primeiros socorros e higiene

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ACADEMIA DO AR Bloco III - Apostila de Primeiros Socorros e Higiene 1 SAUDE E HIGIENE SAÚDE É o bem estar físico, mental e social (OMS). Para mantermo-nos saudáveis é importante que tenhamos equilibradas as nossas necessidades básicas. Necessidades Básicas Fisiológicas (sono; alimentação; eliminações); Segurança (emocional e material); Afetiva (amor; carinho; auto estima); Social (profissional; relacionamentos pessoais). HIGIENE São fundamentos da ciência, hábitos corretos e equilibrados, que preservam a saúde. Pode-se dividi-la em: Higiene Física (orgânica) Manter boa aparência e cuidar do asseio corporal; Manter boa higiene oral; Respeitar horas de sono e repouso; Fazer uma alimentação equilibrada.

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  • ACADEMIA DO AR Bloco III - Apostila de Primeiros Socorros e Higiene

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    SAUDE E HIGIENE

    SADE

    o bem estar fsico, mental e social (OMS). Para mantermo-nos saudveis importante que tenhamos

    equilibradas as nossas necessidades bsicas.

    Necessidades Bsicas

    Fisiolgicas (sono; alimentao; eliminaes);

    Segurana (emocional e material);

    Afetiva (amor; carinho; auto estima);

    Social (profissional; relacionamentos pessoais).

    HIGIENE

    So fundamentos da cincia, hbitos corretos e equilibrados, que preservam a sade. Pode-se dividi-la

    em:

    Higiene Fsica (orgnica)

    Manter boa aparncia e cuidar do asseio corporal;

    Manter boa higiene oral;

    Respeitar horas de sono e repouso;

    Fazer uma alimentao equilibrada.

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    Sade e higiene bucal:

    Preveno

    A grande maioria dos problemas relacionados aos dentes podem ser evitados com uma escovao

    adequada e o uso do fio dental. Pois atravs da odontologia curativa (restauraes, extraes,

    tratamentos de canal...) no se obtm resultado no controle dessas doenas. Cerca de 95% dos

    brasileiros sofrem de crie e doena das gengivas (doena periodontal), mesmo com grande nmero

    de dentistas por habitante. Um dos perodos mais importantes para se prevenir as cries durante a

    erupo dos dentes, sejam eles "de leite" ou permanentes.

    A preveno baseia-se em:

    Correta higienizao com escova e fio dental;

    Consumo inteligente do acar;

    Uso correto de flor, para fortalecer os dentes;

    Acompanhamento da sade bucal pelo dentista.

    No Brasil, 50% das pessoas de 40 anos no possuem metade dos dentes. Grande parte dos problemas

    dentrios dos adultos (inclusive a necessidade de uso de aparelhos) so causados por perda prematura

    dos "dentes de leite" quando ainda criana.

    Escovao

    A escovao deve ser feita, idealmente, em um local de boa iluminao e na frente do espelho, pelo

    menos no perodo de aprendizagem da tcnica correta. Com o tempo, voc assimilar a tcnica e

    conhecer melhor os seus dentes, podendo dispensar o espelho e retomar seu hbito. Sempre com

    pouqussima pasta, ou at mesmo sem pasta de dente.

    A escova

    Pontas arredondadas para no ferir a gengiva;

    Cerdas de nylon macias e agrupadas em tufos;

    Superfcie da parte ativa plana;

    Cabea pequena para alcanar at os ltimos dentes.

    Obs.: Lave sempre sua escova com gua corrente aps o uso;

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    Troque sua escova aproximadamente a cada 3 meses. Aps este perodo as cerdas ficam "amassadas"

    e j no possuem tanta eficincia para remover a placa bacteriana. Leve sua escova para o dentista ou

    pea orientao para escolher melhor sua escova.

    O creme dental

    A escolha adequada do creme dental feita individualmente para cada pessoa, por isso consulte seu

    dentista. Observe sempre se possui flor em sua composio. Utilize uma quantidade pequena

    (tamanho de uma ervilha) para a escovao.

    Obs.: No engula a pasta de dente durante ou aps a escovao. O flor pode ser txico se ingerido em

    grande quantidade.

    Horrios para escovao

    Escove os dentes ao acordar, isto um hbito bastante saudvel pois ajuda voc a enfrentar o dia com

    mais disposio e um hlito melhor pela manh. Alm disso, procure escovar os dentes sempre aps as

    principais refeies. Ou pelo menos antes de dormir (a escovao mais importante), pois durante a

    noite o acmulo de placa bacteriana maior, devido reduo da quantidade de saliva (que "limpa" a

    placa), disponvel na boca durante a noite.

    Tcnica para escovao

    Dentes Superiores:

    Inicie pelos ltimos dentes de cima, do lado direito e pela superfcie interna seguindo at o lado

    esquerdo (movimento de "varrer" ).

    Passe superfcie externa dos dentes, iniciando agora pelo lado esquerdo e terminando no direito

    (movimento de "varrer").

    Ainda do lado direito, escove atrs dos ltimos dentes e passe a escovar a superfcie mastigatria dos

    dentes at o lado esquerdo. Ao chegar do lado esquerdo, escove atrs dos ltimos dentes (movimento

    de vai-vm).

    Dentes Inferiores:

    Repita como indicado para os dentes superiores.

    Escove a lngua

    Movimento de "Varrer": Inicialmente, os movimentos devem ser feitos como se voc estivesse varrendo

    a placa bacteriana da gengiva para os dentes. Para isso, a escova deve ser colocada inicialmente

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    inclinada junto ao dente e pressionada levemente para limpar o sulco gengival (espao entre o dente e

    a gengiva). A seguir, com movimento de rotao "varre-se" a placa bacteriana para fora do dente.

    Movimento de "Vai-Vm": Quando estiver escovando as superfcies mastigatrias use o movimento de

    "vai-vem" esfregando a superfcie dental para frente e para trs e escove atrs dos ltimos dentes.

    Deve-se repetir os movimentos de 5 a 10 vezes por grupo dental, conforme a maior ou menor tendncia

    de acmulo de placa bacteriana, indicada pela revelao de placa. Insista com mais movimentos nas

    regies onde o acmulo de placa maior.

    Uso do fio dental

    Para limpeza das regies entre os dentes, onde a escova no consegue remover os resduos

    alimentares e a placa bacteriana, deve ser usado o fio dental.

    Voc deve usar o fio dental diariamente, antes da ltima escovao noturna.

    O fio dental deve ser passado entre todos os dentes, superiores e inferiores, e atrs dos ltimos dentes.

    Os dentes do fundo da boca so, pela maior dificuldade de higienizao, os mais atacados pela crie e

    merecem cuidado especial.

    Flor

    Existem trs fatores que devem estar presentes para que ocorram as cries:

    Placa bacteriana;

    Acar, para que a placa bacteriana prolifere;

    Dente pouco resistente.

    Para evitar a crie, portanto, alm de remover a placa bacteriana

    (escovao e uso de fio dental) e de evitar o consumo freqente de

    acar, pode-se utilizar o flor que atua fortalecendo os dentes. O flor

    uma substncia que deixa mais forte a superfcie do dente (esmalte),

    protegendo-a contra os ataques cidos da placa bacteriana que podem

    provocar crie.

    Formas recomendadas do uso do flor:

    Flor na gua de abastecimento da cidade;

    Flor nas pastas de dente;

    Bochechos (dirios ou semanais);

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    Aplicao tpica pelo dentista (flor em gel);

    Obs.: Os bochechos e a aplicao tpica devem sempre ser feitos sob superviso do dentista; Ao fazer

    bochechos com flor procure sempre expelir (cuspir) todo o produto aps o uso; Atualmente no se

    recomenda o uso de flor sistmico, ou seja, comprimidos de flor ou flor associado a complexos

    vitamnicos, pois sabe-se que a ao do flor de carter local.

    Importncia de bons dentes e gengivas sadias

    Cuidando de seus dentes e gengivas voc estar conservando sua sade e bem estar, pois com bons

    dentes e bom hlito muito mais fcil se relacionar com seus amigos, namorada, esposa...

    A falta de dentes d fisionomia um aspecto de velhice precoce, pois eles do forma e expresso ao

    rosto e boca, alm de serem indispensveis a uma boa dico. Os dentes tambm, podem prejudicar

    a digesto que comea na boca, se os dentes estiverem cariados, ou mesmo se houver a falta de

    algum, a digesto se tornar mais difcil e todo o organismo poder ser afetado. Bons dentes favorecem

    a boa mastigao, esta favorece a digesto e, portanto, uma assimilao mais perfeita e completa dos

    alimentos. A maioria das empresas selecionam, entre candidatos com as mesmas qualificaes, aquele

    que tem uma "boa aparncia". Com dentes bem tratados, voc pode ainda fazer economia de tempo e

    dinheiro. Fazendo uma correta higiene bucal voc no precisar fazer grandes tratamentos

    odontolgicos, nem ir muito seguidamente ao dentista e, quando for, provavelmente s receber

    elogios.

    Higiene mental (psquica)

    Estar satisfeito dentro da profisso escolhida;

    Buscar condies para realizao pessoal;

    Manter lazer sadio;

    Manter boas relaes afetivas.

    Higiene espiritual

    Adotar uma fisiologia capaz de assegurar felicidade, paz e sentido para a vida.

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    Fatores estressantes

    O stress um mal que acomete o homem moderno. Estamos constantemente expostos a fatores que

    interferem na adequada manuteno da Sade. So eles:

    Fatores biolgicos

    Herana gentica;

    Envelhecimento;

    Doenas.

    Fatores ambientais

    Influencias externa

    Concretas (poluio; barulho)

    Abstratas (crenas; filosofias e pensamentos).

    Estilo de vida (hbitos prejudiciais)

    Alimentao incorreta;

    Fumo (tabagismo);

    lcool (etilismo);

    Drogas.

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    PRIMEIROS SOCORROS

    INTRODUO

    Primeiras providncias tomadas no local de emergncia;

    Assegurar a vida;

    Evitar o agravamento;

    Atendimento temporrio.

    Ao do Socorrista

    Calma

    Rpida

    Firme

    Necessidade de um treinamento adequado e reciclagem dos conhecimentos.

    COMISSRIO X PRIMEIROS SOCORROS

    A prestao de Primeiros Socorros parte integrante das funes relativas a atendimento e segurana

    do pax a bordo.

    Alnea f do Art. 6 da Lei n. 7.183-84.

