projeto polÍtico pedagÓgico · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo vygotsky, é aquele...

373
1 COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA - ENS. FUNDAMENTAL E ENS. MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO O Projeto Político Pedagógico foi elaborado pelos professores, equipe pedagógica, funcionários e comunidade escolar do Colégio Estadual Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio com a finalidade de explicitar a identidade da Escola, suas metas e seus planos de ação. KALORÉ 2011

Upload: buicong

Post on 13-Dec-2018

225 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

1

COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA - ENS. FUNDAMENTAL E ENS.

MÉDIO

PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico foi elaborado pelos professores, equipe pedagógica, funcionários e comunidade escolar do Colégio Estadual Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio com a finalidade de explicitar a identidade da Escola, suas metas e seus planos de ação.

KALORÉ 2011

Page 2: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

2

SUMÁRIO

1.APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 5

2. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 6

2.1. Identificação e Histórico da Escola …............................................................ 8

2.2. Aspectos Históricos do Colégio...................................................................... 9

2.3. Níveis e Modalidades de Ensino Ofertado..................................................... 16

2.4. Forma de Organização da Escola..................................................................18

3. OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS, JUSTIFICATIVA E FILOSOFIA DA ESCOLA................................................................................................................ 19

3.1 Objetivos Gerais ............................................................................................. 19

3.2 Objetivos Específicos...................................................................................... 19

3.3 Justificativa..................................................................................................... 22

3.4 Filosofia da Escola.......................................................................................... 23

4. MARCO SITUACIONAL.................................................................................... 24

4.1 Problemas diagnosticados em 2011................................................................ 30

4.2 Conselho Escolar............................................................................................. 33

4.3 Associação de Pais, Mestres e Funcionários.................................................. 34

4.4 Professores e Alunos Representantes de Turmas…....................................... 36

4.5 Princípios da Gestão Democrática................................................................. 37

4.6 Docentes.......................................................................................................... 39

4.7 Técnicos Pedagógicos..................................................................................... 40

4.8 Equipe Pedagógica.......................................................................................... 40

4.9 Apoio................................................................................................................ 40

4.10 CELEM …................................................................................................................... 41

4.11 Programa de Atividades Complementares Curriculares no Contraturno ….. 42

4.12 Sala de Apoio à Aprendizagem …................................................................. 42

4.13 Situação atual …............................................................................................ 42

4.14 Análise dos índices de Aprovação, Evasão e Repetência …........................ 43

5.0 MARCO CONCEITUAL ….............................................................................. 46

5.1 Concepção de Homem.................................................................................... 47

5.2 Concepção de Sociedade …........................................................................... 48

5.3 Concepção de Escola...................................................................................... 49

Page 3: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

3

5.4 Concepção de Educação................................................................................. 50

5.5 Concepção de Cultura..................................................................................... 51

5.6 Concepção de Trabalho.................................................................................. 53

5.7 Concepção de Tecnologia ….......................................................................... 54

5.8 Concepção de Cidadania …........................................................................... 55

5.9 Concepção de Conhecimento …..................................................................... 55

5.10 Concepção de Ensino Aprendizagem …....................................................... 56

5.11 Concepção de Avaliação …........................................................................... 58

5.12 Concepção de Currículo................................................................................ 59

5.13 Concepção de Alfabetização e Letramento ….............................................. 61

5.14 Concepção de Gestão …............................................................................... 63

5.14.1 Gestão Democrática ….............................................................................. 63

5.14.2 Gestão Pedagógica …................................................................................ 64

5.15 Concepção de Infância e Adolescência ….................................................... 66

6. MARCO OPERACIONAL ….............................................................................. 68

6.1 Projetos Curriculares e Atividades de Enriquecimento Cultural ….................. 76

6.2 OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA – Escrevendo o Futuro ….............. 77

6.3 OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA – OBMEP ….................................................. 78

6.4 Avaliações Externas Institucionais – Dados Educacionais ….......................... 78

6.5 Avaliação …..................................................................................................... 80

6.6 Recuperação …............................................................................................... 81

6.7 Conselho de Classe …..................................................................................... 82

6.8 Processo de Classificação, Reclassificação, Adaptação e Progressão parcial.....................................................................................................................

82

6.9 Formação Continuada ….................................................................................. 84

6.10 Educação do Campo ….................................................................................. 84

6.11 Educação das relações Étnicos – Raciais …................................................ 87

6.12 – EJA ….......................................................................................................... 89

7. REGIME E FUNCIONAMENTO …................................................................... 91

7.1 Calendário Escolar …....................................................................................... 91

7.2 Matriz Curricular ….......................................................................................... 92

8. CURSO EXTRACURRICULAR …...................................................................... 94

8.1. CELEM (Centro de Ensino de Língua Estrangeira Moderna) …..................... 94

Page 4: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

4

8.2 Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno …... 94

8.3 Sala de Apoio à Aprendizagem …................................................................... 95

9. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO …........................... 96

10. PLANO DE TRABALHO DA DIREÇÃO ….................................................... 98

11. PLANO DE TRABALHO DA EQUIPE PEDAGÓGICA ….............................. 101

12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ….......................................................... 105

ANEXOS

PLANO DE ESTÁGIO

PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM CONTRATURNO

CALENDÁRIO ESCOLAR

PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL

Arte........................................................................................................................ 122

Ciências …............................................................................................................ 138

Educação Física …................................................................................................ 153

Ensino Religioso …............................................................................................... 167

Geografia – Ensino Fundamental e Médio …....................................................... 176

História ….............................................................................................................. 189

Língua Portuguesa …............................................................................................ 197

Matemática …........................................................................................................ 219

Inglês …................................................................................................................. 235

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

Arte........................................................................................................................ 255

Biologia …............................................................................................................. 266

Educação Física …................................................................................................ 278

Filosofia …............................................................................................................. 292

Física …................................................................................................................. 301

História ….............................................................................................................. 310

Língua Portuguesa …............................................................................................ 317

Matemática …........................................................................................................ 332

Química …............................................................................................................. 343

Sociologia ….......................................................................................................... 355

Inglês …................................................................................................................. 363

Page 5: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

5

1. APRESENTAÇÃO

O projeto político-pedagógico é uma ação intencional, que dá a escola

autonomia e identidade própria, norteando as suas ações. Essa autonomia exige

responsabilidade e compromisso da Escola e dos órgãos colegiados que

representam a comunidade Escolar (Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil,

entre outras). O coletivo deve inter-relacionar-se, levantando seus próprios

problemas, anseios, metas e, principalmente, estabelecendo de forma horizontal a

missão que fundamentará sua ação pedagógica.

Não é suficiente conhecer a realidade em que se opera. É essencial que

haja empenho coletivo em desmistificar e ressignificar condições e ações que

venham contribuir com a melhoria do desenvolvimento educativo.

Nessa premissa, a construção do Projeto Político Pedagógico se torna

uma ação fundamental que se revela através de um documento, a qual traduz a

identidade própria deste Estabelecimento de Ensino. Trata-se de atuar alicerçados

no contexto real, considerando os recursos disponíveis e a abrangência dos reflexos

do processo educativo. Tudo isso, embasados na Constituição Federal, Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional, como forma de contemplar que sejam

garantidos os princípios de gratuidade e qualidade do trabalho pedagógico.

Nesse sentido, é função da escola promover o desenvolvimento pleno do

cidadão. Para tanto, faz-se necessário garantir o acesso e a permanência do aluno

na escola.

Pensando numa formação profissional e na informatização de grandes

indústrias, precisamos preparar os educandos, para que cada um possam ocupar o

seu espaço nesse mundo do trabalho cada vez mais competitivo e acima de tudo,

formar cidadãos conscientes, participativos, críticos, honestos, coerentes, capazes

de transformar a sociedade e o mundo com atitudes e ações, as quais lhes foram

incutidas em nossas escolas, atuando na busca da superação das desigualdades e

do respeito ao ser humano.

Page 6: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

6

Este projeto é fruto da interação entre os objetivos e prioridades

estabelecidas pela coletividade, onde estabelece, através da reflexão, as ações

necessárias à construção de uma nova realidade. É, antes de tudo, um trabalho que

exige comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo: professores,

equipe técnica pedagógica, alunos, pais, instâncias colegiadas e a comunidade

como um todo, com o intuito de garantir o bom desempenho da comunidade escolar

e principalmente da função de “educar” do referido Estabelecimento de Ensino.

Educar não significa somente “transmitir” conhecimentos acumulados

socialmente, e sim viver valores apresentados pela comunidade, bem como inserir

outros valores necessários para que o ser humano possa viver e conviver bem,

consigo mesmo e com os demais seres.

Dessa forma, buscou-se reunir todos os segmentos da comunidade escolar

para eleger as prioridades no trabalho pedagógico que visem a formação integral do

aluno, garantindo que suas individualidades sejam respeitadas e que haja o

desenvolvimento do senso coletivo.

2. INTRODUÇÃO

O presente projeto representa a identidade do Colégio Estadual

Alvorada da Infância - Ensino Fundamental e Médio e foi elaborado embasado nas

Diretrizes Curriculares Estaduais e na LDBEN 9394/96, alicerçado em pressupostos

de uma Tendência Histórico Crítica, tendo como princípio uma prática social que

esteja compromissada em solucionar os desafios da educação e do ensino de nosso

Colégio, propiciando situações e novas formas de pensar o fazer pedagógico dentro

do contexto de luta favorável e/ou desfavorável da própria Escola.

A Tendência Pedagógica Progressista - Crítico Social dos Conteúdos

ou Histórico-Crítica tem como papel da Escola a difusão dos conteúdos. Conteúdos

estes culturais, universais que são incorporados pela humanidade frente à realidade

social, cujos métodos partem de uma relação direta da experiência do aluno, sendo

confrontada com o saber sistematizado, tendo o aluno o papel de participador e o

professor como mediador do processo entre o saber e o aluno. A aprendizagem

baseia-se nas estruturas cognitivas já estruturadas nos educandos, atribuindo a

instrução e ao ensino o papel de proporcionar aos alunos o domínio de conteúdos

Page 7: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

7

científicos, de modo a formarem uma consciência crítica face à realidade social e

capacitando-os a assumir a condição de agente ativo de transformação de si próprio

e da sociedade onde está inserido.

Para o educando, o aprendizado escolar é o elemento central para o

seu desenvolvimento e o processo de ensino-aprendizagem na escola deve ser

construído, tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento real do

aluno, com relação a um determinado conteúdo a ser desenvolvido, os objetivos

estabelecidos pela escola, adequados à faixa etária e ao nível de conhecimento e

habilidades de cada grupo de alunos.

Nas relações entre desenvolvimento e aprendizado, o papel da

intervenção pedagógica é muito importante, pois a interferência de outros indivíduos

na aprendizagem é a mais transformadora.

Essa concepção teórica coloca o papel do professor em função de

destaque, com sua importante tarefa de mediar uma articulação significativa entre

conceitos espontâneos e conceitos científicos de tal forma que o conceito

espontâneo abra caminhos aos conceitos científicos promovendo a evolução no

educando de novas e mais elaboradas formas de compreensão da realidade.

Portanto, o professor tem o papel explícito de interferir na zona de

desenvolvimento proximal dos alunos, provocando avanços que não ocorreram

espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta

ao desenvolvimento.

Em virtude de pertencermos a uma sociedade que por décadas e

décadas apostou só no intelecto, é imprescindível valorizar o aspecto emocional dos

nossos alunos, fator essencial para o desenvolvimento da inteligência dos

indivíduos. A incapacidade de lidar com as próprias emoções pode destruir vidas e

impedir que se tenha sucesso. Os alunos precisam de estímulos para trabalhar em

equipes, salientando a importância da contribuição de todos, o espírito de

companheirismo, o bom relacionamento para que cada um possa perceber

emocionalmente a si mesmo e aos outros.

Page 8: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

8

Fundamentando-se em Howard Gardner,: “não existe uma inteligência geral,

mas inteligências diferentes”, enfatizamos as múltiplas inteligências que as pessoas

possuem, pois estas não podem ser avaliadas por uma visão unidimensional.

Partindo da ideia da diferença, através de variadas estratégias, materiais,

estímulos e seduções, é preciso levar o aluno a compreender situações para que se

tornem estudantes inventivos, capazes de usar sua curiosidade e estímulo à

exploração de um saber para ampliar o seu conhecimento. Gardner enfatiza a

importância da correlação entre os conteúdos escolares e as inteligências múltiplas

aguçando a sensibilidade dos alunos como o pensar, o criar, tocar, ver e muitas

outras. Nas relações interpessoais, a sala de aula, como ambiente de

aprendizagem, caracteriza-se como movimento, como práxis em que a produção de

professores e alunos direciona- se para a mesma finalidade. Segundo os

professores, na prática pedagógica, ”professor e alunos transformam-se” e

transformam o conhecimento em aprendizagem.

Como estratégias de aprendizagem, a realização de conversas entre o

professor e entre os alunos parece ser uma das possibilidades para se descobrir

como os alunos aprendem.

2.1. Identificação e Histórico da Escola

Código da Escola: 00042

Endereço: Rua Antônio Cassemiro Jucoski, s/nº

Município: Kaloré – PR.

Código: 1320

FONE/FAX: (43) 3421 1117

E-mail: [email protected]

Site da Escola: www.klealvoradadainfancia.seed.pr.gov.br

NRE: Apucarana

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

a) O Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância - Ensino

Fundamental e Médio, na modalidade de Escola do Campo, está localizado à rua

Antônio Cassimiro Jucoski, s/nº, Distrito de Jussiara no município de Kaloré, região

Page 9: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

9

norte do Estado do Paraná. Tem como Entidade mantenedora o Governo do Estado

do Paraná, através da SEED, sob a jurisdição do Núcleo Regional de Educação de

Apucarana, chefiado pela Ilma Srª. Maria Onide Ballan Sardinha . Atualmente é

dirigida pela Ilma Srª Marta Lourenti dos Reis .

Autorizado a funcionar pela Resolução Conjunta nº 05/82 de 26/04/86 e

reconhecido pela Resolução nº 5.541/85 de 08/01/86.

b) Organização da escola: Série Finais do Ensino Fundamental e Ensino

Médio, CELEM, Atividades Complementares e Sala de Apoio.

Turnos: Manhã (7h40min às 12h) – Ensino Fundamental

Tarde (13h às 16h40min) – Sala de Apoio à Aprendizagem

Tarde (13h à 16h40min) – Atividades Complementares Curriculares em

Contraturno Esporte e Lazer

Intermediário – Tarde (17h às 18h40min) - CELEM/Espanhol

Noite (18h50min às 23h) – Ensino Médio

2.2. Aspectos Históricos do Colégio

O Colégio Estadual Alvorada da Infância - Ensino Fundamental e Ensino

Médio iniciou suas atividades em 1951, com a ajuda de moradores e da

comunidade em geral. Mais tarde passou a funcionar, tendo como mantenedora a

Prefeitura Municipal que recebia recursos através de convênios realizados com o

Governo do Estado do Paraná para o pagamento dos professores. Durante o seu

período de funcionamento teve as seguintes denominações e atos oficiais:

1951 - Grupo Escolar Alves de Morais (antigo primário);

1961 - Escola de Jussiara (antigo primário);

1962 - Casa Escolar Alvorada da Infância (antigo primário)

1964 a 1981 - Grupo Escolar Alvorada da Infância (1º a 5º ano);

1981 - Escola Alvorada da Infância - Ensino de 1º Grau (1ª a 8ª séries);

Resolução Conjunta nº 05/82 DOE de 26/04/86 - Criação do Curso de 1º Grau.

1983- Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino de 1º Grau (1ª a 8ª );

Resolução nº 1.151/83 DOE de 29/04/83-Denominou-a como Estadual.

1986- Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino de 1º Grau; Resolução nº

5.541/85 DOE de 08/01/86 - Ato de Reconhecimento do Estabelecimento e do

Curso.

Page 10: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

10

1993- Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino de 1º Grau (5ª a 8ª).

Resolução nº 4.566/93 DOE de 02/09/93 - Cessação das quatro primeiras

séries do ensino de 1º Grau.

1998- Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino Fundamental.

Resolução Secretarial nº 3.120/98 – SEED. Deliberação nº 003/98 – CEE.

Parecer nº 147/98 - NRE - Aprovação de mudança de Nomenclatura.

Fazem parte do Histórico da Escola:

1969 a 1978 - Ginásio Machado de Assis (Escola particular criada em 1969 e

cessado em 1978);

1978 a 1982 - Ginásio Abraham Lincoln (extensão de Kaloré - 5ª a 8ª);

Em 1951, o Grupo Escolar Alves de Morais, localizado à Avenida Principal,

S/Nº, funcionava no prédio de uma pensão com apenas uma sala de aula

provisória, cedida pelo proprietário da pensão e funcionava em dois turnos:

matutino das 8 às 11hs e intermediário das 11 às 14 hs.

Em 1961, foi denominada Escola de Jussiara e, em 1961 Casa Escolar

Alvorada da Infância, passou a funcionar em três salas de madeira, localizada à Rua

Jaborandi, S/Nº, em três turnos: matutino das 8 às 11hs, intermediário das 11 às 14

hs, e vespertino das 14 às 17hs.

O nome Alvorada da Infância surgiu através da observação e comparação

de alguns aspectos da cidade por seus moradores. Jussiara era uma cidade

pequena, tranqüila, hospitaleira aos visitantes com muitas árvores floridas e

pássaros. Dessa forma, esses aspectos mais o alvoroço e alarido dos pássaros e as

brincadeiras das crianças trouxeram a idéia de Alvorada da Infância. Durante estes

anos teve como Diretora a senhora Zulmira de Almeida Guerra, uma pessoa muito

dedicada que trabalhou em prol da comunidade.

Em 1964, foi denominada Grupo Escolar Alvorada da Infância e até 1965

toda documentação da Escola era arquivada na Inspetoria Municipal na Prefeitura

de Jandaia do Sul.

Em 1967, foram construídas no mesmo prédio duas salas de aula e uma

cozinha.

Em 1969, foram construídas mais duas salas de aula, passando assim, a

funcionar em dois turnos: matutino das 8 às 11hs e intermediário das 11 às 14hs. E

Page 11: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

11

ainda, seu prédio foi cedido para o funcionamento do Ginásio Machado de Assis,

nos turnos: tarde das 14 às 17hs e noite das 19 às 22hs. O Ginásio foi fundado por

João Sala e era pago pelos alunos, funcionou assim até 1978.

No exercício de 1978, foi construído o atual prédio, totalmente de alvenaria,

localizado à Avenida das Perobas, S/Nº, hoje Rua Antônio Cassimiro Jucoski, S/Nº,

com seis salas de aula e demais salas e compartimentos. O projeto de construção

foi requisitado através do Deputado Gilberto Carvalho e do Prefeito José Basdão,

obra de grande valia para o Distrito, sendo até hoje um dos maiores bens que o

Distrito possui.

Ainda em 1978, foi extinto o Ginásio Machado de Assis e criado uma

extensão do Colégio Abraham Lincoln de Kaloré, houve novas mudanças, o ensino

tornou-se gratuito e o turno de funcionamento passou a ser o noturno. Funcionou em

1978, 1979 e 1980 com quatro turmas, em 1981 com duas turmas e extinto de forma

gradativa até 1982, em função da autorização de funcionamento do Ensino de 1º

Grau na Escola Alvorada da Infância.

Em 1981, foi autorizada a oferecer o Ensino de 1º Grau, passou a funcionar

em três turnos: matutino com 5ª série, vespertino com 1ª a 4ª séries e noturno com

5ª e 6ª séries e denominou-se Escola Alvorada da Infância -Ensino de 1º Grau.

Em 1982, passa ofertar o Ensino Pré-escolar nas modalidades de Jardim II

e III.

Em 1983, denominou-se Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino de

1º Grau e continua ofertando Pré-Escolar e 1ª a 8ª séries.

Em 1992, pela primeira vez, elabora o seu Projeto Político Pedagógico.

Em 1993, foram cessadas as quatro primeiras séries do 1º Grau, desta

Escola e criou-se a Escola Municipal Paraíso da Infância - Ensino Pré-Escolar e de

1º Grau. A municipalização na época, trouxe para os administradores vários

problemas, desde a falta de material permanente, a divisão de materiais que até

então estava na guarda de apenas um Diretor e até a falta de ambiente físico para

divisão de salas internas, com o passar do tempo os problemas foram aumentando e

perduram até hoje.

Em 1998, a Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino de 1º Grau,

passou a denominar-se Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino Fundamental,

o qual permanece em vigência.

Page 12: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

12

Em 1999, elabora o Plano de Ação, uma realimentação do Projeto Político

Pedagógico. E no início de 2000 o Plano de Desenvolvimento e Ação, passando

assim a assumir a Gestão Participativa.

Em 2000, a Escola de forma coletiva e, em consonância com os Parâmetros

Curriculares Nacionais, elabora o seu Projeto Pedagógico para o Ano de 2001.

Em 2003 passa a ser considerada dentro da metodologia Escola do

Campo e em, 2004, 2005 e 2006, atendendo as políticas da SEED, reestrutura o

Projeto Político Pedagógico, juntamente com professores, funcionários, pais,

representantes do Conselho Escolar, APMF., Grêmio Estudantil e representantes de

turmas.

Em 2006 com grande esforço e desempenho da Diretora e dos pais, foi

implantado o Ensino Médio, onde a Escola Estadual Alvorada da Infância – Ensino

Fundamental, passou a denominar-se Colégio Estadual Alvorada da Infância –

Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Em 2007, o curso do Ensino Médio foi autorizado através da Resolução nº

69/07 de 15 de janeiro de 2007. O processo de Reconhecimento do Curso encontra-

se em tramitação.

Em 2010, o colégio passou a ofertar o curso do CELEM (Centro de Língua

Estrangeira Moderna) de língua espanhola.

Em 2011, o curso do Ensino Médio foi reconhecido através da Resolução

1595/2011 e nesse mesmo ano, também foi implantado o Programa de Atividades

Complementares Curriculares em Contraturno e a Sala de Apoio a Aprendizagem de

Língua portuguesa e Matemática.

Foram Diretores, Secretários, Supervisores, Administradores e Inspetores:

DIRETORES

• 1951 Maria Alves de Morais (Domiciano)• 1954 a 1963 Zulmira Almeida Guerra• 1964, 1965 e 1966 Sara L. Canto• 1967 a 1971 Elídia Souza Cavalheiro• 1971 e 1972 Vicente Procópio Ribeiro• 1973 a 1975 Maria Aparecida Canello• 1976 a 1977 Martinha Campos• 1978, 1979 e 1980 Darci Aravechi Ferreira Buranello• 1980 (03 meses) Laércio Lemes Gonçalves• 1980 Marta Nogueira Lourenti

Page 13: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

13

• 1981 a 1983 Ivone Teixeira Rebelato• 1984 a 1986 Darci Aravechi Ferreira Buranello• 1987 a 1991 Eulina Costa• 1992 a 1995 Marta Lourenti dos Reis• 1996 e 1997 (06 meses) Edriane Donizeti Labegalini• 1997, 1998 e 1999 e 2000 Marta Lourenti dos Reis• 2002 a 2003 Rita de Cássia Tassi Melo• 2004 a 2011 Marta Lourenti dos Reis

SECRETÁRIOS• 1969. Belcholina Cardoso Canello• 1973 a 1975 Isaura Efigênia Marquês• 1976 a 1977 Darci Aravechi Ferreira Buranello• 1978 a 1980 Marta Lourenti dos Reis• 1980 Adélia Meloquero• 1981 a 1983 Darci Aravechi Ferreira Buranello• 1984 a 1991 Cleide Alves Pereira• 1992 Darci Aravechi Ferreira Buranello• 2001,2002,2003,2004 e 2005 Michele Pereira Lima • 1993 a 1995 Rosangela Jucoski• 1996 a 1997 Marta Lourenti dos Reis• 1997 (06 meses) Vilma Ciriaki de Castro• 1998 Vilma Ciriaki de Castro• 1999 e 2000 Maria Aparecida Lorenti Lima• 2001, 2002, 2003, 2004 e 2005 Michele Pereira Lima

ADMINISTRATIVOS• Anair Pagote dos Santos Maria Aparecida Gonçalves• Andréia Vicentim Maria Aparecida Lorenti Lima• Cláudio Martins Romão Josiane Ferreira Alfonso• Cleonice da Silva Santos Maria Liderce de Souza• Edmilson Leal de Matos Reginaldo dos Reis• Sonia Maria Marquezini Neide Maria da Silva• Poliana Pereira Calefi Búfalo Lucimara Morelo Oliveira

SUPERVISORAS• 1969 Senhorinha M. da Silva• 1992 Eulina Costa• 1993 a 1995 Zenaide Delgado Gussão• 2000 Maria Aparecida Gonçalves• 2005 a 2011 Tania Regina Macedo de Sousa

INSPETORES• 1962 Ignês de Oliveira (Jandaia do Sul)• 1967 Maria Junqueira Favila• 1973 Antenor Molina

Maria Helena Aquaroni 1983 a 1989 Aparecida de Lourdes Pereira

Page 14: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

14

DOCUMENTADOR ESCOLAR 1991 a 2000 Aparecida de Lourdes Pereira 2001 a 2005 Vânia Elizabete Jardim Fernandes 2006 a 2010 Noeli Cividini Glória 2011 Ariadne Franco Cabral Fernandes

PREFEITOS QUE INFLUENCIARAM NO ANDAMENTO DA ESCOLA• 1963 a 1966 Otávio Impossetto• 1967 a 1970 Francisco Lemes Gonçalves• 1971 a 1972 Otávio Impossetto• 1973 a 1976 José Basdão• 1977 a 1982 Mauro Labegalini• 1983 a 1988 Noel Pedro Ribeiro• 1989 a 1992 Mauro Labegalini• 1993 a 1996 Eleomil Altivo Fuzetti• 1997 a 2000 Aléscio Canello• 2001 a 2004 e 2006 Eleomil Altivo Fuzetti• 2007 à 2010 Adnan Luiz Canello• 2010 André Pereira• 2011 Osni Franco• 2011 Edmilsom Luiz Stencel

PÁROCOS QUE CONTRIBUIRAM COM O DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA1º - Pe. José do Amaral 6º - Pe. Darci Maximino de Oliveira2º - Pe. Luciano Ambrozini 7º- Pe. Vírgilio Cabral dos Santos3º - Pe. Lino Beal 8º- Pe. José Fernandes de Souza4º - Januz Sobezack 9º - Pe. Valter Antônio Brandão5º - Pe. Lourenço 10º – Pe Maurício Vicente Ferreira

PROFESSORES QUE ATUARAM NA ESCOLA DESDE A SUA CRIAÇÃO

Leny Fornaciari Maria Aparecida RibeiroMaria Alves de Morais Isaura Efigênia MarquêsZulmira Almeida Guerra (62) Aparecida de Lourdes Nascimento Belcholina Cardoso Canello (62) Joanina B. AltranJandira Fiorucci Morais (62) Darci Aravechi Ferreira BuranelloLaura Aparecida Bernardo do Prado (67) Anair Pagote dos SantosElídia Souza Cavalheiro (63) Maria Helena MachadoNair Martins Dorighello (63) Tereza Maria da ConceiçãoIrene Maia Sagradim (63) Nilva Pinheiro Toledo (79)Ivone Maria Floripes Dorighello (68) Sonia JucoskiLeonor Paulina Rodrigues (68) Zilda Imposseto da Silva (80)Mara Cristina Cavalheiro (68) Josefina MarqueziniMaria G. Dorighello Vilma GonçalvesIracema Batista Luiz Ana Lúcia da SilvaFrancisca Batista Luiz Marlí de Fátima BuranelloAlcemira Pereira (68) Rosilene Aparecida SilvestreAuxiliadora Pagoti Zenaide Delgado GussãoNilza Maria Ferreira Regina Romeiro dos Santos

Page 15: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

15

Maria Solemar Silvestre Judite SacradimCecília Aparecida do Prado Cleide Alves PereiraTerezinha Martins Cavalheri Cleusa Margarida ColomboAngelina Felicidade Pedriali Silvestre Adelaide de F. da SilvaMaria Gasparini Doriguel Tereza de Morais ColomboAparecida de Lourdes Nascimento Cleide Alves SofkaMaria Aparecida Canello Maria Aparecida GonçalvesCélia Gozales Vieira (71) Ademir Marcon Romão (5ª a 8ª)Joana Olivoto Airton Aparecido RitaMarta Lourenti dos Reis Rosangela JucoskiAdélia Meloqueiro Ednéia de Fatima MeloqueiroIracema Olivoto Edriani Donizeti LabegaliniEugênia Maria de Almeida Freitas Eulina CostaDaicy Terezinha Altran Iraci Aparecida CachoneElza Martins da Cunha (71) Maria de Fátima LourençoJosefa Feliciano Braz Teresa Martins dos SantosFatima Marques Maria José MarquezimJoão Vissoci do Nascimento (73) Maria Helena Aquaroni (71)Vicente Procópio Ribeiro Aliete da SilvaLudoina Sansana Elza Quintanilha BragaMarlene Ferrer Sueli Maria de MoraisAparecida Perini Neusa Maria ShortiMaria Terezinha Ferreira Irani Lúcia GonçalvesMaria Liderci de Souza Ana Lucia MendesAna Maria D.de Figueiredo Sanches Ana Rosa DinizAntonia Cardoso dos Reis Protano Aparecida de Fatima Mercúrio EstradaCleudinéia Aparecida Pereira Concepcion Domingues ValérioIrenice Marcon Fantachole Jaime Ademir RoderLucélia Semensato Leunis Justi Luiz Otávio PereiraMaria Edméa Boso Maria helena Gonzales AquaroniMarilda Trentini Barbosa Rosa Maria de Jesus ColomboOrides Teixeira Meloqueiro Rosangela JucoskiSonia Regina da Silva Berti Vania Elizabete Jardim FernandesVilma Berti Fernandes Washington Luiz da SilvaSandra Regina Colombo Sueli de Mello FuzettiJosé da Silva Trovão José AltinoJoão Cavalcanti Maria Teresa Dolce de Oliveira Laércio Lemes Gonçalves Vilma Ciriaki de CastroCleonice da Silva Santos Ana Márcia Labegalini StencelAna Claúdia Vicentin das Neves Darlene Cristina dos Santos ReisAriadne Cabral Franco Fernandes Darci aravechi Ferreira BuranelloElaine Travagli Elisângela de Fátima C. SemensatoEllen Tatiane Protano Emerson da Silva OliveiraKátia Cilene dos S. Sanches Leila Aparecida KellerMarcelo Piva Márcia de F. Vissossi da SilvaMárcia Cristina Nunes Teco Margarete M. P. ConstantinoMarlí de Fátima Buranello Rita de Cássia Tassi MeloSebastião Pereira dos Santos Silvio Martins de OliveiraLucia Nita Plaça Davanço Tatiane IurkivJacira de Fátima Carvalho Vivian da Silva Sanches

Page 16: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

16

Kátia Simone Ribeiro Pereira Thaíse Luma MercúrioTatiane Marcolino Vissossi Macedo Lenice Alves da Silva StencelLuciane Chamorro Rodrigues Moacir Fuzeti SegundoPatrícia Elaine Ribeiro Cereja Tania Regina Domingues de F. Canelo Carina Elisabete da Silva Bochio Danielle de Oliveira

OS AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS QUE ATUARAM NA ESCOLA DESDE A SUA CRIAÇÃO

Benedita Antonia dos Santos Maria Siqueira GarciaLazara Luiza Brasil Abelina RodriguesLourdes Pamplona Silva Zilma Nogueira de SouzaDoroti Brasil Norma G. C. CarvalhoDirce Romão Gonçalves Maria Judite B. Monteiro Augusta Ruth Alves do Carmo Iolanda Paris BovettoMaria Creuza Braga Creusa Maria Alberto CostaNatalina de Souza Coelho Maria Leonidia MenPedro Batista do Carmo Vilma Célia Gonçalves MaiaMaria José de Queiros Maria Aparecida do NascimentoMarli Faustino de Souza Lucia Heléia Romão da SilvaVilma Gonçalves Neide Maria da SilvaOlga Pacheco Rolim Doralice Godinho da SilvaLenice Visozi Nilva Emitério RolimVilma Célia Gonçalves Maia Luzia Meloqueiro GonçalvesValdeci Francisca Custódio Maria Luísa VitisinEunice Maria da Conceição Vieira

2.3 Níveis e Modalidades de Ensino Ofertado

O Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância, oferta o Ensino

Fundamental de 5ª à 8ª Série/6º à 9º Ano e o Ensino Médio.

A carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um

mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar.

Ensino Fundamental, assim distribuído:

SÉRIE TURNO Nº DE TURMAS ALUNOS MATRIC.

5ª Manhã 01 12

6ª Manhã 01 7

7ª Manhã 01 14

8ª Manhã 01 7TOTAL Manhã 4 40

Page 17: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

17

Ensino Médio, assim distribuído:

SÉRIE TURNO Nº DE TURMAS ALUNOS MATRIC.

1ª Noite 01 14

2ª Noite 01 8

3ª Noite 01 11TOTAL Noite 3 33

Page 18: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

2.4 Forma de Organização da Escola Organograma abaixo, demonstra a forma de organização da

Escola Estadual Alvorada da Infância - Ensino Fundamental

Secretaria Equipe Pedagógica

APMF Biblioteca

Conselho Escolar

Direção

Corpo DiscenteServiços de Apoio

Corpo Docente

Repres. Turmas

Grêmio Estudantil

Pais

Page 19: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

193. OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS, JUSTIFICATIVA E FILOSOFIA DA ESCOLA

3.1 Objetivos Gerais

A escola tem como objetivo geral promover a formação necessária para o

exercício da cidadania, por meio do desenvolvimento da capacidade cognitiva, afetiva,

física, ética, estética e de atuação e inserção social.

3.2 Objetivos Específicos

• Divulgar o Projeto Político Pedagógico em todos os segmentos da

comunidade educativa, para fortalecer o envolvimento e o compromisso ético de todos

na construção de uma escola de qualidade;

• Buscar a melhoria da qualidade de ensino, para que haja também

melhoria na qualidade de vida e nas relações humanas;

• Exercitar a democracia e a cidadania, através do movimento de ação-

reflexão-ação, buscando a participação e o comprometimento do grupo, traçando

metas e alcançando objetivos;

• Descentralizar as decisões para que todos construam e executem

coletivamente uma proposta educativa baseada na realidade;

• Introduzir questionamentos, visando a mudança nos procedimentos e

atitudes da comunidade escolar, ao longo do processo ensino e aprendizagem;

• Planejar e executar projetos, envolvendo pais, alunos e funcionários;

• Melhorar o processo de ensino e aprendizagem, de modo que os

alunos usufruam da escola para aprender, construir, crescer e conviver;

• Criar um espaço para que os professores possam refletir sobre o

ensinar e o aprender;

Page 20: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

20• Proporcionar situações de aprendizagem, vivenciando os valores

morais e auxiliando os indivíduos na formação de uma sociedade mais justa e

igualitária;

• Organizar atividades de valorização profissional para promover a

socialização do saber e o engajamento de todos na busca de uma sociedade mais

democrática e menos desigual;

• Desenvolver a capacidade de aprender, aprimorando o domínio da

leitura da escrita e do cálculo; tendo em vista a aquisição de conhecimentos e

habilidades, a formação de atitudes e valores.

• Compreender a cidadania como participação social e política, assim

como exercício de direitos e deveres políticos, civil e social; adotando, no dia-a-dia,

atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e

exigindo para si o mesmo respeito;

• Compreender o ambiente natural e social, o sistema político, a

tecnologia, as artes e os valores em que se fundamentam a sociedade;

• Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas

diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de

tomar decisões coletivas;

• Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões

sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de

identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao País;

• Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural

brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-

se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de

crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;

Page 21: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

21• Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do

ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo

ativamente para a melhoria do meio ambiente;

• Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de

confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-

relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de

conhecimento e no exercício da cidadania;

• Promover e incentivar com a colaboração da sociedade, a melhoria da

educação; visando o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o

exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

• Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos

saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com

responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;

• Utilizar as diferentes linguagens - verbal, matemática, gráfica, plástica

e corporal - como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e

usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a

diferentes intenções e situações de comunicação;

• Incentivar o educando a aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a

cultura, o pensamento, a arte e o saber;

• Entender as diferentes formas atuais de conceber o conhecimento,

utilizando diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos (TICs) aprimorando

o ensino-aprendizagem ;

• Questionar a realidade, formulando problemas e tratando de resolvê-

los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade

de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação;

• Desenvolver atividades que ressaltem a importância do trabalhador do

Page 22: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

22campo, enquanto indivíduo responsável pela produção de alimentos desta e das

futuras gerações;

• Realizar trabalhos, envolvendo ações, para ressignificar as práticas

ambientais, no sentido de relacionar desenvolvimento econômico com

desenvolvimento sustentável.

• Propiciar uma escola de qualidade, oferecendo um ambiente favorável

para que o educando possa desenvolver-se, integralmente, em todos os aspectos,

respeitando as diferenças individuais no que diz respeito à diversidade étnica,

ideologia, política, valorizando os limites e o desempenho de cada um;

• Ofertar ensino de qualidade que viabilize melhores resultados nas

avaliações internas e externas, visando alcançar as metas estabelecidas para a

Educação Básica.

3.3 Justificativa

A tecnologia avançou, as empresas evoluíram, surgiram novas profissões, o

mercado de trabalho tornou-se mais competitivo. Constatam-se exigências de outras e

novas competências e habilidades básicas, necessárias para o desenvolvimento da

capacidade de aprender e continuar aprendendo. Exige-se autonomia intelectual e

pensamento crítico e criativo, tanto para prosseguir estudos, quanto para adaptar-se às

ocupações e diferentes situações do novo contexto. Evidencia-se a necessidade da

construção de diferentes significados socialmente reconhecidos como verdadeiros

sobre o mundo físico e natural, sobre a realidade social e política.

Busca-se a compreensão do significado das ciências, das letras, das artes e do

processo de transformação da sociedade e da cultura. Criou-se uma nova consciência

das relações do homem com o seu meio, sua cultura e sua história. Destaca-se, ainda

e cada vez mais, a necessidade da compreensão dos princípios e valores, bem como

do domínio dos fundamentos científico-tecnológicos que presidem a produção moderna

de conhecimentos, bens e serviços necessários as novas condições de ocupação e

Page 23: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

23aperfeiçoamento humano.

3.4 Filosofia da Escola

A Filosofia da Escola consiste em desenvolver as potencialidades do

educando, para ser capaz de pensar e agir, instrumentalizando para enfrentar os

desafios da vida com sabedoria, sendo responsável pelos seus atos.

Acreditamos que a aprendizagem deve incentivar novos conhecimentos num

processo contínuo, através de práticas e vivências, promovendo à concretização do

desenvolvimento da competência pessoal e social, onde levará a entender a educação

como possibilidade efetiva de mudar o amanhã.

Objetivamos na formação do educando, o exercício da cidadania e o

desenvolvimento de conhecimentos, assegurando os meios de progredirem nos

estudos e na preparação para o mundo do trabalho, e participação ativa na sociedade.

Acreditamos que a aprendizagem é um dos mecanismos internos, pessoais e

parte da ação da criança, e esta se enriquece nas trocas e nas relações pessoais,

favorecendo em todos os sentidos.

Dentro do contexto no qual estamos situados, necessitamos de uma filosofia

de educação que articule produto e processo, pois é a partir do entendimento das

ideias que a reflexão crítica e atividade criadora desenvolvem em nossos educandos, a

possibilidade de intervir no meio em que vivem comprometidos com seus semelhantes,

na construção de uma sociedade mais justa. Dentro desta perspectiva, a escola se

propõe delinear uma forma de construir o fazer educativo, desenvolvendo o senso

crítico reflexivo e libertador, na medida em que suas bases antropológicas tomam o

homem como ser integral.

Nossa filosofia requer oportunizar ao educando condições para a formação de

cidadão consciente, participativo e crítico na formação da sociedade, levando o mesmo

a construir seus conhecimentos e buscar bases sólidas, capaz de buscar soluções para

as injustiças e desigualdades sociais.

Page 24: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

24Seguindo os preceitos legais e assegurado a todos os direito de igualdade de

acesso e permanência na escola, visando respeitar a diversidade cultural, a diferença

de gênero, a orientação sexual, a etnia, as necessidades educacionais especiais, bem

como os afrodescendentes, indígenas, entre outros.

A qualidade no ensino é essencial em todos os segmentos da escola,

buscando levar os alunos ao pleno desenvolvimento de suas potencialidades.

4. MARCO SITUACIONAL

Nenhum ser humano vive sozinho, todos dependem de relações, trocas de

experiências entre as pessoas, por isso fazemos parte da sociedade. Infelizmente

vivemos em uma sociedade injusta, com muita desigualdade social, predominada pelo

capitalismo. Há ainda falta de oportunidades e uma desigualdade que gera violência,

desestrutura familiar, financeira e emocional. As pessoas que detêm o capital, têm

oportunidades e regalias, e assim, consequentemente, continuam de posse deste

mesmo capital, o que não ocorre com os indivíduos que trabalham para os que têm

posses.

Entendemos que o papel do aluno na sociedade é a busca da melhoria do

espaço em que vive, para isso é preciso que ele entenda de onde veio e para que está

na escola, e a partir disso estar aberto a aprendizagem, não somente em relação ao

conhecimento científico, mas também na formação do indivíduo. Distinguir o que é

certo e o que é errado, saber que cada pessoa é responsável por seus atos.

A sociedade influencia o meio em que vivemos através dos costumes, valores,

cultura, que esta mesma sociedade prega. Os valores básicos e fundamentais da

família e o senso de responsabilidade perante as ações e/ou omissões do indivíduo

devem ser mantidos. Porém algumas leis devem ser mantidas e cumpridas. Cobrar

com maior rigidez a obrigatoriedade de ensino até os 18 anos, e fazer cumprir e aplicar

as leis do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA.

A relação de ensino-aprendizagem esteve e está presente na sociedade. A

Page 25: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

25escola surgiu para elite e, consequentemente criada por esta mesma elite. No Brasil,

com o passar dos anos e do interesse desta sociedade, surge a escola para treinar

pessoas para o trabalho, ou seja, mão de obra. Entendemos que o papel da escola é

formar o aluno em sua totalidade. É preciso, que esta escola reconheça os alunos com

suas individualidades e possa ao mesmo tempo transmitir conceitos, noções de ordem,

limites, oferecendo oportunidades e proporcionando a formação do indivíduo como um

todo.

Além do conhecimento científico, a escola deve transmitir também noções e

ações de cidadania, preparação para o mundo do trabalho, valores humanos,

educação, socialização e afetividade.

A realidade brasileira, no que diz respeito à educação, dentro da LDB, no seu

artigo 1º, fala:

A educação abrange processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

Cabe ao País, portanto, a responsabilidade de assegurar à sua população o

direito à educação, compromisso confirmado e ampliado em sua Constituição de 1.988

e, dessa forma, colaborar para a globalização da educação básica.

Porém, a realidade da nossa nação, segundo a visão de alguns profissionais

de Educação do Colégio Estadual Alvorada da Infância é que ela não é organizada de

forma justa, pois é explícita a desigualdade social existente nos “quatro cantos do

país”; dificultando, assim, a universalização da educação.

Apesar das transformações ocorridas ao longo dos tempos, as relações de

poder vêm sendo mantidas de tal forma que o capitalismo se instalou e é característica

da maioria das sociedades atuais. Sendo capitalista, e para se manter, interessa aos

dominantes que detém o poder uma sociedade individualista que valorize e dissemine

o consumo exagerado e o poder a ele atrelado.

Esta sociedade sobrevive por interesse dos dominantes, mantida pelos

dominados, que nela se envolvem sem refletir, perpetuando suas práticas e seus

valores.

Page 26: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

26Torna-se injusta na medida em que nela prevalecem a desigualdade, o

individualismo e as relações de poder e de classes que subjugam social e

economicamente os menos favorecidos.

A escola, mesmo sem querer, dá uma grande parcela de contribuição para

manutenção da sociedade vigente, na medida em que falha na tentativa de pôr em

prática o que teoricamente idealiza.

Certamente não é a sociedade que queremos. Defendemos uma sociedade

humanizada, igualitária, fraterna e justa, onde todos, apesar das diferenças de cultura,

credo ou ideologia, partilhem de sua construção realizando seus deveres e exercendo

seus direitos.

E nessa sociedade, a pluralidade cultural e social tem se modificado bastante

nestes últimos anos. Sem contar que os agricultores estão atravessando uma crise

financeira causada pelo baixo preço da safra e também pelo desequilíbrio dos fatores

climáticos. O crescimento desorganizado da população na sede dos municípios e

distritos surgem sem infraestrutura. Essas pessoas não têm condições adequadas de

moradia, de trabalho, enfim de viver dignamente. O que ocasiona a migração dessa

população para os centros maiores.

E no nosso município essa realidade não é diferente. Para melhorar esse

quadro, implantou a Educação do Campo, porém há necessidade de disponibilizar

recursos físicos, materiais, humanos e financeiros para que se cumpra o objetivo: uma

educação de qualidade voltada para a permanência do homem no campo e, ao mesmo

tempo, colocar em prática projetos que consolidem as Diretrizes Curriculares para a

Educação do Campo e o saber universal.

É importante ressaltar que as três esferas do governo (federal, estadual e

municipal) têm o compromisso de ofertar educação a todos. O governo oferece a base

e a escola no seu dia a dia, tenta adequar à sua realidade e muitas vezes se perde na

sua essência, a de construir saberes sistematizado.

Neste panorama, o Colégio Estadual Alvorada da Infância tem o grande

compromisso social dentro do município de Kaloré e especificamente no Distrito de

Page 27: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

27Jussiara. Essa responsabilidade é de formar cidadãos para viver na sociedade. Isso

porque tem como princípios filosóficos a construção de uma sociedade justa, quanto a

sua natureza; solidária, quanto à sua organização, a serviço da vida. Para isso,

queremos formar sujeitos livres, sensíveis, autônomos, justos e capazes de buscar

soluções coletivas para as injustiças e desigualdades sociais, através do engajamento

político-social.

Cabe aqui descrever um breve histórico do Município, pois para se constituir o

futuro, é necessário conhecer o passado, viver e entender o presente para melhor

formar os nossos educandos.

O Município de Kaloré possui um clima subtropical e sofre impactos das ações

humanas, devido à expansão da fronteira agrícola e pecuária, que resulta na

devastação de matas ciliares, dentre outros problemas. O município, segundo dados do

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2000, possuía 5.044 habitantes;

atualmente possui 4.503 habitantes, onde se constata a diminuição da população se

comparado a dados anteriores. Faz divisa com os municípios de São João do Ivaí, São

Pedro do Ivaí, Borrazópolis, Novo Itacolomi e Marumbi. A base da economia é agrícola,

a população é de classe média baixa, com pouca geração de empregos. Na segurança

pública, há necessidade de ampliação na assistência policial, para que seja efetuadas

ações preventivas. Além disso, outros problemas graves encontrados no município são

as disparidades política partidária, que afeta o convívio social e a escassez de recursos

financeiros, que impede a maximização dos atendimentos ofertados em quase todos os

segmentos. Porém, segundo o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) a Educação

e a saúde, são de boa qualidade. Em se tratando do distrito de Jussiara, onde o

Colégio Estadual Alvorada da Infância se localiza, a situação é ainda mais precária:

transporte insuficiente dos moradores para a sede, falta de saneamento básico, falta de

atendimento odontológico e farmacêutico. Vale ressaltar que nossos alunos se

ausentam da escola para terem esses atendimentos de saúde na sede.

Antes de descrever a realidade de nossos educandos, se faz necessário

esclarecer as condições físicas e funcionais da escola. Ela funciona em sistema de

Page 28: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

28dualidade com a Escola Municipal Paraíso da Infância; necessitando de ampliação,

pois a falta de espaço tem causado transtornos para ambas. O terreno da Escola e o

prédio pertencem à Fundepar.

Quanto as condições físicas e materiais, atenta-se primordialmente para a

ampliação do prédio escolar. Sendo que o Colégio Estadual Alvorada da Infância está

organizada da seguinte forma: 04 salas de aulas, 01 biblioteca, 01 sala para o

laboratório de informática, 01 sala onde funciona a secretaria e direção, 01 sala dos

professores e pedagogo, 01 sala almoxarifado e 01 cantina. O Prédio é bem

conservado. Os portões e alambrados estão precários.

O Colégio passou por reformas estruturais significativas como: pintura interna e

externa, reformas dos banheiros, cozinha, porém, verificamos que ainda necessitamos

de alguns itens na quadra como: portões, vestiários, sanitários e locais para guardar os

materiais de educação física, bem como, adaptações de grande porte: ampliação,

segurança/acessibilidade.

O tempo escolar é organizado de acordo com o módulo 40, ofertando 25 horas

aulas semanais no período matutino e noturno, sendo as aulas realizadas em sala de

aula, pátio, quadra de esportes, estudo de campo, laboratório de informática e campo

de futebol, conforme o desenvolvimento das atividades.

O Colégio Estadual Alvorada da Infância vem atendendo alunos da zona rural

e do distrito. A maioria são filhos de pais com baixa renda, mas que reconhecem a

importância da escola, por isso contribuem com a mesma.

O nível de escolarização da comunidade, é bem diversificada, pois uma grande

porcentagem são analfabetos, sendo que muitos deles estão frequentando o

Programa Paraná Alfabetizado, outros apenas possuem o 1º grau e alguns concluíram

o ensino superior. Porém, com a realidade atual, muitos dos jovens estão buscando

mais níveis de escolarização, visando um novo mercado de trabalho.

Estes alunos se mostram desmotivados pela leitura e escrita , pois a era

tecnológica exige pouco esta habilidade. As situações socioeconômicas são distintas,

pois os educandos são oriundos do meio urbano e rural, mas com acesso aos mesmos

Page 29: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

29bens e valores culturais.

Além disso, a sociedade do distrito reflete a desestruturação familiar que

acontece no mundo de hoje, onde os núcleos familiares não seguem um padrão

tradicional. Sem a intenção de sermos moralistas, percebemos alunos sofrendo por não

terem uma referência familiar.

De acordo com os pressupostos, verificamos que a maioria de nossos alunos

são de baixa renda, alguns refletem a desestruturação familiar que acaba por não

incutir os valores éticos necessários à boa convivência na comunidade e na escola.

Alunos que não se respeitam e comentam sobre a moral dos colegas pelo fato de todos

se conhecerem no distrito.

Muitas das famílias são beneficiadas por Programas Sociais do Governo como

o Leite das Crianças, Bolsa Família (até 15 anos), Bolsa Jovem (15 à 17 anos), PETI

(Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) e Baixa Renda na Energia Elétrica.

No entanto, os índices de evasão e repetência são baixos, acontecendo por

motivo de trabalho, distância da Escola, migrações constantes. As questões do

trabalho se referem aos períodos de safras, quando a grande maioria dos educandos

se dedicam a colheita e/ou plantio, muitas vezes até trabalhando em outros municípios,

sem horários definidos, chegando cansados à escola, sem ânimo para estudar. O

transporte dos educandos que residem em propriedades distantes do distrito, é

dificultado pelas condições das estradas e pela manutenção dos veículos.

Cabe à escola a responsabilidade de contribuir na construção da ética do

educando e educador, permitindo a coerência entre a teoria e a prática docente e

discente.

Nesse sentido, a escola, em algumas situações, acaba fazendo papel de

assistencialista e assim deixando de cumprir a sua função formativa. Na escola, temos

uma amostra dos problemas existentes na sociedade que refletem na educação, como:

violência, drogas, gravidez precoce e, principalmente, o alcoolismo e a sexualidade.

Sabemos que a sociedade está passando por constantes mudanças, onde

valores, convicções, atitudes, dentre outros aspectos, estão sendo amplamente

Page 30: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

30questionados, discutidos e abordados de modo a produzir uma nova realidade, que

muitas vezes, está suscetível à aprovação de um ou mais grupos. Um dos fatores que

acelera essa postura é o avanço tecnológico, que desponta e se expande globalmente.

É possível nos depararmos com realidades convincentes hoje, que amanhã,

não passam de histórias do passado. A dinamicidade é admirável e a inconstância

prepondera a necessidade de constante atualização. A busca por atualização, bem

como, por novas descobertas não se restringe apenas a grupos científicos elitizados.

O professor, inserido neste meio, sente dificuldade em formar alunos críticos,

que possam contribuir com a sociedade, onde esses alunos, nem sempre são

questionadores e estão empenhados em buscar novos conhecimentos.

Sabemos que a tarefa de garantir o futuro não é só dos governos, e sim, de

todos os seres humanos. Sendo assim trabalhar as Diversidades como: Educação do

Campo, Gênero e Diversidade Sexual, História e Cultura dos povos Indígenas (Lei

11645/08) e História e Cultura Afro-Brasileira-Africana (Lei 10639/03). Desenvolvimento

Socioeducacional: Prevenção de Drogas, Enfrentamento a Violência, Educação

Ambiental e Cidadania e Direitos Humanos.

Segundo Demo (1992) a cidadania se constrói com a força da sociedade e a

comunidade. No entanto, a sociedade tende a tomá-la como objeto de tutela

governamental. A solução para muitas questões da sociedade deveria estar no

compromisso da própria comunidade de se envolver e agir.

Uma importante questão a ser discutida diz respeito ao diagnóstico dos

problemas escolares. Diagnosticar problemas com clareza e pensar as soluções requer

planejamento e trabalho coletivo em todas as etapas. O diagnóstico, se bem

conduzido, pode enriquecer cada vez mais o trabalho de construção e realização do

projeto de cada Escola.

4.1 Problemas diagnosticados em 2011

Gestão de resultados educacionais

• Tempo insuficiente para análise constante do PPP;

Page 31: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

31• Participação de todos os alunos do Ensino Médio no Enem;

• Comprometimento dos pais com a aprendizagem dos filhos;

• Avaliação do PPP.

Gestão participativa/ democrática

• Falta de conhecimento por parte das instâncias colegiadas sobre a

importância da participação nas decisões coletivas;

• Reunir todos os professores para o Conselho de Classe;

• Motivar a participação dos membros do Conselho Escolar.

Gestão pedagógica

• Elaboração dos critérios de avaliação;

• Preenchimento no livro registro;

• Monitoramento das dificuldades dos alunos, como defasagem de

conteúdos, dificuldades de aprendizagem, necessidade de atendimento diferenciado e

ou até psicológico;

• Inovação de práticas metodológicas para melhorar a aprendizagem;

• Organização do tempo e o espaço escolar;

• Rotatividade dos professores.

• A hora-atividade pré determinada no mesmo turno de funcionamento,

dificultando assim o intercâmbio entre professores que tem por objetivo trabalhar a

interdisciplinaridade contextualizada;

• Alunos que trabalham o dia todo e vem para a escola cansados;

• Dificuldade em realizar reuniões com os professores porque trabalham

em duas escolas;

Gestão de inclusão/socioeducação

• A acessibilidade: adaptações de grande porte;

Gestão de pessoas

• Comprometimento de alguns profissionais;

Page 32: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

32• Falta de pessoal na área administrativa e serviços gerais.

Gestão de serviços de apoio (recursos físicos e financeiros)

• Falta de manutenção em tempo hábil nos recursos tecnológicos (pessoal

técnico capacitado);

• Espaço físico insuficiente para atendimento das necessidades educacionais:

salas de aulas, refeitório, depósito de merenda, laboratório de Ciências e Química,

salas internas para direção, professores e pedagogo;

• Recursos financeiros insuficientes para manutenção e merenda escolar;

• Ausência de central de gás.

• Recursos financeiros e humanos insuficientes para o bom funcionamento da

Escola de Campo;

• Infraestrutura inadequada para Escola de Campo.

Cabe à direção do Colégio articular todo esse envolvimento e proporcionar o

entrosamento dos próprios profissionais da educação que trabalham na instituição. As

reuniões pedagógicas previstas em calendário, não são suficientes para resolver todos

os problemas no âmbito escolar, onde eventualmente algumas decisões precisam ser

tomadas por pequenos grupos, devido a incompatibilidade de horários dos professores.

O Conselho Escolar e APMF do Colégio, estão devidamente regulamentados e

são realizados de forma democrática. Ainda encontramos dificuldades em reunir todos

os membros colegiados onde os horários nem sempre são compatíveis.

O Colégio conta de forma ativa com a ajuda de participação dos pais, desde a

organização até a realização de atividades Culturais, promocionais, campanhas, lazer

entre outras.

A APMF, o Conselho Escolar, o Grêmio Estudantil e Representantes de

Turmas, atuam ao lado da direção, ajudando, apoiando quanto a aplicação de recursos

financeiros liberados pela SEED ou mesmo adquirido através de promoções do próprio

Colégio.

Num conjunto de esforços Pais, Professores, Funcionários, Alunos, APMF,

Page 33: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

33Conselho Escolar e Amigos da Escola atuam em busca de uma escola organizada;

priorizando, assim, a qualidade do ensino.

