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    MATERIAL DIDÁTICO

    PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DOSUPERVISOR ESCOLAR

    U N I V E R S I D A D E

    CANDIDO MENDES

     CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELAPORTARIA Nº 1.282 DO DIA 26/10/2010

    Impressãoe

    Editoração

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    SUMÁRIO

    UNIDADE 1 –  A SUPERVISÃO EDUCACIONAL NO BRASIL EM PERSPECTIVA HISTÓRICA EPOLÍTICA ............................................................... ................................................................. ............................. 4 

    UNIDADE 2 –  ATRIBUIÇÕES LEGAIS QUANTO À SUPERVISÃO EDUCACIONAL NO BRASIL ... 11 

    UNIDADE 3 –  CONCEPÇÕES SOBRE A SUPERVISÃO EDUCACIONAL .............................................. 13 

    UNIDADE 4 –  PERFIL DO SUPERVISOR EDUCACIONAL ...................................................................... 16 

    UNIDADE 5 –  PAPÉIS E FUNÇÕES DO SUPERVISOR EDUCACIONAL ............................................... 19 

    UNIDADE 6 –  PRÁTICAS E TÉCNICAS DA SUPERVISÃO EDUCACIONAL ........................................ 23 

    UNIDADE 7 - O SUPERVISOR EDUCACIONAL E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES ..................... 26 

    UNIDADE 8 –  O SUPERVISOR EDUCACIONAL E OS PARCEIROS DE TRABALHO ........................ 31 

    UNIDADE 9 –  O ESTUDO NA PRÁTICA SUPERVISORA .......................................................... ................ 37 

    UNIDADE 10 - MECANISMOS QUE AUXILIAM O TRABALHO DO SUPERVISOR EDUCACIONAL ................................................................ ............................................................... ................................................ 44 

    UNIDADE 11 –  O SUPERVISOR EDUCACIONAL E O PROCESSO DE AVALIAÇÃO ESCOLAR .... 47 

    REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................. 49 

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    “Uma grande escola exigirá docentes competentes, abertos para o mundo epara o saber, sempre de novo redefinidos. Docentes e estudantesconscientemente comprometidos. Uma grande escola exigirá espaçosfísicos, culturais, sociais e artísticos, equipados que abriguem toda asabedoria acumulada da humanidade e toda a esperança de futuro  –  que

    não seja continuidade do presente, porque este está em ritmo de barbárie  – mas seja sua ultrapassagem. Uma grande escola exigirá tempo. Tempo deencontro, de encanto, de canto, de poesia, de arte, de cultura, de lazer, dediscussão, de gratuidade, de ética e de estética, de bem-estar e de bem-querer e de beleza. Porque escola grande se faz com grandes cabeças (écerto!), mas também com grandes corações, com muitos braços, que seestendem em abraços que animam caminhadas para grandes horizontes.”  

    REDIN(1999)

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    UNIDADE 1  – A SUPERVISÃO EDUCACIONAL NO BRASIL

    EM PERSPECTIVA HISTÓRICA E POLÍTICA

    1. Caminhar histórico

     A supervisão educacional foi oficializada com a LDB de 71, mas a ideia de

    supervisão existe desde a época dos Jesuítas intricada nas funções de prefeito de

    estudos e de inspetor.

    Os aspectos socioeconômicos e políticos influenciaram a ação supervisora

    por toda a história educacional brasileira, Contemporaneamente, a supervisão tem

    caráter político e transformador.

    Foi ainda no Período Colonial, quando foi organizado o primeiro sistema

    educacional brasileiro, que surgiu a ideia de Supervisão. Nesta época

    a tarefa educacional baseava-se na catequese e na instrução para os indígenas,

    entretanto a educação dispensada aos filhos da elite colonial mostrava-se

    diferenciada, a educação não podia deixar de ser elitista dentro de uma sociedade

    inteiramente desigual;

     As atividades educativas no Brasil começaram a ser organizadas em 1549 e o

    Plano de instrução estava fundamentado na Ratio Studiorum, cujo “ideal era a

    formação do homem universal, humanista e cristão. A educação se preocupava com

    o ensino humanista de cultura geral, enciclopédico e alheio á realidade da vida de

    colônia” (VEIGA, 2004).  A ideia de supervisão educacional surge então na figura do Prefeito de

    Estudos, conforme descrito na Ratio Studiorum., a ideia de Supervisão não se

    manifesta apesar da função supervisora estar presente.

    Com a expulsão dos Jesuítas e as Reformas Pombalinas o sistema de ensino

    foi extinto e junto com ele o cargo de Prefeito de Estudos, mas a ideia de supervisão

    continuava presente, agora, englobada nos aspectos político-administrativos

    (inspeção e direção) da figura do Diretor geral; e também nos aspectos de direção,

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    fiscalização, coordenação e orientação do ensino, na figura dos Diretores dos

    Estudos.

    Com a Independência do Brasil é formulada a primeira Lei para a instrução

    pública (15 de Outubro de 1827) que instituiu as Escolas de Primeiras Letras

    baseadas no “Ensino Mútuo”, método que concentra no professor as funções de

    docência e supervisão, ou seja, instruir os monitores e supervisionar as atividades

    de ensino e aprendizagem dos alunos.

    O regulamento educacional do Período Imperial estabelecia que a função

    supervisora devesse ser exercida por agentes específicos para uma supervisão

    permanente; essa missão foi atribuída ao Inspetor Geral que supervisionava todas

    as escolas, colégios, casas de educação, etc., públicos e privados. O Inspetor Geral

    ainda presidia exames dos professores e lhes conferia o diploma, autorizava

    abertura de escolas privadas e revisava livros.

    O inspetor deveria ser um elemento de prestigio pessoal e conhecimento com

    pessoas importantes e com autoridades constituídas. Suas atribuições incluíam

    fiscalizar e padronizar as rotinas escolares ás normas oficiais emanadas das

    autoridades centrais, por essa razão exercia essas funções como “autoridade do

    sistema”, através de visitas corretivas e de registros permanentes para confecção de

    relatórios a serem encaminhados aos órgãos centrais. Com o objetivo de fiscalizar o

    grau maior ou menor de desvio da ação pedagógica em relação aos padrões

    estabelecidos pela Lei.

    Com a discussão sobre a organização de um sistema nacional de educação,

    “a ideia de supervisão vai ganhando contornos mais nítidos ao mesmo tempo em

    que as condições objetivas começavam a abrir perspectiva para se conferir a essa

    ideia o estatuto de verdade prática. (SAVIANI, 2003) Pautava-se em dois requisitos:

     A organização administrativa e pedagógica do sistema e a organização das escolas

    na forma de grupos escolares.

     A reforma de Benjamim Constant é aprovada, no início do Período

    Republicano, sob a influência do positivismo, gerando suprimissão do ensino

    religioso nas escolas públicas e o Estado passa a assumir a laicidade. A visão

    burguesa é disseminada pela escola, visando garantir a consolidação da burguesia

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    industrial como classe dominante. A Pedagogia Tradicional se articula no Brasil com

    os pareceres de Rui Barbosa e de Benjamim Constant. Nessa pedagogia a ênfase

    recai ao ensino humanista da cultura geral centrado no professor, a relação

    pedagógica é hierarquizada e verticalizada.

    O Período conhecido como a Primeira República é marcado por um processo

    de descentralização do controle e de maior organização dos serviços, incluindo os

    educacionais. A função de supervisor era exercida pelo inspetor que deveria ser

    uma pessoa qualificada, experiente e sensível para com técnicos pedagógicos do

    processo de ensino-aprendizagem. Dentre suas principais atribuições podemos citar:

    orientar, controlar, supervisionar, fiscalizar e inspecionar todo processo educacional

    através de conferências, palestras e visitas, acompanhar o desenvolvimento do

    currículo nos estabelecimentos, com o objetivo de orientar pedagogicamente os

    professores mais jovens, buscando eficiência, introduzindo inovações,

    modernizando os métodos de ensino e promovendo um acompanhamento mais

    atento do currículo pleno nos estabelecimentos.

    Na década de 20, surgem então os profissionais da educação, também

    conhecidos com “técnicos em escolarização” e concomitantemente é criada a

     Associação Brasileira de Educação por iniciativa de Heitor Lira. A ABE foi um

    elemento propulsor e estimulante aos “técnicos em educação”. 

