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PROGRAMAÇÃOLIVRO DE RESUMOS__________________

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COORDENAÇÃO DO EVENTO Carolina Nascimento Spiegel, UFF Renato Crespo Pereira, UFF COMISSÃO CIENTÍFICA Alexandre Afrânio Peixoto, IOC -FIOCRUZ Andrés González, Universidad de la República - Uruguai Angélica Ribeiro Soares, UFRJ Antonio Eusébio Sant'ana, UFAL Bernardo Antonio Perez da Gama, UFF Carolina Nascimento Spiegel, UFF Clara Beatriz Hoffmann Campo, EMBRAPA -Londrina Daniela Bueno Sudatti, UFF Denise Borges dos Santos Dias, UERJ Eraldo Rodrigues de Lima, UFV Jan Bergmann, Pontificia Universidad Católica de Valparaíso - Chile José Maurício Simões Bento, ESALQ José Roberto Trigo, UNICAMP Marcelo Gustavo Lorenzo, CPqRR -FIOCRUZ Maria Carolina Biassioli Moraes, EMBRAPA -Brasília Paulo Henrique Gortati Zarbin, UFPR Raul Laumann, EMBRAPA Renato Crespo Pereira, UFF COMISSÃO TÉCNICA Angélica Ribeiro Soares, UFRJ Bernardo Antonio Perez da Gama, UFF Carolina Nascimento Spiegel, UFF Daniela Bueno Sudatti, UFF Denise Borges dos Santos Dias, UERJ Renato Crespo Pereira, UFF

 

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SUMÁRIO

Apresentação.....................................................................................5

Programação......................................................................................6

Palestras ..........................................................................................13

Simpósios.........................................................................................22

Comunicações orais.........................................................................43

Resumos pôsteres 5 dez..................................................................51

Resumos pôsteres 6 dez................................................................106

Participantes...................................................................................147

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APRESENTAÇÃO Caros participantes, Temos o prazer de receber a todos no VII Encontro Brasileiro de Ecologia Química, em Niterói, Rio de Janeiro. Neste evento contaremos com participantes das três Américas e da Europa, além de todo nosso grande Brasil. O VII EBEQ será constituído por uma programação abrangente, envolvendo 8 palestras, 7 simpósios, com 22 participantes, 25 comunicações orais e 2 sessões de painéis. Diversos temas relevantes da Ecologia Química serão abordados, destacando-se a pesquisa aplicada sobre a utilização de semioquímicos na agricultura, no controle de vetores de interesse médico e veterinário, assim como os avanços científicos em ecologia química marinha e a identificação e síntese de compostos de defesa de organismos diversos. Teremos ainda novas abordagens como trabalhos de genômica e aspectos evolutivos, ecológicos e integrados da comunicação química. O encontro será uma oportunidade para trocas de experiências, de técnicas e dos problemas normalmente enfrentados na área. Neste evento teremos o prazer de conceder o II Prêmio Nacional de Ecologia Química "Prof. José Tércio Barbosa Ferreira", além de premiar as melhores comunicações orais de estudantes, conforme ocorria em eventos anteriores. As sessões de painéis serão realizadas ao pôr-do-sol, com vista para a cidade maravilhosa e brisas marinhas. Sejam bem vindos à nossa cidade. Esperamos que seja um excelente Encontro!

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PROGRAMAÇÃO

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4 DEZ 15:00-16:30 Entrega de material 16:30-17:30 Cerimônia de abertura e Entrega do II Prêmio Nacional

de Ecologia Química Prof. José Tércio Barbosa Ferreira”

17:30-18:30 PALESTRA DE ABERTURA: Dr. Charles Derby, Universidade da Geórgia, EUA – ESCAPE BY INKING: MARINE MOLLUSCS AVOID PREDATORS WITH DIVERSE CHEMICALS AND MECHANISMS

18:30 Confraternização

5 DEZ 08:30-09:30 Palestra: Dr. Walter Leal, Universidade da California,

EUA - REVERSE CHEMICAL ECOLOGY APPROACH WITH PROTEINS THAT MAKE SENSE

09:30-09:45 Comunicação oral: Bohman, B. - SEXY SCOUNDRELS: NATURE'S CONARTISTS - Drakaea ORCHIDS AND THEIR CHEMISTRY

09:45-10:00 Comunicação oral: Ferreira, A.M.V. - AVALIAÇÃO DOS ESTÍMULOS OLFATIVOS ENVOLVIDOS NO COMPORTAMENTO DE Pachycoris torridus

10:00-10:20 café Simpósio: Ecologia química de vetores de doenças veterinárias

10:20-10:40 Dra. Lígia Miranda Ferreira Borges, UFG - ECOLOGIA QUÍMICA DA RESISTÊNCIA DO HOSPEDEIRO AOS CARRAPATOS Rhipicephalus microplus E Rhipicephalus sanguineus

10:40-11:00 Dr. Michael Birkett, Rothamsted Research, UK - NEW CHEMICAL ECOLOGY BASED INTERVENTIONS FOR THE CONTROL OF ECTOPARASITIC TICKS AND MITES

11:00-11:15 Comunicação oral: Oliveira, A. S. - CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE DEFESA QUÍMICA NAS DIFERENTES FASES DO CICLO DE VIDA DE Laurencia dendroidea (CERAMIALES, RHODOPHYTA)

11:15-11:30 Comunicação oral: Michereff, M.F.F. - INFLUÊNCIA DE COMPOSTOS VOLÁTEIS DA SOJA INDUZIDOS POR

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HERBIVORIA NO COMPORTAMENTO DE BUSCA DO PARASITÓIDE DE OVOS Telenomus podisi

11:30-12:30 Palestra: Dr. Paulo Zarbin, UFPR - IDENTIFICAÇÃO DE ESTRUTURAS QUÍMICAS INÉDITAS COMO FEROMÔNIOS SEXUAIS EM DIFERENTES ESPÉCIES DE PERCEVEJOS

12:40-14:00 almoço Simpósio: Ecologia e evolução nas interações inseto-planta

14:00:14:20 Dr. José Maurício Bento, ESALQ – USP – PRESSÃO ATMOSFÉRICA E SEUS EFEITOS SOBRE O COMPORTAMENTO DOS INSETOS

14:20:14:40 Dr. Eraldo Rodrigues de Lima, UFV – SELEÇÃO DE GENÓTIPOS DE Solanum lycopersicon POR FÊMEAS DE Tuta absoluta (LEPIDOPTERA: GELECHIIDAE).

14:40:15:00 Dr. Martín Pareja, Universidade Federal de Lavras - INDIRECT INTERACTIONS MEDIATED BY PLANT SECONDARY METABOLITES

15:00-15:45 Palestra: Dr. Jean-Philippe Maréchal, Observatoire du Milieu Marin, Martinica - ORIENTATIONS IN MARINE BIOFOULING RESEARCH AND NEW ANTIFOULING STRATEGIES.

15:45-16:00 Comunicação oral: Wadt, L. - FEROMÔNIO SEXUAL MEDIANDO O ACASALAMENTO DE Telchin licus licus (DRURY) (LEPIDOPTERA: CASTNIIDAE)

16:00-16:30 café 16:30-16:45 Comunicação oral: Pellegrino, A.C. - INFLUÊNCIA DA

PRESSÃO ATMOSFÉRICA NO COMPORTAMENTO SEXUAL DOS INSETOS

16:45-17:00 Comunicação oral: Martins, C.B.C. - COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS (VOCs) DE Eucalyptus benthamii ANTES E APÓS HERBIVORIA DE Thaumastocoris peregrinus (HEMIPTERA, THAUMASTOCORIDAE) INFLUENCIAM A PREFERÊNCIA DE FÊMEAS

17:00-17:15 Comunicação oral: Massuda, K.F. - CAMUFLAGEM QUÍMICA EM LARVAS DO BESOURO Chelymorpha reimoseri (CHRYSOMELIDAE: CASSIDINAE)

17:15-17:30 Comunicação oral: Rodrigues, M.S. - AVALIAÇÃO DE DIFERENTES TAXAS DE LIBERAÇÃO DE CO2 NA CAPTURA DE ANOFELINOS

17:30-19:00 Apresentação de pôsteres

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6 DEZ 08:30-09:30 Palestra: Dr. Ted Turlings - APPLYING CHEMICAL

ECOLOGY TO IMPROVE THE BIOLOGICAL CONTROL OF IMPORTANT CROP PESTS

09:30-09:45 Comunicação oral: Villagra Gil, C.A. - FLORAL CHEMOTYPE VARIATION IN THE EVENING PRIM-ROSE Oenothera acaulis (ONAGRACEAE) IN CENTRAL CHILE IN ANDEAN AND COASTAL POPULATIONS

09:45-10:00 Comunicação oral: Martins, C.H.Z. - COMO DIFERENTES ALCALOIDES PIRROLIZIDÍNICOS AFETAM A APTIDÃO E DEFESA CONTRA PREDADORES EM LARVAS E ADULTOS DA MARIPOSA ESPECIALISTA Utetheisa ornatrix (ARCTIIDAE)?

10:00-10:20 café Simpósio: Química de ferômonios e outros semioquímicos

10:20-10:40 Dr. Gordon Hamilton, Universidade de Keele, Inglaterra - SEMIOCHEMICAL MEDIATED AGGREGATION OF SAND FLY VECTORS OF LEISHMANIASIS

10:40-11:00 Dr. Andrés González, Universidade da República, Uruguai - FROM BASIC TO APPLIED CHEMICAL ECOLOGY: STUDIES ON PHEROMONE COMMUNICATION IN Thaumastocoris peregrinus (HETEROPTERA: THAUMASTOCORIDAE) AND Cryptoblabes gnidiella (LEPIDOPTERA: PYRALIDAE)

11:00-11:20 Dr. Antônio Euzebio Goulart Santana, UFAL 11:20-11:40 Dra. Anita Marsaioli, UNICAMP – OS SINAIS QUÍMICOS

NA NATUREZA 11:40-12:40 Palestra: Dr. Gerhard J. Gries, Universidade de Simon

Fraser, Canadá – MULTIMODAL COMMUNICATION OF PARASITIC AND VESPID WAPS AND WASP-BIRD INTERACTIONS

12:40-14:00 almoço Simpósio: Ecologia química de organismos marinhos

14:00-14 :20 Dr. Leonardo T. Salgado, IPJBRJ - ENCONTRANDO OS INTERRUPTORES DOS PROCESSOS CELULARES E O CONTROLE DA DEFESA QUÍMICA em Laurencia dendroidea

14:20-14:40 Dr. Bernardo Antonio Perez da Gama, UFF - SERIA A ECOLOGIA QUÍMICA A SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA DA BIOINCRUSTAÇÃO?

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14:40-15:00 Dra. Angélica Ribeiro Soares, UFRJ - CHEMICAL DEFENSE IN MARINE ALGAE AGAINST HERBIVORY UNDER PETROLEUM HYDROCARBONS POLLUTION

15:00-15:15 Comunicação oral: Janegitz, T. - INDUÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS EM GENÓTIPOS DE SOJA POR Meloidogyne javanica

15:15-15:30 Comunicação oral: Gomes, S.M.S. - O PAPEL DOS SEMIOQUÍMICOS NA ATRAÇÃO DE INSETOS POLINIZADORES DO DENDÊ

15:30-15:45 Comunicação oral: von Zuben, L.G. - A ECOLOGIA QUÍMICA DO CLEPTOPARASITISMO: ANÁLISE DOS COMPOSTOS PRESENTES NAS GLÂNDULAS MANDIBULARES E LABIAIS DE Lestrimelitta limao (HYMENOPTERA: APIDAE, MELIPONINI)

15:45-16:00 Comunicação oral: Araújo, F.D.S. - SECREÇÕES DE GLÂNDULAS DE DUFOUR E TERGAIS DE RAINHAS DE Tetragonisca angustula: COMPOSIÇÃO QUÍMICA E BIOENSAIOS COM PRODUTOS SINTÉTICOS

16:00-16:20 café Simpósio: Genômica e ecologia química 16:20-16:40 Dra. Ana Cláudia do Amaral Melo, UFRJ - HOW DO

GENES AND PROTEINS HELP INSECTS TO INTERPRET THEIR ENVIRONMENT?

16:40-17:00 Dra. Denise Borges dos Santos Dias, UERJ - ANALYSIS OF GENES EXPRESSED IN MALE AND FEMALE ANTENNAE OF Lutzomyia longipalpis

17:00-17:30 Dr. José Manuel Latorre Estivalis, Cpqrr, Fiocruz - ESTUDO E CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE RECEPTORES OLFATIVOS DE Rhodnius prolixus

17:30-19:00 Apresentação de pôsteres

7 DEZ 08:30-09:30 Palestra: Dr. Klaas Vrieling, Universidade de Leiden,

Holanda - CHEMICAL ECOLOGY OF INSECT PLANT RELATIONSHIPS: A CASE OF STUDY IN JACOBAEA SPECIES

09:30-09:45 Comunicação oral: Araújo, H. D. - FEROMÔNIO SEXUAL DE Leucoptera coffeella: PAPEL DO COMPONENTE MINORITÁRIO E AVALIAÇÃO DE ISÔMEROS EM DIFERENTES POPULAÇÕES

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09:45-10:00 Comunicação oral: Murrell, E.G. - DETRITUS TYPES AND NUTRIENT RATIOS OF AQUATIC ENVIRONMENTS PREDICT DISTRIBUTIONS OF Aedes aegypti AND Aedes albopictus IN FLORIDA

10:00-10:20 café Simpósio: Ecologia química de vetores de doenças

10:20-10:40 Dr. Marcelo Lorenzo, Cpqrr, Fiocruz - CHARACTERIZATION OF FUNCTIONAL TYPES OF GROOVED-PEGS IN FEMALE Aedes aegypti

10:40-11:00 Dra. Alicia Lorenzo Figueiras, FCEN UBA, Argentina - CHEMICAL COMMUNICATION IN Rhodnius prolixus

11:00-11:20 Dra. Kelly Paixão, UFMG - IDENTIFICAÇÃO DE COMPOSTO CUTICULAR DE FÊMEAS DE Aedes (Stegomyia) aegypti (LINNAEUS 1762) E SUA INFLUÊNCIA NO COMPORTAMENTO DE MACHOS CO-ESPECÍFICOS

11:20-11:40 Dr. Reginaldo Peçanha Brazil, IOC, FIOCRUZ - DISTRIBUIÇÃO DOS FEROMÔNIOS SEXUAIS DE Lutzomyia longipalpis (DIPTERA: PSYCHODIDAE: PHLEBOTOMINAE) NO BRASIL

11:40-12:30 Palestra: Dr. Miguel Borges, EMBRAPA - SEMIOQUÍMICOS NO MANEJO DE PRAGAS E INIMIGOS NATURAIS NO CONTEXTO DA AGRICULTURA BRASILEIRA

12:30-14:00 almoço 14:00-14:15 Comunicação oral: Vidal, D.M. - IDENTIFICAÇÃO DOS

COMPONENTES DO FEROMÔNIO SEXUAL DE Condylorrhiza vestigialis (LEPIDOPTERA: CRAMBIDAE)

14:15-14:30 Comunicação oral: Nascimento, D.L. -RECONHECIMENTO QUÍMICO NA ABELHA SEM-FERRÃO, Melipona asilvai (HYMENOPTERA, APIDAE, MELIPONINI)

14:30-14:45 Comunicação oral: David, R.S. - MODELO ESTOCÁSTICO PARA ESPALHAMENTO DA DENGUE

14:45-15:00 Comunicação oral: Lapointe, S.L. - MATING DISRUPTION OR ATTRACT-AND-KILL? TWO NEW PHEROMONE-BASED PRODUCTS AND APPLICATION METHODS FOR CONTROL OF CITRUS LEAFMINER AND CITRUS CANKER DISEASE

15:00-15:15 Comunicação oral: Bisotto-de-Oliveira, R. - AVALIAÇÃO DE NANOFIBRAS COMO VEÍCULO PARA O FEROMÔNIO SEXUAL SINTÉTICO DE Grapholita molesta (BUSCK) (LEPIDOPTERA, TORTRICIDAE), EM CONDIÇÕES DE LABORATÓRIO E CAMPO

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15:15-15:30 Comunicação oral: Sujimoto, F.R. - COMPORTAMENTO DE CÓPULA DE Spodoptera eridania (Walker) (Lepidoptera: Noctuidae)

15:30-15:45 Comunicação oral: Costa, L.H. - INFLUÊNCIA DA PREEXISTÊNCIA DE OVOS DE Aedes (Stegomyia) aegypti (DIPTERA: CULICIDAE) DE DIFERENTES IDADES NO COMPORTAMENTO DE OVIPOSIÇÃO DE FÊMEAS CO-ESPECÍFICAS E AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DOS INFOQUÍMICOS PROVENIENTES DESTES OVOS COM O ENVELHECIMENTO

15:45-16:00 Comunicação oral: Wäschke, N. - TRITROPHIC INTERACTIONS IN COMPLEX ODOROUS ENVIRONMENTS: DOES PLANT SPECIES DIVERSITY AFFECT VEGETATION ODOUR DIVERSITY AND THUS OLFACTORY ORIENTATION OF INSECTS?

16:00-16:30 café Simpósio: Comunicação multi-modal em artrópodos

16:30-17:00 Dr. Andrej Cokl, Instituto National de Biologia, Eslovênia - MULTI-MODAL COMMUNICATION IN PENTATOMIDE

17:00-17:30 Dr. Raul Alberto Laumann, EMBRAPA -COMUNICAÇÃO MULTI-MODAL EM INSETOS PARASITÓIDES

17:30-18:00 Premiação dos Trabalhos de Estudantes 18:00-19:00 Cerimônia de Encerramento 21:00 Jantar de Confraternização

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PALESTRAS

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ESCAPE BY INKING: MARINE MOLLUSCS AVOID PREDATORS WITH DIVERSE CHEMICALS AND MECHANISMS

Charles Derby, Georgia State University

Inking is a striking behavior of marine molluscs such as sea hares, octopus,squid, and cuttlefish. Many people assume, though with little experimental support, that inking functions as an antipredatory defense by acting as a ‘smoke screen’ or visual decoy. Another possibility, which has received even less consideration up to now, is that inking functions in the chemical realm. My research group is exploring this possibility. Focusing so far on sea hares, we have found that sea hare ink acts on the chemosensory systems of would-be predators such as spiny lobsters, sea anemones, and fish through an impressive array of mechanisms, including ‘phagomimicry’, sensory disruption, and deterrence, as well as through aversive or toxic substances. Ink also functions in defense through alarm cues – sea hares show escape behavior when they detect ink from conspecifics. Some of these alarm signals may have evolved from molecules that function as sun screens. We have recently found that ink of squid can also function as a chemical defense, in addition to its functioning in the visual realm.

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REVERSE CHEMICAL ECOLOGY APPROACH WITH PROTEINS THAT MAKE SENSE

Walter S. Leal, UC Davis

Since the landmark characterization of bombykol more than five decades ago, bioassay-guided isolation of natural products led chemical ecologists to the discovery of hundreds of insect pheromones. These semiochemicals in turn paved the way for novel, environmentally friendly strategies for controlling agricultural pests. These green chemistry-based approaches are also sorely needed in medical entomology to reduce mosquito bites and, consequently, mitigate transmission of devastating diseases like malaria, dengue, West Nile virus, etc. To circumvent the complex behavior of some insect species, we have devised a “reverse chemical ecology” approach to screen for potential attractants (and repellents) based on their binding affinity to olfactory proteins. With the advent of genome sequences we are now able to characterize the entire repertoire of olfactory genes and study their function in olfactory tissues. We are employing a multidisciplinary approach to unravel how odorant-binding proteins (OBPs) and odorant receptors (ORs) contribute to the sensitivity and selectivity of the insect’s olfactory system. Knocking down, binding assays, genetic manipulations, and electrophysiological data suggest that OBPs are essential for sensitivity and may also contribute to the selectivity of the olfactory system. Expression of ORs in heterologous systems indicates that the selectivity of “naked receptors” per se does not account for the inordinate selectivity of the insect’s olfactory system. Additionally, our research on pheromones and parapheromones suggests that reverse selectivity of ORs and PBPs may contribute to attenuation of the olfactory system. In this presentation, I will discuss our recent finding of the molecular making of the insect’s olfactory system, and answer some and raise many more questions about sensitivity and selectivity. Additionally, I will discuss how we employ olfactory proteins as “molecular targets” for the identification of novel attractants for monitoring and/or controlling populations of insects of economic and medical importance. Supported by NSF 0918177, USDA-ARI 2010-65105-20582, NIH 1R01AI095514-01A1

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IDENTIFICAÇÃO DE ESTRUTURAS QUÍMICAS INÉDITAS COMO FEROMÔNIOS SEXUAIS EM DIFERENTES ESPÉCIES DE PERCEVEJOS

Paulo H. G. Zarbin, UFPR

Os percevejos fitófagos são comumente considerados importantes pragas da agricultura mundial. O aparelho bucal sugador destes insetos dificulta o seu controle, além do fato de que tanto imaturos como adultos são sugadores e se alimentam vorazmente da planta hospedeira. O estudo da ecologia química destes insetos favorece o desenvolvimento de estratégias de controle sem o uso de agroquímicos. Nessa apresentação discutiremos os resultados recentes conduzidos em nosso laboratório que culminaram na identificação de estruturas químicas inéditas dos feromônios sexuais de três espécies de percevejos; Pallantia macunaima (Hemiptera: Pentatomidae), Edessa meditabunda (Hemiptera: Pentatomidae) e Phthia picta (Hemiptera: Coreidae)

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ORIENTATIONS IN MARINE BIOFOULING RESEARCH AND NEW ANTIFOULING STRATEGIES

Jean-Philippe Maréchal, Observatoire du Milieu Marin, Martinica

Marine biofouling is of major economic concern to all marine industries. The shipping trade is particularly alert to the development of new antifouling (AF) strategies, especially green AF paint as international regulations regarding the environmental impact of the compounds actually incorporated into the formulations are becoming more and more strict. It is also recognised that vessels play an extensive role in invasive species propagation as hulls and ballast waters transport potentially threatening larvae. It is then crucial to develop new AF solutions combining advances in marine chemistry and topography, in addition to a detailed knowledge of marine biofoulers physiology and behaviour, with respect to the marine environment. This talk will presents the recent research progress made in the field of new non-toxic AF solutions based on chemical ecology and biomimetism as well as the perspectives for future research directions. The importance and relevance of choice of species used for biossays will be discussed using the barnacles’ models; Results about the variation of bioactivity among samples collected at different season and geographical location will be highlighted; Sustainable production of active compounds will be studied by comparing biomass obtention from seaweeds and microalgae cultivation.

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APPLYING CHEMICAL ECOLOGY TO IMPROVE THE BIOLOGICAL CONTROL OF IMPORTANT CROP PESTS

Ted Turlings, University of Neuchâtel, Switzerland

Seven billion and counting…. the ever-increasing human population is putting unprecedented pressures on our natural resources. Arguably the biggest contemporary challenge for humanity is to meet world’s current and future food security. About one third of the potential crop yield is still lost to insect pests and pathogens, but rapid advances in the fields of metabolomics and genomics offer new opportunities to explore plant traits that may help to develop strategies to combat these pests. We use a chemical ecological approach to better understand the interactions among maize plants, pest insects and the natural enemies of the pests. For example, with the latest chemical analytical techniquesand with the use of mutant maize plants we think we have found an explanation for the voraciousness of one of the most important pests to maize, the Western corn rootworm or Diabrotocavirgiferavirgifera. Larvae of this beetle were found to prefer to feed on nutritious crown roots of maize, which are also very well-defended by benzoxazinoids1, toxic compounds that normally deter herbivores from feeding on the roots. The rootworm larvae, however, are not affected by the toxins and use them to identify these roots2, which are rich in sugars and amino acids. One of the solutions to fight corn rootworm are entomopathogenic nematodes, tiny parasitic worms that kill the larvae within days. We have discovered that the nematodes use a chemical signal that is specifically emitted from maize after rootworm attack3. However, this signal, the sesquiterpene E-(β)-caryophyllene is not emitted American maize varieties4, which makes these varieties far less attractive to the beneficial nematodes. By genetically transforming an American maize line we a caryophyllene-synthase gene from oregano, we restored caryophyllene emission in this line and field experiments revealed that this resulted in enhanced protection by nematodes against rootworm damage5. These examples show that a good understanding of chemically mediated interactions among plants and insects can lead to novel strategies for crop protection.

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MULTIMODAL COMMUNICATION OF PARASITIC AND VESPID WAPS AND WASP-BIRD INTERACTIONS

Gerhard Gries, Simon Fraser University, Canada

Drawing on research conducted by some of my graduate students, the presentation will highlight (1) sexual communication systems in two parasitoid wasps [Pimpla disparis (Hymenoptera: Ichneumonidae; Ooencyrtus kuvanae (Hymenoptera: Encyrtidae)] of gypsy moth, Lymantria dispar; (2) alarm and defence behaviour in social wasps (Hymenoptera: Vespidae); and (3) interactions between Neotropical social wasps and one of their main predators, the falconid Red-throated Caracara, Ibycter americanus. I will show whether (i) the communication system and signals in the parasitoid wasps are linked to the developmental stage (egg, pupa) and life history traits of the host they parasitize, (ii) social wasps coordinate their attack on intruders by pheromones, and (iii) Neotropical social wasps are deterred from counterattacking caracaras by a powerful chemical repellent.

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CHEMICAL ECOLOGY OF INSECT-PLANT RELATIONSHIPS: A CASE STUDY IN JACOBAEA SPECIES

Klaas Vrieling, Plant Ecology, Institute of Biology, Leiden University.

PO Box 9516, 2300 RA Leiden, The Netherlands. [email protected]

The variation in secondary chemistry is bewildering. Upto now more than 100.000 compounds were described and daily new compounds are discovered. Numerous reports have shown that many of these compounds are involved as defence substances against microbes, fungi and herbivores. Chemotaxonomy has tried to use these metabolites to classify plants (and animals). Indeed classes of these compounds show that they are associated with certain genera or families. However at the level of metabolites within classes there is also a very large variation between (and within) species. For example within the genus Senecio more than 300 different PA’s are reported. A study were the variation within a class of compounds were plotted on a sequence based phylogenetic tree showed that gains and losses are very frequent and occur at such high rate that there is no "phylogenetic signal" in individual compounds. The cause of this frequent gains and losses are unclear. Two hypotheses are put forward: either new enzymes are gained or lost over very short evolutionary time scales or the expression of genes are simply suppressed or upregulated. The selective forces driving the variation in diversity in compounds within a certain class of compounds within a species is badly understood. Two hypothesis have been put forward to explain this huge variation. One claims that different individual compounds are targeted against different attackers and therefore selection would favor different compositions dependent on the presence of attackers. Another hypothesis argues that there are synergistic effects between different compounds. For both hypotheses there is not much experimental evidence. We used a hybrid system to test these hypothesis showing that different PA's are active against different attackers in Jacobaea species.

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SEMIOQUÍMICOS NO MANEJO DE PRAGAS E INIMIGOS NATURAIS NO CONTEXTO DA AGRICULTURA BRASILEIRA

Borges, M.; Moraes, M.C.B.; Laumann, R.A.; Paula, D.P.

EMBRAPA RECURSOS GENÉTICOS E BIOTECNOLOGIA PARQUE ESTAÇÃO BIOLÓGICA - BRASILIA - DF - BRASIL

[email protected] Um dos maiores desafios da ciência para as próximas décadas é suprir com alimentos de qualidade a uma população em constante crescimento sem causar grandes danos ao meio ambiente. Os insetos fitófagos constituem uma das principais ameaças para a produção agrícola sendo seu controle um dos pontos chave para aumentar a produção agrícola e qualidade dos alimentos sem aumentar a área plantada e minimizando o uso de pesticidas. Uma das alternativas propostas para o manejo e controle de insetos encontra-se o uso de substâncias menos tóxicas e o melhoramento das cultivares. Dentre os produtos naturais os semioquímicos de insetos e plantas têm grande potencial para uso na agricultura, entretanto ainda são necessários significativos avanços científicos e tecnológicos para um uso extensivo dos mesmos. Os semioquímicos podem ser usados no manejo e controle de pragas de diferentes formas: em armadilhas com feromônio sexual para atração, compostos defensivos para repelência, semioquímicos de plantas e insetos em sistemas push-pull e em plantas geneticamente modificadas. Neste último caso as plantas são transformadas para produzirem semioquímicos que possam protegê-las das pragas e atrair seus inimigos naturais. Através de exemplos de pesquisas realizadas no Laboratório de Semioquímicos da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia que visam o uso de semioquímicos para monitoramento populacional de insetos (Hemíptera, Coleóptera e Lepidóptera), o uso de voláteis de plantas para aplicação em sistemas push-pull e controle biológico conservativo, pretendemos analisar o uso atual dos semioquímicos na agricultura Brasileira e as perspectivas futuras. Discutiremos as diferentes formas em que os semioquímicos podem ser usados, onde e como aplicá-los, a incorporação de novas tecnologias como o uso de plantas geneticamente modificadas para liberar semioquímicos, o mercado de produtos e as principais limitações do uso de semioquímicos hoje e no futuro próximo.

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SIMPÓSIOS

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Simpósio I: Ecologia química de vetores de doenças veterinárias

ECOLOGIA QUÍMICA DA RESISTÊNCIA DO HOSPEDEIRO AOS CARRAPATOS

Rhipicephalus microplus E Rhipicephalus sanguineus

Lígia Miranda Ferreira Borges; Michael A. Birkett; Sabrina C. Duarte; Carla C. B. Louly; John A. Pickett

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS RUA 235, S/N, SETOR UNIVERSITÁRIO - GOIÂNIA - GO - BRASIL

[email protected] A importância dos carrapatos Rhipicephalus microplus e Rhipicephalus sanguineus é inquestionável, o primeiro pelos prejuízos causados à bovinocultura mundial e o segundo por ser a espécie mais disseminada no mundo, tendo os cães como principal hospedeiro. Os estímulos químicos produzidos pelo hospedeiro podem direcionar duas estratégias de busca pelo carrapato. Na estratégia de caça o carrapato procura ativamente o hospedeiro (ex. R. sanguineus) e na de emboscada o carrapato se posiciona em hastes e o encontro do hospedeiro ocorre passivamente (ex. R. microplus). Resistência é a capacidade que tem alguns hospedeiros de interferir negativamente no desenvolvimento dos carrapatos. É bem conhecido que algumas raças de bovinos têm a habilidade de desenvolver resistência ao R. microplus. Recentemente foram obtidas evidências que cães da raça Beagle são mais resistentes ao R. sanguineus quando comparados com animais da raça Cocker Spaniel Inglês. Sabe-se que resistência é uma resposta imunológica do hospedeiro ao carrapato, mas por outro lado pouco é sabido se o carrapato é capaz de identificar o indivíduo resistente pela percepção de compostos químicos. Evidências da participação de compostos não voláteis foram obtidas quando adultos de R. sanguineus, expostos a substâncias de cães Cockers e Beagles, preferiram se arrestar nas substâncias da raça mais sensível. Posteriormente, os odores de ambas as raças foram colhidos e testados em um olfatômetro de quatro braços. Nenhuma diferença foi observada entre o odor de Cocker e o controle com solvente. Entretanto, repelência significativa do odor de Beagle em relação ao controle foi observada, em ambos os parâmetros, escolha final e tempo de permanência no braço tratado. Análise de cromatografia de alta resolução mostrou consistência entre as amostras de Beagles e de Cockers. Além do mais, os extratos dos Beagles continham consideravelmente mais compostos químicos que os dos Cockers. Tal resultado se adéqua a hipótese que hospedeiros resistentes são hábeis para deter ectoparasitos pela produção e emissão de semioquímicos voláteis que determinariam o animal como um “non-host”. Os odores de cinco animais, de cada uma das raças de bovinos, uma susceptível ao R. microplus (Holandês - Bos taurus taurus) e uma resistente (Nelore - Bos taurus indicus) foram colhidos. O comportamento de busca (levantamento do primeiro par de patas) de larvas foi avaliado frente aos odores das diferentes raças, ortonitrofenol (controle positivo) e solvente (controle negativo). Maior resposta de busca foi observada frente ao ortonitrofenol (71%) e odor dos holandeses (55%), enquanto não houve resposta para o controle positivo e foi baixa (12%) para o odor dos nelores. Os resultados obtidos confirmam que os animais resistentes produzem compostos químicos que inibem o comportamento de busca dos carrapatos. Esforços estão sendo feitos para se identificar os compostos químicos mediadores destes comportamentos, tanto em bovinos, quanto em cães.

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NEW CHEMICAL ECOLOGY BASED INTERVENTIONS FOR THE CONTROL OF ECTOPARASITIC TICKS AND MITES

Michael A. Birkett and John A. Pickett

Biological Chemistry Department, Rothamsted Research, Harpenden, Hertfordshire, AL5 2JQ, United Kingdom

Ectoparasitic ticks and mites affect farmed livestock production and human health on a global scale, and with the growing problem of the development of acaricide resistance, alternative sustainable intervention strategies are required, including those based on deployment of acarine semiochemicals. Novel tick and mite repellents can be developed according to hypotheses relating to the evolution of repellency (Pickett et al., 2010), specifically botanically-derived natural products that interfere with host location, including those based on ethnobotanical principles (Birkett et al., 2008), and for which commercial-scale production has already been established (Birkett et al., 2011, Khan et al. in press). In addition, aggregation pheromones for ectoparasitic mites have been identified (Skelton et al, 2010). The identification of semiochemicals affecting tick and mite behaviour can potentially be exploited by deployment of repellents alongside host-derived attractants and attractant pheromones in push-pull systems for tick and mite control.

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Simpósio II: Ecologia e evolução nas interações inseto-planta

PRESSÃO ATMOSFÉRICA E SEUS EFEITOS SOBRE O COMPORTAMENTO DOS INSETOS

José Maurício S. Bento1; Ana Cristina Pellegrino1; Jeremy N. McNeil2;

1Laboratório de Ecologia Química e Comportamento de Insetos, INCT Semioquímicos na Agricultura, ESALQ-USP, Depto de Entomologia e Acarologia, 13418-900,

Piracicaba/SP; 2FRSC, Department of Biology, University of Western Ontario, London, ON, Canada, N6A 5B7;

[email protected] Muitos pesquisadores na área de ecologia química frequentemente notam alterações diárias e uma inconsistência na coleta de dados observados em ensaios biológicos com insetos e plantas, especialmente, sob condições controladas em laboratório – excetuando-se obviamente as variações na pressão atmosférica – e poucos atribuem essas possíveis diferenças a este fator atmosférico. Estudos conduzidos em nosso laboratório demonstram que as variações na pressão atmosférica exercem grande influência sobre o comportamento sexual dos insetos. Atividades como o comportamento de pré-cópula e cópula, chamamento de fêmeas, e resposta dos machos ao feromônio sexual das fêmeas foram bastante influenciados com a queda da pressão atmosférica. Manifestações climáticas comumente associadas com queda na pressão atmosférica envolvem tempestades acompanhadas por diferentes combinações de ventos, chuvas, variações bruscas de temperatura e de radiação solar, que podem acarretar em elevada mortalidade. Estes resultados sugerem que os insetos podem detectar e ajustar seu comportamento em função dessas mudanças, o que indicaria um valor adaptativo importante para sua sobrevivência.

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SELEÇÃO DE GENÓTIPOS DE Solanum Lycopersicon POR FÊMEAS DE Tuta Absoluta (LEPIDOPTERA: GELECHIIDAE).

E. Lima1, J. N. Curtinhas1, L. M. S. Ataíde1, C. C. M. Arce1

1Departamento de Entomologia, UFV, 36560-000, Viçosa-MG, [email protected]

Plantas superiores emitem uma grande variedade de compostos voláteis. Estudos recentes mostram que somente poucos “compostos-chave” mediam a atração a longa distância e estes compostos são percebidos por neurônios quimio-receptores especializados na antena. O processo de procura e localização de hospedeiros em mariposas é em grande parte controlado por compostos oriundos do metabolismo secundário de plantas, na forma de voláteis, que podem ser constitutivos ou induzidos por herbivoria. Fêmeas decidem pelo hospedeiro antes e durante a oviposição. É conhecido que a resistência de plantas a insetos, é devido a presença/ausência de voláteis da planta, e que fêmeas da traça do tomateiro, Tuta absoluta, são capazes de descriminar genótipos de Solanum lycopersicon. Avaliamos neste trabalho a resposta de fêmeas de T. absoluta a genótipos de tomate, onde foi considerado o efeito da planta hospedeira onde as lagartas foram criadas e o comportamento de escolha dos genótipos pelos adultos. Adicionalmente foram analisadas plantas induzidas por herbivoria com diferentes níveis deinfestação por nematóides e a resposta das fêmeas a estas plantas. Os experimentos foram conduzidos com escolha dos genótipos em túnel de vento e em testes de oviposição. Os resultados mostram que as fêmeas evitam voar para genótipos resistentes e não há condicionamento da resposta nos adultos em função do genótipo onde foram criadas. A preferência de oviposição das fêmeas de T. absoluta variou significativamente com o níveis de infestação e com o tempo decorrido da indução de herbivoria.

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INDIRECT INTERACTIONS MEDIATED BY PLANT SECONDARY METABOLITES

Martin Pareja UFLA - DEPARTAMENTO DE ENTOMOLOGIA, UFLA - LAVRAS - MG - BRASIL

[email protected] Indirect interactions are extremely important in determining the structure of ecological communities. These interactions occur when two organisms are linked by a third organism which mediates the interaction, and they can be of two types: 1) density-mediated, when the interaction is affected by changes in the density of the mediating species; or 2) trait-mediated, when the interaction is mediated by phenotypic changes in the mediating species. Interactions between plants and insect herbivores are mediated by induced changes in plant defensive chemistry. This phenotypic change has the potential to affect many ecological interactions with other organisms, and thus plant defensive chemistry can be an important mediator of indirect interactions in ecosystems. These effects of induced changes in plants on the community of arthropods associated with plant are only just beginning to be explored. There is recent evidence that damage by herbivores induces changes in floral chemistry that affects pollinator attraction, and therefore may disrupt the mutualism that exists between plants and pollinators. The fitness costs of herbivory to a plant may therefore be the result of not only direct effects of the herbivore but also of the modification of interaction strength with plant mutualists. In this talk I will present recent results relating herbivore damage to pollinator attraction and highlight promising areas for research on these chemically-mediated indirect interactions.

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Simpósio III: Química de ferômonios e outros semioquímicos

SEMIOCHEMICAL MEDIATED AGGREGATION OF SAND FLY VECTORS OF LEISHMANIASIS

Gordon Hamilton, Universidade de Keele, Inglaterra.

Some of the world’s most debilitating and pernicious diseases are the result of parasitic infection caused by the activity of blood-feeding insects. Leishmaniasis is of global significance but is described by the WHO as a Neglected Tropical Disease with “no visibility or concept on how to handle the disease”. Sand flies can spread Leishmaniasis from animals to humans and between humans when a female sand fly takes a blood meal from an infected host. These insects are common throughout the tropics and subtropics and around 50 species are important as disease vectors.Therapeutic drugs are available but they are expensive, unpleasant and not always effective and thus in the absence of human vaccines, prevention of infection is dependent on controlling the insect vector. Vector control can involve habitat management but it is largely dependent on the widespread use of expensive insecticides and their overuse can lead to resistance and unwanted environmental consequences. Alternative or complimentary strategies for sand fly control are urgently required.Our research on the Old and New World vectors of Leishmaniasis have pointed towards the exploitation of the chemical communication of male and female sand flies as a strategy to enhance or replace current vector control methodology. Using synthetic versions of male sex pheromones has offered the possibility of using lure-and-kill traps that are highly specific for the females of the species of sand fly targeted. Although most work in the past has focussed on the South American vector of visceral leishmaniasis our recent studies have suggested that sex/aggregation pheromones may also occur in Old World species.

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FROM BASIC TO APPLIED CHEMICAL ECOLOGY: STUDIES ON PHEROMONE COMMUNICATION IN Thaumastocoris peregrinus (HETEROPTERA:

THAUMASTOCORIDAE) AND Cryptoblabes gnidiella (LEPIDOPTERA: PYRALIDAE)

Andrés González

Laboratorio de Ecología Química, Departamento de Química Orgánica, Facultad de Química, UdelaR. Gral. Flores 2124, CP 11800, Montevideo, Uruguay.

[email protected] Chemical ecology studies can be a powerful tool for attaining practical applications from basic studies. Each insect species has unique characteristics regarding its intraspecific chemical interactions, both from the ecological and behavioral aspects, and from the chemicals they use. As a result, each target pest species needs to be studied thoroughly from a biological and chemical standpoint, in order to envision possible practical applications by the disruption of its chemical communication channel. While some new pest species in our region have remarkable little information about their natural history, others have been studied overseas to some extent, but need to be further investigated to fit local needs. The former require the generation of basic biological information, as it is the case of the bronze bug, Thaumastocoris peregrinus (Heteroptera:Thaumastocoridae), one of the most important emerging pests of Eucalyptus tree plantations in the Southern hemisphere. An example of the later is the honeydew moth, Cryptoblabes gnidiella (Lepidoptera: Pyralidae), an important new pest of vineyards in southern South America. Originally restricted to Australia, T. peregrinus is a small flattened bug that feeds on mature Eucalyptus leaves, causing them turn brown and often fall from the tree. Although population dynamics and behavioural patterns in the field are not yet clearly understood, circumstantial observations suggest that males and nymphs aggregate, possibly by means of semiochemicals. We present chemical and behavioural evidence that suggest that males emit an aggregation pheromone, to which only males respond. C. gnidiella originates from the Mediterranean basin and has greatly expanded in the last 30 years. Since the sex pheromone of C. gnidiella is composed of aldehydes, mating disruption appears as a difficult choice for its control in vineyards, given the instability of the pheromone compounds. We present field experiments showing that the formate structural analogs of the sex pheromone compounds, which act as behavioural antagonists, can serve as chemical communication disruptants for this species, and significantly decrease grape damage.

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OS SINAIS QUÍMICOS NA NATUREZA

Anita J. Marsaioli IQ/UNICAMP As substâncias químicas levam informações entre os organismos vivos de um sistemas ecológico e são denominadas de semioquímicos (do Grego “simeon”, sinal Mori, 1998)) ou infoquímicos (definição de Dicke e Sabelis). , que podem estar envolvidos em atividades comportamentais diversas como procura por alimento, reprodução, sinal de alerta na presença de predadores e como substâncias de defesa química, por exemplo (Mori, 1998). As substâncias semioquímicas são divididas em duas grandes classes, os feromônios e aleloquímicos. Feromônios são substâncias secretadas por um organismo com o objetivo de causar uma reação específica em outro indivíduo da mesma espécie. As finalidades mais comuns dos feromônios são a atração para fins reprodutivos, marcação territorial e sincronização de atividades em populações, incluindo dispersão e agregação. As substâncias aleloquímicas são aquelas empregadas na transmissão de informações entre espécies distintas, pertencentes ou não ao mesmo nível trófico. (Nordlund e Lewis, 1976): A palestra versará sobre a diversidade dos sinais químicos utilizados por Opiliões, percevejos, abelhas sem ferrão, formigas e bactérias.