4.2 Conselho Escolar

Representantes do 1º Segmento - Dos Profissionais da Escola

NOME FUNÇÃO ESCOLARIDADE

Marta Lourenti dos Reis Diretora Pós Graduação

Tania Regina Macedo de Sousa Equipe Pedagógica Pós Graduação

Cleonice da Silva Santos Professora Pós Graduação

Poliana Pereira Calefi Búfalo Técnico Administrativo Pós Graduação

Neide Maria da Silva Serviços Gerais 2º Grau Completo

Representantes do Segundo Segmento - Comunidade atendida pela Escola

NOME FUNÇÃO ESCOLARIDADEMárcia de F. Vissossi da Silva Pais Pós GraduaçãoJoice da Silva Vieira Grêmio Estudantil 2º Grau IncompletoLucinéia Gomes Peixoto APMF 2º Grau Completo

Representantes do Terceiro Segmento - Representantes dos segmentos da

sociedade e da Igreja

NOME FUNÇÃO ESCOLARIDADE

Sueli Oliveira Braga Vissoci Representante da Igreja

2º Grau Completo

SUPLENTES DO CONSELHO ESCOLAR

1º Segmento

NOME FUNÇÃO ESCOLARIDADE

Ana Rosa Diniz Professora Ensino Superior

Page 34: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

342º Segmento

NOME FUNÇÃO ESCOLARIDADEMayara Apª Vicentim Olívio Gremio Estudantil 2º Grau Incompleto

Érica Vissossi da SilvaRepresentante dos alunos 2º Grau Completo

Ana Maria de Queiroz Armelin Representante dos Pais

1º Grau Completo

3º Segmento

NOME FUNÇÃO ESCOLARIDADE

Sueli de Oliveira Braga Vissossi

Representante da Igreja

2º Grau Completo

4.3 Associação de Pais, Mestres e Funcionários

Diretoria da APMF

NOME FUNÇÃO ESCOLARIDADE

Sandra Regina G. da Silva Presidente 2º Grau Completo

Ademir Pacheco Rolim Vice-Presidente 1º Grau Incompleto

Lucinéia Gomes Peixoto 1º Tesoureiro 2º Grau Completo

Ana Maria G. Constantino 2º Tesoureiro 2º Grau Completo

Lucimara Morelo Oliveira 1ª Secretária Ensino Superior

Cleonice da Silva Santos 2º Secretária Pós Graduação

Poliana Pereira Calefi Búfalo 1º Diretor Sócio Cultural Esportivo

Pós Graduação

Ana Márcia L. Stencel 2º Diretor Sócio Cultural Esportivo

Pós Graduação

Conselho Deliberativo e Fiscal

NOME FUNÇÃO ESCOLARIDADEAna Maria Macêdo Sartori Professora Pós GraduaçãoCidinéia de Fátima L. Laurindo Professora Pós Graduação Maria Aparecida Lorente Lima Funcionária 2º Grau CompletoOlga Pacheco dos Santos Funcionária 2º Grau CompletoJosé Aparecido Américo da Silva Representante Pais 1º Grau Incompleto

Page 35: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

35Aplacinto de Jesus Kieszkowski Representante Pais 1º Grau IncompletoEdson Nogueira de Sousa Representante Pais 2º Grau CompletoAntonio Pereira dos Santos Representante Pais 1º Grau Completo

Assessoria Técnica: Marta Lourenti dos Reis e Tania Regina Macedo de Sousa

As reuniões de pais se constituem em mais um dos problemas enfrentados

pelo Colégio, muitos pais trabalham durante o dia e os professores trabalham à noite

em outras escolas. Sem contar que alguns pais não se incomodam com a vida escolar

dos filhos, deixando a mercê da escola.

Em relação aos alunos, encontram-se desmotivados quanto ao processo

ensino-aprendizagem, embora a maioria são questionadores e críticos, cobram da

escola e dos professores que sejam informados sobre os conteúdos do plano de

trabalho docente, que serão ministrados durante o ano, bem como aulas diferenciadas,

uso de recursos tecnológicos, como TV pendrive e laboratório de informática, maior

autoridade por parte dos professores, maior enfoque nos conteúdos, maior

objetividade, responsabilidade e formação de consciência, dando ênfase aos

Desenvolvimentos Socioeducacionais.

Alguns alunos não concordam com a aprovação pelo Conselho de Classe,

pois acham que são “empurrados” no final do ano para a série seguinte, sem

conhecimento. Essas opiniões foram dadas por grande parte dos alunos da escola de

ensino fundamental e médio, e muitas das respostas foram bem parecidas, quando não

iguais.

Entretanto, são realizados pré-conselhos com os alunos de cada série

juntamente com o professor e aluno representante de turma, onde são planejadas

ações de melhoria do rendimento escolar da turma. As ações e sugestões são levadas

para o conhecimento do Conselho de Classe que é realizado com a participação de

todos professores, que analisam as dificuldades e problemas no processo ensino-

aprendizagem, sem se deter apenas nas notas. Embora tendo uma nova visão de

como deva ser o mesmo, encontramos dificuldades em encaminhá-lo e na realização

das intervenções propostas.

Page 36: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

36Enfim, essas contradições estão explícitas no nosso dia-a-dia, e precisam ser

solucionadas, sendo uma instituição que de fato forme o cidadão consciente e crítico

para atuar na sociedade.

4.4 Professores e Alunos Representantes de Turmas

Ensino Fundamental

TURMA PROFESSOR REPRESENTANTE ALUNO REPRESENTANTE

5ª Ana Márcia Labegaline Stencel Lyandra Macedo de Sousa

6ª Tania R. Domingues Figueiredo Canelo Tátila Correia Emitério

7ª Kátia Simone Ribeiro Pereira Leonardo Henrique Macedo

8ª Cleonice da Silva Santos Tânia Cristina Alves Massocatto

Ensino Médio

TURMA PROFESSOR REPRESENTANTE ALUNO REPRESENTANTE

1º Luciane Chamorro Rodrigues Angélica Cristina Emetério

2º Marlí de Fátima Buranello Eduardo Meloqueiro da Silva

3º Carina Elisabete da Silva Bochio Joice da Silva Vieira

O Colégio hoje trabalha com a avaliação diagnóstica. As notas são resultantes

dos trabalhos em grupo e/ou individual e avaliações escritas e orais, sendo a

recuperação paralela.

Esses resultados são apresentados bimestralmente aos pais juntamente com

alguns professores através de reuniões. Além disso, os pais dos alunos com

dificuldades de aprendizagem e problemas disciplinares são atendidos,

particularmente, durante a hora atividade do professor.

No que se refere à Avaliação Institucional realizada em 2005, que diante da

possibilidade de confrontar opiniões advindas dos diversos segmentos que constituem

a comunidade escolar, através da real análise, reflexão e discussão que se

desencadeou desta avaliação do Colégio Estadual Alvorada da Infância, cabe enfatizar

algumas sugestões que contemplem a maximização dos resultados positivos que se

Page 37: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

37originam da efetivação da ação pedagógica. Em outras palavras, ideias surgiram e,

depois de discutidas por todas as instâncias, foram teorizadas e aqui serão

apresentadas como sugestões para que possam contribuir com as conquistas do

processo educativo em seus diversos âmbitos.

Vale ressaltar que, a Avaliação Institucional diagnosticou problemas que

merecem atenção e uma maior organização da comunidade Escolar, a fim de superá-

los. Em se tratando, dos órgãos colegiados de gestão, constata-se a necessidade de

maior interação e integração. Atentando para os profissionais da educação há a

necessidade de aperfeiçoar a relação professor-tecnologia-conhecimento-aluno.

4.5 Princípios da Gestão Democrática

Falar em gestão democrática na escola é voltar em um assunto que vem sendo

debatido há muito tempo pelos educadores. No Estado do Paraná, a gestão é feita de

uma maneira democrática, existem as Instâncias Colegiadas, como as APMFs

(Associação de Pais, Mestres e Funcionários) que tem a função de integrar a escola

com a comunidade e também o papel de se envolver em todas as questões, que

exigem decisões que interferem no bom andamento da escola, e paralelo às APMFs

existe o Conselho Escolar que é composto por representantes de todos os

segmentos, escolhidos de forma democrática onde o presidente é o diretor (a) que

também é escolhido por votação direta. Essas Instâncias Colegiadas foram eleitas de

acordo com suas respectivas leis e estatutos. As reuniões ocorreram de acordo com as

necessidades, discutindo os problemas de aprendizagem, promoções e eventos

realizados pela escola. Essas Instâncias participam de forma direta ou indireta dos

projetos desenvolvidos pelo Colégio, como: FERA, ComCiência, Festa Junina, Festas

Promocionais, Formatura, Agenda 21, participação nos Conselhos de Classe e

elaboração do Projeto Político Pedagógico. Por isso, não se pode dizer que a

organização da escola não seja democrática. O que está faltando à comunidade

escolar é ter essa consciência de como as coisas devem funcionar, e cobrar de quem

está à frente da escola que seja cumprido esse modelo de gestão democrática que

Page 38: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

38aqui está implantado. O problema é que viver a democracia exige, por parte de todos,

uma doação maior que aquele tempo que recebemos para estar na escola. Os

educadores ainda não perceberam que as escolas ganharam uma dimensão social que

nunca teve, que ela está deixando de ser uma escola repetidora para se tornar uma

escola co-criadora deste novo mundo que está surgindo. Hoje, a escola recebeu uma

transferência de responsabilidade muito grande, não sendo mais aquele modelo onde a

família tinha a obrigação de socializar a criança, a igreja de moralizar, a escola de

culturalizar, as empresas de inserir no processo produtivo e o Estado à função de

organizar esse processo.

Portanto, as escolas que não se adaptarem a essas mudanças, não

conseguirão atender os anseios de seus educandos. Porém para que a escola consiga

se apropriar e mudar sua prática pedagógica, é necessário uma gestão democrática

em que todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, sejam conscientes

do papel de agentes transformadores da realidade que vivem.

O acesso à gestão democrática não é um caminho que os profissionais da

educação vão encontrar pronto, deve ser conquistado por todos com a participação nas

reuniões, nos encontros pedagógicos e toda a discussão ou reflexão que venha a ser

feita para se falar da escola.

Manter uma gestão democrática é nunca deixar de participar, trabalhar com

educação é ter que rever seus conceitos sempre. Quanto maior for a participação

menor o risco de errar, por isso ser profissional da educação é ter o compromisso com

a comunidade escolar de garantir a permanência de uma gestão democrática .

Quanto a Formação Continuada de Professores, alguns educadores ainda não

se deram conta da revolução silenciosa que vem acontecendo na escola. Por um lado

houve a transferência de formação ética e moral que antes era ofertada pela família e a

pela igreja, e por outro lado, temos que competir com milhares de informações e

estímulos externos que chegam aos educandos a todo o momento, e aí vem a figura do

professor que, na maioria das vezes, tem as mesmas posturas daqueles que foram os

Page 39: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

39seus professores.

A formação continuada é ofertada pela SEED, prevista em calendário, outras

oferecidas por faculdades públicas ou particulares e também reuniões pedagógicas e

grupos de estudos realizados pelo Colégio com leituras de textos a serviço do

enfrentamento dos problemas didáticos.

A qualidade do ensino aprendizagem passa necessariamente por uma escola

organizada que tenha regras claras e justas, que seja aberta para o mundo, com

atividades que conduza os educandos também a buscar o conhecimento fora da sala

de aula, com professores comprometidos com essa qualidade, numa gestão

democrática onde toda a comunidade escolar supere as dificuldades e caminhe para se

ter realmente uma escola que tenha uma educação com qualidade no ensino

aprendizagem. Assim, o educador que não acompanhar essa mudança, ficará

desatualizado dentro do processo de evolução educacional.

O Colégio conta com 23 funcionários, assim distribuído: 01 diretor, 01 na

equipe pedagógica, 02 funcionários da equipe administrativa, 02 auxiliares de serviços

gerais e 17 no corpo docente. O Colégio tem como pratica a integração de todos

envolvidos no processo educativo, o que requer dinâmica que contemplem relações

amistosas na busca de soluções para os problemas.

4.6 Docentes

NÍVEL DE ESCOLARIDADE E VÍNCULO EMPREGATÍCIO

NOME VÍNCULO HABILIT. 3º GRAU COMPLETO

PÓS GRADUAÇ

ÃOAna Claúdia V. das Neves Estadual REPR Ciências/Biologia X XAna Márcia L. Stencel Estadual QPM Geografia X X

Ana Rosa Diniz EstadualQPMSC02 Ciências X -

Carina Elisabete da S Bochio Estadual SC02 Matemática X XCleonice Silva Santos Estadual QPM Ciências/Biologia X XCleide Alves Pereira Pontes Estadual SC02 Pedagogia/Arte X X

Page 40: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

40Ellen Tatiane Protano Estadual REPR Educação Física X XElaine Travagli Ornaghui Estadual REPR Matemática X XIraci Aparecida Cachone Estadual SC02 Educação Física X XKátia Simone Ribeiro Pereira Estadual REPR Português/Inglês X XLenice Alves da Silva Stencel

Estadual REPR Português/Espanhol

X X

Luciane Chamorro Rodrigues EstadualQPMSC02 História/Arte X X

Marli de Fátima Buranello EstadualQPMSCO2 Geografia/Pedag. X X

Moacir Fuzeti Segundo Estadual REPR Ciências/Biologia X XPatricia Elaine Ribeiro Cerja Estadual REPR Ciências/Biologia X XSilvio Martins de Oliveira Estadual REPR Educação Física X XTania Regina Domingues Figueiredo Canelo Estadual REPR Português/Inglês X X

4.7 Técnicos Pedagógicos

DIRETOR E PROFESSOR PEDAGOGO

NOME VÍNCULO HABILIT. FUNÇÃO ESCOLARIDADE

Marta Lourenti dos Reis

Estadual QPM Port./Inglês Diretora Pós - Graduação

4.8 Equipe Pedagógica

NOME VÍNCULO HABILIT. FUNÇÃO ESCOLARIDADE

Tania Regina Macedo de Sousa

Estadual QPM PedagogiaSupervisora e Orientadora Pós- Graduação

4.9 Apoio

TÉCNICO ADMINISTRATIVO

NOME VÍNCULO HABILIT. FUNÇÃO ESCOLARIDADELucimara Morelo de Oliveira REPR Pedagogia Aux. Administrativo Ensino SuperiorPoliana Pereira Calefi Búfalo REPR Letras/Inglês Aux. Administrativo Pós Graduação

Page 41: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

41AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS E MERENDEIRA

NOME VÍNCULO ESCOLARIDADENeide Maria da Silva Estadual QFEB 2º Grau CompletoEunice Maria da C. Vieira da Silva Estadual REPR 2º Grau Completo

Em nossa escola, assim como em todos os estabelecimentos de ensino da

rede pública do Estado do Paraná, os docentes contam com 20% de sua carga horária

para a hora atividade, organizada por professor (individual), sendo estas insuficientes

para a realização das atividades propostas pela LDB.

Durante a hora atividade, o professor realiza planejamentos, reuniões

pedagógicas, correção de trabalhos, prepara aulas e faz leituras de caráter

pedagógico, significando uma maior dedicação do docente às atividades fora da sala

de aula.

Constata-se a existência de um número expressivo de educandos que se

sentem desmotivados do processo ensino e aprendizagem. A própria cultura da

comunidade local é excludente, uma vez que há críticas constantes quanto ao

comportamento alheio (valores, condição sócio-econômica, vícios etc). Tal fato é

agravado pela ausência de pessoal especializado (psicólogos, assistentes sociais e

outros), recursos físicos, materiais pedagógicos e também pela falta dos avanços

tecnológicos eficazes. O colégio não possui alunos com necessidades especiais, os

que encontra-se no município são encaminhados a especialistas que atendem no SUS

ou APAE.

4.10 CELEM

A carga horária mínima anual de cento e sessenta horas, distribuídas por um

mínimo de oitenta dias de efetivo trabalho escolar.

TURNO Nº DE TURMAS ALUNOS MATRIC.Intermediário Tarde 02 31

Foi implantado nesse ano de 2011, o Programa de Atividades Complementares

Curriculares em Contraturno e a Sala de Apoio a Aprendizagem de Língua Portuguesa

Page 42: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

42e Matemática.

4.11 Programa de Atividades Complementares Curriculares no Contraturno -

ESPORTE E LAZER – Esportes E.F

TURNO Nº DE TURMAS ALUNOS MATRIC.Tarde 01 18

4.12 Sala de Apoio à Aprendizagem

TURNO Nº DE TURMAS

DISCIPLINAALUNOS MATRIC.

Tarde 01 Língua Portuguesa 16Tarde 01 Matemática 16

4.13 SITUAÇÃO ATUAL

Organização do Espaço Físico

Sala de aula: 04

Biblioteca: 01

Sala para laboratório de Informática : 01

Sala dos Professores e Pedagogo: 01

Sala da Direção e Secretaria da Escola Municipal : 01

Sala da Direção e Secretaria da Escola Estadual: 01

Sanitário dos professores: 01

Sanitários masculinos :03

Sanitários femininos : 04

Cozinha: 01

Pátio coberto: 01

Quadra esportiva: 01

As salas existentes atendem no período manhã os alunos do Colégio Estadual

Alvorada da Infância, no período da tarde são utilizadas pela Escola Municipal Paraíso

da Infância e no período da noite os alunos do Ensino Médio. Sendo que as mesmas

apresentam um ambiente iluminado, ventilado e com carteiras em estado de

Page 43: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

43conservação mediano.

Com a cedência de salas para o funcionamento da Escola Municipal, são

improvisados espaços físicos para sala de apoio. E ainda se faz necessário salas

internas para melhor adequação do trabalho do Colégio Estadual, uma vez que não

possui salas para secretaria, supervisores, professores e laboratório de ciências e

biologia.

A quadra de esportes não possui portões, vestiários e sanitários, necessitando

de reformas.

A Biblioteca funciona de forma compartilhada e atende alunos das duas

escolas. Nela também está instalada a TV Escola e o Laboratório do PROINFO,

necessitando assim de um funcionário capacitado para atendê-la.

4.14 Análise dos índices de Aprovação, Evasão e Repetência

Quadro Demonstrativo do Número de alunos por série, turma e Turno

Ano Letivo 2004

SÉRIE TURNO MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV.

APROVC.C.

5ª Manhã 20 1 1 10 4 46ª Manhã 18 1 - 13 1 37ª Manhã 12 - - 11 - 18ª Manhã 25 1 - 23 - 1

TOTAL - 75 3 1 57 5 9Ano Letivo 2005

SÉRIE TURNO MATRÍC. TRANSF. DESIST.

APROV. REPROV.

APROVC.C.

5ª Manhã 17 1 2 11 2 16ª Manhã 17 1 - 09 - 77ª Manhã 14 - - 11 - 38ª Manhã 12 - 1 10 - 1

TOTAL - 60 2 3 41 2 12

Page 44: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

44Ano Letivo 2006

ENSINO FUNDAMENTAL

SÉRIE TURNO MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV.

APROVC.C.

5ª Manhã 19 - - 10 2 76ª Manhã 13 - - 12 - 17ª Manhã 17 - - 11 - 68ª Manhã 15 1 - 13 1 -

TOTAL - 64 1 - 46 3 14

ENSINO MÉDIO

SÉRIE TURNO MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV. APROVC.C.

1º Noite 22 3 - 13 5 12º Noite 19 2 - 13 - 43º Noite 14 3 - 7 3 1

TOTAL - 55 8 - 33 8 6

OBS: Os alunos 1º ano do Ensino Médio foram reprovados por nota e frequência em

função da necessidade de se deslocarem a outros municípios para trabalhar na época

da colheita.

Já no 3º ano os motivos foram de dificuldades de falta de companhia no deslocamento

do sítio para a cidade, e ainda, aluno que chegou de transferência com defasagem de

aprendizagem, mesmo sendo dado um tratamento pedagógico diferenciado, não houve

avanços.

Ano Letivo 2007

ENSINO FUNDAMENTAL

SÉRIE TURNO MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV. APROVC.C.

5ª Manhã 17 1 - 12 2 26ª Manhã 17 - - 10 1 67ª Manhã 14 1 - 11 1 18ª Manhã 18 - - 14 1 3

TOTAL - 66 2 - 47 5 12

Page 45: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

45 ENSINO MÉDIO

SÉRIE TURNO MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV.

APROVC.C.

1º Noite 12 1 - 10 - 12º Noite 14 2 - 10 1 13º Noite 16 - - 11 1 4

TOTAL - 42 3 - 31 2 6

Ano Letivo 2008

ENSINO FUNDAMENTAL

SÉRIE TURNO MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV.

APROVC.C.

5ª Manhã 13 1 - 6 3 36ª Manhã 15 1 - 12 - 27ª Manhã 18 4 - 6 6 28ª Manhã 11 - - 11 - -

TOTAL - 57 6 - 35 9 7

ENSINO MÉDIO

SÉRIE TURNO MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV.

APROVC.C.

1º Noite 18 1 1 8 3 52º Noite 12 - 1 7 - 43º Noite 12 1 - 11 - -

TOTAL - 42 2 2 26 3 9

Ano Letivo 2009

ENSINO FUNDAMENTAL

SÉRIE TURNO MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV.

APROVC.C.

5ª Manhã 13 - - 11 - 26ª Manhã 9 - 2 5 1 17ª Manhã 20 2 - 12 2 48ª Manhã 9 - 1 8 - -

TOTAL - 51 2 3 36 3 7

Page 46: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

46ENSINO MÉDIO

SÉRIE TURNO MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV.

APROVC.C.

1º Noite 11 1 - 8 - 22º Noite 12 - - 7 - 53º Noite 11 1 - 7 - 3

TOTAL - 34 2 - 22 - 10

Ano Letivo 2010

ENSINO FUNDAMENTALSÉRIES TURNO MATRÍC. TRANSF. DESIST

.APROV. REPROV

.APROV.

C.C

5ª Série Manhã 8 1 - 7 - -

6ª Série Manhã 16 3 - 9 1 3

7ª Série Manhã 8 - - 5 2 1

8ª Série Manhã 15 1 - 12 - 2

TOTAL - 47 5 - 33 3 6

ENSINO MÉDIO

SÉRIE TURNO MATRÍC. TRANSF. DESIST. APROV. REPROV. APROVC.C.

1º Noite 8 - - 6 - 22º Noite 11 - - 11 - -3º Noite 13 - - 13 - -

TOTAL - 32 - - 30 - 2

5. MARCO CONCEITUAL

Sabemos que a educação é a chave para a transformação social, tanto a

educação familiar como a escolar. Somos cientes de que sozinhos não mudaremos o

mundo, mas enquanto educadores, intencionamos contribuir para a construção de uma

sociedade mais justa, socialmente qualitativa e solidária, politicamente democrática,

culturalmente pluralista, que priorize as leis vigentes na Constituição Federal. Com

condições de plena realização do Ser Humano, valorizando o “ser” em detrimento do

Page 47: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

47“ter”, pautada pelos princípios éticos, estéticos e políticos, onde todos sejam

verdadeiramente reconhecidos e respeitados em sua dignidade humana e em suas

diferenças.

Sendo assim, visamos uma educação que possibilite nossos educandos a

desenvolverem suas potencialidades, usufruírem o direito à liberdade de expressão e

terem acesso ao conhecimento científico e tecnológico.

Neste contexto queremos formar um sujeito solidário, ativo, criativo e pensante

e que defenda a vida como condição humana indiscutível e se preocupe com o

presente, formando assim sua própria história.

5.1 Concepção de Homem

Ao se referir sobre a complexidade do ser humano: “ser ao mesmo tempo,

totalmente biológico e totalmente cultural”, procuramos estruturar nossa concepção de

homem e, em consequência desta, a expectativa em relação ao cidadão que queremos

formar.

Entendendo o sujeito tanto físico como social, temos a intenção de desenvolver

no aluno a consciência e o sentimento de perceber a terra, de modo que possa

compreender a interdependência entre os fenômenos e seja capaz de interagir de

maneira crítica, criativa e consciente com seu meio natural e social.

Alguns desafios são fundamentais no que se refere a formação do sujeito,

desenvolver uma aptidão para contextualizar e integrar para situar qualquer informação

em seu contexto, para colocar e tratar os problemas, ou seja, o grande desafio de

formar sujeitos que possam enfrentar realidades cada vez mais complexas

(polidisciplinares, transversais, multidimensionais, globais, etc).

Assim, acreditamos ser possível formar um cidadão menos acuado e mais

indignado, um cidadão que sabe mediar conflitos, propondo soluções criativas em favor

da solidariedade humana e do equilíbrio ambiental.

Para tanto, esse sujeito necessita visualizar processos, enfim, ter uma visão

sistêmica da realidade.

Page 48: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

48Além disso, o homem é um sujeito de ações e de práticas, capaz de sonhar e

direcionar seus passos, um cidadão que se apropria do processo histórico, cultural,

que explicam as facetas sociais. Assim, atua numa posição, na qual tem direitos e

deveres, assumindo o papel de lutar para a transformação da realidade na qual se

insere. Contribuindo de forma plena, integrando-se ao todo que compõe a esfera

social, participante do processo de construção dos conhecimentos sociais, culturais e

políticos que circundam a realidade.

5.2 Concepção de Sociedade

Para Max Weber a sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto das

ações individuais, estas são todo tipo de ação que o indivíduo faz, orientando-se pela

ação de outros. Para Durkein o objeto de estudo da sociologia são os fatos sociais,

esses fatos sociais são as regras impostas pela sociedade .

Considerando que os alicerces da sociedade ocidental contemporânea estão

sujeitos à economia de mercado que valoriza a formação técnica em detrimento à

formação ética e moral do cidadão, a escola tem se constituído a partir de valores

voltados a construção de um sujeito competitivo.

A sociedade é campo das manifestações e interações humanas, é nela que o

ser humano se expõe agindo, comunica seus pensamentos, celebra suas conquistas

ou demonstra suas deficiências.

Nesta sociedade, a educação tem papel fundamental, devendo ser inclusiva,

integradora, dialética, contínua, processual e segura, embasada por uma escola

democrática, reflexiva, transformadora, coerente, prazerosa e planejada. devendo ser

portanto o espaço onde toda a complexidade da humanidade possa ser exposta, vista

e sentida com solidariedade e fraternidade.

É nesta perspectiva que a educação encontra um dos seus grandes desafios:

instrumentalizar o educando para sua emancipação social com equilíbrio e sobriedade,

estabelecendo subsídios para a construção de uma sociedade fundada nos princípios

da coletividade, justiça e liberdade sem restrições de qualquer natureza, permitindo a

Page 49: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

49convivência na e pela diversidade, projetando em suas gerações futuras valores morais

e materiais balizados pelos mais justos dos princípios que fazem jus à nossa

humanidade. É no espaço escolar que o conhecimento historicamente produzido é

ressignificado em suas razões filosóficas, permitindo ao educando a construção de

reflexões a respeito dos paradigmas que constituem a sociedade vigente.

Portanto, queremos uma sociedade onde haja igualdade de condições de vida

para todos os sujeitos. Onde todos tenham acesso a uma educação escolar de boa

qualidade, à saúde, ao trabalho, à moradia, à cultura, ao lazer, à participação política,

entre outros. Queremos uma sociedade onde o povo possa gozar de todos os seus

direitos, inclusive de ouvir e ser ouvido.

5.3 Concepção de Escola

A escola é uma instituição social responsável pela reelaboração sistemática

dos saberes dos alunos e, ainda por preparar os alunos para atuarem no contexto

social, onde todos têm objetivos em comum. Na Lei de Diretrizes e Bases da

Educação nº 9394/96, artigo 2º diz que “a pessoa é educada para o seu

desenvolvimento, para a cidadania e para o trabalho”.

Assim, a escola na atualidade precisa buscar efetivar um ensino de qualidade,

onde todos os alunos tenham acesso e permanência com sucesso, em que a escola

seja concebida numa gestão democrática, havendo a participação da comunidade

escolar, conselhos e equivalentes, a fim de que no coletivo todos propiciem um ensino

coerente com as especificidades de cada aluno que integra a escola de campo.Isto

posto, é preciso que as ações da escola sejam compartilhadas, uma vez que o gestor,

enquanto líder, direciona, informa e delega funções, sendo um estimulador das atitudes

cooperativas na escola, onde prevaleça uma relação dialógica que atrele o todo da

escola na efetivação de um ensino significativo e contextualizado.

A comunidade escolar deve constituir-se numa equipe de trabalho engajada

num fazer de qualidade, onde o diálogo permita atitudes crítico-reflexiva, onde todos

tenham capacidade de buscar e inovar mediante o aprofundamento teórico.

Page 50: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

50Uma vez que o gestor e os educadores necessitam estar em constantes

buscas por estratégias que dinamizem as ações na escola.

Segundo (LIBÂNEO, 2008, p. 41):

Os dirigentes da escola precisam ajudar os professores, a partir da reflexão sobre a prática, a examinar suas opiniões ativas e os valores que as sustentam, a colaborar na modificação dessas opiniões e valores tendo como referência as necessidades dos alunos e da sociedade e os processos de ensino aprendizagem(...) onde a gestão do cotidiano da escola, seja articulada com todo o projeto pedagógico, o sistema de gestão, o processo de ensino e aprendizagem acontece.

Fazendo assim, ter-se-a uma organização preocupada com a formação

continuada, com a discussão conjunta dos problemas da escola, discussão que é de

natureza organizacional, mas principalmente pedagógica e didática. Nesse sentido, a

escola precisa constituir-se além do espaço da aprendizagem sistematizada, um lugar

prazeroso, motivador, capaz de despertar o interesse dos alunos pala aprendizagem.

5.4 Concepção de Educação

Diante de uma sociedade ampla e democrática, o homem necessita exercer

sua cidadania, como fonte participativa e ferramenta de luta em busca de soluções

para os problemas reais, que sejam capazes de contribuir para transformação dessa

sociedade, onde a diversidade seja um foco para a compreensão de tais problemas

que afetam a todos.

Julgamos que os valores façam parte da essência humana e sua importância

precisa ser despertada e semeada dentro de cada ser, justamente porque são eles, os

valores, que motivam e enriquecem a nossa vida e nos ajudam a estabelecer relações

e vínculos positivos em relação a nós mesmos e aos outros.

Desta forma, oportunizaremos conhecimentos, vivência e integração, pois a

aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido através da

experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais.

Aprender é o resultado da interação entre estruturas mentais e o meio ambiente.

Quando a educação é construída pelo sujeito da aprendizagem, no cenário escolar,

Page 51: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

51prevalecem a ressignificação dos sujeitos, novas coreografias, novas formas de

comunicação e a construção de novas habilidades, caracterizando competências e

atitudes significativas.

A Educação como interatividade contempla tempos e espaços novos, dialogo,

problematização e produção própria dos educandos. O professor exerce a sua

habilidade de mediador das construções de aprendizagem. E mediar é intervir para

promover mudanças. Como mediador, o docente passa a ser comunicador,

colaborador e exerce a criatividade do seu papel de co-autor do processo de aprender

dos alunos.

Na relação desse encontro pedagógico, professores e alunos interagem

usando a co-responsabilidade, a confiança, a dialogicidade fazendo a auto-avaliação

de suas funções. Isso é fundamental, pois nesse encontro, professores e alunos vão

construindo novos modos de se praticar a educação. É necessário que o trabalho

escolar seja competente para abdicar a cidadania tutelada, ultrapassar a cidadania

assistida, para chegar à cidadania emancipada, que exige sujeitos capazes de fazerem

história própria. Saber pensar é uma das estratégias mais decisivas. O ser humano

precisa saber fazer e, principalmente, saber fazer-se oportunidade.

A educação vista sobre o prisma da aprendizagem, representa a vez da voz, o

resgate da vez e a oportunidade de ser levado em consideração. O conhecimento

como cooperação, criatividade e criticidade, fomenta a liberdade e a coragem para

transformar, sendo que o aprendiz se torna no sujeito ator como protagonista da sua

aprendizagem. Porque nós estamos na educação formando o sujeito capaz de ter

história própria, e não história copiada, reproduzida, na sombra dos outros.

5.5 Concepção de Cultura

A cultura ao ser definida se refere à literatura, cinema, arte entre outras, porém

seu sentido é bem mais abrangente, pois cultura pode ser considerada como tudo que

o homem através da sua racionalidade, mais precisamente a inteligência, consegue

executar, dessa forma todos os povos e sociedades possuem sua cultura por mais

Page 52: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

52tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos adquiridos são passados

das gerações passadas para as futuras.

Os elementos culturais são artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religião,

crenças, esportes, mitos, valores morais e éticos, comportamento, preferências,

invenções e todas as maneiras de ser (sentir, pensar e agir).

A cultura é uma das principais características humanas, pois somente o

homem tem a capacidade de desenvolver culturas distinguindo, dessa forma de outros

seres como os vegetais e animais.

Apesar das evoluções pelas quais passa o mundo, a cultura tem a capacidade

de se permanecer quase intacta, e são passadas aos descendentes como uma

memória coletiva, lembrando que é um elemento social, impossível de se desenvolver

individualmente.

Certamente já nos perguntamos, ou fomos perguntados, sobre o que seja a

cultura. Vivendo num país onde tanto se fala da variedade e da exuberância cultural

que permeia de forma emblemática o nosso povo, é, no mínimo, esperado que

tenhamos uma ideia concebida sobre o que venha a ser esse fenômeno tão expressivo

e característico da nossa gente e de todos os povos da Terra.

O termo “cultura” surgiu em 1871 como síntese dos termos Kultur e Civilization.

Este, termo francês que se referia às realizações materiais de um povo; aquele, termo

alemão que simbolizava os aspectos espirituais de uma comunidade.

Segundo David Schneider, “Cultura é um sistema de símbolos e significados..

Para Max Weber, o homem é um animal, que vive preso a uma teia de significados por

ele mesmo criada. Partindo desse raciocínio, Clifford Geertz sugere que essa teia e sua

análise seja o que chamamos de cultura.

No trabalho de análise dessa teia, nos diz Geertz, a missão do antropólogo é

desvendar esses significados, estabelecendo relações entre si, de forma a ensejar uma

interpretação semiótica do objeto analisado. E uma boa interpretação só será possível,

continua ele, através do estabelecimento dessas relações, da seleção de informantes,

da transcrição de textos, do levantamento de genealogias, do mapeamento de campos

Page 53: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

53etc., em suma, através de um levantamento etnográfico.

Então dessa forma, o respeito pela diversidade cultural é estar sempre

valorizando a cultura popular e erudita e cabe a escola aproveitar essa diversidade,

existente, para fazer dela um espaço motivador, aberto e democrático. Pois a cultura é

resultado das experiências adquiridas pelo homem ao longo do tempo. Experiências

ocorridas em contato com a natureza utilizando meios de subsistência.

É no mundo e em sua relação com os outros que o homem adquire e constrói

instrumentos de adaptação e criação, produzindo cultura. É, portanto, impossível

entender o homem fora de um contexto histórico-social – de um tempo, de um espaço

e de um grupo social determinado -, que influi no modo dele ser e pensar e que, ao

mesmo tempo, sofre a sua influência.

Por cultura entendemos o conjunto de conhecimentos, valores, normas,

procedimentos e tecnologias construídos por um grupo social determinado e que dá um

caráter específico a esse grupo, diferenciando-o de outros e constituindo um

determinado tipo de sociedade. É algo, portanto, a ser assimilado pelo conjunto das

pessoas desse grupo social, no sentido de sua integração a ele como um membro

ativo. Cada ser humano traz dentro de si uma cultura, seja ela herdada ou adquirida, a

escola deve trabalhar e respeitar essas diferentes culturas.

A cultura herdada é apenas ponto de partida para esse grupo ou geração, que,

necessariamente, como agente de criação cultural, transforma, transgride, cria e recria,

construindo ou reconstruindo o seu próprio mundo e, teoricamente, avançando.

Portanto, o planejamento dos conteúdos deve estar relacionado com o

desenvolvimento de uma prática pedagógica que articule esses conteúdos à dinâmica

de um processo educativo que empregue recursos didáticos pedagógicos promotores

da aprendizagem e que respeite a identidade cultural do aluno, na perspectiva da

diversidade cultural.

5.6 Concepção de Trabalho

Trabalho e educação são atividades especificamente humanas. Podemos

Page 54: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

54definir trabalho como qualquer atividade física ou intelectual, realizada por ser humano,

cujo objetivo é fazer, transformar ou obter algo.

O trabalho é toda transformação que o homem impõe à natureza para tirar

algum proveito, é meio de sobrevivência. Então devemos assimilar a perspectiva de

atuação da escola como meio de formação de cidadãos e de cidadania, ensinar

conteúdos e habilidades necessárias à participação do indivíduo na sociedade.

Através de seu trabalho específico, a escola deve proporcionar ao aluno a

compreensão da sua realidade, situar, interpretar e contribuir para sua transformação.

5.7 Concepção de Tecnologia

Quando se trata do uso da tecnologia moderna, como o computador e a

internet, enquanto recursos de trabalho pedagógico, a mediação entre professor/aluno/

conhecimento é imprescindível, já que estes recursos não substituem e nem

dispensam a ação pedagógica crítica do docente e consequentemente dos alunos.

No entanto, estamos vivenciando uma nova experiência do tempo

intrinsecamente ligada às novas tecnologias que parecem provocar impactos

significativos nos processos cognitivos e que, consequentemente, indicam a urgência

de mudanças nas formas de pensar a seleção e transmissão do conhecimento e da

informação.

A tecnologia e o avanço da ciência, não atingem a sociedade de forma

homogênea, determinando modelos para as relações sociais. O acesso às tecnologias

de informação e comunicação amplia as transformações sociais e desencadeia uma

série de mudanças na forma como se constrói o conhecimento.

Portanto, frente a este cenário de desenvolvimento tecnológico que vem

provocando mudanças nas relações sociais, a educação tem procurado construir novas

estratégias pedagógicas elaboradas sob a influência do uso dos novos recursos

tecnológicos, resultando assim em práticas que promovam o currículo nos seus

diversos campos dentro do sistema educacional.

Page 55: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

555.8 Concepção de Cidadania

A noção de cidadania foi historicamente transformada como resultado das lutas

sociais pela aquisição e exercício de direitos e pelo aumento da participação das

pessoas na vida social e política.

Assim, cidadania expressa um conjunto de direitos e de deveres que permite

aos cidadãos e cidadãs o direito de participar da vida política e da vida pública,

podendo votar e serem votados, participando ativamente na elaboração das leis e do

exercício de funções públicas.

Hoje, no entanto, o significado de cidadania assume contornos mais amplos,

que extrapolam o sentido de apenas atender às necessidades políticas e sociais, e

assume como objetivo a busca por condições que garantam uma vida digna às

pessoas.

Entender a cidadania a partir da redução do ser humano às suas relações sociais e políticas não é coerente com a multidimensionalidade que nos caracteriza e com a complexidade das relações que cada um e todas as pessoas estabelecem com o mundo à sua volta. Deve-se buscar compreender a cidadania também sob outras perspectivas, por exemplo, considerando a importância que o desenvolvimento de condições físicas, psíquicas, cognitivas, ideológicas, científicas e culturais exerce na conquista de uma vida digna e saudável para todas as pessoas. (MEC, 2007, p. 11).

Cidadania é a conquista da qualidade de vida, preservando a dignidade

humana, a natureza e o meio ambiente. Seu objetivo é formar cidadãos para

conviverem em sociedade, suprindo suas necessidades vitais, culturais, sociais e

políticas; assim, construindo uma nova ordem social.

Portanto, educar é um ato que visa à convivência social, a cidadania e a

tomada de consciência política. A educação escolar, além de ensinar o conhecimento

científico, deve assumir a incumbência de preparar as pessoas para o exercício da

cidadania. Sendo assim, a educação para a cidadania pretende fazer de cada pessoa

um agente de transformação da sociedade.

5.9 Concepção de Conhecimento

O conhecimento se refere àquilo que se concebe como verdade; fatos que

Page 56: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

56remetem à experimentação e à comprovação de hipóteses através de meios

investigativos que se consolidam em realidades observáveis no cotidiano. Também

pode ser entendido como aquilo que se admite a partir da captação sensitiva sendo

assim acumulável na mente humana. É aquilo que o homem absorve de alguma

maneira, através de informações que de alguma forma lhe são apresentadas, para um

determinado fim ou não.

O conhecimento se distingue da informação porque está associado a uma

intencionalidade. Tanto o conhecimento como a informação, consistem em declarações

verdadeiras, onde o conhecimento é considerado como um propósito ou uma utilidade.

No âmbito escolar, o conhecimento assume essa identidade, permitindo sua

aquisição, construção, reconstrução e ainda possibilitando que fatos comprovados e

visualizados como sendo conhecimento sejam expandidos de geração em geração,

através da solidificação do processo educativo.

Para tanto, se torna imprescindível explicitar o modo como concebemos o

conhecimento: na sociedade, ele é produzido nas relações sociais mediadas pelo

trabalho; no contexto escolar, ele é resultado de fatos, conceitos, generalizações e

pressupõe sempre uma intenção, ou seja, a escola através do conhecimento deve ter

consciência de seu papel decisório na formação do cidadão.

5.10 Concepção de Ensino Aprendizagem

A escola é uma instituição social, responsável pela sistematização dos saberes

dos alunos, o processo de ensino aprendizagem, deve ser concebido numa relação

dialógica onde o educador é o mediador de todo processo.

Na escola pública a efetivação de um ensino de qualidade requer uma gestão

democrática, onde a comunidade escolar viabilize estratégias para firmar uma parceria

com a família, haja vista que o sucesso na aprendizagem dos alunos exige essa

relação mútua.

Uma concepção de ensino aprendizagem na escola de campo deve estar

atrelada a formação integral de cada aluno, para que possam exercer com a

Page 57: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

57autonomia, criticidade, o exercício da cidadania e atuar na sociedade de forma

responsável. Em que o conhecimento reelaborado seja uma ferramenta de luta contra

as injustiças sociais e um mecanismo de luta por um espaço no mundo do trabalho.

Assim, faz-se necessário um ensino condizente com a realidade dos alunos,

capaz de atender todas as suas aspirações, enfatizando uma metodologia de ensino

pautada nos recursos tecnológicos, onde o educador mediante um planejamento

sistematizado utiliza os meios mediativos como instrumentos para pesquisa, sendo o

eixo integrador de uma aprendizagem significativa, despertando a discussão,

propiciando a instrumentalização e a análise crítica acerca dos conteúdos.

Uma vez que, os alunos precisam ser questionados para que possam

reelaborar seus saberes, tornando-os científicos e úteis na sua prática social.

Isto posto, diz (SAVIANI, 1999, P. 81), “a síntese que os alunos chegam é o

momento culminante do processo educativo sendo a passagem da síncrise à síntese,

trata-se da efetiva incorporação dos instrumentos culturais, transformando agora em

elementos ativos de transformação social”.

Para (FREIRE, 1997, p. 26) “quando vivemos a autenticidade exigida pela

prática de ensinar/aprender participamos de uma experiência total, direta, política,

ideológica, pedagógica, estética e ética, em que a boniteza deve achar-se de mãos

dadas com a decência e com a seriedade.

Assim, o educador precisa ter compromisso político aliado ao fazer docente,

para que seja um articulador entre o conteúdo, aluno e realidade, colaborando

mediante um currículo aberto e flexível para que os alunos construam sua identidade.

Os conceitos científicos não se aprendem ou assimilam de maneira simples,

como hábitos mentais, uma vez que são exigidas relações mais complexas entre o

ensino e o desenvolvimento destes conceitos. Assim, o ensino desempenha um papel

primordial no surgimento e na aprendizagem dos conceitos científicos e na

aprendizagem dos conteúdos científicos (GASPARIN, 2003, p. 65).

Dessa forma a escola de campo tem por finalidade atender todos os alunos

nas suas peculiaridades, tendo como fundamento básico reafirmar uma concepção de

Page 58: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

58ensino com o compromisso político-pedagógico, construída no coletivo por toda a

comunidade escolar, sendo o eixo norteador da ação docente, efetivar o trabalho

didático- pedagógico com uma metodologia de ensino inovadora, despertando em

todos os alunos interesse e motivação para participarem do processo educativo.

5.11 Concepção de Avaliação

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino

aprendizagem, com função diagnóstica (permanente, cumulativa, processual e

contínua): configura-se como um meio de obter informações necessárias sobre o

desenvolvimento da prática pedagógica para a intervenção/reformulação desta prática

e dos processos de aprendizagem, pressupondo tomada de decisão, refletindo assim,

o desenvolvimento global do aluno, considerando as características individuais deste

no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos

qualitativos sobre quantitativos. Tendo como objetivo valorizar o conhecimento já

adquirido pelo aluno, incentivando a continuar construindo esse conhecimento.

Os instrumentos de avaliação utilizados pelo professor serão definidos de

acordo com os critérios pré-estabalecidos no Plano de Trabalho Docente, podendo ser

seminários, atividades escritas (provas, relatórios, dissertações, sínteses, produções de

textos), atividades orais (provas, debates, palestras), pesquisa (de campo,

bibliográficas), trabalho em grupo ou individual.

Nesta concepção de avaliação, também, tem papel privilegiado o Conselho de

Classe, enquanto instância colegiada de avaliação do trabalho pedagógico e dos

resultados de aprendizagem. O Conselho tem espaço privilegiado de avaliação coletiva

do ensino e da aprendizagem e, também, de avaliação da ação dos sujeitos

(educandos e educadores), envolvidos direta ou indiretamente no trabalho pedagógico.

Nas reuniões do Conselho de Classe se buscam, após as reflexões coletivas, os

subsídios para a melhoria do ensino e da aprendizagem, pois “A prática de pensar é a

melhor maneira de pensar certo.” (FREIRE, apud, CRUZ, 1995, p. 113).

Assim, o Conselho de Classe pode se efetivar como espaço democrático de

Page 59: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

59participação e reflexão, onde possam se situar conscientemente no processo de

trabalho que juntos desenvolvem e buscam novos e mais favoráveis rumos para este

processo.

Quando se constata, através do processo de avaliação, que nem todos os

alunos estão tendo êxito na aprendizagem, é realizada a recuperação de estudos, para

que estes alunos se apropriem dos conhecimentos propostos em sua plenitude. É

importante lembrar, que a recuperação de estudos é direito dos alunos, conforme o que

prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9394/96, no artigo 24, V –

“e) obrigatoriedade de proporcionar estudos de recuperação, de preferência paralelos

ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar [...]”.

A recuperação, é um instrumento relevante para proporcionar ao aluno o

sucesso escolar. Contínua/Paralela, objetivam combater a defasagem de conteúdo

programático. O Colégio Estadual Alvorada da Infância mantem seu propósito, de

acordo com a LDB, de ser paralela a cada conteúdo avaliado, contínua, diagnóstica,

interdisciplinar e contextualizada dentro do ensino aprendizagem, valorizando os

padrões éticos da proposta educacional.

Entendemos que o ato de avaliar se faz presente em todos os momentos da

vida humana. Desta forma, ele também está presente em todos os momentos vividos

em sala de aula. Assim, toda aula deve ser de avaliação, como nos diz a pedagoga

Vera Maria Garcia da Costa:

Neste tipo de avaliação, os conhecimentos como os objetivos, o método, os recursos são meios, instrumentos através dos quais alunos e professores, dialogam e refletindo sobre a sua ação, se situam em seu crescimento mais global. São avaliados os sentimentos, as atitudes, as habilidades, os comportamentos desenvolvidos ou não, a partir das informações buscadas pelo grupo.

À escola cabe viabilizar a todos os alunos oportunidades de aprendizagem e

possibilitar a superação das dificuldades encontradas no percurso desse aprendizado.

5.12 Concepção de Currículo

Escola Alvorada da Infância através de Aplicação pretende ultrapassar a

Page 60: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

60estrutura linear e compartimentalizada das disciplinas isoladas e desarticuladas. Assim,

busca relações de reciprocidade e colaboração entre as diversas áreas em uma atitude

dialógica e cooperativa permanente, necessária à compreensão das múltiplas relações

que constituem o mundo da vida, no qual os sujeitos, mediados pela comunicação,

organizam-se e interagem construindo saber, cultura e condições necessárias à

existência. Colabora com essa ideia FERRAÇO

Pensar os currículos de uma escola pressupõe, então, viver seu cotidiano que inclui, além do que é formal e tradicionalmente estudado, toda uma dinâmica das relações estabelecidas, ou seja, para se poder falar dos currículos praticados nas escolas, é necessário estudar os hibridismos culturais vividos nos cotidianos. (2006, p. 10)

O currículo deve redimensionar, constantemente, os espaços e tempos

escolares, revendo concepções e práticas pedagógicas. Nesse contexto, a formação

permanente dos educadores é indispensável, promovendo a cooperação entre os

implicados no processo educativo, possibilitando mudanças, a partir de uma práxis

reflexiva, tendo em vista a qualificação do processo de ensino aprendizagem.

Todo o processo de educação escolar, por ser intencional e sistemático,

implica a elaboração e realização de um programa de experiências pedagógicas a

serem vivenciadas em sala de aula, na escola e fora dela. O currículo é entendido aqui

como o conjunto dessas atividades, carregadas de sentido, com uma intencionalidade

educativa, capaz de indicar os caminhos, admitindo mudanças, atalhos, alterações

significativas em busca da aprendizagem de todos os alunos. Assim, a educação

ultrapassa a reprodução de saberes e fazeres, possibilitando a troca de experiências e

a construção de aprendizagens significativas.

Devido às mudanças que vêm ocorrendo em todos os campos do saber e na

sociedade em geral, estão levando a escola a repensar o currículo. Nesta perspectiva

de currículo, conhecimento e conteúdo, é fundamental trabalhar as Diversidades como:

Educação do Campo, Gênero e Diversidade Sexual, História e Cultura dos povos

Indígenas (Lei 11645/08) e História e Cultura Afro-Brasileira-Africana (Lei 10639/03).

Desenvolvimento Socioeducacional: Prevenção de Drogas, Enfrentamento a Violência,

Page 61: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

61Educação Ambiental e Cidadania e Direitos Humanos.

Tanto os conhecimentos universais como os desafios do cotidiano podem e

devem ser discutidos como expressões históricas, políticas e econômicas da realidade.

Dessa forma, o currículo está diretamente relacionado ao contexto sócio-

político-cultural e, assim, é construído de forma dinâmica e participativa através de uma

abordagem interdisciplinar, tendo em vista, prioritariamente, a formação do cidadão

comprometido eticamente com a transformação da sociedade.

5.13 Concepção de Alfabetização e Letramento

Ao longo dos anos a alfabetização escolar tem sido alvo de inúmeras

controvérsias teóricas e metodológicas, exigindo que a escola e, sobretudo, aqueles

profissionais que lidam com o desafio de alfabetizar se posicionem em relação às

mesmas, o que certamente terá consequências para as práticas pedagógicas que irão

adotar.

Por isso, diante de uma escola de campo é fundamental que nós professores

saibamos a diferença entre alfabetização e letramento, lembrando que embora ambos

caminham juntos, precisamos ressaltar aqui que nem todo sujeito letrado precisa

necessariamente ser alfabetizado.

E ainda para muitos autores, a alfabetização é um processo praticamente

mecânico aprendido, na maioria das vezes dentro da sala de aula, o letramento é um

conjunto de conhecimentos que o individuo acumula ao longo da vida, onde muitos

conhecem a simbologia das letras mas não conseguem decifrá-las corretamente.

Embora seja difícil imaginar como alguém possa exercer tal condição em grau

satisfatório sem que antes tenha sido alfabetizado, podemos explicar esse fato se

considerarmos que a maioria absoluta dos conhecimentos que o individuo pode

adquirir está na forma de símbolos (letras), onde o mesmo possui algum grau de

letramento, no sentido atual de sua aplicabilidade no seu dia-a-dia.

Portanto, cabe aos educadores o papel de incentivar na formação de cidadãos

capazes de obter seu próprio grau de letramento. Isso porque o letramento é segundo

Page 62: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

62alguns autores, uma capacidade individualizada adquirida de diferentes formas e meios

pelos autores envolvidos. Não existe uma fórmula para que se possa ensinar um

individuo racionar, existe sim , a maneira de ensinar que é necessário racionar.

A escola cabe a tarefa de desenvolver a aprendizagem referente a leitura e da

escrita, sistematizar esses conhecimentos, assumindo a responsabilidade de iniciar a

criança no processo de alfabetização e de aperfeiçoar sua leitura, por via do

letramento, a fim de garantir-lhe domínio de uma prática cuja finalidade não se esgota

em si mesma, embora o processo de alfabetização se dirija à apropriação das

operações de um código, pois a língua escrita os mecanismos de leitura e escrita, são

complementares entre si.

Hoje, as crianças estão ingressando mais cedo na escola púbica, exigindo dos

profissionais da educação uma revisão do Projeto Político Pedagógico para o Ensino

Fundamental nas séries iniciais, uma vez que o processo de alfabetização e letramento

passa a exigir uma ressignificação da prática pedagógica, onde o lúdico e as atividades

psicomotoras estejam atreladas ao desenvolvimento integral de cada criança.

Os planejamentos de ensino, os planos de aula e os projetos de trabalho são

portanto, frutos de reflexões coletivas e individuais cujo objetivo é a aprendizagem das

crianças. Por isso, deve ser pensados a longo, médio e curto prazos, abrindo espaços

para alterações, substituições e para novas e inesperadas situações que acontecem na

sala de aula e no entorno delas, que podem trazer significativas contribuições para

reflexão das crianças, gerando novos temas de interesse, novos conhecimentos e

novas formas de interpretar a realidade.

A escola pode ser um lugar de afirmação do que as crianças e os adolescentes

já são e sabem, ao mesmo tempo em que os levam as mudanças significativas, a

novos conhecimentos, por meio da aprendizagem, em relação à compreensão do

grupo a que pertencem na escola e a compreensão de novas possibilidades de vida,

de modo geral.

Em relação aos alunos que ingressarão no 6º ano, os profissionais da

Educação estarão desenvolvendo uma metodologia adequada para essa faixa etária,

Page 63: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

63incluindo o lúdico (brincadeira – onde brincar é importante no desenvolvimento)

“aprender brincando”, pois os alunos estão entrando na adolescência, mas, não

podemos esquecer que ainda são crianças. É importante que não haja rupturas na

passagem da educação infantil para o ensino fundamental, mas que haja continuidade

dos processos de aprendizagem.

Nesse sentido, a escola estará promovendo o acesso da criança aos padrões

formais da escrita, garantindo a sua participação na cultura de forma crítica e

participativa e não simplesmente como um mero receptor de informações.

5.14 Concepção de Gestão

A administração sofreu ao longo de seu processo de “amadurecimento”

algumas transformações que foram cruciais na mudança de paradigma, de sorte que

não se concede mais a ideia de administrar pautada pelos velhos conceitos.

Podemos dizer que para cada velho conceito um novo conceito mais

abrangente se impôs na substituição. Assim, surge a ideia de Gestão, a qual, passa se

da óptica fragmentada para a óptica organizada pela visão de conjunto; da limitação de

responsabilidade para a sua expansão; da centralização da autoridade para

descentralização; da ação episódica de eventos para processo dinâmico, contínuo e

global; da burocratização e hierarquização para coordenação e horizontalização; da

ação individual para a coletiva.

5.14.1 Gestão Democrática

A gestão democrática é pautada no diálogo, entendida como a participação

efetiva dos vários segmentos da comunidade escolar, pais, professores, estudantes e

funcionários na organização, na construção e na avaliação dos projetos pedagógicos,

na administração dos recursos da escola, enfim, nos processos decisórios da escola. A

democratização da gestão é defendida enquanto possibilidade de melhoria na

qualidade pedagógica do processo educacional das escolas, na construção de um

currículo pautado na realidade local, na maior integração entre os agentes envolvidos

Page 64: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

64na escola e no apoio efetivo da comunidade às escolas, como participante ativa e

sujeito do processo de desenvolvimento do trabalho escolar. A partir dos princípios da

gestão democrática, baseada na Lei 7040/98, todas as ações da escola precisam ser

construídas democraticamente, com o envolvimento de todos os segmentos da escola:

direção, professores, funcionários, alunos e pais; um processo que viabiliza a

participação e as conquistas de todos os segmentos envolvidos. Os princípios que

norteiam a Gestão Democrática são:

• Descentralização: A administração, as decisões, as ações devem ser

elaboradas e executadas de forma não hierarquizada.

• Participação: Todos os envolvidos no cotidiano escolar devem participar da

gestão: professores, estudantes, funcionários, pais ou responsáveis, pessoas que

participam de projetos na escola, e toda a comunidade ao redor da escola.

• Transparência: Qualquer decisão e ação tomada ou implantada na escola tem

que ser de conhecimento de todos.

A Gestão Democrática é formada por alguns componentes básicos:

Constituição do Conselho escolar; APMFs ; Elaboração do Projeto Político Pedagógico

de maneira coletiva e participativa; definição e fiscalização da verba da escola pela

comunidade escolar; divulgação e transparência na prestação de contas; avaliação

institucional da escola, professores, dirigentes, estudantes e equipe técnica.

Em todas as ações desenvolvidas no Colégio Estadual Alvorada da Infância,

envolvem os professores, funcionários, pais, alunos e comunidade num congregamento

de esforços na tentativa de tornar a educação uma área forte na sociedade,

desenvolvendo assim sua função social. A escola estimula e incentiva as atividades

que os professores e alunos optam por realizar, por acreditar que destas ações

conjuntas resultam melhorias para a escola, alunos, pais e comunidade.

5.14.2 Gestão Pedagógica

Para efetivação da intencionalidade da instituição, de formar cidadão

participativo, responsável, crítico e criativo, a escola precisa se organizar de maneira a

Page 65: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

65respeitar os saberes dos educandos e nunca desprezar seu conhecimento empírico,

sua experiência anterior. Deve ser uma constante a discussão sobre os problemas

sociais, desigualdades, falta de oportunidades, que a comunidade enfrenta. Deve

proporcionar momentos de debates sobre novas descobertas e novas teorias, que

proporcionem crescimento e novas maneiras de inclusão social por meio do

conhecimento. Reorientar o currículo, em todos os seus aspectos, desde a organização

das turmas, a seleção dos conteúdos pedagógicos, a escolha dos materiais didáticos,

das metodologias e didáticas, ao tipo de relações que se dão na sala de aula e no

espaço fora da sala de aula, a relação da escola com as famílias e com a comunidade

circundante e, até a repensar a avaliação e suas consequências na vida dos alunos,

bem como incentivar a formação continuada de todos os educadores responsáveis pela

instituição. Organizar de forma eficaz todos os recursos didáticos necessários para

desenvolvimento da proposta que proporcione oportunidade a todos, por meio de

projetos, oficinas pedagógicas, aulas de campo e pesquisa, tendo a leitura como meio

para interpretar informações, resolver problemas, entre outros aspectos, aprender

significativamente, promovendo uma educação de qualidade.

