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COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTONIO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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CASA FAMILIAR RURAL DE PINHÃO (Centros Familiares de Formação por Alternância – CEFFA’s)

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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

2008-2010

PINHÃO – PARANÁ JULHO - 2008

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO 2005 – 2007 - COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTONIO

Lançando Objetivos! Colhendo Ideais!

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DADOS CADASTRAIS

NRE: GUARAPUAVA

Município: PINHAO

Dependência Administrativa: ESTADUAL

Nome: COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTONIO – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

Sistema: SERIADO SEMESTRAL

Endereço: RUA SETE DE SETEMBRO Número: 58

Bairro: LINDOURO

Cidade: PINHÃO - PARANÁ

Zona: URBANA

CEP: 85170-000

Fone: (042) – 36773970

Fax: (042) 36771286

Home-page: www.phosantoantonio.seed.pr.gov.br

E-mails: [email protected]

[email protected]

NRE: GUARAPUAVA

Município: PINHAO

Nome: CASA FAMILIAR RURAL DE PINHÃO – CENTROS FAMILIARES DE

FORMAÇÃO POR ALTERNÂNCIA – CEFFA’s

Sistema: SERIADO SEMESTRAL / PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA

Endereço: RODOVIA 170 – CENTRO DE PRODUÇÃO

Cidade: PINHÃO - PARANÁ

Zona: URBANA

CEP: 85170-000

Fone: (042) – 36771286

E-mails: [email protected]



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ATOS OFICIAIS

ENSINO FUNDAMENTAL

Autorização de Funcionamento do Estabelecimento

Resolução 5570/1986 DOE 15/01/1987

Reconhecimento do Curso Resolução 2046/1990 DOE 08/08/1990 Renovação do Reconhecimento Resolução 428/2002 DOE 26/03/2002 Renovação do Reconhecimento Resolução 3863/2006 DOE 31/08/2006

CFR - Casa Familiar Rural de Pinhão

CEFFA’S - Centros Familiares de Formação por Alternância.

ENSINO MÉDIO

Autorização de Funcionamento do Estabelecimento

Resolução 2522/1999 DOE 07/07/1999

Reconhecimento do Curso Resolução 2763/2002 DOE 16/09/2002 Renovação do Reconhecimento Resolução 1579/2007 DOE 20/04/2007



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EQUIPE ADMINISTRATIVA - 2006 LUCIANE TEREZINHA FERREIRA RIBEIRO DIRETORA – MANHÃ E TARDE ALEXANDRO MUHLSTEDT DIRETOR AUXILIAR - NOITE

ELIANE APARECIDA PEREIRA RAZERA SECRETÁRIA – MANHÃ E NOITE

EQUIPE PEDAGÓGICA - 2006 ALEXANDRO MUHLSTEDT PROFESSOR-PEDAGOGO - MANHÃ CLEUSA PEREIRA PROFESSORA-PEDAGOGA – TARDE E NOITE ELIZANGELA CAMARGO PROFESSORA-PEDAGOGA – NOITE LENI DO CARMO MACIEL PROFESSORA-PEDAGOGA - MANHÃ E TARDE

EQUIPE TÉCNICA- CASA FAMILIAR RURAL SANDRO NUNES CRUZ ENGENHEIRO-AGRÔNOMO - COORDENADOR DANIEL CHAVES TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA – MONITOR DEJANE INÊS VANIER BIÓLOGA E TÉCNICA EM AGROPECUÁRIA - MONITORA



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EQUIPE DOCENTE

2008 2008 LÍNGUA PORTUGUESA AMELIA KUNZ BRIGNONI ANA MARIA FERRARI MARILENE CHIQUITO TAVARES MARIA APARECIDA DE OLIVEIRA ANGÉLICA LOPES IDA IVONE MATEMÁTICA DIVANIR APARECIDA NUNES DOMINGUES EGLAIR LUSTOSA RIBAS ISOLETE RIBAS CALDAS MARIA ANGELA DE LIMA MARIA APARECIDA TESSEROLI ARIANE DO ROCIO OLIVEIRA CIÊNCIAS / QUÍMICA / FÍSICA / BIOLOGIA CLAUDIA MARIA CELSO JACOMO DO AMARAL JOAO ADIR MACHADO MIRIAN FRANCESCONI GEOGRAFIA LUCIANE T. FERREIRA RIBEIRO ROSEMARI SOLSKI SELMA DO BELEM CALDAS

HISTÓRIA DIVANIR DE F. DE CAMARGO STRUGAL EVANI CAMARGO ELAINE MELLOZI BARROS INGLÊS ANA LUIZA OLIVEIRA DE PAULA EDEVALDO DE OLIVEIRA GONÇALVES EDUCAÇÃO FÍSICA CLEMERSON BOEIRA DA ROCHA STELA SENDTKO GERALDO GROKOSKI ARTE / ARTES MURILO JOCOSKI JOSÉ CARLOS CORREIA JOSOEL MORAES FILOSOFIA JOSSELIS ZÊNIO ANTONICHEN SOCIOLOGIA MARCIA KURKSMARSKI



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EQUIPE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA – 2004 / 2006 ASSISTENTE DE EXECUÇÃO LYGIA MARIA VAZ PEREIRA

APOIO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO DANIELLE TOLEDO EYDAM ELIANE APARECIDA PEREIRA RAZERA ELIANE DAMAZIO KEITY GUIZONI MARINEZ FRANCESCONI PAULO ROBERTO TRATZ ROSEMARI DE RAMOS

AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS DOLOCY DA APARECIDA DE LARA DORALINA FERREIRA DA SILVA PIANOSKI DOROTY DA APARECIDA FERREIRA ELENIR FERREIRA MARCONDES CALDAS EUGENIA LITKA CALDAS LINEI MARIA DE LOURDES SANTOS CORREA MARIA DO BELEM ABREU MARIA TEREZINHA LEITE MARIZA DE LIMA SALETE APARECIDA CORREIA CASA FAMILIAR RURAL ODETE DA ROCHA OTILIA WOINAROSKI CIRAN



7

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SUMÁRIO PREFÁCIO ...................................................................................................................................... 10

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................

11

1 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO ................

14

2 – HISTÓRICO DO COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTONIO ..................................................

17

3 – PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO ..................................................................................... 20

I – MARCO REFERENCIAL ............................................................................................... 20 1.1. MARCO SITUACIONAL - O MUNDO: UM CONTEXTO E MUITOS DESAFIOS

................................................................................................................ 1.2. MARCO CONCEITUAL - SOCIEDADE, SER HUMANO E EDUCAÇÃO........... 1.3. MARCO OPERACIONAL - NOSSOS IDEAIS: EXPRESSÃO DE

POSICIONAMENTOS POLÍTICOS E PEDAGÓGICOS ..................................... 1.3.1. DIMENSÃO PEDAGÓGICA ................................................................ 1.3.2. DIMENSÃO COMUNITÁRIA ............................................................... 1.3.2. DIMENSÃO ADMINISTRATIVA ..........................................................

22 26 30 32 33 34

II – DIAGNÓSTICO ............................................................................................................. 35 2.1. DIAGNÓSTICO PELOS PROFESSORES – O PENSAR / FAZER

PEDAGÓGICO NO COTIDIANO .................................................................. 2.2. UM OLHAR DOS FUNCIONÁRIOS - PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS.... 2.3. PAIS: LEVANTAMENTO DE PROBLEMAS E ELABORAÇÃO DE AÇÕES ...... 2.4. OS ALUNOS: PONTOS DE VISTA E SUGESTÕES PARA O COTIDIANO ...... 2.5. NECESSIDADES ............................................................................................

35 44 46 48 50

III – PROGRAMAÇÃO ........................................................................................................ 51

3.1. ENSINO EFICIENTE ......................................................................................... 3.2. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA ................................................................... 3.2. PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA ESCOLA ..................................................... 3.3. CONDIÇÕES MÍNIMAS DE TRABALHO AO PROFESSOR ............................ 3.4. INTERAÇÃO E COMPROMETIMENTO DO ALUNO ....................................... 3.5. ADEQUAÇÃO DA PRÁTICA EDUCACIONAL AO PROJETO POLÍTICO-

PEDAGÓGICO ................................................................................................ 3.6. DETALHAMENTO DAS PROPOSTAS .............................................................

51 52 53 54 55 57 58

4 – REGRAS GERAIS DA ESCOLA: ORGANIZANDO O COTIDIANO ...................................... 61

4.1. REGRAS GERAIS PARA OS ALUNOS ............................................................ 4.2. REGRAS GERAIS PARA OS PROFESSORES ................................................

61 64

5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................

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PREFÁCIO

O Colégio Estadual Santo Antonio – Ensino Fundamental e Médio (com Qualificação em Agricultura mediante a inserção da Casa Familiar Rural – CFR) localizado à Rua Sete de Setembro, nº 58 – Bairro Lindouro, Pinhão – Paraná, é uma instituição de natureza pública, mantida pela Secretaria de Estado da Educação do Governo Estadual do Paraná - SEED, constituída com caráter educacional, tendo suas atividades desenvolvidas à luz dos artigos 5º, incisos IX, XIII, 6º, 205, 215 da Constituição Federal, promovendo seu alunado através da educação e da cultura, tendo como fundamento os princípios delineados na LDB 9.394/96 em seu artigo 3º, incisos I a XI.

Ao organizar-se como entidade de caráter educacional e cultural, o Colégio assume o papel de colaborador da missão do Estado e da Sociedade, tendo por escopo a promoção da pessoa através da educação e da cultura, para seu desenvolvimento pessoal, procurando torná-la apta ao exercício consciente de seus direitos e deveres como cidadão, incluindo ainda a formação em agricultura aos jovens do campo.

Ao manter suas atividades educacionais e culturais, oferecendo os cursos de Ensino Fundamental (séries finais), Ensino Médio e Qualificação em Agricultura (Casa Familiar Rural) em sistema semestral, o colégio estará proporcionando a seus educandos condições para que os mesmos possam vivenciar os mínimos sociais contidos no Art 6º da Constituição Federal. Portanto, o Colégio através de suas atividades, de suas ações, estará promovendo o bem comum, a paz e a prática da justiça inspirado no princípio da unidade nacional e nos ideais de liberdade, respeito e solidariedade humana, bem a valorização dos povos do campo e a importância da sustentabilidade.

A educação se constitui em direito de todas as pessoas dever do Estado e da Família e deve ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho e valorização das culturas do campo.

Como Instituição Pública, educacional e cultural, o Colégio manifesta e realiza ações formadoras e transformadoras da sociedade através de seus alunos, dando-lhes, em conseqüência, condições ao pleno exercício da cidadania.



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INTRODUÇÃO

Vivemos numa sociedade liberal, espantosamente dinâmica, instável, contraditória, evolutiva. O planejamento, portanto, seja como um modo de se pensar ou como um processo, tanto como método dialético de transformação ou como instrumento para práxis pedagógica, constitui-se, sem dúvida, num verdadeiro desafio.

Desafio maior quando se opta por um planejamento participativo. A participação em processo de planejamento é, em si mesmo, o mais adequado método educativo. De acordo com Gandin, ...o planejamento participativo parte da realidade (problema / possibilidade), abre espaço para a utopia (projeção do futuro), gera coerência entre o dizer e o fazer e pressupõe a transformação(1998). Fazer um projeto para transformar a escola é, em última instância, fazer um projeto para transformar pessoas. Só pessoas em processo de transformação, capazes de relações novas, baseadas no respeito, justiça e solidariedade, dispostas a usar a linguagem da possibilidade são capazes de transformar a realidade. O esquema de "planejar para" está superado. Aliás, o planejamento, assim como o entendemos, tem uma dimensão política: exige o envolvimento das pessoas. Concebe a cidadania como um estilo de vida e a solidariedade como pressuposto fundamental da vida humana.

Nós, Direção, Equipe Pedagógica, Professores e Funcionários, já estamos neste processo, uma vez que nosso Projeto Político-Pedagógico (PPP) contempla as idéias reunidas do grupo de professores, funcionários, pais, alunos e comunidade externa, a respeito da nossa realidade sócio-política-econômica e ideológica (marco situacional); sobre o ideal de homem e sociedade que sonhamos (marco doutrinal); as definições de ações para uma educação formadora e transformadora (marco operativo); o modelo de educação e escola que pensamos (Marco Referencial) a partir da nossa realidade de instituição educacional laica (Diagnóstico) e as ações que estaremos implementando a fim de concretizar nossos sonhos e objetivos (programação). Também levamos em consideração nosso PPP implantado no ano 2000.

Em 2008, apresentamos a nova versão do PPP, sendo esta versão resultado da reformulação ocorrida na Semana Pedagógica do mês de julho.

A metodologia utilizada nos anos de 2004 e 2005 foi repetida e possibilitou a participação direta da Direção, da Equipe Pedagógica, de professores, de funcionários, de pais e de alunos, num processo democrático e participativo, em que as vozes de todos os envolvidos no processo educativo do Colégio foram ouvidas, senão diretamente nos encontros organizados para tal, ao menos indiretamente nas muitas conversas e reflexões realizadas.

Contempla, também, o diagnóstico realizado a partir da análise sobre a nossa prática pedagógica e o modelo de educação e escola que acreditamos. Desse modo, as nossas necessidades, foram evidenciadas da leitura e debate dos aspectos mais relevantes do nosso diagnóstico.



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No que diz respeito à programação, ou seja, a proposta de ação para sanar as necessidades e realizar os sonhos e aspirações, a comunidade educativa propôs, para cada uma delas, uma categoria que a atenda, podendo ser uma política estratégica, uma ação concreta, uma rotina ou uma regra.

O modelo de planejamento participativo, inspirado nas obras “A prática do planejamento participativo” e “Planejamento como prática educativa”, ambos da autoria de Danilo Gandin, como também, “Planejamento – Projeto de ensino-aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico”, de Celso Vasconcellos, serviram de parâmetro formal ao nosso trabalho como um todo. Como referências de fundamentação teórica-reflexiva, as obras “Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível”, “Escola: espaço do projeto político-pedagogico” e “As dimensões do projeto político-pedagógico”, organizadas por Ilma Passos A. Veiga, foram utilizadas.

O modelo de planejamento participativo foi utilizado tendo em vista que planejar é um ato constante na vida do ser humano. Sempre se buscam determinados fins e relaciona-se alguns meios necessários para atingi-los. Trata-se de uma forma de relação desenvolvida entre o pensar e o fazer, que depende de ações individuais e se concretiza numa ação coletiva e compartilhada.

Partindo do princípio de que todo planejamento é uma práxis, um processo dialético que deve contemplar tanto o horizonte — ideal a atingir — como a prática para um determinado tempo — ações a realizar — foi que elaboramos o Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Santo Antonio, documento básico, orientador da Proposta e Projetos Pedagógicos dos cursos por ele ofertados, ou seja, Ensino Fundamental (séries finais) e Ensino Médio, e, a partir de 2006, também incluindo elementos sobre a Pedagogia da Alternância, base do trabalho na Casa Familiar Rural. Nesse sentido, O Colégio Estadual Santo Antonio é a escola-base de orientação didático-pedagógica para a Casa Familiar Rural.

O planejamento não é apenas uma técnica, embora também o seja. Ele é uma instância de decisões políticas (pensar), capazes de consolidar e dinamizar ações que satisfaçam os interesses de uma coletividade e deve contemplar ações pedagógicas (fazer) que propiciem a implementação das decisões políticas explicitadas anteriormente. Temos clareza que é uma prática político-social que tem os indivíduos como agentes catalisadores das intenções da coletividade.

Aceitamos o planejamento como facilitador da construção coletiva e compartilhada de nosso projeto político-pedagógico, para que o mesmo signifique transformação, revolução, ruptura. Buscamos um melhor entendimento do que a ruptura pode significar em matéria de gestão educacional, avaliando os custos e os desgastes inerentes a toda e qualquer ruptura, para que o processo não se transforme em quimera ou fantasia. Em vários momentos refletimos sobre seu significado, exigências e prováveis efeitos, além de visualizar, com algum grau de concretude, os principais obstáculos a serem superados ao romper com o tradicional, o ultrapassado, o impregnado em indivíduos, grupos e organizações. (VIEIRA 1997:248) O momento vivido pelo Colégio Estadual Santo Antonio exige que seja definido o que deve ser rompido, mantido e/ou resgatado. Há que se romper o pensar, o sentir e o agir descompromissados, pois não se pode estagnar no genérico ou no dogmático. Há que se manter a tradição construída em



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quase duas décadas de trabalho educacional e, ainda, há que se revalorizar os princípios educacionais.