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Simpósio IV: Ecologia química de organismos marinhos

ENCONTRANDO OS INTERRUPTORES DOS PROCESSOS CELULARES E O CONTROLE DA DEFESA QUÍMICA EM Laurencia dendroidea

Leonardo T. Salgado1*, Vanessa M. Reis1, Raoni F. Passos1, Lilian J. Hill1, Amanda M. Ribeiro1, Louisi S. Oliveira2, Daniela B. Sudatti3, Wladimir C. Paradas3, Catarina F.

Lira-Medeiros1, Celso B. Sant'anna Filho4, Nathan B. Viana2, Juliana Echevarria-Lima2, Claúdia S. Mermelstein2, Fabiano L. Thompson2, Gilberto M. Amado Filho1,

Renato C. Pereira3. 1Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ.

2Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ. 3Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ. 4Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade

Industrial, Dq. de Caxias, RJ. *e-mail: [email protected]

Os metabólitos secundários produzidos por macroalgas marinhas desempenham importante papel nos processos de defesa contra a herbivoria e a incrustação. Na alga vermelha Laurencia dendroidea, estes metabólitos são armazenados em estruturas intra-celulares denominadas corps en cerise (CC), para serem posteriormente transportados em vesículas para a periferia celular, onde são exocitados e liberados para o exterior da célula. Na superfície do talo desempenham importante papel na defesa contra a incrustação. Neste sentido, é fundamental compreender, não somente, processos celulares relacionados à liberação dos metabólitos para a superfície, mas também outros processos relacionados à dinâmica interna destes metabólitos na alga e ao processo de síntese dos metabólitos. A partir disso, serão apresentados diversos resultados sobre a biologia celular de L. dendroidea, os quais revelam elementos celulares diretamente envolvidos na síntese, armazenamento e transporte intracelular de metabólitos secundários. Para a obtenção dos resultados apresentados foram utilizadas técnicas de microscopia ótica e eletrônica e análises bioquímicas e moleculares em algas de populações naturais e de laboratório, as quais foram submetidas a diferentes condições de cultivo e incubadas em drogas diversas (LatB, Fal, ColA, CSA, Ver, ATZ, PABA, BFA, etc). Confirmamos que a atividade de diversas organelas (cloroplastos, Complexo de Golgi e vacúolos), proteínas do citoesqueleto (actina e tubulina), proteínas de membrana (MDR, MRP e CFTR) e enzimas (peroxidases) é fundamental para a resposta química defensiva contra a bioincrustação em L. dendroidea.

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SERIA A ECOLOGIA QUÍMICA A SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA DA BIOINCRUSTAÇÃO?

Bernardo Antonio Perez da Gama

Departamento de Biologia Marinha, Instituto de Biologia, Universidade Federal Fluminense.

[email protected] A incrustação biológica (bioincrustação) constitui provavelmente um dos mais antigos e insolúveis problemas para as atividades humanas nos oceanos, interferindo na navegação, exploração de petróleo e de outras fontes energéticas, em instrumentos oceanográficos, bóias, etc. Tradicionalmente, a bioincrustação é combatida com o uso de tintas contendo biocidas (i.e., agentes anti-incrustantes), usualmente metais pesados, que geram sérios problemas de poluição. Neste contexto, a Ecologia Química Marinha tem sido vista como uma possível fonte de anti-incrustantes naturais, tendo em vista que os organismos marinhos, especialmente os bentônicos, sofrem, em geral, com os mesmos problemas decorrentes da bioincrustação. Milhares de anos de evolução e seleção natural levaram portanto ao aperfeiçoamento de uma série de estratégias de defesa contra a incrustação ou epibiose. Padrões biogeográficos e filogenéticos na produção de defesas químicas anti-incrustantes serão discutidos, bem como as perspectivas e limitações tecnológicas para o desenvolvimento de novos agentes anti-incrustantes baseados em produtos naturais marinhos. Apoio financeiro: bolsas de Produtividade em Pesquisa – CNPq e Jovem Cientista do Nosso Estado – FAPERJ.

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CHEMICAL DEFENSE IN MARINE ALGAE AGAINST HERBIVORY UNDER PETROLEUM HYDROCARBONS POLLUTION

Angélica R. Soares, Daniel Simas and Heitor M. Duarte

Grupo de Produtos Naturais de Organismos Aquáticos (GPNOA), NUPEM, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Macaé, RJ.

[email protected] Herbivory influences marine benthic community structure and can be intense in both tropical and temperate habitats. Macroalgae have evolved a variety of mechanisms in response to herbivory, including escape in time or space, tolerating or deterring herbivores. Several modes are known by which algae deter consumers, of which morphological and chemical traits in anti-herbivore defenses are the most commonly employed mechanisms. Algae secondary metabolites have shown functions deterrence of herbivores. The contamination of marine ecosystems caused by accidental leakage or chronic release of petroleum hydrocarbons to the environment occurs each year with growing of industrialization and demand of energy. When these pollutants are released into aquatic habitats, deleterious effects on aquatic biota are a possible as a result of physical fouling and the intake or the absorption of water-soluble and insoluble hydrocarbons by aquatic biota. This may cause the increase in mortality (direct effect) or may exert effects on tolerant species by a number of different ecological mechanisms. Changes in behavior, physiology, competitive interactions and predator–prey relationships can produce changes in populations and community composition. Notwithstanding, the absorption of these water-soluble hydrocarbons by the organisms may affect the biosynthesis of the secondary metabolites in algae, changing their responses in chemical defenses. In these work we discuss about the influence of water-soluble hydrocarbons on the chemical defense in two brown algae, Canystrocarpus cervicornis and Stypopodium zonale, against herbivory in order to understand its possible effects in marine communities. Financial support: FINEP/PETROBRAS

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Simpósio V: Genômica e ecologia química

HOW DO GENES AND PROTEINS HELP INSECTS TO INTERPRET THEIR ENVIRONMENT?

Ana Claudia do Amaral Melo, Instituto de Química/UFRJ

Insects have a very efficient olfaction system capable to distinguish a stimulus from environment. This is one of the skills responsible for the enormous evolutionary success of this group. How insects are able to identify and interpret different chemical stimuli started to be unveiled more robustly in recent years with the development of genomic projects. The first significant genomic project of an insect species started was that of Drosophila melanogaster, followed by Anopheles gambiae, Aedes aegypti and many others. Olfaction is a sensory modality responsible to detect and interpret chemical stimuli, called odor, in a behaviorally coherent context. It envolves complex mechanisms and the coordination of different proteins involved in the tranduction of the odor chemical signal. Genome projects generated a huge amount of information that will need to be organized and interpreted correctly. Protein sequences can be predicted from the gene structure using bioinformatics algorithms. Proteomic analysis permits to validate genomic data, because in this particular case it is possible to identify the expressed protein. In the past years, our research was focused on the characterization of proteins expressed in sensory organs of Rhodnius prolixus and Aedes aegypti. Using the database of non annotated R. prolixus genomic project it was possible to characterize the full protein length of R. prolixus odorant co-receptor, called RproOrco. RproOrco is more significantly expressed in antennae of male than in female specimens. Also, proteomic and genomic analysis revealed a complete repertoire of odorant binding proteins in this species. Besides, proteomic analysis of the A. aegypti head revealed a distinct protein profile than the one obtained in blood and in sugar feed insects. These data together led us to propose that in insect the synthesis of protein involved with olfaction are regulated by diverse factors, such as nutritional status and gender.

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ANALYSIS OF GENES EXPRESSED IN MALE AND FEMALE ANTENNAE OF Lutzomyia longipalpis

Denise Borges dos Santos Dias

UERJ/IOC AV. MARACANA 598/801 - RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL [email protected]

Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae) is the main vector of Leishmania infantum (syn: Leishmania chagasi), the etiological agent of American Visceral Leishmaniasis (AVL), a fatal disease if left untreated. Despite its medical importance, little is known about the molecular biology of olfaction is this blood-sucking insect. In haematophagous insects olfaction is directly involved in searching and locating the host for blood-feeding, as well as in selecting places for oviposition. In addition, L. longipalpis males produce pheromones which are important in mating behavior. Antennae are the main structures involved in olfaction where Odorant Binding Proteins (OBPs), Odorant Degrading Enzymes (ODEs), Chemosensory Proteins (CSPs) and Olfactory Receptor Neurons (ORNs), with olfactory receptors (ORs) in their surfaces, are found. With the objective of identifying genes related to olfaction in L. longipalpis, we have constructed and sequenced two antennal cDNA libraries, one from males and one from females. The sequences obtained from both libraries were analyzed using the System for Integrated Genomic Resources and Analysis (Stingray), where comparisons with several protein, nucleotide and domain databases were performed. We will present some of the results of these analyses.

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ESTUDO E CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE RECEPTORES OLFATIVOS DE Rhodnius prolixus

LATORRE, J.M.; BRAZ, G.R.C.; MESQUITA, R.D.; OLIVEIRA, R.L.L.; OMONDI,

A.B.; LORENZO, M.G. CENTRO DE PESQUISAS RENÉ RACHOUT. AV. AGUSTO DE LIMA, 1715 –

BELO HORIZONTE - MG - BRASIL [email protected]

O canal sensorial olfativo é fundamental para os insetos encontrarem seus hospedeiros e, portanto, para a sua capacidade de transmitir doenças. Dois tipos de receptores de odor foram caracterizados nos neurônios olfativos de insetos: os acoplados a proteína G (ou receptores olfativos, ORs) e os conformados fundamentalmente por um canal iônico (ou receptores ionotrópicos, IRs). Recentemente, observou-se que os dois tipos de receptores precisam da co-ocorrência com proteínas co-receptoras para serem funcionais: OrCo no caso dos ORs, e IR25a e IR8a no caso dos IRs. O objetivo do presente trabalho é caracterizar a nível molecular ORs, IRs e co-receptores olfativos de Rhodnius prolixus, importante vetor da doença de Chagas. Na primeira fase do estudo, sequências de receptores de outros insetos foram escolhidas mediante busca nos bancos de dados NCBI, UniProtKB/Swiss-Prot e Protein Data Bank. A seguir, essas sequências foram comparadas com as proteínas previstas para o genoma de R. prolixus (dados não publicados), permitindo a identificação de sequências homólogas candidatas. Os programas Wise2, BioEdit 7, ClustalW2 e MEGA 5 foram usados para analisar as sequências candidatas e compará-las com as de outros insetos. Por meio de aplicativos disponíveis em www.cbs.dtu.dk/services/ foram identificadas as estruturas características das proteínas previstas, incluindo o canal e os domínios transmembrana. As análises bioinformáticas realizadas sobre as sequências e estruturas previstas permitiram confirmar a sua identificação. Mediante o programa IDT's Primer Quest foram desenhados iniciadores específicos que permitiram o sequenciamento dos três co-receptores, confirmando as predições bioinformáticas feitas sob essas proteínas. A seguir, novos iniciadores foram criados para estudar a expressão dos co-receptores, ORs e IRs em diferentes tecidos do inseto (antena, probóscide, tarsos dianteiros, médios e traseiros, genitália e corpo gorduroso) por meio de RT-PCR. Os resultados mostraram que dois ORs e os co-receptores OrCo e IR8a têm expressão antena-específica, entretanto, IR25a mostrou um padrão de expressão generalizado, tal como já descrito para outros insetos. Finalmente, através de qPCR foram avaliados os níveis de transcrição do gene OrCo em insetos com diferentes idades. O padrão de expressão dos genes OrCo e IR8a confirma a sua relação com processos olfativos, porem a expressão do gene IR25a fora das antenas sugere que alguns IRs poderiam estar envolvidos em outras funções além da recepção de odores. Uma melhor compreensão do sistema olfativo e do seu funcionamento em triatomíneos poderá revelar novos alvos para o desenvolvimento de estratégias de controle vetorial.

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Simpósio VI: Ecologia química de vetores de doenças

CHARACTERIZATION OF FUNCTIONAL TYPES OF GROOVED-PEGS IN FEMALE

Aedes aegypti

Marcelo Gustavo Lorenzo ; Rickard Ignell CPQRR-FIOCRUZ; Swedish Agricultural University (SLU)

AV AUGUSTO DE LIMA 1715, BARRO PRETO - BELO HORIZONTE - MG - BRASIL [email protected]

Our work was intended to determine whether there exist different functional types of grooved peg-like sensilla on the antennae of female Aedes aegypti. Subsequently, a second objective of this study was to characterize the dose-response profile presented by the different functional types of sensilla to the active odorants tested. Finally, we evaluated whether these different functional types present a homogeneous distribution along the antennae. For this, a panel of 25 odorants (+ 3 solvents) covering different functional families such as amines, ketones, alcohols, aldehydes, esters and fatty acids, was used to sort functionally different sensilla. A total of 64 single sensillum recordings (SSR) were performed to aloow the functional characterization. Five different response profiles were identified using a cluster analysis approach. Both excitatory and inhibitory responses were recorded in the presence of the different active stimuli. Dose response curves were calculated from mean values of responses recorded in a second set of experiments performed for this objective. Response profiles indicate that the grooved-pegs of female Ae. aegypti present a similar range of functional groups detected by their receptors, confirming the fact that this type of sensilla represent a special case of highly conserved receptors fundamentally dedicated to the detection of amines and fatty acids. The observed distribution of the different types of sensilla suggests that some sort of segregation exists in their frequency of occurrence. The relevance of such a conserved role for this type of chemosensory hairs is discussed in evolutionary terms.

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CHEMICAL COMMUNICATION IN Rhodnius prolixus

Lorenzo Figueiras, Alicia Laboratorio de Fisiología de Insectos, Departamento de Biodiversidad y Biología Experimental, Facultad de Ciencias exactas y Naturales, Universidad de Buenos

Aires, CABA, Argentina. [email protected]

Triatomine bugs are vectors of the parasite Trypanosoma cruzi, the causative agent of Chagas disease in Latin America. Rhodnius prolixus is the main vector in northern South America and parts of Central America. Chemical communications involved in different behavioural contexts were studied in triatomines. In our studies, R. prolixus showed aggregation behaviour mediated by olfactory cues present in their dry faeces, but failed to response to cuticular aggregation cues, whose presence has been confirmed in other triatomines. We also studied whether mate recognition is mediated by cuticular lipids (CL) as contact pheromones. Reports on the lipid composition of the cuticle of several Triatominae species have focused on the characterisation of cuticular hydrocarbons. Changes in hydrocarbon profiles of the cuticle were reported for R. prolixus and Triatoma infestans. Differences in lipid composition were also observed between sexes for T. infestans. However, until now; no sexual dimorphism was reported for R. prolixus. We focused on the role of CL in the mating behaviour of R. prolixus. Our hypothesis is that the mating behaviour is mediated by cuticular lipids through contact chemoreception. We analysed by GC-MS CL dichloromethane (DCM) and hexane (H) extracts of the hydrocarbon and non-hydrocarbon profiles of immature and adult bugs. Behavioural assays were conducted to analyze the sexual behaviour of males when confronted to conspecifics under different treatment conditions. Frequencies of copula, mating attempts and no mating attempt were recorded. We tested whether males distinguish among intact females (dead or alive) and CL-washed females (with DCM or H) that were painted with 1 female equivalent of CL from both, adult or 5th instar, females or males. The eight CL extracts were analyzed by GC-MS. The behavioural analysis showed that male copulatory attempts occurred in presence of alive and dead females, either intact or female-painted. When CL was extracted with DCM or H, a high no mating attempt frequency was found. Interestingly, when CL was extracted from the female with DCM, copula was not observed in presence of females painted with CL extracts from either adult or immature males. The chemical analysis results revealed that dichloromethane CL extracts showed differences in the hydrocarbon profile between immature and adult insects, but not between males and females. Non-hydrocarbon CL were different between males and females (adult and immature), which may explain the gender-related differences of the male behaviour. The behavioural evidence supported that female cuticular lipids mediate sex recognition by the male. The knowledge of the mechanisms underlying communication, involved in sexual and/or aggregation behaviours, might help in the development of new tools useful to control vectorial transmission.The male is capable to distinguish between sexual and non-sexual stages through contact chemical cues present in the cuticle.

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IDENTIFICAÇÃO DE COMPOSTO CUTICULAR DE FÊMEAS DE Aedes (Stegomyia) aegypti (LINNAEUS 1762) E SUA INFLUÊNCIA NO

COMPORTAMENTO DE MACHOS CO-ESPECÍFICOS

Paixão, K.S.; Gonçalves,C.L.; Navarro, D.M. F.A.; Vilela, E.F.; J Jaffé,K.C.; Batista-Perreira, L.G.; Eiras, A.E.

UFMG – Belo Horizonte, MG, Brasil [email protected]

Desde os anos 1950 sabe-se que machos de Aedes aegypti localizam fêmeas co-específicas para a cópula a partir do reconhecimento do som de batimento das asas. Entretanto, estudos recentes indicam a existência de compostos químicos que estariam envolvidos no reconhecimento sexual dessa espécie. Este trabalho teve como objetivo investigar a existência de tais compostos em A. aegypti. Para tanto, foi realizada a identificação química dos compostos presentes em extratos hexânicos de 200 adultos virgens de mosquitos machos e fêmeas. Esses extratos foram analisados por cromatografia em fase gasosa acoplada ao espectrômetro de massas (CG-EM), a fim de investigar sua composição. Foram identificados 25 compostos nos extratos de fêmeas (50,2%) e 23 nos extratos de machos (62,8%), sendo cinco deles exclusivos de fêmeas e três de machos. Posteriormente, foram selecionados dois dos compostos identificados, um de macho (composto “M”) e um de fêmea (composto “F”). Os compostos sintéticos foram diluídos em hexano nas seguintes concentrações: 0,1µL, 0,01µL e 0,001µL. Para a avaliação dos efeitos destes compostos no comportamento dos mosquitos foram realizados testes de captura e testes de olfatometria, com machos de A. aegypti em sala climatizada (28,0 ± 2 ºC e 70 ± 10% UR). Como tratamento foi utilizado 50µL de cada composto, nas três concentrações, e 50µL de hexano (controle), ambos em um papel de filtro (4x1cm). Nos testes de captura os insetos foram liberados no interior de uma gaiola de acrílico (150x50x41cm) e os papéis de filtro, contendo os estímulos, foram colocados em placas de Petri. Cartões adesivos em formato cilíndrico (15cm de altura x 7,5cm de raio) foram colocados sobre as placas de Petri com a parte adesiva voltada para o centro. O número de insetos atraídos para os estímulos foi quantificado a partir do número de insetos retidos no cartão adesivo. Foram liberados 20 insetos por teste (3-10 dias de idade), os quais tiveram a duração de 2h, com seis repetições. Os resultados obtidos para o composto “M” não mostraram nenhum tipo de atração (p>0,05). Entretanto, o composto “F” na concentração de 0,001µL/mL foi atrativo para os machos, capturando 66,7% dos insetos avaliados. A partir desses resultados, optou-se em realizar testes em olfatômetro horizontal de dupla escolha utilizando apenas o composto “F” a 0,001µL/mL. Nesses testes, foram utilizados grupos de 10 machos virgens e 10 machos copulados / repetição (n=15), com idade entre 3-10 dias, os quais foram avaliados separadamente de acordo com o status quanto à cópula. Os testes tiveram a duração de 1 min. e permitiram demonstrar o papel do composto “F” para desencadear o comportamento de vôo de machos. A taxa de vôo dos machos virgens foi maior do que a dos machos copulados.

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DISTRIBUIÇÃO DOS FEROMÔNIOS SEXUAIS DE Lutzomyia longipalpis (DIPTERA:PSYCHODIDAE:PHLEBOTOMINAE) NO BRASIL

Brazil,R.P.; Hamilton,J.G.

INSTITUTO OSWALDO CRUZ RJ - BRASIL [email protected]

Lutzomyia longipalpis (Lutz & Neiva, 1912) é o principal vetor da leishmaniose visceral na América Central e do Sul e há indicações de que L. longipalpis seja um complexo de espécies de com, pelo menos, quatro espécies no Brasil. Machos de L. longipalpis s.l. produzem feromônios sexuais terpenóides e existem atualmente quatro tipos diferentes de feromônio (quimiotipos) produzido pela população brasileira: (S)-9methylgermacrene-B (9MG), 3-metil-α himschalene (3MH) e dois cembrene isômeros (Cem 1 e 2 Cem ). Estudo das distribuições de feromônios sexuais de várias populações de L. longipalpis mostram que 9MG é amplamente distribuído na região sudeste e central do Brasil, Cem 1 e 2 estão distribuidos pelas regiões sudeste , nordeste / norte do país e 3MH é, até agora restrito a algumas áreas no Estado da Bahia. Populações simpátricas com 2 tipos de feromônios são encontradas em algumas áreas do Brasil.

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Simpósio VII: Comunicação multi-modal em artrópodos

MULTIMODAL COMMUNICATION IN PENTATOMIDAE

Andrej ČOKL and Vera ZGONIK Department of Entomology, National Institute of Biology, Večna pot 111, SI-1000

Ljubljana, Slovenia [email protected]

Communication is defined as complex process of information exchange between sender and receiver with signals of different modalities. Insects are the most successful group of animals with well developed intra- and interspecific communication in different media. The southern green stink bug Nezara viridula (Pentatomidae: Pentatominae) represents the model species in which complex communication processes have been extensively studied at different levels from chemical ecology to vibration producing mechanisms, relevant sensory organs, neuronal processing and insect/plant interactions during communication. Communication with species and sex specific vibratory signals has been reviewed in Pentatominae by Čokl (J. Insect Physiol. 54: 1113-1124, 2008). Borges and co-workers (Entomol. Exp. Appl. 44: 205-212, 1987) have demonstrated that chemical signals are involved in N. viridula long-range calling phase of behaviour and that signals of other modality (vision, acoustics) are important in close-range courtship. A step forward was the work of Miklas and co-workers (J. Chem. Ecol. 29(3): 561-574, 2003) showing that female N. viridula calling song vibratory signals modulate the amount of male pheromone release. Despite of extensive laboratory studies several questions concerning communication in the field with chemical, mechanical and other modality signals remained opened in stink bugs. For example: (a) do females always start vibrational communication, (b) does male pheromone trigger female calling, (c) does male pheromone trigger any rivalry between males, (d) what is the role of vision or of mechanical signals like touch and near-field airborne sound in communication, etc. In the lecture we represent recent results on the study of multimodal communication in N. viridula in natural conditions. Male pheromone triggers females on a plant to start emitting the calling song as the first song in a male female vibrational communication. Males start calling as response to female calling but a high percentage of males emitted the calling song by visual stimulation with a female or male body. Vibrational stimulation with conspecific songs was most effective in males but not in females. Male pheromone triggered female calling song but no vibratory response could be obtained in males. When a female was placed first on a plant, males started vibrational communication in more cases than females. In the opposite case (a male placed first on a plant) females more often started first to call. While females almost exclusively started vibrational communication with the calling song males first emitted in almost the same ratio the calling or the courtship song. We can conclude that the male pheromone triggers female calling and that stimuli of other modality trigger males to call first.

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COMUNICAÇÃO MULTI-MODAL EM INSETOS PARASITÓIDES

Laumann, R.A.; Moraes, M.C.B.; Čokl, A.; Borges, M. EMBRAPA. QEB AVDA W5 NORTE - BRASÍLIA - DF - BRASIL

[email protected]

Os parasitóides realizam a busca e seleção de seus hospedeiros em ambientes complexos, sendo assim submetidos a estímulos de diferente origem (plantas, componentes do habitat, hospedeiro) e natureza (visuais, tácteis, químicos). Em geral, os estudos do comportamento de forrageamento em parasitóides se concentram na avaliação da resposta dos mesmos quando submetidos a um único tipo de estímulo o que constitui uma simplificação do sistema em estudo e muitas vezes resultados que não representam o que ocorre no ambiente natural. Nos últimos anos diversos autores chamaram a atenção para a realização de esforços no sentido de avaliar o comportamento dos parasitóides frente a estímulos multimodais para entender como eles condicionam as respostas, a forma na qual interagem e a relevância de cada um nas diferentes etapas da busca e seleção de hospedeiros. A importância de considerar os estímulos multimodais para melhor compreensão do comportamento de parasitóides será discutida utilizando como modelo de estudo os parasitóides de ovos de percevejos (Hymenoptera: Scelionidae). Estes parasitóides utilizam voláteis induzidos por herbivoría (VIHs) e voláteis dos percevejos (feromônios sexuais e compostos defensivos) como sinais indiretos para orientação a longa distância, nesta etapa a cor do substrato também pode influenciar a orientação. Já no micro-habitat do hospedeiro (plantas) estímulos de diferentes tipos influenciam o comportamento de busca como rastros químicos de ninfas e adultos de percevejos, sinais emitidos pelas plantas e induzidos por percevejos e sinais vibratórios emitidos durante o comportamento de acasalamento dos percevejos. Em distâncias curtas (< 1 cm) sinais visuais (forma, tamanho, cor) e químicos (hidrocarbonetos, ácidos graxos, proteínas) dos ovos de percevejos podem ser determinantes para a orientação final e a escolha do hospedeiro. A partir desta informação disponível um modelo da interação destes estímulos e do uso de cada um nas diferentes etapas da busca e seleção de hospedeiros será proposto.

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COMUNICAÇÕES ORAIS

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SEXY SCOUNDRELS: NATURE'S CONARTISTS - Drakaea ORCHIDS AND THEIR CHEMISTRY

Björn Bohman Jeffares, Lynne; Barrow, Russell; Flematti, Gavin; Phillips, Ryan; Menz,

Myles and Peakall, Rod THE AUSTRALIAN NATIONAL UNIVERSITY - AUSTRÁLIA

[email protected]

Resumo Orchids are well known for their extraordinary species diversity and for their specialised pollination systems. Drakaea orchids, endemic to Western Australia, are pollinated by the sexual deceit of male thynnine wasps through mimicry of the insect pheromones. An investigation into chemical communication between these orchids and their pollinators has found that pyrazine based compounds are used as semiochemicals by Drakaea orchids. Following the successful identification, synthesis and field testing of four compounds in D. glyptodon the study has been expanded to include five additional species. We have strong indications that all species are utilising related compounds, including novel oxygenated pyrazines. This talk will outline the methods utilised in the isolation, identification and synthesis of the identified semiochemicals, including solid phase microextraction (SPME), GC/electroantennographic detection (GC/EAD), GC/MS and GC/HRMS. Finally, the implications for our understanding of the role of chemical changes in orchid speciation will be briefly explored. Palavras Chave Oorchids; Drakea; semiochemicals; wasps; deception

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AVALIAÇÃO DOS ESTÍMULOS OLFATIVOS ENVOLVIDOS NO COMPORTAMENTO DE Pachycoris torridus

ANDRÉA MARQUES VANDERLEI FERREIRA; Mariana Santos Gomes de Oliveira;

Antônio Euzébio Goulart Sant’Ana; Fábio Luiz Fregadolli; Lud’milla Monique Ferreira Dorville; João Gomes da Costa

UFAL (IQB/CECA). - MACEIÓ - AL – BRASIL [email protected]

Resumo A implantação do Programa Brasileiro de Biodiesel tem despertado o interesse em promover estudos com espécies vegetais oleaginosas. O pinhão manso (Jatropha curcas L.) apresenta alta produtividade de óleo de boa qualidade, no entanto esta cultura tem sofrido danos, em diferentes regiões no país, causados por Pachycoris torridus (Hemiptera, Scutelleridae). Na tentativa de controlá-lo, por meio de técnicas biológicas, que visem uma produção agrícola sustentável, baixos impactos ambientais, a fim de minimizar a aplicação de defensivos agrícolas que contaminam o ambiente, animais e os seres humanos, práticas como a aplicação de armadilhas com o feromônio sexual ou de agregação vem ganhando destaque no controle biológico de insetos praga. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento do percevejo em relação aos voláteis de insetos machos e fêmeas visando uma identificação futura de feromônio dessa espécie. Os bioensaios foram realizados no Laboratório de Semioquímicos do Instituto de Química e Biotecnologia da Universidade Federal de Alagoas, em 2011, objetivando avaliar a atratividade do percevejo a dieta natural (folhas) e sua espécie (machos e fêmeas), por meio da olfatometria. Os insetos foram separados, em duas gaiolas, por sexo, durante 12h, os quais não receberam nenhuma dieta. Após este período iniciaram-se os testes comportamentais, com o auxílio do olfatômetro de vidro de dupla escolha do tipo Y (tubo principal com 40 cm com braços de 20 cm; 3 cm de diâmetro). A temperatura foi mantida em 25 (±2ºC) e a umidade relativa do ar em 70%. Em cada bioensaio foi avaliado o comportamento de 20 machos e 20 fêmeas. Os insetos eram introduzidos no olfatômetro entre a quarta e a décima primeira hora da fotofase e seu comportamento foi observado por 5 minutos, sob luz fluorescente. Se o macho permanecia no tubo principal, era registrado como ausência de escolha e o valor era excluído da análise estatística; se o inseto se dirigia para um dos braços do tubo em Y, era registrado como escolha. O indivíduo era testado apenas uma vez em cada bioensaio. Foram realizados quatro bioensaios: I – Avaliação da atratividade aos odores de 3 machos versos controle (branco); II - Avaliação da atratividade aos odores de 3 fêmeas versos controle (branco); III- Avaliação da atratividade aos odores de 3 machos versos dieta natural (folhas) e IV - Avaliação da atratividade aos odores de 3 fêmeas versos dieta natural (folhas). A análise estatística dos dados foi feita através de teste do Qui-quadrado (x²), mostrando diferença significativa, no nível de 5% de probabilidade, nos bioensaios I (fêmeas), III (machos e fêmeas) e IV (fêmeas e machos). Os resultados obtidos mostraram que as fêmeas são atraídas pelos odores dos machos; fêmeas e machos não são atraídos pelos seus próprios voláteis e os machos são atraídos pelos voláteis emitidos pela planta. Estes resultados evidenciam a existência de feromônio sexual emitido pelo macho. Palavras Chave Jatropha curcas; Pachycoris torridus; Olfatometria; Feromônio

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CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE DEFESA QUÍMICA NAS DIFERENTES FASES DO CICLO DE VIDA DE Laurencia dendroidea (CERAMIALES, RHODOPHYTA).

Oliveira, A. S. Daniela Bueno Sudatti , Mutue Toyota Fujii, Silvana Viana Rodrigues,

Renato Crespo Pereira Departamento de Biologia Marinha, Instituto de Biologia, UFF, - RIO DE JANEIRO -

RJ - BRASIL [email protected]

Resumo O papel dos metabólitos secundários como estratégia de defesa é bastante relatado, assim como casos de variação intraespecífica na concentração dessas substâncias. Contudo, ainda é inicial o conhecimento a respeito das fontes de variação intraespecífica decorrentes de parâmetros da história de vida, como ploidia e gênero. Trabalhos anteriores indicaram que as diferentes fases do ciclo de vida em espécies de Laurencia, apesar da aparente isomorfia, apresentam características fisiológicas que podem refletir diferenças em aspectos ecológicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar se a variação tanto do crescimento quanto da produção de defesa química, o sesquiterpeno elatol, pode estar associada às diferentes fases do ciclo de vida de Laurencia dendroidea, mantidas sob cultivo. Culturas unialgáceas (n=4, para cada fase) foram mantidas em água do mar esterilizada, enriquecida com meio Provasoli (25%) sob irradiância de 60-80 &#956;mol fótons m&#8722;2s&#8722;1. Quatro genótipos distintos, mantidos em triplicata (clones), foram submetidos a duas condições experimentais (15 e 25°C). O crescimento (biomassa) foi avaliado semanalmente, durante um mês, e ao final do experimento, cada clone foi submetido à extração em hexano para a realização da quantificação do elatol por cromatografia a gás acoplada a um detetctor de elétrons nos extratos brutos gerados. O crescimento médio dos gametófitos (feminino e masculino) e esporófitos de L. dendroidea foi similar sob 25°C, entretanto, sob 15°C ocorreu maior crescimento médio do gametófito masculino. Com relação à produção de elatol, para uma mesma temperatura, foi observado que sob 15°C, o gametófito masculino possuía maiores teores de elatol, enquanto que sob 25°C destacou-se o esporófito. Independente do gênero, para ambos os gametófitos não houve influência da temperatura na produção de elatol, ao passo que nos esporófitos, a produção é significativamente maior sob 25°C. Ficou claro que as diferenças em ploidia parecem ser importantes para os teores de elatol sob condições ambientais variantes. Os resultados encontrados reforçam a idéia de que a principal vantagem de organismos diplohaplônticos é a exploração mais eficiente de uma ampla gama de ambientes através da diferenciação ecológica das duas fases de ploidia. Palavras Chave Algas vermelhas; elatol; ciclo haplodiplobionte; fases do ciclo de vida

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INFLUÊNCIA DE COMPOSTOS VOLÁTEIS DA SOJA INDUZIDOS POR HERBIVORIA NO COMPORTAMENTO DE BUSCA DO PARASITÓIDE DE OVOS

Telenomus podisi.

Michereff, M.F.F. Moraes, M.C.B.; Diniz, I.R.; Borges, M.; Laumann, R.A. EMBRAPA RECURSOS GENÉTICOS E BIOTECNOLOGIA ; Universidade de Brasília

PARQUE ESTAÇÃO BIOLÓGICA W5 NORTE - BRASÍLIA - DF - BRASIL [email protected]

Resumo Parasitóides e predadores usam voláteis de plantas induzidos pelos herbívoros (VPIH) para encontrarem seus hospedeiros. No entanto, há poucos trabalhos que mostram o mecanismo envolvido na atração dos inimigos naturais aos VPIHs. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de compostos orgânicos voláteis (COVs) da soja (cv Dowling), que foram induzidos após a injúria causada pelo percevejo Euschistus heros, no comportamento de busca do parasitóide de ovos T. podisi. Os compostos (E,E)-&#945; farneseno (Far), salicilato de metila(SM), (Z)-3-acetato de hexenila (AH) e (E)-2-octen-1-ol (Oct) foram preparados em diferentes concentrações (10-6 a 10-1M) e combinações, sendo testados em olfatômetro de dupla escolha (tipo “Y”). O parasitóide respondeu preferencialmente somente para o Far a 1x10-5M quando os compostos foram testados individualmente. Não houve resposta significativa na primeira escolha, nem no tempo de residência, quando as misturas: (1) Far+SM+AH+Oct; (2) Far+SM; (3) Far+AH; (4) Far+Oct; (5) SM+AH; (6) SM+Oct e (7) AH+Oct, a 1x10-5M, foram contrastadas com o Far a 1x10-5M. Usando o hexano como controle, o parasitóide não mostrou preferência pelas misturas, mas o tempo de residência no braço com a mistura dois foi maior do que no controle. Nos bioensaios contrastando plantas sadias e danificadas por E. heros durante 96 h, com o Far a 1x10-5M, T. podisi respondeu e permaneceu a maior parte do tempo no braço com as plantas danificadas. O parasitóide respondeu também para plantas danificadas por herbivoria 96h+Far 1x10-5M quando contrastadas com plantas sadias, não havendo diferença significativa para os tratamentos: planta sadia+Far, hexano e hexano+Far. Os resultados mostram que T. podisi utiliza o (E,E)-&#945;-farneseno como pista para a busca de hospedeiros, mas outras informações podem ser usadas pelo parasitóide, como outro COV não identificado, ou algum composto do “background” da planta, como gases envolvidos na respiração e/ou na transpiração da planta, por exemplo. Palavras Chave Sesquiterpenos; compostos aromáticos; voláteis verdes das plantas; defesa indireta; Euschistus heros

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FEROMÔNIO SEXUAL MEDIANDO O ACASALAMENTO DE Telchin licus (DRURY) (LEPIDOPTERA: CASTNIIDAE)

Wadt, L Sarto, V.C.; Almeida, L.C.; Dias, C.T.S.; Bento, J.M.S.; Parra-Pedrazzoli, A.L.

ESALQ-USP - PIRACICABA - SP - BRASIL [email protected]

Resumo A broca gigante, Telchin licus (Drury) (Lepidoptera: Castniidae) é considerada uma das pragas mais importantes da cana-de-açúcar e está presente nas principais regiões produtoras do Brasil. Estudos prévios têm sugerido a existência de um possível feromônio sexual mediando o seu acasalamento. Todavia, devido às peculiaridades de seu vôo nupcial, ainda se desconhece se o feromônio está atuando sozinho ou em conjunto com outros mecanismos durante o processo de acasalamento. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o papel do feromônio sexual e/ou da coloração iridescente das asas de T. licus durante o seu acasalamento. Em razão dos insetos se movimentarem no interior da cultura (dentro dos talhões) no horário de acasalamento, foi confeccionado um equipamento contendo duas varas de pescar colocadas na linha da cultura e distanciadas 10 m uma da outra, unidas por uma linha de pescar para simular o vôo de T. licus e desse modo verificar a atração dos machos de campo. O delineamento experimental foi em blocos, sendo uma repetição para cada tratamento/dia, durante sete dias. Os tratamentos foram: (i) fêmea viva (FV); (ii) fêmea estilizada (FE) (protótipo do corpo da fêmea, em massa bisqui pintada com tinta óleo, e asas verdadeiras coladas), e (iii) fêmea estilizada + septo de borracha impregnado com extrato natural em hexano do feromônio sexual (30 equivalentes fêmea) (FE+S). Para cada repetição dentro do tratamento estipulou-se o tempo de dez minutos avaliando-se: (i) número de insetos que se aproximaram; (ii) número de machos que perseguiram o tratamento e (iii) número de vezes que o mesmo macho perseguiu o tratamento. O número de machos que se aproximaram (P> 0,5928) e perseguiram (P> 0,2363) os tratamentos FV, FE, e FE+S não diferiram entre si, pelo teste de Ducan a 5% de probabilidade. Contudo, houve diferença marginalmente significativa (P= 0,0772) no número médio de vezes em que o mesmo macho perseguiu a FV (5,1) e FE (0,1). Este resultado indica que somente a atração visual não foi suficiente para estimular os machos selvagens a manterem uma perseguição ao inseto estilizado. Entretanto, considerando-se que o número médio de vezes que os machos perseguiram o tratamento FE+S (1,9) não diferiu estatisticamente do tratamento FV (5,1), sugere que T. licus possui um feromônio sexual mediando o acasalamento, porém, outros mecanismos além da comunicação química parecem estar envolvidos neste comportamento, como a atração visual a partir da iridescência das asas estimuladas por meio de uma dança em movimentos serpentinos. Palavras Chave feromônio sexual, broca gigante da cana-de-açúcar; cana-de-açúcar

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INFLUÊNCIA DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA NO COMPORTAMENTO SEXUAL DOS INSETOS

Pellegrino, A.C. José Mauricio S. Bento

ESALQ/USP - PIRACICABA - SP - BRASIL [email protected]

Resumo A queda na pressão atmosférica está freqüentemente associada com mau tempo, incluindo tempestades, e pode ser acompanhado por diferentes combinações de ventos fortes, chuvas, variações bruscas de temperatura e radiação solar, resultando em possível alta mortalidade de pequenos insetos. Neste trabalho foi demonstrado que as mudanças na pressão atmosférica influenciaram várias atividades do comportamento sexual nos insetos em ao menos três ordens, representados por Pseudaletia unipuncta (Haworth) (Lepidoptera: Noctuidae), Macrosiphum euphorbiae (Thomas) (Hemiptera: Aphididae) e Diabrotica speciosa (Germar) (Coleoptera: Chrysomelidae). Os parâmetros comportamentais observados foram: (i) resposta de atração do macho ao feromônio sexual (para D. speciosa); (ii) comportamento de chamamento das fêmeas (para P. unipuncta e M. euphorbiae); e (iii) comportamento de cópula (para D. speciosa, P. unipuncta e M. euphorbiae). Estes parâmetros, por sua vez, foram analisados sob diferentes condições de pressão atmosférica no Brasil (Bra) e Canadá (Can). Levando-se em conta dados históricos nestes locais, foi definido como condições estáveis de pressão atmosférica variações de ±1,5mbar (Bra) e ±1,0mbar (Can); aumento de pressão com variação de +2,0mbar (Bra) e +4,0mbar (Can) e queda de pressão com -2,0mbar (Bra) e -4,0mbar (Can), ao longo das seis horas antes de cada bioensaio. Os machos de D. speciosa responderam ativamente ao feromônio sexual em condições estáveis e de aumento da pressão atmosférica, porém permanecerem imóveis em condições de queda da pressão atmosférica. As fêmeas de P. unipuncta realizaram comportamento de chamamento basicamente sob condições estáveis e de aumento da pressão atmosférica, reduzindo sensivelmente este comportamento quando houve queda da pressão atmosférica. As fêmeas de M. euphorbiae apresentaram comportamento de chamamento apenas em condições estáveis de pressão atmosférica, e permaneceram em repouso sob aumento e queda da pressão atmosférica. O comportamento de cópula em P. unipuncta e M. euphorbiae foi realizado preferencialmente sob condições estáveis de pressão atmosférica, e intensamente reduzidos em condições de queda e aumento de pressão atmosférica. Em D. speciosa, apesar dos casais terem realizado a cópula, independentemente das variações observadas de pressão atmosférica, o tempo investido e as sequências comportamentais durante essas cópulas foram encurtadas nas condições de queda da pressão atmosférica. Os resultados aqui apresentados demonstraram que o comportamento sexual dos insetos foi influenciado pelas variações da pressão atmosférica, e aparentemente, a percepção dessas variações teria um valor adaptativo importante, pois seleciona aqueles insetos que respondem às condições adversas, permitindo sua sobrevivência em razão das mudanças bruscas nas condições climáticas. Palavras Chave Pressão barométrica; Comportamento sexual; Comportamento de cópula; Comportamento de chamamento, Pseudaletia unipuncta; Macrosiphum euphorbiae; Diabrotica speciosa

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COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS (VOCs) DE Eucalyptus benthamii ANTES E APÓS HERBIVORIA DE Thaumastocoris peregrinus (HEMIPTERA, THAUMASTOCORIDAE) INFLUENCIAM A PREFERÊNCIA DE FÊMEAS

Martins, C.B.C Zarbin, P.H.G.

UFPR - CURITIBA - PR - BRASIL [email protected]

Resumo Diferentes estudos demonstraram que as plantas respondem à herbivoria sintetizando e liberando compostos orgânicos voláteis (VOCs). Os VOCs liberados por Eucalyptus após o ataque de herbívoros ainda não foram estudados. O objetivo deste trabalho foi comparar os VOCs liberados por mudas de 120 dias de Eucalyptus benthamii antes e após a herbivoria por Thaumastocoris peregrinus (Hemiptera, Thaumastocoridae), após dano mecânico, e durante a fotofase e escotofase. Foram testados três tratamentos: herbivoria (H); dano mecânico (MD); e a emissão na fotofase e escotofase (Pho). Dez machos, após a alimentação por 24 horas, foram removidos das câmaras de aeração e a coleta dos voláteis iniciou por um período de cinco (H e MD) ou quatro dias (Pho) dependendo do tratamento. Para MD, uma folha da muda de E. benthamii foi cortada no meio antes da aeração. As extrações dos VOCs foram realizadas com 200 uL de hexano a cada 24 horas (H e MD) ou 12 horas (Pho), e os extratos foram analisados imediatamente por GC-MS e GC-FTIR. A quantidade média de VOCs liberados foi calculada (em ng) baseada em três repetições para todos os tratamentos. Bioensaios em olfatômetro foram realizados com o extrato de plantas sadias e após 24 horas de alimentação. A análise estatística para o teste em olfatômetro foi feita no programa BioEstat 3.0 com o Teste Binomial e nível de significância de 5%. Os VOCs liberados pelas mudas de E. benthamii são principalmente monoterpenos e sesquiterpenos. Três compostos majoritários foram liberados em grandes concentrações após a herbivoria:. α;-pineno, aromadendreno e globulol. globulol. α;-pinene é o principal composto e variou de 14,5 ng ± 5,8 a 180,58 ng ± 17,83 em H. Oito compostos são geralmente liberados em H (compostos 2, 5, 8, 9, 11, 12, 14, 17). Em MD, a quantidade de α;-pineno aumentou, no entanto, foi muito menor do que em H, assim como ocorreu com todos os compostos. Em Pho, o monoterpeno 9 foi liberado apenas na escotofase. Os bioensaios revelaram a preferência das fêmeas acasaladas pelo extrato de planta sadia (p = 0,0034), quando comparado com o extrato de planta atacada. Suportando esse resultado, o óleo essencial de espécies de Eucalyptus, que possui concentrações altas de α-pineno, é considerado pesticida natural e poderia diminuir a preferência pelo extrato de planta atacada, que possui altas concentrações deste composto. Palavras Chave α-pineno; ecologia-química; percevejo-bronzeado

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RESUMOS PÔSTERES 5 DEZ

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A CAPACIDADE DA ANÊMONA Bunodosoma caissarum SOBREVIVER AO ZOANTÍDEO Zoanthus sociatus: UMA RELAÇÃO DE ALELOPATIA?