     A reforma João Luís Alves em 1924 criou o Departamento Nacional de Ensino e o

    Conselho Nacional de Ensino separando, assim, a parte administrativa da parte

    técnica que antes estavam unidas num mesmo órgão o Conselho Superior de

    Ensino. Esse foi um passo importante para a criação do Ministério da Educação e

    Saúde Pública e essa separação propiciou o surgimento da figura do supervisor

    distinta da figura do diretor e inspetor. A partir daí, ele é responsável pela parte

    técnica enquanto o diretor é responsável pela parte administrativa.

    Na década de 30, a sociedade brasileira sofre profundas transformações

    sociais, econômicas e políticas que refletem no modelo educacional. Por influência

    do Liberalismo é lançado o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, preconizando a

    reconstrução social da escola na sociedade urbana industrial.

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    Nesse contexto de mudança, a educação passa a ter um caráter mais técnico

    e a valorizar os meios de organização dos serviços educacionais, com o objetivo de

    racionalizar o trabalho educativo dando relevância aos técnicos, entre estes o

    supervisor.

    O novo modelo econômico baseado no desenvolvimentismo e na injeção do

    capital estrangeiro no país trouxe consigo não só os padrões econômicos

    americanos, mas também o modelo educacional americano, onde o supervisor tinha

    lugar de destaque dentro da escola.

    Em 1964, com a instalação da Ditadura Militar, a educação passa a ser

    oferecida nos moldes da Pedagogia Tecnicista. O autoritarismo e a repressão são os

    alicerces dessa pedagogia, o trabalho é fragmentado e mecanicista, da mesma

    forma que numa fábrica, busca-se a burocratização, a eficácia e resultados

    imediatos. Em 1969, o governo aprovou as Reformas de 1° e 2° graus e

    Universitária, sendo que esta reformulou o Curso de Pedagogia que ganhou novas

    habilitações: administração, inspeção, supervisão e orientação, com isso a função

    de supervisor educacional é profissionalizada.

    O supervisor educacional é um especialista em educação, exercia sua funçãocomo controlador do processo de produção assumindo características de

    coordenação e direção do trabalho, ou seja, atuando como elemento mediador

    (como uma função técnica que está a “serviço de”). Exercia essa função através de

    treinamento de professores para discutir e difundir os fundamentos de organização

    dos processos de trabalho e do controle sobre ele buscando a aplicação do conceito

    de racionalidade á administração e do processo com o objetivo de aumentar a

    produtividade da mão-de-obra e a melhoria de seu desempenho.

    Com a LDB de 1971, a supervisão educacional foi oficializada A função do

    Supervisor Educacional reflete o contexto histórico do período marcado pelo

    desenvolvimento nacional e de estabilidade política, altamente mecanicista, utilitário,

    burocrático e pragmático.

    Na década de 80, a crise socioeconômica e a Nova República dão início á

    uma nova fase. A luta operária ganha força e os professores lutam pela reconquista

    do direito de participar da definição da política educacional e da luta pela

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    recuperação da escola pública. A I conferência Brasileira de Educação constitui um

    espaço para discussão e disseminação da concepção crítica da educação e a

    Pedagogia Crítica ganham espaço no cenário educacional.

    O fazer pedagógico não está centrado no professor ou no aluno, mas na

    questão central da formação do homem; está voltada para o ser humano e sua

    realização na sociedade e comprometida com os interesses dos menos favorecidos

    economicamente. A realidade é múltipla e diversa e a educação deve atendê-la.

    O mundo contemporâneo é marcado pela hegemonia do neoliberalismo,

    acentuando-se e ampliando-se as formas de exclusão social e cultural. A

    globalização reflete no âmbito educacional no que se refere à organização do

    trabalho pedagógico, delegando uma série de atribuições ás escolas, aos

    professores e alunos. O papel da supervisão está enfocado para a formação do

    tecnólogo do ensino e no favorecimento e aprofundamento da perspectiva crítica,

    voltada para a formação do supervisor como agente social.

    Resumo da evolução da ideia da ação supervisora educacional

    - Foi por causa do processo de industrialização que surgiu a ideia de

    supervisão, pois era importante ter alguém que fizesse uma avaliação quantitativa e

    qualitativa da produção.

    - Durante muito tempo a supervisão manteve-se dentro de uma linha de

    inspecionar, reprimir, chegar e monitorar.

    - A ideia de supervisão relacionada ao processo de ensino, surgiu por volta de1840, sendo que a supervisão estava voltada primordialmente para verificação das

    atividades docentes.

    - No final do século XIX e início do século XX, a supervisão passou a

    preocupar-se com o estabelecimento de padrões de comportamento bem definidos e

    de critérios de aferição do rendimento escolar, visando a eficiência do ensino.

    Quanto à profissão de Supervisor, ela só vai aparecer aqui no Brasil na década de

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    vinte com o surgimento dos profissionais em educação, isto é, o aparecimento dos

    técnicos em escolarização, constituindo-se como uma nova categoria profissional.

    - De 1925 a 1930, observa-se uma grande tendência de introduzir princípios

    democráticos nas organizações educacionais, aplicando-os ao papel de supervisor

    como líder democrático e a supervisão vai assumindo um caráter de liderança de

    esforço cooperativo para o alcance dos objetivos, com valorização dos processos de

    grupo na tomada de decisões.

    - A partir de 1960, a ação supervisora voltou-se para o currículo, tendo a

    pesquisa lugar garantido na busca de novas soluções para a melhoria da qualidade

    do ensino.

    - Em 1969, a Supervisão Educacional surgirá enquanto habilitação em nível

    de formação no Brasil, com o Parecer 252/69, que reformula os cursos de

    Pedagogia, criando as habilitações. Enquanto especialidade em Educação, a

    Supervisão Educacional, nos moldes do tecnicismo e regida pelas Teorias da

     Administração Empresarial, diz que cabe ao Supervisor Educacional a função de

    assistir técnica e didaticamente ao professor no sentido de que se alcance a melhor

    produtividade possível no trabalho com os alunos. Portanto, o objeto do SupervisorEducacional, numa visão tecnicista, é o professor.

    - A Supervisão Educacional passa a englobar as atividades de assistência

    técnico-pedagógica e de inspeção administrativa, durante os anos 70, tornando-se

    mais abrangente para atingir não só a escola, mas todo o sistema.

     A supervisão educacional brasileira é, pois, produto da assistência técnica

    norte-americana prestada aos países da América Latina, objetivando mudança de

    mentalidade para se alcançar um nível de vida mais sadio e economicamente

    produtivo, impedindo, dessa forma, a penetração do comunismo.

    Pelo exposto, pode-se afirmar que deliberadamente e intencionalmente, o

    Supervisor Educacional se inseriu ao contexto educacional brasileiro, como também

    foi intencional a formação a ele dada, por razões prioritariamente políticas e

    econômicas.

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     A supervisão foi imposta à educação brasileira como necessidade de

    ”modernização” e de ”assistência técnica”, a fim de garantir a “ qualidade de ensino”,

    mas também, para assegurar a hegemonia da classe dominante.

    - Nos anos 80, a crítica ao “funcionalismo” da supervisão foi intensa chegando

    ao ponto de se pensar em eliminar as especificidades pedagógicas como a direção,

    supervisão e orientação, das escolas,

    - Na década de 90, com o movimento das reformas educacionais e, por

    consequência, o questionamento dos modelos tradicionais, os educadores, de um

    modo geral, passam a refletir sobre a sua prática educativa, rediscutindo o seu

    papel. A partir daí, a ação da equipe pedagógica de uma instituição de ensino

    caracteriza-se por promover a coordenação das atividades docentes e discentes,

    fundamentada na função contextualizada, em busca da construção/viabilização de

    um Projeto Pedagógico pautado nos princípios do trabalho coletivo e da gestão

    democrática.

     A supervisão educacional trata-se, portanto, de uma função que,

    contextualizada, insere-se nos fundamentos e nos processos pedagógicos,

    auxiliando e promovendo a coordenação das atividades deste processo e suaatualização, pelo estudo e pelas práticas coletivas dos professores. 

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    UNIDADE 2  – ATRIBUIÇÕES LEGAIS QUANTO À

    SUPERVISÃO EDUCACIONAL NO BRASIL

    No Brasil ainda não existe legislação que regulamente a profissão de

    supervisor educacional. As únicas referências legais existentes são as disposições

    do art. 64 da Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e as indicações da

    Resolução CNE/CEB nº 3-97.

     A Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu artigo 64, dispõe

    sobre as atividades de apoio pedagógico à docência, bem como a formação

    necessária ao seu exercício:

     Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração,planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional paraeducação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou emnível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nestaformação, a base comum nacional.