A construção dos textos foi realizada durante todo o processo de discussão, ou seja, a cada encontro, o resultado das discussões eram transformados em textos. Esse processo iniciou formalmente em maio de 2004, estendendo-se até o mês de outubro de 2005, sendo que o mês de novembro ficou reservado para a sistematização da versão preliminar e após análise pelo grupo de professores, torna-se a versão final. A equipe pedagógica trabalhou com seriedade e dedicação durante quinze meses, sem contar três meses para digitação e revisão do projeto. Às vezes, o cansaço e as dificuldades não nos permitiam ver com clareza o caminho, mas a vontade de responder ao desafio ao qual nos propomos falava mais alto. Aqui está o resultado. Sabemos que não é uma obra acabada. Faz parte de um processo que continua. Um processo de criação e renovação. Que tenhamos coragem e entusiasmo para fazer com que esse processo chegue às nossas salas de aula, tornando-as laboratórios de vida.

Temos como meta a revisão e re-alimentação anual do projeto, a fim de atualiza-lo, bem como avalia-lo. É perceptível a consciência de que muitos erros e acertos serão cometidos. Entretanto, o que nos impele de maneira otimista e positiva, são as possibilidades de estarmos realizando, na prática, uma “teoria” construída de maneira coletiva e participativa. E com isso, temos a plena certeza de que os erros serão faróis a nos mostrar quais os caminhos devemos trilhar para tornar nosso trabalho melhor. Não é fácil, mas vem se tornando menos difícil na medida em que vamos colocando em prática nossos anseios, sonhos, desejos e aspirações para um educação efetivamente de qualidade e impregnada de valores humanos.

Quanto a Educação Básica do Campo , a partir de práticas e estudos científicos , deverá aprofundar a pedagogia da alternância de forma que respeite a cultura e a identidade dos povos do campo: tempo, ciclos da terra , mística da terra , valorização do trabalho , festas populares , etc. A escola necessita repensar a organização de seus tempos e espaços para dar conta destes novos desafios pedagógicos . Desafios este , que inclui abstrair das experiências e dos debates , um conjunto de idéias que possam orientar o pensar (especialmente dos educadores) sobre a prática de educação dos sujeitos do campo . E claro, este é um trabalho que será tanto mais legítimo quando realizado de modo coletivo.

As sementes estão lançadas. E a cada dia nós as cultivamos para que “nos dê flor e fruto”.



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1 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

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A escola é um espaço privilegiado, onde seus membros podem experimentar ser atores do processo educativo e é isso que suscita a construção de um Projeto Político – Pedagógico.

O projeto político-pedagógico tem sido, nos últimos anos, objeto de estudos e debates entre os educadores. No caso específico do Colégio Estadual Santo Antonio, as discussões vêm acontecendo desde o final dos anos 90, sendo que a construção do primeiro projeto político-pedagógico se deu no ano 2000. É comum ouvirmos a afirmação: “O projeto político pedagógico é uma busca da melhoria da qualidade do ensino” e ousaríamos completar, da formação de seres humanos mais autônomos.

O presente PPP é a reformulação, revisão e atualização daquele que construído nos anos de 2004 e 2005. Nessa atualização, constatamos o quanto avançamos e também ficou claro o quanto ainda precisamos trabalhar para alcançar a escola que quremos.

Entre os debates e estudos feitos, levanta-se uma questão a respeito da denominação que se dá ao projeto da escola: projeto educativo institucional, projeto pedagógico, projeto pedagógico institucional, proposta pedagógica, projeto político-pedagógico. Mas, qualquer que seja a denominação, está implícita no projeto da escola a ação de planejar, buscar um rumo, uma direção de forma intencional.

Planejar o desenvolvimento da escola é condição imprescindível para que as perspectiva que se tem sejam traçadas, visando intervenções responsáveis e conscientes em benefícios da coletividade. Isso pressupõe que o projeto da escola possa atender as dimensões política e pedagógica que lhe são atribuídas. Política porque traduz pensamentos e ação: exprime uma visão de mundo, de sociedade, de educação, de profissional e de aluno que se deseja. Tomar decisões, fazer escolhas e executar ações são todos atos políticos. Pedagógica porque nela está a possibilidade de tornar real a intenção da escola, subsidiando e orientando a ação educativa no cumprimento de seus propósitos que, sem dúvida, passam primeiramente pela formação do ser humano: participativo, compromissado, crítico e criativo.

O projeto político–pedagógico é uma busca de autoconhecimento e de conhecimento da realidade e seu contexto. Planeja-lo requer encontrar no coletivo da



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escola respostas a uma série de questionamentos: Para quê? O quê? Quando? Como? Com o que? Por quê? Com quem?

A construção do projeto político–pedagógico é a forma objetiva de a escola dar sentido ao seu saber fazer enquanto instituição escolar: é a realização concreta de seus sonhos, onde ações são desconstruídas e reconstruídas de forma dinâmica e histórica; é a revelação de seus compromissos, sua intencionalidade e principalmente de sua identidade e de seus membros.

O projeto político–pedagógico permite à escola quebrar a rotina que às vezes se instala, reorganizando o seu saber fazer, desafiando horários e padrões pré-estabelecidos, alterando suas relações pessoais e de conhecimentos teóricos e práticos, construindo, dessa forma, experiências concretas, reais e palpáveis de educação.

Nesse sentido, o projeto político-pedagógico requer um comprometimento coletivo e um compartilhar de responsabilidades, de maneira que a escola alcance um desenvolvimento pleno em todos os aspectos: humano – reconhecendo e valorizando o profissional e oportunizando o desenvolvimento social dos alunos/alunas, tendo como pano de fundo o desenvolvimento educativo. É importante ressaltar ainda o desenvolvimento cultural, buscando o entendimento da cultura através dos conteúdos desenvolvidos, compreendendo e utilizando o conhecimento do próprio meio e criando uma cultura de pesquisa que legitime o desenvolvimento da instituição. O desenvolvimento político também permeia o projeto político-pedagógico. O fazer tem sempre conseqüências políticas que precisam ser encaradas pelo coletivo da escola e manejadas eficientemente, a fim de atender as necessidades que a realidade apresenta e alcançar o desenvolvimento institucional. Desenvolver institucionalmente requer uma aproximação da escola com seus parceiros: pais, comunidade, colaboradores, Núcleo Regional de Educação, Secretaria Estadual de Educação, o que possibilita a sua inserção em um projeto de políticas sociais e pedagógicas mais amplas. Essa é uma “arma” poderosa de que a escola dispõe. Participar e promover cada vez mais o trabalho coletivo não só com seus membros é o caminho para o macro desenvolvimento.

Mas para esse alcance é preciso que a escola se transforme. Transformar não é mudar. Transformar significa chegar a novas situações, novos valores, novos princípios, novas relações. É comum transformar concepções e não transformar a prática. Esta última tem se mostrado, em algumas instituições, arraigadas a teorias tradicionais, de caráter racionalista, preocupando-se mais com a transmissão de conhecimento do que com a construção deste pelo aluno, mediado pelo professor. Dessa forma, as discussões, reflexões e, sobretudo, as produções escritas por professores, pais, funcionários e alunos, ocorreram com o intuito de romper com o paradoxo transmissão X construção e, dessa forma, gerar novos pontos de vista para mudanças na prática cotidiana.

Nesse sentido, no projeto político-pedagógico do Colégio Estadual Santo Antonio, através da ação de seus membros, fez-se a previsão daquilo que se deseja transformar, tanto no que se refere à concepções teóricas como práticas, voltando-se para a operacionalização das grandes metas da escola, de modo que possua prestar serviço à



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sociedade, preparando o aluno/aluna para se instalar no mundo em que vive, interpretando e pensando a realidade como um todo, de forma autônoma, tornando-o capaz de criticar e desenvolver expectativas e projetos em relação ao conjunto da sociedade.

Esse entendimento é essencial para a transformação dos processos que se desenvolvem no âmbito da escola, tanto de caráter pedagógico quanto administrativo.

Transformar componentes pedagógicos implica em transformar os objetivos da escola, estabelecendo o que se pretende atingir, deixando clara sua intencionalidade, no tipo de formação que se deseja para seus alunos/alunas levando-se em conta os valores, costumes e manifestações culturais, enfim, as necessidades de sua comunidade. Para tanto, alguns desses componentes pedagógicos destacam-se com básicos na condução do processo educativo e devem ser pensados pelos membros da escola de modo que se configurem clara e coerentemente com a proposta pedagógica que as faz. São eles a Avaliação, a Metodologia, o Currículo, o Conhecimento e o Planejamento.

Transformar na ação é a idéia chave do processo. Isso se faz, criando, mudando, incrementando novas formas de pensar e de agir, aproveitando o saber, a experiência, valorizando “o saber dos que sabem”. Alterar relações, mudar, transformar é uma ousadia que se propõe aos educadores, pais, alunos, funcionários, parceiros, colaboradores e demais participantes do processo educacional. Isso está se tentando ser gestado na própria escola, de dentro para fora, num processo dinâmico, flexível e acima de tudo, autocrítico, a fim de reconhecer limites e superá-los. Essa abertura ao trabalho coletivo e participativo dentro da escola, desencadeia novos relacionamentos e, nesse processo, vai-se configurando o “embrião” da identidade da escola, da sua marca exclusiva e única delineada no seu projeto político–pedagógico. Há que se mudar as relações no âmbito da escola, na teoria e na prática, porque só assim esta alcançará objetividade em seu fazer.

A educação do campo precisa resgatar os valores do povo que se contrapõem ao individualismo , ao consumismo e demais contravalores que degradam a sociedade a sociedade em que vivemos .

A Escola é um dos espaços para antecipar , pela vivência e pela correção fraterna, as relações humanas que cultivam a cooperação , solidariedade , o sentido de justiça e o zelo pela natureza . Deve propor e reviver os valores culturais .

A Educação do campo acontece através de parcerias , ações solidárias e cooperação entre iniciativas , organizações e movimentos populares , tendo em vista o desenvolvimento do campo , tendo a perspectiva de educar as pessoas que trabalham no campo , para que se articulem , organizem-se e assumam a condição de sujeitos da direção de seu destino.

Trata-se de uma educação “dos” e não “para” os sujeitos do campo.



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2 – HISTÓRICO DO COLÉGIO ESTADUAL SANTO ANTONIO – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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O Colégio Estadual Santo Antonio tem sua história entrelaçada com as raízes da

educação da cidade de Pinhão, com um passado de vontade e de determinação que remonta a 1988.

Até o ano de 1987, as atividades escolares foram realizadas na localidade de Santo Antonio, Cerrinho, localizada no interior do município de Pinhão. Em homenagem ao nome do padroeiro daquela comunidade a denominação era Escola Estadual Rural Santo Antonio.

Inúmeras foram as razões que influenciaram na transferência da escola rural para a cidade, das quais destacam-se: a aposentadoria da professora, Sra. Marlene Abreu, que era residente na localidade, gerando com isso a necessidade de uma professora substituta (porém, não havia professora estadual residente na localidade) e o número de alunos matriculados não alcançava o mínimo para o funcionamento da escola; o aumento da população urbana, o que vinha gerando a necessidade de criação de mais uma escola para atender a demanda, entretanto o Estado negou o pedido para a criação de nova escola estadual. Diante desses fatos, a escola rural foi transferida para a cidade, à Rua Expedicionário Antonio Pires e passou a ser denominada Escola Estadual Santo Antonio – Ensino de 1º Grau.

Na época, teve importante participação a Profa Luci Terezinha Martins, que não mediu esforços para a implantação da nova escola estadual de 5a a 8a série. Contribuiu para isso o fato de seu esposo, Profo Joel Neri Martins, responder pela Inspetoria da Educação no município e estarem, politicamente, afins com o governo estadual.

Em 1988, houve a implantação de turmas de 1ª a 6ª séries. No ano seguinte, devido o número de matrículas ter sido superior à capacidade física do estabelecimento, foi necessário efetuar a locação de nova sala de aula. Para isso, uma casa nas imediações serviu para atender os alunos da 7ª série, até que novas salas de aula fossem construídas. Nesse período, iniciou-se a construção de um prédio com espaço mais

Foi para homenagear o nome da localidade que

a escola chamava-se Santo Antonio.

Foram inúmeras as razões que influenciaram

na transferência da escola rural para a

cidade

Desde sua transferência para a cidade, a escola

sempre necessitou ampliar seu espaço

físico devido ao aumento da demanda ano após

ano.



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adequado para o atendimento da demanda.

Finalmente, em 1989, a Escola foi transferida para o novo prédio, situado à Rua Sete de Setembro, nº 58, no Bairro Lindouro. Como o prédio possuía somente 06 salas de aula, parte dos alunos continuou na antiga escola.

Como a demanda continuava a aumentar, em 1992 foi concluída a construção de mais 04 salas de aula, banheiros, biblioteca e dependências administrativas (secretaria, almoxarifado, sala de direção e sala de professores).

Até 1993, a escola atendeu alunos da Pré-escola a 8ª série. A partir do ano de 1994, a Pré-escola e o Ensino Fundamental (1ª a 4ª série) foram municipalizados, ou seja, o Estado deixou de atender esses segmentos, passando para a responsabilidade do Município. Com o passar do tempo, os alunos da Escola Municipal foram remanejados para outro prédio e a Escola Estadual Santo Antonio passou a atender apenas os alunos de 5ª a 8ª série.

Em 1999 a escola passou a atender também alunos do Ensino Médio e de acordo com a Resolução nº 2.522/99, passou a denominar-se Colégio Estadual Santo Antonio – Ensino Fundamental e Médio.

No ano 2000, a então gestão escolar, professores, funcionários, alunos, pais e comunidade articularam a elaboração do primeiro Projeto Político-Pedagógico, que seria vigente de 2001 a 2004. Este primeiro Projeto Político-Pedagógico do colégio estabeleceu uma série de encaminhamentos visando melhoria constante, bem como apresentou proposição de ações a serem testadas e aperfeiçoadas em toda a escola. Essa construção representou, portanto, o trabalho de muitas pessoas, de sua observação do dia-a-dia na escola, das oportunidades de discussão de problemas enfrentados, principalmente pelos professores e alunos e pelos pais e responsáveis por alunos do Colégio.

Uma das proposições do PPP 2000, era a ampliação dos espaços físicos do Colégio. Assim, em 2004 foi inaugurado um novo bloco de salas, onde estão 03 salas de aula, Laboratório de Ciências e Laboratório de Informática.

A partir do ano de 2006, o Colégio Estadual Santo Antonio, passa a atender uma turma de 5ª série constituída por alunos de regiões rurais do município através da Casa Familiar Rural. É uma proposta com formação específica para jovens trabalhadores rurais.

A Associação da Casa Familiar Rural de Pinhão surgiu em 1997 com a mobilização de entidades, associações e agricultores. Estes deram início a um processo de educação de jovens agricultores visto que não havia, no município de Pinhão, ensino específico nessa área .

Atualmente, a escola atende alunos do Ensino

Fundamental (5ªa 8ª séries) e Ensino Médio

No ano 2000, foi construído o primeiro

PPP do Colégio, com a participação de

professores, funcionários, pais,

alunos e representantes da comunidade.

Surge, em 1997, a Casa Familiar Rural de

Pinhão, a partir da mobilização de

entidades, associações e agricultores.



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Após essa mobilização , iniciaram-se as atividades em 1998. Até 2005, eram atendidos jovens a partir de 13 anos , sendo a escolarização do Núcleo Comum de responsabilidade do CEEBJA ( Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos).

Com as mudanças ocorridas em 2006 , a Casa Familiar Rural , passa a atender alunos em regime seriado na Pedagogia da Alternância, tendo o Colégio Estadual Santo Antonio como a Escola-base.

No ano de 2007, temos como elemento importante a concretização de um sonho à equipe do Colégio, pois é instalado e inaugurado, por meio do Paraná Digital, o Laboratório de Informática. Também são iniciadas as obras para reforma e cobertura da quadra de esportes. Tais ambientes são de fundamental importância como ambiente pedagógico e como espaço de aprendizagem e múltiplas relações entre alunos e professores.

Em 2007, Laboratório de Informática e

Cobertura da quadra de esportes..

Até 2005, o atendimento e a certificação dos

alunos foram realizados por meio da Educação

de Jovens e Adultos



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3 – PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

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I– MARCO REFERENCIAL

Aqui vamos explicitar como entendemos o mundo em que vivemos e o contexto em que se situa o Colégio Estadual Santo Antonio. A partir de nossas reflexões acerca do contexto sócio-histórico-educacional, considerando os fundamentos legais relacionados à educação, pretendemos identificar os elementos mundiais que se põem para o nosso Colégio.