    O treinamento em 1 socorros parte integrante do treinamento de:

    Emergncia para Tripulantes RBHA 121: 1212.417 (b) (2) (ii) e (iv)

    AO DO COMISSRIO

    Acionar a equipe (demais tripulantes)

    Avisar o comandante

    Avaliar o passageiro

    Verificar se existe mdico (CRM) caso necessrio

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    RECURSOS DA AERONAVE

    A Conjunto Mdicos de Emergncia

    B Conjunto de Primeiros Socorros

    C Sistema Porttil de Oxignio

    D Sistema Fixo de Oxignio

    A Conjunto Mdico de Emergncia

    Normas do ministrio da Aeronutica:

    Devem ser de fcil acesso aos comissrios (galleys)

    Estojo a prova de umidade e poeira

    Conter todos os itens necessrios (lista)

    Obrigatrio a bordo da NA

    Aplicabilidade: mdicos munidos de CRM

    Controle do Kit:

    A bordo e no local correto;

    Contendo todos os itens;

    Prazo de validade;

    Fechado e lacrado.

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    Contedo:

    Lista na parte externa do Kit

    B Conjunto de 1 Socorros

    Aplicabilidade: Comissrios

    Contedo:

    Anti espasmdico*

    Analgsico* ( Medicamento para dor)

    Antitrmico*( Medicamento para febre)

    Antiemtico*( medicamento para nuseas e vmitos)

    Colrio*( Medicamento para lubrificar os olhos)

    Descongestionante nasal*( medicamento para as narinas para descongestionamento)

    Material para curativo (gaze, ataduras, esparadrapo, etc.).*

    * (medicaes fornecidas pelo Comissrio, segundo a ANAC) Obs.: induzir o passageiro a pedir pelo

    nome comercial (ex: aspirina, tylenol).

    Quantidade de Kits:

    De 0 a 50 pax: 1 kit

    De 51 a 150 pax: 2 kits

    De 151 a 250 pax: 3 kits

    Mais de 250 pax: 4 kits

  • ACADEMIA DO AR Bloco III - Apostila de Primeiros Socorros e Higiene

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    C Sistema Porttil de O2

    Finalidade: suprimento de O2 ( desconforto respiratrio ) Falta de ar.

    Componentes:

    Cilindro de ao

    Mascara oro-nasal

    Manmetro de presso

    Vlvula reguladora de fluxo: Hi/Low

    Obs.: Algumas aeronaves esto utilizando unicamente cilindros com sadas High.

    Cheque Pr-vo:

    Fixao (suportes)

    Mscaras (lacradas)

    Manmetro (entre 1500 a 1800 psi)

  • ACADEMIA DO AR Bloco III - Apostila de Primeiros Socorros e Higiene

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    Procedimentos para o uso de O2 porttil:

    O passageiro de ser colocado em decbito de 45 instalado as mascara de oxignio observando a

    quantidade de oxignio de 1 a 5L/mint dependendo da situao de emergncia.

    Suspender a administrao de O2 assim que os sintomas desaparecerem (risco de hipocapnia)

    Hipocapnia

    CO2

    (diminuio dos nveis de CO2 no organismo, pode levar a uma parada respiratria)

    CO2: o responsvel pela estimulao do centro respiratrio no Sistema Nervoso Central ( Bulbo

    Tronco enceflico)

    D Sistema Fixo de O2 Sistema gasoso

    Finalidade: fornecer O2 em caso de despressurizao.

    Componentes: mascaras oro-nasal acoplada no compartimento acima de cada assento (PSU),

    alimentadas por mdulo gerador qumico de oxignio com autonomia de 15 minutos de fluxo contnuo.

    Procedimentos: Puxar para si a mscara mais prxima. O Comissrio deve assegurar seu aporte de

    O2 para depois ajudar os demais. Passageiros viajando acompanhandos crianas/idosos/incapazes

    devero agir igualmente, colocando primeiramente a mscara em si prprio para depois colocar na

    criana/idoso/incapaz.

    Cheque pr-vo: Verificar se o compartimento est corretamente fechado.

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    Compartimento das mscaras

    aberto

    PSU vista por dentro, contendo as mscaras e o mdulo

    gerador qumico de oxignio

    Mdulo gerador qumico de oxignio em detalhe

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    CONCEITOS BASICOS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA

    Anatomia

    Cincia que estuda a constituio e o desenvolvimento, macro e microscpio, dos seres humamos

    organizados em toda a sua estrutura .

    Diviso do corpo humano:

    Cabea:

    Crnio

    Face

    Pescoo

    Tronco:

    Trax

    Abdome

    Pelve

    Membros Superiores:

    Ombro

    Brao

    Antebrao

    Mo

    Membros Inferiores:

    Quadril

    Coxa

    Perna

    P

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    Clula

    Como so clulas como unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos . Representa uma

    clula a menor poro de matria viva dotada da capacidade de auto-duplicao independente. a

    menor unidade biolgica funcional do organismo, responsvel pela formao de todos os seres vivos.

    Caractersticas:

    - Reagir a estmulos;

    - Metabolizar os alimentos para obteno de energia;

    - Sintetizar seus prprios detritos;

    - Reproduo, independentemente de outras clulas.

    Estrutura

    Membrana plasmtica- delimita e seleciona a passagem de substancias, segundo o grau de

    necessidade.

    Citoplasma - parte metablica onde se encontram as estruturas que participam do metabolismo celular

    (reticulo endoplasmtico, mitocndrias, centrolos, Complexo de Golgi, ribossomos e lisossomos);

    Ncleo - responsvel pela herana gentica seu DNA.

  • ACADEMIA DO AR Bloco III - Apostila de Primeiros Socorros e Higiene

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    Os conjuntos de clulas formam os tecidos, que formam os rgos, que compem os sintomas,

    caracterizando assim o corpo humano.

    A um conjunto de rgos, que participam juntamente do mesmo mecanismo funcional, denominamos

    Sistema. So os principais sistemas:

    Tegumentar (pele)

    Esqueltico (ossos)

    Muscular (msculo)

    Nervoso (nervos e sentidos)

    Cardio-vascular (corao e vasos)

    Respiratrio

    Digestivo

    Urogenital

    Encridcrino

    Todas as clulas necessitam receber, constantemente, substancias que garantam uma adequada

    manuteno de seu metabolismo basal. Estas substanciam so obtidas atravs da ingesto dos

    alimentos (sais minerais, vitaminas, ferro, gua, etc.) que so transformadas em ATP ( energia para as

    clulas ) e da respirao, que nos abastece com o oxignio.

    SISTEMA CARDIOVASCULAR

    o sistema responsvel pelo transporte dos nutrientes e do oxignio para as clulas.

    Componentes do Sistema Cardiovascular.

    A Sistema Sanguneo

    B Vasos e artrias

    C Corao que um msculo formado por cmeras trios e ventrculos.

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    A - Sistema Hematopoitico ( Sangue)

    As hemcias (glbulos vermelhos, eritrcitos) so as clulas mais numerosas do sangue circulante.

    Possuem a forma de um disco com o centro achatado, e so altamente especializadas para o transporte

    de oxignio e CO2. A hemcia contm em seu interior uma protena chamada hemoglobina, que

    responsvel por absorver o oxignio do ar respirado e transport-lo aos tecidos. Quando se liga ao

    oxignio, a hemoglobina recebe o nome de oxi-hemoglobina, e adquire a colorao vermelha viva que

    caracterstica do sangue arterial. A hemoglobina tambm leva de volta aos pulmes, onde ser

    eliminado, o CO2 (sangue venoso). As hemcias maduras no contm ncleo, e tm uma vida til de

    aproximadamente 90 a 120 dias. As clulas mais velhas perdem a elasticidade de suas membranas, e

    acabam sendo fagocitadas e destrudas no interior do bao. A diminuio anormal do nmero de

    hemcias ou de seu contedo de hemoglobina recebe o nome de anemia, e pode ter diversas causas e

    tratamentos diferentes.

    O Sangue liquido circulante dos vasos sanguneos que recebe os nutrientes e o oxignio,

    distribuindo-os a todos os tecidos do organismo. Corresponde, geralmente, a 8% do peso corporal.

    Esquema da circulao sangnea:

    1-Corao; 2-Circulao cerebral; 3-Circulao pulmonar; 4-Circulao heptica; 5-Circulao gstrica; 6-Bao; 7-Circulao renal; 8-Circulao intestinal; 9-Circulao nos membros inferiores

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    Composio: Hemcias, plasma, plaquetas.

    Parte slida

    Hemcias ou glbulos vermelhos

    Leuccitos

    Os leuccitos formam verdadeiros exrcitos contra os microorganismos causadores de doenas e

    qualquer partcula estranha que penetre no organismo: vrus, bactrias, parasitas ou protenas

    diferentes das do corpo. Eles tambm "limpam" o corpo destruindo clulas mortas e restos de tecidos.

    funo: imunolgica ou de defesa do organismo.

    So classificados em neutrfilos, moncitos, basfilos, eosinfilos, linfcitos. Cada qual tem uma

    funo especfica e um mecanismo diferente de combater um agente patognico (bactrias, vrus etc)

    Plaquetas So fragmentos de clulas da medula ssea chamadas megacaricitos. funo: realizar a coagulao sangunea.

    Plasma

    fibrinognio); nutrientes (glicose, aminocidos, cidos graxos); excretas (uria, cidos ricos, amnia);

    Hormnas (testosterona, adrenalina); imuneglobulinas (ou anticorpos); sais/ons (sdio, potssio); gases

    (na forma de cido carbnico ou H2CO3). O plasma transporta essas substncias por todo organismo,

    permitindo s clulas a receber nutrientes e excretar e/ou secretar substncia geradas no metabolismo.

    Composio: cerca de 90% de gua; 10% outras substncias

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    B Vasos Sanguneos

    So os canais de circulao do sangue. Esto divididos conforme tipo e calibre.

    So eles:

    Artrias vasos calibrosos que distribuem o sangue ao organismo.

    Veias vasos calibrosos que retornam o sangue ao corao.

    Capilares vasos de fino calibre que chegam a intimidade das clulas.

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    Corao

    O corao que exerce funo de bombeamento e esta divididos em quatro cmaras, duas superiores

    denominadas trios e duas inferiores denominadas ventrculos. Funcionalmente, reconhecemos a parte

    direita e a parte esquerda do corao.

    Parte Direita

    trio Direito (AD)

    Veia Cava Superior (VCS)

    Veia Cava Inferior (VCI)

    Vlvula Tricspide (VT)

    Ventrculo Direito (VD)

    Artria Pulmonar (AP)

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    Parte Esquerda

    trio Esquerdo (AE)

    Veias Pulmonares (VP)

    Vlvula Mitral (VM)

    Ventrculo Esquerdo (VE)

    Artria Aorta (AA)

    Pequena Circulao

    Na pequena circulao, o sangue venoso do ventrculo direito bombeado para as artrias

    pulmonares. Assim, o sangue ir para os capilares dos pulmes onde vo ocorrer as trocas gasosas. O

    sangue passa a arterial e regressa ao corao pelas veias pulmonares, chegando aurcula esquerda

    trio Direito => ventrculo direito => artria pulmonar => pulmes => veias pulmonares => trio

    esquerdo.

