prefeitura municipal de contagem · 2019. 6. 27. · nb-6487 (janelas, fachadas cortina e portas...
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PREFEITURA MUNICIPAL DE CONTAGEM
SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E SERVIÇOS URBANOS
COMPLEMENTAÇÃO E REVISÃO DOS PROJETOS EXECUTIVOS DO CORREDOR NORTE-SUL
VOLUME 01 – MEMORIAL DESCRITIVO
REVISÃO B
Elaboração: Consórcio Engesolo – Vetec
Maio/2018
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SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................................... 3
2 MAPA DE LOCALIZAÇÃO .............................................................................................................................. 5
3 MEMORIAL DESCRITIVO DE ARQUITETURA DOS PONTOS DE EMBARQUE E DESEMBARQUE – PED’S ............ 7
3.1 OBJETIVO ....................................................................................................................................................... 7 3.2 ASPECTOS GERAIS ......................................................................................................................................... 7 3.3 CONCEITO ...................................................................................................................................................... 7 3.4 ESPECIFICAÇÕES E ACABAMENTOS ............................................................................................................. 11 3.5 PAISAGISMO ................................................................................................................................................ 13 3.6 ESQUADRIAS................................................................................................................................................ 13
4 MEMORIAL DESCRITIVO DOS PROJETOS COMPLEMENTARES DOS PEDS ..................................................... 18
4.1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................. 18 4.2 FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS ........................................................................................................................ 19 4.3 SISTEMAS ELÉTRICOS, TELEFONIA E SPDA ................................................................................................... 38
5 MEMORIAL DESCRITIVO DE INFRAESTRUTURA .......................................................................................... 48
5.1 ESTUDOS TOPOGRÁFICOS ........................................................................................................................... 48 5.2 ESTUDOS GEOTÉCNICOS ............................................................................................................................. 91 5.3 ESTUDOS HIDROLÓGICOS ............................................................................................................................ 94 5.4 ESTUDOS DE INTERFERÊNCIAS .................................................................................................................. 105 5.5 PROJETO EXECUTIVO GEOMÉTRICO .......................................................................................................... 106 5.6 PROJETO EXECUTIVO GEOMÉTRICO DE CONTENÇÃO ............................................................................... 110 5.7 PROJETO EXECUTIVO DE DRENAGEM ........................................................................................................ 111 5.8 PROJETO EXECUTIVO DE TERRAPLENAGEM .............................................................................................. 117 5.9 PROJETO EXECUTIVO DE PAVIMENTAÇÃO ................................................................................................ 119 5.10 PROJETO EXECUTIVO DE OBRAS COMPLEMENTARES E ACESSIBILIDADE .................................................. 219 5.11 PROJETO EXECUTIVO DE SINALIZAÇÃO ..................................................................................................... 221
6 ESGOTAMENTO SANITÁRIO ..................................................................................................................... 333
7 PROJETO EXECUTIVO DE REMANEJAMENTO DE SERVIÇOS PÚBLICOS ....................................................... 345
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1 APRESENTAÇÃO
O Consórcio Engesolo – Vetec apresenta à SEMOBS – Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos
da Prefeitura Municipal de Contagem, a Complementação e Revisão dos Projetos Executivos do Corredor Norte-Sul, entre Nova Contagem (estaca 0) e a Av. João César de Oliveira (estaca 668+10,97), correspondente ao trecho deste Corredor objeto de financiamento pelo PAC Cidades Médias do Governo Federal, envolvendo as seguintes intervenções:
Infraestrutura do Corredor: Envolve as obras de infraestrutura urbana necessárias para dar suporte ao BRS no trecho da LMG-808 (estaca 0 a 417) e da Rua do Registro/Rua João Camargos
(estaca 417 a 631), assim como ao BRT no trecho inicial da Av. João César de Oliveira (estaca
631 a 668+10,97), constituídas pela adequação do sistema de drenagem e de esgoto, contenções,
remanejamento de adutoras, pavimentação (pavimentos novos e revitalização de pavimentos
existentes), sinalização, acessibilidade e obras complementares. Ressalta-se que está incluída
toda a infraestrutura para implantação de 41 PEDs (Pontos de Embarque e Desembarque), do
Terminal Darcy Ribeiro, da estação 01 (Ouro Branco) e da estação 02 localizada no início da Av.
João Cesar de Oliveira.
PEDs – Pontos de Embarque e Desembarque: Envolve a implantação das edificações de abrigos padronizados ao longo no trecho da LMG-808 (estaca 0 a 417) e da Rua do Registro/Rua
João Camargos (estaca 417 a 631)
As obras do Corredor Norte Sul no trecho especificado são apresentadas nos seguintes volumes:
Volume 1 – Memorial Descritivo; Volume 2 – Projetos de Infraestrutura - Desenhos – Tomo I; Volume 2 – Projetos de Infraestrutura - Desenhos – Tomo II; Volume 2 – Projetos de Infraestrutura - Desenhos – Tomo III; Volume 2 – Projetos de Infraestrutura - Desenhos – Tomo IV; Volume 2 – Projetos de Infraestrutura - Desenhos – Tomo V; Volume 2 – Projetos de Infraestrutura - Desenhos – Tomo VI; Volume 2 – Projetos de Infraestrutura - Desenhos – Tomo VII; Volume 2 – Projetos de Infraestrutura - Desenhos – Tomo VIII; Volume 3 – Projetos de Edificações - Desenhos – Tomo I; Volume 3 – Projetos de Edificações - Desenhos – Tomo II; Volume 4 – Orçamento, Cronograma e Composições de Preços – Sem Desoneração; Volume 5 – Memória de Cálculo de Quantitativos; Volume 6 – Cotações; Volume 7 – Orçamento, Cronograma e Composições de Preços – Com Desoneração; Anexo I – Estudos Geotécnicos; Anexo II – Notas de Serviço e Cálculos de Volumes Anexo III – Memória de Cálculo Estrutural
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A complementação e revisão do projeto corresponde à Ordem de Serviço no 001/2018, vinculada ao
Contrato no 015/2018, firmado entre o Consórcio Engesolo – Vetec e a Prefeitura Municipal de Contagem,
através da SEMOBS - Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos.
Esclarece-se que a presente edição do projeto objeto de financiamento pelo PAC Cidades Médias contem também projetos elaborados por outras empresas, como a Engesolo Engenharia Ltda no ano de 2015 e a
Vertran Gerenciamento e Controle de Tráfego Ltda., conforme se verifica nos selos dos desenhos.
O Volume 1 - Memorial Descritivo contém o memorial descritivo e justificativo dos projetos de arquitetura e dos respectivos projetos complementares, assim como dos estudos e projetos de infraestrutura
realizados, apresentando as concepções das soluções adotadas, as metodologias e critérios considerados
no dimensionamento das estruturas e dispositivos indicados.
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2 MAPA DE LOCALIZAÇÃO
A seguir é apresentado o Mapa de Localização apenas do trecho do Corredor Norte-Sul objeto do PAC Médias Cidades, que corresponde ao trecho de interesse.
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INSERIR MAPA DE LOCALIZAÇÃO
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3 MEMORIAL DESCRITIVO DE ARQUITETURA DOS PONTOS DE EMBARQUE E DESEMBARQUE – PED’S
3.1 OBJETIVO
O presente memorial tem por objetivo descrever brevemente os critérios e conceitos gerais adotados no
Projeto Arquitetônico do Corredor Estrutural de Transporte Norte-Sul, trecho LMG-808/Rua do Registro,
em sua fase de Projeto Executivo.
3.2 ASPECTOS GERAIS
No Corredor Estrutural de Transporte Norte-Sul serão implantados 41 (quarenta e um) Pontos de
Embarque e Desembarque (PED’s). Destes, 17 (dezessete) unidades de PED`s serão implantadas com
baias para parada dos ônibus, sendo 16 (dezesseis) unidades na LMG-808 e 1 (uma) unidade na Rua do
Registro.
Em função dos variados contextos urbanos onde serão implantados, foram desenvolvidas tipologias de
PED`s, com display publicitário e sem display publicitário. No total temos:
19 unidades PED`s simples com banco e com display publicitário; 10 unidades PED`s simples com banco e sem display publicitário; 05 unidades PED`s simples com barra e sem display publicitário; 03 unidades PED`s duplos com dois bancos e com display publicitário;
02 unidades PED`s duplos com dois bancos e sem display publicitário;
02 unidades PED`s duplos com um banco e uma barra, com display publicitário.
3.3 CONCEITO
Como regra geral, priorizamos a eficiência funcional. Do ponto de vista estético, a repetição de poucos elementos
formais e um certo rigor geométrico “minimalista” na elegância de suas proporções, juntamente com o aspecto
“espartano” conferido pelo uso de materiais simples e resistentes, garantem uma forte presença da arquitetura
“industrial” dos novos terminais no contexto visualmente caótico da cidade.
Dessa forma, buscamos criar um repertório formal mínimo que pudesse ser ajustado de acordo com a
especificidade de cada ponto, conferindo a unidade necessária ao conjunto, como se fossem “membros
de uma mesma família” de estruturas implantadas nos trechos do Corredor Estrutural de Transporte.
A construção planejada a partir da modulação de um vocabulário restrito a poucos elementos, além de
permitir pré-fabricação, gerando agilidade no processo de montagem e a economia de escala inerente à
repetição dos sistemas, confere uma unidade visual ao conjunto pela própria repetição e combinação das
suas proporções, ritmos e escalas.
Por questões de logística e rapidez de execução optamos por um sistema construtivo de estrutura metálica.
Além disso, os poucos materiais empregados, juntamente com a repetição das soluções dos elementos
estruturais, conferem uma unidade em termos de imagem austera aos PED’s, coerente com o caráter
predominantemente industrial da cidade de Contagem.
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PONTO DE EMBARQUE E DESEMBARQUE SIMPLES COM DISPLAY
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PONTO DE EMBARQUE E DESEMBARQUE SIMPLES SEM DISPLAY
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PONTO DE EMBARQUE E DESEMBARQUE DUPLO COM DISPLAY
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PONTO DE EMBARQUE E DESEMBARQUE DUPLO SEM DISPLAY
3.4 ESPECIFICAÇÕES E ACABAMENTOS
A construção foi planejada a partir de um vocabulário restrito a poucos elementos, permitindo pré-
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fabricação, gerando agilidade no processo de acabamento, montagem e a economia de escala inerente à
repetição dos sistemas.
