postal 1153 - 11 dez 2015

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SOLRIR promete animar Albufeira no início do ano > 3 PUB Olhão vai duplicar capacidade da marina TURISMO > 6 D.R. ÀS SEXTAS EM CONJUNTO COM O PÚBLICO POR 1,60 PUB Director Henrique Dias Freire • Ano XXVIII • Edição 1153 • Quinzenário à sexta-feira • 11 de Dezembro de 2015 • Preço 1,40 RICARDO CLARO > A distinção foi atribuída pela União Europeia e visa dar maior visibilidade e reconhecimento ao património dos Estados-membros. A Direcção Regio- nal de Cultura do Algarve consegue assim a terceira classificação do género para o país e a única atribuída a Portu- gal este ano. p. 2 Promontório de Sagres já tem Marca Património Europeu D.R. > 4 Veja anúncio na pág. 12 CA JUNIORES Festival: Jorge Botelho reduz taxas de IMI TAVIRA > 7 D.R. Parque Ribeirinho do Ludo quase terminado Edição Especial de Natal - Edição Especial de Natal - Edição Especial de Natal - Edição Especial de Natal EM FOCO 2 FESTIVAL SOLRIR COMEMORA DEZ ANOS 3 PARQUE RIBEIRINHO DO LUDO AVANÇA A BOM RITMO 4 CÂMARA DE FARO INVESTE QUASE UM MILHÃO DE EUROS NAS ESTRADAS 5 OLHÃO QUER DUPLICAR LUGARES NA MARINA 6 CLASSIFICADOS 8 OPINIÃO 11

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• CONHEÇA O POSTAL DESTA SEMANA! • (Sexta-feira 11/12) nas bancas com o jornal PÚBLICO • NESTA EDIÇÃO COM O CADERNO CULTURAL CULTURA.SUL • • LEIA E PARTILHE A INFORMAÇÃO INDISPENSÁVEL SOBRE O ALGARVE • EM DESTAQUE NESTA EDIÇÃO: > Promontório de Sagres já tem Marca Património Europeu > Parque Ribeirinho do Ludo quase terminado > SOLRIR promete animar Albufeira no início do ano > Jorge Botelho reduz taxas de IMI > Olhão vai duplicar capacidade da marina • POUPE centenas de euros ao assinar o POSTAL por 30€ anuais com o Plano de Saúde gratuito em medicina dentária, estética e ginásio • PRÓXIMA EDIÇÃO DO POSTAL dia 11 de Setembro: o indispensável sobre o Algarve

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Page 1: POSTAL 1153 - 11 DEZ 2015

SOLRIR promete animar Albufeirano início do ano > 3

PUB

Olhão vai duplicar capacidade da marina

TURISMO

> 6

d.r.

ÀS SEXTAS EMCONJUNTO COM OPÚBLICO POR €1,60

PUB

Director Henrique Dias Freire • Ano XXVIII • Edição 1153 • Quinzenário à sexta-feira • 11 de Dezembro de 2015 • Preço € 1,40

ricardo claro

> A distinção foi atribuída pela União Europeia e visa dar maior visibilidade e reconhecimento ao património dos Estados-membros. A Direcção Regio-nal de Cultura do Algarve consegue assim a terceira classificação do género para o país e a única atribuída a Portu-gal este ano. p. 2

Promontório de Sagres já tem Marca Património Europeu

d.r.

> 4

Veja anúncio na pág. 12

CAJUNIORES

Festival:

Jorge Botelho reduztaxas de IMI

TAVIRA

> 7

d.r.

Parque Ribeirinho do Ludo quase

terminado

Edição Especial de Natal - Edição Especial de Natal - Edição Especial de Natal - Edição Especial de Natal

EM FOCO 2 FESTIVAL SOLRIR COMEMORA DEZ ANOS 3 PARQUE RIBEIRINHO DO LUDO AVANÇA A BOM RITMO 4

CÂMARA DE FARO INVESTE QUASE UM MILHÃO DE EUROS NAS ESTRADAS 5 OLHÃO QUER DUPLICAR LUGARES NA MARINA 6 CLASSIFICADOS 8 OPINIÃO 11

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em foco

2 | 11 de Dezembro de 2015

Promontório de Sagres já é Património EuropeuCandidatura da Direcção Regional de Cultura conquista júri da União Europeia

Ricardo [email protected]

O TRABALHO DA DIRECÇÃO REGIONAL DE CULTURA DO ALGARVE (DRCAlg) compen-sou e o Promontório de Sagres ostenta agora a Marca Patri-mónio Europeu. De entre as propostas feitas ao Governo (para pré-selecção nacional de candidatos) a esta distin-ção europeia, o Promontório de Sagres tinha já sido esco-lhido por unanimidade face a uma candidatura preparada pela DRCAlg sob a direcção de Alexandra Gonçalves.

A aposta da titular da Cultura no Algarve estava na valorização daquele que é o monumento nacional mais visitado na região e a conquista do objectivo foi alcançada com a atribuição pela União Europeia da Mar-

ca Património Europeu, uma distinção criada em 2011 e que pretende sensibilizar os cidadãos para sítios que tenham desempenhado um papel significativo na his-tória, cultura e desenvolvi-mento da União Europeia, bem como valorizar a sua dimensão europeia através de actividades educativas e de informação.

AS VANTAGENS PARA A REGIÃO Com este reforço de reconheci-mento da importância históri-ca do local e muito em particu-lar da Fortaleza de Sagres, cujo restauro e valorização têm sido reforçados nos últimos anos, o património algarvio consolida a sua importância enquanto valor cultural a preservar, mas também enquanto meio de alavancagem económica por força da mais-valia que pode

desempenhar para o turismo, principal actividade económi-ca da região, nomeadamente em época baixa e para nichos de mercado ainda em cresci-mento, como o turismo cultu-ral e de natureza.

São estes aspectos que justi-ficam dizer que Sagres, Vila do Bispo, a região e o país, bem como os algarvios, mas muito em particular a DRCAlg e Ale-xandra Gonçalves estão de parabéns.

SÓ HÁ TRÊS DISTINÇÕES DO GÉ-NERO ATRIBUÍDAS NO PAÍS Com esta conquista o Algarve pas-sa a ter uma das três classifi-cações nacionais com a Marca Património Europeu a par das já galardoadas Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra e Carta de Lei de Abolição da Pena de Morte (guardada na Torre do Tombo, em Lisboa).

O QUE DIZ A EUROPA SOBRE A IMPORTÂNCIA DO PROMONTÓ-RIO DE SAGRES O Promontório de Sagres é referido na dis-tinção atribuída pela União

Europeia como apresentan-do “uma paisagem rica do ponto de vista histórico e cultural situada no canto sudoeste da Península Ibé-

rica. Nela se encontram ves-tígios arqueológicos signifi-cativos, estruturas urbanas e monumentos que atestam a sua localização estratégica e a sua importância ao longo dos séculos”.

“A Ponta de Sagres tornou--se o quartel-general do In-fante Dom Henrique para o seu projecto de expansão marítima durante o séc. XV, um local da maior importân-cia para o Período das Des-cobertas, período que mar-cou a expansão da cultura, das ciências, da exploração e do comércio europeus, tanto para o Atlântico como para o Mediterrâneo, abrindo o caminho para a afirmação e projecção da civilização eu-ropeia, que veio a modular o mundo moderno”, refere ainda a referência descritiva acerca do local.

fotos: d.r.

Ô Promontório é o monumento nacional mais visitado na região

d.r.

NOTARIADO PORTUGUÊSJOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA

NOTÁRIO em TAVIRA

Certifico:Que no dia 18-11-2015, a folhas 140, do livro de notas para escrituras diversas número 179–A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO, na qual, GRACIETE TEIXEIRA VALENTE, NIF 196.088.771 e marido ANTÓNIO GONÇALVES MARTINS, NIF 123.094.720, ambos naturais da freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes no sitio da Azinhosa, Cachopo, Tavira, declararam:

Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios, todos rústicos com excepção do último, todos sitos na freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, a saber: UM-Prédio sito em Soalheira das Águas, composto por cultura e pastagem, com a área de cinco mil e duzentos metros quadrados, que confronta do norte com Francisco Pires, do sul e poente com Manuel António Martins e do nascente com Manuel António Mendes, inscrito na matriz sob o artigo 11.988; DOIS-Prédio sito em Barranco das Águas, composto por cultura, pas-tagem e amendoeiras, com a área de quatrocentos e noventa metros quadrados, que confronta do norte com ribeiros, do sul com José Anica e outros, do nascente com herdeiros de Manuel Pereira e de poente com Manuel Teixeira Pereira, inscrito na matriz sob o artigo 11.991;TRÊS-Prédio sito em Cerro das Águas, composto por cultura e pastagem, com a área de mil oitocentos e noventa metros quadrados, que confronta do norte e sul com Manuel António, do nascente com Manuel António Martins e do poente com Manuel Teixeira Pereira, inscrito na matriz sob o artigo 12.052; QUATRO--Prédio sito em Rocha Branca, composto por cultura, pastagem e alfarrobeira, com a área de duzen-tos e noventa metros quadrados, que confronta do norte com ribeira, do sul e poente com Rafael Dias e do nascente com Manuel António Martins, inscrito na matriz sob o artigo 12.137; CINCO-Prédio sito em Portela da Rocha, composto por cultura e pastagem, com a área de três mil e quinhentos metros quadrados, que confronta do norte com ribeira, do sul com Rafael Dias e do nascente e poen-te com Manuel Teixeira Pereira, inscrito na matriz sob o artigo 12.201; SEIS-Metade indivisa do prédio rústico, sito em Cerro da Ribeira, composto por cultura e pastagem, com a área de sete mil e trezentos metros quadrados, que confronta do norte e sul com ribeira, do nascente com Manuel Tei-xeira Pereira e do poente com Manuel António Martins, inscrito na matriz sob o artigo 12.203; SE-TE-Prédio sito em Corga Chões, composto por cultura e pastagem, com a área de dois mil quinhentos e vinte metros quadrados, que confronta do norte com José Domingos Campos, do sul com Manuel Cavaco, do nascente com Manuel António e do poente com Maria Joaquina, inscrito na matriz sob o artigo 12.222; OITO-Prédio sito em Cerro do Boi, composto por cultura e pastagem, com a área de mil oitocentos e noventa metros quadrados, que confronta do norte com José Teixeira, do sul e nas-cente com Manuel Teixeira Pereira e do poente com Maria Joaquina, inscrito na matriz sob o artigo

12.238; NOVE-Prédio sito em Umbria da Eira, composto por cultura e pastagem, com a área de mil oitocentos e noventa metros quadrados, que confronta do norte com ribeiro, do sul e nascente com José Pereira e outros e do poente com Manuel Teixeira Pereira, inscrito na matriz sob o artigo 12.244; DEZ-Prédio sito em Torrados, composto por cultura e pastagem, com a área de sete mil duzentos e noventa metros quadrados, que confronta do norte com Manuel Cavaco e outros, do sul com ribeiro e do nascente e poente com Manuel Rodrigues Marta, inscrito na matriz sob o artigo 12.261; ONZE-Prédio sito em Corgo Fragozo, composto por pastagem, com a área de mil e no-venta metros quadrados, que confronta do norte com Manuel António Martins, do sul com herdei-ros de Ana Marta, do nascente com José Anica e do poente com ribeiro, inscrito na matriz sob o artigo 12.393; DOZE-Prédio sito em Cardazola – Azinhosa, composto por cultura e pastagem, com a área de mil oitocentos e noventa metros quadrados, que confronta do norte com Manuel Teixeira, do sul com Virgilio Martins, do nascente com José Domingos e outros e do poente com Maria Custódia, inscrito na matriz sob o artigo 12.415;TREZE-Prédio sito em Soalheira dos Pombos – Azinhosa, composto por cultura, pastagem e azinheiras, com a área de três mil e qui-nhentos metros quadrados, que confronta do norte com Mário Francisco, do sul e poente com Manuel Teixeira Pereira e do nascente com Manuel Cavaco, inscrito na matriz sob o artigo 12.458; CATORZE-Prédio sito em Pontal do Miguel – Azinhosa, composto por cultura e pasta-gem, com a área de sete mil e cem metros quadrados, que confronta do norte com José Pereira e outros, do sul com António Joaquim, do nascente com Manuel Teixeira Pereira e do poente com Manuel Cavaco, inscrito na matriz sob o artigo 12.465; QUINZE-Prédio sito em Corgo dos Ra-mos – Azinhosa, composto por cultura, pastagem e oliveiras, com a área de quatrocentos e noven-ta metros quadrados, que confronta do norte com António Joaquim, do sul com José Pereira e outros, do nascente com Manuel Teixeira e do poente com Manuel Teixeira Pereira, inscrito na matriz sob o artigo 12.474; DEZASSEIS-Prédio sito em Umbria dos Ramos, composto por cul-tura, pastagem e oliveira, com a área de dois mil duzentos e noventa metros quadrados, que con-fronta do norte com Virgilio Martins, do sul com José Pereira, do nascente com ribeira e do poente com António Joaquim, inscrito na matriz sob o artigo 12.494; DEZASSETE-Prédio sito em Corgo dos Lobos, composto por cultura, pastagem, oliveiras e amendoeiras, com a área de nove-centos e noventa metros quadrados, que confronta do norte com José Anica e do sul, nascente e poente com Manuel António, inscrito na matriz sob o artigo 12.576; DEZOITO-Prédio sito em Umbria do Miguel, composto por cultura, pastagem e azinheiras, com a área de quatro mil e duzen-tos metros quadrados, que confronta do norte e poente com Manuel Rodrigues Marta, do sul com João Rodrigues Marta e do nascente com Manuel António, inscrito na matriz sob o artigo 12.612; DEZANOVE-Prédio sito em Corgo do Fragoso, composto por cultura e pastagem, com a área de quatrocentos e noventa metros quadrados, que confronta do norte e sul com Manuel Rodrigues Marta, do nascente com Manuel Teixeira e do poente com Rafael Dias, inscrito na matriz sob o artigo 12.614; VINTE-Prédio sito em Rebola, composto por cultura e pastagem, com a área de seiscentos e noventa metros quadrados, que confronta do norte com Estrada, do sul com herdeiros de Ana Marta, do nascente com José Pereira e outros e do poente com Virgilio Martins, inscrito na matriz sob o artigo 12.626; VINTE E UM-Prédio sito em Corgo da Casa, composto por cultura e pastagem, com a área de sete mil e duzentos metros quadrados, que confronta do norte com José

Anica, do sul com José Rodrigues Marta, do nascente com Domingos Marta e do poente com Rafael Dias, inscrito na matriz sob o artigo 12.638; VINTE E DOIS-Prédio sito em Pontal da Cira da Corta, composto por cultura e pastagem, com a área de quinhentos e noventa metros quadra-dos, que confronta do norte com ribeiro, do sul com Manuel Marta, do nascente com José Pereira e do poente com António Rodrigues, inscrito na matriz sob o artigo 12.656; VINTE E TRÊS--Prédio sito em Pontal das Ervilhas, composto por cultura, pastagem e azinheiras, com a área de novecentos e noventa metros quadrados, que confronta do norte e do sul com Manuel António, do nascente com José Anica e do poente com ribeiro, inscrito na matriz sob o artigo 12.676; VINTE E QUATRO-Prédio sito em Azinheira – Bichoza, composto por cultura e pastagem, com a área de mil quinhentos e noventa metros quadrados, que confronta do norte, sul e poente com Rafael Dias e do nascente com caminho, inscrito na matriz sob o artigo 12.850; VINTE E CINCO-Prédio sito em Gramadouro, composto por cultura e pastagem, com a área de quatrocentos e noventa metros quadrados, que confronta do norte com Manuel Cavaco, do sul e nascente com Rafael Dias e do poente com Domingos Marta, inscrito na matriz sob o artigo 12.860; VINTE E SEIS-Prédio sito em Eira, composto por cultura e pastagem, com a área de quinhentos e noventa metros quadrados, que confronta do norte com Manuel Marta, do sul com Manuel António, do nascente com Manuel Teixeira e do poente com caminho, inscrito na matriz sob o artigo 12.882; VINTE E SETE-Me-tade indivisa do prédio rústico, sito em Corga do Pereiro, composto por cultura e pastagem, com a área de mil novecentos e noventa metros quadrados, que confronta do norte e poente com cami-nho, do sul com Domingos Marta e do nascente com Manuel António, inscrito na matriz sob o ar-tigo 12.931; VINTE E OITO-Prédio urbano, sito em Corga da Pereira, Azinhosa, Cachopo, edifício térreo com duas divisões, destinado a habitação, com a superfície coberta de setenta e seis virgu-la quinze metros quadrados e a superfície descoberta de cento e dezassete virgula setenta metros quadrados, que confronta do norte, sul e poente com caminho e do nascente com Manuel António, inscrito na matriz sob o artigo 1.686. Que adquiriram os referidos prédios por meio de partilha amigável e verbal, nunca reduzida a escritura pública, feita no ano de mil novecentos e oitenta e cinco, em data que não é possível precisar, por óbito do pai Francisco Valente, no estado de casado Maria Pereira Teixeira sob o regime da comunhão geral de bens, residente que foi no referido lugar de Azinhosa. Que desde esse ano possuem os prédios em nome próprio, cuidando e cultivando a terra, fazendo as respectivas sementeiras, colhendo os frutos, fazendo as obras de reparação e conserva-ção necessárias no prédio urbano, pagando os impostos e contribuições devidos, sem a menor opo-sição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e os-tensivamente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriram os prédios por usucapião.

Tavira, em 18 de Novembro de 2015

A funcionária por delegação de poderes;

Ana Margarida Silvestre Francisco – Inscrita na O.N. sob o n.º 87/3)

Conta registada sob o nº. PAO 1828/2015 Factura nº. 01842

(POSTAL do ALGARVE, nº 1153, de 11 de Dezembro de 2015)

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11 de Dezembro de 2015 | 3

região

Festival SOLRIR comemora dez anos Ano começa com quatro noites de humor em Albufeira

O FESTIVAL SOLRIR, o maior acontecimento de humor do país, celebra dez anos com um evento que irá juntar 16 dos maiores humoristas na-cionais em dez espectáculos de stand-up comedy, no Palácio de Congressos do Algarve, em Albufeira, de 1 a 4 de Janeiro.

Aldo Lima, Diogo Faro, Her-man José, Nilton, Pedro Sousa, Pedro Durão, Miguel Neves, Joel Rodrigues, Hugo Rosa e Eduardo Madeira são os humo-ristas confirmados para o cartaz comemorativo dos dez anos do SOLRIR - Festival de Humor.

O humorista Eduardo Ma-deira convida “Just Girls”, Ma-riana Sim-Sim, Soraia Carrega, Vanny Guerra, Maria Lázaro, Beatriz Peixoto e Joana Ma-chado para um espectáculo de stand-up no feminino, que promete ser muito especial e inusitado.

Considerado o maior festi-val de humor do país, o SOL-RIR realiza-se desde 2006 e já contou com a participação de mais de 200 humoristas nacio-nais e internacionais. O evento

destaca-se por proporcionar um autêntico menu de humor nos primeiros dias de cada ano. Re-corde-se que só na última edição passaram pelo palco do SOLRIR mais de seis mil espectadores.

Os espectáculos estão mar-cados para começar todos os dias às 21.30. No primeiro dia do ano, 1 de Janeiro, sobem ao palco Pedro Sousa, Pedro Du-rão, Diogo Faro e Aldo Lima, no dia 2 de Janeiro, Miguel Ne-ves, Joel Rodrigues e Nilton, dia 3 de Janeiro, Hugo Rosa e Herman José e no último dia, 4 de Janeiro, Eduardo Madeira convida as “Just Girls”, Maria-

na Sim-Sim, Soraia Carrega, Vanny Guerra, Maria Lázaro, Beatriz Peixoto e Joana Macha-do para fechar o programa.

Os bilhetes já estão à venda em www.blueticket.pt, lojas FNAC, Worten, Media Markt, El Corte Inglés e no local, nos dias de espectáculo, a partir das 15 horas.

O SOLRIR é uma iniciativa da Press Happiness em colabora-ção com o Município de Albu-feira, conta com o patrocínio da Caixa Agrícola e Nau Hotels & Resorts e o apoio do Turismo do Algarve, Apal e Adega do Cantor.

Ô Festival traz 16 dos maiores humoristas nacionais a Albufeira

d.r.