• Diretrizes Curriculares para Educação Básica (DCEs) : Documento

referência para a organização e avaliação do trabalho pedagógico nas escolas da rede

pública estadual. Que organiza o conhecimento escolar por disciplinas escolares e o

conhecimento da disciplina por conteúdos estruturantes e básicos.

• Proposta Pedagógica Curricular (PPC): é o fio condutor da ação

educativa. Na sua concepção dialética, o PPC é práxis que surge da realidade. Nela

são congregados aspectos históricos, políticos, sociais e econômicos. Ao mesmo

tempo consolida tarefas e saberes críticos, criativos, reflexivos e transformadores. De

acordo com Sacristán: “Planejar é dar tempo para pensar a prática, antes de realizá-la,

esquematizando os elementos mais importantes numa sequência de atividades”. O

planejamento deve contemplar a possibilidade de um movimento de ação-reflexão-

ação na busca constante de um processo de ensino-aprendizagem produtivo. A escola

realiza as reelaborações das Propostas Pedagógicas Curriculares anuais, sempre que

Page 66: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

66se faz necessário. Faz-se uma prévia na semana pedagógica e depois, após o

conhecimento da clientela, verificação dos níveis de desenvolvimento da turma, é que

se elabora o PTD ( Plano de Trabalho Docente).

• Plano de Trabalho Docente (PTD): é um planejamento das ações

educativas ao longo do ano letivo, sendo revisto a cada semestre. O PTD faz parte

dos documentos que organizam o processo pedagógico na escola, antecipando a ação

docente, organizando seu tempo e norteando suas ações educacionais, pois registra o

que ele pensa fazer, como fazer, quando faze, com que e com quem fazer. Sendo a

forma mais adequada de preparar os conteúdos selecionados para o ensino

aprendizagem, na sua dimensão final dentro de espaço e tempo específico, facilitando

ao professor uma reflexão sistemática do seu fazer e dando condições ao aluno de

estabelecer suas relações com este conteúdo.

• Hora-Atividade: em termos legais, a existência da hora-atividade está

determinada pela LDB 9394/96, artigo 67, inciso VI, a qual assegura ao professor em

sua carga horária um período reservado a estudos, planejamento e avaliação.

Atualmente a Lei 11.738/08 em seu parágrafo 4, artigo 2, dispõe que no mínimo um

terço da jornada de trabalho do professor seja destinado para a hora atividade, embora

no Paraná, esteja em vigor a Lei estadual 13.807/02 que institui 20% de hora atividade

para os professores da educação básica do Paraná.

5.15 Concepção de Infância e Adolescência

A infância, deve ser compreendida como um modo particular de se pensar a

criança, e não um estado universal, vivida por todos do mesmo modo. Mais uma vez,

nos deparamos com a multiplicidade e a urgência de desvincularmos a concepção de

criança e de infância de uma ideia pré-concebida, seja ela qual for. Até chegarmos a

um vislumbre de uma concepção pós-moderna de criança e infância, devemos refletir

um pouco sobre o assunto:Os dicionários da língua portuguesa registram a palavra

infância como o período de crescimento que vai do nascimento até o ingresso na

puberdade, por volta dos doze anos de idade. Segundo a Convenção sobre os Direitos

Page 67: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

67da Criança, aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em novembro de

1989, "crianças são todas as pessoas menores de dezoito anos de idade". Já para o

Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), criança é considerada a pessoa até os

doze anos incompletos, enquanto entre os doze e dezoito anos, idade da maioridade

civil, encontra-se a adolescência.

Etimologicamente, a palavra infância vem do latim, infantia, e refere-se ao

indivíduo que ainda não é capaz de falar. Essa incapacidade, atribuída à primeira

infância, estende-se até os sete anos, que representaria a idade da razão. Percebe-se,

no entanto, que a idade cronológica não é suficiente para caracterizar a infância. É o

que Khulmann Jr. (1998, p. 16) afirma categoricamente:Infância tem um significado

genérico e, como qualquer outra fase da vida, esse significado é função das

transformações sociais: toda sociedade tem seus sistemas de classes de idade e a

cada uma delas é associado um sistema de status e de papel.

Assim como a infância, a adolescência é também compreendida hoje como

uma categoria histórica, que recebe significações e significados que estão longe de

serem essencialistas. É como afirma Pitombeira (2005): a naturalização da

adolescência e sua homogeneização só podem ser analisadas à luz da própria

sociedade. Assim, as características “naturais” da adolescência somente podem ser

compreendidas quando inseridas na história que a geraram. Mas não foi sempre deste

modo que se falou da adolescência.

Para a maior parte dos estudiosos do desenvolvimento humano, ser

adolescente é viver um período de mudanças físicas, cognitivas e sociais que, juntas,

ajudam a traçar o perfil desta população. Atualmente, fala-se da adolescência como

uma fase do desenvolvimento humano que faz uma ponte entre a infância e a idade

adulta. Nessa perspectiva de ligação, a adolescência é compreendida como um

período atravessado por crises, que encaminham o jovem na construção de sua

subjetividade. Porém, a adolescência não pode ser compreendida somente como uma

fase de transição. Na verdade, ela é bem mais do que isso.

Adolescência, período da vida humana entre a puberdade e a adultície, vem

Page 68: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

68do latim adolescentia, adolescer. É comumente associada à puberdade, palavra

derivada do latim pubertas-atis, referindo-se ao conjunto de transformações

fisiológicas ligadas à maturação sexual, que traduzem a passagem progressiva da

infância à adolescência. Esta perspectiva prioriza o aspecto fisiológico, quando

consideramos que ele não é suficiente para se pensar o que seja a adolescência.

Cabe à escola tentar fornecer modelos construtivos para os educandos,

independente daqueles que essas crianças e adolescentes tenham em seu ambiente

doméstico, pois essa conduta pode sim fazer diferença no desenvolvimento de nossos

alunos.

6. MARCO OPERACIONAL

Diante de uma sociedade ampla e democrática, o homem necessita exercer

sua cidadania, como fonte participativa e ferramenta de luta em busca de soluções

para os problemas reais, que sejam capazes de contribuir para transformação dessa

sociedade, onde a diversidade seja um foco para a compreensão de tais problemas

que afetam a todos.

Julgamos que os valores façam parte da essência humana e sua importância

precisa ser despertada e semeada dentro de cada ser, justamente porque são eles, os

valores, que motivam e enriquecem a nossa vida e nos ajudam a estabelecer relações

e vínculos positivos em relação a nós mesmos e aos outros.

Desta forma, oportunizaremos momentos de aprendizagem, vivência e

integração, para todos os membros da escola, vivenciar experiências de harmonia

consigo e com os outros, como instrumentos de sustentação. Experiência assim, é que

torna a escola um laboratório de experimentações fundamentais a nossa vida.

Por esse motivo, os valores serão trabalhados de forma interdisciplinar e

desenvolvidos ao longo do ano letivo. De acordo com as sugestões dos membros da

Escola e das instâncias colegiadas há necessidade de destacar: a ética, a moral, o

amor, a paz, a auto-estima, a empatia, o compromisso, o respeito, a responsabilidade e

Page 69: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

69outros.

A prática pedagógica na Tendência Histórico-Crítica ou Crítico Social dos

Conteúdos, propõe uma interação entre conteúdo e realidade concreta, visando a

transformação da sociedade, enfocando o conteúdo como produção histórico-social de

todos os homens.

O ensino de 9 anos já é uma realidade, portanto, será implantado de forma

simultânea no colégio a partir de 2012, não interferindo no espaço físico e na

distribuição de horários, os alunos terão acesso a um ensino de qualidade, coerente

com suas necessidades biológicas e maturacionais.

Nesta perspectiva, a escola continuara investindo na capacitação e formação

de seus professores, técnicos pedagógicos e agentes educacionais, propiciando um

ensino de qualidade que atenda a diversidade sócio-cultural e os Desenvolvimentos

Socioeducacionais, dando ênfase a uma aprendizagem, contextualizada, universal,

inclusiva e significativa. Quanto ao educador caberá respeitar a dignidade e

identidade dos educandos, valorizando a autonomia como recurso indispensável para

uma aprendizagem ampla. Uma vez que, ensinar exige humildade, tolerância e luta em

defesa dos direitos dos alunos, e estes almejam e necessitam de um ensino onde o

professor seja um mediador entre aluno, conteúdo e realidade social, sendo necessário

compreender os progressos dos alunos, isto é, uma avaliação diagnóstica

emancipatória, que reveja cada passo do processo educativo.

No aspecto da melhoria na qualidade do ensino, há que se assegurar que o

educando obtenha além do acesso e permanência na Escola, uma estrutura que

atenda os anseios de seu público, tanto no aspecto do conhecimento, quanto no

resgate de sua auto-estima, com a valorização da cultura local. Para tanto, faz-se

necessário que o educador conheça a realidade local, suas especificidades,

envolvendo os aspectos culturais, econômicos e sociais. E a partir daí, elabore um

planejamento que atenda as expectativas da comunidade escolar. E uma das formas

que auxiliará o educador, nesse processo, será a participação nos cursos de formação

continuada e a organização de palestras de motivação que eleve a sua auto-estima.

Page 70: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

70Diante dos desinteresses dos alunos os educadores devem utilizar recursos

diversos, como o acesso às tecnologias de informação e comunicação, para instigar a

curiosidade e o espírito investigativo dos educandos, promovendo a sistematização do

conhecimento.

Ao se analisar que conteúdos devem, ainda, ser trabalhados de forma mais

ampliada e metodologicamente diferente, a escola pode, então, propor atividades

complementares com este fim. É, portanto, a defesa pelo conteúdo escolar como via

de acesso ao conhecimento e a emancipação do sujeito que move a organização do

currículo da escola pública.

Por meio do Projeto Político-Pedagógico (PPP) do Colégio buscaremos

redimensionar e organizar o trabalho pedagógico de cada segmento da escola, que

compreende: a direção, a equipe pedagógica, os docentes, agentes educacionais,

alunos, bem como as instâncias colegiadas: Conselho Escolar (CE), Associação de

Pais, Mestres e Funcionários (APMF)e Grêmio Estudantil.

Nos aspectos administrativos, o Colégio Estadual Alvorada da Infância, realiza

um trabalho conjunto com a área pedagógica, entendendo que as ações direcionadas à

efetivação do processo ensino-aprendizagem correspondem a:

Gestão de resultados educacionais

- Desenvolver estratégias de ensino que possibilitem a superação das

dificuldades (Curto prazo);

- Reivindicar políticas públicas que possibilitem uma carga horária compatível

ao estudo do PPP (Médio Prazo);

- Incentivar a participação total dos educandos do Ensino Médio no Enem

(Curto prazo);

- Promover reuniões, assembleias, oficinas, palestras que ressaltem a

importância da participação dos pais na vida escolar dos filhos.

− Realizar avaliação institucional para diagnosticar problemas que merecem

atenção e uma organização da comunidade escolar com intuito de superá-los.

− Organizar quadros e tabelas do desempenho dos alunos, bem como da

Page 71: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

71evasão e repetência para análise da comunidade escolar;

Gestão participativa/ democrática

- conscientizar as instâncias colegiadas e a comunidade escolar da

importância de participar e se envolver, ter conhecimento da rotina participativa.

− estabelecer no mínimo quatro assembleias gerais com os pais para

interação do cotidiano escolar.

− Palestras com especialistas, buscando orientar educandos e comunidade,

nos mais diferentes temas de interesse e de fragilidade local, envolvendo desde

assuntos pertinentes à saúde (física e mental), àqueles relacionados às diferentes

atividades econômicas da comunidade, como também os que envolvem os

relacionamentos, limites e direitos (ética, moral e cidadania);

− Desenvolver atividades criativas e interativas, priorizando o diálogo, que

estimulem e orientem a comunidade no dever de respeitar o outro, para assim ser

respeitado;

− Incentivar a formação de associação de moradores, para que o espírito

colaborativo se desenvolva visando o bem comum;

− Engajar no programa de Mobilização para a Inclusão Escolar e a

Valorização da Vida, enfatizado no Programa Fica Comigo do Governo do Paraná;

− Colaborar com as campanhas promovidas pelas instituições locais, que

busquem atender às necessidades, principalmente em determinadas épocas do ano

(inverno, entre-safra).

Gestão pedagógica

- Propor a centralização do trabalho pedagógico junto aos professores,

organizando reuniões com pauta definida .

- Identificar as formas de registro e critérios de avaliação;

- Promover reuniões e grupos de estudos para repensar as formas e critérios

de avaliação e orientação do preenchimento do livro registro de classe.

- Solicitar junto aos órgãos competentes a agilização na efetivação de

professores;

Page 72: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

72- Conscientizar os professores da importância dos projetos pedagógicos;

− Reunir os professores para a discussão dos projetos pedagógicos;

− Organizar a hora atividade de forma que possibilite o intercâmbio de

professores das diversas disciplinas e pedagogo, oportunizando um trabalho

interdisciplinar e a escolha de recursos que atendam aos objetivos de suas disciplinas

e ações que pretendem realizar.

- Realizar reuniões de pais a cada bimestre, procurando envolve-los na

participação do processo ensino-aprendizagem;

-Levantar o número de alunos com defasagem de aprendizagem mensalmente

e, a partir disso atender os pais individualmente;

-Orientar os educadores na utilização dos recursos tecnológicos existentes na

escola, a fim de tornarem suas aulas atrativas;

-Preparar e aplicar o simulado, envolvendo todas as disciplinas, no início e

término do ano letivo, a fim de diagnosticar o nível de aprendizagem dos educandos,

como parâmetro ao planejamento curricular;

-Desenvolver atividades que promovam o resgate da auto-estima dos

educandos e incentivar ações solidárias para a construção do senso coletivo;

-Promover a participação dos educandos em oficinas que possibilitem a prática

dos conteúdos estudados;

- Promover concursos de leitura, incentivando a utilização de maior número de

livros de literatura infanto-juvenil;

-Organizar juntamente com os alunos um Dia de Campo, para exercitar na

prática os conteúdos teóricos.

- Garantir, diante do Desenvolvimento Socioeducacional, a continuidade de

ações realizados pela Escola, com o objetivo de informar e resgatar valores (drogas,

violência, sexualidade, ambientais e outros);

- Execução de um plano de trabalho docente do professor (bimestralmente) ,

para a implementação da ação pedagógica ;

Oportunizar, de forma mais intensa, a construção coletiva de normas e regras

Page 73: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

73que constituem a instituição de ensino, para que além de serem informados sobre as

mesmas, sejam co-autores responsáveis por elas;

- Estimular atividades desportivas inter-classes;

Gestão de inclusão/socioeducação

- Solicitar a mantenedora o levantamento da necessidade da acessibilidade;

- Adequar o espaço escolar para acessibilidade com adaptações de grande

porte.

Gestão de pessoas

- Educar pais para promover a participação – Escola de pais;

- Promover grupos de estudos e reuniões pedagógicas, oficinas para os pais,

feira de artesanato e oficinas para as mães;

Gestão de serviços de apoio (recursos físicos e financeiros)

- Solicitar junto a mantenedora ampliação do prédio escolar , construção da

central de gás e melhoria na qualidade dos recursos tecnológicos.

- Ampliar e conservar o acervo e serviços bibliográficos e a integração desse

acervo, sempre que possível, ao acervo da multimídia;

Diante de todas as ações propostas acima e, partindo da necessidade de

inovações na escola, da busca de caminhos para atender a realidade e as exigências

dos novos tempos, faz-se necessário que as instituições de ensino lancem “um olhar

sobre si mesmas” para implementarem processos de reorganização e reestruturação

que lhes permitam enfrentar as demandas das transformações sociais externas e

ainda, das mudanças que atingem o cotidiano institucional. Estabelecer um diálogo

entre as características mais marcantes da instituição e seus objetivos, direcionando

sua posição social e sua identidade educacional. Para o redirecionamento das ações,

verifica-se a importância de processos de Avaliação Institucional.

A Avaliação Institucional tem o propósito de mobilizar a comunidade escolar

através da reflexão e discussões coletivas, a fim de criar uma cultura como forma de

autoconhecimento e de comprometimento em torno da principal função da escola que é

a efetivação do processo ensino-aprendizagem.

Page 74: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

74Portanto, este processo de Avaliação tem potencial redirecionador no sentido

da construção da cidadania, a qual traduz em consciência real dos direitos e deveres

da instituição como forma de garantir a sua autonomia.

Sendo assim, o Colégio Estadual Alvorada da Infância, compromete-se a

aplicar um modelo de avaliação que compreende:

• Avaliação do contexto sociocultural das famílias dos alunos, que

permitirá uma análise com maior precisão, dos resultados obtidos;

• Avaliação da formação de atitudes e valores dos alunos das séries

avaliadas;

• Avaliação da percepção dos professores de todas as séries, acerca do

processo de aprendizagem, do projeto pedagógico e da organização

escolar;

• Avaliação da percepção das famílias dos alunos das séries avaliadas

acerca do processo de aprendizagem, o projeto pedagógico, do papel

dos professores, bem como da organização da instituição escolar.

Os resultados serão detalhados em relatório e utilizados para redirecionamento

do trabalho pedagógico, bem como para realimentação do Projeto Político Pedagógico

no final do ano letivo.

Em se tratando dos órgãos colegiados, serão desenvolvidas ações como:

• Promover reuniões entre as instâncias colegiadas e a comunidade

escolar para conscientizar sobre a importância de participar, se envolver e ter

conhecimento das linhas básicas da escola para poder discutir , planejar, acompanhar ,

solucionar e avaliar.

• Realização de mini cursos com o jurídico e a ouvidoria do NRE.

• Oportunizar a esses grupos momentos de formação/informação e

construção do conhecimento de suas reais funções, através da oferta de cursos, e a

elaboração coletiva de um plano de ação voltado para a melhoria dos aspectos

pedagógicos, favorecendo o entrosamento e a ação conjunta da Comunidade Escolar e

dos órgãos colegiados.

Page 75: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

75• Participação dos alunos de cada série no Pré-Conselho de Classe, para a

implementação de ações pedagógicas.

• Eleger um professor responsável por orientar cada turma, em relação aos

problemas levantados e possíveis soluções;

• Proporcionar autonomia a APMF, para promover atividades recreativas,

como forma de intercâmbio cultural entre os diferentes segmentos da comunidade

escolar.

• Realização do Conselho de Classe com a participação dos professores,

pedagogo, equipe técnico administrativo e diretor, com proposições de novos

encaminhamentos para as dificuldades encontradas e avaliação dos resultados

obtidos, após a concretização das ações.

• Implementar junto as Instâncias colegiadas ações em busca de

ampliação do prédio escolar, bem como a implementação de laboratório de biologia,

laboratório de informática, iluminação e vestiário na quadra de esportes, entre outros.

• Solicitar junto a SEED , com o auxilio das instâncias colegiadas a fixação

do profissional docente, atentando para a permanência do professor quando possível

em uma instituição de ensino; o aumento da demanda da equipe pedagógica para a

ampliação as suas ações, favorecendo um trabalho mais direto com os professores,

bem como a disponibilização de profissionais especializados (psicólogo, assistente

social) que possam acompanhar alunos e famílias para resolução de problemas

diversos, subsidiando o trabalho dos educadores.

• Realizar palestras diversas que contribuam para o resgate de valores,

principalmente no que tange a ética e o respeito mútuo entre os profissionais.

A implantação do ensino de 9 anos, requer maior integração entre o currículo

dos anos iniciais e finais da Educação Básica, sendo necessário que as reuniões

pedagógicas, a Formação Continuada, os Cursos de Capacitação e grupos de estudos

sejam realizados através de maior entrosamento e compromisso dos profissionais da

educação, envolvendo professores dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental.

No entanto, para que haja um aprendizado mais satisfatório, as escolas

Page 76: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

76municipal e estadual deverão caminhar juntas, propondo assim, uma relação dialógica

entre os profissionais das duas redes.

Os conteúdos básicos inclusos no “Caderno de Expectativas de Aprendizagem”

para os anos finais do Ensino Fundamental e Médio, vem para conceder a continuidade

no processo ensino aprendizagem e a adequação aos anos/séries da Educação

Básica. Sendo então necessário adequar a realidade de cada turma, promovendo o

encaminhamento metodológico proposto.

É de suma importância que existe uma articulação entre conteúdos do Ensino

Fundamental e Médio, considerando, que existe possibilidade de sequência e

integração entre eles. No entanto, devido à sociedade tecnológica e, portanto moderna,

é preciso que os alunos desde as séries iniciais saibam usar a língua escrita nas

diversas situações, lendo e produzindo textos de forma compreensiva, critica e com

autonomia.

Sempre que possível o colégio realiza trabalhos que envolvem: datas

comemorativas e atividades culturais como Carnaval, Festa Junina, Folclore, Semana

da Pátria, entre outros. Participa também das Olimpíadas de Língua Portuguesa e de

Matemática, Pas-Uem, ENEM, e etc, e faz o possível para participar de concursos na

área da educação.

6.1 Projetos Curriculares e Atividades de Enriquecimento Cultural

• Atividades integradoras: visitas, passeios e gincanas;

• Show de talentos: GAROTA E GAROTO Alvorada da Infância;

• Integração entre as disciplinas – Conteúdo do Desenvolvimento

Sócioeducacional.

• Oficinas Temáticas: Violência, AIDS, Racismo, Pré Conceitos,

Diversidade e Enfrentamento a Violência e ao Uso Indevido de Drogas;

• Projeto de parceria com o CRAS/SESI;

• Promover a utilização do laboratório de Biologia, Química e Física e

outras disciplinas;

Page 77: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

77• Promover a utilização do laboratório de informática;

• Biblioteca aberta à comunidade;

• Esporte intervalo;

Projetos

• Períodos históricos;

• Hora da leitura;

• Momento Cívico;

• Momento da oração;

• Semana da Consciência Negra;

Projetos específicos por disciplinas

Os temas sugeridos são:

• Biologia e História: Plantas que curam;

• Arte: Dança e criatividade;

• Física: Atividades experimentais;

• Matemática: Olimpíada de Matemática;

• Inglês: Materiais concretos de apoio a Língua Inglesa;

• Educação Física: Jogos Cooperativos e integração da Cultura afro-

descente;

• Ciências: Projeto horta;

• Língua Portuguesa: Concurso de Leitura; Olimpíada de Língua

Portuguesa;

6.2 OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA – Escrevendo o Futuro

Realizada pelo Ministério da Educação e pela Fundação Itaú Social – promove

concurso de produção de textos – poemas, memórias literárias, crônicas, e artigos de

opinião, elaborados por alunos, de escolas públicas de todo o país.

Em 2010, houve a participação de professores e alunos do 5º ano (4ª série) ao

9º ano (8ª série) e do Ensino Médio.

Page 78: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

786.3 OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA – OBMEP

É um projeto que vem criando um ambiente estimulante entre alunos e

professores de todo o país. Voltada para a escola pública, seus estudantes e

professores, a OBMEP, tem o compromisso de mostrar a importância da Matemática

para o futuro dos jovens e para o desenvolvimento do Brasil. Os alunos participantes

são divididos em 3 (três) níveis, de acordo com o grau de escolaridade, conforme

regulamento próprio.

6.4 Avaliações Externas Institucionais – Dados Educacionais

• PROVA BRASIL: A Prova Brasil foi idealizada pelo Ministério da Educação

(MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

(INEP) para produzir informações sobre o ensino oferecido por município e escola,

individualmente, com o objetivo de auxiliar os governantes nas decisões e no

direcionamento de recursos técnicos e financeiros, assim como a comunidade escolar

no estabelecimento de metas e implantação de ações pedagógicas e administrativas,

visando a melhoria da qualidade do ensino. Para tanto, o alcance dos objetivos desta

avaliação depende, portanto, da utilização de seus resultados como objeto de

discussões que envolvam, além dos gestores, toda a comunidade escolar.

O Colégio Estadual Alvorada da Infância, não participa da Prova Brasil, por não

atingir o número mínimo de alunos exigidos, no entanto, as provas e os conteúdos

são trabalhados de forma interna na Escola, com intuito de alcançar as metas

estabelecidas para a Educação Básica.

• ENEM: Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM é

aplicado anualmente aos alunos concluintes e aos engressos (os que já concluíram

em outros anos) do Ensino Médio e tem como objetivo principal oferecer uma

referência para que cada estudante possa se auto-avaliar, visando as suas escolhas

futuras, tanto em relação ao mercado de trabalho, quanto para a continuidade dos

estudos.

O ENEM oferece ao estudante a possibilidade de auto-conhecimento, não só

Page 79: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

79para continuar sua vida acadêmica, mas também para atuar de maneira mais

autônoma na sociedade. As mudanças sociais se processam de maneira muito rápida

impondo a necessidade de um padrão mais elevado para a escolaridade básica.

O Colégio Estadual Alvorada da Infância, trabalha no sentido de conscientizar

todos os alunos a participarem do ENEM, alcançando Média para ingresso no Ensino

Superior através do PROUNI.

• IDEB: Criado pelo Inep em 2007, em uma escala de zero a dez. Sintetiza dois

conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média

de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é

calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e

médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Saeb e a Prova Brasil.

A série histórica de resultados do Ideb se inicia em 2005, a partir de onde

foram estabelecidas metas bienais de qualidade a serem atingidas não apenas pelo

País, mas também por escolas, municípios e unidades da Federação. A lógica é a de

que cada instância evolua de forma a contribuir, em conjunto, para que o Brasil atinja o

patamar educacional da média dos países da OCDE. Em termos numéricos, isso

significa progredir da média nacional 3,8, registrada em 2005 na primeira fase do

ensino fundamental, para um Ideb igual a 6,0 em 2022, ano do bicentenário da

Independência.

PAS-UEM

O Processo de Avaliação Seriada – PAS-UEM é uma modalidade de processo

seletivo para ingresso no ensino superior, destinado aos alunos matriculados

regularmente no Ensino Médio. O processo abrange todas as séries desse nível

de ensino. Ao final de cada uma delas, o aluno presta exames e a pontuação obtida

nessas provas é cumulativa às demais avaliações das séries subsequentes. Assim, ao

invés de o aluno fazer um só exame ao final do terceiro ano, como ocorre no concurso

vestibular convencional, ele participa de avaliações seriadas, as quais contemplam

conteúdos específicos da série em que o aluno está matriculado no Ensino Médio.

Nesse sistema de avaliação, o candidato tem a oportunidade de acumular os

Page 80: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

80pontos obtidos em cada um dos exames prestados para a composição do escore final

utilizado para a classificação ao curso pretendido. Apesar de já ser adotado em outros

países, o Processo de Avaliação Seriada tornou-se uma nova alternativa de ingresso

no Ensino Superior no Brasil, graças às mudanças educacionais garantidas pela Lei de

Diretrizes e Bases da Educação n.º 9394/96, respaldada por debates e discussões a

respeito de alternativas diferentes para o ingresso no Ensino Superior.

6.5 Avaliação

O processo avaliativo deve ser entendido como uma prática pedagógica que,

ao nortear as ações do educador, indica caminhos e possibilita reflexão dessas ações

com os educandos.

Sacristán (1998), refere-se à prática de avaliar, como uma ação esporádica ou

circunstancial dos professores e do âmbito escolar, mas algo muito presente na prática

pedagógica, e afirma que a prática da avaliação é explicitada pela forma como são

realizadas as funções que a instituição escolar desempenha e, por isso, sua realização

vem condicionada por numerosos aspectos e elementos pessoais, sociais e

institucionais, ao mesmo tempo, ela incide sobre todos os demais elementos

envolvidos na escolarização, como, a transmissão de conhecimento, as relações entre

professores/as e alunos/as, as interações no grupo, os métodos que se praticam, a

disciplina, as expectativas de alunos/as, professores/as e pais, a valorização do

indivíduo na sociedade(...) (p.295).

Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos

próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida

escolar.

É necessário assegurar condições e práticas que favoreçam a implementação

de atividades de recuperação, por meio de ações significativas e diversificadas que

atendam a pluralidade de demandas existentes na escola.

Tendo em vista que a recuperação se constitui num mecanismo que visa

garantir a superação de dificuldades e/ou defasagens específicas encontradas pelos

Page 81: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

81alunos durante o percurso escolar, deve ocorrer nas formas contínuas e paralelas.

As avaliações serão bimestrais e as médias deverão ser igual ou superior a 6,0

para cada componente curricular no bimestre, conforme Regimento Escolar.

Os instrumentos de avaliação utilizados pelo professor serão definidos de

acordo com os critérios pré-estabalecidos no Plano de Trabalho Docente, podendo ser

seminários, atividades escritas (provas, relatórios, dissertações, sínteses, produções de

textos), atividades orais (provas, debates, palestras), pesquisa (de campo,

bibliográficas), trabalho em grupo ou individual.

O sistema de avaliação adotado por este Estabelecimento de Ensino é

bimestral e será composto pela somatória das seguintes avaliações:

• nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas;

• nota 4,0 (quatro vírgula zero) proveniente de prova(s) escrita ou oral.

6.6 Recuperação

A recuperação paralela é, assim, um mecanismo que assegura o respeito e a

singularidade de cada sujeito, e ao mesmo tempo do grupo social. Portanto, não

constitui-se em um “favor dado”, mas em um direito assegurado, devendo o

planejamento ser avaliado e adequado às condições, também, de quem não aprendeu.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de

apropriação dos conhecimentos básicos. Ela ocorrerá de duas formas: com a retomada

do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação; com a

reavaliação do conteúdo já “reexplicado” em sala de aula.

A recuperação de estudos se dá de forma permanente e concomitante ao

processo ensino e aprendizagem.

Será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos

didático-metodológicos diversificado, não devendo incidir sobre cada instrumento e sim

sobre os conteúdos não apropriados.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas

durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento

Page 82: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

82escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de classe.

6.7 Conselho de Classe

O Conselho de Classe é o organismo que terá como papel fundamental

dinamizar o processo de avaliação, por intermédio das análises múltiplas de seus

participantes, e estruturar os trabalhos pedagógicos segundo essas análises coletivas.

O Conselho de Classe é composto por todos os professores de uma mesma

turma, Diretor, Secretária e o Coordenador Pedagógico.

São atribuições do Conselho de Classe:

I. acompanhar o processo permanente de avaliação;

II. Contribuir para o aperfeiçoamento do processo de avaliação da

instituição;

III. Analisar e decidir sobre os resultados finais do processo de avaliação de

aprendizagem;

IV. Outras atribuições que constam no Regimento Escolar;

Participam dos conselhos de classe o diretor, coordenadores pedagógicos,

professores/aluno representante de turma de cada série e pais.

Os Conselhos de Classe sobre a presidência do Diretor e/ou Coordenador

Pedagógico se reunirá a cada fim de bimestre, devendo este período estar estipulado

no calendário escolar ou excepcional.

As decisões do Conselho de Classe serão tomadas de forma democrática pela

maioria dos votos dos professores da turma, se necessário, o desempate deve ser feito

pelo Diretor.

6.8 Processo de Classificação, Reclassificação, Adaptação e Progressão parcial

O Processo de Classificação no Ensino Fundamental e Médio é o

procedimento que este estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na

etapa de estudo compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por

meios formais ou informais, podendo ser realizada:

I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou

Page 83: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

83fase anterior, na própria escola;

II.por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou

do exterior, considerando a classificação da escola de origem;

III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para

posicionar o aluno na série, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de

desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.

É vedada a classificação para ingresso no ano inicial do Ensino Fundamental.

A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o

grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando

em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudo

compatível com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que

registre o seu Histórico Escolar.

Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na

aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na série/disciplina,

dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de

reclassificação.

A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.

Quanto a adaptação de estudos de disciplinas, é atividade didático-pedagógica

desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica Curricular,

para que o aluno possa seguir o novo currículo.

A adaptação de estudos far-se-á pela Base Nacional Comum, sendo realizada

durante o período letivo.

A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da equipe

pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o aluno está sujeito,

elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao aluno.

O nosso estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com

Progressão Parcial. Portanto, as transferências recebidas de alunos com dependência

em até três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial

de estudos.

Page 84: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

846.9 Formação Continuada

A Formação Continuada deve-se à necessidade dos profissionais da educação

de buscar novos caminhos e/ou soluções para os desafios que se apresentam ao

exercício do processo educativo, ao compromisso das instituições educacionais

envolvidas com a formação continuada dos profissionais da educação e à necessidade

de aprofundar cada vez mais as relações entre as discussões acadêmicas e as

análises políticas com as práticas pedagógicas, sejam de gestão, sejam de

metodologias de ensino. Esta a razão primeira para reunir profissionais, pesquisadores,

estudantes, órgãos gestores e instituições da área da educação para, contribuindo com

a sua atualização e aperfeiçoamento, chegar a uma maior qualificação do processo

ensino-aprendizagem, o compromisso de todos aqueles que estão envolvidos com a

educação escolar.

Estes eventos que compõe a Formação Continuada são organizados e

desenvolvidos pela Secretaria de Estado da Educação (SEED), através do Núcleo

Regional de Educação (NRE) e pelo próprio colégio.

Quanto a Equipe Multidisciplinar, deve-se subsidiar o trabalho docente,

articulando de forma multidisciplinar, através de sugestões de atividades e conteúdos

apresentados aos educadores pelo Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar, e estes

farão as adaptações de acordo com a realidade das modalidades de ensino e as

particularidades das turmas com as quais trabalham.

Os profissionais deste Estabelecimento de Ensino participam de Cursos

oferecidos pela SEED, pelo Centro de Capacitação do Professor, Grupos de Estudos

aos Sábados, também oferecidos por esta Secretaria; Reuniões Pedagógicas no

colégio; Cursos online (em horários contrários a atividade escolar), entre outros.

6.10 Educação do Campo

Uma conquista recente do conjunto das organizações de trabalhadores e

trabalhadoras do campo, no âmbito das políticas públicas, foi a aprovação das

Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo (Parecer,

Page 85: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

8536/2001 e Resolução 01/2002 do Conselho Nacional de Educação).

Historicamente, a educação esteve presente em todas as Constituições

brasileiras. Entretanto, mesmo o país sendo essencialmente agrário, desde a sua

origem, a educação rural não foi mencionada nos textos constituições de 1824 e 1891.

Com a aprovação da Constituição de 1988, a educação se destacou como

direito de todos. E, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional nº 9394/96,

há o reconhecimeto da diversidade do campo, uma vez que vários artigos estabelecem

orietações para atender a essa realidade, adaptando as suas peculiaridades, como os

artigos 23, 26 e 28, que tratam tanto das questões de organização escolar como de

questões pedagógicas.

A LDB em seu artigo 28 estabelece as seguintes normas para a educação do

campo.

Na oferta da Educação básica para a população rural, os sistemas de ensino proverão as adaptações necessárias à sua adequação, às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente:I – conteúdos curriculares e metodologia apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural;II – organizaç escolar própria, incluindo a adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;III – adequação à natureza do trabalho na zona rural. (BRASIL, 1996).

Na resolução 02/08, estabelece diretrizes complementares, normas e princípios

para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da Educação Básica do

Campo.

A compreensão de campo vai além de uma definição jurídica, configurando-se

como um conceito político, ao as considerados as particularidades dos sujeitos e não

apenas sua localização espacial e geográfica. A identidade dos povos do campo

comporta várias categorias sócias como posseiros, bóias–frias, ribeirinhos, atingindo

por barragem, assentados, acampados, arrendatários, pequenos proprietários, colonos

ou sitiantes, comunidades negras rurais, quilombolas e também as etnias indígenas.

O entendimento do campo como um modo de vida social contribui para auto-

afirmação da identidade dos povos do campo, no sentido de valorização do seu

Page 86: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

86trabalho, da sua história, do seu jeito de ser dos seus conhecimentos, para tanto é

necessário que se assuma na educação do campo a construção de um modelo de

desenvolvimento que tenha como elemento fundamental o ser humano.

A Educação do Campo deve incluir em seu debate político e pedagógico a

questão de que saberes são mais necessários aos sujeitos do campo e podem

contribuir na preservação e na transformação de processos culturais, de relações de

trabalho, de relações de gênero, de relações entre gerações no campo; também que

saberes podem ajudar a construir novas relações entre campo e cidade.

A escola em sua forma de relacionar a construção de uma sociedade,

desenvolve e concretiza danos para cidadãos, que vivem no campo e ou campo, bem

como que vivem nas cidades.

A escola tem papel fundamental na mudança de paradigma social, que se

busca construir, que ela por si só não concretiza o desenvolvimento, mas sem ela esse

desenvolvimento não se constitui de forma sustentável, conforme Silva (2004), “... a

escola não se constrói o Projeto de desenvolvimento sustentável, mas não há como

implementar um projeto de desenvolvimento do campo sem um projeto de educação”.

Assim, é papel da escola contribuir para a construção de um ambiente

educativo, que:

• Considere a heterogeneidade dos grupos humanos e sua relação com o

meio ambiente/natureza, com terra, com a cultura e o mundo do trabalho;

• Valorize os conhecimentos dos diferentes sujeitos da aprendizagem e que

estes contribuam para melhorar a vida das pessoas;

• Respeite a heterogeneidade da relação desses sujeitos com a terra, com

o mundo do trabalho e a cultura;

• Considere o desenvolvimento das pessoas não só por meio da integração

dos diferentes processos formativos, mas valorizando a escolarização, direito universal

dos diversos grupos humanos.

Para construir esse processo educativo, que considere os sujeitos sociais, faz-

se necessário fortalecer a identidade da escola do campo, ancorada na própria

Page 87: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

87realidade do campo, nos saberes próprios dos estudantes, da memória coletiva das

pessoas.

O Colégio Estadual Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio está

localizada na zona rural, é a principal referência dos moradores locais, sua localização

facilita o acesso dos alunos, reduzindo assim o índice de evasão escolar, pois o colégio

mais próximo fica no município aproximadamente a 16km, sendo estradas não

asfaltada, dificultando transporte, tornando-se cansativo e ocasionando muitas das

vezes o abandono da escola.

Vários alunos que frequentam este estabelecimento de ensino são filhos de

agricultores e boias frias que moram em sítios próximos ao Distrito.

6.11 Educação das relações Étnicos – Raciais

Vivemos em um país de várias etnias convivendo em um país de várias etnias

convivendo em um mesmo chão, muitas vezes de forma discriminatória. Observamos

em todos os níveis de escolarização e mesmo mundo do trabalho a pouca

oportunidade dada aos Afro-brasileiros, que encontram muitas barreiras para conseguir

estudar e trabalhar levando-os a serviço de menor remuneração e com maior facilidade

ao mundo do crime.

Entendemos que a questão racial permeia toda a história social, cultural e

política brasileira e que afeta a todos nós, independentemente do nosso pertencimento

étnico-racial, o movimento negro brasileiro tem feito reivindicações e construído

praticas pedagógicas alternativas, a fim de introduzir essa discussão nos currículos nos

currículos.

Ricas experiências têm sido desenvolvidas em vários estados e municípios,

com apoio ou não das universidades e secretarias estaduais e municipais. No entanto,

no inicio do terceiro milênio, o movimento negro passou a adotar uma postura mais

propositiva, realizando intervenções sistemáticas no interior do Estado. Dessas novas

iniciativas alguns avanços foram conseguidos. Um deles é a criação da Secretaria

especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR).

Page 88: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

88Esta secretaria de abrangência nacional, é responsável por várias ações

voltadas para a igualdade racial em conjunto com outros ministérios, secretarias

estaduais e municipais, movimentos sociais e ONG’S. Nessa nova forma de

intervenção do movimento negro e de intelectuais comprometidos com a luta anti-

racista, as escolas de educação básica estão desafiadas implementar a Lei de no

10.639/03.

Esta lei torna obrigatória a inclusão do ensino da Historia da áfrica e da Cultura

– afro brasileira nos currículos dos estabelecimentos de ensino públicos e particulares

da educação básica.Trata-se de uma alteração da lei no 9394/96. Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional, na qual foram incluídos mais três artigos, os quais

versam sobre essa obrigatoriedade. Ela também acrescenta que o dia 20 de novembro(

considerando dia da morte de Zumbi) sendo incluído no calendário escolar como Dia

Nacional da Consciência Negra, tal como já é comemorado pelo movimento negro e

por alguns setores da sociedade, na perspectiva de proporcionar aos alunos uma

educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e plurietnicas.

Um primeiro aspecto a ser observado por todos os educadores é a

recuperação do orgulho de ser negro, isto é, a busca de uma pedagogia da auto-estima

elevada além da ação afirmativa. Aqui entra o papel fundamental a ser

desenvolvimento por todos os educadores.

É preciso conhecimento e atenção, pois as armadilhas são muitas nas histórias

mais ingênuas, nos propósitos aparentemente mais elevados, estão cenas que

ridicularizarão do negro, do índio, ou do diferente. Nossos livros didáticos transbordam

de exemplos.

Cabe ao professor potencializar destacando a beleza de cada etnia, a riqueza

da diversidade de tipos humanos. Isto vai fazer com que os alunos negros assumam,

sem maiores problemas, sua negritude. Cabe também aos educadores liderara luta

para que as mantenedoras de estabelecimentos de ensino garantam condições

humanas,materiais e financeiras para a execução de projetos que tratem da Educação

das relações étnico-raciais.

Page 89: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

89Não se trata simplesmente de incluir os negros e integrá-los numa sociedade

que secularmente os exclui e desqualifica, mas oferecer uma educação que lhes

permita assumir-se como cidadãos autônomos críticos e participativos. É fundamental

que se resgate uma imagem positiva do homem negro, para que a criança negra possa

se projetar numa imagem positiva e perceber suas possibilidades de ascensão social e

de uma trajetória escolar bem sucedida.

Precisamos abrir espaços para discutirmos de forma aberta e crítica, questões

das relações étnico-raciais a cultura Afrobrasileira e Africana, oportunizando para que

os alunos percebam que vivemos ainda em um país de muitas desigualdades sociais e

que podemos educar esta e as futuras gerações para revertermos tal quadro, através

de ações concretas valorizarmos e acolhermos a cultura afro-brasileira, o negro e o

pardo para que este aluno valorize sua cultura como o bem precioso a ser cuidado.

6.12 – EJA

A EJA (Educação de Jovens e Adultos) é composta por educandos que na sua

maioria se relaciona com o mundo do trabalho e que por meio dele busca melhorar sua

qualidade de vida, tornando relevante contemplar essa característica na organização

do trabalho pedagógico. Para adaptar o tempo escolar às necessidades dos

educandos, o currículo deve ser organizado de forma que lhes possibilite transitar pela

estrutura curricular, de acordo com o seu tempo próprio de construção da

aprendizagem.

Nesse contexto, a articulação da modalidade EJA com a diversidade sócio-

cultural de seu público deve demandar uma proposta pedagógica curricular que

consiste o tempo/espaço e a cultura desse grupo, considerando que os saberes e a

cultura do educando devem ser respeitadas como ponto de partida real da proposta

pedagógica.

Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de

escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos

no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades apropriadas,

Page 90: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

90consideradas suas características, interesses, condições de vida e de trabalho,

mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.

Portanto, este Estabelecimento Escolar a partir de 2011 cederá sala para oferta

Educação de Jovens e Adultos - APED descentralização do CEEBEJA de Jandaia do

Sul - sendo Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na

legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no

processo.

Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo

a viabilizar processos pedagógicos, tais como:

1. pesquisa e problematização na produção do conhecimento;

2. desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;

3. registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,

ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e socialização

dos conhecimentos;

4. vivências culturais diversificadas 2 que expressem a cultura dos

educandos, bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.

Organização Coletiva

Será oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula o

período, dias e horário das aulas, com previsão de início e término de cada disciplina,

oportunizando ao educando a integralização do currículo. A mediação pedagógica

ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação

professor-educandos e considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada

educando.

Organização Individual

A organização individual destina-se àqueles educando trabalhadores que não

Têm possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, devido às condições de

horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante

Page 91: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

91classificação, aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou desistentes

quando não há, no momento em que sua matrícula é reativada, turma organizada

coletivamente para a sua inserção. Será programada pela escola e oferecida aos

educandos por meio de um cronograma que estipula os dias e horários das aulas,

contemplando o ritmo próprio do educando, nas condições de vinculação à

escolarização e nos saberes já apropriados.

7. REGIME E FUNCIONAMENTO

O Colégio Estadual Alvorada da Infância pertence à modalidade de Educação

do Campo sendo ela presencial, ofertando o Ensino Fundamental de 5ª a 8ªSérie /6º

ao 9º Ano, organizado em anos finais, em regime de ano, com 4 (quatro) anos de

duração, com funcionamento no período da manhã.

O Ensino Médio, atende em regime de série, com duração de três anos,

atendendo no período da noite.

O Colégio atende 61 alunos do Ensino Fundamental e Médio, atendendo

também o Curso Extracurricular - CELEM, Sala de Apoio e o Programa de Atividades

Curriculares em Contraturno.

7.1 Calendário Escolar

O calendário escolar é elaborado anualmente e atende ao disposto na

legislação vigente, cabendo ao estabelecimento de ensino elaborar e propor seu

calendário escolar, para apreciação e homologação pelo NRE, sendo que o mesmo

pode se adequar às peculiaridades locais e econômicas.

Segue em anexo o Calendário Escolar.

Page 92: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

927.2 Matriz Curricular

Manhã

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLE: 01 – APUCARANA MUNICÍPIO: 1320 – KALORÉ

ESTAB: 00042 – ALVORADA DA INFÂNCIA, C E – E FUND MÉDIO ENT MANTEN. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4000 – ENS. 1 GR. 5/8 SER TURNO: MANHÃ ANO IMPLANT: 2006 – SIMULTANIA MODULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS SÉRIE 5 6 7 8

BNC

BNC

ARTECIÊNCIASEDUCAÇÃO FÍSICAENSINO RELIGIOSO GEOGRAFIAHISTÓRIALÍNGUA PORTUGUESAMATEMÁTICA SUB-TOTAL

2331334422

2331334422

233

434423

243

334423

PDPD

L.E.M. INGLÊSSUB-TOTAL

22

22

22

22

TOTAL GERAL 24 24 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96

DATA DE EMISSÃO: 06 DE Abril DE 2010

Page 93: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

93

Noite

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLE: 01 – APUCARANA MUNICÍPIO: 1320 – KALORÉ

ESTAB: 00042 – ALVORADA DA INFÂNCIA, C E – E FUND MÉDIO ENT MANTEN. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE ANO IMPLANT: 2011 – SIMULTANIA MODULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS SÉRIE 1 2 3

BNC

BNC

ARTEBIOLOGIAEDUCAÇÃO FÍSICAFILOSOFIA FÍSICAGEOGRAFIAHISTÓRIALÍNGUA PORTUGUESAMATEMÁTICAQUÍMICASOCIOLOGIA SUB-TOTAL

2222222322223

2222222322223

222222

342223

PD

PD

L.E.M. - ESPANHOLL.E.M. INGLÊS SUB-TOTAL

426

426

426

TOTAL GERAL 29 29 29

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96 * DISCIPLINA DE MATRICULA FACULTATIVA OFERTADA NO TURNO CONTRATURNO, NO CELEM.

Obs.: SERÃO MINISTRADAS 03 AULAS DE 50 MINUTOS E 02 AULAS DE 45 MINUTOS.

DATA DE EMISSÃO: 27 DE Junho DE 2011

Page 94: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

948. CURSO EXTRACURRICULAR

8.1. CELEM (Centro de Ensino de Língua Estrangeira Moderna)

Língua Espanhola

A Língua Espanhola Na tentativa de buscar uma internacionalização dos povos

e, auxiliar os alunos a ocuparem o tempo livre com atividades educativas e visando

buscar a globalização do mundo atual. Sabendo-se que a realidade atual está centrada

no intercâmbio de culturas entre as nações, nas transformações econômicas e culturais

e na difusão dos avanços tecnológicos. O curso passa a ser mais uma opção para que

o aluno adquira novos conhecimentos de uma cultura milenar como a língua

espanhola, bem como abre espaço para a vida futura do educando.

A partir do ano letivo de 2010 o Colégio passou a ofertar o CELEM (Centro

de Línguas Estrangeiras Modernas) de língua Espanhola, como ensino extracurricular,

plurilinguistica e gratuito para alunos da Rede Estadual Básica, matriculados no Ensino

Fundamental ( anos finais ), no Ensino Médio, Educação profissional e Educação de

Jovens e Adultos. Sendo também extensivo à comunidade, professores e agentes

educacionais. O CELEM é regulamentado pela Resolução nº3904/2008 e pela

Instrução Normativa nº 019/2008, além de ser subordinado às determinações do

Projeto Político Pedagógico e do Regimento Escolar.

Anexo a este PPP segue a Proposta Pedagógica do CELEM.

8.2 Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno

O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno, são

atividades educativas, integradas ao Currículo Escolar, com ampliação de tempos,

espaços e oportunidades de aprendizagem que visa ampliar a formação do aluno,

tendo como objetivos:

• Promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de

tempos, espaços e oportunidades educativas realizadas em contraturno na escola, afim

de atender às necessidades socioeducacionais dos alunos.

Page 95: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

95• Ofertar atividades complementares ao currículo escolar vinculadas ao

Projeto Político Pedagógico da Escola, respondendo às demandas educacionais e aos

anseios da comunidade.

• Possibilitar maior integração entre alunos e comunidade, democratizando

o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.

O programa é ofertado para alunos da Rede Estadual Básica, matriculados no

Ensino Fundamental dos anos finais.

O Programa de Atividades Complementares Curriculares de Contraturno:

Esporte e Lazer, é regulamentado pela Instrução Normativa nº 004/201 – SUED/SEED,

pelo Manual de Orientações PACC, além de ser subordinado às determinações do PPP

e do Regimento Escolar.

Anexo a este PPP segue a Proposta Pedagógica das atividades do Programa

de Atividades Complementares Curriculares de Contraturno: Esporte e Lazer.

8.3 Sala de apoio à Aprendizagem

Com o objetivo de atender às defasagens de aprendizagem

apresentadas pelas crianças que frequentam a 5ª e 6º Série/6º e 7º Ano do Ensino

Fundamental. O programa prevê o atendimento aos alunos, no contraturno, nas

disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as

dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem

como às formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares.

A carga horária é de 4 horas-aulas semanais por disciplina, sendo trabalhadas

por professores habilitados e com experiência de ensino nos anos iniciais do Ensino

Fundamental e os alunos são selecionados através de avaliação diagnóstica inicial.

A metodologia aplicada varia conforme a necessidade e a dificuldade,

procurando despertar o interesse do aluno através de aulas dinâmicas, atrativas e

lúdicas.

Page 96: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

96Segundo Vygotsky, diferenças encontradas em ambientes diversos promovem

a aprendizagem e passam a ativar processos de desenvolvimento. Segundo ele, as

estruturas do pensamento dos indivíduos se modificam com base em suas raízes, na

cultura e na sociedade em que está inserido.

9. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO

Após a escrita da versão final do Projeto Político-Pedagógico, ele sofrerá num

primeiro momento uma releitura, análise e avaliação/reavaliação pela direção, equipe

pedagógica e professores. Após esta reavaliação o Projeto Político-Pedagógico

sofrerá, também, uma avaliação/reavaliação pelos funcionários, alunos, pais, APMF e

Conselho Escolar.

Estando de acordo com os sonhos e intencionalidades da comunidade escolar,

o Projeto Político-Pedagógico será então, submetido à aprovação do Conselho Escolar.

No decorrer do processo de trabalho pedagógico será avaliada a prática e/ou a

aplicação do Projeto Político-Pedagógico, tendo em vista a qualidade no trabalho

pedagógico, de modo geral, e a qualidade do ensino e aprendizagem e seus

resultados. Isto é, objetivando as modificações e/ou os redimensionamentos que se

fizerem necessários, no sentido de promover o acesso ao conhecimento a todos os

sujeitos que compõem a comunidade escolar.

Neste processo de avaliação, a comunidade escolar levará em conta, também,

a realidade, no sentido dos limites e das possibilidades que a escola pública tem, para

exercer a sua função social, em sua plenitude.

Conforme afirma VEIGA,

Acompanhar as atividades e avaliá-las levam-nos à reflexão, com base em dados concretos sobre como a escola organiza-se para colocar em ação seu Projeto Político-Pedagógico. A avaliação do projeto político-pedagógico, numa visão crítica, parte da necessidade de se conhecer a realidade escolar, busca explicar e compreender criticamente as causas da existência de problemas, bem como suas relações, suas mudanças e se esforça para propor ações alternativas (criação coletiva). Esse caráter criador é conferido pela autocrítica”. (VEIGA, 1995, p. 32)

Sendo assim, o Projeto Político-Pedagógico sofrerá avaliações periódicas e

Page 97: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

97terá espaço privilegiado de avaliação nos Conselhos de Classe e nas reuniões,

conforme as necessidades constatadas no decorrer do trabalho pedagógico e no

contexto escolar como um todo.

Além de periódica, a avaliação do Projeto Político-Pedagógico será

permanente. Sendo assim, este Projeto sofrerá as intervenções, no dia-a-dia, sempre

que necessário, visto que o Projeto Político-Pedagógico pode ser redimensionado a

qualquer momento.

Ele precisa ser também, (re)-avaliado e (re)-planejado, coletivamente, na

medida em que há aprofundamento teórico dos educadores e/ou quando há avanços

na ciência, e quando se constate dificuldades no processo de trabalho pedagógico de

modo geral.

É importante salientar ainda, que os “novos professores”, assim que cheguem

à escola, precisam ter acesso ao Projeto Político-Pedagógico, para que possam fazer

leitura, estudo e avaliação do mesmo.

De acordo com “ John Sculley”:

Pensar na educação apenas como forma de transferência de conhecimentos do professor para o aluno, como um despejar de informações de um recipiente para outro, não é mais possível. Não se pode mais dar aos jovens uma ração de conhecimentos que vai durar a vida inteira. Nem mesmo sabemos o que vão ser e fazer daqui a alguns anos. Os alunos de hoje não podem pressupor que terão uma só carreira em suas vidas, porque os empregos que hoje existem estarão radicalmente alterados num futuro próximo. Para que sejam bem sucedidos, os indivíduos precisarão ser extremamente flexíveis, podendo, assim, mudar de uma companhia para outra, de um tipo de indústria para outra, de uma carreira para outra. Aquilo que os alunos de amanhã precisam não é apenas o domínio de conteúdo, mas domínio das próprias formas de aprender. A educação não pode ser simplesmente um prelúdio para uma carreira: deve ser um empreendimento que dure a vida inteira.

É certo, que a vida mudou, o mundo mudou e a escola deve estar em

constante mudança. Sendo o melhor caminho o planejamento coletivo e o

compromisso de aplicá-lo e avaliá-lo.

Page 98: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

9810. PLANO DE TRABALHO DA DIREÇÃO

• ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO PLANO DE AÇÃO

I – Estabelecimento: Escola Estadual Alvorada da Infância – Ensino Fundamental

• Município: Kaloré

• Núcleo: Núcleo Regional de Educação de Apucarana

• Candidato: Marta Lourenti dos Reis

II – Objetivos Gerais:

• Analisar a realidade dos nossos educandos e traçar coletivamente metas e

inovações, visando a melhoria da qualidade de ensino;

• Organizar o trabalho pedagógico em consonância com as diretrizes curriculares;

• Proporcionar meios para que o educando tenha acesso a um ensino de

qualidade, bem como os saberes tecnológicos, de modo que tenha condições

de exercer sua cidadania de forma igualitária;

• Tornar a escola um ambiente de estudo agradável, onde todos, mas

principalmente o aluno sinta-se a vontade, diminuindo o índice de evasão e

repetência;

• Acompanhar o processo de ensino, assessorando o professor, atuando junto

aos alunos, auxiliando na elaboração de planos de recuperação para que os

alunos tenham melhor aproveitamento de conteúdos;

• Promover maior integração entre escola e comunidade;

• Trabalhar o educando como ser integral, visando seu ajustamento pessoal e

social.

III – Ações:

• Conhecer a comunidade onde a escola está inserida, para que se possa

respeitar a individualidade da organização dessa sociedade, seu

Page 99: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

99desenvolvimento, visando sua transformação;

• Redimensionar e promover maior participação das instâncias colegiadas

(Conselho Escolar, Conselho de Classe, Grêmio Estudantil, Representantes de

Turma e APMF);

• Incentivar e oportunizar a capacitação de todos os segmentos da comunidade

envolvidos no processo educativo, através de cursos e grupos de estudos;

• Discutir o PPP da Escola de forma coletiva, objetivando a democratização do

ensino público, através de um compromisso ético profissional;

• Organizar grupos de estudos e ou reuniões para leituras e reflexões durante a

hora-atividade dos docentes;

• Proporcionar acervo bibliográfico atualizado, compatível com a necessidade dos

alunos e professores e promover atividades de incentivo à leitura e à pesquisa;

• Viabilizar recursos para a aquisição de materiais pedagógicos e equipamentos

necessários que propiciem aulas mais agradáveis e dinâmicas, estimulando a

permanência do aluno na escola;

• Analisar coletivamente os dados referentes à avaliação escolar com o objetivo

com o objetivo de estabelecer parâmetros a uma nova prática pedagógica;

• Estabelecer coletivamente as regras e normas de funcionamento da escola,

garantindo que as decisões tomadas e aprovadas sejam respeitadas e

executadas;

• Providenciar meios para a adequação do espaço físico às necessidades

educacionais.

• Incentivar a realização de feiras, exposições, atividades esportivas e culturais,

valorizando a diversidade cultural local.

