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PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A CONSERVAÇÃO DA VEGETAÇÃO PRÓXIMA À UMA APP NO BAIRRO CARDOSO EM APARECIDA DE GOIÂNIA - GOIÁS MOREIRA JUNIOR, A. B.; KIRSTEIM, R. B.; PAIXÃO, N. P.; OLIVEIRA, K. A. F. A. Faculdade de Tecnologia SENAC Goiás, Goiânia-GO Introdução A atual crise ambiental refletida pelo aquecimento global e degradação de ecossistemas, como resultado das atividades econômicas e especulação imobiliária, tem modificado as paisagens naturais, transformando-as em paisagens urbanas ou rurais cultivadas. O crescimento desordenado das cidades também tem provocado a redução de áreas verdes, o que muitas vezes envolve o desmatamento de áreas de preservação permanente (APP). As APP tem importante papel ecológico tanto na proteção quanto da manutenção de recursos hídricos, (...) na conservação da diversidade de espécies da fauna e flora, ainda controlando a erosão do solo, assoreamento e poluição de corpos hídricos (BRASIL, 2013). O Cerrado possui 5% da biodiversidade do planeta (...) (BRASIL, 2013). Porém, de acordo com o IBAMA, o bioma já perdeu 47,84% de sua cobertura de vegetação até 2008. O objetivo deste artigo é apresentar o diagnóstico realizado próximo à área de

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Page 1: PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A CONSERVAÇÃO DA VEGETAÇÃO PRÓXIMA À UMA APP NO BAIRRO CARDOSO EM APARECIDA DE GOIÂNIA - GOIÁS MOREIRA JUNIOR, A. B.;

PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A CONSERVAÇÃO DA VEGETAÇÃO PRÓXIMA À UMA APP NO BAIRRO CARDOSO EM

APARECIDA DE GOIÂNIA - GOIÁS MOREIRA JUNIOR, A. B.; KIRSTEIM, R. B.; PAIXÃO, N. P.; OLIVEIRA, K.

A. F. A.Faculdade de Tecnologia SENAC Goiás, Goiânia-GO

IntroduçãoA atual crise ambiental refletida pelo aquecimento global e degradação de ecossistemas, como resultado das atividades econômicas e especulação imobiliária, tem modificado as paisagens naturais, transformando-as em paisagens urbanas ou rurais cultivadas. O crescimento desordenado das cidades também tem provocado a redução de áreas verdes, o que muitas vezes envolve o desmatamento de áreas de preservação permanente (APP).As APP tem importante papel ecológico tanto na proteção quanto da manutenção de recursos hídricos, (...) na conservação da diversidade de espécies da fauna e flora, ainda controlando a erosão do solo, assoreamento e poluição de corpos hídricos (BRASIL, 2013).O Cerrado possui 5% da biodiversidade do planeta (...) (BRASIL, 2013). Porém, de acordo com o IBAMA, o bioma já perdeu 47,84% de sua cobertura de vegetação até 2008.O objetivo deste artigo é apresentar o diagnóstico realizado próximo à área de APP do Córrego Tamanduá, situado à Rua Contorno, no Bairro Cardoso, em Aparecida de Goiânia (GO), identificando o conhecimento e a percepção dos moradores próximos à área sobre o desmatamento.

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Material e Métodos Este estudo envolve uma pesquisa exploratória, realizada por meio de uma pesquisa diagnóstica in loco, na qual se optou por uma abordagem quali-quantitativa com apoio da aplicação de entrevistas como instrumento de coleta de dados.O diagnóstico realizado foi em uma área próxima à APP do Córrego Tamanduá (Figura 1), localizada num trecho da Rua do Contorno, no Bairro Cardoso, em Aparecida de Goiânia (GO). Segundo Santana (2011) o Córrego Tamanduá estende-se por cerca de 9 km², cortando 12 bairros do município.A entrevista contou com um roteiro de 11 perguntas com a finalidade de identificar o conhecimento dos moradores sobre o desmatamento, percepção da importância da conservação da APP, denúncias, existência e aplicação das leis.A amostragem definida foi a não probabilística que levou em conta a quantidade de moradores do entorno da área desmatada, obtendo-se uma amostra de 10 entrevistados. Para a coleta de dados foram realizadas duas visitas em abril de 2013, sendo que a primeira foi aplicada a técnica de observação sistemática para conhecer o local e identificar a dimensão do desmatamento ocorrido, e a segunda foi para a realização das entrevistas com comunidade local.

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OLIVEIRA, K. A. F. A.Faculdade de Tecnologia SENAC Goiás, Goiânia-GO

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Resultados A área foi retratada antes e após o desmatamento (Figuras 2 e 3), que segundo os moradores do local houve, denuncia ao poder público e à mídia local, como mostra figura 4. Os serviços foram inicialmente paralisados, pois as motosserras não possuíam licença do IBAMA. O desmatamento chegou a ser embargado, e conforme relatos dos moradores, neste período os responsáveis pelo desmatamento foram ao local em horários de menos movimentos para extrair madeiras e atear fogo naquelas não comercializáveis (Figura 5).Conforme informação dos moradores, o Secretário do Meio Ambiente do município afirmou quando questionado sobre o desmatamento que “o bairro antes era só mato e isso é o progresso”.Na visitação às residências para coleta dos dados, foram entrevistados 10 moradores representando 10 famílias que vivem próximo à área desmatada. Foram abordadas pessoas entre 18 e 65 anos, 70% do sexo masculino, 60% de nível superior, ou cursando, e 60% residia no bairro entre 1 e 5 anos. Sobre a percepção ambiental das pessoas entrevistadas, todos consideraram muito importante a preservação da fauna e flora, no entanto 70% opinaram que tal empreendimento valorizará a região.Sobre as denúncias feitas contra desmatamentos, 100% dos entrevistados afirmaram que fariam novamente, porém, com relação às leis atuais, que permitem o desmatamento de áreas naturais dentro de certos parâmetros, os moradores foram unânimes em dizer que estas devem ser alteradas.

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Imagens e TabelasFigura 1- Área antes do desmatamento Figura 2- Área após o desmatamento

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OLIVEIRA, K. A. F. A.Faculdade de Tecnologia SENAC Goiás, Goiânia-GO

Figura 3 – Vista da zona de borda da mata Figura 4- Matéria do dia 19/03/2013 Jornal "O popular"

Figura 5 - Incêndio causado pela empreiteira responsável pelo desmatamento

Fonte: Os autores, 2013.

Fonte: Os autores, 2013.

Fonte: Os autores, 2013. Fonte: Os autores, 2013.

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Discussão e Conclusão Observou-se que o desmatamento ocorrido está relacionado: a) ao crescimento rápido e desordenado da população; b) falta de fiscalização e aplicação das leis; c) falta de transparência e isonomia na obtenção de licenças ambientais. Sugerem-se algumas ações estratégicas como a divulgação do desmatamento e a necessidade de ações de conservação em áreas próximas à APP por meio de: envolvimento das Associações de Moradores; proposição de atividades lúdicas e educativas nas escolas do bairro para a sensibilização de crianças e adolescentes.Espera-se que estudo sirva de alerta para a sociedade que deve estar atenta para defender os interesses comuns voltados ao usufruto do “meio ambiente ecologicamente equilibrado”, como preconiza a Constituição Federal de 1988. Ainda que, desperte a comunidade para a necessidade da conservação de áreas naturais urbanas e seus ecossistemas para a qualidade de vida no presente como das futuras gerações.Referências APARECIDA DE GOIÂNIA. Lei nº 004/2002. Plano diretor do município de Aparecida de Goiânia. ARIMATÉIA, Marcos Aurélio L.(Sec.) et al. Aparecida de Goiânia, 2002.BRASIL. SENADO FEDERAL. Cursos d’água e áreas altas têm que ser preservados: objetivo das APP previstas no Código Florestal é proteger a biodiversidade e os recursos hídricos e evitar a erosão do solo. Revista em discussão. Disponível em: http://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/codigo-florestal/areas-de-preservacao-permanente.aspx. Acesso em: 01 Out 2013.SANTANA, Márcia Nayane Rocha. Identificação dos impactos ambientais a ocupação irregular na área de preservação permanente (APP) do Córrego Tamanduá em Aparecida de Goiânia . II Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental. Londrina, 2011.SILVA, Maria José. Desmatamento faz obra ser paralisada. Jornal O popular, Aparecida de Goiânia, 19 mar. 2013.

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OLIVEIRA, K. A. F. A.Faculdade de Tecnologia SENAC Goiás, Goiânia-GO

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Título do Trabalho: Biomassa Aérea da Vegetação Lenhosa em Cerrado Sentido Restrito no Jardim Botânico de Brasília-DFAutores: Lobo, V.P.1; Miranda, S.C.2

Instituição: UEG – Câmpus Palmeiras de Goiás

IntroduçãoO Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro em extensão geográfica e apresenta expressiva biodiversidade de espécies (FELFILI et al. 2004; KLINK & MACHADO 2005).

Dentre os serviços ambientais associados à biodiversidade pode-se citar o estoque de carbono na vegetação lenhosa (FEARNSIDE, 2008.), tema bastante discutido atualmente devido ao aquecimento global e mudanças climáticas.

Neste contexto este trabalho teve por objetivo analisar a biomassa aérea da vegetação lenhosa em áreas de cerrado sentido restrito associadas aos Latossolos Vermelho Escuro e sob diferentes regimes de queimadas.

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Material e MétodosForam analisados dados de campo coletados em três áreas de cerrado sentido restrito no Jardim Botânico de Brasília (JBB), Distrito Federal, a saber: interflúvio (Inter) e vale (Vale), localizados na Estação Ecológica do JBB e não protegidos do fogo, e centro de visitação (CV) área protegida do fogo por mais de 24 anos.

Em cada área os dados foram coletados em dez parcelas de 20 x 50 m (1.000 m2), totalizando 30 parcelas (3 hectares). Nestas todos os indivíduos lenhosos com diâmetro da base, medido a 30 cm do solo, ≥ 5 cm foram mensurados quanto ao diâmetro e altura.

