principais doenças do arroz ( oryza sativa )

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Principais Doenças do Arroz (Oryza sativa)

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Principais Doenças do Arroz ( Oryza sativa ). Brusone Agente casual: Pyricularia oryzae Doença mais importante para cultura do arroz, por provocar perdas que podem chegar a 60%. - PowerPoint PPT Presentation

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Principais Doenças do Arroz (Oryza sativa)

Brusone

Agente casual: Pyricularia oryzae

- Doença mais importante para cultura do arroz,

por provocar perdas que podem chegar a 60%.

- Se manifesta em toda a parte aérea da planta,

desde os estádios iniciais de desenvolvimento até a

fase final de produção de grãos.

Sintomas

- inicialmente nas folhas, pequenas pontuações de

coloração castanha que evoluem para manchas

alongadas com margem marrom e centro claro.

Cultivares suscetíveis: a margem marrom muitas

vezes é substituída por um halo amarelado.

Cultivares resistentes: se observam somente

pequenas manchas marrom do tamanho da cabeça

de um alfinete.

Pyricularia oryzae

Panículas: fungo pode atacar o nó basal, a raque e

as ramificações.

-A infecção do nó basal da panícula é conhecida

como brusone de pescoço.

- Se a infecção ocorrer logo após a emissão da

panícula, os grãos não são formados e a mesma

permanece ereta.

Pyricularia oryzae

- Quando a panícula é infectada tardiamente, há

um enchimento parcial dos grãos, e em alguns

casos, por causa de seu peso, ocorre a quebra da

base da panícula.

Condições favoráveis

- Uso excessivo de nitrogênio e pelo plantio em

solos com alto teor de matéria orgânica.

- A ocorrência frequente de orvalho, neblina e

chuvas fracas, em períodos com temperaturas

entre 20-30ºC são ideais para o desenvolvimento

da doença.

- O uso continuado de uma mesma cultivar.

Controle

- Rotação de cultivares associada à adubação

equilibrada.

- Aplicação de fungicidas

- Realizar duas aplicações: primeira realizada no

final do emborrachamento (final de R2), e a

segunda no pleno florescimento (entre R3 e R4),

cerca de 15 dias após a primeira aplicação.

- Em situações de incidência moderada

recomenda-se uma única aplicação, quando cerca

de 5% das plantas estiverem florescidas (Estádio

R3)

Mancha Parda

Agente causal: fungo Drechslera oryzae

- Manifesta-se principalmente nas folhas e nas

glumas, podendo ocorrer também no coleóptilo,

bainhas e espiguetas.

Sementes infectadas: apresentam redução

significativa na germinação e a ocorrência do

fungo nos grãos resulta em queda acentuada no

rendimento.

Sintomas

Folhas: são manchas ovais de cor marrom,

distribuídas com relativa uniformidade sobre a

superfície foliar, podendo apresentar centro

branco ou cinza quando completamente

desenvolvidas.

As manchas novas ou ainda não desenvolvidas são

pequenas e circulares com cor marrom-escura.

Drechslera oryzae

Condições favoráveis

- Solos pobres em nutrientes: podendo-se agravar

quando a deficiência for de silício, potássio,

magnésio, ferro e zinco

- Solos mal drenados: devido ao acúmulo de

substâncias tóxicas que prejudicam a absorção de

nutrientes.

- Estresse hídrico provocado por falta de água:

aumenta a suscetibilidade das plantas à doença.

Controle

- Uso de cultivares resistentes.

- Práticas culturais, como preparo adequado do

solo, nivelamento, adubação equilibrada e um bom

manejo de solo.

- Sementes tratadas com fungicidas.

Escaldadura

Agente causal: fungo Gerlachia oryzae

- Manifesta-se a partir do pleno perfilhamento até

a fase final do ciclo da cultura.

- Ocorre predominantemente nas folhas,

podendo ser observada também na bainha,

partes da panícula e grãos.

Sintomas

- São observados nas pontas ou margens das

folhas que apresentam lesões (manchas) de

coloração marrom, contendo faixas alternadas de

coloração marrom-claro e faixas marrom-escuro.

Gerlachia oryzae

- O contínuo crescimento e a coalescência

(encontro) das lesões podem resultar na queima

de uma grande parte da lâmina foliar.

- Manifesta também nas panículas provocando

manchas nas glumelas.

