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1 FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO I SEMINÁRIO DE PESQUISA DA FESPSP 26 A 30 DE NOVEMBRO DE 2012 – SÃO PAULO/SP Processo de coleta de indicadores sociais secundários para a formulação da política de implementação do novo campus da UFSCar: a escala faz diferença? Simone Braghin; Aline Vanessa Zambello. Universidade Federal de São Carlos. [email protected]; [email protected] A fazenda Lagoa do Sino foi doada à UFSCar em 2010 no anseio de seu doador em ver o desenvolvimento regional a partir da instalação de uma Universidade pública. O novo campus está localizado na região do Vale do Ribeira, entre os municípios de Buri e Campina do Monte Alegre - SP. Atualmente, estão em fase de discussão os cursos e formas de funcionamento que serão implementados. Devido a isto, fez-se necessário um levantamento de indicadores da região para formar um perfil social, econômico, político e educacional para, a partir daí, subsidiar a tomada de decisão dos gestores para melhor formulação da política de implementação do campus. Este trabalho tem como objetivo fazer uma reflexão sobre o levantamento de indicadores sociais de fontes secundárias em diferentes escalas de análise (municipal, estadual, federal, meso e microrregionais) para que pudéssemos fazer algumas inferências comparativas entre estes e o entorno, uma vez que esta região frequentemente é referenciada como “bolsão de pobreza paulista.” Utilizaremos, em particular, apenas de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Deste modo, buscamos por – através da inferência de um indicador educacional em particular – observar como um mesmo dado visto em diferentes vieses pode fornecer/fomentar diferentes inferências ao pesquisador e gestores de políticas públicas. Há desigualdades, em termos de dados, que se revelam ao olhar atento e zeloso que se foca no objeto de análise. Nossa proposta é, pois, trazer a tona esta discussão e as reflexões atingidas.

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FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAU LO

I SEMINÁRIO DE PESQUISA DA FESPSP

26 A 30 DE NOVEMBRO DE 2012 – SÃO PAULO/SP

Processo de coleta de indicadores sociais secundári os para a formulação

da política de implementação do novo campus da UFSCar: a escala faz

diferença?

Simone Braghin; Aline Vanessa Zambello.

Universidade Federal de São Carlos.

[email protected]; [email protected]

A fazenda Lagoa do Sino foi doada à UFSCar em 2010 no anseio de seu

doador em ver o desenvolvimento regional a partir da instalação de uma Universidade

pública. O novo campus está localizado na região do Vale do Ribeira, entre os

municípios de Buri e Campina do Monte Alegre - SP. Atualmente, estão em fase de

discussão os cursos e formas de funcionamento que serão implementados. Devido a

isto, fez-se necessário um levantamento de indicadores da região para formar um

perfil social, econômico, político e educacional para, a partir daí, subsidiar a tomada de

decisão dos gestores para melhor formulação da política de implementação do

campus. Este trabalho tem como objetivo fazer uma reflexão sobre o levantamento de

indicadores sociais de fontes secundárias em diferentes escalas de análise (municipal,

estadual, federal, meso e microrregionais) para que pudéssemos fazer algumas

inferências comparativas entre estes e o entorno, uma vez que esta região

frequentemente é referenciada como “bolsão de pobreza paulista.” Utilizaremos, em

particular, apenas de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Deste modo, buscamos por – através da inferência de um indicador educacional em

particular – observar como um mesmo dado visto em diferentes vieses pode

fornecer/fomentar diferentes inferências ao pesquisador e gestores de políticas

públicas. Há desigualdades, em termos de dados, que se revelam ao olhar atento e

zeloso que se foca no objeto de análise. Nossa proposta é, pois, trazer a tona esta

discussão e as reflexões atingidas.

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Palavras chave: Indicadores Sociais, Campus Lagoa do Sino, Políticas Públicas,

Cidadania, Educação.

