projeto polÍtico pedagÓgico - notícias · a construção coletiva do projeto político...
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ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NUCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIOCOLEGIO ESTADUAL DO CAMPO DR. ANTÔNIO PEREIRA LIMA – EFM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
SANTA MARIANA
2012
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Sumário
1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO..........................................52 ATOS DE CRIAÇÃO, RESOLUÇÕES DE CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DO ESTABELECIMENTO........................................................63 APRESENTAÇÃO........................................................................................................84 JUSTIFICATIVA...........................................................................................................95 OBJETIVOS GERAIS...................................................................................................116 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR...............................................................126.1 HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO....................................................................126.2 COMUNIDADE ATENDIDA.......................................................................................146.3 CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICO-CULTURAL DA COMUNIDADE ESCOLAR ......................................................................................................................156.4 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS......................................................................166.5 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO.........................176.6 SÍNTESE DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO................................................................206.7 CALENDÁRIO ESCOLAR.........................................................................................227. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR.......................................................................................247.1 DIREÇÃO..................................................................................................................247.2 EQUIPE PEDAGÓGICA ...........................................................................................257.3 CORPO DOCENTE ..................................................................................................277.4 EQUIPE AGENTE EDUCACIONAL II E AGENTE EDUCACIONAL I ....................308. OFERTA DE HORÁRIOS, TURMAS E TURNOS, ORGANIZAÇÃO.......................328.1ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES DE CONTRATURNO.........348.1.1 PROFUNDAMENTO DE APRENDIZAGEM..........................................................358.1.2 ESPORTE E LAZER..............................................................................................368.2 SALA DE APOIO.......................................................................................................378.3 SALA DE RECURSOS..............................................................................................378.4 CELEM – LEM ESPANHOL......................................................................................388.5 INCLUSÃO ...............................................................................................................399.GESTÃO DA ESCOLA.................................................................................................419.1CONSELHO ESCOLAR.............................................................................................429.2ÓRGÃOS COLEGIADOS DE REPRESENTAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR.4310 MATRIZ CURRICULAR ESPECÍFICA E A INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS A QUE SE DESTINA....................................................................................4610.1 ENSINO FUNDAMENTAL......................................................................................4610.2 A IMPLANTAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS....................4810.2.1 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL......................................5010.2.2 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL......................................5110.3 ENSINO MÉDIO......................................................................................................5210.3.1 MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO.............................................5311. ATIVIDADES ESCOLARES, EM GERAL, E AS AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS A SEREM DESENVOLVIDAS DURANTE O TEMPO ESCOLAR.....................................5311.1 AGENDA 21............................................................................................................54
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11.2 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR ...............................................................................5511.2.1 COMPOSIÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 2012....................................5611.2.2 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR PARA O ANO DE 2011 /2012.........................................................................................................................................5711.2.3 OBJETIVOS ........................................................................................................5711.3 HORA ATIVIDADE..................................................................................................5814.FILOSOFIA DA ESCOLA...........................................................................................6014.1 CONCEPÇÃO DE HOMEM E MUNDO .................................................................6114.2 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ............................................................................6114.3- CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA...............................................6214.4 CONCEPÇÃO DE ESCOLA E DE EDUCAÇÃO...................................................6614.5 CONCEPÇÃO DE CULTURA.................................................................................6614.6 CONCEPÇÃO DE TRABALHO...............................................................................6714.7 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA..........................................................................6714.8 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA..............................................................................7014.9 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO....................................................................7214.10 CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM ..................................................7214.11 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO............................................................................7314.12 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO...........................................................................7414.13 CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO ....................................7414.14 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR...............................................................75 15. ATIVIDADES ESCOLARES EM GERAL E AS AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS A SEREM REALIZADAS NO ANO DE 2011/2012.............................................................7615.1 DIREÇÃO................................................................................................................7615.2 PLANO DE AÇÃO 2011/2012.................................................................................7615.3 EQUIPE PEDAGÓGICA..........................................................................................7815.4 EQUIPE DOCENTE................................................................................................7816 FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR..................................................7917 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO...........................................8118 PLANO DE AVALIAÇÃO DE ESTABELECIMENTO DE ENSINO............................8119 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................8220 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULARES........................................................86
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Gosto de ser gente porque, inacabado, sei que sou um ser
condicionado mas, consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além
dele. Esta é a diferença profunda entre o ser condicionado e o ser
determinado. A diferença entre o inacabado que não se sabe como tal e o
inacabado que histórica e socialmente alcançou a possibilidade de saber-se
inacabado.
Paulo Freire
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1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
Denominação: Colégio Estadual do Campo Dr. Antônio Pereira Lima – Ensino
Fundamental E Médio.
Código SAE: 00060
Endereço: Rua Francisco Beltrão, 1031
CEP: 86358-000
Distrito Panema
Cidade: Santa Mariana
Estado: Paraná
Telefone: (043) 3533-1110
E-mail- [email protected] [email protected]
Site: www.snmantoniolima.seed.pr.gov.br
Código SAE do Município: 2410
Localização: Zona Urbana
NRE: Cornélio Procópio – Código SAE: 08
Entidade Mantenedora: Governo do Paraná
Número total de alunos: 296
Distância entre o colégio e o Nre: 40 km
Números de turmas existentes: 14
Fundamental MédioMatutino 4 Matutino 3
Vespertino 4 Vespertino 3
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2 ATOS DE CRIAÇÃO, RESOLUÇÕES DE CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO
AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DO ESTABELECIMENTO
CURSO Assunto ATO Data Ato Data DOE
Regimento Escolar RES -2585/ 1981 13/11/1981 2/6/1982
Curso Fundamental 5/8 Autorização de Funcionamento RES -1900/ 1982 19/7/1982 4/8/1982
Curso Fundamental 5/8 Reconhecimento RES -4270/ 1984 8/6/1984 3/7/1984
Reconhecimento RES -4270/ 1984 8/6/1984 3/7/1984
Ensino MédioAutorização de Funcionamento RES -1967/ 1992 22/6/1992 30/6/1992
Alteração de Deno-minação RES -1967/ 1992 22/6/1992 30/6/1992
Ensino MédioProrrogação de Funcionamento RES -910/ 1994 21/2/1994 25/3/1994
Regimento Escolar PAR -65/ 1994 28/12/1994
Regimento Escolar PAR -67/ 1994 28/12/1994
Ensino MédioProrrogação de Funcionamento RES -3838/ 1996 2/10/1996 18/11/99
Regimento Escolar PAR -132/ 1997 4/5/1997
Ensino Médio Reconhecimento RES -2249/ 1998 7/7/1998 14/7/1998
Alteração de Deno-minação RES -3120/ 1998 31/8/1998 11/9/1998
Curso Fundamental 5/8 Abertura de Turno PAR -3904/ 2002 9/12/2002
Curso Fundamental 5/8 Renovação de Re-conhecimento RES -1591/ 2003 22/5/2003 24/6/2003
Ensino MédioRenovação de Re-conhecimento RES -2942/ 2006 21/6/2006 17/7/2006
Sala Rec.S.Fi.D.Intel.-Tran.F.E
Autorização de Funcionamento RES -104/ 2007 17/1/2007 26/2/2007
Regimento Escolar ATO -187/ 2008 7/2/2008
Regimento Escolar PAR -52/ 2008 7/2/2008
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Ensino MédioRenovação de Re-conhecimento RES -5129/ 2008 10/11/2008 22/1/2009
Curso Fundamental 5/8 Renovação de Re-conhecimento RES -5212/ 2008 13/11/2008 22/1/2009
Sala Rec.S.Fi.D.Intel.-Tran.F.E
Prorrogação de Funcionamento RES -951/ 2009 16/3/2009 9/6/2009
Sala Rec.S.Fi.D.Intel.-Tran.F.E
Autorização de Funcionamento RES -3650/ 2009 3/11/2009
28/12/2009
Sala Rec.S.Fi.D.Intel.-Tran.F.E
Renovação Autori-zação de Funciona-mento RES -2811/ 2010 29/6/2010 10/9/2010
Alteração de Deno-minação RES -2921/2011 11/07/11
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3 APRESENTAÇÃO
A rapidez com que as coisas se transformam atualmente representa um grande
desafio. A prática pedagógica das escolas exige reflexão e revisões que excluam a
postura acrítica. A ação educativa precisa ser redimensionada no cenário político,
econômico e no próprio discurso educacional, pois ambos repercutem na organização do
trabalho escolar.
Para enfrentar todos os problemas que surgem é preciso estabelecer diretrizes
sociais e políticas que sejam capazes de coordenar o paradoxo de uma sociedade
altamente tecnológica e os efeitos causados na vida das pessoas, buscando intensificar a
qualificação técnica e cultural dos jovens, para enfrentarem os novos desafios do mundo
do trabalho.
O Projeto Político Pedagógico é fundamental na Escola para os educadores e
demais membros da instituição escolar, haja vista que é preciso ter claro onde se
pretende chegar com os alunos, envolvendo a comunidade e comprometendo a
sociedade na participação, discussão e melhoria tanto do que se vê, quanto do que se
aprende, mediante um trabalho coletivo entre toda a comunidade escolar na busca de
objetivos comuns. A construção coletiva do Projeto Político Pedagógico é a própria
organização do trabalho escolar como um todo, pois ele busca a transformação da
realidade social, econômica, política, fundamenta as mudanças internas da organização
escolar e explicita suas relações com as transformações mais amplas. Ele é o anúncio do
que está para acontecer, do que foi sonhado coletivamente.
“Se sonhamos com uma sociedade menos agressiva, menos injusta,
menos violenta, mais humana, o nosso testemunho deve ser o de
quem, dizendo não a qualquer possibilidade em face dos fatos,
defende a capacidade do ser humano em avaliar, de compreender,
de escolher, de decidir e, finalmente, de intervir no mundo.” (Freire,
P. 1997, p.58-59)
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4 JUSTIFICATIVA
LDB – Lei nº 9394/96, prevê em seu art. 12, inciso I que: sistemas de ensino terão
a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica. Assim sendo a
implementação da Proposta Pedagógica é condição para que se firme a identidade da
escola como espaço pedagógico necessário a construção do conhecimento e da
cidadania, apontando um rumo para um compromisso estabelecido coletivamente,
propiciando a equipe escolar situações que lhes permitam aprender a pensar e realizar o
fazer pedagógico de forma coerente, efetivando desta forma a construção do Projeto
Político Pedagógico é processo de planejamento, discussão, decisão, ação, reflexão,
avaliação, replanejamento e novas ações.
A proposta pedagógica da escola é tarefa dela mesma, processo nunca concluído
que se constrói e se orienta com intencionalidade explícita. Construí-la significa ver e
assumir a educação como processo de inserção no mundo, na vida, com formação de
convicções, afetos, motivações, significações, valores e desejos.
A conquista da autonomia da escola é atingida quando se entende o significado
de sua proposta pedagógica, que é fruto da ação de todos os envolvidos na dinâmica do
ensino e aprendizagem, participantes a auto reflexão do trabalho educativo. O trabalho
que vamos desenvolver dentro da escola é um trabalho no quais todos farão parte, pois
todos fazem parte dessa comunidade.
A garantia da efetividade das ações propostas pela Proposta Pedagógica está
relacionada ao engajamento na comunidade escolar, isto porque as propostas dela
implicam em mudanças pedagógicas e estruturais significativas para o alcance da
equidade, eficiência e eficácia das ações viabilizadas pela escola.
O trabalho pedagógico necessário à sociedade democrática não é o de
implementação passiva de diretrizes educacionais e a consequente preparação dos
alunos para apenas executarem ordens. A escola tem o dever de organizar o trabalho
pedagógico que contribua para a formação do cidadão. O direito se refere ao respeito
pelo trabalho dos profissionais da educação que nela atuam.
De acordo com Ilma Passos “O Projeto Pedagógico é, portanto, um produto
específico que reflete a realidade da escola situada em um contexto mais amplo que a
influencia e que pode ser por ela influenciado. Em suma, é um instrumento clarificador da
ação educativa da escola em sua totalidade.
Ao elaborarmos o Projeto Político Pedagógico temos a vantagem de possibilitar
aos professores e aos alunos a vivência de se trabalhar democraticamente. Pois só assim
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podemos formar o cidadão crítico, que atue democraticamente em seu meio.
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5 OBJETIVOS GERAIS
O Colégio Estadual do Campo Dr. Antônio Pereira Lima Ensino Fundamental e
Médio tem como objetivos:
• Garantir para os povos do campo uma Educação Básica comprometida
com um modelo de desenvolvimento socialmente justo, economicamente
viável, ecologicamente sustentável e culturalmente aceito.
• Despertar o exercício consciente da cidadania e o desenvolvimento integral
da pessoa humana.
• Preparar o indivíduo para ser um cidadão atuante.
• Conhecer a escola e suas interações, para entender seus problemas.
• Resgatar as intenções da prática educativa.
• Conhecer a identidade da escola e fortalecer o trabalho pedagógico.
• Buscar a união para atingir o processo educacional.
• Organizar e sistematizar elementos teórico-metodológicos que deem
sustentação aos princípios de uma educação coletiva e do campo
• Conhecer o Projeto Político Pedagógico da escola.
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6 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
6.1 HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO
O Colégio Estadual do Campo Dr. Antônio Pereira Lima – Ensino Fundamental e
Médio, situado a Rua Francisco Beltrão, nº 1031, no Distrito Panema, município de Santa
Mariana- Paraná, teve sua fundação em dez de novembro de um mil novecentos e
setenta (1970), no governo Jaime Kanet, com o nome de Ginásio Estadual do Panema.
A inauguração do estabelecimento foi no dia 07 de março de 1971, às 14:00
horas, com missa em Ação de Graças, realizada pelo Padre Cósimo Corigliano e com a
presença do Prefeito Municipal Justo Fernandes, Sra. Alba Barros Gomes, Inspetora
Regional e a Diretora do Estabelecimento Maria Custódio Moreira Rios.
Os atos oficiais para autorização do funcionamento foram: Portaria nº 9864/70 e
sua criação pelo Decreto nº 1572, pelo artigo 30 da lei 4978 de 05/12/1964.
O Reconhecimento do Estabelecimento e do Curso de 1º grau se deu pela
Resolução nº 4270 de 08 de Junho de 1984.
A primeira diretora Maria Custódio Moreira Rios, permaneceu na direção do
estabelecimento do ano de 1971 a 20 de setembro de 1973.
Em 24 de Setembro de 1973 é empossado o professor André Dynckzuki Filho, na
função de Diretor pela Resolução nº 1685/73, permanecendo na Direção até 03 de
outubro de 1973.
Em 04 de outubro de 1973, pela Resolução nº 1911 de 04 de outubro de 1973,
passa a responder pela direção o professor Paulo Carvalho de Melo, permanecendo no
cargo até 25 de março de 1974.
Em 29 de março de 1974, pela Resolução nº 631/76 é designada para exercer a
função de diretora, a professora Rosa Cordeiro Paiva, que até então exercia a função de
secretária do Ginásio Estadual do Panema.
Em 15 de julho de 1983, agora por meio de eleição, pela Resolução nº 2666/83
passa a exercer a função de diretora a professora Valdete Zancheta de Melo.
A Resolução nº 1900/82, autoriza o funcionamento do Complexo Escolar do
Panema, resultando da reorganização do Ginásio Estadual com o Grupo Escolar Engrácia
Zanquetta, passando a denominar-se Escola Estadual Dr. Antônio Pereira Lima e Escola
Estadual Engrácia Zanquetta.
O Colégio Estadual Dr. Antônio Pereira Lima, sempre funcionou em
estabelecimento estadual, no endereço citado acima.
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Começou com o Curso de 5ª a 8ª Série do 1º Grau e com a Resolução nº 3364/88
de 24 de Novembro de 1988, autorizou-se o funcionamento de 1ª a 4ª série do 1º grau na
Escola Estadual Dr. Antônio Pereira Lima.
No início de 1992, implantou-se o curso de 2º grau - Educação Geral pela
Resolução nº 1967 de 22 de junho de 1992, com duração de três anos.
Pelo Decreto nº 59/92, o prefeito municipal Sr. José Polônio, em 30 de junho de
1992, municipalizou a 1ª a 4ª série do 1º grau, da Escola Estadual Dr. Antônio Pereira
Lima, e pela Resolução nº 4865/92 de 16 de dezembro de 1992, a Escola Municipalizada
Primo Tanganelli de 1ª a 4ª Série do 1º Grau, passa a ser compartilhada com este
estabelecimento de ensino.
Em 15 de dezembro de 1993, a professora Valdete Zancheta de Melo, deixa a
Direção em razão de seu pedido de aposentadoria que é publicado no Diário Oficial nº
4159, Resolução nº 29 de 09 de Dezembro de 1993.
Através da reunião do Conselho Escolar é escolhido Diretor substituto, o
professor Valdete Rodrigues Teixeira, que é designado para o cargo pela Resolução nº
474/94, publicado no diário oficial nº 4218 de 10/03/94, para exercer a função a partir do
dia 01/01/94.
Em outubro de 1996, o Professor Valdete Rodrigues Teixeira, agora através da
eleição direta, é eleito e continua a exercer o cargo de diretor através da Resolução nº
4631/95. Em outubro de 1997, novamente através de eleição direta, o professor Valdete
Rodrigues Teixeira, é reconduzido ao cargo de diretor através da Resolução nº 4282/97,
tendo exercido a função até o ano de 2003.
Em 1997 e 1998, através da Resolução nº 1553/97 é autorizado à criação do
Programa Adequação Idade-Série (PAI-S) com o objetivo de proceder à adequação do
fluxo escolar na rede pública estadual de ensino do 1º grau, para alunos com defasagem.
Através do Ato Administrativo nº 289/98, há adequação da nomenclatura do
estabelecimento passando a se denominar Colégio Estadual Dr. Antônio Pereira Lima –
Ensino Fundamental e Médio. No ano de 1999, o ensino de 5ª série a 8ª Série passa a
ser Ensino Fundamental e o de 2º Grau, Ensino Médio.
No ano de 2003 foi eleita a Diretora a professora Rosângela Conceição Pedro,
sendo nomeado através da resolução 4254/03 D.O.E. 23/01/2004, tendo sido re-eleita em
2005.
Através da Resolução nº 2921/11, a coordenação de estrutura e funcionamento
resolve alterar a pedido a denominação do Colégio Estadual Dr. Antônio Pereira Lima –
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Ensino Fundamental e Médio, para Colégio Estadual do Campo Dr. Antônio Pereira Lima
– Ensino Fundamental e Médio.
6.2 COMUNIDADE ATENDIDA
O Colégio Estadual Do Campo Dr. Antônio Pereira Lima - Ensino Fundamental e
médio atende os alunos moradores do Distrito e adjacências que na sua grande maioria
são filhos de trabalhadores rurais e agricultores que tem uma visão de escola como
instituição responsável por oferecer ao educando, além de conhecimento, formação ética
e moral. Assim sendo o Projeto Político Pedagógico procura contemplar ações que
possam atender a estas expectativas.
O Colégio tem mantido nos últimos anos em torno de 300 alunos matriculados. A
taxa de evasão escolar também oscila em torno de 8% ao ano, bem como a taxa de
reprovação gira em tono deste mesmo índice. A reprovação foi um dos temas mais
debatidos nos últimos anos, e trabalhados em todos os setores e houve melhoras
significativas.
Mantemos três turnos de funcionamento. Sendo no matutino Fundamental e Médio,
no vespertino só fundamental e no noturno só médio.
Com as reformas que vêm acontecendo na educação através das políticas
educacionais do Brasil e Estado do Paraná, trouxeram benefícios imediatos na clientela
escolar, através da distribuição de livros didáticos, salas de informática, laboratórios
equipados, melhoria nas condições de permanência do aluno na escola.
A educação pode ser o modo de transformação da vida social e, por isso temos
como principal meta formar o cidadão, consciente de seus deveres e obrigações e
também conhecedor de seus direitos. Importa, pois, em redimensionar a ação educativa
dentro deste cenário e que o discurso educacional saia do papel, transformado num elo
entre o professor e o aluno. Também temos como missão repensar sempre o processo
educativo no sentido de oferecer ao educando, condições de compreender o meio onde
está inserido: social, econômico, político e cultural, podendo transformá-lo se assim se
achar necessário.
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6.3 CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICO-CULTURAL DA COMUNIDADE
ESCOLAR
O Distrito Panema é um povoado pequeno, com população de habitantes e
3.000 na área rural (IBGE 2007). Contando com uma arrecadação anual relativamente
baixa.
A principal fonte de renda do município ainda provém da agricultura, em
determinadas regiões do Distrito, os pequenos produtores foram pouco a pouco vendendo
suas terras, concentrando-as nas mãos de poucos agricultores mais abastados,. A
situação econômica das famílias é de baixa renda, ficando entre 1 e 3 salários mínimos,
sendo boa parte alfabetizada ou com ensino fundamental completo. Os empregos mais
frequentes oferecidos no município são os de trabalho doméstico, trabalhador rural,
cortadores de cana, pequenos comerciantes. Na saúde pública contamos com a
presença de um posto de saúde,Médicos algumas vezes na semana, enfermeiros,
auxiliares de enfermagem, dentista. A educação de ensino infantil e fundamental de 1a a
4a séries é mantida pelo município e Ensino Fundamental de 5a a 8a séries e Ensino
Médio, mantidos pelo Estado do Paraná. Os professores, equipes pedagógicas,diretores,
auxiliares e serviços gerais mantêm vínculo empregatício com o estado ou município. Na
administração pública temos, o Sub Prefeito, 3 Vereadores. Na segurança pública
temos um posto policial, com um policial militar.
O comércio local é predominante no ramo de gêneros alimentícios e de
confecções, presentes, papelarias, produção de sementes agrícolas,e oficinas
mecânicas. Há também supermercados com açougues, panificadoras e pequenas
mercearias. No campo religioso, temos em torno de 5 templos ou igrejas, mas predomina
a religião católica com mais de 80% de devotos. Como já foi citado o baixo poder
aquisitivo da população ativa de nosso município reflete diretamente na escola onde
temos mais de metade de nossos alunos provindos destas famílias, o que ocasiona
muitas vezes baixo rendimento escolar e carência na aquisição de materiais didáticos e
escolares.
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6.4 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS
O espaço físico do Colégio é ideal para necessidades de seus estudantes.
Área Urbana terreno com 12.800 m² e prédio com 2.367,82 m².
O Colégio possui secretaria com balcão de atendimento, um fax, xerox,
impressoras (2).
Sala de hora atividade onde os professores fazem suas leituras e correções das
atividades desenvolvidas em sala de aula.
Sala da Coordenação Pedagógica com armários, mesas, livros para consulta da
biblioteca do professor, que por decisão de todos preferiram que ficasse nesse local.
Sala da merenda escolar , onde a merenda enviada pelo estado é armazenada.
Laboratório de Ciências Físicas e Biológicas usado pelos professores de
Química, Biologia, Física , Laboratório de informática com 20 microcomputadores, em
uso somente 18, onde professores utilizam para complementar as atividades no ensino
regular e assim capacita o aluno no uso desse instrumento . No mesmo corredor há ainda
2 banheiros para uso dos professores e funcionários, Cozinha com boa localização
embora não seja muito espaçosa é utilizada para o preparo da merenda escolar dos
alunos. Saindo do corredor temos o pátio coberto, bem arejado, amplo, onde os alunos
se reúnem para tomar o lanche e onde também realizamos as comemorações cívicas e
festivas, nesse mesmo pátio temos o bebedouro, banheiro masculino e banheiro
feminino .
Sala dos professores com armários individuais, mesa, cadeiras, sofás e um
banheiro. Contamos com uma biblioteca com mesas e cadeiras para que os alunos
possam estar confortável para fazer seu trabalho e leituras, a sala é ampla e muito
arejada.
No período matutino disponibilizamos 07 (sete) salas de aula e (01) sala para
aulas de recurso. No período vespertino são utilizada (04) quatro salas de aula e (01)
para aulas de recurso e no período noturno (03) salas de aula. A escola de um modo
geral e as salas de aulas estão em excelente estado de conservação, pois o Colégio
passou por uma reforma a pouco tempo. Contamos também com uma quadra fechada e
coberta para os alunos realizarem suas atividades de aulas de Educação Física .
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6.5 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO
A educação transformadora, com a qual estamos comprometidos, pressupõe
compreender o aluno como sujeito portador de cultura e identidades próprias, a serem
levadas em consideração em todas as práticas pedagógicas.
Na perspectiva da diversidade sociocultural de nossos alunos, Kramer, Candau e
Canen, propõem um projeto para a escola democrática em que a avaliação diagnóstica
ajudaria a construir aquela que incorpore as diferenças combatendo a desigualdade, a
discriminação a exclusão. Portanto, aquela em que a avaliação seja compreendida como
diagnóstico, isto é, pesquisa, reflexão crítica sobre os ajustes e reajustes de rota para que
o diálogo com as culturas dos alunos se concretize no dia a dia da escola.
Assim, pensar a avaliação de forma a superar sua visão estática e classificatória
significa pensar no processo de ensino e aprendizagem como um todo, fazê-lo trabalhar a
favor da permanência do aluno no sistema de ensino, buscando uma aprendizagem
efetiva e significativa. A avaliação transformadora não se limita ao momento final do
processo: ela o acompanha em sua trajetória de construção cotidiana. Busca identificar os
padrões culturais dos alunos que chegam às escolas e os elementos necessários para
ampliar esses padrões, através de uma relação de diálogo no dia a dia das práticas de
ensino. A avaliação diagnóstica servirá de ajuda ao processo de ensino e aprendizagem:
fornecerá aos professores elementos que permitam identificar os conhecimentos prévios
dos alunos, bem como os pontos críticos para que se avance na construção do
conhecimento, tendo em vista um projeto de escola não excludente.
A avaliação será entendida como um dos aspectos de ensino, pelo qual o professor
estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho com a finalidade
de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como,
diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor, dando condições para que seja possível
tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem,
proporcionando dados que permita ao Estabelecimento de Ensino Promover a
reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e métodos de ensino.
A avaliação é um processo integral, sistemático, gradual, contínuo e processual
que se inicia no estudo de uma situação e se estende através de todo o processo
educativo. Dispondo dessas informações é possível adotar procedimentos para correções
e melhorias no processo, planejando e redimensionando o trabalho pedagógico.
A avaliação será realizada em função dos objetivos expressos nos projetos de
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ensino e/ou programação curricular do estabelecimento, de acordo com as Diretrizes
Pedagógicas emanadas pelo mantenedor, permitindo o diagnóstico de seus resultados e
a consequente reformulação dos conteúdos e do encaminhamento metodológico
empregado, sendo contínua, progressiva e cumulativa.
A avaliação terá como funções: auxiliar o educando na compreensão de si, mesmo,
propiciando-lhe os meios de detectar as próprias capacidades e limitações. Fazer
preponderar os aspectos qualitativos de aprendizagem, dando-se maior importância a
atividade crítica, à capacidade de síntese e a elaboração pessoal. A avaliação deve ser
diagnóstica, formativa e somativa:
Diagnóstica – com o propósito de determinar a presença ou ausência de pré-
requisitos, assim como identificar possíveis causas de dificuldades na aprendizagem,
tendo em vista o avanço e o crescimento do educando e não a sua estagnação
disciplinadora, o que exige do educador uma postura pedagógica clara e definida.
Formativa – realizada no processo, oportunizando a avaliação do educando como
um ser único, individual, respeitando suas potencialidades e características pessoais,
fornecendo elementos decisivos para prosseguimento dos conteúdos ou para a retomada
de estudos dos mesmos, evitando-se a comparação dos alunos entre si; avaliando seu
desempenho em relação ao elenco de objetivos propostos para serem atingidos num
período determinado.
Somativa – caracterizada pela avaliação global, cumulativa, que expressa à
totalidade do aproveitamento escolar num processo contínuo, porém, terminal do
período / ano letivo.
A avaliação do aproveitamento escolar incidirá sobre o desempenho do aluno em
diferentes experiências de aprendizagem; utilizando técnicas e instrumentos
diversificados, tais como: testes orais e escritos, trabalhos práticos, debates de
experiências pessoais, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, tarefas
específicas, pesquisas, atividades complementares em classe, extraclasse e domiciliares,
arguições e demais modalidades propostas pelo professor, competindo a este elaborar,
aplicar, corrigir e atribuir notas aos testes, trabalhos e demais instrumentos de avaliação
referente aos conteúdos básicos propostos nos projetos de ensino.
A aferição de valor às tarefas apresentadas pelo educando será realizada no final
de cada período letivo (bimestre). É vedada a avaliação em que o educando é submetido
a uma só oportunidade de aferição.
O resultado da avaliação de aprendizagem é expresso através de notas graduadas
19
de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). O rendimento mínimo exigido para a aprovação é a
nota 6,0 (cinco vírgula zero) por disciplina ou área de conhecimento.
Os resultados das avaliações de Aprendizagem do período letivo será registrados
em documentação própria, a fim de ser assegurada a regularidade da vida escolar do
aluno. A nota dos períodos letivos será resultante da somatória dos valores atribuídos de
cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na
sequencia e ordenação de conteúdos.
A média de conclusão de disciplina será obtida através da média aritmética das
notas dos períodos letivos constituindo-se na média anual (M.A.).
O professor revisará os conteúdos não apreendidos usando diversas estratégias e
instrumentos avaliativos e ao aluno que não atingir o mínimo será ofertada a recuperação
Paralela de Estudos, ao longo da série ou período letivo, através de pesquisas
bibliográficas, atividades extraclasse, exercícios individuais e em grupo, leitura
informativa, etc.
A Recuperação Paralela de Estudos será planejada, constituindo-se num conjunto
integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos e será
oferecida a todos os alunos com baixo rendimento escolar e/ou aqueles que quiserem
usufruí-la. A carga horária da Recuperação Paralela de Estudos não será inserida no
cômputo das 800 (oitocentas) horas anuais. O professor considerará a aprendizagem do
aluno no decorrer do processo e, para a aferição do bimestre, entre a nota da Avaliação e
a Recuperação de Estudos de Estudos prevalecerá sempre a maior.
A promoção resultará da combinação do resultado da avaliação com o
aproveitamento escolar do aluno expresso na escola de notas 0,0 (zero) a 10,0 (dez
vírgula zero) e apuração da assiduidade.
Será considerado aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou superior a
75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período letivo e média anual
igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), resultante da média aritmética dos bimestres
nas respectivas disciplinas, como segue:
1ºB + 2ºB + 3ºB + 4ºB= M.F
4
Será considerado reprovado o aluno que apresentar:
Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária
20
do período letivo e média anual inferior a 6,0 (cinco vírgula zero).
Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária
do período letivo, com qualquer média anual.
O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por
cento) e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero, mesmo após os Estudos de
Recuperação Paralela, ao longo da série do período letivo será submetido à análise do
Conselho de classe que definirá pela sua aprovação ou não.
A avaliação final considerará, para efeito de promoção e retenção do aluno, todos
os resultados obtidos durante o ano letivo e durante a Recuperação Paralela de Estudos.
Encerrado o processo de avaliação, o Estabelecimento registrará na documentação
escolar do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado.
O estabelecimento adotará a seguinte síntese do sistema de Avaliação:
6.6 SÍNTESE DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO
FREQUÊNCIA AVALIAÇÃO SITUAÇÃO= ou > 75% = ou > 6,0 Aprovado= ou >75% < 6,0 Reprovado< 75% Qualquer Reprovado
O Estabelecimento de ensino usará os resultados contidos no Relatório Final com
os índices de aprovação, reprovação e evasão para que no início do ano letivo sejam
implementadas ações para sanar os problemas apresentados; bem como , os resultados
da Avaliação do Rendimento Escolar e ENEM com dados comparativos dos resultados ao
longo dos anos para subsidiar o planejamento escolar, a capacitação de professores, o
estabelecimento de metas quanto à organização e a gestão da escola e sua articulação
com a comunidade. Quanto aos encaminhamentos dados às dificuldades de
aprendizagem apresentados pelos alunos, acontece ao final de cada bimestre, os
professores de cada área entregam uma ficha de acompanhamento dos alunos à Equipe
Pedagógica em data que antecede ao Conselho de Classe, para levantamento acerca dos
problemas mais graves relacionados ao processo de ensino e de aprendizagem; para que
em reunião prevista em calendário, com Diretor, Secretária, Equipe Pedagógica e
professores haja análise, discussão e proposição de soluções acerca dos problemas
detectados em cada classe. Usando o levantamento e discussão dos problemas para a
melhoria e oportunidade de verificação das ações empreendidas, com abertura à
21
momentos de reflexão das ações pedagógicas implementadas elevando ao máximo o
índice de aprendizagem. Em seguida, o Diretor organizará uma reunião com os pais, onde
participarão Supervisão, Orientação e Professores para a tomada de atitudes em relação
aos problemas levantados e para que tomem conhecimento dos resultados obtidos pelos
alunos nas avaliações, com encaminhamentos para sanar os problemas e direcionando o
trabalho a ser feito para que se atinjam os objetivos propostos, envolvendo os pais nas
ações empreendidas na escola; visando a integração escola e comunidade e pais
conscientes do trabalho que está sendo executado, garantindo a permanência do aluno
na escola com sucesso.
O estabelecimento de ensino utiliza procedimentos de recuperação,
acompanhamento individual. Apresenta planos de adaptação, – Progressão Parcial,
operacionalização do processo de recuperação, operacionalização da classificação e
reclassificação.
A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o
grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando em
conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos compatível
com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que registre o seu
Histórico Escolar. O processo de reclassificação poderá ser aplicado como verificação da
possibilidade de avanço em qualquer série/ano/carga horária da(s) disciplina(s) do nível
da Educação Básica, quando devidamente demonstrado pelo aluno, sendo vedada a
reclassificação para conclusão do Ensino Médio. Cabe aos professores, ao verificarem as
possibilidades de avanço na aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com
frequência na série/disciplina, dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma
possa iniciar o processo de reclassificação. Os alunos, quando maior, ou seus
responsáveis poderão solicitar aceleração de estudos através do processo de
reclassificação, facultando à escola aprová-lo ou não. A equipe pedagógica comunicará,
com a devida antecedência, ao aluno e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios
do processo a ser iniciado, a fim de obter o devido consentimento. A equipe pedagógica
do estabelecimento de ensino, assessorada pela equipe do Núcleo Regional de
Educação, instituirá Comissão, conforme orientações emanadas da Secretaria de Estado
da Educação, a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem a
necessidade da reclassificação.
Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,
anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para
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que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno. O aluno reclassificado deve ser
acompanhado pela equipe pedagógica, durante dois anos, quanto aos seus resultados de
aprendizagem.
6.7 CALENDÁRIO ESCOLAR
O Calendário Escolar a ser elaborado anualmente deverá atender ao disposto na
legislação vigente, bem como as normas baixadas em instrução específica da Secretaria
de Estado da Educação. Caberá ao estabelecimento de ensino elaborar e propor, para
apreciação e aprovação do Conselho Escolar e posteriormente enviar ao Núcleo Regional
de Educação para homologação.
O Calendário Escolar será proposto para atender a organização curricular, as
necessidades e peculiaridades da comunidade escolar e disporá de: período de matrícula,
dias letivos, reuniões pedagógicas, recessos escolares, férias docentes e discentes,
feriados e outros dados específicos do estabelecimento de ensino. Estabelecerá carga
horária mínima anual de oitocentas horas distribuídas por um número de duzentos dias de
efetivo trabalho escolar. O Calendário de matrículas será de acordo com as instruções
recebidas do mantenedor. As férias escolares serão de sessenta dias distribuídas nos
meses de Janeiro, Julho e Dezembro. Os feriados constantes no Calendário Escolar
serão: Carnaval, Cinzas, Paixão de Cristo, Tiradentes, Dia do Trabalho, Corpus Christi,
Independência do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, Professor, Feriados, Proclamação da
República, Emancipação Política do Paraná e Natal. Os feriados Municipais: Onze de
Outubro- aniversário do município. Serão destinados no inicio do ano letivo quatro dias
para planejamento e três dias para capacitação, e no mês de julho um dia para
planejamento e dois dias para capacitação, quatro reuniões de Conselho de Classe, de
série e de pais, durante o ano letivo.
As reuniões do Conselho Escolar, A.P.M.F. e Orientações Pedagógicas não são
previstas no Calendário Escolar pois são realizadas de acordo com a necessidade do
estabelecimento de ensino.
Os eventos regimentais e atividade extraclasse são contemplados no Projeto
Excelência da Escola e realizados durante o ano letivo. A recuperação de estudos é
realizada durante o transcorrer do processo ensino e aprendizagem.
23
24
7. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
O Colégio do Campo Dr. Antônio Pereira Lima tem sua organização escolar
fundamentada numa gestão participativa, na qual, docentes, pedagogos, pais, alunos,
diretores e demais funcionários participam dos processos e decisões no âmbito escolar.
Assim, a área administrativa e pedagógica são integradas. Todos os membros exercem
seu papel de forma consciente, sem individualismos, e com objetivos comuns.
7.1 DIREÇÃO
À Equipe de Direção cabe a gestão dos serviços escolares no sentido de garantir o
alcance dos objetivos educacionais do estabelecimento de ensino definidos no Projeto
Político-pedagógico da Escola.
Parágrafo Único – A equipe de Direção é composta por Diretor, Diretor Auxiliar,
designados por ato próprio.
Art. 18 – Compete ao Diretor:
I - coordenar a elaboração e a execução da Proposta pedagógica, eixo de toda e
qualquer ação a ser desenvolvida pelo estabelecimento.
II – submeter o Plano Anual de Trabalho à aprovação do Conselho Escolar;
III – convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar tendo direito a voto,
somente nos casos de empate nas decisões ocorridas em assembleia;
IV – elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas
e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;
V – elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar as diretrizes
específicas da administração do estabelecimento, em consonância com as normas e
organizações gerais emanadas da Secretaria de Estado da Educação;
VI – elaborar e encaminhar à Secretaria de Estado da Educação, as propostas de
modificações, aprovadas pelo Conselho Escolar;
VII – submeter o calendário escolar à aprovação do Conselho Escolar;
VIII – instituir grupos de trabalho ou comissões encarregadas de estudar e propor
alternativas de solução, para atender os problemas de natureza pedagógica,
administrativa e situações emergenciais;
IX – propor à Secretaria de Estado da Educação após a aprovação
do Conselho Escolar, alterações na oferta de serviços de ensino prestados pela Escola,
extinguindo ou abrindo cursos, ampliando ou reduzindo o número de turnos e turmas e a
25
composição das classes;
X – propor à Secretaria de Estado da Educação, após a aprovação do Conselho
Escolar, a implantação de experiências pedagógicas ou inovações de gestão
administrativa;
XI – coordenar a implantação das diretrizes pedagógicas emanadas da Secretaria
de Estado da Educação;
XII – aplicar normas, procedimento e medidas administrativas baixadas pela
Secretaria de Estado da Educação;
XIII – analisar e aprovar o regulamento da Biblioteca Escolar, e encaminhar ao
Conselho Escolar para a aprovação;
XIV – manter o fluxo de informações entre os estabelecimentos e os órgãos da
administração Estadual de ensino;
XV – supervisionar a exploração da cantina comercial, com autorização de
funcionamento, respeitando a lei vigente;
XVI – cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho
Escolar e os órgãos da administração: reuniões, encontros, grupos de estudo e outros
eventos;
XVII – exercer as demais atribuições decorrentes deste regimento escolar e no
que concerne a especificidade de sua função.
Art. 19 - Compete ao Diretor Auxiliar:
I – assessorar a Direção em todas as suas atribuições;
II – substituir o Diretor na sua ausência ou impedimento.
QUADRO DEMONSTRATIVO DA DIREÇÃO - ANO LETIVO 2012
Nome Cargo FunçãoRosângela Conceição Pedro Diretor DiretoraTereza Batista Diretor Auxiliar Diretora Auxiliar
7.2 EQUIPE PEDAGÓGICA
É o articulador do processo pedagógico dentro do estabelecimento de ensino,
responsável pela coordenação, implantação das Diretrizes Curriculares definidas no
Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar, de acordo com a política
educacional da Secretaria de Estado da Educação. Grande é a sua carga de
responsabilidade na escola , dependendo de sua atuação o alcance dos objetivos
26
educacionais estabelecidos. A equipe é entre outros, responsável pela qualidade da
educação , conduzindo as atividades no sentido do desenvolvimento do processo
educativo que contribui para a formação humana.
Sistematizando algumas ações do pedagogo dentro da escola:
- Construção e implementação do Projeto Político pedagógico
- Formação Continuada dos profissionais
- Organização da Prática Pedagógica
- Relação da Escola com a Comunidade
- Elaborar juntamente com a direção o calendário letivo, na formação de turmas,
na distribuição do horário semanal das aulas e disciplinas, da hora atividade e de outras
atividades que possam interferir no processo pedagógico.
- Divulgar o acervo bibliográfico existente na biblioteca; acompanhar o trabalho
desenvolvido pelos professores na utilização do mesma e auxiliar na orientação junto aos
alunos, quanto ao uso e seu funcionamento;
- Atuar junto aos professores, durante o conselho de classe ou pré conselho de
forma a garantir um processo de reflexão, e coordenar proposta e intervenção decorrente
desse processo.
- Acompanhar junto aos professores quais educandos que apresentam
necessidades de atendimento especial.
- Analisar livros registros, quanto a clareza da avaliação, rasuras, conteúdos.
- Estimular os professores com sugestões de leitura, pesquisa, cursos do NRE,
para uma melhor intervenção na escola.
- Atender os professores em sua hora atividade, promovendo estudos, trocas de
experiência, debates, garantindo assim uma reflexão sobre o processo pedagógico.
- Orientar pedagogicamente e tecnicamente os funcionários para participarem
nos cursos de capacitação;
- Realizar reuniões de pais, juntamente com direção e professores, promovendo
meios para integrar a escola e família, e que os mesmos acompanhem o processo de
aprendizagem do educando.
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QUADRO DEMONSTRATIVO DA EQUIPE PEDAGÓGICA - ANO LETIVO 2012
Nome Cargo FunçãoIvani Dias Gonçalves Equipe Pedagógica PedagogaMárcia Aparecida Honório Equipe Pedagógica PedagogaWanderléia Aparecida Bergamasco Equipe Pedagógica Pedagoga
7.3 CORPO DOCENTE
É constituído de professores regentes, devidamente habilitados, deve ministrar
aulas; participar da elaboração, execução e avaliação do Projeto Político Pedagógico da
escola; participar do processo de análise e seleção de livros e materiais didáticos;
elaborar o seu planejamento de acordo com o Projeto Político Pedagógico da Unidade e
ensino; propiciar aquisição do conhecimento científico, erudito e universal, respeitando os
valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social do educando; promover
uma avaliação diagnóstica, contínua, acompanhando e enriquecendo o desenvolvimento
do trabalho do aluno, elevando-o a uma compreensão cada vez maior sobre o mundo e
sobre si mesmo; promover as avaliações de acordo com os critérios do Projeto Político
Pedagógico; participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da
Unidade Escolar com vistas ao melhor rendimento do processo ensino aprendizagem,
replanejando sempre que necessário; realizar a recuperação contínua e paralela de
estudos para todos/as os/as alunos/as que, durante o processo ensino-aprendizagem,
não dominarem o conteúdo curricular ministrado; participar ativamente do Conselho de
Classe; participar da elaboração do Calendário Escolar; participar de reuniões de estudos,
encontros, cursos, seminários, atividades cívicas, culturais, recreativas e outros
eventos,tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento e melhoria da qualidade de
ensino.
Os professores constitui a base de toda a escola, pois desempenham suas
funções embasados nas Diretrizes Curriculares, para que os alunos possam ser
atendidos no sentido de desenvolver seu senso crítico e ter uma formação completa. Para
que isso ocorra foi elaborado um plano de ação dos docentes, onde devem participarem
ativamente da construção do Projeto Político pedagógico e executar as orientações da
SEED:
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• Propor estratégias de avaliação
• Incentivar os alunos em sua aprendizagem;
• Realizar aulas interessantes para desenvolver o espírito critico dos alunos;
• Realizar propostas de recuperação continua;
• Criar estratégia diversificadas para envolver o aluno, nas aulas;
• Propor atividades de leitura para sanar algumas falhas que os alunos
apresentam;
• participar da elaboração, implementação do projeto politico pedagógico
• Zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer
irregularidade a equipe pedagógicas
• Cumprir as normas já estabelecidas no Regimento Escolar.
• Desenvolver um trabalho com os pais e alunos (comunidade escolar) para
subsidiar a família no sentido de traçar os limites dos filhos, assim como
trabalhar valores fundamentais para a sociedade. Ex.: princípios éticos (o
que é certo, e o que é errado), princípios cristãos e princípios morais.
• Acatar sugestões da APMF sobre assuntos ligados à educação familiar.
• Prontidão na troca de aula por parte dos professores.
• Exigir que os alunos aguardem os professores na sala.
• Em caso de atraso, o aluno deverá entrar com autorização da direção.
• Trabalhar em grupo de alunos, usando o seu espaço, sem avançar o
horário, deixando a sala em ordem.
• Elaborar e cumprir o plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino.
• Aperfeiçoar a prática educacional, revendo os conteúdos, as estratégias, a
organização da sala de aula, a relevância dos temas abordados, os
recursos didáticos adotados.
• Diminuir o vazio que se estabelece entre o conteúdo ensinado e as
exigências da vida moderna para o desenvolvimento dos alunos.
• Diversificar os tipos de estudos disponíveis, estimulando alternativas que a
partir de uma base comum, ofereçam opções de acordo com as
características dos alunos e as demandas do meio social.
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QUADRO DEMONSTRATIVO DE PROFESSORES- ANO LETIVO 2012
Nome Disciplina Curso
Albenize Cristina Pereira
Língua Portuguesa / Mc.Aprofundamento Da Aprendiz. Ens. Fundamental e Médio
Alcinda Soares Moraes Matemática Ensino FundamentalIdeir Tiago Novaes Interprete De Libras Ensino MédioElza de Souza Geografia Ensino FundamentalDalva Aparecida Zanelli Matemática Ensino FundamentalMoacir Mitsuo Nishida Matemática Ens. Fundamental e MédioDenise Varotto Arte Ensino FundamentalTatiane Agostinho Martins Filosofia Ensino MédioEderval Varotto Física Ensino MédioLuiz Gustavo Ribeiro Educação Física Ensino MédioEliana Busetti De Lima Biologia Ensino MédioThais Felisbino Arte Ens. Fundamental e médioGislaine Aparecida Moda Língua Portuguesa Ensino FundamentalGislene Cândido Educação Física Ens. Fundamental e médioClodoaldo Chaves Química Ensino MédioIlma Soares de Moraes Matemática Ensino FundamentalLucilene Ruivo Alfieri Massan Matemática Ensino FundamentalMarcia Regina Alves dos Santos Física/Biologia Ensino MédioMara Sílvia Zanon Sociologia Ensino MédioMarcia Aparecida Honório Sociologia/Filosofia Ensino MédioMárcia Rodrigues de Lara Buseti L.E.M - Espanhol CelemSandra Aparecida Batista Sala de Recursos Ensino FundamentalSilvana Ferreira História Ensino FundamentalMarina Acácio Catarino Historia Ensino FundamentalMarina Fantinelli Ciências / Ens. Religioso Ensino FundamentalPaula Michele Rocha Varotto Arte Ens. Fund. E MédioNeuza Uzai Nishida Historia Ensino FundamentalJoceanne Mahnic Gobis Ensino FundamentalRita De Cássia De Castro Polido Matemática Ens. Fundamental e Médio
Wanessa Priscilla Barbieri Geografia Ens. Fundamental e MédioRosimar Eliane Da Silva L.E.M. - Inglês Ens. Fundamental e MédioSandra Gongora Rubim Sala De Recursos Ensino FundamentalSirlene Aparecida Vitorini Da Silva L.E.M. - Espanhol Celem
Shirlei P. Dos Santos munhozSala De Apoio 5a Série - Português Ensino Fundamental
Tereza BatistaSala De Apoio 5a Série - Matemática Ensino Fundamental
Tiago Paulino Geografia Ensino Fundamental
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7.4 EQUIPE AGENTE EDUCACIONAL II E AGENTE EDUCACIONAL I
Os agentes educacionais II, são integrantes da equipe técnico administrativa, que
corresponde ao setor que serve de suporte ao funcionamento de todos os setores do
estabelecimento de ensino, proporcionando condições para que os mesmos cumpram
suas reais funções, executando serviços de organização de arquivo, preservação de
documentos, coletânea de leis e escrituração de documentos escolares, registrar e
manter atualizados os assentamentos funcionais dos servidores, organizar e preparar a
documentação necessária para o encaminhamento de processos diversos. A função de
técnicos administrativos é exercida por profissionais que atuam nas áreas da secretaria,
biblioteca e laboratório de Informática.