Condições favoráveis

- Lavoura de arroz de sequeiro

- Condições de alta umidade relativa do ar.

OBS: O uso de doses elevadas de nitrogênio

favorece a doença.

Controle

- Uso de cultivares resistentes

- Adubação nitrogenada equilibrada

Queima das bainhas

Agente causal: fungo Rhizoctonia solani

- É uma das principais doenças fúngicas que

ocorrem no colmo e na bainha de plantas arroz em

cultivos comerciais.

- As plantas adultas são mais suscetíveis que as

jovens, principalmente na época de formação da

panícula.

Sintomas

- Mancha nas bainhas, onde inicialmente são

elípticas ou ovaladas, algumas vezes irregulares,

de cor cinza-esverdeada e o centro branco-

cinzento com margem marrom.

- Os esclerócios são formados sobre ou próximos a

estas manchas e são facilmente destacados.

Rhizoctonia solani

- As condições de ambiente influem no tamanho e

cor das manchas e na formação dos esclerócios.

Campo: as manchas são observadas próximas da

linha da água.

- Condições favoráveis: as manchas se estendem

para a parte superior da bainha e da lâmina foliar,

podendo causar a morte da folha e, em alguns

casos, de toda a planta.

Rhizoctonia solani

Controle

- Uso de adubação nitrogenada equilibrada,

- Uso de menor densidade de semeadura

- Boa drenagem da lavoura na entressafra.

Falso Carvão

Agente causal: fungo Ustilaginoidea virens,

- Infecta as plantas de arroz principalmente

durante o estádio de emborrachamento.

- É uma doença de ocorrência esporádica cujos

danos são insignificantes.

Sintomas

- Os grãos são recobertos por esporos que formam

uma massa arredondada.

- Os esporos maduros tem coloração verde-oliva,

enquanto que os esporos imaturos apresentam

coloração amarela.

- Normalmente, somente alguns grãos da panícula

são afetados, tornando-se estéreis.

Ustilaginoidea virens

Condições favoráveis

- Períodos muito chuvosos,

- Alta umidade,

- Excesso de nitrogênio.

Controle

- não se recomenda efetuar nenhum tipo de

controle.

- fungo não é transmitido por semente.

- cultivares de arroz variam em sua maior ou

menor resistência a esta doença

Mancha estreita

Agente causal: fungo Cercospora oryzae

- Causa poucos danos, embora seja de ocorrência

comum.

Sintomas

- Lesões lineares de cor marrom nas folhas,

podendo ocorrer também na bainha, no pedicelo e

nas glumas.

- Cultivares resistentes: lesões são bem estreitas,

pequenas e de cor marrom-escura sobre.

- Cultivares suscetíveis: lesões são de cor marrom-

clara, maiores e alargadas.

Cercospora oryzae

Condições favoráveis

- Ocorrência da doença tem sido constatada

somente em plantas adultas.

- Solos com deficiência em fósforo e potássio.

Controle

- Uso de cultivares resistentes

- Cultivares de ciclo curto

- Aplicação em grande quantidade de adubos

potássicos.

Queima das Glumelas

Agente Causal – Phoma sorghina

Sintomas:

- Pode atacar as panículas desde o início da

emissão até o estádio de grão maduro.

- Infecção inicial: as panículas emergem com grãos

manchados, sendo estas manchas de coloração

marrom-avermelhada, que surgem na extremidade

apical e gradualmente se espalham por todo o

grão.

Phoma sorghina

- Infecção após emergência das panículas, durante

a formação dos grãos, aparecem as manchas

típicas de coloração marrom-avermelhada com

centro claro (cinza ou branco).

- Sob condições de umidade, numerosos picnídios

podem ser encontrados sobre esta região clara da

mancha.

- Em alguns casos, pequenas manchas marrons do

tamanho da cabeça de um alfinete podem ser

observadas nas glumelas.

Ataques severos: os grãos podem se apresentar

parcialmente formados.

- Observou-se o patógeno associado à cultura do

arroz (Oryza sativa) nos estados de TO, MS, MG,

MT, RO, SP e GO.

Controle: O aparecimento esporádico da doença e

a baixa intensidade de ocorrência não justificam

medidas específicas de controle.

- Sementes sadias.

Mal do Colo - Fusarium oxysporum

- Relatada pela primeira vez em 1980, no Brasil.