Partimos do pressuposto de que uma Escola que visa realizar ações intencionais precisa levar em conta os problemas decorrentes das relações que se estabelecem em seu contexto. Conscientes dessa trama de relações, será possível superar ações espontaneístas e, efetivamente, contribuir para a construção de uma sociedade mais humana, justa, livre, participativa e feliz.

Sendo assim, é indispensável um olhar sobre o paradoxo instalado na atualidade: enquanto presenciamos as maiores e mais rápidas transformações tecnológicas, convivemos com o crescimento desenfreado com miséria e da injustiça social. Por isso, precisamos compreender o mundo e situar os problemas presentes em nosso entorno para, em seguida, apontarmos em que direção caminhará nossa Escola.

Vivemos num momento de grandes e profundas transformações, carregando resquícios dos problemas do século anterior: violência, desigualdade social, capitalismo selvagem, exclusão, competição material, valorização excessiva do “ter” e não do “ser”... Numa sociedade assim encontramos pessoas desumanas, individualistas, preconceituosos, violentas, sobreviventes da marginalidade. Se o mundo é bonito, desenvolvido por um lado, de outro temos um mundo feio, corrupto. Discursamos sobre direitos humanos, mas pratica-se a lei do “mais forte”. Na luta de classes exclui-se o menos favorecido. Parece urgente uma mudança nas instituições, uma revisão de valores. É fácil compreender, portanto, que o mundo tornou-se globalizado, mas as oportunidades não.

As transformações vão acontecendo em todos os setores da sociedade: mundo globalizado, economia mal distribuída, desemprego, os meios de comunicação,

...superar ações espontaneístas e,

efetivamente, contribuir para a construção de uma sociedade mais humana, justa, livre, participativa e feliz.



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violência, drogas, avanços tecnológicos... Convivemos com todos os tipos de pessoas que são influenciadas por essas transformações e a escola tem que encontrar meios de desenvolver seus ideais e propostas diante de todas essas mudanças, muitas vezes não tendo recursos pedagógicos e financeiros para tal. Mesmo assim, sentimos que a escola ainda é muito viva apesar de tantos problemas, pois é na escola que o aluno passa grande tempo de sua vida e aprende a conviver e socializar-se. Esse ponto positivo nos faz sonhar mais longe e almejar uma escola em que o aluno passe a percebe-la como um ambiente que lhe assegura bem-estar, prazer e sentido para a vida. Almeja-se a construção de uma escola atrativa, com ensino de qualidade e que forme cidadãos conscientes, capazes de enfrentar os desafios do mundo atual, e possam usufruir os benefícios que a sociedade oferece.

Embora enfrentando muitos problemas, existem movimentos e projetos em favor da paz, da solidariedade, da vida justa e digna, do usos sustentável do ambiente, da inclusão social, da tolerância com as diferenças culturais e raciais. São movimentos que refletem a realidade desejada para nossa sociedade. Todos queremos chegar numa sociedade mais justa, mais solidária, passando por uma formação adequada que capacite os agentes sociais para explorar todo seu potencial. Um mundo com qualidade de vida para todos, um mundo sem discriminação, onde os idosos sejam reconhecidos pela sua vivência e os jovens valorizados pela sua ânsia de estabelecer-se no mundo.

Para atingirmos esta sociedade ideal precisamos de cidadãos que pensam de forma global, mas agem de forma local. Criativos e adaptados ao mundo atual, usufruindo todos os benefícios modernos. Benefícios como educação, alimentação, tecnologia que ainda não são acessíveis à maioria da população.

Então, nesta perspectiva, a finalidade da escola é valorizar o ser humano em todos seus aspectos (pedagógico, social, afetivo, intelectual e cognitivo), torna-lo apto a viver e conviver, sendo agente de transformação para a sociedade em que vive. Deseja-se e trabalha-se para que exista, na prática, um ensino de qualidade onde o aluno aprenda a buscar uma vida digna, para que possa transformar-se num cidadão consciente, capaz de exigir seus direitos e cumprir seus deveres.

Para isso é preciso seriedade, compromisso e comprometimento de toda equipe da escola, união na busca de concretização do objetivo principal que é o sucesso no processo ensino-aprendizagem, planejamento condizente com a realidade do aluno e a participação direta dos pais na escola.

Enfim, um trabalho em conjunto e comprometido visando a formações de um “ser” solidário, mais humano e, em conseqüência, mais feliz.

...a finalidade da escola é valorizar o ser humano em todos seus aspectos (pedagógico, social, afetivo, intelectual e cognitivo), torna-lo apto a viver e conviver, sendo agente de transformação para a sociedade em que vive.

(Buscar a realização de) ...um trabalho em

conjunto e comprometido visando a formações de um “ser” solidário, mais humano

e, em conseqüência, mais feliz.



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1.1. MARCO SITUACIONAL - O MUNDO: UM CONTEXTO E MUITOS DESAFIOS

O que se passa hoje no Brasil é mais facilmente entendido se levarmos em consideração o que está acontecendo como tendência mundial.

Quem acompanha, como cidadão do mundo, as discussões e análises sobre nosso tempo, já está se acostumando com a idéia de que não estamos vivendo, somente, uma época de grandes mudanças, mas também, uma mudança de época. Em outras palavras, uma mudança paradigmática, que se faz presente e nítida nos aspectos políticos, econômicos, sociais e ideológicos. A vida em nossa sociedade está em constante mudança com o surgimento de novos costumes, novas formas de cultura e comunicação.

É nesse cenário (político-econômico-social e ideológico) antagônico, paradoxal, acelerado, pós-moderno que os valores e as mudanças não só se revelam amplas e profundas, como complexas. Mundo menos previsível, mais complexo, dinâmico, criativo e pluralista, em que a mudança é componente essencial; tudo é relativo, apenas provável, incerto e ao mesmo tempo, complementar; tudo está em movimento, em constante fluxo de energia em processo de mudança; lugar de instabilidade e de flutuações.

É uma mudança que contempla todas as dimensões da pessoa: mental, comportamental, afetiva, institucional, ético-moral e espiritual. Concepções e/ou noções de espaço, tempo, linguagem, trabalho, conhecimento e educação são questionadas. Atualmente, o desenvolvimento científico tem mostrado que a possibilidade do desenvolvimento do conhecimento é mais abrangente do que apenas ler, escrever e calcular.

Na ótica político-econômica, prevalece um modelo de Estado mais gerenciador que administrador, no qual o mercado passa a ser o agente regulador das condições "de compra e venda" do bem estar pessoal e coletivo. É o surgimento de um Estado que vai desacelerando gradualmente seu nível de participação e grau de responsabilidade na execução das coisas públicas para dar espaço a um mercado que assume, num processo de terceirização econômica, em parcerias ou privativamente a prestação de serviços. É um modelo em que os princípios da liberdade, da livre concorrência e da competição individualista afloram como os eixos norteadores desse mercado. Vivemos sob a ideologia neo-liberal, cujo ideário prioriza os princípios de liberdade para competir e o individualismo, tendo sempre em vista o mercado, com a maximização da eficiência e do lucro... Conseqüentemente, estamos numa crescente exclusão.

É flagrante a exclusão social, marcada pela institucionalização da violência e pela exploração do potencial humano, acarretando contextos sociais corruptíveis, isentos de sanções, impunes frente ao desrespeito, à justiça e à dignidade humana. É possível

...não estamos vivendo, somente, uma época de

grandes mudanças, mas também, uma mudança

de época.

É uma mudança que contempla todas as

dimensões da pessoa: mental, comportamental,

afetiva, institucional, ético-moral e espiritual.



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constatar que nossa sociedade não é autônoma. Vivemos numa sociedade excludente, com dificuldade de acesso à informação em todos os níveis desde o educacional até o tecnológico. Quanto ao engajamento, estamos ainda engatinhando.

Diante desse quadro, a participação social, conceituada como cidadania, passa por um eventual esvaziamento, minimizando a importância e a necessidade do desenvolvimento de idéias de participação, compromisso, responsabilidade e envolvimento. É uma sociedade de flagrantes injustiças sociais que prioriza o Ter em detrimento do Ser, que não prima pelo exercício do princípio democrático da liberdade, que desestimula atitudes de respeito à individualidade e ao respeito mútuo, que se caracteriza pela ausência e vivência do princípio de que todas as pessoas têm direitos e são iguais.

No seio, entretanto, da ambigüidade que permeia essas mudanças, novos valores emergem, promovendo e estimulando o aparecimento de atitudes inovadoras, tais como: o espírito de cooperação e solidariedade entre os excluídos: podemos perceber que existe a tentativa por parte de alguns segmentos da sociedade (ONG's, associações) de conscientizar a população de que a sua participação em decisões é importantíssima. Isso é importante porque uma sociedade de pessoas individualistas, pouco participativas, materialistas e descomprometidas, dificilmente vai gerar realização, harmonia, justiça, igualdade.

Cabe destaque à sensibilidade pela questão ecológica, à valorização da ética e à indignação frente a sua inexistência, às iniciativas de combate à corrupção política, a tolerância e ao diálogo entre as diferentes culturas, religiões e governos: A sociedade em que vivemos está preocupada com os problemas sociais.

Em termos sócio-ideológicos, a globalização é uma tendência mundial que se caracteriza paradoxalmente. Por um lado, alto desenvolvimento tecnológico, com uma rede de comunicação intercontinental, que faz de todas as pessoas, em qualquer lugar do planeta, um cidadão do mundo. E, por outro lado, forma conglomerados econômicos internacionais e massifica minorias étnicas e religiosas.

Em nome de uma tradição religiosa são gerados conflitos armados em vários países. A intolerância e o fundamentalismo dificultam a pluralidade cultural e religiosa devido a dogmas absolutos ou atitudes intransigentes.

Enfim, vivemos em um mundo marcado pela incerteza, insatisfação e subjetividade. Somos uma geração desmotivada, recebemos tudo pronto; tudo que se cria e se faz é para o nosso conforto, mas ficamos cada vez mais insatisfeitos. Nós estamos vivendo num mundo onde o ser humano sente-se desiludido, perdido no tempo e no espaço, um ser em crise, buscando desesperadamente um sentido para sua existência.

Essa conjuntura mundial se reproduz na América Latina também, inviabilizando projetos nacionais autônomos e, no Brasil, acentua o aumento da pobreza e da histórica desigualdade social.

Somos uma geração desmotivada, recebemos tudo pronto; tudo que se

cria e se faz é para o nosso conforto, mas

ficamos cada vez mais insatisfeitos.

...a participação social, conceituada como

cidadania, passa por um eventual esvaziamento,

minimizando a importância e a necessidade do

desenvolvimento de idéias de participação,

compromisso, responsabilidade e

envolvimento.



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"O Brasil real é assustador pelas suas contradições e pela insensibilidade da burocracia do poder em não se deixar pautar pelas preocupações que dele emergem". Na agenda governamental, a preocupação se volta em manter as metas econômicas estipuladas por políticas internacionais, garantindo assim, o respeito internacional e uma suposta estabilidade inflacionaria. Para manter isso, o governo articula alianças políticas que, em muitas vezes, fogem de uma compreensão ética e de justiça, ferindo a dignidade das relações humanas. Por isso, na agenda social, há um custo encoberto e que vem se agravando: aumenta o desemprego, a propriedade da terra ainda é um símbolo da desigualdade, a violência está institucionalizada, os serviços públicos não atendem à demanda...

O Brasil real continua mal, convivendo com "um governo que vai bem". Se no Brasil a instabilidade econômico-social é uma realidade, no município de Pinhão não é diferente. Vivem-se profundas mudanças no mercado de trabalho. Há uma demanda significativa de jovens que deixam o município a procura de melhores condições de vida em outros municípios, diminuindo com isso, as chances de abertura de espaços para trabalho. Aos jovens que ficam resta-lhes, muitas vezes, o sub-emprego.

Historicamente, tem-se buscado um modelo educacional que corresponda a especificidade brasileira. Pode-se constatar esse processo contínuo e permanente de mudanças de modelos, sobretudo no último século.

Nos últimos anos o Brasil vem passando por mais um processo de reforma educacional, inspirado em outros modelos, com o intuito de contribuir para o desenvolvimento da nação. Infelizmente, sabemos que muitas vezes no decorrer da história, essas iniciativas visavam também corresponder às exigências de investidores internacionais para assegurar financiamentos importantes para o país.

Essa educação como "moeda de mercado" repete-se na realidade escolar brasileira quando a finalidade da aprendizagem reduz-se a um passaporte para uma carreira profissional. Vendem-se "pacotes" educativos, "embalados" em grifes do mercado de acordo com as necessidades de "consumo" da clientela. É a educação na lógica do mercado.

Mas, essa reforma educacional brasileira, tem apresentado, por outro lado, um paradigma baseado na revisão e mudança significativa de conceitos. Em função disso, já é possível constatar o aumento da escolaridade nacional, a diminuição da evasão e a redução do analfabetismo, por exemplo.

Em tese, há no Brasil, o desejo de atender um consenso internacional de que a educação sirva de instrumento transformador da realidade a partir de quatro pilares fundamentais: ser, conviver, fazer, conhecer.

O quadro sócio-histórico-educacional aqui exposto parece expressar uma visão apocalíptica de sociedade, ressaltando

Nos últimos anos o Brasil vem passando por

mais um processo de reforma educacional,

inspirado em outros modelos, com o intuito

de contribuir para o desenvolvimento da

nação.

...a escola, imbuída de sua função social,

poderá contribuir com as transformações

atuando criticamente para reconstruir as

representações que os sujeitos têm da

realidade, de modo a promover a mudança de

postura e de prática diante dessa realidade.



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uma gama de problemas de tal amplitude que sugere ser intangível qualquer possibilidade de transformação para melhor. Entretanto, é necessário registrar que ao longo das discussões que explicitaram o referido quadro, os sujeitos envolvidos manifestaram suas visões movidos pelo desejo de transformações. Suas reflexões sugerem que a escola, imbuída de sua função social, poderá contribuir com as transformações atuando criticamente para reconstruir as representações que os sujeitos têm da realidade, de modo a promover a mudança de postura e de prática diante dessa realidade. Isso é visível quando professores, alunos e funcionários técnico-administrativos anunciam DESAFIOS a serem assumidos pela Escola, tais como:

• Assegurar o caráter público e gratuito da Escola visando à inclusão educacional e social.

• Orientar as ações com base em pressupostos éticos entendendo que a sociedade vive uma crise de valores no que tange ao convívio social, à manutenção da paz, ao respeito aos direitos humanos.

• Preparar o aluno para que se torne capaz de fazer intervenções na sociedade no sentido de superar as desigualdades sociais.

• Atuar diretamente em problemas da escola e da comunidade. • Construir a identidade e a autonomia da escola. • Criar condições para que os servidores atuem de modo responsável e

comprometido com a função social da escola. • Desenvolver no jovem a capacidade de manter auto subsistência no campo. • Construir a organicidade coletiva.

Esses desafios implicam a quebra de muitos paradigmas relacionados à função da Escola na sociedade e remetem à educação como condição de libertação do homem. Ter direito à liberdade, à justiça e à dignidade é condição indispensável para a construção de uma nova ordem social.

Nessa perspectiva, a educação escolar, embora não seja a solução mágica para as mazelas sociais, é um espaço fundamental para a formação do cidadão pleno, sujeito consciente, com visão crítica e, sobretudo, atuante na sociedade urbana e rural.

Mobilizar-se nessa direção significa condenar toda e qualquer ação que repercuta em exploração do Ser Humano e atuar para humanizar o globo e não globalizar o homem.

...a educação escolar é um espaço fundamental

para a formação do cidadão pleno, sujeito consciente, com visão

crítica e, sobretudo, atuante na sociedade.



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1.2. MARCO DOUTRINAL - SOCIEDADE, SER HUMANO E EDUCAÇÃO

Apesar da presença aparentemente única de um regime neoliberalista e seus valores nos fazer crer que nossa realidade permanece impermeabilizada a qualquer possibilidade de mudança, acreditamos que a transformação social se efetiva, inclusive, pela educação.

Isto posto, buscamos através do trabalho na escola a construção de uma sociedade diferente daquela com as quais convivemos nos dias atuais, qual seja: a perspectiva de uma sociedade nova, justa e mais fraterna. O ideal de uma sociedade mais justa pressupõe:

• assegurar a todos os indivíduos o acesso às necessidades básicas de todo o ser humano, tais como, educação, saúde, trabalho, habitação, lazer...;

• compreender e vivenciar as diferentes formas de respeito individual e mútuo; • repudiar condutas e situações estimuladoras do egoísmo, da exacerbação do ter,

da discriminação, do desrespeito, da omissão e da permissividade; • promover a participação de todos os indivíduos na formulação e discussão das

normas que irão presidir uma sociedade que se diz democrática; • apoiar ações de solidariedade.