Page 100: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

100IV – Cronograma :

F M A M J J A S O N DDiagnóstico da comunidade XPromoção da participação das instâncias colegiadas

X X X X X

Incentivo à participação na capacitação

X

Revitalização do PPPGrupos de estudo através de calendário específico

X

Atualização do acervo (pesqui sas com professor)

X

Aquisição do acervo bibliográfi co

X

Levantamento dos materiais pe dagógicos e equipamentos neces sários

X

Parâmetros de avaliação XEstabelecimento das regras e nor mas de funcionamento

X

Solicitação de adequação do espaço físico

X

Realização de feiras, exposições, atividades esportivas e culturais

X X X

V – Avaliação do Plano de Ação

• A avaliação da aplicação do plano de ação será realizada através de conversas

informais com discentes, docentes e comunidades. E também elaboração de

questões reflexivas e sugestivas para o aprimoramento e reformulação do plano.

Page 101: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

10111. PLANO DE TRABALHO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENS. FUND. E MÉDIO

NRE: APUCARANA

MUNICÍPIO: KALORÉ/JUSSIARA

PEDAGOGA: TANIA REGINA MACEDO DE SOUSA

APRESENTAÇÃO

A escola é um espaço de democratização do saber construído historicamente

pelo homem. Diante disso, pensa-se a ação do Professor Pedagogo como mediador da

organização educativa e do trabalho docente, de modo a contribuir para as condições

favoráveis, no cumprimento das funções pedagógicas, políticas e culturais da

educação, articulando os conteúdos, objetivos, metodologias e avaliação, identificando

limites e possibilidades de transformação social.

Para que o ensino seja significativo o serviço pedagógico deve estar

organizado no sentido de coordenar, orientar e assessorar a comunidade escolar

fazendo com que os membros educativos tenham uma melhor compreensão e reflexão

crítica do mundo, se apropriando do saber elaborado, cientificamente contribuindo para

a formação da cidadania.

Portanto, para promover o desenvolvimento organizacional da escola requer

competência técnico político pedagógica pautada na ação coletiva com habilidades

para tomar decisões imediatas, objetivando melhorias na qualidade do ensino,

capacidade de programar, realizar e dinamizar a ação pedagógica com maior

compreensão.

O trabalho do Professor Pedagogo, consiste na somatória de esforços e ações

desencadeadas no sentido de promover a melhoria do processo ensino-aprendizagem,

voltando-se constantemente ao professor, oferecendo assistência ao mesmo,

coordenando suas ações, visando um maior desempenho do trabalho pedagógico e no

Page 102: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

102Plano de Trabalho Docente, exercendo o papel articulador dentro da escola.

Para a efetivação das ações pedagógicas são organizadas continuamente

atividades que envolvem toda a comunidade escolar.

Tendo como objetivo, veicular uma gestão democrática e participativa,

fomentando um trabalho conjunto entre todos os membros constituintes da comunidade

escolar, de modo a garantir os direitos estabelecidos por lei com relação à educação,

estabelecendo uma relação unívoca entre os agentes do processo pedagógico, com

vistas a orientar meios e fortalecer ações para a concretização da educação; coordenar

a organização do trabalho pedagógico, bem como a implementação das Diretrizes

Curriculares definidas no Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar.

Propõe-se como práticas de ação para o ano de 2011:

• Subsidiar o trabalho docente, através de pesquisa e material didático,

visando o enriquecimento das atividades escolares;

• Incentivar a participação docente em cursos de capacitação, possibilitando o

repasse dos mesmos, para maior intercâmbio de conhecimento e melhoria

do trabalho interdisciplinar;

• Promover uma participação da comunidade escolar em eventos promovidos

pela escola, não só para maior interação comunidade e escola, como

também para a valorização dos trabalhos desenvolvidos por alunos e

professores;

• Convidar palestrantes – especialistas para ministrar mini-cursos, envolvendo

temas de interesse da comunidade escolar e dos docentes, como: prevenção

de drogas, gravidez na adolescência, auto-estima, motivação, orientação

educacional e vocacional, saúde, violência, educação ambiental

(principalmente quanto ao uso de agrotóxicos e outros relacionados ao

campo), com objetivo de minimizar os problemas enfrentados na sociedade

contemporânea;

Page 103: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

103• Colaborar com a manutenção e melhoria do ambiente escolar, para que

funcionários de todos os setores, direção, professores e educandos sintam

prazer em permanecer na escola;

• Acompanhar o trabalho docente, no sentido de oferecer auxílio aos

educandos e educadores, quando esses necessitarem;

• Realizar um trabalho voltado aos educandos com necessidades especiais,

dificuldades de aprendizagem e/ou agressividades, encaminhando-os a

especialistas, quando for necessário, para que a inclusão realmente se

efetive.

• Estreitar o vínculo de relações entre a escola e a comunidade, incentivando a

participação de todos nos eventos promovidos pela escola, minimizando

processos de discriminação e proporcionando a inclusão responsável, bem

como a valorização da diversidade cultural.

• Acompanhar o processo de ensino-aprendizagem atuando junto ao corpo

docente, alunos e pais no sentido de analisar os resultados da aprendizagem

com vistas a sua melhoria.

• Estimular o uso dos recursos tecnológicos disponíveis na escola.

• Analisar e refletir sobre o sistema de avaliação promovendo ações de

melhoria no processo ensino aprendizagem.

AVALIAÇÃO

A avaliação do presente plano se dará de forma continuada, sendo alterado

no decorrer do processo conforme diálogo com direção, equipe docente e discente.

Page 104: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários á prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. 23ª ed – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

Constituição da República Federativa do Brasil. 14 ed.- São Paulo: Saraiva, 1996.

Lei de Deretrizes e Bases 9394/96.

LUCKESI. Cipriano: Avaliação do Rendimento.

VASCONCELLOS. Celso s.: A Construção da Disciplina Consciente e Interativa em sala de Aula e na Escola. 3ª edição, Liberlad São Paulo, 1994.

DCEs – Diretrizes Curriculares Estaduais.

Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná.

Lei 10.639/03 (Cultura Afro-Brasileira e Africana.)

Instrução 017/2006

Livro Didático Publico.

MORAES, Amaury César. Sociologia: ensino médio. Brasília: Ministério da Educação – Secretaria de Educação Básica, 2010. v.15. Coleção explorando o ensino.

MEC. Ética e Cidadania: construindo valores na escola e na sociedade. Brasília: Ministério da Educação – Secretaria de Educação Básica, 2007.

SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia 32. ed. Campinas, Autores Associados, 1999.

GASPARINI, José Luiz. Uma Didática para a pedagoga histórico-crítica. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2003.

Page 105: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

ANEXOS

Page 106: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

PLANO DE ESTÁGIO

IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Alvorada da Infância – Ensino

Fundamental e Médio

ENDEREÇO: Rua Antonio Cassemiro Jucoski, s/nº

ENTIDADE MANTENEDORA: SEED – Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: Kaloré - Paraná

NRE: Apucarana

IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

Habilitação: ENSINO MÉDIO

Nome do Professor Orientador: Luciane Chamorro Rodrigues

Ano Letivo: 2011

JUSTIFICATIVA

O Estágio Profissional não obrigatório é uma atividade curricular, um ato

educativo assumido intencionalmente pela instituição de ensino que propicia a

integração dos estudantes com a realidade do mundo do trabalho. Sendo um

recurso pedagógico que permite ao aluno o confronto entre os desafios profissionais

e a formação teórico-prática adquiridas nos estabelecimentos de ensino,

oportunizando a formação de profissionais com percepção crítica da realidade e

capacidade de análise das relações técnicas do trabalho.

O Estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades a serem

executadas devem estar devidamente adequadas às exigências pedagógicas

relativas ao desenvolvimento pessoal, profissional e social do educando,

prevalecendo sobre o aspecto produtivo.

O Estágio se distingue das demais disciplinas em que a aula prática está

Page 107: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

presente por ser o momento de inserção do aluno na realidade, para o entendimento

do mundo do trabalho, com o objetivo de prepará-lo para a vida profissional,

conhecer formas de gestão e organização, bem como articular conteúdo e método

de modo que propicie um desenvolvimento ominilateral. Sendo também, uma

importante estratégia para que o aluno trabalhador tenha acesso às conquistas

científicas e tecnológicas da sociedade.

O Estágio Profissional, de caráter não obrigatório, atende as necessidades

da escola conforme previsto na legislação vigente:

Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional;

Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;

Lei Nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, em

especial os artigos, 63, 67e 69 entre outros, que estabelece os princípios de

proteção ao educando;

o Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho- CLT,

que estabelece que as partes envolvida devem tomar os cuidados necessários para

a promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes, considerando

principalmente, os riscos decorrentes de fatos relacionados aos ambientes,

condições e formas de organização do trabalho;

Deliberação N° 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação.

Instrução Nº 006/2009 – SUED/SEED.

O Plano de Estágio é o instrumento que norteia e normatiza os Estágios dos

Alunos do Ensino Médio.

OBJETIVO GERAL DO ESTÁGIO

Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo do

trabalho, propiciando o desenvolvimento pessoal, profissional, a partir da prática

social, contemplando as diversas áreas que contribuem para a formação integral do

aluno, bem como reconhecer as dimensões pedagógicas que se desenvolvem em

todos os aspectos da vida social e produtiva.

Page 108: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO ESTÁGIO

• Proporcionar ao aluno o contato com as atividades relacionadas ao currículo do

Ensino Médio;

• Oportunizar experiência profissional diversificada de acordo com proposta

Curricular;

• Relacionar teoria e prática profissional a partir das experiências realizadas no

campo de estágio;

• Possibilitar a inserção do educando no mundo do trabalho.

LOCAIS DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO

O estágio poderá ser realizado em instituições públicas ou privadas desde

que esteja relacionado com o Projeto Político Pedagógico e com a Proposta

Curricular do curso.

ATIVIDADES DO ESTÁGIO

O Estágio Supervisionado, como ato educativo, representa o momento de

inserção do aluno na realidade do mundo do trabalho, permitindo que coloque os

conhecimentos construídos ao longo das séries em reflexão e compreenda as

relações existentes entre a teoria e a prática.

Por ser uma experiência pré-mundo do trabalho, servirá como instante de

seleção, organização e integração dos conhecimentos construídos, porque

possibilita ao estudante contextualizar o saber, não apenas como educando, mas

como cidadão crítico e ético, dentro de uma organização concreta do mundo

trabalho, no qual tem um papel a desempenhar.

ATRIBUIÇÕES DA MANTENEDORA/ESTABELECIMENTO DE ENSINO

O Estágio Profissional não obrigatório, concebido como procedimento

didático-pedagógico e como ato educativo intencional é atividade pedagógica de

competência da instituição de ensino, sendo planejado e avaliado em conformidade

com os objetivos propostos para a formação profissional dos estudantes, previsto no

Page 109: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

Projeto Político-Pedagógico e no Plano de Estágio. A instituição de ensino é

responsável pelo desenvolvimento do estágio nas condições estabelecidas no Plano

de Estágio, observado:

• Elaborar Termo de Compromisso para ser firmado com o educando ou com seu

representante ou assistente legal e com a parte concedente, indicando as condições

adequadas do estágio à proposta pedagógica do curso;

• Etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e calendário

escolar;

• Respeitar legislação vigente para estágio não obrigatório;

• Celebrar Termo de Compromisso com o educando, se for ele maior de 18 anos;

com seu assistente legal, se idade superior a 16 e inferior a 18 (idade contada na

data de assinatura do Termo) ou com seu representante legal, se idade inferior a 16

anos e com o ente concedente, seja ele privado ou público;

• Celebrar Termo de Cooperação Técnica para estágio com o ente público ou

privado concedente do estágio;

• Contar com o professor orientador de estágio, o qual será responsável pelo

acompanhamento e avaliação das atividades;

• Exigir do aluno o planejamento/plano e o relatório de seu estágio;

• Realizar avaliações que certifiquem as condições para a realização do estágio

previstas no Plano de Estágio e firmadas no Termo de Cooperação Técnica e

Convênios que deverão ser aferidas mediante relatório elaborado pelo professor

orientador de estágio;

O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção

ao estudante, vedadas atividades:

a) incompatíveis com o desenvolvimento do adolescente;

b) noturnas, compreendidas as realizadas no período entre vinte e duas

horas de um dia às cinco horas do outro dia;

c) realizadas em locais que atentem contra sua formação física, psíquica e

moral;

Page 110: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

d) perigosas, insalubres ou penosas.

PROFESSOR ORIENTADOR DE ESTÁGIO

O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação do professor orientador

de estágio, especificamente designado para essa função, o qual será responsável

pelo acompanhamento e avaliação das atividades.

COMPETE AO PROFESSOR ORIENTADOR

• Solicitar juntamente da parte concedente relatório, que integrará o Termo de

Compromisso, sobre a avaliação dos riscos, levando em conta: local de estágio;

agentes físicos, biológicos e químicos; o equipamento de trabalho e sua

utilização; os processos de trabalho; as operações e a organização do trabalho; a

formação e a instrução para o desenvolvimento das atividades de estágio;

• Exigir do estudante a apresentação periódica, de relatório das atividades, em

prazo não superior a 6 (seis) meses;

• Esclarecer juntamente com a parte concedente do estágio, o Plano de Estágio e

o Calendário Escolar;

• Planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma

de atividades a serem realizadas pelo estagiário;

• Proceder as avaliações que indiquem se as condições para a realização do

estágio estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo de

Compromisso, mediante relatório;

• Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;

• Conhecer o campo de atuação do estágio;

• Esclarecer aos estagiários as determinações do Termo de Compromisso;

• Orientar os estagiários quanto à importância de articulação dos conteúdos

aprendidos à prática pedagógica;

• Orientar os estagiários quanto às condições de realização do estágio, ao local,

procedimentos, ética, responsabilidades, comprometimento, dentre outros;

Page 111: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

• Atuar como um elemento facilitador da integração das atividades previstas no

estágio;

• Promover encontros periódicos para a avaliação e controle das atividades dos

estagiários;

• Manter o registro de classe com frequência e avaliações em dia.

ATRIBUIÇÕES DO ÓRGÃO/INSTITUIÇÃO QUE CONCEDE O ESTÁGIO

A instituição de ensino e a parte concedente de estágio poderão contar com

serviços auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados, mediante

condições acordadas em instrumento jurídico apropriado.

Considerar-se-ão parte concedente de estágio, os dotados de personalidade

jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente

registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional.

Uma vez formalizado o Termo de Compromisso de Estágio, cumpridos os

requisitos citados anteriormente, e estará criada a condição legal e necessária para

a realização do estágio supervisionado na organização concedente de estágio.

A organização escolhida como concedente do estágio deverá possuir

condições mínimas de estrutura, que permitam ao aluno observar, ser assistido e

participar das atividades, durante a execução do estágio supervisionado. Ofertando

instalações que tenham condições de proporcionar ao aluno, atividades de

aprendizagem social, profissional e cultural.

O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção

ao estagiário contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo vedadas

algumas atividades, (ver Arts. 63, 67 e 69, entre outras do ECA e também 405 e 406

da CLT).

Fica a critério da instituição concedente a concessão de benefícios

relacionados a transporte, alimentação e saúde entre outros, por si só, não

caracterizando vínculo empregatício.

A empresa concedente ou Instituição de ensino deverão viabilizar

acompanhamento de profissionais especializados aos estagiários com necessidades

Page 112: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

educativas especiais.

A documentação referente ao estágio, deverá ser mantida a disposição para

eventual fiscalização. A oferta de estágio pela parte concedente será efetivada

mediante:

• Celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o

estudante;

• A oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante

atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;

• Indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou

experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do

estagiário, para orientar e supervisionar o desenvolvimento das atividades de

estágio;

• Entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por ocasião do

desligamento do estagiário, com indicação resumida das atividades

desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;

• Relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo

funcionário responsável pela orientação e supervisão de estágio;

• Zelar pelo cumprimento do Termo de compromisso.

• Conhecer o plano de atividades do estágio proposto pelo estabelecimento de

ensino;

• Orientar as atividades do estagiário em consonância com o plano de estágio;

• Orientar e acompanhar a execução das atividades do estagiário na empresa;

• Manter contatos com o Orientador de estágio da escola;

• Oportunizar ao estagiário vivenciar outras situações de aprendizagem que

permitam uma visão real da profissão;

• Indicar um responsável para supervisionar para acompanhar as atividades de

estágio.

Page 113: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO

A jornada de estágio deve ser compatível com as atividades escolares e constar no

Termo de Compromisso, considerando:

• A anuência do estagiário, se maior, ou concordância do representante ou

assistente legal, se menor;

• A concordância da instituição de ensino;

• A concordância da parte concedente;

• O estágio não pode comprometer a frequência às aulas e o cumprimento dos

demais compromissos escolares;

• A eventual concessão de benefícios relacionados ao auxílio-transporte,

alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício;

• Fica assegurado ao estagiário que recebe bolsa ou outra forma de

contraprestação, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um)

ano, um período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente

durante suas férias escolares.

• Ao estagiário aplica-se a legislação relacionada à saúde e segurança no

trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte concedente do

estágio.

ANTES DA REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO, O ESTAGIÁRIO DEVE:

• Estabelecer contatos com Unidades Concedentes para fins de estágios;

• Participar de atividades de orientação sobre o estágio;

• Observar sempre o regulamento de Estágios da Escola;

• Zelar pela documentação do estágio entregue pelo Professor Orientador

de Estágio.

DURANTE A REALIZAÇÃO:

• Conhecer a organização da Unidade Concedente;

• Respeitar o Cronograma de Estágio para garantir o cumprimento da carga

Page 114: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

horária no período estabelecido pelo o professor orientador de Estágio;

• Acatar as normas estabelecidas pela Unidade Concedente;

• Zelar pelo nome da Instituição e da Escola;

• Manter um clima harmonioso com a equipe de trabalho;

• Cumprir o Termo de Compromisso firmado com a Instituição de Ensino e a

Unidade Concedente.

• Manter contatos periódicos com o Professor Orientador de Estágio para

discussão do andamento do estágio;

• Zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e responder

pelos danos pessoais e materiais causados;

Depois da realização:

1 - Elaborar o relatório final de atividades, de acordo com as normas exigidas;

2 - Apresentar sugestões que contribuam para o aprimoramento do Estágio

não obrigatório.

FORMA DE ACOMPANHAMENTO DO ESTÁGIO

O aluno deverá ser acompanhado durante seu Estágio em Instituições

Públicas e/ou Privadas, por um responsável que deverá ter conhecimento na área.

Três profissionais da área estarão envolvidos no processo de

encaminhamento:

2 - Professor Orientador de Estágio, que dará o direcionamento durante a

realização do Estágio;

2 - Supervisor da empresa será responsável pela condução e concretização

do Estágio na Instituição ou propriedade concedente, procurando seguir o plano

estabelecido pelo Aluno e pelo Professor Orientador.

As formas de acompanhamento serão de acordo com a realidade da situação

do estágio. Podendo ser através de visitas, relatórios, contatos telefônicos,

Page 115: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

documentação de estágio exigida pela escola, de maneira a propiciar formas de

integração e parceria entre as partes envolvidas. Oportunizando o aperfeiçoamento

das relações técnicas-educativas a serem aplicadas no âmbito do trabalho e no

desenvolvimento sustentável.

AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO:

A avaliação do Estágio Profissional não obrigatório é concebida como um

processo contínuo e como parte integrante do trabalho, devendo, portanto, estar

presente em todas as fases do planejamento e da construção do currículo, como

elemento essencial para análise do desempenho do aluno e da escola em

relação à proposta.

• Avaliação do Supervisor do Estágio da Unidade Concedente;

• Relatório apresentando pelo educando.

Page 116: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIO

Programa de Atividades Complementares Curriculares em

Contraturno

Kaloré2011

Page 117: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

MACROCAMPO Esporte e Lazer

Page 118: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

TURNO Vespertino

CONTEÚDO

Conteúdos Estruturantes:Esportes;Dança;Jogos e Brincadeiras;Ginástica; Conteúdos Básicos:• Futsal;• Voleibol;• Basquetebol;

OBJETIVO

- Possibilitar a comunicação e a interação de diferentes indivíduos com eles mesmos, com os outros, com o seu meio social e natural;- Observar o bem estar físico e mental do educando;- Formação integral dos educandos em seus aspectos físicos, motores, psíquicos e intelectuais;- Buscar o desenvolvimento de um cidadão integro, critico, conhecedor de seu próprio espaço e a respeitar o espaço dos outros.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Devemos selecionar atividades que contenham práticas esportivas, possibilitando intervenções acerca de corporalidade, bem como proporcionar aos alunos práticas corporais que possibilitem o levantamento de hipóteses, soluções cabíveis e possíveis situações-problemas que surgem dentro do processo ensino aprendizagem.A metodologia se desenvolverá através da prática esportiva das modalidades de Futsal, Voleibol e Basquetebol, usando jogos pré-esportivos e recreativos, exercícios de correções e aperfeiçoamento das técnicas e táticas e fundamentos dos referidos esportes.Para o desenvolvimento do processo metodológico o educador irá seguir as estratégias de problematização: apresentação das atividades e as formas de execução.Desenvolvimento das atividades: o professor observa as atividades realizadas pelos alunos suas diferentes manifestações corporais.Reflexão sobre a prática: levantar os aspectos positivos e negativos da atividade, levando cada aluno a pensar e repensar suas atividades.Para o desenvolvimento do processo metodológico o educador irá seguir as estratégias de problematização: apresentação das atividades e as formas de execução.Reflexão sobre a prática: levantar os aspectos positivos e negativos da atividade, levando cada aluno a pensar e repensar suas atividades.

Critérios de Avaliação:

Page 119: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

AVALIAÇÃO

A avaliação deverá considerar os caminhos percorridos pelo aluno, suas formas de desenvolver, selecionar, criar e inovar diante das situações propostas.Nesta atividade avaliaremos o interesse, a participação, a organização para o trabalho coletivo, o respeito aos colegas, a criatividade, a coordenação motora, velocidade, força, flexibilidade, equilíbrio, domínio e outros fundamentos básicos dos esportes.Instrumentos de Avaliação:A avaliação será realizada através de observações diárias das atividades propostas, anotações e registros em fichas apropriadas.

RESULTADOS ESPERADOS

PARA O ALUNO: Ao fim do programa os alunos participantes deverão ter maior conhecimento da modalidade esportiva que participou, além de melhorar sua técnica de jogo e seu comportamento social, através do cumprimento das regras imposta pelo jogo e se adaptar ao convívio em grupo.Esperamos também que através de esportes, haja uma melhoria na qualidade de vida dos alunos participantes.E que acima de tudo o resultado final seja o prazer a favor do bem estar individual, coletivo e social. PARA A ESCOLA: Devido ao fato de termos vários alunos que demostram desinteresse pelos estudos, mas que se interessam pela prática do esporte, pretendemos então através de uma metodologia que priorize aspectos lúdicos, táticos, técnicos, cooperativos, trabalhar os diferentes saberes e valores que interferem sobre a constituição de nosso corpo tanto no plano individual como no social, sempre com o intuito de proporcionar a melhoria do aproveitamento e rendimento escolar e social.Portanto, espera-se que o programa venha de encontro aos propósitos da escola de retirar os alunos das ruas, visando criar expectativas de vida e um comprometimento com a escola e com a melhoria da qualidade do ensino.PARA A COMUNIDADE: O aluno é o produto de trabalho de todos os profissionais da escola, especialmente dos professores, e as famílias esperam que este aluno seja cada vez mais educado, responsável e competente para atuar na sociedade.Espera-se dos pais que eles colaborem e enviem seus filhos a aula e que participem ativamente .

REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Educação Física. Curitiba: SEED, 2008.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da

Page 120: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

BIBLIOGRÁFICAS educação física. São Paulo: Cortez, 1992.

BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus, 1984.

Page 121: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

121

Page 122: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

122

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO

NRE: APUCARANA

MUNICÍPIO: KALORÉ

DISCIPLINA: ARTE

NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORA: LUCIANE CHAMORRO RODRIGUES

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR DE ARTE

KALORÉ

2012

Page 123: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

123

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Numa aparente contradição, foi no momento de repressão política e cultural

(Ato Institucional n. 5 /AI-5, em 1968) que o ensino de Arte (disciplina de Educação

Artística) tornou-se obrigatório no Brasil. Entretanto, seu ensino foi fundamentado

para o desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o conteúdo, o

trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia ao professor, tão somente,

trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua

expressão.

No currículo escolar, a Educação Artística passou a compor a área de

conhecimento denominada Comunicação e Expressão. A produção artística, por sua

vez, ficou sujeita aos atos que instituíram a censura militar. Na escola, o ensino de

artes plásticas foi direcionado para as artes manuais e técnicas e o ensino de

música enfatizou a execução de hinos pátrios e de festas cívicas.

A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social

pela redemocratização e elaborou-se a nova Constituição, promulgada em 1988.

Nesse processo, os movimentos sociais realizaram encontros, passeatas e eventos

que promoviam, entre outras coisas, a discussão dos problemas educacionais para

propor novos fundamentos políticos para a educação e, dentre os fundamentos

pensados para a educação, destacam-se a pedagogia histórico-crítica elaborada por

Saviani da PUC de São Paulo e a Teoria da Libertação, que fundamentou o

Currículo Básico para Ensino de 1o grau, publicado em 1990, e o Documento de

Reestruturação do Ensino de 2o grau da Escola Pública do Paraná, publicado em

seguida. Tais propostas curriculares pretendiam fazer da escola um instrumento

para a transformação social e nelas o ensino de Arte propôs a formação do aluno

pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho artístico.

Nos anos 90 essa concepção foi substituída pelas propostas dos PCNs,

onde o ensino de arte estava comprometido a uma série de variantes, que na

maioria das vezes se opunha às ideias apresentadas no Currículo Básico, por ser

parte de uma outra posição ideológica.

A partir de 2003 iniciam-se discussões coletivas acerca do papel da arte na

sociedade, quais conteúdos são essenciais, dentre outras preocupações; e são

Page 124: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

124

construídas as DCEs, onde a disciplina Arte está contemplada a partir da concepção

de que as diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são constituídas nas

relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se

desenvolveram. Da mesma forma o conceito de arte implícito ao ensino também

influenciado por essas relações sócio – cultural, sendo fundamental que seja

problematizado para a organização de uma proposta curricular.

Estudar arte é compreender o papel da teoria estética, como uma referência

ao pensar e o seu ensino, gerando conhecimento, articulando saberes cognitivos,

sensíveis e sócios – históricos; ampliando o repertório cultural do aluno a partir dos

conhecimentos artísticos e contextualizados, aproximando-se do universo cultural da

humanidade nas suas diversas representações.

A arte é expressa e sabe comunicar com imaginação, emoção e

sensibilidade. Interage com materiais, procedimentos instrumentais das diversas

artes ( visuais, dança, teatro e musica ) fazendo experimentos e conhecendo

técnicas para a produção de trabalhos individuais e em grupo.

No âmbito da educação de campo, pretende se desenvolver uma educação

que seja crítica, pois essa cultura é entendida como toda produção humana que se

constrói a partir das relações do ser humano com a natureza, com outro e consigo

mesmo. Pretende-se, portanto, com o ensino da arte, instrumentalizar o aluno com

um conjunto de saberes em arte, que lhe permitam utilizar o conhecimento estético

na compreensão das diversas manifestações culturais, observando as relações

entre arte e realidade, investigando, indagando interesses e curiosidades,

exercitando a discussão a sensibilidade, argumentando e apreciando a arte de modo

criativo, desenvolvendo no educando potencialidades crítico-expressivo,

estruturando seu conhecimento, segundo sua percepção e consciência do mundo

em que se vive, aliando o ver, o pensar, o fazer, o criar, possibilitando a formação de

um leitor de mundo mais crítico e eficiente dos seus posicionamentos e tomadas de

atitudes, fazendo-o compreender o homem como um todo: razão, emoção,

pensamento, percepção, imaginação e reflexão, buscando ajudá-lo a compreender a

realidade e a transformá-la.

Page 125: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

125

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na natureza;

são matéria-prima para a produção artística e o conhecimento em arte. Esses

elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em

cada uma delas. Eis alguns exemplos: o timbre em Música, a cor em Artes Visuais, a

personagem em Teatro ou movimento corporal na Dança.

COMPOSIÇÃO

É a produção artística que acontece por meio da organização e dos

desdobramentos dos elementos formais. Por exemplo: tridimensional em Artes

Visuais, ritmo em Música, representação em Teatro, rotação em Dança.

MOVIMENTOS E PERÍODOS

É o conjunto da história relacionado com o conhecimento em arte. Ele tem

por objetivo revelar o conteúdo social da arte, dos fatos históricos, culturais e sociais

que alteram as relações internas ou externas de um movimento artístico. Por

exemplo: renascimento em Artes Visuais, rap em Música, teatro pobre em Teatro e

dança moderna Dança.

2.1 - Conteúdos Estruturantes e Básicos

6º ANO - ÁREA DE MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas: diatônicapentatônicacromática

Improvisação

Greco-RomanoOriental

OcidentalAfricana

Page 126: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

126

ÁREA ARTES VISUAISCONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Figurativa

Geométrica, simetria

Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura …

Gêneros: cenas da mitologia

Arte Greco-Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Arte Pré-histórica

ÁREA TEATROCONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

Personagem: expressões corporais,

vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Enredo, roteiro.Espaço Cênico,

adereços

Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto,

improvisação, manipulação,

máscara…

Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.

Greco- Romana

Teatro Oriental

Teatro Medieval

Renascimento

ÁREA DANÇACONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

Movimento Corporal KinesferaEixo

Ponto de ApoioMovimentos Articulares

Fluxo ( livre e

Pré- História

Greco- Romana

Renascimento

Page 127: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

127

Tempo

Espaço

interrompido)

Rápido e lento

FormaçãoNíveis ( alto, médio e

baixo)Deslocamento ( direto e

indireto)

Dimensões ( pequeno e grande)

Técnica: Improvisação

Gênero: Circular

Dança clássica

7º ANO - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas

Gêneros: Folclórico,Indígena, popular e

étnico

Técnicas: Vocal,instrumental e mista

Improvisação

Música popular e étnica( ocidental e oriental )

ÁREA ARTES VISUAISCONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Ponto

Linha

Forma

Textura

Proporção

Tridimensional

Figura e fundo

Abstrata

Arte Indígena

Arte Popular

Brasileira e Paranaense

Renascimento

Page 128: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

128

Superfície

Volume

Cor

Luz

Perspectiva

Técnicas: Pintura, escultura, modelagem,

gravura …

Gêneros: Paisagem, retrato, natureza-morta.

Barroco

ÁREA TEATROCONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

Personagem: expressões corporais,

vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Representação, Leitura dramática, Cenografia

Técnicas: Jogos teatrais, mímica,

improvisação, formas animadas.

Gêneros: Rua e arena, Caracterização.

Comédia dell' arte

Teatro Popular

Brasileiro e Paranaense

Teatro Africano

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Ponto de ApoioRotação

CoreografiaSalto e queda

Peso (leve e pesado)Fluxo ( livre,

interrompido e conduzido)

Lento, rápido e moderado

Níveis (alto, médio e baixo)

FormaçãoDireção

Gênero: Folclórica, popular e étnica.

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

Page 129: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

129

8º ANO - ÁREA MÚSICACONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

GiroRolamentoSaltos

Aceleração e desaceleração

Direções (frente, atrás, direita e esquerda)ImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria Cultural e espetáculo

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna

ÁREA ARTES VISUAISCONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Linha

Formas

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Estilização

Deformação

Técnicas: desenho, fotografia, audio-visual e mista...

Indústria Cultural

Arte no Séc. XX

Arte Contemporânea

ÁREA TEATROCONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

Personagem: expressões corporais, vocais,gestuais e

Representação no Cinema e Mídias

Texto dramático

Indústria Cultural

Realismo

Page 130: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

130

faciais

Ação

Espaço

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica ...

Expressionismo

Cinema Novo

ÁREA DANÇACONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

GiroRolamentoSaltosAceleração e desaceleração

Direções ( frente,atrás, direita, e esquerda)ImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: industria e culturale espetáculo

Hip Hop

MusicaisExpressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna

9ºANO - ÁREA MÚSICACONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

HarmoniaTécnicas: vocal, instrumental e mista

Gêneros: popular, folclórico e étnico.

Música Engajada

Música Popular Brasileira

Música Contemporânea

Page 131: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

131

ÁREA ARTES VISUAISCONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figura – fundo

Ritmo Visual

Técnica: pintura, grafite, performance

Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...

Realismo

Vanguardas

Muralismo e ArteLatino-Americana

Hip Hop

ÁREA TEATROCONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

Personagem: expressões corporais, vocais,gestuais e faciais

Ação

Espaço

Técnica: Monólogo, jogos teatrais, direção,ensaio, Teatro-Fórum

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Teatro Engajado

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do Absurdo

Vanguardas

ÁREA DANÇACONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

Movimento Corporal KinesferaPonto de ApoioPesoFluxo

Vanguardas

Dança Moderna

Page 132: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

132

Tempo

Espaço

QuedasSaltosGirosRolamentosExtensão (perto e longe)

CoreografiaDeslocamento

Gênero: Performancee moderna

Dança Contemporânea

Page 133: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

133

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos

estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o

conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os

momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.

Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão

ministradas, como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como

espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do

ensino da Arte, três momentos da organização pedagógica:

Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra

artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísti -

cos

Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à

obra de arte

Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que

compõe uma obra de arte

Como a disciplina de Arte tem por objetivo de mobilizar o aluno para o

conhecimento,deve se constituir de questões que estimulem o raciocínio, a

reflexão e a crítica, delegando-lhe o papel de sujeito do seu processo de

aprendizagem.

Serão feitas também relações interdisciplinares para que os alunos

aprendam os conteúdos e possam posicionar-se de forma crítica frente à realidade

social. O professor ainda conduzirá o processo de aprendizagem de forma

dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a

compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam.Assim os alunos

terão acesso as obras de Música,Teatro, Dança e Artes Visuais para que se

familiarizem com suas diversas formas de produção artística.Trata-se de envolver a

apreciação e a apropriação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão

estética.

Page 134: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

134

Ao trabalhar Arte o professor também valorizará a cultura dos povos do

campo e afro-brasileira, com a finalidade de criação de uma identidade sociocultural,

levando o aluno a compreender e transformar o mundo.

A metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente histórica e

cultura dos povos indígenas, lei 10639/03-Historia e cultura-afro-brasileira e africana.

Lei 9795/99-Politica Nacional de Educação Ambiental ; Cidadania e Direitos

humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento a violência na escola, Prevenção e uso

indevido de drogas, assim, fortalecendo as ações de inclusão dos Desafios

Educacionais Contemporâneos nas Escolas.

Page 135: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

135

4. AVALIAÇÃO

A avaliação em Arte é processual e diagnóstica por ser referência do

professor para o planejamento das aulas e da avaliação dos alunos; processual por

pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. O planejamento deve ser

constantemente redirecionado, utilizando a avaliação do professor, da turma sobre o

desenvolvimento das aulas e também a auto-avaliação dos alunos.

Os instrumentos a serem utilizados durante o ano letivo são de extrema

importância para a construção e reprodução de visão artística e do mundo, para a

formação de cidadãos efetivamente participativos e estimulados. Partindo deste

ponto é visível a necessidade de adequações didáticas ensino/aprendizagem que

alcancem a tais expectativas, criando condições que permitam interconexões com o

processo educacional.

Entre os instrumentos a serem utilizados citamos: Recursos humanos,

como o próprio professor e aluno através de uma interação dialogado na explicação

dos conteúdos. Recursos materiais: imagens não animadas ( fotografias,livro

didático, quadro, giz, cartões, figuras, posteres e obras literárias), imagens animadas

( filmes, trechos de filmes, reportagens,), Recursos físicos: laboratório de

informática.( computadores, TV Pen Drive, etc ).

O professor deverá , ainda, conduzir o processo de aprendizagem de

forma dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para

que a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam.

O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento e

atitude do aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de ensino/

aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o questionamento e a

participação dos alunos.

A avaliação será através de: provas objetivas e subjetivas,

trabalhos,seminários, pesquisas, relatórios, debates, leituras e análises de gráficos

e tabelas, resumos, atividades modulares, maquetes,produção de textos,

participação em aulas, etc.

Sendo assim todo o conhecimento acumulado pelo aluno deve ser

socializado entre colegas e, ao mesmo tempo, deve constituir referências para o

Page 136: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

136

professor propor abordagens diferenciadas.

Estabelecidas as propostas e as dimensões do que se avalia cada

conteúdo , serão previamente estabelecidas uma proposta de recuperação ,ou

seja,os conteúdos não aprendido serão retomados quando não forem assimilados

pelos alunos durante o ano letivo , onde poderão ser através de seminários ,debates

ou através de atividades diversificadas com cada turma.

De acordo com o PPP, a avaliação tem a função permanente de

acompanhamento do processo pedagógico, avaliando portanto, o educando, o

educador, a escola e o sistema escolar. A recuperação de estudo é direito dos

alunos, dar-se-ia de forma permanente e concomitante ao processo ensino

aprendizagem.

Sendo assim, será organizado com atividades significativas, por meios

de procedimentos didático-metodológicos diversificados, não devendo incidir sobre

cada instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados. O peso da

recuperação de estudos deverá ser proporcional as avaliações como um todo, ou

seja, equivalerá da apreensão e retomada dos conteúdos.

Page 137: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

137

5. REFERÊNCIAS

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - ARTE. 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.

REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais Contemporâneo: Prevenção ao uso indevido de drogas. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais Contemporâneo: Enfrentamento à violência na escola. Curitiba: SEED, 2008.

Page 138: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

138

COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

NRE: APUCARANA

MUNICÍPIO: KALORÉ

DISCIPLINA: CIÊNCIAS

NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORA: ANA ROSA DINIZ

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR DE CIÊNCIAS

KALORÉ

2012

Page 139: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

139

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento

científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico,

entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o

Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente

os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos

fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e

vida.

A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente

construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas,

culturais, éticas e políticas (KNELLER, 1980; ANDERY et al., 1998).

A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos

construídos a partir da aplicabilidade de método(s) científico(s). De acordo com

Kneller (1980) e Fourez (1995), modelos científicos são construções humanas que

permitem interpretações a respeito de fenômenos resultantes das relações entre os

elementos fundamentais que compõem a Natureza. Muitas vezes esses modelos

são utilizados como paradigmas, leis e teorias.

A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento

científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as

tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que as apoiam (KNELLER,

1980). Nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram,

significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a Natureza, interpretá-la e

compreendê-la, nos diversos momentos históricos.

O pensamento pré-científico representa a busca da superação das

explicações míticas, com base em sucessivas observações empíricas e descrições

técnicas de fenômenos da natureza, além de intenso registro dos conhecimentos

científicos desde a Antiguidade até fins do século XVIII. Com o pensamento mítico,

o ser humano se preocupava com a divindade dos acontecimentos e não com as

causas desses fenômenos.

No pensamento atomista permaneceu a ideia da constituição da matéria, a

partir dos quatro elementos ( água, ar, terra e fogo). Aristóteles (século III a.C.), ao

Page 140: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

140

propor um modelo geocêntrico para o universo pressupunha a existência de um

quinto elemento da Natureza, o éter, constituinte da lua, dos planetas e das estrelas

fixas . Estudos de Nicolau Copérnico (1473-1543),baseados em Aristarco de Samos

(século III a.C.), propunha-se o Sol como centro do Universo, regido por movimentos

circulares (modelo heliocêntrico).

O século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico marcado

pelo estado científico, em que um único método científico é constituído para a

compreensão da Natureza.

Já o estado do novo espírito científico configura-se, também, como um

período fortemente marcado pela aceleração da produção científica e a

necessidade de divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofreu influências dos

avanços científicos.

A sociedade brasileira passou por transformações significativas do início do

século XX aos anos de 1950, rumo à modernização. Dentre essas transformações,

destacam-se a expansão da lavoura cafeeira, instalações de redes telegráficas e

portuárias, ferrovias e melhoramentos urbanos assim como as alterações no

currículo de Ciências favorecendo reformas políticas no âmbito da escola.

A disciplina de Ciências iniciou sua consolidação no currículo das escolas

brasileiras com a Reforma Francisco Campos, em 1931, com objetivo de transmitir

conhecimentos científicos provenientes de diferentes ciências naturais de referência

já consolidadas no currículo escolar brasileiro.

Na década de 1950, a ciência e tecnologia, foram reconhecidas como

atividades essenciais no desenvolvimento econômico, cultural e social

(KRASILCHIK, 2000). Ao final da década de 1980 , no Estado do Paraná, a

Secretaria de Estado da Educação propôs o Currículo Básico para o ensino de 1°

grau, construído sob o referencial teórico da pedagogia histórico- crítica. Este

documento resultou de reflexões e discussões realizadas no Estado do Paraná,

visando debater os conteúdos e as orientações de encaminhamento metodológico.

Esse programa analisava as relações entre escola, trabalho e cidadania.

Em 2003, com as mudanças no cenário político nacional e estadual, iniciou-

se no Paraná um processo de discussão coletiva com objetivo de produzir novas

Diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e uma nova identidade para o

ensino de Ciências com sua versão final editada em 2008.

Page 141: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

141

Conhecer a história da ciência permite identificar que não existe um único

método científico, mas a configuração de métodos científicos que se modificaram

com o passar do tempo. Desde os pensadores gregos até o momento histórico

marcado pelo positivismo, principalmente com Comte, no século XIX, observa-se

uma crescente valorização do método científico, porém, com posicionamentos

epistemológicos diferentes em cada momento histórico.

A apropriação do conhecimento científico pelo estudante no contexto escolar

implica a superação dos obstáculos conceituais. Para que isso ocorra, o

conhecimento anterior do estudante, construído nas interações e nas relações que

estabelece na vida cotidiana, num primeiro momento, deve ser valorizado.

A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento

de que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui

significados. Isso põe o processo de construção de significados como elemento

central do processo de ensino-aprendizagem.

Dessa forma, o ensino de Ciências deixa de ser encarado como mera

transmissão de conceitos científicos, para ser compreendido como processo de

formação de conceitos científicos, possibilitando a superação das concepções

alternativas dos estudantes e o enriquecimento de sua cultura científica (LOPES,

1999). Espera- se uma superação do que o estudante já possui de conhecimentos

alternativos, rompendo com obstáculos conceituais e adquirindo maiores condições

de estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, de saber utilizar

uma linguagem que permita comunicar-se com o outro e que possa fazer da

aprendizagem dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.

Page 142: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

142

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Na disciplina de Ciências, os Conteúdos Estruturantes são construídos a

partir da historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do

currículo, além de estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de

especialização do seu objeto de estudo e ensino (LOPES, 1999).

Nesta Proposta Pedagógica Curricular apresentam cinco conteúdos

estruturantes fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração

conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles:

• Astronomia

• Matéria

• Sistemas Biológicos

• Energia

• Biodiversidade

ASTRONOMIA

A Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é

uma das ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos

celestes. Numa abordagem histórica traz as discussões sobre os modelos

geocêntrico e heliocêntrico, bem como sobre os métodos e instrumentos científicos,

conceitos e modelos explicativos que envolveram tais discussões. Além disso, os

fenômenos celestes são de grande interesse dos estudantes porque por meio deles

buscam- se explicações alternativas para acontecimentos regulares da realidade,

como o movimento aparente do sol, as fases da lua, as estações do ano, as viagens

espaciais, entre outros.

MATÉRIA

No conteúdo estruturante Matéria propõe-se a abordagem de conteúdos

específicos que privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos

tradicionalmente como objetos materiais quaisquer que se apresentam à nossa

percepção (RUSS, 1994). Sob o ponto de vista científico, permite o entendimento

não somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição,

Page 143: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

143

indo além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos

sistemas do organismo, bem como suas características específicas de

funcionamento, desde os componentes celulares e suas respectivas funções até o

funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos,

como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração.

Parte-se do entendimento do organismo como um sistema integrado e

amplia- se a discussão para uma visão evolutiva, permitindo a comparação entre os

seres vivos, a fim de compreender o funcionamento de cada sistema e das relações

que formam o conjunto de sistemas que integram o organismo vivo.

ENERGIA

Este Conteúdo Estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão do

conceito de energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde

a Antiguidade. Discute-se tal conceito a partir de um modelo explicativo

fundamentado nas ideias do calórico, que representava as mudanças de

temperatura entre objetos ou sistemas. Ao propor o calor em substituição à teoria do

calórico, a pesquisa científica concebeu uma das leis mais importantes da ciência: a

lei da conservação da energia.

BIODIVERSIDADE

O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve ser entendido para além

da mera diversidade de seres vivos. Reduzir o conceito de biodiversidade ao número

de espécies seria o mesmo que considerar a classificação dos seres vivos limitada

ao entendimento de que eles são organizados fora do ambiente em que vivem.

Pensar o conceito biodiversidade na contemporaneidade implica ampliar o

entendimento de que essa diversidade de espécies, considerada em diferentes

níveis de complexidade, habita em diferentes ambientes, mantém suas inter-

relações de dependência e está inserida em um contexto evolutivo (WILSON, 1997).

Page 144: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

144

2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos

6ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA

Universo Sistema Solar

Movimentos terrestres Movimentos celestes

Astros

MATÉRIA Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLOGICOS

Níveis de organização celular

ENERGIA Formas de energia

Conversão de energiaTransmissão de energia

BIODIVERSIDADEOrganização dos seres vivos

EcossistemaEvolução dos seres vivos

7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA Astros

Movimentos celestes Movimentos terrestres

MATÉRIA Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLOGICOS

CélulaMorfologia e Fisiologia dos seres vivos

ENERGIAFormas de energia

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADEOrigem da vida

Organização dos seres vivosSistemática

Page 145: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

145

8º ANOCONTEÚDOS

ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA Origem e Evolução do Universo

MATÉRIA Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLOGICOS

Célula Morfologia e Fisiologia dos seres vivos

ENERGIA Formas de energia

BIODIVERSIDADE Evolução dos seres vivos

9º ANOCONTEÚDOS

ESTRUTURANTES CONTEÚDOS

BÁSICOS

ASTRONOMIA Astros

Gravitação UniversalMATÉRIA Propriedades da matéria

SISTEMAS BIOLOGICOS

Morfologia e Fisiologia dos seres vivos Mecanismos de herança genética

ENERGIA Formas de energia

Conservação de energiaBIODIVERSIDADE Interações ecológicas

Page 146: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

146

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

As práticas pedagógicas e metodológicas deverão ser direcionadas de ma-

neira a promover à integração dos conceitos científicos, valorizando o pluralismo

metodológico, respeitando e minimizando as diferenças, possibilitando assim a de-

mocratização do saber.

Faz-se necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendi-

dos em sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de co-

nhecimento físico, químico e biológico, mas visando uma abordagem integradora.

É fundamental valorizar no ensino de Ciências, os elementos da prática

pedagógica como: a abordagem problematizadora, a relação contextual, a relação

interdisciplinar, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a observação,

a atividade experimental, os recursos instrucionais e o lúdico, entre outros.

Analisando a prática pedagógica o professor deverá saber quais os objeti -

vos e expectativas a serem atingidos; qual concepção de ciência se agrega às ativi-

dades propostas e dar significados as atividades desenvolvidas com os alunos, tais

como: aulas dialogadas, leituras, pesquisas, debates , seminários, experimentos

em sala de aula, jogos didáticos, entre outras, tendo a clareza que estas atividades

devem ser problematizadoras, para que possa contribuir na formação de um sujeito

intelectualmente autônomo.

No desenvolvimento das atividades, serão utilizados recursos como : Slides,

DVDs, CDs, TV Pendrive, Data Show, recortes de filmes, vídeos, imagens, aulas

práticas em laboratório de Informática, Internet, livro didático, texto de jornal,

revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa

(geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso,

esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio,

lupa, jogo, telescópio, computador, retroprojetor, dentre outros. O professor deve

atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem, orientando os estudantes

com segurança, sem induzi-los às conclusões, permitindo que sigam nos ritmos

próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias habilidades.

Para enfatizar e valorizar os costumes de cada indivíduo, busca-se na

Page 147: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

147

diversidade cultural coexistente , respaldo ético para tratar as diferenças e

minimizar as desigualdades, enfatizando a cultura Afro-Brasileira e a cultura do

campo, de onde advém grande parte dos alunos. Através de trabalho dirigidos, com

vistas a inclusão social, promover a emancipação do cidadão , com ações coletivas

em favor da construção do conhecimento.

Quanto a abordagem sobre história e cultura afro-brasileira e africana - Lei

n.10.639/03 e a história e cultura dos povos indígenas, em concordância com a Lei

n. 11.645/08, será desenvolvida por meio de análises que envolvam a constituição

genética da população brasileira, onde serão propostos trabalhos de pesquisa e in-

vestigação, com a intenção de resgate e valorização cultural.

A educação ambiental, em concordância com a Lei n. 9.795/99 que institui a

Política Nacional de Educação Ambiental, deverá ser uma prática educativa integra-

da, contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos. Esta

abordagem se dará de forma contextualizada em relação aos conteúdos estruturan-

tes, de tal forma que os conteúdos específicos sobre as questões ambientais não

sejam trabalhados isoladamente.

Busca-se uma educação que seja crítica, cuja característica central é a

problematização dos conhecimentos. Problematizar implica discutir os conteúdos de

forma a gerar indagações e não de forma enciclopédica e mecânica. A Escola do

Campo hoje tem esse poder: levar o homem do campo a reconhecer-se agente ati-

vo na transformação desta realidade, o que o levará a conviver melhor e com mais

prazer no meio rural. Os conteúdos, trabalhados de forma não-linear, proporcionam

ao aluno a possibilidade de desenvolver a capacidade de observar, pensar, estabe-

lecer relações, analisar, interpretar, estimar, justificar, argumentar, verificar, generali-

zar, concluir e abstrair. Dessa forma, serão estimuladas no aluno a intuição, a analo-

gia e as formas de raciocínio indutivo e dedutivo.

Atentar para a existência de inúmeros outros espaços de conhecimento,

além daquele tradicionalmente reservado para a escola, significa tomar consciência

dos estreitos limites em que trabalha a escola relativamente à complexidade da

sociedade pós-moderna.

Nesse sentido, a escola tem um importante papel a desempenhar,

concentrando a sua atenção no processo de aprendizagem, isto é, na forma como

as pessoas aprendem, e em suas necessidades efetivas de aprendizagem. As

Page 148: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

148

mudanças que vêm ocorrendo em todos os campos do saber e na sociedade em

geral, estão levando a escola a repensar o currículo . Nesta perspectiva de

currículo, conhecimento e conteúdo, é fundamental trabalhar os desenvolvimentos

sociodeducaionais: Educação Ambiental, Prevenção ao uso indevido de drogas,

Relações Étnico-Raciais, Sexualidade e Violência na escola postos à escola hoje,

bem como o ECA, o Estatuto do Idoso, entre outros, através de pesquisas,

debates, filmes, textos , interpretação e análise de dados estatísticos, como forma

de repensar a historicidade ligada ao papel e à cobrança da sociedade civil

organizada, em especial dos movimentos sociais. Tanto os conhecimentos

universais como os desafios do cotidiano podem e devem ser discutidos como

expressões históricas, políticas e econômicas da realidade.

Page 149: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

149

4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO

A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos

conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96, deve

ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com

prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem.

Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua prática, a criação de

novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos,

ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem

individual ou de todo grupo.

Para o aluno pode ser considerada como instrumento de tomada de

consciência de sua conquista, dificuldades e possibilidades para reorganização de

seu investimento na tarefa de aprender.

“Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e

aprendizagem, e não uma etapa isolada”. ( Libâneo 1994, p.200).

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio

de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de

investigação da prática pedagógica. Assim, a avaliação assume uma dimensão

formadora, uma vez que o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação

dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática

pedagógica.

Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o

novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem.

Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar e

desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar

as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer

emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002).

Para avaliar a cada momento, o professor utilizará a avaliação processual e

diagnóstica , através de instrumentos como: relatórios de aulas práticas, apresenta-

ção de trabalhos, pesquisas, provas escritas, seminários, participação em debates e

outras atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação da aprendizagem, uti -

Page 150: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

150

lizando-se de critérios previamente estabelecidos no Plano de Trabalho Docente, de

acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica , para a disciplina de Ci-

ências, considerando para tal, a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos ,

as diferentes formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade

dos alunos.

No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem

por objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a respei-

to do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimen-

to.

A avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão

metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de

investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológi-

cos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, en-

quanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estu-

dantes variadas oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento. Ao pro-

fessor, cabe acompanhar a aprendizagem dos alunos e o desenvolvimento dos pro-

cessos cognitivos.

O diagnóstico permite saber como os conceitos científicos estão sendo com-

preendidos pelo estudante, corrigir os “erros” conceituais para a necessária retoma-

da do ensino dos conceitos ainda não apropriados, diversificando-se recursos e es-

tratégias para que ocorra a aprendizagem dos conceitos que envolvem:

• origem e evolução do universo;

• constituição e propriedades da matéria;

• sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos;

• conservação e transformação de energia;

• diversidade de espécies em relação dinâmica com o ambiente em que

vivem, bem como os processos evolutivos envolvidos.

Nestes termos, avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo

ensino-aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos

conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma

aprendizagem realmente significativa para sua vida.

Pensando na avaliação os meios de estímulo ao desenvolvimento do aluno,

trabalhamos com ideias de um crescimento e elas não ficam restritas apenas ao uso

Page 151: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

151

de procedimentos de testagem, mas sim de um conjunto de tarefas e observações

que o professor solicita aos alunos, gerando informações que possibilitam perceber

tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais apropriados. Dessa forma

procura-se ofertar um atendimento individualizado aos alunos com necessidades

especiais.

A recuperação de estudos deve ser paralela aos conteúdos estudados, de

acordo com o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. A re-

cuperação de estudos tem como intencionalidade recuperar os conteúdos não apro-

priados e, não os instrumentos de avaliação.

Page 152: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

152

5. REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais Contemporâneo: Educação Ambiental. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Educação do Campo . Curitiba: SEED, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola. Curitiba: SEED, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais Contemporâneo: Prevenção ao uso indevido de drogas . Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais Contemporâneo: Enfrentamento à violência na escola . Curitiba: SEED, 2008.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - CIÊNCIAS. 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.

REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.

Page 153: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

153

COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

NRE: APUCARANA

MUNICÍPIO: KALORÉ

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA

NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORA: KÁTIA CILENE DOS SANTOS SANCHES

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

KALORÉ

2012

Page 154: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

154

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

1.1 Dimensão Historia da Disciplina de Educação Física

A fim de situar historicamente a disciplina de Educação Física no Brasil,

optou-se, nestas Diretrizes Curriculares, por retratar os movimentos que a

constituíram como componente curricular.

As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas

corporais recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa,

Sob a égide de conhecimentos médicos e da instrução física militar,a então

denominada ginástica surgiu, principalmente, a partir de uma preocupação como

desenvolvimento da saúde e a formação moral dos cidadãos brasileiros, esse

modelo de prática corporal pautava-se em prescrições de exercícios visando ao

aprimoramento de capacidades e habilidades físicas como a força, a destreza, a

agilidade e a resistência além de visar à formação do caráter, da auto disciplina, de

hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia e do sentimento patriótico.

O termo educação física escrito em letras minúsculas representa os

diferentes conhecimentos sistematizados sobre práticas corporais que

historicamente circunscrevem o cotidiano escolar, posteriormente, o termo será

escrito em letras maiúsculas, o que representa a disciplina curricular de Educação

Física, institucionalizada nas escolas brasileiras a partir do século IX.

No início do século XX, especificamente a partir de 1929, a disciplina de

Educação Física tornou-se obrigatória nas instituições de ensino para crianças a

partir de 6 anos de idade e para ambos os sexos, por meio de um anteprojeto

publicado pelo então Ministro da Guerra, General Nestor Sezefredo Passos, Propõe

também a criação do Conselho Superior de Educação Física com o objetivo de

centralizar,coordenar e fiscalizar as atividades referentes ao Desporto e à Educação

Física no país e também a elaboração do Método Nacional de Educação Física.

(LEANDRO, 2002).

Assim tudo começou quando o homem primitivo sentiu a necessidade de

lutar, fugir ou caçar para sobreviver. Assim o homem à luz da ciência executa os

seus movimentos corporais mais básicos e naturais desde que se colocou de pé:

corre, salta, arremessa, trepa, empurra, puxa etc.

Page 155: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

155

1.2 - História da Educação Física

De acordo com os filósofos a Educação física não é apenas algo

artificial é, um conjunto de atividade física não competitivo mais sim com fim

relativo, e tem como objetivo regular a saúde humana.

Altrora as pessoas viam a educação física como algo apenas artificial onde

não estabelecia a possibilidade de uma modificação anatômica, onde adquiria

melhor qualidade de vida e saúde.

Especialização é de suma importância dentro do curso de educação física

porque a graduação é apenas um meio pelo qual podemos adquiri. Não estamos

descartando a possibilidade de um profissional graduado mas sabemos que a

especialização é necessária, através da medicina que podemos analisar nossos

estados de saúde, ela pode avaliar os tipos de exercício ou esporte que podemos

pratica.

Sem estes conhecimentos muitas pessoas acabaram morrendo, sem ter

conhecimentos de sua saúde, René máheu diz que Educação Física

é cultura e um espetáculo esportivo, onde esta contida os seus valores

como dança, teatro, música e jogo etc...Em outras palavras tal cultura esta

contida no mundo artístico. dentro desta nem todos tem o mesmo

desenvolvimento porque cada endivido reagem de uma forma, podemos ver que a

cultura física ela é muito abrangente e não se limita.

