(pré-projeto) a voz do samba

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Rio de Janeiro DEZEMBRO de 2011 Ano I - nº.00

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EditorialBota pra cantar

Expediente

Força, Garra, Perseverança e

Contribuição

“ Artigos assinados, infor-mes publicitários e anún-cios são de responsabilida-de de seus autores”.

O comércio ambulante da passarela do mercado munici-pal de Duque de Caxias tem, entre seus representantes, o ambulante Luiz Cláudio Ro-drigues Veloso, 42 anos que já trabalha a 15 anos nesta profi ssão.

Além de exercer com cari-nho a profi ssão de ambulante, também exerce outras profi s-sões para reforço orçamentá-rio.

Uma delas é vestir-se de papai noel e a partir de con-tratos ou serviços solidários, vai a orfanatos, creche e asi-los apresentar seu trabalho as pessoas que por ele aguar-dam.

Entende que a profi ssão de ambulante deva ser lega-lizada para que todos possam exercê-la sem medo e possam contribuir para o crescimen-to da sua cidade.

Espera com isso, junto com seus companheiros, con-

seguir Adepto a conserva-ção do meio ambiente, Luiz Cláudio faz um alerta e ape-la aos seus companheiros de profi ssão:

- Faço um apelo aos com-panheiros, não só os do turno da noite mas a todos os am-bulantes amigos que não pro-duzam lixo mas se o fi zerem, não os deixem nas ruas, man-tenham nossa cidade limpa e seu local de trabalho organiza-dos, contribuindo assim para o bem estar de todos os cidadões caxienses.

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G.R.E.S. ESTAÇÃO PRIMEIRA DEG.R.E.S. ESTAÇÃO PRIMEIRA DEG.R.E.S. ESTAÇÃO PRIMEIRA DE

MANGUEIRAMANGUEIRAMANGUEIRA

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ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRAEscola de samba carioca funda-

da em 28 de abril de 1928, no morro da Mangueira. O Grêmio Recrea-tivo Escola de Samba Estação Pri-meira de Mangueira se orgulha de ter como fundador Carlos Cachaça, Cartola e Zé Espinguela. A sua sede está situada na Rua Visconde de Ni-terói.

Antes da fundação da escola, no morro da Mangueira já havia cor-dões de carnaval, dentre os quais se destacavam “Guerreiros da Mon-tanha” e “Trunfos da Mangueira”. Além dos cordões, havia os ranchos que permitiam a participação das mulheres nos cortejos, o uso de ale-gorias, enredos e portaestandarte.

Aos 19 anos de idade, o inesque-

cível Cartola, cantor e compositor de samba do Rio de Janeiro, buscou

reunir o melhor do samba do morro da Mangueira para fun-dar o Bloco Estação Primeira.

O nome Estação Primeira era uma re-

ferência à primeira estação de trem a partir da Central do Brasil, e as co-res verdes e rosa do bloco em virtude do rancho que havia em Laranjeiras. Como escola de samba, a Mangueira começou a aglutinar os demais blo-cos do morro.

Na história do carnaval carioca, foi a primeira a manter uma única

marcação do surdo de primeira na bateria. No símbolo da escola, o sur-do representa o samba; os louros, as vitórias; a coroa, o bairro imperial de São Cristóvão; e as estrelas, os títu-los.

A escola possui em sua história, 18 títulos e 1 super-campeonato con-quistado no ano da inauguração do Sambódromo em 1984. Nesse ano, a Mangueira foi campeã na segunda--feira de carnaval, e a Portela no des� le realizado no domingo. As três melhores escolas des� laram no-vamente no sábado, nos des� les das campeãs, onde foi disputado o su-percampeonato.

O cantor Jamelão, que não gos-tava de ser chamado de puxador, foi o intérprete dos sambas da escola de 1949 a 2006. A escola conquistou títulos nos anos : 1932, 1933, 1940, 1949, 1950, 1954, 1960, 1961, 1967, 1968, 1973, 1984, 1986, 1987, 1998 e 2002. Leia abaixo o hino da escola.