Uma sociedade justa e igualitária parece utópica, porém, depende também de nós fazer prevalecer os ideais de justiça e democracia.

Buscamos também a superação do ideal de sociedade traçado pelo regime capitalista - caracterizada pela perversidade e coisificação das pessoas e relações –, para recuperar a centralidade do valor da pessoa e da vida. Acreditamos em uma sociedade que cresça no grau de consciência de seu valor, do valor da vida humana, uma sociedade fraterna e solidária que se preocupa com o outro e colabora de forma desinteressada. Visa a dignidade da vida humana, como também, uma cultura solidária, no respeito recíproco e no respeito à natureza. Uma sociedade que privilegie uma educação crítica, ativa, questionadora e atuante sobre questões que valorizem a vida, baseados em princípios e ideais de ação transformadora e qualidade de vida.

Desta forma, adotando no processo de construção dessa sociedade a ética, como princípio norteador das relações sociais, assumiremos, em conjunto, o compromisso de construção de nossa história. Participação e cooperação devem estar presentes na postura diária, na vida dos cidadãos.

Estamos falando, pois, de uma sociedade fraterna, baseada na ética, em que cada um vê o outro como continuidade de si mesmo, que supere todas as formas de violência organizadas, através do confronto e do diálogo dentro dos espaços democráticos, que implemente estratégias que desenvolvam a auto-disciplina, a reflexão, a comunicação a serviço do bem comum. Afinal, democracia, significa a efetiva participação popular nos encaminhamentos dos problemas da nação.

...acreditamos que a transformação social se

efetiva, inclusive, pela educação.

Acreditamos em uma sociedade que cresça no

grau de consciência de seu valor, do valor da

vida humana, uma sociedade fraterna e

solidária que se preocupa com o outro e

colabora de forma desinteressada.



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Nesse contexto, se caracterizar uma sociedade ideal é difícil, mais ainda o é definir a pessoa humana ideal. Podemos sim, e até, devemos, propor tentativas, aproximações, pois, a pessoa humana, como mistério vai além de nossas possibilidades conceituais. Daí, nossa limitação em nos restringir, a descrever o perfil de pessoa que sonhamos, como educadores, neste início do século XXI.

Sonhamos com uma pessoa coerente com seus princípios, capaz de identificar situações em que a injustiça se faz presente, preocupada em ser solidária através de atitudes transformadoras. Pessoa formada que coopera conscientemente e tem o poder de transformar a realidade e aperfeiçoar sua própria natureza.

A pessoa só se humaniza verdadeiramente quando é solidária. Diante dos novos paradigmas de sociedade que estão surgindo, há necessidade de um perfil de pessoa mais fraterna, mais solidária, crítica e criativa, sensível às diversidades, convivendo com o incerto, adaptável às mudanças, autônoma, empreendedora, cidadão do mundo. Ética, detentora não só de conhecimentos acadêmicos e técnicos, mas de conhecimentos para a vida.

Daí, a necessidade de ser aberta a novas situações, ainda que, firme em seus princípios, sem, contudo, deixar-se cair em modismos. Uma pessoa que reconheça a diversidade (social, cultural, política...), a quem nenhum problema humano é alheio, que vê a verdade como construção permanente. Autônoma, capaz de dirigir a si própria e construir caminhos com aqueles que fazem parte de sua história. Uma pessoa humana que busca justiça e autonomia. Somos seres autônomos, mas gradativamente descobrimos que cada um enriquece a sociedade com sua diversidade.

Na verdade, pessoas co-criadoras, chamadas a cuidar, tomar conta uns dos outros e da Mãe Terra. Mais enfaticamente, uma pessoa que perceba que todos fazemos parte da mesma família (espécie humana) e moramos na mesma casa (planeta Terra). Uma pessoa que busque a transcendência. Livre e consciente para interferir nas relações sociais, construindo a cidadania plena: direitos e deveres.

Não podemos falar sobre pessoas e vida em sociedade sem tratar do elemento integrador dessas duas realidades que é a ética. Esse princípio de convivência humana só é aplicável nos tipos de relações nos quais a consciência garante o discernimento das atitudes. Portanto, podemos falar de atitudes éticas quando se é capaz de assumir de maneira responsável o que se diz, faz ou enfim, aquilo que se é. Viver com ética e dignidade parece ser o grande desafio do momento. É preciso ser consciente, respeitador dos direitos e cumpridor dos deveres.

Por natureza, a pessoa é um ser relacional, ela vive em convívio social, preocupada com o seu bem estar e o do próximo. Esse é o ideal de pessoa democrática: a pessoa comprometida com a sociedade e com as idéias democráticas.

Em uma vivência de relações sociais sustentadas por princípios democráticos, a participação da pessoa tem adquirido historicamente o nome de cidadania. Isto implica um avanço no entendimento da relação entre pessoa e sociedade: a pessoa envolvida na sociedade de forma participativa é cidadã.

Sonhamos com uma pessoa coerente com

seus princípios, capaz de identificar situações em

que a injustiça se faz presente, preocupada em

ser solidária através de atitudes

transformadoras.



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É nessa vertente paradoxal, mas possível, que se quer um projeto educacional, em que a história da construção do coletivo integre-se à história individual da cada vida (que não pode e nem deve ser esquecida).

Para tanto, não basta tão somente adotar uma concepção de educação e escola. É necessário, principalmente, pensar uma prática que seja coerente com o discurso.

No pensamento da comunidade do Colégio Estadual Santo Antonio, há a necessidade de se adotar uma concepção de escola, a da nossa escola, que envolva o seu papel de formadora de cidadãos que atuem na comunidade, construindo a sociedade que se deseja.

No entendimento da comunidade do Colégio Estadual Santo Antonio, a educação necessita levar em conta um processo de ensino-aprendizagem baseado no diálogo professor-aluno, ser contextualizada de forma a desenvolver a capacidade de análise das situações e a tomada de posições quanto ao social em qualquer nível (nacional e/ou mundial), ser engajada nos movimentos sociais de inclusão da população marginalizada, ter compromisso com a produção cultural nacional e mundial, ser capaz de atender à dualidade da preparação para a vivência social e para o ingresso no ensino superior no que tange à apropriação do conhecimento, patrimônio da humanidade.

A nossa concepção de escola precisa explicitar as diferentes finalidades e realidades que envolvem a Educação Básica (Ensino Fundamental e Médio). Há um entendimento de que a escola prepara para a vida e para o mundo do trabalho. Assim é preciso desenvolver ações concretas para levar nosso aluno a se apropriar dos conhecimentos universalmente relevantes ao ser humano, associados à leitura crítica do mundo, de modo a construir bases intelectuais para dar continuidade à sua vida acadêmica. Isso posto e tomando por base os preceitos legais que estabelecem ser a escola pública gratuita, nossas ações educacionais devem sustentar-se nos princípios a seguir relacionados: • Todas as ações e vivências escolares estarão imbuídas de

valores como a solidariedade e a ética. • Os docentes, técnico-administrativos e alunos tratarão os

integrantes da comunidade escolar e serão por eles tratados respeitando as diferenças de qualquer natureza.

• O processo educativo desenvolvido será inclusivo, ou seja, respeitará a pluralidade própria da sociedade humana.

• O respeito à natureza e a busca do equilíbrio ecológico serão práticas permanentes no cotidiano da vida escolar, na perspectiva do desenvolvimento sustentável.

• Todos os integrantes da comunidade escolar serão educadores e agirão como tal. • A gestão da instituição será democrática, com participação da comunidade escolar

nas decisões.

No pensamento da comunidade do Colégio Estadual santo Antonio,

há a necessidade de se adotar uma concepção

de escola, a da nossa escola, que envolva o

seu papel de formadora de cidadãos que atuem

na comunidade, construindo a sociedade

que se deseja.

Há um entendimento de que a escola prepara para a vida e para o mundo do trabalho.

Assim é preciso desenvolver ações

concretas para levar nosso aluno a se

apropriar dos conhecimentos universalmente

relevantes ao ser humano, associados à

leitura crítica do mundo, de modo a construir

bases intelectuais para dar continuidade à sua

vida acadêmica.



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• O trabalho educativo será construído mediante o diálogo, principalmente no que tange ao processo ensino-aprendizagem.

• O trabalho educativo é entendido como um trabalho de humanização, de formação de cidadãos capazes de atuar e modificar a sociedade na qual estão inseridos.

Finalmente, entendemos que, assumir a missão de recriar uma maneira mais humana de existir, é tarefa de uma pessoa precursora de uma nova ordem social, justa e promotora de justiça e bem comum, crítica e criativa, responsável, que viva de forma harmônica, consigo mesma, com os outros e com a natureza. Enfim, que na convivência com os outros vá aprendendo a ser feliz, justamente porque criará perspectivas positivas com relação ao futuro.

A educação do campo deve prestar especial atenção ás raízes da mulher e do homem do campo , que se expressam em culturas distintas , e perceber os processos de interação e transformação .

A escola é um espaço privilegiado para manter viva a memória dos povos , valorizando os saberes e promovendo a expressão cultural onde ela está inserida. Nesse sentido, é mister destacar o trabalho com os temas sobre folclore, cultura popular, saberes da terra entre outros, relacionando tais conhecimentos com os demais saberes e culturas.

A escola deve assumir o desafio de exigir e implementar programas que visem o aperfeiçoamento da alfabetização e das grandes questões e causas dos povos dos campos, incluindo questões relacionadas ao conhecimento das políticas públicas direcionadas ao agricultor.

Cabe ressaltar também, que componentes da realidade devem ser fonte de aprendizagem, evitando um ensino distante, engessado e que não interfira positivamente na transformação e na melhoria do ambiente vivencial dos alunos.

...que na convivência com os

outros (a pessoa) vá aprendendo a ser feliz,

justamente porque criará perspectivas positivas

com relação ao futuro.



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1.3. MARCO OPERATIVO - NOSSOS IDEAIS: EXPRESSÃO DE POSICIONAMENTOS POLÍTICOS E PEDAGÓGICOS

Para que o Projeto Político-Pedagógico repercuta em mudanças efetivas no trabalho da Escola, é importante termos presente quais ideais movem as pessoas e quais desejos e expectativas têm os integrantes da Comunidade Escolar a respeito das ações e dos caminhos a serem trilhados.

Atualmente, quando olhamos a geografia da educação, encontramos diversas propostas e experiências. Elas pedem novas obras, reestruturação, investimento em tecnologia e formação continuada dos educadores, novas e diferentes formas de organização e de gestão, busca de novas maneiras para enfrentar os desafios oriundos da complexidade do mundo atual. Enfim, propostas para uma escola que contribua para a realização sustentável da sociedade e do ser humano que desejamos.

Portanto, é necessário que a escola defina, com clareza, sua identidade, para torná-la assim um contexto e clima organizacional propício à iniciação e desenvolvimento de vivências personalizadas e cooperativas. Uma escola que cria condições para: construir valores (aprender a ser); desenvolver capacidades (aprender a conhecer) desenvolver sua identidade pessoal e a socialização (aprender a conviver); atuar na ética, crítica e participativa na sociedade em todos os âmbitos (aprender a fazer). Para isso, é fundamental o compromisso e o comprometimento de toda a equipe: professores, direção, equipe pedagógica e equipe técnica-administrativa.

Ao concebermos o Colégio Estadual Santo Antonio como escola pública, gratuita e de qualidade, desejamos que, assumindo sua função social, seja uma instituição voltada à socialização de saberes teóricos, práticos e comportamentais, visando ao desenvolvimento das potencialidades dos indivíduos para constituírem-se cidadãos participativos, co-responsáveis nos processos de transformação da sociedade.

Partimos do pressuposto de que a escola existe para servir à sociedade. Por isso, é preciso que haja interação com a comunidade para saber quais suas necessidades de ordem cultural, esportiva e tecnológica, de tal maneira que as portas do Colégio Estadual Santo Antonio estejam abertas para atender a todos os cidadãos que dela decidirem compartilhar.

Sendo assim, a todo o momento, o Colégio Estadual Santo Antonio deve indagar-se: Quais projetos podemos desenvolver para atender à comunidade?

É fundamental assumirmos que a qualidade da educação pressupõe qualidade para todos, em todas as dimensões da vida humana. Isso significa que a escola não pode ser privilégio de determinados grupos e nem pode limitar-se à meta quantitativa de ampliar vagas. O trabalho da escola deve abranger diversas finalidades, associadas às seguintes dimensões:



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• cultural – compreender a pluralidade cultural dos diferentes grupos sociais e suas relações entre si e com o mundo;

• política e social – compreender a sociedade e participar no espaço em que vivemos, exercendo plenamente a cidadania, de maneira consciente e consistente;

• humanística – viver plenamente a condição de Ser Humano, sujeito da história, enfatizando o respeito,a tolerância e a solidariedade humana.

Para efetivar essas finalidades, faz-se necessário o seguinte questionamento: Nós conhecemos os alunos que estão chegando à escola?

Com as mudanças implementadas nos últimos anos, como a oferta de ensino médio e a crescente demanda de alunos para o Ensino Fundamental (matrícula automática), bem como a existência, a cada ano, de novos profissionais na escola que nem sempre desenvolveram suas ações baseados nos pressupostos da proposta da escola, propiciou alguns graves problemas, como indisciplina e queda na qualidade do ensino. Ou seja, a escola cresceu quantitativamente de forma muito rápida, porém as condições estruturais de ordem material, física e humana não cresceram eqüitativamente.

Se as condições de aprendizagem do aluno não são favoráveis, é preciso que a escola se mobilize criando as condições necessárias à aprendizagem. A diversidade das condições de aprendizagem, ou a chamada heterogeneidade, é uma realidade que não pode ser negada. Desde o processo de ingresso até a conclusão de um curso, a escola precisa ocupar-se com as reais condições dos alunos, pois muitos alunos da zona rural têm inúmeras dificuldades para manter-se estudando.

Ainda em relação às condições dos alunos, é fundamental a devida atenção às questões de ordem sócio-econômica, como as exigências relativas ao vestuário (uso do uniforme).

Para implementar ações conseqüentes é preciso que sistematicamente o Colégio Estadual Santo Antonio faça diagnósticos sobre a realidade dos alunos, suas condições sócio-econômicas e de aprendizagem, para que permaneçam na escola até a conclusão dos cursos e com o melhor rendimento possível.

No que se refere à evasão escolar e indisciplina é preciso analisar, sistematicamente, suas causas e efetivar ações para resolver problemas originados na escola, bem como contribuir para amenizar problemas de ordem sócio-econômica.

Por isso, em nosso ideal de escola, estabelecemos as características de três dimensões para o Marco Operativo:



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1.3.1. Dimensão Pedagógica

O efeito mediato da ação educativa, conforme a concebemos, é a construção do sentido para a vida: aumentar a cooperação humana, estimular a participação social, despertar a consciência de cidadania e preservar a dignidade da pessoa. Uma aprendizagem significativa, ou seja, que dá sentido para a vida.

A aprendizagem significativa contempla o saber estratégico - compreender o mundo e nele agir; o saber político - compreender a sociedade e nela participar; o saber ético - apreender que cada opção pode fazer-nos mais ou menos humanos. A aprendizagem deve contribuir para a formação de pessoas, levando à autonomia intelectual e moral, à cooperação, ao pensamento crítico através do confronto de idéias e do debate.

Para atingir tal investidura há necessidade de tempo para planejamento, onde os objetivos e o currículo sejam realmente definidos levando em consideração o público-alvo, ou seja, haja estreita relação entre o que queremos e o que temos. Que a metodologia, os conteúdos, o planejamento e a avaliação possibilitem sucesso, pois foram pensadas e definidas tendo em vista o aluno real.

Dessa maneira, os elementos que compõem o processo de ensino-aprendizagem assim estão definidos:

No entendimento da comunidade do Colégio Estadual Santo Antonio, a educação necessita levar em conta um processo de ensino-aprendizagem baseado no diálogo professor-aluno, ser contextualizada de forma a desenvolver a capacidade de análise das situações e a tomada de posições quanto ao social em qualquer nível (nacional e/ou mundial), ser engajada nos movimentos sociais de inclusão da população marginalizada, ter compromisso com a produção cultural nacional e mundial, ser capaz de atender à dualidade da preparação para a vivência social e para o ingresso no ensino superior no que tange à apropriação do conhecimento, patrimônio da humanidade.