Quando falamos de jogo não falamos apenas de futebol porque o jogo não limita

nu âmbito, por isso contribui para relaciona as pessoas entre as outras. Jogo

pode ser uma atividade voluntária ou competitiva.

Física no mundo esportivo é considerada uma grande atração que

conquista todo o publico contemporâneo. no esporte o jogo não são apenas

voluntário mais com o fim lucrativo e a uma grande competição.

1.3 - A Educação Física no Brasil

A história da Educação Física no Brasil é muito rica, principalmente por estar

intimamente ligada à política educacional adotada por cada governo, criando assim,

de acordo com o período político um tipo de educação física. Em seu processo de

introdução a Educação Física contou com a contribuição de vários setores

diferenciados da sociedade como os colonos, imigrantes, militares, isto em

diferentes momentos e partes do país, com o objetivo de proporcionar o lazer, a

Page 156: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

156

formação corporal, e a disciplina, utilizando jogos, exercícios físicos, recreações e

competições. A intenção não é aqui transformar as informações obtidas através da

revisão de literatura feitas uma verdade absoluta sobre esta história. É importante

observar todo o contexto político, econômico e social que atua diretamente na

definição dos rumos da Educação Física, o objetivo aqui é, respeitando a opinião de

cada autor citado tentar compreender e interpretar os fatos.

Page 157: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

157

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Esporte

Jogos e Brincadeiras

Dança

Ginástica

Lutas

2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos

6º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS

Esportes Coletivos Individuais

Jogos e Brincadeira

Jogos e Brincadeiras Populares Brincadeiras e Cantigas de RodaJogos de Tabuleiro Jogos Cooperativos

Dança Danças FolclóricasDanças de Rua Danças Criativas

Ginástica Ginástica RítmicaGinástica CircenseGinástica Geral

Lutas Lutas de Aproximação Capoeira

7º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS

Esportes Coletivos Individuais

Jogos e Brincadeira

Jogos e Brincadeiras Populares Brincadeiras e Cantigas de RodaJogos de Tabuleiro Jogos Cooperativos

Dança

Danças FolclóricasDanças de Rua Danças Criativas Danças Circulares

Page 158: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

158

Ginástica Ginástica RítmicaGinástica CircenseGinástica Geral

Lutas Lutas de Aproximação Capoeira

8º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS

Esportes Coletivos Radicais

Jogos e Brincadeira

Jogos e Brincadeiras Populares Jogos de TabuleiroJogos de Dramático Jogos Cooperativos

Dança Danças CriativasDanças Circulares

Ginástica Ginástica RítmicaGinástica CircenseGinástica Geral

Lutas Lutas com Instrumento Mediador Capoeira

9º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS

Esportes Coletivos Radicais

Jogos e Brincadeira Jogos de Tabuleiro Jogos Dramáticos Jogos Cooperativos

Dança Danças Criativas Danças Circulares

Ginástica Ginástica RítmicaGinástica Geral

Lutas Lutas com Instrumento Mediador Capoeira

2.1 Elementos Articuladores dos Conteúdos Estruturantes para a Educação

Básica

Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos têm sido

tratados na Educação Física, faz-se necessário integrar e interligar as práticas

Page 159: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

159

corporais de forma mais reflexiva e contextualizada, o que é possível por meio dos

elementos articuladores,tais elementos não podem ser entendidos como conteúdos

paralelos, nem tampouco trabalhados apenas teoricamente e/ou de maneira isolada.

Como articuladores dos conteúdos, podem transformar o ensino da Educa-

ção Física na escola, respondendo aos desafios anteriormente descritos.

Nestas Diretrizes, propõem-se os seguintes elementos articuladores:

• Cultura Corporal e Corpo;

• Cultura Corporal e Ludicidade;

• Cultura Corporal e Saúde;

• Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;

• Cultura Corporal e Desportivização;

• Cultura Corporal – Técnica e Tática;

• Cultura Corporal e Lazer;

• Cultura Corporal e Diversidade;

• Cultura Corporal e Mídia;

Page 160: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

160

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física tratado

nestas Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes

propostos – esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação

Física tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos

capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal

consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.

O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de organizar

e sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a

comunicação e o diálogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o

senso de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física

e ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas

metodologias, nas práticas e nas reflexões.

Essa concepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio

da Cultura Corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na

desportivização das práticas corporais. No entanto, esse conhecimento é transmitido

e discutido com o aluno, levando-se em conta o momento político, histórico,

econômico e social em que os fatos estão inseridos.

Cabe ressaltar que tratar o conhecimento não significa abordar o conteúdo

“teórico”, mas, sobretudo, desenvolver uma metodologia que tenha como eixo

central a construção do conhecimento pela práxis, isto é, proporcionar, ao mesmo

tempo, a expressão corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos

propostos e a reflexão sobre o movimento corporal.

Ao trabalhar com o conteúdo estruturante, pode inserir questões envolvendo

as diversas dimensões sociais em jogos que requeiram maior capacidade de

abstração por parte do aluno.

Ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação

Física na Educação Básica, é preciso levar em conta, inicialmente, aquilo que o

aluno traz como referência acerca do conteúdo proposto, ou seja, é uma primeira

leitura da realidade. Esse momento caracteriza-se como preparação e mobilização

do aluno para a construção do conhecimento escoalr.

Page 161: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

161

Apresentação dos conteúdos sistematizados, para que tenham condições de

assimilação e recriação do mesmo, desenvolvendo, assim, as atividades relativas à

apreensão do conhecimento através da prática corporal.

É possível efetivar um diálogo que permite ao aluno avaliar o processo de

ensino/aprendizagem, transformando-se intelectual e qualitativamente em relação à

prática realizada.

Com conteúdo específico, a capoeira pode também vir a ser excludente,

caso não sejam respeitadas as limitações e possibilidades corporais, sociais e

culturais de cada aluno. O objetivo é que os alunos compreendam com a capoeira,

que outrora foi uma manifestação cultural e de libertação com a singularidade de

cada participante, além da possibilidade de vivenciar a capoeira, sem preocupação

com a técnica como parâmetro único e exclusivo.

Deve se reconstruir, com os educandos, os movimentos da capoeira, com a

representação da presa e do predador, sob o enfoque do respeito pelas

possibilidades físicas de cada um, o que significa que qualquer aluno pode praticar

capoeira, sem necessidade de conhecimento prévio, ou de ter participado de algum

grupo.

O papel da educação Física é desmitificar formas arraigadas e não refletidas

em relação às diversas práticas e manifestações corporais historicamente

produzidas e acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática pedagógica o

conhecimento sistematizado, como oportunidade para para reelaborar ideias e

atividades que ampliem a compreensão do estudante sobre os saberes produzidos

pela humanidade e suas implicações para a vida.

É preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de experiências

objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que se efetiva,

sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer.

Assim, a metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e

oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos

indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99-

Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento

Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa

Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas

e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afro-

Page 162: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

162

descendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade

Sexual e Educação do Campo, serão temas dos textos de diferentes gêneros

estudados no decorrer do ano letivo, os quais serão debatidos, confrontados, a fim

de garantir o desenvolvimento da capacidade de argumentação dos alunos.

No desenvolvimento das atividades durante as aulas de Educação Física,

serão utilizados recursos como : Slides, DVDs, CDs, TV Pendrive, recortes de

filmes, vídeos, imagens, internet, músicas, bolas, cones, cordas, elásticos, bambolê,

rede, dentre outros.

O professor deve atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem,

orientando os estudantes com segurança, sem induzi-los às conclusões, permitindo

que sigam nos ritmos próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias

habilidades.

Page 163: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

163

4. AVALIAÇÃO

A avaliação caracteriza-se, nesta proposta, como elemento integrador entre

aprendizagem do aluno e atuação do professor no processo de construção de

conhecimento, sendo compreendida como um conjunto de atuações que tenha

função de diagnosticar, de perceber o domínio dos conteúdos, de superar as

dificuldades através da realimentação dos conteúdos e de apreciar criticamente o

próprio trabalho. Para o aluno é um instrumento de tomada de consciência das suas

conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na

tarefa de aprender.

Os instrumentos utilizados deverão ser claros para o professor e para os

alunos, pois o senso crítico, característico desta faixa etária, aliado à necessidade de

sentir-se reconhecido, tornará o processo significativo. Estes instrumentos poderão

estar inseridos nos conteúdos de aprendizagem como forma sistemática de

valorização e reflexão, representando a forma concreta de apropriação por parte dos

alunos, do conhecimento socialmente construído, revelando quando utilizados que

intenções e aspectos deste conhecimento estão sendo valorizados.

Ao selecionar os instrumentos de avaliação que serão empregados poderão

ser levantados, além dos valores mensuráveis, os aspectos motivacionais e

subjetivos relacionados aos resultados, suas relações com diferentes contextos de

aplicação e o significado que esses trarão para a construção do conhecimento

pessoal do aluno e para a coletividade à qual pertence.

Inicialmente far-se-á a Avaliação Diagnóstica para detectar o grau de

conhecimento e de dificuldades do educando.

A avaliação deve se materializar em cada aula, (Observação Constante Do

Aluno Feita Pelo Professor) considerando sua aplicação e conseqüência

pedagógica, política e social, referenciada nos interesses individuais e coletivos,

ampliando as possibilidades corporais. Essas possibilidades envolvem aspectos

de conhecimento, habilidades, desempenho no conteúdo vivenciado, atitudes

e condutas sociais, considerados dentro da concepção da totalidade humana, isto

é, da concepção de que o aluno é um ser uno e único e de que ambos, professor e

aluno assumirão responsabilidades na perspectiva de uma avaliação participativa.

Page 164: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

164

A auto-avaliação visará à construção da autonomia do estudante numa

conscientização do seu envolvimento nas atividades desenvolvidas.

De acordo com o regime escolar do Colégio Estadual Alvorada da Infância

sendo que o processo somativa e acumulativa será composto pela somatória das

notas 6,0 (seis vírgula zero) referentes ás atividades diversificadas realizadas

(tarefas, trabalhos, seminários, aula pratica, desempenho do aluno no conteúdo

proposto, participação nas aulas teóricas, mais 4,0 (quatro vírgula zero),

resultados de avaliações como provas escritas, testes e pesquisas, totalizando

média final 10,0 ( dez virgula zero).

A recuperação dos estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples,

os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do

aluno, então é preciso investir em todas as estratégia e recursos possível para que

ele aprenda.

A recuperação e justamente isso, o esforço de retomar de volta os

conteúdos, de modificar os encaminhamentos metodológicos para assegurar a

possibilidade de aprendizagem, neste sentido, a recuperação da nota é simples

decorrência da recuperação de conteúdos

Assim, a avaliação do professor ensino-aprendizado, entendida como

questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela

perspectiva de investigar para intervir.

A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza

dos critérios de avaliação, elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a

diversidade de instrumento e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes varias

oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento.

Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o

desenvolvimento dos processos cognitivos.

Por fim, destaca – se, que a concepção de avaliação que permeia o currículo

não pode ser uma escola solitária do professor,a discussão sobre a avaliação deve

envolver o coletivo da escola, para que todos, direção, equipe pedagógica, pais e

alunos), assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico relevante

para formação dos alunos.

A avaliação, conforme estabelecido, no projeto político pedagógico da

escola, subsidia o professor com elemento para uma reflexão continua para a sua

Page 165: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

165

prática, ele deve ser contínuo cumulativo e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do educador e considerar as características individuais

deste, no conjunto dos componentes curriculares cursados, com prepondência dos

aspectos qualitativos.

A recuperação dos estudos, direitos dos alunos, dar - se á de forma

permanente e constantemente ao processo de ensino aprendizagem.

Realiza as atividades, agindo de maneira cooperativa, utilizando formas de

expressão que favoreçam a integração grupal, adotando atitudes de respeito mútuo,

dignidade e solidariedade.

Organiza e pratica atividades de cultura corporal, de movimento,

demonstrando capacidade de adaptá-las favorecendo a inclusão de todos;

Reconhece algumas das diferentes manifestações da cultura corporal de

movimento.

Percebe os limites e possibilidades do próprio corpo de forma a, poder

controlar algumas de suas posturas e atividades corporais com autonomia e, a

valorizá-las como recurso para melhoria de sua aptidão física.

Page 166: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

166

5. REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: EDUCAÇÃO FÍSICA. Curitiba: SEED, 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.

REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.

Page 167: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

167

COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

NRE: APUCARANA

MUNICÍPIO: KALORÉ

DISCIPLINA: ENSINO RELIGIOSO

NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORA: MARLI DE FÁTIMA BURANELLO

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

KALORÉ

2012

Page 168: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

168

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Este breve histórico legal da disciplina, pretende apresentar,

comparativamente, a extensão pedagógico da atual proposta de Ensino Cultural e

Religioso no Estado do Paraná .

A primeira forma de inclusão dos temas religiosos na educação brasileira, que

se perpetuou até a Constituição da República em 1891, pode ser identificada nas

atividades de evangelização promovidas pela Companhia de Jesus e outras

instituições religiosas de confissão católica.

Com o advento da República, contudo, e do ideal positivista de separação

entre Estado e Igreja, todas as instituições e assuntos de ordem pública e

consequentemente a educação do povo foram incumbidos da tarefa de se

reestruturar de acordo com o critério de laicidade interpretada no sentido de

neutralidade religiosa .

Em 1934, o Estado Novo procurou pôr fim a esta querela com a introdução da

disciplina de Ensino Religioso nos currículos da educação pública, salvaguardando o

direito individual de liberdade de credo. Apresentou, em forma de lei, uma proposta

de ensino da temática religiosa que, por um lado, garantisse a existência de uma

disciplina desse teor na educação pública e que, por outro lado, mantivesse um

caráter facultativo para os estudantes não católicos.

Quando o aspecto confessional do Ensino Religioso foi suprido do inciso IV

do artigo 168 da Constituição de 1967: o ensino religioso, de matrícula facultativa,

constituirá disciplina dos horários normais das escolas oficiais de grau primário e

médio. Foi aberta, então, a possibilidade de reelaboração da disciplina em função de

uma perspectiva aconfessional de ensino.

A possibilidade de um Ensino Religioso aconfessional e público só se

concretizou legalmente na redação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional de 1996 e sua respectiva correção, em 1997, pela Lei 9.475.

Para viabilizar a proposta de Ensino Religioso no Paraná, a Associação

Interconfessional de Curitiba ( Assintec ), formada por um grupo de caráter

ecumênico, preocupou-se com a elaboração de material pedagógico e cursos de

formação continuada.

Page 169: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

169

Em 1976, pela Resolução n. 754/76, foram autorizados cursos de atualização

religiosa em catorze municípios do Estado, com o apoio da Associação das Escolas

Católicas .

No ano de 1987 teve início o curso de Especialização em Pedagogia

Religiosa, com carga horária de 360 h/a, numa parceria da SEED, Assintec e

PUC/PR, voltado à formação de professores interessados em ministrar aulas de

Ensino Religioso. Na década de 1980, no processo de redemocratização do país,

as tradições religiosas asseguram o direito à liberdade de culto e de expressão

religiosa.

Nessa conjuntura, o Estado do Paraná elaborou o Currículo Básico para a

Escola Pública do Paraná, em 1990. Na primeira edição do documento, o Ensino

Religioso não foi apresentado como as demais disciplinas. Dois anos depois, foi

publicado um caderno para o Ensino Religioso,conforme os moldes do Currículo

Básico. Sua elaboração, no entanto, ficou sob a responsabilidade da Assintec, com

a colaboração da SEED.

No período entre 1995 e 2002, houve um enfraquecimento da disciplina de

Ensino Religioso na Rede Pública Estadual do Paraná. Na reorganização das

matrizes curriculares do Ensino Fundamental, realizada nesse período, o Ensino

Religioso foi praticamente extinto, mesmo diante da exigência legal de sua oferta

pela LDBEN 9.394/6.

No final de 2005, a SEED encaminhou os questionamentos oriundos desse

processo de discussão com os Núcleos Regionais de Educação e com os

professores ao Conselho de Educação. Em 10 de fevereiro de 2006, o mesmo

Conselho aprovou a Deliberação n. 01/06, que instituiu novas normas para o Ensino

Religioso no Sistema Estadual de Ensino no Paraná.

Nessa perspectiva, a SEED sustentou um longo processo de discussão que

resultou, em fevereiro de 2006, na primeira versão das Diretrizes Curriculares de

Ensino Religioso para Educação Básica.

O resultado final, mas não conclusivo, deste processo é a proposta de

implementação de um Ensino Religioso laico e de forte caráter escolar.

A disciplina de Ensino Religioso tem como objeto de estudo o Sagrado, e diz

respeito à diversidade cultural e religiosa; as diferentes leituras do Sagrado na

sociedade, em que haja a compreensão sobre a sua religiosidade e a do outro, na

Page 170: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

170

diversidade universal do conhecimento humano e de suas diferentes formas de ver o

sagrado que enfoca: paisagem religiosa; universo simbólico; textos sagrados, os

quais serão trabalhados através dos seguintes objetivos:

Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões

religiosas construídas na cultura do povo sobre o fenômeno religioso.

Promover aos educandos a oportunidade de escolarização fundamental, para

se tornarem capazes de entender os movimentos religiosos específicos de cada

cultura, de modo a colaborar com a formação da pessoa.

Valorizar a diversidade religiosa em todas as suas formas, levando em

consideração a composição variada de grupos na sociedade brasileira, permitindo

desta forma aos educandos, a reflexão e entendimento sobre a constituição cultural

dos grupos sociais e seu relacionamento com o sagrado.

Contribuir para superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o direito

constitucional de liberdade de crença e expressão.

Page 171: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

171

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Paisagem Religiosa

Uma paisagem religiosa define-se pela combinação de elementos culturais e

naturais que remetem a experiência com o sagrado e a uma série de representações

sobre o transcendente e o imanente, presentes nas diversas tradições culturais e

religiosas.

A paisagem religiosa pode ser constituída, predominantemente, por

elementos naturais ou por elementos arquitetônicos e está, essencialmente,

carregada de um valor sagrado.

Universo Simbólico Religioso

Universo Simbólico Religioso pode ser visto como o conjunto de linguagem

que expressa sentidos, comunica e exerce papel relevante para a vida imaginativa e

para a constituição das diferentes religiões no mundo.

Textos Sagrados

Os textos sagrados expressam ideias e são o meio de dar viabilidades à

disseminação e à preservação dos ensinamentos de diferentes tradições e

manifestações religiosas, o que ocorre de diversas maneiras.

2.1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

SÉRIE CONTEÚDOS BÁSICOS

Paisagem Religiosa

Universo Simbólico Religioso

Textos Sagrados

5ª Série/6º Ano

Organizações Religiosas

Lugares Sagrados

Textos Sagrados orais ou escritos

Símbolos Religiosos

6ª Série/7º AnoTemporalidade Sagrada

Festas Religiosas

Ritos

Vida e Morte

Page 172: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

172

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A disciplina de Ensino Religioso pressupõe um constante repensar das ações

que subsidiarão esse trabalho, onde poderão fomentar o respeito às diversas

manifestações religiosas. Partindo da experiência religiosa do aluno e de seus

conhecimentos prévios, o conteúdo será trabalhado a fim de ampliar e valorizar o

universo cultural dos educandos.

Tendo como base o estudo do sagrado, os conteúdos devem ser tratados

interdisciplinarmente, pois isso é fundamental para efetivar a contextualização do

conteúdo, pois articulam-se os conhecimentos de diferentes disciplinas curriculares

e, ao mesmo tempo, assegura-se a especificidade dos campos de estudo do Ensino

Religioso. Para efetivar esse processo de ensino-aprendizagem com êxito se faz

necessário abordar cada expressão do Sagrado do ponto de vista laico, não

religioso, de uma forma clara, objetiva e critica.

Oportunizar reflexão e análise através de conteúdos, destacando-se os

aspectos científicos do universo cultural do sagrado e da diversidade sociocultural.

As aulas serão dialogadas, estabelecendo relações entre o que ocorre na

sociedade. Assim, o professor estabelecerá uma relação pedagógica frente ao

universo das manifestações religiosas, tomando-as como construções histórico-

sociais e patrimônio cultural da humanidade.

Ao considerar a diversidade de referenciais teóricos para suas aulas, torna-se

recomendável que o professor dê prioridade às produções de pesquisadores da

respectiva manifestação do Sagrado em estudo para evitar fontes de informação

comprometidas com interesses de uma ou outra tradição religiosa. Tal cuidado é

importante porque, como estratégia de valorização da própria doutrina ou como meio

de atrair novos adeptos, há produções de cunho confessional que buscam legitimar

seus pressupostos e, por essa razão, desqualificam outras manifestações.

É preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do

educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão

aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado e da diversidade

sociocultural.

Portanto, para a efetivação do processo pedagógico na disciplina de Ensino

Page 173: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

173

Religioso, propõe que seja destacado o conhecimento das bases teóricas que

compõem o universo das diferentes culturas, nas quais se firmam o Sagrado e suas

expressões coletivas.

Assim, a metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e

oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos

indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99-

Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento

Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa

Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas

e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afro-

descendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade

Sexual e Educação do Campo, serão temas dos textos de diferentes gêneros

estudados no decorrer do ano letivo, os quais serão debatidos, confrontados, a fim

de garantir o desenvolvimento da capacidade de argumentação dos alunos.

Page 174: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

174

4. AVALIAÇÃO

A disciplina de Ensino Religioso não possui atribuição de nota, assim, não se

constitui como o objeto de reprovação, pois a disciplina é facultativa para o aluno.

Porém, faz necessário a prática de avaliações que permitam ao professor

acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno, identificando

em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para compreensão das

manifestações do sagrado pelos alunos.

A disciplina de Ensino Religioso pode avaliar, pela observação sistemática,

durante as atividades:

em que medida, o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe

que possuem opções religiosas diferentes da sua;

aceita as diferenças, reconhecendo o fenômeno religioso como um dado da cultura e

da identidade de cada grupo social;

emprega conceitos adequados ao referir-se às diferentes manifestações do

Sagrado.

Através desta avaliação, o professor terá elementos para planejar as

intervenções no processo de ensino-aprendizagem, retomando lacunas identificadas

e dimensionando os níveis de aprofundamento, que deverão ser adotadas, como

também reorganizar seu trabalho pedagógico, a partir do objeto de estudo e os

conteúdos estruturantes.

Os avanços dos alunos, a apropriação dos conteúdos será registrada de

forma diferenciada das outras disciplinas, com parecer registrado pelo professor

após cada conteúdo trabalhado, permitindo dessa forma que os pais ou

responsáveis, a escola e o próprio aluno, possa acompanhar essa evolução.

Page 175: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

175

5. REFERÊNCIAS

BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994.

COSTELLA, Domênico. O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso In: JUQUEIRA, Sérgio: WAGNER, Raul (Orgs). O Ensino Religioso no Brasil. Curitiba: Chanpagnat, 2004.

DURKHEIM, Émile. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Paulinas, 1989.

ELIADE, Mircea. O Sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

_______. Tratado de história das religiões. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Ensino Religioso. Curitiba: Seed, 2008

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. KALORÉ/JUSSIARA -PR

REGIMENTO INTERNO. COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA- ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. KALORÉ- PARANÁ.

Page 176: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

176

COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

NRE: APUCARANA

MUNICÍPIO: KALORÉ

DISCIPLINA: BIOLOGIA

NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROFESSORA: ANA MÁRCIA LABEGALINI STENCEL

MARLÍ DE FÁTIMA BURANELLO

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR DE GEOGRAFIA

KALORÉ2012

Page 177: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

177

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Geografia, antes de ser uma ciência, surgiu como necessidade humana, a

partir da observação da natureza. Necessidade esta mesclada de valores, que

muitas vezes deixou de ser uma questão de sobrevivência, tornando-se fruto das

mentalidades humanas na busca por novos espaços, riquezas e glórias.

Construída no decorrer da evolução da humanidade, aprimora-se conforme os

desejos que impulsionavam os seres humanos e os assuntos que mais tarde

constituiriam parte do conhecimento disciplinar da Geografia tornaram-se

preocupação dos Estados, sociedades e pensadores, interessados por diferentes

razões, em conhecer o espaço geográfico. Temas como comércio, formas de poder,

organização do Estado, produtividade natural do solo, recursos minerais,

crescimento populacional, formas de representação de territórios e extensões de

territórios eram preocupações dos grandes impérios coloniais.

Porém, somente em fins do século XVII, esses temas começaram a passar

pelo “olhar objetivador da ciência”.

Mesmo sendo um saber tão antigo quanto à própria história dos homens, o

atual discurso da Geografia é produto final dos embates que dominam as relações

entre os imperialismos alemão e francês ao longo do século XIX, havendo uma luta

entre concepções divergentes a respeito da forma como se dá a relação entre o

homem e o meio.

A Geografia nasce colada, de um lado, às lutas democráticas que se

desenrolam nas cidades gregas e atravessam praticamente toda a sua história. A

Geografia que irá desenvolver será a que veremos servindo ao Estado, concebida

com relatos e mapas.

A relação feudalista/capitalista surge como questão do espaço, temas como o

domínio e a organização do espaço, a apropriação do território, a variação regional,

entre outros, estarão na ordem do dia na prática da sociedade alemã e as primeiras

colocações no sentido de uma Geografia sistematizada foram de Humboldt e Ritter,

que criam uma linha de continuidade no pensamento geográfico.

Dos romanos à “idade da ciência” (século XVIII-XIX) a Geografia terá sua

imagem alinhada como um inventário sistemático de terras e povos. A história da

Page 178: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

178

Geografia é um salto fantástico no tempo e no espaço. Só a partir século XVIII é que

se desenvolvem as “escolas”.

Portanto, o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido

como espaço produzido e apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto

pela interrelação entre sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e

sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS,

1996).

Para compreensão do espaço geográfico essa ciência/disciplina possui um

quadro conceitual de referência: paisagem, região, lugar, território, natureza e

sociedade.

Assim, promove uma análise espacial sob a abordagem natural, histórica,

econômica, cultural e política, levando em consideração as diferentes formas de

organização do espaço nas escalas local, regional, nacional e mundial.

A Geografia contribui para a formação de uma consciência espacial para a

prática da cidadania. Consciência espacial como sinônimo de perceber o espaço

como um elemento importante de nossa organização social, presente no nosso

cotidiano. Cidadania entendida aqui como uma pessoa que, sabendo de seu mundo,

procura influenciá-lo, organizando-se coletivamente na busca, não só dos seus

direitos, mas também lutando por uma organização de uma sociedade mais justa e

democrática.

Page 179: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

179

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

2.1 CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANOCONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico.

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.7º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

Page 180: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

180

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Movimentos migratórios e suas motivações.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.

A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

8º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

O comércio em suas implicações socioespaciais.

A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

A distribuição espacial das atividades produtivas, (re)organização do espaço geográfico.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

O espaço rural e a modernização da agricultura.A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

Page 181: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

181

9° ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

A revolução tecnico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.Os movimentos mundiais e suas motivações.

A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.

2.1 CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço

A formação e transformação das paisagens.A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico.

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A revolução técnico-científica-informacional e os

Page 182: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

182

geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

novos arranjos no espaço da produção.

O espaço rural e a modernização da agricultura.O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

A relação entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

O comércio e as implicações socioespaciais.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

As implicações socioespaciais do processo de mundialização.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

Page 183: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

183

3. MEDOTOLOGIA DA DISCIPLINA

Pimenta (2005) aponta a necessidade “de que para saber ensinar não basta a

experiência e os conhecimentos específicos, mas se fazem necessários os saberes

pedagógicos e didáticos” (2005, p. 24). Nesta afirmativa se torna explícito o quanto a

metodologia está relacionada com a prática e a didática, que podem levar ou não o

aluno a aprendizagem, lhe apontando através deste conjunto, e da práxis, as

melhores formas de aprender e utilizar o aprendido na vida cotidiana “[...] Os

saberes da experiência são também aqueles que os professores produzem no seu

cotidiano docente, num processo permanente de reflexão sobre sua prática,

mediatizada pela de outrem. ,[...]” (PIMENTA, 2005, p. 20)

A Geografia, na sua perspectiva metodológica, deve assumir uma postura de

mudança, de repensar velhas formas de ver o mundo, de buscar novos sentidos

para existência humana, de resgatar a vida em todas as suas dimensões e de se

assumir como parte integrante desta sociedade e responsável pelo seu futuro.

Cabendo, assim à Geografia a função de preparar o aluno para uma leitura

crítica da produção social do espaço, negando a “naturalidade” dos fenômenos que

imprimem uma certa passividade aos indivíduos. A escola é o espaço para que a

criança tenha acesso aos conhecimentos produzidos pelo conjunto da humanidade

de forma sistematizada. É tarefa do professor ensinar o aluno a estabelecer uma

relação consciente do conhecimento científico, a partir da prática social, para que

seja um agente de transformação social.

Cabe ao professor ter uma postura investigativa de pesquisa, recusando uma

visão receptiva e reprodutivista de mundo - não somente de sua parte, mas em

conjunto com os alunos - tendo em vista sua função enquanto agente transformador

do ensino e da escola e, em decorrência disso, da própria sociedade.

É necessário um ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos

específicos da Geografia, com os quais ele possa ler e interpretar o espaço, sem

deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes

formas de abordagem.

Esse contexto exige que o professor empreenda uma educação que

contemple a heterogeneidade, a diversidade, a desigualdade e a complexidade do

mundo atual em que a velocidade dos deslocamentos de indivíduos, instituições,

Page 184: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

184

informações e capitais é uma realidade. Considera-se que o campo das teorias

críticas possibilita o ensino de Geografia, com base na análise e na crítica das

relações socioespaciais, nas diversas escalas geográficas, do local ao global,

retornando ao local. Portanto, a realidade local e paranaense deve ser consideradas,

sempre que possível, isto é, a inclusão do estudo da geografia do município e do

Paraná, tanto no ensino Fundamental quanto no Ensino Médio.

Quanto ao Ensino Médio, o estudo geográfico será desenvolvido de maneira a

levar o aluno a compreender sua posição no conjunto das relações

natureza/sociedade; ao entendimento da articulação existente entre o espaço local e

o mundial; permitir aquisição de conhecimentos necessários a um comprometimento

com o destino das gerações futuras, compreender os avanços tecnológicos

indispensáveis no desenvolvimento social, cultural e científico da humanidade;

despertar o sentimento de cidadania e sua conquista, além do comprometimento nas

relações entre sociedade/natureza.

A abordagem adotada tem como finalidade o desenvolvimento de um estudo

onde as partes componentes, natureza e sociedade, estejam interligadas

proporcionando condições para investigação e entendimento. É importante a

conscientização do aluno de que a natureza é transformada em produto, através do

trabalho humano e que seu relacionamento com ela é que assegurará sua própria

existência.

Espera-se que com a apropriação dos conteúdos propostos, que o aluno

possa ter domínio dos conceitos básicos da Geografia e que possa contribuir para o

desenvolvimento da capacidade de observação e de análise crítica do mundo em

que vive. Que possa partir da realidade próxima para terem sustentabilidade para

exploração da totalidade – natureza e sociedade.

O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do

conhecimento geográfico se dá a partir da intervenção intencional própria do ato

docente, mediante um planejamento que articule a abordagem dos conteúdos com a

avaliação (CAVALCANTI, 1998). No ensino de Geografia, tal abordagem deve

considerar o conhecimento espacial prévio dos alunos para relacioná-lo ao

conhecimento científico no sentido de superar o senso comum.

Como recursos pedagógicos/tecnológicos, serão usados livro didático, livros

paradidáticos, texto de jornal, revista científica, TV Pendrive, computador,

Page 185: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

185

retroprojetor, DVD, etc. Além de aulas de campo, destaca-se o uso da linguagem

cartográfica (signos, escala e orientação), visitas, excursões e outras atividades

extra classe, exposição oral, leitura de gráficos e mapas, uso de trechos de vídeos,

músicas (paródias) poesias, análise de imagens, maquetes, etc.

É importante destacar a obrigatoriedade de se contemplar a História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana, conforme Lei 10.639/03 e da História e Cultura dos Povos

Indígenas, conforme Lei 11.645/08 e a Lei 9795/99 - Política Nacional de Educação

Ambiental;

Também serão tratados temas relacionados aos Desafios Educacionais

Contemporâneos: Cidadania e Direitos Humanos; Educação Fiscal; Enfrentamento à

Violência na Escola; Prevenção ao uso indevido de Drogas; Educação Ambiental (já

citada-Lei); Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo.

A Educação do Campo pensa o campo e sua gente, seu modo de vida de

organização do trabalho e do espaço geográfico, de sua organização política e de

suas identidades culturais, suas festas e seus conflitos.

Esta visão do campo como um espaço que tem suas particularidades e que é

ao mesmo tempo um campo de possibilidades da relação dos seres humanos com a

produção das condições de existência social conferem à Educação do Campo o

papel de fomentar reflexões que acumulem força e espaço no sentido de contribuir

na desconstrução hierárquica que há entre campo e cidade.

A Educação do Campo procura romper com a alienação do território,

construindo conhecimentos a partir da relação local – global – local.

Page 186: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

186

3. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), aprovada em 1996,

determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos

prevaleçam sobre os quantitativos. Da mesma forma, os resultados obtidos pelos

estudantes ao longo do ano escolar devem ser mais valorizados que a nota da prova

final.

“Essa nova forma de avaliar põe em questão não apenas um projeto

educacional, mas uma mudança social”, afirma Sandra Maria Zákia Lian Souza, da

faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. “A mudança não é apenas

técnica, mas política”. Tudo porque a avaliação formativa serve a um projeto de

sociedade pautado pela cooperação e pela inclusão, em lugar da competição e da

exclusão. Uma sociedade em que todos tenham o direito de aprender.

Para que a avaliação sirva à aprendizagem é essencial conhecer cada aluno

e suas necessidades. Assim o professor poderá pensar em caminhos para que

todos alcancem os objetivos. O importante, diz Janssen Felipe da Silva, pesquisador

da Universidade Federal de Pernambuco, não é identificar problemas de

aprendizagem, mas necessidades.

Portanto, existe a “obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência

paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem

disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos”.

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma

escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). De acordo com o

Regimento Escolar e o projeto Político Pedagógico deste estabelecimento de

Ensino, a avaliação se dará mediante a análise processual do desempenho do

aluno, durante as atividades propostas no valor de 6,0 (seis vírgula zero), somando-

se as atividades de sala e extraclasse, participação em debates, análises escritas e

orais, etc., e nota 4,0 (quatro vírgula zero), na avaliação bimestral, em forma de

prova, em atividades diversificadas, tais como:

Sendo assim, a avaliação deverá ser contínua, permanente e cumulativa,

definindo os propósitos e a dimensão do que se avalia, que contemple diferentes

práticas pedagógicas, tais como: leitura, interpretação e produção de textos

Page 187: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

187

geográficos; leitura e interpretação de fotos, paisagens e principalmente diferentes

tipos de mapas; pesquisas bibliográficas, aulas de campo entre outros, em que uma

das finalidades seja a apresentação de seminários; leitura e interpretação de

diferentes tabelas e gráficos; relatório de experiências práticas de aulas de campo

ou laboratório; construção de maquetes; produção de mapas mentais, entre outros.

A proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos, ou seja, que

saibam como eles serão avaliados em cada atividade proposta. A avaliação deve ser

um processo não-linear de construções e reconstruções, assentado na interação e

na relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo - professor e aluno.

Os critérios de recuperação de estudos deverão ser paralela e concomitante,

contemplar também o que preceitua o projeto político pedagógico e o regimento

escolar de cada estabelecimento de ensino. Para cada conteúdo precisa-se ter claro

o que se deseja ensinar, desenvolver e, portanto, avaliar.

Deliberação 007/99: Art. 10 – O aluno cujo aproveitamento escolar for

insuficiente poderá obter a aprovação mediante recuperação de estudos,

proporcionados obrigatoriamente pelo estabelecimento.

Art. 11 – A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu

desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente,

dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.

O Regimento Escolar deste estabelecimento cita que “A Recuperação de

estudos é direito dos alunos, independente do nível de apropriação dos

conhecimentos básicos”. Será feita mediante retomada dos conteúdos, conforme a

necessidade.

Page 188: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

188

5. REFERÊNCIAS

BRASIL, Lei n. 9394 de 20/12/1996. Estabelece Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Dezembro de 1996.

CAVALCANTI, L. de S. Geografia, escola e construção de conhecimento. Campinas: Papirus, 1998.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Biologia. Curitiba: SEED, 2008.

PELLEGRINI, Denis. Avaliar para ensinar melhor. Revista Nova Escola.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.

REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.

Page 189: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

189

COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

NRE: APUCARANA

MUNICÍPIO: KALORÉ

DISCIPLINA: HISTÓRIA

NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORA: MARLI DE FÁTIMA BURANELLO

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR DE HISTÓRIA

KALORÉ

2012

Page 190: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

190

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de História contribui fundamentalmente para a edificação da

capacidade de pensar historicamente, no que diz respeito à percepção da

historicidade de todas as coisas desde a concepção de História como obra humana,

até a capacidade de avaliar corretamente as determinações, possibilidades do

momento histórico vivido.

É através da História, que ocorre a promoção da auto-estima dos educandos,

independentemente da sua pertença aos diferentes referenciais identitários

(identidades étnicas, identidade políticos territoriais, como imigrantes de nações já

constituídas, de gênero, religiosas, etc.), considerando e valorizando essas origens,

sem idealizar, entretanto, o passado e nem pretender uma postura conservadora

que simplesmente reproduza as identidades estabelecidas, desconsiderando seu

diálogo com o presente e com o futuro.

O Ensino de História auxilia na construção do conhecimento e no respeito ao

outro, com o qual se convive pessoalmente e com o qual se convive enquanto

coletividade (outras regiões, culturas e nações), trata-se do respeito à diversidade e

estímulo ao diálogo e às nações colaboradoras.

Cabe à História, a construção da consciência histórica do homem, sujeito de

uma sociedade marcada por diferentes e desigualdades múltiplas, em constante

reconstrução, passível, portanto, de questionamentos, dúvidas e contestações.

Page 191: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

191

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Para a seleção dos conteúdos a serem trabalhados no Ensino Fundamental,

deve-se levar em conta que os conceitos utilizados na disciplina de História são

historicamente construídos, tendo pôr sua vez, uma forte relação com o processo de

surgimento e constituição das diversas formações sociais. Estes conceitos são

instrumentos que permitem ao professor e ao aluno refletir sobre a prática,

construindo assim, a percepção da formação da consciência histórica nesses

sujeitos.

Os conteúdos estruturantes da História foram definidos como:

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações Culturais

Os mesmos deverão ser trabalhados dentro de uma perspectiva temática

(historiografia temática), que permitirá a abordagem da história em diferentes épocas

e espaços físicos, mas com relações reflexivas semelhantes no processo do

conhecimento histórico.

2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos

SÉRIECONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS

BÁSICOS

6º Ano

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações Culturais

A experiência humana no tempo

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo

As culturas locais a cultura comum

7º AnoRelações de Trabalho

Relações de Poder

Relações Culturais

As relações de propriedade

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.

As relações entre o campo e a cidade

Conflitos e resistências e

Page 192: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

192

produção cultural campo/cidade

8º Ano Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações Culturais

História das relações da humanidade com o trabalho

O trabalho e a vida em sociedade

O trabalho e as contradições da modernidade

Os trabalhadores e as conquistas de direito

9º Ano

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações Culturais

A constituição das instituições sociais

A formação do Estado

Sujeitos, Guerras e revoluções

Page 193: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

193

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Sendo necessária a implantação das Diretrizes Curriculares em sala de aula,

torna-se importante que o processo de construção do conhecimento histórico, e da

consciência histórica, ou seja, como são produzidos, relativos às ações e relações

humanas, praticada no tempo e o sentido que foram dadas a elas de forma

consciente ou não. Para estudá-las o historiador adota um método de pesquisa que

passa a problematizar o passado, e buscar por meios de documentos, e perguntas,

respostas às suas indagações. A partir disso, o pesquisador produz uma narrativa

histórica cujo desafio é contemplar a diversidade das influências políticas, sociais,

econômicas e culturais, possibilitando que os alunos valorizem e contribuem para a

preservação de documentos, lugares de memória, como museus, bibliotecas,

acervos privados e públicos, de fotografias, documentos escritos, em audiovisuais,

entre outros, através do manuseio cuidadoso de documentos que podem constituir

fontes de pesquisas ou pelo conhecimento do trabalho dos pesquisadores.

O conhecimento histórico e sua apropriação pelos alunos são processuais, e,

desse modo, é necessário que o conceito seja constantemente retomado.

Na adoção de um encaminhamento metodológico, o professor terá que ir

além do livro didático, já que as explicações nele apresentadas são limitadas, por

isso a necessidade da busca de outros referenciais que complementem o conteúdo

tratado em sala de aula, exigindo que o professor esteja atento a rica produção

historiográfica que tem sido publicada em livros, revistas especializadas e outras

voltadas ao público em geral, muitas das quais disponíveis também nos meios

eletrônicos.

O Ensino de História deve contemplar a legislação vigente/ Desenvolvimento

Socioeducacional, referente a Lei nº 11.645/08 – História e Cultura dos Povos

Indígenas, Lei nº 10.639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Lei nº

9.785/99 – Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos,

Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido

de Drogas, Educação do Campo, nas diferentes séries, através de variados recursos

e metodologias, como: mapas temáticos, textos, vídeos, fotos, artigos de jornais,

pesquisas online, dentre outros recursos disponíveis na escola.

Page 194: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

194

O uso da biblioteca também é fundamental, cabendo ao professor orientar os

alunos no conhecimento do acervo específico, as obras que podem ser consultadas,

incluindo os bons hábitos de manuseio e conservação das obras.

É tarefa de o professor investigar nos alunos, suas capacidades de questionar

e criticar conteúdos e as abordagens existentes no contexto consultado, de modo

que constituam gradativamente, autonomia na busca do conhecimento.

Page 195: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

195

4. AVALIAÇÃO

A Avaliação do Ensino de História é processual e diagnóstica, subsidia todo o

processo ensino-aprendizagem, norteando toda a prática pedagógica, oferecendo

clareza quanto ao como retornar conteúdos ou conceitos que visam as mudanças de

atitudes.

Como um processo, acompanha as práticas de Ensino a partir da reflexão

crítica nos debates, textos, participação em pesquisas de campo, produção e análise

escrita. Pontos fundamentais que demonstram articulação entre fontes conceituais e

a prática vivida pelo cotidiano do aluno.

Mediante a análise processual do desempenho do aluno, torna-se viável no

ensino de História a recuperação paralela ao estudo dos conteúdos que prevê e

provê meios para a superação das dificuldades dos educandos, tendo em vista

efetivar aprendizagens concretas e significativas, coerentes ao contexto

sociocultural, político e ambiental.

De acordo como regimento escolar e o PPP o sistema de avaliação adotado

pelo estabelecimento de ensino é bimestral e será composto pela somatória 6,0

(seis vírgula zero) referente as atividades diversificadas, mais a nota 4,0 (quatro

vírgula zero) proveniente de uma prova escrita e/ou oral, totalizando nota final de

10,0 (dez vírgula zero).

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino aprendizagem. Sendo assim, será organizado com atividades

significativas, por meios de procedimentos didático-metodológicos diversificados,

não devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos não

apropriados. O peso da recuperação de estudos deverá ser proporcional as

avaliações como um todo, ou seja, equivalerá de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero)

de apreensão e retomada dos conteúdos.

Page 196: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

196

5. REFERÊNCIAS

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - HISTÓRIA. 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.

REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.

CADERNOS TEMÁTICOS: História da cultura afro-brasileira e africana.

Page 197: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

197

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO

NRE: APUCARANA

MUNICÍPIO: KALORÉ

DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA

NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORA: DARCI ARAVECHI FERREIRA BURANELO

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR DE LÍNGUA

PORTUGUESA

KALORÉ

2012

Page 198: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

198

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino da Língua Portuguesa, desde sua implantação no Brasil, sempre

atendeu aos interesses das classes dominantes; estando, portanto, carregado de

ideologias e pressupostos de subordinação das classes menos favorecidas.

Diante de tal realidade, as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do

Estado do Paraná de Língua Portuguesa, propõem novos posicionamentos em

relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo

envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.

Com isso, a Língua Portuguesa torna-se importante porque é através da

linguagem que o homem se reconhece como humano, interage e troca experiências,

compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como participante da

sociedade.

A linguagem, nessa concepção, é vista como de ação entre sujeitos histórica

e socialmente situados que se constituem e constituem uns aos outros em suas

relações dialógicas. Na medida em que possibilita a interação e a constituição

humana, ela pode ser considerada como trabalho e produto do trabalho.

Desse modo, esta proposta curricular fundamenta-se na concepção que

norteia o ensino de Língua Portuguesa, que é a sociointeracionista, em que se

privilegia construção e reconstrução verbal e não verbal, a socialização dos

conhecimentos; considerando a relação dialógica e o contexto de produção.

Logo, o nosso objeto de estudo é a Língua e o conteúdo estruturante é o

discurso enquanto prática social, concretizando-se na oralidade, leitura e escrita.

Conceituar a Língua Portuguesa, diante de uma escola de campo, torna-se

necessário resgatar a identidade cultural dos alunos, que vivem no campo e

enfrentam os obstáculos que a realidade impõe.

Com isso, deve-se pensar o currículo como orientações para o professor e

assim garantir uma maior atenção à diversidade, valorizando a expectativa, o

interesse, a interação e os objetivos dos alunos, atendendo com maior precisão as

necessidades do alunado e ao ritmo de aprendizado, na sociedade, em relação à

Língua Materna; possibilitando, assim, a inclusão de alunos com necessidades

educacionais especiais, para que os mesmos sintam-se inseridos no processo de

Page 199: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

199

ensino e aprendizagem.

A cultura afro merece destaque na Língua Portuguesa, levando em

consideração o contexto racial, a diversificação e a miscigenação, vivenciando

através de mimese situações reais: músicas, poesias, teatro, filmes, obras literárias,

pesquisas da cultura afro, debates, textos diversificados e produção textual bem

como, mostra cultural.

Nesse sentido, compreender a língua como “um conjunto aberto e múltiplo de

práticas sociointeracionais, orais ou escritas, é perceber que ela não existe em si,

mas só existe efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento

construtivo dessas múltiplas relações e nela se constitui continuamente”. Visto que a

língua é um instrumento de construção da identidade e capaz de contribuir para o

pleno exercício da cidadania. E para tanto, os Desafios Educacionais

Contemporâneos devem integrar o trabalho docente durante todo o ano letivo.

Tendo em vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas

diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de

língua, busca:

Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a

cada contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discursos do

cotidiano e propiciando a possibilidade de um posicionamento diante deles;

Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por

meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o

assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno

amplie seus conhecimentos linguístico discursivos;

Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de

pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da

oralidade, leitura e escrita;

Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando

ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,

apropriando-se, também, da norma padrão;

Valorizar e reconhecer a cultura afro-brasileira como grande contribuidora na

nossa formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial.

Page 200: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

200

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

2.1 - Conteúdo Estruturante

O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade e da escrita.

2.2 - Conteúdos Básicos

6º ANO

Gêneros discursivos: álbuns de família, bilhetes, cartas, cartões postais,

diálogos, convites, fotos, relatos e experiências vividas, contos de fada, fábulas,

histórias em quadrinhos, letras de músicas, narrativas de aventura, cartazes,

rótulos/embalagens e depoimentos.

Leitura:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Repetição proposital de palavras;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem.

Escrita:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Argumentatividade;

Page 201: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

201

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Divisão do texto em parágrafos;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

Oralidade:

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos.

7º ANO

Gêneros discursivos: textos visuais: esculturas, fotos, desenhos e pinturas;

mitos, lendas, narrações descritivas, crônicas, contos, narrativas de aventuras,

poemas, tiras, historias em quadrinhos, peças teatrais, entrevistas, letras de música,

paródias, artigos de opinião, debates, reportagens.

Leitura:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Aceitabilidade;

Page 202: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

202

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Informações explícitas e implícitas;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Repetição proposital de palavras;

• Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem.

Escrita:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

Oralidade:

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

Page 203: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

203

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos.

8º Ano

Gêneros discursivos: causos, comunicados, convites, provérbios, narrativas

fantásticas, textos dramáticos, debates, classificados, mapas, notícia, músicas, carta

de emprego, regimentos, telenovelas e blogs, cenas de desenhos, programas

infanto-juvenis, entrevistas, reportagens.

Leitura:

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, sentido conotativo e

denotativo das palavras no texto e expressões que denotam ironia e humor

no texto.

Escrita:

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

Page 204: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

204

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Concordância verbal e nominal;

• Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, significado das

palavras, sentido conotativo e denotativo e expressões que denotam ironia e

humor no texto.

Oralidade:

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

9º ANO

Gêneros discursivos: textos visuais: pinturas, fotos, esculturas, desenhos;

crônicas, narrativas de humor, novelas, contos, artigos de opinião, paródias,

poemas, depoimentos pessoais, reportagens, charges, letras de músicas,

telejornais, resenhas, ofícios, editoriais, peças teatrais, notícias, anúncios

publicitários, seminários, resumos, entrevistas.

Leitura:

Page 205: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

205

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade e situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso ideológico presente no texto;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Semântica: operadores argumentativos, polissemia, sentido conotativo e

denotativo e expressões que denotam ironia e humor no texto.

Escrita:

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos no texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

Page 206: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

206

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência;

• Processo de formação de palavras;

• Vícios de linguagem;

• Semântica: operadores argumentativos, modalizadores e polissemia.

Oralidade:

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Semântica: adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,

repetições etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

Page 207: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

207

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O ensino de Língua Portuguesa tem por obrigação promover o

amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para

que os estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com

seus próprios pontos de vista. Esse domínio das práticas discursivas possibilitará

que o aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na

sociedade, garantindo uma aprendizagem satisfatória aos alunos

independentemente de suas especificidades. Para tanto, a metodologia e os

recursos utilizados serão adaptados de acordo com as necessidades educacionais

apresentadas pelos alunos, dentro das possibilidades do professor e da escola.

Além disso, esse aprimoramento linguístico possibilitará que o aluno faça

leitura dos textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o

pressuposto, instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra

manifesta, no contexto de seu momento histórico e das interações aí realizadas,

autonomia e singularidade discursiva. Assim, a metodologia utilizada pretende

contemplar a legislação vigente e oportunizar a implementação da lei 11645/08 –

História e Cultura dos povos indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-

brasileira e africana e lei 9795/99- Política Nacional de Educação Ambiental;

Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos

Humanos (Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à

Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas e Educação Ambiental; e a

Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência; Educação Escolar

Indígena; Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo, serão

temas dos textos de diferentes gêneros estudados no decorrer do ano letivo, os

quais serão debatidos, confrontados, a fim de garantir o desenvolvimento da

capacidade de argumentação dos alunos. Obras literárias e filmes sobre esses

temas também serão recursos explorados nas aulas de Língua Portuguesa.

Nessa perspectiva, as atividades de oralidade deverão oferecer condições

ao aluno de falar com fluência em situações formais, adequar a linguagem conforme

as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos

Page 208: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

208

recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência

democrática que supõe o ouvir e o falar. Assim, as práticas da oralidade serão:

• Apresentações de textos produzidos pelos alunos (levando em

consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto

para 8º e 9º anos);

• Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais

dos alunos (e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as

partes e elementos do texto para 8º e 9ºanos);

• Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral

selecionado;

• Apresentações que explorem as marcas linguísticas típica da

oralidade em seu uso formal e informal;

• Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos

recursos extralinguísticos, como: entonação, pausas, expressão facial e outros;

• Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da

oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas,

reportagem, entre outros;

• Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes

fontes (por exemplo: diferentes jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio etc.), a

fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas (para 8º e 9º anos).

Já as atividades de leitura deverão propiciar o desenvolvimento de uma

atitude crítica que leve o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda,

tomar uma atitude responsiva diante deles. Para tanto, as atividades de leitura

serão:

• Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros;

• Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;

• Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade,

(aceitabilidade, informatividade, situacionalidade para 8º ano e temporalidade, vozes

sociais e ideologia para 9º ano);

• Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores,

finalidade, época;

• Utilização de textos não-verbais diversos que dialoguem com

Page 209: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

209

não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;

• Discussões que relacionem o tema com o contexto atual;

• Socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

• Identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de

palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de

expressões que dentam ironia e humor (8º e 9º anos);

• Percepção de recursos utilizados para determinar causa e

consequência entre as partes e elementos do texto (8º e 9º anos);

• Leituras que suscitam no reconhecimento do estilo, que é

próprio de cada gênero (9º ano);

• Leituras para compreensão das partículas conectivas.

Quanto às atividades de escrita, estas deverão se realizar de modo

interlocutivo, relacionando o dizer escrito às circunstâncias de sua produção. Dessa

forma, elas serão:

• Produção textual a partir: da delimitação do tema; do

interlocutor, do gênero, da finalidade, (aceitabilidade, informatividade,

situacionalidade, temporalidade e ideologia para 9º ano);

• Ampliação de leituras sobre o tema e gênero proposto;

• Reescrita textual: revisão dos argumentos, das ideias, dos

elementos que compõem o gênero;

• Análise da produção quanto à coerência, à coesão, à

continuidade temática, à finalidade e à adequação da linguagem ao contexto;

• Uso de palavras ou expressões no sentido conotativo e

denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor (8º e 9º anos);

• Utilização adequada das partículas conectivas e de recursos de

causa e consequência entre as partes e elementos do texto (8º e 9º anos);

• Entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na

organização, nas retomadas e na sequenciação do texto (8º ano);

• Reflexão sobre os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos.

Em relação à literatura, esta será trabalhada de acordo com o Método

Recepcional proposto pelas DCE, buscando efetuar leituras compreensivas e

críticas, sendo receptivo a novos textos e a leitura de outrem, questionando as

Page 210: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

210

leituras efetuadas em relação a seu próprio horizonte cultural, transformando os

próprios horizontes de expectativas. Este trabalho divide-se em cinco etapas e

caberá ao professor delimitar o tempo de aplicação de cada uma delas, de acordo

com o plano docente e com a turma. Estas etapas são:

• Determinação do horizonte de expectativas do aluno/leitor: o

professor toma conhecimento e analisa os interesses e o nível de leitura

dos alunos;

• Atendimento do horizonte de expectativas: o professor apresenta

textos que sejam próximos aos conhecimentos e às experiências dos

alunos;

• Ruptura do horizonte de expectativas: é a apresentação de obras que

partem da experiência do aluno, mas que também permitem aprofundar

seus conhecimentos;

• Questionamento do horizonte de expectativas: o professor orienta o

aluno para que este faça uma autoavaliação a partir dos textos oferecidos;

• Ampliação do horizonte de expectativas: as leituras oferecidas ao aluno

e o trabalho efetuado a partir delas possibilitam uma reflexão e uma

tomada de consciência das mudanças e aquisições, levando-o a uma

ampliação de seus conhecimentos.

Já as atividades de análise linguística devem complementar as práticas de

leitura, oralidade e escrita, possibilitando a reflexão consciente sobre os fenômenos

gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos. Assim, os

conteudos gramaticais deverão ser estudados a partir de seus aspectos funcionais

na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Para tanto, as práticas de

análise linguística deverão permitir:

• A compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero,

do contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos;

• A percepção da multiplicidade de usos e funções da língua;

• O reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de

construções textuais;

• A reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas observadas

no texto, conduzindo o aluno às atividades epilinguísticas e

metalinguísticas, à construção gradativa de um saber mais elaborado, a

Page 211: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

211

um falar sobre a língua.

Nessa perspectiva, o trabalho com sequências didáticas será valorizado, uma

vez que através deste o aluno tem a oportunidade de desenvolver sua competência

discursiva. Este trabalho consiste no estudo de textos de diferentes gêneros textuais

que fazem parte do cotidiano dos alunos e compreende as seguintes etapas:

1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a

descobrir qual o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade

dele para a leitura do texto;

2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno

realmente explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o

texto, respondendo as questões: quem produziu? Onde? Quando? Para quê? Para

quem?;

3ª _ plano lingüístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua,

ou seja, as questões de gramática, mas de forma contextualizada;

4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que

aprendeu nas etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado,

que tenha sentido para ele, ou seja, que seja de uso efetivo da língua.

Page 212: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

212

4. AVALIAÇÃO

A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura deverá ser um processo

de aprendizagem contínuo que dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno

o longo do ano letivo.

Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos

qualitativos sobre os quantitativos. Além disso, a avaliação formativa, por ser

diagnóstica e contínua, apontará dificuldades, possibilitando a intervenção

pedagógica durante todo tempo.

Assim, a avaliação, em Língua Portuguesa, será realizada nas práticas:

leitura, escrita, oralidade e análise linguística.

6º ano

Na leitura, espera-se que o aluno:

• Identifique o tema;

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Identifique a ideia principal do texto.

Na escrita, espera-se que o aluno:

• Expresse as ideias com clareza;

• Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,

atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor,

finalidade...); à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função

do artigo, pronome, numeral, substantivo etc.

Na oralidade, espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação (formal/informal);

Page 213: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

213

• Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;

• Compreenda argumentos no discurso do outro;

• Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas,

gestos etc.;

• Respeite os turnos de fala.

Na análise linguística, espera-se que o aluno:

• Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos

textos;

• Adéque seu discurso às diferentes situações de interação.

7º ano

Na leitura, espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Identifique o tema;

• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.

Na escrita, espera-se que o aluno:

• Expresse as ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero,

interlocutor, finalidade...); à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função

do artigo, pronome, numeral, substantivo etc.

Na oralidade, espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• Apresente suas ideias com clareza;

Page 214: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

214

• Expresse oralmente sua ideias de modo fluente e adequado ao gênero

proposto;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

• Exponha objetivamente seus argumentos;

• Organize a sequência de sua fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas

apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões etc.

