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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE BACHARELADO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS CAMPUS DE PORTO ALEGRE PORTO ALEGRE/ RS, 2015.

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PROJETO PEDAGÓGICO

DO CURSO DE BACHARELADO EM

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

CAMPUS DE PORTO ALEGRE

PORTO ALEGRE/ RS, 2015.

SUMÁRIO

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CURSO .........................................................................3

2 OBJETIVOS DO CURSO .....................................................................................................5

2.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................5

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .........................................................................................5

3 PERFIL DO EGRESSO ........................................................................................................7

4 MATRIZ CURRICULAR .................................................................................................... 10

5 MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO .................... 13

6 REQUISITOS LEGAIS E NORMATIVOS ......................................................................... 16

6.1 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS ............................................................ 16

6.2 EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS, ENSINO DE HISTÓRIA E

CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA.................................................................. 16

6.3 LIBRAS ....................................................................................................................... 17

6.4 POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................................................ 18

6.5 DIREITOS HUMANOS ............................................................................................... 19

7 RESPONSABILIDADE SOCIAL DO CURSO .................................................................. 22

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

NOME DO CURSO:

Curso de Relações Internacionais.

GRAU CONFERIDO:

Bacharelado.

TÍTULO PROFISSIONAL:

Internacionalista

MODALIDADE DE ENSINO:

Ensino presencial.

ATO DE CRIAÇÃO DO CURSO:

Portaria do Conselho Superior do UniRitter.

DATA DE PUBLICAÇÃO DO ATO DE CRIAÇÃO DO CURSO:

Novembro de 2010

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO:

O Curso possui 3040 horas relógio.

CARGA HORÁRIA DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES:

O curso contempla 266 horas de Atividades Complementares.

DURAÇÃO DO CURSO:

Mínimo: 8 semestres – quatro anos

Máximo: Conforme critério definido no Regimento Institucional.

NÚMERO DE VAGAS AUTORIZADAS:

Duzentas vagas anuais

4

NÚMERO DE VAGAS OFERTADAS

O número de vagas ofertadas será definido, a cada semestre, levando em conta a

necessidade de oferta por ocasião do processo seletivo, respeitando o número de vagas

anuais autorizadas.

TURNO DE FUNCIONAMENTO DO CURSO

O curso é ofertado nos turnos da manhã e noite.

5

2 OBJETIVOS DO CURSO

2.1 OBJETIVO GERAL

O Curso de Graduação em Relações Internacionais tem por objetivo formar

internacionalistas empreendedores, de sólida formação teórica e prática, capazes de

compreender e interpretar os temas internacionais, por intermédio de uma postura reflexivo-

crítica, gerando transformações na realidade em que estão inseridos e capazes de criar

oportunidades nas esferas das relações entre Estados, empresas, organizações

internacionais, organizações não-governamentais, entre outras instituições.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O Curso de Relações Internacionais, na perspectiva definida pelos objetivos gerais,

busca especificamente:

1. Propiciar e estimular as diversas formas de conhecimento, valendo-se, para

tanto, da integração do ensino, da pesquisa e da extensão;

2. Desenvolver atividades didático-pedagógicas voltadas ao conhecimento de

componentes que interligam a complexidade do campo epistemológico das

Relações Internacionais como ciência e como profissão;

3. Proporcionar, além de uma sólida formação inicial dos acadêmicos, os meios

para o desenvolvimento de uma formação contínua, cujos processos

acompanhem a vida do profissional;

4. Valorizar os diversos campos de atuação em Relações Internacionais por meio

do estudo responsável de suas distintas características;

5. Estimular o respeito às diferenças étnicas, religiosas, culturais e

comportamentais, de maneira a assegurar a convivência pacífica e o respeito

mútuo entre os povos e os seres humanos;

6. Desenvolver atividades acadêmicas voltadas aos problemas sociais do contexto

geográfico do Curso, em interação com a vida comunitária, associando-se a

entidades públicas ou privadas, especialmente por meio da extensão comunitária

e da pesquisa;

7. Integrar teoria e prática desde os primeiros semestres do Curso de Relações

Internacionais;

8. Estimular, no acadêmico, uma busca reflexiva e crítica das novas tendências

teóricas, como também dos referenciais já utilizados, valorizando em suas

6

diversas inserções profissionais as dimensões éticas e morais da implementação

das atividades do internacionalista;

9. Estabelecer, no que diz respeito à organização do curso, instâncias institucionais

de crítica, debate e reflexão, dos quais são exemplos os espaços de prática e

extensão e os eventos de divulgação científica;

10. Inserir, avaliar sistematicamente e redimensionar, na formação do profissional de

Relações Internacionais a preocupação relativa à interdisciplinaridade;

7

3 PERFIL DO EGRESSO

O Curso de RI do UniRitter busca formar egressos com o perfil para atuar nos

seguintes setores e suas áreas de interlocução:

Setor privado (indústrias, comércio, serviços, investimentos internacionais,

etc...);

Setor público;

Sociedade Civil, Organizações Não Governamentais e Organizações

Internacionais;

Ensino e pesquisa (Instituições de Ensino e Centros de Pesquisa);

O Profissional formado no Curso de RI do UniRitter atua em função das

necessidades dos diferentes segmentos do mercado de trabalho, com especial foco nas

áreas empresarias e sua interação com o setor público.