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G.R.E.S. UNIÃO DA G.R.E.S. UNIÃO DA G.R.E.S. UNIÃO DA

ILHAILHAILHA DO DO DO ILHA DO ILHAILHAILHA DO ILHA DO ILHA DO ILHAILHAILHA DO ILHA GOVERNADORGOVERNADORGOVERNADOR

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GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA UNIÃO DA ILHA DO GOVERNADOR

A União da Ilha do Governador foi fundada por Maurício Gazelle, Joaquim Lara de Oliveira (o Quin-cas), Orphylo Bastos e mais 59 só-cios. Manteve-se algum tempo entre o segundo e o terceiro grupos e em 1974, quando se sagrou campeã do segundo grupo, obteve o acesso ao grupo principal, a partir do ano se-guinte.

De 1977, com o enredo "Domin-go", a 1980, quando � cou em se-gundo lugar com o enredo "Bom, Bonito e Barato", a União da Ilha fez grandes des� les, consagrando--se de� nitivamente como uma das escolas de samba mais simpáticas do grupo especial. O samba “É hoje O Dia”, de 1982, é um dos mais co-nhecidos e regravados da história do Carnaval. A escola levou para a Sapucaí des� les leves, baratos e animados. Esta seria a marca re-gistrada da União da Ilha, mantida até hoje. Suas fantasias costumam ser leves, sem grandes esplendores, facilitando o des� le para o compo-nente. A escola também consegue estabelecer uma ótima comunica-ção com o público, sendo conside-radas uma das mais simpáticas do carnaval carioca. O Amanhã foi o samba enredo da União da Ilha em 1978 e neste mesmo ano foi gravada por Elizeth Cardoso, mas foi com a primeira gravação de Simone, em

1983 (CD Delírios e Delícias e regravada no CD Si-mone ao vivo), que ela se po-pularizou.

N o s

anos mais recentes, o des� le mais lembrado da União da Ilha foi em 1989. O samba-enredo "Festa profa-na" trazia o refrão "Eu vou tomar um porre de felicidade, vou sacudir eu vou zoar toda cidade". Este samba é cantando até hoje nos quatro cantos do país. Naquele ano, a escola � cou em terceiro lugar.

Em 1991 a escola fez uma home-nagem a Didi, o poeta que ganhou 22 disputas de samba enredo. O samba

trazia os versos "Hoje eu vou tomar um porre, não me socorre, que eu tô feliz" e "Bebo vem bebo vai, que nem maré, balança mas não cai, boêmio é", além de frases como "Garçom, garçom bota uma cerva bem gelada aqui na mesa". Sem sombra de dúvi-da, um grande carnaval sob a voz do grande mestre Aroldo Melodia.

O último bom resultado foi obti-do em 1994, com "Abrakadabra", em que chegou em quarto lugar, sua últi-ma participação no Des� le das Cam-

peãs. Desde então, não vem obtendo boas colocações.

Em 2000, com "Pra não dizer que não falei das � ores", a União da Ilha chegou em oitavo lugar, abordando um dos períodos mais nebulosos dos 500 anos do Brasil: a ditadura mili-tar, de 1964 a 1985. no anio seguinte, a escola obteve o 13.º lugar do Grupo Especial, sendo assim rebaixada ao Grupo de acesso A em 2002, onde vem tendo altos e baixos.

Em 2008, mesmo sem muitos recursos, a escola fez um des� le de garra, e reeditou o É hoje, o que lhe valeu a quinta colocação. Em 2009, a escola insulana escolheu o enredo "Viajar é preciso - viagens extraordi-nárias através de mundos conhecidos e desconhecidos", do carnavalesco Jack Vasconcelos, sagrando-se cam-peã do carnaval do Grupo de Acesso A com 239,9 pontos, voltando após o seu rebaixamento em 2001, ao Gru-po Especial em 2010.

