sugestões,

reclamações, elogios, críticas, denúncias, dificuldades, questionamentos encontrados no dia

a dia deles dentro do Colégio, em todos os níveis. Esta urna é aberta quinzenalmente pela

Direção do Colégio que lê as mensagens deixadas pelos alunos, analisa, discute com da

direção auxiliar e toma as providências cabíveis ou encaminha-as ao segmento responsável.

Ressalte-se a relação que se faz entre a avaliação da aprendizagem e avaliação do

ensino, considerando-se o desempenho do aluno de forma relacionada com o desempenho

do professor e com as condições contextuais da própria escola. Nesse sentido, a avaliação é

um processo contínuo, exigindo observação sistemática dos alunos, não apenas com relação

ao domínio dos conceitos de conteúdos específicos, mas também com relação ao seu

desenvolvimento integral, portanto, o aluno deve ser avaliado como um todo, em

quaisquersituações que envolvam aprendizagem. Sendo necessária a observação constante

do desempenho do aluno em todos os níveis e também pelo uso sistemático de

procedimentos e instrumentos de aferição da aprendizagem coerentes e, de aplicação

possível, em cada situação, observando-se os aspectos quantitativos e qualitativos. Todos os

conteúdos devem ser avaliados, até mesmo para que os professores tenham uma ideia do

seu processo de ensino e avaliativo, pois o mundo requer esta postura de avaliação

constante.

Em relação à formação do Grêmio Estudantil, existe todo um trabalho de

conscientização realizado pela Equipe Pedagógica com a ajuda do grêmio anterior. São

montadas as chapas interessadas, faz-se a divulgação do Plano de Ação das mesmas,

acontecendo a eleição com voto direto, no dia do estudante. A chapa vencedora é

empossada e no período de um ano Grêmio participa ativamente na Instituição de Ensino, de

todos os eventos, exercitando a cidadania, inclusive participando do Conselho de classe,

momento em que todo o processo avaliativo é colocado em pauta. Enfim, a avaliação é um

subsídio importantíssimo na prática docente, auxiliando no diagnóstico da prática pedagógica

e verificando se os objetivos.

12.1 SAREH

Existe também a rede de escolarização hospitalar e, caso algum aluno esteja

hospitalizado poderá receber assistência por meio de rede conveniada. Quando o aluno

necessitar de continuidade no atendimento de saúde (atestado médico prolongado), os pais

serão orientados para contatar o médico responsável para que o acompanhamento da escola

não seja interrompido. É importante saber durante quanto tempo o aluno precisará de

Page 126: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

125

afastamento das atividades escolares, e se algum atendimento específico precisa ser

dispensado ao aluno por parte da instituição quando do seu retorno.

12.2 MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS

A instituição, no ato da matrícula, informa os pais e responsáveis acerca do Regimento

Escolar entregando a eles uma síntese dos direitos e deveres do aluno, bem como algumas

normas internas. O regimento na íntegra é disponibilizado no site da escola e apresentado

em reuniões de pais, assim como nas situações de mediação conflitos pontuais. Em relação

aos professores, estes ficam informados através de reuniões pedagógicas e também têm

acesso através do site do colégio. Há uma grande preocupação da escola em identificar os

principais indícios de violências, sexual e psicológica, entre outras, por isso todos os

professores são orientados na observação de mudança de comportamento dos alunos,

ouvindo os relatos de colegas de turma dos alunos e repassando para a equipe pedagógica

e/ ou o gestor escolar as informações necessárias, para intervenção junto aos

pais/responsáveis e Conselho Tutelar quando necessário.

12.3 SISTEMATIZAÇÃO das AÇÕES com os DESAFIOS EDUCACIONAIS

CONTEMPORÂNEOS

Educação para as relações étnico-raciais

Palestras com profissionais e testemunhos de pessoas da comunidade;

Leitura de textos de gêneros diversos (notícias, artigos, ensaios, poemas)

Análise de textos literários

Cultura africana e afrodescendente nas artes: música e dança;

Debates e reflexões a partir de filmes;

Relação histórica inerente ao tema através de análise contextualizada dos múltiplos papéis sociais dos diferentes segmentos da sociedade através dos tempos;

Literatura afro-brasileira;

As imagens e representações dos afro descendentes nos livros didáticos de História.

Educação Fiscal

Coleta de dados relacionados à educação fiscal;

Conscientização da função socioeconômica dos tributos;

Pesquisa orientada sobre a natureza dos diversos tributos;

Pesquisas e discussões acerca dos gastos públicos;

Participação em audiências públicas da Câmara de Vereadores (planejamento orçamentário, prestação de contas);

Palestras com profissionais da área;

Pesquisa de campo sobre o hábito de exigir nota fiscal;

Ações que incentivem o pedido de nota fiscal;

Visitação à prefeitura e suas principais secretarias;

Entrevistas (prefeito, presidente da câmara, secretário de finanças);

Conhecimento e interpretação do Código do Consumidor;

Debate sobre a aplicação de recursos públicos na escola;

Implantação de projetos que fomentem a solidariedade humana e a solução coletiva de problemas comunitários.

Page 127: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

126

Educação Ambiental

Conhecimento da Agenda 21 e realização das atividades planejadas coletivamente;

Reciclagem na Arte;

Coleta seletiva no ambiente escolar;

Incentivo à prática da separação do lixo reciclável;

Palestras com profissionais da área;

Elaboração de projetos de impacto ambiental;

Pesquisa de campo: tratamento de esgoto doméstico e industrial;

Seminários;

Leituras pertinentes e elaboração de textos dissertativos e de opinião;

Visitas ecológicas (parques, reservas, indústrias de reciclagem, entre outros);

Campanhas para redução do desperdício de água;

Oficinas; Gincanas; Passeatas.

Cidadania e direitos humanos

Enfoque nos trabalhos em grupo;

Reflexões e discussões acerca dos direitos e deveres do cidadão;

Seminário sobre o ECA;

Conhecimento do Regimento do colégio;

Filmes pertinentes;

Intensificação das ações do GGG;

Semana da Cidadania

Prevenção ao uso indevido de drogas

Palestras com profissionais da área;

Semana de prevenção às drogas;

Filmes pertinentes;

Conscientização acerca dos prejuízos causados pelas drogas (ações e efeitos);

Drogas socialmente aceitas: Álcool e Tabaco

Alcoolismo e trânsito;

Relação: uso de drogas X criminalidade;

Políticas públicas sobre drogas;

Leitura de textos diversos;

Conversas informais;

Mostra de vídeos;

Pesquisas para debates posteriores.

Leituras pertinentes e elaboração de textos dissertativos e de opinião;

Palestras e filmes para os pais.

Sexualidade (alguns dos itens já citados podem ser utilizados)

Oficinas em parceria com a UENP;

Elaboração de um plano de ação a partir de Projeto de Professor PDE.

Enfrentamento à violência na escola

Disseminação de uma cultura de paz pela convivência harmoniosa (GGG);

Oração pela paz – Time out;

Intensificação das ações do GGG;

Palestra com a Patrulha Escolar;

Seminário sobre bullying;

Práticas colaborativas (enfoque aos trabalhos em grupo);

Ações pontuais em parceria com a Patrulha Escolar, Conselho Tutelar e Promotoria Pública (art. 56 ECA);

Educação para o Envelhecimento Humano Digno e Saudável

Palestras com pessoas idosas, contando sobre suas experiências.

Roda de conversas - contação de histórias e causos.

Visita ao Asilo São Vicente de Paula, com apresentações artísticas.

Educação em Direitos Humanos

. Palestras para reconhecimento e valorização

das diferenças.

Page 128: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

127

13. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

13.1 Proposta Curricular Do Ensino Médio

A proposta curricular do Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal

caracteriza-se pela concepção dialética de educação, implicando uma abordagem de

aprendizagem que respeite tempos e espaços diferenciados, associados ao desenvolvimento

dos sujeitos.

A proposta curricular da escola faz opção pela concepção histórico-crítica- social dos

conteúdos, uma vez que toma as contribuições de Dermeval Saviani e João Luiz Gasparin, e

a importância da mediação proposta por Vygotsky. A Proposta Pedagógica Curricular se

organiza a partir dos seguintes eixos:

Trato ético nas relações de diferentes naturezas do processo pedagógico.

Socialização dos conhecimentos historicamente construídos.

Respeito aos conhecimentos culturais trazidos pelos alunos.

Práticas interdisciplinares.

Acesso às tecnologias disponíveis no espaço escolar.

Construção da cultura da pesquisa.

Desenvolvimento e prática da escrita, leitura nos diferentes gêneros discursivos nas

diferentes disciplinas.

Prática da oralidade pela preparação de temas polêmicos apresentados em forma

de seminário, mesa redonda, artes cênicas.

Inclusão de pessoas com necessidades educativas especiais, temporárias ou

permanentes.

Preparação globalizada para a inserção no universo do trabalho e universidade.

Page 129: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

128

13.1.1 Disciplina: Arte

Série

Número de aulas semanais

1ª 3

2ª 2

Apresentação Geral Da Disciplina

Arte é conhecimento elaborado historicamente, que traz culturalmente a

visão particular do artista e um olhar crítico e sensível sobre o mundo. Portanto,

esta proposta visa à educação dos sentidos, concebendo o ensino de Arte como

conhecimento, trabalho e expressão e como necessidade de apropriação do saber

artístico e estético. O trabalho sistemático com o conhecimento vai possibilitar o

desenvolvimento dos aspectos cognitivo, perceptivo, criativo e expressivo nas

linguagens da dança, arte visual, musical e cênica, por meio da fruição, apreciação

e reflexão do fazer, da leitura deste fazer e da sua inserção na sociedade

construída historicamente e em constante transformação.

“O ensino de Arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a finalidade da

Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais

objetivos, os conteúdos programados (os aspectos teóricos) e a metodologia

proposta. Pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade

de pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de criação e

desenvolver o pensamento crítico” (DCE – Arte,2008, p.52).

Page 130: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

129

Justificativa:

Entretanto, de acordo com a DCE – Arte, 2008 fica claro que diante da

complexidade da tarefa de definir a arte, considerou-se a necessidade de abordá-la

a partir dos campos conceituais que historicamente têm produzido estudos sobre

ela, quais sejam:

O Conhecimento Estético está relacionado à apreensão do objeto artístico

como criação de cunho sensível e cognitivo;

O conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do

fazer e da criação.

“Orientada por esses campos conceituais, a construção do conhecimento em arte

se efetiva na relação entre o estético e o artístico, materializada representações

artísticas. Apesar de suas especificidades, esses campos conceituais são

interdependentes e articulados entre si, abrangendo todos os aspectos do

conhecimento em arte” (DCE – Arte, 2008, p. 53).

Nas aulas de Arte, os conteúdos devem ser selecionados a partir de uma análise

histórica, abordados por meio do conhecimento estético e da produção artística, de

maneira crítica, o que permitirá ao aluno uma percepção da arte em suas múltiplas

dimensões cognitiva e possibilitará a construção de uma sociedade que abrande

desigualdades e injustiças. O sentido de cognição implica, não apenas o aspecto

inteligível e racional, mas também o emocionale o valorativo, de maneira a permitir

a apreensão plena da realidade (FARACO apud KUENZER,2000).

Para que o processo de ensino e aprendizagem se efetive é importante, que o

professor trabalhe a partir de sua área de formação (Artes Visuais, Música, Teatro e

Dança) e de suas pesquisas e experiênciasartísticas, estabelecendo relações com

os conteúdos e saberes das outras áreas da disciplina de Arte, nas quais tiver

algum domínio, reforçado na DEC – Arte, 2008.

Na disciplina de Arte, além de trabalhar o conhecimento sobre as diversas áreas de

arte, deve tornar possível ao aluno vivenciar um trabalho de criação total e único. O

aluno passa a assimilar todo o caminho da produção do objeto: percorrendo desde

a criação do projeto, a escolha dos materiais e do instrumental mais adequado aos

objetivos estabelecidos, a metodologia empregada e, finalmente, a produção e o

destino do objeto criado.

Page 131: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

130

Enfim, pela forte característica interdisciplinar que apresenta a disciplina de

Arte, possibilita a recuperação da unidade do trabalho pedagógico, pois seus

conteúdos de ensino perpassam pela com a história, a filosofia, a geografia, a

matemática, a sociologia, a literatura,etc.

“A concepção de arte como fonte de humanização incorpora as três vertentes das

teorias críticas em arte: arte como forma de conhecimento, arte como ideologia

e arte como trabalho criador, por reconhecê-las como aspectos essenciais da

arte na sua complexidade de produto da criação humana. Por esse motivo, essa

concepção constitui o fundamento teórico das Diretrizes Curriculares de Arte para a

Educação Básica, bem como é fonte de referência para a organização da disciplina

no seu conjunto”. (DCE – Arte, 2008, p.62).

Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina De Arte

“Conteúdos estruturantes são conhecimentos de grande amplitude, conceitos que

se constituem em fundamentos para a compreensão de cada uma das áreas de

Arte. Os conteúdos estruturantes são apresentados separadamente para um

melhor entendimento dos mesmos, no entanto, metodologicamente devem ser

trabalhados de forma articulada e indissociada um do outro”. (DCE – Arte, 2008,

p.63).

“Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são interdependentes e de mútua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses conteúdos deve ser feito de modo simultâneo, pois os elementos formais, organizados por meio da técnica, do estilo e do conhecimento em arte, constituirão a composição que se materializa como obra de arte nos diferentes movimentos e períodos”. (DCE – Arte, 2008,p.66).

“A opção pelos elementos formais e de composição trabalhados pelos artistas

determinam os estilos e gêneros dos movimentos artísticos nos diferentes períodos

históricos”. Da mesma forma, a visão de mundo, característica dos movimentos e

períodos, também determina os modos de composição e de seleção dos elementos

formais que serão privilegiados.

Page 132: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

131

“Concomitantemente, tempo e espaço não somente estão no interior dos conteúdos,

como são também, elementos articuladores entre eles”.

“A explicitação dos conteúdos de Arte é uma preocupação e uma necessidade para

o melhor entendimento de como os conteúdos estruturantes podem ser

organizados no encaminhamento metodológico. Por isso, no quadro a seguir se

explicita um recorte dos conteúdos da disciplina a partir de seus conteúdos

estruturantes em cada área de Arte”. (DCE – Arte, 2008, p.67).

1.1 - ARTE -– ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERíODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura Ritmo M P B Melodia Paranaense Duração Harmonia Pop Music Escalas Modal, Indústria Cultural Timbre Tonal e fusão de Engajada ambos. Vanguarda Intensidade Gêneros: erudito, Ocidental clássico, popular, Oriental Densidade étnico, folclórico, Africana Pop ... Latino-Americana Técnicas: vocal,

instrumental,

eletrônica,

informática e mista

Improvisação

1.2 -– ÁREA DE ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto Bidimensional Tridimensional

Arte Ocidental Arte Oriental

Page 133: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

132

Linha Figura e fundo Figurativo Abstrato Perspectiva Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Simetria Deformação Estilização Técnica:Pintura, desenho, modelagem, Instalação performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos... Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia...

Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Contemporânea Arte Latino-Americana

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

1.3 – ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação

Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum Roteiro Encenação e leitura dramática Gêneros: tragédia, Comédia, Drama e Épico Dramaturgia Representação nas mídias Caracterização Cenografia, sonoplastia, figurino e iluminação Direção Produção

Teatro Greco-Romano Teatro Medieval Teatro Brasileiro Teatro Paranaense Teatro Popular Indústria Cultural Teatro Engajado Teatro Dialético Teatro Essencial Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro de Vanguarda Teatro Renascentista Teatro Latino-Americano Teatro Realista Teatro Simbolista

Page 134: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

133

1.4 – ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera Fluxo Peso Eixo Salto e Queda Giro Rolamento Movimentos articulares Lento, rápido e moderado Aceleração e desaceleração Níveis Deslocamento Direções Planos Improvisação Coreografia Gêneros: Espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares e salão.

Pré-história Greco-Romana Medieval Renascimento Dança Clássica Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Hip Hop Indústria Cultural Dança Moderna Vanguardas Dança Contemporânea

“No Ensino Médio a prioridade é para a História da Arte, com raros momentos de prática artística, centrando-se no estudo de movimentos e períodos artísticos, com exercícios cognitivos, abstratos e na leitura de obras de arte”. (DCE – Arte, 2008, p.69).

Torna-se imprescindível adotar outra postura metodológica, que

propicie ao aluno uma compreensão mais próxima da totalidade da arte. Somente

abordando metodologicamente, de forma horizontal, os elementos formais,

composição e movimentos e períodos, relacionados entre si e

Page 135: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

134

demonstrando que são interdependentes, possibilita-se ao aluno a compreensão da

arte como forma de conhecimento, como ideologia e como trabalho criador,

proposto nesta PPC.

Metodologia

O encaminhamento metodológico contemplará as linguagens artísticas por

meio das manifestações/produções compostas pelos elementos básicos, com

prioridade e valorização do conhecimento nas aulas de Arte.

Nas Artes Visuais, o professor explorará formatos bidimensionais, tridimensionais e

virtuais, de modo a trabalhar as características específicas contidas na estrutura, na

cor, nas superfícies, nas formas e na disposição desses elementos no espaço.

Em Dança, o principal elemento básico é o movimento. Seu desenvolvimento no

tempo e no espaço implica que o professor explore as possibilidades de improvisar

e compor. Nessa linguagem artística também podem ser abordadas questões

acerca das relações entre o movimento e dos conceitos a respeito do corpo e da

dança, uma vez que refletem esteticamente recortes da realidade.

Na linguagem musical, a simples percepção e memorização dos sons presentes no

cotidiano não caracterizam o conhecimento musical. Há que se priorizar no

tratamento escolar dessa linguagem, a escuta consciente de sons percebidos, bem

como a identificação de suas prioridades, variações e maneiras intencionais de

como esses sons são distribuídos numa estrutura musical. A escuta atenta

propiciará o conhecimento da organização desses elementos nos repertórios

pessoais e culturais propostos nas aulas.

Na linguagem teatral também poderão ser exploradas as possibilidades de

improvisação e composição no trabalho com ospersonagens, com o espaço da

cena e o desenvolvimento de temáticas de textos literários ou dramáticos, clássicos

ou de narrativas orais e cotidianas. O desenvolvimento da linguagem do Teatro na

escola também se ocupa da montagem do espetáculo e da respectiva análise dos

elementos formadores dessa linguagem, de forma a proporcionar ao aluno

conhecimentos por meio do ato de dramatizar. Para tanto é necessário teorizar os

movimentos eperíodos

Page 136: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

135

artísticos importantes na história do teatro, assim como proporcionar momentos

para o sentir, perceber, qualificando o trabalho artístico, não o reduzindo a um mero

fazer, propiciando ao aluno uma melhor maneira de relacionar-se consigo e com o

outro.

Os saberes específicos em Arte, nas diferentes linguagens artísticas, sob a

concepção expressa nestas Diretrizes/PPC, integram-se as

manifestações/produções artístico-culturais; bem como contemplando as leis: Lei

9.795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental; Lei 10.639/03 – ensino sobre

História e Cultura Afro-Brasileira. ; Lei 11.645/08 – Estudo da História e Cultura

Afro-Brasileira e Indígena; Educação Fiscal e Educação do Campo, vinculando

esses conteúdos aos já estabelecidos nos conteúdos estruturantes que serão

trabalhados na disciplina de Arte, onde serão contemplados no PTD. Por sua vez,

os alunos passam a reconhecer que se constroem e são

construídoshistoricamente.

Avaliação

A avaliação na disciplina de Arte, proposta no PPC a partir das Diretrizes

Curriculares é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do

professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a

todos os momentos da prática pedagógica. Inclui a avaliação do professor, da

classe, sobre o desenvolvimento das aulas e a auto avaliação do aluno.

A avaliação em arte supera o papel de mero instrumento de medição da

apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas

para o aluno.

O professor deve fazer um levantamento das formas artísticas que os alunos

já conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar um instrumento

musical, dançar, desenhar ou representar. Durante o ano letivo, as tendências e

habilidades dos alunos para uma ou mais dimensões da arte também serão

detectadas e reconhecidas pelo professor.

Page 137: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

136

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são

necessários vários instrumentos de verificação, como o diagnóstico inicial

e o acompanhamento da aprendizagem no percurso e no final do período

letivo, por meio de trabalhos artísticos, pesquisas, debates, provas teóricas

e práticas e registros em forma derelatórios.

Por meio desses instrumentos, o professor terá uma compreensão ampla

e necessária para planejar e acompanhar a aprendizagem durante o ano

letivo, com o propósito das seguintes viabilidades para aprender:

- Compreender, estruturar e organizar a arte e sua relação

com a sociedadecontemporânea;

- Produção artística a partir da atuação do sujeito em sua

realidade singular esocial;

- A apropriação prática e teórica dos modos de composição

da arte nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção,

divulgação e consumo.

Diante dessas propostas almejadas, será possibilitado ao educando a

recuperação paralela de conteúdos, onde o objetivo principal é que o aluno

assimile o conhecimento não adquirido durante o processo de

aprendizagem que está inserido junto ao processo avaliativo da disciplina

de Arte. Os meios para efetuar a recuperação paralela serão a partir de

trabalhos, pesquisas e avaliações pontuais.

REFERÊNCIAS

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte.São Paulo: Ática, 1991.

CALÁBRIA, Carla Paula Brondi. Arte: História & Produção. V. 2. São Paulo: FTD,

1997.

PARANÁ/SEED. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Curitiba, 2005.

_______. Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Médio. Curitiba, 2006.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

Page 138: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

137

_______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações

étnico-raciais. Cadernos Temáticos. Curitiba, 2006.

_______. Vários Autores. Livro Didático Público – Arte. Curitiba: SEED/PR, 2006 Disciplina: Biologia

Série

Número de aulas semanais

1ª 2

2ª 2

3ª 2

Apresentação Geral Da Disciplina A Biologia como parte do processo de construção científica deve ser

entendida e compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento

humano (Andery, 1998), como atividade humana (Kneller, 1980).

Ao longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados

sobre o fenômeno VIDA, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo,

compreendê-lo.

No entanto os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino

Médio não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas dos

modelos teóricos elaborados pelo ser humano, que evidenciam o esforço de

entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais. A história da ciência

mostra que tentativas de definir a VIDA têm origem na antiguidade. Ideias desse

período, que contribuíram para o desenvolvimento da Biologia, tiveram como um dos

principais pensadores o filósofo Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.). Este filósofo deixou

contribuições relevantes quanto à organização dos seres vivos, com interpretações

filosóficas que buscavam, dentre outras, explicações para a compreensão da

natureza.

O uso da razão é a faculdade máxima do conhecimento e para isto, o uso do

método permite “a ampliação ou o aumento dos conhecimentos e procedimentos

seguros que permitem passar do já conhecido ao desconhecido” (CHAUÍ, 2005, p.

128, apud, DCEs, 2008).

Em meados da década de 1970, as discussões acerca do progresso da

Page 139: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

138

ciência, do trabalho científico nas instituições de pesquisa e do pensamento

científico de cada época, expuseram a fragilidade da concepção de ciência ainda

limitada a uma epistemologia empírica. Assim, a crise da ciência ficou exposta, como

também, a necessidade de rever o método de construção do conhecimento

científico.

Nesse contexto, a complexidade dos problemas estudados pela Biologia

exigiu modificações do método. Essas controvérsias contribuem para que um novo

modelo explicativo se constitua como base para o desenvolvimento do pensamento

biológico da manipulação genética.

Organizar os conhecimentos biológicos construídos ao longo da história da

humanidade e adequá-los ao sistema de ensino requer compreensão dos contextos

em que a disciplina de Biologia é contemplada nos currículos escolares.

Nos anos de 1980, a redemocratização do Brasil colocou em pauta pesquisas

sobre a aprendizagem dos conceitos científicos, envolvendo a psicogênese desses

conceitos e suas implicações na aprendizagem das ciências. Os movimentos

pedagógicos decorrentes desse campo de pesquisa reconheceriam como fonte de

inspiração, para modelos de aprendizagem, a análise do processo de produção do

conhecimento na ciência. No campo da mudança conceitual, as concepções prévias

dos alunos, de início considerado erradas, passaram a ser consideradas como

concepções alternativas. Ao final da década de 1980 e início da seguinte, no Estado

do Paraná, a Secretaria de Estado da Educação propôs o Programa de

Reestruturação do Ensino de Segundo Grau sob o referencial teórico da pedagogia

histórico-crítica, na qual o conteúdo é visto como produção histórica e social, a

educação escolar tem a obrigação de oferecer e o aluno tem o direito de conhecer. A

abordagem desses conteúdos devem se dar na interação com a realidade concreta

do aluno.

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCEs, 2008) o

objetivo geral, no ensino de Biologia, é desenvolver o pensamento biológico de

forma a permitir a reflexão sobre a origem, o significado, a estrutura orgânica e as

relações do objeto de estudo da disciplina.

Os conhecimentos da Biologia expressos nos PCN apontaram como objeto de

estudo da disciplina o fenômeno VIDA, em sua diversidade de manifestações. Os

conceitos básicos da Biologia, porém, foram apresentados de forma reducionista,

com ênfase nos resultados da ciência e omissão do seu processo de produção, sem

Page 140: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

139

abordagem histórica (NARDI, 2002; BIZZO, 2004). Ao partir da dimensão histórica

da disciplina de Biologia, foram identificados os marcos conceituais da construção do

pensamento biológico.

Justificativa

O avanço da Biologia, portanto, é determinado pelas necessidades materiais

do ser humano com vistas ao seu desenvolvimento, em cada momento histórico.

Em outros termos, se a incorporação da ciência aos meios de produção

promoveu intensificações nos avanços da sociedade, não se pode considerar que a

ciência somente acumula teorias, fatos, noções científicas aceitas na prática do

cientista, mas cria modelos paradigmáticos que nascem da utilidade da ciência em

resposta às necessidades da sociedade.

Ao se tomar como referência a concepção de natureza do conhecimento

científico proposta por Kuhn (2005), foram identificadas crises e rupturas no

processo de construção do conhecimento biológico, ocorridos nos diferentes

momentos históricos e seus respectivos contextos sociais, políticos, econômicos e

culturais (KNELLER, 1980).

No contexto dessas reflexões, entende-se, que a disciplina de Biologia

contribui para formar sujeitos críticos e atuantes, por meio de conteúdos que

ampliem seu entendimento acerca do objeto de estudo – o fenômeno VIDA – em

sua complexidade de relações, ou seja:

• na organização dos seres vivos;

• no funcionamento dos mecanismos biológicos;

• no estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade genética,

hereditariedade e relações ecológicas;

• na análise da manipulação genética.

Como consequência da retomada do objeto de estudo dessa disciplina,

sobretudo ao considerar que ensinar Biologia incorpora a ideia de ensinar sobre a

ciência e a partir dela, o desenvolvimento da metodologia de ensino sofre influência

de reflexões produzidas pela filosofia da ciência e pelo contexto histórico, político,

social e cultural do desenvolvimento.

No processo pedagógico, recomenda-se que se adote o método experimental

como recurso de ensino para uma visão crítica dos conhecimentos da Biologia, sem

Page 141: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

140

a preocupação de busca de resultados únicos.

Parte-se do pressuposto que a adoção de uma prática pedagógica

fundamentada nas teorias críticas deve assegurar ao professor e ao aluno a

participação ativa no processo pedagógico. Ao professor compete direcionar o

processo pedagógico, interferir e criar condições necessárias à apropriação do

conhecimento pelo aluno como especificidade de seu papel social na relação

pedagógica. Essa superação decorre da ação pedagógica desencadeada e dos

espaços de reflexão criados pelo professor. Confrontam-se, assim, os saberes do

aluno com o saber elaborado, na perspectiva de uma apropriação da concepção de

ciência como atividade humana. Ainda, busca-se a coerência por meio da qual o

aluno seja agente desta apropriação do conhecimento.

Nestas Diretrizes Curriculares, valoriza-se a construção histórica dos

conhecimentos biológicos, articulados à cultura científica, socialmente valorizada.

Conteúdos

“São os saberes, conhecimentos de grande amplitude, que identificam e

organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados

fundamentais para as abordagens pedagógicas dos conteúdos específicos e

consequente compreensão de seu objeto de estudo e ensino”. (DCEs. 2008).

Os conteúdos estruturantes foram assim definidos:

• Organização dos Seres Vivos;

• Mecanismos Biológicos;

• Biodiversidade;

• Manipulação Genética.

Espera-se que os conteúdos sejam abordados de forma integrada, com

ênfase nos aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionados a

conceitos oriundos das diversas ciências de referência da Biologia.

Para cada conteúdo estruturante, propõe-se trabalhar os seguintes aspectos:

Organização dos Seres Vivos

O trabalho pedagógico deve ser permeado por métodos que permitam

abordar a classificação dos seres vivos como uma das tentativas de conhecer e

compreender a diversidade biológica considerando, inclusive, a história biológica da

Page 142: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

141

VIDA. (DCEs, 2008)

Mecanismos Biológicos Por meio do pensamento biológico mecanicista, ampliar a discussão sobre o

pensamento biológico descritivo privilegiando o estudo dos mecanismos que

explicam como os organismos funcionam.

Biodiversidade

Discute os processos pelos quais os seres vivos sofrem modificações,

perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem relações ecológicas,

garantindo a diversidade de seres vivos.

Manipulação Genética Aborda a aplicação do conhecimento biológico e as discussões bioéticas

decorrentes da manipulação e modificação do material genético, desenvolvidos pelo

homem, interferindo no fenômeno VIDA.

1. CONTEÚDOS BÁSICOS

Classificação dos Seres Vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;

Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia;

Mecanismos de desenvolvimento embriológico;

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos

Teorias evolutivas;

Transmissão das características hereditárias;

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e

interdependência com o ambiente.

Organismos geneticamente modificados.

Entende-se por conteúdos básicos “os conhecimentos fundamentais para

cada série..., considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos

estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica”. (DCEs, 2008).

Nesse quadro, os conteúdos básicos não estão apresentados por série,

Page 143: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

142

porém devem ser tomados como ponto de partida para a organização da proposta

pedagógica curricular das escolas.

Por serem conhecimentos fundamentais para a disciplina de Biologia, os

conteúdos básicos não podem ser suprimidos nem reduzidos, porém, ao construir a

proposta pedagógica, o professor poderá seriar/sequenciar esses conteúdos básicos

de modo a orientar o trabalho de seleção de conteúdos específicos no Plano de

Trabalho Docente.

Metodologia

Desenvolver os conteúdos estruturantes de forma integrada;

Reconhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as primeiras

ideias do aluno;

Retomar as metodologias: Descritiva; Mecanicista; Problematizadora;

experimentação;

Estratégias metodológicas:

prática social;

problematização;

instrumentalização;

catarse;

retorno à prática social.

(Gasparin, 2002; Saviani, 1997).

Recursos pedagógicos: imagens de vídeo, transparências, fotos, textos

de apoio.

Estratégias de Ensino: Aula dialogada, leitura, escrita, experimentação,

demonstração, estudo do meio.

Avaliaçao

SegundoLuckesi (2000) “a avaliação da aprendizagem é um recurso

pedagógico útil e necessário para auxiliar o educador e o educando na busca e na

construção de si mesmo e do seu melhor modo de estar na vida.” (apud, DCEs –

EJA, 2006, p. 42).

A ação docente também estará sujeita a avaliação e exigirá observação e

Page 144: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

143

investigação visando à melhoria da qualidade do ensino, deste modo, na disciplina

de Biologia avaliação é:

processo cuja finalidade é obter informações necessárias sobre o

desenvolvimento da prática pedagógica e nelas intervir e reformular os

processos de ensino-aprendizagem, onde o aluno conheça os resultados e

organize-se para mudanças.

LDB 9394/96: “processo contínuo, cumulativo, prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos”;

instrumento analítico do processo ensino-aprendizagem, conjunto de

ações pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo.

REFERÊNCIAS PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio. Curitiba, 2008. PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos. Curitiba, 2006.

Desafios Educacionais:

- Educação para as relações étnico-raciais

* Filme – Mãos Talentosas - (relatório e discussão em painel aberto)

- Prevenção ao uso indevido de drogas

* Texto sobre o assunto com leitura, discussão e produção de texto (trabalho

interdisciplinar com Português)

- Sexualidade – Gênero

* Texto explicativo sobre conceitos pertinentes às relações de gênero.

* Filme: Orações para Bobby (relatório e discussão)

* Homossexualidade e ética (homofobia)

Observação: Os desafios Educacionais discriminados deverão ser trabalhados de

forma integrada aos conteúdos propostos, conforme necessidades detectadas e

adequações feitas pela professora.

Disciplina: Educação Física

Page 145: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

144

Série

Número de aulas semanais

1ª 2

2ª 2

3ª 2

Apresentação Da Disciplina

As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais

recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa. Sobre égide

de conhecimentos médicos e da instrução física militar, a então denominada

ginástica surgiu, principalmente a partir de uma preocupação com o

desenvolvimento da saúde e a formação moral dos cidadãos brasileiros. Esse

modelo de prática corporal pautava-se em prescrições de exercícios visando ao

aprimoramento de capacidades e habilidades físicas como a força, a destreza, a

agilidade e a resistência, além de visar à formação do caráter, da autodisciplina, de

hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia e do sentimento patriótico.

Vivenciamos nos últimos quinze anos a afirmação gradativa do ensino da

Educação Física numa perspectiva cultural e é a partir desse referencial que se

propõe essa disciplina como área de estudo da cultura humana, ou seja, que estuda

e atuam sobre o conjunto de práticas ligadas ao corpo e ao movimento, criadas pelo

homem ao longo de sua história. Trata-se, portanto, privilegiar nas aulas de

Educação Física além da aprendizagem de movimentos, a aprendizagem para e

sobre o movimento.

O homem na sua trajetória de vida sempre manteve uma relação restrita com

seu corpo, que passou por várias concepções promovendo em cada momento

histórico um diálogo diferente com seu corpo. O corpo e seus movimentos estiveram

sempre à mercê da cultura. Nossa conduta motora nos revela aspectos biológicos e

culturais que são determinantes na evolução do corpo e da mente. Na aula de

Educação Física, deve-se promover a observação do corpo em movimento,

possibilitando aos seus alunos participar da construção do conhecimento de si

mesmo e de seus colegas. Uma ação pedagógica na qual possamos incluir o

Page 146: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

145

desenvolvimento do organismo enquanto complexidade biofísico social, criando

condições para o desabrochar de processos corporais mais complexos no que se

referem aos fatos, conceitos, procedimentos, valores e atitudes.

A Educação Física é uma disciplina que possibilita, talvez mais do que as

outras, espaços onde se pode dar inicio as mudanças significativas na maneira de

se implementar o processo de ensino aprendizagem, tendo em vista as diversas

situações em dados do cotidiano associados à cultura de movimentos podem ser

utilizados com objeto para reflexão. Resgata e incorpora a cultura popular e a

vivência dos alunos dentro e fora da escola. Na sociedade contemporânea, a escola

tem assumido papel primordial na formação de crianças, jovens e adultos, as

modificações das relações familiares ligaram a esta instituição responsabilidades

nunca antes sonhadas: instruir, ensinar, educar, enfim formar as futuras gerações. E

é dentro da escola que o professor convive com as desigualdades de todas as

naturezas e suas consequências necessitando para tanto pensar sua práxis do

cotidiano. Neste contexto cada disciplina e professor formam cidadãos, necessitando

atuar consciente neste sentido.

Justificativa

A Educação Física, como disciplina do núcleo comum, busca assim sua

reorganização uma vez entendida como fruto do processo histórico de evolução do

homem que sempre se movimentou, criou jogos, danças e praticas atendendo suas

várias necessidades sociais. Entendendo nesta perspectiva, a disciplina pode

configurar num processo racional, sistematizado e intencional de tornar acessível a

todas as crianças e jovens que frequentam a instituição escolar, atitudes e práticas

que constituem essa cultura motora e social.

Conteúdos Estruturantes/Básicos

Conteúdos Estruturantes

• Esporte;

Page 147: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

146

• Jogos e brincadeiras;

• Dança;

• Ginástica;

• Lutas;

Conteúdos Básicos

• Esportes: Coletivos, Individuais e radicais;

• Jogos de tabuleiro, jogos dramáticos e cooperativos;

• Danças: Folclóricas, danças de salão e danças de rua;

• Ginástica: artística/ olímpica, de condicionamento físico e ginástica geral;

• Lutas: Com aproximação, lutas que mantêm à distância, lutas com instrumentos

mediador e capoeira;

Metodologia

Nas diretrizes o objeto de ensino e de estudo da Educação Física é a cultura

corporal, por meio dos conteúdos estruturantes propostos: esporte, dança ginástica,

lutas, jogos e brincadeiras, tem a função social de contribuir para que os alunos se

tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade

corporal, consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.

O professor de Educação Física tem a responsabilidade de organizar e

sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, possibilitando a

comunicação e o diálogo com as diferentes culturas no processo pedagógico o

senso de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física

e ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas

metodologias, nas práticas e nas reflexões, permitindo ao educando ampliar sua

visão de mundo por meio da cultura corporal.

É preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de experiências

objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que se efetiva,

sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer. Propõe-se que a Educação

Page 148: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

147

Física seja fundamentada nas reflexões sobre as necessidades atuais de ensino

perante os alunos na superação de contradições e na valorização da educação. É

de fundamental importância considerar os contextos e experiências de diferentes

regiões, escolas, professores, alunos e da comunidade. Deve ser trabalhada em

interlocução com outras disciplinas que permitam entender a cultura corporal em sua

complexidade humana, tratadas tanto pelas ciências humanas, sociais, da saúde e

da natureza.

A Educação Física tem como objetivo formar a atitude crítica perante a cultura

corporal, exigindo domínio do conhecimento e a possibilidade de sua construção a

partir da escola. Busca-se, assim superar formas anteriores de concepção e atuação

na escola pública, procurando possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento

produzido pela humanidade, relacionando-o as práticas corporais, ao contexto

histórico, político, econômico e social.

É através dos Elementos Articuladores que a Educação Física faz-se

necessário integrar e interligar as práticas corporais de forma mais reflexiva e

contextualizada, esses elementos não devem ser entendidos como conteúdos

paralelos, nem tampouco trabalhados apenas teoricamente e ou de maneira isolada,

serão articuladores dos conteúdos de Educação Física para transformar o ensino na

escola.

Elementos Articuladores

• Cultura corporal e corpo;

• Cultura corporal e ludicidade;

• Cultura corporal e saúde;

• Cultura corporal e mundo do trabalho;

• Cultura corporal e desportivização;

• Cultura corporal técnica e tática;

• Cultura corporal e lazer;

• Cultura corporal e diversidade;

• Cultura corporal e mídia;

Page 149: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

148

Avaliação

A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de

modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas, assumindo o compromisso

pela busca constante de novas ferramentas e estratégias metodológicas com

objetivos inicialmente definidos.

Os critérios de avaliação devem ser estabelecidos, considerando o

comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico; contínuo,

permanente e cumulativo em que o professor organizará e reorganizará o seu

trabalho, sustentados nas diversas práticas corporais, como a ginástica, o esporte,

os jogos e brincadeiras, a dança e a luta.

O professor poderá revisitar o trabalho realizado, identificando avanços e

dificuldades no processo pedagógico com o objetivo de reconhecer os acertos e

ainda superar as dificuldades constatadas.

A avaliação deve avançar dialogando com as discussões sobre as

estratégias didático-metodológicas, compreendendo esse processo como algo

contínuo, permanente e cumulativo. A recuperação de estudos será ofertada aos

alunos de aproveitamento insuficiente, no decorrer do processo

ensino/aprendizagem, a saber, ao que se distancia em relação aos conteúdos

trabalhados. Dar-se-á concomitantemente ao processo ensino aprendizagem,

considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, será oferecida a todos os

alunos com média inferior a da aprovação e/ou àqueles que quiserem usufruí-la.

Sendo ofertado ao aluno as oportunidades possíveis pelo estabelecimento de

ensino para que o mesmo resgate os conteúdos não aprendidos, e a nota da

avaliação e a da recuperação paralela, prevalecerá sempre a maior. Assim,

principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos básicos,

será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos

conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação.

Page 150: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

149

REFERÊNCIAS

GOMES, Washinton Luiz Moreira - Manual de Atletismo, ginástica, handebol,

basquetebol e voleibol;

BATISTA, C. Carlos Luiz: Educação Física no Ensino Fundamental;

SILVA, Augusto Tirado e Wilson da - Meu primeiro livro de xadrez;

HUDSON - Textos de Educação Física;

CASTELLANI FILHO, L.: Educação Física no Brasil: a história que não se conta. 4ª

Edição. Campinas, SP: Editora Papirus, 1994.

COLETIVO DE AUTORES: Metodologia do Ensino de Educação Física. São

Paulo, SP: Editora Cortez, 1992.

ESCOBAR, M. O.: Cultura Corporal na Escola: tarefas da Educação Física. In:

Motrivivência Vol 8. Santa Catarina, SC: Editora Ijuí/ RS, 1995.

FREITAS L.C. de: Crítica da Organização do Trabalho Pedagógico e da

Didática. Campinas, São Paulo: Editora Papirus, 1995.

ESCOBAR M. O: Contribuições ao debate do currículo em Educação Física:

Uma proposta para a escola pública. Secretaria de Educação/ Pernambuco, 1990.

GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo: Educação Física Progressista: A Pedagogia Crítica

Social dos Conteúdos. São Paulo: Loyola, 1991.

FUSARI, J.C.: A Construção do Projeto de Ensino Avaliação. São Paulo, F.D.E.,

1990.

LUCKESI, C.C.: Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

UNIÃO BRASILEIRA DE ENSINO: Plano Curricular Marista de Educação Básica.

Belo Horizonte, 2003.

VILAS BOAS, B.M. DE FREITAS: Avaliação no Trabalho Pedagógico Universitário.

Brasília, DF: Mimeo, 1996.

SEED.: Diretrizes Curriculares de Educação Física – Curitiba/PR: 2006.

Disciplina: Filosofia

Série

Número de aulas semanais

Page 151: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

150

1ª 2

2ª 2

3ª 2

Apresentação Geral Da Disciplina

Esta proposta curricular de Filosofia faz a opção pelo trabalho com conteúdos

estruturantes, tomados como conhecimentos basilares, que se constituíram ao longo

da história da Filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos e sociedades

diferentes.

Os conteúdos estruturantes desta diretriz – Mito e Filosofia, Teoria do

Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Estética e Filosofia da Ciência – estão

presentes em todos os períodos da história da Filosofia – no antigo, no medieval, no

moderno e no contemporâneo.

Na Filosofia Antiga, longe de querer reduzi-la à cosmologia, há um cosmo

centrismo marcante na produção do conhecimento, ou seja, há uma tendência para

explorar as questões relativas à natureza: o princípio originário (arché); as leis que

regem o universo; os fenômenos atmosféricos; o movimento e a estática; questões

gerais no campo antropológico; procura de uma moral adequada à felicidade

humana; e especificamente no período greco-romano, uma retomada da

religiosidade, quando é muito comum encontrar o hibridismo de ideias religiosas e

filosóficas, característica essa recorrente em toda a Idade Média.

Na Idade Média (século II ao XIV, diferentemente das Histórias que a

localizam entre o século V e o XV. A Filosofia era fortemente marcada pelo

teocentrismo, pensamento que tem características bastante diferentes das que

prevaleciam no período anterior, sem que, entretanto representasse uma ruptura

total. O medievo é marcado pela inspiração divina da Bíblia; pelo monoteísmo; pelo

criacionismo; pelo pecado original; pelo conceito cristão de amor (ágape) e por nova

concepção de homem, na qual este tem uma condição de real igualdade em

consequência do Criador).

Na modernidade, os discursos abstratos sobre Deus e alma foram

substituídos paulatinamente pelo pensamento antropocêntrico, ou seja, há um

Page 152: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

151

esforço para superar o complexo humano de inferioridade; a Filosofia declara sua

autonomia diante da Teologia; pensadores tratam de questões exclusivamente

filosófico-científicas (Racionalismo, Empirismo, Criticismo); já não se aceita a

autoridade da Teologia. É inaugurado o “reino do homem”, são introduzidas as

premissas da Antropologia moderna e da contemporânea. O homem descobre sua

importância dominando a natureza da sociedade e do universo. Portanto, ser

moderno significa valorizar o homem (antropocentrismo); ser crítico, não aceitando

passivamente o critério da autoridade ou da tradição para tomar válida uma ideia;

valorizar a experimentação; separar os campos da fé e da razão; confiar na razão,

que se bem empregada permite o conhecimento objetivo do mundo com benefícios

para o homem.

Justificativa

No pensamento contemporâneo, qualquer que seja a temática, esta recebe as

mais variadas interpretações. Sem apelar aos mitos, aos deuses, à autoridade, à

tradição, o homem sente-se capaz de resolver todos os seus problemas. O

pensamento contemporâneo é resultado da preocupação do antidogmatismo. Soma-

se a isso o iluminismo, o liberalismo, a Revolução Francesa, a ascensão da

burguesia, as guerras, os conflitos religiosos, a penúria dos trabalhadores, os

conflitos político-sociais e o progresso das ciências e das técnicas.

Esse período da história da Filosofia, a partir do séc. XIX é marcado pelo

pluralismo filosófico, o que permite pensar de maneira bastante específica cada um

dos conteúdos estruturantes apresentados nesta diretriz. Isso porque esses mesmos

problemas pensados hoje se punham como problemas também na Filosofia

Moderna, tratados a seu tempo de forma bastante particularizada, consideradas as

características que marcam cada período.

Conteúdos Estruturantes

Esta proposta curricular trabalha a organização do ensino de Filosofia por

conteúdos estruturantes: Mito e Filosofia, Teoria do Conhecimento, Ética e Filosofia

Política, Estética e Filosofia da Ciência, em seguida esboçados, objetiva estimular o

Page 153: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

152

trabalho da mediação intelectual, o pensar, a busca da profundidade dos conceitos e

das suas relações históricas, em oposição ao caráter imediatista que assedias e

permeia a experiência do conhecimento e as ações dela resultantes.

O professor de Filosofia, dada a sua formação, sua especialização, suas

leituras, poderá fazer seu planejamento a partir dos conteúdos estruturantes e fará o

recorte – conteúdo específico que julgar adequado e possível. Por exemplo: para

trabalhar os conteúdos estruturantes: Ética e/ou Filosofia Política; o professor poderá

fazer um recorte a partir da perspectiva da Filosofia latino-americana ou de qualquer

outro sistema filosófico tendo em vista a pluralidade filosófica da

contemporaneidade. Importante é que o ensino de Filosofia se dê na perspectiva do

diálogo filosófico, sem dogmatismo, puritanismo, niilismo, doutrinação, portanto sem

qualquer condicionamento do estudante para o ato de filosofar.

O trabalho com os conteúdos estruturantes não exclui, de forma alguma, a

história da Filosofia, e tampouco, as perspectivas que aqui denominamos

geográficas. Os conteúdos estruturantes fazem parte da História da Filosofia e

podem ser trabalhados em diversas tradições, como na Filosofia europeia, na ibero-

americana, na latino-americana, na norte-americana, na hispano-americana, etc.

Filosofia é, notadamente, o espaço da crítica a toda forma de dogmatismo, e,

por ter como fundamento o exame da própria razão, não se furta à discussão e à

superação das perspectivas de cunho eurocêntrico.

Na perspectiva dos conteúdos escolares como saberes, o termo conteúdo

não se refere apenas a fatos, conceitos ou explicações destinados aos estudantes

para que conheçam, memorizem, compreendam, apliquem, relacionem, etc. O valor

é atribuído ao conhecimento no âmbito de uma cultura particular de um determinado

momento histórico.

Os conteúdos estruturantes não devem ser entendidos como isolados entre

si, estanques, sem comunicação. Eles são dimensões da realidade que dialogam

continuamente entre si, com as ciências, com a arte, com a história, enfim, com as

demais disciplinas.

Muitos concursos vestibulares vêm reforçar essa prática, com seus

programas de conteúdos que devem ser aprendidos e medidos por meio de prova.

Page 154: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

153

Com a inclusão da Filosofia nos concursos vestibulares, há de haver preocupação

em não transformá-la em apenas alguns conhecimentos contidos nessa ou naquela

escola filosófica, nessa ou noutra doutrina, nesse autor ou em outro. Por isso o

currículo de Filosofia coloca-se frente a duas exigências: a) o ensino de Filosofia não

se confunde simplesmente com o ensino de conteúdos; e b) enquanto disciplina

análoga a qualquer outra disciplina do currículo tem nos seus conteúdos elementos

mediadores fundamentais para que possa desenvolver o específico do ensino de

Filosofia a problematização, a investigação e a criação de conceitos.

A aprendizagem de conteúdos está articulada necessariamente à atividade

reflexiva do sujeito, o que aprende interrogando e agindo sobre sua situação. Nesse

sentido, o ensino de Filosofia não se dá no vazio, no indeterminado, na

generalidade, na individualidade isolada, mas requer do estudante compromisso

consigo mesmos, com o outro e com o mundo.

Os conteúdos, como mediadores da reflexão filosófica devem estar

vinculados à tradição filosófica, confrontado diferentes pontos de vista e

concepções, de modo que o estudante perceba a diversidade de problemas e de

abordagens. Num ambiente de investigação, de redescobertas e recriações, pode-se

garantir aos educandos a possibilidade de elaborar, de forma problematizadora,

suas próprias questões e tentativas de respostas.

Mito e Filosofia

Teoria do Conhecimento

Conteúdo Básico Especificidade da abordagem na 1ª série

Saber Mítico Estrutura do pensamento Mítico

Características do Mito

Saber Filosófico Estrutura do pensamento filosófico pré-socrático

Características do pensamento filosófico pré-socrático

Relação entre Mito e Filosofia Diferenças e semelhanças entre o mito e a filosofia pré-

socrática

Atualidade do Mito A presença do discurso mítico nos filmes e na cultura

moderna.

O que é a Filosofia? Principais características da filosofia: racionalidade,

conceito e explicação.

Possibilidade do conhecimento Diferenças entre o relativismo de Protágoras e a

perspectiva epistemológica de Platão.

Formas de conhecimento Ceticismo

Page 155: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

154

Dogmatismo

Racionalismo

Empirismo

O problema da verdade Verdade como correspondência

Verdade como revelação

Verdade como convenção A questão do método Diferenças entre método dedutivo e indutivo

As regras do método cartesiano

Conhecimento e lógica Silogismo

Falácias

Retórica

Ética

Filosofia Política

Conteúdo Básico Especificidade da abordagem na 2ª série

Ética e Moral Origens históricas da moral ocidental

Diferenças entre moral e ética

Pluralidade Ética Diferentes concepções: eudaimonista, hedonista,

cristã, liberal, niilista, etc.

Ética e Violência O problema da alteridade

O problema das virtudes

Razão, desejo e

vontade

O conflito entre alma racional e alma irracional em

Platão e Aristóteles

Amizade

Liberdade

Liberdade: autonomia

do sujeito e a

necessidade das

normas

Conceitos de liberdade

Livre-arbítrio

Liberdade e cidadania

Relações entre

comunidade e poder

Estado e violência

Os conceitos de Virtude e fortuna em Maquiavel

Liberdade e igualdade

política

Conceito de Isonomia e Isegoria

Liberdade e liberalidade

Política e ideologia Liberalismo

Republicanismo

Socialismo

Marxismo

Esfera pública e

privada

Conceito de esfera pública

Conceito de esfera privada

Condições de instauração do espaço público

Cidadania formal e∕ou A crise da representação

Page 156: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

155

participativa A questão da legitimidade da democracia participativa

Direitos e deveres

Filosofia da Ciência

Estética

Conteúdo Básico Especificidade da abordagem na 3ª série

Concepção de ciência O que é ciência?

Concepção antiga e moderna de ciência

A questão do método científico O método dedutivo e indutivo

Falseabilidade empírica

Ruptura epistemológica

Contribuições e limites da ciência Ciência e sociedade

Paradigmas científicos

Ciência e ideologia Alienação

Política e Ciência

Ciência e ética Bioética

A ciência e as suas contribuições sociais

Ciência e senso comum

Natureza da arte História da arte

Concepções de arte

Finalidade da arte

Filosofia e arte Baumgarten e a crítica do gosto

Kant e a estética transcendental

Kant e Crítica da faculdade do juízo

Categorias estéticas Feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc

Estética e sociedade O belo e as formas de arte

Utilidade da arte

Crítica do gosto (Sexualidade e Gênero)

Metodologia

O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos

específicos se dará em quatro momentos: a mobilização para o conhecimento, a

problematização, a investigação e a criação de conceitos.

O ensino de Filosofia pode começar pela exibição de um filme ou uma

imagem; da leitura de um texto jornalístico ou literário; da audição de uma música

tantas são as possibilidades para atividades geralmente conduzidas pelo professor,

com o objetivo de instigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano do

estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido. A isso se chama mobilização.

Page 157: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

156

Após a sensibilização inicia-se o trabalho propriamente filosófico – a

problematização, a investigação, a criação de conceitos, o que não significa dizer

que a mobilização não possa ocorrer diretamente a partir do conteúdo

problematizado.

A problematização ocorre quando professor e estudantes, a partir do

conteúdo em discussão, levantam questões, identificam problemas e investigam o

conteúdo. É importante ressaltar que os recursos utilizados para a mobilização

sejam filme, música ou texto, podem ser retomados a qualquer momento.

Problematizando, o professor convida o estudante a analisar o problema, o

que se faz por meio da investigação, que pode ser o primeiro passa para possibilitar

a experiência filosófica. Recorrendo à história da Filosofia e aos clássicos, o

estudante defronta-se com diferentes maneiras de enfrentar o problema e com as

possíveis soluções já elaboradas, que embora não resolvam o problema, orientam a

discussão.

O ensino de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida,

por isso é importante que na busca de resolução do problema haja preocupação

também com uma análise da atualidade, com uma abordagem contemporânea que

remeta o estudante a sua própria realidade.

Dessa forma, partindo de problemas atuais estudados a partir da história da

Filosofia, do estudo de textos clássicos, de interpretação científica e de sua

abordagem contemporânea, o estudante do Ensino Médio pode formular seus

conceitos, construir seu discurso filosófico. O texto filosófico que ajudou os filósofos

a entender e analisar filosoficamente o problema em questão será trazido para o

presente com o objetivo de fazer entender o que ocorre hoje e como podemos, a

partir da Filosofia, entender os problemas de nossa sociedade.

Após esse exercício, o estudante terá condições de perceber o que está

implícito nas ideias e como elas se tornam conhecimento e por vezes ideologia,

criando assim a possibilidade de argumentar filosoficamente por meio de raciocínios

lógicos num pensar coerente e crítico.

Page 158: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

157

É imprescindível que o ensino de Filosofia seja permeado por atividades

investigativas individuais e coletivas que organize e oriente o debate filosófico,

dando-lhe um caráter dinâmico e participativo.

Na proposta de trabalhar determinado conteúdo a partir de problemas

significativos para estudantes do Ensino Médio, é importante que já a preocupação

de não ser superficial e de demorar o tempo necessário para realização de todo o

processo de ensino proposto, desde a mobilização para o problema passando pelo

estudo dos textos filosóficos, até a elaboração de conceitos, para que se garanta de

fato a reflexão filosófica.

Os temas contemporâneos como Agenda 21, Cultura Afro, História do

Paraná, Educação no Campo, Educação Fiscal, Tecnologia, Midioteca, Projeto

Inclusão, Projeto Fera e Projeto Consciência devem ser trabalhos

interdisciplinarmente.

Avaliação

A Filosofia como prática, como discussão com o outro, como construção de

conceitos encontra seu sentido na experiência de pensamento filosófico.

Entendemos por experiência esse acontecimento inusitado que o educador pode

propiciar, preparar, porém não determinar e, menos ainda, avaliar ou medir.

A avaliação deve ser concebida, conforme a LDB n. 9394/96, no seu artigo

24, na sua função diagnóstica, isto é, não tem finalidade em si mesma, mas sim tem

a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-

aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade que professores, estudantes e a

própria instituição de ensino, estão construindo coletivamente. Sendo assim, apesar

de sua inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se

resumiria apenas a perceber quanto o estudante assimilou de conteúdo presente na

história da Filosofia, do texto, ou dos problemas filosóficos, nem inclusive a examinar

sua capacidade de tratar deste ou daquele tema.

Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do

estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em jogo é a

Page 159: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

158

capacidade dele de argumentar e de identificar os limites dessas posições. O que

deve ser levado em consideração é a atividade com conceitos, a capacidade de

construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos

temas e discursos.

É relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de trabalhar e

criar conceitos: qual conceito trabalhou e criou; qual discurso tinha antes e qual

discurso tem após o estudo da Filosofia. A avaliação de Filosofia tem início já com a

mobilização para o conhecimento, coletando o que o estudante pensava antes e o

que pensa após o estudo.

Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino

Médio por blocos de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:

qual discurso tinha antes;

qual conceito trabalhou;

qual discurso tem após;

qual conceito trabalhou.

A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por

meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa

após o estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo.

Desafios Educacionais Contemporâneos, apoiando os conteúdos estruturantes:

Carandiru (enfrentamento à violência na escola);

Em nome de Deus (sexualidade);

O segredo de Brokeback Mountain (orientação sexual);

Cazuza (prevenção ao uso indevido de drogas);

Escritores da Liberdade (cidadania e direitos humanos)

Mandela – luta pela liberdade (educação para as relações étnico-raciais)

REFERÊNCIAS

APPEL, E. Filosofia nos Vestibulares e no Ensino Médio. Cadernos PET-Filosofia

2, Depto de Filosofia UFPR, Curitiba, 1999.

ARANHA, Maria Lúcia e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando – Introdução

à Filosofia. São Paulo: Moderna. Ed. 4, 2009. (PNLD).

Page 160: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

159

ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da Filosofia no Ensino Médio como

experiência filosófica. In: CADERNOS CEDES. Campinas. n. 64. A Filosofia e seu

ensino. São Paulo: Cortez; Campinas, CEDES (2004)

BRASIL. Ministério de Educação. Orientações curriculares do ensino médio.

Brasília. MEC/SEB, 2009.

CHAI, M. O retorno do teológico-político. In: Sérgio Cardoso (org.). Retorno ao

republicanismo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004.

CORBISIER, R. Introdução à Filosofia. Vol. I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,

1996.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a Filosofia? Tradução de Bento Jr. e Alberto

Alonso Muñoz. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992. 288 p. (Coleção Trans) – Título original:

Qu‟est-ce que laphilosophie?

GALLO, S.; KOHAN, W. O. (orgs). Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes,

2000.

KOHAN & WAKSMAN.Perspectivas atuais do ensino de filosofia no Brasil. In:

FÁVERO, A; KOHAN, W.O.; RAUBER, J.J. Um olhar sobre o ensino de Filosofia.

Ijuí: Ed. da UNUJUÍ, 2002.

LANGON, M. Filosofia do ensino de Filosofia. In: Gallo, S.; CORNELLI, G.;

DANELON, M. (Org.) Filosofia do ensino de Filosofia. Petrópolis: Vozes, 2003.

REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia: Patrística e Escolástica. São Paulo:

Paulus, 2003.

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência de

Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: inserção

dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos

escolares/Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 P.

________. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental.

Diretrizes Curriculares de Filosofia para o Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR,

2006. 29 P. (digitado).

Disciplina: Física

Série

Número de aulas semanais

1ª 2

2ª 2

3ª 2

Page 161: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

160

Apresentação Geral Da Disciplina

A Física tem como objeto de estudo o universo em toda sua complexidade e,

por isso, como disciplina escolar, propõe o estudo da natureza entendida segundo

Menezes (2005), como realidade material sensível. Ressaltando que os

conhecimentos de física apresentados aos estudantes do ensino Médio não são

coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo homem no

intuito de explicar e entender essa natureza.

Apesar dos estudos e contribuições dos mais diversos povos, como os

árabes e os chineses, entre outros, as pesquisas sobre a História da Física

demonstram que, até o período do Renascimento, a maior parte da ciência

conhecida pode ser resumida à Geometria euclidiana, à Astronomia Geocêntrica de

Ptolomeu (150 d.C.) e à Física de Aristóteles(384-322 a.C.). As explicações a

respeito do Universo mudam, em cada época, de acordo com que se conhece sobre

ele.

Justificativa

No mundo atual, globalizado e altamente tecnológico, a física possui uma

parcela significativa desse conhecimento. Toda tecnologia é de grande importância

no conhecimento da física e muitas vezes já faz parte do cotidiano do aluno. Essa

proposta implica a abordagem que o ensino da física faz sobre os fenômenos físicos,

lembrando que suas ferramentas conceituais são as de uma ciência em construção,

com uma respeitável consistência teórica.

A Física além de buscar o conhecimento geral em relação ao estudo do

Universo, deve também ocupar de todos os ramos da atividade humana. Isto se

deve ao estagio atual em que se encontra a sociedade, com todos os recursos e

avanços tecnológicos que nos surpreendem a cada dia.

Além disso, estudar física desenvolve o raciocínio, estimula a imaginação e a

criatividade. Um aluno interessado no estudo desta disciplina não fica restrito apenas

a esse campo, mas sim, circula por muitos outros contribuindo para sua própria

cidadania, formando-se um cidadão capaz de contextualizar o conhecimento

Page 162: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

161

relacionando-o com sua realidade, e capacitando-se para uma atuação crítica e

social, cujo conhecimento atual é a cultura científica tecnológica, filosófica e histórica

deste tempo em suas relações com outras produções humanas.

Essa aprendizagem só é possível através da interação com o professor, que

necessita fazer um ensino comprometido com a mudança, com o amadurecimento

dos indivíduos dentro de uma perspectiva mais ampla e integradora das ciências e

da sociedade.

Entende-se, então, que a Física, tanto quanto as outras disciplinas, devem

educar para a cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do

conhecimento científico sobre o universo de fenômenos e a não neutralidade da

produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e envolvimento com

aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais.

O recorte histórico da Física apresentado aqui tem por objetivo buscar um

quadro conceitual de referencia capaz de abordar o objeto de estudo desta ciência –

o Universo – sua evolução, suas transformações e as interações que nele ocorrem.

Os resultados desta busca são grandes sínteses que constitui três campos de

estudo da Física e que completam o quadro teórico desta ciência no final do século

XIX:

- A Mecânica e a gravitação, elaboradas por Newton em duas obras (Pilosophiae

naturalis principia mathematica (os Principia) e Opticks (Óptica)

- A Termodinâmica, elaborada por autores como Mayer, Carnot,Joule, Clausius,

Kelvin, Helmholtz e outros.

- O eletromagnetismo, síntese elaborada por Maxwell a partir de trabalhos de

homens como ampère e Faraday.

A primeira síntese se refere ao estudo dos movimentos (mecânica e gravitação).

Centram-se nas leis do movimento dos corpos materiais, suas descrição e suas

causas.

A segunda síntese, a termodinâmica, deu-se a partir do estudo dos fenômenos

térmicos e sua axiomatização.

Page 163: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

162

A terceira síntese, do eletromagnetismo, deu-se a partir do estudo dos fenômenos

elétricos e magnéticos. Sua elaboração deveu-se estudos de diversos cientistas,

entre eles, Faraday, Ampère e Lenz.

Esse trabalho somente será possível se estiverem sendo considerados

objetos, coisas e fenômenos que façam parte do universo vivenciado pelo aluno,

seja próximo, como carros, televisores, computadores, ou mesmo de seu imaginário,

como o Universo.

Conteúdos Estruturantes E Básicos

1ª SÉRIE

MOVIMENTO

Momentum e inércia, Conservação de quantidade de movimento ( momentum),

Variação da quantidade de movimento=impulso, Segunda lei de Newton, Terceira lei

de Newton e Condições de equilíbrio, Energia e o Principio da conservação da

energia e Gravitação.

2ª SÉRIE

TERMODINÂMICA:

Leis da Termodinâmica, Lei zero da Termodinâmica, Primeira Lei da

Termodinâmica, Segunda Lei da Termodinâmica.

3ª SÉRIE

ELETROMAGNETISMO:

Carga, Corrente elétrica, Campo e Ondas eletromagnéticas, Força

eletromagnética, Equações de Maxwell: Lei de Gauss para Eletrostática/Lei de

Coulomb, Lei de Ampère, Lei de Gauss Magnética, lei de Faraday, A natureza da

Luz e suas propriedades.

Em consonância com as tendências metodológicas da educação serão

contemplados os Desafios Educacionais Contemporâneos através de projetos

Page 164: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

163

realizados na escola, onde todas as disciplinas participarão.

Metodologia

Como exemplo de metodologias pode ser utilizado o meio de informação

que estiverem disponíveis, como noticia de jornais, livros de física, programas de

televisão, vídeos, entrevista ou palestra permitindo assim que o aluno construía

uma percepção significativa da realidade em que vive. É fundamental que a

experimentação esteja sempre presente ao longo de todo o processo de ensino

aprendizagem desenvolvendo e reforçando as relações do conhecimento

científico com outras formas de expressão.

E com isso, garantir a construção do conhecimento pelo próprio aluno,

através de sua curiosidade e hábito de sempre indagar, evitando a aquisição do

conhecimento científico como verdade estabelecida e inquestionável permitindo

reforçar as relações do conhecimento científico com outras formas de expressão

do saber.

Avaliação

A avaliação oferece subsídios para que tanto o aluno quanto o professor

acompanhem o processo de ensino-aprendizagem. Para o professor, a avaliação

deve servista como um ato educativo essencial para a condução de um trabalho

pedagógicoinclusivo, no qual a aprendizagem seja um direito de todos e a escola

pública o espaçoonde a educação democrática deve acontecer.

A avaliação deve ter um caráter diversificado tanto qualitativo quanto do

pontode vista instrumental. Do ponto de vista quantitativo,o professor deve orientar-

se peloestabelecido no regimento escolar.

Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve-se verificar:

· A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e

aprendizagem planejada;

· A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;

· A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;

Page 165: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

164

· A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e

as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os

conhecimentos da Física.

A avaliação se dará ao longo do processo ensino aprendizagem possibilitando

por meio de interação diária com os alunos, verificar em que medida os alunos se

apropriam dos conteúdos tratados nesse processo. Realizar-se-á através de textos,

pesquisas, realizações de experimentos e relatórios, provas dissertativas e de

múltiplas escolhas e execução de atividades.

Assim, o professor terá subsídios para verificar a aprendizagem dos

estudantes e, se for o caso, poderá interferir no processo pedagógico revendo seu

planejamento.

A recuperação de conteúdos se fará com revisão da prática empregada e se

necessário uma retomada de conceitos e metodologias, com atividades significativas

por meio de processos didáticos metodológicos diversificados como por exemplos:

atividades práticas, observações dos fenômenos físicos, nas atividades, produção de

relatórios de leituras, de experimentos, pesquisas, registros de debates, resolução

de atividades com problematizações em situações do cotidiano.

REFERÊNCIAS

PARANÁ. Diretrizes curriculares de física para o ensino médio: Curitiba: SEED,

2008 -Gonçalves Filho, Aurélio Física, volume único: ensino médio/Aurélio Gonçalves Filho, Carlos Toscano – São Paulo: Scipione, 2005.

- Penteado, Paulo Cesar M. Física – ciência e tecnologia / Paulo Cesar M. Penteado, Carlos Magno

A. Torres. – São Paulo: Moderna, 2005 - Sampaio, José Luiz Física: volume único / José Luiz Sampaio, Caio Sergio Calçada. 2. edição – São Paulo: Atual, 2005. – (Coleção ensino médio Atual) Chaves, A: Física: Mecânica. Volume 1. Rio de Janeiro: Reichmann e Affonso Editores, 2000. Rocha, J. F: Origens e Evolução das Ideias da Física. 1º Edição, Salvador: EDUFBA, 2002. Tipler, P; Llewellyn, R: Física Moderna. 3º edição, Rio de Janeiro: LTC, 2001.