Nesse sentido, as propostas formativas promovem o(a):

conhecimento atualizado na área de RI;

concepção de que a formação exige rigor e cientificidade;

tomada de decisões, por meio da reflexão crítica;

domínio do ferramental teórico e técnico da área de RI para planejar ações,

analisar cenários e seus impactos, bem como obter subsídios para tomada

de decisões;

desenvolvimento e prospecção de cenários e a avaliação das transformações

da conjuntura internacional;

desenvolvimento de pesquisas e projeções de mercado;

desenvolvimento da capacidade executiva e empreendedora;

desenvolvimento da capacidade de compreender e interpretar corretamente

os grandes movimentos geopolíticos com suas inter-relações econômicas e

comerciais;

desenvolvimento da capacidade de analisar exemplos de empresas

multinacionais e exportadores brasileiros e estrangeiros;

As habilidades desenvolvidas e as competências adquiridas são:

8

I – Habilidades e capacidades:

a) raciocínio lógico, crítico, analítico e interpretativo;

b) habilidade técnica, comunicativa e de liderança;

c) associar, fazer analogias e inferências e aplicar conceitos.

d) diagnosticar situações;

e) aprender de forma autônoma e dinâmica;

f) formar e trabalhar em equipe;

g) flexibilidade e adaptabilidade para a resolução de problemas;

h) adequada expressão escrita nos documentos técnicos específicos e oral nas

relações interpessoais;

i) interação criativa em diferentes contextos organizacionais e sociais;

j) avaliar e analisar criticamente as organizações, antecipando e promovendo

transformações;

k) compreensão do todo administrativo de modo sistêmico e estratégico, em

suas relações com o ambiente externo;

l) selecionar estratégias adequadas de ação, visando atender interesses

interpessoais e institucionais;

m) articular o conhecimento sistematizado com a ação profissional;

n) liderar o alcance de objetivos comuns;

o) compreender de forma integradora e abrangente as ações administrativas

internacionais;

p) adequar argumentação, interpretação e valorização dos fenômenos das RI.

II - Competências para:

a) lidar com conceitos teóricos das RI;

b) utilizar o instrumental analítico na esfera política, econômica e internacional;

c) avaliar os processos políticos, econômicos, sociais, culturais e jurídicos em

países e/ou regiões;

d) diferenciar correntes teóricas a partir de distintas políticas internacionais;

9

e) formular políticas públicas referentes às relações entre os países;

f) formular políticas de comércio exterior;

g) formular e executar ações nas esferas pública e não-estatal relativas ao

intercâmbio externo nas áreas política, econômica, social, militar, cultural,

comercial ou jurídica;

h) estabelecer contatos e participar ativamente nas negociações internacionais;

i) atuar como conselheiro, assessor ou consultor em matérias de RI;

j) produzir análises de riscos e de oportunidades de mercado;

k) assessorar Câmaras de Comércio, Embaixadas, Associações, Organismos

Internacionais;

l) identificar os objetivos, métodos de operação, padrões e regras de

procedimento das Organizações Internacionais (governamentais e não

governamentais);

m) compreender e propor intervenções nas inter-relações entre Estados,

instituições, organizações e associações transnacionais;

10

4 MATRIZ CURRICULAR

ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE BACHARELADO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS

– CURRÍCULO 4 –

VIGÊNCIA: 2015/1

CARGA HORÁRIA MÍNIMA TOTAL: 3040

SEMESTRES: 8

SEMESTRE CÓDIGO* DISCIPLINAS CRÉDITOS

ACADÊMICOS CRÉDITOS

FINANCEIROS h/a h*

PRÉ-REQUISITO

CORREQUISITO

1º RLI0079 Introdução às Relações Internacionais

4 4 76 ---

20 RLI0007 Ciência Política 4 4 76 ---

créditos RLI0001 Teoria das Relações Internacionais

4 4 76 ---

RLI0080 Introdução à Administração 4 4 76 ---

UNR0001 Comunicação Profissional (Ead) 4 4 76 ---

Atividades Complementares 3 3 57

2º RLI0006 História das Relações Internacionais

4 4 76 ---

20 RLI0008 Organizações e Instituições Internacionais

4 4 76 ---

créditos RLI0011 Direito Internacional Público 4 4 76 ---

RLI0005 Microeconomia 4 4 76 ---

UNR0002 Comportamento Organizacional (Ead)

4 4 76 ---

Atividades Complementares 3 3 57

3º RLI0056 Relações Internacionais do Brasil I

4 4 76 RLI0079

20 RLI0090 Prática Internacional - Operações de Importação e Exportação

4 4 76 RLI0080

créditos RLI0020 Direito Internacional Privado 4 4 76 ---

RLI0010 Macroeconomia 4 4 76 ---

UNI0003 Antropologia e Cultura Brasileira (Ead)

