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Produção
Co-produção
Apoio
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RealizaçãoPontão de Convivência e Cultura de Paz – Instituto Pólis.
http://www.polis.org.br/
Co-realizaçãoConselho Municipal de Cultura de Diadema.
http://conselhoculturadiade.wix.com/cmcd
Produção ColaborativaAdenildo Evangelista de Oliveira
Adolar Barreira
Antonio Carlos Fonseca
Bruno de Souza Seto
Edson de Simone
Elvis Albuquerque Tavares
Denis Moreira da Costa
Ildenira Lopes de Sales José
João Vito Santiago Barbosa
Joanan Santos Prates
Jorge Luis Vargas Gaitán
José Aparecido Krichinak
Jurandir de Sousa
Luis Chierotto
Luzia Alves
Marco Aguiar de Oliveira
Márcia Regina Damaceno Silveira
Martha Elisa Lemos de Carvalho
Milagres Torres
Nelson Freitas da Silva
Rafael Andrade de Oliveira
Rodrigo Cassiano dos Santos
Valdemir de Oliveira Gomes
Vani Duarte Torres
Movimento Audiovisual de Diadema
Yaquatro Produções
CRÉDITOS
3
SÍMBOLOS DA PAZ
Com o intuito de estimular a apropriação criativa dos espaços pú-
blicos a partir de ações que promovam a convivência e cultura de
paz, o Pontão de Convivência e Cultura de Paz (Instituto Pólis)
realiza o primeiro ciclo de Caminhadas Pela Paz do ano. A pri-
meira caminhada foi em Cidade Tiradentes, no dia 13 de abril,
sob o mote da Poética da Paz. No dia 25 de abril, a caminhada
percorreu as ruas do Centro em parceria com a Caminhada No-
turna e promoveu a busca pelos Gestos da Paz. Encerrando este
primeiro ciclo, em 11 de maio a proposta percorre as ruas de Dia-
dema em busca dos símbolos da paz.
Mobilizaram-se, através do Conselho de Cultura de Diadema,
artistas, agentes culturais do quadro da administração pública,
produtores culturais de diversas linguagens e áreas de atuação
sócio-cultural, pontos de cultura e movimentos sociais. Todos sob
o objetivo único de tornar possível esta ação e afirmar suas prer-
rogativas. A maior delas: a paz como aceitação da diversidade e
reconhecimento dos conflitos, por uma convivência plena. Além da
oficina aberta de artes plásticas, que afirma os símbolos da paz,
além da mobilização, concentração e da caminhada em si, traze-
mos um impresso para este momento. Feito colaborativamente, e
com recursos mínimos, ele traz um pouco (pouco mesmo, muita
coisa ficou de fora) do patrimônio cultural da nossa cidade. E o
que é esse patrimônio? Mais do que você imagina, sem dúvida:
Gilberto Gil - cantor, compositor e ex-ministro da Cultura – teceu,
certa vez, o seguinte comentário sobre o significado de patrimônio
cultural: “pensar em patrimônio agora é pensar em transcendên-
cia, além das paredes, além dos quintais, além das fronteiras. É
incluir as gentes, os costumes, os saberes, os sabores. Não mais
somente as edificações históricas, os sítios de pedra e cal. Pat-
rimônio também é o suor, o sonho, o som, a dança, o jeito, a gin-
ga, a energia vital e todas as formas de espiritualidade da nossa
gente. O intangível, o imaterial”.
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DIADEMA – A busca pela cultura da convivência pacífi ca
Dez anos após implantar a Lei 2.107/02, que ficou conhecida como Lei de
Fechamento de Bares, a cidade de Diadema, na Grande São Paulo, registrou
uma redução na taxa de homicídios de 90,74%. Apontada pela Organização
das Nações Unidas (ONU) como uma das dez melhores políticas públicas
de combate ao consumo de álcool, a lei, junto com outras políticas públicas,
foi determinante para a diminuição no número de homicídios em Diadema. A
cidade em 1999 tinha a maior taxa de assassinatos do estado de São Paulo –
102,8 mortes para cada 100 mil habitantes - e, em 2011, reduziu esse índice
para 9,52 para cada 100 mil habitantes. (Fonte:http://agenciabrasil.ebc.com.
