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Prof. Dr. Yûki Mukai
Universidade de Brasília
A variável individual (crenças) dos agentes
engajados no ensino-aprendizagem de línguas
à luz da Aquisição de Segunda Língua
16 de setembro de 2019 – UFG
1
Objetivos da aula
(1) Discutir brevemente a questão terminológica na área
da “Aquisição de Segunda Língua” (por ex., língua
estrangeira/segunda língua, aquisição/aprendizagem,
etc.) e a variável individual (crenças) dos agentes
(professores, alunos, coordenadores, diretores);
(2) Refletir a importância de crenças dos agentes e suas
implicações para o processo de ensino-aprendizagem de
línguas.
2 prof. Yûki Mukai (UnB)
Introdução
3
Você, como professor principiante, está preocupado
demais com o conteúdo e a maneira como se ensina uma
LE (língua estrangeira)?
Você, como professor veterano, está confiante demais ao
lecionar?
Alguma vez, levou em consideração os fatores variáveis
individuais dos aprendizes em sala de aula?
Você, como aluno, refletiu alguma vez seu estilo de
aprendizagem de LE?
Você, como coordenador, respeita as opiniões e ideias
dos professores/alunos de seu curso?prof. Yûki Mukai (UnB)
OBJETIVOS dos estudos de crenças
4
a) Melhoria do curso, da prática de ensino
e do aprendizado de línguas;
b) (Auto)Reflexão e conscientização
sobre as ações dos agentes (professor,
aluno, coordenador, diretor) engajados
no ensino-aprendizagem de línguas.
prof. Yûki Mukai (UnB)
Aula de hoje
5
1.Linguística Aplicada
2.Aquisição
de L2
3.Diferenças individuais
4.
Crenças
prof. Yûki Mukai (UnB)
1. Linguística Aplicada (LA)
6
LINGUÍSTICA APLICADA é um campo
interdisciplinar de estudo que identifica, investiga e
oferece soluções para problemas relacionados à
linguagem da vida real. (AILA - Associação internacional de Linguística Aplicada)
É o estudo de questões da prática social envolvendo o
uso de linguagem.
Por exemplo: questão pedagógica, contexto escolar,
ensino-aprendizagem de línguas, professor-aluno,
aprendizes não nativos, interlíngua, etc.prof. Yûki Mukai (UnB)
Por exemplo, na LA são tratadas as
questões a seguir:
7
Por que os alunos / professores estão desmotivados?
Por que os alunos têm dificuldade em pronunciar XXX
corretamente?
Por que os alunos produzem comumente a expressão
(errônea) YYY?
Qual método de ensino seria mais adequado para alunos?
Por que o professor “X” age assim em sala de aula?
prof. Yûki Mukai (UnB)
1.1 Subáreas de LA (segundo a Associação
Americana de Linguística Aplicada - AAAL)
Análise do Discurso e
Interação
Avaliação
Educação bilíngue,
minoritária, Imersão, Língua
de Herança
Linguística de Corpus
Linguística Educacional
Linguagem e Cognição
Linguagem e Ideologia
Linguagem e Tecnologia
8
• Política e Planejamento
linguístico
• Língua, Cultura e Socialização
• Pragmática
• Leitura, Escrita e Letramento
• Pedagogia de Segunda Língua e
Língua Estrangeira
•Aquisição de Segunda
Língua, Aquisição da
Linguagem, Atrito linguístico
• Sociolinguística
•Análise de Texto (Discurso
escrito)prof. Yûki Mukai (UnB)
2. Aquisição de Segunda Língua (L2)
9
A “Aquisição de Segunda Língua” – uma das subáreas da
Linguística Aplicada – busca revelar os mecanismos e
processos complexos de aquisição, aprendizagem e
ensino de línguas (língua estrangeira [LE] e segunda
língua [L2]).
prof. Yûki Mukai (UnB)
10
Afinal, “Segunda” em
“Aquisição de
Segunda Língua” se
refere a quê?
prof. Yûki Mukai (UnB)
2. Aquisição de Segunda Língua (L2)
11
No sentido AMPLO, o termo ‘segunda’ é usado para
referir-se a qualquer outra língua que não seja a primeira
(ELLIS, 1994).
