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P R Ê M I O
P R O F E S S O R S A M U E L B E N C H I M O L
2008
Presidência da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Miguel Jorge
Ministro
Secretaria de Tecnologia Industrial
Prof. Francelino Grando
Secretário
Rafael de Sá Marques
Chefe de Gabinete
José Rincon Ferreira
Diretor de Articulação Tecnológica
Rodrigo Carvalho
Diretor de Política Tecnológica
Federação das Indústrias do Estado do Tocantins
Eduardo Machado Silva
Presidente
Evandro de Oliveira Resende
Chefe de Gabinete
Elaine Ararúna de Sousa
Gerente de Comunicação Social
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Secretaria de Tecnologia Industrial
P R Ê M I O
P R O F E S S O R S A M U E L B E N C H I M O L
2 0 0 8
Brasíiia/DF 2008
© 2008 Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Secretaria de Tecnologia Industrial – STI É permitida a reprodução de qualquer parte dessa obra, desde que citada à fonte.
Brasil. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Prêmio Professor Samuel Benchimol 2008 / Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.Exterior. -Brasília: MDIC/STI, 2008.
308p. 1. Desenvolvimento sustentável – Amazônia. 2. Meio Ambiente – Amazônia. 3. Amazônia –
Desenvolvimento. I. Título.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Secretaria de Tecnologia Industrial Departamento de Articulação Tecnológica Esplanada dos Ministérios, bloco j, Sobreloja 70053-900-Brasília-DF TeL.: 55 (61) 2109-7393
Fax: 55 (61) 2109-7286 http:://www.desenvolvimento.gov.br e-mail: [email protected] Ouvidoria Tel.: 55 (61) 2109-7646 Fax: 55 (61) 2109-7333 http :://www.desenvolvimento.gov.br e-mail: [email protected]. Federação das Indústrias do Estado do Tocantins Quadra 104 Sul; Rua SE'3, Lote 29 Plano Diretor Sul, Palmas-TO 77020-016
AGRADECIMENTOS
As entidades promotoras do Prêmio Professor Samuel Benchimol 2008 agradecem
aos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ciência e Tecnologia; Defesa;
Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Integração-Nacional; Meio Ambiente; Minas e
Energia; Relações Exteriores; Saúde; Turismo, Minas é Energia, Amazon Sat, Ação Pro-
Amazônia; Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (Abipti); Banco da
Amazônia; Banco do Brasil; Banco ltaú; Basf; Brasil Telecom; Consórcio Estreito Energia
(Ceste); Coca Cola; Confederação Nacional da Indústria (CNI); Conselho Federal de
Engenharia; Arquitetura e Agronomia (Confea); Fundação de Amparo a Pesquisado Estado
do Amazonas (Fapeam); Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa);
Grupo Bemol/Fogás; Honda; Natura; Nokia do Brasil; Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (SEBRAE); Siemens; Pirelli; O Boticário; Secretaria de Ciência e
Tecnologia do Estado do Amazonas; Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do
Tocantins; Secretaria da Juventude do Estado do Tocantins; e Vale pelo apoio ao Prêmio é à
edição desta publicação.
Agradecimentos especiais à Federação das Indústrias do Estado do Tocantins.
PREFÁCIO
Aconteceu, em 2008, a 5.a edição do Prêmio Professor Samuel Benchimol. Foram
identificadas e apoiadas as mais importantes iniciativas para o desenvolvimento sustentável
da Amazônia. As três áreas de atuação analisadas todos os anos são: ambiental, social e
econômica/tecnológica. Este relatório, parte essencial do Prêmio, disponibiliza ampla lista
de projetos, que podem ser objeto de parcerias, a todos os atores do processo de
desenvolvimento da região. O sucesso dessa iniciativa deve-se ao esforço conjunto que vem
sendo feito por Governo e setor privado: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (MDIC), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), em parceria com outras entidades, como a
Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o Banco da Amazônia, Federações
de Indústrias da Região Norte e um significativo-número de instituições do setor
empresarial. Neste ano, a coordenação do Prêmio coube à Federação das Indústrias do
Estado do Tocantins (FIETO).
O Prêmio Professor Samuel Benchimol é uma homenagem ao amazônida;
economista, cientista e professor universitário, considerado, na última década, um dos
maiores especialistas em Amazônia. Seus estudos têm contribuído para melhorar a
compreensão sobre a importância dos aspectos sociais e culturais para o desenvolvimento
sustentável da região. Sua mensagem tem sustentado a elaboração, de estratégias públicas
e privadas que considerem, ao mesmo tempo, o usufruto racional das riquezas e a
preservação dò espaço amazônico. O Professor Benchimol nos alertava que o “fazer
Amazônia” pela pressa e improvisação resultaria na destruição, pela violência ecológica, das
opções e alternativas que devem ser preservadas para as gerações futuras.
O Prêmio Professor Samuel Benchimol 2008 foi disputado por 163 projetos,
abrangendo desde propostas de políticas públicas, passando por ideias de associativismo,
soluções de assentamentos; qualidade devida do interiorano até o manejo florestal;
sistemas agroflorestais consorciados com agricultura tradicional e animais silvestres e
melhoria da produtividade da pecuária bovina, entre muitas outras. Esta coletânea traz um
resumo de todos esses projetos.
Destacou-se a procedência dos autores dos projetos, muitos dos quais oriundos de
instituições com larga experiência em pesquisa, como a Embrapa, as universidades, o INPA,
a Fucapj, a Eletronorte, as associações de produtores, as fundações e os institutos privados.
Essa ampla abrangência de participantes exigiu empenho redobrado da Comissão
Avâliadora na análise de critérios que envolveram: coerência com políticas públicas,
viabilidade financeira, benefícios econômicos e sociais para a região, originalidade, entre
outros. De todos esses projetos é trabalhos, alguns se destacaram e foram agraciados.
Na categoria Ambiental:
O primeiro lugar foi para os pesquisadores Éderson Augusto Zanetti e Marcelo de Castro Souza, da Associação de Produtores Rurais do Vaie do XV, Mato Grosso, com o projeto “Criação do Serviço Nacional de Carbono Rural da Amazônia”, que busca estimular o desenvolvimento de atividades mitigadoras dos efeitos das mudanças climáticas na economia nacional. O Projeto dá suporte à implantação do Fundo Nacional de Carbono Rural da Amazônia, à implantação de sistema de gerenciamento e inventário nacional de emissões de gases, do efeito estufa e ao desenvolvimento de ferramentas para monitorainento dos estoques de carbono.
O segundo lugar foi para o. pesquisador Cláudio Urbano Bittencourt Pinheiro, da Universidade Federal do Maranhão, com “Geração de Renda, Inclusão Social è Recomposição de Matas Ciliares por Comunidades Ribeirinhas na Área de Proteção Ambienta/ (ÀPA), da Baixada Maranhense”. O projeto traz as linhas de execução de um programa de produção de mudas de espécies vegetais das matas ciliares no município de Penalva, no Maranhãò. O professor defende o uso de espécies nativas na recomposição da cobertura vegetal, em lugar da utilização das exóticas, “utilizadas em situações muito particulares de pérturbaçãò ou quando se tem por objetivo empregar cultura com fins comerciais”.
O terceiro lugar foi, para o pesquisador Alexandre Kemenes, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Anavilhanas Consultorias Ambientais Ltda., com “Captura e Aproveitamento do Metano que passa por Barragens de Hidrelétricas Tropicais”. O projeto demonstra a possibilidade do aproveitamento energético e econômico do biogás ou do metano gerado nos reservatórios de usinas hidrelétricas (liberados por descompressão durante a passagem de água pelas turbinas, em algumas épocas do ano), experimentado na Usina de Balbina, no município de Presidente Figueiredo, no Amazonas,
Na categoria Social:
O primeiro lugar ficou para o pesquisador Écio Rodrigues, da Universidade Federal do Acre, com o projeto “Extrativistas e Áreas Protegidas do Acre”, que busca conscientizar, sensibilizar e qualificar o produtor extrativista – posseiro ou proprietário de recurso florestal – a praticar.o uso desse recurso de forma sustentável. Ele defende a busca de alternativas econômicas que tenham, por princípio, aproveitar as vantagens comparativas da região.
O segundo lugar foi para o pesquisador Márcio Antônio da Silveira, da Fundação Universidade Federal do Tocantins, com o trabalho “Alternativa de Produção de Etanol a partir da Batata-Doce Voltada à Realidade dos Pequenos e Médios Agricultores da Região Norte”. O Projeto tem o propósito de criar condições para que a agricultura familiar participe também do mercado de etanol, em sistemas de associação ou cooperativa. Ele destaca a matéria prima qué será utilizada: a batata-doce, abundante na região e com uma tecnologia que, ao contrário da cana-de-açúcar, não usa a queimada para à colheita e se adapta bem a solos de baixa a média fertilidade. Como subproduto, a
bata doce oferece uma massa alimentícia com 17% a 30% de proteína, que pode ser administrada diretamente para suínos, gado de leite e outros animais.
O terceiro lugar foi para pesquisadora Vânia Beatriz Vasconcelos de Oliveira, da Embrapa Rondônia, pelo programa Educomunicação Científica, orientado para estudantes do Ensino Fundamental de comunidades do Rio Madeira, erri Porto Velho (RO). O trabalho proporciona a inclusão social de jovéns rurais, por meio do desenvolvimento de atividades educacionais e de comunicação para a divulgação científica, contribuindo assim para a popularização da ciência e o fortalecimento da cidadania. A estratégia é disseminar informações em linguagem acessível, sobre questões socioambientais, a partir da compreensão de como e para quê “se faz ciência” e qual a'sua aplicabilidade no dia-a-dia do cidadão comum.
Na categoria Econômica / Tecnológica:
O primeiro lugar coube aos pesquisadores Carmelita de Fátima, Kil Jin Park e Míriam Hubinger, da Faculdade de Engenharia Agrícola-Universidade Estadual de Campinas, com o trabalho Desidratação Osmótica e Defumação Líquida para Obtenção de Piraíba Seca. O Projeto desenvolve uma tecnologia para trabalhar com peixe desidratado, verticalizando a cadeia do pescado in natura e desenvolvendo novos produtos: óleos, concentrado proteico e farinhas. Utiliza-se a defumação líquida – processo de imersão do pescado em soluções de extratos líquidos de fumaça, ao contrário da defumação tradicional, que utiliza a queima da madeira durante o processo.
O segundo lugar foi para os pesquisadores Jadir de Souza Rocha, Cynthia Lins Falcone Pontes, Tereza Maria Farias Bessa e Vânia Maria O. da Câmara Lima, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), com o trabalho Tijolo Vegetal. Apresenta-se um processo de aproveitamento de resíduos vegetais (ouriços, castanhas-do-brasil, mesocarpos de tucumã e de coco) para fabricação de tijolos. Essa tecnologia reduz os custos de produção em relação aos tijolos convencionais (argila e solo-cimento), além de dispensar a etapa de queima, o que evita a derrubada de árvores para obtenção de lenha e, consequentemente, a emissão de gases.
Em terceiro lugar, sagrou-se á pesquisadora Gilvanda Silva Nunes, da Universidade Federal do Maranhão, com o trabalho Desenvolvimento das Cadeias Extrativistas do Babaçu e de outros Produtos Naturais, para Impulsionar o Setor de Cosméticos Naturais na Região Amazônica. Tem-se o propósito de aproveitar os recursos naturais da Pré-Amazônia Maranhense (babaçu, andiroba, bacuri, dentre outros, são abundantes e de grande relevância econômica e social no Estado) para o desenvolvimento de uma indústria cosmética na região.
Vencida a etapa de eleição dos trabalhos mais importantes, inclusive com a
premiação dos vencedores; urge, agora, aproximar o setor empresarial dos projetos. O
objetivo é estimular a contratação das melhores ideias, ampliando a capacidade de
realização do Prêmio Professor Samuel Benchimol. Algumas instituições já têm dado
contribuição nesse sentido, como o Banco da Amazônia e as fundações de amparo à
pesquisa da Região Norte. Precisamos passar da etapa do planejar para a do fazer, que é a
essência de todo o trabalho que acompanha a elaboração desse Prêmio.
Finalmente, o MDIC e os demais parceiros do concurso assumem o compromisso
de, a cada ano, por ocasião da solenidade de premiação dos agraciados, reeditar obras
importantes do Professor Samuel Benchimol, hoje, em edições esgotadas. Assim, os
ensinamentos do mestre estarão ao alcance de todos aqueles que buscam o
desenvolvimento sustentável da Amazônia e do Brasil.
Professor Francelino Grando
Secretário de Tecnologia Industrial
SUMÁRIO
Agradecimentos
Prefácio
Mensagem do Presidente Executivo
O Prêmio Professor Samuel Benchimol
Vencedores dos Prêmios Professor Samuel Benchimol, Edição 2008
Íntegra dos Projetos vencedores
Categoria “Ambiental”
Categoria “Econômica/Tecnológica”
Categoria “Social”
Projetos apresentados ao Prêmio Professor Samuel Benchimol – Edição 2008 – Resumo
Comissão Julgadora
Índice
Autores
Instituições participantes
Projetos
Coordenação
Comitê Editorial
Equipe Técnica
MENSAGEM DO PRESIDENTE EXECUTIVO DO PRÊMIO PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL 2008
Quando a Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), juntamente.com o
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), na pessoa do
professor José Rincon Ferreira, decidiriam trazer o Prêmio Professor Samuel Benchimol para
o Tocantins, sabíamos naquele momento que tínhamos pelo menos dois grandes desafios
pela frente; mostrar nossa identidade amazônica, que conquistamos em 1988 com a
criação do Estado, e fazer com que ele tivesse uma grandeza ainda maior, passando a atuar
como agente de transformação. Por isso, defendemos que o Prêmio seja transformado
num Fórum Permanente de discussão das questões amazônicas, já que estamos falando de
um espaço territorial tão discutido e questionado mundo afora.
Embora seja o mais novo Estado da Federação, o Tocantins conta com a
representação.de vários ministérios, fundações de pesquisa, universidades, instituições
bancárias, grandes empresas e tantos outros segmentos que justificam a criação do Fórum
Permanente, iniciativa que certamente contribuirá para manter o legado do professor
Samuel Benchimol e engrandecer ainda mais o Prêmio, que por sua vez se tornaria a
grande referência da região amazônica em termos mundiais.
Sob nossa responsabilidade, trabalhamos incansavelmente para dar maior
publicidade ao Prêmio frente às instituições educacionais, de pesquisa, pela internet e
principalmente através da mídia, que acreditamos ser a melhor forma de massificar uma
informação. A ampla divulgação nos permitiu mensurar alguns resultados, como o
aumento do número de projetos inscritos no Tocantins, que saltou de dois na edição
anterior, para dezenove – um acréscimo de 95% ou 12% do total de projetos inscritos nesta
edição.
À Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), que sediará a próxima
edição do Prêmio Professor Samuel Benchimol, temos a dizer que é um grande desafio, mas
que ela não estará sozinha nessa empreitada. Tanto a Fieto como os parceiros e
patrocinadores, que a nós se uniram, continuaremos firmes e apoiando a iniciativa, tudo
em prol da Amazônia, de projetos e ideias que possam realmente torná-la um exemplo de
desenvolvimento sustentável.
Para encerrar, faço minhas as palavras do professor Samuel Benchimol, que certa
vez disse:
“[...] o mundo amazônico não pode ficar isolado ou alheio ao desenvolvimento brasileiro e internacional. Terá que se autossustentar em quatro aspectos: economicamente viável, ecologicamente adequado, politicamente equilibrado e socialmente justo”.
Eduardo Machado Silva
Presidente do Sistema Fieto
O PRÊMIO PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL
Instituído em 2004, o Prêmio Professor Samuel Benchimol é umalniciativa do
governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC) da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com outras entidades
como a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o Banco da Amazônia e as
Federações de Indústria da região norte. O Prêmio tem a finalidade de identificar e dar
usabilidade às iniciativas focadas na promoção do desenvolvimento sustentável da
Amazônia, por meio do empreendedorismo e da difusão de tecnologias.
VENCEDORES EDIÇÃO 2008
Categoria Ambiental
1º Lugar
Éderson Augusto Zanetti Marcelo de Castro
Marcelo de Castro Souza
Projeto: Criação do Serviço Nacional de Carbono Rural da Amazônia (SNCRA)
2º Lugar
Cláudio Urbano Bittencourt Pinheiro
Projeto: Geração de Renda/Inclusão Social e Recomposição de Matas Ciliares por
Comunidades Ribeirinhas na Área de Proteção Ambiental (APA) da Baixada Maranhense
3º Lugar
Alexandre Kemenes
Projeto: Captura e Aproveitamento do Metano que Passa por Barragens de Hidrelétricas
tropicais
Categoria Econômica/Tecnológica
1º Lugar
Carmelita de Fátima Amaral Ribeiro
Kil Gin Park
Miriam Dupas Hubinger
Projeto: Desidratação Osmótiça e Defumação Líquida para Obtenção de Paraíba Seca
com Melhor Qualidade Sensorial
2º Lugar
Jadir de Souza Rocha
Cynthia Lins Falcone Pontes
Tereza Maria Farias Bessa
Vânia Maria O. da Camara Lima
Projeto: Tijolo Vegetal
3º Lugar
Gilvanda Silva Nunes
Projeto: Desenvolvimento das Cadeias Extrativistas do Babaçu e de Outros Produtos
Naturais, para Impulsionar o Setor de Cosméticos Naturais na Região Amazônica
Categoria Social
1º Lugar
Écio Rodrigues
Projeto: Extrativistas e Áreas Protegidas do Acre
2º Lugar
Marcio Antonio da Silveira
Projeto: Alternativa de Produção de Etanol a Partir da Batata-doce Voltada à Realidade
dos Pequenos e Médios Agricultores da Região Norte
3º Lugar
Vânia Beatriz Vasconcelos de Oliveira
Projeto: Programa de Educação e Comunicação Científica para a Inclusão Social de
Estudantes do Ensino Fundamental, de Comunidades Ribeirinhas do Rio Madeira, Porto
Velho – Rondônia. (Edu-comunicação Científica)
Personalidade
Armando Dias Mendes
Universidade Federal do Pará (UFPA)
ÍNTEGRA DOS PROJETOS VENCEDORES
2008
Categoria Ambiental
1º LUGAR
Título: Criação do Serviço Nacional de Carbono Rural da Amazônia (SNCRA).
Éderson Augusto Zanetti
Marcelo de Castro Souza
Instituição: Associação dos Produtores Rurais do Vale do XV (APRUV XV).
“O governador do Amazonas, Carlos Eduardo de Souza Braga, propôs nesta quarta-feira, em audiência sobre a política ambiental em seu estado, uma ação do governo federal com o objetivo de incluir culturas para o biodiesel entre as possibilidades de plantio em áreas degradadas para o mercado de carbono”.
Congresso Nacional – Brasil, agosto de 2007
“Nós chamamos o programa de iniciativa para os biocombustíveis dos pobres, para que os proprietários de áreas degradadas, sem comprometer a “produção de alimentos, contribuam para mitigar as mudanças climáticas, plantando espécies para biodiesel”.
Diretor do ICR/SAT-índia, agosto de 2007
Esta proposta envolve a ampliação das atribuições da Agência Nacional Designada
pelo Brasil para as questões do Protocolo de Quioto, a Comissão interministerial das
Mudanças Climáticas Globais (CIMCG), a fim dé torná-la pró-ativa no suporte à sociedade
brasileira nos mercados de carbono, e utilizar esses fundos de carbono para abater
empréstimos e dívidas do setor rural. O Comércio mundial de produtos florestais é da
ordem de US$175 bilhões/ano, enquanto a demanda mundial' por redução de emissões
está em 2,7 bilhões de toneladas de CO2, com potencial de negócios de 32,4 bilhões de
euros. A proposta do projeto de criação do Serviço Nacional de Carbono Rural da Amazônia
pode ser visualizada na figura 1 abaixo:
Figura 1: SNCRA/FNCRA.
Esta proposta é orientada para gerar um mecanismo financeiro, o SNCRA/FNCRA,
de pagamento de compensação para a realização de atividades de recuperação de áreas
degradadas na Amazônia Brasileira, voltado para a organização das atividades de
reflorestamento segundo o Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE), buscando integrar os
arranjos produtivos locais do setor florestal aos Corredores Ecológicos e Distritos Florestais
Sustentáveis da Amazônia, em torno de um Corredor ou Cinturão Florestal, e um
mecanismo de mercado – Armazéns Florestais – que fortaleça e torne essas ações
sustentáveis ao longo do tempo e permita a organização dos arranjos produtivos locais do
setor florestal em regionais e a formação de um corredor ou cinturão florestal para cultivo
de toda a biodiversidade florestal da Amazônia Brasileira, colocando toda a produção à
disposição dos consumidores (pessoas, empresas, distribuidoras de biocombustíveis etc.).
Principais objetivos
São os objetivos do projeto:
• criar um Serviço Nacional de Carbono Rural da Amazônia, para identificar
potenciais e orientar as famílias, os proprietários e as empresas rurais para
atividades voltadas à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas na
economia nacional; e utilizar, por meio do sistema de financiamento do setor
rural, os fundos das atividades para reduzir a dívida do setor rural;
• viabilizar a implantação do Fundo Nacional de Carbono Rural da Amazônia
(FNCRA), para fomentar o reflorestamento com espécies nativas, plantações
florestais comerciais e/ou industriais (florestas energéticas), sistemas
silvipastoris e agroflorestais e palmeiras biocombustíveis em áreas
degradadas da Amazônia Brasileira, através do Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo (MDL) e/ou dos mercados voluntários de carbono. O
mecanismo financeiro deve ser complementado com a participação das
instituições financeiras de fomento, que fornecerão descontos de juros e
spread para os arranjos produtivos locais do setor florestal dentro das
regionais;
• estabelecer um mecanismo de governança – Comitê de Gestão “Bom Tempo”
– para o SNCRA e FNCRA que permita atualizações constantes, visando
integrar o setor rural aos objetivos e metodologias de trabalho do sistema;
• realizar o levantamento de áreas degradadas na Amazônia, elegíveis para
projetos de reflorestamento do MDL e/ou dos mercados voluntários, e
estabelecer ações prioritárias para a recuperação desses locais, de acordo
com o ZEE e suas determinações para a macro, meso e microrregiões,
integrando as atividades aos Corredores Ecológicos e Distritos Florestais
Sustentáveis da Amazônia Brasileira;
• implementar 1.000ha (10 X 100 ha) de Áreas Demonstrativas com projetos de
recuperação de áreas degradadas, mediante o reflorestamento com espécies
nativas, plantações florestais comerciais e/ou industriais (florestas
energéticas), sistemas silvipastoris e agroflorestais e palmeiras
biocombustíveis;
• viabilizar tecnicamente a implantação de reflorestamentos com espécies
nativas, plantações florestais comerciais e/ou industriais (florestas
energéticas), sistemas silvipastoris e agroflorestais, palmeiras
biocombustíveis em áreas de usos não florestais da Amazônia Brasileira,
através do MDL;
• preparar as bases para a implantação de um sistema de gerenciamento e o
inventário nacional de emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE), ao longo da
cadeia produtiva do agronegócio na Amazônia Brasileira, voltado para o
estabelecimento de um Corredor ou Cinturão Florestal;
• desenvolver software que realize os passos fundamentais para a estimativa e
o suporte no monitoramento dos estoques e da dinâmica do carbono nas
atividades florestais, e o balanço energético das plantações com fins diversos
(madeireira, energético, biocombustíveis etc.) nas diferentes regiões da
Amazônia Brasileira;
• desenvolver uma estampa para certificação das iniciativas que participarem
das atividades, como o selo “Bom Tempo”, para projetos de mitigação dos
efeitos das mudanças climáticas na sociedade brasileira;
• integrar a cadeia produtiva do setor florestal nos locais de desenvolvimento
dos projetos, por meio dos Armazéns Florestais e entrepostos, comerciais e
de prestação de serviços florestais, implementados em Parceiras Público
Privadas (PPPs).
• a recuperação de 20 milhões de áreas degradadas na Amazônia Brasileira
deve ser o fim das atividades. Essa proposta cobre os dois anos iniciais de
implementação do modelo de atividade do projeto.
Fatores críticos para o sucesso do projeto e estratégia de obtenção dos recursos
necessários à sua execução
O aceite, pela CIMCG, de um papel proativo, é fundamental para propiciar as
condições ideais para a inclusão social nas atividades de projeto do mercado de carbono.
Para dar início ao projeto, é necessário conseguir os fundos para alavancar os
projetos de recuperação e treinamentos. O BID criou um fundo de US$20 milhões para
Energia Sustentável e Mudança Climática, que é visto como potencial fornecedor de
subsídios para as atividades.
Para que o projeto possa alcançar o sucesso que se deseja, a participação da
população é essencial; assim sendo, o mecanismo de governança deve ser amplamente
divulgado pelos agentes de extensão e todas as discussões e decisões precisam contar com
a participação das populações locais.
O FNCRA é o instrumento financeiro principal para o funcionamento de toda a
estratégia de implementação e uma política rural na Amazônia brasileira, voltada para
obter recursos de atividades voltadas para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
Para gerar recursos, espera-se conseguir investidores institucionais – nacionais,
preferencialmente – que financiem a implementação inicial do fundo, com recursos que
permitam operar o sistema e colaborem no desenvolvimento de alguns modelos de projeto
para a recuperação de áreas degradadas na Amazônia Brasileira. Esses modelos devem ser
transformados em Documento de Concepção de Projeto (DCP), com metodologias de linha
de base e monitoramento documentados e prontos para ser enviados ao MDL. A partir
desse ponto, os financiamentos já disponíveis no mercado podem ser utilizados pelo FNCRA
para alavancar atividades de projeto que podem ter seus créditos de carbono
comercializados.
A continuidade do MDL e das trocas de emissões é fundamental para o sucesso do
projeto. Sem o mercado de carbono, a população perde o incentivo da antecipação de
renda para iniciar os plantios, o que compromete a execução destes. Para evitar prejuízos à
população, o governo federal deveria criar um fundo destinado a cobrir os investimentos
iniciais para alavancar as atividades de projeto de MDL; os mercados voluntários são uma
importante ferramenta para garantir a continuidade dos projetos na eventual falha do MDL
em continuar existindo.
Para treinamentos, viagens, material de consumo e equipamentos da primeira
fase, a estratégia é apresentar o projeto a uma agência financiadora de projetos (FINEP,
FNMA), que possibilitaria a realização dos treinamentos em parcerias institucionais
adequadas.
Uma alternativa a ser estudada é a possibilidade de criar o SNCR através de PPPs
Parcerias Público Privadas-, ou mesmo pela criação de uma EPP – Empresa de Propósito
Específico –, para que o FNCR possa dispor dos recursos necessários para iniciar seu
funcionamento.
Depois de realizados os treinamentos, é importante conseguir manter ornada uma
rede em torno da iniciativa; por isso, um software específico deve ser utilizado, sendo
alimentado rotineiramente por todos os 3.500 agentes treinados, servindo de base de
dados para o preparo dos relatórios nacionais de emissões.
Deter tecnologia no desenvolvimento de ferramentas de software para projetos
florestais voltados ao mercado de carbono é essencial para o sucesso da atividade. Existem
linhas de fomento destinadas ao desenvolvimento de metodologias de linha de base e
monitoramento de projetos de reflorestamento do MDL na Financiadora de Estudos e
Projetos (FINEP). Software pode obter fundos de parcerias atuando nesses mercados.
As 10 Áreas Demonstrativas devem ser instaladas em parceira com a iniciativa
privada. É fundamental a disponibilidade dos recursos para promover a adoção dos
reflorestamentos em áreas degradadas, normalmente vistas como improdutivas. Essas
áreas são importantes para o monitoramento dos créditos de carbono e devem ser
mantidas, ao longo de todo o período de crédito, sob observação das ATE Rs, com coleta de
dados sobre sobrevivência das mudas, crescimento das florestas e produtividade alcançada,
visando um processo contínuo de aprimoramento das atividades.
Para a implementação dos Armazéns Florestais, que servem de entrepostos
comerciais para absorver toda a produção dos arranjos produtivos locais do setor florestal
nas microrregiões de recuperação de áreas degradadas, é preciso que sejam fornecidos os
subsídios financeiros que fomentem a atividade. Descontos dos spread bancários para o
cultivo da biodiversidade, taxas de juros com descontos progressivos de até 100% e créditos
fiscais são alguns dos fatores fundamentais para incentivar a ampliação da iniciativa privada
no negócio.
A participação dos proprietários na formulação dos objetivos regionais é essencial
para que a governança do Comitê de Gestão “Bom Tempo” preveja a ampla discussão dos
interesses locais e, com isso, garanta o processo descentralizado de tomada de decisão
sobre o uso dós recursos da biodiversidade regional. O fortalecimento dos Arranjos
Produtivos Locais do Setor Florestal (APL/Florestal) contribui para concertar as atividades
de cultivo e comercialização dos produtos do cultivo local.
Os Armazéns Florestais devem observar a busca na excelência do tratamento à
clientela, especialmente os produtores rurais; a qualidade na produção que justifica o
consumo consciente; e o relacionamento entre produtores e consumidores de forma
transparente. A observância estreita de critérios estabelecidos pela Convenção da
Diversidade Biológica (CDB) e do Acordo sobre Comércio Internacional de Espécies
Ameaçadas (CITES), é indispensável para gerir a implementação do Corredor Florestal.
A governança dos Armazéns Florestais deve ser dirigida de forma a permitir a
participação de toda a população, com a transparência dos atos administrativos. O
pagamento de preços justos e a distribuição equitativa dos resultados são fundamentais
para que o sistema possa cumprir suas funções econômicas, sociais e ambientais de forma
também equilibrada.
Entidades parceiras, participantes ou co-executoras
Espera-se que os seguintes ministérios participem do SN- CRA, fornecendo um
diretor para cada área: MAPA, MMA, MIN, MCT e MDA. A Comissão interministerial do
Clima, por ser a sede indicada para o SNCRA, deve ser responsável por determinar o diretor
executivo do serviço. Em um segundo momento, o SNCRA pode ser transformado em uma
autarquia, a exemplo do Serviço Florestal Brasileiro.
Todo o sistema financeiro que realiza financiamento para o setor rural deve ser
parceiro da atividade, fornecendo as bases para viabilizar que os créditos de carbono sejam
utilizados para abater dívidas e possibilitar investimentos.
A Embrapa, universidades e ONGs podem fornecer os treinamentos necessários aos
agentes ATER, para que se tornem agentes do Serviço Nacional de Carbono Rural da
Amazônia e transmitam as bases do funcionamento do sistema de governança para as-
populações locais; a Secretária da Biodiversidade e Florestas, MMA, dentro dó Plano de
Ação Estratégica de Recuperação e Desenvolvimento Florestal; o Serviço Florestal Brasileiro
e os Distritos Florestais Sustentáveis.
As universidades federais e estaduais podem contribuir ainda com planejamentos de
desenvolvimento territorial para suas regiões de influência, elaborando modelos de
recuperação de áreas degradadas e investigando os impactos das atividades ao longo do
tempo. As universidades são fundamentais para o desenvolvimento sustentável da região
como um todo.
O LBA, PPBIO, CID – Centro de Informação e Documentação do Museu Paraense
Emílio Goeldi, Rede CT Petro Amazônia, INPE, MCT e o MDA, além do MAPA e o MMA,
podem servir de bases complementares para a organização dos dados e sistematização dos
processos de coleta. (A Rede CT Petro Amazônia tem o objetivo de desenvolver tecnologias
voltadas para a recuperação de áreas degradadas resultantes da exploração de recursos
minerais. O PPBio desenvolve ações de pesquisa voltadas para políticas de conservação e
uso sustentável da biodiversidade na floresta, por meio da manutenção de acervos e
coleções biológicas e do inventário de espécies vegetais e animais. O LBA, por sua vez, é
uma iniciativa internacional de pesquisa liderada pelo Brasil que tem o objetivo de
compreender o papel da Amazônia no sistema climático terrestre e nas mudanças dos
ecossistemas amazônicos).
Para o FNCRA, são esperados parceiros investidores institucionais (BNDES, Vale do
Rio Doce, Petrobrás, BID, BASA, JBIC – Banco do Japão para Cooperação Internacional,
CNPQ, BANCO DO BRASIL, FAPEAM, FINEP, FIESP, CIESP, CNI, CNA, FNMA/MMA> WWF,
Centrais Elétricas do Norte, PETROS, Fundos Private Equity etc.), e as bolsas que operam
com créditos de carbono (CCX, BM&F etc.). O mecanismo criado pela UNDP para a
promoção de projetos de carbono dos países em desenvolvimento, o chamado MDG
Carbon Facility, é um potencial investidor na iniciativa.
As Áreas Demonstrativas devem ser instaladas em propriedades de 10 produtores
rurais das regionais. É necessário o estabelecimento de parcerias com eles para a
implementação dos plantios. A ideia é fornecer os investimentos necessários à recuperação
das áreas, e implementação dos plantios, de modo a garantir a compra do produto final e
dos créditos de carbono, enquanto o produtor investe trabalho no preparo do solo, plantio,
reposição, condução e exploração sustentável dos recursos florestais.
Todos os proprietários e empresários rurais, de todos os portes e tamanhos, são
parceiros para a execução do inventário nacional de emissões de GEE, uma forma de
cidadania climática que fortalece a união nacional, enquanto gera renda e emprego. Essa
metodologia de trabalho é o que dá suporte ao sistema de governança e torna, por sua vez,
possível o estabelecimento do selo “Bom Tempo” como reflexo das iniciativas e da
organização dos produtores locais, uma mensagem clara, para os consumidores, do
envolvimento destes com as ações para mitigar os efeitos das mudanças climáticas na
Amazônia Brasileira.
O desenvolvimento do software deve ser realizado dentro do conceito de software
livre, voltado para a estimativa e monitoramento de carbono em projetos de
reflorestamento, e ser adaptado às condições locais e desenvolvido para englobar um
maior número de espécies.
O Movimento dos Sem-Terra e o projeto de Reforma Agrária podem juntar forças
ao esforço de desenvolvimento florestal e participar da recuperação das áreas degradadas
para a produção de bens e serviços florestais.
O CENARGEN, com uma rede nacional de pesquisa e desenvolvimento de sementes
florestais é um parceiro fundamental para desenvolver as bases silviculfurais necessárias ao
reflorestamento das áreas degradadas, coletando e disponibilizando sementes e mudas de
espécies de uso energético, florestal (madeireiro e não madeireira), biocombustíveis e
outras.
A Embrapa Florestas tem experiência de anos no desenvolvimento do
planejamento florestal, incluindo levantamentos regionais e estabelecimento de metas de
longo prazo, e tem sido um dos principais articuladores da proposta de desenvolvimento
florestal para o Estado do Paraná, que abrange um horizonte de tempo de 100 anos. A
Embrapa Florestas é um parceiro potenciai para realizar os estudos preliminares, organizar
uma base de dados e planejar o desenvolvimento das atividades de reflorestamento e
recuperação de áreas degradadas, assim como estabelecer as bases para o fortalecimento
das cadeias produtivas florestais e a organização do Corredor ou Cinturão Florestal da
Amazônia Brasileira. A Embrapa Florestas, com outras duas unidades da Embrapa, também
realiza o processo de recuperação de áreas degradadas e a restauração do corredor
ecológico do Polo petroquímico do Rio de Janeiro, obtendo experiência prática de grandes
projetos de recuperação de áreas degradadas.
O Grupo de Trabalho Crédito para o Desenvolvimento Sustentável foi constituído
pela Portaria Interministerial nº 141 (16 de junho de 2004), dos Ministros de Estado da
Fazenda, do Meio Ambiente, do Trabalho e Emprego e da Integração Nacional. O Grupo de
Trabalho Incentivos Tributários e Fiscais para o Desenvolvimento Sustentável foi constituído
pelo Ministério da Fazenda (Secretaria da Receita Federal) e Ministério do Meio Ambiente
(Diretoria de Economia e Meio Ambiente).
O resultado do trabalho desses grupos foi à avaliação do Protocolo Verde e a
proposição de medida provisória para a “concessão de estímulos nas operações de
financiamento a atividades produtivas ambientalmente sustentáveis”, além de um Projeto
de Lei “para fins do estabelecimento de incentivos a atividades produtivas ambientalmente
sustentáveis”.
Todas essas atividades são para lembrar que as instituições financeiras oficiais
possuem papel fundamental no .cumprimento da política ambiental. A atividade do setor
bancário pode complementar a ação que vem sendo adotada por empresas do setor
produtivo que já utilizam práticas ambientalmente saudáveis, utilizando para isso linhas de
financiamento específicas (BANCO DO BRASIL, CEF, BANCO DO NORDESTE, BASA, BNDES –
2005).
A apreciação e aprovação das atividades de projeto no âmbito do mecanismo de
desenvolvimento limpo é atribuição da Comissão Interministerial de Mudança Global do
Clima, que é a Autoridade Nacional Designada para efeitos do mecanismo de
desenvolvimento limpo, em conformidade com o artigo 3º, inciso IV, do Decreto de 7 de
julho de 1999. A Secretaria Executiva da Comissão Interministerial deverá desenvolver e
manter uma base de dados, acessível ao público, de todas as atividades de projetos
propostos no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, contendo informações
sobre os documentos de concepção de projetos e o parecer que baseou a decisão final da
Comissão, bem como relatórios de validação e verificação das reduções de emissões das
atividades de projetos aprovados. Por isso, acredita-se que a CIMCG seja o mais indicado
endereço institucional para o funcionamento inicial do SNCRA.
2º LUGAR
Título: Geração de Renda, Inclusão Social e Recomposição de Matas Ciliares por
Comunidades Ribeirinhas na Área de Proteção Ambiental (APA) da Baixada Maranhense
Cláudio Urbano
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
A expressão “matas ciliares” envolve todos os tipos de vegetação arbórea vinculada
às margens de cursos d'água. Matas ciliares são formações vegetais importantes em termos
ecológicos, essenciais para a manutenção dá qualidade da água dos rios e da fauna
ictiológica. As matas ciliares são também essenciais para a sobrevivência da fauna em
muitas regiões, representando para elas refúgio, água e alimento. As matas ciliares
funcionam como filtros, retendo defensivos agrícolas, poluentes e sedimentos que seriam
transportados para os cursos d'água, afetando diretamente a quantidade e a qualidade da
água e, consequentemente, a fauna aquática è a população humana. São importantes
também como corredores ecológicos, ligando fragmentos florestais e, portanto, facilitando
o deslocamento da fauna e o fluxo gênico ventre as populações de espécies animais e
vegetais. Em regiões com topografia acidentada, exercem a proteção do solo contra os pro-
cessos erosivos.
O novo Código Florestal (Lei n.° 4.777/65) desde 1965 inclui as matas ciliares na
categoria de áreas de preservação permanente. Assim; toda a vegetação natural (arbórea
ou não) presente ao longo das margens dos rios e ao redor de nascentes e de reservatórios
deve ser preservada. Apesar da aparente proteção da legislação, a prática é na realidade
diferente. Além do desrespeito à legislação, que torna obrigatória a preservação destas,
vários problemas ambientais têm sido registrados.
Os levantamentos florísticos e estruturais são importantes para nortear as ações
de reabilitação e recuperação. Hoje em dia; a maioria dos programas dessa natureza tem
dado especial atenção ao uso de espécies nativas da região na recomposição da cobertura
vegetal. Dentre as vantagens de se utilizar espécies nativas, podemos citar: a contribuição
para a conservação da biodiversidade regional, protegendo ou expandindo as fontes
naturais de diversidade genética da flora em questão e da fauna a ela associada, podendo
também representar importantes vantagens técnicas e econômicas.devido à proximidade
da fonte de propágulos, facilidade de aclimatação e perpetuação das espécies. Nesse
sentido, a produção de mudas de espécies nativas para fins de reflorestamento de matas
ciliares pode envolver, na sua condução e em seus resultados, as três dimensões da
sustentabilidade, sendo ecologicamente correto e desejável e economicamente viável, por
gerar renda em nível local e socialmente justa, e por envolver pessoas, e incluí-las em um
sistema de produção sustentável e rentável.
A Baixada Maranhense, com uma área de 1.775.035,6ha dá nome a uma das sete
regiões ecológicas do Maranhão e constitui uma Área de Proteção Ambiental (APA). É
formada pelas bacias hidrográficas dos rios Turiaçu, Pericumã, Pindaré e Mearim, que
anualmente transbordam, inundando as planícies baixas regionais. O município de Penalva
(Figura 1), onde este projeto será desenvolvido, tem área total de 839 Km2, Uma população
de 30.287 habitantes (IBGE, 2000) e uma densidade demográfica de 36 hab/km2.
Atualmente, 30% das pessoas vivem na sede, contrastando com a população rural do
município, que é de 70%. A cidade está localizada nas seguintes coordenadas: S 03° 17'
442”; W 45 10' 242”. O rio formador das áreas inundáveis e lagos dá região de Penalva é o
Pindaré. Seus lagos mais importantes são o Cajari, o Capivari, o Lago da Lontra e o Lago
Formoso (Figura 2).
Figura 1. Localização da Área de Estudo no Estado do Maranhão.
Figura 2. Área Lacustre de Penalva, Baixada Maranhense.
Considerando a importância socioambiental da região e o avanço
significativo dos desmatamentos nas margens dos corpos d'água regionais, bem
como a grande demanda dos ribeirinhos pelo uso da vegetação como forma de
subsistência, propomos a realização deste estudo; que utiliza uma inovadora
combinação téórico-metodológica de instrumentos da ecologia e da botânica,
como a fitossociologia e a etnobotânica (o que lhe confere um indiscutível caráter
múlti/interdisciplinar), buscando identificar e utilizar conhecimento local como
base para um programa de produção de mudas e recuperação de matas ciliares na
região lacustre de Penalva, Baixada Maranhense.
Principais objetivos
Objetivo Geral
Execução de um programa de produção de mudas das espécies vegetais das
matas ciliares nos lagos Cajari, Capivari, da Lontra e Formoso, no município de
Penalva, Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense, para desenvolver um
programa de recomposição vegetal desses ambientes, recompondo a natureza em
suas formações ciliares, com geração de renda para as comunidades envolvidas.
Objetivos Específicos
• Levantar as áreas mais afetadas pela devastação nas principais
unidades de paisagem e tipologias vegetacionais da região ribeirinha
dos lagos de Penalva.
• Implementar um programa de produção e recomposição das espécies
originais características destes ambientes ciliares nessa região, com
o auxílio de comunidades locais, gerando resultados técnico-
científicos e econômicos, pela produção de mudas.
Como resultados principais, esperam-se: 1) entendimento da dinâmica de
uso e sua relação com aiconservação – as razões para a devastação; com este
conhecimento, espera-se contrapor as razões para a conservação; 2) geração de
conhecimento sobre produção de mudas para uso local que garanta a continuação
do programa de revegetação; 3) revegetação de áreas desmaiadas nos ambientes
ciliares da região lacustre; 4) conscientização e entendimento local da importância
da vegetação ciliar; 5) incremento da pesca pela recuperação dos ambientes
ciliares; 6) geração de conhecimento para qualificação de recursos humanos:
membros das comunidades ribeirinhas, alunos de graduação e pós-graduação; 7)
geração de renda por venda de mudas e reivindicação de créditos de carbono; 8)
uso do conhecimento gerado no plano de manejo da APA da Baixada Maranhense.
Fatores críticos para o sucesso do projeto e estratégia de obtenção dos
recursos necessários à sua execução
Os impactos dos resultados esperados e benefícios potenciais para a respectiva
área de conhecimento e para a sociedade serão relevantes, principalmente porque a região
de estudo precisa sair do escuro, no que se refere à recomposição de áreas que perderam
sua função ecológica e socioeconómica e precisam ser reintegradas ao ambiente de
produção sustentável. Adicionalmente, esta pode ser uma atividade que consolide uma
alternativa viável e sustentável de geração de renda para a região.
Com os primeiros resultados e a oferta de mudas de espécies regionais, esta
atividade será divulgada na região, entre as prefeituras, as ONGs, os órgãos ambientais e
as instituições estaduais, como fonte de produção de mudas para os programas municipais,
estaduais e federais de reflorestamento. Pelo grande apelo que tem o marketing
ambiental, grandes empresas do setor privado serão chamadas a adquirir mudas das
comunidades, com geração de renda e revegetação das áreas ciliares da região.
Não há riscos ou dificuldades potenciais relevantes para o desenvolvimento do
estudo. A metodologia está claramente definida e testada em estudos anteriores; o acesso
à região é relativamente simples o ano todo; no verão, o acesso é possível por via terrestre
à maioria dos povoados; no inverno, o acesso por água é total a todos os povoados da
região.
Entidades parceiras, participantes ou co-executoras
O projeto contará com a parceria do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras
Rurais do Município de Penalva e das Associações de Moradores dos povoados ribeirinhos
selecionados. O sindicato dará suporte no esclarecimento e na preparação das
comunidades para o desenvolvimento das atividades do projeto, especialmente nas fases
de coleta de sementes, produção de mudas e acompanhamento das áreas revegeiadas. Da
mesma forma, as associações serão o braço local do projeto, garantindo a participação
efetiva e responsável dos membros indicados.
Este projeto tem o apoio do Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade de
Ecossistemas – PPGSE (Mestrado), do Departamento de Oceanografia e Limnologia da
Universidade Federal do Maranhão, que conta com o suporte da CAPES e da Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado do Maranhão (FAPEMA). O apoio do PPGSE será provido na
forma da mão de obra dos mestrandos (CAPES e FAPEMA). O Banco do Nordeste do Brasil
poderá também prestar apoio ao projeto.
O projeto terá também a participação de alunos do curso de graduação em Ciências
Aquáticas da UFMA, que busca formar um novo profissional preparado para o
planejamento e á utilização e gestão apropriada dos recursos hídricos; neste caso
particular, trará conhecimento relacionado com as matas ciliares dos lagos da região de
Penalva.
A Universidade Federal do Maranhão proverá o pessoal técnico-científico
qualificado (a maioria doutores), além do transporte de pessoal, e arcará com as despesas
de manutenção dos veículos utilizados no projeto.
Equipe:
• Prof. Dr. Cláudio Urbano Bittencourt Pinheiro -coordenador/ executor – Depto.
de Oceanografia e Limnologia, UFMA.
• Prof. Dr. Ricardo Barbieri – Executor – Depto. de Oceanografia eLimnologia,
UFMA.
• Naíla Arraes de Araújo – Mestranda – Executora – Programa de Pós-Graduação
em Sustentabilidade de Ecossistemas, UFMA.
• Miquéias Oliveira de Souza – Graduando – Curso de Ciências Aquáticas, UFMA.
• Galdino Cardinal Arouche – Agente Ambiental – Município de Penalva.
3 º L UGAR
Título: Captura e Aproveitamento do Metano que Passa por Barragens de Hidrelétricas
Tropicais
Alexandre Kemenes
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas dá Amazônia, Anavilhanas Consultorias
Ambientais LTDA.
A energia é essencial para o desenvolvimento social e econômico do mundo
civilizado. Porém, os danos ambientais associados a sua produção e ao seu consumo são
consideráveis. Segundo o Plano Brasileiro de Energia (2006), cerca de 77% da energia
elétrica brasileira é produzida em hidrelétricas. Essas unidades são. popularmente
conhecidas como fontes de energia renovável e limpa, mas isso não é um consenso
científico. A decomposição de material orgânico em lagos profundos ou outras áreas
alagáveis é uma das maiores fontes de metano (CH4) para a atmosfera, um dos gases que
mais contribui para o aquecimento global. Entretanto, esse gás apresenta um alto poder
calorífico e poderia ser capturado e posteriormente utilizado na produção de energia ou
até para outras finalidades industriais. Essa nova tecnologia poderia produzir energia e
auxiliar na proteção do planeta, pois, com a queima do metano, serão gerados gases de
menor importância individual no processo de aquecimento global. O objetivo principal será
demonstrar a possibilidade do aproveitamento energético/econômico do biogás ou do
metano purificado durante algumas épocas do ano à jusante da barragem de Balbina. Esse
aproveitamento será realizado, principalmente, durante os meses de maior demanda
energética (nos períodos de seca). Os meses em questão deverão ser devidamente
determinados durante os estudos. A represa de Balbina foi criada em 1987 pelo
barramento do rio Uatumã e apresenta uma área inundada de 2.600km2. Situa-se no
município de Presidente Figueiredo (Amazônia Central). Já foram realizadas estimativas
sobre os fluxos de metano e gás carbônico pelas turbinas da hidrelétrica de Balbina nos
anos de 2004, 2005 e 2006, durante a tese de doutorado de Alexandre Kemenes pelo INPA,
sendo determinado um fluxo total de 65 x 103 Ton C de CH4 que passou pelas turbinas
dessa hidrelétrica em 2005. Se esse fluxo fosse devidamente utilizado, poderia aumentar o
potencial energético de Balbina em ~ 120MW. Assim, além de esse mecanismo acrescéntar
~ 80% ao potencial energético médio da hidrelétrica, diminuiria a contribuição atmosférica
de metano em ~ 65 %. Para as quatro maiores hidrelétricas da Amazônia (Balbina, Tucuruí,
Samuel e Curuá-Una) foi calculado que, juntas, elas poderiam produzir cerca de 1600MW
de potência instalada. Valendo-se do Protocolo de Quioto, a queima do metano para essa
geração arrecadaria US$400 milhões em créditos de carbono anualmente, o que traria,
além dá vantagens energéticas e ambientais, também benefícios econômicos.
Principais objetivos
O objetivo principal do trabalho será démonstrar a possibilidade do aproveitamento
energético/econômico do biogás ou do metano gerado nos reservatórios de usinas
hidrelétricas tropicais, liberados por descompressão durante a passagem de água pelas
turbinas, em algumas épocas do ano.
Os objetivos específicos estão dispostos na tabela a seguir (Tabela 1).
Tabela 1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Objetivo específico Metas I ndicadores Atividades 1) Analisaras emissões de. metano pelas turbinas da hidrelétrica de Balbina.
a) registrar os fluxos de metano pelas turbinas da hidrelétrica de Balbina. b) Determinar quais os parâmetros ambientais e climáticos que estão influindo significativamente nas emissões de metano pelas turbinas.
a) Determinar o volume de metano emitido para atmosfera pelas turbinas de Balbina. b) Determinar estatisticamente quais as influências dos parâmetros climáticos e ambientais sobre as emissões de metano.
1) Coleta de metano acima e abaixo das turbinas de Balbina durante os anos de 2009 e 2010. 2) Coleta de dados ambientais e climáticos na área da hidrelétrica durante os anos de 2009 e 2010. 3) Análises de detalhes hidrológicos através de bóias de monitoramento remoto durante parte do período de seca no ano de 2009.
2) Contribuir na adequação e na real contabilização das emissões de gases de efeito estufa pelo Parque Hidrelétrico Amazônico e Nacional.
a) Quantificar a contribuição das turbinas da hidrelétrica de Balbina às emissões nacionais de gases de efeito estufa.
a) Determinar estatisticamente se as emissões de metano pelas turbinas são significativas para as emissões nacionais de gases de efeito estufa.
1) Analisar os valores obtidos no inventário nacional de emissões de gases de efeito estufa e compará-los às emissões pelas turbinas de Balbina até o final de 2010.
3) Determinar o fluxo superficial de metano abaixo das barragens do trópico úmido.
a) Aproveitamento preliminar do metano emitido pelas turbinas das hidrelétricas.
a) Determinar os meses em que existe uni fluxo significativo de metano emitido para a atmosfera.
1) Construção de um protótipo funcionai no segundo semestre de 2009 em Balbina. 2) Utilizar o protótipo durante os anos de 2009 e 2010, determinando a área crítica, abaixo da barragem de Balbina, onde poderia ser construída uma estrutura fixa para a captação do gás.
4) Criar um modelo matemático para prever a estabilidade climática e as emissões pela barragem de Balbina
a) Prever a estabilidade climática da região.
a) Determinar estatisticamente quais parâmetros influenciam na estabilidade climática da região e, como isso, influem nas emissões de metano pelas turbinas.
1) Obtenção de parâmetros para inserir num modelo matemático até o final de 2010. 2) Desenvolver esse modelo matemático até o final do projeto de pesquisas em 2010.
Fatores críticos para o sucesso do projeto e estratégia de obtenção dos
recursos necessários à sua execução
Como esse é um trabalho novo e inovador, existe o risco do aproveitamento
energético do metano que passa pelas turbinas não ser uma alternativa economicamente
viável, ou seja, apesar dos intensos estudos de campo realizados durante anos pela tese de
doutorado mostrarem fortes emissões de gás abaixo das turbinas (Kemenes, 2006), os
resultados sobre a geração de energia podem não ser satisfatórios, por diversos fatores a
serem analisados, como, por exemplo, a composição da mistura gasosa utilizada.
Foi encontrada durante os estudos de doutorado uma grande variação mensal e
anual nas emissões de metano pelas turbinas de Balbina. Essa variação poderia
comprometer o aproveitamento desse gás durante alguns meses ou até durante alguns
anos, dependendo das variações térmicas impostas pelos fatores ambientais e Climáticos.
O estudo será importante para detalhar mais o processo de emissão de metano através
do fluxo de passagem pela barragem de Balbina, ainda em fase inicial de pesquisas, sendo
ainda necessário o desenvolvimento e melhoramento de vários métodos e processos.
Existe uma grande pressão política contra a ideia de que algumas hidrelétricas sejam
grandes emissoras de gases de efeito estufa. O atual inventário nacional de emissões de
gases de efeito estufa (Rosa et al, 2006) mostrara que as hidrelétricas brasileiras são, na
maioria, geradoras de energia limpa, com possibilidade de aquisição de créditos de
carbono através do seu funcionamento (Banco Mundial, 2005). Esse trabalho foi analisado
por nosso grupo de estudos, que encontram erros graves na metodologia e no tratamento
dos dar d o s que comprometeram os valores obtidos (Kemenes et al, 2008), sendo
claramente necessário um novo inventário.
Entidades parceiras, participantes ou co-executoras
Parceiras: Anavilhanas Consultoria Ambiental LTDA, INPA e Manaus Energia.
Possíveis Participantes: Anavilhanas Consultoria Ambiental LTDA, IN PA, CNPq,
FAPEAM, Manaus Energia, Eletronorte, governos Municipal, Estadual e Federal.
Referências
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Duchemin, E.; Luçotte, M.; Canuel, R.; Queiroz, A.G; Almeida, D.C; Pereira, H.C. &
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Kemenes, A. Forsberg, S. & Pavani, A. 2006. Sistema e Método de Aproveitamento do Biogás
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Saint Louis, V.C.; Kelly, C.; Duchemin, E.; Rudd, J.W.M. & Rosemberg, D.M. 2000. Reservoir
surface as sources of greenhouse gases to the atmosphere: a global estimate. Bioscience,
20, 766-775.
