postal 1145 - 3 jul 2015

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Director Henrique Dias Freire • Ano XXVIII • Edição 1145 • Quinzenário à sexta-feira • 3 de Julho de 2015 • Preço 1,40 ÀS SEXTAS EM CONJUNTO COM O PÚBLICO POR 1,60 PUB > Tudo vale a pena quando a alma não é pequena’, que o diga Vítor Pal- milha, presidente da Federação de Caçadores do Algarve, quando olha para um percurso de duas décadas de organização da Feira da Caça, Pes- ca e do Mundo Rural. Em Tavira, com o apoio incondicio- nal de Jorge Botelho e da autarquia tavirense, a feira cresce e afirma-se e este ano conta com mais de 200 stan- ds de exposição. Ao palco sobem António Zambujo e os Íris, para garantir a animação, e pelo Parque de Exposições de Tavira razões não faltam para justificar uma visita ao maior certame nacio- nal do género. Muito para ver e conhecer num espa- ço pensado para caçadores, pescado- res e para o público em geral, graú- dos e miúdos, com uma oferta única dedicada a um sector que movimen- ta milhões a nível nacional. p. 2 Feira da caça é a maior do país Quase dez mil bombeiros enfrentam Verão escaldante que ameaça a floresta Incêndios florestais: D.R. UAlg mostra ‘peso’ na investigação marinha CIÊNCIA Castro Marim mostra sabores do caracol FESTIVAL > ÚLTIMA Nova variante dá mobilidade a Lagos EN 125 > 7 D.R. EM FOCO 2 VERÃO AMEAÇA FLORESTA 3 ESTRADAS DO ALGARVE JÁ SOMAM 19 MORTOS 4 LEI SECA PARA OS JOVENS JÁ ESTÁ EM VIGOR 5 VARIANTE A LAGOS POUPA MAIS DE DEZ QUILÓMETROS A QUEM USA A EN 125 7 OLHÃO INAUGURA FÁBRICA DO QUEIJO 8 CLASSIFICADOS 10 > 3 D.R. D.R. > 9 10 a 12 de Julho em Tavira 20 anos a divulgar a caça, pesca e o mundo rural Conheça todo o programa no POSTAL D.R.

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• CONHEÇA O POSTAL DESTA SEMANA! • (Sexta-feira 3/07) nas bancas com o jornal PÚBLICO • LEIA E PARTILHE A INFORMAÇÃO INDISPENSÁVEL SOBRE O ALGARVE • * NESTA EDIÇÃO COM O CULTURA.SUL * EM DESTAQUE NESTA EDIÇÃO: > Maior feira da caça do país abre portas em Tavira > Verão quente ameaça florestas > Universidade do Algarve dá cartas na investigação marinha > Câmara de Faro revoluciona o centro da cidade > Festival do Caracol regressa a Castro Marim > Variante a Lagos já está a funcionar • POUPE centenas de euros ao assinar o POSTAL por 30€ anuais com o Plano de Saúde gratuito em medicina dentária, estética e ginásio • PRÓXIMA EDIÇÃO DO POSTAL dia 3 de Julho: o indispensável sobre o Algarve

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Page 1: POSTAL 1145 -  3 JUL 2015

Director Henrique Dias Freire • Ano XXVIII • Edição 1145 • Quinzenário à sexta-feira • 3 de Julho de 2015 • Preço € 1,40

ÀS SEXTAS EMCONJUNTO COM OPÚBLICO POR €1,60

PUB

> ‘Tudo vale a pena quando a alma não é pequena’, que o diga Vítor Pal-milha, presidente da Federação de Caçadores do Algarve, quando olha para um percurso de duas décadas de organização da Feira da Caça, Pes-ca e do Mundo Rural.Em Tavira, com o apoio incondicio-nal de Jorge Botelho e da autarquia tavirense, a feira cresce e afirma-se e este ano conta com mais de 200 stan-ds de exposição.Ao palco sobem António Zambujo e os Íris, para garantir a animação, e pelo Parque de Exposições de Tavira razões não faltam para justificar uma visita ao maior certame nacio-nal do género.Muito para ver e conhecer num espa-ço pensado para caçadores, pescado-res e para o público em geral, graú-dos e miúdos, com uma oferta única dedicada a um sector que movimen-ta milhões a nível nacional. p. 2

Feira da caça é a maior do país

Quase dez mil bombeiros enfrentam Verão escaldante que ameaça a floresta

Incêndios florestais:

d.r.

UAlg mostra ‘peso’ na investigação marinha

CIÊNCIA

Castro Marimmostrasabores do caracol

FESTIVAL

> ÚLTIMA

Nova variante dá mobilidade a Lagos

EN 125

> 7

d.r.

EM FOCO 2 VERÃO AMEAÇA FLORESTA 3 ESTRADAS DO ALGARVE JÁ SOMAM 19 MORTOS 4 LEI SECA PARA OS JOVENS JÁ ESTÁ EM VIGOR 5

VARIANTE A LAGOS POUPA MAIS DE DEZ QUILÓMETROS A QUEM USA A EN 125 7 OLHÃO INAUGURA FÁBRICA DO QUEIJO 8 CLASSIFICADOS 10

> 3

d.r. d.r.

> 9

10 a 12 de Julhoem Tavira

20 anos a divulgar

a caça, pesca e o mundo rural

Conheça todo o programa no

POSTAL

d.r

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em foco

2 | 3 de Julho de 2015

Rua de Santo António, n.º 68 - 5º Esq. 8000 - 283 FaroTelef.: 289 820 850 ¦ Fax: 289 878 342

[email protected] ¦ www.advogados.com.pt

Feira da caça celebra 20 anos a crescerCertame abre portas em Tavira no próximo dia 10, com muito mais para ver e conhecer

Ricardo [email protected]

VINTE ANOS depois da pri-meira edição, aquilo que mui-tos disseram impossível é hoje a maior feira de caça, pesca e do

mundo rural do país.É este sucesso que faz o con-

tentamento do presidente da Federação de Caçadores do Al-garve, Vítor Palmilha, que ao POSTAL recordou aquilo que muitos dos seus companheiros das lides da caça lhe disseram há duas décadas atrás, “uma feira da caça no Algarve, isso é impossível”.

Vinte anos depois, a realidade desmente os presságios da im-possibilidade, com um certame que é “o maior do género no

país” e que, no ano de co-memoração de duas

décadas de

trabalho em prol dos caçadores, do sector cinegético e do mun-do rural, vai contar com mais de 200 stands de exposição.

O palco da feira será nova-mente o Parque de Exposições de Tavira, entre os dias 11 e 13 de Julho, e com um crescimento de 25% de área expositiva e um in-

vestimento total de perto de 180 mil euros, o certame promete fazer as delícias dos amantes da caça e do mundo rural.

ANTÓNIO ZAMBUJO E ÍRIS NO PALCO Com o apoio “inesti-mável” da Câmara de Tavira, liderada por Jorge Botelho, e do trabalho da autarquia, de voluntários e do Regimento de Infantaria sediado na cidade do Gilão, a feira promete um pro-grama de excepção (ver caixa), com a animação a contar com dois grandes espectáculos que fazem subir ao palco António Zambujo e os Íris.

AS NOVIDADES Entre as novi-dades deste ano, Vítor Palmilha revelou ao POSTAL que a feira contará com a presença, pela pri-meira vez no Algarve, da Comis-são Nacional de Homologação de Troféus de Caça Maior. Pelas 15 horas do dia 11, os caçadores poderão ver assim reconhecidos oficialmente os seus troféus de caça maior por juízes oficiais.

Pela primeira vez, também, o Algarve recebe uma prova de cães coelheiros (em parelha).

A feira mantém a vasta ofer-ta em termos de gastronomia tradicional e recebe este ano a Rota dos Vinhos do Algarve, com provas de vinhos regionais.

A abertura do certame está a cargo de Jorge Botelho que, uma vez mais, dá apoio aos ca-çadores algarvios na concretiza-ção do maior evento da federa-ção regional de caça, enquanto que o Governo se fará represen-tar pelo secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar.

As palavras que Vítor Palmi-lha dirigirá ao titular do Gover-no mantêm-se no segredo dos deuses, mas temas como a febra hemorrágica, problemática que dizima sem recuo a população nacional de coelho bravo, a di-minuição drástica do efectivo de perdizes, apesar de todos os es-forços, ou a efectivação do fundo da caça e da pesca, serão decer-to temas abordados com Nuno Vieira e Brito.

A discutir as problemáticas da caça em Portugal estará também um painel de especialistas na-cionais e espanhóis no colóquio que terá lugar no dia 13, último dia do certame.

REFORÇO DA ATRACTIVIDADE DA FEIRA Ao POSTAL Vítor Palmi-lha afirmou estar convencido que este ano a feira ultrapas-sará largamente os 14 mil vi-sitantes alcançados na última edição. “Temos mais, melhor e maior diversidade na oferta que a feira faz aos visitantes em termos de expositores”, confirma o responsável.

Uma vez mais a organização sublinha que a feira tem ofer-tas de interesse para todas as pessoas e idades, com motivos de atractividade para os mais pequenos, que podem ficar a conhecer mais de perto os ani-mais de caça e selvagens e a sua importância para o equilibrio do planeta, para os amantes do mundo rural e da gastronomia tradicional e para os fiéis prati-cantes da caça e da pesca.

Também o público espa-nhol se prevê que cresça este ano, depois de uma forte presença da feira nos media da Andaluzia, em particular de Huelva, ingredientes para garantir uma feira cosmopo-lita, e transversal em prol de um sector que no país, como na região, tem muito para oferecer.

fotos: d.r.

Ô A conferência de imprensa de apresentação juntou Vítor Palmilha às entidades oficiais na Biblioteca Municipal de Tavira

henrique dias freire

dr

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região

3 de Julho de 2015 | 3

Verão ameaça florestaAlgarve ainda não sentiu vaga de fogos

d.r.

Ô A Fase Charlie, a mais crítica, prolonga-se até 30 de Setembro

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Ricardo [email protected]

QUANDO EM PORTUGAL E ATÉ 15 DE JUNHO, a área florestal ardida este ano (14.971 hecta-res [ha]) é já mais de três vezes superior à de 2014 no mesmo período (4.424 ha), o Algarve ainda não sentiu a fúria dos in-cêndios florestais. Na região, re-velam os dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), neste período arderam, em 2014, 431 ha e este ano, apenas 112.

Quanto a ocorrências, o Al-garve soma, em 2015, 105, um pouco mais do que no ano an-terior, 93. Já a nível nacional, os números são bem diferentes, com 2014 a registar - também até 15 de Junho - 2.731 ocor-rências e, no mesmo espaço de tempo, em 2015, mais de 6.100.

Depois de um ano de 2014 es-pecialmente calmo em termos de incêndios florestais - no to-tal do ano a área ardida somou 19.867 ha, como resultado de 7.186 ocorrências -, a floresta e o mato estão plenamente desen-volvidos e prontos a tornarem-se um verdadeiro barril de pólvora de Norte a Sul do país.

As temperaturas altas verifi-cadas nos últimos dias e as que se prevêem para a próxima se-mana constituem um rastilho temível para calamidades e ameaçam pôr à prova todo o

efectivo afecto ao combate aos incêndios na Fase Charlie, a de maior risco que começou na passada quarta-feira e se pro-longa até ao final de Setembro.

ANOS DE MÁ MEMÓRIA Se 2014 foi um ano de acalmia no que respeita a incêndios florestais, a verdade é que não pode fazer esquecer anos de má memória, aliás, deve constituir um alerta redobrado, dado que a matéria combustível está acumulada nos campos e zonas rurais.

Números como os de 2013, com 149.687 ha ardidos, e dos malfadados 2003 (mais de 339 mil ha) e 2005, com uma área ardida superior a 425 mil ha, dão que pensar a todos, mas em particular aos soldados da paz que dão o trabalho - e tan-tas vezes a vida - para salvarem pessoas e bens.

A assegurar a resposta em caso de incêndio estão desde hoje em alerta, 9.721 efectivos e 2.050 via-turas, num quadro operacional que implicou um custo de mais de 80 milhões de euros para fi-car operacional a nível nacional e que conta com 49 meios aéreos.

Já por terras algarvias a Fase Charlie vai dispor de 4.455 ope-racionais, 108 veículos e quatro helicópteros, um dos quais a operar desde Ourique, com os restantes três a ocuparem po-sições em Monchique, Loulé e Cachopo.

NOTARIADO PORTUGUÊSJOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA

NOTÁRIO em TAVIRANos termos do Artº. 100, nº.1, do Código do Notariado, na redacção que lhe foi Nos termos do Artº. 100, nº.1, do Código do Notariado, na redacção que lhe foi dada pelo Dec-Lei nº. 207/95, de 14 de Agosto, faço saber que no dia quinze de Junho de dois mil e quinze, a folhas oitenta e cinco, do livro de notas para escrituras diversas número cento e setenta e seis – A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, na qual, JORGE ALBERTO TEIXEIRA CANDEIAS, NIF 119.195.240, natural da freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira e mulher MARIA ROSÁRIA TEIXEIRA RODRIGUES CANDEIAS, NIF 119.195.232, natural da freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes em Graí-nho, Cachopo, Tavira, declararam: Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios rústicos, todos sitos na freguesia de Cachopo, concelho de Tavira e não descritos na Conservatória do Regis-to Predial de Tavira, a saber:

VERBA UM: Prédio sito em Zorreiros, que consta de terra cultura e pastagem, com a área de oito mil e duzentos metro s quadrados, que confronta do norte com José Teixeira, do sul com herdeiros de Manuel F. Henriques, do nascente com Manuel Teixeira e do poente com José Teixeira, inscrito na matriz sob o artigo 7.771;

VERBA DOIS: Prédio sito em Serro da Bica, que consta de terra cultura e pas-tagem, com a área de noventa metros quadrados, que confronta do norte e poente com caminho, do sul com António M. dos Ramos e do nascente com Francisco Fernandes, inscrito na matriz sob o artigo 7.842;

VERBA TRÊS: Prédio sito em Soalheira da Fonte, que consta de terra de pasta-gem, com a área de cinquenta metros quadrados, que confronta do norte com Manuel Rodrigues, do sul e nascente com ribeiro e do poente com António Martins Ramos, inscrito na matriz sob o artigo 7.819;

VERBA QUATRO: Prédio sito em Várzea do Pereiro, que consta de terra cul-tura, pastagem e duas sobreiras, com a área de seiscentos e noventa metros quadrados, que confronta do norte com ribeiro, do sul com Domingos Marta, do nascente com António Martins Ramos e do poente com Custódio Domingos Martins, inscrito na matriz sob o artigo 8.323;

VERBA CINCO: Prédio sito em Sanfalhinho, que consta de terra cultura, pasta-gem e uma oliveira, com a área de noventa metros quadrados, que confronta do norte com ribeiro, do sul com Francisco Fernandes, do nascente com Au-gusto Conceição e do poente com herdeiros de António Fernandes, inscrito na matriz sob o artigo 8.568;

VERBA SEIS: Prédio sito em Cerca de Cima, que consta de terra cultura, pas-tagem e uma alfarrobeira, com a área de trezentos metros quadrados, que confronta do norte com caminho, do sul com ribeiro, do nascente com her-deiros de José Teixeira e do poente com António M. Ramos, inscrito na matriz sob o artigo 8.637.

Que adquiriram os prédios em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e três, por compra verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita a José Miguel e mulher Marta Maria, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram no sitio das Madeiras, freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim. Que desde esse ano possuem os prédios em nome próprio, usufruindo dos mesmos, cultivando a terra, tratando das árvores e recolhendo os frutos, pagando contribuições e impostos devidos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerce-ram sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriram os prédios por usucapião.

Vai conforme o original. Tavira, em 15 de Junho de 2015

A funcionária por delegação de poderes;

Ana Margarida Silvestre Francisco – Inscrita na O.N. sob o n.º 87/3

Conta registada sob o nº. PAO921/2015 Factura nº. 0928

(POSTAL do ALGARVE, nº 1145, de 3 de Julho de 2015)

Cartório Notarial em TaviraNotário

Bruno Torres Marcos

Extrato de Escritura de Justificação CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notaria-do que, por escritura pública de Justificação outorgada em vinte e cinco de Março de dois mil e quinze, exarada a folhas duas e seguintes do Livro de notas para escrituras diversas número Cinquenta e nove – A, do Cartório Notarial em Tavira, do Notário privado Bruno Filipe Torres Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A:

Humberto João Henrique Corvo, NIF 131329278, e mulher Maria Lúcia Martins Cavaco Corvo, NIF 131329260, ambos naturais da freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua Tavira de Durango, n.º 13, 1.º esquerdo, em Tavira, declararam:

- que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem dos prédios rústicos a seguir identificados, sitos na freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira, não descritos na Conservatória do Registo Predial de Tavira:

Verba um: - Um prédio rústico no sítio das Hortas, que consta de terra de pastagem com sobreiros, a confrontar de Norte com Ribeiro, Nascente com José Viegas, Sul com Caiado e Poente com Augusto F. Rodrigues, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 47089, com a área de quatro mil quatrocentos e noventa metros quadrados, com o valor tributável de 87,67€, igual ao atribuído.

Verba dois: - Um prédio rústico no sítio das Hortas, que consta de terra de pastagem com alfarrobeiras e sobreiros, a confrontar de Norte e Nascente com João de Jesus, Sul e Poente com José Viegas, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 47094, com a área de novecentos metros quadrados, com o valor tributável de 46,02€, igual ao atribuído.

Verba três: - Um prédio rústico no sítio do Altinho-Hortas, que consta de terra de cultu-ra, pastagem e alfarrobeiras, a confrontar de Norte com Ribeiro, Nascente com Manuel Fernandes, Sul com José Viegas e Poente com João de Jesus, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 47003, com a área de mil metros quadrados, com o valor tributável de 50,27€, igual ao atribuído.

Verba quatro: - Um prédio rústico no sítio do Altinho-Hortas, que consta de terra de cultu-ra, pastagem, oliveira e alfarrobeiras, a confrontar de Norte com João de Jesus e

outros, Nascente com Ribeiro, Sul e Poente com João de Jesus, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 47009, com a área de mil e seiscentos metros quadrados, com o valor tributável de 37,41€, igual ao atribuído.

Verba cinco: - Um prédio rústico no sítio do Altinho-Hortas, que consta de terra de pasta-gem e oliveira, a confrontar de Norte com Ribeiro, Nascente, Sul e Poente com José Vie-gas, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 47007, com a área de duzentos e noventa metros quadrados, com o valor tributável de 2,83€, igual ao atribuído.

Verba seis: - Um prédio rústico no sítio do Altinho-Hortas, que consta de terra de pas-tagem com alfarrobeiras e sobreiros a confrontar de Norte com João de Jesus e outros, Nascente com Ribeiro, Sul com João de Jesus e Poente com José Viegas, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 46995, com a área de dois mil e novecentos metros qua-drados, com o valor tributável de 38,82€, igual ao atribuído.

