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Por que se publica pouca poesia para crianças e para adultos? Infelizmente, nem todas as editoras que publicam livros para crianças se sentem à vontade para editar livros de poesia. (Aliás, publica-se pouco poesia no Brasil.) Porque nem todas acreditam na força desse gênero e, com relação às crianças, inexplicavelmente, acreditam numa idéia antiga e improcedente de que a criança não gosta de poesia. Dessa forma, entramos em um círculo vicioso: não se publica poesia, a criança lê pou- cos poemas, o professor tem poucas chances de escolher boa poesia para as crianças, não se sentem em condições de trabalhar poemas, privilegiam a narra- tiva, as editoras publicam só narrativas e, assim, perpetuamos o problema. E, para não parecer que poesia é coisa só de criança ou "perda de tempo", é pre- ciso lembrar o depoimento de intelec- tuais, cientistas e artistas em geral: a poe- sia é a mais perfeita expressão da nossa humanidade, todos eles se "alimentaram" dela. Por que a criança gosta de poesia? Pois acredite: a criança tem uma liga- ção forte com a poesia. Primeiro, porque a poesia é, junto com a música, a primeira experiência artística da crian- ça: embalou o seu sono, nas cantigas de ninar; estava presente nas suas brinca- deiras e nas cantigas de roda. Todo o fol- clore é rico em poesia, com suas parlen- das, adivinhas, etc. Tem uma outra carac- terística importante, especialmente para "Palavra poética tem de chegar ao grau de brinquedo para ser séria." Manoel de Barros Cara Professora, Caro Professor, Primeiramente, queremos expressar nossa alegria por você ter sugerido ou estar pensando em sugerir um livro de poemas, para leitura de seus alunos. Não tenha dúvida: De presente é um livro com vinte poemas de excelente qualidade e lhe reserva boas surpresas.

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Por que se publica pouca poesiapara crianças e para adultos?

Infelizmente, nem todas as editorasque publicam livros para crianças sesentem à vontade para editar livros depoesia. (Aliás, publica-se pouco poesiano Brasil.) Porque nem todas acreditamna força desse gênero e, com relação àscrianças, inexplicavelmente, acreditamnuma idéia antiga e improcedente deque a criança não gosta de poesia. Dessaforma, entramos em um círculo vicioso:não se publica poesia, a criança lê pou-cos poemas, o professor tem poucaschances de escolher boa poesia para ascrianças, não se sentem em condiçõesde trabalhar poemas, privilegiam a narra-tiva, as editoras publicam só narrativas e,assim, perpetuamos o problema.

E, para não parecer que poesia é coisasó de criança ou "perda de tempo", é pre-ciso lembrar o depoimento de intelec-tuais, cientistas e artistas em geral: a poe-sia é a mais perfeita expressão da nossahumanidade, todos eles se "alimentaram"dela.

Por que a criança gosta de poesia?

Pois acredite: a criança tem uma liga-ção forte com a poesia. Primeiro, porquea poesia é, junto com a música,a primeira experiência artística da crian-ça: embalou o seu sono, nas cantigas deninar; estava presente nas suas brinca-deiras e nas cantigas de roda. Todo o fol-clore é rico em poesia, com suas parlen-das, adivinhas, etc. Tem uma outra carac-terística importante, especialmente para

"Palavra poética tem de chegar ao grau de brinquedo para ser séria."

Manoel de BarrosCCaarraa PPrrooffeessssoorraa,, CCaarroo PPrrooffeessssoorr,,

Primeiramente, queremos expressar nossa alegria porvocê ter sugerido ou estar pensando em sugerir um livrode poemas, para leitura de seus alunos. Não tenha dúvida:DDee pprreesseennttee é um livro com vinte poemas de excelentequalidade e lhe reserva boas surpresas.

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as crianças: ela é um jogo - jogo de palavras,de sons. Aliás, a sonoridade (o ritmo, as alitera-ções, as rimas) torna a poesia uma linguagemnão só bela e especial, como fácil de memori-zar - o que agrada muito à criança. E nemvamos falar em como a linguagem poética émetafórica, cheia de imagens, como a lingua-gem da criança.