Rogers, R. & Pereira, R.C.

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF) OUTEIRO SÃO JOÃO BATISTA, S/N, CENTRO. NITEROI. RJ. BRASIL

[email protected] RESUMO No ambiente marinho, processos alelopáticos participam de diversas interacoes competitivas sendo caracterizados como a liberação de metabolitos com funções não nutricionais que participam de interacoes danificadoras, cujos efeitos podem ser diretos ou indiretos. Os organismos do filo Cnidaria são famosos por possuírem células especializadas em armazenar e injetar substâncias tóxicas, os nematocistos. Dentre os quais esta o zoantídeo Zoanthus sociatus, um zooxantelado colonial com a habilidade de crescer rapidamente sobre competidores por espaço recobrindo áreas extensas de substrato. Pertencendo a mêsma classe, a anêmona-do-mar Bunodosoma caissarum, um cnidário solitário, endêmico do litoral brasileiro, possui cnidas do tipo penetrante para captura de presas, defesa e locomoção. Esta anemona é conhecida por possuir substâncias de interesse farmacológico, porem, pouco se conhece sobre sua ecologia, especialmente sobre a influência de seus metabolitos secundários no ambiente. O litoral sudeste do Brasil é uma zona de coocorrência destas duas espécies e, em especial, na ponta do Pai Vitório, município de Armação dos Buzios (RJ), Z. sociatus recobre uma grande área do costão rochoso, circundando anêmonas B. caissarum. Além de contornar o corpo das anêmonas, ainda foi visualizada uma descoloração de Z. sociatus nas bordas deste contato. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi investigar esta interação em laboratório, com condições controladas em aquarios. Em experimentos com os organismos vivos colocados em contato direto durante 72 h, foi detectado, através do teste de chi-quadrado (p = 0,04), um numero significativo de colônias de Z. sociathus cujos pólipos se retraíram ao entrar em contato com tentáculos da anêmona B. caissarum, nas primeiras 24 horas de experimento. Esta reação não foi observada quando ocorria o contato com a coluna desta anêmona. Ao final deste experimento constatou-se que as colônias ainda saudáveis do zoantídeo, em contato com os tentáculos das anemonas, mantiveram seus pólipos fechados durante todo o tempo. Em experimentos utilizando mimicas com e sem extrato dos tentáculos não houve qualquer reação dos pólipos de Z. sociatus ao contato. Apesar de não terem sido detectados efeitos diretos do contato com os extratos, também não houve reação direta ao simples contato físico com as mimicas sem o extrato, evidenciando que a retração dos pólipos de Z. sociatus não e efeito do contato físico. Por outro lado, a significativa reação de fechamento dos pólipos ao interagir com os tentáculos da anêmona sugere um efeito químico. A resposta dos pólipos pode ser resultado da complexa fisiologia dos nematocistos presentes nos tentáculos de B. caissarum que possuem a habilidade de armazenar e injetar toxinas nos tecidos de suas presas e competidores, garantindo sua sobrevivência no meio em que vivem. Palavras chave Competição por espaço; costão rochoso; toxinas; nematocistos; branqueamento; stand-off; extrato bruto, ecologia química marinha

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COMPORTAMENTO SEXUAL DE Diatraea saccharalis (FABR.) (LEPIDOPTERA:

CRAMBIDAE)

Kuss-Roggia, R.C.R. Sarto, V.; Bento, J.M.S.; Parra-Pedrazzoli, A.L. ESALQ/USP - PIRACICABA - SP - BRASIL

[email protected] Resumo A broca-da-cana-de-açúcar, Diatraea saccharalis (Fabr.) (Lepidoptera: Crambidae) é uma das pragas de maior importância econômica na América do Sul e do Norte. Em razão da fase larval ficar abrigada no interior do colmo da cana-de-açúcar, o controle biológico por meio da liberação do parasitóide Cotesia flavipes (Cam.) (Hymenoptera: Braconidae) tem sido a estratégia de manejo mais utilizada. Para tornar este controle mais eficiente, o monitoramento desta praga com seu feromônio sexual poderia auxiliar a decisão do momento mais propício para a liberação dos parasitóides. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi estudar a idade, horário e duração de cópulas por casal, visando à obtenção e identificação do feromônio sexual de D. saccharalis. Determinou-se que 87% dos casais observados realizaram atividade de cópula, sendo que 100% destes na primeira noite após a emergência, demonstrando que as fêmeas já estão aptas sexualmente nas primeiras 24 horas de vida. O horário de cópula variou entre a quinta e nona hora da escotofase, com um pico na sexta hora (48%). A duração média da cópula foi de 102 min, com uma variação de 31 a 243 min. Palavras Chave Ritmo circadiano; broca-da-cana; feromônio; cópula

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A IMPORTÂNCIA DA SECREÇÃO DA GLÂNDULA METAPLEURAL PARA

MANUTENÇÃO DA ASSEPSIA NAS COLÔNIAS DE FORMIGÁS CORDEIRAS (HYMENOPTERA: FORMICIDAE)

MALAQUIAS, K.S. FERNANDES, J.B.; BUENO, O.C.; VIEIRA, A.S.; FERNANDES,

M.N.; VIEIRA, P.C. & SILVA,M. F. das G. F. da UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - São Carlos - SP - BRASIL

[email protected] Resumo A secreção da glândula metapleural constitui um importante tipo de defesa química imune em formigas cortadeiras. Estes insetos eusociais são confrontados por agentes patogênicos presentes no solo, ambiente microbiológico rico e diversificado. Sendo assim, a eficiente defesa contra microorganismos e de grande contribuição para o sucessoevolutivo destes insetos. Neste trabalho foi realizado um estudo morfológico e histoquímico da glândula metapleural, assim como o estudo químico da secreção da mêsma em cinco espécies representativas dos grupos filogenéticos da tribo Attini. Das Attinis derivadas foram analisados indivíduos pertencentes às diferentes castas das espécies: Atta sexdens rubropilosa, Atta bisphaerica, Acromyrmex rugosus e Acromyrmex balzanii; intermediaria:Trachymyrmex fuscus; basal: Mycocepurus sp. A morfologia da glândula metapleural das espécies analisadas e semelhante, em todas ha presença de células secretoras ligadas a canaliculos que transportam a secreção a câmera coletora e esta e estocada no reservatório. As análises histoquímicas revelam que a secreção e de natureza glicoproteica, já que foram detectados lipídeos, proteínas e polissacarideos. As análises químicas mostraram a presença principalmente de ácidos carboxílicos e ácidos graxos de cadeia pequena, média e grande. Os compostos encontrados entre as espécies são variáveis, somente o ácido palmítico foi encontrado em todas as espécies. Com exceção de Mycocepurus sp., os ácidos 3-hidroxidecanóico, 3-hidroxidodecanóico, indolacético e fenilacético estão presentes em todas as outras espécies analisadas. Em uma próxima etapa serão realizados ensaios de atividade antimicrobiana com os compostos identificados na glândula metapleural sobre microorganismos comumente encontrados nos ninhos das espécies analisadas. Alguns dos compostos identificados foram previamente relacionados a uma importante estratégia na proteção contra microorganismos patogênicos. A glândula metapleural e uma estrutura exclusiva das formigas, os resultados mostram que as semelhanças entre as espécies podem corroborar a importância de tal função desta para as formigas cultivadoras de fungos. Embora que, para considerar a função primaria de assepsia, sem que sejam descartadas outras funcoes, faz-se necessarios estudos mais detalhados quanto a ecologia, fisiologia e química de outras espécies Palavras Chave Formiga cortadeira; glândula metapleural; assepsia; defesa química; imunidade social.

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Alpinia purpurata COMO DETERRENTE DE OVIPOSIÇÃO PARA Aedes aegypti

Santos, G.K.N. Geanne Karla Novais Santos Marroquin, J. C. B. ; Dutra, K. A. ;

Navarro, D. M. A. F. ; Santos, N. D.L. ; Napoleao, T. H. ; Paiva, P. M. G. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - RECIFE - PE - BRASIL

[email protected] Resumo O mosquito Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) representa um grande problema em saúde pública por ser o vetor dos vírus causadores da dengue e da febre amarela. Uma maneira de diminuir a incidência dessas doenças e através da erradicação do mosquito. Métodos de controle envolvem a diminuição da população larvar e adulta, por meio da aplicação de larvicidas e inseticidas, vigilância entomologica e campanhas públicas de conscientização. Plantas são uma importante fonte de compostos bioativos que podem ser usados no controle de agentes patogênicos. Culicideos selecionam locais adequados a deposição de seus ovos por meio de uma série de fatores visuais, físicos e químicos, percebidos por meio de receptores químicos e de contato, distribuídos ao longo do corpo do mosquito. Compostos presentes em óleos essenciais e extratos vegetais podem influenciar as fêmeas grávidas na escolha de sítios de oviposição. Compostos deterrentes de oviposição inibem a deposição dos ovos pelas fêmeas. Extratos e óleo essencial de Alpinia purpurata Viell (Schum), espécie ornamental largamente cultivada em Pernambuco, foram testados frente a fêmeas grávidas de Aedes aegypti. Flores de A. purpurata foram submetidas a hidrodestilação por 3h. em aparelho Clevenger modificado para obtenção do óleo essencial. O subproduto desta técnica, extrato aquoso a quente, foi filtrado para ser usado nos testes de oviposição. Extrações desta mêsma parte da planta feita com solução de cloreto de sódio deram origem ao extrato salino de alto teor proteico. Bioensaios de oviposição foram realizados com estes extratos por meio de teste de dupla escolha em gaiolas com fêmeas grávidas. Cada experimento foi replicado 8 vezes. A resposta de oviposição foi determinada após 16 h pela contagem dos ovos deixados nos recipientes teste e controle. A quantidade de ovos deixados nos recipientes contendo soluções do óleo essencial nas concentrações de 50 e 100 ppm foram significativamente menores (p<0,05) que nos recipientes contendo apenas água destilada (controle). O extrato aquoso, na concentração de 20%v/v também apresentou efeito deterrente significativo (p<0,05). O extrato salino demonstrou deterrência na oviposição nas concentrações de 2.000 e 4.000 ppm (p <0,05). As flores de A. purpurata que perderam o valor comercial podem ser reaproveitadas através de extração por hidrodestilação, podendo seu óleo essencial e extrato aquoso serem utilizados no combata a disseminação de A. aegypti no ambiente doméstico. Palavras Chave Aedes aegypti; Alpinia purpurata; Deterrência; Oviposição

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ANÁLISE DE VOLÁTEIS EMITIDOS POR PERCEVEJOS Phloea subquadrata E Phloephana longirostris (HETEROPTERA: PHLOEIDAE)

Fonseca, F.S.A. Salomao, A. T. ; Vasconcellos-Neto, J.; Marsaioli, A. J.

Universidade Estadual de Campinas - CAMPINAS - SP - BRASIL [email protected]

Resumo Phloeidae é uma pequena família de percevejos representada por três gêneros e quatro espécies: Serbana borneensis, Phloeophana longirostris, Phloea subquadrata e Phloea corticata. Esses insetos vivem sobre troncos de árvores, nos quais parecem quase indistintos do substrato. Algumas dessas espécies vivem agregadas, e as fêmeas apresentam cuidado parental com ovos e ninfas. O objetivo desse trabalho foi identificar os compostos voláteis emitidos pelas espécies Phloea subquadrata e Phloeophana longirostris. Quinze indivíduos de P. subquadrata foram coletados em jabuticabeiras (Plinia cauliflora, Myrtaceae) na Reserva Municipal da Serra do Japi (Jundiai, SP), e 17 indivíduos de P. longirostris foram coletados em sibipirunas (Caesalpinia pluviosa, Fabaceae) no campus da Universidade de São Paulo (São Paulo, SP). Para a análise dos compostos foi empregada a técnica de microextração em fase solida (SPME), seguida de cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG-EM). Os insetos foram expostos a fibra Carboxen-PDMS em duas condições diferentes: em repouso e após pertubação. Os constituintes químicos majoritários tiveram a estrutura confirmada por comparação com o espectro de massa do padrão sintético e por comparação com os espectros de massa da biblioteca Wiley 275. Nenhum composto volátil foi adsorvido na fibra em percevejos não perturbados. Entretanto, após o estimulo, foram identificadas as principais classes de compostos: hidrocarbonetos saturados, oxo-alcenos, aldeídos insaturados e ésteres. Em P. subquadrata, o (E)-2-octenal foi detectado exclusivamente em ninfas, enquanto em P. longirostris foi encontrado em ninfas e fêmeas. O (E)-2-acetato-hexenila esteve presente apenas nos adultos de ambas as espécies. Esses dois compostos já foram descritos como feromônio, alomônio e/ou cairomônio em diferentes espécies de Pentatomoidea. Em Phloeidae, já estão sendo realizados os ensaios para testar a atividade biológica dos principais compostos encontrados. Palavras Chave Pentatomoidea; SPME; Semioquímicos

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APRENDIZAGEM ASSOCIATIVA E MEMORIA OLFATIVA DE Grapholita molesta (BUSCK) (LEPIDOPTERA, TORTRICIDAE)

GREGORIO, P.L.F. SANT' ANA, J. ; PIRES, P.D.da S.

UFRGS - PORTO ALEGRE - RS - BRASIL [email protected]

Resumo A mariposa-oriental Grapholita molesta (Lepidoptera: Tortricidae) caracteriza-se como uma das principais pragas de rosáceas no Brasil. A aprendizagem associativa e memoria olfativa podem estar relacionadas ao processo de seleção da planta hospedeira. Sendo assim, o trabalho objetivou avaliar se a exposicao previa a óleo essencial de capim-limão (Cymbopogon citratus (DC) Stapf.) altera as respostas quimiotáxicas de lágartas de G. molesta e se estas alterações comportamentais persistem após a metamorfose. Lágartas foram expostas, desde a eclosão, ao odor de óleo essencial de capim-limão, o qual foi colocado em papel filtro e disposto sobre a dieta artificial. O grupo controle foi criado nas mêsmas condições, porem exposto apenas ao odor do solvente (acetona). Os insetos foram transferidos para recipientes livres dos odores, 24 horas antes do início dos testes. Foram utilizadas lágartas com idade entre nove e doze dias. Para avaliar a persistência da memoria olfativa após a metamorfose foram testados insetos de 24 a 72 horas de idade, os quais permaneceram, durante todo o desenvolvimento larval em contato com um dos odores. Todos os bioensaios foram realizados em olfatômetro “Y”, de dupla escolha em sala climatizada (25 ± 1ᵒC e 60±10% U.R.) durante a escotofase. Foram realizadas entre 28 e 36 repetições para cada tratamento. Os dados foram comparados através dos testes de Qui-quadrado ou Exato de Fisher, com 95% de confiabilidade. Os resultados demonstraram que lágartas expostas a acetona (grupo controle) foram significativamente mais atraídas ao controle, quando comparado ao óleo essencial de capim-limão (P< 0,0001). No entanto, lágartas previamente expostas ao odor do óleo não apresentaram preferencia por qualquer um dos tratamentos (P = 1), evidenciando uma mudança de comportamento. Adultos provenientes de lágartas expostas ao capim-limão foram mais atraídos a este odor (P = 0,01). Aqueles expostos a acetona, tiveram uma resposta olfativa maior a este tratamento quando comparado ao óleo essencial (P < 0,0001). Os resultados indicam que a experiência previa com o odor do óleo essencial de capim-limão na fase larval altera o comportamento quimiotáxico das lágartas, pois a mêsmas, após o contato prévio com o odor do óleo, passam a não distinguir entre tratamento e controle. As alterações comportamentais persistem até a fase adulta em Grapholita molesta. Palavras Chave Mariposa oriental; Comportamento; Cymbopogon citratus; Olfatômetro;

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ATIVAÇÃO DE RESISTÊNCIA A Euschistus heros (Hemiptera: Pentatomidae) EM GENOTIPOS DE SOJA POR cis-JASMONE

GRACA, J. P. 1 UEDA, T. E. 2; JÁNEGITZ, T.3; VIEIRA, S. S.4; OLIVEIRA, M. C.N.5;

PICKET, J.6 BIRKETT, M.A.6, , HOFFMANN-CAMPO, C. B.5 1Universidade Estadual Paulista �gJulio de Mêsquita Filho�h, Campus Jáboticabal 2Universidade Filadelfia de Londrina; 3Universidade Estadual de Maringa; 4Instituto Agronomico de Campinas; 5Embrapa Sojá, Caixa Postal, 231, 86001-970, Londrina, Parana. 6 RODOVIA CARLOS JOÃO STRASS, CAIXA POSTAL 231 - LONDRINA -

PR - BRASIL [email protected]

Resumo O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação exógena do cis-jasmone sobre o ganho de peso de E. heros e a produção de isoflavonóides pelas plantas de sojá. Para a realização dos experimentos foram utilizados as cultivares CD 215 e Dowling, cultivadas em casa-de-vegetação. No estadio R6, as plantas foram pulverizadas com os tratamentos: (1) água, (2) tween 20 (0,1% v/v) + água ou (3) cis-jasmone (1,4 mmol l-1) + tween 20 (0,1% v/v) + água. Adultos de até 24h de E. heros foram pesados, individualizados e colocados em gaiolas contendo uma vagem de cada genótipo, 24 horas após a pulverização. Após 144 horas da pulverização, os adultos foram retirados e pesados, coletando-se as vagens para análise e quantificação de isoflavonóides em HPLC. A aplicação do cis-jasmone reduziu o ganho de peso de E. heros alimentados com as duas cultivares. Entretanto, a maior redução no peso dos insetos foi observada quando estes sugaram sementes de Dowling + cis-jásmone (-6,1 mg), observando-se ainda que, aproximadamente, a metade dos indivíduos não sobreviveu neste tratamento. Nos tratamentos água e água + tween 20, o peso dos percevejos não foi afetado. As análises cromatográficas mostraram que a produção de isoflavonóides foi maior na CD 215 do que em Dowling. No entanto, em CD 215, a concentração dessas substâncias não foi alterada com a aplicação dos tratamentos. Contrariamente, observou-se que a aplicação de cis-jásmone aumentou as concentrações dos isoflavonóides em Dowling. Os resultados de ganho de peso de E. heros não podem ser explicados apenas pela maior concentração de isoflavonóides quando se compara as concentrações destes compostos estimadas nas duas cultivares, onde observou-se uma maior concentração na CD 215. Assim, possivelmente, o ganho de peso do inseto foi afetado por outra substância, não identificada pelas análises cromatográficas realizadas até o momento. Consequentemente, estudos adicionais deverão ser conduzidos para elucidar o efeito de cis-jasmone no ganho de peso de E. heros. Palavras Chave isoflavonóides, sobrevivência, ganho de peso, genótipos de soja

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EVIDÊNCIAS CROMATOGRÁFICAS E ELETROANTENOGRÁFICAS DA MEDIAÇÃO POR SEMIOQUÍMICOS NA COMUNICAÇÃO QUÍMICA DE

Homalinotus depressus (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE)

Moreira, Marcos, Paulo Henrique Gorgatti Zarbin Centro Politécnico- Jardim das Américas- Dept. Química –U EMBRAPA/UFPR; CENTRO POLITECNICO JARDIM DAS AMERICAS - CURITIBA - PR - BRASIL

[email protected] Resumo Homalinotus depressus (Coleoptera:Curculionidade), é uma praga que vem causando sérios prejuízos às culturas do açaí, dendê, pupunha e coqueiro na região Norte do Brasil. Os danos provocados pelas larvas afetam diretamente na produção e na rentabilidade dessas culturas por reduzir as inflorescências e propiciar a queda prematura de frutos. O controle por meio do método químico é ineficiente por não atingir as larvas e a opção por meio do controle comportamental utilizando semioquímicos surge como alternativa sustentável para o seu controle. A pesquisa tem como objetivo a obtenção, identificação e a síntese de semioquímicos envolvidos na comunicação química e o seu potencial de uso no manejo integrado dessa praga. Insetos de ambos os sexos foram acondicionados em câmaras de aeração pelo período de 48 horas para a obtenção dos voláteis em que baseados nas análises comparativas dos perfis cromatográficos dos extratos revelaram a presença de nove compostos macho-específicos. Esses resultados sugerem a existência de compostos macho-específicos e que se trata de feromônio de agregação uma vez que atraíram ambos os sexos em condições de olfatômetro. Em Análises eletroantenográficas utilizando-se somente antenas de fêmeas, evidenciaram pelo menos uma resposta positiva a um dos compostos macho-específicos o qual preliminarmente dá o indicativo que se trata do composto feromonal majoritário e que o mesmo apresenta-se como potencial candidato ao feromônio de agregação na espécie. Palavras Chave Coleoptera:Curculionidae, olfatômetro, feromônio.

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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ACARICIDA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Lippia sidoides SOBRE LARVAS DE Rhipicephalus microplus.

Gomês, G.A1 Gois, R.W da S.4; Monteiro, C.M. de O2; Senra, T. de O.S.3; Calmon, F.3; Maturano, R.3; Faza, A.P.3; Daemon, E.3; Santiago, G.M.P.4; Carvalho, M.G.

de1. 1Depto. de Química, ICE, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, BR 465 KM 07, CEP: 23890-000, Seropedica-RJ; 2Programa de Pos-graduação em Ciencias

Veterinarias, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, BR 465 KM 07, CEP: 23890-000, Seropedica - RJ - BRASIL

[email protected] Resumo Rhipicephalus microplus (Acari: Ixodidae) e um ectoparasito de bovinos de grande importância do ponto de vista econômico nos países tropicais e subtropicais. Estudos tem sido realizados avaliando o potencial acaricida de produtos de origem vegetal, devido as vantagens em relação aos carrapaticidas químicamente sintéticos, como por exemplo, o menor impacto ambiental e a baixa toxicidade para animais e seres humanos. Óleos essenciais de plantas podem ser uma fonte alternativa de matériais para controle de carrapatos, porque constituem uma rica fonte de substâncias químicas bioativas e são conhecidas como fontes naturais de inseticidas e repelentes. Folhas de Lippia sidoides Cham. (Verbenaceae) possuem forte ação antimicrobiana e acentuada atividade larvicida frente às larvas de Aedes aegypti. O objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade carrapaticida do óleo de folhas de L. sidoides sobre larvas de R. microplus. Folhas de L. sidoides foram submetidas à hidrodestilação em aparelho tipo Clevenger, para a obtenção de óleo, cujá composição química foi analisada por cromatógrafo gás-líquido acoplado a espectrômetro de massas (para identificação) e em cromatógrafo gás-líquido acoplado a detector por ionização em chamas (para quantificação). Como resultados, foram identificados 13 constituintes (95%), onde o timol foi componente majoritário (77,8%). O óleo foi testado nas concentrações de 2,5; 5,0; 10,0; e 20,0 uL/mL sobre as larvas de carrapato de bovinos, sendo utilizado o teste do pacote de larvas. O percentual de mortalidade foi de 100% nas concentrações de 10,0; 15,0 e 20,0 uL/mL, diferindo do grupo controle (etanol 100%), onde a mortalidade foi nula. Timol, por ser o constituinte majoritário do óleo, provavelmente deve ser o responsável pela atividade acaricida, pois estudos revelaram que este monoterpeno em solução aquosa etanólica apresentou a mêsma atividade sobre larvas de R. microplus. Investigações futuras poderão ser realizadas buscando a potencialização da eficácia carrapaticida do óleo de L. sidoides através de formulações farmacêuticas. Palavras Chave Acaricida; Lippia sidoides; Rhipicephalus microplus

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IDENTIFICAÇÃO DO FEROMÔNIO DE AGREGAÇÃO DE Conotrachelus psidii Marshall (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE)

Palacio-Cortés, A.M. Zarbin, P.H.G; Valente, F.

UFPR; Incaper. CENTRO POLITECNICO - CURITIBA - PR - BRASIL [email protected]

Resumo O gorgulho-da-goiaba, Conotrachelus psidii Marshall, 1922, é um dos insetos que causa maior impacto negativo à produção e comercialização da goiaba no Brasil. Os adultos danificam pecíolos, botões florais e pedúnculos da planta e as larvas se alimentam dos frutos ocasionando podridão e amadurecimento precoce. Uma vez que a larva completa seu desenvolvimento, ela abandona o fruto e permanece no solo de dois a três meses, dificultando a eficiência dos agrotóxicos. Neste contexto o uso dos feromônios é uma alternativa promissora para o monitoramento e controle de insetos com estes hábitos. O objetivo deste trabalho foi identificar o feromônio de agregação desta espécie. Para isto foram coletados voláteis de machos e fêmeas e foi observada sua resposta comportamental usando olfatômetro em Y. Os resultados mostraram que a comunicação química em C. psidii é mediada por um feromônio de agregação liberado exclusivamente pelos machos. Ambos os sexos foram atraídos pelos voláteis da planta da goiaba e a atração foi incrementada pela adição do composto macho-específico. Análises por GC-MS permitiram a identificação do feromônio, o papayanol, descrito anteriormente para outra espécie da mesma família, Pseudopiazurus obesus, estudada em nosso laboratório. A liberação deste composto depende do fotoperíodo, sendo maior a quantidade emitida durante a escotofase. Adicionalmente, estudos preliminares para identificar a região onde se localiza(m) a(s) glândula(s) produtora(s) do composto feromonal evidenciaram que a produção ocorre no abdômen. Posteriormente serão realizados testes em campo para avaliar a atratividade deste composto. Palavras Chave Gorgulho-da-goiaba; GC-EAD; olfatometria; papayanol

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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LARVICIDA DO EXTRATO ETANÓLICO DAS RAÍZES DE Piper alatabaccum BOBRE Aedes aegypti LINNAEUS, 1762

(DIPTERA: CULICIDAE).

Santana, H.T. Frances Trindade; Alexandre Silva; Rodrigo Stabeli; Valdir Facundo UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONIA - PORTO VELHO - RO - BRASIL

[email protected] Resumo As plantas da família Piperaceae são amplamente distribuídas no norte e nordeste brasileiro, sendo utilizadas de diversas maneiras na medicina popular: distúrbios cardiovasculares, hipertensão arterial, distúrbios pulmonares, doenças oculares, entre outros. Dentre elas, Piper alatabaccum e conhecida popularmente como João brandinho é frequentemente encontrada no Suriname, na Guiana Francesa e Norte do Brasil. O gênero Piper se destaca dentro da família por apresentar metabolitos secundários como alcalóides, flavonóides, arilpropanóides e lignanas, assim como, amidas de longa cadeia e ésteres graxos, substâncias com reconhecida ação inseticida. Esses compostos apresentam um grande potencial para utilização no controle vetorial de diversas espécies de culicideos, como o vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti. O controle convencional de A. aegypti se dá através da aplicação de organofosforados, porém o uso indevido desses produtos acabou por selecionar os mosquitos a eles resistentes, tornando assim necessária a busca de novos inseticidas. Assim, esse trabalho avaliou o potencial larvicida do extrato etanólico das raízes de P. alatabaccum sobre A. aegypti. As raízes da planta após secas e trituradas foram imersas em etanol absoluto para a obtenção do extrato bruto. Preliminarmente foi realizado um teste dose-resposta com 9 concentrações, variando de 5ppm a 1000ppm. Após o teste preliminar as concentrações selecionadas foram 30, 75, 150, 200 e 315 ppm para os cálculos das Concentrações Letais (CLs) utilizando quatro réplicas com 25 larvas de 3o-4o instar em três momentos diferentes. A observação de mortalidade se deu entre os períodos de 24-96 horas, porém para o cálculo dos CL´s foram aferidos somente os dados de 24-48 horas utilizando-se análise de PROBIT. O CL50 obtido foi de 33ppm e o CL90 de 184ppm, demonstrando uma boa atividade larvicida, compatível com o que se e esperado de uma planta potencialmente inseticida. São imprescindíveis pesquisas adicionais relacionadas ao isolamento das substâncias responsáveis pelo efeito larvicida e ao comportamento da droga em condições de campo. Palavras Chave Mosquito; Dengue; João brandinho; Biolarvicidas.

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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LARVICIDA DO EXTRATO ETANÓLICO DE FOLHAS DE Combretum leprosum SOBRE AS LARVAS DE Anopheles darlingi (DIPTERA:

CULICIDAE).

FRANCESTATIANE TAVAREZ TRINDADE Hilamani T Santana; Leandro S. Moreira Dill; Valdir A Facundo; Rodrigo G Stabeli; Alexandre A E Silva

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONIA - PORTO VELHO - RO - BRASIL [email protected]

Resumo A malária é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Plasmodium e transmitida aos humanos por fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles, sendo que a principal espécie encontrada na Amazônia é o Anopheles darlingi. E como dentro da cadeia epidemiológica o vetor é o objeto mais vulnerável, várias formas de controle de maneira integrada são aplicadas com o intuito de combatê-lo, incluindo o controle químico. Para tanto, muitas plantas tem sido prospectadas quanto seu potencial larvicida, incluindo, no presente trabalho, Combretum leprosum (Combretaceae) que é utilizada na medicina popular como cicatrizante, sedativo, anti-inflamatório, analgésico e para o tratamento de hemorragias e parasitoses intestinais, sendo amplamente distribuído na região norte do Brasil, onde comumente é conhecida como cipoaba, mufumbo e mofumbo. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade larvicida do extrato etanólico de C. leprosum sobre as larvas de Anopheles darlingi. O extrato etanólico de C. leprosum foi obtido a partir de folhas desidratadas, maceradas em imersas em etanol por, aproximadamente, três dias. O extrato foi solubilizado em etanol 1% e água destilada. O teste foi realizado com cinco diferentes concentrações (250, 200, 175, 125, 80 ppm e controle) com 4 réplicas e em triplicata para os cálculos das Concentrações Letais (LC50 e LC90) com observação de 24 a 96h. Foram utilizadas 100 larvas de 3o e 4o instar por concentração em grupos de 25 larvas por recipiente. Foi observada mortalidade de 100% das larvas em até 48h em concentrações de 250-175 ppm, sendo que nas demais concentrações (125 ppm e 80 ppm) a mortalidade foi de aproximadamente 90% em até 96h de teste. O LC50 foi 48 ppm e o LC90 113 ppm. Embora os resultados se mostrem satisfatórios serão necessários novos testes para avaliação da ecotoxicidade da substância. Palavras Chave Mufumbo; Malária; Controle Vetorial; Mosquitos.

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AVALIAÇÃO DA BIOATIVIDADE DE VOLÁTEIS DE Homalinous depressus (CÓLEOPTERA: CURCULIONIDAE) E O MECANISMO DA COMUNICAÇÃO

QUÍMICA DESTA ESPÉCIE

Moreira, Marcos Paulo Henrique Gorgatti Zarbin2 Centro Politecnico- Járdim das Americas- Dept. Química

.UFPR- Curitiba-PR pzarbin@ufpr; Angela Maria Palacio Cortes3 Centro Politecnico Járdim das Americas-- Dept. Química .UFPR, Curitiba-PR - Myrian Denise Coracinni4

Cen. EMBRAPA/UFPR. CENTRO POLITECNICO JÁRDIM DAS AMERICAS - CURITIBA - PR - BRASIL

[email protected] Resumo Homalinotus depressus, é praga associada às culturas do coco, dendê, pupunha e açaí e detectada pela primeira vez em 2008 nos estados do Pará e do Amazonas. Em função da diversidade de plantas hospedeiras e da prolificidade dessa praga, teme-se que a mêsma migre para a Região Nordeste, onde se concentram as maiores áreas de coco cultivadas do país se medidas de controle não forem tomadas em curto prazo de tempo. O controle químico usado pelos produtores não vem surtindo o efeito desejado e contribuído pelos altos custos com a aquisição/aplicação destes produtos. A alternativa por meio do uso de semioquímicos surge como alternativa segura para o controle sustentável dessa praga. A pesquisa tem como objetivo avaliar a bioatividade de voláteis de co-específicos dessa praga com vista a elucidar os mecanismos da comunicação química da espécie. Insetos de ambos os sexos foram acondicionados em câmaras de aeração para a obtenção dos voláteis. Por meio de análises dos perfis cromatográficos dos extratos, detectou-se a presença de compostos macho-específicos nos quais foi avaliada a sua bioatividade para co-específicos em condições de olfatômetro. Insetos foram submetidos a diferentes tratamentos como extrato de macho e de fêmea utilizados isoladamente e na presença da dieta natural composta por parte do colmo de cana-de-açúcar, dieta natural usada de forma isolada e acrescido ao solvente hexano que foi considerado como testemunha. Cada tratamento constou de 30 insetos/corrida, sendo utilizado um inseto/corrida e realizada durante a escotofase com a duração de 8 minutos. Para análises dos dados foi utilizado o teste de distribuição binomial do programa Statistic a 5%. Considerou-se como reposta positiva, aquela em que os insetos, conforme os tratamentos, atingiram as fontes de odor. Constatou-se que ocorreram diferenças significativas entre os tratamentos e que os voláteis de insetos machos na presença ou na ausência da dieta natural, bem como a dieta natural mostraram ser diferentes quanto a atratividade de co-específicos da praga quando comparados aos demais tratamentos. A adição da planta hospedeira não promoveu ação de potencialização/sinergismo quando adicionada ao extrato de machos. Baseados nestes resultados inferem-se a existência de compostos macho-específicos e que o mecanismo prevalecente na comunicação química dessa espécie é mediado por feromônio de agregação por atraírem ambos os sexos. Outras avaliações ainda são necessárias principalmente, por meio dos testes eletroantenograficos para a detecção de respostas bioativas das antenas das fêmeas em relação aos compostos feromonais. Palavras Chave Voláteis; curculionidae, olfatômetro, feromônio de agregação.

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COMPORTAMENTO SEXUAL DE Spodoptera cosmioides (WALKER) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE)

Sarto, V.C. Kuss-Roggia, R.C.R., Zazycki, L.C.F., Bento, J.M.S., Parra-Pedrazzoli,

A.L. ESALQ-USP - PIRACICABA - SP - BRASIL

[email protected] Resumo Spodoptera cosmioides (Walker) (Lepidoptera: Noctuidae) é uma praga polífaga, que se alimenta de culturas de algodão, soja, feijão, dentre outras. O objetivo deste trabalho foi estudar o comportamento sexual desta espécie para auxiliar a obtenção e identificação do seu feromônio sexual. Sessenta e três casais, foram observados em intervalos de 20 min, durante sete dias em condições controladas (23±3ºC, UR 75±10% e fotoperíodo 12L:12E). Foram avaliados o horário, duração, idade e o número de cópulas por casal. Verificou-se que o comportamento sexual ocorre na escotofase, com mais de 80% dos casais copulando na primeira noite após a emergência. Os demais casais realizaram a primeira cópula no segundo e quarto dias após a emergência. Quando considerado o total de cópulas observadas ao longo dos sete dias, próximo de 90% destas ocorreram nas primeiras quatro noites após a emergência. Esta espécie demonstrou capacidade de realizar múltiplas cópulas, com 16% dos casais copulando 1 vezes, 19% dos casais 2 vezes, 22% dos casais 3 vezes, 21% dos casais 4 vezes, 11% dos casais 5 vezes e 3% dos casais 6 vezes. Apenas 8% dos casais avaliados não apresentaram comportamento de cópula. Dos casais que realizaram a primeira cópula após a segunda escotofase, 71% destes realizaram apenas uma cópula, os demais realizaram de 2 a 4 cópulas. A duração média de cópula foi de 66 min, variando entre 20 a 360 min, com erro padrão de 0,0027. O horário de cópula foi irregular ao longo dos dias. Na primeira noite após a emergência, o início da cópula de 67% dos casais foi em torno da oitava hora da escotofase, desde a quinta até a décima hora. A partir do segundo dia o início das cópulas ocorreu mais tarde, passando para a décima hora no segundo dia, e para a décima primeira hora da escotofase do terceiro dia em diante. O atraso no horário de cópula a partir do segundo dia foi devido às fêmeas realizarem primeiramente a postura antes de liberarem o feromônio e copularem. Palavras Chave Ritimo circadiano; múltiplas cópulas; idade da primeira cópula; lagarta-das-vagens.

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AVALIAÇÃO DE EXTRATOS DE LARVAS DE Aedes (Stegomyia) aegypti (Diptera: Culicidae) NA ARMADILHA MOSQUITRAPR COMO ATRAENTES DE OVIPOSIÇÃO PARA FÊMEAS CO-ESPECIFICAS EM CONDIÇÕES DE SEMI-

CAMPO

Sepulveda, I. M. Costa, L. H.; Batista-Pereira, L. G.; Eiras, A. E. UFMG - BELO HORIZONTE - MG - BRASIL

[email protected] Resumo Fêmeas de Aedes aegypti selecionam criadouros adequados para a deposição de ovos a fim de garantir a sobrevivência da sua prole, sendo direcionadas por estímulos químicos, físicos e visuais. Sabe-se que formas imaturas liberam um “feromônio de oviposição” na água, atraindo fêmeas co-especificas, porém é desconhecida a fonte de produção deste feromônio em larvas. Foi desenvolvida no Laboratório de Ecologia Química de Insetos Vetores (LabEQ), a armadilha MosquiTRAPR, especifica para a captura de fêmeas grávidas de A. aegypti devido a presença de um atraente de oviposição, o AtrAedesR. Porém, a taxa de captura de A. aegypti em campo usando apenas o AtrAedesR não é satisfatória para ser usada como método de controle, sendo necessária a busca de novos atraentes. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar extratos de água previamente habitada por larvas de A.aegypti (3o instar) e extratos metanólicos do corpo de larvas (3o instar), nas diferentes concentrações (6, 9 e 12larvas/mL de água) na atratividade de fêmeas em armadilhas MosquiTRAPR, em condições de semi-campo. As larvas de A. aegypti foram provenientes do insetario do LabEQ, mantido sob condições controladas (27±2oC, 70±5,0% U.R. e 12h de fotofase). Todos os tratamentos foram avaliados em testes de dupla escolha, em delineamento de quadrado latino, sendo que os extratos de água de larvas foram comparados com água de torneira (controle) e os extratos de corpo de larvas comparados com água acrescida de metanol (controle) (N=8). Cada extrato foi adicionado na MosquiTRAPR no volume final de 90 mL. Cada teste teve a duração de 2 horas, liberando nas gaiolas 20 fêmeas grávidas por MosquiTRAPR. Os resultados indicaram que não houve diferença entre os tratamentos e os seus respectivos controles. Isso infere que os extratos hexânicos de larvas de A. aegypti, obtidos pela metodologia de separação líquido-líquido, nas concentrações utilizadas, não foram eficientes como atraentes de fêmeas co-especificas. Futuros experimentos serão realizados a fim de verificar outras concentrações do extrato de larvas. Palavras Chave Cairomônio; atraentes de oviposição; monitoramento; armadilha MosquiTRAPR

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AVALIAÇÃO DE EXTRATOS DE PEQUENOS MAMÍFEROS SILVESTRES DE REMANESCENTE DE MATA NO MUNICÍPIO DE SABARA/MG

Azara, T.M.F. Vieira, A.F.; Caldas, P.A.; Calvalcante, H.H.; Borges, I.A.; Ambrosio,

L.L.D.; Madeira, F.F.M.; Vieira, F.N.; Paglia, A.P.; Trindade, G.S.; Eiras, A.E. UFMG; IMIH - BELO HORIZONTE - MG - BRASIL

[email protected] Resumo Pequenos mamíferos são relacionados com ciclos silvestres de várias zoonoses, como doença de Chagas, leishmaniose, hantavirose e febre amarela. O mosquito Aedes albopictus, que possui hábitos silvestres, apresenta importância na transmissão de alguns agentes patogênicos, incluindo arbovírus, protozoários e helmintos. Assim, conhecer a atratividade dessa espécie frente a diferentes hospedeiros vertebrados se faz necessário. O objetivo do trabalho foi avaliar diferentes formas de extração de voláteis para pequenos mamíferos silvestres, possíveis hospedeiros para A. albopictus. Na área denominada Fazendinha em Sabara/MG foram traçadas três trilhas, com 15 pontos de coleta. Em cada ponto foram instaladas duas armadilhas para pequenos mamíferos, vistoriadas todos os dias de manha ao longo de uma semana. Nos mamíferos capturados foram esfregados, por cinco minutos, papel filtro, algodão e swab estéril. O papel filtro e o algodão foram lavados com 2mL de hexano. Os swabs foram imersos em 1mL de hexano por 10 minutos. Todos os extratos foram concentrados em fluxo de Nitrogênio gasoso até aproximadamente 500 &#956;L, estocados em frascos âmbar e colocados em freezer -20oC. Posteriormente, cada extrato foi analisado em um cromatógrafo a gás (CG) Shimadzu 17A, equipado com coluna DB1 e detector FID para obtenção dos perfis cromatográficos. Foram capturados 64 mamíferos, sendo 48 Didelphis albiventris, dois Necromys lasiurus, quatro Gracilinanus microtarsus, oito Cerradomys subflavus, um Akodon cursor, um Oligoryzomys sp. Análises gás-cromatográficas preliminares de extratos de D. albiventris e N. lasiurus demonstraram que o método de extração com algodão e papel não foi capaz de distinguir entre picos dos controles e dos contendo o odor dos mamíferos. No entanto, extratos obtidos com o swab permitiram a separação e melhor visualização dos compostos químicos, que atualmente se encontram em processo de identificação. Testes comportamentais em olfatômetro de dupla escolha encontram-se em andamento visando identificar atratividade de A. albopictus aos extratos de hospedeiros silvestres. Palavras Chave Aedes albopictus, Ecologia química, Mamíferos silvestres

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AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIMICROBIANO DE EXTRATO E FRAÇÕES DE Myrcia ovata CAMBESS

Gomês, G.A1 Oliveira, L. dos S.1; Melo, M.B2; Aguiar, F.L.L. de2; Brito, M.S. de2;

Fontenelle, R.O. dos S2.; Andrade, L.B.2; Brito, E.H.S. de3; Santiago, G.M.P.4; Carvalho, M.G. de1.