     A Resolução do CNE/CEB nº 3, de 8 de outubro de 1997, também contemplaa possibilidade alternativa da habilitação ser feita através de curso de graduação ou

    pós-graduação.

     Art. 4º . [...] § 1º O exercício das demais atividades de magistério de quetrata o artigo 2º desta Resolução exige como qualificação mínima agraduação em Pedagogia ou pós-graduação, nos termos do artigo 64 da Lei9.394, de 20 de dezembro de 1996.

    Portanto, a formação necessária ao exercício da atividade de suporte

    pedagógico na educação básica é o curso superior de pedagogia ou a pós-

    graduação direcionada a uma das áreas específicas, indicadas pelo artigo 64 da Lei

    Federal: administração, planejamento, inspeção, supervisão ou orientação

    educacional.

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     Ao organizar seus Planos de Carreira do Magistério, na hipótese de criação

    do referido cargo, as Administrações Públicas devem fazer constar a formação

    indicada pela LDB, para o provimento do cargo de pedagogo.

    Para o exercício do cargo de pedagogo, nas atividades de supervisão, o

    profissional deverá comprovar a formação em curso superior ou de pós-graduação

    para a respectiva área.

    O mais recente Projeto de Lei é de Proposição PLC  – 132/2005, de origem

    legislativa, que tramita no Senado Federal e propõe a regulamentação do exercício

    da profissão de Supervisor Educacional e dá outras providências.

     A Resolução CNE/CP nº 1 de 15 de maio de 2006, também afirma que aformação para Supervisão Educacional pode ser feita através do curso de

    Pedagogia ou através de cursos de Pós-graduação, especialmente estruturados

    para este fim e abertos a todos os licenciados. 

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    UNIDADE 3  – CONCEPÇÕES SOBRE A SUPERVISÃO

    EDUCACIONAL

    Na tentativa de definir a supervisão educacional e buscando uma

    ressignificação do papel do supervisor educacional, ao longo do tempo,  alguns

    conceitos para a função supervisora são encontrados na literatura especializada:

    I - “A supervisão é a arte de trabalhar com um grupo de pessoas, sobre as

    quais se dispõe de autoridade, de modo a obter a eficiência máxima de seu

    esforço...” (DERSAL, 1964). 

    II- “Supervisão educacional é uma função que atua organizando a instrução,

    desenvolvendo o currículo, selecionando e treinando o pessoal, providenciando

    condições de trabalho, promovendo material e recursos didáticos... acompanhando o

    desenrolar do processo ensino-aprendizagem, avaliando resultados, pessoas,

    programas, processos”. (CASTILHO, 1971). 

    III - A Supervisão consiste em melhorar o ensino, assegurando que

    professores empreguem métodos corretos e predeterminados no trabalho em salade aula e em todo o sistema docente. (ANDRADE,1976).

    IV - Supervisão é a “atividade voltada para o planejamento, orientação,

    acompanhamento, controle e avaliação do processo ensino-aprendizagem, visando

    à melhoria qualitativa tanto a nível de sistema como de escola” (SME/RJ, 1978). 

    V - “A supervisão educacional, no contexto mais amplo da sociedade e da

    educação, tem como função primordial resgatar o sentido básico da escola... A

    supervisão tem como função participar do processo de conscientização na luta

    contra a palavra vazia de vida, de significado; contra o fazer vazio de sentido”. 

    (URBAN, 1985).

    VI - “(...) confirmam-se a ideia e o princípio de que o supervisor não é um

    “técnico” encarregado da eficiência do trabalho, e muito menos, um “controlador” de

    “produção”, sua função e seu papel assumem um posição social e politicamente

    maior, de líder, de coordenador, que estimula o grupo à compreensão  – 

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    contextualizada e crítica  – de suas ações e também, de seus direitos” ( RANGEL,

    1997).

    VII - “A educação, não importando o grau em que se dá, é sempre uma teoria

    do conhecimento que se põe em prática (...) O supervisor é um educador e, se ele é

    um educador, ele não escapa na sua prática a esta natureza epistemológica da

    educação. Tem a ver com o conhecimento, com a teoria do conhecimento. O que se

    pode perguntar é: qual o objeto de conhecimento que interessa diretamente ao

    supervisor?” ( PAULO FREIRE, 1982)

    VIII - “A função supervisora pode ser compreendida como um processo em

    que um professor, em princípio mais experiente e mais informado, orienta um outro

    professor ou candidato a professor no seu desenvolvimento humano e profissional”

    (ALARCÃO, 2001)

    IX - “não é fiscal de professor, não é dedo-duro (que entrega os professores

    para a direção ou mantenedora), não é pombo-correio (que leva recado da direção

    para os professores e dos professores para a direção), não é

    coringa/tarefeiro/quebra galho/salvavidas (ajudante de direção, auxiliar de secretaria,

    enfermeiro, assistente social, etc.), não é tapa-buraco (que fica “toureando” osalunos em sala de aula no caso de falta de professor),... não é de gabinete (que está

    longe da prática e dos desafios efetivos dos educadores), não é dicário (que tem

    dicas e soluções para todos os problemas, uma espécie de fonte inesgotável de

    técnicas, receitas)...” (VASCONCELLOS, 2002). 

     Ao Supervisor, que atua dentro de um conceito tecnicista de Supervisão

    Educacional, cabe a tarefa de pesquisar, planejar, criar estratégias e avaliar o

    ensino. É então que o Supervisor, de acordo com a sua concepção de qual seja ométodo correto de aplicação dos conteúdos, vai dar ordens para que o professor

    execute aquilo que ele, enquanto Especialista em Educação, tenha planejado, numa

    relação autoritária de poder, a qual é inerente à divisão do trabalho no interior da

    escola. O professor não tem o direito de questionar, pois os melhores resultados

    possíveis na questão do atendimento às necessidades e promoção do

    desenvolvimento do aluno, são ditados pelo Supervisor, enquanto um especialista

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    15

    em Educação, deduzindo que ele sabe o que faz ao indicar o caminho a ser trilhado

    pelo professor.

    Já a função primeira do Supervisor, como de todo Especialista, na visão da

    Educação Progressista, é a de Educador. E nessa mesma perspectiva, necessário

    se faz que o Supervisor seja um profissional empenhado em desenvolver um

    trabalho que esteja voltado às questões sociopolíticas da educação. O Supervisor

    Educacional comprometido com o trabalho coletivo sente necessidade de uma visão

    do todo escolar e da sua relação com o contexto. Ou seja, o Supervisor não se limita

    ao controle, ou ao repasse de técnicas aos professores, mas tem o compromisso de:

    - oferecer-lhes assessoramento teórico metodológico diante dos problemas

    educacionais cotidianos;

    - criar momentos de reflexão teórico-prática e, com o respaldo da

    fundamentação teórica e uma visão do ato de ensinar e de aprender como algo

    articulado, e coordenar tais discussões.

    Pode-se, portanto, afirmar que coexistem diferentes conceitos de supervisão

    e respectivas manifestações, que provêm de diferentes concepções defendidas por

    formadores e investigadores relativamente a uma série de questões educativas.

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    UNIDADE 4  – PERFIL DO SUPERVISOR EDUCACIONAL

     A supervisão educacional pode atuar como participe da construção da

    sociedade quando reconhece o seu papel como ator social e exercer a sua função

    política com consciência e comprometimento. Para isso o supervisor educacional

    deve apresentar as seguintes competências:

    - conhecer a natureza, a organização e o funcionamento: da educação

    escolar, suas relações com o contexto histórico-social e com o desenvolvimento

    humano; da gestão/administração do sistema escolar, seus níveis e modalidades de

    ensino;

    - conhecer os fundamentos e as teorias do processo de ensinar e aprender;

    - relacionar princípios, teorias e normas legais a situações reais;

    - identificar os impactos de diretrizes e medidas educacionais, objetivando a

    melhoria do padrão de qualidade do ensino e aprendizagem;

    - comunicar-se com clareza com diferentes interlocutores e em diferentes

    situações;- Ser um “líder funcional”, encarregado de motivar desenvolver lideranças em

    todos os seus grupos de atuação;

    - saber socializar informações e conhecimentos;

    - conduzir democraticamente suas práticas;

    - Estar aberto ao trabalho coletivo: saber trabalhar em equipe;

    - Ser organizado e disciplinado. Os exemplos arrastam multidões;

    - Ter dedicação, executar os trabalhos com afinco;

    - saber identificar criticamente a interferência das estruturas institucionais no

    cotidiano escolar;