br/noticia/2012-06-15/dez-anos-depois-de-implementar-lei-de-fechamento-de-
bares-diadema-reduz-homicidios-em-90)
A política de inclusão cultural tornou-se realidade a partir de investimentos
públicos de longa duração. Vem mantendo casas de cultura em todas as
regiões da cidade. Além de atividades de sensibilização e fruição para as
artes e cultura, os Centros Culturais do município são grandes espaços de
convivência. A cultura desempenha papel fundamental na transformação
da sociedade brasileira, enquanto instrumento da luta contra o estado não
plenamente democrático – aqui, traduziu-se na luta contra altos índices de
violência e exclusão social.
Os Centros Culturais:
Centro Cultural Diadema/Teatro Clara Nunes - Rua Graciosa, 300, Centro. Tel. 4056-
3366.
Casa da Música - Av. Alda, 255, Centro. Tel. 4051-2628.
Centro de Memória de Diadema - Av. Alda, 255/277, Centro. Tel. 4043-0700.
Centro Cultural Serraria - Rua Guarani, 790, Serraria. Tel. 4056-4950.
Centro Cultural Eldorado - Rua Frei Ambrósio de Oliveira Luz, 55, Eldorado. Tel. 4059-
1649.
Centro Cultural Inamar - Av. Antônio Sylvio Cunha Bueno, 1.322, Inamar. Tel. 4043-
5476.
Centro Cultural Nogueira - Rua Marcos Azevedo, 240, Vila Nogueira. Tel. 4071-9300.
Centro Cultural Promissão - Rua Pau do Café, 1.500, Jd. Promissão. Tel. 4066-5454.
Centro Cultural Heleny Guariba - Rua Barão de Uruguaiana, 87, Jd. Ruyce. Tel. 4067-
4292.
Centro Cultural Canhema - Rua 24 de Maio,38, Jd. Canhema. Tel. 4075-3792.
Centro Cultural Vladimir Herzog - Rua Eduardo de Matos, 159, Jd. Campanário. Tel.
4091-2299.
Centro Cultural Taboão - Av. D. João VI, 1393, Taboão. Tel. 4077-1643.
21
Patrimônio Cultural material e imaterial brasileiro
As sociedades, os homens produzem suas culturas, suas trocas, seus ritos,
suas línguas, e seus fazeres e saberes dentro de territórios, de espaços
conhecidos, dentro das comunidades, e levando em conta ritmos de espaço-
tempo vital para todos. As matrizes da raça, da nossa civilização brasileira _ os
índios, os negros e os europeus_ já possuíam e praticavam diversos modos e
meios culturais materiais e imateriais, nos quais cimentavam o carácter social
de suas práticas: todos compartilhavam e eram inseridos individualmente e
coletivamente em danças, festas, rituais, gestos corporais e de devoção a
deuses, produziam músicas, maneiras de plantar e colher, objetos e processos
funcionais (técnicas, instrumentos e artefatos) para sua lida diária com a sua
sobrevivência; e artes, espaços, paisagens e estruturas arquitetônicas diversas,
rituais de grande ou pequena escala de devoção sagrada ou ritos e espaços
lúdicos profanos. Desta miscelânea de culturas, práticas e mestiçagens
resultaram numa diversidade humana, cultural e patrimonial como poucos no
planeta, de difícil caracterização e identificação cultural dinâmica. Cada região,
comunidades e grupos étnicos e sociais do país produziram um sem número
de expressões e manifestações de identidades culturais e artísticas, ainda hoje
em completa proposta aberta de relações horizontais de criação, manutençãoe
reprodução de referência culturais para esses mesmos grupos e pessoas, e
para o conjunto da nação, pois vivemos em relações culturais globais, onde
todos criam espaços e modos culturais de interação e integração.