Após 9 anos no Grupo de Acesso a União da Ilha voltará ao Grupo Es-pecial. Para 2010, contratou a carna-valesca Rosa Magalhães, e apresen-tou um enredo que falava do famoso personagem da literatura espanhola, Dom Quixote de La Mancha. Em sua disputa interna de sambas de en-redo, a escola optou por fundir duas composições � nalistas, pegando por base o samba de Grassano, Gabriel Fraga, Márcio André Filho, João Bos-

co e Arlindo Neto, e juntando com segundo refrão da parceria de Gugu das Candongas, Marquinho do Ban-jo, Barbosão, Ito Melodia e Léo da Ilha ("nesse feitiço/ tem castanhola/ a bateria hoje deita e rola"). Algumas modi� cações nas letras e melodia fo-ram feitas para harmonizar o samba, uma vez que logo o seu anúncio, os comentaristas em geral criticaram a fusão, embora elogiassem a qua-lidade do samba.. No dia do des� le, a frente da bateria, junto com a

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G.R.E.S. G.R.E.S. G.R.E.S. ACADÊMICOS DOACADÊMICOS DOACADÊMICOS DO

GRANDE RIOGRANDE RIOGRANDE RIO6

Enredo: ”Eu acredito em você. E você?”Não me peça para desistir. Acredito,

sigo em frente porque só sei camin-har! Não me desanimo: caio, levanto, a volta por cima hei de dar. A força não está em mim: Para quem do céu herdou a promessa, a vitória é coisa certa; a questão é esperar. Por entre nuvens os

anjos se puseram a anunciar: ”não te desespera”, não deixa o desânimo tomar conta de ti, tira os olhos das difi culdades e coloca-os em mim.

Com a palavra, o céu desce a terra. Das alturas, rica fonte de entusiasmo: a direita do pai, a me guiar, aquele que ao enfrentar o adverso, foi grato ex-emplo da importância de aprender a superar. Com os olhos fi tos nos céus, sinto o calor luminoso que rompe a barreira das nuvens que outrora foram de tempestade. Me banho junto às águas de bonança que seguem após a revolta das marés. Me conforto, ganho ânimo, e um novo carnaval assim eu faço: tudo o que renasce com maestria, todo aquele que enfrenta e vence o que lhe desafi a, faz crescer o que imagino, para constru-ir um carnaval.

Na perda do amor que se foi, faço hora para o que virá. Se a saúde fi zer despedida, espero ela voltar. Não há medo, vício, ou preconceito, que eu não

possa enfrentar. Enfrento a perda e a dor, venço o medo com sabedoria, rimo a piada com o que não tem graça, lhe conto um conto, de sabedoria popular: Não tema o que lhe parece ”maior”, não te desespere diante ao que lhe parece impossível. Precisamos, dia-dia, enfren-

tar e derrubar nossos temidos gigantes!Por isso vos digo como exemplo a

lhe ofertar: Se o som for sepultado em meus ouvidos, faço melodia e canção no silêncio que habita a imaginação. Se na escuridão meus olhos me lançarem, solto a voz para a multidões, faço do canto, luz para iluminar.

Quando a dor me castigar, faço dela o incentivo para o entalhe mais per-feito da beleza de um altar. Se pobre eu nascer, se a vida me bater, se a dor me esmagar; abro sorriso ao adverso, luto

de peito aberto, para as luzes da ribalta me consagarar! Se a vida me testar, ti-rar-me o que julgo precisar, se a fi rmeza das mãos me faltar, o dom de Deus resp-landecerá e uma orquestra surgirá.

Na busca por superar, topo aceitar o desafi o: Vou suar a camisa, correr dis-tancias longas, meu corpo está posto a prova; certamente, eu chego lá! Quero um lugar no pódio, quero os louros da vitória, quero mérito por superar. Cam-baleei, enverguei, não desisti, e exem-plo me tornei!

Na luta pela conquista, sou herói, sou atleta! Recebo sopro divino, corro em linha reta, corro atrás de bola, um fenômeno surgirá. Alço as velas do meu

barco e lavo minhas dores nas águas do azul que tinge o mar. Em águas crista-linas nado com a força de um tubarão, faço o mundo avançar em braçadas. Saltando próximo as nuvens, com os pés no chão, ou sobre rodas, o que me guia é a superação!