- Que esses prédios, com a indicada composição e área, vieram à sua posse, já no estado de casados entre si, por partilha meramente verbal, no ano de mil novecentos e oitenta, em data que não podem precisar, e nunca reduzida a escritura pública, feita por óbito da mãe do justificante marido, Rosa da Conceição Henrique, casada que foi com Lúcio Vie-gas Corvo, também já falecido, residentes que foram no Sítio das Hortas, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Tavira, não tendo deste modo título que lhes permita fazer o registo dos prédios em seu nome.

- Que, porém, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesarem quaisquer direitos de outrem e ainda convencidos de serem titulares do respectivo direito de propriedade e assim o julgando as demais pessoas, têm possuído aqueles prédios – semeando a terra, tratando das culturas, colhendo os respectivos frutos, amanhando e limpando a terra, tratando das árvores, deles retirando os respectivos rendimentos, suportando os respectivos encargos e pagando os impostos – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriram os referidos prédios por USUCAPIÃO, o que invocam.

Tavira, 25 de Março de 2015.

O Notário,

Bruno Filipe Torres Marcos

Acto registado sob o n.º 2/1086

(POSTAL do ALGARVE, nº 1145, de 3 de Julho de 2015)

Cartório Notarial em TaviraNotário

Bruno Torres MarcosExtrato de Escritura de Justificação

CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de Justificação outorgada em vinte e nove de Agosto de dois mil e doze, exarada a folhas dois e seguintes do Livro de notas para escrituras diversas número Trinta – A, do Cartório Notarial em Tavira, do Notário privado Bruno Filipe Torres Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A, freguesia de Tavira (Santa Maria):

LOYD MARK ROZZO, natural de Inglaterra, de nacionalidade italiana, e CLAIRE ELIZABE-TH PHILLIPS, natural de Inglaterra, de nacionalidade britânica, ambos solteiros, maiores, residentes em Aceifão, caixa postal 266-C, Corte do Vidreiro, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Tavira, declararam:

- Que são donos e legítimos possuidores, em comum e partes iguais, com exclusão de outrem, do prédio urbano constituído por edifício térreo com logradouro, destinado a ha-bitação, do tipo T um, com a área total de mil metros quadrados, sendo a área coberta de cento e sessenta e um vírgula quarenta metros quadrados e descoberta de oitocentos e trinta e oito vírgula sessenta metros quadrados, sito em Aceifão – Corte Vidreiros, freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira, a confrontar do norte, sul e nascente com eles próprios e poente com Manuel Ventura Martins, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3195, em nome deles justificantes, com o valor patrimonial tributário de 12.120,00 €, e atribuído de igual valor.

- Que o referido prédio urbano, com a indicada composição e área, chegou à posse deles justificantes, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e um, por compra meramente verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita a João Viegas e mulher Maria José Viegas, já falecidos, residentes que foram em Corte Vidreiros, freguesia de Santa Ca-tarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira.

- Assim sendo, os justificantes não têm título suficiente da aquisição do referido prédio, estando, por isso, impossibilitados de comprovar a referida aquisição pelos meios extrajudi-ciais normais e de efectuar o registo do prédio a seu favor.

- Que, porém, desde essa data, portanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pací-fica, contínua e de boa fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesarem quaisquer direitos de outrem e ainda convencidos de serem titulares do respectivo direito de propriedade, na indicada proporção de metade para cada um, e assim o julgando as demais pessoas, têm possuído aquele prédio, utilizando-o como sua casa de habitação, nela fazen-do obras de reparação e restauro e até de melhoria, limpando o logradouro, e suportando os respectivos encargos, nomeadamente fiscais, tudo na proporção da respectiva quota parte, verificando-se uma situação de composse; pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriram-no por USUCAPIÃO, o que invocam.

Tavira, 29 de Agosto de 2012.

O Notário,

Bruno Filipe Torres Marcos

Conta registada sob o n.º 8/1264

(POSTAL do ALGARVE, nº 1145, de 3 de Julho de 2015)

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região

4 | 3 de Julho de 2015

Estradas do Algarve já somam 19 mortosEstatísticas mostram mais acidentes, mortos e feridos este ano. Comissão de Uten-tes da Via do Infante marca agenda de Julho com protestos contra as portagens

d.r.

Ricardo [email protected]

AS ESTRADAS DO ALGARVE fo-ram palco de mais acidentes, mais feridos graves e mais mor-tes este ano do que em 2014 ou 2013, revelam os dados dispo-nibilizados pela Autoridade Na-cional de Segurança Rodoviária (ANSR) relativos ao período en-tre o início do ano e 21 de Junho.

A entidade responsável pela segurança rodoviária a nível na-cional conta já com 19 mortes resultantes de acidentes viários na região, mais seis vítimas mor-tais do que em 2014 e mais sete do que em 2013. Sublinhe-se que estes dados dizem apenas respeito a vítimas mortais veri-ficadas no local do acidente ou que não resistem ao percurso de transporte até às unidades de saúde.

Os mesmos dados trágicos re-velam que os feridos graves, no mesmo período, somaram nas estradas regionais 68 vítimas, contra as 51 de 2014 e as 55 de 2013. Mais 17 e mais 13 do que até 21 de Junho de 2014 e 2013, respectivamente.

No que toca a acidentes ro-doviários, o Algarve soma 3.793 ocorrências este ano, mais 432 do que em 2014 (3.361) e mais 378 do que no ano de 2013 (3.415).

O ALGARVE EM COMPARAÇÃO COM O PAÍS Em comparação com os distritos do resto do país e em termos absolutos, o distrito de Faro é o quinto com

mais feridos graves, e ocupa a mesma posição - a par de Setú-bal - quanto a vítimas mortais.

A região é a sexta com mais acidentes verificados nas estra-das durante o período de 1 de Janeiro até 21 de Junho.

Nos dados acumulados do úl-timo ano (22 Junho 2014 a 21 Junho 2015), os números mos-tram que as estradas do Algarve causaram 35 mortos (contra 22 no período homólogo anterior) e 150 feridos graves, por oposi-ção a 142 registados no perío-do homólogo anterior, o que perfaz um crescimento de 13 vítimas mortais e oito feridos graves.

O RETRATO DO PAÍS No país as vítimas mortais no mesmo perí-odo foram 230, reflectindo mais 33 falecimentos na estrada do

que em 2014 e mais 15 do que no ano de 2013.

Quanto a feridos graves, a evolução regista 797 em 2013; 890 em 2014 e 952 em 2015, confirmando a tendência de agravamento dos resultados.

A SOBRECARGA DA EN 125 E PORTAGENS NA A22 AUMENTAM O RISCO A sobrecarga de trân-sito da EN 125, particularmente nesta época alta do turismo e, também, por força da fuga às portagens da Via do Infante, não fazem prever durante os próximos meses melhorias nos dados fatídicos da sinistralidade rodoviária regional.

O risco de acidentes é poten-ciado por uma EN 125 apinha-da de trânsito e com longos tempos de viagem, numa es-trada que por todas as suas ca-

racterísticas não é alternativa a uma auto-estrada portajada, em particular, no Verão.

ANTÓNIO COSTA NÃO SE COM-PROMETE COM ABOLIÇÃO DE PORTAGENS Quem não baixa entretanto, e desde o primeiro dia, os braços pela abolição das portagens é a Comissão de Uten-tes da Via do Infante (CUVI).

Depois de uma reunião com António Costa, na passada se-mana, que frustrou as expec-tativas do movimento, a CUVI, considera que a posição do se-cretário-geral do PS foi menos forte do que estavam à espera.

De acordo com a CUVI, An-tónio Costa “apenas prometeu que, caso fosse primeiro-mi-nistro iria estudar os contratos da concessionária, com vista à suspensão das portagens, caso os mesmos fossem ruinosos ao erário público”.

A CUVI promete continuar a luta pela abolição das por-tagens e “responsabilizando todos aqueles que as apoiam, PSD, CDS e PS”. O movimento tem já agendadas jornadas de protesto para amanhã 4 de Ju-lho, data em que vão ser assina-lados os locais fatídicos da EN 125 que provocaram vítimas mortais, entre a Guia e Vale Paraíso, para 17 de Julho, com a Marcha Internacional dos Re-voltados “Portagens Fora”, pela EN 125 entre Castro Marim e Fonte de Boliqueime e para 19 de Julho através da participação no desfile de encerramento da concentração de motas de Faro.

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Ô Aumento de tráfego na EN 125 tem feito crescer a sinistralidade

DURANTE QUATRO DIAS

‘Mercado de Culturas… à Luz das Velas’ ilumina ruas de Lagoa

LAGOA RECEBE, entre os próxi-mos dias 9 e 12, no Convento de São José e ruas circundantes, a segunda edição do “Mercado de Culturas… à Luz das Velas”.

Ao longo de quatro dias, das 17.30 às 00 horas, mais de 70 artesãos de várias culturas e re-ligiões do mundo irão conviver em harmonia e mostrar aos mi-

lhares de visitantes as suas tradi-ções, sabores, artes, vestimentas características, danças exóticas, especiarias e artefactos artesa-nais, na envolvência das suas tradições culturais milenares, algumas em vias de extinção.

Este ano, a Cultura Judaica--Sefardita estará em destaque através de uma mercearia judai-

ca, um bar vínico e uma queijaria kosher, exposições de fotografia “Olhar sobre Israel” e pintura “Os Judeus em Portugal”, música ju-daica-sefardita (Jasmina Petrovic &Taltalim e Milo Ke Mandarini) e klezmer (Hristov), projeção do documentário “El Último Sefar-di” e um workshop de dança sefardita.

Cada noite finalizará com uma “Klezparty”, na qual o pú-blico e músicos irão interagir ao som dos judeus “Ashkenazim”.

Diariamente, o ponto alto do “Mercado de Culturas… à Luz das Velas” será o acendimento de dez mil velas, que desenha-rão 35 símbolos das diferentes culturas e religiões do mundo .

Comarca de FaroTavira - Inst. Local - Sec. Comp. Gen. - J1

Palácio da Justiça – Rua Dr. Silvestre Falcão, 10 – 8800-412 Tavira

Telef: 281 320 970 Fax: 281 093 519 Mail: [email protected]

ANÚNCIOProcesso: 165/15.7T8TVR

Interdição / Inabilitação

N/Referência: 97288524

Data: 25-05-2015

Requerente: Tavira – Procuradoria da Instância Local

Requerido: Rafaela Estevão Machado

Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a acção de Interdição/Ina-bilitação em que é requerido Rafaela Estevão Machado, com residência em domicílio: Rua Marechal Gomes da Costa R/c-A, 6-A, Santa Luzia, 8800-000 Tavira, para efeito de ser decretada a sua interdição por ano-malia psíquica.

O Juíz de Direito,

Dr Rogério da Silva e Sousa

O Oficial de Justiça,

Joan Santos Gonçalves de Sousa

(POSTAL do ALGARVE, nº 1145, de 3 de Julho de 2015)

Cartório Notarial em TaviraNotário

Bruno Torres Marcos

Extrato de Escritura de Justificação CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notaria-do que, por escritura pública de Justificação outorgada em dezanove de Junho de dois mil e quinze, exarada a folhas cento e trinta e sete e seguinte do Livro de notas para escrituras diversas número Sessenta e dois – A, do Cartório Notarial em Tavira, do Notário privado Bruno Filipe Torres Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A:

MARIA ADELINA DE JESUS RODRIGUES ALEXANDRE, NIF 180784439, e marido MANUEL BERNARDINO ALEXANDRE RODRIGUES, NIF 136813453, ambos naturais do concelho de Tavira, ela da freguesia de Tavira (Santa Maria), e ele da freguesia de Cachopo, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes no Sítio de Vale Covo, 8800-213 Tavira, declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem dos prédios rústicos a seguir identificados, sitos na União das Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago), concelho de Tavira:

Verba um: - Prédio rústico no sítio do Almude, que consta de terra de pastagem, a con-frontar de Norte com Marcelino Viegas e Manuel Custódio, do Nascente, Sul e Poente com José Custódio Rodrigues, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 41380, corresponden-te ao anterior artigo 40707 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria), com a área de três mil metros quadrados, com o valor tributável de vinte e um euros e oitenta e quatro cêntimos, igual ao atribuído;

Verba dois: - Prédio rústico no sítio do Corgo Negro, que consta de terra de pastagem, a confrontar de Norte com Marcelino Viegas, do Nascente com Manuel Custódio Guerreiro da Silva, e do Sul e Poente com Damião Viegas, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 41383, correspondente ao anterior artigo 40710 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria), com a área de três mil e quinhentos metros quadrados, com o valor tributável de vinte e cinco euros e quarenta e nove cêntimos, igual ao atribuído;

Verba três: - Prédio rústico no sítio da Passarias, que consta de terra de pastagem com diversas árvores, a confrontar de Norte com Herdeiros de José Rosa, do Nascente com Ribeiro, e do Sul e Poente com Manuel Domingos, inscrito na respectiva matriz sob o arti-go 41385, correspondente ao anterior artigo 40712 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria), com a área de cinco mil metros quadrados, com o valor tributável de trezentos e setenta e um euros e vinte e seis cêntimos, igual ao atribuído.

- Que esses prédios, com a indicada composição e área, vieram à sua posse, já no estado de casados entre si, por doação meramente verbal, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e quatro, e nunca reduzida a escritura pública feita pelos pais da outorgante mulher José Custódio Rodrigues e mulher Adelina Serafina de Jesus, ele já falecido, residentes no Sítio de Vale Covo, Tavira, tendo estes, por sua vez, adquirido estes imóveis por compra meramente verbal em vinte e sete de Outubro de mil novecen-tos e oitenta e nove, e também nunca reduzida a escritura pública, feita a Maria Idalina da Silva ou Maria Idalina da Silva Xavier, divorciada, já falecida, residente que foi no Monte dos Canocos, Bernardinheiro, Tavira, não tendo deste modo título que lhes permita fazer o registo dos prédios em seu nome.

- Que, assim, justificam os referidos prédios, porquanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesarem quaisquer direitos de outrem e ainda convencidos de serem titulares do respectivo direito de propriedade e assim o julgando as demais pessoas, têm possuído aqueles prédios – semeando a terra, tratando das culturas, colhendo os respectivos frutos, amanhando e limpando a terra, tratando das árvores, e deles retirando os respectivos rendimentos – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriram os referidos prédios por USUCA-PIÃO, o que invocam.

Tavira, 19 de Junho de 2015.

O Notário,

Bruno Filipe Torres Marcos

Acto registado sob o n.º 2/1329

(POSTAL do ALGARVE, nº 1145, de 3 de Julho de 2015)

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3 de Julho de 2015 | 5

regiãopub

Lei seca para os jovens já está em vigorMultas podem ir até aos 30 mil euros

NOTARIADO PORTUGUÊSJOAQUIM AUGUSTO

LUCAS DA SILVANOTÁRIO em TAVIRA

Nos termos do Artº. 100, nº.1, do Código do Notariado, na redacção que lhe foi dada pelo Dec-Lei nº. 207/95, de 14 de Agosto, faço saber que no dia quinze de Junho de dois mil e quinze, a folhas noventa, do livro de notas para es-crituras diversas número cento e setenta e seis – A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, na qual, JOÃO MARTINS SIMÃO, NIF 153.650.761 e mulher MA-RIA DA ASCENSÃO MARTINS SIMÃO, NIF 124.877.095, ambos naturais da freguesia de Cachopo, concelho de Ta-vira, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua João Rosa Beatriz, número 80, São Brás de Alportel, declararam: Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios rústicos, todos sitos na freguesia de Cachopo, conce-lho de Tavira e não descritos na Conservatória do Registo Predial de Tavira, a saber:

VERBA UM: Prédio sito em Barranco do Franjoso, Vale João Farto, Herdade de Cachopo, que consta de terra de pas-tagem e duas oliveiras, com a área de seiscentos metros quadrados, que confronta do norte com António Guerreiro, do sul com Manuel Martins, do nascente com Custódio Ca-vaco e do poente com Barranco do Franjoso, inscrito na matriz sob o artigo 19.242;

VERBA DOIS: Prédio sito em Barranco do Franjoso, Vale João Farto, Herdade de Cachopo, que consta de terra de pastagem, cultura e um oliveira, com a área de duzentos e cinquenta metros quadrados, que confronta do norte com ribeiro, do sul e nascente com Custódio Cavaco e do po-ente com António Viegas, inscrito na matriz sob o artigo 19.237;

VERBA TRÊS: Prédio sito em Barranco das Colmeias – Vale João Farto – Herdade de Cachopo, que consta de terra de pastagem, cultura e oito oliveiras, com a área de seis mil quinhentos e cinquenta metros quadrados, que confronta do norte e sul com Manuel Joaquim, do nascente com Joa-quim Inácio e do poente com José Inácio, inscrito na matriz sob o artigo 19.249;

VERBA QUATRO: Prédio sito em Corgo da Vereda – Vale João Farto – Herdade de Cachopo, que consta de terra de cultura e uma oliveira, com a área de três mil cento e cinquenta metros quadrados, que confronta do norte com Manuel Rodrigues Gomes, do sul e nascente com José Rodrigues e do poente com Manuel Joaquim, inscrito na matriz sob o artigo 19.275;

VERBA CINCO: Prédio sito em Barranco da Navalha – Vale João Farto, que consta de pastagem, cultura, duas oli-veiras e uma laranjeira, com a área de seiscentos e vinte metros quadrados, que confronta do norte com Maria José Rodrigues, do sul com Custódio Simão e outro, do nascente com Barranco da Navalha e do poente com Manuel Mar-tins, inscrito na matriz sob o artigo 20.803;

VERBA SEIS: Prédio sito em Vale Formoso, que consta de pastagem com três sobreiros, com a área de cento e cinquenta metros quadrados, que confronta do norte com Manuel Inácio, do sul com caminho público, do nascente com Manuel Rodrigues Gomes e do poente com José Ro-drigues, inscrito na matriz sob o artigo 20.844;

VERBA SETE: Prédio sito em Barranco da Navalha – Vale João Farto, que consta de pastagem e cultura com duas laranjeiras, com a área de cento e oitenta metros quadra-dos, que confronta do norte e sul com Custódio Cavaco, do nascente com Manuel Rodrigues Gomes e do poente com Barranco da Navalha, inscrito na matriz sob o artigo 20.988;

VERBA OITO: Prédio sito em Barranco da Navalha – Vale João Farto, que consta de pastagem e cultura com dois sobreiros, com a área de trezentos e oitenta metros qua-drados, que confronta do norte com António Ferro, do sul com António Viegas e outro, do nascente com José Viegas e outro e do poente com Barranco da Navalha, inscrito na matriz sob o artigo 20.996;

VERBA NOVE: Prédio sito em Barranco da Navalha – Vale João Farto, que consta de pastagem, cultura e três oli-veiras, com a área de oitocentos e quarenta metros qua-drados, que confronta do norte com Manuel Francisco Brázida, do sul com Maria Dias Gonçalves Rodrigues, do nascente com Barranco da Navalha e do poente com Cus-tódio Cavaco, inscrito na matriz sob o artigo 20.792;

VERBA DEZ: Prédio sito em Vale da Zorra, que consta de pastagem e cultura com dez oliveiras e uma figueira, com a área de dois mil novecentos e oitenta metros quadrados, que confronta do norte com João da Mata, do sul com Lu-cília da Assunção Gago, do nascente com Henrique Vicente e do poente com João Alves Vilão, inscrito na matriz sob o artigo 20.900;

VERBA ONZE: Prédio sito em Lapa – Corte Pequena, que consta de pastagem, cultura com seis laranjeiras e dois so-breiros, com a área de quatrocentos e vinte metros quadra-dos, que confronta do norte com Manuel de Brito Lopes, do sul com Manuel Rodrigues Gomes, do nascente com Custódio Cavaco e do poente com José Rodrigues, inscrito na matriz sob o artigo 17.936;

VERBA DOZE: Prédio sito em Portela Baixa – Herdade de Cachopo, que consta de pastagem com uma oliveira e uma figueira, com a área de cinco mil oitocentos e cinquenta metros quadrados, que confronta do norte e nascente com Manuel Joaquim, do sul com José Rodrigues Fernandes e do poente com Manuel António Baltazar, inscrito na matriz sob o artigo 18.873.