A equipe de Agente Educacional I tem a seu encargo o serviço de manutenção,
preservação, segurança e merenda escolar do estabelecimento, sendo coordenados e
supervisionados pela Direção, ficando a ela subordinados.
O funcionamento do colégio implica certas atividades, que são realizadas, por
aqueles que não estão diretamente relacionados com a ação educativa. Este pessoal
desempenha funções diferentes, mas muito importante e fundamental dentro da escola.
Ocupando lugares e assumindo responsabilidades muito valiosa para à Direção, aos
professores, aos alunos e às famílias. De fato, este pilar está formado por pessoas que,
colaboram, de maneira solidária, com o bom andamento das atividades realizadas no
colégio e comprometem-se com a ação educativa que aqui se realiza; zelam pela correta
administração dos bens próprios da escola; realizam os trabalhos de secretaria e
colaboram com a Direção, Equipe Pedagógica, e Professores no exercício das
respectivas responsabilidades; contribuem para manter o Colégio em condições para que
todos possam sentir bem e levar em bom termo as tarefas que lhes são confiadas;
participam na gestão do Colégio através do Conselho de Escolar, APMF, na elaboração
do PPP, como também em cursos de capacitação ministrados na própria escola e,
portanto, co-responsabilizam-se pela ação educativa global da escola.
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QUADRO DEMONSTRATIVO DE AGENTE EDUCACIONAL ll - ANO LETIVO 2012
Nome Cargo Função
Lucilene Favaretto Agente Educacional II Técnico Administrativo
Marcos Eleandro Garcia Agente Educacional II Secretario
Sônia Aparecida Dos Santos Agente Educacional II Técnico Administrativo
Warléia Aparecida Bergamasco Agente Educacional II Bibliotecária
QUADRO DEMONSTRATIVO DE AGENTE EDUCACIONAL I- ANO LETIVO 2012
Nome Cargo FunçãoIraci Fernandes Santos Agente Educacional I Aux. Serviços Gerais
Márcia Aparecida Bento De Oliveira Agente Educacional I Aux. Serviços GeraisMaria Aparecida Pereira Agente Educacional I Aux. Serviços Gerais
Nilza Aparecida Monte Santos Pordo Agente Educacional I Aux. Serviços GeraisSônia Rodrigues Alves Agente Educacional I MerendeiraVerônica Alves Dos Santos Agente Educacional I Aux. Serviços GeraisVilma Alves De Souza Agente Educacional I Aux. Serviços Gerais
32
8. OFERTA DE HORÁRIOS, TURMAS E TURNOS, ORGANIZAÇÃO
O Colégio Estadual do Campo Dr Antônio Pereira Lima oferta Ensino
Fundamental e Médio . O Ensino Fundamental funciona nos períodos: matutino,
vespertino , autorizado pelo Decreto nº . O Ensino Médio funciona nos períodos
matutino e noturno, de acordo com a Resolução nº 2249 DOE 14/07/1998 .
No período matutino é ofertado o Ensino Fundamental, com 04 (quatro) turmas,
sendo 02 (dois) oitavos anos, 02 (dois) nonos anos e também o Ensino Médio com 01
(um) primeiro ano, 01 (um) segundo ano e 01 (um) terceiro ano, ocupando portanto
nesse período 07 (sete) salas de aula. O horário de entrada é 7:20 h e de saída ás 11:50
horas com cinco aulas diárias, de 50 minutos cada, tendo intervalo de 10 (dez) minutos
entre o 3º e 4º horário para o Ensino Fundamental e Médio. Neste período funciona
também a Sala de Recurso. No período vespertino funcionam 04 (quatro) turmas de
Ensino Fundamental, com 80 alunos, sendo 02 (dois) sexto anos, 02 (dois) sétimo anos, e
a Sala de Recurso.
No período noturno funcionam 03 (três) turmas, sendo 01 (um) primeiro ano, 01
(um) segundo ano e 01 (um) terceiro ano do Ensino Médio, com um total de 57 alunos. O
horário de entrada 19:00 horas e o de saída às 11:10 horas, com intervalo de 10 (dez)
minutos entre a 3ª e 4ª aula, sendo as 3(três) primeiras aulas de 50 minutos e as 2 (duas)
últimas aulas de 45 minuto .
O horário de aulas nos três períodos são organizados pela Equipe Pedagógica,
buscando atender aos interesses da escola, dos alunos e professores.
A escola conta com uma pedagoga Diretora ou a Diretora Auxiliar em cada
período de funcionamento e conta também com os funcionários administrativos em seus
horários, para auxiliar os professores e atender , alunos e pais. Os alunos para se
ausentarem da escola é preciso trazer uma autorização dos pais.
No noturno a temos uma pequena tolerância para entrar após o sinal em virtude
do grande número de alunos trabalhadores.
Os alunos do matutino e vespertino, usam uniforme, no noturno por decisão da
maioria foi dispensado do uso do mesmo.
Ao final de cada bimestre é feita uma reunião para assinatura de boletins, onde
todos os professores estão presentes para atender aos pais, na ausência de algum a
equipe pedagógica orienta os mesmo.
A escola trabalha no coletivo para que a mesma funcione de maneira adequada,
por isso a cada inicio de ano são levadas até os alunos as normas da escola, direitos,
33
deveres para todos, conforme o Regimento Escolar. Quando os professores não
conseguem resolver alguns problemas na sala ou seja um caso de maior gravidade o
aluno é levado a sala da equipe,onde é orientado:
• Orientação disciplinar com ações pedagógicas dos professores, equipe e
direção.
• Registro dos fatos ocorridos envolvendo o aluno, com assinatura .
• Comunicado por escrito, com ciência e assinatura dos pais ou
responsáveis, quando criança ou adolescente;
• Encaminhamento a projetos de ações educativas;
• Convocação dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente,
com registro e assinatura,e/ou termo de compromisso;
• Esgotadas as possibilidades no âmbito do estabelecimento de ensino,
inclusive do Conselho, será encaminhado ao Conselho Tutelar, para a
tomada de providências cabíveis.
Em 2012, o Colégio Estadual do Campo Dr. Antônio Pereira Lima, levando em
conta as necessidades pedagógicas e sociais dos alunos e da escola, realizou as
seguintes atividades de complementação curricular:
• Concurso de Soletração
• Olimpíadas de Matemática
• Gincana Recreativa-Cultural
• Oficina de Jogos
• Projeto Escola Ambiente (Reciclagem)
• Atividades Complementares Curriculares de Contraturno
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8.1ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES DE
CONTRATURNO
Atividades Complementares Curriculares de Contraturno, atividades educativas,
integradas ao Currículo Escolar, com a ampliação de tempos, espaços e oportunidades
de aprendizagem que visam ampliar a formação do aluno.
As Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular têm os seguintes
objetivos:
• Promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação
de tempos, espaços e oportunidades educativas realizadas na escola ou no
território em que esta situada, em contraturno, a fim de atender as necessidades
sócio-educacionais dos alunos.
• Possibilitar maior integração entre alunos, escola e comunidade,
democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.
• Dar condições para que os profissionais da educação, os educandos
da Rede Pública Estadual e a comunidade escolar, desenvolvam diferentes
atividades pedagógicas no estabelecimento de ensino no qual estão vinculados,
além do turno escolar;
• Viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em
atividades pedagógicas de seu interesse;
• Ofertar atividades complementares ao currículo escolar em
contraturno vinculadas ao Projeto Politico Pedagógico da Escola, respondendo as
demandas educacionais e aos anseios da comunidade.
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8.1.1 PROFUNDAMENTO DE APRENDIZAGEM
PROPOSTA PEDAGÓGICA DE ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRATURNO
MACROCAMPO Aprofundamento da Aprendizagem
TURNO Matutino
CONTEÚDO LeituraInterpretação oral e escrita de textosProdução escrita de textos
OBJETIVO Melhorar o rendimento escolar de alunos de 5ª e 6ª séries que apresentam defasagem de aprendizagem em língua portuguesa.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Explanação oral pelo professor.Utilização de recursos audiovisuais.Leitura de livros infanto juvenis.Interpretação escrita de textos.Uso de dicionários.Estudo de variados gêneros literários.Produção de textos de acordo com os gêneros estudados.atividades escritas variadas: palavras cruzadas, caça palavras, etc.
AVALIAÇÃO Relatórios pelo professor do contraturno sobre os avanços alcançados pelos alunos.Relatórios pelo professor da sala regular sobre os resultados apresentados pelos alunos nas avaliações.Acompanhamento pela equipe pedagógica.
RESULTADOS ESPERADOS
PARA O ALUNO: Melhor desempenho na aprendizagem de língua portuguesa.
PARA A ESCOLA: Aumentar o índice de aprendizagem alcançado pelos alunos de 5ª e 6ª séries.
PARA A COMUNIDADE: Maior integração com a escola.
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8.1.2 ESPORTE E LAZER
PROPOSTA PEDAGÓGICA DE ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRATURNO
MACROCAMPO Esporte e lazer
TURNO Vespertino
CONTEÚDO Voleibol: histórico, posição correta das mãos e dedos, toques e manchete 2 a 2, posse e recepção 2 a 2, saque por baixo, posicionamento em quadra, rodízio, noções de regras, jogo pré desportivo.Handebol: histórico, domínio da bola, domínio do corpo, passes e recepção de bola, progressão em 3 passadas, arremessos simples, deslocamento com e sem bola.Futsal: histórico, domínio de corpo, domínio de bola, drible e condução de bola, drible em zig-zag, treinamento de goleiro, regras complementares.
OBJETIVO Despertar e desenvolver capacidades físicas, morais e sociais, despertar o interesse pelo esporte e aprimorar no aluno a capacidade para o esporte coletivo.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Exercícios de resistência aeróbicaJogos recreativosExercícios de deslocamentoVídeosAtividades pré-esportivasRecepção alta, baixa e médiaArremesso sobre o ombro e suspensãoDrible com giros e reversãoExercícios de aplicação do sistema de ataque e defesaJogos pré-desportivosArremessos com saltos e quedas, para frente, diretos e picadosDribles de progressões de três passosProgressão com a bolaRecepção da bolaPasse com o peito do péPasse com o lado esquerdo e lado direito do péPasse de bicoChute de curta, média e longa distânciaChute de bicoChute com o peito do péChute de voleio
AVALIAÇÃO Relatórios escritos pelo professorParticipação e assiduidade dos alunos
RESULTADOS ESPERADOS
PARA O ALUNO: desenvolvimento da saúde e qualidade de vidaPARA A ESCOLA: Melhor socialização entre os alunos PARA A COMUNIDADE: Maior integração com a escola
37
8.2 SALA DE APOIO
O Programa Salas de Apoio à Aprendizagem tem o objetivo de atender às
dificuldades de aprendizagem de crianças que frequentam as séries finais do Ensino
Fundamental, ofertando aos alunos de 5ª Série/6º Ano e 8ª Série/9º ano, um aumento de
seu tempo na escola, com o propósito de organizar ações pedagógicas que intervenham
nas dificuldades dos alunos, principalmente no que se refere aos conteúdos de leitura,
escrita e cálculo.
Esses alunos participam de aulas de Língua Portuguesa e Matemática no
contraturno, participando de atividades que visam à superação das dificuldades referentes
aos conteúdos dessas disciplinas.
O professor regente e a Equipe Pedagógica planejam os encaminhamentos
metodológicos necessários para atender às necessidades do aluno, as salas tem no
máximo 20 alunos, que funcionam em horário contrário ao qual os alunos estão
matriculados. A carga horária disponibilizada para cada umas das disciplinas (Língua
Portuguesa e Matemática) é de quatro horas aula semanais.
A metodologia utilizada nas Salas de Apoio prevê atividades diferenciadas que
atendam as necessidades individuais dos alunos e que contribuam decisivamente para a
superação das dificuldades de aprendizagem.
A instituição busca esclarecer os objetivos das Salas de Apoio e promover
discussões sobre metodologias. Além disso, o Programa é permanentemente avaliado
pela Secretaria, procurando sempre seu melhor funcionamento e eficiência.
8.3 SALA DE RECURSOS
Em período contrário ao que está estudando regularmente , alunos regularmente
matriculados do 6ª ao 9º ano, frequentam a sala de recurso que é um serviço
especializado de natureza pedagógica que complementa o atendimento educacional
realizado em classes comuns de ensino fundamental.( Instrução nº 013/18 -
SUED/SEED). Alunos que apresentarem deficiência intelectual e/ou transtornos
funcionais específicos, acompanhados de Relatórios de Avaliação Psicoeducacional
realizados por equipe multiprofissional. Nestas salas os alunos têm atendimento individual
ou em grupo de até no máximo dez alunos, sendo organizados por faixa etária ou
conforme as necessidades pedagógicas semelhantes dos mesmos. Recebem
acompanhamento de duas a quatro horas por semana, porém, nunca ultrapassando duas
38
horas diárias.
A metodologia utilizada na Sala de Recursos parte dos interesses, necessidades
e dificuldades de cada aluno. Os conteúdos pedagógicos defasados, das séries iniciais,
O aluno frequentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as
dificuldades.
8.4 CELEM – LEM ESPANHOL
Tornar-se competente em línguas significa apropriar-se de um conjunto de
conhecimentos que revelam da língua, enquanto saber organizado e da cultura dos povos
que a utilizam, enquanto expressão da sua identidade; significa também ser capaz de
usar estratégica e eficazmente os recursos linguísticos disponíveis em situações de
comunicação, assim como refletir sobre o uso e o funcionamento da língua de modo a
desenvolver estratégias que garantam um processo contínuo de aprendizagem.
O percurso na aprendizagem de línguas estrangeiras ao longo do ensino
básico requer modelos integradores de aprendizagens essenciais. Assim, considera-se
fundamental criar condições para que o aluno possa, nesse percurso, ir construindo uma
competência que, progressivamente, o estimule a implicar-se, com renovada confiança,
em cada série.
O desenvolvimento dessa competência exige que ao aluno sejam garantidas
oportunidades de:
• participar de atividades que impliquem um uso vivo da língua;
• tomar consciência do sistema da língua, pois assim, ele poderá
descobrir a partir da reflexão sobre os usos;
• utilizar, nas atividades de produção de textos, estratégias que lhe
permitam satisfazer as exigências comunicativas;
• estabelecer e desenvolver uma relação afetiva com a língua estrangeira,
dispondo-se a reagir de forma construtiva face aos problemas inerentes
à aprendizagem;
• acompanhar a qualidade dos seus desempenhos e de utilizar recursos
para superação de dificuldades.
Durante todo o ensino fundamental serão consideradas as circunstâncias
específicas de cada etapa, e estas se assentarão numa progressão em espiral que
permita um contínuo crescimento e aprofundamento de aprendizagens. É absolutamente
indispensável promover o desenvolvimento de habilidades estratégicas, que no plano
39
comunicativo que no plano do saber-aprender. A conscientização, por parte do aluno, dos
saberes e do saber-fazer de que dispõe e, por outro lado, os procedimentos necessários a
apropriação de elementos novos e sua incorporação no conjunto das aquisições já
realizadas se torna condição essencial de uma progressão na aprendizagem.
A capacidade de controlar a qualidade dos seus desempenhos e de utilizar
recursos de superação de dificuldades constituirá a chave não só do sucesso do grau de
proficiência a ser atingido neste nível da escolaridade básica, mas também da sua
formação posterior. Entretanto, espera-se que o aprendizado nesta etapa dê ao aluno
subsídios suficientes para que seja capaz de compreender e ser compreendido na Língua
Estrangeira Moderna, de modo que a vivenciar formas de comunicação que lhe permitam
perceber a importância deste conhecimento. Assim, espera-se que o aluno:
Tenha podido experimentar formas de participação que lhe possibilite
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
• Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
• Compreenda que os significados são socialmente e historicamente
construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
• Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
• Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, constando
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país
8.5 INCLUSÃO
A elaboração do Projeto Político Pedagógico, deve promover a ação coletiva
voltada para inclusão e diversidade , a inclusão é um processo para a construção de um
novo tipo de sociedade através de transformações seja nos ambientes físicos ou na
mentalidade de todas as pessoas.
Para que ocorra a inclusão é necessário o compromisso de todos os
envolvidos, pois é um longo processo, que exige mudanças de atitudes e
comportamentos. A diversidade é o eixo norteador da inclusão educacional, pois
entendemos que não basta colocar o aluno, é necessário uma organização para que os
objetivos sejam alcançados, assim asseguramos os direitos sociais da pessoa com
deficiência, criando condições para promover sua autonomia, inclusão social e
participação efetiva na sociedade, deve ser uma luta diária e de cada um. Os princípios
da inclusão devem ser aplicados a todos e não só aqueles com deficiências.
Cabe portanto, à sociedade eliminar todas as barreiras físicas, e atitudinais,
40
arquitetônicas para que as pessoas com necessidades especiais possam ter acesso aos
serviços, lugares, informações e bens necessários ao seu desenvolvimento pessoal,
social, educacional e profissional. Que a família incentive , apoie, ajude e a escola faça
currículo adaptado quando necessário para atender as diferenças individuais.
A sociedade deve ser modificada a partir do entendimento de que ela é que
precisa ser capaz de atender às necessidades de seus membros. O desenvolvimento (por
meio da educação, reabilitação, qualificação profissional) das pessoas com deficiência
deve ocorrer dentro do processo de inclusão e não como um pré-requisito para estas
pessoas poderem fazer parte da sociedade, como se elas “precisassem pagar ingressos
para integrar a comunidade”. (FILHO, 1996, p. 4)
Quanto a diversidade existente a escola é necessário , a compreensão e
orientação o respeito as diferenças . A inclusão social o respeito as diversidades, é um
processo e a escola contribui para a construção de um novo tipo de sociedade através de
transformações, pequenas e grandes, que fazem toda a diferença. A educação inclusiva
se faz com ações que se desenvolvem em conjunto com a sociedade e assim podemos
nos transformar numa sociedade igual para todos. Mas todas essa mudanças exigem um
novo perfil de professor, com conhecimentos diversos, capaz de perceber as
necessidades especiais no processo de aprendizagem e saber conviver com as
diferenças, sem preconceitos.
No Colégio Estadual do Campo Dr. Antônio Pereira Lima – , temos o professor
intérprete Alex Silva, que atua no contexto escolar e o mesmo foi selecionado pela
SEED, para a capacitação na área.
O professor-intérprete no contexto da escola inclusiva apresenta as
competências de um profissional intérprete, a saber:
- competência linguística
- competência para transferência
- competência metodológica
- competência na área
- competência técnica
O professor-intérprete tem por função intermediar as relações entre os
professores e alunos, bem como, entre os colegas surdos e os colegas ouvintes, não
cabendo ao mesmo a responsabilidade de assumir o ensino dos conteúdos desenvolvidos
pelo professor a fim de não confundir seu papel no contexto da sala inclusiva,
considerando ainda que o professor-intérprete é apenas um dos elementos que garantirá
41
a acessibilidade. Os alunos surdos participam das aulas visualmente e precisam de tempo
para olhar para o professor-intérprete, olhar para as anotações no quadro, olhar para os
materiais que o professor estiver utilizando em aula.
De modo geral, o professor-intérprete de língua de sinais, redireciona os
questionamentos dos alunos ao professor, pois desta forma, caracteriza o seu papel na
intermediação, mesmo quando esse papel é alargado. Nesse sentido, o professor
também precisa passar pelo processo de aprendizagem de ter no grupo um contexto
diferenciado com a presença de alunos surdos e de professores-intérpretes, bem como
estar atento a adequação da estrutura física da sala de aula, a disposição das pessoas
em sala de aula, a adequação de sua forma de exposição.
9.GESTÃO DA ESCOLA
A participação é o principal meio de assegurar a gestão democrática da escola, possibilitando o envolvimento de profissionais e usuários no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. Além disso, proporciona um melhor conhecimento dos objetivos e metas, estrutura e organização e de sua dinâmica, das relações da escola com a comunidade, e favorece uma aproximação. (LIBÂNEO,2004, p. 102)
A escola é uma instância social indispensável e insubstituível para a
maturação e desenvolvimento formativo do ser humano. Este é o sentido da educação
básica: a construção do princípio humano, da radicalidade originante do devir humano
como gente. A escola é uma instituição onde não cabe a dominação, porque isso se opõe
ao cumprimento de sua função de formação humana, de construção do sujeito. A
sociedade atual suscita uma educação que assegure a aprendizagem significativa,
voltada à formação. Para que essa formação realmente aconteça é necessário que a
escola realize uma gestão democrática, visto que não há como formar cidadãos críticos
com uma gestão autoritária. A gestão democrática contempla os envolvidos nas
atividades, perpassando a superação do simples fazer e chegando ao âmbito das
decisões.
Contranpondo-se a uma prática tecnicista e tradicional, hoje buscamos
desenvolver um trabalho pedagógico que leve nossos alunos a serem sujeitos da sua
própria história e agentes conscientes de transformações sociais. A gestão escolar tem
como razão de ser a elaboração, execução e avaliação do Projeto Político Pedagógico da
escola. Cada escola tem uma proposta educativa, que norteia e da sentido ao que nela se
faz. Para coordenar a elaboração, execução e avaliação desta proposta as funções da
42
gestão são: A função sócio – política; e a função pedagógica.
A função sócio- política está vinculada a relevância do que se faz na escola,
em relação à aprendizagem significativa. É fundamental o uso do tempo pedagógico para
que aprendam o que é indispensável e significativo para sua construção como sujeito. O
significado social, político e histórico da aprendizagem é que faz com que a proposta
educativa da escola seja um projeto politico, além de pedagógico.
A função pedagógica diz respeito à orquestração do conjunto. Uma proposta
educativa deve ser integral . Não pode ser um agregado aleatório de conteúdos e
práticas. Deve haver unidade na diversidade. As demais funções da gestão escolar, por
mais indispensável e importantes que sejam, são adjetivas e complementares.
A formação humana emancipadora é um processo de construção de autonomia
para produzir as condições subjetivas portanto no Colégio Dr Antônio Pereira Lima, as
participações coletivas são as seguintes:
• O Conselho Escolar e Conselho Fiscal define o uso de verbas do PDDE
e Fundo rotativo
• Os pais e funcionários através da Associação de Pais , Mestres e
Funcionários (APMF)
• Os alunos conforme o seu próprio estatuto (Grêmio Estudantil) e
Regimento Interno.
9.1 CONSELHO ESCOLAR
Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativo e
fiscal, com objetivo de estabelecer para a Proposta Pedagógica da Escola, critérios
relativos a sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade,
tendo como finalidade promover a articulação entre os vários segmentos organizados da
sociedade e os setores da escola, a fim de garantir a eficiência e a qualidade de seu
funcionamento, não
O Conselho Escolar não tem finalidade e/ou vínculo político-partidário,
religioso, racial, étnico ou de qualquer outra natureza, a não ser aquela que diz respeito
diretamente à atividade educativa da escola, prevista em nosso Projeto Político-
Pedagógico.
Não possui fins lucrativos, nenhum de seus membros recebe qualquer tipo de
remuneração ou benefício pela sua participação no conselho escolar.
43
O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão colegiada
e de participação da comunidade escolar constituindo-se como órgão máximo da direção
do Estabelecimento de Ensino.
Ele é presidido pela Diretora é composto por representantes da comunidade
escolar .
Membros do Conselho Escolar
Rosângela Conceição Pedro - Presidente
Ivani Dias Gonçalves – Representante da Equipe Pedagógica
Lucilene Ruivo A Massan – Representante do Corpo Docente EF
Márcia Aparecida Honório – Representante do Corpo Docente EM
Sônia Ap. dos Santos – Representante dos Funcionários Administrativos
Nilza Ap. Monte Pordo – Representante dos Func. De Serviços Gerais
Karen Kresin Flavio – Representante do Corpo Discente EF
Alana Farias de Almeida – Representante do Corpo Discente EM
Ana Paula Maia – Representante dos Pais de alunos EF
Marcos Eleandro Garcia – Representante dos Pais de Alunos EM
Ivanilda Gomes S. Gasbarra – Representante do Segmento da Sociedade.
9.2 ÓRGÃOS COLEGIADOS DE REPRESENTAÇÃO DA COMUNIDADE
ESCOLAR
9.2.1 ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS
Associação de Pais e Mestres e Funcionários é o órgão destinado a promover o
intercâmbio entre a família do aluno, os professores e a direção do estabelecimento,
propondo medidas que visem o aprimoramento do ensino ministrado e assistência ao
Corpo Discente, participando no gerenciamento dos recursos financeiros da escola. Além
disso, promove e organiza atividades extra – escolares com a intenção de ajudar a
formação integral do educando.
Os principais objetivos da APMF são:
Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de
aprimoramento de ensino e integração família - escola – comunidade,enviando
sugestões,em consonância com a Proposta Pedagógica, para apreciação do Conselho
44
Escolar e equipe pedagógica- administrativa;
• Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários,
assegurando-lhes melhores condições de eficiência escolar, em
consonância com a Proposta Pedagógica do Estabelecimento de
Ensino;
• Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no
contexto escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a
realidade dessa comunidade;
• Proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo
escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil, com o
Apoio da APMF e do Conselho Escolar;
• Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo,
dessa forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma
escola pública, gratuita e universal;
• Promover o entrosamento entre pais, alunos,professores e funcionários
e toda a comunidade, através de atividades sócio/educativas, culturais e
desportivas, ouvido o Conselho Escolar;
• Gerir e administrar os recursos financeiros próprio e os que lhes forem
repassados através de
• Convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em reunião
conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata;
• Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas
instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância
desta ação.
A APMF do Colégio Estadual do Campo Dr. Antônio Pereira Lima é formada
por:
PRESIDENTE CEZAR PALHIARIN
VICE-PRESIDENTE MARIA INEZ FARIAS
1 SECRETARIO TEREZA BATISTA
2 SECRETARIO MARIA ANGELICA MOZELLI
1 TESOUREIRO IRENE GALE
2 TESOUREIRO WILMAIR PESTANA DA SILVA
1 DIRETOR SOCIOLCULTURAL ESPORTIVO MARCOS ELEANDRO GARCIA
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2 DIRETOR SOCIOCULTURAL ESPORTIVO ELIANA BUSETTI DE LIMA
CONSELHO DELIBERATIVO
ANTONIO APARECIDO DOS SANTOS
ROSELI DOS SANTOS OLIVEIRA FERNANDES
LUIZ CARLOS RICO
ARIOBALDO BEZERRA DE OLIVEIRA
CLAUDEMIR VICENTE DE LIMA
DALVA APARECIDA ZANELLI
IRACI FERNANDES SANTOS
LUCILENE FAVARETTO
9.2.2 CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa e fiscal em assuntos didáticos/pedagógicos, com atuação restrita a cada
classe da escola, tendo por objetivo avaliar tanto o ensino quanto a aprendizagem na
relação professor/aluno e os procedimentos enquadrados em cada caso., tem também a
finalidade de promover a articulação entre os vários segmentos da sociedade e os
setores da escola. Realizada em reunião prevista em calendário onde todos os
envolvidos: Diretor, Secretária, Equipe Pedagógica e professores da mesma analisam e
discutem, propondo soluções acerca dos problemas detectados , onde o objetivo maior no
primeiro momento não é a nota do aluno, mas sim a busca de alternativas para que
possamos sanar as dificuldades em relação a média que o mesmo apresenta, e
consequentemente analisando caminho a ser percorrido para que esse aluno chegue a
seu destino, aqui entendido com sua aprovação. Em seguida, o Pós Conselho de Classe
onde é organizada uma reunião com pais, equipe pedagógica, diretor para tomada de
atitudes em relação aos problemas levantados em reunião de Conselho de Classe, e
encaminhamentos para sanar os problemas. , No final do ano letivo, acontece o Conselho
de Classe final, onde é decidido, se os alunos que não atingiram a nota mínima, serão
aprovados ou reprovados.
São atribuições do Conselho:
• analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,
encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao processo
ensino e aprendizagem;
• estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao
46
processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos, em
consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da escola;
• acompanhar o processo de avaliação de avaliação de cada turma, devendo
debater e analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e
aprendizagem;
• atuar com corresponsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço
do aluno para série/etapa subsequente ou retenção, após a apuração dos resultados
finais, levando -se em consideração o desenvolvimento integral do aluno;
• analisar pedidos de revisão de resultados finais até 72(setenta e duas)
horas úteis após sua divulgação em edital.
10 MATRIZ CURRICULAR ESPECÍFICA E A INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE
ESTUDOS A QUE SE DESTINA
10.1 ENSINO FUNDAMENTAL
O ensino Fundamental, segunda etapa da Educação Básica é ofertada por este
estabelecimento de Ensino de 5ª Série/6º Ano e 8ª Série/9º ano. De acordo com o Artigo
24 da LDB nº 9394/96, com a carga horária mínima anual de 800 horas, distribuídas por
um mínimo de 200 dias de efetivo trabalho escolar.
O curso, com oferta no turno diurno , deve garantir uma Base Nacional
Comum, de maneira a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na
diversidade nacional. A Base Nacional Comum e sua Parte Diversificada devem integrar
em torno do paradigma curricular que visa estabelecer a relação entre a Educação
Fundamental e a vida cidadã.
A escola, para desenvolver sua proposta pedagógica, contempla no seu
currículo:
Base Nacional Comum: com as áreas de conhecimento de: Língua Portuguesa,
Matemática, Ciências Naturais, História, Geografia, Educação Artística, Educação Física
e Educação Religiosa. Esta, disciplina de oferta obrigatória, mas de matrícula facultativa,
conforme artigo 33 da LDB. Por ser a dimensão obrigatória dos currículos nacionais a
Base Nacional Comum detém, 75% da carga horária de cada série e do total do curso.
Parte Diversificada: compreendendo conteúdos complementares, integrados à
Base Nacional Comum, escolhidos por cada sistema de ensino e estabelecimentos
escolares, de acordo com as características regionais da sociedade, da cultura, da
economia e da clientela. Fazem parte da Parte Diversificada as disciplinas de Língua
Estrangeira Moderna (Inglês), Laboratório de Modelagem Matemática e Estudos Gerais
47
do Paraná.
Complementando a Base Nacional Comum a Parte Diversificada detém 25%
da carga horária de cada série e do total do curso.
48
10.2 A IMPLANTAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS
A implantação do Ensino Fundamental de nove anos justifica-se pela alteração
da LDBN n 9394/96, em seus artigos 6º, 32º e 87º, ocorrida pela Lei Federal nº 11.274 de
06/02/06. A preocupação com a implantação do tempo de ensino obrigatório, no Brasil,
não é recente, como pode ser observado no histórico da legislação educacional brasileira.
Além de uma determinação legal, o Ensino Fundamental de nove anos é um direito,
especialmente, as crianças que não tiveram acesso anterior as instituições educacionais.
O Ensino Fundamental de nove anos tem como meta ampliar o universo
cultural da criança por meio de ações que lhe estimulem a explorar o mundo, acendam a
sua imaginação com novos conhecimentos e a ajudem a se conhecer e a conviver melhor
ao estabelecer relações cognitivas e sociais.
Para uma implementação qualitativa do Ensino Fundamental de nove anos, é
importante compreender que o conceito de infância sofreu transformações
historicamente, o que se evidencia tanto na literatura pedagógica quanto na
legislação e nos debates educacionais, em especial a partir da década de 1989, no
Brasil. (...)Se no contexto político, as diferentes concepções sobre a infância
influenciaram ou justificaram as políticas educacionais, com limites e possibilidades,
no contexto pedagógico, a discussão e definição de uma concepção de infância é
primordial na condução do trabalho. Esta concepção orientará os conceitos sobre o
ensino, aprendizagem e desenvolvimento, a seleção dos conteúdos, a metodologia,
a avaliação, a organização de espaços escolares e tempos com atividades
desafiadoras, enfim, o planejamento do trabalho pedagógico organizado não apenas
pelo professor mas por todos os profissionais da instituição. (SEED,2010, p.10)
Em consonância com essa perspectiva educacional, o Projeto Político
Pedagógico desenvolvido no Colégio Estadual Do Campo Dr. Antônio Pereira Lima
propõe atividades significativas e desafiadoras, capazes de impulsionar o
desenvolvimento da criança. A integração entre as áreas do conhecimento permite ao
aluno fortalecer o seu processo de aprendizagem, ao propiciar uma visão sistêmica da
realidade.
As práticas e as concepções adotadas pela proposta pedagógica, ao introduzir
a criança no mundo da escrita procura garantir a ela o direito de ler, compreender e
produzir textos e os compartilhar socialmente como cidadã, ampliando suas experiências
e práticas sócio-culturais, intermediando as relações dela com situações que provoquem
trocas e descobertas
O desafio é pensar em todos os alunos do Ensino Fundamental, na forma de
49
uma prática que garanta a todos a aquisição de conhecimentos nas dimensões artística,
filosófica e científica, papel pedagógico essencial da instituição escolar. Desta forma,
propomos análise sistemática da Proposta Pedagógica Curricular; reorganização do
projeto Político Pedagógico; adequação do espaço físico, mobiliário, equipamentos,
acervo bibliográfico e materiais de apoio pedagógico; formação continuada para os
profissionais da educação na busca do entendimento pedagógico do Ensino Fundamental
de nove anos. Entendemos essa ações como fundamentais para o verdadeiro
entendimento do ensino fundamental de nove anos, mas para que isso se efetive, é
importante ter claro a importância do compromisso das famílias e dos profissionais da
educação, como forma de garantir ao aluno um aprendizado pautado no entendimento e
na seriedade.
50
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
10.2.1 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: 2410 SANTA MARIANA
ESTABELECIMENTO: 00060 ANTONIO PEREIRA LIMA, C.E. DO CAMPO - Drº
ENDEREÇO: RUA FRANCISCO BELTRÃO, 1031 – DISTRITO PANEMA – CEP 86350-000
TELEFONE: 43 35331110
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL: 6º / 9º ANO
TURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º
Arte 2 2 2 2
Ciências 3 3 4 4
Educação Física 3 3 2 2
Ensino Religioso* 1 1 - -
Geografia 3 3 4 3
História 3 3 3 4
Língua Portuguesa 4 4 4 4
Matemática 4 4 4 4
- - - -
Subtotal 23 23 23 23
PARTE DIVERSIFI-
CADA
L.E.M. - Inglês 2 2 2 2
- - - -
Subtotal 2 2 2 2
Total Geral 25 25 25 25Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.*Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.
Santa Mariana, 24 de Agosto de 2011
51
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
10.2.2 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: 2410 SANTA MARIANA
ESTABELECIMENTO: 00060 ANTONIO PEREIRA LIMA, C.E. DO CAMPO - Drº
ENDEREÇO: RUA FRANCISCO BELTRÃO, 1031 – DISTRITO PANEMA – CEP 86350-000
TELEFONE: 43 35331110
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL: 6º / 9º ANO
TURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º
Arte 2 2 2 2
Ciências 3 3 4 4
Educação Física 3 3 2 2
Ensino Religioso* 1 1 - -
Geografia 3 3 4 3
História 3 3 3 4
Língua Portuguesa 4 4 4 4
Matemática 4 4 4 4
- - - -
Subtotal 23 23 23 23
PARTE DIVERSIFI-
CADA
L.E.M. - Inglês 2 2 2 2
- - - -
Subtotal 2 2 2 2
Total Geral 25 25 25 25Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.*Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.
Santa Mariana, 24 de Agosto de 2011.
52
10.3 ENSINO MÉDIO
Este estabelecimento oferta o curso de Ensino Médio nos períodos matutino e
noturno, com 25 horas semanais e no noturno com 24 horas/aula semanais perfazendo
um total de 800 horas anuais, atendendo ao disposto no Artigo 24 da LDB nº 9394/96 que
preconiza carga horária mínima anual de 800 horas, distribuídas por um mínimo de 200
dias de efetivo trabalho escolar.
O currículo contempla uma Base Nacional Comum com carga horária de 75%,
distribuídas pelas três Áreas de Conhecimentos do Ensino Médio: Linguagens, Códigos e
suas tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e Suas Tecnologias e Ciências
Humanas e suas Tecnologias.
Na Parte Diversificada constam a seguintes disciplinas: Língua Estrangeira
Moderna (Inglês) com a finalidade de levar o aluno a compreender a importância da
Língua Inglesa no mundo moderno, percebendo que o seu domínio possibilita o acesso a
outras culturas; Laboratório de Leitura e Produção de Textos, de forma a garantir ao aluno
ingresso do Ensino Médio maior e melhor domínio da Linguagem oral e escrita.
Introdução à Metodologia Científica, visando instrumentalizar o aluno com conhecimentos
básicos da Pesquisa Científica, da grande utilidade durante o curso, visando reconhecer a
importância da Pesquisa Científica para o desenvolvida sociedade. Foi incluída a
disciplina de Filosofia, devendo ser vista como necessidade de exercer uma reflexão
crítica, como processo sistemático e interpretativo do pensamento, por diversas situações
vivenciadas.
Complementa a Parte Diversificada a disciplina de Sociologia, tendo como
finalidade básica instrumentalizar o indivíduo para a construção de uma visão social
crítica de modo a levá-lo a melhorar sua prática enquanto cidadão.
A Parte Diversificada tem carga horária de 25% de cada série e do total do curso.
53
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO10.3.1 MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIONRE: 08 – CORNELIO PROCÓPIO MUNICIPIO: 2410 – SANTA MARIANAESTABELECIMENTO: 00060 Col. Est. Dr. Do Campo Antônio P. Lima. - EFMENDEREÇO: RUA FRANCISCO BELTRÃO, 1031DISTRITO PANEMA – SANTA MARIANA-PR CEP 86358000 TELEFON 43- 35331110ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: 0009- ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 – SIMULTANEA MODULO: 40 HORAS
DISCIPLINAS /SÉRIE
1 2 3
BA
SE
NA
CIO
NA
L C
OM
UM
ARTE 2 2 -
BIOLOGIA 2 2 2
EDUCAÇÃO FISICA 2 2 2
FILOSOFIA 2 2 2
FISICA 2 2 2
GEOGRAFIA 2 2 2
HISTORIA 2 2 2
LINGUA PORTUGUESA 2 3 4
MATEMATICA 3 2 3
QUIMICA 2 2 2
SOCIOLOGIA 2 2 2
SUBTOTAL 23 23 23
PD
L.E.M. -ESPANHOL * 4 4 4
L.E.M. - INGLES 2 2 2
SUB-TOTAL 6 6 6
TOTAL GERAL 29 29 29
TOTAL CARGA HORÁRIA (HORAS-AULAS)
Observações:Matriz Curricular de acordo com a LDBn 9394/96* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no CELEM, ministrada em turno contrário.Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.
11. ATIVIDADES ESCOLARES, EM GERAL, E AS AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS
A SEREM DESENVOLVIDAS DURANTE O TEMPO ESCOLAR
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Dentro das atividades para o envolvimento da comunidade é divulgado para a
comunidade escolar, no início do ano letivo as atribuições de cada segmento da escola,
bem como Direitos e Deveres de pais e alunos; o estabelecimento de ensino promove
reuniões com os pais para acompanhamento, divulgação e formação da APMF e
Conselho Escolar, conscientizando os pais das necessidades da escola e envolvendo-os
nas promoções a serem realizadas, campanhas institucionais, eventos esportivos,
religiosos, festivos e culturais. O estabelecimento de ensino coleta opiniões e sugestões
da comunidade através da “caixa de sugestões”, para melhoria das ações da escola e
divulga os resultados através de edital que é afixado nos locais mais frequentados pela
comunidade.
O aluno pode se expressar através da: Semana Cultural e Recreativa com
eventos esportivos: dança, Voleibol, Futsal, e Handebol; participações, danças,
dublagens, coreografias, paródias, coral, dramatização com a participação ativa dos
alunos e o envolvimento dos professores, sob a responsabilidade da Equipe da Direção e
durante o ano letivo, participam de atividades referentes as datas comemorativas.
Nas atividades que complementam o desenvolvimento de competências o
estabelecimento promove projetos interdisciplinares, leitura informativa de revistas,
jornais, livros sobre a realidade, proporcionando aos alunos o acesso à diversos tipos de
leitura, transformando a sala de aula num espaço privilegiado de reflexão, situações de
aprendizagem vivas e enriquecedoras com atividades centradas em projetos de trabalho e
na resolução de problemas para desenvolver competências.
A pesquisa é desenvolvida buscando informações em várias fontes para a
resolução de uma determinada situação problema com espontaneidade e criatividade.
Dentro das ações desenvolvidas acontece o Pré-Conselho de classe, onde os professores
entregam uma ficha de acompanhamento dos alunos à equipe pedagógica em data que
antecede o Conselho de Classe para levantamento dos problemas mais graves
relacionados à aprendizagem.
Temos também o Programa de Atividades Complementares no contraturno , que
tem como objetivo a permanência e participação dos alunos em atividades diferenciadas e
de seu interesse.
11.1 AGENDA 21
No início do ano em semana de planejamento e reunião com todos os professores
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são discutidas sugestões e ideias relacionados com a Agenda 21 para que assim possam
ser desenvolvidos trabalhos durante o ano. A Educação Ambiental é trabalhada em todas
as áreas, com trabalhos de conscientização conhecendo primeiro os problemas locais,
escola , casa o meio em que vivem e depois o que pode ser feito para que a degradação
ambiental seja a menor . Os professores definem com os alunos as ações prioritárias ,
quem serão os envolvidos é montado um cronograma de atividades distribuídas de
acordo com cada bimestre para que assim se possa trabalhar os temas sugeridos , as
teleconferências que são transmitidas são assistidas pelos, bem como filmes que o levam
a refletir tornando-se críticos e atuando no meio em que vivem desenvolvendo assim no
educando uma consciência de valores, ética e atitudes.
11.2 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
As Equipes Multidisciplinares são instâncias de organização do trabalho escolar,
coordenadas pela equipe pedagógica, e instituídas por Instrução da SUED/SEED, de
acordo com o disposto no art. 8o da Deliberação no 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de
orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das relações Étnico-
Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena ao longo do
período letivo.
As Equipes Multidisciplinares se constituem na da articulação das disciplinas da
Base nacional Comum, em consonância com as Diretrizes Curriculares estaduais da
educação Básica e Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações
Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, com v a
finalidade de tratar da História e Cultura da África, dos Africanos, Afrodescendentes e
Indígenas do Brasil, na perspectiva de contribuir para que o aluno negro e índigena
valorize a história de seu povo, sua cultura, e da contribuição dada para o país e para a
humanidade.
A Equipe Multidisciplinar deste estabelecimento de Ensino deve: Elaborar e
aplicar um Plano de Ação, em conformidade com o Conselho Escolar e as orientações
do DEDI/SUED, com conteúdos e metodologias, sobre a ERER e o Ensino de História e
Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.
Subsidiar as ações da equipe pedagógica na mediação com os professores
na elaboração do Plano de Trabalho docente.
Realizar formação permanente com os/as demais profissionais de educação
e comunidade escolar, referente a ERER e o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira,
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Africana e Indígena, conforme orientações expedidas pelo DEDI/SUED.
Subsidiar os/as professores/as, equipe pedagógica, gestores/as,
funcionários/as e alunos/as na execução de ações que efetivem a ERER e o Ensino de
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.
Subsidiar o Conselho Escolar na realização de ações de enfrentamento ao
preconceito, discriminação e racismo no ambiente escolar, apoiando professores/as,
equipe pedagógica, direção, direção auxiliar, funcionários/as, pais, mães e alunos/as.
Registrar e encaminhar ao Conselho Escolar e outras instâncias , quando for o caso, as
situações de discriminação, preconceito racial e racismo, denunciadas nos
estabelecimentos de ensino.
Subsidiar as ações atribuídas aos estabelecimentos de ensino pelo Plano
Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a ERER e para o
Ensino da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.
Enviar relatório semestral às Equipes Multidisciplinares dos NREs de
conteúdos e propostas de ações desenvolvidas nos estabelecimentos de ensino.
Manter registro permanente em ATA das ações e reuniões da equipe
multidisciplinar.
11.2.1 COMPOSIÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 2012
Representante da Equipe Pedagógica : Ivani Dias Gonçalves
Representante Agente Educacional II: Nilza Ap. Monte Santos Pordo
Representante Agente Educacional I – Sônia Aparecida dos Santos
Representante das Instâncias Colegiadas : Márcia Aparecida Honório
Professores da Área de Humanas : Gislaine Aparecida Moda
Representante da Área de Humanas: Marina Fantinelli Ortiz
Representante da Área de Humanas :Denise Varotto
Representante dos Professores na Área de Biológicas : Eliana Busseti de Lima
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11.2.2 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR PARA O ANO DE 2011 /
2012
Justificativa:
Nesta comunidade escolar temos pessoas oriundas das mais diferentes classes,
raças, crenças, culturas. É em meio a esta rica diversidade que esta equipe propõe ações
que visem desmistificar algumas práticas antissociais por meio do estudo, da leitura, da
pesquisa, do diálogo e sobremaneira de práticas pedagógicas que conduzam esta
comunidade rumo ao conhecimento, respeito, tolerância.
A construção deste Plano de Ação tem por finalidade abrir espaço para estudo,
debate, discussão, troca de experiências e ações significativas, no âmbito escolar e na
comunidade, objetivando uma educação cada vez mais inclusiva numa cultura da paz.
Por isso, estruturou uma equipe nominada Equipe Multidisciplinar, que tem o papel de
orientar, sugerir, avaliar e apoiar ações que despertem o interesse por mudança de
comportamento, aceitação e respeito às diferenças.
Para tanto, propõe a todos que compõem esta comunidade, ressignificar as
práticas educativas, sobretudo aquelas de abordagem étnicorracial. Sabendo que esta
equipe, composta de todos os setores da escola, se propõe a estabelecer, não só as
ações, mas também estabelecer metas a serem cumpridas. Para tanto, este Plano deverá
nortear as propostas de trabalho previstas no PPD (Plano de Trabalho Docente), e por
intermédio dele, desmistificar equívocos históricos, conceituais e culturais da comunidade
negra ou indígena. Essa orientação pretende abrir espaço para todos, ajudando alunos a
construírem referenciais positivos de identidade racial.
11.2.3 OBJETIVOS
Diagnosticar o posicionamento do Estabelecimento de Ensino quanto ao trato da
questão étnicorracial .
Promover leitura, discussão e reflexão das Leis 10.693/03 e 11.645/08, e analisar
o contexto históricos social de ambas;
Garantir nos documentos próprios do Estabelecimento de Ensino (PPP, PPC,
PTD, Regimento Escolar e Plano de Ação da Direção) práticas pedagógicas concretas e
aplicáveis que possibilitem a operacionalização das ações;
Mapear a comunidade para conhecer a história e percurso de ação da população
negra e/ou indígena da cidade e sua participação em movimentos ou associações;
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Pesquisar e sequenciar as contribuições das personalidades negras em diferentes
áreas do conhecimento e das diferentes comunidades tradicionais indígenas;
Valorizar as ações e políticas por meio de leitura de textos informativos, debates,
discussões, seminários, que objetivem a promoção da igualdade de oportunidade,
considerando os critérios de igualdade de condições;
Elaborar uma lista de filmes , textos, literatura, documentários, narrativas e sites
para a socialização com professores e estudantes sobre a temática Africana, Afro-
brasileira e Indígena;
11.3 HORA ATIVIDADE
A forma de organização da hora atividade acontece de acordo com o disposto no
art. 23 § 1º da Resolução nº 4106/2004, a hora atividade, tempo reservado ao professor
em exercício de docência, para estudos e planejamento, avaliação e outras atividades de
caráter pedagógico, será cumprida, integralmente no mesmo local e turma de exercício
das aulas. Neste estabelecimento a hora atividade é prevista no horário do professor de
acordo com sua carga horária e cumprida nos turnos em que atua.
