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PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL
PPI
Ji-Paraná – RO, 2016.
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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL LUTERANA DO BRASIL- AELBRA Presidente
Paulo Augusto Seifert Vice-Presidente Leonir Mittmann
CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE JI-PARANÁ – CEULJI /ULBRA
Reitor Valmir Miguel de Souza
Diretora Acadêmica Rosangela Kiekow da Rosa
Diretora Administrativa Márcia Cristina Terezinha
Coordenadora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Dulce Teresinha Heineck
Assessora de Comunicação Social Joseane Fonseca Furtado de Mendonça
Coordenadora do Curso de Administração Juliana Negrini Tarnoshi de Alcantara
Coordenador do Curso de Agronomia Valter Luiz Barbosa da Silva
Coordenadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo Nadine Lessa Figueiredo Campos
Coordenadora do Curso de Biomedicina Fabiana de Oliveira Solla Sobral
Coordenador do Curso de Ciências Biológicas Francisco Carlos da Silva
Coordenadora do Curso de Ciências Contábeis Marlene Muniz Oliveira Pilenghy
Coordenadora do Curso de Direito Claudia Marina Barcasse Moretto Alves
Coordenadora do Curso de Educação Física Poliana Piovezana dos Santos
Coordenadora do Curso de Enfermagem Francieli Carniel
Coordenadora do Curso de Farmácia Rita Cristina Martins
Coordenadora do Curso de Fisioterapia Marilene Celestino Barbosa Amaro
Coordenadora do Curso de Jornalismo Rosangela Kiekow da Rosa
Coordenador do Curso de Medicina Veterinária Aliny Pontes Almeida
Coordenador do Curso de Serviço Social Dulce Teresinha Heineck
Coordenador do Curso de Sistemas de Informação Thyago Bohrer Borges
Capelão Paulo Rodrigues da Rosa
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SUMÁRIO
1. DA APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................... 5
1.1. JUSTIFICATIVA ..................................... ..................................................................................... 5
1.2. DECISÃO .................................................................................................................................... 6
1.3. ABRANGÊNCIA ....................................... ................................................................................... 6
1.4. OBJETIVOS DO PROJETO .............................. ......................................................................... 7 1.4.1. Geral 7 1.4.2. Específicos ....................................................................................................................... 7
2. DA IDENTIFICAÇÃO ....................................................................................................................... 8
2.1. DA MANTENEDORA .................................... .............................................................................. 8 2.1.1. Dirigentes Atuais .............................................................................................................. 8 2.1.2. Finalidade ......................................................................................................................... 8
2.2. DA MANTIDA ........................................ ....................................................................................10 2.2.1. Da Sede .......................................................................................................................... 10 2.2.2. Dirigente Principal da Mantida ....................................................................................... 10 2.2.3. Histórico .......................................................................................................................... 10
3. DO MARCO SITUACIONAL .......................................................................................................... 17
3.1. ÁREAS DE ATUAÇÃO E INSERÇÃO REGIONAL. ............. ...................................................17
4. DO MARCO REFERENCIAL ......................................................................................................... 25
4.1. REFERENCIAIS ÉTICO-POLÍTICOS ...................... .................................................................25
4.2. REFERENCIAIS EPISTEMOLÓGICOS, EDUCACIONAIS E TÉCNIC OS ..............................26 4.2.1. Ensino ............................................................................................................................. 26 4.2.2. Pesquisa ......................................................................................................................... 27 4.2.3. Extensão ......................................................................................................................... 28 4.2.4. Indissociabilidade Ensino, Pesquisa e Extensão. .......................................................... 29 4.2.5. Visão de Futuro .............................................................................................................. 29
5. DO MARCO DOUTRINAL ............................................................................................................. 30
5.1. MISSÃO ....................................................................................................................................30
5.2. PRINCÍPIOS E VALORES .............................. ..........................................................................30 5.2.1. Princípios ........................................................................................................................ 30 5.2.2. Valores Institucionais ..................................................................................................... 32
5.3. OBJETIVOS ......................................... .....................................................................................32 5.3.1. Gerais ............................................................................................................................. 32 5.3.2. Específicos ..................................................................................................................... 33
5.4. PROPOSTA PEDAGÓGICA ............................... ......................................................................35
6. DO MARCO OPERATIVO ............................................................................................................. 37
6.1. POLÍTICAS ......................................... ......................................................................................37
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6.1.1. Políticas Gerais .............................................................................................................. 37 6.1.2. Políticas Para Organização Institucional ........................................................................ 38
6.1.2.1. Políticas para as atividades acadêmicas ............................................................................. 39 6.1.2.1.1. Desenvolvimento Acadêmico ......................................................................................... 39 6.1.2.1.2. Ensino ............................................................................................................................ 39
A. Graduação ........................................................................................................................... 39 B. Superior de Tecnologia ........................................................................................................ 42 C. Políticas de atividades articuladas com o Ensino ................................................................ 43 . Políticas de estágio ........................................................................................................................ 43 D. Pós-Graduação .................................................................................................................... 50 E. Programas especiais de formação pedagógica ................................................................... 52
6.1.2.2. Política Econômico-Financeiro-Administrativa ..................................................................... 52 6.1.2.3. Política de Marketing Educacional ....................................................................................... 53 6.1.2.4. Política de Informática e Tecnologia .................................................................................... 54 6.1.2.5. Políticas de Inovação ........................................................................................................... 55 6.1.2.6. Políticas de Qualidade e Competitividade ........................................................................... 57
6.1.3. Políticas para os Recursos Humanos ............................................................................ 57 6.1.3.1. Política para o Corpo Docente ............................................................................................. 59 6.1.3.2. Política para o Corpo Técnico-administrativo ...................................................................... 61
6.1.4. Políticas para as Instalações .......................................................................................... 62 6.1.4.1. Políticas para as instalações físicas .................................................................................... 62 6.1.4.2. Políticas para a Biblioteca.................................................................................................... 62 6.1.4.3. Políticas para os Laboratórios ............................................................................................. 64
6.1.5. OUVIDORIA ................................................................................................................... 65 6.1.5.1. Serviço da Ouvidoria ........................................................................................................... 65
7. DA IMPLANTAÇÃO ....................................................................................................................... 67
8. DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ................................................................................................ 69
8.1. AUTO-AVALIAÇÃO DA IES ............................. ........................................................................69 8.1.1. Abrangência do projeto de avaliação ............................................................................. 69 8.1.2. Comissão Própria de Avaliação Institucional - CPA ...................................................... 70 8.1.3. Procedimentos de auto-avaliação .................................................................................. 71 8.1.4. Formas de participação da comunidade acadêmica, técnica e administrativa .............. 71 8.1.5. Formas de utilização dos resultados das avaliações na revisão do planejamento e do
PDI 72
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................... ...................63
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APRESENTAÇÃO
O Centro Universitário Luterano de Ji-paraná - CEULJI é uma instituição de
direito privado que se rege por seu Estatuto e Regimento e pela legislação em vigor.
É uma instituição particular e confessional, dedicada ao ensino, à pesquisa e à
extensão, mantida pela Associação Educacional Luterana do Brasil (AELBRA) que
tem como princípio norteador divulgar a mensagem cristã. Considera que toda a
estrutura e organização social precisam ser aperfeiçoadas a fim de favorecer o bem
estar dos seres humanos e das criaturas de Deus em geral.
O presente documento é a sistematização das idéias dos integrantes da
comunidade (docentes, discentes e técnico-administrativos) do Centro Universitário
Luterano de Ji-Paraná - CEULJI que participaram da construção do Projeto
Pedagógico Institucional. O texto resultou dos trabalhos coletivos realizados no
CEULJI, com base nos documentos oficiais da Instituição: Estatuto e Regimento
Geral, e procura apresentar as idéias, diretrizes e pressupostos que norteiam o
trabalho educacional do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná.
1.1. JUSTIFICATIVA
A finalidade precípua do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná - CEULJI
é a formação do homem integral; portanto, visa a uma atividade educacional que
deve ser resultado de uma intenção, de um planejamento refletido e responsável.
Por essa razão, a comunidade se mobilizou para construir o Projeto Pedagógico
Institucional – PPI, tendo como base a filosofia da Instituição, suas diretrizes e
estratégias.
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Trata-se de um documento indispensável porque irá nortear a ação
educacional. O CEULJI estará por meio dele cumprindo a sua Missão. As gerações
que passaram pelo CEULJI usufruirão dos benefícios e colaborarão na construção
de uma sociedade mais humana. Mais justa, mais solidária.
1.2. DECISÃO
O presente Projeto Pedagógico Institucional é resultado do trabalho conjunto
de professores e de gestores representantes de todos os cursos e setores da
Instituição para uma discussão sobre as diretrizes do Centro Universitário contidas
em seus documentos oficiais. Ideais foram se consolidando, sendo então construído
o documento final, balizados de todos os projetos institucionais, setoriais e de
cursos.
1.3. ABRANGÊNCIA O Projeto Pedagógico Institucional está fundamentado em uma concepção
político-pedagógica que articula a missão de gerar conhecimentos técnico-científicos
com a formação de profissionais comprometidos eticamente com a sociedade. Seu
alcance vai além de uma abordagem técnica, chegando aos pressupostos políticos e
econômicos que embasam as ações previstas, sempre condizentes com as
diretrizes que regem a educação nacional, expressas no texto constitucional e na Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394/96).
O plano qüinqüenal prevê a consolidação, a qualidade e o crescimento
gradativo das funções de ensino, pesquisa e extensão, onde se situam suas
políticas, cujas metas previstas cobrem esse período de desenvolvimento desejado.
Considerando a educação como uma prática social concreta e histórica e,
ainda, uma atividade eminentemente humana, determinada no interior das relações
sociais e por isso mesmo flexível, este documento não é imutável, estando,
portanto, sujeito às alterações que o momento histórico e o contexto social concreto
vierem a requerer.
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O ensino de excelência supõe a educação continuada, permanente
atualização bibliográfica, investimento em laboratórios e melhoria na infra-estrutura
física, pautando-se pela política institucional que objetiva alcançar qualidade em
todas as suas ações. Supõe, ainda, incentivo ao corpo docente para a
aprendizagem contínua.
São de fundamental importância a socialização das políticas, objetivos e
estratégias desejadas e projetadas neste documento para que as propostas e
intenções aqui anunciadas logrem êxito. Assim, é necessária a permanente e
continuada avaliação institucional bem como a atenção de todos aqueles envolvidos
com o Centro Universitário.
1.4. OBJETIVOS DO PROJETO
1.4.1. GERAL
Organizar e sistematizar as políticas e diretrizes das ações que dinamizarão a
melhoria da qualidade da educação superior do CEULJI.
1.4.2. ESPECÍFICOS
• Levantar e conhecer a realidade social e profissional, local e regional
para efetivar a implantação de políticas e de possíveis ofertas de
cursos;
• Analisar os documentos institucionais, seus objetivos e estratégias
previstas;
• Depreender e manter as diretrizes emanadas desses documentos;
• Discutir e construir as linhas básicas para toda a ação, pretendendo
alcançar a excelência na formação do educando;
• Implementar e consolidar, através da ação-reflexão-ação, as propostas
pedagógicas nas diferentes áreas do conhecimento e cursos.
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2. DA IDENTIFICAÇÃO
2.1. DA MANTENEDORA
Mantenedora Associação Educacional Luterana do Brasil (AELBRA) CNPJ: 88.332.580/0001-65 End.: Av. Farroupilha Nº: 8001 Bairro Centro Cidade: Canoas CEP: 92.425-900 UF: RS Fone: 0(XX) 51- 3462-9581 Fax: E-mail: [email protected]
2.1.1. DIRIGENTES ATUAIS
A atual diretoria, eleita, em 2009, pela Assembléia Geral e empossada, tem a
seguinte constituição:
• Presidente : Paulo Augusto Seifert;
• Vice-presidente : Leonir Mittmann;
2.1.2. FINALIDADE
O Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná - CEULJI atua em consonância
com a filosofia educacional da Mantenedora, a Associação Educacional Luterana do
Braisl - AELBRA expressa em seu Estatuto, fundamentada na fé cristã proclamada
nas Escrituras Sagradas do Antigo e Novo Testamentos e confessada nos credos
ecumênicos e documentos confessionais da Igreja Luterana, reunidos no Livro de
Concórdia de 1580.
A AELBRA tem como princípio norteador divulgar a mensagem cristã, por ela
crida como a verdade sobre Deus e Sua relação com a Humanidade. Como parte
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integrante desta missão, está o cultivo da mente, como bem expressa o lema do
Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná, Veritas vos liberabit (“A verdade vos
libertará”), inspirado no texto bíblico de João 8:32: “... conhecereis a verdade, e a
verdade vos libertará”. Por esta razão, a AELBRA mantém este Centro Universitário,
cuja tarefa principal é descobrir e transmitir a verdade e ser um modelo, um exemplo
de instituição confessional cristã cuja meta é proporcionar uma formação integral do
profissional, educando-o para esta vida com a perspectiva de eternidade preparada
por Deus, que é Amor.
A atuação da Igreja visa, em última análise, a implantação do reino de Deus,
entendido como sociedade perfeita que o próprio Deus instaura mediante meios
próprios, libertando os seres humanos do mal – inclusive da morte, para uma vida
plena em comunhão com Ele, a fonte de todo o bem.
Tendo em vista que uma ordem social justa e participativa não é obra do
acaso, mas fruto do penoso trabalho histórico, a Igreja recorre à educação como
meio para chamar o homem à comunhão com Deus e habilitá-lo à luta comum por
uma sociedade melhor. O Reformador Martinho Lutero esclarece no Catecismo
Maior de 1529: “Se queremos pessoas excelentes e hábeis tanto para o governo
secular como para o espiritual, cumpre deveras não nos poupemos empenho, faina
e gastos na tarefa de ensinar e educar os nossos filhos, a fim de que possam prestar
serviço a Deus e ao mundo. Se tal de fato fizéssemos, Deus haveria de abençoar-
nos ricamente e conceber a graça de se educarem homens dos quais houvesse
melhoria à terra e ao povo” .
A Igreja, portanto, engaja-se na educação para ser fiel aos seus objetivos
específicos, a saber, buscar a formação do ser humano e o desenvolvimento da
sociedade na perspectiva cristã e tudo o que isso implica na teoria e na prática. Ela
está preocupada em oportunizar uma educação cristã a todos, visto que todos os
seres humanos foram chamados à mesma glória do reino de Deus. Não admite
preconceitos de raça, cor ou credo religioso. Privilegia as populações carentes dos
centros urbanos, que estão relegadas à própria sorte. Dispensa atenção especial à
educação para o trabalho, para tornar a pessoa capaz de sustentar-se e produzir em
benefício da coletividade. Encara a educação não como simples transmissão de
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conhecimentos, mas como via de acesso, mediante a pesquisa, a novos
conhecimentos, que resultem na melhoria das condições de vida no mundo.