1Departamento de Química, ICE, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, BR 465 KM 07, CEP: 23890-000, Seropedica-RJ; 2Centro de Ciencias Agrarias e

Biológicas, Universidade Estadual Vale do Acarau, CEP:62040-370, Sobral-CE; 3 Faculdade de Medicina Veterinária - SEROPEDICA - RJ - BRASIL

[email protected] Resumo Devido a sua atividade metabólica secundaria, os vegetais superiores são capazes de produzir substâncias antibióticas, utilizadas como mecanismo de defesa contra predação por microrganismos, insetos e herbívoros. A pesquisa de extratos vegetais com ação antimicrobiana se apresenta como uma saída para o combate aos microrganismos, em razão do grande aumento da resistência de microrganismos patogênicos a múltiplas drogas, devido ao uso indiscriminado de antimicrobianos, levando assim a procura dessas novas alternativas terapêuticas. Além disso, e também um modelo ecologicamente correto de produção de substâncias que sejam eficazes e menos agressivas tanto para o meio ambiente como para o homem, contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida. Myrcia ovata Cambess tem suas folhas comumente utilizadas como infusão, na medicina popular, para o tratamento de doenças gástricas e diarreia. O óleo essencial de suas folhas apresentou ação inibitória contra microorganismos do trato intestinal. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial antimicrobiano de extratos e frações obtidas de folhas de M. ovata. Folhas de M. ovata foram submetidas a extração através de maceração continua com etanol. A solução resultante foi filtrada e destilada sob pressão reduzida, obtendo-se o extrato etanólico o qual foi submetido a cromatografia fornecendo as frações hexânica, clorofórmica, acetato de etila e metanólica. O extrato etanólico e as três últimas frações foram avaliados quanto a atividade antimicrobiana que foi qualitativamente medida pelo método de difusão em ágar de acordo com o recomendado pelo NATIONAL COMMITTEE FOR CLINICAL LABORATORIAL STANDARDS. NCCLS. Os microrganismos usados nesse teste foram Microsporum canis, Trichophyton rubrum, Candida albicans, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Vibrio parahaemot, Salmonella enteridis, Enterococcus faecalis, Aeromonas cavial. Sendo os dois primeiros microrganismos fungos, o terceiro uma levedura e os demais, bactérias. Apenas a fração clorofórmica apresentou atividade contra os fungos dermatofiticos. Para cepas de M. canis os halos inibição variaram de 14 a 15 mm, enquanto que para cepas de T. rubrum os halos variaram de 25 a 26 mm. O extrato e todas as frações não apresentaram atividade contra cepas de C. albicans. Em relação as cepas de bactérias, a fração acetato de etila foi a que revelou ação antimicrobiana mais pronunciada, apresentando atividade para o maior numero de gêneros das bactérias investigadas. Para cepas de V. parahaemont o halo inibição foi de 17mm, 18 mm foi o valor do halo observado nas cepas de E. coli e enquanto para cepas de E. faecalis o valor foi de 16 mm. Os resultados de atividade antimicrobiana apresentados pelas frações clorofórmica e acetato de etila, sugerem a continuidade da pesquisa fitoquímica dos constituintes presentes e responsáveis pela atividade observada. Palavras Chave antimicrobiano; extrato; frações; Myrcia ovata

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IDENTIFICAÇÃO DOS COMPONENTES DO FEROMÔNIO SEXUAL DA PRAGA-DO-MILHO (Leptoglossus zonatus)

Saad, E.B. Zarbin, P.H.G.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. LABORATÓRIO DE SEMIOQUÍMICOS - DEPARTAMENTO DE QUIMICA - CURITIBA - PARA - BRASIL

[email protected] Resumo O Leptoglossus zonatus é considerado como uma das principais pragas dos cultivares de milho. Em busca de desenvolver métodos alternativos para a substituição e/ou redução do uso de inseticidas fosforados ou carbamatos nas plantações de milho no estado do Paraná, o estudo da ecologia química do inseto-praga dessa cultura desde a extração do seu feromônio, identificação estrutural dos seus compostos, caracterização e síntese do seu feromônio sexual é de fundamental importância para o combate a essa praga. O feromônio natural desse inseto-praga é extraído através de aerações de machos e fêmeas separadamente para posteriori comparação. Após várias extrações, foram identificados, através dos seus perfis cromatográficos, seis compostos específicos liberados pelo macho de L. zonatus. As estruturas químicas desses compostos estão sendo estudadas através das informações espectroscópicas obtidas por cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massas (GC-MS) e infravermelho (GC-FTIR). Algumas estruturas para esses compostos foram propostas como sendo o Allo–Ocimene, Decanal, α-trans-Bergamotene, β-Acoradiene, Muurolene, e o Farnesene. Ensaios realizados de fotofase e escotofase mostraram que a produção desses compostos liberados pelos machos ocorre no período da fotofase. A atividade eletroantenográfica dos compostos em antenas de fêmeas foi testada em GC-EAD, ainda que como baixa resposta, foi possível observar alguma sensibilidade para o composto macho específicos de L. zonatus. Palavras Chave Feromônio sexual, inseto-praga, ecologia química

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BACTÉRIAS ASSOCIADAS A MACROALGA KELP (Macrocystis pyrifera) E SUAS ATIVIDADES

Rubem, A. C. Pereira, R. C.; Dinsdale, E. A.; Jensen, P. R.

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - NITERÓI - RJ - BRASIL [email protected]

Resumo Os microorganismos estão presentes em diversos ambientes, inclusive no meio marinho. Na coluna d´água estes estão livres, e a formação de biofilme e comum na superfície de macro organismos, como as algas. O objetivo do presente estudo e identificar as bactérias associadas a macroalga Kelp e identificar suas atividades. No mês de abril de 2011, foi realizada uma coleta manual desta alga na ilha de Santa Catalina, localizada na costa da California (EUA), ao sul-sudoeste de Los Angeles. Em laboratório, essa alga foi cortada em pequenos pedaços e macerada. O líquido resultante dessa maceração foi colocado em 4 diferentes meios de cultura (2 seletivos, 1 não seletivo e 1 com pouco nutriente), e as bactérias que cresceram foram separadas e totalizaram em 219 colônias puras, que agora estão em fase de identificação da espécie. Essas 219 bactérias isoladas foram testadas contra cepas de Vibrio shiloi e Bacillus sp., para a identificação de atividades antibacteriana. Para isso, estas bactérias foram colocadas para crescer em placas de Petri quadradas, e por cima delas, um meio semi-solido contento o V. shiloi ou o Bacillus sp. Para a identificação da atividade, esperava-se encontrar zonas de inibição de crescimento. Das 219 bactérias testadas, 172 apresentaram zonas de inibição, sendo 159 somente para V. shiloi, 34 para V. shiloi e Bacillus sp. e 13 somente para Bacillus sp. Das 172, 35 bactérias foram selecionadas para que seus componentes fossem extraídos. Para cada cultura de 100 ml, foram acrescentados 100 ml de Acetato de etila, que separou a parte orgânica da inorgânica da cultura. A parte orgânica foi levada para a evaporação do solvente, e o extrato resultante foi novamente solubilizado, mas desta vez em Etanol. 25 ul da solução foram colocado em pequenos discos de papel, deixados para secar, e em seguida colocados sobre pequenas placas de Petri, contendo um meio semi- sólido inoculado com V. shiloi ou Bacillus sp. Dos 35 extratos, 7 geraram zonas de inibição contra Bacillus sp. O próximo passo é testar os extratos com atividade contra agentes patológicos. Após isto, uma cultura em larga escala será realizada para a obtenção de uma maior quantidade de extrato, para que o composto envolvido seja identificado. Palavras Chave Macrocystis pyrifera, bactérias marinhas

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BIOENSAIO EM TÚNEL DE VENTO UTILIZANDO OTENOL COMO ATRATIVO PARA Nyssomyia neivai (DIPTERA: PSYCHODIDAE, PHLEBOTOMINAE) EM

DIFERENTES HORÁRIOS

Pinto, M.C. Henrique Paganini Carvalheira; José Silvio Govone Faculdade de Ciências Farmacêuticas-UNESP, Araraquara; Instituto deGeociências e

Ciências Exatas-UNESP, Rio Claro. RODOVIA ARARAQUARA-JAU KM01 - ARARAQUARA - SP - BRASIL

[email protected] Resumo A utilização de armadilhas luminosas é a metodologia mais utilizada para a captura de flebotomíneos e os estudos de ecologia química, que investiguem possíveis voláteis como alternativas para a isca luminosa, são ainda muito incipientes para esse grupo de insetos hematófagos. Nyssomyia neivai é considerada transmissora da leishmaniose tegumentar e até o momento somente o composto octenol mostrou-se atrativo para essa espécie de flebotomíneos em campo. Tendo como perspectiva a investigação de novos compostos atrativos para N. neivai, foi construído um túnel de vento para a realização de bioensaios. O octenol tem sido utilizado como controle positivo para os experimentos de padronização das condições do túnel de vento e dos insetos. Os objetivos desse trabalho foram avaliar a viabilidade da realização de experimentos de atratividade durante o dia, embora N. neivai apresente atividade noturna e, ainda, observar se há diferença na resposta dos insetos no período matutino ou vespertino. Os flebotomíneos foram coletados na noite anterior em área previamente estudada, onde N. neivai representa 99% das espécies coletadas. Os experimentos foram realizados das 09:00 às 12:00h e das 15:00 às 18:00h. Para cada horário, 30 fêmeas foram liberadas individualmente para o controle (fluxo de ar) e 60 fêmeas para o octenol. A distância entre o ponto de liberação do octenol, liberado na taxa de 13 mg/h, no túnel de vento e da caixa de liberação dos insetos foi de 50cm. Nos controles, somente uma fêmea saiu da caixa de liberação no período da tarde. Para os tratamentos, do total de fêmeas liberadas pela manhã, 50% saíram da caixa de liberação (ativação) e 36,7% se deslocaram até o ponto de liberação do octenol (atração). No período da tarde, 53,3% foram ativadas e 43,3% atraídas pra o octenol. Houve um discreto aumento na resposta de ativação e atração das fêmeas com relação ao octenol no período vespertino, porém sem diferença estatística (p>0,05). Os resultados demonstraram a viabilidade da realização dos experimentos de atratividade com L. neivai durante o dia. Palavras Chave Flebotomíneos; Nyssomyia neivai; octenol

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CAPTURA DE Aedes albopictus (Skuse) EM REMANESCENTE DE MATA ATLÂNTICA E CERRADO NO MUNICÍPIO DE SABARÁ/MG

Ázara, T.M.F. Vieira, A.F.; Caldas, P.A.; Calvalcante, H.H.; Borges, I.A.; Ambrósio,

L.L.D.; Madeira, F.F.M.; Vieira, F.N.; Paglia, A.P.; Trindade, G.S.; Eiras, A.E. UFMG - BELO HORIZONTE - MG - BRASIL

[email protected] Resumo O mosquito Aedes albopictus (Skuse) possui hábitos silvestres e apresenta importância na transmissão de agentes patogênicos, incluindo arboviroses, protozoários e helmintos. A área denominada Fazendinha, em Sabará/MG apresenta paisagem montanhosa à margem do Rio das Velhas e confluência entre a Mata Atlântica e o Cerrado, apresentando forte influência antropogênica. Trabalhos anteriores demonstraram que a adição de gelo seco como fonte de gás carbônico (CO2) em armadilhas instaladas em área urbana não aumentam as coletas de A. albopictus. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi verificar se ocorre diferença nas coletas de exemplares de Culicidae, em especial A. albopictus, em armadilhas iscadas com e sem gelo seco em remanescente de mata inserido em área urbana. Foram traçadas três trilhas, sendo cada uma com três pontos de coleta, eqüidistantes aproximadamente 100 metros. Em cada ponto foi instalada uma armadilha BG-Sentinel® com o atraente sintético de odor humano BG-Lure®, para captura dos culicídeos. O gelo seco (1Kg) foi armazenado em uma garrafa de isopor contendo em sua porção superior uma mangueira de silicone de 0,5mm de diâmetro por onde o gás carbônico sublimado era liberado no ambiente. A mangueira foi presa na entrada da armadilha BG-Sentinel, liberando um fluxo aproximado de 0,7g/min. de CO2. A leitura das armadilhas era realizada 24 horas após a sua instalação. No total foram capturados 587 culicídeos, sendo 22 (4%) A. albopictus, três (1%) A. aegypti, 199 (34%) Culex quinquefasciatus e 363 (62%) culicídeos dos gêneros Anopheles, Uranotaenia, Mansonia e Sabethes. Quando comparadas as capturas nas armadilhas com e sem CO2 verificou-se que a adição do gás carbônico não aumentou as capturas para A. aegypti, uma vez que o número de exemplares foi baixo, provavelmente pelo fato da espécie ter preferência pelo ambiente antropizado em detrimento ao silvestre. Com relação ao A. albopictus, constatou-se que a adição do gelo seco aumentou significativamente as coletas (Mann-Whitney, p=0,02). Como a espécie possui caráter silvestre, tal fato pode indicar que tenha maior capacidade de detecção do CO2 nesse ambiente, com menor número de hospedeiros vertebrados disponíveis, do que no meio urbano onde provavelmente ocorre uma maior concentração de gás carbônico e, com isso, uma possível saturação de suas sensilas. Também foi averiguada uma coleta significativamente maior (Mann-Whitney, p<0,0001) de outros culicídeos nas armadilhas iscadas com o gelo seco. Pelo exposto, infere-se que o CO2 é um importante atrativo para A. albopictus em ambiente silvestre, sendo, em conjunto com a armadilha BG-Sentinel, uma eficiente ferramenta para captura de espécies de culicídeos em áreas de mata. Palavras Chave Aedes albopictus, Armadilha, Gás carbônico

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COLETA MASSAL DE ADULTOS DE A. aegypti COM USO DA ARMADILHA BG-SENTINEL NO MUNICÍPIO DE SETE LAGOAS, MG.

Degener, C.M. Mariele Ribeiro Pinto; Álvaro Eduardo Eiras

UFMG, UNIFEMM, UFMG - BRASIL [email protected]

Resumo A única forma de monitoramento do vetor da dengue Aedes aegypti recomendada pelo Programa Nacional de Controle da Dengue no Brasil é o levantamento do Índice larval (LIRAa), um método não sensível, demorado e laborioso. O Monitoramento Inteligente da Dengue (MI-D) é uma tecnologia que associa as armadilhas MosquiTRAP, que capturam fêmeas grávidas do vetor, com um sistema de informações rápido que gera um banco de dados em tempo real. A armadilha BG-Mosquitito (BG-M) possui atraente sintético de odor humano e captura fêmeas e machos de Ae. aegypti. O objetivo deste trabalho foi avaliar a técnica de coleta massal utilizando as armadilhas BG-M em uma área com alta infestação de vetores. Foram escolhidas duas áreas com cerca de 200 residências. Na área de tratamento foi instalada uma armadilha BG-M por casa para coleta massal de Ae. aegypti adultos por um período de 9 semanas. A segunda área foi considerada controle (sem armadilhas para a coleta massal). O monitoramento das duas áreas foi realizado por meio do MI-D (duas armadilhas/área vistoriadas semanalmente) e com armadilhas BG-M (20 armadilhas/ área vistoriadas uma vez por semana). O índice médio de fêmeas de Ae. aegypti (IMFA) foi calculado para os dois tipos de armadilhas nas duas áreas. Os resultados do monitoramento MI-D mostraram que nos dois meses anteriores e após o período de intervenção não houve diferença entre as áreas (p=0,786). Entretanto, durante a intervenção, a IMFA foi significativamente menor na área em que ocorreu a coleta massal (0,4) em comparação com a área de controle (1,4) (p=0,035). Durante 30 dias depois da intervenção, foi possível observar que as BG-Ms detectaram um aumento significativo da IMFA na área sem coleta massal (p=0,017), enquanto na área de intervenção, a IMFA ficou estável (p=0,486). Os resultados sugerem que armadilhas para captura de mosquitos adultos podem ser utilizadas como ferramentas no controle do vetor da dengue. Palavras Chave Aedes aegypti; armadilhas; monitoramento; coleta massal

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COMPORTAMENTO DE OVIPOSIÇÃO de Spodoptera cosmioides (WALKER) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE)

Parra-Pedrazzoli, A.L. Sarto, V.C.; Kuss-Roggia, R.C.R; Wadt, L. ; Bento, J.M.S.

ESALQ - PIRACICABA - SP - BRASIL [email protected]

Resumo Spodoptera cosmioides (Walker) (Lepidoptera: Noctuidae) é uma praga polífaga que vem ocorrendo com freqüência em culturas como soja, algodão, feijão, dentre outras. Entretanto, pouco ainda se conhece sobre sua bioecologia e comportamento. Este trabalho teve por objetivo caracterizar o horário em que ocorre o comportamento de oviposição e o número total de ovos colocados por fêmea de S. cosmioides em laboratório. Para a determinação do horário de oviposição foram observados 63 casais de um dia, durante sete noites consecutivas, em intervalos de 20 min, em condições controladas (23±3ºC, UR 75±20% e fotoperíodo 12L:12E) mantidos individualmente em gaiolas confeccionadas em tubo de PVC transparente (10cm diâmetro x 10 cm altura), com papel filtro na base e tule na extremidade superior. As laterais das gaiolas foram revestidas por filme plástico (‘transparência de retroprojetor’), local para a realização das posturas, os quais foram trocados diariamente. Os adultos foram alimentados com solução de mel a 10%. Para a determinação do número total de ovos colocados por fêmea, as gaiolas foram inspecionadas diariamente até a morte das fêmeas, retirando-se o filme plástico e contando-se o número de ovos. Os resultados mostraram que todas as fêmeas avaliadas realizaram posturas. As oviposições iniciaram na primeira noite após a emergência e se estenderam até a 16ª noite. Mais de 95% do total de ovos foram colocados entre a segunda e a 10ª noite. Foram observadas fêmeas ovipositando desde a primeira até a 12ª hora da escotofase, com maior número de fêmeas em oviposição na sexta e sétima horas. O número médio diário de ovos/fêmea foi de 389 ao longo dos 16 dias de avaliação, sendo que o número mínimo e máximo de ovos/fêmea foi de 6 e 6368 ovos, respectivamente. Estes resultados sugerem que em algumas situações S. cosmioides pode apresentar uma alta capacidade reprodutiva e um elevado crescimento populacional. Palavras Chave Ritmo circadiano, número de ovos, lagarta-das-vagens, potencial reprodutivo

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COMPORTAMENTO DE OVIPOSIÇÃO DE Spodoptera eridania (WALKER) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE)

Alves, K.J. Kuss-Roggia, R.C.R. ; Sujimoto, F. ; Zazycki, L.C.F. ; Liva, K.B. ; Bento,

J.M.S. ESALQ-USP - PIRACICABA - SP - BRASIL

[email protected] Resumo Comportamentos relacionados à comunicação química entre insetos, como é o caso do comportamento de oviposição, que interferem diretamente no horário de corte e cópula, devem ser considerados em estudos comportamentais que dão subsídios ao desenvolvimento de feromônios para uso na agricultura. E isto, principalmente, em espécies em que as fêmeas emergem com os oócitos maduros e podem começar o comportamento de oviposição antes mesmo dos ovos serem fecundados, alterando assim os horários de liberação de feromônio e cópula, necessários de se conhecer para as extrações do feromônio produzido pelas fêmeas. Visando-se conhecer mais detalhadamente o comportamento de oviposição de Spodoptera eridania (Walker) (Lepidoptera: Noctuidae) e verificar sua interferência no comportamento de cópula, foram observados 61 casais virgens de um dia, durante oito escotofases após a emergência, em intervalos de 15 min, com auxílio de lanterna de luz vermelha. Cada casal foi colocado em gaiolas de PVC circular transparente (10 x 10 cm), com a base fechada por tampa de PVC revestida com papel filtro e a extremidade superior fechada por tule. As laterais foram revestidas por transparência de retroprojetor, as quais foram diariamente trocadas, para quantificação do número de ovos. Posteriormente, as posturas foram recortadas e postas para incubar em placas de Petri de 6 cm de diâmetro. Das 61 fêmeas avaliadas 87% ovipositaram. A oviposição ocorreu a partir da segunda escotofase, ou seja, após a primeira noite de cópula, demonstrando que esta espécie não oviposita na primeira noite após a emergência dos adultos. Mais de 70% das posturas foram postas pelas fêmeas da segunda a quinta noite após a emergência. Não foram observadas diferenças no horário de oviposição ao longo dos dias. As fêmeas ovipositaram desde a primeira até a 13ª hora da escotofase, com quase 92% das oviposições ocorrendo neste horário da noite. A partir da segunda escotofase as fêmeas ovipositaram no horário anterior ao horário que realizaram a cópula. Mesmo assim, o horário de cópula ao longo dos dias, não foi retardado em função do horário de oviposição das fêmeas. A média diária de ovos/fêmea foi de 221, sendo que o número mínimo de ovos/fêmea foi de 58 e o máximo de 3361. A viabilidade média dos ovos foi acima de 90% até a quarta noite de oviposição, sendo que a partir desta data a viabilidade diminuiu para aproximadamente 60%, o que, pode explicar, em alguns casos, a baixa taxa de eclosão de lagartas observada nos laboratórios de criação em posturas originárias de fêmeas mais velhas. Com este trabalho, concluiu-se que o comportamento de oviposição nesta espécie não altera os horários de liberação de feromônio pelas fêmeas. Palavras Chave Ritmo circadiano; potencial reprodutivo; idade de oviposição; horário de oviposição

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COMPORTAMENTO SEXUAL DE Spodoptera frugiperda (J. E. SMITH) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE)

Zazycki, L.C.F. Kuss-Roggia, R.C.R.;Sujimoto, F. ;Parra-Pedrazzoli, A.L. ;Alves,

K.J.;Bento, J.M.S. ESALQ/USP - PIRACICABA - SP - BRASIL

[email protected] Resumo Spodoptera frugiperda (J. E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) é uma das principais pragas do milho nas zonas temperadas, tropicais e subtropicais das Américas. Esta espécie tem ampla distribuição e freqüente incidência ao longo do ano no Brasil. Conhecer a idade e o horário de acasalamento é uma etapa importante para a extração e identificação do feromônio envolvido na comunicação sexual dos insetos. Este estudo visa dar suporte para extração e identificação do feromônio sexual de S. frugiperda, para isso, o presente trabalho teve por objetivo determinar a idade de primeira cópula, o horário de cópula, bem como o número de cópulas por casal de S. frugiperda. Em laboratório foram observados 50 casais formados por adultos virgens, durante as sete primeiras noites após a emergência, em intervalos de 15 min, em fotoperíodo de 12L:12E. Foi verificado que mais de 70% dos casais copularam na primeira noite após a emergência. Os demais casais realizaram a primeira cópula até a quarta escotofase. Os horários de cópula variaram ao longo dos dias. Foram observados casais em início de cópula desde a primeira até a nona hora da escotofase, com mais de 98% dos casais copulando da primeira à sétima hora da escotofase. Ao longo dos dias ocorreram dois picos de início de acasalamento: na primeira hora da escotofase, e da quarta a sexta hora da escotofase. Esta variação no horário de acasalamento pode ter ocorrido devido à presença de indivíduos das raças milho e arroz na população dos insetos. Apenas um casal não apresentou recópula ao longo dos dias avaliados. A percentagem de casais em cópula da segunda a sexta escotofase foi maior de 90%, demonstrando que esta espécie pode realizar múltiplas cópulas e ter um alto potencial reprodutivo. Neste trabalho não foram feitas análises moleculares para identificar se os adultos que formavam os casais eram raça milho ou arroz. No entanto, este estudo indicou a necessidade de investigar os horários de liberação de feromônio de fêmeas das raças milho e arroz em trabalhos futuros. Palavras Chave Múltiplas cópulas, ritmo circadiano, lagarta-do-cartucho, feromônio

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DIFERENÇA DE ATRATIVIDADE DE DUAS GERAÇÕES DE Aedes (Stegomyia) aegypti (LINNAEUS 1762) AO ODOR HUMANO EM OLFATÔMETRO

HORIZONTAL DE DUPLA ESCOLHA

Souto,A.F. LAASS,K.H.;PAIXÃO,K.S.;COSTA,L.H.;BATISTA-PEREIRA,L.G.;EIRAS,A.E.

UFMG - BELO HORIZONTE - MG - BRASIL [email protected]

Resumo A manutenção de Aedes aegypti em laboratório é fundamental para o desenvolvimento de estudos com esse inseto, que é o principal vetor de arboviroses como dengue, febre amarela urbana e vírus do chikungunya. Diversos trabalhos são desenvolvidos com colônias mantidas em laboratório por muitos anos sem que haja uma preocupação com as alterações que podem ocorrer com o inseto ao longo desse período. Recentemente, um estudo realizado com duas gerações de A. aegypti de Porto Rico demonstrou uma alteração na resposta dos insetos a cairomônios ao longo de diferentes gerações. O presente estudo teve como objetivo avaliar a resposta comportamental de duas gerações (F1 e F40) de adultos de A. aegypti em olfatômetro horizontal de dupla escolha. Os testes foram realizados em sala climatizada (28,0 &#61617; 2 ºC e 70 ± 10% UR) e tiveram um minuto de duração. Foram realizadas 15 repetições para cada grupo de insetos avaliado: fêmeas virgens, fêmeas copuladas, machos virgens e machos copulados. O tratamento foi o odor de um indivíduo do sexo feminino, que inseria os dedos da mão no olfatômetro cinco segundos antes do início dos testes. Os machos avaliados nos testes não foram atraídos pelo odor humano, porém, o estímulo foi importante para desencadear o vôo. Os machos virgens, tanto da geração F1 quanto da geração F40, apresentaram taxa de vôo maior que dos machos copulados. Entretanto, o percentual de vôo dos insetos da colônia F1 foi significativamente menor que da F40 (p<0,05). Sendo 48,8% para machos virgens e 32% para copulados contra, 76,3% para machos virgens e 62,5% para copulados, das colônias F1 e F40, respectivamente. Nos testes com fêmeas, também foi observada maior taxa de vôo para os insetos da colônia antiga (36,8% para fêmeas virgens e 92,9% para as copuladas). A atração pelo odor humano ocorreu apenas nos testes com fêmeas copuladas, nos quais foi observado que a resposta ao estímulo pelos insetos da F40 (57,5%) foi maior que da F1 (25%). Os resultados demonstraram a diferença no comportamento de mosquitos de colônias de laboratório de diferentes gerações e comprovam a importância de renovação das mesmas periodicamente. Palavras Chave OLFATOMETRIA; Aedes aegypti; ODOR HUMANO

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EFEITO DA HERBIVORIA FOLIAR E RADICULAR NA BUSCA HOSPEDEIRA DE LARVAS DE Diabrotica speciosa (GERMAR) (COLEOPTERA: CHRYSOMELIDAE)

Franciele Santos Cristiane Nardi; José Maurício Simões Bento Escola Superior de Agricultura - PIRACICABA - SP - BRASIL

[email protected] Resumo A busca hospedeira por insetos rizófagos se inicia pela locomoção no solo em direção ao gradiente de CO2, gerado pela respiração de plantas pelas raízes. Posteriormente, o direcionamento destes insetos é baseado no reconhecimento de voláteis específicos da planta hospedeira, os quais podem indicar a qualidade nutricional da planta, a presença de competidores, entre outros fatores. No presente trabalho, avaliou-se a hipótese de que as larvas de da vaquinha Diabrotica speciosa identificam condições de competição em plantas de milho, a partir do reconhecimento de voláteis emitidos pelas plantas induzidas por seus coespecíficos adultos na parte aérea. Os bioensaios comportamentais foram realizados em olfatômetro circular de vidro, contendo seis vias laterais, sendo três plantas de milho sadias (PS - sem danos) em combinação com três plantas submetidas à indução por herbivoria foliar (PIHF) ou radicular (PIHR). Bioensaios de performance também foram realizados avaliando a sobrevivência e o ganho de peso de larvas quando alimentadas com PS, PIHF e PIHR. Em PIHR, as raízes foram envolvidas por um envoltório de tecido ‘voile’, o qual permitia a passagem de parte das raízes e separava as larvas utilizadas para indução daquelas a serem avaliadas. No início destes bioensaios, larvas recém emergidas de D. speciosa foram pesadas e inoculadas, individualmente, no recipiente de cultivo de milho, onde permaneceram por sete dias sendo então retiradas do substrato e pesadas novamente. PIHF e PIHR por adultos de D. speciosa influenciou a busca hospedeira das larvas. PIHR mostraram-se menos atrativas às larvas quando comparadas a PS. Nos bioensaios de performance, larvas mantidas em plantas de milho PIHR apresentaram menor ganho de peso em relação as larvas mantidas em PS. Esses resultados sugerem que os indivíduos imaturos reconhecem as plantas previamente atacadas por seus coespecíficos nas raízes e, provavelmente, evitam condições de competição pelo alimento, direcionando-se para plantas não atacadas. A mesma rejeição das larvas de D. speciosa não ocorreu quando as plantas de milho foram previamente atacadas por adultos. Neste caso, PIHF foram mais atrativas as larvas de D. speciosa quando comparadas com PS. Esses resultados podem estar associados à supressão dos voláteis radiculares mediante o ataque nas folhas ou a emissão de outros compostos nas raízes após o ataque nas folhas, que necessitam ainda ser investigados. Palavras Chave Voláteis de plantas, atraentes, praga de solo, vaquinha

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EFEITO DE FLAVONÓIDES NA SUPERFÍCIE EPITELIAL DO INTESTINO MÉDIO DE LAGARTAS DA SOJA RESISTENTES AO VÍRUS DA POLIEDROSE NUCLEAR

AgMNPV

Cruz, N.A.1 Silva, M.R.2; Gallo, A.R.L2; Silva, L.X2; Hoffmann-Campo, C.B.3; Moscardi, F.1; Levy, S.M.2; Falleiros, A.M.F.2.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA DEPARTAMENTO DE HISTOLOGIA;

EMBRAPA CNPSORUA VERGILIO JORGE - LONDRINA - PR - BRASIL [email protected]

Resumo A lagarta da soja Anticarsia gemmatalis pode ser controlada pela aplicação de inseticidas biológicos como o nucleopoliedrovirus AgMNPV e cultivares resistentes que evitam causar danos ao ambiente. O uso de plantas resistentes causa alterações fisiológicas negativas nos insetos, principalmente pela presença dos flavonóides. A ação dos agentes patogênicos como o AgMNPV e dos flavonóides se processa no intestino médio (IM) dos insetos, principal via de acesso dessas substâncias. Este estudo verifica a alterações na superfície das células epiteliais do IM causadas pela ingestão da rutina (R) e genistina (G), no máximo de suas concentrações, em larvas de A. gemmatalis resistentes ao AgMNPV. Estas larvas eram provenientes da Embrapa Soja/LondrinaPR e foram tratadas com genótipos de soja “in natura” contendo rutina e genistina: BRS 257 (testemunha); Dowling (G= 0,0429 mg/g) e PI 227687 (R=0,3682 mg/g e G= 0,0122mg/g). Os IM das larvas de 4º ínstar foram coletados, fixados, processados e analisados ao microscópio eletrônico de varredura. Os IM das larvas tratadas com o genótipo testemunha apresentaram as regiões anterior (RA), média (RM) e posterior (RP) sem limites definidos. As células colunares apresentaram diâmetros e superfícies variados, com microvilosidades extensas e abundantes e protusões citoplasmáticas ao longo de toda a superfície epitelial. As protusões citoplasmáticas eram de vários tamanhos e formas, de superfície irregular e rugosa ou arredondadas com superfície lisa. Foram observadas protusões sendo ainda liberadas da célula, bem como a presença de grandes orifícios entre as microvilosidades. Os tratamentos causaram alterações principalmente nas microvilosidades. Além disso, o tratamento PI 227687 promoveu grandes alterações nas protusões quando comparados ao tratamento controle, o que poderá refletir na absorção e metabolismo do inseto e quebra da resistência do inseto ao vírus. Palavras Chave Anticarsia gemmatalis; genistina; microvilosidades; rutina

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EFEITOS DETERRENTE DE OVIPOSIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE ÓLEOS ESSENCIAIS DE PLANTAS NÃO HOSPEDEIRAS SOBRE Diaphania hyalinata

Lobo, Ailton Pinheiro Suzana Maria França Alves da Silva, Cláudio Augusto Gomes

da Câmara ; José Vargas de Oliveira; Cristina Schetino Bastos UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ. CAMPUS SOANE NAZARÉ E

ANDRADE, KM 16, RODOVIA ILHÉUS-ITABUNA SALOBRINHO - ILHÉUS - BA - BRASIL

[email protected] Resumo O processo de encontro e escolha de sítios adequados a oviposição em Lepidoptera é mediado pela presença de substâncias que formam o buquê específico do hospedeiro. Questiona-se se o desbalanço ou mascaramento de tais moléculas possibilitariam a inibição da oviposição ou alimentação dos insetos fitófagos? Caso seja verdadeiro é possível ter parte de um sistema de controle de pragas dentro da proposta da técnica push & pull, onde é necessário a identificação de um agente repelente ou inibidor da atividade do inseto-praga. O efeito deterrente de óleos essenciais de folhas de canela (Cinnamomum zeylanicum) e pitanga (Eugenia uniflora) e de monoterpenóides (linalol e β;-pineno) e dos benzenoides puros (eugenol, e safrol) na concentração de 1% foi avaliado no comportamento de oviposição e alimentação de lagartas de Diaphania hyalinata. Ambos os óleos foram obtidos por hidrodestilação e analisados por CG e CG/EM. O óleo de E. uniflora mostrou predominância de sesquiterpenos (94,59%), enquanto que o de C. zeylanicum apresentou maior quantidade de benzenóides. O principal componente do óleo da E. uniflora foi selina-1,3,7(11)-trien-8-ona (25,42%); já no óleo de C. zeylanicum houve predominância de benzoato de benzila (64,36%). Testes de oviposição com e sem chance de escolha foram realizados em folhas de melão amarelo em gaiolas de 1 e 0,004 m3, respectivamente. O teste de preferência alimentar e de avaliação de massa corpórea foram realizadas em discos foliares de 3 cm de diâmetro. Tanto os óleos, quanto as substâncias puras apresentaram taxa média de redução de oviposição (sem chance de escolha) de 85,7%. Os óleos de C. zeylanicum e E. uniflora a 1% promoveram deterrência alimentar e de oviposição, além de interferirem no aumento de massa corpórea das lagartas. Palavras Chave Diaphania hyalinata, Cinnamomum zeylanicum, Eugenia uniflora, inibição, benzenóides, monoterpenóides

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EFEITOS DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS DE Nopalea cochenilifera E Diaspis echinocacti (HEMIPTERA: STERNORRHYNCHA: DIASPIDIDAE) NO

COMPORTAMENTO DE Zagreus bimaculosus (COLEOPTERA: COCCINELLIDAE)

Oliveira, M.S.G. Vanderlei, A.M.; Gonçalves, A.H.S; Costa, J.G.; Sant'Ana A.E.G.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - Maceió - AL - BRASIL [email protected]

Resumo A palma forrageira (Opuntia fícus indica e Nopalea cochenilifera) é uma cultura essencial para a pecuária no semi-árido nordestino. Esta cultura constitui a principal fonte de alimento para os rebanhos nos períodos prolongados de seca e as estimativas são de que cerca de 500 mil hectares são cultivados com esta forrageira, principalmente na Paraíba, Alagoas e Pernambuco. Somente em Alagoas o plantio alcança cerca de 200 mil hectares e é considerada como a responsável pelo sucesso da pecuária leiteira do estado. A palma forrageira é uma planta de características peculiares bastante significativas como resistência à falta de chuvas, pronunciado potencial nutritivo e capacidade de armazenamento de grande quantidade de água. Apresenta também uma ótima viabilidade econômica como o baixo custo de cultivo, suprindo assim as necessidades dos pecuaristas em longos períodos de estiagem, garantindo a alimentação dos rebanhos e favorecendo de maneira indireta, a manutenção da oferta dos produtos primários destes animais, como carne e leite no mercado. Entretanto, a cochonilha Diaspis echinocacti tem causado sérios prejuízos aos produtores de leite do estado. Um dos métodos de controle mais apropriado para esta praga é o uso do controle biológico. A joaninha Zagreus bimaculosus (Coleoptera, Coccinellidae), por ser um dos inimigos naturais de ocorrência na região, possui grande potencial de uso para controle da cochonilha. Assim, esse trabalho teve como objetivo estudar os efeitos de compostos orgânicos voláteis na interação palma x cochonilha x joaninha. As respostas comportamentais de Z. bimaculosus foram mensuradas em olfatômetro tipo “Y” (20 cm de cada braço) com fluxo de 400 mL/min de ar em cada braço, sendo a troca de braço realizada a cada 4 corridas. A preferência da joaninha Z. bimaculosus foi avaliada quando tinha que escolher entre: voláteis da palma com cochonilha x água destilada; extrato dos voláteis da palma com cochonilha x hexano e extrato da palma sem cochonilha x hexano. Foram utilizados 20 insetos (entre machos e fêmeas) para cada experimento, totalizando 60 insetos. A análise estatística foi feita utilizando o teste Qui-quadrado. Os resultados mostraram que as joaninhas foram atraídas significativamente pelos compostos orgânicos voláteis da palma infestada por cochonilhas. Já os compostos orgânicos voláteis provenientes da palma sem infestação de cochonilhas não proporcionaram efeito sobre o comportamento das joaninhas. Esses resultados evidenciam que os compostos orgânicos voláteis possuem potencial para controle da cochonilha e que estudos sobre identificação e síntese dos compostos responsáveis pela atração da joaninha devem ser intensificados. Palavras Chave Nopalea cochenilifera; Diaspis echinocacti; Zagreus bimaculosus; Palma forrageira; Ecologia Química

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ESTUDO COMPARATIVO DO EXTRATO DE OLÉO DE NIM (Azadirachta indica) COM O AGROTÓXICO ENDUSULFAM SOBRE A BROCA-DO-CAFÉ

(Hypothenemushampei)

Vidotto, F.L. Silva, P.A.A.; Proença, E.; Schneider, L.C.L. FAP PERDIZES - ARAPONGAS - PR - BRASIL

[email protected] Resumo A broca-do-café Hypothenemushampei (Coleoptera: Scolytidae) é uma das pragas que provoca maiores prejuízos à cafeicultura, pois atacando os frutos, afeta diretamente a produção. Ela começa a perfuração do grão após 20 semanas da floração que resultando em 32% de frutos caídos. O controle dessa praga é feito anualmente pelo uso de inseticidas, na qual o mais aplicado é o endusulfam. No entanto, sua utilização ao longo tempo levou ocasionalmente a resistência dos insetos ao produto, além das causas de contaminação dos agricultores e alimentos bem como problemas ambientais. A árvore nim, pertence à família Meliaceae, apresenta diversas espécies com ação inseticida e repelente. A azadiractina, seu principal composto é que causa a toxidade aos insetos. O objetivo foi analisar a ação do extrato do óleo de nim sobre a broca-do-café, comparando com o efeito do agrotóxico endusulfam e área controle em frutos verdes, maduros e secos. Foram analisados o peso e a quantidade de brocas em 100 frutos por grupo (verdes, maduros e secos) realizando três repetições, durante os meses de março a maio. Os dados foram analisados pelo teste de variância (ANOVA). Os resultados que pontuaram diferenças entre os valores foram submetidos ao teste de Tukey (p< 0,05). A maior infestação de brocas foi nos frutos verdes. Não foram observadas diferenças significativas de peso nos três tratamentos em nenhum grupo estudado. Quando observamos a quantificação de frutos brocados, a análise dos frutos verdes e secos obteve menor incidência na área tratada com óleo de nim e área tratada com agrotóxico em relação área controle, observando diferenças significativas entre os tratamentos. Já, em relação aos frutos maduros não houve diferenças significativas entre os grupos estudados. Vale ressaltar, que algumas variáveis podem ter interferido nestes resultados como: clima, a realização de uma boa colheita na safra anterior, e também distância das áreas de tratamento. O extrato de óleo de nim teve efeito positivo no combate a broca-do-café igualando-se aos efeitos do agrotóxico endusulfam em alguns parâmetros estudados nas condições de campo. Palavras Chave Inseticidas naturais; café; óleo de nim

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ESTUDO DA VARIAÇÃO DO PERFIL QUÍMICO DE Citrus sinensis SOBRE Citrus limonia APÓS A INOCULAÇÃO DA BACTÉRIA Xylella fastidiosa.

Márcio Santos Soares1, M. Fátima G. F. da Silva1, João B. Fernandes1, Paulo C.

Vieira1, Alessandra A. de Souza2, Marcos Machado2 1Universidade Federal de São Carlos, C.P. 676, São Carlos-S.P, 13560.970, Brasil. 2Centro APTA Citros Sylvio Moreira - IAC, Rod. Anhanguera, Km 158, Cordeirópolis-

S.P., Brasil. [email protected]

Resumo O presente trabalho descreve o estudo da variação do perfil químico de citros após a inoculação da bactéria Xylella fastidiosa, responsável pela Clorose Variegada do Citros (CVC) que é uma das mais sérias doenças causadoras de prejuízos na citricultura brasileira. Para isso, inoculou-se a X. fastidiosa em enxertos de C. sinensis sobre C. limonia e avaliou-se através de ferramentas quimiométricas e de desenvolvimento de métodos analíticos como HPLC-DAD, LC-MS/MS, LC-UV-SPE-NMR e HRMAS a variação quantitativa de alguns metabólitos secundários, como cumarinas e flavonóides identificados tanto nos enxertos quanto nas matrizes C. sinensis e C. limonia. As ferramentas quimiométricas PCA e HCA aplicadas aos dados obtidos nos estudos de HPLC-DAD e HR-MAS permitiram discriminar as plantas contaminadas com a bactéria das espécies sadias, assim como os respectivos indivíduos. Avaliando as respostas das plantas enxertadas com a bactéria em seu interior, mas sem sintomas de CVC, verifica-se que nas raízes entre as 12 cumarinas detectadas há aumento na concentração de 10 delas. Entre os 8 flavonóides detectados nas folhas, 6 tiveram suas concentrações diminuídas no enxerto sem sintomas de CVC. Os dois flavonóides que mostraram concentrações aumentadas foram os flavonóides glicosilados, rutina e hesperidina. Estes dados permitem concluir que nas plantas tolerantes (sem sintomas) a reação maior parece estar nas raízes com 10 cumarinas agindo como fitoantecipinas e ou fitoalexinas. Avaliando as respostas das plantas enxertadas com sintomas de CVC em comparação àquelas em que a bactéria não foi inoculada, verifica-se que nas raízes entre as 12 cumarinas detectadas há aumento na concentração de 8 delas. Entre os 8 flavonóides detectados nas folhas, 6 tiveram suas concentrações aumentadas no enxerto com sintomas de CVC. Estes dados sugerem que nas plantas com sintomas de CVC a reação das plantas parece ocorrer em ambos os órgãos, folhas e raízes, com flavonóides e cumarinas atuando como fitoantecipinas e ou fitoalexinas. Palavras Chave Citurs sinensis; Citrus limonia; Xylella fastidiosa

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ESTUDO DE CORTE E CÓPULA DE Spodoptera eridania (WALKER) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) POR MEIO DE ETOGRAMA COMPORTAMENTAL

Vidotto, F.L. Kuss-Roggia, R.C.R. 1; Zazycki, L.C.F. 1; Sosa- Gómez, D.R. 2; Bento,

J.M.S. 1 ; 2 Embrapa Soja – Laboratório de Entomologia. Av. Carlos João Strass, Distrito de

Warta, 86001-970, Londrina – PR, 1 Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, ESALQ/USP, Lab. Ecologia Química e Comportamento de Insetos, Depto. de Entomologia e Acarologia, Piracicaba-SP, Av. Pádua Dias, 11,13418-900. 2

PERDIZES - ARAPONGAS - PR - BRASIL [email protected]

Resumo A lagarta-das-vagens da soja Spodoptera eridania, é uma espécie desfolhadora que tem ocorrido em maiores densidades populacionais em vários cultivos nos últimos anos. Conhecer o comportamento reprodutivo desta espécie visando subsidiar estudos de feromônios pode auxiliar no manejo desta espécie em campo. Este trabalho teve por objetivo construir um etograma do comportamento de corte e cópula de S. eridania, e caracterizar o repertório comportamental relacionado ao acasalamento. Também foram observados e registrados os comportamentos de chamamento e corte de fêmeas e machos, e a exposição da glândula de feromônio pelas fêmeas, e montado um etograma para a caracterização das sequências destas atividades. As avaliações foram realizadas durante o horário de maior atividade sexual dos insetos, utilizando-se machos e fêmeas em idade reprodutiva. Primeiramente, 10 casais, formados por adultos virgens foram colocados em gaiolas de acasalamento de PVC cristal de 10 cm de diâmetro e de altura, com a base fechada por placa de Petri e a parte de cima coberta com tule. Os adultos foram alimentados com solução de mel a 10%. Estes casais foram filmados com câmera digital manual com luz infravermelha para não interferir no comportamento dos insetos. Após a análise das filmagens, que definiu as sequencias comportamentais desta espécie, foram observados mais 20 cópula com auxílio de lanterna de luz vermelha para definir as freqüências de cada comportamento. No horário de maior atividade sexual desta espécie, fêmeas expunham a glândula de feromônio e começaram a circular pela gaiola com batida de asas que alternavam desde batidas vagarosas até batidas de asas bastante rápidas. A resposta do macho foi vibrar as antenas, limpá-las e se aproximar da fêmea com vôos ou caminhamento. O tempo de aproximação e procura da fêmea foi bastante variável, sendo que alguns machos copularam nos primeiros minutos após o chamamento da fêmea e outros demoraram horas repetindo todo o repertório de procura da fêmea e corte. Na maioria dos casais, os comportamentos que antecediam a cópula consistiam de: vibração de antenas, limpeza de antenas, aproximação para a fêmea de forma que o corpo do macho ficava pareado ao da fêmea; nesta posição o macho fazia toques com as antenas e as pernas dianteiras e medianas próxima a fêmea tocando o abdomen e as asas da fêmea. Em seguida o macho fazia tentativas de cópula expondo o tufo de pelos do final do abdômen e inclinando-o 90º na direção do abdômen da fêmea e tentando acoplar. Quando a fêmea estava receptiva a cópula ocorria, caso contrário a fêmea continuava o repertório de chamamento e o macho em resposta continuava o comportamento de corte. Muitos dos casais observados não copularam, apesar de exibirem todo o repertório comportamental de acasalamento e corte. Este comportamento indica a necessidade de investigar a possibilidade de seleção sexual nesta espécie. Palavras Chave Chamamento; seleção sexual; corte; cópula

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ESTUDO DOS VOLÁTEIS DAS FOLHAS DA CANA DE AÇÚCAR Saccharum officinarum POR MEFS E IV.