Que adquiriram os prédios por meio de partilha amigável e verbal e nunca reduzida a escritura pública, efectuada no ano de mil novecentos e noventa e quatro, em data que não podem precisar, já no estado de casados, por óbito dos pais da justificante mulher João Martins e Serafina de Jesus, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram em Cachopo, Tavira. Que desde esse ano possuem os prédios em nome próprio, usufruindo dos mesmos, cultivando a terra, tratando das árvores e reco-lhendo os frutos, pagando contribuições e impostos devi-dos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriram os prédios por usucapião.

Vai conforme o original. Tavira, em 15 de Junho de 2015

A funcionária por delegação de poderes;

Ana Margarida Silvestre Francisco – Inscrita na O.N. sob o n.º 87/3

Conta registada sob o nº. PAO916/2015 Factura nº. 0923

(POSTAL do ALGARVE, nº 1145, de 3 de Julho de 2015)

d.r.

Ricardo [email protected]

JÁ ESTÁ EM VIGOR desde a pas-sada quarta-feira a nova legisla-ção sobre disponibilização de bebidas alcoólicas aos consumi-dores, instituindo em Portugal uma verdadeira ‘lei seca’ para os menores de 18 anos.A principal inovação do diploma aprovado em Conselho de Minis-tros está na proibição da dispo-nibilização de todas as bebidas alcoólicas, espirituosas ou não, a menores de 18 anos, enquan-to no regime anterior os meno-res de 18 anos mas maiores de 16 podiam ter acesso a bebidas alcoólicas não espirituosas, por exemplo o vinho e a cerveja.

A proibição aplica-se a lo-cais “públicos e locais abertos ao público” e é reforçada em alguns casos com uma proibi-ção total de disponibilização de bebidas alcoólicas, nome-adamente, nas cantinas, ba-res e outros estabelecimentos de restauração ou de bebidas, acessíveis ao público, localiza-dos nos estabelecimentos de saúde; nas máquinas automáti-cas; nos postos de abastecimen-to de combustível localizados nas auto-estradas ou fora das localidades e em qualquer es-tabelecimento, entre as 0 e as 8 horas, com excepção dos es-tabelecimentos comerciais de restauração ou de bebidas, dos estabelecimentos situados em portos e aeroportos em local de acessibilidade reservada a passageiros e dos estabeleci-mentos de diversão nocturna e análogos.

A lei estabelece a obrigatorie-dade de os estabelecimentos te-rem afixadas “de forma visível” as proibições através de “aviso impresso em caracteres facil-mente legíveis e sobre fundo contrastante”.

AS MULTAS A fiscalização da aplicação da nova legislação cabe à Autoridade para a Se-gurança Alimentar e Económi-ca (ASAE), à PSP e à GNR, bem como às demais autoridades a quem a lei confira poderes para o efeito e as coimas podem variar entre 500 e 3.740 euros para pes-soas singulares e entre 2.500 e 30

mil euros, no que respeita a pes-soas colectivas, para quem viole a proibição de disponibilização de bebidas alcoólicas.

Já para quem não tenha afixa-do o aviso de proibição nos ter-mos da lei, a multa pode variar entre 500 e 1.500 euros, se o in-fractor for uma pessoa singular, e entre 1.500 e 5.500 euros, se o in-fractor for uma pessoa colectiva.

As multas revertem em 60% para o Estado, 25% para os cofres da ASAE e 15% para os cofres da autoridade que levante o auto de notícia da infracção.

AS REGRAS SOBRE OS RECI-PIENTES ONDE SE DISPONIBI-LIZAM AS BEBIDAS ALCOÓLI-CAS Quanto aos recipientes em que se servem as bebidas alcoólicas, a legislação deter-mina que a disponibilização em sala ou recinto de espectá-culo, independentemente da sua natureza permanente ou temporária, acidental ou im-provisada, nomeadamente em arraiais populares, concertos musicais ou festas académicas, é obrigatoriamente realizada em recipiente de material leve e não contundente.

A excepção a esta regra está prevista para os recintos fixos de espectáculos de natureza ar-tística, onde simultaneamente se desenvolvam actividades de restauração ou de bebidas, desig-nadamente casas de fado, cafés--teatro e salas de espectáculos de casinos.

De fora da obrigação de utili-zação de recipientes leves e não

contundentes ficam também os recintos de espectáculos em que se realizem feiras, quando exista uma área reservada exclusiva-mente à prestação de serviços de restauração e bebidas, ou em mostras e acções de degustação realizadas em áreas delimitadas para o efeito.

BEBIDAS SERVIDAS PARA CON-SUMO FORA DOS ESTABELECI-MENTOS Para se servirem to-das e quaisquer bebidas para consumo fora do espaço licen-ciado para a actividade de quem disponibiliza a bebida, a legisla-ção obriga sempre ao uso de re-cipientes de material leve e não contundente quando se trate de estabelecimentos comerciais de restauração ou de bebidas e de diversão nocturna e análogos, bem como, de “recintos fixos de espectáculos de natureza artística onde simultaneamen-te se desenvolvam actividades de restauração ou de bebidas, designadamente casas de fado, cafés-teatro e salas de espectácu-los de casinos, nem aos recintos de espectáculos em que se rea-lizem feiras, quando exista uma área reservada exclusivamente à prestação de serviços de restau-ração e bebidas, ou em mostras e acções de degustação realiza-das em áreas delimitadas para o efeito”.

O não cumprimento das re-gras relativas a recipientes im-plica multas de 500 a 3.740 eu-ros para pessoas singulares e de 2.500 a 30 mil euros, no que res-peita a pessoas colectivas.

Ô Nova lei proíbe venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos

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Cartório Notarial em TaviraNotário

Bruno Torres MarcosExtrato de Escritura de Justificação

CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de Justificação outorgada em vinte e nove de Agosto de dois mil e doze, exarada a folhas quatro e seguintes do Livro de notas para escrituras diversas número Trinta – A, do Cartório Notarial em Tavira, do Notário privado Bruno Filipe Torres Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A, freguesia de Tavira (Santa Maria):

- CLAIRE ELIZABETH PHILLIPS, solteira, maior, contribuinte fiscal número 237579600, natural de Inglaterra, de naciona-lidade britânica, residente em Aceifão, caixa postal 266-C, Corte do Vidreiro, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Tavira, declarou:

- Que é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do prédio rústico composto por terra de pastagem com árvo-res, com a área de três mil duzentos e setenta metros quadra-dos, sito em Aceifão, freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira, que confronta do Norte com Manuel Martins, do Sul com caminho, do Nascente com Antó-nio Estevens e do Poente com João Cavaco, inscrito na respec-tiva matriz sob o artigo 8754, com o valor patrimonial tributário de 169,57 €, igual ao atribuído, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira.

- Que este prédio, com a indicada composição e área, veio à sua posse, em data imprecisa do ano de mil novecentos e no-venta e um, por compra meramente verbal feita a Manuel Ven-tura Martins e mulher Vitalina Martins, residentes em Várzea do Vinagre, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Tavira, nunca che-gando a outorgar a respectiva escritura, não tendo deste modo título que lhe permita fazer o registo do prédio em seu nome.

- Que, porém, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífi-ca, contínua e de boa fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesar quaisquer direi-tos de outrem e ainda convencida de ser titular do respectivo direito de propriedade e assim o julgando as demais pessoas, tem possuído aquele prédio – amanhando a terra, tratando das árvores, nele pastando os animais, e dele retirando os respec-tivos rendimentos – pelo que, tendo em consideração as refe-ridas características de tal posse, adquiriu o referido prédio por USUCAPIÃO, o que invoca.

Tavira, 29 de Agosto de 2012.

O Notário,

Bruno Filipe Torres Marcos

Conta registada sob o n.º 7/1264

(POSTAL do ALGARVE, nº 1145, de 3 de Julho de 2015)

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região

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Cartório Notarial em TaviraNotário

Bruno Torres Marcos

Extrato de Escritura de Justificação CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do arti-go 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de Justificação outorgada em dezanove de Junho de dois mil e quinze, exarada a folhas cento e trinta e cinco e se-guinte do Livro de notas para escrituras diversas número Sessenta e dois – A, do Cartório Notarial em Tavira, do Notário privado Bruno Filipe Torres Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A: MANUEL JOSÉ DE JESUS RODRIGUES, NIF 181048639, e mulher FERNANDINA PEREIRA TEI-XEIRA RODRIGUES, NIF 181048647, ambos naturais da freguesia de Tavira (Santa Maria), concelho de Tavira, ca-sados sob o regime da comunhão de adquiridos, residen-tes no Sítio de Vale Covo, 8800-213 Tavira, declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem dos prédios rústicos a seguir identificados, sitos na União das Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago), concelho de Tavira:

Verba um: - Prédio rústico no sítio do Almude, que cons-ta de terra de pastagem, a confrontar de Norte com José Bento, Nascente com José Custódio Rodrigues e outros, Sul e Poente com Marcelino Viegas, inscrito na respecti-va matriz sob o artigo 41381, correspondente ao anterior artigo 40708 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria), com a área de cinco mil metros quadrados, com o valor tributável de 36,41€, igual ao atribuído.

Verba dois: - Prédio rústico no sítio do Corgo das Col-meias, que consta de terra de pastagem, a confrontar de Norte e Poente com José Jacinto, do Sul com Manuel Vie-gas Martins e do Nascente com José Martins, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 41382, correspondente ao anterior artigo 40709 da extinta freguesia de Tavira (Santa

Maria), com a área de mil e oitocentos metros quadrados, com o valor tributável de 12,11€, igual ao atribuído.

- Que esses prédios, com a indicada composição e área, vieram à sua posse, já no estado de casados entre si, por doação meramente verbal, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e quatro, e nunca reduzida a es-critura pública feita pelos pais do outorgante marido José Custódio Rodrigues e mulher Adelina Serafina de Jesus, ele já falecido, residentes no Sítio de Vale Covo Ta-vira, tendo estes, por sua vez, adquirido estes imóveis por compra meramente verbal em vinte e sete de Outubro de mil novecentos e oitenta e nove, e também nunca reduzida a escritura pública, feita a Maria Idalina da Silva ou Maria Idalina da Silva Xavier, divorciada, já falecida, residente que foi no Monte dos Canocos, Bernardinheiro, Tavira, não tendo deste modo título que lhes permita fazer o registo dos prédios em seu nome.

- Que, assim, justificam os referidos prédios, porquanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterrup-tamente, na convicção de não lesarem quaisquer direitos de outrem e ainda convencidos de serem titulares do respectivo direito de propriedade e assim o julgando as demais pessoas, têm possuído aqueles prédios – semeando a terra, tratando das culturas, colhendo os respectivos frutos, amanhando e limpando a terra, tratando das árvores, e deles retirando os respectivos rendimentos – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriram os referi-dos prédios por USUCAPIÃO, o que invocam.

Tavira, 19 de Junho de 2015.

O Notário,

Bruno Filipe Torres Marcos

Acto registado sob o n.º 2/1328

(POSTAL do ALGARVE, nº 1145, de 3 de Julho de 2015)

Variante a Lagos poupa mais de 10 quilómetros a quem usa a EN 125Ponte D. Maria II reaberta ao trânsito no final de Julho d.r.

Ricardo [email protected]

A VARIANTE A LAGOS inserida na requalificação da EN 125 - na parte que depois da renegocia-ção se manteve dentro da área de intervenção da empresa Ro-tas do Algarve Litoral (subcon-cessionária) - abriu ao trânsito na passada quarta-feira.

Esta ligação permite que o trânsito da EN 125 que atra-vessava Lagos de Este para Oeste e vice-versa se passe a fazer sem percorrer todo o miolo urbano da cidade, en-curtando a travessia de Lagos em cerca de 10,5 quilómetros.

Para tanto investiram-se perto de 3,5 milhões de euros na construção da nova varian-te que une, numa extensão de cerca de 1,5 quilómetros (as-sinalados a preto no mapa), a rotunda do Modelo à Rotun-da da Praia da Luz, atravessan-do toda a extensão do Vale da

Fonte Coberta. A variante ga-rante ainda ligação à Via do Infante de forma mais eficien-te para quem chega a Lagos vindo de Vila do Bispo, uma vez que se encontra ligada à rotunda intermédia do aces-so à A22.

A ligação da nova variante à rotunda da Marina de La-gos e à EN 125 em direcção a Portimão faz-se agora a partir da rotunda do Modelo através da Avenida da Fonte Coberta (assinalada a verde no mapa), passando pela rotunda da Ca-ravela. A azul no mapa os tro-ços da EN 125 já existentes e que a nova variante agora liga de forma mais eficiente para o atravessamento de Lagos.

OBRA “SÓ PECA POR TARDIA” Joaquina Matos, presidente da Câmara de Lagos, em decla-rações ao POSTAL, sublinha “a importância da variante para os residentes em Lagos e nas povo-

ações circundantes” e sublinha que “a obra apenas peca por tardia”.

A autarca esclarece que “a abertura da via não significa o fim dos trabalhos, que ainda de-correm relativamente a situações de pormenor”.

O destaque da autarca vai ainda para o efeito desta obra na mobilidade para a cidade de Lagos e para o trânsito de atravessamento.

PONTE D. MARIA II REABRE EM FINAIS DE JULHO Outra novida-de avançada pela autarca ao POSTAL é a abertura da Ponte D. Maria II ao trânsito no final deste mês, reforçando as con-dições de travessia da Ribeira de Bensafrim dentro do perí-metro urbano.

A edil diz que no âmbito da requalificação da EN 125 vão ainda ser construídas no con-celho duas rotundas de acesso ao Chinicato e ao Sargaçal.

Ô A preto a nova variante que liga a Rotunda do Modelo à rotunda da Praia da Luz atravessando o Vale da Fonte Coberta

UAlg dá cartas na investigação marinha pág. 9

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8 | 3 de Julho de 2015

Olhão inaugura Fábrica do QueijoJovem empreendedora inova na cidade

Ô A empresária Ana Gancho

A CIDADE DE OLHÃO tem um novo espaço de produção de queijos, a Fábrica do Queijo, em plena Avenida da República.

Tal como o nome indica, aqui fabrica-se diariamente queijo de cabra fresco, mas também iogur-tes artesanais e leite de soja sem aditivos. Os queijinhos frescos são a especialidade da casa, sim-ples ou com aromas para todos os gostos.

A jovem empreendedora responsável pela produção é Ana Gancho, uma engenheira zootécnica com dez anos de ex-periência noutras queijarias da região. Aos 34 anos lança-se por conta própria e inova, trazendo para a cidade o conceito tradicio-nal de fabrico de queijo fresco.

Para além dos produtos lácte-os fabricados in loco, com leite

de cabra da região do Algarve, a Fábrica do Queijo comerciali-za outros produtos “gourmet”, como enchidos, patés, azeites, compotas e vinhos, apostando numa selecção de marcas que primam pela qualidade.

A Fábrica do Queijo está aber-ta de terça-feira a sexta-feira, en-tre as 10 e as 19 horas, e aos sá-bados das 9 às 13.

REGIÃOPUB

d.r.

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE TAVIRAEdital

JOSÉ OTÍLIO PIRES BAÍA,

Presidente da Assembleia Municipal de Tavira.

TORNA PÚBLICO, que em sessão ordinária da Assembleia Municipal de Tavira, realizada no dia 22 de Junho de 2015, foram tomadas as seguintes deliberações:

1. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 100/2015/CM, referente ao Regulamento e Tabela de Taxas - Alteração;

2. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 113/2015/CM, referente à Prestação de contas consolidadas - 2014;

3. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 119/2015/CM, referente à Atribuição de Medalhas Municipais de Mérito e de Bons Serviços e Dedicação;

4. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 122/2015/CM, referente ao Concurso público para concessão do direito de ocupação e exploração de lojas no Mercado Municipal de Tavira;

5. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 123/2015/CM, referente ao Concurso público para concessão do direito de ocupação e exploração de lojas no edifício do Mercado da Ribeira;

6. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 124/2015/CM, referente ao Regulamento dos Períodos de Funciona-mento dos Estabelecimentos Comerciais e de Prestação de Serviços do Concelho de Tavira - Versão Final;

7. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 127/2015/CM, referente à E9-Emp/14 - Empreitada de Reabilita-ção e Recuperação do edifício da antiga Segurança Social - Futuras instalações municipais - Compromisso Plurianual;

8. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 128/2015/CM, referente à 10-Emp/15 - Reparação do CM 1231 entre Fuzeta e Cintados (até ao limite do Concelho) e Compromisso Plurianual;

9. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 130/2015/CM, referente à Atribuição de apoios às freguesias de Santa Luzia, Conceição e Cabanas de Tavira, no âmbito das festas tradicionais de verão 2015.

Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume

Paços do Concelho, aos 22 dias do mês de junho do ano 2015

O Presidente da Assembleia Municipal,

José Otílio Pires Baia

(POSTAL do ALGARVE, nº 1145, de 3 de Julho de 2015)

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MÚSICA

Moncarapacho recebe Monjazz

COMEÇA JÁ AMANHÃ e prome-te animar o fim-de semana em Moncarapacho o conjunto de concertos que integra o Monjazz.

As sonoridades do jazz vão invadir os espaços do largo da junta de freguesia e o largo da Igreja Matriz da vila.

No sábado, pelas 21.45 horas, actua a Big Band do Algarve e no domingo, às 19.45 horas, é a vez de “Os descaroçados”, em dois dias que garantem boa música e razões de sobra para passar por Moncarapacho.