Page 166: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

165

Gaspar A. A eletricidade e suas aplicações. São Paulo: Ática, 1996. Máximo, A.; Alvarenga, B. Física. São Paulo: Scipione, 2003. (Coleção de olho no mundo do trabalho). Paraná, Djalma Nunes da Silva. 1. ed. Física. São Paulo: Ática, 2003. Paraná. Secretaria de Estado da Educação. LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO. Física: Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006. Silva, Claudio Xavier da. Física aula por aula Ed. São Paulo: FTD,2010

Disciplina: Geografia

Série

Número de aulas semanais

1ª 2

2ª 2

3ª 2

Apresentação Da Disciplina

A geografia que estamos propondo para ser ensinada no ensino médio é

derivada de uma concepção científica. Essa geografia se ocupa da análise histórica

da formação das diversas configurações espaciais e distingue-se dos demais ramos

do conhecimento na medida em que se preocupa com a: dimensão econômica da

produção do/no espaço – principal forma de análise para entender como se constitui

o espaço geográfico, já que as relações sociedade/natureza são movidas pela

produção de toda a materialidade necessária para a existência humana e pelas

relações sociais e de trabalho que organizam essa produção; a questão geopolítica

– que engloba os interesses relativos aos territórios e as relações de poder

econômico e social que os envolve; a dimensão socioambiental – considerando

fundamental para os estudos geográficos no atual período histórico que perpassa

outros campos do conhecimento e isso remete a necessidade de espacializá-lo, sob

a ótica das relações sociais e culturais bem como da constituição, distribuição e

mobilidade demográfica.

Page 167: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

166

Cabe ao ensino da geografia abordar as relações de poder que constituem

territórios nas mais variadas escalas, desde as que delimitam os micro espaços

urbanos, como os territórios do tráfico, da prostituição ou da segregação

socioeconômica, até os internacionais e globais. Sendo assim a função a geografia é

subsidiar os alunos a pensar e agir criticamente, buscando elementos que permitam

compreender e explicar o mundo (Callai 2001), tendo a geografia à função de

preparar o aluno para uma leitura critica da produção social do espaço, negando a

“naturalidade” dos fenômenos que imprimem certa passividade aos indivíduos.

Justificativa

A partir desses apontamentos cabe ao professor ter uma postura investigativa

de pesquisa, recusando uma visão receptiva e reprodutiva do mundo, não somente

de sua parte, mas em conjunto com os alunos, tendo em vista sua função enquanto

agente transformador do ensino, e da escola e da sociedade. A partir do exposto,

sobre a geografia, pode-se acrescentar que a relevância dessa disciplina está no

fato de que todos os acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o

espaço é a materialização dos tempos da vida social. Portanto, há que se

empreender um ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos específicos de

geografia, com os quais eles possam ler e interpretar criticamente o espaço, sem

deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes

formas de abordagem.

Assim assume-se nesta diretriz a retomada do trabalho pedagógico por meio

das teorias criticas da educação e da geografia, sem ortodoxias. Considerando-se

que o campo das teorias críticas possibilita o ensino da geografia com base na

análise e na crítica das relações sócio espaciais, nas diversas escolas geográficas,

do local global, retornando ao local. Esta opção teórica é coerente com a concepção

de currículo e com a identidade que esta reformulação curricular quer atribuir a

educação básica.

Conteúdos Estruturantes E Básicos De Geografia

1º ano

Page 168: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

167

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural demográfica do espaço Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

1. A formação e transformação das paisagens;

2. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção;

3. A distribuição espacial das atividades produtivas e a transformação da paisagem, a re(organização do espaço geográfico);

4. A formação, a localização e exploração dos recursos naturais;

5. A evolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos do espaço de produção;

6. O espaço rural e a modernização da agricultura.

2º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Dimensão econômica do espaço geográfico. Dimensão política do espaço geográfico. Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico. Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

1. O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial;

2. A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;

3. Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

4. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

5. A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente;

6. Os movimentos sociais, urbanos e rurais e a apropriação do espaço;

7. A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.

3º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Dimensão econômica do espaço geográfico. Dimensão política do espaço geográfico. Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico. Dimensão socioambiental do espaço

1. Os movimentos migratórios e suas motivações;

2. A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

3. O comércio e as implicações

Page 169: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

168

geográfico.

socioespaciais; 4. As diversas organizações do

espaço geográfico; 5. As implicações socioespaciais do

processo de mundialização; 6. A nova ordem mundial, os

territórios supranacionais e o papel do Estado.

Metodologia

Adotando as teorias criticas propõe-se uma Geografia que procura entender a

sociedade em seus aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos e nas

relações que estabelece com a natureza para produção do espaço geográfico.

O conceito de Geografia deve continuar associado aos estudos estatísticos,

importantes para as discussões políticas sobre o planejamento ambiental, rural,

industrial e urbano, demonstrando, dessa forma as contradições sociais (etnia,

gênero, faixa-etária, distribuição populacional e entre outros) existentes dentro de

uma mesma sociedade. Esse ensino deve subsidiar os alunos a pensar e agir

criticamente, buscando elementos que permitam compreender e explicar o mundo,

cabendo assim, à Geografia a função de preparar o aluno para uma leitura crítica da

produção social do espaço, negando a “naturalidade” dos fenômenos que imprimem

certa passividade aos indivíduos.

Cabe ao professor ter uma postura investigativa de pesquisa, mediadora

recusando uma visão receptiva e reprodutiva do mundo, não somente de sua parte,

mas em conjunto com os alunos tendo em vista sua função enquanto agente

transformador do ensino da escola e, em decorrência disso, da própria sociedade.

Todos os acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o

espaço é a materialização dos tempos da vida social. Esse contexto exige que o

professor empreenda uma educação que contemple a heterogeneidade do mundo

atual em que a velocidade dos deslocamentos dos indivíduos, instituições,

informações e capitais de uma realidade.

O processo de ensino de geografia deverá valorizar uma prática pedagógica

que busca sempre a possibilidade de privilegiar as dimensões, e é necessário que

Page 170: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

169

os conteúdos geográficos sejam trabalhados de forma crítica e dinâmica, mantendo

a coerência com os fundamentos teóricos.

Os conteúdos específicos serão abordados a partir de cada conteúdo

estruturante e que esses enfoques perpassam uns aos outros constantemente.

Serão utilizados na disciplina de Geografia recursos técnicos que levem o aluno a

compreender, analisar, diferenciar, relacionar as mudanças no mundo atual e a

importância das relações com o meio em que vive.

A prática pedagógica no Ensino Médio deve contemplar uma abordagem

metodológica que oriente para:

A categoria como linguagem para o ensino de geografia;

A concepção de totalidade norteando a compreensão das relações

socioambientais;

A coerência entre a linha teórica da geografia e a abordagem

conceitual dos conteúdos;

O homem (social) entendido como agente produtor do espaço.

O desenvolvimento das atividades curriculares de geografia dar-se-á por

blocos de conteúdos, sendo esses blocos desenvolvidos trimestralmente com

atividades avaliativas realizadas com no mínimo três instrumentos avaliativos

diferentes em cada trimestre.

Avaliação

A Avaliação é parte do nosso processo de ensino-aprendizagem e, por isso,

deve servir não apenas para acompanhar a aprendizagem dos alunos, mas também

o trabalho pedagógico do professor.

É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o

processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

É fundamental que a avaliação seja mais do que a definição de uma nota ou

conceito.

Page 171: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

170

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina a avaliação

formativa, considerada um avanço em relação à avaliação somativa ou

classificatória. A avaliação não excluirá o sistema formal, mas sim, de desenvolver

no mínimo três formas de avaliação, formativa e somativa, registradas de maneira

organizada e criteriosa, pois servem para diferentes finalidades.

Avaliação dar-se-á não apenas por meios de provas, mas de instrumentos de

avaliação que contemple várias formas de expressão dos alunos como; leitura e

interpretação de texto, produção de textos, leitura e interpretação de fotos, imagens,

gráficos, tabelas e mapas, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas de campos e

filmes, apresentação de seminários, construção e análise de maquetes entre outros.

Esses instrumentos devem ser relacionados de acordo com cada conteúdo e

objetivo de ensino.

Em Geografia os principais critérios a serem observados na avaliação são a

formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações sócio

espaciais. Devem ser estabelecidas as devidas articulações entre teorias e práticas,

na condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação

pedagógica e que simultaneamente parte desta ação para o sempre necessário

aprofundamento teórico. A recuperação de conteúdo é um direito do aluno,

independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos.

REFERÊNCIAS

MENDONÇA, Cláudio; LUCCI, ElianAlabi e BRANCO, Anselmo L. Território e

sociedade no mundo globalizado. Geografia geral e do Brasil. São Paulo:

Saraiva, 2012.

MORAES, Paulo Roberto. Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Harbra, 2012.

SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do „ Brasil. São

Paulo: Scipione, 2011.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – PARANÁ. Diretrizes Curriculares

Estaduais para o ensino de Geografia. Curitiba: SEED, 2008.

TAMDJIAN, James Onnig; MENDES, Ivan Lazzari. Geografia Geral e do Brasil.São Paulo: FTD, 2012.

Page 172: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

171

Disciplina: História

Série

Número de aulas semanais

1ª 2

2ª 2

3ª 2

Apresentação Da Disciplina

Inicialmente faremos um breve relato da disciplina de História: na década de

70 o ensino de Historia era predominantemente tradicional, seja pela valorização de

certos personagens como sujeitos da história e de sua atuação em fatos políticos,

abordando conteúdos de forma factual e linear.

A história como disciplina passou a ser obrigatória a partir da criação do

Colégio D. Pedro II em 1837 e criado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Esse modelo de ensino foi mantido no início da República, em 1889 e o Colégio D.

Pedro II continuava como referência para a organização educacional brasileira.

Em 1901 o currículo foi mudado, propondo que passasse a compor a cadeia

de História Universal. O retorno da disciplina de História do Brasil nos currículos deu-

se através do Governo de Getúlio Vargas. Vinculado ao projeto político nacionalista

do Estado Novo, por meio da Lei Orgânica do ensino secundário de 1942.

Desde o início dos anos 30, as experiências norte-americanas na

organização da disciplina de Estudos Sociais passaram a fazer parte dos debates

educacionais por meio de um movimento de inovação educacional. Para viabilizar,

Anísio Teixeira publicou uma proposta educacional nos currículos escolares.

É formação dos professores da Escola Normal Primaria na produção de

materiais didáticos. Após o regime militar manteve seu caráter político. A partir da

LDB 5692/71 o Estado criou o 1º grau de 8 anos e o segundo grau profissional, No

primeiro grau, as disciplinas de História e Geografia foram condensadas como área

de estudos sociais dividindo ainda a carga horária com Educação Moral e Cívica. No

segundo grau, a carga horária de história foi reduzida e a disciplina de Organização

Social e Política Brasileira – OSPB passou a integrar o currículo.

Page 173: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

172

Justificativa

O ensino de Estudos Sociais, questionado e contestado no início dos anos 80,

pela academia e pela sociedade organizada. A partir dos anos 80 e 90, cresceram

os debates das reformas democráticas na área educacional, repercutindo nas novas

propostas do ensino de história. A produção de livros didáticos e paradidáticos

procurou incorporar a nova historiografia.

No Estado do Paraná houve também uma tentativa de aproximação da

produção acadêmica de história com o ensino desta disciplina no primeiro grau,

fundamentada na pedagogia histórico-crítica, por meio do “currículo básico para a

escola política do Paraná” (1990). Também, nessa década houve uma

reestruturação do ensino, embasado na pedagogia crítica dos conteúdos a partir do

estudo da formação do capitalismo no mundo ocidental e inserção no Brasil. Para o

1º grau, o conteúdo foi dividido em dois blocos distintos: História do Brasil e História

Geral. A História do Paraná e da América Latina apareciam como estudo de caso, o

objetivo foi romper com a história eurocêntrica da história, iniciando o estudo das

comunidades primitivas. Para designar os grupos indígenas, desconsiderando a

abordagem antropológica da diversidade cultural e do processo histórico dessas

comunidades. No contexto das reformas educacionais da década de 90, o Ministro

da Educação divulgou entre os anos 1987 e 1990, os Parâmetros Curriculares

Nacionais para o ensino fundamental e médio.

O Estado do Paraná incorporou no final dos anos 90, os Parâmetros

Curriculares Nacionais como referência para a Organização Curricular de toda a

rede pública estadual. As escolas estaduais que ofertavam o ensino médio foram

orientadas a partir de 1998 pela SEED, a elaborar suas propostas curriculares de

acordo com esses referenciais. Na Educação de Jovens e Adultos – EJA, os PCNs

foram implementados e também no Ensino Fundamental e Médio a partir de suas

apropriações na proposta curricular para essa modalidade e também, a carga

horária foi reduzida da disciplina de História, a partir da aprovação da Deliberação

14/99 do Conselho Estadual de Educação – CEE, que dividiu a carga horária da

matriz curricular da Base Nacional Comum 75% e a Parte Diversificada 25%.

Em 2003, com o processo de elaboração das diretrizes curriculares para o

ensino de história e a aprovação da Lei 13381/2001, que tornou obrigatório no

Page 174: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

173

ensino fundamental e médio da rede estadual pública de ensino, os conteúdos de

História do Paraná, além da Lei 10693/2003 que altera a Lei 9394/96, que

estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo

oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-

Brasileira”. A análise histórica da disciplina apresenta como indicativos para a

elaboração de diretrizes curriculares. Também, foi inserido pela portaria 413/2002,

como tema transversal, o curso de Educação Fiscal.

Os conteúdos estruturantes são identificados no processo histórico da

constituição da disciplina e no referencial teórico atual que sustenta os campos de

investigação da história política, econômico-social e cultural, à luz da nova esquerda

inglesa e da nova história cultural, inserido conceitos relativos à consciência

histórica.

A Lei nª 10.639/2003 definiu dentro do programa curricular de História a

obrigatoriedade do ensino de História da Cultura Afro e Afrodescendente na matriz

do ensino médio. Com a Lei nº 11.525/2007, nas escolas públicas se estabeleceu a

inclusão da educação ambiental como parte da Agenda 21, orientada pela ONU. A

Lei 13.181/2001 nas escolas públicas do Estado do Paraná incluiu o conteúdo de

História do Paraná. O Decreto 1149/1999, Portaria nº 413/2002 definiu as exigências

de conteúdos de Educação Tributária e Fiscal.

Estudar os processos históricos relativos às ações e às relações humanas

praticadas no tempo.

A história enquanto conhecimento passa na virada do século XX para XXI

por um conflito entre as diferentes correntes historiográficas. A nova história cultural,

incluindo alguns historiados da nova história e da nova esquerda inglesa, a partir de

sua matriz materialista histórica dialética.

Os conteúdos estruturantes da disciplina de História para o ensino médio

dentro da Proposta Pedagógica Curricular da Educação Básica do Estado do Paraná

reconhece a importância do conhecimento sistematizado, fundamentado na ideia de

conteúdos estruturantes que são as relações de trabalho, de poder e as relações

culturais, os quais são sequência aos conteúdos estruturantes do Fundamental.

Assim como as ações e relações humanas transformam-se no tempo, a abordagem

teórica metodológica é elaborada de acordo com as exigências do contexto histórico

em que os sujeitos estão inseridos.

Page 175: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

174

O trabalho expressa as relações que os seres humanos estabelecem entre

si e a natureza e devem considerar as esferas: domésticas; prática comunitária:

manifestações artísticas e intelectuais e representações políticas: trabalhista e

comunitária.

O poder representa o estudo das relações de poder, expressas não somente

na dimensão política, pois, essas relações encontram-se também na dimensão

econômico-social e na dimensão cultural, ou seja, em todo corpo social.

As relações culturais expressam a relação dialética entre as estruturas

materiais e simbólicas de um determinado contexto histórico. Estas devem

considerar as relações de cada sociedade e as relações entre elas.

Conteúdos Estruturantes

- Relações de Trabalho

- Relações de Poder

- Relações de Cultura.

1ª SÉRIE

Conteúdos Básicos

= Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre

= Urbanização e Industrialização

Conteúdos Específicos

As origens da humanidade e a pré-história.

O mundo do trabalho em diversas sociedades no tempo: Creta, Fenícia, China,

Índia, Grécia e Roma.

Os Reinos Bárbaros: Império Carolíngio e Bizantino.

Os Árabes.

Page 176: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

175

O mundo medieval: Feudalismo, a Sociedade, a Cultura e a Igreja Medieval.

As Cruzadas.

A Crise do Feudalismo e a Formação das Monarquias Medievais.

O Renascimento Cultural na Europa.

A Revolução Comercial e o Surgimento do Sistema Capitalista.

O Mercantilismo e a Expansão Marítima e Comercial Europeia.

A Colonização das Américas.

Impérios e Culturas Africanas: suas origens, formação e desenvolvimento.

.

2ª SÉRIE

Conteúdos Básicos

= O Estado e as Relações de Poder.

= Os Sujeitos, as Revoltas e as Guerras.

Conteúdos Específicos

O Absolutismo e as Monarquias Nacionais.

A Inglaterra e as revoluções do século XVII.

As crises econômicas e os processos inflacionários na Europa nos séculos XVI e

XVII.

Processo colonial no Brasil e a sociedade colonial.

A Revolução Industrial e a industrialização na Europa e no mundo.

A Resolução norte-americana ( Independência do Estados Unidos).

O Iluminismo.

A Revolução Francesa e o Império Napoleônico.

As crises e as rebeliões coloniais da América e a formação dos Estados Latinos

americano.

Os Estados Unidos e a Europa do século XIX (sociedade, política, economia e

cultura).

O Imperialismo e a expansão neocolonialista na África, Ásia e Oceania.

As doutrinas socialistas e o movimento operário Europeu.

As questões sociais e o trabalho dentro do Império Brasileiro: escravismo.

Educação Fiscal: a questão do Estado Brasileiro.

Page 177: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

176

As questões da educação sexual e a gravidez na adolescência.

Os problemas ambientais decorrentes da poluição gerada pela industrialização.

3ª SÉRIE

Conteudos Básicos

= Movimentos Sociais, Políticos e Culturais e as guerras e as revoluções.

= Cultura e Religiosidade.

Conteúdos Específicos

O mundo do trabalho no final do século XIX e XX: Taylorismo, Fordismo e

Toyotismo.

A primeira guerra mundial – confronto pela hegemonia europeia.

A constituição de problemas políticos no mundo no século XX.

A revolução russa. O socialismo real.

Os regimes totalitários nos períodos entre guerras.

A crise do sistema capitalista: Crise de 1929 nos EUA e sua repercussão no mundo.

A Revolução de 1930 e a Era Vargas no Paraná e no Brasil.

A segunda guerra mundial. Problemas, causas e consequências.

A questão ideológica da guerra e as políticas de alianças.

A guerra fria e os confrontos da bipolarização; A crise do Socialismo no mundo.

O Golpe de 1964 no Brasil e a Ditadura Militar.

O neoliberalismo e os problemas econômicos da atualidade.

O mundo e o problema do radicalismo: Movimento Feminista; A Guerra do

Contestado e o Movimento dos Sem-terra no Brasil; A Revolução Jovem (Cultura e

Contracultura).

A história das minorias: indígenas, afros e afrodescendentes: O Movimento Negro e

a luta pelos Direitos Civis no Brasil e no Mundo; A questão do afro- descendência no

Brasil e o dia da Consciência Negra.

Os problemas e os desafios do mundo contemporâneo: a educação tributária e fiscal

e suas relações com o consumo.

Metodologia

Page 178: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

177

O encaminhamento metodológico tem como base a utilização dos conteúdos

estruturantes, os quais deverão estar articulados com a fundamentação teórica e os

temas selecionados os quais estão assegurados no Projeto Político Pedagógico da

Escola.

Compete ao docente trabalhar os conteúdos partindo de uma

problematização e através da argumentação e explicação, tendo como suporte

teórico diversas fontes historiográficas e livro didático, revistas, entrevistas, jornais e

entrevistas (oralidade). Sempre relacionar o tempo e o espaço o passado e o

presente, as semelhanças e as diferenças. Demonstrar ao aluno que ele é o agente

transformador e formador da história. O professor poderá explorar a leitura,

interpretação, a linguagem, cronologia, testemunhos, trabalhos que desenvolvam

nos alunos o hábito de leitura e da pesquisa históricas.Entendemos que para

analisar é necessário conhecer os fatos, mostrar as descontinuidades e rupturas que

acontecem ao longo da humanidade. A problematização será abordada em

situações relacionadas á dimensão econômica, político e cultural levando à solução

de objetos históricos.

Esses objetos são as ações e ralações humanas no tempo. Compreender os

processos, mas valorizar também as personagens, incentivando os alunos a

construir o saber. O professor deve ser um incentivador, fundamental na formação

do educando como cidadão consciente de que sua participação é importante no

processos históricos.

Deve desenvolver também um clima de aceitação e respeito mútuo, como

desafio para o aprimoramento do conhecimento, para que haja uma integração

positiva entre educando e as diversas culturas problematizadas.

Avaliação

Devem contemplar três aspectos básicos: a apropriação dos conceitos

históricos; o aprendizado dos conteúdos estruturantes e o aprendizado dos

conteúdos específicos.

As atividades avaliativas (de acordo com a Deliberação 07/99) não podem ser

apenas uma e quando o aluno atingir rendimento insuficiente, os alunos devem ter a

Page 179: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

178

oportunidade de recuperação de estudos. Estes procedimentos estão expressos

também no Regimento Escolar.

Como avaliação podem ser aplicadas atividades como:

Leitura e interpretação;

Análise de textos historiográficos;

Produção e narrativa histórica;

Pesquisa bibliográfica;

Participação em seminários;

Participação em mini aula;

Análise escrita de filmes;

Apresentação de peças teatrais ou dramatizações;

Construção de maquetes e murais;

Avaliação oral;

Avaliação escrita;

Avaliação concomitante.

Os métodos serão feitos como forma de verificar os pontos fortes e fracos do

aluno, no processo de aprendizagem. As atividades deverão permitir que o aluno

possa suprir as suas dificuldades de aprendizado e devem merecer ênfase no

trabalho docente.

Será feita quando observado o baixo rendimento do aluno em relação ao

conteúdo trabalhado. Após uma nova explanação do conteúdo, o aluno terá a

oportunidade de demonstrar se houve ou não uma assimilação dos conteúdos. Para

isso serão utilizados meios de avaliação como: produção de texto, pesquisa e

questionamento sobre o conteúdo trabalhado e debates.

REFERÊNCIAS

AQUINO, Rubim Santos Leão et al. Sociedade brasileira: uma história através dos

movimentos sociais. Rio de Janeiro: Record, s.d.

ARRUDA, José Jobson de. História integrada. São Paulo: Ática, 2003.

________. História Moderna e Contemporânea. São Paulo: Ática, 2003.

________. Toda a história. São Paulo: Ática, 2000.

Page 180: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

179

BARROS, José de Assunção. O campo da história: especialidades e abordagens.

Rio de Janeiro: Petrópolis, 2006.

CADERNOS TEMÁTICOS. História e Cultura Afro-brasileira e Africana. SEED-

PR, Curitiba: SEED, 2005.

ELIAS, Norbert. O processo civilizador: formação do Estado e civilização. São

Paulo: Zahar, 1993.

Disciplina: Língua Portuguesa

Série

Número de aulas semanais

1ª 3

2ª 3

3ª 3

Apresentação Da Disciplina

A expansão quantitativa da rede escolar traz um número significativo de

falantes de variedades do português. Assim, o ensino da língua materna hoje se

produz dentro de uma sociedade cheia de contradições que devem ser levadas em

consideração, como por exemplo, o objetivo do Ensino Normal Formação Docente –

formar docentes para atuar na Educação Infantil e nas Séries Iniciais do Ensino

Fundamental e do Ensino Médio - formação integral do aluno.

O conteúdo estruturante de Língua Portuguesa e Literatura se efetiva como o

Discurso como Prática Social. Nesse sentido, a nossa prática pedagógica deverá

estar focada nas exigências e/ou necessidades trazidas pelos estudantes que fazem

parte de uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de

forma ativa.

Justificativa

Page 181: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

180

O ensino de Língua Portuguesa deverá estar embasado em situações-

problema, na ação-reflexão, contemplando os diversos gêneros discursivos, além do

que, deverá ser vivenciado em situações concretas privilegiando a oralidade, a

leitura e a escrita, sempre que possível, articulado com as tecnologias de

comunicação.

No entanto, a proposta curricular da Secretaria de Estado da Educação –

SEED, embasa-se no construto teórico do russo Mikhail Bakhtin e do chamado –

círculo de Bakthin. Para Bakthin, a língua configura-se como em um espaço de

interação o que exige compreender a língua como “um conjunto aberto e múltiplo de

práticas sociointeracionistas, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos

historicamente situados”. Pensar a linguagem (e a língua) desse modo é perceber

que ela só existe efetivamente no contexto das relações sociais. O discurso tomado

como prática social, é o conteúdo estruturante que tomará todo o ensino da língua,

nas diferentes séries de diferentes cursos, de modo especial, o Curso de Formação

de Docentes e Pós-Médio (Subsequente) de Formação Docente.

O processo de ensino-aprendizagem na disciplina de Língua

Portuguesa e Literatura têm por objetivos:

Empregar a língua oral em diferentes situações de uso e saber

adequá-la a cada contexto e interlocutor;

Desenvolver o uso da língua escrita no contexto de produção;

Analisar os textos produzidos, lidos, ouvidos, assistidos;

Aprofundar através de textos literários o pensamento crítico;

Aprimorar os conhecimentos linguísticos, proporcionando ao aluno

condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais;

Conhecer o sabor da diversidade produzido pelas artes literárias;

Compreender a literatura como recriação do real;

Conhecer o desenvolvimento da produção literária brasileira,

portuguesa e africana.

Conteúdos

1ª Série:

Prática de Leitura e Interpretação.

Page 182: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

181

Ideia central e informações implícitas dos textos (ficção, não-ficção, literários).

Estrutura da narrativa (tipos de discurso). Linguagem verbal e não-verbal (charges,

cartuns, quadrinhos).Variedades linguísticas. Linguagem formal e informal.

Prática de Produção de Textos

Gêneros textuais. Paragrafação, períodos argumentativos. Textos práticos: carta,

notícia, paródia, relatório, resumo, provérbio. Recursos coesivos. Textos

argumentativos/persuasivos.

Prática da Reflexão ou Análise Linguística

Origens da Língua Portuguesa e desdobramento no território lusófono. Estrutura

textual: morfologia- estrutura de formação das palavras, classes de palavras:

substantivo, adjetivo, artigo, numeral; sintaxe: frase, oração, período. Controle da

norma padrão: fonética – letra, fonemas, sílaba, tonicidade; acentuação gráfica;

ortografia; significado das palavras; homônimos e parônimos. Domínio dos recursos

expressivos. Ciência da linguagem: língua, linguagem, discurso, contexto,

interlocutor, enunciado e enunciação. Figuras de linguagem. Contribuições dos

afrodescendentes e demais nacionalidades (empréstimos linguísticos, música,

religião, costumes, etc.).

Concepções Teóricas e Práticas de Literatura

Conceito de literatura. Linguagem literária: verso e prosa. Gêneros e estilos

literários. Contextualização literária: Idade Média – trovadorismo, humanismo. Era

clássica: classicismo Português. Manifestações literárias em Portugal. Literatura de

informação. Literatura Barroca. Literatura Árcade. Literatura de origem africana em

Língua Portuguesa e de brasileiros afrodescendentes: contos, crônicas, romances,

poesias.

2ª Série

Prática de Leitura e Interpretação

Ideia central e informações implícitas do texto. Reelaboração de ideias com ponto de

vistas diferentes. Debates relacionados à realidade dos jovens em fase de formação

Page 183: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

182

e transformação, subsidiando-os para a escrita, pesquisa e apresentação de

seminários. O sentido lógico e o sentido abstrato das palavras.

Prática de Produção de Texto

Gêneros textuais. Textos práticos: carta, notícia, paródia, relatório, resumo,

provérbio, informativo publicitário. Marcas da oralidade. Qualidade do texto: coesão

e coerência. (Re) textualização (oralidade/escrita formal).

Prática de Reflexão ou Análise Linguística

Norma culta: acentuação gráfica, ortografia, pontuação, concordância. Classe de

palavras: verbo, pronome, advérbio, preposição, interjeição. Sintaxe: termos da

oração.

Concepções Teóricas e Práticas da Literatura

Contextualização literária. Romantismo. Poesia e prosa romântica. Realismo

(transição). Realismo e Naturalismo. Parnasianismo. Simbolismo. Literatura de

origem africana em Língua Portuguesa e de brasileiros afrodescendentes. Leitura de

autores diversos.

3ª Série

Prática de Leitura e Interpretação

Seleção, organização e análise de argumentos. Debates, utilizando conhecimentos e

informações de diferentes áreas e indicação de soluções que conciliem interesses e

necessidades de toda humanidade. Intenção textual. Reelaboração de ideias com

ponto de vistas diferentes, considerando a articulação temática, associações léxicas

ou estilísticas.

Prática de Produção de Texto

Texto dissertativo, expositivo ou polêmico. Carta argumentativa e persuasiva:

e-mail e anexos. Artigo de opinião, resenha crítica, sinopse, relatório. Redação a

Page 184: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

183

partir de coletâneas de textos. Padrões de aceitação: nível de conteúdo, nível

estrutural, nível expressivo. Prática de reflexão da língua. Norma culta: acentuação

gráfica, crase, ortografia, pontuação, ortoepia e prosódia. Classe de palavras:

conjugação e revisão das demais. Concordância nominal e verbal. Regência nominal

e verbal. Uso de pronomes oblíquos. Sintaxe: coordenação e subordinação.

Morfossintaxe: que e se.

Concepções Teóricas e Práticas de Literatura

Revisão dos séculos XV e XIX. Pré-modernismo. Vanguardas europeias.

Modernismo: verso e prosa (1ª, 2ª e 3ª fase). Literatura de origem africana em

Língua Portuguesa e de autores brasileiros afrodescendentes. Leitura de autores

modernos e contemporâneos. Contextualização literária: do século XV ao XX. Obras

de autores contemporâneos (brasileiros, portugueses e africanos).

Metodologia

As aulas de Língua Portuguesa e Literatura priorizarão as práticas discursivas

(oralidade, escrita e leitura).

Na articulação da oralidade, escrita e leitura, estão inseridos os gêneros do

discurso e a reflexão sobre linguagem, as operações com a língua a serem

realizadas pelos estudantes. Esta reflexão tanto vai abordar as variações linguísticas

que caracterizam a linguagem na manifestação verbal dos diferentes grupos sociais

dos falantes, como possibilitará aos estudantes a reflexão sobre a organização

estrutural da linguagem verbal, num caminho que difere da prática normativista

tradicional.

Quanto à Literatura, o professor deve demonstrar o trabalho literário existente

por trás dos textos, contribuindo assim, para desfazer o mito do escritor como

alguém superior em relação ao mundo dos homens ditos normais. Para essas aulas,

o professor deve adotar o método recepcional e dentro do “ir e vir” do estudante ele

será conduzido à reflexão, ao aprimoramento do pensar e a um aperfeiçoamento no

manejo de suas habilidades de falante, leitor e escritor.

Page 185: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

184

De acordo com as autoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira Aguiar o

método recepcional no ensino de literatura é assegurado na medida em que seus

objetivos com relação ao estudante sejam alcançados. E, para o sucesso dos

estudantes os procedimentos devem ser: 1) Efetuar leituras compreensivas e críticas

dos textos; 2) Ser receptivo a novos textos e leituras de outrem; 3) Questionar as

leituras efetuadas em relação ao seu próprio horizonte cultural; 4) Transformar os

próprios horizontes de expectativas bem como os do professor, da escola, da

comunidade familiar e social.

O método recepcional de ensino de literatura enfatiza

a comparação entre o familiar e o novo, entre o próximo e o distante no tempo e no

espaço. Por conseguinte, são sempre cotejados textos que pertencem ao arsenal de

leitura do grupo com outros textos, documentos de outras épocas, regiões e classes

sociais, em diferentes níveis de estilo e abordando temáticas variadas.

O processo de trabalho apoia-se no debate constante, em todas as suas formas: oral

e escrito, consigo mesmo, com os colegas, com o professor e com os membros da

comunidade. A materialização desse constante fazer presentifica-se na produção de

textos pelo estudante, os quais passam a tomar parte do acervo a ser questionado.

Desenvolvem-se, assim, as noções de herança e participação histórico-cultural. O

método é, portanto, eminentemente social ao pensar o sujeito em constante

interação com os demais, através do debate, e ao atentar para a atuação do aluno

como sujeito da História.

Avaliação

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação vigente (Lei 9394/96

- artigos 9º, inciso VI e 24, inciso V, alínea “a”) a avaliação será diagnóstica,

formativa e somativa, priorizando a qualidade e o processo de aprendizagem. Até

porque, não levará em conta o resultado final, mas sim, o desempenho do estudante

ao longo do período letivo, considerando a sua capacidade de observar, interpretar o

conteúdo estudado por meio de comparações com a realidade, estabelecendo

relações e criando a partir da teoria bakhtiniana (avaliar o tripé oralidade, leitura e

escrita) alternativas de soluções para sua prática cotidiana, articulado com o método

recepcional.

Page 186: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

185

Critérios de avaliação

Os critérios de avaliação a serem empregados pelo professor, tendo em mira

os princípios que dirigem o método recepcional, abrangem a dinâmica do processo e

cada leitura do aluno. No desenvolver dos trabalhos, esse deve evidenciar

capacidade de comparar e contrastar todas as atividades realizadas, questionando

sua própria atuação e a de seu grupo. A resposta final deve ser uma leitura mais

exigente que a inicial em termos estéticos e ideológicos.

Instrumentos de avaliação

Adotar-se-á como instrumentos de avaliação a leitura de textos diversos nos

diferentes gêneros discursivos, produção textual, provas subjetivas e objetivas,

trabalhos de pesquisa, estudo dirigido, seminários, debates, resenha, resumo,

apresentação de trabalhos, atividades com recursos midiáticos, atividades em grupo

ou individual, projetos de aprendizagem.

4.1. Recuperação

Em cumprimento ao que preceitua a LDB vigente, em seu artigo 24, inciso V,

alínea “e”: “obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao

período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados

pelas instituições de ensino em seus regimentos. Ressaltar, que a recuperação é

legalmente concedida aos estudantes com aproveitamento escolar inferior à nota

mínima de 6,0 (seis vírgula zero).

REFERÊNCIAS

BORDINI, Maria da Glória; AGUIAR, Vera Teixeira. Literatura: a formação do leitor

(alternativas metodológicas). 2. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993

MOREIRA, Lucinéia de Souza Gomes. Leitura e suas práticas: um estudo junto a

professores e alunos de um curso de Ensino Médio para a formação de professores, 2007, 192 p. Dissertação de Mestrado (em Educação). Universidade Estadual de Londrina.

NEVES, M.H.M. Que gramática estudar na escola? Norma e uso na LínguaPortuguesa. São Paulo: Contexto, 2003.

Page 187: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

186

PARANÁ-SEED. Vários autores. Livro Didático Público – Língua Portuguesa e Literatura. Curitiba: SEED, 2006.

______. Reformulação curricular do curso de formação de docentes para a educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental, em nível médio. Curitiba: SEED, 2003.

______. Orientações curriculares para o ensino médio. Curitiba: SEED, 2005.

______. Diretrizes curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Médio.

Curitiba: SEED, 2006.

SARMENTO, Leila Sauar. Oficina de redação. São Paulo: Moderna, 1997.

Disciplina: Matemática

Série

Número de aulas semanais

1ª 3

2ª 2

3ª 3

Apresentação E Justificativa

A história da Matemática nos revela que os povos das antigas civilizações

conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram

a compor a Matemática que se conhece hoje. Há menções na literatura da História

da Matemática de que os babilônios por volta de 2000 a. C. acumulavam registros

que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. São as primeiras

considerações que a humanidade fez a respeito de ideias que se originaram de

simples observações provenientes da capacidade humana de reconhecer

configurações físicas e geométricas, comparar formas, tamanhos e quantidades.

A Matemática é auxiliar de todas as ciências, portanto deve propiciar o

desenvolvimento, não só do conhecimento, mas também a capacidade de

comunicação, resolução de problemas, tomada de decisões, que contribuam para a

formação de cidadãos críticos capazes de serem agentes de mudanças na

Page 188: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

187

sociedade em que vivem.

Embora o objeto de estudo da Educação Matemática ainda se encontre em

processo de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática pedagógica

da Matemática, de forma a se envolver com as relações entre o ensino, a

aprendizagem e o conhecimento matemático.

Considerando a Matemática como linguagem básica para as demais ciências, a

finalidade desta disciplina é:

reconstruir as relações conceituais dentro da própria matemática e desta

com as outras áreas do conhecimento;

levar conhecimento para a utilização adequada à linguagem

matemática;

desenvolver a capacidade de interpretação e utilização de técnicas para

resolução de problemas;

estimular a utilização do raciocínio lógico;

aumentar a capacidade de pensar em termos abstratos.

O curso de Formação de Docentes os saberes do professor devem incluir os

objetos de ensino, ou seja, os conceitos definidos para a escolaridade na qual ele irá

atuar, mas devem ir além, tanto no que se refere à profundidade desses conceitos

como à sua historicidade, articulação com outros conhecimentos e tratamento

didático, ampliando assim seu conhecimento da área, e por conseguinte,

contribuindo para o conhecimento e a mudança da sociedade.

Justificativa

As finalidades do ensino da Matemática visando a construção da cidadania e

formação de futuros docentes indicam como objetivos de ensino levar o aluno a:

identificar os conhecimentos matemáticos como meios para

compreender e transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter de

jogo intelectual, característico da Matemática, como aspecto que

estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o

desenvolvimento da capacidade para resolver problemas;

Page 189: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

188

selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-

las e avaliá-las criticamente;

sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos

matemáticos, desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca

de soluções.

Conteúdos

Os conteúdos estruturantes e básicos propostos nas Diretrizes Curriculares são:

NÚMEROS E ALGEBRA:

Números Reais

Números Complexos

Sistemas Lineares

Matrizes e Determinantes

Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares

Polinômios

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de Massa

Medidas Derivadas: Área e Volume

Medidas de Informática

Medidas de Energia

Medidas de Grandezas Vetoriais

Trigonometria: Relações Métricas e Trigonometrias no Triângulo Retângulo

e a Trigonometria na Circunferência

Page 190: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

189

GEOMETRIAS

Geometria Plana

Geometria Espacial

Geometria Analítica

Noções Básicas de Geometria Não Euclidiana

FUNÇÕES

Função Afim

Função Quadrática

Função Polinomial

Função Exponencial

Função Logarítmica

Função Trigonometria

Função Modular

Progressão Aritmética

Progressão Geométrica

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

Análise Combinatória

Binômio de Newton

Estatística

Probabilidade

Matemática Financeira

Page 191: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

190

Metodologia

Cabe ao professor a sistematização dos conteúdos matemáticos sem perder

o caráter científico da disciplina e de seu conteúdo. É necessário que o processo

pedagógico contribua para que o estudante tenha condições de constatar

regularidades, generalizações e apropriações de linguagens adequadas para

descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento.

A metodologia de ensino será realizada de acordo com as orientações das

diretrizes curriculares para o ensino de matemática. Os procedimentos adotados

são:

estimular o aluno para que pense, raciocine, crie, relacione ideias e tenha

autonomia de pensamento. Descobrindo ou redescobrindo por si só uma

ideia, uma propriedade, uma maneira diferente de resolver uma questão, etc;

trabalhar matemática por meio de situações-problema próprias da vivência do

aluno e que o façam realmente pensar, analisar, julgar e decidir pela melhor

solução;

trabalhar o conteúdo como base, através de jogos , atividades lúdicas e

material concreto, para melhor compreensão do conteúdo trabalhado em sala

de aula;

estimular o aluno para que faça cálculo mental e estimativas;

utilizar o computador, Tv Pendrive, calculadora, jornais , revistas e outros

recursos didáticos para motivar as aulas e deixar mais claro o conteúdo;

realizar aulas expositivas dialogadas e práticas;

atividades envolvendo a resolução de problemas, etno matemática,

modelagem matemática e mídias tecnológicas;

propor diálogo e troca de ideias entre os alunos e professores;

realizar atividades individuais e coletivas;

propor resolução de exercícios desafiadores;

Page 192: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

191

participação nas Olimpíadas da Matemática;

atividades extraclasse;

por motivo de haver número menor de aulas semanais no curso de Formação

de Docentes realizar-se-á também pesquisas e seminários, como ainda as

atividades acima citadas.

Os temas contemporâneos como Agenda 21, Cultura Afro, História do Paraná,

Educação no Campo, Educação Fiscal, Tecnologia, Midiateca, Projeto de Inclusão,

Projeto Fera e Projeto Consciência devem ser trabalhos interdisciplinarmente.

Avaliação

A avaliação é um instrumento para verificar como está se dando o processo

ensino-aprendizagem. Se os objetivos propostos de cada conteúdo estão sendo,

ou não, atingidos pelo educando. Norteandoassim, novas práticas a serem

desenvolvidas.

A avaliação se dará continuamente através de atividades citadas na metodologia.

O processo avaliativo se dará por observações, intervenções e revisões. Métodos

escritos, orais e demonstrativos. Critérios previstos na LDB 9394/96 que avalia o

processo e não os resultados, somado com estética, criatividade e participação

dos alunos no cotidiano das aulas.

A recuperação será paralela imediatamente à constatação do aluno que

apresenta aproveitamento insuficiente. Será estimulada a formação de grupos de

estudos e aula de reforço, com monitoramento de alunos que apresentarem bom

rendimento escolar.

O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrente de

sua vivência e relacioná-las com os novos conhecimentos abordados nas aulas de

matemática, assim, será possível que as práticas avaliativas superem a pedagogia

dos exames, para se basearem numa pedagogia do ensino e da aprendizagem.

Page 193: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

192

REFERÊNCIAS

CAMPOS Lins, Romulo / Joaquim Gimenez. Perspectivas em Aritmética

e Álgebra para o século XXI. Papirus editora. 2005.

CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos Fundamentais da Matemática.

Gradiva. 2005.

DANTE, Luiz Roberto. Fundamentos e resolução de problemas de

Matemática _ Teoria e pratica. Editora Ática. 2010.

D' Ambrosio, Ubiratan. Da realidade à ação: reflexões sobre educação

matemática. Summus Editora. 61 ed. 1986.

Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Médio. Curitiba:

SEED-PR, 2006. 17 p. (digitado)

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência

de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos:

inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos

currículos escolares/Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 p.

______. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental

Disciplina: Química

Série

Número de aulas semanais

1ª 2

2ª 2

3ª 2

Apresentação e Justificativa

A disciplina de Química deve despertar nos alunos a curiosidade pelas coisas

do mundo, pelos seus processos e fenômenos, fazendo o mesmo em relação ao

Page 194: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

193

homem e aos outros seres que habitam o planeta. Assim estará desenvolvendo a

autonomia, e criando condições necessárias para o sucesso no campo do

conhecimento, tanto ao nível da educação formal, quando da educação fora da

escola e daquela que necessitam durante toda a vida.

O estudo da química possibilita ao aluno o desenvolvimento de uma visão

crítica do mundo que o cerca, podendo analisar, compreender e utilizar este

conhecimento no cotidiano, tendo condições de perceber e interferir em situações

que possam degradar a sua qualidade de vida.

Considerando que uma das funções do aprendizado dos conhecimentos

químicos na escola deve ser a de perceber a presença e a importância da Química

em sua vivência, para DELIZOICOV et.al. (2002, p.34),

a ação docente buscará constituir o entendimento do que o processo de produção do conhecimento que caracteriza a ciência e a tecnologia constitui uma atividade humana, sócio historicamente determinada, submetida a pressões internas e externas, com processos e resultados ainda pouco acessíveis à maioria das pessoas escolarizadas, e por isso passíveis de uso e compreensão acríticos ou ingênuos; ou seja, é um processo de produção

que precisa, por essa maioria, ser apropriado e entendido.

Compete ao educador trabalhar conteúdos com os quais o educando venha a

apropriar-se dos conhecimentos de forma dinâmica, interativa e consistente,

respeitando os diferentes tempos de aprendizagem e propiciando condições para

que o mesmo perceba a função de Química na sua vida.

Conteúdos

Conteúdos básicos:

- Matéria e energia

- Transformação da matéria

- Evolução dos modelos atômicos

- Classificação periódica dos elementos

- Ligações químicas

- Funções inorgânicas

- Reações químicas

Page 195: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

194

- Comportamentos físicos dos gases

- Estudo quantitativo da química

Conteúdo básico

- Introdução a química orgânica

- Classes funcionais dos compostos orgânicos

- Ligações intermoleculares

- Acidez e basicidade dos compostos orgânicos

- Oxidação, redução, desidratação e esterificação

- Polímeros sintéticos

- Compostos orgânicos presentes em seres vivos

- Noções de farmacologia

- Química orgânica e o ambiente

Conteúdo básico:

- Soluções

- Estado coloidal

- Propriedades coligativas

- Termoquímica

- Cinética química

- Equilíbrio químico

- Eletro química

- Reações nucleares

Metodologia

Serão introduzidos os conteúdos para a compreensão da tecnologia partindo

da prática para os conceitos. O conteúdo é essencial na medida em que contribui

para a formação tecnológica e social do aluno, levando-o sempre ao pensamento

crítico ajudando-o na mudança de sua postura social e intelectual. No âmbito da

disciplina de química deve ser tratado sobre aspectos da História e Cultura Afro-

brasileira e Indígena, de acordo com a Lei n. 11.645/08, a Educação Ambiental com

base na Lei 9.795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, bem

Page 196: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

195

como a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, sempre que

os conteúdos da disciplina permitiram uma abordagem contextualizada dessas

temáticas. Na formação cultural dos alunos serão trabalhados textos e vídeos que

permitam conhecimento, pois é relevante valorizar o conhecimento/conteúdo

cientifico, tratando-se das questões ambientais.

É responsabilidade do professor a mediação do ensino da química, através

das mais variadas atividades como: aulas expositivas, individuais e coletivas na sala

de aula e fora dela, palestras, relatórios apresentação de trechos de filmes e vídeos,

aulas práticas de laboratório, trabalho de pesquisa e entrevistas e debates sobre

temas pesquisadores. Em todas as situações, abordar questões ambientais,

políticas, econômicas, éticas, sociais e culturais, mantendo sempre uma relação

dialógica em sala de aula.

A Química estando ligada diretamente a vida terá sempre um papel essencial

na formação do aluno, colocando-o em contato com essa ciência que estuda os

materiais e suas transformações. Em todas as situações, abordar questões

ambientais, políticas, econômicas, éticas, sociais e culturais, mantendo sempre uma

relação dialógica em sala de aula. Tratar os alunos com igual capacidade de

aprender é fundamental, pois nem todos têm uma familiaridade com esse tipo de

disciplina que o ajudará a desenvolver seus conhecimentos.

É fundamental mencionar, também, a utilização de experimentos e as práticas

realizadas em laboratório como um dos recursos a serem utilizados no trabalho

docente, a fim de que o educando possa visualizar uma transformação química,

inserindo conceitos pertinentes e estabelecendo relações de tal experimento com

aspectos da sua vivência. Segundo BIZZO (2002, p.75), é:

importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por siso, não garante bom aprendizado. (...)... A realização de experimentos é uma tarefa importante, mas não dispensa o acompanhamento constante do professor, que devem pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova situação que desafie a explicação encontrada pelos alunos.

Avaliação

Page 197: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

196

De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais, a avaliação dos

conteúdos de Química será um processo de intervenção processual, formativa,

contínua e diagnóstica, levando em conta o conhecimento prévio do aluno,

valorizando o processo de construção e reconstrução de conceitos, orientando e

facilitando a aprendizagem, contribuindo para a formação de um sujeito crítico e

atuante na sociedade. Utilizando instrumental adequado que permita um diagnóstico

do processo de apropriação do conhecimento e da prática pedagógica do professor

e que possibilitem as várias formas de expressão dos alunos.

A avaliação deve considerar que a cultura científica é repleta de falhas, de

pontos de vista diferenciados e, muitas vezes, sem consenso.

A avaliação é sempre uma atividade difícil de realizar. Toda avaliação supõe um processo de obtenção e utilização de informações, que serão analisadas diante de critérios estabelecidos segundo juízos de valor. Portanto, não se pode pretender que uma avaliação seja um processo frio e objetivo; ele é, em si, subjetivo, dependente da valorização de apenas uma parcela dês informações que podem ser obtidas. Essas características são importantíssimas para que possamos compreender a utilidade e os limites da avaliação e como ela pode ser utilizada pelo próprio professor para reorientar sua prática. (BIZZO, 2002, p.61)

A avaliação terá como finalidade observar a posição do aluno em relação à

leitura de mundo, que se espera, seja crítica nos debates conceituais, articule o

conhecimento químico às questões sociais, econômicas e políticas, devendo ser

capaz de construir o conhecimento a partir do ensino, da aprendizagem e da

avaliação, valorizando a diversidade e reconhecendo as diferenças, voltada para a

autonomia do educando.

Será diagnosticada para atender o aluno observando o nível em que ele se

apresenta, acompanhando assim seu desenvolvimento (avaliação formativa),

promovendo a ele desempenho mais eficiente acerca do processo ensino-

aprendizagem, utilizando-se dos resultados para detectar as dificuldades e

direcionar a prática didático-pedagógica para uma recuperação de conteúdos

significativos, fazendo uso assim, de vários instrumentos como: relatórios, testes

orais e escritos, pesquisas, debates, trabalhos individuais e em equipe e participação

Page 198: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

197

em sala. Para cada conteúdo trabalhado serão relacionados exercícios

complementares que serão atribuídos aos alunos com dificuldade na aprendizagem.

Serão critérios de avaliação: Assiduidade (frequência às aulas teóricas, aos

trabalhos escolares, aos exercícios de aplicação e atividades práticas), relevância

(expectativas dos envolvidos, as necessidades sociais e políticas), eficácia (objetivos

que se espera que sejam alcançados), eficiência (os recursos convertidos em

resultados positivos), impacto (efeitos de longo prazo), comensurabilidade

(estabelecer comparações de diferentes resultados). Uso adequado da norma culta,

capacidade de elaborar síntese, criatividade, interpretação e análise de dados

informativos, estética, capacidade argumentativa, formulação de hipótese e análise

crítica.

REFERÊNCIAS

BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.

CHASSOT, A. Para que(m) é útil o ensino. Canoas: Ed. Da Ulbra, 1995.

DELIZOICOV, D., ANGOTTI, J. A. & PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências:

fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.

FELTRE, Ricardo. Química, volumes 1, 2 e 3. São Paulo; Moderna, 1996.

GALLO NETTO, Carmo. Química, volumes I, II e III. São Paulo: Scipione, 1995.

PARANÁ/SEED/DEB. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Química.

Curitiba: SEED/Jam3 Comunicação, 2008.

_____ DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO MÉDIO

(DCNEM)

SANTOS, Wildson Luiz P dos. Educação em Química: compromisso com a

cidadania 3.ed.Ijuui: Ed Ijui, 2003.

Page 199: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

198

Peruzzo, Francisco Miragaia

Química na abordagem do cotidiano / Francisco Miragaia Peruzzo, Eduardo Leite do

Canto-4ªEd-São Paulo: Moderna, 2006.

Disciplina: Sociologia

Série

Número de aulas semanais

1ª 2

2ª 2

3ª 2

Apresentação da disciplina

O ser humano vive em um contexto social de grandes transformações no

mundo do trabalho, no campo tecnológico, nas instituições e demais esferas da vida

social e estas mudanças impactam de maneira significativa o cotidiano dos jovens.

O ensino de Sociologia, no ensino médio tem por objetivo compreender os

processos de formação, transformação e funcionamento das sociedades

contemporâneas. Trata-se de um modo de interpretar as contradições, os conflitos,

as ambivalências e continuidades que configuram a vida cotidiana de cada um e da

sociedade envolvente.

Neste sentido, é importante que o conhecimento sociológico produzido no

contexto escolar contribua para que os estudantes interpretem os acontecimentos do

cotidiano no qual estão inseridos. Desta forma, o contato dos alunos com as teorias

sociológicas tem como perspectiva que os mesmos consigam explicar os processos

e relações sociais que caracterizam a contemporaneidade, bem como desnaturalizar

práticas, valores e saberes prévio.

Justificativa

O ensino da disciplina deve tratar pedagogicamente a contextualização

histórica e políticas das teorias, seguindo o rigor metodológico que a ciência requer.

Page 200: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

199

Trata-se de propiciar ao aluno do Ensino Médio os conhecimentos sociológicos, de

maneira que se alcance um nível de compreensão mais elaborado em relação às

determinações históricas nas quais se situa e, também, fornecendo-lhe elementos

para pensar possíveis mudanças sociais. Pelo tratamento crítico dos conteúdos da

Sociologia clássica e da contemporânea, professores e alunos são pesquisadores,

no sentido de que estarão buscando fontes seguras para esclarecer questões

acerca das desigualdades sociais, políticas e culturais, podendo alterar

qualitativamente sua prática social.

Conteúdos Estruturantes

O surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas

O processo de socialização e as instituições sociais

Cultura e diversidade cultural brasileira

Cultura e indústria cultural

Trabalho, produção e classes sociais

Poder, política e ideologia

Direitos, cidadania e movimentos sociais

Conteúdos Básicos

1ª SÉRIE

O surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas

O processo de socialização e as instituições sociais

Cultura e diversidade cultural brasileira

A sociedade europeia nos séculos XIV a XVI e a mudança de mentalidade: as

grandes navegações, o Renascimento.

A noção de Ciência e Senso Comum

Page 201: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

200

O contexto histórico de formação e consolidação da sociedade capitalista: o

iluminismo, a revolução industrial e a revolução Francesa.

A gênese da sociologia no século XIX;

O processo de socialização e relação indivíduo e sociedade: as perspectivas

de Emile Durkheim, Max Weber e karl Marx.

O Positivismo: ideias centrais.

A Sociologia de Emile Durkheim: o objeto de estudo – os fatos sociais,

perspectiva de sociedade e principais conceitos: consciência coletiva,

solidariedade mecânica e solidariedade orgânica.

Max Weber e a sociologia compreensiva: objeto de estudo – ação social,

biografia, perspectiva de sociedade e os principais conceitos - os tipos de

ação social; a questão da racionalidade humana;

Karl Marx e análise crítica da sociedade capitalista: biografia, perspectiva de

sociedade e os principais conceitos: classe social, mercadoria, alienação,

mais valia.

Pensamento Social Brasileiro: a geração de 30 e a consolidação da sociologia

no Brasil.

Instituição Familiar – perspectivas teóricas sobre a família, diversidade

familiar, novos arranjos familiares.

Instituição Escolar: A Escola no pensamento de Durkheim, Marx, Weber,

Bordieu e Gramsci; o processo histórico de constituição da instituição escolar;

Instituição Religiosa: perspectivas teóricas sobre a religião em Durkheim,

Weber e Marx, contexto religioso contemporâneo: diversidade religiosa,

fundamentalismo e conflitos religiosos na atualidade.

Os significados de Cultura: o desenvolvimento antropológico do conceito de

cultura;

A formação do povo brasileiro: o pensamento de Gilberto Freyre, Darcy

Ribeiro e Florestan Fernandes;

Page 202: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

201

O conceito de diversidade cultural, relativismo, etnocentrismo e alteridade;

A matriz indígena: culturas e a atualidade da questão indígena na atualidade;

A matriz afro: contribuições das nações africanas no processo de formação do

povo brasileira e a atualidade da questão da negritude no Brasil;

Políticas afirmativas;

Page 203: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

202

2ª SÉRIE

Poder, política e ideologia

Direitos, cidadania e movimentos sociais

Formação e Desenvolvimento do Estado Moderno;

O pensamento liberal: principais características e teóricos;

As teorias sociológicas clássicas sobre o Estado;

Os conceitos de Democracia, Autoritarismo e Totalitarismo;

Formas de Organização do Estado: o Estado Absolutista; Liberal; de Bem

Estar Social e o Estado Neoliberal;

O socialismo real e o Estado;

Formação e desenvolvimento do Estado Brasileiro: O Brasil Colônia; o Estado

Imperial Constitucional e o Estado Republicano;

A ditadura Militar e a República dos Generais;

A (re) construção do processo democrático: o Estado brasileiro no período de

1985 a 2010;

Características do Estado Brasileiro: as teses de Oliveira Viana, Raymundo

Faoro e Otávio Ianny;

Os partidos políticos no Brasil;

As expressões da violência na sociedade contemporânea: a violência urbana,

contra “minorias”, o narcotráfico e o crime organizado;

A modernidade e a construção da noção de direitos: o liberalismo e o

Iluminismo e as lutas dos trabalhadores (as) nos séculos XVII a XX;

A noção de Direitos civis, políticos e Sociais;

O conceito de Cidadania;

Page 204: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

203

O conceito de movimentos sociais e terceiro setor;

O Estado e movimentos sociais na atualidade;

O conceito de Movimentos Sociais rurais, urbanos e conservadores;

As lutas sociais no Brasil: Lutas no período colonial; as revoltas regionais, o

abolicionismo e republicanismo; o movimento operário e comunista no início

do século XX;

Os movimentos sociais na atualidade;

A questão agrária no Brasil e os movimentos de Luta pela Terra: das revoltas

messiânicas ao MST;

O movimento ambientalista e a questão ambiental na atualidade;

As relações sociais de gênero e movimento feminista: História e atualidade;

As relações étnicas na atualidade: as políticas afirmativas;

O terceiro setor: limites e possibilidades da atuação das ONGs;

3ª SÉRIE

Trabalho, produção e classes sociais-Cultura e indústria cultural-Poder,

política e ideologia

O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

Estrutura social e as desigualdades: estamentos, castas e classes sociais;

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições:

Karl Marx e a divisão social do trabalho, Emile Durkheim a coesão social;

A nova ordem do mundo trabalho e o impacto na vida dos trabalhadores (as):

desemprego, subemprego e informalidade;

Fordismo – Taylorismo: uma nova forma de organização do trabalho;

Globalização e Neoliberalismo;

Page 205: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

204

A questão do trabalho no Brasil;

O conceito de diversidade cultural, relativismo, etnocentrismo e alteridade;

A matriz indígena: culturas e a atualidade da questão indígena na atualidade;

A matriz afro: contribuições das nações africanas no processo de formação do

povo brasileira e a atualidade da questão da negritude no Brasil;

Políticas afirmativas;

O conceito de Indústria Cultura e Sociedade de Consumo;

O pensamento da Escola de Frankfurt;

A sociedade capitalista: homogeneização cultura e controle;

Os meios de comunicação e a vida cotidiana;

A indústria cultural no Brasil;

Globalização e comunicação: a influência dos meios de comunicação na

política;

Globalização de Juventude: a internet e as outras formas de comunicação

juvenis;

O conceito de juventude uma construção sociológica: e a realidade da

juventude brasileira;

Metodologia

O objeto de estudo e ensino da disciplina de sociologia são as relações que

se estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e atingem

as relações entre os indivíduos e a coletividade. Ao se constituir como ciência, com o

desenvolvimento e a consolidação do capitalismo, a sociologia tem por base a

sociedade capitalista, com tudo, não existe uma única forma de interpretar a

realidade e esse diferencial deve fazer parte do trabalho do professor.

Page 206: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

205

Avaliação

A avaliação no ensino de sociologia pauta-se numa concepção formativa e

continuada na qual os objetivos da disciplina esteja afinados com os critérios de

avaliação propostos pelo professor em sala de aula.

Os instrumentos de avaliação e sociologia acompanham as próprias práticas

de ensino e aprendizagem da disciplina e podem ser registros de reflexões críticas

em debates, que acompanham os textos ou filmes; participação nas pesquisas de

campo; produções de textos que demonstrem capacidade e de articulação entre

teoria e prática.

Assim, a avaliação busca servir como instrumento diagnóstico da situação,

tendo em vista a definição de encaminhamentos adequados para uma efetiva

aprendizagem.

REFERÊNCIAS

ANDERY, M.A./et al./Olhar para a história, caminho para compreender a ciência

hoje. In.

ANDERY, M. A... / et al./ Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. Rio

de Janeiro: Espaço e Tempo. São Paulo. EDUC, 1988.

ANDRÉ, M. E. D. O projeto pedagógico como suporte para novas formas de

avaliação. IN. Amélia Domingues de Castro e Anna Maria Pessoa de Carvalho.

Ensinar a Ensinar. São Paulo, 2001.

BOFF,Leonardo. Ethos Mundial: Consenso mínimo entre humanos. Brasília:

Letraviva, 2000.

GRAMSCHI, Antônio. Concepção Dialética da História. RJ: Civilização Brasileira,

1995. - PP 11-12.

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação

Básica do Estado do Paraná – DCE. 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Portal Dia-a-Dia Educação.

Page 207: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

206

Disciplina: Língua Estrangeira Moderna – Inglês

Apresentação

Série

Número de aulas semanais

2ª 2

3ª 3

O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do

currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização

social, política e econômica ao longo da história. Além do aspecto dinâmico do

currículo e dos métodos, o Estado pode orientar mudanças curriculares que se

justificam pela atualização dos debates e produções teórico-metodológicas e

político-pedagógicas para a disciplina de Língua Estrangeira Moderna.

Na relação entre as abordagens de ensino, na estrutura do currículo e na

sociedade, residem as causas da ascensão e do declínio do prestígio das línguas

estrangeiras nas escolas. Os estudos de Saussure forneceram elementos para a

definição do objeto de estudo específico da Linguística: a língua. Tais estudos

fundamentaram o estruturalismo, uma das principais correntes da linguística

moderna.

Em muitas escolas de imigrantes, o currículo estava centrado no ensino

dalíngua e da cultura dos ascendentes das crianças. O ensino da Língua

Portuguesa, quando ministrado, era tido como Língua Estrangeira nessas escolas. A

Reforma de 1931, intitulada Francisco Campos, em homenagem ao Ministro da

Educação, atribuía à escola secundária a responsabilidade pela formação geral e

pela preparação para o ensino superior dos estudantes. Esse método surgiu na

Europa, no final do século XIX e início do século XX, em contraposição ao

Tradicional, de modo a atender aos novos anseios sociais impulsionados pela

necessidade do ensino das habilidades orais, visando à comunicação na língua alvo.

Cook (2003) aponta os movimentos migratórios e o comércio internacional da época

como fatores responsáveis pela mudança do perfil dos aprendizes que ora se

apresentavam. O surgimento deste método foi uma primeira tentativa de conceber a

língua como um fenômeno particular, compartilhado com outros falantes da mesma

língua.

Page 208: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

207

O Método Direto se baseava na teoria associacionista da psicologia da

aprendizagem que tem na associação o princípio básico da atividade mental. Nesse

método, a língua materna perde o seu papel de mediadora no ensino de língua

estrangeira e tem como princípio fundamental a aprendizagem em constante contato

com a língua em estudo, sem intervenção da tradução. Dessa forma, raciocina-se na

língua estrangeira. A solidificação dos ideais nacionalistas apareceu com muita

evidência na Reforma Capanema, em 1942, ao atribuir ao ensino secundário um

caráter patriótico por excelência. A partir do Estado Novo, essa estrutura de ensino

intensificou a ênfase no discurso nacionalista de fortalecimento da identidade

nacional, como um dos resultados da instauração do governo de Vargas. Ressalta-

se quea presença da Língua Francesa no sistema escolar, desde o império, devia-se

à influência da França em nossa cultura e na ciência, que foi ameaçada com a vinda

do cinema falado em outros idiomas, a partir da década de 1920.

Desde a década de 1950, o sistema educacional brasileiro se viu

responsávelpela formação de seus alunos para o mundo do trabalho. Cabia-lhes

decidir acerca da inclusãoou não da Língua Estrangeira nos currículos. Essa mesma

lei determinou a retiradada obrigatoriedade do ensino de Língua Estrangeira no

colegial e instituiu o ensinoprofissionalizante, compulsório, em substituição aos

cursos Clássico e Científico.

Trabalha-se a língua, partindo da formapara se chegar ao significado. Iniciou-

se, nesse momento, uma fase do ensino de LínguaEstrangeira mais sofisticada

quanto aos recursos didáticos. De fato, o uso do gravador e de gravações de

falantes nativos, do projetor de slides, dos cartões ilustrativos, dos filmes fixos e dos

laboratórios audiolinguais conferiu um avanço inestimável à aquisição de línguas.

A partir da década de 1960, quando o Método Áudio-oral se expandia não

apenas no Brasil, mas também na Europa e nos Estados Unidos, a concepção

estruturalista da língua enfraqueceu-se diante dos novos estudos científicos.

Por conseguinte, para Chomsky, a língua é concebida como parte do sujeito,

que nasce com um sistema linguístico internalizado.

Predominantemente, na década de 1970, o pensamento nacionalista do

regime militar tornava o ensino de línguas estrangeiras um instrumento a mais das

classes favorecidas para manter privilégios, já que a grande maioria dos alunos da

escola pública não tinha acesso a esse conhecimento.

A fim de justificar a concepção teórico-metodológica destas Diretrizes,

Page 209: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

208

pretende-se problematizar o ensino da Língua Estrangeira a partir da análise do

diagnóstico realizado junto aos professores da Rede Pública do Estado do Paraná.

Ao explicitarem aspectos relativos ao ensino da Língua Estrangeira no que se refere

a suas práticas e objetivos atribuídos à disciplina, identificou-se que a Abordagem

Comunicativa tem orientado o trabalho em sala de aula. Esta opção favorece o uso

da língua pelos alunos, mesmo de forma limitada, e evidencia uma perspectiva

utilitarista de ensino, na qual a língua é concebida como um sistema para a

expressão do significado, num contexto interativo.

No entanto, os professores explicitaram também o reconhecimento dos limites

de tal abordagem ao pretenderem ampliar o papel deste componente curricular na

formação integral dos alunos. Trata-se de uma situação que exige a busca de

fundamentos teórico-metodológicos para subsidiar efetivamente o ensino da Língua

Estrangeira Moderna no processo de escolarização.

No Paraná, Gimenez (1999) afirma que a Abordagem Comunicativa foi

apropriada como referencial teórico na elaboração da proposta de ensino de Língua

Estrangeira do Currículo Básico (1992). Embora esse documento apresente uma

concepção de língua discursiva e sugira um trabalho com diferentes tipos de textos,

a partir da visão bakhtiniana, observa-se que a progressão de conteúdos, de 5ª a 8ª

séries, está voltada para o ensino comunicativo, centrado em funções da linguagem

do cotidiano, o que esvazia as práticas sociais mais amplas de uso da língua.

Moita Lopes e Rojo (2004) colocam sob suspeita o caráter

apaziguador,harmonizador do ensino de língua e destacam que a finalidade de

conheceroutra cultura precisa ser repensada no Brasil, em função do caráter

colonizadore assimilacionista do ensino comunicativo.

...a expansão do inglês no mundo não é mera expansão da língua, mas

também uma expansão deum conjunto de discursos que fazem circular ideias de

desenvolvimento, democracia, capitalismo,neoliberalismo, modernização [...]. (Afirma

ainda que) hoje, poderíamos dizer que as várias facetasdo Comunicativo se

desenvolveram com o objetivo principal de difusão do inglês como

línguainternacional.

Torna-se evidente que esse modelo de ensino se pauta num contexto

históricoem que questões acerca da hegemonia de uma língua, do plurilinguismo e

do imperialismo linguístico que as permeiam não eram problematizadas. A partir

Page 210: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

209

destas reflexões e de suas implicações no ensino de Língua Estrangeira Moderna,

serão apresentados alguns dos fundamentos teórico-metodológicos que referenciam

estas Diretrizes e os princípios que orientam esta escolha:

• o atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a

garantia da equidade no tratamento da disciplina de Língua Estrangeira

Moderna em relação às demais obrigatórias do currículo;

• o resgate da função social e educacional do ensino de Língua Estrangeirano

currículo da Educação Básica;

• o respeito à diversidade (cultural, identitária, linguística), pautado no ensino

de línguas que não priorize a manutenção da hegemonia cultural.