Íntegra dos projetos vencedores
2008
Área Econômica/Tecnológica
1º Lugar
Título: Desidratação' Osmótica e Defumação Líquida para Obtenção de Piraíba Seca com
Melhor Qualidade Sensorial
Carmelita de Fátima Amaral Ribeiro
Kil Jin Park
Miriam Dupas Hubinger
Instituição: Faculdade de Engenharia Agrícola - Universidade Estadual de Campinas
A pesca é uma importante atividade econômica e social realizada na região
amazônica nas modalidades profissional, industrial, esportiva e de subsistência. Na região, a
maior parte do pescado capturado, pela pesca profissional, é comercializada na forma in
natura fornecidos frescos ou congelados destinados principalmente aos mercados,
municipal e estadual. Porém, sabe-se que pode ser obtido maior rendimento econômico e
social quando a indústria passa a diversificar a produção com produtos de maior valor
agregado como, por exemplo, peixe seco, salgado, defumado, óleos, concentrado protéico
e farinhas, entre outros produtos de qualidade nutricional comprovada. Além disso, essa
diversificação de produtos nas empresas torna-as mais competitivas tanto no mercado
nacional quanto no internacional.
A maior parte do valor agregado da atividade pesqueira da região ainda está
relacionada a espécies comerciais tradicionais; em casos particulares, espécies com atividade
de sobrepesca.
A piraíba é caracterizada como um peixe gordo, com potencial nutritivo e de
elevado rendimento em filé, apresentando características bastante favoráveis para a
elaboração de produtos de maior valor agregado. Porém, como todo pescado é um produto
altamente perecível nas temperaturas tropicais, deteriora-se rapidamente e necessita da
aplicação de técnicas que lhe confiram um maior tempo de prateleira.
A defumação líquida é um dos mais rápidos métodos de defumação e consiste num
processo de imersão do pescado em soluções de extratos líquidos de fumaça. As fumaças
líquidas naturais, são aromas naturais obtidos da pirólise controlada da madeira, dispersos
em água ou óleo. A técnica tem baixos riscos de impacto ambiental, ao contrário da
defumação tradicional, que utiliza-a queima da madeira durante o processo, aumentando o
perigo de explosão, além de gerar o descarte de cinzas e resíduos no meio ambiente. Além
disso, tem como outras vantagens a eliminação de elementos carcinogênicos (alcatrão,
resina e 3,4-benzo(a)pirerío) e a presença de propriedades antioxidantes e bacteriostáticas
nos produtos.
A desidratação osmótica com uso de soluções salinas ou açúcares em
concentrações controladas, além de garantir o controle da qualidade microbiológica e/ou
nutricional do alimento, tem baixos custos com insumos. Uma das vantagens dessa técnica é
que, quando em condições de vácuo, a transferência de massa no alimento aumenta, se
comparada à pressão atmosférica, isto permite redução do tempo de processo e redução
dos custos energéticos.
A secagem posterior à desidratação osmótica e defumação líquida é condição
imprescindível à elaboração de um bom produto. A secagem natural é a técnica mais usada
na conservação de pescados da região Norte, principalmente pelos baixos custos com o
processo, sendo a energia solar gratuita. Entre as desvantagens, a técnica depende de
condições climáticas, o que impossibilita uma previsão da produção.
A secagem artificial, além cie ser mais rápida, independe das condições climáticas e
proporciona produtos com maior qualidade microbiológica e nutricional.
Diante disso, este trabalho tem como objetivo desenvolver produtos secos, a partir
do peixe piraíba, com melhor qualidade nutricional e sensorial, utilizando a combinação das
técnicas de secagem convencional, desidratação osmótica e defumação líquida. Uma vez
determinados os melhores parâmetros de cada processo eles poderão ser implantados em
MPEs da região bragantina do Estado do Pará mediante o repasse de informações técnicas.
Principais objetivos
Objetivo Geral:
Desenvolver produtos secos, a partir do peixe piraíba, com melhor qualidade
nutricional e sensorial/utilizando a combinação das técnicas de secagem convencional,
desidratação osmótica e defumação líquida, sendo que, uma vez determinados os melhores
parâmetros de cada processo, estes poderão ser implantados em micro e pequenas
empresas (MPEs) da região bragantina do Estado do Pará mediante repasse de informações
técnicas.
Objetivos específicos:
• Aplicar desidratação osmótica, defumação líquida é secagem convencional
na elaboração de produtos de peixe com melhor qualidade sensorial
(aparência, aroma e sabor) e nutricional (protéico);
• Otimização dos processos de desidratação osmótica, defumação líquida e
secagem convencional;
• Adaptação das técnicas para serem implantadas nas indústrias.
Fatores críticos para o sucesso do projeto e estratégia de obtenção dos recursos
necessários à sua execução
Para que o modelo seja sustentável, será necessário prosseguir combinado a
políticas do governo quanto ao defeso de espécies de peixes utilizadas na industrialização.
Os benefícios sociais, econômicos e ambientais com a industrialização da piraíba na
região amazônica só Vão se constituir exemplo de sistema produtivo socialmente justo,
economicamente viável e ambientalmente correto se o setor pesqueiro entrar em sintonia
com o setor industrial e este com os setores públicos fornecedores de recursos tecnológicos
e humanos. Portanto, chama-se a atenção para a grande necessidade de articulação,
sensibilização e motivação, por parte de entidades governamentais ligadas aos setores, na
busca da realização de objetivos comuns em todos os elos da cadeia, de modo a contribuir
para o desenvolvimento mais sustentável dos recursos naturais da região amazônica.
É necessário ainda buscar parcerias com entidades governamentais cómo Sebrae,
Ibama, Secretaria de Agricultura e FIEPA e sindicatos dos pescadores na contribuição da
articulação entre os setores envolvidos, capacitação e sensibilização dos empreendedores
quanto à oportunidade de negócio com esses alimentos.
Entidades parceiras, participantes ou co-executoras
A Faculdade de Engenharia Agrícola (FEAGRI) da Universidade Estadual de
Campinas, experiente na realização de projetos de pesquisa, será a instituição líder,
responsável pela coordenação e administração do projeto. A Faculdade de Engenharia de
Alimentos (FEA) I da Universidade Estadual de Campinas será parceira e co-executora do
projeto, no fornecimento do Laboratório de Medidas Físicas para os procedimentos
experimentais. Trata-se de uma instituição fortemente ligada à pesquisa cientifica e à
industrialização de alimentos. A Universidade Estadual do Pará e a Escola Agrotécnica
Federal de Castanhal irão participar de alguns componentes da proposta e articulação entre
os setores.
2º LUGAR
Título: Tijolo Vegetal
Jadir de Souza Rocha
Cynthia Lins Falcone Pontes
Tereza Maria Farias Bessa
Vania Maria O, da Câmara Lima
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
A presente proposta tem como objetivo principal desenvolver processo de
aproveitamento de resíduos vegetais; ouriços ê cascas de castanha-do-brasil [(Bertholetia
excelsa), mesocarpos de tucumã (Astrocaryum acaule) e de coco (Coccus nucifera), para
confecção de tijolos.
A inclusão do mesocarpo de coco, apesar da espécie não ser nativa da região,
justifica-se pelo motivo da existência de plantios desse fruto em toda a Amazônia Legal,
apresentando uma produção que abastece o mercado regional e, desse modo,
aproveitando a grande quantidade de mesocarpos que são descartados, adicionando-os às
matérias-primas acima mencionadas, se terá uma oferta de tais resíduos que possibilite
suprimento constante para atender à demanda de tijolos vegetais.
O processo de confecção dos tijolos começa com a trituração de ouriços, cascas de
castanha e mesocarpos em pequenas partículas, com a aglutinação de resina sintética e
ação conjunta de temperatura e pressão por cerca de 20 minutos.
O produto possui design inovador, possibilitando o encaixe perfeito no
assentamento dos tijolos, dispensando a aplicação de produtos adesivos para dar
sustentação às paredes.
Facilidade e rapidez na construção, redução de custos de produção em relação aos
tijolos convencionais (argila e solo-cimento), além de ser uma tecnologia limpa, são fatores
que irão viabilizar o ingresso desse produto no mercado da construção civil.
Principais objetivos
• Desenvolver inovação tecnológica para aproveitamento de resíduos vegetais
(ouriços e cascas de castanha-do-brasil e mesocarpos de tucumã e de coco) para
confecção de tijolos.
• Aumentar o elenco de produtos com potencial para utilização na construção
habitacional.
• Possibilitar a ampliação da oferta e da diversidade de produtos de origem vegetal
para construção habitacional.
• Desenvolver tecnologia limpa e com capacidade para manter, nas habitações, o
ambiente agradável, mesmo nas elevadas temperatura e diante da umidade relativa
da região amazônica.
Fatores críticos para o sucesso do projeto e estratégia de obtenção dos recursos
necessários à sua execução
Pode-se admitir que não ocorrerão fatores críticos que possam ocasionar
dificuldades para o sucesso do projeto, pelo fato de a equipe de pesquisadores envolvidos
no projeto há mais de duas décadas desenvolver pesquisas em ciência e tecnologia de
recursos florestais da Amazônia, destacando-se principalmente no desenvolvimento de
processos e produtos a partir de matérias-primas vegetais não madeireiras.
Quanto à estratégia de obtenção dos recursos necessários à sua execução, a
proposta será apresentada à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas
(FAPEAM), ao CNPq e a FINEP.
Entidades parceiras, participantes ou co-executoras
O projeto será desenvolvido na Coordenação de Pesquisa em Produtos Florestais
(CPPF) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).
3º Lugar
Título: Desenvolvimento das Cadeias Extrativistas do Babaçu e de outros Produtos Naturais,
para Impulsionar o Setor de Cosméticos Naturais na Região Amazônica
Gilvanda Silva
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Esta é uma proposta concreta de aproveitamento dos recursos naturais da Pré-
Amazônia Maranhense, para obtenção de cosméticos voltados aos cuidados da pele e dos
cabelos, com a participação direta da Comunidade Extrativista de Itapecuru Mirim (MA),
com ênfase na experiência local de na exploração sustentada dos babaçuais. Este trabalho
está focado em dois poderosos aspectos: o do sonho/lúdico e o da
ecologia/preservação/desenvolvimento sustentado da Amazônia. A pesquisa que se
pretende fazer será fundamental pára que a região não permaneça na cultura do
extrativismo. São apresentadas diversas possibilidades de utilização de ativos provenientes
da Pré-Amazônia Maranhense (andiroba, babaçu, buriti, castanha-do-brasil, copaíba,
cupuaçu, maracujá, pequi; ucuúba, etc.), para obtenção de diferentes produtos cosméticos
e de higiene pessoal (para tratamento capilar, da pele, produtos anti-age, etc.). Para tal;
serão envolvidos estudantes de graduação e de pós-graduação da UFMA, além de
pesquisadores e professores, em subprojetos multidisciplinares. Os produtos, obtidos em
laboratório, serão testados para atender às especificações da legislação. Em uma segunda
etapa, serão dados treinamentos às comunidades extrativistas da região, em especial às
quebradeiras de coco babaçu, a fim de transferir tecnologia e melhor prepará-las para a
utilização racional e sustentável dos recursos naturais. Este projeto está sustentado por
fatores naturais (riqueza da flora da Pré-Amazônia Maranhense e de toda a Região
Amazônica) e fatores econômicos (mão de obra local com experiência extrativista dos
recursos naturais e produção de matérias primas; elevada disponibilidade de matérias
primas; e infraestrutura adequada, como rodovias, hidrovias e portos para transporte de
material e escoamento de produtos). A execução de um projeto como este, que vise,
inicialmente, o desenvolvimento dos cosméticos ecológicos, com vistas a melhor selecionar
as matérias-primas a serem exploradas é, sem dúvida, o passo inicial para o
desenvolvimento deste setor produtivo entre as quebradeiras de coco e de outras
comunidades extrativistas da região. O surgimento de uma indústria cosmética, de base
originalmente tecnológica, ainda que de pequeno porte, poderá dar origem a um cluster
produtivo; dentro do Maranhão. Isso dará origem a empregos de melhor nível, aumentará
o valor agregado dos produtos extraídos de nossa flora, e diminuirá a preocupação regional
e nacional com a biopirataria. Como o Maranhão faz parte da Pré-Amazônia, isso resultará
em um sentimento mais profundo de orgulho e posse de parte da nossa “Amazônia”.
Principais objetivos
Objetivo geral
Desenvolver produtos cosméticos destinados aos cuidados da pele e dos cabelos, a
partir da exploração racional de parte da biodiversidade amazônica, em especial dos
produtos naturais da Pré-Amazônia Maranhense.
Objetivos Específicos
• Estudar os processos físicos envolvidos na obtenção e utilização dos óleos e extratos
vegetais.
• Otimizar os processos de extração e estabelecer um rol de análises de rotina para
caracterizar as matérias-primas obtidas da Pré-Amazônia Maranhense.
• Desenvolver produtos cosméticos de elevada eficácia e estabilidade, a partir desses
produtos naturais.
• Implantar um método de controle de qualidade e realizar testes de eficácia e
estabilidade dos produtos desenvolvidos.
• Passar informações às quebradeiras de coco e outras comunidades extrativistas da
Pré-Amazônia Maranhense sobre todas as etapas desse projeto, desde os resultados
obtidos em laboratório, até o desenvolvimento das formulações a partir dos ativos
naturais orgânicos.
Fatores críticos para o sucesso do projeto e estratégia de obtenção dos
recursos necessários à sua execução
Este projeto está sustentado por fatores naturais (riqueza da flora da Pré-Amazônia
Maranhense e de toda a região amazônica) e fatores econômicos (mão de obra local com
experiência extrativista dos recursos naturais e produção de matérias-primas; elevada
disponibilidade de matérias-primas, e infraestrutura adequada, como rodovias, hidrovias e
portos para transporte de material e escoamento de produtos). A execução de um projeto
como este, que vise, inicialmente, o desenvolvimento dos cosméticos ecológicos, com
vistas a melhor selecionar as matérias-primas a serem exploradas é, sem dúvida, o passo
inicial para o desenvolvimento deste setor produtivo entre as quebradeiras de coco e de
outras comunidades extrativistas da região. O conhecimento tradicional é o foco para a
inserção social, mas a visão da inovação e do uso e desenvolvimento de tecnologias é a
chave para o sucesso deste projeto.
Entidades parceiras, participantes ou co-executoras
Oleama – Oleaginosas Maranhenses S.A. (disponibilização de insumos e de
equipamentos básicos para testes, desenvolvimento de formulações, etc.), Fapema –
Fundação dê Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do
Maranhão (concessão de bolsas para estudantes e auxílios).
ÍNTEGRA DOS PROJETOS VENCEDORES
2008
ÁREA SOCIAL
1º LUGAR
Título: Extrativistas e Áreas Protegidas do Acre
Écio Rodrigues
Instituição: Universidade Federal do Acre (Ufac)
A exploração ilegal de madeira, em conjunto com a exploração mineral e o consórcio
desmatamento/queimada são, sem dúvida, os mais graves problemas ambientais existentes
na área rural da Amazônia. A rigor, ocorre uma associação cúmplice entre a exploração da
madeira e a expansão da fronteira agropecuária. No rastro do desmatamento e antes da
queimada, o madeireiro é acionado para retirar as melhores madeiras, o chamado filé,
equivalente a menos que 30% da madeira; os outros 70% serão simplesmente queimados.
Por sinal, são estas madeiras (os 30%) e sua liquidez para o pecuarista que têm
permitido custear os serviços do próprio desmatamento, ou seja, por paradoxal que pareça,
é a própria floresta que financia sua devastação e ou substituição pelo pasto cultivado.
Este quadro caótico tem se agravado ainda mais, com o esgotamento da madeira
oriunda da fronteira de ampliação agropecuária. Esse fato tem levado os madeireiros a
voltarem sua atenção para os poucos fragmentos florestais remanescentes, que em sua
grande maioria encontra-se em Áreas Protegidas, como as Unidades de Conservação e
Terras Indígenas.
Dessa feita, a exploração ilegal de madeira em Áreas Protegidas é de tamanha
dimensão que os órgãos ambientais responsáveis por seu controle e monitoramento
encontram dificuldades para cumprir seu papel.
Nesse contexto, a conscientização, sensibilização e qualificação do produtor
extrativista que é posseiro e/ou proprietário do recurso florestal depredado, configura-se
em elemento chave para evitar este dano ao ecossistema florestal remanescente.
Uma parceria dos órgãos ambientais, responsáveis pelas ações de controle e
monitoramento, com esses produtores, na forma de gestão compartilhada, pode ser um
dos caminhos para restringir esse tipo de exploração.
De outra banda, o Ministério da Integração Regional (MIR), o Ministério do Meio
Ambiente (MMA), o Conselho Nacional da Amazônia Legal (Conamaz), o Conselho
Nacional de Meio Ambiente (Conama), o Plano Amazônia Sustentável (PAS) e outros
instrumentos de definição de políticas públicas para a Amazônia têm ressaltado a
importância de se estabelecer uma nova visão para a ocupação social e econômica da
região.
Essa visão, segundo esses instrumentos e instâncias de políticas regionais, segue
por dois caminhos complementares. O primeiro pressupõe a construção de um consenso,
por sinal muito difícil de conseguir sem uma presença pública forte, de que o modelo
desenvolvimentista implantado nos últimos quarenta anos, baseado na grande
propriedade e na agropecuária, trouxe benefícios econômicos pífios, ampliou as
desigualdades ao concentrar ainda mais a riqueza e acarretou danos ambientais de
natureza internacional com repercussões negativas difíceis de qualificar e quantificar.
A partir desse (difícil, diga-se) consenso, essa nova visão passaria, em um
segundo momento, a prescrever um leque de alternativas econômicas que tenham por
princípio transformar as vantagens comparativas da região, como o ecossistema florestal
(entenda-se por ecossistema florestal todo o leque potencial de produtos e serviços que
a floresta pode oferecer, oriundos da hidrografia, fauna e vegetação) em vantagens
competitivas e assim fazer uma leitura concreta do desenvolvimento sustentável
amazônico.
E aí se chega ao segundo caminho, que, todavia, é de natureza ainda mais
complexa: significaria construir um outro consenso, agora acerca da opção produtiva que
melhor se enquadre nos ideais de sustentabilidade comumente aceitos para a Amazônia.
Significaria também que os agentes econômicos e atores sociais existentes na
região poderiam se conciliar com os pesquisadores, acadêmicos e técnicos em geral que
apontam o manejo do ecossistema florestal como principal instrumento para a conquista e
manutenção de vantagem competitiva na Amazônia.
De concreto, essa visão aponta como saída o estabelecimento de um variado leque
de arranjos produtivos locais (APL), todos ancorados em produtos e serviços oriundos do
ecossistema florestal, vierem explorados de maneira sustentável, agora e pelas gerações
futuras, inseridos na moldura tecnológica do manejo de uso múltiplo.
No caso específico do Acre, as condições políticas atuais parecem propícias para a
implantação, numa escala que somente o Estado possui, de alternativas econômicas
adequadas ã sua realidade social e florestal.
Neste sentido, a execução do presente projeto se justifica na medida em que será
possível efetuar uma contribuição efetiva na solução de um problema ambiental e social
grave, qual seja: a exploração ilegal de madeira em áreas protegidas (sobretudo Unidades
de Conservação e Terras Indígenas) por meio da instrumentalização do produtor
extrativista diretamente afetado pela exploração do recurso, para que ele possa uma vez
munido de técnicas simples e recentemente desenvolvidas de manejo florestal
comunitário, praticar o uso do recurso florestal de forma sustentada.
O projeto beneficiará diretamente as famílias de extrativistas residentes nas áreas
afetadas, cuja extensão total equivale a 63% de todo o território acreano, em torno de 9
milhões de hectares, distribuídas entre 5 Reservas Extrativistas, 1 Parque Nacional, 1
Parque Estadual, 18 Terras Indígenas, 4 Projetos de Assentamentos Extrativistas, 1 Estação
Ecológica, 1 Floresta Estadual e 1 Floresta Nacional, além de propiciar a qualificação de 400
produtores rurais participantes dos cursos.
Um total estimado de 16.830 famílias, que vivem da prática do extrativismo, serão
beneficiárias diretas das ações do projeto. Indiretamente, o projeto beneficiará toda
população rural acreana, estimada em 37.451 famílias de produtores, aí incluídos os
extrativistas.
Principais objetivos
Objetivos Gerais
• Possibilitar às comunidades extrativistas mecanismos de defesa de seu patrimônio
biológico.
• Evitar, o depauperamento do estoque ambiental e florestal do Acre.
• Garantir a manutenção da diversidade biológica.
Objetivos Específicos
• Qualificar o produtor extrativista em Manejo Florestal de Uso Múltiplo.
• Qualificar o produtor extrativista em princípios da legislação ambiental referente à
exploração madeireira.
• Disseminar as experiências em alternativas produtivas apoiadas e reconhecidas pelo
Ministério do Meio Ambiente através do Programa de Proteção ao Meio Ambiente e
Comunidades indígenas (Pmaci), Projetos Demonstrativos (PD/A-PPG7) e Fundo
Nacional de Meio Ambiente (FNMA);
• Coibir a exploração ilegal de madeira em áreas de Unidades de Conservação Federal
e Estadual como: Reservas Extrativistas, Parque Nacional e Estadual, Estação
Ecológica e Floresta Estadual.
• Coibir a exploração ilegal de madeira em áreas de Projetos de Assentamentos
Agroextrativistas gerenciados pelo Incra.
Fatores críticos para o sucesso do projeto e estratégia de obtenção dos
recursos necessários à sua execução
O envolvimento das administrações municipais e dos sindicatos de Trabalhadores
Rurais localizados nos municípios é fator fundamental para o sucesso do projeto.
São essas duas instituições que possuem capilaridade suficiente para identificar,
cadastrar e selecionar o produtor mais apto para o processo de qualificação.
O envolvimento inicial de representantes dessas entidades na definição dos temas
a serem abordados nos treinamentos e com a inclusão de assuntos de seu interesse direto
será possível concretizar a parceria.
Entidades parceiras, participantes ou co-executoras
Universidade Federal do Acre
Sindicatos de Trabalhadores Rurais dos Municípios
Federação dos Trabalhadores na Agricultura
Organizações sociais de apoio
Grupo de Trabalho Amazônico
Associação Andiroba
2º LUGAR
Título: Alternativa de Produção de Etanol a partir da Batata-doce, Voltada à Realidade ' dos
Pequenos e Médios Agricultores da Região Norte.
Márcio Antonio da Silveira
Instituição: Fundação Universidade Federal do Tocantins
O presente trabalho apresenta uma alternativa de produção de etanol a partir da
batata-doce, voltada à realidade dos pequenos e médios agricultores da região Norte. O
desenvolvimento dessa tecnologia terá como objetivo central o de criar condições para que
a agricultura familiar participe também do importante mercado do etanol, que vem
crescendo a dia-a-dia no mundo. Entretanto, para viabilizar a “proposta, pensou-se em dois
vetores fundamentais para sua sustentabilidade: o econômico e o ambiental. Para tanto,
será escolhida uma matéria-prima para produção de etanol, compatível com os aspectos
sociais do projeto. A batata-doce foi à cultura escolhida, por apresentar inúmeras
características positivas em relação às questões sociais, econômicas e ambientais. Dentre
estas, pode-se destacá-la por ser uma cultura de fácil cultivo, de ampla adaptação a solos
de baixa a média fertilidade e de múltiplos usos, tanto na alimentação animal quanto na
humana, mas principalmente por se tratar de uma cultura tropical muito conhecida nas
regiões Norte e Nordeste do país, e tradicionalmente reconhecida e cultivada por
pequenos, agricultores na Amazônia. Foi com base nestes caracteres que a Universidade
Federal do Tocantins desenvolveu, nos últimos dez anos (1996-2007),. dez cultivares
apropriados para a produção de etanol na região, com produtividade de 40 toneladas por
hectare, e com potencial de rendimento de 170 litros de etanol por tonelada de batata-
doce, o que implica um rendimento de 6800 litros/ha. Assim, com base neste estudo, será
desenvolvida uma miniusina de etanol para a agricultura familiar.
A miniusina para produção de etanol será projetada com capacidade de 150 litros
etanol/dia, e será construída em sistema de batelada, totalmente em aço inox, tendo seus
valores estimados em torno de R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) o que daria para
atender a até 20 famílias. O bioprocesso estabelecido para produção de etanol será
desenvolvido de forma a produzir 170 litros de etanol/tonelada de raiz de batata, e no final
do processo de destilação, podem ser obtidos 300kg de massa protéica úmida, com 17% a
30% de proteína, conforme os testes de bancada indicam. Portanto, ao contrário do
processo da cana-de-açúcar, será obtido um co-produto, considerado como uma ração
animal, em função do seu elevado teor de proteína e, principalmente, por não ser poluente
do meio ambiente. Por esta razão, a implantação da miniusina de etanol de batata-doce
deverá ser pensada de forma a integrar-se com a criação animal, seja ela suinocultura,
avicultura, gado de leite ou caprinocultura. Esta integração é base para a sustentabilidade do
projeto, uma vez que permitirá aos pequenos produtores produzir etanol em sistema de
associação ou cooperativa, e também produzir proteína animal a custo zero.
Principais objetivos
Implantar miniusinas-piloto em assentamentos rurais, reassentamentos e, de
maneira geral, atender aos agricultores familiares da região amazônica.
Aproveitar os resíduos/co-produtos obtidos após o processo de produção de etanol
para alimentação animal.
Fatores críticos para o sucesso do projeto e estratégia de obtenção dos recursos
necessários à sua execução
Considerando-se desde a fase inicial, que envolve o treinamento e a contratação
de pessoal, aquisição de material de consumo e construção de obras e instalações, compra
de uma miniusina de 150 litros/dia para o atendimento de 20 famílias, teríamos o custo
total de R$160.000,00 (cento e sessenta mil reais). Este seria um fator crítico para a
implantação do projeto, mas com uma parceria entre empresa e comunidade, seria possível
a obtenção desse recurso. Uma outra alternativa pára implantar o projeto seria a criação de
uma associação e ou cooperativa para busca de financiamento frente às agências
financiadoras da Amazônia, como o Banco da Amazônia, por exemplo.
Entidades parceiras, participantes ou co-executoras
Podem-se envolver entidades financeiras, como bancos, ou o próprio Estado e/ou
Município. No acompanhamento, deve-se buscar a contribuição das universidades e dos
escritórios de assistência técnica e extensão rural. Visando dar acompanhamento no campo
da pesquisa e do desenvolvimento, deve-se ter a participação de pesquisadores,
instituições de pesquisa e setor privado de maneira geral, que são componentes
importantes no sucesso de qualquer empreendimento.
3º LUGAR
Título: Programa de Educação e Comunicação w Científica para a Inclusão Social de
Estudantes do Ensino Fundamental, de Comunidades Ribeirinhas do Rio Madeira, Porto
Velho (Rondônia). [Educomunicação Científica)
Vânia Beatriz Vasconcelos de Oliveira Instituição: Embrapa Rondônia
A Embrapa Rondônia, em parceria com outras instituições governamentais e não-
governamentais, tem atuado frente a famílias de agricultores e pescadores da comunidade
ribeirinha de Cujubim Grande do Rio Madeira, em Porto Velho, com ações de pesquisa e
desenvolvimento. Os eventos de capacitação promovidos na comunidade frequentemente
são realizados nas dependências da Escola “Deigmar Moraes de Souza” (Escola Polo), sem a
participação dos alunos e professores, os quais desconhecem os objetivos das pesquisas
realizadas e seus resultados. O aumento do conhecimento científico e do interesse pela
ciência e tecnologia entre a população em geral, e em particular entre os jovens, é
considerado um dos condicionantes para o desenvolvimento científico e tecnológico do
país.
Portanto, atendendo à demanda pela participação da escola e a inserção dos
jovens da comunidade nas atividades desenvolvidas, o objetivo do projeto é promover a
inclusão social de estudantes do ensino fundamental, por meio de atividades de
educomunicação que os levem a compreender a sua realidade socioambiental, elaborar
formas de comunicação e se apropriar e difundir o conhecimento oriundo de pesquisas
concluídas e/ou em andamento, realizadas pela Embrapa Rondônia e instituições par- '
ceiras, em especial aquelas que contribuem para a minimização dos impactos ambientais,
seja na comunidade em particular ou em âmbito global. Desta forma, busca-se responder à
questão: O que a ciência (EMBRAPA) faz e o que a sociedade (a comunidade rural,
principalmente a juventude) podem fazer em relação aos impactos ambientais da atividade
agropecuária?
Os beneficiários serão alunos e professores da referida Escola Polo e de escolas do
entorno, nas quais se estima haja um total de mais de 600 alunos e cerca de 40 professores.
Também serão beneficiários estudantes universitários ejideranças jovens, que se integrarão
à equipe do projeto, indiretamente, as informações geradas deverão alcançar o público em
geral que tiver acesso aos produtos divulgados por veículos de comunicação de massa. A
metodologia do projeto consiste no desenvolvimento de um programa de educomunicação
para a divulgação científica, a partir do espaço educativo, na escola e na comunidade.
Principais objetivos
Objetivo geral
Desenvolver atividades de educomunicação para a divulgação científica que
proporcionem aos jovens rurais o protagonismo de ações que internalizem conceitos,
discutam e divulguem, em conjunto com a comunidade, o que a Ciência faz e o que a
Sociedade pode fazer em relação aos impactos ambientais da atividade agropecuária,
contribuindo assim para a popularização da ciência e o fortalecimento da cidadania.
Objetivos específicos
• Preparar alunos do ensino fundamental e universitários para atuarem como Jovens
Cientistas, participando de grupos de trabalho na elaboração e no desenvolvimento
de projetos de iniciação científica e de produção de material de divulgação de seus
resultados em eventos e na mídia.
• Contribuir para a formação e qualificação de professores e estudantes
universitários de Comunicação Social e áreas afins na extensão universitária.
• Aprimorar o conhecimento de profissionais membros da equipe do projeto, por
meio da promoção e ou participação em eventos de capacitação em DC.
• Organizar e sistematizar informações; elaborar textos e produzir material didático-
pedagógico (impressos e audiovisuais) de apoio aos eventos de capacitação, e para
as atividades de educomunicação e divulgação científica.
• Criar um espaço físico de divulgação da Ciência que proporcione aos professores e
alunos da escola e à comunidade o acesso a novas tecnologias de comunicação e
informação (computador e outros recursos audiovisuais) que contribuam para a
melhoria do processo de educomunicação.
Entidades parceiras, participantes ou co-executoras
• Coletivo Jovem pela Sustentabilidade de Rondônia (CJS/RO).
• Embrapa Meio Ambiente.
• Faculdade Interamericana de Porto Velho (UNIRON).
• Divisão de Ensino Rural da Secretaria Municipal de Educação (Semed).
Personalidade
Armando Dias Mendes
Trajetória Profissional
Presidiu o Banco da Amazônia S.A.
Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais (Faculdade Livre de Direito do Pará,
1948), especialista em Planejamento Regional (SPVEA/FGV – Belém -1955/56).
Autor de vários livros, dentre eles A cidade transitiva (1998); Amazônia – modos
de (o)usar (2001); O economista e o ornitorrinco (2001). Participou de coletâneas
como autor (Para pensar o desenvolvimento sustentável) (1992) e em diversos
volumes editados, pela CEB, FJN, IBRI, IDESP, IPEA, SERFHAU, UNAMAZ,
UNESCO/ISSC/EDUCAM. Também atuou como organizador de A Amazônia e o
seu banco e problemática e uso local e global da água da Amazônia.
Exerce diversas atividades de consultoria e assessoramento (CNPq, FIEPA,
SUDAM, UNAMAZ, UNESCO, OIT e PNUD).
Professor titular da UFPA; professor-colaborador da UnB.
Diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, Contábeis e Atuariais do Pará.
Pró-reitor da UFPA na gestão do professor Seixas Lourenço. Membro técnico da
Comissão de Planejamento da Superintendência do Plano de Valorização
Econômica da Amazônia.
Destaques da Carreira
• Doutor “Honoris Causa” (UFPA, 1977).
• Doutor Honoris Causa” (UNAM A, 2003) (Por unânime indicação da
Congregação de Ciências Econômicas e unânime aceitação do Conselho
Universitário).
• Medalha Personalidade Econômica do Ano (2006). À comenda foi
oficialmente entregue por ocasião da solenidade de abertura do XXI Simpósio
Nacional dos Conselhos de Economia (SINCE), em Vitória (ES). A condecoração
foi especialmente instituída pelo Conselho Federal de Economia (COFECON),
em 2004, para homenagear o profissional que mais se destacou no cenário das
ciências econômicas em nível nacional.
• Menção Especial-2008 (OEB).
Fatos Interessantes
• Fundador, primeiro coordenador-geral (1969/74) e Professor Benemérito do
NAEA/UFPA.
• Bolsista da The John Simon Guggenheim Memorial Foundation/New York
(1971/1972).
• Membro do Conselho Federal de Educação.
• Relator do Currículo Mínimo do Curso de Graduação em Ciências
Econômicas/CFE (1984).
• Secretário Executivo da ANPEC: 1982/83).
• Co-fundador e primeiro presidente da Associação de Economistas de Língua
Portuguesa (AELP).
PROJETOS APRESENTADOS EM 2008
Descrição resumida das propostas
CATEGORIA AMBIENTAL
Projeto A-01
Título: Criar uma Lei para que Todo Cidadão que More em Casa na Área Urbana ou
Empresas que Tenham Espaço Físico Plantem uma Árvore na Área Urbana, e, na Zona Rural
Plantem 50 árvores.
Autora: Alexandra Vieira do Prado
Resumo: Minha, proposta é a de que cada pessoa na cidade que more em casa que tenha
quintal plante uma árvore. Esta pode ser de pequeno porte, mas que se plante. Minha
proposta surgiu porque meu pai é pecuarista e vi que lá onde mora quase não há mais
arvores, apenas pastagens.
Projeto A-02
Ver Lista de Premiados.
Projeto A-03
Título: Incentivar o Desenvolvimento Rural Sustentável em Comunidádés de Agricultura
Familiar do Tocantins e de Outros Estados da Região Amazônica.
Autor: Aline Pereira de Sousa Brito
Instituição: Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Resumo: Incentivar o desenvolvimento rural sustentável em comunidades de agricultura
familiar do Tocantins e de outros estados da região amazônica, apresentando o exemplo da
Matinha; como modelo de sustentabilidade ambiental, social e econômica, inclusive para
outros países. Busca apresentar, em nível nacional e internacional, a forma sustentável de
os agricultores familiares tocantinenses produzirem e ter lucro. Além disso, pretende
realizar um trabalho de educação ambiental em pequenas propriedades rurais
tocantinenses e de outros estados da Amazônia, e divulgar a produção orgânica como
método eficaz de atingir a sustentabilidade ambiental.
Projeto A-04
Título: Uso Sustentável de Recursos Naturais em Atividades de Ecoturismo no Município de
Itaubal. Oferta de Melhoria na Qualidade de Vida da População Ribeirinha.
Autor: Ana Lucia Alves Pinto
Instituição: Fundação Educacional Severino Sombra
Resumo: O Município de Itaubal localiza-se ao norte do Estado do Amapá. Após um prévio
estudo do município, constatou-se a necessidade de se promover, com a população local,
atividades de conscientização e de sensibilização em relação ao uso dos recursos naturais e
ambientais abundantes na região, porém pouco explorados. Com isso, propõe-se também a
implantação de programa de um dos segmentos do turismo alternativo que • mais se
enquadra nas diretrizes do turismo sustentável.
Projeto A-05
Título: Projeto Garoto Referência
Autor: Aníbal Ney Epaminondas de Melo Júnior
Instituição: Secretaria Municipal de Turismo de Presidente Figueiredo
Resumo: Os trabalhadores de todo o Brasil passam por uma das maiores crises de
desemprego dos últimos tempos e a população de baixa renda encontra-se cada vez mais
distante do mercado de trabalho, em função da baixa escolaridade e a falta de estímulos
para se capacitar profissionalmente, o que lhe traz como consequência a falta de acesso aos
bens básicos de consumo e serviços gerados pelo desenvolvimento da sociedade.
Diante desse contexto, e para atender à exigência de pessoas qualificadas para o mercado
formal de trabalho, proponho o “Projeto Garoto Referência”, buscando minimizar o número
crescente de crianças indecisas em relação a seu futuro profissional, assim como
desenvolver mecanismos que venham a despertar nos jovens um de seus direitos básicos, a
educação.
Este projeto tem como objetivos a capacitação de jovens estudantes que se destaquem dos
demais na sua escola, possibilitando-lhes o conhecimento básico ambiental e técnicas de
preservação do meio ambiente, de forma geral, a fim de que cresçam com uma consciência
ambientalmente correta, bem como para elevar o nível de conhecimento de uma parcela
significativa da sociedade, a fim de lhes proporcionar melhores condições no âmbito
profissional e ainda garantir o desempenho das atividades ambientais e a conservação do
meio em que vivemos, de forma sustentável e harmoniosa.
O projeto “Garoto Referência” tem como foco as unidades de conservação e preservação
ambiental da cidade de Presidente Figueiredo, no Amazonas. A fim de proporcionar visível
melhoria nas informações passadas aos turistas que visitam o município “de Presidente
Figueiredo, e também para garantir segurança aos turistas e visitantes dos parques públicos
desse município, premiando os jovens que se destacarem na escola em princípios básicos
que deveriam ser cumpridos por todos os estudantes da rede de ensino, para estimular a
participação dos pais na vida escolar dos filhos, a união familiar e a integração social das
famílias.
Projeto A-06
Título: Abelhas indígenas: diversidade e geração de renda no meio rural
Autor: Antonio de Almeida Lima
Instituição: CEPLAC
Resumo: Preservação das abelhas indígenas sem ferrão, e geração de renda no meio rural
Projeto A-07
Título: Abelhas indígenas: diversidade e geração de renda no meio rural
Autor: Arison José Pereira
Instituição: Fundação Universidade do Tocantins (UNITINS)
Resumo: O Estado do Tocantins, localizado na região amazônica, apresenta um grande
número de comunidades rurais que utilizam como base da força de trabalho a unidade
familiar. Esses agricultores encontram-se descapitalizados, com dificuldade de acesso a
informações técnicas e aos créditos oficiais. Estes fatores, associados ao desgaste dos
recursos naturais (solo, vegetação, recursos hídricos, etc.) têm feito com que essas famílias
vivam em situação de grande instabilidade, o que leva em muitos casos ao êxodo rural e à
reconcentração da terra.
O trabalho nessas comunidades é predominantemente familiar, quase que exclusivamente
braçal, e o capital financeiro; disponível por estabelecimento é reduzido. A maior parte dos
estabelecimentos agrícolas encontra-se em processo de grande incerteza, pois tanto seus
sistemas de produção e de comercialização, quanto suas organizações (políticas e
econômicas) são ainda bastante frágeis e susceptíveis a mudanças. O resultado desse
processo se reflete de forma contundente no agravamento da situação socioeconómica das
famílias. Considerável contingente deste segmento de agricultores dedica-se à produção de
hortaliças, que apesar do caráter familiar, faz uso intensivo de fertilizantes sintéticos e
agrotóxicos.
As atividades agrícolas nessas comunidades são fundamentadas, principalmente, num ciclo
de derrubada e queima da vegetação que promove uma série de alterações ambientais. Isto
implica mudanças profundas na dinâmica natural de suporte do ecossistema, afetando,
sobretudo, a disponibilidade da matéria orgânica e, consequentemente, de nutrientes
(SANCHEZ, 1981; SZOTT et al 1991), uma vez que os solos da região são
predominantemente latossoíos e argissolos, de baixa fertilidade natural, ácidos e com
elevado teor de alumínio trocável (DEMATTÊ; DEMATTÊ, 1993), o que acarreta com o
passar dos anos, redução da fertilidade e aumento das infestações por invasoras, que
aliados à erosão e à compactação do solo provocam significativas quedas de produtividade
nos cultivos.
O fornecimento de alimentos no futuro será dependente da preservação de toda a
superfície mundial cultivável, requerendo desta maneira um modelo de produção
sustentável que, para ser alcançado, demandará a geração de práticas agrícolas adequadas,
guiadas pelo conhecimento dos processos ecológicos que ocorrem nos agroecossistemas. O
que se deseja, então, é uma nova abordagem dos sistemas de produção agrícola e de
desenvolvimento rural que se baseiem nos aspectos de conservação de recursos locais e
simultaneamente façam uso dos conhecimentos e métodos ecológicos modernos.
Dentro dessa perspectiva a agricultura orgânica é um modelo de produção agrícola em
expansão, e pode auxiliar o desenvolvimento rural, principalmente em comunidades de
agricultores familiares (NEVES et al., 2001) que devido as suas características de
diversificação/integração de atividades vegetais e animais, e por trabalharem em menores
escalas, podem representar o espaço ideal ao desenvolvimento de uma agricultura
ambientalmente sustentável (CARMO, 1998).
A difusão dos resultados a todos os produtores da comunidade, bem como a capacitação
dos agricultores e a introdução de práticas sustentáveis de produção, são fatores
estratégicos para estimular o desenvolvimento social e econômico da comunidade.
Diante do exposto, o objetivo geral deste projeto será gerar e disponibilizar tecnologias de
base ecológica, de modo a promover o desenvolvimento de sistemas agroecológicos, por
meio da diversificação da produção agrícola, adequando técnicas de manejo agroecológico,
como a adoção de Sistemas Agroflorestais (SAFs), além de despertar a consciência
agroecológica em jovens, visando, além da educação e preservação ambiental, o
incremento da competitividade em comunidades de agricultores familiares na região
amazônica.
Projeto A-08
Título: A Exploração em mosaico
Autor: Aristides Montanha
Instituição: Pesquisador Independente
Resumo: A exploração em mosaico é uma iniciativa que vai ao encontro da filosofia do
Banco Mundial porque visa, ao mesmo tempo, o desenvolvimento socioeconômico
regional e a preservação do meio ambiente visto que, pelo proposto, não se lançará mão
do tão combatido e muito praticado desmatamento que, se não for controlado e até
erradicado das práticas rurais humanas, transformará a região da floresta, a exemplo
daquilo que já está acontecendo no médio norte do Estado de Mato Grosso, em um grande
deserto.
A iniciativa proposta tem como fundamentos a divisão da propriedade em vários mosaicos,
sempre com a mesma área, e a relação de cada mosaico com uma determinada cultura. Em
um mosaico, por exemplo, planta-se milho, num segundo a soja, em outro o guaraná, e
assim com as demais culturas, tanto as culturas ecológicas opcionais quanto as culturas
convencionais.
Além da relação entre um mosaico e uma determinada cultura, é condição obrigatória para
cada grupo de cinco mosaicos que em um deles seja mantida a vegetação nativa; em
outros dois sejam explorados algumas das culturas ecológicas opcionais; e nos outros dois
restantes, podem ser exploradas as culturas convencionais.
Denominam-se Culturas Ecológicas Opcionais aquelas que são nativas da floresta
amazônica e que, portanto, preferem o sombreado da mata ao descampado pelo
desmatamento. Para exploração das culturas ecológicas, devido à origem nativa, é
necessário e suficiente apenas o raleamento da mata e a repicagem da vegetação, para
facilitar sua transformação em húmus, Isto constitui a base da metodologia operacional
desenvolvida e aplicada, enquanto para as culturas convencionais será feito o
desmatamento, mas nunca as queimadas, pois a vegetação derrubada será enfileirada e,
periodicamente, as leiras, já transformadas em adubo orgânico, serão espalhadas para
cobertura da área a ser replantada.
A aplicação da referida metodologia deixará um saldo positivo para a floresta, com
relação ao adubo orgânico, que, devido ao seu excedente, exigirá sua extração racional e
periódica, Além de manter o nível ótimo da decomposição natural e promover a
revitalização do meio, o adubo será comercializado como um dos componentes da
sustentabilidade financeira para o investidor.
O húmus é combustível relativamente muito bom, e isto, infelizmente, facilitará as
queimadas. Estas, por sua vez, exigirão a construção de açudes pluviais para combater os
incêndios que, por desventura, acontecerão, e atenderão também à necessidade de
irrigação no período da estiagem.
A exploração em Mosaico, e devido aos seus dois fundamentos, devido também à
metodologia operacional adotada e às condições necessárias para sua efetivação,
permitirá que o ser humano volte ao convívio harmonioso e interativo com a floresta.
Projeto A-09
Título: Análise dos Níveis de Degradação Florestal no Centro de Endemismo Belém.
Autor: Arlete Silva de Almeida
Instituição: Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG)
Resumo: A ocupação da Amazônia chega a preocupar, à medida que os efeitos do uso
desordenado causam degradação ao meio ambiente, cerca de 75% desse desmatamento
concentram-se no que ficou conhecido como “Arco do Desmatamento”. Grande parte
desse desmatamento encontra-se na região do Centro de Endemismo Belém (leste do
Pará e o oeste do Maranhão). Os municípios localizados nessa região apresentam
aproximadamente 90% de suas florestas alteradas e o solo apresenta níveis altos de
degradação. Estudos recentes apontam que 23,98% dessa área correspondem a
remanescentes florestais e 76,02% em uso da terra. Uma característica importante dessa
região é o seu elevado nível de endemismo. Essa situação justifica a necessidade de
estudos que venham a contribuir na determinação de parâmetros para o conhecimento
real dos níveis de degradação florestal em remanescentes florestais e corredores
ecológicos.
O uso de sensores orbitais tem demonstrado grande utilidade na detecção de
informações sobre os recursos naturais. Portanto, imagens Landsat serão processadas
aplicando as técnicas de: a) pré-processamento; b) realce das imagens; c) interpretações;
e d) classificações, com o uso dos programas ArcGis, ENVI e ERDAS. Estudos
fitossociológicas serão realizados para compor uma lista de espécies ameaçadas de
extinção.
No presente momento, é importante o resultado deste projeto no sentido de viabilizar a
criação de áreas protegidas no Centro de Endemismo Belém, para resguardar espécies de
fauna e flora ameaçadas.
Projeto A-10
Título: Transferência de tecnologias para produção de sementes de feijão-caupi, por meio
de campos e bancos comunitários, na comunidade ribeirinha do Cujubim Grande, em
Porto Velho, Rondônia
Autor: Calixto Rosa Neto
Instituição: Embrapa Rondônia
Resumo: A comunidade do Cujubim é formada por cerca de 100 famílias, que residem em
cinco localidades no entorno do lago do Cujubim Grande, situado à margem direita do Rio
Madeira, a 35 km de Porto Velho, em Rondônia. A população local constitui-se
principalmente de ribeirinhos, os quais têm na pesca, na produção de farinha e no
extrativismo a sua principal fonte de renda. A agricultura de subsistência é praticada como
atividade complementar pela maioria dos moradores da comunidade, sendo o feijão-caupi
(Vigna unguiculata L.) e a melancia [Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum & Nakai] algumas
das principais culturas. Durante seis meses do ano, o nível das águas do rio Madeira baixa,
trazendo à tona uma grande extensão de terras, as quais têm por característica a alta
fertilidade, umidade constantemente próxima à capacidade de campo e isenção de
propágulos de plantas daninhas. O uso agrícola dessas áreas dispensa a adubação,
irrigação e aplicação de herbicidas, o que favorece o cultivo agroecológico do feijão-caupi,
a um custo de produção consideravelmente baixo. No entanto, a falta de conhecimentos
adequados ou mesmo as dificuldades financeiras inviabilizam a produção local e a
manutenção de sementes para o plantio da safra seguinte, o que faz com que os
produtores estejam sempre na dependência de adquiri-las no mercado local. Nesse
contexto, a presente proposta visa a promover a difusão de tecnologias que assegurem a
produção e a conservação das sementes de feijão-caupi nas praias do rio Madeira. Para
tanto, serão implantados seis campos de multiplicação de sementes, com variedades já
testadas nas condições locais, e estabelecidos seis bancos de sementes. Serão realizados
dias de campo e reuniões para apropriação das tecnologias geradas/adaptadas. Com a
realização das ações, constantes deste projeto, espera-se contribuir, em médio prazo,
para o incremento quantitativo e qualitativo do cultivo de feijão-caupi em toda a região do
baixo Madeira, haja vista que ás demais comunidades ao longo do rio utilizam sistema de
produção semelhante.
Projeto A-11
Título: Disseminação de Práticas Sustentáveis e Economicamente Viáveis para Comunidades
Ribeirinhas da Amazônia – Ecoturismo
Autor: Cassiano Figueiredo Ribeiro
Instituição: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP)
Resumo: O objetivo deste projeto é o de promover a inserção de comunidades rurais e
ribeirinhas da Amazônia na distribuição da renda promovida pela atividade turística e, com
isso, conseguir alavancar o desenvolvimento local. Propõe-se, então, implantar um projeto
piloto na comunidade de Boa Vista do Acará, Município do Acará – PA, visando à sua
capacitação no atendimento aos turistas, de forma que se maximize e internalize a renda na
própria comunidade.
Projeto A-12
Ver Lista de Premiados.
Projeto A-13
Título: Cultivo de Jacareúba (Calophyllum brasiliensis) para a produção de madeira, óleo e
demais extratos
Autor: Daniel de Brito Pereira
Instituição: Cooperativa de Produção Industrial do Estado do Acre (COOPERUNIÃO)
Resumo: O projeto “Cultivo de Jacareúba (Calophyllum brasiliensis) para a produção de
madeira, óleo e demais extratos” seria, com certeza, uma grande forma de recuperar áreas
degradadas, incentivar o desenvolvimento de tecnologias para o uso do óleo da semente e
demais propriedades da Jacareúba, e melhorar as condições das pessoas que vivem em
áreas de gradadas da Amazônia. Podemos dizer que o projeto “Cultivo de Jacareúba
(Calophyllum brasiliensis) para a produção de madeira, óleo e demais extratos” pode
funcionar da seguinte forma: uma pessoa jurídica (governos/empresas etc.) firma parceria
com o produtor para o cultivo da Jacareúba, através de reflorestamento. O parceiro
financeiro entra com todos os insumos necessários à implantação do projeto e mais uma
parcela mensal referente à manutenção da área cultivada, repassados ao agricultor que
estaria cuidando do cultivo. No final do projeto/contrato, seriam repassados de 15% a 20%
da receita da madeira para o agricultor, havendo ainda a possibilidade de o agricultor, além
da parceria, fazer um cultivo também por conta própria. Projetos semelhantes já existem no
Sul e Sudeste do Brasil, mais precisamente no Estado de São Paulo, e podemos ver também
na Amazônia projetos parecidos e bem-sucedidos na parceria firmada entre a Agropalma
(empresa de extração de óleo de dendê), governo e agricultores familiares nos municípios
de Moju e Tailândia, ambos no Estado do Pará, e o projeto Recriando a Floresta “Curupira”,
no Estado de Rondônia. Também pode funcionar no sistema de condomínio florestal.
A produção de madeira começa aos 10 anos e o preço do metro cúbico chega a custar
R$500,00 (quinhentos reais) no mercado internacional, no entanto, o retorno se tá em
longo prazo rendendo cerca de 200 m3/ha aos 10 anos, sendo nesta época um produto de
qualidade inferior, e 350 m3/há aos 18,5 anos, rendendo madeira de qualidade e com um
valor hoje de mais ou menos R$2.500,00/m3.
Quanto à produção de óleo e demais extratos, começaria esta entre o terceiro e o quarto
ano, podendo já ser utilizados pela indústria farmacêutica, sendo assim um investimento em
médio prazo.
Projeto A-14
Título: Avaliação de Riscos Ambientais na Região do Bico do Papagaio – Tocantins
Autor: Dany Kramer Cavalcanti e Silva
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Resumo: Nas últimas décadas, o Estado do Tocantins, assim como os demais pertencentes à
Amazônia Legal, Vem recebendo grandes atividades antropomórficas, dentre elas a de
natureza agropecuária, em especial a soja, cana-de-açúcar, eucalipto e criação bovina,
construções de estradas e ferrovias, criação de usinas e indústrias, comércio ilegal de
madeira e avanços da urbanização.
Estas atividades culminam em diversos impactos ambientais, que por sua vez
comprometem a qualidade de vida da população, pelos danos sociais, econômicos,
ambientais e de saúde pública.
Tendo-se em vista as práticas inadequadas de gestão de resíduos sólidos observadas na
região Norte, em especial no Tocantins, cujas taxas de geração estão em torno de 1202,7
toneladas/dia, dos quais apenas 13% são destinados a aterros sanitários, observam-se
inúmeros fatores de riscos ambientais, sociais e de saúde pública inerentes a esses refugos,
tais como: proliferação de vetores, disseminação de doenças infecto-parasitárias, perdas
econômicas, pela ausência da reciclagem e compostagem, contaminação do solo e corpos
d'água, entre outros.
Pelo exposto, o contexto de degradação ambiental existente no Tocantins apresenta-se em
diversas categorias, com ocorrências históricas recentes ou mesmo de décadas, e em
diversas microrregiões, culminando em impactos negativos sobre o meio ambiente e a
população local, às quais atribuem os dividendos destas atividades.
Acredita-se que um diagnóstico mais detalhado desse quadro contribua para melhor
orientação das políticas públicas regionais, bem como permitam maior esclarecimento
acadêmico e social, a partir de uma análise sistêmica representativa do quadro histórico
evolutivo destas degradações ambientais e suas consequências, que atingiram dimensões
negativas no cenário regional, principalmente no que se refere à microrregião do Bico do
Papagaio, onde se encontram as populações mais desfavorecidas do Estado.
Projeto A-15
Título: Projeto para Dessalinização Ecológica
Autores: Décio Ferreira de Oliveira / Luis Roberto Takiyama
Instituição: Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA)
Resumo: A proposta consiste na implantação de Estações de Dessalinização Ecológica
(EDEs) na zona costeira do Amapá, para tratamento/dessalinização de águas
salobras/salinas mediante um processo físico-biológico, de baixo custo operacional,
incluindo recursos naturais da região amazônica para tal processo, como forma alternativa
de abastecimento, conforme esquema a seguir:
Esquema representativo (corte-perfil) do dimensionamento de uma EDE
A dessalinização da água salgada ou salobra do mar, dos açudes e dos poços apresenta-se
como uma das soluções para a humanidade vencer mais esta crise que já se pronuncia,
apresentando-se como a principal solução para o atendimento das futuras demandas de
água doce, já que a água salgada e/ou salobra representa cerca de 95,5% da água existente
no Globo. Atualmente, muitos países e cidades estão se abastecendo totalmente de água
doce extraída da água salgada do mar, que, embora ainda a custos elevados/ apresenta-se
como única alternativa, concorrendo com o transporte em navios tanques; barcaças;
reboques de icebergs, grandes usinas de dessalinização (alto custo) e outros.
A zona costeira do Amapá possui extensão de aproximadamente 12.000km2 e abrange
cerca de 300 comunidades isoladas, das quais se destacam: Cumarumã, Sucuriju e
Bailique, entre outras, que sofrem todos os anos, ora com a falta de água, ora com o
aumento da salinidade dos mananciais, o que prejudica diretamente tanto o
abastecimento quanto as demais atividades nesses locais.
Por isso, o processo proposto deverá proporcionar grande utilização e reciclagem de água
(projetado inicialmente para 15 anos) e dessalinização de 150m3/dia (cada EDE), bem
como aproveitamento dos “resíduos” produzidos, por meio de um processo conjunto:
físico, envolvendo aeração, sedimentação, filtração lenta descendente, captação da
evapotranspiração/condensação, osmose de baixa pressão e filtração em zona de raízes; e
biológico (circuito de macrófitas e wetland's adaptados com espécies de plantas
amazônicas), para a redução da concentração dos sais da água (85%), com a consequente
redução dos impactos socioambientais e dos custos para obtenção de “água doce”, em
comparação com os outros processos de dessalinização, em detrimento dos passivos e
dos altos custos praticados por tecnologias, como destilação, osmose reversa, filtros
químicos de compósitos de óxidos metálicos/celulose, difusor de massa etc.