É fácil aproximar a criança da poesia

Muitas vezes, são os adultos que transferempara a criança sua dificuldade de poetizar avida, de trabalhar com o material poético.Gostaríamos de tranqüilizar essas pessoas: émuito fácil apresentar e trabalhar a poesia comas crianças. O caminho é ler bons poemas,apresentar-lhes livros de poesia com freqüên-

cia, quer dizer, fazer a poesia tão presente naescola como é fora dela.

Baseada essencialmente na emoção, nojogo, a poesia não existe para ser primeira-mente entendida, mas para ser fonte de emo-ção, ser intuída. Quantas vezes não entende-mos o que nos diz a música, e nos deixamoslevar pela emoção? O que quer dizer "Uni-duni-tê, salamê mingüê, um sorvete colorê, uni-duni-tê", ou suas variações?

Todos os grandes especialistas da área esobretudo os próprios poetas insistem numponto: poesia não é feita para se aprendernada. O que conta é a sensibilização para opoético, é facilitar o acesso da criança à poe-sia, para não se romper o vínculo tão forte quea criança pequena tem com o poético.

DDee pprreesseenntteePor isso, estamos, apostando na publicação de coleções de poesia. De

presente é um dos livros dessa coleção, cujo nome é, propositadamente,este mesmo: De presente.

Esperamos que já tenha lido o livro e que ele lhe tenha agradado. Afinal,não só os poemas são muito especiais. Veja que caprichamos na produçãográfica: as ilustrações são de muito bom gosto, curiosas, e o papel do livro éo couché, que valoriza as imagens e é mais resistente.

Para ajudar você a tornar a poesia uma presença constante na sala de aula, propomos-lhealgumas reflexões e atividades, que – acreditamos – podem ser interessantes para (re)apro-ximar seus alunos da poesia.

Mas lembre-se: só a experiência de ler o livro é insubstituível. Importante mesmo é acriança pegar o livro, sentir sua forma, curtir o que ele lhe apresenta – seja uma peça, umanarrativa, ou poemas. Pretendemos estar colaborando para isso, mas você é que dará a últi-ma palavra. Vamos ao livro?

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Leia o poema para eles, com bastante expressividade, mas sem afetação: procure evidenciara emoção que o poema traz para você.

Para uma leitura expressiva, não dá certo a improvisação. Ninguém tem obrigaçãode ler bem de improviso. Na realidade, nem os grandes locutores fazem isso. No casodo gênero poético, a leitura improvisada é ainda mais difícil. Por isso, em casa, leiamuitas vezes o poema, em voz alta, para acertar o tom.

II-- CCrriiaannddoo oo iinntteerreessssee ppeelloo lliivvrroo

Antes de sugerir a leitura ou começar aexplorar o livro, escreva, numa cartolina, como capricho de sempre, um dos poemas dolivro, o que lhe agrade mais ou um que, na suaopinião, vai agradar à turma.

Deixe a cartolina tampada até quase o finalda aula. Se os alunos se mostrarem curiosos,apenas faça perguntas: o que pode estar ali?

Discuta cada hipótese levantada e explorecada argumento usado na formulação dahipótese.

No final da aula, descubra o texto.Se a turma já sabe ler, dê um tempo para

que cada um leia o poema silenciosamente.Se não sabe ler, faça novas perguntas: é umahistória? Um poema? Diante da resposta cor-reta, lembre aos alunos que o poema tem ver-sos: cada parte do escrito que não vai até o fimda linha e muitas vezes rima com outro verso.(Desde muito pequenas as crianças têm noçãode rima.)

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Comente o poema com os alunos, a partirdas observações deles (rimas, alguma imagemdo texto que chamou atenção, um dado dehumor, por exemplo).

Para fazer render as observações dos alu-nos, é fundamental que você tenha feito umestudo prévio do poema, percebido o que aobra ou poema tem de mais interessante.