1.3.2. Dimensão Comunitária

A organização interna e externa da escola expressa-se através das parcerias, convênios e envolvimento real das mais variadas instâncias com o objetivo único de melhorar a cada dia mais o desenvolvimento do processo pedagógico na escola. Dessa forma, almejamos harmonia, compreensão, tolerância, ética, mobilização, diálogo, interação, comprometimento, dinamismo, abertura às mudanças e cumprimento de acordos e funções para as várias instâncias administrativas, desde direção aos professores até os serviços gerais à assistência administrativa.

Insubstituível no processo ensino-aprendizagem é a pessoa e a missão do professor. Mais do que orientador do processo de aprendizagem é um mediador na construção do conhecimento, seu gestor e animador: Nós educadores temos uma missão muito grande nas mãos que é orientar, conscientizar, informar e provocar para que os alunos sejam atuantes e solidários.



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Aprendente por profissão, o professor, diante da avalanche de informações produzidas pela ciência e tecnologia, deve ter critérios para selecionar os que mais auxiliam a formação da pessoa e da sociedade em pleno sentido, assegurando que a modernidade técnica tenha componentes éticos.

Os professores devem ser sim, exigentes (professor legal não é professor bonzinho): incentivar os alunos, deixando-os curiosos; esclarecer suas dúvidas através da pesquisa, vista não como mais uma tarefa ou obrigação mas, como atividade acadêmica com a finalidade de investigação e transformação da realidade.

Se são grandes os desafios provocados pelas tecnologias da informação e da comunicação, também são inúmeras as possibilidades que a era das redes oferecem à educação.

Por isso, os relacionamentos na escola devem ser harmoniosos, respeitosos e, sobretudo, solidários, éticos e reflexivos, ou seja, aprender com os erros e melhorar sempre. Para que o professor possa atingir os objetivos, interesse, compromisso, motivação e criatividade devem compor o seu perfil, assim como, conseqüentemente, o seu aluno.

1.3.3. Dimensão Administrativa

Os componentes administrativos também foram pensados para serem transformados no âmbito escolar e não é tarefa apenas do diretor da escola e da equipe pedagógica, compete a todos a organização da escola para a realização daquilo que se deseja.

Nesse sentido, a escola ao elaborar seu projeto político-pedagógico, buscou colocar em prática, o exercício da autonomia que lhe é conferida, o que evidencia o compromisso e responsabilidade na definição de suas ações. Sendo, portanto, a própria escola geradora de suas ações e decisões, responde pelo que faz ou deixa de fazer. “Autônoma, a escola ouve e age” (Neves, In: Veiga, 1997:126).

A organização administrativa da gestão escolar é também um item previsto no projeto político-pedagógico. Foi pensada a partir das relações existentes na escola, agregando diferentes setores da comunidade escolar, incluindo os que nela trabalham e que a freqüentam, uma vez que todos serão afetados pela ação a ser desencadeada. A escola que se pretende universal deve contemplar a realidade social de seus membros, buscando através da ação colegiada e participação um tipo de organização, que sustende e dê forma aos seus objetivos, a sua intencionalidade. Dessa maneira, busca-se a constituição de uma escola democrática, onde as decisões são tomadas no coletivo, superando assim os grandes conflitos, eliminando relações competitivas, corporativas e autoritárias, diminuindo a fragmentação do trabalho, tornando-se monobloco que trabalha em uma única direção, saindo portanto de relações autoritárias



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e verticais para relações horizontais e dialógicas. É, com certeza, a forma mais viável de se conduzir o processo educativo.

Se pensou também em administração política da escola no sentido de procurar atender aos fins definidos para a escola pelo sistema de ensino, mas também no esforço de toda a comunidade escolar e sociedade em geral, articulando propostas e interesses da maioria, vinculadas a suas peculiaridades culturais e aos seus saberes.

Mas, como faremos isso? Acreditamos que alguns caminhos para se chegar ao projeto político–pedagógico e, conseqüentemente, ao desenvolvimento da qualidade do trabalho escolar, está bem próxima de nós, no cotidiano mesmo da escola. Requer que este cotidiano seja pensado, refletido, pesquisado. Isso implica compromisso político, administrativo, pedagógico, pessoal, afetivo, onde o grupo possa traduzir seus anseios em situações vivas. Significa resgatar a própria escola como espaço público, lugar de debate, de diálogo, fundado na reflexão, na participação individual e coletiva de todos os seus membros, conferindo-lhes o poder de decisão.

II – DIAGNÓSTICO

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2.1. DIAGNÓSTICO PELOS PROFESSORES – O PENSAR / FAZER PEDAGÓGICO NO COTIDIANO

Levamos em consideração, como descrito detalhadamente no Marco Referencial, que em termos sociais ocorre um complexo processo de mudança no modo de agir e pensar das pessoas, das famílias, da comunidade, da sociedade e do mundo, sendo que esse processo influencia direta e profundamente o fazer pedagógico da escola. Cada vez mais, as pessoas vão se tornando individualistas, muitas vezes sem perspectivas de mudança e de melhoria de vida. Lamentavelmente, são poucos os sujeitos do processo para os quais a escola desenvolve seu trabalho que possuem visão positiva e/ou crítica sobre a importância da educação escolar. Percebe-se que o aluno que convive em ambiente bem estruturado, apresenta perspectiva de melhoria de vida, buscam um ideal, a fim de realização pessoal e profissional; no entanto, há alunos



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menos favorecidos (que necessitam de mais atenção e apoio), para os quais há uma crescente exigência de se encontrar formas adequadas de mantê-los na escola, pois muitos deles sentem-se seduzidos a abandonar a escola em busca de novos atrativos, que nem sempre são os melhores. Tal exigência (manter esses alunos em sala de aula) se faz necessária porque, diante de um mundo exigente, competitivo, preconceituoso, a educação escolar não é mais um diferencial (como até alguns anos atrás), mas pré-requisito e condição básica para as aprendizagens que são cobradas pelo mundo atual.

A busca pela construção de um novo capitulo da história da educação brasileira , marcando o nascimento de um projeto de educação protagonizado pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo e suas organizações sociais , refletem a nova era.E o Colégio Santo Antonio , sobretudo, vem buscando nessa construção um novo caminho , trilhado na dinâmica do direito do aluno que trabalha na terra ao mesmo tempo freqüenta a escola. Essa trajetória vem marcar a riqueza de conhecimento e o resgate da cultura própria do homem do campo, que traz consigo a vivência e o respeito pela sua própria história .

A Educação do Campo é um direito do trabalhador rural , e vem sendo negado pelo silenciamento e o esquecimento de sua trajetória e se torna urgente ouvir e atender a dinâmica social , cultural e educativa dos diferentes grupos que formam o povo do campo .

Até quando a escola do campo teria que ser apenas um remendo da escola da cidade? Nesse sentido, cabe ressaltar que o aluno do campo deve ter, sim, perspectivas de vida no campo, com qualidade e possibilidade de melhorias.

Nossa escola é freqüentada por uma clientela de perfil diversificado. De acordo com as posses das famílias, observamos cinco perfis principais:

• há alunos de classe baixa (muitos deles encaminhados pelo Conselho Tutelar, Promotoria Pública, resgatados da exploração do trabalho infantil, retirados das ruas, oriundos da Casa Lar, filhos de pais desempregados ou no sub-emprego, etc), sendo muitas famílias atendidas pelo Programa Federal Bolsa Família;

• há alunos da classe média (filhos de pequenos e médio comerciantes, de funcionários públicos municipais e estaduais, de pequenos e médios agricultores, assalariados em geral, etc.) cujos pais possuem certa escolarização, capaz de fazer exigências quanto a qualidade do ensino ministrado no estabelecimento.

• há alunos de classe média-alta (filhos de pequenos e médios empresários, fazendeiros, industriários, bancários, profissionais liberais, etc.) que mantém seus filhos acreditando no ensino e na filosofia do colégio.

• há parcela significativa de alunos trabalhadores (especialmente no turno da noite), pais e mães, estagiários de CIEE entre outros que possuem certa dificuldade em ajustar horários do trabalho com a escola.

• há alunos oriundos de assentamento, do movimento sem terra, posseiros, arrendatários, pequenos agricultores familiares, populações ribeirinhas, quilombolas, etc que buscam na escola possibilidade de melhoria na qualidade de vida.

Percebe-se, portanto, aqueles alunos que têm dificuldades quanto à alimentação e vestuário e outros com condições de freqüentar escolas pagas.



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Pelo fato de a escola ser bem conceituada ante a opinião pública e sociedade em geral, os alunos vêm com a expectativa de um bom aprendizado, tendo, além da necessidade intelectual, uma necessidade psicológica, moral e social supridas. Os pais matriculam seus filhos acreditando em uma escola bem organizada, com profissionais capacitados, sendo que estes elevam o conceito do nosso estabelecimento, dando também segurança, devido ao retrospecto que é muito positivo. Nesse aspecto, a participação dos pais em reuniões, assembléias, festas, feiras, exposições, palestras, eventos em geral é muito significativa, pois cada vez que são chamados, a presença é sempre acima de 80%.

Alguns problemas básicos apresentam–se, os quais impedem a realização de um trabalho pedagógico de melhor qualidade, como por exemplo: o acumulo de função, falta de sincronia e de comunicação entre os vários níveis que compõem o grupo de profissionais da escola e a rotatividade de professores (que favorece a existência de indisciplina e não-continuidade no desenvolvimento das ações planejadas para cada série).

Mesmo assim, considerando o conceito que a comunidade (especialmente dos pais de alunos) tem do Colégio, percebe-se que, apesar das dificuldades existentes, se comparamos os alunos com os de outros Colégios temos bons índices de aprovação e qualidade.

A seguir, gráficos que demonstram a evolução de aprovação, reprovação e abandono da escola nos anos de 2004 a 2007.

ÍNDICES 2004

Ensino Fundamental - 2004

84%

12%4%

Aprovação

Reprovação

Evasão

Ensino Médio - 2004

74%

12%

14%

Aprovação

Reprovação

Evasão

ÍNDICES 2005



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ENSINO FUNDAMENTAL - 2005

83%

14%3%

APROVAÇÃO

REPROVAÇÃO

ABANDONO

ENSINO MÉDIO - 2005

82%

10%

8%

APROVAÇÃO

REPROVAÇÃO

ABANDONO

ÍNDICES 2006

ENSINO FUNDAMENTAL - 2006

73%

21%

6%

APROVAÇÃO

REPROVAÇÃO

ABANDONO

ENSINO MÉDIO - 2006

76%

12%

12%

APROVAÇÃO

REPROVAÇÃO

ABANDONO

ÍNDICE - 2007

RESULTADO FINAL - ENSINO MÉDIO

74%

16%

10%

Aprovados

Reprovados

Abandono

Nossos professores enfrentam problemas como superlotação, ambientes que necessitam de melhorias para aprendizagem e falta de interesse de parcela significativa de alunos. No ensino fundamental, os problemas mais alarmantes são o excesso de aulas-vagas (falta de professor e demora na substituição de professores licenciados) e indisciplina, especialmente daqueles fora da faixa etária, com histórico de reprovações. Em ambos os níveis são dificuldades encontradas como os atrasos constantes dos alunos, especialmente na primeira aula; alguns professores que não cumprem regras e prazos, profissionais pouco comprometidos com o processo de ensino-aprendizagem, graves problemas de saúde em função de stress profissional (gerando inúmeros atestados médicos e licenças) e ineficiência no cumprimento global das atividades pela equipe de serviços gerais, em função do número reduzido desses profissionais ( a quantidade de salas aumentou, porém o quadro desses servidores permaneceu praticamente inalterado.

RESULTADO FINAL 2007 - ENSINO FUNDAMENTAL

64%

26%

10%

Aprovados

Reprovados

Abandono



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Assim mesmo, deixando de lado o olhar sobre as minúcias do dia-a-dia da escola, é completamente visível que o grupo de professores que compõem o corpo docente do colégio é bastante heterogêneo, havendo características bipolares evidentes como: professores experientes / professores em início de carreira; professores efetivos / professores com contratos temporários; professores especialistas e mestres / professores acadêmicos, etc que, de maneira geral convivem pacificamente, necessitando, porém, de maior espaço para troca de idéias e experiências, e sobretudo, de elaboração de estratégias comuns para a melhoria de todo o processo de ensino aprendizagem. Acima de tudo, há um clima de amizade, de respeito, de união, de abertura ao diálogo e, principalmente, de comprometimento com a educação. No total somos 64 professores (2008) que têm se destacado perante a comunidade porque estamos sempre procurando modificar a realidade da sociedade na qual os alunos estão inseridos. Temos como principal objetivo tornar nossos alunos cidadãos conscientes e participativos, para que assim, consigam melhorar suas condições de vida, e sobretudo, para que sejam honestos, solidários e felizes. Os principais valores presentes em nossa escola são o respeito mútuo, a interação e integração dos profissionais, a busca por um ambiente favorável à melhoria e aperfeiçoamento profissional, bem como o civismo, a participação democrática, o espaço para reflexão e mudança, a honestidade, e, sobretudo, os valores humanos da solidariedade, da justiça e do forte desejo de melhorar cada vez mais, superando erros e falhas e valorizando acertos e conquistas.

Ao analisar as motivações que dirigiram os docentes para o magistério ficamos felizes ao saber que foram a busca por realizações e objetivos pessoais / profissionais.

Em 2008 a Casa Familiar Rural (por meio de Convênios entre a Associação e a Prefeitura Municipal) concluiu a construção de sua sede própria, localizada no Centro de Produção, PR 170. A nova estrutura possui 3 salas de aula, Biblioteca, Laboratório de Informática, cozinha, banheiro, refeitório e dormitórios coletivos femininos e masculinos. Compõem ainda o espaço, uma horta de 1 hectare com produção de hortaliças e plantas medicinais..

A disposição da Casa Familiar Rural há um veiculo Gol, ano 2005, utilizado para locomoção dos monitores, professores e alunos.Há também um acervo bibliográfico da área técnica, sendo a Arca das Letras e Microteca da EMBRAPA.

Nesse contexto geral, determinamos como a grande meta dos profissionais do Colégio e da Casa é o desejo pela formação do caráter e personalidade do ser humano, buscando dessa maneira a melhoria da sociedade como um todo. Nesse aspecto, salientamos a importante participação da grande maioria dos professores em busca do acerto, em tentar fazer o melhor, em querer que o processo “dê certo” e em alcançar os objetivos e metas com êxito, obtendo resultados positivos e desempenho satisfatório.

O eixo central de nossa escola tem sido a formação do educando como um todo, levando-se em conta a inserção dos mesmos na sociedade, tornando-os capazes de agir com discernimento e lucidez, criticidade e criatividade, possibilitando o acesso a cidadania e sua qualificação para o trabalho. É a prescrição presente na LDB 9394/96, que em seu artigo 2º diz:



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A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

A infra-estrutura do Colégio é ampla, mas mesmo assim ainda faltam espaços livres para os momentos ociosos dos alunos (para aula-vaga e mesmo no recreio). O espaço escolar é formado por 04 blocos de salas de aula (totalizando 15 salas de aula), secretaria, laboratórios de Ciências e de Informática, Biblioteca, cozinha, sala de professores, sanitários, cantina, Sala de apoio à aprendizagem, depósitos e almoxarifado, sala de direção e sala da equipe pedagógica, além de 01 quadra de esportes coberta.

A equipe pedagógica e administrativa é completa, contando com diretor, diretor auxiliar, 04 pedagogos, 01 agente de execução e pessoal de apoio (10 equipe administrativa e 11 de serviços gerais)

Na Casa Familiar Rural atuam 04 professores nas Áreas de conhecimento, 02 técnicos em Agropecuária e 01 Coordenador geral – Engenheiro agrônomo, 01 Cozinheira, 02 Auxiliares de serviços Gerais e mais 09 voluntários que fazem parte da Associação da Casa.

A escola busca ampliar os conhecimentos dos alunos, avaliando o rendimento escolar, melhorando o seu desempenho no trabalho e na vida, construindo a base para poder dar continuidade aos estudos (em especial ao Ensino Superior), possibilitando as mais variadas formas de adentrar ao mundo do conhecimento formal.

E na Casa Familiar Rural além das disciplinas do Núcleo Comum, trabalha-se com Temas Geradores, em regime de Alternância.