Rua de Santo António, n.º 68 - 5º Esq. 8000 - 283 FaroTelef.: 289 820 850 ¦ Fax: 289 878 342

[email protected] ¦ www.advogados.com.pt

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MUNICÍPIO DE FARODEPARTAMENTO DE INFRAESTRUTURAS

E URBANISMO

AVISO 187/2015

Teresa Viegas Correia, Vereadora do Urbanismo e Mobilidade da Câ-mara Municipal de Faro, torna público, de acordo com o n.º 2 do artigo 78º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 136/2015, de 09 de setembro, que no dia vinte e seis de outubro de dois mil e quinze, foi emitido o alvará de loteamento n.º 3/2015, em nome de Ratisbona Promoções e Construções-Sociedade Unipessoal, Lda, contribuinte n.º 507054113, na qualidade de procurador do proprietário Finlog - Aluguer e Comercio de Automóveis S.A. que titula a aprovação da operação de loteamento do prédio sito em Gambelas, da freguesia de Montenegro, descrito na Conservatória do Registo Predial de Faro sob o n.º 560 e inscrito na matriz 1437 da respetiva freguesia.A operação de loteamento e os projetos das obras de urbanização, aprovados por, Deliberação da Câmara, de 10/09/2015, respeitam o disposto no P.D.M. e apresentam as seguintes características:

Descrição da área a lotear: 5066,00 m2Área de construção: 1496.00 m2Número de lotes: 1Área lotes: 5008,00 m2

Área de implantação: 1496.00 m2N.º pisos acima da cota soleira: 1N.º pisos abaixo da cota soleira: 0N.º Fogos: 0Finalidade: Comércio

O loteamento é constituído por 1 lote, conforme a seguir se discrimina:

Lote nº 1: com a área de 5008,00 m2 destinado a comércio, com área de construção de 1496,00 m2, área de implantação de 1496,00 m2, volume-tria de 13940,00 m3, cércea de 6,00 m, 79 lugares de estacionamento no interior do lote, 4 lugares de estacionamento para pessoas de mobilidade condicionada.Condicionamentos da aprovação: Garantir a distância mínima do edifício, de 50 m, ao eixo da EN 125-10.São cedidos à Câmara Municipal, para integração no domínio público munici-pal, 58 m2 de terreno destinados a Espaços verdes de utilização coletiva, conforme planta que constitui o anexo I;Foi efetuado o pagamento referente a compensação pela não cedência de 374,00 m2 de área destinada a equipamento e pela não cedência de 360,88 m2 de área destinada a espaços verdes de utilização coletiva, no valor de 70.901,20 €, através da guia n.º 8473 de 19/10/2015;Foi prestada a caução a que se refere o artigo 54.º do Decreto -Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, na redação do Decreto-Lei nº 136/2014, de 9 setembro, no valor de 4561,58 € mediante depósito de caução registado

pela guia n.º 365 de 01/10/2015.

O prazo para execução das obras de urbanização é de 1 mês de acordo com a calendarização apresentada e os projetos aprovados, devendo o seu início ser comunicado aos respetivos serviços de acordo com o disposto no artigo 80.º-A do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com a redação dada pelo Decreto-Lei nº 136/2014, de 9 setembro.A caução prestada poderá ser reforçada ou reduzida nos termos do nº. 4 do artigo nº. 54.º do RJUE, sendo que o conjunto das reduções efetuadas não pode ultrapassar 90% do montante inicial da caução, sendo o seu remanes-cente libertado com a receção definitiva.A receção provisória das obras de urbanização realizar-se-á após a conclusão das mesmas, mediante requerimento do titular do alvará, sendo que a rece-ção definitiva apenas terá lugar expirado o prazo de garantia de 5 anos a que se refere o nº. 5 do artigo nº. 87º. do RJUE.Para conhecimento geral se publica o presente aviso e outros de igual teor que vão ser publicados no sítio oficial da Câmara Municipal de Faro e num jornal de âmbito local.

Paços do Município, 3 de novembro de 2015

Vereadora do Urbanismo e Mobilidade

Teresa Viegas Correia

(POSTAL do ALGARVE, nº 1153, de 11 de Dezembro de 2015)

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Câmara Municipal de TaviraEdital nº. 62/2015

Jorge Manuel do Nascimento BotelhoPresidente da Câmara Municipal de Tavira

TORNA PÚBLICO, que em reunião de Câmara Municipal, realizada no dia 10 de novembro de 2015, foram tomadas as seguintes deliberações:

1. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 216/2015/CM, referente a 14.ª Alteração ao Orça-mento e às Grandes Opções do Plano - Ano 2015;

2. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 217/2015/CM, referente ao Atribuição de apoio à Rádio Gilão - Cooperativa de Radiodifusão, C.R.L. - Celebrações de São Martinho;

3. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 218/2015/CM, referente a Alienação da participa-ção social na AGETAV - Agência de Desenvolvimento de Tavira, S.A.;

4. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 219/2015/CM, referente aos Contrato de concessão de uso privativo do domínio público de posto de abastecimento de combustíveis, sito na Horta do Carmo, em Tavira - Pedido de transmissão da posição contratual;

5. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 220/2015/CM, referente a Parecer prévio vinculativo para celebração de contratos de aquisição de serviços de transporte e inumação de dois cadáveres e de serviços de tradução para o site da Dieta Mediterrânica.

Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume.

Paços do Concelho, 10 de novembro do ano 2015

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL,

Jorge Manuel Nascimento Botelho

(POSTAL do ALGARVE, nº 1153, de 11 de Dezembro de 2015)

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região

4 | 11 de Dezembro de 2015

Parque Ribeirinho do Ludo avança a bom ritmoSociedade Polis adjudica obras no acesso à Praia de Faro e para a criaçãodo parque de estacionamento exterior

d.r.

Ô Antevisão do acesso à Ilha de Faro após as obras

NOTARIADO PORTUGUÊSJOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA

NOTÁRIO em TAVIRACertifico:

Que no dia 30-11-2015, a folhas 58, do livro de notas para escrituras diversas número 180–A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO, na qual, FLORINDA MARIA ROSA, NIF 168.208.016, divorciada, natural da freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, residente na Estrada das Antas, número 8, Arroio, Luz, Tavira, declarou: Que, com exclusão de outrem, é dona e legítima possuidora do prédio urbano, composto por edifício térreo com vários compartimentos e quintal, destinado a habitação, no sitio do Arroio, União das Freguesias de Luz de Tavira e Santo Estêvão, concelho de Tavira, com a superfície coberta de oitenta e cinco virgula sessenta metros quadrados e a superfície descoberta de cento e nove virgula quarenta metros quadrados, que confronta do norte com João Paulo Alegre, do sul com Orlando Pacheco, do nascente com Estrada das Antas e do poente com Entreposto Gestão Imobiliário, S.A., inscrito na matriz sob o artigo 1.781 (anterior artigo 1.776 da extinta freguesia de Luz), não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira. Que adquiriu o lote de terreno onde construiu o prédio, em data imprecisa do ano de mil novecentos e setenta e oito, já no estado de divorciada, por compra verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita a António da Silveira Pires Soares e mulher Antónia Júlia Gomes Soares, residentes que foram no sitio do Arroio, Luz de Tavira, Tavira. Que adquiriu o prédio por usucapião.

Tavira, em 30 de Novembro de 2015

A funcionária por delegação de poderes;

Ana Margarida Silvestre Francisco – Inscrita na O.N. sob o n.º 87/3

Conta registada sob o nº. PA1O906/2015 Factura nº.01923

(POSTAL do ALGARVE, nº 1153, de 11 de Dezembro de 2015)

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Cartório Notarial em TaviraNotário

Bruno Torres Marcos

Extrato de Escritura de Justificação

CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Nota-riado que, por escritura pública de Justificação outorgada em vinte e sete de Novembro de dois mil e quinze, exarada a folhas oitenta e cinco e seguinte do Livro de notas para escrituras diversas número Setenta – A, do Cartório Notarial em Tavira, do Notário privado Bruno Filipe Torres Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A:

MANUEL VÍTOR NUNES LOURENÇO, NIF 189625260, e mulher CUSTÓDIA NATÉR-CIA MARTINS FERRO NUNES, NIF 189625236, ambos naturais da freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua Luís de Camões, n.º 8, 2.º esquerdo, 8800-415 Tavira, declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos se-guintes prédios:

- Verba um - Um prédio rústico no sítio das Hortas, que consta de terra de cultura e arvoredo, a confrontar de Norte com Ribeiro, Nascente com Herdeiros de José Maria Viegas, Sul com Maria Marcelina Viegas Silvério Martins e Poente com Irmãos Viegas, Sociedade Agrícola Lda., inscrito na respetiva matriz sob o artigo 49221, com a área de dois mil oitocentos e quarenta e sete metros quadrados, com o valor tributável de seiscentos e quarenta euros igual ao atribuído;

- Verba dois - Um prédio rústico no sítio das Hortas, Santa Catarina, que consta de terra de cultura e arvoredo, a confrontar de Norte e Sul com Caminho, Nascente com Francisco Nunes e outro e Poente com José da Silva Viegas, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 47552, com a área de quatro mil novecentos e noventa metros quadrados, com o valor tributável de cinquenta e seis euros e cinco cêntimos igual ao atribuído;

- Verba três - Um prédio misto no sítio das Hortas, que consta de terra de cultura, pastagem e arvoredo e um edifício térreo destinado á habitação, com dois pisos, diversos comparti-mentos e anexo com duas dependências, inscrito na respetiva matriz sob o artigo urbano 539 com o valor tributável de vinte e oito mil e sessenta euros, e sob o artigo rústico 47556, com o valor tributável de cento e trinta e seis euros e quarenta e um cêntimos, a confrontar de Norte com Maria da Cruz Silva Viegas, Nascente com Herdeiros de Manuel Correia e outro, Sul com José Maria Pereira Gonçalves e Poente com Maria José Nunes e outro, tem a área total de cinco mil quinhentos e noventa metros quadrados, correspondendo noventa metros quadrados à área coberta e cinco mil e quinhentos metros quadrados à área des-coberta.

- Que os identificados prédios não se encontram descritos na Conservatória do Registo Predial de Tavira, e que desconhecem quais os artigos que correspondiam na antiga matriz, por não possuírem elementos que lhes permitam fazer essa correspondência.

- Que esses prédios, com a indicada composição e área, vieram à sua posse, já no estado de casados entre si, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e seis, por compra meramente verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita a Maria de Lurdes Palma, casada com João Maria do Carmo Victor, residente na Rua Gil Eanes, n.º 26, em Monte Gordo; a Balbina Nunes Palma Gonçalves, casada com José Valentim Gonçalves Mestre, residente em Vale Soldado, Boliqueime, Loulé; a Adélia da Conceição Nunes, casada com Joaquim de Jesus Ferramacho, residente em Vila Real de Santo António; a Maria Silvina Nunes Lourenço, solteira, maior, residente em Santa Catarina da Fonte do Bispo; a Maria José Nunes, viúva, residente em França; a Armando Nunes Lourenço, casado com Arminda Celeste Sousa Costa Lourenço, residente na Rua da Mouraria, n.º 98, 3.º, em Lisboa; e a Dorila da Conceição, casada com José António, residentes em Santa Catarina da Fonte do Bispo, não tendo deste modo título que lhes permita fazer o registo dos prédios em seu nome.

- Que, assim, justificam os referidos imóveis, porquanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesarem quaisquer direitos de outrem e ainda convencidos de serem titulares do respetivo direito de propriedade e assim o julgando as demais pessoas, têm possuído aqueles pré-dios – semeando a terra, tratando das culturas, colhendo os respetivos frutos, amanhan-do e limpando a terra, tratando das árvores, e deles retirando os respetivos rendimentos, fazendo obras de manutenção, reparação e beneficiação no edifício, nomeadamente no telhado e pintando-o – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriram os referidos prédios por USUCAPIÃO, o que invocam.

Tavira, 27 de Novembro de 2015.

O Notário,

Bruno Filipe Torres Marcos

Acto registado sob o n.º 2/2785

(POSTAL do ALGARVE, nº 1153, de 11 de Dezembro de 2015)

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Ricardo [email protected]

INICIALMENTE PREVISTAS PARA ESTAREM CONCLUÍDAS EM 2011, as obras de criação do Parque Ribeirinho do Ludo avançaram apenas este ano na zona entre a Quinta do Euca-lipto e o Aeroporto de Faro e desenvolvem-se a bom ritmo.

A obra requalificará uma importante zona de lazer que, apesar de se situar maioritaria-mente no concelho de Loulé, é principalmente utilizada pelos farenses. A par destes desen-volvimentos a Sociedade Polis Litoral Ria Formosa anunciou a assinatura de consignação das empreitadas de construção de um parque de estacionamento na zona da ‘curva do aeroporto’ e de requalificação do acesso à Praia de Faro entre a referida zona e a entrada da ponte de acesso à zona balnear farense.

O PARQUE RIBEIRINHO DO LUDO Quanto ao Parque Ribeirinho do Ludo é já possível verificar como será o aspecto geral do traçado deste espaço público de lazer integrado no programa Polis Litoral Ria Formosa, com destaque para a estrada de aces-so entre a Quinta do Eucalipto e a zona de salinas do Ludo já em plena Ria Formosa.

Podem também já ver-se no percurso, muito utilizado por marchantes, corredores e ciclis-tas, exemplos do mobiliário ur-bano que será aplicado ao longo do parque ribeirinho, bem como as paliçadas de protecção do per-curso nas zonas mais íngremes das bermas.

A intervenção de requalifica-ção das salinas que se encontram no interior da área intervencio-nada pela Sociedade Polis Litoral Ria Formosa está a ser ultimada, tendo as amuradas das salinas sido reforçadas com estruturas de madeira e as respectivas com-portas de controlo de água das marés requalificadas. Em toda a área de salinas foi também apli-cado um revestimento de reforço dos caminhos, recorrendo à apli-cação de pedra triturada para

contenção dos efeitos dos ele-mentos, nomeadamente vento e chuva, e da utilização humana dos percursos.

A obra (1ª fase) agendada para terminar em Novembro ainda não está concluída e repre-senta um investimento de mais de 320 mil euros, cujo projecto foi da Land Design e a execução da Visabeiras.

O objectivo da empreitada é melhorar as condições do per-curso, para caminhadas, corri-

das ou para andar de bicicleta, através da regularização do pa-vimento, contenção das plantas infestantes, e rectificação de de-clives, bem como, da criação de sinalética de orientação.

De acordo com o projecto, o espaço terá um observatório da orla ripícola dulçaquícola da Ri-beira do Ludo e equipamento ur-bano adequado, assim como, ilu-minação pública, rede de água de combate contra incêndios e instalação de ecopontos para

recolha selectiva de resíduos.

A REQUALIFICAÇÃO DO ACESSO À PRAIA DE FARO Quanto ao processo de requalificação do acesso à Praia de Faro, além do parque de estacionamento na zona do aeroporto que tenta-rá responder às necessidades de estacionamento de quem procura aquela praia na épo-ca alta e se debate com fortes problemas de estacionamen-to e fluidez de trânsito, a in-tervenção da Sociedade Polis pretende criar na lateral da actual via de acesso à ponte um passadiço com uma via ciclável/pedonal que funcio-nará, simultaneamente como ponto de observação privile-giado da Ria Formosa.

As obras terão também como efeito a recuperação da própria plataforma rodoviá-ria de acesso à ponte da Praia de Faro, aumentando as con-dições da mesma, nomeada-mente em termos de seguran-ça na circulação automóvel.

Tal como já se sabia, a obra de construção de uma nova ponte rodoviária na Ilha de Faro está adiada para momento não anteci-pável, uma vez que no pre-sente enquadramento não existem fundos disponíveis para a intervenção.

Olhão quer duplicar lugares da marina pág. 6

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região

11 de Dezembro de 2015 | 5

Câmara de Faro investe quase um milhão de euros nas estradasAutarquia tem programadas perto de uma dezena de intervenções

Ricardo [email protected]

AS RUAS E ESTRADAS do con-celho de Faro há muito que clamavam por intervenções ca-pazes de recuperar as condições de utilização e de segurança das mesmas, o que numa câmara há muito com assinaláveis dificul-dades financeiras se tem tornado manifestamente impossível.

Agora a autarquia liderada por Rogério Bacalhau parece ter posto ordem na casa o sufi-ciente para afectar “cerca de um milhão de euros” à manutenção da rede viária do concelho e o ar-ranque das obras já se verificou em duas artérias da cidade.

A entrada norte (EN 2 / Estra-da de São Brás) e a Rua Serpa Pinto, que liga o Largo de São Sebastião (junto à GNR) ao Lar-go de São Pedro são as primeiras a ser intervencionadas.

No primeiro caso o investi-mento ronda os 86 mil euros e vai requalificar o troço entre o cruzamento de acesso ao Con-tinente e o cruzamento com a Avenida Calouste Gulbenkian.

Os trabalhos já arrancaram e vão compreender a fresagem do pavimento betuminoso e a aplicação de uma camada de desgaste de betão betuminoso. Está também prevista a repara-ção de passeios em calçada (já em obra), bem como a execução

de cinco passadeiras para peões e sinalização horizontal.

Por enquanto esta obra não implica o corte de trânsito que se verificará obrigatoriamente mais tarde.

“Para o município, trata-se de uma obra muito importan-te, pois marca o arranque de um programa mais extenso, o Programa Faro Requalifica, que vai permitir melhorar as condições de circulação e conforto em algumas das mais importantes artérias do nosso concelho, num total de oito intervenções a reali-zar em 2015 e 2016”, refere a câmara farense.

Na Rua Serpa Pinto o corte de trânsito é já uma realidade e vai prolongar-se até meados de Fevereiro, avançou a autar-quia, que vai requalificar de forma notória esta que é uma das artérias em pior estado de conservação na cidade.

Ao POSTAL o autarca reve-lou que “estão identificadas as situações prioritárias, cerca de uma dezena” que “por não as podermos resolver de uma só vez terão de ser intervenciona-dos faseadamente”.

Na calha avançou o presi-dente da câmara em entrevista dada ao POSTAL, estão obras na Avenida Cidade Hayward, na Rua José de Matos e na liga-ção a Santa Bárbara”, referiu a

título de exemplo.Rogério Bacalhau afirma

que, no futuro, “o que vamos ter de fazer é reservar durante quatro a seis anos uma fatia do orçamento para fazer face a obras na rede viária, ao mes-

mo tempo que temos de criar uma estratégia permanente de conservação das estradas”, como forma de manter em condições toda a estrutura de vias de comunicação sob alça-da da autarquia.

Ô Rogério Bacalhau tem identificadas as obras prioritárias

d.r.

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Tavira reduz taxas de IMI pág. 7

CÂMARA MUNICIPAL DE TAVIRA

Edital nº 63/2015 Jorge Manuel do Nascimento Botelho

Presidente da Câmara Municipal de Tavira

TORNA PÚBLICO, que em reunião extraordinária de Câmara Municipal, realizada no dia 17 de novembro de 2015, foram tomadas as seguintes deliberações:

1. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 221/2015/CM, referente à Determinação das taxas de IMI, da participação de IRS e da Derrama;

2. Rejeitada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 222/2015/CM, referente à Determinação das Taxas de Imposto Municipal sobre Imóveis do «Movimento por Tavira»;

3. Rejeitada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 223/2015/CM, referente à Determinação da taxa da Derrama do «Movi-mento por Tavira»;

4. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 224/2015/CM, referente à Denuncia do contrato de execução celebrado entre o Município de Tavira e o Ministério da Educação e Ciência - Contrato n.º 183/2009;

5. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 225/2015/CM, referente à Carta Educativa 2015-2020;

6. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 226/2015/CM, referente à Atribuição de apoio à Fábrica da Igreja Paroquial de Sta. Maria do Castelo - Manutenção de pintura das Igrejas de Santa Maria e de Santo António;

7. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 227/2015/CM, referente à Atribuição de apoio ao Centro Social de Santo Estêvão - Aquisição de estribos para duas viaturas;

8. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 228/2015/CM, referente à Atribuição de apoio à Sociedade da Banda de Tavira - «XXXI Festival de Bandas Civis 2015»;

9. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 229/2015/CM, referente à Atribuição de apoio à A.S.T.A. - Associação de Artes e Sabores de Tavira - «Comemorações do São Martinho»;

10. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 230/2015/CM, referente à Atribuição de apoio ao abrigo do RMAAD - Casa do Benfica de Tavira;

11. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 231/2015/CM, referente à Atribuição de apoio à Freguesia de Tavira - «Evento de zumba»;

12. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal núme-ro 232/2015/CM, referente a Anulação de juros de mora e de custas de processo em execução fiscal nº 316/2015 – Sr. Bruno Alexandre Martins Belchior;

13. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 233/2015/CM, referente a Doação de projeto de reconstrução e execução de obra no troço da muralha de Tavira;

14. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 234/2015/CM, referente a Adesão à Associação Turismo do Algarve;

15. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 235/2015/CM, referente ao Protocolo de colaboração entre o Município de Tavira e a Associação Portuguesa de Dietistas - Movimento 2020;

16. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 236/2015/CM, referente ao Fornecimento de energia elétrica em regime de mercado livre para o Algarve, ao abrigo do Acordo Quadro da CC-AMAL - lote 5-lote compilado (BTE e MT) - 1-AQ-15 - Aprovação de minuta de contrato;

17. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 237/2015/CM, referente ao Parecer prévio vinculativo para celebração de contrato de aquisição de serviços para substituição do motor da viatura 83-GV-60.

Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume.

Paços do Concelho, 17 de novembro do ano 2015

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL,

Jorge Manuel Nascimento Botelho

(POSTAL do ALGARVE, nº 1153, de 11 de Dezembro de 2015)

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O Executivo da Junta de Freguesia

de Vila Nova de Cacela deseja a todos

os Munícipes desta Freguesia um Santo

e Feliz Natal, bem como um Próspero Ano Novo.

O Presidente da Junta,José Roberto Guerreiro

Comarca de FaroTavira - Inst. Local - Sec. Comp. Gen. - J1

Palácio da Justiça - Rua Dr. Silvestre Falcão, 10 - 8800-412 Tavira

Telef: 281 320 970 Fax: 281 093 519 Mail: [email protected]

ANÚNCIOProcesso: 333/15.1T8TVRInterdiçãoN/Referência: 99412188Data: 25-11-2015Requerente: Comarca de Faro – Ministério Público TaviraRequerido: José Ezequiel de Jesus Gago

Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição em que é requerido José Ezequiel de Jesus Gago, com residência em domicílio: Sítio do Marco, Cx. Postal 616 –A – Santa Catarina, 8800-000 Tavira, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica.

O Juiz de Direito,Dr. Rogério da Silva e Sousa

O Oficial de Justiça,Joan Santos Gonçalves de Sousa

(POSTAL do ALGARVE, nº 1153, de 11 de Dezembro de 2015)

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6 | 11 de Dezembro de 2015

Olhão quer duplicar lugares da marinaPorto de abrigo vai passar a ter capacidade para 800 barcos de recreio

Ô A cinzento claro a zona que a câmara quer afectar à nova área de Marina em Olhão

A CÂMARA DE OLHÃO PRETEN-DE DUPLICAR PARA 800 luga-res a capacidade do actual porto de abrigo de barcos de recreio, que passaria a ocupar toda a frente ribeirinha, de-pois da passagem das embar-cações de pesca artesanal para dentro do porto de pesca.

“A nossa estimativa é que a Docapesca, até ao final do ano ou primeiro trimestre de 2016, ponha o concurso à luz do dia”, disse o presiden-te da Câmara de Olhão à Lusa, acrescentando que espera que a obra comece antes do fim do próximo ano.

António Pina quer que o porto de abrigo de Olhão passe dos 400 actuais lugares de amarração de barcos de re-creio para 800.

“Toda a frente ribeirinha seria destinada a barcos de recreio e o espaço onde hoje se encontra a pequena pesca, a pesca artesanal, seria colo-cado dentro do porto de pes-ca, que é o que faz sentido”,

defendeu.Para o autarca, a actual

zona ribeirinha tem de ser potenciada e contribuir para a atracção de turistas.

“Estudos económicos indi-cam que uma marina terá um efeito económico, repercutido na economia local, equivalen-

te a um hotel de quatro estre-las”, explicou o autarca.

O aumento do porto de re-creio é um dos três projectos considerados fundamentais para dar um impulso decisivo ao turismo no concelho.

Os outros dois são a requa-lificação da zona ribeirinha

e o reutilização de praias há muito abandonadas pelos ve-raneantes.

Em 2016, a Câmara de Olhão terá um orçamento de 22,5 milhões de euros, um montante idêntico ao do corrente ano.

Lusa

região

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d.r.

Cartório Notarial em TaviraNotário

Bruno Torres Marcos

Extrato de Escritura de JustificaçãoCERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de Justificação outorgada em 1 de Dezembro de 2015, exarada a folhas 115 e ss do Livro n.º 70-A, do Cartório Notarial em Tavira, do Notário privado Bruno Torres Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A:

Florentina da Encarnação Rufino e marido Manuel Viegas Martins, ambos naturais da freguesia de Tavira (Santa Maria), concelho de Tavira, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Vale Covo, caixa postal n.º 14, em Tavira, declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano composto por edifício térreo destinado a habitação, com várias divisões e pátio, com a área de 92,50 m2, sendo a área coberta de 72,40 m2 e a descoberta de 20,10 m2, em Vale Covo, na freguesia da União das Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago), concelho de Tavira, inscrito na matriz da atual freguesia sob o artigo 3883, com proveniência do artigo 3313 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria), que confronta a norte, a sul e a nascente com José Custódio Rodrigues, e a poente com Manuel Pereira, com o valor patrimonial tributário de 5.770.00 €, e atribuído de igual valor, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira

- Que este prédio, com a indicada composição e área, veio à sua posse, já no estado de casados entre si, no ano de 1991, em data que não sabem precisar, por partilha meramente verbal, feita com os demais interessados e nunca reduzida a escritura pública, dos bens deixados por óbito do pai do outorgante marido, Custódio Martins, falecido em mil novecentos e setenta e nove, não tendo deste modo título que lhes permita fazer o registo do prédio em seu nome.

- Que, porém, desde aquele ano, portanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesarem quaisquer direitos de outrem e ainda convencidos de serem os únicos titulares do direito de propriedade sobre o identificado prédio, e assim o julgando as demais pessoas, têm possuído aquele prédio – nele habitando-o, sendo a sua residência permanente, fazendo obras de manutenção, reparação e beneficiação no edifício, nomeadamente no telhado e pintando-o – pelo que, tendo em consi-deração as referidas características de tal posse, adquiriram o referido prédio por USUCAPIÃO.

Tavira, 01 de Dezembro de 2015.

O Notário,

Bruno Filipe Torres Marcos

Acto registado sob o n.º 2/2812

COOPERATIVA AGRICOLA DOS PRODUTORES DE AZEITE DE SANTA CATARINA

ASSEMBLEIA GERALCONVOCATÓRIA

De acordo com o disposto no Parágrafo segundo do art. 23º, página 11, art. 25º dos Estatutos da Cooperativa Agrícola dos Produtores de Azeite de Santa Catarina da Fonte do Bispo, CRL, convoco os seus associados a reunirem-se em Assembleia Geral, em sessão ordinária, no dia 19 de Dezembro de 2015, pelas 14 horas na sua sede e com a seguinte ordem de trabalhos:

1º- Aprovação e votação do Orçamento e do plano de actividades para o exercício de 2016;

2º- Discussão de Outros Assuntos com interesse para a Cooperativa.

Se à hora marcada não estiver presente o número legal de sócios, a Assembleia Geral reunirá uma hora depois, em segunda convocatória, no mesmo local e com a mesma ordem de trabalhos, podendo deliberar com qualquer número de associados.

Santa Catarina, 19 de Novembro de 2015

O Presidente da Assembleia Geral

Alberto Maria Vilela Boto Pimental

(POSTAL do ALGARVE, nº 1153, de 11 de Dezembro de 2015)

Cartório Notarial em TaviraNotário

Bruno Torres Marcos

Extrato de Escritura de Justificação

CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Nota-riado que, por escritura pública de Justificação outorgada em vinte e sete de Novembro de dois mil e quinze, exarada a folhas setenta e quatro e seguinte do Livro de notas para escrituras diversas número Setenta – A, do Cartório Notarial em Tavira, do Notário privado Bruno Filipe Torres Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A:

CLAIRE ELIZABETH PHILLIPS, NIF 237579600, solteira, maior, natural de Inglaterra, Reino Unido, de nacionalidade britânica, residente em Aceifão, caixa postal 266-C, Corte do Vidreiro, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Tavira, declarou que é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem dos prédios a seguir identificados, sitos em Aceifão, freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira, não descritos na Conservatória do Registo Predial de Tavira:

- Verba um - Prédio rústico composto por terra de pastagem com azinheiras, com a área de mil cento e vinte metros quadrados, a confrontar de norte com António Estevens, de sul com Manuel Martins e outro, de nascente com Vitorino Mendes Inácio e outro e de poente com José Inácio e outro, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 9475, com o valor patrimonial tributário de 20,18 €, igual ao atribuído para efeitos deste ato;

- Verba dois - Prédio rústico composto por terra de pastagem com azinheiras e uma alfarrobeira, com a área de seiscentos e setenta metros quadrados, a confrontar de norte e sul com Manuel do Rosário, de nascente com João Inácio e de poente com Manuel Martins, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 9491, com o valor patrimo-nial tributário de 44,61 €, igual ao atribuído para efeitos deste acto;

- Verba três - Prédio rústico composto por terra de cultura com amendoeiras e alfar-robeiras, com a área de novecentos metros quadrados, a confrontar de norte com José Félix da Conceição, de sul com caminho, de nascente com Paulino Mariano Fernandes e de poente com Ventura Martins, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 9407, com o valor patrimonial tributário de 195,41 €, igual ao atribuído para efeitos deste ato.

- Que desconhece quais os artigos que correspondiam aos citados prédios na antiga matriz, por não possuir elementos que lhe permita fazer essa correspondência.

- Que os prédios identificados nas verbas um e dois, com a indicada composição e área, chegaram à posse dela, justificante, em data imprecisa do ano de mil nove-centos e noventa e quatro, por compra meramente verbal feita a Maria Marta, nos estado de viúva de Ventura Martins, já falecida, residente que foi em Corte Vidreiros, caixa postal 252-C, Santa Catarina da Fonte do Bispo e o prédio identificado na verba três, com a indicada composição e área, chegou à posse dela, justificante, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e quatro, por compra meramente verbal feita a Maria Adelina do Carmo, herdeira de Manuel Inácio e mulher Adelina do Rosário, residente em Amaro Gonçalves, caixa postal 1257-G, Luz de Tavira.

- Que, assim sendo, não tem título suficiente da aquisição dos referidos prédios, estando, por isso, impossibilitada de comprovar a referida aquisição pelos meios extrajudiciais normais e de efetuar o registo dos mesmos a seu favor.

Que, porém, desde aqueles ano, portanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesar quaisquer direitos de outrem e ainda convencida de ser a única titular do direito de propriedade sobre os identificados prédios, e assim o julgando as demais pessoas, tem possuído aqueles prédios – cultivando a terra, limpando-a, nela pas-tando os animais, tratando das árvores, deles retirando os respectivos rendimentos –, pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adqui-riu os referidos prédios por USUCAPIÃO.

Tavira, 27 de Novembro de 2015.

O Notário,

Bruno Filipe Torres Marcos

Acto registado sob o n.º 2/2781

(POSTAL do ALGARVE, nº 1153, de 11 de Dezembro de 2015)

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Comarca de FaroTavira - Inst. Local - Sec. Comp. Gen. - J1

Palácio da Justiça - Rua Dr. Silvestre Falcão, 10 - 8800-412 Tavira

Telef: 281 320 970 Fax: 281 093 519 Mail: [email protected]

ANÚNCIOProcesso: 328/15.5T8TVRInterdição / InabilitaçãoReferência: 99432458Data: 30-11-2015

A Mmª Juiz de Direito Dra. Teresa Mendes Lopes, de Tavira – Inst. Local – Sec. Comp. Gen. – J1 – Comarca de Faro:

Faz saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação em que é requerido Julien Frederic Gaston Peiredon, com residência em domicílio: Rua Padre Evaristo Guerreiro Rosario 10, 8800-340 Tavira, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica.

O/A Juiz de Direito,Dr(a). Teresa Mendes Lopes

O/A Escrivão de Direito,Noélia Guerreiro

(POSTAL do ALGARVE, nº 1153, de 11 de Dezembro de 2015)

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11 de Dezembro de 2015 | 7

região

Tavira reduz taxas de IMIMedidas pretendem minimizar dificuldades dos munícipes

Ricardo [email protected]

O MUNICÍPIO DE TAVIRA VAI re-duzir a taxa do Imposto Muni-cipal sobre Imóveis (IMI) para o próximo ano em 2,5%, pas-sando a taxa dos prédios ava-liados nos termos do CIMI de 0,40% para 0,39%.

Para além desta descida da taxa do IMI para todos os pré-dios, o Município de Tavira adoptou cumulativamente “o IMI familiar, com uma redução de taxas previstas de acordo com o número de dependen-tes que compõem o agregado, ou seja, menos 10% para agre-gados com um dependente; menos 15% para agregados com dois dependentes e me-nos 20% para agregados com três ou mais dependentes”, conforme explica em comu-

nicado de imprensa.A redução da taxa de IMI

passa a ser aplicada de forma automática e sem necessidade de apresentação de quaisquer documentos e visa contribuir como apoio às famílias na re-dução dos encargos com a ha-bitação própria.

Com aplicação destas taxas, a autarquia pretende “minimi-zar as dificuldades dos taviren-ses no pagamento dos seus im-postos e taxas, aliviando deste modo, a carga fiscal da popu-lação tavirense”.

FIM DO PAEL EM TAVIRA POSSI-BILITA AJUDA ÀS FAMÍLIAS A me-dida agora decidida por Jorge Botelho só é possível porque o autarca tavirense conseguiu resgatar a independência fi-nanceira da câmara através do pagamento antecipado do empréstimo concedido pelo Estado à autarquia ao abrigo do Programa de Apoio à Eco-nomia Local (PAEL).

A câmara pagou ao Estado no passado mês o remanes-cente da dívida que no total era de 1,1 milhões de euros, o que permitiu à edilidade “uma poupança anual de cer-ca de 180 mil eruos em juros

até 2020, data em que termi-naria o empréstimo”.

O empréstimo ao ser inte-gralmente liquidado pela au-tarquia libertou o presidente da câmara da imposição do Estado aos municípios com PAEL de não baixarem as ta-xas/impostos autárquicos,

entre eles o IMI.Assim, o esforço da au-

tarquia além de diminuir a dívida camarária, traz con-sigo uma vantagem para os munícipes que vêm a câma-ra deferir para as famílias a melhoria das finanças do município.

Ô Jorge Botelho conseguiu liquidar a dívida do PAEL antecipadamente

d.r.

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Câmara Municipal de TaviraEdital

JOSÉ OTÍLIO PIRES BAIA, Presidente da Assembleia Municipal de Tavira

TORNA PÚBLICO, que em sessão ordinária da Assembleia Municipal de Tavira, realizada no dia 27 de novembro de 2015, foram tomadas as seguintes deliberações:

1. Aprovado por unanimidade o voto de pesar pelo falecimento de Maria Manuela Peão Lopes Dias Pinto;

2. Aprovada por unanimidade a moção – Em defesa do serviço nacional de saúde no Algarve;

3. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 197/2015/CM, referente à TMDP – Taxa Municipal de Direitos de Passagem;

4. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 205/2015/CM, referente ao Orçamento Municipal e Mapa de Pessoal para o ano 2015;

5. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 218/2015/CM, referente à alienação da participação social na AGETAV – Agência de Desenvolvimento de Tavira, S.A.;

6. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 221/2015/CM, referente à determinação das taxas de IMI, da participação de IRS e da Derrama;

7. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 224/2015/CM, referente à denúncia do contrato de execução celebrado entre o Município de Tavira e o Ministério da Educação e Ciência – Contrato nº 183/2009;

8. Aprovada por unanimidade proposta da Câmara Municipal número 225/2015/CM, referente à Carta Educativa 2015-2020;

Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume

Paços do Concelho, aos 27 dias do mês de novembro do ano 2015

O Presidente da Assembleia Municipal,

José Otílio Pires Baia

(POSTAL do ALGARVE, nº 1153, de 11 de Dezembro de 2015)

Câmara Municipal de TaviraEdital nº 64/2015

Jorge Manuel do Nascimento Botelho

Presidente da Câmara Municipal de Tavira

TORNA PÚBLICO, que em reunião ordinária de Câmara Municipal, realizada no dia 24 de novembro de 2015, foram tomadas as seguintes deliberações:

1. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 238/2015/CM, referente a Atribuição de apoio à Associa-ção Centro de Ciência Viva de Tavira - “Noite das Bruxas”;

2. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 239/2015/CM, referente ao parecer prévio vinculativo para celebração de contrato de aquisição de serviços de fornecimento de refeições (catering) – Natal 2015;

3. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 240/2015/CM, referente à revogação da proposta n.º 231/2015/CM - Atribuição de apoio à Freguesia de Tavira - “Evento de zumba”.

Para constar e produzir efeitos legais se publi-ca o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume.

Paços do Concelho, 24 de novembro do ano 2015

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL,

Jorge Manuel Nascimento Botelho

(POSTAL do ALGARVE, nº 1153, de 11 de Dezembro de 2015)

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Cartório Notarial em TaviraNotário

Bruno Torres Marcos

Extrato de Escritura de Justificação

CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Nota-riado que, por escritura pública de Justificação outorgada em 7 de Dezembro de 2015, exarada a folhas 9 e seguintes do Livro n.º 71-A, do Cartório Notarial em Tavira, do Notário privado Bruno Torres Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A:

- Francisco Viegas do Rosário Sales, NIF 167330543, natural da freguesia e conce-lho de Olhão e mulher Maria Belmira de Jesus Lourenço, NIF 189121670, natural da freguesia de Santo Estevão, concelho de Tavira, casados sob o regime de comunhão geral de bens, residentes em 5 Rue Netter, Res. Christine, 06800 Cagnes Sur Mer, França, declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano composto por edifício térreo com um compartimento, destinado a armazém, ac-tualmente em estado de ruínas, sito em Maragota, Luz de Tavira, na freguesia da União das Freguesias de Luz de Tavira e Santo Estevão, concelho de Tavira, com a área total e de implantação do edifício de trinta e dois metros quadrados, a confrontar de norte com José Patrício Horta Correia e de sul, nascente e poente com eles próprios, inscrito na respetiva matriz, em nome de Francisco Sales, pai do justificante marido, sob o artigo 1363, que teve origem no artigo 1468 da extinta freguesia da Luz, com o valor patrimonial tributário de quatro mil cento e setenta euros (4.170,00 €), igual ao atribuído para efeitos deste ato, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira.

- Que o prédio atrás identificado, com a indicada composição e área, veio à posse deles, em data imprecisa do ano de mil novecentos e setenta e dois, já no estado de casados entre si, por compra meramente verbal feita ao pai do justificante marido, Francisco Sales e mulher Joaquina da Conceição, já falecidos, casados sob o regime de comunhão geral de bens, residentes que foram na Fuzeta.

-Que, assim sendo não têm título suficiente da aquisição do referido prédio, estando, por isso, impossibilitados de comprovar a referida aquisição pelos meios extrajudiciais normais e de efetuar o registo do mesmo a seu favor.

- Que, porém, desde aqueles anos, portanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesarem quaisquer direitos de outrem e ainda convencidos de ser os únicos titulares do direito de propriedade sobre o prédio atrás identificado, e assim o julgando as demais pessoas, têm possuído aquele prédio – chegando a utilizá-lo para arrumos e até chegado a fazer obras de reparação e conservação e pagando contribuições e impostos devidos – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriram o referido prédio por USUCAPIÃO.

Cartório e Tavira, 7 de Dezembro de 2015.