4 4 76 ---

Atividades Complementares 2 2 38

4º RLI0016

Conflitos e Negociação nas Relações Internacionais 4 4

76 RLI0001

20 RLI0019 Economia Política Internacional I

4 4

76 RLI0001 RLI0005

11

créditos RLI0053 Relações Internacionais da América Latina

4 4

76 RLI0079

RLI0081 Marketing Estratégico 4 4 76 RLI0080

UNR0004 Desenvolvimento Humano e Social (Ead)

4 4

76 ---

Atividades Complementares 2 2 38

5º RLI0061 Relações Internacionais do Brasil II

4 4 76 RLI0006

20 RLI0033 Integração Regional 4 4 76 RLI0011 RLI0008

créditos RLI0058 Economia Brasileira 4 4 76 RLI0010

RLI0082 Logística 4 4 76 ---

UNR0005 Empreendedorismo (Ead) 4 4 76 ---

Atividades Complementares 2 2 38

6º RLI0059 Economia Política Internacional II

4 4 76 RLI0001 RLI0005

20 RLI0039 Geopolítica e Geoestratégia 4 4 76 RLI0007

créditos RLI0063 Regimes Internacionais 4 4 76 RLI0006

RLI0083 Operações Internacionais 4 4 76 RLI0025

UNR0006 Metodologia Científica (EaD) 4 4 76 ---

Atividades Complementares 2 2 38

7º RLI0065 Tópicos Avançados de Teoria das Relações Internacionais I

4 4 76 RLI0016 RLI0059

24 RLI0064 Análise de Política Externa 4 4 76 RLI0016 RLI0061

créditos RLI0036 Trabalho de Conclusão de Curso I

4 4 76 RLI0059

RLI0084 Disciplina eletiva I 4 4 76 ---

RLI0085 Finanças e investimentos 4 4 76 RLI0010

UNR0007 Desafios Contemporâneos (Ead)

4 4 76 ---

0

8º RLI0086

Temas Contemporâneos de Relações Internacionais do Brasil 4 4

76 RLI0061

24 RLI0087 Tópicos Avançados De Teoria das Relações Internacionais II

4 4

76 RLI0016 RLI0059

créditos RLI0009 Segurança Internacional 4 4 76 RLI0039

RLI0043 Trabalho de Conclusão de Curso II

4 4

76 RLI0036

RLI0088 Negócios e Inovação 4 4 76 RLI0080

12

RLI0089 Disciplina Eletiva II (presencial ou Ead)

4 4

76 ---

0

Disciplinas Eletivas 0

LET0540 Língua Brasileira de Sinais – Libras 2 2

38 ---

PED0486

Identidades e Diversidade Étnico-Raciais

2 2

38 ---

RLI0071

Epistemologia e Método nas Relações Internacionais

2 2

38 ---

RLI0072 Geopolítica da Energia 4 4 76 ---

RLI0073 Desenvolvimento Sustentável 4 4 76 ---

RLI0074 Formação Econômica do Brasil 2 2 38 ---

RLI0075

Movimentos Sociais em Âmbito Internacional

2 2

38 ---

RLI0076 Direito da União Europeia 4 4 76 ---

RLI0077

Direito Internacional do Consumidor

2 2

38 ---

RLI0078

Brasil e seus parceiros estratégicos

2 2

38 ---

RLI0040

Laboratório de Prática Internacional II

4 4

76 ---

RLI0057

Direito do Comércio Internacional

4 4

76 RLI0011

RLI0015 Estatística 4 4 76 RLI0010

RLI0045

Filosofia e Ética Profissional nas Relações Internacionais

2 2

38 UNR0004

ADM0279

Gestão do Conhecimento e Aprendizagem

4 4

76 UNI0003

ADM0265 Planejamento Estratégico 4 4 76 RLI0080

RLI0091 Estudos Regionais 2 2 38 ---

DISCIPLINAS/ATIVIDADES CRÉDITOS

ACADÊMICOS

CRÉDITOS FINAN-CEIROS

CARGA HORÁRIA

(horas-aula)

CARGA HORÁRIA

(horas-relógio)

TOTAL (HORAS/

RELÓGIO)

Disciplinas obrigatórias + Eletivas 132 182 2508 2090 0

Disciplinas obrigatórias EAD 28 532 0

Trabalho de Conclusão de Curso 8 152 0

Atividades Complementares** 14 266 0

TOTAL 182 182 2508 3040 0

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5 MODOS DE INTEGRAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA E

EXTENSÃO

Esse princípio vincula-se ao desenvolvimento das atividades-fim das IES: ensino, pesquisa e

extensão e à sua indissociabilidade, buscada, historicamente, na Educação Superior universitária.

A indissociabilidade entre as atividades-fim da Universidade é condição sine qua non para a

tipologia de Universidade e, consequentemente, para um Centro que pretenda ser universitário. Sua

exigência parte do artigo 207 da Constituição Federal de 1988 e deve ser vista sob dois enfoques:

1º) como princípio pedagógico de desenvolvimento do ensino na Graduação e na Pós-

Graduação;

2º) em termos mais amplos, quando assume um âmbito institucional e envolve a pesquisa

docente institucionalizada e a extensão de cunho universitário propriamente dito.