A partir dos dados coletados em campo calculou-se a biomassa aérea da vegetação lenhosa por meio de equação alométrica específica desenvolvida para cerrado sentido restrito (REZENDE et al. 2006).

Título do Trabalho: Biomassa Aérea da Vegetação Lenhosa em Cerrado Sentido Restrito no Jardim Botânico de Brasília-DFAutores: Lobo, V.P.1; Miranda, S.C.2

Instituição: UEG – Câmpus Palmeiras de Goiás

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Resultados Nas três áreas de cerrado sentido restrito foram amostradas 81 espécies sendo o JBBCV a área mais rica (Tabela 1) e a mais densa com 2.041 ind.ha-1. O Inter apresentou valor intermediário de densidade (1.366 ind.ha-1) e no Vale foi encontrado o menor número de indivíduos lenhosos (894 ind.ha-1).Os valores de área basal seguiram padrão semelhante ao encontrado na densidade, no JBBCV o valor foi de 14,36 m2.ha-1, no Inter 9,63 m2.ha-1 e no Vale 7,01 m2.ha-1.De modo geral, as áreas de cerrado sentido restrito estudadas são caracterizadas por plantas com diâmetro da base abaixo de 15 cm, pois cerca de 90% dos indivíduos lenhosos amostradas estão nas duas primeiras classes de diâmetro.Com relação à altura, 90% dos indivíduos amostrados apresentaram altura abaixo de 5 m. Estes parâmetros influenciaram diretamente os valores de biomassa aérea da vegetação lenhosa que variaram de 10,58 Mg.ha-1 no Vale, 12,23 Mg.ha-1 no Inter e 19,60 Mg.ha-1 no JBBCV.Os indivíduos com diâmetro abaixo de 15 cm contribuíram com cerca de 50% da biomassa aérea lenhosa total em cada uma das áreas.

Título do Trabalho: Biomassa Aérea da Vegetação Lenhosa em Cerrado Sentido Restrito no Jardim Botânico de Brasília-DFAutores: Lobo, V.P.1; Miranda, S.C.2

Instituição: UEG – Câmpus Palmeiras de Goiás

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Tabela 1: Diversidade (H’), equitabilidade (J’) e riqueza (S) das áreas de cerrado sentido restrito amostradas sobre Latossolos no Jardim Botânico de Brasília, Brasília-DF.

Título do Trabalho: Biomassa Aérea da Vegetação Lenhosa em Cerrado Sentido Restrito no Jardim Botânico de Brasília-DFAutores: Lobo, V.P.1; Miranda, S.C.2

Instituição: UEG – Câmpus Palmeiras de Goiás

Área H’ J’ S’

INTER 3,105 0,782 53

JBBCV 3,442 0,813 69

VALE 3,319 0,811 60

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Discussão e ConclusãoA amplitude dos valores de biomassa encontrada nas amostragens realizadas neste estudo está dentro do intervalo considerado representativo para o cerrado sentido restrito (10-20 Mg.ha-1) (RESENDE & FELFILI 2004).A ampla variação nos valores de biomassa é reflexo da variabilidade estrutural inata ao cerrado sentido restrito, fitofisionomia mais representativa do bioma Cerrado.Referências FEARNSIDE, P. 2008. Quantificação do serviço ambiental do carbono nas florestas amazônicas brasileiras. Oecologia Brasileira 12(4): 743-756.FELFILI, J.M., M.C. SILVA JÚNIOR, A.C. SEVILHA, C.W. FAGG, B. MACHADO, T. WALTER, & P.E. NOGUEIRA, 2004. Diversity, floristic and structural patterns of cerrado vegetation in Central Brazil. Plant Ecology: 7-46.KLINK, C.A., & R.B. MACHADO, 2005. A conservação do Cerrado brasileiro. Megadiversidade 1(1): 147-155.REZENDE, A.V., A.T. VALE, C.R. SANQUETTA, A.F. FILHO, & J.M. FELFILI, 2006. Comparação de modelos matemáticos para estimativa do volume, biomassa e estoque de carbono da vegetação lenhosa de um cerrado sensu stricto em Brasília, DF. Scientia Forestalis 71: 65-76.RESENDE, A.V., & J.M. FELFILI, 2004. Avaliação do estoque de carbono do Cerrado sensu stricto do Brasil Central. Comunicações técnicas florestais 6(2), 27p.

Título do Trabalho: Biomassa Aérea da Vegetação Lenhosa em Cerrado Sentido Restrito no Jardim Botânico de Brasília-DFAutores: Lobo, V.P.1; Miranda, S.C.2

Instituição: UEG – Câmpus Palmeiras de Goiás

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Fernanda G. Araújo1, Rodrigo N. Ribeiro.2 & Rodrigo

D. Daud3

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia , GO ,Brasil.2Estudante de Graduação em Engenharia

Florestal, Universidade Federal de Goiás(UFG),Goiânia,GO,Brasil.³Professor,

Depto. Ecologia, Inst. de Ciências Biológicas, UFG, Goiânia, GO, Brasil.

Introdução Os ácaros são diminutos artrópodes pertencentes ao subfilo Chelicerata, algumas espécies de ácaros fitófagos apresentam grande interesse econômico devido aos danos causados nos processos fotossintéticos foliares durante a sua alimentação (Daud et al., 2012). Como o Cerrado é considerado um dos biomas que mais sofreu impactos antrópicos, devido, principalmente, às atividades agropecuárias (Ratter et al., 1997), estudos sobre as comunidades acarinas desse bioma tornam-se emergenciais. várias espécies de ácaros predadores e micófagos com potencial uso em programas de controle biológico de pragas têm sido frequentemente encontradas associadas com plantas de remanescentes florestais, inclusive de Cerrado (Daud & Feres, 2005). Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar diversidade de ácaros plantícolas em remanescentes de Cerrado com diferentes estados de preservação.

COMUNIDADE DE ÁCAROS (ACARI, ARACHNIDA) EM REMANESCENTES DE CERRADO

PRESERVADOS E EM ESTADO DE REGENERAÇÃO SEGUNDARIA

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Material e Métodos ÁREA DE ESTUDO: Remanescentes da empresa mineradora Anglo-American Brasil, unidade de Barro Alto (Figura 1) .AMOSTRAGENS: Duas áreas de amostragem (i) uma localizada a 10 m dos sítios de mineração (área degradada) e (ii) outra disposta a, pelo menos, 200 m de distância dos sítios (área preservada. Em cada uma das áreas foram distribuídas aleatoriamente cinco parcelas de 5x5 m.TRIAGEM:Em cada coleta foram capturadas 10 folhas de cada planta presente nas parcelas. Os ácaros encontrados foram montados em lâminas de microscopia com o meio de Hoyer é posteriormente identificado sob microscópio com contraste de fases.ANALISE DE DADOS: Para verificar a suficiência da amostragem foram construídas curvas de rarefação utilizando o método Mao Tao (Colwell, 2006). Já a riqueza de espécies foi estimada através do procedimento Jackknife de primeira ordem.

Fernanda G. Araújo1, Rodrigo N. Ribeiro2 & Rodrigo D. Daud3

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia , GO ,Brasil.2Estudante de Graduação em Engenharia

Florestal, Universidade Federal de Goiás(UFG),Goiânia,GO,Brasil.³Professor,

Depto. Ecologia, Inst. de Ciências Biológicas, UFG, Goiânia, GO, Brasil.

COMUNIDADE DE ÁCAROS (ACARI, ARACHNIDA) EM REMANESCENTES DE CERRADO

PRESERVADOS E EM ESTADO DE REGENERAÇÃO SEGUNDARIA

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Resultados Os remanescentes de Cerrado abrigaram elevada riqueza de espécies predadoras, foram amostrados 1.665 ácaros pertencentes a 32 espécies de 22 gêneros e 11 famílias, em um total de 17 espécies de plantas avaliadas sendo as mais abundantes aquelas pertencentes aos gêneros Euseius e Agistemus.

Agistemus brasiliensis, A. floridanus e Euseius alatus foram aqui relatadas pela primeira vez para o bioma Cerrado.

Com base nos resultados da ANCOVA, pode-se verificar que a abundância de ácaros somente variou de acordo com o remanescente (Figura 2).

Por outro lado, não houve diferenças significativas na abundância de ácaros entre as áreas degradadas e preservadas, além das co-variáveis (riqueza e abundância de plantas/parcela) não influenciarem na abundância de ácaros na amostra (Figura 3) .

Fernanda G. Araújo1, Rodrigo N. Ribeiro2 & Rodrigo D. Daud3

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia , GO ,Brasil.2Estudante de Graduação em Engenharia

Florestal, Universidade Federal de Goiás(UFG),Goiânia,GO,Brasil.³Professor,

Depto. Ecologia, Inst. de Ciências Biológicas, UFG, Goiânia, GO, Brasil.

COMUNIDADE DE ÁCAROS (ACARI, ARACHNIDA) EM REMANESCENTES DE CERRADO

PRESERVADOS E EM ESTADO DE REGENERAÇÃO SEGUNDARIA

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Figura 1. Captura de folhas das plantas e transferência da amostra para uma peneira de malha (mesh 63µm) para efetuar a captura de ácaros das plantas.

Fernanda G. Araújo1, Rodrigo N. Ribeiro2 & Rodrigo D. Daud3

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia , GO ,Brasil.2Estudante de Graduação em Engenharia

Florestal, Universidade Federal de Goiás(UFG),Goiânia,GO,Brasil.³Professor,

Biológicas, UFG, Goiânia, GO, Brasil.

COMUNIDADE DE ÁCAROS (ACARI, ARACHNIDA) EM REMANESCENTES DE CERRADO PRESERVADOS E EM

ESTADO DE REGENERAÇÃO SEGUNDARIA

Figura 2. Abundância média de ácaros entre os remanescentes de Cerrado.Figura 3. Abundância média de ácaros entre as áreas “conservadas” e “degradadas .