    - procurar promover o desenvolvimento da autonomia da escola e o

    envolvimento da comunidade escolar;

    - Ter seriedade e responsabilidade na execução de qualquer trabalho;

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    - Ser mediador de conflitos, sempre colocando o diálogo como ponto básico;

    - Estar preparado para lidar com decisões problemáticas, que contrariam

    interesses de pessoas, grupos ou entidades;

    - buscar e produzir conhecimentos relativas à formação permanente de

    pessoal;

    - Ser capaz de tomar decisões próprias, além de dividir atribuições comuns e

    responsabilidades, tendo em vista a melhoria do padrão de qualidade da

    aprendizagem dos alunos e, portanto, da educação como um todo;

    - Saber considerar e preservar os usos e costumes da escola que deram certo

    no passado;

    - Ser articulador e mediador dos segmentos internos e externos - ser uma

    pessoa que abra o diálogo com os diferentes grupos existentes tanto dentro da

    escola como fora dela;

    - Saber ouvir e saber falar na hora certa;

    - Ser sensível às dificuldades dos outros;

    - Saber reconhecer, valorizar o mérito das pessoas e da equipe;

    - Ter iniciativa e firmeza: o diretor precisa ter ideias inovadoras, sair na frente,

    ser uma pessoa sempre disposta a estimular e incentivar as ações positivas de seu

    estabelecimento;

    - Saber delegar funções e responsabilidades;

    - Ser estudioso dos assuntos técnicos, pedagógicos, administrativos,

    financeiros e legislativos;

    - Procurar conhecer e entender as linguagens da atualidade traduzidas em

    forma de gráficos, tabelas, porcentagens, etc e as linguagens tecnológicas

    - Ter espírito ético e solidário;

    - compreender e valorizar o trabalho coletivo no exercício profissional;

    - ter disponibilidade de trabalhar em grupo, reconhecendo e respeitando as

    diferenças pessoais e as contribuições dos participantes;

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    UNIDADE 5  – PAPÉIS E FUNÇÕES DO SUPERVISOR

    EDUCACIONAL

    O Supervisor Educacional é partícipe da definição de políticas públicas

    educacionais referentes à educação básica e educação profissional, atuando junto

    aos órgãos formuladores dessas políticas, em nível central, regional e local, para:

    - assegurar diretrizes e procedimentos que garantam o cumprimento dos

    princípios e objetivos da educação escolar estabelecidos constitucional e

    politicamente,

    - favorecer, como mediadores, a construção da identidade escolar por meio

    de propostas pedagógicas genuínas e de qualidade.

     Assim afirma RANGEL (1994):

    “O trabalho de supervisão na unidade escolar, levado a cabo pelosprofessores  –  coordenadores e pela equipe da supervisão [...] tem sidorealizado em conformidade com a organização burocrática do sistema. Maisque isto, o modo burocrático de pensar tem levado esses profissionais adesempenhar um papel que nitidamente subordina as necessidades daescola e das pessoas que lá atuam às determinações dos órgãos centrais.Dessa forma, faz-se mister repensar o conteúdo e a finalidade da açãosupervisora”. 

     As atribuições do Supervisor Educacional, estão descritas no PLC132/2005 e

    na lei 132/1978.

    1. PLC 132/2005

     Art. 4º São atribuições do Supervisor Educacional:

    I  –  coordenar o processo de construção coletiva e execução da Proposta

    Pedagógica, dos Planos de Estudo e dos Regimentos Escolares;

    II  –  investigar, diagnosticar, planejar, implementar e avaliar o currículo em

    integração com outros profissionais da Educação e integrantes da Comunidade;

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    III – supervisionar o cumprimento dos dias letivos e horas/aula estabelecidos

    legalmente;

    IV  –  velar o cumprimento do plano de trabalho dos docentes nos

    estabelecimentos de ensino;

    V  –  assegurar processo de avaliação da aprendizagem escolar e a

    recuperação dos alunos com menor rendimento, em colaboração com todos os

    segmentos da Comunidade Escolar, objetivando a definição de prioridades e a

    melhoria da qualidade de ensino;

    VI  –  promover atividades de estudo e pesquisa na área educacional,

    estimulando o espírito de investigação e a criatividade dos profissionais daeducação;

    VII – emitir parecer concernente à Supervisão Educacional;

    VIII – acompanhar estágios no campo de Supervisão Educacional;

    IX – planejar e coordenar atividades de atualização no campo educacional;

    X  –  propiciar condições para a formação permanente dos educadores em

    serviço;

    XI  –  promover ações que objetivem a articulação dos educadores com as

    famílias e a comunidade, criando processos de integração com a escola;

    XII  – assessorar os sistemas educacionais e instituições públicas e privadas

    nos aspectos concernentes à ação pedagógica.

    2. Lei 132/1978

    “SINTESE DOS DEVERES”: 

    • Assessorar os sujeitos hierárquicos em assuntos da área da supervisão

    escolar;

    • Participar do planejamento global da escola:

    • Coordenar o planejamento do ensino e o planejamento do currículo;

    • Orientar a utilização de mecanismos e instrumentos tecnológicos em função

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    O Supervisor Escolar, a partir da promulgação da atual LDB 9394/96, recebeu

    o grande compromisso de coordenar a elaboração e acompanhar a execução da

    proposta pedagógica, com a participação da comunidade escolar, num trabalho

    conjunto com a direção escolar e a orientação educacional.

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    UNIDADE 6  – PRÁTICAS E TÉCNICAS DA SUPERVISÃO

    EDUCACIONAL

     Ao definir as práticas do supervisor educacional verifica-se que o mesmo tem

    diversas atuações que vai do atendimento ao global da escola, do atendimento à

    Secretaria de Educação e ao diretor ao atendimento aos alunos e sua família,

    perpassando pelos professores, secretários e orientadores.

    O supervisor educacional realiza trabalhos diversos como:

    - Participar da elaboração de documentos diversos da escola comoRegimento Escolar, Proposta Pedagógica, Calendário, Plano Curricular e outros;

    - Fazer um cronograma anual de reuniões com professores, pais e alunos;

    - Orientar os professores na elaboração do Plano Anual de curso e no Plano

    de Intervenção Pedagógica

    - Controlar as aulas dadas e previstas no plano curricular;

    - Verificar diários de classe e orientar os professores no preenchimento domesmo;

    - Realizar levantamentos estatísticos de rendimento dos alunos;

    - Assistir aulas dos professores com o objetivo de obter dados para a possível

    orientação sobre métodos, procedimentos, utilização de recursos, linguagem

    utilizada, etc;

    - Comunicar à direção, caso comprovado, a necessidade de troca de

    professores regentes, no caso de absenteísmo;

    - Acompanhar a escolha do livro didático e sua utilização no dia-a-dia pelos

    professores e alunos;

    - Confeccionar gráficos demonstrativos dos rendimentos das turmas e dos

    alunos e fichas de controle como recursos práticos.

    - Coordenar os Conselhos de Classe;

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    - planejar eventos culturais e recreativos na escola, atividades extra-classe

    como excursões, visitas, etc.

    - Planejar, juntamente com os professores, as intervenções pedagógicas a

    serem aplicadas com os alunos com dificuldades de aprendizagem e as atividades

    de recuperação a serem aplicadas nas turmas ou para os alunos individualmente.

    - Acompanhar o processo de recuperação dos alunos que estão com médias

    perdidas e aqueles que estão em progressão parcial;

    - Acompanhar a elaboração, aplicação e avaliação de projetos elaborados

    pelos próprios professores, pelos especialistas da escola ou enviados pela SEE,

    Superintendências Regionais, MEC e outros;

    - Acompanhar o processo de aplicação e análise dos resultados das

    avaliações promovidas pelo PROEB, INEP e outros a nível nacional, estadual,

    municipal ou mecanismos de avaliação criados pela própria escola;

    - Promover a divulgação dos resultados das avaliações para toda a

    comunidade escolar;

    - Receber os professores novatos e orientá-los em tudo que for necessário

    para a boa condução das aulas;

    - Receber estágios de supervisão e outros, providenciando o que for

    necessário aos mesmos e encaminhando-os às salas de aulas;

    - Receber pais e orientá-los no que for preciso com relação à escola e seus

    filhos ou encaminhá-los à Orientação Educacional (quando a escola não conta com

    este especialista, suas funções recaem automaticamente ao supervisor)

    - Receber alunos novatos, e os outros que não são, no que for preciso com

    relação à escola, seus professores, suas notas, seus documentos e outros, ou

    encaminhá-los à Orientação Educacional.