L2
(Termo abrangente)
Língua estrangeira (LE)
Língua-alvo Língua adicional
L1
prof. Yûki Mukai (UnB)
No sentido restrito, as noções “Língua Estrangeira (LE)” e “Segunda
Língua (L2)” diferenciam-se com base no CONTEXTO onde se
aprende uma língua estrangeira:
Caso aprenda japonês nos países ou comunidades em que se
fala/utiliza essa mesma língua como meio de comunicação, considera-
se
segunda língua (L2);
Caso aprenda japonês nos países ou comunidades em que NÃO se
fala/utiliza essa mesma língua como meio de comunicação, considera-
se
língua estrangeira (LE).
2.1 LE (Língua Estrangeira) vs L2
(Segunda Língua) (no sentido RESTRITO)
12 prof. Yûki Mukai (UnB)
2.1 LE versus L2
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(1) Pedro aprendeu japonês na UnB.
(2) Paulo aprendeu japonês em Tóquio.
(3) Ken aprendeu a falar japonês em casa (numa
comunidade nipônica) no Brasil.
prof. Yûki Mukai (UnB)
2.2 Essa distinção é importante?
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É importante (1) para quem trabalha com
variáveis individuais dos participantes da
pesquisa;
(2) considerando o contexto e o background/perfil
na aquisição/aprendizagem de línguas. ← Crenças do professor (issei) de japonês (JL1)
Crenças do professor (nissei) de japonês (JL2)
Crenças do professor brasileiro de japonês (JLE)
Estilo de aprendizagem de alunos de JLE (Japonês como LE)
Estilo de aprendizagem de alunos de JL2 (Japonês como L2)
prof. Yûki Mukai (UnB)
(acquisition vs learning) (KRASHEN, 1987) →
2.3 Aquisição vs Aprendizagem
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Tipo Processo de
aquisição/aprendizagemContexto
Acquisition
Aquisição
processo subconsciente
(É como aprender a
língua materna.)
Onde se fala a
língua-alvo
como meio de
comunicação
L2
Learning
Aprendizagem
processo consciente Sala de aula LE
prof. Yûki Mukai (UnB)
(ELLIS, 1994)
1) Descrição das características da interlíngua dos aprendizes;
2) Fatores internos do aprendiz (processo cognitivo);
3) Fatores externos do aprendiz (contexto);
4) Diferenças individuais dos aprendizes.
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2.4 Subáreas da Aquisição de L2
Aquisição de L2
DescriçãoFatores internos
Fatores externos
Diferenças individuais
prof. Yûki Mukai (UnB)
Fatores cognitivos
1) Inteligência
2) Aptidão
3) Estilo de aprendizagem
Fatores afetivos
4) Personalidade (extroversão, inibição, ansiedade, autoconfiança, autoestima, etc.)
5) Motivação
6) Atitude
Fatores socioculturais
7) Identidade
8) Crença
Outros fatores
9) Idade
10) Sexo
11) Autonomia17
3. Diferenças individuais dos aprendizes de LE/L2
prof. Yûki Mukai (UnB)
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Crenças
Personalidade
Estilo de aprendizagem
IdentidadeMotivação /
atitude
Aptidão
As variáveis individuais não existem de forma independente uma da
outra, mas sim de forma interligada e complexa. (LIGHTBOWN;
SPADA, 2006) prof. Yûki Mukai (UnB)
(figura: MUKAI)
3.1 Posição dos estudos de “Crenças” na LA
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Aquisição de L2
DescriçãoFatores internos
Fatores externos
Diferenças individuais
Linguística Aplicada
Crenças
prof. Yûki Mukai (UnB)
3.2 Background do surgimento dos estudos sobre
as diferenças individuais
20
A abordagem comunicativa coloca o aluno no centro do processo
de ensino-aprendizagem de línguas.
Preocupando-se com as crenças,
identidade, motivação dos alunos.
(na década de 40-
50) Abordagem
audiolingual
(na década de 70)
Abordagem
comunicativa
FORMA (fatores
linguísticos)
SIGNIFICADO e fatores
extralinguísticos
ALUNO
Prof.
Sala de aula
Livro
Língua
prof. Yûki Mukai (UnB)(figura: MUKAI)
3.3 Perguntas básicas p/ reflexão
21
Na aprendizagem de LE/L2, por que alguns
aprendizes são mais habilidosos e outros não?