    Grande Circulao

    Na grande circulao, o sangue arterial do ventrculo esquerdo bombeado para a artria aorta,

    sendo levado at aos capilares dos tecidos de todo o organismo, onde ocorrem troca de substncias e

    gases com as clulas. A partir da, o sangue, agora venoso, regressa ao corao pelas veias cavas

    superiores e inferiores, chegando aurcula direita.

    o trajeto do sangue percorrido entre o corao e todo o organismo com o objetivo de oxigenao dos

    tecidos.

    O sangue arterial (rico em oxignio) sai do corao (lado esquerdo) distribudo para todo o organismo,

    metabolizado pelas clulas e ento retorna ao corao (lado direito).

    trio esquerdo = > ventrculo esquerdo = > artria aorta = > organismo => retorna ao trio direito pelas

    veias cava superior e inferior.

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    Sangue Venoso e Arterial.

    O sangue que passa pelas artrias e chamado de sangue arterial, pois ele rico de oxignio e o sangue

    que passa pelas veias ele pobre em oxignio chamado de sangue venoso.

    SINAIS VITAIS

    So valores que indicam o funcionamento bsico do organismo, variam de um individuo para outro, mas

    mantm um padro de normalidade.

    Qualquer alterao em algum dos sinais vitais pode estar relacionada a um distrbio orgnico. Para tal,

    importante conhecer seu valores normais.

    Respirao

    o mecanismo responsvel pela troca gasosa entre o organismo e o meio externo. A respirao ocorre

    atravs de uma seqncia de movimentos respiratrios (MR). Um movimento respiratrio compreende

    dois movimentos distintos:

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    22

    Movimento de inspirao expanso pulmonar.

    Movimento de expirao retrao pulmonar.

    A respirao favorece o aumento da quantidade de oxignio no sangue circulante e a eliminao de gs

    carbnico do organismo.

    Normalidade 16 a 20 MRpm.

    Verificamos a freqncia respiratria (FR) atravs da observao dos movimentos torcicos, durante

    um minuto.

    Terminologia

    Eupnia FR normal.

    Taquipnia FR acima de 20 MRpm (acelerada)

    Bradipnia FR abaixo de 12 MRpm (diminuda).

    Apnia - ausncia de movimentos respiratrios.

    Dispnia dificuldade para respirar falta de ar.

    Cianose colorao azul-arroxeada das extremidades e mucosas. Indica m oxigenao do

    sangue em decorrncia de uma deficincia respiratria ou problema circulatrio.

    Temperatura

    o equilbrio mantido entre a produo e perda de calor do organismo. a quantidade de calor que o

    corpo possui.

    Normalidade - oscila de 36 a 37.7C.

    verificada com auxilio de um termmetro, preferencialmente colocado na regio axilar e mantido por 3

    minutos.

    Terminologia

    Hipertemia ou Febre valor igual ou maior a 37.7C.

    Temperaturas corpreas muito altas predispem a convulses, principalmente em crianas.

    Deve-se aumentar os mecanismos de perda de calor atravs de banhos com gua e lcool 70%. A

    aplicao de compressas frias na regio axilar, frontal e virilhas, tambm um mtodo eficaz para

    diminuir a temperatura corprea.

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    Evitar o uso de agasalhos em excesso.

    Hipotermia - valor igual ou inferior a 35C.

    PULSO

    So os batimentos cardacos representados pela contrao e dilatao das artrias. Denomina-se

    tambm por freqncia cardaca. (FC).

    Verifica-se o pulso atravs da palpao das artrias, com auxilio dos dedos indicador e mdio,

    contando-o por 1 minuto.

    Artrias:

    Radial

    Cartida

    Femoral

    Braquial (Beb)

    Normalidade oscila de 60 a 100 bat/min.

    Bradicardia abaixo de 60 bat/min

    Taquicardia acima de 100 bat/min

    Terminologia

    Na verificao do pulso deve-se avaliar, alm da freqncia, o ritmo e o volume.

    Quanto ao ritmo - Rtmico

    - Arrtmico

    Quanto ao volume - Cheio

    - fino

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    24

    Presso Arterial

    a presso com que o sangue lanado na corrente circulatria e a presso com que atinge a

    periferia. Para aferir-se a presso arterial utilizado um esfigmomanometro e um estetoscpio.

    Requer acompanhamento mdico para diagnostico.

    Presso sistlica Mxima

    Presso diastlica Mnima

    Normalidade 111 x 70 mmHg. Pela Associao de cardiologia Brasileira

    Onde 111 = mximo-sistlica

    70 = mnimo-diastlica

    A variao entre a mxima e a mnima geralmente de 40 60 mHg.

    Terminologia

    Hipertenso (presso arterial elevada)

    - presso diastlica (mnima)

    Igual ou superior a 90 mmHg.

    Hipotenso (presso arterial diminuda)

    - presso diastlica (mnima) igual ou inferior a 50 mmHg.

    Sintomatologia

    Hipertenso:

    Cefalia;

    Pele avermelhada;

    Dor na nuca;

    Escotomas (pontos luminosos).

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    25

    Hipotenso:

    Sonolncia, tontura ou vertigem;

    Sudorese fira;

    Nusea;

    Mal estar e palidez.

    SUPORTE BSICO DE VIDA - AMERICAN HEART ASSOCIATION

    OBJETIVOS:

    Manuteno da vida

    Evitar o agravamento

    Manter a respirao, pulso e ausncia de hemorragias.

    A B C do suporte bsico de vida

    A) Airway: liberar vias areas (controle cervical)

    B) Breathing: ver, ouvir e sentir

    C) Circulation: RCP (reanimao cardiopulmonar) DEA (desfribilador externo automtico). Conter

    grandes hemorragias.

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    26

    OBSTRUES DE VIAS AEREAS:

    Lngua (vitimas inconscientes)

    Glote (edema por inalao, anafilaxia)

    Hemorragia (epixtase, traumas, ferimentos)

    Meio fluido (secrees, gua, vmito)

    Corpo estranho (alimentos, prtese)

    Trauma (face, crnio)

    Enfermidades (cncer, infeces)

    MANOBRAS DE DESOBSTRUO

    Asfixia por corpo estranho: obstruo total da via area

    Sinais e sintomas: vitima no consegue tossir, falar e respirar, cianose.

    Procedimentos no invasivos:

    Bebs: (0 a 1 ano)

    - Cabea para baixo apoiadas sobre o brao

    - 5 batidas firmes no meio das costas

    - Corpo estranho sai pela boca

    Crianas e Adultos: (> 1 ano):

    Manobra de Heimlich:

    Acalmar a vitima

    Em p ou sentada

    Polegar entre o esterno e o umbigo (regio epigstrica)

    Polegar no trax (esterno) no caso de gestante, obesos e trauma no trax

    Puxes para dentro e para cima (em forma de J)

    Incentivar a tosse (auxilia)

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    Vitima inconsciente:

    Deit-la de costas e iniciar a RCP (protocolo atual)

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    28

    ANAC:

    Verificar se h respirao

    Caso no haja, faa 02 respiraes boca a boca

    Se no houver expanso torcica, realizar 05 compresses manuais abdominais

    subdiafragmticas (04 dedos acima do umbigo)

    Verificar se h corpo estranho na boca

    E no voltou a respirar, checar o pulso, caso esteja ausente, iniciar a RCP (ressucitao crdio-

    pulmonar).

    PARADA CARDIORESPIRATRIA

    Suspenso imediata das funes pulmonar e cardaca.

    SINAIS:

    Ausncia de pulso

    Apnia

    Cianose

    Midrase Paralitica (dilatao da pupila)

    Inconscincia

    Causas de Parada Cardiorespiratria:

    Asfixia (obstruo das vias areas); intoxicaes;

    Traumatismos;

    Afogamento;

    Eletrocusso (choque eltrico);

    Estado de choque;

    Doenas cardacas.

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    29

    Conduta do Comissrio:

    Verificando a necessidade de um mdico, realizar o speech mdico.

    Protocolo atual para leigos: (AHA/2010)

    1. CHECAR NIVEL DE CONSCIENCIA:

    Posicionamento sobre superfcie rgida;

    Chamar tocando no ombro da vitima 03 vezes.

    2. VERICAR RESPIRAO:

    A tcnica de Ver, Ouvir e Sentir foram abolidos nos adultos para minimizar as interrupes nas

    compresses torcicas. Chegaram a concluso que a cada parada para realizar a tcnica era uma

    perda de tempo bastante prejudicial ao paciente. Porm na criana o mantm, pois uma grande

    porcentagem de PCR na criana devido a obstruo de VAS por corpos estranhas. Ento, Ver, Ouvir

    e Sentir no adulto No! Na criana SIM

    Na ausncia da respirao, realizar 02 insuflaes: ambs ou boca-mscara (acima de 01 ano) e boca

    nariz (bebs).

    3. COMPRESSO:

    As compresses mnimas por minutos no novo manual so de 100. Antes, no manual antigo, era

    "aproximadamente at 100". Agora a manual fala que tem que ser feita acima de 100.

    A profundidade da compresso de 2 polegadas (5cm) no adulto, e em bebs e crianas

    aproximadamente 1,5 polegadas (4cm).O novo manual toca numa tecla bastante importante. Fala que a

    cada compresso o socorrista dever deixar o trax retornar, pois as compresses devero ser com

    fora e com qualidade. No adianta compresses rpidas sem deixar o trax retornar, porque a principal

    funo da compresso no estar sendo feita. Ento, retorno do trax aps cada compresso.

    O ciclo de compresses/ventilaes no adulto com 1 ou 2 socorristas continua 30/2. Na criana o

    ciclo dever ser 30/2 se for apenas 1 socorrista ou 15/2 se forem 2 socorristas. Cinco (5) ciclos de 30/2

    devero ser feitos em 2 minutos. Um detalhe interessante que o novo manual notifica que se o

    socorrista no for um profissional de sade ou no estiver treinado para tal procedimento, ele dever

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    30

    apenas realizar compresses, no recomendado um socorrista sem treinamento fazer

    compresses com ventilaes, apenas as compresses bastam.

    E como j foi dito o ABC mudou para CAB. Primeiro as compresses, segundo vias areas e terceiro

    batimentos cardacos. Comea-se por compresses para depois abrir vias areas e ventilar.

    1 Compresses

    2 Vias areas

    3 Batimentos Cardacos.

    EMERGNCIAS CLINICAS

    So alteraes orgnicas que possuem diferentes etiologias. Podem estar relacionadas a patologias,

    acidentes, problemas circunstanciais, distrbios metablicos, etc.