A seleção dos conteúdos a serem trabalhados é feita pelos professores, nos momentos de discussões sobre o assunto na Semana Pedagógica e através do DEB Itinerante. Os conteúdos estão elencados na Proposta Pedagógica Curricular.Na escola, uma adaptação e adequação à realidade são feitas em cada disciplina pelos professores da escola no momento do Planejamento Essas adaptações se tornam inevitáveis e necessárias porque parte-se do princípio que, para haver aprendizagem significativa e efetiva, deve-se proporcionar aulas dinâmicas com materiais que despertem o interesse e as motivações internas dos alunos, que possibilite aulas com conteúdos que leve-os a desafios.

Na Casa Familiar Rural, trabalha-se envolvendo todas as atividades onde, em uma semana trabalha-se a teoria e na outra a prática na propriedade. São definidos Temas geradores a serem desenvolvidos, e a partir deles é feito o Plano de Formação. No caso de seleção de conteúdos, faz-se a partir dos temas geradores. As aulas são planejadas em conjunto, num momento onde professores e monitores discutem o conteúdo com relevância. Os conteúdos do Núcleo comum são os mesmos definidos na Proposta Pedagógica Curricular da Escola base.

Nesse contexto, podemos destacar um fator complicador na seleção dos conteúdos, planejamento das ações e organização das metodologias. Tal fator é com



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relação à indisponibilidade de tempo e espaço necessários, ou seja, para estes momentos tão importantes e significativos, é destinada uma parcela de tempo e espaço que dificulta a troca de idéias e a construção coletiva de planos e projetos. Felizmente, particularmente no que se refere ao planejamento individual de cada professor (Plano de trabalho docente), não encontramos “problemas” na sistemática de planejar, pois existe a hora-atividade que é utilizada também para o planejamento das atividades, além de outras tarefas. Mesmo assim, podemos perceber, em muitos momentos, a solicitação de professores para que as aulas sejam preparadas por área, para que idéias e experiências de diferentes professores possam ser trocadas. Cabe ressaltar atividades de planejamento que ocorreram com professores de outros estabelecimentos de ensino, com finalidades pedagógicas semelhantes, com bons resultados.

Na Casa Familiar Rural, as atividades planejadas acontecem de acordo com os princípios da Pedagogia da Alternância, ou seja, uma semana de aulas, em período integral na casa e uma semana de atividades na propriedade. Nessa proposta, alguns instrumentos pedagógicos são essenciais; plano de estudos,contato individual, colocação em comum, visita de estudo, caderno de alternância e caderno de exploração agrícola. Tais instrumentos são a base de todo o trabalho e, juntamente com as famílias, os jovens são peças fundamentais na responsabilidade por elaborar o plano de estudos, diagnosticando sua realidade e suas formas de produção na propriedade.

Há acompanhamento em todos os momentos do processo, desde a limpeza e organização dos espaços, até a aplicação nas propriedades das aprendizagens ocorridas na Casa. Isso ocorre, por meio das visitas às propriedades pelos monitores e professores, motivando a execução dos projetos avaliando os resultados e promovendo as mudanças necessárias.

Com relação às iniciativas que colaboram para a formação da pessoa que sonhamos, sabemos que são inúmeras, variadas e ricas, como: Feira do Conhecimento, Olimpíadas de Língua Portuguesa, Biologia e Matemática, Fabuloso Mundo da Literatura, Fanfarra entre outros. Consideramos importante tais atividades e percebemos que ainda há necessidade de intensificar metodologias mais participativas. Há momentos em que enriquecer o currículo com atividades extra-curriculares, busca estabelecer um comprometimento de vivência coletiva, mas sua efetivação tem demandado um redimensionamento da intensidade e diversidade de como são realizados. Nesse contexto, vale destacar as atividades referentes à Fanfarra, aos Jogos Colegiais e ao FERA.

Os profissionais da Casa Familiar Rural faz visitas de estudos onde confronta -se a experiência pessoal com outros, oportuniza o jovem a expressar-se, estabelece pontos de comparação e amplia o conhecimento, desenvolvendo senso de;observação, raciocínio, analise e responsabilidade.

Muitas vezes temos dificuldade de lidar com a pluralidade sócio, cultural, afetiva e religiosa dos alunos. Não somos abertos ao diferente, isto acarreta algumas confusões sobre a disciplina, tais como: insegurança em relação às normas; muitas chances dadas aos alunos indisciplinados e negligentes, gerando com isso um certo clima de impunidade dentro da escola. Muito tem sido feito para superar tal problemática, com



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destaque ao importante papel dos Pedagogos na intervenção e suporte ao professor, porém, muito ainda há que se fazer, para estabelecer uma relação mais coerente com o ensino e a aprendizagem.

Temos dificuldade também na inclusão de alunos portadores de necessidades especiais, condutas diferentes, ainda que nossa experiência têm demonstrado conquistas excelentes de acolhimento a diferentes grupos sociais. São notáveis as dificuldades de comunicação com alunos deficientes auditivos e a frustração quando não se obtêm resultados positivos com alunos portadores de problemas e/ou dificuldades de aprendizagem.

Diante disso, faz-se necessário superar a atuação do pedagogo em ações “apaga-incêndio” e concentrar os esforços para a melhoria na relação professor aluno, ensino-aprendizagem, metodologia e prática, pensamento e ação, plano e atividade.

O que existe nesse momento em nossa escola é uma busca de sincronizar o projeto político-pedagógico com a metodologia e a didática de ensino; é uma busca contínua de dar coerência da avaliação do desempenho escolar à proposta de ensinar e aprender, de cumprir com os “combinados” e fazer cumprir aquilo que está determinado. Dessa forma, estaremos chegando a uma práxis educacional correspondente ao marco operativo que assumimos como referencial. Sabemos que aprender conteúdos isolados das questões mundiais não leva a nada; deve-se aprender a investigar e transformar a sociedade, não de modo isolado, mas coletivamente.

O que se deseja e sonha é um mundo melhor, ajudado por uma escola, através de seus professores e alunos, que quer certar o passo e ser cada vez melhor.

2.2. UM OLHAR DOS FUNCIONÁRIOS - PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS

Como a construção desse PPP foi realizada de modo democrático e coletivo, participaram do levantamento geral de pontos fortes e fracos, positivos e negativos, os funcionários técnico-administrativos e de serviços gerais. São 11 auxiliares de serviços gerais, 10 técnico-administrativos e 01 secretária. Foram realizados encontros com este importante grupo de profissionais e as questões levantadas foram as seguintes:

Num primeiro momento, discutiram-se os problemas enfrentados no dia-a-dia da escola entre as equipes administrativas e de serviços gerais.



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Um dos problemas diz respeito ao Relacionamento entre Funcionário e Direção, pois as decisões e ações acabam sendo muito centralizadas na pessoa do Diretor e da Equipe Pedagógica, gerando alguns desencontros como o tratamento desigual e diferenciado dos funcionários pela falta de diálogo e de padronização nas atividades gerais.

Nos Relacionamentos Interpessoais ocorrem graves problemas, visto que há falta de respeito entre os componentes das equipes devido a desunião, há falta de companheirismo e de compreensão, existem muitas fofocas, intrigas, rivalidades e intolerância. Muitas vezes se percebe claramente a falta de ética profissional no que diz respeito às questões da escola levando a uma certa dificuldade inclusive no trato com os alunos, que muitas vezes não respeitam funcionários.

As Atitudes Profissionais tem sido motivo de problema porque devido ao individualismo e ao corporativismo das equipes, falta iniciativa para resolver os problemas, optando, muitas vezes, pelo improviso e, assim, não os resolvendo de fato. Por isso, se faz necessário mais profissionalismo nas atividades cotidianas. Nota-se, também, que muitos assuntos alheiros ao ambiente escolar são tratados na escola, não cumprindo, inclusive, com os encaminhamentos feitos pelo diretor. Falta, inclusive, o cumprimento de horário por parte de todos. Destaca-se também a falta de colaboração dos professores com a limpeza da escola, especialmente na manutenção do banheiro e da sala dos professores.

Por último, o problema discutido foi relacionado aos Materiais de Uso Diário e Espaço Físico. Com relação ao material de uso diário na Secretaria, destaca-se como positivo a questão dos materiais e equipamentos que melhoraram muito as atividades diárias, como a Laboratório de Informática, Impressoras e acesso à rede mundial - Internet. Também é importante destacar a sala dos funcionários, apesar de dividir o espaço com outras funções.

Após diagnosticar e efetuar o levantamento dos problemas, fez-se também o levantamento dos pontos fortes da escola com a intenção de analisar aquilo que vai bem.

Um dos pontos positivos a destacar é a Relação da Escola com a Comunidade, pois, além de ser bem vista pela sociedade em geral pela qualidade do ensino, são enviados agradecimentos especiais aos colaboradores além de outros diferenciais que reforçam a visão positiva da escola.

Outro ponto forte é relacionado a maior Segurança para todos com a construção dos muros ao redor da escola.

Apesar de inúmeros problemas, ainda assim o Convívio com alguns amigos é positivo, sem contar o bom relacionamento com os alunos e professores.

Com relação às Questões Profissionais em geral, a Equipe Pedagógica da escola sempre apóia os Funcionários quando buscam auxílio. Na cozinha, é importante destacar que a Alimentação Escolar tem sido muito boa, sendo que atualmente, há muito mais facilidades para realizar os serviços de limpeza e manutenção da escola.



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Embora algumas vezes faltem materiais de limpeza, no geral são sempre disponibilizados.

2.3. PAIS: LEVANTAMENTO DE PROBLEMAS E ELABORAÇÃO DE AÇÕES

Os pais participaram ativamente da construção desse PPP e sua contribuição foi fundamental para perceber a escola com um olhar diferente daquele ao qual estamos acostumados. É importante destacar que a participação dos pais foi muito grande, comparecendo 89% dos 100 pais convidados. Basicamente, os pais foram relatando solicitações e sugerindo soluções para diminuir ou eliminar alguns problemas.



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A Casa Familiar Rural faz uma pesquisa participativa da comunidade para que possam colocar as impressões observadas, analisar os pontos positivos e negativos e melhorar a casa, agrupando as idéias para melhoramento da funcionalidade da mesma. Não há maiores conflitos, como indisciplina por causa do convívio dos alunos, professores e monitores.

Uma das solicitações foi para que haja um trabalho mais individualizado, pela Equipe Pedagógica, com o professor que não possui domínio de classe. Tal ação é imprescindível para sanar o problema de indisciplina dos alunos, sem contar que é importante haver professores melhores preparados e com mais autoridade na sala de aula para não incorrer na queda da qualidade do ensino.

Nos conflitos entre Professores e Alunos, é fundamental que o diálogo seja sempre utilizado para que o problema seja realmente esclarecido e resolvido, destacando com isso o respeito mútuo.

No pátio da escola, o papel do Inspetor de Alunos é fundamental para a segurança e manutenção da ordem, incluindo, também, o Guardião (porteiro). Por isso, é necessário formação para o Inspetor que também encaminha as atividades aos alunos com professor ausente (aula vaga) e para o Guardião.

Para haver diálogo e trabalho conjunto, se faz necessário o chamamento dos pais na escola para participarem de palestras e seminários sobre relacionamento entre pais e filhos. Nessa questão, destacou-se também a importância de não haver diferenciação no tratamento entre os alunos.

O uso do uniforme escolar, sendo a camiseta oficial da escola obrigatória, deve ser permanentemente cobrado. Aos alunos carentes, possibilitar que tenham o uniforme a partir de Campanhas de doação de uniforme, articulada juntamente com a APMF.

Pessoas estranhas ao ambiente escolar não devem entrar na escola e é importante que haja uma parceria do Colégio com a Polícia para patrulhamento, em especial na hora da saída dos alunos, para maior segurança e impedimento de brigas e conflitos.

Mesmo a Alimentação Escolar ter sido de boa qualidade nos últimos anos, é fundamental que seja organizado um refeitório adequado para os alunos. Através de parcerias e convênios, que sejam implantados: o Serviço de Psicologia para atendimento de alunos com problemas;

Destaca-se como ponto importante a implantação do Laboratório de Informática dando acesso aos alunos para aulas dinâmicas e informatizadas, a implantação da TV Multimídia e a cobertura da quadra, cabe destacar também a melhoria no acervo bibliográfico da Biblioteca.

Os pais percebem como ponto positivo a cobrança da disciplina e a forma que a Equipe pedagógica utiliza para informar os pais sobre problemas com seus filhos. Também é bastante positivo a chamada de pais quando os filhos estão faltando ou gazendo às aulas.



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Destaque também para o Informativo que foi encaminhado no início do ano de 1008 constando o Calendário escolar e de atividades e o conjunto de regras do cotidiano da escola. O calendário de avaliações também é um dos elementos importantes, pois estabeleceu aos pais a possibilidade de acompanhar melhor os estudos dos filhos em casa.

As reuniões que são realizadas periodicamente é uma das questões consideradas relevantes, pois além de receber o boletim com a parcial de notas (5,0 pontos), os pais também ficam informados sobre as rotinas e atividades do colégio.

2.4. OS ALUNOS: PONTOS DE VISTA E SUGESTÕES PARA O COTIDIANO

Nos encontros que aconteceram com os alunos para pensar sobre o cotidiano escolar e definir possibilidades de melhorias cabe ressaltar o quanto foi positiva a participação dos mesmos.



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Os alunos debateram inúmeras questões e ao final das discussões elaborou-se um rol de questionamentos e reivindicações que ficaram assim organizadas:

SUGESTÕES PEDAGÓGICAS

Que se organizem grupos de dança, teatro e música atuantes no dia-a-dia da escola, com o apoio dos professores e também dos colegas;

Que se implante oficinas de teatro, de música e de dança, vídeos e atividades culturais nas aulas vagas e nos finais de semana;

Que se efetivem projetos que levem em consideração as opiniões e as sugestões dos alunos na elaboração e execução;

Que se implemente a Rádio Recreio pelos alunos;

Que se realizem festas e outros eventos com o intuito de angariar fundos para equipar os Laboratórios de Ciências e de Informática.

Que se concretizem estudos, textos e questões que se referem ao vestibular para que os alunos do Ensino Médio tenham preparo para realizar o mesmo.

SOLICITAÇÕES AOS PROFESSORES

Que a regra de não usar o aparelho de telefone celular na sala de aula seja respeitada também pelos professores;

Que haja mais criatividade nas aulas (aulas repetitivas são cansativas e não nos levam a aprender de verdade);

Que os professores cumpram melhor o horário na escola.

Que os professores não coloquem na prova questões de conteúdos ainda não estudados e expliquem melhor as questões;

Que os professores evitem ter “alunos preferidos e protegidos”, mas que tratem a todos com igualdade;

Que o horário das aulas de Educação Física seja repensado para evitar que as aulas de turmas com idades muito diferentes sejam juntas;

SUGESTÕES E QUESTIONAMENTOS COM RELAÇÃO À DISCIPLINA

Que as regras e normas sejam cobradas e cumpridas por todos – alunos, professores e funcionários;



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Que se evite e elimine brigas e brincadeiras de mau gosto e que, o profissional que cuida do pátio, realmente cuide dos alunos e não tolere o desrespeito;

Que não se permita a entrada de alunos que trazem consigo objetos perigosos que possam ferir os alunos e o patrimônio escolar.

Trabalhos com projetos relacionados às alternâncias para o bom andamento dos convívios e aprendizagem.

SUGESTÕES PARA OS RECURSOS FÍSICOS (AMBIENTE EXTERNO)

Que as condições da quadra esportiva sejam melhoradas, como, por exemplo: colocar “lajotas”, adquirir mais material esportivo (redes, bolas, raquetes, mesas, etc), fazer as paredes ao redor da quadra coberta e melhorar a quadra de voleibol;

Que seja cobrada uma taxa em dinheiro daqueles que não devolverem os livros da Biblioteca no prazo estipulado e reverter este dinheiro para a aquisição de mais livros;

Que se elabore um “calendário da alimentação escolar”, constando um cardápio diferente, saudável e de boa qualidade.

Que a cantina ofereça várias opções de alimentos e que seja melhor organizada para atender os alunos.

SUGESTÕES PARA MELHORIA NO COTIDIANO

Que haja melhorias nos banheiros masculino e feminino.

Que seja propiciado a confecção da carteirinha do estudante para ser utilizada inclusive na hora do lanche, evitando perda e danos aos pratos, talheres e canecas.

Que seja designado funcionário para cuidar melhor do pátio e coibir alunos que insistem em fumar nas dependências do colégio.

Que sejam realizadas mensalmente atividades diferenciadas.

Que seja feito um lanche de melhor qualidade aos alunos do noturno, pois é grande o número de alunos trabalhadores, que vêm direto do trabalho para o colégio.