REBOUÇAS LMC Caroline A.O. Souza (IC)1; Paulo G. Barros (IC)1; Cicero L.S. Neto (IC)1; Maryana S. Canuto (IC)1; Daniel L. Silva (PG)1; Antonio E.G. Sant`Ana (PQ)1

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS LABIS - IQB - UFAL - MACEIO - AL - BRASIL

[email protected] Resumo Os insetos utilizam odores para seleção da planta hospedeira, escolha de locais de oviposição, acasalamento, organização das atividades sociais, e outros tipos de comportamentos. Em monoculturas, as pragas exibem taxas de colonização altas, longos tempos de permanência, menores barreiras ao encontro do hospedeiro e maior potencial reprodutivo. A cultura da cana de açúcar (Saccharum officinarum), no Estado de Alagoas, é considerada uma monocultura, e entre as várias espécies de insetos registradas nesta cultura como relevantes pragas, destacamos a mariposa Telchin licus. Visando complementar o estudo realizado no nosso grupo, com a mariposa, T. licus, este trabalho tem como objetivo a composição química dos voláteis das folhas da cana de açúcar. As folhas da cana “in vivo” (FCF) e em extratos (FCS) foram estudadas por microextração em fase solida (MEFS), no modo headspace, com a fibra (PDMS/DVB), 30 minutos de adsorção e 15 de dessorção. As folhas coletadas no campo, no mesmo horário da extração “in vivo”, foram trituradas e extraídas por 24 horas com diclorometano (DCM - 1 g/7 mL- FCS). Após remoção do solvente com nitrogênio gasoso (N2), e adição de 5 mL da solução NaCl 10%, as amostras foram analisados por Cromatografia Gasosa (CG) no modo headspace-CG-MEFS e CG-EM. Os extratos das folhas FCS foram fracionados por extração em fase solida (EFS), com gel de sílica (500 mg / 3 mL), pressão positiva e 5 mL dos solventes hexano (fração F1 -FCSF1) e DCM fração F2 (FCSF2). Os cromatogramas das amostras FCS, FCSF1 e FCSF2, apresentam mais compostos voláteis comparados com a folha “in vivo” (FCF). A fração FCSF2 apresenta por Infravermelho (IV) absorção na região de grupos funcionais do tipo carbonila e hidroxila. Os resultados das analises por IV, CG-MEFS campo, CG-MEFS headspace e CG-EM serão discutido neste trabalho. Palavras Chave Voláteis, folha, cana de açúcar

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ESTUDOS DE NOVAS ALTERNATIVAS DE CONTROLE DE Ae aegypti A PARTIR DE EXTRATOS DE PLANTAS DA REGIÃO AMAZÔNICA

Duprat, R.C. Balthazar, T.D.; Oliveira, D.R.; Leitão, S.G.; Leitão, G.G.; Martins K.;

Feder, D.; Mello, C.B. Laboratório de Biologia de Insetos, GBG, EGB, UFF; Laboratório de Farmacognosia

do Depto de Produtos Naturais e Alimentos, Faculdade de Farmácia, UFRJ; Laboratório de Cromatografia Contracorrente do NPPN, UFRJ. - RJ - BRASIL

[email protected] Resumo A dengue é considerada uma doença epidêmica no país, e como não existe ainda uma vacina eficaz contra o vírus, a principal estratégia utilizada para prevenir a doença é controle do mosquito vetor. Como as larvas de Aedes aegypti se desenvolvem na água limpa, os inseticidas são utilizados muitas vezes em água potável, e desta forma, precisam apresentar uma baixa toxicidade. Atualmente, a seleção de populações resistentes aos inseticidas clássicos é uma das grandes preocupações das autoridades sanitárias. Desta forma, torna-se importante o desenvolvimento de técnicas alternativas para o controle do mosquito, pela identificação de substancias ativas contra as larvas, porém, que não apresentem toxidade aos mamíferos. O presente estudo teve como finalidade avaliar a atividade de drogas alternativas que possam matar ou interromper o desenvolvimento Ae aegypti em alguma fase do seu ciclo de vida (larva, pupa e/ou adulto). Os testes foram efetuados em quadruplicatas com 10 larvas de 30 estágio em cada copo contendo 50ml de água e as substância testadas. Os grupos controle foram montados seguindo os mesmos procedimentos, no entanto, o mesmo volume utilizado com as substâncias foi substituído por água (C-) e pelo diluente das amostras (C+). Desta forma, foram feitos testes com diversos extratos naturais de diferentes plantas provenientes do Município de Oriximiná no estado do Pará. Dos 23 extratos testados apenas o extrato etanólico obtido a partir de frutos da castanheira (Bertholletia excelsa) apresentou atividade em uma concentração igual ou menor do que 50ppm. Esse extrato apresentou atividade bastante promissora quando foram avaliadas a mortalidade e o desenvolvimento das larvas da Ae. aegypti. Este extrato mata as larvas nas concentrações mais elevadas e inibe ou atrasa as mudas quando usado em concentrações menores. A partir desse extrato etanólico foram efetuadas partições com metanol, diclorometano, acetato de etila, butanol e água. As frações foram testadas e os extratos hexânico e butanólico apresentaram uma atividade inseticida bastante promissora, tanto contra Ae. aegypti e quanto contra Culex quinquefascuatus. O extrato hexânico foi submetido a uma cromatografia contra corrente e as frações obtidas foram testadas a analisadas. As frações mais ativas foram selecionadas e estão sendo submetidas aos ensaios biodirigidos até que sejam obtidas as frações com os princípios ativos puros. Atualmente, este trabalho está vinculado ao projeto “Desenvolvimento e avaliação de novas tecnologias e estratégias de vigilância e controle de Ae. aegypti no Brasil” aprovado pelo Edital MCT/CNPq n° 73/2009 – PRONEX – Rede Dengue (Processo nº 550116/2010-9). Palavras Chave Aedes, terpeno, controle

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EVALUATION OF AN ODORANT BINDING PROTEIN (OBP) GENE AS A NOVEL MOLECULAR MARKER FOR GENETIC DIFFERENTIATION STUDIES AMONG

SIBLING SPECIES OF THE Lutzomyia longipalpis COMPLEX

Dias, A.K.K. Dias, D.B.; Peixoto, A.A.; Bauzer, L.G.S.R. INSTITUTO OSWALDO CRUZ – FIOCRUZ - RJ - BRASIL

[email protected] Resumo The sand fly Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae) is the main vector of the etiological agent of American Visceral Leishmaniasis (AVL), Leishmania infantum. Due to its importance as vector, several studies were conducted confirming its existence as a species complex along its occurrence area. In Brazil, integrative approaches combining data from molecular markers, pheromones, and acoustic signals produced during copulation revealed that the siblings within the L. longipalpis complex can be separated into two main groups. One group is characterized by the production of a Burst-type copulation song and the cembrene-1 pheromone. The other is a more heterogeneous group containing species with different combinations of pheromones and Pulse-type copulation songs. Among the best molecular markers used so far in the speciation studies within this complex in Brazil are genes putatively involved in copulation song control. The main objective of the current study is to determine if genes potentially involved in species-specific chemical recognition may also serve as good molecular markers for further studies of the L. longipalpis species complex. A sand fly homologous fragment of the Drosophila odorant binding protein 29 (obp29) gene was amplified from individuals belonging to two sympatric species that occur in the Brazilian locality of Sobral, Ceará State. Sequence analysis revealed a high degree of polymorphism with 13.6% of sites presenting variation in the two species. Analysis of the genetic divergence revealed that the two sympatric species from Sobral show a moderate level of differentiation at this locus (Fst = 0.1098, p<0.001).The results suggest that a considerable rate of introgression between the two species might have occurred in the OBP gene analyzed, indicating that the gene flow barrier acting in this locus might be less restrictive when compared with some other loci, such as period and paralytic, which are involved in acoustic communication. We are currently planning to extend this analysis to other OBP genes. Palavras Chave Sand flies, OBPs, pheromones, species complex, Leishmaniasis

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CAMUFLAGEM QUÍMICA EM LARVAS DO BESOURO Chelymorpha reimoseri (CHRYSOMELIDAE: CASSIDINAE)

Massuda, KF Trigo, JR

UNICAMP - CAMPINAS - SP - BRASIL [email protected]

Resumo Herbívoros que possuem um padrão de hidrocarbonetos cuticulares (HCs), semelhante ao de suas plantas hospedeiras, geralmente não são reconhecidos por predadores quimicamente orientados, como formigas. Esse mecanismo de defesa é conhecido como camuflagem química. Neste trabalho, verificamos se larvas do besouro Cassidinae, Chelymorpha reimoseri, utilizam a camuflagem química como defesa. Encontramos as larvas dessa espécie alimentando-se de folhas de Ipomoea carnea subsp. fistulosa (Convolvulaceae), que ocorre na região do Pantanal Sul (MS). Essa planta possui nectários extraflorais que são visitados por várias espécies de formigas. A análise por cromatografia gasosa-espectrometria de massas mostrou que os padrões dos HCs das larvas de C. reimoseri e das folhas de I. carnea apresentam uma alta similaridade. Realizamos experimentos em laboratório e em campo, com o extrato de HCs de larvas de 5º instar de C. reimoseri, aplicados em larvas liofilizadas de Tenebrio molitor (Coleoptera: Tenebrionidae) ou Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae), para verificar se os HCs estariam camuflando quimicamente as larvas de C. reimoseri. Obtivemos esse extrato extraindo larvas de C. reimoseri por 5 min em hexano. Usamos uma concentração de HCs 10 vezes maior do que aquela encontrada nas larvas de C. reimoseri. Aplicamos os HCs em uma larva (tratamento) e em outra só aplicamos hexano (controle) e as dispusemos lado a lado (ca. 2 cm de distância entre elas) em uma folha de I. carnea. Em laboratório, utilizamos colônias de formigas Solenopsis sp. (Formicidae: Myrmicinae), um dos gêneros que visita I. carnea e é extremamente agressivo. Mantivemos a folha, onde as larvas foram coladas, em um frasco com água, e lançamos o experimento em uma arena de forrageamento, anexa ao ninho. A cada minuto, contamos o número de formigas sobre cada larva e ao final de 30 minutos, somamos o total de formigas que as visitaram. Para confirmar a ação dos HCs das larvas de Chelymorpha reimoseri em condições naturais, colocamos larvas com e sem aplicação de HCs em plantas de I. carnea, no Pantanal Sul, visitadas por formigas. Nesse caso, verificamos a remoção dessas larvas, após 24 h. Observamos que quando as larvas de T. molitor foram tratadas com HCs de C. reimoseri havia 1,98 vezes menos formigas forrageando do que em larvas controle (Teste t-pareado, t = 6,71, gl = 6, P < 0,01). Em campo, as larvas com HCs de C. reimoseri (n=20) foram 2,5 vezes menos removidas do que aquelas sem HCs (Teste exato de Fisher, P < 0,01). Para demonstrar que o efeito desses HCs é o de camuflar e não deter as formigas devido à impalatabilidade, larvas com e sem HCs de C. reimoseri (n=9) foram colocadas em plantas não utilizadas por C. reimoseri e visitadas por formigas. Todas as larvas, neste caso, foram removidas. Esses resultados comprovam que os HCs podem camuflar os herbívoros de predadores quimicamente orientados e que larvas de C. reimoseri possuem esse mecanismo como forma de defesa. Palavras Chave Camuflagem química, Chelymorpha reimoseri, Camponotus crassus, Solenopsis sp., Ipomoea carnea subsp fistulosa, defesa química, hidrocarbonetos cuticulares

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AVALIAÇÃO DE DIFERENTES TAXAS DE LIBERAÇÃO DE CO2 NA CAPTURA DE ANOFELINOS

Rodrigues, M.S.; Santos-Junior, C.A.C.; Leal, L.B.; SIlva, I.M.; Eiras, A.E.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. BELO HORIZONTE - MG - BRASIL

[email protected] Resumo A armadilha BG-Malária vem sendo considerada uma importante ferramenta que pode substituir a coleta por atração em humanos (isca-humana) na captura de Anopheles darlingi, principal vetor de malária no Brasil. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver um liberador estável de CO2 a partir de gelo seco e avaliar o efeito de diferentes taxas de liberação na captura de anofelinos pela armadilha BG-Malária. Os liberadores de CO2 consistiram de isopor de 1000ml ao qual foi adicionada uma garrafa metálica de 500ml apresentando em sua parte superior uma mangueira plástica atóxica com um dos seguintes diâmetros: (L2) 2,0mm, (L3) 6,62mm e (L4) 9,65mm, como controle foi utilizado liberador de garrafa de isopor de 500ml acoplado a mangueira de 2,00mm (L1). Para aferir a taxa de liberação foi adicionada de 200 – 350g de gelo seco aos liberadores e três réplicas de cada modelo de liberador foram deixados evaporar em ambiente aberto. A cada hora, durante o período de 6 horas, os liberadores foram pesados, e a diferença entre o peso final e o peso inicial foi utilizada para obter a taxa de liberação de CO2. Para verificar a influência da taxa de liberação de CO2 na captura de anofelinos, armadilhas com os diferentes liberadores foram instaladas em campo as 18:00h e colocadas a distância mínima de 10m entre si, permanecendo ligadas por três horas, seguindo delineamento experimental de quadrado latino: 12 noites de experimento. A taxa média de liberação de CO2 obtida para cada liberador foi 27.4g/h (L1), 38,5g/h (L2), 49,7g/h (L3) e 65,72g/h (L4), sendo observada diferença significativa entre si (P<0,05). Foram coletados 289 anofelinos, sendo que a média de captura por noite em armadilhas BG-Malária que utilizavam o liberador de CO2 L4 (13,21 ± 2,25) foi significativamente superior as demais armadilhas: L1(6,85 ± 1,32), L2 (5,00 ± 1,53) e L3(7,57 ± 1,83) (p<0,05). A utilização do CO2 como atrativo para anofelinos de região tropical está estabelecida há algum tempo, sendo essa a principal substância utilizada em armadilhas para a substituição da coleta por atração em humanos. Atualmente a armadilha BG-Malária é utilizada com o liberador L1, entretanto no presente trabalho foi verificada influência da quantidade de CO2 liberada na captura de anofelinos, além disso, o uso desse sistema (garrafa de isopor/garrafa de metal) confere menor oscilação na liberação do CO2 prolongando o tempo de utilização do mesmo em campo. Experimentos futuros serão realizados objetivando a substituição do L1 por sistema de liberação de CO2 de melhor eficiência. Palavras Chave Gás carbônico, monitoramento de vetores

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FLORAL CHEMOTYPE VARIATION IN THE EVENING PRIM-ROSE OENOTHERA ACAULIS (ONAGRACEAE) IN CENTRAL CHILE IN ANDEAN AND COASTAL

POPULATIONS

CRISTIAN ALFONSO VILLAGRA GIL Torres-Araneda, A. (2); Vergara, R.C. (2); Villagra, D.A. (3); Mary T.K. Arroyo (2), Raguso,R.A (4)

Instituto de Entomología, UMCE (1); Instituto de Ecología y Biodiversidad, U. de Chile (2), Universidad de Tarapacá, Arica, Chile (3), NBB Dept., Cornell University. NY,

USA (4).SANTIAGO - RM - CHILE [email protected]

Resumo The South American evening primrose Oenothera acaulis (Onagraceae) has self-compatible, nightblooming flowers with long, nectar-filled hypanthial tubes. Due to these traits it has been suggested to be pollinated by sphingid hawkmonths. Flowers of O. acaulis show remarkable population variation in floral traits, such as flower dimensions, including anther-stigma distances (herkogamy). In Chile, O. acaulis occurs in coastal areas between IV to X Regions of Chile, and also in the sub Andean belt in the high Andes between 2200–2700 amsl. Thus it is present in extremely varied habitats. In this work we compared the variation in flower traits and animal visitors from Coastal (Los Molles) and Andean populations (Farellones), we studied floral fragrance (using dynamic headspace and GC-MS), floral morphology, petal reflectance, nectar volume and concentration. In addition we scored flower visitors from dusk to dawn during two years on these sites. Nitrogenous compounds, similar to those found in related North American species of Oenothera, were predominant in flower scent composition. Comparing its relative abundances, we found that at the Andean site the compound Butilaldoxime 3 methyl ANTI was present in a higher percentage in comparison with Coastal scent samples, while Butanenitrile, 3 methyl corresponded to a higher percentage of the fragrance composition at Coastal compared with Andean population. In addition, we found differences in corolla diameter, tube length and herkogamy, this last measurement was less variable and presented higher values at the Andean population. Floral visitors differed in both populations; In Coastal sites flowers were mainly visited at evening by florivores (grasshoppers and cockroaches) and few morning visitors, Meanwhile at Andean sites flowers presented a high visitation frequency by Patagonas gigas hummingbirds (evening and morning), Hyles sp. hawkmoths (evening), and by passerine nectar robber and bumble bees during the morning. Thus, our results suggest habitat-dependent variation for flower scent and other floral traits in this plant. Also we discovered profound differences in the community of flower-visiting animals, thus flower phenotype variation (such as scent) may not only be influenced by habitat abiotic factors but also by a wide spectrum of opportunistic floral visitors during evening and the following morning differentially impacting reproductive success of these plants. These results contrast with preliminary hypothesis proposing mostly hawkmoth pollination for O. acaulis, and encourage us to consider in a higher level of relevance the contribution of geographical variation and non-canonical flower visitors in flower chemotype diversity and evolution. Palavras Chave FLORAL FRAGRANCE, POLLINATION, LARCENISTS

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COMO DIFERENTES ALCALOIDES PIRROLIZIDÍNICOS AFETAM A APTIDÃO E DEFESA CONTRA PREDADORES EM LARVAS E ADULTOS DA MARIPOSA

ESPECIALISTA Utetheisa ornatrix (ARCTIIDAE)?

Martins, C.H.Z. José Roberto Trigo UNICAMP. - CAMPINAS - SP - BRASIL

[email protected] Resumo Larvas da mariposa especialista Utetheisa ornatrix (Arctiidae) adquirem diferentes alcaloides pirrolizidínicos (APs) quando se alimentam de diferentes plantas hospedeiras do gênero Crotalaria (Fabaceae). Esses alcaloides são retidos durante toda a metamorfose e utilizados na defesa contra predadores, comunicação química e reprodução. Dentro desse contexto, estudamos: (1) se existe um custo em termos de desempenho no sequestro de diferentes APs, e (2) como a incorporação de diferentes APs interfere na defesa química em larvas e adultos de U. ornatrix. Isolamos de plantas ou semissintetizamos em laboratório quatro diferentes APs: monocrotalina, retronecina, platinecina e 7 metileno-8-hidroxi-1-pirrolizidina, e adicionamos os mesmos em dieta artificial em diferentes concentrações. Oferecemos essas dietas para larvas de U. ornatrix, a partir do 1º instar. Medimos o desempenho das larvas e dos adultos em termos de crescimento das larvas e reprodução dos adultos. Realizamos bioensaios de predação com as aranhas Lycosa erythrognatha. (Lycosidae) e Nephila clavipes (Araneidae) e com pintinhos Gallus gallus (Phasianidae). Observamos que larvas e adultos de U. ornatrix não têm seu desempenho afetado negativamente pelo sequestro desses compostos, independente da concentração do AP na dieta e do tipo estrutural de AP. Nos bioensaios de predação, verificamos que larvas e adultos de U. ornatrix alimentados com os diferentes APs, em concentrações similares àquelas encontradas em sementes de Crotalaria, são defendidos quimicamente contra aranhas e aves. O AP macrocíclico monocrotalina foi o mais eficiente nessa defesa química. Comparamos o efeito de APs no desempenho de um inseto generalista com os resultados obtidos para U. ornatrix. Incorporamos monocrotalina e retronecina em dieta artificial, nas mesmas condições acima descritas, e oferecemos essas dietas para larvas da mariposa generalista Spodoptera frugiperda (Noctuidae), a partir do 1º instar. Observamos que larvas e adultos de S. frugiperda têm seu desempenho afetado negativamente quando se alimentam desses compostos em concentrações similares as encontradas nas sementes de Crotalaria. A monocrotalina foi o alcaloide que apresentou maior atividade. Concluímos que no inseto especialista U. ornatrix, o sequestro de diferentes estruturas de APs não representa um custo em termos de desempenho. Esses alcaloides, ou seus metabólitos, são usados como um arsenal de defesa contra predadores e utilizados na comunicação química. O mesmo não ocorre com um inseto generalista, que tem seu desempenho afetado negativamente por esses compostos. Palavras Chave Utetheisa ornatrix, defesa química, desempenho, alcaloides pirrolizidínicos

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INDUÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS EM GENÓTIPOS DE SOJA POR Meloidogyne javanica

JANEGITZ, T.1 GRAÇA, J.P.2; VIEIRA, S.S.3; UEDA, T.E.4; DIAS, W.5, OLIVEIRA,

M.C.N.5; FERRARESE-FILHO, O.1; HOFFMANN-CAMPO, C.B5 EMBRAPA SOJA. RODOVIA CARLOS JOÃO STRASS, CAIXA POSTAL 231 -

LONDRINA - PR - BRASIL [email protected]

Resumo No Brasil, Meloidogyne javanica é a espécie de nematoide-de-galhas mais frequentemente associada a reduções na produção de soja. Em geral, seu controle é realizado com rotação de culturas e a utilização de cultivares resistentes. Estudos vêm mostrando que os isoflavonoides desempenham importante papel na defesa da soja contra patógenos. Assim, no presente trabalho procurou-se avaliar a produção de compostos fenólicos e a reprodução de M. javanica, determinada através do Fator de Reprodução (FR) do nematóide, em genótipos de soja contrastantes. Sementes da cultivar BRS 133 (suscetível) e da PI 595099 (resistente), assim como, de linhagens resistentes (JF7056, JF7002 e JF7027) e suscetíveis (266-S, 256-S, 259-S), originadas de cruzamentos entre as mesmas, foram semeadas em tubetes plásticos contendo areia, em casa-de-vegetação, na Embrapa Soja, em Londrina, PR. Sete dias após semeadura, as plântulas (uma por tubete) foram inoculadas, ou não (testemunha), com juvenis de segundo estádio (J2) do nematoide. A avaliação da concentração de isoflavonoides em HPLC e a atividade da fenilalanina amonia-liase (PAL) foram realizadas, em raízes coletadas às 24, 48, 72, 96 e 120h enquanto para a estimativa do FR a coleta foi realizada 45 dias após a inoculação. Os isoflavonoides observados foram daidzina, malonil-daidzina e, especialmente, daidzeína (aglicona). A concentração de todos esses compostos e a atividade da PAL foram maiores nas raízes coletadas 120h após a inoculação, período em que também foi verificada uma maior penetração de J2. A maior atividade da PAL foi observada nas plantas inoculadas da linhagem suscetível 259S (82,7 nmols/h/g de raiz). Nessa linhagem observou-se também baixa multiplicação do nematóide (FR 60,3). A concentração de daidzina foi maior em raízes inoculadas dos genótipos PI 595099 (0,0385 µg/mg) e 259S (0,0439 µg/mg). Nos demais genótipos, os teores de daidzina observados nas plantas inoculadas não diferiram daqueles das testemunhas. Os genótipos PI 595099, JF7056, 256S e 259S foram os que apresentaram as maiores concentrações de malonil-daidzina. A cultivar BRS 133 apresentou a maior multiplicação do nematoide (FR 85,9) e a menor concentração de dadzeína (0,0453 µg/mg) em comparação aos demais genótipos; não houve diferença entre plantas inoculadas e a testemunha. Ao contrário, a maior concentração de daidzeína (0,1024 µg/mg) foi observadas na PI 595099 inoculada, genótipo onde também ocorreu a menor multiplicação do nematóide (FR 54,2). Considerando que a daidzeína é um dos precursores de fitoalexinas, como o coumestrol e as gliceolinas, sugere-se que o acúmulo de altas concentrações dessa substância nas raízes da soja exerce papel importante na defesa da soja ao nematoide M. javanica. Palavras Chave Isoflavonóides; atividade da fenilalanina amonia-liase; fator de reprodução

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O PAPEL DOS SEMIOQUÍMICOS NA ATRAÇÃO DE INSETOS POLINIZADORES DO DENDÊ

Gomes, S.M.S Lima, E. R.; Moura, J.I.L.; Vilela,E.

Doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Entomologia/UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA-MG - BRASIL

[email protected]

Resumo O incentivo dado à expansão da cultura do dendê visando ampliar a produção brasileira de biodiesel e de óleos para as indústrias despertou a busca de soluções para problemas da produção agrícola. O dendê Hibrido, resultado do cruzamento de Elaeis guineensis e i, adaptado para a região Norte, é um importante marco para a dendeicultura nacional. Porém, problemas com a baixa polinização de suas inflorescências motivou o presente estudo, que visa aprofundar os conhecimentos sobre os insetos polinizadores bem como dos semioquímicos liberados das inflorescências e seu papel na atração dos polinizadores. As investigações foram comparativas com plantas do dendezeiro comercial Tenera (Elaeis guineensis), no Pará, e do Caiaué (Elaeis oleífera), nativo da Amazônia. A coleta de dados ocorreu em plantios comerciais de Tenera e Hibrido no Pará e em áreas de Caiaué no Amazonas. O levantamento das espécies polinizadoras foi realizado utilizando fitas com cola para armadilhas. Para a coleta dos voláteis, inflorescências masculinas e femininas foram ensacadas e acompanhadas até iniciarem a antese. Os voláteis das inflorescências femininas foram coletados no segundo dia de antese e das masculinas no terceiro dia. Essas inflorescências foram levadas para o laboratório e envolvidas em bolsas de poliéster para a coleta dos voláteis, utilizando a técnica de “headspace”. Foi possível observar três espécies de polinizadores Elaeidobius subvitatus, Elaeidobius kamerunicus, Elaeidobius sp. na região do Pará. Embora E. kamerunicus seja encontrado com maior frequência visitando inflorescências de Tenera, sua presença foi pouco observada nas inflorescências de Hibrido. No Caiaué, na região do Amazonas, as espécies polinizadoras ainda são desconhecidas, mais foi possível observar um grande número de curculionídeos do gênero Celestes sp. e outras duas espécies de curculionídeos ainda não identificadas. A análise dos voláteis das inflorescências mostrou que ocorre uma grande variação na quantidade de estragole liberado entre as espécies parentais e o Hibrido. Em inflorescências de Tenera há uma maior quantidade de estragole em comparação as inflorescências de Caiaué. Porém, no Hibrido a variação na quantidade de estragole pode levar a uma baixa visitação dos insetos polinizadores e consequentemente a uma menor taxa de fecundação dos frutos, o que desencadeia uma menor produção de óleo. Palavras Chave 4- allyllanisole, Curculionidae, cairomônios, ecologia química

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A ECOLOGIA QUÍMICA DO CLEPTOPARASITISMO: ANÁLISE DOS COMPOSTOS PRESENTES NAS

GLÂNDULAS MANDIBULARES E LABIAIS DE Lestrimelitta limao (HYMENOPTERA: APIDAE, MELIPONINI)

von Zuben, L.G. Nunes, T. M.; Zucchi, R.; Schorkopf, D.L.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP); RIBEIRÃO PRETO - SP – BRASIL Swedish University of Agricultural Sciences

[email protected] Resumo As relações entre flores e abelhas durante a evolução tiveram um importante papel na adaptação desses insetos, uma vez que eles utilizam os recursos florais para sua alimentação. Apesar disso, algumas espécies de abelhas sem ferrão apresentam um comportamento alimentar diferente, conhecido como cleptoparasita. Nesse caso, as abelhas conseguem seu alimento através do saque a outras colônias. Apesar de alguns estudos já terem sido realizados, muitas questões importantes relacionadas à ecologia química do cleptoparasitismo ainda não foram respondidas. Estudos recentes demonstram a importância dos compostos presentes nas glândulas mandibular e labial para a comunicação química entre as abelhas sem ferrão. Desse modo, o presente trabalho teve como objetivo investigar os compostos que podem atuar na comunicação química de Lestrimelitta limao através da análise dos compostos presentes nas glândulas labial e mandibular dessa espécie. As glândulas foram dissecadas e extratos puros de cada glândula foram preparados. A quantificação e identificação das substâncias químicas presentes em cada glândula foram realizadas em um sistema de Cromatografia Gasosa Acoplada a Espectrometria de Massas. Foram encontrados apenas dois compostos na glândula mandibular: o citral (neral e geranial) e um hidrocarboneto, o 9-nonacoseno, sendo o citral o composto majoritário. Além disso, os isômeros do citral, geranial e neral, estão presentes em uma proporção de 19:1, respectivamente. Na glândula labial foram encontrados 28 compostos, sendo os ésteres acetato de hexadecenil e acetato de hexadecil aqueles encontrados em maior concentração. Além dessas substâncias, foram encontrados também em concentrações muito inferiores outros ésteres, álcoois, aldeídos e ácidos carboxílicos. Os resultados obtidos apresentam novidades importantes, uma vez que os estudos anteriores não descrevem a presença dos dois ésteres encontrados em grande concentração na glândula labial. Segundo estudos recentes, os ésteres da glândula labial tem um importante papel na formação de trilhas químicas, utilizadas no recrutamento de forrageiras para fontes de alimento. Estudos comportamentais estão sendo realizados para verificar se esses compostos possuem função semelhante em L. limao. Além disso, a proporção encontrada dos isômeros do citral também é uma novidade importante, dada a relevância dos isômeros na resposta biológica a determinado composto. Esse dado evidencia a necessidade de uma nova investigação das funções do citral em L. limao, já que os estudos que descrevem as funções deste composto não levam em consideração a proporção de seus isômeros. Palavras Chave Cleptoparasitismo, glândula mandibular, glândula labial, Lestrimelitta limao

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SECREÇÕES DE GLÂNDULAS DE DUFOUR E TERGAIS DE RAINHAS DE Tetragonisca angustula: COMPOSIÇÃO QUÍMICA E BIOENSAIOS COM

PRODUTOS SINTÉTICOS

Araújo, F.D.S. Santos, C.F.; Fonseca, V.L.I; Marsaioli, A.J. UNICAMP; USP. CAMPINAS - SP - BRASIL

[email protected] Resumo As abelhas utilizam secreções de várias glândulas exócrinas em seus processos de comunicação, defesa e na construção de seus ninhos. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi investigar as glândulas de rainhas de Tetragonisca angustula (Hymenoptera, Apidae, Meliponinae) responsáveis pela produção de ferômonios de atração de machos. Testes de campo desenvolvidos em aglomerado de machos, utilizando rainhas virgens (RVs) (12 dias de idade) e fisogástricas (RFs), revelaram a atração de machos aos odores liberados por RFs, os quais foram coletados pela técnica de headspace dinâmico por 2 horas (N = 1, triplicata), detectando-se dois ésteres por CG-EM: hexanoato de isopropila (HI) e hexanoato de hexila (HH). Em seguida, as glândulas de Dufour e tergais de ambas as rainhas foram dissecadas e analisadas por CG-EM (triplicata). A glândula de Dufour das RFs foi constituída principalmente de ésteres, incluindo o HI e HH, com acetato de dodecila como majoritário. Surpreendentemente, a glândula de Dufour das RVs encontraram-se visualmente vazias, e constituídas unicamente pelo octadecenoato de tetradecila. Nas tergais de ambas as rainhas foram identificados: HI e HH; nonanol; nonadecanona, alcanos, alcenos, isômeros de metil-alcanos e 9,13-dimetil-C25. Isômeros de metil-C33, pentadecanona, acetato de dodecila e octadecenoato de tetradecila foram encontrados somente nas tergais de RVs, enquanto que hexanoato de butila e 9,13-dimetil-C25 foram presentes apenas nas tergais de RFs. HI e HH, presentes em ambas as glândulas de RFs e nas tergais de RVs, foram sintetizados e submetidos à bioensaios em ambiente natural, colocados ao lado de ninhos normais, individualmente e em misturas. As operárias foram atraídas pelo HI e mistura deste com HH. Os machos foram atraídos pela mistura dos dois ésteres, os quais provavelmente são responsáveis pela atração a longa distância, havendo a necessidade da presença de um segundo composto para induzir a cópula. Palavras Chave Tetragonisca angustula; glândulas; bioensaios

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FEROMÔNIO SEXUAL DE Leucoptera coffeella: PAPEL DO COMPONENTE MINORITÁRIO E AVALIAÇÃO DE ISÔMEROS EM DIFERENTES POPULAÇÕES

Araújo, H. D. Lima, E. R.

UFV- VIÇOSA - MG - BRASIL [email protected]

Resumo O componente majoritário do feromônio sexual de Leucoptera coffeella (Lepidoptera: Lyonetiidae), 5,9-dimetilpentadecano, possui quatro estereoisômeros, mas não se sabe qual(is) deles é(são) produzido(s) pela fêmea; e cada um dos possíveis isômeros pode provocar diferentes respostas comportamentais no inseto. Dessa forma, avaliou-se a captura de machos de L. coffeella em armadilhas contendo os isômeros de 5,9-dimetilpentadecano e diferentes sínteses de sua mistura racêmica em duas localidades de Minas Gerais distantes cerca de 800 km entre si. Em todos os casos, a mistura racêmica atraiu mais indivíduos que os isômeros, reforçando a suspeita de que uma mistura de isômeros deve ser produzida pela fêmea. Somente uma das três misturas racêmicas testadas se mostrou ineficiente, de modo que a razão disso ainda precisa ser investigada. O isômero 5R,9S-dimetilpentadecano atraiu mais machos que os outros isômeros em ambos os locais. Dessa forma, parece não haver variação geográfica do feromônio sexual entre esses lugares. No entanto, populações do México são mais atraídas pelo isômero 5S,9R-dimetilpentadecano, abrindo margem para se especular que há variação no feromônio entre essas populações e as encontradas no Brasil. Também foi verificado que o componente minoritário do feromônio sexual, 5,9-dimetilhexadecano, não influenciou a captura de machos em armadilhas quando colocado junto do componente majoritário. Portanto, não deve ser considerado como parte do feromônio sexual de L. coffeella. Palavras Chave Bicho-mineiro-do-café; variação geográfica; armadilha; 5,9-dimetilpentadecano; 5,9-dimetilhexadecano

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DETRITUS TYPES AND NUTRIENT RATIOS OF AQUATIC ENVIRONMENTS PREDICT DISTRIBUTIONS OF Aedes aegypti AND Aedes albopictus IN FLORIDA

Murrell, E.G. Fader, J.E.; Juliano, S.A.

ILLINOIS STATE UNIVERSITY. ISU BIOLOGICAL SCIENCES, CAMPUS BOX 4120 - NORMAL - IL - EUA [email protected]

Resumo Coexistence of competitors may result if resources are sufficiently abundant to render competition unimportant, if species differ in resource requirements. Detritus type has been shown to affect interspecific competitive outcomes between Aedes albopictus (Skuse) and Aedes aegypti (L.) larvae under controlled conditions. To determine whether detritus types affect both nutrient ratios and distributions of Ae. albopictus and Ae. aegypti at a regional scale, we collected mosquitoes, water, and detritus from artificial containers across 24 Florida cemeteries that varied in relative abundances of the two Aedes species. We measured nutrient content of fine particulate organic matter in water samples as total N, P, and C and ratios of these nutrients. We also raised individual Aedes larvae in the laboratory in water collected from each cemetery, as a bioassay to determine the nutritional effects of the water on mosquito performance. Quantities of detritus types collected in standard containers were significant predictors of nutrients and nutrient ratios. Nutrient abundances were significant predictors of relative abundance of Ae. aegypti, and of larval survival and development by both species in the bioassay. Survival and development of larvae reared in particulate-containing water from sites decreased with decreasing relative abundance of Ae. aegypti. These data suggest that N, P,and C availabilities are determined by detritus inputs to containers and that these nutrients in turn determine the feeding environment encountered by larvae, the intensity of interspecific competition among larvae, and subsequent relative abundances of species at sites. Detritus inputs, nutrients, and food availability thus seem to contribute to distributions of Ae. aegypti and Ae. albopictus in cemetery containers throughout Florida. The implications of these data for oviposition behavior, along with more recent studies of oviposition response of Ae. aegypti and Ae. albopictus to detritus, will also be discussed. Palavras Chave Detritus; nutrients; Aedes; resource competition

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IDENTIFICAÇÃO DOS COMPONENTES DO FEROMÔNIO SEXUAL DE Condylorrhiza vestigialis (LEPIDOPTERA: CRAMBIDAE)

Vidal, D.M. Palacio Cortes, A.M.; Zarbin, P.H.G.

UFPR - CURITIBA - PR - BRASIL [email protected]

Resumo A cultura do Álamo vêm ganhando destaque na região sul do Brasil, principalmente por suprir a indústria de fósforo fabricação de palitos e caixas. A mariposa-do-álamo, Condylorrhiza vestigialis, é considerada a principal praga dessa cultura. O desfolhamento provocado por esse Lepidóptero ocorre na fase de maior crescimento da planta, comprometendo seriamente a produção dos povoamentos. O feromônio natural foi extraído das glândulas feromonais de fêmeas via extração por solvente, entre a 7ª e 10ª horas da escotofase. Bioensaios em olfatômetro Y mostraram grande atratividade de machos aos extratos, com notável mudança comportamental em resposta à exposição aos compostos. A atividade eletroantenográfica dos compostos em antenas de machos foi testada em GC-EAD, sendo observada a presença de 6 possíveis componentes feromonais. A estrutura química dos compostos foi estudada através da análise de seus respectivos perfis cromatográficos, espectros de massas (GC-MS) e de infravermelho (GC-FTIR), assim como por análise de produtos de microderivatizações com 4-metil-1,2,4-triazolina-3,5-diona (MTAD), com DMDS e de isomerização de duplas ligações empregando-se tiofenol. As informações espectroscópicas e cromatográficas obtidas indicaram que os compostos referem-se à aldeídos da classe de feromônios de Lepidópteros tipo I e as respectivas estruturas identificadas foram: E-hexadec-12-enal (1), (11E, 14Z)-hexadeca-11,14-dienal (2), Z-hexadec-14-enal (3), (10Z, 12E)-hexadeca-10,12-dienal (4), (10E, 12Z)-hexadeca-10,12-dienal (5) e (10E, 12E)-hexadeca-10,12-dienal (6). Bioensaios de atratividade em campo serão realizados durante o próximo período de incidência da praga, que ocorre nos meses de janeiro a março. Palavras Chave Feromônio Sexual; GC-FTIR; GC-EAD

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RECONHECIMENTO QUÍMICO NA ABELHA SEM-FERRÃO, Melipona asilvai (HYMENOPTERA, APIDAE, MELIPONINI)

Nascimento, D.L. Fábio Santos Nascimento

USP. AVENIDA DO CAFÉ - RIBEIRÃO PRETO - SP - BRASIL [email protected]

Resumo A cutícula dos insetos é revestida por hidrocarbonetos que oferecem uma barreira de proteção contra a desidratação. Durante o processo evolutivo, esses compostos foram sendo cada vez mais empregados para a comunicação, principalmente, entre os insetos sociais. Os hidrocarbonetos agem como “feromônios de contato” mediadores em processos de reconhecimento de companheiras de ninho e de distinção de indivíduos intrusos. Esses compostos químicos são adquiridos a partir do material do ninho e transferidos entre as companheiras que estão em contato físico, resultando em um odor homogêneo da colônia. Cada membro da colônia aprende o odor especifico da colônia como uma representação interna ou “padrão”. As operárias-guarda comparam o cheiro de um individuo que entra com o padrão interno para determinar se o individuo pertence a sua colônia. Os objetivos deste estudo foram: 1. fazer a caracterização dos perfis de hidrocarbonetos cuticulares de forrageadoras a fim de verificar a existência de variações entre diferentes colônias; 2. verificar o comportamento de reconhecimento das forrageadoras companheiras de ninho e não-companheiras pelas abelhas de guarda; 3. verificar a relação entre os perfis de hidrocarbonetos cuticulares de forrageadoras e o reconhecimento de companheiras e não companheiras. Para esse estudo foram utilizadas quatro colônias da espécie Melipona asilvai. Os experimentos foram realizados com a introdução de indivíduos (companheiros de ninho e não-companheiras) em uma pequena caixa colocada na entrada de cada colônia discriminadora. O reconhecimento de companheiras de ninho e não-companheiras foi avaliado por comportamentos realizados em direção a abelha introduzida (antenação, brigas, mordidas, perseguição e remoção). A análise do perfil químico de hidrocarbonetos cuticulares foi feito com da CG – EM. Através das análises químicas foi possível verificar que na composição cuticular das abelhas forrageadoras das quatro colônias estudadas foram encontrados 33 compostos diferentes os quais variaram entre o C21 e o C31, representados em sua maioria por alcadienos, alcanos e alcenos. Os resultados mostraram ainda que as guardas rejeitaram significantemente mais não-companheiras de ninho do que companheiras e os indivíduos rejeitados apresentam um perfil de hidrocarbonetos cuticulares distinto dos indivíduos da colônia. Além disso, verificou-se que colônias coletadas em locais próximos podem apresentar um perfil cuticular bastante diferente quando comparadas a colônias provenientes de locais distintos. Este fato pode ser resultados de um mecanismo de divergência química mútua (ajuste do template) entre colônias como forma de evitar a exploração de seus recursos por indivíduos coespecíficos estranhos Palavras Chave Hidrocarbonetos cuticulares; reconhecimento de companheiras; Melipona asilvai.