A iniciativa, da União das Jun-tas de Freguesia de Moncarapa-cho e Fuseta, é mais uma aposta do executivo liderado por Ma-nuel Carlos de Sousa, na oferta de animação e música, depois de ter sido a primeira Junta de fre-guesia da região a celebrar um protocolo para espectáculos de música clássica com a Orquestra Clássica do Sul.

CÂMARA MUNICIPAL DE TAVIRAEdital nº. 37/2015

Jorge Manuel do Nascimento Botelho Presidente da Câmara Municipal de Tavira.

TORNA PÚBLICO, que em reunião de Câmara Municipal, realizada no dia 23 de junho de 2015, foram tomadas as seguintes deliberações:

1. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 134/2015/CM, referente a Sociedade da Banda de Tavira - Adenda ao Protocolo de colaboração celebrado em 2015;

2. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 135/2015/CM, referente a Atribuição de Apoio à Associa-ção Almadrava - Rede Cultural e Social de Santa Luzia;

3. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 136/2015/CM, referente a Revogação parcial do apoio atribuído ao G.A.T.O - Grupo de Ajuda a Toxicodependentes - Proposta n.º 34/2015/CM;

4. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 137/2015/CM, referente a atribuição de apoio à Federação de Caçadores do Algarve - 20.ª Feira de Caça, Pesca e do Mundo Rural;

5. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 138/2015/CM, referente a Associação para o Desenvol-vimento Integrado da Baixa de Tavira - Verão em Tavira - Redução de Taxas;

6. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 139/2015/CM, referente a Carlos António Conceição Reis - Obras Coercivas no âmbito do Despacho n.º 161/2005 - Anulação de receita;

Para constar e produzir efeitos legais se pu-blica o presente Edital e outros de igual teor

que vão ser afixados nos lugares de costume

Paços do Concelho, 23 de junho do ano 2015

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL

Jorge Manuel Nascimento Botelho

(POSTAL do ALGARVE, nº 1145, de 3 de Julho de 2015)

Anúncio de procedimento n.º 3518/2015MODELO DE ANÚNCIO DO CONCURSO PÚBLICO

1 - IDENTIFICAÇÃO E CONTACTOS DA ENTIDADE ADJUDICANTE

NIF e designação da entidade adjudicante:

505176300 - Águas do Algarve, S.A.

Serviço/Órgão/Pessoa de contacto: Maria Isabel Fernandes da Silva Soares, Administradora

Endereço: Rua do Repouso, n.º 10

Código postal: 8000 302

Localidade: Faro

Telefone: 00351 289899070

Fax: 00351 289899079

Endereço Eletrónico: [email protected]

2 - OBJETO DO CONTRATO

Designação do contrato: Elaboração de Procedimentos de Contratação Pública para Reabilitação de Instalações de Elevação e Tratamento.

Descrição sucinta do objeto do contrato: O objeto do presente procedimento compreende a elaboração dos documentos técnicos e técnico-jurídicos ne-cessários à contratação de empreitadas para pequenas intervenções a realizar em instalações de elevação e tratamento, dos Sistemas Multimunicipais geri-dos pela Águas do Algarve, SA, as quais padecem de algumas patologias ou necessitam de melhorias hidráulicas e de construção civil, de forma a cumprir adequadamente a sua função, através da observância das regras da contra-tação pública, definidas pelo Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiros e suas posteriores alterações e republicações.

Tipo de Contrato: Aquisição de Serviços

Valor do preço base do procedimento 134.000.00 EUR

Classificação CPV (Vocabulário Comum para os Contratos Públicos)

Objeto principal

Vocabulário principal: 71318000

Valor: 134.000.00 EUR

3 - INDICAÇÕES ADICIONAIS

O concurso destina-se à celebração de um acordo quadro: Não

O concurso destina-se à instituição de um sistema de aquisição dinâmico: Não

É utilizado um leilão eletrónico: Não

É adotada uma fase de negociação: Não

4 - ADMISSIBILIDADE DA APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS VARIANTES: Não

6 - LOCAL DA EXECUÇÃO DO CONTRATO

Faro

País: PORTUGAL

Distrito: Faro

Concelho: Faro

Código NUTS: PT150

7 - PRAZO DE EXECUÇÃO DO CONTRATO

Restantes contratos

Prazo contratual de 180 dias a contar da celebração do contrato

8 - DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO, NOS TERMOS DO N.º 6 DO ARTIGO 81.º DO CCP

O adjudicatário deve apresentar os documentos de habilitação, previstos no nº 1 art.º 81º do CCP e os exigidos no ponto 20 do Programa do Procedimento.

9 - ACESSO ÀS PEÇAS DO CONCURSO E APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS

9.1 - Consulta das peças do concurso

Designação do serviço da entidade adjudicante onde se encontram disponíveis as peças do concurso para consulta dos interessados:

Direção de Infraestruturas - Departamento de Engenharia

Endereço desse serviço: Rua do Repouso, n.º 10

Código postal: 8000 302

Localidade: Faro

Endereço Eletrónico: [email protected]

9.2 - Meio eletrónico de fornecimento das peças do concurso e de apresen-tação das propostas

Plataforma eletrónica utilizada pela entidade adjudicante: http://www.vortal-gov.pt

Preço a pagar pelo fornecimento das peças do concurso: 100,00 EUR (cem euros), acrescidos do IVA à taxa em vigor.

O pagamento das peças do procedimento deverá ser efectuado por transfe-rência bancária para a conta da ÁGUAS DO ALGARVE, S.A. com o NIB: 0019 0027 0020 0018 548 71

10 - PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS OU DAS VERSÕES INICIAIS DAS PROPOSTAS SEMPRE QUE SE TRATE DE UM SISTEMA DE AQUISIÇÃO DINÂMICO

Até às 18:00 do 22 º dia a contar da data de envio do presente anúncio

11 - PRAZO DURANTE O QUAL OS CONCORRENTES SÃO OBRIGADOS A MANTER AS RESPETIVAS PROPOSTAS

90 dias a contar do termo do prazo para a apresentação das propostas

12 - CRITÉRIO DE ADJUDICAÇÃO

Proposta economicamente mais vantajosa

Fatores e eventuais subfatores acompanhados dos respetivos coeficientes de ponderação: 1) Preço Global - 40%

2) Qualidade Técnica da Proposta - 60%

14 - IDENTIFICAÇÃO E CONTACTOS DO ÓRGÃO DE RECURSO ADMINISTRA-TIVO

Designação: Águas do Algarve, S.A.

Endereço: Rua do Repouso, n,.º 10

Código postal: 8000 302

Localidade: Faro

Endereço Eletrónico: [email protected]

Prazo de interposição do recurso: 5 dias

15 - DATA DE ENVIO DO ANÚNCIO PARA PUBLICAÇÃO NO DIÁRIO DA RE-PÚBLICA

2015/06/08

16 - O PROCEDIMENTO A QUE ESTE ANÚNCIO DIZ RESPEITO TAMBÉM É PUBLICITADO NO JORNAL OFICIAL DA UNIÃO EUROPEIA: Não

17 - OUTRAS INFORMAÇÕES

Nos termos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 27º do CCP, existirá possibilidade de adoção de Ajuste Direto.

Regime de contratação: DL nº 18/2008, de 29.01

18 - IDENTIFICAÇÃO DO AUTOR DO ANÚNCIO

Nome: Maria Isabel Fernandes da Silva Soares

Cargo: Administradora

408711342

Page 9: POSTAL 1145 -  3 JUL 2015

região

3 de Julho 2015 | 9pub

NOTARIADO PORTUGUÊSJOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA

NOTÁRIO em TAVIRA

Nos termos do Artº. 100, nº.1, do Código do Notariado, na redacção que lhe foi dada pelo Dec-Lei nº. 207/95, de 14 de Agosto, faço saber que no dia quinze de Junho de dois mil e quinze, a folhas noventa e sete, do livro de notas para escrituras diversas número cento e setenta e seis – A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, na qual, ANTÓ-NIO FERNANDES MARTINS, NIF 168.550.539, natural da freguesia de Cachopo, concelho de Tavira e mulher ANTÓNIA CARDEIRA MARTINS FERNANDES, NIF 168.550.520, natural da referida freguesia de Cacho-po, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua José Sousa Carrusca, número 7, 2.º Esq.º, Faro, declararam: Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios rústicos, todos sitos na freguesia de Cachopo, concelho de Tavira e não descritos na Conservatória do Registo Predial de Tavira, a saber:

VERBA UM: Prédio sito em Sanfalhinho, que consta de terra cultura, pas-tagem e uma oliveira, com a área de noventa metros quadrados, que con-fronta do norte com ribeiro, do sul com Francisco Mendes, do nascente com Manuel Rodrigues e do poente com Valentim Fernandes, inscrito na matriz sob o artigo 8.565;

VERBA DOIS: Prédio sito em Hortinha de Cima, que consta de terra cultu-ra e pastagem, com a área de noventa metros quadrados, que confronta do norte com António Martins Ramos, do sul com herdeiros de António Dias, do nascente com Augusto Conceição e do poente António Fernan-des, inscrito na matriz sob o artigo 8.729;

VERBA TRÊS: Prédio sito em Várzea da Oliveira, que consta de terra de cultura, pastagem e uma oliveira, com a área de trezentos metros quadra-dos, que confronta do norte com caminho, do sul com ribeiro, do nascente com Valentim Fernandes e do poente com herdeiros de António Fernan-des, inscrito na matriz sob o artigo 8.624;

VERBA QUATRO: Prédio sito em Cerca da Corga, que consta de terra cultura e pastagem, com a área de duzentos metros quadrados, que con-fronta do norte e nascente com António Fernandes, do sul com António Gonçalves e do poente com ribeiro, inscrito na matriz sob o artigo 8.783;

VERBA CINCO: Prédio sito em Corgo do Curral, que consta de cultura e pastagem, com a área de novecentos metros quadrados, que confronta do norte e nascente com Rosaria Maria, do sul com António Fernandes e do poente com Manuel Jacinto, inscrito na matriz sob o artigo 7.904;

VERBA SEIS: Prédio sito em Horta Nova, que consta de pastagem, com a área de cento e noventa metros quadrados, que confronta do norte, sul e poente com António Fernandes e do nascente com ribeiro, inscrito na matriz sob o artigo 8.766;

VERBA SETE: Prédio sito em Corgo do Curral, que consta de cultura e pastagem, com a área de oitocentos e oitenta metros quadrados, que confronta do norte com Francisco Fernandes, do sul com caminho públi-co, do nascente com Augusto da Conceição e do poente com herdeiros de Manuel J. Martins, inscrito na matriz sob o artigo 7.905;

VERBA OITO: Prédio sito em Várzea da Oliveira, que consta de cultura, pastagem e uma oliveira, com a área de trezentos metros quadrados, que confronta do norte com Custódio Martins, do sul com ribeiro, do nascente com herdeiros de António Fernandes e do poente com Custódio D. Mar-tins, inscrito na matriz sob o artigo 8.621;

VERBA NOVE: Prédio sito em Soureiras, que consta de pastagem, com a área de mil quinhentos e noventa metros quadrados, que confronta do norte com João Júlio, do sul com caminho, do nascente com José Teixeira e do poente com Manuel Jacinto, inscrito na matriz sob o artigo 7.961;

VERBA DEZ: Prédio sito em Cerca de Cima, que consta de pastagem, com a área de trezentos metros quadrados, que confronta do norte com An-tónio Gonçalves e outros, do sul e nascente com ribeiro e do poente com herdeiros de António Fernandes, inscrito na matriz sob o artigo 8.642.

Que adquiriram os prédios em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e três, por compra verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita a Francisco Mendes e mulher Maria Serafina, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram em Mealha, freguesia de Cachopo, concelho de Tavira. Que desde esse ano possuem os prédios em nome próprio, usufruindo dos mesmos, cultivando a terra, tratando das árvores e recolhendo os frutos, pagando contribuições e impostos devidos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contí-nua e pública, pelo que adquiriram os prédios por usucapião.

Vai conforme o original. Tavira, em 15 de Junho de 2015

A funcionária por delegação de poderes;

Ana Margarida Silvestre Francisco

Inscrita na O.N. sob o n.º 87/3

Conta registada sob o nº. PAO917/2015 Factura nº. 0924.

(POSTAL do ALGARVE, nº 1145, de 3 de Julho de 2015)

Câmara Municipal de Tavira

Edital nº 36/2015Jorge Manuel do Nascimento Botelho

Presidente da Câmara Municipal de Tavira

TORNA PÚBLICO, que em reunião de Câmara Municipal, realizada no dia 12 de junho de 2015, foram tomadas as seguintes deliberações:

1. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 112/2015/CM, referente a 7ª. e 8.ª alterações ao Orçamento e às Grandes Opções do Plano;

2. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 113/2015/CM, referente a prestação de contas consolidadas – 2014;

3. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 114/2015/CM, referente a atribuição de apoios anuais às associações culturais e recreativas – 2015;

4. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 115/2015/CM, referente a atribuição de apoio à Federação de Caçadores do Algarve - 20.ª Feira de Caça, Pesca e do Mundo Rural;

5. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 116/2015/CM, referente a atribuição de apoio ao Rotary Clube de Tavira e redução de taxas;

6. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 117/2015/CM, referente a atribuição de apoio à Associação IN LOCO - “Festival Internacional SlowMed”;

7. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 118/2015/CM, referente às atribuições de apoios ao abrigo do RMAAD;

8. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 119/2015/CM, refe-rente a atribuição de Medalhas Municipais de Mérito e de Bons Serviços e Dedicação;

9. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 120/2015/CM, referente a 4.ª alteração ao Sistema de Controlo Interno;

10. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 121/2015/CM, referente a retificação à proposta n.º 76/CM/2015 - Protocolo para assegurar a consti-tuição do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais - DECIF - Ano 2015;

11. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 122/2015/CM, referente ao Concurso público para concessão do direito de ocupação e explo-ração de lojas no Mercado Municipal de Tavira;

12. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 123/2015/CM, referente ao concurso público para concessão do direito de ocupação e explora-ção de lojas no edifício do Mercado da Ribeira;

13. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 124/2015/CM, referente ao Regulamento dos Períodos de Funcionamento dos Estabelecimen-tos Comerciais e de Prestação de Serviços do Concelho de Tavira - Versão Final;

14. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 125/2015/CM, referente ao parecer prévio vinculativo para celebração de contrato de aquisição de serviços para conceção e produção museográfica de uma exposição itinerante da Dieta Mediterrânica;

15. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 126/2015/CM, referente ao parecer prévio vinculativo para celebração de contrato de aquisição de serviços no âmbito da revisão do PDM de Tavira;

16. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 127/2015/CM, referente a E9-Emp/14 - Empreitada de Reabilitação e Recuperação do edi-fício da antiga Segurança Social - Futuras instalações municipais - Compromisso plurianual;

17. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 128/2015/CM, referente a 10-Emp/15 - Reparação do CM 1231 entre Fuzeta e Cintados (até ao limite concelho) - Compromisso plurianual;

18. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 129/2015/CM, referente a E65/09/CP - Empreitada de Construção do Centro Escolar da Horta do Carmo (EB1 JI) - Liberação de 30% das cauções - Decreto-Lei n.º 190/2012, de 22 de agosto;

19. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 130/2015/CM, referente a atribuição de apoios às freguesias de Santa Luzia, Conceição e Cabanas de Tavira, no âmbito das festas tradicionais de verão 2015;

20. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 131/2015/CM, referente a atribuição de apoios à Associação José Afonso;

21. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 132/2015/CM, referente a atribuição de apoio anual à Associação para o Desenvolvimento Integrado da Baixa de Tavira - UAC Tavira;

22. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 133/2015/CM, referente a E35/10/CP - Parque Verde do rio Séqua - Auto de receção provisória, mapa de situação dos trabalhos e conta final;

Para constar e produzir efeitos legais se publi-ca o presente Edital e outros de igual teorque vão ser afixados nos lugares de costume.

Paços do Concelho, 12 de junho do ano 2015

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL,

Jorge Manuel Nascimento Botelho

(POSTAL do ALGARVE, nº 1145, de 3 de Julho de 2015)

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UAlg dá cartas na investigação marinhaUnião Europeia financia AtlantOS com cerca de 20 milhões de euros

d.r.

Ô Equipa da UAlg vai desenvolver trabalho na costa algarvia

ATLANTOS, um dos maiores e mais ambiciosos projectos eu-ropeus de investigação marinha das últimas décadas, foi apresen-tado recentemente em Bruxelas. Contando com 62 parceiros, de 18 países, entre os quais a Uni-versidade do Algarve, este pro-jecto pretende definir a estrutura geral do novo sistema de obser-vação oceânico europeu, desen-volvendo observações in-situ e sistemas de previsão para uma melhor gestão e exploração sus-tentável dos recursos marinhos.

A União Europeia finan-cia o AtlantOS como parte do programa-quadro “Horizonte 2020”, com cerca de 20 milhões de euros, durante um período de quatro anos. O projecto é coor-denado pelo Geomar Helmholtz Centre for Research Oceano Kiel.

A primeira reunião contou com a presença de Sigi Gruber, directora da DG Investigação e Inovação, Comissão Europeia, Bélgica, e de Ricardo Serrão Santos, deputado do Parlamen-to Europeu e membro Comissão das Pescas. Segundo Sigi Gruber, “AtlantOS é um projecto ‘bandei-ra’ no universo do H2020, com um financiamento recorde na área do mar, dando corpo à de-claração de Galaway ao incluir países como EUA, Canadá, Brasil, Argentina e África do Sul”.

A iniciativa tem como par-ceiros universidades, empresas e institutos, que representam o que melhor se faz a nível mun-dial em observação e previsão oceânica.

No que respeita à participação

da UAlg, esta centra-se na de-monstração de produtos finais para os utilizadores, tendo em conta a componente dos derra-mes de hidrocarbonetos. Neste âmbito, investigadores do Cen-tro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da UAlg irão desenvolver sistemas de previsão e mapas de risco dinâmico de derrames de hidrocarbonetos, cruzando simulações hidrodi-nâmicas com as rotas dos navios, utilizando, para isso, os dados europeus disponíveis para todo o Atlântico. Este conceito será aplicado a todo o oceano, numa óptica de demonstração. A costa do Algarve terá um tratamento especial visto já existir muito tra-balho de base desenvolvido pela equipa para esta região.

Segundo Flávio Martins, docente e investigador respon-sável pela coordenação deste projecto na UAlg, “os resulta-dos finais do AtlantOS trans-cendem em muito as questões locais. Contudo, as mais-valias são garantidas pelo facto de termos uma equipa da UAlg no projecto que transferirá o conhecimento para a região”.

Paralelamente, a mesma equipa de investigação está a desenvolver um sistema de previsão marítima da costa do Algarve (SOMA), com va-lências não só na previsão do risco de derrames de hidrocar-bonetos, mas também de ou-tras aplicações para a econo-mia local: aquacultura, pescas, turismo náutico, ecoturismo, ambiente, entre outras.