Projeto A-16
Ver Lista de Premiados.
Projeto A-17
Título: Compostagem de Lixo na Amazônia: insumos para a produção de alimentos.
Autor: Edmilson Bechara e Silva
Instituição: Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças
Resumo: Este projeto tem como finalidade transformar a Amazônia em uma região
produtora de alimentos a partir da utilização do lixo urbano. Sem ter a pretensão de
esgotar o assunto, a construção deste novo paradigma para o tratamento da questão do
lixo na Amazônia passa, necessariamente, pela utilização de processos produtivos
simplificados e pelo uso intensivo da mão de obra local e regional. A implementação de
pequenos projetos de tratamento e disposição final de lixo com tecnologia simplificada de
produção de composto orgânico para ser utilizado na,agricultura familiar começa a tomar
vulto e a constituir massa crítica suficiente para alcançar a aplicação de soluções
otimizadas. Instalações simplificadas de reciclagem e compostagem de lixo domiciliar, de
feiras e mercados, localizadas em municípios estratégicos da Amazônia, especificamente no
Estado do Pará, com. capacidade para tratamento de 50 toneladas de lixo por dia e
custo unitário de construção da ordem de R$ 600.000,00, representam a solução ideal para
processamento do lixo gerado em cidade de pequeno e, médio porte da Amazônia.
Projeto A-18
Título: Sistema Alternativo para Remoção de Cor de Águas Naturais para Consumo Humano
Utilizando Carvão Vegetal: Contribuição ao Desenvolvimento da Região Amazônica, Brasil,
na Área Ambiental.
Autor: Eduardo Aléxis Lobo Alcayaga
Instituição: Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC)
Resumo: As tecnologias tradicionais de tratamento de água potável, bem como tecnologias
avançadas de tratamento de águas (processos oxidativos avançados) muitas vezes não são
aplicáveis em comunidades onde há dificuldade de acesso ou de fornecimento de energia.
Este problema é típico em comunidades do interior do Brasil, com destaque para a região
Amazônica, onde os diferentes componentes da paisagem local impedem o transporte de
insumos e equipamentos necessários ao desenvolvimento de processos convencionais ou
avançados de tratamento de águas. Esta situação torna-se ainda mais relevante se for
considerado que, além de sujeitas ao consumo de água fora dos padrões de potabilidade,
estas comunidades apresentam também maiores carências dos serviços de assistência à
saúde. Todavia, os métodos mais comumente citados na literatura para a remoção de
gosto e odor são por processos de adsorção em carvão ativado em pó e granular, bem
como por oxidação química. Entretanto, nenhum destes procedimentos de tratamento
resultou, ao menos no Brasil, na confecção de um sistema de baixo custo/fácil operação e
manutenção, fundamental para sua efetiva implantação, particularmente em comunidades
menos favorecidas, como é o caso das populações ribeirinhas do Rio Negro, que utilizam
suas águas como fonte de abastecimento. Neste contexto, o objetivo principal desta
proposta é o desenvolvimento de um filtro eficiente e de baixo custo, utilizando carvão
vegetal, que possibilite a remoção de cor das águas do Rio Negro, Amazônia, Brasil, até
níveis permissíveis ao consumo humano, conforme Portaria n.° 518 do Ministério da Saúde.
As características construtivas desse sistema devem incluir também a disponibilidade de
matérias-prima bem como a dispensa de mão de obra especializada, fundamental para
assegurar a sustentabilidade desse sistema de tratamento nas comunidades objeto deste
estudo.
Projeto A-19
Título: Modernização da Rodovia Transamazônica
Autor: Ezequiel Camilo da Silva
Instituição: Secretaria Municipal de Educação de São Paulo
Resumo: Propomos um projeto amplo para a recuperação; modernização, duplicação e
pavimentação total da rodovia Transamazônica, desde o seu início, no Nordeste, até o seu
final, em plena selva amazônica.
A necessidade de implantar uma rodovia moderna ao longo da Amazônia brasileira, para
atender às necessidades de transporte e circulação de veículos, visando à integração das
diversas áreas dessa grande parte do território nacional, surgiu no decorrer das últimas
décadas tendo em vista oferecer uma maneira de ocupação e interligação dos grandes
espaços dessas imensas áreas do território brasileiro desprovidas da presença efetiva do
poder pública e entregue à sanha de maus brasileiros, criminosos, aproveitadores etc.
Infelizmente, a atual rodovia Transamazônica não cumpriu o papel nem as finalidades para
as quais foi precariamente construída. Podemos dizer que foi obra faraônica que na prática
apenas constituiu propaganda do antigo regime militar.
Entretanto, na atualidade, as necessidades de crescimento, de desenvolvimento e
preservação de extensas áreas da floresta amazônica exige uma grande rodovia para
atender a esses reclamos. Diante disso, faz-se necessário sua recuperação e modernização,
para que sirva realmente como instrumento de progresso e desenvolvimento, além da
verdadeira presença de todas as ações dos três poderes para que atenda às finalidades para
as quais ela existe, que é a integração dessas regiões, e também para que funcione como
uma grande artéria moderna de transportes seguros e de circulação de nossas riquezas.
Com a reconstrução e a modernização dessa rodovia, deverá ser criada, uma invejável
infraestrutura, com condições para o incremento do turismo de qualidade, com segurança
e oferta de uma variedade de opções de atividades de lazer e diversão, integradas com a
exuberante floresta amazônica.
Portanto, para modernizar essa rodovia, é preciso à construção de vários e consideráveis
empreendimentos, entre eles sugerimos:
1. duplicação de todo o seu trajeto, aplicando tecnologia de ponta, para que se
torne uma rodovia moderna e segura, para servir às atuais e às futuras gerações;
2. criação de um programa Educacional Social e Ambiental para desenvolver, ao
longo do traçado da rodovia, integração social das famílias carentes, no sentido
de educar as crianças e preparar os jovens para o trabalho ao longo da via em
atividades voltadas para o turismo ecológico, preservação da natureza, educação
ambiental e cidadania: “ISTO É FUNDAMENTAL”;
3. construção, nos longos trechos sujeitos à inundação ou alagamento, de obras
de engenharia e tecnologia moderna, de vias elevadas e realização de obras
complementares de drenagem do solo; 4. implantação ao longo do trajeto, de uma rede de assistência ao usuário, com
postos de serviços, lojas de conveniência, pousadas, hotéis e segurança vinte e
quatro horas;
5. implantação de agrovilas dotadas de escolas técnicas, voltadas para preparar os
jovens em cursos e treinamentos para desenvolver atividades produtivas;
6. criação e implantação de um programa de turismo responsável; integrado com a
ecologia e a educação ambiental; e preparação de jovens para trabalhar em
atividades turísticas, atividades de hotelaria, como guias e outras;
7. criação e implantação de parques naturais é de animais para desenvolver
atividades voltadas à piscicultura e no manejo de espécies aquáticas específicas
da Amazônia;
8. criação e implantação de centros culturais regionais para desenvolver atividades
(artesanato, músicas regionais, manifestações folclóricas, culinária, etc.) ligadas
às tradições regionais e culturais, com a finalidade de integrá-las com o turismo;
9. criação e implantação de centros culturais indígenas, com o objetivo de valorizar
adequadamente a cultura, a arte e as tradições de cada povo indígena, nas
diversas reservas estabelecidas ao longo da rodovia Transamazônica.
Estamos afirmando que, no aspecto social, muito pouco irá mudar, ou quase nada, se não
forem implantados os programas sociais, culturais, atividades turísticas e de preservação
ambiental.
Esses empreendimentos têm como finalidade precípua resgatar a população miserável e
esquecida nas extensas áreas próximas, objetivando integrá-las nas diversas atividades que
serão criadas com a implantação destes vários projetos.
Projeto A-20
Título: Cultivo da Cultura do Açaí no Município de Barcelos/Amazonas
Autores: Gilda Maria Raposo Mendes, Heliana Mendes Gandra
Resumo: A floresta amazônica continua a ser uma das maiores do planeta. Quanto à
biodiversidade, não há floresta no mundo comparável a ela, com flora e fauna riquíssima –
mais de 30 mil espécies de plantas – que inclui um terço de toda a madeira tropical
disponível no mundo; porém, vem sendo devastada em todos os lugares da Amazônia, de
modo assustador. É dever de todo cidadão ajudar na preservação do meio ambiente, até
porque, se não cuidarmos do que é nosso, num futuro bem próximo estaremos sofrendo as
consequências de um desastre ecológico.
A Amazônia é visada por todo o mundo. Muitos estão preocupados em preservá-la; em
compensação, uma parcela da sociedade se aproveita da biodiversidade das nossas riquezas
para explorar, de forma ilegal e irresponsável, tanto a fauna, quanto a flora.
Faz-se necessária uma tomada de consciência da população, brasileira para a importância da
preservação da floresta amazônica, a fim de evitar problemas maiores, como, por exemplo, o
aumento do desmatamento e queimadas, das que provoca, a extinção de várias espécies dè
animais e plantas da região.
Com base nesses dados preocupantes, foi que nasceu este projeto do cultivo de açaí no
município de Barcelos, no estado do Amazonas. A nossa perspectiva é contribuir com a
preservação do meio ambiente, por meio do cultivo do açaí, além de gerar oportunidades
de emprego e renda à população ribeirinha e à comunidade residente no município, a fim
de garantir sua subsistência com dignidade.
Existem no município de Barcelos várias áreas devastadas, precisamente na área rural, na
estrada do Caurés, ameaçadas pelos inúmeros desmatamentos realizados para dar lugar à
plantação de mandioca. Para piantar a mandioca, o caboclo da nossa região utiliza o
roçado, o sistema de coivaras e queimadas, técnicas pouco adequadas ao nosso tipo de
solo, preparando a terra para o plantio. Isso tem acelerado o comprometimento do solo.
Depois da colheita da mandioca e da fabricação de farinha, essas áreas ficam abandonadas,
e o agricultor (caboclo) procura outras para aplicar essas mesmas técnicas. É nessas áreas
que se pretende colocar em prática este projeto de cultivo do açaí, a fim de gerar emprego
e renda para a população carente do município, além de contribuir para a preservação do
meio ambiente, não esquecendo também a área social, mas o foco deste projeto é a área
ambiental.
Projeto A-21
Título: Projeto de Desenvolvimento Sustentável da Lago de Pedra
Autor: Isac Braz da Cunha
Instituição: Instituto Ambiental Tocantinense (IAT)
Resumo: O presente projeto tem o propósito de desenvolver diversas ações
socioambientais que vêm ao encontro do potencial da Lagoa de Pedra. Localizada a
260km de Palmas, no município de Pium, ela possui uma lamina d'água de 155
hectares e possui biodiversidade impressionante. Trata-se de um ecossistema natural,
com mata ciliar totalmente preservada. O local possui população altíssima de aves,
mamíferos de diversas espécies, répteis e mais de 20 espécies de peixes, destacando-
se tucunarés, surubins, piranhas, aruanãs, pirararas, pirarucus e tantos outros. No
período das chuvas, de dezembro a abril, a área inundada aumenta em seis vezes o
seu volume, passando para 800 hectares, e os peixes migram em busca de alimentos e
locais para reproduzirem. No mês de maio, as águas voltam ao normal, e a população
de peixes aumenta cada vez mais e ao mesmo tempo promove o repovoamento dos
rios, que são alimentados pelas águas da Lagoa de Pedra. O projeto consiste em
quatro linhas, a saber:
1. Conclusão do Plano de Manejo da Lagoa – Consiste em identificar as diversas
espécies que vivem no local e associá-las ao potencial que a Lagoa de Pedra
oferece, tais como pesca esportiva, observação de pássaros e passeios náuticos
para observação de jacarés, ariranhas, botos, cervos, antas, capivaras, macacos e
outros;
2. Implantação de infraestrutura para ecoturismo – Consiste na construção de trilhas
ecológicas, torre de observação e uma pousada para hospedagem.
3. Implantação de ações de reflorestamento – No entorno da área da Lagoa de Pedra,
é possível implementar um plantio de espécies nativas que se adaptem ao regime
de cheias, que ocorrem uma vez ao ano. Trata-se do Landi, uma espécie bastante
utilizada em indústrias de movelaria e para embarcações. A ideia é plantar cerca
de 50.000 mudas e, paralelamente, quantificar e certificar os créditos de carbono
que serão produzidos a partir dessas ações.
4. Assentamento Barranco do Mundo – Próximo da Lagoa de Pedra existe um
assentamento rural do governo federal. As condições de vida são assustadoras,
pois as terras do assentamento na são de boa qualidade e os moradores
enfrentam muitas dificuldades. Este projeto contempla, a partir da sua
implantação, priorizar ações que ofereçam oportunidades de empregos para as
pessoas que residem ali, em atividades tais como: guias de pesca e de ecoturismo
da fauna e avifauna, garçons, cozinheiros, vigilantes, zeladores e outros.
Projeto A-22
Título: Conservação e Revitalização Participativa da Bacia do Rio Buriticupu
Autor: István van Deursen Varga
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Resumo: Pesquisa com prefeituras dos municípios, centros urbanos, empresas,
empreendimentos informais, associações de classe, entidades, movimentos,
organizações sociais e comunidades na área de abrangência da microbacia do rio
Buriticupu, sobre suas atividades dependentes do e/ou envolvendo o rio.
Ações de educação ambiental frente a prefeituras dos municípios, centros urbanos,
empresas, empreendimentos informais, associações de classe, organizações sociais
e comunidades na área de abrangência da microbacia do rio Buriticupu.
Construção conjunta, entre as instituições, empresas, empresários,
empreendedores informais, entidades, movimentos sociais e comunidades da área
de influência da microbacia do rio Buriticupu, de planos interinstitucionais e
participativos para sua conservação e revitalização.
Elaboração de vídeo, relatórios e materiais de divulgação sobre o diagnóstico e a
importância da microbacia do rio Buriticupu, e sobre os planos interinstitucionais e
participativos de ações para sua conservação e revitalização.
Projeto A-23
Título: Reflorestar
Autor: Ivaneide Bandeira Cardozo
Instituição: Associação de Defesa Etnoambiental (Kanindé)
Resumo: A terra indígena Sete de Setembro fica nos municípios de Cacoal, Ministro
Andreazza (RO) e Rondolândia e Pacarana (MT). Essa área vem sendo invadida por
madeireiros que roubam as espécies nobres de madeira e causam destruição na floresta.
Possui ainda uma área de pasto deixada pelos colonos desde o primeiro contato, em 1969,
onde os indígenas criavam gado; hoje eles estão dispostos a trocar o gado pelo plantio de
espécies nativas da região.
A proposta é promover o reflorestamento nas aldeias Apoena Meireles, Lobo, Linha 9, e em
áreas que foram degradadas, devido ao roubo de madeira e à pastagem.
O reflorestamento se dará em 15 hectares, onde se plantarão mudas de espécies nativas
(aquelas que foram retiradas pelos madeireiros) e dois hectares de frutíferas, próximo das
aldeias, para servir de alimento à população indígena.
Também serão criados viveiros em cada aldeia e haverá capacitação na formação de mudas
e viveiros.
O objetivo é, além de recuperar a área, ter no futuro a garantia de renda com venda de
mudas e frutos para os produtores dos Estados de Rondônia e Mato Grosso, além de as
frutas serem usadas na alimentação da população indígena.
Projeto A-24
Título: Plano de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD do Gasoduto Coari-Manaus
Autores: João Bosco Magalhães Barros | Gilson Carlos Bicudo | Cláudio José Pinheiro da
Silva
Instituição: Consórcio Gasoduto Amazônia (CGA)
Resumo: O plano de recuperação dé áreas degradadas (PRAD) é uma atividade que tem por
objetivo auxiliar a natureza na recomposição vegetal dos locais onde ocorrera uma ação
antrópica. Esse auxílio objetiva melhorar e salvaguardar o ambiente das ações climáticas,
principais responsáveis pelo surgimento, e evolução de processos erosivos, provocando a
perda de nutrientes, fato que chega a comprometer a sanidade das sementes, e reduz a
viabilidade e preservação de material genético outrora existente no local.
A perda de material genético contribui para a extinção de espécies vegetais, que, por sua
vez, acaba comprometendo a segurança, o refúgio e a alimentação da fauna silvestre,
levando os animais a iniciarem um processo migratório para sua sobrevivência, o que
reduz, consideravelmente, os processos vitais para a continuação da sucessão vegetal, que
precisa de animais para agir na polinização de flores e dispersão de sementes, mantendo
dessa forma os ciclos que auxiliam na composição do estágio clímax das florestas tropicais.
Recuperar as áreas antropisadas implica ações que visem à restauração das cadeias acima
explicitadas. Assim, torna-se importante que sejam recuperadas todas as áreas que
sofreram adulteração de sua configuração inicial.
Para realizar uma obra dessa monta no Estado do Amazonas, foi necessário que as
tecnologias fossem adaptadas para enfrentar o plural de realidades edafo-climáticas que
florestas tropicais úmidas oferecem. Mesmo assim, a perda de considerável material
botânico é inevitável, não péla imperícia dos executantes, mas pela própria condição
oferecida por esta mesma natureza, obrigando a realização deste Plano de Recuperação de
Áreas Degradadas (PRAD).
Assim, as únicas áreas que não poderão ser recuperadas são aquelas que, devido a sua
importância e necessidade operacional, precisam ter periodicamente a intervenção
humana na manutenção da própria linha do gasoduto, como é o caso de helipontos e
estações de redução de pressão (ERPs).
Logo o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) foi elaborado para atender ao
total das áreas suprimidas em parte da faixa de servidão do gasoduto principal (Coari-
Manaus), além de parte dos ramais secundários (que conduzem o gás para os municípios),
que somados perfazem um total de 346,27 hectares (ha) somente da linha principal,
conforme previsão contratual, que é de 70 hectares (ha), representando a centralização
das atividades nas áreas de nascentes, margens de igarapés, taludes e rampas onde os
processos erosivos são mais presentes e mais acentuados, resguardando à própria
natureza intervir na regeneração das demais áreas que apresentarem declividade de solo
inferior a O 20°, caracterizando não só um aditivo ambiental extremamente interessante,
mas também a oportunidade de acompanharmos e avaliarmos a regeneração natural desse
gasoduto, auxiliando no entendimento é projeção de ações futuras para as demais regiões
do Estado do Amazonas.
Projeto A-25
Título: Gerenciamento Integrado de Resíduos no Interior do Amazonas Visando à Redução
de Impactos no Turismo e na Saúde Pública
Autor: João Tito Borges
Instituição: Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Manaus)
Resumo: Nos 62 municípios do Amazonas, mais de 98% do lixo produzido têm destino
inadequado, sendo colocados em vazadouros, áreas alagadas, lixeiras a céu aberto ou
frequentemente queimados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). No caso de Manaus, ainda que exista um aterro sanitário, o chorume e o gás
resultantes desse processo são lançados diretamente nos igarapés e no ar. Muitos
municípios da região amazônica vêm apresentando problemas de gestão de resíduos que
prejudicam o tráfego aéreo e o turismo, além dos sérios problemas de saúde pública
resultantes. Acreditando que se trata de um problema de gerenciamento, é necessário
promover uma Gestão Integrada diferenciada de Resíduos Sólidos que seja adequada a
toda realidade regional com características parecidas. Para isso, o projeto propõe
promover, implantar e experimentar tecnologias de gestão, separação, reciclagem,
transbordo, transporte e compostagem dos resíduos provenientes de um pequeno centro
urbano, enfatizando a redução do impacto destes nos aterros e lixões, e com isso reduzir e
eliminar as formas incorretas de destino de lixo. O projeto aqui propõe a execução desse
sistema de gestão para um pequeno município, de forma experimental (piloto), com prazo
de dois anos. Para a execução dele, será feita integração entre os vários organismos, tais
como secretarias, IPAAM, IBAMA e INCRA e recicladores, além do envolvimento da
comunidade local. A necessidade de integração desses organismos se dá devido à
necessidade de que se estabeleça área para o transbordo, transporte e também assessoria
para licenciamentos diversos.
O arranjo proposto busca contemplar as etapas de sensibilização da comunidade, a
formação de cooperativas, a separação e a otimização do uso do material reciclado,
incluindo a questão da logística, que é o grande desafio do projeto.
O projeto buscará facilitar as ações dos envolvidos, por meio da conexão com os mercados,
qualificação dos recicladores e estímulo ao desenvolvimento local, com o objetivo de
favorecer a cidadania e a formação de micro e pequenas empresas, beneficiando as
comunidades pela geração de empregos, e pelo aumento da preocupação ambiental, com a
valoração dos materiais reciclados.
Projeto A-26
Título: Projeto Reciclap: reciclando o Amapá
Autor: José de Deus Pinheiro de Araújo
Instituição: Instituto de Pesquisas Cientificas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA)
Resumo: A implantação de linhas de produção de produtos recicláveis nas comunidades de
economia solidária tem como objetivos:
• geração de emprego e renda ao setor de economia solidária da reciclagem;
• reaproveitamento de resíduos sólidos poluentes, como forma de preservação
ambiental;
• conscientização ambiental da população amapaense para a preservação da
Amazônia, por meio da prática da coleta seletiva e da reciclagem;
• reaproveitamento ao máximo dos resíduos poluentes, evitando a presença de restos
desses resíduos nas linhas de produção;
• difusão do empreendedorismo nas comunidades de economia solidária, utilizando
matéria-prima fartae barata.
Projeto A-27
Título: Saneamento Otimizado e Racionalizado dos Rios como Fatores de Integração Arterial
da Amazônia. SORRIA AMAZÔNIA.
Autor: José Francisco Magalhães Gonçalves
Instituição: Centro de Ensino Superior de Tabatinga – Universidade do Estado do Amazonas
Resumo: Muito já foi dito e discutido sobre a Amazônia, mas realmente o que merece
destaque é o aspecto de nossa pequenez, principalmente quando estamos dentro de uma
canoa às margens do Rio Solimões, observando as nossas margens completamente
contaminadas e sujas. Existe uma teoria sobre espaços infinitos e acreditamos que esta
teoria também é aplicável à Amazônia quando utilizamos os infinitos (+∞ e -∞), como
pontos de referência. Em termos gerais, o ribeirinho quando pensa em: governo,
incentivos e projetos de governo isto soa-lhe de forma utópica. É mais palpável para sua
realidade a curupira do que as ações do governo às margens dos rios da Amazônia e seus
afluentes.
Utilizando a simbologia dos infinitos como realidade, poderíamos estabelecer o + ∞ para o
governo brasileiro e o -∞ para o ribeirinho. De forma prática, intuitiva e, digamos mística,
o ribeirinho sabe que o governo existe, mas não pode vê-lo. Para o governo, o inverso é
diametralmente verdadeiro, pois jamais alcançará a todos, devido à falta de informações:
sabe que Os ribeirinhos existem, mas não sabe de sua realidade migratória; quantos são
verdadeiramente; e muito menos onde passam a maior parte de sua vida, nem a forma
como vive esta horda de cidadãos. Existem apenas estimativas sem qualitativos nem
quantitativos. Os altos custos de locomoção na floresta, rios e afluentes inviabilizam esta
informação. Este mito deverá ser extinto. Quantos destes ribeirinhos nunca foram
registrados? Nasceram, viveram e morreram e jamais foram considerados sequer um
ponto em uma tabela estatística? Provavelmente inúmeros.
Projeto A-28
Título: Projeto Plantar
Autor: Jovandir Batista da Silva
Instituição: Centro Juvenil Salesiano Dom Bosco
Resumo: A situação do meio ambiente no planeta nos desafia a preservar os recursos
naturais, tendo em vista que a destruição da natureza, base da vida, cresce em ritmo
acelerado. Dessa forma, torna-se necessário reduzir rapidamente o impacto ambiental, a
fim de manter o equilíbrio do nosso ecossistema. Somente por meio desse equilíbrio é que
a sociedade humana atingirá, em todos os aspectos, melhor qualidade de vida.
Tendo em vista que as crianças e os adolescentes é quem cuidarão do nosso planeta no
futuro, nada mais urgente e necessário do que sensibilizá-los e prepará-los para atuarem
como cidadãos conscientes e proativos em favor das questões relacionadas à preservação
ambiental. Ressalta-se, ainda, que o público infantojuvenil, por suas características
peculiares, cumpre papel importante em nossa sociedade, sendo multiplicadores de
aprendizados e conceitos em seus locais de convívio: família, escola e comunidade em
geral.
O projeto ora apresentado, intitulado “Plantar...” enfoca, tanto como atividade principal,
como complementar, ações relativas à cidadania, buscando formar cidadãos conscientes
e proativos quanto à preservação ambiental. Nesse sentido, o projeto destaca-se por duas
características: educação e plantio de árvores de espécies típicas da região amazônica. No
âmbito educativo, buscar-se-á construir com as crianças e adolescentes do Centro Juvenil
Salesiano Dom Bosco a consciência ambiental, instigando-os a refletirem e agirem de
modo a preservar e respeitar o meio ambiente. No âmbito da arborização, serão
plantadas, na ampla extensão territorial onde se localiza o Centro Juvenil (6 mil metros
quadrados de reserva ambiental), diversas mudas de espécies típicas da região
amazônica.
Para atingir tais objetivos, as seguintes atividades serão realizadas ao longo do projeto:
realização de oficinas de caráter socioambiental com crianças e adolescentes, em que se
trabalhem por meio de ações lúdicas, práticas e atrativas, conceitos e ações de preser-
vação e respeito ao meio ambiente; plantio, na ampla extensão territorial do Centro
Juvenil Salesiano Dom Bosco, árvores de espécies típicas da região amazônica. Também
se irá gramar e irrigar o campo de futebol da obra social; visando proporcionar aos
educandos um espaço ambientalmente adequado para práticas esportivas; implantar
coleta seletiva na Instituição; e encaminhar materiais recicláveis à Cooperativa Amigos da
Natureza – COOPERAM (Cooperativa da Cidade de Palmas).
A premiação do projeto “Plantar...” pelo Prêmio Professor Samuel Benchimol permitirá a
execução de todas as ações ambientais e educativas propostas neste projeto destinado ao
público infanto-juvenil.
Projeto A-29
Título: Construção de Centro de Compras HidroFerroviário
Autor: Julio César de Lyra Borges
Resumo: Esta proposta trata da construção de um centro de compras “hidroferroviário” em
Porto Velho e outro em Manaus, constituindo uma ferrovia que ligue os dois centros de
compras “hidro-ferroviários”, e três ilhas de apoio turística entre os dois centro de compra
“hidroferroviários”, tendo a ferrovia como a única via de acesso. Às margens da ferrovia,
seriam plantado meio milhão de seringueiras; nas áreas de abrangência da ferrovia, será
implantado o DASMATAMENTO ZERO. Criação do PM. P (Pólo Madeireiro de “Poda”). As
áreas desmaiadas ilegalmente na área de abrangência da ferrovia serão imediatamente
replantadas com mudas de árvores nativas da região, e as áreas de pastagem serão
gradativamente consorciadas com espécies de mudas regionais, a exemplo de cerejeira,
mogno, feijó, angelim, guanandi e etc...
Projeto A-30
Título: Resgate da Ictiofauna do Médio Rio Araguaia – Goiás e Tocantins /
Autor: Kennedy Aparecido de Andrade Borges
Instituição: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
Resumo: O presente projeto visa ao aproveitamento da ictiofauna para fins de
conhecimento científico, reprodução e pesquisas sobre a criação de espécies nativas da
bacia do rio Araguaia nos estados de Goiás e Tocantins. São os seguintes os objetivos do
projeto:
• resgatar e fazer uso científico da ictiofauna;
• executar o aproveitamento de peixes em pesquisas;
• efetivar pesquisas em pisciculturas sobre reprodução;
• evitar a mortandade excessiva das espécies que no período da seca, perdem a
capacidade de locomoção natural e
• evitar a perda de centenas de toneladas, anualmente, na região que abrange os
municípios de São Miguel do Araguaia-Goiás, Araguaçu, Sandolândia, Formoso do
Araguaia, São João do Javaés, Dueré, Lagoa da Confusão, Cristalândia, Pium,
Marianópolis, Caseara e Araguacema, municípios do estado do Tocantins.
Projeto A-31
Título: Inventário da Avifauna do Município de Boa Vista (RR) como Subsídio ao Ecoturismo.
Autor: Luciana Surita da Motta Macedo
Instituição: Secretaria Municipal de Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas/Prefeitura
Municipal de Boa Vista, RR.
Resumo: O município de Boa Vista possui uma diversificada formação de habitats, dada a
sua particularidade de reunir dois importantes biomas: Cerrado e Floresta Amazônica. Esta
heterogeneidade de ecossistemas favorece a presença de uma alta diversidade biológica.
Porém, o município de Boa Vista tem recebido pouca atenção no que tange à pesquisa
científica. Poucos grupos biológicos foram estudados por especialistas de várias áreas,
incluindo os ornitólogos.
Pinto (1996) providenciou um histórico das explorações ornitológicas em Roraima, onde
somente três estudos foram reconhecidos entre os anos de 1831 a 1987. Um dos
levantamentos mais recentes sobre a avifauna foi realizado por Douglas F. Stotz no ano de
1987. Posteriormente, no período de 2002 a 2005, Marcos Pérsio realizou cinco viagens
explorando 19 localidades de Roraima, sendo este considerado o trabalho mais completo
sobre a avifauna de Roraima, apresentando uma lista preliminar de 740 espécies. Além de
poucas pesquisas realizadas nesta região, o estado não dispõe deste material bibliográfico,
nem de uma base de dados, nem tampouco de uma coleção com fins científicos,e
didáticos.
O objetivo deste projeto é realizar um inventário atualizado da avifauna presente no estado
de Roraima, principalmente em áreas com alto potencial turístico e terras indígenas com
alta relevância biológica. O projeto também visa adquirir conhecimentos sobre a história
natural das aves nesta região, monitorar as comunidades de aves diagnosticar o status das
espécies, adquirir informações básicas para o manejo de populações de espécies em
risco de extinção local, como é o caso do João-de-Barba-Grisalha [Sinal laxis kollari)
e do Chororó-do-Rio-Branco (Cercomacra carbonaria), e detectar as principais causas de
pressão sobre a ornitologia desta região.
Além disso, o projeto visa a disponibilizar estas informações para a população
(comunidades, escolas, turistas, pesquisadores e instituições) através da publicação de um
guia de campo e da capacitação e incentivo à observação das aves em seu habitat natural
[birdwatching), como valorização da biodiversidade local e incentivo ao turismo cultural e
educativo no município.
Projeto A-32
Título: Programa Boa Vista Limpa é Boa Vista Linda!
Autor: Luciana Surita da Motta Macedo
Instituição: Secretaria Municipal de Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas/Prefeitura
Municipal de Boa Vista, RR.
Resumo: O município de Boa Vista, localizado no estado de Roraima, na zona urbana é
banhado por dois dos principais rios de Roraima: o Rio Branco e o Rio Cauamé. Juntos, eles
propiciam aos boavistenses várias opções de lazer, tais como os balneários da Praia Grande,
Caranã, Cauamé, Curupira, Polar e Caçari. Além disso, o perímetro urbano é recortado por
vários igarapés e lagos que são reféns de práticas humanas que degradam o ambiente
natural, além de interferir na paisagem. As praças, jardins, escolas e logradouros públicos
também sofrem os impactos decorrentes do processo de ocupação da cidade e da falta de
um programa de educação ambiental consistente. No ano de 2005, a Prefeitura Municipal
de Boa Vista lançou o programa “Boa Vista Limpa e Boa Vista Linda”: O objetivo principal do
projeto é realizar atividades que incentivem o contato harmonioso das pessoas com a
natureza, a fim de evitar a degradação ambiental, visto que a principal missão da educação
ambiental é conscientizar e sensibilizar as pessoas sobre a problemática ambiental,
objetivando a mudança de hábitos danosos ao meio ambiente. O programa é a
oportunidade de serem trabalhados conceitos de preservação ambiental, mediante de
atividades esportivas e gincanas pedagógicas, recreativas, artísticas e culturais, de forma
participativa, democrática e, principalmente, tornando seus atores multiplicadores dos
conhecimentos adquiridos. Em vista do sucesso obtido durante as atividades realizadas,
resolveu-se transformar o programa “Boa Vista Limpa é Boa Vista Limpa” em atividade
permanente da Prefeitura Municipal de Boa Vista-RR.
Projeto A-33
Título: Ecologia e Conservação do Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) nas
Savanas de Roraima.
Autor: Luciana Surita da Motta Macedo
Instituição: Secretaria Municipal de Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas/Prefeitura
Municipal de Boa Vista, RR
Resumo: O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) ocorre em florestas e
savanas, desde Beliza e Guatemala até o norte da Argentina. O de sua área de ocorrência, é
abundante em algumas localidades, porém, em outras, é raro ou até mesmo já foi extinto.
Essa variação na abundância e o comportamento da espécie podem estar relacionados a
fatores biogeográficos, interferência antrópica, diferença no tipo de habitat e
disponibilidade de recursos.
No Cerrado e no Pantanal, existem áreas em que o tamanduá-bandeira é bastante comum,
como os Parques Nacionais da Serra da Canastra e das Emas. Porém, em outras áreas, são
muito raros e difíceis de serem, observados. Os fatores que mais contribuem para o
declínio de suas populações são a destruição do habitat e a caça. Consta como vulrierável
na lista de mamíferos ameaçados de extinção do IBAMAe da IUCN.
Apesar do contínuo declínio das populações de tamanduás-bandeiras no Brasil, em
Roraima, a espécie ainda é bastante frequente. O mosaico de habitats e o bom estado de
conservação das savanas de Roraima parecem ser fatores que contribuem para a aparente
densidade da espécie. Roraima possui a maior área contínua de formação vegetal do bioma
Amazônia, aproximadamente 40 mil km2. Devido à heterogeneidade de habitats, Roraima
pode contribuir significativamente para o conhecimento da fauna amazônica, ainda tão
pouco estudada nessa região.
Projeto A-34
Título: Cooperativa dos Amigos Catadores e Recicladores de Resíduos Sólidos do Estado de
Roraima (UNIRENDA).
Autor: Luciana Surita da Motta Macedo
Instituição: Secretaria Municipal de Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas/Prefeitura
Municipal de Boa Vista, RR.
Resumo: Até 2002, Boa Vista não contava com um aterro sanitário. Todo o lixo coletado era
depositado num lixão a céu aberto. Nesse lixão, trinta e cinco pessoas retiravam o sustento
de suas famílias através da coleta de materiais que eles vendiam para eventuais
compradores. Socialmente, a situação era crítica: crianças sem escola, alimentação extraída
do lixo, rivalidades e conflitos entre os catadores de lixo e presença de índios macuxi
morando no lixão.
Buscando sanar esse quadro degradante, em 30 de novembro de 2002, a
Prefeitura de Boa Vista reuniu as pessoas que viviam no lixão e criou a Cooperativa dos
Amigos Catadores e Recicladores de Resíduos Sólidos do Estado de Roraima (UNIRENDA).
Além disso, retirou os índios macuxi do lixão, edificou duas construções para operar o
material coletado, uma no Bairro Nova Cidade e outra, uma Usina de Triagem de Resíduos
Sólidos, sediada no Aterro Sanitário. Além disso, a prefeitura disponibilizou caminhões,
prensas, assistência técnica e treinamento para o desenvolvimento da cooperativa.
Projeto A-35
Título: Crescimento de Caupi (Vigna Unguicutata (L.) Walp) Adubado com Diferentes
Doses de Efluente de Fossa Séptica Biodigestora
Autor: Luciano Marcelo Falle Saboya
Instituição: Universidade Federal do Tocantins
Resumo: O projeto procurar ajustar doses e frequências de utilização de efleuente de fossa
séptica biodigestora para a cultura do caupi, no sistema de cultivo da agricultura familiar.
Tem por objetivo analisar o crescimento de plantas de caupi (Vigna unguiculata (L.)
Walp.), cultivadas sob sistema convencional e adubadas com diferentes doses de efluente
dé fossa séptica biodigestora, e o efeito das doses de efluentes na produtividade da tultura.
Projeto A-36
Título: Recuperação de Áreas Degradadas Provenientes da Ação Antrópica de
Comunidades Rurais da Amazônia Central
Autor: Luiz Antonio de Oliveira
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa)
Resumo: O projeto pretende fazer um estudo de viabilidade e sustentabilidade ambiental,
social e econômica, visando a identificar as potencialidades locais em comunidades rurais
dos Estados do Amazonas e Roraima que passam por um processo gradual de degradação
ambiental; introduzir nas propriedades rurais novos conceitos, produtos e tecnologias que
possibilitarão ao agricultor maior retorno financeiro a custos baixos, bem coimo torná-lo
menos dependente das incertezas do mercado local. Permitirá também conservar recursos
genéticos regionais nas propriedades rurais de fôrma produtiva e multiplicativa; avaliar as
condições de fitossanidade das plantações como forma de minimizar os danos agrícolas;
avaliar a dinâmica microbiana dos solos das propriedades, como fator de sustentabilidade
agroecológica; implantar experimentos de adubação convencional e orgânica em algumas
propriedades rurais das comunidades, como forma de, mostrar a eles os aumentos de
produtividade agroflorestal advindos dessa prática; avaliar a contribuição que seus sistemas
produtivos (e propriedades como um todo) estão dando para o processo de sequestro de
carbono, estimando seus valores em termos de “créditos de carbono”, como forma de
valorização perante a comunidade internacional; estimulá-los: a produzir matéria-prima em
qualidade, diversidade e quantidade suficientes para atender o Polo de Cosméticos a ser
implantado no Estado do Amazonas, bem como diversificar a produção agroflorestal no
Estado de Roraima.
O projeto visa a recuperar áreas alteradas/degradadas por ações antrópicas nos Estados
do Amazonas e Roraima, criando tecnologias de revegetação e manejo do solo, plantas,
animais e microrganismos, aliadas a ações de inclusão social e econômica das
comunidades rurais ao processo produtivo regional. Nos reflorestamentos, serão usadas
espécies vegetais de valor econômico reconhecido que sirvam de matéria-prima para
cosméticos, fármacos, nutracêuticos, além das culturas tradicionais anuais, frutíferas e
florestais. Como a implantação do Polo de Cosméticos em Manaus necessitará de grande
quantidade de matéria-prima e ainda não há incentivos e iniciativas governamentais para
o plantio de espécies com esse objetivo, o Polo poderá ficar sem cumprir suas metas
iniciais, dependendo apenas do produto advindo do extrativismo vegetal, insuficiente para
atendera grandes demandas. Isso porque muitas espécies só produzem frutos ou
sementes depois de 3-5 anos de crescimento; algumas precisam de mais tempo para
serem exploradas comercialmente. Desse modo, o envolvimento das três comunidades
rurais para o atendimento de um mercado futuro exigente poderá minimizar um gargalo
que dificultará o sucesso inicial do Polo de Cosméticos.
É um projeto multidisciplinar e multi-institucional, atuando de forma integrada para
resolver um problema regional que está tendo uma repercussão negativa muito grande,
tanto dentro do país como no exterior, que é o avanço do desmatamento e da degradação
ambiental na Amazônia.
São raros os projetos dessa magnitude na Amazônia. A maioria dos projetos visa resolver
apenas alguns problemas específicos e com atuação isolada, ao contrário desta proposta,
que ataca o problema “áreas degradadas” de forma global e integrada, inclusive
envolvendo o agente degradador (produtor rural), procurando dar a ele conhecimento e
alternativas para que atue de forma racional na Amazônia, evitando as degradações
ambientais e participando de modelos de desenvolvimento sustentável, ecológica e
economicamente viáveis.
Projeto A-37
Título: Câmara de Combustão Ciclônica para Resíduos das Indústrias Madeireiras
Autor: Manoel Fernandes Martins Nogueira
Instituição: Universidade Federal do Pará
Resumo: O projeto busca construir e aprimorar uma câmara ciclônica de combustão para
resíduos de madeireiras e da agroindústria; bem como medir e fazer o controle dos
efluentes gasosos desse combustor.
Projeto A-38
Título: Erradicação das Carvoarias no Pará Autor: Mareia Callage
Instituição: Eng. Consult. Assessoria em Engenharia Ltda.
Resumo: Este projeto trata da erradicação das carvoarias, buscando fornecer alternativas
econômicas. Tem como objetivos:
• erradicação da mão de obra infantil;
• minimização de doenças crônicas e acidentes na população situada próximo das
carvoarias, melhorando a qualidade de vida no âmbito pessoal, social e ambiental.
Projeto A-39
Título: Projeto Todos pela Revitalização do Córrego Sinhá
Autor: Maria de Jesus Moura Barbosa Silva
Instituição: Escola Presbiteriana de Colinas-Conveniada
Resumo: A água é a seiva do nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todos os
seres vivos; sem ela não teríamos a atmosfera, o clima, a vegetação e a agricultura.
De acordo com a Constituição Federal do Brasil, todos têm direito a um meio ambiente
ecologicamente equilibrado. Esse é um bem de uso comum do povo e essencial à
qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para a presente e as futuras gerações.
De acordo com o eixo norteador “Vida e Ambiente”, o Projeto Restauração do Córrego
Sinhá se faz prioritário, uma vez que a água potável faz parte da qualidade de vida da
população e se encontra em escassez.
O Córrego Sinhá está poluído e assoreado, devido à retirada da cobertura vegetal (matas
ciliares). Ele fica localizado nas proximidades do Bairro Santo Antônio, na cidade de Colinas
do Tocantins. Por isso, nós, da Escola Presbiteriana de Colinas, percebemos que o estudo
dos impactos ambientais negativos do córrego seria de suma importância na promoção de
aulas mais significativas e, ao mesmo tempo; possibilitaria cumprir uma das funções
sociais da escola, que é a de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos
moradores de Colinas do Tocantins.
Nesse sentido, temos como objetivo formar cidadãos conscientes e capazes de discutir
sobre a importância da preservação dos mananciais, bem como de forma interativa
garantir a sustentabilidade do planeta e o bem-estar de cada indivíduo da sociedade local.
O projeto teve início em junho de 2008, na Escola Presbiteriana de Colinas do Tocantins,
situada na rua Osvaldo Pacheco de Lima, 885, no centro de Colinas do Tocantins, com a
participação da comunidade escolar e com a parceria de pais, Igreja Presbiteriana e
comércio local. Este projeto será desenvolvido até que o Córrego Sinhá seja recuperado. As
ações desenvolvidas serão: Visitas in locus, paródias, aulas práticas, mesas-redondas,
palestras, dramatizações, plantio de mudas e confecção de panfletos para distribuir à
população com o objetivo de conscientizá-la da necessidade de recuperar o Córrego Sinhá.
Projeto A-40
Título: Desobstruindo o Meio Ambiente em Estratégia de Desenvolvimento Socioeconômico
no Reaproveitamento do Óleo Saturado
Autor: Maria Nogueira Costa
Resumo: A preservação do meio ambiente tem se constituído numa das maiores
preocupações nos dias atuais, pois vive-se num planeta profundamente ameaçado pela
ação do homem.
As águas estão sendo gradativamente poluídas; a flora devastada com derrubadas e
queimadas e, consequentemente, extinta a fauna pelas mesmas ações; a terra e o ar
sendo contaminados em grande escala. O habitat do homem está em perigo.
É preciso conscientização e criatividade para conciliar preservação do meio ambiente e
geração de renda na mesma ação, para reduzir os efeitos causados pelas agressões
humanas, na luta pela sobrevivência.
Nesse sentido, um dos fatores que mais tem agredido a água e o solo é o mau uso dos
produtos alimentares, como o óleo de cozinha. Comumente, o óleo usado nas frituras nas
residências, lanchonetes, hotéis e restaurantes são jogados em ralos de pia, esgotos ou
mesmo no solo, na superfície ou enterrado.
Pesquisas já comprovaram que o óleo jogado na água não se mistura a ela; ao contrário,
cria uma camada de resíduos que produzem sérias contaminações ao habitat dos animais
aquáticos, bem como ao próprio homem. Jogado no ralo ou nos esgotos, produz
entupimento e sérios problemas na rede de esgoto. No solo, causa a impermeabilização
deste, impedindo, portanto, a penetração da água.
Diante, disso, o presente projeto visa à viabilidade de barrar essas ações agressivas ao
meio ambiente, transformando-a, ao mesmo tempo, em fonte de geração de renda, por
meio da fabricação de sabão caseiro, para uso próprio e/ou venda em feira e mercados.
Não se trata de uma invenção nova, mas de uma forma de reforçar mais ainda a ideia de
preservação do meio ambiente, com a participação geral das classes populares. Nesse
projeto, a relevância é reeducar as classes sociais, fazendo com que uma classe contribua
com a outra, em ajuda mútua, e que todas juntas cooperem para a preservação do meio
ambiente.
Projeto A-41
Título: Monitoramento de Áreas Úmidas Amazônicas (MAUA)
Autor: Maria Teresa Fernandez Piedade
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
Resumo: Devido à grande extensão da região amazônica, uma enorme variedade de
ambientes alagáveis pode ser encontrada como resultado de diferenças nas características
geológicas da área de captação e drenagem, e no tamanho dos rios associados. Se para as
várzeas e igapós já se dispõe de várias informações, os demais tipos de áreas úmidas da
região não são caracterizados ecologicamente, delimitados geograficamente ou avaliados
quanto ao seu potencial de uso. Esta falta de informações básicas inibe o estabelecimento
de uma política amazônica para o manejo sustentável desses ambientes.
Para modificar essa situação, durante os últimos anos e sob a liderança da proponente
foram elaborados e executados projetos visando estabelecer indicadores ecológicos que
permitam o refinamento dá tipificação das áreas alagáveis do Estado do Amazonas. Essa
tipologia está sendo estabelecida, entre outros, por meio das propriedades físico-químicas
dos corpos de água, medidas de relações foliares da vegetação desses ambientes e
determinação do conteúdo mineral de folhas e cascas das principais espécies relacionadas
aos diferentes ambientes. Esses parâmetros já geraram índices ecológicos que permitem
discriminar as diferentes tipologias. Devido às grandes distâncias e à diversidade de
ambientes, técnicas de sensoriamento remoto adaptadas a áreas alagáveis também estão
sendo utilizadas para propiciar a espacialização dessas diferentes categorias. Com base
nessa classificação, as funções e serviços ambientais peculiares a cada tipologia inundável
estão sendo estabelecidos, para que cada categoria possa continuar a ser ou possa vir a
ser usada de modo condizente com sua vocação.
Este esforço, contudo, não é o bastante. Esses ambientes têm uma grande dinâmica
natural e, como a dinâmica de uso da terra é progressiva, classificá-los não impedirá que
se deteriorem. Isto somente será impedido se um monitoramento dinâmico, utilizando os
índices ecológicos já disponíveis, se mostrar eficaz na prática. A eficácia e a dinâmica
propiciadas por esse monitoramento serão as ferramentas de avaliação e controle a
serem oferecidas aos órgãos públicos, para que estes possam gerir o uso adequado dos
ambientes alagáveis do Estado. Esse monitoramento poderá orientar políticas públicas e
até mesmo leis que venham a assegurar que o uso dessas áreas seja feito em consonância
com suas potencialidades, fragilidades e o enorme valor potencial de seus serviços
ambientais.
Projeto A-42
Título: Estudo dos Impactos Socioambientais na Faixa da BR-163 – de Cuiabá/MT a
Santarém/PA (BR-163: de Estrada dos Colonos a Corredor de Exportação).
Autor: Messias Modesto dos Passos
Instituição: FCT-UNESP – Campus de Presidente Prudente/SP
Resumo: As décadas de 70 e 80 foram marcadas pelo recuo rápido das superfícies
ocupadas pelas florestas tropicais. Esse fenômeno é particularmente espetacular no
Brasil, onde se estima que 551.000km2 da floresta amazônica foram destruídos para uma
mise en valeur agrícola (agropecuária). O caso da BR-163 (norte do Mato Grosso e
sudoeste do Pará) é muito revelador dessa evolução, em razão da extensão das
superfícies conquistadas pela agricultura à custa da floresta, e, também, em função da
diversidade das paisagens preexistentes e das formas atuais de ocupação dos chamados
“espaços vazios”.
Na década de 1970, o governo brasileiro tornou projeto de estratégia militar à ocupação
territorial da Amazônia, aplicando como doutrina os slogans: (a) Segurança e
Desenvolvimento e (b) Integrar para Não Entregar: temia a influência do modeío
cubano, materializado na América Latina a partir da presença de Che Guevara,
notadamente na Bolívia. Entre 1970 e 1974, o INCRA priorizou o assentamento de colonos
pobres nos Estados de Rondônia e Mato Grosso, conforme proposta do projeto
POLONOROESTE, atendendo a três objetivos básicos: 1 – Objetivo Econômico: promover
a agricultura, tendo como meta aumentar a produção de alimentos para abastecer o
mercado interno e para a exportação; 2 – Objetivo Demográfico: frear o êxodo rural e
reorientar, para a Amazônia, o fluxo que se dirige para as grandes metrópoles do Sudeste;
3 – Objetivo Social: diminuir as tensões sociais provocadas pelo latifúndio no Nordeste e
pelo minifúndio no Sul do país.
Partindo do pressuposto de que essas transformações se operam rara mente de maneira
completamente espontânea e anárquica, é possível identificaras estruturas espaciais
suficientemente recorrentes para que o estudo de toda essa região se preste a uma
tentativa de definir, as configurações espaciais típicas, suas lógicas de funcionamento e
suas evoluções no tempo. O objetivo maior é diagnosticar o estágio atual da ocupação do
solo, mas também prognosticar as mudanças futuras. A metodologia adotada para
investigarmos como essas ações definem/redefinem as dinâmicas territoriais e,
evidentemente, se plasmam na paisagem, motivando uma série de impactos
socioambientais, consiste em investigações de campo (observações empíricas, entrevistas,
tomadas de fotos e filmagens) e nas análises de imagens LANDSAT TM. Vamos insistir na
análise integrada da paisagem, a partir do modelo geossistêmico. De inspiração sistêmica,
o geossistema se diferencia claramente do ecossistema em decorrência de sua
territorialização e sua antropização, ou seja, o geossistema é um conceito não somente
espacializado, mas também, territorializado, isto é, com toda uma carga de história
humana. Enfim, para levantar qualquer equívoco, é preciso insistir no fato de que este
conceito antrópico não é em nada um conceito social. Ele não tem por função explicar a
sociedade na sua relação com o território, mas entender a fisionomia e o funcionamento
do território sob o impacto da sociedade.
Projeto A-43
Título: Práticas de Manejo para o Uso Sustentável de Pastagens Nativas nos Lavrados de
Roraima
Autor: Newton de Lucena Costa
Instituição: Embrapa Roraima
Resumo: Considerando-se a importância econômica e social da pecuária de corte e a
abundância de recursos naturais suficientes para o fornecimento do suporte alimentar para
os rebanhos, a utilização de práticas de manejo mais adequadas, em consonância com as
características florísticas e produtivas das pastagens nativas dos lavrados de Roraima, pode
se constituir alternativa para a maximização de sua utilização, resultando em exploração
com elevados índices de sustentabilidade econômica (maior produtividade aninpal e
redução dos custos de produção), social (geração de renda e emprego) e ambiental
(incorporação de áreas subutllizadas ao processo produtivo e redução dos
desmatamentos).
As pastagens nativas dos lavrados de Roraima, apesar de limitações quantitativas e
qualitativas, historicamente sempre proporcionaram o suporte alimentar para a exploração
pecuária, que passou a se constituir, ao longo dos anos, a principal atividade econômica da
região. O sistema de pastejo contínuo, com taxa de lotação variável, mas em geral
extensivo a superextensivo e desvinculado do ritmo produtivo estacionai, tem contribuição
direta para os baixos índices produtivos dos rebanhos. Como forma de melhorar as
condições de alimentação, os criadores usam o fogo, prática de manejo das pastagens
visando à eliminação da forragem não consumida e endurecida, proporcionando melhoria
no valor nutritivo quando em estados iniciais de crescimento, onde o capim se torna mais
tenro. Nos lavrados onde o capim Trachypogon representa 65% da pastagem nativa
existente, a produção animal pode ser muito baixa, o que inviabiliza economicamente a
atividade pecuária em áreas onde ocorre sua predominância, desde que não sejam
implementadas práticas para o seu melhoramento.
Projeto A-44
Título: Um Arcabouço para Valoração dos Benefícios Climáticos de Áreas Protegidas no
Estado do Amazonas
Autor: Philip Martin Fearnside
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
Resumo: Na mitigação do efeito estufa, os sistemas atuais usados para calcular os
benefícios de carbono são fortemente enviesados contra áreas protegidas, e especialmente
áreas protegidas em locais longe da atual fronteira de desmatamento. Ao invés disso, os
fundos dos mercados internacionais de carbono que poderiam ser aplicados no Estado de
Amazonas, por sua política de redução de emissões oriundas do desmatamento, são
dirigidos para outras opções de mitigação, tais como os biocombustíveis. Com relação ao
setor florestal, o crédito baseado em “adicionalidade” dá alto Valor em evitar o
desmatamento em locais onde este foi rápido no passado recente, como no Arco de
Desmatamento, mas uma reserva fora desta área recebe pouco ou nada de crédito. Dentro
deste paradigma, o “vazamento” remove a maior parte do crédito que poderia ser ganho
por meio da criação de reservas. Este é o efeito que criar uma área protegida causa fora da
própria reserva; por exemplo, as pessoas residentes na reserva podem se deslocar desta
para outros locais na área circunvizinha, ou as pessoas que vêm de outros lugares, que
teriam se instalado na área convertida em reserva, podem resolver se estabelecer em um
outro lugar na região e derrubar o mesmo tanto de floresta. Os valores atribuídos tanto ao
benefício da reserva na redução do desmatamento como ao impacto causado pelo
vazamento dependerão do valor atribuído ao tempo. Estes valores também dependem do
cenário para ocupação e para o desmatamento na área, ou seja, a “linha de base”
(“baseline”), no jargão de Quioto.
Este projeto pretende continuar o trabalho de coleta de dados pertinente à abordagem
baseada em estoques (como proposto por este autor no projeto que ganhou o Prêmio
Benchimol na categoria ambiental em 2007: VALORAÇÃO DO ESTOQUE DE SERVIÇOS
AMBIENTAIS COMO ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO NO ESTADO DO AMAZONAS). .
Durante o último ano, este autor participou de várias iniciativas para definir métodos para a
contabilidade de carbono, inclusive o grupo de aconselhamento sobre metodologia da
iniciativa Amazonas (do governo estadual do Amazonas); o Documento de Concepção de
Projeto (PCD), da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Juma; a “metodologia de
fronteira” para contabilidade de carbono, pelo Fundo Protótipo de Carbono (PCF), do Banco
Mundial; e a metodologia dos Padrões Voluntários de Carbono (VCS), assim como também
participa de debates ainda em andamento sobre as regras a serem adotadas em
Copenhague, no final de 2009, para o sucessor dó Protocolo de Quioto, referente a 2013
em diante. Com a exceção de parte da Iniciativa Amazonas, ficou claro, a partir destas
experiências, que é provável que a metodologia predominante de contabilidade de carbono
estará baseada em fluxos, em vez de estoques, no futuro previsível. Portanto, é importante
ter um “Plano B” como alternativa à abordagem baseada em estoques, que seria o ideal
para lugares como o Estado do Amazonas. Esse “Plano B” é uma série de alterações à
abordagem baseada em fluxos, assim criando o arcabouço proposto aqui. Esse arcabouço
visa um cálculo baseado em um horizonte de tempo de 100 anos, com a inclusão de uma
taxa de desconto maior que zero sobre os fluxos de carbono entre a floresta e a atmosfera,
ao longo deste tempo. A modelagem do vazamento, usando o modelo AGROECO
desenvolvido no laboratório do autor, reflete esses benefícios por meio da geração de uma
“linha de base” sem reservas, que possa ser comparada com as emissões de gases reais que
ocorrem ao longo do tempo, assim como também possibilitando previsões dessas emissões
para discussão de diferentes estratégias, antes da tomada das decisões.