Reconhecendo, porém, que o ser humano é responsável perante o Criador, a
Igreja dedica-se à formação espiritual do educando. Procura despertá-lo para o
chamado de Deus e inseri-lo na sociedade como ser moral que atue
responsavelmente com vistas ao bem comum.
Por respeitar a divisão de trabalho que caracteriza a sociedade moderna, a
Igreja procura somar forças com grupos e organismos que se empenham pelo
ensino, particularmente com os poderes públicos do Estado democrático, a fim de
atender às necessidades educacionais e de saúde da população.
2.2. DA MANTIDA
2.2.1. DA SEDE
Mantida: CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE JI-PARANÁ
End.: Avenida Engenheiro Manfredo Barata Almeida da Fonseca nº: 762
Bairro: Jardim Aurélio Bernardi Cidade: Ji-Paraná CEP: 78961.970 UF: RO
Fone: 69.3416.3100
E-mail: reito.jiparana@ulbra,.br [email protected]
Site www.ulbra.br/ji-parana
2.2.2. DIRIGENTE PRINCIPAL DA MANTIDA Cargo Reitor Nome: Valmir Miguel de Souza
2.2.3. HISTÓRICO Tendo em vista as tradições da mantenedora e a própria experiência no
ensino superior, o Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná - CEULJI - elaborou
um modelo próprio de escola confessional e comunitária.
Esta escola de ensino superior está comprometida com a verdade que liberta,
conforme expressa o seu lema: "Veritas vos liberabit" (Evangelho de São João 8.33).
Não cultiva preconceitos e submete todos os conhecimentos humanos ao livre
exame da razão. Também não se contenta com verdades isoladas e procura
relacionar todos os conhecimentos humanos com a Verdade.
O conhecimento humano está fragmentado em especializações estanques e
concepções de mundo que se excluem reciprocamente. O CEULJI, partindo de uma
concepção cristã do mundo e do sentido da história, procura recuperar aquela
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perspectiva de unidade e totalidade. Considera tudo em relação ao princípio e fim de
todas as coisas.
Visto que "não só de pão viverá o homem" (Evangelho de São Mateus 4.4), o
CEULJI considera, em primeiro lugar, as necessidades espirituais do ser humano.
Para satisfazê-las, veicula as promessas do Evangelho que asseguram vida plena a
quem as receber de coração (Evangelho de São João 5.24-29).
Considerando aquelas promessas, o Centro Universitário Luterano de Ji-
Paraná percebe a história da humanidade como experiência significativa orientada
misteriosamente pelos propósitos do Criador. Entende que a existência adquire
significado e sentido à medida que o ser humano passa a atuar, espontaneamente,
de acordo com sua vocação específica de participante e cooperador da obra de
Deus no mundo.
O CEULJI, portanto, concebe o ser humano como pessoa responsável
perante o Criador e entende que toda existência se desenrola "coram DEO", na
presença de Deus.
A partir desse pressuposto, o Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná
entende a si mesmo como comunidade eticamente responsável. Além de cultivar um
relacionamento moral entre seus integrantes, procura atuar com consciência crítica
na sociedade. Tendo em vista que a fé atua pelo amor, empenha-se na melhor
forma de realizar o bem comum e concebe a educação não como processo de
formação apenas, mas como interação social que conduz à participação plena,
produtiva e crítica das pessoas na sociedade.
Nesta perspectiva, o CEULJI valoriza a pesquisa científica não como fim, mas
como meio para ampliar as fronteiras do saber como aporte necessário para a
difusão dos conhecimentos e ao mesmo tempo favorecer o processo de ensino e
aprendizagem.
Nesse enfoque, a extensão se apresenta não como tarefa adicional, mas
como forma de intercâmbio entre a comunidade universitária e a comunidade social.
Na verdade, o CEULJI não constitui uma entidade à parte: é antes uma instituição
da própria comunidade social, mantida para o fim específico de promover o bem-
estar social pelo cultivo das ciências, das artes e da técnica. Como vanguarda crítica
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do corpo social, o CEULJI está sempre em comunicação com o passado, enquanto
cultiva a tradição; com a sociedade contemporânea, na medida em que acolhe,
elabora e procura viabilizar os seus anseios.
O Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná, com sede e foro em Ji-Paraná,
Estado de Rondônia é uma instituição de educação superior, mantida pela AELBRA,
pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, com sede e foro em Canoas
(RS), e com seu Estatuto inscrito no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas
de Canoas, sob número de ordem 831, do livro A-6, Fls. 56 em 13 de junho de 1997,
declarada de Utilidade Pública, Municipal, pelo Decreto nº 02, de 19 de janeiro de
1970, Estadual, pelo Decreto 20.662, de 09 de novembro de 1970 e Federal, pelo
Decreto nº 85.896, de 13 de abril de 1981, com Certificado de Entidade de Fins
Filantrópicos.
Buscando promover o desenvolvimento da Região Amazônica, respeitando
suas diversidades culturais, sociais e ecológicas, compatibilizando viabilidade
econômica, justiça social e sustentabilidade ambiental, a ULBRA, administradora
das Unidades Educacionais da AELBRA, em seu projeto de expansão, tornou
possível a concretização deste Centro Universitário na região norte.
ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA
A origem do ILES/Ji-Paraná prende-se à idéia concebida há alguns anos pela
mantenedora, no projeto de Ji-Paraná, que começou a se tornar realidade em 1984,
quando o Pastor Ruben Eugen Becker, em contato com o empresário Luis Bernardi
conseguiu a doação de uma área de 52.250m², num primeiro momento, para a
construção de uma escola que oferecesse o ensino fundamental e médio. Para a
construção da escola, a Evangelische Zentralstelle, da Alemanha, aprovou a doação
de 50% da verba necessária, e a Igreja Evangélica Luterana São Paulo de Canoas
completou a verba necessária para a concretização do projeto.
A construção do prédio, totalizando dez blocos interligados por passarelas,
teve início em julho de 1984, perfazendo mais de 6.000m² de área construída,
dispondo de 20 amplas salas de aulas, cada uma com área de 68,91m² bem
iluminadas e ventiladas, salas para laboratórios equipados, auditório com
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capacidade para 450 pessoas, ampla área coberta destinada à recreação
(339,30m²), dependências administrativas espaçosas, além de sala de vídeo, área
para prática desportiva, recreação e Biblioteca.
Em julho de 1986 foi criada a Associação Ji-Paranaense de Educação e
Cultura (AJEC), fase embrionária do Instituto Luterano de Ensino Superior de Ji-
Paraná – ILES hoje Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná. Autorizada pelo
MEC, em 1989 as Faculdades Ji-Paranaenses iniciaram os cursos de Ciências
Contábeis e Pedagogia. Em março de 1990 houve a transferência de mantenedora,
da AJEC para a AELBRA agora AELBRA, e esses cursos passaram a ser
administrados pela Universidade Luterana do Brasil – ULBRA. Ainda em 1990,
foram criados os cursos de Administração e Direito.
Em função da portaria do Ministério de Educação e Cultura de nº 83, de
29/01/96, publicada no diário oficial da união de 30/01/96, a unidade universitária
teve o seu nome alterado para Instituto Luterano de Ensino Superior de Ji-Paraná –
ILES, passando a ser uma unidade independente.
Em 02/02/96, por meio das portarias ministeriais nº 104, 105, 106 e 107/96,
foram reconhecidos os cursos de Pedagogia, Ciências Contábeis, Administração e
Direito, respectivamente. Nesse mesmo ano, o Instituto Luterano de Ensino
Superior de Ji-Paraná, dispondo da área física de 493.585,70m² dos quais
28.047,26m² são de área construída, iniciou o ano letivo com um novo prédio “B”
com 3.569,83m² e, em 1997, a conclusão do prédio “C”, com 4.957,41m², ambos
localizados na Avenida Universitária ao lado do prédio A; como já era esperado, a
Instituição teve o seu número de alunos triplicado em 1996. Aumentou de quatro
para seis os cursos de graduação oferecidos à sua clientela, visto que foram
autorizados os funcionamentos dos cursos de Informática e Agronomia, os quais
foram reconhecidos em 1999, por meio das portarias 1066 e 1725, do Ministério da
Educação.
Em 1999 protocolizou-se junto ao MEC o pedido de transformação de Instituto
em Centro Universitário, recebendo em 17 e 28 de março e 16 de maio de 2000 a
Comissão de Verificação in loco a qual, após avaliação, emitiu seu parecer
favorável.
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Junto ao complexo educacional continua funcionando a escola denominada
Colégio ULBRA São Paulo - CUSP.
A Instituição oferece ainda programas de especialização conveniados com a
Universidade Luterana do Brasil – ULBRA. A partir de 1999, passou a oferecer
programa de pós-graduação stricto sensu, Doutorado em Diagnóstico e Avaliação
Educativa, por meio do Projeto Brasil Mercosul com a Universidade Luterana do
Brasil, em convênio com a Universidade de La Coruña – Espanha, oportunizando
aos egressos a continuidade de sua formação acadêmica.
DATAS HISTÓRICAS :
• 1847 - Fundação de Igreja Luterana – Sínodo de Missouri – USA;
• 1904 - Fundação da Igreja Evangélica Luterana do Brasil – AELBRA;
• 1905 - Fundação da Comunidade Evangélica Luterana São Paulo em
Canoas –RS;
• 1911 - Fundação da primeira escola da Comunidade Evangélica Luterana
São Paulo;
• 1984 - O Pastor Ruben Eugen Becker conseguiu, do empresário Luís
Bernardi, a doação do terreno para abrigar o campus do futuro ILES Ji-
Paraná – RO;
• 1986 - Entra em funcionamento o Centro Educacional São Paulo –
CEDUSP;
• 1986 - Primeiro Diretor: Professor Vilino Irineu Sperbe (1989-1993);
• 1986 - Criada a Associação Ji-Paranaense de Educação e Cultura
(AJEC);
• 1989 - Autorização concedida às Faculdades Ji-Paranaenses;
• 1989 - Autorização dos cursos de Ciências Contábeis e Pedagogia;
• 1990 - Com Parecer CEF nº 1.031/89 que aprovou o Plano de Expansão
in verbis, os cursos das Faculdades Ji-Paranaenses foram transferidos
para a Universidade Luterana do Brasil – ULBRA;
• 1990 - Autorização de funcionamento dos cursos de Administração e
Direito;
• 1991 - Primeiro curso de Especialização em Administração e Planejamento para Docentes (Convênio ULBRA);
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• 1993 - Segundo Diretor: Hugo Edgar Lüdke (1993-1997);
• 1996 - Portaria nº 83, de 29 de janeiro de 1996 – DOU de 30 de janeiro de
1996, aprovou a transformação da unidade de Ensino do Campus de Ji-
Paraná, da Universidade Luterana do Brasil, em unidade educacional
independente com a denominação de Instituto Luterano de Ensino
Superior de Ji-Paraná, Estado de Rondônia, mantido pela Comunidade
Evangélica Luterana São Paulo, com sede em Canoas – RS, aprovado
neste ato seu Regimento Unificado;
• 1996 - Autorização dos cursos de Agronomia e Informática;
• 1999 - Terceiro Diretor: Pastor Marcos Fernando Ziemer;
• 1999 - Reconhecimento dos cursos de Agronomia e Informática;
• 1999 - Primeiro curso de Doutorado em Avaliação e Diagnóstico
Educacional (Convênio ULBRA com a Universidade de La Coruña –
Espanha);
• 1999 - Protocolizado Processo nº 23000.004419/99-40 para
credenciamento do Instituto Luterano de Ensino Superior em Centro
Universitário;
• 2000 - Comissão de Credenciamento designada pela Portaria SESu/MEC
nº 2945/99. Período da avaliação: de 27 e 28 de março e 16 de maio de
2000 –Relatório de verificação in loco para credenciamento do Instituto
Luterano de Ensino Superior em Centro Universitário com parecer
favorável;
• 2002 - De acordo com a Portaria nº 3.950 de 30 de dezembro de 2002,
DOU de 31 de dezembro de 2002, o Instituto foi transformado em Centro
Universitário Luterano de Ji-Paraná.
Atualmente (2009/2), o Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná conta com
14 cursos/habilitações de graduação ( 3000 alunos matriculados), cursos de Pós-
graduação ( Latu Sensu ) em Estética e Cosmetologia Avançada. Em parceria com
o campus de Canoas está em andamento o Mestrado em Génetica e Toxicologia
Aplicada e Mestrado no Ensino de Ciências e Matemática. Nos anos de 2006 foi
ofertado em parceria com a Universidade Federal Rural do Pará o mestrado em
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Agronomia, além da Escola de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Médio,
dispondo de 252 funcionários e professores.
Nessa perspectiva, o Centro Universitário se apresenta e atua como centro de
estudo de nível superior que promove a busca da verdade por meio do ensino, da
pesquisa e da extensão; a formação de profissionais; o diálogo entre as culturas e a
inserção afetiva em seu meio, assumindo responsabilidade pelo seu
desenvolvimento. O CEULJI/ULBRA tem como objetivos ministrar o ensino com
excelência em diferentes campos do conhecimento humano; promover a pesquisa
científica e o desenvolvimento cultural, e por fim, estender à sociedade serviços
indissociáveis das atividades de ensino, de pesquisa e de extensão.
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3. DO MARCO SITUACIONAL
3.1. ÁREAS DE ATUAÇÃO E INSERÇÃO REGIONAL. O CEULJI se situa em um contexto cultural, social e econômico privilegiado.
O estado de Rondônia tem uma história de lutas e conquistas narrada por seu povo.
Economicamente, Rondônia desponta como o estado agronegócio (agrícola e
pecuário).
O município de Ji-Paraná tem uma área de 6.896,782km² e uma população
estimada em 120.000 habitantes. A expansão urbana vem ocorrendo em direção
aos municípios de Presidente Médici e Ouro Preto d’Oeste. O Estado de Rondônia
possui uma área de 237.576,167km² e uma população estimada em 1.550.000
habitantes (IBGE, 2000).
Ji-Paraná está na região norte do Brasil, a Leste no Estado de Rondônia e a
Oeste do Estado do Mato Grosso. É considerada a capital do interior do Estado de
Rondônia (Capital da BR) e um dos pontos estratégicos de entrada para a maior
reserva ecológica do planeta: a floresta Amazônica. O acesso é feito principalmente
pela BR-364 ou por via aérea.