IIII-- EExxpplloorraannddoo aa ccaappaa

Você sabe da importância da capa, emqualquer livro, disco, revista. É a mesma docartaz de uma peça, ou de um filme: tem afunção de criar no leitor a vontade de conhe-cer o que está "anunciado".

A capa deste livro tem muitos elementosinteressantes.

Proponha que as crianças observem primei-ramente a imagem. Tampe com um papel otítulo do livro.

A) Que elementos aparecem? Sugeremmomentos alegres, ou tristes?

(Possivelmente elas não terão dificuldadeem nomear os elementos da imagem: a caixa,bem enfeitada, parece recém-aberta, porquealgumas coisas ainda estão dentro dela e aindaaparece a fita. Há o catavento, o barco depapel e o arco-íris.

A caixa sugere uma situação alegre, de ani-versário, de Natal, de comemoração, em quese ganha de presente alguma coisa bonita, oubrinquedo.)

B) Explore mais o arco-íris.

a) Quando ocorre, sua beleza, as cores queo compõem.

b) Este arco-íris tem uma novidade. Ele temmais do que cores: tem palavras.

• Se os alunos sabem ler, peça que elesleiam os nomes escritos no arco-íris; se nãolêem, leia-os para eles.• Veja se eles conseguem identificar osdonos dos nomes e o que fazem.(Obviamente, eles não têm de conhecer

todos os artistas nomeados aí, mesmo porque,sobretudo, esses autores escrevem para váriasfaixas. E ninguém conhece todo mundo.)

Leve alguns livros, escritos ou ilustradospelos artistas cujos nomes aparecem no arco-íris, para mostrar a eles. Tenha o cuidado delevar tanto autores de textos (Roseana Murray,Vivina de Assis Viana, Alaíde Lisboa de

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Oliveira, Ziraldo, Bartolomeu Campos deQueirós, Ruth Rocha, Ângela Leite, Ana MariaMachado, Elias José) como de ilustração (AnaRaquel, Eva Furnari, Angela Lago, MarceloXavier, Nelson Cruz, Graça Lima, EliardoFrança).

Atenção: quase todos os ilustradores cita-dos criam também textos e histórias só comimagens.

C) Que relação podemos fazer entre ocatavento, o barco e os livros feitos portantos artistas? Qual é o sentimento dailustradora, com relação aos artistas?

(Eles poderão identificar tudo como algumacoisa boa, que serve para a gente se divertir,brincar. A ilustradora gosta deles, quis fazer-lhes uma homenagem.)

D) Destampe o título, e incentive-os aopinar sobre ele: o que ele sugere?

(Não só este livro é um presente, mas oslivros em geral: a leitura é como um presenteao leitor – do autor, do ilustrador e da editora.)

E) Explore, agora, os nomes que apare-cem fora do arco-íris: o da autora dospoemas, o da autora dos desenhos e oda editora. Se mostrarem interesse, leiao que as autoras revelam de suas vidas,no fim do livro. Se não, deixe que maistarde eles busquem essas informaçõespor conta própria.

IIIIII-- AAjjuuddaannddoo ooss aalluunnooss aa lleerr ppooeessiiaa

Conforme a idade e a experiência das crian-ças da turma, aproveite algumas das sugestõesque seguem.

Mas lembre-se do que já dissemos: a poesiaé, essencialmente, jogo de palavras, sonorida-de, com ritmo, rimas, sons, tudo isso criandoalguma emoção, que pode ser de alegria, desaudade, de humor, de puro encantamento.Nada que atrapalhe a vivência dessas emo-ções é positivo e vale a pena. O bom livro fazisso, por si mesmo. O que vamos fazer é sósublinhar o que ele já apresenta.

Vamos sugerir, por isso mesmo, atividadesde aprofundamento na leitura de alguns poe-mas, mas também outras, que têm a intençãode criar nos alunos as melhores condições deenvolver-se, cada vez mais, com a poesia.Cabe a você escolher as que fazem mais senti-do para a sua turma.