Projeto A-45
Título: Minimização do Impacto Ambiental na Área dos Futuros Reservatórios das UHEs
Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira
Autor: Raimundo Nonato Lemos da Silva
Instituição: Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (ELETRONORTE)
Resumo: Analisando as características e a morfologia do Rio Madeira, confirma-se a
necessidade da implantação deste projeto na área à montante das futuras UHEs Santo
Antonio e Jirau, para minimizar possíveis impactos ambientais reversíveis, tanto às matas
ciliares como à ictiofauna, e principalmente à comunidade ribeirinha, que irá ficar sem a sua
fonte de proteína animal e a sua receita financeira, oriundas dos recursos pesqueiros da
bacia do Rio Madeira, em um curto espaço de tempo. Esta ação deverá ser implementada
antes da formação dos reservatórios.
Objetiva-se neste projeto evitar que ocorra o desequilíbrio ecológico da ictiofauna do Rio
Madeira, principalmente à espécie dos bagres, fato este que ocorreu em praticamente
todos os reservatórios construídos com fins de produção de energia elétrica na Amazônia.
Para a execução deste projeto, faz-se necessário um inventário faunístico de todas as
espécies vegetais, principalmente as frutíferas de várzea, existentes no Rio Madeira, jusante
da foz do Rio Aripuanã. Georreferenciar as espécies precoces conforme o período de
maduração dos frutos, intercalando para que sempre se tenha alimento para os peixes; criar
um banco de dados e, posteriormente, coletar as sementes das árvores matrizes, germiná-
Ias, produzir mudas e realizar o plantio às margens do Rio Madeira, na área destinada aos
futuros reservatórios.
Com a substituição da vegetação de terra firme, predominante na área das futuras UHEs,
por uma vegetação de várzea, o primeiro impacto a ser minimizado será o visual, uma vez
que, com a morte da vegetação de terra firme, a vegetação de várzea compensará sua
ausência. Um segundo impacto a ser evitado será a erosão do solo as margens do rio, sendo
que esse solo sem vegetação será removido pela velocidade da correnteza das águas. Um
outro impacto que será evitado é a escassez de peixes na área de predominância dos
reservatórios, uma vez que haverá oferta de alimento e abrigos proporcionados pela
vegetação de várzea, tornando o novo ecossistema propício para a permanência das
espécies de bagres, principalmente a dourada. Portanto, o objetivo deste projeto, com â
implantação de uma floresta de várzea às margens do Rio Madeira, é a conservação do
recurso pesqueiro disponível, para a oferta de alimento e receita financeira às populações
ribeirinhas e aos pescadores da região, recurso este que já foi a maior fonte de renda e
sustentabilidade dos municípios de Porto Velho e Guajará-Mirim, em um passado não
muito distante.
Portanto, este é um projeto piloto a ser implantado em todos os empreendimentos
hidrelétricos na Amazônia Brasileira, uma vez que os maiores impactos ambientais
causados por consequência da formação dos reservatórios quem sofre é a flora, a fauna, a
ictiofauna e as comunidades locais. Com esta ação, é possível produzir energia elétrica
utilizando o potencial hídrico, com a conservação preservação dos ecossistemas adjacentes
e recursos naturais e proporcionar receita financeira, alimentos e manter a comunidade nas
proximidades dos reservatórios, utilizando o recurso pesqueiro para a sua sustentabilidade,
evitando conflitos sociais na região.
Projeto A-46
Título: Ecoturismo como Vetor de Desenvolvimento Sustentável no Amazonas: difusão de
princípios e busca de novas alternativas
Autor: Rocilda Oliveira da Silva
Instituição: MANAUTUR Agência de Viagens e Turismo Ltda.
Resumo: O presente projeto propõe medidas que priorizem a pesquisa e difusão de boas
práticas para o ecoturismo no Estado do Amazonas, visando à utilização da flora local sem
depredá-la, contribuindo assim para a manutenção dos programas de desenvolvimento
sustentável da região, que têm como base o ecoturismo. As atuais práticas que integram os
pacotes das excursões regionais, como caminhada na selva e visita a lagos e igapós,
executadas há mais de 15 anos, estão, hoje, mostrando consequências desastrosas,
decorrentes de atividades predatórias que põem em risco vários atrativos naturais da
região e o futuro do próprio ecoturismo. Isso mostra que há um paradoxo entre a prática
regional e as premissas do ecoturismo que propõem a conservação dos recursos naturais e
culturais, e ainda há contraposição às medidas de desenvolvimento sustentável local.
As medidas, propostas têm o objetivo de efetivar ações que comprometam os atores do
ecoturismo local (empresários, guias e condutores de turismo, comunidade e poder
público) com a utilização sustentável dos recursos da floresta, que compõem os produtos
ecoturísticos do Estado.
Os procedimentos que serão adotados para a consecução dos objetivos compreendem
pesquisa, divulgação e aplicação das novas medidas propostas.
Os levantamentos iniciais que embasam esta proposta foram realizados na região localizada
entre as áreas do entorno da Estação Ecológica-de Anavilhanas e da cidade de Manaus –
Capital do Estado do Amazonas/Brasil, Nesse local, há maior concentração de comunidades
ribeirinhas e de hotéis de selva, os quais dependem diretamente do ecoturismo como fonte
de renda, tanto por parte dos comunitários, com a venda de artesanatos, no auxílio aos
guias de turismo (mateiros e canoeiros) ou ainda para trabalhar como cozinheiros e
auxiliares em hotéis, como também por parte dos empresários de hotéis de selva e
operadoras, para realização de pacotes turísticos.
Outro problema crucial nesta área, que deve ser corrigido para complementar as ações com
coerência, é o repasse de informações erradas sobre os atrativos turísticos do Estado do
Amazonas. Os levantamentos sobre este assunto foram feitos nos sites oficiais de turismo
(em âmbito nacional, estadual, e municipal) e no guia turístico “Brasil: Amazonas: Turístico,
Ecológico e Cultural – O Destino Ecoturístico do Brasil” (AMAZONASTUR, 2005).
Vale ressaltar que uma das mais novas tentativas de desenvolver a Amazônia, buscando
uma política que procure defendê-la e conservá-la para o deleite das gerações atuais e
futuras, vem do Programa de Desenvolvimento do Ecoturismo na Amazônia Legal –
PROECOTUR e aponta o Ecoturismo como a vocação natural da Amazônia, Esta afirmativa
mostra um novo caminho para o desenvolvimento sustentado na região e chama a atenção
de todos para a necessidade de planejamento e capacitação para sua implantação
(PROECOTUR, 2002) [grifo nosso].
Projeto A-46
Título: Estimativa das Trocas De Co2, Calor Latente e Calor Sensível em Ecossistemas de
Manguezal, Usando um Modelo Ecofisiológico e Micrometeorológico
Autor: Sérgio de Mattos Fonseca
Instituição: Universidade Federal de Viçosa/APREC Ecossistemas
Resumo: O presente trabalho pretende investigar a importância das florestas de mangue no
balanço do carbono atmosférico, a partir de modelo ecofisioíógico e micrometeorológico,
contribuindo para o desenvolvimento de novas parametrizações de modelos regionais e
globais. Este é o esboço de um cenário complexo no qual se insere uma discussão a ser
aprofundada, sinalizando para a importância de auxílio à resiliência dos ecossistemas
manguezais.
Projeto A-48
Título: Povos Indígenas e Saúde Ambiental: gestão territorial e desenvolvimento sustentável
na Tl Trombetas/Mapuerá
Autor: Sidnei Clemente Peres
Instituição: Universidade Federal Fluminense
Resumo: O grupo étnico Wai-Wai, falantes da família linguística Karib, abrange diversos
outros grupos assimilados por eles, como os Hixkaryana, Mawayana, Karapayana, Katuena,
Xerew, Wapixana e Tirió, espalhados em vários municípios do Pará, na região do Baixo
Amazonas, nos Estados do Amazonas e Roraima, e na Guiana. No Brasil, totalizam 2.805
indivíduos. Vivem em terras homologadas, quais sejam: Tl Trombetas-Mapuerá (PA), com
1.049.520ha; Tl Nhamundá-Mapuerá (AM/RR/PA), com 3.970.420ha; e Tl Wai-Wai (RR)1,
com 405.698ha. A população total de índios no município de Oriximiná é de 1.695
indivíduos e 848 alunos-, distribuídos em nove aldeias no Rio Mapuerá, e uma no Rio
Cachorro: Mapuerá (Central), Tawana, Kuwanamari, Takaru, Inajá, Placa, Tamiuru, Ponkuru,
Bateria e Santidade.
Com a Terra Indígena Trombetas-Mapuerá plenamente reconhecida pelo Estado brasileiro,
à atenção à saúde vem se tornando um tema cada vez mais relevante para a afirmação dos
direitos dos povos indígenas em Oriximiná; aliás, como ocorre em outras partes da
Amazônia. A gestão territorial de áreas demarcadas, visando o desenvolvimento sustentável
dos grupos étnicos que nelas vivem segundo seus costumes e tradições, inclui a
preocupação é o estudo dos processos de saúde e doença ligados às relações com o meio
ambiente e às formas de manejo dos recursos naturais. Este projeto destina-se então à
realização de pesquisa, ensino e extensão, articulando as áreas da antropologia e da saúde
ambiental, com o objetivo de fornecer subsídios aos órgãos competentes para a proposição
de ações de promoção da saúde nas comunidades indígenas do município de Oriximiná.
Pode-se constituir também em experiência-piloto que inspire a formulação de soluções
para problemas em saúde ambiental nas terras indígenas abrangidas por outros Distritos
Sanitários Especiais Indígenas pelo país.
Este projeto se caracteriza, portanto, como uma pesquisa interdisciplinar e
interinstitucional, na qual serão investigadas as características físico-químicas e
microbiológicas dos sistemas de abastecimento de água, identificando possíveis doenças
associadas, comparando-as com as doenças registradas nas unidades de atendimento à
saúde; e as formas de uso e de atribuição de significado sobre os ambientes aquáticos
nas aldeias indígenas Wai-Wai, no município de Oriximiná. Serão realizadas seis visitas
nas onze aldeias indígenas, com duração de oito a quinze dias (dependendo das cheias
ou vazantes dos rios), no período de 24 meses, onde serão gravadas entrevistas em
meio digital para posterior transcrição e análise. Haverá utilização de equipamentos
específicos para análise é controle da qualidade da água; oficinas nas aldeias, enfocando
os usos e as concepções relativos aos sistemas de abastecimento de água e aos
ambientes aquáticos; investigação sobre vetores de malária e suas relações com a
qualidade da água, e histórias de doenças dela derivadas.
Projeto A-49
Título: Mitigação e Conformação aos Impactos Causados pela Invasão das Usinas
Sucroalcooleiras em Confrontações Rurais de Nossas Pequenas Glebas Rurais
Autor: Solimar de Castro Bastos
Instituição: Fazenda Buriti – produtor rural
Resumo: Com a devastação ambiental e de infraestrutura causada pela implantação de
dezenas de usinas sucroalcooleiras em nossa região, que não contratam nossos produtores
rurais idosos ou jovens, e não compram nem arrendam nossas terras pelo preço justo que
impomos, somos destruídos pelos impactos desta sórdida atividade em nosso meio e
habitat, que enriquecem poucos privilegiados e despejam milhares de miseráveis boias-frias
às nossas portas. Somos obrigados a buscar uma forma de compensação ante essa
agressão, seja pela conivência dos governos, na ganância das vantagens pessoais dos
políticos e corruptos servidores, seja pelo abuso da ostentação do poder financeiro e do
gigantismo destas indústrias de alta destruição social. Assim, encontramos uma forma de
tirar, contra a vontade dos usineiros, uma vantagem de seus canaviais, implantando a
apicultura em massa nos canaviais, pois descobrimos que as abelhas conseguem
abundância de alimentação nos canaviais das lavouras sucroalcooleiras, propiciando uma
rápida e grande produção de mel de excelente qualidade e de alto valor de mercado, de
forma permanente e continua, permitindo a f um grande número de pequenos produtores
rurais ter uma alternativa de renda e trabalho, de forma limpa e autossustentável,
possibilitando o surgimento de grupos de pequenos empreendedores em casas de mel, ou,
como eu próprio, adquirir pequenos kits caseiros de produção de pinga artesanal, para
fermentar a produção de mel e conseguir agregar alto valor à matéria-prima abundante e
natural, não gerando resíduos, pois a vinhaça é um excelente adubo orgânico e a destilação
do mel não gera resíduos acima de 65 graus alcoólicos e nem abaixo de 38 graus
alcoólicos/faixa que se classifica como produto de alta qualidade de degustação e valor
comercial. Portanto, este é o nosso projeto: tirar dos usineiros uma vantagem de
compensação dos impactos que nos causam com seus canaviais, produzindo um nobre e
cobiçado produto, no caso a pinga de mel de abelhas – pingumel. Site de divulgação:
www.engenheirobastos.zip.net.
Projeto A-50
Título: Educação Ambiental nas Escolas Rurais como Instrumento Mitigador do Potencial
Lesivo dos Agrotóxicos.
Autor: Tânia Maria Bayer da Silva
Instituição: Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
Resumo: O consumo de agrotóxicos vem tomando proporções cada vez maiores. Sua
utilização em larga escala é responsável por um grande número de mortes e doenças de
trabalhadores rurais, além de suas consequências ao meio ambiente e do agravo nas
condições de saúde da população consumidora dos alimentos. Uma das maiores
preocupações nesse sentido é com o grande número de vendas de agrotóxicos nos países
periféricos e nos chamados “países em desenvolvimento”. Os índices apontam para o
aumento desse consumo sem o controle e o alerta para os perigos da sua utilização,
incluindo aí a ausência de uma fiscalização punitiva por parte do estado e da população. Em
consequência disso, faz-se necessário orientação quanto a Cuidados no uso de agrotóxicos,
recomendação para descartes de embalagens vazias, precauções, primeiros-socorros e
controle do meio ambiente.
Considera-se de extrema importância a realização de trabalhos educativos com
alunos de Ensino Fundamental e Médio; porém, para que a Educação Ambiental se
desenvolva como processo, é essencial que ela ocorra ornais cedo possível, para que as
percepções, reflexões e atitudes diferenciadas sejam tomadas desde a iniciação escolar,
fazendo com que seja despertado o sentimento de conservação do nosso ambiente desde a
infância, constatando-se que as crianças não só desejam como estão ansiosas para fazer a
sua parte, porém precisam de informação, encorajamento e, o mais importante, da
consciência de que têm o poder para influir nas coisas.
Devemos falar e mostrar às crianças que elas podem fazer coisas maravilhosas
pela Terra. Elas precisam experimentar o sentimento de satisfação que acompanha a
realização de algo certo e bom, e essa é uma responsabilidade coletiva, para que, ao atingir
a idade adulta, tenha uma nova visão e uma nova perspectiva para com o meio ambiente.
Nesse sentido, a Educação Ambiental passa a ter relevante importância para o indivíduo. A
escola é a principal instituição capaz de colaborar com as tomadas de decisões sobre os
problemas da sociedade, transmitindo às crianças e jovens informações, auxiliando nas
pesquisas, formando uma comunidade responsável pelo meio social e buscando
restabelecer a harmonia entre o ser humano e o ambiente.
Projeto A-51
Título: Transferibilidade e Aplicação de Marcadores Moleculares de Alto Desempenho no
Estudo da Estrutura e Dinâmica Genética de Espécies do Gênero Manilkara: geração de
conhecimento para o manejo e a conservação de árvores madeireiras amazônicas
Autor: Vânia Cristina Rennó Azevedo
Instituição: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
Resumo: Este trabalho tem como objetivo subsidiar políticas públicas de manejo florestal
com base em conhecimento, científico, como forma de continuação dos trabalhos
realizados no âmbito do Projeto Dendrogene (2000-2005). Este projeto teve como meta a
conservação e a definição de estratégias de manejo de árvores madeireiras em florestas
manejadas da Amazônia (Kanashiro et al, 2001) por meio de estudos ecológicos, botânicos
e genéticos de espécies-modelo, as quais são exploradas comercialmente pela indústria
madeireira.
Uma das espécies alvo do projeto foi a maçaranduba (Manilkara huberi). Esta é
uma das espécies arbóreas amazônicas mais conhecidas e de maior ocorrência (10,5
indivíduos ha-1 de zero a 140 cm de DAP), mesmo entre espécies do mesmo gênero
(Dendrogene, 2004). No grupo sucessional, pode ser considerada espécie-clímax; é
hermafrodita, e algumas de suas populações florescem em intervalos de cinco anos,
enquanto outras florescem anualmente. Suas flores são polinizadas por moscas e abelhas
que apresentam vôo de médio alcance.
Para os estudos genéticos no âmbito do Projeto Dendrogene, 27 marcadores
microssatélites foram desenvolvidos, dos quais 12 marcadores foram considerados
altamente polimórficos para Mahilkara huberi (Azevedo et al, 2005) e foram utilizados nos
estudos genéticos (Azevedo et alr 2007) e de modelagem (Sebbenn et al., 2008). Os
resultados obtidos em relação à estrutura genética da espécie permitiram propor
alternativas eficientes para conservação ex situ e in situ da espécie. Foi possível ainda
quantificar o efeito da exploração madeireira na genética e demografia. Isso porque
marcadores microssatélites são capazes de fornecer discriminação individual precisa dos
indivíduos, apresentando, portanto, informações a respeito de fluxo gênico (via pólen e
semente), estrutura genética espacial, diversidade genética, sistema de cruzamento e
tamanho efetivo populacional. Todas essas informações são fundamentais para a definição
de estratégias eficientes de conservação e manejo, como a definição de áreas prioritárias
de conservação, de metodologia de coleta de sementes para conservação em bancos de
germoplasma, e de estratégias de manejo sustentável, de modo a evitar perda significativa
da diversidade genética.
Esta proposta visa a ampliar o conhecimento científico, no sentido de fornecer
informações biológicas a respeito de mais quatro espécies do gênero que ocorrem na
região amazônica e são igualmente exploradas comercialmente pela indústria madeireira.
Essa exploração ocorre de forma agrupada, o que possivelmente vem causando a essas
espécies um enorme dano do ponto de vista da conservação genética. Neste sentido, será
realizada a transferibilidade dos locos microssatélites desenvolvidos para M. huberi para as
espécies M. amazônica, M. paraensis, M. bidentata e M. cavalcante, os quais serão
utilizados para a realização de estudos de genética de populações destas espécies, de
modo a ampliar os conhecimentos básicos a respeito delas, fornecendo assim informações
que possam subsidiar a definição de estratégias de manejo sustentável.
Projeto A-52
Título: Complexo Integrado de Pesquisa e Educação Ambiental
Autor: Vladimir de Souza
Instituição: Fundação Ajuri – Universidade Federal de Roraima
Resumo: A região amazônica tem chamado a atenção mundial principalmente devido a
problemas de ordem ambiental. Dentro deste aspecto, abre-se um importante
questionamento: como desenvolver a região sem destruir o seu meio ambiente. Entre os
principais entraves neste campo está a carência de informações, de pessoal especializado e
tecnologias adequadas, nas questões ambientais, que possam atuar efetivamente na
problemática ambiental e social da região. Para enfrentar este desafio, foi planejada a
implantação de um dos maiores centros de pesquisa ambiental do país. Este será
construído em Boa Vista, no estado de Roraima. Trata-se do Complexo Integrado de
Pesquisa e Educação Ambiental. Este envolve a construção de 14 laboratórios e espaços
alternativos, além de salas de aula, destinados unicamente para a pesquisa e educação
ambiental, perfazendo um total de 1500m2. Os laboratórios e os espaços serão totalmente
equipados. O complexo integrado deste modo se encontra assim distribuído: Oficina de
Reciclagem, Laboratório de Hidrosedimentologia, Escola da Água, Escola Bosque,
Laboratório de informática, Laboratório de Geotecnologia, Laboratório de Análise
Geoambiental, Museu de Geociências, Laboratório de Material Didático, Laboratório de
Análise Socioambiental, Sala de Multiuso, Laboratório de Análise de Áreas de Risco
Ambiental, Laboratório, de Ciências Atmosféricas, Laboratório de Análise de Sistemas
Urbanos, sete salas de professores, seis salas de aula e três espaços destinados à
socialização, tais como restaurante, livraria e centro de vivência. Com o patrocínio da
Petrobras, através do programa Petrobras Ambiental, este deverá ser a maior estrutura do
país voltada para a temática ambiental, geração de emprego e renda, educação e
desenvolvimento sustentável. Os laboratórios e espaços deverão atuar de forma integrada
nas suas ações, a serem desenvolvidas no complexo. Este será um espaço aberto à
comunidade da região e deverá abrigar projetos tanto acadêmicos como sociais, com foco
em estratégias de geração de emprego e renda, além de ações de inclusão da população de
baixa renda. Espera-se que no primeiro ano de funcionamento do complexo este abrigue
em tomo de 100 projetos em diversas áreas ligadas ao meio ambiente. A estratégia de
funcionamento do complexo é que cada laboratório ou oficina estará sob gestão de um
coordenador e os projetos neles inseridos o serão na forma de fluxo contínuo. Assim, este
será um dos maiores centros integrados de pesquisa e educação ambiental do país e trará
um grande ganho para a região amazônica, tão carente de informações a respeito de seus
recursos naturais, tanto de tecnologia como de pessoal qualificado para atuar na área
ambiental.
Projeto A-53
Título: A Interrelação entre a Caracterização dos Solos Antrópicos da Amazônia (Terras
Pretas de índio) e a Utilização de Carvão Vegetal como Condicionador Agrícola do Solo
Autor: Wenceslau Geraldes Teixeira
Instituição: Embrapa Amazônia Ocidental
Resumo: A interrelação entre a caracterização dos solos antrópicos da Amazônia (Terras
Pretas de índio) e a utilização de carvão vegetal como condicionador agrícola do solo: os
efeitos da utilização de resíduos de carvão vegetal (agrichar) e fertilizantes minerais na
qualidade do solo, nutrição mineral e produção.da bananeira em um Latossolo Amarelo em
Manaus (AM).
O objetivo principal desta proposta é avaliar o efeito da aplicação de diferentes níveis de
carvão vegetal, fósforo e nitrogênio na nutrição e produção da banana var. caipira e na
qualidade do solo.
A banana é uma das frutas mais consumidas no Brasil. Na Região Norte, são produzidos
cerca de 25% da produção brasileira. Na Amazônia Central, os latossolos amarelos são a
classe de solo predominante onde se localiza a maioria dos cultivos. Esse solo apresenta
baixa disponibilidade de nutrientes, e uma reduzida eficiência no aproveitamento dos
nutrientes adicionados, devido às elevadas perdas por lixiviação. A aplicação de compostos
orgânicos ao solo possibilita uma liberação lenta de nutrientes; entretanto, a aplicação de
fontes orgânicas na Amazônia é pouco eficiente e seu efeito é de curta duração. Na
Amazônia Central, são encontradas áreas com solos férteis criadas pelas populações pré-
colombianas (antrópicas). Essas áreas são conhecidas como Terras Pretas de índio (TPI), e
apresentam elevados teores de carbono, fósforo, cálcio, magnésio, zinco e manganês,
quando comparadas com os solos adjacentes. Uma característica das TPI é o elevado teor
de matéria orgânica estável, que aparentemente lhes propicia as condições para serem
cultivadas com excelente produção por vários anos. Uma hipótese para a gênese dos
horizontes ricos em carbonos das TPI é o uso de carvão vegetal como fonte de carbono
estável. A utilização de fontes orgânicas estáveis que aumentem a retenção de nutrientes e
a retenção de umidade pode ser uma alternativa ao desenvolvimento de sistemas de
manejo de solo mais sustentáveis para as condições da Amazônia Central. A carbonização
de resíduos vegetais e seu uso como condicionador de soío tem potencial para
aumentar a sustentabil idade da capacidade produtiva do solo, reduzir as emissões
de carbono para a atmosfera, dar utilização correta aos resíduos orgânicos poluidores e
ainda auxiliar no desenvolvimento rural. No entanto, o conhecimento sobre o impacto do
uso do carvão na agricultura ainda é incipiente. O carvão vegetal poderá ser uma fonte
estável de compostos orgânicos para os solos, podendo criar cargas e aumentar a
capacidade de troca catiônica do solo; apresenta também uma estrutura porosa e pode
aumentar a porosidade e a capacidade de retenção de água, e facilitar a proliferação de
microorganismos. A combinação de fertilizantes minerais com resíduos de carvão poderá
ser uma alternativa para reduzir as perdas de nutrientes e aumentar a capacidade de
retenção de água, melhorar a da estrutura do solo e, de um modo geral, a qualidade do
solo. Para estabelecer critérios de utilização e definir se há relação entre utilização de
doses de carvão vegetal e produtividade de cultivos, será conduzido um experimento num
delineamento de blocos causalizados nó esquema fatorial 3x3, com confundimento e
combinações de três doses de carvão vegetal, fósforo e nitrogênio. As plantas cultivadas
serão clones de bananeira de cultivar vaipira. Os tratamentos serão aplicados anualmente.
Serão avaliados: produção e qualidade das bananas e teores foliares. Serão avaliadas as
trocas gasosas e estimados eficiência do uso da água, nutrientes e carbono no solo (N, P, K,
Ca, Mg, Cu, Fe, Mn). O carbono será determinado por cromatografia gasosa. As análises
físicas do solo serão: densidade aparente, densidade de partículas, grau de floculação,
curva de retenção de umidade e estabilidade de agregados. Para a avaliação da qualidade
física do solo, será utilizado o Intervalo Hídrico Ótimo (IHO). O IHO é definido como a faixa
ou conteúdo de água na qual os fatores que afetam diretamente o crescimento de plantas
– conteúdo de água relacionado ao potencial matricial, temperatura, porosidade de
aeração e resistência à penetração – são menos limitantes. As alterações das características
químicas e físicas do solo serão avaliadas com foco na produção da bananeira, no estado
nutricional e na eficiência do uso da água.
Projeto A-54
Título: Gerenciamento de Unidade Extrativista Através do Planejamento de Capacitação
para as Comunidades e Suas Associações.
Autor: Willian Ricardo da Silva Fernandes
Instituição: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
Resumo: A costa brasileira possuías maiores áreas contínuas de manguezal do mundo, em,
torno de 13,8 milhões de hectares, cuja vegetação apresenta sua maior exuberância nas
latitudes próximas da linha do Equador, no litoral amazônico, entre a foz do rio Oiapoque
(norte do Amapá) e a baía de São Marcos (Estado do Maranhão), em uma região conhecida
como Costa Norte.
Este ecossistema produtivo e dinâmico, que forma a paisagem ao longo da Costa Norte,
possui equilíbrio harmônico entre águas doces e salobras na zona intertidal. Além de se
caracterizar como um dos principais ecossistemas costeiros da Amazônia Brasileira, os
manguezais também tomaram um importante papel na história evolutiva das comunidades
humanas litorâneas dessa região, tornando-se fonte indispensável de recursos que têm
promovido o estabelecimento e a sobrevivência dessas comunidades até os dias de hoje.
O manguezal é considerado, pelo código florestal, como área de proteção permanente;
entretanto, vem sofrendo grandes intervenções antrópicas ao longo dos anos,
principalmente devido às ocupações desordenadas e aos grandes projetos portuários.
Além disso, a falta de políticas públicas voltadas para a população tradicional vem
acarretando o uso indiscriminado dos recursos pesqueiros desse ecossistema, colocando
em risco a população animal capturada e as espécies que também necessitam desse
recurso para alimentação.
Uma das opções que buscam atrelar a manutenção da tradicionalidade da pesca com a
conservação do ecossistema são as Reservas Extrativistas (Resex), categoria de unidade de
conservação de uso sustentável (proposta na Lei do SNUC, 2002).
Segundo o SNUC: "A Resex tem como objetivos proteger os meios de vida e a cultura das
populações tradicionais e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. A
Resex é de domínio público, com uso concedido as populações extrativistas tradicionais,
sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas.
As Reservas Extrativistas serão geridas por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão
responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de
organizações da sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área. A
visitação pública e a pesquisa científica são permitidas, condicionadas as normas
estabelecidas para o manejo da unidade pelo órgão responsável por sua administração".
A Reserva Extrativista Marinha Gurupi Piriá – Viseu PA (mesorregião nordeste paraense,
distante, aproximadamente, 320km da capital), foi criada pelo Decreto Presidencial sem
número de 20/05/2005, abrangendo uma área com perímetro aproximado de
74.075,73ha, sendo 31.039,65ha de espelho d'água e 43.036,08ha de mangues. Além do
manguezal, a Resex compreende pequeñas áreas de restinga, praias, dunas e algumas
ilhas.
A principal atividade extrativista da unidade é a pesca artesenal peixes, crustáceos e
moluscos). Ela beneficia 44 comunidades pesqueiras que congregam um universo
aproximado de 4.000 famílias totalizando aproximadamente 20.000 pessoas.
A sua criação foi fruto da mobilização das comunidades pesqueiras, conjuntamente com as
entidades de classe, a sociedade civil organizada e o poder público.
Este projeto visa aperfeiçoar o gerenciamento dessa unidade extrativista mediante o
planejamento de capacitações para as comunidades e suas associações e aquisição de
equipamentos para equipes de gestores.
A reserva extrativista promove o exercício da cidadania e reconhece a necessidade de uso
pelas populações tradicionais, dos recursos do manguezal. Assim, auxiliar na
implementação da gestão da unidade é promover a sustentabilidade nesse ecossistema tão
importante para a região costeira, além de garantir qualidade devida para as comunidades
pesqueiras do município de Viseu.
CATEGORIA ECONÔMICA-TECNOLÓGICA
Projeto ET-01
Título: Fabricação de Placas Decorativas para Revestimento, Confeccionadas com Sementes
de Açaí [Euterpe Oleraceae).
Autor: Aguimar Vasconcelos Simões
Instituição: AGROCON – Indústria e Serviços Agroambientais LTDA.
Resumo: O projeto visa à produção de placas decorativas para revestimento, com uso de
sementes de açaí (Euterpe oleraceae) como matéria-prima principal. Tem como objetivos:
• produzir placas decorativas para serem usadas como revestimento de paredes,
móveis e objetos de decoração, confeccionadas a partir de sementes de açaí
[Euterpe oleraceae);
• gerar emprego e renda à população local;
• disponibilizar no mercado produtos ecológicos de valor agregado;
• aproveitar os resíduos (sementes) da produção de vinho de açaí.
Projeto ET-02
Título: Biojóias da Informática
Autor: Alex Fabiano Ribeiro de Magalhães
Instituição: Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica
Resumo: O projeto “Biojóias da Informática” é uma proposta de adequação e
compatibilização de dois importantes itens da atividade econômica amazonense: os
recursos madeireiros oriundos de florestas manejadas e os resíduos da atividade de
produção de bens de informática do Polo Industrial de Manaus, juntamente com o lixo
tecnológico advindo dessa atividade econômica.
O principal produto desta pesquisa aplicada é o desenvolvimento de uma coleção de
biojóias com alto valor agregado, que terão os dois itens pesquisados como matérias-
primas.
O projeto propõe a caracterização dos tipos de madeira e dos resíduos da informática a
serem trabalhados, uma pesquisa sobre a compatibilização entre elas, e a concepção,
projeto e produção de protótipos da coleção de biojóias geradas pela pesquisa. Também
será desenvolvido estudo de aceitação dos produtos pelo mercado consumidor, além do
desenvolvimento de toda a tecnologia de produção das biojóias, caso haja compatibilidade
entre as matérias-primas o suficiente para viabilizar a produção.
Esta proposta busca também o aperfeiçoamento de ações já desenvolvidas pelo Centro de
Desenvolvimento Regional (CEDER) da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação
Tecnológica (FUCAPl), que são o de agregação de valor aos recursos madeireiros oriundos
das florestas manejadas já certificadas e também o desenvolvimento de tecnologias e
equipamentos voltados para a promoção do saneamento ambiental na Amazônia.
Após a sua conclusão, o projeto, indiretamente, terá incentivado e valorizado o
licenciamento de unidades de floresta manejada e apontará uma nova opção de
tratamento e destinação final dos resíduos de bens de informática (lixo tecnológico), além
de ter, proporcionado a criação de uma nova atividade econômica sustentável, tanto sob
os aspectos ecológicos e ambientais, como também sociais e econômicos.
Projeto ET-03
Título: Alimentação de Peixes Nativos da Amazônia com Insetos Capturados em Armadilhas
Instaladas em Ambientes Fluviais com Fins de Sustentabilidade Ambiental
Autores: Alexandre Luis Jordão | Octávio Nakano
Instituição: Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA)
Resumo: Os peixes são alimentos de rica fonte protéica ao homem. Sua exploração pode
ser realizada sem que o equilíbrio natural seja rompido. O bioma Amazônia está localizado
em uma região onde as bacias fluviais oferecem grande quantidade de leitos, em que
habitam diversas espécies de peixes. De maneira semelhante, nesse bioma existe uma
grande variedade de espécies de insetos, servindo de fonte alimentar natural aos peixes,
participando da cadeia alimentar. A abundância de insetos na Amazônia permite sua
captura o e fornecimento nutricional a uma exploração de pescados, conduzida
racionalmente e baseada em conhecimentos entomológicos. Devido à presença de abdome
túrgido com aparelhos reprodutores desenvolvidos, os insetos apresentam reservas
nutricionais consideráveis. Os peixes carnívoros, normalmente, têm um tamanho mais
avantajado do que os outros herbívoros. Entre as espécies mais conhecidas, temos as
seguintes: apaiari, curimatã, matrinchã, pacu, pirarara, pirarucu, tambaqui e tucunaré.
Algumas espécies aceitam prontamente alimentos secos, mas outras necessitam de um
período de condicionamento ou treino alimentar quando ainda são alevinos. A
palatabilidade do alimento determina a boa aceitação e o adequado desempenho dos
peixes. Deve haver um balanceamento entre os constituintes nutricionais: proteínas,
aminoácidos, carboidratos, lipídios, minerais e vitaminas. Os objetivos são fornecer insetos
capturados em armadilhas para a alimentação de peixes no ambiente amazônico; utilizar
insetos capturados em armadilhas para alimentar os peixes de forma econômica; integrar a
dieta constituída de insetos; e promover o crescimento adequado para o desenvolvimento
de peites nativos da Amazônia.
Propõe-se o emprego de fontes de luz em cores para armadilhas luminosas, com lâmpadas
do tipo BL (luz-negra) ou BLB (luz-negra-azul) e barreiras pintadas de amarelo ou branco,
dependendo da espécie a ser capturada. No caso de armadilhas luminosas, elas podem ser
operadas com energia elétrica com corrente contínua ou alternada, empregando-, se
baterias, inclusive bateria solar, atendendo a regiões carentes de energia. É importante
avaliar se o fornecimento da alimentação constituída pelos insetos será capaz de fornecer os
nutrientes necessários aos peixes nativos, de maneira balanceada, gerando crescimento
econômico, e melhoria da qualidade de vida, com maior oferta de alimento mais barato para
os pescadores e os povos ribeirinhos.
Projeto ET-04
Título: Novos Derivados Semi-Sintéticos para Tratamento de Malária
Autor: Ana Cristina da Silva Pinto
Instituição: Universidade Federal do Amazonas
Resumo: A espécie Pothomorphe peltata, conhecida como caapeba, pariparoba, é utilizada
na medicina tradicional na região Amazônica para tratamento de malária.
A substância 4-nerolidilcatecol (1), com atividade antimalárica comprovada, foi
isolada em escala multi-grama das raízes de P. peltata cultivada na Embrapa Amazônia
Ocidental. Com o estudo sazonal e dosagem de 1 nos extratos das raízes foi possível
avaliar que o melhor período para colheita e extração de seu princípio ativo é no período
chuvoso, correspondendo aos meses de dezembro a abril, quando a planta atinge
aproximadamente 1 m de altura e a concentração de 4-nerolidilcatecol chega a ser de
268-300 Kg/ha nas raízes. Novos derivados semissintéticos de 1 foram preparados
adicionando-se diferentes grupos químicos a cadeia lateral (nerolidil) e ao grupo catecol.
Esses novos derivados foram testados in vitro contra cepas multi-resistentes K1 de
Plasmodium falciparum. Os derivados 1-O-benzil, 2-O-benzil, di-0,0-benzil, di-0,0-benzoil,
di-0,0-acetilepóxido e di-0,0-diacetil exibiram Cl50 comparáveis ao da cloroquina e o
derivado natural 1, levando ao desenvolvimento de uma nova classe de fármacos com
propriedades antimaláricas. Ainda verificou-se que um dos derivados novos teve
atividade antiplasmódica superior ao da cloroquina (patente solicitada em 12/2007,
PCT/BR2007, 0003375).
Projeto ET-05
Título: Potencial Biotecnológico do Pólen de Melipona SPP, da Região do Baixo Amazonas
Autor: Antonio Batista da Silva
Instituição: Faculdade de Ciências Farmacêuticas – Farmacotécnica e Tecnologia
Farmacêutica
Resumo: No Amazonas, o interesse peia criação de abelhas sem ferrão justifica-se pelo alto
valor nutritivo e terapêutico do mel e do pólen, e também pela grande contribuição
socioeconómica para o aumento da renda familiar dos povos indígenas e pequenos
povoados que habitam as margens do rio amazonas e seus afluentes. Dentre esses dois
produtos oriundos da meliponicultura, o pólen tem sido muito utilizado, principalmente
pela população local, índios e caboclos amazônicos, no combate às doenças pulmonares,
inapetência e infecção dos olhos, além de ser usado como fortificante e agente bactericida.
Apesar de inúmeros estudos sobre a importância nutricional do mel e da própolis, rio
Amazonas, ainda não existem estudos sobre o valor terapêutico do pólen coletado por
abelhas produtoras de mel na Região do Baixo Amazonas. Esta pesquisa tem como objetivo
selecionar leveduras produtoras de biocompostos do pólen de Melípona spp., avaliar a sua
atividade antimicrobiana e desenvolver um nutracêutico de uso tópico para infecções orais,
com finalidade terapêutica antimicrobiana, em substituição às formulações utilizadas na
medicina popular. Serão isoladas leveduras de importância industrial e determinada a
atividade antimicrobiana dos extratos orgânicos do pólen e das leveduras. Assim como será
determinada a concentração mínima inibitória dos extratos orgânicos contra
microrganismos de interesse à saúde humana. Testes complementares, como os de
citotoxicidade e avaliação de toxicidade pré-clinica em roedores, serão efetivados usando-
se os extratos orgânicos e nutracêuticos. Os resultados obtidos do pólen do Baixo
Amazonas, principalmente do município de Boa Vista do Ramos (AM) contribuirão para a
formulação e certificação de um produto com atividade farmacológica. Assim sendo, a
realização desta pesquisa confirmará a qualidade e credibilidade da ação medicinal dos
produtos da meliponicultura amazonense.
Projeto ET-06
Título: A Pesca Artesanal e o Desenvolvimento Local: projeto de apoio aos pescadores
artesanais
Autor: Bernard Stilianidi Filho
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo específico aumentara renda dos pescadores
artesanais das comunidades pesqueiras da região amazônica.
Para a consecução do objetivo proposto, pretendem-se constituir cooperativas de
produção, com média de 100 pescadores cooperados cada, onde 40% dos associados sejam
mulheres da comunidade.
As cooperativas singulares de uma mesma região geográfica serão geridas por uma
cooperativa central. Esta, por sua vez, manterá intercâmbio com outras cooperativas
centrais para troca de experiências e produtos.
A finalidade da cooperativa de produção é agregar valor ao produto (pescado), o qual é
vendido a preços aviltantes a atravessadores. Pretende-se instalar, em cada cooperativa de
produção, três unidades produtivas, geridas pela própria cooperativa, quais sejam: (I)
frigorífico, responsável peia produção de filé de peixe, peixe salgado, peixe defumado,
farinha de peixe e linguiça de peixe; (II) curtume, responsável pela produção de couro de
peixe beneficiado; e (III) minifábrica de calçados e artigos de couro de peixe.
Os parceiros envolvidos no processo de organização e capacitação de cada cooperativa
singular e das cooperativas centrais regionais, compreenderão, além das próprias
cooperativas, as prefeituras municipais, os governos estaduais, o governo federal e a
sociedade civil organizada, esta representada preferencialmente pelo Sistema “S”,
constituída pelo conjunto de organizações empresariais voltadas para treinamento
profissional, assistência social, consultoria, pesquisa e assistência técnica.
Para facilitar o processo de desenho, execução e avaliação do projeto, foi utilizada a
ferramenta denominada de Metodologia do Quadro Lógico, uma matriz elaborada
sucessivamente num processo de estruturação dos elementos considerados os mais
importantes a um projeto e que permitem a sua apresentação sistemática, lógica e sucinta.
Projeto ET-07
Título: Produção Intensiva de Peixes em Viveiros Escavados, Homogeneizando a Coluna da
Água Por Meio Mecânico
Autor: Bruno Adan Sagratzki Cavero
Instituição: Universidade Federal do Amazonas
Resumo: Atualmente o governo do Estado do Amazonas, através dos seus programas de
desenvolvimento, vem contribuindo para minimizar os problemas socioeconômicos-
ambientais existentes no Estado. Dentre essas atividades, a piscicultura vem se tornando
uma alternativa viável para a geração de emprego e renda, de forma direta e indireta.
Paralelamente a essa atividade, o setor de beneficiamento e comercialização do pescado
oriundo da piscicultura tem apresentado grande-desenvolvimento (SUFRAMA, 2003).
O objetivo deste trabalho é aumentar a produtividade de biomassa de peixes através da
homogeneização da coluna da água em tanques de piscicultura com profundidade igual e/ou
superior a 2m.
A piscicultura é uma prática comum na região amazônica. Nos últimos, anos essa atividade
vem se desenvolvendo devido aos atrativos de rentabilidade que oferece, a par da existência
de inúmeros cursos de água com potencial aquícola, até o momento inexplorados. O
consumo per capita de pescado na região é um dos maiores do mundo, principalmente no
Estado do Amazonas (VAL e HONCZARYK, 1995).
Dentre os peixes regionais, o tambaqui (Colossoma macropomum) e o Matrinchã (Brycon
amazonicum), merecem destaque devido a sua grande aceitação no mercado e a facilidade
que possuem para adaptar-se aos ambientes de cultivo. Essas espécies possuem tecnologia
de propagação artificial, fato que favorece a consolidação da atividade e proporciona a base
de sustentação da cadeia produtiva (IZEL et al 1996; NUNES et al., 2006).
A piscicultura, por se tratar de uma atividade que precisa de módulos de produção
que exigem á modificação do ambiente, tem impacto pontual sobre o meio, como o
desmatamento de áreas verdes para construção das instalações. Portanto, existe a
necessidade de maximizar a produção utilizando o mesmo ambiente, fato que permitiria o
aumento da oferta do produto sem a necessidade de impactar novas áreas (SCORVO-FILHO
et al., 1998).
A aplicação de novas tecnologias para o aumento da produção de forrna sustentável é um
desafio que a piscicultura moderna tem de enfrentar. Isto implica treinamento da mão de
obra local para atender às necessidades do setor, que hoje conta com profissionais
desatualizados ligados à extensão, trabalhadores que possuem baixo conhecimento da
atividade, desorganização da cadeia produtiva e falta de difusão de tecnologia de fácil
acesso, preferencialmente as desenvolvidas na região. A inovação de tecnologias e o
desenvolvimento de metodologias confiáveis no processo produtivo são de fundamental
importância na produção intensiva de peixes nativos, contribuindo, assim, para o
desenvolvimento da piscicultura na região amazônica.
Projeto ET-08
Título: Aproveitamento da Vazão de Água que Sai da Hidrelétrica de Tucuruí para Geração
de Energia
Autor: Cândido Justino de Melo Neto
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Resumo: Como o Brasil se vê diante de um cenário no qual necessita da diversificação de
sua matriz energética, os investimentos de longo e curto prazo em mecanismos de
geração de energia renovável é ainda a melhor maneira para solucionar esse problema.
Porém, esses mecanismos de energia alternativa não geram energia suficiente para sanar
as necessidades impostas pelo crescimento econômico e industrial pelo qual o Brasil vem
passando na gestão do Governo Lula. A hidroenergia possui vários atrativos, entre eles os
sistemas de conversão apresentam alto rendimento. Segundo Palz, o rendimento da
conversão de água represada em eletricidade pode chegar a valores próximos de 90%. É
facilmente armazenável na forma de energia potencial através de lagos, que podem ser
artificiais. O controle da potência de saída é obtido com relativa facilidade e boa eficiência.
Apresenta baixo nível de ruído e vibrações e pode ter baixíssimo impacto ambiental, como
é o caso das microusinas. Esses fatores tornam a hidroenergia uma das mais atrativas e de
menor custo, inclusive ambiental, tornando-a interessante até como forma de
armazenamento. “Deste modo, as turbinas são as Unidades fundamentais de uma central
de captação e aproveitamento da corrente de água desperdiçada, que podem ser
associadas à noção de grupo gerador” convencional. No projeto proposto, cada unidade
(turbina) é composta basicamente por dois geradores, ligada ao eixo central da turbina
com um sistema de transmissão, multiplicador de velocidade, sistema de controle elétrico
e sistema local de compensação de potência reativa, quando necessário.
Projeto ET-09
Título: Turbinas Eólicas para Geração de Energia Elétrica em Comunidades Isoladas nas Ilhas
do Lado da UEH Tucuruí, também na Amazônia e no Maranhão: aperfeiçoamento de
produtos e adequação do uso de tecnologia
Autor: Cândido Justino de Melo Neto
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Resumo: Este modelo desenvolvido de turbina eólica é específico para regiões remotas e
comunidades isoladas. Contribui para sanar as dificuldades energéticas existentes, cujas
redes de transmissão não podem ser levadas, impossibilitando que as pessoas ali
encontradas obtenham seus direitos de cidadãos.
O projeto teve inicio em 2005, e todos os estudos se fizeram necessários no sentido de
gerar mecanismos que supram as imperfeições das turbinas tradicionais, tais como ruído,
interrupção nas rotas de migração dos pássaros, destruição do meio ambiente (fauna,
flora).
O protótipo foi constituído por módulos visando um aumento futuro no fornecimento de
energia; quando houver aumento da população, haverá um adicional de módulo na
estrutura.
Vantagens: Implantação de mecanismo de rede para o caso, a ser instalado na rota de
migração de pássaros. Outra vantagem desse tipo de mecanismo é permitir que o terreno
ocupado seja utilizado para outros fins, agrícolas, por exemplo.
Projeto ET-10
Título: Processo de Obtenção e Atividade Farmacológica de Zerumbona Obtida dos Rizomas
de Zingiberzerumbet (I.) smith (Zingiberaceae) como Fonte de Matéria Prima de Potencial
Econômico.
Autor: Carlos Cleomir de Souza Pinheiro
Instituição: INPA
Resumo: O presente projeto diz respeito a um processo de obtenção e atividade analgésica
de Zerumbona obtido do óleo essencial dos rizomas de Z. Zerumbet que foram submetidas
ao processo de extração por arraste-hidrovapor, utilizando-se o aparelho Clevenger
modificado, fornecendo percentuais e grau de pureza diferente do método anterior já
solicitado na patente de número PI0505343-9/28/11/2005. Na extração do óleo essencial
por arraste – hidrovapor, obtivemos os rendimentos de 8,95 a 11,87%. Por um processo de
recristalização, cerca de 100% do óleo essencial, obteve-se 97,0% de uma substância
cristalina pura. Esse material foi submetido à análise físico-química e analisado por
espectrometria de Cromatografia Liquida de Alta Eficiência (CLAE), Cromatografia Gasosa
(CG), Ressonância Magnética de Prótons (RMN de 1H) e de Carbono (RMN 13C) que, aliados
aos espectros por Infravermelho (IV, Ultra Violeta (UV) e Espectrometria de Massa (EM),
possibilitou determinar a estrutura como 2,6, 9,9-tetrametil-cicloundeca-2-6,10-trienona-
zerumbone, o qual denominamos de Zerumbona. O composto zerumbona é o principal
composto sesquiterpênico puro obtido dos óleos essenciais dos rizomas, e vem sendo
estudado há décadas, por apresentar potente atividade citotóxica contra células tumorais
de câncer de fígado, cólon e pele.
O produto Zerumbona natural obtido dos rizomas deZ. zerumbet não revelou efeitos
tóxicos em doses superiores a 5g/kg por via oral (v.o) e mostrou potente atividade
analgésica (periférica e central) por via oral e intraperitonial (v.o e i.p), em doses
dependentes. Os resultados das pesquisas científicas experimentais das atividades
farmacológicas do produto Zerumbona mostram atividades especificas antiinflamatórias e
analgésicas. A Zerumbona natural e/ou hidrolato/extrato está incluída na categoria de
produtos para bebidas, alimentos, água destilada aromática e hidrolatos aquosos dos óleos
essenciais. Apresenta-se como um futuro medicamento natural com potencial
farmacológico de relevante aplicação na indústria farmacêutica, na fabricação de
medicamentos naturais e para formulação farmacêutica, na produção de cosméticos. Z.
zerumbet é uma planta herbácea de fácil cultivo. Existem estudos de avaliação da relação
custo/beneficio por hectare plantado para a implementação da cultura, manutenção,
colheita, extração e receitas visando à produção em larga escala do composto natural e o
consequente abastecimento para o mercado consumidor.
Projeto ET-11
Título: PRODUÇÃO “LEGAL” – Software de Simplificação de Processos de Licenciamento
para Regularização de Atividades Agroextrativistas em Unidades de Conservação de Uso
Sustentável
Autor: Carlos Gabriel Gonçalves Koury
Instituição: Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas
(IDESAM)
Resumo: A economia agroextrativista do interior da Amazônia sustenta grande parte das
famílias dessas áreas. Estas famílias desenvolvem atividades em pequena escala e atuam na
produção e comercialização de produtos provenientes de roça – mandioca e derivados,
verduras, frutas e legumes – e da floresta – látex, essências, óleos, castanhas, madeira,
cipó, palha – movimentando a economia local e propiciando geração de renda para mais de
70% da população interiorana da Amazônia.
De certa forma, as produções agroextrativistas promovidas no interior da Amazônia – e
quanto mais interior, maior a identificação com este fato – acabam acontecendo dentro de
certa “irregularidade”, pois, graças à complexidade amazônica, a distância entre o Estado e
o interiorano é uma realidade que dificulta que a produção agroextrativista de vista aos
procedimentos administrativos regulatórios do Estado. Este não ordenamento produtivo-
econômico acontece por dois motivos básicos: pleno desconhecimento, ou dificuldade,
para alguém com alfabetização limitada, e recursos financeiros mais limitados ainda,
deslocar-se para a capital do Estado e realizar os procedimentos administrativos-legais para
regularização de sua atividade (para produção de mandioca, somente para autorização de
desmate, é necessária a apresentação de 20 documentos (anexo).
Nas Unidades de Conservação (UCs) de uso sustentável, criadas para promover a
conservação da natureza, assim como o modo de vida agroextrativista local, a situação
pode ser revertida, principalmente nas UCs que possuem Plano de Manejo (pela legislação
do Estado do Amazonas, denominado de Plano de Gestão).
Na confecção do Plano de Manejo da UG, realiza-se um diagnóstico
socioeconómico para identificação das comunidades residentes, modos de vida e geração
de renda. Com esse diagnóstico em mãos, o propósito deste projeto é converter essas
informações em uma base cadastral dos moradores e suas atividades, que abastecerá um
banco de dados informatizado onde, a partir da tela principal do software, o morador da
reserva pode obter impressa toda a documentação necessária para o licenciamento da
atividade produtiva que ele realiza naquele ano. Escolheu sua comunidade, selecionou seu
nome na lista de moradores, clicou na atividade desejada – roça, manejo florestal,
produção não madeireira –, informou dados básicos sobre a produção anual, e pronto, toda
a documentação necessária é gerada para que ele assine e entregue ao administrador da
Reserva para regularização da atividade.
A regularização da atividade agropecuária propicia ao pequeno produtor acesso a novos
mercados, assim como permite buscar linhas de crédito e fomento dentro de sua linha
produtiva.
Dessa forma, o software não apenas “ajuda” o pequeno produtor a “preencher a papelada”
– feito este já de grande valia –, mas também funciona como alavanca para organizações
agroextrativistas passarem a um novo patamar produtivo, em busca de maior geração de
renda e consequente bem-estar social. Além disso, a regularização gera divisas a estados e
municípios, permitindo que obtenham recursos para oferecer à comunidade o retorno em
assistência técnica e outras demandas da sociedade interiorana.
Desenvolvido o software para os moradores da RDS do Uatumã, este produto poderá ser
distribuído para todas as demais unidades de uso sustentável do Estado do Amazonas, ou
também a associações comunitárias e cooperativas agrícolas organizadas, pois bastará
cadastrar as comunidades, moradores e suas atividades produtivas para poder otimizar o
processo de regularização da atividade agroextrativista em qualquer organização
produtora rural.
Projeto ET-12
Ver Lista de Premiados.
Projeto ET-13
Título: Sons da Amazônia: a natureza a serviço da educação
Autor: Claudia Guerra Monteiro
Instituição: Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
Resumo: A revolução provocada pela chegada das tecnologias na escola leva a comunidade
científica a pensar métodos e caminhos diferenciados, aproveitando contextos e materiais
distintos da região que ajudam na sistemática comunicacional e educacional. As
implicações e os caminhos percorridos pela civilização são parte integrante do processo de
evolução da comunicação, são importantes também para a análise do ecossistema
comunicacional e educacional no Amazonas.
Com um ecossistema ambiental diferenciado das outras regiões do país, o estado do
Amazonas possui singularidades que podem fazer o grande diferencial no âmbito nacional.
A cidade de Benjamin Constant, afluente do Rio Solimões, ganha novas proporções à
medida que seu acesso se torna difícil. E buscar alternativas passa a ser uma luta constante
para os profissionais de educação, artes, comunicação e biologia. E é com uma proposta
inovadora que se pretende levar, para alunos e professores da rede estadual e municipal de
ensino, um trabalho de educação ambiental, social e cultural utilizará materiais extraídos da
floresta.
Pretende-se formar, com isso, a I Orquestra Experimental de Música Orgânica do Estado.
Por meio de um trabalho de seleção, registro e armazenamento de dados/nomes de
sementes, cascas, enfim, materiais que naturalmente iriam para o lixo, pretende-se fabricar
instrumentos musicais e promover a participação coletiva da sociedade no interior do
Estado. Com isso, um dos objetivos deste projeto é mapear o material e capacitar
professores da rede pública, a fim e criar novos conceitos de música na região.