O primeiro enfoque, quando a adoção da indissociabilidade das atividades-fim é vista como

princípio pedagógico fundamental da Graduação e da Pós-Graduação, refere-se especificamente aos

processos de ensino e de aprendizagem nesse nível da Educação Superior. A aprendizagem que

resulta desse processo implica a apropriação crítica dos saberes pelos alunos. Isso está associado a

métodos nos quais a construção dos saberes envolve uma dimensão política, que diz respeito aos

interesses da sociedade ou de um grupo da mesma, que venha a se beneficiar desse saber.

Ensino e pesquisa, unidos, isso não significa apenas que a pesquisa dá suporte ao ensino.

Tal união representa, também, o fato de que o método investigativo praticado ao longo de todo o

curso é condição essencial para todos os alunos (e não só para os de Iniciação Científica, que o

aprofundam na Graduação), por ser fundamental para o seu processo de aprendizagem permanente,

condição da formação continuada requerida pela globalização e pelo caráter vertiginoso das

mudanças. Ensino com pesquisa envolve o professor e o aluno na construção de conhecimentos,

como parceiros no contexto de suas atividades curriculares. Isso é muito mais importante do que

apenas ensinar determinados saberes, uma vez que instiga o aluno a aprender a aprender e, ao

adquirir autonomia intelectual, ele poderá aprender sempre. Desta maneira, o ensino pode nutrir-se

de inúmeras formas com a pesquisa.

Ensino e extensão, unidos, por sua vez, asseguram a percepção política, por inserir o aluno

na realidade social da sua área de formação. Através dessa relação, o aluno passa a identificar tanto

as necessidades sociais como os interesses gerais e particulares existentes no âmbito de sua

profissão. Pelo ensino com extensão, em seus aspectos comunitários, o aluno compreende que um

saber nunca é neutro. A extensão, como princípio pedagógico, implica a prática como componente

curricular, desenvolvida ao longo do curso, através da produção contextualizada do conhecimento,

14

desenvolvida em diferentes formas de atividades práticas vinculadas a teorias (ação/reflexão/ação),

estágios curriculares, atuação em projetos extensionistas ou em núcleos comunitários institucionais e

outras atividades. Esses projetos e núcleos possuem função pedagógica, uma vez que servem ao

ensino com extensão, na área profissional para a qual o aluno está sendo formado; porém, através de

sua função pedagógica, relacionada com o exercício profissional atendem, também, à

responsabilidade social da Educação Superior.

O ensino com extensão também é oportunizado por meio da flexibilização curricular. Essa foi

obtida pela Educação Superior, quando da passagem da exigência de “currículos mínimos” para as

“diretrizes curriculares nacionais”. A flexibilização dos currículos permitiu o desenvolvimento de

atividades complementares de integralização curricular que podem ser oportunizadas por atividades

de ensino, de pesquisa e de extensão, embora, via de regra, ocorram pela extensão.

Há, pois, uma correspondência biunívoca: o ensino é flexibilizado e apresenta a sua

dimensão teórico/prática garantida via pesquisa e extensão e, ao mesmo tempo, nutre ambas

atividades no curso, com o desenvolvimento que assegura à vocação definida para o mesmo. A

pesquisa, por sua vez, realimenta e qualifica tanto a formação inicial do ensino como a formação

continuada e, simultaneamente, as relações comunitárias da extensão.

A adoção do princípio pedagógico da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão em

cada curso de Graduação e de Pós-Graduação das unidades que integram o Centro Universitário

requer uma gestão pedagógica em que cada docente se reconheça como parte de um todo maior de

curso. A estrutura curricular de um curso é um todo, que é muito maior do que a soma das partes.

Quanto ao segundo enfoque da indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão,

vistas no seu âmbito institucional, aplica-se o mesmo raciocínio acerca do todo. Cada uma dessas

atividades-fim precisa ter o entendimento de que faz parte de um todo, que é a IES, com a sua

missão, a sua visão, a sua ação educativa desenvolvida sobre referências e políticas, enfim, com a

sua identidade. Essa identidade institucional é construída e desenvolvida através de uma ação

coletiva, que exige co-responsabilidade e participação.

Vale ratificar que, no âmbito institucional do ensino, da pesquisa e da extensão, enquanto

atividades-fim exige:

- políticas institucionais que regulamentem o ensino, a pesquisa e a extensão e que se

articulem entre si;

- ação educativa desenvolvida sob o paradigma conceitual da Instituição, comprometida com

a ação coletiva, coerente com os princípios de participação ativa;

- estrutura interna articulada e integradora.

15

Atendidos os aspectos acima citados, a indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a

extensão, no âmbito institucional, concretiza-se na forma como são estabelecidas as suas interfaces.

O ensino é desenvolvido com base na vocação de cada curso. Assim como ela dá origem à

sua estrutura curricular, ela gera as suas linhas de pesquisa que, por sua vez, dão origem aos grupos

que as desenvolvem. Pesquisa e ensino estão, pois, intimamente imbricados um ao outro não só no

interior dos cursos como no âmbito institucional.