Na análise linguística, espera-se que o aluno:

• Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos

textos;

• Adéque seu discurso às diferentes situações de interação;

• Amplie seu léxico.

8º ano

Na leitura, espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;

• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no

sentido conotativo e denotativo;

• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;

• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as

partes e elementos do texto.

Page 215: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

215

Na escrita, espera-se que o aluno:

• Expresse suas ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero,

interlocutor, finalidade...); à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Utilize os recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função

do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio etc.;

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem

como expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o

gênero proposto;

• Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização,

retomadas e sequenciação do texto;

• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes

e elementos do texto.

Na oralidade, espera-se que o aluno:

• Utilize do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• Apresente suas ideias com clareza;

• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

• Exponha objetivamente seus argumentos;

• Organize a sequência de sua fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas

apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em

língua materna;

• Utilize conscientemente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e

entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;

• Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-

juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros.

Page 216: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

216

Na análise linguística, espera-se que o aluno:

• Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos

textos;

• Adéque seu discurso às diferentes situações de interação;

• Amplie seu léxico;

• Perceba os efeitos de sentido causados pelo uso de recursos linguísticos e

estilísticos.

9º ano

Na leitura, espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no

sentido conotativo e denotativo;

• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as

partes e elementos do texto;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão

referencial;

• Reconheça o estilo próprio de diferentes gêneros.

Na escrita, espera-se que o aluno:

• Expresse suas ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero,

interlocutor, finalidade...); à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Utilize os recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade,

Page 217: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

217

intertextualidade etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função

do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição etc.;

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem

como expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o

gênero proposto;

• Perceba a pertinência e eu os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes

e elementos do texto;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão

referencial.

Na oralidade, espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• Apresente suas ideias com clareza;

• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

• Exponha objetivamente argumentos;

• Organize a sequência de sua fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas

apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões etc.;

• Analise recursos da oralidade em entrevistas, reportagens, entre outros.

Observação: os instrumentos utilizados de avaliação serão provas escritas,

trabalhos individuais e em grupos, produções orais e escritas, debates e

apresentações de trabalhos orais; devendo ser adaptados para atender as

necessidades educacionais especiais.

A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma

paralela durante todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem

dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, podendo ser oferecido ao

aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante a hora-atividade do

professor.

Page 218: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

218

5. REFERÊNCIAS

Chmoski M. Angela – Gusso e Finau A. Rosana LÍNGUA PORTUGUESA RUMO AO LETRAMENTO.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Língua Portuguesa. 2009.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.

REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.

Page 219: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

219

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO

NRE: APUCARANA

MUNICÍPIO: KALORÉ

DISCIPLINA: MATEMÁTICA

NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORA: ANA ROSA DINIZ

CLEONICE DA SILVA SANTOS

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR DE MATEMÁTICA

KALORÉ2012

Page 220: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

220

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A História da Matemática revela que os povos das antigas civilizações

conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram

a compor a Matemática que se conhece hoje. A álgebra elementar nasceu com os

babilônios, por volta de 2000 a.C., demarcando o período do “nascimento da

Matemática” segundo Ribnikov (1987). Contudo, como ciência, a Matemática

emergiu somente mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C.

No século V d.C., início da Idade Média, o ensino teve caráter estritamente

religioso. A Matemática era ensinada para entender os cálculos do calendário

litúrgico e determinar as datas religiosas. Após o século XV, o avanço das

navegações e as atividades comerciais e industriais marcaram o início da Idade

Moderna e possibilitaram novas descobertas na Matemática, cujo desenvolvimento e

ensino foram influenciados pelas escolas voltadas a atividades práticas.

O papel fundamental da Matemática surgiu no século XVII , com a

comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei quantitativa

que levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal, elementos que

caracterizaram as bases da Matemática atual.

O desenvolvimento matemático no século XIX foi denominado por

Ribnikov (1987) como o período das matemáticas contemporâneas. Nesse século,

com Lobachevsky, Riemann, Bolyai e Gauss, ocorreram as sistematizações das

geometrias não-euclidianas.

O ensino de matemática passou por muitas situações e tendências

pedagógicas ao longo da sua história, sendo um dos pontos marcantes, o caráter

mecanicista e pragmático do ensino da Matemática no decorrer da década de 1970.

O método de aprendizagem enfatizado era a memorização de princípios e fórmulas,

o desenvolvimento e as habilidades de manipulação de algoritmos e expressões

algébricas e de resolução de problemas. A pedagogia tecnicista não se centrava no

professor ou no estudante mas, sim, nos objetivos instrucionais, nos recursos e nas

técnicas de ensino.

A tendência histórico-crítica dos conteúdos, por sua vez, concebe a

Matemática como um saber vivo, dinâmico, construído historicamente para atender

às necessidades sociais e teóricas. Nesta tendência, a aprendizagem da Matemática

Page 221: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

221

não consiste apenas em desenvolver habilidades, como calcular e resolver

problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exercícios, mas criar

estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às idéias

matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar,

discutir e criar.

A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, em

que apenas o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não são

considerados suficientes para atuação profissional (FIORENTINI &

LORENZATO,2001), pois envolve o estudo dos fatores que influem, direta ou

indiretamente, sobre os processos de ensino e de aprendizagem em Matemática

(CARVALHO, 1991).

O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção,

porém, está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a

aprendizagem e o conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001) e

envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e se

apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados,

métodos, procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70).

Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático,

desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral

como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de

modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos,

influenciando na formação do pensamento do aluno.,A ação do professor é articular

o processo pedagógico, a visão de mundo do aluno, suas opções diante da vida, da

história e do cotidiano.

No ensino da matemática hoje, há uma tentativa de rompimento com o

modo de conceder a matemática e sua prática pedagógica, implicando na

preposição de teorias e metodologias que possibilitem ao aluno a compreensão de

conceitos, dando-lhes significados e condição de estabelecerem relações com

experiências anteriormente vivenciadas. Implicando, portando, na construção de

conhecimento com a intenção de solucionar os problemas, respondendo às

exigências do contexto em que está inserido e não às expectativas do professor.

Esta é entendida como um ambiente de aprendizagem na qual os alunos são

convidados a indagar e ou investigar, por meio da matemática, situações oriundas

Page 222: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

222

de outras áreas da realidade.

A matemática, tem como objetivos, o desenvolvimento da consciência

critica dos educandos, provocando alterações de concepções e atitudes, permitindo

a interpretação do mundo e a compreensão das relações sociais. Perceber o valor

científico da matemática, fazendo a relação entre a teoria (abstrata,, plena de

conceitos e definições) e a prática (concreta, plena de atividades explicativas do

cotidiano).

A Formação de indivíduos confiantes em sua capacidade de

compreender e utilizar a linguagem própria da Matemática sem formalismo

excessivo, capaz de incorporar conceitos aprendidos como estratégia pessoal de

resolução de problemas, de articulação de informações, fazer relações, estimar,

refletir sobre o seu próprio pensamento, apreciar e valorizar o aprendizado dessa

ciência. Sistematizar o conhecimento matemático é papel da escola. Contribuir na

aproximação de que as diferenças sejam minimizadas. Auxiliar na utilização das

tecnologias existentes, possibilitando o acesso a espaços profissionais, no que se

refere à criação e ao uso dessas tecnologias.

Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos

matemáticos, desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de soluções,

interagindo com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na

busca de soluções para problemas propostos, identificando aspectos consensuais

ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e

aprendendo com eles.

Page 223: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

223

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Na Educação Básica, no contexto da Educação Matemática, é necessário

que Números e Álgebra sejam compreendidos de forma ampla, para que se

analisem e descrevam relações em vários contextos onde se situam as abordagens

matemáticas, explorando os significados que possam ser produzidos a partir destes

conteúdos.

Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Números e Álgebra

se desdobra nos seguintes conteúdos:

• conjuntos numéricos e operações

• equações e inequações

• polinômios

• proporcionalidade

GRANDEZAS E MEDIDAS

O Conteúdo de Grandezas e Medidas favorecem o diálogo entre as

pessoas, Estados e diferentes países. Na Educação Básica, deve ser abordada no

contexto dos demais conteúdos matemáticos.

Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Grandezas e

Medidas englobam os seguintes conteúdos:

• sistema monetário

• medidas de comprimento

• medidas de massa

• medidas de tempo

• medidas derivadas: áreas e volumes

• medidas de ângulos

• medidas de temperatura

• medidas de velocidade

• trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e relações trigonométricas

nos triângulos

Page 224: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

224

GEOMETRIAS

Na Educação Básica, a Educação Matemática valoriza os conhecimentos

geométricos, que não devem ser rigidamente separados da aritmética e da álgebra.

A interligação da aritmética com a álgebra é necessária “porque os objetos e

relações delas correspondem aos das outras; assim sendo, conceitos, propriedades

e questões aritméticas ou algébricas podem ser clarificados pela geometria, que

realiza a tradução para o aprendiz” (LORENZATO, 1995, p. 07).

A valorização de definições, as abordagens de enunciados e as

demonstrações de seus resultados são inerentes ao conhecimento geométrico. No

entanto, tais práticas devem favorecer a compreensão do objeto e não se reduzir

apenas às demonstrações geométricas em seus aspectos formais.

Para o Ensino Fundamental e Médio, o Conteúdo Estruturante Geometrias

se desdobra nos seguintes conteúdos:

• geometria plana

• geometria espacial

• geometria analítica

• noções básicas de geometrias não-euclidianas

FUNÇÕES

No Ensino Fundamental, na abordagem do Conteúdo Estruturante

Funções, é necessário que os alunos elaborem o conhecimento da relação de

dependência entre duas grandezas. É preciso que compreenda a estreita relação

das funções com a Álgebra, o que permite a solução de problemas que envolvem

números não conhecidos.

O aluno do Ensino Fundamental deve conhecer as relações entre variável

independente e dependente, os valores numéricos de uma função, a representação

gráfica das funções afim e quadrática, perceber a diferença entre função crescente e

decrescente. Uma maneira de favorecer a construção de tais conhecimentos é a

utilização de situações-problema. Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo

Estruturante Funções engloba os seguintes conteúdos:

• função afim

• função quadrática

Page 225: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

225

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Ao final do Ensino Fundamental, é importante o aluno conhecer

fundamentos básicos de Matemática que permitam ler e interpretar tabelas e

gráficos, conhecer dados estatísticos, conhecer a ocorrência de eventos em um

universo de possibilidades, cálculos de porcentagem e juros simples. Por isso, é

necessário que o aluno colete dados e os organize em tabelas segundo o conceito

de frequência e avance para as contagens, os cálculos de média, frequência

relativa, frequência acumulada, mediana e moda. Da mesma forma, é necessário o

aluno compreender o conceito de eventos, universo de possibilidades e os cálculos

dos eventos sobre as possibilidades. A partir dos cálculos, deve ler e interpretá-los,

explorando, assim, os significados criados a partir dos mesmos.

Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Tratamento da

Informação engloba os seguintes conteúdos:

1. noções de probabilidade

2. estatística

3. matemática financeira

4. noções de análise combinatória

6º Ano

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRAS

Sistema de numeração;Número Naturais;Múltiplos e divisores;Potenciação e radiciação;Números fracionários;Números decimais;

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de comprimento;Medidas de massa;Medidas de área;Medidas de volume;Medidas de tempo;Medidas de ângulos;Sistema monetário;

GEOMETRIASGeometria Plana;Geometria Espacial;

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

Dados, tabelas e gráficos;Porcentagem;

Page 226: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

226

7º Ano

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números Inteiros;Números Racionais;Equação e Inequação do 1º grau;Razão e proporção;Regra de três simples.

GRANDEZAS E MEDIDASMedidas de temperatura;Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS

Geometria Plana;Geometria Espacial;Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

Pesquisa Estatística;Média Aritmética;Moda e mediana;Juros simples.

8º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números Racionais e Irracionais;Sistemas de Equações do 1º grau;Potências;Monômios e Polinômios;Produtos Notáveis.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de comprimento;Medidas de área;Medidas de volume;Medidas de ângulos;

GEOMETRIASGeometria Plana;Geometria Espacial;Geometria analítica;Geometrias não-euclidianas;

TRATAMENTO DAINFORMAÇÃO

Gráfico e Informação;População e amostra;

Page 227: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

227

9º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números Reais;Propriedades dos radicais;Equação do 2º Grau;Teorema de Pitágoras;Equações Irracionais;Equações Biquadradas;Regra de Três;

GRANDEZAS E MEDIDASRelações Métricas no Triângulo Retângulo;Trigonometria no Triângulo Retângulo;

GEOMETRIASGeometria Plana;Geometria Espacial;Geometria analítica;Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DAINFORMAÇÃO

Noções de Análise Combinatória;Noções de Probabilidade;Estatística;Juros Compostos.

Page 228: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

228

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Os procedimentos metodológicos devem propiciar a apropriação de

conhecimentos matemáticos que expressem articulações entre os conteúdos

específicos do mesmo conteúdo estruturante e entre conteúdos específicos de

conteúdos estruturantes diferentes, de forma que suas significações sejam

reforçadas, refinadas e intercomunicadas.

Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências

metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, como:

resolução de problemas; modelagem matemática; mídias tecnológicas;

etnomatemática; história da Matemática; investigações matemáticas , jogos de

raciocínio lógico e desenvolvimento de experimentos que aproximem a teoria e a

prática, para que o aluno possa associar o conhecimento matemático aos diversos

contextos sociais históricos e culturais.

Através da prática pedagógica, o professor deverá saber quais os

objetivos e expectativas a serem atingidos; qual concepção de ciência se agrega às

atividades propostas e dar significados as atividades desenvolvidas com os alunos,

tais como: aulas dialogadas, leituras, pesquisas, debates , seminários, jogos

didáticos, entre outras, tendo a clareza que estas atividades devem ser

problematizadoras, para que possa contribuir na formação de um sujeito

intelectualmente autônomo.

No desenvolvimento das atividades, serão utilizados recursos como :

Slides, DVDs ,CDs, , TV Pendrive , Data Show, recortes de filmes, vídeos,

imagens, aulas práticas em laboratório de Informática , Internet , dentre outros. O

professor deve atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem, orientando

os estudantes com segurança, sem induzir conclusões, permitindo que sigam nos

ritmos próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias habilidades.

A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de

atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para

compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e

discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos.

É necessário que o homem do campo seja respeitado e valorizado. A

Page 229: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

229

Escola do Campo hoje tem esse poder: levar o homem do campo a se reconhecer

agente ativo na transformação desta realidade, o que o levará a conviver melhor e

com mais prazer no meio rural. Os conteúdos, trabalhados de forma não-linear,

proporcionam ao aluno a possibilidade de desenvolver a capacidade de observar,

pensar, estabelecer relações, analisar, interpretar, estimar, justificar, argumentar,

verificar, generalizar, concluir e abstrair. Dessa forma, serão estimuladas no aluno a

intuição, a analogia e as formas de raciocínio indutivo e dedutivo.

No âmbito da educação do campo, se objetiva que o estudo tenha a

investigação como ponto de partida para a seleção e desenvolvimento dos

conteúdos escolares, de forma que valorize singularidades regionais e localize

características nacionais, tanto em termos das identidades sociais e políticas dos

povos do campo quanto em valorização da cultura de diferentes lugares do país.

Atentar para a existência de inúmeros outros espaços de conhecimento,

além daquele tradicionalmente reservado para a escola, significa tomar consciência

dos estreitos limites em que trabalha a escola relativamente à complexidade da

sociedade pós-moderna. Significa também se dar conta da necessidade de preparar

os jovens para construírem o seu próprio saber, de forma útil para eles mesmos e

para a sociedade, fazendo um uso adequado de todos os meios e recursos

existentes para obter as informações básicas com as quais terão de ir construindo e

reconstruindo o seu conhecimento.

Nesse sentido, a escola tem um importante papel a desempenhar,

concentrando a sua atenção no processo de aprendizagem, isto é, na forma como

as pessoas aprendem, e em suas necessidades efetivas de aprendizagem. As

mudanças que vêm ocorrendo em todos os campos do saber e na sociedade em

geral, estão levando a escola a repensar o currículo . Nesta perspectiva de

currículo, conhecimento e conteúdo, é fundamental trabalhar o Desenvolvimento

Sócio-educacional : Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa

Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas

e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afro-

descendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade

Sexual e Educação do Campo, bem como o ECA, o Estatuto do Idoso, entre

outros, através de pesquisas, debates, filmes, textos , interpretação e análise de

dados estatísticos, como forma de repensar a historicidade ligada ao papel e à

Page 230: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

230

cobrança da sociedade civil organizada, em especial dos movimentos sociais.

Tanto os conhecimentos universais como os desafios do cotidiano podem e devem

ser discutidos como expressões históricas, políticas e econômicas da realidade.

Page 231: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

231

4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO

A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e

aprendizagem. Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua

prática, a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que

devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de

aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno pode ser considerada como

instrumento de tomada de consciência de sua conquista, dificuldades e

possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.

“Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e

aprendizagem, e não uma etapa isolada”. ( Libâneo 1994, p.200).

No processo avaliativo é necessário que o professor, faça uso da

observação sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar

oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais

oportunidades devem incluir manifestações escritas, orais e de demonstração,

inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais

manipuláveis, computador e calculadora. Essas práticas devem possibilitar ao ao

aluno , sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,

generalizando, abstraindo e desvinculando de todas as condições particulares,

socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada e

argumentar a favor ou contra os resultados

É fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a

oral, a escrita,a gráfica, a numérica e a pictórica, de forma a se considerar as

diferente aptidões dos alunos.

A resolução de um problema envolve: compreender a situação por

meio da leitura e interpretação, não ter a solução pronta de início, querer resolver a

situação proposta, identificar o que precisa ser resolvido (calculado) e quais

informações utilizar, planejar a solução, interpretar os resultados e analisar se são

razoáveis ou não dentro do contexto e validar a solução.

As atividades precisam ter objetivos variados, que possam ser

trabalhadas em diversos momentos. Essas atividades podem ser questões abertas,

cuja intenção é propiciar ao aluno perceber pelo enunciado, que a solução

procurada não segue um modelo padronizado. As atividades também podem exigir

Page 232: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

232

justificativas escritas ou orais, com o objetivo de verificar a autonomia matemática

adquirida pelos alunos. É importante que os alunos se acostumem a apresentar

argumentos matemáticos justificando os procedimentos utilizados para resolver as

atividades. Desse modo, aprendem a validar o raciocínio matemático que utilizam

independentemente da opinião do professor. As atividades podem ser inventadas

pelos alunos (individualmente ou em grupo). A oportunidade de formular questões

possibilita aos alunos atingirem um nível de conhecimento matemático mais

elaborado e completo do que quando simplesmente resolvem as questões

propostas.

Para avaliar, a cada momento o professor utilizará a avaliação processual

e diagnóstica , através de instrumentos como: apresentação de trabalhos,

pesquisas, provas escritas, seminários, participação em debates, e outras

atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação da aprendizagem.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo

professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

elabora um plano que possibilite a solução do problema;

encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

realiza o retrospecto da solução de um problema.

Os resultados devem ser usados para intervenções no processo ensino-

aprendizagem, quando necessárias. Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar

aos alunos novas oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir

sobre seu próprio trabalho.

A recuperação de estudos é paralela aos conteúdos estudados, de

acordo com o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. Como

meios de estímulo ao desenvolvimento do aluno, trabalhamos com ideias de um

crescimento e elas não ficam restritas apenas ao uso de procedimentos de testes,

mas sim de um conjunto de tarefas e observações que o professor faz dos alunos,

de sua interação em sala de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e

emocional, trabalhos em grupo e comprometimento, gerando informações que

possibilitam perceber tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais

apropriados. Objetivando dessa forma ofertar atendimento individualizado aos

Page 233: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

233

alunos com necessidades especiais.

A recuperação de estudos tem como intencionalidade recuperar os

conteúdos não apropriados e, não os instrumentos de avaliação. Para tanto, é

necessário criatividade e competência na elaboração e construção desses

instrumentos, para proporcionar a todos a aquisição do saber, não eliminando os

que não o adquiriram.

A avaliação não é um processo meramente técnico, implica uma postura

política e inclui valores e princípios, refletindo uma concepção de educação, escola e

sociedade. Repensar os fundamentos que norteiam as teorias avaliativas implica

desvelar as ideologias em que se apoiam na perspectiva de sua superação.

Page 234: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

234

5. REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Educação do Campo . Curitiba: SEED, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola. Curitiba: SEED, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais Contemporâneo: Prevenção ao uso indevido de drogas . Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais Contemporâneo: Enfrentamento à violência na escola . Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da educação do Campo. Curitiba ,2006. Disponível em http://diaadiaeducacao.pr.gov.br

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - MATEMÁTICA. 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.

REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.

.

Page 235: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

235

COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

NRE: APUCARANA

MUNICÍPIO: KALORÉ

DISCIPLINA: LEM - INGLÊS

NÍVEL: ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORA: TÃNIA REGINA DOMINGUES DE FIGUEIREDO CANELO

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR DE LEM - INGLÊS

KALORÉ

2012

Page 236: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

236

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de línguas estrangeiras, desde sua implantação no Brasil, está

vinculado à organização social e histórica do país. No início da colonização, os

jesuítas ensinavam latim às comunidades indígenas com o propósito de dominação

e expansão do catolicismo. De 1581 a 1640, período em que se estabeleceu a União

Ibérica, os jesuítas foram considerados pelos espanhóis um entrave para as

demarcações territórios portugueses da América. A partir de 1759, foi constituído o

ensino régio no Brasil, o qual era garantido pelo Estado. A língua estrangeira

oferecida continuava sendo o latim e os professores contratados eram não-

religiosos.

O ensino de línguas modernas ganhou reconhecimento com a chegada da

família real e a fundação do Colégio D. Pedro II passou-se a ensinar francês, inglês

e alemão para atender os filhos dos nobres. Nessa época, o método utilizado era o

de gramática e tradução.

Com a hegemonia dos EUA e com a tentativa de fazer parte do mundo

globalizado, a LDB de 1961 descentralizou o ensino de Língua Estrangeira, que

ficou a cargo dos conselhos estaduais. Nessa época, o francês teve sua carga

semanal reduzida e o inglês conquistou cada vez mais espaço. Nesse período, o

ensino de Língua Estrangeira consistia na imitação e repetição, valorizando-se a

oralidade em detrimento do significado. Além disso, na década de 70, com o ensino

centrado na habilitação profissional e fundamentado na linguística estrutural norte-

americana de Skiner, incentivou-se o ensino de inglês como a única opção. Foi

quando surgiu a preocupação com o uso social da língua.

Já no final dos anos 80, devido a criação do MERCOSUL, as escolas voltam

a ofertar o espanhol, sem suplantar o inglês. Nessa década, houve uma

preocupação de unir teoria e prática.

Com a LDB de 1996 torna-se obrigatório o ensino de Língua Estrangeira no

ensino fundamental a partir do 6º ano e para o ensino médio fica determinado uma

Língua Estrangeira Moderna como disciplina obrigatória e uma segunda, em caráter

optativo, dentro das possibilidades da instituição. Dessa época registra-se o

surgimento do conceito de competência comunicativa que fundamenta o ensino de

Page 237: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

237

Língua Estrangeiras Moderna, há de se cuidar para que o ensino da mesma atenda

os interesses e necessidades da comunidade local, para que, através do seu ensino

seja oportunizada aos nossos alunos uma ampliação da percepção do homem como

um ser integrante de um todo dinâmico e complexo, garantindo-lhe inserção social,

econômica e política e também sua formação integral.

Dessa forma, o ensino da Língua Estrangeira Moderna estará a serviço do

aluno e não atendendo os interesses de uma classe dominante que não privilegia o

bem estar coletivo.

Esta proposta curricular fundamenta na concepção sociointeracionista, na

qual a língua é entendida como uma produção construída nas interações sociais,

marcadamente dialogistas, é um espaço de construções discursivas inseparáveis

das comunidades interpretativas que as constroem e que são por ela construídas. É

na linguagem que se percebe, se entende e se constrói a realidade.

Logo o nosso objeto de estudo é a Língua e o conteúdo estruturante é o

discurso enquanto prática social concretizando-se na oralidade, leitura e escrita.

Conceituar a língua Estrangeira Moderna, diante de uma escola de campo,

torna-se necessário resgatar a identidade cultural desses alunos, que vivem no

campo e enfrentam os obstáculos que essa realidade impõe. Sendo assim garantir

uma maior atenção a diversidade, valorizando a expectativa, o interesse, a interação

e os objetivos dos alunos, atendendo com maior precisão as necessidades do

alunado e ao ritmo de aprendizado, na sociedade, possibilitando, assim, a inclusão

de alunos com necessidades educacionais, para que os mesmos sintam-se

inseridos no processo de ensino e aprendizagem.

Logo, um ensino de Língua Estrangeira Moderna é muto significativo, pois

considera os modos de vida, os costumes, as relações de trabalho, familiares,

religiosos, de diversão e festas populares. Isto é, um ensino que valoriza a

identidade dos alunos e que prepara dar continuidade aos seus estudos.

Tendo em vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas

diferentes práticas sociais, o processo ensino-aprendizagem na disciplina de língua

inglesa, busca:

• Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;

• Vivenciar, na aula de Inglês, formas de participação que lhe

possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

Page 238: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

238

• Compreender que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto, possíveis de transformação na prática social;

• Ter maior consciência sobre o papel da Língua Inglesa na sociedade;

• Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem

como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país;

• Valorizar e reconhecer a cultura afro-brasileira como grande

contribuidora na nossa formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial.

Assim, a língua é um de construção da identidade e capaz de contribuir para

o pleno exercício da cidadania.

Page 239: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

239

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

2.1 Conteúdos Estruturante

O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da

oralidade e da escrita.

2.2 Conteúdos Básicos:

Gêneros discursivos: álbuns de família, bilhete, cartas, diálogos, convites,

fotos, relatos e experiências vividas, histórias em quadrinhos, letras de música,

cartazes, rótulos / embalagens e depoimentos.

6º ANO

Leitura:

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Repetição proposital de palavras;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito).

Escrita:

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

Page 240: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

240

Oralidade:

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

7º ANO

Gêneros discursivos: textos visuais, esculturas, fotos, desenhos, pinturas,

poemas, tiras, historias em quadrinhos, letras de música, cartão, relatos de

experiências vividas verbetes, anúncio e classificados, cartas, horóscopo, diálogo,

textos informativos.

Leitura:

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Informações explícitas;

Discurso direto e indireto;

Repetição proposital de palavras;

Léxico;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

Escrita:

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Page 241: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

241

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

Oralidade:

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semânticos;

8º ANO

Gêneros discursivos: carta pessoal, cartão, convites, fotos, músicas,

quadrinhos, receitas, relatos e experiências vividas, autobiografia, biografia, histórias

em quadrinhos, letras de músicas, poemas, verbetes, cartazes, mapas, anúncio,

classificados, horóscopo, e-mail, entrevista .

Leitura:

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de

Page 242: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

242

linguagem;

Semântica;

Operadores argumentativos;

Ambiguidade;

Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

Expressões que denotam ironia e humor no texto;

Léxico.

Escrita:

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Concordância verbal e nominal;

Semântica;

Operadores argumentativos;

Ambiguidade;

Significado das palavras;

Figuras de linguagem;

Sentido conotativo e denotativo;

Expressões que denotam ironia e humor no texto.

Oralidade:

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

Page 243: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

243

pausas...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

9º ANO

Gêneros discursivos: textos visuais, pinturas, fotos, esculturas, desenhos, poemas,

depoimentos pessoais, diálogos, entrevistas, biografias, cardápio, receitas, anúncios

publicitários, classificados, cartazes, cartas, cartão, letras de músicas, e-mail, blog,

verbetes, diálogos, textos informativos.

Leitura:

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Discurso ideológico presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e expressões que denotam ironia e humor no texto;

Polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, figuras de

linguagem);

Escrita:

Tema do texto;

Interlocutor;

Page 244: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

244

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

Polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Ortografia;

Concordância verbal / nominal.

Oralidade:

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Page 245: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

245

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O ensino de Língua Inglesa tem por obrigação promover o amadurecimento

do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que os alunos

compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus próprios pontos

de vistas. O domínio dessas práticas discursivas possibilitará que o educando

modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade,

garantindo uma aprendizagem satisfatória aos alunos independentemente de suas

especificidades. Assim a metodologia e os recursos utilizados serão adaptados

conforme as necessidades educacionais apresentadas pelos alunos, dentro das

possibilidades do professor e da escola.

Além disso, esse aprimoramento linguístico possibilitará que o aluno faça

leitura dos textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o

pressuposto, instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra

manifesta, no contexto de seu momento histórico e das interações aí realizadas,

autonomia e singularidade discursiva. Assim, a metodologia utilizada pretende

contemplar a legislação vigente e oportunizar a implementação da lei 11645/08 –

História e Cultura dos povos indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-

brasileira e africana e lei 9795/99- Política Nacional de Educação Ambiental;

Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos

Humanos (Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à

Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas e Educação Ambiental; e a

Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência; Educação Escolar

Indígena; Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo, serão

temas dos textos de diferentes gêneros estudados no decorrer do ano letivo, os

quais serão debatidos, confrontados, a fim de garantir o desenvolvimento da

capacidade de argumentação dos alunos.

Nestas perspectivas, as atividades de oralidade deverão oferecer condições

ao aluno de falar com fluência em situações formais, adequar a linguagem conforme

as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos

recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência

democrática que supõe o ouvir e o falar. Assim, as práticas da oralidade serão:

Page 246: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

246

• Apresentações de textos produzidos pelos alunos;

• Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;

• Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu

uso formal e informal;

• Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:

cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens entre

outros;

• Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos, como: corporal e gestual, pausas e outros (8º e 9º ano);

• Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em

consideração a aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto.

Já as atividades de leitura deverão propiciar o desenvolvimento de uma

atitude crítica que leve o aluno a perceber o sujeito presentes nos textos e, ainda,

tomar uma atitude responsiva diante deles. Para tanto, as atividades de leitura

serão:

• Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

• Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;

• Questionamentos que possibilitem interferências sobre o texto;

• Discussões sobre tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade,

informatividade, s situacionalidade para 8º ano e temporalidade e ideologia para

a 9º ano;

• Contextualidade de produção: suporte, fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não verbais, com:

gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;

• Discursos que relacionem o tema com o contexto atual;

• Socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

• Identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras ou

expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que

denotam ironia e humor (8º e 9º ano);

• Percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre

as partes e elementos do texto;

Page 247: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

247

• Leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de cada gênero (9º

ano);

• Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;

Quanto às atividades de escrita, estas deverão se realizar de modo interlocutivo,

relacionando o dizer escrito às circunstâncias de sua produção. Dessa forma, elas

serão:

• Produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da

finalidade;

• Ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

• Reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que

compõe o gênero;

• Análise da produção textual quanto a coerência e coesão, à continuidade

temática, à finalidade e se a linguagem está adequada ao contexto;

• Uso de palavra ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como

expressões que denotam ironia e humor.

Já as atividades de análise linguística devem complementar as práticas de

leituras, oralidade e escrita, possibilitando a reflexão consciente sobre os fenômenos

gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos. Assim os

conteúdos gramaticais deverão ser estudados a partir de seus aspectos funcionais

na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Para tanto as práticas de

análise linguística deverão permitir:

• A compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do

contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos;

• A percepção da multiplicidade de usos e funções da língua;

• O reconhecimento das diferentes possibilidades de ligação e de construções

textuais.

Page 248: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

248

4. AVALIAÇÃO

A avaliação em Língua Inglesa deverá subsidiar a construção da

aprendizagem deixando de ser um simples instrumento de mediação da apreensão

dos conteúdos, mas sim um processo de aprendizagem contínuo que dê prioridade

a qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos

qualitativos sobre os quantitativos. Além disso, a avaliação formativa por ser

diagnóstica e contínua, apontará dificuldades, possibilitando a intervenção

pedagógica durante todo o tempo. Ainda, ao avaliar o desempenho dos alunos serão

levados em consideração os objetivos propostos no Regimento e no Projeto Político

Pedagógico da escola, sendo utilizados instrumentos: provas escritas, trabalhos

individuais e em grupos, produções orais e escritas, debate e apresentações de

trabalhos orais, devendo ser adaptados para atender as necessidades educacionais

especiais que demonstram capacidade de articulação entre teoria e prática. De

acordo como regimento escolar e o PPP o sistema de avaliação adotado pelo

estabelecimento de ensino é bimestral e será composto pela somatória 6,0 (seis

vírgula zero) referente as atividades diversificadas, mais a nota 4,0 (quatro vírgula

zero) proveniente de uma prova escrita e/ou oral, totalizando nota final de 10,0 (dez

vírgula zero). A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e

concomitante ao processo ensino aprendizagem. Sendo assim, será organizado com

atividades significativas, por meios de procedimentos didático-metodológicos

diversificados, não devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos

não apropriados. O peso da recuperação de estudos deverá ser proporcional as

avaliações como um todo, ou seja, equivalerá de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero)

de apreensão e retomada dos conteúdos.

Assim a avaliação, em Língua Inglesa, será realizadas nas práticas:

leitura, escrita, oralidade e análise linguística.

6º ano

Na leitura, espera-se que o aluno:

Identifique o tema;

Realize leitura compreensiva do texto;

Page 249: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

249

Localize informações explícitas no texto;

Amplie seu horizonte de expectativas;

Amplie seu léxico;

Identifique a ideia principal do texto.

Na escrita, espera-se que o aluno:

Expresse as ideias com clareza;

Elabore e reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,

atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor,

finalidade...); à continuidade temática;

Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade ...;

Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do

artigo, pronome, numeral, substantivo etc.

Na oralidade, espera-se que o aluno:

Utilize do discurso de acordo com a situação (formal/informal);

Apresente suas ideias com clareza, coerência mesmo que na língua materna;

Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos etc.;

Respeite os turnos de fala.

Na análise linguística, espera-se que o aluno:

Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos

textos;

Adeque seu discurso às diferentes situações de interação.

7º ano

Na leitura, espera-se que o aluno:

Realize leitura compreensiva do texto;

Localize informações explícitas no texto;

Amplie seu horizonte de expectativas;

Amplie seu léxico;

Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

Identifique a ideia principal do texto;

Identifique o tema;

Deduza os sentidos das palavras ou expressões a partir do contexto.

Page 250: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

250

Na escrita, espera-se que o aluno:

Expresse suas ideias com clareza;

Elabore textos atendendo às situações de produção propostas (gênero,

interlocutor, finalidade...); à continuidade temática;

Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade ...;

Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do

artigo, pronome, numeral, substantivo etc.

Na oralidade, espera-se que o aluno:

Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

Apresente suas ideias com clareza;

Compreenda os argumentos no discurso do outro;

Organize a sequência de sua fala;

Respeite os turnos de fala;

Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas

apresentações ou nos gêneros orais trabalhados;

Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões , quando necessário em

língua materna.

Na análise linguística, espera-se que o aluno:

Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos

textos;

Adéque seu discurso às diferentes situações de interação;

Amplie seu léxico.

8º ano

Na leitura, espera-se que o aluno:

Realize leitura compreensiva do texto;

Localize informações explícitas e implícitas no texto;

Posicione argumentativamente;

Amplie seu horizonte de expectativas;

Amplie seu léxico;

Perceba do ambiente no qual circula o gênero;

Identifique a ideia principal do texto;

Analise as intenções do autor;

Page 251: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

251

Identifique o tema;

Reconheça palavras ou expressões que denotem ironia e humor no texto;

Na escrita, espera-se que o aluno:

Expresse suas ideias com clareza;

Elabore textos atendendo às situações de produção propostas, à continuidade

temática;

Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

Utilize de recursos textuais como: coesão e coerência;

Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do

artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio etc.

Na oralidade, espera-se que o aluno:

Utilize o discurso de acordo com a situação de produção;

Apresente ideias com clareza;

Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;

Compreenda os argumentos no discurso do outro;

Respeite os turnos de fala;

Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc., mesmo que em

língua materna;

Na análise linguística, espera-se que o aluno:

Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos

textos;

Adéque seu discurso às diferentes situações de interação;

Amplie seu léxico;

Perceba os efeitos de sentido causados pelo uso de recursos linguísticos e

estilísticos.

9º ano

Na leitura, espera-se que o aluno:

Realização de leitura compreensiva do texto;

Localize informações explícitas e implícitas no texto;

Posicione argumentativamente;

Amplie seu horizonte de expectativas;

Amplie seu léxico;

Deduza os sentidos de palavras ou expressões a partir do contexto;

Page 252: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

252

Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras ou expressões no

sentido conotativo e denotativo;

Na escrita, espera-se que o aluno:

Expresse suas ideias com clareza;

Elabore textos atendendo às situações de produção proposta;

Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do

artigo, pronome, substantivo, etc.

Na oralidade, espera-se que o aluno:

Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal);

Apresente suas ideias com clareza;

Compreenda os argumentos no discurso do outro;

Organize a sequência de sua fala;

Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões mesmo em língua

materna;

Analise recursos da oralidade em entrevistas.

Na análise linguística, espera-se que o aluno:

Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal);

Apresente suas ideias com clareza;

Obtenha fluência na exposição oral, na adequação ao gênero proposto;

Perceba os efeitos de sentido causados pelo uso de recursos linguísticos e

estilísticos.

Page 253: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

253

5. REFERÊNCIAS

BRAHIN, A. C. S. M Pedagogia Crítica, letramento critico e leitura crítica. Texto e Interação, para uma pedagogia crítica de leitura de Língua Inglesa. Dissertação de mestrado Unicamp: Campinas 2001. Cap. 1.

CADERNOS TEMATICOS: História da Cultura Afro-Brasileira e Africana.

PARANÁ, Secretaria de estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação no Campo.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – LEM - INGLÊS. 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.

REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.

Page 254: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

254

ENSINO

MÉDIO

Page 255: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

255

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO

NRE: APUCARANA

MUNICÍPIO: KALORÉ

DISCIPLINA: ARTE

NÍVEL: ENSINO MÉDIO

PROFESSORA: LUCIANE CHAMORRO RODRIGUES

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR DE ARTE

KALORÉ

2012

Page 256: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

256

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Numa aparente contradição, foi no momento de repressão política e

cultural (Ato Institucional n. 5 /AI-5, em 1968) que o ensino de Arte (disciplina de

Educação Artística) tornou-se obrigatório no Brasil. Entretanto, seu ensino foi

fundamentado para o desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o

conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia ao professor, tão

somente, trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na

sua expressão.

No currículo escolar, a Educação Artística passou a compor a área de

conhecimento denominada Comunicação e Expressão. A produção artística, por sua

vez, ficou sujeita aos atos que instituíram a censura militar. Na escola, o ensino de

artes plásticas foi direcionado para as artes manuais e técnicas e o ensino de

música enfatizou a execução de hinos pátrios e de festas cívicas.

A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social

pela redemocratização e elaborou-se a nova Constituição, promulgada em 1988.

Nesse processo, os movimentos sociais realizaram encontros, passeatas e eventos

que promoviam, entre outras coisas, a discussão dos problemas educacionais para

propor novos fundamentos políticos para a educação e, dentre os fundamentos

pensados para a educação, destacam-se a pedagogia histórico-crítica elaborada por

Saviani da PUC de São Paulo e a Teoria da Libertação, que fundamentou o

Currículo Básico para Ensino de 1o grau, publicado em 1990, e o Documento de

Reestruturação do Ensino de 2o grau da Escola Pública do Paraná, publicado em

seguida. Tais propostas curriculares pretendiam fazer da escola um instrumento

para a transformação social e nelas o ensino de Arte propôs a formação do aluno

pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho artístico.

Nos anos 90 essa concepção foi substituída pelas propostas dos PCNs,

onde o ensino de arte estava comprometido a uma série de variantes, que na

maioria das vezes se opunha às ideias apresentadas no Currículo Básico, por ser

parte de uma outra posição ideológica.

A partir de 2003 iniciam-se discussões coletivas acerca do papel da arte

na sociedade, quais conteúdos são essenciais, dentre outras preocupações; e são

Page 257: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

257

construídas as DCEs, onde a disciplina Arte está contemplada a partir da concepção

de que as diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são constituídas nas

relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se

desenvolveram. Da mesma forma o conceito de arte implícito ao ensino também

influenciado por essas relações sócio – cultural, sendo fundamental que seja

problematizado para a organização de uma proposta curricular.

Estudar arte é compreender o papel da teoria estética, como uma

referência ao pensar e o seu ensino, gerando conhecimento, articulando saberes

cognitivos, sensíveis e sócios – históricos; ampliando o repertório cultural do aluno a

partir dos conhecimentos artísticos e contextualizados, aproximando-se do universo

cultural da humanidade nas suas diversas representações.

A arte é expressa e sabe comunicar com imaginação, emoção e

sensibilidade. Interage com materiais, procedimentos instrumentais das diversas

artes ( visuais, dança, teatro e musica ) fazendo experimentos e conhecendo

técnicas para a produção de trabalhos individuais e em grupo.

No âmbito da educação de campo, pretende se desenvolver uma

educação que seja crítica, pois essa cultura é entendida como toda produção

humana que se constrói a partir das relações do ser humano com a natureza, com

outro e consigo mesmo. Pretende-se, portanto, com o ensino da arte,

instrumentalizar o aluno com um conjunto de saberes em arte, que lhe permitam

utilizar o conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações

culturais, observando as relações entre arte e realidade, investigando, indagando

interesses e curiosidades, exercitando a discussão a sensibilidade, argumentando e

apreciando a arte de modo criativo, desenvolvendo no educando potencialidades

crítico-expressivo, estruturando seu conhecimento, segundo sua percepção e

consciência do mundo em que se vive, aliando o ver, o pensar, o fazer, o criar,

possibilitando a formação de um leitor de mundo mais crítico e eficiente dos seus

posicionamentos e tomadas de atitudes, fazendo-o compreender o homem como um

todo: razão, emoção, pensamento, percepção, imaginação e reflexão, buscando

ajudá-lo a compreender a realidade e a transformá-la.

Page 258: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

258

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na natureza;

são matéria-prima para a produção artística e o conhecimento em arte. Esses

elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em

cada uma delas. Eis alguns exemplos: o timbre em Música, a cor em Artes Visuais, a

personagem em Teatro ou movimento corporal na Dança.

COMPOSIÇÃO

É a produção artística que acontece por meio da organização e dos

desdobramentos dos elementos formais. Por exemplo: tridimensional em Artes

Visuais, ritmo em Música, representação em Teatro, rotação em Dança.

MOVIMENTOS E PERÍODOS

É o conjunto da história relacionado com o conhecimento em arte. Ele tem

por objetivo revelar o conteúdo social da arte, dos fatos históricos, culturais e sociais

que alteram as relações internas ou externas de um movimento artístico. Por

exemplo: renascimento em Artes Visuais, rap em Música, teatro pobre em Teatro e

dança moderna Dança.

2.1 - Conteúdos Estruturantes e Básicos

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERÍODOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Escalas Modal, Tonal e fusão de ambos. Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop...

Técnicas: vocal,

Música PopularBrasileiraParanaensePopularIndústria CulturalEngajadaVanguardaOrientalOcidentalAfricanaLatino- Americana

Page 259: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

259

instrumental, eletrônica,informática e mista Improvisação

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERÍODOS

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

BidimensionalTridimensionalFigura e fundoFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualSimetriaDeformaçãoEstilização

Técnica: Pintura,desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura eesculturas, arquitetura, história em quadrinhos …Gêneros: paisagem, natureza-morta,Cenas do Cotidiano,Histórica, Religiosa,da Mitologia ...

Arte OcidentalArte OrientalArte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte de VanguardaIndústria CulturalArte ContemporâneaArte Latino-Americana

TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERÍODOS

Personagem:Expressões corporais,Vocais,Gestuais e Faciais

Ação

Espaço

Técnicas: jogos teatrais,Teatro direto e indireto, Mímica,Ensaio, Teatro-FórumRoteiroEncenação e Leitura Dra-mática

Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico

Teatro Greco-RomanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularIndústria CulturalTeatro EngajadoTeatro Dialético

Page 260: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

260

DramaturgiaRepresentação nas mídiasCaracterizaçãoCenografia, Sonoplastia,Figurino e iluminaçãoDireçãoProdução

Teatro EssencialTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro de VanguardaTeatro RenascentistaTeatro Latino- AmericanoTeatro RealistaTeatro Simbolista

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERÍODOS

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

KinesferaFluxoPesoEixoSalto e QuedaGiroRolamentoMovimentos ArticularesLento, Rápido e ModeradoAceleração e DesaceleraçãoNíveisDeslocamentoDireçõesImprovisaçõesCoreografiaGêneros:Espetáculo,Indústria Cultural.Étnica,Folclórica,Populares e Salão

Pré-históriaGreco-RomanaMedievalRenascimentoDança ClássicaDança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaHip HopIndústria CulturalDança ModernaVanguardasDança Contemporânea

Page 261: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

261

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos

estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o

conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os

momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.

Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão

ministradas, como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como

espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do

ensino da Arte, três momentos da organização pedagógica:

Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística,

bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos

Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de

arte

Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe

uma obra de arte

Como a disciplina de Arte tem por objetivo de mobilizar o aluno para o

conhecimento,deve se constituir de questões que estimulem o raciocínio, a reflexão

e a crítica, delegando-lhe o papel de sujeito do seu processo de aprendizagem.

Serão feitas também relações interdisciplinares para que os alunos

aprendam os conteúdos e possam posicionar-se de forma crítica frente à realidade

social. O professor ainda conduzirá o processo de aprendizagem de forma

dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a

compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Assim os alunos

terão acesso as obras de Música, Teatro, Dança e Artes Visuais para que se

familiarizem com suas diversas formas de produção artística. Trata-se de envolver a

apreciação e a apropriação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão

estética.

Ao trabalhar Arte o professor também valorizará a cultura dos povos do

campo e afro-brasileira, com a finalidade de criação de uma identidade sociocultural,

levando o aluno a compreender e transformar o mundo.

Page 262: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

262

A metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente

histórica e cultura dos povos indígenas, lei 10639/03 - Historia e cultura-afro-

brasileira e africana.

Lei 9795/99 - Politica Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e

Direitos humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento a violência na escola, Prevenção

e uso indevido de drogas, assim, fortalecendo as ações de inclusão do

Desenvolvimento Socio-educacionais

Page 263: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

263

4. AVALIAÇÃO

A avaliação em Arte é processual e diagnóstica por ser referência do

professor para o planejamento das aulas e da avaliação dos alunos; processual por

pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. O planejamento deve ser

constantemente redirecionado, utilizando a avaliação do professor, da turma sobre o

desenvolvimento das aulas e também a auto-avaliação dos alunos.

Os instrumentos a serem utilizados durante o ano letivo são de extrema

importância para a construção e reprodução de visão artística e do mundo, para a

formação de cidadãos efetivamente participativos e estimulados. Partindo deste

ponto é visível a necessidade de adequações didáticas ensino/aprendizagem que

alcancem a tais expectativas, criando condições que permitam interconexões com o

processo educacional.

Entre os instrumentos a serem utilizados citamos: Recursos humanos,

como o próprio professor e aluno através de uma interação dialogado na explicação

dos conteúdos. Recursos materiais: imagens não animadas (fotografias,livro

didático, quadro, giz, cartões, figuras, posteres e obras literárias), imagens animadas

(filmes, trechos de filmes, reportagens,) Recursos físicos: laboratório de informática.

(computadores, TV Pendrive, etc).

O professor deverá , ainda, conduzir o processo de aprendizagem de

forma dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para

que a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam.

O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento e

atitude do aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de ensino/

aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o questionamento e a

participação dos alunos.

A avaliação será através de: provas objetivas e subjetivas, trabalhos,

seminários, pesquisas, relatórios, debates, leituras e análises de gráficos e tabelas,

resumos, atividades modulares, maquetes, produção de textos, participação em

aulas, etc.

Sendo assim todo o conhecimento acumulado pelo aluno deve ser

socializado entre colegas e, ao mesmo tempo, deve constituir referências para o

Page 264: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

264

professor propor abordagens diferenciadas.

Estabelecidas as propostas e as dimensões do que se avalia cada

conteúdo, serão previamente estabelecidas uma proposta de recuperação, ou seja,

os conteúdos não aprendido serão retomados quando não forem assimilados pelos

alunos durante o ano letivo, onde poderão ser através de seminários, debates ou

através de atividades diversificadas com cada turma.

De acordo com o PPP a avaliação tem a função permanente de

acompanhamento do processo pedagógico, avaliando portanto, o educando, o

educador, a escola e o sistema escolar. A recuperação de estudo é direito dos

alunos, dar-se-ia de forma permanente e concomitante ao processo ensino

aprendizagem.

Page 265: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

265

5. REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Arte. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais Contemporâneo: Prevenção ao uso indevido de drogas. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais Contemporâneo: Enfrentamento à violência na escola. Curitiba: SEED, 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.

REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.

Page 266: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

266

COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

NRE: APUCARANA

MUNICÍPIO: KALORÉ

DISCIPLINA: BIOLOGIA

NÍVEL: ENSINO MÉDIO

PROFESSORA: PATRICIA ELAINE RIBEIRO CEREJA

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR DE BIOLOGIA

KALORÉ

2012

Page 267: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

267

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao

longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este

fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo.

A preocupação com a descrição dos seres vivos dos fenômenos naturais

levou o homem a diferentes concepções de vida, de mundo e de seu papel enquanto

parte deste mundo. Essa preocupação humana representa a necessidade de

garantir sua sobrevivência.

Desde o homem primitivo, em sua condição de caçador e coletor, as

observações dos diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das

plantas foram sendo registradas nas pinturas rupestres, representando seu interesse

em explorar a natureza.

Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no

Ensino Médio não representam o resultado da apreensão contemplativa da natureza

em si, mas os modelos teóricos elaborados pelo homem (paradigmas teóricos), que

representam o esforço para entender, explicar, utilizar e manipular os recursos

naturais.

A história da Ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm sua

origem registrada desde a Antiguidade. As ideias deste período que contribuíram

com o desenvolvimento da Biologia, tiveram principais pensadores e estudiosos, os

filósofos Platão (428/27 a.C – 347 a.C) e Aristóteles (384 a.C – 322 a.C), que

deixaram contribuições relevantes quanto à classificação dos seres vivos. As

interpretações filosóficas buscavam explicações para a compreensão da natureza.

A incursão pela história e filosofia da ciência permite identificar a concep-

ção de ciência presente nas relações sociais de cada momento histórico, bem como

as interferências que tal concepção sofre e provoca no processo de construção de

conceitos sobre o fenômeno VIDA, reafirmado como objeto de estudo da Biologia.

A ciência sempre esteve sujeita às interferências, determinações, tendên-

cias e transformações da sociedade, aos valores e ideologias e às necessidades

materiais do Homem. Ao mesmo tempo em que sofre a sua interferência, nelas inter-

fere (ANDERY, 1988; ARAÚJO, 2002).

Page 268: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

268

Como elemento da construção científica, a Biologia deve ser entendida

como processo de produção do próprio desenvolvimento humano (ANDERY, 1988).

O avanço da Biologia, portanto, é determinado pelas necessidades materiais do ser

humano com vistas ao seu desenvolvimento, em cada momento histórico. De fato, o

ser humano sofre a influência das exigências do meio social e das ingerências eco-

nômicas deles decorrentes, ao mesmo tempo em que nelas interfere.

A disciplina de Biologia contribui para formar sujeitos críticos e atuantes,

por meio de conteúdos que ampliem seu entendimento acerca do objeto de estudo –

o fenômeno VIDA – em sua complexidade de relações. Nesse contexto, o ato de ob-

servar extrapola o olhar descomprometido ou o simples registro, pois inclui a identifi -

cação de variáveis relevantes e de medidas adequadas para o uso de instrumentais.

Entretanto, considera-se a intencionalidade do observador, uma vez que ele é o su-

jeito do processo de observação, o que implica reconhecer a sua subjetividade.

O Ensino de Biologia tem como objetivo, relacionar diversos conhecimen-

tos específicos entre si e com outras áreas de conhecimento; priorizar o desenvolvi-

mento de conceitos cientificamente produzidos, e propiciar reflexão constante sobre

as mudanças de tais conceitos em decorrência de questões emergentes , bem como

abordar conteúdos de forma integrada, destacando os aspectos essenciais do objeto

de estudo relacionando-os nas diferentes disciplinas do conhecimento.

Tais relações deverão ser resolvidas ao longo do Ensino Médio permitin-

do ao aluno a compreensão de fenômenos físicos, químicos e biológicos, orientando

e subsidiando os alunos para que munidos de conhecimento sejam capazes de agir

adequadamente no meio em que vive tomando decisões racionais sobre questões

de sua vida e de outros seres que nela interagem.

Com base no pensamento mecanicista, a ciência, no ensino, tinha refor-

çada a sua tradição descritiva, cuja metodologia estava centrada em aulas expositi-

vas e também era adotado o método experimental como instrumento de reforço à te-

oria científica.

Sendo que na década de 1930, com a criação dos cursos superiores de

ciências naturais, os currículos escolares ampliaram a abordagem dos conhecimen-

tos biológicos, considerando também os fatores sociais e econômicos, em termos

manteve-se a ênfase no conteúdo, num ensino por natureza descritivo, livresco, teó-

rico e memorístico.

Page 269: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

269

Na década de 1950, a tendência da abordagem pedagógica em ciências

era tratar os conteúdos considerando os vários grupos de organismos separadamen-

te, e as suas relações filogenéticas ( KRASILCHIK, 2004, p. 14). As aulas práticas ti -

nham como meta tão somente ilustrar as aulas teóricas.

No final dos anos de 1950, com a União Soviética em vantagem na corri-

da espacial, o ensino de ciências foi questionado tanto nos Estados Unidos quanto

na Inglaterra, o que gerou importantes investimentos na formação docente e na pro-

dução de material didático naqueles países.

Na década de 1960, os Estados Unidos produziu um material curricular

para a disciplina de Biologia. Foram escritos três diferentes cadernos que abrangem

os conteúdos bioquímicos, ecológicos e celulares.

Na década de 1970, sob o impacto da revolução técnico-científica, as

questões ambientais decorrentes da industrialização desencadearam uma nova con-

cepção sobre o ensino de ciências e passou-se a discutir as implicações sociais do

desenvolvimento tecnológico e científico.

Em 1980, a redemocratização do Brasil colocou em pauta pesquisas so-

bre a aprendizagem dos conceitos científicos, envolvendo a psicogênese desses

conceitos e suas implicações na aprendizagem das ciências.

Na década de 1990, as discussões sobre os processos de ensino-apren-

dizagem em ciências foram “ prioritariamente desenvolvidas a partir dos modelos de

mudança conceitual. No campo da mudança conceitual, as concepções prévias dos

alunos, que de início eram consideradas erradas, passaram a ser consideradas

como concepções alternativas.

Em 1998, foram promulgadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o

Ensino Médio, para normalizar a LDB n. 9.394/96. O ensino passou a ser organizado

por áreas de conhecimento, ficando a Biologia disposta na área de Ciências da Na-

tureza, Matemática e suas Tecnologias.

As Diretrizes Curriculares fundamentam na concepção histórica da ciência

articulada aos princípios da filosofia da ciência.

Page 270: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

270

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ORGANIZAÇAO DOS SERES VIVOS: Este conteúdo possibilita conhecer os

modelos teóricos historicamente construídos que propõem a organização dos seres

vivos, relacionando-os as existência de características comuns entre estes e sua

origem única (ancestralidade comum). Deve abordar a classificação dos seres vivos

como uma tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, de maneira

a agrupar e categorizar as espécies extintas e existentes

MECANISMOS BIOLÓGICOS: Privilegia o estudo dos mecanismos que explicam

como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Deve abordar desde o

funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos,

como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração, até o estudo dos

componentes celulares e suas respectivas funções.

BIODIVERSIDADE: Possibilita o estudo, a análise e a indução para a busca de

novos conhecimentos, na tentativa de compreender o conceito biodiversidade. Deve

abordar a biodiversidade num processo integrado e dinâmico e que envolve a

variabilidade genética, a diversidade de seres vivos, as relações ecológicas

estabelecidas entre eles e com a natureza, além dos processos evolutivos pelos

quais os seres vivos tem sofrido transformações.

MANIPULAÇÃO GENÉTICA: Trata das implicações dos conhecimentos da Biologia

Molecular sobre a VIDA, na perspectiva dos avanços da Biologia, com possibilidade

de manipular o material genético dos seres vivos e permite questionar o conceito

biológico da VIDA como fato natural, independente da ação do ser humano.

Deve abordar os avanços da biologia molecular, as biotecnologias aplicadas e os

aspectos bioéticos dos avanços biotecnológicos que envolvem a manipulação

genética, permitindo compreender a interferência do ser humano na diversidade

biológica.

Page 271: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

271

2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS

Organização dos

Seres vivos.

Mecanismos

Biológicos.

Biodiversidade.

Manipulação

Genética.

Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e

filogenéticos.

Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.

Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

Teorias evolutivas.

Transmissão das características hereditárias.

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos

e interdependência com o ambiente.

Organismos geneticamente modificados.

Page 272: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

272

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Analisando a prática pedagógica, o professor deverá saber quais os

objetivos e expectativas a serem atingidos. Faz-se necessário também conceituar o

fenômeno Vida em distintos momentos da história , articulados à cultura cientifica,

socialmente valorizada. Nesse sentido, a concepção de ciência se agrega às

atividades propostas para dar significados às atividades desenvolvidas com os

alunos, tais como: aulas expositivas e dialogadas , demonstrativas, leituras e

escritas, pesquisas, apresentação de trabalhos e experimentos realizados no

laboratório de Biologia, estudo do meio, jogos didáticos, aula de campo, tendo a

clareza que estes devem ser problematizadores para que se possa contribuir na

formação de um sujeito intelectualmente autônomo.