Durante o período de hora atividade os professores desenvolvem as seguintes
atividades:
• Leituras variadas tais como: proposta pedagógica do colégio, leitura
informativa, editais sobre as atividades que são desenvolvidas no colégio,
jornais e revistas, biblioteca do professor;
• Atendimento aos pais;
• Correção de avaliação de atividades;
• Diálogo com a equipe pedagógica sobre alunos, conteúdos e
planejamentos;
• Organização do livro registro;
Ao realizar Intervenções Pedagógicas para conter a evasão e a repetência
entendemos que as mesmas devem estar voltadas para uma escola atrativa, onde os
alunos possam pensar, criar e atuar, sempre valorizando suas múltiplas inteligências e
consequentemente sua auto-estima, tornando esta mesma escola prazerosa através dos
mais diversos projetos interdisciplinares com o objetivo de mostrar aos alunos a
importância dos conteúdos trabalhados contextualizando a vida dos alunos transformando
a escola, construindo assim uma escola que possa ser significativa, acompanhando assim
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as mudanças que o tempo impõe. A escola trabalha com esta visão pois, acredita que
assim automaticamente o índice de evasão e repetência diminui, como também ocorre a
transformação dos seres humanos em agentes de transformação social, buscando assim
uma sociedade igualitária.
A escola atende grande número de alunos que trabalham no campo, porém como
estes estudam em período noturno, não se faz necessário uma organização de atividades
específicas para período de colheita.
60
14. FILOSOFIA DA ESCOLA
O Colégio Estadual do Campo Dr. Antônio Pereira Lima – Ensino Fundamental e
Médio, atende os alunos do Distrito Panema e adjacências que, na sua maioria trabalham
na zona rural como bóias-frias, ou, são filhos de trabalhadores agrícolas. Os pais não
possuem na sua maioria, formação escolar A visão que eles têm da escola é que esta tem
a incumbência de tornar seus filhos cidadãos de bem, garantindo-lhes um futuro melhor.
A principal função da escola é formar cidadãos críticos, participativos e
responsáveis nas diferentes situações sociais, assim sendo a filosofia da escola esta,
antes de tudo, voltada para a práxis formadora e compete-lhe educar e instruir para que a
formação da cidadania seja de fato, uma realidade na vida das pessoas.
De acordo com o caderno temático sobre Educação do Campo, um dos traços
fundamentais que vem desenhando a identidade do movimento por uma Educação do
Campo, é a luta do povo do campo por politicas publicas que garantam o seu direito à
educação e a uma educação que seja no e do campo. Assim sendo a escola deve
possibilitar, uma educação de qualidade que forme seus alunos como sujeitos de direitos,
sendo necessário para tanto, que a escola trabalhe os conteúdos dentro de uma
estratégia ampla que privilegie a formação humana.
Aprender a ser cidadão é, entre outras coisas, aprender a usar o diálogo nas mais
diferentes situações e a comprometer-se com o que acontece na vida coletiva da
comunidade, da região, e do país. Esses valores e essas atitudes precisam ser
aprendidos e desenvolvidos pelos alunos, portanto, podem e devem ser ensinados na
escola.
A melhor forma de ensina-los é fazendo com que se vivencie. Mais que discursos,
a prática, o exemplo, a convivência e a reflexão desenvolvem atitudes coerentes com os
valores que a escola quer ensinar.
Assim sendo cabe à escola oferecer aos seus alunos um modelo de educação e
currículo que contemple a diversidade do campo em todos seus aspectos: sociais,
culturais, políticos, econômicos, de gênero, geração e etnia de forma a fortalecer a
identidade da população do campo, possibilitando a valorização da história e da cultura do
homem e da mulher do campo, mas também possibilitar ao aluno do campo as
ferramentas necessárias para sua inserção em outros contextos e outras realidades
quando tal for o seu desejo ou se fizer necessário.
61
14.1 CONCEPÇÃO DE HOMEM E MUNDO
O homem com ser histórico, que se educa em comunhão intermediado pelo
mundo, entendendo o sujeito tanto social com físico, tem nos tempos atuais a
necessidade de se envolver nos problemas que o cercam de modo que possa agir de
maneira crítica no seu meio.
A escola, cabe formar esse homem, desenvolvendo-lhe a sensibilidade, o respeito
ao próximo para que possa assimilar sua cultura e cidadania e se tornar apto a conviver
com as diferenças existentes na sociedade.
O ser humano não trás ao nascer todas as virtudes, hábitos. Através de
processos construir tudo o que pode leva-lo a ser um ser humano, justo, bom, preparado
para o convívio na sociedade.
O grande objetivo da educação é levar o educando a desenvolver seu próprio
processo de busca e que nessa busca aja o crescimento individual, respeitando os
valores do passado.
O desabrochar de toda s as qualidades é papel da educação, mas ao indivíduo
cabe depois de tudo ter uma consciência critica, construtiva, politica, social , ambiental e
religiosa.
14.2 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
A sociedade vive hoje momentos de grandes transformações, os avanços
tecnológicos, a globalização, informações que ocorrem com muita rapidez fazendo mudar
nossa maneira de pensar. Nessa sociedade em que se convive diariamente com a fome,
o desemprego, a falta de ética, valores totalmente distorcidos faz-se necessário repensar
constantemente nossas atitudes, pois estas mudanças exigem um novo perfil de cidadão,
um cidadão crítico, atuante, sensível, responsável, capaz de acompanhar essas
transformações que pense no geral e atue sobre o local, intervindo e tornando se sujeito
de sua história .
A escola em toda a sua pratica busca desenvolver ações que conduzam o
indivíduo a desempenhar sua cidadania. Engloba-a tanto na parte voltada à aquisição de
conhecimentos, quanto na convivência social, trabalhando atitudes e valores que
proporcionam ao individuo uma convivência em grupo harmonioso.
Diante de tudo isso, a escola tem de trabalhar os valores, as atitudes, o respeito
ao próximo, a democracia e ao meio ambiente, proporcionando assim ao indivíduo uma
convivência harmoniosa em sociedade.
62
14.3- CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
O conceito de infância enquanto fase da vida do ser humano, não tem mais de dois
seculos de existência. Recorrendo-se a definição da palavra infância, oriunda do latim
infantia, significa “incapacidade de falar”. Considerava-se que a criança, antes dos 7 anos
de idade, não teria condições de expressar seus pensamentos, seus sentimentos. Desde
a sua gênese, a palavra infância carrega consigo o estigma da incapacidade, da
incompletude perante os mais experientes, relegando-lhes uma condição subalterna
diante dos membros adultos. Era um ser anônimo, sem um espaço determinado
socialmente.
Seguindo uma forma de organização social da família tradicional, a fase da
“infância” tinha uma curta duração, restringindo-se apenas a sua etapa de fragilidade
física. Ao adquirir uma certa independência, era imediatamente conduzida ao convívio
adulto, compartilhando de seus trabalhos e jogos, sem estar plenamente preparada física
e psicologicamente para tal. Neste período, a transmissão de valores e dos
conhecimentos estava vinculada ao contato das crianças com os jovens ou os adultos
através de um processo de socialização. Era uma aprendizagem de cunho prático,
baseada na observação do trabalho desempenhado pelos mais experientes.
Com o estabelecimento de uma nova ordem social, em fins do século XVII, são
notadas algumas mudanças consideráveis alterando a estrutura até então em vigência.
Com isso, sentiu-se a necessidade da criação de escolas, um dos mecanismos de
fornecimento da formação inicial aos pequenos, a fim de dominarem a leitura, a escrita e
a aritmética, como mais um dos artifícios de preparação para a vida adulta.
A escola passou a substituir a aprendizagem obtida empiricamente pela
observação dos mais experientes, deixando de aprender a vida diretamente. O advento
da escola moderna está atrelado ao surgimento de um novo sentimento do adulto para
com as crianças, implicando em cuidados especiais.
Com o apogeu da Revolução Industrial, ocorrido entre os séculos XVIII e XIX, foi
direcionado um novo olhar sobre a infância. Estas passaram a ser vista como tendo um
valor econômico a ser explorado. A urgência por mão-de-obra provoca o não
cumprimento dos direitos infantis de acesso à escola, levando as crianças novamente ao
mercado de trabalho, submetidas às explorações em nome dos ditames econômicos.
Delimitamos entre os anos de 1850 a 1950 como o momento do ápice da infância
63
tradicional. Como desenvolvimento das ciências humanas e consequente compreensão
acerca desse período da vida humana, as crianças passaram a ser retiradas das fábricas
e novamente inseridas em contextos promotores de aprendizagens sistematizadas, sendo
as instituições educativas os locais mais apropriados para esses propósitos.
Com a consolidação do protótipo de família em fins do século XIX, a
responsabilidade dos genitores passou a assegurar mais responsabilidades com o bem-
estar das crianças, garantindo os direitos que lhes assistem e maiores cuidados físicos. A
noção de infância, agora, passa pelo crivo dos conceitos técnicos e científicos. Essa
análise é respaldada e analisada à luz da Psicologia, da Sociologia, da Medicina, dentre
outros campos do saber, passando a emitir um parecer científico a respeito dessa fase da
vida humana, adquirindo estas constatações uma maior respeitabilidade frente à
sociedade. Ao adentrarmos na trilha da contemporaneidade nos deparamos com uma
série de mudanças em curso, formando novas conjecturas e desencadeando diferentes
concepções e olhares sobre um mesmo fato ou acontecimento, sendo evidenciadas e
processadas algumas rupturas significativas na ordem conceitual até então em vigência.
Neste espaço mutante e efêmero, a noção de infância adquiriu uma nova
roupagem, incorporando uma reestruturação que lhe confere um outro status. A criança
desses novos tempos possui outras características, necessidades não encontradas
outrora, aspirações estas fruto da recente ordem estabelecida mediante os ditames da
globalização e do neoliberalismo.
Para exemplificar concretamente essas alterações em relação à visão da infância,
podemos recorrer às mídias como um dos elementos fornecedores de uma considerável
quantidade de informações disponíveis através de diferentes suportes. Isso contribuiu,
direta e indiretamente, na montagem dessa nova fase da infância, na qual a criança é
encarada como um sujeito receptor e consumidor em potencial.
Hoje as mídias, principalmente a televisão, acabaram ocupando esse lugar e
roubando a cena, constituindo-se num dos principais meios de divulgação das
informações e de acesso ao mundo. Esse contato independe da classe social ou faixa
etária, ocorrendo muito antes do que se imagina. Sobre essa transformação no
entendimento do ser criança, Ghiraldelli Júnior nos esclarece acenando que:
Ser criança é ter corpo que consome coisa de criança. Que coisas são estas? Primeiro, coisas que a mídia define como tendo sido feitas para o corpo da criança. Segundo, coisas que ela define como sendo próprias do corpo da
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criança. Respectivamente, por um lado, bolachas, danoninhos, sucos, roupas,aparatos para jogos, etc, por outro, gestos, comportamentos, posturas corporais,expressões, etc. Ser criança é algo definido pela mídia, na medida em que é um corpo-que-consome-corpo (GHIRALDELLI JR., 1996, p. 38).
Nesta perspectiva, há uma mudança de foco, pois a infância deixa de ser uma
fase natural da vida humana sendo, agora, um artefato construído, autorizado e ditado
pela mídia. Esta, por sua vez, recria esta imagem da criança livre, protegida, feliz,
deturpando e camuflando a verdadeira face da realidade.
Ao examinarmos as pedagogias escolar e cultural, poderemos dar um sentido
mais adequado ao processo educacional em vigência, preocupado com essas questões
tipicamente contemporâneas e que interferem diretamente no processo de ensino e
aprendizagem infantil.
Desse modo, cabe ao educador compreender a trajetória de desenvolvimento do
conceito de infância e as suas atuais determinações em nossos dias, que encontra suas
influências nos elementos da cultura e nos aportes midiáticos. Essa medida auxilia no
oferecimento de uma educação imbuída de criticidade e capaz de trazer às crianças todas
as oportunidades disponíveis para o seu crescimento, seja físico, social e intelectual.
A adolescência é uma fase evolutiva do ser humano uma vez que os alunos dos
anos finais do Ensino Fundamental encontram -se nessa fase, torna- se necessário que a
escola busque responder a uma questão básica: Como educar o adolescente?
Para responder a esta questão é preciso antes procurar entender esta fase, quais
os interesses que predominam? O que pensam os jovens? Quais são seus sonhos?
Quais os desafios da tarefa de educar a juventude do século XXI ?
Esta é uma fase onde são observadas profundas mudanças evolutivas que
ocorrem no aspecto físico, cognitivo, afetivo e social e que marcam a passagem da
infância para a idade adulta.
É importante registrar que esta fase da vida até pouco tempo atrás era
considerada apenas uma etapa de transição entre a fase da infância para a idade adulta,
porém atualmente os olhares se voltam para este período da vida como de extrema
importância, pois é a fase culminante do processo de maturação biológica, psicológica e
sócio- cultural do indivíduo que marca além da aquisição da imagem corporal definitiva a
estruturação final da personalidade.
Ao contrário do que acontecia nas sociedades primitivas onde a passagem do
mundo infantil para o adulto era breve e seguia normas rígidas, atualmente constata- se
uma tendência para o prolongamento da adolescência, principalmente nos níveis sociais
65
mais altos e zonas urbanas mais desenvolvidas, fato que vem acontecendo devido à
extensão dos estudos universitários, exigência de maior capacitação via estudos de pós-
graduação e estágios para se inserir no mercado de trabalho com possibilidade de êxito,
dificultando assim a emancipação psicológica e econômica em relação à família.
A adolescência, embora seja também um fenômeno universal é um fato
psicossocial e tem características peculiares conforme o ambiente sociocultural do
indivíduo.
Na passagem da infância para a adolescência, o jovem
deixa para trás seus sonhos de criança, seu mundo
infantil, elaborando a perda simbólica da infância, isto é,
teoricamente deixa de ser criança e na prática oscula
entre o mundo infantil e o mundo adolescente.
( Oliveira e Chaper 2.000, p. 157)
Pesquisas recentes no campo da neurociência demostram que nem só os
hormônios são os culpados pelo comportamento explosivo dos adolescentes. Não
apenas o corpo, mas a mente e o cérebro passam por uma reorganização funcional nessa
fase. E na adolescência que o ser humano adquire a capacidade de pensar e raciocinar
além dos limites do próprio mundo e das realidades próximas. O pensamento ultrapassa o
tempo presente e torna- se capaz de elaborar teorias acerca de tudo. Passa a orientar
seus interesses para o futuro, para os grandes ideais a serem atingidos e para a
elaboração de hipóteses. O pensamento torna- se independente da representação e dar
imagens e passa a operar com conceitos abstratos, cujo conteúdo não é representável de
forma concreta.
Durante a adolescência, amplia- se a participação social, a popularidade entre os
colegas adquire um significado especial para a maioria dos adolescentes, por isso a
competência social e a valorização e aceitação pelos amigos contribui para a auto-
estima.
As mudanças cognitivas que ocorrem nessa fase afetam a forma como pensam
sobre si mesmo e sobre os demais, bem como as normas e regulamentos familiares,
chegando a questioná- las. Além disso, como desenvolvem a capacidade para diferenciar
o real do imaginário, passam a criar alternativas para o funcionamento da própria família,
apresenta argumentos mais sólidos e convincentes em suas discussões familiares, o que
66
significa um claro questionamento da autoridade dos pais e dos professores.
Concluindo o papel da escola através dos educadores perante os adolescentes
consiste em conquistar confiança e respeito, prestar informações, orientar e ajudá- los a
descobrir o sentido da vida frente ás modas culturais e despertá- los para utilizar a
criatividade e o idealismo tendo em vista a construção de uma sociedade humana e
solidária.
14.4 CONCEPÇÃO DE ESCOLA E DE EDUCAÇÃO
A Escola é o estabelecimento público ou privado onde se ministra o ensino
coletivo. Ela tem como uma de suas ações desenvolver o interesse e a participação para
garantir ao aluno não só o acesso, mas a permanência.
A escola pública tem que estar comprometida com os menos favorecidos que tem
nela o único local para receber a cultura acumulada por gerações. E ela só conseguirá
cumprir sua função quando houver o entrosamento entre pais e comunidade, exigindo-lhe
avanços significativos na qualidade da educação oferecida.
Cabe à escola a função de ensinar, visto que a instituição social criada com esse
fim. No entanto, ensinar perpassa pela socialização da criança e do jovem, com garantia
de educação de qualidade que é seu papel fundamental e primeiro.
O currículo de uma escola com preocupação em educar tem que estar voltado
para as questões sociais; tem de ser vivo, dinâmico, interessante despertando a
consciência para as questões mais profundas da sociedade. A educação nesse contexto
tem que ir muito além do nosso entorno a fim de transformar a sociedade. Não há só uma
forma de educar; cada sociedade tem realidades e valores próprios por isso uma
concepção diferente de educação se faz necessária em cada região, em cada estado e
em cada cidade. Portanto, pode-se afirmar que da realidade concreta e de seus valores
depende a educação de cada povo.
PAULO FREIRE (1982) diz que “Só é possível uma transformação profunda e
radical da educação quando a sociedade se transforma radicalmente” e este é o primeiro
passo oferecido pela escola.
14.5 CONCEPÇÃO DE CULTURA
Desenvolvimento intelectual, conjunto de experiência humanas, adquiridos pelo
contato social acumuladas pelos povos através dos tempos.
Cultura é um sistema de símbolos e significados (David Scheneider).
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Em grupos sociais, o homem vem criando e recriando estilos de vidas diferentes.
A variedade de culturas acompanha a variedade da história humana. Assim não se pode
dizer que existe uma totalidade humana, que os homens são todos iguais. Cada povo tem
processos históricos comuns, mas a individualidade cultural é manifesto em cada
sociedade e grupo social.
A escola tem o papel importante de preservar essa cadeia de acontecimentos, os
grandes fatos que marcaram a história do país e do mundo. A humanidade passou por
inúmeras e grandes transformações; as grandes guerras, o colonialismo do século XV e
XVI, a Revolução Industrial, o avanço da tecnologia são fatos que mudaram o mundo e
trouxeram um novo estilo a nossas vidas e tem que ser difundida, respeitando os valores
e acima de tudo as diferenças.
14.6 CONCEPÇÃO DE TRABALHO
Concebemos o trabalho como uma atividade que está “na base de todas as
relações humanas, condicionando e determinando a vida. É (...) uma atividade humana
intencional que envolve forma e organização, objetivando a produção dos bens
necessários à vida” (Andery, 1998, p.13)
Considerando este aspecto, precisamos entender o trabalho como ação
intencional, porém, é necessário também a compreensão de que o trabalho não acontece
de forma tranquila, pois está impregnado pelas relações de poder. No trabalho educativo,
o fazer e o pensar se entrelaçam dialeticamente e é nessa dimensão que está posta a
formação humana. Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o
entendimento de que o processo educativo é um trabalho não material, uma atividade
intencional que envolve forma de organização necessária para a formação do ser
humano. Logo, o conhecimento como construção histórica é matéria prima do professor e
do aluno, que quando indagados sobre o mesmo, produzirão novos conhecimentos,
propondo modificações para a sociedade em que vivem.
14.7 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
A partir do final de 2007, como consequência da ação governamental que
disponibilizou a TV Multimídia para todas as salas de aula, o cotidiano das escolas
paranaenses foi diretamente afetado com a seguinte questão: as Novas Tecnologias da
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Informação e Comunicação (NTIC’s) devem ou não ser utilizadas no processo de ensino e
aprendizagem?
Segundo Milton Santos (1997), o meio técnico-científico-informacional é resultante
do encontro da tecnologia, da ciência e da informação física e virtual. Por esta óptica, o
nosso cotidiano social é sempre afetado, seja negativa ou positivamente, pela maior
(inclusão) ou menor (exclusão) capacidade de inserção de cada cidadão neste novo
espaço. Portanto, a escola, o professor, o aluno e o ensino e a aprendizagem inseridos
neste espaço são também afetados por esta realidade que se transmuta (revoluciona)
diuturnamente pela ação ou inação de cada um e de todos nós.
No Estado do Paraná esta realidade ganhou contornos mais bem definidos a
partir do momento (2007) em que o governo estadual disponibilizou para a rede pública
de educação a TV Multimídia. Esta ação trouxe (ou impôs) à escola e ao professor uma
maior possibilidade de interagir com seus alunos através do uso de recursos tecnológicos
no cotidiano pedagógico. Mas esta mudança não produziu apenas efeitos positivos no
sistema estabelecido, pois a possibilidade de interagir de maneira diferenciada gerou – e
ainda gera – polêmicas entre professores, entre alunos e entre alunos e professores. De
um lado estão aqueles que veem neste recurso uma inovação capaz de melhorar o
ensino e a aprendizagem, a ação didática e pedagógica e, por conseguinte, o
desempenho educacional dos alunos, constituindo um recurso didático facilitador e
enriquecedor do processo de ensino e aprendizagem. E de outro lado, estão aqueles que
consideram tal recurso um dispositivo para “matar” o tempo, ou seja, um dispositivo que
serve como “muleta” para o profissional “desinteressado”. O aluno – agente passivo e
principal afetado pela mudança – está no meio da discussão.
A TV Multimídia – enquanto elemento físico – ao ser inserida na sala de aula
trouxe ao aluno da rede oficial de ensino a expectativa de que, com sua utilização, o
professor promoveria uma aula sempre diferente da usual, uma aula em que o
conhecimento lhe seria apresentado de forma mais agradável e menos “cansativa”. Sendo
assim, a aparente “tranquilidade” do ensino e aprendizagem tradicional foi (consciente ou
inconscientemente) quebrada e deu vida a uma situação problema: a utilização deste
recurso – e das demais tecnologias – deve ou não ser incentivado pela escola? Com qual
frequência deve ser utilizado o recurso tecnológico pelo professor? Este recurso – e os
demais – garante uma aula melhor? Como utilizar esta variedade de recursos em sala de
aula?
Estas e muitas outras perguntas são diariamente feitas por diretores, pedagogos,
69
professores e alunos da rede pública de ensino paranaense e a busca pelas respostas
certas representam um desafio bastante grande, ao qual se propõe aqui discutir.
Partindo-se da premissa que o uso de recursos tecnológicos é uma realidade
consolidada em nossa sociedade economicamente globalizada é possível afirmar que
deles o professor e a escola já não podem prescindir, sobremaneira porque o espaço
escolar nada mais é do que a extensão do espaço social em que vive o aluno. Assim, a
educação integral e integradora se realiza através da união da realidade produzida e
vivenciada inter e extramuros escolar e, em muito, ultrapassa a educação tradicional. Ou
seja, a nosso ver, a utilização educacional dos mais variados recursos tecnológicos se faz
necessária não apenas como inovação didática e pedagógica, mas principalmente como
viés de integração do sujeito à sociedade em que vive; esta mesma sociedade que Milton
Santos descreve como técnica, científica e informacional.
Entretanto, uma simples observação do ambiente escolar nos diz que a utilização
de tais recursos não tem sido prática corrente entre os professores, ao contrário, muitos
professores mantém uma atitude bastante refratária ao uso de Novas Tecnologias em
sala de aula. Porém é preciso ressaltar que “Diante do avanço tecnológico e da enorme
gama de informações disponibilizadas pela mídia e pelas redes de computadores, é
fundamental saber processar e analisar esses dados. A escola, nesse contexto, cumpre
papel importante ao apropriar-se das várias modalidades de linguagens como
instrumentos de comunicação, promovendo um processo de decodificação, análise e
interpretação das informações e desenvolvendo a capacidade do aluno de assimilar as
mudanças tecnológicas que, entre outros aspectos, implicam também novas formas de
aprender.” (PONTUSCHKA, PAGANELLI E CACETE, 2007, p.261-262)
A tecnologia oferece ao educador não apenas a possibilidade de interagir com o
aluno, mas, de integrá-lo ao mundo virtual, pois a utilização de variados recursos
tecnológicos possibilita ao professor aproximar-se deste novo mundo juvenil criado e
recriado instantaneamente na e pela rede mundial de computadores (internet). E mais, a
nosso ver, este é o ponto central na utilização de qualquer das Novas Tecnologias da
Informação e Comunicação: o professor, ao utilizá-las, não transfere sua responsabilidade
mediadora ao aluno, ao contrário, continua sendo ele, professor, o agente e principal
mediador entre a transmissão e a aquisição crítica do conhecimento. Entretanto, há de se
reconhecer que:
“Invadida em sua pureza étnica, racial e cultural, por indivíduos portadores de
subjetividades outras, outros desejos e valores, a escola, seu currículo e seus
70
profissionais se viram despreparados e desnorteados para lidarem com tamanha profusão
de identidades e interesses.” (CASTRO, 2009)
Porém, isto não justifica a intensa resistência às mudanças tecnológicas
manifestada por uma parcela do corpo educacional. O espaço escolar concomitantemente
reproduz a sociedade do momento e produz a sociedade do futuro, portanto, é neste
espaço que a sociedade se transforma. Neste espaço, com muito menos alarde, outras
revoluções já se fizeram presentes: o quadro negro, depois o quadro verde e por último o
quadro branco; o giz branco, depois o giz colorido e por último o pincel atômico; o projetor
de slides, o retroprojetor e por último o data show foram, a sua época, novas técnicas
introduzidas ao ambiente escolar e que hoje fazem parte de seu cotidiano. Mudando-se o
que precisa ser mudado a sociedade se transforma, evolui e reivindica novos valores e
atitudes. As NTCI’s são parte da evolução social, da globalização econômico-financeira
do mundo e da capacidade humana de se reinventar a cada dia. Por estas e outras
razões, a escola, o professor e o ensino e a aprendizagem também se transformaram, se
transformam e continuarão a se transformar.
As revoluções do espaço educacional são inerentes ao progresso técnico,
científico e informacional que vivenciamos e, grosso modo, é o resultado do conhecimento
construído por professores e alunos ao longo das épocas. Compreender e adequar-se ao
uso das Novas Tecnologias da Comunicação e Informação é fator preponderante a todos
os envolvidos no processo didático e pedagógico e atitude inescapável ao docente da
rede pública de ensino paranaense.
14.8 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
Sabemos que o homem é um ser natural e social que age na transformação da
natureza, acumulando experiências e produzindo conhecimentos. Assim, as pessoas
atuam e interferem na sociedade, participando nas diversas esferas da mesma. Cabe ao
homem o papel de sujeito construtor/transformador da realidade, portanto, buscamos
formar sujeitos críticos, participativos, reflexivos, sonhadores, ousados, capazes de
transformar a realidade, sujeitos políticos capazes de exercer seu direito de cidadãos com
responsabilidade diante da família, do trabalho e da sociedade.
Para ser cidadão é preciso ter uma vida com dignidade. Todos nascem livres e
iguais em dignidade e direitos. Cidadania significa o direito de viver com decência, de ter
ideias e expressá-las, de ter liberdade de escolha, de não sofrer qualquer tipo de
discriminação, de praticar uma religião e não sofrer perseguições, de respeitar o que é
71
público, de cuidar com o meio ambiente. Cabe a escola formar o cidadão que saiba lutar
para que todas essas garantias de dignidade não fique só no papel, que exija o
cumprimento de leis e que também saiba respeitar essas leis. Infelizmente, percebemos
que falta muito para que as pessoas se entendam como cidadãos e se comportem como
tal .É preciso nos tornar éticos, para com isso garantir essa cidadania ao longo de nossa
vida e cabe a escola trabalhar para isso e levar a todos o entendimento de que é a
cidadania um dos principais fundamentos da democracia.
72
14.9 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
A sociedade atual também é conhecida como a sociedade do conhecimento, pois
as informações são produzidas e difundidas rapidamente. A velocidade com que as
informações são veiculadas, impulsiona a construção e reconstrução do conhecimento,
compreendendo-o como algo que não é pronto ou acabado, mas construído diariamente
nas relações sociais e com a natureza.
O conhecimento até então entendido como verdade absoluta, cede lugar à
construção sedimentada no contexto histórico-político-social-cultural.
Compreendendo que o conhecimento precisa ser construído e não repassado,
cabe à escola, a reorganização do seu papel, no sentido de proporcionar ao indivíduo
essa reconstrução. Para isso, a postura tradicional e reprodutora, precisa ser substituída
por uma postura crítica de ensino, na qual o aluno participa ativamente, pensa, cria e
constrói seu próprio conhecimento.
14.10 CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM
O aluno não aprende somente na escola, ele trás uma visão de mundo, e a escola
tem que perceber isso e encontrar a melhor forma de respeitar e ampliar seus
conhecimentos.
O aluno aprende no contexto escolar, na interação com o outro, o caminho para
aprendizagem é diferente para cada um, por isso cabe aos professores observar e não
deixar de considerar as diferenças que existem.
A aprendizagem se dá na troca, na interação com o outro, ao mesmo tempo que
se ensina , também se aprende, por isso ela tem que ser significativa que cause o desejo
de ir além, de saber mais, que cause desafios para que o aluno busque formas de
soluciona-los.
Muitas vezes é necessário mudar a prática pedagógica, quando essa não vai
mais de encontro aos objetivos , não é deixar de ensinar, mas sim propiciar formas
diferentes para que de fato ele ele se aproprie do conhecimento.
A escola nesse contexto tem que ser agradável, diferente, levar o aluno a ter
acesso aos diversos meios de pesquisas, utilizar as tecnologias existente para que possa
formar suas opiniões, conceitos, saber enfrentar os desafios e a agir de forma correta, de
forma que toda a escola possa evoluir juntos.
73
14.11 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação é um instrumento diagnóstico, ela deve ser continua , dinâmica e
descentralizadora. Não deve ser um instrumento de exclusão e si de reflexão. Portanto
deve favorecer o desenvolvimento do aluno, ser democrática e deve buscar comprovação
da aprendizagem do aluno, e entender o porquê quando a mesma não ocorre. E quando
ela não ocorre o que está sendo feito? O professor está mudando sua prática
pedagógica? A escola está dando condições para que o aluno recuperar? Os critérios de
avaliação do conteúdo deve definido pelo professor e depende da intenção de cada um,
em relação aos conteúdos, objetivos e devem ser tratado no coletivo da escola.A
avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho escolar do aluno
em diferentes situações de aprendizagem utilizando-se de técnicas e instrumentos
variados tais como: tarefas diversificadas, trabalhos, pesquisas, participação em sala de
aula e provas.
Na avaliação do aproveitamento escolar preponderarão os aspectos qualitativos
da aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos
conteúdos, dando-se relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e a
elaboração ao invés da mera memorização.
Para que a avaliação cumpra a sua finalidade educativa como instrumento de
investigação da prática pedagógica sendo que, será sempre contínua, permanente e
cumulativa.
A avaliação obedecerá a ordenação e a sequencia do ensino e da aprendizagem,
bem como, a orientação do currículo como um projeto intencional e planejado que deve
contemplar a expressão de conhecimento do aluno como referência a uma aprendizagem
continuada. Na avaliação serão considerados os resultados obtidos durante o período
letivo, num processo contínuo, cujo resultado final venha a incorporá-los, expressando a
totalidade do aproveitamento escolar. Avaliação esta que visa a contribuir para a
compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos com vistas as mudanças
necessárias para essa aprendizagem. Os resultados da avaliação do rendimento escolar
são sintetizados em notas bimestrais, expressas numa escala de “0” (zero) a “10,0” (dez).
Para os alunos inclusos ou que possuam dificuldade de aprendizagem o professor pode e
deve avaliar de forma diferenciada, segundo artigo 57 da LDBEN visando avaliar o aluno
de acordo com suas necessidades, evitando a comparação dos alunos entre si.
74
14.12 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
O termo currículo apresenta uma variação no decorrer do tempo, portanto,
depende da concepção de educação e de escola e também das necessidades de seu
entorno social. Elaborar um currículo é sempre complexo, pois envolve fatores
epistemológicos e determinantes sociais nem sempre mensuráveis pelo universo
pedagógico.
Desse modo, o currículo inclui mais do que o conteúdo a ser apreendido; nele as
relações humanas na sala de aula, os métodos e as formas de avaliação são tão
importantes quanto. Aqui não se almeja construir um currículo como regra, mas sim como
uma intervenção do que está sendo vivido pela escola. A nosso ver, currículo é um
instrumento de compreensão e de intervenção da realidade e da prática pedagógica
construído por pessoas em determinado momento histórico e social, ou seja, o currículo é
um retrato cultural atual do meio que o circunda, exposto em vernáculo a todos os
interessados para que, democraticamente, participem de sua construção.
Assim compreendido, o currículo não fornece receitas prontas. O aluno participa
ativamente do processo de ensino e aprendizagem. O modo de ensino é visto como
dialógico e prático, requerendo um professor reflexivo que instiga e fertiliza as idéias.
Volta-se à prática, à reconstrução do conhecimento. Compreende o homem pós-moderno
como resultante das múltiplas culturas.
14.13 CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Enquanto alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo, ou
grupos de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de
uma sociedade (TFOUNI, 1995,p.20). Alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto
e de sua utilização como código de comunicação.
A alfabetização promove a socialização já que possibilita o estabelecimento de
novos tipos de trocas simbólicas, acesso a bens culturais. Alfabetizar é promover o
indivíduo na socialização da gramática, suas variações, codificação e decodificação.
Um dos maiores desafios da escola é a superação da fragmentação do ensino.
Neste sentido, a escola busca a qualidade e a apropriação dos conteúdos básicos e a
consequente aquisição dos conhecimentos representados na capacidade do aluno em
processar a leitura, a escrita e o raciocínio lógico-matemático para a resolução de
problemas. Essa proposta pedagógica contempla um enfoque histórico-cultural, que vai
75
além da teoria da aquisição da língua escrita, mas abrange um conjunto de pressupostos
teóricos que representam uma nova postura diante do conhecimento e da relação
professor-aluno.
Não basta apropriar-se da tecnologia - saber ler e escrever apenas como um
processo de codificação e decodificação (...), é necessário também saber usar a
tecnologia – apropriar-se das habilidades que possibilitem ler e escrever de forma
adequada e eficiente, nas diversas situações em que precisamos ou queremos ler e
escrever: ler e escrever diferentes gêneros e tipos de textos, em diferentes
suportes, para diferentes objetivos, em interação com diferentes interlocutores, para
diferentes funções: para informar ou informar-se, para interagir, para imergir no
imaginário, no estético, para ampliar conhecimento, para seduzir ou induzir, para
divertir-se, para orientar-se, para o apoio à memória, para a catarse...(SEED, 2010,
p.22)
Nessa perspectiva, o ensino deve pautar-se na concepção do reconhecimento da
importância da participação do aluno no processo de construção do conhecimento, mas
também e, simultaneamente, incluir-se como sujeito fundamental desse processo, e a
tarefa do professor é intervir pedagogicamente de modo a promover o desenvolvimento
das capacidades cognitivas do aluno. Isso requer da escola e de seus agentes o
investimento em um espaço de formação e informação real no desenvolvimento das
capacidades do aluno de maneira a torná-lo cidadão capaz de refletir, interagir e
promover mudanças na realidade vivenciada.
Portando nossa escola está procurando a melhor forma para acolher os alunos
que virão para o 6º ano, as pedagogas da escola participam do Conselho de classe dos
anos iniciais, para conhecer a realidade na qual o aluno estava inserido, fazendo uma
sondagem de suas dificuldades e proporciona encontros para uma interação entre os
professores dos anos iniciais e finais, tornando -se mais fácil a adaptação do aluno a nova
escola.
14.14 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR
Entendemos que uma escola pública de qualidade deve buscar implementar em
seu interior uma forma de gestão que proporcione a todos os sujeitos envolvidos um
sentimento e uma relação de pertencimento ao ambiente escolar e acreditamos que para
que este objetivo seja atingido deve-se estabelecer uma gestão democrática da escola e
do conhecimento, pressupondo assim que as opiniões de cada sujeito deverão ser
76
respeitadas dentro de suas relevâncias.
Para validar a gestão participativa é necessário vencer desafios enquanto
educadores de contrapor ao método de exclusão, da manipulação do método da
participação, das decisões coletivas, da socialização de informações, da convivência com
as diferenças, desencadeando processos alternativos para a formação de uma cultura
democrática, começando pelo melhoramento das relações pessoais.
15. ATIVIDADES ESCOLARES EM GERAL E AS AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS
A SEREM REALIZADAS NO ANO DE 2011/2012
15.1 DIREÇÃO
As ações que serão apresentadas nesse plano de ação tem a finalidade estar
pautada em uma gestão democrática, voltada a participação coletiva de todos os
segmentos da escola, bem como resgatar a escola pública de qualidade, voltada a uma
proposta pedagógica que venha atender as reais necessidades de novos educandos, na
busca de transformá-los em seres humanos agentes de transformação social.
Pois atualmente, cabe à escola atenuar em parte, os efeitos das desigualdades
sociais e dentro de suas possibilidades tornar a humanidade menos desumana.
15.2 PLANO DE AÇÃO 2011/2012
Por acreditar na escola pública como um espaço democrático e ao mesmo tempo
por entendermos que a educação é um veículo de transformação social aliada a um
Projeto Político Pedagógico, condizente as reais necessidades dos nossos educandos, e
que assim, estaremos contribuindo na transformação de cidadãos críticos e conscientes
na busca de uma sociedade mais humanizada, essa direção se propõe:
• Envolver a comunidade interna, alunos, professores, funcionários e
equipe pedagógica num processo coletivo, onde poderão deliberar em
conjunto como deve ser a escola de hoje, pois se almejamos uma escola
que se faça realmente pública, primeiro ela tem que ser democrática;
• Estabelecer como gestor a autonomia da escola enquanto exercício de
democratização de um espaço público que articule sempre o
compromisso ético-profissional que é educar;
77
• Participação efetiva junto a todos os segmentos da escola, discutindo as
diretrizes gerais da política educacional e propondo formas de
intervenção na realidade;
• Prioridade e incentivo a APMF e Conselho Escolar na participação de
grupos de estudos, onde possam realmente entender e exercitar as suas
funções num trabalho coletivo que vise a melhoria da escola pública de
qualidade;
• Envolver e apoiar professores, equipe pedagógica e pais para que assim
possamos assegurar aos nossos alunos o acesso, a permanência e o
seu sucesso no sistema escolar, mediante situações significativas que
desenvolvam o aluno como ser humano, ajudando-os a superar suas
dificuldades;
• Valorizar e apoiar os profissionais da educação na participação de
cursos de capacitação, bem como os Grupos de Estudos(NRE, SEED e
outros);
• Prioridade e incentivo aos projetos contextualizados de acordo com as
necessidades dos educandos para que ocorra a aprendizagem de
maneira mais prazerosa;
• Estimular o uso do laboratório de informática, como uma ferramenta
pedagógica a mais aos alunos, visando aproximidade das novas
tecnologias no âmbito escolar, possibilitando, a sua inclusão digital na
sociedade do conhecimento;
• Incentivo ao uso constante do laboratório, mediante a prática
pedagógica (teoria/pratica), além de estimular o educando a ser de fato
um investigador (ciências, física, química, biologia e matemática);
• Promover junto aos professores o projeto: A feira do Livro, incentivando
a leitura e o desenvolvimento do senso crítico;
• Incentivo na aquisição de livros para o enriquecimento do acervo da
biblioteca;
• Organizar e manter parceria com o Sindicato Rural de Santa Mariana
através do SENAR, Cursos e Projetos, beneficiando a sociedade local;
• Estabelecer e incentivar a participação da comunidade externa nas
diversas atividades escolares;
78
• Buscar melhoria para as condições dos espaços físicos da escola,
através de ofícios de solicitações ao poder público (Estado) na oferta,
melhorias e manutenção de uma escola de qualidade;
15.3 EQUIPE PEDAGÓGICA
A equipe pedagógica pretende dar continuidade aos trabalhos que já vem sendo
desenvolvidos entre eles:
• Incentivar o professor a continuar os grupos de estudos para trocas de
experiências entre os professores ;
• Assessorar os professores na sua metodologia e nas formas de avaliação,
utilizando para isso sua hora atividade;
• Incentivar o trabalho em equipe fortalecendo a participação no Projeto Político
Pedagógico;
• Apoiar o professor no contato mais próximo com a comunidade, participando de
eventos, feiras etc;
• Organização do conselho de classe de forma a ser mais dinâmico;
• Atender aos alunos em todos os períodos em suas necessidades pedagógicas
ou comportamentais e encaminhando comunicado aos pais quando necessário;
• Envolver os pais no processo aprendizagem dos filhos;
• Incentivar os professores a utilizar os recursos oferecidos pela SEED ( TV Paulo
Freire, TV pendrive, Acervo da Biblioteca, Livro didático)
• Profissionais para ministrar palestras, com temas que envolvam a comunidade
escolar e local;
• Realizar reuniões bimestrais para buscar caminhos para sanar as dificuldades;
• Inserir no cotidiano escolar os Desafios Educacionais Contemporâneos.
15.4 EQUIPE DOCENTE
• Participar da elaboração do Projeto Politico Pedagógico;
• Trabalhar com os alunos para formação de ser humano critico , para que possa
atuar em seu meio;
• Utilizar critérios de recuperação justo e eficaz;
• Criar estratégia diversificadas para envolver o aluno, nas aulas;
• Trabalhar atividades de leitura para sanar dificuldades que os alunos
79
apresentam;
• Trabalhar com competência, ser atuante, com planejamento adequado,
reestruturado;
• Utilizar os materiais pedagógicos disponíveis na escola;
• Trabalhar com entusiasmo e diversificar as atividades,
• Ter um contato maior com os pais;
• Utilizar o laboratório de informática com aulas diferenciadas.
• Trabalhar as Diversidades Culturais de forma integrada e consciente.
16 FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR
A qualidade do ensino ministrado na escola e seu sucesso na tarefa de formar
cidadãos críticos e aptos participar da vida socioeconômica, política ou cultural do país
está diretamente ligada a formação inicial e continuada pois, a mesma não tem como
objetivo somente a formação do profissional mas, principalmente a do ensino, portanto, os
programas de formação devem incluir saberes científicos, críticos, didáticos,saber fazer
pedagógico.
A formação continuada é um direito de todos os profissionais que trabalham na
escola, uma vez que não só ela possibilita a progressão funcional baseada na titulação,
na qualificação e na competência dos profissionais da mas também propicia, o
desenvolvimento profissional dos professores articulado com as escolas e seus projetos.
Os programas de formação devem possibilitar conhecimentos sobre a escola e ao
sistema educativo, explicitar a complexidade das situações de ensino e as possíveis
alternativas de solução.
Para Libâneo (2000), um professor para os tempos atuais necessita:
• assumir o ensino como mediação: aprendizagem ativa do aluno com ajuda
pedagógica do professor;
• modificar a ideia e uma prática disciplinar, formal, para uma prática
interdisciplinar;
• conhecer e utilizar estratégias do ensinar a pensar, “ensinar a aprender a
aprender”;
• persistir no empenho de possibilitar e auxiliar os alunos a buscarem uma
perspectiva crítica dos conteúdos, a se habituarem a aprender as realidades
enfocadas nos conteúdos escolares de forma crítico – reflexiva;
• praticar um trabalho de sala de aula numa perspectiva comunicacional,
80
desenvolvendo capacidades comunicativas;
• observar o contexto da sala, dos alunos quanto à diversidade cultural,
respeitando os alunos em suas diferenças;
• investigar na atualização científica, pedagógica e cultural, ou seja,
permanentemente em formação;
• incluir a perspectiva afetiva no exercício da docência;
• considerar a ética na sua atuação bem como procurar desenvolve- la com os
alunos;
• estar atento possibilidade de usar novas tecnologias da comunicação e da
informação, para melhorar as aulas.
Segundo Nóvoa (1995,p.7): O trabalho formativo do educador exige cuidado para
que responda às expectativas do mundo contemporâneo. Pois não é possível separar o
eu pessoal do eu profissional.
O desafio não é simples. E nosso país a complexidade da questão se amplia
dadas as condições de ensino, em que boa parte daquilo que é fundamental e que em
outras nações já se fez, aqui ainda está por fazer.
Proposta de Formação Continuada através da SEED, professores e funcionários
participam na escola da Semana Pedagógica que ocorre duas vezes por ano;
Aos professores é ofertado o grupo de estudos por disciplina que acontece
durante o ano. Todo educador precisa dispor de tempo para desenvolver e aperfeiçoar
suas experiências sociais escolares, para que possa estar refletindo sua prática e
relevância dos conteúdos, considerando o perfil do alunado.
Aos professores também são ofertados dois grupos de estudos, sendo um por
disciplina e outro por modalidade a critério de escolha do professor, com encontros
previstos pela SEED no decorrer do ano letivo.
A escola dispõe de acervo bibliográfico e espaço físico adequado para a
formação continuada dos professores na escola, e são feitas no decorrer do ano,
reuniões pedagógicas com a participação da direção, pedagogos, professores e
funcionários .
81
17 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A avaliação do projeto político pedagógico será realizada durante o ano letivo, por
meio de encontros e reuniões com os professores, pais representados pelos membros da
APMF e comunidade escolar, é necessário o constante aprimoramento do PPP sempre
que as ações da escola envolver decisões ou ações que impliquem no funcionamento do
colégio, tais como uso do uniforme, implantação de medida de que assegurem maior
segurança ao aluno, será realizada assembleia com os pais.
Também será realizada reuniões com pais para participação e envolvimento dos
mesmos nas feiras e festas culturais e esportivas.
No início e final do ano letivo, será realizada reunião com os professores para
avaliação das metas e análise das mesmas, traçando novas metas para o ano seguinte.
18 PLANO DE AVALIAÇÃO DE ESTABELECIMENTO DE ENSINO
Acontece quando avaliamos o ano anterior, em todos os sentidos e planejamos o
ano seguinte, isto é no inicio do ano letivo,corrigindo o que for necessário para o bom
andamento do processo de Ensino e Aprendizagem.
Nesta Avaliação participam todos os segmentos da Escola ( APMF, Conselho
Escolar, l Corpo Docente, Equipe Técnico Administrativo, Equipe Pedagógica, Serviços
Gerais ).
Utilizamos o resultado da Avaliação Institucional estabelecida pela Mantenedora
para garantir o bom andamento dos trabalhos de cada setor da escola.
O sistema de acompanhamento e avaliação de ensino é e será feito através de
análise do desempenho dos nossos alunos da seguinte forma:
- Levantamento de dados (resultado);
- Tabulação de gráficos;
- Demonstração do Resultado bimestral, semestral e anual, analisados pelos
professores e equipe pedagógica para detectarmos os problemas de aprendizagem,
avaliá-los e retomar o processo de ensino aprendizagem.
Utilizamos ainda como base para a avaliação os resultados obtidos das
avaliações tais como: Institucionais, olimpíadas de matemática, fera, prova Brasil.
82
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RIOS, T A. Significado e pressupostos do projeto político pedagógico. São Paulo FDE, 1982
ROMANOWSKI . J.P. Formação e Profissionalização Docente Metodologias Inovadoras Aplicadas à Educação – Curitiba, 2003.
SACRITÀN, Gimeno J. (Org.) Compreender e transformar o ensino. Trad. Ernani F. FRosa. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998
SANTOS, M. Técnica Espaço Tempo – Globalização e Meio Técnico-Científico-Informacional. São Paulo: Hucitec, 1997 São Paulo, Libertad-
SAVIANI , Demerval. Sobre a natureza e especificidade da educação.
SAVIANI, D. Escola e Democracia: Teorias da Educação, curvatura da vara,
SAVIANI, DEMERVAL. Escola e Democracia, São Paulo, Cortez,1991.
Secretaria de Estado da Educação do Paraná – Curitiba, 1992
SEVERINO, A. J. Educação, produção do conhecimento e a função social da escola. In Revista Idéias, FTD, No 24, São Paulo, Cortez, 1994.
VASCONCELOS, C. S. Coordenação do Trabalho Pedagógico: do projeto político- pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo : Libertad, 2002.
85
VASCONCELOS, C. S.- Avaliação da Aprendizagem: Práticas de Mudanças, Por Uma Práxis Transformadora. São Paulo Libertad, 1998.
VASCONCELOS, Celso dos. Construção do conhecimento em sala de aula.
VEIGA , I. P. A. Escola currículo e ensino. Campinas , São Paulo Papirus, 1991
VEIGA, I. P. A. e CARVALHO. H. S. O. A formação de profissionais da educação.. Brasília 1994
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VEIGA, I.P.A. Projeto político- pedagógico da escola: Uma construção possível Campinas: PAPIRUS, 1997
86
20 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULARES
ARTE
Apresentação/Justificativa da Disciplina
Arte é conhecimento elaborado historicamente, que traz culturalmente a visão
particular do artista e um olhar crítico e sensível sobre o mundo. Portanto, esta proposta
visa à educação dos sentidos, concebendo o ensino de Artes como conhecimento,
trabalho e expressão e como necessidade de apropriação do saber artístico e estético. O
trabalho sistemático com o conhecimento vai possibilitar o desenvolvimento dos aspectos
cognitivo, perceptivo, criativo e expressivo nas linguagens da dança, arte visual, musical e
cênica, por meio da fruição, apreciação e reflexão do fazer, da leitura deste fazer e da sua
inserção na sociedade construída historicamente e em constante transformação.