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INTRODUÇÃO

Viajando em um tempo não tão distante de nossos olhos, fazemos uma parada

rápida no ano de 2010, onde o Governo Federal anuncia a criação de novos campi

universitários. Entre eles, encontramos o campus Lagoa do Sino. Sua história1 pode

ser resumida nesta narrativa, com a iniciativa de sua doação feita pelo escritor Raduan

Nassar que, em uma proposta de doar sua fazenda à Universidade Federal de São

Carlos (UFSCar), fixou seus anseios de ver através de uma ferramenta educacional –

a universidade – o desenvolvimento daquela região. Nasce assim uma meta à

Universidade: através da educação de nível superior, promover o desenvolvimento

daquela localidade que, ao que ilustram indicadores de diversos tipos, é hoje a região

do estado de São Paulo com maior índice de vulnerabilidade social.

Em se tratando do “ciclo da Política Pública”, como nos discorre SOUZA

(2007), diríamos que esta política ainda está em fase de “elaboração” e que, para que

seja promovedora de mudanças sociais e econômicas, serão necessários estudos

aprofundados que forneçam diagnósticos condizentes com a realidade local – suas

principais demandas e déficits de acesso. A aposta se resume na educação como via

de desenvolvimento local/regional, através de acesso a ela ou através de ações da

universidade para a comunidade (extensão), de modo que esta receba então os frutos

do conhecimento produzido no escopo acadêmico. Estas são algumas das apostas

para o novo campus da UFSCar (campus Lagoa do Sino).

No entanto, como supracitado, esta política ainda se encontra em processo de

elaboração. Logo, nosso trabalho é mais humilde: coleta e sistematização de

indicadores que nos forneça um perfil da região. Assim, cabe ressaltar que esta

pesquisa está dividida em dois grandes blocos: coleta de indicadores de a) fontes

secundárias (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, Instituto de

Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, Fundação Sistema Estadual de Análise de

Dados - SEADE, Ministérios do Governo Federal, Secretarias de Governo do Estado

de São Paulo, etc) e de b) de fontes primárias (trabalho de campo in loco do entorno

do campus, órgãos e locais de serviços públicos prestados, tais como escolas,

hospitais; entrevistas a agentes governamentais e a população regional, etc.) que

1 Ainda que não tenhamos avançado no levantamento de dados qualitativos que tracem a história de criação deste campus – ainda em fase embrionária –, mesmo que ainda não fora possível respaldar este processo com precisão e emprego de fontes sucintas, estas informações podem ser encontradas de modo mais amplo em: CEPÊDA, V. A; ZORZO, S. D; OGATA, M. O. A construção do campus UFSCar/Lagoa do Sino (...).

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permitam uma participação da comunidade local/regional no desenho do novo campus

e de suas ações; e a construção de uma base de dados histórica, que contemple a)

descrição do processo de criação do campus e b) o grau de divulgação deste

processo nos veículos midiáticos.

Toda esta empreitada ainda não fora concluída e, por isto, torna-se impossível

apresentar dados parciais ausentes de qualquer caráter analítico. Sendo assim, esta

exposição tratou de introduzir o tema central, no intuito de ilustrar suas metas e meios

para tal. A importância da implementação do campus Lagoa do Sino foi brevemente

abordada como uma ferramenta capaz de fomentar o desenvolvimento daquela região.

Como nos discorre CEPÊDA; ZORZO & OGATA (2012, p.1):

Por desenvolvimento, nesta proposta de pesquisa e no

projeto levado atualmente a cabo pela universidade para a LS [Lagoa

do Sino], entende-se tanto a dimensão de autonomia e fortalecimento

das atividades econômicas strictu sensu, quanto aquelas ligadas à

promoção do bem-estar e da qualidade de vida da população, a

distribuição de capitais de informação e conhecimento, o

empoderamento individual em direção à emancipação (cultural e

política) – todos estes aspectos apoiados no tripé

inclusão/distribuição/sustentabilidade (esta última em suas múltiplas

formas).