As práticas pedagógicas e metodológicas deverão ser direcionadas de

maneira que respeitem e minimizem as diferenças e possibilitando assim a

democratização do saber, onde todos possam interagir. Proporcionando aos

educandos a curiosidade e o gosto de aprender. Desta forma, os alunos habituam

com as situações ecológicas, ambientais reais, valorizando-os como sujeitos que

possuem laços culturais e valores relacionados à vida na terra.

Por intermédio de Metodologia adequada na qual introduz a visão crítica da

sociedade e junto de sua classe produz o conhecimento, fazendo com que o aluno

construa durante todo o processo ensino-aprendizagem seu próprio resultado obtido

através dos conteúdos estruturantes e específicos. Onde os problemas existem, e

são passíveis de avaliações pessoais consistentes, que a partir desta possam ser

vistas de uma forma crítica e, principalmente atuante, podendo fazer desta vivência

um aprendizado ponderando e questionando a própria existência e a

interdependência de todos os organismos biológicos, seus fenômenos, causas e

consequências.

Para que isso ocorra Saviani (1997) e Gasparin (2002) apontam algumas

estratégias pedagógicas onde o ensino dos conteúdos de Biologia necessitam de

apoiar-se:

• a prática social se caracterize como ponto de partida, cujo objetivo é

perceber e denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno a partir de

Page 273: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

273

uma visão sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser

trabalhado;

• a problematização implique o momento para detectar e apontar as

questões a serem resolvidas na prática social e, por consequência, estabelecer que

conhecimentos são necessários para a resolução destas questões e as exigências

sociais de aplicação desse conhecimento;

• a instrumentalização consiste em apresentar os conteúdos sistematizados

para que os alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção

pessoal e profissional. Os alunos devem se apropriar das ferramentas culturais

necessárias à luta social para superar a condição de exploração em que vivem;

• a catarse seja a fase de aproximação entre o conhecimento adquirido pelo

aluno e o problema em questão. A partir da apropriação dos instrumentos culturais,

transformados em elementos ativos de transformação social, o aluno passa a

entender e elaborar novas estruturas de conhecimento, ou seja, passa da ação para

a conscientização;

• o retorno à prática social se caracterize pela apropriação do saber concreto

e pensado para atuar e transformar as relações de produção que impedem a

construção de uma sociedade mais igualitária. A visão sincrética apresentada pelo

aluno no início do processo passa de um estágio de menor compreensão do

conhecimento científico a uma fase de maior clareza e compreensão, explicitada

numa visão sintética. O processo educacional põe-se a serviço da referida

transformação das relações de produção.

Quanto a abordagem das culturas o Ensino de Biologia, ao contemplar a Lei

nº 10.639/03, referente a “História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Igualmente

para a história e cultura dos povos indígenas, em concordância com a Lei n.

11.645/08. Serão desenvolvidas práticas pedagógicas como: Trabalhos de

pesquisa e investigação acerca de técnicas já utilizadas no passado, análises que

envolvam a constituição genética da população brasileira com a intenção de resgate

e valorização da igualdade cultural e promover a valorização da cultura rural. Os

conteúdos específicos a serem trabalhados devem estar relacionados tanto aos

conteúdos estruturantes quanto aos conteúdos básicos da disciplina de forma

contextualizada, favorecendo a compreensão da diversidade biológica e cultural.

Quanto ao trabalho envolvendo a educação ambiental, em concordância

Page 274: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

274

com a Lei n. 9.795/99, este deverá ser uma prática educativa integrada, continua e

permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos de forma

contextualizada.

Na Educação do Campo, a pesquisa é essencial para que se desvelem as

relações sociais de produção, os saberes que estão presentes no cotidiano do traba-

lho, da organização política, da negociação econômica dos produtos. Torna-se ne-

cessário resgatar a identidade cultural desses alunos que vivem no campo e enfren-

tam obstáculos que a realidade impõe.

Temas atualmente evidentes como Cidadania e Direitos Humanos, Enfrenta-

mento à Violência , Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação Ambiental,

Gênero e Diversidade Sexual permearão as aulas de Biologia, onde se oportunizará

debates, pesquisas bibliográficas, recortes de filmes , com o auxílio dos laboratórios

de Práticas e Informática, para maior contextualização do assunto.

No desenvolvimento das atividades, serão utilizados recursos como : Slides,

DVDs, CDs, TV Pendrive, Data Show, recortes de filmes, vídeos, imagens, aulas

práticas em laboratório de Ciências e de Informática, Internet, dentre outros.

O professor deve atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem,

orientando os estudantes com segurança, sem induzi-los às conclusões, permitindo

que sigam nos ritmos próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias

habilidades.

Page 275: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

275

4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO

Baseando-se na Lei Diretrizes e Bases ( LDB) 9394/96 que considera a

avaliação como um processo “ continuo e cumulativo, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos” (DCE 2009).

Neste sentido, a avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e

aprendizagem. Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua

prática, a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que

devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de

aprendizagem individual ou de todo grupo.

Para o aluno pode ser considerada como instrumento de tomada de

consciência de sua conquista, dificuldades e possibilidades para reorganização de

seu investimento na tarefa de aprender.

“Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e

aprendizagem, e não uma etapa isolada”. (Libâneo 1994, p.200).

Para avaliar, a cada momento o professor utilizará a avaliação processual

e diagnóstica, através de instrumentos como: relatórios de aulas práticas, apresen-

tação de trabalhos, pesquisas, atividades escritas ( provas, relatórios, dissertações,

sínteses, produção de texto), seminários, participação em debates e outras ativida-

des que poderão ser utilizadas para a avaliação da aprendizagem, utilizando-se de

critérios previamente estabelecidos no Plano de Trabalho Docente, de acordo com

as Diretrizes Curriculares da Educação Básica , para a disciplina de Biologia, consi-

derando para tal, a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos , as diferentes

formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade dos alunos.

É fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a oral,

a escrita, a gráfica, a numérica e a pictórica, de forma a se considerar as diferentes

aptidões dos alunos.

Pensando na avaliação/recuperação os meios de estímulo ao

desenvolvimento do aluno, trabalhamos com ideias de um crescimento e elas não

ficam restritas apenas ao uso de procedimentos de testagem, mas sim de um

conjunto de tarefas e observações que o professor solicita aos alunos, gerando

informações que possibilitam perceber tendências e decidir quanto aos

Page 276: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

276

encaminhamentos mais apropriados. Dessa forma procura-se ofertar um

atendimento individualizado aos alunos com necessidades especiais.

O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da

nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais

e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula

zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0

(dez virgula zero).

A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma

paralela durante todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem

dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, com atividades

significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados;

podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual

durante as horas atividade do professor.

Nestes termos, avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem do

estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos científicos

escolares e do objeto de estudo de Biologia , visando uma aprendizagem realmente

significativa para a sua vida.

Page 277: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

277

5. REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Biologia. Curitiba: SEED, 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.

REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.

Page 278: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

278

COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

NRE: APUCARANA

MUNICÍPIO: KALORÉ

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA

NÍVEL: ENSINO MÉDIO

PROFESSORA: KÁTIA CILENE DOS SANTOS SANCHES

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

KALORÉ

2012

Page 279: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

279

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

1.1 Dimensão Historia da Disciplina de Educação Física

A fim de situar historicamente a disciplina de Educação Física no Brasil,

optou-se, nestas Diretrizes Curriculares, por retratar os movimentos que a

constituíram como componente curricular.

As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas

corporais recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa,

Sob a égide de conhecimentos médicos e da instrução física militar,a então

denominada ginástica surgiu, principalmente, a partir de uma preocupação como

desenvolvimento da saúde e a formação moral dos cidadãos brasileiros, esse

modelo de prática corporal pautava-se em prescrições de exercícios visando ao

aprimoramento de capacidades e habilidades físicas como a força, a destreza, a

agilidade e a resistência além de visar à formação do caráter, da auto disciplina, de

hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia e do sentimento patriótico.

O termo educação física escrito em letras minúsculas representa os

diferentes conhecimentos sistematizados sobre práticas corporais que

historicamente circunscrevem o cotidiano escolar, posteriormente, o termo será

escrito em letras maiúsculas, o que representa a disciplina curricular de Educação

Física, institucionalizada nas escolas brasileiras a partir do século IX.

No início do século XX, especificamente a partir de 1929, a disciplina de

Educação Física tornou-se obrigatória nas instituições de ensino para crianças a

partir de 6 anos de idade e para ambos os sexos, por meio de um anteprojeto

publicado pelo então Ministro da Guerra, General Nestor Sezefredo Passos, Propõe

também a criação do Conselho Superior de Educação Física com o objetivo de

centralizar,coordenar e fiscalizar as atividades referentes ao Desporto e à Educação

Física no país e também a elaboração do Método Nacional de Educação Física.

(LEANDRO, 2002).

Assim tudo começou quando o homem primitivo sentiu a necessidade de

lutar, fugir ou caçar para sobreviver. Assim o homem à luz da ciência executa os

seus movimentos corporais mais básicos e naturais desde que se colocou de pé:

corre, salta, arremessa, trepa, empurra, puxa etc.

Page 280: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

280

1.2 - História da Educação Física

De acordo com os filósofos a Educação física não é apenas algo

artificial é, um conjunto de atividade física não competitivo mais sim com fim

relativo, e tem como objetivo regular a saúde humana.

Altrora as pessoas viam a educação física como algo apenas artificial onde

não estabelecia a possibilidade de uma modificação anatômica, onde adquiria

melhor qualidade de vida e saúde.

Especialização é de suma importância dentro do curso de educação física

porque a graduação é apenas um meio pelo qual podemos adquiri. Não estamos

descartando a possibilidade de um profissional graduado mas sabemos que a

especialização é necessária, através da medicina que podemos analisar nossos

estados de saúde, ela pode avaliar os tipos de exercício ou esporte que podemos

pratica.

Sem estes conhecimentos muitas pessoas acabaram morrendo, sem ter

conhecimentos de sua saúde, René máheu diz que Educação Física

é cultura e um espetáculo esportivo, onde esta contida os seus valores

como dança, teatro, música e jogo etc...Em outras palavras tal cultura esta

contida no mundo artístico. dentro desta nem todos tem o mesmo

desenvolvimento porque cada endivido reagem de uma forma, podemos ver que a

cultura física ela é muito abrangente e não se limita.

Quando falamos de jogo não falamos apenas de futebol porque o jogo não limita

nu âmbito, por isso contribui para relaciona as pessoas entre as outras. Jogo

pode ser uma atividade voluntária ou competitiva.

Física no mundo esportivo é considerada uma grande atração que

conquista todo o publico contemporâneo. no esporte o jogo não são apenas

voluntário mais com o fim lucrativo e a uma grande competição.

1.3 - A Educação Física no Brasil

A história da Educação Física no Brasil é muito rica, principalmente por estar

intimamente ligada à política educacional adotada por cada governo, criando assim,

de acordo com o período político um tipo de educação física. Em seu processo de

introdução a Educação Física contou com a contribuição de vários setores

diferenciados da sociedade como os colonos, imigrantes, militares, isto em

diferentes momentos e partes do país, com o objetivo de proporcionar o lazer, a

Page 281: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

281

formação corporal, e a disciplina, utilizando jogos, exercícios físicos, recreações e

competições. A intenção não é aqui transformar as informações obtidas através da

revisão de literatura feitas uma verdade absoluta sobre esta história. É importante

observar todo o contexto político, econômico e social que atua diretamente na

definição dos rumos da Educação Física, o objetivo aqui é, respeitando a opinião de

cada autor citado tentar compreender e interpretar os fatos.

Page 282: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

282

2. CONTEÚDOS

Esporte

Jogos e Brincadeiras

Dança

Ginástica

Lutas

2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos

1º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEUDOS BÁSICOS

Esportes Coletivos Individuais Radical

Jogos e Brincadeira

Jogos e Brincadeiras PopularesBrincadeiras de Cantigas de Roda Jogos de Tabuleiro Jogos dramáticos Jogos Cooperativos

Dança Danças FolclóricasDanças de Salão Danças de Rua

Ginástica Ginástica Artística Olímpica Ginástica de Academia Ginástica Geral

Lutas Lutas de AproximaçãoLutas que mantêm a distanciaLutas com Instrumentos mediadorCapoeira

2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS

Esportes Coletivos Individuais Radical

Jogos e Brincadeira Jogos e Brincadeiras PopularesBrincadeiras de Cantigas de Roda Jogos de Tabuleiro Jogos dramáticos

Page 283: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

283

Jogos Cooperativos

Dança Danças FolclóricasDanças de Salão Danças de Rua

Ginástica Ginástica Artística Olímpica Ginástica de Academia Ginástica Geral

Lutas Lutas de AproximaçãoLutas que mantêm a distanciaLutas com Instrumentos mediadorCapoeira

3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS

Esportes Coletivos Individuais Radical

Jogos e Brincadeira

Jogos e Brincadeiras PopularesBrincadeiras de Cantigas de Roda Jogos de Tabuleiro Jogos dramáticos Jogos Cooperativos

Dança Danças FolclóricasDanças de Salão Danças de Rua

Ginástica Ginástica Artística Olímpica Ginástica de Academia Ginástica Geral

Lutas Lutas de AproximaçãoLutas que mantêm a distanciaLutas com Instrumentos mediadorCapoeira

2.2 Elementos Articuladores dos Conteúdos Estruturantes para a Educação

Básica

Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos têm sido

tratados na Educação Física, faz-se necessário integrar e interligar as práticas cor-

porais de forma mais reflexiva e contextualizada, o que é possível por meio dos ele-

mentos articuladores,tais elementos não podem ser entendidos como conteúdos pa-

ralelos, nem tampouco trabalhados apenas teoricamente e/ou de maneira isolada.

Como articuladores dos conteúdos, podem transformar o ensino da Educa-

ção Física na escola, respondendo aos desafios anteriormente descritos.

Page 284: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

284

Nestas Diretrizes, propõem-se os seguintes elementos articuladores:

• Cultura Corporal e Corpo;

• Cultura Corporal e Ludicidade;

• Cultura Corporal e Saúde;

• Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;

• Cultura Corporal e Desportivização;

• Cultura Corporal – Técnica e Tática;

• Cultura Corporal e Lazer;

• Cultura Corporal e Diversidade;

• Cultura Corporal e Mídia;

Page 285: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

285

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física tratado

nestas Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes

propostos – esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação

Física tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos

capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal

consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.

O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de organizar

e sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a

comunicação e o diálogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o

senso de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física

e ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas

metodologias, nas práticas e nas reflexões.

Essa concepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio

da Cultura Corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na

desportivização das práticas corporais. No entanto, esse conhecimento é transmitido

e discutido com o aluno, levando-se em conta o momento político, histórico,

econômico e social em que os fatos estão inseridos.

Cabe ressaltar que tratar o conhecimento não significa abordar o conteúdo

“teórico”, mas, sobretudo, desenvolver uma metodologia que tenha como eixo

central a construção do conhecimento pela práxis, isto é, proporcionar, ao mesmo

tempo, a expressão corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos

propostos e a reflexão sobre o movimento corporal.

Ao trabalhar com o conteúdo estruturante, pode inserir questões envolvendo

as diversas dimensões sociais em jogos que requeiram maior capacidade de

abstração por parte do aluno.

Ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação

Física na Educação Básica, é preciso levar em conta, inicialmente, aquilo que o

aluno traz como referência acerca do conteúdo proposto, ou seja, é uma primeira

leitura da realidade. Esse momento caracteriza-se como preparação e mobilização

do aluno para a construção do conhecimento escoalr.

Page 286: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

286

Apresentação dos conteúdos sistematizados, para que tenham condições de

assimilação e recriação do mesmo, desenvolvendo, assim, as atividades relativas à

apreensão do conhecimento através da prática corporal.

É possível efetivar um diálogo que permite ao aluno avaliar o processo de

ensino/aprendizagem, transformando-se intelectual e qualitativamente em relação à

prática realizada.

Com conteúdo específico, a capoeira pode também vir a ser excludente,

caso não sejam respeitadas as limitações e possibilidades corporais, sociais e

culturais de cada aluno. O objetivo é que os alunos compreendam com a capoeira,

que outrora foi uma manifestação cultural e de libertação com a singularidade de

cada participante, além da possibilidade de vivenciar a capoeira, sem preocupação

com a técnica como parâmetro único e exclusivo.

Deve se reconstruir, com os educandos, os movimentos da capoeira, com a

representação da presa e do predador, sob o enfoque do respeito pelas

possibilidades físicas de cada um, o que significa que qualquer aluno pode praticar

capoeira, sem necessidade de conhecimento prévio, ou de ter participado de algum

grupo.

O papel da educação Física é desmitificar formas arraigadas e não refletidas

em relação às diversas práticas e manifestações corporais historicamente

produzidas e acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática pedagógica o

conhecimento sistematizado, como oportunidade para para reelaborar ideias e

atividades que ampliem a compreensão do estudante sobre os saberes produzidos

pela humanidade e suas implicações para a vida.

É preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de experiências

objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que se efetiva,

sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer.

Assim, a metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e

oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos

indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99-

Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento

Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa

Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas

e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afro-

Page 287: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

287

descendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade

Sexual e Educação do Campo, serão temas dos textos de diferentes gêneros

estudados no decorrer do ano letivo, os quais serão debatidos, confrontados, a fim

de garantir o desenvolvimento da capacidade de argumentação dos alunos.

No desenvolvimento das atividades durante as aulas de Educação Física,

serão utilizados recursos como : Slides, DVDs, CDs, TV Pendrive, recortes de

filmes, vídeos, imagens, internet, músicas, bolas, cones, cordas, elásticos, bambolê,

rede, dentre outros.

O professor deve atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem,

orientando os estudantes com segurança, sem induzi-los às conclusões, permitindo

que sigam nos ritmos próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias

habilidades.

Page 288: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

288

4. AVALIAÇÃO

A avaliação caracteriza-se, nesta proposta, como elemento integrador entre

aprendizagem do aluno e atuação do professor no processo de construção de

conhecimento, sendo compreendida como um conjunto de atuações que tenha

função de diagnosticar, de perceber o domínio dos conteúdos, de superar as

dificuldades através da realimentação dos conteúdos e de apreciar criticamente o

próprio trabalho. Para o aluno é um instrumento de tomada de consciência das suas

conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na

tarefa de aprender.

Os instrumentos utilizados deverão ser claros para o professor e para os

alunos, pois o senso crítico, característico desta faixa etária, aliado à necessidade de

sentir-se reconhecido, tornará o processo significativo. Estes instrumentos poderão

estar inseridos nos conteúdos de aprendizagem como forma sistemática de

valorização e reflexão, representando a forma concreta de apropriação por parte dos

alunos, do conhecimento socialmente construído, revelando quando utilizados que

intenções e aspectos deste conhecimento estão sendo valorizados.

Ao selecionar os instrumentos de avaliação que serão empregados poderão

ser levantados, além dos valores mensuráveis, os aspectos motivacionais e

subjetivos relacionados aos resultados, suas relações com diferentes contextos de

aplicação e o significado que esses trarão para a construção do conhecimento

pessoal do aluno e para a coletividade à qual pertence.

Inicialmente far-se-á a Avaliação Diagnóstica para detectar o grau de

conhecimento e de dificuldades do educando.

A avaliação deve se materializar em cada aula, (Observação Constante Do

Aluno Feita Pelo Professor) considerando sua aplicação e conseqüência

pedagógica, política e social, referenciada nos interesses individuais e coletivos,

ampliando as possibilidades corporais. Essas possibilidades envolvem aspectos

de conhecimento, habilidades, desempenho no conteúdo vivenciado, atitudes

e condutas sociais, considerados dentro da concepção da totalidade humana, isto

é, da concepção de que o aluno é um ser uno e único e de que ambos, professor e

aluno assumirão responsabilidades na perspectiva de uma avaliação participativa.

Page 289: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

289

A auto-avaliação visará à construção da autonomia do estudante numa

conscientização do seu envolvimento nas atividades desenvolvidas.

De acordo com o regime escolar do Colégio Estadual Alvorada da Infância

sendo que o processo somativa e acumulativa será composto pela somatória das

notas 6,0 (seis vírgula zero) referentes ás atividades diversificadas realizadas

(tarefas, trabalhos, seminários, aula pratica, desempenho do aluno no conteúdo

proposto, participação nas aulas teóricas, mais 4,0 (quatro vírgula zero),

resultados de avaliações como provas escritas, testes e pesquisas, totalizando

média final 10,0 ( dez virgula zero).

A recuperação dos estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples,

os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do

aluno, então é preciso investir em todas as estratégia e recursos possível para que

ele aprenda.

A recuperação e justamente isso, o esforço de retomar de volta os

conteúdos, de modificar os encaminhamentos metodológicos para assegurar a

possibilidade de aprendizagem, neste sentido, a recuperação da nota é simples

decorrência da recuperação de conteúdos

Assim, a avaliação do professor ensino-aprendizado, entendida como

questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela

perspectiva de investigar para intervir.

A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza

dos critérios de avaliação, elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a

diversidade de instrumento e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes varias

oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento.

Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o

desenvolvimento dos processos cognitivos.

Por fim, destaca – se, que a concepção de avaliação que permeia o currículo

não pode ser uma escola solitária do professor,a discussão sobre a avaliação deve

envolver o coletivo da escola, para que todos, direção, equipe pedagógica, pais e

alunos), assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico relevante

para formação dos alunos.

A avaliação, conforme estabelecido, no projeto político pedagógico da

escola, subsidia o professor com elemento para uma reflexão continua para a sua

Page 290: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

290

prática, ele deve ser contínuo cumulativo e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do educador e considerar as características individuais

deste, no conjunto dos componentes curriculares cursados, com prepondência dos

aspectos qualitativos.

A recuperação dos estudos, direitos dos alunos, dar - se á de forma

permanente e constantemente ao processo de ensino aprendizagem.

Realiza as atividades, agindo de maneira cooperativa, utilizando formas de

expressão que favoreçam a integração grupal, adotando atitudes de respeito mútuo,

dignidade e solidariedade.

Organiza e pratica atividades de cultura corporal, de movimento,

demonstrando capacidade de adaptá-las favorecendo a inclusão de todos;

Reconhece algumas das diferentes manifestações da cultura corporal de

movimento.

Percebe os limites e possibilidades do próprio corpo de forma a, poder

controlar algumas de suas posturas e atividades corporais com autonomia e, a

valorizá-las como recurso para melhoria de sua aptidão física.

Page 291: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

291

5. REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: EDUCAÇÃO FÍSICA. Curitiba: SEED, 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.

REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.

Page 292: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

292

COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

NRE: APUCARANA

MUNICÍPIO: KALORÉ

DISCIPLINA: FILOSOFIA

NÍVEL: ENSINO MÉDIO

PROFESSORA: MARLI DE FÁTIMA BURANELLO

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR DE FILOSOFIA

KALORÉ

2012

Page 293: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

293

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A

Filosofia não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado,

fechado em si mesmo. Ela é antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar

os acontecimentos além da sua pura aparência. Assim, ela pode se voltar para

qualquer objeto. Pode pensar a ciência, seus valores, seus métodos, seus mitos;

pode pensar a religião; pode pensar a arte; pode pensar o próprio homem em sua

vida cotidiana. Diz-se que a Filosofia incomoda certos indivíduos e instituições

porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Isto é,

questiona a prática política, científica, técnica, ética, econômica, cultural e artística.

Desse modo, compreender a importância do ensino de Filosofia no Ensino

Médio é entendê-la como um conhecimento que contribui para a formação do aluno.

Cabe a ela indagar a realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais

para os homens, em cada época.

A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa, sistemática

e deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a

radicalidade do problema, isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação do Colégio ao

instituir a disciplina de Filosofia no Ensino Médio, a busca pelo ensino da reflexão

filosófica, instrumentalizando os alunos para estarem aptos a compreender e atuar

em sua realidade.

A disciplina de Filosofia tem como objetivos:

• Refletir criticamente o conhecimento científico, conhecendo e

analisando todo o processo de construção da ciência do ponto de vista lógico,

linguístico, sociológico, político, filosófico e histórico;

• Propiciar a reflexão filosófica para que os educandos compreendam,

interpretem conteúdos de forma interdisciplinar;

• Possibilitar ao estudante desenvolver um estilo próprio de pensamento

que priorize a capacidade de criar novos conceitos e interagir como meio de

desvendar a realidade social;

• Sensibilizar os educandos quanto as temáticas a serem trabalhadas,

levando-os a problematizar, investigar, compreender e a construir novos conceitos

Page 294: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

294

que delimitarão as ações de um cidadão consciente e atuante.

Page 295: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

295

2. CONTEÚDOS

Os conteúdos estruturantes etão presentes em todos os períodos da história

da Filosofia, na antiga medieval, moderna e contemporânea. Eles são dimensões da

realidade que dialogam continuamente entre si, com as ciências, com a arte, com a

história, enfim, com as demais disciplinas, tornando-se elementos mediadores

fundamentais para que possa desenvolver o específico do ensino da Filosofia: a

problematização, a investigação e criação de conceitos.

Nessa perspectiva torna-se de suma importância a articulação entre os

conteúdos, propiciando uma prática pedagógica enriquecedora, privilegiando a

atividade reflexiva. Uma vez que, o conteúdo Mito e Filosofia, permite ao homem

criar pensamento e aí situa-se tanto o mito como a racionalidade, princípios

fundamentais para o homem desenvolver ideias, sistemas, leis, códigos e práticas. E

a partir da Teoria do conhecimento encontrar caminhos e respostas diferenciadas

para as problemáticas levantadas.

Assim, a reflexão Ética se faz necessária no espaço escolar, já que o agir

fundamentado propicia consequências melhores e mais racionais que o agir sem

razão.

Entrelaçando e Filosofia Política, que abrange a problematização de

conceitos como de cidadania, democracia, justiça, igualdade e liberdade. Nessa

ótica vê-se a Filosofia da Ciência como fundamental para a produção do

conhecimento científico capaz de questionar cada conceito, visão e ideia.

A busca dessa compreensão envolve a sensibilidade, criatividade, que é o

objeto de estudo do conteúdo de Estética que está intimamente ligada a realidade

humana, à capacidade dos sujeitos tornarem-se críticos e atuantes no mundo.

2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

MITO E FILOSOFIA

Saber mítico; Saber filosófico; Relação Mito e filosofia; Atualidade do mito; O que é filosofia?

Page 296: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

296

TEORIA DO CONHECIMENTO

Possibilidade do conhecimento;As formas de conhecimento;O problema da verdade;A questão do método;Conhecimento e lógica

ÉTICA

Ética e moral;Pluralidade ética;Ética e violência;Razão, desejo e vontade;Liberdade: autonomia do sujeito

e a necessidade das normas.

FILOSOFIAPOLÍTICA

Relações entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade política;Esfera pública e privada;Cidadania formal e/ou

participativa.

FILOSOFIADA CIÊNCIA

Concepções de ciência;A questão do método científico;Contribuições e limites da

ciência;Ciência e ideologia;Ciência e ética.

ESTÉTICA

Natureza da arte;Filosofia e arte;Categorias estéticas – feio, belo,

sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.;

Estética e sociedade.

Page 297: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

297

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Tendo em vista os objetivos propostos na Diretriz Curricular de Filosofia, as

aulas serão ministradas no sentido de levar o aluno a questionar sua realidade,

analisar, comparar, decidir, planejar e expor ideias, bem como ouvir e respeitar as

de outrem, configurando um sujeito crítico e criativo.

Igualmente, as atividades desenvolvidas em sala de aula deverão ser baseadas

nos temas tratados, exigindo: a sensibilização propriamente dita (através da

problematização de questões locais, questionamentos dos alunos, uso de textos

e/ou filmes, etc.), aulas expositivas (com abertura de debates e opiniões pessoais),

pesquisa online de temas atuais, estudo e reflexão de textos de caráter filosófico,

redação de atividades que demonstrem compreensão por parte dos alunos dos

temas trabalhados, com possibilidade de criarem novos conceitos ou reformularem

os que existem.

O encaminhamento da metodologia utilizada nas aulas de Filosofia deve

fornecer subsídios que encaminhem na construção de valores importantes na

formação do estudante do Ensino Médio: solidariedade; responsabilidade e

compromisso pessoal.

Assim, a metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e

oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos

indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99-

Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento

Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa

Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas

e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afro-

descendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade

Sexual e Educação do Campo, serão temas dos textos de diferentes gêneros

estudados no decorrer do ano letivo, os quais serão debatidos, confrontados, a fim

de garantir o desenvolvimento da capacidade de argumentação dos alunos.

Page 298: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

298

4. AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO

De acordo com a lei nº 9394/96 de Diretrizes Curriculares para a Educação

Básica, a avaliação tem como objetivo “formar sujeitos que construam sentidos para

o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são

frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã

e transformadora na sociedade”. (SEED, 2008, p. 31)

Dessa forma, a avaliação, visa contribuir para a compreensão das

dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos, para tomada de decisões

necessárias para que essa aprendizagem se concretize, aproximando a escola da

comunidade e da sociedade como um todo, no contexto histórico atual e no espaço

onde se insere os alunos.

A proposta de trabalho e a avaliação devem servir na contribuição para o

educador verificar sua prática, como também na construção do conhecimento por

parte do educando, de forma que possa perceber seu próprio crescimento e sua

contribuição coletiva. Será, portanto, de caráter diagnóstico e contínuo, respeitando

o ritmo individual de aprendizagem, adotando os seguintes instrumentos avaliativos:

Textos produzidos pelos alunos;

Participação em sala de aula durante os debates;

Atividades e exercícios realizados em sala e extraclasse;

Atividades de pesquisa online;

Oralidade (opiniões e sugestões coerentes, durante as discussões);

Apresentação de temas (oral ou escrito) de pesquisas realizadas;

Registro das aulas.

Para a análise do progresso dos alunos, é preciso que o educador conheça o

que o estudante pensava antes de trabalhar determinado conceito, para poder

realizar as seguintes comparações:

• Qual discurso tinha antes;

• Qual conceito trabalhou;

• Qual discurso tem após;

• Qual conceito trabalhou;

De acordo com o Regimento Interno e do Projeto Político Pedagógico, será

Page 299: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

299

ofertado aos alunos que não alcançarem a nota máxima 10,0 (dez) a avaliação de

recuperação dos conteúdos, sendo esses avaliados de suas formas: atividades de

sala, trabalhos extraclasse, apresentações e debates, com valor 6,0 (seis virgula

zero) e avaliação bimestral com valor 4,0 (quatro virgula zero).

Page 300: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

300

5. REFERÊNCIAS

_________. História da Filosofia. Lisboa: Ed. Presença, 1970.

BUZZI, Arcângelo. Filosofia para principiantes: a existência humana no mundo. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 1007.

DURANT, Will. A história da filosofia. Rio de Janeiro: Nova Cultural, 1996.

DIRETRIZES CURRICULARES DE FILOSOFIA – SEED – Secretaria de Estado da Educação do Paraná – Curitiba: Junho, 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré/Jussiara – PR.

REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré /Jussiara – PR.

Page 301: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

301

COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

NRE: APUCARANA

MUNICÍPIO: KALORÉ

DISCIPLINA: FÍSICA

NÍVEL: ENSINO MÉDIO

PROFESSORA: CARINA ELIZABETE DA SILVA

LUCIA NITA PLAÇA DAVANÇO

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR DE FÍSICA

KALORÉ2012

Page 302: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

302

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O objeto de estudo da Física é o universo em toda sua complexidade e, por

isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza,

entendida, segundo Menezes (2005), como realidade material sensível. Ressalte-se

que os conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não

são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo

Homem no intuito de explicar e entender essa natureza.

A disciplina de Física propõe aos educandos o estudo da natureza dando

sentido de realidade sensível, no entanto, é apresentado aos estudantes de ensino

Médio o modelo de elaborações humano.

No período paleolítico, o homem tentava garantir sua subsistência,

observando as variações nos céus, que se iniciou o estudo dos movimentos. Na

idade Média o conhecimento do universo foi associado a Deus, assim a filosofia

medieval cristã submeteu- se a fé e as verdades ao cristianismo, influenciada por

Platão e Aristóteles e a astronomia Geocêntrica.

A Física qual a conhecemos hoje foi inaugurada por Galileu Galilei no séc.

XVI, com uma nova forma de se conceber o universo. Quem completou o que

Galileu e Descartes não chegaram a realizar foi Newton, a submeter o céu e a Terra

às mesmas leis.

Na Inglaterra, séc. XVIII, o capitalismo consolidava a sua formação, com a

incorporação das máquinas e à indústria, mudando a maneira de produzir bens e

dando início a grandes transformações sociais e tecnológicas (máquinas a vapor). É

a revolução industrial burguesa que vai levantar a bandeira da educação gratuita

para todos, até porque precisava se firmar com a classe dominante.

Em 1808, com a vinda da família real ao Brasil o ensino de Física é

traduzida para o nosso país a corte com a preocupação de formar engenheiros e

médicos, de modo a formar as elites dirigentes do país.

No cenário científico mundial, o início do séc. XX é marcado por uma nova

revolução no campo de pesquisa da Física. Em 1905; Einstein propõe a teoria da

relatividade, abrindo caminho para o desenvolvimento da mecânica quântica.

A intensificação do processo de processo de industrialização no país, a

Page 303: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

303

partir do ano 1950, tornou a física no Brasil parte dos currículos de ensino

secundário, hoje Ensino Médio.

Com o passar de décadas a Física foi tomando sua forma, lançando

satélites artificiais, desenvolvendo projetos nacionais, informatizando, enfim, surgiu

um novo padrão de formação e qualificação, devido ao uso no setor produtivo.

A física é um conhecimento que permite elaborar modelos de evolução

cósmica, investigar mistérios do mundo sub- microscópio, das partículas que

compõem a matéria, ao mesmo tempo em que permite desenvolver novas fontes de

energia e criar novos materiais, produtos e tecnologias.

Deve-se permitir em Física a compreensão do conjunto de equipamentos e

procedimentos, técnicas ou tecnologias, do cotidiano doméstico, social e

profissional.

O aprendizado de Física tem características específicas que podem

favorecer uma construção rica em abstrações e generalizações, tanto de sentido

prático como conceitual. A Física tem uma maneira própria de lidar com o mundo,

que se expressa não só através da forma como apresenta, descreve e escreve o

real, mas, sobretudo na busca de regularidades, a conceituação, a qualificação das

grandezas, na investigação dos fenômenos, no tipo de síntese.

Tem-se por objetivo que professor e estudantes compartilhem significados

na busca da aprendizagem que ocorre quando novas informações interagem com o

conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam,

integram, modificam e enriquecem o saber já existente, que eles trazem não se

constitui numa verdade pronta e acabada, mas que pode funcionar como uma

barreira a formulações de novos saberes. (CARVALHO FILHO, 2006, p. 12),

inclusive com a possibilidade de substituí-lo.

Page 304: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

304

2. CONTEÚDOS

Os três conteúdos “Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo”,

foram escolhidos estruturantes porque indicam campos de estudo da Física que, a

partir de desdobramentos em conteúdos pontuais, possam garantir os objetos de

estudo da disciplina da forma mais abrangente possível. Eles foram indicados a

partir da história da Física enquanto campo de conhecimento devidamente

constituído ao longo do tempo, e o entendimento, pelos professores, de que o

Ensino Médio deve estar voltado à formação de sujeitos que, em que sua formação

e cultura, agreguem a visão da natureza, das produções e das relações humanas.

O estudo dos movimentos deve contemplar a compreensão das ideias de

conservação de momentum, pois estão ligadas ao estudo de simetrias e leis de

conservação, além da concepção de homogeneidade dos espaços. Também no

estudo de colisões ou manifestação de recuo. Para os fins de estudos das

partículas. As ideias de espaço, tempo e matéria. Mecânica clássica e relativística e

quântica. Trabalhar ainda o conceito de força, a variação temporal, o impulso ou

teoria newtoniana. Faz se necessária a abordagem do gravitação universal.

No campo da Termodinâmica, os estudos devem caminhar com base nas

Leis, que apresentam os conceitos de temperatura, calor como energia em trânsito,

conservação de energia, os trabalhos de Mayer, Helmholtz, Maxwell e Gibbs. A Lei

Zero dá enfoque as noções de energia em trânsito, equilíbrio térmico, propriedade

termodinâmica. A Primeira Lei demostra a ideia de calor como forma de energia. A

Segunda Lei perpassa a noção de máquinas térmicas, conduzindo ao conceito de

entropia. Enquanto que na Terceira Lei elabora ideias sobre a quantização da

energia e a consideração de suas moléculas.

Com relação aos conceitos de eletromagnetismo levar aos estudos das

quatro leis do Eletromagnetismo Clássico, possibilitando a compreensão das cargas

elétricas, campo elétrico e magnético. Além da ideia de corrente elétrica e a variação

da corrente no tempo, que levam as equações de Maxwell. Trabalhado ainda os

circuitos elétricos e eletrônicos. Assim sendo importante o trabalho com o efeito

fotoelétrico e a compreensão da descoberta dos quanta de luz, início da mecânica

quântica e à imutabilidade da velocidade luz.

Page 305: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

305

2.1 Conteúdos Estruturantes/Básicos

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

MOVIMENTO

Conservação de quantidade de movimentos

Variação da quantidade de movimento( impulso)

2ª lei de Newton

3ª lei de newton e condições de equilíbrio

Energia e o princípio da conservação da energia

Gravitação

TERMODINÂMICA

Lei zero da Termodinâmica

1ª Lei da termodinâmica

2ª Lei da Termodinâmica

ELETROMAGNETISMO

Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas

Força eletromagnética

Equações de Maxwell: Lei de Gauss / Lei de Coulomb, lei de Ampère, lei de Gauss magnética, Lei de Faraday

A natureza da luz e suas propriedades.

Page 306: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

306

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Utilizaremos meios de informação contemporâneos que estiverem

disponíveis na realidade do aluno, tais como: jornais, revistas, leituras científicas,

computadores e vídeo, como instrumentos didáticos, incentivando diferentes leituras

e/ou análise crítica.

Estimular visitas a instalações de produção do saber ou da informação, de

forma a permitir ao aluno construir uma concepção significativa da realidade em que

vive.

Analisando a prática pedagógica, o professor deverá saber sobre quais os

objetivos e expectativas a serem atingidos; qual concepção que se agrega às

atividades propostas e dar significados as atividades desenvolvidas com os alunos,

tais como: aulas dialogadas, leituras, pesquisas, debates, relatórios, atividades

experimentais, jogos didáticos, entre outras, tendo a clareza que estas atividades

devem ser problematizadoras, para que possa contribuir na formação de um sujeito

intelectualmente autônomo.

Experimentação em laboratório, dos assuntos estudados, para que o aluno

possa vivenciar a teoria.

A metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e assim

oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos

indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99-

Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos, educação

Fiscal, enfrentamento á Violência na escola, Prevenção ao Uso indevido de drogas,

acompanhando e fortalecendo as ações de inclusão dos desafios Educacionais

Contemporâneos nas Escolas da Rede Pública Estadual.

No desenvolvimento das atividades, serão utilizados recursos como :

Slides, DVDs, CDs, TV Pendrive, Data Show, recortes de filmes, vídeos, imagens,

aulas práticas em laboratório de Informática, Internet, dentre outros. O professor

deve atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem, orientando os

estudantes com segurança, sem induzi-los às conclusões, permitindo que sigam nos

ritmos próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias habilidades.

Page 307: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

307

4. AVALIAÇÃO

A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e

aprendizagem. Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua

prática, a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que

devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de

aprendizagem individual ou de todo grupo.

Para avaliar a cada momento, o professor utilizará a avaliação processual

e diagnóstica, através de instrumentos como: relatórios de aulas práticas, apresen-

tação de trabalhos, pesquisas, provas escritas, seminários, participação em debates

e outras atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação da aprendizagem,

considerando para tal, a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos, as dife-

rentes formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade dos alu-

nos.

Com a diversificação da avaliação levamos em conta todos os aspectos: a

compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise de um texto, seja ele

literário ou científico, emitindo uma opinião que leve em conta o conteúdo físico; a

capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro

evento que envolva a Física.

No entanto, a avaliação não será utilizada para classificar os alunos com

uma nota, mas com o objetivo de auxilia- lo na aprendizagem. Ou seja, avaliar só

tem sentido quando utilizada como instrumento para interferir no processo de

aprendizagem dos estudantes, visando o seu crescimento.

A recuperação de estudos é paralela aos conteúdos estudados, de acordo

com o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. Como meios

de estímulo ao desenvolvimento do aluno, trabalhamos com ideias de um

crescimento e elas não ficam restritas apenas ao uso de procedimentos de testes,

mas sim de um conjunto de tarefas e observações que o professor faz dos alunos,

de sua interação em sala de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e

emocional, trabalhos em grupo e comprometimento, gerando informações que

possibilitam perceber tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais

apropriados. Dessa forma procura-se ofertar um atendimento individualizado aos

Page 308: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

308

alunos com necessidades especiais.

A recuperação de estudos tem como intencionalidade recuperar os

conteúdos não apropriados e, não os instrumentos de avaliação. Para tanto, é

necessário que o professor, seja competente na elaboração e construção desses

instrumentos para levar todos a adquirirem o saber, não eliminando os que não o

adquiriram.

Quantos aos critérios de avaliação em Física, deve-se verificar:

A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e

aprendizagem planejada;

A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;

A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;

A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as

leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva

os conhecimentos da Física.

A avaliação não é um processo meramente técnico, implica uma postura

política e inclui valores e princípios, refletindo uma concepção de educação, escola e

sociedade. Repensar os fundamentos que norteiam as teorias avaliativas implica

desvelar as ideologias em que se apoiam na perspectiva de sua superação.

Page 309: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

309

5. REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Física. Curitiba: SEED, 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.

REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações étnico-Raciais e para o Ensino de história e Cultura afro- brasileira e africana.

Page 310: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

310

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO.

NRE: APUCARANA

MUNICÍPIO: KALORÉ

DISCIPLINA: HISTÓRIA

NÍVEL: ENSINO MÉDIO

PROFESSORA: LUCIANE CHAMORRO RODRIGUES

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR DE HISTÓRIA

KALORÉ

2012

Page 311: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

311

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A História, enquanto disciplina escolar, terá como espaço de tempo

abordado os anos de 1970 até os dias atuais. Através deste recorte, objetiva-se

expor as principais características do currículo da disciplina, suas permanências e

mudanças, juntamente com a inserção da produção historiográfica nas práticas

escolares, pois estende-se que o conhecimento histórico é selecionado e construído

a partir das experiências sociais de todos os sujeitos e não apenas de um grupo

fechado e elitista. Além disso, as sugestões para os conteúdos estruturantes devem

privilegiar campos da investigação da história cultural, social, econômica e política,

com significativa tematização dos mesmos e à luz da Nova História Cultural,

inserindo-se, assim, conceitos relativos à consciência histórica e a reflexão.

A intenção e objetivo da história é que o aluno desenvolva a capacidade de

observar, extrair informações e interpretar características da realidade do seu

entorno, estabelecendo relações entre as conjunturas atuais e históricas, pois

quando nos propomos a levar aos alunos os vastos conteúdos históricos, o mesmo

não pode se limitar a uma simples enumeração cronológica dos fatos ou pertencer

ao modelo eurocentrista de estudo sobre a História.

Dessa forma, o ensino de História favorece a formação do aluno como

cidadão, construindo sua ética e sua cidadania, e possibilitando, de certa forma, que

assuma a participação nas esferas sócias, políticas, econômicas, através de uma

atitude crítica da realidade na qual se insere, além de possibilitar ao aluno refletir

sobre os seus valores e suas práticas cotidianas e relacioná-las com as

problemáticas históricas, proporcionado, por sua vez, uma interligação entre o

passado e o presente.

Sendo assim, a partir da definição teórico-metodológica que nortearia o

ensino de História no Paraná, iniciou-se o processo de elaboração das diretrizes

curriculares, processo esse, que teve a participação de todos os professores do

Estado através de cursos, capacitação e formação continuada. Essa discussão entre

todos os profissionais da educação proporcionou uma contribuição democrática para

a elaboração deste novo documento.

Referente a cultura afro-brasileira, destaca-se a inclusão nas diretrizes

Page 312: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

312

curriculares da lei 10.639/03, que procura demonstrar a possibilidade do convívio

pacifico dos diversos grupos étnico-racial, reforçando a auto estima dos alunos

negros e procurando demonstrar a importância de seus antepassados para a

formação da nação brasileira. Tudo isso possui o objetivo primordial de desconstruir

o mito da democracia racial, que é a condição necessária para se alterar a produção

e o ensino da história do negro no Brasil.

O processo de ensino aprendizagem na disciplina de história, busca:

Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos, mantendo-

se as diferenças e a luta contra as desigualdades;

Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma multiplicidade de tempo;

Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento

interdisciplinar;

Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar diversidade social considerando

critérios étnicos;

Dominar procedimentos de pesquisa escolar, produção de textos, aprender a

observar e colher informações de paisagens e registros escritos, iconográficos,

sonoros e materiais;

Utilizar fontes históricas nas pesquisas escolares;

Caracterizar e distinguir relações sociais de trabalho em diferentes realidades

históricas;

Enfatizar a História do Brasil e a História do Paraná e inserir conteúdos da História

Afro-brasileira e Africana no contexto.

Page 313: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

313

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Para a seleção dos conteúdos a serem trabalhados no Ensino Médio, deve-se

levar em conta que os conceitos utilizados na disciplina de História são

historicamente construídos, tendo pôr sua vez, uma forte relação com o processo de

surgimento e constituição das diversas formações sociais. Estes conceitos são

instrumentos que permitem ao professor e ao aluno refletir sobre a prática,

construindo assim, a percepção da formação da consciência histórica nesses

sujeitos.

Os conteúdos estruturantes de História são:

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações Culturais

Os conteúdos básicos são :

• Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre

• Urbanização e Industrialização

• O Estado e as Relações de Poder

• Os Sujeitos, as Revoltas e as Guerras

• Movimentos Sociais, Políticos, Culturais e as Guerras e Revoluções

• Cultura e Religiosidade

Page 314: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

314

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Pôr possuir como princípio a recusa de uma concepção de história tida como

pronta e definitiva, sem diálogo com outras vertentes historiográficas, as Diretrizes

Curriculares de História, elaboradas por uma equipe de professores da SEED,

possuem como fundamentação teórico-metodológica o suporte na historiografia

intitulada Nova História Cultural ou Nova Esquerda Inglesa, que realizam a crítica

aos modelos das “verdades”, das generalizações e dos determinismos. Essa nova

proposta metodológica norteia o trabalho dos professores de história para que

abordem com maior ênfase, em sala de aula, a história cultural, a história “vista de

baixo para cima”, a utilização de documentos históricos, tematização entre a macro

e a micro história, amenizando, desta forma, os modelos eurocêntricos e pré-

estabelecidos.

O Ensino de História deve contemplar a legislação vigente/ Desenvolvimento

Socioeducacional, referente a Lei nº 11.645/08 – História e Cultura dos Povos

Indígenas, Lei nº 10.639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Lei nº

9.785/99 – Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos,

Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido

de Drogas, Educação do Campo, nas diferentes séries, através de variados recursos

e metodologias, como: mapas temáticos, textos, vídeos, fotos, artigos de jornais,

pesquisas online, dentre outros recursos disponíveis na escola.

O uso da biblioteca também é fundamental, cabendo ao professor orientar os

alunos no conhecimento do acervo específico, as obras que podem ser consultadas,

incluindo os bons hábitos de manuseio e conservação das obras.

É tarefa de o professor investigar nos alunos, suas capacidades de questionar

e criticar conteúdos e as abordagens existentes no contexto consultado, de modo

que constituam gradativamente, autonomia na busca do conhecimento.

Conceituar a história, diante de uma escola de campo, torna-se necessário

resgatar a identidade dos povos do campo, para valorizar o seu trabalho, a sua

história, o seu jeito de ser, os seus conhecimentos, a sua relação com a natureza e

como ser da natureza. Trata-se de uma valorização que deve se dar pelos próprios

povos do campo, numa atitude de recriação da história.

Page 315: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

315

4. AVALIAÇÃO

A Avaliação do Ensino de História é processual e diagnóstica, subsidia todo o

processo ensino-aprendizagem, norteando toda a prática pedagógica, oferecendo

clareza quanto ao como retornar conteúdos ou conceitos que visam as mudanças de

atitudes.

Como um processo, acompanha as práticas de Ensino a partir da reflexão

crítica nos debates, textos, participação em pesquisas de campo, produção e análise

escrita. Pontos fundamentais que demonstram articulação entre fontes conceituais e

a prática vivida pelo cotidiano do aluno.

Mediante a análise processual do desempenho do aluno, torna-se viável no

ensino de História a recuperação paralela ao estudo dos conteúdos que prevê e

provê meios para a superação das dificuldades dos educandos, tendo em vista

efetivar aprendizagens concretas e significativas, coerentes ao contexto

sociocultural, político e ambiental.

De acordo como regimento escolar e o PPP o sistema de avaliação adotado

pelo estabelecimento de ensino é bimestral e será composto pela somatória 6,0

(seis vírgula zero) referente as atividades diversificadas, mais a nota 4,0 (quatro

vírgula zero) proveniente de uma prova escrita e/ou oral, totalizando nota final de

10,0 (dez vírgula zero). A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e

concomitante ao processo ensino aprendizagem. Sendo assim, será organizado com

atividades significativas, por meios de procedimentos didático-metodológicos

diversificados, não devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos

não apropriados.

Page 316: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

316

5. REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: HISTÓRIA. Curitiba: SEED, 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.

REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.

Page 317: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

317

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO

NRE: APUCARANA

MUNICÍPIO: KALORÉ

DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA

NÍVEL: ENSINO MÉDIO

PROFESSORA: DARCI ARAVECHI FERREIRA BURANELLO

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR DE LÍNGUA

PORTUGUESA

KALORÉ2012

Page 318: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

318

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino da Língua Portuguesa, desde sua implantação no Brasil, sempre

atendeu aos interesses das classes dominantes; estando, portanto, carregado de

ideologias e pressupostos de subordinação das classes menos favorecidas.

Diante de tal realidade, as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná

propõem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela

discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na

construção de alternativas.

Com isso, a Língua Portuguesa torna-se importante porque é através da

linguagem que o homem se reconhece como humano, interage e troca experiências,

compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como participante da

sociedade.

A linguagem, nessa concepção, é vista como de ação entre sujeitos histórica

e socialmente situados que se constituem e constituem uns aos outros em suas

relações dialógicas. Na medida em que possibilita a interação e a constituição

humana, ela pode ser considerada como trabalho e produto do trabalho.

Desse modo, esta proposta curricular fundamenta-se na concepção que

norteia o ensino de Língua Portuguesa, que é a sóciointeracionista, em que se

privilegia construção e reconstrução verbal, e não verbal, a socialização dos

conhecimentos, considerando a relação dialógica e o contexto de produção.

Logo, o nosso objeto de estudo é a Língua e o conteúdo estruturante é o

discurso enquanto prática social, concretizando-se na oralidade, leitura e escrita.

Conceituar a Língua Portuguesa, diante de uma escola do campo, torna-se

necessário resgatar a identidade cultural dos alunos, que vivem no campo e

enfrentam os obstáculos que a realidade impõe.

Com isso, deve-se pensar o currículo como orientações para o professor e

assim garantir uma maior atenção à diversidade, valorizando a identidade, a

expectativa e o interesse, a interação e os objetivos dos alunos, atendendo com

maior precisão as necessidades do alunado e ao ritmo de aprendizado, na

sociedade, em relação à Língua Materna.

A cultura afro merece destaque na Língua Portuguesa, levando em

Page 319: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

319

consideração o contexto racial, a diversificação e a miscigenação, vivenciando

através de mimese situações reais: músicas, poesias, teatro, filmes, obras literárias,

pesquisas da cultura afro, debates, textos diversificados e produção textual bem

como, mostra cultural.

Nesse sentido, compreender a língua como “um conjunto aberto e múltiplo de

práticas sociointeracionais, orais ou escritas, é perceber que ela não existe em si,

mas só existe efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento

construtivo dessas múltiplas relações e nela se constitui continuamente”. Visto que a

língua é um instrumento de construção da identidade e capaz de contribuir para o

pleno exercício da cidadania.

Tendo e vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas

diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de

língua, busca:

Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada

contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discursos do

cotidiano e propiciando a possibilidade de um posicionamento diante deles;

Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de

práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto

tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie

seus conhecimentos linguístico-discursivos;

Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade,

leitura e escrita;

Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,

proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes

contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão;

Valorizar e reconhecer a cultura afro-brasileira como grande contribuidora na nossa

formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial.

Page 320: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

320

2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade

e da escrita se faz através da observação e inclusão; propiciando a interação de

todas as diferenças individuais: psico-sociais, motoras e/ ou audio-visuais;

possibilitando conteúdos pesquisas e avaliação diferenciadas: de forma discursiva,

oral, gestual entre outras.

Visto que as aulas de Língua materna existem efetivamente, no contexto das

múltiplas relações. Compreendendo a linguagem como instrumento de construção

da identidade, e capaz de contribuir para o pleno exercício da cidadania. E também

dando ênfase à cultura afro- brasileira, aos laços culturais do passado e do presente,

que nos unem. Contribuindo para que os alunos percebam a dinâmica histórica-

cultural do fazer literário e que a boa literatura transcende os limites de seu tempo e

espaço. Focalizando vários gêneros discursivos: Crônicas, contos, fábulas, novelas,

romances, biografias, letras de músicas, , documentários, depoimentos,

propagandas, anúncios, diálogos, fotos, narrativas de aventura, cartazes,

rótulos/embalagens, artigos de opinião, poemas, receitas, telejornais, lendas, peças

teatrais, cartas pessoais, relatos pessoais, relatórios, seminários, debates, charges,

tiras, pinturas, esculturas, fotos, cartazes, entrevistas e reportagens .

2.1 - Conteúdos Básicos

Leitura:

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Discurso ideológico presente no texto;

Page 321: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

321

• Elementos composicionais do gênero;

• Contexto de produção da obra literária;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Progressão referencial;

• Partículas conectivas do texto;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem,

sentido conotativo e denotativo.

Escrita:

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Ideologia presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Progressão referencial;

• Partículas conectivas;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem,

sentido conotativo e denotativo;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Vícios de linguagem;

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência.

Page 322: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

322

Oralidade:

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e do interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporais e gestuais,

pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

Análise Linguística:

• Coesão e coerência;

• Função dos pronomes, artigos, adjetivos, numerais, preposições, advérbios,

locuções adverbiais, conjunções, verbos, palavras interrogativas, substantivos,

substantivos, discurso direto e indireto, vozes verbais, concordância verbal e

nominal, orações condicionais;

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

Page 323: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

323

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O ensino de Língua Portuguesa tem por obrigação promover o

amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para

que os estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com

seus próprios pontos de vista. Esse domínio das práticas discursivas possibilitará

que o aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na

sociedade.

Além disso, esse aprimoramento linguístico possibilitará ao aluno a leitura

dos textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto,

instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no

contexto de seu momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e

singularidade discursiva.

Nessa perspectiva, as atividades de leitura deverão propiciar o

desenvolvimento de uma atitude crítica que leve o aluno a perceber o sujeito

presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Para tanto,

as atividades de leitura serão:

• Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros;

• Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;

• Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade,

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e

ideologia;

• Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade,

época referência à obra literária, exploração dos estilos do autor, da época, situação

do momento de produção da obra e diálogo com o momento atual, bem como com

outras áreas do conhecimento;

• Utilização de textos não-verbais diversos que dialoguem com não-

verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;

• Discussões que relacionem o tema com o contexto atual;

• Socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

• Identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras

Page 324: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

324

e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que

dentam ironia e humor;

• Leituras que suscitam no reconhecimento do estilo, que é próprio de

cada gênero;

• Análises para estabelecer a progressão referencial do texto;

• Leituras para compreensão das partículas conectivas.

Quanto às atividades de escrita, estas deverão se realizar de modo

interlocutivo, relacionando o dizer escrito às circunstâncias de sua produção. Dessa

forma, elas serão:

• Produção textual a partir: da delimitação do tema; do interlocutor, do

gênero, da finalidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,

temporalidade e ideologia;

• Uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência

textual;

• Utilização adequada das partículas conectivas;

• Ampliação de leituras sobre o tema e gênero proposto;

• Reescrita textual: revisão dos argumentos, das ideias, dos elementos

que compõem o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há

uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está

apropriada, se há continuidade temática etc.);

• Uso de palavras ou expressões no sentido conotativo e denotativo,

bem como de expressões que denotam ironia e humor;

• Produções que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de

cada gênero;

• Utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e

elementos do texto;

• Análise da produção textual quanto à coerência, coesão, continuidade

temática, finalidade e adequação da linguagem ao contexto;

• Reflexão sobre os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos na reescrita dos textos.

Page 325: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

325

Já as atividades de oralidade deverão oferecer condições ao aluno de falar

com fluência em situações formais, adequar a linguagem conforme as circunstâncias

(interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da

língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência democrática que supõe o

ouvir e o falar. Assim, as práticas da oralidade serão:

• Apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em

consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do

texto;

• Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos

alunos (e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e

elementos do texto;

• Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Apresentações que explorem as marcas linguísticas típica da oralidade

em seu uso formal e informal;

• Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos

extralingüísticos, como: entonação, pausas, expressão facial e outros;

• Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,

como: seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros;

• Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes

(por exemplo: diferentes jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio etc.), a fim de

perceber a ideologia dos discursos dessas esferas.