A extensão, por sua vez, com seus programas de educação continuada, de relações

comunitárias e de parcerias interinstitucionais, é alimentada pelo desenvolvimento da vocação dos

cursos, pelo conhecimento construído e disseminado e possui reforçada a articulação das duas

outras atividades-fim com a comunidade regional, nacional e internacional. É a extensão que impede

a construção de barreiras entre a formação inicial e a continuada dos alunos (uma vez aluno, aluno

sempre, sem a dimensão de ex), estabelecendo as pontes necessárias que permitirão a permanência

de sua formação.

No Curso de Relações Internacionais do UniRitter, a indissociabilidade entre

ensino, pesquisa e extensão é seguido como princípio de estrutura curricular e colocado

em articulação desde o início do Curso. Os planos de ensino interdisciplinares, a

participação expressiva dos alunos em projetos de extensão e de pesquisa são uma

constatação de que o princípio da indissobilidade do ensino, pesquisa e extensão, é uma

realidade vivenciada pelos alunos e professores do Curso de Relações Internacionais.

O Curso de Relações Internacionais tem uma preocupação fundamental em

ampliar ao máximo a participação dos alunos e professores nos projetos de extensão e

pesquisa, assim como divulgar seus resultados. Esse objetivo do Curso pode ser

verificado no número expressivo de trabalhos submetidos, por exemplo, para

apresentação na Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação (SEPesq) do

UniRitter, considerando que o Curso de Relações Internacionais ainda é bastante jovem.

Nesse mesmo sentido, os professores incentivam a apresentação dos alunos em

outras instituições de ensino, como pode ser verificado pelos relatórios de participação de

nossos alunos nas Semanas Acadêmicas de IES da grande Porto Alegre, tanto no que se

refere aos projetos de extensão como os de pesquisa.

Além dessa vertente de atuação, os projetos de extensão e de pesquisa do Curso

estão conectados diretamente com o ensino, alimentando-se reciprocamente. As linhas de

pesquisa do Curso refletem uma continuidade da atenção dispensada às áreas no âmbito do

ensino e da extensão, somando-se à preocupação de alinhar com a aplicação prática dos

conteúdos.

16

6 REQUISITOS LEGAIS E NORMATIVOS

6.1 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS

O Curso de Bacharel em Relações Internacionais ainda não dispõe de uma Diretriz

Curricular Nacional para a área. Atualmente, está encaminhado ao MEC um Projeto de

DCN, debatido no âmbito da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI) nas

reuniões de 2011 e 2013. O Curso de Relações Internacionais do UniRitter participou, por

meio de seu corpo de coordenadores, da elaboração do Projeto submetido ao MEC. Cumpre

destacar que o Curso de RI da UniRitter atende a todas as dimensões elencadas na

proposta de DCN submetida à aprovação.

6.2 EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS, ENSINO

DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA

O presente PPC do Curso de Relações Internacionais leva em conta as Diretrizes

Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de

História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, previstas pela Lei nº 11.645 de 10/03/2008 e

pela Resolução CNE/CP N° 01 de 17 de junho de 2004, que trata da Educação das

Relações Étnico-raciais, bem como o tratamento de questões e temáticas que dizem

respeito aos afrodescendentes. Estas ações estão previstas nas disciplinas e atividades

curriculares do curso.

Vale destacar, em primeiro lugar, que, conforme Resolução Nº 35-2012, aprovada na

Sessão 142º do CONSUPE, realizada em 23 de maio de 2012, passamos a oferecer a

disciplina de Identidades e Diversidade Étnico-raciais (PED0486) em nossa estrutura

curricular como disciplina eletiva, que pode ser cursada no sétimo ou oitavo semestre do

Curso de Relações Internacionais. Essa disciplina propõe o estudo das questões de

identidade e diversidade étnico-raciais, a partir das etnias afro e indígena, caracterizando-se

pela leitura e pelo debate. Estuda a história e os movimentos sociais e culturais relacionados

com as questões étnico-raciais no contexto brasileiro. Seu plano de ensino está disponível

em anexo.

Para além desta disciplina eletiva, o Curso oferece, ainda, outras oportunidades do

aluno aprofundar os debates e conteúdos quanto às relações étnico-raciais. No terceiro

semestre, a disciplina Relações Internacionais do Brasil I (RLI0056) aborda as relações

17

exteriores de nosso país do período colonial até a década de 1930 e aspectos históricos

desta fase, incluindo aqueles pertinentes à configuração da sociedade brasileira, com a

participação da população indígena, negra e de outros étnicos.

A disciplina eletiva ofertada no sétimo semestre Formação Econômica do Brasil

(RLI0074), dispõe, em seu programa, de pontos relevantes que tratam da economia

escravista – da cana de açúcar ao ouro, da economia do café, e da economia de transição

para o trabalho assalariado. Pontos estes intrinsicamente relacionados às questões étnico-

raciais no contexto brasileiro. Em seu início, essa disciplina era ofertada como Curso de

Extensão, e o interesse dos alunos por esses debates fez com que o NDE decidisse por

transformá-lo em disciplina eletiva, ofertada periodicamente aos alunos.