No ANEXO I, podemos visualizar circuncidado, na cor azul, a Região

Administrativa de Sorocaba/SP onde se encontra o município de Buri – sede do futuro

campus da UFSCar fazenda Lagoa do Sino. No ANEXO II, é possível visualizar com

maior precisão nosso recorte quanto à região2 e demarcações político - territoriais dos

municípios. O anexo conseguinte (ANEXO III) permite o conhecimento nominal destes

municípios. Esta região (Vale do Ribeira), considerada como a mais pobre do estado

de São Paulo, apresenta alguns índices alarmantes. Os anexos IV, V e VI possibilitam

um deslumbre de alguns dos indicadores que mais sintetizam este fato. A inexistência

de Instituições de Ensino Superior (IES), em particular, públicas (federais, estaduais e

municipais) e a diminuta presença de IES privadas (apenas em algumas cidades do

entorno), mostram como a educação de nível superior é deficitária. Mas, no entanto,

resta uma dúvida: seu déficit não se dá – também – devido a especificidade dos

setores de produção desta região/entorno?

2 Nosso recorte como “entorno do campus” não engloba a totalidade de municípios da Região Administrativa de Sorocaba.

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Entre esta e outras dúvidas, surgem algumas apostas: a educação superior

como ferramenta de desenvolvimento e freio das desigualdades, bem como promotora

de mecanismos de empoderamento de capitais simbólicos (BOURDIEU, 1996; 1998) e

fomentadora – do conhecimento – dos direitos de cada individuo como cidadão

(MARSHALL, 1967; CARVALHO, 2011). O campus Lagoa do Sino é uma aposta para

este enfrentamento: uma engenharia inovadora (em processo de elaboração) que está

dialogando pela melhor forma de inserir o conhecimento acadêmico sem macular o

conhecimento local (da população). E, ao passo que lhe transmita seus

conhecimentos científicos, também colha dos frutos do conhecimento popular. Estas

relações de troca são algumas das apostas que este projeto (no seu âmbito geral)

pretende atender através da implementação de cursos e projetos de extensão que

semeiem esta troca contínua. Assim, e visando preservar a cultura3 da população local

e regional, o atual curso de elaboração deste projeto parte em busca – a princípio –

dos panoramas que nos possam ser ilustrados por indicadores quantitativos.

OBJETIVO

Neste trabalho tentaremos dar maior ênfase não aos dados já colhidos ou ao

atual estágio em que este trabalho4 se encontra, mas, no entanto, às indagações,

decisões e possíveis acertos que fizeram parte da construção deste material. Em

resumo, este trabalho tem como objetivo fazer uma reflexão sobre o levantamento de

indicadores sociais de fontes secundárias em diferentes escalas de análise: municipal,

estadual (meso e microrregiões do Estado de São Paulo, onde se situa nosso projeto

original) e federal (com o vislumbre das diversas unidades da federação e regiões do

país).

PROCEDIMENTOS

Para tanto, abordaremos de modo descritivo o processo traçado para a coleta

de dados secundários – fase em que ainda se encontra nossa empreitada –

objetivando pontuar as indagações que foram surgindo ao longo do trabalho de campo

já percorrido e algumas das inferências obtidas acerca destas. No intuito de atingir

nossos objetivos, elegemos a variável “pessoas de 15 anos ou mais alfabetizadas” e

“pessoas de 15 anos ou mais nãoalfabetizadas” com o recorte temporal situado no ano

de 2000 e geramos cartogramas destes dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de

3 Entendendo por “Cultura” a construção conceitual defendida por Franz Boas em Antropologia Cultural. 4 Vinculado à Pró-Reitoria de Extensão. Número do processo: 23112.000874/2012-47.

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Geografia e Estatística (IBGE). Nossos critérios para tal seleção foram apenas de

exemplificação, visualização e breve descrição destes dados, não sendo, portanto,

vinculado ao nosso objetivo comparar e interpretar tais dados, além do proposto –

como um trabalho reflexivo acerca das escalas de análise. Assim, isentamo-nos de

trabalhar com mais de um recorte temporal, como também, de aprofundarmos o tema

via a observação de mais do que esta ou qualquer outra variável. No entanto, esta

seleção se deu em diferentes esferas: No Brasil, em suas unidades e, em especial, no

Estado de São Paulo, onde, em segundo momento, aumentamos o zoom do nosso

olhar em mesorregiões, microrregiões e, por último, olhamos para 1) os municípios

como um todo e 2) os municípios da zona limítrofe do campus Lagoa do Sino (ANEXO

III).