“O ensino de Arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a finalidade da
Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais objetivos, os
conteúdos programados (os aspectos teóricos) e a metodologia proposta. Pretende-se
que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de criação
artística para expandir sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico”.
(DCE – Arte, 2008, p.52).
Entretanto, de acordo com a DCE – Arte, 2008 fica claro que diante da complexidade
da tarefa de definir a arte, considerou-se a necessidade de abordá-la a partir dos campos
conceituais que historicamente têm produzido estudos sobre ela, quais sejam:
O Conhecimento Estético está relacionado à apreensão do objeto artístico como
criação de cunho sensível e cognitivo;
O Conhecimento Da Produção Artística está relacionado aos processos do fazer e
da criação.
“Orientada por esses campos conceituais, a construção do conhecimento em Arte se
efetiva na relação entre o estético e o artístico, materializada representações artísticas.
Apesar de suas especificidades, esses campos conceituais são interdependentes e
articulados entre si, abrangendo todos os aspectos do conhecimento em Arte”.(DCE –
Arte, 2008, p.53).
Nas aulas de Arte, os conteúdos devem ser selecionados a partir de uma análise
histórica, abordados por meio do conhecimento estético e da produção artística, de
87
maneira crítica, o que permitirá ao aluno uma percepção da arte em suas múltiplas
dimensões cognitivas e possibilitará a construção de uma sociedade sem desigualdades e
injustiças. O sentido de cognição implica, não apenas o aspecto inteligível e racional, as
também o emocional e o valorativo, de maneira a permitir a apreensão plena da realidade
(FARACO apud KUENZER, 2000).
Para que o processo de ensino e aprendizagem se efetive é necessário, ainda, que o
professor trabalhe a partir de sua área de formação (Artes Visuais, Música, Teatro e
Dança), e de suas pesquisas e experiências artísticas, estabelecendo relações com os
conteúdos e saberes das outras áreas da disciplina de Arte, nas quais tiver algum
domínio, reforçado na DCE – Arte, 2008.
Na disciplina de Arte, além de trabalhar o conhecimento sobre as diversas áreas de
arte, deve tornar possível ao aluno vivenciar um trabalho de criação total e único. O aluno
passa a assimilar todo o caminho da produção do objeto: percorrendo desde a criação do
projeto, a escolha dos materiais e do instrumental mais adequado aos objetivos
estabelecidos, a metodologia empregada e, finalmente, a produção e o destino do objeto
criado.
Enfim, pela forte característica interdisciplinar que apresenta a disciplina de Arte,
possibilita a recuperação da unidade do trabalho pedagógico, pois seus conteúdos de
ensino ensejam diálogos com a história, a filosofia, a geografia, a matemática, a
sociologia, a literatura, etc.
“A concepção de arte como fonte de humanização incorpora as três vertentes das
teorias críticas em arte: arte como forma de conhecimento, arte como ideologia e arte
como trabalho criador, por reconhecê-las como aspectos essenciais da arte na sua
complexidade de produto da criação humana. Por esse motivo, essa concepção constitui
o fundamento teórico das Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica, bem
como é fonte de referência para a organização da disciplina no seu conjunto”. (DCE –
Arte, 2008, p.62).
Conteúdos:
“Conteúdos estruturantes são conhecimentos de grande amplitude, conceitos que
se constituem em fundamentos para a compreensão de cada uma das áreas de Arte. Os
conteúdos estruturantes são apresentados separadamente para um melhor entendimento
dos mesmos, no entanto, metodologicamente devem ser trabalhados de forma articulada
e indissociada um do outro”. (DCE – Arte, 2008, p.63).
88
“Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são
interdependentes e de mútua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses conteúdos
deve ser feito de modo simultâneo, pois os elementos formais, organizados por meio da
técnica, do estilo e do conhecimento em arte, constituirão a composição que se
materializa como obra de arte nos diferentes movimentos e períodos”. (DCE – Arte, 2008,
p.66).
“A opção pelos elementos formais e de composição trabalhados pelos artistas
determinam os estilos e gêneros dos movimentos artísticos nos diferentes períodos
históricos. Da mesma forma, a visão de mundo, característica dos movimentos e
períodos, também determina os modos de composição e de seleção dos elementos
formais que serão privilegiados. Concomitantemente, tempo e espaço não somente estão
no interior dos conteúdos, como são também, elementos articuladores entre eles”.
“A explicitação dos conteúdos de Arte é uma preocupação e uma necessidade para
o melhor entendimento de como os conteúdos estruturantes podem ser organizados no
encaminhamento metodológico. Por isso, no quadro a seguir se explicita um recorte dos
conteúdos da disciplina a partir de seus conteúdos estruturantes em cada área de Arte”.
(DCE – Arte, 2008, p.67).
Ensino Fundamental
6o Ano
Área Música:
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais
Conteúdos Básicos:
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos:
- Rítmo
- Melodia
- Escalas: diatônica; pentatônica; cromática; improvisação
Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos
89
Conteúdos Básicos:
− Greco-Romana
− Oriental
− Ocidental
− Africana
Área Artes Visuais:
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais
Conteúdos Básicos:
− Ponto
− Linha
− Textura
− Forma
− Superfície
− Volume
− Cor
− Luz
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos:
-Bidimensional
-Figurativa
-Geométrica, simetria
-Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura...
-Gêneros: cenas da mitologia...
Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos:
- Arte Greco-Romana
- Arte Africana
- Arte Oriental
- Arte Pré-Histórica
Área Teatro:
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais
Conteúdos Básicos:
- Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
90
- Ação
- Espaço
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos:
- Enredo, roteiro; Espaço Cênico, adereços
- Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara...
- Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.
Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos:
- Greco-Romana
- Teatro Oriental
- Teatro Medieval
- Renascimento
Área Dança:
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais
Conteúdos Básicos:
− Movimento Corporal
− Tempo
− Espaço
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos:
- Kinesfera
- Eixo
- Ponto de Apoio
- Movimentos articulares
- Fluxo (livre e interrompido)
- Rápido e lento
- Formação
- Níveis (alto, médio e baixo)
- Deslocamento (direto e indireto)
- Dimensões (pequeno e grande)
- Técnica: Improvisação
- Gênero: Circular
Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos
91
Conteúdos Básicos:
- Pré-história
- Greco-Romana
- Renascimento
- Dança Clássica
7o Ano –
Área Música:
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais
Conteúdos Básicos:
− Altura
− Duração
− Timbre
− Intensidade
− Densidade
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos:
− Rítmo
− Melodia
− Escalas
− Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico
− Técnicas: vocal, instrumental e mista
− Improvisação
Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos:
- Música popular e étnica (ocidental e oriental)
Área Artes Visuais:
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais
Conteúdos Básicos:
− Ponto
− Linha
− Textura
− Forma
− Superfície
− Volume
92
− Cor
− Luz
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos:
- Proporção
- Tridimensional
- Figura e fundo
- Abstrata
- Perspectiva
- Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura...
- Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...
Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos:
- Arte Indígena
- Arte Popular
- Arte Brasileira e Paranaense
- Renascimento
- Barroco
Área Teatro:
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais
Conteúdos Básicos:
− Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
− Ação
− Espaço
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos:
− Representação, Leitura dramática, Cenografia
− Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...
− Gêneros: Rua e arena, Caracterização
Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos:
− Comédia dell' arte
− Teatro Popular
− Teatro Brasileiro e Paranaense
93
− Teatro Africano
Área Dança:
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais
Conteúdos Básicos:
− Movimento Corporal
− Tempo
− Espaço
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos:
− Ponto de Apoio
− Rotação
− Coreografia
− Salto e queda
− Peso (leve e pesado)
− Fluxo (livre, interrompido e conduzido)
− Lento, rápido e moderado
− Formação
− Níveis (alto, médio e baixo)
− Formação
− Direção
− Gênero: Folclórica, popular e étnica
Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos:
− Dança Popular
− Brasileira
− Paranaense
− Africana
− Indígena
8o Ano
Área Música:
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais
Conteúdos Básicos:
− Altura
94
− Duração
− Timbre
− Intensidade
− Densidade
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos:
- Rítmo
- Melodia
- Harmonia
- Tonal, modal e a fusão de ambos
- Técnicas: vocal, instrumental e mista
Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos:
- Indústria Cultural
- Eletrônica
- Minimalista
- Rap, Rock, Tecno
Área Artes Visuais:
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais
Conteúdos Básicos:
− Linha
− Textura
− Forma
− Superfície
− Volume
− Cor
− Luz
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos:
− Semelhanças
− Contrastes
− Ritmo Visual
− Estilização
− Deformação
95
− Técnicas: desenho, fotografia, audio-visual e mista...
Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos:
− Indústria Cultural
− Arte no Séc. XX
− Arte Contemporânea
Área Teatro:
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais
Conteúdos Básicos:
− Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
− Ação
− Espaço
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos:
− Representação no Cinema e Mídias
− Texto Dramático
− Maquiagem
− Sonoplastia
− Roteiro
− Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...
Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos:
− Indústria Cultural
− Realismo
− Expressionismo
− Cinema Novo
Área Dança:
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais
Conteúdos Básicos:
− Movimento Corporal
− Tempo
− Espaço
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos:
96
- Giro
- Rolamento
- Saltos
- Aceleração e desaceleração
- Direções (frente, atrás, direita e esquerda)
- Improvisação
- Coreografia
- Sonoplastia
- Gênero: Indústria Cultural e espetáculo
Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos:
- Hip Hop
- Musicais
- Expressionismo
- Indústria Cultural
- Dança Moderna
9o Ano
Área Música:
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais
Conteúdos Básicos:
− Altura
− Duração
− Timbre
− Intensidade
− Densidade
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos:
− Ritmo
− Melodia
− Harmonia
− Técnicas: vocal, instrumental e mista
− Gêneros: popular, folclórico e étnico
97
Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos:
− Música Engajada
− Música Popular Brasileira
− Música Contemporânea
Área Artes Visuais:
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais
Conteúdos Básicos:
− Linha
− Textura
− Forma
− Superfície
− Volume
− Cor
− Luz
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos:
- Bidimensional
- Tridimensional
- Figura-fundo
- Ritmo Visual
- Técnica: Pintura, grafite, performance...
- Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...
Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos:
- Realismo
- Vanguardas
- Muralismo e Arte Latino-Americana
- Hip Hop
Área Teatro:
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais
Conteúdos Básicos:
− Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
− Ação
98
− Espaço
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos:
- Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum...
- Dramaturgia
- Cenografia
- Sonoplastia
- Iluminação
- Figurino
Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos:
- Teatro Engajado
- Teatro do Oprimido
- Teatro Pobre
- Teatro do Absurdo
- Vanguardas
Área Dança:
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais
Conteúdos Básicos:
− Movimento Corporal
− Tempo
− Espaço
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos:
− Kinesfera
− Ponto de Apoio
− Peso
− Fluxo
− Quedas
− Saltos
− Giros
− Rolamentos
− Extensão (perto e longe)
− Coreografia
99
− Deslocamento
− Gênero: Performance e moderna
Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos:
- Vanguardas
- Dança Moderna
- Dança Contemporânea
Nas séries/anos finais do Ensino Fundamental (6o ao 9o ano) gradativamente
abandona-se a prática artística e a ênfase nos elementos formais, tratando-se de forma
superficial os conteúdos de composição e dos movimentos e períodos.
Durante a Educação Básica, o aluno tem contato com fragmentos do
conhecimento em Arte, percorrendo um arco que inicia-se nos elementos formais, com
atividades artísticas (séries iniciais).
Torna-se imprescindível adotar outra postura metodológica, que propicie ao aluno
uma compreensão mais próxima da totalidade da arte. Somente abordando
metodologicamente, de forma horizontal, os elementos formais, composição e
movimentos e períodos, relacionados entre si e demonstrando que são interdependentes,
possibilita-se ao aluno a compreensão da arte como forma de conhecimento, como
ideologia e como trabalho criador, proposto nesta PPC.
ENSINO MÉDIO
1a e 3a Séries
ÀREA MÚSICA
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais
Conteúdos Básicos:
− Altura
− Duração
− Timbre
− Intensidade
− Densidade
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos:
Ritmo
-
100
Melodia
-
Harmonia
-
Escalas
-
Modal, Tonal e fusão de ambos
-
Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop ...
-
Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista, Improvisação
-
Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos:
− Música Popular Brasileira
− Paranaense
− Popular
− Indústria Cultural
− Engajada
− Vanguarda
− Ocidental
− Oriental
− Africana
− Latino-Americana
Área Artes Visuais:
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais
Conteúdos Básicos:
− Ponto
− Linha
− Forma
− Textura
− Superfície
− Volume
− Cor
101
− Luz
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos:
- Bidimensional
- Tridimensional
- Figura e Fundo
- Figurativo
- Abstrato
- Semelhanças
- Contrastes
- Ritmo Visual
- Técnica: Pintura, Desenho, fotografia, gravura e escultura, arquitetura...
- Gêneros: paisagem, natureza-morta...
Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos:
− Arte Brasileira
− Arte Ocidental
− Arte Oriental
− Arte Africana
− Arte Paranaense
− Arte Popular
− Arte de Vanguarda
− Indústria Cultural
− Arte Contemporânea
− Arte Latino-Americana
Área Teatro:
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais
Conteúdos Básicos:
− Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
− Ação
− Espaço
Conteúdo Estruturante: Composição
Conteúdos Básicos:
− Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum
102
− Roteiro
− Encenação e leitura dramática
− Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico
− Dramaturgia
Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos:
- Teatro Greco-Romano
- Teatro Medieval
- Teatro Brasileiro
- Teatro Paranaense
- Teatro Popular
- Indústria Cultural
- Teatro Engajado
- Teatro do Oprimido
- Teatro Pobre
- Teatro de Vanguarda
- Teatro Renascentista
- Teatro Latino-Americano
- Teatro Realista
- Teatro Simbolista
Área Dança:
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais
Conteúdos Básicos:
− Movimento Corporal
− Tempo
− Espaço
Conteúdo Estruturante: composição
Conteúdos Básicos:
- Kinesfera
- Fluxo
- Peso
- Eixo
- Salto e Queda
- Giro
103
- Rolamento
- Movimentos articulares
- Deslocamento
- Improvisação
- Coreografia
- Gêneros: Espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares e salão.
Conteúdo Estruturante: Movimentos e Períodos
Conteúdos Básicos:
− Pré-história
− Greco-Romana
− Medieval
− Renascimento
− Dança Clássica
− Dança Popular
− Brasileira
− Paranaense
− Africana
− Indígena
− Hip Hop
− Indústria Cultural
− Dança Moderna
− Dança Contemporânea
“No Ensino Médio a prioridade é para a História da Arte, com raros momentos de
prática artística, centrando-se no estudo de movimentos e períodos artísticos, com
exercícios cognitivos, abstratos e na leitura de obras de arte”. (DCE – Arte, 2008, p. 69).
Torna-se imprescindível adotar outra postura metodológica, que propicie ao aluno
uma compreensão mais próxima da totalidade da arte. Somente abordando
metodologicamente, de forma horizontal, os elementos formais, composição e
movimentos e períodos, relacionados entre si e demonstrando que são interdependentes,
possibilita-se ao aluno a compreensão da arte como forma de conhecimento, como
ideologia e como trabalho criador, proposto nesta PPC.
Encaminhamento Metodológico
O encaminhamento metodológico contemplará as linguagens artísticas por meio das
104
manifestações/produções compostas pelos elementos básicos, com prioridade e
valorização do conhecimento nas aulas de Arte.
Nas Artes Visuais, o professor explorará formatos bidimensionais, tridimensionais e
virtuais, de modo a trabalhar as características específicas contidas na estrutura, na cor,
nas superfícies, nas formas e na disposição desses elementos no espaço.
Em Dança, o principal elemento básico é o movimento. Seu desenvolvimento no
tempo e no espaço implica que o professor explore as possibilidades de improvisar e
compor. Nessa linguagem artística também podem ser abordadas questões acerca das
relações entre o movimento e dos conceitos a respeito do corpo e da dança, uma vez que
refletem esteticamente recortes da realidade.
Na linguagem musical, a simples percepção e memorização dos sons presentes no
cotidiano não caracterizam o conhecimento musical. Há que se priorizar no tratamento
escolar dessa linguagem, a escuta consciente de sons percebidos, bem como a
identificação de suas prioridades, variações e maneiras intencionais de como esses sons
são distribuídos numa estrutura musical. A escuta atenta propiciará o conhecimento da
organização desses elementos nos repertórios pessoais e culturais propostos nas aulas.
Na linguagem teatral também poderão ser exploradas as possibilidades de
improvisação e composição no trabalho com os personagens, com o espaço da cena e o
desenvolvimento de temáticas de textos literários ou dramáticos, clássicos ou de
narrativas orais e cotidianas. O desenvolvimento da linguagem do Teatro na escola
também se ocupa da montagem do espetáculo e da respectiva análise dos elementos
formadores dessa linguagem, de forma a proporcionar ao aluno conhecimentos por meio
do ato de dramatizar.
Os saberes específicos em Arte, nas diferentes linguagens artísticas, sob a
concepção expressa nestas Diretrizes/PPC, integram-se as manifestações/produções
artístico-culturais; bem como contemplamos a Educação Ambiental, História e Cultura
Afro-Brasileira, Africana e Indígena (Leis no 10.639/03 e 11.645/08), História do Paraná
(Lei no 13.381/01), Música (Lei no 11.769/08), Prevenção ao Uso Indevido De Drogas,
Sexualidade Humana, Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o Adolescente,
Agenda 21 Escolar, a Educação Fiscal e do Campo, vinculando esses conteúdos aos já
estabelecidos nos conteúdos estruturantes que serão trabalhados na disciplina de Arte,
onde serão contemplados no PTD. Por sua vez, os alunos passam a reconhecer que se
constroem e são construídos historicamente.
105
Educação Fiscal e Educação do campo
- Período: anual, com mostra de resultados a cada 6 meses.
- Levantamento das atividades culturais entre os moradores do Bairro Na Sra. Da
Candelária, e a sua possível comercialização, através de pesquisas , realizadas pelos
alunos do 1o e 3a ano do Ensino Médio.
- Trabalhos em Artes Visuais( pintura, colagens, desenhos, escultura, etc..), tendo como
objeto retratado a produção econômica do lugar, evidenciando os diferentes movimentos
da História da Arte e obras realizadas por pintores brasileiros.
– Mostra pedagógica, através de exposição no colégio, como finalização do projeto.
Cultura Afro e Indígena
– Durante todo o decorrer do processo educativo, onde haja presente o trabalho artístico,
seja em artes visuais, música, dança ou teatro das culturas Afro ou Indígena, será
trabalhada em sala de aula.
- Exposição de trabalhos, enaltecendo o dia da “Consciência Negra”.
O Trabalho em sala de aula deve-se pautar pala relação que o ser humano tem com
a arte, essa relação é de produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e
perceber as obras artísticas. No espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento.
Desta forma devemos contemplar na metodologia do ensino da arte uma variedade de
meios para direcionar a aprendizagem do aluno.
Lançando mão de alguns recursos/métodos: - Aula expositiva; - Trabalho em
equipe; - Recursos audiovisuais; - Revistas e jornais; - Internet; - Materiais diversos:
transparências, textos, tesoura, cola, fita crepe e outros; - Releitura; - Atividades como
observação de obras de arte enfatizando a importância da arte (gênios da pintura);
audição de música; - Pesquisa dos movimentos artísticos citados na música; - Pesquisa
de artistas representantes de cada estilo na internet ou biblioteca; - criar formas a partir de
cada estilo utilizando técnicas e materiais variados; - exposição dos trabalhos; - Vídeo
sobre Siron Franco, um artista expressionista brasileiro ; - colagem e aplicação de
técnicas com lápis de cor e hidrocor dos períodos estudados; - Colagem e composições
dos diferentes estilos; - o – Artes figurativas; - Modelagem em argila baseada nas artes de
diversos artistas; - Recorte, colagem, montagem e pintura inspirado nas obras estudadas,
explorando temas, personalidades famosas de cinema e da política; - Pesquisa em grupo
sobre as invenções que usa ondas eletromagnéticas – rádio, tv, raios X, microondas,
radar e sobre a visão dos animais; - Confecção de cartazes para a apresentação do
106
trabalho de pesquisa enfocando curiosidades; - Estudos da aplicação das proporções em
nossos dias; - Trabalho em grupo, estudo, síntese e apresentação com escolha de filmes
de gêneros diferentes, analisando produções cinematográficas – sinopse, recursos
utilizados, gênero, som e música, uso da tecnologia, efeitos especiais e imagens; -
Apresentação na TV de algumas obras com efeitos de ilusão ótica; - Composições
aplicando grupos de cores, utilizando materiais variados; - Colagem com revistas; -
Exercícios trabalhados em sala de aula de desenhos do rosto humano; - Observação de
diferentes obras de artistas nacionais e internacionais enfocando o tema através de livros
ou na tv multimídia; - Exercícios teatrais; confecção de máscaras com materiais
diversos; atividades aplicando a mímica e máscaras; Através de textos teatrais
compostos pelos alunos em grupo, apresentação das peças; - Construir e criar diferentes
instrumentos musicais com sucatas, analisando o resultado; Audição de diferentes tipos
de som produzidos no cotidiano e criados; - Pesquisa na biblioteca dos gênios da música
clássica e audição dos mesmos comparados com os da atualidade;
Exercícios de ação, direção, intensidade, tempo, ritmo, amplitude, seleção e
apresentação de um repertório de movimentos; - Estudo de alguns artistas paranaenses,
movimentos artísticos e suas representações; - Pesquisa e aplicação de símbolos do
Paraná representando através de formas geométricas; - DVD – ritos e rituais indígenas; -
Estudos sobre os tipos de dança; - Apresentação de danças diversificadas Pen drive; -
Montagem de coreografias.
Avaliação
A avaliação na disciplina de Arte, proposta nesta PPC embasado nas Diretrizes
Curriculares é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do professor
para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os
momentos da prática pedagógica. Inclui a avaliação do professor, da classe, sobre o
desenvolvimento das aulas e a auto-avaliação do aluno.
A avaliação em arte supera o papel de mero instrumento de medição da apreensão
de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno.
O professor deve fazer um levantamento das formas artísticas que os alunos já
conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar um instrumento musical, dançar,
desenhar ou representar. Durante o ano letivo, as tendências e habilidades dos alunos
para uma ou mais dimensões da arte também serão detectadas e reconhecidas pelo
professor.
107
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários
vários instrumentos de verificação, como o diagnóstico inicial e o acompanhamento da
aprendizagem no percurso e no final do período letivo, por meio de trabalhos artísticos,
pesquisas, debates, provas teóricas e práticas e registros em forma de relatórios.
Por meio desses instrumentos, o professor terá uma compreensão ampla e
necessária para planejar e acompanhar a aprendizagem durante o ano letivo, com o
propósito das seguintes viabilidades para aprender. A disciplina de Arte terá como
critérios de avaliação:
- A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação
com a sociedade contemporânea;
- A produção artística a partir da atuação do sujeito em sua realidade singular e
social;
- A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas
culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
Os instrumentos de verificação serão: trabalhos artísticos, individuais e em grupo,
pesquisa bibliográfica e de campo, debates, provas teóricas, apresentação dos trabalhos,
participação, interesse, desempenho individual e em grupo.
Diante dessas propostas almejadas, será possibilitado ao educando a recuperação
de estudos através da revisão dos conteúdos, preparação e apresentação de trabalho
individual e em grupo, a partir do estabelecido no PPP desse estabelecimento de ensino.
Para se tratar da avaliação em Arte, é necessário referir-se ao conhecimento
específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experienciais (práticos)
quanto conceituais (teóricos), pois a avaliação consistente e fundamentada permite ao
aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos. Quando
a avaliação está centrada no conhecimento, gera critérios que dialogam com os limites do
gosto e das afinidades, uma vez que o conhecimento permite objetivar o subjetivo.
Ocorrerá bimestralmente, sendo considerado como meios de avaliação o
desenvolvimento dos conteúdos e de atividades práticas no caderno de desenho ou em
outros suportes; a margem com medidas pré – estabelecidas e a organização e a estética
empregadas pelo educando avaliado durante o desenvolver artístico. Serão consideradas,
eventuais notas dadas, para algumas atividades durante as aulas.
A Recuperação de Estudos dár-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem, e, todos os alunos têm direito a ela,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
108
Referências:
Arte no Brasil. São Paulo, Abril Cultural, 1979, vol. 1 e 2.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Atica, 1991.
Caderno de Arte 1 e 2 – Projeto Correção de Fluxo, 1998.
CALABRIA, Carla P. B. E. Arte, História & Produção. Livro 1 e 2 ,FTD, 1997.
CAVALIERI, Ana Lucia F. Teatro vivo na escola. FTD, 1997.
CIT, Simone; TEIXEIRA, Lara. Histórias da Música Popular Brasileira para crianças. Governo do Paraná/Secretaria da Cultura. 2003.
FISCHER, Ernest. A Necessidade da Arte. Rio de Janeiro, Zahar, 1979.
FLEITAS, Juliana e Ornaldo. Arte e Comunicação. FTD, 1999.
Gênios da Pintura. São Paulo, Abril Cultural, 1973.
HADDAD, Denise A e ou. A Arte de fazer Arte. Vol. 5a, 6a, 7a e 8a séries. São Paulo: Saraiva, 1999.
História da Arte. São Paulo, Salvat, 1978, vol. 2,7,9.
OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis, Vozes, 1987.
OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. Rio de Janeiro, Campus, 1983.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadorasde
Arte para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba: SEED/PR,
2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro
Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.
PAULA, CARLOS ALBERTO. ARTE ENSINO MÉDIO. EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: ÍCONE AUDIOVISUAL LTDA.
PROENÇA, GRAÇA. HISTÓRIA DA ARTE, ED. ÁTICA, 1994.
SANTOS, M.G..P. História da Arte. São Paulo, Atica, 2005.
SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Arte. Ensino médio. Volume único.
SEMINÁRIO FOLCLORE EM QUESTÃO – IIDAC
109
STRICKLAND, Carol. Arte Comentada. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
110
BIOLOGIA
Apresentação
No mundo atual faz se necessário compreender as relações existentes entre
Ciência, Tecnologia e Sociedade, visando ampliar as possibilidades de compreensão e
participação efetiva nesse mundo.
A disciplina de biologia baseia-se em contemplar e explicar o fenômeno vida em
todo a sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos seres vivos, no
funcionamento dos mecanismos biológicos, do estudo da biodiversidade no âmbito dos
processos biológicos de variabilidade genética, hereditariedade e relações ecológicas,
das implicações e avanços tecnológicos e biológicos.
A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais levou o
homem a diferentes concepções de mundo e de seu papel enquanto parte deste mundo.
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das diferentes
concepções sobre o fenômeno Vida e suas implicações para o ensino, buscando-se na
história da ciência os contextos que impulsionaram mudanças conceituais no modo como
o homem passou a compreender a natureza.
O conhecimento do campo da biologia deve subsidiar a análise e reflexão de
questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de
recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção
humana no ambiente, levando em conta a dinâmica dos ecossistemas dos organismos,
enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa.
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das diferentes
concepções sobre o fenômeno Vida e suas implicações para o ensino, buscamos na
História da Ciência os contextos que impulsionaram mudanças conceituais no modo com
que o homem passou a compreender a natureza.
O conhecimento no campo da Biologia deve-se subsidiar a análise e reflexões de
questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, aproveitamento e utilização
de recursos naturais e tecnológicos que implicam em intensa intervenção humana no
ambiente, levando-se em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos enfim do
modo a natureza se comporta e a vida como se processa.
Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina Biologia na educação básica
representam os modelos teóricos elaborados com esforços, para levar o educando a
compreensão da natureza viva e dos diferentes sistemas explicativos, a contraposição
entre os mesmos e a compreensão de que a Ciência não tem respostas definitivas para
111
tudo, sendo uma das suas características a possibilidade de ser questionada e
transformada.
Mais que inserir conteúdos atualizados cabe ao professor trabalhar as grandes
teorias da Biologia incorporando informações a cerca das novas descobertas ao longo do
tempo. De posse desses conceitos centrais e aptos a buscar novos conhecimentos, os
educandos terão condições de inserir no mundo em que vivem e que está em constante
transformação e também de refletir sobre esse mundo.
Assumindo o ensino de Biologia como meio para transformar os educandos e por
conseguinte, a sociedade, cabe a nós professores de Biologia com entusiasmo e
criatividade, estabelecer conexões com outras disciplinas, bem como a Cultura Afro-
Brasileira e Africana, contextualizando e identificando a interferência de aspectos místicos
e culturais nos conhecimentos do censo comum relacionados a aspectos biológicos.
Mostrando que a Biologia está presente no nosso dia-a-dia e influencia diretamente as
nossas tomadas de decisões. Portanto, o estudo dessa ciência requer uma postura mais
crítica, para que possamos entender os processos biológicos numa busca constante de
compreender o fenômeno “Vida”.
Partindo-se da dimensão histórica da disciplina Biologia, foram identificados os
marcos conceituais, da construção do pensamento Biológico a partir dos quais foram
estabelecidos os
a) organização dos seres vivos: a classificação dos seres vivos é uma tentativa de
compreender e categorizar as espécies extintas e existentes;
b) mecânicos biológicos: apresenta uma proposta que privilegia o estudo dos
mecanismos que explicam como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam;
c) biodiversidade: entende-se por biodiversidade um sistema complexo de conhecimento
biológico integrado, dinâmico, envolvendo a variabilidade genética, a diversidade de
seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e com a natureza, e os
processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido transformações;
d) implicações dos avanços biológicos: apresenta propostas voltadas para implicações
da engenharia genética sobre a vida, considerando-se que com os avanços da Biologia
molecular, há a possibilidade de manipular o material genético dos seres vivos, pois os
mesmos apontam como a disciplina se constitui como conhecimento, e como esta tem
influenciado na construção de uma concepção de mundo contribuindo para que se
possam compreender as implicações sociais, políticas, econômicas, e ambientais que
112
envolvam a apropriação deste conhecimento biológico pela sociedade.
Estes conteúdos foram estabelecidos buscando-se sua historicidade para que se
perceba a não neutralidade da construção do pensamento científico elaborado. Essa
compreensão é mais uma das formas de conhecimento produzido pelo desenvolvimento
do homem e determinado pelas necessidades materiais deste em cada momento
histórico.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Organização dos Seres Vivos
• Mecanismos Biológicos
• Biodiversidade
• Manipulação Genética
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Classificação dos seres vivos:critérios taxonômicos e filogenéticos.
• Sistemas biológicos:anatomia,morfologia e fisiologia.
• Mecanismos de desenvolvimento embriológico
• Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
• Teorias evolutivas.
• Transmissão das características hereditárias
• Dinâmica dos ecossistemas:relações entre os seres vivos e interdependência
com o ambiente.
• Organismos geneticamente modificados.
Metodologia
Para o ensino de Biologia como proposta metodológica propõe-se utilização do
método da pratica social que parte da pedagogia histórico – crítica centrada na
valorização e socialização dos conhecimentos da Biologia as camadas populares,
113
entendendo a apropriação crítica e histórica do conhecimento em quanto instrumento de
compreensão da realidade social e atuação crítica para transformação da realidade
(Saviani 1997, Libâneo 1983).
Os conhecimentos serão tratados de forma contextualizada, revelando como e
porque foram produzidos, apresentando a história da Biologia com um movimento não
linear e freqüente contraditório.
No ensino da Biologia, enfim, é essencial o desenvolvimento de posturas e valores
pertinentes a relação entre os seres humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano e
o conhecimento, contribuindo para a educação que formará indivíduos sensíveis e
solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades de mundo e da Vida,
capazes assim de realizar ações práticas, de fazer julgamentos e de tomar decisões.
O desenvolvimento dos Conteúdos Estruturantes deve decorrer de forma
integrada, ou seja, um assunto servindo de base para outro; sendo importante considerar
a necessidade de se conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as idéias básicas
do educando.
O ensino dos conteúdos específicos aponta as seguintes estratégias
metodológicas:
a) prática social: senso comum a respeito do conteúdo trabalhado;
b) problematização: detectar e apontar as questões que precisam ser resolvidas;
c) instrumentalização: apresentação dos conteúdos sistematizados para que os
educandos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e
profissional; e
d) catarse: passar da ação para a conscientização, retorno a prática social, de forma a
atuar e transformar as relações de produção.
Tendo como linha progressista numa tendência histórico-crítica dialética, a
metodologia utilizada na construção do conhecimento científico, requer as seguintes
ações:
a) observação e descrição dos seres vivos;
b) seminários com educandos para aprofundar os conteúdos;
c) trabalhos em grupo, buscando relacionar fatos do cotidiano com o conteúdo científico;
d) debates sobre assuntos científicos e novas descobertas;
e) uso da internet como fonte de pesquisa para aprofundar conhecimentos;
f) palestras sobre assuntos relacionados à saúde e/ou meio ambiente;
g) leitura de jornais, revistas, etc., a fim de aprimorar o conhecimento;
114
h) projetos de pesquisa, onde o educando possa relacionar o conhecimento científico
com a prática;
i) aulas teóricas relacionando teoria com a prática; aula dialogada, leitura e escrita para
possibilitar a expressão dos pensamentos, percepções e confronto de idéias dos
educandos;
j) trabalhos sejam individuais ou em grupos, onde possam analisar assuntos de forma
coerente e crítica; trabalhos com filmes, questionando fatos ecológicos ou biotecnológicos
com os conhecimentos aprendidos;
k) levantamento de pesquisa bibliográfica, de campo e/ou experimental onde o educando
constrói seu conhecimento; experimentação prática e/ou demonstrativa a fim de levar a
compreensão e a elaboração de conhecimentos;
l) uso de som e imagem como: vídeo, transparências, fotos, musicas, data-show, em
torno de ma problematização a fim de se demonstrar e interpretar e até mesmo solucionar
problema em questão;
m) aulas extra-classe, incluindo visitas a parques, indústrias, universidades, etc, com o
objetivo de integrar conhecimentos e ressaltar a relação homem-ambiente; jogos didáticos
com a finalidade de desenvolver habilidades de resolução de problemas; e
n) a utilização de recursos disponíveis pela SEED como: Portal dia-a-dia da educação,
TV Paulo Freire, TV Escola, Objeto de Aprendizagem Colaborativo (OAC), Folhas.
A abordagem pedagógica sobre a história e cultura afro-brasileira Africana e Índígena
(leis no.10639/03 e no.11645/08), será desenvolvida por meio de análises que envolvam a
constituição genética da população brasileira. Os conteúdos específicos trabalhados
estarão relacionados tanto aos conteúdos básicos da disciplina de forma contextualizada,
favorecendo a compreensão da diversidade biológica e cultural . Quanto ao trabalho
envolvendo a educação ambiental, em concordância com a Lei n. 9795/99 que instituia a
Política Nacional de Educação Ambiental, e a conscientização de Prevenção a AIDS
conforme a lei n. 11734/97, estes deverão ser uma prática educativa integrada, contínua e
permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos.
No ensino de Biologia, enfim, é essencial o desenvolvimento de posturas e valores
pertinentes as relações entre os seres humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano
e o conhecimento, contribuindo para uma educação que formará indivíduos sensíveis e
solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades de mundo e da vida,
capazes assim de realizar ações práticas de fazer julgamentos e de tomar decisões.
115
Critérios Avaliativos
A avaliação é um dos aspectos do processo pedagógico que mais carece de mudança
didática para favorecer uma reflexão crítica de idéias e modificar o comportamento dos
docentes ainda muito persistentes.
Considerando o professor corresponsável pelos resultados que os alunos obtiverem o
foco da pergunta muda de “quem merece uma valorização positiva e quem não”, “para
que auxilio precisa cada aluno para continuar avançando e alcançar os resultados
desejados” (Hoffmann, 2003,p.121).
Propõe-se um trabalho pedagógico em que se perceba o processo cognitivo contínuo,
inacabado, portanto, em construção. Nesta perspectiva, a avaliação como momento do
processo ensino-aprendizagem, abandona a idéia de que o erro e a dúvida constituem
obstáculos empostos à continuidade do processo.
Avaliar implica um processo cuja finalidade é obter informações necessárias sobre o
desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos de
ensino- aprendizagem. Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno também
tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organiza-se para as
mudanças necessárias.
Ao utilizar a problematização, parte-se do princípio da provocação e mobilização do
aluno na busca por conteúdos necessários para resolver problemas do cotidiano de forma
crítica.
Os recursos pedagógicos disponíveis na escola tais como: Portal Dia a Dia Educação,
TV Paulo Freire, Folhas e outras tecnologias são fundamentais para auxiliar professores e
alunos para uma leitura crítica para o ensino-aprendizagem.
O uso de diferentes imagens em vídeos, fotos, textos de apoio usados com freqüência
nas aulas de Biologia, requerem a problematização em torno da demonstração e da
interpretação. A leitura e a escrita merecem atenção, tanto quanto as atividades
experimentais. Nas atividades experimentais demonstradas é preciso permitir a
participação do aluno e não apenas tê-lo como observador passivo.
O estado do meio pode ocorrer em locais como: parques, praças, terrenos baldios,
bosques, rios, zoológicos, hortas, aterros sanitários, fábricas etc.
O jogo didático tem a finalidade de ajudar a desenvolver habilidades de resolução de
problemas.
A história e cultura afro-brasileira e africana e a dos povos indígenas e as questões
ambientais serão trabalhadas de forma contextualizadas usando os recursos e
116
metodologia citados.
117
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO. Biologia: Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.
______. Secretaria de Estado da Educação – SEED. Diretrizes curriculares de Biologia para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006.
JUNQUEIRA, L. C. CARNEIRO, J. Histologia Básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koagan, 1990.
LAURENCE, J. Biologia: Ensino Médio. 1. ed. São Paulo: Nova Geração, 2005.
LINHARES, S; GEWANDSZNAJDER. Biologia. 2. ed. São Paulo: Ática, 2005.
LOPES, Sônia; ROSSO, Sérgio. Biologia. São Paulo: Saraiva, 2006.
MACHADO,Sídio. Biologia. São Paulo: Scipione, 2003. (Coleção de olho no mundo do trabalho).
MELLO, R. de A. Embriologia comparada e Humana. São Paulo: Atheneu, 1989.
PAULINO, W. R. Biologia. 1. ed. São Paulo: Ática, 2005.
SAVIANI, D. Pedagogia Histórica-crítica: primeiras aproximações. Campinas: Autores Associados, 1997. SILVA JÚNIOR, César da; SASSON, Sezar. Biologia. São Paulo: Saraiva, 2006.
SILVA, J. C da, Biologia vol. 1,2,3. 8a ed. São Paulo: Saraiva, 2005
LIBÂNEO, J. C. Tendência Pedagógica na Prática Escolar. In: Revista da Ande. n. 6, p.1-19,1983.
118
CIENCIAS
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1-Apresentação da disciplina:
A construção das Diretrizes Curriculares da Educação do Campo na disciplina de
Ciências é mais um passo importante na afirmação da educação como um direito universal. Visto
que a Ciência tem origem na vida humana, pois, para sobreviver, o homem precisou aprender a
superar desafios. Aprender a coletar alimentos, a caçar a se abrigar a se proteger das más condições
do tempo e dos animais selvagens.
Através da história da humanidade, muitas foram as descobertas e as experiências
realizadas pelo homem para explicar determinados fatos ou fenômenos presentes na natureza. Isso
só foi possível graças à cooperação, à criatividade, ao envolvimento das pessoas a das sociedades,
das pesquisas e também um número de erros. Portanto Ciências se desenvolve a partir das
necessidades e das atividades dos homens.
A incursão pela história da Ciências permite identificar que não existem único método
científico, mas a configuração de métodos científicos , que se modificaram com o passar do tempo.
Ao assumir posicionamento contrário ao método único para toda e qualquer
investigação científica da natureza, no ensino de Ciências se faz necessário ampliar os
encaminhamentos metodológicos para abordar os conteúdos escolares de modo que os estudantes
superem os obstáculos conceituais oriundos e sua vida cotidiana.
No processo de ensino-apredizagem a construção de conceitos pelo estudante não
difere, em nenhum aspecto, do desenvolvimento de conceitos não sistematizados que traz de sua
vida cotidiana.
O aprendizado dos estudantes começa muito antes do contato com a escola. Por isso,
aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida e qualquer
situação de aprendizagem na escola tem sempre uma história anterior.
Há, no entanto, uma diferença entre o aprendizado anterior e o aprendizado escolar. O
primeiro não é sistematizado, o segundo é, além disso, este objetiva a aprendizagem do
conhecimento científico e produz algo fundamentalmente novo no desenvolvimento do estudante.
Dentre os saberes sociais, os conhecimentos científicos e os do cotidiano “se
mostram como campos que se inter-relacionam com o conhecimento escolar” ( LOPES, 1999, p.
104), porém não sem contradições. O conhecimento cotidiano tem origem empírica e é a soma dos
conhecimentos sobre a realidade produzida na cotidianeidade. Esse conhecimento pode acolher
certas aquisições científicas. Por meio de divulgação na mídia e na informalidade, mas não é o
119
conhecimento científico.
O educando, nos dias atuais, tem mais acesso a informações sobre o conhecimento
científico, no entanto, constantemente reconstrói suas representações a partir do conhecimento
cotidiano, formando as bases para a construção de conhecimentos alternativos, úteis na sua vida
diária.
Apesar da necessidade de ruptura entre o conhecimento científico e o conhecimento
cotidiano, há também a necessidade de não se extrapolarem os limites um do outro. O
conhecimento científico e o conhecimento cotidiano são históricos e sofrem interações mútuas. “
Interpretar a ciência com os pressupostos da vida cotidiano é incorrer em erros, assim como é
impossível em cada ação cotidiana tomarmos decisões científicas, ao invés de decidirmos com base
na espontaneidade e no pragmatismo.” ( LOPES, 1999, p.143).
Nem sempre o conhecimento cotidiano ou mesmo alternativo podem ser considerados
incoerentes com o desenvolvimento científico, uma vez que são úteis na vida prática e para o
desenvolvimento de novas concepções. Valorizá-los e tomá-los com pondo de partida terá como
consequência a formação dos conceitos científicos, para cada estudante, em tempos distintos.
Na escola o obstáculo epistemológico assume função didática e permite superar duas
grandes ilusões no ensino Ciências: o não rompimento entre os conhecimentos cotidiano e científico
e a crença de que se conhece a partir do nada. Em se tratando de educação do Campo, a
alimentação, é o exemplo mais claro da necessidade da atividade produtiva no campo, ainda que
nos dias atuais muito tenha sido dito sobre a produção de frutas e verduras em laboratórios e muitos
produtos já sejam cultivados em estufas, embora estas façam parte da atividade produtiva n campo.
Com a alimentação, discute-se o desenvolvimento sustentável, pois cada vez mais a saúde humana é
preocupação internacional e, com ela, as afirmações favoráveis à produção agroecológica.
A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento de que o
estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui significados. Isso põe o
processo de construção de significados como elemento central do processo de ensino aprendizagem.
Na escola é o lugar das relações educativas formais. O mundo atual , porém, exige que
na escola sejam valorizadas lugares em que acontece a educação, na sua vertente informal e não-
formal. A roça, a mata, os rios ou o mar, as associações contato diário, passam despercebidos,
esquecidos no momento da elaboração dos planejamentos de ensino. Esses lugares educativos
podem ser usados nas mais diferentes disciplinas e não apenas nas aulas de Ciências. Assim, é
necessário que cada uma delas, a partir do seu conhecimento próprio, consiga identificar como os
diversos ambientes podem se fazer presentes nas suas práticas pedagógicas.
No âmbito da educação do campo, objetiva-se que o estudo tenha a investigação como
120
ponto de partida para a seleção e desenvolvimento dos conteúdos escolares, de forma que valorize
singularidades regionais e localize características nacionais, tanto em termos das identidades sociais
e políticas dos povos do campo quanto em valorização da cultura de diferentes lugares do país.
Escutar os povos do campo, a sua sabedoria, as suas críticas;
Escutar as carências expostas pelos professores de ciências das escolas do campo:
enfim, ouvir cada um dos sujeitos que fazem processo educativo: comunidade escolar, professores
e governos, nas esferas municipal, estadual e federal.
Conhecer e saber empregar conceitos científicos básicos associados a energia, materiais,
transformação, espaço, tempo, sistema - populações e ciclo de vida.
Desenvolver habilidades de observação, pesquisa, proposição de questões, formulação
de hipóteses e conclusões, adquirindo noções sobre o método científico.
Trata-se de uma educação que deve ser no e do campo.
No, porque [...] o povo tem o direito de ser educado no lugar onde vive; [Do, pois] “o povo tem direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada à sua cultura e às suas necessidades humanas e sociais” (CALDART, 2002, p. 26).Diretrizes Curriculares.
2- Objeto de estudo
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que
resulta da investigação da Natureza. Do ponto vista científico, entende-se por Natureza o conjunto
de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe
interpretar racionalmente os fenômenos observados na natureza, resultante das relações entre
elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.
A Natureza legitima, então, o objeto de estudo das ciências naturais e da disciplina de
Ciências. De acordo com Lopes (2007), denominar uma determinada ciência natural é uma maneira
de enunciar tal forma de legitimação.
Chauí (2005) corrobora tal afirmação ao lembrar que no século XIX, sob influência dos
filósofos franceses e alemães, dividiu-se o conhecimento científico a partir de critérios como: tipo
de objeto estudado, tipo de método empregado e tipo de resultado obtido. Assim, as chamadas
ciências naturais passaram a ser tomadas como um saber distinto das ciências naturais passaram a
ser tomadas como um saber distinto das ciências matemáticas, das ciências sociais e das ciências
aplicadas, bem como dos conhecimentos filosóficos, artísticos e do saber cotidiano.
121
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a Natureza
ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a interferência do ser
humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências, técnicas, conhecimentos e valores
produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o
processo educacional asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem novas
formas de pensa,r, de dominar a Natureza, de compreendê-la e se apropriar dos seus recursos. No
entanto,
O método científico que levou à dominação cada vez mais eficaz da natureza passou
assim a fornecer tanto os conceitos puros, como os instrumentos para a dominação cada vez mais
eficaz do homem pelo próprio homem através da dominação da natureza [...]. Hoje a dominação se
perpetua e se estende não apenas através da tecnologia, mas enquanto tecnologia, e esta garante a
formidável legitimação do poder político em expansão que absorve todas as esferas da cultura
(HABERMAS, 1980, p. 305).
122
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
6ºANO
ASTRONOMIA
– Universo– Sistema Solar– Movimentos Terrestres– Movimentos celestes– Astros
MATÉRIA
– Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
– Níveis de organização
ENERGIA
– Formas de energia– Conversão de energia– Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
– Organização dos seres vivos– Ecossistemas– Evolução dos seres vivos
7ºANO
ASTRONOMIA
– Astros– Movimentos Terrestres– Movimentos celeste
MATÉRIA
– Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
– Célula– Morfologia e fisiologia dos seres vivos
123
ENERGIA
– Formas de energia– Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
– Origem da vida– Organização dos seres vivos– Sistemática
8ºANO
ASTRONOMIA
– Origem e evolução do universo
MATÉRIA
– Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
– Célula– Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
– Formas de energia
BIODIVERSIDA
– Evolução dos seres vivos
9ºANO
ASTRONOMIA
– Astros– Gravitação universal
MATÉRIA
– Propriedades da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
– Morfologia e fisiologia dos seres vivos
124
– Mecanismos de herança genética
ENERGIA
– Formas de energia– Conservação de energia
BIODIVERSIDADE
– Interações ecológicas
METODOLOGIA
O ensino de Ciências propõe uma prática pedagógica que leve à integração dos
conceitos científicos e valorize o pluralismo metodológico. Para isso é necessário superar práticas
pedagógicas centradas num único método e baseadas em aulas de laboratório( KRASILCHIK,1987)
que visam tão somente à comprovação de teorias e leis apresentadas previamente aos estudantes.