Dentro da variada e rica diversidade cultural brasileira temos como herança
de patrimônio cultural esse interessante processo material e imaterial,
onde podemos acessá-los como direitos culturais de conhecer, preservar
e salvaguardar institucionalmente (marcos regulatórios, leis e políticas de
salvaguarda do MINC_ Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional_
Iphan), participar de seus processos e produtos; temos direitos de acessá-
los como história e memória cultural de antigas gerações, ou grupos que
transmitem seus fazeres e saberes objetivados para relações recriadoras, ou
mesmo de reconhecimento e conhecimento para as novas gerações; também
as paisagens naturais ou modificadas pelo homem e as sociedades, pertencem
ao conjunto todo da nação como direito ao patrimônio cultural paisagístico ou
edificado. E por fim fazer jus ao reconhecimento nacional, e a diversos direitos
a esses grupos, religiões tradicionais_ grupos de extracção afro-indígena-
brasileira, manifestações eexpressões, comunidades tradicionais, indígenas,
mestres, brincantes, aos diversos representantes das culturas populares que
souberam através de usas práticas invisíveis de cultura subjetiva e objetiva
criaruma lastro de ouro, sabedoria, afetos e tradição herdada e passada para
futuras gerações, com uma singeleza real para todos da nação brasileira.
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PAI FRANCELINO (TOY FRACENLINO DE SHAPANAN)
A Casa das Minas de Thoya Jarina foi
inaugurada em 22 de abril de 1977.
Caracteriza-se pelo culto ao ritual dos
Voduns, Orixás Nagô e Encantaria
Cabocla e Gentil. Toy Vodunnon
Francelino de Shapanan (1949/2007)
– é o sacerdote introdutor do culto
Mina Jêje Nagô em São Paulo e
regiões centro-oeste, sudeste e sul.
Foi líder e representante de várias
entidades do segmento Umbanda e
Candomblé. Intelectual, organizou
palestras, cursos, seminários e
congressos de temas pertinentes às
religiões afro-brasileiras. Militante da
paz e dos diálogos inter-religiosos,
Pai Francelino foi um grande
conferencista deste segmento em
São Paulo e outros estados.
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IMÓVEIS DE INTERESSE PAISAGÍSTICO, HISTÓRICO, ARTÍSTICO E CULTURAL (IPHAC) EM DIADEMA
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ATELIÊ LIVRE
Ateliê Livre é o encontro mensal
de artistas plásticos que moram e/
ou atuam em Diadema. Acontece
nas instalações de um dos espaços
culturais da cidade – o Centro Cultural
Diadema, onde estão localizados o
espaço expositivo Cândido Portinari
e o Museu de Arte Popular (MAP). O
Ateliê Livre se tornou uma instancia
de diálogo para esse segmento
artístico. Nasceu como parte da
programação do evento Abril Mais
Cultura Viva, edição 2012 - uma
ação integrada entre Pontos de
Cultura e equipamentos públicos da
Secretaria de Cultura – e estratégia
de articulação para a câmara setorial
de artes plásticas junto ao Conselho
de Cultura da cidade. Mais de 50
artistas plásticos participaram dos
encontros já realizados desde
então. Sua primeira exposição
se deu no mês de agosto de
2012. Diversa, ela uniu artistas
plásticos amadores e profissionais
numa ação de cooperação e
renovou as expectativas para essa
linguagem artística na cidade. Dela
participaram 24 artistas plásticos,
nas modalidades gravura, pintura,
desenho, escultura e instalação. O
Ateliê Livre (através dos encontros e
da exposição até então realizados) é
uma ação afirmativa da mobilização
e da autonomia desses artistas e da
necessidade de ações de ampliação
para essa área - sobretudo no que se
refere à linguagem contemporânea e
aos projetos integrativos – na cidade.
19
NENE SURREAL
Hildessales também é escultora e
pintora, mas encontrou no grafite a
expressão maior da sua arte visceral.
Nos muros se descobriu Nene
Surreal. Conhecer Nene sureal,
durante a articulação do Ateliê Livre
Diadema em abril de 2012 foi uma
surpresa e, ao mesmo tempo, um
desafio. Ao obter seu contato, liguei
para fazer o convite! Uma voz forte,
decidida do outro lado, desconfiada:
“Com quem quer falar?! Quem é?!”