    Parecem variadas as atividades, mas o supervisor educacional deve estar

    atento, pois se o mesmo não tiver um planejamento diário de suas atividades e uma

    posição firme poderá acabar se tornando um “bombeiro”, quer dizer fica por conta

    dos problemas da escola, “apagando fogo”, ou então um “pau para toda obra”, faz

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    um pouquinho de tudo e no final não faz nada de concreto e que é realmente de sua

    função.

    Entre as técnicas de supervisão temos:

    - Entrevista individual: que é um encontro formal ou informal entre supervisor

    e professor para o repensar da prática, planejar aulas e avaliar o trabalho;

    - Observação: esta observação deverá ser prática e objetiva com o objetivo

    de acompanhar todo o processo de ensino e de aprendizagem que ocorre na escola

    e principalmente nas salas de aulas;

    - Visitas às salas de aula: visita do supervisor às salas de aula para o

    acompanhamento do trabalho do professor e do rendimento e disciplina dos alunos;

    - Aulas de demonstração: aulas modelos ministradas pelo supervisor, ou por

    outro professor, com o objetivo de mostrar como se deve proceder ou desenvolver

    tal assunto ou aplicar tal material.

    - Ajuda técnica a professores: assistência especializada aos professores na

    solução de seus problemas cotidianos quando as conversas, as visitas na sala, as

    aulas de demonstração não conseguem resolver o caso;

    - Reuniões: podem ser feitas com grupos de professores, com todos, ou com

    alguns somente, dependendo do objetivo das mesmas, porém sempre deverão ser

    bem planejadas;

    - Promoção de palestras, seminários, mesa redonda, encontros onde podem

    ser estudados e colocados para reflexão e discussão diversos temas educacionais,

    podem acontecer trocas de experiências e ideias;

    - Programação de Grupos de Estudos visando o cumprimento do módulo II,

    previsto por lei;

    - Promoção da Formação em Serviço: trabalho de aperfeiçoamento da

    formação docente que pode ser realizado na própria escola ou parceria com outras

    instituições como universidades e outros.

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    UNIDADE 7 - O SUPERVISOR EDUCACIONAL E A

    FORMAÇÃO DE PROFESSORES

    O trabalho do Supervisor escolar influencia diretamente no dia-a-dia de

    educadores e alunos. O supervisor pode se valer de oportunidades para conseguir o

    seu objetivo máximo: melhorar a situação ensino - aprendizagem através de

    aperfeiçoamento do professor.

    O papel do supervisor é mediar à relação professor/aluno no processo de

    ensino-aprendizagem, acolher o professor em sua realidade, criticar os

    acontecimentos, instigando a compreensão própria da participação do professor em

    questões educacionais, trabalhar encima da ideia de processo de transformação,

    buscar caminhos alternativos, acompanhar a caminhada coletivamente.

    O supervisor ao avaliar o professor, numa perspectiva formativa, deve ficar

    atento às seguintes características do mesmo:

    - experiência anterior;

    - conhecimento de métodos, técnicas, procedimentos, didática em geral;

    - nível de leitura e escrita - Ser bem informado é requesito básico para

    qualquer professor, Por meio desse tipo de leitura o docente pode se atualizar

    profissionalmente, conhecendo novas metodologias e os resultados das últimas

    pesquisas em sua área;

    - Postura pessoal: Bom relacionamento com os colegas é fundamental. Nesse

    ponto se inclui a capacidade de trabalhar em equipe. O professor deve ter facilidadepara estabelecer relações entre seu trabalho e dos colegas. Só assim a escola

    poderá obter bons resultados em projetos interdisciplinares;

    - atualização Constante: É importante estar sempre se reciclando por meio de

    cursos ou da participação em congressos e seminários. Os temas podem ser

    relacionados à disciplina específica lecionada pelo professor ou mesmo a assuntos

    mais gerais;

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    - Domínio de Classe: o Professor deve saber estabelecer regras junto com

    sua turma. Cabe a ele fazer valer essas regras de maneira justa e democrática.

    É preciso mostrar aos estudantes as consequências de suas atitudes na classe, na

    escola ou na sociedade.

    - Características Pessoais: De acordo com a linha da escola, será pedido um

    perfil do professor. Porém, há características valorizadas de maneira geral, como a

    criatividade, o dinamismo, a flexibilidade e a capacidade de adaptar-se a mudanças.

    O foco da atenção do supervisor no trabalho de formação é tanto individual

    quanto coletivo, para contribuir com o aperfeiçoamento profissional de cada

    professor e ao mesmo tempo ajudar a constituí-los enquanto grupos.

    Saber mediar as práticas do professor não é tarefa fácil, exige do supervisor

    uma avaliação sistematizada e constante da atuação do docente dentre outras

    questões.

    Um supervisor deve estar disposto a aprender o tempo todo, a pesquisar, a

    investir na própria formação utilizando a criatividade, a inteligência, a sensibilidade e

    a capacidade de interagir com outras pessoas que estejam ao seu redor. Deve

    considerar que a sua responsabilidade vai além da sala de aula, colaborando naarticulação entre escola e comunidade. Ao Supervisor Escolar compete fazer a

    leitura dos percursos de vida institucionais, provocar a discussão e a negociação de

    ideias, promover a reflexão e a aprendizagem em equipe, organizar o pensamento e

    a ação do coletivo das pessoas como indivíduos.

    O comprometimento do Supervisor e dos educadores com as transformações

    que ocorrem é fundamental e isso se dá através do diálogo entre os mesmos a fim

    de alcançar a construção da relação de mediação. Nesse sentido é possível que oSupervisor seja fonte de inspiração dos seus professores, conduzindo-os a uma

    reflexão crítica da realidade e do mundo.

    Para um trabalho eficiente do supervisor educacional na busca da formação

    do professor a ação supervisora deve estar fundamentada em três dimensões

    básicas: procedimental (saber fazer), conceitual (saber sobre) e atitudinal (saber

    ser).

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     A dimensão procedimental é composta por técnicas, habilidades ou

    procedimentos, métodos, caminhos para concretizar aquilo que se buscam. São os

    procedimentos que permitem nossa interação e ação no mundo.

    Na dimensão conceitual são englobados conceitos, fatos e princípios,

    sintetizando aquilo que o supervisor “sabe sobre” tudo que propõe. 

     A dimensão atitudinal é a condição de estar ligada a um valor, a ética, a

    moral, á todos os valores de uma prática. A sensibilidade é uma das grandes

    virtudes da função supervisora, a capacidade perceber o outro, reconhecer seu

    potencial, valor, características, as diferenças entre os atores, evitar generalizações,

    dar leveza ao trabalho de formação, além disso, ainda passar confiança, conquistar

    a confiança de todos não se utilizando de autoritarismo, mas buscando construir um

    relacionamento baseado na confiança, através de atitudes concretas no cotidiano do

    trabalho.

    Para Demailly (1992), são quatro os modelos teóricos de formação

    continuada de professores: o universitário, o escolar, o contratual e o interativo-

    reflexivo. A forma interativo-reflexiva caracteriza-se por estar ligada à situação de

    trabalho e à resolução de problemas reais, com a ajuda mútua entre os membros dogrupos. È na forma interativo-reflexiva que o supervisor deve investir e buscar

    proporcionar aos professores para que os mesmos estejam sempre em processo de

    formação continuada.

    Sobre a supervisão como um dos componentes da formação de professores,

    Isabel Alarcão (2001), retrata seis abordagens supervisivas diferentes:

    1 –  Artesanal:”... consiste em colocar o aprendiz de professor junto do mestre

    professor, o prático experiente, aquele que sabe como fazer e quer transmitir sua

    arte ao novato que o torna como modelo” 

    2 – Comportamentalista: “... assenta na convicção da existência de um corpo

    de conhecimentos profissionais, consignados em modelos e técnicas enquadrados

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    por teorias científicas que os candidatos a professor deveriam aprender a dominar,

    numa perspectiva de racionalidade científica ou técnica.” 

    3 – Clínica: “... toma a sala de aula como espaço clínico no qual se observa-

    se diagnostica e se experimenta e considera o supervisor como o colega, o

    colaborador, aquele que orienta, apoiando, questionando e disponibilizando-se para

    ajudar o outr o colega”. 

    4  – Reflexiva  –  “... alicerça a metodologia formativa na reflexão como forma

    de desenvolver um conhecimento profissional contextualizado e sistematizado numa

    permanente dinâmica interativa entre a ação e o pensamento”. 