A base produtiva desta região é fortemente marcada pelo seu potencial
agropastoril e pelo turismo ecológico, com destaque para a atividade pecuária, cabe
ressaltar a atuação dos municípios pertencentes a mesorregião leste de Rondônia,
composta por 41 municípios e detentora do 8º Rebanho Bovino do Brasil, com
aproximadamente 12 milhões de cabeças1. Responsável por cunhar a Expressão
“Boi Verde” ao dicionário mundial no comércio da carne bovina.
1 Fonte Associação dos Criadores de Gado de Corte de Rondônia.
1 8
A zona de atuação municipal de Ji-Paraná, produzindo serviços de toda
ordem, responde por uma absorção de mais 20% da geração de empregos de toda
a mesorregião leste de Rondônia.
A peculiaridade geográfica fundamental do Estado de Rondônia, que está
encravado na região amazônica, diz respeito à sua exuberante natureza: a vasta
floresta tropical e a gigantesca bacia hidrográfica dos rios Madeira, Machado,
Roosevelt, Jaru, Jamari e parte do Guaporé.
A existência de enormes reservas de recursos naturais (florístico, fauniano e
mineral) vem balizando as relações econômicas, políticas e sociais na sua história,
na medida em que é vista como uma das últimas reservas biológicas e uma das
últimas fronteiras de exploração de recursos, na expansão da economia mundial.
Isto tem significado o estabelecimento de conflitos – quer no âmbito da
definição e desenvolvimento de políticas, quer nos níveis das ações e relações
cotidianas; conflitos estes ligados à ocupação e ordenamento dos espaços, à
exploração, à apropriação, à utilização dos recursos naturais e à implantação de
processos de produção que envolvem tecnologias modernas.
Figura 1- Mapa da mesorregião de influência geoeducacional do CEULJI-ULBRA.
1 9
Fonte: IBGE 2002.
É neste contexto de interesses de ocupação e investidas internacionais sobre
a região que se deve compreender a situação educacional de sua população,
analisando, quantitativa e qualitativamente, os resultados e os diversos fatores e
condições que a estão produzindo, de modo a poder melhor direcionar as ações
relativas à educação.
Do ponto de vista de sua composição cultural, a população Rondoniense é
caracterizada por uma rica sociodiversidade. Existem na região imigrantes de todos
os estados brasileiros, além de estrangeiros em missões religiosas e de pesquisas.
Além disso, culturas caboclas, vividas por grupos ribeirinhos que habitam o interior,
às margens de rios, lagos e igarapés constituem também modos de vida
amazônicos representando experiências e conhecimentos sobre formas de
coexistência e utilização do meio local.
Considerando este quadro, ao examinar-se o modo de crescimento da região,
pode-se afirmar que os modelos de desenvolvimento e modernização da Amazônia
2 0
não têm se pautado por princípios adequados à sua sociodiversidade e
biodiversidade, na medida em que alguns índices apontam para:
a) Aumento da imigração interestadual e ocupação dos espaços florestais por
empresas agroindustriais; este crescimento desordenado produziu, na região, um
elevado índice de aglomerados subnormais, com crescimento, nos anos de 2003/04,
de 112% do número de indústrias transferidas para o Estado, enquanto que a média
do crescimento industrial, no período, no Brasil ficou em torno de 9%2;
b) Crescimento da geração de empregos e oportunidades, com o aumento da
concentração de renda, cujo nível é avaliado pelo índice de Gini3. Os cálculos do
IBGE atestam um aumento de 0,04 deste índice na região norte, entre 1981 e 1995,
passando de 0,53 para 0,57;
c) Aumento da criminalidade e de conflitos, tanto nos centros urbanos quanto
na área rural;
d) Aumento da destruição do meio ambiente, com o crescimento de áreas
desmatadas, da poluição das águas e dos riscos de desaparecimento de espécimes
(animais e plantas), mesmo Rondônia possuindo ainda hoje 74% da sua cobertura
vegetal inalterada pela ação antrópica.
Estes índices sugerem, de um lado, que programas e projetos sociais e
econômicos que vêm sendo implantados no âmbito das políticas governamentais
não têm conseguido viabilizar uma elevação substancial do nível de vida das
parcelas pobres da população urbana – ao mesmo ritmo da industrialização estadual
–, não têm possibilitado o desenvolvimento dos homens do interior, nem têm
conseguido conter os processos de depredação do ambiente e do patrimônio natural
e cultural. Por outro lado, sugerem também um certo distanciamento e falta de
diálogo entre quem planeja e decide e aqueles que experimentam o viver no interior
do Estado – coletores, extratores, pescadores, agricultores, índios, empresários etc.
– cujo saber e ciência empírica poderiam subsidiar a elaboração de modelos e
programas adequados a uma utilização não predatória dos recursos naturais.
2 Dados Publicados pelo IBGE 2004. 3 Medida que indica concentração de renda; quanto mais está próximo de 1, maior é a concentração de renda.
2 1
Outrossim, estas questões sociais e culturais colocam – tanto para os
gestores, técnicos da educação e os professores, quanto para outros segmentos
sociais comprometidos com a produção de uma vida melhor – dois grandes
desafios: o primeiro diz respeito à extensão da escola para cada criança e jovem,
extinguindo a exclusão educacional, e o segundo, à produção de uma educação
competente, capaz de elaborar um discurso, uma ética e um conjunto de
conhecimentos e atitudes, direcionados ao respeito ao multiculturalismo e à prática
da conservação ambiental na região.
Os dados oficiais mostram um crescimento considerável da economia
regional nas três últimas décadas. Neste período, houve grande investimento político
e econômico no setor terciário, alterando o processo de crescimento dos outros
setores e os rumos do desenvolvimento social da população amazônica.
A implantação de indústrias madeireiras na região sobrepôs-se à atividade
industrial do local – tanto indústrias ligadas ao beneficiamento inicial da produção
extrativa (madeira, borracha, óleos, fibras e outros produtos da floresta), quanto
aquelas relacionadas ao fabrico de produtos de primeira necessidade, como olarias,
bebidas e pastifícios.
Desta indústria local, sobreviveram e se expandiram aquelas atividades cujos
produtos da floresta não sofreram exaustão de estoque, não tiveram sucedâneos
sintéticos e conseguiram manter mercado. Nesta situação encontram-se as
madeiras menos nobres e o palmito.
O setor primário – compreendendo o extrativismo, a agricultura, a pecuária e
a piscicultura – apresenta um conjunto de atividades produtivas que se realizam,
quer por modernas técnicas de criação e extração de produção naturais – criações
de peixes, aves bovinos, suínos e eqüinos; extração de cassiterita, água mineral,
quer por tecnologia e processos tradicionais de coleta e produção agrícola. Neste
setor, existe, portanto, uma variação de relações de trabalho e produção,
abrangendo tanto atividades de subsistência, em escala doméstica e local (como as
roças e a pesca artesanal), quanto atividades de sistemas de aviamento
modernizados, (extrativismo de castanha, peixe etc.), e também atividades em
grande escala comercial, como a mineração, a extração de madeira, a agricultura
2 2
(principalmente soja, arroz, palmito pupunha e milho) e a agropecuária (gado de
corte) nas grandes fazendas, além da piscicultura.
Com base na geração de impostos, pode-se verificar que o setor terciário
consegue gerar divisas consideráveis, cujo volume o coloca em segundo lugar na
produção de riquezas na região. Exportação de produtos agrícolas, pecuários e de
matérias-primas são as atividades econômicas fundamentais desse setor.
Esse quadro de abundância e geração de bens econômicos não tem, todavia,
significado uma divisão eqüitativa de melhoria das condições de vida à totalidade da
população, sobretudo quando se trata daquela população localizada nos setores das
periferias urbanas, ribeirinhas e indígenas. Embora a população tenha crescido
menos – a taxa de crescimento demográfico diminuiu de 4,1% (período 1970/1980)
para 3,6% ao ano (período 1980/1991); nos centros urbanos, tem se mantido
relativamente alta a taxa da população economicamente não ativa, em relação à
população economicamente ativa.
Ademais, tomando-se como parâmetro as condições de vida das crianças de
0 a 6 anos4 de idade, pelos dados de 2002 pode-se verificar que, em Rondônia,
continua alta a taxa daquelas que estão expostas a condições materiais de risco,
tais como esgotamento sanitário inadequado (84%) e abastecimento de água
impróprio (32,5% nos domicílios urbanos). Além disso, como já foi referido acima,
aumentou a concentração de renda – dado que permite visualizar melhor a
indicação da, ainda grande, desigualdade social. Em pesquisas realizadas pelo
IBGE (2002)5, as populações da região norte, marcadamente Rondônia e Pará,
sentiram os efeitos das transformações de meio ambiente, mais marcantes no que
se refere a desmatamentos ocorridos na região e queimadas, bem como a presença
de vetores de doenças endêmicas. As formas como se tem pretendido desenvolver
as áreas rurais não têm conseguido romper com estruturas arcaicas de
subordinações políticas e econômicas de vários setores da população interiorana,
sobrevivendo ainda nos dias atuais, embora com roupagem moderna, os antigos
sistemas de aviamentos.
4 Dados do IBGE, 2000. 5 Dados do IBGE, 2002 Perfil Municipal Brasileiro de Meio Ambiente.
2 3
Quando se busca explicar tais discrepâncias sociais e econômicas, indicadas
na realidade do Estado, pode-se novamente citar o aspecto da inadequação de
modelos de desenvolvimento e de tecnologias empregadas em muitos projetos e
programas destinados a promover a elevação da qualidade de vida da população.
A base dessa inadequação parece estar na dimensão temporal das ações
empreendidas, isto é, numa exigência de resultados produzidos num tempo veloz,
de acordo com os padrões da vida moderna. O critério da velocidade da obtenção
dos resultados, próprio do modo moderno de produção, tem levado muitos gestores
das políticas governamentais e empresariais a considerar como atrasados e
incapazes aqueles setores de produção tradicionais, cuja atuação está bem
adaptada ao meio, embora realizada num tempo mais demorado.
Certamente, as soluções eficientes e eficazes para os problemas sociais,
educacionais, ambientais e econômicos de amplos segmentos da população
Rondoniense, deverão ser criados a partir da maior comunicação entre gestores e
comunicadores, em que diferentes necessidades, conhecimentos, expectativas e
tempos possam ser levados em conta por quantos tomam decisões e encaminham
ações, o que implica assumir que a modernização precisa ter um caráter
heterogêneo.
Diante dessa visão, o Centro Universitário de Ji-Paraná pretende responder
de forma efetiva às necessidades de formação de seus alunos como profissionais e
cidadãos, com uma educação desenvolvida por meio de princípios ético-cristãos que
propõem as transformações sociais necessárias.
Nos últimos cinco anos, o Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI,
tem cumprido sua missão, colocando profissionais habilitados nas mais diversas
esferas do conhecimento humano. Se fizermos um comparativo entre o que existia
até os anos 1980/1990 e o existente na atualidade, podemos constatar que houve
uma melhora substancial na qualidade profissional da região.
Pode-se notar que as empresas estão com os seus ciclos de vida mais
estáveis, apesar das insistentes crises econômicas que o país tem atravessado, o
que denota uma presença mais profissional nos comandos das organizações
estabelecidas na região.
2 4
Paradoxalmente, os problemas que assolam o restante do país se repetem
neste estado tão pródigo, visivelmente por meio do crescimento populacional
periférico, do desemprego e da miséria – fenômenos circunstanciais que interferem
na cultura, na qualidade de vida e na estrutura da própria sociedade. Considerando
a educação como uma prática concreta e histórica e, ainda, uma atividade
eminentemente humana, determinada no interior das relações sociais e, por isso
mesmo, flexível, o CEULJI se preocupa com as mudanças e o contexto, bem como
oferece educação de qualidade, pautando-se por uma política institucional de
inclusão e de responsabilidade social.
2 5
4. DO MARCO REFERENCIAL
Este Marco Referencial tem por fim a explicitação da razão de ser do Centro
Universitário Luterano de Ji-Paraná, dos objetivos que visa atingir a explicitação de
sua razão de ser, através dos seus referenciais ético- políticos, epistemológicos,
educacionais e técnicos.
4.1. REFERENCIAIS ÉTICO-POLÍTICOS
O Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná - CEULJI é um centro de
reflexão, estudo, debates, pesquisas e de análise da realidade, com espírito crítico e
criativo, responsável, em que se questiona o tipo de indivíduos e de sociedade que
se deseja formar e se buscam alternativas para fazer surgir uma sociedade
democrática renovada mais perfeita, que atenda às aspirações e anseios
fundamentais do “homem todo e de todos os homens”.Reconhece e defende o
direito universal à educação e à livre escolha do indivíduo quanto ao tipo de
educação.
Inserido numa sociedade pluralista, o Centro Universitário Luterano de Ji-
Paraná tem sua identidade própria, fundamentada na concepção cristã e luterana do
homem, do mundo, de Deus. O CEULJI promove a assimilação dos valores
culturais, de modo especial, pelo cultivo dos valores humanos e da ética cristã e
respeita as normas e os princípios que orientam a Instituição, assim como, a
liberdade de expressão e a crítica com responsabilidade na procura de
aperfeiçoamento do próprio sistema universitário e do desenvolvimento da
consciência crítica, ética e política. O CEULJI aceita todas as pessoas sem distinção
de raça ou credo, uma vez satisfeitas as exigências legais de ingresso e reconhece
a participação política como um direito de cada cidadão. Ao educando, como agente
e sujeito de sua própria formação, cabe uma participação e responsabilidade
2 6
insubstituíveis no processo de aprendizagem e de desenvolvimento de todas as
suas potencialidades. O empenho e o esforço são a garantia principal do êxito. O
CEULJI interage com a sociedade, como um sistema aberto, atento aos anseios e
necessidade da região e do tempo.
Por essa razão, o CEULJI, preocupado com sua missão educadora, procura
estruturar-se com eficiência para que os próprios métodos administrativos
contenham uma dimensão pedagógica para alcançar a eficácia no cumprimento de
seus objetivos.
4.2. REFERENCIAIS EPISTEMOLÓGICOS, EDUCACIONAIS E TÉCNICOS
O Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná busca inspiração nos preceitos
da Igreja Cristã não podendo manter-se indiferente às necessidades dos homens e
das criaturas, mas assiste o homem todo, minorando sofrimentos, suprindo
carências, abrindo novas perspectivas de vida. Engajado na educação para ser fiel
aos seus objetivos específicos, preocupa-se com o ensino, pesquisa e extensão.