Page 10: POSTAL 1145 -  3 JUL 2015

anúncios ı classificados

10 | 3 de Julho de 2015

Notificação para efeitos do direito de preferência Vem por este meio, o Cabeça de Casal da Herança de António Cristóvão Rodrigues, comunicar aos con-finantes que é sua intenção alienar o prédio misto sito em Barrocal de Apra, Freguesia de S.Clemente, Concelho de Loulé, descrito na Conservatória do Registo Predial de Loulé sob o nº 11780/20150225 da referida freguesia e inscrito na matriz, a parte urbana sob o artº U-2052 e a parte rústica sob o artº 2873, a Christian Von Bergen, residente na Suiça.

A compra e venda concretizar-se-á de acordo com os seguintes termos e condições:

1- O preço global a pagar pelos adquirentes pela compra e venda dos imoveis supra mencionados, é de euros 120.000.00(cento e vinte mil euros ).

2- O preço deverá ser pago parcialmente na celebração do contrato promessa e/ou o remanescente na integra com a assinatura da escritura de compra e venda por meio de cheque bancário ou visado.

3- A escritura de compra e venda será outorgada no dia 15 de Julho em Cartório Notarial no Algarve a indicar pelos vendedores.

4- É condição essencial do negócio jurídico visado a alienação do prédio rústico conjuntamente com o urbano pelo preço global acima definido.

Nestes termos, devem os proprietários dos prédios rústicos confinantes, pronunciarem-se se pretendem ou não exercer o direito de preferência que lhes assiste no prazo máximo de 8(oito) dias contados da publica-ção do presente anúncio, nos termos indicados, sob pena de caducidade do referido direito de preferência, nos termos do disposto do Código Civil .

Caso pretendam exercer o direito de preferência, devem enviar comunicação escrita para a Avenida José da Costa Mealha, 104-A, 3ºDtº, 8100-501 Loulé ou contactar através do número de telefone 289 412 650.

(POSTAL do ALGARVE, nº 1145, de 3 de Julho de 2015)

Vende-se Barcocom motor incluído

Contacto: 963 047 556

Tractor - Rega, Lda

Acordos com:Medis, Multicare,C.G.D., Allianz

Acordos com:Multicare, C.G.D.,Allianz

Farmácias de Serviço

ALBUFEIRA

ARMAÇÃO DE PÊRA

FARO

LAGOA

LAGOS

LOULÉ

MONCHIQUE

OLHÃO

PORTIMÃO

QUARTEIRA

SÃO BART. DE MESSINES

SÃO BRÁS DE ALPORTEL

SILVES

TAVIRA

VILA REAL de STº ANTÓNIO

SEXTA SÁBADO DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA

Alves Sousa Santos Pinto Santos Pinto Santos Pinto Santos Pinto Santos Pinto Santos Pinto

- Sousa Edite - Central - -

Alexandre Crespo Palma Montepio Higiene Caniné Pereira

Vieira Vieira Lagoa Lagoa Lagoa Lagoa Lagoa

Ribeiro Lacobrigense Silva Telo Neves Ribeiro Lacobrigense

Chagas Pinto Avenida Martins Chagas Pinto Avenida

Moderna Moderna Moderna Hygia Hygia Hygia Hygia

Brito Rocha Pacheco Olhanense Ria Nobre Brito

Central P. Mourinha Moderna Carvalho Rosa Amparo Arade

Miguel Algarve Algarve Algarve Algarve Algarve -

- - Algarve - - Algarve -

S. Brás Dias Neves Dias Neves Dias Neves S. Brás Dias Neves S. Brás

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ou por email [email protected], pelo que responderemos em seguida

NOTARIADO PORTUGUÊSJOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA

NOTÁRIO em TAVIRANos termos do Artº. 100, nº.1, do Código do Notariado, na redacção que lhe foi dada pelo Dec-Lei nº. 207/95, de 14 de Agosto, faço saber que no dia quinze de Junho de dois mil e quinze, a folhas cem, do livro de notas para escrituras diversas número cento e setenta e seis – A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, na qual, JOSÉ RODRIGUES CAVACO, NIF 123.137.802 e mulher MARIA SERAFINA BARÃO CAVACO, NIF 182.451.801, ambos naturais da freguesia de Cachopo, con-celho de Tavira, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua de Faro, número 17, Estói, Faro, declararam: Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico , composto por terra de pastagem com quatro sobreiros, com a área de dezanove mil cento e vinte metros quadrados, que confronta do norte com Manuel João, do sul com David Gomes e outros, do nascente com José Horta e do poente com Custódio Simão, sito em Corgo Fundo, Corte Pequena, freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, inscrito na matriz sob o artigo 18.014, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira. Que ad-quiriram o prédio em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e três, por compra verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita a João da Mata, solteiro, maior, residente que foi em Vale João Farto, freguesia de Cachopo, concelho de Tavira. Que desde esse ano possuem o prédio em nome próprio, usufruindo dos mesmo, cultivando a terra, tratando das árvores e recolhendo os frutos, pagando contribuições e impostos devidos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriram o prédio por usucapião.

Vai conforme o original. Tavira, em 15 de Junho de 2015

A funcionária por delegação de poderes;Ana Margarida Silvestre Francisco – Inscrita na O.N. sob o n.º 87/3

Conta registada sob o nº. PAO918/2015 Factura nº. 0925

(POSTAL do ALGARVE, nº 1145, de 3 de Julho de 2015)

visite-nos em www.postal.pt

Page 11: POSTAL 1145 -  3 JUL 2015

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MARIA INÁCIA VALENTE03-05-1923 / 20-06-2015

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

CONCEIÇÃO - TAVIRASANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA

MARCOLINA MARIA BENTO

24-01-1929 / 15-06-2015

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

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MARIA NOÉMIA MARTINS SERRA BAPTISTA16-04-1933 / 13-06-2015

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

Rua de Santo António, n.º 68 - 5º Esq. 8000 - 283 FaroTelef.: 289 820 850 ¦ Fax: 289 878 342

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SANTA MARIA - TAVIRASANTA MARIA E SANTIAGO – TAVIRA

MARIA TERESA VALENTE29-07-1931 / 13-06-2015

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

PALMELA- SETÚBALSANTIAGO E SANTA MARIA - TAVIRA

FLORINHA DE JESUS MARTINS

27-02-1930 / 11-06-2015

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

NOTARIADO PORTUGUÊSJOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA

NOTÁRIO em TAVIRANos termos do Artº. 100, nº.1, do Código do Notariado, na redacção que lhe foi dada pelo Dec--Lei nº. 207/95, de 14 de Agosto, faço saber que no dia quinze de Junho de dois mil e quinze, a folhas noventa e cinco, do livro de notas para escrituras diversas número cento e setenta e seis – A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, na qual, ANTÓNIO JOAQUIM PEREIRA, NIF 159.270.944, natural da freguesia de Cachopo, concelho de Tavira e mulher MARIA DA GRAÇA NOGUEIRA PEREIRA JOAQUIM, NIF 137.218.273, natural da freguesia de Ameixial, concelho de Loulé, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes no sitio da Mealha, Caixa Postal 916-Z, Cachopo, Tavira, declararam: Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios rústicos, todos sitos na freguesia de Cachopo, concelho de Tavira e não descritos na Conservatória do Registo Predial de Tavira, a saber:

VERBA UM: Prédio sito em Barranco dos Mouros, Mealha – Cachopo, que consta de terra cul-tura com uma oliveira, com a área de cento e trinta metros quadrados, que confronta do norte com Henrique Rodrigues, do sul com Custódio da Luz Brás e outros, do nascente e poente com José Gonçalves, inscrito na matriz sob o artigo 19.530;

VERBA DOIS: Prédio sito em Horta da Ribeira Abaixo, Mealha, Cachopo, que consta de terra cultura com uma oliveira, com a área de cento e quarenta metros quadrados, que confronta do norte com José Gonçalves, do sul com ribeirinha, do nascente com Manuel José e do poente com Manuel Joaquim, inscrito na matriz sob o artigo 19.726;

VERBA TRÊS: Prédio sito em Barranco dos Mouros, Mealha, Cachopo, que consta de terra de cultura com duas oliveiras, com a área de cento e sessenta metros quadrados, que confronta do norte com Henrique Rodrigues, do sul e nascente com Custódio da Luz Brás e outros e do poente com José Gonçalves, inscrito na matriz sob o artigo 19.532;

VERBA QUATRO: Prédio sito em Horta da Ribeira Abaixo, Mealha, Cachopo, que consta de terra de pastagem e cultura com uma oliveira, com a área de trezentos e sessenta metros quadrados, que confronta do norte com José Gonçalves, do sul com ribeirinha, do nascente com Isaltina

Guerreiro da Palma e do poente com Manuel Joaquim, inscrito na matriz sob o artigo 19.722.

Que adquiriram os prédios em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e três, por compra verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita a Manuel Francisco Brasida e mulher Maria Inácia, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram no sitio das Madeiras, freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim. Que desde esse ano possuem os prédios em nome próprio, usufruindo dos mesmos, cultivando a terra, tratando das árvores e recolhendo os frutos, pagando contribuições e impostos devidos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e osten-sivamente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriram os prédios por usucapião.

Vai conforme o original. Tavira, em 15 de Junho de 2015|

A funcionária por delegação de poderes;

Ana Margarida Silvestre Francisco – Inscrita na O.N. sob o n.º 87/3)

Conta registada sob o nº. PAO920/2015 Factura nº. 0927

(POSTAL do ALGARVE, nº 1145, de 3 de Julho de 2015)

3 de Julho de 2015 | 11

anúncios ı necrologia

Page 12: POSTAL 1145 -  3 JUL 2015

última

Festival do Caracol anima Castro MarimDiversão e muito ritmo num evento dedicado aos nossos ‘lentos amigos’

Ô Festival vai atrair milhares de apreciadores do afamado petisco

Tiragem desta edição:8.431 exemplares

d.r.

O POSTAL regressa no dia

24 de Julho

ESTE FIM-DE-SEMANA OS AMANTES DOS PETISCOS, em especial os que gostam de ca-racóis, vão poder dar asas ao de-sejo de se banquetearem com o tradicional prato algarvio, mas também à vontade de provar os nossos ‘lentos amigos’ em inova-doras receitas.

De 3 a 5 de Julho, Castro Ma-rim vai receber o já incontorná-vel Festival do Caracol, recheado de animação e bom convívio.

Cerveja a acompanhar e a fes-ta está pronta para acolher, uma vez mais, milhares de visitantes na colina do Revelim de Santo António.

Entre as novidades anuncia-das pela autarquia, que assume a organização do evento, está o “Çahroi”, um folhado com re-

cheio de caracol que promete surpreender e deliciar os convi-vas, mesmo os mais exigentes e sofisticados.

Afonso Dias e Teresa Silva

dão música ao primeiro dia do festival, com os Fado Lélé a ga-rantirem a animação no sábado e os D’Alambre a assumirem a ‘despesa’ musical de domingo.

Pelo meio muita animação de rua, com os Al Fanfare, a Banda às Riscas e Mato Bravo, com A Charola do Burrinho e Ao Luar a ajudarem à festa.

Chefes de cozinha de reno-me, propostas gastronómicas e de doçaria variadas completam a oferta de um certame que tem já créditos firmados e mais do que merecidos por terras de Castro Marim.

De acordo com a autar-quia: “afirmar Castro Marim como destino dos melhores caracóis do Algarve e poten-ciar os produtos tradicionais, a cozinha e a cultura medi-terrânicas é o grande objetivo da autarquia com a realiza-ção do Festival Internacional do Caracol”.

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NOTARIADO PORTUGUÊSJOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA

NOTÁRIO em TAVIRANos termos do Artº. 100, nº.1, do Código do Notariado, na redacção que lhe foi dada pelo Dec-Lei nº. 207/95, de 14 de Agosto, faço saber que no dia quinze de Junho de dois mil e quinze, a folhas oitenta e oito, do livro de notas para escrituras diversas número cento e setenta e seis – A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, na qual, MARIA DE LURDES TEIXEIRA DOS SANTOS, NIF 210.047.852, viúva, natural da freguesia e concelho de Vila Real de Santo António, residente em Graínho, Cachopo, Tavira, declarou: Que, com exclusão de outrem, é dona e legítima possuidora dos seguintes prédios urbanos, ambos sitos em Monte do Graínho, freguesia de Cachopo, concelho de Tavira e não descritos na Conservatória do Registo Predial de Tavira, a saber:

VERBA UM: Prédio composto por edifico de rés-do-chão com dois compartimentos, com a área de quarenta e um metros quadrados, que confronta do norte com Manuel Baltazar Teixeira, do sul com caminho público, do nascente e poente com herdeiros de Manuel Teixeira, inscrito na matriz sob o artigo 917;

VERBA DOIS: Prédio composto por edifico de rés-do-chão com um compartimento, com a área de vinte e oito metros quadrados, que confronta do norte e poente com caminho público, do sul com herdeiros de Custódio Domingos Martins e do nascente com herdeiros de Manuel Rodrigues, inscrito na matriz sob o artigo 925.

Que adquiriu os prédios em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e quatro, por compra verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita a Francis-co Marta e mulher Antónia Maria, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram no sitio da Amoreira, freguesia de Cachopo, con-celho de Tavira. Que desde esse ano possui os prédios em nome próprio, usu-fruindo dos mesmos, fazendo obras de beneficiação e reparação necessárias, pagando contribuições e impostos devidos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma pos-se pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriu os prédios por usucapião. Vai conforme o original. Tavira, em 15 de Junho de 2015

A funcionária por delegação de poderes;

Ana Margarida Silvestre Francisco – Inscrita na O.N. sob o n.º 87/3

Conta registada sob o nº. PAO919/2015 Factura nº.0926

(POSTAL do ALGARVE, nº 1145, de 3 de Julho de 2015)

Page 13: POSTAL 1145 -  3 JUL 2015

www.issuu.com/postaldoalgarve8.431 EXEMPLARES

Mensalmente com o POSTAL

em conjuntocom o PÚBLICO

JULHO2015n.º 82

d.r

.

Festivais de Verão: Um roteiro pelos palcos

da música p. 5

Rota Omíada, a herança do al-Andalus

p. 2

d.r.

Fotografar o Verão

p. 7

d.r.

Espaço AGECAL:

Festa da Pinhap. 3

Sala de leitura:

O que eu (não) sei de livros

d.r.

p. 8

d.r.

Espaço ALFA:

Escolas: Pontes para o acesso à cultura

p. 10

d.r.

Um olhar sobreo património:

Page 14: POSTAL 1145 -  3 JUL 2015

03.07.2015 2 Cultura.Sul

AGENDAR

A Rota Omíada no Algarve: Projeto ENPI “UMAYYAD”

Esta rota é um itinerário turístico-cultural que preten-de dar a conhecer a profunda relação humana, cultural, ar-tística e científica que se es-tabeleceu entre o Oriente e o Ocidente, assim como a trans-missão do legado grego latino à Europa através de al-Andalus.

O Algarve é o território por-tuguês com um passado mu-çulmano mais prolongado, sendo o topónimo Algarve procedente do termo árabe al--Gharb (o Ocidente) um caso em que a etimologia das pala-vras nos fala sobre o passado de uma região.

O limite geográfico do mo-derno território algarvio corres-ponde ao espaço que perten-ceu à antiga diocese provincial visigótica e, sequentemente à küra (província) islâmica de Os-sónoba, cuja capital era, inicial-mente em Santa Maria do Oci-dente (Faro) e acabou, a partir do Califado Omíada, sendo substituída enquanto capital pela medina de Xilb (Silves).

A diocese visigótica de Ossó-noba foi conquistada em 713,

para o Califado Omíada de Da-masco, pelas tropas de Abd al--Aziz, filho de Musa, governa-dor da Ifriqiya, atual Tunísia.

A Rota dos Omíadas no Algarve faz parte do projeto internacional “Umayyad”, um projeto financiado pelo pro-grama European Neighbourhood and Partnership Instrument (ENPI) dentro da convocatória Cross Border Cooperation. É li-derado pela Fundação Pública Andaluza El Legado Andalusí e tem como parceiros, em Por-

tugal, a Direção Regional de Cultura do Algarve e o Turis-mo do Algarve.

São parceiros do projeto sete países da bacia do Medi-terrâneo: Portugal, Espanha, Itália, Tunísia, Egito, Líbano, e Jordânia.

O objectivo do projeto é criar um grande itinerário turístico transnacional (Rota dos Omíadas/Umayyad Route) subdividido em rotas nacionais em cada um dos países sócios.

O conjunto dos itinerários

tem como denominador co-mum o rico património legado pela dinastia Omíada, no seu período de expansão ao longo do Mediterrâneo.

O plano de atuação do pro-jeto “Umayyad” prevê a realiza-ção de ações coordenadas, em cada um dos sete países mem-bros, que terão como finalida-de oferecer aos futuros turistas uma oferta de qualidade base-ada num património comum.

Diferentes iniciativas re-lacionadas com a rota serão

desenvolvidas, como a parti-cipação de operadores turísti-cos locais e atividade de difu-são e promoção, assim como a associação de outros atores no campo das atividades turísti-cas e culturais.

Todas as atuações enquadra-das pelo projecto pretendem criar uma maior coesão terri-torial através de um itinerário turístico-cultural sustentado e responsável que optimize a aces-sibilidade e as relações entre os países da bacia mediterrânica.

Iniciativa

A Ria Formosa volta a ser cenário para a produção ci-nematográfica. Este é o reco-nhecimento das característi-

cas ideais que a nossa região possui, quer a nível das pai-sagens magníficas, quer das boas acessibilidades, condi-ções climatéricas e a forma afável como a população re-cebe as equipas.

Em contrapartida, estas iniciativas são uma excelen-te forma de promover a nossa região, dentro e fora do país.

"Hei-de morrer onde nas-ci", de Miguel Munhá, é uma produção da Vagalume Fil-

mes e está a ser filmado na Culatra, Hangares e Farol, com o apoio da Câmara Mu-nicipal de Olhão.

A produção envolve para além de atores reconhecidos nacionalmente, como João Tempera e Duarte Gomes, atores da nossa região como João Evaristo e Tânia Silva e gente da terra que abraça assim este projeto, como são o caso de José Sabino e José Lézinho.

Segundo o produtor e re-alizador Miguel Munhá, esta é uma homenagem às ilhas da Ria Formosa, à cultura de toda essa peculiar região. Dentro desse contexto, dois irmãos (Marinho - o mais velho; Janeca - o mais novo) lutam por sonhos diferentes. Essa diferença de perspetivas irá fazer com que se come-cem a criar conflitos na sua relação. Dividido entre o ir-mão e a ilha, Marinho sente

que tem de proteger a família e a tradição. Dividido entre a família e o seu futuro, Janeca sente precisar de fugir.