    5  –  Ecologia  –  “...tomam-se em consideração as dinâmicas sociais e,

    sobretudo, a dinâmica do processo sinergético da interação entre o sujeito e o meio

    que o envolve. A supervisão, como processo enquadrador da formação, tem como

    função proporcionar e rendibilizar as experiências diversificadas em contextos

    diferentes, originando interações, experiências e transições ecológicas que se

    constituem em etapas de desenvolvimento formativo”. 

    6 – Dialógica – “ ... valoriza o papel da linguagem no diálogo comunicativo, na

    construção da cultura profissional e no respeito pela alteralidade assumida na

    atenção a conceder à voz do outro e na consideração de supervisores e professores

    como parceiros na comunidade profissional.

    Tendo em vista essas abordagens percebemos algumas dimensões de

    análise que seriam: realidade profissional; acesso à realidade; objeto de formação;

    metodologia de formação; interação pessoa/grupo; local privilegiado de formação;

    função supervisora e avaliação.

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    30

    Segundo o PNE (Plano Nacional de Educação) a qualificação do pessoal

    docente se apresenta como um dos maiores desafios educacionais. Sendo a

    qualidade do ensino e da aprendizagem o objeto essencial de todos os que atuam

    na escola e essencialmente da ação supervisora, a formação do próprio supervisor

    e dos professores é extremamente necessária, cabendo ao supervisor educacional a

    função de criar condições para que esta formação aconteça de forma contínua, com

    qualidade e com resultados.

     A supervisão tem um papel político, pedagógico e de liderança no espaço

    escolar, penso que é necessário sempre ressaltarmos; sem desconsiderar o restante

    da equipe, mas o supervisor escolar deve ser inovador, ousado, criativo e sobretudo

    um profissional de educação comprometido com o seu grupo de trabalho.

    Para a reflexão sobre o papel do supervisor educacional mediante tantas

    divergências e conflitos no campo escolar a história a seguir é um bom começo:

    “Os cortado res de pedras  

    DDooiiss ccoor r ttaaddoor r eess ddee ppeeddr r aa eessttaavvaamm ttaallhhaannddoo bbllooccooss qquuaaddr r aaddooss..

     A Allgguuéémm qquuee ppaassssaavvaa ppeer r gguunnttoouu--llhheess oo qquuee eessttaavvaamm f f aazzeennddoo..

    OO ppr r iimmeeiir r oo ooppeer r áár r iioo ccoomm uummaa eexxppr r eessssããoo aammaar r ggaa,, r r eessmmuunnggoouu::

    ““-- EEssttoouu ccoor r ttaannddoo eessttaa mmaallddiittaa ppeeddr r aa ppaar r aa f f aazzeer r  uumm bbllooccoo..”” 

    OO  sseegguunnddoo,,  qquuee  ppaar r eecciiaa  mmaaiiss  f f eelliizz  ccoomm  sseeuu  ttr r aabbaallhhoo,,  r r eepplliiccoouu 

    oor r gguullhhoossaammeennttee::

    ““-- FFaaççoo ppaar r ttee ddee uumm ggr r uuppoo qquuee eessttáá ccoonnssttr r uuiinnddoo uummaa ccaatteeddr r aall..”” 

     A Auuttoor r  ddeessccoonnhheecciiddoo

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    UNIDADE 8  – O SUPERVISOR EDUCACIONAL E OS

    PARCEIROS DE TRABALHO

    O supervisor educacional deve ter seu papel definido no âmbito escolar,

    embora muitas vezes ele seja um profissional que assume diversas obrigações que

    não são suas. Portanto, uma boa relação com os outros funcionários da escola é um

    bom caminho para que o trabalho seja menos penoso e que os objetivos sejam

    alcançados trazendo grandes resultados para toda a comunidade.

    Relacionar-se é dar e receber ao mesmo tempo, é abrir-se para o novo. E na

    profissão de educadores e educadoras existem características próprias que devem

    ser levadas em conta, uma vez que lidam com a formação de seres humanos e

    trabalham com os aspectos cognitivos e afetivos, o que exige uma diversificação de

    atitudes para atender às diferentes demandas escolares e sociais. A interação em

    qualquer ambiente que seja nasce da aceitação, desprendimento e acolhimento.

     A cada momento nos deparamos com uma multiplicidade de percepções

    diferenciadas e condizentes com indivíduos que são verdadeiros universos únicosem termos bio-psico-sociais. Lidar com esta diversidade é essencial ao

    desenvolvimento das relações interpessoais, portanto quanto mais elaboradas,

    conscientes e respeitosas estas relações sejam, maior será a extensão das

    conquistas em estruturas de pensamento individual. Indivíduos que dispõem de

    conhecimentos específicos e não se permitem submetê-los a trocas, a equivalências

    e a prova mediante interações pessoais e grupais deixam de receber contribuições

    que, muitas vezes, não integram seu particular campo perceptual e de

    conhecimentos. As trocas interpessoais são incessantes e permeiam todo e

    qualquer procedimento de aprendizagem.

    O ambiente escolar, em todo o seu conjunto, é um verdadeiro fenômeno

    social. Tudo que ocorre no contexto social maior ali estará representado. Lidar com

    as conexões que emergem e estão subjacentes nesse espaço exigem perspicácia e

    atitudes de observação e pesquisa continuada por parte do professor e de todos que

    ali trabalham e para lidar com as contradições que naturalmente surgem na

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    convivência em um grupo, em especial tão complexo como o escolar, é preciso ter

    entendimento da importância da auto-aceitação e do auto-respeito. Maturama

    (1999), cita que "sem aceitação e respeito por si mesmo não se pode aceitar e

    respeitar o outro, e sem aceitar o outro como legítimo outro na convivência, não há

    fenômeno social" (p. 31).

    No ambiente escolar, como em qualquer outro setor profissional, a

    valorização do ser deve vir antes de qualquer coisa, pois antes de ser aluno,

    professor, servente, vigilante, diretor, o indivíduo é uma pessoa, dotada de

    raciocínio, de sentimentos, de desejos e expectativas de ver no outro a confirmação

    do bem e do carinho natural que deve existir entre os seres.

    Existe hoje, graças às pesquisas científicas realizadas nas últimas décadas, a

    compreensão de que o emocional exerce grande influência na produção do trabalho

    humano e esse é o grande interesse do momento.

    Miranda e Miranda (1983) citam que estudos terapêuticos realizados por

    Rogers e Carkhuff identificaram seis dimensões básicas de atitudes construtivas que

    são válidas para o processo de ajuda como um todo. Essas atitudes estão

    relacionadas às habilidades interpessoais de pessoas capazes de influenciar asoutras:

    1. Empatia: Capacidade de se colocar no lugar do outro, de modo a sentir o

    que se sentiria caso se estivesse no seu lugar;

    2.  Aceitação incondicional ou respeito: capacidade de acolher o outro

    integralmente, sem que lhe sejam colocadas quaisquer condição e sem julgá-lo pelo

    que ele é, sente, pensa, fala ou faz;

    3. Congruência: Capacidade de ser real, de se mostrar ao outro de maneira

    autêntica e genuína, expressando através de suas palavras ou atos seus

    verdadeiros sentimentos;

    4. Confrontação:  Capacidade de perceber e comunicar ao outro certas

    discrepâncias ou incoerências em seu comportamento - distância entre o que ele

    fala e o que ele faz, entre o que ele fala e o que ele é na realidade, entre o que ele

    fala e o que mostra;

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    5. Imediaticidade: Capacidade de trabalhar a própria relação terapeuta-

    cliente, abordando os sentimentos imediatos que um experimenta pelo outro durante

    o processo.

    6. Concreticidade:  Capacidade de decodificar a experiência do outro em

    elementos específicos, objetivos e concretos para que ele possa compreender sua

    experiência, às vezes confusa.

     A necessidade de ser trabalhado com e para os professores a questão da

    afetividade, é por entender o quanto o ser humano precisa estar bem para poder

    lidar com os problemas das pessoas que fazem parte do seu ambiente. Partindo

    desse pressuposto, um professor emocionalmente equilibrado consegue intervir de

    forma adequada nas relações conflituosas de sua sala de aula, ou seja, sua

    participação na vida de seus alunos tenderá a basear-se no respeito e na justiça.

    O ambiente influencia muito nos diversos fatores do desenvolvimento humano,

    e o grau de satisfação do indivíduo na escola determina também o quanto a

    aprendizagem será alcançada, e isto precisa ser levado muito a sério por todos que

    lidam com a educação escolar.