4.2.1. ENSINO
Na área acadêmica o CEULJI destaca suas políticas para cada modalidade
de ensino buscando a qualificação, dinamização, diversificação e ampliação de
oportunidades que resultem na melhoria da qualidade universitária e de sua
contribuição ao desenvolvimento científico, tecnológico e social na sua região de
abrangência bem como em caráter nacional.
O CEULJI pretende implantar um modelo didático-pedagógico, voltado para a
realidade social e profissional, local e regional, para a integração dos seus cursos.
Para tanto, as diferentes modalidades de ensino serão oferecidas de forma modular
a fim de possibilitar a integração entre as mesmas e o aproveitamento de estudos
também por parte dos discentes.
A forma modular se constitui em um conjunto seqüenciado de atividades e
disciplinas, realizado em módulos consecutivos, sendo facilitadores dessas
2 7
possibilidades a organização curricular, objetivando um aumento da agilidade
através do aproveitamento de estudos realizados, possibilitando a inserção do aluno
na vida profissional, enquanto dá continuidade à sua formação acadêmica. Esta
modalidade mista de módulos e disciplinas irá facilitar e possibilitar a progressão
vertical em uma mesma área de conhecimento. Assim sendo, se promoverá uma
integração curricular entre os cursos superiores de tecnologia, de graduação e pós-
graduação, bem como a adequação destes às oportunidades atuais, conjugando a
busca permanente da qualidade com os prazos estabelecidos para a conclusão dos
mesmos.
Os cursos de pós-graduação serão constituídos por um ciclo de atividades
regulares que visarão aprofundar os conhecimentos adquiridos na graduação e
desenvolver a capacidade criadora, conduzindo a uma pós-graduação lato sensu e
stricto sensu, com cursos de especialização ou aperfeiçoamento, mestrado e
doutorado.
Em síntese o CEULJI tem dado prioridade ao aperfeiçoamento constante e
profundo de sua atividade acadêmica, buscando não só consolidar como ainda
melhorar com substância seus processos e resultados educacionais e de produção
acadêmica.
4.2.2. PESQUISA
O CEULJI preconiza uma política de Iniciação Científica e Tecnológica que
prioriza a formação de recursos humanos através do aprimoramento acadêmico-
profissional do aluno em todas as áreas do conhecimento.
Esta política possibilita o despertar e aprimorar de qualidades do estudante
universitário na formação da atitude científica que se reflete no preparo de um
profissional capacitado a enfrentar os novos desafios, que são a tônica de um
mundo globalizado e competitivo.
Tem o CEULJI, no desenvolvimento da investigação científica e tecnológica
um valioso instrumental pedagógico e social para a consecução de seus objetivos
educacionais. O fazer ciência, participando de atividades de pesquisa básica ou
2 8
aplicada, tem um importante papel na formação do estudante universitário, no
despertar e aprimorar de qualidades que se refletem no preparo de um profissional
capacitado a enfrentar os problemas do dia-a-dia. O profissional deve ser capaz de
dar respostas concretas e imediatas aos problemas que surgem em sua atividade
diária, quando engajado no mercado de trabalho. A investigação do desconhecido
ajuda a formar uma mente organizada no método científico, na análise crítica frente
a novos desafios e na proposição e verificação experimental de hipóteses de
trabalho a serem testadas de forma sistemática. O espírito analítico-crítico, a
inovação de soluções, a engenhosidade e o empreendedorismo, entre outras, são
qualidades trabalhadas no cotidiano da pesquisa, importantes, também, no processo
de formação do acadêmico, por desenvolver neste características desejáveis como
autoconfiança e liderança
4.2.3. EXTENSÃO
Tem-se hoje como princípio que para a formação do Profissional Cidadão é
imprescindível sua efetiva interação com a sociedade, seja para se situar
historicamente, para se identificar culturalmente ou para referenciar sua formação
com os problemas que profissionalmente terá de enfrentar.
A Extensão, entendida como prática acadêmica que interliga o CEULJI nas
suas atividades de ensino e de pesquisa com as demandas da sociedade civil,
possibilita a formação do profissional cidadão e se credencia, cada vez mais, junto à
sociedade, como espaço privilegiado de produção do conhecimento significativo
para a superação das desigualdades sociais existentes. É importante consolidar a
prática da Extensão, possibilitando a constante busca do equilíbrio entre as
demandas socialmente exigidas e as inovações que surgem do trabalho acadêmico.
A discussão da extensão leva, necessariamente, à abordagem da relação do
CEULJI com a sociedade, pois é através das práticas extensionistas que a
instituição marca sua presença junto a seus variados segmentos. Nas atividades de
extensão, os profissionais têm a oportunidade de traduzir para o campo operativo os
conhecimentos que a instituição vem produzindo.
2 9
4.2.4. INDISSOCIABILIDADE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO.
Na perspectiva de fazer educação e de aproximação do Centro Universitário
com a sociedade, ele não pode dissociar ensino, pesquisa e extensão, pois a
tradução do conhecimento científico no campo operativo exige profissionais com
conhecimento e competência para a produção da ciência e da técnica, assim como
exige habilidades de socializarem esses conhecimentos para segmentos da
sociedade, de forma a contribuir para sua autonomia.
4.2.5. VISÃO DE FUTURO
• Ser referência no Ensino Superior, na Região Norte, até 2010, postando-
se como Instituição reconhecida em suas ações sociais.
Atributos de excelência para uma Instituição vision ária
O CEULJI pretende criar um ambiente de excelência nos seus sistemas
organizacionais e estratégicos para o controle e orientações permanentes, às
políticas elencadas.
Serão utilizados como indicadores globais de Avaliação do Desempenho
Institucional:
• alto conhecimento de sua identidade;
• alto grau de sinergia e integração;
• ambiente humano excelente para se trabalhar;;
• aproveitamento consistente das “Competências essenciais”;
• busca diligente da melhoria contínua;
• comprometimento com a sobrevivência de longo prazo;
• comunidade coesa por valores proclamados;
• concreta preocupação com a competitividade e com as metas;
• descentralização e desburocracia;
3 0
• disposição para mudança de portfólio;
• estratégias claras, definidas e atualizadas;
• excelência na gestão da mudança – flexibilidade;
• forte responsabilidade social – “CEULJI Cidadão”;
• incentivo à iniciativa e ao empreendedorismo;
• ousadia na busca de novos desafios;
• tolerância quanto às novas idéias;
• visão estratégica.
5. DO MARCO DOUTRINAL
5.1. MISSÃO
Busca permanente da excelência no ensino, pesquisa e extensão.
5.2. PRINCÍPIOS E VALORES
5.2.1. PRINCÍPIOS
O CEULJI busca a dianteira na produção de conhecimento científico e
tecnológico, promovendo modos particulares de ver e refletir sobre a sociedade,
orientando-se pelos seguintes princípios:
• Produção científica e tecnológica como elemento que preenche a vida de
valores e sinaliza caminhos existenciais gratificantes;
• Respeito à natureza acima de sua exploração ambiciosa;
3 1
• Construção de um sujeito humano profundamente comprometido com seu
espaço histórico social;
• Definição da competência de seus professores e alunos bem como de
suas atuações enquanto unidade de Ensino Superior;
• Afirmação como espaço central de Educação e desenvolvimento da
região;
• Geração de novas políticas de integração com a comunidade e outras
instituições de ensino em nível Regional, Nacional e Internacional;
• Atendimento eficiente aos que buscam seus serviços;
• Garantia da qualidade esperada do processo educativo.
3 2
5.2.2. VALORES INSTITUCIONAIS
Os valores nascem das crenças, da filosofia de vida da Instituição e do desejo
de vivência e difusão de princípios morais e éticos, por parte da Mantenedora, do
CEULJI e dos empreendedores.
O CEULJI dentro de sua filosofia de trabalho coloca como valores essenciais:
• busca permanente da qualidade em educação, saúde e tecnologia;
• preocupação permanente com a satisfação das pessoas que fazem parte
do Complexo;
• foco primordial no aluno e na qualidade acadêmica;
• foco no ser humano e qualidade de vida em saúde e cultura;
• vivência e difusão dos valores e ética cristãos;
• cultivo do convívio social em termos de mútuo respeito e cooperação e da
consciência crítica da sociedade;
• promoção do bem-estar social por todos os meios legítimos;
• fidelidade ao lema: “A Verdade Vos Libertará”;
• formação integral da pessoa humana em conformidade com a filosofia
educacional luterana, cuja existência se desenrola na presença de Deus, o
Criador;
• desenvolvimento do senso crítico e a autocrítica, sem perda dos valores
legítimos do amor, sentimentos, emoções.
5.3. OBJETIVOS
5.3.1. GERAIS • Promover a criação e a difusão cultural, bem como o desenvolvimento da
capacidade científica e do pensamento reflexivo ou crítico;
3 3
• Formar profissionais nas diferentes áreas do conhecimento para a
participação no desenvolvimento da comunidade regional e da sociedade
brasileira;
• Preservar a tradição cristã, confrontando-a com outras concepções
veiculadas na sociedade e propondo-a como alternativa de interpretação
do sentido da existência humana;
• Promover a formação integral da pessoa humana, em conformidade com a
filosofia educacional luterana, como ente eticamente responsável, cuja
existência se desenrola na presença de Deus, o Criador;
• Incentivar o trabalho de pesquisa, visando ao desenvolvimento da ciência
e da tecnologia;
• Divulgar os conhecimentos culturais, científicos e técnicos;
• Promover o aperfeiçoamento cultural e profissional, possibilitando a
correspondente concretização e integração desses conhecimentos numa
estrutura sistêmica;
• Promover o conhecimento humano, em particular os problemas nacionais
e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer
com esta uma relação de reciprocidade;
• Promover a extensão, aberta à participação da população, visando à
difusão das conquistas e benefícios resultantes do ensino, da criação do
conhecimento e da pesquisa científica e tecnológica gerada no Centro
Universitário;
• Promover a compreensão e cooperação internacional.
Para a consecução de seus objetivos, pode o Centro Universitário promover o
ensino em todos os níveis para a formação de técnicos necessários ao
desenvolvimento da sociedade.
5.3.2. ESPECÍFICOS
3 4
• oportunizar situações de aprendizagem que possibilitem a formação do
cidadão comprometido com a realidade que o cerca, atuando de forma
crítica e responsável, tendo condições de participar e produzir em um
mundo de constantes mudanças;
• propiciar condições para que teoria e prática sejam ações constantes,
tendo como perspectiva a transformação social;
• formar profissionais nas diferentes áreas do conhecimento considerando a
formação técnico-científica e cristã, possibilitando ao acadêmico a sua
integração na realidade histórica e social, no comprometimento com a
realidade contextual, atuando junto a comunidade regional e a sociedade
brasileira;
• buscar permanentemente a qualidade em educação, saúde e tecnologia,
acompanhada da preocupação permanente com a satisfação das pessoas
que fazem parte do CEULJI;
• incentivar o trabalho de pesquisa, visando ao desenvolvimento da ciência
e da tecnologia e a divulgação dos conhecimentos culturais, científicos e
tecnológicos;
• promover o aperfeiçoamento cultural e profissional, possibilitando a
correspondente concretização e integração desses conhecimentos numa
estrutura sistêmica;
• prestar serviços especializados à comunidade, estabelecendo com esta
uma relação de reciprocidade;
• promover a extensão, aberta à participação da população, visando à
difusão das conquistas e benefícios resultantes do ensino, da criação do
conhecimento e da pesquisa científica e tecnológica gerados no Centro
Universitário;
• realizar o trabalho com foco no aluno e na qualidade de ensino, no ser
humano e na qualidade de vida (saúde e tecnologia);
• promover a vivência e difusão dos valores éticos e cristãos;
• cultivar o convívio social em termos de mútuo respeito e cooperação,
atuando como consciência crítica da sociedade;
3 5
• promover o bem-estar social por todos os meios legítimos e a fidelidade ao
lema: "A verdade vos Libertará";
• formar a pessoa humana de forma integral, em conformidade com a
filosofia educacional luterana;
• desenvolver o senso crítico e autocrítica;
• sensibilizar a todos sobre as políticas e filosofia de trabalho do CEULJI;
• capacitar o corpo docente e técnico administrativo para o mais qualificado
desempenho de suas funções, com eficiência e eficácia, padronizar rotinas
e procedimentos, garantindo aos clientes a previsibilidade nos serviços e/
ou bens oferecidos, realizando a descentralização gerencial atribuindo a
cada um a sua competência afim de que possa impulsionar o
desenvolvimento harmonioso e responsável, em parceria.
5.4. PROPOSTA PEDAGÓGICA
O CEULJI através da visão cristã e luterana tem procurado desenvolver um
modelo próprio de instituição confessional e comunitária. Neste modelo, recusa a
premissa hoje comum de que o conhecimento fragmenta-se em especializações
estanques e concepções de mundo que se excluem reciprocamente. Ao contrário,
não se contenta com verdades isoladas e procura relacionar todos os
conhecimentos com a Verdade. Como o verdadeiro não se opõe ao verdadeiro, o
CEULJI não se opõe ao exame crítico e rigoroso de todos os conhecimentos.
Respeita a liberdade acadêmica quando usada com responsabilidade. Não cultiva
preconceitos, respeitando-os e lutando pela inclusão social, como diversidade na
unidade, regulada pelas regras da civilidade (ou o princípio do amor).
Assim, o CEULJI desenvolve a educação como um processo de cultivo da
mente e de interação social conduzindo à participação plena, produtiva e crítica das
pessoas na sociedade. Vê a educação também como meio para o desenvolvimento
social, habilitando seus egressos a contribuírem para o bem comum.
Face às profundas e rápidas transformações da sociedade, o CEULJI, pelo
ensino, fornece aos estudantes uma formação cultural sólida e ampla, baseada em
3 6
quadros teóricos e analíticos gerais, uma visão global do mundo e de suas
transformações, possibilitando o desenvolvimento do espírito crítico, da criatividade
e da disponibilidade para a mudança. Proporciona, assim, formação profissional de
nível superior que possibilita a seus egressos encontrar formas dignas e aptas de
vivência e convivência, de maneira democrática e participativa.
Na mesma perspectiva, o CEULJI valoriza a pesquisa científica, básica e
aplicada, não apenas como forma de incrementar a riqueza da sociedade, mas
especialmente como busca pela verdade, como convite para uma vida de
investigação, diálogo e entendimento. Através da pesquisa, o CEULJI reestuda as
origens do conhecimento científico, testa verdades estabelecidas, amplia as
fronteiras do saber, descobre novas aplicações de conhecimentos, aperfeiçoa o
processo de ensino-aprendizagem.