Na história do homem sobre a terra, exemplos ei de dar: Quando um homem ajuda um homem, não há dor coletiva que ele não possa se curar. Avança o dia, avança a noite. Corre o tempo, a tristeza fi ca pra trás. O que se expandiu junto a

uma manhã que explodiu, hoje é a pa-gina virada, ”rosa desbotada”, que nin-guém mais viu.

O que se destruiu, se reconstruiu. Onde o ”preto” não era ”branco”, onde o ”branco” não era ”preto”, levantou-se a voz da nova ordem a anunciar a união. Dando a mão a um irmão, tijolo por ti-jolo, lágrima por lágrima, erguemos um bem precioso, reconstruímos uma Na-ção.

O vento sopra a bandeira verde e amarela e faz o exemplo de seus fi lhos brilharem em nossos olhos.

São ”Joãos”, ”Marias”, ”Silvas”, ”moleques” que correm descalços, tra-balhadores do asfalto, gente que luta, gente que vence. São mulheres que rompem as barreiras das limitações. São homens que vencem a ”seca” e o ”pau de arara”, para ocupar, quem sabe, o mais alto posto no comando da Nação. Jovens que ultrapassam os barracos da cidade. Mães que fazem da luta prova de superação. Homens e mulheres que levantam a poeira do chão, guerreiros que batem samba na palma da mão; a baiana que gira, o sorriso da velha-guar-da, o passista que risca o chão, a bateria quer marca o pulsar do coração, ”gente que enverga mas não quebra”, gente que vem a ser o siginifi cado mais claro e puro para o nome SUPERAÇÃO!

Cahê Rodrigues -- CarnavalescoPesquisa e texto: Leandro Vieira, Lucas

Pinto e Cahê Rodrigues

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G.R.E.S. G.R.E.S. G.R.E.S. ACADÊMICOS DOACADÊMICOS DOACADÊMICOS DO

SALGUEIROSALGUEIROSALGUEIRO

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“O Cordel Branco e Encarnado”Minha “fi a”, meu senhorDeixa eu me apresentarSou poeta e meu valorVai na avenida passarBasta imaginaçãoUm “cadim” de inspiraçãoQue eu começo a versar

Vou cantar a minha arteQue nasceu bem lá distanteNum lugar que hoje é parteDa nossa origem erranteVim das bandas da EuropaNas feiras, a boa trovaEra demais importante!

Foi assim que o mar cruzeiNa barca da encantariaChegou por aqui um ReiCom bravura e poesiaCarlos Magno o os doze paresDesfi lando pelos maresDa mais real fi dalguia

E veio toda a nobrezaQue um dia eu imagineiRainha, duque, princesaE até quem eu não chamei:Um medonho de um dragãoIrreal assombraçãoDessa corte que eu sonhei

Também tem causo famosoQue nasceu lá no OrienteDe um tal misteriosoPavão alado imponente

Que cruza o céu de relanceDois jovens, e um só romanceVencendo o Conde inclementeTodas essas histórias

Renasceram no sertãoOnde vive na memóriaO eterno LampiãoE não houve um brasileiroQue de Antônio ConselheiroNão tivesse informação

Pra viajar no meu versoÉ preciso ter “corage”Vai que um bicho perversoSurge que nem “visage”?Nas matas sertão aforaLobisomem, caiporaQue medo dessas “image”!!

Pra fi ndar esse rebuliçoRezar é a solução!Valei-me meu “padim” Ciço!

Vá de retro, tentação!Nossa Senhora eu não quero(Tô sendo muito sincero)Cair nas garras do cão!

E não é que meu santo é forte?Cheguei ao céu divinalÉ tamanha a minha sorteA minha vitória afi nalÉ cantar com alegriaFazer verso todo diaNa terra do carnaval

Ao ver chegar a tal horaDa minha “alegre” partidaSaudade, palavra agoraTem posição garantida

Mas não se avexe meu irmãoQue hoje a coroaçãoAcontece é na avenida

Pois eles hão de herdarTodo esse sertão sonhadoMonarcas que vão reinarNa corte do Sol douradoPoetas de tradiçãoRecebam de coraçãoUm cordel Branco e EncarnadoE agora eu vou sem medoFazer festa “de repente”Vai nascer um samba-enredoPra animar toda a genteAfi nal, não sou melhorMuito menos sou piorSó um poeta diferente!