- disse-me. Após explicações, uma
pessoa incrível e enigmática se
abriu. Prontamente aceitou o convite
de forma totalmente disponível e
interessada! Deu-se o encontro.
A frase que melhor define seu
trabalho vem do álbum de fotografias
de registro de obras que tem por
título Minha Guerra Faço com
Arte! É isso que vemos em cada
traço, ideia, criação que revela
muitas cores e formatos diversos.
Diversidade e energia vital são as
marcas dessa artista, sempre com
a lata de spray em mãos, os olhos
cheios de horizonte e o corpo repleto
de ação! Na arte de rua, expressa
todo potencial e estilo próprios: do
estêncil ao grafite livre, dialogando
com caricaturas, imagens realista
ou abstratas, técnicas variadas e
profundidade de nuances!
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18
KIZOMBA - A Festa da Raça
São marcantes, em Diadema, as
iniciativas contra o preconceito, a
desigualdade social, a discriminação
das religiões de matriz africana e em
prol da afirmação da cultura afro-
brasileira. Fruto de ampla mobilização
civil dos diversos movimentos negros
de Diadema tais como: Comunidade
Negra do Campanário, Movimento
Negro Raízes da África, Agentes
de Pastoral Negro, Movimento Hip
Hop, Zulu Nation Brasil, Grupos
de Capoeiras, Liga Diademense,
Mulheres do Eldorado, Grupos de
Capoeira, União dos Artistas Negros
da Cidade, Escolas de Samba,
FUCABRAD – Federação de
Umbanda e Cultos Afro Brasileiros
de Diadema, Bloco Afoxé Axé Odara
e, juntamente com as políticas
públicas sérias e atuantes com
a Secretária de Governo através
da Coordenadoria de Políticas de
Promoção da Igualdade Racial –
CREPPIR, KIZOMBA, A Festa da
Raça, faz do mês de novembro, em
Diadema, o Mês da Consciência
Negra amparada pela lei de nº
2810\08. KIZOMBA, A Festa da
Raça, faz do mês de novembro, em
Diadema, o Mês da Consciência
Negra. É realizada desde 2001,
em comemoração ao Dia da
Consciência Negra. O evento é um
marco de posicionamento contra a
discriminação das religiões de matriz
africana e em favor da promoção
da cultura de paz e da igualdade
de direitos de raça, potencializando
discussões sobre políticas públicas
para religiões de matriz africana,
convivência pacífica, entre outros
assuntos.
7
BLOCO AFOXÉ AXÉ ODARA
O Bloco Afoxé Axé Odara foi funda-
do em 05 de dezembro de 2.000 pela
Comunidade Negra do Campanário
e com apoio de algumas Casas de
Religiões de Matrizes Africanas.
Sua missão é divulgar e promover
a cultura afro-brasileira através de
atividades recreativas, beneficentes
e culturais em prol da comunidade –
seu momento principal são as festiv-
idades carnavalescas. O presidente
do Bloco Afoxé Axé Odara, Jurandir
de Sousa - nascido em 20 de março
de 1965, paranaense e morador de
Diadema desde os 11 anos de idade
- recebeu o Prêmio Medalha Legisla-
tiva do Mérito Educativo e Cultural.
Ele é também o coreógrafo da Co-
munidade Negra do Jardim Cam-
panário e membro da Comissão de
Eventos da FUCABRAD.
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CASTELINHO DAS ARTES
O Ponto de Cultura Castelinho
das Artes é uma parceria entre o
projeto Mudando com Arte, do artista
Edmilson de Morais, e a Associação
Cristã Gileade do Brasil. Tal projeto
realizou dezenas de intervenções
visuais em muros do Jardim Ruyce-
Diadema, desde 2006, mobilizando
gradativamente sua comunidade. O
Ponto tem orientação para as artes
plásticas e sua abordagem visa
fomentar a cidadania, a geração
de renda, a formação cultural e a
postura ecologicamente sustentável,
utilizando materiais diversos. Realiza
oficinas, cursos e intervenções
visuais em muros e espaços culturais
e públicos da cidade. Participam
crianças, adolescentes, jovens e
adultos. Edmilson Morais é artista
plástico autodidata. Deu aulas em
Centros Culturais da cidade. Com
o tempo, optou por uma forma de
trabalho mais às comunidades
carentes - com uma ligação
incondicional com as crianças.