O Notário,

Bruno Filipe Torres Marcos

Acto registado sob o n.º 2/2863

(POSTAL do ALGARVE, nº 1153 de 11 de Dezembro de 2015)

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8 | 11 de Dezembro de 2015

Cartório Notarial em TaviraNotário

Bruno Torres MarcosExtrato de Escritura de Justificação

CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Nota-riado que, por escritura pública de Justificação outorgada em 1 de Dezembro de 2015, exarada a folhas 118 e seguinte do Livro n.º 70-A, do Cartório Notarial em Tavira, do Notário privado Bruno Torres Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A:

Florentina da Encarnação Rufino e marido Manuel Viegas Martins, ambos na-turais da freguesia de Tavira (Santa Maria), concelho de Tavira, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Vale Covo, caixa postal n.º 14, em Tavira, declaram que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos 37 prédios rústicos a seguir identificados, sitos na freguesia da União das Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago), concelho de Tavira, não descritos na Conser-vatória do Registo Predial de Tavira:

Verba Um: prédio rústico composto por terra de cultura, com a área de duzentos e cinquenta metros quadrados, Sitio em Corgo do Tanque, que confronta a norte e sul com José Custódio Rodrigues, poente com Ribeiro e Nascente com Manuel Pereira, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22773, com proveniência no artigo 21950 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 4,37 €, igual ao atribuído;

Verba Dois: prédio rústico composto por terra de pastagem e cultura, com a área de novecentos metros quadrados, sitio em Corgo do Tanque, que confronta a Norte e Nascente com Manuel Pereira, a sul e poente com José Custódio Rodrigues, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22775, com proveniência no artigo 21952 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 8,61 €, igual ao atribuído;

Verba Três: prédio rústico composto por terra de cultura, com a área de mil quatrocentos e oitenta metros quadrados, sítio em Horta de Meias, que confronta a norte, sul e nascente com José Custódio Rodrigues e poente Manuel Pereira inscrito na matriz actual freguesia sob o artigo 22796, com proveniência no artigo 21973 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 17,23 €, igual ao atribuído;

Verba Quatro: prédio rústico composto por terra de cultura, com a área de mil duzentos metros quadrados, sitio em Corgo da Carria, que confronta a norte com Manuel Pereira (Filho), a sul Custódio Martins poente com António Guerreiro e nascente com Manuel Pereira, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22715, com proveniência no artigo 21892 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor

patrimonial tributário de 14,40 €, igual ao atribuído;

Verba Cinco: prédio rústico composto por terra de cultura, com a área de seiscentos e sessenta metros quadrados, sitio em Corgo do Valinho, que confronta a norte com Custódio Martins, a sul com Marcelino Viegas a poente com José Custódio Rodrigues e nascente com Custódio Rodrigues, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22754, com proveniência no artigo 21931 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 8,61 €, igual ao atribuído;

Verba Seis: prédio rústico composto por terra de pastagem e cultura, com a área de mil cento e oitenta metros quadrados, Sitio em Corgo do Tanque, que confronta a norte com Jacinto Rodrigues, a nascente Manuel Garcias e a sul e poente com Manuel Perei-ra, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22768, com proveniência no artigo 21945 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 11,56 €, igual ao atribuído;

Verba Sete: prédio rústico composto por terra de pastagem e cultura, com a área de mil setecentos e cinquenta metros quadrados, sitio em Piçarras, que confronta a norte com Marcelino Viegas, a sul com Jacinto Rodrigues, a nascente José Fernandes e a poente com José Custódio Rodrigues, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22582, com proveniência no artigo 21759 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 18,76 €, igual ao atribuído;

Verba Oito: prédio rústico composto por terra de pastagem e cultura com árvores, com a área de dois mil e cinquenta metros quadrados, sítio das Barradas, que confronta a norte, sul, poente e nascente com José Custódio Rodrigues, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22601, com proveniência no artigo 21778 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 37,41 €, igual ao atribuído;

Verba Nove: prédio rústico composto por terra de cultura, com a área de dois mil e cem metros quadrados, Sitio em Corgo das Barradas, que confronta a norte com José Custódio Rodrigues, a nascente Maria Teresa, a sul com Jacinto Rodrigues e poente com José Domingos, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22612, com proveniência no artigo 21789 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 24,43 €, igual ao atribuído;

Verba Dez: prédio rústico composto por terra de cultura, com a área de duzentos e setenta metros quadrados, sitio em Horta de Meios, que confronta a norte com Manuel João Martins, a nascente Manuel Martins, a sul Marcelino Viegas e poente com Serafim Viegas, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22818, com proveniência no artigo 21995 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 4,37 €, igual ao atribuído;

Verba Onze: prédio rústico composto por terra de cultura, com a área de novecentos e cinquenta metros quadrados, sitio em Horta de Meios, que confronta a norte com José António da Silva, a nascente Custódio Martins, a sul Manuel João Martins e poente José Custódio Rodrigues, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22821, com proveniência no artigo 21998 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 11,56 €, igual ao atribuído;

Verba Doze: prédio rústico composto por terra de cultura com árvores, com a área de mil metros quadrados, sitio em Corgo das Colmeias, que confronta a norte com Manuel Pereira, a nascente e sul com Serafim Gonçalves e poente José Custódio Rodrigues, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22848, com proveniência no artigo

22025 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 25,84 €, igual ao atribuído;

Verba Treze: prédio rústico composto por terra de cultura e pastagem, com a área de duzentos e noventa metros quadrados, sitio em Corgo das Ervilhas, que confronta a norte com Serafim Viegas, a nascente Ribeiro e a sul e poente José Custódio Ro-drigues, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22869, com proveniência no artigo 22046 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 2,83 €, igual ao atribuído;

Verba Catorze: prédio rústico composto por terra de cultura, com a área de duzentos e dez metros quadrados, sitio em Corgo das Ervilhas, que confronta a norte com Manuel João Martins, a nascente Serafim Gonçalves, a sul Cecília de Jesus e poente José Domingos Rodrigues, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22865, com proveniência no artigo 22042 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 2,83 €, igual ao atribuído;

Verba Quinze: prédio rústico composto por terra de cultura, com a área de setecentos metros quadrados, sítio em Corgo das Ervilhas, que confronta a norte com Jacinto Rodrigues, a nascente José Custódio Rodrigues, a sul José António da Silva e poente Custódio Martins, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22858, com pro-veniência no artigo 22035 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 8,61 €, igual ao atribuído;

Verba Dezasseis: prédio rústico composto por terra de cultura, com a área de duzentos e dez metros quadrados, sítio em Corgo da Pita, que confronta a norte e nascente com Manuel Emídio e outros, a sul José Custódio Rodrigues e poente o caminho, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22885, com proveniência no artigo 22062 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 2,83 €, igual ao atribuído;

Verba Dezassete: prédio rústico composto por terra de cultura e pastagem, com a área de trezentos e sessenta metros quadrados, sítio em Corgo da Pita, que confronta a nor-te com Ventura João Rodrigues, a nascente Serafim Gonçalves, a sul Jacinto Rodrigues e poente José Custódio Rodrigues, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22883, com proveniência no artigo 22060 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 2,83 €, igual ao atribuído;

Verba Dezoito: prédio rústico composto por terra de cultura e pastagem, com a área de seiscentos e oitenta metros quadrados, sítio em Corgo da Pita, que confronta a norte com José Domingos Rodrigues, a nascente e sul Joaquim Rita Gonçalves e outros e poente com Ribeiro, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22878, com proveniência no artigo 22055 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 5,78 €, igual ao atribuído;

Verba Dezanove: prédio rústico composto por terra de cultura com árvores, com a área de seiscentos e setenta metros quadrados, sítio do Vale, que confronta a norte com Marcelino Viegas, a nascente Casas de Habitação, a sul António Guerreiro e poente José Custódio Rodrigues, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22921, com proveniência no artigo 22098 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 17,23 €, igual ao atribuído;

Verba Vinte: prédio rústico composto por terra de cultura, com a área de duzentos e oi-tenta metros quadrados, sítio em Casinhola, que confronta a norte com José Domingos Rodrigues, a nascente Marcelino Viegas, a sul Manuel João Martins e poente Serafim Gonçalves, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22905, com proveniência no artigo 22082 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 4,37 €, igual ao atribuído;

Verba Vinte e Um: prédio rústico composto por terra de cultura, com a área de du-zentos e noventa metros quadrados, sítio em Casinhola, que confronta a norte com José Custódio Rodrigues, a nascente José Domingos Rodrigues, a sul Serafim Viegas e poente Jacinto Rodrigues, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22903, com proveniência no artigo 22080 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 4,37 €, igual ao atribuído;

Verba Vinte e Dois: prédio rústico composto por terra de cultura, com a área de trezen-tos e sessenta metros quadrados, sítio em Barranco das Casas, que confronta a norte e nascente com Manuel Garcias, a sul António Guerreiro e poente Manuel João Martins, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 23587, com proveniência no artigo 22765 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 4,37 €, igual ao atribuído;

Verba Vinte e Três: prédio rústico composto por terra de cultura, com a área de duzentos e oitenta metros quadrados, sítio em Cercado, que confronta a norte com José António da Silva, a nascente Jacinto Rodrigues, a sul e poente José Custódio Rodrigues, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22949, com proveniência no artigo 22126 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 4,37 €, igual ao atribuído;

Verba Vinte e Quatro: prédio rústico composto por terra de cultura e pastagem com árvores, com a área de seiscentos e quarenta metros quadrados, sítio em Corgo do Palheiro, que confronta a norte e sul com José Custódio Rodrigues, a nascente Jacinto Rodrigues e poente o Ribeiro, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22944, com proveniência no artigo 22121 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 7,20 €, igual ao atribuído;

Verba Vinte e Cinco: prédio rústico composto por terra de cultura com árvores, com a área trezentos e cinquenta metros quadrados, sítio em Atalho, que confronta a norte o Barranco do Atalho, a nascente com José Fernandes, a sul e poente José Rufino, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 37424, com proveniência no artigo 36718 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 28,67 €, igual ao atribuído;

Verba Vinte e Seis: prédio rústico composto por terra de pastagem, com a área de mil quatrocentos e cinquenta metros quadrados, sitio em Barranco da Pedra da Porca, que confronta a norte com Manuel António Louro, a nascente e a sul Barranco da Pedra da Porca e poente Manuel António Valente, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 37322, com proveniência no artigo 36616 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 4,37 €, igual ao atribuído;

Verba Vinte e Sete: prédio rústico composto por terra de pastagem, com a área de novecentos metros quadrados, sítio em Várzea do Cerro, que confronta a norte e nas-cente José Fernandes Rufino, a sul e poente José da Palma, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 30263 proveniência no artigo 29447 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 8,61 €, igual ao atribuído;

Verba Vinte e Oito: prédio rústico composto por terra de cultura, com a área de duzentos e quarenta metros quadrados, sítio em Horta da Umbria, que confronta a norte, nascente e a sul com José Fernandes Rufino e poente Manuel António Valente, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 37802, com proveniência no artigo 37096 da extinta fregue-sia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 7,20 €, igual ao atribuído;

Verba Vinte e Nove: prédio rústico composto por terra de cultura, com a área de mil qua-trocentos e oitenta metros quadrados, sítio em Horta da Fonte, que confronta a norte, nascente e a sul com José Fernandes Rufino e poente Marcelino Fernandes e outro, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 37768, com proveniência no artigo 37062 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 41,65 €, igual ao atribuído;

Verba Trinta: prédio rústico composto por terra de pastagem, com a área de dois mil e quatrocentos metros quadrados, sítio em Atalho, que confronta a norte com Francisco Valente e Manuel António Valente, a nascente Gregório Neves Caetano, a sul Fazenda Nacional e poente Manuel António Valente, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 37473 proveniência no artigo 36767 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 7,20 €, igual ao atribuído;

Verba Trinta e Um: prédio rústico composto por terra de cultura, com a área dois mil cento e setenta metros quadrados, sítio em Horta da Umbria, que confronta a norte com José Rufino, nascente José Valente, a sul Manuel António Valente e poente Marcelino Fernandes, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 37818 proveniência no artigo 37112 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tribu-tário de 60,30 €, igual ao atribuído;

Verba Trinta e Dois: prédio rústico composto por terra de cultura, com a área mil tre-zentos e oitenta metros quadrados, sítio em Umbria, que confronta a norte com José Fernandes Rufino, nascente a Francisco Valente, a sul José Rufino e poente Manuel António Valente, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 37922 proveniência no artigo 37216 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 38,82 €, igual ao atribuído;

Verba Trinta e Três: prédio rústico composto por terra de pastagem, com a área de setecentos e setenta metros quadrados, sítio em Pego dos Asnas, que confronta a norte e poente Francisco Fernandes, nascente Ribeira do Carriço e a sul Manuel Guerreiro Pereira, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 38004 proveniência no artigo 37298 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 4,37 €, igual ao atribuído;

Verba Trinta e Quatro: prédio rústico composto por terra de pastagem, com a área de seiscentos e vinte metros quadrados, sítio em Pego dos Asnas, que confronta a norte com Manuel Guerreiro Pereira, nascente Ribeira dos Carriços, a sul José Custódio e outro e poente José Fernandes Rufino, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 38006 proveniência no artigo 37300 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 2,83 €, igual ao atribuído;

Verba Trinta e Cinco: prédio rústico composto por terra de pastagem e cultura, com a área de mil quatrocentos e cinquenta metros quadrados, sítio em Lavaginho, que confronta a norte com Manuel João Martins, nascente Cecília de Jesus, a sul António Guerreiro e poente Manuel Pereira, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22625 proveniência no artigo 21802 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 14,40 €, igual ao atribuído;

Verba Trinta e Seis: prédio rústico composto por terra de cultura, com a área de seis-centos e oitenta metros quadrados, sítio em Corgo da Carria, que confronta a norte e nascente Jacinto Rodrigues, a sul José Custódio Rodrigues e poente Serafim Viegas, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22705 proveniência no artigo 21882 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 8,61 €, igual ao atribuído;

Verba Trinta e Sete: prédio rústico composto por terra de cultura, com a área de qui-nhentos e oitenta metros quadrados, sítio em Corgo da Carria, que confronta a norte e nascente Marcelino Viegas, a sul Custódio Martins e poente José Custódio Rodrigues, inscrito na matriz da actual freguesia sob o artigo 22710 proveniência no artigo 21887 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria) com o valor patrimonial tributário de 7,20 €, igual ao atribuído.

- Que todos os prédios atrás identificados, com a indicada composição e área, vieram à sua posse, já no estado de casados entre si, no ano de 1990, em data que não sabem precisar, por partilha meramente verbal, feita com os demais interessados e nunca reduzida a escritura pública, dos bens deixados por óbito do pai do outorgante marido, Custódio Martins, falecido em mil novecentos e setenta e nove, não tendo deste modo título que lhes permita fazer o registo dos prédios em seu nome.

- Que, porém, desde aquele ano, portanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesarem quaisquer direitos de outrem e ainda convencidos de ser os únicos titulares do direito de propriedade sobre os prédios identificados no documento complementar, e assim o julgando as demais pessoas, têm possuído aqueles prédios – semeando a terra, tratando das culturas, colhendo os respetivos frutos, amanhando e limpando a terra, tratando das árvores, e deles retirando os respetivos rendimentos – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriram os referidos prédios por USUCAPIÃO.

Tavira, 01 de Dezembro de 2015.

O Notário,

Acto registado sob o n.º 2/2813

Bruno Filipe Torres Marcos

(POSTAL do ALGARVE, nº 1153, de 11 de Dezembro de 2015)

Page 9: POSTAL 1153 - 11 DEZ 2015

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11 de Dezembro de 2015 | 9

Tractor - Rega, Lda

Acordos com:Medis, Multicare,C.G.D., Allianz

Acordos com:Multicare, C.G.D.,Allianz

Farmácias de Serviço

ALBUFEIRA

ARMAÇÃO DE PÊRA

FARO

LAGOA

LAGOS

LOULÉ

MONCHIQUE

OLHÃO

PORTIMÃO

QUARTEIRA

SÃO BART. DE MESSINES

SÃO BRÁS DE ALPORTEL

SILVES

TAVIRA

VILA REAL de STº ANTÓNIO

SEXTA SÁBADO DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA

Piedade Alves Sousa Alves Sousa Alves Sousa Alves Sousa Alves Sousa Alves Sousa

- Edite Central - Sousa Coelho - Central

Crespo Palma Montepio Higiene Caniné Pereira Penha

José Maceta José Maceta José Maceta Vieira Vieira Vieira Vieira

Lacobrigense Silva Telo Neves Ribeiro Lacobrigense Silva

Pinto Avenida Martins Chagas Pinto Avenida Martins

Hygia Hygia Hygia Moderna Moderna Moderna Moderna

Nobre Brito Rocha Pacheco Olhanense Ria Nobre

P. Mourinha Moderna Carvalho Rosa Amparo Arade Rio

Mª Paula Miguel Miguel Miguel Miguel Miguel Miguel

- - Algarve - - - -

Dias Neves São Brás São Brás São Brás Dias Neves São Brás Dias Neves

Cruz Portugal - Guerreiro Guerreiro - João de Deus -

Sousa Montepio Montepio Mª Aboim Central Felix Sousa

Carmo Pombalina Pombalina Pombalina Pombalina Pombalina Pombalina

23

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TAVIRARua Dr. Miguel Bombarda n.º 25Tel. - 281 323 983 - 281 381 881

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TAVIRA

AGRADECIMENTOMANUEL JOAQUIM VALENTE

84 ANOS

A sua querida família cumpre o doloroso dever de agradecer reconhecidamente a todas as pessoas que assistiram ao funeral do seu ente querido, realizado no dia 1 de Dezembro, para o Cemitério de Tavira, bem como a todos os amigos que manifestaram o seu pesar e solidariedade.Agradecem também a todos que rezaram Missa do 7º Dia pelo seu eterno descanso, celebrada no dia 6 de Dezembro, Domingo, pelas 8.30 horas, na Igreja de São Paulo de Tavira.

“Paz à sua Alma”“Serviços Fúnebres efectuados

pela Agência Funerária Pedro & Viegas, Ldª”Tavira • Luz • V.R.Stº António Telm. 964 006 390 - 965 040 428

TAVIRA

ALFREDO GASPAR DOS REIS

77 ANOS

AGRADECIMENTO

Sua querida família cumpre o doloroso dever de agra-decer reconhecidamente a todas as pessoas que as-sistiram ao funeral do seu ente querido, realizado no dia 06 de Dezembro, para o Cemitério de Tavira, bem como a todos os amigos que manifestaram o seu pesar e solidariedade. Mais se informa que a Missa do 7º Dia, pelo seu eterno descanso, será celebrada dia 13 de Dezembro, domingo, pelas 8.30horas, na Igreja de S. Paulo em Tavira.

“Paz à sua Alma”“Serviços Fúnebres efectuados

pela Agência Funerária Pedro & Viegas, Ldª”Tavira • Luz • V.R.Stº António Telm. 964 006 390 - 965 040 428

Page 10: POSTAL 1153 - 11 DEZ 2015

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MELIDES - GRÂNDOLA SANTA CATARINA DA FTE DO BISPO

MIGUEL RICARDO

04-05-1927 / 19-11-2015

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer for-ma, lhes manifestaram o seu pesar.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

SANTA MARIA - TAVIRACONCEIÇÃO - TAVIRA

ARMINDA TERESA29-09-1932/24-11-2015

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer for-ma, lhes manifestaram o seu pesar.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

CONCEIÇÃO - TAVIRA

DANIEL LOURENÇO 14-02-1931 /29-11-2015

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes ma-nifestaram o seu sentimento e amizade.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

SÃO PEDRO - FARO SÉ E SÃO PEDRO - FARO

NUNO ÁLVARO PASSARADAS FERREIRA19-07-1939 / 10-11-2015

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm por este meio agradecer a to-dos quantos se dignaram acompanhar o seu ente que-rido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

SANTIAGO - TAVIRAOLHÃO

JOSÉ AMÂNDIO ROMEIRA MESTRE

09-01-1935 / 20-11-2015

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes ma-nifestaram o seu sentimento e amizade.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

SANTA - LUZIATAVIRA

ROSALINA MARIA VIEIRA XAVIER FIALHO LOPES

MISSA DO 5ºANIVERSÁRIO DE FALECIMENTO

A sua família informa que será celebrada Missa do 5º Aniversário de Falecimento, dia 18 de Dezembro, sexta-feira, pelas 18 horas, na Igreja de São Paulo, em Tavira.

Agradecem desde já a quem comparecer ao acto.

“Paz à sua Alma”

NANCY, MEURTHE-ET-MOSELLE - FRANÇAPOLLESTRES - FRANÇA

MIGUEL BARÃO DA LUZ06-01-1972 /12-11-2015

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes ma-nifestaram o seu sentimento e amizade.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

10 | 11 de Dezembro de 2015

SÉ - FARO CONCEIÇÃO - TAVIRA

MARIA DA GLÓRIA VIEIRA FAÍSCA FERNANDES GOMES

17-03-1936 / 22-11-2015

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm por este meio agradecer a to-dos quantos se dignaram acompanhar o seu ente que-rido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

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Page 11: POSTAL 1153 - 11 DEZ 2015

opinião

Sobe

& d

esce Promontório de Sagres

Já é Património Europeu para orgulho de todos e em particular dos algarvios, um trabalho assertivo da Direcção Regional de Cultura compensado com uma distinção que constitui uma mais--valia para a região (Ler pág. 2).

Obras Polis

As obras da Polis anunciadas e em fase de desenvolvimento são uma boa notícia, mas não se pode deixar de dizer ser vergonhoso o atraso glo-bal dos trabalhos que não chegarão a ficar concluídos (Ler pág. 4).

Esta frase, do director-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), poderia re-ferir-se à situação do emprego no mundo e na Europa. Na UE o desemprego atingiu 10,2% em 2014, 3 p.p. acima do nível veri-ficado em 2007.