2 3

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Conclusão Os resultados do presente estudo sugerem que as atividades de mineração de níquel afetam igualmente a fauna de ácaros de ambas as áreas.

No entanto, as áreas abrigaram elevada riqueza de espécies, mesmo sob influência de tal atividade. Entretanto, as áreas “conservadas” apresentaram riqueza de espécies superior com relação às áreas degradadas.

Assim, o estudo poderá fornecer dados básicos para futuros estudos e para auxiliar medidas de conservação, manejo e uso sustentável dessas áreas naturais.

Referências Daud, R.D., Conforto, E.C. de, Feres, R.J.F. (2012) Changes in leaf physiology caused by Calacarus heveae (Acari, Eriophyidae) on rubber tree. Experimental and Applied Acarology, 57, 127-137.Daud, R.D. & Feres, R.J.F. (2005) Diversidade e flutuação populacional de ácaros (Acari) em Mabea fistulifera Mart. (Euphorbiaceae) de dois fragmentos de Mata Estacional Semidecídua em São José do Rio Preto, SP. Neotropical Entomology, 34, 191-201.Ratter J.A., Ribeiro, J.F. & Bridgewater, S. (1997) The Brazilian cerrado vegetation and threats to its biodiversity. Annals of Botany, 80, 223-230.

Apoio :

Fernanda G. Araújo 1, Rodrigo N. Ribeiro.2 &

Rodrigo D. Daud3

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia , GO ,Brasil.2Estudante de Graduação em Engenharia

Florestal, Universidade Federal de Goiás(UFG),Goiânia,GO,Brasil.³Professor,

Depto. Ecologia, Inst. de Ciências Biológicas, UFG, Goiânia, GO, Brasil.

COMUNIDADE DE ÁCAROS (ACARI, ARACHNIDA) EM REMANESCENTES DE CERRADO PRESERVADOS E EM

ESTADO DE REGENERAÇÃO SEGUNDARIA

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Implicações ecológicas da biomassa da camada de serapilheira em cerrado e

cerradão na transição Amazônia/Cerrado

Valadão MBX1; Marimon-Junior BH²; Oliveira B³; Lúcio NW²; Souza MGR4; Marimon BS2

1Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais, UnB, Brasília, DF, Brasil. Email:.

[email protected]. 2Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação, UNEMAT, Nova Xavantina, MT, Brasil. 3Mestre em Ecologia e Conservação,

bolsista CNPq nível C, UNEMAT, Nova Xavantina, MT, Brasil. 4Graduanda de Ciências Biológicas, UNEMAT, Nova Xavantina, MT, Brasil

IntroduçãoO bioma Cerrado é composto por um mosaico de fitofisionomias dentre as quais se destacam os cerradões que ocorrem na zona de encontro entre os biomas Cerrado e Amazônia, ou Zona de Tensão Ecológica (ZTE) (RADAMBRASIL, 1981). Adjacente ao cerrado típico, os cerradões apresentam elevadas taxa de crescimento, além de hiperdinâmica da vegetação arbórea (MARIMON et al., 2013). Trabalhos que explorem a relação entre a estrutura da comunidade arbórea e o compartimento orgânico do solo, especialmente em relação à camada de serapilheira são escassos. Esse compartimento é considerado essencial para a manutenção das florestas em solos distróficos. O objetivo deste estudo foi comparar os parâmetros da camada de serapilheira entre um cerradão (CD) e um cerrado típico (CT) no Parque Municipal do Bacaba, município de Nova Xavantina-MT. Foi testada a hipótese de que este compartimento apresentaria maior biomassa no cerradão do que no cerrado típico, consequentemente representando maior importância ecológica no primeiro.

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Material e MétodosO estudo foi conduzido no Parque Municipal do Bacaba (PMB), município de Nova Xavantina, MT (14°42’02,3”S e 52°21’02,6”W). Para medir o volume, a densidade e a biomassa total da camada de serapilheira, foi utilizado o coletor-medidor Marimon-Hay. Mensalmente 30 amostras aleatórias da camada de serapilheira foram coletadas em cada fitofisionomia ao longo do ano de 2013. As amostras foram secadas em estufa a 80°C até peso constante e pesadas em balança de precisão. Os parâmetros de camada foram comparados por meio de análise de variância (ANOVA One Way) com teste de Tukey a posteriori para identificar distinções entre os meses. As comparações entre as fitofisionomias foram realizadas mediante teste t independente.

Implicações ecológicas da biomassa da camada de serapilheira em cerrado e

cerradão na transição Amazônia/Cerrado

Valadão MBX1; Marimon-Junior BH²; Oliveira B³; Lúcio NW²; Souza MGR4; Marimon BS2

1Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais, UnB, Brasília, DF, Brasil. Email:

[email protected]. 2Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação, UNEMAT, Nova Xavantina, MT, Brasil. 3Mestre em Ecologia e Conservação,

bolsista CNPq nível C, UNEMAT, Nova Xavantina, MT, Brasil. 4Graduanda de Ciências Biológicas, UNEMAT, Nova Xavantina, MT, Brasil

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ResultadosA biomassa total foi maior no CD (6,54 Mg ha-1) do que no CT (5,99 Mg ha-1) (Tabela 1), corroborando a hipótese do presente estudo. Os parâmetros volume (p=0,06) e densidade (p=0,91) não apresentaram diferença estatística. O mês de fevereiro apresentou maior biomassa média de camada no CD (9,02 Mg ha-1) enquanto no CT foi o mês de abril (7,94 Mg ha-1).

Implicações ecológicas da biomassa da camada de serapilheira em cerrado e

cerradão na transição Amazônia/Cerrado

Valadão MBX1; Marimon-Junior BH²; Oliveira B³; Lúcio NW²; Souza MGR4; Marimon BS2

1Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais, UnB, Brasília, DF, Brasil. Email:

[email protected]. 2Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação, UNEMAT, Nova Xavantina, MT, Brasil. 3Mestre em Ecologia e Conservação,

bolsista CNPq nível C, UNEMAT, Nova Xavantina, MT, Brasil. 4Graduanda de Ciências Biológicas, UNEMAT, Nova Xavantina, MT, Brasil

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CD CT

Biomassa 6,54A 5,99B (p<0,05)Volume 156,55A 146,3A (p=0,06)

Densidade 0,049A 0,049A (p=0,91)

Implicações ecológicas da biomassa da camada de serapilheira em cerrado e

cerradão na transição Amazônia/Cerrado

Valadão MBX1; Marimon-Junior BH²; Oliveira B³; Lúcio NW²; Souza MGR4; Marimon BS2

1Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais, UnB, Brasília, DF, Brasil. Email:

[email protected]. 2Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação, UNEMAT, Nova Xavantina, MT, Brasil. 3Mestre em Ecologia e Conservação,

bolsista CNPq nível C, UNEMAT, Nova Xavantina, MT, Brasil. 4Graduanda de Ciências Biológicas, UNEMAT, Nova Xavantina, MT, Brasil

Tabela 1. Valores médios de biomassa (Mg ha-1), volume (m3

ha-1) e densidade da camada de serapilheira (g cm-3) em cerradão e cerrado típico no ano de 2013 no Parque Municipal do Bacaba, Nova Xavantina, MT.

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Discussão e ConclusãoOs resultados obtidos neste trabalho demostraram ainda que o componente arbóreo possui um papel determinante na distinção entre as duas fitofisionomias na formação da camada orgânica. Entretanto as semelhanças dos parâmetros de volume e densidade mostram um possível processo de adensamento do CT com aumento da densidade arbórea, o que pode acarretar em alterações futuras na dinâmica desta fitofisionomia. Portanto, práticas conservacionistas, como uso do fogo controlado, devem ser levadas em conta para resguardar a integridade do cerrado típico. Referências RADAMBRASIL. Levantamento de Recursos Naturais. Ministério das Minas e Energia 25, Folha SD-22/Goiás. 636 p. 1981. MARIMON, B.S.; MARIMON-JUNIOR, B.H.; FELDPAUSCH, T.R.; OLIVEIRA-SANTOS, C (...). Disequilibrium and hyperdynamic tree turnover at the forest-cerrado transition zone in southern Amazonia. Plant Ecol Divers, v.7, n.1-2, p. 281-292, 2013.

Implicações ecológicas da biomassa da camada de serapilheira em cerrado e

cerradão na transição Amazônia/Cerrado

Valadão MBX1; Marimon-Junior BH²; Oliveira B³; Lúcio NW²; Souza MGR4; Marimon BS2

1Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais, UnB, Brasília, DF, Brasil. Email:

[email protected]. 2Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação, UNEMAT, Nova Xavantina, MT, Brasil. 3Mestre em Ecologia e Conservação,

bolsista CNPq nível C, UNEMAT, Nova Xavantina, MT, Brasil. 4Graduanda de Ciências Biológicas, UNEMAT, Nova Xavantina, MT, Brasil

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DIVERSIDADE DE ÁCAROS EM CURATELLA AMERICANA EM ÁREAS DE CERRADO SOBRE EFEITOS DA MINERAÇÃO

Rodrigo N.Ribeiro1, Fernanda G. Aráujo2& Rodrigo.D. Daud3

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia , GO ,Brasil.2Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de

Goiás(UFG),Goiânia,GO,Brasil.³Professor, Depto. Ecologia, Inst. de Ciências Biológicas, UFG, Goiânia, GO, Brasil.

.

INTRODUÇÃO • Considerando a importância econômica de algumas

espécies e a demanda por estudos relacionados a biodiversidade em Cerrado, o objetivo geral do presente trabalho foi acessar a assembléias de ácaros em plantas de C. Americana, localizadas em remanescentes de Cerrado da empresa Anglo-American, unidade de Niquelândia, GO.

Curatella americana (Dilleniaceae), popularmente conhecida como lixeira, é uma espécie vegetal característica das savanas Neotropicais.

Algumas espécies de ácaros fitófagos apresentam grande interesse econômico devido aos danos causados nos processos fotossintéticos foliares durante a sua alimentação (Daud et al., 2012) ou por transmitirem doenças (e.g. vírus, bactérias) para as plantas hospedeiras (Moraes & Flecthmann, 2008).