O professor de Ciências, responsável pela mediação entre o conhecimento cientifico
escolar representado por conceitos e modelos e as concepções alternativas dos estudantes, deve
lançar mão de encaminhamentos metodológicos que utilizem recursos diversos, planejados com
antecedência, para assegurar a interatividade no processo ensino aprendizagem e a construção de
conceitos de forma significativa pelos estudantes.
Conteúdos Obrigatórios: História do Paraná ( Lei nº 13.381/01)- História e cultura afro-
brasileira, africana e indígena/equipe multidisciplinar ( Lei nº 10.639/03 e nº11.645/08), música
( Lei nº11.769/08), prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental,
educação fiscal, enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente- Direito das Crianças e
Adolescentes ( Lei Fed. Nº 11.525/07) – Educação Tributária ( Dec. Nº 1.143/99, Portaria nº 413 /
02). - Educação Ambiental ( Lei Fed. Nº 9.795/99).
Tão importante quanto selecionar conteúdos específicos para o ensino de Ciências, é a
escolha de abordagens , estratégias e recursos pedagógicos adequados à mediação pedagógica. E
assim consideraremos alguns itens a serem enfatizados:
A ABORDAGEM PROBLEMATIZADORA
A ação de problematizar é mais do que a mera motivação para se iniciar um novo
conteúdo. Essa ação possibilita a aproximação entre o conhecimento alternativo dos estudantes do
campo e o conhecimento científico escolar que se pretende ensinar.
125
A RELAÇÃO CONTEXTUAL
A relação contextual pode ser um ponto de partida, de modo a abordar o conteúdo mais
próximo à realidade dos estudante para uma posterior abordagem abstrata e específica. A relação
contextual pode, também ser o ponto de chegada caso o professor opte por iniciar a sua prática com
conteúdos mais abstratos e reflexivos.
Neste caso, contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos escolares das
estruturas sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras.
A RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR
A relação interdisciplinar como elemento da prática pedagógica considera que muitos
conteúdos, ainda que específicos, se articulam permanentemente com outros conteúdos e isso torna
necessária uma aproximação entre eles, mesmo entre os tratados por diferentes disciplinas
escolares.
Em Ciências, as relações interdisciplinares podem ocorrer quando o professor busca nos
conteúdos específicos de outras disciplinas, contribuições para o entendimento do objeto de estudo
de Ciências, o conhecimento científico resultante da investigação da natureza.
Eleger temas centrais para a prática pedagógica escolar pode ser um caminho particular
dos conhecimentos específicos das áreas. Por exemplo: Meio Ambiente,Trabalho na Terra,
Alimentação, Saúde e outros, podem ser temas de projetos escolares, porém a essência do trabalho
estará na articulação a ser feita entre as áreas do conhecimento. O envolvimento de professores,
alunos, comunidade e equipe escolar na prática pedagógica é um caminho para o desenvolvimento
da participação social.
O envolvimento dos professores das áreas do conhecimento garantirá a qualidade de
“aproximação” disciplinar, num primeiro momento, e depois a interdisciplinaridade. É preciso
disposição para pensar e fazer diferente.
Em Geografia , História e Ciências, enfatizar temas pertencentes ao homem do campo,
em relação a economia, meio ambiente, cultural e sociedade.
Estudar temas relacionados ao meio rural, para o aluno perceber que faz parte de um
mundo globalizado, embora o campo possua peculiaridades que devem ser conhecidas, preservadas
e valorizadas.
126
A PESQUISA
A pesquisa é uma estratégia de ensino que visa a construção do conhecimento, podendo
ser apresentada na forma escrita e/ou oral, para que os objetivos pedagógicos seja atingidos, se faz
necessário que seja construída com redação do próprio estudante. Na apresentação oral o estudante
deve superar a simples leitura e repetição, evidenciando a compreensão crítica do conteúdo pesquisa
do e explicitando a sua interpretação, visto que a Educação do Campo é objeto de atenção das
organizações sociais, dos sindicatos, dos movimentos sociais e de muitas comunidades.
A LEITURA CIENTÍFICA
A leitura científica como recurso pedagógico permite aproximação entre os
estudantes e o professor, pois propicia um maior aprofundamento de conceitos.
A ATIVIDADE EM GRUPO
No trabalho em grupo , o estudante tem a oportunidade de trocar experiências ,
apresentar suas proposições aos outros estudantes, confrontar ideias, desenvolver espírito de equipe
e atitude colaborativa.
A OBSERVAÇÃO
A utilização deste elemento estimula, no estudante, a capacidade de observar
fenômenos em seus detalhes para estabelecer relações mais amplas sobre os mesmos.
A observação é uma alternativa viável e coerente com a própria natureza da
disciplina.
A ATIVIDADE EXPERIMENTAL
A inserção de atividades experimentais na prática docente apresenta-se como uma
importante ferramenta de ensino e aprendizagem, quando mediada pelo professor de forma a
desenvolver o interesse nos estudantes e criar situações de investigação para a formação de
conceitos.
127
OS RECURSOS INSTRUCIONAIS
Os recursos instrucionais não possuem modelo único e não existem regras fixas a
serem utilizadas na sua construção, devem subsidiar o professor em seu trabalho com o conteúdo
cientifico escolar.
O LÚDICO
O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo , podendo utilizar-se de
instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse, tais como
jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas habitualmente pelo professor, entre outros.
O lúdico deve ser considerado na prática pedagógica, independentemente da série e da faixa etária
do estudante, porém, adequando-se a elas quanto à linguagem, a abordagem , as estratégias e aos
recursos utilizados como apoio.
AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua, cumulativa e processual contemplando os instrumentos:
observação do professor frente ao desempenho do aluno nas atividades realizadas. Participação do
aluno frente ao questionamentos e indagações realizadas pelo professor. Cumprimento de tarefas de
casa. Trabalhos em grupos ou individuais extra e intraclasse.
Debates. Pesquisa de campo ou bibliográfica. Avaliação escrita. O sistema de avaliação será feito
bimestralmente com valor:10,0 por meio dos seguintes critérios:- Duas avaliações escrita com
valor: 3,0 cada ( questões objetivas e dissertativas. Trabalhos diversificados contemplando os itens
acima citados com valor: 4,0. A recuperação de estudos, será realizada de forma paralela para os
alunos com baixo rendimento escolar, sendo proporcionada durante o período letivo.
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos
científicos escolares, e de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96, deve ser
contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode propiciar
um momento de interação e construção de significados no qual o estudante aprende. Para que tal
ação torne-se significativa, o professor precisa refletir e planejar sobre os procedimentos a serem
utilizados e superar o modelo consolidado da avaliação tão somente classificatória e excludente.
128
Será preciso respeitar o estudante como um ser humano inserido. No contexto das
relações que permeiam a construção do conhecimento científico escolar. Desse modo, a considerar
o modelo ensino-aprendizagem proposto, a avaliação deverá valorizar os conhecimentos
alternativos do estudante, construídos no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de
diferentes estratégias que envolvam recursos pedagógicos e instrucionais diversos. É fundamental
que se valorize, também, o que se chama de “erro”. De modo a retomar a compreensão do estudante
por meio de diversos instrumentos de ensino e de avaliação.
Na aprendizagem significativa, o conteúdo específico ensinado passar a ter significado
real para o estudante e, por isso, interage “ com ideias relevantes existentes na estrutura cognitiva
do indivíduo” (MOREIRA, 1999, p.56).
A investigação da aprendizagem significativa pelo professor pode ser por meio de
problematização envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais, ou mesmo a
partir da utilização de jogos educativos, entre outras possibilidades, como o uso de recursos
instrucionais que representem como o estudante tem solucionado o problema proposto e as relações
estabelecidas diante dessas problematizações.
129
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, PIRES, Maria Helena. Filosofando>
Introdução a Filosofia. São Paulo, Moderna, 1986.
CARVALHO, Ana Maria Pessoa de, Prática de Ensino – Os Estágios na Formação do Professor.
São Paulo, Livraria Pioneira, 1987.
DEMO, Pedro. Introdução à Metodologia da Ciência. São Paulo. Atlas S.A, 1985.
KRASILCHIK, Myriam. O professor e o currículo de ciências. Pedagógica Universitária. São
Paulo, 1987.
LOPES, A.C. Conhecimento Escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: UERJ, 1999.
MOREIRA, M.A. Aprendizagem significativa. Brasília: UnB, 1999.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação.Diretrizes Curriculares de Ciências da Educação
Básica.Escola Pública do Paraná.Curitiba; SEED/DEB,2008.
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. São Paulo, Cortez, 1983.
WALLACE, Bruce. Biologia Social. Editora da Universidade de São Paulo, 1978.
Diretrizes Curriculares da Educação do Campo – Curitiba – 2006.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica Ciências. Paraná – 2008.
130
EDUCAÇÃO FÍSICA Apresentação Geral da Disciplina
O homem na sua trajetória de vida sempre manteve uma relação restrita com seu
corpo, que passou por várias concepções promovendo em cada momento histórico um
dialogo diferente com seu corpo. O corpo e seus movimentos estiveram sempre à mercê
da cultura.
Nossa conduta motora nos revela aspectos biológicos e culturais que são
determinantes na evolução do corpo e da mente.
A Educação Física deve promover e observar o corpo em movimento, possibilitando
aos seus alunos participar da construção do conhecimento de si mesmo e de seus
colegas. Uma ação pedagógica na qual possamos incluir o desenvolvimento do
organismo enquanto complexidade biofísico social, criando condições para o desabrochar
de processos corporais mais complexos no que se referem aos fatos, conceitos,
procedimentos, valores e atitudes.
A Educação Física é uma disciplina que possibilita, talvez mais do que as outras,
espaços onde se pode dar início às mudanças significativa na maneira de se implementar
o processo de ensino aprendizagem, tendo em vista as diversas situações, dados do
cotidiano associados à cultura de movimentos podem ser utilizados com o objetivo de
resgatar e incorporar a cultura popular e a vivência dos alunos dentro e fora da escola. Na
sociedade contemporânea, a escola tem assumido papel primordial na formação de
crianças, jovens e adultos, as modificações das relações familiares ligaram a esta
instituição responsabilidades nunca antes sonhadas: instruir, ensinar, educar, enfim
formar as futuras gerações. E é dentro da escola que o professor convive com as
desigualdades de todas as naturezas e suas consequências necessitando para tanto
pensar sua práxis do cotidiano.
Neste contexto cada disciplina e professor forma cidadãos, necessitando atuar
conscientemente neste sentido, a Educação Física, como disciplina do núcleo comum,
busca assim sua reorganização uma vez entendida como fruto do processo histórico de
evolução do homem que sempre se movimentou, criou jogos, danças e práticas
atendendo suas várias necessidades sociais. Segundo BRACHT “a pedagogia da
Educação Física enquanto ciência prática tem seu sentido não na compreensão, mas no
aperfeiçoamento da práxis” (1992 p. 42).
Entendida nesta perspectiva a disciplina de Educação Física configurar-se-á num
processo racional, sistematizado e intencional de tornar acessível a todas as crianças e
131
jovens que frequentam a instituição escolar atitudes e práticas que constituem essa
cultura motora, cognitiva e social.
A Educação Física, tem como objeto de estudo e de ensino, a cultura corporal, que
nesta perspectiva, de acordo com Paraná (2008, p. 17) “[...] representa as formas
culturais do movimentar-se humano historicamente produzido pela humanidade [...]”
apontando a ginástica, esporte, a dança, a luta, os jogos e brincadeiras como conteúdos
estruturantes, que devem ser abordados com os alunos de forma contextualizada na sua
dimensão histórica, cultural e social.
Objetivos:
- Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas
com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho de si
próprio e dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou
sociais;
- Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e
esportivas, repudiando qualquer espécie de violência;
- Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações de cultura
corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso para a integração entre
pessoas e entre diferentes grupos sociais;
- Reconhecer como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis de
higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os com os efeitos sobre a
própria saúde e de recuperação, manutenção e melhoria da saúde coletiva;
- Solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos, regulando e dosando
o esforço em um nível compatível com as possibilidades, considerando que o
aperfeiçoamento e o desenvolvimento das competências corporais decorrem da
perseverança e regularidade e devem ocorrer de modo saudável e equilibrado;
- Reconhecer condições de trabalho que comprometam os processos de crescimento e
desenvolvimento, não as aceitando para si nem para os outros, reivindicando condições
de vida digna;
- Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética corporal que existem
nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são
produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela mídia e evitando o
consumismo e o preconceito;
132
- Conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como reivindicar
locais adequados para promover atividades corporais de lazer, reconhecendo-os como
uma necessidade básica do ser humano e um direito do cidadão.
Conteúdos :
6o Ano
Conteúdos Estruturantes
- ESPORTE
Conteúdos Básicos
- Coletivos
- Individuais
Conteúdos Estruturantes
- JOGOS E BRINCADEIRAS
Conteúdos Básicos
- Jogos e brincadeiras populares
- Brincadeiras e cantigas de roda
- Jogos de tabuleiro
- Jogos cooperativos
Conteúdos Estruturantes
- DANÇA
Conteúdos Básicos
- Danças folclóricas
- Danças de rua
- Danças criativas
Conteúdos Estruturantes
- GINÁSTICA
Conteúdos Básicos
- Ginástica rítmica
- Ginástica Circense
- Ginástica geral
Conteúdos Estruturantes
- LUTAS
Conteúdos Básicos
- Lutas de aproximação
133
- Capoeira
7o Ano
Conteúdos Estruturantes
- ESPORTE
Conteúdos Básicos
- Coletivos
- Individuais
Conteúdos Estruturantes
- JOGOS E BRINCADEIRAS
Conteúdos Básicos
- Jogos e brincadeiras populares
- Brincadeiras e cantigas de roda
- Jogos de tabuleiro
- Jogos cooperativos
Conteúdos Estruturantes
- DANÇA
Conteúdos Básicos
- Danças folclóricas
- Danças de rua
- Danças criativas
- Danças circulares
Conteúdos Estruturantes
- GINÁSTICA
Conteúdos Básicos
- Ginástica rítmica
- Ginástica circense
- Ginástica geral
Conteúdos Estruturantes
- LUTAS
Conteúdos Básicos
- Lutas de aproximação
- Capoeira
8o Ano
134
Conteúdos Estruturantes
- ESPORTE
Conteúdos Básicos
- Coletivos
- Radicais
Conteúdos Estruturantes
- JOGOS E BRINCADEIRAS
Conteúdos Básicos
- Jogos e brincadeiras Populares
- Jogos de tabuleiro
- Jogos dramáticos
- Jogos cooperativos
Conteúdos Estruturantes
- DANÇA
Conteúdos Básicos
- Danças criativas
- Danças circulares
Conteúdos Estruturantes
- GINÁSTICA
Conteúdos Básicos
- Ginástica rítmica
- Ginástica circense
- Ginástica geral
Conteúdos Estruturantes
- LUTAS
Conteúdos Básicos
- Lutas com instrumento mediador
- Capoeira
9o Ano
Conteúdos Estruturantes
- ESPORTE
Conteúdos Básicos
- Coletivos
135
- Radicais
Conteúdos Estruturantes
- JOGOS E BRINCADEIRAS
Conteúdos Básicos
- Jogos de tabuleiro
- Jogos dramáticos
- Jogos cooperativos
Conteúdos Estruturantes
- DANÇA
Conteúdos Básicos
- Danças criativas
- Danças circulares
Conteúdos Estruturantes
- GINÁSTICA
Conteúdos Básicos
- Ginástica rítmica
- Ginástica geral
Conteúdos Estruturantes
- LUTAS
Conteúdos Básicos
- Lutas com instrumento mediador
- Capoeira
Ensino Médio
Conteúdos Estruturantes
- ESPORTE
Conteúdos Básicos
- Coletivos
- Individuais
- Radicais
Conteúdos Estruturantes
- JOGOS E BRINCADEIRAS
Conteúdos Básicos
- Jogos e Brincadeiras
- Jogos de tabuleiro
136
- Jogos dramáticos
- Jogos cooperativos
Conteúdos Estruturantes
- DANÇA
Conteúdos Básicos
- Danças folclóricas
- Danças de salão
- Danças de rua
Conteúdos Estruturantes
- GINÁSTICA
Conteúdos Básicos
- Ginástica artística /
- Olímpica Ginástica de
- Condicionamento físico
- Ginástica geral
Conteúdos Estruturantes
- LUTAS
Conteúdos Básicos
- Lutas com aproximação
- Lutas que mantêm à distância
- Lutas com instrumento mediador
- Capoeira
Encaminhamentos Metodológicos
O conhecimento será tratado favorecendo a compreensão dos princípios da lógica
dialética materialista: totalidade, movimento, mudança, qualidade e contradição.
A metodologia deverá ressaltar o princípio do confronto e contraposição de saberes,
isto é, compartilhar conhecimento científico ou saber escolar e o saber construído no meio
cultural informado pelo senso comum, na tentativa de superá-los. As atividades serão
criativas apontando um sistema de relações sociais entre os homens e mulheres,
respeitando as dimensões de gênero, raça, classe, local e credo.
Cabe ao professor de Educação Física ter o cuidado de dar o significado às
atividades realizadas para que haja o enriquecimento da proposta curricular valorizando o
aluno e suas habilidades motoras vendo o mesmo como um todo, não se apegando
137
apenas nas técnicas esportivas, pois no trabalho como educador, o professor de
Educação Física deve aplicar atividades concretas, ligadas à realidade dos alunos e
criativas tendo como objetivo formar conceitos de cidadania, ética, saúde, estética e
satisfação, pois ninguém faz uma atividade física por fazer, participa da mesma por gostar
e nela se realiza.
Dar significado à atividade não é só trabalhar conteúdos “práticos” e sim auxiliar
para que o aluno saiba fazer uma “leitura do mundo” adquirindo condições de atuar como
cidadão consciente. Serão utilizados recursos tais como: sucatas, cordas, jogos de
dominó, xadrez e dama, rádio, bolas, redes, quadra, vídeos, TV Multimídia, internet, etc;
tendo o cuidado de estar priorizando os trabalhos em grupo, buscando a criatividade e a
criticidade, em busca da superação, da meritocracia, da seletividade e do individualismo.
Os procedimentos serão assentados em ações com o intuito de dar aos alunos a
chance de opinarem, discutirem e transformarem a direção social num processo dinâmico,
consciente e contínuo.
Os objetivos, os conteúdos e a metodologia apontarão para a necessidade dos
alunos de trabalharem e produzirem durante todo o ano letivo, assumindo a sua cota de
responsabilidade, deixando de lado a sistemática tradicional de somente participarem das
atividades escolares quando o professor responsável pela turma estiver presente.
O trabalho, sempre coletivo, permitirá que, mesmo na ausência do professor haverá
a possibilidade de substituí-lo por um membro do grupo de professores de educação
física e/ou outro professor de outra disciplina.
Ao trabalhar os conteúdos serão contempladas as Leis: 11.645/08 – Cultura
Indígena; 9795/99 – Meio Ambiente; 10.639/03 – História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana.
Avaliação
A partir da avaliação diagnóstica, será analisado o processo desenvolvido para
identificar lacunas no processo de ensino e de aprendizagem, bem como para planejar e
propor outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas,
onde será um processo contínuo, permanente e cumulativo, organizando e reorganizando
o trabalho visando as diversas manifestações corporais, evidenciadas nas formas de
ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas, possibilitando assim que os alunos
reflitam e se posicionem criticamente com o intuito de construir uma relação com o
mundo. Pretende-se que nas aulas de Educação Física o conteúdo seja produzido e
138
socializado através de vivências que evidenciem o fundamental papel do aluno como
construtor do conhecimento. Para isto, é necessário que o professor crie oportunidades
para que os alunos os construam, a partir de suas experiências, fazendo-se necessário,
por parte do professor a aplicação de ações: uma observação direta, diagnóstica, análise
de dados, nível de participação e envolvimento nas atividades práticas e teóricas pelos
alunos, para que as metas traçadas no decorrer do ano atinjam seu alvo principal o aluno
no ato de aprender.
É importante que se tenha clareza da função social da avaliação na construção do
saber, além de reconhecer o caráter fundamental para a Educação, da produção do
conhecimento de forma crítico-reflexiva, estabelecendo um diálogo permanente com o
cotidiano dos autores (professores e alunos) na ação pedagógica, estimulando, assim, o
verdadeiro exercício da cidadania.
Pretende-se que nas aulas de Educação Física o conteúdo seja produzido e
socializado através de vivências que evidenciem o fundamental papel do aluno como
construtor do conhecimento. Para isto, é necessário que o professor crie oportunidades
para que os alunos os construam, a partir das suas experiências, fazendo-se necessário,
por parte do professor a aplicação de ações como: uma observação direta, diagnóstica,
contínua, cumulativa e processual, análise de dados, nível de participação e envolvimento
nas atividades práticas e teóricas pelos alunos, para que as metas traçadas no decorrer
do ano atinjam seu alvo principal o aluno no ato de aprender.
Os instrumentos utilizados deverão ser claros para o professor e para os alunos,
pois o senso crítico, característico desta faixa etária, aliado à necessidade de sentir-se
reconhecido, tornará o processo significativo. Estes instrumentos poderão estar inseridos
nos conteúdos de aprendizagem como forma sistemática de valorização e reflexão,
representando a forma concreta de apropriação por parte dos alunos, do conhecimento
socialmente construído, revelando quando utilizados que intenções e aspectos deste
conhecimento estão sendo valorizados.
Ao selecionar os instrumentos de avaliação (trabalhos, pesquisas realizadas no
laboratório de informática, avaliações práticas e teóricas, seminários e debates), que
serão empregados, poderão ser levantados, além dos valores mensuráveis, os aspectos
motivacionais e subjetivos relacionados aos resultados, suas relações com diferentes
contextos de aplicação e o significado que esses trarão para a construção do
conhecimento pessoal do aluno e para a coletividade à qual pertence.
Inicialmente far-se-á a Avaliação Diagnóstica para detectar o grau de conhecimento
139
e de dificuldades do educando.
A avaliação deve se materializar em cada aula (Observação Constante do Aluno
feita pelo Professor), considerando sua aplicação e conseqüência pedagógica, política e
social, referenciada nos interesses individuais e coletivos, ampliando as possibilidades
corporais. Essas possibilidades envolvem aspectos de conhecimento, habilidades,
desempenho no conteúdo vivenciado, atitudes e condutas sociais, considerados dentro da
concepção da totalidade humana, isto é, da concepção de que o aluno é um ser uno e
único e de que ambos, professor e aluno assumirão responsabilidades na perspectiva de
uma avaliação participativa.
A auto-avaliação visará à construção da autonomia do estudante numa
conscientização do seu envolvimento nas atividades desenvolvidas.
A Recuperação de Estudos é direito de todos os alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos, e, dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. Nesses
termos a proposta de recuperação de estudos deverá indicar os conteúdos a serem
trabalhados. Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas
durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento
escolar, tendo sua anotação no Livro Registro de Classe.
140
Referências
BATISTA, Luiz Carlos C. Educação Física no ensino fundamental. Rio de Janeiro: Sprint,
2001.
CIVITATE, Hector. Jogos de salão e recreação. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.
COUTINHO, Nilton F. Basquetebol na escola. 2 ed. Rio de Janeiro: Sprint Ltda, 2003.
DOMINGUES FILHO, Luiz Antônio. Obesidade & atividade física. Jundiaí: Fontoura, 2000.
GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. Educação Física progressista: a pedagogia crítico social
dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1991.
KAMEL, Dílson; KAMEL, José Guilherme N. Nutrição e Atividade Física. 2. ed. Rio de
Janeiro: Sprint, 1998.
LUCKESI, Carlos.C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Física
para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro
Didático Público de Educação Física. Curitiba: SEED-PR, 2006.
VALADARES, S.; ARAUJO, R. Educação física no cotidiano escolar: jogos e brincadeiras
com bola. Belo Horizonte: FAPI, 1999.
141
ENSINO RELIGIOSO
Apresentação Geral da Disciplina
As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a necessária reflexão
em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização, diante das demandas
sociais contemporâneas, que exigem a compreensão ampla da diversidade cultural.
As diferenças culturais são abordadas, de modo a ampliar a compreensão da
diversidade religiosa como expressão da cultura, construída historicamente, e que, são
marcadas por aspectos econômicos, políticos e sociais. Portanto, busca propiciar
oportunidade de identificação, de entendimento, de conhecimento e de aprendizagem em
relação às diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, de modo que
tenham a amplitude da própria cultura em que se insere.
Com o objetivo de ampliar a abordagem curricular no que se refere à diversidade
religiosa, a Diretrizes para o Ensino Religioso definem como objeto de estudo o sagrado
como foco do fenômeno religioso, por contemplar algo presente em todas as
manifestações religiosas, busca explicitar as diferentes culturas expressas tanto nas
religiões mais sedimentadas como em outras recentes, ou seja, o sagrado influencia a
compreensão de mundo e a maneira como o homem vive seu cotidiano.
A disciplina propõe-se a subsidiar os alunos, por meio dos conteúdos, à
compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do sagrado, com
vistas à interpretação dos seus múltiplos significados, auxiliando na compreensão de
conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade sofre inferências das
tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado.
Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e às suas
manifestações são significativos para todos os alunos no processo de escolarização, por
propiciarem subsídios para a compreensão de uma das interfaces as cultura e da
construção da vida em sociedade.
Objetivos
A reflexão visa proporcionar ao educando do Ensino Religioso sua formação
integral, entendido nesta concepção como sujeito do processo contínuo de educação.
Nesse sentido, o direito de acesso, a universalidade da educação, a concepção de
formação em seus diferentes aspectos: estéticos, éticos, cognitivo, afetivo, cultural,
biológico, social e religioso, ou seja, a completude e a significância como pressupõe a
142
LDBEN 9394/96, sobre os objetivos para o Ensino Fundamental:
I - desenvolver a capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da
leitura, da escrita e do cálculo:
II - Compreender o ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes
e dos valores em que se fundamenta a sociedade:
III - desenvolver a capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores:
IV – fortalecer os vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância
recíproca em que se assenta a vida social.
V - Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas
advindas da elaboração cultural dos povos, bem como possibilitar o acesso às diferentes
fontes da cultura sobre o fenômeno religioso.
VI - Promover e também desenvolver a formação do educando, no seu intuitivo,
consciente, critico, participativo, comprometido com a realidade social, política e
econômica, ou seja, com vida, e como agentes construtores de uma sociedade justa.
O Objeto e Objetivo do Ensino Religioso
O objeto do Ensino Religioso é o estudo das diferentes manifestações do sagrado
no coletivo. Seu objetivo é analisar e compreender o sagrado como o cerne da
experiência religiosa do cotidiano que nos contextualiza no universo cultural.
A partir do objeto e objetivo de estudo do Ensino Religioso pode-se compreender
que esta disciplina busca superar as “aulas de religião” através de um enfoque de
entendimento, com base cultural, sobre o sagrado, a fim de promover um espaço de
reflexão na sala de aula em relação à diversidade religiosa.
Para Costella:
“Uma das tarefas da escola é fornecer instrumentos de leitura da realidade e criar
as condições para melhorar a convivência entre as pessoas pelo conhecimento,
isto é, construir os pressupostos para o diálogo”.
Conteúdos
Estruturantes
Os conteúdos estruturantes compõem os saberes, os conhecimentos de grande
amplitude, os conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos a
serem contemplados no Ensino Religioso. O conhecimento religioso é entendido como um
143
patrimônio da humanidade. Legalmente, é instituído na escola a fim de promover um
oportunidade para que os educandos se tornem capazes de entender os movimentos
específicos das diversas culturas, e para que o substantivo religioso represente um
elemento de colaboração na constituição do sujeito, sendo uma disciplina que contribui
para o desenvolvimento humano.
Paisagem Religiosa
Por paisagem religiosa define-se a combinação de elementos culturais e naturais
que remetem a experiências do sagrado, que por força dessas experiências anteriores
remetem a uma gama de representações sobre a diversidade cultural e religiosa. Para o
homem religioso, a natureza não é exclusivamente natural; sempre está carregada de um
valor sagrado. A idéia da existência de lugares sagrados e de um mundo sem
imperfeições conduz o homem a suportar suas dificuldades diárias. O homem consagra
determinados lugares porque necessita viver e conviver no mundo sagrado.
Universo Simbólico Religioso
A complexa realidade que configura o universo simbólico tem como chave de leitura
as diferentes manifestações do sagrado no coletivo, cujas significações se sustentam em
determinados símbolos religiosos.
De modo geral, a cultura se sustenta por meio de símbolos, que são criações cuja
função é comunicar idéias. Os símbolos são parte essencial da vida humana, todo sujeito
se constitui e se constrói por meio de inúmeras linguagens simbólicas, portanto, é um
elemento importante porque está presente em quase todas as manifestações religiosas e
também no cotidiano das pessoas. Estamos inseridos numa realidade altamente
simbólica, não só no que diz respeito ao sagrado, mas em todo imaginário humano.
Textos Sagrados
Como conteúdo estruturante, o texto sagrado é uma referência importante para o
Ensino Religioso, pois permite identificar como a tradição e a manifestação atribuem às
práticas religiosas o caráter sagrado e em que medida orientam ou estão presentes nos
ritos, nas festas, na organização das religiões, nas explicações da morte e da vida.
Os textos sagrados expressam ideias e são meios de dar viabilidade à
disseminação e à preservação dos ensinamentos de diferentes tradições e manifestações
religiosas, o que ocorre de diversa maneiras.
144
Básicos
A organização dos conteúdos se referencia em manifestações religiosas menos
conhecidas ou desconhecidas, a fim de ampliar o universo cultural dos educandos. Por
sua vez, o conteúdo templos e espaços sagrados, se inicia da discussão dos espaços
físicos identificados como sagrados. No caso de Ensino Religioso sagrado é o objeto de
estudo da disciplina, portanto, o tratamento a ser dado aos conteúdos básicos estará
sempre a ele relacionado.
6o Ano
- Organizações Religiosas
- Lugares Sagrados
- Textos Sagrados Orais ou Escritos
- Símbolos Religiosos
7o Ano
- Temporalidade Sagrada
- Festas Religiosas
- Ritos
- Vida e Morte
Encaminhamento Metodológico
O sagrado será a base da qual serão trabalhados os demais conteúdos. A linguagem
utilizada é essencialmente pedagógica partindo de questionamentos que provocam
reflexões e de modo que o educando construirá sua identidade e autonomia, entendendo
o sentido da vida, do respeito as diferenças do outro.
As práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor da disciplina poderão
fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, o que amplia e valoriza o
universo cultural dos alunos.
Os conteúdos propostos pelas Diretrizes contemplam as diversas manifestações do
sagrado, entendidos como integrantes do patrimônio cultural, os quais poderão ser
enriquecidos pelo professor, desde que contribuam para a construir, analisar e socializar o
conhecimento religioso, para favorecer a formação integral dos educandos, o respeito e o
convívio com o diferente.
Portanto, é preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e à opção religiosa
do educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão aspectos
145
reconhecidos como pertinentes ao universo do sagrado e da diversidade sociocultural.
Através de leitura e interpretação das informações contidas em textos diversificados.
Pesquisas em jornais e revistas, para que o aluno reflita sobre as diversas
informações levando-o a troca de ideias e debate em sala de aula, despertando o senso
crítico no educando.
Utilização do laboratório de informática, de vídeos (TV pendrive) educativos,
relacionados aos conteúdos propostos de forma a esclarecer e auxiliar na compreensão
do ensino aprendizagem.
Avaliação
A avaliação é condição para análise do educador sobre as práticas e processos de
aprendizagem, deve apresentar elementos que motivam a prática avaliativa classificando-
se em avaliação inicial, processual, formativa e final. A disciplina de Ensino Religioso
requer um trabalho comprometido, de modo que a avaliação se torna um fator que pode
contribuir para sua legitimação como componente curricular. Cabe ao professor
implementar práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação de
conhecimentos pelo aluno e pela classe, cujo parâmetro são os conteúdos tratados e o
seus objetivos. Será realizada através da convivência do respeito às diferenças do outro,
da postura e instrumentos diversos durante o desenvolvimento da aula, como:
- Participação de trabalhos em grupos;
- Exposição de trabalhos;
- Produção de textos e desenhos;
- Observação dirigida e espontânea de atitudes;
- Comunicação oral e escrita;
- Relatos de experiência;
- Trabalhos escritos ou orais;
- Leitura e interpretação de fotos, imagens, textos, entre outros.
146
Referências
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1992.
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ELIADE, Mircea. O Sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins
Fontes, 1992.
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apontando novos caminhos para o Ensino.
CORRÊA, Avelino Antonio; SCHNEIDERS, Amélia – De mãos dadas Ensino Religioso.
São Paulo: Scipione, 2002.
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Vozes, 2001.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso
para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência de Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: inserção dos conteúdos de
história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares/Paraná. Curitiba:
SEED – PR, 2005.43p.
147
FILOSOFIA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O ensino de Filosofia na atualidade se faz necessário na medida em que pode
contribuir na resolução de conceitos e problemas formulados ao longo de sua trajetória
histórica, oferecendo aos estudantes a possibilidade de compreender os fatos que
acontecem no seu dia-a-dia, como também os fatos mais complexos do mundo atual,
relacionando-se a outras disciplinas favorecendo a compreensão da linguagem, literatura,
história, ciências e arte, assim sendo, a filosofia se apresenta como conteúdos filosóficos
e exercício, o que possibilita ao estudante desenvolver o próprio pensamento.
A disciplina de filosofia no Ensino Médio não objetiva a especialização e sim
trabalhar os conceitos filosóficos numa dimensão pedagógica, possibilitando aos
estudantes pensar os próprios atos e pensamentos numa perspectiva mais ampla.
Voltada para a educação no campo, a disciplina de filosofia pode atuar enquanto
mediadora da compreensão das diferenças e semelhanças entre a vida urbana e rural, as
possibilidades de crescimento e compreensão do campo como espaço diferenciado de
aprendizado.
Além disso, para o ensino da disciplina de Filosofia no campo é necessário que se
remeta os conteúdos estruturantes e específicos a realidade dos alunos, voltando a
construção do pensamento e do conhecimento para a área rural.
Compreender os conceitos e a história da filosofia permite que os alunos façam a
relação de conceitos das diversas áreas do conhecimento que surgiram atreladas a ela,
tais com matemática, física, ética, em um contexto interdisciplinar de compreensão dos
conteúdos.
A exclusão da disciplina de filosofia dos currículos de ensino médio na época da
ditadura e seu retorno às escolas na atual conjuntura demonstram seu papel fundamental
na construção, pelos alunos, de um pensamento aberto, crítico e questionador.
Para a educação no campo, exerce papel de fundamentação, análise de
conjuntura, de aproximação e diferenciação da composição dos currículos.
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
Levar o educando a: Desenvolver a capacidade de pensar, analisar, investigar e
interpretar textos filosóficos de pensadores clássicos e contemporâneos relacionando-os
148
aos fatos de sua vida cotidiana.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino da disciplina de Filosofia passa pelos conceitos de ensinar os conteúdos
da história da filosofia e de sua estruturação enquanto área do conhecimento, e pelo
conceito de direcionar, para o aprendizado do filosofar.
Uma vez que seu aprendizado é dinâmico, saindo dos conhecimentos de senso
comum previamente trazidos pelo aluno, a disciplina, em sala de aula passa por quatro
momentos:
• a mobilização para o conhecimento;
• a problematização;
• a investigação;
• a criação de conceitos.
Quando realizamos a mobilização, exploramos o que o aluno traz de conceito de
senso comum sobre o tema a ser trabalhado. São utilizados, como recursos didáticos, a
análise de imagens exibidas nas televisões disponíveis em sala de aula e a leitura de
frases e textos curtos, introdutórios.
A problematização é feita através da arguição constante e sistemática dos alunos,
fazendo com que, no exercício filosófico da constante pergunta sobre a pergunta,
apresentem novos conceitos para os temas.
A investigação é realizada através do estudo, então, dos conteúdos históricos e
fundantes da disciplina de filosofia, utilizando-se como recurso o livro didático, a pesquisa
na internet, entre outros, para se compor um quadro de conhecimentos científicos que o
aluno poderá comparar aos conhecimentos do senso comum que anteriormente
apresentava.
Por fim, os alunos, nesta comparação, alcançam a construção de conceitos sobre
os temas trabalhados e sobre os conteúdos estruturantes da Filosofia.
Encaminhamentos Metodológicos:
149
Devem ser utilizados encaminhamentos próprios para o Ensino Médio, tais como
avaliação diagnóstica de conteúdos, dinâmicas de introdução e apresentação de
conteúdos, vídeos complementares, atividades de pesquisa, aulas expositivas e
discursivas e debates.
Também é preciso levar em consideração que todo encaminhamento e
procedimento metodológico deve considerar a condição peculiar de escola e alunos do
campo, voltando atividades e exemplos para o cotidiano dos alunos atendidos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Primeiro Ano:
4.1. Mito e Filosofia
• Saber mítico
• Saber filosófico
• Relação mito e filosofia
• Atualidade do mito
• O que é filosofia?
4.2. Teoria do Conhecimento
• Possibilidade do conhecimento
• As formas do conhecimento
• O problema da verdade
• A questão do método
• Conhecimento e lógica.
Segundo Ano:
Ética
• Ética e moral
• Pluralidade ética
• Razão, desejo e vontade
150
• Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.
Filosofia Política
• Relações entre comunidade e poder
• Liberdade e igualdade política
• Política e ideologia
• Esfera pública e privada
• Cidadania formal e/ou participativa
Terceiro Ano:
Filosofia da Ciência.
• Concepções de ciências.
• A questão do método científico
• Contribuições e limites da ciência
• Ciência e ideologia
• Ciência e ética
Estética
• Natureza e arte
• Filosofia da arte
• Categorias estéticas
• Estéticas e sociedade
AVALIAÇÃO
Avaliação diagnóstica e processual, através de análise comparativa entre
conhecimento anterior do aluno e o conhecimento assimilado ao longo do processo
ensino- aprendizagem.
Se faz uso de estratégias e instrumentos de avaliação que permitam a análise do
discurso e a construção da argumentação, itens indispensáveis para a construção do
pensamento filosófico.
151
Avaliação por debates, avaliação interpretativa de conteúdos, construção de textos
dissertativos e comparativos sobre os temas trabalhados, pesquisas de referências
bibliográficas, entre outros, são instrumentos utilizados na tarefa de compor o quadro
avaliativo dos alunos.
152
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SEED – Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes curriculares da Educação Básica – Curitiba, 2008. SEED – Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes curriculares da Educação do Campo – Curitiba, 2008.
ARANHA, Maria Lúcia de A.; MARTINS, Maria Helena P. Filosofando: Introdução a Filosofia. Moderna. São Paulo. 2009, 4ª ed.
CHAUÍ, Marilena. Introdução à história da filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles. Companhia das Letras. São Paulo. 2002. 2ª ed. VI.
153
FÍSICA
Apresentação Geral da Disciplina
A Física tem como objeto de estudo o universo em toda sua complexidade e, por
isso, como disciplina escolar, propõe o estudo da natureza entendida segundo Menezes
(2005), como realidade material sensível. Ressaltando que os conhecimentos de física
apresentados aos estudantes do ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria
natureza, mas modelos elaborados pelo homem no intuito de explicar e entender essa
natureza. Apesar dos estudos e contribuições dos mais diversos povos, como os árabes e
os chineses, entre outros, as pesquisas sobre a História da Física demonstram que, até o
período do Renascimento, a maior parte da ciência conhecida pode ser resumida à
Geometria euclidiana, à Astronomia Geocêntrica de Ptolomeu (150d.C) e à Física de
Aristóteles (384-322 a.C). As explicações a respeito do Universo mudam, em cada época,
de acordo com que se conhece sobre ele. No mundo atual, globalizado e
altamente tecnológico, a física possui uma parcela significativa desse conhecimento. Toda
tecnologia é de grande importância no conhecimento da física e muitas vezes já faz parte
do cotidiano do aluno. Essa proposta implica a abordagem que o ensino da física faz
sobre os fenômenos físicos, lembrando que suas ferramentas conceituais são as de uma
ciência em construção, com uma respeitável consistência teórica.
Além disso, estudar física desenvolve o raciocínio, estimula a imaginação e a
criatividade. Um aluno interessado no estudo desta disciplina não fica restrito apenas a
esse campo, mas sim, circula por muitos outros contribuindo para sua própria cidadania,
formando-se um cidadão capaz de contextualizar o conhecimento relacionando-o com sua
realidade, e capacitando-se para uma atuação crítica e social, cujo conhecimento atual é
a cultura científica tecnológica, filosófica e histórica deste tempo em suas relações com
outras produções humanas. Essa aprendizagem só é possível através da interação com o
professor, que necessita fazer um ensino comprometido com a mudança, com o
amadurecimento dos indivíduos dentro de uma perspectiva mais ampla e integradora das
ciências e da sociedade.
Os conteúdos da Proposta Curricular desta Escola estão vinculados à realidade
local, garantindo a relação entre o acesso aos conhecimentos historicamente acumulados
e os saberes da vivência cotidiana. (SEED/PR, 2008).
Estão contemplados os saberes da História, da Cultura e da realidade do campo.
(SEED/PR., 2008)
154
Os conteúdos gerais estão ligados ao mundo do trabalho, ao desenvolvimento do
campo em todas áreas do conhecimento (Matemática, Língua Portuguesa, História,
Geografia, Ciências etc.)
Os conteúdos específicos estão de acordo com as características locais, regionais,
econômicas e culturais da comunidade.
Os estudos estão direcionados para o Mundo do Trabalho, Desenvolvimento Social
Justo, ecologicamente sustentável. Os textos destacam a cultura do campo, movimentos
sociais, a pobreza, desigualdade social, lutas camponesas, a questão agrária, políticas
públicas para o campo dentre outros.
A diversidade do campo contempla os aspectos sociais, culturais, políticos,
econômicos, de gênero, geração e etnia. A metodologia é direcionada a procedimentos
como aulas na roça, excursões, entrevistas, reuniões, dramatizações, observações etc.
Os recursos utilizados são as enciclopédias, livros, jornais, revistas, vídeos, rios,
campos, serras, comunidade, floresta, cerrado, engenho, casas de farinha, postos de
saúde, monumentos históricos, praças, órgãos públicos etc. (contemplar apenas o que
existe na comunidade). São considerados os tempos na família, na escola, na produção,
nas atividades culturais.
A avaliação se dará por meio de diversos instrumentos e em diversos espaços.
Objetivos:
- Saber informar e se comunicar, argumentar, compreender e agir;
- Enfrentar problemas de diferentes naturezas;
- Participar socialmente de forma pratica e solidária;
- Ser capaz de elaborar criticas ou propostas;
- Desenvolver um estudo crítico-reflexivo das ideias apresentadas acima, com o objetivo
de atender as necessidades de formação do aluno;
- Investigar e discutir a utilização de tecnologias e outros meios de comunicação no
ensino da Física;
- Proporcionar a elaboração de atividades de pesquisa e ensino da Física objetivando aos
alunos toma-las como objeto de estudo, para que possam compreender sua natureza
pedagógica e educacional.
Concepção
Os princípios norteadores da proposta da elaboração do currículo da disciplina de
155
Física, foram baseados na Fundamentação Teórico – Metodológica encontrada na “
Introdução” das “Orientações Curriculares de Física – Texto Preliminar – Ensino Médio”,
da Secretária de Estado da Educação do Paraná – SEED – PR. e também nas Diretrizes
Curriculares da Educação Básica do Paraná.
A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e, por
isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza, entendida,
segundo Menezes (2005), como realidade material sensível.
O processo ensino-aprendizagem em Física tem sido objeto de pesquisas por
aqueles que se interessam ou se identificam com esse objeto. Contudo há um certo
consenso que “... a preocupação central tem estado na identificação do estudante com o
objeto de estudo. Em outra palavras, a questão emergente na investigação dos
pesquisadores está relacionada à busca por um real significado para o estudo dessa
Ciência na educação básica – Ensino Médio” ( ROSA & ROSA, 2005, p.2 ).
Os livros didáticos, de uma maneira geral, apresentam um discurso que mostra uma
preocupação com a Física como uma Ciência que permite compreender uma imensidade
de fenômenos físicos naturais, que seriam indispensáveis para a formação profissional ou
como subsídio para a preparação para o vestibular e a compreensão e interpretação do
mundo pelos sujeitos – educandos. Entretanto neles a ênfase recai nos aspectos
quantitativos em detrimento dos qualitativos e conceituais, privilegiando a resolução de
“Problemas de Física” que, sempre se traduzem em exercícios matemáticos com
respostas prontas. Esse discurso tem norteado o trabalho de muitos professores e, mais
que isso, as estruturas curriculares por eles organizadas. Isso faz com que com que o
ensino de Física se transforme num ensino livresco, descontextualizado em sua história,
não permitindo a compreensão de que Ciência é uma construção humana, com todas as
implicações que isso possa ter, inclusive os erros e acertos decorrentes das atividades
humanas.
A Física deixa de ser mais um instrumento para a compreensão do mundo , não
permitindo ao aluno o acesso à compreensão conceitual e ao formalismo próprio desse
campo de conhecimentos, essencial para o desenvolvimento de uma cultura em ciência.
Apesar do incentivo à carreira universitária, esse estudo deve ser mais uma possibilidade
e não o objetivo principal do ensino desta disciplina no nível médio.
A Ciência não é neutra visto que o cientista faz parte de um contexto social,
econômico e cultural, influenciando e sendo influenciado por esse contexto, fato que não
pode ser ocultado de nossos estudantes. Isso significa mostrar que a ciência não está
156
pronta nem acabada e não é absoluta, mas, revelar aos nossos estudantes “ ... como é
penoso , lento , sinuoso e, por vezes, violento, o processo de evolução das idéias
científicas” ( PONCZEK, 2002, p. 22 ).
Se o conhecimento físico é ou foi produzido pelos sujeitos sociais que vivem ou que
viveram num determinado contexto histórico, então, ele faz parte da cultura social humana
e, portanto, é um direito dos estudantes conhecê-lo.
Além disso, se queremos contribuir pra a formação de sujeitos que sejam capazes
de refletir e influenciar de forma consciente nas tomadas de decisões, não podemos
deixá-los alheios às questões relativas à Ciência e à tecnologia. Por isto é importante
buscarmos o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento da Ciência e
da tecnologia e as diversas transformações culturais, sociais e econômicas na
humanidade decorrentes deste desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende de
uma percepção histórica de como estas relações foram sendo estabelecidas ao longo do
tempo.
Considerando ainda que, como ensina Paulo Freire, ensinar exige respeito aos
saberes dos educandos, o processo de ensino-aprendizagem em Física deve partir do
conhecimento prévio dos alunos, respeitando seu contexto social e suas concepções
espontâneas a respeito de ciência.
Em primeiro lugar de acordo com MOREIRA ( s / d, p.2 ) devemos abandonar o
papel de ser apenas transmissores de conhecimentos e passarmos a ver, de fato, os
sujeitos como elaboradores do saber físico, mas que precisam do professor como
mediador. O autor parte do pressuposto que o objetivo do ensino é compartilhar,
professor e aluno, significados e promover a aprendizagem significativa. Mas, isso
ocorrerá somente quando o educando internalizar esses significados de maneira não
arbitrária e não literal, quando as novas informações adquirirem significado por interação
com o conhecimento prévio do aluno e, simultaneamente, derem significados
adicionais, diferenciarem, integrarem, modificarem e enriquecerem o conhecimento já
existente.
Em segundo, é preciso considerar que os sujeitos constroem suas ideias, sua visão
do mundo tendo em vista os objetos a que têm acesso nas suas experiências diárias e
nas suas relações afetivas. Segundo Novak, citado por MOREIRA (1999 ), os seres
humanos fazem três coisas: pensam, sentem e atuam ( fazem ). Ou seja, ao se pensar
uma metodologia de ensino para a Física é preciso ter em vista o que os estudantes já
conhecem. Esta ideia remete aos estudos das concepções espontâneas ou ideias
157
alternativas dos sujeitos.