Neste enfoque, a extensão se apresenta como forma de intercâmbio entre a
comunidade universitária e a comunidade social. O CEULJI não constitui entidade à
parte; é instituição da própria comunidade, mantida para o fim específico de
promover a busca pela verdade e o bem comum através do cultivo das ciências, das
artes e da técnica.
Como vanguarda crítica do corpo social, o CEULJI está sempre em
comunicação: com o passado, enquanto acolhe e cultiva a tradição; com o presente,
na medida em que recebe, elabora e procura viabilizar seus anseios; com o futuro,
enquanto projeta utopias, a partir da esperança cristã que procura realizar pelos
meios ao seu alcance.
3 7
6. DO MARCO OPERATIVO
6.1. POLÍTICAS
6.1.1. POLÍTICAS GERAIS
• promover a educação e a formação integral humana numa perspectiva
ética e de responsabilidade, calcada em princípios cristãos, visando o
desenvolvimento do pensamento reflexivo e crítico, do conhecimento
científico e do aperfeiçoamento cultural e profissional;
• preservar a tradição cristã confrontando-a com outras concepções
veiculadas na sociedade e propondo-a como alternativa de interpretação
do sentido da existência humana;
• oportunizar situações de aprendizagem que possibilitem a formação do
cidadão comprometido com a realidade que o cerca, atuando de forma
crítica e responsável, tendo condições de participar e produzir em um
mundo de constantes mudanças;
• propiciar condições para que teoria e prática sejam ações constantes,
tendo como perspectiva a transformação social;
• formar profissionais nas diferentes áreas do conhecimento considerando a
formação técnico-científica e cristã, possibilitando ao acadêmico a sua
integração na realidade histórica e social, no comprometimento com a
3 8
realidade contextual, atuando de forma crítica e responsável, tendo
condições de participar produzir e intervir no mundo em constantes
mudanças e no desenvolvimento da comunidade regional e da sociedade
brasileira;
• incentivar o trabalho de pesquisa, visando o desenvolvimento da ciência e
da tecnologia e a divulgação dos conhecimentos culturais, científicos e
tecnológicos;
• promover a extensão, aberta à participação da comunidade, visando à
difusão das conquistas e benefícios resultantes do ensino, da criação do
conhecimento resultante da pesquisa científica e tecnológica desenvolvida
no CEULJI e a formação integral do aluno;
• prestar serviços especializados à comunidade, estabelecendo com esta
uma relação de reciprocidade;
• reduzir as perdas de alunos por evasão, trancamento e/ou cancelamento
de matrícula;
• buscar a fidelização dos acadêmicos através de ações pertinentes;
• pesquisar todo semestre, por amostragem, o nível de satisfação dos
alunos e tomar as medidas que os resultados sugerirem;
• trabalhar constantemente na busca da adesão dos professores e alunos
aos objetivos da Instituição como sendo o melhor investimento em
qualidade e desenvolvimento;
• desenvolver estruturas de opões que facilitem o trabalho docente e
discente possibilitando que invistam mais tempo no processo ensino
aprendizagem;
• implantar processo de desburocratização com o auxílio da tecnologia;
• implantar novas estruturas para as áreas da educação continuada e da
educação executiva.
6.1.2. POLÍTICAS PARA ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL
3 9
6.1.2.1. Políticas para as atividades acadêmicas
6.1.2.1.1. Desenvolvimento Acadêmico
São princípios básicos:
• fomentar e incentivar a pesquisa do corpo docente;
• utilizar os cursos de graduação como banco de talentos para a área
docente;
• incorporar as mais modernas ferramentas de infotecnologia, que apóiem
não somente a didática tradicional como desenvolvam o processo de
ensino a distância;
• buscar e realizar parcerias com centros de excelência no Brasil e no
mundo;
• otimizar a relação teoria e prática;
• investir na formação de mestres e doutores;
• atingir níveis superiores nas avaliações feitas pelo MEC;
• estimular com prêmios e reconhecimento os professores que se
destaquem no desempenho de pesquisa e ensino;
• desenvolver sistemas de integração e sinergia com a troca de
experiências e benchmarking que permitam desenvolver o conceito de
inteligência competitiva;
• melhorar e expandir a infra-estrutura básica para que o conforto, a
logística e a conveniência sejam parceiros da excelência acadêmica.
6.1.2.1.2. Ensino
A. Graduação
É necessário termos clareza de todas as variáveis inerentes ao processo de
ensino-aprendizagem no interior de uma instituição educativa, vinculada a um
sistema educacional e parte integrante do sistema sócio-político-cultural e
econômico do país.
4 0
Cada um destes seguimentos possui seus valores, direção, opções,
preferências e prioridades que se traduzem e se impõem por meio de normas, leis,
decretos, propagandas, burocracias, ministérios e secretarias. Nesse sentido,
reconhecemos que a qualidade necessária e exigida sofre influências de um
conjunto de determinantes que configuram os instrumentos da educação formal e
informal e o perfil do alunado.
É com esse entendimento que sugerimos uma Política de Graduação que
corresponda às mudanças exigidas das instituições de ensino superior dentro do
cenário mundial e do país e que demonstre uma nova postura que faça frente às
expectativas e demandas sociais, concebendo um Projeto Pedagógico com
currículos mais flexíveis e atualizados, com ferramentas que coloquem em ação as
diversas propostas para a formação do profissional cidadão.
Ao colocar a qualidade como tema central, gerador da proposta para o ensino
da graduação no CEULJI, tem-se por finalidade a construção de um processo
coletivo de articulação de ações voltadas para a formação competente dos
profissionais.
Assim, torna-se imprescindível a interação da Instituição com a comunidade
local interna e externa, principalmente, em relação aos demais níveis de ensino e
aos segmentos organizados da sociedade civil, como expressão da qualidade social
desejada para o cidadão a ser formado como profissional, pois a missão do Centro
Universitário é a de formar indivíduos com perfis diferenciados e coerentes com as
oportunidades de trabalho.
Além das peculiaridades próprias, cada curso deverá possuir um conjunto de
características comuns, que confiram um perfil de identidade própria ao Centro
Universitário. Portanto além de um acurado compromisso com a missão institucional,
cada curso deverá ter clareza a respeito de sua missão, dos mercados a que se
dirige, do perfil do profissional que oferecerá e da dinâmica desses mercados. Isso
implica uma orientação para garantir a inserção dos graduados no mercado de
trabalho, o que inclui o desenvolvimento da capacidade de continuar a aprender e se
adaptar a novos desafios, e não mais, como no passado, a preparação para um
emprego ou ocupação com um perfil rígido e determinado. Esse perfil deve incluir:
4 1
• Elevado potencial de inserção no mercado de trabalho - indivíduos
capazes, portanto, de se ajustar de forma flexível às mudanças no
mercado de trabalho e de continuar a se aperfeiçoar;
• Espírito empreendedor;
• Espírito público, demonstrado pelo engajamento e comprometimento com
os problemas da comunidade, da cidade e do meio ambiente;
• Espírito crítico para analisar e interpretar as informações;
• Domínio de habilidades instrumentais básicas, especialmente
Comunicação e Expressão, Inglês e Informática;
• Ético como cidadão e como profissional.
Finalmente, cada curso deverá ter como meta consolidar-se como o melhor
no gênero, definindo seu perfil e o mercado a que se dirige. Isso vale tanto para a
definição do perfil de alunos quanto dos profissionais envolvidos. A marca registrada
de cada curso será a formação de profissionais competentes, criativos, autônomos,
capazes de empresariar a si mesmos e encontrar saídas e mercados para aplicar e
desenvolver seus talentos e habilidades.
Isso implica uma coordenação entre os mecanismos de recrutamento e
seleção de alunos, os currículos, o perfil a ser desenvolvido e a integração com os
mercados de trabalho de cada ocupação. Implica, também, o estabelecimento de
uma identidade própria, uma diferenciação de perfil e condições de trabalho para
cada curso.
A política do Centro Universitário para o ensino de graduação fundamenta-se,
ainda, na integração do ensino com a pesquisa e a extensão, objetivando formação
de qualidade acadêmica e profissional.
Cultiva e promove, portanto, uma prática calcada em princípios éticos e
cristãos que possibilite a construção do conhecimento técnico-científico, o
aperfeiçoamento cultural e o desenvolvimento de um pensamento reflexivo, crítico e
responsável, que impulsione a transformação sócio-político-econômica da
sociedade.
São princípios básicos dessa política:
4 2
• Cuidado e atenção às necessidades da sociedade e região no que
concerne à oferta de cursos e programas para a formação e qualificação
profissional;
• Flexibilização dos currículos, de forma a proporcionar ao aluno, na maior
medida possível, a autonomia na sua formação acadêmica;
• Atualização permanente dos projetos pedagógicos, levando-se em
consideração as Diretrizes Curriculares e as demandas sócio-econômico-
culturais da região em que se insere;
• Discussão permanente sobre a qualidade do ensino de graduação, por
diferentes fóruns, envolvendo diretores/coordenadores de curso e
Conselhos de Curso;
• Incentivo à produção técnico-científica e didática do corpo docente;
• Qualificação permanente do corpo docente, em termos de titulação
acadêmica e de competências didático-pedagógicas;
• Manutenção e controle da situação legal dos cursos;
• Apoio e acompanhamento da ação pedagógica no âmbito dos cursos.
B. Superior de Tecnologia
Os diferentes cenários em que se desenvolve a educação obrigam a uma
reorientação dos serviços prestados pelas Instituições de Educação Superior, que
devem possibilitar a capacitação profissional e criação de inteligência crítica. A
formação do profissional é tema recorrente em países que buscam modernização.
Assim, os cursos superiores de tecnologia passam a ser ofertados na busca de
instrumentalizar a educação profissional. Reforça-se o princípio da flexibilização dos
diversos cursos de formação tecnológica, pois eles somente deverão ser ofertados
em razão de demanda do setor produtivo.
A região de abrangência do CEULJI justifica a criação e a oferta de cursos
para a formação de tecnólogos. O desejo maior é que a educação superior seja um
fator dinamizador do desenvolvimento humano, eixo de transformação produtiva e
de desenvolvimento sustentável.
4 3
O mundo do trabalho requer a introdução de novas ações no âmbito da
educação profissional, tais como:
• Utilizar resultados de pesquisas de mercado e de acompanhamento dos
egressos dos cursos como subsídios para a educação profissional;
• Inserir os ex-alunos no mercado como resultado de um planejamento
eficiente e eficaz;
• Proporcionar uma formação dinâmica que possibilite o ingresso imediato
no mercado;
• Revisar as estruturas curriculares constantemente, permitindo uma
formação profissional consoante com as necessidades do mercado de
trabalho;
• Ter como premissa básica "ensinar a fazer", priorizando as aulas práticas.
Com a oferta de Cursos Superiores de Tecnologia, pretende-se implantar o
Desenvolvimento Tecnológico em Ji-Paraná e na região que o CEULJI abrange. Tal
iniciativa, definida e ratificada com a participação de diversas lideranças locais, em
especial pelos representantes do setor produtivo, deverá facilitar a ação conjunta
dos diversos atores da sociedade local, em busca da concretização de uma visão de
futuro ousada e adequada às potencialidades regionais.
Como decorrência das demandas por novas habilidades e competências, e
pelo vertiginoso avanço da ciência e da tecnologia, serão ministrados Cursos
Superiores de Tecnologia criados pela Portaria nº 1.647 de 25/11/1999, com tempo
de duração média de 2 (dois) anos e um corpo docente composto por profissionais
que também atuem no mercado de trabalho.
C. Políticas de atividades articuladas com o Ensino Políticas de estágio
O Estágio Supervisionado é um componente curricular obrigatório que integra
um conjunto de atividades que o aluno desenvolve em situações reais de vida e de
trabalho, sob a supervisão de um docente. Propicia a aproximação do futuro
4 4
profissional com a realidade em que irá atuar, permitindo-lhe aplicar, ampliar e fazer
revisões nos conhecimentos teórico-práticos adquiridos durante sua vida acadêmica,
contribuindo para sua aprendizagem profissional, social e cultural.
O Estágio deverá constituir-se num espaço privilegiado para a integração das
atividades de ensino, pesquisa e extensão. Além disso, as experiências vivenciadas
pelo estagiário poderão se constituir em objeto de estudo, análise e reflexão,
transformando-se em temas ou problemas desenvolvidos no Trabalho de Conclusão
do Curso.
. Política de prática profissional
O ponto de partida para a formulação dos projetos pedagógicos dos cursos
atuais e a serem implantados é o primeiro artigo da Lei nº 9.394/96 (Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional, LDB). Esse artigo afirma que a educação escolar
deverá estar vinculada ao trabalho e à prática social. A hipótese central do trabalho
considera a prática do aluno na intervenção em sala de aula e na área profissional
em geral, como o elemento central para inovações curriculares, o que leva ao
estabelecimento da relação entre a teoria e a prática em cada disciplina do currículo,
não só nas disciplinas tradicionalmente compreendidas como “práticas”, mas em
todas elas.
As atividades de prática profissional, articuladas com o ensino, estão ligadas
ao conceito de laborabilidade na medida em que essas competências constituem, na
verdade, um trabalhador polivalente que pode, quando bem preparado, ser mais
autônomo para decidir seu percurso no mercado de trabalho. Em decorrência, o
professor está hoje sendo levado a parar e entender que não é mais a única fonte
legítima de conhecimento para seu aluno. Talvez este seja mais hábil e mais rápido
para ir à Internet buscar uma expressiva gama de informações. Mas enquanto isso
acontece, fortalece-se o papel que o professor sempre teve, ou seja, de ajudar o
aluno a dar sentido às informações, avaliando, criticando, compreendendo, julgando
a pertinência e aplicando-as na vida prática.
Dentre os meios de operacionalizar a prática profissional encontram-se:
4 5
• As atividades complementares que possibilitam a real integração entre
teoria e prática profissional, valendo como parte de um currículo expresso,
de um lado, e oculto de outro, que não se encontra muito explicitado em
estruturas curriculares regimentais;
• A adoção de linhas de pesquisa que a orientem e direcionem, buscando
respostas para as questões do cotidiano e a sustentação dos modelos de
ensino voltados para a prática;
• Programas de ensino sustentados em concepções pedagógicas crítico-
reflexivas, com orientação teórico-metodológica que articule ensino-
trabalho, integração teoria-prática, adotando princípios da educação
adequados ao "ser trabalhador" como "ser aprendiz".