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MATERIAL E MÉTODOS

As amostragens foram conduzidas em 20 remanescentes de Cerrado.

Desses remanescentes, sete encontrava-se em áreas de formação florestal e os demais em áreas de formação savânica.

Em cada remanescente de Cerrado foram selecionados três exemplares de C.americana, totalizando 60 plantas amostradas para o estudo, sendo capturadas 10 folhas de cada planta selecionada.

Os ácaros coletados nas folhas foram identificados sob microscópio óptico com contraste de fases.

DIVERSIDADE DE ÁCAROS EM CURATELLA AMERICANA EM ÁREAS DE CERRADO SOBRE EFEITOS DA MINERAÇÃO

Rodrigo N.Ribeiro1, Fernanda G. Aráujo2& Rodrigo.D. Daud3

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia , GO ,Brasil.2Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de

Goiás(UFG),Goiânia,GO,Brasil.³Professor, Depto. Ecologia, Inst. de Ciências Biológicas, UFG, Goiânia, GO, Brasil.

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RESULTADOS• Foram registrados 260 ácaros associados à C. americana nas áreas de Cerrado avaliados, pertencentes a 13 espécies.

•Os ácaros predadores com maior representatividade foram Iolinidae e Stigmaidae. Brevipalpus sp. foi a espécie fitófaga mais abundante, enquanto que Pronematus sp, o predador com maior número de indivíduos amostrados em C. americana.

•As curvas de suficiência de amostragem determinadas pelo método de Mao Tao para os remanescentes de formação florestal e savânica indica que o esforço amostral empregado neste estudo foi satisfatório para representar a riqueza de espécies de ácaros em C. americana das áreas de Cerrado da empresa Anglo-American (Figura 1)

• Não foi verificado diferenças na riqueza de espécies estimada entre as formações florestais e savânicas, em vista de que o intervalo de confiança calculado para uma formação apresentou sobreposição com a média da outra (Figura 2).

DIVERSIDADE DE ÁCAROS EM CURATELLA AMERICANA EM ÁREAS DE CERRADO SOBRE EFEITOS DA

MINERAÇÃO

Rodrigo N.Ribeiro1, Fernanda G. Aráujo2& Rodrigo.D. Daud3

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia , GO ,Brasil.2Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal

de Goiás(UFG),Goiânia,GO,Brasil.³Professor, Depto. Ecologia, Inst. de Ciências Biológicas, UFG, Goiânia, GO, Brasil.

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IMAGENS

Figura 1. Curvas de suficiência de amostragem e de estimativa de riqueza de espécies de ácaros, estimadas pelo método Mao Tao (Sobs) e Jacknife 1 (Sest), respectivamente, para os remanescentes de formação “Floresta” e “Savana”, localizados nas áreas da empresa Anglo-American, Niquelândia, GO.

DIVERSIDADE DE ÁCAROS EM CURATELLA AMERICANA EM ÁREAS DE CERRADO SOBRE EFEITOS DA MINERAÇÃO

Rodrigo N.Ribeiro1, Fernanda G. Aráujo2& Rodrigo.D. Daud3

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia , GO ,Brasil.2Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de

Goiás(UFG),Goiânia,GO,Brasil.³Professor, Depto. Ecologia, Inst. de Ciências Biológicas, UFG, Goiânia, GO, Brasil.

Figura 2. Riqueza de espécies de ácaros estimada (Jacknife 1) para assembleias de ácaros em C. americana, das formações florestais e savânicas, em Niquelândia, GO. As barras de erro indicam intervalo de confiança a 95%.

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CONSIDERAÇÕES

• As áreas de Cerrado avaliadas apresentaram um grande potencial em abrigar elevada abundância e riqueza de espécies de ácaros plantícolas mesmo sobre influência da mineração.

•Ainda, essas áreas abrigam espécies predadoras com potencial uso em programas de controle biológico de pragas agrícolas e táxons ainda não descritos para a ciência.

• Assim, o presente estudo pode fornecer dados básicos para futuros estudos com ácaros em ambientes naturais e para auxiliar medidas de conservação, manejo e uso sustentável dessas áreas naturais.

REFERÊNCIAS

Daud, R.D., Conforto, E.C. de, Feres, R.J.F. (2012) Changes in leaf physiology caused by Calacarus heveae (Acari, Eriophyidae) on rubber tree. Experimental and Applied Acarology, 57, 127-137.

Moraes, G.J. & Flechtmann, C.H.W. (2008) Manual de Acarologia: Acarologia básica e ácaros de plantas cultivadas no Brasil, Holos Editora, Ribeirão Preto.

Financiadora :

DIVERSIDADE DE ÁCAROS EM CURATELLA AMERICANA EM ÁREAS DE CERRADO SOBRE EFEITOS DA MINERAÇÃO

Rodrigo N.Ribeiro1, Fernanda G. Aráujo2& Rodrigo.D. Daud3

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia , GO ,Brasil.2Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de

Goiás(UFG),Goiânia,GO,Brasil.³Professor, Depto. Ecologia, Inst. de Ciências Biológicas, UFG, Goiânia, GO, Brasil.

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Crescimento de Eucaliptos Urocam VM 01 (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus camaldulensis) em Sistema

Conservacionista na Região Oeste de Mato Grosso

FERREIRA, Valteir. Siani1; NETO, Felipe da Cunha2; AGUSTINI, Katia Utre3; SANTOS, Luiz Orlando dos4; FERREIRA, Jacqueline Miranda5; SERAFIM, Milson

Evaldo Instituo Federal de Mato Grosso – Campus Cáceres

Introdução

O preparo do solo melhora as condições de estabelecimento das plantas, de seu arranque inicial de crescimento e, consequentemente, a produtividade florestal, devido a ganhos de precocidade e redução do período de rotação.

Atualmente são vários os sistemas conhecidos de manejo do solo, que se diferenciam basicamente pela forma de preparo, que consiste em um conjunto de práticas e operações, como também pela presença ou não de cobertura do solo antes da implantação da espécie selecionada.

O custo com a implantação da cultura do eucalipto se dá em maior parte pelas práticas de correção do solo e adubação, que são necessárias, já que na maioria das áreas destinadas aos plantios o nível de fertilidade do solo encontra-se inadequado à variedade de eucalipto selecionado.

Sendo assim, se faz necessário a busca de formas mais eficientes de fornecer os nutrientes necessários às plantas, buscando minimizar os custos com tal prática.

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Material e MétodosO Experimento foi implantado no mês de maio de 2014, no Campo Experimental Florestal do IFMT Campus Cáceres, localizada no Município de Cáceres, MT. A limpeza da área foi realizada com lâmina para remover as arvoretas, seguido de subsolagem na linha de plantio e dessecação da vegetação espontânea. A cultura de cobertura foi constituída de braquiária (Urohcloa sp.) semeada no final do preparo do solo, antes realização plantio das mudas. No plantio foi empregada a fórmula de NPK 06-30-12 enriquecida com 1,0 % de Zn, 3% de S e 0,5 % de Cu na dosagem 500 kg ha-1. As adubações de cobertura, foram realizadas 5 meses após o plantio, utilizando-se KCl e uréia, enriquecido com 1% de boro, na dose de 50 g cova-1.Foi utilizado o delineamento em blocos casualizados (DBC) com quatro tratamentos, e seis blocos, totalizando 24 parcelas. Cada parcela foi formada pela média das medidas de 28 plantas. Os tratamentos estudados foram quatro sistemas de manejo de solo.

Crescimento de Eucaliptos Urocam VM 01 (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus camaldulensis) em Sistema

Conservacionista na Região Oeste de Mato Grosso

FERREIRA, Valteir. Siani1; NETO, Felipe da Cunha2; AGUSTINI, Katia Utre3; SANTOS, Luiz Orlando dos4; FERREIRA, Jacqueline Miranda5; SERAFIM, Milson

Evaldo

Instituo Federal de Mato Grosso – Campus Cáceres

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Resultados

Em se tratando de diâmetro ao nível do solo os melhores

tratamentos foram, T1 (Sistema convencional, cultura de

cobertura ausente, adubação de plantio no sulco, adubação

de cobertura na linha) e T2 (Sistema conservacionista,

cultura de cobertura Branquiária, adubação de plantio no

sulco, adubação de cobertura na linha). Em se tratando de

altura, o melhor tratamento foi T1 (Sistema convencional,

cultura de cobertura ausente, adubação de plantio no sulco,

adubação de cobertura na linha). Os tratamentos

apresentaram alta correlação entre as variáveis avaliadas,

isso implica num ótimo grau de proporcionalidade com que

uma variável segue a tendência de outra. Foi possível

constatar que o desenvolvimento do plantio é precoce

quando comparado com outros trabalhos.

Crescimento de Eucaliptos Urocam VM 01 (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus camaldulensis) em Sistema

Conservacionista na Região Oeste de Mato Grosso

FERREIRA, Valteir. Siani1; NETO, Felipe da Cunha2; AGUSTINI, Katia Utre3; SANTOS, Luiz Orlando dos4; FERREIRA, Jacqueline Miranda5; SERAFIM, Milson

Evaldo Instituo Federal de Mato Grosso – Campus Cáceres

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Gráficos e TabelasGráfico 1 – Médias de Diâmetro ao Nível do Solo (DNS) e Altura nos tratamentos.

Tabela 1 – Comparação das médias de Diâmetro ao Nível do Solo (DNS) e Altura em diferentes tipos de preparo do solo.