     A relação saudável com quem está na direção da escola é muito importantepara o supervisor educacional. O administrador escolar precisa muito do supervisor

    educacional como seu “braço direito”, seu apoio, na tomada de decisões quer

    administrativas ou pedagógicas, além de contar com a participação do mesmo na

    elaboração de importantes documentos da escola. O supervisor escolar pode ajudar

    e muito o administrador escolar na sua relação com a comunidade, pois o supervisor

    é um elo importantíssimo entre professores e direção, pais e direção, alunos e

    direção.

    O trabalho conjunto com o Orientador Educacional é importantíssimo. É

    importante definir o foco do trabalho de cada um: o supervisor trabalha diretamente

    com o professor e o orientador com o aluno, porém ambos têm todas as suas

    intervenções voltadas para o processo de ensino e aprendizagem de qualidade que

    realmente eduque a criança, que proporcione o seu pleno desenvolvimento.

    Se o aluno não aprende, o orientador intervem procurando as causas e estas

    podem estar na metodologia utilizada pelo professor e na dificuldade de

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    relacionamento com o mesmo, então o orientador pode estar atuando diretamente

    com este professor ou pedir ajuda ao supervisor. Também o supervisor atuando com

    o professor pode verificar que os métodos e a postura do professor não têm

    produzido a aprendizagem em muitos de seus alunos, então ela pode atuar com os

    alunos para fazer uma verificação, fazendo isso diretamente ou pedindo ajuda ao

    orientador educacional. Todas as ações de ambos especialistas deverão estar

    voltadas para a melhoria da qualidade da educação e o pleno atendimento ao aluno

    que é a razão da existência da escola.

    Para o supervisor é fundamental uma boa interação com todos os

    funcionários da secretaria, pois é justamente com eles que ela vai atuar na

    verificação de documentos de professores e alunos (diários, pastas individuais,

    boletins, etc). O trabalho de um sempre depende da atuação do outro.

     A família também é uma grande parceira do supervisor, pois é através dela

    que o supervisor poderá levantar os dados de que precisa com relação ao aluno ou

    ao trabalho do professor. Notificações, entrevistas, reuniões, atendimento individual,

    visitas são meios que o supervisor deverá utilizar para estar sempre em contato com

    família. O repasse das informações sobre todo o desenvolvimento do aluno, com

    relação à notas e disciplina, à sua família é de responsabilidade do supervisor

    quando a escola não conta com o serviço de orientação educacional.

    Os alunos são verdadeiros companheiros do supervisor, pois este é o espelho

    que reflete todas as providências que o supervisor deve tomar, todas as ações que o

    supervisor deve executar. O aluno é como um termômetro que mede como vai indo

    o trabalho do professor, então do aluno que devem recair a maioria das observações

    do supervisor educacional.

    Não é fácil nenhuma convivência humana, para a reflexão sobre a

    importância da mesma vale a pena ler a lenda a seguir: 

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    UMA LENDA CHINESA

     Autor desconhecido

    Era uma vez uma jovem chamada Lin, que se casou e foi viver com o marido

    na casa da sogra. Depois de algum tempo, começou a ver que não se adaptava à

    sogra. Os temperamentos eram muito diferentes e Lin se irritava com os hábitos e

    costumes da sogra, que criticava cada vez mais com insistência.

    Com o passar dos meses, as coisas foram piorando, a ponto de a vida se

    tornar insuportável. No entanto, segundo as tradições antigas da China, a nora tem

    que estar sempre a serviço da sogra e obedecer-lhe em tudo.

    Mas Lin, não suportando por mais tempo a ideia de viver com a sogra, tomou

    a decisão de ir consultar um Mestre, velho amigo do seu pai. Depois de ouvir a

     jovem, o Mestre Huang pegou num ramalhete de ervas medicinais e disse-lhe:

    - Para te livrares da tua sogra, não as deves usar de uma só vez, pois isso

    poderia causar suspeitas. Vais misturá-las com a comida, pouco a pouco, dia após

    dia, e assim ela vai-se envenenando lentamente.

    Mas, para teres a certeza de que, quando ela morrer, ninguém suspeitará de

    ti, deverás ter muito cuidado em tratá-la sempre com muita amizade. Não discutas e

    ajuda-a a resolver os seus problemas.

    Lin respondeu:

    - Obrigado, Mestre Huang, farei tudo o que me recomenda.

    Lin ficou muito contente e voltou entusiasmada com o projeto de assassinar a

    sogra.

    Durante várias semanas Lin serviu, dia sim, dia não, uma refeição preparada

    especialmente para a sogra.E tinha sempre presente a recomendação de Mestre

    Huang para evitar suspeitas: controlava o temperamento, obedecia à sogra em tudo

    e tratava-a como se fosse a sua própria mãe.

    Passados seis meses, toda a família estava mudada. Lin controlava bem o

    seu temperamento e quase nunca se aborrecia. Durantes estes meses, não teve

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    uma única discussão com a sogra, que também se mostrava muito mais amável e

    mais fácil de tratar com ela. As atitudes da sogra também mudaram e ambas

    passaram a tratar-se como mãe e filha.

    Certo dia, Lin foi procurar o Mestre Huang, para lhe pedir ajuda e disse-lhe:

    - Mestre, por favor, ajude-me a evitar que o veneno venha a matar a minha

    sogra. É que ela transformou-se numa mulher agradável e gosto dela como se fosse

    a minha mãe. Não quero que ela morra por causa do veneno que lhe dou.

    Mestre Huang sorriu e abanou a cabeça:

    - Lin, não te preocupes. A tua sogra não mudou. Quem mudou foste tu. As

    ervas que te dei são vitaminas para melhorar a saúde. O veneno estava nas tuas

    atitudes, mas foi sendo substituído pelo amor e carinho que lhe começaste a

    dedicar.

    Na China, há um provérbio que diz: “A pessoa que ama os outros também

    será amada”.

    E os árabes têm outro provérbio: “O nosso inimigo não é aquele que nos

    odeia, mas aquele que nós odiamos”. 

     As pessoas que mais nos dão dor de cabeça hoje poderão vir a ser as que

    mais nos darão alegrias no futuro.

    Invista nelas... cative-as, ouça-as, cruze seu mundo com o mundo delas.

    Plante sementes. Não espere o resultado imediato... colha com paciência.

    Esse é o único investimento que jamais se perde. Se as pessoas não

    ganharem, você, pelo menos, ganhará: Paz interior, experiência e consciência de

    que fez o melhor. 

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    UNIDADE 9  – O ESTUDO NA PRÁTICA SUPERVISORA

     A dinâmica do processo didático de ensino e de aprendizagem solicita do

    supervisor hábito de estudo constante e que o mesmo incentive os professores a

    também adquirirem este hábito.

    Como princípios para estudo estão as legislações referentes a todo o

    andamento escolar e estes estudos podem acontecer em reuniões ou em grupos de

    estudo.

    Também cabe ao supervisor propiciar oportunidades de estudo e interlocução

    dos professores, em atividades coletivas, que reúnam professores que desenvolvem

    um mesmo conteúdo nas diversas séries e níveis escolares; proporcionar

    oportunidades periódicas de reavaliação de currículo e programas; proporcionar

    oportunidades de estudo e decisões coletivas sobre material didático e também

    sobre os princípios, conceitos e ressignificações da avaliação escolar.

    Cabe essencialmente ao supervisor educacional a condição de proporcionar

    momentos de estudo e discussão entre os professores sobre os fundamentos daaprendizagem e da dinâmica da sala de aula, como a diversificação metodológica,

    associada à implementação de atividades; a consideração dos alunos e de seus

    interesses, que emergem de sua vivência, quanto do movimento social e suas

    motivações; a consideração de processos e recursos de avaliação e recuperação da

    aprendizagem.

     Alguns documentos da escola devem ser consultados pelo supervisor

    constantemente, são eles:

    1. Regimento Escolar: Documento legal, de caráter obrigatório, elaborado

    pela instituição escolar que fixa a organização administrativa, didática, pedagógica e

    disciplinar do estabelecimento que regula as suas relações com o público interno e

    externo. Com origem na Proposta Pedagógica, o regimento escolar a ela se volta

    para conferir-lhe embasamento legal, incorporando no processo de sua elaboração

    os aspectos legais pertinentes e as inovações propostas para o sistema de ensino,

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    assim como as decisões exclusivas da escola no que concerne a sua estrutura e

    funcionamento. Por tratar-se de um texto legal, para a elaboração do regimento

    escolar devem ser observadas as normas sobre elaboração e redação de atos

    normativos.