Ao educando será apresentado princípios, concepções, linguagem, entre outros
elementos utilizados pela Física, em que o discurso do professor deve permitir que ele
perceba as diferenças entre a sua forma e a forma utilizada pela ciência para explicar um
determinado fenômeno. Esse processo contribuirá para que o educando reformule as
suas ideias tendo em vista a concepção científica. Assim, espera-se que esteja
reelaborando seus conceitos, mas não necessariamente, que abandone suas ideias
espontâneas. Poderá estar negociando ou adequando sua interpretação e linguagem ao
contexto de utilização. Ou seja, seus conceitos serão mais elaborados ou menos
elaborados, ou mais próximos do científico quanto maior for a necessidade ou interesse
deste sujeito em utilizar esses conhecimentos no contexto da comunidade científica.
Entendemos, então, que a Física deve educar para a cidadania, contribuindo para o
desenvolvimento de um sujeito crítico, “ ... capaz de compreender o papel da ciência no
desenvolvimento da tecnologia. ( ... ) capaz de compreender a cultura científica e
tecnológica de seu tempo “ ( CHAVES & SHELLARD, 2005, p. 233 ).
Cabe colocar aqui que a cidadania da qual falamos aqui não é a cidadania para o
consumo, não é a cidadania construída através de intervenções externas, doações da
burguesia e do Estado moderno, mas, a cidadania que se constrói no interior da prática
social e política de classes.
Conteúdos
Conteúdos Estruturantes:
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que hoje
compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para a disciplina
escolar. Esses conteúdos fundamentam a abordagem pedagógica dos conteúdos
escolares, de modo que o estudante compreenda o objeto de estudo e o papel dessa
disciplina no Ensino Médio.
Em cada conteúdo estruturante estão presentes ideias, conceitos e definições,
princípios, leis e modelos físicos, que o constituem como uma teoria. Desses
estruturantes derivam os conteúdos básicos que comporão as propostas pedagógicas
curriculares das escolas.
Movimento
Termodinâmica
Eletromagnetismo
158
1a Série
Conteúdo Estruturante: Movimento
Conteúdos Básicos
- Momentum e Inércia;
- Conservação da Quantidade de Movimento ( Momentum );
- Variação da Quantidade de Movimento = Impulso;
- 2a Lei de Newton;
- 3a Lei de Newton;
- Condições de Equilíbrio;
- Energia e o Princípio da Conservação da Energia;
- Gravitação.
2a Série
Conteúdo Estruturante: Termodinâmica
Conteúdos Básicos
- Leis da Termodinâmica;
- Lei zero da Termodinâmica;
- 1a Lei da Termodinâmica;
- 2a Lei da Termodinâmica.
3a Série
Conteúdo Estruturante: Eletromagnetismo
Conteúdos Básicos
- Carga, Corrente Elétrica, Campo e Ondas eletromagnéticas;
- Força Eletromagnética;
- Equações Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática ( Lei de Coloumb, Lei de Ampére,
Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday );
– A Natureza da Luz e suas Propriedades.
–
Encaminhamentos Metodológicos
Em um mundo em constante mudança, a aprendizagem desejada é aquela que
articula o conhecimento curricular às vivencias do aluno, para que se torne significativa,
que ocorra pela interação do aluno com o meio, com os colegas, com o material didático,
com o professor. Mais do que soluções prontas e acabadas o que se pretende é que ele
saiba buscar o aprendizado instigando-o, no qual se valoriza a reflexão constante e
159
também sua herança cultural. Partindo do conhecimento prévio do estudante na
construção do saber cientifico historicamente produzido, a busca de conteúdos e objetivos
seja contínuo na escola e natural em sua vida profissional.
Será utilizado o Portão da Educação, revistas científicas, livros paradidáticos e
didáticos, sites relacionados com a ciência e tecnologia. Proporcionando atividades de
pesquisas, experimentos que ajudem o aluno na interpretação dos fenômenos físicos
relacionando-os com os conceitos e as leis da Física. Inserir uma abordagem cientifica,
explorando unidades e medidas, fenômenos físicos, ficção e realidade.
Apesar dos avanços científicos e tecnológicos, o conhecimento físico ainda é tratado
como enciclopédico, resumindo-se a um aparato matemático que, normalmente, não leva
a compreensão dos fenômenos físicos e ainda, acaba por distanciar o interesse dos
educandos pela disciplina.
Nessa perspectiva o ensino de Física apresenta conceitos simplificados e reduzidos,
bem como, leis e fórmulas desarticuladas do mundo vivencial.
É preciso repensar os aspectos metodológicos, para que propiciem condições de
ensino que aproxime educadores e educandos da aventura da descoberta, tornando o
processo de ensino e aprendizagem prazeroso, criativo e estimulador.
Será inserida a História da Cultura Afro-Brasileira e Africana regulamentada pela Lei
no 10.639/03, como também a Cultura Indígena regulamentada pela Lei no 11.645/08
com o objetivo de divulgação e produção de conhecimentos, atitudes, posturas e valores
que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico racial, garantindo à todos o respeito
aos direitos legais e a valorização de identidade, das raízes africanas, indígenas e
brasileira para toda e qualquer ação de cidadania. Entra também nesse espaço a
Educação Ambiental através da Lei no 9795/99 que trata da educação ambiental com o
objetivo de propiciar aos alunos atitudes responsável e comprometida com as questões
socioambientais locais e globais. Será trabalhada também a música Lei no 11.769/08, a
prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação fiscal,
enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente. Direito das crianças e
Adolescentes LF no 11.525/07, Educação Tributária Dec. No 1.143/99, Portaria no 413/02
e Agenda 21 Escolar.
No desenvolvimento dos conteúdos é necessário abordar a importância da Física no
mundo, com relevância aos aspectos históricos, o conhecimento enquanto construção
humana e a constante evolução do pensamento científico, também as relações
das descobertas científicas com as aplicações tecnológicas na contemporaneidade.
160
O uso da experimentação é viável e necessário, mesmo que seja por meio de
demonstração feita pelo educador, ou da utilização de materiais alternativos e de baixo
custo, na construção ou demonstração de experimentos.
Inspirados na perspectiva “Freireana” partimos da crença de que FORMAÇÃO é um
fenômeno que se dá no indivíduo, enquanto este se compromete com ações coletivas de
transformação de sua realidade social, e não enquanto aquisição de habilidades técnicas
individualizadas, tampouco como aquisição meramente cognitiva, busca auxiliar o sujeito
a pensar criticamente e a tomar decisões frente ao mundo. (FURTADO & FURTADO,
2000)
Essa formação baseia-se numa “educação que, enquanto ato de conhecimento, não
apenas se centre no ensino dos conteúdos, mas que desafie o educando a aventurar- se
no exercício de não só falar de mudança do mundo, mas de com ela realmente
compromete-se” (FREIRE, 2000: 96). Nesta perspectiva, conforme (FURTADO,1999) a
Educação do Campo é convocada: urge que uma nova abordagem seja implementada. A
realidade requer um profissional que atue no sentido de estabelecer relações
democráticas com os agricultores (as), relações dialógicas, evitando reproduzir relações
autoritárias tradicionais, culturalmente arraigadas. Um novo profissional capaz de refletir
sobre sua prática, interagir com outros profissionais e com os agricultores (as), capaz de
promover a reflexão „na e „sobre a ação”. Um profissional com essa postura é mais que‟ ‟
um técnico é um profissional reflexivo e interativo (SHON,1986). É um educador do
campo. Ele é questionador, crítico, democrático, despojado, solidário, identificado com o
coletivo, defensor da justiça sócio-ambiental e comprometido com a sociedade, através de
uma formação crítica. Ele luta pelas mudanças estruturais, age para a inclusão social e
exercício dos direitos sociais.
O educador deve ser o responsável pela mediação entre o saber escolar e as
experiências provenientes do cotidiano dos educandos, as quais devem ser aproveitadas
no processo da aprendizagem.
Os erros e acertos no processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados
como elementos sinalizadores para a reconstrução dos conceitos e melhor compreensão
dos conteúdos, cabe ao professor administrar este processo no qual os educandos
necessitam de apoio. É essencial valorizar os acertos e tornar o erro em algo comum,
caracterizando-o como um exercício de aprendizagem. É importante incentivar os
educandos a ampliarem seus conhecimentos por meio de pesquisa, como atitude
cotidiana e na busca de resultados.
161
O uso da informática na educação vem se tornando uma ferramenta cada vez mais
importante e indispensável para o enriquecimento das aulas teóricas e à melhor
compreensão dos estudos elaborados. O uso do computador pelo educando na escola é
necessário visto que a tecnologia se faz presente nos lares, no trabalho e aonde quer que
se vá.
Os textos científicos encontrados em jornais, revistas, sites ou em outros meios de
divulgação científica, podem conter conteúdos significativos ao ensino de Física podem e
devem ser explorados de diversas formas, desde que tenham cunho científico.
O ensino de Física não deve ser pautado apenas no uso do material didático
fornecido pela entidade mantenedora, é fundamental utilizar-se de outros recursos para
enriquecimento das aulas e assim tornar o processo de ensino mais harmonioso e
agradável.
Avaliação
Apesar das mudanças sofridas no decurso da história, o tradicional sistema de
avaliação está centrado no professor como controlador do processo.
O movimento escolanovista lança um novo olhar sobre a avaliação, apoiado na
psicologia, na sociologia e na antropologia. Usa uma nova retórica que dá ênfase às
diferenças individuais dos educandos pela auto-avaliação.
Contudo, permanece a palavra final do professor no processo avaliativo, provocando
poucas mudanças no modelo vigente.
Na transmissão do conhecimento e no princípio do rendimento, a pedagogia
tecnicista está orientada pela visão técnica da racionalidade econômica e empresarial,
funcionando como modeladora do comportamento humano por meio de técnicas
específicas.
Para Luckesi (2000), a avaliação da aprendizagem é um recurso pedagógico útil e
necessário para auxiliar o educador e o educando na busca e na construção de si mesmo
e do seu melhor modo de estar na vida.
Na relação dialética presente na avaliação, o educando confronta-se com o objeto
do conhecimento que o levará à participação ativa, valorizando o fazer e o refletir. A
avaliação será significativa se estiver voltada para a autonomia dos educandos.
A prática avaliativa deve superar o autoritarismo, o conteudismo e o ato de avaliar
como objeto de punição, estabelecendo-se uma nova perspectiva, marcada pela
autonomia do educando. Como afirma Vasconcelos:
162
O professor que quer superar o problema da avaliação precisa, a partir de
uma auto-crítica: abrir mão do uso autoritário da avaliação que o sistema lhe
faculta, lhe autoriza; rever a metodologia do trabalho em sala de aula;
redimensionar o uso da avaliação (tanto do ponto de vista da forma como do
conteúdo); alterar a postura diante dos resultados da avaliação; criar uma nova
mentalidade junto aos alunos, aos colegas educadores e aos pais
(VASCONCELOS, 1994, p.54).(DCE EJA,p. 42).
A avaliação não pode ser um processo meramente técnico; exige o domínio de
conhecimentos e técnicas com o uso, dentre outros, de critérios claros e objetivos.
Pautados no princípio da educação que valoriza a diversidade e reconhece as
diferenças, o processo avaliativo como parte integrante da práxis pedagógica deve estar
voltada para atender as necessidades dos educandos, considerando o seu perfil, isto é, o
seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia.
163
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1994
SITES:
www.coladawebe.com.br
www.fisicanet.com.br
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165
SOCIOLOGIA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Geografia como disciplina oferece ao educando uma visão crítica e construtiva
do seu espaço no âmbito social, físico e histórico. Ela se preocupa em compreender o
espaço produzido e apropriado pelas sociedades, seus aspectos físicos e culturais,
contribuindo para que o aluno perceba que é um ser ativo, crítico e participativo, ou seja,
um agente transformador.
A disciplina de Geografia tem como objetivo problematizar a abrangência dos
conteúdos desse campo do conhecimento, bem como reconhecer os impasses e
contradições existentes são procedimentos fundamentais para compreender e ensinar o
espaço geográfico no atual período histórico.
A Geografia contribui para que o aluno compreenda o mundo pensando, refletindo
e posicionando- se criticamente, buscando a justiça social e acima de tudo,
compreendendo a relação sociedade natureza. Contribui também para a reflexão sobre
os fatos históricos que resultaram de artimanhas políticas.
Adquirir conhecimentos básicos de Geografia é importante para a vida em
sociedade e, em particular, para o desenvolvimento das funções de cidadania: cada
cidadão, ao conhecer as características sociais, culturais e naturais do lugar onde vive,
bem como, a de outros lugares pode comparar, explicar, compreender e espacializar as
múltiplas relações que diferentes sociedades em épocas variadas, estabeleceram com a
natureza a construção de seu espaço geográfico.
Será dada ênfase às Leis: -nº 10639/03 e 11645/08 – Cultura e História afro-
brasileira e indígena, permeada nos conteúdos estruturantes; - nº 9795/99 – Educação
Ambiental.
Objetivos
- Trabalhar a formação da criticidade dos educandos diante da complexidade dos
processos sociais que atuam na configuração territorial brasileira, visando a formação do
educando enquanto sujeito participante;
- Reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação e
interpretação, identificando as singularidades ou generalidades de cada lugar,
paisagem ou território;
- Identificar, analisar e avaliar o impacto das transformações naturais, sociais,
econômicas, culturais e políticas no seu “lugar – mundo”;
- Analisar e comparar, interdisciplinarmente, as relações entre preservação e
166
degradação da vida no planeta, compreendendo a mundialização dos fenômenos
culturais, econômicos, tecnológicos e políticos que incidem sobre a natureza;
- Analisar, descrever, comparar e expressar o próprio pensamento, de variadas
formas, a respeito de um tema previamente definido;
- Dominar o raciocínio lógico para a resolução de problemas.
- Contribuir para formação de sujeitos capazes de compreender o mundo e agir nele
de forma crítica;
- Observar, descrever, analisar e criticar o ambiente social, a partir do entorno
próximo até a dimensão da sociedade globalizada, e propor soluções para
problemas, fundamentadas em uma consciência de cidadania;
- Usar os conhecimentos adquiridos para planejar, tomar decisões e trabalhar de
modo cooperativo;
- Posicionar-se criticamente frente aos diferentes discursos (políticos, religiosos,
filosóficos) e aos meios de comunicação de massa, organizando-se, quando
necessário, para promover mudanças de na sociedade;
- Atuar em equipes multiprofissionais e/ou interdisciplinares comportamento para
responder às necessidades de seu tempo no que diz respeito aos problemas
sociais, econômicos, políticos, naturais e ambientais.
Conteúdos:
Estruturantes:
Os conteúdos estruturantes, entendidos como conhecimentos de grande
amplitude que se aproximam e organizam os campos de estudo da geografia, deve-se
compreender que temas a serem abordados são fundamentais para a compreensão da
dimensão geográfica da realidade dos conteúdos específicos. O conteúdo estruturante
numa concepção crítica de educação deve considerar em sua abordagem teórica
metodológica as relações socioespaciais em todas as escalas geográficas, analisando-as
em função das transformações políticas, econômicas, sociais e culturais que marcam o
atual período histórico.
- Dimensão Econômica do Espaço Geográfico:
Discute-se nestes conteúdos estruturantes os espaços de produção como o
167
industrial e o agropecuário, as aproximações e especificidades de cada um, a hierarquia
dos lugares, as relações econômicas entre as diferentes porções territoriais como as
cidades, os Estados/Províncias, os países e regiões. Relações de produção e de
trabalho, como as sociedades produzem o espaço geográfico sob a perspectiva da
produção de objetos (fixos e móveis) necessários para a manutenção da dinâmica da
sociedade (Capitalista). Ênfase nas desigualdades econômicas na produção de
necessidades, nas diferentes classes sociais e na configuração sócio espacial.
Todos os conceitos geográficos são desenvolvidos nesse conteúdo estruturante,
especialmente o de rede.
- Dimensão Política do Espaço Geográfico:
Relações de poder e domínio sobre os territórios. Discutir quais são as instâncias
e instituições (oficiais ou não) que governam os territórios. Nesse conteúdo estruturante
aborda-se desde as relações de poder sobre territórios na escala micro (Rua, Bairro) até
as escala macro (País, Instituições internacionais). O papel do estado e das forças
políticas não estatais (ONGs, narcotráfico, crime organizado, associações) bem como as
redefinições de fronteiras, orientadas por motivos econômicos, culturais, sociais e
políticos é fundamental.
Os conceitos geográficos mais enfatizados nesse conteúdo são Território e lugar.
- Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico:
As relações cidade-capital-natureza e sua lógica balizam as discussões deste
conteúdo estruturante. A produção do espaço geográfico, a criação de necessidades e a
mobilização de “recursos” naturais para satisfazê-las, no modelo econômico do
capitalismo, são questões centrais para esse conteúdo estruturantes. Como essas
relações se concretizam na diferenciação das paisagens sociais e culturais. Os conceitos
de Sociedade e Natureza são entendidos como categoria de análise nesse conteúdo
estruturante. Modo de produção, classe sociais, consumo, sustentabilidade, dinâmica da
natureza e tempo são discutidos da perspectiva da produção espacial e da paisagem.
- Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico:
As questões demográficas para a constituição do espaço geográfico são centrais
nesse conteúdo estruturante, bem como as constituições regionais em funções das
especificidades culturais. As marcas culturais na produção das paisagens (Rural e
Urbana) e suas razões históricas, econômicas, naturais; A ocupação e distribuição da
população no espaço geográfico e suas consequências econômicas, culturais, sociais; Os
grupos sociais e étnicos em sua configuração espacial urbana, rural, regional.
Os conteúdos geográficos mais enfatizados nesse conteúdo estruturante são os
de região (singularidades e generalidades) e paisagem.
Conteúdos Básicos
Os conteúdos básicos do Ensino Fundamental devem considerar imprescindíveis
para a formação da consciência histórica dos estudantes nas diversas disciplinas da
educação básica.
Os conteúdos básicos terão abordagens diversas a depender dos fundamentos
que recebem de cada conteúdo estruturante. Quando necessário, serão desdobrados em
conteúdos específicos, sempre se considerando o aprofundamento a ser observado para
as séries e etapa de ensino. Ou seja, onde os conteúdos receberão abordagens
contextualizadas historicamente, socialmente e politicamente, de modo que façam sentido
para os alunos nas diversas realidades regionais, culturais e econômicas, contribuindo
com a sua formação cidadã.
6º Ano
- Movimentos da Terra no universo e suas influências.
- Rochas e minerais.
- Movimentos sócios ambientais.
- Rios e bacias hidrográficas
- Questões ambientais.
- Situação, forma, pontos extremos e limites do espaço mundial.
- Principais formas de relevo.
- Clima, hidrografia e vegetação.
- A divisão física e a divisão política das terras emersas.
- O espaço geográfico.
- O trabalho e a transformação do espaço geográfico
7º Ano
- Setores da Economia.
- Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações.
- Sistema de produção e agroindústria.
- Ciclos econômicos.
- Ambiente urbano e rural.
- Ocupação de áreas irregulares.
- Questões ambientais.
- Aspectos físicos das regiões brasileiras.
- Êxodo Rural.
- Urbanização e favelização.
- Fatores e tipos de imigração e migração.
- Estrutura etária e estudo de gêneros.
- Formação étnica da população Brasileira: índios, negros, brancos e amarelos.
8º Ano
- Globalização.
- Acordos e blocos Econômicos
- Economia e desigualdades sociais.
- Níveis de desenvolvimento.
- Guerra Fria.
- Neoliberalismo.
- Aspectos físicos, Políticos, históricos, econômicos, população, hidrografia, clima,
relevo e vegetação da América.
- Questões ambientais.
- Fluxos migratórios no continente americano e suas influências.
9º Ano
- Dependência tecnológica
- Globalização
- Blocos Econômicos
- Conflitos mundiais
- Estado, nação e território.
- Terrorismo mundial e no Brasil
- O continente europeu, africano, asiático e a Oceania.
- Os direitos humanos e a ONU
- Fluxos migratórios e suas influências.
- Formação e conflitos étnico-religiosos e raciais.
- Consumo e consumismo.
- Questões Ambientais.
Ensino Médio
1ª Série
- A formação e transformação das paisagens.
-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do
espaço geográfico.
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
- A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.
- O espaço rural e a modernização da agricultura.
2ª Série
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.
- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização recente.
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
- Os movimentos migratórios e suas motivações.
3ª Série
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
- O comércio e as implicações socioespaciais.
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
* A Educação do Campo, o Ensino Afro lei Nº10.639/03, lei Nº 11.465/08 Indígena, Equi-
pe Multidisciplinar estão inclusos nos conteúdos e serão trabalhados concomitantemente
ao longo de todo o ano. A Educação Fiscal será trabalhada a parte como, por exemplo,
Interpretações de textos sobre a importância dos tributos;
Encaminhamento Metodológico
A metodologia proposta tem como base a utilização dos conteúdos estruturantes,
os quais deverão estar articulados com a fundamentação teórica e conceitual da
Geografia e compreendam o processo de produção e transformação do espaço
geográfico. Para isso os conteúdos da geografia devem ser trabalhados de forma critica e
dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos alunos, em coerência com
os fundamentos teóricos propostos, utilizando a cartografia como ferramenta essencial.
A problematização de situações relacionadas às dimensões econômico-sociais,
política e cultural, tem por objetivo mobilizar o aluno para o seu conhecimento. Por isso,
deve-se constituir de questões que estimulem o raciocínio, a reflexão e a crítica. Através
de leitura e interpretação das informações contidas nas diferentes fontes históricas.
Algumas práticas pedagógicas para a disciplina de Geografia atreladas aos
fundamentos teóricos destas propostas pedagógicas tornam-se importantes instrumentos
para compreensão do espaço geográfico, dos conceitos e das relações socioespaciais
nas diversas escalas geográficas.
A aula de campo é um importante encaminhamento metodológico para analisar a
área em estudo (urbana ou rural), de modo que o aluno poderá diferenciar, por exemplo,
paisagem de espaço geográfico.
Filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e imagens em geral
(fotografias, slides, charges, ilustrações) podem ser utilizados para a problematização dos
conteúdos da Geografia, desde que sejam explorados à luz de seus fundamentos teórico-
conceituais.
O uso da cartografia, que os mapas e seus conteúdos sejam lidos pelos
estudantes como se fossem textos, passíveis de interpretação, problematização e análise
crítica e que jamais sejam meros instrumentos de localização dos eventos e acidentes
geográficos.
As obras de arte e a literatura como instrumento de análise e confronto com
outros contextos históricos. Além disso, facilitam abordagens pedagógicas
interdisciplinares.
Pesquisas de jornais e revistas para que o aluno reflita sobre as diversas
informações levando-as a trocas de idéias e debates em sala de aula, despertando o
senso crítico no educando.
Utilização de laboratório de informática, de vídeos (TV pendrive) educativos,
relacionados aos conteúdos propostos de forma a esclarecer e auxiliar na compreensão
do ensino aprendizagem.
Será dada ênfase às Leis: nº 9795/99 – Educação Ambiental; nº 10639/03 e
11645/08 – Cultura e História afro-brasileira e indígena), permeada nos conteúdos
estruturantes; Equipe Multidisciplinar estão inclusos nos conteúdos e serão trabalhados
concomitantemente ao longo de todo o ano. A Educação Fiscal será trabalhada a parte
como, por exemplo, Interpretações de textos sobre a importância dos tributos;
Avaliação
A avaliação será formativa, diagnóstica e continuada, contemplando diferentes
práticas pedagógicas, um processo não linear de construção assentado na interação e no
diálogo entre professor e aluno.
Destacam-se como os principais critérios de avaliação e Geografia a formação
dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais para a
compreensão e intervenção para a realidade, e a assimilação das relações Espaço
Temporais e Sociedades Natureza para compreender o espaço nas diversas escalas
geográficas.
A avaliação inserida no ensino aprendizagem deve ser inserida como uma das
formas que o professor utiliza para avaliar a sua metodologia e o nível de compreensão
dos conteúdos manifestado pelo educando durante o ano letivo.
Na prática pedagógica serão utilizados:
- Leitura, interpretação e produção de textos geográficos.
- Leitura e interpretação de fotos, imagens, mapas, tabelas e gráficos.
- Pesquisas bibliográficas.
- Aula de campo.
- Apresentação de seminários.
- Relatórios de aulas práticas.
- Avaliações escritas.
Referências
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CAVALCANTI, L. de S. Cotidiano, mediação pedagógica e formação de conceitos: uma contribuição de Vygotsky ao ensino de Geografia. CEDES, v. 24, n. 66, Campinas, mai/ago, 2005.
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LUCCI, Elian Alabi; BRANCO Anselmo Lázaro/& MENDONÇA, Claudio. Geografia geral
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MARTINELLI, Marcelo. Mapas de geografia e cartografia temática. São Paulo: Contexto, 2003.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
OLIVEIRA, Dennison de. Urbanização e industrialização no Paraná. Curitiba: SEED, 2001.
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Sites:
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www.bussolaescolar.com.b r
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C.E. DR. ANTONIO PEREIRA LIMA -EFM PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA.
A história enquanto ciência trata das experiências humanas acumuladas ao longo
do tempo, ela é por si o “patrimônio da humanidade, como destaca Hobsbawm”, é uma
dimensão permanente da consciência humana, um componente inevitável das
instituições, valores e padrões da sociedade”.
As Diretrizes estabelecem como objeto de estudo da História, os processos
históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a
respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações.
As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estrutura
sócio-históricas, ou seja, são formas de agir, pensar, sentir, imaginar, instituir e de se
relacionar social, cultural e politicamente.
Neste sentido a investigação histórica é voltada para as descobertas das relações
humanas que são analisadas a partir do conhecimento histórico construído, buscando
compreender e interpretar os sentidos que os sujeitos atribuem às suas relações
humanas.
Onde todo esse conhecimento científico próprio da ciência histórica concorre para
problematização da ciência histórica e consequentemente reflexão da realidade social do
aluno pelo docente e pelo próprio discente, sociedade que por vezes é dotada pelas
exclusões próprias do sistema capitalista. Abordar essas exclusões faz-se inerente a
história, pois ela oferece também elementos capazes de destituí-los do seu sentido a
medida em que dota de importância indivíduos e segmentos antes submetidos à
marginalidade social.
OBJETIVOS GERAIS
• Compreender os processos de rupturas e permanências da história;
• Conceber a história como entidade humana, portando resultado das vivências
humanas e como tal, sujeito a transformações, sendo o educando um sujeito
histórico capaz de atuar nestas mudanças sociais;
• Entender que os diferentes sujeitos são participantes ativos do processo histórico;
• Identificar relações reflexivas sobre a comunidade local acerca do contexto
histórico estudado, porém não encaminhando-se para o determinismo histórico, e
sim para possíveis variáveis.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Entende-se por Conteúdos estruturantes da disciplina de História os
conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudos
de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto
de estudo e ensino.
Como constructos atrelados a uma concepção crítica de educação, os conteúdos
estruturantes da História constituem-se como a própria materialidade do pensamento
histórico e deles derivam os conteúdos básicos/temas históricos e específicos que
compõem o trabalho pedagógico e a relação de ensino/aprendizagem no cotidiano da
escola, e devem ser trabalhados de forma articulada entre si.
Os conteúdos Estruturantes do Ensino Fundamental e Médio apontam para o
estudo das ações e relações humanas que constituem o processo histórico, o qual é
dinâmico. Por meio dos Conteúdos Estruturantes, o professor deve discorrer acerca de
problemas contemporâneos que representam carências sociais concretas. Dentre elas,
destacam-se, no Brasil, as temáticas da História local, História e Cultura Afro-Brasileira,
da História do Paraná e da História da cultura indígena, constituintes da história desse
país, mas, até bem pouco tempo, negadas como conteúdos de ensino.
Segundo as Diretrizes, consideram-se Conteúdos Estruturantes da disciplina de
História do ensino Fundamental e Médio as:
• Relações de trabalho;
• Relações de poder;
• Relações culturais.
ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO – Os Diferentes Sujeitos Suas Culturas Suas Histórias
Conteúdos
Estruturantes
Relações de
Trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
Conteúdos Básicos
A experiência
humana no tempo
Os sujeitos e suas
relações com o
outro no tempo no
tempo
As culturas locais e a
cultura comum
Conteúdos Específicos
Introdução aos estudos históricos.
O trabalho do historiador
O tempo e a História
Os primeiros seres humanos e sua
organização
Primeiros povos da América
Civilizações fluviais
Sociedades da Mesopotâmia
O Egito Antigo
As sociedades Hebraica, Fenícia e Persa
A civilização grega
A civilização romana
Reinos Germânicos e Império Carolíngio
Mundo Islâmico
Feudalismo
Igreja Católica: o poder ma cristandade
europeia
O império dos Bizantinos
7º ANO – A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a Formação da
Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços
Conteúdos
Estruturantes
Relações de
Trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
Conteúdos Básicos
As relações de
propriedade
A Constituição
histórica do mundo do
campo e do mundo da
cidade
Conflitos e
resistências e
produção cultural
campo/cidade
Conteúdos Específicos
A Conquista da América
O confronto cultural na América
Povos indígenas
Renascimento cultural
Reformas religiosas
Mercantilismo e sistema colonial
Inicio da colonização no Brasil
O Estado e a Igreja no Brasil colônia
A economia colonial
A escravidão africana
Povos da África
União Ibérica e Brasil Holândes
Território brasileiro, expansão e
conflitos
Sociedade colonial mineradora
Antigo Regime Europeu
Revolução Inglesa
Iluminismo e despotismo esclarecido
8º ANO - O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos
História das relações
da humanidade com o
Conteúdos Específicos
Revolução Industrial
Independência dos EUA
Relações de
Trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
trabalho.
O Trabalho e a vida
em sociedade.
O trabalho e as
contradições da
modernidade.
Os trabalhadores e as
conquistas de direito
A Revolução Francesa
Período Napoleônico
Independência na América
espanhola
Independência do Brasil
Primeiro reinado no Brasil
Período Regencial no Brasil
Europa: Revoluções e unificações
nacionais
Segunda Revolução Industrial
Imperialismo na África e na Ásia
Formação dos Estados Nacionais na
América Latina
Segundo Reinado no Brasil
Crise do Império Brasileiro
9º ANO – Relações de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e das
Instituições Sociais
Conteúdos
Estruturantes
Relações de
Trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
Conteúdos Básicos
A Constituição das
instituições sociais.
A formação do
Estado.
Sujeitos, Guerras e
revoluções.
Conteúdos Específicos
Nasce a República no Brasil
Primeira Grande Guerra
Revolução Russa
Brasil: Primeira República (1889-
1930)
Crise capitalista e Regimes
Totalitários
Segunda Guerra Mundial
A Era Vargas (1930-1945)
Mundo do pós-guerra
Democracia e populismo no Brasil
(1945-1964)
Independência da África e da Ásia
Oriente Médio nos séculos XX e XXI
Ditadura Militar no Brasil (1964-
1981)
Revoluções e crise do Socialismo
Era da Globalização
Brasil Contemporâneo
ENSINO MÉDIO 1º ANO
Conteúdos Estruturantes
Relações de Trabalho Relações de PoderRelações culturais
Conteúdos BásicosTema 1Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.Tema 2Urbanização e industrialização
Conteúdos EspecíficosRefletindo sobre a História
– Tempo e HistóriaPré- história
– Origem humana– As primeiras sociedades– Primeiros povos da América
Antiguidade Oriental– Mesopotâmia– Egito– Hebreus, Fenícios e Persas
Antiguidade Clássica– Gregos– Romanos
Idade Média OrientalImpério BizantinoMundo Islâmico Reinos germânicos e Império CarolíngioFeudalismoRenascimento CulturalReforma ReligiosaExpansão europeia e conquista da AméricaMercantilismo e sistema colonial
2º ANO
Conteúdos Estruturantes
Relações de
Conteúdos BásicosTema 3O Estado e as relações de poder
Conteúdos EspecíficosColonização BrasileiraO Antigo RegimeA Revolução Inglesa
Trabalho Relações de PoderRelações culturais
Cultura e religiosidade Revolução IndustrialIndependência do EUARevolução FrancesaEra NapoleônicaIndependência das colônias da América espanhola e do HaitiRebeliões Liberais, nacionalismo e unificaçõesExpansão do ImperialismoAmérica no século XIXPrimeiro Reinado
Período regencial
Segundo Reinado
3º ANO
Conteúdos Estruturantes
Relações de Trabalho Relações de PoderRelações culturais
Conteúdos BásicosTema 4 Os sujeitos, as revoltas e as guerrasTema 5Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluçõesTema 6
Cultura e religiosidade
Conteúdos EspecíficosPrimeira Guerra MundialRevolução RussaCrise do capitalismo e regimes autoritáriosSegunda Guerra MundialA instituição da RepúblicaSociedade e economia na Primeira RepúblicaRevoltas na Primeira RepúblicaEra Vargas (1930-1945)Pós- guerra e novos confrontosIndependência afro-asiáticas e conflitos árabes-israelensesSocialismo: da revolução à criseDesigualdades e globalização Período democrático (1946-1964)Ditadura MilitarPeríodo democrático atual
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Para o Ensino Fundamental e Médio os métodos de investigação histórica serão
articulados de forma que o aluno perceba que a História é narrada a partir de diferentes
fontes (livros, cinema, canções, palestras, relatos de memória, etc), sendo necessário a
utilização destas fontes para construção das narrativas históricas.
Nesse sentido, o trabalho pedagógico com os conteúdos históricos são
fundamentados em vários autores e suas respectivas interpretações, seja por meio dos
manuais didáticos disponíveis ou por meio de textos historiográficos referenciais. As
atividades desenvolvidas em sala de aula serão desenvolvidas de forma que possam
possibilitar a reflexão por parte do aluno do seu papel como sujeito e transformador da
história
A utilização de filmes (excertos) são de grande utilidade para a ilustração menos
abstrata de um contexto histórico. Outra ferramenta na estruturação da aula é o livro
didático, no entanto não faz-se uso dele como modelo obrigatório de sugestões de
atividades aos alunos.
Para o aluno compreender como se dá a construção do conhecimento histórico o
trabalho pedagógico será desenvolvido através do uso de vestígios e fontes históricas nas
aulas de História para favorecer o pensamento histórico e a iniciação aos métodos de
trabalho do historiador.
Tal abordagem será fundamental para que os alunos entendam:
• Os limites do livro didático;
• As diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico;
• A necessidade de ampliação do universo de consultas para entender
melhor diferentes contextos;
• A importância do trabalho do historiador e da produção do conhecimento
histórico para compreensão do passado;
Todas essas metodologias necessárias ao processo de aprendizagem do aluno serão
usadas junto a outras que irão emergir durante a prática docente, e servirão para levar ao
aluno ação na transformação social.
AVALIAÇÃO
Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados
como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará,
necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu
trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante o atual
processo de escolarização.
A avaliação será desenvolvida através de um processo contínuo, sistemático,
abrangente e permanente. Para isso, serão utilizadas técnicas e instrumentos
diversificados, sempre com finalidade educativa tais como a participação em trabalhos
coletivos e/ou individuais e atividades complementares propostas pelo professor, que
possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos
desenvolvidos. Os instrumentos utilizados para avaliação serão os descritos abaixo e
outros que se fizerem necessários durante o processo de ensino-aprendizagem.
- Provas escritas
- Trabalhos práticos individuais ou em grupo
- Pesquisa direcionada pelo professor
-Interpretação de documentos históricos
- Trabalhos sobre a leitura áudio visual (vídeos)
- Debates
- Seminários
- Produção de Texto
- Atividades subjetivas
A Recuperação de estudos será concomitantemente ao processo ensino-
aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de
todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos. A
recuperação será organizada com atividades significativas para melhor diagnosticar o
nível de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos
básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada
dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação,
conforme o descrito no Regimento Escolar.
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LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO GERAL
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação do Campo “...A perspectiva
da educação do campo se articula a um projeto político e econômico de desenvolvimento
local e sustentável, a partir da perspectiva dos interesses dos povos que nele vivem. O
que caracteriza os povos do campo é o jeito peculiar de se relacionarem com a natureza,
o trabalho na terra, a organização das atividades produtivas, mediante mão-de-obra dos
membros da família, cultura e valores que enfatizam as relações familiares e de
vizinhança, que valorizam as festas comunitárias e de celebração da colheita, o vínculo
com uma rotina de trabalho que nem sempre segue o relógio mecânico...”.
Sendo assim, os conteúdos da Proposta Curricular em questão, estão vinculados à
realidade local, pois trata-se de uma escola do campo, podendo garantir a relação entre o
acesso aos conhecimentos historicamente acumulados e os saberes da vivência
cotidiana, entre estes, o respeito pelo linguajar próprio do campo, a utilização de textos
com características regionais, culturais e econômicas da comunidade, bem como a
valorização do espaço que o indivíduo está inserido.
Por tratar-se de uma realidade específica, a metodologia deve ser direcionada
respeitando os aspectos sociais e econômicos como: evasão durante os períodos de
safra, a dificuldade do transporte em dias chuvosos, entre outros. Devido a estes fatores,
é necessária a adaptação por parte do corpo docente, enfatizando a retomada de
conteúdos para que os educandos não sejam prejudicados e/ou privados do
conhecimento no que se refere ao processo de ensino e aprendizagem.
Quanto à avaliação, se dará por meio de diversos instrumentos e em diversos
espaços, individualmente.
DIMENSÃO HISTÓRICA DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA
Historicamente, o processo de Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se com a
educação jesuítica. A concepção de educação e o trabalho de escolarização dos
indígenas estavam vinculados ao entendimento de que a linguagem reproduzia o modo
de pensar. Não havia uma educação institucionalizada, partia-se de práticas pedagógicas
restritas à alfabetização, que visavam manter os discursos hegemônicos da metrópole e
da igreja.
Quanto ao ensino da Língua Portuguesa, limitava-se nessa época, às escolas de
ler e escrever, mantidas pelos jesuítas. Nos cursos chamados secundários, as aulas eram
de gramática latina e retórica, além do estudo de grandes autores clássicos.
No período colonial, a língua mais utilizada pela população era o tupi. O português
era a “língua da burocracia” ( ILARI, 2007 s/p), ou seja, a língua das transações
comerciais, dos documentos legais. A interação entre os colonizados e colonizadores
resultou na constituição da Língua Geral (tupi-guarani), utilizada pelos portugueses com
vistas ao conhecimento necessário para a dominação da nova terra. A partir do século
XVIII, época que coincide com as expedições bandeirantes a descoberta da riqueza
mineral do solo brasileiro, essa situação de bilinguismo passou a não interessa aos
propósitos colonialistas de Portugal, que precisava manter a colônia e, para isso, a
unificação e padronização linguística constituíram-se fatores de relevância.
A fim de reverter esse quadro, em 1758 um decreto do Marquês de Pombal tornou
a Língua Portuguesa idioma oficial do Brasil, proibindo o uso da Língua Geral. Essa foi
uma das primeiras medidas para tornar hegemônica a Língua Portuguesa em todo o
território.
A partir da Reforma Pombalina, a educação brasileira passou por mudanças
estruturais. As aulas eram ministradas por profissionais de várias áreas (nomeados por
indicação política ou religiosa). Essas aulas atendiam a uma parcela reduzida da elite
colonial que se preparava para estudos posteriores na Europa.
Em 1772 foi criado o subsídio literário, um imposto que incidia sobra a carne, o
vinho e a cachaça, e que era direcionado para a manutenção dos ensinos primário e
secundário. Dessa forma, o ensino público passou a ser financiado pela Metrópole. A
escolarização sofria interferência da educação clássica e europeizante. Tal situação
permaneceu até 1808, com a vinda da família real ao Brasil.
Com a corte no Rio de Janeiro, foram instaladas as primeiras instituições de ensino
superior no Brasil, eram faculdades voltadas para a formação da burocracia estatal que
emergia. As classes populares, que precisavam do ensino primário para aprender a ler e
a escrever a Língua Portuguesa, continuavam negligenciadas. Somente nas últimas
décadas do século XIX, a disciplina de Língua Portuguesa passou a integrar os currículos
escolares brasileiros.
Com o advento da República a preocupação com a nascente industrialização
influenciou a estrutura curricular: tendo em vista a formação profissional, as
Humanidades não eram consideradas prioritárias, fortalecendo-se o caráter utilitário da
educação.
O conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871, data em
que foi criado no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de Português.
A Literatura veiculada na variedade brasileira da Língua Portuguesa foi retomada
depois, pelos modernistas, os quais em 1922, defendiam a necessidade de romper os
modelos tradicionais portugueses e privilegiar o brasileiro. O Modernismo, embora não
tenha protagonizado uma revolução na linguagem, contribuiu pra aproximar nossa língua
escrita do falar cotidiano no Brasil.
O ensino de Língua Portuguesa, manteve sua característica elitista até meados do
século XX, a partir da década de 1960, um processo de expansão do ensino primário
público incluiu, entre outras ações, a ampliação de vagas e, em 1971, a eliminação dos
exames de admissão ( FREDERICO E OSAKABE, 2004).
A consolidação da ditadura militar apresentou uma concepção tecnicista da
educação e gerou um ensino baseado em exercícios de memorização. Esta pedagogia
era adequada ao contexto autoritário que cerceava a reflexão e a crítica no ambiente
escolar, impondo uma formação acrítica e passiva.
A partir da lei 5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se no
primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação
em Língua Portuguesa ( nas quatro últimas séries). Na década de 1970 outras teorias da
linguagem passam a ser debatidas: a Sociolinguística, Análise do Discurso, a Semântica
e a Linguística Textual.
As únicas inovações eram o trabalho sistemático com a produção de texto. O
ensino de Língua Portuguesa fundamentava-se, então, em exercícios estruturais, técnicas
de redação e treinamento de habilidades de leitura.
Com relação à Literatura, até meados do século XX, o principal instrumento do
trabalho pedagógico eram as antologias literárias, com base nos cânones. A leitura do
texto literário visava transmitir a norma culta da língua, com base em exercícios
gramaticais e estratégias pra incutir valores religiosos, morais e cívicos.
Nos anos 1970, o ensino de Literatura restringiu-se então ao segundo grau, com
abordagens estruturalistas e/ou historiográficas do texto literário. As interpretações dos
professores e/ou dos livros didáticos, desconsiderava o papel ativo do aluno no processo
de leitura e os textos eram usados como pretexto para se ensinar gramática.
As novas concepções sobre aquisição da língua materna chegaram ao Brasil no
final da década de 1970 e início de 1980, quando as primeiras obras do Círculo de
Bakhtin passaram a ser lidas nos meios acadêmicos. Deve-se a ele o avanço dos estudos
em torno da natureza sociológica da linguagem.
O livro O texto na sala de aula, organizado por João Wanderlei Geraldi, em 1984
marcou as discussões sobre o ensino de Língua Portuguesa no Paraná, incluindo artigos
de linguistas como Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti, Percival Leme Brito e o próprio
Geraldi, presentes até hoje nos estudos e pesquisas sobre o ensino.
Essas produções teóricas influenciaram os programas de reestruturação do Ensino
de segundo grau, de 1988, e do Currículo Básico, de 1990. o Currículo de Língua
Portuguesa orientava os professores a um trabalho em sala de aula focado na leitura e na
produção, buscava romper com o ensino tradicionalista.
Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os Parâmetros
Curriculares Nacionais ( os PCNs), no final da década de 1990 também fundamentaram a
proposta para a disciplina de Língua Portuguesa na concepção interacionista levando a
uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita.
Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na
Educação Básica brasileira, e confrontando esse percurso com a situação de
analfabetismo funcional, de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos
apresentada pelos alunos, as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa requerem,
neste momento histórico, novos posicionamentos em relação às práticas de ensino; seja
pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na
construção de alternativas. Essas considerações resultaram, nas DCE, numa proposta
que dá ênfase na língua viva, dialógica, em constante movimentação,
permanentemente reflexiva e produtiva.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Propomos um ensino de língua portuguesa que privilegia o processo de aquisição e
aprimoramento da língua materna, a história, o sujeito e o contexto, não se pautando no
repasse de regras e na mera nomenclatura da gramática tradicional, como destaca
Travaglia (2000).
O ato de fala é de natureza social, por isso ensinar a língua a partir dessa
concepção, requer que se considerem os aspectos sociais e históricos em que o sujeito
está inserido, bem como o contexto de produção do enunciado, uma vez que os seus
significados são sociais e historicamente construídos. Sob essa perspectiva, o ensino-
aprendizagem de língua portuguesa visa aprimorar os conhecimentos linguísticos e
discursivos dos alunos, para que eles possam compreender os discursos que o cercam e
terem condições e terem condições de interagirem com esses discursos.
Assim é preciso que proporcione ao aluno o contato com um leque variado de texto
com diferentes funções socais para que o mesmo se envolva com as práticas de uso da
língua, promovendo o letramento que vai além da alfabetização, bem como propiciar ao
educando práticas discursivas que abrangem além dos textos escritos e falados, a
integração da linguagem verbal com outras linguagens.
Bakhtin afirma que para estudar a língua é preciso ter o texto como objeto de
estudo, pois toda unidade só faz sentido se estiver ligada ao texto. Por meio dele
expressamos sentimentos, objetivos, conhecimentos, “ o texto é o dado primário e o ponto
de partida de qualquer disciplina nas ciências humanas […] Neles se misturam
constatações e juízos de valor”(2003, p,319).
Todo texto é uma articulação de discursos, vozes que se materializam, ato
humano, é linguagem em uso efetivo. O texto ocorre em interação e, por isso mesmo, não
é compreendido em seus limites formais. (BAKHTIN, 1999). Um texto não é um objeto fixo
num dado momento do tempo, ele lança seus sentidos no dialogo intertextual, ou seja, o
texto é sempre uma atitude responsiva a outros textos, desse modo, estabelece relações
dialógicas. Na visão de Bakhtin (1992, p.334), “mesmo enunciados separados um do
outro no tempo e no espaço e que nada sabem um do outro, se confrontados no plano de
sentido, revelarão relações dialógicas.”
Os enunciados são heterogêneos, uma vez que emergem da multidão das vozes
sociais. Faraco (2003) destaca que nessa atmosfera heterogênea que o sujeito vai se
constituindo discursivamente. Para Bakhtin (1992), os tipos relativamente estáveis de
enunciados são denominados gêneros discursivos. Estes se dividem em primários e
secundários. Os primários referem-se a situações cotidianas; já os secundários
acontecem em circunstancias mais complexas de comunicação (como nas áreas
acadêmicas, jurídicas, artísticas, etc). As duas esferas são interdependentes.
Brait (2000, p. 20) recorda que “não se pode falar de gêneros sem pensar na esfera
de atividades em que ele se constituem e atuam, aí aplicada as condições de produção,
se circulação e recepção”. Há diferentes esferas de comunicação, e cada uma delas
produz os gêneros necessários a suas atividades. Alguns gêneros são adaptados,
transformados, renovados, multiplicados ou até mesmo criados a partir da necessidade
que o homem tem de se comunicar com o outro, tendo em vista que “todos os diversos
campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem”. (BAKHTIN, 1992,
p.261). Um exemplo dessa necessidade é o surgimento do discurso eletrônico, que são
criados e transformados pela cultura tecnológica na qual estamos inseridos.
Os gêneros variam assim como a língua – a qual é viva, e não estanque. As
manifestações comunicativas mediante a língua não acontecem como elementos
linguísticos isolados, elas se dão, conforme Bakhtin como discurso.
É função da escola aprimorar a competência linguística do aluno que acontecerá
com maior propriedade se ele for dado conhecer, nas práticas de leitura, escrita e
oralidade, o caráter dinâmico dos gêneros discursivos. O transito pelas diferentes esferas
da comunicação possibilitará o educando uma inserção social mais produtiva no sentido
de poder formular seu próprio discurso e interferir na sociedade em que esta inserido.
Bakhtin (1992, p.285) afirma que “quanto melhor dominarmos os gêneros tanto mais
livremente o empregamos, tanto mais plena e nitidamente descobrimos neles a nossa
individualidade (onde isso é possível e necessário)”.
O trabalho com os gêneros, portanto, deverá levar em conta que a língua é
instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua critica, é legitimo e é direito para
todos os cidadãos. Para que isso se concretize, o estudante precisa conhecer e ampliar o
uso dos registros socialmente valorizados da língua, como a norma culta.
É na escola que o imenso contingente de alunos que frequentam a rede pública de
ensino tem a oportunidade de acesso à norma culta da língua, ao conhecimento social e
historicamente construída e à instrumentalização que favoreça uma inserção social e
exercício da cidadania.