1- Momento poético e varal de poesia

Os poemas do livro podem ser lidos fora daclasse. Se quiser dar um tempo em sala parasua leitura, aproveite esse momento para queos alunos ouçam uma composição musical,bem suave, apropriada para ser "fundo musi-cal". Dê preferência à música instrumental,para que a letra da música não concorra comas palavras do poema.

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Observe a reação dos alunos e procureaproveitar suas observações, no momento docomentário dos poemas.

Depois da leitura, em casa ou em classe,peça que cada um apresente o poema de suapreferência e tente explicar por quê.

Para um "Momento de Poesia", no diaseguinte, ou em dois dias, proponha:

A) Que alguns memorizem o poema esco-lhido, para ser apresentado aos colegas. Umgrupo pode fazer um jogral, conforme opoema escolhido. Em todos os casos, insistaem que devem ensaiar a apresentação dopoema.

B) Que alguns copiem o poema preferido eo ilustrem, para fazer um varal de poesia.

C) Que um grupo busque poemas dos poe-tas que fazem parte do arco-íris (Roseana,Bartolomeu, Angela Leite, Elias José) e tragapara compor o varal. Se possível, dêem infor-mações sobre os autores.

2- De presente

Cada aluno vai escrever um dos poemasnum papel de carta. Depois, vai fazer umbilhete, encaminhando o poema como umpresente para alguém. No bilhete, deve dizerpor que o poema lembra o destinatário.

Encaminhe, verdadeiramente, os presentesaos destinatários, mas antes, em sala, veja quealunos gostariam de mostrar seu presente e seubilhete.

3- Imagens e poemas

A) Peça aos alunos que observem a ilustra-ção de cada poema e procurem relacionaruma com o outro. Quais lhes agradam mais?São as dos poemas que mais lhes agradam?

(Como são questões de gosto, todas as opi-niões valem. Se, no entanto, você achar quealguma imagem não foi adequadamenteobservada, procure fazer também seus comen-tários, sem querer convencê-los. A idéia é,simplesmente, abrir horizontes para eles.)

B) Distribua à turma toda uma folha depapel em branco. Em seguida, peça que cadaaluno faça um desenho sobre seu poema pre-ferido no livro. Cuide para que não tentemcopiar o desenho de Regina Rennó. Cadadesenho deve ser posto num envelope. Os alu-nos escolhem um dos envelopes e vão identi-ficar o poema ilustrado e comentar a imagemproduzida pelo colega. Conforme o caso,podem tentar adivinhar, também, quem fez odesenho.

(Aqui, também, não se trata de achar erros,mas apenas estabelecer uma relação entre ospoemas e as imagens que sublinhem algumaemoção criada pela leitura do poema.)

4- Os temas mais comuns

A turmas mais adiantadas e acostumadas àleitura de poemas, você pode propor que pro-curem descobrir os temas recorrentes da poe-sia de Joana d’Arc, neste livro. Se for o caso,você pode até indicar os temas, para os alunos

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buscarem os poemas. Eles podem trabalharem grupo, cada um com um dos temas.

A) A palavra e a poesiaComo fazem muitos poetas, em vários poe-

mas, aparece um encantamento da poeta (asmulheres não gostam muito do feminino "poe-tisa") com o poder da palavra e com a alegriade fazer/ler poesia. Quais são esses poemas?Que idéia domina cada um?

(São Assim, Folia, Palavras, Tirar as ven-das e De presente. No primeiro, ela fala daexperiência de fazer poesia: para ela, é, aomesmo tempo, uma brincadeira difícil e umato simples e delicado de amor à vida. EmFolia, domina a alegria que vem do poema,capaz de reunir a todos numa festa. EmPalavras, a autora mostra como as palavrasrevelam os mais diversos sentimentos eexpressam todas as ações – boas ou más – doser humano. Tirar as vendas sugere como aleitura é uma forma de acabar com ascegueiras, torna mais sensível o olhar daspessoas. De presente, afinal, mostra a pala-vra com o mesmo poder de encantamento ede sensibilização que tem o canto dos pássa-ros.)