2.5. SISTEMA DE AVALIAÇÃO



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A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno. Ela é contínua, cumulativa e processual e deve refletir o desenvolvimento global do aluno e é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas.

A avaliação deve utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si e o resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar conteúdos / instrumentos / métodos de ensino.

Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma. Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos e ocorre de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. Ela é organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.

Os registros de notas da avaliação da aprendizagem estão expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Para calculo da média anual será usado a seguinte formula:

Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados no Livro de Registro de Classe de cada professor e depois, inserido no Sistema de Registro Escolar - SERE.

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à apuração da sua freqüência.

Após todo um processo reflexivo realizado no ano de 2007 (como forma de concretizar anseios demonstrados no ano de 2006), com vários momentos de debate e troca de idéias, socialização de experiências e angústias pelo grupo de professores, chegamos num momento em que precisávamos formatar um novo “modelo”, que

M.A. = 1ºS + 2ºS = 6,0 2



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expressasse, com coerência e clareza, nossas necessidades e anseios pela melhoria do processo avaliativo.

Esse Modelo é resultado de muita reflexão e análise e demonstra de forma madura (pela vivência em quase 3 anos) de um processo q merece melhoria e ajustes.

Não surgiu do nada, nem foi decisão arbitrária, mas espelha idéias e sugestões que surgiram a partir dos trabalhos em grupo e, principalmente, pela prática e observação no dia-a-dia do trabalho docente.

Assim, propõem-se, para a partir do ano letivo de 2008, os seguintes critérios, instrumentos e normas de Avaliação e Recuperação no Colégio Estadual Santo Antonio:

- O sistema permanece semestral; no entanto, a cada bimestre haverá reunião de pais para entrega de notas. No caso, na primeira e na terceira reunião (nos meses de maio e outubro) será entregue o boletim com notas parciais, a fim de haver ciência por parte do pais, do rendimento de seu filho.

- A média anual para aprovação, de acordo com a legislação vigente, é 6,0;

- Haverá, desde o início do ano, um Calendário que demonstra a “Semana de Avaliações”. Ou seja, durante o ano, haverá 4 momentos (no caso, 4 semanas – em abril, julho, setembro e dezembro) em que todas as turmas, em todas as disciplinas, realizam a Avaliação.

- Nessa semana de Avaliação, a atividade avaliativa desenvolvida pelo professor (provas e trabalhos que demandam esforço, dedicação e estudo) terá valor 3,0.

- As atividades avaliativas do dia-a-dia (tarefas, relatórios, testes, cadernos, trabalhos, pesquisas, produção de textos, seminários, apresentação de trabalhos, listas de exercícios, experimentos, concursos, cartazes, projetos e produções artísticas, desenhos, entre outros) terão valor 2,0 em cada bimestre, sendo que esse valor poderá ser dividido em quantas atividades o professor desejar / planejar.

- O calendário anual de Avaliações será fixado na sala de aula e uma cópia será entregue a cada aluno (também será enviada uma cópia aos pais e nela solicitado a assinatura, a fim de comprovar a ciência dos mesmo para os momentos em que devem cobrar de seus filhos o estudo em casa).

- Na sala de aula, também será fixado um quadro anual para o registro, pelo professor, de datas de provas e entrega de trabalhos.

- Ao final do semestre, após a semana de Avaliação, haverá um semana para retomada do conteúdo e revisão dos pontos mais críticos ou onde os alunos mais apresentaram dificuldades durante o semestre. Na semana seguinte, haverá o momento em que acontecerá a avaliação / recuperação paralela, valendo 6,0, a todos os alunos. Após correção, permanece a nota maior. Salienta que a nota do “1º bimestre” poderá ser melhorada.



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- O aluno que não tenha realizado as avaliações anteriores, não poderá realizar num único momento, a avaliação. Também, o aluno que deixou a prova em branco (por irresponsabilidade e negligência) ou que tenha escrito “besteiras” ou feito desenhos e rabiscos, também não poderá realizar a atividade de recuperação.

- Se o aluno perder uma avaliação, deverá solicitar, junto à Equipe Pedagógica, um autorização para realizara avaliação perdida. E neste momento, apresentar a justificativa da falta.

- Nas avaliações (provas) o professor, deve, obrigatoriamente, utilizar no mínimo, 3 tipos de questões. Sendo que as mesmas devem ser entregues à Equipe Pedagógica com antecedência de 48 horas e, após verificação, encaminha para a digitação. Reforça-se que todas as avaliações têm um padrão na digitação.

- A pós a prova ser digitada, o funcionário responsável, antes da impressão, solicitará ao professor uma revisão, a fim de evitar erros e problemas na digitação.

- Nas disciplinas em que não haja alunos para recuperação de nota, o professor iniciará o conteúdo seguinte. Não podendo, em hipótese alguma, dispensar aluno da aula.

- Após a correção das avaliações e o registro das notas no Livro de chamada, o professor entrega as mesmas para a Equipe pedagógica. Tais avaliações serão organizadas por aluno, para serem mostradas na Reunião de pais, e posteriormente entregue aos pais/responsáveis.

2.6. NECESSIDADES



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A partir de todas as reflexões que foram surgindo nos encontros e discussões de professores, funcionários, pais e alunos estabeleceram-se seis Necessidades a serem encaradas como desafios no Plano Geral de Ações do PPP. Tais Necessidades serão detalhadas na Programação.

1. Ensino Eficiente

2. Aprendizagem Significativa

3. Participação Efetiva dos Pais

4. Condições Mínimas de Trabalho ao Professor

5. Interação e Comprometimento do Aluno

6. Adequação da prática educacional ao Projeto Político-Pedagógico

III – PROGRAMAÇÃO

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A Programação das ações da escola foram estabelecidas tendo como parâmetro as Necessidades estabelecidas a partir do Marco Referencial e do Diagnóstico.

NECESSIDADES

(Desafios) POLÍTICAS ESTRATÉGICAS

(Linhas de Ação) AÇÕES CONCRETAS

(Atividades Permanentes) REGRAS

(Determinações e Rotinas)

3.1. Ensino Eficiente

Que o ensino seja eficiente e motivador, promovendo a participação, a interação, o envolvimento, o interesse, a criticidade, a criatividade e o desenvolvimento bio-psico-social do aluno.

Organizando atividades e ações que levem em consideração as características peculiares dos alunos e das turmas, levando também em consideração as opiniões e sugestões dos alunos;

Buscando o compromisso do aluno utilizando elementos da sua realidade, bem como despertando o seu interesse com práticas criativas e inovadoras;

Preparando e diversificando as técnicas

Realizar encontros, por disciplina, para planejamentos e troca de experiências;

Promover encontros pedagógicos a fim de discutir questões de sala de aula e do próprio PPP e a permanente busca de adequação dos conteúdos às expectativas e aos interesses também dos alunos;

Analisar, durante os momentos de hora-atividade, a prática e os resultados das ações docentes;

Promover cursos de formação na área de atendimento de alunos com necessidades especiais e cobrar da autoridade competente a

Planejamento semestral, por área e disciplina, das ações, atividades e projetos a serem desenvolvidos;

Registros, em livro próprio, das ações desenvolvidas nos momentos de hora-atividade;

Realização de Conselho de Classe para levantar os problemas e buscar as soluções;



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de ensino, evitando que todas as aulas sejam monótonas, repetitivas e cansativas;

Buscando formação para atendimento de alunos com necessidades especiais;

Fomentando a utilização de tecnologias no cotidiano das aulas, especialmente a inclusão digital através do Laboratório de Informática e utilização da TV Multimídia;

Desenvolvendo o espírito participativo dos professores para que aconteça o encontro de interesses coletivos.

oferta de cursos de formação nessa área;

Solicitar, junto ao NRE e autoridades competentes a inserção, no quadro de pessoal da escola, profissional qualificado para orientar o atendimento aos alunos portadores de necessidades especiais;

Avaliar, permanente e continuamente, o desempenho e rendimento do aluno, por meio de instrumentos diversificados;

Realização de recuperação concomitante, de acordo com as necessidades dos alunos.

Discussão das estratégias e procedimentos de recuperação paralela a fim de estabelecer novas alternativas pedagógicas para esta questão.

3.2. Aprendizagem Significativa

Que a aprendizagem ocorra com a construção do conhecimento pelo aluno, incluindo as ações no cotidiano da escola, dentro de um contexto histórico, cultural e social.

Respeitando a individualidade e o ritmo de cada aluno;

Percebendo atitudes crítico-transformadoras no meio em que vive;

Priorizando a efetivação de conhecimentos que colaborem para a inserção social, formação de cidadãos conscientes e pessoas capazes de transformar, a partir de decisões pessoais e coletivas;

Oportunizar, na sala de aula, momentos de discussão e troca de informações para a construção efetiva do conhecimento;

Realizar atividades e projetos que levem o aluno a desenvolver uma consciência crítica e uma visão realista do mundo e dos fatos;

Conhecer a realidade social, econômica e cultural dos alunos, a fim de identificar potencialidades e limitações;

Desenvolver atividades que levem à reflexão e à ação, possibilitando a co-existência da teoria e da prática, da análise e da síntese, do

Encaminhamento, pelo professor, à Equipe Pedagógica, dos problemas de aprendizagem detectados em sala de aula.

Elaboração de fichas de acompanhamento dos alunos que apresentarem dificuldades e/ou problemas de aprendizagem.

Registro e arquivo



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Avaliando o desempenho e o rendimento dos alunos em sala de aula, nos momentos formais de aprendizagem, nas atividades extra-classe e nas ações complementares (feitas, mostras, passeios, etc);

Discutindo nosso modelo e nossos instrumentos de Avaliação e de Recuperação.

pensar e do fazer;

Viabilizar a melhoria e ampliação dos materiais pedagógicos e acesso aos espaços para efetivar uma aprendizagem significativa.

Implementar práticas e ações que possibilitem ao aluno ter visão mais ampla da sociedade e do futuro e desenvolvam perspectivas de melhoria nas condições de vida..

Aprofundar, através de grupos de estudo do corpo docente, a compreensão sobre aprendizagem significativa, educação inclusiva e recuperação paralela para entende-los como questões pedagógicas, políticas, estratégicas e éticas.

de ações desenvolvidas que colaborarem para melhoria de desempenho, de rendimento e de mudança de comportamento.

3.3. Participação da Família na Escola

Que a escola promova ações que estimulem a participação das famílias visando sua integração na comunidade escolar para que a escola cumpra sua função social.

Consolidando a participação dos pais nos eventos escolares;

Promovendo encontros de formação, palestras, oficinas e cursos com os pais, sobre educação, destacando questões como relacionamento entre pais e filhos;

Envolvendo os pais, de maneira efetiva, na vida escolar de seus filhos,

Promover a participação dos pais na elaboração e execução dos projetos da escola através de momentos esportivos, artístico-culturais, tecnológicos e de enriquecimento curricular, para estimular a participação e a cooperação de toda a comunidade escolar.

Potencializar, cada vez mais, o uso dos ambientes do Colégio para criar o clima propício ao desenvolvimento de vivências personalizadas e cooperativas.

Toda a família, no ato da matrícula, tome ciência: da Proposta Pedagógica da escola, sua programação anual, assumindo o seu compromisso de participar das atividades para pais.

Elaboração de Manual Ilustrado



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colaborando para que os pais compreendam a importância de seu apoio e acompanhamento.

Dinamizar as reuniões com os pais através de temáticas relacionadas ao cotidiano escolar e também educação em geral.

Incentivar a criação de Grupo de Pais a fim de implementar a Patrulha de Pais para auxiliar na resolução de problemas do cotidiano da escola.

Manter e aperfeiçoar o canal de informação e comunicação escola / família através de comunicados escritos.

com as normas e regras da escola para ser entregue aos pais.

Promoção de encontros e reuniões de pais e professores a fim de discutir questões a respeito do rendimento e desempenho dos alunos.

Comunicação de dispensa de aulas (recessos e feriados), reposição, passeios e outros eventos por meio de comunicados escritos.

3.4. Condições Mínimas de Trabalho ao Professor

Que o professor receba suporte físico e didático-pedagógico para realizar com competência sua função, de maneira adequada e comprometida.

Buscando formação contínua na sua área de atuação, bem como nas múltiplas questões que envolvem a sala de aula, por meio da participação em cursos, simpósios, seminários, palestras, etc;

Assumindo de maneira consciente e

Promover a melhoria dos espaços físicos, como a expansão do acervo bibliográfico e manutenção da iluminação e da mobília da sala de aula.

Reduzir o número de alunos por sala de aula, respeitando a Legislação vigente, para que o trabalho desenvolvido obtenha a qualidade desejada.

Implementação dos meios de divulgação de ações da escola, bem como democratizar e descentralizar as informações.

Manutenção da limpeza e organização de



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profissional as responsabilidades de sua função, bem como se comprometendo com os resultados de suas ações;

Articulando, de modo crítico, ações para melhoria das condições de trabalho, como também a legitimidade da dignidade pessoal e profissional.

Utilizar de modo efetivo e eficiente os meios tecnológicos para facilitar a organização de suas aulas.

Estabelecer estratégias a fim de reduzir ocorrências de indisciplina pelos alunos, bem como ações efetivas para melhorar os índices de desempenho e rendimento.

Firmar parcerias e convênios, por meio da APMF, com empresas, órgãos públicos e privados, e instituições a fim de buscar recursos pedagógicos e financeiros para melhoria nas ações a serem desenvolvidas e nas instalações escolares.

Implantar, na Biblioteca da Escola, a Hemeroteca, a fim de ampliar o acervo bibliográfico e organizar os materiais para pesquisa e busca de informação.

Solicitar, junto à Mantenedora, a construção ou ampliação de espaços para professores, como banheiro e sala de estudos (hora-atividade com acesso à Internet).

todos os espaços escolas, como: salas, laboratórios, corredores, pátio, etc.

Disponibilização da Sala de Recursos Audiovisuais, Biblioteca e Sala de Materiais Didático-Pedagógicos durante todo o período de atividade dos professores e Equipe Pedagógica;

Acompanhamento permanente das atividades e atendimento das solicitações dos professores, pela Equipe Pedagógica;

3.5. Interação e Comprometimento do Aluno

Que os alunos convivam num ambiente adequado para seu pleno desenvolvimento e consistente formação intelectual, educacional,

Realizar, em períodos previstos no calendário anual, feiras, mostras e exposições de trabalhos entre alunos e para a comunidade;

Incentivo a participação dos alunos em projetos, programas e ações



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cultural e social.

Interagindo em todos os momentos da aprendizagem com professores, outros alunos e funcionários, visando promover a socialização, as atitudes coletivas e os laços de solidariedade e respeito;

Conhecendo e cobrando seus direitos, bem como cumprindo seus deveres e obrigações;

Participando ativamente das propostas educativas e culturais promovidas pela escola, bem como sendo respeitado em sua condição de pessoa em desenvolvimento;

Desenvolvendo hábitos de estudo nos espaços escolares e em casa, aproveitando materiais e possibilidades para aprender e melhorar seu desempenho e rendimento.

Demonstrando, através de atitudes, procedimentos e posicionamentos, o conhecimento construído e as aprendizagens realizadas.

Intensificar as ações organizadas pelo Grêmio Estudantil, a fim de valorizar de maneira efetiva as iniciativas culturais, esportivas e educacionais dos alunos;

Estabelecer, junto a alunos e pais, regras claras de comportamento e convívio, visando a melhoria no ambiente escolar e no desempenho dos alunos;

Controlar, com apoio da Família, do Conselho Tutelar e da Promotoria Pública, os casos mais sérios de indisciplina, mau comportamento e atos infracionais dentro da escola.

Reduzir, na medida do possível e dentro da Legislação vigente, o número de alunos por turma, visto que em salas superlotadas torna-se inviável um trabalho docente de qualidade;

Priorizar ações para melhoria de desempenho e rendimento, levando em consideração os valores universais, a cultura da paz e a cidadania;

Acompanhar junto às autoridades competentes e responsáveis pelo Transporte Escolar o cumprimento do calendário escolar, para que os alunos que necessitam desse

externas à escola que colaborem para sua formação humana nos períodos de contra-turno.

Organização de Calendário Anual de Atividades a ser desenvolvido pelo Grêmio Estudantil.

Justificativas de faltas e atrasos de alunos mediante Atestado Médico, Declaração ou Documento assinado pela Família e não funcionamento do Transporte Escolar.

Solicitação de avaliações e trabalhos atrasados à Equipe Pedagógica quando a falta for justificada.

Participação em atividades externas à escola que promovam a formação e consciência crítica



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serviço não tenham prejuízo em seu desempenho e rendimento escolar.