DESENVOLVIMENTO E INDAGAÇÕES

Este trabalho está sendo desenvolvido através da coleta de dados quantitativos

de instituições reconhecidas. Entre elas estão: IBGE, Instituto de Pesquisa Econômica

Aplicada (IPEA), Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE),

Ministérios do Governo Federal, Secretarias de Governo do Estado de São Paulo, etc.

Será feito o levantamento, sistematização e análise de diversos indicadores sociais

que organizamos cinco categorias de indicadores: de população, de saúde, de

educação, de vulnerabilidade, e, econômico. Uma das apostas do projeto é que o

impacto da criação do campus – devido seus cursos e projetos de extensão – será

diferenciado nos diversos municípios do entorno. Isto, porque a região é ampla e cada

município detém de suas particularidades. Levando em conta estas especificidades do

objeto e, para uma possível análise e acompanhamento do futuro impacto (avaliação)

desta Política Pública, dividimos as cidades em três categorias que denominamos de

“zona de influência do campus Lagoa do Sino”. Este recorte é antes de tudo

geográfico, pois aglomera as cidades do entorno mediante respectivas proximidades

geográficas com o campus. Assim, como segue no ANEXO II, se pensarmos em uma

espiral que tem como centro a fazenda Lagoa do Sino, podemos ver que as cidades

mais próximas (zona limítrofe) do campus são os municípios de Campina de Monte

Alegre, Angatuba e Itapetininga. No ANEXO III, é possível ver a relação destes

municípios, por zona de influência. Os números são estes: zona limítrofe, 4

municípios; zona intermediária, 12 municípios; zona expandida, 48 municípios;

totalizando então, 64 municípios que poderão sofrer impactos com a criação do

campus Lagoa do Sino.

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Durante o levantamento e sistematização de alguns indicadores, como

qualquer espírito aguçado por certa curiosidade, não conseguimos nos ater apenas ao

que fora requisitado – coleta de alguns dados quantitativos de 64 municípios do Vale

do Ribeira. Não ficamos felizes em saber apenas o perfil quantitativo – único dado

atualmente em meu alcance – destes municípios. Uma questão nos padecia: “estamos

mesmo falando da região mais pobre do Estado de São Paulo?” Como responder esta

questão? Como sentir esta pobreza estando em nosso “escritório”? Mas, mais que

isso, o que permeava esta indagação era a dúvida se estes dados, ou melhor, estes

números estavam corretos. Esta indagação nasceu do vislumbre que tivemos ao olhar

os indicadores – falando de modo geral – e com isso perceber uma enorme

discrepância com São Carlos, a cidade do campus Sede da UFSCar.

Não restaram dúvidas. Precisava ir além do proposto no projeto5. Precisamos

sanar nossas indagações enquanto pesquisadoras em construção e total

desconhecedoras da localidade. Por sua vez, esta decisão, causou o que avaliamos

como positivo: não ficamos totalmente presas às informações que ouvíamos – dadas

em consenso pelo grupo gestor e coordenadores do projeto, devido aos estudos

aplicados anteriormente – assim, buscamos informações e dados que legitimassem

esta visão de bolsão de pobreza do estado. Através deste “retrabalho”, pudemos

refletir sobre o quadro que os indicadores ilustravam. Buscamos indicadores de

vulnerabilidade social e educacionais6 da região para que, comparando-os com os

indicadores nacionais, pudesse ver a dimensão desta pobreza. Para nossa

infelicidade, estes dados – levantados pelo IBGE no Censo 2010 – ainda não foram

divulgados7 na escala8 municipal.

Assim, tornou-se um tanto quanto difícil – e mais, impossível – realizar esta

tarefa. Como os dados que detínhamos em inteira disposição eram apenas os do

Censo Demográfico do ano de 2000 e, mesmo sabendo que se trata de 12 anos de

processo histórico e consecutivas mudanças nos indicadores, resolvemos avaliar as