“Hei-de morrer onde nasci” é uma história sobre relações familiares, tradições, as ilhas algarvias, e é também a ten-tativa de reflexão sobre o que é a alma de um determinado lugar - neste caso, a casa de Marinho e Janeca (que é uma mistura ficcionada das ilhas Culatra, Hangares e Farol).

Editorial Missão Cultura

Direção Regionalde Cultura do Algarve

Juventude, artes e ideias

Jady BatistaCoordenadora Jornal J

“NOVOS MUNDOS”Até 19 de Julho | Museu de PortimãoTimo Dillner nasceu em Wismar na Alemanha em 1966, vive em Bensafrim, Lagos, há 16 anos. É um artista multifacetado que apresenta pinturas, poe-inturas, poe-mas, obras gráficas, esculturas e vídeo

“PORTUGAL, PAÍS DAS MARAVILHAS”14 e 15 JUL | 21.30 | Centro Cultural de LagosO Boa Esperança, apesar da crise já há algum tempo instalada e de tantas outras contrariedades, pro-mete não poupar nas gargalhadas na sua Revista à Portuguesa

foto: drcalg

O Castelo de Aljezur é um dos monumentos que integra a Rota Omíada

O Teatro das Figuras cumpriu dez anos de função, quer como sala maior da cidade de Faro, quer como palco de referência da região.

Uma década de serviço de uma sala de espectáculos que, advogam alguns, devia ser mais polivalente em termos de luga-res disponiveís, uma vez que, a dimensão da plateia, dizem, é muitas vezes excessiva.

As plateias não são excessivas por definição, são-no por falta de qualidade dos espectáculos, umas vezes, ou por falta de atrac-tividade dos mesmos junto do público, outras tantas.

Depois de um par de anos em que efectivamente o que teve para oferecer - em tempos ma-gros do ponto de vista financei-ro - foi muito pouco e de pouca atractividade e em que a lógica escolhida para a programação não vingou em termos de audi-ências, o Teatro das Figuras dá agora sinais de renascimento.

Há uma lógica de programa-ção que, feita por quem sabe e pensada para a transversalidade na abragência de públicos, de-volveu à sala o movimento e as pessoas.

Regressa-se assim ao que uma sala de referência deve ser, um palco de todos e para todos, do erudito ao mais popular, do clássico ao contemporâneo e aos desafios da modernidade.

Uma década depois, a cidade está diferente e o seu teatro mu-nicipal também. Sem competir directamente com o Lethes, as duas salas completam-se, numa cidade e região que já deram provas de as poder preencher.

Nos palcos da fantasia e do sonho, da arte e da temeridade dos actores, cantores, bailarinos, e performers valentes, há hoje um nome cada vez mais incon-tornável. Teatro das Figuras.

Teatro das Figuras

Ricardo [email protected]

Page 15: POSTAL 1145 -  3 JUL 2015

03.07.2015  3Cultura.Sul

Espaço AGECAL

Grande ecrã

Cineclube de Faro Programação: cineclubefaro.blogspot.pt

Q - ESPAÇO CULTURAL (Jardins do antigo Magistério Primário) | 21.30 HORAS (* sessões gratuitas)

5 JUL* | LUZES DA CIDADE, C. Chaplin, EUA, 1931, 87’9 JUL | O PEDIDO DE EMPREGO, Pedro Caldas, Port, 7’ | DOIS DIAS, UMA NOITE, Jean-Pierre e Luc Dardenne, Bélg, 2014, 95’12 JUL | CORRENTE, Rodrigo Areias, Por-tugal, 15’ | A TERRA TREME, Luchino Vis-conti, Itá, 1948, 160’

16 JUL | CORO DOS AMANTES, Tiago Gue-des, Port, 22’ | O PAÍS DAS MARAVILHAS, Alice Rohrwacher, Itá/Suí/Alem, 2014, 111'19 JUL | LUMINITA, André Marques Port, 20’ | LEVIATÃ, Andrey Zvyagintsev, Fed Rus, 2014, 140’23 JUL | FUERA DE CUADRO, Márcio La-ranjeira, Port/ Arge, 9’ | MR. TURNER, Mike Leigh, RU, 2014, 150’

Cineclube de TaviraProgramação: www.cineclubetavira.com281 971 546 | [email protected]

14ª MOSTRA DE CINEMA EUROPEU - AR LIVRE | CLAUSTROS DO CONVENTO DO CARMO – 21.30 HORAS

17 JUL | PRIDE (ORGULHO), Matthew Warchus, Reino Unido 2014 (120’) M/12

18 JUL | THE IMITATION GAME (O JOGO DA IMITAÇÃO), Morten Tyldum – Reino Unido/E.U.A. 2014 (114’) M/1219 JUL | DEUX JOURS, UNE NUIT (DOIS DIAS, UMA NOITE), Jean-Pierre e Luc Dar-denne – Bélgica/França/Itália 2012 (95’) M/1223 JUL | ALENTEJO, ALENTEJO, Sérgio Tré-faut – Portugal 2014 (98’) M/1224 JUL | IDA, Pawel Pawlikovski – Poló-nia/Dinamarca 2013 (82’) M/14

Cinema no Convento do CarmoJá chegámos à 15ª edição da

Mostra de Cinema Europeu de Tavira, um evento que conhe-ceu a luz nos mágicos Claustros do Convento da Graça no ano 2000. A seguir será a vez da sua parente: a 10ª Mostra de Cine-ma Não-Europeu. O que desde o início pretendemos com estas festas de cinema é oferecer-vos um programa cuidadosamente composto por histórias sensí-veis, de alta qualidade artística e estética, contadas através de imagem e som. No entanto, e infelizmente, a digitalização dos filmes disponíveis na rede de distribuição nacional (e no resto do mundo), a nossa in-capacidade financeira e a total falta de apoios existentes para adquirirmos um sistema de projecção DCP (Digital Cinema Package), pela primeira vez limi-tou a nossa escolha.

Em 2013 conseguimos exibir 13 dos 22 filmes no formato 35mm (celuloid), no ano pas-sado apenas foram cinco, este ano nem um único...

Mesmo assim, e remando plenamente com os remos ao nosso alcance, eis a nossa pro-posta de curtas e longas delícias para este Verão, algumas exibi-das pela primeira vez em solo português. Convidamo-vos a

juntarem-se a nós, diariamente, a partir das 20.30 horas, nestes belos Claustros do Convento do Carmo. Espero que tanto a nossa selecção como o ambiente cria-do mais uma vez vos agrade!

Cineclube de Tavira

Imagem do filme 'Alentejo, Alentejo', de Sérgio Tréfaut, que integra a mostra tavirense de cinema

fotos: d.r.

As tradições, segundo Joaquim Pais de Brito, são “coisas que antes de o ser já o eram”. As tradições admitem um momento em que certo grupo lhes dá nome apontando práticas, maneiras de fazer ou dizer, refaze-rem e serem pertença do grupo. Os costumes e que ainda hoje se prati-cam para manter a incorporação do passado, ligam-se ao presente através das ritualizações de práticas, como é referido por Joaquim Pais de Brito, “devem ter lugar como processo formal e meio de legitimar ou dar pleno senti-do a determinado contexto da vida dos indivíduos ou do grupo”. Há tradições que se encaminham para a marcação de determinadas datas do calendário repetidas em cada ciclo.

As festividades populares têm a sua origem nos velhos cultos naturalísti-cos, em que estas festas são atribuídas

aos ciclos astrais e das estações, aos efeitos na natureza que sensibiliza-ram os criadores.

Algumas celebrações, como por exemplo a Festa da Pinha, fazem parte dessas festividades cíclicas que englobam um conjunto de aconteci-mentos evocativos que se organizam

e repetem anualmente. Aos diferentes ciclos correspondem diferentes ritu-ais e significados, que dão origem a festividades profanas e religiosas. Nos dias de celebração integram-se comportamentos que durante o ano não se manifestam. É durante o tem-po festivo que o homem sai da rotina

habitual para entrar num tempo que parece não ter fim.

Com o passar dos tempos, algumas das celebrações foram sendo utiliza-das de modo abusivo, até se perder a consciência do seu significado origi-nal, apenas perduraram como provas de empenho na tradição ou com fi-

nalidades comerciais. A tradição da Festa da Pinha celebra-

da em Maio corresponde ao ciclo da Pri-mavera. As celebrações, festejadas nessa altura, possuem importante significado sociológico, de reafirmação das sociabi-lidades e vivências comunitárias.

A secular Festa da Pinha de Estoi assinala o regresso dos “almocreves” das viagens pelo interior do País, para onde levaram os produtos algarvios, venderam ou trocaram. Os almocre-ves são agentes de comunicação en-tre as comunidades e cruciais para o abastecimento de bens às vilas e cida-des, em que os próprios transportam figo, alfarroba, amêndoa, peixe que era transportado do Algarve para o Alentejo, e também existem produtos que vinham do Alentejo para o Algar-ve, trigo, e cortiça. No final da tarde de 2 de Maio transportam o alecrim e a pinha, oferecendo produtos à Sr.ª de Ao Pé da Cruz, recebidos com os archotes na noite.

O aspecto central comum aos dife-rentes rituais aliados a este ciclo é o peso que neles acolhe o conjunto de práticas relacionadas com o elemen-to vegetal e a floração. Actualmente, a Festa da Pinha continua a mobilizar o povo estoiense. Vai ganhando dimen-são, sendo uma das festas mais caris-máticas de toda a região do Algarve.

A Cultura no Algarve: Tradição e a Festa da Pinha

Marco Taveira Licenciado em Património Cultural pela Universidade do Algarve Convidado da AGECAL

d.r.

Page 16: POSTAL 1145 -  3 JUL 2015

03.07.2015 4 Cultura.Sul

Letras e Leituras

Os Interessantes – O romance de uma geração

Meg Wolitzer nasceu em Nova Iorque, em 1959, onde vive atu-almente. Estudou Escrita Criativa no Smith College e é licenciada pela Brown University. É autora de 30 romances, dois deles já adaptados ao cinema, estando mais dois, segundo parece, em fase de pré-produção para a sua adaptação. Destes últimos Os In-teressantes é o seu mais recente romance.

Os Interessantes, o seu déci-mo romance, foi publicado em 2014 pela Teorema, considera-do o «Melhor Livro do Ano» pelo The New York Times. Juntamente com A Mulher, o outro também em fase de pré-produção, são as duas únicas obras da autora pu-blicadas em Portugal.

Os seus romances inserem--se normalmente numa linha feminista, a excepção é Os Inte-ressantes, um romance de for-mação de identidade que repre-senta o retrato de uma geração.

Numa noite de verão de 1974, seis adolescentes conhecem-se num campo de férias, o «Spirit--in-the-Woods». Cathy, Jonah, Goodman, Ethan e Ash - três ra-pazes e duas raparigas -, todos de Manhattan, aos quais se irá juntar, como que por acidente, Julie: «Numa noite amena no início de julho daquele ano há tanto evaporado, os Interessan-tes reuniram-se pela primeira vez. Só tinham 15, 16 anos, e co-meçaram a utilizar esse nome com uma ironia titubeante. Ju-lie Jacobson, uma intrusa que até podia ser excêntrica, fora convi-dada por motivos inexplicáveis e agora encontrava-se sentada a um canto do chão por varrer, tentando posicionar-se de forma a não incomodar e ao mesmo tempo não parecer patética, o que era um equilíbrio difícil de conseguir.» (p. 11).

Estes jovens são filhos da re-volução sexual marcada pela de-pressão consequente do arrasta-mento da guerra do Vietname e, como é habitual a Meg Wolitzer, o romance centra-se na perspec-tiva de Julie, uma protagonista feminina, como o parágrafo ini-cial demonstra, mas somente para através dela se retratar toda

uma geração que atravessa as questões políticas da época, em que no «final desse Verão, Nixon haveria de abandonar o cargo, deixando um rasto viscoso de lema atrás de si» (p. 14), passando pelo grassar da epidemia da SIDA, até chegar ao terror do 11 de Setembro e à recessão económica.

Na sua condição de “estran-geira” àquele modo de vida de

um grupo de jovens privilegia-dos da “cidade”, e que por isso mesmo podem considerar as ar-tes como área para as suas aspi-rações profissionais, Julie demar-ca-se por vários aspectos: mora nos subúrbios, em Underhill, numa casa igual a tantas outras da classe média-baixa ameri-cana, o que a constrange de a convidar algum dos novos ami-gos; o pai falecera meses antes vítima de cancro; filha de uma mulher recém-viúva, sem ambi-ções além das de criar as filhas. Julie ingressa no campo de férias graças à sugestão da sua profes-sora de inglês, que sabe haver uma vaga e ser possível aceitá-la como bolseira, até porque nin-guém da sua vizinhança ia para campos daquele género, não só porque não tinham dinheiro, mas porque isso nem sequer lhes teria ocorrido: «Todos ficavam na terra e iam ao despojado centro de ocupação de tempos livres, passavam os dias longos com os corpos oleados na piscina mu-nicipal, empregavam-se na gela-daria Carvel ou preguiçavam nas casas húmidas» (p. 16).

Em contraste, ali todos os jo-vens aspiram a grandes feitos e trabalham já no sentido de os alcançar: «Aqueles adolescentes à sua volta, todos eles da cidade de Nova Iorque, eram como rea-leza e estrelas do cinema francês, com um toque de qualquer coi-sa papal. (...) Em suma, naquele verão de 1974, quando ela ou qualquer um deles se distraía da concentração profunda e apática das suas peças de um só ato, ace-tatos para animação, sequências de dança e guitarras acústicas, acabava a fitar uma porta aber-ta para um futuro horrível, pelo que a regra consistia em desviar apressadamente o olhar» (p. 13).

O romance serve assim tam-

bém uma intenção crítica, por vezes satírica, de modo a des-crever a actualidade americana. Curiosamente, a própria perso-nagem não é muito simpática no início do romance, dada a inveja que sente em relação ao novo círculo de amigos, que inesperadamente a irá acom-panhar ao longo do resto da sua vida, e a sua ânsia em que-rer enquadrar-se, pois continua sempre insegura e a achar que a qualquer momento Ash Wolf se aperceba de que foi um erro a te-rem convidado a juntar-se àque-le grupo. Julie passa entretanto a ser Jules, conforme os colegas a apelidam, o que no fundo está associado a um reconhecimen-

to daqueles que ela olha como superiores de como ela própria é um adulto em potência e já não uma criança. É sintomático que seja nesse mesmo verão que Jules tenha descoberto a ironia: «A ironia era uma novidade para si e sabia-lhe inesperadamente bem, como uma fruta de verão até então indisponível. Em breve, ela e os outros seriam irónicos durante grande parte do tem-po, incapazes de responderem a uma pergunta inocente sem carregarem as palavras com um pequeno ajuste mordaz.» (p. 12). E um dos recursos de Jules para melhor assegurar a sua inserção será justamente um certo hu-mor auto-depreciativo, tornan-do-se sarcástica em relação a si própria, ao mesmo tempo que começa a acalentar a esperança de se tornar uma actriz de comé-dia, dado o sucesso que obtém na peça representada no Spirit--in-the-Woods.

Ethan Figman, um rapaz feio, mas cuja confiança o torna atra-ente, eternamente apaixonado por Jules, e um génio da anima-ção, envolvido na história que ele próprio criou sobre um rapaz que entra num mundo paralelo a partir de uma caixa de sapatos debaixo da sua cama; Cathy Ki-plinger, uma jovem dançarina que se encontra em luta contra o tempo e contra as transfor-mações que daí advêm sobre o seu corpo, em crescimento nas partes erradas; Jonah Bay, filho de uma famosa cantora folk, o

jovem belo que se revelará ho-mossexual mais tarde, ele pró-prio dotado para a música, mas cujo talento lhe foi roubado; Ash Wolf, uma bela jovem de boas famílias, que se tornará a melhor amiga de Jules, e o seu irmão, Goodman Wolf, que não parece ter nenhum talento óbvio além do seu carisma e poder de atração irrefutável.

Décadas mais tarde, a amiza-de entre eles mantém-se, embo-ra tudo o resto tenha mudado. Jules resigna-se a ser terapeuta e casa com Dennis Boyd, um simples técnico de radiologia mas um homem sólido que lhe transmite segurança e com quem descobriu o amor que nunca conseguiu dedicar a Ethan; Goodman foge do país devido a ser suspeita de um cri-me que ameaça o seu futuro e coloca em perigo a relação de amizade entre todo o grupo; Cathy abandona a dança e o grupo, e torna-se uma empresá-ria; Jonah dedica-se à engenha-ria mecânica; Ethan é o criador de uma série de televisão de su-cesso e Ash, a sua esposa, é uma encenadora aclamada.

Este é um romance inten-so e envolvente sobre o cres-cimento pessoal, a formação da identidade, a aceitação de quem somos afinal, marcado pela nostalgia e pelo sentimen-to de perda: perda de pessoas, do talento, da ideia que temos do nosso futuro bem como da nossa identidade passada.

Paulo SerraInvestigador da UAlgassociado ao CLEPUL

fotos: d.r.

Meg Wolitzer é autora de 30 romances

'Os Interessantes' foi considerado o Melhor livro do Ano pelo The New York Times

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03.07.2015  5Cultura.Sul

Panorâmica

Música para todos nos festivais de Verão

O Verão é assim por terras lusas há já muitos anos, chega recheado de festivais com sonoridades de to-dos os tipos e para todos os gostos.Há músicas para todos nos festivais de música e há festivais para todas as bolsas, num conjunto de propostas que salpica de destinos musicais o mapa nacional do litoral ao interior e das pequenas localidades às gran-des cidades.

Até meados de Junho, e de acordo com os dados da Associação Portu-guesa de Festivais de Música (APOR-FEST), estavam confirmados 138 festi-vais de música, de norte a sul do país e também nas ilhas.

O Algarve não é, não obstante ser uma das regiões mais movimenta-das do país na época alta, um dos destinos mais pródigos no que toca a este género de festivais, mas tem no seu cartaz de Verão - agora que o Festival MED já se realizou - algumas propostas com programas musicais atractivos, entre as quais o Festival do Marisco em Olhão e a Concentração de Motos de Faro, além da sempre incontornável Fatacil e do Festival F, nestes dois casos ainda com o cartaz por definir.

De acordo com a APORFEST, este ano há 38 novos festivais e não se re-alizam 28 daqueles que marcaram o calendário de 2014, enquanto seis destes eventos prometem ter mais de 25 mil visitantes por dia.

Lisboa é a cidade com mais fes-tivais agendados, 20 ao todo, en-quanto o Porto se fica por metade, dez festivais.

As propostas para o Algarve

O Algarve apresenta para já dois eventos de grande dimensão regio-nal com cartazes definidos.

No caso de festival do Maris-co, que anualmente leva à cidade cubista dezenas de milhar de visi-tantes, a agenda é marcadamen-te portuguesa, como de costume, excepção feita à brasileira Daniela Mercury.