Em relação à literatura, esta será trabalhada de acordo com o Método

Recepcional proposto pelas DCEq, buscando efetuar leituras compreensivas e

críticas, sendo receptivo a novos textos e a leitura de outrem, questionando as

leituras efetuadas em relação a seu próprio horizonte cultural, transformando os

próprios horizontes de expectativas. Este trabalho divide-se em cinco etapas e

caberá ao professor delimitar o tempo de aplicação de cada uma delas, de acordo

com o plano docente e com a turma. Estas etapas são:

• Determinação do horizonte de expectativas do aluno/leitor: o professor toma

conhecimento e analisa os interesses e o nível de leitura dos alunos;

• Atendimento do horizonte de expectativas: o professor apresenta

Page 326: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

326

textos que sejam próximos aos conhecimentos e às experiências dos alunos;

• Ruptura do horizonte de expectativas: é a apresentação de obras

que partem da experiência do aluno, mas que também permitem aprofundar seus

conhecimentos;

• Questionamento do horizonte de expectativas: o professor orienta o

aluno para que este faça uma autoavaliação a partir dos textos oferecidos;

• Ampliação do horizonte de expectativas: as leituras oferecidas ao

aluno e o trabalho efetuado a partir delas possibilitam uma reflexão e uma tomada

de consciência das mudanças e aquisições, levando-o a uma ampliação de seus

conhecimentos.

Já as atividades de análise linguística devem complementar as práticas de

leitura, oralidade e escrita, possibilitando a reflexão consciente sobre os fenômenos

gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos. Assim, os

conteudos gramaticais deverão ser estudados a partir de seus aspectos funcionais

na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Para tanto, as práticas de

análise linguística deverão permitir:

• A compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do

gênero, do contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos;

• A percepção da multiplicidade de usos e funções da língua;

• O reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de

construções textuais;

• A reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas

observadas no texto, conduzindo o aluno às atividades epilinguísticas e

metalinguísticas, à construção gradativa de um saber mais elaborado, a um falar

sobre a língua.

Nessa perspectiva, o trabalho com sequências didáticas será valorizado, uma

vez que através deste o aluno tem a oportunidade de desenvolver sua competência

discursiva. Este trabalho consiste no estudo de textos de diferentes gêneros textuais

que fazem parte do cotidiano dos alunos e compreende as seguintes etapas:

1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a

descobrir qual o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade

dele para a leitura do texto;

2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno

Page 327: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

327

realmente explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o

texto, respondendo as questões: quem produziu? Onde? Quando? Para quê? Para

quem?;

3ª_ plano linguístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua,

ou seja, as questões de gramática, mas de forma contextualizada;

4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que

aprendeu nas etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado,

que tenha sentido para ele, ou seja, que seja de uso efetivo da língua.

A metodologia utilizada pretende também contemplar a legislação vigente e

assim oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos

indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99-

Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento

Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal, e Programa

Saúde na Escola); Enfrentamento á Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas

e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afro-

descendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade

Sexual e Educação do Campo.

Page 328: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

328

4. AVALIAÇÃO

A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura deverá ser um processo de

aprendizagem contínuo que dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno o

longo do ano letivo.

Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos qualitativos

sobre os quantitativos. Além disso, a avaliação formativa, por ser diagnóstica e

contínua, apontará dificuldades, possibilitando a intervenção pedagógica durante

todo tempo.

Assim, a avaliação, em Língua Portuguesa, será realizada nas práticas:

leitura, escrita, oralidade e análise linguística.

A recuperação dos conteúdos será de forma paralela durante todo o bimestre,

ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este

será retomado, podendo ser oferecido ao aluno, trabalhos extraclasse e atendimento

individual durante as horas-atividade do professor.

A recuperação de estudos é paralela aos conteúdos estudados, de acordo com

o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. Como meios de

estímulo ao desenvolvimento do aluno, trabalhamos com ideias de um crescimento e

elas não ficam restritas apenas ao uso de procedimentos de testes, mas sim de um

conjunto de tarefas e observações que o professor faz dos alunos, de sua interação

em sala de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e emocional,

trabalhos em grupo e comprometimento, gerando informações que possibilitam

perceber tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais apropriados.

Dessa forma procura-se ofertar um atendimento individualizado aos alunos com

necessidades especiais.

A recuperação de estudos tem como intencionalidade recuperar os

conteúdos não apropriados e, não os instrumentos de avaliação. Para tanto, é

necessário que o professor seja competente na elaboração e construção desses

instrumentos para levar todos a adquirirem o saber, não eliminando os que não o

adquiriram.

A recuperação de Língua Portuguesa será de forma permanente e

concomitante ao processo ensino e aprendizagem sendo as atividades significativas,

Page 329: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

329

sendo feita a divisão de notas através de trabalhos, avaliações, seminários, leitura e

atividades diversas.

Na leitura, espera-se que o aluno:

• Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-

verbais;

• Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Produza inferências a partir de pistas textuais;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os

diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o

contexto histórico atual;

• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no

sentido conotativo e denotativo;

• Reconheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as

partes e elementos do texto;

• Reconheça as palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão

referencial;

• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

Na escrita, espera-se que o aluno:

• Expresse ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero,

interlocutor, finalidade...), à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como: coesão, coerência, informatividade, intertextualidade

etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do

Page 330: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

330

artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção

etc.;

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem

como expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero

proposto;

• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e

elementos do texto;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;

• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

Na oralidade, espera-se que o aluno:

• Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• Apresente ideias com clareza;

• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

• Compreenda argumentos no discurso do outro;

• Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias;

• Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em

suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

• Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates,

mesas redondas, diálogos etc.;

• Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais,

pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos

extralingüísticos.

Na análise linguística, espera-se que o aluno:

• Utilize, adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do

artigo, dos pronomes etc.;

• Utilize as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo.

Observação: os instrumentos utilizados para a concretização das avaliações

acima serão especificados no plano de trabalho docente de acordo com cada série.

Page 331: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

331

5. REFERÊNCIAS

Chmoski M. Angela – Gusso e Finau A. Rosana LÍNGUA PORTUGUESA RUMO AO LETRAMENTO.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Língua Portuguesa. 2009.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré/Jussiara – PR.

REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré /Jussiara – PR.

Page 332: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

332

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ALVORADA DA INFÂNCIA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

NRE: APUCARANA

MUNICÍPIO: JUSSIARA

DISCIPLINA: MATEMÁTICA

NÍVEL: ENSINO MÉDIO

PROFESSORA: CARINA ELIZABETE DA SILVA BOCHIO

LUCIA NITA PLAÇA DAVANSO

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR DE MATEMÁTICA

KALORÉ2011

Page 333: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

333

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O Ensino Fundamental tem como objetivo a formação básica do cidadão

mediante: o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios

básicos o domínio da leitura, da escrita e do cálculo, o desenvolvimento da

capacidade de aprendizagem.

O ensino da cultura brasileira aponta para a necessidade de desenvolver um

trabalho voltado para a valorização da história e cultura Afro-brasileira e indígena,

estabelecendo assim um compromisso com a educação étnico-racial. Destina-se a

todos os cidadãos comprometidos com a educação visando a formação para a

cidadania na construção de uma sociedade justa e transformadora.

É importante entender a história da matemática no contexto da prática escolar

como componente necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, os

conteúdos estruturantes compreendem a natureza da Matemática e sua relevância

na vida da humanidade. A abordagem histórica deve vincular as descobertas

matemáticas aos fatos sociais e políticos, as circunstâncias históricas e às correntes

filosóficas que determinaram o pensamento e influenciaram o avanço científico de

cada época.

A história da matemática é um elemento orientador na elaboração de

atividades na criação das situações-problema, na busca de referências para

compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e

discutir razões para a aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos.

A Matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade

moderna, apropriar dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos contribui

para a formação do futuro cidadão, que se engajará no mundo do trabalho, das

relações sociais, culturais e políticas.

Para exercer plenamente a cidadania, é preciso saber contar, comparar,

medir, calcular, resolver problemas, construir estratégias, comprovar e justificar

resultados, argumentar logicamente, conhecer formas geométricas, organizar,

analisar e interpretar criticamente as informações, localizar, representar, etc.

Perceber isso é compreender o mundo à nossa volta e poder atuar nele. É

Page 334: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

334

preciso que o conhecimento informal, cultural, se incorpore ao trabalho matemático

escolar, diminuindo a distância entre a Matemática da escola e a Matemática da

vida.

Portanto apresenta os conteúdos organizados, o que permite que os assuntos

possam ser trabalhados de forma articulada. Essa organização também evita que

um assunto precise ser esgotado num determinado momento, tornando o

desenvolvimento dos conteúdos e aprendizagem mais dinâmicos.

Com essa organização, o professor poderá alcançar os objetivos traçados e

assim, os alunos têm oportunidade de ampliar assuntos e compreender as ideias

matemáticas que estão sendo trabalhadas.

Sendo organizada por meio de símbolos, a matemática torna-se uma

linguagem e instrumento importante para a resolução e compreensão dos problemas

e necessidades sociais dentro de cada contexto.

Esses conhecimentos são considerados como instrumentos de compreensão

e intervenção para a transformação da sociedade.

Assim, o trabalho com a disciplina de matemática promoverá o

desenvolvimento da consciência crítica, provocando alterações de concepções e

atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações

sociais.

A matemática permite que se processe a percepção do valor científico da

matemática, fazendo a relação entre a teoria (abstrata, plena de conceitos e

definições) e a prática( concreta, plena de atividades explicativas do cotidiano).

A busca de diferentes metodologias para subsidiar a prática pedagógica,

implantará na contribuição para o desenvolvimento dos alunos, no que se refere aos

conceitos fundamentais e conhecimentos matemáticos que proporcionem uma

melhor compreensão da sua realidade e da realidade do aluno.

''Nesse contexto, sistematizar o conhecimento matemático é o papel da

escola. Contribuir na aproximação de que as diferenças sejam minimizadas. Auxiliar

na utilização das tecnologias existentes, possibilitando o acesso a espaços

profissionais, no que se refere à criação e o uso dessas tecnologias.

O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém,

está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a

aprendizagem e o conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001),

Page 335: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

335

e envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e

se apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados,

métodos, procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70.

Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento

matemático, desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua

formação integral como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão

histórica, de modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e

reconstruídos, influenciando na formação do pensamento do aluno.

Page 336: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

336

2. CONTEÚDOS

• NÚMEROS E ÁLGEBRA

Os números estão presentes na vida do homem desde tempos “remotos

como os do começo da idade da pedra, o paleolítico” (STRUIK, 1997,P.29). A

passagem do estágio de coleta para a produção de alimentos, por meio da atividade

agrícola, foi uma transformação fundamental, que gerou processos acerca do

conhecimento de valores e numéricos e de relações espaciais.

A álgebra é um campo do conhecimento matemático que se formou sob

contribuições de diversas culturas. Pode mencionar que álgebra egípcia, babilônia,

grega, chinesa, hindu, arábica e da cultura europeia renascentista. Cada uma

evidenciou elementos característicos que expressam o pensamento algébrico de

cada cultura. Com Diofanto, no século III d.C., fez-se o primeiro sistemático de

símbolo algébrico. Tal sistematização foi significativa, pois estabeleceu uma notação

algébrica bem desenvolvida para resolver problemas mais complexos, antes não

abordados.

GRANDEZAS E MEDIDAS

O homem, no decorrer da história, deparou-se com noções de maior e menor,

de antes e depois, e com isso passou a realizar comparações entre espaços e entre

períodos de tempo necessitando estabelecer valores qualitativos e quantitativos. Ou

seja, para que pudesse ter uma visão da realidade, o ser humano precisou medir

criar instrumentos de medida. “ A ação de medir é uma faculdade inerente ao

homem, faz se parte de seus atributos de inteligência” (SILVA, 2004, p.35). Para

Machado, “ a necessidade de medir é quase tão antiga quanto a necessidade de

contar” (2000, p. 08).

GEOMETRIAS

No Ensino Fundamental, a geometria tem o espaço com a referência, de

modo que o aluno consiga analisar e perceber seus objetos para, então, representar.

Já no Ensino Médio, deve garantir ao aluno o aprofundamento dos conceitos da

geometria plana e espacial em nível de abstração mais complexos. Nesse nível de

ensino, os alunos realizaram análises dos elementos que estruturam a geometria

euclidiana, através da representação algébrica, ou seja, a geometria analítica plana.

FUNÇÕES

Page 337: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

337

Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os

seguintes conteúdos:

• função afim

• função quadrática

Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os conteúdos:

• função afim

• função quadrática

• função polinomial

• função exponencial

• função logarítmica

• função trigonométrica

• função modular

• progressão aritmética

• progressão geométrica

No Ensino Fundamental, na abordagem do Conteúdo Estruturante Funções, é

necessário que o aluno elabore o conhecimento da relação de dependência entre

duas grandezas. É preciso que compreenda a estreita relação das funções com a

Álgebra, o que permite a solução de problemas que envolvem números não

conhecidos.

O aluno deve conhecer as relações entre variável independente e dependente,

os valores numéricos de uma função, a representação gráfica das funções afim e

quadrática, perceber a diferença entre função crescente e decrescente. Uma

maneira de favorecer a construção de tais conhecimentos é a utilização de situações

problema.

As abordagens do Conteúdo Funções no Ensino Médio devem ser ampliadas

e aprofundadas de modo que o aluno consiga identificar regularidades, estabelecer

generalizações e apropriar de uma linguagem matemática para descrever e

interpretar fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do conhecimento. O

estudo das Funções ganha relevância na leitura e interpretação da linguagem

gráfica que favorece a compreensão do significado das variações das grandezas

envolvidas.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

O tratamento da informação é um conteúdo estruturante que contribui para o

Page 338: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

338

desenvolvimento de condições de leitura crítica dos fatos ocorridos na sociedade e

para interpretação de tabelas e gráficos que, de modo geral, são usados para

apresentar ou descrever informações.

2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebra

- Números Reais;- Números Complexos;- Sistemas lineares;- Matrizes e Determinantes;- Polinômios;- Equações e Inequações Exponenciais, logarítmicas e Modulares.

Grandezas e Medidas

- Medidas de Área;- Medidas de Volume- Medidas de Grandezas Vetoriais;- Medidas de Informática;- Medidas de Energia;- Trigonometria.

Funções

- Função Afim;- Função Quadrática;- Função Polinomial;- Função Exponencial;- Função Logarítmica;- Função Trigonométrica;- Função Modular;- Progressão Aritmética;- Progressão Geométrica.

Geometrias- Geometria Plana;- Geometria Espacial;- Geometria Analítica;- Geometrias não-euclidianas.

Tratamento da Informação

- Análise Combinatória;- Binômio de Newton;- Estudo das Probabilidades;- Estatística;- Matemática Financeira.

Page 339: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

339

3. METODOLOGIA DE ENSINO

Para adotar uma linha de ação que contemple não apenas os conteúdos

apresentados nos livros de matemática, mas também os conhecimentos trazidos

pelo aluno, o professor deverá promover um ensino contextualizado para a formação

dos conceitos a fim de possibilitar ao aluno o entendimento da matemática como

instrumento para compreender e solucionar os problemas do cotidiano. Nesse

processo, a matemática será compreendida como sendo capaz de ajudar a

solucionar os problemas apresentados pela sociedade.

O professor fará uso de encaminhamentos metodológicos variados, tais

como: investigações matemáticas,jogos, mídias tecnológicas, história da matemática

e desenvolvimento de projetos que aproximem a teoria e a prática, para que o aluno

possa associar o conhecimento matemático aos diversos contextos sociais históricos

e culturais.

Os conteúdos, trabalhados de forma não-linear, proporcionam ao aluno a

possibilidade de desenvolver a capacidade de observar, pensar, estabelecer

relações, analisar, interpretar, estimar, justificar, argumentar, verificar, generalizar,

concluir e abstrair. Dessa forma, serão estimuladas no aluno a intuição, a analogia e

as formas de raciocínio indutivo e dedutivo.

No que se refere às dificuldades individuais encontradas na prática da

matemática, os alunos deverão ser atendidos conforme suas especificidades,

através de um olhar diferenciado e individualizado, com o intuito de promover a

democratização do saber.

A matemática, nesse sentido, simboliza a compreensão das relações

cotidianas que interferem na produção do conhecimento. Assim, temáticas que se

referem aos desenvolvimento sócioeducacional, como uso indevido de drogas,

violência, diversidade cultural, dentre outros assuntos, podem permear as aulas de

matemáticas, principalmente no eixo tratamento de informação, por meio de uma

leitura de mundo, com vistas a efetivação de análises, reflexões e instigando a

tomada de atitudes concernentes à promoção da cidadania.

A matemática poderá contextualizar a geometria resgatando e valorizando a

arquitetura africana, fato que incidirá na concepção das contribuições da cultura

africana para o mundo, desde a antiguidade até os dias atuais.

Page 340: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

340

4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO

A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem.

Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua prática, a criação de

novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos,

ajustados ou reconhecidos como adequado para o processo de aprendizagem

individual ou de todo grupo. Para o aluno pode ser considerada como instrumento de

tomada de consciência de sua conquista, dificuldades e possibilidades para

reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.

Ë fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a oral, a

escrita,a gráfica, a numérica, a pictória, de forma a se considerar as diferente

aptidões dos alunos.

Considerando estes fatos, o professor realizará a avaliação por meio da:

Resolução (pelos alunos) de problemas (de forma individual, em duplas ou

em grupo), com justificativa do procedimento utilizado. A resolução de um problema

envolve: compreender a situação por meio da leitura e interpretação, não ter a

solução pronta de início, querer resolver a situação proposta, identificar o que

precisa ser resolvido (calculado) e quais informações utilizar, planejar a solução,

interpretar os resultados e analisar se eles são razoáveis ou não dentro do contexto

e validar a solução,de atividades que tenham objetivos variados e possam ser

trabalhadas em diversos momentos. Essas atividades podem ser questões abertas,

cuja intenção é levar o aluno a perceber pelo enunciado, que a solução procurada

não segue um modelo padronizado. As atividades também podem exigir justificativas

escritas ou orais, com o objetivo de verificar a autonomia matemática adquirida pelos

alunos. É importante que os alunos se acostumem a apresentar argumentos

matemáticos justificando os procedimentos utilizados para resolver as atividades.

Desse modo, aprendem a validar o raciocínio matemático que utilizam

independentemente da opinião do professor. As atividades podem ser inventadas

pelos alunos ( individualmente ou em grupo). A oportunidade de formular questões

possibilita aos alunos atingirem um nível de conhecimento matemático mais

elaborado e completo do que quando simplesmente resolvem as questões

propostas.

Page 341: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

341

Quando da realização de atividades específicas de avaliação (testes e

provas), é importante esclarecer aos alunos o que se pretende avaliar, para que eles

estejam atentos a esses aspectos. As questões propostas nesse modelo de

avaliação devem ser coerentes ao trabalho pedagógico desenvolvido em sala de

aula.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo

professor. Essa práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

• comunica matematicamente, oral ou por escrito;

• compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

• elabora um plano que possibilite a solução do problema;

• encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

• realiza o retrospecto da solução de um problema.

A avaliação será contínua, processual, diagnóstica, formativa, diversificando,

priorizando os aspectos qualificativos sobre os quantitativos.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível

de apropriação dos conhecimentos básicos. Assim será de forma permanente e

concomitante ao processo ensino e aprendizagem.

O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da

nota 6,0 (seis vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais

e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula

zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0

(dez virgula zero).

Page 342: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

342

5. REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Biologia. Curitiba: SEED, 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.

REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.

Page 343: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

343

COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

NRE: APUCARANAMUNICÍPIO: KALORÉDISCIPLINA: QUIMICANÍVEL: ENSINO MÉDIOPROFESSORA: PATRÍCIA ELAINE RIBEIRO CEREJA.

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR DE QUÍMICA

KALORÉ2012

Page 344: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

344

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A humanidade desde sempre tenta entender como funciona a natureza.

As ciências naturais têm permitido, através de seus instrumentos e métodos;

conhecer a realidade externa bem além do alcance de uma mente individual e dos

sentidos.

"A ciência é uma construção completamente humana, movida pela

fé de que, se sonharmos, insistirmos em descobrir, explicarmos e sonharmos

de novo, o mundo de algum modo se tornará mais claro e toda a estranheza do

universo se mostrará interligada e com sentido." (E. O. Wilson)

Um dos objetivos da disciplina é de que o jovem reconheça o valor da

ciência na busca do conhecimento da realidade objetiva e se utilize dele no seu

cotidiano.

A Química é a ciência da matéria e de suas transformações estudada

através das diferentes propriedades macroscópicas que os elementos existentes na

natureza apresentam, procurando explicar o seu comportamento ao nível

microscópico.

O desenvolvimento desta ciência tem permitido ao homem não só

controlar certas transformações conhecidas mas também obter um número cada vez

maior de novos materiais. Os tecidos das roupas que usamos, as borrachas

sintéticas, os plásticos, a obtenção de metais e de ligas metálicas, os

medicamentos, os sabões e detergentes biodegradáveis, a utilização dos

combustíveis, os materiais usados nas construções de casas, móveis, embarcações,

aviões, computadores, eletrodomésticos, etc., são exemplos da importância e da

enorme aplicação dos processos químicos em nossa vida.

A sociedade está em constante transformação e a escola não pode ficar

à margem das grandes mudanças que estão a ocorrer. É então necessário um

ensino que não se limite a um conjunto de fatos e conceitos, mais ao menos

relacionados entre si, mas que provoque alterações do comportamento dos alunos,

que os levem a reconhecer as potencialidades da Ciência e que os prepare de uma

forma mais eficaz para as exigências da sociedade atual.

A implementação das Tecnologias de Informação e Comunicação nas

escolas representa um dos maiores desafios de inovação pedagógica e tecnológica

Page 345: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

345

enfrentado pelos sistemas de educação em todo o mundo. A sua integração é um

meio auxiliar bastante poderoso para ensinar e aprender Ciência e poderá

modernizar o processo de ensino- -aprendizagem desde que a escola acompanhe

as transformações sociais.

A responsabilidade pela mudança pertence a todos, mas o professor só

conseguirá evoluir se for ao mesmo tempo professor e aprendiz, criador de

ambientes de aprendizagem que permitam a produção de novos conhecimentos.

Buscar diferentes metodologias para embasar o seu fazer pedagógico,

desenvolvendo nos seus alunos conceitos fundamentais e conhecimentos científicos

que lhes proporcionam uma melhor compreensão da sua realidade e das realidades

do aluno. Desenvolver a consciência crítica, provocando alterações de concepções e

atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações

sociais.

Perceber o valor científico da química , fazendo a relação entre a teoria

(abstrata,, plena de conceitos e definições) e a prática (concreta, plena de atividades

explicativas do cotidiano).

Sistematizar o conhecimento científico é papel da escola. Contribuir na

aproximação de que as diferenças sejam minimizadas. Auxiliar na utilização das

tecnologias existentes, possibilitando o acesso a espaços profissionais, no que se

refere à criação e ao uso dessas tecnologias.

De acordo com a concepção teórica assumida, são apontados os

Conteúdos Estruturantes da Química para Ensino Médio, considerando seu objeto

de estudo/ ensino: Substâncias e Materiais. O objeto de estudo da Química

(Substâncias e Materiais) é sustentado pela tríade Composição, Propriedades e

Transformações, presente nos conteúdos estruturantes Matéria e sua natureza,

Biogeoquímica e Química Sintética.

Page 346: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

346

2. CONTEÚDOS

MATÉRIA E SUA NATUREZA É o conteúdo estruturante que dá início ao trabalho pedagógico da

disciplina de Química por se tratar especificamente de seu objeto de estudo: Matéria

e sua natureza. É ele que abre o caminho para um melhor entendimento dos

demais conteúdos estruturantes.

BIOGEOQUÍMICA

Biogeoquímica é a parte da Geoquímica que estuda a influência dos

seres vivos sobre a composição química da Terra, caracteriza-se pelas interações

existentes entre hidrosfera, litosfera e atmosfera e pode ser bem explorada a partir

dos ciclos biogeoquímicos (RUSSEL, 1986, p. 02).

Adota-se o termo biogeoquímica como forma de entender as complexas

relações existentes entre a matéria viva e não viva da biosfera, suas propriedades e

modificações ao longo dos tempos para aproximar ou interligar saberes biológicos,

geológicos e químicos.

Assim, a partir da descoberta da íntima relação entre o crescimento das

plantas e o uso do esterco, por exemplo, percebeu-se a importância do reuso do

solo por meio de fertilizantes que mais tarde seriam produzidos em laboratório.

QUÍMICA SINTÉTICA

Esse conteúdo estruturante tem sua origem na síntese de novos

produtos e materiais químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da

indústria alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), dos

fertilizantes e dos agrotóxicos.

O conhecimento científico químico, atrelado ao conhecimento técnico,

favorece o desenvolvimento de numerosas indústrias. A fabricação de substâncias e

materiais, desenvolvida na indústria química após a Revolução Industrial,

possibilitou um aumento notável no crescimento das indústrias de petróleo e

derivados, entre eles os plásticos e vários tipos de polímeros.

Page 347: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

347

2.1 Conteúdos Estruturantes e Básicos

CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS

Matéria e sua natureza

Biogeoquímica

Química Sintética

MATÉRIA • Constituição da matéria; • Estados de agregação; • Natureza elétrica da matéria; • Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...). • Estudo dos metais. • Tabela Periódica.

SOLUÇÃO • Substância: simples e composta; • Misturas; • Métodos de separação; • Solubilidade; • Concentração; • Forças intermoleculares; • Temperatura e pressão; • Densidade; • Dispersão e suspensão; • Tabela Periódica.

VELOCIDADE DAS REAÇÕES • Reações químicas; • Lei das reações químicas; • Representação das reações químicas; • Condições fundamentais para ocorrência das rea-ções químicas. (natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão) • Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato, temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores); • Lei da velocidade das reações químicas; • Tabela Periódica.

EQUILÍBRIO QUÍMICO • Reações químicas reversíveis; • Concentração; • Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio); • Deslocamento de equilíbrio (princípio de Le Cha-telier): concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalizadores; • Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks ).

Page 348: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

348

• Tabela Periódica CONTEUDOS

ESTRUTURANTESCONTEUDOS BÁSICOS

Matéria e sua natureza

Biogeoquímica

Química Sintética

LIGAÇÃO QUÍMICA• Tabela Periódica; • Propriedades dos materiais; • Tipos de ligações químicas em relação as proprie-dades dos materiais; • Solubilidade e as ligações químicas; • Interações intermoleculares e as propriedades das substancias moleculares;• Ligações de Hidrogênio;• Ligação metálica (elétrons semi-livres);• Ligações sigma e PI;• Ligações polares e apolares;• Alotropia.

REAÇÕES QUÍMICAS• Reações de Oxi-redução; • Reações exotérmicas e endotermicas; • Diagramas das reações exotérmicas e endotermi-cas; • Variação de entalpia; • Calorias; • Equações termoquimicas; • Princípios da termodinâmica;• Lei de Hess; • Entropia e energia livre;•Calorimetria;• Tabela Periódica.

RADIOATIVIDADE• Modelos atômicos (Rutherford); • Elementos químicos (radioativos); • Tabela Periódica; • Reações Químicas; • Velocidades das reações; • Emissões radioativas;• Leis da radioatividade;• Cinética das reações químicas;• Fenômenos radioativos (fusão e fissão nuclear).

GASES• Estados físicos da matéria; • Tabela Periódica;• Propriedades dos gases (densidade/ difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e temperatura x volume); • Modelo de partículas para os materiais gasosos;

Page 349: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

349

• Misturas Gasosas; • Diferença entre gás e vapor;• Leis dos gases.

FUNÇÕES QUÍMICAS• Funções Orgânicas;• Funções Inorgânicas;•Tabela Periódica.

Page 350: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

350

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Analisando a prática pedagógica, a partir da concepção de Química

como Ciências, propõe-se que os conteúdos específicos sejam encaminhados

metodologicamente numa abordagem articulada, seguindo uma perspectiva crítica e

histórica, considerando a articulação entre os conhecimentos físicos, químicos e

biológicos.

Assim, esta proposta de encaminhamento metodológico orienta-se por

uma abordagem crítica que considere a prática social do sujeito histórico,

priorizando na escola os conteúdos historicamente construídos.

Analisando a prática pedagógica o professor deverá saber quais os

objetivos e expectativas a serem atingidas, atentando para a valorização dos

costumes de cada indivíduo, buscando na diversidade cultural coexistente, respaldo

ético para tratar as diferenças e minimizar as desigualdades, enfatizando a cultura

Afro-Brasileira e a cultura do campo, de onde advém grande parte dos alunos.

Através de trabalho dirigidos, com vistas a inclusão social, promover a emancipação

do cidadão , com ações coletivas em favor da construção do conhecimento.

No desenvolvimento das atividades, serão utilizados recursos como :

Slides, DVDs, CDs, TV Pendrive, Data Show, aulas práticas em laboratório de

química e de informática , dentre outros. O professor deve atuar como um

mediador entre o aluno e a aprendizagem, orientando os estudantes com segurança,

sem induzi-los às conclusões, permitindo que sigam nos ritmos próprios, de modo a

explorar e desenvolver suas próprias habilidades.

A função do ensino de Química deve ser a de desenvolver a capacidade

de resolução de problema, o que implica na necessidade de vinculação do conteúdo

trabalhado com o contexto social em que o aluno está inserido; o conhecimento

deve ser construído por ele, não somente transmitido, pois aquilo que ele traz como

experiência influencia na sua aprendizagem. Deve-se incentivar atividades extra-

classe o desenvolvimento de projetos interdisciplinares e a iniciação à pesquisa. É

necessário que os saberes da Química sejam ensinados oportunizando aos alunos o

acesso ao conhecimento científico, como condição para o desenvolvimento da

atitude cidadã. É urgente que se perceba que a educação não é só o

Page 351: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

351

desenvolvimento intelectual. Devemos fazer ganhar espaço a criatividade e o

desenvolvimento da personalidade, do espírito crítico e dos valores éticos e morais.

O trabalho com a Química possibilitará a execução de uma educação

voltada para a formação da autonomia, evidenciando um processo educacional

autônomo e libertador, favorecendo a compreensão de mundo, nos diversos

aspectos (contextos sociais, históricos e econômicos), para que o indivíduo esteja

preparado para construir sua própria cidadania, em respeito as multiplicidades

culturais e étnicas. A Química nesse sentido proporcionará ao indivíduo vivenciar o

ser humano de forma integral, inserindo em um contexto histórico.

A Química em sua abrangência poderá estar inserida nas relações

mediadas pelo trabalho no campo, como produção material e cultural da existência

humana, de modo que venha a promover novas relações de trabalho e de vida para

os povos do campo.

Quanto a abordagem das culturas indígenas e africanas, serão

propostos trabalhos de pesquisa e investigação acerca das substâncias químicas já

utilizadas no passado (mumificação, cirurgias, medicamentos, pintura do corpo etc.),

com a intenção de resgate e valorização cultural.

Assim, a metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente

e oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos

indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99-

Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento

Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa

Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas

e Educação Ambiental com base na Lei 9795/99, que institui a Política Nacional de

Educação Ambiental, relacionando-os aos conteúdos estruturantes de modo

contextualizado; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência;

Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação

do Campo, permearão as aulas de Química, onde se oportunizará debates,

Pesquisas bibliográficas, recortes de filmes , com o auxílio dos laboratórios de

Práticas e Informática, para maior contextualização do assunto.

Page 352: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

352

4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO

A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e

aprendizagem. Subsidiará o professor para uma reflexão contínua sobre a sua

prática, a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que

devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de

aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno pode ser considerada como

instrumento de tomada de consciência de sua conquista, dificuldades e

possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.

“Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e

aprendizagem, e não uma etapa isolada”. (Libâneo 1994, p.200).

Para avaliar, a cada momento o professor utilizará a avaliação

processual e diagnóstica, com relatórios de aulas práticas, apresentação de

trabalhos, pesquisas em grupos e testes, resolução de situações problemas e outras

atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação da aprendizagem.

Considerando para tal, a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos, as

diferentes formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade dos

alunos e o planejamento.

É fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a

oral, a escrita, a gráfica, a numérica e a pictórica, de forma a se considerar as

diferente aptidões dos alunos.

Considerando estes fatos, o professor realizará a avaliação por meio de

observação (por parte do professor) da participação, do interesse, da criatividade, da

autonomia e do raciocínio utilizado na resolução de problemas. O registro dessas

observações pode ser realizado em tabelas, listas de controle, diário de classe,

relatórios de aulas prática de laboratório , entre outros, utilizando-se critérios

previamente estabelecidos de acordo com os objetivos do trabalho pedagógico.

Resolução (pelos alunos) de problemas (de forma individual, em duplas ou em

grupo), com justificativa do procedimento utilizado.

Pensando na avaliação/recuperação os meios de estímulo ao

desenvolvimento do aluno, trabalhamos com ideias de um crescimento e elas não

ficam restritas apenas ao uso de procedimentos de testes, mas sim de um conjunto

de tarefas e observações que o professor faz dos alunos, de sua interação em sala

Page 353: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

353

de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e emocional, trabalhos em

grupo e comprometimento, gerando informações que possibilitam perceber

tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais apropriados. Dessa forma

procura-se ofertar um atendimento individualizado aos alunos com necessidades

especiais.

A recuperação de estudos deve ser paralela aos conteúdos estudados,

de acordo com o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. A

recuperação de estudos tem como intencionalidade recuperar os conteúdos não

apropriados e, não os instrumentos de avaliação. Para tanto, é necessário que o

professor seja competente na elaboração e construção desses instrumentos para le-

var todos a adquirirem o saber, não eliminando os que não o adquiriram.

A avaliação não é um processo meramente técnico, implica uma postura

política e inclui valores e princípios, refletindo uma concepção de educação, escola e

sociedade. Repensar os fundamentos que norteiam as teorias avaliativas implica

desvelar as ideologias em que se apoiam na perspectiva de sua superação.

Page 354: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

354

5. REFERÊNCIAS

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - QUÍMICA. Secretária de Educação do Estado do Paraná, 2008

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DO CAMPO EDUCAÇÃO - Secre-tária de Educação do Estado do Paraná, 2006. Disponível na página do Portal Edu-cacional do Estado do Paraná http://diaadiaeducacao.pr.gov.br

EDUCAÇÃO AMBIENTAL / Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento da Diversidade. Coordenação de Desafios Educacio-nais Contemporâneos. - Curitiba : SEED – PR., 2008. - 112 p. - (Cadernos Temáti-cos da Diversidade, 1).

EDUCANDO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS II / Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Edu-cacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED – Pr., 2008. - 208 p. - (Cadernos temáticos dos desafios educacionais con-temporâneos, 5).

ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA/ Secretaria de Estado da Educação. Superinten-dência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED – Pr., 2008.- 93 p.– (Cadernos Temáticos dos Desafios Educacionais Contemporâneos, 4).

PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS/ Secretaria de Estado da Educa-ção. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacio-nais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. –Curitiba: SEED – Pr., 2008. - 152 p. – (Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâ-neos, 3).

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.

REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.

Page 355: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

355

COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

NRE: APUCARANA

MUNICÍPIO: KALORÉ

DISCIPLINA: SOCIOLOGIA

NÍVEL: ENSINO MÉDIO

PROFESSORA: LUCIANE CHAMORRO RODRIGUES

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR DE SOCIOLOGIA

KALORÉ2011

Page 356: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

356

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A sociologia é uma disciplina curricular obrigatória no Ensino Médio e de

suma importância para a compreensão da problemática social, pois é uma ciência

que tem por objetivo estudar a interação social dos seres vivos nos diferentes níveis

de organização da vida.

O objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as relações que

se estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e atingem

as relações entre os indivíduos e a coletividade. Ao se constituir como ciência, com

o desenvolvimento e a consolidação do capitalismo, a Sociologia tem por base a

sociedade capitalista, contudo, não existe uma única forma de interpretar a realidade

e esse diferencial deve fazer parte do trabalho do professor.

Compreender as características das sociedades capitalistas tem sido a

preocupação da Sociologia desde o inicio da sua consolidação como ciência da

sociedade no final do século XIX.

Nesse período, o capitalismo se configurava como uma nova forma de

organização da sociedade caracterizada por novas relações de trabalho. Essas

mudanças levaram os pensadores da sociedade da época a indagações e a

elaboração de teorias explicativas dessa dinâmica social, sob diferentes olhares e

posicionamentos políticos. Desde então, essa tem sido a principal preocupação

dessa ciência, qual seja, entender, explicar e questionar os mecanismos de

produção, organização, controle e poder institucionalizados ou não, que resultam

em relações sociais de maior ou menor exploração ou igualdade.

É preciso perceber que a amplitude das transformações sociais, políticas,

culturais, econômicas e ecológicas que a sociedade e o planeta estão vivendo, não

permite explicações estreitas ou sectárias, com pretensões de apropriar-se da

verdade.

Por outro lado, a complexidade e a amplitude que caracterizam as

sociedades contemporâneas, não devem intimidar ou amedrontar, mas sim desafiar

o estudo, para a pesquisa e para uma melhor compreensão e atuação política no

mundo em que vivem.

Portanto, espera-se da disciplina de Sociologia, que ela contribua para

Page 357: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

357

melhorar o senso critico dos seus alunos para que estes possam transformar a

realidade e conquistar mais participação ativa na sociedade.

Diante de uma escola de campo, percebe-se a necessidade dessa disciplina

uma vez que os conteúdos norteadores da prática educativa contemplam a

pesquisa, debate e a problematização a partir das teorias sociológicas e, sobretudo

de valorização da diversidade ético raciais, isto é, reconhecer a influência africana

formação cultural brasileira e pensar a realidade do campo, assumindo uma política

agrária, capaz de incluir, preservar, compreender as lutas sociais camponesas, ou

seja, onde campo e cidade sejam vistos dentro do princípio da igualdade social e da

diversidade cultural.

Dessa forma tem-se por objetivo, levar o aluno a perceber que as relações

que se estabelecem na sociedade são históricas e socialmente construídas;

Compreendendo a importância de se questionar a existência de verdades absolutas,

sejam elas para a compreensão da ciência ou do cotidiano; Possibilitar ao

educando, como sujeito social compreender a sua realidade imediata e o que se

estabelece além dela. Desenvolvendo a autonímia intelectual capaz de direcionar

ações que levem à transformação social.

Page 358: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

358

2. CONTEÚDOS

1- O processo de Socialização e as Instituições Sociais

2- Cultura e Indústria Cultural

3- Trabalho, Produção e Classes Sociais

4- Poder, Política e Ideologia

5- Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais

2.1 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOSBÁSICOS

O processo de Socialização e as Instituições Sociais

Cultura e Indústria Cultural

Processo de Socialização;Instituições sociais: Familiares;Escolares; Religiosas;Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).

Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise dasdiferentes sociedades;Diversidade cultural;Identidade;Indústria cultural;Meios de comunicação de massa;Sociedade de consumo;Indústria cultural no Brasil;Questões de gênero;Culturas afro brasileiras e africanas;Culturas indígenas.

Page 359: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

359

Trabalho, Produção e Classes Sociais

Poder, Política eIdeologia

Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais

O conceito e trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

Desigualdades sociais: estamentos; castas, classes sociaisOrganização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;Globalização e Neoliberalismo;Relações de trabalho;Trabalho no Brasil.

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;Democracia, autoritarismo, totalitarismo;Estado no Brasil;Conceitos de Poder;Conceitos de Ideologia;Conceitos de dominação e legitimidade;As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

Direitos: civis, políticos e sociais;Direitos Humanos;Conceito de cidadania;Movimentos Sociais;Movimentos Sociais no Brasil;A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;A questão das ONG's.

Page 360: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

360

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O ensino de sociologia deve atentar especialmente para a proposição de

problematizações, contextualizações, investigações e análises. Encaminhamentos

que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como leituras de textos

sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.

Pressupõe metodologias que coloquem o aluno como sujeitos do seu

aprendizado, a partir de recursos audiovisuais, contribuindo eficazmente para que os

educandos relacionem a teoria com o vivido, revendo conhecimentos e

reconstruindo coletivamente novos saberes que oportunizam a transformação social.

O trabalho a ser realizado em uma escola de campo parte de uma

aprendizagem significativa, contextualizada a partir de leituras diversas, pesquisas,

produções escritas e depoimentos.

Assim, o ensino de sociologia, deve proporcionar condições eficazes para

que os educandos sejam capazes de traçar um paralelo entre o passado, presente e

futuro, conscientizando-se, dessa maneira, do seu papel enquanto agente afetivo na

mudança da realidade individual, local e global.

Devemos atender especialmente para a proposição de problematizações,

contextualizações, investigações e análises, que podem ser realizados a partir da

leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.

Estes podem partir de recursos audiovisuais, que assim como os textos,

também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges

constituem importante elemento para que os alunos relacionem teoria com a pratica

social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes.

Cabe à Sociologia, a pesquisa de campo, articulando os dados levantados à

teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e critica de

elementos da realidade social do aluno.

Page 361: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

361

4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

A avaliação no ensino de sociologia perpassará todas as atividades, desse

modo é processual e diagnóstica, subsidia todo o processo ensino aprendizagem,

norteando toda a prática pedagógica, oferencendo clareza quanto ao retomar os

conteúdos ou conceitos que visam a mudança de atitudes.

De acordo como regimento escolar e o PPP o sistema de avaliação adotado

pelo estabelecimento de ensino é bimestral e será composto pela somatória 6,0

(seis vírgula zero) referente as atividades diversificadas, mais a nota 4,0 (quatro

vírgula zero) proveniente de uma prova escrita e/ou oral, totalizando nota final de

10,0 (dez vírgula zero). A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e

concomitante ao processo ensino aprendizagem. Sendo assim, será organizado com

atividades significativas, por meios de procedimentos didático-metodológicos

diversificados, não devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos

não apropriados. O peso da recuperação de estudos deverá ser proporcional as

avaliações como um todo, ou seja, equivalerá de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero)

de apreensão e retomada dos conteúdos.

A partir da reflexão crítica nos debates, textos, filmes, participação em

pesquisa de campo, produção e análise em escrita. Pontos fundamentais que

demonstram a articulação entre teoria e prática, qualidade de vida e democracia.

Mediante a análise processual do desempenho do aluno, torna-se viável no

ensino sociológico uma recuperação concomitante que prevê meios para a

superação das dificuldades do educando, tendo em vista efetivar aprendizagens

concretas significativas, coerentes no contexto social, político, cultural e econômico.

Esperando que os alunos se identifiquem como seres eminentemente sociais,

compreendendo a organização e a influência das instituições e grupos sociais em

seu processo de socialização e as contradições deste processo, refletindo sobre

suas ações individuais, percebendo assim que as ações em sociedade são

interdependentes.

Page 362: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

362

5. REFERÊNCIAS

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ, DCEs, Sociologia, Secretaria de Estado da Educação, SEED, Curitiba, 2008.

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ, DCEs, Educação do Campo, Secretaria de Estado da Educação, SEED, Curitiba, 2006.

CADERNOS TEMÁTICOS/Secretaria de Estado da Educação. Superitendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba: SEED – Pr., 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afrobrasileira e Africana na Escola. Curitiba: SEED, 2005

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.

REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.

Page 363: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

363

COLÉGIO ESTADUAL ALVORADA DA INFÂNCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

NRE: APUCARANA

MUNICÍPIO: KALORÉ

DISCIPLINA: LEM - INGLÊS

NÍVEL: ENSINO MÉDIO

PROFESSORA: TANIA REGINA DOMINGUES DE FIGUEIREDO CANELO

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR DE LEM - INGLÊS

KALORÉ

2012

Page 364: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

364

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No mundo contemporâneo, o papel do Ensino Médio na vida dos alunos

torna-se cada vez mais decisivo.

Nesta etapa da vida escolar, os adolescentes se preparam para desafios,

consolidam valores e atitudes, elaboram projetos de vida, encerram um ciclo de

transformações no qual se instrumentam para assumir as responsabilidades da vida

adulta, sendo assim no Brasil o ensino da Língua Estrangeira Moderna sempre

esteve atrelado aos interesses político-econômicos, reforçando o aspecto de

dominação das classes privilegiadas sobre as classes menos favorecidas.

Por isso, atualmente, as Diretrizes Curriculares Estaduais propõem um ensino

que contribua para reduzir as desigualdades sociais e desvelar as relações de poder

que as apoiam. Dessa forma, os alunos com necessidades educacionais especiais

receberão atendimento de acordo com suas especificidades, dentro das

possibilidades da escola e do professor.

Para tanto, o ensino da LEM terá como referencial teórico a Pedagogia

Crítica, que valoriza a escola como espaço social democrático, responsável pela

apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão

das relações sociais e para a transformação da realidade. Isso porque é através da

língua que os indivíduos interagem e assumem seu papel na sociedade.

Nesta perspectiva, as relações entre língua, texto e sociedade serão

reconhecidas com importantes no atual contexto global educativo, pedagógico e

discursivo; uma vez que as questões de uso da língua, do diálogo, da comunicação,

da cultura, do poder e as questões da política e da pedagogia não se separam.

Além disso, no mundo atual, que tende a uma globalização total, é

imprescindível o conhecimento da língua inglesa, que traz consigo princípios básicos

como: formação para a cidadania, inclusão social, reconhecimento da diversidade

cultural, construção de identidades sociais transformadoras e consciência do papel

das línguas na sociedade e na construção do conhecimento, norteiam esta prática.

Assim, os Desenvolvimentos Socieducacionais devem integrar o trabalho docente

durante todo ano letivo.

Diante de uma escola de campo, torna-se necessário resgatar a identidade

Page 365: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

365

cultural desses alunos que vivem no campo e enfrentam os obstáculos que essa

realidade impõe.

Neste contexto, a língua aqui é entendida como uma produção construída nas

interações sociais, marcadamente dialogistas, é um espaço de construções

discursivas inseparáveis das comunidades interpretativas que as constroem e que

são por ela construídas.

Sendo assim, os objetivos do ensino da Língua Inglesa para o Ensino Médio

são:

Desenvolver uma prática reflexiva e crítica, ampliando os conhecimentos

linguísticos dos alunos, permitindo que os mesmos percebam as implicações

sociais, históricas e ideológicas presentes em todos os discursos;

Formar leitores críticos que reajam aos diferentes textos com que se deparam

e entendam que por trás de cada texto há um sujeito com uma história, com uma

ideologia e com valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido;

Oportunizar aos alunos reflexões que os façam perceber que as formas

linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado,

mas são flexíveis e variam dependendo do contexto e da situação em que a prática

social de uso da língua ocorre;

Proporcionar através da leitura um conhecimento de mundo que permita ao

leitor elaborar um novo modo de ver a realidade;

Permitir que os alunos percebam a necessidade de adequação da variedade

linguística para as diferentes situações;

Favorecer a familiarização dos alunos com sons específicos da língua que

estão aprendendo;

Criar condições para que os alunos assumam uma postura transformadora

com relação aos discursos que lhes são apresentados;

Valorizar e reconhecer a Cultura Afro-Brasileira com grande contribuidora na

nossa formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial;

Resgatar e valorizar a cultura do campo.

Page 366: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

366

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

2.1 - Conteúdo EstruturanteO discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade

e da escrita.

2.2 - Conteúdos BásicosGêneros discursivos: biografias, sinopses de filmes, letras de músicas, crônicas,

documentários, cartas, depoimentos, propagandas, anúncios, diálogos, fotos,

narrativas de aventura, cartazes, rótulos/embalagens, artigos de opinião, fábulas,

depoimentos, resenhas, resumos.

Leitura:

• Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários;

• Interpretação observando: conteúdo, fonte, intencionalidade e intertextualidade

do texto;

• Linguagem não-verbal;

• As particularidades do texto em registro formal e informal;

• Finalidade do texto;

• Estética do texto literário;

• Realização de leitura não linear dos diversos textos.

Escrita:

• Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas

linguísticas.

• Paragrafação;

• Clareza de ideias;

• Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

Oralidade:

• Variedades linguísticas;

• Intencionalidade do texto;

• Particularidades de pronúncia da língua estudada em diferentes países;

• Finalidade do texto oral;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos

Page 367: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

367

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

No ensino de LEM, a língua deve ser considerada como algo que se constrói

e é construído por uma determinada comunidade. Isso porque a língua determina a

realidade cultural, ao mesmo tempo em que os valores e as crenças culturais criam,

em parte, sua realidade linguística. Porém, para que os alunos compreendam bem

isso, é preciso desenvolver atividades diversificadas nas práticas de leitura, escrita,

oralidade e análise linguística; respeitando as especificidades dos alunos inclusos e

garantindo aos mesmos desenvolvimentos de suas potencialidades.

Na leitura, é preciso considerar que os gêneros discursivos organizam a fala

da mesma maneira que constituem as formas gramaticais. Logo, é fundamental que

se apresente aos alunos textos em diferentes gêneros textuais, tendo como objetivo

maior a interação com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas

sociais, para que os alunos tornem-se leitores críticos e que reajam aos diversos

textos com que eles se deparam e entendam que por trás deles há um sujeito, uma

história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em que está

inserido. Assim, a metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e

oportunizar a implementação da lei 11645/08 – História e Cultura dos povos

indígenas, lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana e lei 9795/99-

Política Nacional de Educação Ambiental; Temáticas referentes ao Desenvolvimento

Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos (Educação Fiscal e Programa

Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência; Prevenção ao Uso indevido de drogas

e Educação Ambiental; e a Diversidade; Relações Étnico-Raciais e Afro-

descendência; Educação Escolar Indígena; Relações de Gênero e Diversidade

Sexual e Educação do Campo, serão temas dos textos de diferentes gêneros

estudados no decorrer do ano letivo, os quais serão debatidos, confrontados, a fim

de garantir o desenvolvimento da capacidade de argumentação dos alunos. serão

temas dos textos a serem trabalhados em sala, além de outros possíveis temas

surgidos a partir das necessidades e especificidades de cada turma.

Com isso, a leitura estará trazendo um conhecimento de mundo que permite

ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade. No entanto, para que a leitura

em LEM se transforme realmente em uma situação de interação, é imprescindível

Page 368: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

368

que os alunos sejam subsidiados com conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos,

culturais e discursivos. Para tanto, as atividades de leitura serão:

• Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros;

• Relevância dos conhecimentos prévios dos alunos;

• Inferências de informações implícitas no texto;

• Utilização de materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação

de textos;

• Análise dos textos, levando em consideração o grau de complexidade dos

mesmos;

• Questões que levam o aluno a interpretar, compreender e refletir sobre o texto;

• Leitura de outros textos, através de pesquisa, para a observação das relações

dialógicas.

Com relação à escrita, ela deve ser vista como uma atividade sociointeracional,

ou seja, significativa, pois, em situações reais de uso, escreve-se sempre para

alguém, ou um alguém de quem se constrói uma representação. O interlocutor é um

sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem os alunos vão produzir um diálogo

imaginário, fundamental para a construção do texto e de sua coerência. Logo, as

atividades de escrita serão:

• Discussão sobre o tema a ser produzido;

• Leitura de textos sobre o tema;

• Produção textual;

• Revisão textual;

• Reestrutura e reescrita textual.

Já as estratégias de oralidade têm por objetivo expor os alunos a textos orais,

pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreendê-los em suas

especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas ideias em língua

estrangeira segundo suas limitações. Dessa forma, as atividades de oralidade serão:

• Apresentações de textos produzidos pelos alunos;

• Seleção de discursos de outros como: entrevista, cenas de desenhos,

reportagens, recortes de filmes, documentários etc.;

• Análise dos recursos próprios da oralidade;

• Dramatização de textos.

Page 369: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

369

Quanto à análise linguística, esta deve ser trabalhada de forma

contextualizada, a partir dos textos estudados, a fim de favorecer a compreensão

por parte dos alunos da estrutura e dos recursos utilizados na língua estrangeira.

Para tanto, serão desenvolvidas atividades de:

• Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir: de gêneros

selecionados par leitura ou escrita, de textos produzidos pelos alunos e das

dificuldades apresentadas pelos alunos;

• Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua.

Para atender este propósito, o trabalho com sequências didáticas será

valorizado, uma vez que através deste o aluno tem a oportunidade de desenvolver

sua competência discursiva. Este trabalho consiste no estudo de textos de diferentes

gêneros textuais que fazem parte do cotidiano dos alunos e compreende as

seguintes etapas:

1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a

descobrir qual o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade

dele para a leitura do texto;

2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno

realmente explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o

texto, respondendo as questões: quem produziu? onde? quando? para quê? Para

quem?;

3ª_ plano linguístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua,

ou seja, as questões de gramática, mas de forma contextualizada, e também as

atividades de fixação de vocabulário, que devem ser através de jogos (bingos,

dominós, caça-palavras etc.);

4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que

aprendeu nas etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado,

que tenha sentido para ele, ou seja, que seja de uso efetivo da língua.

Page 370: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

370

4. AVALIAÇÃO

Avaliar não se resume a constatar o nível do aluno nem a distribuir conceitos.

É um instrumento para orientar a ação pedagógica e detectar como melhorar o

ensino. Para o aluno, um retorno de seu desenvolvimento. No caso da Língua

Estrangeira, outro fator entra em cena: a dimensão afetiva. Em contraste com outras

disciplinas, o ensino de idiomas envolve vários fatores que podem dificultar a

aprendizagem, como a frustração pela não - comunicação e a reação emocional

pelo estranhamento do novo idioma. Testes que tenham como objetivo apenas

checar, por exemplo, o domínio de um ponto específico da gramática é ineficaz para

verificar o conteúdo aprendido.

Assim, a avaliação, em Língua Estrangeira, será realizada nas práticas:

leitura, escrita, oralidade e análise linguística.

Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos qualitativos

sobre os quantitativos. Além disso, a avaliação formativa, por ser diagnóstica e

contínua, apontará dificuldades, possibilitando a intervenção pedagógica durante

todo tempo.

A recuperação dos conteúdos será de forma paralela durante todo o bimestre,

ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este

será retomado, podendo ser oferecido ao aluno, trabalhos extraclasse e atendimento

individual durante as horas-atividade do professor.

A recuperação de estudos é paralela aos conteúdos estudados, de acordo com

o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. Como meios de

estímulo ao desenvolvimento do aluno, trabalhamos com ideias de um crescimento e

elas não ficam restritas apenas ao uso de procedimentos de testes, mas sim de um

conjunto de tarefas e observações que o professor faz dos alunos, de sua interação

em sala de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e emocional,

trabalhos em grupo e comprometimento, gerando informações que possibilitam

perceber tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais apropriados.

Dessa forma procura-se ofertar um atendimento individualizado aos alunos com

necessidades especiais.

A recuperação de estudos tem como intencionalidade recuperar os

Page 371: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

371

conteúdos não apropriados e, não os instrumentos de avaliação. Para tanto, é

necessário que o professor seja competente na elaboração e construção desses

instrumentos para levar todos a adquirirem o saber, não eliminando os que não o

adquiriram.

A recuperação de Língua Estrangeira, será de forma permanente e

concomitante ao processo ensino e aprendizagem sendo as atividades significativas,

sendo feita a divisão de notas através de trabalhos, avaliações, seminários, leitura e

atividades diversas.

Na leitura, espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto considerando a construção de significados

possíveis e a sua condição de produção;

• Perceba informações explícitas e implícitas no texto;

• Argumente a respeito do que leu;

• Amplie, no indivíduo, o seu horizonte de expectativas;

• Estabeleça relações dialógicas entre os diferentes textos;

• Conheça e utilize a língua inglesa como instrumento de acesso a informações de

outras culturas e de outros grupos sociais.

Na escrita, espera-se que o aluno:

• Produza e demonstre na produção textual, a construção de significados;

• Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta;

• Diferencie a linguagem formal da informal;

• Estabeleça relações entre partes do texto, identificando repetições ou

substituições.

Na oralidade, espera-se que o aluno:

• Reconheça as variantes lexicais;

• Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• Apresente clareza nas ideias;

• Desenvolva a oralidade através a sua prática.

Na análise linguística, espera-se que o aluno:

• Utilize, adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do

artigo, dos pronomes etc.;

• Amplie o vocabulário;

Page 372: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

372

• Utilize as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo.

Os instrumentos utilizados de avaliação serão adaptados para atender as

necessidades educacionais especiais dos alunos em cada série. como: seminários,

atividades escritas, ( provas, relatórios, dissertações, sínteses, produção de textos);

atividades orais (provas debates,palestras); pesquisas de campo, bibliográficas;

trabalho em grupo e individual.

A recuperação dos conteúdos será feita de forma paralela durante todo o

bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo

trabalhado, este será retomado, podendo ser oferecido ao aluno trabalhos

extraclasse e atendimento individual se necessário durante as horas-atividade do

professor.

Page 373: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · espontaneamente, pois o bom ensino, segundo Vygotsky, é aquele que se adianta ao desenvolvimento. ... Partindo da ideia da diferença, através de

373

5. REFERÊNCIAS

BRAHIM, A. C. S. M. Pedagogia crítica, letramento crítico e leitura crítica. Texto e Interação: subsídios para uma pedagogia crítica de língua inglesa. Dissertação de Mestrado Unicamp: Campinas, 2001. Cap.1.

CORACINI, M. J. R. F. Leitura: decodificação, processo discursivo...? In CORACINI, M. J. R. F. (org.) O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira. Campinas: Pontes, 1995. P. 13-20.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna. 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2011. Kaloré/Jussiara – PR.

REGIMENTO INTERNO. Colégio Estadual do Campo Alvorada da Infância – Ensino Fundamental e Médio, 2008. Kaloré /Jussiara – PR.