Contudo, Guy Ryder referia-se à deterioração do meio ambien-te e às alterações climáticas. Na última década, a desregulação do clima tem provocado sérias rupturas na actividade económi-ca ao destruir empregos e bases de sustento das comunidades numa escala nunca antes vista.

Os dois desafios - do traba-lho digno e da inclusão social para todos e da protecção do clima e do meio ambiente - são urgentes e estão estreitamente ligados. Uma transformação decisiva com vista à sustentabi-lidade ambiental pode ser fonte de mais e melhores empregos. A OIT e a União Europeia estabele-ceram uma parceria para gerar

trabalho digno e empregos ver-des numa economia sustentável que está a dar frutos na Europa, em Portugal e no mundo.

A Europa duplicou os seus es-forços em 2014 através da “Ini-ciativa Emprego Verde”. Segun-do um relatório do Parlamento Europeu de Julho de 2015, as políticas actuais da União para proteger o clima e o meio am-biente poderão criar dois mi-lhões de empregos adicionais no ano 2030.

Portugal tem participado nes-ta transformação, sendo um dos cinco países da União com uma política coerente para fomentar a geração de empregos através de crescimento verde. Um dos

êxitos do país prende-se com o crescimento expressivo das energias renováveis já que 36% do consumo final de energia é satisfeito com recurso às mes-mas. Em Portugal a economia verde resistiu muito bem à cri-se. Entre 2007 e 2010 o merca-do de tecnologia verde cresceu 11,8% por ano. A manutenção das políticas que permitiram o desenvolvimento deste sector, mesmo durante o processo de ajustamento orçamental, foi uma decisão acertada. Estima--se que a procura de bens e ser-viços verdes mais que duplique até 2025 chegando a 4.400 mil milhões de euros.

Uma das fontes mais inte-

11 de Dezembro de 2015 | 11

ficha técnica

Sede: Rua Dr. Silvestre Falcão, n.º 13 C - 8800-412 Tavira - Algarve Tel: 281 320 900 | Fax: 281 320 909 E-mail: [email protected]: www.postal.pt

Director: Henrique Dias(CP 3259).

Editor: Ricardo Claro (CP 9238). Redacção: Cristina Mendonça (CP 3258), Humberto Ricardo (CP 388).Design: Profissional Gráfica. Colaboradores fotográficos: José A. N. Encarnação “MIRA” Colaboradores: Beja Santos (defe-sa do consumidor), Nelson Pires (CO76). Departamento Comercial, Publicidade e Assinaturas: Anabela Gonçalves, José Francisco.Propriedade do título: Henrique Manuel Dias Freire ( mais de 5% do capital social)Edição: Postal do Algarve - Publicações e Editores, Lda. Contribuinte nº 502 597 917. Depósito Legal: nº 20779/88. Registo do Título (dgcs): ERC nº 111 613. Impressão: Naveprinter Distribuição: Banca - Logista, à sexta-feira com o Público/VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT.Estatuto editorial: disponível em http://www.postal.pt/quem--somos/Membro: APCT - Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação; API - Associação Portuguesa de Imprensa.

Tiragem desta edição:7.586 exemplares

O mundo do trabalho tem motivos para preocupação

E-mail da redacção:

[email protected]

Esta é uma iniciativa das Bibliotecas Paula Nogueira do Agrupamento de Escolas Professor Paula Nogueira (Olhão) em parceria com a Casa da Juventude de Olhão e o POSTAL, que semanalmente divulga os problemas e as soluções deste jogo. Várias escolas do Algarve já aderiram à iniciativa: AE Professor Paula Nogueira (Olhão) / AE da Sé (Faro) / AE D. Afonso III (Faro) / AE Dr. Alberto Iria (Olhão) / Colégio Bernardette Romeira (Olhão) / AE Dr. João Lúcio (Fuseta) / AE de Estoi (Faro) / AE Joaquim Magalhães (Faro) / AE do Montenegro (Faro) / AE de Castro Marim (Vila Real de St. António) / AE Professora Diamantina Negrão / (Albufeira) / Agrupamento de Escolas José Belchior Viegas (Mega Agrupamento de São Brás de Alportel) / Escola Secundária João de Deus (Faro) / Agrupamento de Escolas D. Paio Peres Correia (Tavira) / Casa da Juventude (Olhão) / Postal do Algarve. Convidamos todas as escolas e bibliotecas, interessadas em aderir ao Jogo da Língua Portuguesa e receber os materiais para o mesmo, a contactar: [email protected] ou [email protected].

>> SOLUÇÃO da edição passada

Peter PoschenDirector do Departamento de Empresas da OIT

- João… Não comas assim o presunto, filho!

- Então como como, mãe?- O pata negra tem que ser co-

mido com alguma solenidade,

amor. Tens que o saborear com tempo; deixá-lo repousar sobre a língua para que se solte bem o sabor. Só depois disto acontecer é que deves começar a mastigar suavemente para sentires o resto do prazer, percebes?

Empertigou-se na cadeira, endireitou as costas e, com um ar muito sério, foi fechando os olhos para melhor sentir o pala-to. Momentos antes negara-se a jantar no restaurante, alegando que não tinha fome nenhuma e só lhe apetecia um bocadi-nho daquele presunto “muito

bom”. Decidi que não havia mal nenhum em condescender e ir depois àquela típica “bodega” e acompanhar o seu desejo com uma taça de bom tinto.

Sem saber bem como, dei por mim a dar-lhe uma detalhada explicação sobre a diferença en-tre os verbos alimentar e nutrir. Recapitulei o processo digestivo, que já estudou, e avancei para outros campos.

- Portanto, por um lado temos os nutrientes que os alimentos entregam às células, mas há algo mais nesta equação, sabes? Da

mesma maneira que as células ficam mais saudáveis com comi-da saudável e mais doentes com “comida de porcaria”, também a maneira como comemos é de extrema importância…

- Como assim?- Imagina que as tuas células

sentem e pensam… Se tu co-mes à pressa e com sofreguidão vais estar a dar-lhes sensações de stress. Se comes com ego-ísmo, a querer tudo só para ti, as tuas células vão ficar com a sensação que nada lhes chega e nunca poderão chegar a sentir-

Alimentar e nutrir

Ana Amorim Dias - [email protected]

� A – O Gonçalo entrou pela sala à dentro. � B – O Gonçalo entrou pela sala adento. � C – O Gonçalo entrou pela sala àdentro. ; D – O Gonçalo entrou pela sala dentro.

� A – Fui passear em Quarteira. � B – Fui passear na Quarteira. � C – Fui passear no Quarteira. � D – Fui passear a Quarteira.

>> ASSINALE A FRASE CORRETA

-se abundantes, percebes? É por isso que ponho tantas vezes mú-sica a tocar e desligo a televisão enquanto comemos; é por isso que acendo velas, desligo o can-deeiro do tecto e deixo só os de parede. É por isso também, que gosto de namorar com vocês ao jantar: desta maneira não estamos só a alimentar as célu-las com nutrientes, estamos a nutri-las com amor e paz, não é?

Quando terminei o meu dis-curso, o João ainda ia a meio do prato de presunto, mas já bem alimentado e nutrido. O Capi-tão, esse, olhava-me com um ar apaixonado, vá-se lá saber porquê!

ressantes para mais empregos na Europa é o aumento da efi-ciência no uso de recursos. As empresas e as economias euro-peias poderão economizar 630 mil milhões de euros até 2030 se aumentarem a eficiência no uso de recursos em 2% por ano. O resultado seria um PIB supe-rior em 1% e mais dois milhões de empregos.

Um novo acordo global e am-bicioso sobre o clima é urgen-te. Rumo à cimeira de Paris em Dezembro, a mensagem é clara: investir no clima pode gerar em-prego e a UE deveria liderar este processo e apoiar outros países a beneficiarem de boas políticas ambientais.

Page 12: POSTAL 1153 - 11 DEZ 2015

Luz de Tavira recebe Festival Internacional de Acordeão

Ô O francês Michel de Roubaix é um dos participantes no festival

Tiragem desta edição:7.586 exemplares

d.r.

O POSTAL regressa no dia 18 de Dezembro

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A SOCIEDADE RECREATIVA MU-SICAL LUZENSE vai ser palco, no próximo domingo, pelas 16 horas, do Festival Interna-cional de Acordeão.

O festival traz até Luz de Ta-vira premiados e prestigiados acordeonistas, como Michel de Roubaix (França), considerado por muitos o pai do sapateado em Portugal; Tino Costa, Fábio Guerreiro; Silvino Campos, Sér-gio Conceição e Hugo Madeira.

O festival resulta de uma par-ceria entre a Sociedade Recre-ativa Musical Luzense e a Mito Algarvio - Associação de Acor-deonistas do Algarve e conta com o apoio do Município de Tavira, União de Freguesias de Luz de Tavira e Santo Estêvão, União de Freguesias Santa Ma-

ria e Santiago, Rádio Gilão e comércio local.

Os interessados em ob-ter mais informações ou que queiram comprar os ingressos

devem contactar a Sociedade Recreativa Musical Luzense através do email [email protected] ou do telemóvel 911 999 226.

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Câmara Municipal de TaviraAviso

1º ADITAMENTO DO ALVARÁ DE LOTEAMENTO N.º 1/2011

Nos termos do n.º 2 do artigo 78º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 136/2014, de 9 de Setembro, torna-se público que a Câmara Municipal de Tavira, emitiu a 06 de Abril de 2015, o 1º Aditamento do alvará de loteamento n.º 1/2011, cuja alteração foi requerida por CFVM – Sociedade de Construção, Fabricação e Venda de Materiais para a Construção Civil, Lda. e IMPLANTURIS – Sociedade de Construção Unipes-soal, Lda., pessoas colectivas números 503 525 600 e 507 169 930, com sede no sítio da Fonte do Bispo, em Santa Catarina da Fonte do Bispo, em Tavira.

São licenciadas através deste aditamento as especificações ao alvará de loteamento que incidem sobre os lotes 3, 4, 5, 6 e 7 da urbanização no sítio do Arroio, união das freguesias de Luz de Tavira e Santo Estevão, neste Município, nos seguintes pontos:

a) Alteração da configuração do polígono de implantação dos lotes 3, 4, 5, 6 e 7.

b) Inclusão de piscina nos lotes 3, 4, 5, 6 e 7, passando de 10 para 15 piscinas no total.

A alteração do Alvará foi aprovada por despacho do Sr. Vereador do Urbanismo, Inovação e Empreendedorismo de 19/03/2015 e enquadra-se no estabelecido no nº 8 do artigo 27º do Decreto-Lei n.º 555/99 de 16 de Dezembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 136/2014 de 09 de Setembro.

Paços do Concelho, 27 de Outubro de 2015

O Vereador do Urbanismo, Inovação e Empreendedorismo,

João Pedro Rodrigues

(POSTAL do ALGARVE, nº 1153, de 11 de Dezembro de 2015)

Page 13: POSTAL 1153 - 11 DEZ 2015

www.issuu.com/postaldoalgarve7.586 EXEMPLARES

Mensalmente com o POSTAL

em conjuntocom o PÚBLICO

DEZEMBRO2015n.º 87

ric

ard

o c

laro

Cultura e fronteiras instáveis:

arte e entretenimentop. 8

Arco da Vila mostra-se ao público p. 5

d.r.

Faro 2005 - Memória de uma Capital Nacional da Cultura

p. 3

d.r.

Missão Cultura:

Caminhos de Cultura no Algarve 2015

p. 2

Letras e Leituras:

A Balada de Adam Henry - Amor e Morte

d.r.

p. 4

d.r.

Espaço AGECAL:

Qual o sentido das Artes Visuais?

p. 6

Artes visuais:d.r.

Page 14: POSTAL 1153 - 11 DEZ 2015

11.12.2015 2 Cultura.Sul

AGENDAR

Caminhos de Cultura no Algarve 2015

Passado que está mais um ano é tempo de balanço da ac-tividade desenvolvida. Relem-bramos que a actuação deste organismo desconcentrado da administração central possui como duas áreas principais de intervenção: a salvaguarda e gestão do património cultural; e a promoção da criação artís-tica, neste caso com dois domí-nios de actuação - a fiscalização das estruturas financiadas pelos organismos da administração central da área da cultura e o apoio ao tecido cultural não profissional da sua área territo-rial (conforme o Decreto-Lei n.º 114/2012, de 25 de Maio).

Na ação cultural e no apoio à actividade de criação artística estabeleceram-se critérios prio-ritários de avaliação comuns que incluem: o combate à ex-clusão social e à desertificação do interior do Algarve; a educa-ção para a cultura e para as ar-tes; a valorização do património imaterial do Algarve e a preser-vação das tradições, memórias e identidade; a revitalização de núcleos e centros históricos; a inovação cultural, projetos multidisciplinares, multicultu-rais, trabalho em rede e parce-rias (onde as novas indústrias criativas têm assumido papel preponderante). Foi neste âm-bito que a Comissão de Edição apoiou vários trabalhos e con-tribuiu para a criação de uma nova imagem e linha editorial da Direção Regional de Cultura do Algarve. Em parceria com a Universidade do Algarve e a Di-reção das suas Bibliotecas criou--se na FNAC, do Forum Algarve, a rubrica “Café com Letras”, onde se apresentaram edições, se discutiram temas de cultura e se debateram ideias e projectos nestes domínios.

Pelo segundo ano consecuti-vo, programou-se em rede para o conjunto dos monumentos sob gestão da DRCAlg, criando uma dinâmica de interação en-

tre os agentes culturais regio-nais, e as várias áreas artísticas, tendo por base o Programa de Dinamização e Valorização dos Monumentos do Algarve (Di-VaM) e sob o tema das “Raízes Mediterrânicas”.

Melhorou-se a comunicação e a promoção da actividade da DRCAlg, marcando presença em feiras do sector a nível nacio-nal. Estreitou-se a colaboração com outras entidades, nome-adamente com o Turismo do Algarve e algumas associações empresariais, através de pro-jectos e protocolos específicos. Desenvolveram-se as rotas tu-rísticas e culturais e procurou-se criar novas dinâmicas em torno destes projectos.

Na salvaguarda e valorização dos monumentos, Sagres absor-veu a maior atenção, por moti-vos óbvios. Mas foi continuado o apoio técnico em várias inter-venções municipais e de inicia-tiva particular, assim como se participou nas redes regionais temáticas associadas.

Nos indicadores dos visitan-tes, os números revelavam no fim do mês de outubro um re-sultado que não se alcançava há mais de 12 anos, superando os 300 mil ingressos na Fortaleza

de Sagres. Comemoraram-se os dez

anos da Convenção Quadro de Faro e nos desafios de âmbito europeu e internacional anun-ciaram-se a candidatura de Faro a Capital Europeia da Cultura, e as várias tentativas de inscrição na lista indicativa da UNESCO das candidaturas de Vila Real de Santo António (Cacela e Nú-cleo Pombalino de Vila Real de Santo António) e a dos “Luga-res da Primeira Globalização”, que envolve oito municípios do Algarve, a Direção Regional de Cultura do Algarve, a Região de Turismo do Algarve e a Uni-versidade do Algarve, e ainda, a Região Autónoma da Madeira, dos Açores, o Governo Autonó-mico de Ceuta e a Cidade Velha de Cabo Verde.

No âmbito do planeamen-to estratégico para a região, identificaram-se em conjunto com os municípios do Algarve e a CCDRAlg, o conjunto de in-tervenções urgentes, e por isso prioritárias, a fim de serem in-cluídas no mapeamento dos in-vestimentos a poder ser apoia-dos pelo CRESC Algarve 2020, no eixo dedicado ao patrimó-nio cultural.

Lançou-se o desafio à AMAL

de encontrar connosco o finan-ciamento e os meios para criar uma Agenda Regional para a Cultura com base numa plata-forma digital em que estamos a trabalhar com a proposta de designação de “Cultura+”, que englobasse todos os municípios do Algarve, a DRCAlg e a RTA.

Também neste ano, se con-seguiu concretizar uma antiga ambição e se mudou de casa, tendo encontrado um espaço de maior conforto e melhores condições de trabalho e aces-sibilidade para os serviços da cultura, até então sediados num edifício de habitação.

Nos novos desafios surgem propostas que são partilhadas e que nalguns casos, têm careci-do de disponibilidade financei-ra para a execução e de meios humanos e técnicos. A DRC Algarve continua a defender a necessidade de ter um projeto regional de sistematização e análise de dados e indicadores e onde se faça monitorização nestes domínios, sob pena de não conseguirmos em conjunto ter uma estratégia para a cultu-ra, património e artes na região, que é responsabilidade de vá-rios organismos e diferentes níveis de administração.

Este foi um ano de grande intensidade de trabalho, em que o reconhecimento fora de portas também se fez sentir e em que as vozes da cultura e do património se têm começado a fazer ouvir. O reconhecimento do Promontório de Sagres como Marca Património Europeu pela Comissão Europeia resultou de uma candidatura da equipa da Direção Regional que demons-trou a sua importância para a construção do novo mundo moderno, tal como hoje o co-nhecemos.

Finalmente, reconheçamos que há necessidade de mais re-cursos para o desenvolvimento sustentado e equilibrado da cul-tura, no sentido amplo da pa-lavra, e para que cada um dos parceiros deste importante eixo de desenvolvimento estratégico cumpra a sua missão na região.

Como diria Ricardo Reis, “Cumpre-te hoje, não esperan-do.” Tem sido assim, nestes ca-minhos de cultura que percor-remos e vamos construindo. O ano que vem será certamente repleto de novos caminhos.

Alexandra Rodrigues GonçalvesDireção Regional

de Cultura do Algarve

Editorial Missão Cultura

Direção Regionalde Cultura do Algarve

“BÃO PRETO”15 DEZ | 10.30 e 14.00 | Auditório Municipal OlhãoJovens olhanenses têm oportunidade de assistir a uma peça de teatro levada à cena pelo Comuna - Te-atro de Pesquisa, interpretada por Miguel Sermão e Hugo Franco e encenada por João Mota

“CONCERTO DA ORQUESTRA CLÁSSICA DO SUL”11 DEZ | 21.30 | Grande Auditório do Campusde Gambelas - FaroUniversidade do Algarve assinala o seu 36º aniver-sário com um concerto aberto a toda a comunidade

drcalg

Imagem do Promontório de Sagres

A aposta e o investimento na Cultura, genericamente falan-do, depende em grande medi-da para os decisores políticos - mais do que o dever aparen-temente óbvio de salvaguarda da identidade cultural do 'seu' povo (que os elegeu e/ou para quem trabalham) - da possi-bilidade de com os mesmos ganharem votos e/ou obterem mais-valias para a economia.

Também na Cultura como em outras áreas, aparentemen-te mais afastadas da realidade dominada pela economia, a força do economês se impõe.

E para falar economês a re-cente atribuição ao Promon-tório de Sagres da Marca Pa-trimónio Europeu, a par da classificação da Dieta Medi-terrânica como Património Imaterial da Humanidade, são bons exemplos de como a Cultura pode ser um meio de alavancagem da economia, em particular do Turismo e da en-trada de divisas.

Reconhecimento é o que se deve, respectivamente a Ale-xandra Gonçalves (directora regional de Cultura) e a Jorge Botelho (presidente da Câma-ra de Tavira) naqueles dois ca-sos, e a tantos outros actores da Culrura na região, pelo es-forço que têm feito na criação de uma estrutura cultural coe-rente e coesa o suficiente para criar mais-valias potenciais para a região.

Conseguem assim que a pre-servação da identidade cultural do Algarve seja vista pelos 'dita-dores da economia' como um projecto aceitável e o qual im-porta reforçar o investimento.

Há várias formas de levar a água ao moinho e se para tanto se tem de falar economês, seja: a Cultura está a alavancar a economia algarvia.

A Cultura e o 'economês'

Ricardo [email protected]

Page 15: POSTAL 1153 - 11 DEZ 2015

11.12.2015  3Cultura.Sul

Grande ecrã

Cineclube de TaviraProgramação: www.cineclubetavira.com281 971 546 | [email protected]

SESSÕES REGULARES | CINE-TEATRO AN-TÓNIO PINHEIRO | 21.30 HORAS

17 DEZ | GÜEROS (GUEROS), Alonso Ruiz Palacios – México 2014 (106’) M/14

23 DEZ | SAMSARA, Ron Fricke - Vários países, 2011 (102’) M/12 (sem diálogos)

30 DEZ | MANDARIINID (TANGERINAS), Zaza Urushadze – Georgia/Estonia 2013 (87’) M/12 (legendado em português + inglês)

Cineclube de Faro aposta nas curtas em Dezembro

O Cineclube de Faro apresen-ta neste Dezembro no quadro da sua programação principal, dois ciclos. Na sede dedicamo-nos a Budd Boetticher, um dos icónes do Western, de quem apresenta-mos três filmes, Têmpera de Herói, O Homem que Luta Só e Emboscada Fatal, nas primeiras 5ªs-feiras de Dezembro, em sessões gratuitas.