Criou um ambiente favorável onde
a arte com recicláveis despertasse
a imaginação e a criatividade de
todos. Incansável, vê seu sonho
realizado ao identificar sua arte
como ferramenta para a educação,
cultura e cidadania.
Rua Barão de Uruguaiana, 148 – Jd.
Ruyce
Tel.: (11) 9 6414-6060 - Edmilson de
Morais
http://castelinhodasartesdiadema.
blogspot.com/2011/04/ponto-de-
cultura.html
17
KANJA DE QUADRINHOS
Fundado em 09 de novembro
de 2012, o webzine kanja de
quadrinhos (www.facebook.com/
kanjadequadrinhos) disponibiliza,
toda semana, uma história em
quadrinho produzida por 01 dos 03
artistas integrantes do grupo. Os
membros são frequentes na oficina
de HQ do Centro Cultural Diadema,
ministrada por Gau Ferreira: Johnny
Silva (produz as HQ´s Akaiman,
Revo, Homem Vela e tiras diversas),
Wesley Vieira (produz a HQ Colhão
e tiras diversas) Rafael Grande
(produz as HQ´s Gato Pirata, Capitão
Pedreiro, Revo e tiras diversas),
responsável pela administração da
página na rede social facebook. O
grupo tem planos futuros para uma
versão impressa do zine.
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ILÊ ASÉ NOCHÊ ABÊ MANJÁ ORUBARANA - TERREIRO DE
IYÊMANJÁ
A história do Terreiro de Iyêmanjá,
inicialmente ligada aos preceitos
religiosos do culto umbandista,
começa no ano de 1963, quando
Augusta Vicente de Freitas – mãe
carnal de Nelson de Freitas - abre sua
casa fazendo atendimento espiritual.
Neste período incorporava um Mestre
conhecido por Joaquim Chapéu
de Couro. Mãe Augusta, assim
chamada na comunidade do Jardim
Promissão, Diadema, era natural de
Belo Jardim, Pernambuco, nascida a
10 de janeiro de 1932; Casada com
Joaquim Mariano da Silva, teve seis
filhos. Um deles, Nelson de Freitas,
com idade de 07 anos apresentou
sérios problemas de saúde e de
difícil diagnóstico médico. Sua
mãe resolveu levá-lo ao tratamento
espiritual na casa de Jandira Delfino,
uma grande umbandista de Diadema
(In Memórian), onde através de
sua entidade chamada “Maria da
Costa” desenvolveu suas correntes,
sua abertura de campo energético.
Aos 08 anos de idade Pai Nelson
incorporou pela primeira vez um
índio chamado Caboclo Peri, que
através da orientação espiritual de
Mãe Augusta, passou a auxiliá-la nas
tarefas mais gerais e religiosas do
terreiro. Em 1974 saiu da umbanda
para se iniciar no candomblé na
nação de Ketú. Dona Augusta de
Iyemanjá partiu para o Orún em 18
de julho de 1998, deixando para seu
filho a nobre missão de zelar pelos
Orisás e a cuidar da espiritualidade
da casa que permanece há 48 anos.
Pai Nelson de Iyêmanjá cultua os
Orisás com um grande senso, fé,
respeito e dedicação, por ser um
legado de suma importância deixado
pelos ancestrais afro-brasileiros.
O terreiro de Iyêmanjá fica situado
na Rua Wagner n°26, Jd. Arco Iris,
Diadema, SP.
9
COMUNIDADE NEGRA DO CAMPANÁRIO
A Comunidade Negra do Campanário
surgiu em 1996 como um coletivo
artístico da linguagem da dança. Além
dos dançarinos, o grupo conta com
artistas plásticos e pesquisadores.