As médias seguidas da mesma letra não diferem entre si ao nível de 5% de pbb pelo teste de Tukey

Crescimento de Eucaliptos Urocam VM 01 (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus camaldulensis) em Sistema

Conservacionista na Região Oeste de Mato Grosso

FERREIRA, Valteir. Siani1; NETO, Felipe da Cunha2; AGUSTINI, Katia Utre3; SANTOS, Luiz Orlando dos4; FERREIRA, Jacqueline Miranda5; SERAFIM, Milson

Evaldo

Instituo Federal de Mato Grosso – Campus Cáceres

T 4 T 2 T1 T302468

10

DNS (cm)Altura (m)

TratamentosMédias

DNS AlturaT1 8,83 A 6,75 AT2 8,72 A 6,61 AT3 8,21 AB 6,47 AT4 7,73 B 5,92 B

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Discussão e Conclusão Segundo Maluf (1991), preparos mais intensivos do solo favorecem o crescimento inicial, principalmente pela menor infestação de ervas daninhas. Os resultados encontrados no presente trabalho podem contribuir de forma relevante para a expansão e sustentabilidade de florestas plantadas no Estado de Mato Grosso.ReferênciasBELOTE, A. F. J.; NEVES, E. J. M. Calagem e adubação em espécies florestais plantadas na propriedade rural. Colombo, PR, 200.

MALUF, L. L. P. Efeito da queima, métodos de preparo do solo e da adubação no crescimento de Eucalyptus camaldulensis em Areia Quartzosa. 1991. 78 p. Dissertação (Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas) Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 1991.

PREVEDELLO, J. Preparo do Solo e Crescimento Inicial DE Eucalyptus grandis Hill ex Maiden. em Argissolo. Santa Maria, 2008.

Crescimento de Eucaliptos Urocam VM 01 (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus camaldulensis) em Sistema

Conservacionista na Região Oeste de Mato Grosso

FERREIRA, Valteir. Siani1; NETO, Felipe da Cunha2; AGUSTINI, Katia Utre3; SANTOS, Luiz Orlando dos4; FERREIRA, Jacqueline Miranda5; SERAFIM, Milson

Evaldo Instituo Federal de Mato Grosso – Campus Cáceres

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Título do trabalho: Aspectos ecológicos e funcionais associados a espécies lenhosas de cerrado sentido restritoAutores: Mata C.R.1; Fonseca, K.S.1; Lôbo, V.P.1; De-Carvalho, P.S.2; Miranda, S.C.2

Instituição: Universidade Estadual de Goiás – Câmpus Palmeiras de Goiás

Introdução Dentre as savanas mundiais o Cerrado merece destaque, pois ocupa área de cerca de 2 milhões de km2 e atualmente está sob intensa pressão de mudança de uso da terra (Ribeiro & Walter, 2008).

Em apenas 40 anos, mais de 40% do Cerrado foram completamente desmatados e/ou convertidos para usos antrópicos intensivos. Dentre as fitofisionomias de Cerrado, a mais comum é o cerrado sentido restrito, que originalmente ocupava cerca de 70% do bioma (Felfili & Silva Júnior 1993, Sano et al. 2010).

Neste contexto, este trabalho objetivou analisar aspectos ecológicos/funcionais associados a espécies lenhosas de cerrado sentido restrito com vistas a subsidiar estudos ecológicos aplicados nesta fitofisionomia.

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Material e MétodosOs dados foram obtidos com base em coletas realizadas em campo e dados compilados da literatura. Foram selecionadas espécies amostradas em oito áreas de cerrado sentido restrito localizadas em Goiás (Alto Paraíso de Goiás, Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e Silvânia), Distrito Federal (Jardim Botânico de Brasília – Interflúvio e Vale, e Fazenda Água Limpa) e Bahia (Correntina e São Desidério).

Os cerrados amostrados ocorrem associados aos Latossolos, Neossolos Litólicos e Neossolos Quartzarênicos. Em cada uma das áreas foram instaladas 10 parcelas de 20 x 50 m (1.000 m2) onde todos os indivíduos lenhosos com diâmetro da base, mensurado a 30 cm do solo, maior ou igual a 5 cm foram incluídos na amostragem.

Foram compilados da literatura dados sobre características fenológicas vegetativas, síndromes de polinização e de dispersão para as espécies selecionadas.

Título do trabalho: Aspectos ecológicos e funcionais associados a espécies lenhosas de cerrado sentido restritoAutores: Mata C.R.1; Fonseca, K.S.1; Lôbo, V.P.1; De-Carvalho, P.S.2; Miranda, S.C.2

Instituição: Universidade Estadual de Goiás – Câmpus Palmeiras de Goiás

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ResultadosNas áreas de cerrado sentido restrito foram encontradas no total 147 espécies distribuídas em 46 famílias e 97 gêneros.As famílias mais ricas em espécies foram Fabaceae (23 espécies), Myrtaceae (13) e Vochysiaceae (12).Os gêneros mais ricos em espécies foram Byrsonima, Miconia e Vochysia com cinco espécies cada. A maioria das famílias (45,6%) é representada por apenas um gênero e uma espécie.Com relação às características fenológicas 43,5% das espécies são decíduas e 19,7% foram consideradas sempre-verdes.Quanto à síndrome de polinização, os insetos são os polinizadores em 65,3% das espécies, com destaque para as abelhas de diversos tamanhos.As duas síndromes de dispersão predominantes entre as espécies lenhosas de cerrado sentido restrito foram Zoocoria (49%) e Anemocoria (34%).

Título do trabalho: Aspectos ecológicos e funcionais associados a espécies lenhosas de cerrado sentido restritoAutores: Mata C.R.1; Fonseca, K.S.1; Lôbo, V.P.1; De-Carvalho, P.S.2; Miranda, S.C.2

Instituição: Universidade Estadual de Goiás – Câmpus Palmeiras de Goiás

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Discussão e ConclusãoEste levantamento, ainda que preliminar, mostrou que há escassez de estudos desta natureza para muitas espécies de cerrado. Do total, não foram encontrados dados fenológicos para 30 espécies, para 40 espécies não foram encontradas informações sobre síndromes de polinização e 14 espécies ficaram sem informações sobre síndromes de dispersão.A falta de informações é preocupante principalmente no atual contexto de conversão de áreas nativas para usos antrópicos diversos ao qual o Cerrado está submetido.

ReferênciasFELFILI, J.M., & M.C. SILVA JÚNIOR, 1993. A comparative study of cerrado (sensu stricto) vegetation in Central Brazil. Journal of Tropical Ecology 9: 277-289.RIBEIRO, J.F., & B.M.T. WALTER, 2008. As principais fitofisionomias do bioma Cerrado. Pp.153-212. In: SANO, S.M., S.P. ALMEIDA, & J.F. RIBEIRO (eds.). Cerrado: ecologia e flora. Embrapa Cerrados, Brasília-DF.SANO, E.E., R. ROSA, J.L.S. BRITO, & L.G. FERREIRA, 2010. Land cover mapping of the tropical savanna region in Brazil. Environmental Monitoring and Assessment 166: 113-124.

Título do trabalho: Aspectos ecológicos e funcionais associados a espécies lenhosas de cerrado sentido restritoAutores: Mata C.R.1; Fonseca, K.S.1; Lôbo, V.P.1; De-Carvalho, P.S.2; Miranda, S.C.2

Instituição: Universidade Estadual de Goiás – Câmpus Palmeiras de Goiás

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Fitossociologia, estrutura diamétrica e grupos ecológicos de uma área de cerrado sensu stricto,

Gurupi -TO Ferreira RQS1; Camargo MO2; Teixeira PR³; Souza PB 4

Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais- UFT

Introdução O Cerrado faz parte dos 25 hotspots mundiais, perdendo somente para a Mata Atlântica, que ocupa o primeiro lugar de ameaça. Esse bioma se estende por cerca de dois milhões de km² representando 22% do território nacional. Apesar de ser um bioma com alto índice de endemismo, o Cerrado apresenta apenas 2,2% de áreas legalmente protegidas, o que pode representar ameaças à biodiversidade, pois parte das espécies endêmicas ou ameaçadas não se encontram dentro das áreas destinadas à conservação (KLINK & MACHADO, 2005).Os estudos fitossociológicos surgiram da necessidade de se fornecerem dados a respeito das comunidades vegetais dos diferentes biomas e descrever a sua composição, estrutura, distribuição e dinâmica das espécies que os compõe (FELFILI et al., 2002).Distribuição diamétrica de um povoamento florestal consiste na distribuição do número de árvores, por hectare e por classe de diâmetro, já a distribuição diamétrica de uma família botânica ou de uma espécie arbórea é a distribuição do número de árvores por hectare, por família ou por espécie e por classe de diâmetro (ALVARENGA et al., 2006). O estágio sucessional em que se encontra uma determinada comunidade pode determinar a dominância das espécies com diferentes estratégias de vida (MARTINS, 1991). Porém tanto as espécies quanto os indivíduos estão distribuídos desigualmente entre os grupos ecológicos. O objetivo desse trabalho foi analisar a fitossociologia a estrutura diamétrica e os grupos ecológicos de uma área de cerrado sensu stricto.

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Material e MétodosO trabalho foi desenvolvido em uma área de cerrado sensu stricto inserido na reserva legal da Fazenda Experimental da UFT, de aproximadamente 38 ha Campus de Gurupi - TO, sob as coordenadas UTM 0711816 e 8697826.Foram alocadas, sistematicamente, duas parcelas permanentes de 20x50 m, ou seja, 1000 m² cada, sendo que as mesmas foram distanciadas 20 m entre si, totalizando uma área amostral de 0,2 ha (figura 1). Nessas parcelas foram amostrados todos os indivíduos arbustivo-arbóreos com circunferência altura do peito (CAP) ≥ a 10 cm.

Fitossociologia, estrutura diamétrica e grupos ecológicos de uma área de cerrado sensu stricto,

Gurupi -TO Ferreira RQS1; Camargo MO2; Teixeira PR³; Souza PB 4

Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais- UFT

Figura 1 – Demarcação das parcelas na área de estudo.