variações que poderiam existir em um mesmo indicador mediante suas diferentes

escalas. Esta escolha partiu de uma indagação quando observo a atual taxa de

5 Esta pesquisa de indicadores está vinculada à Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), como um projeto de Extensão Universitária (nº processo: 23112.000874/2012-47). 6 Por se tratarem dos dois temas mais próximos da política pública de implementação do campus UFSCar/Lagoa do Sino. Educação, simbolizando o déficit que esta região tem neste quesito, em particular, na educação de nível superior e público; e, vulnerabilidade, pela hipótese de que através da educação, a região poderá se desenvolver. 7 Cf. <http://www.censo2010.ibge.gov.br/calendarioresul.php>. Acesso em: 12 ago 2012. 8 Sem entrar em pormenores, diferentemente de escalas de medição, entende-se aqui escala como o nível em que os indicadores encontram agregados. Desta forma, podemos pensar aqui em, no mínimo, três escalas de dados: em nível nacional, unidades da federação e municipais; sendo que, a cada uma é possível efetuar a agregação ou seu oposto de modos diferenciados.

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alfabetização da população brasileira (90%)9. Considerando-a digna de outro

questionamento: “estes dados ilustram de fato a realidade social daquela região?”

Notava que esta porcentagem de alfabetizados não condizia com realidade aparente

dos indicadores das cidades do Vale do Ribeira, pelo menos os indicadores que havia

comparado nos anos de 2000 – único aporte que poderia esclarecer sobre esta

dúvida. Com isto, nossa jornada se tornou outra: ver até que ponto os mesmos dados

em diferentes escalas no ano de 2000 poderiam ou não transmitir de modo uníssono

ou da forma mais próxima possível, a mesma informação. Para critério de exibição

deste material e evitando o uso excessivo de exemplos, elegemos as variáveis

“pessoas alfabetizadas” e “pessoas não alfabetizadas”.

O Cartograma 1 corresponde ao percentual de pessoas de 15 e mais anos

alfabetizadas, por estado brasileiro. Nele, podemos notar que os estados do Acre,

Maranhão, Piauí, Paraíba e Alagoas apresentam um percentual de alfabetização que

varia na faixa de 50,11% a 54,53% de alfabetizados; todos esses estados estão

localizados na região nordeste do Brasil, com exceção do Acre (região norte). São

cinco os estados que se encontram no intervalo de 55,90% a 58,91%, entre eles estão

Bahia, Sergipe, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco, todos estados da região

nordeste do Brasil. Estão inseridos na terceira classe, onde a porcentagem varia entre

60,08% a 64,60%, os estados do norte Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Rondônia e

Tocantins. Assim, fica de certo evidente que os maiores percentuais de alfabetização

da população brasileira de 15 ou mais anos se encontram na região central, sudeste e

sul do país. Juntas, correspondem a 40,7% do país e agregam em seus respectivos

contingentes populacionais de 67,07% a 76,70% das pessoas alfabetizadas –

considerando as duas classes (67,07% a 69,95%; 71,46% a 76,70%).

Assim, de maneira simplista, poderíamos supor que estes estados se

encontram em melhores condições sociais de acesso, permanência e consecutiva

formação educacional que os estados do norte e nordeste. Longe de colocar esta

suposição à prova, o que se torna perceptível no Cartograma 2 é que a porcentagem

distribuída entre as cinco faixas no estado de São Paulo, variam entre 76,89% a

82,16% sendo, portanto, conivente com a inserção deste estado no primeiro

Cartograma apresentado. Contudo, notamos que entre as mesorregiões do estado,

existe certa diferença na porcentagem de alfabetização que não fora obsevada

quando vislumbrado este estado no Cartograma 1.

9 “Taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais de idade – 2010” Fonte: Human Development Report 2010. Adult literacy rate (% aged 15 and above). New York: United Nations Development Programme (UNDP). Cf. IBGE países. Cf. BRASIL: Indicadores Sociais < http://www.ibge.gov.br/ paisesat/main.php>. Acesso em: 17 jul 2012.

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Cartograma 1: Percentual de pessoas de 15 e mais anos alfabetizadas, por

unidade da Federação – ano 2000:

Fonte: IBGE, Censo Demográfico.

Cartograma 2: Percentual de pessoas de 15 ou mais anos alfabetizadas, por

mesorregião geográfica do Estado de São Paulo – ano 2000:

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FONTE: IBGE, Censo Demográfico.