Ao palco do Jardim Pescador Olha-nense sobem este ano Anselmo Ral-ph, Mickael Carreira, José Cid, Fado & Further, com a participação de Júlio Resende, Ana Moura e Ana Bacalhau e, ainda, Richie Campbell.

Longe de ser um festival de música e com uma identidade muito própria, a Concentração de Motas de Faro não deixa todos os anos de apresentar, a quem escolhe entrar no universo motard do Vale das Almas, um car-taz atractivo.

Aos Blind Zero, juntam-se este ano em palco os The Stranglers, bem como os La madre que los parió, os Hot Stu-ff, Sam Alone & The Gravediggers e os ‘gaiteiros’ Red Hopt Chilli Pippers.

Na região, mais do que festivais

de grande dimensão, na calha estão este ano, como sempre, eventos que prometem animação um pouco por toda a parte, longe das multidões imensas que alguns festivais de música atraem e dos gran-des patrocínios de marcas sobejamente conhecidas, o Algarve aposta em eventos de menor dimensão e em eventos com programa-ção variada que vai mui-to além da música por si só.

Certo é que seja no Al-garve ou em qualquer dos fest ivais de música do país, a música vai ofe-recer aos portu-gueses muito para ouvir.

O Cultura.Sul apresenta algu-mas propostas diversificadas do que o país e a região têm este ano para ofe-recer, entre Julho e Agosto, a quem procurar a música por companhia nes-tes dias de estio.

Sonoridades mil, para um pú-blico nacional já habituado a es-tas andanças festivaleiras.

Agora basta escolher o género de música e ambiente e fazer-se ao caminho porque o Verão esse, é sol de pouca dura e os festivais também.

Ricardo ClaroJornalista / [email protected]

NOS ALIVE

9*, 10 e 11 JUL Passeio Marítimo de Algés

Ô Destaques:The Prodigy; Blasted Mecha-nism; James Blake; Magazi-no; Disclosure (Live); The Jesus & Mary Chain; Dead Combo

Ô Bilhetes: (* Esgotado)

Diário: 55€2 dias: 89 €

SUPER BOCK SUPER

ROCK

16, 17 e 18 JUL Passeio Marítimo de Algés

Ô Destaques:Sting; Xinobi; Duquesa; Blur; dEUS; Jorge Palma & Sérgio Godinho; Flo-rence and The Machine; Modernos

Ô Bilhetes:Diário: 50€3 dias: 95 €

Músicas do Mundo Sines

17 a 25 JUL Sines / Porto Covo

Ô Destaques:Alo Wala; Capicua; Cuncor-du e Tenore de Orosei; Flat Earth Society; Niladri Ku-mar; Paolo Angeli

Ô Bilhetes:Preços de bilheteira ainda não disponíveis

MÊDA +

23, 24 e 25 de JUL Mêda

Ô Destaques:D’Alva; Diabo na Cruz; Sam Alone; A Cepa Torta; Club Banditz; Tales and Melo-dies; Blue Trash Can; Low Torque

Ô Bilhetes:Entradalivre

3 a 9 AGO Castelo de Vide

Ô Destaques:Lengalenga - Gaiteiros de Sendim; String Fling, Pau-lo Bastos; Samba sem fron-teiras; Tugoslavic Orkestar; Winga Kan

Ô Bilhetes:Diário: 24 €7 dias: 106 €

MEO SUDOESTE

5 a 9 AGO Zambujeira do Mar

Ô Destaques:Dimitri Vegas and Like Mike; Emeli Sandé; Diogo Piçarra; D.A.M.A.; Buraka Som Sistema; Agir; RegulaSteve Aoki

Ô Bilhetes:Diário: 48 €5 dias: 95 €

34ª Concentração de Motas de Faro

16 a 19 de JUL | Vale das Almas - Faro

Ô Destaques: Blind Zero; The Stranglers; La madre que los parió; Hot Stuff; Sam Alone & The Gravediggers; Red Hopt Chilli Pippers

Ô Bilhetes: 45 € | 30 € dia 18 (sábado) sem refreições

FESTIVAL DO MARISCO

10 a 15 de AGO | Jardim Pescador Olhanense

Ô Destaques: Anselmo Ralph; Fado & Further; Richie Campbell; Mickael Carreira; José Cid; Daniela Mercury

Bilhetes: Dia 10 -12 € | dias 11, 12, 13, 14 - 9 € | dia 15 - 10 €

ANDANÇAS

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03.07.2015 6 Cultura.Sul

Artes visuais

Saul Neves de JesusProfessor catedrático da UAlg;Pós-doutorado em Artes Visuais pela Universidade de Évora

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“PINTURAS DE ROMAN MARKOV”Até 6 de JUL | Espaço de atendimento da EMARPAs inspirações e principal tema das obras de Roman Markov são as paisagens e as gentes, pelas quais se enamora, ao longo das suas viagens

“MOTIM DA COR | COLORFUL RIOT”Até 25 JUL | Galeria Municipal de AlbufeiraExposição de pintura colectiva. Pedro Águas domina a Arte Expressionista, Figurativa e Surreal e o mar é uma das suas grandes fontes de inspiração. Cláudia Marques dedica-se à Arte Expressionista Abstracta

Qual a importância do reconhecimento da criatividade dos artistas?

Os contributos da Psicologia para a Arte variaram ao longo do século XX, acompanhando a própria evolução da investi-gação no âmbito da Psicolo-gia. No entanto, o estudo dos próprios artistas tem perma-necido constante ao longo do tempo, procurando contribuir para a compreensão do com-portamento e da personalidade destes.

A este nível, os estudos con-cluem que os artistas são mais criativos do que a população em geral (Csikszentmihalyi, 1996), mas também salientam o risco mais elevado de pertur-bações depressivas (Kaufman & Sexton, 2006) e de suicídio nos artistas (Andersen, Hawgood, Klive, Kolves, & De Leo, 2010), comparativamente à média da população.

Parece, assim, haver uma re-lação paradoxal da arte, em ter-mos de produção artística, com a psicopatologia e até mesmo o suicídio. Se, por um lado, pare-ce ser mais elevada em artistas a prevalência destas situações que podem traduzir crises psi-cológicas, também, por ou-tro lado, se verifica que a arte pode constituir um instrumen-to para ultrapassar ou superar estas situações de crise, sendo a arte terapia um exemplo disso.

Há evidências empíricas, mas também biográficas, de que os sujeitos mais criativos são também aqueles mais susceptíveis de apresentar problemas de saúde mental (Papworth & James, 2003), ou uma predisposição para a doença bipolar afectiva, de-pressão e suicídio (Kaufman & Sexton, 2006; Rihmer, Gonda

& Rihmer, 2006). Numa das investigações cujos resulta-dos são mais representativos, pois foi utilizada uma amos-tra de 55.474 sujeitos, Voracek (2006) verificou que a criati-vidade e o suicídio estão sig-nificativamente relacionados.

Face aos resultados obtidos nestas investigações, uma ques-tão de fundo que podemos colocar, é se o risco de doen-ças mentais nos artistas é por serem artistas ou é por serem criativos?

A análise doutros grupos que apresentam elevada criativida-de, como é o caso dos cientis-tas, pode ajudar a clarificar esta questão. Diversas investigações têm permitido identificar algu-mas características que distin-guem os artistas da população em geral, mas que também são obtidas nos cientistas, em par-ticular a elevada criatividade. Einstein chegou mesmo a re-ferir que “a imaginação é mais importante do que o conheci-mento”, aproximando as carac-terísticas dos cientistas às dos artistas (Araújo-Jorge, 2004).

Além disso, muitos cientistas são simultaneamente artistas. Em particular, Root-Bernstein e Root-Bernstein (1999) enume-raram 73 cientistas reconheci-dos que também eram artistas, nos mais diversos domínios da arte (visual, escrita ou mu-sical). Segundo estes autores, há uma “imaginação criativa universal”, pelo que aprender a pensar criativamente numa área, pode permitir compreen-der o pensamento criativo em todas as outras. Esta perspec-tiva encontra apoio na Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner (1994), ao considerar que somos todos inteligentes e criativos, embora de forma diferente. Segundo esta teoria, a inteligência é considerada como a capacidade para resol-ver problemas e projetar algo útil num dado contexto cultu-ral, distinguindo-se entre oito tipos de inteligência, as quais se encontram presentes em todos os sujeitos, só que com domi-

nâncias diferentes. Os processos criativos utiliza-

dos por artistas são muitas ve-zes idênticos aos utilizados pe-los cientistas. Por exemplo, há artistas, mesmo não surrealis-tas, que utilizam o período de sono, incluindo o sonho, para criar, pois têm “acordares cria-tivos” com a ideia daquilo que pretendem produzir. E não são só os artistas visuais que utili-zam o período de sono para desenvolver acordares criativos. Também os escritores, sobre-tudo os poetas, o fazem, che-gando alguns a dormir com um caderno e uma caneta ao lado da cama para escreve-rem notas ou fazerem esboços com as ideias que têm quan-do acordam. Este processo é também utilizado por muitos investigadores e cientistas, sendo conhecidos os casos de Hadamard e de Poincaré, no âmbito da invenção matemá-tica (Jesus, 1988, 2007).

Tal como têm sido identi-ficadas semelhanças nos pro-cessos criativos entre artistas e cientistas, também têm sido observados problemas de saú-de mental em cientistas, da

mesma forma que se têm ve-rificado com os artistas (Mon-real, 2000), pelo que não nos parece ter sentido atribuir, de forma direta e linear, perturba-ções emocionais ou doenças do foro mental aos artistas.

Parece-nos que o reconhe-cimento ou não do trabalho criativo dos artistas pode ser um aspeto muito importante para compreender o desenvol-vimento ou não de problemas de saúde mental.

Aliás, várias investigações verificaram a importância da realização do sujeito e do re-conhecimento pelos outros como uma dimensão prote-tora para prevenir a depressão nos sujeitos criativos.

Assim, não obstante as per-turbações apresentadas por alguns artistas, como Goethe, Mozart, Beethoven e Dalí, o re-conhecimento pelo seu traba-lho permitiu-lhes continuar a criar e a produzir, alternando os períodos mais difíceis com períodos de auto-realização e de elevada produção artística criativa.

Por seu turno, Van Gogh apresentou episódios de psi-cose que interferiram com a sua criatividade, tal como pode ser revelado pelo conte-údo de algumas das centenas de cartas escritas ao seu irmão. Segundo Monroe (1978), Van Gogh apresentou uma pro-

dução artística que traduzia uma combinação de criativi-dade e persistência, associada a stresse constante e abuso de absinto. Ao contrário dos ante-riores, Van Gogh pintou várias centenas de quadros, mas ape-nas vendeu um único quadro em vida, tendo sido internado num hospital psiquiátrico nos últimos tempos da sua vida e tendo-se suicidado aos 37 anos de idade.

Esta situação de alguma psi-copatologia do próprio artis-ta, podendo levar ao suicídio, como resultado de falta de re-conhecimento pela sua obra, pode ser encontrada também em Ernst Kirschner (considera-do o “pai” do expressionismo alemão), por exemplo, que se suicidou pouco depois de grande parte das suas obras te-rem sido destruídas pelo regi-me nazi, traduzindo a falta de reconhecimento das mesmas.

Os exemplos indicados ilustram a importância do re-conhecimento social da pro-dução artística realizada, po-dendo marcar a fronteira entre o “génio” e o “louco”.

Talvez se Van Gogh tivesse sido reconhecido em vida, em vez de ter desenvolvido psico-patologia, pudesse ter sentido estímulo para a concretização da sua criatividade e de todo o seu potencial artístico, não se tendo suicidado. Assim, podemo-nos perguntar o que seria de Van Gogh se tivesse obtido reconhecimento logo em vida e o que faria Dalí se não tivesse obtido desde logo esse reconhecimento?

Nota: Este artigo integra o li-vro “Construção de um percurso multidisciplinar, integrativo e de síntese nas Artes Visuais”, de Saul Neves de Jesus ([email protected]).

Todas as receitas obtidas com a venda deste livro revertem a

favor da compra de uma mesa de gravura para o curso de Artes Vi-

suais da Universidade do Algar-ve. Pode ser adquirido na Fnac de Faro (Forum Algarve) ou em Fnac

online (http://www.fnac.pt/)

Pintura 'Auto-retrato com a orelha cortada', de Van Gogh (1889)

d.r.

Pintura 'Auto-retrato mole com fatia de bacon assado', de Salvador Dali (1941)

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03.07.2015  7Cultura.Sul

Espaço ALFA

Está na altura do ano em que aumenta o número de fotógrafos que tiram ima-gens a tudo o que os rodeia. Quer seja por se encontra-rem de férias, quer seja pe-las festas que todos os anos se comemoram para além da beleza da paisagem nes-ta época. Destaque para o sol algarvio na nossa região.

São muitas as máquinas fotográficas disponíveis, uns optando pelas mais avança-das que o mercado oferece mas também são muitos os que ficam felizes com as pe-quenas compactas.

Hoje em dia há uma nova moda. São muitos os telemó-

veis que em qualquer festa são erguidos para captar o momento.

Quer isto dizer que o gos-to pela imagem aumentou? Não sei se será totalmente verdade. Que o número de fotógrafos aumenta durante o Verão disso não tenho dú-vidas. Que os conhecimentos aliados à fotografia aumen-taram isso já é um pouco relativo.

Aumentar o número de fotógrafos não significa au-mentar a qualidade das ima-gens captadas. Essa é uma da funções que associações como a ALFA – Associação Livre Fotógrafos do Algarve desenvolve.

É assim feito o convite a todos os fotógrafos que queiram aprofundar um pouco os conhecimentos e participar nos nossos pas-seios temáticos que vejam as informações em www.alfa.pt. Não esqueçam de fotografar o Verão.

Fotografar o Verão

Raúl Grade CoelhoMembro da ALFA

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03.07.2015 8 Cultura.Sul

Sala de leitura

Um título aparentemente pretensioso para esta breve reflexão (porventura politi-camente incorrecta) em tor-no de labirintos e fascínios, dúvidas e (poucas) certezas, mitos e realidades que povo-am o cativante universo dos livros e da leitura, evocando assim, com saudade, a me-mória de uma singular ami-ga, colega e cúmplice destas andanças.

Ler é um direito e não um dever. A reivindicação cen-tral subjacente às campa-nhas de incentivo à leitura devia ser a do direito de cada cidadão ter ao seu dispor a maior panóplia possível de livros que lhe permitam, se quiser, ler o que for melhor para si, o que mais lhe agra-dar e da forma que mais lhe convier. Ninguém tem ne-cessariamente de gostar de ler, nem fazem sentido cer-to tipo de apreciações mo-rais ou intelectuais sobre quem não lê. Além disso, um indivíduo não se torna necessariamente (friso este advérbio) melhor pessoa ou mais solidário por ler mui-to. Uma certa mistificação/sobrevalorização da leitura tende a vê-la, acriticamente, como um poderoso instru-mento redentor, não exis-tindo, contudo, um forçoso vínculo entre a prática da leitura e um comportamento dotado de maior humanida-de e bondade. Ainda assim, e mesmo que os livros possam não salvar, curar ou humani-zar o mundo (o importante será mesmo acreditar nessa utopia como se fosse tangí-vel), é imenso e precioso o seu potencial de sonho, de-sassossego, lucidez e prazer. Escreveu Adília Lopes: “os li-vros não são feitos / de car-ne e osso / e quando tenho / vontade de chorar / abrir um livro / não me chega / preciso de um abraço / […] / no en-tanto gosto muito / de livros / e acredito na Ressurreição / dos livros / e acredito que no Céu / haja bibliotecas / e se

possa ler e escrever”.Ler (certo tipo de textos,

sobretudo literários, que vi-vem muito da metáfora) aju-da a reparar (depois de olhar e ver, como diria Saramago) no que está para lá do ime-diato e óbvio, permitindo captar melhor, pelo estímulo da imaginação e do sentido crítico, o que vive nas entre-linhas das palavras, nas suas camadas mais subterrâneas, para lá da epiderme da es-crita. Daí que Mario Vargas Llosa insista na ideia de que um “público comprometido com a leitura é [mais] críti-co, rebelde, inquieto, pouco manipulável e não crê em slogans que alguns fazem passar por ideias”.

Ler é tomar todos os dias um (útil e necessário) banho de humildade, fazendo-nos perceber que o nosso mundo é, de facto, muito pequeno perante as inúmeras e sur-preendentes portas e janelas que as palavras nos abrem. Alexandre O’Neill, em 1972, dizia que procurava na poe-sia uma forma de (se) desim-portantizar (“dégonfler”, em francês), ou seja, um modo de aliviar os outros e a si mesmo da importância que se julga ter, pois “só alivia-dos podemos tirar o ombro da ombreira e partir frater-nalmente, ombro a ombro, para melhores dias, que o mesmo é dizer, para dias mais verdadeiros”.

Ler faz-nos “parar para ou-vir gritar baixinho” (expres-são feliz do escritor Sandro William Junqueira), pondo--nos, pela forma como são enunciadas/reinventadas, a pensar duas vezes em coisas que em não poucos momen-tos banalizamos ou damos pouca relevância no dia-a--dia. Ler é uma forma pri-vilegiada e deliciosamente “egoísta” de estar sozinho e no meio de muita gente ao mesmo tempo. Ler é tam-bém encontrar sem (muitas vezes) ter de procurar, bas-

tando disponibilidade, mais do que esforço.

Ler é sinónimo de prazer, por deleite estético e/ou fácil imersão do leitor no univer-so ficcional que lhe é apre-sentado. Isso não quer dizer, contudo, que essa forma de ler, baseada na experiência hedonista que certas obras proporcionam, seja melhor ou mais recomendada do que outras (mais exigentes/herméticas, duras e menos “confortáveis” para o lei-tor), ou que o sujeito que a pratica se converta, por isso,

num leitor mais capaz ou até num leitor de outro tipo de textos.

Ler pode promover o de-senvolvimento intelectual e aumentar as capacidades de expressão oral e escrita dos seus praticantes, mas isso não é necessariamen-te (sempre) verdade. Se em primeira instância a leitura permite, de facto, armaze-nar informação (à imagem de outras formas de comu-nicação), gerar conhecimento, por seu lado, implica quer a capacidade, por parte do lei-

tor, de articular criticamente elementos do mundo inte-grados num dado contexto histórico-cultural, quer uma competente manipulação de sistemas de referência e in-terpretação específicos, do-tados de maior ou menor complexidade.