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MODELO ESTOCÁSTICO PARA ESPALHAMENTO DA DENGUE

David, R.S. Tânia, T. Instituto de Física – USP - BRASIL

[email protected] Resumo Elaboramos um modelo discreto e espacialmente estruturado que busca descrever o processo de infecção cruzada entre duas espécies. Consideramos que os indivíduos estão em uma estrutura espacial regular formada por duas sub-redes, cada uma com LxL sítios refere-se à população de homens/mosquitos. Cada sítio da rede pode ser ocupado por um único indivíduo ao qual associamos uma variável estocástica &#963;i que denota o estado de saúde do indivíduo com relação a doença. Assumindo que os possíveis estados de saúde da população humana sejam: suscetível, infectado ou recuperado; e que os mosquitos podem ser classificados conforme um dos seguintes estados: suscetível, infectado ou vazio (ausente). Ocorre interações locais entre homens e mosquitos, viabilizando a transmissão cruzada da doença. Homens infectados contaminam mosquitos suscetíveis e mosquitos infectados contaminam homens suscetíveis. Uma vez infectados os homens recuperam-se, ficando imunes ao sorotipo (não consideramos o processo de morte). Entretanto, os mosquitos, tanto suscetíveis como infectados, morrem por causas naturais ou ação de controle humano, e concomitante ao processo de morte há o processo de nascimento de novos mosquitos suscetíveis. Com essas regras de evolução, temos que a população de mosquitos segue uma dinâmica similar ao modelo de contato, e a população humana obedece as regras de evolução do modelo Suscetível-Infectado-Recuperado (SIR), que no presente modelo competem entre si. Investigamos o caso em que os processos de infecção, recuperação, nascimento e morte, são probabilísticos. Verificamos que se em um instante inicial todos os indivíduos estão suscetíveis, a introdução de um único indivíduo infectado, seja homem ou mosquito, pode provocar o espalhamento da doença, a depender de quão grande é a probabilidade de infecção. Com essas hipóteses e buscando determinar a partir de qual limiar de infecção começa a haver propagação da doença, calculamos, por meio de aproximações de campo médio simples (correlações espaciais de 1a ordem) e por pares (correlações espaciais de 2a ordem), como as densidades de suscetíveis, infectados, recuperados e mortos evoluem temporalmente. Nessas aproximações determinamos o limiar de infecção. Além desse método analítico, fizemos um estudo numérico do modelo por meio de simulações computacionais de Monte Carlo dinâmicas. Obtivemos a linha crítica que separa as fases com/sem propagação da doença e calculamos os expoentes de crescimento referentes ao número médio de indivíduos infectados, raio quadrático médio de dispersão da doença e da probabilidade de ocorrer uma epidemia. Palavras Chave Modelo de contato; modelo SIR; dengue, modelagem de epidemias

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MATING DISRUPTION OR ATTRACT-AND-KILL? TWO NEW PHEROMONE-BASED PRODUCTS AND APPLICATION METHODS FOR CONTROL OF CITRUS

LEAFMINER AND CITRUS CANKER DISEASE

LAPOINTE, S.L. STELINSKI, L.L. USDA, USA. 2001 SOUTH ROCK ROAD - FT. PIERCE - FL - EUA

[email protected] Resumo New semiochemical-based products can reduce the use of broad-spectrum insecticides while providing control of citrus pests and associated disease. The citrus leafminer, Phyllocnistis citrella, is a global pest of citrus and contributes to the incidence and severity of citrus bacterial canker, Xanthomonas axonopodis pv. citri. SPLAT-CLM™ (ISCA Technologies, Inc., Riverside, CA) is an emulsified wax product that provides sustained release of the major component of the P. citrella sex pheromone. Field trials confirmed that the natural 3:1 blend of (Z,Z,E)-7,11,13-hexadecatrienal:(Z,Z)-7,11-hexadecadienal was most effective as an attractant for male moths. However, mating orientation trials revealed that the triene component alone was more effective than the natural blend in disrupting trap catch. Results support sensory imbalance as the operating mechanism for this species. Field trials demonstrated effective disruption of trap catch for up to 10 weeks following applications of 500 g/ha of SPLAT-CLM containing 0.15%(Z,Z,E)-7,11,13-hexadecatrienal. The use of this product is constrained by the high cost of synthesis of the pheromone. Therefore, we have explored the potential for minimizing SPLAT-CLM use while maintaining adequate disruption by incorporating intentional coverage gaps at locations in Florida and Brazil. An analysis of the effect of varying the dimensions of treated and untreated areas within citrus orchards will be presented. Another approach under development is the incorporation of the 3:1 triene:diene blend into an attract-and-kill formulation (MalEx™, AlphaScents Inc., Portland, OR). Results suggest that SPLAT-CLM and MalEx may have complementary applications. Mating disruption was difficult to establish in new plantings or in areas of mature orchards with incomplete canopies while MalEx performed well in new plantings. To deliver these high viscosity products, we developed a novel computer-controlled applicator using GPS telemetry. The applicator (IFM-5051,International Fly Masters, Inc., Ft. Pierce, FL) is capable of delivering droplets from 50 µl of MalEx to 1 g dollops of SPLAT-CLM into the tree canopy within 1% of the target rate. Palavras Chave MATING DISRUPTION; ATTRACT-AND-KILL; LEAFMINER

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AVALIAÇÃO DE NANOFIBRAS COMO VEÍCULO PARA O FEROMÔNIO SEXUAL SINTÉTICO DE Grapholita molesta (BUSCK) (LEPIDOPTERA, TORTRICIDAE),

EM CONDIÇÕES DE LABORATÓRIO E CAMPO

Bisotto-de-Oliveira, R. Morais, R.M; Roggia, I.; Oliveira, L.G.; Sant`Ana, J.; Pereira, C.N.

UFRGS; TECNANO. PORTO ALEGRE - RS - BRASIL [email protected]

Resumo A mariposa-oriental Grapholita molesta, é uma praga de grande importância em pomares de Rosaceae, como macieira e pessegueiro no Sul do Brasil. O feromônio sexual sintético é a principal ferramenta utilizada por produtores para o monitoramento de adultos de G. molesta no campo, sendo este formulado na forma de saches, septos de borracha, emulsões e, mais recentemente, em nanofibras. A utilização de nanofibras na confecção de dispersores de feromônios é uma alternativa recente e inovadora e versa no sentido de promover uma maior durabilidade e dispersão do feromônio sintético no campo. O objetivo deste trabalho foi desenvolver e testar, pioneiramente, o uso de nanofibras como veículo para formulação do feromônio sexual da G. molesta, utilizando-se a técnica de electrospinning. As respostas olfativas de machos da mariposa-oriental a nanofibras, confeccionadas com um polímero de fonte renovável, baseado em ester de celulose, contendo 0,02; 0,2; 1; 2; 5 e 10% do feromônio sexual da G. molesta, foi observada em eletroantenógrafo. Posteriormente foi verificada, na Estação Experimental Agronômica (30°5'31"S 51°40'19"W) da UFRGS, localizada no município de Eldorado do Sul, RS, a atratividade de machos a armadilhas modelo Delta iscadas com nanofibras contendo 0,02 e 10% de feromônio. Bioensaios eletroantenográficos indicaram que o limiar de resposta de machos ao feromônio sexual foi atingido quando as antenas foram expostas a nanofibras contendo 2%, havendo diferença desta somente em relação às percentagens menores do feromônio (ANOVA). Em testes preliminares de campo observou-se que armadilhas iscadas com nanofibras contendo 10% de feromônio capturaram número semelhante de indivíduos de G. molesta em relação ao controle positivo (IscaLure Grapholita). Mais estudos devem ser realizados para avaliar o potencial de utilização deste e outros polímeros na confecção de nanofibras como veículo para o feromônio sexual de G. molesta. Palavras Chave Nanofibras; feromônio; mariposa-orienta

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COMPORTAMENTO DE CÓPULA DE Spodoptera eridania (Walker) (Lepidoptera: Noctuidae)

Sujimoto, F. R. Kuss-Roggia, R.C.R.; Roggia, S.; Parra-Pedrazzoli, A.L.; Zazychi,

L.C.F.; Bento, J.M.S. ESALQ/USP, PIRACICABA - SP - BRASIL

[email protected] Resumo Pouco se conhece sobre o comportamento de cópula de Spodoptera eridania (Walker) (Lepidoptera: Noctuidae), praga que tem ganhado importância nos últimos anos em vários cultivos agrícolas. Para tanto, foram estudados 61 casais virgens, durante oito noites após a emergência, em intervalos de 15 min, durante 14 horas. Os casais foram transferidos para tubo de PVC transparente e alimentados com solução de mel a 10%. Foi determinado a idade da primeira cópula, o número de cópulas por casal, o número de espermatóforos transferidos para cada fêmea e o horário de cópula. Os adultos copularam desde a primeira até a sétima noite após a emergência. Na primeira noite mais de 76% dos casais realizaram a primeira cópula, e até a quarta noite mais de 95% do total de cópulas foi observado. A partir da quarta noite, além da redução no número de cópulas, 50% das mesmas que ocorreram neste período tiveram duração inferior a 15 min, não caracterizando uma cópula duradoura onde pudesse haver a transferência de espermatóforos. Quando foram correlacionados o número de cópulas por casal com o número de espermatóforos transferido para a fêmea (correlação de 0,77), notou-se que nos casais onde houve estas cópulas rápidas, o número de espermatóros foi menor que o número de cópulas, sugerindo que não houve a transferência de espermatóforos, caracterizando este comportamento como tentativa de cópula e não como cópula efetiva. Outro aspecto observado no comportamento de S. eridania foi que 56% dos casais realizaram apenas uma cópula ao longo dos oito dias de avaliação, evidenciando uma tendência a "monoandria". O horário das cópulas foi predominantemente na oitava e nona hora da escotofase, se estendendo até a 11ª hora. Palavras Chave Ritmo circadiano; idade de cópula; espermatóforo; Lepidoptera

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INFLUÊNCIA DA PREEXISTÊNCIA DE OVOS DE Aedes (Stegomyia) aegypti (DIPTERA: CULICIDAE) DE DIFERENTES IDADES NO COMPORTAMENTO DE

OVIPOSIÇÃO DE FÊMEAS CO-ESPECÍFICAS E AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DOS INFOQUÍMICOS PROVENIENTES DESTES OVOS COM O

ENVELHECIMENTO

Costa, L.H. Batista-Pereira L.G.; Guimarães T.G.; Trindade P.B.; Eiras A.E. UFMG - BELO HORIZONTE - MG - BRASIL

[email protected] Resumo A seleção de criadouros adequados é importante para garantir o sucesso reprodutivo de Aedes (Stegomyia) aegypti (L., 1762), principal vetor de dengue e febre amarela urbana no Brasil. Esta escolha é mediada por estímulos, entre os quais se destacam infoquímicos oriundos de ovos e larvas do vetor, como o ácido dodecanóico, o ácido tetradecanóico e o n-heneicosano (C21). Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a influência de ovos de A. aegypti, com diferentes idades, no comportamento de oviposição de co-específicas em laboratório. Testes foram conduzidos em gaiolas (Bugdorm-1, 30x30x30cm) contendo dois recipientes (controle e tratamento) de oviposição (copo de vidro com 100 ml de água destilada e papel cartão branco), eqüidistantes 10 cm. Os tratamentos consistiram de recipientes com 150 ovos de 2, 7, 15, 30, 90 ou 180 dias. Apenas uma grávida de A. aegypti foi liberada por gaiola e, após 22h, o número de ovos depositados foi observado. Extratos metanólicos dos ovos foram avaliados por cromatografia gasosa (Cromatógrafo Shimadzu 17A, coluna DB-1), sendo comparados com padrões sintéticos de ácido dodecanóico, ácido tetradecanóico e C21. Os resultados sugeriram o efeito estimulante de oviposição de ovos com idade de dois a 30 dias (X2, p<0,05). Ovos com 90 dias não influenciaram na escolha de criadouros e ovos de 180 dias inibiram a oviposição. Análises cromatográficas indicaram a presença de ácido dodecanóico, ácido tetradecanóico e outros em processo de identificação, além da ausência de n-heneicosano. Os ácidos carboxílicos apresentaram proporções relativas similares nos ovos com dois a 30 dias, enquanto foram detectados apenas em traços nos ovos de 90 e 180 dias. Concluiu-se que 150 ovos de A. aegypti, entre dois e 30 dias de idade, foram estimulantes de oviposição para fêmeas co-específicas e à medida que os ovos envelheceram, o perfil de seus infoquímicos foi alterado, modificando a influência na deposição de ovos no criadouro. Palavras Chave Comportamento de oviposição; estímulo químico; mosquito da dengue.

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TRITROPHIC INTERACTIONS IN COMPLEX ODOROUS ENVIRONMENTS: DOES PLANT SPECIES DIVERSITY AFFECT VEGETATION ODOUR DIVERSITY AND

THUS OLFACTORY ORIENTATION OF INSECTS?

Wäschke, N. Hardge, K. 1; Herbst, C. 2; Hilker, M. 1; Obermaier, E. 2; Meiners, T. 1; 1 Freie Universität Berlin, Institute of Biology, Applied Zoology / Animal Ecology; 2

University of Würzburg, Department of Animal Ecology and Tropical Biology FREIE UNIVERSITÄT BERLIN; Institute of Biology; Applied Zoology / Animal Ecology

HADERSLEBENER STR. 9 – BERLIN, ALEMANHA [email protected]

Resumo In natural vegetation, foraging insects need to detect resource-indicating odours at the background of various other habitat odours that may affect olfactory orientation to the resource. Here, we investigated the hypotheses that (a) diversity of vegetation odours is dependent on plant species diversity and (b) olfactory orientation of an herbivorous insect and a parasitoid is negatively affected by increasing plant species diversity. The tritrophic model system studied consisted of the ubiquitous plant Plantago lanceolata, the weevil Mecinus pascuorum feeding monophagously on Plantago, and its larval parasitoid Mesopolobus incultus. In three regions across Germany, vegetation odour samples were taken on 27 plots which differ in plant species diversity. After GC-MS analyses of the samples, the number and quantities of volatile compounds detected per plot were subjected to a diversity analysis according to Shannon-Wiener. Furthermore, we investigated in laboratory olfactometer studies how odours of vegetation with different plant species diversity affect olfactory orientation of M. pascuorum and M. incultus. Our results show that vegetation odour diversity correlated positively with plant species diversity in the field in a region where high differences of plant species diversity occur. The olfactometer bioassays revealed that neither the weevil´s orientation to host plant odour nor the parasitoid´s orientation to weevil larvae on a plant was affected by enhanced plant species diversity. However, the weevil´s foraging activity increased with increasing plant species diversity. When the parasitoid was given a choice, it preferred odour from a less diverse source to a more complex one. We conclude that (a) increasing plant species diversity leads to enhanced vegetation odour diversity at certain conditions, but (b) enhanced plant diversity does not impair olfactory orientation of the specialised herbivorous and parasitic insects studied here. Knowledge of the relationships between plant species diversity, odour diversity and their effects on insects can be an important prerequisite for determining the outcome of multitrophic interactions. Palavras Chave egetation odour diversity; plant species diversity; tritrophic interactions; olfactory orientation

 

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RESUMOS PÔSTERES 6 DEZ

                             

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EVIDÊNCIA DE UM FEROMÔNIO MACHO-ESPECÍFICO EM Oxelytrum erythrurum (COLEOPTERA: SILPHIDAE)

Mise, K.M. Fockink, D.H.; Martins, C.B.C.; Zarbin, P.H.G.

Laboratório de Semioquímicos - Departamento de Química - UFPR, CEP 81531-990 - Curitiba-PR COMENDADOR MACEDO - CURITIBA - PR - BRASIL

[email protected] Resumo As espécies da família Silphidae são conhecidas como “carrion beetles” devido a sua abundância em carcaças de vertebrados nas regiões temperadas e sub-árticas, podendo ser indicadores do intervalo pós-morte (IPM) quando constituem parte do vestígio entomológico. No Brasil a família é representada por espécies do gênero Oxelytrum, cujas larvas e adultos foram relatadas alimentando-se e ovipositando em carcaças expostas. Oxelytrum erythrurum é uma espécie registrada em cenas de crime na Argentina, ocorrendo também na região Sul do Brasil. Tendo em vista sua importância na entomologia forense, o objetivo desse trabalho foi determinar a estrutura do composto feromonal da espécie. Foram separados 10 exemplares de cada sexo com cerca de duas semanas de idade, colocados em câmaras de aeração contendo algodão umedecido diariamente, e com fluxo de ar de 1 Lmin-1. Os voláteis foram capturados em colunas contendo polímero de adsorção (Hyssep-D). A cada dois dias os insetos foram alimentados com carne moída e a coluna retirada e colocada 24 horas depois, quando a carne já havia sido consumida. Esse procedimento foi feito de modo a minimizar a captura dos compostos provenientes da carne. As extrações foram realizadas a cada 24 horas com 400 µL de hexano. Os extratos foram então concentrados para 160 µL, injetados e analisados em GC-MS e GC-FTIR. Nos cromatogramas dos machos foi possível observar um composto macho-específico. O espectro de massas do composto sugere tratar-se de um sistema linear, com massa molecular de 264 gmol-1. No espectro de infravermelho, foi verificado a presença de um estiramento em 3388 cm-1, respectivo a um grupo hidroxila, e estiramentos em 3039 e 3060 cm-1, respectivo a presença de duplas ligações. Com essas informações pode-se propor que o composto é um álcool com pelo menos duas duplas ligações e uma provável fórmula molecular é C18H32O. A comprovação estrutural se dará por microderivatizações, síntese e bioensaios de atividade. Palavras Chave Besouros necrófagos, entomologia forense, síntese de feromônio.

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FLORAL SCENT AND FLOWER VISITORS IN A HYBRIDIZATION SYSTEM

Méndez P. Villagra D.; Acevedo F.; Villagra C. A. INSTITUTO DE ENTOMOLOGIA, UMCE - SANTIAGO - RM - CHILE

[email protected] Resumo The Hybrid bridge hypothesis proposed that hybrid plant species might support a more diverse number of plant-associated animals in relation to its parental species due to the fact that these hybrids often present an intermediate phenotype compared to its parentals. We tested this idea focusing on the floral chemotype (fragrance) in an Asteraceae hybridization system. In the central of Chile the cross between Haplopappus foliosus and H. chrysantemifolious bushes originate the fertile hybrid plant H. decurrens. We characterized floral scent in these species complex using dynamic headspace sampling followed by GC-MS analysis. In addition we studied the insect species richness associated to each one, in order to test if the hybrid plant supports the greater richness of associated visitors. We identified ten main volatile compounds in 112 samples; nine terpenoids and one aromatic compound. In the parental species H. foliosus, we detected most of them (nine). Therefore H. foliosus was the only species that presented an exclusive compound, styrene, although we need further confirmation of this identity. Contrastingly, in the parental specie H. chrysantemifolius, we were able to find only five of these main compounds. In the hybrid species (H. decurrens), we identified nine of these compounds. When we compared the percentage of emission between the mature stages flowers among species, only 1,3,8-p-menthatriene presented a significant differences: H. foliosus (42%) and H. chrysantemifolius (0.4%) (p < 0.001), H. foliosus and the hybrid (10%) (p < 0.003), H. chrysantemifolius and the hybrid (p < 0.0046). In relation to flower visitors, we identified a total of 47 insect species in H. foliosus, while in H. chrysantemifolius and H. decurrens species richness corresponded to 30. The community of visitors H. foliosus and H. decurrens have the highest degree of similarity (J = 0.60) in relation to comparison communities of H. foliosus and H. chysantemifolius (J = 0.48) and H. decurrens and H. chrysatemifolius (J = 0.42). These results do not support the hybrid bridge hypothesis. Furthermore, our results support the idea that the hybrid quimiotype is more similar to one of the parental species, and that this similarity is reflected in its floral visitors. Thus, we suggest that there is a relationship between the floral fragrance chemical diversity and the associated species richness. Our results suggest the possibility that some of the insect visitors may present a certain degree of preference towards specific terpenoids volatiles present only in H. foliosus and H. decurrens α -phelandrene,   β -phelandrene, β -myrcene and (1s, 3r, 6r)-(-)-carene) allowing them to support visitor community richer than the other parental. Although this idea needs further experimental development. Research Funded by Proyecto Iniciación FONDECYT 11100130 and Proyecto Inserción CONICYT 79100013 to C. A. Villagra. Palavras Chave Hybridization, floral scent, flower visitors, dynamic headspace

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GLÂNDULA LABIAL DE ESPÉCIES DE FORMIGAS CORTADEIRAS DA TRIBO ATTINI

MALAQUIAS, K.S. FERNANDES, J.B.; BUENO, O.C.; VIEIRA, A.S.; FERNANDES,

M.N.; VIEIRA, P.C.; SILVA, M. F. das G. F. da UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS. DOM PEDRO II - São Carlos - SP -

BRASIL [email protected]

Resumo Na ordem Hymenoptera, as glândulas do sistema salivar estão relacionadas a atividades necessárias ao sucesso da colônia e sua ecologia. Em formigas cortadeiras se concentram poucas pesquisas, que estão sempre relacionadas à digestão, sendo que outras funções não podem ser descartadas. Um comportamento de defesa realizado pelas formigas cortadeiras, chamado “grooming”, tem por objetivo filtrar detritos prejudiciais, incluindo esporos de microorganismos, por uma cavidade oral, próxima da qual está a liberação da glândula labial (GL), assim esta pode estar relacionada à assepsia das colônias. Como a natureza química dos constituintes da GL ainda é desconhecida, neste trabalho foi realizado um estudo histoquímico da GL e químico da secreção da mesma em cinco espécies representativas dos grupos filogenéticos da tribo Attini. Das Attini derivadas foram analisadas as espécies: Atta sexdens rubropilosa, Atta bisphaerica, Acromyrmex rugosus e Acromyrmex balzanii; intermediária: Trachymyrmex fuscus; basal: Mycocetarotes sp. Os dados histoquímicos revelam que a morfologia da GL das espécies é muito semelhante. Exceto para Mycocetarotes sp., que não apresenta reservatório, em todas há presença de células secretoras centrais envolvida por células periféricas de onde partem canalículos que aumentam de diâmetro até formarem o reservatório que estoca a secreção. Esta é de natureza glicoprotéica, sendo que a alta concentração de lipídios indica que as células podem participar da produção de feromônios, já que lipídios são a base biosintética destes compostos. Análises químicas realizadas com o uso de cromatografia gasosa aliada à espectrometria de massas, indicam a presença de hidrocarbonetos como principais constituintes. Para as espécies de Atta C25 e C26 aparecem em maior concentração, para Ac. rugosus, C18, C25 e C26, são majoritários, assim como para Ac. balzanii C16, C18, C25, C27; T. fuscus C16 e C23; Mycocetarotes sp C16 são principais constituintes. Hidrocarbonetos possuem características lipofílicas, sendo uma importante barreira de proteção da cutícula contra fatores externos que possam ser prejudiciais e na comunicação química, quando componentes não voláteis também são necessários. Os resultados indicam semelhanças histoquímicas da GL, que podem estar relacionadas à função que vem sendo mantida ao longo da evolução. As análises químicas preliminares mostram-se promissores, nos impulsionando a utilizar outras técnicas para identificação dos constituintes dos extratos provenientes da GL das espécies aqui estudadas, a fim de contribuir para compreender a função da secreção desta glândula para as formigas cortadeiras. Palavras Chave Formiga cortadeira; glândula labial; hidrocarboneto; defesa química

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INFLUÊNCIA DO TIPO DE GAIOLA DE ACASALAMENTO NO COMPORTAMENTO SEXUAL DE Spodoptera frugiperda E Spodoptera eridania (LEPIDOPTERA:

NOCTUIDAE)

Liva, K.B. Kuss-Roggia, R.C.R.; Zazycki, L.C.F.; Alves, K.J.; Vidotto, F.L.; Bento, J.M.S.

ESALQ/USP - PIRACICABA - SP - BRASIL [email protected]

Resumo A formação de uma pluma de feromônio no ambiente é determinante para o sucesso da comunicação entre insetos. Para insetos confinados em laboratório, a estabilidade do ambiente no momento da liberação do odor, o tamanho da gaiola e a posição da fonte emissora, podem interferir na geração da pluma de feromônio, bem como no comportamento de corte e cópula. Este trabalho teve por objetivo avaliar o tamanho e formato mais adequado de gaiolas para estudos de cópula de Spodoptera frugiperda e Spodoptera eridania (Lepidoptera: Noctuidae). Foram utilizados cinco tipos de gaiolas, todas com 10 cm de diâmetro, denominadas: (i) “Opaca grande” PVC opaco com 21 cm de altura, padrão usado para criações de insetos, (ii) “Cristal grande” PVC cilíndrico cristal de 21 cm de altura, (iii) “Opaca pequena” PVC cilíndrico opaco de 10 cm de altura, (iv) “Cristal pequena” PVC cilíndrico cristal de 10 cm de altura, e (v) “Pote comercial” (PC), PVC cônico semi-cristal de 10 cm de altura. A base das gaiolas foi fechada com placa de Petri de 15 cm de diâmetro revestida por papel filtro, e o topo foi fechado com tule. Foram feitas quatro repetições por tamanho de gaiola, para ambas as espécies, sendo avaliados um casal de adultos virgens por gaiola, observados durante duas noites em intervalos de 15 min, em ambiente a céu-aberto, durante doze horas da escotofase desde o pôr até o nascer do sol. Foram registrados os comportamentos de chamamento da fêmea, resposta do macho e cópula. Para todos os parâmetros avaliados em ambas as espécies não foram observadas diferenças significativas no comportamento dos insetos para os diferentes tamanhos, formatos e materiais das gaiolas. Considerando-se a praticidade e facilidade de observação dos insetos e economia de materiais empregados, a gaiola de PVC cristal pequena pode ser uma vantajosa opção de gaiola de cópula para S. frugiperda e S. eridania. Palavras Chave Pluma de odor; voláteis; cópula; corte.

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HERBÍVOROS ESPECIALISTAS EM Asclepias curassavica (APOCYNACEAE: ASCLEPIADOIDEAE) COMPETEM POR RECURSOS E AFETAM AS DEFESAS

QUÍMICAS DA PLANTA HOSPEDEIRA

Cordova, M.O. Adilson Pereira Domingues; Paulo Mazzafera; José Roberto Trigo UNICAMP - CAMPINAS - SP - BRASIL

[email protected] Resumo Os herbívoros especialistas, a larva da borboleta Danaus erippus (Nymphalidae: Danainae) e o pulgão Aphis nerii (Aphididae), se alimentam de Asclepias curassavica (Apocynaceae: Asclepiadoideae) de onde sequestram cardenolidas. Como ambos herbívoros muitas vezes coocorrem no mesmo indivíduo, qual é o impacto que cada um tem na aptidão do outro? Além disso, qual é o impacto que esses herbívoros infligem na planta hospedeira? Plantas em estágio vegetativo com três meses foram submetidas a quatro tratamentos: a. controle, sem a presença dos herbívoros, b. 1 larva de 1° instar de D. erippus, c. 30 indivíduos ápteros de A. nerii, e d. ambos os herbívoros. Os herbívoros foram deixados nas plantas por 12 dias, em ambiente controlado, até a pupação de D. erippus. Após esse período, medimos a biomassa das pupas, dos adultos e o comprimento alar de ambos os sexos de D. erippus. O número de imaturos ápteros e adultos alados de A. nerii também foi mensurado. Medimos também a concentração de cardenolidas e a taxa fotossintética nas folhas de A. curassiva. Independente do sexo, pupas de D. erippus apresentaram uma biomassa significativamente menor quando coocorriam com A. nerii do que quando isoladas (média±EP, 846±43mg versus 1016±47mg, Anova de um fator com blocos randomizados, F1,7=605,46, P<0,01). O peso e o comprimento alar dos adultos mostraram o mesmo padrão. O número de imaturos ápteros de A. nerii também foi significativamente menor quando coocorriam com larvas de D. erippus do que quando isolados (68±6 indivíduos ápteros versus 210±12, Anova de blocos randomizados de um fator, F1,9=112,56, P<0,01). Ambos os herbívoros impactam a produção de defesas químicas em A. curassavica em relação ao controle (Anova de um fator com blocos randomizados, F3,14=21,99, P<0,01). A presença dos pulgões diminuiu significativamente a concentração de cardenolidas (48±3µg/0,1g de peso seco) em relação ao controle (66±4µg/0,1g), enquanto que a presença de D. erippus, com ou sem A. nerii, induziu um aumento nas concentrações de cardenolidas (100±9 e 91±5µg/0,1g, respectivamente). Somente A. nerii teve um impacto negativo na taxa fotossintética da planta (Anova aninhada de um fator com blocos randomizados, F3,38=4,40, P<0,01). Plantas atacadas por A. nerii apresentaram uma taxa fotossintética significativamente menor (10,7±0,4µmolCO2/m2s) em comparação ao controle (12,4±0,7), que o tratamento só com larvas de D. erippus (13,2±0,4) e com ambos herbívoros (12.2±0,4). Quando o tratamento possuía larvas de D. erippus, as taxas fotossintéticas não diferiam significativamente do controle. Concluímos que D. erippus e A. nerii competem pelos recursos da planta hospedeira, e afetam diferencialmente a produção de cardenolidas e a taxa fotossintética da planta. O sugador A. nerii impacta negativamente ambas, enquanto que larvas do mastigador D. erippus, independente da presença do pulgão, induzem a produção de cardenolidas e não afetam a taxa fotossintética da planta. Palavras Chave Asclepias curassavica; Danaus erippus; Aphis nerii; cardenolidas; competição

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HIDROCARBONETOS CUTICULARES COMO FERRAMENTA QUIMIOTAXONÔMICA NA IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES DO GÊNERO Neosilba

(DIPTERA: ONCHAEIDAE)

Gisloti, L.J. Prado, A.P.; Trigo, J.R. UNICAMP - SP - BRASIL [email protected]

Resumo Na região Neotropical o gênero Neosilba é o mais estudado dentro da família Lonchaeidae (Diptera), contando atualmente com 16 espécies descritas. As espécies são associadas a frutos de interesse comercial e dessa forma, este gênero passou a ter uma considerável importância. No entanto, para esse grupo há uma limitação taxonômica considerável. Grande parte das fêmeas ainda é desconhecida e somente os machos estão descritos na literatura. Se machos e fêmeas da mesma espécie dentro do gênero Neosilba apresentassem uma alta similaridade em relação aos hidrocarbonetos cuticulares (HCs), e diferentes espécies possuíssem diferentes perfis de HCs, poderíamos usar esses compostos como (1) uma ferramenta para identificação de fêmeas dentro de cada espécie, e (2) uma ferramenta para diferenciação de espécies. Estudamos o perfil químico de HCs em machos e fêmeas da espécie N. perezi, que é especifica de Manihot esculenta (Euphorbiaceae) usando cromatografia gasosa acoplada a um detector de massas. Como nenhuma outra espécie de Neosilba se alimenta dessa planta, temos a certeza que as fêmeas eram de N. perezi. Os HCs mais abundantes foram a mistura de 13- e 11-Me C27 (26%), seguido pela mistura 13- e 11-Me C25 (9 % e 13% para fêmeas e machos, respectivamente). O perfil de HCs de fêmeas e machos apresenta um Índice de Similaridade de Morisita de 99% e pode ser uma importante ferramenta na identificação de fêmeas. Analisamos o perfil de HCs de machos de outras três espécies, cujas larvas são generalistas. N. zadolicha, cujas larvas se alimentaram de Coffea arabica (Rubiaceae) apresentaram como HCs mais abundantes 13-, 11-, 9-Me C25 (20%), C25 (19%), C27 (12%) e 9-Me C23 (10%). N. bella se alimentando em Inga laurina (Leguminosae) apresentou 11-, 9-Me C27 (34%), 11-, 9-Me C25 (16%) e C27 (12%). Neosilba pendula se alimentado em C. arabica apresentou 11-, 9-Me C25 (51%) e C25 (11%). Esses dados sugerem que HCs podem ajudar na identificação de espécies de Neosilba. Palavras Chave HCs; cromatografia gasosa; quimiotaxonomia

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IDENTIFICAÇÃO DE VOLÁTEIS DE Oryza sativa L. INDUZIDOS POR HERBIVORIA DE Tibraca limbativentris (HEM., PENTATOMIDAE)

Machado, R.C.M. Sant'Ana, J.; Moraes, M.C.B.; Laumann, R.; Borges, M.

UFRGS; Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia - PORTO ALEGRE - RS - BRASIL

[email protected] Resumo O percevejo-do-colmo (Tibraca limbativentris Stal. 1860), é um dos insetos mais prejudiciais à cultura do arroz no Brasil. As estratégias de defesa da planta contra estes percevejos podem estar relacionadas à emissão de compostos químicos, os quais são liberados frente ao ataque do herbívoro, prejudicando direta ou indiretamente o desempenho da praga. Este trabalho objetivou identificar substâncias presentes nos extratos de plantas de arroz que sofreram ou não ataque do percevejo-do-colmo. Foi utilizada a cultivar IRGA-417 com 30 dias de idade. Coletaram-se simultaneamente voláteis de plantas sem dano por herbivoria e plantas sobre ataque de cinco machos ou cinco fêmeas de T. limbativentris, totalizando três tratamentos e nove repetições por tratamento. As plantas foram aeradas por cinco dias consecutivos e a eluição dos compostos foi conduzida a cada 24 h, obtendo-se, desta forma, extratos com 24, 48, 72, 96 e 120 h de aeração. Os extratos foram eluidos com hexano, pré-concentrados a 100 uL sob fluxo de N2 e mantidos sob refrigeração a -20 °C. Os extratos foram analisados por cromatografia gasosa acoplada ao detector por ionização de chamas (CG-DIC) e por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG-EM) Para análise quantitativa utilizou-se o método do padrão interno, uma alíquota de 20 uL de cada extrato foi separada e nesta adicionou-se 2 uL do padrão interno Tetracosano (1mg/ml) (C24H50) (Fluka Analytical, Steinheim, 98% de pureza). O perfil cromatográfico dos extratos de plantas de arroz, de um mesmo tratamento, após 24, 48, 72, 96 e 120 horas de aeração foi semelhante, não havendo diferenças significativas em relação à quantidade de substâncias liberadas (P > 0,05). No entanto, quando os compostos foram analisados individulamente foram observadas diferenças quantitativas significavas entre os tratamentos (P<0,05). Os compostos (E)-2-hexenal, 6-metil-5-hepten-2-ona, octanal, (E,E)-3,5-octadien-2-ona, decanal, &#945;-muuroleno e &#946;-sesquifelandreno foram liberados em quantidade significativamente maiores tanto pelas plantas danificadas por machos quanto por fêmeas em relação às plantas controle, já os compostos (E)-2-octen-1-ol, linalol, nonanal, salicilato de metila, benzothiazol, &#946;-cubebeno, geranil acetona, &#945;-curcumeno, &#945;-zingebereno e &#946;-bisaboleno foram liberados em quantidade significativamente maiores após o dano de fêmeas, em comparação com as plantas sem dano. Com base nessas informações pode-se concluir que a herbivoria de T. limbativentris, induz mudanças no perfil de metabólitos secundários voláteis emitidos pelas plantas de arroz os quais podem atuar na defesa direta ou indireta desta planta contra o ataque do percevejo-do-colmo. Palavras Chave Percevejo-do-colmo; voláteis de plantas; defesa direta; defesa indireta

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IDENTIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS SEMIOQUÍMICOS EXTRAÍDOS DE ADULTOS E DE EXÚVIAS DA PRAGA DE Eucalyptus spp., Thaumastocoris

peregrinus (HEMIPTERA, THAUMASTOCORIDAE)

Martins, C.B.C Soldi, R.A.; Barbosa, L.R.; Zarbin, P.H.G. UFPR - CURITIBA - PR - BRASIL

[email protected]

Resumo Thaumastocoris peregrinus é uma praga originária da Austrália que vem causando prejuízos em plantações de Eucalyptus spp. no Brasil desde 2008. Conhecido como percevejo bronzeado, este sugador causa danos como o prateamento da folha, seguido de secamento e quedas das folhas em plantações de Eucaliptus spp. Como não existem trabalhos sobre os semioquímicos com esta espécie, e estes poderiam ser utilizados no monitoramento e controle da praga, o objetivo deste trabalho foi identificar e quantificar os compostos químicos presentes nas exúvias dos cinco ínstares ninfais e compostos produzidos pelos adultos que podem ter papel no comportamento sexual. A extração das exúvias foram realizadas com 180 uL de hexano por 24 horas, e pelo menos três repetições foram realizadas para cada instar, com o número mínimo de 45 exúvias extraídas no total. As extrações dos adultos foram feitas com machos e fêmeas virgens e acasalados de diferentes idades (3-9; 10-21; 22-35 dias) com 150 uL de hexano por 10 minutos. O tridecano (C13) foi utilizado como padrão interno (PI) em ambos os casos. Os extratos foram concentrados e injetados em GC-2010, GCMS-QP 2010 Plus e GC-FTIR (GC-2010 acoplado a DiscovIR-GC). As análises foram realizadas em três colunas diferentes DB-5, HP-1 e DB-WAX. A identificação dos compostos presentes nos extratos foi confirmada comparando os Índices de Kovats e através de co-injeções com padrões sintéticos. As análises estatísticas foram realizadas através do Programa R versão 2.13. Seis compostos químicos foram encontrados nos extratos de exúvia de T. peregrinus. Eles foram identificados como benzaldeído, octanol, (E)-2-octenol, ácido octanóico, decanal e ácido hexanóico. Suas quantidades foram comparadas de acordo com o instar, e para o ácido hexanóico presente no 4º e 5º ínstares houve diferenças significativas se comparada com o 1º instar. Machos e fêmeas de T. peregrinus produzem quatro ésteres, um majoritário (IV) e três minoritários (I, II e III), cujas estruturas foram confirmadas a partir da síntese e co-injeção de 21 ésteres. Até o momento, três ésteres foram identificados como: butirato de 3-metil-but-2-enila (majoritário - IV), isobutirato de 3-metil-but-2-enila e butirato de 3-metil-but-3-enila (minoritário – I e III, respectivamente). A concentração destes ésteres em machos virgens aumenta progressivamente conforme o aumento da idade. A identificação do composto minoritário II, quantificação dos ésteres de machos e fêmeas acasalados e fêmeas virgens, e análises estatísticas estão em andamento. Palavras Chave Ecologia-química; percevejo-bronzeado; glândula abdominal

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IDENTIFICAÇÃO E SÍNTESE DO FEROMÔNIO SEXUAL DE Pallantia macunaima Grazia (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE)

Soldi, R.A. Fávaro, C.F; Zarbin, P.H.G.;

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - CURITIBA - PR - BRASIL [email protected]

Resumo O Brasil é um dos maiores produtores de soja do mundo. Entre as principais pragas da soja encontram-se os pentatomídeos que se alimentam diretamente dos grãos, afetando o rendimento e a qualidade das sementes. No complexo de sugadores que ocorrem na cultura da soja, Pallantia macunaima é considerada uma praga secundária. O objetivo deste trabalho foi isolar e identificar o feromônio sexual de P. macunaima. Os voláteis produzidos por machos e fêmeas adultos foram coletados por meio da técnica de aeração, e foi verificada a presença de um composto macho-específico. Foram realizados testes de CG-EAD e bioensaios em olfatômetro do tipo Y que comprovaram a existência de feromônio sexual como regulador. Através da análise dos espectros de massas do composto macho-específico e micro-derivatizações foi possível determinar que se este seria uma cetona saturada com ramificações metílicas e com fórmula molecular C17H34O. Foram então atribuídas algumas possíveis estruturas químicas para este composto, entre elas a 6,10,13-trimetil-tetradecan-2-ona. A síntese proposta nesse trabalho teve como material de partida a 6,10-dimetil-5,9-undecadien-2-ona (geranil acetona), que após ser submetido à reação com etileno glicol, acarretou a obtenção do respectivo cetal. A próxima etapa foi à obtenção do álcool alílico, o qual sofreu uma oxidação para a formação do aldeído. Na sequência ocorreu uma reação de Wittig, empregando o brometo de 2-metilpropiltrifenilfosfônio, levando a formação de um trieno, o qual foi submetido à hidrogenação catalítica seguido de desproteção em meio ácido, levando ao produto desejado. Realizou-se a co-injeção do composto sintético com o extrato natural em colunas cromatográficas (RTX-5 e RTX-WAX), observou-se a co-eluição dos mesmos, confirmando a identificação estrutural do componente macho-específico de P. macunaima. Entretanto, antes de obter a estrutura química do feromônio, foi necessária a síntese de dois outros compostos similares, utilizando o mesmo plano sintético e trocando-se apenas o sal de fosfônio empregado na reação de Wittig. Estudos estão sendo realizados para a atribuição da configuração absoluta do composto macho-específico. Testes de campo e novos testes em olfatômetro do tipo Y empregando o composto sintético estão em andamento no intuito de comprovar a atratividade biológica do composto sintético. Palavras Chave PENTATOMIDAE; Pallantia macunaíma; Feromônio Sexual; 6,10,13-trimetil-tetradecan-2-ona

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IDENTIFICAÇÃO PRELIMINAR DAS PROTEÍNAS LIGANTES DE ODORES GERAIS EM Diatraea saccharalis (Fabr. 1794) (LEPIDOPTERA: CRAMBIDAE)

Palacio-Cortés, A.M Zarbin, P.H.G; Celedon, P.F; Krieger, M.