A proposta adotada nestas Diretrizes se baseia na corrente sociológica e nas teorias

do Círculo de Bakhtin2, que concebem a língua como discurso.

Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante

transformação. Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma visão

sistêmica e estrutural do código linguístico. Segundo Bakhtin (1988), toda

enunciação envolve a presença de pelo menos duas vozes, a voz do eu e do outro.

O sentido da linguagem está no contexto de interação verbal e não no sistema

linguístico. Logo, as formas da língua variam de acordo com os usuários, o contexto

em que são usadas e a finalidade da interação.

Para Bakhtin (1988), as relações sociais ganham sentido pela palavra e a sua

existência se concretiza no contexto da enunciação. Uma importante consideração é

quanto aovalor social das línguas existentes na sociedade. No ensino de Língua

Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa disciplina, contempla as relações com

a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-se fundamental que os professores

compreendam o que se pretende com o ensino da Língua Estrangeira na Educação

Básica, ou seja: ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender

percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é

permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos,

independentemente do grau de proficiência atingido. Objetiva-se que os alunos

analisem as questões sociais-políticas- econômicas da nova ordem mundial, suas

implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das

línguas na sociedade.

Busca-se, também, superar a ideia de que o objetivo de ensinar Língua

Estrangeira na escola é apenas o linguístico ou, ainda, que o modelo de ensino dos

Page 211: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

210

Institutos de Idiomas seja parâmetro para definir seus objetivos de ensino na

Educação Básica. Tal aproximação seria um equívoco, considerando que o ensino

de Língua Estrangeira nas escolas de língua não tem, necessariamente, as mesmas

preocupações educacionais da escola pública. Gimenez (2004, p. 172).

Embora a aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna também sirva como meio

para progressão no trabalho e estudos posteriores, este componente curricular,

obrigatório a partir dos anos finais do Ensino Fundamental, deve também contribuir

para formar alunos críticos e transformadores através do estudo de textos que

permitam explorar as práticas da leitura, da escrita e da oralidade, além de incentivar

a pesquisa e a reflexão.

Nestas Diretrizes, o ensino de Língua Estrangeira Moderna, na Educação Básica,

propõe superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente

têm marcado o ensino desta disciplina.

Entende-se que o ensino de Língua Estrangeira deve considerar as relações

que podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social,

objetivando o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade e

o reconhecimento da diversidade cultural.

Um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os

envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em

situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma

mera prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social

do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do

comprometimento mútuo.

Ao estudar uma língua estrangeira, o aluno/sujeito aprende também como

atribuir significados para entender melhor a realidade. A partir do confronto com a

cultura do outro, torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade.

O trabalho com a Língua Estrangeira Moderna fundamenta-se na diversidade de

gêneros textuais e busca alargar a compreensão dos diversos usos da linguagem,

bem como a ativação de procedimentos interpretativos alternativos no processo de

construção de significados possíveis pelo leitor. Isso vem ao encontro da linguagem

específica usada na comunicação mediada pelo computador. Aparentemente trata-

se da linguagem escrita, mas quando desenvolvida em uma interação em tempo

real, distancia-se da forma tradicional, adquirindo características semelhantes às do

imediatismo e da redundância da fala, bem como é acrescida de ícones, cores,

Page 212: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

211

recursos sonoros, por exemplo, para comunicar aspectos que estariam presentes na

fala. O trabalho proposto nestas Diretrizes está ancorado na perspectiva de uma

leitura crítica, a qual se efetiva no confronto de perspectivas e na (re) construção de

atitudes diante do mundo. O leitor abandona uma atitude de passividade diante do

texto e passa a ser participante do processo de construção de sentidos. Dessa

forma, ao ensinar e aprender uma Língua Estrangeira, alunos e professores

percebem ser possível construir significados além daqueles permitidos pela língua

materna. Uma relação determinada do sujeito – afetado pela língua – com a história.

É o gesto de interpretação que realiza essa relação do sujeito com a língua, com a

história, com os sentidos. Esta é a marca da subjetivação e, ao mesmo tempo, o

traço da relação da língua com a exterioridade: não há discurso sem sujeito.

Consequentemente, é na língua, e não por meio dela, que se percebe e

entende a realidade e, por efeito, a percepção do mundo está intimamente ligada ao

conhecimento das línguas. O uso da língua efetua-se em forma de enunciados, uma

vez que o discurso também só existe na forma de enunciados (RODRIGUES, 2005).

A localização geográfica, temporal, social, etária também são elementos essenciais

na constituição dos discursos.

Justificativa

O professor deve considerar a diversidade de gêneros existentes e a

especificidade do tratamento da Língua Estrangeira na prática pedagógica, a fim de

estabelecer critérios para definir os conteúdos específicos para o ensino.

Inicialmente, é preciso levar em conta o princípio da continuidade, ou seja, a

manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as especificidades da

Língua Estrangeira ofertada, as condições de trabalho existentes na escola, o

projeto político-pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o

perfil dos alunos.

No ato da seleção de textos, o docente precisa se preocupar com a qualidade

do conteúdo dos textos escolhidos no que se refere às informações, e verificar se

estes instigam o aluno à pesquisa e à discussão. As características do gênero a que

o texto pertence serão evidenciadas no desenvolvimento do trabalhado pedagógico.

Os conteúdos dos textos devem viabilizar os resultados pretendidos nas diferentes

séries de acordo com os objetivos específicos propostos no planejamento do

Page 213: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

212

professor.

Conteúdo

Conteúdos Básicos Da Disciplina De Língua Estrangeira Moderna

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICO

AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS. Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de circulação, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade a cada série. * Vide relação dos gêneros ao final deste documento. LEITURA • Identificação do tema; • Intertextualidade; • Intencionalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Marcadores do discurso; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semânticos; • Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido

LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; • Proporcione análises para estabelecer a referência textual; • Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas; • Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos não verbais diversos:

LEITURA Espera-se do aluno: • Realização de leitura compreensiva do texto; • Localização de informações explícitas e implícitas no texto; • Posicionamento argumentativo; • Ampliação do horizonte de expectativas; • Ampliação do léxico; • Percepção do ambiente no qual circula o gênero; • Identificação da ideia principal do texto; • Análise das intenções do autor; • Identificação do tema; • Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a

Page 214: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

213

denotativo e conotativo no texto; • Recursos estilísticos (figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística. • Acentuação gráfica; • Ortografia. ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade do texto; • Intertextualidade; • Condições de produção; • Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); • Vozes sociais presentes no texto; • Vozes verbais; • Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semânticos; • Recursos estilísticos( figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Relacione o tema com o contexto atual; • Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; • Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros; ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia; • Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; • Conduza à utilização adequada das partículas conectivas;

referência textual; ESCRITA Espera-se do aluno: • Expressão de ideias com clareza; • Elaboração de textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal; • Uso de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc; • Utilização adequada de recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc; • Emprego de palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto.

Page 215: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

214

(como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística; • Ortografia; • Acentuação gráfica. ORALIDADE • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Vozes sociais presentes no texto; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; • Adequação da fala ao contexto; • Pronúncia.

• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; • Acompanhe a produção do texto; • Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõem o gênero. • Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; • Estimule produções em diferentes gêneros; • Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; • Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que

ORALIDADE Espera-se do aluno: • Pertinência do uso dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos; • Reconhecimento de palavras e/ ou expressões que estabelecem a referência textual; • Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresentação de ideias com clareza; • Compreensão de argumentos no discurso do outro; • Exposição objetiva de argumentos; • Organização da sequência da fala; • Respeito aos turnos de fala; • Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua materna, etc.; • Utilização consciente de expressões faciais corporais e gestuais, de pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.

Page 216: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

215

explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

Metodologia

Estas Diretrizes propõem redirecionar o ensino de Língua Estrangeira

Moderna nas escolas da Rede Pública Estadual do Paraná. O trabalho com a Língua

Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das línguas nas

sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as

línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos

de entender o mundo e de construir significados. A partir do Conteúdo Estruturante

Discurso como prática social serão trabalhadas questões linguísticas,

sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do uso da língua:

leitura, oralidade e escrita. Gêneros de discurso são os enunciados dos integrantes

de uma ou doutra esfera da atividade humana e estas esferas de utilização da língua

elaboram seus tipos relativamente estáveis de enunciado.

Page 217: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

216

A reflexão crítica acerca dos discursos que circulam em Língua Estrangeira

Moderna somente é possível mediante o contato com textos verbais e não verbais.

Espera-se que o professor crie estratégias para que os alunos percebam a

heterogeneidade da língua. A ativação dos procedimentos interpretativos da língua

materna, a mobilização do conhecimento de mundo e a capacidade de reflexão dos

alunos são alguns elementos que podem permitir a interpretação de grande parte

dos sentidos produzidos no contato com os textos. O papel do estudo gramatical

relaciona-se ao entendimento, quando necessário, de procedimentos para

construção de significados usados na Língua Estrangeira. As estratégias específicas

da oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos

diferentes discursos, lembrando que na abordagem discursiva a oralidade é muito

mais do que o uso funcional da língua, é aprender a expressar ideias em Língua

Estrangeira mesmo que com limitações. Nos textos de literatura, as reflexões sobre

a ideologia e a construção da realidade fazem parte da produção do conhecimento,

sempre parcial, complexo e dinâmico, dependente do contexto e das relações de

poder. As concepções de ensino e língua subjacentes às atividades dos livros

didáticos tendem a se fundamentar, em grande parte, na Abordagem Comunicativa.

Ao tratar os conteúdos de Língua Estrangeira Moderna, o professor proporcionará

ao aluno, pertencente a uma determinada cultura, o contato e a interação com

outras línguas e culturas. Ressalta-se a importância do Livro Didático Público de

Língua Estrangeira Moderna, Inglês e Espanhol, elaborado pelos professores da

Rede Pública do Estado do Paraná, que não esgota todas as necessidades, nem

abrange todos os conteúdos de Língua Estrangeira, mas constitui suporte valoroso e

ponto de partida para um trabalho bem sucedido em sala de aula.

A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está articulada aos

fundamentos teóricos explicitados nestas Diretrizes e na LDB n. 9394/96.Ao propor

reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer o processo de ensino e

de aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do professor, bem como propiciar que

o aluno tenha uma dimensão do ponto em que se encontra no percurso pedagógico.

É importante, neste processo, que o professor organize o ambiente pedagógico,

observe a participação dos alunos e considere que o engajamento discursivo na sala

de aula se faz pela interação verbal, a partir da escolha de textos consistentes, e de

diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos na turma; na

interação com o material didático; nas conversas em Língua Materna e Língua

Page 218: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

217

Estrangeira; no próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo ao

promover o desenvolvimento de ideias (Vygotsky, 1989).

Colaboram como ganhos inegáveis ao trabalho docente, a participação dos alunos

no decorrer da aprendizagem e da avaliação, a negociação sobre o que seria mais

representativo no caminho percorrido e a consciência sobre as etapas vencidas.

Na Educação Básica, a avaliação de determinada produção em Língua

Estrangeira considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, como resultado

do processo de aquisição de uma nova língua. As explicitações dos propósitos da

avaliação e do uso de seus resultados podem favorecer atitudes menos resistentes

ao aprendizado de Língua Estrangeira

e permitirem que a comunidade, não apenas escolar, reconheça o valor desse

conhecimento.

Avaliação

A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está

articuladaaos fundamentos teóricos explicitados nestas Diretrizes e na LDB n.

9394/96.

Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer

oprocesso de ensino e de aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do

professor,bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão do ponto em que

seencontra no percurso pedagógico.

É importante, neste processo, que o professor organize o ambiente

pedagógico,observe a participação dos alunos e considere que o engajamento

discursivo nasala de aula se faz pela interação verbal, a partir da escolha de textos

consistentes,e de diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos

na turma;na interação com o material didático; nas conversas em Língua Materna e

LínguaEstrangeira; no próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo

aopromover o desenvolvimento de ideias (Vygotsky, 1989).

Colaboram como ganhos inegáveis ao trabalho docente, a participação

dosalunos no decorrer da aprendizagem e da avaliação, a negociação sobre o

queseria mais representativo no caminho percorrido e a consciência sobre as

etapasvencidas.

O texto trabalhado apenas em sua linearidade é uma prática comum

Page 219: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

218

nasescolas. Por isso, é uma das principais preocupações, alterar esta realidade.

Pretende-se formar um leitor ativo, ou seja, capaz de produzir sentidos na leiturados

textos, tais como: inferir, servindo-se dos conhecimentos prévios; levantarhipóteses

a respeito da organização textual; perceber a intencionalidade, etc.

Não se trata, portanto, de testar conhecimentos linguístico-discursivos de

umtexto – gramaticais, de gêneros textuais, entre outros –, mas sim, verificar

aconstrução dos significados na interação com textos e nas produções textuais

dosalunos, tendo em vista que vários significados são possíveis e válidos, desde

queapropriadamente justificados.

Segundo Ramos (2001), é um desafio construir uma avaliação com critérios

deentendimento reflexivo, conectado, compartilhado e autonomizador no

processoensino/aprendizagem, que nos permita formar cidadãos conscientes,

críticos,criativos, solidários e autônomos.

Com o propósito de encarar este desafio, busca-se em Língua

EstrangeiraModerna, superar a concepção de avaliação como mero instrumento de

mediçãoda apreensão de conteúdos. Espera-se que subsidie discussões acerca

dasdificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções.

Percebe-se, também, como bem sucedido o ensino/aprendizagem, quandotodo o

trabalho desenvolvido com os alunos são retomados em discussões eanalisados

tanto pelo educador quanto pelo educando.

Na Educação Básica, a avaliação de determinada produção em Língua

Estrangeira considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, como resultado

do processo de aquisição de uma nova língua. Considera-se que, nesseprocesso, o

que difere do simples aprender, é o fato de que adquirir uma língua éuma aquisição

irreversível. Sendo assim, o erro deve ser visto como fundamentalpara a produção

de conhecimento pelo ser humano, como um passo para que aaprendizagem se

efetive e não como um entrave no processo que não é linear, nãoacontece da

mesma forma e ao mesmo tempo para diferentes pessoas. Refletir arespeito da

produção do aluno, o encaminhará à superação, ao enriquecimentodo saber e,

nesse sentido, a ação avaliativa reflexiva cumprirá a sua função.

A avaliação, enquanto relação dialógica concebe o conhecimento

comoapropriação do saber pelo aluno e pelo professor, como um processo de ação-

reflexão-ação, que se passa na sala de aula através da interação

professor/aluno,carregado de significados e de compreensão. Assim, tanto o

Page 220: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

219

professor quantoos alunos poderão acompanhar o percurso desenvolvido até então,

e identificardificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos que busquem

superá-las.

O processo avaliativo não se limita apenas à sala de aula. O projeto

curricular,a programação do ensino em sala de aula e os seus resultados, estão

envolvidosneste processo. A avaliação deve estar articulada com os objetivos e

conteúdosdefinidos a partir das concepções e encaminhamentos metodológicos

destasDiretrizes.

As explicitações dos propósitos da avaliação e do uso de seus

resultadospodem favorecer atitudes menos resistentes ao aprendizado de Língua

Estrangeirae permitirem que a comunidade, não apenas escolar, reconheça o valor

desseconhecimento.

REFERÊNCIAS ANDREOTTI, V.; JORDÃO, C.M.; GIMENEZ, T. (org.) Perspectivas educacionais eensino de inglês na escola pública. Pelotas: Educat, 2005.

ANTUNES, I. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedrasno

caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007. BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988. BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1999. BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna: a sociolinguística nasala de aula. São Paulo: Parábola, 2004. BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Parecer nº04/98,de 29 de janeiro de 1998. Diretrizes curriculares nacionais para o ensinofundamental. Relatora Conselheira: Regina Alcântara de Assis. Diário Oficial daUnião, Brasília, p.31, 15 abr. 1998. BRASIL. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e basesda educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 1996. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília:

MEC/SEF, 1998.BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.Parâmetros curriculares nacionais - ensino médio: língua estrangeira. Brasília:MEC/SEF,1999. BUSNARDO, J. BRAGA, D. B. Uma visão neo-gramsciana de leitura crítica: contexto, linguagem e ideologia. Ilha do Desterro. Florianópolis: UFSC, 2000.p. 91-

Page 221: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

220

114. COOK, G. Applied linguistics. Oxford: Oxford University Press. 2003.

COX, M. I. P.; ASSIS-PETERSON, A. A. O professor de inglês: entre a alienação

ea emancipação. Linguagem & Ensino, v. 4, n. 1, p. 11-36, 2001 FARACO, C. A. Português: língua e cultura – manual do professor. Curitiba: Base, 2005. FARACO, C. A. (org.) Diálogos com Bakhtin. Curitiba: UFPR, 2001.

FARACO, C. A. Linguagem & Diálogo: as ideias linguísticas do círculo deBakhtin. 1

ed. Curitiba: Criar edições, v1, p.13-43, 2003. FERNÁNDEZ, G. E. Objetivos y diseño curricular en la enseñanza del ELE. RevistaredELE,,n. 0, mar. 2004. Disponível em: http//:www.sgi.mec.es/redele/revista/eres.htm. GIMENEZ, T. Inovação educacional e o ensino de línguas estrangeiras modernas: o caso do Paraná. Revista Signum, v. 2, p. 169-183, 1999.

GIMENEZ, T. Eles comem cornflakes, nós comemos pão com manteiga:

espaçospara reflexão sobre cultura na aula de língua estrangeira. In: ENCONTRO DEPROFESSORES DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS, 9., Londrina, 2002. Anais. Londrina:APLIEPAR, 2002.p.107-114. GIMENEZ, T. Currículo de língua estrangeira: revisitando fins educacionais. In:ENCONTRO DE PROFESSORES DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS, 11, Londrina, 2003.Anais. Londrina: Midiograf, 2003. GIMENEZ, T. Ensino de línguas estrangeiras no ensino fundamental: questõespara debate.Londrina, 2004. Mimeo. GIMENEZ, T.; JORDÃO, C. M.; ANDREOTTI, V. (org.). Perspectivas educacionais eensino de inglês na escola pública. Pelotas: Educat, 2005. GIMENEZ, T. Competência intercultural na língua inglesa. Disponível em:<http://www.uel.br/cch/nap/artigos/artigo05.htm>. Acesso em: 29 de maio de2006. GIROUX, H. A. Qual o papel da pedagogia crítica nos estudos de língua ecultura. Disponível em:<http://www.henryagiroux.com/RoleOfCritPedagogy_Port.htm > Acesso em: 12 de maio de 2006. HYMES, D. H. Reiventing Anthropology. USA. Ann Arbor Paperbacks, 1972. KRAUSE-LEMKE, C. Complexa relação entre teoria e prática no ensino de língua espanhola 2004. Disponível em: <http://www.lle.cce.ufsc.br/congresso>

Page 222: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

221

Acessoem: 15 de maio de 2006. JORDÃO, C. M. A língua estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba, 2004 amimeo. JORDÃO, C. M. O ensino de línguas estrangeiras em tempos pós-modernos.Curitiba, UFPR, 2004b. JORDÃO, C. M. O ensino de língua estrangeira: de código a discurso. In: KARWOSKI,A. M., BONI, V. V. Tendências contemporâneas no ensino de línguas. União daVitória: Kaygangue, 2006. p. 26-32. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995. MASCIA, M.A.A. Discursos fundadores das metodologias e abordagens de ensinode língua estrangeira. In: CORACINI, M. J.; BERTOLDO, E. S. (org.) O

desejo dateoria e a contingência da prática: discursos sobre e na sala de aula. Campinas:Mercado de Letras, 2003. MENDONÇA, M. R. S. Análise linguística no ensino médio: Um novo olhar, umnovo objeto. In: BUNZEN, C. (Org.) Português no ensino médio e formação doprofessor. São Paulo: Parábola, 2006, p. 207. MEURER, J. L. O trabalho de leitura crítica: recompondo representações,relações

e identidades sociais. Florianópolis: UFSC, 2000. p.155-171. MOITA LOPES, L. P.; ROJO, R. H. R. Linguagens, códigos e suas tecnologias. In:Brasil/ DPEM Orientações curriculares do ensino médio. Brasília: MEC, 2004, p.14-59. MUSSALIN, F.; BENTES, A. C. (Org.) Introdução à linguística 2: domínios efronteiras. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2004. NAGLE, Jorge. Educação e sociedade na primeira república. 2. ed. Rio de

Janeiro:DP&A, 2001. ORLANDI, E.P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 6 ed. São Paulo:Ponte, 2005. ORLANDI, E. P. A polissemia da noção de leitura. Linguagem e método: uma

questãoda análise de discurso. In: Discurso e leitura. 5. ed. São Paulo: Cortez,1999. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico da escola públicado Paraná. Curitiba, 1990.

PEREIRA, C.F. As várias faces do livro didático de língua estrangeira. In:

SARMENTO,S.; MULLER, V. (Orgs.). O ensino de língua estrangeira: estudo e reflexões. PortoAlegre: APIRS, 2004.

Page 223: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

222

PICANÇO, D. C. L. História, memória e ensino de espanhol (1942-1990). Curitiba: UFPR, 2003. PICANÇO, D. C. L. A língua estrangeira no país dos espelhos. In: Educar em

Revista,Curitiba, 2002. RAMOS, P. C. A avaliação desmistificada. São Paulo: Artmed, 2001. RODRIGUES, R. H. Os gêneros do discurso na perspectiva dialógica da linguagem: a abordagem de Bakhtin. (UFSC). In: MEURER, J. L.; BONINI,

A.;MOTTA-ROTH, Désirée. (Orgs.) Gêneros: teorias, métodos, debates. São Paulo:Parábola, 2005. p. 152-183. SOUZA, L.M.T.M. O conflito de vozes na sala de aula. In CORACINI, M.J. (Org.)

Ojogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira. Campinas:Pontes, 1995. STAM, R. Bakhtin: da Teoria Literária à Cultura de Massa. São Paulo: Ática, 2000.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 2. ed. São Paulo: Martins

Fontes,1989a. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989b. WILLIAMS, R. La larga revolución. Buenos Aires: Nueva Visión, 2003.

Page 224: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

223

13.2 FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR PARA O

CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES

1. LÍNGUA PORTUGUESA

Ai, palavras, ai, palavras,

que estranha potência a vossa!

Todo o sentido da vida

principia à vossa porta;

o mel do amor cristaliza

seu perfume em vossa rosa;

sois o sonho e sois a audácia,

calúnia, fúria, derrota...”

Cecília Meireles

Série

Número de aulas semanais

1ª 2

2ª 2

3ª 2

4ª 3

1.1. Apresentação da Disciplina

O ensino da língua materna, bem como o trabalho pedagógico que o

consolide, deve ser analisado à luz das contradições do sistema capitalista e da

forma específica como elas se produzem na sociedade brasileira, segundo Frigoto e

Ciavatta (2004). Pesquisas recentes têm mostrado que a proficiência na língua

materna, ao lado do domínio dos conceitos matemáticos básicos, está muito aquém

do exigido para considerar o indivíduo alfabetizado, muito embora a taxa de

analfabetismo entre a população com 15 anos, ou mais, diminuiu 4 pontos

percentuais entre 2000 e 2010, segundo o Censo Demográfico 2010, divulgado pelo

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em novembro de 2011.

Considere-se ainda os revezes na tradição histórica do curso de nível

Page 225: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

224

médiocaracterizado pela dualidade estrutural, que estabelece políticas educacionais

diferenciadas para as camadas sociais distintas, definidas pela divisão social do

trabalho. As reformas educacionais para o Ensino Médio (propedêutico e

profissional), realizadas na última década, não conseguiram avançar no sentido de

eliminar essa dualidade através da escola unitária que propicie formação geral e

uma habilitação profissional. A tentativa de superação da divisão social no Ensino

Médio, através de uma nova concepção de organização escolar, revela-se uma

reorganização apenas superficial, que não oferece condições para um real

unitariedade do ensino e superação das desigualdades socioeconômicas e

educacionais.

Há inda o discurso de que o Ensino Médio, na modalidade Normal,

especificamente o Curso de Formação de Docentes, tem como função precípua a

preparação para o vestibular e inserção no universo do trabalho, qual seja, a

docência nas séries iniciais da educação básica. A contradição está para o caráter

de terminalidade do ensino médio, uma vez que, apenas uma pequena parcela

egressa chega à universidade, uma vez que integrado à educação básica, o Ensino

Médio, constitui-se, sim, como a última instância escolar para a maioria da

população (MOREIRA, 2OO7, p.24).

Kuenzer (2002, p.13) observa que:

[...] a história do Ensino Médio no Brasil revela as dificuldades típicas de um nível de ensino que, por ser intermediário, precisa dar respostas à ambiguidade gerada pela necessidade de ser ao mesmo tempo, terminal e propedêutico. Embora tendo na dualidade estrutural a sua categoria fundante, as diversas concepções que vão se sucedendo ao longo do tempo, refletem a correlação de funções dominantes em cada época, a partir da etapa de desenvolvimento das forças produtivas. (2000A, p.13).

As contradições mencionadas devem ser consideradas como pano de fundo

na proposição de um currículo para o ensino de Língua Portuguesa e Literatura. A

proposta da SEED embasa-se no construto do teórico russo Mikhail Bakhtin e do

chamado Círculo de Bakhtin. Segundo Baktin a língua configura-se em um espaço

de interação entre sujeitos que se constituem através dessa interação o que exige

compreender a língua como “um conjunto aberto e múltiplo de práticas sócio

interacionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos historicamente situados.

Pensar a linguagem (e a língua) desse modo é perceber que ela só existe

efetivamente no contexto das relações sociais. O discurso, tomado com prática

Page 226: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

225

social, é o conteúdo estruturante que subsidiará todo o ensino da língua nas

diferentes séries de diferentes cursos, de modo especial, o curso de Formação de

Docentes e Pós Médio de Formação de Docentes.

1.2. Objetivos da disciplina

Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de

significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.

Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas

manifestações específicas nos diferentes gêneros discursivos.

Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando

textos/contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura, de

acordo com as condições de produção, recepção (intenção, época, local,

interlocutores participantes da criação e propaganda das ideias e escolhas

tecnológicas disponíveis).

Articular as redes de diferenças e semelhanças entre a língua oral e escrita e

seus códigos sociais contextuais e linguísticos.

Aplicar as tecnologias de comunicação e da informação na escola, no

trabalho e em outros contextos relevantes da vida.

Considerar a Língua Portuguesa como fonte de legitimação de acordos e

condutas sociais bem como de representação simbólica de experiências

humanas manifestadas nas formas de sentir, pensar e agir da vida social.

Entender os impactos das tecnologias da comunicação em especial da língua

escrita, na vida, nos processos de produção, no desenvolvimento do

conhecimento e na vida social.

Recuperar, pelo estudo do texto literário, as formas instituídas na construção

do imaginário coletivo, o patrimônio representativo da cultura e as

classificações preservadas e divulgadas, no eixo temporal e espacial.

Compreender, através dos textos literários e romances o “vir a ser eterno do

ser humano”, ampliando o conhecimento de si mesmo e do mundo como

realidades mutantes e plurais.

Conhecer o sabor da diversidade revelado pela arte literária.

Compreender a literatura como recriação do real.

Observar a diversidade cultural como marcas indicativas da heterogeneidade

Page 227: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

226

de nossa formação: música, religião, costumes, literatura, empréstimos

linguísticos, entre outros.

Conhecer o desenvolvimento da produção literária: brasileira, portuguesa,

africana.

1.3. Conteúdos

1ª SÉRIE

Prática de leitura e interpretação

Ideia central e informações implícitas dos textos (textos ficcionais, não-ficcionais,

literários)

Estrutura da narrativa (tipos de discurso)

Linguagem verbal e não-verbal (charges, cartuns, quadrinhos...)

Variedades linguísticas

Linguagem formal e informal

Prática de Produção de Textos

Gêneros textuais

Paragrafação, períodos argumentativos

Textos práticos: carta, notícia, paródia, relatório, resumo, provérbio

Recursos coesivos

Textos argumentativos/persuasivos

Prática da Reflexão ou Análise Linguística

Origens da Língua Portuguesa e desdobramentos no território lusófono.

Estrutura textual: morfologia- estrutura e formação das palavras; classes de

palavras: substantivo, adjetivo, artigo, numeral; sintaxe: frase, oração, período.

Controle da norma padrão: fonética – letra, fonemas, sílaba, tonicidade; acentuação

gráfica; ortografia; significado das palavras; homônimos e parônimos

Domínio dos recursos expressivos

Ciência da linguagem: língua, linguagem, discurso, contexto, interlocutor, enunciado

e enunciação.

Figuras de linguagem

Contribuições dos afrodescendentes e demais nacionalidades (empréstimos

Page 228: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

227

linguísticos, música, religião, costumes, etc)

Concepções Teóricas e Práticas da Literatura

Conceito de Literatura

Linguagem literária: verso e prosa

Gêneros e estilos literários

Contextualização literária: Idade Média- Trovadorismo, Humanismo/Era Clássica:

Classicismo Português

Manifestações literárias em Portugal

Literatura de Informação

Literatura Barroca

Literatura Árcade

Literatura de origem africana em Língua Portuguesa e de autoria de brasileiros afro-

descendentes: contos, crônicas, romances, poesias

Leitura de autores diversos: contos, crônicas, romances, poesias.

2ª SÉRIE

Prática de Leitura e Interpretação

Ideia central e informações implícitas do texto

Reelaboração de ideias com pontos de vistas diferentes

Debates relacionados à realidade dos jovens em fase de formação e transformação,

subsidiando-os para a escrita, pesquisa e apresentação de seminários

O sentido lógico e o sentido abstrato das palavras

Prática de Produção de Texto

Gêneros textuais

Textos práticos: carta, notícia, paródia, relatório, resumo, provérbio, informativo,

publicitário

Marcas da oralidade

Qualidade do texto: coesão, coerência

Retextualização (oralidade/escrita formal)

Prática de Reflexão ou Análise Linguística

Norma culta: acentuação gráfica, ortografia, pontuação, concordância

Page 229: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

228

Classe de palavras: verbo, pronome, advérbio, preposição, interjeição

Sintaxe- Termos da oração

Concepções Teóricas e Práticas da Literatura

Contextualização literária

Romantismo

Poesia e prosa romântica

Realismo (transição)

Realismo e naturalismo

Parnasianismo

Simbolismo

Literatura de origem africana em Língua Portuguesa e de autoria de brasileiros

afrodescendentes

Leitura de autores diversos

3ª SÉRIE

Prática de Leitura e Interpretação

Seleção, organização e análise de argumentos

Debates utilizando conhecimentos e informações de diferentes áreas e indicação de

soluções que conciliem interesses e necessidades de toda humanidade

Intenção textual

Reelaboração de ideias com pontos de vistas diferentes, considerando a articulação

temática, associações lexicais ou estilísticas

Prática de Produção de Texto

Texto dissertativo, expositivo ou polêmico

Carta argumentativa e persuasiva: e-mail e anexos

Artigo de opinião/resenha crítica/sinopse/relatório

Redação a partir de coletâneas de textos

Padrões de aceitação: nível de conteúdos, nível estrutural, nível expressivo

Prática de reflexão da Língua

Norma culta: acentuação gráfica, crase, ortografia, pontuação, ortoepia e prosódia

Classe de palavras: conjunção (revisão das demais)

Concordância verbal e nominal

Page 230: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

229

Regência verbal e nominal

Uso dos pronomes oblíquos

Sintaxe: coordenação e subordinação

Concepções teóricas e práticas da literatura

Revisão dos séculos de XV a XIX

Pré-Modernismo

Vanguardas europeias

Modernismo: verso e prosa (1ª, 2ª e 3ª fases)

Literatura de origem africana em Língua Portuguesa e de autores brasileiros

afrodescendentes

Leitura de autores modernos e contemporâneos

4ª SÉRIE

Prática de Leitura e Interpretação

Seleção, organização e análise de argumentos

Debates utilizando conhecimentos e informações de diferentes áreas e indicação de

soluções que conciliem interesses e necessidades de toda humanidade

Intenção textual

Reelaboração de ideias com pontos de vistas diferentes, considerando a articulação

temática, associações lexicais ou estilísticas

Prática de Produção de Texto

Texto dissertativo, expositivo ou polêmico

Carta argumentativa e persuasiva

Artigo de opinião/resenha crítica/sinopse/relatório

Redação a partir de coletâneas de textos

Padrões de aceitação: nível de conteúdos, nível estrutural, nível expressivo

Prática de Reflexão ou análise linguística

Norma culta: acentuação, ortografia, pontuação, concordância verbal e nominal,

regência verbal e nominal, fonética, morfologia, sintaxe

Morfossintaxe: que e se

Page 231: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

230

Concepções Teóricas e Práticas da Literatura

Contextualização Literária - século XV ao XX

Obras e autores contemporâneos (brasileiros, portugueses, africanos)

1.4 Encaminhamento Metodológico

As aulas de Língua Portuguesapriorizarão as práticas discursivas (oralidade,

escrita e leitura) considerando-as dentro de um processo dinâmico e histórico dos

agentes na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, que ocorre

nas relações sociais, políticas, econômicas, culturais, entre outros, quanto dos

sujeitos envolvidos nesse processo. Pensar o ensino-aprendizagem de Língua

Portuguesa, tendo como foco essa concepção de linguagem, implica em [...] saber

avaliar as relações entre as atividades de falar, de ler e de escrever, todas elas

práticas discursivas [...] configurada em cada espaço em que seja posta como objeto

de reflexão [...] (NEVES, 2003, p.89)

Nesse sentido, é preciso que a escola seja um espaço que promova, por meio de

uma gama de textos com diferentes funções sociais, o letramento do aluno, para que

ele se envolva nas práticas de uso da língua – sejam pela oralidade, leitura e escrita.

A oralidade: A prática da oralidade será considerada na vertente backtiniana,

uma vez que a escola tem agido, tradicionalmente, como se todos os que ingressam

na escola falassem da mesma forma. O fosso entre a escrita e a oralidade precisa

ser superado e, nessa perspectiva, necessária se faz a compreensão da vinculação

histórica entre escrita e poder, tendo em vista, entre outros fatores, a possibilidade

de acúmulo de informações e conhecimento. As possibilidades de trabalho com a

oralidade apontam diferentes caminhos: debates, discussões, transmissão de

informações, exposição individual, contação de histórias, declamação de poemas,

representação teatral, seminários, análise da linguagem em uso, em programas de

televisivos como jornais, novelas, propagandas, em programas radiofônicos, no

discurso privado, na literatura oral, enfim, nas mais diversas realizações do discurso

oral. Comparar as estratégias específicas da oralidade e as estratégias da escrita

são componentes da tarefa de ensinar os alunos a sentirem-se bem para

expressarem suas ideias com segurança e fluência, nos diferentes contextos de sua

inserção social.

Page 232: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

231

Leitura: a leitura compreende o contato do aluno com uma ampla variedade

de gêneros textuais produzidos em uma ampla variedade de práticas sociais. Nesta

perspectiva o desenvolvimento da atividade de leitura, que leve o aluno a perceber o

sujeito presente nos textos, bem como o desenvolvimento de uma atitude responsiva

diante dos mesmos, será priorizado. A presente PPC concebe o ato de ler como um

processo de significação e ressignificação de diferentes textos produzidos em

diferentes práticas sociais – notícias, crônicas, piadas, poemas, artigos científicos,

ensaios, reportagens, propagandas, informações, charges, romances, contos, etc.

percebendo em cada texto a presença de um sujeito histórico e de uma intenção.

Escrita: a escrita é prática sociointeracional. O exercício da escrita, da

produção textual deve levar em conta a relação pragmática entre o uso e o

aprendizado da língua, percebendo o texto como elo de interação social e os

gêneros como construções coletivas.

Na articulação destes três conteúdos – ou práticas – estruturantes, estão os

gêneros do discurso e a reflexão sobre a linguagem, as operações com a língua a

serem realizadas pelos alunos. Esta reflexão tanto vai abordar as variações

linguísticas que caracterizam a linguagem na manifestação verbal dos diferentes

grupos sociais dos falantes, como possibilitará aos alunos a reflexão sobre a

organização estrutural da linguagem verbal, num caminho que, difere das práticas

normativistas tradicionais.

Os que os pressupostos de Bakhtin trazem de novo aos professores que

ensinam gramática é que estudar isoladamente a palavra na morfologia gramatical

não tem sentido se não considerar a dialogicidade das palavras entre si; que uma

palavra só tem existência em outras palavras. As unidades da língua estudadas pela

gramática estão em estado latente para a elaboração dos enunciados com os quais

o sujeito interage na vida em sociedade.

O princípio que norteia o ensino de gramática deve ser baseado no fato de que para

viver e sobreviver o falante da língua constrói enunciados e não opera análise

morfológica ou sintática das frases e das palavras que os constituem.

Nas palavras de Bakhtin:

O discurso só pode existir de fato na forma de enunciações concretas de determinados falantes, sujeitos do discurso. O discurso sempre está fundido em forma de enunciado pertencente a um determinado sujeito do discurso, e fora dessa forma não pode existir. Por mais diferentes que sejam as enunciações pelo seu volume, pelo conteúdo, pela construção composicional, elas possuem unidades da comunicação discursiva

Page 233: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

232

peculiaridades estruturais comuns, e antes de tudo absolutamente precisos. [...] O falante termina seu enunciado para passar a palavra ao outro ou dar lugar à sua compreensão altamente responsiva. O enunciado não é uma unidade convencional, mas uma unidade real, precisamente delimitada da alternância dos sujeitos do discurso ao qual termina com a transmissão da palavra ao outro. [...] Essa alternância dos sujeitos do discurso que cria limites precisos do enunciado nos diversos campos da atividade humana e da vida, dependendo das diversas funções da linguagem e das diferentes condições e situações de comunicação, é de natureza diferente e assume formas várias. [...] O diálogo é a forma clássica da comunicação discursiva (BAKHTIN, 1992, p. 274-275).

Quanto à Literatura, professor deve, também, demonstrar o trabalho literário

existente por trás dos textos, contribuindo assim para desfazer o mito do escritor

como alguém superior em relação ao mundo dos homens ditos normais. As aulas de

literatura, embora tenham um curso planejado pelo professor, estarão abertas a

mudanças súbitas do seu rumo, atendo às relações textuais por eles estabelecidos.

Assim ela partirá dos textos selecionados que colocará o aluno em face de textos

sugeridos pelos alunos (a lembrança de um filme, de uma música, de outras leituras

relacionadas, mesmo a lembrança de fatos vividos ou a produção do próprio aluno)

como ponto de lançamento para a leitura de outros textos num contínuo “ir e vir” que

leve o aluno à reflexão, ao aprimoramento de pensar e a um aperfeiçoamento no

manejo que ele terá de suas habilidades de falante, leitor e escritor.

O caráter que tem a Língua Portuguesa como suporte para a construção dos

conhecimentos nos outros domínios do saber coloca o professor desta disciplina

numa posição privilegiada entre os diferentes campos da ciência e das artes,

tornando-o um alavancador potencial de relações interdisciplinares. Neste aspecto

peculiar, o professor de Língua Portuguesa pode, e deve, ampliar o potencial

expressivo dos seus alunos, ajudando-os a entender e a construir as funções

inerentes a cada ciência.

Dado o exposto, reitere-se que o objetivo maior do Ensino Médio é formar o

leitor crítico, capaz de discriminar intenções e assumir atitudes ante o texto com

independência. Para tanto alguns princípios básicos norteiam o ensino de Língua

Portuguesa e Literatura: o atendimento aos interesses do leitor; a provocação de

novos interesses, que lhe agucem o senso crítico e a preservação do caráter lúcido

do jogo literário, segundo as prescrições do Método Recepcional, ampliando assim,

o horizonte de expectativas dos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.

Os conteúdos estruturantes contemplarão na forma de pesquisas, análises,

leituras as questões ligadas à cultura e História Afro-Brasileira e Africana

Page 234: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

233

considerando aspectos determinantes da pluralidade e diversidade da nação

brasileira, por isso o ensino priorizará a realidade do aluno (prática social inicial) e a

que deseja alcançar (prática social final – práxis). Para tanto, o ensino de Língua

Portuguesa e Literatura deve, segundo essas premissas, resultar numa releitura do

mundo, num saber transformador, onde o aluno redescubra-se como coautor na

elaboração e reelaboração de significados na grande teia da plurissignificação, como

o que nos propõe João Cabral de Melo Neto.

Um galo sozinho não tece uma manhã:

ele precisará sempre de outros galos.

De um que apanhe esse grito que ele

e o lance a outro; de um outro galo

que apanhe o grito de um galo antes

e o lance a outro; e de outros galos

que com muitos outros galos se cruzem

os fios de sol de seus gritos de galo,

para que a manhã, desde uma teia tênue,

se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,

se erguendo tenda, onde entrem todos,

se entretendendo para todos, no toldo

(a manhã) que plana livre de armação.

A manhã, toldo de um tecido tão aéreo

que, tecido, se eleva por si: luz balão.

1.5 Avaliação

Uma concepção de linguagem e de ensino de Língua Portuguesa com uso de

práticas metodológicas pautadas na dialogicidade implica na proposição de critérios

e instrumentos de avaliação coerentes e dialógicos.

A avaliação mais condizente com os fundamentos da presente proposta é

aquela que se dá contínua e acumulativamente. Essa perspectiva de avaliação

rompe com o formalismo das rotinas escolares que prescreve provas escritas não

reflexivas com fim em si mesmas e propõe, então, uma clara articulação entre

objetivos, práticas metodológicas e instrumentos; articulação essa que deve estar

clara para o professor e para o aluno, também para o conjunto da turma, uma vez

que uma das metas dessa ação pedagógica é viabilizar a autonomia de quem

aprende garantida, entre outros fatores, pela interiorização de princípios de

Page 235: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

234

monitoração das próprias ações e partilha coletiva de informações. Nesse sentido, a

avaliação deve ter uma clara função formativa. As atividades avaliativas devem ser

tomadas como uma possibilidade de ampliar a reflexão sobre o processo de ensino

e seus resultados, não só para verificar quantificar o desempenho/aprendizagem do

aluno, mas principalmente para verificar o rendimento das práticas docentes, ou

seja, do ensino. Nesse sentido, a avaliação deve subsidiar o professor para

eventuais ajustes na programação e no encaminhamento metodológico de alguns

conteúdos propostos ou práticas.

O cumprimento do calendário escolar e agendamento prévio de algumas

situações de avaliação não ferem o conceito de avaliação que acabamos de

delinear, desde que as práticas avaliativas priorizem a leitura reflexiva e resolução

de questões de compreensão e/ou de análise e reflexão da língua, bem como a

produção escrita.

Em síntese, a avaliação será diagnóstica, formativa e somativa, priorizará a

qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo

do ano letivo, considerando a capacidade de observar, interpretar o conteúdo

estudado através de comparações com a realidade, estabelecendo relações e

criando, a partir da teoria, alternativas de soluções para sua prática cotidiana.

A prática de leitura será avaliada sob a ótica das Diretrizes Curriculares

Estaduais (DCEs) como ato concreto, diálogo entre leitor e obra sendo consideradas

para isso dissertações orais e escritas sobre os gêneros lidos. As práticas de escrita

permanecerão em todo o processo de ensino-aprendizagem com produções que

considerem a evolução do aluno e seu domínio dos recursos que compõem forma e

conteúdo.

Seguindo a orientação de Irandé Antunes (2005) e a teoria bakhtiniana para a

avaliação do tripé oralidade, leitura e escrita, será oportunizado momentos de

dialogicidade para que o aluno posicione-se como coautor do que fala, lê e escreve.

Instrumentos: leitura de textos diversos nos diferentes gêneros discursivos,

produção textual; provas subjetivas e objetivas; trabalhos de pesquisa, estudo

dirigido, seminários, debates, apresentação de trabalhos atividades com recursos

midiáticos, atividades diversas (individual e/ou em grupo); projetos interdisciplinares.

Para os alunos de baixo rendimento serão proporcionados estudos de

recuperação paralela através de atividades extraclasse: leituras, resumos,

produções, interpretações, exercícios linguísticos, explicações sobre os acertos e

Page 236: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

235

erros das provas e atividades, reelaboração das atividades e reescrita de textos,

com reavaliação do desempenho.

1.6. REFERÊNCIAS

AGUIAR, Vera Teixeira. Literatura: a formação do leitor: Alternativas metodológicas.

Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.

ANDRADE, Oswald de. O santeiro do mangue e outros poemas. São Paulo:

Globo/Secretaria de Estado da Cultura, 1991.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

BARTHES, Roland. Aula. In: Aula: aula inaugural da cadeira de Semiologia

Literária do Colégio de França. São Paulo: Cultrix, 2004.

BASTOS, Neusa Barbosa; CASAGRANDE, Nancy dos Santos. Ensino de língua e

portuguesa e políticas linguísticas: século XVI e XVII. In: BASTOS, Neusa

Barbosa (org). Língua portuguesa – uma visão em mosaico. São Paulo: Educ,

2002.

BRASIL/MEC/SEMTEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio.

Brasília, 1999.

CASTRO, Gilberto de; FARACO, Carlos Alberto. Por uma teoria linguística que

fundamente o ensino de língua materna (ou de como apenas um pouquinho de

gramática nem sempre é bom). In: UFPR, Educar em Revista, vol 15.

CIAVATTA, M.; FRIGOTTO, G. Ensino médio: ciência, cultura e trabalho. Brasília:

MEC/SEMTEC, 2004.

COUTINHO, A. (org.). A leitura no Brasil. 6. V. Rio de Janeiro: Sulamericana, São

Paulo, 1969.

DOMINGUES, D. (org.). A arte no século XXI. A humanização das tecnologias. São

Paulo: Unesp, 1997.

FARACO, Carlos Alberto. Área de linguagem: algumas contribuições para sua

organização. In: KUENZER, Acácia. (org.).

FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura, ensino médio, 1ª - 2ª - 3ª

série, Curitiba: Base, 2005.

FIORIN, Luiz José; SAVIOLI, Francisco. Platão – lições de texto: leitura e redação.

2ª, Salvador: Ática, 1990.

FIORIN, Luiz José & PLATÃO. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo:

Ática, 1990.

Page 237: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

236

FIORIN, Luiz José & PLATÃO. Lições de texto. São Paulo: Ática, 1990.

GALLO, Silvio. Deslocamento 3, rizoma e educação. In: Deluze e a Educação.

Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

GUATTARI, Félix. Mil platôs – capitalismo e esquizofrenia. Trad. GUERRA NETO,

Aurélio; COSTA, Célia Pinto. Rio de Janeiro: editora 34, 1995.

GERALDI, J. W. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto: curso prático de leitura e redação. São Paulo:

Scipione, 1998.

KUENZER, A. (Org.) Ensino Médio: construindo uma propostapara os que vivem

do trabalho São Paulo: Cortez, 2000.

MAIA, João Domingues. Leitura: textos &e técnicas. São Paulo: Ática, 1995.

MESERANI, Samir. Redação escolar: criatividade. São Paulo: Ática, 1995.

MOREIRA, Lucinéia de Souza Gomes. Leitura e suas práticas: um estudo junto a

professores e alunos de um curso de Ensino Médio para a formação de professores.

2007. 192 p. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de

Londrina.

NEVES, M. H. M. Que gramática estudar na escola? Norma e uso na Língua

Portuguesa. São Paulo: Contexto, 2003.

OSAKABE, Haquira; FREDERICO, Enid Yatsuda. PCNEM – literatura. Análise

crítica. In: MEC/SEB/Departamento de Políticas de Ensino Médio. Orientações

curriculares do ensino médio. Brasília, 2004.

PARANÁ/SEED. Vários Autores. Livro Didático Público - Língua Portuguesa e

Literatura – Ensino . Curitiba, 2006.

_______. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Ensino Médio.

Curitiba, 2005.

_______. Reformulação curricular do curso de formação de docentes da

educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental, em nível médio.

Curitiba, 2003.

_______. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Curitiba, 2005.

_______. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Médio.

Curitiba, 2006.

_______. Cadernos temáticos: inserção dos conteúdos de história e cultura afro-

brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba, 2005.

Page 238: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

237

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006.

PEREIRA, Gil Carlos. A palavra: expressão e criatividade. São Paulo: Moderna,

1997.

PIVOVAR, Altair. Leitura e escrita: a captura de um objeto de ensino. Curitiba:

Dissertação (mestrado em linguística). Universidade Federal do Paraná.

SARMENTO, Leila Sauar. Oficina de Redação. São Paulo: Moderna, 1997.

VENTURELLI, Paulo. A leitura do literário como prática política.In: Letras.

Curitiba: UFPR, 2002.

2 ARTE Dir-lhe-ei, e estou certo que concordará comigo, que nada há mais raro

neste mundo que um artista espontâneo — isto é, um homem que

intelectualiza a sua sensibilidade só o bastante para ela ser aceitável pela

sensibilidade alheia; que não critica o que faz, que não submete o que faz

a um conceito exterior de escola ou de moda, ou de "maneira", não de ser,

mas de "dever ser".

Fernando Pessoa

Série

Número de aulas

semanais

1ª 2

1.1. Apresentação da Disciplina

A visão de ensino da Arte perpassa pela visão de homem enquanto criador,

uma vez que é pela relação que estabelece com a natureza, seja de adaptação ou

transformação, que a paisagem natural é modificada resultando em um novo

cenário. Este cenário sintetiza a ação criadora do homem revelando sua visão de

mundo bem como seu posicionamento frente às contradições presentes nele.

Desta forma, a disciplina de arte possibilita o desenvolvimento da

sensibilidade, da percepção, da imaginação, tornando o aluno capaz de apreciar e

refletir sobre as diferentes manifestações artísticas em diferentes épocas e, a partir

delas, refletir sobre a própria vida. Segundo Ostrower (1977)o ato criador do ser

humano abrange a capacidade de compreender fenômenos estabelecendo novas

Page 239: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

238

relações de forma crítica buscando novas ordenações e significados.

Para Ivone Mendes Richter (2003, p. 51)o grande desafio do ensino da arte,

atualmente é contribuir para a construção da realidade através da liberdade pessoal.

A autora defende umensino de arte por meio do quais as diferenças culturais sejam

vistas comorecursos que permitam ao indivíduo desenvolver seu próprio potencial

humano e criativo, diminuindo o distanciamento existente entre a arte e avida.

Para Celdon Fritzem (2008, p.34) as produções-artísticas são janelas abertas

de diálogo com o público contemplador, ou mais do que isso, são registros

singulares de experiências estéticas únicas que serão ressignificadas

permanentemente quando colocadas em debate.

O conhecimento da arte de outras culturas permite o entendimento de

questões sociais, uma forma rápida, isso porque a arte de cada cultura mostra os

valores que estão presentes naquela sociedade. Nesta perspectiva a formação do

aluno deverá levar em conta a compreensão e a importância na utilização deste

conhecimento para a interpretação do mundo.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica

do Estado do Paraná a abrangência do ensino da Arte deverá privilegiar as quatro

linguagens: a dança, a música, o teatro e as artes visuais. Os conteúdos, segundo

Faraco (2000), devem ser selecionados a partir de uma análisehistórica, abordados

por meio do conhecimento estético e da produção artística,de maneira crítica, o que

permitirá ao aluno uma percepção da arte em suasmúltiplas dimensões cognitiva e

possibilitará a construção de uma sociedade semdesigualdades e injustiças

(FARACO apud KUENZER, 2000).

1.2. Objetivos

Expressar-se e comunicar-se em artes mantendo uma atitude de busca

pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a

sensibilidade e a reflexão ao realizar e fluir a produção artística;

Observar as relações entre o homem e a realidade com interesse e

curiosidade, exercitando a discussão, indagando, argumentando e

apreciando arte de modo sensível;

Estimular a expressão artística do aluno por meio de diversos materiais e

formas.

Page 240: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

239

1.3. Conteúdos

Os conteúdos serão trabalhados de forma simultânea, pois os elementos

formais organizados por meio da técnica, do estilo e do conhecimento, constituirão a

composição; materializando assim, como trabalho artístico nos diferentes

movimentos e períodos. É importante ressaltar ainda que os mesmos serão

organizados com o apoio do Livro Didático Público considerando a carga horária

proposta pela matriz curricular do Curso de Formação de Docentes que destina à

disciplina de Arte apenas duas aulas na 1ª série.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ÁREA

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E PERÍODOS

ARTES

VISUAIS

Ponto Linha Superfície Textura Volume Luz

Figurativa Abstrata Figura-fundo Bidimensional/tridimensional Semelhanças Contrastes Ritmo visual Gêneros: Paisagem, retrato, natureza-morta

Arte Pré-histórica Arte no Antigo Egito Arte Medieval Renascimento Barroco Realismo Impressionismo Expressionismo Fauvismo Surrealismo Op-art Pop-art

MÚSICA Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Tonal Modal Contemporânea Escalas Sonoplastia Estrutura Gêneros: erudita

Música popular brasileira Dança Contemporânea Arte Popular Arte Brasileira Arte Paraense

TEATRO Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais) Ação Espaço

Representação Texto Dramático Dramaturgia Espaço Cênico Sonoplastia/iluminação/cenografia/figurino/adereços: caracterização e maquiagem, máscara, jogos teatrais, roteiro, enredo. Gêneros: tragédia, comédia, drama, épico, rua, etc. Técnicas: teatro direto, teatro indireto (manipulação, bonecos, sombras)

Origem do teatro Teatro medieval O teatro de máscaras Teatro Popular O corpo como instrumento teatral

DANÇA Movimento Corporal Tempo Espaço

Eixo Dinâmica Aceleração Ponto de apoio Salto e queda Rotação Formação Deslocamento Sonoplastia

Arte Paranaense, Dança Clássica, Dança Moderna, Dança Contemporânea, Hip Hop, Arte

Latino-Americana e afro-brasileira

Page 241: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

240

Coreografia Gêneros: folclóricas, de salão e étnica.

1.4. Encaminhamento Metodológico

Os conteúdos sobre a História da Arte, norteados pelo conjunto dos campos

conceitual estético e artístico, serão trabalhados sob a apresentação de textos sobre

a História da Arte e a comparação de seus períodos; através da leitura e releitura de

obras de arte e composições que possibilitem a análise simetria, assimetria, linhas,

cores, ritmos e movimentos dos elementos formais de cada uma das quatro

vertentes das produções artísticas; pesquisas e exposições de trabalhos artísticos;

pesquisa sobre a bibliografia de artistas consagrados, confecção de trabalhos

artísticos de acordo com cada movimento apresentado.

Quanto à música serão realizados trabalhos que permitam a análise dos

elementos que as compõem bem como a sua função social e estética. O ensino do

teatro será promovido a partir de lendas, fábulas, textos literários, narrativos e

pesquisa sobre fatos históricos teatrais. A história e os tipos de dança existentes e a

montagem de coreografias será a trajetória para o ensino da música.

Sinteticamente, de acordo com o prescrito nas DCEs o encaminhamento

metodológico do ensino da Arte contemplará três momentos da organização

pedagógica:

Teorização: fundamentos dos conceitos artísticos.

Percepção e apropriação: são as formas de apreciação, fruição e

leitura da obra de arte.

Trabalho Artístico: a prática criativa de uma obra.

1.5. Avaliação

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte proposta nestas Diretrizes

Curriculares é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do

professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a

todos os momentos da prática pedagógica.

A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do

ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a auto avaliação (desenvolvimento

das aulas), bem como a auto avaliação dos alunos.

Page 242: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

241

De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é “contínua e

cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos

sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais

provas finais”.

A avaliação deverá pautar-se em critérios para o redimensionamento das

práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha a

produção do aluno. Para tanto deverá fugir das malhas do espontaneísmo e

casuísmo centrando-se no conhecimento. Ao centrar-se no conhecimento, a

avaliação gera critérios que transcendem os limites do gosto e das afinidades

pessoais, direcionando de maneira sistematizada o trabalho pedagógico.

Assim, a avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de medição

da apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente

significativas para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer parâmetros

comparativos entre os alunos discute dificuldades e progressos de cada um a partir

da própria produção, de modo que leva em conta a sistematização dos

conhecimentos para a compreensão mais efetiva da realidade.

O método de avaliação proposto nas Diretrizes inclui observação e registro do

processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na

apropriação do conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno

soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas

discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve elaborar

seus registros de forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em

sala, com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a

dos colegas valorizando seu arsenal cultural próprio, constituído em outros espaços

sociais além da escola, como a família, grupos, associações, religião e outros. Desta

forma. O professor deve fazer um levantamento das formas artísticas que os alunos

já conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar um instrumento musical,

dançar, desenhar ou representar. Durante o ano letivo, as tendências e habilidades

dos alunos para uma ou mais áreas da arte também devem ser detectadas e

reconhecidas pelo professor.

Esse diagnóstico é a base para planejar futuras aulas, pois, ainda que

estejam definidos os conteúdos a serem trabalhados, a forma e a profundidade de

sua abordagem dependem do conhecimento que os alunos trazem consigo.

Page 243: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

242

Essa é outra dimensão da avaliação, a zona de desenvolvimento proximal,

conceito elaborado por Lev Semenovich Vigotsky que trabalha a questão da

apropriação do conhecimento na interação com o grupo no qual está inserido.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários

vários instrumentos de verificação tais como:

• trabalhos artísticos individuais e em grupo;

• pesquisas bibliográfica e de campo;

• debates em forma de seminários e simpósios;

• provas teóricas e práticas;

• registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, audiovisual e outros.

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário

para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo,

visando às seguintes expectativas de aprendizagem:

• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua

relação com a sociedade contemporânea;

• A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua

realidade singular e social;

• A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas

diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

1.6. Referências Bibliográficas

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação.São Paulo: Moderna, 1997.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte.São Paulo: Ática, 1991.

CALÁBRIA, Carla Paula Brondi. Arte: História & Produção. V. 2. São Paulo: FTD,

1997.

FIGUEIREDO, Lenita de Miranda. História de Arte para Crianças. 4ª edição. São

Paulo: Pioneira, 1988.

PARANÁ/SEED. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Curitiba, 2005.

_______. Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Médio. Curitiba, 2006.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

_______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações

étnico-raciais. Cadernos Temáticos. Curitiba, 2006.

Page 244: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

243

_______. Vários Autores. Livro Didático Público – Arte. Curitiba: SEED/PR, 2006.

3 EDUCAÇÃO FÍSICA

Quem quiser ter boa saúde no corpo, procure tê-

la na alma.

Franciso Quevedo

Série

Número de aulas

semanais 1ª 2

2ª 2

3ª 2

4ª 2

1.1. Apresentação da Disciplina

Compreender a Educação Física num contexto mais amplo significa entender

que esta área de conhecimento é parte integrante de uma totalidade definida por

relações que se estabelecem na realidade social e política.

O trabalho é, para o ser humano, o momento histórico em que há um salto

qualitativo na própria conformação da experiência humana. Este salto qualitativo vai

estabelecer a materialidade corporal humana.

Assim a cultura corporal evidencia a relação estreita entre a formação

histórica do ser humano, através do trabalho, e as práticas corporais que daí

decorreram e, a ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão

sobre o acervo de formas e representações do mundo que o homem tem produzido,

exteriorizadas pela expressão corporal através dos jogos, danças, lutas, exercícios

ginásticos, esporte, mímica, e outros. Estas expressões podem ser identificadas

como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem,

historicamente criadas e culturalmente desenvolvidas.

Portanto a atividade física trará benefícios mentais e físicos proporcionando melhor

qualidade de vida para o educando dinamizando sua integração social.

Page 245: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

244

1.2. Objetivos Gerais

Estimular a participação do aluno nas aulas, especificando os objetivos

de cada atividade, para que tenha consciência do seu benefício como

instrumento de comunicação, expressão de sentimentos, emoções, de

lazer e de manutenção e melhoria de saúde.

Aprofundar o conhecimento dos alunos sobre o funcionamento do

corpo humano de forma a reconhecer e modificar as atividades

corporais, valorizando-as como recurso para melhoria de suas aptidões

físicas.

Aprofundar o conhecimento das diferentes manifestações de cultura

corporal, reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho,

linguagem e expressividade.

Participar de atividades em grandes e pequenos grupos,

potencializando e canalizando as diferenças individuais para o

benefício e conquista dos objetivos de todos.

Buscar informações para o aprofundamento teórico de forma a

construir e adaptar alguns sistemas para melhoria de suas aptidões

físicas.

Demonstrar autonomia na elaboração de atividades corporais, assim

como capacidade para discutir e modificar suas regras, podendo

estabelecer uma melhor utilização dos conhecimentos adquiridos sobre

cultura corporal para a preparação de aulas no futuro.

Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo

capaz de discerni-las e reinterpretá-las em bases científicas, adotando

uma postura autônoma, na seleção de atividade e procedimentos para

a manutenção ou aquisição da saúde.

1.3. Conteúdos

1ª SÉRIE

Corpo Humano

Fatores de risco das doenças degenerativas.

Efeitos do exercício físico regular sobre o organismo.

Page 246: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

245

Implicações para a saúde quanto a adoção de estímulo de vida ativa e não ativa

fisicamente.

Ginástica

Importância dos exercícios localizados.

Consciência da importância de executar exercícios corretos.

História da Educação Física

Pré-história aos dias de hoje.

Jogos

Desportivos, cooperativos e lúdicos, trabalhando fundamentação e compreensão

das regras, interação e socialização.

2ª SÉRIE

Aptidão Física

Fisiologia, nutrição, capacidade físicas relacionadas com a saúde e com o

desempenho físico.

Esportes

Voleibol, handebol e basquetebol.

Jogos e Brincadeiras

Brincadeiras contadas, jogos: sensoriais, intelectuais e motores.

Danças

De salão, folclóricas e populares.

3ª SÉRIE

Condutas Psicomotoras

Coordenação dinâmica, física, postura e equilíbrio.

Educação da respiração.

Organização espacial e organização temporal.

Ginástica aeróbica e ginástica localizada.

Page 247: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

246

Noções de higiene.

Primeiros socorros.

4ª SÉRIE

Esportes: Voleibol e Basquetebol

Fundamentos Técnicos

Histórico

Regras oficiais

Fundamentos básicos

Jogo

Saúde e Higiene

Carboidratos

Proteínas.

Gorduras.

Colesterol.

1.4. Encaminhamento Metodológico

A metodologia a ser utilizada levará em consideração os objetivos de

Educação Física na formação do homem e no meio o qual está inserido, bem como

as relações com a sociedade.

Para que o aluno compreenda esse conhecimento é preciso possibilitar a ele

uma metodologia dinâmica em locais de atividades teóricas e práticas, estimulando a

participação e proporcionando a busca do conhecimento. Várias estratégias serão

usadas como: aulas práticas e teóricas, trabalhos em grupos, pesquisas, aulas

expositivas, elaboração de projetos e debates.

Objetivando ainda a formação integral do aluno e melhoria da qualidade da

sua relação com o meio e, com a sociedade na qual está inserido, de maneira

concreta e significativa, serão desenvolvidas atividades que expressem sentimentos,

necessidades e costumes que confrontem a realidade e o lúdico, que estabeleça

regras, limites e barreiras a serem vencidas, através da compreensão e análise de

fatos do cotidiano, proporcionando o conhecimento do seu corpo. Estas atividades

priorizarão os aspectos práticos e teóricos, utilizando estratégias de trabalhos

Page 248: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

247

individuais e em grupo, debates, palestras, trabalhos extraclasses e uso das

tecnologias existentes a fim de proporcionar ao aluno o máximo de estímulos que

contribuam para a sua formação integral.

1.5. Avaliação

A avaliação se dará através de um processo contínuo, durante todo o período

letivo, devendo ser diagnóstica e somativa, que analise a compreensão dos alunos a

respeito dos conhecimentos adquiridos, verificando se os mesmos atingiram os

objetivos propostos para sua formação integral.

Serão sensibilizados a participar diretamente das avaliações, tanto individuais

como em grupos, fazendo sua auto avaliação, para que ele possa conhecer-se

melhor e ter uma visão mais ampla e clara dos fatos que os cercam.

1.6. Referências Bibliográficas

ARNAIZ, Sanches P.S. C. A Psicomotricidade na Escola: uma prática preventiva e

educativa. Artmed.

BARBOSA, Cláudio R. A. Educação Física Escolar - Da Alienação à Libertação -

Sulina.

FREIRE, João Batista. Educação Física de Corpo Inteiro. São Paulo: Scipione.

PARANÁ/SEED. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Curitiba, 2005.

_______. Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Médio.

Curitiba, 2006.

_______. Vários Autores. Livro Didático Público – Educação Física – Ensino

Médio. Curitiba, 2006.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

SANTOS, Edmilson dos (org). Educação Física Escolar - Sulina.

SOARES, C. L. Fundamentos da Educação Física Escolar. Campinas -SP:

UNICAMP/FE/DEME, mimeo. 25 p,1988.

VÁRIOS AUTORES, Coleção Magistério, 2º Grau - Série Formação do Professor.

Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

Page 249: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

248

1. MATEMÁTICA

A matemática goza, perante todas as outras ciências, de

um prestígio especial, e isto por uma razão única: é que

suas teses são absolutamente certas e irrefutáveis, ao

passo que as outras ciências são controvertidas até certo

ponto e sempre estão em perigo de serem derrubadas

por fatos recém-descobertos. A matemática goza desse

prestígio porque é ela que dá às outras ciências certa

medida de segurança que elas não poderiam alcançar.

Einstein que elas não poderiam alcançar sem ela.

Série

Número de aulas semanais

1ª 2

2ª 2

3ª 2

4ª 2

1.1 Apresentação da disciplina

Considerando a pluralidade das contradições sociais, a escola traz em seu

cerne a democratização do saber viabilizando a formação cultural e científica como

instrumento de luta do povo para sua emancipação. Numa perspectiva progressista.

Na perspectiva progressista a instrução, como propõe Libâneo (1985), é um

processo de desenvolvimento das capacidades cognitivas pela transmissão e

assimilação ativa dos conhecimentos.

Historicamente, a disciplina de Matemática configura-se como um conjunto de

conhecimentos necessários para a formação dos indivíduos, contribuindo para o

desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e cultural.

Dessa forma, por ter se constituído historicamente e legitimada nas relações

sociais ao longo da trajetória da humanidade requer seu estudo nos ambientes

escolares. Além do aspecto específico da própria matemática como ciência, muito

outras aplicações na sociedade atual justificariam o seu estudo nas escolas, pois

além de suas especificidades, a matemática é ferramenta de diversas outras

disciplinas que utilizam seus modelos para interpretação de fenômenos inerentes a

outras ciências.

O ensino da Matemática faz com que o aluno atribua sentido aos eventos

Page 250: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

249

naturais e científicos, o que permite reconhecer problemas e tomar decisões na

busca de soluções.

1.2. Objetivos

Ler e interpretar textos de Matemática.

Ler, interpretar e utilizar a linguagem de símbolos e representações.

Transcrever mensagens matemáticas da linguagem corrente para a

linguagem simbólica (equações, diagramas, expressões, gráficos e

tabelas) e vice-versa.

Exprimir-se com correção e clareza, tanto na língua materna como

na linguagem matemática, usando a terminologia correta.

Identificar problemas e compreender enunciados.

Identificar, interpretar, analisar e comparar dados em diferentes

representações (gráficos, tabelas, entre outros) formulando

hipóteses e prevendo resultados.

Interpretar e criticar resultados dentro do contexto de uma situação

e fazer validar as conjecturas, experimentando, recorrendo a

modelos, esboços e fatos conhecidos utilizando o raciocínio

dedutivo e indutivo.

Utilizar os conceitos e procedimentos aprendidos como ferramentas

matemáticas conforme necessidades exigidas na resolução de

problemas, na interpretação e intervenção do real.

Utilizar os conceitos e procedimentos para reconhecer os números,

ler e interpretar a linguagem de símbolos e representações

matemáticas desenvolvendo a capacidade de raciocínio, de

comunicação, de criatividade e de resolução de problemas do

cotidiano efetivando a compreensão histórica na interpretação da

ciência, na atividade tecnológica e no mundo.

Traduzir, identificar e organizar informações, dada uma

representação de variável social, econômica, física, química,

biológica ou de outras áreas; possibilitando a compreensão de

fenômenos naturais e a intervenção de aspectos da vida social e do

cotidiano.