A intenção deste projeto, portanto, é demonstrar para a sociedade a importância de se
trabalhar com a Ciência, por meio de contextos cotidianos e específicos da região. A
universidade pode desenvolver projetos que gerem soluções para toda uma comunidade
carente da participação universitária no processo de inovação, Ciência e Tecnologia do
Estado do Amazonas.
Estas alternativas se tornam relevantes no município, e qualquer tentativa que se faça em
relação à geração de empregos, de atualização de professores e, principalmente, de
renovação social e cultural, já justifica a realização deste projeto, que influenciará
diretamente p ecossistema comunicacional e educacional. Pretende-se com isso trabalhar
dentro de contexto amazônico único: o município de Benjamin Constant, situado na faixa
de fronteira Brasil-Peru, que tem uma população predominantemente urbana, com cerca
de 85% de seu território constituído de áreas indígenas demarcadas. O município é
considerado a capital cultural do Alto Solimões, e o projeto ganhará destaque à medida que
se pretende criar o I Concerto de Música Orgânica da região Norte com alunos da rede
estadual e municipal de educação.
Projeto ET-14
Título: Geotecnologias e Desenvolvimento Sustentável: modelagem espacial de dados
geológicos, aerogeofísicos e de radar no monitoramento de ambientes mineralizados da
Amazônia.
Autores: Cleyton de Carvalho Carneiro | Alvaro Penteado Crosta | Adalene Moreira Silva |
Carlos Eduardo Mesquita Barros
Instituição: Universidade Estadual de Campinas
Resumo: A proposta visa a gerar mapas de ambientes mineralizados na Amazônia, tendo
como base o uso de geotecnologias. Tais mapas têm por objetivo auxiliar no
monitoramento e na proteção dos bens minerais da região amazônica. Para tanto, serão
utilizadas técnicas de processamento e análise dos dados geológicos, aerogeofísicos e de
radar recentemente adquiridos na região que envolve os rios Anapu e Tuerê, ao norte da
Província Mineral de Carajás, no Estado do Pará. Com a modelagem espacial integrada
destes dados, haverá a produção do conhecimento geológico necessário para definição
de ambientes favoráveis à ocorrência de mineralizações (cobre, ouro, metais-base,
dentre outros). Além disso, a base de dados gerada poderá ser disponibilizada para
outros fins relacionados aos recursos naturais, tais como uso/ocupação do solo e
agricultura.
Em estudos geológicos e energéticos de regiões como a Amazônia, torna-se fundamental
a utilização de métodos indiretos de mapeamento, com o emprego de técnicas de
sensoriamento remoto e aerogeofísica. Esses instrumentos, operados a bordo de
aeronaves ou satélites, proporcionam informações na forma de imagens que podem ser
utilizadas no reconhecimento de unidades rochosas e estruturas geológicas. As imagens
de sensoriamento remoto e aerogeofísica fornecem os elementos primordiais para a
cartografia geológica, o que otimiza e direciona as fases posteriores das atividades de
mapeamento geológico convencional e/ou prospectivas. A utilização destas duas
ferramentas, combinadas com dados coletados em campo, favorece a compreensão do
arcabouço geológico e a definição de áreas favoráveis a investimentos por parte do setor
mineral.
O tipo de sensor de maior utilização em aplicações geológicas desenvolvidas na Amazônia
é, sem dúvida, o “Radar de Abertura Sintética” (SAR). Esta preferência se deve aos
seguintes fatores: (i) possibilidade de produzir imagens em condições atmosféricas
adversas (presença de nuvens, chuva etc.); (ii) geometria entre o sensor e o terreno
favorável ao realce da textura da superfície, que por sua vez expressa características
litológicas e estruturais; e (iii) possibilidade de penetração da radiação, ainda que limitada,
no dossel da vegetação, alcançando a superfície do terreno.
Os dados do sensor R99-B/SAR (disponibilizados pelo SIPAM) e aerogeofísicos
(disponibilizados pela CPRM) representam hoje o estado-da-arte tecnológica dos
respectivos métodos de levantamento empregados. A partir da disponibilidade desses
dados, foram criadas condições para um salto qualitativo no uso de técnicas indiretas de
mapeamento geológico e monitoramento dos recursos minerais na Amazônia. Faz-se
necessária, contudo, a utilização de técnicas e métodos de processamento e análise espacial
desses dados, a fim de que se possa extrair o máximo benefício de todo o investimento
feito.
Projeto ET-15
Titulo: Estudos da Reprodução e da Conservação de Sementes de Capim-Dourado
[Singonanthus nitens (Bong.) Ruhland) Originários de Diferentes Regiões do Estado do
Tocantins
Autores: Cleyton de Carvalho Carneiro | Álvaro Penteado Crosta | Adalene Moreira Silva |
Carlos Eduardo Mesquita Barros
Instituição: Centro Universitário Luterano de Palmas
Resumo: Erva de caule curto e folhas em roseta basal, o Syngonanthus nitens (Bong.)
Ruhland, popularmente conhecido como capim-dourado, é da família Eriocaulácea,
representada por espécies tropicais típicas do bioma Cerrado. Apresenta escapos dourados
e brácteas involucrais creme e brilhantes. De suas folhas em roseta basal partem 1 a 10
escapos terminais com inflorescências do tipo capítulo. Também conhecidas como
“sempre-vivas”, mantêm inalteradas as características originais de seus escapos e
inflorescências após a colheita.
Comum nas serras de toda a Cadeia do Espinhaço, também tem registro nos campos de
altitude da porção central da América do Sul. Os escapos de S. nitens são explorados nos
Estados de Minas Gerais, Bahia e Goiás.
No Tocantins, a “sempre-viva” é explorada para a confecção de artesanato, principalmente
na região do Jalapão, embora seja também encontrada em outras regiões do Estado, a
exemplo dos municípios de Dianópolis, Tocantins e Caseara.
A atividade artesanal com o capim dourado teria surgido na região do Jalapão há mais de
60 anos. A técnica, de origem indígena, é repassada entre os núcleos familiares e hoje
ocupa homens, mulheres e crianças de toda a região.
O capim-dourado desempenha papel social e econômico fundamental nas comunidades,
gerando rendimentos semelhantes ou superiores aos das demais atividades econômicas
comuns nas regiões em que está inserido.
Pelo alto valor cultural e econômico, tem sido alvo de estudos que buscam indicar técnicas
melhores de manejo que permitam o seu uso sustentável e preservem a biodiversidade das
veredas e fitofisionomias adjacentes. Daí a importância em capitanear estudos que
permitam aliar o desenvolvimento sustentável com a preservação cultural e ambiental.
Uma das possibilidades é o estudo das sementes da “sempre-viva”, pois, como é sabido,
toda e qualquer semente armazenada sofre deterioração que pode ser mais rápida ou mais
lenta, dependendo de suas próprias características e de interferências ambientais.
Geralmente a redução da luminosidade, da temperatura e da umidade de ambos, sementes
e ambiente, faz com que seu metabolismo seja reduzido e que os microorganismos que as
deterioram fiquem fora de ação, aumentando sua longevidade.
No que concerne às sementes de S. nitens, poucas informações estão disponíveis sobre o
efeito das condições ambientais na sua longevidade e sobrevivência em condições naturais,
inclusive quanto ao tempo em que as sementes não germinadas podem permanecer viáveis
no solo.
Empreender estudos que vislumbrem esmiuçar o comportamento das sementes do S.
nitens é, de maneira indireta, investir na preservação da cultural tocantinense e no
desenvolvimento econômico da comunidade local, com vistas à utilização sustentável dos
recursos oferecidos pelo Cerrado.
Projeto ET-16
Título: Tecnologias de Utilização da Madeira na Construção Naval para a Amazônia
Autor: Durval Ferreira de Souza Júnior
Resumo: Este projeto visa a retirar o atraso tecnológico e a consequente agressão
ambiental da construção naval artesanal regional em madeira, e elevá-la a uma posição de
destaque nos mercados nacional e internacional, disponibilizando as comunidades da
região modernas técnicas de construção em madeira, além de colocar-lhe à disposição uma
imensa variedade de madeiras que podem ser exploradas de forma ambientalmente
correta, inclusive colocando suas embarcações dentro das normas de segurança atuais. Na
construção de modernas embarcações em madeira pelo mundo, como modernos navios de
guerra que participaram da Guerra do Golfo, luxuosas embarcações de uso particular ou de
serviço, utilizam-se em torno de 50 espécies catalogadas somente, as consideradas nobres
e praticamente as mesmas exploradas desde o século XV pelas grandes potências. Na
Amazônia, possuímos centenas com qualidades e características únicas, com todos os
dados físicos e mecânicos catalogados para a execução de projetos bem dimensionados e
seguros. Grande parte pode ser explorada sem nenhum dano ao meio ambiente, árvores de
área de manejo, reflorestamento e certificadas. A produção de bens duráveis com madeiras
exploradas de forma ecologicamente correta auxilia no sequestro de carbono e previne o
aquecimento global. Deixar de produzir embarcações em metal para produzi-las em
madeira diminui significativamente a emissão de poluentes e pode até gerar créditos em
carbono nas bolsas internacionais. Possuímos madeiras desconhecidas para o mercado,
mas com qualidades muito superiores às de uso comum. A perspectiva do projeto é tornar
a construção naval em madeira ecologicamente sustentável, segura dentro das normas
atuais, social e culturalmente correta, desde que ela mantenha a arte local e gere emprego
e renda, proporcionando desenvolvimento sustentável para a região, e alcançar o mercado
nacional de embarcações de pesca e esportiva principalmente, e entrar no mercado
internacional com modelos inovadores, inclusive até expondo produtos em publicações
especializadas, como Wooden Boat, Professional Boatbuilder, e entre outras.
Projeto ET-17
Ver Lista de Premiados.
Projeto ET-18
Título: O Desenvolvimento e Implantação de um Site Sobre a Amazônia como Instrumento
para a Disseminação da Conscientização Sobre a Preservação da Amazônia
Autor: Edi Ferreira Verás
Instituição: Incra
Resumo: Site para divulgação da necessidade de preservar a Amazônia.
Projeto ET-19
Título: Extração de Óleo da Semente do Pequi para Utilização no Tratamento de Problemas
Respiratórios e Impotência Sexual
Autor: Edson Roberto da Silva
Instituição: Centro Universitário Luterano de Palmas
Resumo: O pequi é utilizado pela população tocantinense como estimulante sexual,
através do preparo de “garrafadas”, que consiste na mistura do fruto com cachaça. Alunos
do curso de Farmácia do CEULP/ULBRA costumam relatar que as avós contam que, durante
a época do pequi, aumenta o número de mulheres grávidas. Vários alunos já tomaram o
óleo da semente do pequi para tratamento de distúrbios respiratórios. Uma professora de
imunologia do CEULP também relatou que ministrou o óleo para o filho e resolveu-lhe o
problema de crises respiratórias. Diante disso, desenvolvemos um projeto de pesquisa
para o Sistema Único de Saúde (PPSUS), para avaliar as propriedades farmacológicas do
pequi, e descobrimos que as folhas e os frutos possuem moléculas ativas que inibem a
enzima arginase. A inibição desta enzima desencadeia um aumento na produção de óxido
nítrico, que é um potente vasodilatador endógeno, além de atuar no processo de bronco
dilatação. O óxido nítrico também é responsável pelo processo de ereção, pois causa
vasodilatação dos corpos cavernosos do pênis, possibilitando o aumento da irrigação
sanguínea, o que resulta na ereção peniana. Desta forma, os testes em laboratório
confirmam o potencial terapêutico que a população já utiliza. Baseado nestes fatos, a
proposta inicial do projeto é incentivar a atividade extrativista de pequi para a produção de
óleo bruto a partir de sementes, padronização da dose diária recomendada como
suplemento alimentar para pessoas com dificuldade de ereção e problemas respiratórios.
Após remoção da semente, a polpa do fruto poderá ser utilizada no enriquecimento da
merenda escolar e na produção de condimentos industrializados utilizados pela população
no preparo de arroz e feijão, entre outros. Havendo sucesso de mercado, passar para a
uma segunda etapa, que será a da produção de mudas selecionadas para distribuição a
agricultores familiares, visando o ganho de escala e o aumento da produção de óleo.
Projeto ET-20
Título: Os efeitos das Mudanças Climáticas Globais sobre a Agricultura, na Amazônia e
no Brasil
Autor: Eustáquio José Reis
Instituição: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)
Resumo: O objetivo do projeto é dar continuidade aos estudos sobre Os efeitos do
aquecimento global sobre a lucratividade e usos da terra na agricultura brasileira, ora
sendo realizados sob a coordenação de Eustáquio Reis no Núcleo de Estudos e Modelos
Espaciais Sistêmicos (NEMESIS), sediado no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(IPEA), no Rio de Janeiro. O objetivo específico desses estudos é analisar os efeitos das
mudanças de temperatura e a precipitação projetadas (pelo Relatório Técnico de
Avaliação n° 4 do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), publicado
em fevereiro de 2007) para os anos 2020, 2050 e 2080 sobre o uso da terra,
rentabilidade e preços da terra na agricultura nos municípios brasileiros.
Resultados preliminares foram obtido é a partir do IPCC (2001). Projeções climáticas
especializadas foram obtidas de cinco modelos globais de circulação (GCM) utilizados neste
relatório. A nova etapa da pesquisa será feita com os dados revisados do IPCC (2007), que
inclui dez modelos. Com base nos cenários climáticos do IPCC (2007), será possível,
portanto, realizar simulações dos efeitos de longo prazo das mudanças climáticas globais
sobre a agricultura na Amazônia e no Brasil, com maior grau de confiança. Esse aspecto irá
dar maior importância ao nível de detalhamento espacial em que são feitas essas
simulações.
A análise dos efeitos de longo prazo das mudanças climáticas globais poderá então ser
desagregada para essas categorias socioeconômicas, possibilitando uma visão mais
adequada dos seus efeitos sobre a produtividade e os níveis de bem-estar de segmentos
diferenciados de propriedades agrícolas, mão de obra é da população em geral. Abrem-se,
nesse sentido, perspectivas de análise das implicações distributivas do aquecimento global
dentro e entre as diversas regiões do país, com especial destaque para a Amazônia.
Projeto ET-21
Título: O Grande Círculo da Amazônia
Autor: Ezequiel Camilo da Silva
Instituição: Secretaria Municipal de Educação de São Paulo
Resumo: O GRANDE CÍRCULO DA AMAZÔNIA é um projeto que se apresenta como uma
interessante e atrativa alternativa para o nosso planeta, e também como uma solução para
resolver a questão da ocupação e do desenvolvimento da Amazônia Brasileira.
A implantação do “GRANDE CÍRCULO DA AMAZÔNIA” para a montagem de um “Complexo
Turístico Ecológico” em plena selva amazônica, com a construção da “Capital Ecológica do
Planeta no Coração da Floresta Amazônica”, é uma alternativa concreta a ser discutida e
debatida em nível nacional. É, sem dúvida, uma solução peculiar, criativa e original para
preservar a nossa Amazônia, prepará-la com a participação da comunidade internacional,
que por sua vez terá oportunidade de investir centenas de bilhões de dólares, no sentido
de desenvolver o Brasil, criando milhões de empregos necessários para amenizar a miséria
e o sofrimento de nosso povo, e criar condições para que a nação brasileira, que é a
detentora legítima destas riquezas, também possa participar e usufruir dessa grande
benesse sem ferir a sua soberania.
O projeto será implantado numa área ao norte do Rio Amazonas, sobre a linha do Equador,
a uma distância de duzentos quilômetros a partir de uma linha vertical e perpendicular com
a linha do Equador, acima da histórica cidade de Óbidos, no atual Estado do Pará. Essa
cidade ocupará o núcleo central do Grande Círculo.
Na concepção do projeto, será uma cidade planejada para acolher turistas do mundo
inteiro, além de estudantes, pesquisadores e empresas a serem implantadas, além de um
gigantesco parque hoteleiro. Milhares de pessoas do Brasil, entre trabalhadores e
aposentados do mundo inteiro, lá naturalmente fixarão residência. Por isso, a dimensão do
projeto será adequada para uma população fixa de aproximadamente quinhentos mil
habitantes, com capacidade hoteleira para receber dois milhões de pessoas entre
visitantes, homens de negócios, estudantes e turistas, diariamente.
Essa cidade terá várias finalidades importantes e essências, dentre elas talvez a mais
importante seja a implantação de uma grande universidade, prevista para tornar-se o
maior centro de pesquisa da região Norte do país e a primeira universidade com total
dedicação aos estudos da fauna e flora amazônica, com seus cursos e pesquisas voltadas
para a imensa fauna, composta de animais, aves, peixes e incontáveis números de insetos,
incluindo as fantásticas borboletas. Seus estudos e pesquisas também incluirão a
exuberante flora amazônica, com suas árvores, plantas medicinais, frutas e todo tipo de
vegetação.
A grandeza e a dimensão do alcance deste projeto, desde a sua concepção até a
implantação, será de grande importância não somente para o Brasil como um todo, mas
também para a comunidade internacional.
Projeto ET-22
Título: Instalação de uma Indústria de Sabão Produzido a Partir de Óleo de Cozinha Usado
Autor: Fabian Bezerra de Oliveira
Instituição: BIOMA DA AMAZÔNIA LTDA
Resumo: O óleo de cozinha é largamente utilizado no dia-a-dia. Donas de casa, pastelarias,
lanchonetes, cozinhas industriais, restaurantes utilizam uma grande quantidade de óleo
vegetal atividades, sejam elas comerciais ou residenciais.
Estima-se que em Manaus; com uma população de aproximadamente 1,7 milhão de
pessoas, apenas 10% de todo o óleo gerado na cidade é reaproveitado. A grande maioria
da população e dos estabelecimentos comerciais despeja esse resíduo em pias ou vasos
sanitários, já que não há empresa especializada em seu tratamento ou reaproveitamento.
O óleo de cozinha, quando descartado diretamente na rede de esgoto, causa o
entupimento das tubulações, bem como cria uma barreira que impede a entrada de luz e a
oxigenação da água, o que compromete a base da cadeia alimentar aquática, os
fitoplânctons. A retirada desse óleo impregnado requer o uso de produtos químicos
tóxicos, o que poderia ser evitado se simplesmente houvesse o recolhimento e
aproveitamento do resíduo.
Atualmente, pode-se aproveitar o óleo de cozinha usado basicamente em dois processos: a
produção de biodiesel e a fabricação de sabões e detergentes.
Para aproveitar esse resíduo tão abundante em nossa região, foi desenvolvido um produto
de grande uso no mercado: o sabão em barra.
O produto inicial será o sabão em pedra produzido a partir do óleo de cozinha usado, a ser
produzido e comercializado em pacotes com cinco barras de 200 gramas. O método de
produção é de custo reduzido, devido à sua principal matéria-prima – o óleo – ser de baixo
custo. Utilizaremos a estrutura de um galpão apropriado para a manipulação de produtos
químicos, e eventuais descartes, a fim de alcançar uma produção limpa, sem danos ao meio
ambiente.
Identificou-se uma grande oportunidade no mercado, tendo em vista dois fatores
principais: a falta de indústrias, químicas de produção de saponáceos no Estado do
Amazonas e a grande quantidade de óleo que é utilizada nas pastelarias, restaurantes,
lanchonetes e cozinhas em geral, e que não é aproveitada. Acreditamos que este possa ser
o primeiro passo para tornar o óleo de cozinha usado um item tão valorizado para a
reciclagem como o papel e o alumínio.
Projeto ET-23
Título: Eficiência Elétrica em Residências e Empresas de Pequeno e Médio Porte.
Autor: Fernão Cortez D' Avis
Instituição: USETEC Indústria, Comércio de Equipamentos Eletroeletrônicos Ltda.
Resumo: A sociedade moderna depende e consome níveis crescentes de energia elétrica,
intensificando ainda mais a pressão sobre o meio ambiente. Neste contexto, os maiores
consumidores estão nas grandes cidades, e são representados por residências, e outra
parte significativa, pelo segmento corporativo.
Nas residências, considerando o potencial de consumo, encontramos, dentre os mais
significativos, os seguintes eletrodomésticos, em ordem de maior ocorrência: ferro-de-
passar, geladeira, chuveiro elétrico, freezer e condicionador-de-ar. Tais eletrodomésticos,
devido as suas características construtivas e seus mecanismos de controle funcional,
desperdiçam significativas quantidades de energia elétrica. O desperdício varia em média
de 10% a 35% da energia por eles consumida.
Por outro lado, na maioria das pequenas e médias empresas, a inexistência de um sistema
de gestão energética, contemplando o controle eficiente dos principais parâmetros
elétricos (demandas, excedentes reativos, e consumos, entre outros) e operacionais,
produz significativos aumentos de custos de suas faturas mensais de energia elétrica.
O projeto aqui apresentado se propõe à fabricação de produtos e a execução de serviços
especializados que proporcionam aumento da eficiência elétrica, para minimizar
desperdícios nas residenciais e no mercado corporativo de pequeno e médio porte.
Projeto ET-24
Título: Embarcações de Madeira na Amazônia: o estado-da-arte – saber local, estrutura,
simbologia e transmissão
Autor: Flávio Wanderlei Lara
Resumo: Pelo acúmulo de material de pesquisas realizadas nesse domínio, pretende-se
produzir um manual-cartilha de construção naval artesanal na Amazônia, situando sua
importância como tecnologia social, sua metodologia e seu público-alvo principal. Na sua
importância, fica claro que o resgate da arte-ofício da construção naval regional, encarnada
e desenvolvida pela inteligência ribeirinha, é urgente para a sobre-vida e difusão como
magnífica arte do homem ribeirinho e de sua memória orai, à qual se via impossibilitado de
garantir dentro dos limites de sua comunicação em seu grupo familiar.
Na sua metodologia, entende-se que deve ser objetiva e simples, sem perda de sua
tecnicidade e dos elementos da cultura do seu “saber fazer”.
Nesse entendimento, busca uma fidelidade linguística que preserve e transmita o
simbolismo desse saber popular, por meio de recursos de comunicação que possam
difundi-la, em todos os níveis de informação e conhecimento disponíveis, aos seus
detentores-criadores, seus aprendizes, seus usuários (ribeirinhos ou não) e seus estudiosos
de toda ordem. Esses recursos são basicamente gráfico-visuais, com suporte
cromatográfico, apoiados por textos curtos, objetivos e simples na sua forma de
apresentação do processo construtivo em suas diferentes fases.
Projeto ET-25
Título: Desenvolvimento de Veículo Tipo “hovercraft” para Aplicações Gerais Autor: Gabriel Brasil
Instituição: UFPA
Resumo: Hovercrafts operando em Turismo Ecológico, com um índice de aproveitamento
de 85%, em média de 210 horas por mês, podem amortizar o seu investimento em cerca de
três anos, para veículos menores, e dois anos, para os de médio porte, e ao mesmo tempo
proporcionar lucro líquido maior que 10% durante o tempo de amortização. Quando
operando no transporte regular de passageiros e cargas, os seus custos operacionais são
inferiores aos dos barcos convencionais, para hovercrafts voltados a mais de 40
passageiros.
Além das características já descritas, os hovercrafts de maior porte – 40 a 80 passageiros –,
são muito funcionais, pelo que é também possível equipá-los com economicidade, fazendo
com que o custo do passageiro por quilômetro, baixe acentuadamente, usando-se bancos
do tipo “ônibus urbano”, com ventilação natural e equipamentos mais sóbrios. Pode-se,
assim, aumentar a quantidade de assentos disponíveis, tornando-os um eficiente meio de
transporte, altamente competitivo e rentável, oferecido aos usuários comuns com preços
de passagens até com o mesmo valor das que são praticadas pelas embarcações
convencionais obsoletas atualmente utilizadas em nossa região.
Podem ser usados para o transporte de pessoas e ou carga, com segurança, conforto,
rapidez e economicidade. Pela simplicidade de seu princípio de funcionamento, não
necessitam de infraestrutura pesada e dispendiosa para sua operação, pois são veículos
anfíbios e, portanto, não exigem calado para aportar em qualquer local, bastando uma
praia, ou apenas uma rampa de terra, para atingir o local de desembarque de passageiros
e/ou cargas, em local seco. Podem, entretanto, utilizar os trapiches, marinas ou
ancoradouros já existentes, destinados aos barcos convencionais, sem nenhuma perda de
excelência ou qualidade de serviços.
Com o uso do hovercraft, as longas horas que duram as viagens por barcos convencionais
são bastante encurtadas, pois esses veículos se deslocam rapidamente, podendo atingir
até quatro ou cinco vezes a velocidade dos barcos convencionais em uso na região
amazônica, sem prejudicar os barcos menores ou o meio ambiente. Estas condições fazem
dos hovercrafts veículos mais do que perfeitos para inúmeras tarefas, pois em razão de
segurança, conforto e velocidade, podem desempenhar qualquer missão de transporte
com sucesso e economicidade.
Projeto ET-26
Ver Lista de Premiados.
Projeto ET-27
Título: Amazônia – Projeto Integrado para Desenvolvimento Auto-Sustentável, de
Produção de Alimentos
Autor: Herbert Kimura
Instituição: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Resumo: O objetivo desta proposta é apresentar projeto de implementação de um
complexo ecológico que se torne auto-sustentável em longo prazo para microrregiões da
Amazônia.
O desenvolvimento desse projeto sofreu grande influência de uma Visita ao ECO-COMPLEX
(http://ecocomplex.rutgers.edu) em 2007, cuja finalidade é o desenvolvimento de fontes
alternativas de energia não poluentes, combinadas com a produção de alimentos de
origem vegetal e animal e o desenvolvimento de fontes de renda complementares, como a
produção de bens e serviços próprios adaptados à região.
Assim, de forma similar, o projeto apresentado visa à integração, em um mesmo espaço de
desenvolvimento, de alimentos de origem animal e vegetal, para consumo próprio, bem
como para a produção de excedentes, permitindo a geração de renda para a população
envolvida. O projeto contempla variantes que dependem do tamanho da população e dos
bens próprios de cada região. Essas variantes serão explicitadas no decorrer da proposta.
Deve-se alertar que a proposta prioriza o desenvolvimento da ideia, sendo o conjunto de
dados que a sustenta, ainda que baseado em entidades de reconhecida credibilidade, uma
estimativa inicial para a implantação. Isto ocorre porque um projeto integrado como o aqui
proposto não possui implementações similares no país, especialmente no que concerne às
combinações para aumentar-lhe ao máximo a eficiência, por meio do aumento da receita
total combinado com a diminuição de custos totais.
O projeto, com a introdução sucessiva dos módulos, pode gerar lucro, mas ainda não é
autossustentável em termos energéticos, pois a energia para funcionamento apropriado
dos galpões de frango e do minhocário, das instalações hidropônicas e dos criatórios de
peixes, da estufa de plantas ornamentais e medicinais tropicais não pode, inicialmente, ser
gerada totalmente pelo próprio projeto. Para tanto, essa energia deveria ser gerada com a
introdução de um módulo de produção de biomassa (etanol e biodiesel). Como
alternativas, pode-se avaliar o emprego de energia solar ou mesmo de origem animal e
vegetal (biodigestores mais eficientes que os apresentados aqui).
A implementação de um complexo ecológico pode trazer grandes benefícios, tanto para a
comunidade e o meio ambiente contemplados pelo projeto, como também para a
evolução do conhecimento experimental. Assim, além de contribuir para o
desenvolvimento sustentável de maneira direta, incentiva-se a continuidade de pesquisas
que poderão resultar em novas ideias inovadoras.
Projeto ET-28
Ver Lista de Premiados.
Projeto ET-29
Título: Corantes Naturais no Tingimento de Couro de Peixe e outros Artefatos como
Tecnologia Limpa, para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia
Autores: Jerusa de Souza Andrade | José Jorge Rebello | Karina Suzana Gomes de Melo |
Raimundo Silva de Souza | Rogério Souza de Jesus
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Resumo: Na Amazônia, o uso de corantes naturais provenientes de plantas para o
tingimento de couro de peixe e outros artefatos é tecnologia limpa, simples, não poluente,
viável para o aproveitamento dos recursos naturais. Resultados de pesquisas conduzidas
no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) mostraram que pigmentos
presentes nas flores de cacauí e nas plantas e folhas do crajiru geraram, respectivamente,
corantes naturais com tonalidades do lilás ao roxo e do vermelho ao vermelho escuro, com
estabilidade necessária para o tingimentò do couro de matrinxã. Com o objetivo de
divulgar esses resultados e também ampliar o leque de pesquisas para outros corantes
naturais e uso em outras espécies de pescado, o projeto propõe a divulgação da tecnologia
de uso de corantes naturais no tingimentò de couro de matrinxã e, principalmente, a
continuidade das pesquisas para avaliar o uso desses e de outros corantes no tingimentò
de couro de outras espécies de peixes e outros artefatos. A utilização de corantes naturais
a partir de matérias que preservam a flora amazônica e não causam danos à saúde e ao
ambiente podem ser usados como alternativa para tingimentò de couro de peixe prové-
niente de peles que anteriormente eram descartadas.
Projeto ET-30
Título: Reaproveitamento do Excedente de Serragem e Lixo Doméstico para Produção de
Húmus Direcionado à Plantação de Hortaliças como Alternativa Socioambiental e
Econômica
Autor: João Paulo Costa Braga
Instituição: Associação do Bairro do Xicó
Resumo: A necessidade da reutilização da serragem acumulada no Município de Novo
Airão é algo urgente, bem como a introdução de certas práticas agrícolas, pois 99% dos
legumes e hortaliças consumidos no município vêm de fora. Uma nova modalidade
econômica também se faz necessária, já que as práticas anteriormente utilizadas, a pesca e
a extração de madeira, estão proibidas. Este projeto propõe a inovadora transformação do
“lixo” da serragem e alguns restos orgânicos residenciais em húmus. Com esse húmus, será
implantada uma pequena horta orgânica de bairro, como alternativa ambiental, social e
econômica. As hortaliças serão vendidas a preço simbólico para os moradores do bairro,
como também poderão ser trocadas por sobras e restos de alimentos que cada família
produz, melhorando a saúde e a consciência ambiental de seus membros. A ideia é que
esta primeira célula sirva de exemplo para outros bairros e outros municípios, pois Novo
Airão apresenta a mesma realidade da maioria dos municípios da região amazônica. Uma
vez este projeto funcionando, incentivará e criará de maneira bem real oportunidades de
investimentos a potenciais financiadores públicos e privados.
Projeto ET-31
Título: Logística para a Coleta e Produção de Biodiesel a Partir de Óleos Comestíveis
Residuais
Autor: João Tito Borges | Jamal da Silva Chaar
Instituição: Fundação Centro de Análise Pesquisa e Inovação Tecnológica
Resumo: O biodiesel, conforme estabelecido no Programa Nacional de Produção e Uso de
Biodiesel (PNPB), pode substituir o diesel mineral com grandes vantagens econômicas,
ambientais e sociais. O Brasil reúne condições para liderar a produção mundial desse
combustível. O potencial brasileiro para a produção de biomassa para fins alimentares,
químicos e energéticos provém de sua imensa extensão territorial, em conjunto com as
excelentes condições de solo, clima, água e insolação. Para integrar ações no âmbito do
programa, propõe-se este projeto, que visa desenvolver um processo de produção de
biodiesel a partir de óleo comestível usado no ramo de hotelaria e restaurantes de
Manaus. É muito significativa a quantidade de restos de óleo comestível destinada de
forma a degradar os corpos d'água no município. Uma maneira adequada de reduzir a
poluição causada por esse resíduo é reutilizá-lo na produção de outros produtos, como
sabões e o próprio biodiesel. Existem centenas de pequenos hotéis e pequenos e grandes
restaurantes no município que têm dificuldade em dar destinação correta para esse
material. Um projeto executado com esse objetivo propiciará a redução da poluição da
água, proporcionará a criação de empregos formais e incentivará a formação de
empreendedores. No projeto, está previsto o incentivo à coleta do óleo residencial por um
sistema de “biomoto” (motos coletoras de biodiesel), que serão adaptadas e cadastradas
para este fim.
A concepção do projeto prevê o apoio logístico à coleta do óleo e a transformação deste
em biodiesel a partir da reação química dos óleos vegetais residuais com o etanol. Para a
execução do projeto, está prevista a instalação de uma pequena usina de produção de
biodiesel (600L/dia), em sistema-piloto que será instalada nas dependências do CIDE
(Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial – Amazonas); e a realização de
ensaios em motores estacionários (pequeno gerador a ser adquirido) os testarão em uma
proporção de 80% de óleo diesel e 20% de biodiesel produzido. Os motores estacionários
serão fornecidos por empresa fornecedora de geradores elétricos instalada no Polo
industrial de Manaus. Está prevista a aquisição de duas motos de 125 CG, adaptadas para
a coleta do biodiesel.
Esta alternativa poderá ser replicada no interior do Estado, nos pequenos municípios, o
que possibilitaria inclusive a geração de energia elétrica e a economia de óleo diesel.
Várias iniciativas similares já foram realizadas em outros estados, porém um projeto
implantado nesta linha será de extrema importância para o município de Manaus e
poderá ser replicado em outras áreas da região amazônica.
Projeto ET-32
Título: As Potencialidades da Amazônia
Autor: Joceli de Fátima de Oliveira
Instituição: SESA
Resumo: O presente projeto visa à criação de um grupo de Planejamento Estratégico de
Desenvolvimento Sustentável a união nacional e internacional, por meio de: 1. doações
voluntárias de pessoas físicas ou jurídicas; 2. dedução no imposto de renda de pessoas
físicas ou jurídicas para, juntamente com o investimento federal, intensificar o
desenvolvimento sustentável e a preservação da Amazônia; 3. no caso também de
preservação da região amazônica, que o Brasil recebesse créditos de carbono concedidos e
reconhecidos pela ONU.
O projeto envolveria profissionais da área de economia e do Judiciário, seguranças
públicas/forças armadas e informática que trabalhassem no Estado e, tivessem real visão
da potencialidade e das carências para atuação no desenvolvimento do programa nas
cidades da região amazônica.
O programa envolveria ainda profissionais da área de informática, marketing e técnicos que
pudessem dar suporte às questões apresentadas no site criado na internet para o grupo,
com o intuito de divulgação nacional e internacional, ou seja, precisa atender a usuários de
todo o mundo, para fins de unir governo e colaboradores que irão juntos fortalecer uma
ideia comum, que é o desenvolvimento da Amazônia.
Esse programa de nível internacional visa à união entre governo e colaboradores para o
desenvolvimento do nosso país, buscando no potencial da região amazônica, reconhecida
mundialmente, muitas razões para criar mecanismos de ações para o desenvolvimento
nacional potencializando a economia do Brasil.
O programa unificaria a relação de co-responsabilidade entre governo e sociedade, em
nível mundial, para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Projeto ET-33
Título: Fixação do Homem no Campo
Autor: Jonnes Alexandre Arcari
Instituição: Instituto Amazônia (IAM)
Resumo: Desenvolvimento Sustentável da Agricultura Familiar no Município de Vilhena
Rondônia.
A agricultura familiar é e sempre foi o meio de subsistência do pequeno e médio produtor
rural brasileiro. Segundo dados da Embrapa, alguns produtos básicos da dieta do brasileiro,
como feijão, arroz, milho, hortaliças, mandioca e pequenos animais, chegam a ser
responsáveis por 60% da produção. Esse segmento tem papel muito importante na
economia de pequenos municípios, pois gera renda e emprego tanto na área rural como na
urbana. A inserção dos produtos agrícolas no mercado também tem impacto importante,
tanto nas pequenas regiões como nas grandes metrópoles. Mas, para a inserção dos
produtos no mercado, é necessário que o produtor disponha de tecnologias e condições
tanto políticas quanto institucionais representadas por vários aspectos, entre eles está à
informação.
Muitas vezes, por falta de informação, e em busca de melhores condições de vida, os filhos
dos pequenos agricultores são incentivados a procurar outro meio de subsistência que não
o trabalho no campo, e por falta de tecnologias adequadas o homem deixa de utilizar a terra
de forma viável e de maneira sustentável. Isso acontece em todo o país, e não é diferente
no Estado de Rondônia.
Assim, os jovens deixam as pequenas propriedades e vão para a cidade à procura de
emprego. Sem apresentar-se como mão-de-obra qualificada, acaba à mercê de pequenos
trabalhos que não geram renda adequada, e acaba apenas por aumentar o número de
pessoas desempregadas e muitas vezes excluídas.
O presente projeto tem a finalidade de manter o homem no campo, assim evitando o êxodo
rural. Será implantado no município de Vilhena, Estado de Rondônia, onde o pequeno
produtor sofre com a falta de informação e organização no trabalho do campo.
O desafio do projeto é adaptar e organizar o sistema de produção a partir das tecnologias
disponíveis. Há dois fatores que são fundamentais para o desenvolvimento da agricultura
familiar: em primeiro lugar, a informação organizada e adequada; em segundo, a melhoria
da capacidade organizacional dos produtores, com o objetivo de ganhar escala, buscar
nichos de mercado, agregar valor à produção e encontrar novas alternativas para o uso da
terra.
O plano de desenvolvimento será feito através de cursos de capacitação da mão de obra na
produção de alimentos para comercialização, bem como para agregar valor ao produto.
Fornecendo variedades de produtos e cultivares adequadas à região, com as informações
necessárias ao cultivo, o pequeno produtor poderá se fixar no campo, trazendo para a
mesa do brasileiro alimento de qualidade, gerando renda e evitando por fim o êxodo rural,
problema tão antigo, mas sempre atual.
Projeto ET-34
Título: Instalação de Recinto Aduaneiro nos Correios de Manaus com Geração de DSE para
Escoamento Direto para o Exterior de Todas as Exportações da Amazônia Ocidental
Autor: Joseneide Sales Santiago
Instituição: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
Resumo: Os exportadores via postal da região Norte do Brasil consideram-se prejudicados
em relação a custos e prazos, e indagam: por que suas remessas precisam percorrer
aproximadamente 5.000km em direção ao Sudeste para serem desembaraçadas, se a
maioria precisa retornar o percurso, uma vez que os grandes centros comerciais dos países
para onde se destinam estão mais próximos desta região?
Em virtude da insatisfação dos exportadores desta Regional dos Correios do Amazonas e
Roraima, com os custos e prazos decorrentes do fato de o desembaraço aduaneiro dos
Correios se darem no sudeste do país, ao invés de ocorrem na própria localidade de
Manaus, consideramos que precisa haver por parte da Administração Central dos Correios,
solução a essas angústias.
Dessa forma, sentimos cada vez mais á importância de incrementar o processo logístico de
Correios Internacional, pois, “[...] a exportação assume grande relevância para as empresas,
pois é o caminho mais eficaz para garantir o seu próprio futuro em um ambiente
globalizado e cada vez mais competitivo, que exige das empresas brasileiras plena
capacitação para enfrentar a concorrência estrangeira tanto no Brasil como no exterior
[...]” (Exportação passo a passo, p. 10, 2004).
Pensando nisso, acreditamos que, para esse “atendimento rápido e eficaz solicitado pelo
exportador da Diretoria Regional da Amazônia Ocidental, faz-se necessária a instalação de
um recinto alfandegado para os Correios da região Norte do Brasil, ou seja, precisa-se
customizar a operacionalização do segmento internacional, iniciando com a adaptação de
um centro de cargas internacionais com desembaraço aduaneiro e escoamento direto para
o exterior, com base em Manaus, saindo esse escoamento através do Aeroporto
Internacional Eduardo Gomes, haja vista a região Norte apresentar distância
consideravelmente grande em direção ao Sudeste do Brasil, onde estão localizados nossos
recintos internacionais. A instalação de recinto com toda logística adaptada para a
exportação no regime comum e a alteração da malha de transporte, resultará, para a
Diretoria Regional do Amazonas e Regionais adjacentes, em maior participação de
mercado, pois acarretará redução de prazo e custo para todos os exportadores de Correios
desta Regional do Amazonas e/ou Diretorias Regionais dos Estados amazônicos, conforme
decisão da administração central, em relação à vinculação dessas regionais a esse recinto.
Projeto ET-35
Título: Implantação de Unidade de Produção de Mudas para Fortalecimento do Arranjo
Produtivo da Cajucultura na Região do Jalapão, no Município de Ponte Alta do Tocantins
(TO).
Autor: Juliete Silva Oliveira
Instituição: Biofísico Consultoria e Assessoria em Meio Ambiente
Resumo: O cajueiro (Anacardium occidentale L.) é uma planta tropical originária do Brasil,
dispersa em quase todo o seu território. No entanto, o Vietnã é o maior produtor mundial
de castanha de caju, respondendo por 50% do mercado mundial de castanha in natura,
com uma saída anual de cerca de 100 mil toneladas. O agronegócio do caju no mundo
movimenta em torno de 2,4 bilhões de dólares por ano.
No Brasil, a produção de amêndoa de castanha de caju destina-se, tradicionalmente, ao
mercado externo, gerando, em média, divisas da ordem de 150 milhões de dólares anuais.
Os Estados Unidos e o Canadá são os principais mercados consumidores da amêndoa
brasileira, sendo responsáveis por cerca de 85% das importações. A região Nordeste, com
uma área plantada superior a 650 mil hectares, responde por mais de 95% da produção
nacional, sendo os Estados do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia os principais
produtores.
O Tocantins é um Estado com grande potencial para o desenvolvimento da cajucultura,
contando com grande disponibilidade de áreas, recursos hídricos e mão de obra. Em
reuniões envolvendo técnicos do governo estadual e pequenos produtores rurais,
detectou-se que grande parte dos produtores rurais dos oito municípios da região dó
Jalapão tem interesse em desenvolver a atividade da cajucultura. Nesse sentido, um dos
grandes desafios do governo é programar políticas sociais que consigam fixar o homem no
campo, fortalecer a agricultura familiar e diversificar a produção, conseguindo assim elevar
a renda familiar.
Visando obter tal objetivo, o presente projeto tem por finalidade fomentar a implantação
de uma Unidade de Produção de Mudas composta de viveiros de madeira com cobertura
em sombrite 50% (2 unidades de 10m x 40m, perfazendo 800m2) e Jardim Clonal (5ha) de
caju irrigado, na região do Jalapão, que proporcionará â produção de mudas de alta
qualidade, adaptadas às condições edafoclimáticas locais e com ótima produtividade e
resistentes às principais pragas e doenças.
Projeto ET-36
Título: Desenvolvimento de um Modelo de Produção Integrada de Guaraná no Estado do
Amazonas
Autor: Lucio Pereira Santos
Instituição: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária/Embrapa Amazônia Ocidental
(CPAA)
Resumo: A tendência do mercado internacional de gêneros alimentícios aponta para um
cenário que valoriza, cada vez mais, o aspecto qualitativo do produto. Essa realidade tem
sido constatada também para os produtos de guaraná, uma vez que os mercados começam
a impor restrições, e exigências para a sua comercialização. Em decorrência desse quadro, a
aplicação de técnicas mais produtivas à cultura precisam ser acompanhadas também de
estratégias que desenvolvam, incorporem e valorizem boas práticas agrícolas, em todos os
segmentos da cadeia produtiva do guaraná, visando à obtenção de um produto de melhor
qualidade para consumo, o que pode contribuir sobremaneira para a conquista e
consolidação de novos mercados. Neste contexto, a definição de um Sistema de Produção
Integrada para Guaraná (PI-Guaraná) no Brasil, que seja viável técnica e economicamente,
parece ser o caminho mais estratégico.
O Sistema de Produção Integrada de Frutas (PIF) poderá subsidiar o desenvolvimento do PI-
Guaraná. Ele surgiu na Europa, nos anos 70, como resposta às necessidades de redução do
uso de agrotóxicos e maior atenção e respeito ao meio ambiente.
Este projeto, de caráter interinstitucional e multidisciplinar, que conta com a participação
das indústrias de produção de refrigerantes de guaraná, universidades, cooperativas de
produtores (Agrofrut-Urucará e Coopaguam-Maués), Idam (AM), INPA, MAPA, SEBRAE/AM,
e produtores, tem como principal objetivo a caracterização e validação de um conjunto
tecnológico alternativo, bem como a formulação das normas para o desenvolvimento e a
implantação de um Sistema de Produção Integrada de Guaraná (PIGU) no Estado do
Amazonas.
Os trabalhos serão desenvolvidos em guaranazais de produtores dos municípios de
Urucará/AM e de Maués/AM, que serão monitorados em relação às principais práticas de
manejo da planta e solo, fitossanidade, economicidade, monitoramento ambiental,
qualidade das amêndoas (sementes) para o processamento e consumo, além das etapas de
pós-colheita (preparo, torrefação, beneficiamento, embalagem e armazenamento) e de
comercialização do produto final. O sistema PIGU lançará as bases para á concessão de um
selo de qualidade para o guaraná processado e demais produtos da cadeia. Esse projeto
propiciará o estabelecimento de modelos para a implantação desse sistema, que inclusive
poderá ser adotado por outros estados produtores de guaraná, como Acre, Pará, Bahia e
Mato Grosso. O PIGU poderá contribuir para a transição da conversão do Sistema
Convencional de Cultivo de Guaraná para o Sistema de Produção Orgânica de Guaraná, hoje
em fase de estudos e adaptações. Agindo como um elo entre os dois Sistemas, a Produção
Integrada dará expressiva contribuição à cultura, garantindo ao consumidor final produtos
seguros, aliado à preservação do meio ambiente.
Projeto ET-37
Título: Cooperativismo Financeiro: Sustentabilidade e Desenvolvimento
Autor: Marelo Roberto Palhares Nami
Instituição: Universidade Severino Sombra (USS)
Resumo: O projeto visa disseminar entre os atores das diversas comunidades que fazem
parte da região amazônica a importância do cooperativismo financeiro como forma de dar
sustentabilidade às iniciativas locais, canalizando recursos regionais para o benefício das
próprias comunidades envolvidas.
Projeto ET-38
Título: Paragominas
Autores: Miriam Leitão | Juliana Rosa
Instituição: Globo News
Resumo: Fomos a Paragominas, no Pará, cidade que está na lista dos 12 municípios que
mais desmatam na região, e por isso na operação policial Arco de Fogo, que fomos
encontrar lá. O município é de ocupação antiga e desde os anos 60 vem destruindo a
floresta amazônica em vários ciclos econômicos. Já destruiu 45% de sua cobertura florestal.
Só que agora a população está mobilizada num programa de combate ao desmatamento.
Projeto ET-39
Título: Criação de um Polo Especializado no Desenvolvimento Tecnológico de Curtimento
de Peles de Peixes Amazônicos e sua Aplicação no Agronegócio de Produtos Acabados
Autor: Nilson Luiz de Aguiar Carvalho
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA)
Resumo: A opção por um projeto de desenvolvimento econômico que tenha o uso dos
recursos naturais e a inclusão social como seu eixo central é uma das estratégias voltadas
para o crescimento da cadeia produtiva dos mais diversos setores de nossa economia, e
devem prioritariamente contemplar a superação de gargalos de infraestrutura física,
logística, de produção e difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos como
estratégia de aumento do valor agregado regional.
Uma das mais frequentes queixas referentes ao modelo de desenvolvimento da Zona
Franca de Manaus consiste em apontar o esquecimento das matérias-primas regionais no
processo produtivo, e dentre estas matérias-primas, o peixe assume posição de destaque,
seja pela piscosidade dos rios amazônicos, seja pelo incremento da piscicultura regional
para o fortalecimento da cadeia produtiva do pescado. Baseado nestes fatos, é bom
lembrar que seriam mais consistentes as atividades que, a um só tempo, estimulassem os
habitantes do interior à produção de matérias-primas e assegurassem sua transformação
pelas indústrias de beneficiamento.
A pesca extrativista constitui o meio básico da cadeia de produção do pescado è é
desenvolvida pelo setor produtivo empresarial que, ao produzir recursos alimentares para a
sociedade, gera impacto no meio ambiente, pelos resíduos produzidos, uma vez que o
produto final é a carne de pescado em forma de filé, picadinho e postas congeladas.
No entanto, a pele pode ser beneficiada e resultar em matéria-prima de qualidade e de
aspecto peculiar inimitável, após o curtimento, devido à sua resistência e ao desenho
formado na sua superfície, principalmente as peles de peixes são consideradas um “couro”
exótico e inovador, com aceitação geral em vários segmentos da confecção.
Visando o aproveitamento desses recursos (resíduos), propõe-se sua transformação em
produtos comerciais, gerando empregos e criando uma atividade rentável economicamente
para a comunidade, o que despertou o interesse no aproveitamento da pele de peixe, que é
jogada fora pelos frigoríficos e pelos peixeiros, criando problemas graves ao meio
ambiente.
Numa visão planejada do processo de desenvolvimento do Amazonas, a implantação de
uma agroindústria para utilização da produção de couro a partir da pele de pescado deve
atingir novo patamar de vantagens competitivas. E a necessidade do aproveitamento
integral dos subprodutos gerados pelo pescado é crescente, principalmente devido à
porcentagem elevada dos resíduos após a filetagem, que tem sido um problema para o
produtor.
Assim, busca-se com este projeto criar alternativas de aproveitamento da pele de peixe,
para sua transformação em couro por meio de diversas alternativas de curtimento, tendo
como consequência o desenvolvimento do setor que, conforme a política industrial
delineada pelo governo do Amazonas, vai além das ações voltadas prioritariamente aos
polos incentivados de Manaus, com a inserção de segmentos produtivos integrados aos
recursos naturais da Amazônia e daqueles destinados ao atendimento dos programas de
inclusão social, diretamente associados à geração de emprego e renda.
Projeto ET-40
Título: Sistema Híbrido de Geração Elétrica Sustentável para a Ilha dos Lençóis, no
Município, de Cururupu (MA)
Autor: Osvaldo Ronald Saavedra Mendez
Instituição: Núcleo de Energia Alternativas
Departamento de Engenharia de Eletricidade
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Resumo: O Programa Luz para Todos, do governo federal determina que todos os
consumidores, residenciais ou não, tenham acesso à energia e sejam atendidas até
determinado prazo. Em outras palavras, obriga todas as concessionárias em operação no
Brasil a abastecerem eletricamente a totalidade das residências que não disponham de
energia elétrica até os dias de hoje, não importando mais se esses consumidores estão
dispersos ou se são pequenos. Este é um desafio de grandes dimensões, que, para ser
atendido, demanda soluções clássicas e soluções inovadoras. Este trabalho se concentra na
problemática de como atender a comunidades que residem nas numerosas ilhas do Litoral
brasileiro, mais especificamente no litoral do Maranhão. O Núcleo de Energias Alternativas
é responsável por este projeto piloto inovador, para atender a esse tipo de comunidade,
consistente no desenvolvimento e implantação de um sistema de geração híbrida eólico-
solar para atender à ilha de Lençóis, na região de Cururupu. O sistema é composto de três
turbinas eólicas de 7.5kW e um conjunto de 164 painéis fotovoitaicos interligados de forma
a gerar uma potência aproximada de 20kW, Como eixo produtivo, foi considerada a
instalação de uma pequena fábrica de gelo para atender às necessidades da área.
O projeto atende às seguintes premissas:
• transparência rio atendimento;
• confiabilidade do serviço prestado;
• sustentabilidade;
• respeito ao meio ambiente;
• integração da comunidade;
• monitoramento via satélite.
O projeto é em si naturalmente sustentável, pelas seguintes razões:
• as ilhas são povoadas por pescadores, que têm o hábito de ratear custos de
combustível de grupos geradores. Logo, há uma disposição para pagar pelo
serviço, porém dentro das condições econômicas dos moradores;
• o projeto considera uma ação para geração/aumento de renda da comunidade e
terá impacto benéfico direto na manutenção, sustentada do sistema de geração
elétrica.
Projeto ET-41
Título: Desenvolvimento de Equipamentos para Proteção contra Naufrágio de Embarcações
na Amazônia
Autores: Ozely de Souza Oliveira | João Tito Borges
Instituição: FUCAPI
Resumo: “Na Amazônia, há pelo menos um milhão de barcos; em torno de cem mil são
registrados, os outros são canoas, catraias, lanchas e regatões que navegam sem
documento nem fiscalização numa rede de artérias fluviais que ninguém sabe precisar. Só
de rios navegáveis para grandes barcos, são 25.000 quilômetros – mais que o dobro das
estradas existentes pavimentadas. Praticamente tudo o que é produzido e consumido na
Amazônia viaja de barco ou de navio. As grandes cidades ficam à margem dos rios, assim
como a mais isolada casa de caboclo está assentada sobre palafitas. Milhares de habitações
flutuam construídas em cima de toras amarradas com cipó, formando um conjunto que
muda de endereço, mais para cima ou mais para baixo, conforme o regime das cheias. Há
mais trapiches que garagens, mais barqueiros que motoristas. O colete salva-vidas é o cinto
de segurança”. Estas informações estão disponíveis no site da revista Veja. (Edição 1.741,
de 6 de março de 2002). A maioria dos barcos que trafegam na região é construída de
maneira tradicional, como se faz há mais de dois séculos, ou seja, sem utilizar recursos e
tecnologias de engenharia naval. Normalmente há excesso de carga e passageiros nos
barcos, falta limpeza, conservação e equipamentos de segurança (inclusive bóias e coletes
salva-vidas), além disso, faltam informações básicas aos passageiros sobre segurança. Na
busca da redução de um desses problemas, o projeto aqui proposto visa desenvolver um
protótipo de equipamento de segurança naval para proteção contra naufrágios. O
equipamento é composto de um sistema de quatro cápsulas com bóias infláveis em seu
interior, sendo duas em cada lado do casco; as cápsulas são interligadas entre si por meio
de mangueiras que vão até um cilindro de ar-comprimido disposto em lugar estratégico
suficiente para inflar as quatro bóias simultaneamente. Prevê-se que as bóias infláveis
serão confeccionadas e instaladas conforme o tamanho da embarcação, mantendo o barco
na superfície da água e permitindo o salvamento da tripulação. O acionador ficará na
cabine de comando do barco e permitirá o acionamento do sistema através de um botão da
mesa da cabine do barco. Ao acionar o sistema, as bóias inflam dos dois lados do barco,
liberando as escotilhas e mantendo a embarcação na superfície da água. O material das
cápsulas será o alumínio. Outro benefício do projetorcom a implantação da bóia, é o
aumento da segurança das embarcações de cargas. Com as bóias, evita-se que haja
derramamento de produtos químicos, fertilizantes, cimento e derivados de petróleo que
porventura estejam sendo transportados pelos barcos. O sistema poderá ser implantado
também em barcaças, barcos transportadores de derivados de petróleo e outros.
Projeto ET-42
Título: Uso de Tecnologias para o Desenvolvimento Auto- Sustentável da Comunidade de
Tapauá
Autor: Pedro Luiz Ghedini Volcov
Instituição: Núcleo de Pesquisa de Novas Tecnologias de Comunicação Aplicadas a Educação
– Escola do Futuro (USP)
Resumo: Por meio da educação, formação profissional e valorização do ser humano em sua
forma mais completa, o projeto visa possibilitar o uso de tecnologias para o
desenvolvimento autossustentável da comunidade de Tapauá. A partir da criação e
implantação de um ambiente virtual para formação de estudantes e educadores, ou, em
sua ausência, pessoas com maiores possibilidades e de liderança reconhecida, seria
promovida formação qualificada, visando a auto-sustentabilidade da comunidade, e a
melhoria das condições de vida. Esse investimento na formação profissional e educacional
poderá resultar no começo de uma comunidade virtual de aprendizagem e na prática com
comunidades virtuais temáticas.