B) As fases do diaA autora faz uma seqüência interessante de

poemas sobre os vários momentos do dia.Procura uma sensação diferente para caracte-rizar cada momento. Indique que poemas sãoesses e o que cada um deles sugere.

(O primeiro poema desse grupo éMadrugada, onde a poeta faz uma alusão àhistória da Cinderela e ao galo madrugador,embalando o sono de alguém. Nascente tratado amanhecer, imaginando um anjo esparra-mando o amarelo para clarear o dia. O poemaManhã critica o exagero de material que ascrianças, mesmo pequenas, têm de levar paraa escola. Ele quer saber se tanto material sig-

nifica mesmo aumento de conhecimento. EmZênite, é focalizado o meio-dia, dominadopela cor de abóbora e pela preguiça. Tarde écheia de movimento, de cores. Poente mostraa hora de calma, e tudo começa a se organizarpara o descanso. Noite traz as coisas próxi-mas do fim e do começo, da vida e da morte,sobretudo, é a hora de enterrar o que não valea pena e tornou velha a alma.)

C) O cotidiano das crianças e adolescentesVários poemas abordam aspectos da vida

da criança e do adolescente. Que poemas sãoesses e de que trata cada um deles?

(O próprio Manhã aborda o excesso dematerial levado pelos alunos para a escola. Nomaior xodó mostra o quanto a casa e a escola

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deixam marcas indeléveis e que seguem juntasna formação de cada um. Medida nova tratadas dificuldades de alguns com a matemática.Arranjo maneiro propõe que a música sejaouvida muito mais baixa, para que realmenteentre na vida da gente.)

D) A mãe naturezaA natureza domina a maioria dos poemas,

seja como assunto principal, seja nas compa-rações que usa. Para a autora, natureza e gentesão inseparáveis. Em que poemas aparece essareverência à natureza?

(Todos os poemas que abordam o dia falamtambém de natureza. Além desses, A fonte davida tenta entender a origem da vida.Longínqua é um dos poemas mais bonitos, eretrata a natureza personificada, quer dizer,ela age, pensa e sente como os humanos. Anatureza como surpresa é o que aparece emDe repente. De presente, ao falar da palavra,usa as imagens da natureza. Mas o mais signi-ficativo talvez seja o poema Coisas de família,onde tudo do mundo aparece como tendo amesma origem. No poema Planeta espiga, émuito bonita a imagem da espiga para mostrarcomo todos os seres humanos são irmãos emais parecidos que diferentes – exatamentecomo os grãos de milho de uma espiga.)

IIVV-- FFaazzeennddoo ppooeemmaass

A arte tem como componente essencial oprazer, na criação e na fruição. Não somospartidários de obrigar o aluno a fazer qual-

quer tipo de arte. Nem sempre a criança écapaz ou gosta de fazer belos poemas. Poroutro lado, não podemos sonegar-lhes ogosto de jogar com as palavras, de ensaiar umaprodução poética.

Desse modo, se os alunos desejarem, esti-mule-os a escrever poemas, a partir dos temaspredominantes neste livro. Com os poemas,amplia-se o varal de poesia, já sugerido.

PPrrooffeessssoorraa,, PPrrooffeessssoorr,

Esperamos ter oferecido a você e aseus alunos não somente uma boa leitura,mas também atividades significativas, capazesde fazer desenvolver o interesse de todospela poesia. Lembre-se de que são apenassugestões: sua criatividade e seu conhecimen-to da turma são a maior garantia de um tra-balho bem sucedido, em torno do presenteque lhe oferecemos: os poemas de Joanad’Arc Tôrres de Assis.

Caso se interesse por conhecer novospoemas e outras formas de aproximar crian-ça e poesia, suge-rimos que vocêleia o livro VViinntteeccaannttooss ddee sseerreeiiaa eexamine as ativi-dades propostaspara seu melhoraproveitamento.

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