Além disso, os poucos materiais empregados, juntamente com a repetição das soluções dos elementos
estruturais, conferem uma unidade em termos de imagem austera aos PED’s, coerente com o caráter
predominantemente industrial da cidade de Contagem.
A estrutura metálica resolve de uma maneira simples e eficiente a área de abrigo (2,5m²), que possui
banco e/ou encosto para o conforto do usuário. A cobertura será em vidro laminado 12 mm com aplique
serigrafado - padrão "bolinhas", garantindo o devido conforto térmico.
Os bancos serão em madeira (ipê com seção 4x7cm) com aplicação de verniz marítimo, aparafusado
sobre estrutura metálica. As barras para encosto serão em tubo de aço inox ø42mm (h= 85cm), fixado em
montantes de aço carbono pintados na cor RAL 9004.
O abrigo será equipado com fundo em vidro laminado 12mm, com travamento na estrutura metálica. Este
fundo, além de proteger o usuário, pode ser utilizado para aplicação de comunicação visual / mapa
informativo e indicação das linhas comparada no PED.
Para proporcionar segurança e conforto aos usuários, serão instaladas luminárias em LED, tipo “fileto”,
com 1,5 metros de comprimento e 3 cm de largura e altura, equipadas com sensor de iluminação -
fotocélula.
O controle e monitoramento das linhas de ônibus que operam no corredor serão constantes. Em cada PED
será instalado um painel eletrônico com a informação do tempo estimado para a chegada do próximo
veículo.
O display publicitário é composto por duas placas em vidro temperado 6mm, fixadas na estrutura metálica
com um sistema de encaixe, para facilitar a manutenção e troca das peças publicitárias. O projeto
contempla previsão de ponto elétrico, no caso de a operadora optar por iluminar o display ou instalar algum
sistema de publicidade eletrônico.
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3.5 PAISAGISMO
O tratamento paisagístico proposto foi elaborado a partir das interferências ocasionadas pela implantação
dos Pontos de Embarque e Desembarque. Serão mantidas as árvores existentes que não se encontram
na projeção dos PED’s e está previsto o plantio de novos indivíduos arbóreos quando possível e
recomendável.
No paisagismo concebido foram observadas as seguintes determinações:
Preservação, sempre que possível, das árvores existentes;
Preservação das gramíneas existentes;
Opção por jardins (canteiros centrais e áreas remanescentes) minimalistas, com uma reduzida
variação de espécies, priorizando aquelas resistentes, perenes, de fácil manutenção e sempre
disponíveis no mercado de mudas.
O tratamento das áreas onde houve movimentação de terra (cortes ou aterros), nos terrenos lindeiros às
vias será feito com o plantio da grama esmeralda (Zoysia japonica).
3.6 ESQUADRIAS
Desenvolvimento de projeto:
NBR-10821 (Caixilhos para Edificações - Janelas).
Nomenclatura e tipologia de esquadrias, dimensionamento de perfis e acessórios:
NB-7202 (Desempenho de Janelas de Alumínio em Edificações de uso Comercial e Residencial);
NB-1220 (Projeto e utilização de Caixilhos para Edificações de uso Comercial e Residencial).
Colocação e dimensionamento de vidros:
NB-226 (Projeto e Execução de Envidraçamento na Construção Civil);
NBR-7199 (Projeto e Execução de Envidraçamento na Construção Civil).
Testes de desempenho:
NB-6485 (Janelas, Fachadas Cortina e Portas Externas em Edificações – Penetração de Ar);
NB-6486 (Janelas, Fachadas Cortina e Portas Externas em Edificações – Penetração de Água);
NB-6487 (Janelas, Fachadas Cortina e Portas Externas em Edificações – Resistência a Carga de
Vento).
Quantidade da amostragem de inspeção:
NBR-5425 (Guia para Inspeção por Amostragem no Controle e Certificação de Qualidade).
Conceito, dimensionamento e utilização dos Vidros:
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NBR-11706 (Vidros na Construção Civil).
Guarnições em EPDM:
NBR-13756 (Guarnições Elastométrica em EPDM para Vedação).
Aço:
NBR-15158 (Limpeza de superfície de aço por compostos químicos).
NBR- 15239 (Tratamento de superfícies de aço com ferramentas manuais e mecânicas).
Alumínio:
NBR-14125 (Alumínio e suas ligas – tratamento de superfície – Revestimento orgânico para fins
arquitetônicos – Requisitos).
NBR 12609 (Alumínio e suas ligas – tratamento de superfície – anodização para fins arquitetônicos
– Requisitos).
PERFIS EM AÇO
● ESPECIFICAÇÃO
Todos os cortes e usinagens nos perfis de aço deverão ser feitos em fábrica, com maquinário apropriado,
não sendo admitido em hipótese alguma o beneficiamento na obra em máquinas artesanais.
Os perfis deverão ter espessura mínima compatível com a sua utilização conforme determinado em projeto.
Não serão aceitos perfis deformados em função da espessura.
É de responsabilidade da CONTRATADA o levantamento, a compra e a utilização dos perfis mencionados.
Caso haja qualquer dúvida ou discordância quanto à estrutura determinada e componentes, a
CONTRATADA deverá recorrer ao Consultor.
● SELANTE
O selante utilizado será, em cada caso particular:
Silicone Dow Corning DC-791 ou similar para rejuntamento entre o vidro e o perfil de aço.
Para a aplicação do selante, todas as superfícies deverão estar limpas. Para isto, deverá ser aplicado
Metilisolubutilcetona (MIBK), Metiletilquetone (MEK) ou Isopropanol.
● ELEMENTOS DE FIXAÇÃO
Obedecer às recomendações estabelecidas em projeto.
No caso de parafusos aparentes, estes deverão ter fenda tipo “Philips”. Para as obras cujo acabamento
determinado for o anodizado natural, os parafusos não poderão ser escurecidos.
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● GUARNIÇÕES EPDM E SILICONE
As guarnições em contato com o silicone deverão ser de material compatível, não sendo admitido material
que possam reagir e alterar as características do silicone ou da guarnição. Portanto, quando as guarnições
estiverem em contato direto com o silicone, estas também deverão ser em silicone.
Todas as guarnições deverão ser em EPDM, com exceção do caso acima descrito, com características que
atendam a norma NBR-13756, ASTM D-2000 e NAAM SG-1-70.
Antes da aquisição das guarnições, a CONTRATADA deverá confirmar as espessuras de vidros com a
CONTRATANTE e com o Consultor, de forma a adquirir o produto corretamente.
Todas as guarnições deverão ter a dureza “SHORE A”, compatível com sua utilização.
Será obrigatório o fornecimento de certificados técnicos dos fabricantes de guarnições, com a garantia
mínima de 10 (dez) anos do produto.
PINTURA EM ESQUADRIAS DE AÇO
● REFERÊNCIA TÉCNICA
PRIMER: Tinta epóxi, tipo “epoximastic”, base solvente, em alumínio modificado bicomponente, acabamento
metálico, cor alumínio.
REFERÊNCIA: SUMASTIC 228 ALUMÍNIO - Sherwin Williams Sumaré ou equivalente técnico.
TINTA DE ACABAMENTO: Tinta em poliuretano acrílico alifático de alta espessura, bicomponente,
acabamento semi-brilho.
REFERÊNCIA: SUMATANE HB SEMI-BRILHO - Sherwin Williams Sumaré ou equivalente técnico.
● DESCRIÇÃO GERAL
O primer epoximastic é universal e apresenta excelente adesão à superfícies tratadas por limpeza mecânica.
A tinta em poliuretano acrílico alifático é uma tinta de acabamento, de baixo teor de compostos orgânicos
voláteis. Possui excelente resistência ao intemperismo, além de flexibilidade e dureza para resistir às mais
severas condições de trabalho.
Os perfis receberão pintura com as seguintes características:
COR DA PINTURA DE ACABAMENTO: RAL 9004
CAMADA: 60 micrômetros, 2 demãos – total 120 micrômetros
Os processos de pintura estão descritos nos itens a seguir.
● PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE
AÇO CARBONO NOVO, COM CAREPA DE LAMINAÇÃO: o preparo da superfície mínimo necessário é o
Jato Abrasivo ao Metal quase Branco – Norma SSPC-SP 10.
AÇO CARBONO ENFERRUJADO, GRAU C: limpeza com ferramenta mecânica, Norma SSPC-SP3.
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PRIMER: a superfície deverá estar íntegra e em condições perfeitas. É necessária a remoção completa de
óleos, pós, graxas, sujeiras, ferrugens soltas e materiais estranhos, para assegurar a aderência satisfatória.
Para remover a oleosidade da superfície utilizar panos embebidos em diluente específico.
TINTA DE ACABAMENTO: a superfície deverá estar íntegra e em condições perfeitas. É necessária a
remoção completa de pós e sujeiras para assegurar a aderência satisfatória. Aplicar a tinta de acabamento
somente sobre primer recomendado.
● MÉTODOS DE APLICAÇÃO
- Pistola Convencional;
- Pistola Airless;
- Rolo ou Trincha.
● CURA E SECAGEM
PRIMER
TEMPO SECAGEM 16° 25° 32°
AO MANUSEIO 48hs 16hs 10hs
CURA FINAL 10 dias 7 dias 5 dias
TINTA DE ACABAMENTO
TEMPO SECAGEM 16° 25° 32°
AO MANUSEIO 16hs 10hs 4hs
CURA FINAL 7 dias 4 dias 24hs
● INTERVALO PARA RETOQUE
O intervalo para retoque está condicionado à temperatura do ambiente, devendo ser consultada a ficha
técnica do fabricante, conforme cada caso.
● RECOMENDAÇÕES
Deverá ser consultada e obedecida todas as recomendações constantes nas fichas técnicas dos fabricantes.