É de conhecimento dos envolvidos no processo educativo que muitos aprendem a
ler e a escrever, mas não adquirem competência para as práticas sociais de leitura e
escrita: “não leem livros, jornais, revistas, não sabem redigir um ofício, requerimento, não
sabem preencher um formulário...”(SOARES,2003 p.46). A essa necessidade deu-se o
nome de letramento, ou seja, dotar o indivíduo para que ele conheça e se envolva com as
funções da leitura e da escrita. Há urgência em letrar, visto que apenas ler e escrever não
dão conta das inúmeras exigências que o mundo real pede aos recém-saídos do
processo de escolarização. Isto porque à medida em que o analfabetismo vai sendo
superado, um maior número de pessoas aprende a leitura e a escrita, a sociedade, por
sua vez, se torna cada vez mais centrada na escrita. Consequentemente as pessoas
precisam cada vez mais dominar a arte de ler e escrever até mesmo por uma questão de
sobrevivência. Para dotar o aluno dessa capacidade o ideal seria “alfabetizar letrando”
através de práticas sócias de leitura e escrita.
PRÁTICAS DISCURSIVAS: ORALIDADE, ESCRITA E LEITURA
No processo de ensino-aprendizagem é importante ter claro que quanto maior o
contato com a linguagem, nas diferentes esferas sociais mais possibilidade se tem de
entender o texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo. A ação pedagógica
referente à linguagem, portanto precisa pautar-se na interlocução, em atividades
planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e escrita, bem como a
reflexão e o uso da linguagem em diferentes situações.
Oralidade
A acolhida democrática da escola às variações linguísticas toma como ponto de
partida os conhecimentos linguísticos do aluno, para promover situações que os
incentivem a falar, ou seja, fazer uso da variedade de linguagens que eles empregam em
suas relações sociais, mostrando que as diferenças de registro não constituem cientifica e
legalmente, objeto de classificação e que é importante a adequação do registro nas
diferentes instancias discursivas.
Escrita
Em relação à escrita é preciso ressaltar que as condições em que a produção
acontece determinam o texto. Antunes (2003) salienta a importância de o professor
desenvolver uma prática de escrita escolar que considere o leitor, uma escrita que tenha
um destinatário e finalidades, para então se decidir sobre o que será escrito, tendo em
vista que “a escrita, na diversidade de seus usos, cumpre funções comunicativas
socialmente especificas e relevantes” (ANTUNES, 2003, p.47).
Cada gênero discursivo tem suas peculiaridades: a composição, a estrutura e o
estilo variam conforme se produza um poema, um bilhete, uma receita, um texto de
opinião ou cientifico. Essas e outras composições precisam circular na sala de aula em
ações de uso, e não a partir de conceitos e definições de diferentes modelos de textos.
O aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da produção de diferentes gêneros, por meio
de experiências sociais tanto singular quanto coletivamente vividas.
É preciso que o aluno se envolva com os textos que produz e assuma a autoria do
que escreve, visto que ele é um sujeito que tem o que dizer. Quando escreve, ele diz de
si, de sua leitura de mundo. Bakhtin (1992, p.289) afirma que “todo enunciado é um elo na
cadeia da comunicação discursiva. É a posição do falante nesse ou naquele campo do
objeto de sentido.” A produção escrita possibilita que o sujeito se posicione, tenha voz em
seu texto, interagindo com as práticas de linguagem da sociedade.
Leitura
Compreende-se a leitura como um ato dialógico, interlocutivo, que envolve
demandas sociais, históricas, política, econômica, pedagógica e ideológicas de
determinado momento. Ao ler, o indivíduo busca suas experiências, os seus
conhecimentos prévios, a sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias vozes
que o constituem.
A leitura se efetiva no ato da recepção, configurando o caráter individual que ela
possui “depende de fatores linguísticos e não-linguísticos: o texto é uma potencialidade
significativa, mas necessita da mobilização do universo de conhecimento do outro – o
leitor – para ser atualizado” (PERFEITO, 2005, p.54-55).
No ato de leitura, um texto leva a outro e orienta para uma politica de
singularização do leitor que, convocado pelo texto, participa da elaboração dos
significados, confrontando-o com o próprio saber, com a sua experiência de vida.
Literatura
A literatura, como produção humana, está intrinsecamente ligada a vida social.
Para Candido (1972), a literatura é vista como arte que transforma/humaniza o homem e
a sociedade. O autor atribui à literatura três funções: psicológica, formadora e social.
O ensino da literatura deve ser pensado a partir dos pressupostos teóricos da
Estética da Recepção e da Teoria do Efeito, visto que essas teorias buscam formar um
leitor capaz de sentir e expressar o que sentiu, com condições de reconhecer, nas aulas
de literatura, um envolvimento de subjetividades que se expressam pela tríade
obra/autor/leitor, por meio de uma interação que está presente na prática de leitura. A
escola, portanto deve trabalhar a literatura em sua dimensão estética. Jauss (1994)
defende que a historicidade literária é melhor compreendida quando há um trabalho
conjunto do enfoque diacrônico com o corte sincrônico.
O caráter emancipatório da obra literária relaciona a experiência estética com a
atuação do homem em sociedade, permitindo a este, por meio de sua emancipação,
desempenhar um papel atuante no contexto social.
No ensino da literatura deve-se privilegiar o texto literário, pois somente ele permite
múltiplas interpretações, uma vez que na recepção que ele significa. No entanto, não está
aberto a qualquer interpretação. O texto é carregado de pistas/estruturas de apelo, as
quais direcionam o leitor, orientando-o para uma leitura coerente. Além disso, o texto traz
lacunas que serão preenchidos conforme o conhecimento de mundo, as experiências de
vida, as ideologias, as crenças, e valores que o leitor carrega consigo. Neste sentido a
Estética da Recepção e a Teoria do Efeito podem servir como suporte teórico para uma
reflexão válida no que concerne a literatura, levando em conta o papel do leitor e sua
formação.
Análise Linguística e as Práticas Discursivas
O trabalho de reflexão linguística a ser realizado deve voltar-se para observação e
análise da língua em uso, o que inclui morfologia, sintaxe, semântica e estilística;
variedades linguísticas; as relações e diferenças entre língua oral e língua escrita, quer no
nível fonológico-ortográfico, quer no nível textual e discursivo, visando à construção de
conhecimentos sobre o sistema linguístico.
A prática de análise linguística constitui um trabalho de reflexão sobre a
organização do texto escrito e/ou falado, um trabalho no qual o aluno percebe o texto
como resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor tendo em vista seu
interlocutor. Sob essa ótica, o texto deixa de ser pretexto para se estudar a nomenclatura
gramatical e a sua construção passa a ser objeto de ensino.
O ensino da língua, organizado por meio da prática de análise linguística
pressupõe as seguintes considerações:
•Concepção de língua como ação interlocutiva situada, sujeita às interferências dos
falantes.
•Integração entre os eixos de ensino: a análise linguística é ferramenta para a leitura e a
produção de textos.
•Metodologia reflexiva, baseada na indução(observação dos casos particulares para
conclusão das regularidades/regras).
•Trabalho paralelo com habilidades metalinguísticas e epilinguísticas.
•Ênfase dos usos como objetos de ensino (habilidades de leitura e escrita), que remetem
a vários outros objetos de ensino (estruturais, textuais, discursivos, normativos),
apresentados e retomados sempre que necessário.
•Centralidade nos efeitos de sentido.
•Fusão do trabalho com gêneros, na medida que contempla justamente a intersecção das
condições de produção dos textos e as escolhas linguísticas.
•Unidade privilegiada: o texto.
•Preferência por questões abertas e atividades de pesquisa, que exige comparação e
reflexão sobre adequação e efeitos de sentido.
OBJETIVOS GERAIS
Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua,
busca:
• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada
contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do
cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas
sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além
do contexto de produção;
• Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie
seus conhecimentos linguístico-discursivos;
• Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da
leitura e da escrita;
• Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes
contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE E CONTEÚDOS BÁSICOS DA DISCIPLINA DE
LÍNGUA PORTUGUESA
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Entende-se por conteúdo estruturante, o conjunto de saberes e conhecimentos de
grande dimensão, os quais identificam e organizam uma disciplina escolar. A partir dele,
advém os conteúdos a serem trabalhados no dia a dia da sala de aula.
A seleção do conteúdo estruturante está relacionada com o momento histórico-
social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a concepção de linguagem como
prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, sendo assim, o Conteúdo
Estruturante da disciplina que atende a essa perspectiva é o discurso como prática social.
A língua será trabalhada, a partir da linguagem em uso, que é a dimensão dada
pelo Conteúdo Estruturante. Assim, o trabalho com a disciplina considerará os gêneros
discursivos que circulam socialmente, com especial atenção à aqueles de maior exigência
na sua elaboração formal. Na abordagem de cada gênero, é preciso considerar o tema, a
forma composicional e o estilo. As marcas linguísticas também devem ser abordadas no
trabalho com gêneros, para que o aluno compreenda os usos da língua e os sentidos
estabelecidos pela escolha de um ou de outro elemento linguístico. Caberá ao professor
selecionar conteúdos específicos que explorem os recursos linguísticos e enunciativos do
texto por ser aquele que tem o contato direto com o aluno e com as suas fragilidades
linguístico-discursivas. Portanto, deverá selecionar os gêneros (orais e escritos) a serem
trabalhados de acordo com as necessidades, objetivos pretendidos, faixa etária, bem
como os conteúdos, sejam eles de oralidade, leitura, escrita e/ou análise linguística.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada série
da etapa final do Ensino Fundamental e para Ensino Médio, considerados imprescindíveis
para a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica.
Os conteúdos básicos apresentados devem ser tomados como ponto de partida para a
organização da Proposta Pedagógica Curricular das Escolas. Cabe ao professor
selecionar os gêneros a serem trabalhados, não se prendendo à quantidade, mas sim,
preocupando-se com a qualidade do encaminhamento, com a compreensão do uso do
gênero e de sua esfera de circulação. Os gêneros precisam ser retomados nas diferentes
séries com níveis maiores de complexidade, tendo em vista que a diferença significativa
entre as séries está no grau de aprofundamento e da abordagem metodológica.
CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdo Estruturante: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
Conteúdos Básicos: para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme
suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção dos gêneros, nas
diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com
as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
GÊNEROS DISCURSIVOS: ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO
Cotidiana: adivinhas; álbum de família; anedotas; bilhetes; cantigas de roda; carta
pessoal; cartão; diário; músicas; parlendas; piadas; provérbios; quadrinhas; receitas;
trava-línguas; exposição oral.
Literária/ Artística: memórias, autobiografia, contos, contos de fadas, contos de fadas
contemporâneos, crônicas de ficção, fábulas, fábulas contemporâneas, história em
quadrinhos, lendas, literatura de cordel, letras de música, narrativas de aventura, de
enigma, de ficção científica, de humor, de terror, fantástica e mítica, paródias, poemas,
romances, textos dramáticos.
Escolar: cartazes, debate regrado, exposição oral, pesquisas, relatório, resumo, texto
argumentativo, texto de opinião.
Imprensa: anúncio de emprego, artigo de opinião, caricatura, cartum, charge,
classificados, entrevista ( oral e escrita), fotos, horóscopo, notícia, reportagens, tiras,
sinopse de filme, manchete.
Publicitária: anúncio, comercial para TV, Folder, slogan, publicidade comercial.
Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação, panfleto.
Jurídica: leis, ofício, regimentos, requerimentos, estatutos.
Produção e consumo: bulas, regras de jogo, rótulos e embalagens.
Midiática: blog, desenho animado, e-mail, filmes, telejornal, telenovelas, torpedos, video
clip.
LEITURA: Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Argumentos do Texto; Discurso Direto
e Indireto; Elementos Composicionais do Gênero.; Léxico; Marcas Linguísticas ( coesão,
coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos, figuras
de linguagem); Contexto de Produção; Intertextualidade; Informações explícitas e
implícitas; Repetição proposital de palavras; Ambiguidade, Vozes sociais presentes no
texto; Relação da causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Semântica;
Operadores argumentativos; Sentido figurado; expressões que denotam ironia e humor no
texto; Discurso ideológico presente no texto; partículas conectivas do texto; Progressão
referencial no texto; Polissemia.
ESCRITA: Contexto de produção; Interlocutor; Finalidade do Texto; Informatividade;
Argumentatividade; Discurso direto e indireto; Elementos Composicionais do Gênero;
Divisão do texto em parágrafos; Marcas linguísticas ( coesão, coerência, função das
classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagem);
Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância
verbal/nominal; Conteúdo temático; Intencionalidade do texto; Informatividade;
Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Relação de causa e consequência
entre as partes e elementos do texto; partículas conectivas do texto; Progressão
referencial no texto.
ORALIDADE: Tema do texto; Finalidade; Argumentos; Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos ( entonação, pausas, gestos...); Adequação do discurso ao
gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas (coesão, coerência,
gírias, repetição, recursos semânticos); Elementos semânticos; Conteúdo temático;
Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); Diferenças e
semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Os professores de Língua Portuguesa e Literatura têm o papel de promover o
amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita. O domínio
das práticas discursivas possibilita que o aluno modifique, aprimora, reelabore sua visão
de mundo e tenha voz na sociedade. O aprimoramento linguístico permite ao aluno a
leitura dos textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto,
instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no contexto de
seu momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e singularidade
discursiva.
Lei 11645/08 cultura indígena
Em 2003, foi lançada a lei federal nº 10.639, que modificou a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB), estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de
cultura africana e afro-brasileira, , bem como a cultura indígena, nas escolas públicas e
privadas de todos os estados brasileiros.
Lei 10639/03 cultura afro-brasileira
A Lei 10.639/03, propõe novas diretrizes curriculares para o estudo da história e
cultura afro-brasileira e africana. Por exemplo, os professores devem ressaltar em sala de
aula a cultura afro-brasileira como constituinte e formadora da sociedade brasileira, na
qual os negros são considerados como sujeitos históricos, valorizando-se, portanto, o
pensamento e as ideias de importantes intelectuais negros brasileiros, a cultura (música,
culinária, dança) e as religiões de matrizes africanas.
Com a Lei 10.639/03 também foi instituído o dia Nacional da Consciência Negra
(20 de novembro), em homenagem ao dia da morte do líder quilombola negro Zumbi dos
Palmares. O dia da consciência negra é marcado pela luta contra o preconceito racial no
Brasil.
O ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, após a aprovação da Lei
10.639/03, fez-se necessário para garantir uma ressignificação e valorização cultural das
matrizes africanas que formam a diversidade cultural brasileira. Portanto, os professores
exercem importante papel no processo da luta contra o preconceito e a discriminação
racial no Brasil.
De acordo com as leis da cultura indígena e cultura afro-brasileira citadas, é viável
trabalhar a auto-estima do educando, promovendo o convívio pacífico dos diversos
grupos étnicos raciais; proporcionar reflexões que favoreçam a formação integral do
educando, tornando-o atuante na sua comunidade, tendo em vista a construção de um
mundo mais humanizado; construir novos significados a partir das diferenças físicas
existentes dentro da sala de aula. Esta metodologia será ministrada através de pesquisas,
debates, interpretação e produção de textos, vídeos, músicas, etc.
As atividades acontecerão de forma individual e em grupo observando o convívio
pacífico do educando com as diferenças e sua postura em relação a elas.
Lei 9795/99 meio ambiente
A Lei Nº 9795 de 27 de Abril de 1999, dispõe sobre a Educação Ambiental,
constitui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.
Art. 1º Entende-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e
a coletividade, constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competência voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Art. 4º São princípios básicos da Educação Ambiental:
• Enfoque humanístico, holístico, democrático e participativo;
• Concepção de Meio Ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre
o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;
• O pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e
transdisciplinaridade;
• A vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;
• A garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
• A abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais;
• O reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.
Portanto, é preciso compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser
humano parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive em relação
essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente. As atividades
serão ministradas através de leituras, debates e produção de texto. Haverá a observação
pelo professor das atitudes do aluno em relação a todos os componentes do ambiente.
Em suma, a Educação deve estar atenta com as possibilidades de reconstrução de
uma nova concepção de sociedade e natureza. Com isso exercerá seu papel,
questionando e apontando caminhos promovendo a consciência ambiental e justiça social
aguçando o senso crítico dos educadores e educando, de tal modo que tanto a escola
como os sujeitos sociais tornem-se promotores de valores sócio-ambientais e culturais, e
as comunidades organizadas sejam as promotoras das transformações necessárias. Sem
perder de vista os elementos que compõem as estruturas políticas econômicas e
educacionais. Assim a educação será parte integrante e fundamental da sociedade, visto
que ela não é única responsável pelas transformações sociais, mas sem ela as mudanças
não acontecem.
PRÁTICA DA ORALIDADE
As atividades orais precisam oferecer condições ao aluno de falar com fluência em
situações formais; adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores,
assunto, intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e,
principalmente, praticar e aprender a convivência democrática que supões o falar e o
ouvir.
As Diretrizes reconhecem as variantes linguísticas como legítimas, uma vez que
são expressões de grupos sociais historicamente marginalizados em relação à
centralidade ocupada pela norma padrão, pelo poder da fala culta. Cabe, entretanto,
reconhecer que a norma padrão, além de variante de prestígio social e de uso das
classes dominantes, é fator de agregação social e cultural e, portanto, é direito de todos
os cidadãos, sendo função da escola possibilitar aos alunos ao acesso a essa norma. É
por meio do aprimoramento linguístico que o aluno será capaz de transitar pelas
diferentes esferas sociais, usando adequadamente a linguagem tanto em suas relações
cotidianas quanto nas relações mais complexas – no dizer de Bakhtin (1992) – e que
exigem maior formalidade. Dessa forma, o aluno terá condições de se posicionar
criticamente diante de uma sociedade de classes, repleta de conflitos e contradições.
Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, as possibilidades de
trabalho com os gêneros orais são diversas e apontam diferentes caminhos. No que
concerne à literatura oral, valoriza-se a potência dos textos literários como arte, os quais
produzem oportunidade de considerar seus estatutos, sua dimensão estética e suas
forças políticas particulares. O trabalho com os gêneros orais deve ser consistente.
O trabalho com os gêneros orais visa ao aprimoramento linguístico, bem como, a
argumentação. Nas propostas de atividades orais, o aluno refletirá tanto a partir da sua
fala quanto da fala do outro, sobre:
• o conteúdo temático do texto oral;
• elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros usados em
diferentes esferas sociais;
• a unidade de sentido do texto roal;
• os argumentos utilizados;
• o papel do locutor e do intelocutor na prática da oralidade;
• observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível
social, formação, etc.) para adequar o discurso ao interlocutor;
• as marcas linguístico-enunciativas do gênero oral selecionado para estudo
PRÁTICA DA ESCRITA
Nestas Diretrizes, o exercício da escrita, leva em conta a relação entre o uso e o
aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os
gêneros discursivos são construções coletivas.
O educando precisa compreender o funcionamento de um texto escrito, que se faz
a partir de elementos como organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções,
interlocutor (es), dentre outros. É desejável que as atividades com a escrita se realizem
de modo interlocutivo, que elas possam relacionar o dizer escrito à circunstâncias de
produção.
As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na verdade,
se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que tem uma função social
determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade” (ANTUNES, 2003, p. 62-63).
PRÁTICA DA LEITURA
Na concepção de linguagem assumida por essas Diretrizes, a leitura é vista como
um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel ativo no processo
da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais, formula e reformula
hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu conhecimento
linguístico, nas suas experiências e na sua vivencia sócio-cultural.
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais.
No processo de leitura, também é preciso considerar as linguagens não-verbais para
então contemplar os multiletramentos mencionados nessas Diretrizes.
Trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a
perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante
deles. Assim, o professor deve dar condições para que o aluno atribua sentidos a sua
leitura, visando a um sujeito crítico e atuante nas práticas de letramento da sociedade.
Para encaminhamento da prática da leitura, é preciso considerar o texto que se
quer trabalhar e, então, planejar as atividades.
No que concerne no trabalho com diferentes gêneros, Silva (2005, p. 66) assinala
que a escola deve se apresentar “como um ambiente rico em textos e suportes de textos
para que o aluno experimente, de forma concreta e ativa, as múltiplas possibilidades de
interlocução com os textos.”
Na sala de aula, nas atividades de interpretação e compreensão de um texto, é
necessário analisar: os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos
lingüísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores envolvidos, dos
gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado, de outros textos.
De acordo com o exposto, para encaminhamento da prática de leitura, é relevante
que o professor realize atividades que propiciem a reflexão e discussão, tendo em vista o
gênero a ser lido.
LITERATURA
No processo de leitura o leitor é visto como um sujeito ativo, tendo voz em seu
contexto. Assim, para proposta de trabalho com a Literatura essas Diretrizes sugerem a
Estética da Recepção, a Teoria do Efeito e o Método Recepcional, elaborado por Maria da
Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar, como encaminhamento metodológico.
O Método Recepcional, tendo como base a Estética da Recepção, propõe a
criação de estratégias que estimulem a curiosidade e disponibilidade de se defrontar com
novas possibilidades de leituras. Considerando que muitas vezes o leitor privilegia textos
com os quais se identifica, “obra conformadora”, se faz necessário considerá-las e
estimular a curiosidade para propor o novo, obras literárias que desafiem a compreensão
do leitor. Estas muitas vezes são repelidas por exigirem “ esforço demasiado e
conflituoso”. O processo da recepção, portanto, parte do princípio em que há que se
considerar o repertório de leituras e interesses do leitor e encaminhá-lo para se defrontar
com o novo, rompendo com o distanciamento entre sua visão de mundo e a da obra,
saindo da leitura da “obra conformadora” para a “obra emancipatória” num ir e vir
constante e insistente “visando a qualificação dos leitores pela interação com os textos e
a sociedade” (BORDINI, AGUIAR, 1993 p.84-85).
Esse método proporciona momentos de debate, reflexões sobre a obra lida,
possibilitando ao aluno a ampliação dos seus horizontes de expectativa. Essa proposta de
trabalho, tem como objetivos: efetuar leituras compreensivas e críticas; ser receptivo a
novos textos e a leitura de outrem; questionar as leituras efetuadas em relação ao seu
próprio horizonte cultural; transformar os próprios horizontes de expectativa bem como os
do professor, da escola, da comunidade familiar e social.
Esse trabalho dividi-se em cinco etapas cabendo ao professor delimitar o tempo de
aplicação de cada uma delas, de acordo com seu plano de trabalho docente e com a sua
turma. As etapas são as seguintes:
• Primeira etapa: determinação do horizonte de expectativa do aluno/leitor;
• Segunda etapa: atendimento ao horizonte de expectativas;
• Terceira etapa: ruptura do horizonte de expectativa;
• Quarta etapa: questionamento do horizonte de expectativas;
• Quinta etapa: ampliação do horizonte de expectativa.
Para a aplicação deste método, o professor precisa ponderar as diferenças entre
Ensino Fundamental e o Ensino Médio. No Ensino Médio, além do gosto pela leitura, há a
preocupação, por parte do professor, em garantir o estudo das Escolas Literárias.
É importante que o professor trabalhe com seus alunos as estruturas de apelo,
demonstrando a eles que não é qualquer interpretação que cabe à literatura, mas aquelas
que o texto permite. As marcas lingüísticas devem ser consideradas na leitura literária,
elas também asseguram que as estruturas de apelo sejam respeitadas.
No ensino da literatura o professor não deve ficar preso à linha do tempo da
historiografia, mas fazer análise contextualizada da obra, no momento de sua produção e
no momento de sua recepção (historicidade). No Ensino Médio deverá apresentar
correntes da crítica literária mais apropriadas para o trato com a literatura, tais: os estudos
filosóficos e sociológicos, a análise do discurso, os estudos culturais, entre tantos outros
que podem enriquecer o entendimento da obra literária.
As aulas de literatura estarão sujeitas a ajustes atendendo às necessidades e
contribuições dos alunos, de modo a incorporar suas idéias e as relações discursivas por
eles estabelecidas num contínuo texto-puxa-texto.
O trabalho com a literatura potencializa uma prática diferenciada com o Conteúdo
Estruturante da Língua Portuguesa (o Discurso como prática social) e constitui forte
influxo capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
A análise linguística é uma prática didática complementar às práticas de leitura,
oralidade e escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita “ a reflexão
consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivas que perpassam os usos
linguísticos seja no momento de ler/escutar, de produzir textos ou de refletir sobre esses
mesmos usos da língua” (MENDONÇA, 2006, p.204).
Essa prática abre espaço para as atividades de reflexão dos recursos linguísticos e
seus efeitos de sentido no texto. É necessário deter-se um pouco nas diferentes formas
de entender as estruturas de uma língua e, consequentemente, as gramáticas que
procuram sistematizá-la.
Considerando a interlocução como ponto de partida para o trabalho com o texto, os
conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na
constituição da unidade de sentido dos enunciados. Daí a importância de considerar não
somente a gramática normativa, mas também as outras, como a descritiva, a internalizada
e, em especial, a reflexiva no processo de ensino de Língua Portuguesa.
O professor poderá instigar, no aluno, a compreensão das semelhanças e
diferenças, dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de interação, dos
textos orais e escritos. Quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes gêneros
discursivo (orais e escritos), mais fácil assimilar as regularidades que determinam o uso
da língua em diferentes esferas sociais (BAKHTIN, 1992).
O texto não deve servir apenas para o aluno identificar, por exemplo, os adjetivos e
classificá-los; considera-se que o texto tem o que dizer, há ideologias, vozes, e para
atingir a sua intenção, utiliza-se de vários recursos que a língua possibilita. Cabe ao
professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a reflexão sobre o
seu próprio texto. O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permite ao
professor explorar as categorias gramaticais, conforme cada texto em análise. Mas, nesse
estudo, o que vale não é a categoria em si: é a função que ela desempenha para os
sentidos do texto.
Definida a intenção para o trabalho com a Língua Portuguesa, o aluno também
pode passar a fazer demandas, elaborar perguntas, considerar hipóteses, questionar-se,
ampliando sua capacidade linguístico-discursiva em atividades de uso da língua.
Inserido no trabalho referente à análise linguística, oralidade, escrita, leitura, estão
a cultura indígena (lei11.645/08); cultura afro-brasileira e africana (lei 10.639/03); e meio
ambiente (lei 9.795/99).
AVALIAÇÃO
A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura é vista como um processo de
aprendizagem contínuo que prioriza a qualidade e o desempenho do aluno ao longo do
ano letivo. O professor deverá fazer uso da observação diária e instrumentos variados,
selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo.
Considerando que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem
diferentes, a avaliação formativa, proposta nas Diretrizes, por ser contínua e diagnóstica,
aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo.
Pois esta informa ao professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e
contribui com a busca de estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das
aulas.
Sob essa perspectiva, as Diretrizes recomendam:
*Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes
interlocutores e situações. O professor verificará a participação do aluno nos diálogos,
relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua
fala, a argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista. O aluno também
deve se posicionar como avaliador de textos orais com os quais convive.
Instrumentos:
−Seminários;
−Debates;
−Relatos;
−Entrevistas;
−Discussões;
−Exposições.
Critérios:
−Expressão das ideias com clareza;
−Utilização do discurso com a situação de produção;
−Compreensão do discurso do outro;
−Utilização adequada de entonação, gestos, pausas;
−Respeito aos turnos de fala;
−participação nas discussões.
*Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos,
relações de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de
posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor em
textos variados, a localização das informações tanto explícitas quanto implícitas, o
argumento principal, entre outros. É importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa os
conhecimentos prévios; se compreende o significado das palavras desconhecidas a partir
do contexto; se faz inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte textual. Tendo
em vista o multiletramento também é preciso avaliar a capacidade de se colocar diante do
texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens.
Instrumentos: atividades escritas interpretativas dos variados gêneros presentes na
sociedade e ensinados na escola:
−Os do cotidiano;
−Literário/ Artístico;
−Escolar;
−De Imprensa;
−Publicitários;
−Política;
−Jurídica;
−Produção e Consumo;
−Midiáticos.
Critérios:
−Identificação do tema: localização de informações explícitas e implícitas e ampliação do
léxico.
−Identificação da ideia principal.
−Percepção das intenções do texto e do autor: reconhecimento dos efeitos de ironia e
humor; compreensão dos sentidos das palavras e expressões a partir do contexto.
−Percepção dos variados estilos: localização dos argumentos principais;
−Percepção das relações de causas e consequências entre as partes do texto.
*Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca
como produto final o que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de
sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado
nos aspectos discursivo-textuais, verificando: a adequação a proposta e ao gênero
solicitado, se a linguagem está de acordo contexto exigido, a elaboração de argumentos
consistentes, a coesão e a coerência textual, a organização dos parágrafos. O aluno deve
se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio. No
momento da refacção textual, é pertinente observar se a intenção do texto foi alcançada,
se a relação entre partes do texto, se a necessidade de cortes, devido às repetições, se é
necessário substituir parágrafos, ideias ou conectivos.
Instrumentos:
−Produção escrita dos variados gêneros;
−Transcrição de um gênero para outro;
−Comunicação por meio da linguagem escrita;
Critérios:
−Expressão das ideias com clareza;
−Elaboração do texto, respeitando as situações propostas: gênero, finalidade, interlocutor;
−Utilização adequada da linguagem formal e informal;
−Utilização correta dos recursos linguísticos;
−Elaboração de argumentos consistentes;
−Organização de parágrafos;
−Usos de conectivos coerentes.
*Análise linguística: é no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta em todos os
seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática pedagógica, os
elementos lingüísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser avaliados sob uma
prática reflexiva e contextualizada que possibilitem compreender esses elementos no
interior do texto. Dessa forma, o professor poderá avaliar por exemplo, o uso da
linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos
causados pelo uso de recursos lingüísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo
uso de operadores argumentativos e modalizadores, bem como as relações semânticas
entre as partes do texto.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados
continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e
refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o
aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.
Instrumentos:
−Atividades escritas e reflexivas sobre o seu uso no texto;
−Reestruturação de textos;
Critérios:
−Utilização adequada dos recursos linguísticos;
−Utilização dos recursos de coesão e coerência;
−Percepção dos efeitos causados pela estilística;
−Observação das relações dos operadores argumentativos e das relações semânticas.
A recuperação de estudos será feita de forma paralela e concomitante ao processo
de ensino, resgatando não somente nota, mas acima de tudo, o conteúdo trabalhado,
utilizando-se de instrumentos diferenciados ao processo de ensino-aprendizagem.
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Apresentação e Justificativa
Hoje o conhecimento matemático abrange os aspectos intelectuais, físicos,
emocionais, sociais e culturais tão importantes para o desenvolvimento do indivíduo como
um todo. Neste sentindo as aulas de matemática devem ser um espaço dentro da escola
onde o aluno tenha condições de exercitar ações e transformações que verdadeiramente
irá executar na sua realidade.
Portanto se faz necessário que as contextualizações dos conteúdos matemáticos
selecionados no Plano de Trabalho Docente, tenham também uma visão sócio histórica
numa Educação do Campo- onde as experiências do passado estejam relacionadas com
experiências do presente mediadas pela ação metodológica do professor.
A matemática deve ser vista como uma disciplina que possui um grande legado
acumulado pela humanidade, mas também como uma atividade em constante construção,
pois é sabido que as necessidades emergentes sofrem mudanças a todo instante.
Deve ser trabalhada e concebida como um conjunto de saberes, resultados,
métodos, procedimentos e algoritmos ligados entre si, e relacionado com a vivencia do
aluno do campo. Nesta reflexiva o ensino aprendizagem da matemática deve estar
voltado tanto para os aspectos cognitivos como para a relevância social, priorizando o
pensar e o fazer na mesma proporção.
O estudante deve analisar, discutir, formar conjecturas, se apropriar de conceitos e
formular ideias para que possa agir de forma consciente no seu meio social, devendo
ampliar sua visão sobre as teorias para que possa transportá-las para a prática e vice-
versa. Haja vista que o seu caráter científico deverá servir de subsídio para a tradução em
atos efetivos dos problemas reais.
A matemática na sala de aula deve portanto, contribuir para que o estudante tenha
condições de aliar o científico ao prático por meio desta linguagem universal, a fim de
melhor descrever e interpretar os próprios fenômenos matemáticos, bem como os de
outras áreas do conhecimento.
Como por exemplo cálculo de área de uma determinada superfície é utilizado na
demarcação de áreas a serem cultivadas para a produção de diversas culturas, no cálculo
do valor a ser pago ou recebido pelo trabalho de preparação da terra. A cubagem de
madeira é utilizada para a determinação da quantidade a ser utilizada para a construção
de cercas, casas, entre outras atividades do cotidiano no campo.
Portanto, a matemática deve proporcionar ao aluno a capacidade de classificar,
relacionar, representar, analisar, deduzir, provar e julgar, ao mesmo tempo que
desenvolve a perseverança, a responsabilidade, cooperação, bem como o uso correto da
linguagem matemática.
CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
6º ANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
– Sistemas de numeração– Números naturais– Múltiplos e divisores– Potenciação e radiciação– Números fracionários– Números decimais
GRANDEZAS E MEDIDAS
– Medidas de massa– Medidas de área– Medidas de volume– Medidas de tempo– Medidas de ângulos– Sistema monetário– Medidas de comprimento
GEOMETRIAS
– Geometria Plana– Geometria Espacial
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
– Dados, tabelas e gráficos– Porcentagem
7ºANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
– Equação e Inequação do 1º grau;– Razão e proporção;– Regar de três simples.– Números inteiros– Números racionais
GRANDEZAS E MEDIDAS
– Medidas de temperatura;– Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS
– Geometria Plana;– Geometria Espacial;– Geometrias não-euclidianas.
TRATAMENTO DA IMFORMAÇÃO
– Pesquisa Estatística;– Média Aritmética;– Moda e mediana;– Juros simples.
8ºANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
– Números Racionais e Irracionais;– Sistemas de equações do 1º grau;– Potências;– Monômios e Polinômios;– Produtos Notáveis.
GRANDEZAS E MEDIDAS
– Medidas de comprimento;– Medidas de área;– Medidas de volume;– Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS
– Geometria Plana;– Geometria Espacial;– Geometria Analítica;– Geometrias não-euclidianas.
TRATAMENTO DA IMFORMAÇÃO
– Gráfico e Informação;– População e amostra.
9º ANONÚMEROS E ÁLGEBRA
– Números Reais;– Propriedades dos radicais;
– Equação do 2º grau;– Teorema de Pitágoras;– Equações Irracionais;– Equações Biquadradas;– Regra de três composta.
GRANDEZAS E MEDIDAS
– Relações Métricas no Triângulo Retângulo;– Trigonometria no Triângulo Retângulo.
FUNÇÕES
– Noção intuitiva de Função Afim;– Noção intuitiva de Função Quadrática.
GEOMETRIAS
– Geometria Plana;– Geometria Espacial;– Geometria Analítica;– Geometrias não-euclidianas.
TRATAMENTO DA IMFORMAÇÃO
– Noções de Análise Combinatória;– Noções de Probabilidade;– Estatística;– Juros Compostos.
CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
– Números Reais;– Números complexos;– Sistemas lineares;– Matrizes e Determinantes;– Polinômios;– Equações e Inequações Exponencias, Logarítmicas e Modulares.
GRANDEZAS E MEDIDAS
– Medidas de Área;– Medidas de Volume;– Medidas de Grandezas Vetoriais;– Medidas de Informática;– Medidas de energia;– Trigonometria.
FUNÇÕES
– Função Afim;– Função Quadrática;– Função Polinomial;– Função Exponencial;– Função Logarítmica;– Função Trigonométrica;– Função Modular;– Progressão Aritmética;– Progressão Geométrica.
GEOMETRIAS
– Geometria Plana;– Geometria Espacial;– Geometria Analítica;– Geometrias não-euclidianas.
TRATAMENTO DA IMFORMAÇÃO
– Análise Combinatória;– Binômio de Newton;– Estudo das Probabilidades;– Estatística;– Matemática Financeira.
METODOLOGIA
Este documento articula os conteúdos estruturantes com os conteúdos específicos
em relações de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico de forma a
abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em
patamares distintos e sem vínculos, afinal, “[...] o significado curricular de cada disciplina
não pode resultar de apreciação isolada de seus conteúdos, mais sim do modo como se
articulam” (MACHADO, 1993, p.28).
Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de experiencias levando o
aluno a ter oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas
situações.
Dentro de alguns conteúdos, o professor deverá contemplar a Cultura afro-
brasileira, africana e indigena/equipe multidisciplinar (Lei nº 10.639/03 e nº 11. 645/08,
prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental,
educação fiscal, enfrentamento 'a violência contra a criança e o adolescente ( Lei Fed. Nº
11.525/07) Educação Tributária ( Dec. Nº 1.143/99, Port. º 413/02) Educação Ambiental
( Lei Fed.º 9.795/99)
Assim cabe ao professor da escola do campo, assegurar um espaço de discussão
no qual os alunos pensem sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma
estratégia, apresentem suas hipóteses e façam o registro da solução encontradas ou de
recursos que utilizaram para chegarem ao resultado. Isso favorece formação do
pensamento matemático, livre do apego às regras.
Os recursos tecnológicos, como os sofware, a televisão, as calculadoras, os
aplicativos da internet , entre outros, tem favorecido as experimentações matemáticas e
potencializados formas de resolução de problemas.
O trabalho com as mídias tecnológicas inserem diversas formas de ensinar e
aprender, valorizando e muito o processo de produção de conhecimentos.
A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais
e políticos, à circunstâncias históricas e as correntes filosóficas que determinaram o
pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época.
A história deve ser o fio condutor que direciona as explicações de muitos porquês
da matemática. Promove uma aprendizagem significativa, pois leva o estudante a
compreender que o conhecimento matemático é construído historicamente a partir de
situações concretas e necessidades reais.
AVALIAÇÃO
É preciso que o professor estabeleça critérios e instrumentos de avaliação bem
claros para que os resultado sirvam de intervenções no processo ensino aprendizagem
quando necessário.Pois, a finalidade maior da avaliação é proporcionar aos alunos novas
oportunidades par aprender ao mesmo tempo que possibilita ao professor refletir sobre
seu próprio trabalho, fornecendo dados sobre as dificuldades de cada aluno.
No processo avaliativo é necessário que o professor esteja atento para observar de
forma sistemática seus alunos para diagnosticar as dificuldades de cada um, criando
oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento das formas
mais variadas e relacionadas com a Educação do Campo.
Alguns critérios de avaliação devem orientar as atividades avaliativas do professor,
possibilitando ao professor verificar se o aluno consegue se comunicar matematicamente
de forma oral ou escrita; compreender e interpretar, por meio da leitura um problema
matemático; elaborar um plano que possibilite a (s) solução(oes) de um problema e
realizar retrospectos da solução de um problema.
O aluno deve ser estimulado, no processo pedagógico, a partir de situações
problema, internas ou externas à matemática, sempre pesquisando conhecimentos que
possam auxiliar na resolução de problemas, sempre elaborando conjecturas para afirmá-
las e testá-las sempre perseverando na busca de soluções frente as dificuldades. Ao
mesmo tempo o aluno deve sistematizar o conhecimento construído a partir da solução
encontrada, generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições
particulares.
O professor deve levar o aluno do campo a sempre socializar os resultado obtidos
e argumentar a favor ou contra todos os resultado obtidos, não desprezando jamais sua
vivência de modo sempre a relacioná-las aos novos conhecimentos abordados nas aulas
de matemática.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORBA, M. C.; PENTEADO, M. G. Informática e educação matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. São Paulo: Editora Ática, 2003.
MACHADO, N. J. Interdisciplinaridade e Matemática. Revista Quadrimestral da Faculdade de Educação - Unicamp - Proposições. Campinas, n. 1 [10], p. 25-34, mar. 1993.
MIGUEL, A.; MIORIM, M. A. História na educação matemática: propostas e desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da Educação Básica- Matemática. Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEB,2008.
POLYA, G. A Arte de Resolver Problemas. Rio de Janeiro: Editora Interciência,1995.
PONTE, J. P.; BROCARDO, J.; OLIVEIRA, H. Investigações Matemáticas na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
Diretrizes Curriculares da Educação do Campo – Curitiba - 2006
QUIMICA
Apresentação Geral da Disciplina
O ensino de química apresenta como objeto de estudo Substâncias e Materiais;
deverá estar voltado para as atividades humanas, onde a partir da aprendizagem em sala
de aula e do cotidiano, o aluno poderá articular seu conhecimento químico às questões
sociais, econômicas e políticas, desenvolvendo suas habilidades básicas, que o
caracterizam como cidadão: participação e julgamento.
Transformar a prática de sala de aula numa prática dialógica, significa dar vez aos
alunos não apenas para que reproduzam as respostas do professor, mas para que
expressem sua própria visão de mundo e sua capacidade de tomada de decisão,
propiciando situações em que eles serão estimulados a emitir opinião, propor soluções,
usando o juízo de valores.
A função do ensino de Química deve ser a de desenvolver a capacidade de
resolução de problemas, o que implica na necessidade de vinculação do conteúdo
trabalhado com o contexto social em que o aluno está inserido, tendo em vista a sua
formação para que sejam capazes de se apropriar de saberes de maneira crítica e ética.
Objetivos:
- Reconhecer e compreender a linguagem de símbolos, gráfica, iconográfica e tabeladas
utilizadas na química e interconverter informações entre as linguagens;
- Identificar, obter, selecionar e utilizar as informações disponíveis nas diversas fontes de
consultas;
- Compreender os fatos, selecionar as ideias e aplicar os conceitos na resolução de
problemas e situações do cotidiano;
- Reconhecer o papel da Química no sistema produtivo industrial e rural;
- Utilizar-se de estudos prospectivos na avaliação de acidentes e desastres ambientais;
- Avaliar abusos e situações de riscos e exigir o cumprimento das leis de modo a garantir
os direitos individuais e coletivos da geração contemporânea e das futuras gerações;
- Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;
- Compreender os fatos químicos dentro de uma visão macroscópica (lógico-formal);
- Compreender dados quantitativos, estimativas e medidas, compreender relações
proporcionais presentes na Química (raciocínio proporcional);
- Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em Química:
gráficos,tabelas e relações matemáticas;
- Selecionar e utilizar ideias e procedimentos científicos (leis, teorias, modelos) para a
resolução de problemas qualitativos e quantitativos em Química, identificando e
acompanhando as variáveis relevantes;
- Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à Química,
selecionando procedimentos experimentais pertinentes;
- Desenvolver conexões hipotético-lógicas que possibilitem previsões acerca das
transformações químicas;
- Reconhecer as relações entre o desenvolvimento científico e tecnológico da Química e
aspectos sócio-político-culturais;
- Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação individual e coletiva do ser
humano com o ambiente;
- Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no desenvolvimento
da Química e da tecnologia.
Conteúdos
Conteúdos Estruturantes
São aqueles que identificam e organizam e organizam os campos de estudos da
disciplina, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e
ensino.
- Matéria e sua natureza
- Biogeoquímica
- Química sintética
A- Matéria e sua natureza
Dá início ao trabalho pedagógico da disciplina de Química por se tratar
especificamente do seu objeto de estudo: a matéria e sua natureza. É ele que abre o
caminho para um melhor entendimento dos demais conteúdos estruturantes.
B- Biogeoquímica
Dentro da Biogeoquímica procuramos entender as complexas relações existentes
entre a matéria viva e não viva da biosfera, sua propriedade e modificações ao longo dos
tempos para aproximar ou interligar saberes biológicos, geológicos e químicos.
C- Química Sintética
Tem sua origem na síntese de novos produtos e materiais químicos e permite o
estudo dos produtos farmacêuticos, da indústria alimentícia (conservantes, aromatizantes,
acidulantes, edulcorantes), dos fertilizantes e agrotóxicos.
Conteúdos Básicos
- Matéria
- Solução
- Velocidade das Reações
- Equilíbrio Químico
- Ligação Química
- Reações Químicas
- Radioatividade
- Gases
- Funções Químicas
Encaminhamento Metodológico
A Química estando ligada diretamente a vida terá sempre um papel essencial na
formação do aluno. Cabe ao professor através das mais variadas atividades, como:
pesquisas, debates, atividades em grupos, trabalho com tabelas periódicas, aulas de
laboratório, recursos audiovisuais e outros, colocar o aluno em contato com essa ciência
que estuda os materiais, suas constituições e transformações, levando sempre em conta
que temos em uma mesma sala alunos de origens e saberes diferentes e que devemos
levar isso em consideração na hora de aplicar qualquer metodologia.
Será abordado também dentro do conteúdo, a Cultura e História Afro- Brasileira,
História e Cultura dos povos Indígenas, Educação Ambiental , além de práticas
pedagógicas que abordem a Educação do Campo, mantendo uma relação dialógica em
sala de aula, para que o aluno possa desenvolver senso crítico.
Avaliação
A avaliação em química terá como principal critério a formação de conceitos
científicos, em um processo de construção e reconstrução de significados. Será de forma
processual e formativa. Como instrumento de avaliação serão utilizados provas teóricas e
práticas, debates, trabalhos em grupos e individuais, interpretação da tabela periódica,
pesquisas bibliográficas, relatórios para atender a diversidade que temos em uma sala de
aula.
O professor deverá observar o nível em que o aluno se apresenta para acompanhar
seu desenvolvimento, propiciar a ele oportunidade de desempenho mais eficiente acerca
do processo ensino-aprendizagem, o professor deverá utilizar os resultados para detectar
as dificuldades e direcionar a prática didático-pedagógica para uma recuperação de
conteúdos significativos.
A recuperação dar-se-á no decorrer de todo processo ensino-aprendizagem,
buscando métodos variados de acordo com as necessidades dos alunos, para que eles
possam desenvolver o senso crítico, adquirindo a competência de questionar o outro, o
mundo e a si mesmo.
Referências
MACEDO e CARVALHO. Química. Vol. U. São Paulo: IBEP
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Educação do Campo.
v.2 Curitiba:SEED/PR, 2009.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Química para a
Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro
Didático Público de Química. Curitiba: SEED-PR, 2006.
PERUZZO e CANTO. Química. Vol. U. São Paulo: Moderna. QUÍMICA. Vários autores.
Curitiba: SEED - PR, 2006.
SARDELLA, Química. São Paulo: Ática, Volume único, 2000.
USBERCO e SALVADOR. Química Essencial. Vol. U. São Paulo: Saraiva
SOCIOLOGIA
Apresentação Geral da Disciplina
A Sociologia estuda os fenômenos sociais no espaço e no tempo, contemplando
as relações sociais construídas historicamente.
A escola como um todo, deverá preocupar-se em levar a prática da disciplina de
Sociologia no sentido de que o educando entenda que ele é o sujeito e com ele interage
em seu contexto social, político, econômico e cultural, compreendendo suas
possibilidades de intervenção na realidade. Construindo, dessa forma uma educação
histórica e crítica com possibilidade para formação humanística. O aluno deverá sentir-se
no centro desse movimento, dessa dinamicidade social, como sujeito do processo, mas
com a perspectiva de intervenção.
O importante é tentar problematizar sempre. Partir de situações problemáticas
significa construir o conhecimento, partir da prática social do aluno, do cotidiano da
comunidade no qual está inserido.
O ensino de Sociologia deverá possibilitar o resgate de saberes já construídos
pelos alunos, de modo que esse conhecimento subsidie ou alavanque a tessitura de
outros, que possam desvelar a trama das relações sociais onde os sujeitos se inserem.
Isso, partindo do pressuposto que é salutar considerar os postulados dos “pensadores” do
passado, para apresentar a construção do processo de uma nova ciência a partir das
necessidades de uma determinada época. Pois, os conhecimentos que até então se têm,
não dão conta de responder ou se tornaram incapazes de auxiliar as pessoas a
compreenderem o que está acontecendo. Diante disso, as discussões desses clássicos
são fundamentais para alicerçar a compreensão dos conteúdos utilizados pela explicação
sociológica.
Nesse sentido, a sala de aula e a escola são espaços onde experiências são
trocadas e vemos ser estabelecidos novos espaços de confronto da diferença, por isso a
discussão sobre a cultura é fundamental.
Os conteúdos estruturantes, possibilitarão a compreensão da dinâmica da vida
social que cercam os indivíduos, sejam eles econômicos, de direitos, de questionamentos
sobre a vida social e política, de organização estrutural da sociedade e até mesmo em
relação a outros países.