Page 251: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

250

Utilizar o conhecimento geométrico construído para o

aperfeiçoamento da leitura, da compreensão e da ação sobre a

realidade concreta.

1.3. Conteúdos

Os conteúdos Estruturantes e Básicos serão reorganizados considerando a

carga horária nas quatro séries do curso, conforme orientações específicas.

1ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante: Números e Álgebra - Revisão: Matemática Básica

Máximo Divisor Comum e Mínimo Múltiplo Comum

Frações

Produtos Notáveis

Fatoração

Equações e Inequações do 1º Grau

Equações do 2º Grau

Potenciação

Radiciação

Conteúdo Estruturante: Números e Álgebra

Teoria dos Conjuntos

Conjuntos dos números reais e noções de números complexos

Intervalos Reais

Conteúdo Estruturante: Funções

Relações (conceito, valor numérico, domínio, imagem e contradomínio)

Funções (conceito, valor numérico, raiz, domínio, imagem e contradomínio)

Classificação de Funções

Inversão de Funções

Composição de Funções

Tipos de Funções:

Função Polinomial do 1º Grau (definição, valor numérico, gráfico e seus elementos,

estudo de sinais, resolução de inequações, resolução de problemas)

Função Polinomial do 2º Grau (definição, valor numérico, gráfico e seus elementos,

Page 252: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

251

estudo de sinais, resolução de inequações, resolução de problemas).

Função Modular (definição, gráfico e seus elementos, resolução de equações e

inequações modulares, resolução de problemas).

2ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante: Funções

Função Exponencial (definição, gráfico e seus elementos, resolução de equações e

inequações exponenciais, resolução de problemas).

Função Logarítmica (definição do logaritmo e aplicação de suas propriedades,

definição da função, gráfico e seus elementos, resolução de equações e inequações

logarítmicas, resolução de problemas).

Conteúdo Estruturante: Funções – Trigonometria

Razões trigonométricas no triângulo retângulo

Trigonometria da 1ª volta (arcos e ângulos, ciclo trigonométrico, arcos

côngruos, linhas trigonométricas, relações trigonométricas, operações com arcos

e identidades trigonométricas)

Funções trigonométricas

3ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante: Funções – Trigonometria

Equações Trigonométricas

Triângulos Quaisquer (Lei dos Senos e Lei dos Cossenos)

Conteúdo Estruturante: Funções - Sequências Numéricas

Sequências

Progressões Aritméticas

Progressões Geométricas

Conteúdo Estruturante: Números e Álgebra - Matrizes, Determinantes e Sistemas

Lineares

Matrizes e Determinantes

Sistemas Lineares

Page 253: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

252

Conteúdo Estruturante: Tratamento da Informação - Análise Combinatória

Princípio Fundamental da Contagem

Fatorial

Arranjos Simples

Permutações Simples e com elementos repetidos

Combinações Simples

4ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante: Tratamento da Informação - Probabilidades

Probabilidades

Conteúdo Estruturante: Tratamento da Informação - Matemática Financeira

Porcentagem

Lucro e Desconto

Acréscimos Sucessivos e Descontos Sucessivos

Conteúdo Estruturante: Tratamento da Informação - Noções de Estatística

Conceitos Introdutórios (levantamento estatístico, população e amostra)

Elaboração de tabelas com distribuição de frequências para dados simples e dados

agrupados

Construção de gráficos representativos (colunas, barras, setor, histograma e

polígono de frequência)

Medidas de Tendência Central (Média Aritmética, Mediana e Moda)

Medidas de Dispersão (Desvio Médio, Variância e Desvio Padrão)

Conteúdo Estruturante: Geometrias - Geometria Plana

Revisão: Ângulos, polígonos: conceituação, elementos e classificação

Áreas de figuras planas

Conteúdo Estruturante: Geometrias - Geometria Espacial

Poliedros (região poligonal convexa, poliedro convexo, Relação de Euler).

Prismas (conceituação, elementos, classificação, área e volume de um prisma).

Pirâmides (conceituação, elementos, classificação, área e volume de uma pirâmide).

Page 254: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

253

Cilindro (conceituação, elementos, área e volume de um cilindro).

Cone (conceituação, elementos, área e volume de um cone).

Esfera (conceituação, elementos, área e volume de uma esfera).

1.4. Encaminhamento Metodológico

Os processos de ensino e de aprendizagem do conhecimento matemático

têm como base principal a análise e a reflexão sobre a construção de seus conceitos

e sua aplicabilidade em diferentes contextos. Assim, ao ensinar matemática, o

professor deve procurar desenvolver, nos estudantes, a capacidade de resolver

situações-problema, à medida que os compreende e os interpreta por meio de

linguagens matemáticas. Ao articular a matemática com outras disciplinas, o

professor estará propiciando ao aluno ampliar sua percepção quanto à aplicabilidade

dessa disciplina, verificando-a em contextos como na Física, na Química, na área da

saúde, na tecnologia e nas esferas sociais.

Os encaminhamentos referentes à seleção dos conteúdos, às estratégias de

ensino, assim como ao número de aulas destinado a cada conteúdo abordado em

sala de aula irão determinar o bom desenvolvimento do trabalho. Segundo

D'Ambrosio, “dificilmente poderá a prática pedagógica atingir a eficiência desejada

se, ao considerar ou ao iniciar uma aula e ao prepará-la, o professor não fizer um

exame do objetivo que pretende atingir [...]” (1986, p. 46).

As tendências metodológicas apresentadas nas Diretrizes Curriculares

Orientadoras do Ensino da Matemática serão contempladas, quais sejam: Resolução

de Problemas, Investigação Matemática, Modelagem Matemática, História da

Matemática, Etnomatemática e Mídias Tecnológicas, possibilitando ao aluno o

avanço em estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos matemáticos em

atividades tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria matemática. Os

conteúdos matemáticos são abordados em suas relações com o cotidiano e com

outras áreas do conhecimento, o que propicia que se estabeleçam relações

interdisciplinares.

1.5. Avaliação

A avaliação será a fonte principal de informação e inspiração para a

formulação de práticas educativas que levem à formação global do aluno. De acordo

com a pedagogia histórico-crítica (SAVIANI, 1997) entendemos que a avaliação

Page 255: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

254

deve ser a prática emancipadora com a função diagnóstica (permanente e contínua).

Assim o professor obtém as informações necessárias sobre o desenvolvimento de

sua prática favorecendo o processo de aprendizagem.

As tomadas de decisão serão constantes. O aluno também participa desse

processo, tomando conhecimento dos seus próprios resultados e reorganizando-se

para mudanças que se façam necessárias. Assumindo esse caráter, a avaliação na

disciplina de Matemática deverá informar sobre a leitura e compreensão de

conceitos e procedimentos, a capacidade e iniciativa na construção do raciocínio

dedutivo e indutivo, a capacidade de interpretar, discutir e aplicar o conhecimento na

resolução de problemas da própria ciência, do cotidiano e de outras áreas do

conhecimento bem como na realidade.

Dessa forma, serão considerados os seguintes instrumentos de avaliação:

Análises e discussões em sala de aula;

Resolução de exercícios e resolução de problemas;

Trabalhos de pesquisa, provas escritas individuais e/ou em grupo;

Aula do erro, estudos paralelos em grupo e estudos complementares.

A recuperação de estudos para os alunos de baixo rendimento na

aprendizagem serão feitos através dos estudos paralelos em grupo com atendimento

de dúvidas e explicações pelo professor em sala de aula. Após o período de estudos

dos mesmos, a avaliação será efetivada através de prova substitutiva no término de

cada semestre. Vale ressaltar que os "estudos paralelos em grupo" serão avaliados

de acordo com o nível de esforço, persistência e capacidade do aluno de

desenvolver sua autonomia nos estudos, partindo do pressuposto que devemos

considerar, no Curso de Formação de Docentes – Médio Integrado, ofertado por

este estabelecimento de ensino, o trabalho como princípio educativo, e a partir daí, a

formação do indivíduo pesquisador com autonomia para a aquisição de seu próprio

conhecimento.

Ao propor um desafio matemático que contemple um conteúdo da série em

que o trabalho está sendo desenvolvido, o professor estará privilegiando a

Resolução de Problemas em suas etapas: leitura do texto, destaque dos dados

importantes para a solução, resolução, verificação da resposta e sua aceitação ou

refutação. Nesse caso, todo o processo de resolução poderá ser avaliado,

independentemente da solução obtida pelo aluno.

Serão ofertadas oportunidades diversificadas para os alunos expressarem

Page 256: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

255

seus conhecimentos e tais oportunidades devem incluir manifestações escritas, orais

e de demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como

materiais manipuláveis, computador, calculadora e outros. O professor, conhecendo

a sua turma, estabelecerá os instrumentos mais indicados para avaliar e quantificar

os conhecimentos adquiridos pelos alunos.

1.6. Referências

BARRETO FILHO, B., BARRETO, C. X. Matemática aula por aula – ensino médio.

São Paulo: FTD, 2000.

BELLO, S. E. L. A Pesquisa em Etnomatemática e a Educação Indígena.

Zetetiké, v. 4, n. 6, p. 97-106, Campinas, S.P.1996.

BIANCHINI, E., PACCOLA, H. Curso de Matemática - volume único. São Paulo:

Moderna, 1998.

BITTENCOURT, J. A Epistemologia Genética e o Ensino de Matemática. Zetetiké,

v. 4, n. 6, p. 75-85, Campinas, 1996.

BOYER, C.B. História da Matemática. São Paulo: IBEP, 1980.

BRASIL/MEC. Explorando o ensino da Matemática. Vs 1,2 e 3, organização geral

de Suely Druck, Brasília: Secretaria de Educação Básica, 2004.

BRASIL. Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Médio. Curitiba,

2006.

_______. Secretaria do Ensino Médio e Tecnológico – SEMTEC/MEC. Parâmetros

Curriculares do Ensino Médio: Área de Ciências da Natureza, Matemática e suas

Tecnologias. Brasília, 1998.

_______. Vários Autores. Livro Didático Público – Matemática – Ensino Médio.

Curitiba, 2006.

_______.Matemática Fundamental – 2º Grau. São Paulo: FTD, 1994.

_______.Matemática Fundamental: uma nova abordagem – ensino médio. São

Paulo: FTD, 2002.

_______.Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. 9ª ed., Campinas,

SP: Autores Associados, 2005.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006.

CARAÇA, B. J. Conceitos Fundamentais da Matemática. 4. ed. Lisboa: Gradiva,

Page 257: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

256

2002.

D'AMBROSIO, Ubiratan. Da Realidade à Ação – Reflexões sobre Educação e

Matemática. 4. ed. Campinas: Summus Editorial, 1986.

DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas. São Paulo: Ática, 1989.

DANTE, L. R. Matemática: contexto e aplicações - ensino médio. Vs 1, 2 e 3, São

Paulo: Ática, 2003.

FIORENTINI, D. Alguns Modos de Ver e Conceber o Ensino da Matemática no

Brasil. Revista Zetetiké. V. 4, n.3, 1-37, Campinas - SP.

GIOVANNI, J. R., CASTRUCCI, B., GIOVANNI JR, J. R. A Conquista da

Matemática: Teoria e Aplicação - 1º grau. Vs. 5, 6, 7 e 8, São Paulo: FTD, 1992.

IEZZI, G. Coleção Fundamentos da Matemática Elementar. São Paulo: Atual,

1998.

LIBÂNEO, J. C. Democratização da Escola Pública – A pedagogia crítico-social

dos conteúdos. Coleção Educar 1, 20ª ed., São Paulo: Edições Loyola, 1985‟.

LIMA, E. S. Avaliação, educação e formação humana. Capítulo 2 - Sala de Aula.

LONGEN, A. Matemática – Ensino médio. Volumes 1, 2 e 3, Curitiba - Pr: Positivo,

2004.

MACHADO, N.J. Matemática e Realidade: análise dos pressupostos filosóficos que

fundamentam o ensino da matemática. São Paulo: Cortez, 1987.

MARCONDES, C. A., GENTIL,N., GRECO, S. E. Matemática: série novo ensino

médio. Volume único, São Paulo: Ática, 2003.

MEDEIROS, C. F. Por uma Educação Matemática como intersubjetividade: In

BICUDO, M. A. V. Educação Matemática: São Paulo: Cortez, 1987.

MIGUEL, A. As Potencialidades Pedagógicas da História da Matemática em

Questão: Argumentos Reforçadores e Questionadores: In Revista Zetetiké, v.5, n.8,

73 – 105, Campinas - SP, 1997.

PAIVA, M. Matemática – volume único. São Paulo: Moderna, 2000.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica.

DCOs. Diretrizes Curriculares de Matemática para as Séries Finais do Ensino

Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: SEED/DEB, 2008.

PARANÁ/SEED. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Curitiba, 2005.

PESTANA, M.I.G. Matrizes Curriculares de Referência para o SAEB. Brasília:

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, 1999.

SAVIANI, D. Escola e Democracia. Campinas, SP: Mercado das Letras, 1994.

Page 258: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

257

VÁRIOS AUTORES, Anglo: ensino médio: livro-texto. São Paulo: Anglo, 2002.

1. FISÍCA

“Sem a convicção de uma harmonia

íntima do Universo, não poderia haver ciência.”

Albert Einstein

Série

Número de aulas

semanais

3ª 3

1.1. Apresentação da Disciplina

A Física tem como objeto de análise o universo em toda sua complexidade e,

como disciplina escolar, propõe o estudo da natureza entendida como realidade

material sensível (MENEZES, 2005). No entanto, os conteúdos de Física

apresentados aos estudantes do Ensino Médio são modelos elaborados pelo

homem no intuito de explicar e entender essa natureza, por isso exemplificá-los

concretamente é desafiador.

Os estudos e contribuições dos mais diversos povos (como os árabes e os

chineses, entre outros) as pesquisas sobre a História da Física demonstram que, até

o período do Renascimento, a maior parte da ciência conhecida pode ser resumida à

Geometria euclidiana, à Astronomia Geocêntrica de Ptolomeu (150 d.C.) e à Física

de Aristóteles (384-322 a.C).

Consideremos que as explicações a respeito do Universo mudam em cada

época de acordo com que se conhece sobre ele. No mundo atual, globalizado e

altamente tecnológico, a Física possui uma parcela significativa desse

conhecimento. Toda tecnologia é de grande importância no conhecimento da Física

e muitas vezes já faz parte do cotidiano do aluno. Essa proposta implica na

Page 259: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

258

abordagem que o ensino da Física faz sobre os fenômenos físicos, lembrando que

suas ferramentas conceituais são as de uma ciência em construção, com uma

respeitável consistência teórica.

Além disso, estudar Física desenvolve o raciocínio, estimula a imaginação e a

criatividade. Um aluno interessado nesta disciplina circula por muitos outros

conteúdos ampliando reflexões que marcarão o desenvolvimento de sua própria

cidadania, tornando-o capaz de contextualizar o conhecimento capacitando-se para

uma atuação crítica e social.

Em síntese, a Física, tanto quanto as outras disciplinas, devem considerar a

dimensão crítica do conhecimento científico sobre o universo de fenômenos e a não-

neutralidade da produção desse conhecimento; bem como seu comprometimento e

envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais da sociedade.

1.2. Objetivos

Compreender um conteúdo de física e apreender seu significado

podendo relacioná-lo com outros acontecimentos.

Identificar, selecionar e interpretar criticamente informações

científicas.

Comunicar-se em diferentes linguagens científicas, formular

hipóteses e prever resultados.

Relatar e discutir os fundamentos teóricos e metodológicos de uma

experiência de Física, mostrando a importância do papel da

disciplina no seu dia a dia e em sua formação.

Considerar os conhecimentos construídos fora da sala de aula,

identificando-os e integrando-os ao conhecimento cientifico, de

forma que as aprendizagens realizadas em qualquer ambiente,

tempo ou situação signifiquem ampliação do conhecimento,

articulando com o conhecimento de Física.

Explorar as relações interdisciplinares, considerando o caráter

orgânico do conhecimento, pela complementaridade dos saberes. A

resolução de um problema, a execução de um projeto, o

enfrentamento de uma situação que requer um conhecimento em

Física.

Page 260: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

259

1.3. Conteúdos

3ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante: Movimento

História da Física

Mecânica

Cinemática escalar

Conceitos e definições

Movimento Uniforme, Movimento uniformemente variado e queda dos

corpos

Cinemática vetorial

Operações com vetores

Dinâmica

Leis de Newton

Conteúdo Estruturante: Termodinâmica

Energia

Energia Potencial Gravitacional e elástica

Energia Cinética e Mecânica

Termologia

Calorimetria

Estudo dos gases

Introdução a ondulatório.

Conteúdo Estruturante: Eletromagnetismo

Eletrostática

Conceitos fundamentais

Carga elétrica

Tipos de eletrização

Princípios da eletrostática

Isolantes e condutores, processos de eletrização

Eletroscópio pendular e de folha

Força Elétrica

Lei de Coulomb

Campo Elétrico

Vetor campo elétrico, Campo elétrico de uma carga puntiforme fixa

Campo elétrico de várias cargas puntiformes

Page 261: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

260

Linhas de força

Eletrodinâmica

Corrente elétrica

Leis de Ohm

Estudo de resistores

Instrumentos de medidas elétricas

Geradores e receptores

Circuito Elétrico

Eletromagnetismo

Campo magnético

Força magnética

Indução eletromagnética

1.4. Encaminhamento Metodológico

Os vínculos entre ciência, técnica e produção são muito estreitos, quase

inseparáveis. Por isso, é importante que o ensino de Física não deixe de lado

também a Filosofia da Ciência, pois a Filosofia apresenta elementos para análise

que permitem dialogar de forma mais enriquecedora com a natureza.

Portanto, o ensino de Física deve estar voltado para os fenômenos físicos,

enfatizando-os qualitativamente, com redução da ênfase na formulação matemática

sem, no entanto, perder a consistência teórica, visto que é importante a

compreensão da evolução dos sistemas físicos, bem como das aplicações

decorrentes dessa compreensão e suas influências na sociedade contemporânea.

Propõe também, um tratamento qualitativo dos temas da Física Moderna,

corroborando para apresentação da mesma como Ciência em processo de

construção.

Para tanto será proposto o trabalho efetivo com situações-problema,

aproximando o aprendizado com a prática social, pois a proposição de uma

situação-problema ativa a mobilização dos conhecimentos já adquiridos e estimula a

busca de novos conhecimentos, articulando esses dois quadros de referência e

estes ao sentido do problema. Dessa forma propicia-se a valorização do

conhecimento cientifico.

Há ainda de se contextualizar os conhecimentos científicos, os problemas e

as atividades, uma vez que, o que dá sentido à aprendizagem é a dimensão

Page 262: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

261

vivencial. As situações de aprendizagem devem proporcionar o contato efetivo com a

realidade vivencial na qual o aluno está inserido e para a qual é formado. As

atividades serão realizadas individualmente ou em grupo para o desenvolvimento de

habilidades como organização, flexibilidade e tolerância, incorporando ao

conhecimento científico o prazer em aprender.

Vale ressaltar que na aprendizagem dos conceitos da Física a presença do

professor é imprescindível, pois ele é o detentor do conhecimento físico e

significador destes conteúdos do ponto de vista social, econômico e cultural.

De acordo com as Orientações Curriculares para o Ensino Médio/MEC, na

disciplina de Física deve-se assegurar que a competência investigativa possa

resgatar o espírito questionador do aluno e o desejo dele conhecer o mundo em que

habita, sendo assim, o ensino se apresentará como cultura e como possibilidade de

compreensão do mundo.

É importante que o processo de ensino-aprendizagem, em Física, parta do

conhecimento prévio do aluno, onde se incluem as concepções alternativas ou

concepções espontâneas, sobre os quais a ciência tem um conceito científico.

Podemos dizer que na concepção espontânea o estudante adquire no seu dia-a-dia,

na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e que, na

escola, se fazem presentes no momento em que se inicia o processo de ensino-

aprendizagem. Já a concepção científica envolve um saber socialmente construído e

sistematizado, o qual necessita de metodologias específicas para ser transmitido no

ambiente escolar.

De acordo com Tavares (2004), o aluno deve ser capaz de perceber e

aprender em outras circunstâncias onde se fizerem presentes situações

semelhantes às trabalhadas pelo professor em aula, apropriando-se da nova

informação, transformando-a em conhecimento, ou seja, tecer analogias.

Portanto, o professor deverá utilizar-se de aulas expositivas e dialógicas bem

como de aulas experimentais que envolvam análise, discussão, reflexão e

investigação associadas a uma escolha bem-feita de conteúdos significativos,

seguindo além do limite da informação e atingindo a fronteira da formação científica

num processo organizado e sistematizado. O livro didático servirá como recurso de

pesquisa constante em sala de aula e o uso dos meios tecnológicos e os jogos

educativos também se farão presentes no cotidiano de acordo com a necessidade

do momento.

Page 263: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

262

1.5. Avaliação

Ao considerarmos importantes os aspectos históricos, conceituais e culturais,

a evolução das ideias em Física e a não neutralidade da ciência, a avaliação deverá

levar em conta o progresso do aluno na elaboração dos conceitos, levantamento de

hipóteses para explicá-los.

Dessa forma, a avaliação deverá ter um caráter diversificado, levando em

consideração: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise de um

texto, seja ele literário ou científico, emitindo uma opinião que leve em conta o

conteúdo físico; a capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou

qualquer outro evento que envolva a Física.

Os instrumentos utilizados serão: análise e discussão através de trabalhos de

pesquisas bibliográficas e/ou de campo, elaboração de relatórios sobre

experimentos, participação em experiências que desafiam a descoberta, provas

individuais e/ou em grupo.

A Recuperação de Estudos para alunos com baixo rendimento escolar deverá

ser concomitante ao processo educativo por meio da retomada de conteúdos entre

outras atividades, podendo, se necessário, após o período de estudos, aplicação de

uma reavaliação em cada semestre.

1.6. Referências Bibliográficas

ARRUDA, S. M. e LOPES, F. M. A construção da identidade docente na

formação inicial de professores de Biologia: o papel da identificação. Revista

Ensaio, 2006.

ASTOLFI, J.P.; DEVELAY, M. A Didática das Ciências. Traduzido por Magda Sento

Sé Fonseca. 7.ed. São Paulo: Papirus, 2002.

BONJORNO, J.R.; BONJORNO, R.A.; RAMOS, C.M. Física Fundamental. São

Paulo: FTD, 1999.

CARVALHO, R. História da eletricidade estática. 2.ed. Coimbra: Atlântida, 1973.

CHARLOT, B. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre:

Artes Médicas, 2000.

CHARLOT, B. Relação com o saber, Formação dos Professores e Globalização.

Porto Alegre: Artmed, 2005.

COELHO, S.M. et al. Conceitos, Atitudes de Investigação e Metodologia

Experimental como Subsídio ao Planejamento de Objetivos e Estratégias de

Page 264: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

263

Ensino. Caderno Catarinense de Ensino de Física. v.17, n.2, p.122-49.

Florianópolis - SC, 2000.

DELIZOICOV, Demétrio e ANGOTTI, J. A. ANGOTTI. Metodologia do Ensino de

Ciências. São Paulo: Cortez, 1994.

Di BERNARDO, S.; KOHL, E. Formação de professores do ensino médio pela

instrumentação e pesquisa em ciências. In: III Taller International de Didáctica

sobre la Física Universitária. Matanzas, 2002.

ESTEVES, M. e RODRIGUES, A. Tornar-se professor: estudos portugueses

recentes. Investigar em Educação, n. 2, junho de 2003.

ESTRELA, et al. A investigação sobre formação continua de professores em

Portugal (1990-2004). Investigar em Educação, n. 4, junho de 2005.

FERREIRA, N.C. (coord). Roteiros, Protótipos e Experimentos do Projeto Rede

de Instrumentação para Ensino projeto – RIPE -. São Paulo: USP / Instituto de

Física. 1996-2005.

LINHARES, S. & GEWANDSZNAJDER, F. Biologia: Programa Completo. 10a ed.

São Paulo: Ática, 1999.

LUZ, A.M.R. ALVARENGA, B. Curso de física. v. 3, 5.ed. São Paulo: Scipione, 2000.

MÁXIMO, A. & ALVARENGA, B. Física. 1a edição. São Paulo: Scipione. 1997.

MORAES, R (org). É Possível Ser Construtivista no Ensino de Ciências?

Construtivismo e ensino de Ciências. , 2000. p.103-30. Porto Alegre: EDIPUCRS,

2000.

NÓVOA, A. (org.). Os Professores e a Sua Formação. 3ª ed. Lisboa: Publicações

Dom Quixote, 1997.

NÓVOA, A. (org). Vidas de Professores. Porto: Porto Editora, 2000.

PARANÁ/SEED. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Curitiba, 2005.

_______. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio. Curitiba, 2006.

_______. Vários Autores. Livro Didático Público – Física – Ensino Médio. Curitiba,

2006.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

PASSOS, M. M. Anotações do I Simpósio de Formação de Professores. 2006.

RAMALHO, Nicolau Toledo. Os Fundamentos da Física. São Paulo: Moderna.

PENTEADO, Paulo César M. Física Conceitos e Aplicações. São Paulo: Moderna.

Page 265: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

264

PIMENTA, S. G. e GHEDIN, E. (orgs). Professor reflexivo no Brasil: gênese e

crítica de um conceito. São Paulo: Cortez. 2005.

PINTO JR, O. Eletricidade atmosférica. Disponível em:

<http://www.dge.inpe.br/wotan> Acesso em : 30 set. 2005.

PINTO, I.R.C.A. Tempestades e relâmpagos no Brasil. SP: São José dos Campos:

INPE, 2000a.

_____.Relâmpagos: A natureza em alta voltagem. Eletricidade e Magnetismo. São

Paulo: Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. 2000b.

RAMALHO, Nicolau Toledo. Os Fundamentos da Física. São Paulo: Moderna.

Revista CD-ROM Escola . nº 4. São Paulo: Europa, 2001.

SÉRÉ, M.G.; COELHO, S.M.; NUNES, A.D. O Papel da Experimentação no

Ensino da Física. Caderno Brasileiro de Ensino de Física. v.20, n.1, p.30-42.

Florianópolis, abr. 2003.

SILVA, Wilton Pereira e SILVA, Cleide M. D. P. S. Física Experimental: Mecânica.

João Pessoa - PB: Universitária/UFPB, 1996.

SILVA, Wilton Pereira e SILVA, Cleide M. D. P. S. Mecânica Experimental para

Físicos e Engenheiros. João Pessoa - PB: Universitária/UFPB, 2000.

SILVA, Wilton Pereira e SILVA, Cleide M. D. P. S. Física Experimental: Mecânica.

João Pessoa - PB: Universitária/UFPB, 1997.

SILVA, Wilton et al. Apresentação do Software Educacional Vest21 Mecânica,

Rev. Bras. Ens. Fís. (24), nº 2. pág. 221. São Paulo, 2002.

SOUSA, R. Raios, relâmpagos e trovões. Disponível em:

<http://www.ufpa.br/ccen/fisica/aplicada/classif.htm> Acesso em: 30 set. 2005.

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2003.

VALADARES, E. C. Física mais que divertida. 2a edição. Belo Horizonte: Editora da

UFMG. 2002

Page 266: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

265

1. QUÍMICA

"O que sabemos é uma gota,

o que ignoramos é um oceano".

Isaac Newton,

Série

Número de aulas

semanais

2ª 2

3ª 2

1.1. Apresentação da Disciplina

A Química tem papel essencial na formação do sujeito, pois, ligada

diretamente à vida, é uma ciência que o leva ao estudo das substâncias materiais e

suas transformações. A origem histórica dos saberes da Química está ligada às

transformações sofridas pelo mundo e surgimento e desenvolvimento da sociedade

tecnológica que exige das ciências dos materiais respostas precisas e específicas às

suas demandas.

Muito embora existam, atualmente, formas distintas de conceber o ensino de

Ciências e de Química, a pedagogia sócio-histórica já é um referencial teórico na

prática de alguns professores. A essa visão de aprendizagem corresponde uma

proposta de ensino, voltada ao trabalho na perspectiva de formação de conceitos,

porém diretamente relacionados à sua finalidade. Muitas vezes, os alunos trazem

concepções do senso comum, estruturas conceituais alternativas que não podem ser

ignoradas pelo professor, mas que devem ser superadas no sentido da efetiva

significação de conceitos cientificamente estabelecidos. Caberá ao professor,

utilizando estratégias de ensino, levar os alunos a aproximarem-se, cada vez mais

qualitativamente, do conceito desejado, numa exposição dialógica e de negociação,

num contexto organizado, também, pelo professor.

Essa relação implica a compreensão de um mínimo necessário de

conhecimento científico e tecnológico para além do domínio estrito dos conceitos de

Page 267: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

266

Química. Diz respeito ao entendimento das inter-relações sociais do sujeito, ao

desenvolvimento da sua capacidade de participação através de uma atitude crítica e

atuação transformadora na direção de uma sociedade justa.

A principal função do ensino de Química é proporcionar ao educando uma

compreensão racional do mundo que o cerca, levando-o a um posicionamento de

vida. Em consequência desse aprendizado, desejamos ainda que ele perceba,

gradualmente, como a construção do conhecimento cientifico permitiu o

desenvolvimento de tecnologias que modificaram e modificam profundamente nossa

vida. Utilizamos máquinas que nos ajudam a viver melhor; mudamos nossas

perspectivas quanto à preservação de nossa saúde e a expectativa de vida.

A Química ainda é imprescindível para a aprendizagem ao permitir a

compreensão do que ocorre na natureza e os benefícios concedidos ao homem, e

ao mostrar a necessidade de ser respeitar o equilíbrio da natureza.

1.2. Objetivos

Compreender conteúdos científicos elementares e fundamentais, compatíveis

com a sua faixa etária/ano desenvolvendo vocabulário adequado.

Desenvolver a capacidade de observação, de coleta e organização de dados,

aprendendo a usar instrumento de medida e vocabulário adequado.

Generalizar e tecer analogias para situações cotidianas identificando-as nos

fenômenos naturais e em algumas aplicações práticas.

1.3. Conteúdos

2ª SÉRIE

Estrutura da Matéria

Substância

Misturas

Métodos de Separação

Fenômenos Físicos e químicos

Estrutura Atômica

Distribuição Eletrônica

Tabela Periódica

Ligações Químicas

Funções Químicas

Page 268: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

267

Radioatividade

3ª SÉRIE

Soluções

Termoquímica

Cinética Química

Equilíbrio Químico

Química do Carbono

Funções Oxigenadas

Funções Nitrogenadas

Polímeros

Isomeria

1.4. Encaminhamento Metodológico

Os conceitos da Química serão apresentados em atividades experimentais,

uma vez que elas desenvolvem a curiosidade do aluno, e explicitam os

determinantes e condicionantes de um fenômeno. Indubitavelmente, o aluno vai

entender melhor uma lei da química se esta puder ser obtida ou confirmada através

de atividades praticas em laboratório.

A associação da teoria com a prática é relevante partindo de fatos do dia a

dia, da vivência do aluno. O professor deve considerar que o ensino da Química não

se reduz apenas à matemática aplicada, na qual o aluno se perde e esquece-se da

química que está sendo ensinada e trabalhada. Os exercícios, devem,

preferencialmente, estar relacionados à situações concretas da vida do aluno,

embora exijam tratamentos em diferentes níveis de abstração.

1.5. Avaliação

A avaliação deverá ser diagnóstica, contínua e gradativa, considerando o

aluno em sua individualidade, valorizando seu ritmo na realização das atividades. A

avaliação deve ser um recurso a serviço do desenvolvimento global do aluno, vista

como parte do processo de ensino-aprendizagem.

Constará de diferentes atividades e uso de diferentes instrumentos de

trabalho, bem como o uso de novas tecnologias que visem o trabalho interdisciplinar.

Page 269: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

268

Os resultados da avaliação deverão servir para nortear a tomada de decisões,

que contribuam para a melhoria da qualidade do processo educativo (Feedback). Os

Estudos de Recuperação serão feitos paralelamente ao conteúdo de sala de aula,

sem dispensa, por meio de estratégia diversificada e de acordo com o Regimento

Escolar.

1.6. Referências bibliográficas

ARAÚJO, Marcos. Química Completa para o Vestibular- Volume Único. São Paulo:

Moderna, 1997.

FERRÉ, Juan. Química para o 2º GRAU .Volume único. São Paulo: Scipione, 1990.

MORTIMER, E.F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio – Volume

Único. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2002.

PARANÁ/SEED. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Curitiba, 2005.

_______. Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio. Curitiba,

2006.

_______. Vários Autores. Livro Didático Público – Química – Ensino Médio.

Curitiba, 2006.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

SARDELLA & MATEUS. CURSO DE QUÍMICA. Vs 1, 2, 3. São Paulo: Moderna,

1993.

SARDELLA ,A. ; FALCONE, M. QUÍMICA-SERIE BRASIL. São Paulo: Ática, 2004.

TITO & CANTO. Química Na Abordagem Do Cotidiano .Vs 1, 2, 3. São Paulo:

Ática, 1991.

Page 270: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

269

1. BIOLOGIA

Não nos surpreendemos com a raridade de uma espécie,

mas ficamos chocados com o seu desaparecimento; é como

admitir que a doença é o prelúdio da morte e não se

sentir surpreso diante da doença, mas apenas com a morte

da pessoa doente, não atribuindo o falecimento ao mal de

que ela sofria, mas a algum ato desconhecido de violência.

Charles Darwin

Série

Número de aulas

semanais

2ª 3

1.1. Apresentação da Disciplina

O fenômeno “vida”, bem como a sua diversidade de manifestações é objeto

de estudo da Biologia. Segundo Bertoni (2007) pensar sobre o fenômeno vida

enquanto objeto de estudo da biologia implica pensar sobre o ensino desse

conhecimento enquanto disciplina de biologia (conhecimento científico escolar) nos

diferentes níveis e especialidades educacionais, com o propósito de compreender tal

fenômeno. A biologia, disciplina escolar, tem como ciência de referência a biologia

no campo pesquisa científica.

Difícil pensar que todo o conhecimento biológico produzido no âmbito da

pesquisa possa ser mediado e ensinado nas disciplinas escolares na forma de

conhecimentos científicos escolares. Isso remete ao entendimento de que é

necessário selecionar conhecimentos específicos para o currículo dessa disciplina,

estabelecendo critérios coerentes para essa seleção e definir estratégias para se

ensinar tais conhecimentos.

O ensino da Biologia permite a compreensão da natureza e dos limites dos

diferentes sistemas explicativos, e ainda, a compreensão de que a Ciência não tem

resposta para tudo, sendo uma de suas características a possibilidade de ser

questionada e de se transformar. Nesta perspectiva os conceitos científicos devem

ser apresentados como resultado de uma construção socializada, que conta com a

imaginação, a intuição e a emoção e é influenciada pelo contexto histórico e

econômico. Ao trabalhar tais conceitos, é importante considerar o conhecimento

Page 271: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

270

prévio do aluno e enfatizar a aprender a pensar e o pensar para aprender.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica

deve-se buscar superar a fragmentação do conhecimento por meio da seleção de

fatos, conceitos e teorias que promovam aprendizagens significativas e funcionais e

pela superação das fronteiras entre disciplinas. Nesse processo, é imprescindível o

compromisso com a flexibilidade, a diversidade e com a contextualização dos

conteúdos, de acordo com o desenvolvimento das estruturas cognitivas do aluno.

Tais exigências vinculam-se ao princípio segundo o qual o ensino da Biologia não

deve priorizar a transmissão de informações, mas sim a formação de atitudes e

valores que promovam um aprofundamento no conhecimento científico sobre a vida,

bem como a admiração e o respeito por ela.

1.2. Objetivos

Reconhecer e utilizar os conceitos intrínsecos da Biologia.

Apresentar suposições, hipóteses, expressar dúvidas, idéias e conclusões

acerca dos fenômenos biológicos.

Relacionar os diversos conteúdos conceituais de Biologia na/pela

compreensão de fenômenos.

Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas

apresentados, utilizando-se de elementos da Biologia.

Reconhecer a Biologia como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto da

conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e

tecnológicos.

Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos

do senso comum relacionados a aspectos biológicos.

Reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformações

intencionais por ele produzidas no seu ambiente.

Julgar ações de intervenção, identificando aquelas que visam a preservação e

a implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente.

Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento

tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as

concepções de desenvolvimento sustentável.

Page 272: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

271

1.3.Conteúdos

Considerando que o curso de formação de docentes contempla a disciplina de

Biologia apenas nas 1ª e 2ª séries os conteúdos estruturantes e específicos foram

organizados, distribuídos e adequados a essas séries focando os seguintes

aspectos:

a formação da cidadania;

preparo para o trabalho;

saúde;

educação ambiental;

a bioética;

os avanços biológicos no contexto da vida.

2ª SÉRIE

Histórico, importância e abrangência da Biologia.

Organização Celular e Molecular:

Histórico e métodos de estudo;

Aspectos físico-químicos da célula;

Membrana;

Citoplasma;

Núcleo;

Divisão celular;

Histologia;

Reprodução, Embriologia, Sexualidade e Saúde

Bioética;

Biotecnologia;

Biodiversidade;

Biomas terrestres e aquáticos;

Relações ecológicas;

Ecossistemas;

Ciclos biogeoquímicos;

Desequilíbrio ambiental urbano e rural;

Educação ambiental;

Page 273: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

272

Pesquisas científicas e biológicas.

Organização e distribuição dos Seres Vivos;

Os seres vivos e o ambiente;

Classificação geral nos reinos;

Origem das espécies;

Fisiologia comparada;

Pesquisas científicas e biológicas;

Ciência e saúde;

Bioética;

Biotecnologia;

Processo de Modificação dos Seres Vivos;

Origem e evolução da vida;

Genética;

Biotecnologia.

Implicações dos Avanços Biológicos no Contexto da Vida

Bioética;

Ciência e saúde;

Pesquisas científicas biológicas.

1.4. Encaminhamento Metodológico

Em conformidade com o exposto nas DCEs, a ciência sempre esteve

sujeita às interferências, determinações, tendências e transformações da sociedade,

aos valores e ideologias e às necessidades materiais do homem. Ao mesmo tempo

em que sofre a sua interferência, nelas interfere (ANDERY, 1988; ARAÚJO, 2002).

Em meio a estas necessidades humanas, a ciência visa encontrar explicações

sobre os fatos. As indagações acerca da própria ciência demarcam saltos

qualitativos do conhecimento científico, fortalecendo a concepção de uma ciência

que nasce da luta contra o obscurantismo e a superação do senso comum, em que

a história da ciência deve ser tão crítica quanto à própria ciência (ASTOLFI &

DEVELAY, 1991; LOVO, 2000).

Segundo Gaston Bachelard (1971) o ensino e a aprendizagem da ciência não

parte do zero para ampliar o conhecimento. “Nada é natural. Nada é dado. Tudo é

construído” (BACHELARD, 1971). Como construção, o conhecimento é sempre um

Page 274: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

273

processo inacabado. Como elemento da construção científica, a Biologia deve ser

entendida como processo de produção do próprio desenvolvimento humano

(ANDERY,1988). O avanço da Biologia, portanto, é determinado pelas necessidades

materiais do ser humano com vistas ao seu desenvolvimento, em cada momento

histórico. De fato, o ser humano sofre a influência das exigências do meio social e

das ingerências econômicas dele decorrentes, ao mesmo tempo em que nelas

interfere.

A ciência reflete, assim, o desenvolvimento e as rupturas ocorridas nos

contextos sociais, políticos, econômicos e culturais dos diferentes momentos

históricos. Em outros termos, se a incorporação da ciência aos meios de produção

promoveu intensificações nos avanços da sociedade, não se pode considerar que a

ciência somente acumula teorias, fatos, noções científicas aceitas na prática do

cientista, mas cria modelos paradigmáticos que nascem da utilidade da ciência em

resposta às necessidades da sociedade.

Os paradigmas do pensamento biológico identificados compõem os

conteúdos estruturantes para a disciplina de Biologia a partir dos quais, abordam-se

os conteúdos básicos e específicos.

A Ciência é intrinsecamente histórica e a disciplina de Biologia contribui para

formar sujeitos críticos e atuantes, por meio de conteúdos que ampliem seu

entendimento acerca do objeto de estudo – o fenômeno VIDA – em sua

complexidade de relações, ou seja:

• na organização dos seres vivos;

• no funcionamento dos mecanismos biológicos;

• no estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade

genética, hereditariedade e relações ecológicas;

• na análise da manipulação genética.

No ensino de Biologia, o ato de observar extrapola o olhar descomprometido

ou o simples registro, pois inclui a identificação de variáveis relevantes e de medidas

adequadas para o uso de instrumentais. Entretanto, considera-se a intencionalidade

do observador, uma vez que ele é o sujeito do processo de observação, o que

implica reconhecer a sua subjetividade.

Nesta perspectiva deve ser adotado o método experimental como recurso de

ensino para uma visão crítica dos conhecimentos da Biologia, sem a preocupação

de busca de resultados únicos. A observação e experimentação são tomadas como

Page 275: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

274

procedimento de investigação, dada sua importância como responsável pelos

avanços da pesquisa no campo da Biologia. Entretanto, os experimentos devem

estar sempre amparados pelos dispositivos legais vigentes, tais como:

• Lei Estadual do Paraná n. 14.037, de 20 de março de 2003, que institui o

Código Estadual de Proteção aos animais;

• Lei de Biossegurança;

• Resoluções do Conama/MMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente);

• Política Nacional da Biodiversidade.

Nesse contexto, as aulas experimentais podem significar uma crítica ao ensino

com ênfase exclusiva na divulgação dos resultados do processo de produção do

conhecimento científico, e apontar soluções que permitam a construção racional do

conhecimento científico em sala de aula, sem dissociar as implicações deste

conhecimento para o ser humano.

Cabe ressaltar que a aula assim concebida deve introduzir momentos de

reflexão teórica com base na exposição dialogada, bem como a experimentação

como possibilidade de superar o modelo tradicional das aulas práticas dissociadas

das teóricas. As aulas práticas passam a fazer parte de um processo de ensino

pensado e estruturado pelo professor, repensando-se inclusive, o local onde possam

acontecer, não ficando restritas ao espaço de laboratório.

As aulas, desta forma, não são apenas experimentais ou apenas teóricas,

mas pensadas de modo a assegurar a relação interativa entre o professor e o aluno

pela participação ativa no processo pedagógico.

Desse modo, os conhecimentos biológicos, se compreendidos como produtos

históricos indispensáveis à compreensão da prática social, podem contribuir para

revelar a realidade concreta de forma crítica e explicitar as possibilidades de atuação

dos sujeitos no processo de transformação desta realidade (LIBÂNEO, 1983).

O professor e o aluno comportam-se como sujeitos sócio históricos situados

numa classe social. Ao professor compete direcionar o processo pedagógico,

interferir e criar condições necessárias à apropriação do conhecimento pelo aluno

como especificidade de seu papel social na relação pedagógica. Se por um lado os

conhecimentos biológicos proporcionam ao aluno a aproximação com a experiência

concreta dele, por outro, constituem elementos de análise crítica para superar

concepções anteriores, estereótipos e pressões difusas da ideologia dominante

(SNYDERS, 1974; LIBÂNEO, 1983).

Page 276: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

275

Para o ensino de Biologia, propõe-se o método da prática social, que decorre

das relações dialéticas entre conteúdo de ensino e concepção de mundo; entre a

compreensão da realidade e a intervenção nesta realidade (SAVIANI, 1997;

LIBÂNEO, 1983). Confrontam-se, assim, os saberes do aluno com o saber

elaborado, na perspectiva de uma apropriação da concepção de ciência como

atividade humana. Ainda, busca-se a coerência por meio da qual o aluno seja

agente desta apropriação do conhecimento.

Em síntese, o processo ensino e aprendizagem deve valorizar a construção

histórica dos conhecimentos biológicos, articulados à cultura científica, socialmente

valorizada. A formação do sujeito crítico, reflexivo e analítico consolida-se por meio

de um trabalho em que o professor reconhece a necessidade de superar

concepções pedagógicas anteriores, ao mesmo tempo em que compartilha com os

alunos a afirmação e a produção de saberes científicos a favor da compreensão do

fenômeno VIDA.

É fundamental, portanto, que se estabeleça uma relação entre o aluno, o

professor e o conhecimento científico, na perspectiva da aprendizagem significativa

do conhecimento historicamente acumulado, da formação de uma concepção de

Biologia e sua relação com a Tecnologia e com a Sociedade.

Assim sendo, a metodologia a ser utilizada dentro desta perspectiva, inclui

além do aproveitamento dos conhecimentos prévios dos alunos através da

problematização, e as práticas sociais, as aulas experimentais, debates, palestras,

estudo de textos, excursões, visitas (estudo do meio) aulas expositivas, trabalhos e

técnicas em grupo, seminários, oficinas e desenvolvimento de projetos mais

pontuais. O livro didático utilizado é do Plano Nacional do Livro Didático.

1.5. Avaliação

A avaliação inclui práticas diversas e integra os vários momentos do

desenvolvimento curricular implicando na realização de várias operações

interligadas. Os instrumentos a serem utilizados deverão ser diversificados,

atendendo as diferenças individuais, como por exemplo: pesquisas, provas orais e

escritas, objetivas e subjetivas, testes, observação direta, entre outros. É

fundamental que esta avaliação se processe de forma contínua. A Recuperação de

Estudos é aplicada durante todo o ano letivo logo após a correção das atividades de

avaliação, através da aula do erro, avaliações substitutivas, exercícios de revisão

Page 277: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

276

entre outros.

1.6. Referências Bibliográficas

AMABIS, J.M., MARTHO, G.R. Fundamentos da Biologia Moderna. 2.ed. São

Paulo: Moderna, 1997.

AMABIS, J.M., MARTHO, G.R. Conceitos de Biologia. 3v. São Paulo: Moderna,

2003.

BERTONI, DANISLEI. Um estudo dos estilos de pensamento biológico sobre o

fenômeno vida. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná.

Curitiba, 2007.

BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática: 2002.

CARVALHO, W. Biologia em Foco. São Paulo: FTD, 2002.

CHEIDA, Luiz Eduardo. Biologia Integrada. São Paulo: FTD, 2003. (Coleção Delta).

FAVARETTO, J.A., MERCADANTE, C. Biologia. São Paulo: Moderna,1999. KRASILCHIK, Myrian. Prática do ensino de biologia. 2ª ed. São Paulo: Harbra,1986.

LINHARES, S. GEWANDSZNAJDER, F. Biologia hoje. 3v. São Paulo: Ática: 2006.

LOPES, Sonia Bio. 1ª.ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

LOPES, S. e ROSSO, S. Biologia. São Paulo: Saraiva, 2004.

MACHADO, Sídio. Biologia. São Paulo: Scipione, 2003.

NARDI, Roberto(org) Questões atuais no ensino de ciências. São Paulo:

Escrituras, 1998.

PARANÁ/SEED. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Curitiba, 2005.

_______. Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio. Curitiba,

2006.

_______.Vários Autores. Livro Didático Público – Biologia – Ensino Médio. Curitiba, 2006.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

PAULINO, W.R. Biologia. São Paulo: Ática, 2000.

SILVA, CESAR JR. SASSON, Sezar. Biologia. 2ª.ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

SOARES, J.L. Biologia. São Paulo: Scipione, 1997.

Page 278: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

277

1. HISTÓRIA

O historiador e o poeta não se distinguem um do outro pelo

facto de o primeiro escrever em prosa e o segundo

em verso. Diferem entre si, porque um escreveu o que

aconteceu e o outro o que poderia ter acontecido”.

Aristóteles

Série Número de aulas semanais

1ª 2

2ª 2

1.1. Apresentação da Disciplina

A história tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às

ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os

sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Já as relações

humanas produzidas por estas ações podem ser definidas como estruturas sócio

históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de representar,

de imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar social, cultural e politicamente.

As relações condicionam os limites e as possibilidades das ações dos sujeitos

de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as estruturas

sócio históricas. Mesmo condicionadas, as ações dos sujeitos permitem espaços

para suas escolhas e projetos de futuro. Deve-se considerar também como objeto de

estudos, as relações dos seres humanos com os fenômenos naturais, tais como as

condições geográficas, físicas e biológicas de uma determinada época e local, os

quais também se conformam a partir das ações humanas.

Os conteúdos estruturantes da História assentam-se no tripé das relações de

trabalho, relações de poder e relações culturais resultante de um recorte dimensões

política, econômico-social e cultural. Os mesmos são integrados entre si e permitem

a busca do entendimento da totalidade das ações humanas.

O trabalho é tomado como expressão da relação que os seres humanos

estabelecem entre si e a natureza, portanto, ao realizar as atividades de

Page 279: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

278

transformação da sociedade e de elementos da natureza, os homens se relacionam.

Estas relações permitem diversas formas de organização do mundo do trabalho.

Entender que essas relações são exercidas nas diversas instâncias sócio históricas,

como o mundo do trabalho, as políticas públicas e as diversas instituições, permite

ao aluno perceber que as mesmas fazem parte de seu cotidiano.

As relações culturais são a correspondência dialética entre as estruturas

materiais e simbólicas de um determinado contexto histórico. As diferenças culturais

existem devido às diversas interpretações construídas por sujeitos históricos que

estão inseridos em grupos sociais distintos na divisão social do trabalho.

A presente proposta para a disciplina de História no Curso de Formação de

Docentes pretende ainda apresentar uma releitura da contribuição dos negros na

construção e formação da sociedade brasileira. Além preparar os futuros docentes a

mudar discursos, raciocínios, lógicas, gestos, posturas e modos de tratar as pessoas

em geral, em especial as pessoas negras, e assim superar a ideologia dominante da

democracia racial na sociedade brasileira conforme as leis 10.639/03 e 13.381/01.

1.2. Objetivos

Contemplar a diversidade das experiências sociais, culturais e

políticas dos sujeitos e suas relações.

Abrir perspectivas para validar, refutar ou complementar a produção

historiográfica existente.

Desenvolver uma consciência histórica que leve em conta a

diversidade das práticas culturais dos sujeitos, sem abandono do

rigor do conhecimento histórico.

Valorizar a possibilidade de luta e transformação social.

Compreender as experiências e os sentidos que os sujeitos dão à

História.

Analisar e propor ações que visam a superação das condições de

vida dos sujeitos do presente, apontando para expectativas futuras.

Compreender que o conhecimento histórico possui diferentes

formas de explicar o seu objeto de investigação, constituídos nas

experiências dos sujeitos.

Contribuir para a formação de uma consciência histórica crítica.

Page 280: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

279

Permitir a ampliação das possibilidades de explicação e

compreensão de um fato histórico.

Refletir e superar uma visão unilateral dos fatos históricos

favorecendo a compreensão da vida social em toda a sua

complexidade.

Valorizar, divulgar e respeitar os processos históricos de resistência

negra.

Buscar compreender os valores e lutas, ser sensível ao sofrimento

causado pelas formas de desqualificação do povo negro.

1.3. Conteúdos

Para a disciplina de História os conteúdos estruturantes serão as relações de

trabalho, relações de poder e as relações culturais que assumem um recorte mais

específico apontando para o estudo das relações humanas. O conceito de tempo foi

construído historicamente e modificou-se de acordo com o surgimento e

transformação das sociedades. Assim, considera-se que os estudos das ações e das

relações humanas do passado são parte de problematizações feitas no presente.

O conceito de espaço contextualiza e articula os conteúdos estruturantes aqui

propostos. O local onde os sujeitos históricos atuam delimita as possibilidades de

ação e de compreensão do processo histórico.

1ª SÉRIE

Reflexão sobre a História.

Pré-história.

Civilizações da antiguidade (Visão Geral).

Civilização Bizantina.

Civilização Islâmica.

A formação dos Reinos Bárbaros.

Reino dos Francos.

O Sistema Feudal.

O Poder da igreja medieval.

O Fim da Idade Média.

A Cultura na Idade Média.

Page 281: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

280

Idade Moderna.

O Estado Moderno.

A conquista da América.

Mercantilismo e o sistema colonial.

O Renascimento Cultural Europeu.

A reforma protestante e a reação católica.

A Revolução Inglesa.

O Iluminismo e o despotismo esclarecido.

A Revolução Industrial.

A Independência dos Estados Unidos.

2ª SÉRIE

A Idade Contemporânea.

A Revolução Francesa.

A Era Napoleônica e o Congresso de Viena.

A independência dos países da América Latina.

Revoluções Europeias, Nacionalismo e Unificação.

Estados Unidos: A Conquista do Oeste e a Guerra de Secessão.

A Expansão do Imperialismo.

A Primeira Guerra Mundial.

A Revolução Russa.

A crise do capitalismo e os regimes totalitários.

A Segunda Guerra Mundial.

A descolonização e os conflitos regionais.

Os países do primeiro mundo.

Historia do Brasil.

História do Paraná.

Cultura Afro-Brasileira.

História do Brasil (A conquista do Brasil, Sistema Colonial, Expansão Territorial,

Emancipação Política, Primeiro e Segundo Reinados, Brasil República).

1.4. Encaminhamento Metodológico

A metodologia tem como base a utilização dos conteúdos estruturantes, os

Page 282: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

281

quais deverão estar articulados com a fundamentação teórica e os temas

selecionados pelos professores. A problematização de situações relacionadas às

dimensões econômico-sociais, política e cultural considera a seleção de objetos

históricos. Esses objetos são as ações e relações humanas no tempo, ou seja,

articulam-se aos conteúdos estruturantes propostos neste documento, quais sejam:

as relações de trabalho, as relações de poder e as relações culturais. Para abordar

esses conteúdos estruturantes torna-se necessário que se proponha recortes

espaço-temporais e conceitual à luz da historiografia de referência. Estes recortes

constituem os conteúdos específicos a serem abordados no Ensino Médio. O

professor ao elaborar o problema e selecionar o conteúdo estruturante que melhor

responde à problemática, constitui o tema. E este se desdobra nos conteúdos

específicos que fundamentam a resposta para problemática.

Os conteúdos estruturantes da disciplina de História serão abordados através

de temas, na compreensão de que não é possível representar o passado em toda

sua complexidade. Primeiramente deve-se focalizar o acontecimento, processo ou

sujeito que se quer representar do ponto de vista da historiografia. Em segundo

lugar, delimitar o tema histórico em um período bem definido demarcando

referências temporais fixas e estabelecer uma separação entre seu início e seu final.

Por fim, os professores e alunos definem um espaço ou território de observação do

conteúdo tematizado. O que delimita esta demarcação espaço-temporal é a

historiografia específica escolhida e os documentos históricos disponíveis. Além

dessas três dimensões, faz-se necessário instituir um sentido à seleção temática

realizada, o qual é dado pela problematização. Dentro dessa concepção, o uso de

documentos em sala de aula proporciona a produção de conhecimento histórico

quando usado como fonte na qual buscam-se respostas para as problematizações

anteriormente formuladas. Assim os documentos permitem a criação de conceitos

sobre o passado e o questionamento dos conceitos já construídos.

O trabalho com diferentes documentos requer que o professor tenha

conhecimento sobre a especificidade de sua linguagem e sobre a sua natureza, bem

como os limites e possibilidades que o trato pedagógico de cada documento

apresenta. As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas,

gravuras, museus, filmes, músicas são documentos que podem ser transformados

em materiais didáticos de grande valia na constituição do conhecimento histórico.

Os documentos anteriormente citados podem ser utilizados de diferentes

Page 283: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

282

maneiras em sala de aula: na elaboração de biografias, confecção de dossiê,

representação de danças folclóricas, exposição de objetos sobre o passado que

esteja no alcance do aluno, com a descrição de cada objeto exposto e o contexto em

que os mesmos foram produzidos e estabelecer relações entre as fontes.

A proposta da seleção de temas é também pautada em relações

interdisciplinares considerando que é na disciplina, no caso a História, que ocorre a

articulação dos conceitos e metodologias entre as diversas áreas do conhecimento.

Assim, narrativas, imagens, sons de outras disciplinas relacionadas devem ser

tratadas como documentos a serem abordados historiograficamente.

1.5. Avaliação

A avaliação será oportunizada dentro do processo ensino

aprendizagem e não em momentos pontuais e separados deste processo. A

avaliação do ensino de História considerará três aspectos importantes: a apropriação

de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos

conteúdos específicos. Esses três aspectos serão entendidos como complementares

e indissociáveis. Para tanto, o professor deverá se utilizar de diferentes instrumentos

de avaliação, tais como: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos,

análise e interpretação de mapas e documentos históricos; produção de narrativas

históricas, pesquisas bibliográficas, pesquisa de campo, sistematização de conceitos

históricos, apresentação de seminários, debates e provas individuais e/ou em grupo.

1.6. Referências Bibliográficas

ARANHA, M. L. De A. & MARTINS, M. H. P. Filosofando. São Paulo: Moderna,

1986.

BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o

contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987.

______. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1995.

Barbeiro, Heródoto. História: volume único para o ensino médio. São Paulo:

Scipione, 2004

BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São

Paulo:Cortez,2004.

BRASIL/MEC. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações

Page 284: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

283

Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.

Brasília, 2006.

_______. Secretaria de Educação Média e Tecnológica (SEMTEC). Parâmetros

Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília, 2002.

BRAUDEL, Fernand. História e ciências sociais. Lisboa: Editorial Presença, 1996.

CERRI, Luis Fernando (org.). O ensino de história e a ditadura militar. Curitiba:

Aos Quatro Ventos, 2003.

CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. Rio de

Janeiro: Bertrand Brasil S/A, 1997.

______. A História à prova do tempo: da História em migalhas ao resgate do

sentido. São Paulo: Unesp, 2001.

FONSECA, Thais Nivia de Lima e. História e ensino de história. Belo Horizonte:

Autêntica, 2003.

FONTANA, Josep. História depois do fim da História. Bauru: EDUSC, 1998.

GINSBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

GRAMSCI, Antônio. Cadernos do cárcere, v. I a VI. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 2004.

______. Mundos do trabalho: novos estudos sobre a história operária. Rio de

Janeiro: Paz e Terra, 2000b.

HORN, Geraldo Balduíno. O ensino de história: teoria, currículo e método. Curitiba:

Livro de Areia, 2003.

LEBRUN,Gérard. O que é Poder. São Paulo: Brasiliense.2004.

LE GOFF, Jacques e NORA, Pierre (orgs.). História: novos problemas. Rio de

Janeiro: Francisco Alves, 1979.

MARX, Karl. O 18 brumário de Luis Bonaparte e Cartas Kugelmann. Rio de

Janeiro: Paz e Terra, 1997.

______. O capital. Livro 1 a 3, v. I e II. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

MÉSZÁROS, István. O poder da ideologia. São Paulo: Boitempo, 2004.

______. A formação da classe operária inglesa: a árvore da liberdade. V. 1. Rio

de Janeiro: Paz e Terra, 2004.

PARANÁ/SEED. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Curitiba, 2005.

_______. Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Médio. Curitiba, 2006.

_______. Vários Autores. Livro Didático Público – História – Ensino Médio.

Curitiba, 2006.

Page 285: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

284

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

Vicentino, Cláudio. História Geral - volume único - Ensino Médio. São Paulo:

Scipione, 2000.

1. GEOGRAFIA

"Cada um só vê do universo aquilo que a sua sensibilidade

ou a sua maneira de ser lhe permite.

O universo pode ser muito mais vasto e muito

mais diferente do que aquilo que é apenas o nosso mundo."

Agostinho Silva

Série Número de aulas semanais

1ª 3

1.1. Apresentação da Disciplina

Uma viagem epistemológica pela Geografia faz-se necessária para

fundamentar a importância e o objeto de estudos dessa disciplina para o Ensino

Médio.

Muitos são os estudos sobre a história da Geografia, porém de acordo com

Andrade (1987, p. 20) essa área do conhecimento está em utilização desde a pré-

história com as ideias geográficas registradas em pinturas rupestres. Segundo o

mesmo autor, na Antiguidade evidencia-se a contribuição dos gregos e romanos

para evolução da Geografia. Durante a Idade Média, apesar da escassez de registro

dos conhecimentos, as viagens de Marco Polo, incontestavelmente, contribuíram

para ampliação dos conhecimentos geográficos. Por outro lado, na Idade Moderna,

nas bases do positivismo (neutralidade científica), a Geografia ganha status de

ciência, seguindo, no entanto, as ideologias dos Estados, tornando-se assim uma

ciência comprometida com os governantes de cada país em que se criavam as

Escolas de Geografia.

Page 286: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

285

O desenvolvimento da Geografia não pode ser analisado de um modo linear,

isso porque houve um corte epistemológico entre o final do século XIX e o início do

século XX, que serviu para jogar no esquecimento a Geografia pré – universitária,

que esteve ligada às preocupações dos chefes de estado, dos oficiais e dos homens

de negócios. Assim, a Geografia escolar foi imposta no fim do século XIX.

Nas palavras de Lacoste (1977, p.38) a Geografia universitária vai moldando

a Geografia escolar, caindo no enciclopedismo. A renovação do ensino de Geografia

no Brasil começou na década de 1970 e relaciona-se com uma crise mais ampla que

atingiu todas as ciências, desde o pós-guerra. Nesse processo de

redescoberta da Geografia, graves problemas se colocaram como: a construção de

fundamentos epistêmicos necessários à consolidação de sua cientificidade, a

definição e clareza do sujeito desta ciência, capaz de desvelar a organização

espacial e suas relações. A Geografia Crítica, mesmo com vários problemas,

chegou aos alunos na década de 1980, propondo o fim do saber neutro, da

valorização da paisagem e do ensino conteudístico.

As transformações ocorridas no Brasil e no mundo no final do século XX,

suscitadas pela Revolução Tecno-Científica, pela globalização da economia e pelos

problemas ambientais, deram aos conhecimentos geográficos um novo significado,

passando de ciência descritiva à Geografia crítica.

Redefinida como ciência social, sendo ensinada num mundo rápido, fluida,

torna-se imprescindível transformar a antiga ideia presente na Geografia da Terra

como espaço absoluto, ou seja, uma coisa em si mesma, independente, constituindo

um receptáculo que contém coisas, para o espaço relacional, ou seja, um objeto

somente pode existir na medida que ele contém e representa dentro de si relações

com outros objetos, conforme lembra Correa (1996, p.26).

O objeto de estudo da Geografia fica assim definido: o espaço geográfico. De

acordo com Santos (1996) “o espaço geográfico deve ser considerado como algo

que participa igualmente da condição do social e do físico, um misto, um híbrido”.

Portanto pode-se considerar que o objetivo principal da disciplina de Geografia no

Ensino Médio é contribuir para a formação de um indivíduo lúcido, conhecedor e

autônomo a partir da percepção e compreensão do espaço que ocupa.

1.2. Objetivos

Desenvolver o raciocínio geográfico e a consciência espacial no aluno.

Page 287: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

286

Realizar a leitura da realidade pelas lentes da Geografia.

Descrever os domínios da ciência geográfica.

Caracterizar o objeto de estudos da Geografia. (espaço geográfico).

Identificar conceitos centrais dessa área do conhecimento.

Demonstrar noções de climatologia, geologia e hidrografia.

Realizar, analisar e descrever localizações e distribuições espaciais.

Analisar as estruturas de processos espaciais.

1.3. Conteúdos

Conteúdo Estruturante: A dimensão econômica da produção do espaço

Histórico da Geografia/ Categorias científicas

A evolução dos conhecimentos geográficos

O espaço

Lugar, território e paisagem

Espaços ecúmenos e anecúmenos: fronteiras

Representações Cartográficas

As coordenadas geográficas

Latitudes e longitudes

Teoria do Big Bang

Os movimentos da Terra e suas consequências

A corrida espacial

O desenvolvimento tecnológico dos países ricos

O INPE e suas funções no Brasil.

Pontos de Orientação

Pontos Cardeais, colaterais e sub colaterais

Cartografia

Projeções cartográficas

Escala e legenda de um mapa

Conteúdo Estruturante: Dimensão socioambiental

A origem da Terra

As camadas da Terra

Page 288: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

287

A teoria da tectônica de placas

As eras geológicas

Os minerais e as rochas

Os combustíveis fósseis

Domínios climatobotânicos:

Climas do planeta

Formações vegetais do planeta

Atmosfera

O tempo e o clima

A temperatura

Pressão atmosférica

A distribuição dos climas no planeta

As massas de ar

As correntes marítimas

O El Nino e a La Nina

Hidrologia:

Características da hidrografia

Relevo submarino

As águas de superfície

As águas subterrâneas

O consumo de água na Terra

As bacias hidrográficas brasileiras

A navegação fluvial no Brasil

O uso dos rios para irrigação

As hidrelétricas do Brasil

Conteúdo Estruturante: Dimensão Geopolítica

Configuração Espacial:

Localização, pontos extremos

A organização política do Brasil

A organização regional do Brasil

Divisão do IBGE

A atual divisão em complexos regionais: Nordeste, Amazônia e Centro-Sul

Page 289: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

288

Características naturais, econômicas e culturais de cada região

Conteúdo Estruturante: Dimensão Cultural e Demográfica

Análise espacial: histórica, econômica, local, cultural das diferentes sociedades nas

diferentes escalas geográficas: local, regional, nacional e mundial

As marcas culturais na produção das paisagens (rural e urbana)

A população mundial

O crescimento vegetativo

As taxas de natalidade, mortalidade e fecundidade

O crescimento demográfico e as migrações

O crescimento positivo, neutro e negativo

Transição demográfica

As taxas demográficas como referências do desenvolvimento e subdesenvolvimento

Pirâmides etárias

Teorias do crescimento da população

Teoria de Malthus

Neomalthusianismo e políticas demográficas

Reformistas

Conteúdo Estruturante: A dimensão econômica da produção do/no espaço

Setores da economia:

Setor primário;

Setor secundário;

Setor terciário;

Trabalho informal;

A mulher no mercado de trabalho;

Trabalho infantil.

Urbanização mundial:

A origem e evolução das cidades.

O êxodo rural: causas e consequências.

A população urbana nos países desenvolvidos.

A população urbana nos países subdesenvolvidos.

As migrações.

Xenofobia.

Page 290: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

289

Problemas sociais e ambientais das cidades.

O índice de Desenvolvimento Humano:

Critérios de análise

Classificação dos países atualmente

Sistemas econômicos:

Capitalismo e Socialismo

Fases do capitalismo

Características do capitalismo e socialismo

Keynesianismo, Fordismo, Taylorismo e Toyotismo

Conteúdo Estruturante: Dimensão Geopolítica

Ordem Bipolar

Guerra fria

Potências econômicas: EUA e URSS

Objetivos da Guerra fria

Muro de Berlim

Os países em transição econômica:

Desintegração da URSS

Por que ocorreu a desintegração da URSS?

A criação da CEI (Comunidade dos Estados Independentes)

A situação dos países que se desintegraram

A situação da Rússia

A Ordem Multipolar:

Globalização

O capitalismo financeiro

A tríade capitalista: Estados Unidos, Alemanha e Japão

As características de um mundo globalizado

As consequências de um mundo globalizado para os países desenvolvidos e

subdesenvolvidos

Os blocos econômicos

3 ° Revolução Industrial

Page 291: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

290

1.4. Encaminhamento Metodológico

O processo ensino e aprendizagem da Geografia privilegiará a articulação do

global e local para entender as relações espaciais que se estabelecem no mundo

moderno. Buscar-se-á estimular a observação atenta do aluno das alterações

visíveis da paisagem explicitando as possíveis causas, possibilitando prever o futuro

do espaço geográfico. Isso porque, lançando um olhar atento sob a paisagem, será

possível constatar os signos nela impressos e avaliar as sociedades que a

construíram e a constroem, bem como as temporalidades que se juntam em sua

constituição.

É preciso considerar ainda que a leitura da paisagem é resultante de múltiplas

determinações históricas, geográficas, culturais e até ideológicas, podendo ser

focadas sob diferentes pontos de vista, o que exige a correlação com outras áreas

do conhecimento, podendo resultar a elaboração de pesquisas, estudos dirigidos,

bem como busca de informações com as pessoas; essas poderão ser buscadas

através de entrevistas que favorecem o entendimento dos acontecimentos e das

ações sobre o espaço geográfico em questão.