Propõe seminários e rodas de
conversa. Sua temática é religiosa,
cultural e de igualdade racial. Está
a serviço da sensibilização em
relação à preservação, valorização
da cultura negra e superação de
preconceitos. O grupo é formado em
sua maioria por mulheres negras, de
filhas e netas que cresceram durante
a trajetória da Comunidade Negra,
atuando dentro da Pastoral Afro da
Paróquia Santo Arnaldo Jansenn.
Realiza a Celebração Ecumênica
Afro - ou Missa Afro-Brasileira.
Encenou diversos espetáculos
artísticos, com as coreografias Obi,
A semente que fala; Ganga Zumba;
Pérola Negra; Tumbador; Abolição e
Oferendas. O espetáculo Resistência
é, também, uma homenagem aos 16
anos do grupo.
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CULTURA CIGANA
As expressões culturais ciganas
são transmitidas na cidade de
Diadema nos Centros Culturais
Inamar e Vladimir Herzog através
da linguagem da dança. Em
encontros semanais, orientados
pela professora e bailarina de dança
cigana e do ventre Milagres Torres,
ganham voz às questões pertinentes
ao feminino, à autoestima, à
expressão corporal, e à promoção
e o respeito à cultura cigana. O
processo envolve aproximadamente
80 mulheres na faixa etária entre 07
a 80 anos de idade. A mobilização
que culminou com essa vivencia
começou no bairro Inamar, por um
grupo de mulheres do bairro que se
identificaram com a cultura cigana.
Formaram-se ali os grupos Estrelas
de Kali (dança cigana) e Raks El
Najmah (dança do ventre). Eles
participam da organização da Festa
Cigana anual do Centro Cultural
Inamar, que está em sua quinta
edição e do Encontro das Estrela do
Oriente, em sua terceira edição.
15
HIP HOP EM AÇÃO
A Casa do Hip Hop de Diadema
realiza a mais de 13 anos – em todo
último sábado do mês - o Hip Hop
em Ação. Essa atividade acontece
em Diadema antes mesmo da Casa
ter sido inaugurada. Trata-se de uma
reunião de DJ’S, MC’S, Graffiteiros,
Graffiteiras, B.boys e B.girls que se
colocam em ação expondo seus
trabalhos artísticos, nas rodas,
no palco, nos muros. O Hip Hop
em Ação é uma mostra artística
dos elementos que compõe essa
importante cultura urbana, aliada ao
desenvolvimento de atividades de
formação que vão de palestras, bate
papos a exposições, é o encontro
mensal onde tudo cabe, de uma
banda ou DJ até uma benção do
Candomblé. MC’S, DJ’S, Graffiteiros
(as), B.boys, B.girls, apreciadores,
curiosos, desconfiados, amantes,
manos, minas, senhoras, senhores,
moças, rapazes, todas e todos sejam
bem vindos e se sintam convidados,
todo último sábado de cada mês, ao
Hip Hop em Ação!
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FORUM DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL BENEDITA DA
SILVA
Fundado no dia 09 de novembro
de 2012 por representantes das
entidades dos movimentos negros
e de associações desse segmento,
o Fórum é fruto de vinte anos de
atuação por políticas de ações
afirmativas e em prol da erradicação
de toda e qualquer forma de racismo
e preconceito em nossa sociedade. O
Fórum é uma entidade civil sem fins
lucrativos e sem distinção de credo
religioso, cor/raça, política partidária
ou nacionalidade - com período
indeterminado de duração. Objetiva
contribuir com o fortalecimento
das entidades e associações que
discutem a questão étnico-racial na
cidade.
11
CULTURA INCLUSIVA
O Ponto de Cultura Inclusiva foi
inaugurado no dia 10 de dezembro
de 2010. Centraliza suas atividades
na Biblioteca Interativa de Inclusão
Nogueira, local estruturado para
facilitar o acesso ao portador de
necessidades especiais, com
acervo em Braille e sala multimídia.
O ponto de cultura se propõe a
organizar um banco de dados sobre
o cidadão considerado especial,
facilitando o seu acesso aos bens
culturais que o município oferece.