● DESEMPENHO REQUERIDO
O desempenho previsto para as esquadrias deve atender à norma NB-10821 para a região II, conforme
parâmetros. Desta forma, a resistência a carga de vento deverá observar o limite estipulado pela norma, na
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pressão de 80 kg/m², sendo que a pressão de ensaio dos testes executados deverá ser a pressão de projeto
multiplicada por 1,5 (Po = Pp x 1,5). O desempenho deverá atender também a todos os parâmetros dos
testes estáticos, de acordo com as normas NBR-6485 / MB-1225, NBR-6486 / MB-1226 e NBR-6487 / MB-
1227, conforme descrito a seguir:
- Resistência aos esforços de torção (para carga de 400N);
- Arrancamento das fixações (para carga de 200N);
- Resistência a flexão (para carga de 400N);
- Comportamento sob ações repetidas de abertura e fechamento (5000 ciclos).
● INSTALAÇÃO DAS ESQUADRIAS
As esquadrias deverão estar de acordo com a pasta de levantamento de materiais apresentada e com os
contramarcos instalados. Caso haja imperfeição ou divergência de medidas, não serão admitidas alterações
nas esquadrias para eventuais ajustes na obra.
Usamos o perfil “U” em aço carbono para fazer o requadro do painel informativo, sendo uma das laterais
removíveis para acesso à parte interna. O trecho móvel é fixado na parte superior e inferior do painel, através
de um mecanismo desenvolvido pela BM projetos, que não possui peças soltas, impossibilitando que algum
acessório se perca enquanto o conjunto estiver desmontado.
A fixação do vidro na parte posterior ao assento é feita por um acessório constituído de duas peças em aço
soldadas, que prensa este vidro à viga I da estrutura do ponto. Este mesmo acessório que fixa o vidro cria
um eletroduto para passagem dos fios da iluminação superior.
A ordem de montagem dos conjuntos possibilita que todas as fixações sejam ocultadas pelas peças, à
medida que elas se encaixam consecutivamente, restando somente os parafusos de acesso ao painel. Para
os parafusos aparentes, especificamos cabeça torx ou estrela, cuja chave é especial, e os posicionamos
em locais de pouca visibilidade para dificultar o acesso de pessoas leigas.
Todos os vidros são temperados para oferecer maior resistência à fratura, maior segurança em caso de
quebra e não necessitam de guarnições, podendo correr somente sobre calço de nylon.
A estrutura dos assentos dos bancos é em chapa de aço dobrada o que a torna leve. Ela é fixada através
de parafuso e porca à estrutura do ponto de embarque e desembarque, sendo possível sua retirada em
caso de manutenção.
Todas as peças em aço carbono devem ser zincadas com camada de 86 e 78 mícron conforme NBR7397
e pintadas com tinta de RAL 9004.
Para melhor entendimento consultar detalhamento nos arquivos VU-PR22713-DE-08-1119-A e VU-
PR22713-DE-08-1120-A.
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4 MEMORIAL DESCRITIVO DOS PROJETOS COMPLEMENTARES DOS PEDS
4.1 INTRODUÇÃO
Os Pontos de Embarque e Desembarque poderão apresentar diversas dimensões em função da taxa de
utilização previsível em cada área. No corredor em questão, Corredor Norte-Sul, apenas serão
implantados dois tipos de PED’s, simples e duplo, que podem ter um módulo com “display” publicitário ou
sem “display”.
Os PED’s consistem em coberturas suportadas por uma estrutura metálica porticada. As
inclinações da cobertura são acompanhadas pelo próprio revestimento e definem linhas de
drenagem orientadas para a face posterior do PED. As cordas das vigas metálicas da cobertura
se mantêm horizontais.
Vistas gerais dos Pontos de Embarque e Desembarque – PED’s
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4.2 FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS
A concepção estrutural proposta visa responder eficientemente aos seguintes pressupostos:
Respeito estrito pela Arquitetura, se optando por esquemas estruturais estudados em conjunto,
tendo em vista potenciar mais-valias para a solução global projetada;
Utilização de materiais e métodos construtivos que garantam elevados padrões de qualidade e
durabilidade ao longo do tempo de vida útil do edifício, com reduzida manutenção;
Racionalização dos esquemas estruturais e otimização do dimensionamento dos vários
elementos, garantindo a economia das soluções globais;
Cumprimento de rigorosos critérios de segurança e bom comportamento estrutural de todas as
componentes do edifício, não só em termos de “estados limite últimos de resistência”, mas ainda
de funcionamento em “condições de serviço”, seja pelo controle da fendilhação em elementos de
concreto armado, seja pela limitação dos valores de vibrações e deformações instantâneas e em
longo prazo;
Utilização de soluções passíveis de serem executadas com métodos construtivos relativamente
simples e correntes, minorando o custo da Obra, a possibilidade de erros e os riscos de acidentes
de trabalho.
Todo o dimensionamento e verificação de segurança foram realizados tomando como base as normas
Brasileiras de referência, e ainda as principais normas Europeias, como se indica de seguida:
ABNT NBR 5884:2000 Perfil I estrutural de aço soldado por arco elétrico – Requisitos gerais;
ABNT NBR 6118:2004 Projeto de estruturas de concreto;
ABNT NBR 6122:1996 Projeto e execução de fundações;
ABNT NBR 6120:1980 Cargas para o cálculo de estruturas de edificações;
ABNT NBR 6123:1988 Forças devidas ao vento em edificações;
ABNT NBR 7007:2002 Aços carbono e micro ligados para uso estrutural e geral;
ABNT NBR 8681:2003 Ações e segurança nas estruturas;
ABNT NBR 8800:2008 Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto
de edifícios;
ABNT NBR 14323:1999 Dimensionamento de estruturas de aço de edifício sem situação
de incêndio;
ABNT NBR 15421:2006 Projeto de estruturas resistentes a sismos;
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ABNT NBR 15890:2011 Perfis laminados de aço para uso estrutural – dimensões e tolerâncias.
NP EN 1990:2009 Eurocódigo 0 - Bases para o projeto de estruturas;
NP EN 1991-1-1:2009 Eurocódigo 1 - Ações em estruturas;
NP EN 1992-1-1:2010 Eurocódigo 2 - Projeto de estruturas de concreto – Parte 1-1:
Regras gerais e regras para edifícios;
NP EN 1993-1-1:2010 Eurocódigo 3 - Projeto de estruturas de aço: Parte 1-1:
Regras gerais e regras para edifícios;
NP EN 1993-1-8:2010 Eurocódigo 3 - Projeto de estruturas de aço: Parte 1-8: Projeto de
ligações;
NP EN 1993-1-2:2010 Eurocódigo 3 - Projeto de estruturas de aço: Parte 1-2:
Regras gerais - verificação da resistência ao fogo;
MC2010 fib Bulletin 55: Model Code 2010.
Outras normativas:
AWS D1.1:2000 American Welding Society - Structural Welding Code.
Concreto armado .................................................................................................... 25.00 kN/m³
Aço ............................................................................................................................... 77 kN/m³
Revestimento das coberturas ................................................................................... 0.15 kN/m²
Chapa distendida ...................................................................................................... 0.16 kN/m²
Cobertura .................................................................................................................... 0,5 kN/m²
Estruturas em aço ............................................................................................ +35ºC ou -25ºC
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A quantificação da ação do vento se efetua segundo a NBR 6123, se admitindo que o local de implantação
se caracterize por:
𝑉 𝑉 𝑆 𝑆 𝑆 29.6 𝑚/𝑠 𝑞 0,613𝑉 0,537 𝑘𝑁/𝑚
Local: Contagem, Belo Horizonte (Região II) – se admite: Vo=35m/s;
Fator Topográfico S1=1.0 - Terreno em talude ou fracamente acidentado;
Fator da Rugosidade do Terreno e dimensão da Edificação S2 = 0.89
Rugosidade do Terreno de Categoria II;
Classe de Edificação A – maior dimensão da superfície horizontal menor que 20m;
Altura da Edificação z≈2.55m;
Fator Estatístico S3 =0 .95 – Edificação grupo 3.
Figura 4.1 – Gráfico das isopletas da velocidade básica do vento
Figura 4.2 – Mapeamento da aceleração sísmica horizontal característica no
Brasil
Contagem se insere em uma parte 0, no mapeamento da aceleração horizontal sísmica. A NBR
15421:2006 prevê que não sejam necessários requisitos de resistência sísmica para este local. De todo o
modo, a reduzida massa dos cais de embarque não condicionaria o dimensionamento das estruturas
associadas quando solicitadas à ação dos sismos.
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A combinação das ações verifica os Estados Limites Últimos e os Estados Limites de Serviço. Em cada
combinação estão incluídas as ações permanentes e a ação acidental principal, com os seus valores
característicos e as demais ações acidentais, consideradas secundárias, com seus valores reduzidos de
combinação.
Os valores de cálculo das ações são obtidos a partir dos valores representativos (𝐹 ), multiplicando-os pelos respectivos coeficientes de ponderação 𝛾:
Quadro 4.1 – Valores dos coeficientes de ponderação das ações (𝜸
Peso Próprio
𝜸𝒈
Restante Carga
Permanente
𝜸𝒈
Sobrecarga
𝜸𝒒 Vento
𝜸𝒒 Sismo
𝜸𝒒 Temperatura
𝜸𝒒
1.4 1.4 1.5 1.4 1.5 1.2
Além disso, os valores das ações também são multiplicados por fatores de redução de combinações para
as ações variáveis (𝜓):
Quadro 4.2 – Valores dos fatores de combinação 𝝍𝟎 e de redução 𝝍𝟏 e 𝝍𝟐 para as ações variáveis
Ações 𝝍𝟎 𝝍𝟏 𝝍𝟐
Sobrecarga (Geral) 0.5 0.4 0.3
Sobrecarga (Cobertura) 0.5 0.4 0.3
Vento 0.6 0.3 0.0
Temperatura 0.6 0.5 0.3
Foram consideradas as combinações últimas normais que decorrem do uso previsto para a edificação.
Para cada combinação se aplicou a seguinte expressão:
𝐹 𝛾 𝐹 , 𝛾 𝐹 , 𝛾 𝜓 𝐹 ,
𝐹 , - representa os valores característicos das ações permanentes; 𝐹 , - é o valor característico da ação variável considerada principal para a combinação; 𝐹 , - representa os valores característicos das ações variáveis que podem atuar
concomitantemente com a ação variável principal.