As variáveis individuais são importantes no
ensino-aprendizagem de LE/L2?
Se sim, quais são as variáveis individuais que
afetam mais no ensino-aprendizagem de LE/L2?
prof. Yûki Mukai (UnB)
3.4 Importância de Crenças dos agentes
engajados no âmbito pedagógico
22
As CRENÇAS podem exercer influência na prática
pedagógica dos professores e na aprendizagem dos
alunos.
Os alunos devem estar conscientes de seus próprios
estilos de aprendizagem (estratégias de aprendizagem,
autonomia).
Os educadores/professores devem estar conscientes de
suas crenças e de como essas afetam suas ações em sala
de aula (BARCELOS, 2004) porque
prof. Yûki Mukai (UnB)
3.5 Relação entre crenças dos agentes e sua
decisão/ação
(Sistematização baseada em SCRIVENER, 1994)
As CRENÇAS dos agentes configuram-se como BASE da
atitude/intenção, decisão/ação executada pelos mesmos.
Por isso, “Crença” é uma das variáveis individuais mais
importantes.
23
Decisão,
ação
Atitude e intenção
Crenças dos agentes engajados no ensino-
aprendizagem de LEs
Na prática de ensino-
aprendizagem
prof. Yûki Mukai (UnB)
3.6 Importância dos estudos de crenças
(Do ponto de vista de prof.)
24
Para o ensino-aprendizagem de LE/L2 bem sucedido, é
importante
1) RECONHECER suas crenças e as dos colegas e dos
alunos a respeito do ensino-aprendizagem de LE;
2) ter em mente as ações que você considera “boas” e ter
CONSCIÊNCIA da razão por que você pensa assim
(McKAY, 2003);
3) REFLETIR se realmente suas ações são adequadas para
seus alunos (KAWAGUCHI; YOKOMIZO, 2005).
prof. Yûki Mukai (UnB)
25
Existe uma diferença grande entre as crenças de
professores e as de alunos em relação ao ensino-
aprendizagem de línguas?
As frustrações podem impedir o desenvolvimento
saudável do ensino-aprendizagem de LEs, causando:
a) Conflito entre professor e alunos;
b) Aumento de ansiedade;
c) Diminuição de motivação.prof. Yûki Mukai (UnB)
3.7 Um exemplo da discrepância de
crenças entre professor e alunos
26
O professor adotou a abordagem comunicativo-
interativa, acreditando que
=> Os alunos gostam da conversação.
=> Os alunos não gostam da gramática.
=> Os alunos não gostam de ser corrigidos.
Mas, na verdade, os alunos preferiram que o professor
adotasse a abordagem gramatical, feedback corretivo e
ensino centrado no professor.
prof. Yûki Mukai (UnB)
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4. Afinal, o que são
“crenças” (Belief) ?
prof. Yûki Mukai (UnB)
4.1 Crenças dos agentes no Ensino de LEs
28
1) Crença dos aprendizes;
2) Crença dos professores;
3) Crença do diretor, coordenador, etc.(SILVA, 2010)
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4.2 Crenças
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• atitudes, valores, julgamentos, opiniões,
ideologias, percepções, concepções, sistemas
conceituais, preconceitos, teorias pessoais,
estratégias de ação, regras de prática, princípios
de prática, perspectivas entre outros. (PAJARES,1992)
• Representações sociais.
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4.3 Crenças no ensino-aprendizagem
de LEs
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(conceito geral)
Dizem respeito às opiniões e ideias que
alunos e professores têm a respeito dos
processos de ensino e aprendizagem de
línguas (BARCELOS, 2001).
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4.4 Crenças e Contexto
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As crenças são pessoais, contextuais, episódicas e
têm origem nas nossas experiências, na
cultura e no folclore [...] inconsistentes e
contraditórias (BARCELOS, 2001).
O feijão é bom para ...
Ex. Crenças de
professor issei
Crenças de professor
sanssei
prof. Yûki Mukai (UnB)
O feijão preto é rico em ????
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ferro
prof. Yûki Mukai (UnB)
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O azeite de oliva é bom para ????a pele?
prof. Yûki Mukai (UnB)
Acredito que gato preto dá ....