Atualmente tanto o computador como a Internet, são partes integrantes do

cotidiano escolar e possibilitam o levantamento de dados, atualidades sob os mais

diversos assuntos, portanto esses instrumentos serão utilizados. Os jornais e

revistas, fontes formadoras de opinião, serão usados na seleção de temas e

problemas a serem abordados durante as aulas.

Situações problema como a questão dos sem-terra, sem-teto, plano – diretor

das cidades, o destino final do lixo, construções que causam impactos ambientais,

corrupção, miséria, entre outras, poderão ser levantadas e discutidas durante as

aulas e os resultados publicados em forma de seminários e mesas-redondas.

Na visão de Rua (1993) o tripé Realidade-Teoria-Realidade, sintetiza o

encaminhamento metodológico mais acertado para a disciplina de Geografia. A

Parte-se das observações e das reflexões iniciais dos alunos, na teoria busca-se a

fundamentação, o aprofundamento e a generalização das reflexões iniciais, volta-se

então, à realidade, analisando-a, criticando-a à luz da teoria, cientificizando–se,

assim, os conceitos.

1.5. Avaliação

A avaliação será contínua e priorizará a qualidade dos conceitos assimilados,

Page 292: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

291

bem como o processo de aprendizagem, ou seja, será avaliado o desempenho do

aluno ao longo do ano letivo. Para tanto, os critérios adotados serão: a formação dos

conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações sócio espaciais;

compreensão das relações de poder nos binômios espaço-tempo e sociedade-

natureza.

Os instrumentos avaliativos utilizados serão selecionados de acordo com

cada conteúdo e objetivo de ensino: leitura e interpretação de textos; produção de

textos; leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

pesquisas bibliográficas; relatórios de aulas de campo; apresentação de seminários;

construção e análise de maquetes, entre outros.

1.6. Referências Bibliográficas

ADAS, M. Panorama Geográfico do Brasil. São Paulo: Moderna, 2000.

ALMEIDA, R; PASSINI, E. O espaço geográfico: ensino e representação. São

Paulo\; Contexto, 1991.

ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia: Ciência da Sociedade. São Paulo: Atlas,

1987.

ARCHELA, R; GOMES, M.F.V.B. Geografia para o Ensino Médio: Manual de aulas

práticas. Londrina: Ed. UEL, 1999.

BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília,

1996.

CARLOS, Ana Fani. (org) – A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto,

1999.

CASTRO, Iná e outros (orgs). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro:

Bertrand Brasil, 1995.

CORREIA, Roberto Lobato. Novos rumos da Geografia Brasileira. São Paulo:

Hucitec, 1996.

GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Terra. São Paulo: Petrópolis, 2000.

GIASANTI, Roberto. O desafio do Desenvolvimento Sustentável. São Paulo:

Atual, 1999.

LACOSTE, Ives. A Geografia serve, antes de mais nada para fazer a guerra.

Lisboa: Iniciativas Editoriais, 1977.

PARANÁ/SEED. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Curitiba, 2005.

_______. Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Médio. Curitiba,

Page 293: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

292

2006.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006.

_______. Vários Autores. Livro Didático Público – Geografia - Ensino Médio.

Curitiba, 2006.

RUA, João, WASZKIAVICUS, Fernando; TANNURI, Maria Regina; NETO, Helion

Povoa. Para Ensinar Geografia. Rio de Janeiro: Access, 1993.

SANTOS, Milton. A natureza do Espaço: técnica, e tempo, razão e emoção. São

Paulo: Hucitec, 1996.

_______. Por uma Geografia Nova. São Paulo: EDUSP, 2002.

SILVA, Armando C. da. De quem é o pedaço? Espaço e Cultura. São Paulo: Hucitec,

1986.

VESENTINI, José W. Para uma Geografia crítica na escola. São Paulo: Ática,

1992.

Page 294: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

293

1. SOCIOLOGIA

«Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti»

parece um ponto de vista egoísta, mas é o único do gênero por

onde se chega não ao egoísmo mas à relação humana.

José Saramago

Série

Número de aulas

semanais

1ª 2

2ª 2

3º 2

4º 2

1.1. Apresentação da Disciplina

A Sociologia é a ciência que estuda o comportamento do ser humano em

função do meio em que vive, por isso constitui-se em uma forma de saber científico.

Compreender o meio e as determinantes que operam nos mecanismos da

organização social é fator fundamental para se entender as especificidades de seu

ensino e aprendizagem.

Apesar de sua origem conservadora e de sua proposta inicial conformista, a

Sociologia desenvolveu um olhar crítico e questionador sobre a sociedade. O

pensador alemão Karl Marx (1818-1883) trouxe importantes contribuições ao

pensamento sociológico ao desnudar as relações de exploração que se

estabeleceram desde o momento em que determinada classe social apropriou-se

dos meios de produção e passou a conduzir as ações da sociedade.

O caráter científico liga-se à lógica das ciências ditas “experimentais”, ou seja,

para ascender ao estatuto de ciência, deveria atender a determinados pré-requisitos

e seguir métodos “científicos” que pretendiam a neutralidade e o estabelecimento de

regras. São representantes deste pensamento Augusto Comte (1798-1857) e Émile

Durkheim (1858-1917).

Page 295: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

294

No Brasil, tanto as ideias conformistas quanto as revolucionárias exerceram

forte influência na formação do pensamento sociológico brasileiro. Autores como

Silvio Romero, Euclides da Cunha e Oliveira Vianna, considerados conservadores,

configuraram uma tradição ensaísta preocupada em delinear a identidade cultural

nacional. Temas como raça e cultura era o foco dos estudos históricos, literários e

das análises sociológicas das três primeiras décadas do século XX. Forjadas nas

universidades e centros de estudos, as discussões no campo da Sociologia se

consolidaram como importante perspectiva de compreensão da sociedade brasileira.

1.2. Objetivos

Desenvolver o pensamento sociológico, crítico e criativo, compreendendo a

Sociologia como ciência.

Identificar, analisar e comparar os diferentes discursos sobre a realidade,

discutindo os paradigmas teóricos e os do senso comum.

Produzir novos discursos sobre as diferentes realidades sociais a partir das

observações e reflexões realizadas.

Construir instrumentos para uma melhor compreensão da vida cotidiana,

ampliando a visão de mundo e o horizonte de expectativas nas relações

interpessoais com os vários grupos sociais.

Aperfeiçoar a identidade política e social de modo a viabilizar o exercício da

cidadania plena.

Compreender e valorizar as diferentes manifestações culturais de etnias e

segmentos sociais, preservando o direito à diversidade.

Analisar criticamente a indústria cultural e dos meios de comunicação de

massa, avaliando o papel ideológico do marketing.

1.3. Conteúdos

1ª Série

Conteúdo Estruturante: Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas

Conteúdos Básicos:

Introdução ao estudo da sociedade.

Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do

Page 296: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

295

pensamento social.

História, origem e precursores da Sociologia.

Transição do feudalismo para o Capitalismo.

Teorias sociológicas Clássicas: August Comte; Émile Durkheim; Max Weber; Karl

Marx; Norbert Elias; Pierre Bourdieu.

Conteúdo estruturante: O processo de socialização e as Instituições Sociais

Conteúdos Básicos:

Processo de socialização (Humanização)

Instituições sociais: familiares, escolares, religiosas e de reinserção

Conteúdo estruturante: Trabalho, produção, classes sociais.

Conteúdos Básicos:

Conceito de trabalho; períodos históricos, concepção de Karl Marx e Émile

Durkheim;

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

Globalização e Neoliberalismo;

Desigualdades sociais;

Trabalho no Brasil

2ª Série

Conteúdo Estruturante: Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas

Conteúdos Básicos:

Augusto Comte; Karl Marx; Émile Durkheim; Max Weber.

Positivismo; socialismo; evolucionismo social; Darwinismo social.

Sociologia brasileira: Euclydes da Cunha; Gilberto Freyre; Florestan Fernandes.

Conteúdo Estruturante: Poder, Política e Ideologia

Conteúdos Básicos:

Conceitos de poder, de ideologia, de dominação e legitimidade.

Cotidiano, dominação e controle – falsa ideia de Marx.

Formação de desenvolvimento do Estado Moderno.

Democracia, autoritarismo e totalitarismo.

Estado no Brasil; Contratualismo (Thomas Hobbes, John Locke, Jean- Jacques

Page 297: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

296

Rousseau).

Democracia, Representação e partidos políticos.

3ª Série

Conteúdo Estruturante: Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas

Conteúdos Básicos:

Transição do Feudalismo para o Capitalismo.

August Comte; Karl Marx; Émile Durkheim; Max Weber.

Conteúdo Estruturante: Cultura e indústria cultural

Conteúdos Básicos:

Conceitos clássicos

Antropologia

Cultura erudita e popular

Diversidade cultural; identidade; relações de gênero; cultura afro-brasileira e culturas

indígenas.

Conteúdo Estruturante: Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.

Conteúdos Básicas:

Direitos civis, políticos e sociais; Direitos humanos.

Conceito de cidadania.

Movimentos sociais: movimento operário; feminista; agrário, negro, GLBTT.

A questão ambiental e os movimentos ambientalistas.

ONGs.

4ª Série

Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas

Conteúdos Básicos:

Teorias clássicas: (Comte; Marx; Durkheim; Weber; Norbert Elias; Bordieu;

Bawmman).

Conteúdo Estruturante: Cultura e indústria cultural

Conteúdos Básicos:

Escola de Frankfurt: Adorno, Horkheimer, Habermas.

Page 298: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

297

Análise de discurso e propaganda.

Reprodução técnica das Artes.

Conteúdo Estruturante:Temas atuais

Conteúdos Básicos:

Mundo virtual/mídias sociais;

Globalização;

Ecologia/sustentabilidade;

Cidadania/direitos (cotas, movimentos, protestos...)

Conteúdo Estruturante:Sociologia da Educação

Conteúdos Básicos:

Manifesto dos pioneiros;

Projeto de Nação de ISEB;

Teoria crítico reprodutivista (Bordieu/Passeron)

Fernando Azevedo; Florestan Fernandes; Paulo Freire.

1.4. Encaminhamento Metodológico

Para o ensino da Sociologia no Ensino Médio, propõe-se que sejam

redimensionados aspectos da realidade por meio de uma análise crítica dos

problemas sociais, visto que a dinâmica da sociedade e do conhecimento científico

que os acompanha é provisória e, portanto, não constitutiva de uma dimensão de

totalidade.

Os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos não devem ser

pensados e trabalhados de maneira autônoma, no entanto, é possível o estudo e a

apreensão de cada um dos conteúdos sem a necessidade de uma amarração com

os demais. O ensino da Sociologia permite o uso de múltiplos instrumentos

metodológicos seja exposição, leitura, análise, discussão, pesquisa de campo e

bibliográfica, entre outros.

Os encaminhamentos metodológicos e o processo de avaliação ensino-

aprendizagem devem estar relacionados com a construção histórica da Sociologia

crítica, favorecedora do desenvolvimento de um pensamento criativo e instigante. O

conhecimento sociológico deve ir além da definição, classificação, descrição e

estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social.

Page 299: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

298

O ensino da Sociologia pressupõe metodologias que coloque o aluno como

sujeito de sua aprendizagem provocando-o a relacionar a teoria com o vivido, a rever

conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes.

1.5. Avaliação

A avaliação no ensino da Sociologia deve assumir caráter dialógico

potencializando a (re) conceituação dos fenômenos sociais. As atividades

relacionadas à disciplina serão elaboradas de forma transparente e coletiva, ou seja,

seus critérios serão debatidos, criticados e acompanhados por todos os envolvidos

no processo pedagógico. Tais critérios de avaliação deverão estar em consonância

com as práticas dialéticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, baseadas na

reflexão crítica nos debates, na participação efetiva nas pesquisas realizadas, na

produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e

prática. Clareza de objetivos que se pretendem atingir é fundamental para a

apreensão, compreensão e reflexão dos conteúdos pelo aluno.

Outro aspecto a ser priorizado é a auto avaliação dos envolvidos no processo,

não só os alunos, mas também os professores e a própria instituição escolar que

deverão refletir sobre as dimensões práticas e discursivas e, principalmente, se os

seus princípios políticos são coerentes com a qualidade da vida social e

consolidação da democracia.

1.6. Referências Bibliográficas

CHAUÍ, Marilena. Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.

COSTA, Maria Cristina Castilho. Sociologia: Introdução à ciência da sociedade. São

Paulo: Moderna, 2005.

DEMO, Pedro. Introdução à Sociologia. São Paulo: Atlas, 2002.

PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio.

Curitiba, 2006.

_______. Vários Autores. Livro Didático Público: Sociologia. Curitiba, 2006.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006.

Page 300: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

299

1. FILOSOFIA

O Pensador – Rodin

Para pensar verdadeiramente bem, cumpre-nos

estar dispostos a manter e prolongar esse

estado de dúvida, que é o estímulo para uma

investigação perfeita, na qual nenhuma ideia

se aceite, nenhuma crença se afirme positiva-

mente, sem que se lhes tenham descoberto as

razões justificativas (John Dewey

Série

Número de aulas semanais

1ª 2

2ª 2

3º 2

4º 2

1.1. Apresentação da Disciplina

O ato de pensar sobre si mesmo, sobre o mundo e sobre os fenômenos, sem

sentido amplo, é uma atividade inerente ao homem em diferentes épocas. A filosofia,

enquanto ciência e disciplina escolar, sistematiza a reflexão na/sobre a história da

inserção do homem em seu tempo e lugar, bem como busca instrumentalizá-lo na

resolução de conflitos pela análise e compreensão dos fatos passados numa

concepção dialógica. Isto por que:

[...] não é possível fazer Filosofia sem recorrer a sua própria história. Dizer que se pode ensinar filosofia apenas pedindo que os alunos pensem e reflitam sobre os problemas que os afligem ou que mais preocupam o homem moderno sem oferecer-lhes a base teórica para o aprofundamento e a compreensão de tais problemas e sem recorrer à base histórica da reflexão em tais questões é o mesmo que numa aula de Física pedir que os alunos descubram por si mesmos a fórmula da lei da gravitação sem estudar Física, esquecendo-se de todas as conquistas anteriores naquele campo, esquecendo-se do esforço e do trabalho monumental de Newton.

Page 301: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

300

No entanto, GADOTTI (1999, p. 2) destaca que, “o educador para pôr em

prática o diálogo, não deve colocar-se na posição de detentor do saber, deve antes,

colocar-se na posição de quem não sabe tudo, reconhecendo que mesmo um

analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o da vida”.

O objetivo da disciplina Filosofia não é apenas propiciar ao aluno

enriquecimento intelectual, mas desenvolver nele a capacidade para responder às

inúmeras questões de sua vida lançando mão dos conhecimentosadquiridos,

ultrapassando os limites da repetição de ações irreflexivas.

Do ponto de vista antropológico o homem vive em estado permanente de

insatisfação consigo mesmo, movendo-o em busca de respostas que garantam sua

sobrevivência, adaptação e desenvolvimento, ou seja, antropologicamente o homem

é definido pela busca e construção de si mesmo.

Por outro lado, o homem é possuidor e criador da cultura, interessando-se

pelas ideias, pelas manifestações artísticas e realidades de outros grupos,

ampliando assim as possibilidades de busca de soluções para seus problemas e

anseios.

As DCOs de Filosofia organizam seu ensino com os seguintes conteúdos

estruturantes:

Mito e filosofia;

Teoria do Conhecimento;

Ética

Filosofia Política

Filosofia da Ciência

Estética

A partir destes é promovida uma reflexão (do latim reflectere – retroceder,

voltar atrás, retomar o passado, pensar o já pensado). Segundo Saviani (1985) a

reflexão filosófica é marcada pela radicalidade ao buscar as raízes das questões,

dos problemas, das situações, das coisas; é rigorosa porque segue métodos

adequados aos seus objetos de conhecimento e não aceita superficialidades; é de

conjunto porque relaciona aspectos do contexto ou realidade estudada, de forma

contemporânea ou histórica.

Enquanto a ciência isola o seu aspecto do contexto e o analisa

separadamente, a filosofia, embora se dirigindo às vezes apenas a uma parcela da

Page 302: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

301

realidade insere-a no contexto e a examina em função do conjunto. Desta forma a

Filosofia deve ter um compromisso com o seu tempo preparando os cidadão para

responder às questões e atingir a maioridade. Immanuel Kant proclama necessidade

de o homem sair de seu estado de incapacidade (menoridade) em que jazia sob o

peso da tradição e da autoridade. Desafia o homem para que se atreva a servir-se

da sua própria razão de forma pública, atingindo sua maioridade. A base da

formação pedagógica de Kant sustenta-se numa razão que se efetiva como forma

de pensar transcendental, isto é, como universal e crítica, que permanentemente

coloca sob julgamento seus próprios fundamentos. Formar o sujeito crítico e

transformador pressupõe o rompimento com o neoliberalismo e o desenvolvimento

de capacidade de análise, capacidade de reflexão, gosto pelo estudo e pela

descoberta, gosto pelo desafio, espírito de inovação, comportamento ético.

1.2. Objetivos Gerais

Buscar a razão/sentido fundamental para tudo que existe e respostas mais

coerentes para compreender o mundo.

Conscientizar e potencializar o pensamento crítico.

Dialogar de forma crítica e provocativa com o presente.

Duvidar das explicações simplistas que são dadas aos acontecimentos

complexos numa perspectiva dialógica.

Suprimir provisoriamente todo o conhecimento ou de certas modalidades de

conhecimento, que passam a ser consideradas como meramente opinativas.

1.3. Conteúdos

1ª SÉRIE

Estruturantes Básicos 1) Ferramentas básicas do filosofar/do estudar

Orientações para resumo cursivo e esquemático. Orientações para resenha. Orientações para apresentação em seminários, em aulas, entre outros.

2) Mito de Filosofia Especificidades dos conhecimentos do Senso Comum – Bom Senso – Conhecimento Mítico e Filosofia, Ciência. Contexto histórico e político do surgimento da Filosofia. O processo de construção da cultura humana (processo de humanização – cultura e humanização). A ciência como mito: interesses políticos e econômicos.

3) Teoria do Conhecimento O conhecimento como problema: O que é conhecer? Conceituação da ciência, da filosofia.

Page 303: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

302

Saber acumulado, concreto, abstrato. Modos de conhecer o mundo: Tradição, Senso Comum – Bom Senso – Conhecimento Mítico, Religioso, Filosófico e Científico. Teorias do conhecimento: Inatismo, Ceticismo, dogmatismo, empirismo, racionalismo, idealismo, materialismo dialético, subjetivismo, relativismo. Critérios de verdade – Possibilidade e Abrangência do conhecimento – Origem do conhecimento. Fatores históricos e temporais que interferem na construção do conhecimento.

4) Ética Diferença entre problema ético e problema moral. Ética especulativa, normativa, propositiva e transgressiva. Relações de trabalho: trabalho e libertação / trabalho e alienação. Ética na perspectiva da Filosofia Sul-americana (Filosofia da libertação).

2ª SÉRIE

5) Filosofia Política: estudo dos fundamentos e da crítica à sociedade moderno-contemporânea.

Liberalismo – Neoliberalismo – marxismo - socialismo – comunismo. Relações de poder: política, ideologia e contra ideologia. Democracia: participação do povo e crise da representação política. Democracia: Direitos Humanos e Políticos e Direitos Sociais Básicos (Onde está o nó da questão?). O sentido do poder na soberania, na democracia, na liberdade e na tolerância. Política na perspectiva da Filosofia Sul-americana (Filosofia da libertação).

6) Estética (Arte) Conceitos e objetos da estética. A arte e a indústria cultural Ideologia no belo e da arte – relação entre estética e política.

7) Filosofia da Ciência Crítica aos princípios e métodos científicos. A provisoriedade do conhecimento científico. Ciência refém da ideologia, da religião, da política, da economia.

1.4. Encaminhamento Metodológico

O encaminhamento metodológico do Ensino de Filosofia no Ensino Médio

deve privilegiar ações que possibilitem a construção de uma postura reflexiva frente

a si mesmo, aos outros, aos problemas e à realidade. Assim sendo, os

procedimentos metodológicos que tomarão como base a problematização, a

investigação, o estudo, a pesquisa e a definição-criação-compreensão de conceitos

e realidade. Atividades que permitam compreender, analisar, sintetizar, aplicar e

avaliar conceitos serão planejadas e aplicadas considerando a maturidade de cada

turma, finalizando com propostas de ação a partir do conteúdo aprendido.

Page 304: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

303

1.5. Avaliação

A Avaliação em Filosofia será formativa e qualitativa, de modo a permitir ao

aluno/a uma tomada de consciência do processo gradual de aquisição dos conceitos

apresentados; e, contínua, de forma a permitir uma melhor percepção da evolução

das aprendizagens; somatória e quantitativa, de forma a verificar se os alunos

atingiram os objetivos e agregaram conhecimento filosófico em cada unidade

temática.

Deverá corresponder às especificidades do conhecimento filosófico a fim de

promover a reflexão filosófica que busca as raízes das questões, dos problemas, das

situações, das coisas, de forma rigorosa e contextualizada (relaciona o aspecto em

estudo aos demais aspectos do contexto ou realidade estudada de forma

contemporânea ou histórica).

Neste sentido, em Filosofia observar-se-á:

Exercitação do ato de leitura (silenciosa/individual e coletiva).

Aprendizagem do recolhimento de informação relevante e a utilizá-la

reflexivamente/criticamente.

Captação do significado da informação recolhida, expressando-a através do

uso adequado dos conceitos fundamentais, relativamente aos

temas/problemas desenvolvidos, ao longo do programa.

Desenvolvimento de qualidades intelectivas e discursivas que permitam

estabelecer relações intertextuais na oralidade e na escrita.

Enriquecimento da comunicação através do reforço de atitudes positivas

necessárias ao trabalho filosófico.

1.6. Referências Bibliográficas

APEL, Karl-Otto. O desafio da crítica total da razão e o programa de uma teoria

filosófica dos tipos de racionalidade. Novos Estudos CEBRAP. São Paulo: n. 23,

mar. 1989. p. 67-84.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando. São Paulo. Moderna. 1991.

_______________. Filosofia da educação. 2 ed. São Paulo, 1996.

CHAUÍ, Marilena et al. Primeira Filosofia: lições introdutórias. Sugestões para o

ensino básico de Filosofia. 5. ed., São Paulo: Brasiliense, 1986.

Page 305: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

304

COUTINHO, Carlos N. A Democracia como Valor Universal. Rio de Janeiro,

Salamandra. 1984.

DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de papel. São Paulo. Ática, 2000.

GALLO, Sílvio; KOHAN, W.O. (orgs) Filosofia no ensino Médio. Petrópolis: Vozes,

2000.

GRAMSCI, Antonio. Concepção Dialética da História. Rio de Janeiro. Brasiliense.

1986.

HABERMAS, J. Consciência moral e agir comunicativo. (Trad. de Guido A. de

Almeida: Moralbewusstsein und kommunikatives Handeln). Rio de Janeiro: Tempo

Brasileiro, 1989.

HABERMAS, J. Pensamento pós-metafísico: estudos filosóficos. Rio de Janeiro,

Tempo Brasileiro, 1990.

HEGEL, Georg W. F. Preleções sobre a história da filosofia. [Trad. E. Stein]. In

SOUZA, José Cavalcante de [org.] Os pré-socráticos. São Paulo: Abril Cultural,

1973.

KANT, I. Crítica da razão pura. (Trad. de Valério Rohden: Kritik der reinen Vernunft).

São Paulo: Abril Cultural, 1980.

MATOS, Olgária. Filosofia: a polifonia da razão. São Paulo: Scipione, 1997.

MEKSENAS, Paulo. Sociologia. São Paulo: Cortez, 1993.

MENDONÇA, Eduardo Prado. O Mundo precisa de Filosofia. 11ª ed., Rio Janeiro:

MONDIN, Batista. Curso de Filosofia. São Paulo: Paulinas. 1981.

NASCIMENTO, Milton, apud SILVEIRA, René, Um sentido para o ensino de

Filosofia no ensino médio, p. 142.

PAIM, Antônio. Tratado de ética. Londrina: Ed. Humanidades, 2003.

PARANÁ, SEED. Proposta Curricular para o ensino de filosofia no 2º grau,

Curitiba. 1994.

_______. Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica. Curitiba,

2006.

_______. Vários Autores. Livro Didático Público – Filosofia – Ensino Médio.

Curitiba, 2006.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. 6 ed.

Page 306: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

305

São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1985.

TRAGTENBERG, Maurício. Reflexões sobre o Socialismo. São Paulo. Moderna.

1991

WITTGENSTEIN, L. Investigações filosóficas. 2. ed., São Paulo, Abril Cultural,

1979.

1. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

"As palavras são o que sustentam a sociedade; sem

elas não seríamos seres humanos."

Stuart Chase

Série Número de aulas semanais

3ª 2

1.1. Apresentação da Disciplina

O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do

currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização

social, política e econômica ao longo da história. Além do aspecto dinâmico do

currículo e dos métodos, o Estado pode orientar mudanças curriculares que se

justificam pela atualização dos debates e produções teórico-metodológicas e

político-pedagógicas para a disciplina de Língua Estrangeira Moderna.

Na relação entre as abordagens de ensino, na estrutura do currículo e na

sociedade, residem as causas da ascensão e do declínio do prestígio das línguas

estrangeiras nas escolas. Os estudos de Saussure forneceram elementos para a

definição do objeto de estudo específico da Linguística: a língua. Tais estudos

fundamentaram o estruturalismo, uma das principais correntes da linguística

moderna.

Desde a década de 1950, o sistema educacional brasileiro se viu

responsávelpela formação de seus alunos para o mundo do trabalho. Iniciou-se,

nesse momento, uma fase do ensino de LínguaEstrangeira mais sofisticada quanto

aos recursos didáticos. De fato, o uso do gravador e de gravações de falantes

nativos, do projetor de slides, dos cartões ilustrativos, dos filmes fixos e dos

Page 307: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

306

laboratórios audiolinguais conferiu um avanço inestimável à aquisição de línguas.

A partir da década de 1960, quando o Método Áudio-oral se expandia não

apenas no Brasil, mas também na Europa e nos Estados Unidos, a concepção

estruturalista da língua enfraqueceu-se diante dos novos estudos científicos. Na

década de 1970, o pensamento nacionalista do regime militar tornava o ensino de

línguas estrangeiras um instrumento a mais das classes favorecidas para manter

privilégios, já que a grande maioria dos alunos da escola pública não tinha acesso a

esse conhecimento.

Atualmente o estudo da Língua Inglesa apresenta-se como possibilidade de

aumentar a auto percepção do aluno como ser humano, como cidadão e sujeito

crítico, o seu engajamento discursivo em práticas sociais efetivas que o envolva na

construção de significado pelo desenvolvimento, principalmente, das habilidades de

escrita (produção de texto), leitura e oralidade, por meio de variados textos sociais

pertencentes a vários gêneros.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Orientadoras da LEM (2006) o

conteúdo estruturante para o seu ensino é o discurso que deve funcionar como

prática social por meio da leitura, da oralidade e da escrita. Dessa forma, conforme o

Livro Didático Público (2006), o estudo da língua estrangeira através do seu

conteúdo estruturante – o discurso – possibilitará ao aluno uma consciência crítica e

transformadora da realidade, subsidiada pelos elementos integradores

(conhecimentos discursivos, sócio pragmáticos, culturais e linguísticos estarão

sempre presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua

estrangeira) e pelas práticas (escrita, leitura e oralidade que abordam o discurso em

sua totalidade e também interagem entre si e constituem uma prática sociocultural)

que compõem a aprendizagem.

1.2. Objetivos

Distinguir e respeitar as variantes linguísticas.

Escolher o registro adequado à situação na qual se processa a

comunicação.

Compreender que a construção de sentidos nos textos difere em razão de

aspectos sociais e/ou culturais.

Amparar-se em língua materna - Língua Portuguesa - para o

desenvolvimento de seu conhecimento na Língua Estrangeira.

Page 308: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

307

Utilizar a Língua Estrangeira como instrumento de acesso a informações

sobre outras culturas e grupos sociais.

1.3. Conteúdos

3ª SÉRIE

Textos mais complexos e mais longos serão propostos

Traditional celebrations

Cognates

Nacionalities

There is/ there are

Emprego do presente, passado e futuro, observando os mecanismos de

concordância, relativos a número, gênero, grau e emprego de preposições,

advérbios, dias da semana, meses, estações do ano, ordinais, horas.

Emprego de adjetivos

Emprego: saudações, cumprimentos fazendo apresentações segundo um contexto

Emprego dos pronomes pessoais, possessivos, indefinido interrogativos

contextualizados.

Emprego adequado de ordens, pedidos e produções.

Páginas de guias turísticos.

Textos informativos, argumentativos.

4ª SÉRIE

Dar títulos e identificar o assunto de diferentes tipos de texto (skimming).

Identificação de informações presentes em diferentes tipos de texto.

Textos informativos, narrativos, descritivos, dissertativos, poéticos, tiras, charges,

propagandas, correspondências e fotos.

Identificar relações de causalidade, temporalidade, oposição, comparação,

conclusão, condição; organizando as informações.

Emprego de palavras de acordo e aferição de significados a partir de um contexto.

Seleção de verbetes e significado de um verbete adequado ao contexto.

Emprego dos verbos modal em diferentes contextos (can, may, must, should).

1.4. Encaminhamento Metodológico

O professor deve considerar a diversidade de gêneros existentes e a

Page 309: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

308

especificidade do tratamento da Língua Estrangeira na prática pedagógica, a fim de

estabelecer critérios para definir os conteúdos específicos para o ensino

Inicialmente, é preciso levar em conta as condições de trabalho existentes na

escola, o projeto político-pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do

currículo e o perfil dos alunos.Na seleção de textos a qualidade do conteúdo dos

textos escolhidos deve ser considerada e as características do gênero a que o texto

pertence Os conteúdos dos textos devem viabilizar os resultados pretendidos de

acordo com os objetivos específicos propostos no planejamento do professor.

A partir do Conteúdo Estruturante discursocomo prática social serão

trabalhadas questões linguísticas, sócio pragmáticas, culturais e discursivas, bem

como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. A reflexão crítica

acerca dos discursos que circulam em Língua Estrangeira Moderna somente é

possível mediante o contato com textos verbais e não verbais. Espera-se que o

professor crie estratégias para que os alunos percebam a heterogeneidade da

língua. A ativação dos procedimentos interpretativos da língua materna, a

mobilização do conhecimento de mundo e a capacidade de reflexão dos alunos são

alguns elementos que podem permitir a interpretação de grande parte dos sentidos

produzidos no contato com os textos.

O papel do estudo gramatical relaciona-se ao entendimento, quando

necessário, de procedimentos para construção de significados usados na Língua

Estrangeira. As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os

alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na

abordagem discursiva a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é

aprender a expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo que com limitações. Nos

textos de literatura, as reflexões sobre a ideologia e a construção da realidade fazem

parte da produção do conhecimento, sempre parcial, complexo e dinâmico,

dependente do contexto e das relações de poder. As concepções de ensino e língua

subjacentes às atividades dos livros didáticos tendem a se fundamentar, em grande

parte, na Abordagem Comunicativa. Ao tratar os conteúdos de Língua Estrangeira

Moderna, o professor proporcionará ao aluno, pertencente a uma determinada

cultura, o contato e a interação com outras línguas e culturas. Ressalta-se a

importância do Livro Didático Público de Língua Estrangeira Moderna, Inglês e

Espanhol, elaborado pelos professores da Rede Pública do Estado do Paraná, que

não esgota todas as necessidades, nem abrange todos os conteúdos de Língua

Page 310: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

309

Estrangeira, mas constitui suporte valoroso e ponto de partida para um trabalho bem

sucedido em sala de aula.

Os procedimentos que se seguem, contribuem na incorporação dos

conteúdos propostos:

Leitura individual.

Leitura coletiva.

Leitura dialógica.

Fazer exercícios.

Apresentar trabalhos.

Aulas dialógicas.

Produção de textos.

Recursos: quadro e giz, retroprojetor, Laboratório de Informática (quando for

instalado), DVD, videocassete, cartazes confeccionados pelos próprios estudantes,

dentre outros.

1.5. Avaliação

O aluno deverá adquirir conhecimentos sobre a nova cultura, sendo capaz de

ler, escrever, interpretar textos de vários gêneros: publicitários, jornalísticos,

literários, informativos, de opinião. A leitura pressupõe a familiarização do aluno com

os diferentes gêneros textuais oriundos de várias práticas sociais e ainda,

articuladas com as demais disciplinas do currículo. A avaliação tem como finalidade

principal, dar o diagnóstico da realidade do aluno para que o docente possa traçar

novas estratégias de ensino e aprendizagem. Os instrumentos de avaliação podem

ser:

Leitura

Produção de textos

Seminários e debates

Participação em aula

Confecção de exercícios propostos

Avaliação escrita.

A avaliação será feita de forma contínua e cumulativa de forma a estimular a

reflexão, valorizando-se os diferentes níveis da fala e da escrita da Língua Inglesa

contemporânea, incentivando a participação do aluno em todas as atividades

Page 311: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

310

desenvolvidas na escola e na comunidade para o seu crescimento como membro da

sociedade.

1.6. Referências Bibliográficas

ANDERSON, J.C. The nature of evaluation. Mimeo e trabalho apresentado em The

Nacional Seminar on ESP, Embu, 1986. In: SCARAMUCCI, M. R. Avaliação de

rendimento no ensino – aprendizagem de português, língua estrangeira.

BRAGA, M. Avaliar é crime? Anais do I RELÊ. São Paulo: PUC/SP, 1982.

SCARAMUCCI, M. R. Avaliação de rendimento no ensino - aprendizagem de

português, língua estrangeira.

BRASIL/MEC. Orientações Curriculares para o Ensino Médio - Linguagens,

códigos e suas tecnologias. Brasília, 2006.

COSTA, M.B. Globetrotter: Inglês para o ensino médio. São Paulo: Macmillan,

2002.

PARANÁ/SEED. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná.

Curitiba, 1992.

_______. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino

Médio. Versão Preliminar. Curitiba, jul., 2006.

_______. Vários Autores. Livro Didático Público – Língua Inglesa – Ensino Médio.

Curitiba, 2006.

_______. Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

POE, E. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Tecnoprint S.A. s/d.

SCARAMUCCI, M. R. Avaliação de rendimento de ensino – aprendizagem de

português, língua estrangeira. In: ALMEIDA FILHO, J. C. P. de (org). Parâmetros

atuais para o ensino de português, língua estrangeira. Campinas –SP: Pontes, 1997.

Sites de Internet para textos de Língua Inglesa.

SWAN, M. Practical english usage. Oxford Univesity Press, 1995.

UR, P. Grammar Practice acitivities: a practical guide for teachers. Cambridge:

Cambridge University Press, 1998.

Page 312: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

311

1. FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO

Se queremos progredir, não devemos repetir

A história, mas fazer uma história nova. (Gandhi)

Série

Número de aulas

semanais

1ª 2

1.1. Apresentação da Disciplina

A educação brasileira, concebida como função do estado é extremamente

jovem. Por isso, ao propor uma reflexão sobre a educação brasileira, vale lembrar

que só em meados do século XX o processo de expansão da escolarização básica

no país começou, e que o seu crescimento, em termos de rede pública de ensino, se

deu no fim dos anos 1970 e início dos anos 1980.

O Brasil ocupa o 49º lugar em proficiência leitora, 53º lugar em domínio de

conceitos da Matemática e 49º em conhecimentos em Ciências, entre 65 países

avaliados pelo PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos - em inglês:

Programme for International Student Assessment). O PISA é uma rede mundial

de avaliação de desempenho escolar, realizado pela primeira vez em 2000 e

repetido a cada três anos. É coordenado pela Organização para a Cooperação e

Desenvolvimento Econômico (OCDE), com vistas a melhorar as políticas e

resultados educacionais.

Page 313: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

312

Resultados do PISA - Edição 2009

País Leitura Matemática Ciências

Pontuação Posição Pontuação Posição Pontuação Posição

Albânia 385 56 377 55 391 55

Argentina 398 54 388 51 401 52

Austrália 515 8 514 12 527 9

Áustria 470 36 496 21 494 27

Azerbaijão 362 60 431 41 373 59

Bélgica 506 10 515 11 507 18

Brasil 412 49 386 53 405 49

Bulgária 800 1 0 300 1 42

Canadá 524 5 527 8 529 7

Chile 449 40 421 45 447 40

Colômbia 413 48 381 54 402 50

Croácia 476 33 460 37 486 34

República Checa 478 31 493 24 500 22

Dinamarca 495 22 503 16 499 23

Estónia 501 12 512 14 528 8

Finlândia 536 2 541 4 554 2

França 496 20 497 19 498 24

Alemanha 497 18 513 13 520 12

Grécia 483 28 466 36 470 37

Hong Kong 533 3 555 3 549 3

Hungria 494 23 490 26 503 19

Islândia 500 14 507 15 496 25

Indonésia 402 53 371 57 383 56

Irlanda 496 21 487 29 508 17

Israel 474 34 447 38 455 38

Itália 486 26 483 31 489 32

Japão 520 7 529 7 539 5

Jordânia 405 51 387 52 415 47

Cazaquistão 390 55 405 49 400 54

Quirguistão 314 61 331 61 330 61

Letônia 484 27 482 33 494 28

Liechtenstein 499 17 536 5 520 11

Lituânia 468 37 477 34 491 30

Luxemburgo 472 35 489 27 484 35

México 425 44 419 46 416 46

Montenegro 408 50 403 50 401 51

Países Baixos 508 9 526 9 522 10

Nova Zelândia 521 6 519 10 532 6

Noruega 503 11 498 18 500 21

Panamá 371 58 360 60 376 58

Page 314: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

313

País Leitura Matemática Ciências

Pontuação Posição Pontuação Posição Pontuação Posição

Peru 370 59 365 59 369 60

Polónia 500 15 495 22 508 16

Portugal 489 25 487 30 493 29

Catar 372 57 368 58 379 57

Romênia 424 45 427 44 428 43

Rússia 459 39 468 35 478 36

Sérvia 442 41 442 40 443 41

China (Xangai) 556 1 600 1 575 1

Singapura 526 4 562 2 542 4

Eslováquia 477 32 497 20 490 31

Eslovênia 483 29 501 17 512 15

Espanha 481 30 483 32 488 33

Suécia 497 19 494 23 495 26

Suíça

501 13 534 6 517 13

Tailândia 421 46 419 47 425 45

Trinidad e Tobago 416 47 414 48 410 48

Tunísia 404 52 371 56 401 53

Turquia 464 38 445 39 454 39

Reino Unido 494 24 492 25 514 14

Estados Unidos 1 26 487 28 502 20

Uruguai 426 43 427 43 427 44

Frente aos dados apresentados muitas questões podem ser formuladas e

inúmeras as tentativas de respostas que abrangessem a amplitude das questões. A

evolução da sociedade, de certo modo, faz com que a escola se adapte a ela, mas

de maneira defensiva, tardia, sem garantir a elevação do nível da educação e da

própria sociedade.

De uma maneira simplista a tendência é atrelar o profissional docente aos

dados alarmantes. Dessa forma, os professores se tornam alvos ou ficam no fogo

cruzado de muitas esperanças sociais e políticas em crise nos dias atuais. As

críticas externas ao sistema educacional cobram dos professores cada vez mais

trabalho, como se a educação, sozinha, pudesse resolver todos os problemas

sociais. O fato é que a qualidade da educação está fortemente aliada à qualidade da

formação dos professores e, o que professor pensa sobre o ensino acaba por

determinar o seu fazer pedagógico. Desta forma, o desenvolvimento dos professores

é uma precondição para o desenvolvimento da escola e, em geral, a experiência

demonstra que os docentes são maus executores das ideias dos outros.

Page 315: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

314

Imprescindível a prática reflexiva do professor para direcionar a sua prática,

pois mudanças profundas só acontecerão quando a formação dos professores

deixar de ser um processo de atualização e se converter em um verdadeiro processo

de aprendizagem, como um ganho individual e coletivo.

Há ainda de se considerar o corporativismo das instâncias responsáveis pela

gestão – não só do sistema de ensino, mas também das unidades escolares. O

professor está na ponta de uma corrente onde cada elo deve assumir as suas

responsabilidades. Caso isso não ocorra continuaremos longe de atingir a meta de

alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade e carregando o fardo de um

baixo desempenho no IDEB. Com o índice de aprovação na média de 0 a 10, os

estudantes brasileiros tiveram a pontuação de 4,6 em 2009. A meta do país é de

chegar a seis em 2022.

Considerando o exposto a disciplina de Fundamentos Históricos da

Educação, a mesma objetiva oferecer ao aluno uma oportunidade de reflexão sobre

a educação no passado – sua finalidade, seus conteúdos, sua organização – para

que possa melhor compreender a educação atual e contribuir de forma eficaz para o

desenvolvimento de um sistema educacional mais coerente e que promova a

minimização da desigualdade social.

Nesse sentido, a disciplina ressaltará os aspectos essenciais de cada período

da história da educação considerando o contexto sócio, político, econômico e

cultural, sem, no entanto, restringir-se a uma simples exposição de fatos e ideias a

partir de uma cronologia. Através de uma cuidadosa seleção de elementos

significativos, entre os quais se estabelecem conexões, a fim de que se torne

possível melhor compreender o fenômeno da educação, os conteúdos serão

elencados.

Considere-se ainda articulação destes conteúdos com os das disciplinas de

História, Geografia, Artes, Língua Portuguesa, Organização do Trabalho

Pedagógico, Fundamentos Históricos e Políticos da Educação Infantil, em razão da

carga horária e matriz curricular.

1.2. Objetivos

Compreender os antecedentes históricos da educação brasileira;

Situar e caracterizar as Constituições do Brasil, partindo da evolução histórica

do país;

Page 316: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

315

Identificar as corrente pedagógicas que permeiam os períodos da história

brasileira;

Refletir o processo através do qual a realidade educacional brasileira foi e

está sendo produzida;

Identificar criticamente as ideologias que perpassam teorias e práticas

consolidadas na história da educação brasileira.

1.3. Conteúdos

Educação Clássica: Grécia e Roma.

Educação Medieval.

Renascimento e Educação Humanista.

O Mercantilismo e os Aspectos Educacionais da Reforma e a Contra reforma

religiosa.

Os Jesuítas – Um projeto político educacional.

O Iluminismo e a Reforma Pombalina.

Ascensão da burguesia na Europa e as origens da Escola Pública – a chegada da

Família Real ao Brasil.

A Educação no Império – Constituição de 1824.

Primeira República – Constituição de 1891. O entusiasmo pela educação e o

otimismo pedagógico.

Segunda República – Getúlio Vargas e as propostas educacionais.

Constituições de 1932 e 1937.

Governos Populistas – Constituição de 1946 e o projeto de tramitação da LDB

4024/61.

Regime Militar – Constituição de 1967 - e as consequências para a educação

brasileira.

República pós-ditadura - Constituição de 1988 e a construção da nova LDBEN –

9394/96.

1.4. Encaminhamento Metodológico

O encaminhamento metodológico para a disciplina de Fundamentos

Históricos da Educação exige que se inicie a apresentação dos conteúdos a partir

dos fatos desencadeados no século XVI – articulando a situação do Brasil e demais

países da América Espanhola e Portuguesa no cenário da colonização europeia,

Page 317: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

316

como condição para situar adequadamente a educação brasileira na Colônia,

Império e Primeira República.

O destaque à Educação Jesuítica é compreensível – dentre outras razões, a

seu favor, está o longo período (dois séculos) em que os jesuítas/contra reformistas

organizaram e efetivaram a educação “institucionalizada” do Brasil, montando até,

uma grande rede física neste período (1549-1759).

Permeando a tessitura do pano de fundo para a educação atual serão

estudados os conflitos pedagógicos que ganharam a nominação de Pedagogia

Tradicional Liberal e as Pedagogias não liberais (progressistas). Um debate acerca

da Educação Tradicional e Educação Nova, explicitando os contextos históricos das

respectivas correntes filosóficas e seus pressupostos será oportunizado. Perfazendo

toda a construção do pensamento pedagógico brasileiro e das políticas educacionais

no sistema capitalista serão estudados diferentes projetos político-pedagógicos de

Estado.

Para que o processo de aprendizagem será efetivo e eficaz o ensino

considerará as seguintes ações pedagógicas: aulas expositivas, dinâmicas de

grupos, pesquisas, estudos dirigidos, debates, seminários, elaboração de sínteses,

resenhas, painéis.

1.5. Avaliação

A avaliação será, de acordo com o previsto no PPP – Projeto Político

pedagógico, diagnóstica, formativa e somativa, acontecendo em todos os momentos

do processo de ensino-aprendizagem, por meio de apresentação de trabalhos e

miniaulas, produção de materiais, exposições e seminários (nos quais será

observado os aspectos sócio afetivos), provas objetivas com questões dissertativas

ou em forma de teste, aula do erro, além da auto avaliação. A recuperação de

estudos também permeará o processo, no sentido do resgate de conteúdos que não

foram devidamente apropriados. No processo avaliativo os aspectos qualitativos

prevalecerão sobre os quantitativos. Contudo, devido à exigência de nosso sistema

educacional, haverá aferição de notas ao final de cada semestre.

1.6.Referências

ARANHA, Maria Lucia de A. História da Educação. 2ª edição. São Paulo: Moderna,

1996.

Page 318: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

317

GADOTTI, Moacir. História das Ideias Pedagógicas. 2ª edição. São Paulo: Ática,

1994.

GHIRALDELLI JR, Paulo. História da Educação. São Paulo: Cortez, 1994.

PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual:

Fundamentos Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

RIBEIRO, Maria Luiza S. História da Educação Brasileira: a organização escolar.

São Paulo: Cortez & Morais, 1986.

1. FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

O ser humano não pode deixar de cometer erros;

é com os erros, que os homens de bom senso aprendem

a sabedoria para o futuro.

Plutarco

Série Número de aulas semanais

3ª 2

1.1. Apresentação da Disciplina

A educação que prima pelo cumprimento de sua função primeira, garantir

formação de qualidade, deve tomar como ponto de partida e ponto de chegada a

prática social, sobre a qual deve estar fundada uma relação dinâmica entre esta e a

escolha de conteúdos. Ensinar e aprender o que é significativo para o aluno, no

entanto não significa que se deva trabalhar com aquilo que agrada, o aluno, mas

com o que se faz necessário, e por isso é significativo, à prática social e pedagógica.

Desta forma o enfoque aos conteúdos deve estar voltado para a compreensão da

base histórico-social da existência humana.

A função da Filosofia não é prescritiva, mas sem dúvida constitui-se em

ferramenta para a descoberta de soluções frente aos desafios impostos pela

Page 319: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

318

inserção do homem no ambiente e interação com os seus iguais, bem como na

autoafirmação de si mesmo. A postura filosófica que se adota frente a estes desafios

e o engajamento que se desenvolve a partir desta postura desdobram-se em

princípios filosóficos.

O mundo (as realidades) são sempre ideia e matéria. A forma de responder a

relação entre as duas definem matrizes (concepções norteadoras) que vão priorizar,

ora a ideia, ora a matéria. A filosofia ensinada nas escolas em os cursos de

formação de professores tem seguido uma tendência idealista, mesmo que às vezes

sob verniz materialista, até por conta de um processo de naturalização que é própria

deste tipo de ideia. No materialismo o pensamento abre espaço para o social e o

biológico. O materialismo científico adota uma perspectiva histórico-dialética, no

modo de produção da existência como elemento fundante da realidade histórica;

apresenta o trabalho como elemento fundamental no processo de desenvolvimento

da história.

O materialismo histórico parte da produção material como explicativa do

homem. O modo de via material condiciona o social, o político, o intelectual. Os

fenômenos econômicos explicam a história. Os conceitos e as ideias do

materialismo histórico não devem ser entendidos como uma ideologia, mas como

uma ferramenta para entender como surgem, evoluem e entram em decadência os

mais variados modos de produção que a história produziu e que produzirá, servindo

como instrumental para definir posicionamentos frente ao processo de exploração a

que o homem é submetido. É uma Filosofia que tem como princípio básico a

dialética fundamentada na matéria e no pensamento que desta nasce como

realidades portadoras de uma dinâmica de mudança que se dá a partir dos

contrários.

Sinteticamente o materialismo busca explicar os fenômenos a partir de suas

contradições e de sua realidade material. O ponto de partida e de chegada em

Fundamentos Filosóficos e Sociológicos da Educação é o Marxismo ou Materialismo

Dialético. Para Marx, a matéria evolui dialeticamente, isto é, pela superação de

sucessivas contradições ou tensões, passando de uma tese para uma antítese e

desta para uma síntese. A síntese que reassume em si os elementos positivos da

tese e da antítese.

O materialismo dialético é a teoria do conhecimento que produz as ferramentas

terminológicas e os conceitos necessários à ciência do materialismo histórico. A

Page 320: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

319

dialética tem sua origem na explicação do movimento de transformação das coisas.

Assim, ela se fundamenta na contradição que gera o constante devir da realidade

(luta dos opostos). A consciência é determinada pelo social, e na convicção de que

não existe fato em si, mas fato contextualizado. O homem é produtor de si mesmo e

de sua realidade: o seu processo de humanização depende de seu trabalho que

define a construção da sua história. A causa do desenvolvimento dos fenômenos é

interna (em suas contradições). O movimento é a essência da realidade. Teoria e

prática se interferem e se influenciam mutuamente. A consciência é determinada

pelo social. Ciência do movimento no pensamento, na matéria e na história. Não

existe fato em si, mas fato contextualizado. O homem é produtor de si mesmo e de

sua realidade: a humanização depende do trabalho (construção da sua história). O

movimento de contradição se dá nas coisas, na história. A causa do

desenvolvimento dos fenômenos é interna (em suas contradições). O movimento é a

essência da realidade. Teoria e prática se interferem e se influenciam mutuamente. É

uma concepção dinâmica de homem, sociedade e de relação entre as coisas e

realidades que possibilitará à educação exercer a sua função social, porque matéria

e pensamento são cúmplices, segundo Marx e Engels.

Esta opção é que permitirá superar o pensamento positivista que se instalou nas

relações pedagógicas e que transformou a educação em algo estático / congelado;

exata, submissa; com incapacidade técnica e política de reação, de oposição ao que

é relativo, de manutenção do status quo, de verdades absolutas, da supremacia da

prova, de eliminação o contraditório. É a possibilidade real da flexibilidade e da

descoberta, de avanços através das contradições, de mudanças, de evolução [da

projeção do que se sonha. Libertar da alienação (Ludwig Feuerbach).

Ancorados nesta filosofia o trabalho com a disciplina Fundamentos Filosóficos

da Educação partirá da abordagem Histórico-Cultural, fundamentada no pensamento

de Lev S. Vygotsky (1986-1934). Um ponto central dessa concepção é que todos os

fenômenos sejam estudados como processos em movimento e em mudança. Em

termos do objeto da psicologia, a tarefa do cientista seria a de reconstruir a origem e

o curso do desenvolvimento do comportamento e da consciência. Não só todo

fenômeno tem sua história, como essa história é caracterizada por mudanças

qualitativas e quantitativas.

Essas opções direcionam para uma Pedagogia Histórico-Crítica.

Nesta Pedagogia, a criança (aluno) é vista como um ser concreto, concebida

Page 321: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

320

em função da classe social a que pertence e da análise de sua condição de vida:

econômica, social e cultural. O professor é aquele que direciona e conduz o

processo ensino-aprendizagem, comprometendo-se com a realidade social e

interagindo com ela na construção do conhecimento. Os conteúdos culturais e

universais, acumulados historicamente e produzidos socialmente, que servem de

instrumento para a criança conhecer, criticar e refletir sobre a realidade (apropriação

para superação).

Na formação do educador se privilegiará questões que impactam na sua

formação como:

a reflexão científica que deverá trabalhar conhecimentos que levem à

compreensão dos processos da natureza e da sociedade, visando superar

o senso comum, conceitos dogmáticos, ideias obscurantistas através da

conquista de informações mais adequadas da ciência e do método

científico;

a reflexão ético-política dos valores morais e espirituais (pensamento,

entendimento, concepções) como produção social, desmistificando e

desmascarando ideias que seguem a lógica da reprodução capitalista e

promove o individualismo-consumismo-corrupção-desagregação social;

estendendo-se à função da mídia na formação da consciência, difusão e

formação de valores ideias e comportamentos;

a reflexão ambiental que coloque o humano como parte integrante da

natureza enquanto relação que afeta a sociedade humana, a vida

humana, num contexto de exploração capitalista e de sobrevivência do

humano comprometida;

a reflexão ético-cultural que resgate as especificidades históricas da

memória e tradição dos diversos grupos sociais através de uma prática

pedagógica produtora de novos conhecimentos a partir de culturas

distintas e do acesso aos bens culturais de qualidade produzidos pela

sociedade humana.

A Sociologia é a ciência que estuda o comportamento do ser humano em

função do meio em que vive, por isso constitui-se em uma forma de saber científico.

Compreender o meio e as determinantes que operam nos mecanismos da

Page 322: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

321

organização social é fator fundamental para se entender as especificidades de seu

ensino e aprendizagem.

A Sociologia da Educação, especificamente no Curso de Formação de

Docentes, tem como objetivo ajudar os alunos a perceberem as determinações

sociais da sua prática profissional, da configuração do sistema educacional no país,

da sua inserção na estrutura de classes do capitalismo, do significado da educação

no capitalismo, entre outros. Nesse sentido, a disciplina possui uma existência

histórica que coincide com a historicidade da educação nas sociedades modernas e

que deve ser compreendida dessa forma, como um instrumento científico que altera

os olhares e, consequentemente, a prática pela práxis educativa. Práxis, porque não

nega seu sentido político de transformação. A disciplina, como todo currículo, intenta

despertar no aluno a necessidade de formação de educadores comprometidos com

o direito das crianças de uma educação de qualidade.

1.2. Objetivos

Desenvolver comportamento responsável na busca de qualidade da

vida coletiva;

Desenvolver o entendimento de que a consciência e o

conhecimento são produções históricos-sociais;

Desmistificar ideias transmitidas pela lógica da reprodução

capitalista;

Promover a interlocução entre padrões culturais distintos e o

acesso a bens de qualidade;

Promover uma prática pedagógica coerente com os elementos

culturais necessários ao processo de humanização;

Reconhecer o caráter social da cultura erudita e popular por

constituírem-se de elementos singulares e universais;

Revitalizar a discussão e a prática a respeito da função social da

escola na forma ético-política para a construção de uma sociedade

verdadeiramente humana.

Situar e caracterizar o surgimento e desenvolvimento da Sociologia

enquanto disciplina e ciência.

Analisar as correntes sociológicas relacionando-as com as

Page 323: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

322

concepções de educação.

Conhecer as ideologias que perpassam teorias e práticas

pedagógicas.

1.3. Conteúdos

Conceito, importância e metodologia da Filosofia

A atitude filosófica (a reflexão crítica)

Mito e Filosofia

Clássicos da Filosofia: Os pré-socráticos e os sofistas

Os principais filósofos gregos: Sócrates, Platão e Aristóteles; e suas concepções de

educação, sociedade, mundo, homem

Os principais períodos da História da Filosofia

As fontes do conhecimento: O Empírico e o Racionalismo

As bases do pensamento moderno: Descartes (a ciência positiva), Locke (a

experiência) e Kant (síntese do empirismo e do racionalismo)

As bases do pensamento contemporâneo: Comte e Durkhein (o positivismo), Hegel

(o conhecimento universal), Sartre (o existencialismo) e Hussel (a fenomenologia)

A concepção dialética da filosofia: Marx e Engels (materialismo histórico e dialético)

As relações de trabalho e poder (trabalho e alienação)

A Filosofia da Educação enquanto reflexão

O homem como ser histórico

Educação como redenção, reprodução e transformação da sociedade

As teorias socialistas, crítico-reprodutivistas, progressistas e construtivistas

A abordagem histórico-cultural de Vigotsky

Tendências pedagógicas na prática escolar: pedagogia liberal, tradicional, renovada

progressista, renovada não-diretiva e tecnicista

Pedagogia progressista libertadora, libertária e crítico-social dos conteúdos

Os novos pensadores da Educação e suas teorias: Morin, Perrenoud, Coll, Nóvoa,

Hernández e Toro

Conceito/definição de Educação e Sociologia

Augusto Comte – Positivismo

A Educação e o Funcionalismo de Emile Durkeheim

A Educação Republicana – laica de acordo com o desenvolvimento da divisão do

Page 324: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

323

trabalho social (os sociólogos brasileiros que desenvolveram estudos a partir dessa

teoria, tais como Fernando de Azevedo e Lourenço Filho)

A Educação como fator essencial e constitutivo do equilíbrio da sociedade

A Educação como técnica de planejamento social e desenvolvimento da democracia

críticas a essa visão

As teorias críticas sociológicas da educação escolar

O trabalho e a educação no pensamento de Karl Marx e F. Engels

A racionalização da sociedade e a educação no pensamento de Max Weber

A Educação como esfera de constituição de hegemonia e de contra hegemonia

A Educação, produção e reprodução social

A escola como aparelho ideológico do estado

A escola pública enquanto mecanismo de integração da força de trabalho

Estudos sócio antropológicos sobre a educação e escola no Brasil (urbano e rural):

A educação no campo

Movimento dos trabalhadores Sem-Terra e das ONGs

Educação dos Jovens e Adultos

Concepções de Criança/infância como construção histórica e social

A infância no Brasil (urbano e rural)

1.4. Encaminhamento Metodológico

Em coerência com os princípios metodológicos propostos, os procedimentos

metodológicos serão orientados pelos princípios da dialética: Tudo se relaciona:

nada é isolado. Tudo se transforma por contradição – negação – superação. Nada é

eterno. A mudança quantitativa provoca uma mudança qualitativa. Unidade e luta

dos contrários (dialética da natureza, da história e do conhecimento). É uma teoria

engajada. Não pode ser confundida com teoria do reformismo ou ideológica. O

encaminhamento metodológico para a disciplina de Fundamentos Filosóficos e

Sociológicos da Educação deverá também propor a revisão de um referencial teórico

que, de forma interdisciplinar, ajude os professores e, por consequência os alunos, a

olhar a sociedade, a escola, as crianças, as famílias, a sua prática docente e

discente numa perspectiva social e política.

Deverá ainda incentivar a transição do senso comum para a consciência

científica, por meio do desprendimento das imagens já construídas sobre a escola,

Page 325: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

324

os professores, os pobres, os ricos, as igrejas, as religiões, a cidade, os bairros, as

favelas, a violência, os políticos, a política, os movimentos sociais, os conflitos e as

desigualdades sociais.

Os conteúdos serão trabalhados de uma forma crítica e dinâmica, interligando

teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência aos fundamentos teóricos

propostos, onde estes não podem ser vistos isoladamente.

1.5. Avaliação

Partindo do pressuposto de que avaliar compreende coleta, análise e síntese

dos dados, acrescida de atribuição de valor o professor utilizar-se-á do resultado da

avaliação não apenas para aferir notas, mas para reformular seu planejamento,

adotando estratégias e procedimentos diversificados, visando superar as lacunas

diagnosticadas.

A avaliação escrita (provas) é o instrumento mais utilizado no processo

avaliativo. Todavia, há que se considerar que apenas um instrumento não é capaz

de identificar o conhecimento adquirido pelo aluno, por isso o professor deverá

propiciar diversificadas oportunidades para que o aluno expresse seu conhecimento.

A avaliação será, portanto, diagnóstica, formativa e somativa, acontecendo

em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, por meio de

apresentação de trabalhos e miniaulas, produção de materiais, exposições e

seminários (nos quais será observado os aspectos sócio afetivos), provas objetivas

com questões dissertativas ou em forma de teste, aula do erro, além da auto

avaliação. A recuperação de estudos também permeará o processo, no sentido do

resgate de conteúdos que não foram devidamente apropriados. A reavaliação é

outra oportunidade que é ofertada no término do período letivo.

No processo avaliativo os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os

quantitativos. Contudo, devido à exigência do sistema educacional, haverá aferição

de notas ao final de cada semestre.

1.6. Referências Bibliográficas

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Temas de filosofia. São Paulo: Moderna, 1992.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna,

1997.

BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LBDEN.

Page 326: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

325

Brasília: MEC, 1996.

BUZZI, Arcângelo. Introdução ao Pensar. Petrópolis: Vozes, 1989.

CHAUÍ, Marilena. Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2000.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática

educativa. 15. ed. P. 36-37São Paulo: Paz e Terra, 2000.

GADOTTI, Moacir. História das Ideias Pedagógicas. São Paulo: Ática. 1994.

GARCEZ, Lucília Helena do Carmo. Técnicas de redação: o que é preciso saber

para bem escrever. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

GASPARIN, João Luiz . Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.

Campinas, SP: Autores Associados, 2005.

GHIRALDELLI JR, Paulo. História da Educação. São Paulo: Cortez, 1990.

KRUPPA, Sonia M. P. Sociologia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994.

LIBÂNEO, José C. Democratização da escola pública. São Paulo, Edições.

Loyola, 1985.

LOMBARDI, Claudinei & GEORGEN, Pedro. Ética e educação: reflexões filosóficas

e históricas. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.

LOWY, Michael. Ideologias e Ciência Social. 16ª edição. São Paulo: Cortez, 2003.

LUCKESI, Cipriano Carlos. A avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo:

Cortez, 1995.

MARTINS, Carlos B. O que é Sociologia. 7ª edição. São Paulo: Brasiliense, 1984.

MATOS, Olgária. Filosofia: a polifonia da razão. São Paulo: Scipione, 1997.

MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: a prática de fichamentos, resumos,

resenhas. São Paulo: Atlas, 2000.

MEKSENAS, Paulo. Sociologia. 2ª edição. 1994

OLIVEIRA, Luiz Antonio. Apostila de Metodologia, 2006.

OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução a Sociologia. 23ª edição. São Paulo:

Ática, 2000.

PAIM, Antonio. Curso de Humanidades: filosofia; guias para estudo individual e de

grupo. Londrina - PR: Edições Humanidades, 2005.

___________. Tratado de ética. Londrina -PR: Ed. Humanidades, 2003.

PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos

Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.

_______. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Reflexão filosófica

Page 327: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

326

sobre o ser social, a produção do conhecimento e a educação fundada no princípio

histórico-social, Curitiba, 2005.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

PLATÃO, F.S. & FIORIN, J. L. Para entender o texto – leitura e redação. 2. Ed. São

Paulo: Ática, 1991.

RIOS, Terezinha. Dimensões da competência do educador.

SÁNCHEZ, Vásquez, Adolfo. Ética. 23ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,

2002.

SAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico-crítica, primeiras aproximações. São

Paulo: Cortez, 1992, p. 19-30.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 21ªed. São Paulo: Cortez,

2000.

__________. Educação, sujeito e história. São Paulo: Olho d`´agua, 2001.

SOUZA, Sonia Maria Ribeiro de. Um outro olhar: filosofia. São Paulo: FTD, 1995.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: Concepção dialético-libertadora do

processo de avaliação escolar. São Paulo: Libertad, 1994.

VYGOTSKY, L. A formação social da mente. SP, Martins Fontes, 1987.

WACHOWICZ, Lílian Anna. Por uma teoria democrática da avaliação.

Page 328: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

327

1. FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

“Sempre que houver alternativas tenha cuidado.

Opte pelo que faz seu coração vibrar. Opte pelo que gostaria de fazer, apesar de todas as conseqüências”.

Osho

Série

Número de aulas

semanais

1ª 2

1.1. Apresentação da Disciplina

O homem é um ser complexo. Consequentemente, é função da psicologia

iluminar e harmonizar as dinâmicas pessoais e orientá-las ao crescimento pleno e

harmônico dentro da complexidade do processo de desenvolvimento da “persona”.

Nesse sentido, nenhuma corrente psicológica esgota em si mesma toda a dimensão

do homem. Por isso, existe uma quantidade numerosa de “psicologias”, e outra

infinidade de teorias e experiências que se dispõem a compreender, iluminar e

harmonizar o ser humano consigo mesmo, com os outros e com a dimensão

transcendente, inerente ao seu próprio existir.

Na busca de princípios gerais e de regularidades, que dá um suporte à

compreensão da complexidade do ser humano, a psicologia leva em consideração a

relação ao homem no seu processo formativo/educativo. Especificamente na

Psicologia Educacional encontram-se os elementos conceituais e técnicas de ensino

que esclarecem as relações escola-família-sociedade. Portanto, o conhecimento do

desenvolvimento bio-psico-social-afetivo da criança é fundamental para

compreender o homem que está sendo formado.

Desta forma, o conhecimento humano é resultado da produção de cada um e

de todos na humanidade. Compreender os aspectos psicológicos que envolvem a

Page 329: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

328

pessoa humana é crucial para uma interação social esteada na cooperação, no

respeito e na participação social de cada indivíduo, independentemente de

quaisquer características que venha ter.

1.2. Objetivos

Possibilitar aos alunos uma compreensão global do processo de

desenvolvimento humano.

Identificar corretamente as teorias psicológicas necessárias para a

formação de educador.

Estabelecer relações entre o conhecimento teórico e práticas sociais,

fundamentadas nas teorias da educação e abordagens de ensino.

Reconhecer a importância do estudo do comportamento humano,

identificando os agentes e as interações existentes neles.

1.3. Conteúdos

Introdução ao estudo da psicologia

Histórico – evolução da psicologia

Principais teorias psicológicas e da aprendizagem

Reflexológico – I. Paula

Behaviorismo. B. F. Skinner

Gestalt, Kohler, Wertheiner, Kofka

Psicanálise de S. Freud

Introdução à psicologia da educação e as abordagens de ensino

Desenvolvimento e aprendizagem

Epistemologia genética de Jean Piaget

Psicologia sócio-hitórica. L. S. Vygotsky

Psicogênese de H. Wallon

Pensamento e linguagem

1.4 . Encaminhamento Metodológico

Os conteúdos de Fundamentos Psicológicos da Educação trazem em seu

bojo um olhar plural do mundo, contribuindo para que o aluno do Curso de

Formação de Docentes construa sua própria imagem, pela compreensão do seu

comportamento individual ou em grupo.

Page 330: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

329

Por outro lado, o conhecimento dos processos de ensino-aprendizagem,

analisando as principais teorias psicológicas e suas correlações com a

aprendizagem, apontará para as abordagens de ensino que embasam a psicologia

do desenvolvimento da criança e do adolescente, os aspectos sociais, culturais e

afetivos da criança e sua cognição.

Desta forma o trabalho com esta disciplina será organizado com aulas

expositivas, dinâmicas de grupos, debates, seminários, elaboração de sínteses e

painéis.

1.5. Critérios de Avaliação

Partindo do pressuposto de que a ação avaliativa compreende a coleta,

análise e síntese dos dados, acrescida de atribuição de valor importante ressaltar

que a avaliação não pode ser concebida como um momento pontual num processo

amplo. Por ser um processo contínuo, deverá conduzir a retomada de caminhos e,

se necessário, redimensionar as ações. Desta forma, o resultado da avaliação não

servirá apenas para aferir notas, mas para reformular o planejamento, orientar a

adoção de estratégias e procedimentos diversificados, visando superar as lacunas

diagnosticadas.

A prova, em sentido amplo e restrito, é o instrumento mais utilizado no

processo avaliativo. Todavia, há que se considerar que apenas um instrumento não

é capaz de identificar o conhecimento adquirido pelo aluno, por isso o professor

deverá propiciar diversificadas oportunidades para que o aluno expresse seu

conhecimento.

A avaliação será, portanto, diagnóstica, formativa e somativa, acontecendo

em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, por meio de

apresentação de trabalhos e miniaulas, produção de materiais, exposições e

seminários (nos quais será observado os aspectos sócio afetivos), provas objetivas

com questões dissertativas ou em forma de teste, aula do erro, além da auto

avaliação. A recuperação de estudos também permeará o processo, no sentido do

resgate de conteúdos que não foram devidamente apropriados. A reavaliação é

outra oportunidade que é ofertada no término do período letivo.