Renato Lage, Márcia Lage,Departamento Cultural

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BEIJA-FLORBEIJA-FLORBEIJA-FLOR DE NILÓPOLISDE NILÓPOLISDE NILÓPOLIS

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Nasceu no dia 25 de dezem-bro de 1948.E tem seu nome inspirado no Rancho Beija-� or que existia na cidade de Valença--RJ.A idéia nasceu com um gru-po de amigos,no entanto o nome foi proposto por D. Eulália, mãe de um deles.

O grupo de rapazes era formado por: Milton de Oliveira (� lho de D. Eulália), Edson Vieira Rodrigues, Helles Ferreira da Silva, Mario Silva, Walter da Silva, Hamilton Floria-no e José Fernandes da Silva. Dona Eulália foi quem sugeriu o nome da agremiação, cabendo a ela o título de fundadora, entretanto foi só em 1953, que o bloco transformou-se em GRES Beija-� or de Nilópolis, e quem � cou responsável por essa mudança foi o Cabana (Silvestre David da Sil-va) o bloco Beija-Flor foi inscrito na Confederação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Os primeiros anos da Beija-Flor foram difíceis. A qua-dra, na verdade, era um terreno bal-dio, a escola tinha muito pouca es-trutura. Um pouco de malandragem

fora neces-sário para o crescimento da entidade. Fazendo o seu primei-ro des� le o� cial pelo s e g u n d o grupo em 1954. A Bei-ja-Flor pela primeira vez se apresen-tou como escola de samba, no Grupo 2 do Rio de Ja-neiro, e ven-

ceu logo de cara com o enredo “Ca-çador de Esmeraldas”. O compositor do samba era Cabana, o maior nome entre os compositores nilopolitanos em todos os tempos. A Década de 60 foi de altos e baixos para a Beija--Flor ainda tentando se � rmar como escola do primeiro grupo, contudo ela foi rebaixada até ao grupo 3 onde � cou por 3 anos. Somente em 1974 a escola voltaria, de� nitivamente, à elite do carnaval carioca, apresen-tando o enredo “Brasil ano 2000”. Com a vinda de Joãosinho Trinta, Laíla e outros insatisfeitos do Sal-gueiro, em 1976, a escola foi a gran-de campeã do carnaval, com o en-redo “Sonhar com rei dá leão” que contava a história do jogo do bicho, demonstrando em suas alegorias um luxo até então atípico para a época, acarretando o � m da hegemonia do quarteto formado por Mangueira, Portela, Salgueiro e Império Serrano. E venceu ainda nos dois anos seguin-tes. Em 1977, com o enredo “Vovó e o rei da Saturnália”, e em 1978 com “A criação do mundo na tradição

nagô”, conseguindo o tricampeonato. A agremiação de Nilópolis passou a ser conhecida como a escola do luxo e iniciou o processo de verticaliza-ção das escolas, através de grandes alegorias e dos adereços de mão. E o sucesso da Beija-Flor continuou: em 1979 e 1981 conseguiu o segundo lugar, e em 1980 dividiu o título com Portela e Imperatriz, com o enredo “O sol da meia-noite”. Em 1983, a escola foi novamente a grande cam-peã, com “A Grande constelação de estrelas negras”. Joãosinho deixaria a escola de Nilópolis em 1994. E o tão sonhado título no Sambódromo só viria em 1998, dividido com a Man-gueira, com o enredo “O mundo mís-tico dos caruanas” desenvolvido por uma Comissão de Carnaval que levou a Beija-Flor ao seu sexto campeona-to. A escola foi vice-campeã por qua-tro vezes consecutivas entre 1999 e 2002, sempre perdendo pela diferen-ça mínima para a primeira colocada. Mas a Beija-Flor recupe-raria o título em 2003. Venceria pela primeira vez sozinha depois de vinte anos (lembrando que seu último título fora dividido com a Manguei-ra) com o enredo “Saco Vazio Não Pára em Pé - A Mão que faz a Guerra, faz a Paz”. No ano seguinte, conseguiria o bi com o enredo “Manoa, Manaus, Amazônia, Terra Santa: Alimenta o Corpo, Equi-libra a Alma e Transmite a Paz”. A escola des� lou sob uma intensa chuva, que combinou com o tre-cho do samba “Água que lava minh’alma ao matar a sede da população”, o que deu mais um sabor