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As combinações de serviço consideradas são classificadas de acordo com a sua permanência na estrutura
em quase permanentes, frequentes e raras.
Quadro 4.3 – Combinação de Ações de Serviço
Combinação de Serviço Cálculo das Solicitações
Combinações Quase Permanente de Serviço (CQP) 𝐹 𝐹 , 𝜓 𝐹 ,
Combinações Frequentes de Serviço (CF) 𝐹 𝐹 , 𝐹 , 𝜓 𝐹 ,
Combinações Raras de Serviço (CF) 𝐹 𝐹 , 𝐹 , 𝜓 𝐹 ,
Os materiais que propomos utilizar são os seguintes:
Aço em Barras nervuradas para armação CA 50
Concreto de Regularização (Magro) C 10
Concreto em Geral C 30
Aço estrutural para uso geral, referente à chapa, perfis laminados, soldados e
cantoneiras ASTM A572 Gr 50;
Aço estrutural em Grade de pavimento SAE 1020
Aço estrutural em Tirantes e Chumbadores SAE 1020
Fundações Atendendo à ligeireza da estrutura e consequente magnitude das cargas a transmitir ao subsolo, admitiu-
se que as condições geológico-geotécnicas do local da construção permitirão o recurso a soluções de
fundação direta, por intermédio de sapatas de concreto armado, dimensionadas para uma tensão máxima
de segurança de 100kPa.
Durante a execução do serviço, caso se verifique que as condições geotécnicas do local da construção
não são compatíveis com a solução de fundação direta, o projeto terá de ser revisado e a solução de
fundação ajustada às reais condições do local.
Descrição Geral da Concepção Estrutural A solução estrutural adotada para a estrutura dos pontos de embarque e desembarque apoia-se em
soluções metálicas (em aço), simples mas eficientes. Deste modo, conseguem-se operações de
construção/montagem leves, fáceis de montar, económicas e recicláveis (em caso de uma futura
demolição).
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24
As coberturas serão executadas em vidro laminado de 12 mm. As inclinações da cobertura são
acompanhadas pelo próprio revestimento e definem linhas de drenagem orientadas para a face posterior
do PED. As cordas das vigas metálicas da cobertura se mantêm horizontais e dão apoio ao revestimento.
Para melhor eficácia do revestimento da cobertura e da própria estrutura, optou-se pela instalação de uma
viga secundária intermédia.
Figura 3 – Revestimento das coberturas – Vidro Laminado
Perspectiva dos PED’ com e sem “Display”
A estrutura principal de apoio das coberturas é constituída por pórticos metálicos formando uma geometria
em “L” invertido.
Os pórticos por sua vez serão fundados em sapatas diretas excêntricas por forma a obedecer aos limites
de propriedade.
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Figura –PED’s sem “display” – Planta e elevações
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Figura 4 –PED’s com “display” – Planta e elevações
A estrutura do “display” de publicidade é realizada através perfis em C encastrados nos pilares.
Análise Estrutural Todo o dimensionamento e verificações de segurança da estrutura são realizados por meio de modelos
matemáticos. Os correspondentes algoritmos numéricos são processados por computador, entre tais
códigos se salientando os seguintes:
AUTODESK ROBOT STRUCTURAL ANALYSIS PROFESSIONAL 2014 – Análise em regime elástico linear de estruturas com elementos finitos do tipo: barra, estado plano de tensão ou de
deformação, laje ou casca);
SOFTWARE DESENVOLVIDO PELA Afaconsult – Software interno desenvolvido para verificação da segurança estrutural dos estados limites de utilização e últimos.
Os softwares atrás apresentados têm o seu rigor devidamente testado em diversas obras projetadas e já
construídas.
Os esforços determinantes são obtidos para as combinações mais desfavoráveis das ações.
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Análise Estrutural dos Pontos de Embarque e Desembarque
Pontos de Embarque e Desembarque com e sem display – Modelo de Cálculo
Pontos de Embarque e Desembarque com e sem display – Deformada máxima em serviço (cm)
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Pontos de Embarque e Desembarque com e sem display - Momentos fletores máximos (kN.m)
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Pontos de Embarque e Desembarque com e sem display – Esforços Cortantes máximos (kN)
Estruturas metálicas, em aço Seguindo as prescrições da ABNT NBR8800:2008, a tensão resistente de cálculo para os estados limites
últimos a seguir deve ser igual ou superior à tensão solicitante de cálculo, expressa em termos de tensão
normal (σ ), ou de tensão de cisalhamento τ , determinadas pela teoria da elasticidade, utilizando-se as combinações de ações de cálculo. Assim:
Para os estados limites de escoamento sob efeito de tensão normal:
σ fγ
Para os estados limites de escoamento sob efeito de tensão de cisalhamento:
τ 0,6. fγ
Para os estados limites de instabilidade ou flambagem sob efeito de tensão normal:
σ χfγ
Para os estados limites de instabilidade ou flambagem sob efeito de tensão de cisalhamento:
τ 0,6. χfγ
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30
Onde:
χ - é o fator de redução associado à resistência à compressão γ - é o valor do coeficiente de ponderação da resistência do aço estrutural ao escoamento, flambagem e instabilidade, γ 1,10
A determinação do valor de cálculo dos esforços resistentes das seções sujeitas à tração, compressão,
flexão e força cortante é efetuada em conformidade ABNT NBR8800:2008, verificando-se em especial as
seguintes condições de dimensionamento:
Dependendo da posição da esbeltez () dos componentes comprimidos em relação a p e r,
respectivamente parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação e parâmetro de esbeltez
correspondente ao início do escoamento, as seções transversais são classificadas em:
Compactas: seções cujos elementos comprimidos possuem esbeltez não superior ao parâmetro
p e cujas mesas são ligadas continuamente à alma ou às almas;
Não compactas: seções que possuem um ou mais elementos comprimidos excedendo o
parâmetrop, mas não o parâmetro r;
Elementos esbeltos: seções que possuem um ou mais elementos comprimidos excedendo o
parâmetro r.
Os parâmetros de esbeltez p e r são fornecidos para os diversos tipos de solicitação ao longo da Norma
NBR 8800.
A força normal de tração resistente de cálculo, Nt,Rd, a ser usada no dimensionamento é o menor dos
valores obtidos, considerando-se os estados limites de escoamento da seção bruta e ruptura da seção
líquida, de acordo com as expressões indicadas a seguir:
para escoamento da seção bruta
ygRd,t
fAN
para ruptura da seção líquida
ueRd,t
fAN
Onde:
- é o coeficiente de ponderação da resistência, igual a 1,10 para escoamento da seção bruta e a
1,35 para ruptura da seção líquida;
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31
Ag - é a área bruta da seção transversal da barra, determinada conforme 5.1.1;
Ae - é a área líquida efetiva da seção transversal da barra, determinada conforme 5.2.3;
fy - é a resistência ao escoamento do aço;
fu - é a resistência à ruptura do aço à tração.
No dimensionamento destas barras deve ser atendida, deve ser atendida a condição:
N , N ,
Onde:
N , - é a força axial de compressão solicitante de cálculo; N , - é a força axial de compressão resistente de cálculo, associada aos estados limites últimos
de instabilidade por flexão, por torção ou flexo-torção e de flambagem local, deve ser determinada
pela expressão:
N , χQA fγ
Onde:
Q - é o fator de redução total associado à flambagem local A - é a área bruta da seção transversal da barra χ - é o fator de redução associado à resistência à compressão, que é dado por: Para λ 1,5: χ 0,658 Para λ 1,5: 𝜒 ,
Onde λ é o índice de esbeltez reduzido: λ , sendo Ne a força axial de flambagem elástica:
N π EIKL
Onde:
KL - é o comprimento de flambagem por flexão;
L - é o comprimento destravado;
I - é o momento de inércia da seção transversal;
E - é o módulo de elasticidade do aço.
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Figura 4.5 – Valor de 𝝌 em função do índice de esbeltez 𝝀𝟎 O índice de esbeltez das barras comprimidas, tomado como o quociente entre o produto KL e o raio de
giração r (KL/r), não deve ser superior a 200.
Para o dimensionamento de barras prismáticas resistente a momento fletor e força cortante, um parâmetro
importante é o fator de modificação Cb, importante para o dimensionamento das vigas que nelas atuam a
flambagem lateral com torção, fazendo com que o dimensionamento fique mais preciso.
No dimensionamento das barras submetidas a momento fletor, deve ser atendida a seguinte condição:
M M As condições para o dimensionamento devem atender aos estados-limites últimos de flambagem lateral
com torção (FLT), flambagem local da mesa (FLM), flambagem local da alma (FLA).
Para permitir a condição da análise elástica, deve atender a condição do momento fletor resistente de
cálculo não pode ser maior que:
M 1,5. W. fγ
Onde:
W - é o módulo de resistência elástico mínimo da seção transversal da barra em relação ao eixo
de flexão.
De acordo com os tipos de seção e eixos de flexão indicados na Tabela 4.1, para o dimensionamento da
viga no estado-limite (FLT), o momento fletor resistente de dimensionamento para este estado-limite, caso
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existir. O cálculo das vigas é válido para o emprego das forças transversais externas na metade da seção
transversal, é dado por:
M , para p
M . M M M . , para p r
M , para r
De acordo com os tipos de seção e eixos de flexão indicados na Tabela 4.1, para o dimensionamento da
viga no estado-limite (FLM) e (FLA), o momento fletor resistente de dimensionamento para este estado-
limite, é dado por:
M , para p
M . M M M . , para p r
M , para r
Sendo:
O momento plástico (M Z. f igual ao produto entre módulo de resistência plástico (Z) e a resistência ao escoamento do aço a ser analisado (f ).