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A observação se repete no Cartograma 3 que, agora focando nas

microrregiões, nos possibilita ver que dentro dessas 12 mesorregiões encontram-se 63

micro(regiões) e que os percentuais observados, por sua vez, não seguem o mesmo

contorno homogêneo observado no Cartograma 2. A região de Itapetininga, por

exemplo, agrega os municípios de Itapetininga (78,67% a 80,15%), Tatuí (78,67% a

80,15%), Itapeva (74,60% a 78,64%) e Capão Bonito (74,60% a 78,64%). No

Cartograma 2, vemos uma maior inserção da mesorregião “metropolitana de São

Paulo” no intervalo (de 81,28% a 82,16%); ao defrontar estes percentuais com sua

respectiva microrregião (Cartograma 3) – composta por São Paulo e 7 regiões:

Osasco, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itanhaém, Santos, Mogi das Cruzes e

Franco da Rocha –, notamos que apenas São Paulo e Santos possuem grandes

destaques neste quesito (alfabetização).

O que fora observado em seus predecessores também o é no Cartograma 4.

Entretanto, vemos mais uma vez que quanto menor é a região, ou seja, menor o grau

de agregação dos dados, diferente se torna o modo como vemos cada município –

principalmente os municípios da região do Vale do Ribeira. Campina do Monte Alegre,

por exemplo, encontra-se na microrregião de Itapetininga. Conforme Cartograma 3,

Cartograma 3 – Percentual de pessoas de 15 ou mais anos alfabetizadas, por

microrregião geográfica do Estado de São Paulo – ano 2000:

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FONTE: IBGE, Censo Demográfico.

esta microrregião está inserida no intervalo percentual de 78,67% a 80,15% de

alfabetizados. Já no gráfico 4, notamos que Campina do Monte Alegre não ultrapassa

o valor de 67,92% de alfabetizados. O mesmo ocorre com Itaí (microrregião de Avaré:

78,67 a 80,15%) e Buri (microrregião de Itapeva: 74,60% a 78,64%). Portanto, estes

municípios não estão contemplados de forma satisfatória se olharmos para o indicador

apenas em escalas de grande envergadura.

Cartograma 4 – Percentual de pessoas de 15 ou mais anos alfabetizadas, por

município do Estado de São Paulo – ano 2000:

FONTE: IBGE, Censo Demográfico.

Quando deparamos com estes dados distribuídos por mesorregiões do estado

(Tabela 1), podemos ver certa homogeneização e possível superioridade numérica em

relação ao país ou até mesmo outros estados (Tabela 2). Ocorre, no entanto, que,

quando desviamos o olhar para o conjunto de escalas, a relação em si muda. Vemos

que há desigualdades por todos os cantos do país e o estado do Vale do Ribeira não o

é exceção à regra. Como constata a Tabela 2, assim como na Tabela 3, alguns dos

dados em municípios paulistas podem refletir os mesmos indicadores que possuem

outras regiões do país, muitas vezes consideradas pelo senso comum – ou vinculadas

na mídia nacional – como deficitárias no acesso à riqueza, informação, educação,

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saúde, cultura, etc.

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Tabela 1 – Percentual de pessoas de 15 e mais anos alfabetizadas, por mesorregião

do estado de São Paulo - ano 2000:

Brasil e Mesorregião Geográfica %

Brasil 67,82São José do Rio Preto - SP 74,74Ribeirão Preto - SP 74,45Araçatuba - SP 74,37Bauru - SP 74,22Araraquara - SP 75,12Piracicaba - SP 75,82Campinas - SP 75,9Presidente Prudente - SP 72,44Marília - SP 74,12Assis - SP 73,24Itapetininga - SP 70,44Macro Metropolitana Paulista - SP 74,5Vale do Paraíba Paulista - SP 74,86Litoral Sul Paulista - SP 69,4Metropolitana de São Paulo - SP 76,67Nota: 1 - Dados da amostra Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2000

Tabela 2 – Percentual de pessoas de 15 e mais anos alfabetizadas - ano 2000:

Brasil, Grande Região, Unidade da Federação e

Município

%

Brasil 67,82Norte 60,59Nordeste 56,3Sudeste 74,13Sul 73,75Centro-Oeste 69,74São Paulo (Estado) 75,61Angatuba - SP 71,13Buri - SP 65,78Campina do Monte Alegre - SP 67,49Itapetininga - SP 74,01Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2000Nota: Dados da amostra

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Tabela 3 – Percentual de pessoas de 15 e mais anos não alfabetizadas - ano 2000:

Brasil, Grande Região, Unidade da Federação e Município

%

Brasil 10,08Norte 11,29Nordeste 18,63Sudeste 6,18Sul 5,75Centro-Oeste 7,96São Paulo 5,03Angatuba - SP 7,52Buri - SP 9,83Campina do Monte Alegre - SP 10,14Itapetininga - SP 5

Fonte: IBGE - Censo Demográfico.