Para realização de tal projeto, serão desenvolvidas atividades educacionais, fruto de
experiências adquiridas em projetos do gênero em universidades, norteadas pelos
parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), de acordo com os Referenciais Para Formação de
Professores (Secretaria de Educação Fundamental, Brasília, 1999) e formação qualificada de
entidades parceiras e profissionais contratados.
Projeto ET-43
Título: Manejo de Protium spp. em Floresta de Terra-firme na Amazônia Central
Autor: Philippe Schmal
Instituição: Universidade Federal de Viçosa
Resumo: O gênero Protium, conhecido popularmente por breieiro, breu-branco, breu-da-
amazônia ou almécega pertence à família Burseraceae, destaca-se pela riqueza de espécies
na Amazônia, com cerca de 42 endêmicas na região, de 73 espécies ocorrentes, e
frequentemente figura entre as dez famílias de maior densidade relativa e/ou diversidade.
Possui árvores de pequeno porte, podendo atingir o dossel da floresta. A madeira da arvore
é moderadamente pesada, possui grande durabilidade, é resistente ao ataque de organismos
xilófagos e pode ser empregada na construção civil, marcenaria e elaboração de assoalhos.
A árvore exsuda uma resina rica em óleo essencial, inflamável e de coloração desde o
branco, amarelo e até o preto. A resina de cheiro característico de incenso é encontrada em
quase toda a árvore em forma de pelotas que vão aumentando de tamanho e, ao decorrer
do tempo, caem no chão, facilitando a coleta. É coletada há séculos pelas populações
tradicionais na Amazônia e utilizada na calafetação artesanal de embarcações e ainda como
remédio e repelente de insetos. A resina e seu óleo essencial também têm uso na fabricação
de vernizes e tintas, cosméticos e fitofármacos.
Apesar de todo o presumível potencial de produção da resina e suas diversas aplicações
(industrial, comercial, fitoterápica e artesanal), há carência de identificação botânica
confirmada das espécies, como também de um plano de manejo sustentado para o breieiro.
Para o estudo de resinagem, serão selecionadas quatro árvores por classe de DAP e por
classe sociológica. As árvores-amostras serão resinadas pelo método “Standart”, que
consiste na remoção periódica da casca sob a fôrma de faixas ou estrias de 20 a 25mm de
altura, para provocar a produção do breu e acumular-se no tronco ou escorrer através das
estrias, depositando-se na vasilha, a fim de determinar o potencial de produção. A resina
extraída será pesada (kg) e as amostras serão submetidas a análises químicas para a
qualificação, de espécie, classes de DAP e classe sociológica.
Os dados coletados serão processados, obtendo-se os usuais em florística, fitossociologia e
estrutura vertical. A influência desses dados ambientais na distribuição das espécies
arbóreas será avaliada por meio de técnicas de análise multivariada, análise variância e pelo
teste qui-quadrado. De cada espécie identificada, será realizada destilação demonstrativa
para análise química (cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas –
CG/EM), no Laboratório de Química da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em
Manaus (AM).
Com os dados processados e concluídos, será elaborado texto em forma de cartilha em
linguagem acessível, destinada às comunidades extrativistas locais e a pessoas interessadas
em começar a fazer o bom uso do breieiro como fonte de renda. Com a conclusão do
trabalho, ele será apresentado nas comunidades extrativistas de Silves que já realizam a
exploração da resina do breu ou tenham interesse nessa atividade, para capacitá-los no
manejo sustentável da resina.
Projeto ET-44
Título: Utilização de Microrganismos Associados a Vegetais para Obtenção de Substâncias
Bioativas e Protocolos de Controle Biológico de Doenças Pós-colheita
Autor: Raphael Sanzio Pimenta
Instituição: Universidade Federal do Tocantins UFT
Resumo: Este projeto visa à obtenção de dados a respeito da biodiversidade e possível
aplicação biotecnológica de microrganismos obtidos a partir de biomas tropicais ainda
pouco estudados no Estado do Tocantins. O Tocantins está situado em uma região
privilegiada do ponto de vista da diversidade de biomas, possuindo em seu território áreas
de floresta amazônica, pantanal, cerrado, caatinga e deserto. Além destas formações bem
estabelecidas, é indispensável à menção aos diversos ecótonos presentes. No entanto,
estudos dessa natureza ainda são raros neste Estado, apesar da grande riqueza de espécies
presumidas. Sendo assim, a consolidação de um grupo de pesquisa com pesquisadores de
diferentes instituições poderá contribuir sensivelmente para o conhecimento da
biodiversidade local e possibilitar a aplicação desses recursos biológicos em programas
biotecnológicos.
Projeto ET-45
Título: Sistema de Condicionador-de-Ar Automotivo por Processos de Absorção Gasosa em
Motores de Combustão Interna
Autor: Renato Mendes Freitas
Instituição: Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
Resumo: O projeto objetiva o desenvolvimento de um sistema de refrigeração para
automóveis utilizando-se do processo de absorção gasosa a partir do aproveitamento da
energia calorífica rejeitada nós motores de combustão interna. Sabe-se que os ciclos
termodinâmicos dos motores de combustão interna com base teórica nos ciclos Otto
(gasolina) e Diesel (óleo diesel) possuem eficiência menor que 21% e 34%,
respectivamente. Essa limitação física faz com que 79% a 66% de toda a energia química
potencial dos combustíveis fósseis utilizados na combustão seja dissipada na forma de calor
e de atrito, que é rejeitada através do sistema de arrefecimento dos motores. Atualmente,
o uso dos sistemas de ar-condicionados por compressão nos automóveis impõe uma carga
ainda maior aos motores de combustão interna, tendo em vista que seu funcionamento
depende da transmissão de parte da energia útil produzida pela combustão no motor, que
ocorre átravés de um sistema de correia-polia. Esse aumento de carga provoca aumento no
consumo de combustível da ordem de 20%, devido à maior aceleração necessária para a
manutenção dó mesmo torque. Todo esse desperdício, somado ao aumento do consumo
provocado pelos sistemas de ar-condicionados automotivos tradicionais, eleva
sobremaneira os níveis de poluição e emissão de gases de efeito estufa que um automóvel
lança anualmente na atmosfera. Dados do IBGE indicam que o consumo de combustível
para utilização em automóveis tem crescido acima dos 12% ao ano. Segundo dados do
Balanço Energético de 2007, com ano-base 2006 (Aneel), o consumo de combustíveis
utilizados no setor de transportes rodoviários foi da ordem de 49.067.000tep (toneladas
equivalente de petróleo), ou o equivalente a 64.253.000m3 (metros cúbicos). A ANFAVEA
(revista Negócios n° 231, nov./2005) publicou que em 2005 cerca de 47% de todos os novos
veículos já saiam da fábrica com o ar-condicionado automotivo e que a projeção para 2010
seria de pelo menos 75%. Assim, o consumo adicional de combustível causado pelo ar-
condicionado tradicional pode ser estimado em pelo menos 6% (3.855.000m3), a um custo
equivalente a R$6 bilhões. Além disso, o aumento do consumo via compensação de torque
pelo acréscimo da aceleração reduz a vida útil de partes e peças, que passam a sofrer maior
desgaste por atrito, dada a elevação da rotação (rpm). Inclui-se ainda como efeito
indesejável do sistema de ar-condicionado por compressão a rápida carbonização das
câmaras de compressão dos motores, o que resulta em combustão com maiores níveis de
poluição. O projeto viabiliza o aproveitamento de grande parte da energia térmica
descartada no processo de transformação de energia dos motores de combustão, para
produção de frio através de um sistema de absorção de amônia em equilíbrio com gás
inerte, fazendo com que ocorra a troca de calor no circuito de refrigeração sem a
necessidade de aumento de consumo de combustível.
Projeto ET-46
Título: Expansão do Tempo de Vida de Prateleira de Frutos de Camu-Camu (Myrciaria
Dubia) com Emprego de Doses Mínimas de Irradiação Gama
Autores: Rosalinda Arévalo Pinedo | Valter Arthur
Instituição: Centro de Energia Nuclear na Agricultura/ Cena-USP/Piracicaba
Resumo: Os frutos exóticos nativos da Amazônia são cada vez mais apreciados pela
qualidade de sua composição nutricional. O camu-camu se destaca entre eles, por
conter um alto teor de ácido ascórbico e pela elevada concentração de antocianinas e
minerais. O camu-camuzeiro está sendo domesticado no Estado de São Paulo, tendo
demonstrado boa adaptação à terra firme.
A irradiação é uma técnica de preservação de alimentos que, nas últimas décadas, está
recebendo forte incentivo do Grupo Consultivo Internacional de Irradiação de Alimentos
(ICGFI, Viena, Áustria), do qual o Brasil participa. Desta forma, a humanidade está
amplamente amparada com milhares de trabalhos, não apenas científicos, mas também
tecnológicos, econômicos; sociais etc., que visam a divulgação e introdução dessa
tecnologia em bases comerciais em todos os países, com amplas vantagens. Associada
aos procedimentos pós-colheita normalmente empregados, as radiações gama, em
baixos níveis de dose, têm mostrado ser um excelente método para prolongar a vida
comercial de frutas e legumes, retardando os processos de amadurecimento e
senescência.
Internacionalmente, o camu-camu vern.se posicionando na preferência dos
consumidores de frutas tropicais exóticas, especialmente por sua composição
nutracêutica. A fruta apresenta elevada concentração de ácido ascórbico e de
antocianinas, antioxidantes naturais importantes na dieta alimentícia. O mercado
importador se concentra no Japão e EUA e também em países da UNIÃO EUROPEIA.
Não se encontrou na literatura pesquisas sobre a conservação pós-colheita do camu-
camu, como fruta in natura. Por tanto, a presente pesquisa propõem estender o tempo
de vida útil da fruta do camu-camu através da radiação gama, assim como avaliar a
possível influência desta na conservação da polpa. Espera-se que os resultados possam
contribuir para melhorar a tecnologia de aproveitamento da fruta in natura e assim
alavancar a economia de pequenas propriedades das regiões ribeirinhas da Amazônia.
Projeto ET-47
Título: Desenvolvimento de Tecnologias para o Melhoramento de Óleo Vegetal no Estado
do Acre
Autor: Silvia Luciane Basso
Instituição: Fundação de Tecnologia do Acre
Resumo: A Amazônia representa um imenso reservatório de novos medicamentos,
potencialmente úteis ao desenvolvimento científico e tecnológico, sendo uma das áreas de
maior diversidade em espécies vegetais do planeta; contudo, apesar do número
considerável destes exemplares descritos na região, existem pouquíssimos estudos
científicos dos perfis químicos e das propriedades medicinais das espécies utilizadas na
medicina popular. Neste contexto, o óleo extraído das sementes de duas espécies vegetais,
a Carapa guianensis (Aublet.) (Meliaceae) e Fevillea cordifolia (L.) (Cucurbitaceae),
conhecidas respectivamente como “andiroba” e “andiroba-de-rama”, é utilizado pela
população da região Norte brasileira devido às suas propriedades antiinflamatórias,
cicatrizantes e antivirais. Embora o uso na medicina tradicional da C. guianensis esteja mais
difundido, a F. cordifolia vem sendo usada como um substituinte, em casos de contusões,
inchaços e reumatismos, e como agente cicatrizante e inclusive como repelente, pois há
quem passe o óleo sobre a, pele e outros queimem o bagaço. Na indústria cosmética, o
óleo de C. guianensis é usado em sabonetes, xampus e cremes, funcionando também como
solvente natural. Até o momento, o óleo de F. cordifolia foi pouco explorado
comercialmente, sendo extraído de modo artesanal e empregado na formulação de
sabonetes e xampus pelas comunidades locais. Esses produtos apresentam problemas, pois
não há conhecimento da matéria-prima vegetal utilizada. Muitas vezes o produto
apresenta turvações e precipitações. Dessa maneira, apesar das facilidades de manejo e
plantio da F. cordifolia, em comparação com C. guianensis, há necessidade de
investimentos na melhoria dos processos extrativos e naqueles relacionados ao controle da
qualidade do óleo. Devido ao grande interesse econômico nessas espécies vegetais, existe
a evasão do material vegetal para outros estados e países mais bem equipados, que se
tornam detentores do uso e exploração dos recursos da região, resultando em perdas
expressivas para o Estado do Acre. Diante essas premissas, torna-se premente a análise do
meio vegetal para agregação de valor econômico e tecnológico, por meio do
melhoramento do processo extrativo da F. cordifolia, com vistas à padronização do óleo
obtido, principalmente com relação aos aspectos físico-químicos, padronização química,
caracterização dos constituintes químicos e estabilidade do óleo. Os resultados dessas
análises serão diretamente empregados na produção de fitocosméticos de qualidade, com
controle e estabilidade definidos.
Projeto ET-48
Título: Pupunha (Bactris gasipaes) como Alternativa para a Produção de Biodiesel na
Amazônia
Autor: Victor Ferreira de Souza
Instituição: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Resumo: A necessidade de reduzir a dependência por combustíveis fósseis é preocupação
mundial, em que, de maneira pioneira, o Brasil se destaca em desenvolver inovação. A
demanda interna por biocombustíveis é expressiva e crescente; os marcos legais
estabelecem percentuais obrigatórios de biodiesel que devem ser adicionados ao diesel
convencional, de 2% em 2008 e 5% em 2013. As projeções da demanda para o
cumprimento da lei são de 840 mil toneladas de óleo vegetal em 2008 e 2,5 milhões em
2010.
A produção competitiva de matéria-prima para atender a este mercado é atualmente um
dos principais desafios do setor agrícola. Atualmente, a soja é a principal fonte de
matéria-prima utilizada para a produção de óleo vegetal no Brasil (90% do total). Outras
ojeaginosas, de ciclo anual, tais como algodão, girassol, amendoim e mamona,
contribuem apenas com pequenas frações dessa produção. Além destas, destacam-se,
pelo seu potencial oleaginoso, algumas dezenas de espécies exóticas e nativas do Brasil,
em diferentes estádios de domesticação.
O Brasil é um dos poucos países detentores do que os estudiosos classificam como
“mega-biodiversidade”, e especificamente em relação às plantas oleaginosas nativas
possui várias espécies em diferentes estádios de domesticação. A domesticação de
plantas refere-se às atividades que objetivam transformar um componente da
biodiversidade em um recurso genético de valor econômico, social e ambiental. A longa
duração e os expressivos investimentos necessários para aprimorar as práticas
silviculturais e selecionar os materiais genéticos mais apropriados para plantio limitam a
que apenas uma fração das espécies oleaginosas possa ser realmente domesticada para
produção.
Entre as palmáceas oleaginosas exóticas, destaca-se o dendê (Elaeais guineensis),
principalmente pela produtividade e por seu elevado grau de domesticação. Atualmente,
o dendê é considerado a principal palmácea para a produção de óleo. No entanto,
limitações desse cultivo restringem sua ampla adoção. O dendezeiro é exigente em
termos nutricionais e em tratos culturais, além de apresentar severas restrições de cultivo
em áreas com período seco definido e apresentar alta suscetibilidade ao ataque de pragas
e doenças, tais como a fusariose e o amarelecimento fatal.
Apesar de suas restrições, por estar em avançado estádio de domesticação, atualmente
todos os programas para biodiesel na Amazônia estão baseados na cultura do dendê. Por
outro lado, em comparação com outras palmáceas que se encontram em fase de pré-
domesticação, considera-se nesta proposta a pupunha (Bactris gasipaes) como alternativa
para a produção de óleo, que se diferencia de outras palmáceas nativas por já possuir
sistema de cultivo próprio e por apresentar expressivo potencial para a produção de óleo.
A seleção de pupunheiras com elevado teor de óleo e o estabelecimento de um sistema de
produção compatível com a realidade da agricultura familiar da Amazônia é uma alternativa
viável de cultivo, com potencial para impactar a produção agrícola energética na região e
atender ao programa nacional de biodiesel. Esta potencialidade deve-se ao fato de a
pupunheira ser uma planta rústica, produtiva e adaptada ao solo e clima da região.
Este é o objetivo do projeto e sua base de inovação. Já no primeiro ciclo de seleção
(considerando-se o cultivo de materiais com, pelo menos, 10% de teor de óleo na matéria
fresca) em sistema de produção apropriado, esperam-se rendimentos anuais próximos a
2.000kg de óleo por hectare, a custos inferiores aos do dendezeiro. Além disso, por causa
do porte da planta e de seu hábito de crescimento, esses cultivos poderão ocorrer na forma
de sistemas agroflorestais, associados, por exemplo, ao cupuaçuzeiro, ao cafeeiro ou ao
cacaueiro.
CATEGORIA SOCIAL
Projeto CS-01
Título: Responsabilidade Social e Profissional das Mães Menores de Idade da Zona Leste de
Manaus
Autor: Adriana Lúcia Paiva Rodrigues
Instituição: Faculdade Boas Novas
Resumo: O atual e crescente número de adolescentes menores de 18 anos grávidas é
bastante notável em Manaus, principalmente nos bairros da Zona Leste. Jovens e
despreparadas, geralmente não podem contar com os parceiros, para ajudar a manter seus
filhos, muitas abandonam os estudos e outras abrem mão de seus filhos.
Diante desses fatos, proponho à construção de quatro casas de apoio para essas jovens,
com os propósitos de: qualificar as meninas para o mercado de trabalho, oferecer fontes de
renda, evitar a evasão escolar e o abandono de seus filhos.
A criação dessas casas de apoio proporcionará melhores condições de vida para essas
adolescentes e também a seus filhos, oferecendo cursos de qualificação como: corte e
costura, bordado, artesanato e técnicas de manicure e pedicure.
Essas atividades serão ministradas por profissionais dessas áreas, e não terão fins
lucrativos. O objetivo desses cursos é ensinar e oferecer às mães adolescentes condições de
se manterem.
A duração desses cursos será de três meses, ao término das atividades, as jovens receberão
certificados de conclusão e estarão preparadas para o mercado de trabalho, podendo
também trabalhar por conta própria. Sendo assim terão fontes de renda e tempo para
cuidar dos filhos e não precisarão abandonar os estudos.
Projeto CS-02
Título: Projeto de Implantação de um Núcleo de Lapidação de Pedras Semipreciosas
(Ametista) na Comunidade da Serra do Aricamã-Amajarí.
Autor: Aldemurpe Oliveira de Barros
Instituição: Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte)
Resumo: O presente projeto visa à implantação de um Núcleo de Lapidação de Pedras
Semipreciosas, em parceria com o Sindicato dos Garimpeiros de Roraima (Sindigar/FIER),
Sebrae (RR) e a Cooperativa Mineradora Mista dos Sócios do Sindicato dos Garimpeiros de
Roraima (Comger), detentora da concessão de pesquisa e lavra de ametista na Serra do
Arjcamã, no município de Amajari, Roraima, com registro no DNPM-MME.
Ao longo deste projeto de pesquisa, que já dura 11 anos, uma grande quantidade de
cascalho de ametista, produto sem valor comercial na sua forma bruta, têm sido extraído,
enquanto não se encontra a ametista de qualidade extra, que é o propósito principal da
Comger.
As dificuldades encontradas pela Comger em manter até então essa estrutura de pesquisa
têm sido grandes, porém a persistência e determinação de seu presidente, que também é
presidente do Sindicato dos Garimpeiros de Roraima, mantêm acesas as esperanças de
seus associados. Essa persistência, que remonta a 1996, quando se iniciou o processo de
exploração da referida área, e visão de futuro, fizeram com que a presidência do sindicato
buscasse apoio da FIER, que colocou o Senai (RR) à disposição para elaborar um projeto de
aproveitamento do cascalho até então retirado da mina, para produção de joias e objetos
artesanais e decorativos, que possibilitariam a esse grupo a geração alternativa de trabalho
e renda, como forma de ajudar na manutenção do referido projeto de pesquisa.
Com a valorização do potencial empreendedor desse grupo, espera-se buscar trabalhar
com os familiares dos garimpeiros, capacitando-os nos princípios básicos de lapidação, e
estruturar uma oficina, com equipamentos portáteis, que lhes garanta iniciar a produção
de peças lapidadas para confecção de adornos e utensílios diversos.
Projeto CS-03
Título: Biblioteca Móvel – Alternativa de Socialização de Leitura e Conhecimento para as
Comunidades de Manaus (São Lázaro/Lagoa Verde)
Autor: Aldilene de Melo Ambrosio e Souza
Instituição: Faculdade Boas Novas
Resumo: Este projeto objetiva socializar e viabilizar leituras e conteúdos de várias áreas
do conhecimento do ensino fundamental e médio a uma camada populacional que
circunstancialmente ficou excluída do processo educacional. Alguns, por terem
abandonado a escola por problemas pessoais, familiares e econômicos; outros, pela má
qualidade do ensino e da estrutura física de algumas escolas públicas; enfim, muitas são
as dificuldades de acesso à educação e à leitura.
Se a falta de leitura embrutece e aliena, então por que não tentar viabilizar ó acesso aos
livros e ao mundo das informações da sociedade pós-moderna? Cada vez que um livro é
comprado, lido, acessado, isto significa que o leitor foi acrescido em sua intelectualidade,
ficou no mínimo mais informado, mais consciente, mais cidadão.
No CD de Chico e Vinícius para crianças, “Casa de Brinquedo”, há uma canção chamada O
Caderno, na qual o poeta fala da importância da escrita, das anotações e dos conteúdos
registrados no caderno de uma criança. A tônica da canção é a voz do personagem
principal (o caderno) dizendo: “sou eu que vou seguir você... a vida toda”. Se as
anotações e rabiscos nos seguirão, imaginemos um livro elaborado, articulado,
didaticamente direcionado para cumprir o seu fim principal: educar, instruir, esclarecer,
realizar o aprendizado, construir sonhos, socializar as ideias, conscientizar, libertar da
opressão ignorante. O livro traz tudo isso e muito mais.
O acesso ao livro, e a aquisição dos conteúdos ainda são restritos e privilégio da classe
média e alta deste país. Os despossuidos, o povão, as classes mais pobres são destituídas
desse direito fundamental e constitucional: o acesso à educação gratuita e de qualidade. Os
livros são caros, o governo, quando os financia e subsidia, manipula os conteúdos. O que
fazer diante de quadro tão sombrio? Meu projeto, se não é inédito, pelo menos é uma
proposta, uma alternativa possível, e pode representar, para muitos, uma luz no final do
túnel da ignorância que cega, exclui e aliena as pessoas. Minha proposta final: livros para
todos, acesso aos livros para todos, principalmente para a grande massa!
O sábio Salomão, em seus escritos (Eclesiastes 12.12), declarou: “Não há limites para fazer
livros...”. Faço uma paráfrase: Não há limites para ler livros!
Projeto CS-04
Título: Projeto de Inclusão Sócio-Digital nas Zonas Leste e Norte de Manaus
Autor: Alessandra Monteiro Martins
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas
Resumo: O projeto propõe a reciclagem de computadores das instituições públicas, tais
como governo e prefeitura, para doação às famílias de baixa renda que possuem filhos
regularmente/matriculados em escolas públicas é que preferencialmente já estejam
inscritos em programas sociais como os de bolsas-escola, entre outros. Tem como inovação
a busca de material, a princípio, nas instituições públicas que precisam rever seu parque de
máquinas para atualizá-lo e reciclar o que já foi trocado e não será mais utilizado, porém fica
armazenado nas sedes governamentais, ocupando espaço, sem uso e deteriorando-se, e
pode ser estendido às instituições privadas.
Para a sua realização, deverá ser feito levantamento dos computadores existentes nas
sedes das secretarias de Educação e Esportes a priori, detalhando o que já foi trocado e o
que ainda precisa ser revisto. A partir de testes técnicos com as máquinas que não serão
mais utilizadas pelo Estado e/ou Município, deve-se fazer Um balanço do que pode ser
reciclado e que materiais serão necessários, para que as máquinas fiquem aptas a serem
distribuídas e utilizadas pela população menos favorecida economicamente.
A intenção é a de que os computadores reciclados cheguem realmente à parcela da
população que ainda não pode pagar por eles, pois qualquer investimento fora da rotina
pode fazer falta na mesa das famílias, levando assim a inclusão digital a todos sem
distinção de poder aquisitivo, pois mesmo com os planos de incentivo e financiamentos já
em vigor para a população que vive de salário mínimo comprar seu próprio computador
ainda não é uma realidade.
Os computadores reciclados serão entregues com software livre instalado, que será o
Linux, na distribuição Ubuntu. A escolha dessa plataforma deve-se ao combate à pirataria
de softwares. Por outro lado, está é uma distribuição de interface mais amigável, estável e
didática, que colabora com a aprendizagem da informática em seus diversos níveis e
utilizações, permitindo aos usuários a descoberta de novas práticas, agregando novos
valores profissionais e curriculares, e cumprindo as leis de direitos autorais de software, o
copyright.
Porém, antes da entrega, as famílias selecionadas deverão participar de um breve
treinamento de uso das máquinas, para evitar erros de utilização básicos. Assim, com um
computador em casa, abrem-se as portas para novos conhecimentos; com isso, há o
incentivo à qualificação profissional, com geração de novas perspectivas de colocação no
mercado de trabalho e, por conseguinte, de renda familiar, levando assim a uma sociedade
mais participativa e igualitária.
Projeto CS-05
Título: Valorização da Gastronomia Regional como Forma de Promoção do
Desenvolvimento Sustentável
Autores: Alexandre Luis Jordão | Paulo Eduardo Moruzzi Marques
Instituição: Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA) e
Universidade de São Paulo (Departamento de Economia, Administração e
Sociologia/ESALQ)
Resumo: A noção de ecogastronomia passou a circular nos campos de debate sobre a
alimentação. O termo tem evocado uma gastronomia ecológica que se sustenta em três
pilares: bom, justo e limpo. Com efeito, a qualidade da alimentação nesta perspectiva se
associa a todo o processo de sua produção, desde a agricultura até o preparo cuidadoso dos
ingredientes. Pode-se conceber a alimentação como um ato agrícola: a escolha do alimento
de boa qualidade, no que se refere aos critérios de respeito ao meio ambiente; e a
valorização de tradições locais que podem favorecer a biodiversidade e uma agricultura
socialmente equilibrada e sustentável. Nos dias de hoje, a gastronomia figura entre as
atividades humanas que mais podem contribuir com a construção do que é específico de
um local e território. Não se limita aos pratos regionais, mas se estende a toda a cadeia de
alimentos, que pode ser estimulada a responder com uma diferenciação ainda mais
pronunciada em torno de seus produtos: Esta diferenciação e especificação constituem um
fermento vigoroso para o desenvolvimento, entre eles o do turismo regional. Assim, o
projeto tem os objetivos de impulsionar o desenvolvimento regional graças à promoção é
ao reconhecimento das especificidades territoriais em torno da gastronomia, identificando
os principais pratos típicos da gastronomia regional e sua cadeia de produção de
ingredientes, nó que se refere ao processo de produção anterior à confecção das receitas,
promovendo ações voltadas à diferenciação dos produtos alimentares, com vistas a tornar
visível o que há de mais original nas cadeias produtivas dos pratos típicos regionais do
Norte brasileiro. O projeto aposta na ideia de que o desenvolvimento deve ser fruto daquilo
que é mais típico de uma localidade ou de uma região.
Portanto, o projeto aponta para o reforço da gastronomia regional como fermento para o
fomento econômico e social, considerando os impactos benéficos do reconhecimento não
só da tipicidade dos pratos regionais, mas também de toda a cadeia de produção de seus
ingredientes. Esse reconhecimento e essa valorização gastronômica favorecem a
consideração de dimensões muito além das produtivas da agricultura. Os pratos típicos e
seus ingredientes são, talvez, mais que qualquer outro patrimônio humano, algo
extremamente original; composições de infinidades de sabores que são fruto da
criatividade de um povo em busca de harmonia com o meio com o qual interage.
Projeto CS-06
Título: A Sociedade e o Idoso
Autor: Amanda da Silva Costa
Instituição: Faculdade Boas Novas
Resumo: Esta proposta de projeto está voltada para a comunidade da área da Zona Leste da
cidade de Manaus, bairro Jorge Teixeira 2. A comunidade não possui uma associação que
trabalhe com o idoso na realização de diversas atividades ocupacionais nas áreas de lazer,
dança, arte e exercícios complementares, visando ao bem-estar do idoso, tais como: vôlei,
hidroginástica, caminhada e outros. A importância deste projeto está no fortalecimento da
ideia de que o idoso não é um cidadão excluído da sociedade e na realização de atividades
para a melhoria do bem-estar físico e mental do idoso.
Atualmente o idoso da zona Leste de Manaus não tem um local onde possa ter momentos
de lazer e interagir com outros idosos. Gostaria que a prefeitura dispusesse de uma área ou
uma casa para que seja realizado esse tipo de trabalho para a comunidade. Isso irá;
contribuir para que o idoso se torne um cidadão mais alegre, divertido e comunicativo, com
isso afastando o estresse e as doenças. Trata-se de um projeto municipal e sem fins
lucrativos, voltado para as comunidades carentes que, nesse caso, só poderia contar com
ajuda financeira da prefeitura.
E por esses motivos que concluí que esse projeto, voltado para o idoso da Zona Leste de
Manaus, será muito bem aceito pela comunidade, pois é um projeto que ajuda o idoso a se
integrar na sociedade e não ficar isolado dentro de casa, como se estivesse esperando a
morte. A terceira idade é uma fase muito bonita da vida e deve ser protegida e cuidada pela
sociedade. Deve-se sempre incentivar o idoso a praticar atividades complementares para
melhorar o seu modo de vida.
Projeto CS-07
Título: Projeto Xapuri – Turismo e Desenvolvimento na Terra de Chico Mendes
Autor: Ana Carolina Canedo
Instituição: Universidade Severino Sombra (USS)
Resumo: Através de diversas etapas, como sensibilização, mobilização, capacitação e
execução, o Projeto Xapuri desenvolverá a atividade turística de forma sustentável na terra
do ambientalista Chico Mendes.
Projeto CS-08
Título: Cartilha de Profissionais de Serviços de Saúde de Porto Velho (RO)
Autores: Anna Rogéria N. de Oliveira | Erika Crisóstomo Albuquerque | Neffretier Cinthya
Clásta
Instituição: ILES/ULBRA de Porto Velho
Resumo: Porto Velho é a capital e o maior município, tanto em extensão territorial quanto
em população, do Estado de Rondônia. Com uma área de 34.068,50km2, o município é
maior que os estados de Sergipe e Alagoas. Apesar disso a sua população é de 373.917hab,
sendo assim a terceira maior capital da região Norte, superada apenas pelas cidades de
Manaus e Belém. Localiza-se à margem direita do rio Madeira (afluente do rio Amazonas).
Esta capital está em fase de ampla expansão econômica, com a construção das
hidroelétricas do rio Madeira. A secretária executiva da área ambiental do Ministério de
Minas e Energia, Márcia Camargo, esclareceu que o Processo de Planejamento Energético,
visão estratégica do governo federal, classifica como estudos de longo prazo projetos para
instalação em 30 anos; de médio prazo, projetos para 15 anos; e de curto prazo projetos
para 10 anos, onde estão inseridas as usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau. Esta
expansão econômica trará consequências importantes na área social, educacional e da
saúde que devem estar sendo previstas por profissionais da região. A presente proposta
vem assim apresentar mecanismos para minimizar a dificuldade ao acesso à informação de
profissionais que atuem em saúde, mental no presente, prevendo que essa dificuldade se
tornfe ainda mais importante com o aumento populacional ocasionado pela implantação
das hidroelétricas. Poucos locais em Porto Velho apresentam acesso gratuito à saúde de
um modo geral. Isto é mais grave ainda em relação à saúde mental. Nesta mesma vertente,
observa-se que a população nem mesmo tem conhecimento dos poucos organismos
públicos que existem e assim perpetuam seus problemas. Nossa proposta é a de criação de
uma cartilha por profissionais que atuem em saúde mental em Porto Velho. Nessa cartilha,
informações básicas de promoção de saúde, como qualidade de vida, serão apresentadas.
Essa proposta vem ao encontro da proposta “Promover Qualidade de Vida”, da
Organização Pan-Americana da Saúde, Escritório Regional da Organização Mundial da
Saúde, Divisão de Promoção e Proteção da Saúde. A Organização Pan-Americana da Saúde
é um organismo internacional de saúde pública com um século de experiência, dedicado a
melhorar as condições de saúde dos países das Américas. Ela também atua como Escritório
Regional da Organização Mundial da Saúde para as Américas e faz parte dos sistemas da
Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Organização das Nações Unidas (ONU). A
estratégia de Municípios e Comunidades Saudáveis (MCS) representa a concretização de
uma das abordagens locais mais efetivas da promoção de saúde. Sob a ótica da saúde,
como qualidade de vida, as ações da estratégia de MCS têm como enfoque estratégico os
determinantes da saúde mais do que as consequências em termos da doença. Em resumo,
o que se pretende é facilitar os mecanismos para que as pessoas possam melhorar suas
condições de vida. A estratégia de MCS também enfoca a união entre autoridades locais e
membros da comunidade, e o estabelecimento e fortalecimento de parcerias. A tendência
global dirigida Já à descentralização das políticas sociais, da distribuição e da administração
dos recursos, destaca o papel preponderante que devem desempenhar as autoridades
locais, especialmente os prefeitos, na distribuição è administração dos recursos. A
estratégia de MCS promove a saúde da população, uma vez que contribui para a maior
equidade e participação social. A chave para construir um Município ou Comunidade
Saudável é muitas vezes uma mudança de atitude quanto aos modos de promover a saúde
no sentido mais amplo, por meio de mudanças nas políticas, legislações e serviços que
geralmente o município provê. A criação désta cartilha se enquadra nesta vertente de
práticas públicas e sociais da saúde.
Projeto CS-09
Título: Alojamento Domiciliar para Turistas
Autores: Antonio Carlos Ribeiro | Elaine da Silva Ventura | Mareio Alexandre Carvalho
Werneck | Mareio Nami
Instituição: Universidade Severino Sombra
Resumo: Como transformar a residência domiciliar em alojamento informal para turistas
(ambiente, higiene, educação, culinária, relação pessoal e custos).
Projeto CS-10
Título: Instituto Práxis: planejamento de gestão e cursos
Autor: Antonio Francisco Lima de Oliveira
Instituição: Estação de Reprodução e Produção de Peixes Regionais
Resumo: Estação, de réprodução e produção de peixes regionais: O cultivo de peixes é uma
atividade milenar. Na época atual, o cultivo de animais e plantas aquáticos tornou-se um
excelente negócio na Ásia, América Latina, América do. Norte e Europa. A atividade tem
propiciado importantes benefícios econômicos e nutricionais para muitos países em
desenvolvimento. Em realidade, a aquicultura se concentra esmagadoramente em países
em desenvolvimento, os quais respondem por 85% da produção mundial em volume e 71%
em valor, segundo dados da FAO. Ainda segundo a FAO, o potencial da aquicultura para
produzir alimentos de qualidade e gerar riquezas e empregos tem sido demonstrado, pela
rápida expansão do setor, que tem crescido, desde 1984, a uma taxa anual de 10%, se
comparado com os 3% da pecuária de corte e o 1,6% da pesca extrativa.
Projeto CS-11
Título: Extensão Rural com Famílias Agroextrativistas Ribeirinhas: um processo de
construção participativa para o desenvolvimento de um Plano de Ações Sustentáveis
em bases agroecológicas” – Comunidade Monte Sião – Município de São Domingos do
Capim – Pará – Região Amazônica Brasileira
Autor: Baziléa de Nazaré Araujo Rodrigues
Instituição: Emater-Pará
Resumo: Este trabalho é resultado de pesquisa realizada em uma comunidade ribeirinha
localizada na região Norte da Amazônia Brasileira, para o desenvolvimento de uma tese de
doutorado e o planejamento das ações que constituirão o Plano de Desenvolvimento
Sustentável em bases agroecológicas da Comunidade Monte Sião, no município de São
Domingos do Capim, no Estado do Pará.
Pretende-se identificar, juntamente com as famílias ribeirinhas, as formas mais adequadas
de intervenção da ação extensionista, a partir do desenvolvimento de um Diagnóstico Rural
Participativo (DRP) que utiliza técnicas de aprendizagem e ação participativa, possibilitando
o planejamento coletivo das ações a serem desenvolvidas, dentro de uma perspectiva de
desenvolvimento local sustentável. Como a extensão rural pode contribuir com o
desenvolvimento sustentável local, sem a interferência da difusão de tecnologias que
desconsideram o saber das famílias, principais protagonistas no resgate, valorização e
construção de novos conhecimentos capazes de promover sua reprodução social; e como
fazer a interação entre técnicos e agricultores e agricultoras ribeirinhas, dentro de uma
perspectiva de desenvolvimento local sustentável, tornar-se mais democrática é
participativa, considerando a importância do saber popular na mesma dimensão do
conhecimento científico, para que este seja reinventado como um sistema de pensamento
construído coletivamente por pesquisadores e atores sociais que vivenciam uma história da
vida real, num esforço de crítica à extensão difusionista ou ecotecnocrática,
comprometedora das bases produtivo-culturais relativas aos agroecossistemas em estudo,
são algumas das questões orientadoras desta proposta.
O projeto terá sua abrangência ampliada às demais comunidades do município,
considerando que o desenvolvimento sustentável só é possível com a participação e
integração conjunta da população, que forma um todo sistêmico e multidimensional. E para
a consolidação desse todo multidimensional complexo, a gestão será compartilhada entre a
Secretaria Municipal de Agricultura, que conta com um Centro de Produção e Capacitação,
e o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de São Domingos do Capim (STTR),
que dispõe de uma sede com espaço físico para a realização de oficinas, cursos e outros
métodos que visem à formação continuada dos sujeitos envolvidos em processos de
desenvolvimento local rural sustentável.
Projeto CS-12
Título: Medicina Social para População de Baixa Renda e o Desenvolvimento Sustentável
Certo da Amazônia
Autor: Carlos Francisco Lobato Álvares da Silva
Instituição: Faculdade Newton Paiva
Resumo: Uso da medicina social pela população de baixa renda (levada a efeito por Madre
Tereza de Calcutá), trazendo a saúde e levando-a a áreas longínquas onde moram o índio, o
caboclo e as populações ribeirinhas; e ao pobre; que não pode comprar remédios
genéricos. O desenvolvimento sustentável certo da Amazônia lhes proporciona também
cursar e tirar o diploma de nível superior por meio de cursos virtuais (à distância, com
banda larga) seja em universidades públicas gratuitas ou particulares, para os poucos que
podem pagar. Defesa da biodiversidade única da Amazônia, vivendo-se com recursos
naturais da Floresta da Amazônia será derrubada e devastação de suas matas.
Projeto CS-13
Título: Popularização da Ciência na Amazônia: Ações do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia
Autor: Carlos Roberto Bueno
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Resumo: A comunicação cientifica e tecnológica no Brasil revela-se ainda uma atividade
elitizada, de diferenciação cultural, que favorece aqueles que dispõem de meios de acesso
facilitado, sendo em geral reflexo da oportunidade de recursos financeiros, tecnológicos ou
culturais. Dessa forma, historicamente, o passivo social acumulado para com as populações
de menor renda é elevado.
No Brasil, as experiências na área de comunicação científica se intensificaram nos últimos
20 anos, e a criação de Museus e Centros, de Ciência cresceram em número e qualidade,
apesar das dificuldades de manutenção de suas atividades. Historicamente, a maioria
desses espaços tem sido criada dentro de instituições públicas. Ainda assim, a rede de
centros e museus de ciência é deficiente, e estes estão concentrados geograficamente, em
número reduzido, no Sul e Sudeste, e tais espaços são considerados estratégicos para
promover a cidadania, por meio da educação científica da população.
A proposta do Projeto Popularização da Ciência na Amazônia: Ações do Instituto Nacional
de Pesquisas da Amazônia tem sua origem considerando as experiências anteriores
realizadas pelo INPA e diversos parceiros, no Bosque da Ciência/INPA, no Jardim Botânico
de Manaus Adplpho Ducke, nos campi e áreas experimentais do INPA.
Assim, a proposta deste projeto é promover vivências socioeducativas, tecnológicas,
informativas e de lazer, a partir da visitação ao Bosque da Ciência, no Jardim Botânico de
Manaus, e em outras áreas onde o INPA produz ciência.
Projeto CS-14
Título: Artefatos com Madeiras Certificadas da Amazônia Empreendedorismo e
Comercialização
Autores: Claudete Catanhede do Nascimento | Edson da Silva Ribeiro
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
Resumo: A proposta tem por objetivos formar recursos humanos na área de tecnologia da
madeira, valorizar madeiras da Amazônia com incremento de espécies alternativas pouco
conhecidas comercialmente, e contribuir com o crescimento da renda per capita da região e
social do Estado, para dispor de produtos de qualidade para comercialização interna e
externa, com mão de obra especializada.
A relevância do projeto está ligada ao aspecto social e à qualidade do produto, em razão de
o Estado do Amazonas ter forte dependência da política de incentivos fiscais. Ele visa aos
participantes da proposta beneficiamentos nos seguintes aspetos: conhecimento a respeito
da tecnologia da madeira, autoafirmação, melhores oportunidade de negócios com
madeiras da Amazônia, aumento da produtividade, crescimento de exportação, renda per
capita social, interesse de outras empresas em fabricar os produtos, bem como contribuição
para economia local.
Para que isso aconteça, foram selecionados uma microempresa e grupos de trabalho de
Municípios do Estado do Amazonas. Essa união surgiu do interesse de inserir no mercado
produtos com qualidade economicamente viável, a partir de madeiras certificadas por meio
de conhecimentos tecnológicos, e também em razão de alguns entraves existentes no
Estado, como a falta de capital, que não permite a expansão do setor e o apoio técnico e
científico para o equilíbrio entre a démanda e a oferta.
Com o implemento da proposta:
• os participantes estão recebendo informações a respeito de tecnologia da
madeira, adquiriram novos equipamentos e acessórios pelo projeto, para que
confeccionem os produtos na forma industrial, com qualidade.
• está sendo possível adicionar valores para as madeiras da Amazônia, qualificar
recursos humanos na área pertinente à proposta e, dada a qualidade x aceitação
dos produtos os participantes estão: conseguindo seu espaço no mercado local e
nacional. Os produtos comercializados são instrumentos musicais (violões e
cavaquinhos), artigos decorativos e utilitários, como bandejas decorativas, abajures,
caixas marchetadas e motocicletas (miniaturas), fabricados com madeiras nativas da
Amazônia, provenientes de Plano de Manejo ou de Certificação.
Os produtos que estão sendo comercializados primam pela divulgação e valorização das
espécies de madeiras da Amazônia; pelo aproveitamento dos resíduos provenientes do
processamento mecânico, pelo reconhecimento da tecnologia e por produtos com
identidade regional, com qualidade e funcionalidade.
Projeto CS-15
Título: Projeto Ecoarte Popular – Artesanato de Sucatas de Oficinas Mecânicas
Autor: Cláudio Antonio Rodrigues Leal
Instituição: Núcleo Regional do Instituto Euvaldo Lodi, de Rondônia
Resumo: O projeto pretende produzir obras de Ecoarte Popular e comercializá-las em
feiras de artesanato, em prol da sustentabilidade do projeto e de novos jovens que irão
aprender esse ofício. Com esta condição, será oferecida melhor qualidade de vida a esses
jovens, ao ser-lhes apresentado o mundo das artes e do trabalho. O projeto-piloto irá
selecionar um grupo de 50 jovens com idade entre 18 e 24 anos, que estejam fora do
mercado de trabalho formal e em situação de vulnerabilidade social, todos moradores da
Zona Leste da capital, Porto Velho. Desta forma, ao oportunizar esse reencontro com o
mundo da arte e do trabalho, o projeto irá injetar-lhes constantemente doses extras de
autoestima, classificando-os para aprenderem o ofício do artesanato, a partir da junção
mecânica de peças metálicas, todas doadas e retiradas das oficinas mecânicas parceiras.
Ao se capacitarem nessa parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(Senai), que ofertará um curso de 120 horas e subsidiará parte dos custos do Curso de
Montagem de Peças Mecânicas, estarão prontos para desempenhar sua total criatividade
na construção de peças artesanais.
Projeto CS-16
Título: Utilização das Ferramentas Atuais de Telecomunicação, Tecnologia de Mobilidade
Aeronáutica Nacional e Embarcações Ecologicamente Corretas Aplicadas para Telemedicina
Autor: Cláudio Behling
Instituição: Universidade Federal do Paraná
Resumo: As atuais ferramentas de telecomunicação existentes na telefonia móvel podem
ser usadas para salvar vidas e melhorar os indicadores de desenvolvimento humano na
região Amazônica e em todo o mundo. É notório o grande desenvolvimento da medicina nos
grandes centros urbanos, onde está a melhor infraestrutura e grande parte dos médicos e
profissionais da área de saúde. Ao mesmo tempo, sabemos que grande parte das doenças
e.mortes podem ser evitadas com cuidados muito simples, desde que com a recomendação
adequada. A atual tecnologia existente, que é usada para garantir todo o pujante e ágil
mundo dos executivos, também pode ser facilmente adaptada para salvar vidas em regiões
inóspitas.
Como exemplo, o grupo Médicos sem Fronteiras não exige que as pessoas interessadas
sejam formadas em qualquer área ligada às ciências da saúde. Ele fornece um treinamento
básico em enfermagem, que é suficiente para atender a grande parte das necessidades das
comunidades. Mas esse projeto ainda prevê a assistência a, distância, com celulares de
terceira geração, que mandam e recebem vídeos gravados e possibilitam a formação de
teleconferências com as pessoas envolvidas, e a criação de vídeos que podem ser exibidos
em outro lugar, no momento em que são feitos. Esses videofones portáteis podem
fornecer toda a velocidade que o salvamento de vidas demanda em muitas situações.
Os mecânicos de avião poderão atuar com o avião-robô desenvolvido pelos pesquisadores
da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Esse veículo não tripulado pode ir
diretamente ao ponto em que está o GPS (Sistema de Posicionamento Global) que existe
no avião e no celular, quando se aproximar da área que o celular indicou. Um paraquedas
com o medicamento pode ser lançado do avião, anexado a um pequeno localizador, para
ser facilmente visto pelo enfermeiro, que estará aguardando para aplicá-lo no paciente.
Afora isso, o programa prevê a construção de barcos de garrafas PET, esse material que
infelizmente é facilmente encontrado nos leitos dos rios. Um barco completo modelo
Catamarã, para duas pessoas, custa em torno de dois mil reais, incluindo o motor, segundo
um projeto que foi desenvolvido no Paraná, cujo atalho se encontra nó último item desta
ficha de inscrição, nos projetos de terceiros. Esse barco pode ser construído por qualquer
um que possua garrafas, cola e um estilete. Ele pode melhorar a mobilidade das
populações ribeirinhas, limpar os rios das garrafas PET, por meio da reutilização, e
proporcionar um mecanismo gerador de emprego e renda ecologicamente correto para a
rede hoteleira e pesqueira da região, pois esses barcos podem ser construídos no tamanho
que se queira para transportar pessoas, cargas e tudo mais que se desejar. Podendo
agilizar o transporte dos doentes para locais mais bem assistidos.
Projeto CS-17
Título: Saneamento Ecológico Usando Biodigestores Indianos para Tratamento de Afluentes,
Aproveitamento do Biogás, Biofertilizantes e Proteção Ambiental no Projeto de
Desenvolvimento Sustentável Morena, no Município de Presidente Figueiredo – Estado do
Amazonas
Autor: David Benedito Ribeiro Gonçalves
Instituição: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)
Resumo: O Projeto de saneamento ecológico utilizando biodigestores indianos para o
tratamento de afluentes no Projeto de Desenvolvimento Sustentável Morena é um projeto
social que cuida principalmente da saúde da população local, geração de renda e economia,
oferecendo o biogás para as residências e instalações comunitárias, com utilização do
biofertilizante para a produção agrícola e pecuária, produção de leite para a merenda
escolar das crianças da comunidade, educação ambiental, melhoria da qualidade de vida da
população local, através da melhoria na produção de alimentos, redução da incidência de
doenças, conservação ambiental e estruturação para a implantação do ecoturismo.
Projeto CS-18
Título: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável de Jovens Tikuna Vivendo na Cidade:
a construção de novas formas de sobrevivência dos povos indígenas na cidade de Manaus, a
partir da cultura
Autor: Denise Pini Rosalem da Fonseca
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Resumo: Caminhos para o desenvolvimento sustentável de jovens Tikuna vivendo na cidade:
a construção de novas formas de sobrevivência dos povos indígenas na cidade de Manaus, a
partir da cultura.
Projeto CS-19
Título: Legislação Sanitária para Empreendedores da Cidade de Manaus
Autor: Denize Lima Matos
Instituição: Núcleo de Assistência ao Empreendedor (NAE) / Secretaria do Trabalho e
Emprego
Resumo: O projeto tem como proposta apresentar e esclarecer as normas de vigilância
sanitária a aproximadamente 500 empreendedores que exercem atividades ou
comercializem produtos de interesse para a saúde pública, com o propósito de orientar os
participantes das exigências das VISAS, auxiliando no processo de mudança
comportamental e, consequentemente, de melhorias, tanto no desempenho profissional,
quanto na oferta dos serviços e produtos em saúde.
Projeto CS-20
Ver Lista de Premiados
Projeto CS-21
Título: Apoena – Educação para a Sustentabilidade – Ler e Aprender nas Comunidades do
Rio Tarumã-Açu
Autor: Eliana da Conceição Rodrigues Veras
Instituição: Fundação Floresta Viva
Resumo: O projeto Apoena – Educação para a Sustentabilidade – Ler e Aprender nas
Comunidades do Rio Tarumã-Açu está voltado para o incentivo à leitura das crianças,
jovens e adultos das comunidades da Microbacia Hidrográfica do Rio Tarumã-Açu, mais
precisamente as comunidades Nossa Senhora Auxiliadora, Nova Esperança, Rouxinol e
Inhãa-Bé. Todos os educandos das comunidades citadas estudam na Escola Santo André,
localizada na comunidade Nossa Senhora Auxiliadora e Nova Esperança, comunidades
tradicionais e indígenas, normalmente em turmas mistas, com pais e filhos estudando
juntos.
Ler é uma prática básica e essencial para aprender. Nada pode substituir o hábito da
leitura como fonte de conhecimento; porém, nem sempre a leitura é agradável e
prazerosa, se não há estímulo às crianças para terem contato com livros, revistas e jornais.
Normalmente se diz que a responsabilidade sobre o ato da leitura faz parte das
atribuições dos docentes, que precisam buscar técnicas e dinâmicas que agucem em seus
discentes o gosto pela leitura. As dinâmicas são próprias aos espaços destinados, ao
número de alunos e ao grau de ensino, o que modifica são as dificuldades dos textos.
O incentivo à leitura faz com que as comunidades tenham acesso a livros didáticos das
mais diversas áreas do saber; inclusive a ambiental, que tratam da conservação e
preservação da Amazônia, contribuindo para o desenvolvimento sustentável daquela área,
uma vez que estão inseridas em uma microbacia hidrográfica, cercados de árvores, rios e
animais silvestres. Dessa forma, pretende-se contribuir para o desenvolvimento cultural
daquelas comunidades. O conhecimento torna o cidadão crítico é capaz de se desenvolver
pensando nas gerações, futuras.
A Fundação Floresta Viva, em parceria com o Banco do Brasil, Faculdade Salesiana Dom
Bosco e Instituto Internacional Amazônia Viva, criaram a biblioteca comunitária com mais
de 1500 livros doados pelas referidas instituições. Nesse espaço, a comunidade se reúne
para leitura e dinâmicas de educação ambiental, e para assistir a vídeos sobre a Amazônia
e filmes que contribuam ao aprendizado.
O espaço para leitura se faz necessário em qualquer escola, mas nessas comunidades não
há essa prerrogativa, devido ao acesso restrito.
As comunidades têm acesso programado à biblioteca, podendo ser-lhes destinada um dia
inteiro de atividades, inclusive com caminhadas em trilhas ecológicas, para conhecerem o
orquidário, o bromeliário e a floresta dos macacos, todos na área destinada à Fundação
Floresta Viva.
A FFV, conhecedora de suas responsabilidades sociais, e com a parceria do Banco do
Brasil, Faculdade Salesiana Dom Bosco e Instituto Internacional Amazônia Viva,
disponibiliza as comunidades a oportunidade de acesso à leitura, além de ter como
voluntários pedagogos, administradores, assistentes sociais, filósofos, entre outros.
Projeto CS-22
Título: Projeto Aimirim – Organização Comunitária para o Empreendedorismo e Geração
de Negócios na Comunidade Costa da Terra Nova.
Autores: Eliana da C. R. Veras | Davi Dennis Della Vechia | Lucineide Dias | Sulamita Cuvello
| Solange Damasceno
Instituição: Faculdade Salesiana Dom Bosco, Fundação Floresta Viva e Instituto
internacional Amazônia Viva
Resumo: O Projeto Aimirim – Organização Comunitária para o Empreendedorismo e
Geração de Negócios na Comunidade Costa da Terra Nova tem como objetivo Potencializar
o Empreendedorismo Sustentável Através do Desenvolvimento e Criação de Negócios que
Promovam a Geração de Emprego e Renda.
O projeto está inserido na linha social, uma vez que irá promover a geração de emprego e
renda na comunidade Costa da Terra Nova, que já desenvolve atividades voltadas para o
turismo, sendo necessário identificar, nos negócios existentes, os entraves na cadeia
produtiva, estruturando soluções coletivas de geração de renda.
A metodologia adotada para desenvolver os trabalhos está pautada na metodologia
pesquisa-ação, pois esta busca orientar a relação entre pesquisadores e pesquisados, a
partir de princípios éticos e políticos que promovam a potencializaçãp, a emancipação e a
autonomia das populações locais, ha construção e consolidação de ações que transformem
o contexto em que estão inseridos.
Essa metodologia propiciará à comunidade refletir acerca de sua realidade, fazendo com
que aponte meios para a implementação de ações de superação das suas dificuldades,
sendo os comunitários protagonistas dos trabalhos realizados, e os técnicos, facilitadores. G
desenvolvimento dos trabalhos será centrado na práxis coletiva, na qual o conhecimento e
as ações ordenadas por princípios da dialética comporão as atividades cotidianas do grupo
de trabalho de empreendimentos comunitários.
O valor estimado do projeto é de R$520.605,80 (quinhentos e vinte mil, seiscentos e cinco
reais e oitenta centavos, inclusos todos os gastos operacionais, pessoais e materiais, tendo
sido apresentado à Petrobras no processo de seleção pública, cujo resultado está previsto
para maio de 2008.
Projeto CS-23
Título: Duplicação da Rodovia Belém-Brasília – BR 010
Autor: Ezequiel Camilo da Silva
Instituição: Secretaria Municipal de Educação de São Paulo
Resumo: Estas propostas têm a finalidade de sugerir novas e originais propostas para
desenvolver as áreas pertencentes às Regiões Centro-Oeste e Norte, ao longo da Rodovia
Belém-Brasília, concomitantemente com sua duplicação e restauração, com p implantação
de novos projetos e a criação de novas cidades e vilas, como parte de um grande complexo
turístico-ecológico e de educação ambiental.