Para determinação do momento fletor resistente de cálculo no estado-limite, sendo dimensionado através
da flambagem lateral com torção (FLT), é indispensável calcular o fator de modificação (Cb), para o
comprimento destravado (Lb). Esse fator, em geral, é dado por:
Onde:
M á - é o memento fletor máximo solicitante de dimensionamento em valor absoluto, é determinado em função do comprimento destravado da barra;
M - é o momento fletor solicitante de cálculo em valor absoluto, localizado na seção transversal a 1/4 do comprimento destravado, tendo como ponto inicial de medida a esquerda do limite da
barra;
M - é o momento fletor solicitante de cálculo em valor absoluto, localizado na seção transversal a 3/4 do comprimento destravado, tendo como ponto inicial de medida a esquerda do limite da
barra;
R - é o parâmetro de monossimetria da seção transversal, para seções que tenha um eixo simétrico, com a flexão relacionada ao eixo que não é simétrico, sujeito à curvatura reversa, o
valor é igual a (R 0,5 2. I I⁄ , para os demais casos adotar R 1,00;
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I - é o momento de inércia da mesa comprimida da barra, em função do eixo que passa pelo centro médio da alma. Devido à curvatura ser reversa, o momento positivo adotado deve ser
considerado a mesa em que o menor momento de inércia ocorra em relação ao eixo referido;
I - é o momento de inércia da seção em relação ao eixo que passa pelo centro médio da alma.
Tabela 4.1 – Parâmetros referentes a momento fletor resistente (NBR 88800:2008).
Para o dimensionamento de barras prismáticas submetidas à força cortante, devem ser atendidas as
seguintes condições:
V V Para:
λ λ → V V γ⁄ λ λ λ → V λ . V λ. γ⁄ λ 𝜆 → V 1.24. λ λ⁄ . V γ⁄
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Onde:
λ ht
λ 1,10. k . Ef
λ 1,37. k . Ef
k 5,0 → a h 3 𝑜𝑢 ⁄ a h 260 h/t Para almas sem enrijecedores transversais k 5,0 2 2 h⁄ Para todos os outros casos de rigidez de cisalhamento
V - é a força cortante solicitante de cálculo; V - é a força cortante resistente de cálculo; V - é a força cortante apropriada a plastificação da alma por cisalhamento: V 0,6. A . f a - é a distancia entre centro de dois enrijecedores transversais.
Para a atuação simultânea da força axial de tração ou de compressão e de momentos fletores, deve ser
obedecida a limitação fornecida pelas seguintes expressões de interação:
Para N N⁄ 0,2
NN
89
M ,M ,
M ,M , 1,0
Para N N⁄ 0,2
N2N
M ,M ,
M ,M , 1,0
Onde:
N - é a força axial solicitante de cálculo de tração ou de compressão; N - é a força axial resistente de cálculo de tração ou de compressão; M , e M , - são os momentos fletores solicitantes de cálculo, respectivamente em relação aos
eixos x e y da seção transversal;
M , e M , - são os momentos fletores resistentes de cálculo, respectivamente em relação aos eixos x e y da seção transversal.
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Quando o momento de torção solicitante de cálculo T , for inferior ou igual a 20% do momento de torção resistente de cálculo, T , o efeito da torção pode ser desprezado. Quando T for superior a 20% de T , deve ser utilizada a seguinte expressão de interação:
𝑁𝑁
𝑀𝑀
𝑉𝑉
𝑇𝑇 1,0
Os elementos estruturais de seções metálicas submetidos a momento de torção, força axial, momentos
fletores e forças cortantes, através deste método, são dimensionados com um comparativo entre tensão
atuante e tensão limite de solicitação a que o elemento está submetido.
Nos estados limites de utilização (associados a cargas em serviço) usualmente são consideradas as ações
e os danos ligeiros ou localizados que venha a comprometer a estética da estrutura ou a sua durabilidade,
deformações excessivas que afetem a utilização normal do sistema estrutural ou sua estética, vibração
excessiva ou desconfortável para estrutura ou usuários da mesma. O estado limite de serviço está
relacionado com o desempenho da estrutura nas condições normais de utilização.
Os deslocamentos limites são valores práticos utilizados para verificação em serviço do estado limite de
deformações excessivas para os deslocamentos verticais (flechas) e horizontais. Estes valores limite são
apresentados nas tabelas seguintes:
Tabela 4.2 – Elementos estruturais e deformação vertical máxima
Descrição Deslocamento limite
Vigas de cobertura 𝑙 /250
Vigas principais de pavimento 𝑙 /350
Vigas secundárias de pavimento 𝑙 /350 + contra flecha
Tabela 4.3 – Elementos estruturais e deformação horizontal máxima
Descrição Deslocamento limite
Topo dos pilares em relação à base 𝐻 /300
Deslocamento relativo entre dois pavimentos
consecutivos ℎ /500
Onde:
-
37
l - é o vão teórico entre apoios ou o dobro do comprimento teórico do balanço, H - é a altura total do pilar (distância do topo à base) h - é a altura do andar (distância entre centros das vigas de dois pavimentos consecutivos ou
entre centros das vigas e a base no caso do primeiro andar).
De acordo com a NBR 6118:2007 a abertura de fissuras (w) a respeitar em projeto será a menor entre as
duas calculadas pelas fórmulas abaixo:
em que:
σ - é a tensão de tração no centro de gravidade da armadura considerada, calculada no estádio II;
∅ - é o diâmetro da barra que protege a região de envolvimento considerada; E - é o módulo de elasticidade do aço da barra considerada, de diâmetro ∅ ; ρ - é a taxa de armadura passiva ou ativa aderente (que não esteja dentro de bainha) em relação
à área da região de envolvimento (A ); A - é a área da região de envolvimento protegida pela barra ∅ .
Para dispensar a avaliação da grandeza da abertura de fissuras e atender ao estado limite de fissuração
um elemento estrutural pode ser dimensionado respeitando as restrições da Tabela seguinte quanto ao
diâmetro máximo (∅ á ) e ao espaçamento máximo (smáx) das armaduras, bem como as exigências de cobrimento e de armadura mínima. A tensão σs deve ser determinada no estádio II.
Tabela 4.4 – Valores máximos de diâmetro e espaçamento, com barras de alta aderência
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4.3 SISTEMAS ELÉTRICOS, TELEFONIA E SPDA
As instalações técnicas previstas para os equipamentos atendem a aspectos ecológicos e econômicos,
abrangendo não apenas as fases de exploração, mas também as fases de construção e manutenção. Os
sistemas são concebidos tendo em vista a segurança dos mesmos, e tendo em consideração a sua
disponibilidade, conforto, funcionalidade, sustentabilidade, operacionalidade e manutenção.
A elaboração do projeto teve como base a regulamentação brasileira em vigor, bem como o terá de ser
obrigatoriamente a execução da obra, independentemente de qualquer lapso existente em projeto. No
caso de omissão na regulamentação brasileira, são aplicadas as IEC – International Electrotechnical
Comission:
NBR 5410:2004 Errata 1:2008 - Instalações elétricas de baixa tensão;
NBR IEC 60439-1:2003 - Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão - Parte 1: Conjuntos com
ensaio de tipo totalmente testados (TTA) e conjuntos com ensaio de tipo parcialmente testados (PTTA);
NBR IEC 60439-3:2004 – Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão – Parte 3: Requisitos
particulares para montagem de acessórios de baixa tensão destinados a instalação em locais
acessíveis a pessoas não qualificadas durante sua utilização – Quadros de distribuição;
NBR IEC 60947-2:1998 - Dispositivos de manobra e comando de baixa tensão Parte 2: Disjuntores;
NBR IEC 60529:2005 Errata 2:2011 - Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos
(código IP);
IEC 62262 ED. 1.0 b - Degrees of protection provided by enclosures for electrical equipment against
external mechanical impacts (IK code);
NBR 10898:2013 - Sistema de iluminação de emergência;
NBR 5419:2005 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas;
Normas Técnicas da CEMIG - “Fornecimento de energia elétrica em tensão secundária”.
Foram consideradas as seguintes instalações para os Pontos de Embarque e Desembarque (PED’s) do
Corredor Norte-Sul:
Padrão de Energia Monofásico em Poste;
Eletrodutos com circuitos de iluminação e força;
Proteção contra choques elétricos.
Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA);
Proteção contra choques elétricos.
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A alimentação de energia elétrica pela rede da concessionária será efetuada em tensão secundária de
127/220V, 60Hz. Os padrões de entrada de energia foram dimensionados a partir da norma ND 5.1 da
CEMIG, conforme suas cargas instaladas, a saber:
- Pontos de Embarque e Desembarque (PED’s): carga instalada de até 1,9kW – Padrão de Energia
monofásico instalado em poste, com caixa de medição com lente.
Nos Pontos de Embarque e Desembarque, o padrão de energia deverá ser instalado diretamente no poste
da concessionária de energia, assim como o Quadro de Distribuição de Circuitos (QDC-PED). Os
alimentadores partem da caixa de medição no poste, passam pelo QDC-PED e seguem para o PED.
O QDC-PED deverá ser instalado diretamente no poste da concessionária de energia elétrica. Ele deverá
ter fecho com trinco, grau de proteção IP66, para uso ao tempo.
Principais características dos painéis elétricos
Todos os painéis serão do tipo PTTA (ensaio de tipo parcialmente testado) conforme definido pela norma
NBR-IEC-60439-1.
A proteção contra sobrecorrentes dos vários circuitos que derivam dos quadros será assegurada por
disjuntores termomagnéticos. As correntes nominais de cada disjuntor foram indicadas nas relações de
cargas presente nas plantas do projeto elétrico.
Serão instalados interruptores sensíveis à corrente diferencial residual (DR’s), diretos, de atuação
instantânea.
O QDC-PED deverá ter grau de proteção IP-66, para instalação ao tempo. Suas dimensões deverão ser
suficientes para, se necessário, poderem ser derivados outros circuitos, devendo para isso serem
previstos, no mínimo, 20 % de espaço de reserva.
Os dutos para instalações elétricas serão maioritariamente embutidos em paredes e pavimentos, e de
instalação sobreposta, conforme os locais. Na área externa as instalações serão subterrâneas, com
eletrodutos em bancos de dutos e caixas de passagem em alvenaria ou concreto.
Eletrodutos
Nas instalações embutidas serão utilizados eletrodutos em PVC rígido roscado, antichama, resistência à
deformação, atendendo aos requisitos da norma NBR 15.465, preparados para serem instalados com fita
veda rosca em locais úmidos.