No processo avaliativo os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os

quantitativos. Contudo, devido à exigência do sistema educacional vigente, haverá

aferição de notas ao final de cada semestre.

Page 331: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

330

1.6. Referências Bibliográficas

BARROS, C. S. G. Pontos de Psicologia do Desenvolvimento. Rio de Janeiro:

Ática, 1991.

BEE, H. A criança em desenvolvimento. São Paulo: Warbra, 1977.

BOCK, A. M; FURTADO, O e TEIXEIRA, M. L. Psicologias - Uma Introdução ao

Estudo de Psicologia. São Paulo: Saraiva, 1999.

DAVIS, Cláudia; OLIVEIRA, Zilma. Psicologia da Educação. São Paulo: Cortez,

1991.

FALCÃO, G. M.. Psicologia da Aprendizagem. Psicologia da Aprendizagem. Rio

de Janeiro: Ática, 1989.

OLIVEIRA, Zulmira de Moares Ramos. A criança e seu desenvolvimento. São

Paulo, Cortez, 1995.

OLIVEIRA, Marta Kohl. VYGOTSKY. São Paulo: Scipione, 1995.

PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos

Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia. São Paulo: Forense, 1990.

PILETTI, Nelson. Psicologia da Aprendizagem. Rio de Janeiro: Ática, 1989.

SEBER, M. Glória. Psicologia do Pré-Escolar. São Paulo: Moderna, 1995.

TELES, Maria Luiza S. O que é Psicologia. São Paulo: Brasiliense, 2003.

VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes. 1984.

Page 332: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

331

1. FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA EDUCAÇÃO

INFANTIL

“Eduquemos as crianças, e não será

necessário castigar os homens.” (Pitágoras).

Série

Número de aulas

semanais

2ª 2

1.1. Apresentação da Disciplina

Considerando a importância do conhecimento acerca da educação infantil no

curso de formação docente, faz-se necessário a reflexão sobre Fundamentos

Históricos e Políticos da Educação Infantil, tendo como base teórica a legislação

vigente, numa perspectiva histórica do profissional e as concepções de infância

presentes nas ciências.

A Lei nº9394/96 considera e legitima a Educação Infantil como a primeira

etapa da Educação Básica que passa a ter como objetivo exercer as funções de

educar e cuidar, deixando à margem a ênfase dada apenas ao caráter de cunho

assistencialista. Nesse sentido políticas públicas se viram forçadas a reelaborar as

concepções de criança, de educação, bem como dos serviços por ela prestados.

Até o final da Idade Média, as crianças eram “adultos em miniaturas” à espera

de adquirir a estatura normal (ÁRIES, 1978); eram seres inocentes e divertidos

servindo como meio de entreter os adultos. O conceito de família neste período não

existia e começa a se desenvolver a partir dos séculos XV e XVI. O que se observa

nessa época é a família como algo público; os laços consanguíneos eram

definidores de família e a afetividade era negada, pois a intimidade não era

valorizada. Os cuidados dados à criança eram no sentido de preservá-la dos perigos

e garantir-lhe a sobrevivência até que fosse capaz de cuidar de si mesma.

Segundo Sanches (2004), a ideia de creche surge na Europa, no final do

século XVIII e início do século XIX, propondo-se a “guardar” crianças de 0 a 3 anos,

durante o período de trabalho das famílias. É inegável que esta instituição nasce de

uma necessidade atrelada ao capitalismo e processo de urbanização dele

decorrente. No Brasil, a creche surge no final do século XIX, fruto do processo de

Page 333: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

332

industrialização e urbanização do país. Nesse período ocorre o crescimento das

cidades localizadas nas regiões ricas, pela migração das áreas mais pobres que

buscavam trabalho e melhores condições de vida.

A filantropia torna-se uma adaptação da antiga caridade que se preocupava

com a diminuição do custo social, com a reprodução da classe trabalhadora e com o

controle da vida dos pobres. Sanches (2004), afirma que esta generosidade

pautava-se na crença de que o filho do operário sendo bem cuidado, este trabalharia

mais satisfeito e produziria mais.

A Lei de Diretrizes de Base da Educação Nacional, Lei nº 9394 de 20 de

Dezembro de 1996, (LDB) coloca a criança como sujeito de direitos em vez de tratá-

las, como ocorria nas leis anteriores a esta, como objeto de tutela. A mesma lei,

proclama pela primeira vez na história das legislações brasileiras a Educação Infantil

como direito das crianças de 0 – 6 anos e dever do Estado. Ou seja, todas as

famílias que desejarem optar por partilhar com o Estado a educação e o cuidado de

seus filhos deverão ser contempladas com vagas em creches e pré-escolas

públicas. Outro objetivo contemplado pela Lei 9394/96, é o de que as instituições de

Educação Infantil (creches e pré-escolas) fazem parte da Educação Básica,

juntamente com o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, em vez de permanecerem

ligadas às Secretarias de Assistência Social. Nessa passagem das creches para as

Secretarias de Educação dos Municípios está articulada a compreensão de que as

instituições de Educação Infantil têm por função educar e cuidar de forma

indissociável e complementar das crianças de 0 a 6 anos.

Campos, Rosemberg e Ferreira (1995) afirmam que a subordinação do

atendimento em creches e pré-escolas à área da Educação representa, pelo menos

no nível do texto constitucional, um grande passo na direção da superação do

caráter assistencialista predominante nos anos anteriores a Constituição. No caso

especifico das creches, tradicionalmente vinculadas às áreas de assistência social,

essa mudança é bastante significativa e supõe uma integração entre creches e pré-

escolas.

A Educação Infantil, segundo Faria (2007), embora tenha mais de um século

de história, como cuidado e educação extradomiciliar, somente na década de 90 foi

reconhecida como direito da criança, das famílias, como dever do Estado e como

primeira etapa da Educação Básica.

Page 334: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

333

Faria (1999) lembra-nos que “a criança, assim, não é uma abstração, mas um

ser produtor e produto da história e da cultura”. Olhar a criança como ser que já

nasce pronto, ou que nasce vazio e carente dos elementos entendidos como

necessários à vida adulta ou, ainda, a criança como sujeito conhecedor, cujo

desenvolvimento se dá por sua própria iniciativa e capacidade de ação, foram,

durante muito tempo, concepções amplamente aceitas na Educação Infantil até o

surgimento das bases epistemológicas que fundamentam, atualmente, uma

pedagogia para infância. Os novos paradigmas englobam e transcendem a história,

a antropologia, a sociologia e a própria psicologia resultando em uma perspectiva

que define a criança como ser competente para interagir e produzir cultura no meio

em que se encontra.

Tiriba (2005) relata que a intenção de aliar uma concepção de criança à

qualidade dos serviços educacionais a ela oferecidos implica atribuir um papel

especifico a pedagogia desenvolvida nas instituições pelos profissionais de

Educação Infantil. Segundo Zabalza (1998), três finalidades básicas podem mostrar

como é possível uma Educação Infantil de qualidade: 1. Uma escola cuja atenção é

concentrada na identidade da criança, na sua condição de sujeito de direitos

diversos, na consciência de si mesma, na intima relação com a sua família e a sua

cultura de origem; 2. Uma escola que prioriza conteúdos significativos da experiência

– a educação linguística, motora, musical e cientifica; 3. Uma escola baseada na

participação e integrada com a comunidade eu que valoriza a relação com as

famílias e a gestão social.

As ciências que se debruçaram sobre a criança nas últimas décadas,

investigam como se processa o seu desenvolvimento, coincidem em afirmar a

importância dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento e aprendizagem

posteriores. A pedagogia vem acumulando considerável experiência e reflexão sobre

sua pratica nesse campo e definindo os procedimentos mais adequados de

desenvolvimento e aprendizagem. A educação infantil inaugura a educação da

pessoa humana. A Educação Infantil, em estabelecimentos específicos de educação

infantil, vem crescendo no mundo inteiro e de forma bastante acelerada, seja em

decorrência da necessidade da família de contar com uma instituição que se

encarregue do cuidado e da educação de seus filhos pequenos, principalmente

quando os pais trabalham fora de casa seja pelos argumentos advindos das ciências

que investigaram o processo de desenvolvimento da criança.

Page 335: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

334

Finalmente um diagnóstico das necessidades da educação infantil,

assinalando as condições de vida e o desenvolvimento das crianças brasileiras, a

pobreza, que afeta a maioria delas, que retira de suas famílias as possibilidades

mais primárias de alimentá-las e assisti-las, tem que ser enfrentada com políticas

abrangentes que envolvam a saúde, a nutrição, a educação, a moradia, o trabalho e

o emprego, a renda e os espaços sociais de convivência, cultura e lazer, pois todos

esses são elementos constitutivos da vida e do desenvolvimento da criança.

Considerando a importância do conhecimento acerca da Educação Infantil no

curso de Formação de Docentes, faz-se necessário a reflexão sobre Fundamentos

Históricos e Políticos da Educação Infantil, tendo como base teórica a legislação

vigente, numa perspectiva histórica do profissional, e as concepções de infância

presentes nas diversas ciências.

1.2. Objetivos Gerais

Conhecer os determinantes históricos e políticos da Educação Infantil e

sua situação no Brasil.

Compreender que a creche e a pré-escola diferenciam-se

essencialmente da escola quanto às funções que assumem no

contexto social.

1.3. Conteúdos

Fundamentos da disciplina

Concepção de infância nas sociedades passadas e época contemporânea

Relacionamento entre pais e filhos na História do Brasil

Principais causas da necessidade de Educação Infantil no passado

Origem das instituições infantis

Principais educadores do passado que influenciaram a Educação Infantil

As primeiras instituições infantis no Brasil

Importância da Educação Infantil: Finalidades e objetivos.

Funções da Educação Infantil: brincar, educar e cuidar.

A política da Educação Infantil e as legislações:

Constituição de 1988

Parecer 22/98

Page 336: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

335

Deliberação 03/99

Deliberação 02/05

Diretrizes Curriculares Nacionais

LDB 9394/96

ECA

Profissional de Educação Infantil no Brasil:

Relação adulto/criança

A família e sua influência

A escola: ambiente físico e social

Perfil profissional do atendente infantil

1.4. Encaminhamento Metodológico

Considerando a valorização da Educação Infantil no Brasil nas últimas

décadas, torna-se urgente a necessidade de identificar seus determinantes

históricos e políticos, bem como o papel do professor como sujeito da produção

histórica. Para tanto, será ofertada uma aprendizagem através de práticas

interdisciplinares, tendo como ponto de partida o conhecimento prévio dos alunos,

atendendo às perspectivas e possibilidades individuais, a partir de alguns princípios

norteadores:

Reflexão crítica sobre os pressupostos legais que balizam as teorias em

diferentes momentos históricos.

Valorização e contextualização do conhecimento de que os alunos dispõem e

estimulá-los a avançar, a ampliar seus conhecimentos, a crescer.

Realização de seminários para aprofundamento teóricos para uma melhor

compreensão das diferentes tendências e pensar criticamente certas

experiências realizadas no Brasil.

Análise comparativa de relações que se estabelecem nas escolas públicas e

particulares e as contradições aí existentes.

1.5. Avaliação

Partindo do pressuposto de que a ação avaliativa compreende a coleta,

análise e síntese dos dados, acrescida de atribuição de valor importante ressaltar

que a avaliação não pode ser concebida como um momento pontual num processo

Page 337: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

336

amplo. Por ser um processo contínuo, deverá conduzir a retomada de caminhos e,

se necessário, redimensionar as ações. Desta forma, o resultado da avaliação não

servirá apenas para aferir notas, mas para reformular o planejamento, orientar a

adoção de estratégias e procedimentos diversificados, visando superar as lacunas

diagnosticadas.

A prova, em sentido amplo e restrito, é o instrumento mais utilizado no

processo avaliativo. Todavia, há que se considerar que apenas um instrumento não

é capaz de identificar o conhecimento adquirido pelo aluno, por isso o professor

deverá propiciar diversificadas oportunidades para que o aluno expresse seu

conhecimento.

A avaliação será, portanto, diagnóstica, formativa e somativa, acontecendo

em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, por meio de

apresentação de trabalhos e miniaulas, produção de materiais, exposições e

seminários (nos quais será observado os aspectos sócio afetivos), provas objetivas

com questões dissertativas ou em forma de teste, aula do erro, além da auto

avaliação. A recuperação de estudos também permeará o processo, no sentido do

resgate de conteúdos que não foram devidamente apropriados. A reavaliação é

outra oportunidade que é ofertada no término do período letivo.

No processo avaliativo os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos.

Contudo, devido à exigência do sistema educacional vigente, haverá aferição de

notas ao final de cada semestre.

1.6. Referências Bibliográficas

ÀRIES, Philipe. História social da criança e da família. 2.ed.LCT, 1978.

BRASIL, Brasília, DF, Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996.

_______. Constituição da República Federativa do Brasil. São Paulo: Imprensa

Oficial do Estado, 1988.

_______. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8069, de 13 de julho de

1990. São Paulo: Cortez. 1990.

_______. Política Nacional de Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF/DPE/ COEDI,

1993.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

Page 338: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

337

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006.

________. O coletivo infantil em creches e pré-escolas – fazeres e saberes. São

Paulo: Cortez, 2007.

BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394/96,

de 20 de dezembro de 1996.

BRASIL/MEC. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília,

1998.

CAMPOS, Maria Malta; ROSEMBERG, Fúlvia; FERREIRA, Isabel M. Creches e

pré-escolas no Brasil. 2.ed. São

CASTRO, Jorge A. de. Financiamento da educação no Brasil. Brasília: INEP,

2001.

FARIA, Ana Lucia Goulart de. Educação pré-escolar e cultura. Campinas: Cortez,

1999.

FREITAS, Marcos C. (org.). História social da infância no Brasil. São Paulo:

Cortez, 1997.

KRAMER, Sônia. A política do pré-escolar no Brasil: a arte do disfarce. Rio de

Janeiro: Achiamé, 1984.

PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos

Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.

Paulo: Cortez, 1995.

SANCHES, Emilia Cipriano. Creche – realidade e ambiguidades. 2.ed. Petrópolis:

Vozes, 2004.

TIRIBA, Lea. Educar e cuidar: buscando a teoria para compreender discursos e

práticas. Rio de Janeiro: Ática, 2005.

ZABALZA, Miguel A. Qualidade em Educação Infantil. Tradução. Beatriz Affonso

Neves. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

Page 339: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

338

1. CONCEPÇÃO NORTEADORA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

"Nós não devemos deixar que as incapacidades das

pessoas nos impossibilitem de reconhecer as suas

habilidades." Hallahan e Kauffman

Série Número de aulas semanais

2ª 2

1.1. Apresentação da Disciplina

A Educação Especial destina-se a todas as pessoas com deficiência física,

sensorial, mental, altas habilidades ou distúrbios emocionais, sociais ou de

aprendizagem, com necessidade de atendimento educacional especializado,

visando à aprendizagem e desenvolvimento. Constitui-se parte integrante da

Educação Geral, com a mesma finalidade de proporcionar meios para alcançar a

realização integral do indivíduo, desenvolvendo suas potencialidades,

transformando-o em membro útil e participante da sociedade. Desta forma tem suas

características próprias quanto aos métodos, técnicas e procedimentos empregados

e quanto ao detalhamento dos currículos de ensino para atender as necessidades

específicas dos portadores de necessidades educacionais especiais.

Considerando que dez por cento da população mundial apresenta algum tipo

de deficiência, segundo a ONU, e que, em países em desenvolvimento e

subdesenvolvidos, essa parcela pode chegar a vinte e cinco por cento da população,

a Educação Especial, ganhou o status disciplina em cursos como o de Formação de

Docentes.

A necessidade de conhecer as concepções que norteiam a Educação

Especial, no atual contexto educacional, não se limita restritamente ao grupo de

docentes que atuam no ensino especial, mas estende-se aos demais professores da

pré-escola, ensino fundamental e outros níveis de ensino, em decorrência da

inserção do educando portador de necessidades educacionais especiais no ensino

regular.

Page 340: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

339

O conhecimento sobre a Educação Especial contribuirá para que profissionais

da educação detectem precocemente problemas reais ou potencias, determinantes

de alguma deficiência, encaminhando-os para programas de atendimento

especializado. Tal fato justifica a inclusão da disciplina Concepções Norteadoras da

Educação Especial nos cursos de formação de docentes em nível médio abordando

conteúdos específicos da Educação Especial e Educação Inclusiva.

1.2. Objetivos

Conhecer a educação especial, seu percurso histórico, sua fundamentação e

os dispositivos legais que asseguram a oferta de atendimento educacional

especializado.

Classificar e caracterizar os tipos de necessidades educacionais especiais,

bem como os recursos de apoio proporcionados pelas escolas.

Identificar os tipos de programas de atendimento especializado de acordo

com a deficiência.

Compreender a importância da inclusão da pessoa com necessidades

educacionais especiais na escola e sociedade, para que possa ter seus

direitos assegurados.

1.2. Conteúdos

Concepção histórica da pessoa com necessidades especiais

Conceituação da educação especial

Fundamentação da educação especial:

Constituição Federal.

Constituição Estadual.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº9394/96.

Estatuto da Criança e do Adolescente

Plano Nacional da Educação-Lei 10.172/01

Declaração Mundial de Educação Para Todos – JOMTIEN (1990).

Declaração de Salamanca (1994)

Deliberação número 02/03 – CEE.

Diretrizes Nacionais da Educação Especial na Educação Básica (2001).

Classificação e caracterização da pessoa com necessidades educacionais especiais:

Page 341: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

340

Altas habilidades, deficiência mental, deficiência física, surdez, deficiência visual,

múltiplas deficiências, condutas típicas.

Prevenção de deficiências:

Período pré-natal, período peri-natal e período pós-natal.

Identificação da pessoa com necessidades educacionais especiais

Avaliação psicoeducacional, importância, objetivos, instrumentos de avaliação e

recursos humanos envolvidos.

Modalidades de atendimento educacional

Serviços especializados: Classe Especial, Escolas Especiais, Classes de Educação

Bilíngue, Escola de Educação Especial para Surdos com Educação Básica.

Serviços de apoio pedagógicos especializados para apoiar, complementar e

suplementar a escolarização formal:

Intérprete de Libras/Língua Portuguesa.

Instrutor surdo de Libras – (atua nos CAES).

Escolas para surdos.

Professor de apoio permanente.

Sala de recursos (1 a 4 e 5 a 8 séries).

Centro de atendimento especializado – CAE.

Centro de Apoio Pedagógico para atendimento às pessoas com deficiência visual

(CAP).

Inclusão na escola e sociedade:

Na área educacional, no âmbito do trabalho e no campo do lazer.

1.4. Encaminhamento Metodológico

Nas palavras de Davis e Oliveira (1993)Vygotsky em sua teoria

sociointeracionista, entende que o desenvolvimento é fruto das experiências do

indivíduo, onde cada um dá um significado particular a estas vivências, desta

maneira cada um tem uma forma individual de aprender o mundo. Nesta perspectiva

o desenvolvimento e aprendizado estão intimamente ligados; o desenvolvimento não

depende apenas da maturação, mas resulta dos aprendizados que o indivíduo tiver

dentro do grupo cultural em que está inserido.

Através dos postulados de reconstrução e reelaboração dos significados

culturais que Vygotsky desenvolveu o conceito de Zona de Desenvolvimento

Page 342: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

341

Proximal (ZDP), pois, só é possível a criança realizar ações que estão próximas

daquelas que ela já consolidou. Segundo Vygotsky, as informações, para serem

assimiladas, têm de fazer sentido, por isso, deve-se partir do que o aluno já domina,

ampliando o conhecimento. Portanto, o ensino reside na zona proximal. Desta

maneira, o trabalho pedagógico será realizado a partir das vivências coletivas,

tornando-as significativas para todos os estudantes através da interação, pesquisa e

socialização dos conhecimentos adquiridos, utilizando estratégias pautadas na

dialogicidade: conversação; debates sobre o assunto; seminários; pesquisas

bibliográficas; exposição explicativa; miniaulas; filmes – discussão e elaboração de

relatórios; estudos dirigidos; confecção de cartazes; contato com pessoas portadoras

de necessidades especiais; entrevistas; leituras de materiais sobre os assuntos

abordados: leis, reportagens, livros, entre outros.

1.5. Avaliação

Partindo do pressuposto de que a ação avaliativa compreende a coleta,

análise e síntese dos dados, acrescida de atribuição de valor importante ressaltar

que a avaliação não pode ser concebida como um momento pontual num processo

amplo. Por ser um processo contínuo, deverá conduzir a retomada de caminhos e,

se necessário, redimensionar as ações. Desta forma, o resultado da avaliação não

servirá apenas para aferir notas, mas para reformular o planejamento, orientar a

adoção de estratégias e procedimentos diversificados, visando superar as lacunas

diagnosticadas.

A prova, em sentido amplo e restrito, é o instrumento mais utilizado no

processo avaliativo. Todavia, há que se considerar que apenas um instrumento não

é capaz de identificar o conhecimento adquirido pelo aluno, por isso o professor

deverá propiciar diversificadas oportunidades para que o aluno expresse seu

conhecimento.

A avaliação será, portanto, diagnóstica, formativa e somativa, acontecendo em

todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, por meio de

apresentação de trabalhos e miniaulas, produção de materiais, exposições e

seminários (nos quais serão observados os aspectos sócio afetivos), provas

objetivas com questões dissertativas ou em forma de teste, aula do erro, além da

auto avaliação. A recuperação de estudos também permeará o processo, no sentido

do resgate de conteúdos que não foram devidamente apropriados. A reavaliação é

Page 343: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

342

outra oportunidade que é ofertada no término do período letivo.

No processo avaliativo os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos.

Contudo, devido à exigência do sistema educacional vigente, haverá aferição de

notas ao final de cada semestre.

1.6. Referências Bibliográficas

BRASIL, MEC. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996 – Diretrizes e Bases da

Educação. Brasília, 1996.

BRASIL/MEC. Programa de capacitação de Recursos Humanos do Ensino

Fundamental. Deficiência Múltipla - Educação do Deficiente. Cap. 2, 1 série. II

Título. Brasília.

BRASIL/MEC. Desenvolvendo competências para atendimento às necessidades

educacionais especiais de alunos com altas habilidades/ superdotação.

Coleção Saberes e Práticas de Inclusão. Brasília, 2005.

PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos

Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.

PARANÁ/SEED. O currículo e a educação especial: flexibilização e adaptações

curriculares para atendimento às necessidades educacionais especiais. Curitiba –

PR: DEE, 2006.

PARANÁ/SEED. Educação Bilíngue para Surdos: Desafios à inclusão – Área da

Surdez. Curitiba-PR: DEE, 2006.

PARANÁ/SEED/DEE. Pessoa Portadora de deficiência – Interagir é o primeiro

passo. Curitiba-PR.

PELLEGRINI, Denise. Avaliar para ensinar melhor. Revista Nova Escola,

janeiro/fevereiro, 2003.

PELLEGRINI, Denise. Aprenda com eles e ensine melhor. Revista Nova Escola,

janeiro/ fevereiro, 2001.

VANHONI, Ângelo. E por falar em direitos: Guia dos direitos do cidadão especial.

Curitiba-PR: Nelson Bond, 2005.

Page 344: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

343

1. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

"Faz sempre primeiro o que mais difícil te parecer." Ralph Emerson

Série

Número de aulas

semanais

1ª 2

2ª 2

1.1. Apresentação da Disciplina

O mundo do trabalho, que nas últimas décadas vem passando por

transformações advindas da crise do capitalismo, da reestruturação produtiva,

tornando mais complexas as relações entre Trabalho e Educação, precisa ser

compreendido para subsidiar a organização do trabalho pedagógico, mais

especificamente, no curso de Formação de Docentes. Tais transformações,

decorrentes das mudanças técnico-organizacionais no mundo do trabalho, têm

colocado em debate temas e problemas que remetem às relações entre trabalho,

qualificação e educação.

Segundo Kuenzer (2007, p.23), não se pode desconsiderar que:

o regime de acumulação flexível, ao aprofundar as diferenças de classe, aprofunda a dualidade estrutural e que “em decorrência, o Estado tem exercido suas funções relativas ao financiamento da educação a partir da concepção de ”público não estatal”, que supõe o repasse de parte das funções do Estado, e portanto, de recursos públicos, para a sociedade civil, alegando sua maior competência para realizá-las”. Portanto ao mesmo tempo em que descentraliza a execução de programas, centraliza a avaliação e o financiamento dos mesmos.

As mudanças que vão sendo consolidadas na sociedade capitalista, num

modelo de acumulação flexível, de novos conceitos de produção, onde a divisão

técnica tornou-se menos evidenciada, a integração entre produção e controle de

qualidade se intensifica, e o trabalho individualizado é superado pelo trabalho em

equipe, requer a necessidade de outro tipo de conformação do trabalhador. Portanto,

trata-se da substituição da concepção de educação pública e gratuita em todos os

níveis, como direito de todos e dever do Estado, por uma nova concepção de

Page 345: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

344

educação como serviço disponível em um mercado, ao qual se tem acesso conforme

as possibilidades de cada um. Nesse sentido, a equidade é, claramente, uma

política de redução de direitos sociais. (LIMA FILHO, 2000, p.97)

A visão de que a educação é essencial para o êxito econômico numa

economia global é explicado pelo Banco Mundial, quando coloca que os

investimentos em capital humano podem melhorar o padrão de vida familiar,

expandindo oportunidades, aumentando a produtividade, atraindo investimentos de

capital e elevando a capacidade de auferir renda para o crescimento econômico e o

bem estar da família.

O estado brasileiro, com ênfase nos anos finais da década de 90 e início

desta década, vem desenvolvendo formulações e execução de políticas

educacionais que colocam a educação como uma mercadoria e os alunos como

clientes. A educação no processo da globalização tem sido tomada como uma

condição necessária para inclusão em uma sociedade cada vez mais baseada no

conhecimento. No entanto, a visão neoliberal, ao reduzir o papel do estado, nega

sistematicamente este direito aos trabalhadores, fazendo com que a educação

assuma cada vez mais um papel determinante no quadro de exclusão social.

Kuenzer (2004) afirma que ao mesmo tempo em que a escola inclui, abrindo a

possibilidade do acesso a ela, torna-se excludente, pois ao incluir com propostas

desiguais e diferenciadas contribui para a produção e para a justificação da

exclusão.

Ainda na perspectiva de Kuenzer (2004) do ponto de vista do mercado, a

exclusão dos trabalhadores ocorre de forma a excluí-lo do mercado formal, tirando

os seus direitos e condições de trabalho, ao mesmo tempo, criam estratégias de

inclusão no mundo do trabalho de forma precária. Na educação, a exclusão

includente está dialeticamente relacionada à inclusão excludente, ou seja, ao

mesmo tempo em que cria estratégias para inclusão nos diversos níveis e

modalidades não oferece padrões de qualidade que permitam “ a formação de

identidades autônomas intelectual e eticamente, capazes de responder e superar as

demandas do capitalismo”.

A disciplina Organização do Trabalho Pedagógico adotará o método dialético

e tomará como princípio a tendência Pedagógica Histórico-Crítica proposta por

Saviani (2001), numa perspectiva crítica e transformadora, seguindo a metodologia

de Gasparin (2003). Paro (2001), sobre o papel decisivo da escola afirma:

Page 346: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

345

“não que a escola irá transformar a sociedade, mas que ela tem também seu papel como contribuição a essa transformação, na medida em que se faz crítica e propicia avançar para além da sua função meramente conteudista; até porque o desinteresse dos que detém o poder político e econômico já demonstrou que mesmo essa função de um bem de consumo não se fará enquanto as camadas trabalhadoras não se fizerem ouvir, a partir da adoção de uma postura crítica de seus direitos” (Paro, 2001)

Desta forma a referida disciplina ganha contornos relevantes ao possibilitar

aos alunos uma releitura dos conceitos cotidianos de forma que os mesmos

ascendam aos conceitos científicos. Tais conceitos, apreendidos e incorporados,

servirão de instrumento de mudança social.

A estrutura do sistema escolar brasileiro será a base de toda a organização

dos conteúdos a fim de que possam construir alternativas teórico-metodológicas que

auxiliem em sua futura atuação profissional.

1.2 Objetivos

Oferecer subsídios para análises da realidade escolar, tendo em vista as

necessidades de intervenção docente diante dos problemas/desafios

existentes no cotidiano escolar;

Propiciar a compreensão crítica dos elementos que intervém na organização

da escola (projeto político-pedagógico, currículo, planejamento, avaliação,

usos do tempo/espaço/corpo na escola), caracterizando tendências/modelos

postos na cultura escolar;

Identificar as dimensões coletivas existentes no trabalho escolar a partir da

identidade dos diferentes sujeitos, reconhecendo dificuldades, mas também

sua importância para o enfrentamento das problemáticas existentes no

cotidiano escolar;

Proporcionar ao futuro profissional da educação a percepção da escola como

espaço de qualificação profissional do educador e esta como fator de

democratização da escola.

1.3 Conteúdos

1ª SÉRIE

Organização do Sistema Escolar Brasileiro

Page 347: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

346

Histórico da Educação Brasileira e Documentos legais: Constituição, Lei nº 4024/61,

Lei nº 5692/71, Lei nº 9394/96

Sistema Escolar

Sociedade e Sistema Escolar

Estrutura e Funcionamento do Sistema Escolar Brasileiro

A Escola Pública como espaço da educação de qualidade

Princípios da Educação

Estrutura Administrativa do Ensino (Nacional, Estadual, Municipal)

Recursos Financeiros da Educação

Estrutura Administrativa e Pedagógica do Cotidiano Escolar (Instituição)

Histórico da Escola

Organização Curricular (Currículo, matriz, calendário)

Gestão Escolar / Conselho Escolar

Organização disciplinar: (Regime Escolar, Estatuto da Criança e do Adolescente,

Regimento Escolar)

Organização Didática: (Filosofia da Escola, Objetivo do Curso, Avaliação, Aprovação,

Conselho de Classe)

Estrutura Administrativa e Didática da Educação Básica

Finalidade da Educação Básica

Níveis – Etapas – Modalidades

A Lei de Diretrizes e Bases e a Educação Básica (Ed. Infantil, matrícula, jornada

diária, ano letivo, frequência, estudos de Recuperação, competências do Ensino

Fundamental)

2ª SÉRIE

A Escola Pública como espaço da Educação de Qualidade

Garantia do direito à educação

Políticas para a Educação Pública

A Construção da Gestão democrática (amparo legal)

Plano de Educação (PNE – PEE – PME)

Gestão da Escola Pública

Autonomia: (conceitos, dimensões, formas)

Gestão democrática na escola e os mecanismos de participação

Política Educacional para a Educação Básica

Page 348: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

347

Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação

Projeto Político Pedagógico

Princípios, pressupostos, construção do P.P.P.

Diversidade Cultural / Inclusão

Trabalho como princípio educativo

Interdisciplinaridade

Propostas curriculares (disciplinas)

O trabalho docente na Educação Básica

O trabalho pedagógico na Educação Infantil e séries iniciais

Planos e programas oficiais

Parâmetros Curriculares Nacionais e Temas transversais

Proposta Curricular do Estado do Paraná

Paradigmas Curriculares

Planejamento da Ação Educativa

O papel dos profissionais da educação frente a gestão escolar

Identidade Profissional

Formação de recursos humanos

Gestão democrática e os trabalhadores em educação.

1.4 Encaminhamento Metodológico

Os estudos buscarão realizar permanente relação entre teoria e prática,

limites e possibilidades da escola no enfrentamento dos desafios da democratização

do ensino de qualidade. Nesse sentido, os conteúdos serão abordados por meio de

aulas expositivas, pesquisa de campo, estudos individuais orientados, trabalhos de

grupo, seminários e outros que se mostrem promotores da participação aberta,

criativa e crítica de todos.

1.5. Avaliação

É entendida como processo diagnóstico e contínuo de ensino e

aprendizagem, nos quais estão envolvidos o trabalho docente e discente, tendo em

vista a compreensão dos conteúdos essenciais da disciplina em relação aos

objetivos definidos. Terá como eixos de trabalho e critérios gerais de avaliação:

Page 349: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

348

fundamentação teórica/domínio dos conteúdos; articulação/clareza na exposição de

ideias; desenvolvimento do raciocínio crítico/relação teoria-prática. Será feita por

meio de instrumentos diversos de avaliação: trabalhos individuais, em grupo,

pesquisa de campo, provas escritas, seminários, e outras formas que indiquem a

assimilação e produção do conhecimento trabalhado na disciplina.

1.6.Referências Bibliográficas

BRASIL. Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006.

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 3.ed.

Campinas: Autores Associados, 2005.

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a Pedagogia Histórico-Crítica.

Campinas: Cortez, 2003.

KUENZER, Acacia Z. As relações entre trabalho e educação no regime de

acumulação flexível: apontamentos para discutir categorias e políticas. Curitiba,

2007.

_______. Exclusão Excludente e Inclusão Excludente: a nova forma de

dualidade estrutural que objetiva as novas relações entre Educação e Trabalho. In:

LOMBARDI, José C. et ali. Capitalismo, Trabalho e Educação. Campinas: Autores

Associados, HISTEDBR. 2004.

LIMA FILHO, D.L. A Reforma da Educação Profissional no Brasil nos anos

Noventa. Tese de Doutorado. UFSC: Florianópolis, 2002.

PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos

Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.

PARO, Vitor Henrique, DOURADO, Luis Fernandes (organizadores) Políticas

Públicas e Educação Básica – Prática Educacionais: Considerações sobre o

discurso Genérico e a abstração da realidade. São Paulo Xamã, 2001.

SAVIANI, Demerval. A pedagogia histórico-crítica e a prática escolar. IN: Sobre a

concepção de Politecnia. Rio de Janeiro: Politécnico da saúde Joaquim Venâncio,

1989.

_______. Escola e democracia. 32.ed. Campinas: atores associados, 1999.

Page 350: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

349

1. LITERATURA INFANTIL

Um país se faz com homens e livros.

Monteiro Lobato

1.1. Apresentação da Disciplina

Série Número de aulas semanais

3ª 2

No Brasil, a Literatura Infantil e a escola sempre estiveram atreladas, isso

porque na escola os livros infantis encontram o espaço e atenção de seus leitores,

mesmo que estes sejam utilizados como leitura obrigatória e com pretextos

utilitários, de caráter informativo e pedagógico.

Lajolo (2008) afirma que:

É à literatura, como linguagem e como instituição, que se confiam os diferentes imaginários, as diferentes sensibilidades, valores e comportamentos através dos quais uma sociedade expressa e discute, simbolicamente, seus impasses, seus desejos, suas utopias. Por isso a literatura é importante no currículo escolar: o cidadão, para exercer, plenamente sua cidadania, precisa apossar-se da linguagem literária, alfabetizar-se nela, tornar-se seu usuário competente, mesmo que nunca vá escrever um livro: mas porque precisa ler muitos. (LAJOLO, 2008, p.106)

Sosa (1986) pontua alguns elementos que servem de base de sustentação da

literatura infantil: o caráter imaginoso, o dramatismo, a técnica do desenvolvimento e

a linguagem. O caráter imaginoso traduz-se no contato com mitos, aparições da

antiguidade, monstros ou realidades dos tempos modernos. A imaginação bem

motivada é uma fonte de afirmação da personalidade e de libertação, o que explica o

fato dos contos de fadas serem fascinantes até os dias atuais, pois atingem

diretamente o imaginário da criança, além de desenvolver a sensibilidade estética.

O dramatismo é assim, o segundo traço essencial da literatura infantil. Na

visão de Sosa, “o drama é importante para a criança como tradução de seus

movimentos interiores e quanto o pequeno leitor, nele, se sente viver. Invenção e

Page 351: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

350

drama são, pois, os dois pilares essenciais de toda literatura que serve aos

interesses da criança, não importa a idade” (Sosa, 1986, p.39).

Os contos infantis possibilitam o despertar de diferentes emoções e a

ampliação de visões de mundo do leitor infantil. E nesse encontro com a fantasia, a

criança entra em contato com seu mundo interior, dialoga com seus sentimentos

mais secretos, confronta seus medos e desejos escondidos, supera seus conflitos e

alcança o equilíbrio necessário para seu crescimento.

A técnica de desenvolvimento é outro elemento importante da literatura

infantil. “Na técnica, nos é dado admirar o modo como o autor desenvolve o entrecho

dos acontecimentos ante a avidez do leitor” (Sosa, 1986, p. 39). Alguns livros infantis

são desprezados pelas crianças, pois banalizam a inteligência infantil, não

preenchem as exigências intelectuais e sentimentais da criança. “a criança exige do

adulto uma representação clara e compreensível, mas não infantil. Muito menos

aquilo que o adulto costuma considerar como tal” (Benjamin, 2002, p.55). Por fim, a

linguagem é outro ponto a ser considerado de importância vital para degustação da

obra e que resume de certo modo a habilidade do autor. O leitor infantil requer uma

linguagem simples, bem cuidada e agradável, para que não se torne um texto

medíocre. “Quanto mais depurada a expressão, quanto mais simples e bela a

entonação da linguagem, mais a criança apreciará a leitura, para qual se sentirá

mais atraída” (Sosa, 1986, p. 39).

Dois gêneros literários muito utilizados no trabalho com as séries iniciais do

ensino fundamental são as fábulas e os contos clássicos. Destaque será dado à

metodologia a ser utilizada com o intuito de fugir à já cristalizada em uma

perspectiva tradicionalista, cuja finalidade restringe-se à identificação da moral

“imposta” pela fábula e, muitas vezes, pelo próprio professor.

Diz Rosseau (2004)

Nada é tão vão nem tão mal entendido quanto a moral pela qual se termina a maior parte das fábulas. Como se essa moral não fosse ou não devesse ser compreendida na própria fábula, de modo que a tornasse sensível ao leitor! Por que, então, acrescentando no fim essa moral, retirar-lhe o prazer de encontrá-la por si mesmo? O talento de instruir é fazer com que o discípulo encontre prazer na instrução. Ora, para isso, seu espírito não deve permanecer tão passivo diante de tudo o que lhe disserdes que não tenha absolutamente nada a fazer para vos compreender. É preciso que o amor-próprio do professor deixe sempre algum espaço para o seu; é preciso que ele possa pensar: Eu compreendo, eu entendo, eu ajo, eu me instruo. (ROSSEAU, 2004 p. 345).

Page 352: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

351

Segundo Oliveira (2005) a criança tem a capacidade de colocar seus próprios

significados nos textos que lê, isso quando o adulto permite e não impõe os seus

próprios significados, visto estar em constante busca de uma utilidade que o cerca

(OLIVEIRA, 2005, p. 125).

Quanto ao pouco acesso à leitura no seio familiar, é importante considerar

que o papel da escola diferencia-se do papel dos pais. Para Lahire (2004, p.20) a

construção do sucesso escolar da criança não se limita na ausência ou presença de

livros em casa. Mas estão ligadas as dinâmicas internas de cada família: a

afetividade entre os membros da família, a ordem doméstica, formas de autoridade

familiar, entre outros.

Importante ainda pontuar a crença segundo a qual a leitura é a chave do

saber recaindo sobre ela o peso maior da aprendizagem e, consequentemente,

sobre a literatura, o papel de agente de transformação social. Magnani (2001, p.38)

afirma que os livros, por si só, resolvem o problema do analfabetismo, repetência e

evasão escolar. Para Lahire (2004, p.20) a construção do sucesso escolar da criança

não se limita na ausência ou presença de livros em casa, mas estão ligadas às

dinâmicas internas de cada família, como a afetividade entre seus membros, a

ordem doméstica, formas de autoridade familiar, as formas de investimento

pedagógico, as formas familiares da cultura e da escrita. Ainda segundo o autor, a

transmissão desse capital cultural existente na família é que influenciará o sucesso

escolar da criança ou não.

A tradição de relatos orais, e a leitura para a criança não alfabetizada, no seio

da família é, ao mesmo tempo, um instrumento de acesso ao universo letrado, bem

como uma ferramenta afetiva. O que significa dizer que, para a criança, afeto e livros

não são realidades dissociadas. No entanto, não é raro encontrar em família de pais

leitores, livros cuidadosamente guardados, sendo a criança impedida de manuseá-

lo; também não é raro encontrarmos em famílias com pouco acesso à leitura, mas

que cultivam hábitos de fazer anotações, lembretes, agendar, racionalizar, prever,

planejar, calcular o tempo e gastos. Pais que fazem que os filhos leiam e escrevam

envolvendo-os na organização familiar.

Diante do exposto, para que haja êxito no processo de formação de leitor, o

educador deve ter clareza das experiências já vivenciadas pelas crianças sob sua

responsabilidade e utilizar uma metodologia que vislumbre despertar

questionamentos e promover a construção de novos significados.

Page 353: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

352

Abramovich (1997, p.143) coloca em discussão o potencial crítico da criança

que pode ser despertado por intermédio da literatura. Argumenta que por meio de

um material literário de qualidade, a criança é capaz de pensar criticamente e

reformular seu pensamento. O trabalho do professor pode ainda intermediar a

formação do repertório e perfilamento do gosto/prazer pela leitura, isso porque o

gosto/prazer é profundamente marcado pelas condições sociais e culturais de

acesso aos códigos de leitura e de escrita (MAGNANI, 2001, p. 63).

Cosson (2007, p.27) afirma que “ler implica troca de sentidos não só entre o

escritor e leitor, mas também com a sociedade onde ambos estão localizados, pois

os sentidos são resultado de compartilhamentos de visões do mundo entre os

homens no tempo e no espaço.” Nesse sentido, a escola nem sempre está

preparada e atenta para formar bons leitores, pois não proporciona possibilidades de

encontro significativos da criança com a obra quando limita a criança ao contato

apenas com textos didáticos.

Um princípio norteador da Literatura Infantil que não pode ser desconsiderado

seria a caracterização da literatura do ponto de vista da linguagem. Tanto a

linguagem do dia-a-dia, como a empregada nos textos informativos, por exemplo,

pretendem ser objetivas. A linguagem da literatura, ao contrário, possui uma

intenção, ou várias, menos explícitas. Nesse sentido, é importante que se tenha

claro a natureza da linguagem literária para não confundi-la com a que predomina

nos livros didáticos, paradidáticos e cartilhas, que ocupam hoje o lugar da Literatura

Infantil, principalmente nas séries iniciais.

A função da Literatura Infantil não é, definitivamente, andar atrelada ao

processo de alfabetização, embora ela devesse ocupar também esse espaço. É

exatamente no momento em que a criança penetra no mundo da escrita que ela

deve ser preparada para ir além da simples decodificação de sinais gráficos. Nesse

momento, ela deveria poder sentir que a literatura se trata de “outro mundo”,

possível de ser acessado somente através da linguagem, no qual se estabelecem

relações conceituais e estéticas com a palavra. O mundo da literatura confere à

criança a capacidade de transcender sua própria historicidade percebendo-se como

parte integrante de um universo que desconhece fronteiras espaço-temporais.

Page 354: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

353

1.2.Objetivos

Possibilitar aos futuros professores o desenvolvimento de um saber básico

sobre modos de conhecimento do mundo da criança através da literatura

infantil.

Recuperar, pelo estudo da literatura infantil, as formas instituídas de

construção do imaginário infantil.

Proporcionar oportunidades de leitura com apoio teórico a ser considerado

nas séries iniciais do Ensino Fundamental.

Analisar e identificar um texto literário com suas especificidades estruturais,

gêneros e estilos de época.

Orientar a seleção de textos da literatura infantil, para escolhas adequadas

quando no exercício profissional das séries iniciais.

1.3.Conteúdos

- A história da Literatura Infantil no mundo

- A Literatura Infantil no Brasil com Monteiro Lobato

- Literatura Infantil pós – Lobato

- Literatura Infantil Contemporânea

- Tendências temáticas e estilísticas da literatura contemporânea

- O texto literário e as metodologias de abordagem textual.

- Gêneros literários: poesia infantil, a narrativa / Contos de Fadas, o Teatro, ditos

poéticos.

- Interesses de Leitura e seleção de Textos.

- O professor – leitor e formador de leitores (Projeto: leitura, pelas alunas de todo

acervo de Literatura Infantil disponível).

1.5. Encaminhamento Metodológico

A literatura não é cópia do real, nem puro exercício de linguagem, tampouco

mera fantasia que se asilou dos sentidos do mundo e da história dos homens. Se

tomada como uma maneira particular de compor o conhecimento, é necessário

reconhecer que sua relação com o real é indireta. Desta forma, o o plano da

realidade pode ser apropriado e transgredido pelo plano do imaginário como uma

instância concretamente formulada pela mediação dos signos verbais (ou mesmo

Page 355: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

354

não verbais conforme algumas manifestações da poesia contemporânea).

A questão do ensino da literatura ou da leitura literária envolve, portanto, esse

exercício de reconhecimento das singularidades e das propriedades compositivas

que matizam um tipo particular de escrita. Com isso, é possível afastar uma série de

equívocos que permeiam o ambiente escolar em relação aos textos literários, ou

seja, tratá-los como expedientes para servir ao ensino das boas maneiras, dos

hábitos de higiene, dos deveres do cidadão, dos tópicos gramaticais, entre outros.

Postos de forma descontextualizada, tais procedimentos pouco ou nada contribuem

para a formação de leitores capazes de reconhecer as sutilezas, as particularidades,

os sentidos, a extensão e a profundidade das construções literárias.

Se o trabalho educativo, desprovido de uma orientação metodológica,

deságua num ensino caótico e ineficiente, por outro lado a utilização de um método

definido não afiança o sucesso do ensino de literatura na escola brasileira. A

aplicação passiva de qualquer método, sem se levar em conta as condições

circunstanciais da sala de aula, ou a excessiva preocupação com técnicas

desvinculadas dos conteúdos que lhes devem servir de suporte burocratizam o

ensino, determinando sua perda de significação ante o alunado.

O professor deve, por conseguinte, conjugar três princípios básicos na sua

atuação diante dos alunos, a fim de garantir a eficiência dos métodos. Em primeiro

lugar, precisa conhecer a sua classe em termos de expectativas, interesses,

necessidades e aptidões. Em segundo, deve dominar suficientemente os

fundamentos do método que elegeu como mais adequado aos propósitos de seu

grupo de alunos. Finalmente, é necessário que tenha bem nítida a finalidade

educacional que o move. Só assim a tarefa educativa contribuirá para a formação de

leitores proficientes.

1.6. Avaliação

A avaliação será diagnóstica, formativa, somativa e priorizará a qualidade e o

processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo

considerando a capacidade de observar, interpretar o conteúdo estudado através de

comparações com a realidade, estabelecendo relações e criando, a partir da teoria,

alternativas de soluções para a prática cotidiana. Será avaliado a inda a capacidade

de aplicação dos conteúdos na prática profissional futura, com contornos mais

práticos.

Page 356: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

355

Os instrumentos a serem utilizados serão: leitura (compreensão, opinião,

análise, síntese crítica), pesquisa, provas subjetivas e objetivas, atividades

(individual e ou em dupla), observação (avaliação sócio afetiva). O critério, além da

participação efetiva nas atividades propostas, pontuará a compreensão e

aplicabilidade dos conteúdos trabalhados.

Para os alunos de baixo rendimento serão proporcionados estudos de

recuperação paralela através de atividades extraclasse: leituras, resumos,

produções, interpretações, reelaboração das atividades e reescrita de textos.

1.7. Referências bibliográficas

ABRAMOUICH, Fanny. Literatura Infantil. Gostosuras e Bobices. São Paulo:

Alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993. Ática, 1987.

BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização e Leitura. São Paulo: Cortez, 1991.

BENJAMIN, Walter, (2002). Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a

educação. São Paulo: Duas Cidades, Editora 34.

BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos Contos de Fadas. Rio de Janeiro: Paz e

BORDINI, Maria da Gloria e AGUIAR, Vera. Literatura: A formação do leitor –

CHALITA, Gabriel. Pedagogia do Amor: a contribuição das histórias universais

COSSON, Rildo, (2007). Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto.

KIRINUS, Glória. Imaginário e vertente transdisciplinar. Curitiba - PR: SEED,

LAHIRE, Bernard, (2004). Sucesso Escolar nos meios populares - As razões do

improvável – São Paulo: Editora Ática.

LAJOLO, Marisa (2008). Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 6ª ed. 13ª

impressão. São Paulo: Editora Ática.

LAJOLO, Marisa e ZILBERMAN, Regina. Literatura Infantil brasileira. São Paulo:

MAGNANI, Maria do Rosário Mortatti, (2001). Leitura, literatura e escola - Sobre a

formação do gosto. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes.

OLIVEIRA, Ana Arlinda de. Linguagens na Educação Infantil III – Literatura Infantil

– Cuiabá: Edufmt. Cadernos da Pedagogia. São Carlos, Ano 4 v. 4 n. 7, p. 22-36, jan

-jun. 2005

PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos

Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.

PARANÁ/SEED. Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de

Page 357: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

356

Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em

nível médio, na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

PERROTTI, Edmir, (1990). Confinamento cultural, infância e leitura. São Paulo:

Summus.

PERROTTI, Edmir. O texto sedutor na Literatura Infantil. São Paulo: Ícone, 1986.

ROUSSEAU, J. –J, (2004) Emílio ou Da Educação. São Paulo: Martins Fontes.

Scipione, 1994.

SOSA, Jesualdo, (1986). A literatura infantil. Tradução de James Amado – São

Paulo: Cultrix: Ed. da Universidade de São Paulo. Terra, 1987.

ZILBERMAN, Regina e outros. Leitura: Perspectivas Interdisciplinares. São

ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. São Paulo: Global, 1982.

Page 358: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

357

1. METODOLOGIA DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA

Não é no silêncio que os homens se fazem,

mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.

Paulo Freire

Série Número de aulas semanais

4ª 2

1.1 Apresentação da Disciplina

Sabendo-se que a participação em uma sociedade letrada depende,

fundamentalmente, do acesso aos instrumentos que expressam, identificam ou

registram o conhecimento acumulado, acompanhar o desenvolvimento e alterações

do mundo, requer, portanto, como condição básica, o domínio das formas pelas

quais as pessoas se comunicam, codificam e expressam suas aquisições e

conquistas. Neste sentido a leitura e a escrita atuam como instrumentos básicos e

ferramentas necessárias para que o homem se aproprie dos saberes científicos

historicamente acumulados, firmando sua condição de protagonista nos eventos

passados, presentes e futuros.

Partindo-se do pressuposto que o domínio gráfico configura-se como parte de

um processo mais amplo é que o futuro professor precisa conceber a leitura e a

escrita como atividades sociais significativas, sustentando-se por conseguinte, em

atividades pedagógicas que envolvam o uso da língua em situações reais, através

de textos significativos e contextualizados.

A proposta da SEED para o ensino da Língua Portuguesa embasa-se no

construto do teórico russo Mikhail Bakhtin e do chamado Círculo de Bakhtin.

Segundo Baktin a língua configura-se em um espaço de interação entre sujeitos que

se constituem através dessa interação o que exige compreender a língua como “um

conjunto aberto e múltiplo de práticas sociointeracionais, orais ou escritas,

desenvolvidas por sujeitos historicamente situados. Pensar a linguagem (e a língua)

desse modo é perceber que ela só existe efetivamente no contexto das relações

Page 359: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

358

sociais. O discurso, tomado com prática social, é o conteúdo estruturante que

subsidiará todo o ensino da língua nas diferentes séries de diferentes cursos, de

modo especial, o curso de Formação de Docentes e Pós Médio de Formação de

Docentes.

Para a disciplina de Metodologia de Ensino de Português há de se considerar

ainda outro aspecto importante: o de preparar o aluno do Curso Formação de

Docentes para explicar fatos da linguagem para o aprendente das séries iniciais.

1.2 Objetivos da disciplina

Possibilitar aos alunos do Curso de Formação de Docentes o domínio dos

conteúdos necessários para entenderem e executarem o processo de

alfabetização, letramento e o ensino da Língua Portuguesa.

Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de

significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.

Articular as redes de diferenças e semelhanças entre a língua oral e escrita e

seus códigos sociais contextuais e linguísticos.

Considerar a Língua Portuguesa como fonte de legitimação de acordos e

condutas sociais bem como de representação simbólica de experiências

humanas manifestadas nas formas de sentir, pensar e agir da vida social.

1.3 Conteúdos

Concepção de língua e linguagem

A escrita e sua história

Fatores psico-sóciolinguísticos que interferem na aprendizagem da leitura e da

escrita

Tipologia textual: os diferentes gêneros discursivos

Possibilidades de produção de textos: temática e estrutura formal dos diferentes

gêneros

Reescrita de textos e análise linguística com ênfase na ortografia, concordância

nominal e verbal

Análise crítica de materiais didáticos utilizados no ensino da Língua Portuguesa

Diretrizes curriculares do Ensino Fundamental

Page 360: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

359

1.4 Encaminhamento Metodológico

As aulas de Língua Portuguesapriorizarão as práticas discursivas (oralidade,

escrita e leitura) considerando-as dentro de um processo dinâmico e histórico dos

agentes na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, que ocorre

nas relações sociais, políticas, econômicas, culturais, entre outros, quanto dos

sujeitos envolvidos nesse processo. Pensar o ensino-aprendizagem de Língua

Portuguesa, tendo como foco essa concepção de linguagem, implica em [...] saber

avaliar as relações entre as atividades de falar, de ler e de escrever, todas elas

práticas discursivas [...] configurada em cada espaço em que seja posta como objeto

de reflexão [...] (NEVES, 2003, p.89)

Nesse sentido, é preciso que a escola seja um espaço que promova, por meio

de uma gama de textos com diferentes funções sociais, o letramento do aluno, para

que ele se envolva nas práticas de uso da língua – sejam pela oralidade, leitura e

escrita.

A Metodologia utilizada para o ensino da Metodologia do Ensino da Língua

Portuguesa levará em consideração os três grandes eixos:

compreensão da função social da leitura e da escrita;

aquisição da leitura e da escrita;

domínio do sistema gráfico.

Em síntese, para que o educando construa e compreenda esse

conhecimento é preciso proporcionar a ele oportunidades de expressar seus

pensamentos e processos de construção do conhecimento; para isso, serão

utilizadas várias estratégias como debates, grupos de estudo, aula expositiva,

pesquisas de diferentes naturezas, mesa redonda, oficinas de leitura e escrita em

espaço criado especialmente para este fim (sala de alfabetização e letramento).

1.5 Avaliação

Uma concepção de linguagem e de ensino de Língua Portuguesa com uso de

práticas metodológicas pautadas na dialogicidade implica na proposição de critérios

e instrumentos de avaliação coerentes e dialógicos.

Page 361: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

360

A avaliação mais condizente com os fundamentos da presente proposta é

aquela que se dá contínua e acumulativamente. Essa perspectiva de avaliação

rompe com o formalismo das rotinas escolares que prescreve provas escritas não

reflexivas com fim em si mesmas e propõe, então, uma clara articulação entre

objetivos, práticas metodológicas e instrumentos; articulação essa que deve estar

clara para o professor e para o aluno, também para o conjunto da turma, uma vez

que uma das metas dessa ação pedagógica é viabilizar a autonomia de quem

aprende garantida, entre outros fatores, pela interiorização de princípios de

monitoração das próprias ações e partilha coletiva de informações. Nesse sentido, a

avaliação deve ter uma clara função formativa. As atividades avaliativas devem ser

tomadas como uma possibilidade de ampliar a reflexão sobre o processo de ensino

e seus resultados, não só para verificar quantificar o desempenho/aprendizagem do

aluno, mas principalmente para verificar o rendimento das práticas docentes, ou

seja, do ensino. Nesse sentido, a avaliação deve subsidiar o professor para

eventuais ajustes na programação e no encaminhamento metodológico de alguns

conteúdos propostos ou práticas.

O cumprimento do calendário escolar e agendamento prévio de algumas

situações de avaliação não ferem o conceito de avaliação que acabamos de

delinear, desde que as práticas avaliativas que considerem em primeira instância a

leitura reflexiva e resolução de questões de compreensão e/ou de análise e reflexão

da língua, bem como a produção escrita.

Em síntese, a avaliação será diagnóstica, formativa e somativa, priorizará a

qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo

do ano letivo, considerando a capacidade de observar, interpretar o conteúdo

estudado através de comparações com a realidade, estabelecendo relações e

criando, a partir da teoria, alternativas de soluções para sua prática cotidiana.

1.6 Referências Bibliográficas

KAUFMAN, Ana Mariae Rodrigues, Maria Helena. Escola, Leitura e Produção de

Textos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

MACEDO, Donaldo E. Alfabetização: Leitura do Mundo e Leitura da Palavra. Rio de

Janeiro: Paz e Terra, 1990.

Page 362: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

361

PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos

Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

SOARES, Magda. Linguagem e Escola uma Perspectiva Social. São Paulo: Ática,

1989.

Page 363: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

362

1. METODOLOGIA DO ENSINO DE MATEMÁTICA

Série Número de aulas semanais

3ª 2

1.1. Apresentação da Disciplina

A Matemática é a ciência base de várias áreas do conhecimento,

sendo, portanto, fundamental seu domínio. No entanto o seu aprendizado, nem

sempre proficiente, incorre no estigma de que matemática é difícil e pouco

compreensível. Desta forma é necessário procurar novas formas (estratégias) para

ensiná-la, superando esta falsa crença legitimada nos altos índices de repetência

nesta disciplina e disciplinas afins.

A Metodologia da Matemática, por sua vez, visa preparar os futuros

profissionais da educação básica para transmitir os conteúdos básicos de uma

maneira eficiente e atualizada, fazendo com que as crianças a eles confiadas

desenvolvam o raciocínio lógico na resolução de problemas de diferentes naturezas.

Assim, as ações de formação docente devem se consolidar em termos de

uma discussão dos princípios norteadores das reformas curriculares em vigor,

situando-as no âmbito das recentes conquistas da pesquisa em Educação

Matemática, de seleção e elaboração de materiais didáticos, no auxílio ao preparo

das aulas, no seu acompanhamento e avaliação.

A disciplina Metodologia do Ensino da Matemática deverá proporcionar uma

visão geral dos programas de nível fundamental e direcionar discussões acerca das

técnicas de ensino aplicáveis em sala de aula, favorecendo a integração entre a

teoria e a prática. Deverá ainda contribuir para o aprimoramento do pensamento

reflexivo como elemento constitutivo, e inerente, da realidade humana. O interesse,

nessa disciplina, não se restringirá apenas em fornecer os conteúdos matemáticos e

metodologias presentes nos currículos das escolas públicas, mas principalmente

discutir a articulação no ensino e aprendizagem em Matemática, entre os pólos:

Page 364: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

363

lógica formal e lógica dialética;

parte e todo;

teoria e prática;

sujeito e objeto;

abstrato e concreto;

unidade e totalidade;

conhecimento científico-tecnológico e conhecimento sócio histórico;

individual e coletivo como categorias que nos remetem ao plano do

método do conhecimento.

A Metodologia do Ensino de Matemática deverá também explicitar a

concepção de ciência e tecnologia determinadas pelas relações sociais e produtivas;

recuperar o conteúdo matemático, a linguagem matemática, o raciocínio lógico-

matemático e os encaminhamentos metodológicos adequados a cada conteúdo;

avançar no método de ensino e aprendizagem de matemática, que tem como último

elemento o processo de abstração – conceitos – que se caracterizam por um

processo descritivo; reconhecer a importância pedagógica da transposição didática,

ou seja, da elaboração do pensamento reflexivo – concreto pensado -, e, identificar

que o processo de ensino e de aprendizagem vai além da relação do homem com o

conhecimento, pois ele é o produto das múltiplas relações sociais e históricas do

trabalho dos seres humanos.

1.2. Objetivos

Perceber a Matemática como legado historicamente construído pela

humanidade descritor das relações sociais e histórico-culturais;

Identificar as relações que o indivíduo pode traçar entre o

conhecimento informal e o científico;

Identificar criticamente as múltiplas possibilidades de

aplicação/presença de conceitos matemáticos no cotidiano;

Criar situações de sistematização de conceitos cristalizados ao

mesmo tempo em que se propõem novos saberes;

Compreender a concepção de ciência e tecnologia determinadas

pelas relações sociais e produtivas.

Page 365: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

364

Recuperar o conteúdo matemático, a linguagem matemática, o

raciocínio lógico-matemático e as formas metodológicas adequadas

em cada conteúdo.

Articular o ensino e aprendizagem de matemática em bases da

lógica formal e lógica dialética.

1.3. Conteúdos

Concepções de ciência e de conhecimento matemático das Escolas Tradicional,

Nova, Tecnicista, bem como no Construtivismo e Pedagogia Histórica-crítica

Pressupostos teóricos e metodológicos do ensino e aprendizagem de Matemática

e/ou tendências em Educação Matemática

Conceitos matemáticos

Linguagem matemática e suas representações

Cálculos e/ou algoritmos.

Resolução de problemas.

Etnomatemática

Modelagem matemática

Alfabetização tecnológica.

História da matemática.

Jogos e desafios.

Especificidades inter-relações entre eixos de matemática, números e medidas

geométricas

Conteúdos específicos das séries iniciais.

1.4. Encaminhamento Metodológico

De acordo com as proposições do Referencial Curricular Nacional da

Educação Infantil (RCNEI) e das DCOs a disciplina de Metodologia do Ensino da

Matemática deverá tomar como caminho metodológico o mesmo da disciplina de

origem, qual seja, a Matemática. Utilizar-se-á dos conceitos matemáticos e sociais,

da linguagem matemática e de suas representações, dos cálculos e/ou algoritmos,

da resolução de problemas, da modelagem matemática, da história da matemática e

dos jogos e desafios, como elementos constitutivos do desenvolvimento do

Page 366: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

365

pensamento humano.

Sendo assim, os instrumentos para o desenvolvimento dessa disciplina serão:

aulas expositivas e práticas com análise de materiais didáticos, confecção de

materiais didáticos, elaboração de painéis e murais, visitas, dinâmica de leitura de

textos, debates, seminários, miniaulas além de trabalhos de pesquisa. Também

deverão ser trabalhados projetos interdisciplinares valorizando a pluralidade cultural.

1.5 Avaliação

Partimos do pressuposto de que verificar não é avaliar, pois o ato de verificar

consiste simplesmente em coletar informações, enquanto a ação avaliativa é mais

subjetiva, haja vista que compreende coleta, análise e síntese dos dados, acrescida

de atribuição de valor. Importante registrar que, por ser um processo contínuo,

deverá conduzir a retomada de caminhos, se necessário. Desta forma, o professor

utilizar-se-á do resultado da avaliação não apenas para aferir notas, mas para

reformular seu planejamento, adotando estratégias e procedimentos diversificados,

visando superar as lacunas diagnosticadas.

A expressão escrita (provas) é o instrumento mais utilizado no processo

avaliativo. Todavia, há que se considerar que apenas um instrumento não é capaz

de identificar o conhecimento adquirido pelo aluno, por isso o professor deverá

propiciar diversificadas oportunidades para que o aluno expresse seu conhecimento.

Em síntese, a avaliação será, diagnóstica, formativa e somativa, acontecendo

em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, por meio de

apresentação de trabalhos e miniaulas, produção de materiais, exposições e

seminários, provas objetivas com questões dissertativas ou em forma de teste, aula

do erro, além da auto avaliação. A recuperação de estudos também permeará o

processo, no sentido de rever conteúdos que não foram devidamente

compreendidos. A reavaliação é outra oportunidade que é ofertada no término do

período letivo.

Destaque-se que no processo avaliativo os aspectos qualitativos prevalecerão

sobre os quantitativos. Contudo, devido à exigência do sistema educacional vigente,

haverá aferição de notas ao final de cada bimestre.

1.6 Referências Bibliográficas

MERCEDES, Carvalho. Problemas? Mas que problemas? Petrópolis: Vozes,

Page 367: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

366

2005.

PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos

Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

PETRONZELLI, Vera Lúcia. Proposta Curricular do Curso de Formação de

Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em

nível médio, na Modalidade Normal. Curitiba –PR: DEP/SEED.

TOLEDO, Marília; TOLEDO, Mauro. Didática da Matemática – A Construção da

Matemática. São Paulo: FTD, 1999.

1. METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA

As únicas pessoas que realmente mudaram a história foram as que mudaram o pensamento dos homens a respeito de si mesmos.

Malcoml

Série Número de aulas semanais

4ª 2

1.1. Apresentação da Disciplina

A disciplina Metodologia do Ensino de História tem como objetivo preparar os

alunos para atuarem na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino

Fundamental. Para tanto, se faz necessário rever a trajetória do ensino de História, e

da História propriamente dita, no sistema educacional brasileiro, bem como os

pressupostos teóricos que norteiam as DCOs, conteúdos programáticos

sistematizados e encaminhamentos metodológicos.

A História Tradicional, influenciada pelo pensamento positivista da

historiografia europeia, enfatizava a história da nação e tinha como objetivo criar

Page 368: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

367

uma identidade nacional homogênea em torno de um Estado politicamente

organizado. Os historiadores positivistas acumularam fatos políticos que podiam ser

verificados e comprovados por meio de documentos oficiais produzidos pelo Estado.

Desta forma, produziu-se uma história voltada aos estudos dos

acontecimentos políticos, da genealogia das nações, evidenciando as “datas

importantes”, “os grandes personagens”, os “heróis” da nação.

Apesar da hegemonia acadêmica existente no século XIX, vozes discordantes

se fizeram ouvir. Entre essas vozes, destacamos Marx e Engels que desenvolveram

um paradigma histórico onde as causas das mudanças históricas ocorrem no interior

das estruturas socioeconômicas.

Surge então, outra possibilidade para o ensino de História, fundamentado na

concepção materialista da história, cerne do pensamento marxista. Este ensino

pauta-se no trabalho como conceito fundamental e princípio organizador do

currículo, e toma as relações sociais e de produção como objeto de ensino.

Na concepção da escola unitária defendida por Gramsci, com base em Marx,

o trabalho constitui a principal categoria e torna-se elemento fundamental da

formação profissionalizante, que não deve buscar atender estritamente as

necessidades do mercado de trabalho, mas, ao contrário, deve ser formativa, de

uma cultura geral humanista. Trata-se de garantir, ao educando, uma visão geral,

capaz de dar conta da complexidade das relações sociais de produção da sociedade

contemporânea.

Nesse sentido, a proposta curricular de História deve ter como função

principal a superação do saber meramente acumulativo, enciclopédico e

fragmentado. O trabalho como princípio pedagógico do ensino de História, parte do

pressuposto teórico marxista, de que o trabalho, em sentido lato, ao longo da

história, impulsionou o desenvolvimento e transformações da existência humana.

Para Marx, o trabalho não é apenas a força produtiva, mas é a essência da atividade

humana. O homem ao produzir as condições de sua existência, produz a si mesmo,

faz a história e é determinado pelas relações sociais e de produção.

Vale ressaltar que o trabalho é tomado como categoria essencial que explica

não só o mundo e a sociedade do passado e do presente, mas permite ao homem

uma prática transformadora e o desafio de construir uma sociedade fundada em

novos princípios e valores.

Tendo estabelecido o trabalho como princípio pedagógico para a

Page 369: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

368

compreensão da sociedade, torna-se fundamental, ao lado disso, entender a noção

de que a história se movimenta devido às contradições, aos antagonismos e

conflitos que estão na base da sociedade porque são frutos da ação do próprio

homem.

Nas últimas décadas a contribuição mais significativa da produção

historiográfica marxista deve-se a historiadores ingleses que se lançaram ao estudo

de uma história vinda da base da pirâmide, da classe operária, de sujeitos que por

muito tempo estiveram excluídos da produção historiográfica.

Há necessidade da escola reencontrar as memórias de homens comuns que

foram deixados à margem da história.

O professor, deve tomar as experiências vividas pelas pessoas comuns como

objeto de ensino da História, rompendo as amarras dos conteúdos tradicionalmente

selecionados que pouco sentido fazem ao educando, bem como utilizar

metodologias de ensino adequadas ao trabalho em sala de aula.

1.2 Objetivos

Explicitar os fundamentos teóricos que norteiam o ensino de História

na concepção materialista evidente na proposta de ensino das DCOs.

Confrontarpensamento educacional sobre o ensino de História nas

diversas tendências pedagógicas da educação brasileira.