É imprescindível, ainda, mencionar a disciplina eletiva Movimentos Sociais em

Âmbito Internacional (RLI0075), que trata, dentre outro temas, como o gênero, por exemplo,

do transbordamento das questões étnico-raciais para fora das fronteiras do Estado. Nesse

sentido, essa disciplina é de extrema relevância para compreender a questão étnico-racial

no Brasil a partir do âmbito internacional, mais amplo. Compreender como em outros países

se superou, ou se supera esses conflitos, as iniciativas que frutificaram, e servem de

modelo, assim como as que fracassaram em outros Estados. A ampliação do horizonte de

análise é importante para o aluno de Relações Internacionais compreender o contexto

étnico-racional em um âmbito ampliado e universal.

Por fim, a disciplina de Economia Política Internacional II aporta uma contribuição

importante e contemporânea para compreender a relação étnico-racional, num contexto

político e econômico em que diversos fatores relevantes e congruentes tornam a análise

bastante complexa. O primeiro ponto do Programa desta disciplina debate as Migrações

Modernas e as influências nessas migrações das questões étnicas e de gênero. Possibilitar

ao aluno de Relações Internacionais compreender que, assim como no Brasil, em outros

locais do mundo, as questões étnico-raciais evoluem para a análise das implicações

políticas e econômicas corrobora para o despertar do seu interesse para o nosso país,

comparando a nossa situação àquelas encontradas alhures, seus pontos negativos,

positivos, similitudes e diferenças no tratamento dessas questões.

6.3 LIBRAS

A estrutura curricular contempla a disciplina de “LIBRAS” – Língua Brasileira de

Sinais como componente curricular eletivo, para o aluno com dois (2) créditos, o

18

equivalente a trinta e oito (38) horas-aulas. Desta forma, o Curso atende ao disposto no

Decreto nº 5.626/2005.

Essa disciplina está registrada sob o código LET0540, e pode ser cursada pelo

aluno, preferencialmente, no sétimo semestre, em que se disponibiliza, na estrutura

curricular, dois créditos para a Disciplina Eletiva I.

6.4 POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O Curso de Relações Internacionais aborda questões relacionadas às Políticas de

Educação Ambiental de que trata a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 e Decreto Nº 4.281

de 25 de junho de 2002, onde atenta para o tratamento da integração da educação

ambiental às disciplinas do curso de modo transversal de modo contínuo e/ou permanente.

Em primeiro lugar, vale destacar que o Curso de Relações Internacionais planejou

uma disciplina específica para tratar, exclusivamente, da educação ambiental. O Plano de

Ensino, elaborado, no segundo semestre de 2012, foi inserido na estrutura curricular como

disciplina eletiva, com 04 créditos e 76 horas-aula. A disciplina utiliza-se de temáticas como

a do desenvolvimento e as diferentes concepções do Estado, das empresas e da sociedade

para abordar as diferentes dimensões do desenvolvimento sustentável, na ótica da gestão

ambiental, da relação homem-natureza, da economia social e das tendências tecnológicas

para os processos produtivos.

Além de uma disciplina específica, a educação ambiental está presente de forma

transversal na estrutura curricular do Curso de Relações Internacionais. Diversas disciplinas

contemplam a questão ambiental em seu programa como pode ser verificado nos seguintes

Planos de Ensino: Regimes Internacionais, Economia Política Internacional II, Geopolítica da

Energia, Direito Internacional Público, Organizações Internacionais, Direito do Comércio

Internacional, Relações Internacionais do Brasil II, Desenvolvimento Sustentável, Temas

Contemporâneos de Relações Internacionais do Brasil e Ética Aplicada às Relações

Internacionais.

A listagem acima demonstra que a temática da educação ambiental está presente

em pelo menos dez Planos de Ensino no Curso de Relações Internacionais. Essas

disciplinas encontram-se a partir do terceiro semestre do Curso e seguem até a formação do

aluno de Relações Internacionais. Ressalte-se que essas disciplinas são aquelas que,

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efetivamente, em seu programa está presente a questão ambiental, e que, nas demais

disciplinas, os professores também são incentivados a abordar o seu programa

considerando a inserção da temática ambiental. Vale destacar, ainda, que algumas das

disciplinas colocada acima apresentam cerca de 25% de seu programa focada

exclusivamente nas implicações e relações do meio-ambiente com o objeto de estudo

específico do Curso, como por exemplo, Regimes Internacionais (RLI0063) e Economia

Política Internacional II (RLI0059). Dessa forma, o Curso de Relações Internacionais procura

enfocar temas importantes e necessários para o século XXI.

6.5 DIREITOS HUMANOS

Tomando como referencia o Parecer CNE/CP nº 8/2012 e a Resolução CP/CNE nº 1, de

30/05/2012, embasada pelo Parecer CP/CNE nº 8, de 06/03/2012, o Curso de Relações

Internacionais contempla em seu PPC as orientações e referências pedagógicas e

acadêmicas para a educação em Direitos Humanos.

Ainda tomando como referência a Resolução nº 1 de 30 de Maio de 2012, destaca-se o

compartilhamento de referências desta resolução com os conteúdos programáticos do

Curso de Relações Internacionais. A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, a

Declaração das Nações Unidas sobre a Educação e Formação em Direitos Humanos e a

própria Constituição Federal de 1988 constituem-se em referências e conteúdos

programáticos do Curso de Relações Internacionais.