    Desmaio ou Lipotimia.

    a perda repentina e transitria dos sentidos e conscincia. Embora tenha variada etiologia

    conseqncia da diminuio temporria de sangue (oxignio) no crebro. Pode estar relacionado a

    longos perodos de jejum, alimentao insuficiente, excesso de exposio ao sol, desequilbrio

    emocional, entrou outros.

    Sintomas precedentes (Pr-desmaio):

    Fraqueza e cansao

    Sensao de falta de ar

    Tonturas

    Nuseas

    Palidez

    Sudorese fria

    Zumbido no ouvido

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    31

    Anpsias viso escurece

    Perda do controle muscular

    Queda brusca (mecanismo de defesa)

    Tratamento:

    Visa favorecer a oxigenao cerebral.

    Conduta para vitima na eminncia do desmaio:

    Vitima sentada - manter a cabea da vitima entre as pernas.

    Vitima em p solicitar que sente e posicionar a cabea entre as pernas.

    Vitima deitada no cho elevar membros inferiores para melhorar a perfuso cerebral, (at 30 cm)

    mantendo a cabea mais baixa que o corpo

    Afrouxar as vestes

    Afastar curiosos

    Arejar o ambiente (ventilar)

    Oxignio se necessrio

    Obs.: No oferecer medicamentos ou bebidas alcolicas.

    Convulso

    Alterao da atividade cerebral devido a descargas eltricas cerebrais desordenadas.

    Causas:

    1. Febre alta

    2. Ingesto alcolica

    3. Uso de drogas ou fase de abstinncia

    4. Epilepsia (Doena do SNC que apresenta crises convulsivas).

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    Sinais e Sintomas da crise:

    1. Movimentos de flexo/extenso dos msculos (Tonico-clonicos)

    2. Perda da conscincia e do controle esfincteriano

    3. Aumenta da saliva com salivao excessiva

    4. Tremores dos Membros superiores e inferiores

    Sinais e sintomas precedentes a crise:

    1. Alteraes sensrias (sons e odores estranhos)

    2. Mal estar gstrico

    3. Sonolncia

    4. Dormncia no corpo

    Tratamento:

    Proteger a vitima: - verificar se existe alguma identificao mdica de emergncia

    - afastar objetos prximos para proteger a vitima

    - afrouxar as vestes

    - decbito lateral (evitar a aspirao de vomito)

    - proteo do corpo (principalmente a cabea)

    - NO jogue gua ou sacuda a vitima.

    Alcoolismo

    a ingesto de lcool (etanol), seja por dependncia ou no.

    Ao do etanol no organismo:

    O lcool libera uma toxina depressora do sistema nervoso central diminuindo a oxigenao e a

    concentrao de glicose nas clulas nervosas.

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    33

    Sinais e Sintomas

    Fase de euforia o individuo encontra-se alegre, falante, com manifestaes inconvenientes e

    geralmente, com tendncia a maior ingesto de lcool.

    Fase depressiva sonolncia, incoordenao motora, fala arrastada, nuseas e vmitos e

    comportamento desinibido ou arrogante.

    Fase grave queda de temperatura corprea (hipotermia), pulso fraco, sudorese, torpor e por vezes,

    inconscincia (coma alcolico).

    Tratamento

    Abordar a pessoa com respeito, de modo seguro e coerente (sem julgar ou atribuir conceitos

    morais). Lembre-se de que existem pessoas com problemas psquicos ou psiquitricos.

    Oferecer algo doce, preferencialmente um liquido.

    gua em abundancia e sucos para repor liquido.

    Delirium tremens (alucinose alcolica)

    Estado txico permanente ou devido a suspenso da ingesto de lcool.

    Sinais de suspeita:

    Ansiedade

    Temor incontrolvel

    Tremores

    Irritabilidade

    Agitao

    Insnia

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    34

    Hiperatividade aumento dos sinais vitais

    Dilatao pupilar

    Sudorese

    Pode estar presente ainda alucinaes visuais, tteis, olfativas e auditivas.

    Hipoglicemia e Hiperglicemia

    Hipoglicemia - diminuio de acar (glicose) no sangue. Algumas pessoas possuem predisposio

    para tal ocorrncia. Geralmente ocorre devido a longos perodos de jejum, alimentao deficiente,

    atividade fsica excessiva, alcoolismo ou at mesmo devido diabetes.

    Hiperglicemia aumento de acar (glicose) no sangue. Normalmente causada por falta de insulina.

    Frequentemente o passageiro que sofre deste mal possui a medicao especifica, seja ela um

    comprimido hipoglicemiante ou a prpria insulina, cabendo ao comissrio auxili-lo na automedicao.

    Diabetes doena metablica caracterizada pela diminuio na produo de insulina ou no

    metabolismo da glicose.

    Sinais e sintomas (hipoglicemia)

    Sensao de fome

    Viso turma

    Sonolncia

    Cefalia

    Confuso mental

    Palidez

    Desmaio

    Sudorese fria

    Em casos mais graves agitao, irritabilidade, amnsia e convulso.

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    35

    Tratamento (hipoglicemia)

    Oferecer glicose por via oral

    Deixar a vitima confortvel

    Em caso de desmaio, dar prioridade a irrigao cerebral.

    Obs.: Sempre importante colher informaes com o vitima ou acompanhante, pois estes sinais podem

    ser confundidos com os de hiperglicemia.

    Dispnia

    Dificuldade respiratria com presena ou no de cianose (deficincia de oxigenao sangunea).

    o principal sintoma da asma, doena de etiologia alrgica, que acomete os brnquios e habitualmente

    tem carter crnico.

    Tratamento:

    Colocar a vitima sentada em um ngulo de 90 graus de preferncia para melhor a oxigenao cerebral

    Aplicar oxignio por mascara

    Administrar broncodilatador

    - o passageiro asmtico geralmente portador desta medicao bombinha. Na presena da crise

    asmtica pode ser necessrio auxili-lo na automedicao.

    Obs.: todo passageiro em uso de oxignio deve ser rigorosamente vigiado. O excesso de tempo de uso

    de oxignio pode desencadear uma parada respiratria. Sempre que a respirao tenha se normalizado

    ou a cianose melhorado, interromper a administrao.

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    36

    REAES ALERGICAS

    A alergia uma reao de hipersensibilidade a uma substancia aparentemente inofensiva, chamada de

    Alergenos (pelo de animal, p, alimentos, substancia qumicas, etc.).

    Sinais e sintomas:

    Sintomas respiratrios (dispnia, tosse, congesto nasal, etc.).

    Sintomas Diversos (dor de cabea, fadiga, diarria, febre, vomito, angustia sensao morte

    iminente etc.).

    Asma:

    Doena pulmonar que se caracteriza pela inflamao crnica das vias areas, estreitando-as,

    dificultando a passagem do ar.

    Sinais e sintomas:

    Tosse

    Dispnia

    Sensao de falta de ar

    Chiado no peito (sibilos)

    Dor ou aperto no peito

    Tratamento:

    Preveno de exposio aos fatores de risco (ambiente)

    Broncodilatador

    Permanecer sentado e calmo

    Inspirar curto e expirar devagar e longo

    Ofertar Oxignio

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    37

    Choque anafiltico

    Hipersensibilidade na qual so produzidos anticorpos de reao rpida contra o agente agressor

    (antgeno): medicamento, picada de inseto, alimentos como peixe, camaro.

    Sinais e sintomas:

    Dificuldade respiratria (broncoconstrio)

    Edema de Glote (reao de defesa)

    Inchao, nuseas, vmitos, Coceira

    ALTERAES DA TEMPERATURA CORPORAL

    Insolao: causada pela ao dos raios solares (12 -15hs): No ocorre a bordo!

    Intermao: A intermao uma causa de hipertermia decorrente da dificuldade do corpo em se

    resfriar adequadamente num ambiente com calor excessivo. uma emergncia clnica com alto risco

    de morte. O diagnstico e, consequentemente, o incio do tratamento precoces podem melhorar o

    prognstico.Pode estar relacionada ou no a atividade fsica. Esta ltima conhecida como forma

    clssica e geralmente afeta pacientes com condies mdicas que impeam o resfriamento e desta

    forma, no h mecanismo de proteo ao calor do ambiente. Pode ocorrer, por exemplo, em recm-

    nascidos ou em idosos, ou em pacientes com distrbios neurolgicos, mentais ou cardiopulmonares

    graves

    Fatores Predisponentes:

    Umidade

    Ventilao

    Condicionamento Fsico (obeso)

    Atividade fsica excessiva

    Alimentao em excesso

    Roupas escuras

    Intoxicao (lcool e fumo)

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    38

    Sinais e Sintomas:

    Aumento da temperatura corprea

    Cefalia

    Rubor na face

    Dores abdominais

    Nuseas e vmitos

    Palidez e tontura

    Desmaio (pode ocorrer subitamente)

    Tratamento:

    Retirar a vitima do local e lev-la para outro mais arejado

    Ventilar

    Afrouxar as vestes

    Afastar os curiosos

    Compressas frias: testa nuca e trax

    Dar banhos com gua morna, esfriando gradativamente

    Oferecer lquido (reposio de sais minerais)

    Oxigenioterapia (se for necessrio)

    Hipotermia:

    quando a temperatura cai abaixo de 35C.

    Sendo o normal entre 36,5 e 37,7C.

    Causas :

    Imerso em gua fria

    Contato direto com gelo e neve

    Medicao sedativa (depressoras do SNC)

    lcool

    Leso do Sistema Nervoso Termoregulador (vasoconstrio)

    Exposio a temperatura baixa e chuva.

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    39

    Sinais e Sintomas:

    Leve (35 a 33): Sensao de frio, tremor, letargia, espasmos, cianose de extremidades, confuso

    mental.

    Moderada (33 a 30): Sonolncia desaparece os tremores, prostrao, euforia, depresso, FC e

    FR.

    Grave (menos de 30) inconscincia e imobilidade.

    Tratamento

    Promover o aquecimento passivo externo

    Hidratao

    Oxigenioterapia (caso haja falta de ar)

    Manobras de ressucitao cardiopulmonar (em caso de parada cardiorespiratoria PCR)

    Hipertemia:

    Aumento da temperatura corporal.

    Risco para o organismo: > 40C.