Nota: Dados da amostra.

Não obstante, devemos olhar a cidade como um país pluralista – com seus

estados, suas meso e microrregiões e municípios, diversas culturas e etnias, etc.

Imaginemo-nos em milhares de pés de altitude, observando a realidade que abaixo

nos circunda, desfocada, porém, completa em sua beleza e magnitude; ao descermos

algumas milhas, notamos a presença de veículos e casas que se tornam nítidas; e,

pouco a pouco, a cada mil metros abaixo, descendo, imagens de pessoas em seus

destinos e, em um instante, boom! Eis que estamos entre elas, mais um grão em meio

à multidão.

Neste devaneio é possível ver que cada bairro é um bairro e cada setor,

perímetro urbano é diferente do outro, assim como as ruralidades – diferentes em si. A

diferença não se dá apenas na conjuntura da população, quantas pessoas moram na

casa, ou nível de escolaridade média. Ocorre no dia-a-dia, na junção de todos os

conjuntos que permeiem a vida cotidiana. Em seu limite, indicadores quantitativos

buscariam por evidenciar estas diferenças bairristas. Mas, isto não deslegitima o uso

de indicadores de escala nacional. Ao contrário, ao nos depararmos com eles e os

colocarmos em perspectiva com as demais escalas, poderíamos questionar a

motivação política que esta homogeneização contém.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Navegando por estes mares indicativos, dúvidas sobre a legitimidade de

métodos quantitativos foram ora surgindo, ora sendo sanadas. Percebemos que

variáveis em escalas elevadas, sem o devido zelo, podem se tornar maneiras de

mascarar informações riquíssimas. O “escritório” antropológico dos evolucionistas

culturais assume outra forma no século XXI: a facilidade numérica que nos permite

exercer o papel ludibriante de meros telespectadores de gabinete. Jamais podem eles

suprir a necessidade de ir até o local de análise – se assim o objeto de pesquisa

requisitar –, de descobrir in loco as mazelas sociais a serem superadas. Eles, no

limite, homogeneízam dados e, com isto, perdemos informações.

Em suma, dados de âmbito nacional podem ser “camufladores” de

desigualdades. Ao olhar todas as escalas, notamos que não é possível falar de uma

homogeneidade nacional. Há desigualdade(s) e elas são perceptíveis quando nos

damos ao trabalho de olhar atentamente e de modo zeloso ao objeto de análise. De

todas as coisas que pudemos absorver a que mais nos vem em mente é este olhar

diferenciado ao qual devemos empregar aos objetos sociais de estudo. Um olhar

voltado para o outro, que manipule instrumentos procedimentais de modo que sejam

compatíveis com as realidades empíricas, mesmo as mais abstratas – como dados

quantitativos – que expressem de modo generalista e não tão palpável à realidade

vivida. Devemos nestes, então, dedicar maior zelo. Ansiando torna-los não indutores

de falsas premissas, mas, ao contrário, reflexos quase que precisos da realidade

humana.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BOAS, Franz. Antropologia Cultural. 6 ed. Rio de Janeiro : Zahar, 2005.

BOURDIEU, Pierre. Razões Práticas – sobre a teoria da ação. 10 ed. Campinas:

Papirus, 1996.

____________. Escritos de Educação. 3 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1998.

CARVALHO, José M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 14 ed. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 2011.

DRAIBE, Sônia M. Estado de Bem-Estar, Desenvolvimento Econômico e Cidadania:

algumas lições da literatura contemporânea. In: HOCHMAN, Gilberto. Políticas

Públicas no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2007.