Construir de forma dinâmica e participativa as normas disciplinares para que os alunos sejam conscientes de seus limites compreendendo que as regras são instrumentos de organização da vida.

de fatos e situações, gerando vivências enriquecedoras.

Execução de projetos de pesquisa com envolvimento dos alunos.

3.6. Adequação da prática educacional ao Projeto Político-Pedagógico

Que o PPP seja referência em todas as nossas atividades para que assumamos com clareza nossa identidade.

Propondo iniciativas fundamentadas em nosso PPP;

Aperfeiçoando a coerência entre o real e ideal;

Avaliando continuamente o processo (metas, objetivos e propostas alcançados).

Participando de ações externas à escola desde que sejam coerentes com nosso PPP.

Dimensionar e melhor direcionar as múltiplas atividades de enriquecimento curricular para que o processo educacional possa ser representado pela dinâmica reflexão – ação – avaliação;

Promover encontros ou reuniões em que se possa estudar, discutir e propor novas alternativas para a implementação do PPP.

Re-elaborar a Proposta Pedagógica, por disciplina, de acordo com os princípios presentes no PPP.

Aprofundar conhecimentos sobre os Desafios educacionais contemporâneos por meio de grupos de estudos, debates e leituras.

Avaliação e revisão anual do PPP.

Acesso permanente ao PPP na Sala dos Professores;

Leitura obrigatória do PPP pelo professor que inicia suas atividades docentes na escola.

Implementação do Plano de trabalho docente.

Organização anual do Plano de trabalho dos Pedagogos.



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3.7.DETALHAMENTO DAS PROPOSTAS

Uma vez determinadas as Necessidades e as Possibilidades de Ação, se faz necessário definir o Detalhamento para efetivação consistente das Propostas.

TEMA CARACTERIZAÇÃO AÇÃO PRINCIPAIS IMPLICAÇÕES

1. Plano de Trabalho Docente

Momentos coletivos entre Professores, coordenados pela Direção e Equipe Pedagógica, a fim de efetuar o planejamento de ensino semestral por disciplina e por área do conhecimento.

Dois encontros anuais (no início do 1o e do 2o Semestre).

No documento escrito do planejamento deverão constar: Conteúdos a serem trabalhados em cada mês, Objetivos, Metodologias, Recursos e Materiais, Avaliação e Recuperação e Referencial Bibliográfico.

Definição das ações a serem desenvolvidos durante o ano e semestre, especialmente a Feira do conhecimento.

Inclusão de conteúdos que contemplem os Desafios educacionais contemporâneos.

Clareza e organização do processo de ensino;

Reflexão acerca da qualidade de ensino.

Definição de práticas adequadas a cada turma e disciplina.



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2. Encontros Pedagógicos

Momentos de discussão coletiva entre Direção, Equipe Pedagógica, Professores e Funcionários visando a melhoria dos processos educacionais ocorridos na escola.

Quatro Encontros Pedagógicos Anuais (um a cada bimestre) previstos no Calendário Anual.

Estabelecimento das estratégias coletivas para sanar os problemas que vem afetando os processos educacionais que ocorrem na escola, priorizando aspectos para formação teórica-metodológica do professor.

Discussão e aprofundamento de questões pedagógicas da escola/sala de aula, como: Educação Inclusiva, Avaliação e Recuperação Concomitante, metodologias e Estratégias de Ensino, Auto-estima, Disciplina Escolar, etc;

3. Hora Atividade A hora-atividade é a aula realizada na escola pelo professor a fim de realizar suas atividades.

A HÁ é destinada para planejamentos, reuniões pedagógicas, correção de tarefas dos alunos, estudos e reflexões sobre os conteúdos curriculares, propostas metodológicas, troca de experiências, atendimento de alunos e pais, entre outras.

Organização, de acordo com as possibilidades, de horários de Hora Atividade entre professores de mesma disciplina ou áreas afins.

4. Avaliação e Recuperação

Verificação da aprendizagem, de modo sistematizado, contínuo e permanente, por meio de instrumentos variados.

Médias semestrais e fechamento de 5,0 pontos em cada etapa (bimestre);

Média anual de 6,0 pontos, em cada disciplina, para aprovação.

Recuperação Concomitante .

Maior eficiência na verificação do desempenho, rendimento e aproveitamento dos alunos.



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5. Dia de Reuniões com os Pais / Responsáveis

Atividades de caráter permanente de participação da família do aluno em atividades de interesse e formação educacional, social e cultural na escola.

Quatro encontros anuais para pais, com palestras, atividades variadas, torneios, mostras, entrega de boletins, Fórum de discussões sobre as atividades da escola, etc.

Aproximação e envolvimento efetivo da família na vida escolar de seu filho.

Criação de Grupo de Pais atuantes nas variadas atividades promovidas e pela escola.

Levantamento de recursos financeiros por meio da APMF.

6. Pesquisa Sócio-Econômica do aluno

Ficha Individual do Aluno constando as principais informações sobre sua vida fora da escola que contribuam para ações mais efetivas para melhorias sociais.

Realizar, nas primeiras semanas do ano letivo, entrevista com pais para diagnosticar a realidade sócio-cultural de cada aluno (Ficha de matrícula).

Arquivar, em espaço próprio, as informações coletadas.

Conhecimento da realidade do aluno;

Aproximação da família à escola.

7. Inovações e reformulação de práticas no período noturno

Necessidade de rever práticas e componentes da organização do ensino no período noturno.

Rever as práticas pedagógicas e administrativas no período noturno.

Organizar uma pesquisa para levantar dados precisos sobre o perfil do alunado no período noturno.

Reorganizar o currículo de forma que a atenda as especificidades do alunado.

Redução nos índices de evasão no período noturno.

Melhoria na qualidade do ensino e da aprendizagem.

Ter diagnóstico minucioso do alunado.

4 – REGRAS GERAIS DA ESCOLA: ORGANIZANDO O COTIDIANO

4.1.REGRAS GERAIS PARA OS ALUNOS

A partir das discussões realizadas em reuniões de professores, pais, funcionários e alunos ficaram estabelecidas algumas regras para determinar os limites no dia-a-dia da escola.

• Estará aprovado o aluno que alcançar, ao final do ano letivo, a média anual de 6,0 pontos, em cada disciplina da série.

• O uso da camiseta oficial do colégio obrigatório e de uso diário. Reiteramos a proibição do uso de shorts ou saias curtas, calças e camisas rasgadas ou recortadas e de outros trajes ou objetos incompatíveis com o ambiente coletivo de estudo. Para os alunos do turno da noite, o uniforme é optativo, mantendo-se as recomendações acima.

• A entrada e a saída dos alunos nas dependências do colégio ocorrerá exclusivamente pelo portão principal, sendo que após o sinal de entrada, o mesmo será fechado. Se algum aluno chegar atrasado deverá entrar pela porta da Secretaria e solicitar autorização para entrada em sala de aula. Se o atraso for de mais de 10min e não possuir justificativa de atraso o aluno aguardará a aula seguinte na Biblioteca.

• A entrada atrasada na aula ocorrerá apenas duas vezes, se trouxer comunicado escrito pelos pais ou responsáveis. Se acontecer um terceiro atraso, os pais serão convocados a comparecer na escola. São justificativas para faltas ou atrasos: atraso ou falta do transporte escolar; atestado ou declaração médica; ocorrência de chuvas torrenciais no horário de saída para a escola; falecimento na família; participação em atividades extras promovidas pela escola e comunicado por escrito dos pais (doença ou viagem).

• No horário de entrada na sala de aula na 1a e 4a aula, os alunos deverão aguardar o professor na fila e quando der o sinal para a troca de professores, os alunos aguardam em seu devido lugar. Não há necessidade de sair da sala ou esperar o professor na porta.

• Os alunos que precisarem sair do Colégio em horário de aula deverão apresentar solicitação por escrito, assinado pelos pais ou responsáveis.

• Trabalhos e avaliações deverão ser entregues, apresentados ou realizados exclusivamente na data determinada pelo professor. Se, por algum motivo o aluno perder avaliação ou entrega de trabalho, procurar a Equipe Pedagógica,



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portando a justificativa para receber a autorização e obter nova oportunidade para realizar a atividade perdida.

• Os trabalhos solicitados pelos professores poderão ser entregues com apenas 01 dia de atraso, desde que o atraso seja devidamente justificado. A nota do trabalho poderá ter valor menor, ficando a critério de cada professor.

• As atividades para serem realizadas em casa visam reforçar e revisar o conteúdo trabalhado em classe. O aluno deve executá-las da melhor maneira possível, anotando as dúvidas para esclarecê-las com o professor. Na avaliação, além do conteúdo, serão considerados os aspectos de organização, pontualidade e capricho. A correção poderá ser individual ou coletiva, a critério dos professores.

• O aluno que usar de quaisquer meios fraudulentos na execução de trabalhos, provas ou outro recurso utilizado no processo de avaliação (cola) terá nota zero. Se o aluno não realizar a atividade para casa encaminhada pelo professor e não apresentar justificativa, também terá nota zero.

• Os alunos poderão estar no colégio, em turno contrário, somente para fazer trabalhos ou pesquisas na Biblioteca, não podendo permanecer nas dependências na hora do recreio.

• Não haverá movimentação de alunos na secretaria ou nos arredores (mesmo no recreio), entre os blocos 1 e 2 e próximo a churrasqueira (durante o período de aulas).

• Não será permitido trazer bolas, jóias, aparelhos eletrônicos ou qualquer outro material não escolar e evitar vir de bicicleta, pois a escola não se responsabiliza por bicicletas de alunos.

• Por oferecerem riscos de danos pessoais e materiais, não será permitido o uso de objetos cortantes, tais como canivetes, facas, estiletes, etc. Também é vedado o uso de corretivos líquidos.

• Não será proibido que o aluno traga aparelho de telefone celular, desde que não use em sala de aula, ficando seu uso restrito ao recreio ou na aula vaga. O professor não deverá tolerar o desrespeito à regra. Se o celular tocar ou o aluno estiver utilizando-o durante a aula, o professor deverá recolher o aparelho e entregar à Equipe Pedagógica ou ao Diretor, que procederá aos encaminhamentos e entrega do aparelho somente para os Pais, valendo a regra para outros materiais não-escolares recolhidos.

• Se houver algum prejuízo ao patrimônio causado por aluno, o mesmo deverá repor ou custear o conserto.

• Quando houver aula vaga, os alunos serão ocupados com atividades tais como: vídeo, leitura, esporte (se não houver aula de educação física) jogos intelectivos, artesanato, etc.



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• Quando houver aulas de reposição (em contra-turno ou aos sábados) os alunos levarão comunicado escrito, expedido pela escola, informando disciplina, data e horário das aulas. Este comunicado deverá ser devolvido pelos alunos, com assinatura dos pais ou responsáveis. Quando houver dispensa de aulas, convocação ou reuniões de pais a escola informará aos pais ou responsáveis mediante comunicado escrito.

• É terminantemente proibido ingerir alimentos em sala de aula; remexer no material de outros alunos e usar o telefone celular em sala de aula, bem como qualquer material não escolar.

• Pais ou responsáveis devem comunicar à escola qualquer caso de doença ou acidente do aluno. Alunos com febre ou outro tipo de mal-estar não poderão permanecer na Escola, devendo ser buscados pelos pais, responsáveis ou pessoas devidamente autorizadas. Evita-se fornecer medicamentos aos alunos sem autorização expressa dos pais.

• As médias semestrais, os resultados de desempenho e a freqüência do aluno serão registrados nos boletins escolares serão entregue aos pais ou responsáveis em datas previstas no calendário do ano letivo.

• Caso haja necessidade de mudança do aluno de turno (remanejamento), nos meses de março ou abril, agosto ou setembro, os pais ou responsáveis deverão encaminhar solicitação escrita e serão atendidos, caso haja vagas.

• Não serão permitidos recados e pedidos a alunos em sala de aula, exceto em casos excepcionais, se autorizados pela Equipe Pedagógica ou pela Direção.

Obs.:

O Regulamento, contendo as regras e procedimentos de permissões e proibições aos alunos, será exposto aos pais no início do ano ou quando se fizer necessário, e estes assinarão tal conjunto de regras como forma de assegurar a ciência dessas regras que seus filhos devem observar.



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4.2. REGRAS GERAIS PARA OS PROFESSORES

• Quando for dado o sinal, imediatamente o professor irá para a sala de aula, evitando atrasos.

• Em momento algum, será permitido liberar aluno antes do sinal de término da aula, salvo os alunos das 5as séries que serão liberados 10min antes para o recreio e as turmas de 6as séries, 5min.

• Não haverá tratamento diferenciando quanto à realização de provas e trabalhos atrasados ou entradas e saídas de alunos da escola e/ou da sala de aula.

• Evitar saídas desnecessárias da sala de aula, deixando os alunos sozinhos.

• Para realizar a reposição de aulas, o professor poderá aproveitar horário vago de professor ausente (quando coincidir com a H/A ou se tiver disponibilidade).

• Quando for necessário faltar (consulta médica, curso, seminário, convocação do NRE, etc.), o professor, na medida do possível, deverá avisar com antecedência À Equipe Pedagógica, para que a mesma organize o horário.

• O professor poderá antecipar aula, desde que coincida com a H/A ou tenha disponibilidade para tal e seja no mesmo dia, não sendo permitido antecipar aula de um outro dia, salvo quando houver acordo do professor coma Equipe Pedagógica.

• Quando for marcada reposição de aulas aos sábados ou em contra-turno, os pais dos alunos receberão comunicado que deverá ser devolvido assinado pelos mesmos. Se o aluno, por motivo de transporte escolar ou outros, não puder vir à aula de Reposição, os pais / responsáveis devem escrever, no verso do comunicado, o motivo da falta, nesse caso, o aluno receberá falta justificada.

• Em hipótese alguma restos de giz serão deixados na sala de aula. Também, não será permitido que alunos peguem giz na caixa de giz do professor (ficar atento).

• Os professores que necessitam utilizar livros didáticos no sistema “vai-e-volta”, devem determinar apenas dois alunos, por turma, como responsáveis para apanhar e entregar os mesmos na Biblioteca.

• Avaliações ou atividades a serem digitadas deverão ser entregue à Equipe Pedagógica com antecedência de dois dias. Outros materiais que o professor utilizará em sala de aula, também deverão ser solicitados à equipe Pedagógica com antecedência.

• Os alunos não serão liberados para irem ao banheiro durante as aulas, salvo se houver recomendação médica (a lista com os nomes dos alunos com esta



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necessidade serão fixados no mural da sala dos professores) ou alunas no período menstrual. Em todo caso, vale o bom senso do professor.

• A realização de avaliações e a entrega de trabalhos solicitados deverão ser entregues exclusivamente na data marcada pelo professor. Se o aluno faltar, antes de registrar NF ou 0,0 no Livro de Registro, verificar a justificativa da falta junto à Equipe Pedagógica.

• Se o trabalho não for entregue ou a avaliação não for realizada na data estipulada, o aluno terá direito a entregar ou realizar a atividade se portar a autorização expedida pela Equipe Pedagógica. Nesse caso, também vale o bom senso e a tolerância do professor para com os alunos assíduos.

• O professor que trouxer aparelho celular deverá deixa-lo em seu armário e se leva-lo para a sala de aula, deverá desliga-lo e, evidentemente, jamais atender telefone em sala de aula, correndo o risco de ser advertido por escrito.

Obs.: Se por acaso houver professores que não cumprirem as regras estabelecidas, terão prejuízo nas fichas de avaliação e rendimento, bem como a aplicação das penalidades previstas no Regimento Escolar.

Obs.:

• Se houver necessidade de falar com alunos ou professor que esteja em sala de aula, bater e aguardar ser atendido.

• Fica proibido que pessoas estranhas ao ambiente escolar (incluindo vendas e representações) entrem em sala de aula ou abordem alunos nas dependências da escola, sem a devida autorização da Direção.



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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Pinhão, _______ de ____________________________ de 2008.

LUCIANE TEREZINHA FERREIRA RIBEIRO Diretora

ALEXANDRO MUHLSTEDT Diretor-Auxiliar / Professor-Pedagogo

CLEUSA PEREIRA Professpora-Pedagoga

ELIZANGELA CAMARGO Professora-Pedagoga

LENI DO CARMO MACIEL Professora-Pedagoga

®

COLÉGO ESTADUAL SANTO ANTONIO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

_tÇ†tÇwÉ bu}xà|äÉá4 VÉÄ{xÇwÉ \wxt|á4 Rua Sete de Setembro, no. 58, Bairro Lindouro

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