UFPR; ICC-Fiocruz. CENTRO POLITECNICO - CURITIBA - PR - BRASIL [email protected]

Resumo A broca da cana de açúcar, D saccharalis é um inseto que representa uma grande importância econômica devido aos prejuízos que ocasiona a diversas gramíneas, principalmente cana de açúcar, milho e arroz. O processo de comunicação química nos insetos é mediado por proteínas solúveis de baixa massa molar chamadas proteínas ligantes de odor (OBP), localizadas na linfa sensilar das antenas, que transmitem moléculas de odor produzindo uma resposta neuronal. Dentro deste grupo de proteínas estão presentes as proteínas ligantes de odores gerais, as GOBPs, que transmitem informações sobre localização e qualidade de alimento e locais para ovipositar. A identificação destas proteínas tem importância para a ecologia química reversa, podendo contribuir para o desenvolvimento de atraentes para o controle desta espécie. Assim, o objetivo deste trabalho foi identificar as GOBPs a partir de extratos de proteínas de antenas de machos e fêmeas de D. saccharalis. Os extratos protéicos foram pré-fracionados por massa molar com microfiltros Amicon Ultra-30kDa (Millipore) e a fração de baixa massa molar foi analisada por espectrometria de massas (LTQ-XL-Orbitrap-ETD, Thermo). Os resultados mostraram a presença do precursor das GOPB2 nos machos e o precursor das GOBP1 e GOBP2 nas fêmeas. Outras estratégias estão sendo implementadas para aumentar a cobertura de identificação de OBPs nesta espécie, incluindo diferentes métodos de pré-fracionamento de proteínas associados à plataforma de LC-MS/MS. Palavras Chave Broca da cana de açúcar; GOBPs; LC-MS/MS

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INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE PETROLÍFERA NA PRODUÇÃO DE DEFESAS QUÍMICAS NA MACROALGA PARDA Stypopodium zonale (DICTYOTACEAE,

PHAEOPHYTA).

Simas, D.L.R. Corrêa, E.S.; Duarte, H.M.; Gestinari, L.M.; Soares A.R. NUPEM/UFRJ. RUA ROTARY CLUB S/N, BARRETO, MACAÉ, RJ - BRASIL

[email protected] Resumo A preferência alimentar de herbívoros é um fator importante no controle das propriedades estruturais e dinâmicas das comunidades algais. Para minimizar o impacto ocasionado por esses organismos algumas espécies de macroalgas marinhas investem na produção de metabolitos secundários que atuam como defesas químicas contra a herbivoria. No ambiente marinho o contato dos organismos com o petróleo pode acarretar numa série de efeitos como alterações na percepção motora, química e nas taxas fotossíntéticas. Acredita-se que alterações no processo fotossintético influencie diretamente na produção de metabólitos secundários, podendo implicar em mudanças nas interações ecológicas mediadas quimicamente. O gênero Stypopodium é quimicamente caracterizado pela produção de terpenos de biossíntese mista ou meroditerpenos, muitos deles com um amplo espectro de atividade biológica. No Brasil, o gênero é representado por uma única espécie, S. zonale (Lamouroux) Papenfuss, amplamente distribuída desde o litoral do Rio de Janeiro até o litoral do Ceará. Meroditerpenos isolados de diferentes populações brasileiras inibiram a herbivoria por diferentes organismos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a possível influência da contaminação por petróleo na prodrução de defesas quimias na macroalga parda S. zonale. Espécimes coletados na Praia do Forno, Búzios (RJ), foram imediatamente levados para cultivo em laboratório. O experimento inicial consistiu no cultivo das algas em incubadoras. As algas (N= 15) cultivadas em água do mar (controle) e as algas (N=15) cultivadas em água do mar em contato com fração solúvel do petróleo (tratamento) foram mantidas com aeração, fotoperíodo de 12 horas e temperatura de 21 ° C por 7 dias. Após o cultivo todos os indivíduos foram lavados para a remoção de substancias adsorvidas, secos e extraídos com diclorometano. Os bioensaios de herbivoria consistiram no oferecimento simultâneo de alimentos artificiais: alimento controle (sem extrato) e alimento tratamento (onde o extrato de cada alga foi adicionado) a um indivíduo do caranguejo herbívoro Pachygrapsus transversus, O consumo relativo de cada herbívoro foi medido e os resultados expressos em porcentagem. Os resultados mostraram que os extratos das algas que só entraram em contato com a água do mar foram consumidos 20% a menos do que os seus respectivos controles (Wilcoxon, p <0,001). No entanto as algas cultivadas em contato com a fração solúvel foram ainda menos consumidas em relação aos seus controles (31%) com p <0,001, teste-t. Nossos resultados mostram que as algas em contato com constituintes químicos do petróleo são quimicamente mais defendidas do que as algas cultivadas na ausência destas substâncias. Desta forma podemos sugerir que esses compostos podem induzir a produção de defesas químicas em algas. Palavras Chave Petróleo, poluição, produtos naturais marinhos, herbivoria, meroditerpenos

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INFLUÊNCIA DE CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DE OVOS DO PERCEVEJO Euschistus heros (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE) NO COMPORTAMENTO DE

SELEÇÃO DE HOSPEDEIRO DO PARASITÓIDE Telenomus podisi (HYMENOPERA: SCELIONIDAE)

Aquino, M. F. S. Dias, A. M. ; Moraes, M. C. B. ; Borges, M. ; Laumann, R. A.

EMBRAPA - BRASILIA - DF - BRASIL [email protected]

Resumo Compostos químicos presentes nos hospedeiros atuam como cairomônios de reconhecimento e estimulam o comportamento de oviposição em parasitóides. O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito de compostos químicos presentes em ovos de Euschistus heros no comportamento de reconhecimento e aceitação de hospedeiros do parasitóide de ovos Telenomus podisi. Foram obtidos extratos de ovos de E. heros em diferentes solventes (hexano, diclorometano, acetona e metanol) em três períodos de extração: 1, 4 e 24 horas. Os extratos foram analisados quantitativamente por CG-DIC e os compostos identificados por CG-EM. Para avaliar a influência dos extratos no comportamento do parasitóide T. podisi foram realizados bioensaios utilizando pérolas de vidro, de tamanho similar a ovos de percevejos (1 mm de diâmetro), tratadas com os extratos. Pérolas cobertas apenas com os solventes e sem solvente foram utilizadas como controle. Foram registrados o tempo de encontro (tempo decorrido desde a liberação da fêmea do parasitóide na arena até o encontro com o conjunto de pérolas), tempo de tamborilamento (exame das pérolas de vidro com as antenas), tentativa de oviposição (extrusão do ovipositor e tentativa de perfuração da pérola) e número de visitas ao conjunto de pérolas. As analises químicas mostraram que a composição dos extratos obtidos nos solventes mais polares foi similar. O hexano não foi eficiente na extração. Metanol foi o solvente que conseguiu extrair a maior quantidade total de compostos. Os compostos extraídos são ácidos graxos com cadeia linear de C16 a C20, saturados e insaturados. Todos os extratos estimularam respostas comportamentais de fêmeas de T. podisi, entretanto as respostas observadas resultaram significativamente superiores nos extratos metanólicos (maior tempo de tamborilamento, maior número de visitas e maior probabilidade de tentativa de oviposição) em relação às respostas frente aos extratos obtidos com outros solventes ou solventes puros. Esta maior atividade dos extratos obtidos num solvente com maior polaridade pode sugerir que tanto compostos da superfície externa como do interior do ovo são importantes para o reconhecimento e aceitação de hospedeiros pelo parasitóide T. podisi. Estudos futuros devem orientar-se à identificação dos compostos com atividade cairomonal e a função de cada um no comportamento do parasitóide. Palavras Chave Telenomus podisi; seleção de hospedeiro; cairomônios; ovos; Euschistus heros

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INFLUÊNCIA DO ODOR HUMANO NA ATRAÇÃO DE Anopheles darlingi

Rodrigues, M.S.; Silva, I.M.; Silva, A.A.; Eiras, A.E. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; UNIVERSIDADE FEDERAL DO

PARÁ; INSTITUTO DE PATOLOGIA EM DOENÇAS TROPICAIS. - BELO HORIZONTE - MG - BRASIL [email protected]

Resumo Mais de 100 compostos podem ser emanados pelos diferentes processos realizados pelo corpo humano. Graças ao desenvolvido sistema olfatório, fêmeas de mosquitos hematófagos são capazes de utilizar pequena quantidade desses compostos para diferenciar pessoas, escolher o hospedeiro mais atrativo para se alimentarem. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da adição de voláteis presentes no suor humano na captura de A. darlingi pela armadilha BG-Malária. Diariamente uma camiseta e um par de meias eram utilizados por sujeito experimental masculino durante 14 horas e posteriormente adicionadas no interior da armadilha para captura de anofelinos, como controle foram utilizadas camisetas e meias previamente lavadas com sabão neutro e secas no sol, porém não utilizadas pelo sujeito experimental. As armadilhas com os diferentes tratamentos foram instaladas em campo a distância de 10m entre si. Os experimentos foram realizados por período de três horas (18:00 – 21:00h), utilizando o delineamento experimental de quadrado latino, sendo os seguintes tratamentos avaliados: (i) Camiseta usada, (ii) Meia usada, (iii) Camiseta limpa (iv) Meia limpa e (v) Armadilhas sem camiseta ou meia. Foi capturado o total de 544 A. darlingi e foi observada diferença significativa entre os tratamentos (p<0,05). Armadilhas iscadas com meia e camiseta usadas capturaram média de 13,3 ± 4,28 e 12,2 ± 5,77; A. darlingi por noite, respectivamente, enquanto que a média de captura para camiseta e meia limpa foram 10,0 ± 3,76 e 9,3 ± 2,76; respectivamente. Armadilhas sem camiseta ou meia capturam 9,6 ± 2,31 A. darlingi por noite. A preferência de determinadas espécies de anofelinos por voláteis emanados dos pés já havia sido descrita para A. gambiae. Baseado nesses achados estudos futuros serão realizados objetivando a identificação dos odores presentes na meia para sua futura utilização como atraente sintético em armadilhas BG-Malária. Palavras Chave Malária, Monitoramento de vetores, Atraente sintético

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INFLUÊNCIA DOS VOLÁTEIS DO ALGODÃO EM DIFERENTES ESTÁGIOS FENOLÓGICOS NA ATRAÇÃO DO BICUDO-DO-ALGODOEIRO

Magalhães, D. M. Borges, M.; Laumann, R. A.; Sujii, E. R.; Moraes, M. C. B.

EMBRAPA/UNB - BRASÍLIA - DF - BRASIL [email protected]

Resumo O bicudo-do-algodoeiro, Anthonomus grandis (Coleoptera: Curculionidae), é considerado a praga-chave da cotonicultura brasileira devido ao prejuízo econômico causado, à ausência de inimigos naturais eficientes e ao seu difícil controle. O monitoramento dessa praga tem sido feito através de armadilhas iscadas com feromônio de agregação e tem mostrado relativo sucesso. No entanto, estudos de campo revelaram que durante o período de floração do algodoeiro o número de insetos capturados nestas armadilhas diminui consideravelmente, sugerindo que voláteis produzidos pela planta neste estágio fenológico podem estar envolvidos na atração do bicudo. O objetivo do trabalho foi avaliar o perfil químico dos compostos orgânicos voláteis do algodoeiro nos diferentes estágios fenológicos e sob diferentes condições de infestação, bem como a atratividade destes sob os adultos de A. grandis. Para isto, foram conduzidas coletas de voláteis do algodão, nos estágios vegetativo e reprodutivo, quando danificado por insetos com diferentes aparelhos bucais: o percevejo Euschistus heros, a lagarta Spodoptera frugiperda e o besouro Anthonomus grandis. Plantas sem ataque de insetos foram usadas como controle. Os voláteis foram coletados em adsorventes Super Q a cada 24 horas, durante quatro dias consecutivos. Os extratos obtidos foram usados em bioensaios em olfatômetro em “Y” para avaliar a resposta de adultos de A. grandis frente a dois estímulos olfativos. Foram contrastados odores de plantas sem e com herbivoria por 24 e 96h. Os mesmos extratos foram analisados por cromatografia gasosa e espectrometria de massas. Os dados de olfatometria mostraram que os adultos de A. grandis foram atraídos pelos voláteis de algodão danificado por A. grandis, tanto no estágio vegetativo quando no reprodutivo, nos dois horários avaliados. Os voláteis de algodão liberados nos demais tratamentos não apresentaram atração significativa de adultos de A. grandis. As análises químicas mostraram que o algodoeiro produz diferentes perfis de liberação de voláteis de acordo com seu estágio fenológico. O algodão no estágio vegetativo libera voláteis em maior concentração quando comparado com o estágio reprodutivo. Em ambos os estágios, o algodão libera quantidades maiores de voláteis quando danificado por herbivoria por A. grandis, destacando-se a emissão dos compostos β-Ocimene e β-Caryophyllene. Os resultados mostram que A. grandis usa os voláteis emitidos pelo algodoeiro, sem dano e com dano de herbivoria provocado por conespecíficos, e que compostos de origem terpênica estariam envolvidos em sua atratividade. Palavras Chave Anthonomus grandis; voláteis de plantas hospedeiras; olfatômetro; terpenoides; interação inseto-planta

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INVESTIGAÇÃO DA PRESENÇA DO FEROMÔNIO DE OVIPOSIÇÃO N-HENEICOSANO NOS EXTRATOS DE OVOS, LARVAS E ADULTOS DA

POPULAÇÃO BRASILEIRA DE Aedes (Stegomyia) aegypti (LINNAEUS, 1762) (DIPTERA: CULICIDAE)

Batista-Pereira, L.G. PAIXAO, K.S.; COSTA, L.H.; TRINDADE,

P.B.;GONÇALVES,C.L.; PEREIRA, I.C.A.; EIRAS, A.E. UFMG - BELO HORIZONTE - MG - BRASIL

[email protected] Resumo O mosquito Aedes aegypti é vetor de arboviroses como dengue e febre amarela urbana, e tem como feromônio de oviposição o hidrocarboneto n-heneicosano, o qual foi identificado na Índia, a partir de extratos de água de larvas co-específicas. Sabe-se que cada espécie de inseto apresenta um feromônio específico. No entanto, diversos estudos têm demonstrado que podem ocorrer variações na composição do feromônio de uma mesma espécie dependendo da localização geográfica. O conhecimento da composição exata do feromônio de A. aegypti no Brasil possibilitará o desenvolvimento de novos atraentes para o monitoramento e/ou controle desse vetor. Esta pesquisa teve como objetivo investigar a presença do n- heneicosano em extratos hexânicos de: ovos, água previamente habitada por larvas e corpo das larvas (3º e 4º ínstares) e corpo de adultos (machos e fêmeas) da população brasileira de A. aegypti. Os insetos foram oriundos de uma criação estabelecida no LabEQ, ICB, UFMG (27 ± 2 oC, 75 a 80% U.R. e 12 h de fotofase). Foram realizados extratos hexânicos de: (1) 5000 ovos (3 dias de idade); (2) da água previamente habitada por 1200 larvas e (3) do corpo de 1200 larvas (3º e 4º ínstares) e (4) do corpo de 200 machos e (5) de 200 fêmeas de A. aegypti (7 dias de idade). A extração dos compostos de cada amostra teve a duração de 30 minutos. Todos os extratos foram analisados em um cromatógrafo a gás (CG) Shimadzu 17A, equipado com coluna DB1 e detector FID. Foram comparados os tempos de retenção dos extratos com a do padrão comercial n-heneicosano e posteriormente a identificação foi confirmada através de co-injeção. Foi observada a presença do n-heneicosano nos extratos de ovos, na água e no corpo das larvas e no corpo de adultos machos e fêmeas de A. aegypti. Com isso, demonstrou-se que a população brasileira de A. aegypti apresenta o hidrocarboneto n-heneicosano em todas as fases de desenvolvimento. Futuros estudos de olfatometria e semicampo deverão ser realizados para avaliar a atuação desse feromônio no comportamento de fêmeas grávidas da população brasileira de A. aegypti. Palavras Chave Aedes aegypti; feromônio; extratos

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MEDIAÇÃO QUÍMICA ENTRE O MOLUSCO Costasiella occelifera (SACOGLOSSA) E SUA MACROALGA-HOSPEDEIRA Avrainvillea elliottii

(BRYOPSIDALES)

Souza-Lima, L.M. Sudatti, D.B.; Pereira, R.C. UFF - RJ - BRASIL

[email protected] Resumo As interações planta-herbívoro têm sido largamente estudadas no ambiente terrestre. Alguns insetos são extremamente seletivos na escolha de seus recursos. No ambiente marinho o número de herbívoros especialistas é bem menos expressivo, dentre os principais exemplos estão os moluscos opistobrânquios, incluindo sacoglossas e nudibrânquios. O gastrópode sacoglossa Costasiella occelifera vive associado a macroalga verde Avrainvillea elliottii, utilizando-a como fonte de alimento e substrato para deposição de ovos. O presente estudo teve como objetivo avaliar a seletividade de Costasiella occelifera em relação a macroalga Avrainvillea elliottii, especificamente se a associação alga-herbívoro envolve características químicas inerentes desta macroalga. Foram realizados diferentes bioensaios envolvendo escolha preferencial através de metodologias com: algas frescas, extrato bruto e água condicionada. Pedaços de 1 cm2 de algas frescas foram oferecidos pareados para os espécimes de Costasilella occelifera, isto é, A. elliottii versus Osmundaria obtusiloba, Ulva fasciata e Codium decorticatum. Também de forma pareada, quadrados de papel filtro com e sem o extrato bruto de A. elliottii na concentração natural foram utilizados nos ensaios de sinalização química. No papel filtro sem extrato foi adicionado apenas o solvente de obtenção do extrato bruto, hexano:acetato de etila (1:1). Bioensaios do tipo “Y-maze” foram realizados em um sistema com fluxo de água. Um lado do fluxo recebeu água condicionada com A. elliottii e o outro, água condicionada com diferentes tratamentos (Ulva fasciata, Codium decorticatum e água do mar). Nos bioensaios com algas frescas observou-se uma significativa preferência por A. elliottii, resultado esse que não se repetiu no bioensaio com extrato bruto. Entretanto, o experimento com fluxo mostrou uma forte preferência pela água condicionada por A. elliottii em relação às demais espécies e controle com água do mar. Desse modo, foi clara a capacidade de Costasiella occelifera em identificar sua macroalga-hospedeira. Além disso, os resultados obtidos com os bioensaios de água condicionada deram indícios de que as substâncias envolvidas nessa sinalização sejam de alguma forma liberadas na água. Palavras Chave Herbívoro especialista; Ecologia química; Y-maze; Gastrópode; Pista química

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MORFOLOGIA EXTERNA E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS VOLÁTEIS DAS GLÂNDULAS ODORÍFICAS ABDOMINAIS DO ADULTO DE

Heliconius erato phyllis

Borges, E. de O.; Bonfantti, D; Zarbin, P. H. G. Laboratório de Semioquímicos - Departamento de Química - UFPR. 81531-990 -

Curitiba – PR - CURITIBA - PR – BRASIL [email protected]

Resumo Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775) apresenta ampla distribuição na América do Sul, onde ocorre desde o nordeste até o sul do Brasil, Bolívia, nordeste da Argentina e Uruguai. Apresenta cinco instares larvais, distintos através de características morfológicas e quetotáxicas. As glândulas odoríficas abdominais dos adultos de H. erato phyllis estão presentes na porção posterior e dorsal do abdome da fêmea e nas valvas do macho. Acredita-se que na fêmea e macho virgens a glândula odorífica abdominal produza feromônio sexual e que a glândula odorífica abdominal das valvas do macho, produza antiafrodisíaco que é transferido às fêmeas após o acasalamento. Segundo autores consultados, este antiafrodisíaco atua também, em machos e fêmeas, como sinalizador de toxidade e estratégia defesa. Desse modo, o objetivo geral deste trabalho é estudar a morfologia externa e composição química dos voláteis das glândulas odoríficas abdominais do adulto de H. erato phyllis, e o comportamento associado à produção. Como objetivos específicos: caracterizar a morfologia externa das glândulas e a da genitália; detectar a composição química dos voláteis; isolar, identificar estruturalmente, e avaliar os voláteis de acordo como o seu potencial de utilização pelo adulto; e avaliar a atividade biológica e comportamental dos voláteis isolados, por meio de bioensaios em laboratório. Os adultos oriundos dos municípios de Quatro Barras e Curitiba, Paraná, Brasil, e as larvas, utilizados neste projeto, foram mantidos em ambientes seminaturais em insetário e sala de criação no Centro Politécnico da UFPR. Para os procedimentos analíticos e análises químicas foram utilizados: estereomicroscópio Quimis®, cromatógrafo gasoso com detector de eletroantenograma, e de espectrometria de massas, Shimadzu® - 2010. Nas filmagens dos bioensaios, câmera filmadora JVC®. E, na análise da morfologia externa, estereomicroscópio com câmara clara Zeiss® e microscópio eletrônico de varredura Jeol ®. Nos resultados dos estudos morfológicos foram descritas as genitálias de machos e fêmeas, e identificadas estruturas (cerdas modificadas e estruturas presentes na superfície externa) das glândulas odoríficas abdominais que possivelmente estão relacionadas com a dissipação dos volatéis produzidos e/ou transferidos. Os bioensaios, nos quais machos e fêmeas foram expostos aos voláteis das glândulas do sexo oposto, resultaram em evidências da produção de feromônios sexuais pelas glândulas odoríficas abdominais dos adultos virgens; cujos eletroantenogramas evidenciaram a existência de um feromônio sexual do macho virgem. Após análises em GCMS dos voláteis das glândulas de machos em diferentes idades e de fêmeas após o acasalamento, observou-se que o macho desenvolve, com a maturação sexual gradual, um complexo bouquet odorífico. E deste, voláteis específicos são transferidos para as fêmeas, nas quais funcionam como antiafrodisíaco, e estratégia de defesa, devido à protrusão da glândula quando perturbadas

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NANOFIBRAS COMO DISPERSORES DE FEROMÔNIOS: ANÁLISE DA CAPACIDADE DE RETENÇÃO EM DIFERENTES FIBRAS POLIMÉRICAS

Morais, R. M. Bisotto-de-Oliveira, R.; Roggia, I.; Sant’Ana, J..; Redaelli, L.; Pereira, C.

N. UFRGS - PORTO ALEGRE - RS - BRASIL

[email protected] Resumo O emprego da nanotecnologia, através da técnica de electrospinning, versa no sentido de promover uma formulação com maior durabilidade e dispersão de feromônios sintéticos, otimizando o manejo comportamental de insetos. Esta técnica possibilita o uso de diferentes fibras poliméricas as quais podem apresentar propriedades físico-químicas distintas, vinculadas à sua capacidade de retenção e/ou liberação de moléculas feromonais. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar o tempo de retenção do feromônio sexual sintético de Grapholita molesta (Lep., Tortricidae) em nanofibras confeccionadas com diferentes polímeros, como éster de celulose, poliéster 1, poliéster 2 e polímeros sintéticos à base de éster de vinil. As fibras contendo o feromônio foram preparadas e fornecidas pela empresa Tecnano Pesquisas e Serviços. Para a realização dos bioensaios, as fibras foram mantidas em câmara climatizada (25 ± 1°C; 60 ± 10% UR) por um período de uma a cinco semanas. Foram realizados testes eletroantenográficos (EAG) com as nanofibras confeccionadas com os diferentes polímeros, submetendo-se antenas de machos (15 por tratamento) aos voláteis liberados pelas fibras que permaneceram expostas ao ambiente nos diferentes períodos. As respostas EAG foram comparadas com as obtidas com fibras novas (zero dia) com feromônio. As fibras de poliéster 1 foram as que apresentaram maior retenção do feromônio, produzindo respostas eletroantenográficas, até a terceira semana de exposição, iguais a da fibra nova (P < 0,001; F = 17,586). As fibras do poliéster 2 desencadearam respostas eletrofisiológicas semelhantes a da fibra nova somente na primeira semana, diminuindo em relação a esta, nos demais tratamentos (P < 0,001; F = 49,6507). Com relação às fibras de polímeros vinílicos sintéticos, apesar de todos os tratamentos expostos apresentarem menor resposta que o da fibra nova (P < 0,001; F = 7,6519), estas se mantiveram constantes e não diferiram entre si da primeira até a quinta semana. Tais resultados evidenciaram que fibras confeccionadas com poliéster 1 apresentam potencial para serem utilizadas como veículo em iscas feromonais, porém são necessários testes em condições de campo para validar esta hipótese. Palavras Chave Grapholita, feromônio, nanofibras, polímeros

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PAPEL DA TRANSFERRINA NA ANTENA DE Rhodnius prolixus

Pinto, N.C.S.R. ANA CLAUDIA DO AMARAL MELO; MARCIA REGINA SOARES DA SILVA; ANGELO MARCIODE SOUZA GOMES; MONICA FERREIRA MOREIRA

CARVALHO CARDOSO; THIAGO ANDRADE FRANCO. UFRJ - RJ - BRASIL

[email protected] Resumo O triatomíneo Rhodnius prolixus, conhecido como barbeiro, é o vetor do Trypanosoma cruzi, protozoário agente etiológico da Doença de Chagas. O estudo de proteínas envolvidas na comunicação química em insetos tem sido usado como uma alternativa para o desenvolvimento de novas formas de controle de vetores. Neste trabalho foi investigado o perfil de proteínas da antena de R. prolixus. As proteínas das antenas foram extraídas, quantificadas e submetidas à separação por eletroforese em gel de poliacrilamida 15% com SDS. As bandas visualizadas foram cortadas do gel, submetidas à proteólise com tripsina e identificadas por espectroscopia de massa. Entre as proteínas identificadas, destacou-se a transferrina, uma proteína transportadora de ferro. A presença de uma proteína transportadora de ferro em altas concentrações na antena nos levou a investigar as propriedades magnéticas deste órgão. A biomineralização de material magnético tem sido observada em insetos sociais, tais como abelha e formiga, como um possível sistema sensorial magnético nestes grupos. Entretanto, em insetos não sociais como triatomíneos, que não possuem hábitos migratórios, não existem registros de medidas magnéticas. Com este propósito, o magnetismo das antenas foi avaliado. Os resultados mostraram comportamento diamagnético em alto campo como o observado em insetos sociais. Estes resultados sugerem que o magnetismo em insetos pode ser um processo comum peculiar a todos os grupos, incluindo insetos sociais e não sociais. A presença de altas concentrações de transferrina nas antenas juntamente com as propriedades magnéticas observadas indica a presença de partículas magnéticas neste órgão sensorial. A natureza deste material magnético, bem como a possibilidade da antena de R. prolixus funcionar como um sistema sensorial magnético estão sendo investigadas. Palavras Chave Trasnferrina; Rhodnius prolixus; antena

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PERFIL PROTÉICO RELACIONADO AOS HÁBITOS ALIMENTARES DO MOSQUITO Aedes aegypti

Nunes, A.T. Sant’Anna-Silva, L; Junqueira, M; Araújo, G.D.T; Domont, G; Moreira,

M.F; Soares, M.R; Melo, A.C.A. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL

[email protected] Resumo O mosquito Aedes aegypti tem recebido notória importância nos últimos anos em função do aumento do número de casos de dengue, para 2011 é esperado no Estado do Rio de Janeiro a pior epidemia de dengue da história segundo noticiado na imprensa. A alimentação básica dos mosquitos adultos é o açúcar. Os machos consumem exclusivamente este nutriente, enquanto as fêmeas, apesar de terem preferência por açúcar necessitam ingerir sangue para a produção de ovos. Desta forma, a busca pelo alimento (hospedeiro vertebrado ou fonte de açúcar) é influenciada pelas condições fisiológicas deste inseto. A olfação é a modalidade sensorial que permite aos insetos a interpretação do meio ambiente. O órgão responsável pela captação do estímulo olfativo é a antena, que é composta por unidades morfofuncionais, as sensilas, onde se localizam neurônios olfativos. Os neurônios olfativos traduzem sinais químicos em respostas elétricas culminando em um comportamento. Existem muitas proteínas envolvidas neste processo, com destaque para os receptores olfativos, as proteínas de ligação de odor, as proteínas de degradação de odor, entre outras. Utilizando a abordagem proteômica, foi analisado o perfil de expressão de proteínas da cabeça de mosquitos fêmeas de A. aegypti alimentados, exclusivamente, com açúcar. As proteínas foram extraídas em tampão Hepes 25 mM pH 7,4, contendo inibidores de proteases e quantificadas pelo método de Folin-Lowri. 10-30 ug/proteínas foram digeridas em solução com tripsina e os peptídeos submetidos à análise por LC-MS/MS. Os perfis de MS/MS foram analisados através do software MASCOT (www.matrixscience.com). Foi identificado um total de 145 proteínas, com as seguintes funções celulares: 23% metabolismo intermediário; 17% regulação da expressão gênica, metabolismo de proteínas e de ácidos nucléicos; 17% citoesqueleto e movimentação de microtúbulos; 14% hipotéticas; 7% transdução de sinal; 4% estresse oxidativo; 8% exoesqueleto; 7% não conhecidas; 2% proteínas da saliva e 1% PBP/OBPs. Este trabalho descreve pela primeira vez o perfil de expressão de proteínas da cabeça do mosquito A. aegypti permitindo que se façam inferências sobre a influência da alimentação baseada apenas em carboidrato na interpretação do meio ambiente por este inseto. Palavras Chave Aedes aegypti; proteômica; olfação

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PHYSALIN B INHIBITS THE Trypanosoma cruzi DEVELOPMENT IN THE INFECTED LARVAE OF Rhodnius prolixus.

CASTRO DP Brandão MN, Ribeiro IM, Tomassini TCB, Azambuja P, Garcia ES

INSTITUTO OSWALDO CRUZ. AV BRASIL 4365 PAV 26 SALA207 MANGUINHOS - RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL

[email protected] Resumo Physalin B is a natural secosteroidal chemical from Physalis angulata, Solanaceae with high mortality activity over Rhodnius prolixus inoculated with microorganisms and low immune responses in the hemolymph. In the present work, we treated the insects with physalin B by oral, topic and contact treatment and challenged the insects with infection of Trypanosoma cruzi epimastigotes and analyzed parasite infection in the midgut and physiological changes. We observed no differences in mortality and ecdysis but there were some alterations in the concentration of bacteria, microbiota, in the digestive tract in all physalin treatments. However the parasite infection in the digestive tract reduced to zero in insects treated with physalin B (oral, topic and contact) during all the period of parasite development in contrast with control insects infected with the parasite. Moreover the gut epithelia parasite attachment in vitro of physalin B treated insects did not alter when comparing to control insects. Therefore physalin B can be a potent chemical for Chaga´s Disease control by inhibiting T. cruzi development in the insect vector. Palavras Chave Physalin; Rhodnius prolixus; Trypanosoma cruzi; microbiota

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POLIFENÓIS NA MACROALGA PARDA Stypopodium zonale (DICTYOTACEAE): VARIAÇÃO QUÍMICA E CELULAR

Ank, G. da Gama, B. A. P.; Pereira, R. C.

UFF - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - NITERÓI - RJ - BRASIL [email protected]

Resumo Os polifenóis, substâncias típicas de macroalgas pardas, são reconhecidos por sua atuação como defesa química contra a herbivoria e a epibiose, ou mesmo proteção contra a radiação UV. Além da funcionalidade como metabolito secundário, os polifenóis também são componentes estruturais primários de paredes celulares. Os polifenóis são armazenados em corpos esféricos limitados por membrana, conhecidos como fisóides, que contém especificamente floroglucinol e seus derivados. A concentração de polifenóis, num mesmo indivíduo, pode variar de acordo com o tipo, a idade e o status reprodutivo dos tecidos. Objetivando comparar a concentração de polifenóis totais e o número de fisóides em diferentes partes do tecido da macroalga parda Stypopodium zonale, indivíduos não reprodutivos desta espécie foram coletados na praia do Forno, em Búzios, RJ. Cada indivíduo foi dividido em dois fragmentos (um para quantificação de polifenóis e outro para análise microscópica) cujas partes foram divididas em ápice (tecido meristemático) e base (tecido adulto). Os fragmentos separados para quantificação fenólica foram liofilizados e submetidos ao processo de extração com acetona:água (7:3), 4 vezes por 1h. Após evaporação da acetona à temperatura ambiente, foi obtido um extrato aquoso, que foi centrifugado e congelado até o momento da quantificação. O teor de polifenóis foi mensurado pelo método colorimétrico Folin-Ciocalteau, com leitura das absorbâncias em espectrofotômetro no comprimento de onda 730nm, utilizando-se como padrão o floroglucinol. Os fragmentos separados para análise microscópica foram conservados em solução tampão, submetidos a processo de fixação e polimerização para preparação de lâminas que foram utilizadas na contagem de fisóides das células basais e apicais através da microscopia eletrônica de transmissão. O número de fisóides encontrados em células da base e do ápice do talo da macroalga não apresentaram diferenças significativas (teste t; t = -0,67; p = 0,5), assim como a concentração de polifenóis totais (teste t; t = 0,79; p = 0,47). Apesar da variação intratalo de polifenóis já ter sido observada em várias algas pardas, como Laminaria sp., para S. zonale esta variação não foi observada. Dessa forma, não foi possível estabelecer uma relação entre teores fenólicos/número de fisóides e idade para esta macroalga. Palavras Chave Macroalgas; polifenóis; fisóides; Stypopodium zonale

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POTENCIAL DA PLANTA DANINHA Waltheria sp. NA BIOSSÍNTESE DE ALCALÓIDES COM ATIVIDADE ANTI-FÚNGICA E POSSÍVEIS INSETICIDAS

INIBIDORES DA ACETILCOLINESTERASE

Murilo Marinho de Castro Lima Leonardo Toffano, Regina Maria Mendes da Silva, Evandro Luiz Prieto, Rose Maria Carlos, Paulo Cezar Vieira, João Batista Fernandes

e Maria Fátima das Graças Fernandes da Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - Sao Carlos - SP - BRASIL

[email protected] Resumo Plantas do gênero Waltheria (Malvaceae) são pequenos arbustos que aparecem facilmente em áreas cultiváveis e degradadas, sendo consideradas como plantas daninhas de muitas culturas. Uma vez que plantas deste gênero conseguem sobreviver em condições climáticas adversas e de invasão por microorganismos, insetos e herbívoros, estas podem ser potenciais fontes de compostos com atividade anti-fúngica e/ou inseticida. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial da planta daninha Waltheria sp na biossíntese de substâncias com atividade sobre um fungo fitopatogênico do citros Guignardia citricarpa, causador da “Mancha Preta do Citros”, bem como na biossíntese de compostos com atividade de inibição da enzima acetilcolinesterase, principal mecanismo de ação da maioria dos inseticidas comerciais. Raízes e caules de Waltheria sp foram submetidos a processo de secagem e moagem com posterior maceração com etanol para obtenção dos respectivos extratos etanólicos. Estes foram submetidos separadamente a partição líquido-líquido com os solventes hexano, diclorometano e acetato de etila, para fornecer as respectivas fases hexânica (FH), diclorometano (FD) e acetato de etila (FA). As fases orgânicas obtidas tiveram suas atividades testadas sobre o fitopatógeno G. ciricarpa in vitro, com relação ao crescimento micelial, germinação e formação de apressórios e com relação á inibição da enzima acetilcolinesterase (AChE), sendo que as fases FH e FD apresentaram excelente atividade. Assim, fases FH e FD de raíz e caule foram submetidas a processos cromatográficos usuais de purificação, levando ao isolamento de 16 alcalóides quinolônicos, sendo dez inéditos, estruturalmente caracterizados após análise minuciosa de seus espectros de RMN de 1H e 13C e EM. Sete alcalóides tiveram suas atividades testadas sobre o fungo G. citricarpa em concentrações que variaram de 100 a 0,5 µg/mL de modo que foi possível determinar os respectivos valores de IC50. Os alcalóides antidesmona (1), waltheriantidesmona (2), chamaedrona (3) e brachytelona-A (4) inibiram 100% o crescimento micelial, a germinação e a formação de apressórios de G. citricarpa na concentração de 100 µg/mL. Os valores de IC50 para a inibição do crescimento foram (6,5; 6,7; 20 e 0,75 µg/mL) respectivamente, para a inibição da germinação (8,0; 0,8; 5,0 e << 0,5 µg/mL) respectivamente e para a inibição da formação de apressórios (8,0; 0,75; 5,0 e << 0,5 µg/mL) respectivamente. Como comparação foram realizados os mesmos experimentos para o fungicida comercial benzimidazol, sendo que os alcalóides 1-4 apresentaram melhores resultados. Os 16 alcalóides isolados foram testados frente a inibição da enzima AChE, sendo que todos apresentaram atividade de inibição entre 74,0 – 89% na concentração de µM. Estes resultados demonstram o potencial da planta Waltheria sp. na biossíntese de alcalóides com atividade anti-fúngica sobre G. citricarpa e de possíveis inseticidas inibidores da enzima AChE. Palavras Chave Waltheria, fungicidas, Guignardia citricarpa, acetilcolinesterase

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PREFERÊNCIA DE HOSPEDEIRO E DESEMPENHO LARVAL EM Diaphania hyalinata (L., 1758) (LEPIDOPTERA: CRAMBIDAE)

Ailton Pinheiro Lobo Carolina Arruda Guedes; Valéria Wanderley Teixeira; Álvaro

Coelho Aguiar Teixeira UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ. CAMPUS SOANE NAZARÉ E

ANDRADE, KM 16, RODOVIA ILHÉUS-ITABUNA SALOBRINHO - ILHÉUS - BA - BRASIL

[email protected] Resumo O conhecimento da variação das estratégias adaptativas que envolvem a relação entre preferência de oviposição e desempenho da prole em seu hospedeiro permite o entendimento de muitos aspectos da população de herbívoros e ecologia de comunidades, sendo imprescindível para os programas de manejo de pragas. Este conhecimento pode ajudar também na interpretação dos dados de captura de machos de pragas em armadilhas de feromônio, relacionando o tipo de hospedeiro presente em campo o ritmo de desenvolvimento, emergência de adultos e relação captura e dano. Uma das hipóteses disponíveis para explicar a escolha de hospedeiro por um inseto herbívoro propõe que a oviposição ocorrerá onde a prole terá maior chance de sobrevivência. Diante disso, este trabalho objetivou verificar se a escolha do hospedeiro exercida por fêmeas de D. hyalinata corresponde ao melhor desempenho da prole e como os hospedeiros influenciam sua dinâmica populacional. Testes de oviposição com chance de escolha foram realizados em melão, melancia, maxixe, bucha, melão-de-são-caetano e pepino, para estabelecimento de um ranking de preferência. Para o desempenho das lagartas e reprodução foi escolhido o melão (dentre o mais preferido) e a bucha e o pepino (dentre os hospedeiros menos preferidos). Os resultados suportam a hipótese de que a escolha de hospedeiro é relacionada com o desempenho da prole e que D. hyalinata apresenta plasticidade ao lidar com diferentes hospedeiros o que pode ser um indicativo da capacidade de adaptação a recursos alimentares que flutuam em termos de qualidade e disponibilidade. No entanto, de modo geral esta plasticidade tem custos elevados, principalmente em termos reprodutivos. Palavras Chave Broca-das-cucurbitáceas, preferência alimentar, planta hospedeira, desempenho da prole, relação planta-inseto

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PROTEOMIC ANALYSIS OF Rhodnius prolixus ANTENNAE

Oliveria, D.S. Ramires, N.C.S.; Berto Jr, C.; Moreira, M.F.; Junqueira, M.R.; Domont, G.; Mesquita, R. D.; Soares, M.R.; Melo A.C.A.

UFRJ - RJ - BRASIL [email protected]

Resumo R. prolixus is the vector of Trypanosoma cruzi, etiological agent of Chagas disease, which affects ca. 100 million people in America. Green technologies are an alternative to reduce this vector population. Odor decoding by the insects are done by different proteins, including pheromone/odorant binding proteins (PBP/OBPs), and chemosensorial proteins (CSPs). Together with others proteins they participate in coordinate manner to present odor molecules to their receptors in the membrane of the olfactory neuron. Our purpose was to describe a protein map in male (MA) and female (FA) antennae of R. prolixus and identify possible protein targets for control. Proteins from antennae were extracted and analyzed using gel and off-gel assay followed by LC-MS/MS and GeLC-MS/MS on LTQ-Orbitrap and MALDI-TOF analysis. Searches were done with MS/MS profiles using Mascot (http://www.matrixscience.com). A total of 180 proteins were identified in MA and 182 proteins in FA. Those proteins were classified in different cellular functions. Proteins involved directly with olfaction were also identified: 18 PBP/OBPs in MA and 20 PBP/OBPs in FA, 9 CSPs (MA), 8 CSPs (FA). It was also observed 2 and 4 specific PBP/OBPs expressed in MA and FA, respectively. The non-annotated Rhodnius genome (rhodnius.iq.ufrj.br) predicts 46 candidates of PBP/OBP. Our results show that 22 PBP/OBPs are functionally expressed in antennae. Palavras Chave Proteomica; Rhodnius prolixus; antena; olfação.

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REPERTÓRIO COMPORTAMENTAL DE ACASALAMENTO DE Spodoptera cosmioides (WALKER) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE)

Sarto, V.C. Kuss-Roggia, R.C.R.; Bento, J.M.S.; Parra-Pedrazzoli, A.L.

ESALQ-USP - PIRACICABA - SP - BRASIL [email protected]

Resumo Spodoptera cosmioides (Walker) (Lepidoptera: Noctuidae) é uma praga de importância econômica para cultivos de soja e algodão em várias regiões produtoras no país. Embora tenha alto potencial de causar danos e um maior consumo foliar que outras lagartas desfolhadores, pouco ainda se conhece sobre sua bioecologia e comportamento. Este trabalho teve por objetivo estudar o comportamento de chamamento das fêmeas, corte dos machos e cópula, visando a elaboração de um etograma das atividades relacionadas ao seu acasalamento. Primeiramente, foram filmados dez casais no período da escotofase, com câmera de luz infra-vermelha, e, posteriormente, observados visualmente outros vinte. Foram usados para as observações casais virgens de 24 a 48 horas de idade, mantidos em gaiola de PVC cristal cilíndrica de 10 cm de diâmetro por 10 cm de altura. Foram observados os movimentos relacionados ao chamamento da fêmea, a resposta do macho, como vôos e caminhamento dos machos em direção à fêmea, corte e cópula. Observou-se que cerca de oito horas após o início da escotofase, a fêmea expõe a glândula de feromônio no final do abdômen e começa a vibrar as asas. Em resposta, o macho vibra as antenas e se aproxima da fêmea com vôos rasos, ou por caminhamento e batidas de asas. Normalmente a aproximação do macho é feita por trás da fêmea: tocando-a com as antenas e pernas dianteiras sobre o abdômen da fêmea. Concomitante, o macho expõe o ‘tufo de pelos’ do final do abdômen, e em seguida o retrai. Após cada expansão do ‘tufo de pelos’ o macho bate as asas em ritmo mais acelerado até retraí-lo novamente. Em sequência, o macho se aproxima da fêmea com batidas de asas, com movimentos circulares em torno e próximo da fêmea, e expande o ‘tufo de pelos’ em movimentos intermitentes, e toca com antenas e pernas dianteiras o abdômen da fêmea. A fêmea responde levantando as asas e abaixando o abdômen com a glândula exposta. Por vezes a fêmea bate as pernas traseiras contra o abdômen, em rápidos movimentos que trepidam o corpo enquanto o abdômen é abaixado. O macho se coloca paralelamente ao corpo da fêmea e faz tentativas de cópula expondo o ‘tufo de pelos’ e girando o seu abdômen em 180º na direção do abdômen da fêmea para copular. Quando receptiva, a fêmea mantém as asas elevadas e permite a cópula, permanecendo em posição contrária ao do macho. Quando não receptiva a fêmea não permite a cópula se afasta ou abaixa as asas e o macho reinicia todo o repertório comportamental de corte. Palavras Chave Etograma; lagarta-das-vagens; corte; cópula.