    Causas:

    Insolao

    Infeco viral

    Convulso

    Leso Cerebral Hipxica (alterao do centro termoregulador)

    Sinais e Sintomas:

    Temperatura clinica (termmetro)

    Sudorese

    Boa e pele secas

    Confuso mental

    Agitao e hiperatividade muscular

    Calafrios (perda de calor)

  • ACADEMIA DO AR Bloco III - Apostila de Primeiros Socorros e Higiene

    40

    Tratamento:

    Promover o resfriamento da vitima (compressas)

    Manter a vitima em ambiente fresco (ventilar)

    Antitrmicos

    Repouso

    Monitorar a temperatura

    Diarria e Colites

    Doena que acomete o intestino caracterizando-se por alterao na freqncia e consistncia das

    evacuaes. Est relacionado ingesto alimentar, o que denominamos por intoxicao alimentar.

    Podem ser tambm causadas pela ingesto de substancias irritativas da mucosa. Nos casos de

    infeco intestinal chamamos de colites ou enterocolietes.

    Sinais e sintomas:

    Fezes amolecidas e ftidas

    Aumento do numero de evacuaes

    Clicas abdominais

    Rudos intestinais

    Sede

    Inapetncia

    Nuseas e vmitos

    Complicao - desidratao

    Tratamento

    Hidratao aumentar a ingesto liquida

    Repouso

    NO administrar medicaes que cortam a diarria. No necessrio suspender a alimentao,

    apenas evitar alimentos condimentados e gordurosos.

    Obs.: Na ocorrncia de um quadro de intoxicao alimentar a bordo causada pela ingesto da refeio

    oferecida aos passageiros, esta dever ser imediatamente suspensa.

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    41

    INTOXICAO

    So causadas pela ingesto inalao, inoculao ou contato cutneo de substancias que

    desencadeiam respostas orgnicas de intolerncia geralmente de carter alrgico ou anafiltico. Podem

    ser acidentais ou no.

    Ingeridos:

    Entorpecentes e medicamentos (barbitricos)

    Produtos de limpeza e produtos qumicos

    Alimentos contaminados

    Inalados:

    - gases

    Sinais e Sintomas:

    Ingesto

    Leso na boca

    Hlito diferente

    Transpirao abundante

    Dor ao deglutir

    Dor abdominal

    Nuseas e vmitos

    Diarreia

    Alterao no nvel de conscincia

    Convulso

    Alterao pupilar (dimetro da pupila)

    Alterao na frequncia cardaca

    Alterao na frequncia respiratria

    Manchas na pele

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    42

    Inalao

    Tosse produtiva

    Irritao traqueal

    Dor na inspirao

    Catarro escuro

    Cefalia

    Lbios avermelhados (cor de cereja)

    Nuseas e vmitos

    Vertigens

    Desmaio

    Alteraes dos sinais vitais

    Insuficincia respiratria

    Cuidados

    Reconhecimento da situao como um todo exame local.

    Identificar situao de risco.

    Verificar se h sinais de drogas ou venenos e tentar identific-los.

    Se vitima inconsciente:

    Verificar de existem aplicadores de droga ou recipientes (identificao)

    Se vitima consciente indagar:

    Tipo de medicamento

    Como foi aplicado

    Quantidade

    Tempo decorrido da aplicao

    Tratamento geral

    Atentar para segurana do socorrista

    Evitar contaminao

    Retirar a vitima da situao de risco

    Desobstruir vias areas superiores

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    43

    Empregar manobras de reanimao cardiopulmonar quando necessrio

    Avaliar sinais vitais

    Afrouxar as vestes

    Manter a vitima sob superviso

    Ingesto barbitrica

    Induo ao vomito (somente em vitimas conscientes)

    A ingesto deve ter ocorrido h no mximo 2 horas

    Guardar pequena amostra do contedo eliminado

    Modo de provocar o vomito:

    Com auxilio de uma cabo de uma colher, estimular a vula.

    Obs.: NO provocar vmitos em vitimas de intoxicaes por substancias qumicas/corrosivas.

    Inalao de gases

    Retirada da vitima do ambiente de risco

    Administrar oxigeno na presena de dificuldade respiratria

    A administrao de leite, embora um pouco controversa, empregada em casos de inalao de

    fumaa (monxido de carbono) e tem como finalidade a proteo da mucosa gstrica.

    Via drmica: Lavar com gua a regio afetada em abundancia

    Via ocular: Lavar com gua abundante e fazer um curativo oclusivo (umedecido com soro fisiolgico).

    EMERGENCIAS CARDIOVASCULARES

    Dentre as varias ocorrncias cardiolgicas sero abordados as duas principais coronariopatias. AS

    doenas coronarianas so atribudas a alguns fatores predisponentes. So eles:

    Stress

    Dislipidemias

    Hipertenso

    Sedentarismo

    Obesidade

    Tabagismo

    Hereditariedade

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    44

    Angina de Peito

    Caracteriza-se pela diminuio do fluxo sanguneo na musculatura cardaca-isquemia miocrdica.

    Sinais e sintomas:

    Dor retroesternal na curta durao (inferior a 15 min).

    Sensao de angustia de morte iminente

    Sensao de formigamento

    Nuseas, vmitos

    Dispnia moderada

    Tratamento

    Repouso absoluto

    Administrao de vasodilatador coronariano mastigar duas aspirinas (se uso da pax ou por

    indicao mdica).

    Oxigenoterapia

    A dor retroesternal melhora com o tratamento

    a ausncia de fluxo sanguneo na musculatura cardaca, causando necrose miocrdica.

    Sinais e sintomas

    dor no peito irradiada para abdmen, braos at base da mandbula.

    agitao

    sudorese

    nsia de vomito

    angustia

    formigamento

    dispnia

    pele plida

    sudorese

    pupilas dilatadas

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    45

    Tratamento

    Oxignio teraputico

    Somente auxiliar a auto-medicao

    Em caso de PCR realizar os procedimentos necessrios para A RCP Conforme Protocolo.

    Acidente Vascular Enceflico Hemorrgico ou Isqumico

    Tambm conhecido como Ataque Cerebral ou Derrame.

    Tipos:

    AVE Hemorrgico: onde ocorre o rompimento de alguma artria.

    AVE Isqumico: onde ocorre obstruo da artria por algum Trombo ou Embolo.

    Sinais e sintomas:

    Adormecimento repentino ou fraqueza no rosto e/ou um dos lados do corpo (testar a fora

    muscular e fala)

    Dor de cabea

    Confuso sbita

    Dificuldade repentina para falar ou entender

    Dificuldade para ver (1 ou 2 olhos)

    Tontura

    Dificuldade para caminhas

    Perda do equilbrio e coordenao

    Pupilas desiguais (anisocoria)

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    46

    Causas:

    Hipertenso arterial

    Cardiopatia

    Colesterol elevado (LDL)

    Fumo

    lcool em excesso

    Diabetes

    Idade

    Sexo (+ homens at 51 anos)

    Raa (negra + comum)

    Hereditariedade

    Obesidade

    Sedentarismo

    Tratamento:

    Procurar auxilio medico imediato

    Deixar a vitima em repouso

    Oxignio

    Em caso de convulso, lateralizar a vitima

    Em caso de desmaio, posicion-la semi-deitada

    Monitorar a vitima at a chegada do suporte avanado

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    URGENCIAS OBSTTRICAS

    Terminologia:

    Gestante mulher grvida.

    Parturiente mulher em trabalho de parto.

    Purpera mulher aps o parto e durante o primeiro ms.

    Embrio concepto at o 2 ms de vida intra-uterina.

    Feto concepto a partir do 3 ms at o nascimento.

    Recm-nascido (RN) concepto aps o nascimento e durante o primeiro ms de vida.

    Aborto expulso do concepto (feto e anexos) at 22 semana de gestao.

    Parto expulso do feto e anexos a partir da 22 semana de gestao.

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    48

    Membrana amnitica Membrana que envolve o concepto (feto e anexos)

    Liquido amnitico meio onde se encontra o feto e o cordo umbilical. Possui funo de

    proteo mecnica.

    Caractersticas: branco prola.

    Placenta Estrutura responsvel pelas trocas materno-fetais. Apresenta-se aderida ao tero e

    liga-se ao feto pelo cordo umbilical.

    Cordo umbilical une o feto placenta. Mede aproximadamente 70cm.

    Caractersticas: gelia de Warthon, possui 2 artrias e 1 veia.

    Feto caractersticas ao nascer:

    Comprimento 50 cm (variao mdia de 2 cm)

    Peso 3,7 Kg (variao mdia de 0,2 Kg)

    Freqncia Cardaca 140 bat/m

    Vernix caseoso substncia sebcea que envolve o Rn e auxilia na manuteno de

    temperatura corprea.

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    49

    tero Gravdico

    A posio do feto dentro do tero recebe o nome de apresentao. Algumas posies no favorecem o

    parto normal.

    Apresentao:

    Ceflica a mais comum, ideal para o parto normal.

    Plvica de ndegas.

    Transversa

    Consideraes com a gestante a bordo

    O vo est contra indicado a partir do 8 ms de gestao.

    O uso do cinto de segurana deve ser posicionado no baixo-ventre, com auxilio de um

    travesseiro.

    Preferencialmente, deve ocupar lugar na cauda do avio (ltimo trimestre).

    Dever sempre ser acompanhada pelo comissrio(a).

    Em caso de perda de liquido (ruptura de bolsa) est indicado o repouso.

    PARTO

    Sinais Indicativos

    Perdas vaginais como:

    Catarro sanguinolento (tampo)

    Liquido amnitico (ruptuta da bolsa)

    Concentrao uterina;

    Clicas no baixo ventre, caractersticas do perodo de dilatao, dolorosas e rtmicas.

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    50

    Conduta

    Durante o trabalho de parto

    A parturiente deve estar sentada na poltrona com inclinao mxima.

    Controlar as contraes (durao e intervalo)

    Controlar os sinais vitais.

    Avisar o comandante.

    Solicitar mdico ou para mdico a bordo.

    No parto

    Posicionar a parturiente (posio obsttrica).

    Manter a privacidade da parturiente.

    Remover roupa ntima.

    Lavar as mos.

    Calar luvas.

    Lavar com gua e sabo a regio externa da vulva.

    Fazer antissepsia.

    Orientar a parturiente para:

    Fazer fora para baixo durante as contraes.

    Descansar nos intervalos.

    Deixar o feto sair naturalmente e posicionar-se para ampar-lo.

    OBS: Qualquer problema deve ser comunicado ao superior.

    Nunca puxar o feto, somente auxili-lo.

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    51

    Cuidados com Rn:

    Desobstruir vias areas superiores retirar secreo da boca com auxilio de uma gaze envolta

    no dedo mindinho.

    Ligar e seccionar o cordo fazer dois clampeamentos no cordo, 4 dedos acima da barriga do

    Rn.

    Cortar o cordo no meio dos dois clampeamentos.

    Manter o Rn aquecido.

    Manter a cabea inclinada para baixo e lateralizada (45) para favorecer a drenagem postural.

    Pingar colrio, tipo lavolho, nos olhos 2 gotas.

