pratica de ensino

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO TOCANTINS/CAMETÁ CURSO DE HISTÓRIA 2005 DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO EM HISTÓRIA PROFESSORA: GEANICE RAIMUNDA BAÍA CRUZ EQUIPE: ANA BÁRBARA PANTOJA EDER CARVALHO BARROS LUCIELMA LOBATO SILVA LUIZ ANTÔNIO DA SILVA TATIANE TEIXEIRA O PROJETO DE ENSINO-APRENDIZAGEM E O PROFESSOR DE HISTÓRIA

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Pratica de ensino

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Page 1: Pratica de Ensino

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁCAMPUS UNIVERSITÁRIO DO TOCANTINS/CAMETÁ

CURSO DE HISTÓRIA 2005DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO EM HISTÓRIAPROFESSORA: GEANICE RAIMUNDA BAÍA CRUZ

EQUIPE: ANA BÁRBARA PANTOJAEDER CARVALHO BARROSLUCIELMA LOBATO SILVALUIZ ANTÔNIO DA SILVA

TATIANE TEIXEIRA

O PROJETO DE ENSINO-APRENDIZAGEM E O PROFESSOR DE HISTÓRIA

Cametá-Pará

2008

Page 2: Pratica de Ensino

* O Projeto de ensino-aprendizagem que o professor elabora é um instrumento de luta e resistência para realizar um trabalho melhor. Assim sendo, a função do professor é muito complexa, uma vez que são muitos os fatores que interferem em sua prática e, por isso, necessita de uma boa formação. Se por um lado o planejamento é um instrumento de transformação, ação e reconstrução de conhecimentos, por outro, ele também encontra muita resistência por parte dos professores, qual seria? Na sua análise quais seriam os entraves para uma efetivação dessa proposta na prática pedagógica? Relacione esses fatos às práticas desenvolvidas pelos professores no ensino da História e no que isto implica na qualidade do ensino?

R= A prática pedagógica, no que tange ao projeto de ensino-aprendizagem é de

suma importância enquanto método de planejamento das atividades concernentes

ao âmbito escolar, pois possibilita ao professor analisar as especificidades da

realidade social da comunidade, bem como, estabelecer métodos e objetivos no

intuito de direcionar o seu trabalho educacional. Através deste o docente tem a

possibilidade de estruturar melhor suas atividades, pois o projeto abarca os

problemas e as necessidades do grupo (alunos), os objetivos propostos, os

conteúdos a serem ministrados, os métodos avaliativos, entre outros, levando a

refletir criticamente a cerca de sua metodologia de ensino.

Contudo, e possível observarmos que existem sérias dificuldades na

realização do referido projeto, decorrentes em grande parte da resistência dos

professores em elaborá-los, havendo vários fatores que colaboram para esta

problemática.

Um dos fatores apontados por Celso Vasconcelos1 diz respeito à

banalização do ensino e ao uso de métodos ultrapassados, que sabemos ser

inadequados, como os “professores que transformam os alunos em copistas”

(p.147), em outras palavras, levam os discentes a reproduzirem em seus cadernos

o que está escrito na lousa, não levando-os a discutir e questionar o conteúdo

1 VASCONCELOS, Celso dos Santos. Coordenação do Trabalho Pedagógico: do Projeto Político Pedagógico ao Cotidiano da Sala de Aula. 8ª Ed. São Paulo: Libertad, 2007.

Page 3: Pratica de Ensino

ministrado. Logo, estes professores que utilizam esta metodologia não conseguem

elaborar um projeto de ensino-aprendizagem, devido, a sua formação acadêmica

inadequada, pois seu trabalho se resume a ensinar o aluno a copiar a matéria,

sem intervalos para reflexões críticas no decorrer da aula.

Esse processo ainda é muito visível no ensino da História, pois muitos

educadores desta disciplina trabalham no sentido de levar os alunos a decorar

datas e fatos importantes, esquecendo-se de relacioná-los com a vivência dos

mesmos, bem como não propondo reflexões críticas sobre os conteúdos

ministrados.

Outro fator a ser destacado diz respeito à relação entre professor e os

demais membros da direção escolar. Relação esta nem sempre igualitária, sendo

pautada no autoritarismo e no individualismo, dificultando assim o professor

reformular suas práticas, dialogar e expor propostas, aceitando passivamente as

regras que lhe são impostas pela direção, levando o mesmo a considerar o projeto

de ensino-aprendizagem irrelevante para o seu desempenho profissional.

Atrelado a isso, no que refere ao papel assumido pela coordenação na

prática pedagógica, ela é vista muitas vezes, pelos docentes como um órgão

fiscalizador, regulador de suas atividades e não refletindo o seu verdadeiro papel

de auxiliar o professor nas suas práticas, uma vez que “a equipe de coordenação

escolar tem por função articular todo o trabalho em torno da proposta geral da

escola e não ser um elemento de controle formal e burocrático” 2. Nesse sentido, é

importante destacar que não é através da imposição que se faz possível à

exeqüibilidade do projeto, mas sim através do diálogo e do estímulo à participação

espontânea dos docentes na construção do mesmo.

Outro entrave que dificulta a prática pedagógica que é valido ressaltar, são

as condições de trabalho em que o professor está inserido, tais como a

sobrecarga de trabalho, os baixos salários, a pouca disponibilidade de tempo para

pesquisar e planejar as aulas, além da falta de estrutura principalmente nas

escolas públicas.

2 Ibidem, p. 151.

Page 4: Pratica de Ensino

Além disso, outra dificuldade encontrada na prática pedagógica é referente

à própria resistência do professor para realizar um trabalho melhor, isso se deve a

uma série de motivos, como a falta de conhecimentos que impedem o mesmo de

inovar suas aulas, a falta de segurança em fazer o novo dificulta uma maior

interação entre este e a turma. Diante disso, para quebrar essa resistência é

necessário despertar no professor o anseio pela mudança, a busca por novas

formas de ensino, pois o rompimento de resistência só depende do seu querer e

do seu poder.

Sendo assim, para a efetivação do projeto de ensino-aprendizagem é de

fundamental importância, seja para o ensino de História ou de quaisquer outras

disciplinas, que sejam superados os problemas que levam o professor a eximir-se

dessa responsabilidade. Para tanto, assume um papel de destaque a atuação do

corpo diretivo no sentido de propor um diálogo entre seus membros de forma a

primar pelas decisões coletivas.