ao des� le, impulsionando a escola ao título. Em 2005, com um enredo sobre os Sete Povos das Missões, a Beija-Flor, cujo des� le começou já num sol quente das sete da manhã de terça-feira, conquistaria o segun-do tricampeonato de sua história. De 1998 a 2005, a escola sempre era ou campeã ou vice do carnaval ca-rioca. A escrita foi quebrada com a quinta colocação em 2006 (Poços de Caldas Derrama Sobre a Terra Suas Águas Milagrosas: Do Caos Inicial à Explosão da Vida - Água, a Nave-Mãe da Existência ). Tudo voltaria ao normal para os ares de Nilópolis com o bicampeonato ob-tido em 2007 (Áfricas, do Berço Real à Corte Brasiliana) e 2008 (Ma-capaba: Equinócio Solar, Viagens Fantásticas ao Meio do Mundo).

Suas cores: Azul e Branco. Pesquisa: Revista Beija-� or - uma escola de vida Fev.2004

BEIJA-FLOR DE NILÓPOLIS

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G.R.E.S. G.R.E.S. G.R.E.S.

MOCIDADEMOCIDADEMOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL

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Mocidade Independente de Padre MiguelGrêmio Recreativo Escola de Samba

Mocidade Independente de Padre Miguel é uma escola de samba da cidade do Rio de Janeiro, sendo localizada na Rua Coro-nel Tamarindo, no bairro de Padre Miguel na Vila Vintém . Há rumores de que futu-ramente poderá se transferir para a Avenida Brasil, no mesmo bairro.

Foi fundada em 10 de novembro de 1955 por Sílvio Trindade, Renato da Silva, Djalma Rosa, Olímpio Bonifácio (Bronqui-nha), Garibaldi F. Lima, Felipe de Souza (Pavão), Altamiro Menezes (Cambalhota) e Alfredo Briggs, a partir de um time de futebol amador da época, o Independente Futebol Clube. No entanto seu crescimento maior foi após os anos 1970, quando pas-sou a ser patrocinada pelo bicheiro Castor de Andrade, seu grande torcedor.

Em 1955, o time de futebol Indepen-dente Futebol Clube transformara-se em bloco, participando de um concurso de blocos em Padre Miguel, promovido pelo falecido político Waldemar Vianna de Car-valho. Como houve um empate entre a Mo-cidade Independente e o Unidos de Padre Miguel, Waldemar resolveu as coisas de modo diplomático, considerando a Moci-dade uma escola de samba e dando-lhe o primeiro lugar na categoria, premiando as-sim o Unidos de Padre Miguel como me-lhor bloco.

Em 1956, apresentou o enredo “Castro Alves”, novamente num desfi le local. Em 1957, participou pela primeira vez do des-fi le ofi cial no Rio de Janeiro, com o enre-do “O Baile das Rosas”, quando tirou um 5° lugar. No ano de 1958, foi campeã do segundo grupo com o enredo “Apoteose ao Samba”. De 1959 em diante passou a inte-grar o grupo principal e não desceu mais.

Em 1958, a bateria, sob a batuta de Mes-tre André, deu pela primeira vez a célebre “paradinha” em frente à comissão julgado-ra, mantendo o ritmo para que a escola con-tinuasse evoluindo. O povo passaria, mais tarde, a acompanhar tal “bossa” com o grito de “Olé”. Durante este período, a Mocidade era conhecida como “uma bateria que car-regava a escola nas costas”, pois a bateria era mais conhecida do que a própria escola, que só alguns anos depois teria condição de competir com as grandes da época (Portela, Império Serrano, Salgueiro e Mangueira).