    Nos casos de Rn apresentar cianose, est indicado a administrao de oxignio.

    Secundamento ou dequitao:

    a sada da placenta e anexos. Deve ser espontneo, nunca deve ser tracionada. O tempo

    normal para que ocorra a dequitao de 15-20 minutos. Decorrido este perodo e no acontecendo

    sua sada, comunicar o superior e manter a purpera sob vigilncia. A massagem abdominal auxilia na

    contrao uiterina e conseqente sada da placenta.

    Guardar a placenta e anexos num saco plstico pois, dever ser encaminhada para exame clnico

    junto com a purpera e o Rn.

    Cuidados com a purpia:

    Verificar ruptura de perneo. Nesses casos, fazer hemostasia atravs de compresso do local

    com gaze limpa e orient-la para unir as pernas e fazer compresso.

    Deix-la em posio semi deitada.

    Mant-la sob observao.

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    53

    EMERGNCIAS TRAUMTICAS

    ANATOMO FISIOLOGIA DO SISTEMA ESQUELTICO

    O sistema esqueltico compreende:

    Ossos

    Cartilagem

    Articulaes

    OSSO

    Funes

    Alavanca para os msculos, participando da locomoo;

    Proteo de estruturas;

    Sustentao ao corpo;

    Hematopoise.

    Partes

    Difise corpo do osso.

    Epfise extremidade do osso.

    Peristeo membrana de tecido fibroso que reveste o osso (onde se encontram os vasos

    sanguineos).

    Medula ssea tecido esponjoso que se encontra na poro interna do osso.

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    54

    Classificao

    Os ossos recebem diferentes nomenclaturas de acordo com suas caractersticas anatmicas e

    funcionais.

    Longos possuem epfise (2) e difise.

    Exemplos: Fmur, rdio, tbia.

    Curtos tarso.

    Planos

    Achatados escpula, temporal.

    Irregulares Vrtebras.

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    55

    ARTICULAO

    Dobradia formada pelo contato de duas ou mais extremidades sseas que juntamente com os

    msculos, possibilitam a movimentao do corpo e permitem determinada elasticidade de movimentos.

    Nas estruturas articulares encontramos:

    Cpsula articular ou sinuvial Formada por tecido fibroso e duro que circunda todo o espao

    entre as extremidades sseas.

    Ligamentos Formados por tecido conjuntivo em tiras que mantm os ossos na posio

    correta.

    Lquido sinuvial Encontra-se dentro da cpsula com funo lubrificante e amortecedora.

    QUEIMADURAS

    Queimaduras so leses da pele provocadas por:

    Calor, frio (agentes fsicos)

    Radiao (raios solares e substncias radioativas)

    Produtos qumicos.

    Certos animais e vegetais, que causam dores fortes e podem levar infeces.

    Classificao quanto a profundidade

    1 Grau: Lesam a epiderme (camada mais superficial 2 4mm).

    Geram dor local e vermelhido (eritema)

    Ex: queimaduras solares.

    2 Grau: Lesam a epiderme e a derme.

    Dor local, bolhas (flictena) e eritema.

    Ex: queimaduras por lquidos ou brasa.

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    56

    3 Grau: Lesam os tecidos subcutneos (hipoderme)

    Ex: queimaduras por choque eltrico, fogo na roupa, fogo por gasolina.

    Carbonizao: (4 grau: msculos e ossos)

    Nas queimaduras de 3 grau, ocorre dor, mas as vezes a leso de nervos faz com que ocorra

    diminuio da dor.

    A pele fica escura ou esbranquiada com eritema ao redor e ocorrem lceras com pontos de necrose

    (morte do tecido).

    Classificao quanto extenso: (verifica a real gravidade da queimadura)

    Mais de 20% do corpo queimado.

    Perda de eletrlitos e lquidos!!!

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    57

    Tratamento em caso de queimadura nos olhos:

    Cubra os olhos com gaze ou pano limpo umedecido.

    Procurar auxlio mdico.

    Lave os olhos com soro fisiolgico.

    Tratamento em caso das demais queimaduras:

    Mergulhar a regio em gua fria (a bordo, compressas de gua fria at o alvio da dor (15 min)

    Proteger a regio com gaze vaselinada e ataduras.

    No estourar as bolhas, no colocar a mo e nem retirar a roupa.

    Se j estiverem estouradas, no colocar na gua.

    No passe nenhuma pomada, creme dental (infeco)

    PESSOA EM CHAMAS: interromper o calor.

    HEMORRAGIAS

    a perda de sangue circulante resultante de uma leso vascular. Toda hemorragia est

    relacionada ao tipo e ao calibre do vaso lesado.

    O organismo possui mecanismos de defesa que agem em tentativa de controle da perda

    sangunea atravs da coagulao do sangue. Sempre diante de uma hemorragia h necessidade de se

    promover a hemostasia, isto , cessar o sangramento. As plaquetas so as clulas que participam

    ativamente do processo de hemostasia mas existem no sangue vrios outros fatores que contribuem

    para a sua coagulao. Dentre eles destacam-se a trombosplastina e o fibrinognio, substancias que

    juntamente com as plaquetas auxiliam no processo hemosttico.

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    58

    Hemostasia: a compresso exercidas nos vasos realizando o estancamento do sangramento

    Fisiolgica

    Coagulao reaes metablicas entre plaquetas e fatores de coagulao (fibrinognio,

    trobomplastina e protrombina), auxiliando na reconstituio da leso.

    Vasoconstrio por ao da serotonina e outras substncias liberadas pelo organismo.

    Mecnica

    Geral deitar a vtima, deixando- a na horizontal e elevar os membros inferiores (caso no haja

    restrio).

    Especficas compresso no foco hemorrgico com gaze ou pano limpo e compresso nas reas

    adjacentes (artrias prximas ao local de hemorragia)

    As hemorragias podem ser:

    Internas quando o sangue no exteriorizado, fica acumulando em cavidades internas. mais grave

    devido a maior dificuldade de diagnstico. Seu diagnstico feito por sinais indiretos. Os locais mais

    comum so:

    Regio abdominal- fgado e bao

    Fraturas- plvica e fmur

    SINAIS E SINTOMAS DE HEMORRAGIA INTERNA

    Inquietao

    Ansiedade

    Pele fria e mida

    Pulso rpido e fraco (fino)

    Respirao rpida

    Queda na presso arterial

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    59

    SUSPEITAR DE HEMORRAGIA INTERNA

    Ferimentos penetrantes no crnio, trax ou pescoo;

    Sangramentos pelo nariz ou ouvido;

    Vmito ou tosse com sangue;

    Hematomas no trax ou fratura nas costelas;

    Abdmen aumentado, rgido;

    Fraturas no quadril, coxa e brao.

    Nunca obstruir a sada do sangue das cavidades naturais do organismo, em que no caso de

    suspeita de TCE, para evitar a elevao da presso intracraniana (boca, nariz e ouvido).

    Externas quando o sangue exteriorizado (visualizado) atravs do ferimento ou orifcio natural.

    Tipos de hemorragia:

    1.Arterial origina-se por uma leso de artria e apresenta maior gravidade devido a dificuldade na

    obteno da hemostasia.

    Caractersticas:

    Sangramento abundante, colorao vermelho vivo e pulstil o sangue sai em jatos.

    2. Venosa origina-se de uma leso de veias e possui maior facilidade para obteno da hemostasia.

    Caractersticas:

    Sangramento em grande quantidade, colorao em vermelho escuro e o sangue escorre extravasa

    continuamente.

    3.Capilar origina-se de leso em pequenos vasos (capilares) e tendem a hemostasia espontnea,

    muito fcil.

    Caractersticas:

    Sangramento pequeno.

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    60

    Tratamento

    So consideradas 3 tcnicas hemostsicas respectivamente:

    1 Compresso local do foco hemorrgico.

    2 Compresso nas adjacncias.

    3 Torniquete ou Garroteamento (*)

    (*) Garroteamento o ultimo recurso que utilizamos. uma tcnica perigosa pois promove

    isquemia no local garrotedo (Isquemia = diminuio do fluxo sanguineo).

    Tambm uma tcnica pouco empregada devido a sua restrio a sangramentos de membros

    inferiores e superiores.

    Quando utilizado, o garroteamento deve obedecer a tcnica que consiste em afrouxa-lo a cada 15

    minutos, esperando 30 segundos pelo restabelecimento da circulao sanguinea no membro e s ento

    garrotea-lo novamente. Este procedimento deve ser repetido at o controle do sangramento.

    Terminologia

    Otorragia Sangramento do ouvido, pode ser sinal de fratura craniana.

    Epistaxe ou rinorragia sangramento nasal.

    Hemoptise sangramento proveniente dos pulmes, acompanhando de tosse.

    Hematemese sangramento proveniente do aparelho digestivo, acompanhado de vmito e

    geralmente restos alimentares.

    Melena sangramento proveniente das partes baixas do aparelho digestivo (estmago e

    duodeno). As fezes so escuras (borra de caf) e ftidas.

    Enterorragia sangramento proveniente de partes baixas do aparelho digestivo (reto e intestino

    grosso) evacuao com sangue.

    Hematria urina com sangue.

    Metrorragia sangramento anormal do tero, fora do perodo mestrual.

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    61

    Choque hipovolmico

    Ocasionado por hemorragias ou queimaduras extensas onde ocorra uma grande perda de volume

    de liquido corpreo.

    Sinais e sintomas

    Palidez

    Sudorese

    Pele fria e pegajosa

    Traquicardia e pulso fino

    Hipotenso

    Nseas e vmitos

    Tontura

    Hiportemia

    Confuso mental

    Inconscincia

    Tratamento

    Deitar a vtima e manter a cabea mais baixa que o corpo a fim de favorecer a oxigenao

    cerebral.

    Repouso

    Elevar os membros inferiores (se no houver contra-indicao).

    Agasalhar a vtima.

    No oferecer lquidos apenas umedecer os lbios com gaze.

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    62

    TRAUMATISMOS

    So alteraes sofridas pelo organismo e esto diretamente relacionadas ao de um agente fsico e

    a fora de impacto com o mesmo.

    Esto divididos em dois tipos:

    Abertos so aqueles que apresentam rompimento da pele/ tegumento cutneo.

    Fechados so aqueles onde no h leso do tegumento cutneo. A pele permanece ntegra.

    TRAUMATISMOS ABERTOS

    Alterao sofrida pelo organismo causada por algum agente traumatizante, determinando leso do

    tecido tegumentar (pele)e consequente rompimento vascular.

    FERIDAS

    So leses no tecido cutneo causando descontinuidade da pele ou mucosa.

    Podem ter diversas causas, por isso seu estudo est diretamente relacionado ao tipo de agente

    traumatizante. Suas caractersticas se apresentam conforme as configuraes de suas paredes, fundo e

    bordas.