Para instalações aparentes e expostas ao tempo, deverão ser utilizados eletrodutos de aço galvanizado
conforme NBR 5.624, tipo pesado.
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40
O fornecimento dos eletrodutos deverá contemplar todos os acessórios para a instalação tais como luvas,
curvas, conectores, entre outros, acessórios de fixação e sustentação dos eletrodutos instalados em
parede e laje.
Os eletrodutos vazios (secos) deverão ser cuidadosamente vedados, quando da instalação, e
posteriormente limpos e soprados, a fim de comprovar estarem totalmente desobstruídos, isentos de
umidade e detritos, devendo ser deixado arame guia para facilitar a passagem do cabo.
As eletrocalhas serão perfuradas, em chapa aço #18 com galvanização a fogo, com virola, tampa de
encaixe, curvas, cruzetas, reduções, tês e todos os acessórios necessários para fixação e suporte.
A equipotencialidade entre peças de eletrocalhas deverá ser assegurada através de “shunts” em cabo de
cobre de 4mm² e ligação equipotencial ao elétrodo de terra nos extremos das eletrocalhas.
Caixas
Os tipos de caixas que serão utilizadas nas instalações elétricas são os seguintes:
Caixas de derivação tipo condulete em alumínio, fabricado com rosca, fornecido com tampa cega com
borracha de vedação;
Caixa de piso tipo ZA, com tampa de ferro fundido, conforme norma da CEMIG ND 5.1.
Para o dimensionamento das bitolas dos cabos, constantes nos quadros de cargas, considerou-se que em
qualquer ponto de utilização da instalação a queda de tensão não será superior a:
5%, calculados a partir do ponto de entrega;
Em nenhum caso a queda de tensão nos circuitos terminais poderá ser superior a 4%.
Os cabos multipolares e unipolares serão em cobre, classe de encordoamento 5, com isolação em
composto termoplástico não halogenado, tensão de isolamento 600/1000V.
Cabos multipolares, cabos unipolares em eletrodutos embutidos no piso, e cabos em áreas externas serão
em cobre, classe de encordoamento 5, com isolação em composto termoplástico não halogenado, tensão
de isolamento 0,6/1kV, não propagação e auto extinção de fogo, baixa emissão de fumaça e gases tóxicos,
livres de halogênio, conforme NBR 13248 e NBR 13570.
Padronização de cores dos cabos:
Condutor N – Azul claro;
Condutor PE – Verde;
Fase R – Preto;
Fase S – Branco;
Fase T – Vermelho;
Retorno – cinza.
A conexão dos condutores do cabo junto às chaves e disjuntores será efetuada através de terminais de
compressão adequados.
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41
Todos os circuitos serão identificados junto à extremidade dos cabos e próximo às chaves através de
anilhas.
Nos Pontos de Embarque e Desembarque foi previsto interruptor horário no interior do QDC-PED para
acionamento automático da iluminação.
Os condutores elétricos deverão em toda a instalação estar isolados, não sendo admitidas partes vivas ou
com isolamento fora do padrão de execução das instalações e os condutores de proteção deverão aterrar
as partes metálicas de todos os equipamentos elétricos fixos.
Para proteção contra choques elétricos de contatos indiretos, foram previstos protetores diferenciais
residuais (DR’s) de alta sensibilidade, 30 mA, nos seguintes casos:
Circuitos de iluminação;
Todos os circuitos que alimentem tomadas.
Não serão protegidos por DR’s os circuitos que alimentam cargas com motores, como portas de enrolar e
bombas.
Todos os circuitos elétricos deverão ser testados com relação à continuidade, fuga e isolamento, devendo
os resultados dos testes serem documentados e entregues ao gerenciamento da obra.
Os painéis deverão apresentar um invólucro adequado e serem dimensionados folgadamente tendo em
conta a eventual ampliação do número e potência de derivações. Os painéis elétricos deverão ter IP
mínimo conforme a classificação do local onde serão instalados, tendo como mínimo IP40 e IK08.
Os quadros elétricos deverão ser construídos conforme diagramas trifilares apresentados nas peças
desenhadas.
Os quadros metálicos para sobrepor ou embutir serão feitos em chapa com dobras soldadas, com porta
externa, moldura e porta interna metálica, terão tratamento na chapa a base de jateamento de areia, com
fosfatização com duas demãos de esmalte, RAL a definir em obra pela arquitetura, e com secagem em
estufa.
As portas externas deverão ter fecho rápido giratório em baquelite.
Os barramentos de cobre interno deverão ser dimensionados para a capacidade do disjuntor geral.
Deverão conter barra de neutro e de proteção (PE).
Os barramentos deverão ser pintados nas cores da ABNT: (Fases: Preto, branco e vermelha / Neutro: azul
claro / Proteção (PE): verde).
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Deverão possuir equipamentos de reserva (se indicado nos diagramas) e espaços físicos para reservas
conforme indicado, devendo ser deixados barramentos de espera para o futuro equipamento.
A porta interna deverá conter identificação dos disjuntores com etiquetas acrílicas coladas.
Os quadros e painéis deverão ser providos de flanges superior e/ou inferior aparafusados, deverá ser
provido de junta com borrachas vulcanizadas ou material termoplástico.
O poder de corte mínimo da aparelhagem vai indicado na folha de cálculo das seções dos condutores.
Todos os painéis elétricos devem ter espaço de reserva não inferior a 20% das saídas ocupadas.
As dimensões dos painéis elétricos, bem como a disposição da aparelhagem nos mesmos, deverão ser
previamente estudada com a equipe projetista e Gerenciamento, sem o que nunca poderão ser aceites.
Os equipamentos a instalar nos painéis obedecerão ao seguinte:
Disjuntores unipolares possuindo relés térmicos e eletromagnéticos. As correntes nominais são as
indicadas nos diagramas e adequadas a cada um dos circuitos, conforme quadros de cargas;
Aparelhos sensíveis à corrente diferencial – residual, diretos, de atuação instantânea, para disjuntores
diferenciais. Possuirão as sensibilidades e correntes nominais indicadas nos diagramas;
Barramentos de barra de cobre eletrolítico, com seção retangular, pintados nas cores regulamentares.
Marcas de referência da aparelhagem a instalar nos painéis elétricos:
Interruptores de corte em carga: Schneider Electric ou similar;
Contatores: Schneider Electric ou similar;
Disjuntores: Schneider Electric ou similar;
Disjuntores Diferenciais: Schneider Electric ou similar;
Bornes: Phoenix Contact ou similar;
Fusíveis de a.p.c.: Siemens ou similar;
Interruptores horários programáveis: Schneider Electric ou similar;
Lâmpadas de sinalização e suportes: Schneider Electric ou similar.
Todos os painéis elétricos deverão ser devidamente identificados e deverão ainda ficar assinalados em
todos os painéis, por meio de placas em trafolite brancas com letras gravadas a preto, os destinos dos
disjuntores ali localizados. De igual forma na porta de todos os painéis elétricos deverá ser colocada uma
bolsa própria com o esquema elétrico do mesmo.
Modelo de referência para os painéis elétricos:
Até 63A de corrente nominal: série Mini-Pragma da Schneider Electric ou similar.
O nível da caixa dos quadros de distribuição será regulado por suas dimensões e pela comodidade de
operação das chaves de inspeção dos equipamentos, sendo recomendada sua instalação a 1,60 metros
do seu eixo ao piso acabado. Só poderão ser abertos os olhais das caixas destinadas a receber ligação
de eletrodutos.
Os QDC’s deverão possuir chave geral e espaços para os disjuntores especificados e supressores de
surtos e transitórios, instalados entre fase ou fases e o neutro e entre neutro e terra, conforme projeto.
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Fornecidos com barramento monofásico + neutro + terra, dimensionados conforme indicação em projeto
e Norma Técnica DIN 43671 e NBR-6808/198L. Os barramentos deverão ser de cobre eletrolítico 100%
IACS, montados sobre isoladores de material não higroscópio, capaz de suportar as elevações de
temperatura prescrita pelas normas ABNT/IEC, bem como a esforços dinâmicos de curto circuito. Devem
ser observadas as distâncias mínimas ditadas pelas normas técnicas da ABNT quanto à fase-fase, fase-
neutro e fase-terra. Os quadros deverão ser fornecidos totalmente montados e testados, em perfeitas
condições de funcionamento, com todas as ligações elétricas efetivadas, identificação de todos os circuitos
nos disjuntores e condutores, identificação externa: QDCx. O quadro deverá conter ainda etiqueta com
nome do fabricante e data de fabricação. Os disjuntores deverão ser identificados através de placas
acrílicas. Deverá ser afixada, no interior do quadro, em papel contact a correspondência entre os
disjuntores e os quadros de distribuição de circuitos/equipamentos. A carcaça do quadro deverá ser
aterrada. Deverão atender a NR-10 do M.T.E.
Deverá ser instalado no interior de todo quadro de distribuição de circuitos o dispositivo de proteção contra
sobretensões provisórias – supressor de surtos, conforme indicação em projeto, com as seguintes
características:
Tensão nominal de funcionamento: 127V/220V;
Instalação: Fases e neutro, e neutro e terra;
Capacidade de interrupção de 40kA.
Eletrodutos em Aço Galvanizado (instalações sobrepostas / aparentes)
Eletrodutos em aço galvanizado a fogo, rebarba interna totalmente removida, com uma luva na
extremidade e protetor de rosca na outra, atendendo aos requisitos da norma NBR-5624 para eletrodutos,
fornecidos em peças no comprimento de 3000 mm e nos diâmetros indicados nas listas de materiais.
Marca de referência: PERFIL LIDER ou similar.
● Instalação de Cabos em Eletrodutos:
Antes do lançamento dos cabos será feita uma inspeção para verificação de arestas e detritos que possam
danificar os condutores quando de seu puxamento.
Os cabos serão puxados em lances inteiros, sem emendas entre caixas de passagem.
Qualquer emenda, quando necessária, será efetuada no interior dos conduletes.
Serão empregados lubrificantes adequados, preferivelmente talco, para diminuir o atrito durante o
puxamento dos condutores. Não será usada graxa. Os cabos serão puxados simultaneamente por circuito,
pelos condutores, de forma contínua e com tensão constante até que a enfiação se processe totalmente.