A programação regular das 3ªs-feiras, está de volta ao IPDJ e em cartaz constam trêsfilmes: Roy Andersson e os seus dois fil-mes da Triologia dos Vivos - Um Pombo Pousou num Ramo a Reflectir na Existência (2014) e Canções do Segundo Andar (2000) remetem para uma es-pécie de reflexão sobre a moral, a condição e acção humanas, re-correndo bastas vezes ao surreal, em quadros cómicos com forte pendor artístico e um humor que tem tanto de vivo e sagaz como de cortante e seco.

O mês encerra com a estreia

de João Salavisa nas longas-me-tragens, com Montanha, depois de uma carreira com óbvio destaque para as curtas Arena e Rafa. Sala-visa retoma o tema da tentativa de aproximação à “raiz mitoló-gica da adolescência”. Seguimos David, sempre do ponto de vista do seu olhar, deambulamos pela sua odisseia emocional e pessoal, pelo limbo em que o final da in-fância, as agruras da adolescência e a assombração das imperfeições

do mundo adulto se encontram inapeláveis num território em que saltam à vista os escombros urbanos e familiares.

“Em derradeira análise”, diz Daniel Sampaio, “Montanha é um filme sobre a verdadeira adversi-dade dos nossos dias, a crise das relações interpessoais e da cons-trução de um futuro melhor”.

O cartaz não fica no entanto por aqui, consultem-nos.

Cineclube de Faro

O realizador João Salaviza

fotos: d.r.

Cineclube de Faro Programação: cineclubefaro.blogspot.pt

CICLO 'A OLHAR PARA NÓS' | IPDJ |21.30 HORAS15 DEZ | MONTANHA, João Salaviza,Portugal/França, 2015, 92’, M/14

“O WESTERN DE BUDD BOETTICHER” | SEDE | 21.30 HORAS | ENTRADA LIVRE17 DEZ | EMBOSCADA FATAL, EUA,1960, 75’ O DIA MAIS CURTO – GRANDE FESTA DA CURTA METRAGEMSOCIEDADE RECREATIVA ARTÍSTICA FA-RENSE | 22 HORAS18 DEZ | Europa em CurtasATRIUM FARO | 14 HORAS21 DEZ | Contos à Sombra das Árvores

Entre 11 e 24 de Dezembro o Cinema volta à Baixa de Faro, com programação ainda a anunciar.

Espaço AGECAL

Há semanas a Universidade do Al-garve e a Direcção Regional de Cul-tura do Algarve promoveram em Faro, passados dez anos, um debate sobre “Faro 2005 - Capital Nacional da Cultura”.

Dos programadores de 2005, Lu-ísa Taveira (dança), Luís Madureira (musica), Anabela Moutinho (ci-nema) Miguel Abreu (teatro) Jorge Queiroz (artes visuais e exposições) e Pedro Ferré (literatura), apenas os três últimos estiveram presentes na sessão da FNAC. A ausência do Pro-fessor António Rosa Mendes, faleci-do inesperadamente há dois anos e Presidente da Estrutura de Missão, deixou a sessão menos enriquecida, ele que teve a coragem de ser rosto

de um projecto complexo e difícil. Faro 2005 - CNC tinha criadas à

partida todas as condições para cor-rer mal.

Em Outubro de 2004 o Professor António Lamas fora substituído como Presidente da Estrutura de Missão pelo historiador António Rosa Men-des, não tinha orçamento definido nem autonomia administrativa e financeira, com uma equipa de pro-gramação que não se conhecia e sem instalações. Estavam ainda agendadas para 2005 eleições legislativas e au-tárquicas, que desviariam a atenção do País para outras prioridades.

Contudo, Faro 2005 - CNC não fa-lhou e por três opções estratégicas que se provaram correctas.

Em primeiro lugar, o projecto estruturou-se em todo o território algarvio, cidades litorais e no inte-rior, valorizando lugares, criadores e populações, mobilizando inúmeros recursos.

A segunda orientação estratégica foi assumir que o Algarve era e é uma região com uma cultura sedimentada pelos séculos, possuidora de uma va-liosa herança histórico-cultural, que participou na construção de Portugal

enquanto entidade política soberana e no processo da expansão, que pos-sui importantes expressões da mo-dernidade e da contemporaneidade.

Por último, e não menos decisivo, foi a credibilidade institucional e o empenho pessoal, o rigor da presta-ção de contas e no uso dos dinheiros públicos. A 30 de Março de 2006 os relatórios de gestão e de programa-ção estavam entregues no Ministério da Cultura, encerradas as contas não havia qualquer dívida a fornecedores.

A dimensão e exigência do tra-balho foi grande. Na área à minha responsabilidade, artes visuais e ex-posições, com escassos meses de pre-paração realizámos 43 exposições (18 em Faro) em 11 Municípios, sendo 32 estreias, em todas as disciplinas, para públicos e interesses diferenciados: para crianças (“As criaturas”, de Nuno Maya e Carol Purnell), invisuais (“Luz Táctil”, de Paulo Abrantes”), novas ge-rações (“Prémios EDP - Novos Valores comissariada, por João Pinharanda, ou “Tractor” na Fábrica da Cerveja), colecções nacionais ( “Do Olhar In-quieto”, Colecção Nacional de Foto-grafia dirigida por Teresa Siza), de pa-trimónio (“Os Caminhos do Algarve

Romano”, com direcção de José de Encarnação ou a “Invenção do Mun-do” - arte sacra no Sul de Portugal”, com curadoria de José António Fal-cão), históricas sobre o Algarve (“La-gos Anos 60 - Bravo, Cutileiro, Lapa e Palolo”, comissariada por João Pinha-randa, ou “O século XX passou por

aqui”, com direcção de Mirian Tava-res), arquitectura (maquetas de Siza Vieira), artistas residentes no Algarve (“O sol e a lua” de René Bertholo, ou as exposições de obras de Xana, Bar-tolomeu dos Santos, Costa Pinheiro, Vítor Pomar, …).

A colaboração com instituições nacionais (Fundação Arpad Szenes /Vieira da Silva, Culturgest, Centro Português de Fotografia, EDP, …) potenciou a programação da área e triplicou o orçamento disponível sem acréscimo de custos para o Estado.

Da experiência positiva podemos afirmar que as Capitais Nacionais de Cultura, suspensas em 2006, po-deriam regressar e ser, desde que se permita candidaturas das cidades portuguesas suportadas por objecti-vos e orçamentos claros e partilhados, instrumentos úteis para o desenvolvi-mento e a descentralização cultural, para a renovação de equipamentos e programas.

Dez anos passados a herança de Faro 2005 - CNC lembra-nos que as políticas culturais do País necessitam de estímulos, instrumentos regulares de afirmação dos valores nacionais e regionais.

Faro 2005 - Memória de uma Capital Nacional da Cultura

Jorge QueirozProgramador de Faro 2005- Capital Nacional da Cultura;Sócio da AGECAL

d.r.

Rosa Mendes, um dos nomes por detrás da Faro 2005

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11.12.2015 4 Cultura.Sul

Letras e Leituras

A Balada de Adam Henry - Amor e Morte

Ian McEwan é um dos gran-des autores ingleses da actuali-dade. De entre a sua obra po-demos destacar livros como A Criança no Tempo (Whitbread Award 1987) ou Amesterdão (Booker Prize 1998). É ainda autor de um libreto de ópera e de vários argumentos para cinema (como o do recente filme O Jogo da Imitação). As obras O Inocente, Estranha Sedução, O Fardo do Amor e Expiação foram adaptadas ao cinema.

A Balada de Adam Henry, o seu último livro, revela uma linguagem cinematográfica, numa espécie de zoom contí-nuo sobre o espaço e a perso-nagem em cena que o observa: «Londres. O último período do ano judicial começou há uma semana. Junho com um tempo implacável. Fiona Maye, juíza do Supremo Tribunal, em casa num fim de tarde de domin-go, deitada de costas numa chaise longue, a olhar o ex-tremo da sala para além dos seus pés revestidos

de collants, a contemplar uma perspectiva parcial da estante embutida junto da lareira e, de um lado, junto de uma janela alta, uma minúscula litografia de Renoir representando uma banhista, que ela comprara por cinquenta libras há três anos. Provavelmente uma fal-sificação. Por baixo dessa ima-gem, no centro de uma mesa redonda, de nogueira, uma jarra azul. Não se recorda de como lhe foi parar às mãos. Nem de quando lhe pôs flores pela última vez. A lareira não é acesa há um ano.» (pág. 9). A descrição continua num ritmo fluído que entretece o banal e o íntimo, onde se desenha um quadro realista mas a partir do qual serão lançadas pinceladas que permitem entrar na men-te da personagem.

Fiona Maye é essa persona-gem central, a partir da qual entramos nessa sala, uma juíza do Supremo Tribunal que jul-ga casos do Tribunal de Família. Se nos primeiros momentos em que a personagem se começa a desvelar esta pode parecer-nos fria, Fiona é acima de tudo um ser humano que mesmo lidan-do com os mais variados casos consegue manter a sua natureza humana. Pode-se perceber que ainda existe bondade e genero-sidade em si quando nos é dado a ler que Fiona tem entre a sua lista de afazeres escrever uma

carta de recomendação para o filho autista da sua empregada de limpeza ser admitido numa escola. Mas esse cenário de cal-ma aparente é manchado pelas recordações de Fiona enquanto passa mentalmente em revista a discussão recente com o mari-do. Tal como Fiona parece viver e envolver-se de forma apaixo-nada no seu trabalho, o que lhe pode ter retirado a capacidade de se ligar emocionalmente da mesma forma a alguém, o mari-do é, de modo diametralmente simétrico, bastante frio e prático na forma como lhe apresenta os seus motivos para querer o di-vórcio de modo a poder tentar uma segunda vida com a sua amante bastante mais nova:

«- Preciso disto. Tenho cin-quenta e nove anos. Esta é a minha última oportunidade. Ainda tem de haver quem me convença de que há vida de-pois da morte.

Uma observação pretensio-sa para a qual não encontrara resposta. Limitou-se a fitá-lo, talvez com a boca aberta. Só agora, deitada na chaise lon-gue, lhe ocorria uma resposta. «Cinquenta e nove, Jack? Mas tu tens sessenta! É patético, é banal».

Mas o que de facto disse, sem convicção, foi:

- Isto é demasiado ridículo.- Fiona, quando fizemos

amor pela última vez?Quando teria sido? Ele

já lhe tinha feito aque-la pergunta antes, com estados de espírito que iam do lamuriento ao rezingão. Mas o passado recente sobrecarregado pode ser difícil de recor-dar.» (pág. 10-11).

«A Divisão da Famí-lia pululava de estranhos

diferendos, alegações espe-ciais, meias-verdades íntimas e acusações exóticas.» (pág. 11). Sem nunca sabermos se é o narrador que tece consi-derações se é a própria Fio-na, numa corrente de cons-ciência em que o leitor se vê mergulhado, não se afigura simples lidar com casos ver-dadeiramente complexos que surgem entre outros mais ro-tineiros: «discórdias de rotina relativas a residência de filhos, casas, pensões, rendimentos, heranças» (pág. 11). Numa das passagens podemos mes-mo ler como Fiona parece até apreciar essas situações límite que, afinal, são o quotidiano de certas profissões de gran-de responsabilidade social: «Toda essa mágoa, com temas comuns e uma uniformidade humana, continuava a fasci-ná-la. Ela estava convencida de que introduzia razoabili-dade em situações desespera-

das.» (pág. 11).É particularmente interes-

sante a forma como no ro-mance parecem surgir certas máximas ou pensamentos as-sertivos que procuram definir o contexto social e cultural de uma sociedade em ebulição, pois da mesma forma que Fiona dita sentenças no seu tribunal, encontramos ainda noções ou constatações críti-cas como: «Na maior parte dos casos, a riqueza não conseguia proporcionar felicidade. Os pais depressa aprendiam o novo vocabulário e os pacien-tes procedimentos em matéria de legislação, e ficavam atur-didos ao verem-se envolvidos num combate perverso com aquele a quem outrora ama-vam.» (pág. 11).

Em alguns momentos aden-sa-se ainda mais esta aparen-te intenção crítica ou busca de minudenciar a realidade de outras formas de viver que,

todavia, têm de ser julgadas pela mesma lei, mesmo que se tratem de outros povos ou etnias a viver em solo in-glês. Note-se quando Fiona tem de julgar um caso cujas partes envolvidas são ambas provenientes da comunida-de haredi, ultra-ortodoxa, do norte de Londres: «Os homens também não tinham grande instrução. A partir do meio da adolescência, deviam dedicar a maior parte do seu tempo ao estudo da Tora. De um modo geral, não iam para a universi-dade. Em parte devido a essa razão, muitos haredi eram gente modesta. (...)/ Os rapa-zes e as raparigas haredi eram educados em separado a fim de preservar a sua pureza. Roupas na moda, televisão e Internet eram proibidas, tal como o convívio com crian-ças a quem fossem permiti-das tais distracções. As famí-lias que não observavam as estritas normas kosher eram marginalizadas.» (pág. 16-17). É nestas digressões que o livro fica mais enriquecido, prepa-rando o leitor de forma gra-dual para um caso ainda mais complicado e urgente, em suma, fatal. O caso de Adam Henry, aquele que dá nome ao romance, implica um jo-vem que tal como os pais é Testemunha de Jeová e que apoiados na sua fé recusam o tratamento que o hospital quer aplicar ao rapaz: uma transfusão de sangue.

Mas Adam Henry mais do que um jovem é um belo ra-paz de 17 anos, a pairar entre a vida e a morte e no limiar da vida adulta, quase a atin-gir a maioridade que o torna legalmente responsável por si próprio, sem interferência de pais, e parece ainda repre-sentar para Fiona o filho que nunca teve, bem como um estranho flirt amoroso que pode vir compensar a ruptura recente que o marido procu-rou impor ao seu casamento de trinta anos.

A Balada de Adam Henry é o mais recente romance de Ian McEwan, publicado entre nós, bem como as restantes obras pela Gradiva, cuja cole-ção abrange até ao momento 17 títulos. É um livro peque-no, tal como outros deste au-tor, mas que não desilude de prosa fluída, em que se deli-neam personagens intensas, abordando temas complexos e adensando mistérios da na-tureza humana.

Paulo SerraInvestigador da UAlgassociado ao CLEPUL

fotos: d.r.

A Balada de Adam Henry é o mais recente romance de Ian McEwan

O escritor Ian McEwan

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11.12.2015  5Cultura.Sul

Panorâmica

Arco da Vila dá-se a conhecer em Faro

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Câmara Municipal de Tavira

Aviso3º ADITAMENTO DO ALVARÁ DE LOTEAMENTO N.º 6/2003

Nos termos do n.º 2 do artigo 78º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 136/2014, de 9 de Setembro, torna-se público que a Câmara Municipal de Tavira, emitiu a 03 de Setembro de 2015, o 3º Aditamento do alvará de loteamento n.º 6/2003, cuja alteração foi requerida por Vítor Rodrigues Teixeira, contribuinte fiscal número 200 432 206, com domicílio na Rua Sérgio Mestre, n.º 9, em Tavira.

É licenciada através deste aditamento a especificação ao alvará de loteamento que incide sobre o lote 23 da Urbanização “Casas da Ria”, na União das freguesias de Santa Maria e Santiago, neste Município, no seguinte ponto:

a) Permissão de construção de piscina no lote 23.

A alteração do Alvará foi aprovada por despacho do Sr. Vereador do Urbanismo, Inovação e Empreendedorismo de 20/08/2015 e enquadra-se no estabelecido no nº 8 do artigo 27º do Decreto-Lei n.º 555/99 de 16 de Dezembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 136/2014 de 09 de Setembro.

Paços do Concelho, 27 de Outubro de 2015

O Vereador do Urbanismo, Inovação e Empreendedorismo,

João Pedro Rodrigues

(POSTAL do ALGARVE, nº 1153, de 11 de Dezembro de 2015)

Câmara Municipal de Tavira

Aviso4º ADITAMENTO DO ALVARÁ DE LOTEAMENTO N.º 4/2003

Nos termos do n.º 2 do artigo 78º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 136/2014, de 9 de Setembro, torna-se público que a Câmara Municipal de Tavira, emitiu a 30 de Junho de 2015, o 4.º aditamento do alvará de loteamento n.º 4/2003, cuja alteração foi requerida por Construções Carlos Reis, Lda., pessoa colectiva número 501 871 560, com sede em Azenha, freguesia de Abiul, no concelho de Pombal, distrito de Leiria.

É licenciada através deste aditamento a especificação ao alvará de loteamento que incide sobre o lote 5 da urbanização no sítio da Foz, união das freguesias de Santa Maria e Santiago, neste Município, no seguinte ponto:

a) Alteração do número de fogos no lote 5, diminuindo de 12 para 10 fogos.

A alteração do Alvará foi aprovada por despacho do Sr. Vereador do Urbanismo, Inovação e Empreendedorismo de 12/06/2015 e enquadra-se no estabelecido no nº 8 do artigo 27º do Decreto-Lei n.º 555/99 de 16 de Dezembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 136/2014 de 09 de Setembro.

Paços do Concelho, 27 de Outubro de 2015

O Vereador do Urbanismo, Inovação e Empreendedorismo,

João Pedro Rodrigues

(POSTAL do ALGARVE, nº 1153, de 11 de Dezembro de 2015)

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O ex-líbris da cidade de Faro, por excelência, sempre foi o Arco da Vila, um monumento que cons-titui uma das obras arquitectónicas mais marcantes da herança históri-ca da cidade e com o qual os faren-ses sempre tiveram uma relação de pertença.

Mas este sentimento de ‘proprie-dade’ dos farenses relativamente ao Arco da Vila sempre teve algo de es-tranho, de incongruente, tornando o monumento numa espécie de ob-jecto de admiração desconhecido.

A verdade é que poucos são os fa-rense que alguma vez tinham tido a oportunidade de admirar o Arco da Vila mais do que quem o mira des-de baixo para cima e apenas con-segue vislumbrar a forma exterior.

Havia nesta relação de deslumbre pelo belo a falta inultrapassável de se conhecer o âmago do objecto de ad-miração, o seu interior, o seu esque-leto, a sua alma e os seus segredos.

Tudo isto é hoje, graças à inter-venção da câmara liderada por Ro-gério Bacalhau, ultrapassável com uma simples visita ao Centro Inter-pretativo do Arco da Vila, acabado

de inaugurar numa intervenção que recuperou o monumento e que re-qualificou o Posto de Turismo de Faro, porta de entrada para o novo centro interpretativo.

O que pode ver no novo Centro interpretativo

Em dois pisos de área expositiva os painéis asseguram ao visitante um discurso que permite o percor-rer da história deste monumento nacional classificado desde 1910, ao mesmo tempo que pequenos apontamentos expositivos mostram algumas peças de cariz religioso e arqueológico que vêem a luz do dia depois de recuperadas das reservas

do Museu Municipal de Faro.Marco Lopes, director do museu

que agora tutela também o centro interpretativo, realça em declara-ções ao Cultura.Sul, que “a expo-sição destas peças que se encontra-vam nas reservas do museu e que se adequam ao discurso interpretativo que criámos para este espaço, per-mite que as pessoas possam ver pe-ças até agora afastadas do olhar do público, ao mesmo tempo que con-seguiu que se fizesse o seu restauro pelos técnicos do museu”.

Além da área expositiva os vi-sitantes têm agora franqueado o acesso à zona do alçado nascente e do interior do monumento inau-gurado em 1812. Ali podem visitar

a sala que acolheu a antiga Ermida de Nossa Senhora do Ó, bem como, a fachada do antigo templo e per-correr os corredores e açoteias que enquadram a fachada do Arco da Vila virada para a Vila Adentro.

Aos visitantes é ainda dado acesso ao espaço ocupado pelo mecanismo que garante o funcionamento do relógio do alçado frontal do arco e à vista do Jardim Manuel Bívar e da doca a partir de uma das janelas do monumento.

Muito embora ainda não seja dado acesso à zona da torre sinei-ra do Arco da Vila, por questões de segurança do acesso à mesma, a visita ao monumento farense vale mesmo a pena para descobrir um espaço há muito escondido de

quem vive ou visita Faro.Mas a oferta do centro interpre-

tativo não se fica por aqui. Aos que querem saber mais sobre a histó-ria do monumento e da cidade, o museu de Faro apresenta naquele espaço dois filmes e para os mais pequenos, afirma orgulhoso o di-rector do Museu Municipal, há serviços educativos que tornam a descoberta do Arco da Vila uma ex-periência à medida dos mais novos.