    Tipos de feridas

    Escoriaes causadas por superfcies speras (asfalto, cimento). Ocorre um atrito superficial sobre a

    pele, traduzem um quadro doloroso intenso pequeno sangramento.

    Puntiforme causadas por agentes pontiagudos (pregos e injeo). Apresentam-se com bordas

    pequenas e paredes fundas.

    Incisivas provocadas por agentes cortantes (lmina de bisturi, lminas de facas). Caracterizam-se por

    serem feridas regulares bordas, fundo e paredes regulares.

    Contusas originadas por grandes impactos (martelada). Caracterizam-se por serem feridas regulares.

    Apresentam-se por diferentes conformaes de bordas. Traduzem estmulo doloroso latejante devido

    ao esmagamento das terminaes nervosas e pouco sangramento por conta da macerao dos vasos

    sanguneos.

    Penetrantes causadas por objetos que invadem o organismo e atingem rgos internos.

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    63

    Transfixastes causadas por objetos que atravessam o corpo tendo orifcio de entrada e sada.

    Larcerocontuso perda de tecido ou substncia. Quando ocorre no couro cabeludo denomina-se

    escalpelamento.

    Sinais e sintomas

    So variveis de acordo com o tipo de ferimento e regio afetada. Em geral:

    Dor;

    Hemorragia;

    Bordas separadas.

    Tratamento

    Objetiva evitar a infeco, visto que sempre um fator de risco.

    Toda ferida suscetvel a infeco.

    Lavar as mos do socorrista;

    Hemostasia;

    Limpeza da ferida;

    Antissepsia da ferida;

    Bandagem.

    Em regies pilosas tipo do couro cabeludo pode ser necessrio realizar a tricotomia da regio

    (raspagem dos pelos) para facilitar a limpeza.

    Deve-se realizar a limpeza com gua e sabo ou soro fisiolgico, posteriormente usar um

    antissptico preferencialmente a base de iodo.

    Em alguns casos pode-se fazer a aproximao das bordas antes de cobrir o ferimento.

    Feridas Sangrantes nos casos de ferimento onde o sangramento intenso, como em grandes

    hemorragias, o tratamento compreende:

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    64

    Hemostasia;

    Lavar as mos;

    Limpeza da ferida;

    Antissepsia da ferida;

    Bandagem.

    Nestes casos aplica-se tambm um curativo compressivo.

    Fratura exposta

    uma leso ssea com rompimento da pele. Pode apresentar como complicao a infeco ssea

    que denominada osteomielite.

    Sintomas e sinais

    Dor intensa;

    Incapacidade funcional (limitao de movimento)

    Edema;

    Hemorragia.

    Tratamento

    Iniciar com os cuidados ferida lembrando que JAMAIS se deve tocar nos ferimentos sseos e

    NUNCA se faz reduo (recoloc-lo no local).

    Imobilizar.

    Proteger o fragmento sseo.

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    65

    TRAUMATISMO FECHADOS

    Contuso

    Leso causada por algum impacto com acometimento do tecido subcutneo, muscular ou at

    mesmo de rgos internos, sem rompimento da pele. Por isso conceitua-se por atrito entre os tecidos.

    Sintomas

    Dor no local;

    Edema;

    Equimose (mancha vermelha por rompimento de pequenos vasos);

    Hematoma (mancha roxa por rompimento de grandes vasos)

    Tratamento

    Gelo no local

    Analgsico;

    Enfaixamento compressivo;

    Repouso.

    A aplicao do gelo est presente no tratamento dos traumatismos fechados em geral pois o gelo

    possui duas propriedades importantes, ao de analgesia, combatendo a dor e ao vasoconstritora

    atuando da diminuio do edema e do hematoma.

    Entorse

    So traumatismos que lesam as articulaes. So originados devido a um movimento abrupto que

    exceda a elasticidade da articulao ou por impacto. Podem determinar rompimento nos ligamentos

    (estiramentos).

    Ocorrncia Grandes articulaes como ombro, cotovelo e tornozelo.

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    66

    Sintomas

    Dor intensa no local;

    Edema;

    Equimose ou hematoma (que podem instalar-se tardiamente)

    Dificuldade de realizar movimentos.

    Tratamento

    Gelo;

    Analgsico;

    Imobilizao com faixas de crepe;

    Repouso.

    Luxao

    So traumatismos que lesam as articulaes determinando a perda de contato das superfcies sseas.

    Ocorre leso dos ligamentos e/ou cpsula articular.

    Ocorrncia ombro, cotovelo, clavcula, mandbula, tornozelo e joelho.

    As luxaes esto classificadas em:

    Congnitas A criana nasce com o traumatismo.

    Patolgicas O traumatismo ocorre em decorrncia de uma doena.

    Traumticas Ocorrem devido a impactos ou movimentos bruscos.

    Existem 2 tipos:

    Completa afastamento total das superfcies sseas.

    Incompleta afastamento parcial ou incompleta das extremidades sseas.

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    67

    Sinais e sintomas

    Dor intensa;

    Edema;

    Equimose ou hematoma;

    Impossibilidade de realizar movimentos.

    Tratamento

    Gelo no local;

    Repouso;

    Analgsico;

    Imobilizao com talas rgidas.

    NUNCA fazer a reduo das luxaes, isto , tentar recoloc-la no lugar. (existe uma exceo

    que para luxao de mandbula, que ser abordada posteriormente).

    Luxao de Cotovelo

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    68

    Fratura

    So traumatismos determinados por leso ssea. Podem ser fechadas, quando no ocorre leso do

    tecido tegumentar, ou abertas quando o osso se expe atravs da pele. As causas mais comuns

    envolvem acidentes de grande impacto avies, carros e motos.

    Consideraes:

    Trao da fratura local do osso em que ocorreu a leso. Geralmente visualizado somente pelo RX.

    Foco da fratura poro prxima ao local lesado onde observamos os sinais. a regio que se torna

    arroxeada e com edema.

    Sinais e sintomas

    Dor intensa e constante (que aumenta com o movimento)

    Edema;

    Hematoma e equimose (que podem manifestar-se tardiamente)

    Incapacidade funcional.

    Podem tambm estar presentes:

    Crepitao ssea sinal que no deve ser pesquisado pois, alm de promover dor, pode

    agravar a fratura.

    Deformidade ssea.

    Tratamento

    Imobilizao (Pode ser empregado a aplicao de gelo e a administrao de analgsico)

    Tcnicas de imobilizao

    Utilizar talas rgidas e acolchoadas;

    Deixar as extremidades visveis para avaliao da condio circulatria do membro;

    Jamais comprimir foco de fratura.

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    69

    Fraturas no articulares Diafisrias

    A imobilizao deve abranger uma articulao acima e outra abaixo da leso.

    Fraturas articulares - Epifisrias

    A imobilizao deve abranger um osso acima e outra abaixo da leso.

    OBS: Em caso de dvida de fratura est sempre dever ser imobilizada. A imobilizao evita o atrito

    entre os fragmentos sseos e complicaes como ruptura de vasos sanguneos ou nervos.

    Classificao

    Quanto fragmentao ssea (extenso do trao)

    Completa;

    Incompleta (galho verde)

    Quanto a quantidade de trao:

    nica e simples

    Dupla

    Tripla

    Cominutiva (comum nas epfises)

    Quanto a movimentao de fragmentos:

    Transversal

    Angular

    Rotao

    Penetrao

    Separao

    Cavalgamento

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    70

    Quanto a direo do trao:

    Transversa

    Oblqua

    Em bico de flauta

    Em espiral

    Longitudinal

    Quanto relao traumatismo x trao:

    Direta

    Indireta.

    Quanto posio:

    Articulares (epifisrias)

    No articulares (diafisrias)

    Sinais e sintomas

    Dor intensa e constante;

    Edema;

    Hematoma e edema;

    Incapacidade funcional;

    Crepitao ssea;

    Espasmos musculares (relaxamento do msculo)

    Hemorragia (seco artria)

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    Tratamento:

    Gelo

    Analgsico

    Repouso

    Imobilizao

    IMOBILIZAO

    Talas rgidas/moldveis, acolchoadas, ou madeira, papelo, etc.

    Imobilizar antes de movimentar a vtima, exceto em caso de risco eminente. Ex: exploso, fogo

    etc.

    Extremidades visveis.

    NUNCA comprimir o foco da fratura e no alinhar.

    Permitir a circulao sangunea.

    Na dvida de fratura sempre imobilizar.

    AUTOIMOBILIZAO

    Fixao do membro inferior fraturado ao sadio ou do membro superior ao trax.

    Usada nas situaes em que no h equipamentos para imobilizao e nas fraturas de quadril.

    Fraturas no articulares Diafisrias:

    Imobilizar uma articulao acima e outro abaixo da leso (tala).

    Fraturas Articulares Epifisrias:

    Imobilizar um osso acima e outro abaixo da articulao envolvida.

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    TRAUMATISMOS PARTICULARES

    1.Traumatismo Craniano

    Dividem-se em dois tipos:

    Superficiais Atingem o couro cabeludo e caracterizam-se por sangramento intenso. Deve-se fazer

    curativo compressivo ou um enfaixamento com atadura de crepe.

    Profundos

    sseos so aquelas com fraturas craniana.

    Enceflicas so aquelas com leso cerebral.

    No deve ser feito compresso no local. Faz-se um curativo com delicada compresso. So

    denominados Traumatismos crnio enceflicos TCE.

    Toda vtima com suspeita deste tipo de leso deve ser vigiada para observao da presena dos

    seguintes sinais:

    Alterao no nvel de concincia torpor; confuso mental; inconcincia.

    Respirao lenta e profunda.

    Freqncia cardaca lenta bradicardia e pulso cheio.

    Alterao ocular desvio ou assimetria ocular. Pupilas anisocricas (diferentes).

    Vmitos em jato (sintoma que deve ser valorizado).

    Otorragia.

    Convulses.

    OBS: as convulses traduzem uma desorganizao na conduo dos impulsos nervosos.

    Possuem diferentes etiologias, isto , podem estar associadas a um traumatismo crnio enceflico

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    (como visto acima), a estados febris, outros desequilbrios metablicos ou at msmo a epilepsia por

    exemplo. A vtima apresenta:

    Perda de conscincia.

    Movimentos clnico-tnicos-incoordenados.

    Hipersecreo oral.

    Contratura maxilar.

    O tratamento de uma crise convulsiva objetiva evitar que a vitima se machuque.

    Para tal deve-se:

    Afrouxar as vestes da vtima;

    Manter sua cabea lateralizada para favorecer a drenagem da secreo oral e evitar a

    broncoaspirao.