• Política para atividades complementares
Além das disciplinas teóricas e das disciplinas práticas, ditas "laboratoriais",
formatadas em um padrão de turma/docente/horas-aula semanais, são previstas
atividades complementares para todos os cursos de Graduação da Instituição,
visando propiciar ao aluno a oportunidade de realizar uma trajetória autônoma e
particular no desenvolvimento do currículo.
As atividades complementares podem ser desenvolvidas em três níveis:
• Como instrumento de integração e conhecimento do aluno da realidade
social, econômica e do trabalho de sua área/curso;
• Como instrumento de iniciação à pesquisa e ao ensino;
• Como instrumento de iniciação profissional.
Caberá aos colegiados de curso normalizar as atividades complementares ao
longo do tempo de integralização curricular em coerência com as diretrizes
estabelecidas pela Instituição e com as do MEC.
As atividades complementares obedecerão às seguintes normas gerais:
• Devem ser computadas no sistema de integralização do total previsto para
o curso (não devem ser incluídas as horas dedicadas ao Trabalho de
Conclusão de Curso ou aos Projetos Experimentais);
4 6
• Devem estar previstas nos Projetos Pedagógicos dos cursos e as
modalidades admitidas devem ser tornadas públicas, pela direção ou
coordenação dos mesmos, de sorte a permitir a livre escolha pelo aluno;
• Devem observar o limite mínimo de 5% (cinco por cento) e máximo de
10% (dez por cento) da carga horária total do curso;
• Devem ser orientadas e avaliadas por docentes (de preferência em regime
de tutoria), de acordo com os critérios estabelecidos pelo Projeto
Pedagógico;
• Não poderão ser desenvolvidas no mesmo horário destinado às disciplinas
regulares do curso;
• Não será permitido ao aluno repetir atividades de uma mesma natureza
por dois semestres.
Serão entendidas como atividades complementares as seguintes
modalidades: programas especiais de capacitação do estudante; atividades
laboratoriais além das já previstas no padrão turma/horas-aula; atividades de
extensão; monitoria; atividades de pesquisa; discussões temáticas; estudos
complementares; atividades acadêmicas a distância; participação em seminários,
encontros, simpósios, conferências e congressos, internos ou externos à Instituição;
estudos de casos; viagens de estudos; estudos desenvolvidos em empresas
juniores; projetos de extensão; iniciação científica, desenvolvida sob supervisão
docente e aprovada pelo colegiado do curso; módulos temáticos (com ou sem
avaliação); disciplinas oferecidas por outros cursos ou unidades de ensino e não
previstas no currículo pleno do curso; visitas programadas e outras atividades
acadêmicas e culturais; trabalhos orientados de campo; estágios em laboratórios;
cursos realizados em outras áreas afins; cursos livres (como, por exemplo,
informática e idiomas); integração com cursos seqüenciais correlatos à área;
participação em eventos científicos em áreas afins; outras atividades definidas no
Projeto Pedagógico de cada curso.
Pesquisa e Iniciação Científica
4 7
O CEULJI preconiza uma Política de Iniciação Científica e Tecnológica que
prioriza a formação de recursos humanos por meio do aprimoramento acadêmico-
profissional do aluno em todas as áreas do conhecimento.
Essa política possibilita o despertar e aprimorar de qualidades do estudante
universitário na formação da atitude científica que se reflete no preparo de um
profissional capacitado a enfrentar os novos desafios, que são a tônica de um
mundo globalizado e competitivo.
Os objetivos que norteiam a Política de Iniciação Científica e Tecnológica são:
• Aprimorar o espírito analítico-crítico e desenvolver o espírito científico do
aluno universitário;
• Incrementar a inovação de soluções por meio da participação do aluno em
Iniciação Científica e Tecnológica;
• Incrementar a participação de alunos na atividade de pesquisa;
• Incentivar o aluno da graduação a dar continuidade a seus estudos por
meio de cursos de pós-graduação: especialização, mestrado e doutorado;
• Preparar o aluno para a competitividade no mercado de trabalho;
• Aprimorar a formação acadêmica dos alunos contribuindo
significativamente para a produtividade das linhas e projetos de pesquisa
em que participam;
• Incrementar a participação de alunos de Iniciação Científica e Tecnológica
em eventos regionais, visando a qualidade dos resultados das pesquisas
em que participam;
• Incentivar a produção científica discente própria ou em colaboração com
seus orientadores, visando a criatividade e a crítica.
Tem o CEULJI, no desenvolvimento da investigação científica e tecnológica
um valioso instrumental pedagógico e social para a consecução de seus objetivos
educacionais. O fazer ciência, participando de atividades de pesquisa básica ou
aplicada, tem um importante papel na formação do estudante universitário, no
despertar e aprimorar de qualidades que se refletem no preparo de um profissional
capacitado a enfrentar os problemas do dia-a-dia. O profissional deve ser capaz de
dar respostas concretas e imediatas aos problemas que surgem em sua atividade
4 8
diária, quando engajado no mercado de trabalho. A investigação do desconhecido
ajuda a formar uma mente organizada no método científico, na análise crítica frente
a novos desafios e na proposição e verificação experimental de hipóteses de
trabalho a serem testadas de forma sistemática. O espírito analítico-crítico, a
inovação de soluções, a engenhosidade e o empreendedorismo, entre outras, são
qualidades trabalhadas no cotidiano da pesquisa, importantes, também, no processo
de formação do acadêmico, por desenvolver, neste, características desejáveis como
autoconfiança, liderança e versatilidade.
Extensão
Tem-se hoje como princípio que para a formação do Profissional Cidadão é
imprescindível sua efetiva interação com a sociedade, seja para se situar
historicamente, para se identificar culturalmente ou para referenciar sua formação
com os problemas que profissionalmente terá de enfrentar.
A Extensão, entendida como prática acadêmica que interliga o Centro
Universitário nas suas atividades de ensino e de pesquisa com as demandas da
sociedade civil, possibilita a formação do profissional cidadão e se credencia, cada
vez mais, junto à sociedade, como espaço privilegiado de produção do
conhecimento significativo para a superação das desigualdades sociais existentes. É
importante consolidar a prática da Extensão, possibilitando a constante busca do
equilíbrio entre as demandas socialmente exigidas e as inovações que surgem do
trabalho acadêmico.
A discussão da Extensão leva, necessariamente, à abordagem da relação do
Centro Universitário com a sociedade, pois é por meio das práticas extensionistas
que a Instituição marca sua presença junto a seus variados segmentos.
Nas atividades de extensão, os profissionais têm a oportunidade de traduzir
para o campo operativo os conhecimentos que a Instituição vem produzindo. Nesta
perspectiva, a aproximação do Centro Universitário com a sociedade deve ocorrer
tendo como norte a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, pois a
tradução do conhecimento científico no campo operativo exige profissionais com
competência para a produção do conhecimento científico e técnico, assim como
4 9
exige habilidades de socializarem esses conhecimentos para segmentos da
sociedade, de forma a contribuir para sua autonomia.
A política do CEULJI para a Extensão Universitária conduz:
• Ao desenvolvimento de habilidades e competências do alunado
possibilitando condições para que os alunos aprendam na prática os
aspectos teóricos refletidos em sala de aula;
• À participação dos discentes nos Projetos idealizados para o curso;
• À oferta de atividades de extensão de diferentes modalidades balizadas
nos eixos temáticos do Fórum Nacional de Extensão;
• Ao estabelecimento de diretrizes de valorização da participação do aluno
em atividades extensionistas;
• À definição dos indicadores próprios de avaliação das atividades de
Extensão.
Com a Extensão, o CEULJI, além de ter um canal de comunicação com a
comunidade na qual está inserido, busca a melhoria da qualidade do ensino e da
pesquisa, pois dados e problemas identificados podem servir de retroalimentação
para essas atividades.
São objetivos da Extensão:
• Aprimorar o espírito analítico-crítico e desenvolver o espírito científico do
aluno universitário;
• Criar condições para o desenvolvimento de parcerias entre o ensino e a
pesquisa e segmentos da sociedade;
• Contribuir para o equacionamento de problemas sociais, econômicos e
políticos da sociedade, em especial os vivenciados pela população-alvo;
• Articular o saber existente na sociedade com o saber sistematizado na
academia;
• Promover a reflexão e a produção de conhecimento na área de atuação do
docente;
• Possibilitar a conjugação entre teoria e prática;
• Contribuir para o aprimoramento da formação ética, política, científica e
técnica dos corpos docente e discente;
5 0
• Incentivar a formação de grupos interdisciplinares;
• Promover parcerias voltadas para a construção de um projeto de
sociedade referenciado na justiça social e na igualdade;
• Contribuir para a (re)definição do conceito de currículo, de maneira a
incorporar a extensão como atividade rotineira do discente;
• Realizar a Extensão sob a forma de programas comunitários, projetos,
cursos, eventos, prestações de serviço e elaboração e difusão de
publicações e outros produtos acadêmicos.
D. Pós-Graduação
Reconhecendo o importante papel social que especialistas, mestres e
doutores realizam na promoção do desenvolvimento e bem-estar da sociedade, e
sendo este um componente importante na missão do Centro Universitário, propõe-se
uma política que resulte em um ensino pós-graduado em padrões internacionais e
de acordo com as normas estipuladas pela Fundação Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES - e do Conselho Nacional
de Educação –CNE - e sua Câmara de Ensino Superior. CES-
Esta política de pós-graduação será consubstanciada em ações que
possibilitem o alcance das metas de qualidade na pesquisa, capacitação de corpo
docente e recomendação de cursos, em um primeiro momento de lato sensu e, em
um segundo momento, na medida do incremento de sua produção, de mestrado, em
áreas definidas como estratégicas para o desenvolvimento regional e nacional,
prioritários para o próprio CEULJI.
O estabelecimento das políticas de pós-graduação do CEULJI partiu de
pressupostos básicos que norteiam suas ações e do diagnóstico da situação da pós-
graduação da Instituição. Os princípios básicos destas políticas são:
• Participar e contribuir com o desenvolvimento regional e nacional na
formação de recursos humanos qualificados;
• Promover o ensino pós-graduado em padrões internacionais de qualidade
internacional e de acordo com as normas estipuladas pela Resolução
CNE/CES nº 1, de 3 de abril de 2001;
5 1
• Estabelecer áreas prioritárias;
• Consolidar a concepção de Programa de Pós-Graduação integrando a
especialização, o mestrado e o doutorado;
• Desenvolver pesquisas em áreas consideradas prioritárias pelo Centro
Universitário;
• Formar grupos de excelência em pesquisa científica e tecnológica.
Estratégias
Com relação à pós-graduação as principais estratégias do CEULJI são:
• Estabelecer as áreas de prioridade para o desenvolvimento de atividades
de pesquisa, pós-graduação e extensão;
• Apoiar a formação e consolidação de grupos de pesquisa;
• estimular a produção científica qualificada nas áreas de concentração dos
Programas;
• Implantar laboratórios adequados às necessidades previstas pelo
Programa;
• Melhorar o acervo da biblioteca, bem como os recursos eletrônicos
necessários à pesquisa e divulgação;
• Promover a aquisição de periódicos recomendados para cada área;
• Consolidar a atuação dos professores Doutores com Regime de 30 e 40
horas;
• Incentivar a participação de professores e alunos de PG em eventos
científicos;
• Promover convênios e programas para intercâmbio de professores
visitantes;
• Ofertar cursos e programas de pós-graduação cujas áreas de
concentração e linhas de pesquisa sejam uma continuidade daquelas
estabelecidas no projeto pedagógico da graduação;
• Realizar diagnósticos prévios visando à oferta de cursos de
especialização;
• Oferecer cursos de especialização integrados nas propostas de programas
de stricto sensu, quando for possível;
5 2
• Estimular a participação do corpo docente com titulação de doutor nos
cursos de pós-graduação, em nível de especialização.
E. Programas especiais de formação pedagógica
O CEULJI, preocupado com a formação pedagógica de docentes, tem como
política promover o desenvolvimento, aprimoramento e qualificação do ser humano
como agente de transformação social, contribuindo com uma alternativa de
atendimento educacional flexível e que elimina barreiras, facilitando o acesso ao
conhecimento por meio da educação a distância e presencial. Para tanto,
estabeleceu as seguintes diretrizes:
• Facilitar o acesso à formação pedagógica de profissionais graduados,
habilitando-os, assim, para o exercício da docência;
• Possibilitar a oportunidade de inserção do profissional no magistério;
• Capacitar, em serviço, para atender a demanda de profissionais
especializados;
• Contribuir para a melhoria da qualidade do ensino profissionalizante.
6.1.2.2. Política Econômico-Financeiro-Administrativa
O CEULJI estabeleceu, por Resolução do Conselho Superior, as principais
diretrizes para o setor econômico-financeiro-administrativo.
As diretrizes que abrangem o patrimônio administrado pela CEULJI, a
administração de pessoal e os projetos de desenvolvimento são:
• Tratar cada curso ou setor como o conjunto de uma ou mais Unidades de
Negócio, entendendo-se como Unidade de Negócio um Curso ou um setor
que tenha, no mínimo, receitas e despesas próprias e apresente um
resultado operacional;
• Buscar a auto-sustentabilidade econômico-financeira em cada Unidade de
Serviço;
5 3
• Organizar todos os bens móveis e imóveis do CEULJI de forma racional,
catalogando, codificando, avaliando e inserindo todo o patrimônio no
sistema de Gestão;
• Providenciar a documentação que garanta o uso, posse e domínio dos
bens patrimoniais da Instituição, conforme prevê legislação pertinente;
• Sistematizar o acompanhamento do desempenho de cada Unidade de
Negócio por meio dos registros contábeis disponibilizados no sistema de
Gestão;
• Atingir uma inadimplência máxima de um dígito uma vez que todos os
compromissos da Instituição são honrados pelos valores auferidos das
anuidades e serviços prestados, logo, esses (valores) deverão ser
cobrados em dia, evitando a inadimplência;
• Viabilizar a operação de cada Unidade numa situação igual ou superior ao
seu Ponto de Equilíbrio Econômico Total (PEET), que é aquele em que a
Receita auferida cobre todas as despesas operacionais, a depreciação de
imóveis, móveis e equipamentos e remunera o capital, para
reinvestimentos, nos níveis estabelecidos pela Mantenedora;
• Melhorar o controle do sistema de custos;
• Realizar o rateio de todos os custos gerais da Instituição entre as
Unidades, de forma automática, com base na receita de cada curso ou
setor. Os custos específicos serão apropriados diretamente à Unidade
geradora do fato;
• Desenvolver a mentalidade de comprometimento com os resultados;
• Buscar financiamentos por meio de avançados sistemas de engenharia
financeira.