Justificam-se estas propostas e todas as ideias nelas contidas, considerando os grandes
recursos naturais disponíveis nas áreas em questão, e ainda o grande potencial humano
existente e disponível para ser educado, preparado para o trabalho e capaz de exercer as
atividades necessárias, com a finalidade de desenvolver todos os projetos inseridos neste
grande complexo aqui sugerido.
O autor sente-se no dever de exercer seu pleno direito de cidadania, para propor estas
ideias à discussão e ao debate, que julga necessário para desenvolver o país, atendendo ao
chamado do Presidente da República, que pede que todos deem suas contribuições para
esta grande tarefa de tirar o nosso Brasil deste longo processo crônico de atraso e
estagnação.
Portanto, seguindo essa linha de pensamento, que faz parte a longo tempo dos ideais do
seu autor, que está imbuído nesta grande tarefa, propõe-se a duplicação e a criação de um
novo e moderno traçado para a Rodovia Belém-Brasília, que resultará na redução do seu
percurso, encurtando a distância entre seus dois extremos e nos demais trechos, e o antigo
traçado dessa rodovia. Para tanto, sugere a criação e a implantação dos empreendimentos
que estão relacionados nas propostas deste projeto.
Todos os estados das duas regiões em questão, que são partes integrantes de seu trajeto,
serão grandemente beneficiados, com destaque especial para o Estado do Tocantins, que
terá, além de sua integração, a efetiva incorporação às regiões Sul e Sudeste, além de ser
um grande corredor qué interligará o Mercosul com a Amazônia brasileira.
Queremos também ressaltar a importância dessa duplicação para a economia regional e,
substancialmente, para o desenvolvimento do turismo ecológico e a educação ambiental,
com o objetivo da formação de uma nova mentalidade que envolva a preservação do meio
ambiente e a cidadania.
Projeto CS-24
Título: Projeto de Educação Ambiental Guardiões do Verde: um olhar para a formação de
educadores socioambientais
Autor: Francisca Marli Rodrigues de Andrade
Instituição: Secretaria Municipal de Educação de Castanhal (PA)
Resumo: O “Projeto de educação ambiental Guardiões do Verde: um olhar para a formação
de educadores socioambientais” tem como objetivo promover a formação continuada de
professores para o domínio teórico e metodológico da educação socioambiental, no escopo
de um processo educativo amplo e permanente, necessário à formação do cidadão. Desse
modo, o projeto aqui apresentado tem como base o pensamento de Carvalho (2002), de
que toda educação é ambiental, pois se assim não se procede, perde-se o sentido de
educar. Compartilhando deste pensamento, compreende-se que a formação de professores
deve orientar-se por contextos diferenciados e intrinsecamente interligados: sociais,
econômicos, políticos, pedagógicos, técnico-científicos e ambientais. Nesse sentido, há
necessidade de redirecionar a formação de professores, para que estes assumam a função
de intelectuais transformadores (GIROUX, 2003), destinados a construir um saber ambiental
(LEFF, 2001), sob o entendimento de que educar constitui-se um processo histórico, e que
sua ação deve ter como base o enfoque holístico (MORIN, 2003), permitindo o
entendimento da dimensão e atuação da cidadania planetária (GUTIERREZ e PRADO, 2000).
Assim, o projeto aqui apresentado objetiva incentivar e promover a formação do professor,
almejando construir uma rede de desarticulação do ciclo de degradação socioambiental,
superando a fragmentação dó conhecimento, a superespecialização das Ciências e a sua
desumanização, uma vez que o conceito socioambiental exige um conhecimento
multidimensional. Partindo do estudo dos ecossistemas mais simples aos mais vastos,
atinge-se o conceito de biosfera, abrangendo todos os seus elementos, inclusive o ser
humano (MORIN, 1999). Daí a necessidade de superar a fragmentação dos conhecimentos,
compreendendo que por toda parte o principio da disjunção e o de redução quebram
totalidades orgânicas e são cegos em relação a uma complexidade cada vez mais
escamoteável. Por toda parte, o sujeito se reintroduz no objecto; por toda parte o espírito e
a matéria são chamados um pelo outro, em vez de se excluírem; por toda parte cada coisa,
cada ser reclama a sua reinserção no ambiente (MORIN, 1988).
Para concluir, conforme Loureiro (2004), a educação ambiental é um momento de práxis
social capaz de promover a transformação, não sendo possível revolucionar a sociedade
apenas Com uma nova educação coerente com a perspectiva “ambiental”, da mesma
forma não sendo possível fazer isto sem eia. Revolucionar significa transformação
integral de nosso ser e suas condições práticas de existência; é a coincidência da
modificação das circunstâncias com alteração de si próprio, em nossos movimentos de
constituição de ser natural. Eis o desafio que está diante de nós.
Projeto CS-25
Título: Proposta para o Desenvolvimento Sustentável da Comunidade de Quebradeiras de
Coço Babaçu do Município de Sampaio-TO, Programa Agenda 21
Autor: Gilda Schmidt
Instituição: Fundação Universidade Federal do Tocantins
Resumo: O sistema tradicional de exploração do coco babaçu por meio de quebra manual
tem sido responsável pela baixa,taxa de aproveitamento do poténcial existente na
produção dos babaçuais, provocando a diminuição da oferta de amêndoas às indústrias
esmagadoras. Este projeto propõe a quebra do coco, pelas quebradeiras, com o auxílio
de equipamentos de pequeno porte e de fácil pianejo, proporcionando produtividade e
eficiência ao sistema para processo de exploração do coco babaçu. O projeto propõe
asssistência no que concerne ao manuseio do equipamento e à gestão da atividade
familiar dos assentados, no sentido de disciplinar o trabalho em equipe desde a coleta
até a comercialização dos produtos obtidos, ou seja, a polpa, o óleo e o carvão resultante
da queima da casca, que representa 93% do peso do coco e, no sistema atual, é
abandonada no campo. Sendo assim, é proposto o aproveitamento integral do coco
babaçu como alternativa para melhorar a qualidade de vida, dando às famílias
oportunidades de ocupação e rendimento, agregando valor à atividade de quebrar coco
das comunidades dos assentamentos, melhorando assim as condições de vida das
famílias envolvidas.
Projeto CS- 26
Título: Qualidade no Atendimento da Rede Publica de Saúde
Autor: Gleice Anne Gomes do Nascimento
Instituição: Faculdade Boas Novas
Resumo: A superlotação nos serviços de emergência ou triagem representa grave problema
no sistema de saúde, e a demanda de pacientes com doenças vem crescendo
exageradamente o número de atendimentos nessas unidades; entretanto, a assistência
médica pode ocorrer em condições precárias, da demora no atendimento, muitas famílias
de baixa renda optam por ser atendidas em pequenas clínicas populares. Isto para fugir do
mau atendimento e principalmente da fila de espera que, invariavelmente, se formam nas
unidades de saúde com atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Na rotina do dia-a-dia, pode-se perceber que o tempo de espera é prolongado, há
superlotações nas salas de espera, e não há eitos suficientes para suprir a demanda das
unidades. Analisando-se criteriosamente ó atendimento realizado pelas unidades, podemos
constatar que as superlotações nas unidades de urgência podem representar dificuldades
no atendimento médico.
O desgaste das equipes no ambiente de trabalho contribui para que o atendimento de
pacientes se torne um estresse; consequentemente, acontecerão falhas no atendimento.
Uma das etapas principais da elaboração deste projeto é a participação da comunidade. Ela
poderá oferecer sugestões, levantar problemas e traçar metas para o futuro e para o
desenvolvimento da comunidades.
Portanto, é preciso haver o envolvimento de todos as pessoas que trabalham nas unidades
de Saúde. Elas devem conhecer o projeto que será desenvolvido nas unidades, planejar e
participar efetivamente do processo, desde a criação até a execução, ou seja, j o próprio
plano precisa de comunicação para se efetivar de modo eficiente. Daí a importância da
comunicação interna. É preciso considerar os funcionários como peças fundamentais para
repassar este projeto, que será aplicádo nas unidades de saúde.
Projeto CS-27
Título: Fomentando Parcerias Florestais Sustentáveis: um guia para a elaboração de
contratos a partir do diagnóstico dos arranjos em; presas-comunidades já existentes no
Distrito Florestal da BR-163
Autores: Isabel Garcia Drigo | Maurício de Almeida Voivodic
Instituição: Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental/Procam/USP
Resumo: A exploração legal e racional das florestas nativas brasileiras está no topo da
agenda ambiental brasileira, principalmente no que se refere ao bioma amazônico,
devido à importância que sua existência e conservação representam
internacionalmente.
A gestão florestal, entendida de forma mais ampla, tem pelo menos dois objetivos:
explorar as florestas dentro dos requisitos legais; e b) garantir a conservação das florestas
para as futuras gerações, por intermédio de práticas sustentáveis.
Notadamente, observa-se um crescimento das parcerias entre comunidades e empresas
para a execução de planos de manejo florestal sustentável, seja para o aproveitamento das
áreas de reserva legal nas diferentes modalidades dos assentamentos da Reforma Agrária,
seja para a implementação de planos de manejo em unidades de conservação incluídas no
processo de concessão florestal.
Considerando-se que: a) no cerne da política pública na área florestal, um dos principais
objetivos é fomentar modalidades de uso e gestão sustentáveis das florestas nativas e
públicas na Amazônia; b) no polígono do Distrito Florestal Sustentável da BR 163, no Estado
do Pará, existe um potencial de atribuição de mais de 4 milhões de hectares em concessões
públicas e comunitárias, segundo estimativas do Plano de Outorga Florestal 2009; e c) já
existem em 2008 vários arranjos empresas-comunidades em curso, este projeto propõe:
aprofundar o entendimento sobre o funcionamento dos arranjos empresas-comunidades já
iniciados, o que funciona e o que não funciona, e quais os possíveis caminhos para construir
novas parcerias eficientes. A partir do estudo, pretende-se produzir um documento do tipo
“Guia” que contenha orientações para a formação de parcerias empresas-comunidades. A
ideia é trazer informações úteis sobre os pontos fortes e fracos dos arranjos e contratos, do
ponto de vista social e econômico, e os modelos de sucesso que poderão vir a ser
reaplicados.
A ação visa complementar, assim, as ações governamentais já em curso, como o Projeto
Floresta em Pé, uma parceria do Ibama que tem cooperação europeia, sediado em
Santarém, e as próprias ações do Serviço Florestal Brasileiro na busca de mais
conhecimento para impulsionar a gestão florestal sustentável.
Projeto CS-28
Título: Capacitação de Moradores do Município de São Pedro da Água Branca (MA), para a
Geração de Emprego e Renda com Atividades Voltadas para o Atendimento aos Turistas.
Autores: Iviane de Oliveira Gomes | Jose Barros da Lomba | Paulo César Brandão Júnior |
Marcio Roberto Palhares Nami
Instituição: Extensão Universitária
Resumo: Capacitação de moradores da comunidade que atuam em atividades turísticas
voltadas para o lazer, a cultura, a degustação e a pesca, como forma de geração de
emprego, renda e melhoria na qualidade de vida da população amazônica. Atualmente, não
há padronização na execução dos serviços; as atividades são realizadas por comerciantes de
outras cidades, que se favorecem do potencial da região. O meio ambiente fica em segundo
plano, prejudicado por essa exploração. Busca-se motivar os moradores interessados no
segmento turístico para que, de posse desses novos conhecimentos, venham a mudar a
situação social e cultural em que vivem, conscientizando e mostrando para a comunidade a
importância da preservação do meio ambiente para o potencial turístico da região.
Projeto CS-29
Título: Memória Social e Patrimônio Público: Lacunas Perceptíveis em Primeira Cruz.
Autor: Jaciel Ramos Moura
Instituição: Universidade Federal do Pará
Resumo: Desde as últimas décadas, assiste-se no Município de Primeira Cruz, localizado na
Amazônia Legal, a uma significativa aproximação do mar em direção à cidade-sede desse
município, o qual já imergiu uma floresta, casas, um prédio escolar e, ultimamente, parte
do único cemitério da cidade. Primeira Cruz surgiu como cidade em 1947 e historicamente
foi fundada por portugueses quando estes, liderados por Jerônimo de Albuquerque, vieram
expulsar os franceses de São Luís (1614) e procuraram surpreendê-los estrategicamente,
vindos pela foz do Rio Periá. Ali montaram acampamento em terreno firme e religiosos
capuchinhos celebraram uma missa e fincaram a “Primeira Cruz” portuguesa em solo
maranhense. Esse ato, mais tarde, deu origem ao nome da cidade surgida no local. Nesta,
atualmente, a imersão de parte do cemitério resulta na perda material, simbólica e cultural
da memória social do seu povo. Este fato constitui o foco desta pesquisa, conduzida pela
hipótese centrada no pensamento de Maurice Halbwuachs, de que a memória social
acontece por meio das construções coletivas, resultado das lembranças refeitas,
reconstruídas e repensadas com imagens daquilo que é material e que estão à diéposição
no momento presente. Também nos comentários de Eric Hobsbawm, que analisando seu
viver no século XX disse, de forma humilde, que caso seu nome desaparecesse
completamente, como a lápide na tumba de seus pais no Cemitério Central de Viena, não
haveria lacuna perceptível na história. Ter o cemitério de Primeira Cruz destruído significa
ter lacunas perceptíveis na memória social do seu povo. Este estudo pode fornecer
subsídios a uma política pública que fomente a preservação do patrimônio público, bem
como contribuir para o engajamento popular na ação de valorização da memória de seu
passado. A pesquisa será realizada por meio de leituras bibliográficas, consultas à
comunidade em forma de entrevistas formais e informais, análise de documentos antigos
no cartório municipal, fotografias etc. Pretende-se analisar minuciosamente todo o
material da coleta de pesquisa e apresentar seus resultados científicos. Espera-se que a
pesquisa tenha relevância no âmbito social, econômico e ambiental.
Projeto CS-30
Título: Amamentação: simbiose da vida para a vida
Autor: Janaina Miranda Bezerra
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Resumo: Este projeto tem como proposta a prática de ações educativas com gestantes
atendidas no Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz (MA), durante toda a
gestação, com o intuito de incentivar o aleitamento materno exclusivo até os seis meses e
sua extensão, acompanhado de alimentação complementar até os dois anos, como
preconizam a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, assim como
fomentar a doação de leite ao Banco de Leite Humano do município. Este último objetivo
possibilitará aos recém-nascidos cujas mães não podem amamentar os benefícios do leite
materno, uma vez que a quantidade de leite é insuficiente para atender à demanda do
Hospital Regional Materno Infantil, chegando a um déficit de aproximadamente 600L de
leite no ano- de 2007. Pesquisas comprovam que as crianças amamentadas
exclusivamente até os seis meses têm menos chance de adquirir doenças infecciosas,
respiratórias e diarreia, o que atinge diretamente os índices de morbimortalidade infantil.
Sabem-se também os benefícios para a saúde da mulher, na prevenção do câncer de
ovário e mama e na redução do peso adquirido durante a gestação.
Apesar dessas vantagens, estudos feitos em todo o Brasil mostram um alto índice de
desmame precoce e que só um pequeno número de crianças é amamentado segundo as
recomendações da OMS, tendo como causa principal a falta de informação sobre o tema.
Baseado nisso, serão realizadas palestras semanais ou quinzenais, ministradas por
acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, nas quais as
gestantes receberão orientações sobre os benefícios do aleitamento materno para a mãe
e a criança; os malefícios do desmame precoce; as técnicas de amamentação e ordenha;
os direitos da mãe nutriz; e a importância da doação de leite ao Banco de Leite Humano.
Projeto CS-31
Título: Incentivo à Mobilização em Torno do Desenvolvimento Sustentável e Valorização
da Identidade Cultural Através da Criação Centro de Pesquisas e Difusão de Tecnologias
Sociais
Autor: João Evangelista Rodrigues de Souza
Instituição: AMORU-Associação de Moradores do Rio Unini
Resumo: A AMORU, Associação de Moradores do rio Unini, que compreende cerca de 900
habitantes tradicionais da RESEX (Reserva Extrativista) Unini, PNJ (Parque Nacional do Jaú) e
RDS (Reserva de Desenvolvimento Sustentável) Amanã e o Centro Holos, uma organização
socioambiental que tem como missão proteger o direito humano a um meio ambiente
saudável na Amazônia, uniram-se para desenvolver um trabalho em articulação com o
Instituto Chico Mendes de Proteção à Biodiversidade/MMA.
O projeto visa buscar a produção do conhecimento tecnológico sustentável, através da
pesquisa e desenvolvimento de metodologias capazes de orientar uma intervenção política
na Amazônia, para os dias futuros, levando em conta as peculiaridades da região,
envolvendo distintas perspectivas que convergem a um objetivo comum: a preservação do
planeta e o combate às mudanças climáticas.
O resultado final será a geração de tecnologias sociais que contemplem algumas
experiências e metodologias consolidadas de baixo custo e alto impacto social que podem
ser aproveitadas, multiplicadas, replicadas, reeditadas e/ou adaptadas, baseadas no
respeito a terra e ao meio ambiente.
As famílias serão atingidas por líderes disseminadores, que serão orientados sobre a
importância da preservação ambiental e da recuperação de áreas degradadas, além do
contexto espaço e tempo na Amazônia, nos dias atuais. Será possível contabilizar ganhos
econômicos, já que, em longo prazo (planejamento para o futuro), teremos uma maior
diversidade de produtos provenientes de unidades demonstrativas que deverão ser
construídas pelos próprios moradores, tendo como principal característica os sistemas de
cultivo agroecológico e os extratos múltiplos de culturas, compostagem, integração de
pequenos animais, paisagismo e arquitetura integrados, possibilitando a criação de
sistemas que sejam ecologicamente corretos e economicamente viáveis, e que não
explorem ou poluam, assim, sejam sustentáveis em longo prazo, reduzindo gradativamente
a dependência de insumos vindos de fora.
O projeto envolverá planejamentos participativos, técnicas de consenso, treinamentos,
capacitação de agentes multiplicadores e lideranças, organização comunitária, gestão
participativa, assistência e suporte técnico às atividades, com incentivo ao protagonismo e
à emancipação das populações envolvidas.
Projeto CS- 32
Título: Avaliação Econômica e Social do Impacto da Agricultura Urbana de Tocantinópolis
(TO)
Autor: José Carlos Bezerra
Instituição: Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (ADAPEC)
Resumo: O crescimento populacional associado à urbanização e a migração de populações
rurais para as cidades têm provocado a cada dia o aumento da necessidade de geração de
emprego e renda para populações menos favorecidas. Estas buscam, de qualquer forma,
melhores condições para sua sobrevivência, uma vez que a degeneração da qualidade de
vida está disseminada em todo o planeta, até mesmo em países considerados ricos, em
função dos modelos de desenvolvimento vigentes e os padrões de consumo adotados pelos
países desenvolvidos.
A urbanização no Brasil, intensificada na década de 80, induziu a população rural ao
deslocamento para os centros urbanos, promovendo aumento da taxa da população
urbana e transformando as características das paisagens urbanas. Dessa forma, a
agricultura urbana passou a ter grande relevância na estrutura econômica das famílias de
baixa renda, aumentando a disponibilidade de alimentos em qualquer época do ano e
gerando ocupação de mão de obra, podendo contribuir também para a sustentabilidade
urbana.
A proposta de um projeto de pesquisa que será realizada em três bairros (Alto Bonito, Alto
da Boa Vista e Vila Matilde) de Tocantinópolis (TO) nasceu de reflexões sobre os problemas
econômicos e sociais que afetam o município, principalmente no que tange às questões de
desemprego, espaços urbanos ociosos e carência alimentar nas famílias menos favorecidas.
Neste sentido, buscar entender as dificuldades que alguns donos de lotes têm em praticar a
agricultura urbana, já que esta pode promover um microclima gerado pelo manejo do solo
e da água tratada, minimização do acúmulo de lixo e entulhos nas ruas, auxiliando para o
bom efeito da biodiversidade, além de atender à população local e aos cuidados que se
pode ter para produzir alimentos de qualidade, torna-se a problemática.
Diante disso, o principal objetivo da proposta do projeto de pesquisa é investigar a
contribuição da agricultura urbaha na melhoria da alimentação e renda familiar das famílias
de baixa renda de Tocantinópolis (TO).
A agricultura urbana praticada em pequenos espaços (terrenos baldios ou fundo de
quintais) tem gerado resultados positivos, garantindo a segurança alimentar através dos
produtos diversificados, fortalecendo o vínculo com a vizinhança e valorizando o
conhecimento popular.
Portanto, a justificativa da proposta do projeto de pesquisa toma como base a resistência
de famílias urbanas de baixa renda em ocupar lotes baldios para produção de alimentos,
embora essa ocupação tenha importância social, econômica e ambiental para
Tocantinópolis (TO) e região.
Para a sistematização da pesquisa, opta-se por um arcabouço teórico em que se
busca investigar a contribuição da agricultura urbana para a melhoria da alimentação e
renda familiar das famílias de baixa renda de Tocantinópolis (TO). Para tanto, a pesquisa
será do tipo: exploratória, por proporcionar maior familiaridade com o problema;
descritiva, pois irá descrever as características de determinada população ou fenômeno ou
o estabelecimento de relações entre variáveis; quantitativa, porque traduzirá em números
opiniões e informações para classificá-las e analisá-las; e qualitativa uma vez que irá
interpretar os fenômenos e as atribuições de significados, obtendo dados mediante contato
direto com a situação em estudo.
Projeto CS-33
Título: As Técnicas Verticais e o Desenvolvimento Sustentável
Autor: José Conceição Rocha Filho
Instituição: Associação dos Produtores Rurais do Assentamento Nazaré (APRAN)
Resumo: Ballet aéreo em uma castanheira de 50 metros. Surreal? Não. Apenas uma dentre
as tantas propostas apresentadas à comunidade ribeirinha relacionadas às técnicas verticais,
tão difundidas nos países desenvolvidos e atual coqueluche nos grandes centros brasileiros.
Circuitos de arborismo a baixo custo, mas muito seguros; capacitação de habitantes locais
para a realização de tarefas antes desnecessariamente onerosas, quando da necessidade de
deslocamento de pessoal a partir da cidade mais próxima; familiarização com as técnicas
verticais tanto para fins de esporte-lazer, como também para utilização como poderoso e
inovador aliado na preservação do ecossistema local, ao preencher boa parte das lacunas
deixadas pelos atuais modelos de desenvolvimento sustentável. Coleta de sementes, de
seivas e de matérias-primas diversas; modalidades do turismo de aventura (rapel, escalada
de arvores etc.), certificadas pela ABETA; serviço de guia em copas de árvores (modalidade a
ser discutida em conjunto com o Sebrae), para a observação da flora e da fauna aéreos;
filmagens em árvores, para documentários, propaganda ou realização de curta e Ionga-
metragens; “caça” ao Curumim Campeão, uma proposta para o incentivo/descoberta de
jovens talentos esportivos, dando-lhes oportunidade de terem contato com “padrinhos” ou
patrocinadores, ou seja, pequenas e grandes corporações da região, através do Marketing
Esportivo, são algumas das formas de somar com as alternativas atuais, buscando um melhor
aproveitamento do potencial ecológico e humano local, convergindo para o alcance de
metas ambientais, econômicas e sociais.
Projeto CS-34
Título: Construções Sustentáveis para Comunidades Extrativistas da Amazônia
Autores: Juliana Venturin Samonek | Francisco Samonek
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR)
Resumo: As construções tradicionais realizadas nas comunidades extrativistas no interior da
Amazônia são feiras com estrutura de madeira roliça, piso e parede de paxiúba fatiada e
coberta com palhas de palmáceas. Nas comunidades onde existe algum acesso, as
construções, fugindo dos estilos tradicionais, são realizadas com madeira serrada, piso e
paredes de tábua e cobertura em telhas de fibrocimento ou alumínio. Porém, a grande
maioria da população rural, pela precariedade e abandono em que vivem no interior da
floresta, mora em casebres sem as mínimas condições de habitabilidade. A falta de
atividades econômicas sustentáveis e os altos custos de extração da madeira e de aquisição
e transporte das telhas, bem como as dificuldades pela coleta de paxiúba e das folhas de
palmáceas, cerceiam-lhes o acesso a uma moradia digna, a escolas, postos de saúde, áreas
de lazer. Os desmatamentos e o manejo predatório da paxiúba tornaram-na uma espécie
com pouca incidência próximo das aldeias e comunidades de seringueiros. Hoje a
Tecnologia Social dos Encauchados de Vegetais da Amazônia, devidamente certificada pela
Fundação Banco do Brasil e disponível no Banco de Tecnologias Sociais, agraciada como 3.a
colocada na categoria Tecnológica-Econômica no Prêmio Samuel Benchimol 2006, está
permitindo o desenvolvimento de uma casa totalmente artesanal que pode ser feita pelo
próprio seringueiro no seu ambiente, com a utilização de materiais alternativos, existentes
na própria comunidade. Madeira; bruta para a montagem da estrutura, telhas de borracha
para a cobertura, blocos pré-moldados de taboca e borracha para as paredes, tijolo
ecológico de argila, fibra vegetal e borracha para o piso e para o reservatório d'água, calhas
de madeira bruta, para a captação da água de chuva, são os materiais produzidos
localmente, visando à construção de unidades sustentáveis, para moradia, trabalho, lazer,
educação, saúde. São construções sustentáveis que trazem conforto e qualidade de vida,
sem entrar em conflito com os estilos e o modo de vida das populações que habitam as
florestas da Amazônia, em arquitetura que se harmoniza com o entorno, e não produz um
impacto visual, já que a sua estrutura se entrelaça com o ambiente das florestas, em razão
do material usado e dos pigmentos utilizados na coloração dos materiais.
Projeto CS-35
Título: Capacitação Profissional em Técnicas de Escalada em Árvores
Autor: Leonide Dominique Príncipe
Instituição: L. D. Príncipe
Resumo: O Projeto de Capacitação Profissional em Técnicas de Escalada em Árvores é uma
proposta que focaliza a preparação de escaladores, visando a geração de emprego e renda,
de forma direta e indireta, às comunidades do Estado do Amazonas, isto g através do
turismo ecológico, com uma modalidade relativamente nova chamada tree dimbing
(escalada à copa das árvores). Esta atividade utiliza um mínimo de estrutura física, baseado
unicamente na utilização de equipamentos específicos para escalada, cordas e árvores de
grande porte, de 35 a 40 metros de altura. O objetivo da escalada é conhecer a vida e
interpretar de diversos fenômenos naturais que somente ocorrem na copas das árvores,
com o objetivo de levar o.s participantes a um processo de sensibilização e valorização da
floresta em pé e de sua conservação, fazendo com que a ecologia e o desenvolvimento
econômico trabalhem de forma harmônica e sejam de benefício para as populações do
interior do Amazonas.
Projeto CS-36
Título: Oficina do Saber e Reciclando para Resgatar
Autor: Lidiahe Matos Santos
Instituição: Faculdade Boas Novas
Resumo: Devido às várias mudanças ocorridas em nosso cotidiano, estamos hoje cada vez
mais necessitados de melhorar a Cidade de Manaus. Com este projeto, intenta-se trazer
benefícios para as comunidades carentes, tirando as crianças das ruas e diminuindo o
analfabetismo, por meio de atividades que gerarão renda a mães desempregadas,
reaproveitamento de embalagens, diminuindo o volume de lixo. Para começo do projeto de
100 crianças e adolescentes, na faixa de 7 a 17 anos (25 do Reforço Escolar/75 das
Oficinas), e 25 mães desempregadas, cujos os filhos em idade escolar estejam
regularmente matriculados na Rede Pública de Ensino.
Serão realizadas atividades de geração de rendas com mães desempregadas,
transformando o lixo reciclável em produto de consumo e diminuindo a repetência escolar,
estimulando nas crianças o gosto pela leitura e escrita, facilitando, através das atividades
propostas, o aprendizado e a compreensão das matérias ensinadas na escola formal. A
intenção é fazer com que se descubram cidadãs com direitos e deveres, aumentar a
autoestima de cada um, para que possam reconhecer-se como agentes de transformação
de suas próprias realidades e tenham condições de decidirem seu futuro.
Projeto CS-37
Título: Semana da Ação Social Indígena: uma proposta de valorização da cultura indígena
da Ilha do Bananal
Autor: Lilian Corina Gusso
Resumo: A Ilha do Bananal faz parte do estado do Tocantins, e faz divisa com o Mato
Grosso. E a maior ilha fluvial do mundo, com 20.000km quadrados de extensão, tendo a
sua direita o rio Javaés e à esquerda o rio Araguaia. Abriga ao norte o Parque Nacional do
Araguaia e ao sul, Terra Indígena Parque do Araguaia (mapa anexo). Sua população é
composta por tribos Carajás e Javaés que, no decorrer dos anos, sofreram interferência de
religiosos e agências governamentais, ministrando interesses e mudando a política da
comunidade, alterando assim, os seus costumes. A Constituição Federal de 1988, no Artigo
215, relata: “[...] o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais às
fontes de cultura nacional” e também que: “o Estadó protegerá as manifestações das
culturas populares indígenas”. Sendp um direito social constitucionalmente assegurado,
não tem sido objeto de |S poííticas públicas necessárias para que a valorização, proteção e
conhecimentos tradicionais dos povos indígenas se concretizem. No entanto, é forte a
tendência do povo em manifestar as suas opiniões e fazer permanecer suas tradições.
A SEMANA DA AÇÃO SOCIAL INDÍGENA é uma proposta de valorização da cultura indígena
da ILHA DO BANANAL. O projeto surgiu com a necessidade de criar, planejar e estruturar as
ações e diretrizes da SEMANA DA AÇÃO SOCIAL INDÍGENA, uma proposta de valorização da
cultura indígena da Ilha do Bananal. Desenvolvido para valorizar a cultura indígena,
contemplará atividades que têm direta relação com o desenvolvimento sustentável, haja
vista que há interdependência entre o ecoturismo e a sustentabilidade.
Projeto CS-38
Título: Levantamento Epidemiológico, Estruturação de Programa de Saúde Bucal e Atenção
Médico-odontológica de População Rural Ribeirinha Residente às Margens do Rio Machado,
no Estado de Rondônia
Autor: Luis Marcelo Aranha Camargo
Instituição: Instituto de Ciências Biomédicas (USP)
Resumo: Grupos mais desfavorecidos no âmbito socioeconômico tendem a ser mais
atingidos pela cárie dentária. Baseado nisso, propõe-se o acompanhamento da situação de
saúde bucal de moradores da região ribeirinha do Baixo Rio Machado, no Estado de
Rondônia, onde o acesso aos serviços de saúde é dificultado pela ausência de profissionais e
problemas com transporte. O projeto visa também avaliar o impacto do tratamento
odontológico curativo/restaurador sobre os moradores, que supostamente nunca
receberam orientações pertinentes, realizando tratamentos odontológicos de custo mais
baixo e de produtividade maior, como o ART (tratamento restaurador traumático). Para
isso, realizar-se-ão levantamentos epidemiológicos de saúde bucal nas comunidades
situadas ao longo do Rio Machado, entre os municípios de Porto Velho e Machadinho
d'Oeste, de acordo com p preconizado pela Organização Mundial de Saúde, além de
tratamento odontológico curativo e atenção médica, assim como/após avaliação
antropológico-cultural em saúde e de hábitos de, higiene oral, realizar o treinamento de
alguns moradores locais, proporcionando desenvolvimento sustentável em termos de
educação e prevenção em saúde bucal, a fim de reforçar, constantemente, as orientações
de higiene oral e cuidados em saúde com a população. No levantamento epidemiológico
realizado em 2005, índices de saúde bucal encontrados foram definidos como
insatisfatórios, caracterizados por um elevado índice de perda dentária em indivíduos
adultos e por um alto índice de cárie dentária em crianças, adolescentes e jovens, assim
como a completa ausência de assistência odontológica, seja curativa ou preventiva.
Projeto CS-39
Título: Plantas Medicinais na Comunidade
Autor: Luiz Roberto Couto da Silva
Instituição: Universidade Federal Fluminense (UFF)
Resumo: O Brasil é um país que possui uma rica variedade de espécies vegetais medicinais
que sempre foram usadas popularmente em caso de enfermidades. Porém, observa-se um
crescente desuso dessa flora frente ao crescimento da indústria farmacêutica
multinacional, que vem ganhando mercado, através de propaganda em massa de seus
remédios.
Com base nessas observações, parece extremamente importante o incentivo ao uso mais
constante de plantas medicinais e alimentícias por parte da população, levando esta a
perceber melhor o processo de cura, uma vez que esse se dá gradualmente. Outro aspecto
seria o de reforçar sua cultura, e não ser tão dominado por aquilo que vem de fora, bem
como praticar de maneira mais efetiva a medicina preventiva, uma vez que o uso de plantas
medicinais não se dá só através de chás e, sim na alimentação em geral.
Projeto CS-40
Título: Empreendedorismo Social e Artesanato Sustentável na Região do Bico do Papagaio.
Autor: Magvan Gomes Botelho
Instituição: Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Tocantins
Resumo: O produtor da área de artesanato muitas vezes não está preparado para integrar o
mercado empresarial, devido a razões que vão de técnicas de produção ao
desenvolvimento e gestão de seu negócio. Este projeto tem o objetivo de trabalhar essa
realidade, desenvolvendo ações específicas com base na inovação tecnológica, no
associativismo, na gestão, capacitando grupos de produção constituídos na grande maioria
de mulheres e jovens, objetivando, através do artesanato, gerar inclusão social por meio da
geração de trabalho, emprego e renda em uma região de baixo IDH. O projeto
Empreendedorismo Social e Artesanato Sustentável na Região do Bico do Papagaio tem
natureza social e busca desenvolver a competência empreendedora, a inovação e a
criatividade profissional direcionadas para empreendedores e associações, visando se
estabelecerem e competirem no mercado, cumprindo papel social na redução da pobreza,
criação de emprego, geração e ampliação da renda familiar, e no estímulo à integração
social e ao desenvolvimento socioeconómico local sustentável, tendo como benefício à
inclusão social e o resgate cultural através do artesanato.
Projeto CS-41
Título: A Construção de Arranjos Produtivos Sustentáveis no Fornecimento de Carvão
Vegetal para a Indústria Siderúrgica
Autor: Marcelo Domingos Sampaio Carneiro.
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Resumo: O projeto “A construção de arranjos produtivos sustentáveis no fornecimento de
carvão vegetal para a indústria siderúrgica” identifica e analisa as principais estratégias
utilizadas pelas empresas localizadas na Amazônia para enfrentar os problemas sociais e
ambientais relacionados com a aquisição de carvão vegetal para a produção de ferro-gusa.
Levantamento preliminar, realizado em pesquisa anterior (CARNEIRO, 2008), mostrou que
tem havido um processo de diferenciação entre essas empresas siderúrgicas, com várias
dessas empresas realizando investimentos no sentido de conseguirem implantar fontes
sustentáveis de fornecimento de carvão vegetal (implantação de reflorestamento, compra
de madeira certificada, acordo com produtores florestais legalizados, compra de coco
babaçu etc.). Esses investimentos têm se materializado na articulação de diferentes atores
econômicos (empresas, intermediários, produtores florestais, trabalhadores, quebradeiras
de coco babaçu etc.) e vêm dando origem ao que estamos denominando de diferentes
arranjos produtivos (KELLER, 2007). Esses arranjos produtivos implicam repercussões sociais
e ambientais distintas, cuja variação está relacionada com a forma de inserção e
participação dos diferentes atores sociais envolvidos nas modalidades específicas de
produção de carvão vegetal para a indústria siderúrgica (reflorestamento, manejo florestal;
queima do coco babaçu). A pesquisa realizará um inventário desses diferentes arranjos
produtivos e analisará a sua sustentabilidade, em termos das repercussões sociais e
ambientais.
Projeto CS-42
Ver lista de premiados
Projeto CS-43
Título: Desenvolvimento de Jogos Infantis Virtuais para Aplicação na Rede de Ensino
Fundamental Visando a Prática e os Conhecimentos sobre a Amazônia
Autores: Marcone Duarte Sousa | Cássia Aparecida de Oliveira Borges
Instituição: Fundação Centro de Análise Pesquisa e Inovação Tecnológica
Resumo: A proposta do projeto e desenvolver jogos infantis virtuais para crianças de 8 a
14 anos da rede de ensino fundamental, com o objetivo de instruí-los para as ciências
ambientais e para o entendimento sobre o bioma amazônico.
No jogo, estão previstas atividades virtuais que estimulem a criatividade dos alunos para as
questões fundamentais sobre o desenvolvimento sustentável.
Serão contemplados exercícios, jogos, brinquedos e desafios no sentido de atiçar o
raciocínio infantil para a solução de problemas e proteção dê áreas sensíveis, entendimento
de biomas e áreas turísticas, e também para despertar-lhes o interesse para a preservação
do ambiente deforma global. Numa primeira etapa, serão contemplados alguns biomas
amazônicos como:
• encontro das Águas dos Rios Amazonas e Solimões;
• foz do Amazonas e toda a interface com o Oceano, incluindo a região
marajoara;
• nascentes do Amazonas e do Rio Negro;
• vale do Rio Purus, onde serão contempladas áreas indígenas;
• região sul do Amazonas – áreas de recente antropismo;
• rios Araguaia e Tocantins;
• interface Rondônia – Rio Madeira.
A função mais nobre e desafiadora do projeto é a criação de equipes interdisciplinares com
objetivos comuns e a sua integração com professores do ensino primário das redes públicas
e privadas. Estas equipes poderão ser incubadas para o desenvolvimento de software e
atuar em outras áreas do conhecimento. A geração de softwares e brinquedos educacionais
ainda, é muito pouco utilizada pela iniciativa privada; neste sentido, é primordial que haja
entusiasmo no sentido de apoiar esses grupos de jovens na busca da criatividade. Parte das
atividades poderá executada com a participação de estudantes das áreas de geografia,
biologia e design de Universidades dos Estados do Amazonas, Tocantins e Pará, e também
de outros centros da região Norte. Devido ao seu caráter de incentivo à criatividade, o
projeto se aplica a qualquer área do conhecimento, e poderá ser utilizado em qualquer
região do Brasil.
Projeto CS-44
Título: Ecoturismo no Jalapão: urna inclusão social sustentável
Autor: Maria Antônia Valadares de Souza Instituição: Agência de Desenvolvimento Turístico
(ADTUR)
Resumo: O Município de Mateiros, no Estado do Tocantins, com população de 1.737
habitantes, conforme IBGE 2007 constitui o principal município da região do Jalapão, por
concentrar um conjunto de atrativo naturais como fervedouros, cachoeiras, e dunas de
areias avermelhadas, e pela produção artesanal em capim-dourado, que contribuiu para a
divulgação da região como destino turístico, porém ainda desenvolvido sem uma efetiva
participação da comunidade local nos resultados. Desenvolver o turismo de base
comunitária é o objetivo principal do projeto, com a inserção da produção sustentável do
artesanato em capim-dourado. O resultado é o aumento da geração de renda da
comunidade, com a melhoria da qualidade de vida. Para tanto, será necessário o
enfrentamento dos problemas principais para a transformação do cenário atual, mediante
ações de capacitação e gerenciamento integrado e participativo da atividade. O ecoturismo
de base comunitária é a estratégia para a Construção de um cenário positivo em médio
prazo.
Projeto CS-45
Título: “O Projeto” vai aos Centros Comunitários Isoladas do Amazônia e seu Bairro
Autor: Maria Celeste Melo Costa
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Resumo: O atual retrato do Brasil como país que está envelhecendo requer de toda a
sociedade a tomada de medidas alternativas que visualizem a questão da velhice corno um
processo que merece atenção e cuidado, dando a este segmento o direito de viver bem a
sua idade. “Não se pode evitar a morte física, mas é possível lutar contra outra morte que
nos espreita: a morte social, que conduz o homem fatalmente a um inferno ainda em vida.
Não esquecer que o jovem de hoje será o idoso de amanhã e que a velhice não é o ocaso
nem o acaso da existência, mas a culminância venturosa do ser humano em sua passagem
pela terra”. Palavras sábias do escritor José Chagas. Este projeto nasceu com o objetivo de
oferecer à população idosa a prática de atividades que lhes possibilitassem fortalecer
participação social e política, assumindo completamente o seu processo de
envelhecimento e gozando do pleno exercício de sua cidadania, um exemplo de parceria
em que se presencia a inserção de uma equipe multidisciplinar composta por profissionais,
oriundos das entidades participantes: pedagogos, assistentes sociais, educadores físicos,
administradores, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, entre outros, além de
estagiários das diversas áreas, bem como professores, monitores e oficineiros que prestam
serviços. Um aspecto bem peculiar do projeto é procurar estruturar o currículo do Curso
com base numa metodologia extensionista, dinâmica e autoconstruída através de
atividades socioeducativas, esportivas, culturais e de lazer, em oficinas pedagógicas,
privilegiando a experiência de vida do idoso.
Projeto CS-46
Título: A Exploração Sexual Infantil
Autor: Maria Conceição dos Santos Costa
Instituição: Faculdade Boas Novas
Resumo: Primeiramente, trabalha-se com a conscientização para jovens de 8 a 11 anos dos
bairros de periferias, Colônia Jose Bonifácio, Novo Israel e Manoa, localizadas em Manaus
(AM). Os principais objetivos são a conscientização, educacional e comunitária com foco na
exploração sexual infantil, para jovens de 8 a 1 T anos.
Implantação em 12 meses; resultados ou feedbaks, 12 meses. Benefícios esperados: uma
comunidade mais esclarecida, informada do assunto citado; mães orientadas, adolescentes
de ambos os sexos e jovens preparados e conscientes para enfrentar o mundo, subtraindo
o foco de exploração na infância.
Projeto CS-47
Título: “Mulher Talento”
Autor: Maria de Jesus da Silva Nunes
Instituição: Faculdade Boas Novas
Resumo: Esta é uma proposta de conhecimento e desenvolvimento, com foco nas mulheres
que estão fora do. mercado de trabalho por não terem nenhuma formação escolar, já que
possuem conhecimentos de corte e costura, mas não possuem condição financeira nem
oportunidade no mercado, e não continuaram a desenvolver o que aprenderam. Tem idade
de 18 a 40 anos, dos bairros de Petrópolis, Japim e Vale do Amanhecer, localizados em
Manaus (AM), Com uma instalação de galpão na área que pertence à prefeitura no Vale do
Amanhecer, elas receberiam um pequeno treinamento para confecção de peças íntimas,
aprofundando ainda mais seus conhecimentos. Grande parte dessas mulheres são casadas
e precisam sustentar suas famílias com o trabalho desenvolvido. Nó período de um ano
ganhariam R$200,00 mensais, trabalhando quatro horas por dia. As confecções poderiam
ser vendidas para lojas. O Objetivo dessa proposta é dar oportunidade a essas mães
carentes de poderem desenvolver seus conhecimentos, seus talentos, habilidades e ter
uma renda para sustento familiar. Com isso, geraria melhor qualidade de vida a essas
mulheres, contribuindo para uma sociedade mais justa.
Projeto CS-48
Título: Prevenção e Tratamento do Câncer de Útero
Autor: Marina Dias
Instituição: Faculdade Boas Novas
Resumo: No Brasil, estima-se que o câncer do colo do útero seja o terceiro mais comum na
população feminina, sendo superado pelo câncer de pele não/melanoma e pelo de mama.
Este tipo de câncer representa 10% de todos os tumores malignos em mulheres. É uma
doença que pode ser prevenida, estando diretamente vinculada ao grau de
subdesenvolvimento do país. O Amazonas ficou em terceiro lugar nas estimativas de
incidência do câncer do colo de útero, segundo anunciou o Instituto Nacional de Câncer
(Inca). O exame preventivo do câncer do colo do útero – conhecido popularmente como
exame de Papanicolaou – é indolor, barato e eficaz, podendo ser realizado por qualquer
profissional da saúde treinado adequadamente, em qualquer centro de saúde, sem a
necessidade de uma infraestrutura sofisticada. Toda a mulher que têm ou já teve atividade
sexual deve submeter-se a exame preventivo periódico, especialmente dos 25 aos 59 anos
de idade. Inicialmente o exame deve ser feito a cada ano. O exame deve ser feito dez ou
vinte dias após a menstruação pois a presença de sangue pode alterar o resultado.
Mulheres grávidas também podem realizar o exame. Quando não se faz prevenção e o
câncer do colo do útero não é diagnosticado em fase inicial, ele progredirá, ocasionando
sintomas. Os principais sintomas do câncer do colo do útero já localmente invasivo são o
sangramento no início ou no fim da relação sexual e a ocorrência de dor durante a relação.
As lesões demoram de três a dez anos para aparecer. Só um profissional de saúde pode
avaliar adequadamente cada caso e fazer a indicação de. tratamento adequado. O objetivo
do projeto é alertar a população, iniciando campanha a fim de informar e prevenir o
câncer de útero. O projeto seria voltado para mulheres de 10 a 30 anos, e as palestras
seriam ministradas por profissionais de saúde em escolas, maternidades, centros de saúde
e em mutirões realizados nos bairros da cidade principalmente nos mais carentes.
Projeto CS-49
Título: Atendimento: o Sucesso da Saúde Social
Autor: Meire de Souza Rocha
Instituição: Faculdade Boas Novas
Resumo: Este projeto Hospitais e Prontos Socorros Públicos de Manaus com Saúde
Humanizada tem por objetivo melhorar o atendimento dos clientes ou pacientes e seus
familiares nos dois prontos-socorros de Manaus, desde a sua chegada até a alta hospitalar,
sempre visando, como diz o título, um atendimento humanizado. Geralmente as pessoas
têm pavor de ficar internadas em hospitais públicos, seja pelo fato de já terem sido
destratadas, pela demora no atendimento, pelo fato de a unidade não possuir os remédios
que precisam para o tratamento, ou por uma simples informação que lhe foi negada ou
porque lhe informaram errado. O pior de tudo é o fato de ficarem internados em macas nos
corredores, por causa da lotação, o que tira totalmente sua privacidade, deixando-o ainda
mais deprimido. Por todos esses e outros motivos é que o intuito deste projeto é mudar a
imagem de que os prontos-socorros públicos de nossa cidade são “bichos-papões”,
invertendo essa situação, por meio de um atendimento de qualidade. Para isso acontecer,
tem que haver mudança total, tanto nas estruturas físicas dessas unidades, como na cultura
e no modo de pensar dos seus administradores e colaboradores. Logo, tem de haver mais
contratação de mão de obra especializada, na parte médica, enfermagem, administrativa,
fisioterapêutica e outras. Deve-se implantar um modelo de comunicação com profissionais
da área para melhorar a comunicação interna e externa da instituição; depois, oferecer para
todos os colaboradores cursos e treinamentos de relacionamentos e comportamentos
dentro do trabalho, tais como cursos de tratamento humanizado para com o público. Dessa
forma, os objetivos deste projeto de âmbito social podem ser alcançados com sucesso, e
quem estará ganhando será a população do Estado do Amazonas, que precisa dos serviços
prestados pela área de saúde.
Projeto CS-50
Título: Escola Profissional de Marcenaria Almerinda Malaquias
Autor: Miguel Rocha da Silva
Instituição: Fundação Almerinda Malaquias
Resumo: O projeto da escola profissional de marcenaria busca objetivos que foram
determinados pelo estudo da potencialidade de crescimento da demanda (fabricação de
móveis convencionais, produtos arte-design, participação da construção civil) no contexto
municipal e regional. O projeto promove o ensino e uso de novas tecnologias, e uso de
material industrial derivado da matéria-prima, em vez de madeira maciça; a utilização e a
valorização judiciosas das essências (madeira regional) na elaboração de produtos de alto
padrão de qualidade. A base do projeto já está implementada: espaço físico (oficina de
350m2, depósito para matéria-prima e outras, local de afiação e manutenção, almoxarifado
e banheiros), e uma parte do equipamento ayaliada em 40% do necessário (máquinas
estacionárias, ferramentas elétricas e ferramentas específicas). Três monitores locais são
formados em marcenaria: ou só básico do SENAI (160 horas) e cursos técnicos na fundação
(geometria, desenho industrial, projetos, orçamentos, gestão de produção, gestão
financeira, com 450 horas). Ética do projeto: o projeto favorece a classe mais desfavorecida
e humilde da população e aos jovens de 17-18 anos de idade, que já têm responsabilidade
familiar. Portanto, a experiência adquirida com o artesanato nos permite saber que o
aprendiz não pode passar o tempo integral na formação, já que ele precisa de um retorno
financeiro para manter sua jovem, família. Sabendo que a duração do aprendizado para a
formação de um profissional é de 18 meses, a FAM se preocupou em planejar para que o
aprendiz estudasse a marcenaria pela manhã, perrnitindo que à tarde ele pudesse ajudar na
produção de pequenos móveis de arte-design, com a supervisão dos produtores, dando-
lhes a chance de garantir uma renda. O sistema escola profissional-empresa favorece a
formação de mão de obra especializada, com integração rápida do aluno no mercado do
trabalho. O sistema permite ainda diminuir os custos do projeto: os monitores atuam de
manhã e à tarde produzem para o mercado. Os três monitores já confeccionam produtos de
arte-design. A integração no mercado ultrapassa as nossas previsões e reforça assim a
nossa convicção da viabilidade da escola profissional-empresa. O sistema de aprendizado
com duração de 18 meses é uma das duas opções de formação profissional do projeto. A
outra opção privilegia as pessoas que já atuam na profissão, com cursos específicos por
matérias com 20-80 horas de duração. De modo geral, os marceneiros locais oferecem um
serviço de má qualidade aos clientes, com preços exorbitantes, usam madeira maciça ainda
verde e não respeitam o prazo de entrega, fazendo com que o consumidor procure outras
fontes de mercado e contrate profissionais de fora do município. A reciclagem adequada e
profissional é a proposta da escola de marcenaria para manter vivo e lucrativo este setor
econômico.
Projeto CS- 51
Título: Novas Formas de Organização de Empresas na Amazônia, com Ênfase em
Lavanderias
Autor: Miron Alfaia Castellani
Instituição: Universidade Estadual de Campinas
Resumo: A proposta aqui apresentada tem de ser entendida num aspecto amplo. Vivemos
numa sociedade de grandes desigualdades sociais, com abundância de bens e múltiplos
serviços para uma minoria, enquanto a maioria consome pouco, quase nada; uma
sociedade que, para oferecer muito a poucos e pouco a muitos, explora demasiadamente
os recursos da natureza, com grande produção de resíduos que poluem o ar; as águas, os
solos etc. Nossa proposta é estender o conforto e os avanços da tecnologia aos homens
das comunidades carentes, por meio de serviços baratos, em que a divisão dos custos dos
bens entre várias pessoas faz os serviços se tornarem acessíveis aòs homens pobres, o que
é auxiliado pela otimização da utilização dos prodútos humanos pela comunidade. Tudo
está baseado em que as pessoas não precisam comprar bens duráveis para atender às suas
necessidades momentâneas ou para usar pôuco por grande quantidade de tempo.
Agora o pensamento é quanto à máquina de layar roupas. Para lavar suas próprias roupas,
uma-pessoa precisa de um espaço em casa para isso, o que interfere no numero de metros
quadrados da casa e no seu preço, Além disso, ela precisa da máquina, que custaria,
digamos, R$700,00. Uma família gastaria muito dinheiro para ter um objeto que usaria por
duas horas semanalmente. Como os dias têm no mínimo 12 horas livres, a mesma máquina
poderia ser usada por 42 pessoas (representando cada uma delas uma família). Dividindo o
preço dessa máquina por essas pessoas, cada família pagaria R$17,00 pela máquina. Do
mesmo modo que uma pessoa após comprar; a máquina pode usá-la por mais cinco anos, o
gasto dé R$17,00 poderia ser diluído para R$3,40 por ano. Um grupo de 420 mil famílias
compraria 10 mil máquinas, em vez de 420 mil em 5 anos, representando uma economia de
R$ 57,4 milhões por ano só com máquinas de lavar.
Essa terceirização de gastos individuais poderia reduzir em muito as necessidades de gastos
de muita gente. Há uma infinidade de objetos que usamos apenas uma ou algumas vezes e
que depois são inúteis, além de objetos que juntamos ao nosso patrimônio, mas que
usamos pouco por umà boa quantidade de tempo, como a máquina de lavar.
Mas a ênfase desse projeto, o que ele propõe especificamente, será uma empresa, rtos
moldes americanos, de lavagem de roupa. A forma como será organizado esse
empreendimento será discutido adiante.
O setor de serviços vem crescendo à medida que a região cresce. Manaus é um exemplo.
Mas a demanda não está sendo totalmente atendida, dando oportunidade para negócios
como o proposto surgirem. Temos de fazer os serviços sabendo que as pessoas querem que
eles sejam feitos por um bom preço e ainda com muito conforto.
Projeto CS-52
Título: Análise Comparativa de Chrysomya megacephala e de Doenças Relacionadas com a
Falta de Saneamento Básico em Populações com Determinadas Identidades Sociais na
Cidade do Porto Velho – Rondônia.
Autor: Nelice Milena Batistelli Serbino
Instituição: Faculdade Interamericana de Porto Velho (UNIRON)
Resumo: Atualmente a falta de saneamento básico afeta grande porcentagem da população
mundial, e quando esta é observada nos países em desenvolvimento, esta estimativa é
ainda mais preocupante. A cidade de Porto Velho, localizada na região Norte do país,
cresceu desordenadamente, sem planejamento e investimento para a problemática da
saúde pública; consequentemente, a questão da precariedade do saneamento básico não é
devidamente atendida. Sabe-se que com a falta de saneamento básico o ambiente é
propício para a introdução e multiplicação em massa de espécies de moscas sinantrópicas
vetoras de doenças. Chrysomya megacephala é uma das espécies de Calliphoridae mais
preocupante, em virtude do grande número de espécimes que podem alcançar e também
pela sua importância epidemiológica, pois é um veiculador de diversas doenças. Não se tem
registro do índice populacional dessa espécie em Porto Velho/Rondônia, tampouco da
interação desses espécimes com o índice de doenças relacionadas com a falta de
saneamento básico. O objetivo desta pesquisa é realizar um estudo que integre
metodologicamente as áreas sociais e biológicas, levantando dados sobre o meio
sõcioambiental em que a população de Porto Velho está inserida. Com isso, os dados serão
coletados em locais onde existe ou não o saneamento básicp adequado, para quantificar o
índice de moscas vetoras de doenças e o índice de pessoas infectadas por elas. Além disso,
buscaremos analisar criticamente até que ponto as condições ambientais contribuem na
reprodução do meio social e histórico da população, com a construção de identidades, com
vistas a propor políticas públicas que, no futuro, possam vir a contribuir para a
transformação dessa história.
Projeto CS-53
Título: PRONTUS: Telediagnóstico Médico para a Amazônia
Autor: Roberto Silva
Instituição: Médico do Programa Saúde da Família (São Paulo-SP)
Resumo: O diagnóstico médico é parte imprescindível do atendimento clínico, na medida
em que as medidas de tratamento podem ser efetuadas, e por conseguinte, a cura, se
possível, só ocorrerá após as medidas tomadas depois que o diagnóstico correto é firmado.
Também é conhecido de todos que quanto antes o tratamento for instituído, maiores as
chances de sucesso. O ato de diagnosticar é, pois, o cerne do processo que permite, no fim,
aumentar a possibilidade de tratamentos eficazes.