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ResultadosForam amostrados um total de 364 indivíduos, distribuídos em 60 espécies, 34 famílias e 51 gêneros. A altura média estimada da vegetação foi de 8,01 m, diâmetro médio de 32 cm e área basal total de 12,04 m². O índice de diversidade de Shannon (H’) encontrado foi de 3,26 e equabilidade de Pielou (J’) 0,79. As 60 espécies encontradas contribuíram com aproximadamente 96% do IVI, sendo Protium heptaphyllum March. Myrcia splendens DC. e Tapirira guianensis Aubl. as espécies mais importantes, apresentaram 9,77%, 8,38% e 6,17% do IVI total respectivamente. A distribuição diamétrica apresentou forma de J-invertido (figura 2), ou seja, a área amostrada é constituída principalmente por indivíduos jovens, pois 71,97% dos indivíduos demarcados apresentaram diâmetro inferior a 12 cm. Foi observado que 73,62% dos indivíduos estão agrupados nas três primeiras classes de altura (figura 3). A classe 3 entre 6 e 9 m de altura foi a classe que apresentou maior número de indivíduos, representando 33,79%. Constatou-se que 30,5% são espécies pioneiras, 27,1% secundárias iniciais, 16,9% secundárias tardias e 16,9% espécies sem classificação.

Fitossociologia, estrutura diamétrica e grupos ecológicos de uma área de cerrado sensu stricto,

Gurupi -TO Ferreira RQS1; Camargo MO2; Teixeira PR³; Souza PB 4

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Fitossociologia, estrutura diamétrica e grupos ecológicos de uma área de cerrado sensu stricto,

Gurupi -TO Ferreira RQS1; Camargo MO2; Teixeira PR³; Souza PB 4

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Figura 2 – Distribuição diamétrica da área de cerrado sensu stricto.

Figura 3 – Distribuição das alturas da área de cerrado sensu stricto.

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Discussão e ConclusãoAtravés da estrutura vertical é possível avaliar o estágio de desenvolvimento de uma comunidade florestal, levando em consideração a distribuição dos indivíduos nos diferentes estratos arbóreos e a distribuição nas diferentes classes de diâmetro torna-se possível uma melhor compreensão seja para fins ecológicos ou econômicos. O diâmetro máximo encontrado foi de 42 cm, pertencente à espécie Tapirira guianensis. A maior altura encontrada foi de 17 m, pertencente à espécie Copaifera langsdorffii Desf. As espécies pioneiras (30,5%) estão presentes em maior porcentagem que as secundárias tardias (16,9%), o que indica que a sucessão da área estudada está em fase inicial, porém em franco desenvolvimento para fases posteriores.Referências bibliográficasALVARENGA, A.P.; BOTELHO. S.A.; PEREIRA, I. M. Avaliação da regeneração natural na recomposição de matas ciliares em nascentes na região sul de Minas Gerais. Revista Cerne, v.12, n. 4, p. 360-372, 2006.KLINK, C. A.; MACHADO, R. B. A conservação do cerrado brasileiro. Megadiversidade, Belo Horizonte, v. 1, n. 1, p. 147- 155, 2005.FELFILI, J. M.; NOGUEIRA, P. E.; SILVA JÚNIOR, M. C.; MARTINS, F. R. Estrutura de uma Floresta Mesófila. Campinas: Unicamp; 1991.

Fitossociologia, estrutura diamétrica e grupos ecológicos de uma área de cerrado sensu stricto,

Gurupi -TO Ferreira RQS1; Camargo MO2; Teixeira PR³; Souza PB 4

Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais- UFT

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Estudo Florístico e Fitossociológico em área de Cerrado de Sentido restrito no Morro

Micro-Ondas em Ipameri-Goiás 

Ana Carolina Ribeiro Vaz, Ismael Martins Pereira e Jovan Martins Rios 

Universidade Estadual de Goiás – Câmpus Ipameri

O Cerrado é um mosaico fitofisionômico diversificado, contemplando desde formações campestres até formações florestais (RIBEIRO e WALTER, 2012). Estudos florísticos e fitossociológicos são importantes para o conhecimento da flora local, onde tais informações são úteis para compreensão da dinâmica da comunidade florística, como estágios sucessionais, perturbações antrópicas, entre outros. Este trabalho consistiu no estudo florístico e fitossociológico em cerrado sentido restrito no município de Ipameri-Goiás.

INTRODUÇÃO

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Estudo Florístico e Fitossociológico em área de Cerrado de Sentido restrito no Morro

Micro-Ondas em Ipameri-Goiás 

Ana Carolina Ribeiro Vaz, Ismael Martins Pereira e Jovan Martins Rios 

Universidade Estadual de Goiás – Câmpus Ipameri

Neste foi realizado trabalhos de campo para coletas de dados quantitativos e qualitativos das espécies. Utilizou-se o método amostral de quadrantes, com distância de 10m entre os pontos e 20m entre os transectos, incluindo todas as plantas com DAP > ou = a 5cm.

MATERIAIS E MÉTODOS

RESULTADOSForam amostrados um total de 26

espécies pertencentes a 15 famílias. Nota-se que a família Fabaceae é a mais representativa possuindo 7 espécies. Dentre as espécies mais frequentes estão o Carvoeiro (Sclerolobium paniculatum Vogel) e o Jatobá do cerrado (Hymenaea stigonocarpa Mart.).

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Estudo Florístico e Fitossociológico em área de Cerrado de Sentido restrito no Morro

Micro-Ondas em Ipameri-Goiás 

Ana Carolina Ribeiro Vaz, Ismael Martins Pereira e Jovan Martins Rios 

Universidade Estadual de Goiás – Câmpus Ipameri

Ainda com relação ao número de indivíduos por família, Dilleniaceae possui 27% dos indivíduos, tendo como principal representante Davilla elliptica A. St.-Hil, popularmente conhecida como lixeirinha, obtendo uma frequência relativa superior a 15%. A família Vochysiaceae com 26% e Fabaceae com 21% do número de indivíduos. Para os parâmetros fitossociológicos como densidade relativa (DR), dominância relativa (DR), frequência (FR) e valor de importância (VI) foram mais significativos para as seguintes espécies: Davilla elliptica, Qualea parviflora Mart. e Sclerolobium paniculatum.

RESULTADOS

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Estudo Florístico e Fitossociológico em área de Cerrado de Sentido restrito no Morro

Micro-Ondas em Ipameri-Goiás 

Ana Carolina Ribeiro Vaz, Ismael Martins Pereira e Jovan Martins Rios 

Universidade Estadual de Goiás – Câmpus Ipameri

GRÁFICOS

Apocynaceae3% Araliaceae

4%

Dilleniaceae27%

Fabaceae21%

Malpighiaceae4%

Moraceae2%

Myrtaceae3%

Vochysiaceae26%

Outras9%

Gráfico 1. Representatividade em porcentagem de espécie por família.

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Estudo Florístico e Fitossociológico em área de Cerrado de Sentido restrito no Morro

Micro-Ondas em Ipameri-Goiás Ana Carolina Ribeiro Vaz, Ismael Martins Pereira e Jovan

Martins Rios  Universidade Estadual de Goiás – Câmpus Ipameri

Dos valores observados no cerrado sentido restrito do Morro do Micro-ondas, eles se assemelham a outros com mesmo tipo de comunidade vegetal. Entretanto, como se trata de uma área de topo de morro, há de se considerar a inclusão de áreas adjacentes para melhor representatividade da flora local. Neste caso, seria útil para finalidades de subsidio à criação de novas Unidades de Conservação.REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICASRIBEIRO, J.F.; WALTER, B.M.T. Tipos de Vegetação do

Bioma Cerrado. Embrapa. Disponível em:

<http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia16/AG01/a

rvore/AG01_23_911200585232.html> Acesso em: 08 de

Março de 2015.

DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

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Estrutura fitossociológica de uma área de cerrado sensu stricto em São Gonçalo do Rio Preto, MG.

Godoy, T. M., Costa, T. R.Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Introdução

O Cerrado abrange uma área de 350.000 km² do território brasileiro, Possui a mais rica flora dentre as savanas do mundo (aproximadamente 7.000 espécies), com alto nível de endemismo (Klink et. al, 2005). No entanto sua diversidade ainda é pouco conhecida e ameaçada pelos processos de ocupação do solo. Nesse sentido, estudos fitossociológicos são imprescindíveis para evidenciar os processos da dinâmica, sucessão ecológica e regeneração natural diante das perturbações antrópicas desse bioma (Albuquerque, 1999).. O objetivo deste estudo foi realizar o levantamento fitossociológico de uma área de cerrado sensu stricto no Parque Estadual do Rio Preto.

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Metodologia

Localizado no município de São Gonçalo do Rio Preto-MG,o Parque Estadual do Rio Preto (18º07’2.6” S e 43º 20’51.7” W),possui uma área total de 10.750 ha e está situado na região alta do Vale do Jequitinhonha, inserido no complexo da Serra Do Espinhaço. Para o levantamento, foram alocadas de modo sistemático 17 parcelas de 20x50 m, amostrando 5,6 % da área total do estudo. Foram mensurados diâmetro e altura de todos os indivíduos arbóreos que atenderam o critério de inclusão DAP (diâmetro a altura do peito) ≥ 5 cm. Para análise da diversidade, foram calculados os índices de Shannon Weaver e Pielou.

Estrutura fitossociológica de uma área de cerrado sensu stricto em São Gonçalo do Rio Preto, MG.

Godoy, T. M., Costa, T. R.Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

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Resultados

Foram registrados 1.388 indivíduos. Os valores de riqueza (73 espécies e 34 famílias), de diversidade de Shannon (3,5 nats ind-1) e de equabilidade de Pielou (0,8). A distribuição para a comunidade apresentou uma tendência decrescente rumo às maiores classes de diâmetro, padrão este conhecido como J’ invertido. Na primeira classe foram contabilizados 944 indivíduos (68% do total amostrado), e em nenhuma classe observou-se ausência de indivíduos. . Com relação às classes de altura, observou-se um padrão diferente, neste caso o comportamento observado foi uma distribuição do tipo normal, onde a maioria dos indivíduos se concentrou nas classes intermediárias de altura (entre três e cinco metros), totalizando 51,8% dos indivíduos amostrados.

Estrutura fitossociológica de uma área de cerrado sensu stricto em São Gonçalo do Rio Preto, MG.

Godoy, T. M., Costa, T. R.Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

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Estrutura fitossociológica de uma área de cerrado sensu stricto em São Gonçalo do Rio Preto, MG.