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azar ou
sorte?
prof. Yûki Mukai (UnB)
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Como você sabe?
Origina-se da nossa EXPERIÊNCIA anterior
(e/ou conhecimento teórico adquirido
anteriormente).
Mas, lembre-se que
crenças não são provindas de valores de
julgamento de certo e errado (DEWEY, 2010 [1933]).
prof. Yûki Mukai (UnB)
4.5 Formação de Crenças
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Definição na década de 80:
Crenças como ideias preexistentes (HORWIZ,
1987), fixas e padronizadas.
“As mulheres são
melhores do que os
homens na aprendizagem
de LE.”
“Não se aprende
inglês na escola
pública.”
prof. Yûki Mukai (UnB)
4.5 Formação de Crenças
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Crenças formam-se com base na interação e adaptação dos indivíduos a seus ambientes” (KALAJA, 1995; BARCELOS, 2006, 2007)
Crenças “como interativas e socialmente coconstruídas a partir das nossas experiências anteriores e presentes, sendo ininterruptamente configuradas com base na ação, interação e adaptação dos indivíduos a seus contextos específicos.” (MUKAI, 2014, p. 401)
=> Por isso, as crenças são consideradas um processo sociocultural.
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Crenças
Experiências presentes
Adaptações
Experiências passadas
Interações
CONTEXTOS
prof. Yûki Mukai (UnB)
(figura: MUKAI)
4.6 Exemplos: Crenças dos professores
39
Creio que ...
a) Deve-se dar mais ênfase à estrutura do que ao significado.
b) A memorização do diálogo é importante.
c) O estudo da língua(gem) é voltado para a aquisição de
vocabulário.
d) Espera-se uma pronúncia correta como um falante nativo.
e) O ensino é centralizado nos exercícios de repetição.
Método audiolingual (como método de ensino)prof. Yûki Mukai (UnB)
4.6 Exemplos: Crenças dos professores
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a) A gramática é mais importante no ensino de japonês.
⇒ Crença sobre o conteúdo do ensino (syllabus).
b) Em sala de aula, o trabalho em dupla é mais importante.
⇒ Crença sobre as atividades em sala de aula.
c) Os materiais para compreensão de textos são mais
importantes.
⇒ Crença sobre materiais didáticos.
prof. Yûki Mukai (UnB)
4.7 Exemplos: Crenças dos aprendizes
41
a) A conversação é mais importante na aula.
⇒ Crença sobre o método de ensino.
b) A habilidade de “compreensão oral” é mais importante
na aprendizagem.
⇒ Crença sobre 4 habilidades linguísticas.
c) Os materiais autênticos são melhores.
⇒ Crença sobre materiais didáticos.
prof. Yûki Mukai (UnB)
5. Sugestões para futuras pesquisas:
Crenças específicas
42
Crenças de alunos sobre autonomia na aprendizagem de LE;
Crenças de professores sobre as crenças de seus aluno;
Influência das crenças dos professores nas crenças dos alunos;
Crenças de alunos em diferentes níveis de proficiência;
Crenças sobre a identidade no discurso do coordenador de um curso de línguas;
Crenças de alunos/professores a respeito de aspectos específicos:
avaliação, gramática, vocabulário, leitura, o papel do aluno e do professor.
prof. Yûki Mukai (UnB)
6. Considerações finais: as VANTAGENS dos
estudos de crenças
43
As pesquisas sobre crenças possibilitam
que os agentes (professor, aluno, coordenador,
diretor) se vejam e reflitam sobre suas ações e
origens no âmbito pedagógico;
e que conscientizem os alunos sobre seus estilos e
estratégias de aprendizagem (ÔZEKI, 2010).
prof. Yûki Mukai (UnB)
Vamos refletir:
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Qual é a sua crença sobre
a aprendizagem/ensino de LE?
o método de ensino de LE?
seu estilo/estratégia de aprendizagem?
➢ É de suma importância RECONHECER suas
crenças e as dos colegas e dos alunos a
respeito do ensino-aprendizagem de LE (cf.
item 3.6).prof. Yûki Mukai (UnB)
45
Obrigado!
prof. Yûki Mukai (UnB)
Referências bibliográficas
46
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prof. Yûki Mukai (UnB)
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