No ano de 1974, com o carnavalesco Arlindo Rodrigues, apresentou o enredo “A festa do Divino”, tirando um 5° lugar. Mas

neste ano ela poderia ter ganhado o campe-onato, se não tirasse uma nota 4 em fanta-sia - o que foi considerado um escândalo, na época, visto que Arlindo era conhecido e consagrado pelo bom gosto e requinte nas fantasias. A campeã Salgueiro teve apenas 4 pontos a mais que a Mocidade, ou seja, um simples 8 em fantasias daria o título à Padre Miguel, visto que no quesito de desempate, bateria, o Salgueiro tinha 9 e a Mocidade 10.

Desde então, a escola deixava de ser conhecida apenas por sua bateria, para im-por-se como grande escola de samba. Em 1975, a Mocidade vence pela primeira vez as “quatro grandes”, num desfi le realizado em outubro durante o congresso da ASTA - American Society of Travel Agents, no Rio de Janeiro, em que as escolas do grupo prin-cipal realizaram um desfi le competitivo, a Mocidade foi campeã.

Em 1976, por ironia, a Mocidade em-patou em segundo lugar, com a Mangueira, e perdeu o desempate por ter um ponto a menos na nota da tão famosa bateria nota 10. Em 1979, ainda com Arlindo Rodrigues, a Mocidade conquista o seu primeiro cam-peonato com “O Descobrimento do Brasil”.

No ano seguinte, assumiu o carnaval Fernando Pinto, produzindo desfi les excep-

cionais na Mocidade e projetando-se como um dos mais criativos e inventivos carnava-lescos já conhecidos.

No primeiro ano de Fernando Pinto na Mocidade, em 1980, a escola conquistou um segundo lugar com o enredo “Tropicália Maravilha”. Em 1983, a Mocidade recebe o Estandarte de Ouro de melhor comunicação com o público com o enredo “Como era ver-de o meu Xingu”. Fernando permaneceu na escola até 1988 e fez grandes carnavais na

Mocidade na década de 1980: além de “Tu-pinicópolis”, deu à escola o título de 1985, com “Ziriguidum 2001”. Nesse carnaval, a Mocidade entraria na Avenida com um en-redo futurista, projetando o carnaval do pró-ximo século.

Era Renato Lage e morte de Castor de Andrade

Em 90, a Mocidade passaria ao coman-do de Renato Lage, que consagrou a escola em três anos: em 90, contando sua própria história (“Vira Virou, a Mocidade Che-gou”); em 91, falando sobre a água (“Chuê, Chuá… As Águas Vão Rolar”); e em 96, com um enredo sobre a relação entre o ho-mem e Deus (“Criador e Criatura”).

Para 2012 especula-se enredo sobre Portinari, enredo que, sem dúvida, pode

mostrar e retomar a força dessa grande es-cola. O que, para isso, obviamente muitos quesitos devem ter seu desenvolvimento re-pensado, como o samba, muito ruim nos úl-timos dois anos, bateria (antiga demais com o comando mestre Bereco) e comissão de frente (coreografi as simples e de mensagem ultrapassada, sem impacto). Além disso, o carnavalesco dos últimos dois anos da es-cola Cid Carvalho se desvinculou da escola em 2012.

A atual porta-ban-deira Cristiane Caldas deixa a agremiação em 2012, o que será tam-bém uma grande renova-ção no quesito “Mestre--Sala e Porta-Bandeira”, com nota baixíssima no Carnaval 2011, devido à apresentação apenas correta do casal.

Para 2012 a Mo-cidade terá como car-navalesco Alexandre Louzada,o grande cam-peão do carnaval 2011 (título pela Beija-Flor de Nilópolis e Vai-Vai (pelo carnaval paulistano)). A vinda de Louzada à es-cola será excelente para a escola espantar o fan-tasma do rebaixamento da última década. Com uma parceira com Lou-zada, um dos melhores carnavalescos das últi-

mas décadas, a Mocidade poderá fi nalmente brigar ao título e voltar a desfi lar no Desfi le das Campeãs, e dispensou Rixxah e Nêgo para contratar Luizinho Andanças ex-Porto da Pedra. alem da Superdireção de Bateria, idealizada por Andrezinho ex-Grupo Mole-jo, na qual além do próprio contará com o atual diretor de bateria (Mestre Berêco), o consagrado Mestre Odilon e Mestre Dudu.