No plano das relações internacionais, e especificamente na atuação do Brasil em tal

dimensão, destacam-se o humanismo que tradicionalmente orienta e diferencia o perfil

brasileiro no espaço mundial. Tal referencia estabelece a percepção positivo dos Direitos

Humanos com referência fundamental para a formação dos acadêmicos do Curso de

Relações Internacionais da UniRitter. Ainda nessa perspectiva essa orientação diplomática

universalista e multilateral praticada pelo Brasil ao longo de sua história diplomática coloca a

solidariedade internacional e a cooperação entre os povos como vetores da ação

internacional do Brasil através do quais se projeta a concepção e o senso de relevância

conferida à questão dos Direitos Humanos na perspectiva da atuação e da formação dos

profissionais na área de relações internacionais.

Converge ainda a visão do Centro Universitário UniRitter, ao buscar consolidar-se como

instituição de excelência nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, aliando inovação

ao compromisso com transformação social reiterando dessa forma o disposto no artigo 5º

do parecer em foco que estabelece com finalidade da Educação em Direitos Humanos a

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formação para a vida e a convivência, no exercício cotidiano dos Direitos Humanos como

forma de vida e de organização social, política, econômica e cultural nos níveis regionais,

nacionais e planetário.

Com referencia ao artigo 7º do parecer, no âmbito do Curso de Relações Internacionais

a Educação em Direitos Humanos surge tanto na dimensão disciplinar, quanto na dimensão

transversal.

Podemos observar, conforme a breve referência a seguir, a presença desta temática em

diversas disciplinas do curso de Relações Internacionais. Ela é perceptível desde o primeiro

ano de curso, nas aulas de Introdução às Relações Internacionais e Ciência Política, na

abordagem de temas como diversidade étnica e cultural, democracia e direitos individuais e

coletivos.

Na disciplina de Regimes Internacionais há todo um ponto (Regimes Internacionais de

Direitos Humanos) em que a disciplina aborda a construção internacional do

reconhecimento da dignidade humana, da igualdade de direitos e do reconhecimento e

valorização das diferenças e das diversidades como valores universais da dignidade e da

defesa da pessoa humana. O objetivo é contribuir para a formação integral do

internacionalista, isto é, para a formação que o leve a reconhecer as dinâmicas e valores

imbuídos em relações internacionais que vão além dos interesses bélicos, comerciais ou

financeiros de Estados e empresas.

Na disciplina de RI da América Latina no contexto do curso – que, desde seu surgimento

enquanto ramo autônomo do conhecimento valoriza o olhar estadunidense e europeu das

relações internacionais – a disciplina busca valorizar o olhar latino-americano para as

relações que a região estabeleceu com o resto do mundo desde o início da sua existência

independente. Especificamente, por exemplo, o conteúdo valoriza a participação dos negros

nas lutas pela independência, atribuindo às suas resistências ao colonialismo e à escravidão

o reconhecimento do pioneirismo na libertação efetiva dos povos das Américas.

Na disciplina de Direito Internacional Privado os direitos humanos apresentam

fundamental relevância para o Direito Internacional Privado, no regramento do conflito de

leis no espaço, pois aborda a condição do indivíduo no mundo. Nesse sentido, a proteção

da dignidade humana e os princípios desta decorrentes informam o modo pelo qual o direito

estrangeiro pode ser aplicado no território brasileiro.

Na disciplina de Direito do Comércio Internacional principalmente aquele de fonte

multilateral, produzido no seio da Organização Mundial do Comércio (OMC), tem sofrido

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influxos de novos temas, que passam a constituir a agenda do comércio internacional, como

as preocupações de compatibilização de suas normas com as normas internacionais

destinadas a regular os direitos humanos e o direito ambiental. Nesse sentido, é tema atual

da disciplina, na qual se explora que diversas das principais nações que promovem o

comércio internacional, desde os EUA e Canadá até os países sul-americanos,

especialmente o Brasil, têm se utilizado da linguagem dos direitos humanos nos seus

acordos comerciais, o que afeta a sua convivência com as normas estabelecidas no âmbito

da OMC.

Na disciplina de Integração Regional a qual tem se tornado uma realidade inegável no

âmbito das relações internacionais. Inicialmente, estudada e realizada apenas sob o viés da

aproximação de Estado para fins de desenvolvimento e fortalecimento econômico, a

integração de países geograficamente próximos ou de países que, mesmo distantes,

apresentam interesses comuns e se reúnem em blocos em suas relações internacionais

assume hoje um novo aspecto, que inclui a aproximação de Estados em níveis cultural,

social e político. Com isso, inúmeras das experiências de integração regional apresentam a

preocupação com a garantia de sistemas democráticos que permitam sua aproximação em

diversos níveis, o que leva ao estabelecimento de instituições e normas destinadas a

abarcar as demandas da cidadania, o que traz aportes acerca dos direitos humanos, que

devem ser contemplados não só nos ordenamentos jurídicos internos de seus países

membros, mas também nas novas normas propostas pelo bloco em que estes se reúnem.