Analisar o Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do

Paraná observando os Pressupostos Teóricos, Encaminhamento

Metodológico, Conteúdos e Avaliação do ensino de História nas séries

iniciais do Ensino Fundamental.

Desenvolver metodologias que estejam em consonância com as

DCOs, articulando os conteúdos trabalhados com o Estágio

Supervisionado, onde os alunos poderão aplicar os conceitos

apreendidos.

Capacitar os alunos do Curso de Formação de Docentes para análise

crítica de materiais e livros didáticos da disciplina de História, bem

como a seleção de atividades.

Tomar a temporalidade como condição básica de compreensão dos

Page 370: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

369

fatos históricos.

1.3. Conteúdos

História e memória social: as finalidades do ensino de História na sociedade

brasileira contemporânea

Concepção de História e histórico do ensino no Brasil

Estudos Sociais: fundamentos, implantação e experiências no Brasil

O ensino de História no quadro das tendências históricas da educação brasileira

Novas tendências do ensino da História

A transposição didática da história e a construção da compreensão e explicação

histórica

Teorias críticas da aprendizagem: construtivismo e sócio-interacionismo

O papel do professor no ensino de História.

Relação entre a construção da noção de tempo e espaço e leitura do mundo pela

criança

Temporalidade: tempo vivido, percebido e concebido

Noção de tempo e espaço na criança: duração, permanência, continuidade e

mudança;

Relação passado/presente no pensamento histórico: aqui / hoje, hoje / em outro

lugar e aqui / ontem.

Trabalho com as fontes históricas

Textos de épocas

Mapas históricos

Constituição do Brasil

Meios de comunicação

Poemas e letras de música

Pesquisa, entrevista e outras fontes

Possibilidades históricas do meio

Objetivos e conteúdos programáticos de História nos anos iniciais do Ensino

Fundamental

Objetivos do ensino de História no Ensino Fundamental

Propostas curriculares para o ensino de História

Conteúdos básicos para o ensino de História nas séries iniciais do Ensino

Fundamental no Estado do Paraná

Page 371: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

370

Eixos temáticos: Trabalho, Sociedade, Cotidiano e Imaginário

Planejamento, seleção e avaliação em história

Objetivos essenciais (assuntos significativos)

Planejamento nas séries iniciais do Ensino Fundamental

Avaliação em história.

Análise crítica do material didático

Ideologia do livro didático

Análise de livros e materiais didáticos de História para as séries iniciais do Ensino

Fundamental

Bibliografias comentadas de livros didáticos de História

1.4. Encaminhamento Metodológico

Tendo como base uma nova perspectiva para o ensino, que estabelece o

trabalho como princípio pedagógico, o professor deve procurar passar da

reprodução, da exposição sistemática do conhecimento à compreensão histórica e

lógica das experiências da humanidade. Isto significa realizar mudança de

paradigma, releitura de hipóteses científicas, modificação de esquemas intelectuais

e estimular a tensão contínua entre a aprendizagem e espírito crítico.

Apenas a seleção de conteúdos críticos não irá garantir a mudança

pretendida no ensino se o professor mantiver uma postura autoritária ou paternalista.

É necessário que o professor explicite “as regras” que governam a produção do

conhecimento histórico e crie espaços para que esse conhecimento possa ser

reelaborado valorizando-se assim a atividade do pensamento crítico por parte dos

alunos rejeitando-se o enciclopedismo e passividade.

A proposta da seleção de temas é também pautada em relações

interdisciplinares considerando que é na disciplina, no caso a História, que ocorre a

articulação dos conceitos e metodologias entre as diversas áreas do conhecimento.

Assim, narrativas, imagens, sons de outras disciplinas relacionadas devem ser

tratadas como documentos a serem abordados historio graficamente.

1.5. Critérios de Avaliação

A avaliação será oportunizada dentro do processo ensino aprendizagem e

não em momentos pontuais e separados deste processo. A avaliação do ensino de

Page 372: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

371

História considerará três aspectos importantes: a apropriação de conceitos históricos

e o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos conteúdos específicos. Esses

três aspectos serão entendidos como complementares e indissociáveis. Para tanto,

o professor deverá se utilizar de diferentes instrumentos de avaliação, tais como:

leitura, interpretação e análise de textos historiográficos, análise e interpretação de

mapas e documentos históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas

bibliográficas, pesquisa de campo, sistematização de conceitos históricos,

apresentação de seminários, debates e provas individuais e/ou em grupo.

1.6. Referências Bibliográficas

LIMA, Elvira Souza. Avaliação, educação e formação humana. Capítulo 2 – Sala

de Aula.

LUCKESI, Cipriano C. Verificação ou avaliação: o que pratica a escola? Ideias. V.8.

São Paulo: FDE, 1991.

NEMI, Ana Lúcia Lana & MARTINS, João Carlos. Didática da História: O tempo

vivido. Uma outra história? São Paulo: FTD, 1996.

PARANÁ/SEED. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba,

1990.

PARANÁ/SEED. Proposta Curricular da Disciplina Metodologia do Ensino de

História. Curitiba, 1989.

PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos

Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.

_______. Proposta Curricular da Disciplina Metodologia do Ensino de História.

Faxinal do Céu, 2005.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

PENTEADO, Heloísa Dupas. Metodologia do Ensino de História e Geografia. São

Paulo: Cortez, 1991.

Page 373: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

372

1. METODOLOGIA DO ENSINO DA GEOGRAFIA

Espaço é morada do homem, mas pode ser também sua prisão.

Milton Santos

Série Número de aulas semanais

4ª 2

1.1. Apresentação da Disciplina

A Geografia, ensinada na academia acaba por moldar a Geografia escolar,

caindo muitas vezes no enciclopedismo. A renovação do ensino de Geografia no

Brasil começou na década de 1970 e relaciona-se com uma crise mais ampla que

atingiu todas as ciências, desde o pós-guerra, redefinindo-se como ciência social.

Desta forma o trabalho, um ato social da geografia, explica o processo em

transformação contínua onde as sociedades constroem espaços desiguais de

acordo com seus interesses em diferentes momentos históricos.

Em razão da velocidade e fluidez que marcam a pós-modernidade torna-se

imprescindível e, urgente, transformar a antiga ideia presente na Geografia da Terra

como espaço absoluto, independente, como um receptáculo que contém coisas, e

percebê-la como um espaço relacional, como nos lembra conforme lembra Santos

(1996) “o espaço geográfico deve ser considerado como algo que participa

igualmente da condição do social e do físico, um misto, um híbrido”.

Portanto pode-se considerar que o objetivo principal da disciplina de

Geografia no Ensino Médio é contribuir para a formação de um indivíduo lúcido,

conhecedor e autônomo a partir da percepção e compreensão do espaço que

ocupa. Por outro lado, a disciplina de Metodologia do Ensino da Geografia deverá

partir da análise ininterrupta das relações existentes na sociedade buscando

desvelar as determinantes do desenvolvimento do homem mediado pela produção

do seu trabalho na ocupação e exploração do espaço.

Page 374: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

373

1.2. Objetivos

Desenvolver o raciocínio geográfico e a consciência espacial no aluno;

Realizar a leitura da realidade pelas lentes da Geografia;

Descrever os domínios da ciência geográfica;

Demonstrar noções de climatologia, geologia e hidrografia;

Realizar, analisar e descrever localizações e distribuições espaciais;

Compreender a relação existente entre o espaço geográfico e sua

transformação através da produção e resultado do trabalho do homem;

Criar situações problematizadoras que contextualizem os conteúdos básicos

do ensino da Geografia;

Planejar o ensino de Geografia de modo que a mesma possa constituir-se em

uma ferramenta útil na “leitura de mundo”.

1.3. Conteúdos

A história da Geografia

A inserção do homem no quadro natural

A matemática a serviço da geografia

A geografia no Brasil

A escrita da terra

Espaço geográfico

Tempo: na origem dos espaços

Produção de necessidades

Transformando a natureza e o próprio homem

A geográfica da vida cotidiana.

Explorando o espaço da escola

Alfabetizar para leitura de mapa

Itinerários

Movimentos do sol

O trabalho organiza o espaço

Relação cidade/ campo

O local de produção

Recursos da natureza

Page 375: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

374

Produzir é reproduzir espaço

A sociedade modifica a natureza

Recortes do Espaço

Mapas e Plantas

Livro didático intermediando o ensino da Geografia

1.4. Encaminhamento Metodológico

O processo ensino e aprendizagem da Geografia privilegiará a articulação do

global e local para entender as relações espaciais que se estabelecem no mundo

moderno. Buscar-se-á estimular a observação atenta do aluno das alterações

visíveis da paisagem explicitando as possíveis causas, possibilitando prever o futuro

do espaço geográfico. Isso porque, lançando um olhar atento sob a paisagem, será

possível constatar os signos nela impressos e avaliar as sociedades que a

construíram e a constroem, bem como as temporalidades que se juntam em sua

constituição.

É preciso considerar ainda que a leitura da paisagem é resultante de múltiplas

determinações históricas, geográficas, culturais e até ideológicas, podendo ser

focadas sob diferentes pontos de vista, o que exige a correlação com outras áreas

do conhecimento, podendo resultar a elaboração de pesquisas, estudos dirigidos,

bem como busca de informações com as pessoas; essas poderão ser buscadas

através de entrevistas que favorecem o entendimento dos acontecimentos e das

ações sobre o espaço geográfico em questão.

Atualmente tanto o computador como a Internet, são partes integrantes do

cotidiano escolar e possibilitam o levantamento de dados, atualidades sob os mais

diversos assuntos, portanto esses instrumentos serão utilizados. Os jornais e

revistas, fontes formadoras de opinião, serão usados na seleção de temas e

problemas a serem abordados durante as aulas.

Na visão de Rua (1993) o tripé Realidade-Teoria-Realidade, sintetiza o

encaminhamento metodológico mais acertado para a disciplina de Geografia. A

Parte-se das observações e das reflexões iniciais dos alunos, na teoria busca-se a

fundamentação, o aprofundamento e a generalização das reflexões iniciais, volta-se

então, à realidade, analisando-a, criticando-a à luz da teoria, cientificizando–se,

assim, os conceitos.

Page 376: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

375

Várias estratégias serão usadas tais como: debate, visitas, palestra, grupo de

estudo, seminário, mesa-redonda, estudo do meio, análise de documentos

históricos, pesquisa e aula expositiva, entre outros.

1.5. Avaliação

A avaliação será contínua e priorizará a qualidade dos conceitos assimilados,

bem como o processo de aprendizagem, ou seja, será avaliado o desempenho do

aluno ao longo do ano letivo. Para tanto, os critérios adotados serão: a formação dos

conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais;

compreensão das relações de poder nos binômios espaço-tempo e sociedade-

natureza.

Os instrumentos avaliativos utilizados serão selecionados de acordo com

cada conteúdo e objetivo de ensino: leitura e interpretação de textos; produção de

textos; leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

pesquisas bibliográficas; relatórios de aulas de campo; apresentação de seminários;

construção e análise de maquetes, entre outros.

A avaliação será, portanto, diagnóstica, formativa e somativa, acontecendo

em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, por meio de

apresentação de trabalhos e miniaulas, produção de materiais, exposições e

seminários (nos quais será observado os aspectos sócio afetivos), provas objetivas

com questões dissertativas ou em forma de teste, aula do erro, além da auto

avaliação. A recuperação de estudos também permeará o processo, no sentido do

reavaliar conteúdos que não foram devidamente apropriados. A reavaliação é outra

oportunidade que é ofertada no término do período letivo.

Os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos. Contudo, devido

à exigência de nosso sistema educacional, haverá aferição de notas ao final de cada

bimestre.

1.6. Referências Bibliográficas

ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia - Ciência da Sociedade. São Paulo:

Atlas, 1987.

CAVALCANTI, Lana de Souza. Práticas de ensino de Geografia. São Paulo:

Alternativa, 2002.

Page 377: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

376

KOZEL, Salete; FILIZOLA, Roberto. Didática da Geografia – Espaço Vivido. São

Paulo: FTD, 1996.

PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos

Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

1. METODOLOGIA DO ENSINO DA CIÊNCIA

“Tornamos nosso mundo significativo pela coragem de nossas perguntas e pela profundidade de nossas respostas”.

Carl Sagan

Série Número de aulas semanais

4ª 2

1.1. Apresentação da Disciplina

A disciplina Metodologia do Ensino de Ciências, específica para do Curso de

Formação de Docentes, tem como fim último preparar os futuros profissionais da

educação para atuarem na Educação Infantil e séries iniciais do Ensino

Fundamental. Portanto, faz-se imprescindível a compreensão da proposta do ensino

de Ciências da SEED, que tem por objetivo possibilitar a compreensão do mundo

natural nas relações sociais de produção, com vistas a garantir ao aluno a análise

concreta da realidade por meio da apropriação do conhecimento científico.

É preciso ainda considerar o processo histórico no qual se dá a produção do

conhecimento científico, bem como os determinantes de sua produção. A análise

crítica do momento histórico e de seus condicionantes sociais, políticos, econômicos

e religiosos contribuirá para a explicitação dos fatores que interferiram e interferem

nos rumos do desenvolvimento científico.

Page 378: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

377

O homem, desde o princípio de sua existência, preocupou-se em decifrar

fenômenos naturais em razão da necessidade que o obrigava a um maior

relacionamento com o mundo por questões de sobrevivência. No entanto, ele

mantinha uma relação mística com os fenômenos naturais, pois desconhecia os

fatores que provocavam as transformações e interações de matéria e energia.

Para que essa compreensão ocorra de maneira efetiva é preciso rever as

modificações do pensamento científico, a exemplo do ocorrido nos séculos XVI e

XVII, quando ocorreu a chamada da Revolução Científica. A Ciência na Era

Medieval, de uma forma geral, baseava-se na fé, e sua principal finalidade era

compreender o significado das coisas sem exercer controle sobre as mesmas. Isto

caracterizava uma ação ideológica, controladora do saber, na qual apenas a igreja e

reduzido círculo dos senhores do poder poderiam ter acesso ao conhecimento. Esta

postura não se restringiu apenas à Idade Média, mas pode ser percebida em vários

momentos históricos. Portanto, o domínio do conhecimento científico representou

historicamente um dos instrumentos de dominação do povo, que tende a ver os

cientistas ou ”sacerdotes” como magos, cabendo a eles a determinação do que é

correto e justo.

Nesse período, a base de subsistência era o cultivo da terra e a criação de

animais, portanto, agropastoril. As pessoas vivenciavam a natureza numa forma

mais orgânica, pois havia uma grande independência dos fenômenos espirituais e

materiais. Havia também uma subordinação das necessidades individuais à da

comunidade. Ao analisar a visão do mundo medieval, verifica-se que ela assentou-

se, basicamente, em duas autoridades: Aristóteles e a Igreja. Tomás de Aquino, um

dos maiores expoentes da Igreja, naquele período, combinou abrangente sistema da

natureza de Aristóteles com a teologia e a ética cristã, valores estes que vigoraram

durante toda a Idade Média, e que representou para a Igreja o meio de consolidar,

ainda mais, as suas estruturas de poder. Os valores sociais, morais e científicos do

período medieval, mudaram radicalmente nos séculos XVI e XVII, devido à grande

necessidade de ampliação do conhecimento, tanto por amor ao saber quanto por

necessidades sociais e técnicas que emergiam no momento. Esta noção de um

mundo vivo e espiritual foi substituída pela noção do mundo como uma máquina. A

mudança de imagem da natureza, de organismo para máquina, fez com que as

pessoas mudassem de atitude com relação ao meio ambiente. Quebrou-se assim

um paradigma.

Page 379: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

378

Tais restrições culturais, base da mentalidade medieval, desapareceram com

o processo de mecanização da ciência. As condições históricas que determinaram o

surgimento do capitalismo, bem como a ideologia capitalista influenciaram e,

também sofreram, as influências do processo de desenvolvimento científico, dando-

se ênfase aos processos de experimentações, visando a exploração da natureza.

Assim, a ciência passou a ter a função de dominar e controlar a natureza.

Por outro lado as contradições do século XX, de modo mais incisivo no

mundo ocidental, resultaram do avanço tecnológico das chamadas grandes

potências. Tais inovações estendem-se em todas as áreas: agricultura, metalurgia,

saúde, informática, astronáutica, enfim, todos os setores que, de alguma forma,

implicam na soberania do país. Todavia, paralelamente ao desenvolvimento

vertiginoso de uma minoria, há um contingente grande das populações mundiais que

passam fome e sofrem devido às precárias condições de saúde, vivendo em estado

perpétuo de pobreza.

No Brasil, as consequências da política desenvolvimentista, são notadamente

contraditórias. Considerado a oitava potência em desenvolvimento e o quarto em

produção alimentar, sua população vive em estado de miséria e subnutrição. O

desenvolvimento tecnológico cresce diariamente, mas pouco tem contribuído para o

bem estar do seu povo.

O ensino das Ciências permite a compreensão da natureza e dos limites dos

diferentes sistemas explicativos, e ainda, a compreensão de que a ciência não tem

resposta para tudo, sendo uma de suas características a possibilidade de ser

questionada e de se transformar. Nesta perspectiva os conceitos científicos devem

ser apresentados como resultado de uma construção socializada, que conta com a

imaginação, a intuição e a emoção e é influenciada pelo contexto histórico e

econômico. Ao trabalhar tais conceitos, é importante considerar o conhecimento

prévio do aluno e enfatizar a aprender a pensar e o pensar para aprender.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica

deve-se buscar superar a fragmentação do conhecimento por meio da seleção de

fatos, conceitos e teorias que promovam aprendizagens significativas e funcionais e

pela superação das fronteiras entre disciplinas. Nesse processo, é imprescindível o

compromisso com a flexibilidade, a diversidade e com a contextualização dos

conteúdos, de acordo com o desenvolvimento das estruturas cognitivas do aluno.

Tais exigências vinculam-se ao princípio segundo o qual o ensino das Ciências não

Page 380: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

379

deve priorizar a transmissão de informações, mas sim a formação de atitudes e

valores que promovam um aprofundamento no conhecimento científico sobre a vida,

bem como a admiração e o respeito por ela.

1.2. Objetivos

Contribuir para o desenvolvimento do aluno no processo de reelaboração do

conteúdo científico produzido pelo homem de acordo com suas necessidades,

numa perspectiva crítica;

Compreender o mundo em sua complexidade de relações entre a teoria e o

experimento;

Levar o aluno a observar, comparar, classificar fatos e fenômenos, chegando

à generalização seguindo os passos do Método Científico.

Reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformações

intencionais por ele produzidas no seu ambiente.

Julgar ações de intervenção, identificando aquelas que visam a preservação e

a implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente.

Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento

tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as

concepções de desenvolvimento sustentável.

1.3. Conteúdos

O ensino de Ciências e a construção de uma cultura científica que possibilite ao

cidadão comparar as diferentes explicitações sobre o mundo

O histórico do ensino de Ciências

O pensamento racional e o pensamento intuitivo na aprendizagem de Ciências.

A relação ciência, sociedade e tecnologia

A energia para a vida e a inserção do homem no contexto do universo

Noções de espaço/tempo e casualidade no que diz respeito à matéria, energia e

suas transformações

O acompanhamento do processo de aprendizagem e os conteúdos específicos por

série – 1ª a 5ª ano do ensino fundamental:

Page 381: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

380

Currículo Básico para a escola pública do Paraná (Noções de Astronomia,

Transformação e Interação de Matéria e Energia, Saúde- Melhoria da Qualidade de

Vida)

Diretrizes Curriculares Estaduais – Ciências

Análise dos Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Infantil (RCNEI) e

Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Fundamental

Análise crítica de livros didáticos

1.4. Encaminhamento Metodológico

O desenvolvimento da disciplina considera o ensino de Ciências, numa

perspectiva histórica, e deve convergir para o domínio do saber científico

historicamente acumulado, por meio de uma abordagem crítica e problematizadora

de questões oriundas da prática social vivenciada pelos alunos Há, portanto, a

necessidade de estabelecer uma prática pedagógica consistente, permeada por

métodos de ensino eficazes. Nesse sentido, os argumentos defendidos por Saviani

(1986) nos ajudam a organizar os princípios dessa ação:

[...] serão métodos que estimularão a atividade e iniciativa dos alunos sem abrir mão, porém, da iniciativa do professor, mas sem deixar de valorizar o diálogo com a cultura (conhecimento) acumulado historicamente; levarão em conta os interesses dos alunos, os ritmos de aprendizagem lógica dos conhecimentos, sua ordenação e gradação para efeitos do processo de transmissão/assimilação dos conteúdos cognitivos (p.72-73).

Nessa perspectiva é importante pontuar que a ciência se caracteriza por ser

uma atividade metódica regulada por ações passíveis de serem reproduzidas.

Assim, é importante estabelecer condições adequadas para que os alunos possam

expandir suas ideias, pesquisar, trabalhar com situações-problema, enfim, criar

condições que objetivam a contextualização do conhecimento produzido frente às

necessidades. Diante da concretude dos fatos, o professor deve contextualizar o

experimento, ou seja, a aula prática no ensino de Ciências deve relacionar a teoria

com a prática pelo desenvolvendo procedimentos e estratégias diferenciadas a ação

pedagógica deve ter como ponto de partida a prática social vivenciada pelo aluno e

professor (experiência concreta). O professor deve ainda se preocupar com a

problematização e as situações-problema oriundas dessa prática, já que estes são

Page 382: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

381

os mediadores desta análise. Já a instrumentalização (pesquisa, aula prática,

observação, experimentação, leitura de textos, coleta de dados) é a ferramenta

pedagógica que qualifica a ação reflexiva do professor. O que se espera é chegar,

novamente, na prática social, não aquela do ponto de partida, mas sim alterada

qualitativamente pela mediação da ação pedagógica. Consideramos, então, que o

aluno constrói, com a ajuda do professor e dos conteúdos, sua própria visão de

mundo, de maneira concreta a partir de sua experiência.

A Metodologia do Ensino de Ciências, portanto, deve ser um meio para que o

futuro professor compreenda criticamente as relações ser humano-universo, os

fenômenos e objetos da ciência. Assim, a ação pedagógica deve estar subsidiada na

relação homem-homem e homem-natureza, tendo como ponto de partida e de

chegada as reflexões acerca da sociedade em sua dinâmica, acentuando o

conhecimento e o desenvolvimento tecnológico historicamente construído, bem

como o acesso do homem a essa produção.

A metodologia dentro da disciplina de Metodologia do Ensino de Ciências

deverá contribuir para a formação docente, capacitando o futuro profissional da

educação no desenvolvimento do ensino de Ciências, bem como atender aos

seguintes princípios norteadores: fundamentos teóricos que norteiam o ensino de

Ciências, a concepção do ensino de Ciências na Pedagogia Histórico-Crítica, os

referenciais utilizados pelas escolas públicas paranaenses: RCNEI, PCN, Currículo

Básico para a Escola Pública do Paraná, Diretrizes Curriculares Estaduais.

1.5. Avaliação

A avaliação inclui práticas diversas e integra os vários momentos do

desenvolvimento curricular implicando na realização de várias operações

interligadas com ênfase nos conhecimentos teóricos e práticos. Os instrumentos a

serem utilizados deverão ser diversificados, atendendo ao disposto na proposta de

ensino para as metodologias previstas no curso de Formação de Docentes. Desta

forma serão realizadas pesquisas orientadas, provas orais e escritas, objetivas e

subjetivas, testes, observação direta, entre outros. É fundamental que esta avaliação

se processe de forma contínua. A Recuperação de Estudos é aplicada durante todo

o ano letivo logo após a correção das atividades de avaliação se verificada a não

efetiva aprendizagem dos conceitos.

Page 383: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

382

1.6. Referências Bibliográficas

ASTOLFI, Jean Pierre. A didática das ciências. Campinas: Papirus, 1990.

BRASIL/MEC/SEF. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental

1º segmento – Ciências. Brasília, 1996.

BRASIL/MEC. Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Infantil. Vol.3 –

Ciências. Brasília, 1998.

CAMPOS, Maria Cristina da Cunha e NIGRO, Rogério Gonçalves. O ensino-

aprendizagem como investigação. São Paulo: FTD,

CANIATO, Rodolpho. O que é astronomia. São Paulo: Brasiliense, 1989.

DELIBERADOR, Ana Maria. Metodologia para desenvolvimento extra-classe de

programas ambientais. Curitiba: SEED, 1991.

DELIZOICOV, Demétrio. Metodologia do ensino de ciências. São Paulo, 1990.

GERALDO, Sampaio de Souza. Didática das Ciências Naturais. Rio de Janeiro.

Comissão de Livro-técnico e do Livro didático, 1970.

KRASILCHIK, Myriam. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: EPU,

1987.

PARANÁ/SEED. Currículo Básico para a escola pública do Paraná. Curitiba,

1989.

PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos

Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.

PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares Estaduais – Ensino Fundamental/

Ciências. Curitiba, 2005.

PARANÁ/SEED. Proposta Curricular da Disciplina de Metodologia do Ensino de

Ciências. Curitiba, 2005.

VIANA, Neusa Lima. Ensinando ciências de forma concreta. Curitiba. Imprensa

Oficial, 1976.

Page 384: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

383

1. METODOLOGIA DO ENSINO DA ARTE

"A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível." Leonardo da Vinci

Série Número de aulas semanais

4ª 2

1.1. Apresentação da Disciplina

O conhecimento da arte de outras culturas permite o entendimento de

questões sociais, uma forma rápida, isso porque a arte de cada cultura mostra os

valores que estão presentes naquela sociedade. Nesta perspectiva a formação do

aluno deverá levar em conta a compreensão e a importância na utilização deste

conhecimento para a interpretação do mundo.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica

do Estado do Paraná a abrangência do ensino da Arte deverá privilegiar as quatro

linguagens: a dança, a música, o teatro e as artes visuais. Os conteúdos, segundo

Faraco (2000), devem ser selecionados a partir de uma análisehistórica, abordados

por meio do conhecimento estético e da produção artística,de maneira crítica, o que

permitirá ao aluno uma percepção da arte em suasmúltiplas dimensões cognitiva e

possibilitará a construção de uma sociedade semdesigualdades e injustiças

(FARACO apud KUENZER, 2000).

A representação artística (expressão), enquanto forma específica de

conhecimento da realidade, é fruto de um fazer (trabalho), que impõe o domínio de

determinados procedimentos e que partindo de uma realidade objetiva, constrói uma

nova realidade (transfiguração). Assim, ficam evidentes os aspectos essenciais da

atividade artística: conhecimento, trabalho e expressão, que não devem ser

trabalhados distintamente, fragmentados, ou dogmatizados. O conhecimento se

constitui em uma forma peculiar de trabalho criador. Portanto, não é mera cópia do

real, pois o objetivo do conhecimento da arte é o homem, a vida humana e seu

cotidiano

Page 385: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

384

1.2. Objetivos

Refletir criticamente sobre o processo histórico da Arte na sociedade

brasileira, sem perder de vista suas condições sociais, econômicas, culturais

e políticas.

Desvelar as tendências presentes no interior das práticas de ensino da arte,

estabelecendo as relações entre estas tendências e os valores estéticos que

fundamentam este ensino.

Compreender que a prática desenvolvida na escola, detém de forma implícita

ou explícita, um compromisso com uma determinada visão de mundo,

reveladora de uma dada concepção de homem, de educação e da própria

arte.

1.3. Conteúdos

Estudo das tendências pedagógicas com ênfase nos marcos históricos e culturais do

ensino de arte no Brasil.

O papel da arte na formação humana.

História da arte:

Pré-História.

Antiguidade.

Arte Cristã.

Arte Bizantina.

Europa Ocidental e Idade Média.

Renascimento.

Barroco.

Neoclassicismo e Romantismo.

Realismo.

Principais Movimentos Artísticos do Século XX.

A arte no Brasil: arte indígena e estilo barroco.

Conhecimento teórico e prático dos elementos formais e de composição das Artes

Visuais, da Música, da Dança e do Teatro (artes cênicas) e sua contribuição na

formação dos sentidos humanos desde a Educação Infantil e séries iniciais.

Page 386: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

385

Abordagens metodológicas para o ensino de artes na Educação Infantil e Ensino

Fundamental:

Currículo Básico X PCN.

Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental.

A atividade artística na escola: fazer e apreciar a produção artística.

“Artistas” brasileiros e estrangeiros.

1.4. Encaminhamento Metodológico

Na medida em que a arte é uma manifestação da necessidade humana de

dizer, interpretar e criar, também recriar, a realidade humana, lança mão de

diferentes linguagens: plástica, musical, teatral, entre outras, e se constitui enquanto

instrumento de afirmação ou transformação do real. Contudo, esta transformação se

cumpre em nível do imaginário, ou seja, a partir do conhecimento, da atividade

criadora e da expressão, a representação concretiza a passagem do imaginário para

o real, no objeto artístico.

Desta forma, o encaminhamento das aulas de Metodologia do Ensino da Arte

tomará como ponto de partida os modos de ver e compor utilizados pelo aluno para

se expressar. Assim, a função específica do ensino da arte consiste em contribuir

para que o aluno, a partir de uma leitura empírica, construa uma leitura sistemática e

objetiva da realidade humana.

Sinteticamente, de acordo com o prescrito nas DCEs o encaminhamento

metodológico do ensino da Arte contemplará três momentos da organização

pedagógica:

Teorização: fundamentos dos conceitos artísticos.

Percepção e apropriação: são as formas de apreciação, fruição e

leitura da obra de arte.

Trabalho Artístico: a prática criativa de uma obra.

1.5. Critérios de Avaliação

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte proposta nestas Diretrizes

Curriculares é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do

Page 387: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

386

professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a

todos os momentos da prática pedagógica.

A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do

ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a auto avaliação (desenvolvimento

das aulas), bem como a auto avaliação dos alunos.

De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é “contínua e

cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos

sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais

provas finais”.

A avaliação deverá pautar-se em critérios para o redimensionamento das

práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha a

produção do aluno. Para tanto deverá fugir das malhas do espontaneísmo e

casuísmo centrando-se no conhecimento. Ao centrar-se no conhecimento, a

avaliação gera critérios que transcendem os limites do gosto e das afinidades

pessoais, direcionando de maneira sistematizada o trabalho pedagógico.

Assim, a avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de medição

da apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente

significativas para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer parâmetros

comparativos entre os alunos discute dificuldades e progressos de cada um a partir

da própria produção, de modo que leva em conta a sistematização dos

conhecimentos para a compreensão mais efetiva da realidade.

O método de avaliação proposto nas Diretrizes inclui observação e registro do

processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na

apropriação do conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno

soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas

discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve elaborar

seus registros de forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em

sala, com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a

dos colegas valorizando seu arsenal cultural próprio, constituído em outros espaços

sociais além da escola, como a família, grupos, associações, religião e outros. Desta

forma. O professor deve fazer um levantamento das formas artísticas que os alunos

já conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar um instrumento musical,

dançar, desenhar ou representar. Durante o ano letivo, as tendências e habilidades

Page 388: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

387

dos alunos para uma ou mais áreas da arte também devem ser detectadas e

reconhecidas pelo professor.

Esse diagnóstico é a base para planejar futuras aulas, pois, ainda que

estejam definidos os conteúdos a serem trabalhados, a forma e a profundidade de

sua abordagem dependem do conhecimento que os alunos trazem consigo.

Essa é outra dimensão da avaliação, a zona de desenvolvimento proximal,

conceito elaborado por Vigotsky que trabalha a questão da apropriação do

conhecimento na interação com o grupo no qual está inserido.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários

vários instrumentos de verificação tais como:

• trabalhos artísticos individuais e em grupo;

• pesquisas bibliográfica e de campo;

• debates em forma de seminários e simpósios;

• provas teóricas e práticas;

• registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, audiovisual e outros.

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário

para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo,

visando às seguintes expectativas de aprendizagem:

• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua

relação com a sociedade contemporânea;

• A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua

realidade singular e social;

• A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas

diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

1.6. Referências Bibliográficas

ALMEIDA, A. Betâmio de. A Educação Estético-Visual no Ensino Escolar. Livros

Horizonte, 1980.

BARBOSA, A. M. T. Arte-Educação no Brasil: das origens ao modernismo. São

Paulo: Perspectiva, 1978.

BRASIL/MEC. Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental. Brasília, 1998.

BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, 1997.

BRASIL/MEC. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília,

Page 389: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

388

1998.

COLEÇÂO Mestres das Artes no Brasil. São Paulo: Moderna, 1999; 2000; 2002;

2003; 2004.

FUSARI, Maria F. D. R. e FERRAZ, Maria H. C. D. T. Arte na Educação Escolar.

São Paulo: Cortez, 1992.

________. Maria F. D. R. e FERRAZ, Maria H. C. D. T. Metodologia do Ensino da

Arte. São Paulo: Cortez, 1993.

PARANÀ/SEED. Currículo Básico para Escola Pública do Estado do Paraná.

Curitiba, 1990.

_______. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos

Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

Page 390: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

389

1. METODOLOGIA DO ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Série Número de aulas semanais

4ª 2

1.1. Apresentação da Disciplina

Os conteúdos estruturantes da disciplina de Metodologia de Educação Física

estão relacionados ao entendimento de que a Educação Física escolar, em sentido

lato, possui objetivos e conteúdos próprios e necessários ao desenvolvimento do

potencial motor de cada criança. Para que esses objetivos sejam alcançados, é

necessário superar o senso comum de que o tempo pedagógico das aulas de

Educação Física resume-se à quadra ou ao pátio para as vivências corporais, ou

para o brincar descompromissado.

A superação do conceito de movimento humano para o de cultura corporal de

movimento humano para o de cultura corporal de movimentos, configura-se como o

primeiro desafio para a disciplina de Metodologia do Ensino da Educação Física.

Através de situações práticas, as fases e os estágios motores da primeira e

segunda infância, bem como a prática de tarefas abertas e fechadas envolvendo as

brincadeiras, o jogo, as atividades rítmicas serão descritas e analisadas.

Os alunos do curso de Formação de Docentes, a princípio, serão orientados a

avaliar as mudanças qualitativas, na própria performance motora. Num segundo

momento os alunos passarão a estudar as suas ações motoras não apenas do

ponto de vista do desempenho em si, mas dos processos afetivos, psicomotores e

cognitivos empregados para solucionar um desafio proposto e da passagem de um

conhecimento sincrético da realidade que cerca o problema proposto para um

conhecimento elaborado, integrando as demais dimensões da vida cotidiana, para

assim intervirem no processo educativo de desenvolvimento corporal das crianças a

eles confiados no exercício da profissão.

1.2. Objetivos

Romper com o paradigma conceitual da prática de atividade física até então

Page 391: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

390

predominante no ambiente escolar.

Compreender a Educação Física como meio valioso de desenvolvimento de

habilidades motoras, intelectuais e sensoriais.

Valorizar a pluralidade das manifestações de cultura como recurso para

integração entre pessoas e diferentes grupos sociais.

Repensar o papel do professor e das aulas de Educação Física ao longo da

escolarização.

Selecionar procedimentos e verificar a sua adequação nas aulas a serem

ministradas, questionando a realidade, formulando hipóteses, utilizando a

criatividade e o pensamento lógico.

Compreender a importância social da Educação Física, cuja aprendizagem

favorece a ampliação das capacidades de interação sociocultural,

possibilidades de lazer, promoção e manutenção da saúde pessoal e coletiva.

Entender a Educação Física como um meio de promover a mudança de

atitude, estabelecendo uma relação de respeito mútuo de cooperação.

1.3. Conteúdos

A Educação Física como componente curricular.

Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem motora.

O movimento humano e sua relação com o desenvolvimento dos domínios motor,

cognitivo e afetivo-social do ser humano.

A cultura corporal de movimentos: ação e reflexão.

A criança e a cultura corporal de movimentos; o resgate do lúdico e a expressão da

criatividade.

1.4. Encaminhamento Metodológico

A metodologia a ser utilizada levará em consideração os objetivos de

Educação Física na formação do homem e no meio o qual está inserido, bem como

as relações com a sociedade.

Para que o aluno compreenda esse conhecimento é preciso possibilitar a ele

uma metodologia dinâmica em locais de atividades teóricas e práticas, estimulando a

participação e proporcionando a busca do conhecimento. Várias estratégias serão

Page 392: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

391

usadas como: aulas práticas e teóricas, trabalhos em grupos, pesquisas, aulas

expositivas, elaboração de projetos e debates.

Objetivando ainda a formação integral do aluno e melhoria da qualidade da

sua relação com o meio e, com a sociedade na qual está inserido, de maneira

concreta e significativa, serão desenvolvidas atividades que expressem sentimentos,

necessidades e costumes que confrontem a realidade e o lúdico, que estabeleça

regras, limites e barreiras a serem vencidas, através da compreensão e análise de

fatos do cotidiano, proporcionando o conhecimento do seu corpo. Estas atividades

priorizarão os aspectos práticos e teóricos, utilizando estratégias de trabalhos

individuais e em grupo, debates, palestras, trabalhos extraclasses e uso das

tecnologias existentes a fim de proporcionar ao aluno o máximo de estímulos que

contribuam para a sua formação integral.

O ensino de Metodologia de Educação Física, propriamente dito, deverá

apresentar atividades que proporcionem ao aluno o conhecimento de seu corpo,

para usá-lo como instrumento de expressão consciente na busca de sua liberdade e

satisfação de suas necessidades. Devem permitir a exploração motora e propiciar

momentos que, através das vivências dos alunos, permitam criar novas formas de

movimento.

A metodologia deve estar fundamentada na produção de conhecimentos,

através de conteúdos concretos, indissociáveis da realidade social, considerando

seus condicionantes histórico-sociais. A “teoria e a prática” deverão ser entendidas

como um processo unitário, buscando abrir novas perspectivas para o educando.

Esta prática será centrada numa concepção histórico-crítica de educação, ter uma

base científica e ser voltada para o aluno, respeitando seus interesses, sua

maturação e experiências anteriormente adquiridas. Atividade intelectual e a corporal

serão harmônicas de forma a integrar o ser humano no seu relacionamento consigo

mesmo e com o mundo.

1.5. Avaliação

A avaliação se dará através de um processo contínuo, durante todo o período

letivo, devendo ser diagnóstica e somativa, que analise a compreensão dos alunos a

respeito dos conhecimentos adquiridos, verificando se os mesmos atingiram os

Page 393: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

392

objetivos propostos para sua formação integral.

Serão sensibilizados a participar diretamente das avaliações, tanto individuais

como em grupos, fazendo sua auto avaliação, para que ele possa conhecer-se

melhor e ter uma visão mais ampla e clara dos fatos que os cercam.

1.6. Referências Bibliográficas

ALMEIDA, Paulo N. de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo:

Loyola, 1987.

BORGES, Célio J. Educação Física para pré-escola. Rio de Janeiro: Sprint, 1987.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São

Paulo, Cortez, 1992.

COSTA, Vera Lúcia M. Prática da Educação Física no primeiro grau: modelo de

reprodução ou perspectiva de transformação? São Paulo: IBRASA, 1987.

DARIDO, Suraya C.; RANGEL, Irene C. A. Educação Física na escola: Implicações

para a prática pedagógica. São Paulo: Guanabara Koogan, 2005.

DIEM, Liselott. Brincadeiras e esportes no jardim de infância. Rio de Janeiro: Ao

Livro Técnico, 1981.

FREIRE, João B.; SCAGLIA, Alcides J. Educação como prática corporal. São

Paulo: Scipione, 2003. – (série Pensamento e Ação no Magistério).

GALLAHUE, David L.; OZMUN, John C. Compreendendo o desenvolvimento

motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 2001.

GRUPO DE TRABALHO PEDAGÓGICO UFPE-UFSM. Visão didática da

educação física: Análises críticas e exemplos práticos de aulas. Rio de Janeiro: Ao

Livro Técnico, 1991.

GUERRA, Marlene. Recreação e lazer. Porto Alegre: Sagra, 1982.

GUISELINI, Mauro A. Educação Física na pré-escola. SEED/ MEC, 1982.

MAGILL, Richard A. Aprendizagem Motora: Conceitos de Aplicações. São Paulo:

Edgard Blucher, 1984.

MEDINA, João Paulo S. Educação Física cuida do corpo e “mente” – bases para

a renovação e transformação da Educação Física. Campinas: Papirus, 1989.

TANI, Go; MANOEL, Edison de J.; KOKUBUN, Eduardo; PROENÇA, José E. de.

Educação física escolar: Fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista.

São Paulo, 1988.

PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual:

Page 394: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

393

Fundamentos Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

1. PRÁTICA DE FORMAÇÃO

Série Número de aulas semanais

1ª 5

2ª 5

3ª 5

4ª 5

1.1 Apresentação da Disciplina

A velocidade que caracteriza a produção de informações no mundo

contemporâneo tem exigido das pessoas formularem questionamentos e

problematizações substituindo as certezas por possibilidades. Assim, torna-se

importante considerar a instituição escolar parte integrante desta realidade e pensar

o estágio supervisionado como aspecto de primeira grandeza no trabalho

pedagógico do professor. No âmbito dessa realidade, está a percepção de que o

docente deverá participar de um processo de formação capaz de responder à

demanda de um profissional crítico, reflexivo, pesquisador e capaz de realizar as

alterações que forem necessárias a sua prática pedagógica.

O planejamento temático ao longo dos quatro anos buscará integrar

conteúdos relevantes que funcionarão como pano de fundo para demais conteúdos

que serão elencados dada a leitura da realidade das instituições de ensino onde a

prática de formação será efetivada. Tal planejamento constituirá o eixo articulador

dos saberes entre as disciplinas, enquanto mecanismo que garantirá espaço e

tempo para a realização e contextualização entre saberes, onde o planejar, o

executar e o avaliar situações de ensino e de aprendizagem das disciplinas

pedagógicas culmina com as atividades em sala de aula nas instituições

Page 395: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

394

educacionais de Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental.

As práticas pedagógicas na 1ª série se concentram nos “sentidos e

significados do trabalho do professor educador” em diferentes modalidades e

dimensões. O eixo articulador se restringirá à observação do trabalho docente pelos

alunos estagiários na Educação Infantil. Vale ressaltar que este eixo ganhará novos

contornos nas séries seguintes, uma vez que essa problemática, formação dos

professores, ganhará novos sentidos e significados ao longo do tempo de

amadurecimento dos alunos. Entretanto, como uma primeira aproximação da

realidade educativa, considera-se pertinente uma ênfase maior, já no primeiro ano

de curso, debruçar-se sobre questões pertinentes ao “ofício de professor” rompendo

com velhos paradigmas, de modo a superar o espontaneísmo pelo conhecimento

sólido dos princípios curriculares propostos pelas concepções atuais.

Na 2ª série, o planejamento priorizará atividades em torno da “Pluralidade

Cultural, diversidades, desigualdades e a educação”. Assim, é preciso aprender

como operam essas desigualdades sociais na esfera da educação. As observações

em instituições ocorrerão em creches, escolas regulares que tenham um número

significativo de alunos portadores de necessidades educacionais especiais e em

instituições especializadas, tal como a APAE.

Na 3ª série, o problema central será a temática “condicionantes da infância e

da família no Brasil e os fundamentos da educação infantil” e “Artes, brinquedos,

crianças e a educação nas diferentes instituições” fundamentado na proposta da

SEED, cabendo aos professores desenvolver atividades diferenciadas, como

produção de pesquisas, observações em instituições, estudo das concepções de

infância, de família, de educação na sociedade.

A reflexão deve construir objetos de estudos relacionados a essas

problemáticas, passando pela História da criança e da família em relação à escola. É

necessário analisar, e recuperar, a história das brincadeiras, das artes, das músicas

infantis, das danças, do teatro, bem como evidenciar as suas funções para o

desenvolvimento infantil, pois brincar é coisa séria. Foco: Pré-Escola, 1ª e 2ª etapas

do 1º segmento do Ensino Fundamental.

Na 4ª série, é oportuno enfatizar experiências concretas através das

temáticas “a ação docente e as práticas pedagógicas”, garantindo a possibilidade de

o aluno vivenciar e desenvolver de fato a práxis profissional, articulando teoria e

prática. Dessa forma, o estágio supervisionado deverá possibilitar ao aluno a

Page 396: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

395

elaboração de materiais didáticos, a seleção adequada dos mesmos e o

desenvolvimento de técnicas de ensino adequadas. Deverá ainda, nessa fase, ter

mais autonomia intelectual e didática na condução das tarefas educativas, bem

como dominar os conhecimentos gerais e específicos nas atividades com as

crianças de 0 a 10 anos de idade, nos espaços institucionais, nas creches e nas

escolas. É importante ainda encontrar espaços para pensar a prática na Educação

de Jovens e Adultos, nos processos de inclusão dos portadores de necessidades

especiais, na educação indígena e na educação do campo. A importância da

seleção e a elaboração de materiais didáticos, bem como a pesquisa exaustiva em

torno dos livros didáticos, das propostas pedagógicas das escolas e dos professores

em cada fase são imprescindíveis.

1.2 Objetivos

O estágio supervisionado é parte integrante do processo formativo,

contribuindo para que os estudantes possam atuar nas instituições de Educação

Infantil e Ensino Fundamental. Assim, tem como objetivos principais:

Possibilitar a transição da formação teórica propriamente dita à prática

profissional, transformando as atividades do cotidiano em fazeres educativos,

formativos e intencionais.

Orientar os alunos na realização de atividades planejadas, organizadas e

passíveis de serem avaliadas, visando qualificar sua ação para o exercício

profissional.

Integrar elementos teóricos e práticos da ação docente, considerando os

significados, pessoal e social dessa experiência, agregando valores,

conhecimento e outros saberes a sua formação.

Para que tais objetivos sejam alcançados as temáticas que se seguem

nortearão os trabalhos a serem desenvolvidos nesta disciplina ao longo dos quatro

anos.

1.3 Temáticas do Estágio (Conteúdos)

1ª série - Sentidos e significados do trabalho do professor educador.

2º série - A pluralidade cultural, as diversidades, as desigualdades e a educação.

3º série - Condicionantes da infância e da família no Brasil e os fundamentos da

Page 397: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

396

Educação Infantil; Artes, brinquedos, crianças e a educação nas diferentes

instituições. O processo de conhecimento e aprendizagem da criança numa

perspectiva histórico-cultural.

4º série - Ação docente e práticas pedagógicas.

1.4. Encaminhamento Metodológico

Por meio do conteúdo das diferentes áreas de ensino é que se procura

oferecer condições para que os alunos desenvolvam suas capacidades, o

pensamento autônomo, a construção da própria identidade e a consciência crítica

para que possam compreender e participar ativamente da vida social.

Optar-se-á por uma ação pedagógica que possibilite ao aluno, em contato

com ideias consagradas, formular hipóteses acerca dos fenômenos para que

estabeleça relações entre os saberes que já possuía e os novos conhecimentos que

construirá, ou ressignificará, criando assim uma rede de significados consistentes.

Acredita-se em um processo de trabalho que enfatiza a curiosidade, o

questionamento e a reflexão. Para tanto, alguns aspectos serão priorizados em

todas as disciplinas do curso, mediados pela Prática de Formação, mais

especificamente:

Desenvolver no aluno a capacidade de adquirir os conhecimentos já

elaborados pela cultura e pela ciência dando a ele condições para acessar,

selecionar e organizar tais conhecimentos;

Estimular a capacidade de produzir aprendizagens a partir de aproximações

de diferentes áreas do conhecimento;

Desenvolver a autonomia em relação à produção e aquisição de

conhecimentos a partir do exercício sistemático de meta-cognição, levando o

aluno ao autodidatismo.

Alguns procedimentos darão sustentabilidade aos objetivos propostos:

o Estudo sobre a prática educativa / reflexiva.

o Observação.

o Relato de experiências.

o Levantamento de questões.

o Debates e discussões em grupo.

o Relatórios.

Page 398: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

397

o Entrevistas.

o Palestras.

o Resenhas.

o Miniaulas.

o Registro das atividades realizadas, para sistematização em “Memorial” e

“Pastas”.

A carga horária do Estágio Curricular Supervisionado é de 200 horas/ano, nas

quais as citadas temáticas são trabalhadas. Das referidas horas, 50% são

trabalhadas de forma presencial e 50% em atividades de campo: pesquisas,

seminários, relatórios, entrevistas, preparação de oficinas, entre outras.

1.5. Avaliação

A Prática de Formação, ou estágio supervisionado, configura-se como uma

disciplina integradora, fazendo a articulação entre as disciplinas específicas da Parte

Diversificada entre si e com as disciplinas da Base Nacional Comum. Dentro das

suas características especiais, o Estágio Supervisionado irá efetivar a inserção de

alunos e professores na realidade educacional de Educação Infantil e séries iniciais

do Ensino Fundamental, da Escola Pública, fazendo com que as experiências

retomem o núcleo de reflexão teórica das outras disciplinas, abrangendo a

observação e análise de diferentes tipos e formas de educação escolar, até o

assumir de projetos específicos, encargos docentes e outras formas de atuação

pedagógica na instituição escolar. Funciona ainda como ponto de contato entre a

Escola Normal de Ensino Médio e a Escola de Ensino Fundamental de modo a

permitir que, a observação e análise do trabalho pedagógico dessas instituições,

possam reverter em aprimoramento dessa prática e aprofundamento das questões

ligadas aos conteúdos do Curso Normal. A reflexão sobre o trabalho pedagógico,

sua análise e interpretação constroem a teoria, que retorna à prática para esclarecê-

la e aperfeiçoá-la.

Portanto, a avaliação do Estágio Supervisionado é concebida como um

processo contínuo e como parte integrante do trabalho educativo. Nesse sentido a

avaliação está presente em todas as fases do planejamento e da execução do

currículo, como elemento essencial para análise do desempenho tanto do aluno

quanto da escola. A avaliação é entendida ainda, como um processo participativo em

que o grupo envolvido não só julga a prática pedagógica em seus diversos níveis,

Page 399: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

398

como também busca, criticamente, alternativas para a modificação de sua prática,

na tentativa de superar os problemas encontrados.

A descentralização do processo de avaliação se concretiza quando se

considera que as decisões serão tomadas pelos participantes envolvidos em todos

os níveis, ou seja, desde o nível da aprendizagem do aluno, em relação às diversas

disciplinas, até a avaliação do currículo como um todo.

As decisões tomadas pelos participantes quanto ao processo de

acompanhamento serão devidamente registradas anulando a caracterização de

atividade terminal do curso para constituir-se num projeto coletivo onde a

participação dos professores do curso torna-se imprescindível, já que a prática

pedagógica deve ser entendida numa visão de totalidade.

A Prática de Formação será avaliada de forma descritiva, acumulando-se

dados sobre a aprendizagem do aluno ao longo do processo educativo, com nota

que expresse o processo de crescimento do aluno em direção a sua

profissionalização, recebendo atenção especial e contínua por parte do professor

que deverá remeter-se sempre aos objetivos eleitos no planejamento, tendo uma

função diagnóstica do processo de ensino e de aprendizagem.

Desta forma, a avaliação deve:

o Caracterizar-se como um processo, pois cada instrumento de medida utilizado

está referenciado a um sistema mais amplo;

o Possibilitar uma nova tomada de decisão, que não deve ser estática e

classificatória;

o Julgar quanto o aluno assimilou do conteúdo trabalhado e quanto incorporou

das habilidades previstas para serem desenvolvidas e/ou vivenciadas;

o Refletir não apenas um lado do processo, mas suas limitações, o progresso,

verificando a aprendizagem a partir dos mínimos necessários que devem ser

apreendidos pelo aluno (mínimo necessário de aprendizagem em todas as

condutas que são indispensáveis para se viver e se exercer a cidadania), bem

como a capacidade de deter informações, estudar, pensar, refletir e dirigir as

ações com adequação e saber;

o Avaliar a adequação das escolhas feitas no exercício da docência, à luz do

processo constitutivo da identidade cidadã de todos os integrantes da

comunidade escolar, das diretrizes curriculares nacionais de educação básica

e das regras da convivência democrática;

Page 400: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

399

o Programar o estágio como processo coletivo;

o Organizar os relatórios em grupo e individual;

o Refletir sobre o trabalho realizado e o desempenho do estagiário;

A avaliação ainda pontuará para a assiduidade; pontualidade;

responsabilidade; iniciativa; participação e envolvimento; ética profissional;

relacionamento; organização; adequação teórico-prática.

A avaliação final será por meio do “Memorial” e “Pasta” nos quais se

apresenta, de forma sistemática, as atividades desenvolvidas no decorrer do

Estágio. O Memorial é trabalhado pelos professores desde o início do ano.

1.6. Referências Bibliográficas

CUNHA, Luis Antonio. Educação e desenvolvimento social no Brasil. Rio de

Janeiro: Francisco Alves, 1988.

FRIGOTTO, Gaudêncio. O enfoque da dialética materialista histórica na

pesquisa educacional. In: FAZENDA, I. Metodologia da pesquisa educacional. São

Paulo: Cortez, 2001.

_______. Educação e crise no trabalho: perspectivas de final de século.

Petrópolis: Vozes, 1998.

PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos

Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.

_______. Proposta para o Estágio Supervisionado - Projeto de avaliação da

proposta curricular da habilitação magistério. Curitiba, 1989.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: unidade teoria

e prática? São Paulo: Cortez, 1994.

SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica.

Campinas-SP: Autores Associados, 1980

_______. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. 2ª ed. São Paulo:

Cortez, 1991.

_______. Escola e Democracia. Campinas – SP: Autores Associados, 1992.

Page 401: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

400

1. LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS

Uma lição para a vida inteira: ''Tratar igualmente

o igual e desigualmente o desigual'' (Aristóteles )

Série

Número de aulas

semanais 4ª 2

1.1 Apresentação da Disciplina

Levando em consideração a diferença linguística do Surdo, faz – se

necessário oferecer uma formação metodológica que prepare os alunos para o

exercício da prática docentes conhecendo as peculiaridades desse grupo de

pessoas. Levando os a conhecer as Legislações específicas, fruto de movimentos

de lutas e resistência ao ouvintismo, respeitando a condição Bilíngue dos Surdos,

proporcionando aos futuros docentes o aprendizado daLibras, para que o Surdo

tenha maior acessibilidade na escola e na sociedade, fazendo que a inclusão

aconteça de forma efetiva. Portanto a disciplina de Libras vem como uma

ferramenta de capacitação de futuros professores, trabalhando para o

aperfeiçoamento do processo de inclusão, facilitando a interação, aluno-professor

levando a reconhecer as diferentes aquisições linguísticas.

1.2 Objetivos da disciplina

Difundir a Língua Brasileira de Sinais - Libras, fomentando o respeito aos

cidadãos com deficiência auditiva severa ou surdos;

Esclarecer os mitos construídos socialmente acerca da língua de sinais

ensino Fundamental das Séries Iniciais.

Despertar a consciência dos futuros educadores da Educação Infantil e Séries

Iniciais para a necessidade de promover a acessibilidade e o aprendizado dos

alunos com deficiência auditiva severa ou surdos;

Viabilizar os conhecimentos necessários para a tradução e interpretação de

Page 402: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

401

LIBRAS – de forma a garantir a interação do alunos com deficiência auditiva

severa ou surdos.

1.3 CONTEÚDOS

1. Legislações específicas para o ensino da LIBRAS

- Lei nº 10.436/02;

Decreto N° 5.626/05, que regulamenta a Lei nº 10.436/02

2. Fundamentos Históricos da Educação de Surdos

- A contextualização histórica da educação dos Surdos

- A iniciação formal da educação dos Surdos

- O oralismo e a medicalização da surdez

3. Os Movimentos Surdos e a resistência ao ouvintismo

- A organização política do movimento Surdo

- Movimentos sociais e políticas públicas da educação de Surdos no Brasil

4. Surdez e Linguagens

- Aspectos linguísticos e culturais da Língua Brasileira de Sinais

- A família e o desenvolvimento da linguagem

5. Educação Bilíngue para Surdos

- Bilinguísmo nos processos de ensino e aprendizagem do estudante Surdo

- A LIBRAS e sua importância no contexto do aluno Surdo (identidades e cultura)

Page 403: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

402

6. A acessibilidade e o aprendizado em LIBRAS

- Inclusão social e educação de Surdos (Lei nº 10.098/00, art. 2º, inciso I)

- Práticas de leitura em LIBRAS

- A escrita do aluno Surdo

- Introdução a LIBRAS:

- Características da língua, seu uso e variações regionais

- O alfabeto em LIBRAS

- Noções básicas de LIBRAS: configurações de mão, movimento, orientação da mão, expressões não manuais, números

- Expressões socioculturais positivas: cumprimento, agradecimento, desculpas

- Expressões socioculturais negativas: desagrado, verbos e pronomes, noções de tempo e horas

- Prática introdutória em LIBRAS: Diálogo e conversação com frases simples e expressão viso-espacial

1.4 Encaminhamento Metodológico

As aulas de Língua Portuguesapriorizarão as práticas discursivas (oralidade,

escrita e leitura) considerando-as dentro de um processo dinâmico e histórico dos

agentes na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, que ocorre

nas relações sociais, políticas, econômicas, culturais, entre outros, quanto dos

sujeitos envolvidos nesse processo. Pensar o ensino-aprendizagem de Língua

Portuguesa, tendo como foco essa concepção de linguagem, implica em [...] saber

avaliar as relações entre as atividades de falar, de ler e de escrever, todas elas

práticas discursivas [...] configurada em cada espaço em que seja posta como objeto

de reflexão [...] (NEVES, 2003, p.89)

Nesse sentido, é preciso que a escola seja um espaço que promova, por meio de

uma gama de textos com diferentes funções sociais, o letramento do aluno, para que

ele se envolva nas práticas de uso da língua – sejam pela oralidade, leitura e escrita.

Page 404: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

403

1.5 Critérios de Avaliação

Uma concepção de linguagem e de ensino de Língua Portuguesa com uso de

práticas metodológicas pautadas na dialogicidade implica na proposição de critérios

e instrumentos de avaliação coerentes e dialógicos.

A avaliação mais condizente com os fundamentos da presente proposta é

aquela que se dá contínua e acumulativamente. Essa perspectiva de avaliação

rompe com o formalismo das rotinas escolares que prescreve provas escritas não

reflexivas com fim em si mesmas e propõe, então, uma clara articulação entre

objetivos, práticas metodológicas e instrumentos; articulação essa que deve estar

clara para o professor e para o aluno, também para o conjunto da turma, uma vez

que uma das metas dessa ação pedagógica é viabilizar a autonomia de quem

aprende garantida, entre outros fatores, pela interiorização de princípios de

monitoração das próprias ações e partilha coletiva de informações. Nesse sentido, a

avaliação deve ter uma clara função formativa. As atividades avaliativas devem ser

tomadas como uma possibilidade de ampliar a reflexão sobre o processo de ensino

e seus resultados, não só para verificar quantificar o desempenho/aprendizagem do

aluno, mas principalmente para verificar o rendimento das práticas docentes, ou

seja, do ensino. Nesse sentido, a avaliação deve subsidiar o professor para

eventuais ajustes na programação e no encaminhamento metodológico de alguns

conteúdos propostos ou práticas.

O cumprimento do calendário escolar e agendamento prévio de algumas

situações de avaliação não ferem o conceito de avaliação que acabamos de

delinear, desde que as práticas avaliativas priorizem a leitura reflexiva e resolução

de questões de compreensão e/ou de análise e reflexão da língua, bem como a

produção escrita.

Em síntese, a avaliação será diagnóstica, formativa e somativa, priorizará a

qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo

do ano letivo, considerando a capacidade de observar, interpretar o conteúdo

estudado através de comparações com a realidade, estabelecendo relações e

criando, a partir da teoria, alternativas de soluções para sua prática cotidiana.

1.5.1 Critérios e Instrumentos de Avaliação

Page 405: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

404

A prática de leitura será avaliada sob a ótica das Diretrizes Curriculares

Estaduais (DCEs) como ato concreto, diálogo entre leitor e obra sendo consideradas

para isso dissertações orais e escritas sobre os gêneros lidos. As práticas de escrita

permanecerão em todo o processo de ensino-aprendizagem com produções que

considerem a evolução do aluno e seu domínio dos recursos que compõem forma e

conteúdo.

Seguindo a orientação de Irandé Antunes (2005) e a teoria bakhtiniana para a

avaliação do tripé oralidade, leitura e escrita, será oportunizado momentos de

dialogicidade para que o aluno posicione-se como co-autor do que fala, lê e escreve.

Instrumentos: leitura de textos diversos nos diferentes gêneros discursivos,

produção textual; provas subjetivas e objetivas; trabalhos de pesquisa, estudo

dirigido, seminários, debates, apresentação de trabalhos atividades com recursos

midiáticos, atividades diversas (individual e/ou em grupo); projetos interdisciplinares.

1.5.2 Estudos de recuperação

Para os alunos de baixo rendimento serão proporcionados estudos de

recuperação paralela através de atividades extraclasse: leituras, resumos,

produções, interpretações, exercícios linguísticos, explicações sobre os acertos e

erros das provas e atividades, reelaboração das atividades e reescrita de textos,

com reavaliação do desempenho.

1.6 Referências Bibliográficas

AGUIAR, Vera Teixeira. Literatura: a formação do leitor: Alternativas metodológicas.

Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.

ANDRADE, Oswald de. O santeiro do mangue e outros poemas. São Paulo:

Globo/Secretaria de Estado da Cultura, 1991.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

BARTHES, Roland. Aula. In: Aula: aula inaugural da cadeira de Semiologia

Literária do Colégio de França. São Paulo: Cultrix, 2004.

BASTOS, Neusa Barbosa; CASAGRANDE, Nancy dos Santos. Ensino de língua e

portuguesa e políticas lingüísticas: século XVI e XVII. In: BASTOS, Neusa

Barbosa (org). Língua portuguesa – uma visão em mosaico. São Paulo: Educ,

2002.

BRASIL/MEC/SEMTEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio.

Page 406: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

405

Brasília, 1999.

CASTRO, Gilberto de; FARACO, Carlos Alberto. Por uma teoria lingüística que

fundamente o ensino de língua materna (ou de como apenas um pouquinho de

gramática nem sempre é bom). In: UFPR, Educar em Revista, vol 15.

CIAVATTA, M.; FRIGOTTO, G. Ensino médio: ciência, cultura e trabalho. Brasília:

MEC/SEMTEC, 2004.

COUTINHO, A. (org.). A leitura no Brasil. 6V. Rio de Janeiro: Sulamericana, São

Paulo, 1969.

DOMINGUES, D. (org.). A arte no século XXI. A humanização das tecnologias. São

Paulo: Unesp, 1997.

FARACO, Carlos Alberto. Área de linguagem: algumas contribuições para sua

organização. In: KUENZER, Acácia. (org.).

FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura, ensino médio, 1ª - 2ª - 3ª

série, Curitiba: Base, 2005.

FIORIN, Luiz José; SAVIOLI, Francisco. Platão – lições de texto: leitura e redação.

2ª, Salvador: Ática, 1990.

FIORIN, Luiz José & PLATÃO. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo:

Ática, 1990.

FIORIN, Luiz José & PLATÃO. Lições de texto. São Paulo: Ática, 1990.

GALLO, Silvio. Deslocamento 3, rizoma e educação. In: Deluze e a Educação.

Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

GUATTARI, Félix. Mil platôs – capitalismo e esquizofrenia. Trad. GUERRA NETO,

Aurélio; COSTA, Célia Pinto. Rio de Janeiro: editora 34, 1995.

GERALDI, J. W. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto: curso prático de leitura e redação. São Paulo:

Scipione, 1998.

KUENZER, A. (Org.) Ensino Médio: construindo uma propostapara os que vivem

do trabalho São Paulo: Cortez, 2000.

MAIA, João Domingues. Leitura: textos & técnicas. São Paulo: Ática, 1995.

MESERANI, Samir. Redação escolar: criatividade. São Paulo: Ática, 1995.

MOREIRA, Lucinéia de Souza Gomes. Leitura e suas práticas: um estudo junto a

professores e alunos de um curso de Ensino Médio para a formação de professores.

2007. 192 p. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de

Londrina.

Page 407: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

406

NEVES, M. H. M. Que gramática estudar na escola? Norma e uso na Língua

Portuguesa. São Paulo: Contexto, 2003.

OSAKABE, Haquira; FREDERICO, Enid Yatsuda. PCNEM – literatura. Análise

crítica. In: MEC/SEB/Departamento de Políticas de Ensino Médio. Orientações

curriculares do ensino médio. Brasília, 2004.

PARANÁ/SEED. Vários Autores. Livro Didático Público - Língua Portuguesa e

Literatura – Ensino . Curitiba, 2006.

_______. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Ensino Médio.

Curitiba, 2005.

_______. Reformulação curricular do curso de formação de docentes da

educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental, em nível médio.

Curitiba, 2003.

_______. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Curitiba, 2005.

_______. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Médio.

Curitiba, 2006.

_______. Cadernos temáticos: inserção dos conteúdos de história e cultura afro-

brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba, 2005.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006.

PEREIRA, Gil Carlos. A palavra: expressão e criatividade. São Paulo: Moderna,

1997.

PIVOVAR, Altair. Leitura e escrita: a captura de um objeto de ensino. Curitiba:

Dissertação (mestrado em lingüística). Universidade Federal do Paraná.

SARMENTO, Leila Sauar. Oficina de Redação. São Paulo: Moderna, 1997.

VENTURELLI, Paulo. A leitura do literário como prática política. In: Letras.

Curitiba: UFPR, 2002.

Page 408: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

407

1. TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

"A ação consciente, competente e crítica do educador

é que transforma o trabalho pedagógico.”

José Cerchi Fusari

Série

Número de aulas

semanais

1ª 2

2ª 2

1.1 Apresentação da Disciplina

O currículo, que serve de suporte para a organização do trabalho pedagógico

na Educação Infantil, manifesta-se concretamente através das atividades planejadas

pelos educadores e oferecidas às crianças. No planejamento, o educador expressa

os objetivos de sua prática educativa, os métodos utilizados e a modalidade de

avaliação adotada. Segundo Ostetto (2000, p. 175-200), os modelos mais comuns

de planejamento adotados nas instituições de Educação Infantil brasileiras são:

listagem de atividades, datas comemorativas e ações que privilegiem o

desenvolvimento psicomotor, afetivo, cognitivo e social, muitas vezes viabilizados

através de projetos, ou simplesmente, ações conjuntas previstas no planejamento de

ensino.

No trabalho pedagógico na educação infantil considera-se o contexto sócio

histórico da criança bem como suas práticas sociais que subsidiaram seu

desenvolvimento sem que variações de ritmo de aprendizagem sejam vistas como

"atrasos" ou "deficiências".

Para muitos pesquisadores, a exemplo de Devires e Zan (1998), a

organização do espaço pedagógico pode ser descrita pelas atividades de rotina:

hora da roda, hora da atividade, artes plásticas, hora da história, hora da brincadeira,

hora do lanche/higiene, atividades físicas/parque, atividades extraclasse, entre

Page 409: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

408

outras. Segundo as autoras a rotina é um elemento importante da Educação Infantil,

por proporcionar criança sentimentos de estabilidade e segurança. Também

proporciona maior facilidade de organização espaço-temporal, evitando o estresse

que uma rotina desestruturada pode causar. Entretanto, a rotina não precisa ser

rígida causando o engessamento da criatividade, pelo contrário pode ser rica, alegre

e prazerosa, proporcionando espaço para a construção diária do projeto político-

pedagógico da instituição de Educação Infantil (BATISTA, 2001).

Em síntese, esta disciplina analisará formas de organização do espaço

pedagógico, bem como apontará possibilidades de novas formas de organização

pautadas em uma postura de respeito à criança, ao seu ritmo de desenvolvimento, à

sua origem social e cultural, às suas relações e vínculos afetivos, à sua expressão

(plástica, oral, escrita, em todos os tipos de linguagem), às suas ideias, desejos e

expectativas, tendo em vista o efetivo letramento da mesma.

1.2 Objetivos

Conhecer as principais características da criança de 0 a 5 anos como

destinatária da Educação Infantil.

Analisar aspectos relevantes da organização do trabalho pedagógico na

Educação Infantil com enfoque no processo de desenvolvimento da criança.