Mesmo não sabendo a colocação em 2012, a verde e branca de Padre Miguel foi a primeira escola a defi nir seu tema para 2013, que será sobre o Rock In Rio, sendo defi nido num encontro com o presidente da escola (Paulo Vianna), o carnavalesco Ale-xandre Louzada com o idealizador do festi-val Roberto Medina, com um título provi-sório “Eu vou de Mocidade com samba e Rock in Rio”.

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RENASCERRENASCERRENASCER

DE JACACAREPAGUÁ DE JACACAREPAGUÁ DE JACACAREPAGUÁ

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RENASCER DE JACAREPAGUÁ

A Renascer de Jacarepaguá tem uma honrosa e brilhante trajetória. Hoje se encontra a um passo da elite do carnaval carioca, o grupo especial.O nome Renascer de Jacare-paguá foi escolhido por sin-tetizar o objetivo de seus fundadores - fazer renascer em Jaca-repaguá a chama do carnaval carioca.Esta agremiação é remanescente do Grêmio Recreativo Bloco Carnava-lesco Bafo do Bode fundado em 17 de fevereiro de 1959.

Além de ter como � nalidade participar dos des� les de escola de samba, o G.R.E.S. Renascer de Jaca-repaguá serve de base para diversos projetos sociais e culturais que são desenvolvidos em sua sede, atenden-do e prestando serviço a comunidade.O Renascer se orgulha de sua traje-tória bem sucedida, sem nunca ter passado por rebaixamento. A Renas-cer de Jacarepaguá consangrou-se vice-campeã do carnaval de 2004 in-gressando assim no grupo A, com o sonho e a determinação de continuar

esta brilhante trajetória e chegar ao grupo especial.

No carnaval de 2005 com um brilhante des� le elogiado por críti-cos e toda a comunidade do samba o G.R.E.S Renascer de Jacarepaguá ga-nha respeito junto as grandes escolas que des� lam no grupo de acesso, e continua sua trajetória rumo ao es-pecial.

Samba Enredo 2011Na fonte da vida eu vou me banhar

Berço das águas vêm saciarA minha sede é tremenda, para a vitória chegar

Sou Renascer de Jacarepaguá

O amor... Que o ciúme fez chorarQuando a montanha de Tupã aprisionouA luz do dia como a lua desejou ôO sol a tristeza no mar afogouE da bela princesa tupiEm seu soluçar jorrouNa serra o caminho das águas para a criaçãoDos rios e cachoeiras em profusãoA vida no campo despertaSemeia um sonho e fazUm novo tempo a� orar

Vêm da casa grande um cheiro que é bomDa terra molhada o café a brotarEu sou... Felicidade eu sou... Com esse clima a me levar

Do alto as nascentes e suas magiasA diversidade é tão naturalSão oito cidades em plena harmoniaFormando um paraíso sem igualVou mergulhar... Nas corredeiras do meu lazerO esporte faz a emoção da adrenalina em dimensãoAs águas vão rolar e escorrer pelo chãoPra nos abençoar trazendo puri� caçãoE lava o meu corpo, transborda em minha almaOh natureza de um povo divinalÉs a dona das águas que emergem em marçoNo meu carnaval

Na fonte da vida eu vou me banharBerço das águas vêm saciarA minha sede é tremenda, para a vitória chegarSou Renascer de Jacarepaguá

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SÃO CLEMENTESÃO CLEMENTESÃO CLEMENTE14

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UNIDOS UNIDOS UNIDOS DADADA TIJUCA TIJUCA TIJUCA DA TIJUCA DADADA TIJUCA DA TIJUCA DA TIJUCA DADADA TIJUCA DA

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VILA ISABELVILA ISABELVILA ISABEL16

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PORTOPORTOPORTO DA DA DA PEDRAPEDRAPEDRA17

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IMPERATRIZIMPERATRIZIMPERATRIZ LEOPOLDINENSE LEOPOLDINENSE LEOPOLDINENSE

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