FUNDAÇÃO SEADE. IPRS versão 2010: metodologia. Disponível em:

<http://www.seade.gov.br/projetos/iprs/ajuda/2008/metodologia_2010.pdf>. Acesso

em: 22 ago 2012.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, Indicadores Sociais

Municipais: uma análise dos Resultados do Universo do Censo Demográfico 2010.

Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/

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MARSHALL, Thomas Humphrey. Cidadania, Classe Social e Status. Rio de Janeiro:

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OGATA, Márcia O.; CEPÊDA, Vera A.; ZORZO, Sérgio D. A construção do campus

UFSCar/Lagoa do Sino: uma proposta inclusiva e em rede (universidade e

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Brasil. Disponível em: <http://www.cbs21.com.br/ResumenEjecutivo(UFSCar). pdf>.

Acesso em: 27 ago 2012.

PNUD. O que é IDH. Disponível em: < http://www.pnud.org.br/IDH/IDH.aspx

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SIMMONS, Roberta G. Princípios Básicos para Leitura de Tabelas. In: ROSENBERG,

Morris. A Lógica da Análise do Levantamento de Dados. São Paulo: Editora Cultrix;

Editora USP, [19--?].

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SOUZA, Celina. Estado da Arte da Pesquisa em Políticas Públicas. In: HOCHMAN,

Gilberto. Políticas Públicas no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2007.

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ANEXOS

ANEXO I

Mapa das Regiões Administrativas e de Governo do Estado de São Paulo. Em destaque (linha Azul), a Região Administrativa de Sorocaba. Encontra-se em destaque (cor) rosa, as cidades que contém campus consolidados da UFSCar; destaque à cidade em (cor) vermelho (Campina do Monte Alegre) por ser o perímetro urbano mais próximo da localidade do campus Lagoa do Sino – apesar deste ser implementado no território rural da cidade de Buri.

FONTE: INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO. Disponível em: < http://www.igc.sp.gov.br/produtos/regioes_adm.html>. Acesso em: 15 jul 2012.

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ANEXO II

Mapa da Divisão Municipal (recorte). Este mapa representa a zona de influência do campus da Lagoa do Sino: em amarelo, a zona de influência intermediária do campus; em verde, a zona expandida. As cidades em laranja são cidades que possuem IES públicas no Estado de São Paulo, com exceção de. Campina do Monte Alegre, que é a região urbana mais próxima da fazenda que se instalará a UFSCar. Assim, acreditamos que esta cidade em particular seu perímetro urbano será mais impactado que o da cidade sede do campus (Buri).

INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO. Disponível em: <http://www.igc.sp.

gov.br/produtos/divisao_municipal.html>. Acesso em: 15 jul 2012.

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ANEXO III

Municípios por região (zona) de influência

Municípios Zona Municípios ZonaAngatuba IperóBuri IporangaCampina do Monte Alegre ItaberáItapetininga ItaócaArandu Itapirapuã PaulistaCapão Bonito ItaporangaGuapiara ItararéGuareí ItatingaItaí JuquiáItapeva ManduriNova Campina PardinhoParanapanema PereirasRibeirão Branco PiedadeRibeirão Grande Pilar do SulSão Miguel Arcanjo PirajuTaquarivaí PorangabaAlambari QuadraApiaí RegistroAraçoiaba da Serra RibeiraAvaré RiversulBarão de Antonina Salto de PiraporaBarra do Chapéu SarapuíBofete SarutaiáBoituva Sete BarrasBom Sucesso de Itararé SorocabaBotucatu TaguaiCapela do Alto TapiraíCerqueira César TaquaritubaCesário Lange TatuíCoronel Macedo TejupáEldorado TimburiFartura Torre de Pedra

Lim

ítrof

eIn

term

ediá

ria

Exp

andi

da

Exp

andi

da

Continuação

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ANEXO IV

Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios (IDH-M) – Estado São Paulo, ano 2000.

FONTE: Fundação SEADE

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ANEXO V

Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) – Estado São Paulo, ano 2000.

FONTE: Fundação SEADE

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ANEXO VI

Incidência da Pobreza nos municípios do Estado de São Paulo. Em destaque vermelho. Município de Buri.