Serão deixadas em todas as caixas de passagem, sobras adequadas de condutor para permitir eventuais
remanejamentos ou correções.
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Os cabos a serem dutados serão identificados por meio de fita colorida, para marcação de fase de acordo
com cores do barramento do painel elétrico alimentador do circuito em referência e o circuito completo
ficarão identificados pelo seu número, por meio de tarjas plásticas.
No caso de lançamentos verticais de condutores ou equipamentos elevados, cada conjunto de cabos será
mecanicamente fixado a suportes, de sorte a não exercerem tensões mecânicas sobre os terminais.
Todos os condutores deverão ser identificados com anilhas ou cintas em nylon adequadas a cada 3m,
quando instalados aparentes ou em eletrocalhas.
Quando instalados em eletrodutos esta identificação nos cabos deverá existir em todas as caixas de
passagem a 300 mm da entrada/saída dos mesmos nos eletrodutos. Em ambos os casos a identificação
também deverá ser executada nos trechos terminais condutores, onde estarão conectados. A identificação
básica consiste do número do circuito e fase.
● Execução de Terminações e Emendas:
Todos os cabos a serem ligados aos disjuntores, barramentos ou equipamentos de qualquer natureza,
serão conectados através de terminais de compressão (olhais), possuindo o devido recobrimento com
isolantes termocontráteis ou verniz isolante ou fita auto fusão.
As emendas só existirão em casos especiais, devendo ser minimizadas ao extremo.
Após a ligação, as emendas dos fios e cabos de baixa tensão serão recobertas com fita adesiva
termoplástica, de maneira a garantir a reconstituição do isolamento não tendo, entretanto, espessura
inferior a 2 vezes a espessura do isolamento original.
A recomposição do isolamento será efetuada com fita autofusão e da capa do cabo, com fita plástica
isolante.
As terminações para cabos de média tensão serão do tipo termocontrátil.
Os cabos de comando/controle ligados a réguas de bornes serão conectados por meio dos terminais de
compressão tipo agulha.
Não serão permitidas emendas de cabos no interior dos eletrodutos, sob-hipótese alguma.
Deverão ser deixados, em todos os pontos de ligações, comprimentos adequados de cabos para permitir
futuras as emendas.
A aplicação correta do terminal ao condutor deverá ser feita de modo a não deixar à mostra nenhum trecho
de condutor nu, havendo, pois, um faceamento da isolação do condutor com o terminal.
O interruptor diferencial residual (DR) será padrão europeu, tipo “G” (instantâneo), conforme indicado em
projeto.
A sensibilidade (In) será de 30mA e a corrente nominal conforme indicação em projeto.
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O DR será instalado em trilhos de 35mm fixados no quadro de distribuição, caso o fabricante não tenha
esta adaptação de série.
Todos os disjuntores deverão ser novos, com certificado do Inmetro e serem de um único fabricante. Serão
utilizados disjuntores padrão DIN.
Os disjuntores instalados nos quadros deverão obedecer aos padrões das Normas Técnicas NBR-60898
e Norma Técnica NBR-60947-2, com capacidade mínima de interrupção nominal de curto-circuito de 5 KA
em 127/220 V e 10 KA em 220 V. Serão disjuntores unipolares e multipolares não assessoráveis.
O sistema previsto para o SPDA foi do tipo Gaiola de Faraday, em que a cobertura será utilizada como
captor natural, bem como a respetiva estrutura metálica será utilizada como descida natural.
Todos os elementos metálicos localizados na cobertura do edifício (telhas, tubulações, rufos, etc.) deverão
estar eletricamente ligados aos condutores do SPDA. Esta conexão deverá ser realizada através de
elementos fabricados em material estanhado para se evitar corrosão por par eletrolítico.
A rede de aterramento será constituída por cordoalha de cobre nu de 50mm², instalada ao longo das
fundações, que serão conectadas entre si, e por sua vez aos barramentos coletores de terra por soldas
exotérmicas, de forma a possibilitar uma resistência não superior a cinco ohms.
As hastes de aterramento serão cobreadas, cobre eletrolítico de pureza mínima de 95% sem traços de
zinco, 3/4"x3m, com núcleo em aço carbono SAE 1010. Foram consideradas caixas de inspeção do
aterramento.
As tubulações metálicas tanto de instalações elétricas como de hidráulica e ar condicionado devem ser
interligadas a um condutor de proteção mais próximo. Qualquer parte metálica com área superior a 1m²
(bancadas, portas), também deverá ser ligada à rede de equipotencial.
Serão instaladas as hastes necessárias para que se atinja a resistividade máxima exigida. O solo poderá
também ser tratado visando complementar a qualidade da resistividade, se necessário.
Deverá ser do escopo de fornecimento da empresa contratada para a execução desse sistema todos os
materiais complementares para a sua completa instalação, testes de resistividade do terreno, incluindo a
exigência da realização das medições e testes após a conclusão de todo o sistema de aterramento.
Será executado o teste de continuidade exigido na norma NBR5419, para verificar a eficiência do SPDA.
Será instalado um SPDA Estrutural composto pela implantação de um sistema em gaiola de FARADAY,
com descidas naturais utilizando os pilares metálicos.
A gaiola de Faraday será executada por recurso à estrutura metálica do edifício que servirá como captor
natural.
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● Descrição do Sistema
Toda a instalação possuirá um sistema de aterramento único, interligado, visando esta medida a
equipotencialização de toda a parte elétrica da instalação e das massas metálicas.
Os pilares metálicos que funcionarão como descidas naturais serão interligados ao aterramento, conforme
detalhamento.
Serão instaladas barras de equalização em todos os edifícios. As barras serão instaladas no interior de
caixa de equalização.
Nestas barras serão ligadas todas as carcaças das máquinas, as tubulações metálicas, as terras dos
dispositivos de proteção, as massas metálicas não energizadas dos painéis elétricos e as restantes
massas metálicas (escadas, guarda-corpos, etc.).
Para manter o mesmo potencial elétrico entre as massas, estas deverão ser aterradas, através de conexão
ao condutor de equipotencialidade ou barra de aterramento na caixa de equalização, dos seguintes
componentes:
Rede de eletrocalhas e perfilados metálicos dos circuitos elétricos internos da edificação;
Rede de eletrocalhas metálicas e perfilados do sistema de cabeamento estruturado;
Carcaças dos armários técnicos;
Tubulações metálicas de água, de um modo geral;
Carcaças das bombas de água e componentes metálicos a elas associados;
Partes metálicas dos painéis elétricos, racks de comunicações, etc.
● Procedimentos gerais de instalação
Deverão ser previamente consultados os detalhes de instalação do projeto.
Na emenda da cordoalha deverá ser utilizada solda exotérmica.
O condutor de proteção será entregue no painel elétrico geral (QGBT ou QDC), no seu barramento de
terra, de onde partirão os condutores de proteção dos demais painéis elétricos. Os barramentos de Neutro
e de Terra do PG serão interligados, iniciando-se, a partir daí o sistema TN-S do prédio.
Todas as partes metálicas não vivas da instalação, incluindo luminárias, eletrocalhas, caixas, painéis,
carcaças de equipamentos de climatização, etc. deverão ser efetivamente aterrados, assim como todas
as tomadas.
Caberá ao construtor atestar a continuidade da malha de aterramento e a continuidade do sistema SPDA,
conforme determina a norma.
O construtor deverá realizar medições na malha de aterramento para verificar sua resistência que não
poderá ultrapassar 10 ohms. O resultado do teste do aterramento deverá ser apresentado ao
Gerenciamento.
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Caso o sistema de aterramento não atinja os níveis desejados caberá ao construtor ampliar a malha de
aterramento adicionando hastes para atingir os níveis de resistividade adequados.
● Considerações finais
Ao final da implantação, serão executados testes de continuidade elétrica do sistema, de acordo com o
Anexo "E", da NBR-5419/2005.
O sistema deverá ter uma manutenção preventiva anual e sempre que atingido por descarga atmosférica,
para verificar eventuais irregularidades e garantir a eficiência do SPDA.
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5 MEMORIAL DESCRITIVO DE INFRAESTRUTURA
5.1 ESTUDOS TOPOGRÁFICOS
Os estudos topográficos compreenderam a implantação de poligonal de apoio ao longo de todo o Corredor
Norte-Sul, que serviu de base para o levantamento topográfico planialtimétrico e cadastral de todos os
elementos necessários para o perfeito estudo e detalhamento dos diversos projetos do Corredor Norte-
Sul.