    Tentar proteger sua lngua com um pano macio;

    Proteg-la para evitar que se debata contra objetos (o mesmo cuidado tomado com relao a

    cabea).

    A durao de uma convulso muito varivel, de alguns segundos a at minutos. A sonolncia

    ps crise algo comum bem como determinada confuso mental, mantenha a vtima sob vigilncia.

    2.Leses Faciais

    Uma simples inspeo da face sugere a presena de leses. Deve-se observar a presena de

    hematomas, deslocamentos sseos, assimetria das estruturas da face, afundamentos ou salincias.

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    Estrutura delicada, possui um sistema de lentes semelhante ao de uma cmera fotogrfica. Tem

    como principal ocorrncia acidentes com a presena de corpo estranho na conjuntiva tipo cisco, que

    podem ser de vrios tamanhos e tipos. Os corpos estranhos irritam o olho, o que causa desconforto e

    lacrimejamento. As lgrimas podem eliminar o corpo estranho, mas em alguns casos pode tornar-se

    necessrio um procedimento de ajuda.

    Tratamento

    Lavar a regio ocular com gua corrente.

    OBS: leses oculares onde o corpo estranho apresenta fixo na conjuntiva (transfixantes ou penetrantes)

    proceder a lavagem em grande quantidade de colrio tipo lgrima e fazer curativo oclusivo. NO retirar

    o corpo estranho. NO permitir que a vtima esfregue o olho. As vezes necessrio fazer curativo

    oclusivo no outro olho

    NARIZ

    Leses nasais que no apresentem sangramento, no requerem tratamento imediato, podendo

    aguardar avaliao mdico e tratamento especfico. O mesmo verdadeiro para acidentes com corpo

    estranho onde, geralmente a vtima respira pela boca. No tente fazer a remoo pois isto pode agravar

    a situao empurrando o corpo estranho para vias mais profundas. Assoar com delicadeza comprimindo

    a narina no envolvida.

    Nas leses sangrantes, tambm reconhecidos como epistaxe, deve-se tratar com:

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    Compresso da(s) narina(s)

    Cabea para frente

    Compressas de gelo na regio frontal

    Nos casos em que a hemostasia no ocorre com o procedimento anteriormente descrito faz-se

    necessrio o tamponamento nasal o que realizado com gaze embebida em soro fisiolgico.

    OUVIDOS

    O problema mais freqente ocorre com crianas que introduzem coisas dentro do conduto auditivo.

    comum encontrar-se gros e objetos pequenos como peas de brinquedo.

    Outra ocorrncia associada a traumas, onde a vtima apresenta a sada de um liquido soroso ou

    sanguinolento pelo ouvido, o que requer providenciar atendimento mdico logo que possvel. Lembre-

    se, este um sinal que pode estar presente na vitima de fratura craniana leso crnio-enceflica.

    Corpos estranhos

    * Nunca introduza qualquer instrumento ou objeto no ouvido na tentativa de retirar o corpo estranho pois

    isto pode agravar a situao. O ideal no tentar retira-lo e assim, que possvel, encaminhar o

    atendimento mdico especfico.

    * Na presena de um corpo estranho vivo deve-se pingar algumas gotas de leo no ouvido e orientar a

    vtima para deitar com a cabea virada para o lado afetado, favorecendo assim a sada do inseto. A

    presena de um corpo vivo no interior do ouvido algo de extremo incmodo e causa rudo

    insuportvel.

    BOCA

    Uma simples observao na cavidade oral suficiente para detectar possveis leses.

    importante checar a integridade da mucosa bem como a boa ocluso dentria.

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    A maioria dos sangramentos orais tende a coagulao espontnea, no requerendo cuidados

    especiais. O maior cuidado deve ser a limpeza oral desobstruo das vias areas superiores para

    evitar possvel asfixia em vitimas que se encontram inconscientes.

    MANDBULA

    A mandbula uma formao ssea articulada. Assim sendo, so duas as leses que podem

    acometer esta regio.

    Luxao tmporo-mandibular (queda do queixo)

    A nica luxao que pode ser reduzida como conduta em primeiros socorros.

    Tcnica

    Coloca-se a vtima sentada com a cabea apoiada na parede. O socorrista acomoda seus

    dedos polegares sobre os molares inferiores da vitima (protegendo as mos) e os outros dedos

    no ngulo da mandbula.

    Exercer presso para baixo e para trs como um movimento em alavanca.

    Repetir a tcnica por no mximo 3 veses.

    Imobilizar a mandbula (atadura sob a mandbula).

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    Fratura de mandbula

    O tratamento bsico consiste em imobilizao. Caso exista algum ferimento corte contuso, trat-lo

    com curativo compressivo.

    3. Traumatismo de pescoo

    Esta regio abriga estruturas importantes como vasos sanguineos, tubos ventilatrio e digestivo

    alm da poro inicial da coluna vertebral.

    ESFAGO

    As leses de esfago determinam geralmente, dificuldades na deglutio. A conduta consiste em

    manter jejum e aguardar atendimento mdico.

    Mastigao e Deglutio

    Os principais vasos sanguneos da regio cervical so:

    Cartidas Artrias

    Jugulares Veias

    Leses nesses vasos determinam srias perdas sanguneas com difcil controle.

    Caractersticas:

    Hemorragia fazer a hemostasia atravs de compresso local. Observar sinais de choque

    hipovolmico.

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    TRAQUIA

    A presena de corpo estranho no orifcio traqueal requer condutas adequadas e precisas devido ao

    provvel comprimento ventilatrio.

    A traquia o tubo responsvel pela conduo do ar aos pulmes. Qualquer outra substncia que no

    o ar, gros ou pequenas quantidades de lquido, que acidentalmente entre no canal traqueal,

    suficiente para desencadear o engasgo. Deve-se valorizar a tosse que o primeiro reflexo mecnico

    para expulso do corpo estranho. Quando necessrio tentar a remoo mecnica.

    O estgio de maior comprometimento ventilatrio denomina-se asfixia. A vtima apresenta sinais de

    sufocamento geralmente acompanhado de cianose. Nesses casos, quando as manobras descritas

    anteriormente no deram resultado, pode-se tentar a manobra de Heimlich j aqui abordada.

    4. Traumatismo de coluna

    CERVICAL

    A primeira poro da coluna vertebral denominada coluna cervical.

    Leses cervicais podem determinar tatraplegias ou at mesmo a morte.

    Como todo trauma de coluna, a maioria atinge as vrtebras h riscos de

    leso na medula espinhal, o que se caracteriza por comprometimentos

    respiratrios, perda de funo neurolgica motora como paresias ou paralisias,

    alm de dor local, deformidades ou edemas.

    O atendimento adequado para vitimas de leso na coluna vertebral

    consiste em socorr-los com tcnicas de transporte.

    Cuidados no transporte de vtimas com suspeita de leso vertebral:

    Imobilizao da cabea e pescoo com colar cervical (leso cervical).

    Decbio dorsal em superfcie dura.

    OBS: Movimentar a vitima com muito cuidado para no exercer compresso na medula. Pelo menos

    quatro pessoas devem transferir a vitima para a maca com movimentos sincronizados (cabea, pescoo

    e trax, quadril e coxas, pernas).

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    5. Traumatismo torcico

    Sinais e sintomas

    Trauma no local com presena de escoriaes ou

    ferimento corte contuso.

    Dor que aumenta com os movimentos respiratrios.

    Dispnia

    Ainda podem estar presentes edema e hematoma

    Tratamento

    Administrar analgsico

    Enfaixamento torcico

    Aplicao de gelo picado.

    OBS: em caso de dispnia intensa NO dever ser feito o enfaixamento torxico. Nestes casos pode-se

    administrar oxignio com a vtima na posio sentada e deix-la em repouso.

    Leso pulmonar

    Sinais e sintomas

    Dor aguda, tipo pontadas (aumentam com os movimentos respiratrios).

    Hemoptise

    Dificuldade respiratria.

    OBS: leses pulmonares abertas geralmente apresentam uma caracterstica importante que

    um.sangramento com bolhas (espumoso). Nesses casos o curativo dever ser oclusivo volvular.

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    Tratamento

    Curativo de 3 pontas

    Analgsico

    Oxigenoterapia (com vtima na posio sentada)

    Repouso

    Complicaes

    Pneumotrax ar na cavidade pleural cujo principal sintoma a dor local e dispnia. O pneumotrax

    pode ocorrer de maneira espontnea, isto , no estar relacionado a nenhum trauma.

    Hemotrax sangue na cavidade pleural. A sintomologia geralmente compreende dispnia e dor.

    6. Leso abdominal

    A regio abdominal muito susceptvel a

    traumatismos por no possuir proteo ssea.

    Isto no torna-a vulnervel a complicaes por

    acometimento de rgos internos (vsceras).

    Os traumatismos abdominais esto divididos

    em:

    Superficiais quando no atingem o

    peritneo, apenas pele, subcutneo, e tecido

    muscular.

    Profundas quando lesam o peritneo e/ou

    vsceras. Estes traumatismos podem

    determinar uma eviscerao (sada das

    vsceras pelo orifcio do trauma).

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    Sinais e sintomas

    So variveis conforme a extenso

    Dor abdominal

    Vmitos (imediatos ou tardios)

    Contratao muscular da abdominal (peritonite aguda)

    Distenso abdominal

    Eviscerao sada de vsceras

    Tratamento

    Manter a vtima em jejum

    Em casos de eviscerao:

    NO tocar nas vsceras e NUNCA tentar recoloc-la na cavidade.

    Proceder a limpeza do ferimento (umedecer a regio)

    Cobrir com compressas preferencialmente esterilizadas e previamente umedecidas com soro

    fisiolgico.

    Empalamento (objetos encravados)

    Na presena de qualquer corpo estranho da cavidade abdominal, NUNCA tentar remove-lo.

    Apenas imobiliza-lo com coxins e encaminhar para o hospital.

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    7. Fratura de bacia

    Sinais

    Dor no local

    Hematomas

    Incapacidade funcional

    OBS: Podem ser causas de grandes hemorragias internas. Manter a vtima sobre constante vigilncia

    para detectar possveis sinais de choque hipovolmico.

    Tratamento

    Deitar a vtima em superfcie rgida

    Colocar um cobertor entre suas pernas e aproxima-las para ento enfaixar

    POLITRAUMATIZADO

    a vtima com leses traumticas em vrias partes do corpo.

    Geralmente este o tipo de vtima que encontramos no socorro a acidentes areos. Nenhuma

    vtima deve ser removida do local do acidente antes de serem prestados os primeiros socorros

    pertinentes e utilizadas as tcnicas de transporte , a menos que haja algum risco iminente.

    Avaliao geral

    Verificar estado de conscincia

    Checar resposta a estmulos (auditivos, v