"Já estiveram cá duas turmas de escolas do concelho e abrimos há apenas dias", refere Marco Lopes, que destaca ser esta "uma aposta do centro interpretativo e do museu para ambos os espaços: que os mais novos tenham uma experiência de visita pensada à sua medida".

Porta aberta à satisfação da curiosidade sobre a obra arquitec-tónica de Francisco Xavier de Fa-bri patrocinada por D. Francisco Gomes do Avelar, antigo bispo do Algarve.

A partir de agora aquele que é o mais conhecido postal foto-gráfico da cidade deixará de ser simplesmente o Arco da Vila, um monumento de traça neoclássica de grande importância no quadro patrimonial farense.

O Arco da Vila passa agora a po-der ser entendido, visitado e ex-plicado por todos de forma muito mais profunda e conhecedora, de-volvido que está à visita profunda daqueles que sempre o tiveram como objecto de admiração limita-do pela ausência de conhecimento do mesmo.

Ricardo ClaroJornalista / [email protected]

Marco Lopes, director do Museu de Faro, junto a imagens do Arco da Vila

ricardo claro

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11.12.2015 6 Cultura.Sul

Artes visuais

Saul Neves de JesusProfessor catedrático da UAlg;Pós-doutorado em Artes Visuais pela Universidade de Évora

AGENDAR

“A MAGIA DO NATAL”18 DEZ | 21.30 | Centro Cultural de LagosO maestro Rui Pinheiro dirige a orquestra numa se-lecção de músicas que evocam o imaginário desta época festiva com obras de Leopold Mozart e Elgar, passando por melodias clássicas como “White Christ-mas” ou “Noite Feliz”

“THE BEST OF…”Até 2 JAN | CECAL – Centro de Experimentaçãoe Criação Artística de LouléExposição conjunta, de fotografia de Marques Va-lentim e pintura de São Passos, em que os trabalhos apresentados fazem parte da obra que cada artista realizou ao longo da vida

Qual o sentido das Artes Visuais?

Animais pintados na Gruta de Lascaux (15.000 a.C)

d.r.

Considera-se que desde a an-tiguidade o homem sentiu ne-cessidade de comunicar com as futuras gerações, deixando registos através de gravuras e pinturas feitas em superfícies rochosas, que são consideradas expressões de arte rupestre.

No entanto, só a partir do sé-culo XIV, com o Renascimento, a arte se “desprendeu” da sua dependência religiosa e se deu a codificação dos sistemas artísti-cos visuais, distinguindo-se entre o desenho, a pintura, a gravura, a escultura e a arquitetura.

Têm sido inúmeros os “mo-vimentos” surgidos na arte ao longo dos tempos, desde a Arte Renascentista, com os paradig-mas da Antiguidade Clássica, até à Arte Contemporânea, após a 2ª Guerra Mundial, passando pela Arte Moderna, nos finais do sé-culo XIX e início do século XX, numa sequência de tendências ou de “ismos”, alguns deles de curta durabilidade temporal, mas com importantes contribu-tos para uma desestruturação es-truturante no desenvolvimento das artes visuais.

A revolução industrial tradu-ziu-se na passagem do “mundo antigo” para o “mundo mo-derno”, do romantismo para o cubismo e para o futurismo, no início do século XX, passando pelos movimentos de transição, sobretudo o impressionismo, no final do século XIX. E foi a partir da segunda metade do século XIX, sobretudo em consequên-cia do surgimento da fotografia, que a diversidade e o ritmo das mudanças se fez notar de forma mais intensa, com o desenvolvi-mento das vanguardas que, para além de terem transformado as práticas de realização artísti-ca, vieram também colocar em

causa o próprio estatuto da arte, sendo logo no início do século XX antecipadas várias das carac-terísticas da arte contemporânea, nomeadamente a ênfase na ori-ginalidade.

As grandes guerras mundiais tiveram uma enorme influência no desenvolvimento da arte do século XX. Após, no final do sé-culo XIX, o impressionismo ter evidenciado a cor, face à forma, e a revolução cubista, no início do século XX, ter substituído a “arte de imitação” pela “arte de imaginação”, ocorreu a Primei-ra Grande Guerra, entre 1914 e 1918, levando ao surgimento do Dadaísmo, movimento iniciado em Zurique, no Cabaret Voltaire, em 1915, por um grupo de escri-tores, poetas e artistas plásticos. O nome foi escolhido ao acaso, para simbolizar o caráter anti--racional do movimento, contra a guerra, bem como contra a cultura e os padrões de arte es-tabelecidos na época, opondo-se a qualquer tipo de equilíbrio e de beleza, “porque a beleza está morta” (Tzara, 1918). Foram vá-rios os manifestos propostos por Dadaistas, em particular o que foi proposto por Tristan Tzara, em 1918, e o que Francis Pica-bia apresentou, em 1920, mas todos eles revelavam um eleva-do ceticismo e um pessimismo irónico, procurando enfatizar o ilógico, a desordem e o absur-do. Este movimento precedeu o surrealismo, bem como a arte concetual, conforme afirma Go-dfrey (1998): “Dada can be seen as a first wave of Conceptual Art”. Entre as suas principais formas de expressão encontra-se o po-ema aleatório e o readymade. De salientar que, embora na atuali-dade estes “movimentos” sejam muito valorizados, permitindo compreender os encadeamen-tos ocorridos na história de arte, surgiram de forma “quase espontânea” em cafés ou casas particulares, por desconhecidos da sociedade na altura, embora procurassem intrometer-se nos centros de decisão ou de poder, apresentando por vezes “mani-festos” aos quais muitos aderiam como “militantes”, embora por tempo reduzido, traduzindo a amplitude de possibilidades

que começavam a existir e tal-vez também a dimensão expe-riencial e temperamental usual-mente atribuída aos artistas, que circulavam por entre os diversos estilos, procurando experienciá--los na sua produção artística. Assim, podemos encontrar no percurso de vários artistas “fases” em que, por exemplo, estavam no cubismo, depois no dadaís-mo e mais tarde no surrealismo.

Por seu turno, a Segunda Grande Guerra, entre 1939 e 1945, marca a transição da Arte Moderna para a Arte Contempo-rânea ou Pós-Moderna, e traduz--se nos conteúdos de descrença, angústia e dor expressos em muitas das obras produzidas no pós-guerra, como podemos ob-servar em particular nos traba-lhos de Francis Bacon ou de Lu-cian Freud. No entanto, um dos principais aspetos a destacar foi a mudança do “centro” da arte internacional, que se deslocou de Paris para Nova Iorque, pas-sando a vanguarda a incorporar a necessidade de ligação entre a arte e o consumo, sendo o movi-mento Pop Art, aquele que mais se veio a destacar neste contexto, procurando expressar com suas obras a massificação da cultura popular capitalista. Este movi-mento havia sido precedido pelo expressionismo abstrato, dos anos 40, que parecia conciliar o expressionismo e o surrealismo.

Nos anos 50, influenciado pelo expressionismo abstrato,

surgiu o action painting como pintura considerada automática, intuitiva ou sem esquemas pré-vios, cujo tema é o próprio ato de pintar, através dum conjunto de gestos que o artista exprime sobre a tela em função das suas pulsões emotivas. Embora pare-çam caóticas, essas telas parecem conseguir comunicar uma exci-tação e uma pulsação interior. Desta forma, “o informalismo gestual substitui a representa-ção pela expressão, confiando ao gesto de pintar a missão de comunicar as mais diversas emo-ções” (Ferrari, 2001), expressan-do-se estas através da rapidez de execução, sendo a pintura tanto menos controlada e mais incerta quanto maior a velocidade dos movimentos realizados. A esta ênfase na dimensão emotiva e materialista na produção artís-tica veio opor-se uma perspetiva concetual, a partir dos anos 60, segundo a qual a arte seriam so-bretudo ideias, sendo hiperva-lorizada a dimensão intelectual e secundarizada a dimensão de execução ou a valência material na arte.

Parece que o pós-guerra abriu caminho para uma irrupção de tendências artísticas que co-meçaram a variar livremente, sem permitir qualquer tipo de agrupamento. O espectro das produções artísticas foi-se am-pliando numa variedade de estilos, formas e práticas para culminar numa grande diversi-

dade e hibridismo. Assim, a arte pós-moderna caracteriza-se pelo pluralismo, sendo aceite a diver-sidade, a incerteza, a fluidez e a imprevisão (Kellerman, 2006).

Esta diversidade de expressões artísticas desenvolvidas no pós--guerra levou a que os conceitos de belas-artes ou de artes plásticas não fossem suficientes para as en-quadrar, começando então a ser utilizado conceito de artes visuais.

As belas-artes haviam sido ins-tituídas no século XVII, no âmbi-to das Academias, em particular na Academia Real de Paris que, em 1648, instituiu o termo “Be-aux-Arts” (Belas-Artes), dizendo respeito a um conjunto de su-portes e manifestações artísticas que se pressupunham “superio-res”, englobando a pintura, a es-cultura e o desenho, subordina-das à arquitetura. Por seu turno, as artes plásticas seriam mais abrangentes, pois diriam res-peito às expressões artísticas que utilizavam técnicas de produção que manipulam materiais para construir formas e imagens, con-siderando-se que surgiram na pré-história, através da pintura rupestre nas cavernas. O conceito de artes visuais, dizendo respeito a todas as artes que lidam com a visão como o seu principal meio de apreciação, veio permitir de uma vez por todas colocar a fo-tografia e o cinema ao mesmo nível que as restantes formas artísticas, para além de permitir considerar no domínio das artes

toda a multiplicidade de expres-sões que surgiram no âmbito da arte contemporânea, em particu-lar as instalações.

Na atualidade, são múltiplas as artes visuais utilizadas, haven-do cada vez mais locais e inicia-tivas culturais e artísticas abertas ao público em geral, permitindo o acesso de todos, desde os me-lhor informados e conhecedo-res, até aqueles que apenas vão “olhar” talvez porque está na moda. No entanto, são cada vez mais diversificados os produtos artísticos que podem ser encon-trados em exposições, levando a que muitas das pessoas que fa-zem parte do público da arte fi-quem com dúvidas sobre aquilo que pode ser considerado arte.

Conforme refere Santaella (2009), não têm faltado críticas ao “everything goes” (vale tudo) do pós-moderno, sendo cada vez mais difícil ter certezas quanto ao que pode ser definido como arte. Assim, as questões que mui-tas vezes são colocadas perante estes trabalhos são as seguintes: “Mas isto é arte?”; “Como é que isto pode valer tanto?”; “Mas o que é afinal a arte?”; ou “Quais os limites da arte?”.

No entanto, estas questões não são novas, tendo havido ao longo da história da arte vários momentos em que as mesmas surgiram, demonstrando algu-ma resistência a novas aborda-gens, a chamada resistência à mudança, que acontece também no mundo da arte.

Já agora, em relação à questão colocada, “qual o sentido das ar-tes visuais?”, sobretudo quando se pensa na arte contemporânea, é óbvio que não há apenas uma possível resposta, sendo múlti-plos os caminhos possíveis para entender e sentir a produção ar-tística visual. No entanto, pare-ce-nos que as raízes de qualquer resposta, devem ser procuradas na história deste mundo com-plexo, mas também fascinante, que são as artes visuais.

Nota: Este artigo integra o livro “Construção de um percurso

multidisciplinar, integrativo e de síntese nas Artes Visuais”,

de Saul Neves de Jesus ([email protected])

Page 19: POSTAL 1153 - 11 DEZ 2015

11.12.2015  7Cultura.Sul

Momento

"Janis Golden Eye"

Foto de Ana Omelete

Espaço ALFA

Chegámos àquela altura do ano em que a fotografia ganha especial relevância. Assim como em outras épocas do ano, o Natal é o momen-to de fotografar o amor, se bem que nesta época esse tipo de ima-gem tem uma conotação especial. É o momento em que a mãe tira fotos ao filho bebé para mandar à avó que está longe e que não pode estar presente na consoada da famí-lia, em que se faz aquela brincadeira de vestir os animais de estimação de acordo com a época, em que se reú-ne o grupo de amigos num jantar e se faz um troca de presentes.

Nesta altura do ano, a fotografia está muito associada a recordações destes momentos especiais, a recor-dações de família.

No meu caso, e penso que acon-tecerá o mesmo com mais pessoas mas por outros motivos, é aquela

altura do ano em que fico mais nos-tálgica. Dou por mim a revisitar os álbuns fotográficos que tenho em casa, a ver fotos de quando era

criança e a recordar os natais. Pas-sava os natais com a minha mãe, que infelizmente já cá não está co-migo. São estas fotografias e outras

que me permitem recordá-la nesta altura especial

Para mim, o Natal é amor, e foto-grafia de Natal reflete e está asso-

ciada a este sentimento e oportu-nidade de registar esse sentimento único e o seu significado para cada um de nós.

Natal Fotográfico

Tânia Guerreiro Membro da ALFA

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Angelo Musco (ou "as coisas não são o que aparentam ser")

d.r

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Esta reflexão pressupõe três convicções: um entendimento pessoal (e profissional, enquan-to programador) do conceito de “cultura” enquanto conjunto alargado, transversal, heterogé-neo e mutável de códigos, valo-res, representações e práticas que engloba os universos da arte e do entretenimento; a importância de clarificar a distinção entre estes dois campos, que têm caracte-rísticas específicas, sendo que o próprio público também a faz, mais ou menos conscientemen-te, por modos diversos, a nível da recepção e fruição culturais; e a ideia de que o “entretenimen-to” também constitui uma das expressões/dimensões incontor-náveis daquilo a que chamamos hoje “cultura”, por muito pouco que se goste da ideia e por mais polémica que possa soar esta afirmação. Escusado será dizer que não se trata aqui de fazer a apologia do entretenimento ou a desvalorização do papel das artes, até porque ser humano e sociedade sempre beberam, on-tem e hoje, em doses e moldes variados, no prazer provindo da esfera do lúdico/comum/imedia-to e na inquietação experimenta-da no campo criativo/original/transformador.

Contudo, não nos parece ra-zoável colocar a cultura de um lado e o entretenimento do outro como territórios longín-quos, diametralmente opostos e díspares. É notório que, para o bem e para o mal (as questões da proporção, pertinência/adequa-ção e “qualidade” dos conteúdos ligados ao lazer cultural são uma outra discussão que também pode e deve fazer-se), as práticas de entretenimento ocupam um lugar relevante no nosso pano-rama cultural e na contempora-neidade em geral. Se há imensas propostas actuais em que é facil-mente perceptível a filiação das mesmas nos domínios da arte ou do entretenimento, noutros casos (que não são propriamente poucos) é mais difícil perceber

onde é que acaba a componen-te hedonista, de distracção e di-vertimento (o “matar o tempo” dominantemente associado ao lazer), e começa a vertente ar-tística, a vocação estética – ou então vice-versa –, isto devido à existência, nessas obras/criações em particular, de denominado-res comuns e de zonas de inter-secção, mais ou menos evidentes, entre os dois hemisférios cultu-rais. Ambas as dimensões estão por vezes muito imbricadas, a que não será alheio, do nosso ponto de vista, o facto de até o melhor entretenimento só ser possível graças às artes. Esta pro-blemática complexifica-se ainda mais quando se verifica (e há va-riados exemplos) que aquilo que é produzido com fins de entre-tenimento pode, com o passar do tempo, obter um dado valor artístico, devido à sua qualidade e/ou importância histórica. Por outro lado, uma criação artística pode volver-se em puro entrete-nimento (mais ou menos bana-lizado, conforme os casos), pelo seu grau de crescente exposição, mediatização e massificação.

Porém, a visão binária, mais rígida e estanque – ligada tam-bém inevitavelmente à questão do gosto pessoal e revestida, não poucas vezes, de preconceitos e estereótipos em relação quer ao entretenimento quer às próprias artes (e não descurando ainda que o paradigma “preto/branco” está muito enraizado, inclusive, noutros quadrantes da nossa vida) –, manifesta-se frequente-mente na tentadora necessidade

de rotular algo como “produção artística” ou, alternativamente, como “puro entretenimento”. E talvez este aspecto seja uma das pedras-de-toque essenciais, conduzindo-nos a um outro ter-reno com tanto de fértil como de pantanoso, que tem a ver com a própria definição de “arte”. Não entrando em aturadas análises filosóficas e estéticas, parece rela-tivamente consensual a ideia de que a arte consiste na expressão de valores estéticos por meio de criações que visam a construção de um dado ideal (num registo “canónico” ou de desconstrução) de beleza e harmonia. Definir “beleza” ou “harmonia” é outro grande desafio, mas equacionar a possibilidade (que é real e de que há exemplos ilustrativos) de algo entreter e ser belo ao mesmo tempo ainda o é mais, sendo que não podemos fugir dela.

Entramos então na questão dos limites instáveis de certos conceitos associados ao vasto melting pot cultural. Ao obser-var em malha fina o panorama cultural mais recente, em vários casos parece-nos mais pertinen-te e operativo falar em obras que têm uma maior componente/atributo artísticos e estéticos, re-lativamente a outras em que essa presença é mais ou menos resi-dual (ou não dominante de uma forma clara) e em que o elemen-to de entretenimento é visivel-mente preponderante. Isto por-que a visão tradicional (arte vs. não arte), se bem que possa ser o primeiro crivo em termos de enquadramento/tipificação cul-

turais, pode, numa análise mais aprofundada, revelar-se reduto-ra para um número crescente de propostas contemporâneas, como já sublinhámos anterior-mente. Por trás de uma roupa-gem – a nível de linguagem, formato, estilo e/ou até de pro-moção – aparentemente “leve”, mais comum e despretensiosa de certas actividades encaixáveis no domínio do entretenimen-to, podem esconder-se, nas suas entrelinhas, intencionalidades estético-ideológicas e mensa-gens criativas e pertinentes que visam, por outra(s) via(s), exercer um efeito transformador no seu target. Numa outra óptica, deter-minadas obras artísticas recor-rem, por vezes, a conceitos e técnicas intimamente ligados ao mundo do entretenimento para alcançar um impacto mais efectivo e alargado junto de cer-tas franjas de público.

Ainda assim, esta leitura (não bipolar) da cultura é sempre condicionada/filtrada por facto-res ideológicos, estéticos e sub-jectivos que variam em termos individuais, fruto também da crescente diversificação e plu-ralização de gostos e compor-tamentos (até num mesmo gru-po social) a que hoje assistimos. Isto porque a cultura, como de-fende Gilles Lipovetsky, já não é um privilégio das elites, sendo agora um mundo de todos – aquilo a que o reputado filósofo francês chama a “cultura-mun-do”, em que, mais importante do que o objecto ou a sua uti-lidade, é valorizado sobretudo

um estilo/modo de vida/marca (também estes uma “cultura”) que se pretende vender/veicular, isto numa realidade em que im-pera a mercantilização extrema da cultura e, simultaneamente, uma culturalização do consumo e da mercadoria.

Apesar desta “instabilidade” territorial da cultura – e voltan-do ao início deste texto –, é ine-gável que a lógica consumista e massificada de uma parte signi-ficativa do entretenimento que nos é apresentado (baseada so-bretudo na ideia de um gosto o mais comum possível – o qual é, obviamente, legítimo) diverge, e muito, daquilo que é propor-cionado pelas experiências de arte ou de cultura científica ou artística: algo que permanece no imaginário do público, que amplia os seus horizontes sim-bólicos, que alarga e reinventa a sua visão do mundo e de si mesmo. Vários ensaístas têm in-sistido também na ideia de que a principal diferença entre arte e entretenimento reside, em última análise, no fim, no objectivo que dada obra/proposta pretende atingir (no caso dos formatos de lazer: uma adesão numerica-mente expressiva de adeptos, a lógica do lucro imediato e avul-tado, a maior agressividade a nível de marketing comercial, a integração nas modas vigentes/mainstream, a não preocupação da mensagem veiculada em re-sistir ao tempo, etc.).

Atente-se nas palavras da ac-triz e encenadora Beatriz Batar-da, que insiste na responsabili-

dade cívica, social e moral do seu ofício, que “não pode ter como pilar o entretenimento”: “Eu quando vou ao teatro e ao cine-ma quero ir para casa diferente, quero que aconteça ali qualquer coisa, nem que seja por um se-gundo, que me mude a mim, uma magia, um som, uma ima-gem… para eu ir para casa mais rica. Não quero ir ao teatro e ao cinema para estar distraída e bem-disposta e ir para casa sem ter pensado em nada.”