Godoy, T. M., Costa, T. R.Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

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Discussão e Conclusão A área em questão pode ter sofrido influência no seu histórico de uso por ações antrópicas por ter apresentado concentração de indivíduos nas classes inferiores de diâmetro e altura na classe intermediária. A área estudada pode ser considerada floristicamente diversa e com estrutura fitossociológica equilibrada, uma vez que apesar das perturbações antrópicas, esta possui potencial de resiliência no recrutamento de indivíduos jovens, o que foi observado na distribuição diamétrica e de altura.

Referências Klink C.A., Machado R.B.A. Conservação do Cerrado brasileiro. Megadiversidade, 1(1): 147-155, 2005. Albuquerque, S. G. Caatinga vegetation dynamics under various grazing intensities by steers in the semi-arid Northeast, Brazil. Journal of Range Management 52: 241-248, 199.

Estrutura fitossociológica de uma área de cerrado sensu stricto em São Gonçalo do Rio Preto, MG.

Godoy, T. M., Costa, T. R.Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

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ESTRUTURA E PADRÃO ESPACIAL DO COMPONENTE ARBÓREO DE UMA ÁREA DE

CERRADO STRICTO SENSU NO PARQUE ESTADUAL DO RIO PRETO, MG.

Costa, T. R., Moura, C. C., Machado, E. L. MUniversidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Introdução O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, constituído por um mosaico de diferentes fitosionomias, associadas a fatores físicos e fisiogeográficos. No entanto, essa riqueza florística tem sido ameaçada, com grande parte da área original convertida em atividades antrópicas. O conhecimento da flora, bem como sua estrutura e distribuição, fornece subsídios no planejamento de conservação e recuperação desse ecossistema. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a composição florística, síndrome de dispersão e distribuição espacial das espécies, em uma área de cerrado stricto sensu.

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MetodologiaO estudo foi conduzido em uma área de 30 ha no Parque Estadual do Rio Preto. Para o levantamento da comunidade arbórea-arbustiva alocou-se, sistematicamente, dezessete parcelas de 20 × 50 m. Foi adotado como critério de inclusão os valores de DAP ≥ a 5 cm. Para descrever a estrutura da comunidade arbórea, foram calculados, por espécie, os parâmetros fitossociológicos. A forma de distribuição das espécies na área foi avaliada por meio do índice de agregação de McGuinnes (IGA) e a caracterização da síndrome de dispersão das espécies seguiu os critérios propostos por Pijl (1972).

ESTRUTURA E PADRÃO ESPACIAL DO COMPONENTE ARBÓREO DE UMA ÁREA DE

CERRADO STRICTO SENSU NO PARQU ESTADUAL DO RIO PRETO, MG.

Costa, T. R., Moura, C. C., Machado, E. L. MUniversidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

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Resultados Foram amostrados 1388 indivíduos, distribuídos em 34 famílias e 73 espécies. Foi encontrada uma densidade total de 816 indivíduos/há e área basal de 13,3 m².

ESTRUTURA E PADRÃO ESPACIAL DO COMPONENTE ARBÓREO DE UMA ÁREA DE

CERRADO STRICTO SENSU NO PARQUE ESTADUAL DO RIO PRETO, MG.

Costa, T. R., Moura, C. C., Machado, E. L. MUniversidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

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ESTRUTURA E PADRÃO ESPACIAL DO COMPONENTE ARBÓREO DE UMA ÁREA DE

CERRADO STRICTO SENSU NO PARQUE ESTADUAL DO RIO PRETO, MG.

Costa, T. R., Moura, C. C., Machado, E. L. MUniversidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

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Discussão e Conclusão Não houve relação entre a distribuição espacial e síndrome de dispersão de sementes das espécies amostradas. Dessa forma, espera-se que outros fatores bióticos, abióticos ou antrópicos estejam influenciando o estabelecimento das plântulas e o recrutamento dos indivíduos em determinados micro-sítios nessa área. Os resultados acrescentam informações que poderão auxiliar nas ações de manutenção e conservação da vegetação em remanescentes do Cerrado.

ReferênciasMcGHINESS, W.C. The relationships between frequency index and abundace as applied to plant populations in a semi-arid region. Ecology, v.15, p.263-382, 1934. VAN DER PIJL, L. 1982. Principles of dispersal in higher plants. Berlin: Springer-Verlag.

ESTRUTURA E PADRÃO ESPACIAL DO COMPONENTE ARBÓREO DE UMA ÁREA DE

CERRADO STRICTO SENSU NO PARQUE ESTADUAL DO RIO PRETO, MG.

Costa, T. R., Moura, C. C., Machado, E. L. MUniversidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

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Composição e diversidade florística de um fragmento de cerrado sensu stricto, Gurupi-TO

Camargo MO; Ferreira RQS; Teixeira PR; Lima DP; Souza PB

Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais - UFT

Introdução O Cerrado é um bioma que ocupa aproximadamente 23% do território brasileiro, formado por diferentes tipos de fisionomias conhecido como mosaico de florestas e tem como predomínio o cerrado sensu stricto correspondendo à 70% (RIBEIRO & WALTER, 1998; MACHADO et. al., 2004). Além disso é caracterizado pela presença de árvores de pequeno porte, tortuosas, com ramificações irregulares e retorcidas, sendo que muitas espécies apresentam órgãos xilopódios que permitem e facilitam a rebrota após queima ou corte (EITEN, 1994). Com isso o presente estudo teve como objetivo analisar os efeitos da rebrota através da composição e diversidade florística de um fragmento de cerrado sensu stricto, Gurupi – TO.

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Material e MétodosO estudo foi desenvolvido em um fragmento de cerrado sensu stricto inserido na Reserva Legal da fazenda experimental da UFT, campus de Gurupi - TO, sob as coordenadas UTM 11°46’25’’ S e 49°02’54’’ W. Foram instaladas cinco parcelas de 20 x 50 m, totalizando 0,5 ha de área amostral. A vegetação foi avaliada em dois níveis de amostragem: o primeiro a 0 cm do solo (CAS) e o segundo a 30 cm do solo (CAC), aferindo-se todos os indivíduos com circunferência ≥ a 15 cm.

Figura 1: Medição com fita métrica numa altura a 0 cm do solo. Fonte: CAMARGO, 2013.

Figura 2: Medição com fita métrica numa altura a 30 cm do solo. Fonte: CAMARGO, 2013.

Composição e diversidade florística de um fragmento de cerrado sensu stricto, Gurupi-TO

Camargo MO; Ferreira RQS; Teixeira PR; Lima DP; Souza PB

Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais - UFT

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ResultadosNa amostragem CAS foram registrados 844 indivíduos, 100 espécies e 41 famílias já ao nível de amostragem CAC foram registrados 774 indivíduos, 95 espécies e 39 famílias. As espécies com maior ocorrência de indivíduos ao nível de amostragem (CAS e CAC) foram Myrcia splendens (131 e 111), Qualea multiflora (63 e 56), Protium heptaphyllum (63 e 58), Magonia pubescens (42 e 42) e Qualea parviflora (28 e 26). Apenas cinco espécies estiveram presentes ao nível de amostragem CAS (0 cm do solo) sendo elas Aspidosperma parvifolium, Cochlospermum regium, Connarus suberosus, Hyeronima alchorneoides e Ouratea hexasperma. As famílias com maior ocorrência de indivíduos ao nível de amostragem (CAS e CAC) foram Myrtaceae (159 e 136), Vochysiaceae (122 e 113), Burseraceae (63 e 58), Leguminosae (56 e 55) e Malpighiaceae (54 e 51). Apenas duas famílias estiveram presentes ao nível de amostragem CAS sendo elas Cochlospermaceae e Euphorbiaceae. O índice de diversidade de Shannon em CAS foi 3,70 e em CAC 3,72, já para Equabilidade de Pielou os valores encontrados em CAS foi 0,80 e em CAC 0,81.

Composição e diversidade florística de um fragmento de cerrado sensu stricto, Gurupi-TO

Camargo MO; Ferreira RQS; Teixeira PR; Lima DP; Souza PB

Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais - UFT

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Figura 3: Número de indivíduos por espécie nos dois níveis de amostragem CAS e CAC.

Figura 4: Número de indivíduos por famílias nos dois níveis de amostragem CAS e CAC.

Composição e diversidade florística de um fragmento de cerrado sensu stricto, Gurupi-TO

Camargo MO; Ferreira RQS; Teixeira PR; Lima DP; Souza PB

Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais - UFT

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Discussão e ConclusãoAo nível de amostragem CAS obteve-se uma maior riqueza por apresentar maior número de indivíduos, espécies e famílias botânicas, isso se deve a facilidade de adaptação de algumas espécies em relação à rebrota, diante disso, as mesmas tornam-se aliadas da regeneração natural de áreas similares. Já em CAC observou-se uma maior diversidade de espécies em relação ao número de indivíduos, mostrando que a área estudada é de grande importância e relevância ecológica, dessa forma estudos como este valorizam e contribuem para a conservação da biodiversidade do Cerrado. ReferênciasEITEN, G. Vegetação do Cerrado. In: PINTO M.N. Cerrado: caracterização, ocupação e perspectivas. Brasília: Ed. UnB/SEMATEC, 1994.MACHADO, R. B.; et. al. Estimativas de perda de área do cerrado brasileiro. Brasília-DF: Conservação Internacional, 2004.RIBEIRO, J.F. & WALTER, B.M.T. Fitofisionomias do bioma Cerrado. In: SANO S.M. & ALMEIDA S.P. Cerrado, Ambiente e flora. Planaltina: EMBRAPA CPAC, 1998.