Portanto, o tratamento dos direitos humanos é trabalhado a partir das experiências de

estabelecimento de direitos comuns no âmbito da União Europeia, da União Africana, dos

diversos processos de integração sul e latino-americanos e na sua relação com as ordens

internas dos países que destes blocos fazem parte e da ordem internacional em que todos

eles necessariamente estão envolvidos. Assim, a disciplina contempla a necessária ligação

entre a integração regional e os critérios de uma educação para os direitos humanos.

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7 RESPONSABILIDADE SOCIAL DO CURSO

Em princípio destacamos que o curso de Relações Internacionais em 2014/2

teve sua primeira turma cursando o último semestre, ainda pelo currículo III, que

previa a oferta da disciplina de Ética e Prática Profissional, que busca a formação de

profissionais comprometidos com a evolução da cidadania, do conhecimento e das

boas práticas profissionais. Sendo a orientação para a prática profissional ética

proposta aos alunos também na perspectiva de sua auto-percepção como agentes

promotores e indutores, quando necessário, da mudança de atitudes das próprias

organizações em que atuam ou vierem a atuar. De forma adicional, a ética associada

as boas praticas acadêmicas, as questões étnicos-raciais e socioeconômicas

presentes diuturnamente nas atividades docentes e da coordenação, recebem toda a

atenção dos membros do curso de Relações Internacionais e dos serviços

institucionais de apoio, a partir da convicção que a ação ética, o exemplo

permanente são o reforço imprescindível ao efetivo aprendizado para a ética que se

espera seja alcançado pelos alunos.

Também no que tange à pesquisa acadêmica, os projetos e seus resultados

promovem um efetivo intercâmbio de ideias e relacionamentos entre os estudantes

do curso de Relações Internacionais do UniRitter e das demais instituições de ensino

superior do Estado e do Brasil. Na perspectiva dos projetos de pesquisa realizados

também se criam oportunidades para a interação, mutuamente proveitosa, entre os

estudantes e organizações setoriais e empresas privadas. Acreditamos nos

resultados reciprocamente positivos desta relação.

Derivado desta relação estabelecida entre empresas demandantes de

orientação/consultoria na área de Relações Internacionais, através da gerência de

Relações Internacionais na Empresa Junior do Uniritter estabelecemos outra

interface que permite aos alunos do Curso de Relações Internacionais, como o

devido suporte do Curso e da Instituição, atuar de forma profissional oferencdo

serviços às pequenas e médias empresas da comunidade em busca de orientação

para seus negócios. Desta forma acreditamos poder construir uma via de acesso e

de criação de valor para parte da comunidade, a partir das ideias e membros da

nossa comunidade acadêmica.

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Ainda, pela sua relevância, devemos destacar o convenio celebrado entre a

Uniritter e a Prefeitura Municipal de Porto Alegre (PMPA), que oportuniza ao Curso

de Relações Internacionais desenvolver atividades na perspectiva da cooperação

técnica, científica, cultural e educacional para o desenvolvimento de ações de caráter

de ensino, pesquisa e extensão nas áreas de Educação e Cultural, bem como

conjugar esforços no sentido de desenvolver projetos, estudos e serviços técnicos de

forma integrada. Esses esforços visam, basicamente, permitir, de forma ágil, que

cada instituição associada possa trabalhar em regime de cooperação com cada

grupo ou indivíduo da outra que possua interesses afins e comuns para:

a) Implementar projetos e desenvolver atividades de forma conjunta sob a forma

de cooperação;

b) Qualificar os diversos eventos da Secretaria Municipal de Coordenação

Política e Governança Local da Prefeitura de Porto Alegre por meio da participação

voluntária dos alunos do Curso de Relações Internacionais do UniRitter.

c) Possibilitar aos alunos do Curso de Relações Internacionais do UniRitter a

oportunidade de realizar as horas de atividades complementares externas inseridos

em um ambiente qualificado e dinâmico da área de Relações Internacionais da

Prefeitura de Porto Alegre, sempre de forma voluntária, sem custos ao Município e

sem vínculo empregatício.

d) Auxiliar os alunos na construção de uma rede de contatos qualificados por

meio de atividades realizadas em conjunto com a Secretaria Municipal de

Coordenação Política e Governança Local da Prefeitura de Porto Alegre.

e) A utilização mútua das instalações, equipamentos e equipes técnicas dos

convenentes para a promoção de eventos, encontros, reuniões e desenvolvimento

de atividades diversas, mediante autorização prévia e especificação das atividades.

Na prática o curso de Relações Internacionais vem convertendo-se em

parceiro da PMPA na recepção de delegações estrangeiras, na organização de

eventos internacionais e na atuação de nossos estudantes como tradutores e

intérpretes, ações que oportunizam tanto uma atuação protagônica e diferenciada

para nossos estudantes e uma efetiva integração com a comunidade de relações

internacionais de Porto Alegre. Ainda, devemos destacar que se reveste de

oportunidade de oferecer uma expressiva contrapartida e visibilidade dos

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investimentos da própria prefeitura, uma vez que temos muitos alunos bolsistas do

Unipoa (Programa de bolsas de estudos patrocinadas pela PMPA).