Criar um selo de qualidade junto
a empresas amigas da cultura e
da inclusão também é uma ação
prevista, além de qualificar o público
portador de necessidades especiais
como prestador de serviços na área
digital, comunicação, organização
e monitoria de atividades culturais,
difusão, arte e outras áreas que
possam interessá-lo e garantir
sua autonomia. Dar visibilidade ao
cidadão considerado deficiente,
mapear atividades onde ele possa
atuar e informá-lo de oportunidades
já existentes tanto no mercado de
trabalho, como de lazer e qualidade
de vida são os objetivos principais.
Além de atender a comunidade da
Vila Nogueira, ações itinerantes são
previstas como visitas a escolas e
centros de formação especializados,
ONGs que já desenvolvem atividades
semelhantes, além de outros pontos
de cultura e locais de práticas
inclusivas. Publico alvo: cidadãos
em processo de reabilitação
como dependentes químicos, ex-
presidiários, aposentados, jovens
em situação de risco social,
portadores de transtorno mental,
autistas, downs, paralisia cerebrais e
demais portadores de necessidades
especiais. Trabalha também
com professores, estudantes de
pedagogia, artes, ciências humanas
etc. Incluir é aceitar a diversidade.
Biblioteca Interativa de Inclusão
Nogueira - Rua Bernardo Lobo, 263
– Vila Nogueira
Tel.: (11) 4071-9684 (11) 9 9642-
3843 Vani Duarte
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PONTO DE CULTURA DO URBANO AO RURAL - União dos Cavaleiros de
Diadema
A Associação União dos Cavaleiros
de Diadema completou 10 anos de
existência. Criada com o intuito de
difundir práticas culturais para todo
município e região, vem realizando
- através do Ponto de Cultura do
Urbano ao Rural - oficinas de viola
caipira, encontro de violeiros,
procissões a cavalo, atividades
de culinária caipira. O objetivo do
grupo é afirmar hábitos de uma
prática cultural ligada á vida no
campo, que muitas vezes se dilui
no meio urbano. Além do trabalho
na cultura, a associação tem como
meta o trabalhar com equoterapia,
um método terapêutico que utiliza
o cavalo dentro de uma abordagem
interdisciplinar nas áreas de saúde,
educação e equitação, buscando o
desenvolvimento de pessoas com
deficiência ou com necessidades
especiais.
Antonio Carlos Fonseca, nascido
em Visconde do Rio Branco MG, em
23/07/1954 é um dos coordenadores
e fundadores da União dos
Cavaleiros de Diadema. Chegou em
Diadema por meados de 1963, vindo
com seus pais para serem caseiros
do sitio São Miguel, Diadema. Neto
de tropeiros, Fonseca (como assim
é chamado por todos) sempre teve
paixão por cavalos. No decorrer de
sua vida, entre o trabalho em sua
serralheria e a família, sempre criou
seus animais e participou de eventos
voltados para a cultura rural.
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FOLIA DE REIS
A Folia de Reis ou Reisado é
um festejo popular que procura
rememorar a jornada dos Reis Magos
ao encontro do menino Jesus. É um
festejo de origem portuguesa ligado
às comemorações do culto católico
do Natal. Trazido para o Brasil
ainda nos primórdios da formação
da identidade cultural brasileira,
ainda hoje se mantêm vivo nas
manifestações folclóricas de muitas
regiões do país.
Fazendo parte do ciclo natalino, o
cortejo de foliões desfila cantando
no campo ou pelas ruas da cidade.
Em Diadema e região do ABC
Paulista os grupos de foliões foram
criados a partir da divisão da Folia
de Joaquim Orlando Dias, natural de
Monsenhor Paulo, MG. Atualmente
há dois grupos de Folias de Reis
atuantes em Diadema: a Folia do Zé
Reis (José Jacinto da Silva Neto),
com mais de 150 anos de tradição
na família – há trinta em Diadema,
não se sabendo exatamente em
que região do país ela se originou;
e a Folia da Shirlei (Shirlei Aparecida
Braz), com vinte e seis anos de
atuação na cidade. O Ponto de
Cultura Folia de Reis representa a
continuidade de processos culturais
históricos, com traços de resistência
e propagação de tradições orais e
costumes ligados às raízes regionais
de migrantes de todo o país.
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