Objetivos:
- Inserir o aluno como sujeito social estabelecendo relações com os demais
membros da sociedade;
- Tornar o aluno um ser crítico e pensante, capacitado para buscar informações que
lhe auxiliem na transformação da realidade existente;
- Consolidar e articular experiências e conhecimentos apreendidos como
fragmentados, parciais e ideologizados, a experiências e conhecimentos
apreendidos como totalidades complexas procurando dar um tratamento teórico
aos problemas postos pela pratica social capitalista, como as desigualdades
sociais e econômicas, a exclusão imposta pelas mudanças no mundo do trabalho,
as conflituosas relações sociedade - natureza, a negação da diversidade cultural;
- Reconstruir dialeticamente o conhecimento que o aluno do Ensino Médio já dispõe
no despertar da consciência das determinações históricas, na capacidade de
intervenção e transformação da pratica social.
Conteúdos
Conteúdos estruturantes:
- O surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas.
- Processo de socialização e as instituições sociais
- Cultura e Indústria cultural
- Trabalho, produção e classes sociais.
- Poder, política e ideologia.
- Direitos, cidadania e movimentos sociais.
1ª Série
228
Conteúdos Estruturantes:
- O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas;
- Processo de socialização e as instituições sociais;
- Trabalho, produção e classes sociais.
O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas
Conteúdos Básicos:
- Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento
social;
- Teorias sociológicas – August Comte, Emile Durkheim, Marx Weber, Karl Marx;
- Pensamento social brasileiro.
O processo de Socialização e as Instituições Sociais
Conteúdos Básicos:
- Processo de socialização;
- Instituições sociais: familiares, escolares, religiosas e de reinserção social (prisões,
manicômios, educandários, asilos, etc);
Trabalho, Produção e Classes Sociais
Conteúdos Básicos:
8.61O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
8.62Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;
8.63Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
8.64Globalização e Neoliberalismo;
8.65Relações de trabalho;
8.66Trabalho no Brasil.
2ª Série
Conteúdos Estruturantes:
- O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas;
- Poder, Política e Ideologia;
- Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
229
O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas
Conteúdos Básicos:
- Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social;
- Teorias sociológicas – August Comte, Emile Durkheim, Marx Weber, Karl Marx;
- Pensamento social brasileiro.
Poder, Política e Ideologia
Conteúdos Básicos:
- Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
- Democracia, autoritarismo e totalitarismo;
- Estado no Brasil;
- Conceitos de poder, de ideologia, de dominação e legitimidade;
- As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais
Conteúdos Básicos:
- Direitos: civis, políticos e sociais;
- Direitos Humanos;
- Conceito de cidadania;
- Movimentos Sociais;
- Movimentos Sociais no Brasil;
- A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
- A questão das ONG’s.
3ª Série
Conteúdo Estruturante Cultura e
Indústria Cultural
Conteúdos Básicos: Cultura e
Indústria Cultural
8.53Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na
análise das diferentes sociedades;
8.54Diversidade cultural, cultura afro-brasileira e culturas indígenas;
8.55Identidade, relações de gênero;
- Indústria cultural;
- Meios de comunicação de massa;
- Sociedade de consumo;
- Indústria cultural no Brasil.
OBS: O conteúdo: O conteúdo “Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas”
estará presente em todas as séries. O professor articulará os momentos históricos mais
relevantes para discussão dos conteúdos anuais, bem como, quais os conceitos mais
importantes dos teóricos clássicos que podem ser utilizados nas discussões propostas
para o ano.
Encaminhamento Metodológico
O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas
O importante é buscar articular estes momentos históricos com o
desenvolvimento do pensamento social. Quais são as mudanças significativas na forma
de pensar, entender e explicar o mundo a partir destes momentos e como isto reflete na
organização das relações sociais e mesmo na produção teórica do pensamento social e
como estes autores propõem solucioná-las por meio de suas teorias. Apontar como a
forma de organização do pensamento científico, que hoje tomamos como natural, está
sendo reforçada pela orientação positivista dada pela teoria comtiana e, quais elementos
de diálogo entre a teoria de Comte e Durkheim. Em Durkheim, ao trabalhar com seus
conceitos, é preciso tornar claro com quem o autor está dialogando, quais questões ele
busca responder, qual sua forma de entender a sociedade, e portanto, quais caminhos ele
aponta para sua transformação. O mesmo vale para Max Weber e Marx. O professor
ressaltará que, Marx, ao contrário dos outros dois autores, não está preocupado em
construir e legitimar uma nova ciência, mas em explicar o capitalismo, apontando sua
superação.
Pensamento social brasileiro – entre os diversos autores apontados, serão
escolhidos aqueles considerados importantes para o professor, bem como o trabalho com
os conceitos e teorias explicativas desenvolvidas por estes autores, apontando com quem
estes autores dialogam, qual a relevância desta obra no cenário nacional, como eles
pensam a sociedade, que propostas apresentam para solução das problemáticas
apontadas (quando isto estiver presente na obra). Alguns autores sugeridos: Gilberto
Freyre, Oliveira Viana, Sérgio Buarque de Holanda, Florestan Fernandes, Antônio
Candido, Octavio Ianni, Francisco Weffort, José de Souza Martins, Fernando Henrique
Cardoso, dentre outros
O Processo de Socialização e as Instituições Sociais – Instituições familiares/
instituições escolares Instituições religiosas/ instituições de reinserção – o professor
trabalhará de maneira a não apresentar as instituições de forma a-históricas, metafísicas
ou naturalizadas. É preciso que se desenvolva o olhar crítico, apresentando os processos
históricos que articulam as mudanças internas a estas instituições. Desta forma, não
importa quais destes conteúdos específicos estejam sendo mobilizados, mas que eles
possam ser trabalhados de maneira a propiciar a compreensão da função social destas
instituições.
Trabalho, Produção e Classes Sociais - O professor apresentará aos educandos outras
formas de pensar e organizar o trabalho além da capitalista, ao fazer isto poderá articular
esta discussão com a das várias formas de desigualdades sociais que estão presentes
em outras sociedades, desta forma, desmistificando a ideia de que as sociedades
capitalistas são as únicas onde existem desigualdades. O professor poderá trabalhar,
especificamente com a organização do trabalho nas sociedades capitalistas, apontando
assim, para as desigualdades específicas desta forma de organização do trabalho. O
professor poderá articular as discussões feitas acerca do modelo capitalista de produção
e a organização do trabalho com o cenário atual, ou seja, a globalização e o
neoliberalismo, mostrando como as relações de trabalho têm se alterado, voltando os
olhos para o Brasil, mostrando como isto se reflete no país, não esquecendo dos vários
cenários nacionais (entre eles campo/cidade), e como eles moldam a forma como se
organiza o trabalho, ainda que, estejamos todos, pautados pelo capitalismo.
Poder, Política e Ideologia - Será discutido o surgimento do estado moderno e suas
especificidades articulando isto às maneiras como ele tem se organizado e mobilizando
nestas análises os vários conceitos de política, ideologia, alienação, dominação e
legitimidade. A discussão será trazida para o cenário nacional, articulando os conteúdos
trabalhados analise então, o cenário nacional, pensando como o estado brasileiro tem se
organizado, quais suas especificidades. Ao final, o professor partirá da conceituação
weberiana sobre estado para iniciar a discussão sobre a violência. O cuidado é o de não
apresentar a discussão de violência atrelada diretamente à criminalidade, ao narcotráfico,
ou ao crime organizado, dificultando a percepção das outras formas que podem assumir a
violência cotidianamente.
Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais - Articular as discussões sobre (poder,
política e ideologia), com a construção de alguns elementos considerados a-históricos,
assim a discussão da construção dos direitos pode passar pela discussão da mobilização
social em busca de respostas para demandas específicas, desta forma, apontando desde
já para as discussões que fecharão o ano letivo. Será trabalhado num primeiro momento,
com a construção dos movimentos sociais modernos, deixando claro que, esta forma de
organização das demandas sociais, só é possível após a constituição dos estados
nacionais modernos. A partir daí, os professores apresentarão as várias formas como os
movimentos sociais têm-se organizado, trazendo a discussão, principalmente, para o
cenário nacional. Por fim a discussão dos problemas ambientais articulada aos
movimentos sociais e a redefinição das funções do estado pode fechar a discussão.
Cultura e Indústria Cultural - Será apresentado de forma resumida um panorama geral
dos debates em torno do conceito de cultura, sobre o desenvolvimento antropológico do
conceito de cultura e sua contribuição da análise das diferentes sociedades.
Estas discussões orientarão a elaboração da pesquisa de campo (isto ocorrerá
atendendo as especificidades de cada localidade). O professor pode articular estas
discussões com o resgate da antropologia brasileira; focando especificamente nas
comunidades indígenas e suas contribuições para compreensão de nossa própria
sociedade. Além disso, pode ser interessante aproveitar a reflexão em torno dos
conceitos de relativismo, etnocentrismo e alteridade para iniciar uma elaboração de roteiro
de pesquisa.
A partir dos conteúdos apresentados, é importante que o professor articule a
discussão acerca da construção da identidade na contemporaneidade, para além da
construção da identidade elaborada a partir dos estados nacionais. Articule a discussão
da identidade com a indústria cultural, de forma a entender as relações sociais que se
organizam neste cenário, possibilitando a problematização da construção de práticas
sociais que se pautam no consumo como forma de construção identitária. É importante
ainda que sejam problematizadas as categorias de hierarquização da produção cultural,
de forma que os alunos possam perceber como elas atuam para legitimar determinados
“campos” de produção cultural.
Avaliação
Espera-se que os alunos compreendam:
• - O processo histórico de constituição da Sociologia como ciência; •• Como as teorias clássicas relacionam-se com o mundo contemporâneo; •• Que o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos para a compreensão
da sociedade e dos indivíduos. •• Que os conceitos formulados pelo pensamento sociológico contribuem para
capacidade de análise e crítica da realidade social que os cerca.
• Que as múltiplas formas de se analisar a mesma questão ou fato social refletem a
diversidade de interesses existentes na sociedade. •• Identifiquem-se como ser eminentemente sociais; •• Compreendam a organização e a influência das instituições e grupos sociais em
seu processo de socialização e as contradições deste processo; •• Reflitam sobre suas ações individuais e percebam que as ações em sociedade são
interdependentes;
• Identifiquem e compreendam a diversidade cultural, étnica, religiosa, as diferenças
sexuais e de gênero presentes nas sociedades; •• Compreendam como cultura e ideologia podem ser utilizadas como formas de
dominação na sociedade contemporânea;
• Compreendam como o conceito de indústria cultural engloba os mecanismos que
transformam os meios de comunicação de massa em poderosos instrumentos de
formação e padronização de opiniões, gostos e comportamentos;
• Entendam o consumismo como um dos produtos de uma cultura de massa, que
está relacionada a um determinado sistema econômico, político e social.
• A diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história •• A sociedade capitalista e a permanência de formas de organização de trabalho
diversas a ela.
• As especificidades do trabalho na sociedade capitalista •• Que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja, não são
“naturais”, variam conforme a articulação e organização das estruturas de
apropriação econômica e de dominação política;
• As transformações nas relações de trabalho advindas do processo de globalização; •• Analisem e compreendam, de forma crítica, o desenvolvimento do Estado Moderno
e as contradições do processo de formação das instituições políticas;
• Analisem criticamente os processos que estabelecem as relações de poder
presentes nas sociedades.
• Compreendam e avaliem o papel desempenhado pela ideologia em vários
contextos sociais.
• Compreendam os diversos mecanismos de dominação existentes nas diferentes
sociedades.
• Percebam criticamente várias formas pelas quais a violência se apresenta e
estabelece na sociedade brasileira.
• Compreendam o contexto histórico da conquista de direitos e sua relação com a
cidadania;
• Percebam como direitos, que hoje se consideram “naturais”, são resultado da luta
de diversos indivíduos ao longo do tempo;
• Sejam capazes de identificar grupos em situações de vulnerabilidade em nossa
sociedade, problematizando a necessidade de garantia de seus direitos básicos;
• Compreendam as diversas possibilidades de se entender a cidadania; •• Compreendam o contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos sociais
em suas especificidades .
A avaliação em Sociologia perpassará todas as atividades relacionadas à
disciplina, pensada e elaborada de forma transparente e coletiva, ou seja, seus critérios
debatidos, criticados e acompanhados por todos os envolvidos no processo pedagógico.
Serão realizados através de relatórios de filmes, seminários, participação nas atividades
propostas e dirigidas.
Referências
AZEVEDO, F. de. A Cultura Brasileira. Parte III – A Transmissão da Cultura. Rio de Janeiro: E.UNB/ UFRJ 1996
CARDOSO, F.H. e Janni, O. O Homem e sociedade: leitura básica de Sociologia Geral. São Paulo: Nacional 1980.
CHARLOT, B. Relação com o saber, formação dos professores e globalização. Porto Alegre: Artmed. 2005
DURKHEIM, Emile. As Regras do Método Sociológico. São Paulo: Nacional, 1977.
GOMES, Candido. A. Educação em Perspectiva Sociológica. São Paulo: E.P.U. 1985
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA-ESPANHOL
Apresentação
O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo
escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social, política e
econômica ao longo da história. As propostas curriculares e os métodos de ensino são
instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a propiciar a
aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações.
Além do aspecto dinâmico do currículo e dos métodos, o Estado pode orientar
mudanças curriculares que se justificam pela atualização dos debates e produções
teórico-metodológicas e político-pedagógicas para a disciplina de Língua Estrangeira
Moderna. Desta maneira, a concepção de campo tem seu sentido cunhado pelos
movimentos sociais no final do século XX em referência à identidade e cultura dos povos
do campo, valorizando-os como sujeitos que possuem laços culturais e valores
relacionados a vida na terra. Assim, a compreensão de campo vai além de uma definição
juridica.
A partir do momento que começou-se a entender que a disciplina de Língua
Estrangeira deveria contribuir tanto para a formação do aprendiz quanto para o acesso ao
conhecimento e à reflexão sobre as civilizações estrangeiras e tradições de outros povos.
Isso explica por que o Espanhol passou a ser permitido oficialmente para compor o
currículo do curso secundário, uma vez que a presença de imigrantes da Espanha era
restrita no Brasil.
A Língua Espanhola, portanto, foi valorizada como Língua Estrangeira porque
representava para o governo um modelo de patriotismo e respeito daquele povo às suas
tradições e à história nacional. Tal modelo deveria ser seguido pelos estudantes. Assim, o
ensino de Espanhol passou a ser incentivado no lugar dos idiomas Alemão, Japonês e
Italiano, que, em função da Segunda Guerra Mundial, foram desprestigiados no Brasil.
Mesmo com a valorização do Espanhol no ensino secundário, destaca-se que o ensino
de Inglês teve espaço garantido nos currículos oficiais por ser o idioma mais usado nas
transações comerciais, enquanto o Francês era mantido pela sua tradição curricular.
Desta forma, entendemos que o trabalho pedagógico com a Língua Estrangeira
Moderna parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como instrumentos
de acesso à informação e também como possibilidades de conhecer, expressar e
transformar modos de entender o mundo e construir significados, pois a língua se
apresenta como espaços de construções discursivas, de produção de sentidos
indissociável dos contextos em que ela adquire sua materialidade, inseparável das
comunidades interpretativas que as constroem e são construídas por ela, para tanto, o
conhecimento de uma língua estrangeira colabora para a elaboração da consciência da
própria identidade do educando, já que ele consegue perceber-se como um sujeito
histórico e socialmente constituído.
Para Bakhtin (1988, 1992) as relações sociais ganham sentido pela palavra, sendo que a
sua existência só se concretiza no contexto real de sua enunciação, assim, a palavra está
sempre carregada de um conteúdo ou de um sentido ideológico ou vivencial.
Língua e cultura constituem um dos pilares da identidade do sujeito. Portanto, a língua
estrangeira pode ser propiciadora da construção das identidades dos sujeitos educandos
ao oportunizar o desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido pelas línguas
estrangeiras na sociedade brasileira e no panorama internacional, favorecendo
informações entre a comunidade local e planetária. A perspectiva da Educação do
Campo se articula a um projeto politico e economico de desenvolvimento local e
sustentável a partir da perspectiva dos interesses dos povos que nele vivem.
O Colégio Estadual Dr. Antonio Pereira Lima justifica a importância da implantação do
curso de Celem, Curso Básico de Língua Espanhola neste estabelecimento de ensino
mediante o exposto na proposta curricular e mediante as necessidades específicas da
comunidade escolar, principalmente devido à distância (25 km) até a sede do município,
observando ainda que parte dos alunos residem em chácaras e sítios aumentando ainda
mais a distância e as dificuldades de acesso a este curso.
JUSTIFICATIVA
O ensino da LEM na escola vem para atender as necessidades dos alunos do
Ensino Fundamental (séries finais) e médio, marcado por momentos históricos
significativos pelo atual contexto sócio econômico e cultural com intensas mudanças.
Através do LEM pretende-se que o aluno não apenas manipule estruturas e tenha
domínio formal da língua, mas que faça uso apropriado e significativo da linguagem em
seus vários contextos, direcionando a construção do conhecimento e a formação cidadã
e que a língua aprendida seja caminho para o reconhecimento e compreensão das
diversas linguisticas e culturais já existente e crie novas maneiras de construir sentidos
do e no mundo. Então, a leitura a oralidade e a escrita se configuram em discurso como
prática social e portanto, instrumento de comunicação.
Ao conhecer outras culturas e outras realidades o aluno passa a refletir mais sobre
a sua própria cultura e amplia sua capacidade de analisar o seu entorno social entre sua
forma de ser, agir, pensar e sentir, fatores que ajudarão no enriquecimento de sua
formação com novos paradigmas.
O CELEM é regido pela resolução nº 019/2008 que regulamenta e organiza a oferta
de ensino extracurricular e plurilinguística de LEM para alunos da rede Estadual de
Educação Básicas, matriculados no Ensino Fundamental (anos finais ) e no Ensino
Médio.
O LEM será ofertado em nosso estabelecimento de ensino, com duração de 02
(dois ) anos, com a carga horária anual de 160 ( cento e sessenta) horas/aula, perfazendo
um total de 320 (trezentos e vinte) horas/aula.
A carga horária semanal do LEM sera de 04 (quatro) horas/aula de 50 (cinquenta)
minutos.
OBJETIVOS
Tornar-se competente em línguas significa apropriar-se de um conjunto de
conhecimentos que revelam da língua, enquanto saber organizado e da cultura dos povos
que a utilizam, enquanto expressão da sua identidade; significa também ser capaz de
usar estratégica e eficazmente os recursos linguísticos disponíveis em situações de
comunicação, assim como refletir sobre o uso e funcionamento da língua, de modo a
desenvolver estratégias que garantam um processo contínuo de aprendizagem.
O percurso na aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas ao longo do
Ensino Básico requer modelos integradores de aprendizagens essenciais. Assim,
considera-se fundamental criar condições para que o aluno possa, nesse percurso, ir
construindo uma competência que, progressivamente, o estimule a implicar-se, com
renovada confiança, em cada etapa vencida.
O desenvolvimento dessas competências exige que para o aluno sejam
garantidas oportunidades de:
1. Contribuir para que tenha acesso a manifestações culturais de outros povos, para
que perceba as diferenças entre os usos, as convenções e os valores de seu grupo
social e os da comunidade que usa a língua estrangeira de forma crítica,
percebendo que não há cultura melhor que outra.
2. Identificar no universo que o cerca a LE como cooperadora no sistema de
comunicação, percebendo-se como parte integrante de um mundo multilíngue e
compreendendo o papel hegemônico que a Língua Espanhola desempenha neste
momento.
3. Utilizar-se de estratégias que lhe permitam satisfazer as exigências comunicativas.
4. Acompanhar a qualidade de seu desempenho e utilizar-se de recursos para
superação de dificuldades.
A capacidade de controlar a qualidade dos seus desempenhos e de utilizar
recursos de superação de dificuldades constituirá a chave, não só do sucesso do
grau de proficiência a ser atingido, mas também da sua formação posterior.
Entretanto, espera-se que o aprendizado nesta etapa dê ao aluno subsídios
suficientes para que seja capaz de compreender e ser compreendido na Língua
Estrangeira Moderna, de modo a vivenciar formas de comunicação que lhe
permitam perceber a importância deste conhecimento.
5. Compreender os significados social e histórico da língua e sua dimensão
transformadora da prática.
CONTEÚDOS
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social.
Gêneros Discursivos: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e
análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação.
Conteúdos Básicos: 1º ano
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera cotidiana de circulação:BilheteCarta pessoalCartão felicitaçõesCartão postalConviteLetra de músicaReceita culinária
Esfera publicitária de circulação:AnúncioComercial para radioFolderParódiaPlacaPublicidade Comercial
Slogan
Esfera produção de circulação:BulaEmbalagemPlacaRegra de jogoRótulo
Esfera jornalística de circulação:Anúncio classificadosCartumChargeEntrevistaHoróscopoReportagemSinopse de filme
Esfera artística de circulação:
AutobiografiaBiografia
Esfera escolar de circulação:CartazDiálogoExposição oralMapaResumo
Esfera literária de circulação:ContoCrônicaFábulaHistória em quadrinhosPoema
Esfera midiática de circulação:Correio eletrônico (e-mail)Mensagem de texto (SMS)TelejornalTelenovelaVideoclipe
PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade
Fatores de textualidade centradas no leitor:· Tema do texto; · Aceitabilidade do texto;· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de mundo;· Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;· Adequação do discurso ao gênero; · Turnos de fala;· Variações linguísticas. Fatores de textualidade centradas no texto:· Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;· Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);· Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura
Fatores de textualidade centradas no leitor:· Tema do texto;· Conteúdo temático do gênero;
· Elementos composicionais do gênero;· Propriedades estilísticas do gênero;· Aceitabilidade do texto;· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de mundo;· Temporalidade; · Referência textual. Fatores de textualidade centradas no texto:· Intertextualidade;· Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);· Partículas conectivas básicas do texto.
PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita
Fatores de textualidade centradas no leitor:· Tema do texto;· Conteúdo temático do texto;· Elementos composicionais do gênero;· Propriedades estilísticas do gênero;· Aceitabilidade do texto;· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de mundo· Temporalidade; · Referência textual. Fatores de textualidade centradas no texto:· Intertextualidade;· Partículas conectivas básicas do texto;· Vozes do discurso: direto e indireto;· Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;· Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);· Acentuação gráfica;· Ortografia;· Concordância verbal e nominal.CONTEÚDOS ESTRUTURANTE: Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.
Objetivos:
• Identificar a influência da cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena na formação
das culturas dos povos de língua espanhola.
• Valorizar os traços culturais dos povos de origem africana e indígena.
• Resgatar a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política
pertinentes à história do Brasil.
Conteúdos Básicos:
• História da África e dos Africanos
• A luta dos negros no Brasil e América Latina.
• A cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional.
CONTEÚDOS BÁSICO – 2º ANO
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera cotidiana de circulação:
ComunicadoCurriculum VitaeExposição oralFicha de inscriçãoLista de comprasPiadaTelefonema
Esfera publicitária de circulação:AnúncioComercial para televisãoFolderInscrições em muroPropagandaPublicidade Institucional
Esfera produção de circulação:Instrução de montagemInstrução de usoManual técnicoRegulamento Esfera jornalística de circulação:Artigo de opiniãoBoletim do tempoCarta do leitorEntrevistaNotíciaObituárioReportagem
Esfera jurídica de circulação:Boletim de ocorrênciaContratoLeiOfícioProcuraçãoRequerimento
Esfera escolar de circulação:Aula em vídeoAta de reuniãoExposição oralPalestraResenhaTexto de opinião
Esfera literária de circulação:Contação de históriaContoPeça de teatroRomanceSarau de poemaEsfera midiática de circulação:Aula virtualConversação chatCorreio eletrônico (e-mail)Mensagem de texto (SMS)Videoclipe
PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade
Fatores de textualidade centradas no leitor:·Tema do texto; ·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo;·Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;·Adequação do discurso ao gênero; ·Turnos de fala;·Variações linguísticas. Fatores de textualidade centradas no texto:·Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;·Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);·Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura
Fatores de textualidade centradas no leitor:·Tema do texto;·Conteúdo temático do texto;·Elementos composicionais do gênero;·Propriedades estilísticas do gênero;·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo;
·Temporalidade; ·Referência textual. Fatores de textualidade centradas no texto:·Intertextualidade;·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);·Partículas conectivas básicas do texto;·Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas, números, substantivos próprios;·Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos.
PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita
Fatores de textualidade centradas no leitor:·Tema do texto;·Conteúdo temático do texto;·Elementos composicionais do gênero;·Propriedades estilísticas do gênero;·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo;·Temporalidade; ·Referência textual. Fatores de textualidade centradas no texto:·Intertextualidade;·Partículas conectivas básicas do texto;·Vozes do discurso: direto e indireto;·Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;·Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);·Acentuação gráfica;·Ortografia;·Concordância verbal e nominal.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTE: Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.
Objetivos:
• Identificar a influência da cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena na formação
das culturas dos povos de língua espanhola.
• Valorizar os traços culturais dos povos de origem africana e indígena.
• Resgatar a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política
pertinentes à história do Brasil.
Conteúdos Básicos:
• História da África e dos Africanos
• A luta dos negros no Brasil e América Latina.
• A cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O trabalho com a língua estrangeira em sala de aula, a partir do entendimento do
papel das línguas na sociedade é mais que meros instrumentos de acesso a informação.
O aprendizado de línguas estrangerias são também possibilidades de conhecer expressar
e transformar modos de entender o mundo e construir significados. Dessa forma, que o
ensino de língua estrangeira se constitua por meio da compreensão da diversidade
linguística e cultural para que o aluno se envolva discursivamente e desenvolva as
práticas de leitura, escrita e oralidade levando em conta seu conhecimento prévio.
A utilização de diferentes gêneros textuais para que o aluno identifique as
diferenças estruturais e funcionais a autoria e a que público se destina. As estratégias
metodológicas para que o aluno conheça novas culturas e que não há uma cultura melhor
que a outra mas sim diferentes.
A exploração de vários recursos como aulas expositivas e dialogadas, trabalhos em
grupo, produção escrita e produção oral de forma interativa em busca de melhores
resultados na aprendizagem. Para isso materiais como livro didático, dicionário, livro
paradidático, vídeo, CD, DVD, CDROM, internet, TV multimídia serão utilizados para
facilitar o contato e a interação com a língua e a cultura.
Para tanto, serão utilizadas as metodologias abaixo relacionadas:
- Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;
· Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;
· Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;
· Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em
seu uso formal e informal;
· Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre os
diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como:
entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;
Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
· Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;
· Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
· Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como:
gráficos, fotos, imagens, mapas;
· Socializar as ideias dos alunos sobre o texto;
Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero,
da finalidade;
Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
· Acompanhar a produção do texto;
·Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (ideias), dos
elementos que compõem o gênero;
·Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática, à
finalidade, adequação da linguagem ao contexto;
· Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
· Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência
textual;
· Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;
· Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.
Nas metodologias aplicadas, deve-se levar em consideração quais os saberes que
o educando traz e quais ele vai adquirir, em busca dessa interação as habilidades da LEM
são vistas como plurais, complexos e dependentes de contextos específicos. As
metodologias devem, portanto, vir de encontro com as necessidades regionais, levando o
educando a criar seu próprio conhecimento: um aprendizado que leve em conta a sua
realidade e lhe traga novas perspectivas de vida.
AVALIAÇÃO
A avaliação na aprendizagem necessita para cumprir o seu verdadeiro significado,
assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida. Depreende-
se, portanto que a avaliação da aprendizagem da língua estrangeira precisa superar a
concepção do mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, visto que ela
se configura como processual e como tal, objetiva subsidiar discussões a cerca das
dificuldades e avanço dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no processo de
ensino aprendizagem.
Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos alunos na construção do
significado nas práticas discursivas sera a base para o planejamento das avaliações ao
longo do processo de aprendizagem. Sendo assim, a avaliação será diagnóstica,
somativa e cumulativa. A avaliação da aprendizagem será um processo constante tendo
medida de observação no desempenho nas atividades propostas que serão analisadas e
consideradas como subsídios.
Para a avaliação do desempenho dos alunos levar-se-á em consideração os
objetivos propostos no Regimento Escolar, bem como do Projeto Político Pedagógico da
Escola e serão utilizados os seguintes instrumento: provas, trabalhos individuais e em
grupos, produção de textos orais e escritos que demonstram capacidade de articulação
entre teoria e prática, com o objetivo maior que o aluno atinja as seguintes expectativas:
·Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);
· Apresente suas ideias com clareza, coerência;
· Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;
·Organize a sequência de sua fala;
·Respeite os turnos de fala;
·Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
·Exponha seus argumentos;
·Compreenda os argumentos no discurso do outro;
· Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua
materna);
- Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições
orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.
· Realize leitura compreensiva do texto;
· Identifique o conteúdo temático;
·Identifique a ideia principal do texto;
· Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
· Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;
· Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido
conotativo e denotativo;
· Análise as intenções do autor;
· Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
·Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência
textual;
·Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos
culturais.
·Expresse as ideias com clareza;
· Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:
às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);
à continuidade temática;
· Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
· Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;
· Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo,
pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;
·Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em
conformidade com o gênero proposto;
· Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados
aos gêneros trabalhados;
· Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.
A recuperação para o aluno que não atingir resultados satisfatório se dará por meio
de recuperação de conteúdo
A expressão dos resultados da avaliação será feita conforme o previsto no
Regimento |Escolar, e a média anual corresponderá a média aritmética dos resultados
dos bimestres, conforme o que segue:
Média Anual (MA) = 1º B. + 2º B. + 3º B. + 4º B.
____________________________ = 6,0
4
Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente inseridos
no sistema informatizado para fins de registro de documentação escolar.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.
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aula. São Paulo: Parábola, 2004.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Parecer n.
04/98,de 29 de janeiro de 1998. Diretrizes curriculares nacionais para o ensino
fundamental. Relatora Conselheira: Regina Alcântara de Assis. Diário Oficial da União,
Brasília, p.31, 15 abr. 1998.
BRASIL. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
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BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
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WILLIAMS, R. La larga revolución. Buenos Aires: Nueva Visión, 2003.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS Apresentação Geral da Disciplina
Desde o início da colonização houve a preocupação de se promover educação E
aos Jesuítas coube a responsabilidade de evangelizar e ensinar o Latim. Com a chegada
da Família Real (1808), criou-se as cadeiras de Inglês e Francês com objetivo de
melhorar a instrução pública e de atender também às necessidades de escolarização dos
filhos dos imigrantes europeus, que lutavam pela preservação de sua cultura, construindo
e mantendo escolas para seus filhos.
Mesmo com a valorização de outras línguas estrangeiras o Inglês teve seu espaço
garantido nos currículos oficiais por ser o idioma mais usado nas transações comerciais, e
também pela dependência econômica e cultural com os Estados Unidos após a 2a Guerra
Mundial.
O conteúdo de Língua Estrangeira visa atingir fins comunicativos, oportunizando aos
alunos aprendizagem que ampliem as possibilidades de ver o mundo, de avaliar os
paradigmas já existentes. O ensino de Língua Estrangeira e seu uso pelos alunos
permitem aos mesmos perceberem-se como parte integrante das sociedades
contemporâneas, que não podem sobreviver isolados. É fundamental que se relacionem,
atravessem fronteiras geopolíticas e culturais, participem ativamente desse mundo em
que vivem fazendo uso da língua que estão aprendendo em situações significativas.
O mundo globalizado exige que a oferta de Língua Estrangeira seja para o aluno
mais uma ferramenta a ser utilizada na conquista de sua cidadania, colaborando no
aperfeiçoamento do seu potencial de leitor, escritor e agente transformador da sociedade.
O Inglês é ensinado para que os alunos conheçam e compreendam a diversidade
linguística e cultural existente no mundo, sendo percebido como um instrumento de
comunicação e de interação social, permitindo que os mesmos possam perceber as
possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vivem.
No mundo atual, o inglês tem sofrido uma significativa expansão, fato que se deve
principalmente a modernização e informatização (internet), o que tem despertado um
interesse ainda maior pela língua inglesa, pois a cada dia fica constatado que está “mais”
urgente saber inglês.
São muitas as atividades que contribuem para o desenvolvimento da prática dos
grandes eixos da língua inglesa: leitura, oralidade e escrita através de jornais, livros,
revistas, mercados, shoppings, etc.
É de suma importância que o ensino de língua estrangeira esteja articulado com as
demais disciplinas, sempre de forma dinâmica e criativa.
Não podemos deixar de lembrar que a Língua Estrangeira também tem o importante
papel de formar cidadãos críticos, contribuindo assim para a construção de mundos
sociais.
Objetivos:
- Entender a língua em situações de comunicação oral e escrita;
- Compreender a diversidade linguística e cultural, bem como os seus benefícios para o
desenvolvimento cultural do país;
- Conscientizar-se dos conhecimentos de Língua Estrangeira que já possui como
participante de um mundo globalizado;
- Compreender que o significado é social e historicamente construídos e, portanto
passíveis de transformação na prática social;
- Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
- Conhecer no universo que o cerca a Língua Estrangeira que opera no sistema de
comunicação percebendo-se como parte integrante de um mundo plurilíngue e
compreendendo o papel hegemônico que algumas línguas desempenham em
determinado momento histórico;
- Adquirir consciência linguística e consciência crítica dos usos que se fazem da Língua
Estrangeira que estão aprendendo;
- Ampliar suas possibilidades de ver o mundo e avaliar os paradigmas já existentes;
- Promover a comunicação com e em diferentes formas discursivas materializadas em
diferentes tipos de textos;
- Transferir os conhecimentos adquiridos para produções orais e escritas;
- Propiciar o uso da língua estrangeira de forma interativa.
Conteúdos:
6o Ano
Gêneros Discursivos
História em quadrinho, piada, poemas, exposição oral (diálogos), comercial de TV, diário,
quadrinhas, bilhetes, fotos, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz, lista de compras,
avisos, música.
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Conteúdos Básicos:
Leitura
- Identificação do tema;
- Intertextualidade;
- Intencionalidade;
- Léxico;
- Coesão e coerência;
- Funções das classes gramaticais no texto;
- Elementos semânticos;
- Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
- Variedade linguística / Ortografia.
Escrita
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Intencionalidade do texto;
- Intertextualidade;
- Condições de produção;
- Informatividade;
- Léxico, coesão e coerência;
- Funções gramaticais no texto;
- Elementos semânticos;
- Recursos estilísticos: figuras de linguagem;
- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
- Variedade linguística/
- Ortografia.
Oralidade
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
- Pronúncia.
Conteúdos Específicos:
− Greetings;
− The English alphabet;
− Verb “to be” – affirmative, interrogative and negative forms, short and long answers;
− Possessive adjectives;
− Numbers: 0 to 100;
− Plural of nouns;
− Prepositions;
− Interrogative words: where, who, what, how old, how many;
− Definite and indefinite articles;
− Demonstrative words: this/that/these/those;
− Question tag;
− There is/there are;
− Some and any;
− Imperative (affirmative and negative forms);
− Present Progressive Tense.
− Vocabulary: greetings, family, occupations, colors, animals, school, fruit, parts and
objects of the house, school objects, food.
7o Ano
Gêneros Discursivos
Entrevista, notícia, tiras, textos midiáticos, propaganda, charges, provérbios, diário,
cartoon, narrativa, horóscopo, música, e-mail, etc.
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Conteúdos Básicos:
Leitura
- Identificação do tema;
- Intertextualidade;
- Intencionalidade;
- Léxico;
- Coesão e coerência;
- Funções das classes gramaticais no texto;
- Elementos semânticos;
- Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
- Variedade linguística/ Ortografia.
Escrita
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Intencionalidade do texto;
- Intertextualidade;
- Condições de produção;
- Informatividade;
- Léxico, coesão e coerência;
- Funções gramaticais no texto;
- Elementos semânticos;
- Recursos estilísticos: figuras de linguagem;
- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
- Variedade linguística/
- Ortografia.
Oralidade
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Pronúncia.
Conteúdos Específicos:
− Review – personal pronouns, verb to be;
− Possessive pronouns;
− Interrogative words;
200
− There is/there are;
− Cardinal and ordinal numbers;
− Possessive case;
− What time?
− Prepositions – time and place;
− Can and can't;
− Abilities and occupations;
− Simple present and 3a person – affirmative, interrogative and negative;
− Plural of nouns;
− Why and because;
− Countable and uncountable nouns;
− How many...? How much...?
− Adverbs of frequency: always, usually, often, sometimes, never;
− Position of adjectives – questions with - What ..... like;
− Future with “going to”;
− Woud like ......
− Vocabulary: parts and objects of the house, school objects, colors, family, occupations,
actions, months of the year, countries and nationalities, days of the week, the human
body,
food.
8o Ano
Gêneros Discursivos
Fábulas, reportagem, slogan, sinopse de filme, textos midiáticos, anúncio publicitário,
outdoor, blog, e-mail, música, etc.
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Conteúdos Básicos:
Leitura
- Identificação do tema;
- Intertextualidade;
- Intencionalidade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Léxico;
- Coesão e coerência;
- Funções das classes gramaticais no texto;
- Elementos semânticos;
- Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
- Variedade linguística/
- Ortografia.
Escrita
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Intencionalidade do texto;
- Intertextualidade;
- Condições de produção;
- Informatividade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Léxico, coesão e coerência;
- Funções gramaticais no texto;
- Elementos semânticos;
- Recursos estilísticos: figuras de linguagem;
- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
- Variedade linguística/
- Ortografia.
Oralidade
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
- Adequação da fala do contexto;
- Pronúncia.
Conteúdos Específicos:
− Review: simple present tense, future with “going to”, modal verb “can”, interrogative
words: what, who, where, how old, what time, why;
− Possessive adjectives x possessive pronouns;
− Interrogative words: whose; what, who, where, how old, what time, why;
− Simple Past Tense – regular and irregular verbs;
− There was/there where;
− Directions;
− Cardinal numbers;
− Reading years;
− Question tag;
− Also/too, either;
− Past Progressive Tense;
− Some, any, no and their derivatives;
− Future with “will”.
9o Ano
Gêneros Discursivos
Reportagem oral e escrita, textos midiáticos, histórias de humor, músicas, charges,
entrevistas, depoimentos, narrativa, imagens, blog, e-mail, anúncio, filmes, slogan, etc.
8.9.2.1 Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
8.9.2.2 Conteúdos Básicos:
Leitura
- Identificação do tema;
- Intertextualidade;
- Intencionalidade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Léxico;
- Coesão e coerência;
- Funções das classes gramaticais no texto;
- Elementos semânticos;
- Discurso direto e indireto;
- Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
- Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
- Variedade linguística/
- Ortografia.
Escrita
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Intencionalidade do texto;
- Intertextualidade;
- Condições de produção;
- Informatividade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Discurso direto e indireto;
- Léxico, coesão e coerência;
- Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
- Funções gramaticais no texto;
- Elementos semânticos;
- Recursos estilísticos: figuras de linguagem;
- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
- Variedade linguística/
- Ortografia.
Oralidade
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
- Adequação da fala do contexto;
- Pronúncia.
Conteúdos Específicos:
- Simple Past Tense;
- There was/there were;
- Past Progressive Tense;
- Future with “will”;
- Reflexive pronouns;
- Some, any (special cases);
- Comparison of adjectives: the simple degree and the comparative degree;
- The superlative degree;
- Present Perfect Tense;
- Present Perfect Tense x Simple Past Tense;
- Can, may, should, must;
- If clauses;
- Relative pronouns: who, which, that, whose;
- Relative adverb: where.
Ensino Médio
1a Série
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Conteúdos Básicos:
Leitura
Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-brasileira e africana
- Leitura de rótulos;
- Leitura de logomarcas;
- Leitura de palavras e expressões do contexto midiático;
- Leitura de palavras e expressões do contexto da informática e outras áreas
tecnológicas;
- Palavras e expressões do contexto da interação social;
- Leitura de letras de músicas diversas;
- Leitura de textos diversos adequado às séries;
- Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e filmes
Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento de prática
avaliativa
- Conto;
- Dramatização;
- Teatro;
- Leitura oral de textos diversos;
- Repetição oral de enunciados.
Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do discurso.
Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com os conteúdos
específicos.
- Produção de desenhos;
- Produção de charges;
- Produção de cartazes;
- Elaboração de frases curtas;
- Produção de textos diversos adequados às séries.
Conteúdos Específicos:
− Greetings;
− Verbs: to be/there to be/to have;
− Articles: the/a/an;
− Demonstratives: this/these/ that/those;
− Numbers ( cardinal and ordinal )
− Hours;
− Imperative mode;
− Quantifers;
− Immediate Future;
− Present Progressive Tense;
− Simple Present Tense;
− Months of the year;
− Seasons of the year;
− Days of the week;
− Interrogative words – who/what/when/how/how old/how many/how much/why
− Prepositions;
− Plural of nouns;
− Texts : reading , comprehension and translation.
2a Série
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Conteúdos Básicos:
Leitura
Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-brasileira e africana
- Leitura de rótulos;
- Leitura de logomarcas;
- Leitura de palavras e expressões do contexto midiático;
- Leitura de palavras e expressões do contexto da informática e outras áreas
tecnológicas;
- Palavras e expressões do contexto da interação social;
- Leitura de letras de músicas diversas;
- Leitura de textos diversos adequado às séries;
- Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e filmes
Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento de prática
avaliativa
- Conto;
- Dramatização;
- Teatro;
- Leitura oral de textos diversos;
- Repetição oral de enunciados.
Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do discurso.
Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com os conteúdos
específicos.
- Produção de desenhos;
- Produção de charges;
- Produção de cartazes;
- Elaboração de frases curtas;
- Produção de textos diversos adequados às séries.
Conteúdos Específicos:
Verbs: to be/there to be/to have;
Demonstratives: this/these/ that/those;
Numbers ( cardinal and ordinal )
Hours;
Quantifers;
Immediate Future;
Present Progressive Tense;
Simple Present Tense;
Interrogative words – who/what/when/how/how old/how many/how much/why
Regular and Irregular Verbs;
Simple Past Tense;
Prepositions;
Plural of nouns;
The Possessive Case
Texts : reading , comprehension and translation.
3a Série
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Conteúdos Básicos:
Leitura
Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-brasileira e africana
- Leitura de rótulos;
- Leitura de logomarcas;
- Leitura de palavras e expressões do contexto midiático;
- Leitura de palavras e expressões do contexto da informática e outras áreas
tecnológicas;
- Palavras e expressões do contexto da interação social;
- Leitura de letras de músicas diversas;
- Leitura de textos diversos adequado às séries;
- Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e filmes
Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento de prática
avaliativa
- Conto;
- Dramatização;
- Teatro;
- Leitura oral de textos diversos;
- Repetição oral de enunciados.
Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do discurso.
Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com os conteúdos
específicos.
- Produção de desenhos;
- Produção de charges;
- Produção de cartazes;
- Elaboração de frases curtas;
- Produção de textos diversos adequados às séries.
Conteúdos Específicos:
− Verbs: to be/there to be/to have;
− Numbers ( cardinal and ordinal )
− Hours;
− Quantifers;
− Immediate Future;
− Present Progressive Tense;
− Past Progressive Tense;
− Simple Present Tense;
− Interrogative words – who/what/when/how/how old/how many/how much/why
− Regular and Irregular Verbs;
− Simple Past Tense;
− Present Perfect Tense
− Relative Pronouns
− Plural of nouns;
− The Possessive Case
− Texts : reading , comprehension and translation.
O vocabulário será trabalhado em todas as séries de acordo com os conteúdos e
situações necessárias. As atividades escritas relacionadas a produções de textos, cartas,
sínteses, etc., acontecerão num crescente de acordo com o nível da série e turma.
Os conteúdos básicos: a oralidade, a leitura, a escrita e a prática da análise
linguística, serão trabalhados em todos os bimestres e serão contemplados também
nesses conteúdos os Desafios Educacionais:
- Cidadania e Direitos Humanos;
- Enfrentamento da Violência na Escola;
- Educação ambiental;
- Educação Fiscal;
- Educando para as Relações Étnico-Raciais;
- Prevenção ao uso indevido de drogas.
8.9.3 Encaminhamento Metodológico
Leitura
- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o léxico,
considerando os conhecimentos prévios dos alunos;
- Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
- Discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;
- Discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade,
informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;
- Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
- Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos,
fotos, imagens, mapas, e outros; relacionando o tema com o contexto atual;
- Socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
- Identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões
no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e
humor;
- Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir dos gêneros selecionados, de textos
produzidos pelos alunos e das dificuldades apresentadas pela turma.
- Leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros;
- Incentivo à percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência
entre as partes e elementos do texto.
Escrita
- Produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da
finalidade;
- Ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
- Produção do texto;
- Reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõe o
gênero;
- Analise da produção textual (coesão e coerência), se há continuidade temática, se
atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
- Acompanhamento e encaminhamento da reescrita textual: revisão dos argumentos das
ideias, dos elementos que compõe o gênero: observação - narrador, quem são os
personagens, tempo, espaço, se o texto remete a uma aventura, etc.);
- Análise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se
atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
- Utilização de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de
expressões que denotam ironia e humor;
- Reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
- Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir dos gêneros selecionados, de textos
produzidos pelos alunos e das dificuldades apresentadas pela turma.
Oralidade
- Organização das apresentações de textos produzidos pelos alunos, levando em
consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;
- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
- Apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso
formal e informal;
- Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos,
como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;
- Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de
desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.
– Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir dos gêneros selecionados, de textos
produzidos pelos alunos e das dificuldades apresentadas pela turma.
–
Recursos Didáticos/Tecnológicos:
− Livro didático;
− Textos autênticos;
− Dicionários;
− Filmes;
− DVDs;
− CDs de músicas;
− Aparelho de CD;
− Caça-palavras, palavras cruzadas e outros;
− TV Multimídia;
− Computador;
− Internet;
− PENDRIVE;
− Atividades extras em folhas;
− Apresentação dos conteúdos com auxílio de cartazes, cartões, gravuras. Jogos e
atividades lúdicas.
Avaliação:
Critérios de avaliação:
LEITURA
É importante que:
- Identifique o tema;
- Realize leitura compreensiva do texto;
- Localize informações explícitas e implícitas no texto;
- Posicione-se argumentativamente;
- Amplie seu horizonte de expectativas;
- Perceba o ambiente em que circula o gênero;
- Amplie seu léxico;
- Identifique a ideia principal do texto.
- Analise as intenções do autor;
- Deduza dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
- Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ ou expressões no sentido
conotativo e denotativo.
Escrita
Espera-se que o aluno:
- Expresse as ideias com clareza;
- Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: às
situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...), à continuidade
temática;
- Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal: use recursos textuais como
coesão e coerência, informatividade, etc;
- Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo,
pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.
- Empregue palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de
expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto.
Oralidade
Espera-se que o aluno:
- Utilize do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
- Apresente suas ideias com clareza, coerência,mesmo que na língua materna;
- Compreenda os argumentos no discurso do outro;
- Exponha seus argumentos;
- Organize a sequência de sua fala;
- Respeite os turnos de fala;
- Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações
e/ou nos gêneros orais trabalhados;
- Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua
materna.
- Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação
nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;
- Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem, entre outros.
Instrumentos de avaliação:
Os instrumentos que serão utilizados para verificar os avanços e dificuldades dos
alunos serão:
- Participação em sala de aula, interesse, dinamismo e interação verbal;
- Trabalho em sala, em grupos e, ou individuais;
- Resolução de exercícios propostos pelo professor em sala de aula e em casa.
- Avaliação escrita.
- Interação dos alunos com o material didático.
- Exercícios orais.
- Pesquisas.
Referências:
AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elisabeth. Simplified Grammar Book. São Paulo: Moderna,
2001.
AUN, E. et al. Get together: at the new English point. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
FERRARI, M. T.; RUBIN, S. G. English clips. São Paulo: Scipione, 2001.
FERRARI, Mariza; RUBIN, Sarah G. Inglês para o ensino médio: volume único – Série
Parâmetros. São Paulo: Scipione, 2002.
MARQUES, A.; TAVARES, K. New password: read and learn. São Paulo: Ática, 2002.
MARQUES, Amadeu. Inglês: volume único – Série Novo Ensino Médio, São Paulo: Ática,
2002
MORINO, E.; FARIA, R. Start up. São Paulo: Ática, 2004.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua
Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica.
Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro
Didático Público de Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED-PR, 2006.
ROCHA, A. M.; FERRARI, Z. Take your time. São Paulo: Moderna, 2000.
SIQUEIRA, R. Magic reading. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1997.
VIEIRA, M. R.; AMORIM, C. Expedition. São Paulo: FTD, 2004.