6.1.2.3. Política de Marketing Educacional
A ação mercadológica deve embasar a decisão administrativa de criar ou não
novos cursos ou uma nova unidade educacional. Com base na pesquisa
mercadológica, a proposta de um novo curso deve ser inserida na planilha de
simulação de resultados a curto, médio e longo prazos.
5 4
O marketing Institucional deve basear-se em três princípios básicos:
• Fator de competitividade;
• Captação de recursos;
• Auto-sustentação econômica.
O CEULJI considera como ação mercadológica de mais alto significado a
satisfação dos usuários, sobretudo alunos, pela qualidade dos serviços e bens
oferecidos.
O CEULJI orienta as ações mercadológicas em termos macro e para cada
segmento observando as seguintes diretrizes:
• Qualificar internamente pessoal para produção de material voltado para
publicidade e propaganda visando atingir auto-suficiência;
• Efetuar pesquisa de mercado, com pessoal próprio ou contratado, para
criação de novos cursos ou nova unidade;
• Emitir parecer técnico sobre a demanda reprimida e a alimentação do
mercado futuro, tendo em vista a sustentabilidade do curso ou Unidade;
• Manter a administração do CEULJI informada sobre o perfil
profissiográfico das várias profissões inerentes aos cursos;
• Apresentar estudo e pesquisa sobre o ciclo de vida de cada curso
(lançamento, crescimento, maturidade, declínio) e seu estágio atual e as
medidas mercadológicas mais recomendáveis;
• Otimizar a identidade institucional;
• Fortalecer a fixação da marca como símbolo da sua excelência;
• Planejar agressivas campanhas de marketing;
• Promover a homogeneização da comunicação externa;
• Implementar o marketing institucional;
• Aumentar a interconectividade entre os produtos e serviços da Instituição;
• Desenvolver uma política de encantamento do cliente.
6.1.2.4. Política de Informática e Tecnologia
5 5
O CEULJI considera a política de informática como decisiva para auxiliar na
produção, guarda e socialização do conhecimento e na captura de informações e
dados de todos os Bancos de Dados em tempo real. A rede e sistema de softwares
devem integrar todas as Unidades do CEULJI.
A política de informática tem as seguintes diretrizes:
• Consolidar a Assessoria de Informática que desenvolverá e/ou dará
manutenção aos sistemas informatizados;
• Organizar de forma objetiva e operacional todas as rotinas do setor de
Informática;
• Emitir parecer técnico sobre a aquisição de software;
• Manter a Instituição permanentemente informada e atualizada quanto aos
avanços na área de informática;
• Buscar parcerias com os fornecedores de hardware e software;
• Manter equipe responsável pelo Cadastro Geral Único – CGU, Banco de
Dados da Instituição integrando todos os setores e unidades e agilizando
os processos de comunicação interna e com o público e autoridades;
• Investir com consistência em informática e tecnologia, em valores
compatíveis com as necessidades de desenvolvimento do CEULJI;
• Implantar a base tecnológica necessária para a gestão organizacional;
• Apoiar tecnologicamente com padrões de excelência o ensino a distância.
.
6.1.2.5. Políticas de Inovação
Vencer paradigmas tradicionais e enfocar os novos referenciais oferecidos por
um mundo em intenso processo de globalização é condição essencial para traçar
uma Política de Inovação contemporânea para o país.
Não resta qualquer dúvida de que é fundamental, neste momento, criar uma
política de inovação educacional, esteio central da competitividade de uma
Instituição de Ensino Superior. De outra parte, essa política tem que ser detalhada
no quadro mais amplo de uma Política Educacional, que é também exigência
essencial da construção de uma sociedade do Século 21, desenvolvida e justa neste
país.
5 6
Sabemos que o conhecimento científico ou tecnológico e a inovação
tecnológica, que alteram processos e produtos, agregando-lhe valor em alto índices,
podem se transformar em diferencial para o Centro Universitário e em melhores
condições de vida para os cidadãos brasileiros. É esse, de fato, o verdadeiro desafio
a ser encarado pela nova Política de Inovação Educacional do CEULJI.
O apoio à inovação educacional deve, assim, resultar de uma ação articulada
de todos os cursos do CEULJI, por meio de mecanismos já instituídos ou de outros
que venha a criar.
Desta forma, apresentamos as seguintes recomendações para uma nova
política de inovação:
• Estabelecimento de novas formas de combinação de capitais intelectual e
social para uma política de inovação educacional;
• Definição do CEULJI, dentro dessa política, como o lugar por excelência
da inovação educacional, benéfica para a Região, o que justifica o
estímulo às suas atividades de pesquisa;
• Estímulo a uma busca do equilíbrio e cooperação entre os cursos, com
vistas ao aumento de sua capacidade geral de inovação;
• Definição de políticas regionais, com base nas especificidades, nas
características socioeconômicas e nas vantagens competitivas do Estado
de Rondônia;
• Estímulo ao amplo levantamento das tecnologias chaves para o
desenvolvimento do Estado e posterior trabalho de indução de pesquisas
nessas áreas;
• Estímulo a novas formas de cooperação da competência estabelecida no
Centro Universitário, instituições de pesquisa e outras empresas;
• Fomento à pesquisa voltada para a inovação tecnológica e educacional;
• Acompanhamento e avaliação das experiências em andamento no
fomento à pesquisa voltada para a inovação educacional e tecnológica;
• Desenvolvimento de estudos visando criar e aperfeiçoar instrumentos de
avaliação dos resultados de programas e projetos de pesquisa voltados
para a inovação tecnológica.
5 7
6.1.2.6. Políticas de Qualidade e Competitividade
Percebendo um mercado cada vez mais concorrido, com nova legislação,
com o uso de novas tecnologias educacionais, o CEULJI, para neutralizar ameaças
e aproveitar adequadamente as oportunidades, estabelece as seguintes políticas
para os programas de qualidade e produtividade:
• Aumentar a agilidade operacional e organizacional;
• Revalorizar seu Programa de Qualidade;
• Criar a mentalidade de qualidade total em todas as áreas e funções;
• Otimizar os sistemas e procedimentos jurídicos;
• (Re)construir os projetos pedagógicos considerando as variáveis custo,
preço, concorrência e inovação, respeitando-se os indicadores de
qualidade do MEC.
6.1.3. POLÍTICAS PARA OS RECURSOS HUMANOS
O CEULJI adota como princípio fundamental, que orienta sua política de
recursos humanos, a valorização e o respeito aos profissionais que atuam no seu
desenvolvimento e na implementação do seu Projeto Institucional, com vistas ao
bom desempenho de suas funções. Os princípios norteadores do CEULJI para o
estabelecimento de uma política de recursos humanos são:
Dignidade da Pessoa Humana - A base filosófica da Política Organizacional
do CEULJI é a dignidade da Pessoa Humana feita à Imagem e Semelhança de
Deus, digna de todo bem, toda justiça, toda verdade que liberta, toda promoção e
aperfeiçoamento.
Convivência Humana - A promoção dos valores humanos da convivência
democrática e produtiva num ambiente de mútua cooperação e respeito.
Unidade Organizacional - Unidade de concepção organizacional, de visão
de futuro, de missão social e científica e de valores cristãos a serem vivenciados e
difundidos.
5 8
Relação Custo-benefício - Cada ação e decisão devem ser encaradas e
analisadas como algo que tem custos e benefícios para todas as partes
interessadas.
As diretrizes básicas da política de recursos humanos do CEULJI são:
• Consolidação de um quadro docente titulado e altamente qualificado que
responda em qualidade e quantidade pelo exercício das funções
universitárias no ensino, pesquisa, extensão e cultura, procurando atender
aos padrões e indicadores de qualidade fixados pelo MEC;
• Aperfeiçoar e implementar o Plano de Carreira Docente que contém as
regras de ingresso, progressão, direitos e deveres dos docentes;
• Implementar o Plano de Cargos e Salários do Pessoal Técnico e
Administrativo adequando-o à realidade de mercado e de gestão;
• Elaborar matriz de capacitação e treinamento do pessoal administrativo do
nível técnico e operacional, revisando-a para cada ano;
• Selecionar profissionais já titulados e disponíveis no mercado, mediante
chamada, concurso ou outro expediente;
• Estabelecer uma política interna de qualificação de recursos humanos,
auxiliando seus docentes a identificar programas de Mestrado ou
Doutorado para se qualificarem com os apoios e auxílios previstos no
Plano de Carreira Docente;
• Implementar a oferta de programas de qualificação próprios;
• Ofertar seletivamente cursos de especialização com vistas a que todos os
seus professores tenham, no mínimo, uma especialização em sua área de
atuação;
• Racionalizar os quantitativos de professores, concentrando e
disponibilizando maior volume de horas-aula para cada professor, dentro
dos limites possíveis e viáveis, valorizando e aumentando os ganhos
remuneratórios e os níveis de satisfação;
• Realizar, anualmente, a avaliação de desempenho dos docentes para fins
de promoção no Plano de Carreira;
5 9
• Aproveitar, nos treinamentos, cursos ou capacitação de pessoal, os
docentes especializados em cada área;
• Atrair, desenvolver e reter talentos;
• Aumentar o nível de valorização das pessoas;
• Criar sistema de remuneração que reconheça méritos e valores;
• Melhorar o processo de comunicação interno;
• Investir na cultura institucional e na reconstrução de seus processos;
• Criar agentes integradores do ambiente interno;
• Criar sistemas de procedimentos que aumentem a sinergia entre os
órgãos.
6.1.3.1. Política para o Corpo Docente
Política institucional para capacitação e formação continuada dos
professores
A capacitação e formação continuada dos professores do Centro Universitário
Luterano de Ji-Paraná estão regulamentadas no Plano de Carreira Docente. O
CEULJI considera a capacitação como um direito dos docentes para o exercício de
sua cidadania e para o seu aperfeiçoamento profissional e pessoal. Para tanto, a
Instituição disponibiliza programas de capacitação a todos os docentes, de acordo
com o interesse de cada curso ou segmento, conforme deliberado pelo Conselho do
Curso e referendado pelas respectivas Coordenadorias.
O principal objetivo da capacitação é o aperfeiçoamento técnico, científico e
cultural dos docentes, na perspectiva da construção sistêmica de um padrão unitário
de qualidade, que venha a se constituir em um diferencial competitivo da Instituição.
A capacitação compreende os programas de aperfeiçoamento, pós-
graduação e as demais atividades técnicas, científicas e culturais no âmbito do
Centro Universitário, ou que venham a ser estabelecidas por força de convênios ou
constituição própria da Instituição.
O CEULJI vem desenvolvendo as seguintes ações para facilitar o acesso do
corpo docente à qualificação:
6 0
• Estabelecimento de descontos diferenciados nos cursos, oficinas,
programas de pós-graduação próprios ou conveniados, definidos como de
interesse do curso e da Instituição;
• Concessão de bolsa integral para aperfeiçoamento, fora ou dentro do país,
incluindo remuneração de 40h na sua classe e nível;
• Destinação de 4h semanais do regime de trabalho do professor para
doutoramento durante três anos, e 4h semanais para mestrado durante
dois anos, a partir da aprovação do projeto de tese/dissertação;
• Inserção de metas no Planejamento Estratégico de cada curso para a
Qualificação Docente, a médio e longo prazos, e incluídas no orçamento
conforme disposição da política orçamentária do CEULJI.
O Plano de Carreira estabelece que a avaliação do candidato a ingresso será
feita pelo Conselho do Curso que solicitou vaga para a nova contratação. Esse
candidato será submetido a provas e títulos diante de uma banca presidida pelo
Coordenador de Curso. Uma vez aprovado e contratado, o professor deverá ser
acompanhado e avaliado pelo Coordenador durante um semestre. No mesmo plano
está prevista a progressão de carreira mediante avaliação de desempenho ou
merecimento por uma comissão nomeada pelo Diretor Geral.
Política para o Corpo Discente
O CEULJI propicia ao corpo discente um adequado e eficiente atendimento
de apoio, ou suplementar, às atividades de sala de aula. Proporciona atendimento
individual ao aluno, buscando identificar os obstáculos estruturais e funcionais ao
pleno desenvolvimento do processo educacional, prestando informações aos órgãos
competentes, aos quais solicita providências e propõe soluções.
A política institucional para este segmento tem os seguintes objetivos:
• Acompanhar e orientar didaticamente, de modo prioritário, os alunos
ingressantes com dificuldades de aprendizagem;
• Estimular o relacionamento produtivo entre professor e aluno;
• Ampliar o número de convênios com instituições e empresas;
• Definir o aluno como foco principal do processo ensino-aprendizagem;
6 1
• Respeitar expectativas e necessidades dos alunos.
.
6.1.3.2. Política para o Corpo Técnico-administrativo
O estabelecimento de normas e procedimentos para capacitar e estimular os
funcionários que exercem atividades na área Técnico-Administrativa faz parte das
prioridades do CEULJI, que elaborou diretrizes e um Plano que abrange todos os
funcionários que integram o seu quadro funcional.
A política de formação continuada de funcionários técnico-administrativos, dos
diferentes setores, inclui o incentivo à continuidade de estudos, ou seja, educação
básica, treinamento, acesso ao nível superior e pós-graduação e atualização
profissional para o exercício da cidadania.
Para ser admitido, o pessoal técnico-administrativo e de apoio deve preencher
algumas exigências de qualificação, tais como:
• Apresentar características de liderança;
• Ser inovador no desempenho de suas tarefas na área específica das
funções que exerce e na área de informática;
• Ser empático e democrático em relação aos colegas;
• Demonstrar domínio de conhecimentos na sua área de trabalho;
• Estar predisposto à formação contínua.
A valorização das atividades dos funcionários está normalizada em proposta
de um Plano de Cargos e Salários que deverá ser implantado visando contemplar o
desempenho e formação do funcionário.
Para isso, são estabelecidas as seguintes políticas:
• Incentivo à formação continuada do corpo técnico;
• Oferta de cursos voltados à atuação específica;
• Oferta de cursos de relações interpessoais para o bom desempenho
profissional;
• Estímulo à participação em eventos sociais, culturais e científicos,
promovidos pela Instituição e outras entidades;
• Atualização de conhecimentos na área da informática.