A colocação de especialistas em áreas remotas é difícil em qualquer parte do mundo. A
Amazônia, por sua grandiosidade, coloca-se entre aquelas áreas que dificultam a colocação
de profissionais ultra-especializados em comunidades pequenas, isoladas, por dias de
viagens, de centros maiores. Comunidades pequenas não comportam especialistas médicos
e, muitas vezes, nem mesmo um profissional médico generalista pode morar em povoações
com menos de mil habitantes. Por outro lado, não há nada que garanta que nessas
comunidades não surjam quadros de difícil diagnóstico, uma vez que tanto quadros
infecciosos como degenerações (cânceres) podem ocorrer em qualquer lugar. Menos
motivo ainda há para considerar os habitantes destes lugares como menos merecedores de
atenção médica. Urge, então, encontrar meios que permitam oferecer às populações
distantes uma estratégia de atendimento que contemple tanto o oferecimento de um
conteúdo de qualidade como racionalmente abordável em termos financeiros e
operacionais.
Temos desenvolvido ao longo dos anos expertise em sistemas de apoio à decisão médica,
conforme pode ser visto nas referências no fim do projeto. O PRONTUS seria uma versão
online de um sistema de telediagnóstico médico, voltado às necessidades das populações
da Amazônia. Numa primeira etapa, devem ser incluídas as nosologias de maior prevalência
na região, mas não só elas, como também acidentes ofídicos (picadas de cobra),
intoxicações e outras condições, como insolações, que necessitem de diagnóstico imediato,
visando tratamento ou remoção.
Nossos sistemas privilegiam o diagnóstico baseado em sinais e sintomas clínicos, ou seja,
muito pouco de resultados laboratoriais são exigidos, uma vez que estes também são de
difícil execução na selva. Também somos adeptos de aproveitar o manancial de
tratamentos que podem ser obtidos na própria floresta. Desta forma, um módulo de
tratamento com, produtos naturais, certamente referenciados por autoridades da área,
pode ser oferecido alternativamente, e não como única opção de tratamento.
Projeto CS-54
Título: Levantamento e Identificação de Fungos Micorrizicos Arbusculares Produtores de
Enzimas Fosfatases em um Sistema de Cultivo de Cafeeiro Arborizado em Rondônia
Autor: Rogério Sebastião Corrêa da Costa
Instituição: Embrapa Rondônia
Resumo: As projeções de exaustão das reservas naturais de fósforo daqui a 60-80 anos
criam um cenário preocupante quanto à sustentabilidade dos sistemas agrícolas. Na
agricultura de subsistência praticada nos solos pobres da Amazônia, o fósforo, quando
suplementado, é na forma inorgânica nos cultivos anuais, perenes e pastagens.
Alternativamente, o Uso de fontes orgânicas de P, como a serrapilheira oriunda de espécies
acumuladoras deste elemento, pode ser um modo mais barato de suprir este nutriente. No
entanto, o aproveitamento do P orgânico pelas plantas está relacionado à atividade das
enzimas fosfatases, principalmente a fosfatase ácida, exsudada pelos sistemas radiculares
de determinadas espécies e por microorganismos do solo. Essas enzimas podem hidrolisar
uma variedade de ésteres e anidridús do ácido fosfórico, liberando fosfato. Recentemente,
tem-se reportado o importante papel dos microorganismos no processo de recuperação de
áreas degradadas, destacando-se entre eles os fungos micorrízico arbusculares (FMA). A
utilização dos FMAs tem sido considerada há três décadas como uma alternativa para a
redução no uso de insumos (fertilizantes e pesticidas) na agricultura, devido aos seus
efeitos benéficos no crescimento de plantas (Miranda & Miranda, 1997). Os efeitos
nutricionais estão relacionados na ação direta do fungo na absorção de nutrientes e
indireta na fixação biológica de nitrogênio, mineralização e/ou solubilização de nutrientes
da rizos- fera, assim como a modificações na transíocação, partição e eficiência de uso de
nutrientes absorvidos pelas raízes ou micorrizas (Siqueira & Franco, 1988). Segundo
Marchner (1990), os principais efeitos da micorriza na nutrição de P residem nas elevadas
taxas de absorção de P de fontes de baixa-solubilidade.
Uma alternativa interessante para a agricultura e a recuperação de áreas degradadas seria a
seleção e identificação de espécies de FMAs produtores da enzima fosfatase, ou seja, essa
importante interação, além de aumentar a área de captação de nutrientes das raízes pela
micorriza, atuaria também, com a enzima fosfatase, na mineralização do P orgânico e
disponibilização para as raízes das plantas, pesquisa que carece de mais estudos,
principalmente no ecossistema amazônico. A justificativa de estudar essa interação nos
Sistemas Agroflorestais é que estes constituem o tipo de uso do solo que mais se aproxima
da estrutura e da dinâmica da vegetação natural, podendo substituir, com certa eficiência, a
manutenção do equilíbrio ecológico nos trópicos.
Projeto CS-55
Título: Vila Ecológica Sustentável como Modelo de Cinturão de Proteção de Reserva
Florestal na Amazônia
Autores: Ruy Alexandre de Sá Ribeiro | Marilene Gomes de Sá Ribeiro
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
Resumo: Para inibir a degradação de reservas florestais é necessária a conscientização e
participação efetiva das comunidades do entorno destas. Para conscientizar a população do
entorno, é preciso dotá-la de melhor qualidade de vida, iniciando-se isto com o provimento
de moradias dignas sustentáveis. Sugere-se a implantação de um Programa de Construção
Sustentável (PCS) para construir vilas ecológicas sustentáveis no entorno de reservas
florestais; vilas construídas nos moldes de habitações de integração social, com materiais
sustentáveis, como bambu, barro de escavações, resíduos de madeira e de bambu, e
resíduo de carbureto de cálcio hidratado; vilas dotadas de captação e utilização de água das
chuvas, estação de tratamento ecológico de esgoto e cobertura suportada por forro
estrutural de bambu. Sugere-se, assim, o projeto e a Construção de vilas ecológicas
sustentáveis como modelo de cinturão de proteção, com moradias implantadas ao longo do
perímetro da Reserva Florestal Adolpho Ducke (RFAD), em Manaus, em áreas de constante
ameaça de invasão. Essa iniciativa de preservação do nosso patrimônio natural, além de
atrair o turismo ecológico, serve como protótipo de barreira ecologicamente sustentável.
Trata-se de modelo de habitação de interesse social para renda familiar de até três salários
mínimos, podendo abrigar populações vítimas das intempéries, remanejamento de
moradores de áreas de riscos e famílias que se deslocam temporariamente do interior para
a capital para tratamento de saúde pelo SUS.
Projeto CS-56
Título: Inclusão Social na Associação das Mulheres Indígena do Alto Rio Negro
Autores: Shirley Pojo Ribeiro | Geovana Silveira da Silva
Instituição: Faculdade Boas Novas
Resumo: Nos dias atuais, ouve-se muito falar sobre inclusão social, sempre mostrando os
dois lados da moeda, na comunidade indígena e nas demais comunidades, nas empresas e
também na mídia, o que se torna muito importante para o progresso tanto da Nação como
também do progresso interior da pessoa social. Hoje a AMARN (Associação das Mulheres
Indígenas do Alto Rio Negro) desenvolve duas atividades prioritárias: a defesa dos direitos
das mulheres indígenas, participando das mobilizações e ações do movimento indígena
local, regional e nacional é na produção e comercialização de artesanato indígena. A
atividade de artesanato é a principal fonte de renda e de sobrevivência da maioria das
associadas, que neste momento está passando por uma reorganização; na tentativa de
torná-la um negócio autossustentável, em busca de importantes parcerias. Com o propósito
de criar um método de trabalho em que as comunidades das mulheres indígenas possam
usufruir de treinamentos e procedimentos de negociação, essa proposta vem somar no
trabalho que as índias já desenvolvem. A temática do projeto visa também um programa de
treinamento de estagiários da área de Administração e Comunicação etc., áreas que
contribuam para o sucesso do planejamento dos processos de vendas e negócios.
Este trabalho busca desenvolver os instrumentos de organização utilizados pela AMARN,
onde se desenvolvem atividades de artesanato. Para isso, primeiramente o estudo
compreende a utilização de acadêmicos da área de Administração e Comunicação e das
demais áreas que venham se adequar para ajudar nas definições dos instrumentos de
divulgação e planejamento da associação. Num segundo momento, é analisada a
possibilidade de uma reestruturação organizacional, na tentativa de tornar o negócio
autossustentável. Os métodos praticados para alcançar o objetivo foram: a pesquisa
bibliográfica e a observação participante, que possibilitou aproveitar de modo eficaz o
potencial de cada membro. A comunidade da AMARN deve ter como principio básico ser
atuante no mercado financeiro; não pode ficar passiva diante deste projeto, uma vez que é
parte integrante do mesmo projeto e precisamos valorizar nossa cultura e nossos costumes.
Assim, é necessária a informação para formar cidadãos mais responsáveis e participativos
no que diz respeito ao desenvolvimento local. Neste contexto, é de fundamental
importância a participação da comunidade indígena, mais precisamente das mulheres.
Projeto CS-57
Título: Cidadania em Ação
Autor: Solange Lima Barros
Instituição: Faculdade Boas Novas
Resumo: O projeto Cidadania em Ação é voltado ao meio ambiente no âmbito da
reciclagem de garrafas plásticas. Tendo como objetivo colaborar com as famílias carentes
do meu bairro, juntos iremos confeccionar brinquedos e outros objetos com as garrafas
plásticas. Com este projeto implantado, a comunidade vai ter uma rentabilidade
complementar e também irá aprender sobre a importância de não jogar as garrafas em vias
públicas. Juntos vamos evitar que ruas e casas sejam, inundadas em tempo de chuvas, pois
sabemos que as maiores inundações dos últimos tempos ocorreram por conta das muitas
garrafas aglomeradas à beira dos esgotos e córregos.
O governo do Estado tem realizado obras sociais, com a retirada das famílias que moravam
às margens dos igarapés de todas as zonas de Manaus. Toneladas de :lixo, inclusive garrafas
foram retiradas dós igarapés, que foram restaurados e arborizados, pontes foram
construídas, bem como praças e parques de diversão para crianças e adultos dos bairros
carentes. Casas foram construídas e entregue para as famílias que foram retiradas do local.
Mas ainda existem moradores que necessitam saber como manter o meio ambiente
preservado. Somos os responsáveis por manter limpo o meio em que vivemos. O lixo causa
a degradação da natureza; o plástico demora anos para se decompor. As garrafas plásticas
são úteis mesmo depois de utilizadas. São reutilizadas em fabricação de brinquedos e vários
outros utensílios. Já vi em uma matéria um hotel flutuante na selva.
Projeto CS-58
Título: Capacitação e Construção Demonstrativa de Escolas e Postos de Saúde Sustentáveis
para Aldeias Indígenas na Amazônia Sul Ocidental
Autor: Tanith Olortegui del Castillo
Instituição: Universidade Federal do Acre (UFAC)
Resumo: Este projeto apresenta uma alternativa de desenho e construção sustentável para
escolas e postos de saúde em aldeias indígenas na Amazônia Sul Ocidental, considerando as
peculiaridades culturais, educacionais e ambientais, incorporando um componente de
capacitação da população indígena em processos construtivos participativos e inclusivos,
levando em conta as técnicas construtivas tradicionais, combinadas com tecnologias
alternativas que buscam o aproveitamento adequado dos recursos e o mínimo impacto das
edificações nos ecossistemas.
A construção de locais escolares e postos de saúde não deve ser um elemento
alheio nem imposto, se não integrado à realidade física e sociocultural das aldeias
indígenas. Os modelos oficiais executados pelo Estado em Aldeias Indígenas, por tratar-se
de modelos únicos aplicados a diversas realidades e entornos, apresentam sérias
deficiências nos aspectos espacial-formal, ambiental e sociocultural, gerando, no caso das
escolas inter allia constante falta de concentração e diminuição da qualidade do ensino
pretendido. Além dos conteúdos impartidos, consideramos que os aspectos construtivos
das escolas participam com muita importância na resolução dos problemas educativos das
aldeias indígenas.
No caso dos postos de saúde, os modelos construídos são cópias trazidas dos centros
urbanos, que não consideram as mínimas condições de conforto climático, espacial ou de
saneamento básico para brindar os serviços de saúde à população indígena.
Este projeto considera as necessidades e aspectos socioculturais, tecnológicos e ambientais
das escolas e postos de saúde em aldeias indígenas e propõe:
• adequação física da escola e do posto de saúde ao entorno ambiental das
aldeias indígenas;
• adequação social e cultural da escola e do posto de saúde através de um
desenho apropriado;
• soluções para o saneamento ambiental;
• espaço ideal para implantar um programa comunitário de educação ambiental
que promova, dentro de um entorno ecologicamente adequado e socialmente
justo, as práticas sustentáveis de um uso do ambiente construído em
harmonia com a natureza e os valores culturais próprios da cultura indígena.
Projeto CS-59
Título: Produtos da Agrobiodiversidade: diálogo entre os saberes tradicionais e científicos
no desenvolvimento territorial do Rio Cuieiras, no Amazonas
Autor: Thiago Mota Cardoso
Instituição: Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE)
Resumo: O rio Cuieiras situa-se a 50km de Manaus e possui seis comunidades ribeirinhas e
indígenas que vivem em área de extrema importância ecológica, segundo relatório do
MMA. As famílias desta região vivem da agricultura tradicional, da pesca, da caça, da coleta,
e do extrativismo madeireiro, do turismo e da assistência social. As comunidades envolvidas
no projeto estão inseridas no Programa de Desenvolvimento Sustentável (PDS) do INCRA.
Em 2005, teve inicio o projeto Etnobotânica e Manejo Agroflorestal no Baixo Rio Negro,
desenvolvido pelo IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, com apoio do Fundo Nacional do
Meio Ambiente (FNMA). O projeto foi elaborado a partir de reuniões comunitárias em que
foram apontados os interesses das comunidades em formalizar parceria tendo em vista o
desenvolvimento dos arranjos produtivos locais, o respeito à cultura ribeirinha e a
identidade do território. O principal objetivo do projeto era desenvolver processos
produtivos locais que tivessem como base o território e os saberes tradicionais das
comunidades indígenas e ribeirinhas do rio Cuieiras, na margem esquerda do Rio Negro, no
seu baixo curso. Para atingir tais objetivos, foram realizadas pesquisas entrelaçadas com
ações agroecológicas e de educação para o desenvolvimento local.
Dentre os principais resultados desta primeira etapa, destacam-se as informações
levantadas através de pesquisas etnoecológicas e do Diagnóstico Rural Participativo. Estas
evidenciaram a alta diversidade agrícola cultivada na região, com 54 espécies cultivadas nos
roçados, 75 nos quintais, entre frutíferas, medicinais, raízes e condimentares. Destacam-se
as 121 variedades, tendo como exemplo as 70 de mandioca e 12 de banana. A pesquisa
mostrou que é incorporado profundo conhecimento agroecológico no manejo da
agrobiodiversidade e as mulheres possuem papel central nas atividades agrícolas. Pode
estar ocorrendo uma erosão dos recursos genéticos e dos saberes associados a estes
recursos, devido em parte à migração dos esforços de trabalho para a atividade madeireira
insustentável e com baixo valor agregado na região. Observou-se também que as famílias
possuem dificuldade em comercializar seus produtos agrícolas, devido ao transporte, forma
de armazenamento e baixo valor dos produtos in natura no mercado.
Outras atividades que vêm sendo realizadas são apoio à formação do Clube de Mães em
duas comunidades (Coanã e São Sebastião). Estas mulheres manejam a agrobiodiversidade
e planejam criar formas de comercialização dos produtos agroflorestais e artesanais; apoio
na formação dos professores locais com curso de formação de educadores ambientais;
implantação de uma unidade demonstrativa de sistema agroflorestal e 10 famílias com
meliponários (criação de abelhas sem-ferrão) associados aos sistemas agrícolas.
O presente projeto visa a dar continuidade ao processo descrito acima. Seria o início de
uma nova etapa em que foi percebido que, para conservar a agrobiodiversidade, seriam
necessárias também ações voltadas ao incremento da tecnologia agroecológica, a
valorização da cultura agrícola local e a criação e comercialização de produtos oriundos dos
sistemas agrícolas em redes de comércio solidário.
Muitos agricultores das comunidades do rio Cuieiras utilizam métodos intrínsecos à
agroecologia e agrofloresta que serão, no entanto, além de valorizadas, aprimoradas,
recicladas e complementadas por outras desenvolvidas e implementadas em outras
regiões. A realização de intercâmbios com outras experiências e a promoção de oficinas de
capacitação em agroecologia e empreendimentos solidários constituem-se pilares da
abertura dos produtos agrícolas aos mercados.
Em duas comunidades do rio Cuieiras, São Sebastião e Nova Canaã, as mulheres
apresentam interesse em formar grupos para produzir bordados, artesanatos ou doces,
com fins comerciais. Em ambas, já houve grupos de mulheres que foram ativos; no entanto,
foram diluídos principalmente devido à dificuldade de organização social para o
empreendedorismo. O IPÊ realizou reuniões com grupos de mulheres nessas comunidades,
buscando iniciar sua organização e definir um planejamento inicial. Nestas reuniões, foram
levantados alguns produtos com os quais as mulheres gostariam de trabalhar e dos quais
algumas já apresentam conhecimento da técnica, foram estes: artesanato com sementes e
fibras, doces e culinária local, velas e sabonetes, e bordados em panos de cozinha e toalhas.
Espera-se que a consolidação da comercialização gere melhoria da qualidade de vida para
algumas famílias, incentivando e valorizando a produção agroecológica familiar e local.
Consiste em uma alternativa de renda em uma região ondeia principal fonte de renda
constitui-se na extração madeireira. Portanto, além de benefícios socioculturais e
econômicos, este projeto visa contribuir para a conservação ambiental e da paisagem. O
projeto também busca refletir sobre estratégias de consolidar os processos locais de
manutenção e geração de agrobiodiversidade, da produção à culinária, como patrimônio
cultural e formas de proteção dos produtos através de indicadores geográficos.
Projeto CS-60
Título: Cultivo, Beneficiamento e Comercialização da Bucha Vegetal (Luffa acutângula):
estratégia de ressocialização de re-educandos da Casa de Prisão Provisória de Palmas (TO)
Autor: Valcelir Borges da Silva
Instituição: Associação de Apoio às Famílias e Recuperação do Ex-presidiário (ARAP)
Resumo: Propõe-se, inicialmente/cultivar a bucha vegetal em 1000m2 de área degradada
em um terreno da Associação de apoio às famílias e recuperação do ex-presidiário
(AARAP), situado no Jardim Aureny III, APM – 15A, sendo parte estratégica de estudos para
a recuperação de sua vegetação característica (bioma cerrado). A preparação da área,
plantio e manejo serão desenvolvidos por ex-presidiários da Casa de Prisão Provisória de
Palmas (CPPP) sob orientação e acompanhamento técnico-científico.
Após a colheita, os frutos serão encaminhados à Escola Estadual Nova Geração que
funciona no interior da Casa de Prisão Provisória de Palmas, onde serão beneficiados por
reeducandos que frequentam a Escola e cumprem pena em regime fechado. O
beneficiamento constará, basicamente, da preparação e ensacamento dás buchas para
comercialização em mercado local e da produção de artefatos artesanais como chinelos,
cestos, tapetes, chapéus, bonecas, palmilhas para sapatos, correias, entre outros.
O escoamento da produção, a divisão dos recursos arrecadados, bem como a formação de
novas demandas; será administrado pela AARAP, mediante proposta amplamente debatida
e definida com os reeducandos envolvidos e suas famílias. O projeto deverá se consolidar
como autossustentável a partir de parcerias firmadas com instituições públicas e privadas
ligadas ao desenvolvimento socioambiental sustentável, bem como com artesãos,
empresários e outros representantes da sociedade civil que apoiam o trabalho social, a
cultura, o meio ambiente e a pesquisa.
Projeto CS-61
Ver Lista de Premiados.
Projeto CS-62
Título: Turismo na Educação
Autor: Vilde dos Anjos Araújo
Instituição: Escola Técnica Federal de Palmas
Resumo: Sensibilizar alunos de escolas municipais da importância da atividade turística para
o desenvolvimento da comunidade.
COMISSÃO JULGADORA
José Aldemir de Oliveira
Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Amazonas
Presidente da Comissão
José Rincon Ferreira
Diretor de Articulação Tecnologia da Secretaria de Tecnologia Industrial, do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)
Representante do MDIC e Secretário da Comissão
Abidias José de Sousa Junior
Presidente do Banco da Amazônia S.A.
Adriano Remor
Faculdade Atual
Américo Ciccarelli
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)
Denis Minev
Secretário do Planejamento do Estado do Amazonas
Elisabete Brocki
Diretora Técnico-Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas
(FAPEAM)
Evandro Oliveira Resende
Chefe de Gabinete da Federação das Indústrias do Estado do Tocan tins (FIETO)
Geferson Oliveira Barros Filho
Subsecretário da Secretaria de Juventude do Estado do Tocantins (SEJUV)
Hélio Francisco dos Santos Graça
Consultor
João Ângelo de Lima Júnior
Subsecretário da Secretaria de Ciência e Tecnologia Tocantins
Jorge Luiz Araújo Vila Nova
Superintendente da Federação das Indústrias do Estado, do Acre (FIEAC)
Josefa Magna Alves de Souza
Fundação de Tecnologia do Estado do Acre
José Clemerson Santos Batista
Conselho Federal.de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea)
José Expedito Cavalcante da Silva
Vice-Reitor da Universidade Federal do Tocatins
Lissandra Martha dos Santos Silva
Federação das Indústrias do Estado de Roraima (Fier)
Lynaldo Cavalcanti
Assoçiação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (Abipti)
Manoel Marcos Formiga
Confederação Nacional da Indústria
Maria de Fátima Chamma
Chamma da Amazônia
Maria José Monteiro
Ministério de Integração Nacional
Raimundo Ribeiro Passos
Universidade Federal do Amazonas
Roberto Ramos Santos
Reitor da Universidade Federal de Roraima
Sanclayton Geraldo Carneiro Moreira
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa)
Índices
RELAÇÃO DE AUTORES
Albuquerque, Erika Crisóstomo Projeto CS-08
Alcayaga, Eduardo Aléxis Lobo Projeto A-18
Almeida, Arlete Silva de Projeto A 09
Andrade, Francisca Marli Rodrigues
de
Projeto CS-24
Andrade, Jerusa de Souza Projeto ET-29
Araújo, José de Deus Pinheiro de Projeto CS-26
Araújo, Vilde dos Anjos Projeto CS 62
Arcari, Jonnes Alexandre Projeto ET-33
Azevedo, Vânia Cristina Rennó Projeto A-51
Barros, Aldemurpe Oliveira de Projeto CS-02
Barros, Carlos Eduardo Mesquita Projeto ET-13
Barros, João Bosco Magalhães Projeto A-24
Barros, Solange Lima Projeto CS-57
Basso, Silvia Luciane Projeto ET-46
Bastos, Solimar de Castro Projeto A-49
Behling, Cláudio Projeto CS-16
Bessa, Tereza Maria Farias Projeto ET-27
Bezerra, Janaina Miranda Projeto CS-30
Bezerra, José Carlos Projeto CS-32
Bicudo, Gilson Carlos Projeto A-24
Borges, Cássia Aparecida dei Oliveira Projeto CS-43
Borges, João Tito Projeto ET-31
Projeto A-25
Projeto ET-41
Borges, Júlio César de Lyra Projeto A-29
Borges, Kennedy Aparecido de
Andrade
Projeto A-30
Botelho, Magvan Gomes Projeto CS-40
Braga, João Paulo Costa Projeto ET-30
Brandão Junior, Paulo César Projeto CS-28
Brasil, Gabriel Projeto ET-25
Brito, Aline Pereira de Sousa Projeto A-B-03
Bueno, Carlos Roberto Projeto CS-13
Callage, Marcia Projeto A-38
Camargo, Luis Marcelo Aranha Projeto CS-38
Canedo, Ana Carolina Projeto CS-07
Cardoso, Thiago Mota Projeto CS-59
Cardozo, Ivaneide Bandeira Projeto A-23
Carneiro, Cleyton de Carvalho Projeto ET-13
Carneiro, Marcelo Domingos Sampaio Projeto CS-41
Carvalho, Nilson buiz de Aguiar Projeto ET-39
Castellani, Miron Alfaia Projeto CS-51
Castillo, Tanith Olórtegui del Projeto CS-58
Cavero, Bruno Projeto ET-06
Chaar, Jamal da Silva Projeto ET-31
Clasta, Neffretier Cinthya
Costa, Amanda da Silva
Costa, Maria Celeste Melo
Costa, Maria Conceição dos Santos.
Costa, Newton de Lucena
Costa, Nogueira Maria
Crosta, Alvaro Penteado
Cunha, Isac Braz da
Cuvello, Sulamita
Damasceno, Solange
D'Avis, Ferrião Cortez
Della Vechia, Davi Dennis
Dias, Lucineide
Dias, Marina
Drigo, Isabel Garcia
Projeto CS-08
Projeto CS-06
Projeto CS-45
Projeto CS-46
Projeto A-43
Projeto A-40
Projeto ET-13
Projeto A-21
Projeto CS-22
Projeto CS-22
Projeto ET-23
Projeto CS-22
Projeto CS-22
Projeto CS-48
Projeto CS-27
Fearnside, Philip Martin Projeto A-44
Fernandes, Willian Ricardo da Silva Projeto A 54
Fonseca, Denise Pini Rosalem da Projeto CS-18
Fonseca, Siérgio de Mattos Projeto A-47
Freitas, Renato Mendes Projeto ET-45
Gandra, Héliana Mendes Projeto A-20
Gomes, Iviane de Oliveira Projeto CS-28
Gonçalves, David Benedito Ribeiro • Projeto CS-17
Gonçalves, José Francisco Magalhães Projeto A-27
Gússo, Lilian Corina Projeto CS-37
Hubínger, Miriam Dupas Projeto ET-12
Jesus, Rogério Souza de Projeto ET-29
Jordão, Alexandre Luis Projeto CS-05
Kemenes, Alexandre Projeto A-02
Koury, Carlos Gabriel Gonçalves Projeto ET-10
Kumura, Herbert Projeto ET-27
Lara, Flávio Wanderlei Projeto ET-24
Leal, Cláudio Antonio Rodrigues Projeto CS-15
Leitão, Miriam Projeto ET-38
Lima, Antonio de Almeida Projeto A-06
Lima, Vania Maria O. da Camara Projeto ET-27
Lomba, José Barros de Projeto CS-28
Macedo, Luciana Surita da Motta Projeto A-31
Magalhães, Alex Fabiano Ribeiro de Projeto ET-02
Marques, Paulo Eduardo Moruzzi Projeto CS-05
Martins, Alessandra Monteiro Projeto CS-04
Matos, Deniza Lima Projeto CS-19
Melo, Karina Suzana Gomes de Projeto ET-29
Melo Júnior, Aníbal Ney Epaminondas de Projeto A-05
Melo Neto, Cândido Justino de Projeto ET-07
Mendes, Gilda Maria Raposo Projeto A-20
Mendez, Osvaldo Ronald Saavedra Projeto ET-40
Montanha, Aristides Projeto A-08
Monteiro, Claudia Guerra Projeto ET-11
Moura, Jaciel Ramos Projeto CS-29
Nakano, Octávio Projeto ET-03
Nami, Marcio Roberto Palhares Projeto CS-28
Projeto CS-09
Nascimento, Claudete Catanhede do Projeto CS-14
Nascimento, Gleice Anne Gomes do Projeto CS-27
Nogueira, Manoel Fernandes Martins Projeto A-37
Nunes, Maria de Jesus da Silva Projeto CS-47
Oliveira, Anna Rogéria N. de Projeto CS-08
Oliveira, Antonio Francisco Lima de Projeto CS-10
Oliveira, Décio Ferreira Projeto A-15
Oliveira, Fabian Bezerra de Projeto ET-22
Oliveira, Joceli dé Fátima de Projeto ET-32
Oliveira, Juliete Silva Projeto ET-35
Oliveira, Luiz Antônio de Projeto ET-36
Oliveira, Ozely de Souza Projeto ET-41
Oliveira, Vânia Beatriz Vasconcelos de Projeto CS-61
Park, Kil Jim Projeto ET-12
Passos, Messias Modesto dos Projeto A-42
Pereira, Arison José Projeto A-07
Pereira, Daniel de Brito Projeto A-13
Peres, Sidnei Clemente Projeto A-48
Pontes, Cynthia Lins Falcone Projeto ET-27
Piedade, Marja Teresa Fernandez Projeto A-41
Pimenta, Raphael Sanzio Projeto ET-44
Pinedo, Rosalinda Arévalo Projeto ET-46
Pinheiro, Carlos Cleomir de Souza Projeto ET-09
Pinheiro, Cláudio Urbano Bittencourt Projeto A-12
Pinto, Ana Cristina da Silva Projeto CS-04
Pinto, Ana Lúcia Alves Projeto A-04
Prado, Alexandra Vieira do Projeto A-01
Príncipe, Leonide Dominique Projeto CS-35
Rebéllo, José Jorge Projeto ET-29
Reis, Eustáquio José y Projeto ET-20
Ribeiro, Antonio Carlos Projeto CS-10
Ribeiro, Carmelita de Fátima Amaral Projeto ET-12
Ribeiro, Cassiano Figueiredo Projeto A-11
Ribeiro, Edson da Silva Projeto CS-14
Ribeiro, Marilene Gomes de Sá Projeto CS-55
Ribeiro, Ruy Alexandre de Sá Projeto CS-56
Ribeiro, Shirley Pojo Projeto CS-56
Rocha, Jadir de Souza Projeto ET-27
Rocha, Meire de Souza Projeto CS-49
Rocha Filho, Jose Conceição Projeto CS-33
Rodrigues, Adriana Lúcia Paiva Projeto CS-01
Rodrigues, Baziléa de Nazaré Araujo Projeto CS-11
Rodrigues, Ecio Projeto CS-21
Rosa Neto, Calixto Projeto A-10
Rosa, Juliana Projeto ET-38
Saboya, Luciano Marcelo Valle Projeto A-35
Sagratzki, Adan Projeto ET-06
Samonek, Francisco Projeto CS-34
Samonek, Juliana Venturin Projeto CS-34
Santiago, Joseneide Sales Projeto ET-34
Santos, Lidiane Matos Projeto CS-36
Santos, Lucio Pereira Projeto ET-36
Schmal, Philippe Projeto ET-43
Schmidt, Gilda Projeto CS-25
Serbino, Nelice Milena Batistelli Projeto CS-52
Silva, Adalene Moreira Projeto ET-13
Silva, Antonio Batista da Projeto ET-05
Silva, Cláudio José Pinheiro da Projeto A-24
Silva, Carlos Francisco Lobato Álvares da Projeto CS-12
Silva, Dany Geraldo Kramer Cavalcanti e Projeto A-14
Silva, Edmilson Bechara e Projeto A-17
Silva, Edson Roberto da Projeto ET-19
Silva, Ezequiel Camilo da Projeto ET-21
Projeto CS-23
Projeto A-19
Silva, Geovana Silveira da Projeto CS-56
Silva, Gilvanda Projeto ET-26
Silva, Jovandir Batista da
Silva, Luiz Roberto Couto da
Silva, Maria de Jesus Moura Barbosa
Silva, Miguel Rocha da
Projeto A-28
Projeto CS-39
Projeto A-39
Projeto CS-50
Silva, Raimundo Nonato Lemos da
Silva, Rocilda Oliveira da
Silva, Roberto
Silva, Tânia Maria Bayer da
Silva, Valcelir Borges da
Simões, Aguimar Vasconcelos
Sousa; Marcone Duarte
Souza, Aldilene de Melo Ambrosio e
Souza, João Evangelista Rodrigues de
Souza, Marcelo de Castro
Souza, Maria Antônia Valadares de
Souza, Raimundo. Silva de
Souza, Victor Ferreira de
Souza, Vladimir de
Souza Júnior, Durval Ferreira de
Stilianidi Filho, Bernard
Taklyama, Luís Roberto
Teixeira, Wenceslau Geraldes
Valter Arthur
Varga, István yan Deursen
Ventura, Elaine da Silva
Verás, Edi Ferreira
Veras, Eliana da Conceição Rodrigues
Voivodic, Mauricio de Almeir
Volcov, Pedro Luiz Ghedini
Werneck, Marcio Alexandre Carvalho
Zanetti, Ederson Augusto
Projeto A-45
Projeto A-46 eto
Projeto CS-53
Projeto A-50
Projeto CS-60
Projeto ET-01
Projeto CS-43
Projeto CS-03
Projeto CS-31
Projeto A 16
Projeto CS-44
Projeto ET-29
Projeto ET-48
Projeto A-52
Projeto ET-16
Projeto ET-06
Projeto A-15
Projeto A-53
Projeto ET-46
Projeto A-22
Projeto CS-09
Projeto ET-18
Projeto CS-21
Projeto CS-22
Projeto CS-27
Projeto ET-42
Projeto CS-09
Projeto A-16
RELAÇÃO DE INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES
Área Ambiental
Alô Som da Amazônia – Microfone Profissional
Associação Andiroba
Associação dos Parques Ecológicos de Alta Floresta (MT)
Associação dos Pescadores do rio Pacujutá e Paracuuba Miri
Associação dos Produtores Rurais do Vale do XV (APRUV XV)
Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A (Eletronorte)/Universidade
Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA)
Centro de Ensino Superior de Maringá Ltda (CESUMAR)
Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão – Unidade PROJETO
Centro Nacional de Referência em Biomassa (CENBIO)
Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Norte (CEPNOR)
Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA)
Centro Universitário do Maranhão (UNICEUMA)
Centro Universitário Nilton Lins
Cooperativa dos Pescadores e Artesãos de Pai André e Bonsucesso
Embrapa/Universidade Estadual do Amazonas
Embrapa Amapá
Embrapa Amazônia Ocidental
Embrapa Amazônia Oriental
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
Embrapa Rondônia
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Acre
Escola Agroindustrial Juscelino Kubitscheck de Oliveira
Escola Agrotécnica Federal de Araguatins, Tocantins Faculdade Ideal
Federação Estadual das Entidades de Micro e Pequenas Empresas (FEEMPI)
Fundação Centro de /análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (FUCAPI)
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia
Hellianthus Institute for Environment Conservation (HIEC)
Instituto de Eletrotécnica e Energia/USP
Instituto de Estudos Avançados (lEAv)
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA)
Instituto Piagaçú
Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG)
Prefeitura Municipal
Ruy Monteiro Diniz (empresa)
Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais, Acre
Secretaria Municipal de Educação de Castanhal (PA)
Secretaria Municipal de Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas (SMGA)
Secretaria Municipal de Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas/Prefeitura
ULBRA, Manaus
UNESP, Campus de Presidente Prudente/SP
Universidade de Brasília
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)
Universidade Federal do Acre, Campus Floresta
Universidade Federal do Amazonas
Universidade Federal Fluminense
Universidade Federal do Maranhão
Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT)
Universidade Federal do Pará
Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
Universidade Federal de Santa Catarina
Universidade do Oeste de Santa Catarina\(UNOESC)
Área Econômica/Tecnológica
Amazônia Borracha e Reflorestamento Ltda
Associação Andiroba
Associação de Desenvolvimento da Agroecologia e da Economia Solidária (ADA AÇAÍ)
Associação Nacional dos Produtores de Pisos de Madeira (ANPM)
Caça Talentos Consultoria e Treinamento Empresarial Ltda
Central das Organizações dos Produtores Rurais de Rorainópolis (RR)
Centro Federal de Tecnologia do Amazonas (CEFET/AM)
CIDESA – Alto Teles Pires
DPC Processos Termoquímicos Ltda
Dheymodara
Dialoga Educação, Tecnologia e Desenvolvimento
Embrapa Acre
Embrapa Amapá
Embrapa Amazônia Oriental
Embrapa Rondônia
Eng. Consult Assessoria em Engenharia Ltda.
Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (FUCAPI)
Fundação Desembargador Paulo dos Anjos Feitoza
Fundação de Tecnologia do Acre
Fundação Universidade Federal do Tocantins (UFT)
Instituto Bering Fróes Eco Global
Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (IDESAM)
Instituto de Desenvolvimento Mamirauá
Instituto de Estudos Superiores da Amazônia (IESAM)
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada NUTRITEST
Secretaria de Assistência Técnica e Extensão Agroflorestal (SEATER)
Universidade da Amazônia Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
Universidade Estadual de Campinas
Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Agrícola
Faculdade Ideal
Universidade Estadual de Londrina
Universidade Federal.do Acre
Universidade Federal do Amazonas
Universidade Federal do Ceará
Universidade Federal Fluminense
Universidade Federal do Maranhão
Universidade Federal do Pará (UFPA)
Universidade Federal do Tocantins
Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
Universidade Severino Sombra (USS)
Área Social
Agência de Defesa Agropecuária (ADAPEC)
AOM Gestão de Empresas e Software
Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (ABIPTl)
Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte)
Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Alto Acre e Capixaba (CONDIAC)
Eduvivência Turismo Educativo LTDA
Faculdade de Imperatriz (FACIMP)
Faculdade Salesiana Dom.Bosco
Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação
Governo do Estado de Roraima
ILES/ULBRA de Porto Velho
INCRA
Instituto Certi Amazônia
Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá
Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz)
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Prefeitura Municipal de Belém
Prefeitura Municipal de Presidente Figueiredo, Amazonas
Petrobras – UN-BSOL
UNITINS
Universidade do Estado do Amapá (UEAP)
Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Instituto de Geociências
Universidade Federal do Acre (UFAC)
Universidade Federal do Acre (UFAC), Campus Floresta
Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
Universidade Federal do Maranhão
Universidade Federal de Mato Grosso
Universidade Federal do Pará
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Universidade Federal de Roraima
Universidade Federal do Tocantins (UFT)
Universidade Paulista
Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC)
Universidade de São Paulo
Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Universidade de São Paulo, Faculdade de Saúde Pública
Universidade Virtual de Roraima
PROJETOS
Abelhas indígenas: diversidade e geração de renda no meio rural
Alimentação de peixes nativos da Amazônia com insetos capturados em armadilhas
instaladas em ambientes fluviais com fins de sustentabilidade ambiental
Alojamento domiciliar para turistas
Amamentação: Simbiose da vida para a vida
Amazônia - projeto integrado para desenvolvimento autossustentável de produção de
alimentos
Análise comparativa de Chtysomya megacephala e de doenças relacionadas com a falta de
saneamento básico em populações com determinadas identidades sociais na cidade de
Porto Velho, Rondônia
Análise dos níveis de degradação florestal no centro de endemismo Belém
Apoena – Educação para a Sustentabilidade- Ler e Aprender nas Comunidades do Rio
Tarumã-Açu
Aproveitamento da vazão de Agua que sai da Hidrelétrica de Tucuruí para geração de
energia
Um arcabouço, para valoração dos benefícios climáticos de áreas protegidas no Estado do
Amazonas
Artefatos com madeiras certificadas da Amazônia Empreendedorismo e Comercialização
Atendimento, o sucesso da saúde-social
Avaliação econômica e social do impacto da agricultura urbana de Tocantinópolis (TO)
Avaliação de riscos ambientais na região do bico do papagaio – Tocantins
Biblioteca móvel – alternativa de socialização de leitura e conhecimento para as
comunidades de Manaus (São Lázaro/Lagoa Verde)
Biojóias da Informática
Câmara de combustão ciclônica para resíduos das indústrias madeireiras
Caminhos para o desenvolvimento sustentável de jovens Tikuna vivendo na cidade: a
construção de novas formas de sobrevivência dos povos indígenas na cidade de Manaus a
partir da cultura
Capacitação e Construção Demonstrativa de Escolas e Postos de Saúde Sustentáveis para
Aldeias Indígenas na Amazônia Sul Ocidental
Capacitação Profissional em Técnicas de Escalada em Árvores
Capacitação de moradores do Município de São Pedro da Água Branca-MA, pára a geração
de emprego e renda com atividades voltadas para o atendimento aos turistas
Captura e aproveitamento do metano que passa por barragens de hidrelétricas tropicais
Cartilha de profissionais de Serviços de Saúde de Porto Velho (RO)
Cidadania em Ação
Complexo integrado de pesquisa e educação ambiental
Compostagem de lixo na amazónia: insumos para a produção de alimentos
Conservação e revitalização participativa da bacia do rio Buriticupu Construção de
Centro de compras hidro-ferroviário
A construção de arranjos produtivos sustentáveis no fornecimento de carvão vegetal para a
indústria Siderúrgica
Construções sustentáveis para comunidades extrativistas da Amazônia
Cooperativa dos Amigos Catadores e Recicladores de Resíduos Sólidos do Estado de
Roraima (UNIRENDA)
Cooperativismo Financeiro: Sustentabilidade e Desenvolvimento
Corantes naturais no fingimento de couro de peixe e outros artefatos como tecnologia
limpa para o desenvolvimento sustentável da Amazônia
Crescimento de Caupi (Vigna Unguiculata (L.) Walp) Adubado com Diferentes Doses de
Efluente de Fossa Séptica Biodigestora
Criação de um Polo especializado no desenvolvimento tecnológico de curtimento de peles
de peixes amazônicos e sua aplicação no agronegócio de produtos acabados
Criação do Serviço Nacional de Carbono Rural da Amazônia – SNCRA
Criar uma lei para que todo cidadão que more em casa na área urbana, ou empresas que
tenham espaço físico, deve plantar uma árvore e na zona rural planta 50 arvores.
Cultivo, beneficiamento e comercialização da bucha vegetal (Luffa acutangula): estratégia
de re-socialização de re-educandos da Casa de Prisão Provisória de Palmas (TO)
Cultivo da Cultura do Açaí no Município de Barcelos/Amazonas
Cultivo de Jacareuba (Calophyllum brasiliensis) para a produção de madeira, óleo e demais
extratos
Desenvolvimento de equipamentos para proteção contra naufrágio de embarcações na
Amazônia
O desenvolvimento e implantação de um site sobre a Amazônia como instrumento para
disseminação da conscientização sobre a preservação da Amazônia
Desenvolvimento de jogos infantis virtuais para aplicação na rede de ensino fundamental
visando à prática e os conhecimentos sobre a Amazônia
Desenvolvimento de Tecnologias para o Melhoramento de Óleo Vegetal no Estado do Acre
Desenvolvimento de um modelo de Produção Integrada de Guaraná no Estado do
Amazonas
Desenvolvimento de veículo tipo “Hovercraft” para Aplicações Gerais
Desobstruindo o Meio Ambiente em Estratégia de Desenvolvimento Socioeconômico no
Reaproveitamento do Óleo Saturado
Disseminação de Práticas Sustentáveis e Economicamente viáveis para comunidades
Ribeirinhas da Amazônia – Ecoturismo
Ecologia e Conservação do tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) nas Savanas de
Roraima
Ecoturismo como vetor de Desenvolvimento Sustentável no Amazonas: Difusão de
princípios e busca de novas alternativas
Ecoturismo no Jalapão: Uma Inclusão Social Sustentável
Educação Ambiental nas Escolas Rurais como Instrumento Mitigador do Potencial lesivo
dos Agrotóxicos
Os efeitos das mudanças climáticas globais sobre a agricultura na Amazônia e no Brasil
Eficiência elétrica em residências e empresas de pequeno e médio porte
Embarcações de madeira na Amazônia: o estado da arte – saber local, estrutura, simbologia
e transmissão
Empreendedorismo Social e Artesanato Sustentável na Região do Bico do Papagaio
Estimativa das Trocas de CO2, Calor Latente e Calor Sensível em Ecossistemas de
Manguezal Usando um Modelo Ecofisiológico e Micrometeorológico
Erradicação das carvoarias no Pará
Escola Profissional de Marcenaria Almerinda Malaquias
Estudo dos Impactos Socioambientais na Faixada BR-163 – de Cuiabá/MT a
Santarém/PA (BR-163: de Estrada dos Colonos a Corredor de Exportação)
Estudos da reprodução e da conservação de sementes de capim dourado
(Singonanthus nitens (Bong.) Ruhland) originários de diferentes regiões do estado
do Tocantins
Expansão do Tempo de Vida de Prateleira de Frutos de Camu-Camu (Myrciaria
Dubia) com Emprego de Doses Mínima de Irradiação Gama
A Exploração em mosaico
A Exploração Sexual Infantil
Extensão Rural com Famílias Agroextrativistas Ribeirinhas: um processo de
construção participativa para o desenvolvimento de um Plano de Ações
Sustentáveis em bases agroecológicas – Comunidade Monte Sião – Município de
São Domingos do Capim (PA) – Região Amazônica Brasileira
Extração de óleo da semente do pequi para utilização no tratamento de problemas
respiratórios e impotência sexual
Extrativistas e Áreas Protegidas do Acre
Fabricação de Placas Decorativas para Revestimento, Confeccionadas com
Sementes de Açaí (Euterpe Oleraceae)
Fixação do homem no campo
Fomentando parcerias florestais sustentáveis: um guia para a elaboração de
contratos a partir do diagnóstico dos arranjos empresas-comunidades já existentes
no Distrito Florestal da BR-163
Geotecnologias e Desenvolvimento Sustentável: modelagem espacial de dados
geológicos, aerogeofísicos e radar no monitoramento de ambientes mineralizados
da Amazônia
Geração de Renda, Inclusão Social e Recomposição de Matas Ciliares por Comunidades
Ribeirinhas na Área de Proteção Ambiental (Apa) da Baixada Maranhense
Gerenciamento Integrado de Resíduos no Interior do Amazonas visando à redução de
impactos no turismo e na saúde pública
O Grande Círculo da Amazônia
Implantação de Unidade de Produção de Mudas para Fortalecimento do Arranjo Produto da
Cajucultura na Região do Jalapão município de Ponte Alta do Tocantins-TO
Incentivo a mobilização em torno do desenvolvimento sustentável e valorização da
identidade cultural através da criação de um Centro de Pesquisas e Difusão de Tecnologias
Sociais
Inclusão Social na Associação das Mulheres Indígena do Alto Rio Negro
Instalação de Recinto Aduaneiro nos Correios de Manaus com Geração de DSE para
escoamento direto para o exterior de todas as exportações da Amazônia Ocidental
Instalação de uma indústria de sabão produzido a partir de óleo de cozinha usado
Instituto Práxis – planejamento de gestão e cursos
A inter-relação entre a caracterização dos solos antrópicos da Amazônia (Terras Pretas de
índio) e a utilização de carvão vegetal como condicionador agrícola do solo
Inventário da Avifauna do Município de Boa Vista – RR como subsídio ao Ecoturismo
Legislação Sanitária para Empreendedores da Cidade de Manaus
Levantamento e identificação de fungos micorrizicos arbusculares produtores de enzimas
fosfatases em um sistema de cultivo de cafeeiro arborizado em Rondônia
Levantamento epidemiológico, estruturação de programa de saúde bucal e atenção
médico-odontológica de população rural ribeirinha residente às margens do Rio Machado,
Estado de Rondônia
Logística para a coleta e produção de biodiesel a partir de óleos comestíveis residuais
Manejo de Protium spp. em floresta de terra-firme na Amazônia Central
Medicina social para população de baixa renda e o desenvolvimento sustentável certo da
Amazônia
Memória Social e Patrimônio Público: Lacunas Perceptíveis em Primeira Cruz
Minimização do Impacto Ambiental na Área dos Futuros Reservatórios das UHE's Santo
Antônio e Jirau no rio Madeira
Mitigação e conformação aos impactos causado pela invasão das usinas sucroalcooleiras
em nossas confrontações rurais de nossas pequenas gleba rurais
Modernização da rodovia transamazônica
Monitoramento de Áreas Úmidas Amazônicas (MAUA)
“Mulher talento”
Novas formas de organização de empresas na Amazônia, com ênfase em lavanderias
Novos derivados semissintéticos para tratamento de malária Oficina do Saber e
Reciclando para Resgatar
A Pesca Artesanal e o Desenvolvimento Local: Projeto de Apoio aos Pescadores Artesanais
Plano de Recuperação de-Áreas Degradadas – PRAD do gasoduto Coari-Manaus
Plantas Medicinais na Comunidade
Popularização da ciência na Amazônia: ações do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia
Potencial Biotecnológico do Pólen de Melípona Spp. da Região do Baixo Amazonas
As Potencialidades da Amazônia
Povos indígenas e saúde ambiental: gestão territorial e desenvolvimento sustentável na TI
Trombetas/Mapuera
Práticas de Manejo para o Uso Sustentável de Pastagens Nativas nos Lavrados de Roraima
Processo de obtenção e atividade farmacológica de zerumbona obtida dos rizomas de
zingiber zerumbet (I.) smith (zingiberaceae) como fonte de matéria prima de potencial
econômico
Prevenção e tratamento do câncer de útero
PRODUÇÃO 'LEGAL' – Software de Simplificação de Processos de Licenciamento para
Regularização de Atividades Agroextrativístas em Unidades de Conservação de Uso
Sustentável
Produção intensiva de peixes em viveiros escavados homogeneizando a coluna da água por
meio mecânico
Produtos da Agrobiodiversidade: diálogo entre os saberes tradicionais e científicos no
desenvolvimento territorial do Rio Cuieiras, Amazonas
Programa Boa Vista Limpa é Boa Vista Linda!
Programa de Educação e Comunicação Científica para a inclusão social de estudantes do
ensino fundamental, de comunidades ribeirinhas do Rio Madeira, Porto Velho (RO).
(Educomunicação Científica)
Projeto Aimirim – Organização comunitária para o empreendedorismo e geração de
negócios na comunidade costa da terra nova
Projeto – Duplicação da Rodovia Belém Brasília – BR 010
Projeto de desenvolvimento sustentável da Lagoa de Pedra
Projeto ecoarte popular – artesanato de sucatas de oficinas mecânicas
Projeto de Educação Ambiental Guardiões do Verde: um olhar para a formação de
educadores socioambientais
Projeto Garoto Referência
Projeto de Implantação de um Núcleo de Lapidação de Pedras Semipreciosas (Ametista) na
Comunidade da Serra do Aricamã-Amajarí
Projeto de Inclusão Sócio-Digital nas Zonas Leste e Norte de Manaus
Projeto para Dessalinização Ecológica
Projeto Plantar
Projeto Reciclap: reciclando o Amapá
Projeto Todos pela Revitalização do Córrego Sinhá
PROJETO XAPURI – Turismo e Desenvolvimento na Terra de Chico Mendes
“O Projeto” vai aos Centros comunitários isoladas do Amazônia e seu bairro
PRONTUS: Telediagnóstico Médico para a Amazônia
Proposta para o Desenvolvimento, Sustentável da Comunidade de Quebradeiras de Coco
Babaçu do Município de Sampaio-TO, Programa Agenda 21
Pupunha (Bactris gasipaes) como alternativa para a produção de biodiesel na Amazônia
Qualidade no Atendimento da Rede Publica de Saúde
Reaproveitamento do excedente de serragem e lixo doméstico para produção de húmus
direcionado à plantação de hortaliças como alternativa sócio, ambiental e econômica
Recuperação de Áreas Degradadas provenientes da ação antrópica de Comunidades Rurais
da Amazônia Central
Reflorestar
Resgate da Ictiofauna do Médio rio Araguaia – Goiás e Tocantins
Responsabilidade social e profissional das mães menores de idade da zona leste de Manaus
Saneamento Ecológico usando biodigestores indianos para tratamento de afluentes,
aproveitamento do biogás, biofertilizantes e proteção ambiental no Projeto de
Desenvolvimento Sustentável Morena, Município de Presidente Figueiredo – Estado do
Amazonas
Saneamento Otimizado e Racionalizado dos Rios como fatores de Integração Arterial da
Amazônia. SORRIA AMAZÔNIA
SEMANA DA AÇÃO SOCIAL INDÍGENA: uma proposta de valorização da cultura indígena da
Ilha do Bananal
Sistema agrosilvipastoril com animais silvestres amazônicos
Sistema Alternativo para remoção de cor de águas naturais para consumo humano
utilizando carvão vegetal: contribuição ao desenvolvimento da Região Amazônica, Brasil,
na área Ambiental
Sistema de Condicionador de Ar Automotivo por Processos de Absorção Gasosa em
Motores de Combustão Interna
Sistema Híbrido de Geração Elétrica Sustentável para a Ilha dos Lençóis, município de
Cururupu (MA)
A Sociedade e o Idoso
Sons da Amazônia: A natureza a serviço da Educação
As técnicas verticais e o desenvolvimento sustentável
Tecnologias de utilização da madeira na construção naval para a Amazônia
Transferência de tecnologias para produção de sementes de feijão-caupi por meio de
campos e bancos comunitários, na comunidade ribeirinha do Cujubim Grande, em Porto
Velho
Transferibilidade e aplicação de marcadores moleculares de alto desempenho no estudo
da estrutura e dinâmica genética de espécies do gênero Manilkara: geração de
conhecimento para o manejo e a conservação de árvores madeireiras amazônicas
Turbinas eólicas para geração de energia elétrica em comunidades isoladas nas ilhas do
lado da UEH Tucuruí, também na Amazônia e no Maranhão: aperfeiçoamento de produtos
e adequação do uso de tecnologia
Turismo na Educação
Uso de tecnologias para o desenvolvimento autossustentável da comunidade de Tapauá
Uso sustentável de recursos naturais em atividades de ecoturismo no município dé
Itaubal. Oferta de melhoria na qualidade de vida da população ribeirinha
Utilização das Ferramentas Atuais de Telecomunicação, Tecnologia de Mobilidade
Aeronáutica Nacional e Embarcações Ecologicamente corretas aplicadas para
Telemedicina
Utilização de microrganismos associados a vegetais para obtenção de substâncias
bioativas e protocolos de controle biológico de doenças pós-colheita
Valorização da gastronomia regional como forma de promoção do desenvolvimento
sustentável
Vila ecológica sustentável como modelo de cinturão de proteção de reserva florestal na
Amazônia
COORDENAÇÃO
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Professor Francelino Gr an d o
Secretário de Tecnologia Industrial
José Rincon Ferreira
Diretor do Departamento de Articulação Tecnológica, Secretaria de Tecnologia Industrial,
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Secretário Técnico do
Prêmio Samuel Benchimol 2007.
Federação das Indústrias dó Estado do Tocantins
Eduardo Machado Silva
Presidente
Evandro de Oliveira Resende
Chefe de Gabinete
COMITÊ EDITORIAL
Sara Oliveira
Divina A. Silva
Beatriz Coelho Caiado
Venauria da Silva Batista
Rones José Silvano de Lima
W. Wilson Padmé
EQUIPE TÉCNICA
Admilson Bispo dos Santos
Aline Cruz Moura '
André Luiz Alves Sijveira Martins
Carmen Sousa Melo Ramos Chaves
Carlos Fenley Dourado Botelho
Cláudia Nasser
Douglas André Muller
Euler Rodrigues de Souza
Flávio Fonte-Boa
Márcia Antunes Caputo
Maria Auxiliadora Pereira Lopes
Michael D'Andréa de Carvalho Gazzineo
Roberto Gerosa
Rolid Jaber-Neto
Teresa Stival
Welington Pacheco
Hélio Francisco dos Santos Graça