Composição e diversidade florística de um fragmento de cerrado sensu stricto, Gurupi-TO

Camargo MO; Ferreira RQS; Teixeira PR; Lima DP; Souza PB

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ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E SUA IMPORTÂNCIA PARA A CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS

NATURAIS EM CURRAIS-PI. Rocha, V. M1; Silva, A. O2; Oliveira, J. L2; Sousa, V. C3; Sousa,

M. C4; Fonseca, N. C5

Universidade Federal do Piauí-UFPIINTRODUÇÃO O Estado do Piauí ao longo de sua história vem sofrendo forte pressão sobre seus recursos naturais, levando-se a uma situação de escassez e degradação. A ação antrópica na região é a principal causadora de sérios problemas ambientais, sobretudo nas áreas de preservação permanentes (APP’s). Dentre essas áreas protegidas por lei, estão às matas ciliares, que são componentes essenciais para a conservação de nascentes constituídas por formações florestais em seu entorno bem como ao longo dos cursos d’água. Em Currais-PI, cidade localizada ao sul do estado, no ecótono entre o Cerrado e a Caatinga, as atividades dos trabalhadores rurais são baseadas na agricultura familiar de subsistência e do extrativismo de recursos florestais, sendo essas realizadas principalmente no entorno das nascentes e cursos d'água o que é incompatível com o código florestal em vigor. A retirada da cobertura vegetal de origem para implantação da agricultura ocasionou a diminuição da água nas nascentes, além de alterações na produção de frutos do buriti (espécie vegetal bioindicadora de qualidade e quantidade de água). Desta forma, foram avaliados os conhecimentos dos trabalhadores rurais sobre APP’s, bem como a importância da mata para a conservação das mesmas.

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MATERIAL E MÉTODOS Foram aplicados 50 questionários semiestruturados contendo testes de afirmações e perguntas direcionadas para estimulação do senso crítico dos moradores quanto à importância da preservação das APP’s. Perguntas direcionadas• O senhor sabe o que é APP (Área de preservação

permanente)? ( ) Sim ( ) Não• Se sim, o que você entende por APP?• O senhor conhece alguma lei que fala das florestas

(proteção)? ( ) Sim ( ) Não• Se sim, o que essa lei fala? Testes de afirmação1.Discorda totalmente 2.Não concorda nem discorda 3. Concorda totalmente

Ordem Afirmações 1 2 3

1 Aqui na região as florestas estão diminuindo.

2As florestas que ficam na beira dos rios/igarapés não precisam ser protegidas.

ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E SUA IMPORTÂNCIA PARA A CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS

NATURAIS EM CURRAIS-PI. Rocha, V. M1; Silva, A. O2; Oliveira, J. L2; Sousa, V. C3; Sousa,

M. C4; Fonseca, N. C5

Universidade Federal do Piauí-UFPI

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RESULTADOS Na pergunta sobre o conhecimento de de APP foi observado que a maioria dos trabalhadores não tem conhecimento sobre a questão (figura 1). Foram destacadas algumas respostas que apresentaram maior relevância abaixo :• Preservar as nascentes• Para garantir a água (as nascentes de água)• Área que preserva próximo ao morro e o brejo• Área que não pode desmatar Na questão sobre legislação vigente a maioria dos trabalhadores tem conhecimento sobre a existência de leis ambientais (figura 2), porém eles não conseguem definir as leis. Foram destacadas algumas respostas que apresentaram maior relevância abaixo :• Preservar as florestas• Proíbe o desmatamento em lugar ilegal• Não pode desmatar as florestas pois os animais vão

embora Já no teste de afirmação sobre a diminuição das florestas a maior parte concordou. Quanto à importância das árvores para a manutenção das nascentes, estes demonstram entender que é importante manter a vegetação para a conservação dos cursos d’água (figura 3).

ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E SUA IMPORTÂNCIA PARA A CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS

NATURAIS EM CURRAIS-PI. Rocha, V. M1; Silva, A. O2; Oliveira, J. L2; Sousa, V. C3; Sousa,

M. C4; Fonseca, N. C5

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IMAGENS E TABELAS

54%42%

4%Do conhecimento sobre as Leis Ambientais

SimNãoNão soube opinar

40%60%

Do conhecmento sobre APP's

SimNão

01020304050

Teste de afirmaçãoAqui na região as florestas estão diminuindo

As florestas que ficam na beira dos rios/igarapés não precisam ser pro-tegidas.

Figura 1

Figura 2

Figura 3

ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E SUA IMPORTÂNCIA PARA A CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS

NATURAIS EM CURRAIS-PI. Rocha, V. M1; Silva, A. O2; Oliveira, J. L2; Sousa, V. C3; Sousa,

M. C4; Fonseca, N. C5

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DISCUSSÃO E CONCLUSÃO Mesmo sem conseguir definir o que é APP, foi observado o entendimento sobre a importância da conservação das mesmas, entretanto não foi possível verificar a percepção dos trabalhadores em relação a influência de suas ações na diminuição da água e vegetação. O estudo e difusão de técnicas que possam favorecer a produção sustentável são alternativas a serem utilizadas em substituição as práticas agrícolas atuais proporcionando a melhoria de sua qualidade de vida. REFERÊNCIAS • IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e

Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 2010.

• LIMA, W.P.; ZAKIA, M.J.B. Hidrologia de matas ciliares. In: RODRIGUES, R.R.; LEITÃO-FILHO, H.F. (Org.). Matas ciliares: conservação e recuperação. 2ed. SP: EDUSP/FAPESP, 2004. Cap.3, p.33-44.

• VALENTE, O.F.; GOMES, M.A. Conservação de nascentes: Hidrologia e manejo de bacias hidrográficas de cabeceiras. Editora Aprenda Fácil, 2005, 210p.

AGRADECIMENTOSOs autores agradecem ao biólogo Rômulo Vargas Lustosa pelo apoio e contribuição . E aos colegas do Grupo de Estudos para Conservação das APP’s no município de Currais-PI pela união e contribuição.

ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E SUA IMPORTÂNCIA PARA A CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS

NATURAIS EM CURRAIS-PI. Rocha, V. M1; Silva, A. O2; Oliveira, J. L2; Sousa, V. C3; Sousa,

M. C4; Fonseca, N. C5

Universidade Federal do Piauí-UFPI

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DENSIDADE DE FLUXO DE FÓTONS EM UM FRAGMENTO FLORESTAL NA ESCOLA DE

AGRONOMIA DA UFG OLIVEIRA, C.E.B. de; DELMIRO, F. O.; TIAGO NETO, L. J.; QUELUZ,G. P. C.; OLIVEIRA, G. M.; VENTUROLI, F.

Universidade Federal de Goiás

INTRODUÇÃO

A luz é um dos principais fatores que limitam o crescimento das plantas e influenciam a regeneração natural de espécies arbóreas em florestas nativas.

O sombreamento influência no estabelecimento de espécies florestais, principalmente do Cerrado. Felfili et al. (2001) em estudo no viveiro, verificou o efeito do sombreamento no crescimento inicial de Sclerolobium paniculatum, apresentou maior crescimento em altura com 90% de sombreamento, enquanto indivíduos com simulação de clareira (50% de sombreamento) apresentaram maior produção seca.

O objetivo do trabalho foi mensurar a densidade de fluxo de fótons (DFF), em um fragmento florestal na escola de agronomia da UFG, buscando diferenças entre duas estações climáticas.

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MATERIAL E MÉTODOS A área de estudo é um fragmento

florestal situado na Escola de Agronomia da UFG. A densidade de fluxo de fótons – DFF (µmol.m-2.s-

1) foi avaliada em 10 parcelas 9,6 m x 30 m, alocadas aleatoriamente na área.

Foram utilizados dois sensores de Quanta, acoplados cada um a um datalogger, ambos da marca Li-cor Inc., USA. Os sensores foram dispostos em três pontos no centro de cada parcela, em duas alturas de medida: ao nível do solo e a 1,3 metros de altura.

As medições foram tomadas no decorrer do dia entre às 08h30min e às 16h30min, construindo-se a curva diária de luz em cada parcela. Para cada medição da DFF no interior da floresta, foi tomada uma medição a pleno sol. Esse procedimento permitiu, por diferença, quantificar a quantidade de luz retida no dossel, conferindo o sombreamento. Os dados foram analisados através do teste t-Student, a 5% de probabilidade.

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AGRONOMIA DA UFG OLIVEIRA, C.E.B. de; DELMIRO, F. O.; TIAGO NETO, L. J.; QUELUZ,G. P. C.; OLIVEIRA, G. M.; VENTUROLI,

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RESULTADOS Níveis médios diário de luz •A DFF na estação chuvosa 232,50µmol.m-2.s-1 e 232,80µmol.m-2.s-1, à altura do solo e a 1,3m respectivamente;•DFF na estação de seca observou-se que os níveis médios diários de luz foram de 279,14µmol.m-2.s-1 e 295,80µmol.m-2.s-1,a altura do solo e a 1,3m respectivamente;•Em pleno sol obteve se valores médios de luz de 1730,1µmol.m-2.s-1 e 1169,7µmol.m-2.s-1 nas estações chuvosa e seca respectivamente.

Os valores médios de luz no interior da floresta na estação seca foram superiores aos da estação chuvosa, com o teste t-Student mostrou que houve diferença significativa entre as estações.

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IMAGENS E TABELAS

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Figura 1. Gráfico blox spot do sombreamento no fragmento florestal, em duas estações diferentes.

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DISCUSSÃO E CONCLUSÃOO estudo mostra que a estrutura de

dossel semidecidual, onde muitas espécies são caducifólias. Isso permite uma maior entrada de luz no interior da floresta na estação seca, o que pode influenciar toda a dinâmica da floresta, uma vez que, efeitos negativos da estação seca sobre as plântulas recém germinadas na estação chuvosa podem ser potencializados pela alteração na estrutura do dossel: além do estresse hídrico, aumenta-se a temperatura e a radiação eletromagnética no interior do fragmento, provocando a mortalidade de plântulas.REFERÊNCIAS FELFILI, J. M.; HILGBERT, L. F.; FRANCO, A. C.; SOUSA-SILVA, J. C.; RESENDE, A. V. e NOGUEIRA, M. V. P. 2001. Comportamento de plântulas de Sclerolobium paniculatum Vog. Var. rubiginosum (Tul.) Benth. sob diferentes níveis de sombreamento, em viveiro. Revista Brasileira de Botânica 22 (2): 297-301.

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