6 2
6.1.4. POLÍTICAS PARA AS INSTALAÇÕES
6.1.4.1. Políticas para as instalações físicas
No sentido de buscar a melhoria e qualificação de toda a sua infra-estrutura, o
Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná estabelece as seguintes diretrizes:
• Implementar melhorias nas condições de luminosidade e climatização
adequadas às necessidades climáticas locais;
• Adquirir e manter mobiliário e aparelhagem específica para proporcionar
condições ergonômicas adequadas e suficientes aos usuários;
• Garantir a acessibilidade para as pessoas com deficiência física;
• Manter todo o espaço físico limpo e arejado em todas as unidades,
garantindo, para isso, pessoal habilitado;
• Consolidar o programa de coleta e armazenamento seletivo de lixo;
• Assegurar uma boa infra-estrutura de segurança de pessoal e de
propriedade, contando com pessoal habilitado;
• Manter recursos audiovisuais e de multimídia em quantidade adequada às
necessidades;
• Garantir a manutenção permanente das instalações físicas e dos
equipamentos.
6.1.4.2. Políticas para a Biblioteca
É desnecessário dizer que qualquer instituição universitária só pode existir
apoiada por uma infra-estrutura que lhe dê suporte. Além dos mecanismos
administrativos, alguns recursos acadêmicos se impõem.
O primeiro deles é a existência de bibliotecas bem providas, atualizadas,
informatizadas e ágeis e para tanto o CEULJI estabeleceu a sua política para a
atualização e expansão do acervo.
É fundamental que as solicitações de livros, periódicos e outros recursos
sejam atendidas de forma a permitir que o alunado possa utilizar-se do material
bibliográfico necessário tanto para o ensino, quanto para a pesquisa e a extensão. A
6 3
existência de salas de consulta, com um ambiente tranqüilo e adequado ao estudo
coloca-se também como essencial.
A política de atualização e expansão do acervo bibliográfico adotada pela
Instituição é baseada nas necessidades dos cursos de graduação, pós-graduação e
extensão mantidos pelo Centro Universitário, seguindo as indicações de aquisição
de bibliografia do corpo docente e discente com base nos conteúdos programáticos
dos cursos oferecidos e as orientações de critério de avaliação dos Manuais de
Avaliação das Condições de Curso do INEP/MEC. A aquisição do material
bibliográfico se dá de forma contínua, com base nas solicitações de aquisição dos
cursos e identificação de necessidades por parte da Biblioteca, e de acordo com o
provimento de recursos financeiros do Centro Universitário.
Faz parte do planejamento econômico-financeiro do CEULJI a destinação de
recursos da ordem de no mínimo 2% ao ano do resultado operacional, para atender
as necessidades decorrentes da oferta de novos cursos, do crescimento do número
de usuário e da constante atualização do acervo.
As principais diretrizes são:
• Assegurar a expansão, modernização e otimização dos serviços prestados
pelo Sistema de Bibliotecas à comunidade universitária e à sociedade;
• Destinar recursos para atualização e complementação das coleções de
livros, periódicos e outros documentos (mapas, filmes, bases de dados em
CD-ROM ou por assinatura e outros);
• Expandir o acesso on-line às informações científicas, tecnológicas,
artísticas e culturais produzidas em Instituições de renome nacional e
internacional;
• Captar recursos que viabilizem a construção de novo prédio para a
Biblioteca, se necessário;
• Assegurar a expansão, modernização e otimização dos serviços prestados
pela Biblioteca;
• Destinar recursos para atualização e complementação das coleções de
livros, periódicos e outros materiais;
6 4
• Expandir o acesso on-line às informações científicas, tecnológicas,
artísticas e culturais produzidas no Brasil e no exterior;
• Dotar a Biblioteca de instalações e equipamentos condizentes com as
suas necessidades;
• Destinar, no mínimo, 2% de sua receita líquida auferida para a atualização
do seu acervo bibliográfico.
A política adotada pelo CEULJI para melhorar e expandir o espaço físico em
geral, considera a implementação de um processo de modernização da infra-
estrutura organizacional, com vistas à melhoria da qualidade de vida e do trabalho
no âmbito interno.
Deverá, também, garantir aos alunos portadores de necessidades especiais
condições adequadas e seguras de acessibilidade autônoma às suas edificações,
espaço, mobiliário e equipamentos, atendendo a Portaria nº 3.284, de 7 de
novembro de 2003 que dispõe sobre requisitos de acessibilidade de pessoas
portadoras de deficiências.
6.1.4.3. Políticas para os Laboratórios
O Centro Universitário acompanha as necessidades de atendimento da área
acadêmica e administrativa, oferecendo espaço físico destinado aos laboratórios que
atendem plenamente as necessidades dos cursos qualificando o atendimento aos
seus professores e alunos. Considera a expansão dos espaços físicos,
equipamentos e mobiliário como prioridade e ponto fundamental no sentido de
acompanhar o crescimento com qualidade.
As principais políticas para os laboratórios se referem a:
• Recuperar e modernizar as instalações e infra-estrutura dos laboratórios
existentes;
• Ampliar o número de laboratórios, de modo a atender as necessidades
dos programas de ensino e pesquisa;
• Reequipar os laboratórios, de modo a possibilitar sua modernização e
efetivo funcionamento;
6 5
• Assegurar a manutenção dos equipamentos e fornecimento regular do
material de consumo específico, imprescindíveis à continuidade dos
trabalhos nos laboratórios;
• Assegurar condições adequadas de iluminação, ventilação, instalações
hidráulicas e elétricas e limpeza;
• Manter os equipamentos em perfeitas condições de funcionamento,
adequação e atualização;
• Manter mobiliário adequado e suficiente para arquivo, guarda e exposição
de material de consumo, reagentes, vidrarias e equipamentos em geral;
• Atender totalmente as necessidades de atividades práticas de ensino,
pesquisa e extensão desenvolvidas no Centro Universitário;
• Estabelecer normas e prover equipamentos de segurança mantendo-os
em plenas condições de funcionamento;
• Contratar e qualificar pessoal técnico em quantidade suficiente para
executar as atividades laboratoriais;
• Destinar, no mínimo, 2% de sua receita líquida auferida para a atualização
das instalações de laboratório.
6.1.5. OUVIDORIA
6.1.5.1. Serviço da Ouvidoria
Este serviço teve início em Setembro de 2002, já perfazem 14 anos de
atendimento.
A Ouvidoria do CEULJI foi criada para que as pessoa possam, de forma
responsável e democrática, expressarem sua opinião sobre os serviços prestados
pela Instituição. O manifestante (acadêmico, funcionário docente, funcionário
administrativo ou membro da comunidade externa) pode utilizar-se da Ouvidoria
para:
• Manifestar-se sobre serviços que, como usuário, considera insatisfatórios;
• Sugerir alternativas para melhorar o atendimento e a qualidade dos
serviços prestados pela Instituição;
6 6
• Consultar, quando apresentar qualquer dúvida sobre determinado
assunto, a forma como deve proceder diante determinada situação, e a
quem dirigir-se dentro da Instituição;
• Manifestar-se sobre qualquer assunto que julgue necessário.
A Ouvidoria se propõe a ser o elo de ligação entre o usuário e os setores da
Instituição, bem como, com a Administração Superior da mesma.
6 7
7. DA IMPLANTAÇÃO
A implantação e a implementação do Projeto Pedagógico do Centro
Universitário Luterano de Ji-Paraná - CEULJI dependerá da parceria que deverá
ocorrer entre todos os atores do projeto pedagógico, contando com o suporte
técnico-administrativo e de infra-estrutura da Instituição. Por essa razão, desde o
início, a comunidade universitária será convidada a participar das reuniões de
explosão de idéias e de sensibilização, porque é necessário que a Instituição possa
contar com todos para viabilizar o presente projeto. Espera-se também que as
Coordenadorias assumam essas propostas, enfatizando-as sempre que se reunirem
com os seus colegiados. Os coordenadores de curso deverão igualmente procurar
divulgá-las entre os professores e alunos. Quanto à área administrativa, essa deverá
considerar-se meio e suporte para a implementação do projeto. Nessa perspectiva,
espera-se que este Projeto Pedagógico seja efetivado na prática e que contribua
com a qualidade acadêmica em todos os níveis e modalidades.
A implementação do Projeto Pedagógico Institucional se dará segundo o
cronograma seguinte:
6 8
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO 2016-2020
Ações 2016 2017 2018 2019 2020
Sensibilização
Explosão de idéias
Fórum de discussão
Redação do primeiro documento
Análise e discussão do documento no. 1
Reelaboração do documento
Análise e proposta – documento no. 2
Revisão e redação final
Divulgação
Planejamento orçamentário para implementação
Início da Implementação
Acompanhamento da implementação pela CPA
Avaliação da implementação
Revisão do PPI
6 9
8. DA AVALIAÇÃO INSTITU CIONAL
8.1. AUTO-AVALIAÇÃO DA IES
8.1.1. ABRANGÊNCIA DO PROJETO DE AVALIAÇÃO
O Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná procurou sempre se apresentar
como instituição com identidade e características próprias. Na busca e consolidação
destes objetivos, um longo caminho teve que ser trilhado, muitas vezes em um
processo simplório de tentativa e erro. Em quase desta caminhada, o CEULJI atingiu
o momento da reflexão, da análise crítica, do repensar e re-planejar, isto é, o
momento da auto-avaliação. Neste contexto, a avaliação institucional revestiu-se de
uma importância especial - independentemente de ser ou não uma exigência dos
órgãos legais de ensino superior, houve uma necessidade interna de avaliação e
consolidação de objetivos e funções.
Esta Instituição pela sua concepção, abrangência e atividades já executadas
tem um imenso potencial, tendo atingido excelência em vários aspectos. O Processo
de Avaliação Institucional foi desenvolvido no sentido de estabelecer metas
buscando atingir um novo patamar de qualidade acadêmica. Para atingir estes
objetivos são aspectos essenciais:
• consolidar e garantir a continuidade do processo de avaliação;
• promover a sensibilização e comprometimento de todos, funcionários,
professores, alunos e técnicos administrativos no processo de
aprimoramento e crescimento da Instituição;
• incentivar a participação, por meio de grupos de trabalho, do corpo
docente e técnico administrativo, na busca de soluções;
7 0
• promover uma maior interação entre as lideranças de diferentes setores;
• elaborar e atualizar fontes de informação unificadas e consistentes;
• trabalhar a aproximação e coerência entre o discurso e a prática;
• divulgar os resultados da auto-avaliação visando provocar uma reflexão
sobre os mesmos junto à comunidade acadêmica;
• incentivar o desenvolvimento da cultura de avaliação institucional e de
curso.
8.1.2. COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - CPA
O atual processo de auto-avaliação teve seu início com a formalização da
Comissão Própria de Avaliação (CPA), prevista no art. 11 da Lei n. 10.861, de 14 de
abril de 2004. O CEULJI orientando-se pela portaria nº127 de 28 de maio de 2004,
legislação em questão, instituiu sua CPA, com vistas não somente a atender ao
exigido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) mas, principalmente, com o
objetivo de consolidar a Avaliação Institucional.
Esta comissão tem como prerrogativa atuar com autonomia em relação aos
conselhos e demais órgãos colegiados existentes no CEULJI, devendo coordenar os
processos internos de avaliação da Instituição e o de sistematização e prestação
das informações solicitadas pelo INEP.
A sua forma de composição, a dinâmica de funcionamento e a especificação
de atribuições da CPA foram objeto de regulamentação própria, observando-se as
seguintes diretrizes:
� necessária participação de todos os segmentos da comunidade
acadêmica (docente, discente e técnico-administrativo) e de
representantes da sociedade civil organizada, ficando vedada à existência
7 1
de maioria absoluta por parte de qualquer um dos segmentos
representados;
� ampla divulgação de sua composição e de todas as suas atividades.
8.1.3. Procedimentos de auto-avaliação
Na realidade, este é um processo contínuo de permanente interação visando
o aperfeiçoamento institucional. Espera-se que a partir deste marco inicial, os
instrumentos de registro e avaliação de dados sejam cada vez mais melhorados,
para que o CEULJI possa de forma contínua, registrar sua história.
A avaliação institucional desenvolveu-se com a participação de todas as
instâncias e segmentos da comunidade universitária, considerando as diferentes
dimensões de ensino, pesquisa, extensão e gestão. Ao final desta etapa, elaborou-
se o relatório das atividades de auto-avaliação, resultando no Documento
Situacional. Este Documento Situacional apresenta uma análise do cenário que
compõe os aspectos acadêmicos e administrativos da instituição, resultando no
Planejamento Estratégico para estas áreas, na busca da solução dos problemas
detectados na análise situacional da instituição.
O Planejamento Estratégico possibilita uma reavaliação e a consolidação dos
resultados da auto-avaliação e da discussão com toda a comunidade acadêmica.
Dele resultou a elaboração dos planos institucionais de cada curso.
8.1.4. Formas de participação da comunidade acadêmica, técnica e administrativa
Nos Cursos de Graduação têm sido realizadas avaliações permanentes, em
conjunto com Coordenadores e os seus Conselhos. No final do relatório de
7 2
avaliação, os responsáveis pelo Curso analisam as ações que são sugeridas para
melhorar a situação diagnosticada e se comprometem com elas ou com as
alternativas propostas pelos próprios Conselhos. Sistematicamente, a Assessoria
Pedagógica, junto com a Direção Geral e as Coordenações de Curso, fazem
reuniões com os alunos, colhendo as sugestões ou reivindicações desses últimos.
Além disso, como já foi mencionado anteriormente, os professores e alunos
têm assento nos Conselhos da Administração Superior para, em um trabalho
conjunto, e com o resultado das avaliações freqüentes, estabelecer metas de
qualificação do trabalho acadêmico.
A comunidade acadêmica se manifestou, também, por meio de uma pesquisa
realizada junto aos professores e alunos. Os docentes preencheram o roteiro de
análise do padrão de qualidade dos cursos. Atualmente, está reiniciando o processo
com mais um instrumento a ser aplicado à comunidade discente. O resultado desse
trabalho deverá constituir o novo relatório da avaliação que será colocado à
disposição das Comissões de Avaliação.
8.1.5. FORMAS DE UTILIZAÇÃO DOS RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES NA REVISÃO DO
PLANEJAMENTO E DO PDI
A principal sistemática de utilização dos resultados das avaliações é realizada
em reunião anual em que a comunidade acadêmica do CEULJI se reúne com a
Mantenedora para avaliar e projetar as próximas ações institucionais. A partir destas
reuniões anuais denominadas “PLANEST” são revistas e redirecionadas as metas
do PDI de acordo com a realidade.
7 3