Refletir continuamente sobre temas acerca da Educação Infantil com literatura

oficial pertinente.

1.3 Conteúdos

1ª SÉRIE

Fundamentos e objetivos da disciplina

Processo de desenvolvimento da criança de 0 a 5 anos nos aspectos biopsicossocial

e afetivo

Interação social na Educação Infantil (adulto/criança e criança/criança)

Concepções de tempo e espaço nas instituições de Educação Infantil

O jogo, o brinquedo e a brincadeira na Educação Infantil

Estimulação como fator de aprendizagem

Page 410: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

409

O processo de desenvolvimento da linguagem da criança

Relações entre família e instituição de Educação Infantil

Métodos pedagógicos na Educação Infantil

Tendência romântica: Froebel, Decroly e Montessori

Tendência cognitiva: J. Piaget e Wallon

Tendência crítica: Celestine Freinet

Trabalho da Educação Infantil nas creches

A realidade das creches no Brasil

O profissional das creches

2ª SÉRIE

Fundamentos e objetivos da disciplina

Políticas Públicas da Educação Infantil

Ampliação do Ensino Fundamental para nove anos no Estado do Paraná

A Educação Infantil, as novas definições e a legislação

O financiamento da Educação Infantil e suas implicações para organização do

trabalho pedagógico

Situação da Educação Infantil no Paraná

Relações entre o Público e o Privado

O currículo da Educação Infantil

Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - RCNEI

Currículo Básico

Proposta Pedagógica

Planejamento

Avaliação

A Educação Infantil e a diversidade

Gestão democrática

A autonomia da criança

Declaração de Salamanca

Educação Inclusiva (objetivos)

O trabalho de Inclusão

O profissional de Educação Infantil

Page 411: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

410

1.4 Encaminhamento Metodológico

Apresentando uma nova perspectiva para Educação Infantil o

encaminhamento metodológico propõe-se à efetivação da aprendizagem através de

práticas interdisciplinares tendo em vista a participação e exercício da cidadania.

O ponto de partida será a prática social do aluno, atendendo o ritmo e as

possibilidades de cada um no grupo, priorizando:

Reflexão crítica, valorizando o conhecimento prévio do aluno, integrando a

teoria e a prática.

Proposição de desafios e conflitos cognitivos que estimulem a consciência

crítica de cada um.

Realização de seminários e oficinas sobre conteúdos referentes à Educação

Infantil.

Produção de textos, leitura de textos informativos e vídeos (jornais, livros,

revistas, relatórios, filmes, entre outros).

1.5 Avaliação

Partimos do pressuposto de que verificar não é avaliar, pois o ato de verificar

consiste simplesmente em coletar informações, enquanto a ação avaliativa é mais

subjetiva, haja vista que compreende coleta, análise e síntese dos dados, acrescida

de atribuição de valor. Importante registrar que, por ser um processo contínuo,

deverá conduzir a retomada de caminhos, se necessário. Desta forma, o professor

utilizar-se-á do resultado da avaliação não apenas para aferir notas, mas para

readequação no planejamento, adotando estratégias e procedimentos diversificados,

visando superar as lacunas diagnosticadas.

Evidenciamos que a expressão escrita (provas) é o instrumento mais utilizado

no processo avaliativo. Todavia, há que se considerar que apenas um instrumento

não é capaz de identificar o conhecimento adquirido pelo aluno, por isso o professor

deverá propiciar diversificadas oportunidades para que o aluno expresse seu

conhecimento. A avaliação será, portanto, diagnóstica, formativa e somativa,

acontecendo em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, por

meio de apresentação de trabalhos e miniaulas, produção de materiais, exposições

e seminários, provas objetivas com questões dissertativas ou em forma de teste,

Page 412: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

411

aula do erro, além da auto avaliação. A recuperação de estudos também permeará o

processo, no sentido do resgate de conteúdos que não foram devidamente

apropriados. A reavaliação é outra oportunidade que é ofertada no término do

período letivo.

No processo avaliativo os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os

quantitativos. Contudo, devido à exigência do sistema educacional, haverá aferição

de notas ao final de cada semestre.

1.6 Referências Bibliográficas

AMORIM, Marília (Org.) Atirei o Pau no Gato: A Pré-Escola em Serviço. 7ªed. São

Paulo: Brasiliense, 1994.

Artigos de Jornais e Revistas.

BRASIL, MEC. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. 1998.

DAVIS, Cláudia e OLIVEIRA, Zilma de Moraes. Psicologia Educacional. São Paulo:

Cortez. 2002.

DROWET, Ruth Caribe da Rocha. Fundamentos da Educação Pré-Escolar.

GARCIA, Regina Leite (Org.) Revisitando a Pré-Escola. 2ª ed. São Paulo: Cortez,

1993.

KRAMER, Sonia (coordenadora). Com a pré-escola nas mãos. Uma alternativa

curricular para a educação infantil. São Paulo, Ática, 1989.

MACHADO, Maria Lúcia de A. (Org.) Encontros e Desencontros em Educação

Infantil. São Paulo: Cortez, 2002.

OSTETTO, Luciana Esmeralda. Planejamento na Educação Infantil: mais que a

atividade, a criança em foco. In: Encontros e encantamentos na educação

infantil. Campinas, Papirus, 2000.

PARANÁ/SEED. Educação Profissional na Rede Pública Estadual: Fundamentos

Políticos e Pedagógicos – Versão Preliminar. Curitiba, 2005.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,

na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

Proposta Pedagógica do Colégio Estadual Cristo Rei. 2000.

Revista Veja – Especial Criança. 2002.

SEBER, Glória Maria. Psicologia da Pré-Escola – Uma visão construtiva. São

Page 413: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

412

Paulo: Moderna, 1995.

1. METODOLOGIA DE ALFABETIZAÇÃO

A criança constrói seu sistema interativo, pensa, raciocina e inventa buscando compreender esse objeto social complexo que é a escrita.

Emília Ferreiro

Série Número de aulas semanais

3ª 2

1.1 Apresentação da Disciplina

Diante das novas perspectivas e desafios educacionais que envolvem a

alfabetização para crianças, jovens e adultos, das novas tecnologias, da educação

inclusiva, do ensino básico de nove anos, os profissionais ligados à área de ensino e

de apoio escolar devem ter a possibilidade de ampliar e aprofundar seus

conhecimentos sobre o desenvolvimento humano, na perspectiva do que se

denomina Letramento, envolvendo-se em estudos de aspectos teóricos e

metodológicos do ensino da leitura e da escrita, com vistas a uma intervenção

consciente e fundamentada, que conduza à aprendizagem de todos e de cada um.

Partindo-se do pressuposto que o domínio gráfico configura-se como parte de

um processo mais amplo é que o futuro professor precisa conceber a leitura e a

escrita como atividades sociais significativas, sustentando-se por conseguinte em

atividades pedagógicas que envolvam o uso da língua em situações reais, através

de textos significativos e contextualizados.

Para a disciplina de Metodologia de Alfabetização há de se considerar ainda

outro aspecto importante: o de preparar o aluno do Curso Formação de Docentes

para explicar fatos da linguagem para a criança, enquanto aprendente principiante

Page 414: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

413

das séries iniciais. Desta forma ênfase será dada aos métodos de alfabetização e

estratégias de leitura e escrita que contribuam para o processo de letramento.

1.2 Objetivos

- Possibilitar aos alunos do Curso Formação de Docentes o domínio dos conteúdos

necessários para entenderem e executarem o processo de alfabetização.

- Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de

significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.

- Considerar a Alfabetização como fonte de legitimação de acordos e condutas

sociais bem como de representação simbólica de experiências humanas

manifestadas nas formas de sentir, pensar e agir da vida social.

- Analisar, à luz de referencial teórico pertinente, as hipóteses a respeito da leitura e

da escrita para que o aspecto cognitivo de cada aluno seja desafiado.

1.3 Conteúdos

3ª SÉRIE

Concepção de língua e linguagem

A escrita e sua história

Conceito histórico de alfabetização

Evolução das concepções do processo de alfabetização

Métodos de alfabetização

Vocabulário infantil, pensamento e linguagem

Aquisição da linguagem oral e escrita

Proposta Pedagógica para a alfabetização

Análise do Currículo Básico e RCNEI

Principais destaques dos programas de alfabetização.

Programas de alfabetização para jovens e adultos.

1.4 . Encaminhamento Metodológico

A disciplina de Metodologia de Alfabetização terá como pressupostos teóricos

metodológicos a concepção dialética, numa visão histórico-crítica estabelecendo

relações de forma interdisciplinar com as demais disciplinas. Na práxis a ênfase se

Page 415: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

414

dá por meio da contextualização, da história da escrita, sua importância para a

humanidade e a aplicabilidade conforme os documentos escolares. Para que a

criança se insira de forma plena no mundo da escrita, é fundamental que a

alfabetização e letramento sejam processos simultâneos e indissociáveis lançando

mão de diferentes metodologias para a aprendizagem inicial da língua escrita. Para

tanto, serão utilizados recursos metodológicos diversificados: exposição de

conteúdo, reflexões e discussões; leitura de textos, pesquisas bibliográficas, vídeos,

seminários, trabalhos em grupo, exposição oral de trabalhos, pesquisas, confecção

de materiais pedagógicos e a consolidação de uma práxis.

A Metodologia utilizada para o ensino de Alfabetização levará em consideração

os três grandes eixos:

compreensão da função social da leitura e da escrita;

aquisição da leitura e da escrita;

domínio do sistema gráfico.

Em síntese, para que o educando construa e compreenda esse conhecimento

é preciso proporcionar a ele oportunidades de expressar seus pensamentos e

processos de construção do conhecimento; para isso, serão utilizadas várias

estratégias como debates, grupos de estudo, aula expositiva, pesquisas de

diferentes naturezas, mesa redonda, oficinas de leitura e escrita em espaço criado

especialmente para este fim (sala de alfabetização e letramento).

1.5 Avaliação

Quanto à avaliação na Metodologia da Alfabetização, é imprescindível que

esta seja um processo de aprendizagem contínua, processual, diagnóstica

priorizando os aspectos qualitativos, utilizando-se de instrumentos e critérios

diversificados como: a observação diária, a intervenção do professor num contínuo

processo de ação-reflexão-ação favorecendo a aprendizagem dos alunos. A

avaliação escolar, portanto deve ser entendida como um dos processos de

aprendizagem, que permite ao professor e a escola, no seu conjunto, analisar os

resultados de sua prática pedagógica e rever procedimentos para atingir objetivos a

que se propõe em seu Projeto Político-pedagógico, Proposta Pedagógica Curricular

e Regimento Escola.

O cumprimento do calendário escolar e agendamento prévio de algumas

Page 416: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

415

situações de avaliação não ferem o conceito de avaliação que acabamos de

delinear, desde que as práticas avaliativas priorizem a leitura reflexiva e resolução

de questões de compreensão e/ou de análise e reflexão da língua, bem como a

produção escrita.

Em síntese, a avaliação será diagnóstica, formativa e somativa, priorizará a

qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo

do ano letivo, considerando a capacidade de observar, interpretar o conteúdo

estudado através de comparações com a realidade, estabelecendo relações e

criando, a partir da teoria, alternativas de soluções para sua prática cotidiana.

1.6 .Referências Bibliográficas

BETTELHEIM, B.; ZELAN, K. Psicanálise da alfabetização. Porto Alegre: Artes

Médicas, 1984.

BRAGGIO, S. L. B. Leitura e alfabetização: da concepção mecanicista

sociopsicolinguística. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.

CAGLIARI, L. C. Alfabetização e linguística. São Paulo: Scipione, 1995.

CAGLIARI, L. C. Alfabetizando sem o bá – bé- bi - bo – bu. São Paulo: Scipione,

1997.

COLOMER, T.; AMPS, A. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Porto Alegre:

Artmed, 2002.

FERREIRO, E. Reflexões sobre a alfabetização. São Paulo: Cortez, 1992.

FRANCHI, E. P. Pedagogia da alfabetização: da oralidade à escrita. São Paulo:

Cortez, 1995.

GRAFF, H. J. Os labirintos da alfabetização: reflexões sobre o passado e o

presente na alfabetização. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

JOLIBERT, J. et al. Formando crianças leitoras. Porto Alegre: Artes Médicas: 1994.

KLEIN, L. R. Alfabetização: quem tem medo de ensinar? São Paulo: Cortez,

1996.

KATO, M. O aprendizado da leitura. São Paulo: Martins Fontes, 1990.

KRAMER, S.; OSWALD, M. L. Didática da Linguagem: Ensinar a Ensinar ou Ler e

Escrever? São Paulo: Papirus, 2001.

MASSINI, C. G.; CAGLIARI, L. C. Diante das letras: a escrita na alfabetização. São

Paulo: Mercado das Letras, 2001.

MORTATTI, M. do R. L. Os sentidos da alfabetização. São Paulo: Editora Unesp:

Comped, 2000.

ROJO, R. Alfabetização e letramento. São Paulo: Mercado das Letras, 1998. SMOLKA, A. L. B. A criança na fase inicial da escrita: alfabetização como

processo discursivo. São Paulo: Unicamp, 1988. SOARES, M. B. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2013. VYGOTSKY, L. S. Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

Page 417: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

416

1.3.3 Dados Gerais Do Curso

O referido curso funciona atualmente no período vespertino, a última turma

do período noturno teve sua conclusão no ano de 2013. As aulas são de 50 minutos,

perfazendo uma carga horária ao final dos quatro anos de 4800 h/a distribuídas, em

200 dias letivos/ano na modalidade presencial. O módulo do curso é cumprido em 40

semanas. A carga horária destinada aos estágios supervisionados (práticas de

docência) é cumprida em contra turno, bem como 40 (quarenta) horas de

complementação de carga horária/anualmente.

O curso, pelo seu formato estrutural (matriz curricular, carga horária, estágios)

e pela metodologia utilizada (baseada no construto de Saviani e Gasparin), busca

propiciar ao aluno uma formação sócio-política-cultural que o habilite a exercer, com

êxito, a função docente nas séries iniciais do Ensino Fundamental.

As atividades escolares propostas consolidam-se por meio do resgate de

valores éticos, como a integridade, liberdade, responsabilidade, respeito,

compromissocom o próximo e exercício dos deveres e direitos, aliados à aquisição

dos conhecimentos historicamente acumulados.

O desenvolvimento destas atividades escolares tem como principais objetivos:

Tornar a escola um espaço de formação e informação;

Desenvolver no aluno o domínio de habilidades necessárias para a

compreensão e transformação da realidade, por meio da participação nas

relações culturais, políticas e sociais;

Possibilitar ao aluno uma experiência escolar coerente e bem sucedida,

favorecendo seu êxito no exercício do magistério pela compreensão de referenciais

teóricos que nortearão sua prática docente.

Neste sentido, o processo de escolarização dos futuros profissionais da

educação adquire um novo significado social e cultural, claramente expresso nos

princípios e fins da educação nacional, que estão inscritos nos termos da Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, onde o educador compreende

que os conhecimentos não podem ser simplesmente transferidos. Ensinar a

aprender e, aprender para ensinar é sempre um ato único e criativo. Exige um

esforço de construção e ressignificação através de uma atividade que é,

simultaneamente, teórica e prática, individual e coletiva.

Page 418: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

417

14. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

14.1 Avaliação Institucional

A avaliação Institucional, sob a perspectiva democrática, é o processo que

busca avaliar a instituição de ensino de forma global, contemplando os vários

elementos que a constituem, em função de seu Projeto Político-

Pedagógico/Proposta Pedagógica, a partir da participação e reflexão coletiva, afim

de diagnosticar a realidade institucional e orientar a tomada de decisões.

. A avaliação institucional, a Avaliação Institucional ocorrerá anualmente por

meio de mecanismos criados pela instituição de ensino e/ou pela SEED,

preferencialmente no final do ano letivo, prevendo-se a análise crítica de resultados

e do processo de gestão em todas as etapas hierárquicas da instituição e

subsidiará a organização do Plano de Ação da instituição de ensino no ano

subsequente.

A partir de discussões travadas nas formações continuadas e reuniões

pedagógicas o quadro de ações foi delineado a partir das fragilidades detectadas e

dos avanços já conquistados.

TÓPICO

ANALISADO

FRAGILIDADES

AÇÕES PROPOSTAS

PERÍODO

RESPONŚAVEL

Projeto Político Pedagógico

Pouco envolvimento de alguns professores em sua real execução Rendimento insuficiente Evasão e repetência Forte influência da pedagogia tradicional

Ampliar as discussões acerca do PPP para maior envolvimento dos professores; Implantar monitoria

Projeto que incentive acesso à permanência do aluno na escola Promover estudos sobre os novos paradigmas da educação

Ano todo Ano todo Ano todo Reuniões pedagógicas

Direção Equipe Pedagógica Equipe Pedagógica Tutores Alunos Equipe Pedagógica Marilda Torres – Projeto PDE Direção Equipe Pedagógica

Page 419: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

418

Projeto social

Montar projetos sociais em parceria com as universidades e outras instituições ampliando o envolvimento da escola com a comunidade

Reuniões pedagógicas

Direção Equipe pedagógica

Regimento Escolar Descumprimento de regras do Regimento Escolar justificado pelo seu desconhecimento Avaliação Trimestral Recuperação paralela

Disponibilizar o RE e “cobrar” a leitura Rever critérios e instrumentos avaliativos; Redistribuir melhor os valores da avaliação trimestral Rever conceito de Recuperação paralela e final

Ano todo

Reuniões pedagógicas

Reuniões pedagógicas

Direção Equipe pedagógica

Direção Equipe pedagógica

Equipe pedagógica

Instâncias Colegiadas

Grêmio

Estudantil

Conselho Escolar

APMF

Incentivar ações propostas pelo grêmio Criar um cronograma de reuniões Divulgar as decisões da APMF

Momentos pontuais Bimestral Nos momentos oportunos

Equipe Pedagógica Profº responsável Direção Direção Direção APMF

Entidades Externas 1. Manter as parcerias e ampliá-las quando possível.

Ano todo Direção

Planejamento participativo

Pouco envolvimento da comunidade externa

Promover maior integração da escola e comunidade externa

Semana Pedagógica Eventos com a participação da comunidade Semana de Integração Escola/Comunidade.

Direção Direção e Equipe Pedagógica

Calendário Escolar e Hora atividade

Atestados médicos Atraso na contratação de substitutos que tiram licença

Reposição de conteúdos em contra turno, inclusive aos sábados Oferecer reposição de conteúdos

Quando necessário Quando necessário

Equipe Pedagógica

Page 420: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

419

Falta de professores por motivos justificados

Preparar atividades para a equipe pedagógica trabalhar com a turma Não havendo a reposição em 30 dias, a contar da falta, haverá desconto em folha

Quando necessário

Relação comunidade escola

Pouco envolvimento

Promover encontros, palestras de interesse comunitário

3º trimestre Semana de Integração Escola/Comunidade

Direção Direção e Equipe pedagógica

Proposta Pedagógica curricular/ Plano de Trabalho Docente

Não envolvimento de alguns professores na elaboração da proposta pedagógica e na discussão de questões pertinentes ao PTD

Incentivar o Plano Docente para assegurar maior eficiência no processo ensino aprendizagem Planejamento por disciplina, por trimestre, e, se possível, com professores de disciplinas correlatas (interdisciplinaridade)

Semana Pedagógica Planejamento Escolar

Equipe Pedagógica

Avaliação Escolar Falta de cumprimento da determinação regimental que prevê o mínimo de três avaliações e duas reavaliações Falta de compromisso de docentes com a avaliação

Maior rigor no controle das avaliações feitas pelos docentes Aplicar o regimento escolar aos docentes negligentes com o processo de avaliação

Sempre que necessário Quando necessário

Equipe Pedagógica Direção Equipe Pedagógica

Conselho de classe Ausência de docentes na participação do conselho de classe em razão de trabalhar em mais de uma escola

Fazer o conselho por turma, com a presença de alunos, professores, direção e equipe pedagógica

Reunião Trimestral com os tutores e alunos

Direção Equipe Pedagógica

Hora Atividade Dificuldade de conciliar os horários dos professores da mesma disciplina

Montar o horário buscando coincidir os horários de professores de mesma disciplina

Início do período letivo

Secretaria

Recuperação de Estudos

Indisponibilidade de tempo dos alunos do noturno

Adoção de monitoria em contra turno para os alunos com tempo disponível

Semanalmente Professor da disciplina/aluno monitor / pedagogo do turno

Page 421: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

420

Alunos trabalhadores não realizam trabalhos pedidos Falta de interesse e compromisso de alguns alunos

Conscientização do aluno para a realização de tarefas extra Aplicação de recursos tecnológicos para motivação, como TV pendrive, laboratório de informática.

Reunião Pedagógica/ Semana Pedagógica

Referencial teórico pouco voltado para a área específica do professor Exigência de participação de funcionários no mesmo grupo dos professores

Textos dirigidos por área Palestras e discussões de temas pertinentes ao trabalho dos funcionários

Início dos trimestres Direção Equipe Pedagógica

Enfrentamento à Evasão

Desinteresse do aluno, falta de motivação dos professores, inserção no universo do trabalho, gravidez, omissão da família, Feira da lua às 5ªs feiras à noite

Sensibilização dos alunos para a importância dos estudos Trabalhos para elevar a estima Conversa com os pais ou responsáveis para tomada de atitude frente aos filhos

Ano todo Direção Equipe Pedagógica

Grupos de Estudos para professores

Falta de organização dos grupos Atraso na remessa de material para leitura e discussão

Presença de liderança para conduzir os trabalhos e principalmente orientar a discussão Textos orientados mais para a prática.

Ano todo Professor Coordenador do Grupo

Grupos de Estudos para alunos

Falta de organização dos grupos

Presença de liderança para conduzir os trabalhos e principalmente orientar o estudo Convidar/designar alunos monitores

Ano todo Professor Coordenador do Grupo

PDE/GTR Falta de domínio da informática Falta de tempo para estudar (equipe pedagógica)

Treinamento para docentes Revezamento da Equipe Pedagógica para estudo

Ano todo Direção

Page 422: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

421

Atraso na disponibilidade do material para estudos

Cumprimento do calendário da SEED/PR

Produção material escrito científico

Falta de tempo para pesquisar e escrever Falta de informações gerais

Incentivar o docente a ser autor

Ano todo Equipe Pedagógica

Produção de material escrito pelos alunos

Escassez de produção de material escrito pelos alunos

Professores das diferentes disciplinas devem conhecer o formato dos diferentes gêneros discursivos para orientar a produção dos alunos: resumo, resenha, relatório, artigo de opinião, textos argumentativos, artigo científico (noções através de leituras)

Ano todo Equipe Pedagógica Todos os Professores

Incentivo à leitura Uso inadequado do livro didático como material de leitura e consulta Poucas retiradas de livros na biblioteca Falta de profissional habilitado para o trabalho em biblioteca

Uso efetivo do livro didático como material de leitura e consulta Indicar leituras do acervo Bibliográfico. Funcionamento da biblioteca nos três turnos

Ano todo Todos os Professores

Dinâmica das aulas Administração inadequada do tempo

Privilegiar quatro momentos distintos nas aulas: ouvir, falar, ler e escrever

Ano todo Todos os Professores

Projetos Específicos da Escola

Falta de sistematização das ações dos docentes e Equipe Pedagógica Desvalorização da produção intelectual dos alunos

Implantar novos projetos interdisciplinares Criar espaços e situações para divulgar a produção textual

Ano todo Direção Equipe Pedagógica Corpo Docente

Programas institucionais como: Aprofundamento da Aprendizagem (Português e

Falta de envolvimentos dos professores das áreas contempladas

Maior disponibilidade do professor em atender alunos com defasagem de aprendizagem.

Datas pontuais Direção, Equipe Pedagógica, Professores.

Page 423: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

422

Matemática); Iniciação Científica; Dança, Xadrez e Tênis; Vôlei e Futsal;

Aulas Especializadas em Treinamento Esportivo (AETE)

Falta disponibilidade de tempo dos alunos

Maior incentivo do professor na preparação de alunos para jogos.

Ano todo Direção Equipe Pedagógica, Professores.

Desafios Educacionais Contemporâneos

2

Falta de definição de metas

Criação de projetos/ações coletivas

Ano todo Direção Equipe Multidisciplinar

Educação socioambiental Agenda 21

Pouco envolvimento dos professores

Leitura de material enviado pela SEED/PR sobre Educação socioambiental disponibilizado na sala de Hora Atividade Relacionar os conteúdos das aulas com as questões ambientais Coleta de embalagens para o Programa Terracycle Mobilização para o cuidado com as carteiras e não uso de errorex

Ano todo Direção Equipe Pedagógica Alunos

Materiais e ambientes didático-pedagógicos: laboratório de ciências e de informática: TV Paulo Freire, TV multimídia

Pouco uso do laboratório de Biologia, Química e Física Não disponibilidade do laboratório de informática para os alunos Descaso pela programação da TV Paulo Freire Inadequação no uso da TV multimídia

Estimular o professor e agente de execução para o uso Treinar os professores Incentivo para a produção de material a ser mostrado na TV Paulo Freire Orientação/normatização do uso da TV multimídia

Ano todo Ano todo Ano todo Ano todo

Direção Equipe Pedagógica

Recursos financeiros da escola

Nenhuma fragilidade detectada

Plano de Aplicação dos recursos são publicados e fixados em mural da sala dos professores

Semestral Direção

Page 424: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

423

Reforma do prédio Pintura, cobertura da quadra, fiação elétrica

Solicitar à SEED/PR Início de ano Direção

PDE Alguns projetos envolvem um número reduzido de participantes, por isso não impactam a rotina da escola

Maior envolvimento do coletivo da escola durante a implementação dos projetos dos professores PDE.

Ano todo Direção Equipe Pedagógica

Professor Tutor Apresentou bons resultados

Continuar incentivando o trabalho do professor tutor como mediador no processo ensino aprendizagem e nas questões disciplinares

Ano todo Direção Equipe Pedagógica

Interdisciplinaridade Falta de diálogo entre as disciplinas

Disponibilização no site da escola o conteúdo programático das disciplinas Elaboração de projetos interdisciplinares

Ano todo Todos os professores

Diversidade/Inclusão Falta de tolerância de alguns frente à diversidade

Diagnose de alunos com necessidades especiais Reunião com os professores da turma para definir adequação curricular e metodologia (quando necessário) Reunião com os alunos para conscientização (se necessário) Fixar em sala de professores/hora atividade os nomes dos alunos portadores de necessidades especiais leves ou temporárias, para ciência do professor

Ano todo Direção Equipe Pedagógica Professores

Simulado Falta de um envolvimento maior entre os professores

Buscar alternativas para preparar alunos para o ENEM e vestibular

3º Trimestre Equipe Pedagógica Professores de todas as séries

Mostra Cultural Pouco envolvimento dos professores

Organizar mostra cultural das produções dos alunos nas diferentes disciplinas

Final do ano letivo Professores Alunos Equipe Pedagógica

CELEM

Falta de interesse dos alunos e comunidade

Estratégias diferenciadas para conseguir maior participação

Ano todo Direção Equipe pedagógica Professores

Page 425: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

424

envolvidos

Estágios obrigatórios (acadêmicos)

Congestionamento de pedidos de estágios para acadêmicos Postura inadequada de alguns acadêmicos pela falta de orientação

Exigir agendamento prévio para notificar professores das turmas que receberão os estagiários Contatar a universidade para oficializar pedido ao coordenador no sentido de orientar os acadêmicos quanto ao vestuário, postura, uso de celular, pontualidade preparo das aulas, entre outros

Ano todo

Equipe Pedagógica

Estágios obrigatórios (Formação de Docentes)

Espaço físico insuficiente para atender os alunos do vespertino

Readequar espaço físico Início do ano letivo Direção SEED/PR

Urna democrática Resistência de alguns professores/ funcionários diante das denúncias e críticas apresentadas pelos alunos

Promover discussões acerca do avanço que a urna representa

Semana Pedagógica Reuniões pedagógicas

Direção Equipe Pedagógica

Projetos Interrupção de projetos em determinados períodos por questões pontuais

Revitalizar/implementar projetos existentes: GGG Sexualidade Recepção aos novos alunos e Bota-fora das terceiras séries Vencendo os limites a partir da dança PIBIC Júnior

Ano todo Equipe Pedagógica Professores envolvidos

REFERÊNCIAS ALVES, Vera Regina Oliveira. Tendências educacionais: concepção histórico-cultural e teoria histórico-crítica. Artigo disponível em

<httpwww.cenrefeducacional.com.br> Acesso em 09 de maio de 2011. AMARAL, Maria Luíza Barbosa do; OLIVEIRA, Vera Bahl de (UEL). Compostos químicos da célula: uma abordagem histórico-crítica. Resumo apresentado no

ENPEC (2003). ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. São Paulo: Editora Moderna, 1998. Campinas, SP: Autores Associados, 2003.

CHAVES, Eduardo O. C. Tecnologia e Educação: O Futuro da Escola na Sociedade da Informação (São Paulo, 1999)

Page 426: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

425

CINFOP. CENTRO INTERDISCIPLINAR DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE

PROFESSORES. Universidade Federal do Paraná. Gestão da Escola Pública:

Caderno de Hipertextos. Curitiba, 2005.

FAZENDA, Ivan. Práticas interdisciplinares. São Paulo: Cortez, 1991.

FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.

Campinas, SP: autores Associados, 2003. GASPARIN, João Vanderlei. Metodologia Histórico-Crítica: processo dialético de construção do conhecimento escolar. Disponível em www.educação

online.pro.br/metodologia_histórico.asp. Acesso em 28 de jul.2011. GADOTTI, Moacir. Concepção dialética da educação: um estudo introdutório. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1983. GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José E. (orgs).Autonomia da escola: princípios e

propostas/ 6 ed. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2004.

JIMÉNEZ, M.R. M., Educação popular: pedagogia e dialética. Ijuí: UNIJUÍ, 1989.

L I B ÂN EO , Jo sé C . T e nd ê nc i a s p e d a g ó g i c a s na p rá t i c a s o c i a l .

I n : De mo c r a t i za çã o d a e sco l a p ú b l i ca . Sã o Pa u l o , L o yo l a , 1 9 8 5 .

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. São Paulo: 1990.

LUKÁCS, Georg. As Bases Ontológicas do Pensamento e da Atividade do Homem. In: Temas de Ciências Humanas. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. São Paulo: Livraria Editora Ciências Humanas, 1978.

MERCADO, L.P.L. A questão dos conteúdos na numa metodologia histórico-crítica. Revista EDUCAÇÃO, ano 3, número 3. Maceió/UFAL. Dezembro. 1995. p.27-39. Disponível em: http://www.cedu.ufal.br/revista. CONTINI, Maria de Lourdes Jeffery. Adolescência e psicologia: concepções, práticas e reflexões críticas. Rio de Janeiro, 2002.

PACIFICO E. M. Gestão participativa na escola pública, 2007. Disponível em: <http: www.google.com.br>.Acesso em: 03 Mar.2007. SAVELI, E. L. Leitura na escola: as representações e práticas de professoras,

Campinas, 2001. Tese Doutorado.

Page 427: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

426

SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. 36ª ed. Campinas, SP: Autores

Associados, 2003. SAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico-Crítica:primeiras aproximações. 8ª ed. Campinas. SP: Autores Associados, 2003. SEVERINO, Antônio Joaquim. Filosofia da Educação: construindo a cidadania.

São Paulo, 1994. VYGOTSKY, L. Pensamento e linguagem. 3ª ed. São Paulo: M. Fontes, 1991. ZACHARIAS, V.L.C. Centro de Referência Educacional. Disponível em http://www.cefetsp.br/edu/prp/sinergia/complemento/sinergia_2010_n1/pdf_s/segmentos/artigo_05_v11_n1.pdf

Page 428: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

427

15 ANEXOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

15.1 COMPLEMENTAÇÃO DE CARAGA HORÁRIA- VESPERTINO (anexo 1)

DATA HORÁRIO CH TURMAS OBJETIVOS CONTEÚDO DISCIPLINAS

PROFESSOR (A)

03/03/17

19:00 às 21:00 Contra turno

2h Todas - Motivar os futuros professores no exercício da profissão; - Conscientizar os (as) alunos (as) sobre a importância da figura do professor na formação humana.

- A importância do professor na sociedade; - Postura e ética do professor dentro e fora da sala de aula.

Estágio Supervisionado

Márcia Gôngora/ Sueli Gonçalves

24/03/17 19:00 às 21:00 Contra turno

2h Todas - Elevar a autoestima do aluno por meio de palestra, com ênfase na importância dos estudos. Maior dedicação e compromisso.

Importância dos estudos.

Sociologia/ Filosofia

José Henrique/ Cleyson

13/05/17 19:00 às 22:00

3h - Elaborar poesias, músicas e danças para apresentação em comemoração ao Dia as Mães.

Discurso/ Música/ Dança

Português/ Arte Educação Física

Neila/ Priscilla/ Mara Tomé

03/06/17 17:00 às 20:00

4h Todas - Preparar a Festa Junina – Organização.

Organização da Festa Junina

Arte/ Matemática

Priscilla/ Alice

10/06/17 17:00 às 23:00

6h Todas - Realizar a Festa Junina.

Dança - Quadrilha Arte/ Educação Física

Priscilla/ Mara Tomé

08/07/17 14:00 às 18:00

4h Todas - Mostrar a importância dos jogos na vida do aluno, enfatizando a importância da participação.

Jogos interclasses

Educação Física

Mara Tomé

03/10/17 19:00 às 22:00

2h Todas - Desenvolver habilidades para trabalhar a Contação de Histórias na Ed. Infantil e séries iniciais do Ens. Fundamental.

Contação de Histórias

Literatura Infan-til/ Met.E.Arte/ Português.

Jacqueline/ Jacqueline/ Neila

10/10/17 19:00 às 22:00

3h Todas - Conhecer, confeccionar e utilizar materiais concretos na Ed. Infantil e séries iniciais do Ens. Fundamental.

Confecção e utilização de material concreto de Matemática.

Metodologia do Ensino de Mat.

Keila

17/10/17 19:00 às 22:00

3h Todas Conhecer, confeccionar e utilizar materiais concretos na Ed. Infantil e séries iniciais do Ens. Fundamental.

Confecção e utilização de material concreto de Língua Portuguesa.

Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa

Jacqueline

21/10/17 18:00 às 4h Todas - Desenvolver o senso Feira de Ciências Física/ Picionni/

Page 429: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

428

22:00 científico e crítico dos alunos por meio da pesquisa científica.

(PROEMI) Biologia/ Química

Giraldeli/ Fulton

11/11/17 19:00às 23:00

4h Todas - Noite Cultural – Show de Talentos; - Conhecer os alunos talentosos e suas habilidades; - Apresentação de talentos.

Talentos descobertos na escola (PROEMI)

Arte Priscilla

18/11/17 17:00 às 20:00

3h Todas - Conhecer e aplicar as leis que regulamentam a História e Cultura Afro-Brasileira, Africana a Indígena; - Elaborar trabalhos referentes ao assunto em questão para serem apresentados no dia da Consciência Negra; - Expor os trabalhos.

História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena.

História Arte

Maria Cícera/ Regiane Perez/ Priscilla

15.2 COMPLEMENTAÇÃO DE CARGA HORÁRIA - NOTURNO (anexo 2) DATA HORÁRIO CH TURMAS OBJETIVOS CONTEÚDO DISCIPLINAS PROFESSOR (A)

25/03/17 19:00 às 21:00

2h Todas - Elevar a autoestima do aluno por meio de palestra, com ênfase na importância dos estudos. Maior dedicação e compromisso.

Importância dos estudos.

Sociologia/ Filosofia

José Henrique/ Cleyson Vanda

29/04/17 19:00 às 21:00

2h Todas - Sensibilizar os alunos quanto aso problemas causados pelo uso de drogas; - Informar sobre a importância do planejamento familiar.

Doenças sexualmente transmissíveis/planejamento familiar/uso indevido de drogas

Química/ Biologia

Fulton/ Rosiane/ Giraldeli

13/05/17 19:00 às 22:00

3h - Elaborar poesias, músicas e danças para apresentação em comemoração ao Dia as Mães.

Discurso/ Música/

Português/ Arte

Priscilla/ Verônica

03/06/17 17:00 às 20:00

4h Todas - Preparar a Festa Junina – Organização.

Organização da Festa Junina

Arte/ Matemática

Priscilla/ Alice/Roziane Sarmanho

10/06/17 17:00 às 23:00

6h Todas - Realizar a Festa Junina.

Dança - Quadrilha

Arte/ Educação Física

Priscilla/ Mauro/ Mara Tomé

Page 430: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

429

08/07/17 14:00 às 18:00

4h Todas - Mostrar a importância dos jogos na vida do aluno, enfatizan-do a importância da participação.

Jogos interclasses

Educação Física

Mara Tomé/ Mauro

21/10/17 18:00 às 22:00

4h Todas - Desenvolver o senso científico e crítico dos alunos por meio da pesquisa científica.

Feira de Ciências (PROEMI)

Física/ Biologia Química

Piccioni/ Giraldeli/ Fulton

11/11/17 19:00às 23:00

4h Todas - Noite Cultural – Show de Talentos; - Conhecer os alunos talentosos e suas habilidades; - Apresentação de talentos.

Talentos descobertos na escola (PROEMI)

Arte Priscilla

18/11/17 17:00 às 20:00

3h Todas - Conhecer e aplicar as leis que regulamentam a História e Cultura Afro-Brasileira, Africana a Indígena; - Elaborar trabalhos referentes ao assunto em questão para serem apresentados no dia da Consciência Negra; - Expor os trabalhos.

História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena.

História Arte

Maria Cícera/ Priscilla

Page 431: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

430

15.3 CALENDÁRIO ESCOLAR 2017 (Anexo) 3

Page 432: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

431

15.4 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR (Anexo 4)

1. IDENTIFICAÇÃO

Instituição de Ensino: Colégio Estadual Cyríaco Russo

Município: Bandeirantes - Pr

NRE: Cornélio Procópio - Pr

Coordenadora/or da Equipe Multidisciplinar: Mariza Aparecida de Freitas

Componentes da Equipe Multidisciplinar: Pedagoga (s): Mariza Aparecida de Freitas

Marilda Martins Torres Agente Educacional I: Claudia Maria D. da Silva Agente Educacional II: Neide de Lima Parisotto Professores de Ciências Humanas: José Henrique Garcia Sueli Gonçalves Professora de Ciências da Natureza: Cleonice Valezze Spagolla

Professora de Ciências Exatas: Alice Maria Martins Rockenbach Professores da área de Linguagem: Fátima Regina Negrão

Priscilla Pascoal Maria Regina Rodrigues Pinto Representante dos Estudantes: Natália Kimberly de Almeida Machado

2. JUSTIFICATIVA

A formação da Equipe Multidisciplinar, voltada para as questões étnico-raciais, dentro do espaço escolar, é de fundamental importância devido ao reflexo do momento em que vivemos. Momento este em que estamos repensando valores e atitudes nos quais se espera reconstruir uma sociedade em que todos possam exercer seus direitos de cidadão. É o momento de promover ações que busquem compensar perdas provocadas pela discriminação (raciais, étnicos, religiosas, de gênero e outros), possibilitando assim a inclusão e a acessibilidade de oportunidades, promovendo o direito de todos, principalmente aqueles que se referem aos afrodescendentes.

A Lei 10.639/2003 estabelece o ensino da História da África do Sul e da Cultura Afro-brasileira e busca sanar as diferenças sociais e raciais, sendo uma das primeiras leis a ser implantada em nosso país. Isto se faz indispensável devido à necessidade em nosso país em combater o preconceito, o racismo e a

Page 433: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

432

discriminação. A partir deste debate foi aprovada a lei n° 11.645/2008, que dá o mesmo direcionamento quanto a temática indígena. Essas são as leis que instrumentalizam o combate à discriminação, e a escola é reconhecida como lugar de formação de pessoas, espaço ideal para a valorização e respeito à diversidade ética e cultural da história dos povos africanos, indígenas e da cultura afro-brasileira, portanto, é o local onde será contemplada a obrigatoriedade das leis, acima citadas.

3. OBJETIVO GERAL

A Equipe Multidisciplinar tem por objetivo subsidiar o trabalho dos professores das diferentes áreas do conhecimento, contemplando a educação das relações Étnico-Raciais para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, que está contemplada a obrigatoriedade das leis n° 10.639/2003 e lei n° 11.645/2008. Cabe ainda à equipe promover ações relacionadas à conscientização da valorização e respeito ao afrodescendente e indígena, coibindo atitudes de discriminação no ambiente escolar, assim como desenvolver ações que efetivem a implementação das leis já citadas.

4. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES

Ações Práticas didático-pedagógicas para efetivar o ensino de História e Cultura

Afro-Brasileira, Africana e Indígena nas disciplinas curriculares.

- Auxílio aos professores na elaboração de seus Planos de Trabalho Docente contemplando a questão da cultura Afro e Indígena; - Conhecer a realidade escolar, identificando os sujeitos (afrodescendente, povos indígenas, do campo) através de uma investigação junto aos alunos(as), professores(as) e agentes educacionais da escola, por meio de entrevistas, pesquisas, mediados pela equipe pedagógica. - Diagnosticar o conhecimento dos profissionais da educação do estabelecimento de Ensino sobre as leis 10.639/03 e 11.645/08, bem como promover discussão, reflexão e análise do contexto histórico social em ambas as leis que foram publicadas/promulgadas e se as mesmas estão sendo cumpridas; - Sensibilizar e conscientizar os profissionais da educação para a reeducação do olhar sobre as contribuições próprias da História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena as quais contribuem para o desenvolvimento de uma sociedade democrática e multicultural;

Page 434: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

433

Ação Mobilizadora de Reconhecimento e Valorização Afro-Brasileira, Quilombola e

Indígena.

- Projeto Social: em parceria com o município, oferecer aulas de capoeira para os

alunos do estabelecimento, visando trabalhar a concentração, disciplina, consciência corporal através de golpes e fundamentos da capoeira, responsabilidade e valor à Cultura Africana; - Visita a Comunidade Indígena Tupi-Guarani na cidade de Santa Amélia feita por professores e alunos.

Ação de incentivo à auto declaração.

Promover ações de reconhecimento e valorização da contribuição da cultura Afro e Indígena na formação da sociedade brasileira: na música, dança, culinária, esporte etc.

Ações para a Promoção de Igualdade Racial garantindo a participação e atuação

multiplicadora dos Agentes Educacionais e Estudantes integrantes da EM.

Organizar a forma de inserção da temática em diferentes disciplina, visando a participação de todos os Agentes Educacionais, onde serão disseminados pela EM. Matemática: Medidas de área. Medidas de Volume (Grandezas e Medidas);

Arte: História da Arte do Cubismo e Fauvismo Brasileiro como expressão Artística afro-brasileira do início do século XX; Elementos formais: forma, linha, superfície e volume; Composição: Bidimensional e Tridimensional; Técnica: pintura, desenho e modelagem; Movimentos e Período: Arte Ocidental e Arte Africana. - Confecções de máscaras e desenhos Física: Confecção de instrumentos musicais indígenas e africanos;

Biologia: Manipulação genética; Organismos geneticamente modificados;

Significados e importância sócio/cultural da noz de cola em regiões africanas. História: RelaçõesCulturais e relações de Poder; Movimentos Sociais, políticos e Culturais e as guerras e revoluções; Eurocentrismo e Conferência de Berlim, Expansão capitalista e efeitos danosos à estrutura econômica e cultural. Imperialismo e neocolonialismo na África nos séc. XIX e XX. Lutas pela emancipação social e política; Química: Biogeoquímica: Funções Orgânicas: Plantas Medicinais (chás); Todas as disciplinas trabalhar vídeos de reportagens e documentários sobre Relações Raciais, História e Culturas Afro brasileiras e Indígenas; - Trabalhar nas aulas de Português a Literatura abordando obras Indianistas de

José de Alencar e Obras da Cultura afro-brasileiras e africanas. A seguir algumas

Page 435: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

434

obras como sugestão para os professores: - Menina bonita do laço de Fita (Ana Maria machado); - Luana, a menina que viu o Brasil neném (Oswaldo Faustino, Arthur Garcia e Aroldo Macedo); - O Menino Marrom (Ziraldo); - Lendas da África (Júlio Emílio Brás); - Terra Sonâmbula (Mia Couto); - Meu avô, um escriba (Oscar Guelli); - O cabelo de Lelê (Valéria Belém); - A varanda do Frangipani (Mia Couto); - Bia na África (Ricardo Dregher); - Avódezanove e o segredo do soviético (Ondjaki); - Tudo bem ser diferente (Todd Parr); - Diversidade (Tatiana Belinky); - Num tronco de iroko vi uma lúna cantar (Erika Balbino); - Amanhecer Esmeralda (Ferréz); - O mar que banha a Ilha de Goré (Kiusan de Oliveira); - A preferida do rei (Toni Brandão); - Como as cabras foram domesticadas (Toni Brandão); - Dicionário escola Afro-brasileiras (Nei Lopes) Disponível em: http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/12-dicas-literatura-afro-brasileira-africana-729395.shtml - Português: Concurso de Produção de texto: Dissertação Argumentativa,

Artigo de Opinião entre outros solicitados no Enem e vestibulares sobre: A cultura Indígena e Africana, com premiação para os alunos classificados em cada turma; - Sociologia e Filosofia: Trabalhar o filme: Estrelas além do tempo.

Sinopse do filme:

No auge da corrida espacial travada entre Estados Unidos e Rússia durante a Guerra Fria, uma equipe de cientistas da NASA, formada exclusivamente por mulheres afro-americanas, provou ser o elemento crucial que faltava na equação para a vitória dos Estados Unidos, liderando uma das maiores operações tecnológicas registradas na história americana e se tornando verdadeiras heroínas da nação. - Elaboração de material referente à questão da cultura afro e indígena para

Page 436: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

435

subsidiar o trabalho dos professores pela Equipe Multidisciplinar;

- Inserir no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino as equipes multidisciplinares e as ações relacionadas à educação para Relações Étnico-racial. - Disponibilizar todo o material relativo aos assuntos de Diversidade que foram enviados aos estabelecimentos de ensino nos últimos anos. (Cadernos Temáticos, Cds, DvDs, Livros da Biblioteca do Professor – Os Índios e a Civilização, As Guerras dos Índios Kaingang, Orirerê Cabeças Iluminadas. - Garantir nos documentos próprios do Estabelecimento de Ensino (PPP, PPC, PTD, Regimento Escolar e Plano de Ação da Direção) práticas pedagógicas concretas e aplicáveis que possibilitem a operacionalização das ações e políticas afirmativas que integrem os diferentes sujeitos históricos e o direito de oportunidade que deve ser estendido a todos, indiscriminadamente; FESTIVAL ARTISTÍCO – Dia da Consciência Negra Obs: O dia da Consciência Negra será dia 20/11/17. As apresentações do Festival serão realizadas na sexta 24/11/17 no estabelecimento do Colégio Estadual Cyríaco Russo. Esta atividade contará com a participação e envolvimento de Professores , alunos e demais funcionários da escola. - Grupo de dança (capoeira, Hip Hop, africana entre outras) organizado com os alunos do Colégio. - Apresentações de danças e outros tipos de lutas marciais e danças – parceria com projetos e academias do município para homenagear o Dia da Consciência Negra;

- Música (alunos que tocam instrumentos e cantam no colégio) Talentos do colégio; - Comidas (merenda com comidas típicas) - Exposição da Barraca Africana e da Barraca Indígena mostrando a cultura, vestiários, objetos, alimentação e fatos históricos e também os trabalhos realizados durante os trimestres em sala de aula;

Realização do seminário na Semana da Consciência Negra.

Seminário: Após pesquisa e estudos sobre a temática étnico-racial e indígena,

será organizado um seminário com a participação do Dr. Luciano Silveira, onde serão abordados assuntos como: - A realidade de hoje do país Africano; - A cultura africana; - A religião africana;

Page 437: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

436

- Como os países desenvolvidos e a ONU participa e ajuda a África - As doenças e a pobreza no país; - Educação, saúde; - A política; - A importância das Cotas/reserva de vagas para negros e indígenas para a

democratização do acesso ao ensino superior público e em instituições de ensino superior privadas, pelo PROUNI, assim como outras ações afirmativas existentes

na sociedade;

Ações pedagógicas o assessoramento e monitoramento das EM das instituições de

ensino.

O acompanhamento e orientações das ações pedagógicas serão desenvolvidas pela EM, assim como disponibilizar todo o material relativo aos assuntos de Diversidade que foram enviados aos estabelecimentos de ensino nos últimos anos.

5. CRONOGRAMA

Ação

Objetivo

Data/Período

Responsáveis

Projeto Social - Fazer parceria

com aulas de

capoeira ofertado

pela prefeitura da

cidade para os

alunos da escola.

Anual Maria Regina L. Rodrigues Pinto

Projeto Social - Visitar a

Comunidade

Indígena Tupi-

Guarani na cidade

de Santa Amélia.

18/09/17 Vanda Lucia de Souza Silva

Page 438: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

437

Reunião pedagógica

Refletir e analisar o contexto Histórico Social das Leis 10.639/03 e 11.645/08.

25/07/017 Mariza Ap. de Freitas Marilda Martins Torres

Seminário Dr. Luciano Silveira

27/09/2017 Toda escola

Temática da Cultura Afro e Indígena nas disciplinas.

Desenvolver nas aulas de todas as Disciplinas conteúdos que busquem a valorização Cultura Afro e Indígena.

Anual Todos os professores e equipe pedagógica

Literatura Trabalhar obras Indianistas de José de Alencar e Obras da Cultura afro-brasileiras e indígenas.

Anual Professores de Português e Literatura

Filme: Estrelas além do tempo.

Trabalhar nas aulas de Filosofia e Sociologia

Agosto a Novembro

Filosofia e Sociologia

Concurso de Redação

Trabalhar Dissertação Argumentativa e Artigo de opinião com temas da Cultura afro-brasileiras e indígenas.

Anual Professores de Português

Festival Artístico Envolvimento de toda escola com

24/11/17 – período da manhã

Toda escola

Page 439: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

438

atividades relacionadas com temas da Cultura afro-brasileiras e indígenas. Apresentações de atividades referentes ao tema desenvolvidas durante o ano em todas as disciplinas como: redação, dança, culinária, vestuários, esportes, etc.

6. AVALIAÇÃO

A avaliação do trabalho da Equipe dar-se-á por meio de grupos de discussão e análise dos resultados alcançados, bem como pelo empenho e participação ativa de todos os membros que compõem a equipe nas ações realizadas. Avaliação do trabalho da equipe pela comunidade escolar acontecerá ao término dos eventos realizados como: seminários, palestras e outros eventos artísticos organizados.

7. REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da educação. Diretrizes Curriculares nacionais para a Educação das Relações Étinico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: MEC, [s.d]. Disponível em: HTTP://portal.mec.gov.br/cne/ - DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA, resolução n° 08, CNB/CEB, 2012. - DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Secretariado Estado da Educação do Paraná. Artes, 2008. - DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Secretariado Estado da Educação do Paraná. Biologia, 2008. - DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Secretariado Estado da Educação do Paraná. História, 2008. - DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Secretariado Estado da Educação do Paraná. Matemática, 2008.

Page 440: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

439

- DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Secretariado Estado da Educação do Paraná. Química, 2008. - PECHI. Daniele. A História da África em sala. Disponível em HTTP://revistaescola.abril.com.br/formacao/brasil-pais-todas-cores-643758.shtml, acesso em 02/06/2016. - SILVERIO. Valter Roberto. Síntese da coleção História geral da África: século XVI ao século XX, coordenação de Valter Roberto Silvério e autoria de Maria Corina Rocha e Muryatan Santana Barbosa – Brasília: UNESCO, MEC, UFSCar, 2013. - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.639.htm - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm

15.5 PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO ESTADUAL CYRÍACO RUSSO (Anexo 5) DIMENSÃO: GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA

Desafios Público Alvo Ações a serem

realizadas

Cronograma Responsável

Participação

efetiva de

estudantes, pais e

responsáveis

legais, bem como

a comunidade em

geral.

Alunos/Pais/

Responsáveis/

Comunidade

- Promover

momentos que

propiciem o

envolvimento dos

alunos, famílias e

escola, através de

atividades como

palestras; Dia da

família e

momento cultural.

Trimestralmente Direção

Equipe

Pedagógica

Professores

Maior

envolvimento das

Instâncias

Colegiadas

(Grêmio

Estudantil, APMF,

Conselho

Escolar) nas

atividades

desenvolvidas na

escola.

Grêmio

Estudantil

APMF

Conselho

Escolar

- Realizar

reuniões com as

diferentes

Instâncias

Colegiadas,

visando uma

melhor formação

e conhecimento

de suas reais

funções, na busca

de um maior

envolvimento e

participação

Trimestralmente NRE

Direção

Equipe

Pedagógica

Page 441: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

440

efetiva.

Maior informação

e participação da

Comunidade

Escolar na

definição dos

recursos

financeiros

destinados à

escola.

Comunidade

Escolar

- Realizar

reuniões

periódicas com a

Comunidade

Escolar para

apresentação de

recursos

recebidos e

destinação dos

mesmos.

Conforme

recursos

recebidos.

Direção

Minimizar

conflitos que

ocorrem no dia a

dia na escola,

com especial

atenção ao uso

de álcool e outras

drogas.

Alunos

Família

- Promover

palestras com

profissionais

especializados;

- Manter diálogo

com a família;

- Conversar com

os alunos e

familiares em

casos específicos.

Sempre que se

fizer necessário

Direção

Equipe

Pedagógica

Patrulha

Escolar

Comunitária

Conselho

Tutelar

Buscar maior

relacionamento

Escola/SEED

para a cobertura

da quadra,

mesmo não

apresentando

tamanho oficial.

Escola/SEED - Solicitação de

recursos públicos

para a cobertura

da quadra,

visando melhoria

nas aulas de

Educação Física,

tendo em vista

que a região é

muito quente.

Todos os anos Direção

Implementar na

escola equipe

especializada:

psicológico,

psicopedagoga,

assistente social

para atendimento

à rede estadual,

contratados pela

SEED.

Alunos

Professores

Família

- Realizar

atendimento

individual a

alunos e

professores para

orientações,

conforme a

necessidade.

Durante o ano

letivo.

À medida que

surgir o

problema.

SEED/NRE/

Direção

Page 442: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

441

DIMENSÃO: AVALIAÇÃO

Desafios Público

Alvo

Ações a serem

realizadas

Cronograma Responsável

Acompanhamento

permanente e

contínuo do

processo de

aprendizagem dos

alunos, com a

promoção da

recuperação

paralela a partir

das dificuldades

apresentadas

pelos alunos.

Alunos

Professores

- Sensibilizar os

alunos quanto a

importância do

compromisso e

dedicação aos

estudos;

- Conscientizar os

alunos em relação

ao problema de

faltas em avaliações

agendadas pelos

professores, na

busca de um maior

compromisso por

parte deles;

- Ofertar a

recuperação

paralela como forma

de superação das

dificuldades e

percepção dos

avanços atingidos

pelos alunos;

- Mostrar aos pais a

importância do

acompanhamento

do processo ensino

e aprendizagem dos

filhos, por meio de

visitas frequentes à

escola, reuniões de

pais, comunicados,

etc..

Frequentemente Professores

Alunos

Família

Equipe

Pedagógica

Direção

Implementação no

processo

avaliativo de

instrumentos

diversificados,

tendo em vista as

metodologias

utilizadas pelos

Professores

Alunos

- Apoio da equipe

pedagógica aos

docentes em

relação a

diversificação dos

instrumentos de

avaliação;

- Propiciar aos

Durante as H/A;

Reuniões

Pedagógicas;

Mediante

solicitação dos

docentes.

Professores

Equipe

Pedagógica

Page 443: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

442

docentes. alunos instrumentos

diversificados de

avaliação, de forma

que sejam capazes

de revelar seus

níveis reais de

aprendizagem;

- Realizar a

retomada de

conteúdos, a partir

dos resultados

apresentados,

visando uma

aprendizagem

efetiva.

Utilização dos

indicadores oficiais

de avaliação das

escolas e redes de

ensino como

forma de (re)

planejamento da

prática

pedagógica.

Alunos

Professores

Equipe

Pedagógica

Direção

- Realizar uma

análise conjunta

pelos profissionais

da escola, a partir

dos dados oficiais

apresentados, para

as devidas

adequações;

- (Re) planejar

ações na busca de

melhoria na

qualidade da

educação e,

consequentemente,

dos índices oficiais;

- Sensibilizar alunos

e professores em

relação ao

compromisso com o

processo ensino e

aprendizagem,

tendo em vista uma

relação mútua;

- Buscar maior

aproximação da

avaliação oficial à

realidade da escola.

Fevereiro/Julho

No transcorrer

do ano letivo

Alunos

Professores

Equipe

Pedagógica

Direção

Page 444: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

443

Buscar um maior

envolvimento com

as empresas

locais e

Associação

Comercial, tendo

em vista a

inserção de alunos

no mundo do

trabalho.

Alunos

- Manter atualizado

o cadastro de

alunos interessados

em ingressar no

mercado de

trabalho;

- Encaminhar alunos

de acordo com o

perfil solicitado;

- Orientar os alunos

sobre como

proceder durante

uma entrevista.

Durante o ano

letivo, de acordo

com as

solicitações.

Alunos

Equipe

Pedagógica

Dificuldade de

realização de

avaliação dos

profissionais da

escola.

Professores

Equipe

Pedagógica

Funcionários

Direção

- Salientar a

importância da

avaliação

profissional coletiva

e individualmente;

- Diálogo entre

direção e

profissionais da

educação da escola,

em particular,

buscando maior

articulação e

aceitação por parte

dos mesmos, a

respeito da

necessidade de

mudanças na sua

atuação no dia a

dia;

- Aceitação da

avaliação por parte

dos profissionais da

educação desde

que seja realizada

de forma imparcial.

Diante das

necessidades

apresentadas.

Direção

DIMENSÃO: ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA

Desafios Público

Alvo

Ações a serem

realizadas

Cronograma Responsável

Page 445: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

444

Minimizar os

índices de falta dos

alunos às aulas.

Alunos - Sensibilizar os

alunos quanto ao

compromisso de

comparecimento às

aulas;

- Conversa com os

alunos sobre os

atrasos e faltas em

virtude do trabalho;

- Contato com a

família e Conselho

Tutelar;

- Encaminhamento

de Fichas ao

Conselho Tutelar,

visando o retorno

do aluno;

- Palestras de

motivação, na

busca da

permanência do

aluno e seu

sucesso.

Durante o ano

letivo

Professores

Equipe

Pedagógica

Reduzir os índices

de abandono

escolar, levando-

se em

consideração a

gravidez na

adolescência,

necessidade de

trabalho,

dificuldades de

aprendizagem,

questões

socioeconômicas e

uso de drogas.

Alunos - Comunicação pelo

professor à Equipe

Pedagógica sobre

as ausências de

alunos às aulas;

- Melhor controle

das ausências dos

alunos para

procedimentos

cabíveis;

- Encaminhamento

de Fichas ao

Conselho Tutelar,

visando o retorno

do aluno;

- Trabalho em

contraturno com os

alunos que

retornam, com

participação nos

Projetos;

- Palestras com

profissionais

Durante o ano

letivo

Aluno

Professor

Equipe

Pedagógica

Page 446: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

445

especializados,

objetivando elevar a

autoestima.

Atendimento aos

alunos que

retornam à escola

e apresentam

defasagem de

conteúdos.

Alunos - Participação dos

alunos nos Projetos

ofertados em

contraturno;

- Atendimento

individualizado pelo

professor;

- Diversificação de

metodologias de

ensino;

- Inovação nas

formas de avaliar;

- Utilização do

Laboratório de

Informática.

Durante o ano

letivo

Professor

Aluno

Equipe

Pedagógica

Parceria nos

estágios para o

Curso de

Formação de

Docentes com a

Secretaria

Municipal de

Educação.

Professores

Alunos

- Integração Escola

e Secretaria

Municipal de

Educação;

- Contatos entre

escolas,

Coordenadora de

Curso e

Professores de

Estágio para o bom

andamento do

trabalho;

- Participação dos

alunos nos estágios

de observação e

regência nos

CEMEIs e escolas

escolas municipais.

Durante o ano

letivo.

Coordenador

de Curso

Professor de

Estágio

Direção

Melhoria na

qualidade da

educação e taxas

de aprovação.

Professores

Alunos

- Análise e

discussão dos

indicadores oficiais

para a tomada de

decisões;

- Utilização de

metodologias de

Discussão de

dados na

Semana

Pedagógica;

Trabalho

intensivo

durante o ano

Professores

Alunos

Equipe

Pedagógica

Direção

Page 447: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

446

ensino

diversificadas;

- Inovação no

processo avaliativo;

- Compromisso com

a aprendizagem do

aluno;

- Retomada de

conteúdos e

recuperação

paralela, na busca

da aprendizagem

efetiva.

- Melhoria da

qualidade da

educação e

sucesso dos

alunos.

letivo.

DIMENSÃO: AMBIENTE EDUCATIVO

Desafios Público

Alvo

Ações a serem

realizadas

Cronograma Responsável

Tornar o ambiente

educativo

cooperativo,

solidário e atrativo,

de forma que

todos sejam mais

compromissados e

se sintam bem.

Alunos

Professores

Equipe

Pedagógica

Funcionário

s

- Palestras;

Campanhas;

Diálogo;

Esclarecimentos

, visando o

respeito mútuo.

- Eventos que

tornem a escola

atrativa:

gincanas, café

cultural, etc.

Durante o ano letivo Direção

Combate a

discriminação no

ambiente escolar

e superação de

pré-conceitos e

ignorância em

relação a

diversidade.

Alunos - Sensibilização

os alunos por

meio de

palestras, filmes,

leituras e

debates para a

aceitação das

diferenças;

- Eliminar pré-

conceitos

Trimestralmente;

Sempre que houver

algum problema.

Direção

Equipe

Pedagógica

Professores

Alunos

Page 448: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

447

arraigados em

muitos de nós.

- Proporcionar

tratamento

igualitário e

respeito a todos.

Fazer acontecer

na escola os

direitos dos

adolescentes.

Alunos - Dar voz e vez

aos alunos, de

forma

responsável,

para que se

sintam

participantes

ativos nas

decisões da

escola.

Durante o ano letivo Direção

Equipe

Pedagógica

Professores

Promoção de

eventos culturais,

tendo em vista a

valorização de

talentos e

habilidades dos

alunos.

Alunos

Família

- Realizar

atividades

culturais para

apresentação de

talentos e

habilidades dos

alunos,

valorizando a

iniciativa e

criatividade;

- Convidar a

família para

participação.

Agosto (Dia do

Estudante)

Novembro

(Integração

Comunidade/Famíli

a)

Direção

Equipe

Pedagógica

Professores

Maior interação

professor/aluno,

visando melhoria

no processo

ensino e

aprendizagem e

consequentement

e melhor

rendimento

escolar.

Professor

Aluno

- Compromisso

do professor em

procurar

conhecer um

pouco mais o

seu aluno para

melhor entendê-

lo.

- Dar abertura

para que o aluno

tenha a

liberdade de

questionar, sem

constrangimento

.

Sempre que se fizer

necessário.

Professor

Aluno

Equipe

Pedagógica

Direção

Page 449: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

448

DIMENSÃO: FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DA ESCOLA (PROFESSORES E

AGENTES I E II)

Desafios Público Alvo Ações a serem

realizadas

Cronograma Responsável

Buscar a

participação

atuante de todos

os profissionais

da escola na

Semana

Pedagógica e

Formação em

Ação.

Todos os

Funcionários

- Sensibilizar os

funcionários,

independente da

função que ocupa,

para participação na

Semana Pedagógica

e Formação em

Ação, para reflexão

dos desafios da

escola, Também

para o seu

crescimento pessoal

e profissional,

atuando no coletivo

para o bem geral.

Fevereiro

Maio

Julho

Outubro

Direção

Equipe

Pedagógica

Cumprimento da

hora atividade,

levando-se em

consideração a

sua legalidade.

Professores - Utilização da hora

atividade para

estudos de

documentos como

PPP; PPC e textos

indicativos;

- Elaboração de

atividades e

avaliações

significativas e

diferenciadas, de

acordo com a

realidade da turma e

de alunos que

apresentam

necessidades

especiais;

- Melhoria no

processo ensino e

aprendizagem.

Durante o ano

letivo

Direção

Que a Equipe

Multidisciplinar

consiga

desenvolver o seu

trabalho com o

Professores - Sensibilizar os

professores de todas

as disciplinas para

conhecimento e

maior envolvimento

Durante o ano

letivo;

Mostra

Pedagógica

em

Equipe

Multidisciplinar

Equipe

Pedagógica

Direção

Page 450: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

449

apoio dos

professores de

todas as

disciplinas. Há a

necessidade de

um maior

envolvimento e

participação.

com o trabalho da

Equipe

Multidisciplinar.

- Disponibilização

dos documentos da

Equipe

Multidisciplinar na

sala de hora

atividade para

estudo pelos

professores.

- Realizar mostra

pedagógica com as

atividades

desenvolvidas com

os alunos durante o

ano letivo.

Novembro.

Maior incentivo

aos

Professores PDE

para continuidade

de suas

pesquisas após

retorno ao

trabalho.

Professores

PDE

- Sensibilizar os

professores

concluintes do PDE

quanto a

necessidade de

continuar a ser um

professor

pesquisador e

exercer influência

positiva na formação

de seus alunos;

- Valorização dos

Professores PDE

para

desenvolvimento de

atividades em

Semanas

Pedagógicas e

Formação em Ação.

Fevereiro

Maio

Julho

Outubro

Direção

Equipe

Pedagógica

Mostrar ao

professor a

importância do

conhecimento dos

materiais

disponíveis no

Portal da SEED,

para sua

formação

Professores - Sensibilizar os

professores sobre a

necessidade de

acesso constante ao

Portal da SEED para

sua formação

profissional;

- Pesquisa, seleção

e utilização de

Durante o ano

letivo

Professores

Equipe

Pedagógica

Direção

Page 451: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

450

enquanto

profissional da

educação.

materiais do Portal

da SEED, referentes

à sua disciplina para

melhor

desenvolvimento do

seu trabalho e

qualidade das aulas.

Formação inicial

em uma área e

atuação em outra

disciplina.

Professor - Conversar com o

professor mostrando

a necessidade de

estudos e pesquisas

de forma contínua,

para realização de

um trabalho sério e

melhoria do

processo ensino e

aprendizagem, uma

vez que ministra

aula em disciplina

diferente da sua

formação.

Sempre que

se fizer

necessário.

Professor

Equipe

Pedagógica

Direção

15.6 BRIGADA ESCOLAR (Anexo 6)

A BRIGADA ESCOLAR – DEFESA CIVIL NA ESCOLA

A Brigada Escolar – Defesa Civil na Escola foi formada no ano de 2013,

composta por um grupo de cinco servidores da instituição de ensino, com seus

respectivos suplentes, indicados pela direção. Essa equipe tem como função atuar

em situações emergenciais e desastres naturais ou provocados pelo homem que

comprometam a segurança da comunidade escolar. Portanto, são realizados

anualmente 02 (duas) simulações do plano de abandono escolar, sendo uma em

cada semestre, por turno, agendados em calendário escolar. O objetivo principal da

Brigada Escolar é a cultura de prevenção. Os participantes da equipe recebem curso

específico de formação, sendo parte presencial e parte na modalidade EaD. O curso

é ofertado duas vezes ao ano para professores e funcionários em geral,

possibilitando que todos tenham uma formação na área, para melhor atuação numa

eventual situação de emergência.

Page 452: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2017 - Notícias · E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole. Durante todo esse tempo, ... Conteúdos Estruturantes/Básicos Da Disciplina

451

Titulares:

Roseli Bueno da Silva

Marilda Martins Torres

Sonia Raquel da Silveira

Aparecida de Medeiros Corsini

Eva Campos da Silva

Suplentes:

Marlene Aparecida de Souza Altizani

Maria Cristina Castanho

Rosangela Aparecida Palomares

Márcia Ragazzi Gôngora Jacinto

Márcia Raimundo de Miranda Pires