Para o levantamento planialtimétrico do Corredor Norte-Sul foram implantados os marcos, conforme
coordenadas e cotas respectivas apresentadas no quadro a seguir:
Vértice Coordenadas Altitude
Ortométrica Norte Este
NS-01 7.792.219,741 601.849,886 955,593
NS-02 7.792.183,457 602.348,606 951,063
NS-03 7.792.397,968 602.486,275 938,691
NS-04 7.792.673,517 602.686,033 922,328
NS-05 7.792.868,051 602.799,690 907,531
NS-06 7.793.033,243 602.890,363 897,387
NS-07 7.793.275,203 602.784,611 900,741
NS-08 7.793.436,022 602.702,156 903,575
NS-09 7.793.810,464 602.525,466 900,080
NS-10 7.793.938,959 602.459,717 896,849
NS-11 7.793.947,809 602.190,185 897,727
NS-12 7.793.965,116 601.956,883 904,395
NS-13 7.793.976,102 601.819,008 900,766
NS-14 7.794.013,532 601.460,643 913,809
NS-15 7.794.153,058 601.378,761 919,953
NS-16 7.794.304,413 601.272,061 922,413
NS-17 7.794.423,794 601.083,758 934,595
NS-18 7.794.527,150 600.869,791 950,523
NS-19 7.794.573,005 600.671,709 947,768
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Vértice Coordenadas Altitude
Ortométrica Norte Este
NS-20 7.794.542,927 600.439,695 946,768
NS-21 7.794.757,868 600.139,068 954,212
NS-22 7.794.899,890 599.926,694 964,380
NS-23 7.794.953,546 599.798,090 965,229
NS-23A 7.795.003,616 599.640,239 960,087
NS-24 7.795.055,590 599.529,392 957,600
NS-25 7.795.047,068 599.209,306 968,887
NS-26 7.795.020,774 599.107,152 968,347
NS-27 7.794.996,977 598.756,137 949,652
NS-28 7.795.132,625 598.522,962 961,475
NS-29 7.795.221,845 598.421,345 963,616
NS-30 7.795.435,291 598.206,538 955,003
NS-31 7.795.668,337 597.924,987 970,112
NS-32 7.795.767,029 597.835,744 966,679
NS-33 7.795.953,504 597.614,646 947,261
NS-34 7.796.226,476 597.467,338 928,324
NS-35 7.796.457,504 597.298,089 926,156
NS-36 7.796.553,887 597.163,515 923,770
NS-37 7.796.701,638 596.950,115 913,768
NS-38 7.796.922,241 596.758,568 909,630
NS-39 7.797.141,766 596.650,837 902,814
NS-40 7.797.324,364 596.581,584 911,467
NS-41 7.797.421,032 596.509,014 913,319
NS-42 7.797.416,275 596.332,285 912,542
NS-43 7.797.579,053 596.326,860 899,961
NS-44 7.797.586,929 596.188,975 901,114
NS-45 7.797.715,222 595.917,935 901,221
NS-46 7.797.765,806 595.808,635 916,841
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50
Vértice Coordenadas Altitude
Ortométrica Norte Este
NS-47 7.797.751,745 595.625,136 920,400
NS-48 7.797.761,827 595.478,210 923,730
NS-49 7.797.717,752 595.346,516 931,616
NS-50 7.797.798,522 595.256,914 937,619
NS-51 7.797.862,611 595.235,327 936,355
NS-52 7.797.995,039 595.257,174 937,080
NS-53 7.798.157,173 595.224,864 931,214
NS-54 7.798.262,798 595.114,297 927,10
NS-55 7.798.342,562 595.098,645 923,674
NS-56 7.798.426,199 595.120,521 923,405
NS-57 7.798.623,348 595.030,952 925,346
NS-58 7.798.854,544 594.902,662 923,475
NS-59 7.799.155,601 594.937,368 930,700
NS-60 7.799.280,576 594.882,809 922,714
NS-61 7.799.536,326 594.947,762 905,648
NS-62 7.799.724,771 594.945,745 901,949
NS-63 7.799.839,559 594.898,283 898,993
NS-64 7.799.938,807 594.876,608 894,248
NS-65 7.800.113,516 594.816,465 880,950
NS-66 7.800.282,610 594.773,859 868,063
NS-67 7.800.336,230 594.657,432 864,619
NS-68 7.800.424,275 594.413,308 880,337
NS-69 7.800.520,902 594.250,978 895,825
NS-70 7.800.622,645 594.139,482 894,162
NS-71 7.801.067,678 594.064,172 888,278
NS-72 7.801.283,186 594.039,392 877,078
NS-73 7.801.480,236 593.733,639 850,428
NS-74 7.801.703,552 593.370,392 877,528
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Vértice Coordenadas Altitude
Ortométrica Norte Este
NS-75 7.801.859,144 593.166,259 878,077
NS-76 7.802.128,121 592.842,782 895,197
NS-77 7.802.230,874 592.776,945 893,032
NS-78 7.802.554,667 592.482,117 860,687
NS-79 7.802.980,738 592.362,649 867,204
NS-80 7.803.146,114 592.118,611 888,594
NS-81 7.803.278,997 591.954,319 887,697
NS-82 7.803.469,621 591.813,936 891,192
NS-83 7.803.846,948 591.440,182 896,476
NS-84 7.803.943,794 591.245,554 908,456
NS-85 7.803.997,130 590.948,192 912,014
NS-86 7.804.084,498 590.663,108 913,796
NS-87 7.804.251,842 590.600,250 917,207
NS-88 7.804.520,444 590.368,879 895,479
NS-89 7.804.909,870 589.951,344 865,237
NS-90 7.805.246,409 589.552,243 878,158
NS -91 7.805.395,184 589.345,030 889,210
Os "datuns" adotados para este trabalho são os seguintes:
Planimetria - Coordenadas UTM - DATUM SIRGAS 2000;
Altimetria - Altitude Ortométrica - DATUM IMBITUBA - SC.
Os estudos topográficos foram desenvolvidos com o objetivo de fornecer a modelagem planialtimétrica do
terreno e o cadastramento das construções e da infraestrutura existente, visando a geração dos traçados
em planta e perfil.
O apoio topográfico foi desenvolvido a partir da rede fundamental do IBGE. As coordenadas UTM "Datum"
Sirgas 2000 foram obtidas por rastreamento de GPS de dupla frequência RTK modelo Trimble R6.
-
52
O rastreamento dos vértices das poligonais foi realizado de forma a garantir precisão determinada através
da NBR 13.133/94, que enquadra, para estes trabalhos, na classe IIIP. A partir da definição da classe da
poligonal, definiu-se os equipamentos bem como a metodologia para o seu desenvolvimento.
O levantamento topográfico cadastral planialtimétrico foi realizado com estação total modelo TOPCON
GPT-3102W, tendo como pontos de partida os marcos listados no quadro acima.
Partindo-se dos referidos marcos, foram implantadas poligonais fechadas na área do projeto, sendo seus
vértices as estações para as irradiações dos pontos de interesse. Os pontos foram levantados de modo a
descrever toda a planimetria e a caracterização do relevo.
O processamento dos dados foi feito com o apoio do software TopoGRAPH, calculando-se as poligonais
e os pontos irradiados e desenhando a planta planialtimétrica com curvas de nível equidistante de 1 metro.
Foi executado o levantamento dos pontos necessários ao cadastro geral da faixa, tais como:
Ruas transversais;
Edificações, cercas e muros de divisa de propriedades;
Pv’s das redes de esgoto, água potável (adutoras), drenagem pluvial, gasodutos, redes de
telefonia e de energia;
Placas, lixeiras, meio-fio (pé e crista), árvores, torres e semáforos;
Talvegues, galerias, cursos d'água, e pé e crista de talude;
Pontos diversos representando fielmente o relevo do terreno.
Todos os pontos levantados fazem parte de um contexto planialtimétrico, usado tanto para o desenho do
cadastro das edificações e elementos físicos, como de acidentes geográficos existentes no terreno e
consequentemente para geração de curvas de nível.
Os dados de campo foram convertidos em arquivos texto contendo a identificação, a descrição, as
coordenadas e as cotas de cada ponto levantado (número, descrição, coordenadas norte e leste, cota). A
planta planialtimétrica cadastral derivada do levantamento foi elaborada através do software AutoCad e
formatada na escala 1:1000, dispondo, entre outras, com as seguintes informações:
Malha do sistema de coordenadas;
Indicação do norte verdadeiro;
Indicação dos marcos da poligonal;
Representação do terreno, com indicação das curvas de nível equidistantes de 1 (um) metro;
Acidentes geográficos;
Cadastro de todos os elementos físicos existentes na área levantada.
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53
O conteúdo apresentado do levantamento topográfico foi específico para atender cada disciplina do
projeto.
O relatório fotográfico apresentando as vistas aéreas dos locais dos marcos implantados e as respectivas
fotos panorâmicas bem como os desenhos resultantes do levantamento topográfico planialtimétrico
cadastral da área do projeto é apresentado a seguir.
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54
INSERIR 37 A4
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91
5.2 ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Os Estudos Geotécnicos foram desenvolvidos objetivando fornecer subsídios à elaboração do Projeto de
Terraplenagem e de Reabilitação do Pavimento e de Pavimentos Novos, envolvendo basicamente a
realização de sondagens e ensaios para avaliação das condições funcionais e estruturais do pavimentosexistente e as características do subleito nos locais de pavimentos novos.
Os Estudos Geotécnicos consideraram as investigações geotécnicas realizadas pela Engesolo
Engenharia Ltda., através do contrato 002/2013-SMDU, bem como a complementação dos estudos
realizados por este Consórcio, referentes ao subleito do Terminal Darcy Ribeiro.
Os estudos apresentados envolveram basicamente:
caracterização geométrica e geotécnica da estrutura do pavimento existente e do subleito;
estudos de agregados pétreos britados de gnaisse (brita graduada simples) da Pedreiras Martins
Lanna.
As investigações geotécnicas realizadas relativas aos pavimentos existentes das vias que integram o
Corredor Estrutural de Transporte envolveram as seguintes atividades:
caracterização geométrica e geotécnica das estruturas dos pavimentos existentes, através da:
realização de sondagens do pavimento, a pá e picareta/trado, com espaçamentos variáveis, função
do comportamento defletométrico do pavimento (mínimo da ordem de 100 m e máximo da ordem de
800 m), na faixa de tráfego externa das vias;
realização, no campo, de ensaios de densidade "in situ" e umidade natural com os materiais das
camadas granulares do pavimento (base, sub-base e reforço do subleito) e subleito;
coleta de amostras dos materiais constituintes das camadas granulares do pavimento (base, sub-
base e reforço do subleito) e subleito;
realização, em laboratório, dos seguintes ensaios com as amostras coletadas:
caracterização física: granulometria por peneiramento, granulometria por peneiramento e
sedimentação (parte das amostras do reforço do subleito), limite de liquidez e limite de
plasticidade;
caracterização mecânica: compactação Proctor modificado (base), Proctor intermediário (sub-
base e reforço do subleito), compactação Proctor normal (subleito) e índice suporte Califórnia -
ISC;
avaliação das condições estruturais dos pavimentos através da determinação das medidas das deflexões, conforme DNER-ME 24/94 - "Determinação das Deflexões pela Viga Benkelman", em
estações espaçadas da mesma forma da avaliação objetiva da superfície do pavimento, na faixa de
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92
tráfego externa ou interna (pista simples com sentido duplo de tráfego e pista dupla) e nas duas faixas
de tráfego (pista simples com sentido único de tráfego) e, ainda, determinação de bacias de deformação
(em geral a cada 400 m, alternadamente na faixa esquerda/pista esquerda e faixa direita/pista direita),
conforme DNER-ME 61/94 - "Delineamento da Linha de Influência Longitudinal da Bacia de
Deformação por Intermédio d