O escritor e filósofo Alain de Botton, numa obra publicada em 2013 (Art as Therapy), vai ainda mais longe, afirmando que a arte tem a finalidade de atenuar as fragilidades de sete funções psicológicas humanas: é um mecanismo que nos im-pede de esquecer as coisas mais preciosas, que nos foram apre-sentadas da melhor forma pos-sível, mantendo-as acessíveis ao público; serve a manutenção da esperança porque parece saber que desesperamos com relati-va facilidade; relembra-nos do lugar legítimo da tristeza numa boa vida, de maneira a que não entremos em pânico com as dificuldades com que nos de-frontamos; é um agente que nos confere balanço nos processos de tomada de decisão; funcio-na como guia para conhecer-mos aquilo que é central sobre a nossa própria existência; em simultâneo, é uma acumulação imensa das experiências dos ou-tros, mostrando-se como ferra-menta utilíssima para nos colo-carmos em perspectiva perante o mundo; e, finalmente, tende a sensibilizar-nos na nossa hu-manidade, eliminando as nos-sas tendências para descartar tudo o que nos é estranho no dia-a-dia.

Cabe especialmente a gesto-res e programadores culturais, e outros agentes do circuito cultural que têm responsabili-dades na formação de públicos, estarem atentos a esta múltipla (e desigual) realidade actual e contribuírem para uma sensa-ta, corajosa e sempre urgente diversificação da oferta apresen-tada, doseando, em função das suas estratégias, recursos, realida-des e destinatários específicos, for-matos de cultura artística, even-tuais propostas mais ligadas ao entretenimento e abordagens “híbridas” que conjuguem, com consistência e coerência, essas duas dimensões.

Cultura e fronteiras instáveis: arte e entretenimento

Sala de leitura

Paulo PiresProgramador culturalno Município de Louléhttp://escrytos.blogspot.pt

d.r.

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O(s) Sentido(s) da Vida a 37º N

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“PRESÉPIO DE NATAL ANIMADO”Até 7 JAN | Rua 5 de Outubro, n.º 18 - LagosJosé Cortes esculpe esferovite, madeira e pedra, transformando-os em figuras natalícias. São horas de trabalho, paciência e criatividade que trazem à luz do dia um presépio animado em que nada ficou esquecido

“COCHES DOS SÉCULOS XVI A XVIII”Até 26 FEV | Museu Municipal de OlhãoA exposição nasce das mãos do mestre José Cardoso Brito, artista autodidacta que reproduz fielmente alguns dos originais expostos no Museu Nacional dos Coches

Dezembro

Pedro [email protected]

Dias de Paz

Vive-se um tempo em que se acumulam as datas dos dias marcados por tantos tipos de violência perpetrada em nome de coisas tão antigas e que ainda assim continuam incom-preensíveis. E acendem-se as velas cuja luz não chega para alumiar na escuridão devastadora que perpassa. Sem querermos cair num dis-curso apocalíptico já demasiado explorado, é certo que cada vez mais a paz precisa de uma oportunidade.

Dias de Estrada

Nestas tardes que se escurecem por volta das 17h30, quando conduzimos na estrada nacio-nal nº125, podemos ver um longo e contínuo rastro de luzes vermelhas e brancas que se pro-

jecta ao longo da via automobilística do litoral algarvio. Será que em breve se vai poder divi-dir esta luminosidade pela via mais a norte a que chamaram do infante e que anda vazia de descobridores?

Dias chuvosos

Hoje seria o dia ideal para acender a lareira (que não tenho)amalhar o felino ao colo (que me deixaria cheio de alergia) abrir um florilégio luxuoso da poesia neerlandesa do século dezanove (que nunca tiro da estante mas tenho - em edição de bolso) e volver a vida passada com colheres de chá (Earl(y) Grey)

Hoje seria o dia ideal para fazer o que nunca faço - seria mesmo (mas não faço)

~ poema de Marco Mackaaij incluído na colectânea «Tõmbolo», que assinala a passa-gem dos dois primeiros anos da «CanalSono-ra, a editora independente a sul que marcou já espaço indelével no cenário literário português.(…) Os livros onde ela se expressa, são por igual peças de arte, de formato e concepção de ex-tremo bom gosto.», como escreveu Fernando Cabrita no seu mais recente livro «O Que Di-zem Os Poetas Algarvios e Andaluzes de Agora» (Viprensa,out.2015).

Dias sem tempo

Quer queiramos quer não na dicotomia dia/noite pesa o lado solar devido à maioria do movimento diurno de pessoas e coisas, e à lógica da necessidade de trabalho e des-canso sob a qual a sociedade se organizou. Mas havia um tempo em que não me re-colhia sem o dia nascer totalmente,  para me saber de volta à realidade que fica misteriosamente escondida na noite, para sa-ber que existiria mais um dia e no seu decorrer levaria de novo ao mistério. Não havia o tempo nesse tempo.

Dias de Natal

Regressou a casa a pé, só porque o carro ficou avariado ao fim da tarde. Comprou castanhas assadas, que gosta de comer quando o frio ataca a estação, o que não é o caso neste fim de outo-

no. Decide cruzar a rua do comércio talvez em busca de ideias para as prendas. Em vão. Chega a casa, prepara um whisky, acende as luzes da árvore de natal e senta-se no sofá. Está cansa-do. Pudera! O tempo é sorvido nesta voragem desenfreada que nos consome a vida, em que já ninguém tem necessidade de questionar o absurdo das coisas.

Ainda bem que entre não ter tido tempo e se ter esquecido e outros afazeres inadiáveis não desmontou a árvore de Natal. A do Natal pas-sado. Calha bem até que o inverno já entra de novo amanhã.

Dias ao Sul Em breve o ano quererá fechar o seu derradei-

ro mês no calendário deste ano. E antes que a folha se vire as pessoas procurarão as pequenas localidades costeiras ao sul porque dizem que aí os dias são maiores, mais claros, mais bri-lhantes… mas sobretudo mais quentes. E isso permite-lhes pensar melhor sobre o tempo dos dias que se foram e do que farão no tempo dos que virão. Escolhem o destino de saudade do estio. A costa sul.

Dias de Festa

E do fazer uma festa, um novo ano surgirá por entre foguetes deitados ao céu, onde as suas co-res tão depressa iluminam as promessas como a seguir as vemos cair por terra, leves como canas queimadas. Mais vale apanhá-las, fazer apitos e levar os dias a soprar no ar deste tempo com-posto de mudança.

fotos: d.r.

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Ficha Técnica:

Direcção:GORDAAssociação Sócio-Cultural

Editor:Ricardo Claro

Paginaçãoe gestão de conteúdos:Postal do Algarve

Responsáveis pelas secções:

• Artes visuais:Saul de Jesus

• Espaço AGECAL:Jorge Queiroz

• Espaço ALFA:Raúl Grade Coelho

• Espaço ao Património:Isabel Soares• Da minha biblioteca:

Adriana Nogueira• Grande ecrã:

Cineclube de FaroCineclube de Tavira

• Juventude, artes e ideias: Jady Batista

• Letras e literatura: Paulo Serra• Missão Cultura:

Direcção Regionalde Cultura do Algarve

• Momento:Ana Omelete

• O(s) Sentido(s) da Vida a 37º N: Pedro Jubilot• Panorâmica:

Ricardo Claro• Sala de leitura:

Paulo Pires• Um olhar sobre o património:

Alexandre Ferreira

Colaboradoresdesta edição:Cristina Veiga-PiresTânia Guerreiro

Parceiros:Direcção Regional de Cultu-ra do Algarve, FNAC Forum Algarve

e-mail redacção:[email protected]

e-mail publicidade:[email protected]

on-line em: www.postal.pt

e-paper em:www.issuu.com/postaldoalgarve

facebook: Cultura.Sul

Tiragem:7.586 exemplares

Espaço ao Património

Da Luz às Estrelas ou a história invulgar de um edifício patrimonial

Situado entre a Ria Formo-sa e a Cidade Velha de Faro, poucos são os algarvios que sabem que o Centro Ciência Viva do Algarve está sedia-do num edifício construí-do em 1910 para receber a primeira central elétrica de Faro e permitir assim a ilu-minação da cidade de Faro. Localizada próximo do anti-go apeadeiro das Portas do Mar, uma das entradas para o atual centro histórico da Vila-a-Dentro, a fábrica foi edificada com um espaço de planta retangular com pé-direito elevado para po-der alojar duas máquinas de vapor com cerca de 75 cava-los que alimentavam quatro geradores elétricos. Junto da fábrica, foi construída uma casa de habitação, designada de Casa do Espanhol.

Inaugurado em Abril de 1911 pelos notáveis da ci-dade, este conjunto arqui-tetónico ficou ligado à his-tória da luz na cidade de Faro, permitindo a abertura da iluminação pública ge-ral, e da iluminação dos ar-cos voltaicos da Avenida da República.

A título de curiosidade veja--se a introdução feita ao con-trato provisório cuja escritura foi publicada no jornal “O Algarve” de 28 de Janeiro de 1912:

«Escriptura de contracto provisório para o forneci-mento de luz eléctrica da cidade de Faro, a que se re-fere o decreto de 31 de Mar-ço de 1910

Saibam quantos esta es-criptura de contracto provi-sório virem, que no anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de 1910, aos 14 dias do mez de março do dito anno, n’esta cidade de Faro, Paços do Concelho e Sala das Sessões da Camara

Municipal, compareceram de uma parte como primeiro outorgante o Ex.mo e Rev.mo Sr. Padre João Ignacio Tava-res, na qualidade de vereador mais velho, representando a Camara Municipal d’esta ci-dade, e por ella devidamente auctorisado, em sessão de 14 d’este mez, a outorgar n’este contracto, e de outra parte o Ex.mo Sr. Francisco de Sousa Magalhães, com domicilio na rua de Pedrouços, n.º 16, da cidade de Lisboa.

E logo pelo primeiro outor-gante foi dito que a Camara Municipal que representa, em sessão extraordinária d’esta data, deliberou adju-dicar, em hasta publica, cujo concurso aberto por espaço de trinta dias, devidamen-te annunciado no Diario do Governo e n’outros jornaes do paiz, terminou no dia 12 d’este mez, a arrematação do fornecimento da luz electrica para a iluminação publica e particular d’esta cidade de Faro ao segundo outorgante Ex.mo Sr. Francisco de Sousa Magalhães, sob as seguintes condições: (...) »

Ao longo dos anos que se seguiram, a central elétrica foi resistindo à municipa-lização do serviço de ilu-minação elétrica de Faro, a repetidas avarias e alguns acidentes, como a explosão de uma das caldeiras em se-tembro de 1916, para final-mente deixar de produzir eletricidade nos finais dos

anos 40 com a chegada de uma linha de alta tensão e fechar as suas portas em 1957.

Cinco anos mais tarde, em 1962, o edifício foi converti-do no quartel dos bombeiros municipais, que ocuparam o espaço durante mais de trin-ta anos, até transferirem a sua sede, em 1993, para um edifício situado a cerca de 100 metros de distância da antiga fábrica.

O edifício manteve-se aban-donado até ser recuperado em 1997 para concretizar uma ideia peregrina do então Ministro da Ciência Mariano

Gago, ao qual se juntaram vários professores da Univer-sidade do Algarve, que pre-tendia dar luz à divulgação e comunicação da ciência e tecnologia em Portugal.

Foi pois no dia 3 de Agos-to de 1997 que o Presidente da República Jorge Sampoio e o Professor Mariano Gago, na origem deste projeto, inauguraram este primeiro Centro Ciência Viva do país, transformando uma antiga central elétrica num museu interativo com uma sala de exposição principal dedi-cada ao Sol e à sua energia. Ao longo do tempo, juntou-

-se a este projeto um grupo de curiosos e apaixonados pela astronomia, dedicando grande parte do seu tempo na partilha desta paixão pe-las estrelas e astros, aprovei-tando a açoteia do edifício para realizar observações astronómicas.

Mais recentemente, em 2005, o Edifício sofreu umas novas alterações, principal-mente interiores e no espaço envolvente, de modo a aco-modar uma nova exposição permanente dedicada desta vez ao Mar, e a criar o jar-dim da Cigarra com módu-los ilustrativos das energias renováveis.

É desta forma, que se pode considerar que ao fim de tantos anos, este conjun-to arquitetónico conseguiu construir uma história pa-trimonial invulgar sendo ora centro de criação da luz elé-trica, ora centro de divulga-ção da luz solar, ora centro de transmissão da ciência, luz do conhecimento.

Esta história está agora de uma certa forma igualmen-te representada no percurso expositivo do próprio cen-tro, intitulado “Das Estrelas às Estrelas”, onde o visitante começa a sua viagem com a observação de algumas Es-trelas que formam uma constelação para terminar com a experiência táctil de acariciar umas Estrelas da Ria Formosa.

Cristina Veiga-Pires Diretora Executiva do Centro Ciência Viva do Algarve;Professora Auxiliar da UAlg;Investigadora do Centro de In-vestigação Marinha e Ambiental

Inauguração do Centro Ciência Viva do Algarve pelo ministro da Ciência Maria-no Gago e pelo Presidente da República Jorge Sampaio a 3 de agosto de 1997

fotos: CCVAlg

Fachada do CCVAlg depois da sua remodelação para conter a sua segunda exposição permanente sobre o tema do Mar em 2005

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Da minha biblioteca

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“GENTE DE FÉ”Até 26 NOV | Biblioteca José Mariano Gago – OlhãoExposição revela todo o envolvimento que o povo do arquipélago tem pelas suas tradições religiosas na perspectiva do igualmente açorense Marcelo Borges

Adriana NogueiraClassicistaProfessora da Univ. do [email protected]

Não, não é uma gracinha minha nem é engano. É ape-nas o título bem-disposto do último livro de Paulo Moreira. Publicado pela Lua de Marfim no passado mês de outubro, foi escrito há quase 30 anos, tendo sido distinguido, em 1987, na 1ª Mostra Portuguesa de Artes e Ideias. O júri de en-tão, constituído por relevantes nomes da literatura portugue-sa (Agustina Bessa-Luís, Dinis Machado, Maria Ondina Bra-ga, Fernando Dacosta e José do Carmo Francisco), recomen-dou a sua publicação. A vida deu muitas voltas e só agora essa publicação – em boa hora – aconteceu.

Literatura, Teatro,Música e Ciência

Estas são as áreas pelas quais Paulo Moreira «reparte os seus interesses intelectuais», como nos diz na badana, na nota de apresentação. E este livro é uma boa mostra destes interesses, pois, de alguma maneira, revela como cada um deles faz parte da sua vida (e desde cedo, dado que esta é uma obra de juventude).

A Literatura está explicada por si mesma, pela própria existência da obra. Aqui se fa-zem experiências a vários ní-veis (principalmente surrealis-tas, mas não só), aqui se testa a capacidade de recriar estilos, de misturar géneros. No pri-meiro conto (por uma questão de prática, vou chamar-lhe as-sim), há uma espécie de expli-citação de intenção: «Escrever é um mito – como me rio de ten-tar recusar o que a mente me obriga! – decidi-me escrever. Decidi-me inventar as palavras que foram inventadas, resolu-to nesta guerra de fazer novas frases, neologismos pegajosos

(nem sei porquê), amontoados de sílabas ligadas desligadas de outros trens de letrinhas, como barco que busca o seu porto. Transformar as palavras em mar e afogar-me em deleites de sons e seus ritmos embarcando em aventuras imateriais, já voan-do em círculos infernais, rindo louco de inventar novas regras, sofregar nas entranhas da tinta, sucumbir (quem o sabe) sob as cinzas de folhas, já não ser no momento seguinte, mas voltar quando o tempo acabar».

A Música: o poeta,o compositor e o cantor

Paulo Moreira não se apresen-ta, normalmente, como poeta. Muito menos como compositor ou cantor. Alguns conhecem a sua faceta de declamador (como homem do teatro, a sua voz bem colocada tem merecido os maio-res elogios de quem o ouve), mas poucos saberão que escreve, compõe e também canta. E que tem um sucesso que é tocado por vários coros: «Se eu fosse um barco de Aveiro» (ou ape-nas «Barco de Aveiro» como é conhecido pelas tunas univer-sitárias). Procure na Internet e vai poder apreciar diversas versões (algumas já dos anos 90 do século passado). Poderá até encontrar alguma daque-las em que o próprio Paulo

está a cantar.

Este livro tem música na poesia. É com um poema que começa:

Os sonolentos caminhos de pedra rasgados por mãos de-sejosasSuavíssimas visões de infernos repletos de luzCavalares rimanços de dados debruçados em cantos de mimTudo isto retalhos de prosaCasarios de gente paradaSão adagas que voltam no tempoSão imagens que foram criançaEstão cravadas em mentes assim

E com um outro termina:

Surdo motor posto em passos de aranhaImagem tão nítida de triste percalçoDisforme balido da nossa ino-cênciaInútil recado sentido na peleAmor balançado em imagens de luzO sono desperta e voltamos aqui

Pelo meio, a poesia acontece. No conto «Loucura», que está di-vidido em três partes, duas delas são de poesia. A epígrafe de Eras-mo de Roterdão dá-lhe o tom: À medida que se afasta da loucura, o Homem vai deixando de viver.

A poesia pontifica igualmen-te na abertura da segunda parte do livro (a primeira é a que se chama, precisamente «Curt’os Contos»), intitulada «Extratexto»:

Espuma que cai sobre esferas de açoImagem de nesga envolta em abraçoDisforme pedaçoEscrita profunda de louco en-xameTecido de conchas suspenso em arameQuem há que me ame?

Teatro

A sua faceta ais conhecida é a de ator, encenador e autor de te-atro. A sua capacidade para criar ambientes, desenhar espaços, apresentar personagens e criar diálogos está aqui bem demons-trada. São fragmentos que, quem sabe?, um dia poderão fazer par-te de um todo. Fica o exemplo do conto «Três Modos de Falar»:

O seu tom de voz era imperio-so. O subalterno já não se atrevia a contestar o superior, de modo que começou a arrumar os seus papéis e a guardá-los na pasta, aguardando unicamente as or-dens que iria cumprir.

– Está compreendido?– Sim, chefe.– Fá-lo.Apoiou os cotovelos na secre-

tária e juntou as mãos como se

estivesse a rezar. Observou bem os olhos do outro e leu neles tantos sentimentos de ódio, dor e desespero que quase não con-seguiu evitar sentir pena daquele desgraçado.

Então, quase em surdina disse:– Falas?– Falo.A professora caminhou ao

longo da sala de ponteiro na mão, e observou atentamente os rostos embaraçados dos seus alunos. Subiu os degraus do es-trado e depois de esperar que to-dos os olhares estivessem sobre si, perguntou:

– Então, já ninguém se lembra de qual é a outra designação que se pode usar?

– Eu sei...– Diz lá.– Falo.

A Ciência

A formação académica inicial de Paulo Moreira é em Ciências Físico-Químicas. Estando ainda a estudar na faculdade na épo-ca em que escreveu esta obra, compreende-se a fonte de ins-piração do conto «Física da Matéria Condensada». Muito onírico, a roçar o pesadelo (o desespero de se querer chegar a um lugar e não se conseguir, os sítios do costume estarem desertos e parecerem irreais…), a história brinca com o nome desta área específica da Física, de modo a conseguir um final inesperado: «Entrei então para o outro e dispus-me a não dei-xar escapar a única pessoa que até agora encontrara. Chegado ao quinto andar, o outro eleva-dor estava vazio. Pus-me então a gritar: “Está aí alguém?” Silên-cio. “Está aí alguém?” Foi aí que se assomou à porta duma sala, que até então estivera fechada, o porteiro. “O que é que quer?”, perguntou com um ar conster-nado. Dirigi-me para ele e foi então que percebi tudo. No chão da sala jaziam amontoados os meus colegas e o professor. Mortos com uma overdose de Matéria. Condensada».

São contos curtos que se leem com prazer e divertimento.

Curta estes contos.

Paulo Moreira reparte os seus interesses intelectuais pela Literatura, Teatro Música e Ciência

fotos: d.r.

“OLHARES LACOBRIGENSES”Até 30 DEZ | 21.30 | Fototeca Municipal de LagosO paradigma fotográfico vai mudando por força da evolução tecnológica e das abordagens diferentes que ela permite, a par das novas intuições sobre co-municação por imagem

“CONCERTO DE NATAL”11 DEZ | 21.00 | Igreja Matriz de OlhãoO Coral Luísa Todi traz à cidade cubista alguns dos temas tradicionais desta quadra, como Natal de Évo-ra, Natal de Elvas (Mário Sampaio Ribeiro), O Tan-nenbaum (Ernst Anscthutz) e Belle nuit de Judée (Johannes Brahms), entre outros

Curt’os Contos de Paulo Moreira

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