Ler encerra ainda uma du-alidade fundamental: trans-mitir uma (estranhamente) empática sensação de fami-liaridade, de inesperada (e até, por vezes, reconfortan-te) identificação no leitor, na medida em que, de al-guma forma, este já sentiu, pensou, projectou/desejou ou vivenciou aquilo que lhe é dado a (re)conhecer; ou, por outro lado – e sobretu-do, direi eu –, levar o leitor a não compreender me-lhor, a desaprender, a sair da sua “caixa”, incomodan-do, testando os (seus e do meio em que está inserido) limites/regras/convenções e semeando interrogações e inquietações que ficam a pairar/marinar na sua mente e corpo, que nem os podero-sos solavancos interiores que Flaubert associava à fruição dos bons livros. Álvaro Ma-galhães, escritor, terá sin-tetizado bem a questão: A literatura serve sobretudo – se é que serve para alguma coisa – para lidarmos com o desco-nhecido: o amor e a morte. E se pararmos para analisar, a maioria das histórias são so-bre o amor ou sobre o amor e a morte. E são destas que mais gostamos de ler.

O que eu (não) sei de livros

Paulo PiresProgramador culturalno Município de [email protected]

Para a Maria Lua (1966-2012)

fotos: d.r.

Leitura em voz alta e o prazer do som

Leitura (também) como pacto de sentido com o silêncio

Page 21: POSTAL 1145 -  3 JUL 2015

03.07.2015  9Cultura.Sul

O(s) Sentido(s) da Vida a 37º N

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“VIDA E OBRA DE FRIDA KAHLO”Até 10 JUL | AlgarveShopping - AlbufeiraExposição reúne 27 fotografias originais que marca-ram não só a pintura e a vida artística de Frida Kahlo mas, sobretudo, a sua maneira de ser e o seu estilo único que influenciou decisivamente a moda

“AS FLORES ABREM MAIS DEPRESSA AO DOMINGO”Até 15 AGO | Galeria de Arte do Convento do Espírito Santo - LouléChristine Henry apresenta um tema imensamente divisível, que é a dobra. Há o dobrar, desdobrar, redo-brar incessantemente os espaços e as temporalidades da experiência

Julho

Pedro [email protected]

Longe do mar

Basta-me procurar-te se estou longe do mar. No teu olhar espelha-se o vasto horizon-te. As curvas do teu corpo foram desenhadas como um mar ondulado onde me espraio, no areal da tua cama, na espuma do teu sexo, na concha do teu amar.

Frente ao mar

Nenhum homem está só frente ao mar. Há sempre um poema que se escapa das bolhas

gasosas da cápsula de moléculas líquidas soltas do marulhar da tempestade.

Linha de mar

funâmbulo em linha bamba de equadornesta hora do mês que divide o resplendorde o dia se igualar à noitepara lá de que hemisfério se move?ósculo de verão ou érgastulo de inverno

Ria de mar

Quero tirar a manhã para pescar na ria azul. A linha já lançada repousa agora na corrente fria. Os peixes não nadam por aqui.

Resta-me um livro de hemingway que trago na mochila, com cheiro a sandes de conserva de cavala à portuguesa e a paisagem que só olhos treinados neste horizonte daqui conseguem perceber como se modifica.

Baixa-mar

Que os corações desenhados na baixa-mar serão apagados pela enchente. Que os desejos escritos no céu serão invisíveis quando as nu-vens chegarem de norte. Que os beijos d’ água são de um sal que cristalizará. E que o resto são cantigas, mesmo essas leva-as o vento

Suão e … apesar de o saber eu sempre acre-ditarei em ti.

Quarto de marTodos os dias me custa abandonar o teu quar-

to azul, os lençóis de sol, essa cama de verdes limos, almofadas de espuma. Deixo esta singela e ténue mensagem escrita a cana d’água sobre a cómoda de areia: amo-te. volto já.

Um marSe o dia do juízo final trouxesse um sol as-

sim tão radiante, um mar de águas tépidas e calmas, um areal deitado em sossego não me importava de continuar a viver cada dia como se fosse o último.

Casa de mar

Estou na ria. Vem a minha casa. Depois dei-tamo-nos todo o dia no colchão liquidificado, sobre lençóis lisos de azul formosa. Comeremos das conchas frescas. À noite enquanto as caden-tes Perseidas choverem, desejaremos apenas só mais outro dia.

Mar de lua

Da muralha sobre a praia se deseja um novo dia infinito. Onde o mar se em-prata de lua ou se vai na-mouriscar. Só aqui se não deseja pa-rar o tempo. E se acaso souberes de outro lugar assim de tão belo, poderás vir um dia trocar de morada comigo.

fotos: d.r.

Page 22: POSTAL 1145 -  3 JUL 2015

03.07.2015 10 Cultura.Sul

Escolas: pontes para o acesso à cultura!

Nos dias que correm, trans-parece a noção de que recai sobre a Escola o peso da res-ponsabilidade por todos os problemas da sociedade atual e pela falta de preparação das gerações futuras para intervir nessa mesma sociedade, em constante e acelerada mudan-ça, que tudo exige desta ins-tituição educativa. Por outro lado, também pesa sobre a Es-cola o dever de encontrar as soluções necessárias para re-solver os problemas das quais é acusada de ser a causadora.

A Escola, no contexto atu-al de mudança da sociedade, não pode continuar a perpe-tuar um papel de mera trans-missora de conhecimentos científico-práticos, preco-nizados em matrizes curri-culares rígidas e uniformes para todos os alunos, através de estratégias, atividades e metodologias monótonas e desinteressantes, mantendo modelos inalterados em rela-ção às práticas de há décadas atrás, conservando-se inatin-gível, inacessível e dissociada dos pais, da comunidade e da Cultura.

Contudo, a verdade é que todos passamos por ela e to-dos somos moldados nela, nas nossas formas de pensar e agir, o que torna a organi-zação escolar uma das mais relevantes na sociedade, uma vez que, de alguma maneira, irá ter influência sobre todas as outras. É, portanto, funda-mental que a Escola assuma as funções que lhe são ine-rentes, ao nível do desenvol-vimento integral dos alunos, em toda a sua plenitude e multidimensionalidade, con-templando a aquisição, com-preensão, operacionalização e desenvolvimento das com-petências e conhecimentos necessários à intervenção na sociedade, transformando--os em atores sociais aptos a contribuir para a produção de mudanças na realidade social em que se inserem.

Esta conceção de Escola e da sua função converge para o sentido de uma escola para todos, uma Escola que ensi-na a conhecer, conhecendo; a compreender, compreenden-do; a fazer, fazendo; a ser, sen-do; a estar, estando e a viver em comunidade, vivendo. Ou seja, através das vivências pro-porcionadas no seu seio. Esta noção é assumida e defendida pelo pessoal docente do Agru-pamento de Escolas Manuel Teixeira Gomes, reforçado pe-las condições financeiras atuais que impedem, na maioria dos casos (e cada vez mais) o aces-so dos alunos e suas famílias à Cultura, Ciência, Desporto e Ambiente, tornando-se nos-so lema proporcionar o mais diversificado leque de experi-ências educativas aos alunos, incorporando nas práticas di-árias a “construção” de pontes de acesso a estas dimensões.

Neste sentido, e especifica-mente no que respeita ao aces-so à Cultura, são encontradas e dinamizadas com os alunos atividades diversas, ao longo do ano letivo, abrangendo desde o nível Pré-Escolar e 1.º Ciclo até ao nível Secundário. Estas iniciativas incluem o de-senvolvimento de oficinas pe-dagógicas em parceria com o Museu de Portimão, quer se tratem de incursões ao espa-ço físico desta instituição para desenvolvimento de atividades educativas ou visita guiada às exposições temáticas, quer se-jam visitas de estudo às ruínas de Alcalar, ou mesmo a rece-ção dos técnicos do museu nas salas de aula da E.B. 1 Major

David Neto para o desenvolvi-mento de atividades culturais, alicerçando relações de inter-câmbio escolar de dentro para fora e de fora para dentro do contexto escolar.

No caso específico do nos-so Agrupamento, procuramos diversificar as ofertas culturais disponibilizadas aos alunos, proporcionando-lhes o acesso a sessões de Cinema, peças de Teatro, espectáculos Musicais, exposições de Pintura, entre outros, encontrando-nos sem-pre em busca de opções ino-vadoras e significantes, uma vez que estamos conscientes que muitos dos nossos alu-nos, por condições financeiras adversas, só têm oportunida-de de aceder a estas realida-

des em contexto escolar e em companhia dos seus profes-sores, uma vez que a Cultu-ra, infelizmente, importa um custo acrescido não acessível a todas as carteiras em tem-po de crise, como aquela que atravessamos.

Outro aspeto relevante na integração dos alunos no pa-trimónio cultural constitui a prática direta de atividades culturais, nas quais se pro-porciona a participação das crianças enquanto atores na realização de peças teatrais, espectáculos de dança e can-ção, em sessões de partilha e transmissão das tradições com a participação dos en-carregados de educação e ou-tras personalidades de relevo

da comunidade, entre outras oportunidades de desenvolvi-mento cultural em ação, den-tro da comunidade educativa e fora dela, alargada ao âmbi-to da comunidade local. No presente ano letivo, a título de exemplo da participação cul-tural, para além dos portões da escola, teremos duas can-ções a concorrer à “Chaminé d’Ouro”, nas quais se encon-tram envolvidos alunos do 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico e respectivos professores de música.

A preocupação da Direção do Agrupamento com o acesso dos alunos à Cultura e com o desenvolvimento dos seus co-nhecimentos e das suas com-petências ao nível do Patrimó-nio Cultural, conduziu a que se desenvolvesse, neste ano letivo, um Programa de Educação Es-tética e Artística, dinamizado pela Direção Geral de Educa-ção, com a participação de to-dos os alunos, educadoras de infância e professores do 1.º ciclo do ensino básico, com o objectivo de dotar os profissio-nais educativos de estratégias e ferramentas práticas de di-namização das competências dos alunos ao nível da arte, do teatro, da música e da dança. O propósito do projeto será conti-nuar a implementar as estraté-gias trabalhadas, no sentido de promover melhorias significa-tivas nos alunos e nas práticas letivas a médio e longo prazo, ainda que os resultados já se comecem a vislumbrar. Conti-nuaremos, portanto, a apostar numa Escola como ponte para o acesso à Cultura!

Soraia Pinho Professora do 1.º Ciclo do Ensi-no BásicoAdjunta da Direção do Agrupa-mento de Escolas Manuel Tei-xeira Gomes – Portimão

Atividade pedagógica nas ruínas de Alcalar

fotos: d.r.

Oficina pedagógica no Museu de Portimão

Ficha Técnica:

Direcção:GORDAAssociação Sócio-Cultural

Editor: Ricardo Claro

Paginaçãoe gestão de conteúdos:Postal do Algarve

Responsáveis pelas secções:• Artes visuais:

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Jorge Queiroz• Espaço ALFA:

Raúl Grade Coelho• Espaço ao Património:

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Cineclube de FaroCineclube de Tavira

• Juventude, artes e ideias: Jady Batista

• Letras e literatura: Paulo Serra• Missão Cultura:

Direcção Regionalde Cultura do Algarve

• Momento:Ana Omelete

• O(s) Sentido(s) da Vida a 37º N: Pedro Jubilot• Panorâmica:

Ricardo Claro• Sala de leitura:

Paulo Pires• Um olhar sobre o património:

Alexandre Ferreira

Colaboradoresdesta edição:Marco TaveiraSoraia Pinho

Parceiros:Direcção Regional de Cultu-ra do Algarve, FNAC Forum Algarve

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Tiragem:8.431 exemplares

Um olhar sobre o património

Page 23: POSTAL 1145 -  3 JUL 2015

03.07.2015  11Cultura.Sul

Da minha biblioteca

Adriana NogueiraClassicistaProfessora da Univ. do [email protected]

Pode a literatura mudar a vida dos leitores?

É esse o desafio final de Troika-me, primeiro romance de Maria João Neves.

A autora vive em Tavira, onde, no seu consultório filo-sófico, aplica um método que criou e registou, partindo da Fenomenologia do Sonho, da filósofa e escritora espanho-la María Zambrano (1904-1991), ao qual chamou Racio-vitalismo Poético. Doutorada em Filosofia e a terminar um pós-doutoramento em Estéti-ca Musical, esta investigado-ra universitária partiu destes seus conhecimentos para, através da literatura, fazer uma proposta de mudança para Portugal.

Utopia?Não será, certamente, por

acaso que Thomas More é ci-tado na epígrafe inicial, nem que uma das personagens da Utopia tenha dado nome a uma outra deste romance: Rafael Hitlodeu (indicação dada pela autora na Nota Fi-nal, p.303). O livro de Thomas More baseia-se, precisamente, na conversa que manteve com este português que teria en-contrado uma sociedade ideal, não destruída pelos interesses particulares e egoístas.

É precisamente esta situa-ção que é colocada no Troika--me, sintetizada num diagnós-tico que identifica as causas da doença de que o nosso país padece («ineficiência crónica e melancolia psicótica» - p.121) que, a serem sanadas, resol-veriam o problema da nação (apresento a lista em forma re-sumida): 1 – Nepotismo, pois

não são os melhores a ocupar os cargos; 2 – Assédio sexual, como resquício do feudalis-mo na atitude dos dirigentes de empresas e instituições; 3 – Titulitis – «Portugal sofre de inflação de títulos» (p.123); 4 – Prolixidade – «Portugal é um país perdulário. Desba-rata não apenas os recursos económicos mas, sobretudo, esbanja palavras» (p.124); 5 – Pessimismo – «Os portugueses têm uma disposição natural para atender ao lado mau das coisas. Cultivam a auto-depre-ciação» (p.124).

Panfleto utópicoem forma romance

Parafraseei o subtítulo das Aventuras de João Sem Medo, pois também seria este o subtítulo que daria ao Troika-me.

O romance desenvolve-se em torno de um grupo de amigos, todos eles com capacidades di-

ferentes, que as põem a render quando o momento de mudan-ça surge, pois há uma altura em que alguém tem de fazer alguma coisa para mudar o país.

Uns misteriosos envelopes chegam, lacrados e sem reme-tente, ao consultório de Fran-cisco, médico, e ao gabinete de Rafael, professor no Instituto Superior Técnico, na área de informática. Contêm apenas re-cortes de jornais com notícias de situações como as descritas aci-ma, relativamente ao diagnósti-co do país, como, por exemplo, sobre um presidente de câmara que, mesmo após o mandato perdido, continuou a licenciar, contrariando pareceres técnicos e violando o PDM (p.56); sobre o aumento da pobreza infantil, citando a Caritas Crisis Report (p.88); sobre a alteração ao orde-namento das listas dos candida-tos a bolsas da Fundação para a Ciência e Tecnologia (p.104), etc. Estas notícias incomodam verda-

deiramente estes dois amigos e, sem que um saiba que o outro também recebia aquele tipo de envelopes, embarcam numa aventura e encontram-se a fazer parte de uma espécie de think tank, grupo de pensadores ati-vos, que pretende levar à prática uma série de medidas que per-mitam consertar as deficiências de Portugal. Mas como quantas mais cabeças, melhor se pensa, os restantes membros do grupo vão-se juntando: Isabel, pintora; Patrícia, bailarina; Ivo, músico (e algarvio, que acentua a sua pro-núncia regional, quando está nervoso ou irritado); Mena, so-ciobióloga; e Laura, o elemento de equilíbrio do grupo, especia-lista de Filosofia, especialmente em María Zambrano. É ela que traz a questão ética necessária à discussão das medidas a tomar, considerando que «se reduzir-mos a moralidade a uma ques-tão biológica, deixamos de ser responsáveis pelos nossos actos» (p.202).

«Considerar o bem dos outros talvez seja a única forma de nos salvarmos

a nós próprios»

Com esta frase (p.114) ter-mina o penúltimo episódio da

primeira das três partes que compõem o livro (intitulada «Século XXI – Portugal Feu-dal»), resumindo a preocu-pação subjacente a este «pan-fleto»: não podemos pensar apenas em nós, se queremos uma mudança na sociedade, onde todos temos lugar.

Um dos capítulos (o livro tem capítulos de tamanhos diferentes, mas todos peque-nos, que permitem um mu-dar – aparente – de assunto) conta uma situação vivida por Laura:

«“Quem é aquela senhora?” Laura dirigiu o olhar para uma das mesas onde, enros-cada no kispo vermelho, a pe-quenina cabeça grisalha en-terrada nas mãos, uma idosa com corpo de criança dormia placidamente.

“Não conhece a Graça?”Laura abanou a cabeça

confirmando o desconheci-mento: “Vive aqui?”

“Não conhece a Graça?”, insistiu o dono do estabele-cimento. “Costuma vir para aqui quando abro. Depois vai para o bar do irlandês ali do outro lado do rio, anda assim, à mercê. Vive sozinha, tem síndrome de Down. To-dos protegemos a Graça!”»

(p93).Estas atitudes de gente boa

contrastam com a realidade que se vive no país. Alguns tentam fazer justiça pelas próprias mãos, como é nar-rado no episódio «A revolta dos xaringados», em que «os dispositivos de cobrança electrónica da Via do Infan-te foram inutilizados a tiros de caçadeira» (p.86), mas ou-tros vão simplesmente defi-nhando.

É contra este estado em que o país se encontra (o país e não só. Um dos episó-dios passa-se na Grécia) que este grupo de gente educada e criativa procura aplicar os seus conhecimentos, encon-trando soluções práticas. As-sim se desenvolve a segunda parte («Troika-me»), dando origem à terceira parte, mais pequena, que funciona quase como um epílogo. Aí, em re-sultado das ações das pessoas preocupadas e resolvidos os problemas identificados an-teriormente, já o nosso país é conhecido como Porto-Graal, «devido à sua ascensão a nú-mero um no ranking de pa-íses com melhor qualidade de vida», tendo-se tornado numa «nação sem cunhas, sem assédio e sem burocra-tas. Na generalidade, os por-tugueses de hoje são gente ativa, bem-disposta e bonita que sabe gracejar sobre os tempos acabrunhados e taci-turnos que já lá vão» (p.277).

Uma utopia ou uma pos-sibilidade? Como em todas as utopias, surgem soluções mais ou menos radicalizadas, apresentadas com mestria e algum humor.

Maria João Neves consegue criar uma obra muito interes-sante e provocadora, para ser lida e discutida por quem se preocupa com a atualidade, com a qual podemos aprender muita coisa, principalmente filosofia e música, assuntos de especialista que a autora nos consegue apresentar com sim-plicidade e clareza.

'Troika-me' é o primeiro romance de Maria João Neves

d.r.

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“CAMINHOS”Até 28 JUL | Galeria de Arte Pintor Samora Barros - AlbufeiraDesde pequena que Susana Gonçalves sente um forte apelo pelo desenho, possuindo um gosto e curiosi-dade peculiares pelo mundo da arte

“EXPRESSÕES DE ARTE”Até 24 JUL | Antigos Paços do Concelho de LagosExposição colectiva de Laurentino Cabaço e Cae-tano Ramalho, numa mostra da diversidade dos seus estilos na pintura em diversas temáticas por si apresentadas

Panfleto utópico em forma romance: Troika-me, de Maria João Neves

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