- A doença foi inicialmente observada em

culturas de sequeiro instaladas em solos de

cerrado, na região centro-oeste.

Sintomas

- Parte aérea da planta: caracterizam-se por leve

amarelecimento das folhas e retardamento no

crescimento (mais evidentes aos 25 dias após o

plantio).

OBS: Pode ser facilmente confundida com

deficiência nutricional, principalmente de

nitrogênio.

- Plantas são arrancadas, pode ser observada

uma descoloração escura no nó basal do colmo,

justamente na região de emissão das raízes

secundárias e adventícias; o nome da doença

deriva deste escurecimento do colo da planta.

- Plantas doentes apresentam o sistema

radicular pouco desenvolvido e produzem poços

perfilhos.

- Apesar do subdesenvolvimento, as plantas

afetadas raramente são mortas pela doença.

Controle

- A recomendação de medidas de controle exige

maior conhecimento sobre a doença.

Podridão do colo e raízes

Agente causal: Pythium arrhenomanes

- No Brasil, essa doença é comumente

encontrada nas lavouras de arroz irrigado em

todo o território.

Não existe informação quanto aos danos

causados.

Sintomas: primários são observados no campo

após o estádio de perfilhamento.

- Inicialmente, as lesões manifestam-se na

bainha, como lesões escuras, na altura da lâmina

de água, posteriormente, a lesão atinge o colmo,

circulando-o e provocando o acamamento da

planta e o chochamento das espiquetas.

- Nos colmos afetados, o fungo desenvolve

numerosos escleródios negros.

- O fungo sobrevive entre safras como

teliósporos nos restos culturais.

Controle:

- rotação de cultura;

- drenagem da água.

NEMATÓIDES

Ponta Branca

Agente causal: Nematóide das folhas

(Aphelenchoides besseyi)

As perdas são variáveis de acordo com o local,

variedade, ano e manejo da cultura.

- Apresenta maior relevância para os plantios

realizados sob condição de irrigação com lâmina de

água.

Sintomas

- Aparecem na fase adulta da planta.

- O ápice das folhas exibe uma clorose bastante

evidente que se torna esbranquiçada e

normalmente estende-se por 5 cm.

- Com o tempo, esta região pode apresentar

rasgamento do tecido e se reduzir a um filamento

de tecido necrosado.

Folhas: ocorre o enrolamento da extremidade

apical, dificultando a emissão das panículas.

-encurtamento das folhas, amadurecimento tardio

das panículas, esterilidade e retorcimento das

glumas.

- plantas subdesenvolvidas; produzem panículas

pequenas com menor numero de grãos e, em

alguns casos, as plantas não mostram sintomas

típicos.

- Quando as sementes contaminadas germinam,

os nematóides alcançam as regiões de

crescimento das plantas e mantêm-se como

ectoparasitas, ficando alojados entre as folhas

jovens e as bainhas.

- Durante a sucessão das folhas, permanecem no

cartucho das folhas jovens, ate a emissão da

ultima folha (folha bandeira), da qual emergira a

panícula.

- Antes do florescimento: ficam na superfície da

panícula.

- Fase de florescimento: os nematóides atingem as

glumas, onde ficam alojados ate a germinação das

sementes.

Disseminação:

- Dentro das plantas e para plantas vizinhas pode

ser feita através do movimento ativo do

nematóide, quando ocorre molhamento da

superfície das folhas devido a chuvas ou deposição

de orvalho.

- Semente (principal via de disseminação e local

de sobrevivência, podendo permanecer viável por

períodos de ate 8 anos).

-À medida que a planta perfilha e cresce, aumenta

o numero de nematóides encontrados nas folhas

jovens.

- Fêmeas apresentam tamanho variável de 0,62-

0,88 mm de comprimento, enquanto os machos

medem de 0,44-0,72 mm.

Controle:

- Variedades resistentes

- Tratamento químico das sementes tem se

constituído num método de controle altamente

viável e pratico.

O tratamento térmico de sementes com imersão

em água fria por 24 horas seguida por tratamento

com água à temperatura 51-53ºC por 15 minutos

tem demonstrado eficiência no controle de

nematóides.

Foi constatado em Santa Catarina com ocorrência restrita :

Enrolamento do arroz (O vírus RSNV (Rice Stripe Necrosis Vírus))