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RESPOSTA DE DEUTONINFAS ALIMENTADAS DE Dermanyssus gallinae (ACARI : DERMANYSSIDAE) (DE GEER, 1778) A EXTRATOS DE ÁCAROS CO-ESPECÍFICOS E A CORRENTES DE AR EM OLFATÔMETRO DISCRIMINANTE

Cunha, L. M. Cristina Mara Teixeira; Leandro do Carmo Rezende; Paulo Roberto de

Oliveira; Lígia Miranda Ferreira Borges ESCOLA DE VETERINARIA DA UFMG; ESCOLA DE VETERINÁRIA DA UFG -

BRASIL [email protected]

Resumo Dermanyssus gallinae é um ácaro hematófago de grande importância econômica para a avicultura de postura em diversos países. Este ectoparasito pode causar anemia e redução do peso corporal das aves além de possuir potencial para a transmissão de vários micro-organismos patogênicos. Portanto, estudos sobre a ecologia química deste ácaro são importantes para a obtenção de informações e o desenvolvimento de estratégias de controle mais eficientes. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a resposta de deutoninfas alimentadas a correntes de ar e a septos de borracha impregnados com extratos de ácaros co-específicos em olfatômetro discriminante. Nos bioensaios com correntes de ar, as deutoninfas foram submetidas às velocidades de 10±2 cm/s e 20±2 cm/s e ao controle (zero+2 cm/s). Já nos bioensaios com extratos diclorometânicos e hexânicos, o comportamento das deutoninfas foi avaliado nas concentrações de 200 e 500 equivalentes-ácaro por mililitro de solvente (eq/mL) e no controle (zero eq/mL ou solvente puro). Todos os parâmetros avaliados para verificar a existência da anemotaxia não apresentaram diferença significativa como os tempos de latência (p>0,74), os tempos totais gastos pelas deutoninfas para saírem da área de teste do olfatômetro e os co-senos médios dos ângulos de percurso destas deutoninfas (p>0,72). Isso significa que as deutoninfas permaneceram ativas independentemente da velocidade de vento à qual foram submetidas e que o vento não atua isoladamente como um ativador de deutoninfas alimentadas de D. gallinae. Também não houve diferença significativa na análise dos parâmetros utilizados para avaliar o possível comportamento de atração das deutoninfas por extratos de co-específicos. Os parâmetros utilizados foram os co-senos médios dos ângulos de percurso das deutoninfas submetidas às diferentes concentrações de extratos diclorometânicos (p>0,18), de extratos hexânicos (p>0,43) e aos controles, a análise dos histogramas e as proporções de ácaros que atingiram a distância de até um milímetro das bordas dos septos de borracha impregnados com extratos diclorometânicos, extratos hexânicos e com os controles (p≥0,05). Portanto, deutoninfas alimentadas de D. gallinae não são orientadas pelo vento nas velocidades avaliadas, ou seja, não apresentam um comportamento de anemotaxia e não são atraídas por extratos de deutoninfas co-específicas nas concentrações testadas. No entanto, não se pode descartar a possibilidade deste estádio de D. gallinae produzir e/ou responder, em outras condições, ao feromônio atraente de reunião desta espécie de ácaro, o qual já foi relatado na literatura para outros estádios. Palavras Chave Dermanyssus gallinae; ácaro hematófago; feromônio; anemotaxia

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RESPOSTA DE MACHOS DA BROCA DO COLO Elasmopalpus lignosellus (ZELLER) (PYRALIDAE) A FÊMEAS EM COMPORTAMENTO DE CHAMAMENTO

Xavier, L.M.S. Magalhães, D.M; Moraes, M.C.B.; Borges, M.; Vilela, E.F.; Laumann,

R.A. EMBRAPA RECURSOS GENÉTICOS E BIOTECNOLOGIA

PARQUE ESTAÇÃO BIOLÓGICA - BRASILIA - DF - BRASIL [email protected]

Resumo A broca do colo ou lagarta elasmo, Elasmopalpus lignosellus (Zeller, 1848) (Pyralidae), é uma praga subterrânea que se distribui do sul dos Estados Unidos até a América do Sul. No Brasil, E. lignosellus causa anualmente prejuízo econômico significativo a várias culturas como milho, soja, algodão, arroz, sorgo, trigo, amendoim e cana de açúcar. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influencia da idade do macho de E. lignosellus na resposta para fêmeas coespecíficas, em comportamento de chamamento sexual. A resposta (localização e orientação) de machos de E. lignosellus para fêmeas foi estudada em condições de laboratório, em túnel de vento, utilizando insetos de ambos os sexos com idades de <24, 24-48, 48-72 e 72-96 horas. Fêmeas em comportamento de chamamento foram avaliadas e atraíram significativamente mais machos que nos bioensaios em fluxo de ar limpo (controle). Fêmeas jovens (entre 0-24h/idade) apresentaram freqüência de chamamento significativamente menor, mas isto não afetou a resposta do macho. Machos de 48-72 horas/idade apresentaram menor frequência de resposta, diferindo significativamente dos demais machos avaliados. A idade das fêmeas não influenciou na resposta dos machos. O tempo de resposta dos machos, em cada bioensaio (10 minutos/bioensaio), foi significativamente maior para machos entre 48-72 horas/idade em comparação com as outras idades avaliadas. Os resultados indicam que a idade do macho de E. lignosellus influencia a resposta para fêmeas coespecíficas, em comportamento de chamamento. Palavras Chave Maturidade reprodutiva; comunicação química; mariposa; atração sexual; receptividade sexual.

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RESPOSTA DE PROTONINFAS ALIMENTADAS DE Dermanyssus gallinae (ACARI : DERMANYSSIDAE) (DE GEER, 1778) A EXTRATOS DE ÁCAROS CO-ESPECÍFICOS E A CORRENTES DE AR EM OLFATÔMETRO DISCRIMINANTE

Cunha, L. M. Mariana Maciel Cunha; Cristina Mara Teixeira; Leandro do Carmo

Rezende; Paulo Roberto de Oliveira; Lígia Miranda Ferreira Borges ESCOLA DE VETERINARIA DA UFMG; INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA

UFMG; ESCOLA DE VETERINÁRIA DA UFG- BRASIL [email protected]

Resumo O ácaro vermelho das galinhas, Dermanyssus gallinae, é um ectoparasito cosmopolita de grande importância médica-veterinária, responsável por grandes prejuízos na avicultura industrial. D. gallinae possui comportamento nidícola, subindo na ave apenas para realizar o repasto sanguíneo, geralmente no período de escotofase do fotoperíodo. Esse comportamento nidícola é induzido por feromônios de reunião, o que justifica a importância de estudos acerca da ecologia química desta espécie. Desta forma, o objetivo deste estudo foi verificar a existência de comportamento de anemotaxia de protoninfas alimentadas de D. gallinae submetidas a correntes de ar, e também avaliar a resposta a diferentes concentrações de extratos de ácaros co-específicos em olfatômetro discriminante. Estas protoninfas alimentadas foram submetidas a três velocidades de corrente de ar: 10±2 cm/s, 20±2 cm/s e 30±2 cm/s e ao controle (zero+2 cm/s). Além disso, avaliou-se a resposta das protoninfas a extratos diclorometânicos e hexânicos nas concentrações de 200 e 500 equivalentes-ácaro por mililitro de solvente (eq/mL) e nos controles (zero eq/mL ou solvente puro). Os parâmetros tempo de latência (p>0,99), tempo gasto pelas protoninfas para saírem da área de teste do olfatômetro (p>0,99) e média dos co-senos dos ângulos de percurso de cada uma das protoninfas (p>0,99) não apresentaram diferença significativa. Isso demonstra que as protoninfas permaneceram ativas independentemente da velocidade de vento à qual foram submetidas, que estas não são orientadas pelo vento e que este não atua isoladamente como ativador de protoninfas alimentadas de D. gallinae. Já na análise dos parâmetros utilizados para avaliar o comportamento de atração das protoninfas alimentadas por extratos de co-específicos, não houve diferença significativa entre as médias dos co-senos dos ângulos de percurso das protoninfas submetidas aos extratos diclorometânicos, hexânicos e aos controles (p≥0,99). Também não houve diferença significativa entre as proporções de ácaros que atingiram a distância de até um milímetro das bordas dos septos de borracha impregnados com o controle e com as concentrações de 200 e 500 eq/mL de extratos hexânicos (p≥0,05). Por outro lado, as proporções de ácaros expostos a septos de borracha contendo o controle e 500 eq/mL de extrato diclorometânico diferiram significativamente (p≥0,01). Além disso, a análise dos histogramas dos ângulos de percurso demonstrou uma atração dessas protoninfas por septos de borracha com 500 eq/mL de extrato diclorometânico de protoninfas co-específicas. Estes resultados demonstram que protoninfas alimentadas de D. gallinae não apresentam comportamento de anemotaxia e sugerem a existência de, pelo menos, um feromônio volátil, solúvel em diclorometano e capaz de induzir a reunião de protoninfas alimentadas dessa espécie na concentração de 500 eq/mL. Palavras Chave Dermanyssus gallinae; ácaro vermelho; feromônio; anemotaxia

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RESPOSTA ELETROFISIOLÓGICA DE Anastrepha obliqua (Diptera: Tephritidae) aos VOLÁTEIS DE VARIEDADE DE MANGA (Mangifera indica)

SILVANA APARECIDA DA SILVA SOUZA Natalia de Souza Ribas;Eraldo Rodrigues

de Lima UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - VIÇOSA - MG - BRASIL

[email protected] Resumo O processo de seleção do hospedeiro compreende a etapa de escolha do hospedeiro à distância, utilizando-se de recursos olfatórios. Os compostos responsáveis pela etapa de atração dos insetos para o hospedeiro são voláteis e percebidos por quimiorreceptores olfatórios. O encontro de hospedeiro adequado é de crucial importância para o desenvolvimento e sobrevivência para os insetos. O conhecimento da interação de Anastrepha obliqua com seus hospedeiros é escasso, mas já se sabe que fêmeas preferem realizar a postura dos ovos em frutos que pertencem à família de Anacardiacea. A mangueira (Mangifera indica) pertence à família das Anacardiacea, apresentam variedades com frutos suscetíveis, resistentes e outros intermediários a infestação por A. obliqua. O objetivo do estudo foi avaliar a resposta comportamental de fêmeas grávidas de A. obliqua aos voláteis dos frutos de variedades de manga. A coleta dos voláteis se deu em frutos no terceiro estágio de maturação e em quatro variedades de manga: Espada, Carlota, Haden e Keitt. A coleta de voláteis de frutos dessas variedades foi feita por meio de aeração e coleta em filtros de Super-Q® que, posteriormente, foram lavados em hexano. A resposta de fêmeas grávidas de A. obliqua a esses voláteis foi avaliada por meio de cromatografia gasosa acoplada a um eletroantenógrafo (CG-EAD). Os voláteis estão sendo analisados em cromatografia gasosa acoplado a um espectrômetro de massa (CG-MS). Observamos que os perfis cromatográficos são distintos entre as variedades, assim como as respostas das antenas. Estamos identificando os compostos para dar sequencia aos testes comportamentais em túnel de vento. Palavras Chave Semioquímicos; seleção de hospedeiro; Anacardiacea; Anastrepha obliqua

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RESPOSTA OLFATIVA DE Anastrepha fraterculus (DIPTERA:TEPHRITIDAE) A VOLÁTEIS DE PLANTAS

Coracini, M.D.A. Boldo, R.; Kovaleski, A.; Zarbin, P.H.G.

UFPR. LAB SEMIOQUIMICOS, DEPT QUIMICA, CENTRO POLITÉCNICO - CURITIBA - PR - BRASIL [email protected]

Resumo As moscas-das-frutas da família Tephritidae são sérias pragas da fruticultura, podendo causar perdas severas quando não se adotam medidas de controle. Neste trabalho foram realizados estudos eletrofisiológicos e comportamentais para verificar a resposta de machos e fêmeas de A. fraterculus à voláteis de maçã Gala, Malus domestica (Rosaceae), e goiaba serrana, Feijoa sellowianna (Myrtaceae). Os voláteis de frutos verdes e maduros foram obtidos através do uso de câmaras de aeração. Testes em eletroantenógrafo acoplado a cromatógrafo gasoso (CG-EAG) demonstraram que as respostas antenais de machos e fêmeas de A. fraterculus ocorreram para os mesmos voláteis, porém foram mais intensas nas fêmeas. Para verificar a resposta comportamental de machos e fêmeas a extratos de goiaba serrana verde e maçã Gala maduras, que promoveram repostas antenais mais intensas, foi utilizado olfatômetro em Y. Testes com extrato de goiaba serrana verde demonstraram que houve maior atratividade de fêmeas virgens e acasaladas ao controle do que ao extrato de goiaba. Porém, a maioria dos machos virgens e machos acasalados escolheu o extrato de goiaba ao invés do controle. Para o extrato de maçã Gala madura, foram utilizados até o momento fêmeas virgens, fêmeas acasaladas e machos acasalados. Em todos os tratamentos a maioria dos insetos foi para o braço do olfatômetro contendo apenas o controle. Palavras Chave Mosca-das-frutas; semioquímico; câmara de aeração; eletroantenograma; olfatômetro em Y

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RESPOSTA SELETIVA DE PARASITÓIDES DE OVOS (SCELIONIDAE) A VOLÁTEIS INDUZIDOS EM SOJA POR DIFERENTES ESPÉCIES DE

PERCEVEJOS

Lopes, A. P. S. Diniz, I. R.; Moraes, M. C. B.; Borges, M.; Laumann, R. A. EMBRAPA. PQEB AVDA W5 NORTE - BRASÍLIA - DF - BRASIL

[email protected] Resumo O presente trabalho trata de interações tri-tróficas mediadas por semioquímicos no sistema soja-percevejos-parasitóides de ovos. O estudo concentrou-se na avaliação da: (1) composição qualitativa e quantitativa dos voláteis liberados pelas plantas de soja após a herbivoria por percevejos Euschistus heros e Nezara viridula; (2) resposta dos parasitóides Telenomus podisi e Trissocus basalis aos voláteis de plantas após diferentes tempos de herbivoria pelos percevejos E. heros e N. viridula e (3) relação da resposta dos parasitóides aos voláteis de plantas induzidos pela herbivoria dos percevejos E. heros e N. viridula e a preferência de hospedeiros. A composição química das misturas de voláteis liberados pelas plantas após a herbivoria de percevejos E. heros, N. viridula ou de ambos foi diferente tanto quantitativa como qualitativamente, como também quando comparada às plantas sem herbivoria (controle). Utilizando a metodologia de análise canônica foi possível comprovar que o composto (Z) 3-hexen-1-ol está relacionado ao tratamento onde ambos percevejosestavam presentes,;já os compostos limoneno e (E,E)-α-farneseno aos tratamentos individuais com o percevejo E. heros e N. viridula e 6-metil-5-hepten-2-ona foi associado ao controle. Bioensaios em olfatômetros com plantas dos diferentes tratamentos mostraram que o parasitóide Te. podisi apresentou resposta seletiva aos voláteis das plantas com herbivoria de seu hospedeiro preferencial, E. heros. O parasitóide Tr. basalis não discriminou entre os voláteis induzidos pela herbivoria das duas espécies de percevejos. No entanto, este parasitóide permaneceu maior tempo na área do olfatômetro tratada com plantas danificadas por N. viridula. Para a atratividade, provavelmente, seja necessária a associação da herbivoria com outro tipo de dano ou estímulo (dano de oviposição, ou sinais sonoros por exemplo). A resposta diferencial dos parasitóides para defesa induzida em soja poderia alterar a composição da comunidade de parasitóides, quando as guildas de percevejos apresentam diferente composição de espécies, com conseqüências práticas para o manejo destes em programas de controle biológico. Palavras Chave Herbivoria; defesas induzidas; Scelionidae; Pentatomidae; seleção de hospedeiros; comportamento de busca

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RESPOSTAS QUIMIOTÁXICAS DE PARASITOIDES DE OVOS DE Tibraca limbativentris (HEM., PENTATOMIDAE) A SINOMÔNIOS

Machado, R.C.M. Sant'Ana, J.; Moraes, M.C.B.; Laumann, R.; Borges, M.

UFRGS; Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia - PORTO ALEGRE - RS - BRASIL

[email protected] Resumo O percevejo-do-colmo (Tibraca limbativentris Stal. 1860), é um dos insetos mais prejudiciais à cultura do arroz no Brasil. Uma das estratégias de defesa da planta contra estes percevejos pode estar relacionada à emissão de compostos voláteis, que podem agir tanto na sua defesa direta, prejudicando o desempenho da praga (alomônios) ou indireta, atraindo seus inimigos naturais (sinomônios). Assim, o trabalho objetivou avaliar as respostas comportamentais de fêmeas dos parasitoides de ovos de pentatomídeos Telenomus podisi e Trissolcus basalis a extratos de plantas de arroz que sofreram ou não herbivoria. Foram utilizadas plantas da cultivar IRGA-417 com 30 dias de idade. Para a coleta dos voláteis as plantas foram individualizadas em câmaras de aeração, sendo uma sem a presença do percevejo (controle) e outras duas durante o período de herbivoria, com a presença de cinco machos ou fêmeas. As plantas foram aeradas por 48 horas utilizando adsorvente Super Q (100mg). Os voláteis foram eluídos do adsorvente com 500 µL de hexano, e pré-concnetrados para 100 µL. Os ensaios comportamentais foram realizados em olfatômetro “Y” em sala climatizada (25 ± 1°C e 60 ± 10% U.R.), durante a fotofase. Foram avaliadas as respostas de fêmeas de ambas as espécies com idade entre 2 e 6 dias, frente a uma alíquota de 10 µl de extrato de planta controle comparado com 10 µl de cada um dos outros dois tratamentos. Também se registrou a quimiotaxia destes organismos ao extrato de plantas controle, em relação ao solvente hexano. As respostas foram consideradas positivas quando os insetos percorreram, pelo menos, 2 cm em um dos braços do olfatômetro, e permaneceram nesta área por 1 min. Foram realizadas, no mínimo, 30 repetições para cada tratamento, a arena foi invertida a cada duas repetições e lavada a cada seis. Cada inseto foi observado por até 10 minutos. Os dados foram comparados através da análise do Qui-quadrado, com 95% de confiabilidade. As fêmeas de T. podisi foram significativamente mais atraídas aos voláteis emitidos pelas plantas danificadas por fêmeas (χ2 = 7,20; gl = 1; P = 0,0139), porém não responderam aos voláteis de plantas danificadas por machos (P>0,05). O padrão de respostas de T. basalis diferiu de T. podisi, visto que as fêmeas não foram atraídas pelos voláteis de plantas danificadas por ambos os sexos (P>0,05). Quando foram contrastados extratos de plantas sem dano e hexano, T. podisi (χ2 = 7,14; gl = 1; P = 0,0162) e T. basalis (χ2 = 7,69; gl = 1; P = 0,0055) foram significativamente mais atraídos pelos extratos de plantas, indicando que os voláteis liberados pelo arroz influenciaram o direcionamento do parasitoide. Análises químicas dos extratos não mostraram a presença de compostos provenientes de T. limbativentris. Supõe-se, desta forma, que as plantas de arroz emitiram compostos de defesa indireta (sinomônios), os quais foram responsáveis pela atratividade do inimigo natural T. podisi. Palavras Chave Percevejo-do-colmo; parasitoides de ovos; sinomônios; quimiotaxia

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VARIAÇÃO SAZONAL E ESPACIAL DE ESPECIOSÍDEO EM FORMAÇÃO MONODOMINANTE DE Tabebuia aurea (BIGNONIACEAE)

Verçosa, D. CARLOS ALEXANDRE CAROLLO; MARIA RITA MARQUES

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL – UFMS - BRASIL

[email protected] Resumo O Pantanal é caracterizado por apresentar um período de seca e outro chuvoso, no qual ocorre alagamento dos campos, mas não em regiões de maior altitude. A espécie Tabebuia aurea ocorre em formações monodominantes (o “Paratudal”) que abrangem extensas áreas. Nessas formações, indivíduos que ocorrem nas bordas estão mais sujeitos a influencia do alagamento, enquanto que em direção ao centro, devido à maior altitude, os indivíduos não sofrem essa pressão abiótica. Como são escassos estudos que relacionem a variação química de indivíduos dentro desta formação sofrendo diferentes pressões de alagamento, estudamos a variação de iridoides glicosilados em T. aurea, no centro e borda do Paratudal, nos períodos de seca e alagamento. Coletamos amostras de folhas e entrecasca do caule de 12 indivíduos de T. aurea distribuídos no centro e 12 na borda do Paratudal, nos dois períodos. Os iridoides glicosilados foram analisados por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) acoplada a detector por arranjos de diodo, com coluna monolítica de fase reversa C-18. As folhas e entrecascas foram secas, pulverizadas e extraídas em micro escala com ultrassom (50 mg do material vegetal em 40 ml acetona:água, 3:7, por 10 minutos). O iridoide glicosilado majoritário foi isolado e identificado como 6-O-E-p-cumaroilcatalpol (especiosídeo). O especiosídeo foi usado como padrão externo para a quantificação por CLAE. Verificamos que a concentração do especiosídeo da entrecasca não difere entre centro e borda do Paratudal no período da seca. Contudo, no período de alagamento houve diferença entre a concentração do especiosídeo em plantas do centro e borda. Ocorreu um declínio na concentração, de cerca de 50% da época da seca para a cheia, na borda, passando de 51 mg/g na seca para 24 mg/g na cheia, mostrando um efeito marcante da sazonalidade. A concentração do especiosídeo dos extratos das folhas não diferiu entre as variáveis estudadas. Verificamos que a concentração de especiosídeo na entrecasca é cerca de 20 vezes maior do que no extrato das folhas. Os nossos resultados sugerem que o alagamento é um fator de estresse que pode ser relacionado com a diminuição na concentração de especiosídeo na entrecasca do caule de indivíduos localizados na borda do Paratudal. Palavras Chave Pantanal; Alagamento; Iridoide; Quantificação

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REUTILIZAÇÃO DE INDIVÍDUOS DE Nyssomyia neivai (DIPTERA: PSYCHODIDAE, PHLEBOTOMINAE) EM BIOENSAIOS REALIZADOS EM TÚNEL

DE VENTO PARA AVALIAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS ATRATIVAS

Pinto, M.C. Henrique Paganini Carvalheira; Marlena Stanuch UNESP-ARARAQUARA

RODOVIA ARARAQUARA-JAU KM01 - ARARAQUARA - SP - BRASIL [email protected]

Resumo O número de estudos utilizando bioensaios para avaliação de substâncias atrativas para flebotomíneos em túnel de vento é restrito, especialmente quando comparados aos mesmos estudos com o grupo dos culicídeos. Além das peculiaridades do vôo destes insetos e, portanto, das especificidades requeridas para a padronização dos experimentos, destacam-se a dificuldade de manutenção dos flebotomíneos em colônias de laboratório e o número de insetos exigidos para experimentos desse tipo. Por essas razões, a reutilização dos flebotomíneos durante os experimentos é relevante por diminuir o número final de insetos utilizados. O presente trabalho objetivou avaliar se fêmeas de flebotomíneos da espécie Nyssomyia neivai, transmissora da leishmaniose tegumentar, previamente utilizados no controle (fluxo de ar) podem ser reutilizados em bioensaios, sem prejuízo comportamental, em comparação com insetos que não passaram pelo processo. O octenol foi utilizado por já ter se mostrado atrativo para essa espécie. Os experimentos foram realizados em túnel de vento (20cm X 20cm) sendo a distância de 50cm entre o ponto de liberação do octenol, liberado na taxa de 32 mg/h, da caixa de liberação dos insetos. Os flebotomíneos foram colocados de três em três na caixa de liberação, com tempo de 2min de avaliação. Primeiramente, 50 fêmeas foram submetidas ao controle, fluxo de ar (500mL/h), em seguida, 40 dessas fêmeas foram submetidas a um fluxo de ar que passava por um sistema de liberação do octenol. Um novo grupo de 50 fêmeas foi submetido ao fluxo com octenol. As respostas avaliadas foram saída da caixa de liberação (ativação) e chegada ao estímulo (atração). No grupo submetido ao fluxo de ar, 4% foram ativadas e 2% foram atraídas. O mesmo grupo, frente ao octenol, apresentou 73% de ativação e 55% de atração. No novo grupo de fêmeas, 76% foram ativadas e 52% foram atraídas. Os dados não apontam diferenças entre o grupo de insetos utilizados previamente e aqueles sem prévia exposição ao fluxo de ar, indicando a viabilidade desse tipo de procedimento. Palavras Chave Flebotomíneos; Nyssomyia neivai; octenol

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SURVIVAL OF THE SEXIEST: THE ROLE OF SEMIOCHEMICALS IN SEDUCTION AND SPECIATION IN THE WARTY HAMMER ORCHID Drakaea livida

Lynne Jeffares Barrow, Russell; Flematti, Gavin; Phillips, Ryan; Menz, Myles and

Peakall, Rod THE AUSTRALIAN NATIONAL UNIVERSITY- AUSTRÁLIA

[email protected] Resumo Orchids are well known for their species diversity and specialised pollination systems. Drakaea orchids (hammer orchids), endemic to Western Australia, are pollinated by the sexual deceit of male thynnine wasps through mimicry of the insect pheromones. In general each species of hammer orchid is pollinated by one specific species of wasp, with most orchid species easily identified by their unique floral morphology. Recently, it was discovered that pyrazine-based compounds are used as semiochemicals by Drakaea orchids to attract their specific pollinators. One common Drakaea is the warty hammer orchid, D. livida. In field studies, we found that two distinct populations of D. livida were attracting different species of thynnine wasp. Preliminary chemical analysis has revealed that these two populations showed different chemical profiles. EAD-studies confirmed that two different pollinators responded to different pyrazine-based compounds from the floral extracts. We will present the latest findings in the chemistry of pollination of the warty hammer orchid. Our results may lead to the conclusion that there are 2 morphologically indistinguishable species present or that divergent speciation is occurring. Palavras Chave Orchids; deception; Drakea; wasps; semiochemicals

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TRANSCRIPTOME ANALYSIS OF THE SEX PHEROMONE GLAND OF Lutzomyia longipalpis (DIPTERA:PSYCHODIDAE)

González-Caballero, N. Valenzuela J.G.;Ribeiro J.M.C.;Cuervo P.;Brazil R.P.

INSTITUTO OSWALDO CRUZ - RJ - BRASIL [email protected]

Resumo The chemical component of the sex pheromone of Lutzomyia longipalpis complex has been determined to belong to the terpenoid class and is produced by a specialized structure, the pheromone gland, located only in the 4th or in both 3rd and 4th abdominal segments in males. Different populations produce and respond to different pheromone blends, which require research on genes and molecular mechanisms involved in pheromone production. In this work we used a transcriptomic approach to characterize the pheromone gland in order to obtain general sequence information and to identify putative genes involved in the pheromone biosynthetic pathway. We analyzed randomly sequenced transcripts from the 4th abdominal tergites of L. longipalpis males obtained in Lapinha, Minas Gerais. To assign a functional role to the sequences we compared these to information on a public database. In the set of the identified molecules we found homologues of enzymes participating in the mevalonate pathway such as hydroxy methyl glutaryl (HMG) CoA synthase, hydroxyl methyl glutaryl CoA redutase, phosphomevalonate kinase, mevalonate_5_pyrophosphate descarboxylase, isopentenyl pyrophosphate isomerase as well as pharnesyl pp synthase, another enzyme involved in isoprenoid production. A main finding of this work suggests that the mevalonate pathway or HMG-CoA reductase pathway may be a possible biosynthetic route for terpene production. This tissue-specific transcriptome analysis constitutes one of the first data informing the repertoire of genes with a putative role in the pheromone production in Lutzomyia longipalpis. Palavras Chave Lutzomyia longipalpis;Pheromone glands,Transcriptome;mevalonate pathway.

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ULTRAMORFOLOGIA DA SUPERFÍCIE EPITELIAL DO INTESTINO MÉDIO EM LARVAS DE Anticarsia gemmatalis ALIMENTADAS COM GENÓTIPOS DE SOJA

RESISTENTES A INSETOS

Levy, S.M. Gallo, A.R.L; Silva, L.X; Silva, M.R.; Cruz, N.A.; Hoffmann-Campo, C.B.; Moscardi, F.; Falleiros, A.M.F.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA - PR - BRASIL [email protected]

Resumo A lagarta da soja, Anticarsia gemmatalis, uma das principais pragas da sojicultura tem como um dos controles alternativos a utilização de plantas resistentes. Essas plantas podem causar alterações fisiológicas devido a presença de substâncias químicas como o flavonóide rutina e o isoflavonóide genistina. Como a ação dos flavonóides ocorre no intestino médio (IM), que é a principal via de acessos dessas substâncias, o objetivo desse estudo foi verificar possíveis alterações na superfície das células epiteliais do IM de larvas de A. gemmatalis, após a ingestão de diferentes genótipos de soja contendo rutina (R) e genistina (G) no máximo de suas concentrações. As larvas eram provenientes da Embrapa Soja/Londrina, PR e foram tratadas com genótipos de soja “in natura” BRS 257 (testemunha), Dowling (G=0,0429 mg/g) e PI227687 (R=0,3682mg/g; G= 0,0122 mg/g). Os IM das larvas de 4º instar foram coletados, fixados, processados e analisados ao microscópio eletrônico de varredura. Nas larvas testemunhas o IM apresentou três regiões distintas, região anterior (RA), média (RM) e posterior (RP), que foram caracterizadas pela morfologia das células colunares, de suas microvilosidades e protusões citoplasmáticas. As larvas tratadas com os genótipos Dowling e PI227687 apresentaram alterações tanto nas microvilosidades quanto nas protusões citoplasmáticas, quando comparadas com a testemunha. Observou-se grande concentração de protusões citoplasmáticas com forma e tamanhos variados liberadas em direção ao lúmen intestinal. Essas protusões foram mais intensas no tratamento PI227687 em comparação com o tratamento Dowling. Podemos inferir que as alterações sofridas nas microvilosidades e protusões deverão influenciar na absorção e metabolismo do inseto. Palavras Chave Anticarsia gemmatalis; genistina; plantas resistentes; rutina

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USO DE Bacillus thuringiensis var. israelensis COMO ESTIMULANTE DE OVIPOSIÇÃO.

Barbosa, R.M.R. Regis, L.

CENTRO DE PESQUISAS AGGEU MAGALHÃES/FIOCRUZ-PE AV. MORAIS REGO, S/N - CAMPUS DA UFPE - PE - BRASIL

[email protected] Resumo O controle de populações de mosquitos urbanos, especialmente Aedes aegypti e Culex quinquefasciatus, é uma necessidade imposta pelo envolvimento destas espécies na transmissão de agentes patógenos ao homem, e também pelo desconforto que causam às pessoas expostas afetando sua qualidade de vida. Fêmeas grávidas destes Culicídeos são orientadas para a oviposição por voláteis exalados de habitats aquáticos. A presença e localização destes habitats em áreas urbanas são, portanto, fator responsável pela distribuição de mosquitos nestes ambientes. Nas condições atuais, com a abundância de sítios próprios à oviposição de mosquitos nas cidades, é um desafio a busca de criadouros para monitorar estes insetos, e torna-se impossível promover cobertura larvicida suficiente para reduzir suas populações, sobretudo no caso de Aedes. O presente estudo teve como objetivo avaliar o larvicida biológico a base de Bacillus thuringiensis israelensis (Bti) como estimulante de oviposição, em laboratório e campo. Em laboratório, foram realizados bioensaios em câmara de escolha, para verificar se a presença desta bactéria interfere na escolha de sítios de oviposição. Este larvicida foi aplicado à água de torneira ou à infusão de gramínea (IG). Os bioensaios foram conduzidos em gaiola, com 50 fêmeas grávidas de C. quinquefaciatus por ensaios, com pelo menos 8 repetições. Em campo, 20 armadilhas de oviposição BR-OVT (Bti + IG x IG) foram instaladas no interior de residências e 10 ovitrampas (Bti +Bs x água) no peridomicílio no bairro da Mustardinha/ Recife, por um período de 30 a 45 dias. O número total de jangadas/ovos por armadilha foram comparados entre os tratamentos e controle usando Wilcoxon signed-rank test (p ≥0,05). A atividade de oviposição foram estimada através do Índice de Atividade de Oviposição (IAO), calculado pela fórmula: IAO = (Nt-Nc)/(Nt+Nc), em que Nt = média de ovos no recipiente teste e Nc = média de ovos no recipiente controle. Os valores de IAO variam de +1 (atração/estímulação) a -1 (repulsão/inibição). Em laboratório os resultados demonstraram que o Bti atraiu mais fêmeas grávidas para ovipositar (83,5%) do que a água não tratada (13,5%) (p<0,05). Em campo, um total de 614 jangadas foram ovipositadas, 59,1% depositadas nas armadilhas contendo Bti+IG e 40,9% com apenas IG (p<0,05). Nas ovitrampas, mais ovos foram depositados nas OVT-teste (15.089) do que na não tratada (9.319) (p<0,05). Os resultados dos experimentos mostraram que o Bti além da sua atividade larvicida é também um estimulante de oviposição (laboratório, IAO= +0,7 e campo, IAO= +0,2). Os métodos utilizando Bti em armadilha de oviposição (BR-OVT) para Culex, e em modelos re-desenhados de ovitrampas para Aedes tem se relevado eficientes, seguros, operacionalmente simples. Além de garantir a segurança das armadilhas, a combinação ovitrampa-Bti forma um sistema muito sensível de monitoramento contínuo e pode funcionar como estratégia atrair-eliminar, eficiente e ambientalmente segura. Palavras Chave Culex quinquefasciatus; Aedes aegypti; estimulante de oviposição; atraentes químicos

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VARIABILIDADE GENÉTICA E FEROMONAL DE POPULAÇÕES BRASILEIRAS DE Spodoptera frugiperda (J.E. SMITH) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE)

Kuss-Roggia, R.C.R. Zazycki, L.C.F.; Cônsoli, F.L.; Sosa-Gómez, D.R.; Pellegrino,

A.C.; Bento, J.M.S. ESALQ/USP - PIRACICABA - SP - BRASIL

[email protected] Resumo A lagarta do cartucho do milho, Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) é uma das principais pragas de cultivos de milho nas Américas. No Brasil, o uso do feromônio sintético comercial recomendado para o monitoramento de S. frugiperda não tem apresentado uma captura eficiente de machos em algumas regiões do país. Assim, o presente trabalho tem por objetivo investigar a variabilidade genética e feromonal de populações brasileiras de S. frugiperda, visando contribuir para a melhoria da captura de machos em campo. Lagartas de S. frugiperda foram coletadas em cultivos de milho em diferentes regiões produtoras no país e criadas em laboratório. Os adultos provenientes dessas lagartas foram utilizados para extração e amplificação do DNA. As raças foram identificadas através da técnica de PCR-RFLP do gene mitocondrial citocromo-oxidase mediante a digestão com a endonuclease EcoRV e os haplótipos através do seqüenciamento dos produtos da PCR. O estudo da variabilidade genética inter e intra-populacional demonstrou a existência de duas raças distintas (arroz e milho), mesmo quando coletadas sobre o mesmo hospedeiro (milho). A contribuição de cada raça na composição das populações ao longo do país apresentou uma distribuição irregular entre as populações estudadas, no entanto, a raça predominante em todas as populações analisadas é a raça milho. Também foi verificada variação haplotípica entre diferentes populações do país, e entre indivíduos de um mesmo local. Estes dados indicam que a variabilidade genética encontrada nas populações de S. frugiperda pode representar uma potencial variação no feromônio produzido. Estes resultados poderão contribuir para o entendimento de uma possível variação na composição aos feromônios desta espécie, e no planejamento de uma estratégia de manejo com feromônio para as diferentes populações do país. Palavras Chave Raças; haplótipos; monitoramento; feromônio sexual

 

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PARTICIPANTES

ADRIANO CHAVES DE FRANÇA [email protected]

AILTON PINHEIRO LÔBO [email protected]

ALESSANDRA TEIXEIRA NUNES [email protected]

ALEXANDRE PINHO DE MOURA [email protected]

ALICIA NIEVES LORENZO FIGUEIRAS [email protected]

ALINE CRISTIANE KAMIYA [email protected]

ALINE SANTOS DE OLIVEIRA [email protected]

ALMIR JOSÉ PERETTO [email protected]

ANA CAROLINA RUBEM MAGALHÃES [email protected]

ANA CRISTINA PELLEGRINO [email protected]

ANA LIA PARRA-PEDRAZZOLI [email protected]

ANDRÉ GUSTAVO CORRÊA SIGNORETTI [email protected]

ANDRÉA FERREIRA SOUTO [email protected]

ANDRÉA MARQUES VANDERLEI FERREIRA [email protected]

ANGELA MARIA PALACIO CORTÉS [email protected]

ANTONIO FERNANDO DE SOUZA [email protected]

ARODÍ PRADO FAVARIS [email protected]

BIANCA GIULIANO AMBROGI [email protected]

BJÖRN BOHMAN [email protected]

CAMILA BORGES DA CRUZ MARTINS [email protected]

CARLA CRISTINA MARQUES ARCE [email protected]

CARLOS HENRIQUE ZANINI MARTINS [email protected]

CAROLIN MARLEN DEGENER [email protected]

CAROLINE AZEVEDO DE OLIVEIRA SOUZA [email protected]

CHRISTIAN SHERLEY ARAÚJO DA SILVA TORRES [email protected]

CLARA BEATRIZ HOFFMANN CAMPO [email protected]

CLAUDIA CRISTINA GULIAS GOMES [email protected]

CRISTIAN ALFONSO VILLAGRA GIL [email protected]

DANIEL LUIZ REIS SIMAS [email protected]

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DANIELA BUENO SUDATTI [email protected]

DANIELA LIMA DO NASCIMENTO [email protected]

DANIELE PEREIRA DE CASTRO [email protected]

DANIELE SILVA DE OLIVEIRA [email protected]

DAVID RODRIGUES DE SOUZA [email protected]

DENISE BORGES DOS SANTOS DIAS [email protected]

DIEGO ANDRES VILLAGRA GIL [email protected]

DIEGO MARTINS MAGALHÃES [email protected]

DIOGO MONTES VIDAL [email protected]

DIOMAR VERÇOSA [email protected]

DOMINGOS LUSITANEO PIER MACUVELE [email protected]

DOUGLAS HENRIQUE FOCKINK [email protected]

EBONY G MURRELL [email protected]

ELIANE DE OLIVEIRA BORGES [email protected]

EMIR BOLZANI SAAD [email protected]

ERALDO RODRIGUES DE LIMA [email protected]

EVORAH NASCIMENTO PEREIRA BARBOSA [email protected]

FANNY ROMAN SIMPERTIGUE [email protected]

FERNANDO RIBEIRO SUJIMOTO [email protected]

FRANCELISE LINA VIDOTTO [email protected]

FRANCELLE VIDOTTO [email protected]

FRANCIELE SANTOS [email protected]

FRANCINE SOUZA ALVES DA FONSECA [email protected]

FRANCISCA DIANA DA SILVA ARAÚJO [email protected]

FUND EST AGR LUIZ DE QUEIROZ [email protected]

GEANNE KARLA NOVAIS SANTOS [email protected]

GEOVANY AMORIM GOMES [email protected]

GLAUCIA ANK GUARINO [email protected]

HERNANE DIAS ARAÚJO [email protected]

HILAMANI TORRES SANTANA [email protected]

ISADORA MOREIRA SEPULVEDA [email protected]

JOSE MANUEL LATORRE ESTIVALIS [email protected]

JOSUÉ SANT'ANA [email protected]

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JOÃO BATISTA FERNANDES [email protected]

JOÃO GOMES DA COSTA [email protected]

JULIANA APARECIDA SEVERI [email protected]

KAMILA FERREIRA MASSUDA GARCIA [email protected]

KARINA BOTINI LIVA [email protected]

KARLA DA SILVA MALAQUIAS [email protected]

KARLA YUMI SAIKUSA BARBOSA [email protected]

KELLY DA SILVA PAIXÃO [email protected]

KELLY JAQUELINE ALVES [email protected]

LAILA HERINGER COSTA [email protected]

LANA RESENDE DE ALMEIDA [email protected]

LAURA JANE GISLOTI [email protected]

LAURA JANE GISLOTI [email protected]

LEONARDO MARTHA DE SOUZA LIMA [email protected]

LOUISI SOUZA DE OLIVEIRA [email protected]

LUCAS AMARAL OLIVEIRA [email protected]

LUCAS GARCIA VON ZUBEN [email protected]

LUCAS MACIEL CUNHA [email protected]

LUCIA MARIA CUNHA REBOUÇAS [email protected]

LUCILA WADT [email protected]

LUIZ GUILHERME SOARES DA ROCHA BAUZER [email protected]

LUIZA CRISTIANE FIALHO ZAZYCKI [email protected]

LYNNE JEFFARES [email protected]

LÍGIA MIRANDA FERREIRA BORGES [email protected]

MARA PINTO [email protected]

MARCELO GUSTAVO LORENZO [email protected]

MARCOS ANTONIO BARBOSA MOREIRA [email protected]

MARIA CAROLINA BLASSIOLI MORAES [email protected]

MARIA FÁTIMA DAS GRAÇAS F. DA SILVA [email protected]

MARIANA OLIVEIRA GARRIGÓS LEITE [email protected]

MARIANA SANTOS GOMES DE OLIVEIRA [email protected]

MARTIN FPAREJA FRANCISCO PIAGGIO [email protected]

MATEUS RAMOS DE ANDRADE [email protected]

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MICHELY FERREIRA SANTOS DE AQUINO [email protected]

MIGUEL BORGES [email protected]

MILTON OMAR CORDOVA NEYRA [email protected]

MIRIAN FERNANDES FURTADO MICHEREFF [email protected]

MIRYAN DENISE ARAUJO CORACINI [email protected]

MORENO DE SOUZA RODRIGUES [email protected]

MORGANA MARIA FONSECA PORTO [email protected]

MURILO MARINHO DE CASTRO LIMA [email protected]

NAIARA CARLA DOS SANTOS RAMIRES PINTO [email protected]

NATÁLIA FREITAS DE SOUZA [email protected]

NICOLE WÄSCHKE [email protected]

NORBERTO APARECIDO DA CRUZ [email protected]

PATRICIA LUCIANE FERNANDES GREGÓRIO [email protected]

PATRICK REPSOLD SANTOS [email protected]

PAULO GOLDEMBERG DE BARROS [email protected]

PEDRO PABLO MENDEZ ROJAS [email protected]

RAFAEL AUGUSTO SOLDI [email protected]

RAÚL LAUMANN [email protected]

REGINALDO PEÇANHA BRAZIL [email protected]

REINALDO SILVA DE OLIVEIRA [email protected]

REJANE CRISTINA ROPPA KUSS ROGGIA [email protected]

RICARDO BISOTTO-DE-OLIVEIRA [email protected]

RICARDO JATOBA FIGUEIREDO [email protected]

RICARDO ROGERS PARANHOS [email protected]

RITA DE CASSIA DE MELO MACHADO [email protected]

RODRIGO COUTINHO DUPRAT [email protected]

ROSANA MATOS DE MORAIS [email protected]

ROSÂNGELA MARIA RODRIGUES BARBOSA [email protected]

SANDRA MARA DA SILVA GOMES [email protected]

SILVANA APARECIDA DA SILVA SOUZA [email protected]

STEPHEN L. LAPOINTE [email protected]

TATIANA MINGOTE FERREIRA DE ÁZARA [email protected]

TATIANI JANEGITZ [email protected]

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THALITA DIONÍSIO BELMONTE [email protected]

VITOR CESAR SARTO [email protected]

YARESLY MANQUI CARDENAS [email protected]

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