     A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) prevê que o regimento

    escolar deve disciplinar os seguintes assuntos: a quem cabe elaborar e executar a

    Proposta Pedagógica e quem tem autonomia para sua revisão; incumbência dos

    docentes; estudos de recuperação; reclassificação, considerando a normatização do

    sistema de ensino; dias letivos e carga horária anual equivalente; classificação;

    sistema de controle e de apuração de frequência; expedição de documentos

    escolares; e jornada de trabalho escolar.

    2. Projeto Político Pedagógico: Instrumento técnico-político utilizado com

    base no princípio da escola autônoma, que pressupõe a descentralização

    administrativa e a autonomia financeira da escola. O projeto político pedagógico

    (PPP) contém a definição do conteúdo que deve ser ensinado e o que deve ser

    aprendido na escola. Ele caracteriza-se, principalmente, por expressar os interessese necessidades da sociedade e por ser concebido e construído com base na

    realidade local e com a participação conjunta da comunidade. O projeto político

    pedagógico passou a ter importância a partir de meados da década de 90, quando o

    MEC passou a transferir recursos financeiros diretamente para as unidades

    escolares, de acordo com os princípios da descentralização e da escola autônoma,

    estabelecido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996.

    3. Projeto Pedagógico: Também chamado de proposta pedagógica, é um

    instrumento de caráter geral, que apresenta as finalidades, concepções e diretrizes

    do funcionamento da escola, a partir das quais se originam todas as outras ações

    escolares. Não há um padrão de proposta pedagógica que atenda a todas as

    escolas, pois cada unidade escolar está inserida num contexto próprio, determinado

    por suas condições materiais e pelo conjunto das relações que se estabelecem em

    seu interior e entorno social. Assim, cada escola deve desenvolver o seu modelo,

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    aquele que melhor expressa sua identidade e seu compromisso com o aluno, com a

    comunidade, com a educação.

     A ideia de projeto pedagógico entende que ele deve ter uma construção

    coletiva, com a participação ativa de todos os envolvidos (alunos, pais, professores,

    funcionários, representantes da comunidade, etc). Alguns aspectos considerados

    relevantes na elaboração do documento final do projeto pedagógico são: Histórico e

    identificação da instituição de ensino e da entidade mantenedora; Fins e princípios

    norteadores; Diagnóstico e análise da situação da escola; Definição dos objetivos

    educacionais e metas a serem alcançadas; Seleção das ações; Organização

    curricular; Forma de gestão administrativa e pedagógica da escola; Avaliação;

    Organização da vida escolar e do regime escolar; Capacitação continuada de

    pessoal; Profissionais envolvidos na Proposta Pedagógica; e Anexos.

    O projeto pedagógico de uma instituição não deve se caracterizar apenas

    como o cumprimento de um requisito legal. A compreensão deve estar no,

    envolvimento da comunidade escolar na sua construção e principalmente na sua

    função de guiar os trabalhos desenvolvidos na instituição. Assim, com relação ao

    Projeto pedagógico Institucional, é tarefa da equipe pedagógica: desenvolver

    processos de acompanhamento e avaliação através da análise de informações

    relativas as ações previstas.

    Partindo da participação na elaboração da Proposta Pedagógica da escola e

    da constante leitura da mesma é que o supervisor e os professores terão subsídios

    para a elaboração de todos os planejamentos de seu trabalho.

    Na concepção de um projeto de escola pública, gratuita e de qualidade o

    Projeto Pedagógico Institucional tem sido apontado como um instrumentopedagógico e político de mudança. O supervisor educacional ao ajudar na

    construção do PPI deve ter a intenção de definir a filosofia, as diretrizes, as metas

    e os fins da ação pedagógica para a formação de sujeitos capazes de intervirem e

    transformarem a realidade.

    4. Currículo Escolar: Conjunto de dados relativos à aprendizagem escolar,

    organizados para orientar as atividades educativas, as formas de executá-las e suas

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    impulsionaram todo o processo, como aconteceram os processos avaliativos e

    recuperativos.

    Considerando que currículo é um processo de produção e/ou construção do

    conhecimento, a partir de experiências de vida dos professores e alunos, situados

    num contexto sócio-histórico mais amplo, a organização curricular deve levar em

    consideração as relações entre os agentes sociais que dela participam num espaço

    e num tempo determinado e a definição de um suporte teórico que a sustente.

    Nos dias de hoje, o currículo, deve trabalhar em prol da formação das

    identidades abertas à pluralidade cultural, desafiadoras de preconceitos em uma

    perspectiva de educação para a cidadania, para a paz, para a ética nas relações

    interpessoais, para a crítica às desigualdades sociais e culturais. O currículo deve se

    voltar para a formação de cidadãos críticos, comprometidos com a valorização da

    diversidade cultural, da cidadania e aptos a se inserirem num mundo global e plural,

    e o supervisor deve estar atento a isto.

    5. Calendário Escolar : é o Sistema de divisão do tempo que considera o ano

    letivo e estabelece os períodos de aula, de recesso e outras identificações julgadasconvenientes, tendo em vista o interesse do processo educacional e o disposto no

    projeto pedagógico.

    De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da educação (LDB), de 1996, na

    educação básica, que engloba a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino

    médio, “o calendário escolar deverá adequar -se às peculiaridades locais, inclusive

    climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso

    reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei.”

     A LDB prevê, ainda, que a educação básica, nos níveis fundamental e médio,

    será organizada de acordo com as seguintes regras comuns para o calendário

    escolar: a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um

    mínimo duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluindo o tempo a reservado

    aos exames finais, quando houver.

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     A LDB, no entanto, prevê a possibilidade de ampliação dos dias e horas de

    aula de acordo com as possibilidades e necessidades das escolas e do sistema. Na

    oferta de educação básica para a população rural, por exemplo, os sistemas de

    ensino devem adequar o calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às

    condições climáticas.

    Ferreira (1998, p.139) afirma:

    “Um processo de gestão que constr ua coletivamente um projeto pedagógicode trabalho tem já, na raiz, a potência da transformação. Por isso, énecessário atuar nas escolas com o máximo de competência, a fim de que oensino realmente se faça, a aprendizagem se realize, as convicções seconstruam no diálogo e no respeito e as práticas se efetivem nocompanheirismo e na solidariedade” 

    Como referencial aos estudos podemos ter os seguintes documentos, além

    de muitos outros:

    - Constituição da República Federativa do Brasil promulgada em 5 de outubro

    de 1988 - Artigos: do 5º ao 16; 37 a 41; 59 a 69; 205 a 214; 226 a 230.

    - Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998.

    - Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998.

    - Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990 - Dispõe sobre o Estatuto da Criança e

    do Adolescente.

    - Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996 - Estabelece as Diretrizes e Bases

    da Educação Nacional.

    - Lei nº 9424, de 24 de dezembro de 1996 - Dispõe sobre o Fundo de

    Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do

    Magistério.

    - Parecer CNE/CEB nº 04/98 e Resolução CNE/CEB nº 02/98 - Institui as

    Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.

    - Parecer CNE/CEB nº 15/98 Resolução CNE/CEB nº 03/98 - Institui as

    Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.

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    - Parecer CNE/CEB nº 22/98 e Resolução CNE/CEB nº 01/99 - Institui as

    Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.

    - Parecer CNE/CEB nº 17/01 e Resolução CNE/CEB nº 02/01 - Institui as

    Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial.

    - Parecer CNE/CEB nº 14/99 e Resolução CNE/CEB nº 03/99 - Fixa as

    Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Indígena.

    - Parecer CNE/CEB nº 01/99 e Resolução CNE/CEB nº 02/99 - Institui as

    Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores na Modalidade

    Normal de Nível Médio.

    - Parecer CNE/CEB nº 11/2000 e Resolução CNE/CEB nº 01/2000 -Institui as

    Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos.

    - Parecer CNE/CEB nº 16/99 e Resolução CNE/CEB nº 04/99 - Institui as

    Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico.

    - Parecer CEE nº 67/98 - Normas Regimentais Básicas para as Escolas

    Estaduais.

    BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da EducaçãoFundamental. Parâmetros curriculares nacionais: 1ª a 4ª séries do Ensino

    Fundamental; introdução dos Parâmetros Curriculares. Brasília: MEC/SEF, 1997.

    Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: 5ª a 8ª

    séries do Ensino Fundamental; introdução dos Parâmetros curriculares. Brasília:

    MEC/SEF, 1998.

    Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:

    terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental; temas transversais. MEC/SEF, 1998Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais:

    ensino médio; bases legais. Brasília: MEC/SEMTEC, 1999.

    PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – MEC

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